ESTADO DE SANTA CATARINA

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15ª Legislatura ESTADO DE SANTA CATARINA 1ª Sessão Legislativa PALÁCIO BARRIGA-VERDE ANO LII FLORIANÓPOLIS, 09 DE SETEMBRO DE 2003 NÚMERO 5.159 15ª Legislatura 1ª Sessão Legislativa COMISSÕES PERMANENTES MESA Volnei Morastoni PRESIDENTE Onofre Santo Agostini 1º VICE-PRESIDENTE Nilson Gonçalves de Souza 2º VICE-PRESIDENTE Romildo Titon 1º SECRETÁRIO Altair Guidi 2º SECRETÁRIO Sergio Godinho 3º SECRETÁRIO Francisco de Assis 4º SECRETÁRIO LIDERANÇA DO GOVERNO Herneus de Nadal PARTIDOS POLÍTICOS (Lideranças) PARTIDO PROGRESSISTA Líder: Joares Ponticelli PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRÁTICO BRASILEIRO Líder: Rogério Mendonça PARTIDO DA FRENTE LIBERAL Líder: Antônio Ceron PARTIDO DOS TRABALHADORES Líder: Afrânio Boppré PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA Líder: Jorginho Mello PARTIDO TRABALHISTA BRASILEIRO Líder: Narcizo Parisotto PARTIDO LIBERAL Líder: Odete de Jesus COMISSÃO CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA João Paulo Kleinubing - Presidente Herneus de Nadal – Vice Presidente Júlio Garcia Celestino Secco Paulo Eccel Joares Ponticelli Afrânio Boppré Ronaldo Benedet Jorginho Mello Terças-feiras, às 9:00 horas COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO Antônio Ceron - Presidente Dionei Walter da Silva – Vice Presidente Wilson Vieira Rogério Mendonça Manoel Mota Antônio Carlos Vieira Jorginho Mello Reno Caramori Nelson Goetten de Lima Quartas-feiras, às 9:00 horas COMISSÃO DE AGRICULTURA, E POLÍTICA RURAL Mauro Mariani – Presidente Valmir Comin – Vice Presidente Pedro Balsissera Dionei Walter da Silva Reno Caramori Narcizo Parisotto João Rodrigues Quartas-feiras, às 18:00 horas COMISSÃO DE DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS Odete de Jesus – Presidente Dionei Walter da Silva – Vice Presidente Ana Paula Lima Mauro Mariani Nilson Nelson Machado Nelson Goetten João Paulo Kleinübing Quartas-feiras às 18:00 horas COMISSÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA João Rodrigues – Presidente Wilson Vieira – Vice Presidente Dionei Walter da Silva Ronaldo Benedet Narcizo Parisotto Nilson Nelson Machado Lício Mauro da Silveira Quartas-feiras ás 11:00 horas COMISSÃO DE SAÚDE Clésio Salvaro – Presidente Luiz Eduardo Cherem - Vice Presidente Nilson Nelson Machado Nelson Goetten Ana Paula Lima José Paulo Serafim Genésio Goulart Terças-feiras, às 11:00 horas COMISSÃO DE TRANSPORTES E DESENVOLVIMENTO URBANO Reno Caramori – Presidente Wilson Vieira – Vice Presidente Antônio Carlos Vieira José Paulo Serafim Manoel Mota Odete de Jesus Julio Garcia Terças-feiras às 18:00 horas COMISSÃO DE EDUCAÇÃO, CULTURA E DESPORTO Paulo Eccel – Presidente Lício Mauro da Silveira – Vice Presidente Celestino Secco Afrânio Boppré Simone Schramm Djalma Berger Odete de Jesus Quartas-feiras às 10:00 horas COMISSÃO DE TURISMO E MEIO AMBIENTE Luiz Eduardo Cherem – Presidente Antônio Ceron - Vice Presidente Ana Paula Lima José Paulo Serafim Celestino Secco Simone Schramm Valmir Comin Quartas-feiras, às 13:00 horas COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO Genésio Goulart – Presidente Celetino Secco Vice-Presidente Lício Mauro da Silveira José Paulo Serafim Pedro Baldissera Narcizo Parisotto Clésio Salvaro Terças-feiras, às 10:00 horas COMISSÃO DE ECONOMIA, CIÊNCIA E TECNOLOGIA Valmir Comin – Presidente Afrânio Boppré – Vice Presidente Antônio Carlos Vieira Paulo Eccel Herneus de Nadal Luiz Eduardo Cherem João Paulo Kleinubing Quartas-feiras às 8:00 horas COMISSÃO DE RELACIONAMENTO INSTITUCIONAL, COMUNICAÇÃO E DO MERCOSUL Nelson Goetten – Presidente Joares Ponticelli – Vice Presidente Pedro Baldissera Afrânio Boppré Rogério Mendonça Luiz Eduardo Cherem Cesar Souza Terças-Feiras, ás 18:00 horas

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15ªLegislatura ESTADO DE SANTA CATARINA 1ª Sessão

Legislativa

PALÁCIO BARRIGA-VERDE

ANO LII FLORIANÓPOLIS, 09 DE SETEMBRO DE 2003 NÚMERO 5.159

15ª Legislatura1ª Sessão Legislativa

COMISSÕES PERMANENTES

MESA

Volnei MorastoniPRESIDENTE

Onofre Santo Agostini1º VICE-PRESIDENTE

Nilson Gonçalves de Souza2º VICE-PRESIDENTE

Romildo Titon1º SECRETÁRIO

Altair Guidi2º SECRETÁRIO

Sergio Godinho3º SECRETÁRIO

Francisco de Assis4º SECRETÁRIO

LIDERANÇA DO GOVERNOHerneus de Nadal

PARTIDOS POLÍTICOS(Lideranças)

PARTIDO PROGRESSISTALíder: Joares Ponticelli

PARTIDO DO MOVIMENTODEMOCRÁTICO BRASILEIRO

Líder: Rogério Mendonça

PARTIDO DA FRENTE LIBERALLíder: Antônio Ceron

PARTIDO DOS TRABALHADORESLíder: Afrânio Boppré

PARTIDO DA SOCIALDEMOCRACIA BRASILEIRA

Líder: Jorginho Mello

PARTIDO TRABALHISTA BRASILEIROLíder: Narcizo Parisotto

PARTIDO LIBERALLíder: Odete de Jesus

COMISSÃO CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇAJoão Paulo Kleinubing - PresidenteHerneus de Nadal – Vice PresidenteJúlio GarciaCelestino SeccoPaulo EccelJoares PonticelliAfrânio BoppréRonaldo BenedetJorginho MelloTerças-feiras, às 9:00 horasCOMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃOAntônio Ceron - PresidenteDionei Walter da Silva – Vice PresidenteWilson VieiraRogério MendonçaManoel MotaAntônio Carlos VieiraJorginho MelloReno CaramoriNelson Goetten de LimaQuartas-feiras, às 9:00 horasCOMISSÃO DE AGRICULTURA, EPOLÍTICA RURALMauro Mariani – PresidenteValmir Comin – Vice PresidentePedro BalsisseraDionei Walter da SilvaReno CaramoriNarcizo ParisottoJoão RodriguesQuartas-feiras, às 18:00 horasCOMISSÃO DE DIREITOS E GARANTIASFUNDAMENTAISOdete de Jesus – PresidenteDionei Walter da Silva – Vice PresidenteAna Paula LimaMauro MarianiNilson Nelson MachadoNelson GoettenJoão Paulo KleinübingQuartas-feiras às 18:00 horasCOMISSÃO DE SEGURANÇA PÚBLICAJoão Rodrigues – PresidenteWilson Vieira – Vice PresidenteDionei Walter da SilvaRonaldo BenedetNarcizo ParisottoNilson Nelson MachadoLício Mauro da SilveiraQuartas-feiras ás 11:00 horasCOMISSÃO DE SAÚDEClésio Salvaro – PresidenteLuiz Eduardo Cherem - Vice PresidenteNilson Nelson MachadoNelson GoettenAna Paula LimaJosé Paulo SerafimGenésio GoulartTerças-feiras, às 11:00 horas

COMISSÃO DE TRANSPORTES EDESENVOLVIMENTO URBANOReno Caramori – PresidenteWilson Vieira – Vice PresidenteAntônio Carlos VieiraJosé Paulo SerafimManoel MotaOdete de JesusJulio GarciaTerças-feiras às 18:00 horasCOMISSÃO DE EDUCAÇÃO, CULTURA EDESPORTOPaulo Eccel – PresidenteLício Mauro da Silveira – Vice PresidenteCelestino SeccoAfrânio BoppréSimone SchrammDjalma BergerOdete de JesusQuartas-feiras às 10:00 horasCOMISSÃO DE TURISMO E MEIO AMBIENTELuiz Eduardo Cherem – PresidenteAntônio Ceron - Vice PresidenteAna Paula LimaJosé Paulo SerafimCelestino SeccoSimone SchrammValmir CominQuartas-feiras, às 13:00 horasCOMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO ESERVIÇO PÚBLICOGenésio Goulart – PresidenteCeletino Secco Vice-PresidenteLício Mauro da SilveiraJosé Paulo SerafimPedro BaldisseraNarcizo ParisottoClésio SalvaroTerças-feiras, às 10:00 horasCOMISSÃO DE ECONOMIA, CIÊNCIA ETECNOLOGIAValmir Comin – PresidenteAfrânio Boppré – Vice PresidenteAntônio Carlos VieiraPaulo EccelHerneus de NadalLuiz Eduardo CheremJoão Paulo KleinubingQuartas-feiras às 8:00 horasCOMISSÃO DE RELACIONAMENTOINSTITUCIONAL, COMUNICAÇÃO E DOMERCOSULNelson Goetten – PresidenteJoares Ponticelli – Vice PresidentePedro BaldisseraAfrânio BoppréRogério MendonçaLuiz Eduardo CheremCesar SouzaTerças-Feiras, ás 18:00 horas

2 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 5.159 09/09/2003

DEPARTAMENTOPARLAMENTAR

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Assembléia Legislativa do Estado de Santa CatarinaPalácio Barriga-Verde - Centro Cívico Tancredo NevesRua Jorge Luz Fontes, nº 310 - Florianópolis - SCCEP 88020-900 - Telefone (PABX) (048) 221-2500

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IMPRESSÃO PRÓPRIAANO XII - NÚMERO 1497

1ª EDIÇÃO - 110 EXEMPLARESEDIÇÃO DE HOJE: 32 PÁGINAS

ÍNDICE

PlenárioAta da 066ª Sessão Ordináriarealizada em 09/09/2003 ...........2Ata da 022ª Sessão Solene1ªsessão Legislativa da realizadaem 09/09/2003 ........................19

Atos da MesaAto da Presidência DP ............25

Publicações DiversasAtas da Procuradoria...............26Extratos ...................................26Ofícios.....................................27Projetos de Lei.........................27Projeto de Resolução ..............30Redações Finais......................31

P L E N Á R I O

ATA DA 066ª SESSÃO ORDINÁRIA1ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 15ª LEGISLATURA

EM 09 DE SETEMBRO DE 2003PRESIDÊNCIA DO SENHOR DEPUTADO VOLNEI MORASTONI

Às quatorze horas, achavam-sepresentes os seguintes Srs. Deputados:Afrânio Boppré - Altair Guidi - Ana Paula Lima -Antônio Carlos Vieira - Antônio Ceron -Celestino Secco - Clésio Salvaro - Dionei Walterda Silva - Djalma Berger - Eduardo Cherem -Francisco de Assis - Genésio Goulart - Herneusde Nadal - João Paulo Klenübing - JoãoRodrigues - Joares Ponticelli - Jorginho Mello -José Paulo Serafim - Júlio Garcia - Lício Silveira- Manoel Mota - Mauro Mariani - NarcizoParisotto - Nilson Gonçalves - Nilson Machado -Odete de Jesus - Onofre Santo Agostini - PauloEccel - Pedro Baldissera - Reno Caramori -Rogério Mendonça - Romildo Titon - RonaldoBenedet - Sérgio Godinho - Simone Schramm -Valmir Comin - Volnei Morastoni - Wilson Vieira.

Sintam-me bem em nosso meio. diversas décadas foi um grande articuladorpolítico, um grande militante, um grandedirigente partidário, desde a Arena, do velhoPSD e do PDS.

Passaremos às Breves Comunicações.Com a palavra o primeiro orador

inscrito, Deputado Paulo Eccel.(Pausa) Foi Vereador do Município de

Tubarão por quatro Legislaturas, Presidente daCâmara Municipal de Vereadores, tendoassumido em diversas oportunidades ocomando do Município.

Com a ausência do Deputado PauloEccel, com a palavra o próximo orador inscrito,Deputado Herneus de Nadal.

(Pausa)Com a ausência do Deputado

Herneus de Nadal, com a palavra o próximoorador inscrito, Deputado João Rodrigues.

O Sr. Idalino Freta nos deixou, noúltimo final de semana, com 91 anos de idade,mas em pleno gozo das suas faculdadesmentais. Com certeza haverá de deixar, porseu legado, por sua trajetória comoempresário, como cidadão, como político,muita saudade, não só no seio de sua família,do nosso Partido, mas também no seio dacomunidade tubaronense.

(Pausa)Com a ausência do Deputado João

Rodrigues, com a palavra o próximo oradorinscrito, Deputado Ronaldo Benedet.

(Pausa)O SR. PRESIDENTE (Deputado Onofre

Santo Agostini) - Havendo quórum regimental einvocando a proteção de Deus, declaro abertaa presente sessão.

Com a ausência do Deputado RonaldoBenedet, com a palavra o próximo orador inscrito,Deputado Joares Ponticelli, por até 10 minutos.

Ele deixa muita saudade ao nossoPartido, Deputado Julio Garcia, V.Exa. quetambém o conheceu e pôde militar no início dasua trajetória política.

O SR. DEPUTADO JOARES PONTICELLI -Sr. Presidente e Srs. Deputados, quero,inicialmente, registrar, em nome da nossaBancada, a nossa manifestação de pesar pelofalecimento, neste final de semana, doempresário Idalino Freta, do Município de Tubarão.

Solicito ao Sr. Terceiro Secretário,Deputado Sérgio Godinho, que proceda àleitura das atas das sessões anteriores.

Portanto, em nome da Bancada doPP, a nossa manifestação de pesar, mais umavez, à família do grande Líder Idalino Freta,pelo seu falecimento.

(São lidas e aprovadas as atas.)Solicito à assessoria que distribua o

expediente aos Srs. Deputados. Além de ser um empresário bemsucedido, de família tradicional, empreen-dedora, da nossa região da Amurel, tevetambém uma atuação político-partidária muitoforte ao longo da sua vida, visto que por

Outro assunto que quero abordar natarde de hoje diz respeito ao recuo do Governocom relação ao reajuste das tarifas de energiaelétrica no último mês de agosto, conformeestava previsto.

A Presidência registra, com muitoprazer, a presença, nesta Casa, do Prefeito emexercício de Painel, juntamente com oSecretário da Prefeitura.

DIVISÃO DE ANAIS - Processo Informatizado de Editoração

09/09/2003 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 5.159 3

Eu fiquei muito satisfeito, DeputadoRonaldo Benedet, com esse recuo do Governoe me sinto na obrigação de vir aqui fazer oreconhecimento. Afinal de contas, sou umParlamentar que, desde o primeiro momento,vim denunciando, fazendo com que o Governopudesse reavaliar aquele reajuste descabido,uma vez que tinha a convicção de que oconsumidor da Celesc não dispunha derecursos para arcar com o reajuste de 27,19%que pretendia o Governo. E nós, em váriosmomentos, assomamos à tribuna para fazer onosso convencimento ao Governo do Estado nosentido de ele recuar e não implementar essereajuste nas tarifas de energia elétrica nummomento tão difícil para os brasileiros comoum todo.

O Sr. Deputado Paulo Eccel - V.Exa.me concede um aparte?

Muito obrigado!(SEM REVISÃO DO ORADOR)

O SR. DEPUTADO JOARESPONTICELLI - Pois não!

O SR. PRESIDENTE (Deputado SérgioGodinho) - Com a palavra o Deputado Franciscode Assis, por até 10 minutos.O Sr. Deputado Paulo Eccel -

Deputado Joares Ponticelli, além do anúncioter sido feito pelos meios de comunicação, eutambém participei de uma assembléia naUdesc onde o Governador assumiu ocompromisso público com os estudantes, comos professores lá presentes, de financiar,efetivamente, a educação a distância dosprofessores da rede pública estadual.

O SR. DEPUTADO FRANCISCO DEASSIS - Sr. Presidente, Srs. Deputados,funcionários desta Casa, demais pessoas queacompanham esta sessão, eu gostaria defazer uma saudação especial ao meu tio,Antônio Domingos, de 87 anos, que nos estávisitando, acompanhado de seu filho Jorge,que mora em Florianópolis, e verificando ostrabalhos deste Poder.Então, eu ratifico as palavras de

V.Exa. e quero dizer que nós temos que exigirpublicamente o cumprimento da palavra doGovernador, palavra essa empenhada numainstância democrática, que foi uma assembléiana própria universidade.

Sr. Presidente, o que me traz àtribuna, hoje, é a questão da segurançapública. Na Legislatura passada por diver-sas vezes subi à tribuna e fiz duras críticasao então Governo do Estado pela falta deprioridade na área da segurança pública.

É verdade que foi apenas umadiamento. O Governo, ao invés de começar acobrar as novas tarifas a partir de agosto,como anunciou, como estava previsto, informaagora que vai começar a cobrança das novastarifas somente a partir do mês de janeiro dopróximo ano.

O SR. DEPUTADO JOARESPONTICELLI - Muito obrigado, Deputado PauloEccel, e eu incorporo ao meu pronunciamentoas suas palavras.

Com relação a Joinville, o maiorMunicípio do Estado, reclamamos, à época,da falta de policiamento nas ruas. Fizemosum comparativo com a cidade deFlorianópolis e constatamos que aqui haviatrês vezes mais policiais, mas pouco foifeito.

Quero dizer que além dos ofícios,dos fax que estamos recebendo, acabei dereceber uma ligação telefônica de uma pro-fessora de Criciúma, Deputado RonaldoBenedet, dizendo que lá também os alunos jáestão sendo ameaçados de não mais poderemassistir às aulas, porque o Governo ainda nãorepassou os recursos anunciados em julho.

De qualquer forma, é um prazo deseis meses que ganhou o consumidor daCelesc, não havendo a implantação dessereajuste famigerado, abusivo, escandaloso, nonosso entendimento. Eu tenho certeza de queisso em muito contribuirá para que as famíliascatarinenses, já com o seu orçamento tãocomprometido, não tenham que arrochar aindamais e promover cortes mais profundos noorçamento doméstico.

Agora assumiu o novo Governo, etodos os dias estão estampados nas pági-nas dos nossos jornais casos e mais casosde desrespeito com o cidadão catarinense,a falta de segurança pública nas grandescidades, nos médios e pequenosMunicípios.

Pelo amor de Deus! Nós estamos já emsetembro, o Governo está executando o Orça-mento desde janeiro e deveria ter começadoesses pagamentos em março, mas nadaaconteceu até agora. É hora de o Governo descerdo palanque, deixar de se preocupar tanto compalácios, tirar essa obsessão da cabeça, porqueesse negócio cansa. Todo dia só se trata dessaobsessão, dessa obstinação do Governador porpalácios, enquanto mais de 2.000 professores darede pública estadual estão sendo ameaçados denão mais poderem continuar o seu curso degraduação a distância, já que o Governo nãocumpre com sua responsabilidade.

Portanto, estou muito satisfeitoporque, pelo menos, durante seis meses oGoverno vai deixar de implementar essereajuste.

Ontem, em Joinville, aconteceu umgrande debate na Câmara de Vereadores, quecontou com a presença de personalidadesimportantes, inclusive em nível nacional.Discutem há muito tempo esse tema e todos,independente de questão partidária,contribuem, sobremaneira, para melhorar asegurança pública deste País e deste Estado.

Entendo que nós, enquantoParlamentares, precisamos continuar defen-dendo essa bandeira, nessa caminhada, a fimde sensibilizarmos o Governo para que ele,mesmo a partir de janeiro, reavalie essesíndices de reajuste. É aquilo que nós dizíamosem outras oportunidades, que isso não écoerente, ou seja, o mesmo Governo quepretende conceder 1% de reposição salarialpara os seus servidores querer cobrar umaumento de 27,19% de reajuste na tarifa deenergia elétrica.

Estou trazendo este assunto hojeporque mudou o Governo, mas a políticacontinua acanhada. Precisamos exigir com amesma veemência, com a mesma coerênciaque atuamos no Governo passado. Que oGoverno que está aí faça alguma coisa pelasegurança pública, e de maneira imediata,colegas Deputados. Não podemos aguardarmais nem ficarmos esperando pela boavontade do Governo! Temos a obrigação deexigir posições rápidas com relação àsegurança pública.

Eu tenho feito um esforço para nãovir aqui cobrar constantemente, mas eupreciso dizer que com tantos desmandos porparte do atual Governo, com tantas açõesequivocadas, não dá para calar, não dá paradeixar passar, porque quem está pagando umpreço muito alto por isso é a sociedadecatarinense, mais especificamente, nestecaso, os professores da rede pública estadual.

Eu fico muito satisfeito que tenhahavido esse recuo do Governo porque assimdurante os próximos seis meses vamospermitir que as famílias catarinenses, osconsumidores da Celesc, não tenham queapertar ainda mais o seu orçamentodoméstico.

E ainda, com relação à Udesc, já quepela ação coerente, responsável, deindependência do Poder Judiciário de SantaCatarina, o Reitor pro tempore foi mantido paracumprir o mandato até que se dê o novoprocesso eleitoral e seja eleito o novo Reitorpela via democrática, eu espero, DeputadoCelestino Secco, que possa o atual Reitor,agora assegurado no cargo pela manifestaçãosoberana do Tribunal de Justiça, darcontinuidade ao processo de implementaçãodas unidades da Udesc no Oeste de SantaCatarina, conforme estava previsto.

Recebi e-mail de um cidadão deJoinville, Laudemir Rosa, meu conhecido,convidando-nos para participar de um debateimportante no Distrito de Pirabeiraba, emJoinville, na próxima quinta-feira, às 19h.Estarei lá para discutir com aquelacomunidade a falta de segurança naqueleDistrito, que sempre foi reconhecido em nossacidade como um local pacato, tranqüilo, bomde viver.

Outro assunto que quero abordar aquidiz respeito ao ensino a distância, Deputado PauloEccel, tema este que temos debatido em váriasoportunidades. O Governo anunciou, festivamente,no mês de julho, que estava repassando os recur-sos para pagar a mensalidade dos mais de 2000professores da rede pública estadual e,infelizmente, até o presente momento, eles aindanão chegaram às entidades, aos professoresalunos da Udesc.

Essa realidade, esse quadro temmudado nos últimos dias, com assassinatos,roubos, enfim, tudo o que se pode imaginar osmarginais estão fazendo naquele Distrito deJoinville.

E, o que é pior, Deputado RonaldoBenedet, esses alunos agora estão sendoameaçados com correspondências dasinstituições de terem os seus nomes inscritosno SPC, de não poderem mais assistir àsaulas. Tudo porque o Governo não cumpriu oque anunciou, o Governo não está repassandoos recursos do ensino a distância, colocandomais de 2000 professores que sãofuncionários da rede pública estadual, quecursam o ensino a distância da Udesc semcondições de cumprirem com o pagamento dasmensalidades. E esse pagamento é de respon-sabilidade do Governo, consta no Orçamento.O Governo anunciou que estava pagando, enão é verdade, é mais uma notícia inverídica.

Eu penso que até agora o Governoempreendeu todas essas ações contra a Udescexatamente para não cumprir o compromissoassumido com a gente do Oeste de SantaCatarina, de ter as suas unidades funcionandonaquela distante região do nosso Estado.

A comunidade de Pirabeiraba, quehá pouco tempo tinha sossego, que vivia deforma tranqüila, já não tem mais isso ecomeça a ficar preocupada e exige dasautoridades, deste Deputado e do DeputadoFederal Carlito Merss que tomemos algumaprovidência. Sempre recai nos Deputados eVereadores a cobrança imediata pelasociedade porque ela tem o entendimentode que todo parlamentar tem a obrigação defazer com que sejam solucionados osproblemas da segurança pública, da saúde,da educação, enfim, de todas as áreas,porque ele é o elo de ligação direta.

Portanto, quero recomendar e apelarnovamente ao nosso Reitor, professorCechinel, para que desencadeie definitiva-mente o processo de implantação e im-plementação da Udesc no Oeste de SantaCatarina, porque, aí sim, nós estaremosresgatando aquele compromisso assumidopelo Governo e referendado por esta Casa,quando da aprovação da reforma adminis-trativa, em janeiro deste ano.

Processo Informatizado de Editoração - DIVISÃO DE ANAIS

4 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 5.159 09/09/2003

Estou hoje aqui fazendo justamenteisso, ou seja, cobrando do Governador, que é deJoinville, que foi eleito maciçamente pelapopulação daquela cidade (e só assim, porquesenão não seria eleito), que tome providênciasurgentes e imediatas em relação à falta de segu-rança no maior Município do nosso Estado.

Os Prefeitos terminam o docu-mento exigindo do Governador o mesmo queV.Exa. outro dia pedia aqui, que acabe devez com esse jogo em bares e lanchonetes,não permitindo que menores comecem ajogar, a alimentar o vício, que é muito maisque o jogo, a droga, depois a arma, depoiso roubo com arma em punho. Enfim, queSanta Catarina comece a seguir o exemplodo nosso vizinho Estado do Paraná.

ao Deputado Joares Ponticelli que o Governopassado só deu a bolsa, a gratuidade para osalunos de ensino a distância na véspera daseleições e depois não cumpriu o restante.

Também gostaríamos de dizer quesomos favoráveis ao ensino a distância e quequeremos, sim, que ele aumente o número deoportunidades, porque existem 43 milprofessores da rede pública de ensino noEstado de Santa Catarina que necessitamrealizar o Curso de Pedagogia no ensino adistância. E não só esse, mas outros cursostambém seriam necessários, porque o ensinoa distância em países como Canadá eAustrália...

Pedimos que ele socorra o Distritode Pirabeiraba, em Joinville, para que aquelepovo volte a viver como sempre viveu, de formatranqüila, dormindo com as janelas abertas,porque a região agrícola de Joinville se localizanesse Distrito, e hoje em dia esse povo nãotem mais essa condição.

Quero, nesta tarde, parabenizar osPrefeitos do PT por essa iniciativa,encaminhando um documento aoGovernador do Estado. Parabenizo tambémesta Casa que, por vários depoimentos deDeputados dos mais diferentes Partidos,tem essa mesma linha de pensamento equer, de fato, acabar com o jogo em SantaCatarina, mesmo que a Codesc lucre todosos meses R$ 2 milhões. Dois milhões dereais, Srs. Deputados, é apenas o que aCasan lucra no Município de Joinville pormês. Então, não vai fazer falta, comcerteza, esse dinheiro fruto dos caça-níqueis instalados em todos os cantos, emtodos os bairros de Santa Catarina.

Em muitos Municípios de SantaCatarina o povo vive a mesma situação. Não éum “privilégio” (entre aspas) de Pirabeiraba oude Joinville, mas é uma situação que se agravaem todas as regiões do nosso Estado, pratica-mente na maioria dos Municípios de portemédio a grande.

Na China existem 6 milhões dealunos de ensino a distância e em SantaCatarina... Aliás, no Governo Lula já estáaberto o processo da universidade aberta juntoao Ministério da Educação, que é realmenteuma grande inovação e que vai dar certo,porque é isso que o Brasil precisa para ademocratização do ensino e das oportunidadespara o cidadão que quer cursar o ensinosuperior e que não tem condições porque morano interior.

Então, precisamos, Srs. Deputados,unirmo-nos para exigir do Governo do Estadouma posição com relação à questão dasegurança pública.

Nesta área ainda quero destacar, efaço questão de ler, um documento encaminhadoao Governador de Santa Catarina, pelo Fórum dosPrefeitos do PT, que estiveram reunidos no dia 21de agosto no Município de Rio do Sul. E o assuntoestá também ligado diretamente com a questãoda segurança pública.

Precisamos nos juntar para fazercoro com esses Prefeitos do PT, aos 13Prefeitos que assinaram esse documento e atodos os colegas Deputados que também têmesse entendimento.

Quero dizer que a questão de colocara Udesc no Oeste catarinense é uma boaidéia, mas questionável, porque a Udesc nãodispõe de condições. Se for instalada noOeste, nós vamos querer no Sul e vai sequerer também na região do Deputado MauroMariani. E quero saber se existem recursos.

Penso que estaremos dando umagrande contribuição para os nossos irmãoscatarinenses, para a família dessas pessoasviciadas nos caça-níqueis, que tiram muitasvezes dinheiro da própria família para colocarnesses jogos.

(Passa a ler)“O Fórum dos Prefeitos e vice-

Prefeitos do PT reunidos em Rio do Sul no diade ontem, depois de criteriosa análise dedepoimentos e opiniões que apontam para oaumento da criminalidade e mesmo para ocrescimento dos índices de desagregaçãofamiliar nas camadas de renda e nível deinformação mais baixa da nossa população,chegaram à conclusão que vem colaborando,sobremaneira, para esse quadro a proliferaçãodas chamadas máquinas caça-níqueis em todoo Estado de Santa Catarina.

Por isso, sou defensor do ensino adistância. É mais fácil o aluno pagar R$120,00para fazer um curso de ensino a distância comexcelente nível pedagógico, como é o caso doCurso de Pedagogia a distância da Udesc, doque ele vir para a Capital ou para uma cidade ereceber o curso de graça, mas ter de pagar umaluguel, que custa muito mais do queR$500,00 ou R$600,00, conforme o custo devida em cidades como Florianópolis, Joinville,Lages, onde tem um ensino regular da Udesc.

Então, sou solidário e quero exigirdo Governo do Estado - um dos Deputadosdo próprio Governo já veio a esta tribunacobrar - que encaminhe a esta Casa umprojeto nesse sentido, de acabar com ojogo. Do contrário, que a Bancada do PTtome a iniciativa.

Proponho ao nosso Líder, DeputadoAfrânio Boppré, que encaminhe a discussãofeita na Bancada, de fazermos um projetoacabando com esse tipo de jogo. Se o Governoenviar o projeto, seremos favoráveis,estaremos apoiando; se não o fizer, que anossa Bancada, a Bancada do Partido dosTrabalhadores, deve dar essa grandecontribuição para o povo de Santa Catarina.

Portanto, queremos deixar bem claroaqui essa questão. O Governo do Estado irá,sim, pagar, foi discutido com o Governador - eufiz questão de cobrar isso dele. Disse que opagamento será efetuado, sim, e que nenhumprofessor receberá nenhuma represália oudeixará de receber as suas aulas de ensino adistância, como ninguém até agora deixou dereceber.

A proliferação dessas máquinas nosbares e lanchonetes da periferia das cidadestem atraído pessoas que são levadas ao víciopela desinformação e que acabam lá deixandoa sua já minguada renda, trazendo resultadoscatastróficos, principalmente em relação aosustento de suas famílias, chegando aoextremo de provocar até abandono deemprego, ludibriados por essa falsa visão deauferir dinheiro fácil.

Muito obrigado! Todos estão nas salas de aula. E,aliás, só o que temos a reclamar e a rei-vindicar para a Udesc é que se abram maiscursos de ensino a distância no Estado, que asociedade está a reclamar. A populaçãocatarinense, que quer estudar e que clama poreducação, necessita do ensino a distância nonosso Estado.

(SEM REVISÃO DO ORADOR)Essas máquinas estão, na sua

maioria, instaladas em locais sem qualquercontrole de idade dos seus freqüentadores,permitindo, assim, inclusive, a presença demenores que acabam entrando no vício do jogoe o que é pior, ao extremo, o roubo, paraalimentar seu próprio vício.

O SR. PRESIDENTE (Deputado SérgioGodinho) - Com a palavra o próximo oradorinscrito, Deputado Ronaldo Benedet, por até10 minutos.

O SR. DEPUTADO RONALDOBENEDET - Sr. Presidente e Srs. Deputados,antes de iniciar meu pronunciamento no dia dehoje, quero manifestar aqui a minha posiçãoem relação ao que o Deputado JoaresPonticelli colocou. Primeiro, o reconhecimentona questão da Celesc, que o Governo recuou,resolveu não aumentar as tarifas no mês deagosto - adiou para janeiro. E S.Exa.parabenizou o Governo.

Vamos falar agora - e no horário doPMDB também iremos abordar isso - sobreuma questão fundamental, que é a das duasleis que tratam fundamentalmente do reajustesalarial previsto na Constituição e também dosabonos, que é algo que não está previsto naConstituição, mas que é um ato de justiça queo Governo Luiz Henrique e Eduardo PinhoMoreira está procurando praticar com osservidores do Estado de Santa Catarina, emsua maioria.

Reconhecem os Prefeitos do PT aimportância dos recursos arrecadados peloEstado através da Codesc, que gerencia o licencia-mento das tais máquinas, porém, estãopreocupados com as conseqüências trazidas àscamadas sociais de menor renda, visão que tem,certamente, imagino, o próprio Governador.

Entendem os Prefeitos que alegislação que permite o licenciamento de taismáquinas deva sofrer uma urgente revisão...”

Quero dizer ao Deputado JoaresPonticelli que o Governo Luiz Henrique daSilveira vai fazer o mesmo com relação aopagamento dos professores da RedeEstadual. Ele vai fazer, sim, o pagamentodos professores que estudam no ensino adistância no Estado de Santa Catarina;diferentemente do Governo passado, quefez isso só na véspera das eleições,Deputado Genésio Goulart, e ficou devendoa maior parte deste valor, inclusive, nãopagando a Udesc.

Quero aqui ressaltar o pronuncia-mento do nosso Colega Deputado RonaldoBenedet, na semana passada, tratando dessetema e do compromisso da Bancada do PMDBcom o Governo para que envie a esta Casaprojeto eliminando esse tipo de jogo. ABancada do PT já discutiu este tema e temproposta semelhante, que é de acabar comesse tipo de jogo no Estado de Santa Catarina,assim como fez o nosso vizinho Estado doParaná.

Senão vejamos: cada vez que pegoessa tabela percebo que o Governador LuizHenrique da Silveira está procurando fazer,sim, um Governo com justiça, quando querconceder um aumento linear de 1% para todosos funcionários. Mas se fosse só 1% paratodos os funcionários, realmente seria algoinjusto para quem ganha R$300,00, porquesignificaria apenas R$3,00 de aumento,enquanto que para quem ganha R$10 mil oaumento de 1% seria R$100,00.

É bom que se esclareça isso e quese traga a esta Casa esse tema para lembrar

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Na verdade, quem ganha R$10 milnão precisa tanto de um aumento deR$100,00 quanto precisa aquele que ganhaR$300,00. Ora, para quem recebe R$300,00de salário, ganhar um aumento de R$ 100,00significa ganhar 33% de aumento no salário! Eisso significa muito: significa aumentar onúmero de pães para a sua família; significaaumentar em R$100,00 a compra dosupermercado; significa R$ 100,00 a maispara poder comprar um calçado, uma roupa ouum remédio que está faltando. Mas para quemganha R$10 mil esse valor não significa nada.

Meu artigo ensejou respostamalcriada e deselegante de um porta-voz daSecretaria de Segurança Pública e Defesa doCidadão, publicada no dia 05 de setembroúltimo.

a empresa contratada pelo Estado, em 1995,para executar a obra, um Termo de Ajuste,obrigando-a a ressarcir R$1.987.203,40, valorapurado pelo Tribunal de Contas da União.

No dia 27 de agosto próximopassado o nosso Colega, hoje Secretário daSegurança Pública e Defesa do Cidadão,ocupou esta tribuna. Bem falante, nãoconseguiu demonstrar outra coisa que não osuperfaturamento ter ocorrido em decorrênciade termos aditivos assinados em 1998, naépoca do Governo peemedebista. E agora,acrescento, o Governo passado exigiu opagamento dos valores apurados pelo Tribunalde Contas da União. Mas tudo isso é menosimportante diante do triste fato, da violênciasem quartel que assaltou a Capital.

Apesar de a redobrada atençãoque o Poder deu ao artigo, confessada logonas primeiras três palavras, ele, infeliz-mente, não logrou afinar a sensibilidadedaqueles que planejam e coordenam asações da Secretaria de Segurança Pública eDefesa do Cidadão. A resposta que deram?Oposição insensata!

Essas pessoas até podem dizer:“Esses R$100,00 ficam para o Luiz Henriqueda Silveira”. Aliás, penso até que deviam ficarmesmo para devolver àqueles que maisprecisam e depois fazerem um fundo.

Pedir, como fizeram, ‘abra o olho,dona Maria’, foi uma demonstração dealienação do Poder, do quanto está distantedo povo. Mais assente com a realidade seriaperguntar se as ‘marias’ têm fechado os olhosultimamente ou se o ancestral hábito de fechá-los vem acompanhando de benfazeja sensaçãode tranqüilidade.

É curioso constatar que, umasemana após a publicação do meu artigo peloDiário Catarinense, o caderno ANCapital, dojornal A Notícia, edição de domingo, informavaque a Polícia Militar vai reforçar sua presençano Morro da Cruz e que nas proximidades a PMpretende instalar três módulos de aço, à provade bala, para proteger os policiais que alipermanecerão 24 horas por dia.

Agora, para aqueles funcionários queganham R$ 300,00, o aumento de R$100,00é muito significativo! Se um professor ganharR$100,00 de aumento e ainda mais o outroabono para incentivá-lo a dar aula, é algo que omotivará muito. Um professor, que ganhaR$300,00, irá ganhar 50% a mais em seusalário.

O que fiz foi copiar a realidade, nodesejo de tornar a preocupação numero umdos florianopolitanos na principal ocupação doGoverno. É que os sinais da violênciaultrapassaram todos os limites. Casas sãomuradas, cercas elétricas são instaladas,vigilância privada é contratada. E no olhar, naação mais simples das pessoas continua lá omedo. Até ir ao cinema ficou perigoso. Nãopode ser assim.

Infelizmente alguns, talvez porcoerência nos seus discursos, e outros, pordemagogia e por interesses também, queremcondenar esse aumento, esse abono que oGovernador Luiz Henrique da Silveira estáconcedendo, porque aqueles que ganhampolpudos salários não vão receber um aumentosignificativo, porque se o aumento for de 18%,linearmente, aquele que ganha o salário deR$20 mil vai ganhar um aumento deR$3.600,00. E isso faz muita diferença,Deputada Ana Paula Lima. Agora, para aqueleque ganha R$300,00, um aumento linear de18% vai significar R$54,00, menos do que oGovernador está colocando no seu salário.

É óbvio que não se poderia expor osnossos policiais à mira dos traficantes, mas éóbvio também que algo precisava ser feito. Oumelhor, dizem que vai ser feito, Deputado RenoCaramori, porque é necessário criticar oGoverno para que desperte dessa sonolênciaque pode custar caro aos florianopolitanos,que pode custar a nossa tranqüilidade.

Florianópolis vai reagir - e já estáreagindo. Religiosos, empresários, políticos,enfim, do gari ao advogado, do professor aodesempregado, jovens, aposentados quefreqüentam o calçadão da Felipe Schmidt,moradores do Sul, do Norte da Ilha e doContinente não aceitarão viver sob odomínio do medo. É preciso acreditar quenão é impossível reverter essa lastimávelsituação.

Apesar de conhecer e admirar oDeputado João Henrique Blasi, de respeitá-locomo advogado e como político, começo a meperguntar se o fato de ele ser pré-candidato àPrefeitura de Florianópolis não coloca em riscoas ações da Secretaria da Segurança Pública,pois é natural, sendo o Secretário pré-candidato, que as ações sejam muitopolitizadas, visando as eleições, quando maisdo que nunca precisamos do esforço de todos,não só do poder instituído, mas rigorosamentede todos os que não aceitam viver sob odomínio do medo.

E o que está acontecendo? Nointerior de Santa Catarina é onde está umgrande número de servidores públicos queganham baixos salários. E esses que nãopodem ter poupança, mas quem ganha R$20mil tem uma poupança grossa e polpuda. E osque ganham R$300,00 e moram no interiorestão nos perguntando o que estamos fazendona Assembléia que não deixamos ainda queeles recebessem o abono que o Governador jáanunciou. Por que não veio na folha depagamento, se eles até já gastaram nosupermercado, nas lojas quando fizeram suascompras?

O ato de repercutir o que disseramas ‘marias’ produziu os decibéis necessáriospara fazer doer os tímpanos do Poder. Foi umaação democrática e irresponsável, não comofizeram no ano passado pessoas hoje tãopróximas da Secretaria de Segurança Pública eDefesa do Cidadão, que, num cacoete fascista,espalharam pela cidade outdoors‘comemorando’ o crescimento da violência emFlorianópolis.

A Igreja Católica na VigésimaSegunda Assembléia Arquidiocesana dePastoral, que aconteceu em São José, nosdias 29 e 30 de agosto, faz um alerta. Odiagnóstico foi publicado pelo jornal ANCapitalde domingo, dia 07: a insegurança e o medoque até um passado recente preocupavamsomente os moradores das grandes cidadesdo Brasil começam a fazer parte do cotidianode Florianópolis.

E o presente está a repetir opassado. O cacoete fascista voltou à tona.

A Secretaria da Segurança Pública eDefesa do Cidadão, no artigo-resposta quepublicou, afirmou, ipsis litteris, que ospartidários de Amin-Vieira construíram umapenitenciária para mil presos sem água.

Por isso, Srs. Deputados, queremospedir que nos sensibilizemos diante da realidadeda grande massa de servidores. E depois, nohorário destinado ao PMDB, vamos trazer oassunto para o debate com os Deputados quefazem frente e ajudam o Governo do Estado nestaAssembléia Legislativa e para explicarmos melhoressa questão.

Feito o diagnóstico, Dom MuriloKrueger, nosso Arcebispo Metropolitano, indicao caminho que devemos todos, sem exceção,tomar, ou seja, devemos reagir.

Na edição de hoje do DiárioCatarinense o engenheiro Marcos Rovariscontesta. Diz o Marquinho: ‘Tenha um pou-quinho de grandeza diretor, e conte à donaMaria que quem iniciou esta obra foramseus amigos lá no distante ano de 1995,que ficaram quatro anos fazendotrapalhadas. Conte a ela que quem fez todaa obra foi a administração seguinte. Que eue meus colegas engenheiros não ficamoschoramingando nem falando em vilaniaspartidárias. Arregaçamos as mangas, fize-mos e entregamos a obra rigorosamentedentro do contratado. E com água, é claro!Agora abra mesmo o olho dona Maria.Talvez ele não lhe conte que sua equiperesolveu fazer melhoramentos na obra e jáproduziu uma dispensa de licitação de R$2milhões a ser paga adiantada com odinheirinho que a senhora recolhe emimpostos’.

Meu gabinete está aberto aos queassim desejam proceder.

Muito obrigado! Sr. Presidente e Srs. Deputados,gostaria de dizer ao Sr. Ricardo LemosTomé, Diretor de Planejamento eCoordenação da Secretaria da SegurançaPública, para que cuide do seu serviço, dassuas ações perante a Secretaria, que écombater a criminalidade, evitando se fazercomo cachorro que obedece o seu dono,atacando aquelas pessoas que têm autori-dade política para fazer a defesa do floria-nopolitano e catarinense.

(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. PRESIDENTE (Deputado Sérgio

Godinho) - Passaremos ao horário reservadoaos Partidos Políticos. Hoje, terça-feira, osprimeiros minutos são destinados ao PP.

Com a palavra o Deputado AntônioCarlos Vieira, por até 10 minutos.

O SR. DEPUTADO ANTÔNIO CARLOSVIEIRA - (Passa a ler)

“Sr. Presidente e Srs. Deputados, ODiário Catarinense publicou um artigo de minhaautoria no qual procurei repercutir duas falasanônimas de cidadãos florianopolitanos acercada violência que se alastra velozmente naCapital do Estado. Como tanto o DiárioCatarinense quanto o jornal A Notícia, quepublicaram os depoimentos, por motivo desegurança não revelaram os nomes dos seusatores, denominei-os ficticiamente de ‘marias’.

Eu não vou, de forma alguma,aquietar-me, Sr. Ricardo Lemos Tomé. Eu nãoo conheço e vou começar a desprezá-lo,porque ele obedece uma linha de ação do seupatrão, do seu chefe como o dono do cachorro.

O PMDB tem mesmo uma atraçãofatal por esta obra. Em 04 de maio o doutorPaulo Cezar Ramos de Oliveira, entãoSecretário da Justiça e Cidadania, assinou com

O Sr. Deputado Joares Ponticelli -V.Exa. me concede um aparte?

O SR. DEPUTADO ANTÔNIO CARLOSVIEIRA - Pois não!

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6 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 5.159 09/09/2003

O Sr. Deputado Joares Ponticelli - NobreDeputado, quero me solidarizar com V.Exa.

Temos também algumas coisasestruturais para discutir, como o número deefetivos que continua ainda bastantedeficitário, como o aparelhamento comarmamento e colete à prova de balas, paramaior segurança e melhor eficiência do serviçoostensivo e preventivo da Polícia Militar.

O Sr. Deputado Dionei Walter daSilva - V.Exa. me concede um aparte?

Também vou responder àquele queescreveu e mandou um subalterno assinar. Quecoisa feia! E é um Parlamentar, alguém que tem alegitimidade do voto e que não tem a coragem deassinar o que pensa e o que escreve. Manda umsubalterno, manda um comissionado assinar. Issocoloca em questionamento o caráter, quandomanda um subalterno assinar. Mas vou respondertambém.

O SR. DEPUTADO WILSON VIEIRA -Pois não!

O Sr. Deputado Dionei Walter daSilva - Quero cumprimentar V.Exa. pelo temaabordado e dizer que essas audiências querealizamos na área da Segurança Pública portodo o Estado de Santa Catarina forambastante elucidativas.

A unificação das polícias é uma metaainda a ser atingida e não é tão fácil, mas nósentendemos que tem que ser viabilizada omais breve possível, a fim de ter um melhoraproveitamento dos profissionais disponíveisnas duas polícias.

Nós conseguimos trazer um dia-gnóstico da realidade na questão da segu-rança pública em Santa Catarina. Nós per-cebemos, com raras exceções, a falência dosistema prisional no nosso Estado, oproblema gravíssimo dos centros de interna-mento de menores, porque quando o menorchega a um centro de internação ele já évítima de violência, muitas vezes, nafamília, de exclusão, de rejeição, e o tra-tamento dispensado a este jovem no centrode internamento, às vezes, acabareproduzindo as agressões e a exclusão queele sofre fora dali, não permitindo a recu-peração.

Neste momento quero só mesolidarizar com V.Exa. e dizer que ao tempo oSecretário da Segurança fica usando seussubalternos para assinar aquilo que eleescreve e pensa, ele deveria cuidar muito maisde uma política de segurança pública paraSanta Catarina e não da politicagem desegurança pública que está se implantando emnosso Estado, infelizmente.

Além desses aspectos, temos aquestão da Corregedoria para podermosafastar dos quadros da Polícia Militar aquelesprofissionais que infelizmente acabaram secorrompendo e passando para o outro lado,quando sabemos que a maioria dosprofissionais são excelentes, que sepreocupam com a segurança pública e queprecisam ser diferenciados dessa minoria, queinfelizmente faz um trabalho contrário aoserviço de segurança necessário para o povocatarinense.

O SR. DEPUTADO ANTÔNIO CARLOSVIEIRA - Como isto é uma política local e trata-se de artigo colocado no jornal DiárioCatarinense, muitos dos senhores podem nãoter lido, mas vou dar a fonte para que osParlamentares, Deputado Mauro Mariani,verifiquem se no meu artigo publicado no dia 2de setembro tem alguma coisa que macule oualguma coisa infame contra alguém da atualadministração, muito pelo contrário, aresposta, sim, é infame e não representaabsolutamente quem deveria respeitar eobservar a segurança pública do nosso Estado.

É importante resgatar também que onosso Estado tem que resolver rapidamente,de forma urgente, a questão dos Cips, Centrode Internação Provisória do Menor, até porquetem que se buscar a recuperação doadolescente.

O sistema prisional também nãopermite nenhum tipo de recuperação. Muitopelo contrário, na sua grande maioria permiteo aprofundamento da bandidagem, digamosassim, porque não existe um sistema quesepare os presos por tipo de delito, e nóssabemos que existe diferença.Nós pudemos constatar, nas au-

diências que realizamos, que mais de 80% dacriminalidade ocorrida em nosso Estadoenvolve pessoas na faixa etária de 16 a 24anos. A grande maioria dos crimes não sãocometidos por adultos mais maduros, com 30,35 ou 40 anos, a não ser aqueles casos dereincidência; a grande maioria, infelizmente,são jovens, são adolescentes ou cidadãosnuma faixa etária abaixo de 24 anos.

Existe, por exemplo, o traficante dedrogas, o estuprador, crimes que sãopremeditados, crimes em série, aqueles emque a pessoa tem um desvio de personalidade,e também o homicídio causado muitas vezespor um infortúnio numa briga de jogo defutebol, onde a pessoa acaba se alterando ematando alguém, mas são pessoas de bem,pessoas que não poderiam estar, de formanenhuma, misturadas a esses elementos.

Faço como o Deputado RonaldoBenedet colocou muitas vezes aqui nestatribuna, querendo fazer uma política parafrente. E quero fazer um repto a todos nós,Deputados: estudarmos coisas de SantaCatarina para o catarinense. Agora, não é comassessores como este da área da Segurançaque o atual Governo vai sair da letargia em quese encontra. Isso é lamentável e mostra que a

sociedade catarinense precisa se estruturarmuito para poder reverter esse quadro. Masessa situação não é mérito nosso, o problemacom essa faixa etária também ocorre emoutros Estados.

Nós vamos, sim, ter medo de sair àsruas por conta de irresponsáveis como esteque hoje exerce função na Secretaria daSegurança Pública.

No entanto, acabam misturadosdurante 10, 15 anos e, por fim, se trans-formam em marginal. Quem, hoje em dia, abreas portas para um ex-presidiário? E essadificuldade nós presenciamos, também, comos ex-internos do Centro de Internamento deMenores.

Muito obrigado!(SEM REVISÃO DO ORADOR) A polícia também precisa fazer um

investimento na ampliação dos seusprogramas de formação e nos esclarecimentossobre os seus serviços, sobre a sua atividadenas escolas. Apesar de já termos muitosprogramas nesse sentido, é necessário quesejam ampliados ainda mais.

O SR. PRESIDENTE (Deputado SérgioGodinho) - Ainda dentro do horário reservadoaos Partidos Políticos, os próximos minutossão destinados ao PT.

Temos o relato de uma experiênciarealizada em Chapecó, onde é feito umtrabalho com oficinas, com padarias, comcosturas, além de outras atividades queacabam recuperando, de certa forma, oadolescente. Mas o que ocorre é que ele saidali, volta para a mesma realidade familiar ecom um agravante, ou seja, o carimbo de terpassado pelo Centro de Internamento deMenores. Aí ele não tem oportunidade detrabalho, de emprego e acaba voltando para adelinqüência.

Com a palavra o Deputado WilsonVieira, por até 15 minutos.

O SR. DEPUTADO WILSON VIEIRA -Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs.Deputados, na semana passada a Comissãode Segurança da Assembléia Legislativaencerrou uma série de audiências públicas,num total de 16, que foram realizadas emdiversas regiões do Estado de Santa Catarina,com o objetivo de podermos saber exatamenteo perfil da criminalidade nas regiões e tambémpara sentir da própria população o conheci-mento que tem sobre a segurança pública,além de saber as suas principais propostas,reivindicações, metas e prioridades para que afamília catarinense possa ter tranqüilidade esair às ruas sem se preocupar, sentindo-sesegura em nosso Estado.

Com relação à faixa etária quedetermina o maior índice de criminalidade, nóstemos também a incidência de crimes cometidospor homens - a grande maioria dos crimesnormalmente são cometidos por cidadãos do sexomasculino, o índice de mulheres envolvidas nacriminalidade é bastante pequeno.

Quem sabe temos que entender melhoras mulheres para podermos reverter essaestatística, já que as mulheres têm umaincidência muito pequena, pelo menos em nossoEstado, de envolvimento com o crime comum e,muito menos, com o crime organizado. Mas sobresegurança há muito que se falar.

Então, é com este intuito que nósestamos elaborando um projeto de lei,juntamente com V.Exa., visando a criaçãodo Pró-Egresso, um programa destinado àpopulação egressa do sistema prisional. Ébastante completo, a exemplo do que existeno Estado do Paraná, prevendo convênioscom empresas, inclusive com incentivofiscal, para oportunizar vagas de trabalho aegressos e, principalmente, com oacompanhamento e parceria deuniversidades, com equipes da áreajurídica, da área de assistência social, deassistência à saúde e psicológica.

Nós temos a questão também doregresso do presidiário à sociedade. Não adiantao preso cumprir sua pena, passar alguns anosdetido e não estar preparado para voltar àsociedade, para voltar para a sua família.

As audiências também serviram paracontar muitas das mazelas que temos nosistema de segurança de Santa Catarina. Emesmo sabendo que o Governo do Estadoassinou o protocolo de intenções, é nossaintenção contribuir nesse processo,apresentando relatório de todas as audiênciasrealizadas, a fim de que o Governador possater dados colhidos pela Comissão deSegurança deste Poder in loco, sabendo dequestões que não chegam ao conhecimento doSecretário de Segurança ou do Governo doEstado.

Sobre isso, inclusive, este Deputado,juntamente com o Deputado Dionei Walter daSilva, está desenvolvendo para estabelecer umprograma que vise garantir a preparação dopresidiário para quando ele conquistar aliberdade, para que ele possa estar preparadopara enfrentar as adversidades do mercado doqual há muito tempo ele estava desconectadoe que ele não reincida, não volte novamente àvida do crime.

O nosso projeto prevê que o Estadofaça esses convênios, muitas vezes permitindoaos profissionais a oportunidade de estágio,com baixo custo para o Estado e permitindoque se trabalhe também a família do preso,porque não adianta recuperar o apenado se asua família mantém uma rotina que o levaránovamente ao delito.

DIVISÃO DE ANAIS - Processo Informatizado de Editoração

09/09/2003 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 5.159 7

Então, acho importante nósestarmos atentos a isto, como DeputadosEstaduais, responsáveis que somos porlegislar no Estado de Santa Catarina. E esseprojeto permite que a Secretaria da SegurançaPública e Defesa do Cidadão faça um efetivotrabalho de recuperação dos detentos.

Para encerrar, Sr. Presidente, gostariade dizer que muitos projetos terão que passar poresta Casa para que se modernize o sistema desegurança em nosso Estado. E vamos precisar doapoio de todos os nobres Pares para poderaprovar esses projetos, a fim de realmentereestruturarmos e modernizarmos o sistema desegurança do nosso Estado.

Uma realidade um pouco diferente,pois lá existe uma aldeia que já era doconhecimento de todos. Existem índios quelá residem, que pleitearam judicialmente aampliação da área e conseguiram. Setentae seis famílias foram indenizadas pelassuas benfeitorias, de acordo com o valordepreciado da propriedade, com aviário,casa de alvenaria, uma boa estrebaria euma boa possilga. Agricultores que moramhá mais de 50 anos, com um patrimônioestimado em R$200 mil, R$300mil, R$400mil ou R$500 mil, receberam indenizaçõesna casa de R$30 mil, 35 mil, R$40 mil.

Sabemos que é um começo; não ésó isso que vai resolver, pois precisamosequacionar a questão da separação dospresos e o cumprimento da Lei de ExecuçãoPenal, que é de primeiro mundo, mas suaaplicação deixa muito a desejar e permite, até,que existam presídios, como o de Itajaí hápouco tempo, completamente controlado pelospresos. Somente com a troca do diretor e atransferência de alguns líderes é que a políciaconseguiu entrar dentro do presídio. Então,são situações que já presenciamos emdiversas ocasiões e que não podem continuar.

Muito obrigado!(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. PRESIDENTE (Deputado Sérgio

Godinho) - Ainda dentro do horário reservadoaos Partidos Políticos, os próximos minutossão destinados ao PFL.

Com a palavra o Sr. Deputado JoãoRodrigues, por até 15 minutos.

Muitos deles com esse dinheirorecebido pela indenização da benfeitoriacompraram casas populares em Chapecó,Deputado Mauro Mariani, mudaram-se paraa cidade, estão desempregados e perderama área de terra que possuíam. Outros estãofazendo a mudança hoje e os jornais deontem, de Chapecó, noticiavam de que“índios da Sede Trentin ameaçam: se agri-cultor plantar não vai colher”. Então, são 76famílias, seres humanos, homens e mu-lheres que compraram, não roubaram deninguém, não tomaram nada de ninguém,mas estão sendo desprezados e expulsospraticamente de suas propriedades.

O Sr. Deputado Genésio Goulart -Peço a palavra, pela ordem, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Deputado SérgioGodinho) - Com a palavra, pela ordem, o Sr.Deputado Genésio Goulart.Eu agradeço a V.Exa. pelo tempo que

me cedeu neste aparte longo, mas acho queera importante fazer este registro.

O Sr. Deputado Genésio Goulart - Sr.Presidente, só gostaria de registrar a presençado nosso Vereador Geraldo Pereira, popularJarrão, da cidade de Tubarão.

O SR. DEPUTADO WILSON VIEIRA -Obrigado, Companheiro Dionei Walter da Silva.

Eu quero dizer que uma das coisasque mais me impressionaram é o fato de nopresídio de Concórdia existir uma linha deprodução de calçados e mochilas. E alguémcomentou que aquela empresa que tinhaaquela linha de produção já havia ganho quatrograndes concorrências públicas para fornecerbotinas e mochilas em outros Estados daUnião.

O SR. DEPUTADO JOÃO RODRIGUES -Sr. Presidente e Srs. Deputados, gostaria deaproveitar o espaço que o Partido me abre nodia de hoje para trazer algumas informaçõesaos demais Deputados com relação àaudiência pública que a Comissão deAgricultura, presidida pelo Deputado MauroMariani, da qual temos a satisfação de fazerparte, instalou.

O que me chama a atenção,Deputados Mauro Mariani e Manoel Mota, éque agora, em Cunha Porã, o Deputado MauroMariani, quando presidia a Comissão deAgricultura, ouviu dos agricultores que láestavam uma manifestação. Tiveram umainformação de que tramita na Casa um projetopara o Governo do Estado indenizar as áreasde terra.

Trata-se, na verdade, de umasituação de grande risco, porque daqui apouco nós estaremos colocando linhas deprodução em competição desigual no mercado,pondo em risco o emprego daquele trabalhadorque não cometeu crime algum, mas que vaificar desempregado porque a empresa na qualele trabalhava está perdendo mercado porconta do que é produzido dentro dos presídios.

Estivemos em Cunha Porã na quinta-feira passada para discutir com a comunidadedaquela grande região, que compreende ochamado Vale do Araçá, o conflito indígena.

Srs. Deputados, esta talvez foi amaior audiência pública que já tive a opor-tunidade de participar, pois havia aproximada-mente três mil pessoas, Deputado RonaldoBenedet. No encontro da última quinta-feira,estavam agricultores, comerciantes. Vejam queaté o comércio daquela cidade fechou suasportas e os alunos dos estabelecimentos deensino foram dispensados da aula. Tudo issopara poderem participar daquele grandeevento, daquela festa da democracia, onde pormais de três horas foi discutida a questãoindígena do Vale do Araçá.

Veja só, Deputado Sérgio Godinho,que na humildade daqueles agricultoreseles entendem que é inviável esteposicionamento! E eles é que se manifes-taram durante a audiência pública. Nãofomos nós, Deputados, não foi o DeputadoMauro Mariani, que é da Bancada doGovernador, não foi o Deputado Herneus deNadal, que é Líder do Governo naAssembléia Legislativa.

Então há muito que se fazer emmatéria de presídio como formação escolar eprofissional, preparação para o reingresso nasociedade. Agora, temos que ter muito cuidadocom a história de começarmos a introduzirindústrias e linhas de produção dentro dopresídio, porque a conseqüência pode ser piordo que a situação que se vive hoje.

Não fomos nós, foram os agricul-tores que se levantaram e se manifestaramdizendo que não querem; eles querem épermanecer nas suas propriedades. Mas naSede Trentin o que me preocupa, DeputadoMauro Mariani, é que o Governo Federal,através da Funai, não está tendo a sensibi-lidade de indenizar esses agricultores pelassuas áreas de terra.

O Sr. Deputado Joares Ponticelli -V.Exa. me concede um aparte?

Quero trazer aos senhores, commuito entusiasmo, a união do povo daquelaregião, mas ao mesmo tempo um certo graude preocupação e um pouco de decepçãopelas articulações patrocinadas por algunsorganismos que se dizem defensores dopróprio índio e dos excluídos. Mas naquelaregião não existe nenhum índio para contar ahistória e ninguém tem notícias de que alitenha existido algum indígena.

O SR. DEPUTADO WILSON VIEIRA -Pois não!

O Sr. Deputado Joares Ponticelli -Quero cumprimentar V.Exa. pelo importantetema que traz ao debate na tarde de hoje. Mas o que mais me preocupa é

que Chapecó, Deputado Manoel Mota, teveum Prefeito que hoje é Ministro e jogafutebol com o Presidente domingo demanhã; come churrasquinho domingo aomeio-dia com o Presidente, o que me deixaum tanto chateado e preocupado. Será queesse Ministro, ex-Prefeito, não tentousensibilizar o Presidente de que na terraonde foi Prefeito existem 76 famílias queestão tendo que engrossar a periferia dacidade de Chapecó aumentando o índice dedesempregados? Porque, na sua maioria,são agricultores de 45, de 50 e até 60 anosde idade. Onde é que esses homens emulheres vão conseguir arrumar umemprego? De que formas poderão ingressarno mercado de trabalho?

De fato, o crescimento daviolência preocupa a todos. E hoje, ainda, ojornal Diário Catarinense trouxe uma amplamatéria dando conta do crescimento verti-ginoso da violência no Município deTubarão, como acontece em todo o Estadoe em todo o País.

Unânimes são as opiniões e asafirmações de todos que residem naquelagrande região, os Prefeitos Municipais, asCâmaras de Vereadores, as associaçõescomerciais. No entanto, nós temos o ConselhoIndigenista Missionário que está por trásdessas ações indígenas desencadeadas portodo o nosso País. E na região do Araçáexecutaram, há três anos, uma invasão deterra, onde aproximadamente 50 ou 60indígenas acamparam por mais de 10 ou 15dias, até que de lá foram retirados por umadeterminação judicial.

É preciso que sejam implementadasações firmes, fortes e urgentes para quepossamos coibir o crescimento da violência,que começa a gerar uma histeria coletiva, umapreocupação generalizada.

Antes, parecia que isso tudo estavalonge de nós, estava só no Rio de Janeiro, emSão Paulo, depois na Grande Florianópolis, quejá conta com o número de 130 assassinatossomente neste ano, e agora já está chegandoàs pequenas cidades de Santa Catarina, nosMunicípios menores, com números que efetiva-mente nos assustam.

Então, quero trazer para V.Exas. apreocupação que estamos tendo, porque essamesma área estará sujeita, amanhã ou depois,por uma determinação judicial, por umcanetaço, a se tornar uma área indígena semnunca ter sido área indígena e mais de cemfamílias serem desalojadas, a exemplo do queestá acontecendo hoje, nesta terça-feira, naSede Trentin, Município de Chapecó.

Então, trago este assunto aquipara o Plenário, para que os Srs. Deputadostomem conhecimento das covardiaspatrocinadas pelo Estado de Santa Catarinaafora, onde homens de bem são tratadoscomo bandidos, onde famílias de bem sãodesprezadas e escurraçadas de cima do seupatrimônio.

Por isso cumprimento V.Exa. pelaimportância do tema que traz hoje a esta Casa.

O SR. DEPUTADO WILSON VIEIRA -Agradeço a V.Exa. pelo aparte, nobreDeputado.

Processo Informatizado de Editoração - DIVISÃO DE ANAIS

8 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 5.159 09/09/2003

Quero trazer esta preocupação atodos os Parlamentares, porque enquantoestamos aqui discutindo e debatendo osproblemas do nosso Estado, existem só naSede Trentin 76 famílias sem terra. Na regiãode Vitor Meirelles e na região de Ibiramaexistem mais de 500 famílias sem terra e naregião do Vale do Araçá existem mais de cemfamílias sem terra.

Então, em nome daqueles cata-rinenses, em nome do mais pobre, do maishumilde, eu faço este apelo, porque quemprocura, Deputado Celestino Secco, o SUS é opovo pobre. O rico paga do bolso, o ricoprocura os grandes centros e paga particular,mas o pobre tem que se sujeitar à fila deespera, aguardar o seu momento e sabendoque ali, ao lado de casa, tem um hospitalpreparado para fazer esse serviço, mas nãopode fazer porque o Governo não quer, não fazporque o Governo não deixa.

Antes de ouvir o Secretário JoãoHenrique Blasi, quero dizer que, quando temque escrever alguma coisa, ele mesmo assinae não fala por interpostas pessoas.

Com todo respeito, o DeputadoAntônio Carlos Vieira tem o direito de fazersuas manifestações, escrever os seus artigose também exprimir suas posições, mesmo quecontrárias ao Governo. É um direito doParlamentar, de qualquer cidadão querespeitamos, embora não concordemos comalgumas posições e argumentos. Mas querodizer que o respeito à posição adversa sempretem que ser garantida nesta Casa até para umconvívio democrático importante.

E se nós, Deputados Estaduais,independentes de Partido Político, deixarmospassar desapercebidos esses atos de covardiapelo nosso Estado, teremos milhares emilhares de catarinenses amanhã, que ontemtinham terras, mas tinham terras porquecompraram e pagaram por suas áreas de terra,sem terras, porque foram forçados pelomesmo Governo que se dizia defensor dopequeno produtor rural, do pequeno agricultore do defensor dos excluídos... Trago estapreocupação.

Então, que tipo de saúde é essa,que tipo de Governo é esse que se diz umGoverno popular, para o menos favorecido?! Jáse passaram de oito para nove meses desteGoverno e até agora o Hospital São Paulo deXanxerê continua sendo tratado com desprezo!

Mas vou conversar com o DeputadoJoão Henrique Blasi e vou procurar trazer,analisando o que V.Exa. colocou, a resposta doSecretário João Henrique Blasi.A conversa é mensalmente a

mesma: “mês que vem será credenciado”. Osmédicos e a comunidade se unem, sepreparam e a informação é a seguinte: “nomês que vem será credenciado”.

O Sr. Deputado Antônio Carlos Vieira- V.Exa. me concede um aparte?

Por outro lado, quero aproveitar parainformar, já que hoje não tive a oportunidadede assistir ao programa, que foi transmitidanuma emissora de televisão uma matéria ondea Procuradoria-Geral da República estariadeterminando ou pelo menos fazendo umencaminhamento para que o Governo doEstado aumentasse a oferta em cirurgiascardíacas no Estado de Santa Catarina.

O SR. DEPUTADO RONALDOBENEDET - Pois não!

Então, faço um apelo àqueles daBipartite, do Side, da Secretaria da Saúde, doGoverno Federal e do Estado: por favor, unam-se, discutam o assunto e parem de fazer depalhaços o nosso povo do grande Oestecatarinense e o nosso glorioso Hospital SãoPaulo, que não merecem um tratamento dessanatureza e um desrespeito desta forma comoestá ocorrendo na cidade de Xanxerê.

O Sr. Antônio Carlos Vieira -Deputado, eu até gostaria que fosse levado aoSecretário João Henrique Blasi o pronuncia-mento para ele dizer se concorda ou não como que disse o seu assessor.

Se ele concordar, é porque sãopalavras dele. Se ele não concordar, ele asretira.Para se ter uma idéia, em Joinville,

existem mais ou menos em torno de 40cirurgias/mês, para uma fila de 200 que estãoaguardando a oportunidade de fazer umacirurgia cardíaca. E todos nós sabemos quecom o coração não se brinca.

Quem assinou, assinou comoocupante de um cargo de comissão.Dito isso, encerro aqui as minhas

colocações agradecendo aos Srs. Deputados edizendo que estamos atentos quanto aocredenciamento do Hospital São Paulo, deXanxerê.

O SR. DEPUTADO RONALDOBENEDEET - Mas volto à tribuna desta Casanovamente para falar sobre o tema doaumento, do reajuste de salários.Enquanto isso ocorre muita procura

e pouca oferta, em Xanxerê. E quero registrar,mais uma vez, da tribuna da Assembléia, que oHospital São Paulo está com todos osequipamentos adquiridos, está montado,preparado, instalado como qualquer outrogrande hospital de Santa Catarina, com oquadro de médicos treinados, já realizandoprocedimentos cardíacos, mas tudo particular.

Espero que não passe desaper-cebido, porque se fosse um período eleitoral,se estivéssemos prestes a disputar umaeleição, não tenho dúvidas de que até umverdadeiro milagre seria operado paracredenciar o hospital do Oeste catarinensepara prestar serviços dessa natureza. Mascomo estamos distantes da grande safra, queé a safra do voto, parece-me que se estáempurrando um pouco mais com a barriga,morrendo, assim, alguns catarinenses pobresque não têm dinheiro para pagar uma cirurgiado coração.

Quero trazer à Casa este temaporque a maioria dos funcionários públicos doEstado de Santa Catarina, que são em tornode 122.74, reclamou hoje para os Deputados,na reunião da Bancada, que quer receber oseu abono, que para eles não interessa comoé que vem, se em forma de abono ou reajuste.O que querem é o salário pago no contra-cheque.Estão aguardando credenciamento

pelo SUS, o qua está sendo protelado mês amês. E a cada mês que passa mais de ummilhão de habitantes do Oeste catarinense nãotem o direito de ter esse atendimento. E oscatarinenses daquela parte do Estado queficam relegados ao segundo plano têm, comfreqüência, de procurar atendimento em PassoFundo, em Porto Alegre, em Curitiba e, quemsabe, em Florianópolis.

Na verdade, muitos já compraram nosupermercado a mais, já contraíramprestações nas lojas, pois estavam contandocom o aumento em seu salário, muitos nacasa dos 43%, outros 30%, outros 20%, equando foram ver o salário, verificaram queainda não estava creditado o aumento no seucontra-cheque. Isto os frustrou.

Parece-me que não faz diferençapara alguns, mas, quem sabe, num novo pleitoeleitoral possamos ouvir candidatos dos maisdiversos Partidos se debruçarem, chorando atéem alguns palanques em nome daquelesmenos favorecidos que não tiveramoportunidade de receber um atendimentodigno, de respeito e perto de casa, comoteriam direito, e quem sabe até faturem maisalguns milhares de voto para conquistarem osseus pleitos.

E o que acontece, Deputado EduardoCherem? Na verdade, a culpa está começandoa cair sobre os Deputados porque oGovernador já concedeu o abono, mandou paraesta Casa no começo do mês de agosto, estaCasa ainda não votou, foi feito um projeto delei para alterar uma lei complementar e estácomeçando a inviabilizar a concessão doreajuste de 1%, mas o que eles mais querem éesse abono.

Então, na qualidade de um cata-rinense que faz parte de uma região relegadaao segundo plano, faço aqui um apelo àsautoridades da saúde do nosso Estado: aonosso glorioso Secretário Fernando Agostini,ao Governador Luiz Henrique da Silveira, quetem se preocupado em descentralizar oGoverno, às demais autoridades ligadas à áreada Saúde, quer seja do Governo Federal ou doGoverno do Estado. Porque o Oeste catari-nense também existe!

De qualquer forma, fica o nossodesabafo em nome do povo e do Oestecatarinense, em especial em nome de toda adireção e do quadro clínico do Hospital SãoPaulo, da cidade de Xanxerê.

Deputado Mauro Mariani, o quequero colocar aqui é que esta Casa não podecriar um problema para a vida dostrabalhadores do serviço público, porque sãomais de 65% dos funcionários do Estado deSanta Catarina que ganham menos deR$1.500,00, num número de 122.748funcionários.

Esta região, distante da Capital doscatarinenses, merece um tratamento derespeito, merece um atendimento digno,porque também produz, também planta paraque este País possa comer.

Muito obrigado!(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. PRESIDENTE (Deputado Sérgio

Godinho) - Ainda dentro do horário reservadoaos Partidos Políticos, os próximos minutossão destinados ao PMDB.Então, faço este apelo às autori-

dades, porque, pelo que me parece, é atéum descaso o que está acontecendo com oOeste catarinense. Não existe em nenhumMunicípio de toda aquela grande região umatendimento credenciado pelo SUS, na áreado coração.

Com a palavra o Deputado RonaldoBenedet, por até 10 minutos.

É claro que o ideal seria darmos umaumento de 18%, 19%, como algunsDeputados querem, mas não temos condições.O SR. DEPUTADO RONALDO

BENEDET - Sr. Presidente e Srs. Deputados,gostaria de dizer ao Deputado Antônio CarlosVieira que vou conhecer o assunto junto aoSecretário da Segurança João Henrique Blasi,já que não está presente para fazer suasexplicações e trazer as explicaçõesnecessárias no sentido de esclarecer o que oDeputado Antônio Carlos Vieira assim colocou.

Então, não podemos inviabilizar oGoverno. O Governo Federal foi responsável econcedeu um aumento de 1% mais um abonode R$59,00 ou R$69,00. É o que ele podedar, Deputado Rogério Mendonça, para nãoinviabilizarmos o Governo e depois nãopodermos pagar a folha de pagamento, comoaconteceu no Governo de Paulo Afonso.

Temos um hospital devidamenteequipado com um quadro clínico de primeiraqualidade, mas não existe um credenciamento.E mês a mês, Deputado Sérgio Godinho, vemsendo empurrado com a barriga.

DIVISÃO DE ANAIS - Processo Informatizado de Editoração

09/09/2003 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 5.159 9

O Governador Paulo Afonso deu, sobpressão, um aumento aos funcionários, nocomeço de seu Governo, mas depois oinviabilizou porque não tinha mais como pagara folha de pagamento.

Deputado Ronaldo Benedet, háuma Lei de Responsabilidade Fiscal. OGoverno Federal não inventou. Ele teve que,dentro da lei, da sua possibilidade, dar umaumento de 1% e beneficiar uma classemais sofrida, porque a questão dos 69% vaibeneficiar uma classe mais sofrida,daqueles que menos ganham. SantaCatarina não fez diferente. Quer dizer, fez omesmo encaminhamento e só conseguiu darum abono um pouco maior para os pro-fessores ou servidores que ganham até R$500,00, evidentemente, vão ganhar 35%,40%. Agora, quem ganha muito, isso nãosignifica nada.

Sentimos a angústia do nossoGovernador de querer fazer realmente com queesse reajuste fosse maior, mas dentro de umaresponsabilidade fiscal, de uma responsabi-lidade de homem público. Todos nós queremoso melhor para os servidores públicos, massabemos que alguns Deputados da Oposiçãoque têm outra visão, outro entendimentotambém foram Secretários e sabem dadificuldade de, em muitas vezes, se dar umaumento e não ter condições para isso.

O Governo passado demorou doisanos e seis meses para dar o primeiroaumento aos funcionários públicos sobalegação de que estava atrasado, masagora querem que o Governo do Estado dê18% de aumento. Isto vai inviabilizar oGoverno do Estado de Santa Catarina, quenão é só do Governador Luiz Henrique, é detodo o povo de Santa Catarina e de todosos servidores.

A nossa posição é de responsabi-lidade, é de saber o que estamos fazendo, ecom certeza temos quatro anos para recomporessa defasagem salarial.

O Sr. Deputado Rogério Mendonça -V.Exa. me concede um aparte?

Acho que está na hora de o Parlamentodar uma resposta à sociedade catarinense ebeneficiar aqueles que ganham menos.

Gostaria de dizer, Deputado RogérioMendonça, que no dia 05 de setembro, nacidade de Porto Belo, mais uma vez pudemosver a descentralização em ação. Estivemos láreunidos com a Secretaria Regional de Itajaí epudemos perceber a alegria estampada norosto dos Prefeitos que compõem aquelaRegional.

O SR. DEPUTADO RONALDOBENEDET - Pois não! Este é o princípio do Governador Luiz

Henrique Silveira e Eduardo Pinho Moreira,que, depois de analisaram, viram que a únicaforma de poderem contribuir com esseprocesse de igualdade entre o maior e o menorsalário era esse abono.

O Sr. Deputado Rogério Mendonça -Nobre Deputado, V.Exa. tem toda razão nassuas colocações, até porque o Estado doParaná, por exemplo, não está dando nenhumreajuste, abono porque é impossível. OGoverno Federal está dando 1% de aumento eum abono de mais de R$50,00. Isso épossível.

E queremos dizer que não somentenos rostos dos Prefeitos, mas também dosConselheiros, porque eles foram osresponsáveis pelas reivindicações das obrasque o Governador precisava fazer naquelaregião, principalmente na área da Educação.

O SR. DEPUTADO RONALDOBENEDET - Em relação ao que estávamoscolocando, gostaria de dizer que isso éresponsabilidade do administrador público.Os Estados do Paraná e do Rio

Grande do Sul não estão dando nenhumreajuste salarial. O Governo Federal, da mesmaforma, está dando a Santa Catarina umreajuste pela atual circunstância muito bom,principalmente para quem ganha pouco.

Com relação aos Estados,Municípios e União, a tendência da evoluçãoserá caminharmos para o parlamentarismo.

Foram contemplados com váriosrecursos, quer seja para a construção de salade aula, de ginásio de esportes, para novoscolégios, para reformas de colégios antigosque se encontram em situação precária pelaSecretaria da Infra-estrutura e pela Secretariada Educação.

É necessário que tenhamos aresponsabilidade de saber que não podemosconceder reajustes aos servidores mais do queo Estado suporta. Qualquer pessoa que saibafazer um cálculo aritmético sabe que não épossível; não existe conta de chegada parasaber que não dá para dar o aumento propostode 18% linear a todos os funcionários. Nãoexiste dinheiro. Não dá para chegar a essaconta...

Deputado Ronaldo Benedet, eugostaria de fazer uma referência à filiaçãoda Deputada Simone Schramm ao PMDB. Noúltimo sábado, estive em Joinville, jun-tamente com o Governador e com as prin-cipais lideranças do PMDB do Município ede toda a região Norte, e vi a satisfação, aalegria, a maneira com que a DeputadaSimone Schramm foi recebida pelo PMDBjoinvilense.

Com apenas nove meses deGoverno, Luiz Henrique da Silveira, ao elevaraqueles Prefeitos, sem se importar a quePartidos pertenciam, foi entregar recursos aeles no valor de R$13 milhões para aconclusão das obras.(Discurso interrompido por término

do horário regimental.) Vejam bem a nossa alegria, uma vezque temos a nossa atuação naquela região.Dois dias antes estivemos na região de JoãoBatista e de Brusque entregando novas obras.

Gostaria de dizer que a nossaBancada, o PMDB de Santa Catarina estáeufórico porque a vinda da DeputadaSimone Schramm ao PMDB vai acrescentarem qualidade, porque é uma Parlamentaratuante, que conhece as diferentes áreas,principalmente a da Educação, e vai fazercom que o nosso Partido cresça em todosos sentidos.

(SEM REVISÃO DO ORADOR)OS R. PERSIDENTE (Deputado Sérgio

Godinho) - Ainda dentro do horário reservadoaos Partidos Políticos, os próximos minutossão destinados ao PSDB.

O Sr. Deputado Rogério Mendonça -V.Exa. nos concede um aparte?

Com a palavra o Sr. DeputadoEduardo Cherem, por até cinco minutos.

O SR. DEPUTADO EDUARDO CHEREM- Pois não!

O SR. DEPUTADO EDUARDOCHEREM - Sr. Presidente, Sras.Deputadas e Srs. Deputados, gostaria deparabenizar o Sr. Deputado RonaldoBenedet pelas suas colocações muitolúcidas a respeito da questão do abono eda reposição salarial. E todos nóssabemos da vontade iminente não só porparte do Governador e do vice-Governador, mas também da nossa parte,que damos sustentação ao Governo, detentar fazer o melhor possível dentro dalei salarial. Nós sabemos, mais do queninguém, sobre a importância de termosfuncionários merecedores de saláriosdignos.

O Sr. Deputado Rogério Mendonça -Eu não estive em Porto Belo, em Bombas, emfunção de compromissos já assumidos no AltoVale do Itajaí, mas falei com diversaslideranças da região. Inclusive hoje o vice-Prefeito de Porto Belo, Osvaldo Caudino RamosFilho, dizia-me do entusiasmo e da surpresa detodos e que até se perguntam como é quepode em tão pouco tempo terem sidorealizadas tantas obras, tantos convênios paratodos os Municípios, independentementedePartido.

Por isso, usando o espaço queV.Exa. está utilizando, que é do PMDB, querodar as boas-vindas à Deputada SimoneSchramm, e dizer que é com alegria querecebemos a sua filiação no nosso Partido.

O SR. DEPUTADO RONAlDO BENEDET- Nobre Deputado, fico orgulhoso de ter emnosso Partido a filiação da Deputada SimoneSchramm, agora de forma oficial. Seja bem-vinda, Deputada. Para nós é um orgulho tê-lano seio da nossa Bancada. Ele me relatou a questão da

sinalização para o asfaltamento de Perequêaté Santa Luzia, até a divisa com Tijucas; dasobras em todos os Municípios e do entusiasmode Prefeitos, conselheiros e lideranças, após areunião.

O Sr. Deputado Manoel Mota - V.Exa.me concede um aparte?

O SR. DEPUTADO RONALDOBENEDET - Pois não! Há uns dois ou três anos, em

uma entrevista nas páginas amarelas darevista Veja, o então Presidente FernandoHenrique Cardoso falava da dificuldadeda questão da reposição. Na ocasião,percebemos a sua angústia em falar aesse respeito, porque ele mais do queninguém gostaria de ter dado aqueleaumento que era reivindicado, mas dariasomente o que era possível.

O Sr. Deputado Manoel Mota - CaroColega, desejo cumprimentá-lo pelo pronuncia-mento que faz.

Realmente, orgulha-nos tudo issoque estamos vendo, não só lá em Porto Belo eem Bombas mas em toda Santa Catarina.Estava faltando à nossa Bancada

uma representação no Estado de SantaCatarina, porque a região Norte estavatotalmente aberta.

O SR. DEPUTADO EDUARDO CHEREM- E o mais importante de tudo isso (souDeputado de primeira Legislatura) é a emoçãoque sinto de chegar na nossa região e dizerpara os Prefeitos, para a nossa comunidadeque nós passamos casa por casa, rua por ruapedindo votos e procurando saber as rei-vindicações dos Municípios, e hoje está seconcretizando o que foi prometido na época.

A vinda da Deputada SimoneSchramm, além de trazer alegria para a nossaBancada, veio preencher um espaço muitoimportante. Ela é um fato novo. A primeiraDeputada do PMDB, o que é motivo de honrapara a nossa Bancada.

Ouvi também uma manifestaçãodo ex-Presidente quando o atual PresidenteLuiz Inácio Lula da Silva deu a reposiçãosalarial em torno de 1%, dizendo que sabiao que o Lula estava passando naquelemomento tão difícil para essa reposiçãosalarial.

Deputada, pode ter certeza queV.Exa. está em casa, na sua família que hoje éa Bancada do PMDB catarinense.

De minha parte estou muito feliz e...(Discurso interrompido por término

do horário regimental.)

Processo Informatizado de Editoração - DIVISÃO DE ANAIS

10 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 5.159 09/09/2003

(SEM REVISÃO DO ORADOR) O SR. PRESIDENTE (DeputadoRomildo Titon) - Com a palavra pela ordem,para uma questão de ordem, o Deputado RenoCaramori.

O SR. PRESIDENTE (Deputado RomildoTiton) - De acordo com dispositivo regimental, oprocesso de votação será secreto.

O SR. PRESIDENTE (DeputadoRomildo Titon) - Ainda dentro do horárioreservado aos Partidos Políticos, os próximosminutos são destinados ao PTB.

Os Srs. Deputados que votarem“sim” mantêm o veto e os que votarem “não”rejeitam-no.

O SR. DEPUTADO RENO CARAMORI -Sr. Presidente, eu estava preocupado e iaperguntar-lhe quando se daria o começo daOrdem do Dia, porque, regimentalmente,começa às 16h.

Com a palavra o Deputado SérgioGodinho por até cinco minutos. O Sr. Deputado Rogério Mendonça -

Sr. Presidente, peço a palavra.O SR. DEPUTADO SÉRGIO GODINHO -Senhor Presidente, Sras. Deputadas e Srs.Deputados, estou muito feliz em estarapoiando o Governo Luiz Henrique da Silveira.

O SR. PRESIDENTE (DeputadoRomildo Titon) - Com a palavra, pela ordem, oSr. Deputado Rogério Mendonça.

O SR. PRESIDENTE (DeputadoRomildo Titon) - Houve um pequeno atraso epor isso avançamos no horário.Na última semana, o próprio

Governador esteve em Lages fazendo umtrabalho maravilhoso, com toda a sua hu-mildade, com toda a sua dedicação. Nacampanha, Sua Excelência dizia que ia fazerpor toda Santa Catarina, e esteve em Lagesmobilizando, encabeçando, ajudando aorganizar o evento da solidariedade. Esseevento arrecadou mais de 30 toneladas dealimentos para serem doados aos carentesdaquela cidade.

O SR. DEPUTADO ROGÉRIOMENDONÇA - Só para confirmar, Sr. Presidente,para rejeitar o veto temos de votar “não”. E isso?Para rejeitar o veto temos de votar “não”?

Passaremos à Ordem do Dia.Srs. Deputados, esta Presidência dá

conhecimento ao Plenário que através do Atonº 039/2003, foi constituída a ComissãoParlamentar de Inquérito, integrada pelosDeputados Ronaldo Benedet, Antônio CarlosVieira, Reno Caramori, Ana Paula Lima, JoséPaulo Serafim, João Paulo Kleinübing e DjalmaBerger para, no prazo de 120 dias, investigar adívida pública do Estado.

O SR. PRESIDENTE (DeputadoRomildo Titon) - Pedimos a todos os Srs.Parlamentares que registrem seu voto.

(Procede-se à votação secreta porprocesso eletrônico.)

Votaram 33 Srs. Deputados.Temos 27 votos “não” e seis votos

“sim”.Foi um trabalho maravilhosocoordenado pela Secretaria Regional da cidadede Lages. E todos nós sabemos dasdificuldades na questão social; já nos mani-festamos muito sobre isso. O Governo doEstado esteve na cidade de Lages participandodo evento da solidariedade, e milhares depessoas fizeram a sua doação. O próprioGovernador entrou no evento doando o seumacarrão e mais algumas toneladas dealimentos.

Solicito ao Deputado Reno Caramori,como membro mais idoso entre os integrantes,que convoque a reunião de instalação daComissão e promova a eleição do Presidente edo Relator, conforme determina o art. 149, doRegimento Interno.

Está rejeitado o veto.Discussão e votação em turno único

da admissibilidade do Projeto de EmendaConstitucional nº 0006/2003, de autoria doSr. Deputado Lício Silveira e outros, queacrescenta parágrafo ao art. 110 daConstituição do Estado de Santa Catarina(Capital do Estado.)

A Presidência comunica que aComissão de Direitos e GarantiasFundamentais apresentou parecer favorável aoOfício nº 0047/2003, que encaminha relatóriode atividades da Sociedade Espírita deRecuperação, Trabalho e Educação, deFlorianópolis, referente ao exercício de 2002.

Conta com parecer favorável daComissão de Constituição e Justiça.

Quero parabenizar o Governador doEstado pela participação nessa festa dasolidariedade e por ter liberado naquelaocasião, Deputado Antônio Ceron, que tambémluta pela nossa região, e muito bem, R$247mil, a pedido deste Deputado, para o HospitalSeara do Bem.

Em discussão.O Sr. Deputado Dionei Walter da

Silva - Peço a palavra, Sr. Presidente.A Comissão de Saúde apresentouparecer favorável aos Ofícios nºs0042/2003, que encaminha relatório deatividades do Centro de Recuperação NovaEsperança, referente ao exercício de 2002e 0045/2003, que encaminha relatório deatividades da Fundação de Apoio aoHemosc/Cepon, de Florianópolis referenteao exercício de 2002.

O SR. PRESIDENTE (DeputadoRomildo Titon) - Com a palavra o Sr. DeputadoDionei Walter da Silva.

O SR. DEPUTADO DIONEI WALTER DASILVA - Sr. Presidente, a minha preocupaçãonesta questão da criação de Municípios vaimuito além da Ilha. Creio que a mesma preocu-pação que o Deputado Lício Silveira e outrostiveram para impedir a divisão da Ilha de SantaCatarina, teoricamente teria muito maiscondições de desmembramento do queinúmeros Municípios do Estado que já foramcriados!

Muitos dizem que o Governadornão está levando nada. Mas, em menos deum mês Sua Excelência levou para oHospital Seara do Bem, o segundo hospitalinfantil de Santa Catarina, R$70 mil para ascirurgias represadas e, no sábado, maisR$247 mil para a modernização de algunssetores do hospital.

Discussão e votação em turno únicoda Mensagem de Veto nº 00092/2003, deprocedência governamental, que aprecia o vetototal ao Projeto de Lei nº 040/2003, deautoria do Deputado Rogério Mendonça, quedispõe sobre a aplicação da Lei nº 6.816/86aos servidores da Secretaria de Estado daAgricultura e Política Rural.

Quero concluir dizendo que o PTBestá apoiando este Governo que estáfazendo muita coisa por Santa Catarina. Eutenho acompanhado o Governador emdiversos trabalhos por todo o Estado, e acada lugar que vamos é uma obra, é uminvestimento.

Então, devemos ter a preocupaçãode estudar um projeto que extirpe de vez apossibilidade de criação de Municípios emSanta Catarina ou que a regularizemos de umaforma mais decente.

Conta com parecer contrário daComissão de Constituição e Justiça.

Em discussão. Tivemos há pouco tempo matériasem jornal mostrando Municípios que nãoarrecadam sequer para a folha de pagamentode Vereadores e Prefeitos e que vivem dorepasse da União ou alguma coisa do Estadode Santa Catarina.

Este Governo está cumprindo o quedisse em campanha e eu, como serrano, apóioo Governo porque estou vendo que a nossacidade de Lages tem conseguido, e vaiconseguir muito mais, com esse apoio aoGovernador Luiz Henrique da Silveira, que já foimais de 10 vezes à região serrana parainaugurar obras, dentre elas a eletrificaçãorural, a festa da solidariedade e para liberaçãode verbas.

(Pausa)Não havendo quem o queira discutir,

encerramos a sua discussão.O Sr. Deputado Rogério Mendonça -

Pela ordem, para uma questão de ordem, Sr.Presidente. Essa era a preocupação que gostaria

de levantar.O SR. PRESIDENTE (DeputadoRomildo Titon) - Com a palavra pela ordem,para uma questão de ordem, o DeputadoRogério Mendonça.

Muito obrigado!(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. PRESIDENTE (Deputado

Romildo Titon) - Continua em discussão.Agora o Estado vai retomar aadministração do Hospital e MaternidadeTereza Ramos, fazendo com que ele setransforme num nosocômio regional, porqueele já o é de fato e de direito, já que a maioriada pessoas que ele atende vêm de toda aRegião Serrana.

O SR. DEPUTADO ROGÉRIOMENDONÇA - Sr. Presidente, solicito a V.Exa.que proceda a chamada dos Srs. Deputadospara verificação de quorum.

O Sr. Deputado Francisco de Assis -Peço a palavra, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (DeputadoRomilton Titon) - Com a palavra o DeputadoFrancisco de Assis.

O SR. PRESIDENTE (DeputadoRomildo Titon) - Faremos em seguida,Deputado. O SR. DEPUTADO FRANCISCO DE

ASSIS - Sr. Presidente, na mesma esteira quevem o Deputado Dionei Walter da Silva,também quero fazer a minha manifestação.

Então, com essa transferência,Deputado Eduardo Cherem, o Hospital eMaternidade Tereza Ramos, que tem pro-blemas sérios, agora poderá ser mais bemadministrado, com uma visão estadual, como apoio do Secretário da Saúde.

O Sr. Deputado Afrânio Boppré - Peçoa palavra, pela ordem, para uma questão deordem, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (DeputadoRomildo Titon) - Com a palavra pela ordem,para uma questão de ordem, o DeputadoAfrânio Boppré.

Penso que pelo simples motivo deFlorianópolis ser a Capital do Estado, se esseé o argumento principal, cabe a algumParlamentar fazer um projeto de lei, umaemenda constitucional proibindo a suaseparação. Caberia, se esse é o principalmotivo, repensarmos todos os demaisMunicípios de Santa Catarina.

Muito obrigado!(SEM REVISÃO DO ORADOR) O SR. DEPUTADO AFRÂNIO BOPPRÉ -

Peço a V.Exa. que esclareça ao Plenário que oencaminhamento para a derrubada do veto é“sim” e a manutenção do veto é “não”?

O Sr. Deputado Reno Caramori - Pelaordem, para uma questão de ordem, Sr.Presidente.

DIVISÃO DE ANAIS - Processo Informatizado de Editoração

09/09/2003 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 5.159 11

Joinville é a maior cidade do Estado,Criciúma, Chapecó, Florianópolis... Por que nãofazermos uma emenda proibindo de vez essaonda de emancipações no nosso Estado, Sr.Presidente? A cada dia são mais e maisDistritos entrando com pedidos.

O SR. DEPUTADO AFRÂNIO BOPPRÉ -Inicialmente, Sr. Presidente, gostaria deregistrar a presença do Vereador Tadeu Nasci-mento nas galerias desta Casa.

Por isso, é justa essa iniciativa,subscrita por 27 Deputados, para afastardefinitivamente qualquer pretensão nestemomento. Não é este o encaminhamento, aemancipação. Este é o momento de unirFlorianópolis, de encontrar alternativas para osproblemas e para a dor do nosso povo, masnão apresentar essa solução, que na verdadenão vai trazer expectativa real de melhoria dacondição de vida da nossa população.

Este é um assunto que, infeliz-mente, nós chegamos aonde chegamos.Tivemos que apresentar uma emenda àConstituição, uma lei complementar, paraevitar a emancipação do Norte da Ilha doMunicípio de Florianópolis, porque as coisasque estão acontecendo dentro daAssembléia assim exigiram.

Eu já alertei desta tribuna aoscolegas Deputados que virá uma onda deemancipações em Santa Catarina. Os Prefeitosdizem que não têm a mínima condição de daratendimento à população de seus Municípios,e lideranças desses Distritos, por motivospessoais, políticos, eleitoreiros vêm todos osdias pedir aos Deputados apoio, na ondaemancipacionista que está em Santa Catarina,ao seu Distrito para ele ser emancipado.

Por isso, Sr. Presidente, quero aquimanifestar de maneira contundente que nãopodemos deixar prosperar, e quero pedir oapoio de todos os Deputados paraconseguirmos, efetivamente, aprovar, até,como projeto de lei complementar.

Não foi gratuito que o Deputado LícioSilveira, apresentasse uma iniciativa quecontou, imediatamente, com 27 assinaturas, eque não foram emprestadas apenas paratramitar a matéria. Foram assinaturas comcompromisso de um posicionamento. Portanto,com uma qualidade diferenciada nestePlenário.

É hora de esta Casa, já disse issooutro dia da tribuna, dizer não a todos essesDistritos que querem fazer com que o seu povopasse fome, que não tenha saúde decente,que não tenha policiamento nas ruas, que nãotenha educação. É hora de esta Casa, de cadaum de nós, Deputados, com a responsabi-lidade que temos, dizer não a essa onda deemancipações no nosso Estado.

Muito obrigado!(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. PRESIDENTE (Deputado

Romildo Titon) - Continua em discussão.Foi um trabalho importante do

Deputado Lício Silveira, que vem ao encontrodo que nós já estamos há muito tempo defen-dendo.

O Sr. Deputado Reno Caramori - Peçoa palavra, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (DeputadoRomildo Titon) - Com a palavra o Sr. DeputadoReno Caramori.Então, a primeira questão que eu

gostaria de registrar, Sr. Presidente, é oproblema da inexistência da lei complementarfederal.

Não é justo fazermos isso apenascom Florianópolis, de garantirmos aintegridade de todas as regiões deFlorianópolis, dos bairros, dos Distritos!Precisamos fazer isso com todo o Estado deSanta Catarina neste momento, Sr. Presidente!Até é possível, no futuro, discutir, mas nestemomento de dificuldade que vive o País,quando Prefeitos reclamam que sobrevivemapenas com o Fundo dos Municípios - FPM,como é que pode algumas comunidades seorganizarem e vir implorar aos Deputados queapóiem as suas emancipações?

O SR. DEPUTADO RENO CARAMORI -Sr. Presidente, embora a argumentação doDeputado Francisco de Assis tenha uma certafundamentação, não podemos generalizar parao Estado de Santa Catarina, dando comoexemplo a nossa Ilha de Santa Catarina. Eusou municipalista; já votei várias vezes pelacriação de novos Municípios, mas sempre naobservância da constitucionalidade, dalegalidade de cada projeto. Cada caso é umcaso.

Em maio deste ano o CongressoNacional aprovou essa lei, conforme exigia aConstituição Federal, mas, no entanto, um vetopresidencial, orientado pelos Ministérios dacidade e pelo Ministério da Justiça, fez comque todo tipo de emancipação no País ficasseainda bloqueada porque inexiste, conforme opreceito constitucional, a chamada leicomplementar, que regulamenta o processo deemancipação.

Nesta Casa foi rejeitada a emanci-pação de Santa Cruz do Timbó pela DeputadaIdeli Salvatti, juntamente com o entãoDeputado Estadual Carlito Merss, emdetrimento de outros Municípios com muitomenor capacidade, que foram emancipados. Aíeu sou contra!

Quero fazer esse debate de formatranqüila. Sou a favor, sim, Deputado LícioSilveira! Sou contra a separação deFlorianópolis! Acredito que Florianópolis tem dedar exemplo para o resto do Estado. Agora,sou a favor também que não separemos maisnenhum Distrito deste Estado. As associaçõescomerciais, as Igrejas, os sindicatos, as enti-dades têm que nos ajudar a acabar com essaonda de emancipação em Santa Catarina! Docontrário, mais e mais Prefeitos virão a estaCasa dizer que vão fechar as Prefeiturasporque não dá mais para tocar os seusMunicípios.

Não obstante a inconstitucionali-dade, a ilegalidade de uma pretensa iniciativade emancipação do Norte da Ilha, é tambémnecessário registrar, do ponto de vista domérito, a nossa opinião.

Podemos até reconhecer a legi-timidade da população do Norte da Ilha emestar descontente com relação ao atendimentodos serviços públicos naquela região, mas issonão justifica. A solução encontrada não é aadequada.

Agora, Deputado Francisco de Assis,perdoe-me pela sua preocupação, mas oMunicípio apresentar todas as condições, é aprimeira questão; a segunda, desde que a suaemancipação não prejudique o Município-mãe eque tenha, na realidade, a sobrevivêncianecessária.Nós não vamos corrigir esse pro-

blema com a emancipação. É preciso levar issopara outro campo, um campo de debate depolíticas públicas no âmbito da PrefeituraMunicipal, do Governo do Estado e até mesmoda União.

Claro que somos contra a criação defilho passando fome. É a mesma coisa secompararmos uma família que gera um montede filhos e depois não tem o que dar de comer,morrem de fome, morrem na míngua.

Não precisamos de mais separação;precisamos é de união, precisamos dePrefeitos comprometidos com essascomunidades, que dêem condições para queos Distritos possam, de fato, sobreviver. É issoque precisamos. Chega de plebiscitos! Chegade festa! Chega de bingo! Chega dechurrascada! E ainda convidam os Deputadospara participarem para conseguir mobilizar asociedade para que essa sociedade queira defato a emancipação.

É preciso entender que nestemomento, ao invés de acreditarmos que asolução é a separação, é a emancipação, éexatamente o inverso! Este é o momento deunir Florianópolis, não de dividir.

Se gerarmos Municípios que nãotenham sobrevivência ou que vão viver de pãoe água, não existe a menor condição destaCasa votar pela emancipação.

Por isso, Deputado Lício da Silveira,V.Exa. não precisa ficar preocupado porqueterá o voto favorável à sua proposição, poisentendemos que aqui não se faz política emcima de uma coisa tão séria e, sim, aquilo querealmente o Parlamentar tem de definir.

Por isso, acreditamos piamenteque esse encaminhamento que estátramitando é de interesses, porque àsvezes me pergunto de onde vem tantaforça; onde está, exatamente, essamobilização. Nós não vimos! Não existeuma campanha na cidade! Não existe umapelo popular!

Ora, o povo não quer isso, o povoquer, de fato, Prefeitos e Vereadores quetrabalham. É isso que o povo quer, porque,afinal de contas, é essa população, sãoessas pessoas que mantêm essa estrutura.

Creio que é importante que esta Ilhajamais sofra qualquer cisão, porque se adividirmos acabaremos com o turismo, quehoje promete tanto, e tão pouco a exploramosem termos de turismo, e isso em todas assituações.

Então, eu sou contrário quevotemos apenas a não-separação deFlorianópolis. Sou a favor que votemosnesta Casa um projeto proibindo qualquerseparação em Santa Catarina, não apenas aIlha de Santa Catarina.

Nós falamos com pessoas daqui evimos que essa não é a pauta, DeputadoNelson Machado, de Florianópolis. É umacoisa estranha! Mas dentro da AssembléiaLegislativa, não sei por que, a idéia daemancipação vai crescendo! Um Deputadotem uma opinião, que outro, no dia seguin-te, acompanha... E já estamos com essenegócio, com Comissão com credencial namão, fazendo estudos para iniciar o plebis-cito daqui há pouco!

Os nossos Parlamentares entendemperfeitamente que não podemos emancipar oudividir a Ilha tanto quanto não podemos formarmais Municípios no território da nossa queridaChapecó! Lá, se emanciparmos mais umDistrito, não teremos mais condições dedesenvolvimento naquela terra, independen-tementede Partido Político.

Muito obrigado!(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. PRESIDENTE (Deputado

Romildo Titon) - Continua em discussão.O Sr. Deputado Afrânio Boppré - Peço

a palavra, Sr. Presidente. Então, antes que essa brincadei-ra se torne coisa séria, é necessário queesta Casa adote uma medida deprecaução.

Portanto, Deputado Lício da Silveira,V.Exa. pode ficar tranqüilo. V.Exa. estavanervoso quando vim para a tribuna, mas vouacompanhá-lo neste pleito.

O SR. PRESIDENTE (DeputadoRomildo Titon) - Com a palavra o DeputadoAfrânio Boppré.

Processo Informatizado de Editoração - DIVISÃO DE ANAIS

12 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 5.159 09/09/2003

Muito obrigado! Não podemos generalizar, passar orodo para que não se emancipe mais ninguém!Nós temos vários Distritos em Santa Catarinaque precisam ser emancipado, sim!

Por isso, quero cumprimentar oDeputado Lício Silveira pelo encaminhamento,porque a Capital, com sua beleza, tem quepermanecer como sempre foi e é, ou seja asua beleza, que é o orgulho de Santa Catarina.

(SEM REVISÃO DO ORADOR)O Sr. Deputado Jorginho Mello - Peço

a palavra, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Deputado

Romildo Titon) - Com a palavra o Sr. DeputadoJorginho Mello.

Especificamente, eu quero levantar aquestão do Distrito Juvêncio, onde o cidadãoque mora num Distrito de Saudades tem depassar por dentro de Pinhalzinho para ir para asede do seu Município. Aí nós vamos a SãoRoque, São Lourenço. Quem mora no Distritode São Roque tem de passar por dentro deNovo Horizonte para ir a São Lourenço doOeste.

Muito obrigado!(SEM REVISÃO DO ORADOR)

O SR. DEPUTADO JORGINHO MELLO -Sr. Presidente, quero, em primeiro lugar,registrar a presença nas galerias desta Casado Prefeito de Joaçaba, Armindo Haro Neto, edo Secretário de Finanças, Ricardo Grando.

O SR. PRESIDENTE (DeputadoRomildo Titon) - Continua em discussão.

O Sr. Deputado Djalma Berger - Peçoa palavra, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (DeputadoRomildo Titon) - Com a palavra o Sr. DeputadoDjalma Berger.

Falando sobre o PEC do eminenteDeputado Lício da Silveira, devo umajustificativa. Ao contrário do que falou oDeputado Afrânio Boppré, sou emancipaci-onista por convicção. Não conheço um Distritode Santa Catarina que se emancipou que estáem piores condições do que estava. Nãoconheço nenhum.

Então, temos algumas aberraçõesquanto ao mapeamento de Municípios donosso Estado, que, do meu ponto de vista,merecem atenção especial e têm direito de seemancipar, com certeza absoluta.

O SR. DEPUTADO DIJALMA BERGER -Sr. Presidente e Srs. Deputados, creio que aminha cidade de São José tem algumaexperiência com respeito às emancipações quehouve neste Estado.Aí eu concordo com o Deputado

Jorginho Mello. Também não conheçoMunicípios emancipados que não vão bem,exceto aqueles Municípios que estão sendomal administrados. Caso contrário, todos elestiveram melhoria na qualidade de vida do seupovo.

Antigamente, existiam Florianópolis,São José e Bom Retiro. A parte continental deFlorianópolis há pouco tempo pertencia a SãoJosé. Palhoça, Biguaçu e Santo Amaro daImperatriz foram emancipados de São José. Eassim diversos outros Municípios.Recentemente, em 1996, São Pedro deAlcântara foi emancipado de São José.

Pontualmente, quanto à Ilha deSanta Catarina, a pedido do meu companheirode Partido, Vereador Jean Loureiro, que mepediu, porque sabe das minhas convicções,para que, por ser ilha, por ser um casoespecial, Deputado Lício da Silveira, não adividisse.

Então, para mim, cada caso é umcaso.

Estou votando atendendo a essepedido. A minha manifestação pela manhã naComissão de Constituição e Justiça, oDeputado Celestino Secco estava lá presentecomo membro atuante, foi pela concordânciapor se tratar de ilha.

E quanto ao Distrito de MarechalBormann, no Município de Chapecó, o desejode emancipação daquele Distrito é por falta,com certeza absoluta, de ações do Governomunicipal. Se tivesse feito bem para aqueleDistrito durante os oito anos que o PT governa,não teria o desejo de se tornar Município. Mas,infelizmente, há o desejo do Distrito de setornar Município. Os líderes de Chapecó sãocontra porque, por ser Chapecó a Capital doOeste, ficará impedida de ter um crescimentoainda maior.

Quem da nossa região não ouviufalar, alguns anos atrás, da guerra efetiva quefoi a tentativa de emancipação do Distrito deBarreiros do Município de São José?

Estou trazendo esses exemplosporque é minha opinião que uma onda deemancipação só se resolve pela efetivaatuação do poder público nas localidades quepretendem a sua emancipação.

Sou emancipacionista por convicção.Vou discutir sempre a favor da emancipação.

É o caso, Deputado Reno Caramori,em Chapecó, de Marechal Bormann e Goioen.Para a alegria do Deputado João Rodrigues,que deve ser candidato a Prefeito de lá, podeter certeza de que, se for eleito, e creio quesim, vai ser menorzinho do que é hojeChapecó, porque Marechal Bormann e Goioenvão ser Municípios, pois já está autorizadopelo TRE o seu plebiscito para a transformaçãodos dois Distritos em um Município.

Não adianta criarmos lei, dificultar aintenção desse ou daquele se a maioria éfavorável a determinada situação. Penso quenão somos nós, representantes da maioria,que temos o direito de ser contrário a qualquerdeterminação da maioria.

De qualquer forma respeito a opiniãodaqueles que lá moram e o meu posiciona-mento, evidentemente, é que cada caso é umcaso dentro de Santa Catarina. Sr. Presidente, me curvo aqui a ir

junto com a maioria. Se as pessoas quiseremuma emancipação, acharem que é necessária,estamos de acordo.

Muito obrigado!(SEM REVISÃO DO ORADOR)

Portanto, essa é a minha mani-festação. Tem o meu total apoio, DeputadoLício Silveira, por se tratar da Ilha de SantaCatarina e atendendo pedido do meu com-panheiro Vereador Jean Loureiro.

O Sr. Deputado Manoel Mota - Peçoa palavra, Sr. Presidente. Agora, devemos tentar que

Florianópolis, que é uma Capital belíssima,digo até que é a cidade mais bonita do mundo,pois tem uma natureza exuberante,permanecesse como está hoje, para o bem detodos nós.

O SR. PRESIDENTE (DeputadoRomildo Titon) - Com a palavra o DeputadoManoel Mota.

Muito obrigado! O SR. DEPUTADO MANOEL MOTA -Caro Presidente, eu participei neste quartomandato de Parlamentar da criação de muitosMunicípios, como o de Balneário Arroio doSilva, Balneário Gaivota, Balneário de Passo deTorres, Ermo e outros, que vão muito bem.

(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. DEPUTADO JOÃO RODRIGUES -

Peço a palavra, Sr. Presidente.Para que isso acontecer devemos

unir esforços dos Governos Municipal, Estaduale Federal para que todas as localidades destamagnífica Ilha estejam também no mesmo graude desenvolvimento que está a região centralda cidade.

O SR. PRESIDENTE (DeputadoRomildo Titon) - Com a palavra o Sr. DeputadoJoão Rodrigues. Eu tenho convicção daquilo que faço.

Faço porque sei que é o melhor para osDistritos, quando estão preparados para seremMunicípios.

O SR. DEPUTADO JOÃO RODRIGUES -Sr. Presidente, acompanhando a linha deraciocínio do Deputado Jorginho Mello etambém concordando com o Deputado LícioSilveira, gostaria de fazer algumasobservações.

A partir disso é que se elimina umprocesso emancipacionista, e não compolíticas, com leis que visam apenas dificultar.Devemos criar mecanismos, critérios efetivospara que a localidade que queira se emancipartenha condições de se autogerir, isso nãotenho dúvida. Agora, nunca cercear o direitoque as pessoas têm de buscar um futuromelhor para si e para os outros.

A questão agora é Pescaria Brava.É uma grande região, e a sociedade esperaansiosa pela emancipação. Já houve oplebiscito. Balneário Rincão é um dosmaiores balneários do Sul de SantaCatarina; vai haver o plebiscito no domingo,e vai ser aprovado, com certeza. E tambémRio Maina, que tem mais de 50 mil habi-tantes e já começa maior do que 70% dosMunicípios de Santa Catarina.

Primeiro, alguém levantou, em algummomento, a possibilidade da emancipação doNorte da Ilha. Não sou daqui nem prometiqualquer opinião em relação a esse assunto,mas sou um catarinense, e na mais belaCapital deste País, uma das cidades maismodernas, que vive o melhor momento, é umtanto estranho discutir a sua separação. AGrande Florianópolis já viveu momentos ruinsadministrativa e politicamente e com situaçõespéssimas, mas hoje vive um grande momento!

Muito obrigado!(SEM REVISÃO DO ORADOR)O Sr. Deputado Nilson Gonçalves -

Peço a palavra, Sr. Presidente.Então, é uma questão de justiça omovimento que estão fazendo. O SR. PRESIDENTE (Deputado

Romildo Titon) - Com a palavra o Sr. DeputadoNilson Gonçalves.

Quanto ao Norte da Ilha, na Ilha daMagia, a Capital de Santa Catarina, com suabeleza, tem de ser intocável, evidentemente.Na mais bela Capital deste País,

uma das mais modernas deste País, não hárazão para se discutir este assunto.

O SR. DEPUTADO NILSONGONÇALVES - Sr. Presidente e Srs.Deputados, já tive a oportunidade de aquinesta Casa receber uma vaia estrondosa naépoca em que se discutia a questão dasemancipações, porque sou um Deputadoque tenho convicção absoluta nessaquestão. Sempre fui contra, radicalmente,às emancipações.

Posiciono-me contra porque nãopodem mexer na beleza que a região pos-sui. Irei votar, Deputado Lício Silveira, peloseu encaminhamento porque entendo queessa maravilha é intocável. Quando nãoestá bem administrado, o povo muda, masnão se muda uma Capital porque é muitocomplicado.

De qualquer forma, acompanhotambém a opinião do Deputado Lício Silveira,mas gostaria de fazer um pequenocontraponto, concordando, em parte, com oDeputado Francisco de Assis quanto àsemancipações.

DIVISÃO DE ANAIS - Processo Informatizado de Editoração

09/09/2003 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 5.159 13

Infelizmente, tempos atrás abrimos -em tom bem popular - as porteiras aqui naCasa para as emancipações aqui em SantaCatarina.

Por isso, precisamos manter aCapital intocável! Esta é a nossa posição, Sr.Presidente e Srs. Deputados!

O Sr. Deputado Joares Ponticelli -Pela ordem, para encaminhamento de votação,Sr. Presidente.

Muito obrigado! O SR. PRESIDENTE (DeputadoRomildo Titon) - Com a palavra, pela ordem,para encaminhamento de votação, o Sr.Deputado Joares Ponticelli.

Já deu para sentir, Sr. Presidente,pela falação de cada um dos Srs. Deputados,de que é um assunto controverso, polêmico.Cada um dos Parlamentares tem a sua opiniãoformada.

(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. PRESIDENTE (Deputado

Romildo Titon) - Continua em discussão.O Sr. Deputado José Serafim -

Pedimos a palavra, Sr. Presidente.O SR. DEPUTADO JOARES

PONTICELLI - Sr. Presidente, essa matériaapresentada pelos Deputados Lício Silveira,Antônio Carlos Vieira e mais um conjunto de25 Parlamentares já estava angustiando oDeputado Lício Silveira. Mas hoje tivemosum bom encaminhamento na Comissão deConstituição e Justiça e penso que amaioria esmagadora dos votos dosmembros daquela Comissão, bem como amanifestação da maioria dosParlamentares, demostra a responsabi-lidade deste Parlamento em preservar aCapital do Estado de Santa Catarina, que nomomento é Florianópolis, mas como foi bemdiscutido na Comissão, poderia serqualquer outra cidade de Santa Catarina. Epor ser a Capital, ela tem essa repre-sentação emblemática de todo o Estado deSanta Catarina.

Portanto, certamente haveremos deter, num futuro não muito distante, outrasemancipações, mas, com certeza absoluta,com o voto contrário deste Deputado, atéporque dias atrás o colunista Paulo Alceu, dojornal Diário Catarinense, citou algunsMunicípios que não arrecadam nem R$5 milpor mês de ICMS. Imaginem o caos em que seencontram esses Municípios!

O SR. PRESIDENTE (DeputadoRomildo Titon) - Com a palavra o Sr. DeputadoJosé Serafim.

O SR. DEPUTADO JOSÉ SARAFIM - Sr.Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados,gostaria de dizer que respeito a posição dosDeputados que me antecederam, mas tenhouma posição clara: não sou a favor e nemcontra à emancipação, mas que se analise eque se tenha critério.Por essas e por outras razões é que

tenho plena convicção de que emancipação éalgo muito sério e que tem de se levar muito asério cada uma dessas discussões.

Cremos que há reivindicações quejustificam as emancipações, como exemplo aPraia do Rincão. Estive na semana passadaem Brasília com o Prefeito de Içara e este é afavor da emancipação. Então, lá se justifica,pois são características diferentes a Praia doRincão com o Município de Içara.

Para mim, que sou do Norte doEstado, falar em emancipação em Florianópolisparece até meio piada. Por isso, não assineijunto com o Deputado Lício Silveira, mas querodizer que cerro fileiras com ele porque nadamais justo e mais certo do que essa suainiciativa.

Portanto, são essas característicasque me norteiam para apoiar ou não a emanci-pação. Agora, não sou emancipacionista e nãodefendo todas as emancipações. Tem emanci-pação que não se justifica.

Portanto, o nosso encaminhamentonão poderia ser outro a não ser pela votaçãofavorável, inclusive acolhendo a manifestaçãounânime de todos os Vereadores com assentona Câmara de Vereadores da Capital e paraque possamos eliminar esse fantasma dadivisão da Capital definitivamente.

Quanto às demais emancipações noEstado, quero dizer que serei um forteOpositor, com platéia ou sem platéia, paracada uma que vier para esta Casa para serdiscutida.

E o Partido dos Trabalhadores deCriciúma se reuniu ontem e tomou uma posiçãoclara contra a emancipação do Distrito de RioMaina. Por quê? Porque Criciúma é uma cidadepólo do Sul, e a partir do momento que Rio Mainase emancipe, Criciúma passa a ser uma cidadepequena e não mais o pólo da região Sul.

Muito obrigado! O Sr. Deputado Francisco de Assis -Pela ordem, para encaminhamento de votação,Sr. Presidente.

(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. PRESIDENTE (Deputado

Romildo Titon) - Continua em discussão. O SR. PRESIDENTE (DeputadoRomildo Titon) - Com a palavra, pela ordem,para encaminhamento de votação, o Sr.Deputado Francisco de Assis.

O Sr. Deputado Valmir Comin -Pedimos a palavra, Sr. Presidente.

O Prefeito de Criciúma tem dito quese forem citadas as 10 maiores cidades deSanta Catarina, Criciúma já não estará maisentre elas, após a emancipação de Rio Maina.E além de tudo, em função de um estudo quefizemos, não se justifica a questão dasustentação daquela cidade, porque Rio Mainafica na região periférica, tem postos de saúdee colégios, e o que tem de se pagar deimpostos para manter as escolas na verdadenão justifica.

O SR. PRESIDENTE (DeputadoRomildo Titon) - Com a palavra o Sr. DeputadoValmir Comin.

O SR. DEPUTADO FRANCISCO DEASSIS - Sr. Presidente, gostaria de pedir aautorização ao Líder do meu Partido, DeputadoAfrânio Boppré, para fazer o encaminhamentode votação.

O SR. DEPUTADO VALMIR COMIN -Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs.Deputados, considero-me emancipacionista porconvicção. É evidente que aqui é o Parlamentoe que temos que saber respeitar as opiniõesde cada um. Porém, discordo da posição dosDeputados Francisco de Assis e NilsonGonçalves.

Gostaria de dizer que a Bancada doPT também votará a favor. Porém, como setrata apenas da admissibilidade, e daí vai-nosreservar o direito de fazer emendas, queroadiantar aos Colegas Deputados queapresentarei uma emenda no mesmo sentidoproibindo a separação do Município deJoinville, por alguns critérios que consideroimportantes.

Estamos colocando aqui que nãopodemos ser 100% a favor e nem 100%contra. Temos de analisar caso a caso. Esse éo nosso ponto de vista!

Trago como exemplo os Municípiosque foram emancipados na região Sul. Todoseles são auto-suficientes, economicamenteviáveis e estão em desempenho progressista.Esta é a grande verdade.

Defendi a emancipação do Rincão,porque justifica e tem característicasdiferentes, mas não defendo a de Rio Maina,conforme o meu Partido definiu em Criciúma.

Joinville é a maior cidade de SantaCatarina e merece continuar com esse título. ODistrito de Pirabeiraba, que já fez a suatentativa e não conseguiu a emancipação,deve permanecer como sendo um Distrito doMunicípio de Joinville.

Temos agora o exemplo do futuroMunicípio de Rincão, que tem um fixo de 12mil habitantes, que na temporada chega a 180ou a 200 mil habitantes e que procura buscara sua autonomia. No próximo dia 14 teremoslá um plebiscito e já há uma pesquisa préviademonstrando que 72% da população semanifestaram favorável.

Muito obrigado!(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. PRESIDENTE (Deputado

Romildo Titon) - Continua em discussão.O Sr. Deputado Manoel Mota - Pela

ordem, Sr. Presidente.Quero me reservar o direito de

apresentar uma emenda proibindo a separaçãode qualquer parte do maior Município de SantaCatarina, que se chama Joinville.

O SR. PRESIDENTE (DeputadoRomildo Titon) - Com a palavra, pela ordem, oSr. Deputado Manoel Mota.

Está tramitando nesta Casa umprojeto para a emancipação do futuroMunicípio do Rio Maina, com 57 mil habi-tantes, que já nasce com aproximadamenteR$2 milhões de arrecadação. Portanto, serámais um Município a participar do rateamentodo ICMS e do FPM - Fundo de Participação dosMunicípios - no rateio dos cinco mil e tantosMunicípios em nível nacional. Será a agregaçãode renda ao Estado e a nossa região.

Portanto, votaremos a favor dessaadmissibilidade e apresentaremos a emenda àComissão de Constituição e Justiça.

O SR. DEPUTADO MANOEL MOTA -Sr. Presidente, se o João Henrique Blasiestivesse aqui, defenderia a permanência danossa Capital sem nenhuma mudança e semnenhuma emancipação.

O SR. PRESIDENTE (DeputadoRomildo Titon) - Em votação.

O Sr. Deputado Joares Ponticelli -Pela ordem, Sr. Presidente.Então, como ele não está aqui,

votarei por ele contra qualquer tipo de emanci-pação dentro da Capital, dentro da Ilha.

O SR. PRESIDENTE (DeputadoRomildo Titon) - Com a palavra, pela ordem, oSr. Deputado Joares Ponticelli.Por isso, quero deixar aqui a minha

manifestação de total apoio às emancipações,mas respeitando a posição da nossa Capital.Penso que o Deputado Lício Silveira foi muitofeliz, seguido dos Parlamentares que oacompanharam, dizendo que a Capital éintocável. Esta é uma Capital maravilhosa parase viver e, diga-se de passagem, muito bemadministrada.

O SR. PRESIDENTE (DeputadoRomildo Titon) - Continua em discussão. O SR. DEPUTADO JOARES

PONTICELLI - Sr. Presidente, gostaria desolicitar que seja feita a votação nominal.

(Pausa)Não havendo mais quem o queira

discutir, encerramos a sua discussão. O SR. PRESIDENTE (DeputadoRomildo Titon) - Em votação.Em votação.

Alertamos aos Srs. Deputados queestamos votando apenas a admissibilidade doprojeto de emenda constitucional.

O Sr. Deputado Antônio Ceron - Pelaordem, para encaminhamento de votação, Sr.Presidente.

Processo Informatizado de Editoração - DIVISÃO DE ANAIS

14 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 5.159 09/09/2003

O SR. PRESIDENTE (DeputadoRomildo Titon) - Com a palavra, pela ordem,para encaminhamento de votação, o Sr.Deputado Antônio Ceron.

Os Deputados que a aprovampermaneçam como se encontram.

Em discussão.(Pausa)

Aprovada. Não havendo quem o queira discutir,encerramos sua discussão.Votação da redação final do Projeto

de Lei nº 0127/2003.O SR. DEPUTADO ANTÔNIO CERON -Sr. Presidente, a Bancada do PFL votaráfavorável à admissibilidade da medidaprovisória.

Em votação.Não há emendas à redação final. Os Deputados que o aprovam

permaneçam como se encontram.Em votação.Os Deputados que a aprovam

permaneçam como se encontram.Aprovado.

O Sr. Deputado Jorginho Mello - Pelaordem, para encaminhamento de votação, Sr.Presidente.

Esta presidência comunica queserão encaminhadas aos destinatários asIndicações nºs: 0453/2003, de autoria do Sr.Deputado Nilson Gonçalves; 0454/2003, deautoria do Sr. Deputado Rogério Mendonça;0455/2003, de autoria do Sr. Deputado JulioGarcia; 0456/2003, de autoria do Sr.Deputado Rogério Mendonça; e 0457/2003,de autoria do Sr. Deputado Cesar Souza,conforme determina o art. 206 do RegimentoInterno.

Aprovada.Votação da redação final do Projeto

de Lei nº 0080/2003.O SR. PRESIDENTE (DeputadoRomildo Titon) - Com a palavra, pela ordem,para encaminhamento de votação, o Sr.Deputado Jorginho Mello.

Não há emendas à redação final.Em votação.Os Deputados que a aprovam

permaneçam como se encontram.O SR. DEPUTADO JORGINHO MELLO -Sr. Presidente, a Bancada do PSDB votaráfavoravelmente à emenda.

Aprovada.Votação da redação final do Projeto

de Lei nº 0082/2003.O SR. PRESIDENTE (DeputadoRomildo Titon) - Como há pedido de votaçãonominal, então assim será feito.

Não há emendas à redação final. Sobre a mesa requerimento deautoria do Sr. Deputado Mauro Mariani, quesolicita o envio de mensagem telegráfica aoPrefeito Municipal de Porto União, parabe-nizando-o pelo aniversário do Município.

Em votação.Em votação. Os Deputados que a aprovam

permaneçam como se encontram.Os Srs. Deputados que votarem“sim” aprovam a admissibilidade e os quevotarem “não” rejeitam a admissibilidade.

Aprovada.Votação da redação final do Projeto

de Lei nº 0110/2003.A Presidência defere de plano.

(Procede-se à votação nominal porprocesso eletrônico.)

Requerimento de autoria do Sr.Deputado Mauro Mariani, que solicita o enviode mensagem telegráfica ao Prefeito de Mafra,parabenizando-o pelo aniversário do Município.

Não há emendas à redação final.DEPUTADO AFRÂNIO BOPPRÉ sim

DEPUTADO ALTAIR GUIDIDEPUTADA ANA PAULA LIMA simDEPUTADO ANTÔNIO CARLOS VIEIRA simDEPUTADO ANTÔNIO CERON simDEPUTADO CELESTINO SECCO simDEPUTADO CESAR SOUZADEPUTADO CLÉSIO SALVARO simDEPUTADO DIONEI WALTER DA SILVADEPUTADO DJALMA BERGER simDEPUTADO EDUARDO CHEREM simDEPUTADO FRANCISCO DE ASSIS simDEPUTADO GENÉSIO GOULARTDEPUTADO HERNEUS DE NADALDEPUTADO JOÃO PAULO KLEINÜBING simDEPUTADO JOÃO RODRIGUES simDEPUTADO JOARES PONTICELLI simDEPUTADO JORGINHO MELLO simDEPUTADO JOSÉ SERAFIM simDEPUTADO JULIO GARCIADEPUTADO LÍCIO SILVEIRA simDEPUTADO MANOEL MOTA simDEPUTADO MAURO MARIANIDEPUTADO NARCIZO PARISOTTO simDEPUTADO NELSON GOETTENDEPUTADO NILSON GONÇALVES simDEPUTADO NILSON MACHADO simDEPUTADA ODETE DE JESUS simDEPUTADO ONOFRE SANTO AGOSTINIDEPUTADO PAULO ECCEL simDEPUTADO PEDRO BALDISSERADEPUTADO RENO CARAMORI simDEPUTADO ROGÉRIO MENDONÇA simDEPUTADO ROMILDO TITONDEPUTADO RONALDO BENEDET nãoDEPUTADO SÉRGIO GODINHO simDEPUTADA SIMONE SCHRAMMDEPUTADO VALMIR COMIN simDEPUTADO VOLNEI MORASTONIDEPUTADO WILSON VIEIRA simVotaram 27 Deputados.

Em votação.Os Deputados que a aprovam

permaneçam como se encontram. A Presidência defere de plano.Aprovada. Requerimento de autoria do Sr.

Deputado Cesar Souza, que solicita o envio demensagem telegráfica ao Diretor Executivo daRede Record, cumprimentando-o pelacomemoração dos 50 anos de fundação dareferida emissora.

Votação da redação final do Projetode Lei nº 0115/2003.

Não há emendas à redação final.Em votação.Os Deputados que a aprovam

permaneçam como se encontram. A Presidência defere de plano.Aprovada. Requerimento de autoria do Sr.

Deputado Cesar Souza, que solicita o envio demensagem telegráfica ao Prefeito Municipal deImbuia, parabenizando-o pelo aniversário doMunicípio.

Discussão e votação em segundoturno do Projeto de Lei nº 0013/2003, deautoria do Deputado Francisco de Assis, quedispõe sobre a divulgação dos valores dasmultas de trânsito arrecadados nas rodoviasestaduais ou sob a administração do Estadode Santa Catarina.

A Presidência defere de plano.Requerimento de autoria do Sr.

Deputado Cesar Souza, que solicita o envio demensagem telegráfica ao Presidente daCâmara Municipal de Imbuia, parabenizando-opelo aniversário do Município.

Conta com parecer favorável dasComissões de Constituição e Justiça, deFinanças e Tributação e de Segurança Pública.

Em discussão. A Presidência defere de plano.(Pausa) Requerimento de autoria da Sra.

Deputada Simone Schramm, que solicita oenvio de mensagem telegráfica a Presidente doNúcleo da Mulher Empresária, em SãoFrancisco do Sul, parabenizando-a pelarealização do 3º Balcão da Mulher Empresária.

Não havendo quem o queira discutir,encerramos sua discussão.

Em votação.Os Deputados que o aprovam

permaneçam como se encontram.Aprovado. A Presidência defere de plano.Discussão e votação em segundo turno

do Projeto de Lei nº 0137/2003, de autoria doDeputado Jorginho Mello, que acrescentadispositivo à Lei nº 12.291/2002, que autoriza oPoder Executivo a utilizar-se do instituto da per-missão para delegar serviços públicos na área detrânsito no Estado de Santa Catarina.

Requerimento de autoria do Sr.Deputado Celestino Secco, que solicita o enviode mensagem telegráfica ao Sr. AnteroNercolini, manifestando pesar pelo falecimentode sua esposa, Sra. Neli Maria BittencourtNercolini.

A Presidência defere de plano.Conta com parecer favorável das

Comissões de Constituição e Justiça, deFinanças e Tributação e de Segurança Pública.

Requerimento de autoria do Sr.Deputado Celestino Secco, que solicita o enviode mensagem telegráfica ao Sr. EdsonCaporal, manifestando pesar pelo falecimentode sua mãe, Sra. Maria Caporal.

Em discussão.(Pausa)

Está encerrada a votação. Não havendo quem o queira discutir,encerramos sua discussão.

A Presidência defere de plano.Houve 26 votos “sim” e um voto

“não”.Requerimento de autoria do Sr.

Deputado Manoel Mota, que solicita o envio demensagem telegráfica à Telesc - BrasilTelecom, pedindo a instalação de um telefonepúblico na localidade de Soares, no Municípiode Araranguá.

Em votação.Está aprovada a admissibilidade. Os Deputados que o aprovam

permaneçam como se encontram.Votação da redação final do Projetode Lei nº 0121/2003. Aprovado.

Não há emendas à redação final. Discussão e votação em segundoturno do Projeto de Lei nº 0203/2003, deautoria do Deputado Eduardo Cherem, quedeclara de utilidade pública a Associação deSurdos Mudos de Balneário Camboriú.

Em votação. Em discussão.Os Deputados que a aprovam

permaneçam como se encontram.(Pausa)Não havendo quem o queira discutir,

encerramos a sua discussão.Aprovada.Votação da redação final do Projeto

de Lei nº 0124/2003.Conta com parecer favorável das

Comissões de Constituição e Justiça, deDireitos e Garantias Fundamentais e deEducação, Cultura e Desporto.

Em votação.Os Srs. Deputados que o aprovam

permaneçam como se encontram.Não há emendas à redação final.Em votação. Aprovado.

DIVISÃO DE ANAIS - Processo Informatizado de Editoração

09/09/2003 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 5.159 15

Requerimento de autoria do Sr.Deputado Rogério Mendonça, que solicita oenvio de mensagem telegráfica à Telesc -Brasil Telecom -, pedindo a instalação de umtelefone público no Bairro Ribanceira do Sul,em São João Batista.

Requerimento de autoria do Sr.Deputado Genésio Goulart, que solicita o enviode mensagem telegráfica à família de IdalinoFretta, manifestando votos de pesar pelofalecimento do ex-Presidente da CâmaraMunicipal e ex-Prefeito de Tubarão.

Pedido de informação de autoria doSr. Deputado Lício Silveira, a ser enviado aoSr. Governador do Estado, contendo quesitosreferentes à reforma da Escola de EducaçãoBásica Marilda Lenia Araújo, de RanchoQueimado.

Em discussão. A Presidência defere de plano. Em discussão.(Pausa) Moção de autoria do Sr. Deputado

Celestino Secco, a ser enviada ao PrefeitoMunicipal de São Bento do Sul,cumprimentando-o pelo recebimento do títuloPrefeito Amigo da Criança.

(Pausa)Não havendo quem o queira discutir,

encerramos a sua discussão.Não havendo quem o queira discutir,

encerramos a sua discussão.Em votação. Em votação.Os Srs. Deputados que o aprovam

permaneçam como se encontram.Os Srs. Deputados que o aprovam

permaneçam como se encontram.Em discussão.Aprovado. (Pausa) Aprovado.Requerimento de autoria do Sr.

Deputado Onofre Santo Agostini, quesolicita o envio de mensagem telegráfica aoMinistério Público de Santa Catarina e aoComandante-Geral da Polícia Militar,pedindo o cumprimento da Lei nº11.096/1999, que versa sobre o uso defocinheiras para cães em vias públicas.

Não havendo quem a queira discutir,encerramos a sua discussão.

Pedido de informação de autoria doSr. Deputado Francisco de Assis, a ser enviadoao Sr. Procurador-Geral de Justiça, solicitandolistar todos os 293 Municípios catarinensescom seus respectivos números de Vereadores,a partir de 2004, de acordo com o Protocolode Intenções firmado com a AssociaçãoCatarinense de Câmaras Municipais.

Em votação.Os Srs. Deputados que a aprovam

permaneçam como se encontram.Aprovada.Moção de autoria do Sr. Deputado

José Serafim e outros, a ser enviada ao Sr.Governador do Estado, ao Secretário deSegurança Pública e Defesa do Cidadão doEstado de Santa Catarina e ao Sr.Comandante-Geral da Polícia Militar emSanta Catarina, repudiando a transferênciado Comandante da Polícia Militar doComando da Polícia Ambiental de Criciúmapara Sombrio.

Em discussão. Em discussão.(Pausa) (Pausa)Não havendo quem o queira discutir,

encerramos a sua discussão.Não havendo quem o queira discutir,

encerramos a sua discussão.Em votação. Em votação.Os Srs. Deputados que o aprovam

permaneçam como se encontram.Os Srs. Deputados que o aprovam

permaneçam como se encontram.Aprovado. Aprovado.Requerimento de autoria da Sra.

Deputada Simone Schramm, que solicita oenvio de mensagem telegráfica à MagníficaReitora da Univille, pedindo auniversalização da Linguagem Brasileira deSinais - Libras - mediante sua inserção noscurrículos e inclusão de intérpretes em seusquadros.

Em discussão. Pedido de informação de autoria doDeputado Francisco de Assis, a ser enviado aoPresidente do Tribunal Regional Eleitoral deSanta Catarina, solicitando listar todos os 293Municípios catarinenses com seus respectivosnúmeros de Vereadores a partir de 2004.

(Pausa)Não havendo quem a queira discutir,

encerramos a sua discussão.Em votação.Os Srs. Deputados que a aprovam

permaneçam como se encontram. Em discussão.Aprovada. (Pausa)

Em discussão. Pedido de informação de autoria doSr. Deputado Celestino Secco, a ser enviadoao Sr. Governador do Estado, contendoquesitos referentes ao Concurso Público nº001/2003, da Secretaria da Fazenda, notocante à Lei nº 10.567/97, que versa sobre aisenção de pagamento de taxas aos doadoresde sangue para a inscrição em concursospúblicos.

Não havendo quem o queira discutir,encerramos a sua discussão.(Pausa)

Não havendo quem o queira discutir,encerramos a sua discussão.

Em votação.Os Srs. Deputados que o aprovam

permaneçam como se encontram.Em votação.Os Srs. Deputados que o aprovam

permaneçam como se encontram.Aprovado.Pedido de informação de autoria do

Sra. Deputada Simone Schramm, a ser enviadoao Secretário da Administração e aoProcurador-Geral do Estado, contendo quesitosreferentes à dívida do Estado proveniente dedecisões judiciais no âmbito trabalhista.

Aprovado.Requerimento de autoria da Sra.

Deputada Simone Schramm, que solicita oenvio de mensagem telegráfica ao MagníficoReitor da Unoesc, pedindo a universalização daLinguagem Brasileira de Sinais - Libras -,mediante sua inserção nos currículos einclusão de intérpretes em seus quadros.

Em discussão.(Pausa)Não havendo quem o queira discutir,

encerramos a sua discussão. Em discussão.Em votação. (Pausa)Os Srs. Deputados que o aprovam

permaneçam como se encontram.Não havendo quem o queira discutir,

encerramos a sua discussão.Em discussão.(Pausa) Aprovado. Em votação.Não havendo quem o queira discutir,

encerramos a sua discussão.Pedido de informação de autoria do

Sr. Deputado Antônio Carlos Vieira, a serenviado ao Sr. Governador do Estado,solicitando cópia integral do Processo deLicitação PSUS 4423/038, da Secretaria deSaúde.

Os Srs. Deputados que o aprovampermaneçam como se encontram.

Em votação. Aprovado.Os Srs. Deputados que o aprovam

permaneçam como se encontram.Pedido de informação de autoria da

Sra. Deputada Simone Schramm, a ser enviadoaos Secretários da Administração e daEducação e Inovação, contendo quesitosreferentes ao concurso para provimento decargos do Magistério Público Estadual.

Aprovado.Requerimento de autoria da Sra.

Deputada Simone Schramm, que solicita oenvio de mensagem telegráfica ao MagníficoReitor da Univali, pedindo a universalizaçãoda Linguagem Brasileira de Sinais - Libras -,mediante sua inserção nos currículos einclusão de intérpretes em seus quadros.

Em discussão.(Pausa)Não havendo quem o queira discutir,

encerramos a sua discussão. Em discussão.Em votação. (Pausa)Os Srs. Deputados que o aprovam

permaneçam como se encontram.Não havendo quem o queira discutir,

encerramos a sua discussão.Em discussão. Aprovado. Em votação.(Pausa) Pedido de informação de autoria do

Sr. Deputado Antônio Carlos Vieira, a serenviado ao Sr. Governador do Estado,solicitando cópia integral do Processo deLicitação nº PSUS 2685/035, da Secretaria deSaúde.

Os Srs. Deputados que aprovampermaneçam como se encontram.Não havendo quem o queira discutir,

encerramos a sua discussão. Aprovado.Em votação. Não há mais matéria na Ordem do

Dia.Os Srs. Deputados que o aprovampermaneçam como se encontram. Passaremos à Explicação Pessoal.

Aprovado. Em discussão. O Sr. Deputado Lício Silveira - Pelaordem, Sr. Presidente.Requerimento de autoria do Sr.

Deputado Joares Ponticelli, que solicita o enviode mensagem telegráfica aos Diretores daRevista EX Improviso, cumprimentando-os pelolançamento da 1ª edição da revista EXImproviso.

(Pausa)Não havendo quem o queira discutir,

encerramos a sua discussão.O SR. PRESIDENTE (Deputado

Romildo Titon) - Com a palavra, pela ordem, oSr. Deputado Lício Silveira.Em votação.

Os Srs. Deputados que o aprovampermaneçam como se encontram.

O SR. DEPUTADO LÍCIO SILVEIRA -Sr. Presidente, neste momento eu gostaria defazer um agradecimento a todos os Srs.A Presidência defere de plano. Aprovado.

Processo Informatizado de Editoração - DIVISÃO DE ANAIS

16 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 5.159 09/09/2003

Deputados com relação à discussão e votaçãoem turno único da admissibilidade do projetode emenda constitucional não só de minhaautoria, mas de todos os Srs. Deputados queassinaram a matéria, como disse o DeputadoAfrânio Boppré, de forma convicta, pensandona Capital do Estado, pois ela é um ente querepresenta todos os Municípios do Estado deSanta Catarina. Esteja onde estiver, ela nãopode ser desmembrada.

E já que falamos em impostos, eunão entendo por que vocês alegam serempobres. Afinal, vocês não se importam empagar além desse absurdo ICMS mais PIS,Cofins, CPMF, ISS, INSS, IPTU, IPVA, IR, ITR eoutras dezenas de impostos, de taxas e decontribuições, em geral com efeito cascata deimposto sobre imposto, e ainda fazem festanos estádios de futebol e nas passarelas decarnaval. Sinal de que não se incomodam comesse confisco maligno que o Governo promove,tirando-lhes quatro meses por ano de seusuado trabalho (de acordo com estudosrealizados, um brasileiro trabalha quatromeses por ano somente para pagar a cargatributária de impostos diretos e indiretos).

(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR.PRESIDENTE (Deputado

Romildo Titon) - Com a palavra o próximoorador inscrito, o Sr. Deputado Paulo Eccel,por até 10 minutos.

O SR. DEPUTADO PAULO ECCEL - Sr.Presidente e Srs. Deputados, primeiramentequero fazer um esclarecimento. A Assessoriadisponibilizou aos Deputados tanto ocomunicado com as matérias que entrarão naOrdem do Dia de amanhã como a pauta paraas próximas três sessões ordinárias. E aqui euvejo o Projeto de Lei nº 73/2003, que alteradispositivo da Lei nº 11.051/98, ou seja,autoriza a permuta de imóvel do JoinvilleEsporte Clube.

Por isso, fico grato pela compre-ensão de todos os Srs. Deputados, haja vistaque foi um esforço conjunto. Isso não cabesomente a minha pessoa e aos DeputadosAntônio Carlos Vieira, Celestino Secco, AfrânioBoppré, Paulo Eccel e a Deputada SimoneSchramm, pois foi um trabalho em conjunto ede convicção. Trata-se de uma Capital e dentrodela nós não podemos levar esse aspecto deanexação ou desanexação ou qualquer outracoisa que seja. Temos de preservá-la comoCapital.

Nós, americanos, lembramos quesomos extremamente pobres, tanto que oGoverno isenta de pagar Imposto de Rendatodos que ganham menos de US$3 mil pormês (equivalente a R$9.300,00), enquanto aíno Brasil os assalariados devem viver muitobem, pois pagam Imposto de Renda todos queganham a partir de R$1.200,00.

Aqui diz que existe parecer favorávelda Comissão de Educação, Cultura e Desporto,mas não existe esse parecer. O processo foiredistribuído para a Deputada SimoneSchramm há pouco, na tarde de hoje. Não foinem votado na Comissão de Educação e jáentra na pauta da Ordem do Dia de amanhã,com parecer favorável da Comissão. Não sei seestá havendo um processo de clarividência oualguma coisa, mas a Comissão de Educação,Cultura e Desporto ainda não votou esteprojeto até o momento.

Portanto, agradeço a todos os Srs.Deputados que tiveram essa compreensão.

O SR. PRESIDENTE (DeputadoRomildo Titon) - Com a palavra o primeiroorador inscrito em Explicação Pessoal,Deputado Sérgio Godinho, por até 10 minutos.

Além disso, vocês têm descontoretido na fonte e ainda antecipam o Impostopara o Governo, sem saber se vão ter rendaaté o final do ano. Aqui nos Estados Unidosnós declaramos o Imposto de Renda apenasno final do ano, e caso tenhamos tido renda aísim recolhemos o valor devido aos CofresPúblicos. Essa certeza nos bons resultadosfuturos torna o Brasil um País insuperável.

O SR. DEPUTADO SÉRGIOGODINHO - Sr. Presidente e Srs. Deputados,trago hoje para a reflexão do povo de SantaCatarina e, principalmente, para a reflexãodos Srs. Deputados uma carta muitointeressante de um americano ao povobrasileiro. (Passa a ler)

O SR. PRESIDENTE (DeputadoRomildo Titon) - Deputado Paulo Eccel, nósvamos verificar os fatos e esta Presidência vaitomar as devidas providências.

O SR. DEPUTADO PAULO ECCEL - Sr.Presidente e Srs. Deputados, tenho váriosassuntos para tratar na tarde de hoje. Masgostaria, inicialmente, de fazer umacomunicação que recebi agora há pouco daprofessora Lúcia Aiala, Presidente daAprudesc. Hoje pela manhã o Reitor protempore da Udesc, professor Cechinel, fez aconvocação do Conselho Universitário, sendoque esse Conselho referendou o estatutodecretado pelo Governador no dia 16 de maio.

Voltando a falar de serviços públicos,caro amigo brasileiro, vocês são riquíssimos.Afinal, pagam sua própria segurança. Nós, pobresamericanos, dependemos da segurança pública.Aí no Brasil vocês pagam escola e livros para seusfilhos porque, afinal, devem nadar em dinheiro.Aqui nos Estados Unidos nós, pobres paisamericanos, como não temos toda essa fortuna,mandamos nossos filhos para as excelentesescolas públicas com livros gratuitos.

“Caros amigos brasileiros e‘ricaços’!

Vocês, brasileiros, pagam o dobro doque os americanos pagam pela água queconsomem, embora tenham mais água docedisponível (aproximadamente 25% da reservamundial de água doce está no Brasil). Vocês,brasileiros, pagam 60% a mais nas tarifas detelefone e eletricidade, embora 95% daprodução de energia em seu País venha dehidroelétrica (mais barata e não poluente).Enquanto nós, pobres americanos, somentepodemos pagar pela energia altamentepoluente produzida por termelétricas a base decarvão e petróleo e as perigosas usinasnucleares.

Vocês, ricaços do Brasil, quandotomam no banco um empréstimo pessoal,pagam por mês o que nós, pobres americanos,pagamos por ano.

Nessa mesma reunião, foi aprovadoo edital de eleição para Reitor da Udesc erevogada também a resolução do ConselhoUniversitário, que normatizava o processoeleitoral que está em litígio na Justiça.Caro amigo brasileiro, quando você

me contou que pagou de R$2.500,00 peloseguro de seu carro, aí, sim, confirmei a minhatese: vocês são podres de rico! Nós nuncapoderíamos pagar tudo isso por um simplesseguro de automóvel. Por meu carro grande eluxuoso eu pago US$345,00 dólares.

Na mesma ocasião, no dia de hoje,foi estabelecido o cronograma do processoeleitoral da Udesc. As chapas poderão serinscritas de 29 de setembro até o dia 03 deoutubro deste ano. As eleições do primeiroturno serão no dia 12 de novembro e as dosegundo turno serão no dia 27 de novembro. Eo resultado da eleição será definidoconsiderando os votos na proporção de 70%de professores e 30% de técnicosadministrativos e alunos.

Vocês, brasileiros, pagam o dobropela gasolina, que ainda por cima é de máqualidade, que acabam com os motores doscarros (cerca de 21% da gasolina é compostade álcool anidro e ainda querem aumentar estepercentual para beneficiar os usineiros deálcool.

Quando você me disse que tambémpaga R$1.700,00 de IPVA pelo seu carro, nãotive mais dúvidas. Nós pagamos apenasUS$15,00 de licenciamento anual, nãoimportando qual tipo veículo seja.Não dá para entender. Seu País é

quase auto-suficiente em produção depetróleo (75% é produzido aí) e ainda assimtêm preços tão elevados. Aqui nos EstadosUnidos nós defendemos com unhas edentes o preço do combustível, que estáestabilizado há vários anos (US$0,30 éigual a R$ 0,90).

Afinal, quem é rico e quem é pobre?Aí no Brasil, 20% da população economica-mente ativa não trabalha. Aqui não podemosnos dar ao luxo de sustentar além 4% dapopulação que está desempregada. Não émais rico quem pode sustentar mais gente quenão trabalha?”

Essa, então, é a comunicação doresultado da reunião do Conselho Universitárioda Udesc, realizada no dia de hoje, cujaPresidente é a professora Lúcia Aiala.

O Sr. Deputado Joares Ponticelli -V.Exa. me concede um aparte?

O SR. DEPUTADO PAULO ECCEL -Pois não!Por falar em carro, vocês, brasi-

leiros, pagam R$40 mil por um carro quenós, nos Estados Unidos, pagamos apenasR$20 mil. Vocês dão de presente para seuGoverno R$20 mil para gastar não se sabecom o que e nem onde, já que os serviçospúblicos no Brasil são um lixo perto dosserviços prestados pelo setor público nosEstados Unidos.

Caros catarinenses, não podemoscontestar esse ianque. E essa matériamaravilhosa vem criar esta reflexão: o quepodemos fazer para mudar esse quadro? Semcriticar o Governo atual, colocar que seja umaprioridade nossa diminuir impostos para que oBrasil possa crescer e para que as pessoas,pagando menos impostos e menos taxas,possam, sem dúvida alguma, comprar mais,adquirir mais, e as empresas, por sua vez,possam dar mais lucros para gerar maisempregos e produzir mais.

O Sr. Deputado Joares Ponticelli - Sr.Deputado, eu também recebi a comunicação eentendo que não houve um referendo aoestatuto aprovado pelo Governador. O queocorreu na verdade é uma decisão que mereceo nosso elogio por parte do Consuni,encaminhamento do Reitor, ProfessorCechinel. Isso demonstra o compromisso doReitor pro tempore e do Consuni com arealização das eleições.

Na Flórida, caros brasileiros, nóssomos muito pobres. O governo estadualcobra apenas 2% de imposto sobre o valoragregado (equivalente ao ICMS no Brasil), emais 4% de imposto federal, o que dá umtotal de 6%. No Brasil, vocês são muitoricos, afinal concordam em pagar 18% só deICMS.

Naturalmente esse estatuto, umavez que o acórdão do Tribunal de Justiça nãofoi publicado ainda, serviu de base para aconvocação das eleições. Mas entendo que apartir do momento que o acórdão for publicadoe a decisão do Pleno do Tribunal é pelo

Essa constatação da comparaçãodos impostos, das taxas e do custo doautomóvel mostra o quanto precisamosmelhorar o nosso sistema no País.

Muito obrigado!

DIVISÃO DE ANAIS - Processo Informatizado de Editoração

09/09/2003 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 5.159 17

restabelecimento do estatuto anterior, oque vai prevalecer é aquilo que estará noacórdão. Como não está publicado ainda oacórdão, naturalmente aquele estatuto estápor enquanto sem validade. No momentoem que o acórdão for publicado, entendoque quem vai reger o processo é aqueleestatuto restabelecido pelo Tribunal deJustiça.

Essa reposição está vinculada àarrecadação, à Lei de ResponsabilidadeFiscal e é uma autorização que aAssembléia oportuniza ao Governo doEstado de fazer a reposição em oitovezes. Não será necessário em cadareposição ter a sanção legislativa, quepoderá ser feita por decreto do próprioGovernador, porque já existirá a leiaprovando este reajuste.

O SR. DEPUTADO PEDROBALDISSERA - Sr. Presidente e Srs. Deputados,além de inúmeros assuntos que poderíamostrazer para o debate, eu gostaria de dizer aquem nos acompanha que, hoje, teremos umasessão solene que vai homenagear Luiz CarlosPrestes, conhecido em Santa Catarina e noPaís.

Neste sentido, eu gostaria de fazermenção a alguns tópicos que fazem parte daimportante e consagrada história da vidadesse personagem, que deixou a sua marca noprocesso histórico nacional.

O Sr. Deputado Francisco de Assis -V.Exa. me concede um aparte? O que se lê nos jornais de Santa

Catarina é que a Assembléia, ao invés deaprovar 1% que o Governador encaminhoupara cá, aprovou 17, 18 ou 19%. Pareceque não estão lendo direito aquilo queaprovamos aqui dentro ou simplesmentetentam enganar a população com uma visãodistorcida.

O SR. DEPUTADO PAULO ECCEL -Pois não!

O Sr. Deputado Francisco de Assis -Nobre Deputado, ouvi V.Exa. sobre oquestionamento que fazia à Mesa em relaçãoprojeto de lei que trata do terreno do JoinvilleEsporte Clube.

(Passa a ler)“Luiz Carlos Prestes foi um dos

maiores líderes do movimento tenentista, quena década de 1920 marcou a revolta de jovensmilitares contra o sistema político nacionaldominado pelos interesses das oligarquiasestaduais. Prestes foi o protagonista de umdos episódios mais românticos e lendários dahistória brasileira do século XX ao comandar a‘grande marcha’ pelo interior do País,conhecida como Coluna Prestes.

Como V.Exa. bem informou, esseprojeto vai ser discutido amanhã na Comissãode Educação, onde a Deputada SimoneSchramm apresentará seu parecer favorável oucontrário. A princípio, será um parecerfavorável.

O projeto aprovado prevê o reajusteimediato de 1%, que é o percentual que oGoverno diz ter disponibilidade. Esta Casa,pelo substitutivo aprovado, autoriza oGovernador repassar as perdas até o mês deabril do próximo ano, com base no INPC,parceladamente.Foi por solicitação deste Deputado, à

assessoria desta Casa, o pedido para que seincluísse na Ordem do Dia de amanhã à tarde,dependendo é claro da votação que vaiacontecer na Comissão de Educação, da qualV.Exa. é o Presidente.

Luiz Carlos Prestes nasceu em PortoAlegre, Rio Grande do Sul, em 3 de janeiro de1898. Formou-se em Engenharia pela EscolaMilitar do Rio de Janeiro, em 1919, e serviucomo tenente-engenheiro na CompanhiaFerroviária de Deodoro, até ser transferidopara o Rio Grande do Sul.

Não estamos apresentando umprojeto para que a partir de setembro oreajuste será de 18 ou 19%. Votamos umprojeto na Comissão de Constituição e Justiça,que contou com os votos dos representantesdo Partido dos Trabalhadores, estabelecendoesse trâmite até abril do ano que vem. Aproposta era do Deputado Celestino Secco, foiapresentado um substitutivo, aprovado pelosmembros da Comissão de Constituição eJustiça.

É claro que se tiver uma votaçãocontrária, sai da pauta. Mas queremosganhar tempo. Foi um pedido desteDeputado à assessoria para que incluíssena Ordem do Dia de amanhã, dependendoda votação na Comissão de Educação, pelaparte da manhã.

Em julho de 1924, em São Paulo,um dos núcleos de revolta tenentista resistiuao assédio das forças do Governo e conseguiupartir em direção ao Sul, sob o comando deMiguel Costa. Em outubro, o então CapitãoPrestes engajou-se na revolta e liderou novofoco rebelde em Santo Ângelo/RS, na regiãomissioneira, o qual conseguiu romper o cercogovernista e dirigir-se ao Norte, rumo à Foz doIguaçu.

Portanto, não entendo aceleuma que isso vem causando em todoo Estado. Espero que o Governo sededique à leitura do substitutivo apro-vado pela CCJ e evite fazer uma espéciede terrorismo com a categoria dosservidores públicos de Santa Catarina arespeito desta questão.

O SR. DEPUTADO PAULO ECCEL -Como Presidente da Comissão, não poderiadeixar passar despercebida uma situaçãodessa, onde consta um voto de um projeto queainda não foi votado. No Sudeste do Paraná, o grupo

juntou-se aos paulistas e criou o contin-gente rebelde conhecido como ColunaPrestes, que reuniu cerca de 1.500 ho-mens. Durante 29 meses, a Coluna Prestespercorreu 25.000 quilômetros pelo interiordo Brasil, movendo uma ‘guerra demovimentos’ contra as forças do Governo.No final de 1926, com a metade dos ho-mens dizimados pelo cólera e semcondições de continuar a luta, a Coluna seinternou na Bolívia.

Entendo a preocupação de V.Exa.,mas existe todo um respeito aos trâmitesprocessuais que devem de existir dentro desseespaço.

O Sr. Deputado Dionei Walter daSilva - V.Exa. nos concede um aparte?

Quero comunicar ainda que no dia deamanhã, a partir das 16h, no plenarinho destePoder, estará sendo feito o encerramento da8ª edição do projeto cinema na favela, ondeserá exibido o filme Carandiru. Para assistir ofilme é pedido 1 quilo de alimento nãoperecível.

O SR. DEPUTADO PAULO ECCEL -Pois não!

O Sr. Deputado Dionei Walter daSilva - Quero cumprimentá-lo pela linha do seupronunciamento, porque é o que estáacontecendo. A sociedade catarinense atravésdos meios de comunicação está sendoenganada. Está sendo distorcido o que foiaprovado nesta Casa, e não está havendo porparte do Governador a vontade de conversar,de dialogar e de discutir o que é possível.

Essa iniciativa conta com o apoiocultural da Assembléia Legislativa, através daComissão de Educação, Cultura e Desporto.

Prestes, já apelidado ‘Cavaleiro daEsperança’, radicou-se na Argentina ecomeçou a estudar marxismo. Opôs-se àRevolução de 1930 e partiu para a UniãoSoviética em 1931, onde foi eleito membroda Comissão Executiva da InternacionalComunista. Voltou ao Brasil clandestina-mente em 1935, acompanhado da mulher, acomunista alemã Olga Benário, paracomandar a Aliança Nacional Libertadora,movimento organizado pelos comunistas.Preso após a insurreição de 27 de novem-bro de 1935, cuja preparação dirigiu, per-deu a patente de capitão e ficou encarce-rado durante nove anos. Olga Benário, grá-vida, foi deportada e morreu no campo deconcentração nazista de Ravensbrück.

Quero também lembrar aos Srs.Deputados presentes que na próxima segunda-feira, às 19h, teremos aqui uma sessãosolene, onde será concedida a Medalha deMérito Antonieta de Barros. Cada Deputadoteve a oportunidade de indicar cinco mulheresque se destacam no Estado na defesa dosdireitos das mulheres.

Estamos em um regime democrático,e o Governador diz que é parlamentarista,precisa do espaço deste Parlamento, que é oespaço da negociação e da discussão de todosos projetos, inclusive do projeto salarial.

Quem falou, e os números com-provam isso, que há uma margem de 13%, queé o que estamos enquadrando no Magistério,foram os próprios números do Governo,confirmados pelas assessorias.

Essa medalha foi instituída por estaCasa, e na próxima segunda-feira, às 19h,teremos aqui um grande número dehomenageadas de todo o Estado que rece-berão a Medalha de Mérito Antonieta de Barros- uma honraria desta Casa às mulheres que sedestacam no Estado, na luta pelos direitos dasmulheres.

O SR. DEPUTADO PAULO ECCEL -Se autorizar repassar o INPC conforme a Leide Responsabilidade Fiscal, acho que é umamaturidade desse Parlamento e não hánenhuma inviabilização de Governo, comose tenta passar para a opinião pública, etambém não é possível que os Deputadosque proferiram esses votos na Comissão deConstituição e Justiça sejam chamados deirresponsáveis, como aconteceu nestatribuna na tarde de hoje.

Em 1945, com a anistia e o fim doEstado Novo, Prestes elegeu-se Senador eassumiu a Secretaria-Geral do PartidoComunista Brasileiro (PCB). Dois anosdepois, cassado o registro do Partido,perdeu o mandato e caiu novamente naclandestinidade. Só em 1958 o mandatojudicial suspendeu o pedido de sua prisãopreventiva, mas em 1964, com o movimentomilitar, voltou a ser perseguido e teve osseus direitos políticos suspensos por 10anos. Novamente na ilegalidade, exilou-sena União Soviética.

Quero fazer um pequeno comen-tário a respeito daquilo que se lê, que seouve, Deputado Antônio Ceron, a respeitoda polêmica que está gerando o reajustedos servidores públicos de Santa Catarina.

Na última semana a Comissão deConstituição e Justiça aprovou um subs-titutivo global, através do qual se estabe-lece que o Governo deverá repor aos servi-dores as perdas salariais com base noINPC.

Muito obrigado!(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. PRESIDENTE (Deputado Sérgio

Godinho) - Com a palavra o Sr. Deputado PedroBaldissera.

Processo Informatizado de Editoração - DIVISÃO DE ANAIS

18 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 5.159 09/09/2003

Após a anistia, em 1979, regressouao Brasil. As novas lideranças do Partido,especialmente as que haviam ficado no País eenfrentado o regime militar, já não aceitavam asua orientação, considerada ortodoxa e rígida.Prestes foi destituído da Secretaria-Geral doPCB e em 1982 apoiou a candidatura deLeonel Brizola ao Governo do Rio de Janeiro, oque motivou a sua expulsão do Partido. LuizCarlos Prestes morreu em 7 de março de1990, no Rio de Janeiro.”

governamental. Antes de encaminhar o projeto aesta Casa, o Governo já nos desrespeitouenquanto Parlamento, enquanto Poder, umavez que ele noticiou de forma enganosa para aimprensa que aquilo representava um aumentoque não é real.

Foi por essa razão que, acompa-nhado de um conjunto de Deputados, nósconseguimos aprovar um pedido de regime deprioridade da matéria do reajuste salarial e doabono, preocupados que a tramitação viessegradativamente a ser postergada até que amatéria chegasse para a apreciação noPlenário.

Antes de nós conhecermos a ma-téria, ele fez uma campanha institucional,desrespeitou a Casa. E depois disso, fazchantagem. E fui surpreendido também pelasnotícias de domingo, ameaçando retirar amatéria. Ele não pode se apresentar comodemocrata, como parlamentarista, porque istoé desrespeito à Casa.

Está tudo acontecendo de acordocom o Regimento Interno desta Casa, e oGovernador sabe que aqui tem prazos queprecisam ser observados, debates queprecisam ser feitos, estudos, análises, até quese construa o processo e que se traga nacondição satisfatória do ponto de vista técnicoe político para ser apreciado pelo conjunto dosParlamentares.

Estas palavras mostram um poucoda história de Luiz Carlos Prestes, que deixoua sua marca no processo de transformação donosso País. E nesta noite ele seráhomenageado, através de uma sessão solene,ocasião em que será exaltada a memóriadesse grande estadista.

Isso é querer submeter esta Casa aotacão. E agora, para nossa surpresa, comobem disse V.Exa., mandou que os trêsDeputados que iriam acompanha-lo ficassempara votar, quebrando uma tradição destaCasa, de sempre se fazer representar nasviagens do Executivo. E eu não sei se é parafazer o tacão funcionar ou se é porque nãoquer a fiscalização do Poder Legislativo nestaviagem internacional. Certamente, amanhã edepois nós já vamos descobrir qual overdadeiro objetivo do Governador dizer: não,eu não quero que os Deputados meacompanhem na viagem internacional.

Por isso, faço questão de mencionar,nesta Casa, que no nosso Município deGuaraciaba, que fica no Extremo Oeste deSanta Catarina, já na divisa com a Argentina,através da nossa administração e delideranças que têm envolvimento e conheci-mento da história da caminhada de Luiz CarlosPrestes, foi construída junto à trilha queatravessa aquela cidade a primeira ColunaPrestes, demarcando, assim, a trajetória quepercorreu o estadista que, juntamente comseus cavaleiros, lutava pela libertação e contraas forças oligárquicas da época.

Mas não é isso que está se dizendo.Está gradativamente querendo criar umaconfusão, uma falsa impressão de que os doisprojetos ainda não foram aprovados porque aAssembléia Legislativa não está deixando emais, tirando inclusive o direito, a prerrogativaconstitucional de o Legislativo apreciar,estudar e propor emendas, porque estãoameaçando, dizendo assim: se mexer namatéria, se não for de acordo com o tamanhoque eu encomendei, se não for de acordo coma formatação que eu desejo, vou retirar essamatéria do Plenário da Assembléia Legislativa.

O Sr. Deputado Antônio Ceron -V.Exa. me concede um aparte?

O SR. DEPUTADO AFRÂNIO BOPPRÉ -Pois não!Fica, assim, registrado, que

Guaraciaba, pequeno Município catarinense de11.000 habitantes, tem o primeiro marcohistórico da Coluna Prestes.

Isso nós não podemos aceitar. Nósnão vamos funcionar aqui pressionados comesse tipo de lógica. Vamos conversar, vamosdialogar, vamos criar um ambiente democráticode discussão, mas não com esse tipo depressão pelos jornais, tentando encurralar aAssembléia Legislativa, deixando-aconstrangida e sem saída. Nós não vamosaceitar esse tipo de proposta.

O Sr. Deputado Antônio Ceron -Cumprimento V.Exa. e o seu Partido pelacoerência neste assunto que trata do abono eda reposição salarial.Muito obrigado, Sr. Presidente.

(SEM REVISÃO DO ORADOR) Nós também estamos sendocobrados para que haja mais rapidez na tra-mitação. Mas os Líderes do Governo nestaCasa não moveram sequer uma palha para queo processo andasse mais rápido. Se houveduas atitudes para que o processo andassemais rápido, foi de V.Exa., pedindo regime deprobidade, e deste Deputado, fazendo adistribuição dos projetos na Comissão deFinanças, antes que ele chegasse naComissão, exatamente, para que elespudessem tramitar.

O SR. PRESIDENTE (Deputado SérgioGodinho) - Esta Presidência lembra e convidaos Srs. Deputados para a sessão solene queteremos hoje, às 19h30min, em homenagemLuiz Carlos Prestes.

Trata-se de uma estratégia política,no meu modo de entender, que pretende criarum clima para justificar ações, num momentosubseqüente, com relação a emendas que aquiforem apresentadas e possivelmente apro-vadas.

Com a palavra o Deputado AfrânioBoppré.

O SR. DEPUTADO AFRÂNIO BOPPRÉ -Sr. Presidente e Srs. Deputados, volto àtribuna para tratar de um assunto que oDeputado Paulo Eccel já fez as suasconsiderações.

Se de fato o Governador estivesse,ele, convencido de que deveria retirar daAssembléia Legislativa a tramitação dessamatéria, não teria sugerido aos três Deputadosque estão agendados para acompanhá-lo naviagem internacional que desfizessem asmalas, já com passagens aéreas retiradas,diárias convertidas para viajar com moedaestrangeira, eis que a orientação foi: não, nãoviajem, fiquem. Fiquem para votar. Logo virá avotação.

A outra questão para concluir,Deputado, é que o Governo mandou para cá oprojeto para cobrar, para entrar recursos, emandou por medida provisória. Essa é aprobidade. Então, para o dos servidorestambém poderia ter sido por medida provisória,mas veio por projeto de lei, eis que quantomais tarde melhor a sua tramitação.

Quanto à proposta do Governo doEstado com relação ao reajuste salarial e àaplicação de abono ao conjunto dosfuncionários públicos estaduais, a minhapouca experiência no setor público mostra quealguma cautela devemos ter, porque atramitação dessa matéria está muito estranha.

O Governo encaminhou dois projetosprotocolados diferentemente. E antes mesmode trazer a iniciativa para a AssembléiaLegislativa apreciar, já se comunicava aoconjunto da sociedade que se tinha umatramitação, um debate com o conjunto dosfuncionários da Polícia Civil e da Polícia Militar.

O SR. DEPUTADO AFRÂNIO BOPPRÉ -Pediria, Sr. Presidente, que pudesse meconceder mais um minuto, porque queroterminar dizendo que, conforme já foi explicadoaqui, trata-se de uma subemenda autorizativaao Chefe do Executivo a conceder o reajustesalarial de acordo com o INPC.

Portanto, não justifica ficar pelaimprensa ameaçando retirar, porque se fosseretirar o projeto, os Srs. Deputados oacompanhariam na viagem internacional.

Então, é só uma questão de criar umfuzuê, de criar uma opinião para conturbar oprocesso da tramitação da matéria naAssembléia Legislativa.

Então, a matéria é inclusivecompromisso de campanha do Sr. GovernadorLuiz Henrique da Silveira. Agora, é assim que oPalácio estabeleceu a sua estratégia, ou seja,que o projeto da Polícia Civil e da Polícia Militarsó vai ser protocolado nesta Casa depois daAssembléia Legislativa apreciar o projeto dereajuste e o do abono.

Então, quero aqui deixar claro que aAssembléia Legislativa não está determinando,até porque não pode, seria usurpar umaprerrogativa do Chefe do Executivo, não estáobrigando, não está majorando as despesasdo Executivo. A Assembléia Legislativa está lhedando a autorização para conceder reajustesalarial de acordo com a variação do INPC, demaio de 2002 até abril de 2003, e o IBGE jáaponta o valor de 19,33%, que poderão serpagos em até oito vezes, até abril de 2004.

Por isso, quero deixar aqui claro quenós precisamos restabelecer a verdade. E nós nãopodemos aceitar a tese de que o problema estána Assembléia Legislativa. Não, não tem nem naAssembléia Legislativa nem no Executivo. Estáacontecendo de acordo com a tramitação damatéria e com o rito democrático, processual, queprecisa ser respeitado.

Na verdade, é uma forma de jogar aAssembléia Legislativa contra o conjunto dosfuncionários públicos da Polícia Civil e daPolícia Militar, uma forma inclusive, que queroaqui registrar, truculenta de tratar oLegislativo, para quem se diz parlamentarista.

Quero deixar clara essa manifes-tação e pedir para que todos aqui se em-penhem na aprovação dessa matéria.

Isso o Governador pagará se reunircondições financeiras e dentro dos limites daresponsabilidade fiscal. Por isso não vamosdeturpar o que está acontecendo, vamos falara verdade.

O Sr. Deputado Joares Ponticelli -V.Exa. me concede um aparte?Nós não podemos aceitar esse tipo

de postura. É uma estratégia que estábaseada num processo de pressão, de fustigara Assembléia Legislativa com o conjunto dofuncionalismo, como se fosse responsabilidadeda Assembléia Legislativa o tardar da iniciativa

O SR. DEPUTADO AFRÂNIO BOPPRÉ -Deputado Afrânio, quero cumprimentá-lo pelalucidez do seu pronunciamento e dizer que oGoverno não está agindo de forma enganosasó agora.

Muito obrigado, Sr. Presidente!(SEM REVISÃO DO ORADOR)O Sr. Deputado Celestino Secco -

Pela ordem, Sr. Presidente.

DIVISÃO DE ANAIS - Processo Informatizado de Editoração

09/09/2003 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 5.159 19

O SR. PRESIDENTE (Deputado SérgioGodinho) - Com a palavra, pela ordem, oDeputado Celestino Secco.

Não faço nenhuma contestação àdecisão de V.Exa., apenas gostaria deconhecer objetivamente o critério que move aconcessão do tempo reserva.

único do Projeto de Lei nº 0073.7/2003;discussão e votação em primeiro turno dosProjetos de Lei nºs: 0077.0/2003,0091.9/2003, 0099.6/2003, 0140.1/2003,0144.5/2003, 0152.5/2003, 0201.8/2003,0205.1/2003, 0225.5/2003.

O SR. DEPUTADO CELESTINO SECCO -Gostaria de consultar sobre qual o critério estásendo utilizado para a concessão de pequenassobras de tempo. Percebi, hoje, à tarde, em doismomentos, que foi concedida a palavra aParlamentares que estavam na tribuna um minutoalém do tempo. E para o Deputado AfrânioBoppré, que não precisa da minha defesa, queprecisou para concluir o seu raciocínio de mais umminuto, foram dados 30 segundos.

O SR. PRESIDENTE (Deputado SérgioGodinho) - Pois não, Sr. Deputado. EstaPresidência sempre tem dado um minuto a maisquando o Deputado necessita, mas comoencerraremos o trabalho às 18h não seriapossível permitir mais um minuto ao DeputadoAfrânio Boppré.

Esta Presidência, antes de encerrara presente sessão, convoca outra, solene,para hoje, às 19h30min, em homenagem aLuiz Carlos Prestes.

Esta encerrada a presente sessão.Comunicamos a pauta para a sessão

de amanhã: discussão e votação em turno

ATA DA 022ª SESSÃO SOLENE1ªSESSÃO LEGISLATIVA DA 15ª LEGISLATURA

EM 09 DE SETEMBRO DE 2003PRESIDÊNCIA DO SENHOR DEPUTADO VOLNEI MORASTONI

Às dezenove horas e trinta minutos,achavam-se presentes os seguintes Srs.Deputados: Afrânio Boppré - Ana Paula Lima -Genésio Goulart - Herneus de Nadal - JorginhoMello - Paulo Eccel - Pedro Baldissera - SimoneSchramm - Volnei Morastoni.

filho do Coronel Fidêncio de Melo, quecomandou a Batalha da Maria Preta, emDionísio Cerqueira;

Excelentíssimo Sr. Luiz Henrique daSilveira, digníssimo Governador do Estado;

Excelentíssima Sra. Maria do CarmoRibeiro, companheira de Luiz Carlos Prestes;Excelentíssima Sra. Lurian Lula da

Silva, filha do Presidente Luiz Inácio Lula daSilva;

Excelentíssimos Srs. João, Yuri ePaulo, filhos de Luiz Carlos Prestes;

O SR. PRESIDENTE (Deputado VolneiMorastoni) - Havendo quórum regimental einvocando a proteção de Deus, declaro abertaa presente sessão solene.

Excelentíssima Sra. Nara ReginaBruneto, neste ato representando a Secretáriade Estado do Desenvolvimento Regional, deSão Miguel d’Oeste;

Excelentíssimo Sr. Décio Lima,digníssimo Prefeito Municipal de Blumenau;

Excelentíssimo Sr. Roberto Colin,digníssimo Secretário de ArticulaçãoInternacional;Convido as Sras. Deputadas Simone

Schramm e Ana Paula Lima para conduzirem àmesa as excelentíssimas autoridades queserão nominadas para compô-la.

Excelentíssima Sra. Cleusa AntunesMeurer, neste ato representando a SenadoraIdeli Salvatti;

Excelentíssimo Sr. Ayrton Fontana,digníssimo Prefeito Municipal de Guaraciaba;

Excelentíssima Sra. AlessandraMatias, neste ato representando o Sr.Deputado Federal Mauro Passos;

Excelentíssimo Sr. Geraldo PereiraBarbosa, digníssimo sociólogo e professoruniversitário;

Excelentíssimo Sr. Luiz Henrique daSilveira, digníssimo Governador do Estado deSanta Catarina; Excelentíssimo Sr. Edivino Carlos,

Diretor do Museu Histórico São Jorge, doMunicípio de Guaraciaba.

Excelentíssimos Sras. Deputadas,Srs. Deputados, senhoras e senhores.Excelentíssima Sra. Maria do Carmo

Ribeiro, esposa do saudoso homenageado LuizCarlos Prestes;

“Sinto-me muito honrado em presidirnesta noite uma sessão em homenagem aolíder Luiz Carlos Prestes, um brasileiro cujavida foi marcada pela luta e pela resistênciaaos regimes autoritários em nosso País.

Quero também registrar aqui ostelegramas recebidos do Sr. Deputado EdsonBez de Oliveira, que justifica a impossibilidadede estar presente nesta sessão solene pormotivo de trabalho, do Sr. Prefeito Municipalde Joinville, Marco Antônio Tebaldi, e da Sra.Adélia, assistente pessoal do SecretárioEstadual da Saúde, Dr. Carlos Fernando CorujaAugustini, justificando a impossibilidade decomparecimento.

Excelentíssimo Srs. João Prestes,Yuri Prestes e Paulo Prestes, filhos de LuizCarlos Prestes;

Excelentíssimo Sr. Décio Lima,digníssimo Prefeito Municipal de Blumenau;

A essência de sua vida e a açãomilitar foi a dedicação à causa popular,tornando-se um dos maiores símbolos dosideais da Revolução Socialista.

Excelentíssimo Sr. Roberto Colin,digníssimo Secretário de Estado da ArticulaçãoInternacional; O mito Luiz Carlos Prestes faz parte

da minha infância, da adolescência e damilitância política. Acredito que estepersonagem que teve uma trajetória pessoal epolítica das mais significativas da nossahistória do Brasil não foi somente para mimuma referência.

Excelentíssimo Sr. Ayrton Fontana,digníssimo Prefeito Municipal de Guaraciaba; Excelentíssimas autoridades, Sras.

Deputadas, Srs. Deputados, convidados.Excelentíssimo Sr. Geraldo PereiraBarbosa, sociólogo e professor universitário. A presente sessão foi convocada por

solicitação deste Deputado, como Presidentedesta Casa, em homenagem a Luiz CarlosPrestes, o Cavaleiro da Esperança.

Quero também registrar a honrosapresença das Srtas. Andréa Prestes, Maria doCarmo Ribeiro, Caterine Prestes, netas de LuizCarlos Prestes.

As ações de Luiz Carlos Prestes emdireção à construção do socialismo foram umexemplo para gerações militantes de esquerda,que sempre lutaram por um País mais justo,com vida digna para toda a sua população.

Convido a todos para, de pé,ouvirmos a execução do Hino Nacional, pelaBanda da Polícia Militar de Santa Catarina, soba regência do maestro sub-Tenente Amorim.

Deputada Ana Paula Lima, DeputadoPaulo Eccel, Deputado Pedro Baldissera,Deputado Jorginho Mello, Deputada SimoneSchramm, Deputado Genésio Goulart; (Procede-se à execução do Hino

Nacional.)Então, é com muito respeito e

admiração que compartilho neste momentoaqui com a companheira de Luiz CarlosPrestes, Sra. Maria do Carmo Ribeiro, e comseus filhos e netos. Luiz Carlos Prestes eMaria do Carmo se conheceram naclandestinidade e tiveram nove filhos. Essaexperiência pessoal e política estão relatadasna miografia de Dona Maria, intitulada MeuCompanheiro - 40 anos ao lado de Luiz CarlosPrestes.

Excelentíssimo Sr. Geovah Amarante,Diretor do BRDE; (Palmas)

Excelentíssimo Sr. Álvaro Junqueirade Arantes Filho, Secretário-Adjunto daSecretaria de Estado da Informação;

Quero também registrar a presençado Sr. Armindo Haro Neto, Prefeito de Joaçaba.

Assistiremos a seguir a um vídeosobre a história de Luiz Carlos Prestes, comrelatos que atestam a importância dessepersonagem no contexto nacional da época eos efeitos provocados na história recente doBrasil.

Excelentíssimo Sr. Sérgio Grando,Diretor-Geral da Fundação do Meio Ambiente -Fatma;

Excelentíssima Sra. Jo Brasca,Diretora-Geral da Escola do Teatro Bolshoi;

Excelentíssima Sra. BernadeteCosta, assessora de supervisão da Escola deTeatro Bolshoi;

(Procede-se à projeção de vídeo.) Recentemente tive a oportunidadede relembrar a importância de Luiz CarlosPrestes, que hoje homenageamos junto aosseus familiares. Em maio deste ano, aointegrar a comitiva do Governador LuizHenrique da Silveira, juntamente com osDeputados Djalma Berger e Ana Paula Lima, o

Esses documentos produzidos nemsempre traduzem a verdadeira trajetória dahistória.Excelentíssimo Sr. Henrique Belinc,

assessor de supervisão da Escola de TeatroBolshoi;

Neste momento faço uso da palavracomo Autor do requerimento que ensejou estasessão solene.Excelentíssimo Sr. Josias de Melo,

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Prefeito Décio Lima, o Senador Roberto Colin,o jornalista Gaioso e tantos outros, em umaviagem que incluiu a Rússia, pude conhecerlugares que fizeram parte da vida de LuizCarlos Prestes.

Comprometeu-se com o movimentorevolucionário de 1924, que tinha o propósitode depor o então Presidente Artur Bernardes.Para cumprir a tarefa política, licenciou-se doExército, e apesar de não conseguir aderrubada do Governo Federal, a ColunaPrestes não sofreu derrota pelas forçaslegalistas e por isso ganhou enorme prestígiomilitar e político.

um operário na Presidência da República, LuizInácio Lula da Silva, eleito com o compromissode melhorar a vida dos brasileiros, essa vitória,a construção deste momento da históriabrasileira, também foi construída por LuizCarlos Prestes.Era tarde da noite, e quando eu e

parte da comitiva catarinense atravessávamosa Praça Vermelha em Moscou, acompanhadosdos filhos de Prestes, João e Yuri, senti aemoção de estarmos juntos em locais que, portantas vezes, povoaram a nossa imaginação.

Muito obrigado!(Palmas)Convido o Sr. Geraldo Pereira

Barbosa, sociólogo e professor universitário,representando a corrente comunista LuizCarlos Prestes, para fazer uso da palavra.

Luiz Carlos Prestes morou na Bolíviae na Argentina. Estudou marxismo e aderiu aosocialismo. Foi morar na União Soviética em1931, a convite do Governo daquele País,onde trabalhou como engenheiro e estudoumarxismo/leninismo. Em dezembro de 1934,voltou ao Brasil acompanhado de Olga Benário,militante comunista com a qual casara. Ambosmantiveram-se na clandestinidade ao retornarao País.

Em outro ponto da cidade, ao vi-sitarmos o lugar onde o líder brasileiro moroucom sua família, João, emocionado, apontou-nos a sacada de um prédio onde ele, aindacriança, brincava ao lado do pai Luiz CarlosPrestes e de lá jogava pequenos aviões depapel, como qualquer criança gosta de fazer.

O SR. GERALDO PEREIRA BARBOSA -Companheiros e amigos do Plenário;

O Sr. Deputado Volnei Morastoni,Presidente da Assembléia Legislativa;

Companheiro de luta antiditatorial,Luiz Henrique da Silveira, hoje Governador doEstado;Ao andar por aqueles lugares e ouvir

histórias familiares, tive a certeza de que vivium momento único por poder estar tãopróximo de parte da memória do nosso próprioPaís, pois ali morou um brasileiro quedefendeu por toda a sua vida a possibilidadede um sistema mais igualitário.

Mais tarde, a militância de Prestese de sua companheira tinha o objetivo dedepor o então Presidente Getúlio Vargas. Aprisão do casal aconteceu em 1936 e Olga,mesmo grávida, foi entregue pelasautoridades brasileiras ao regime nazista daAlemanha, onde morreu, executada. Aofinal, a filha do casal, Anita LeocádiaPrestes, nascida em um campo deconcentração nazista, acabou sendoresgatada pela avó materna, com o apoiode intensa campanha internacional.

Sr. Décio Lima, ex-companheiro daDiretoria da UCE - União Catarinense deEstudantes;

Sra. Maria, a quem durante a visitade Prestes a Itajaí tive a honra de transportarpara Florianópolis, numa viagem muitoagradável;A emoção que senti, se é que se

consegue traduzir esse sentimento, foi porestar enxergando tão de perto um lugar ondeLuiz Carlos Prestes viveu o seu exílio e tambémos seus sonhos.

João, que me acolheu em Moscou;filhos de Prestes que não tive oportunidade deconhecer;

Demais membros da mesa, e nãovou citar todos, até porque estamos entrecompanheiros.

Em 1986, juntamente com com-panheiros como o hoje Prefeito de BlumenauDécio Lima e a Companheira Ana Paula Lima,tive a oportunidade de estar pessoalmentecom Luiz Carlos Prestes na minha cidade deItajaí. Naquela oportunidade o companheiroDécio Lima, como Presidente da UniãoCatarinense dos Estudantes, pela segunda vezjá trazia ao nosso Estado e a Itajaí essa ilustrevisita, acompanhado da sua companheiraMaria do Carmo.

Prestes foi eleito Secretário-Geral doPartido Comunista Brasileiro em 1943, aindana prisão. Houve a redemocratização do Paísem 1945, e Prestes foi libertado, e o PCBconquistou a legalidade. Ele chegou a eleger-se Senador pelo Distrito Federal e participouda elaboração da nova Constituição Brasileira.

É realmente um grande resgate estahomenagem a Luiz Carlos Prestes, compessoas tão ilustres nesta Casa. É importanteestar aqui discutindo, inclusive com a presençados símbolos da luta dos trabalhadores, afoice e o martelo, o que toda a trajetória dePrestes significa.No período da chamada Guerra Fria,

o PCB foi novamente obrigado a ficar nailegalidade. Em maio de 1947, o registro doPartido foi cancelado e no ano seguinte osParlamentares do Partido, incluindo Prestes,tiveram seus mandatos cassados. O lídervoltava, então, a viver na clandestinidade.

Homenageamos o centenário dePrestes com vários companheiros aqui pre-sentes, junto com companheiros de luta, comoAnita Leocádia Prestes, Tayguara e outrosmilitantes, em Porto Alegre, quando fizemosparte da comissão com Luiz Carlos PinheiroMachado Filho, Paulo Petri e outros. E o nossolema na época era “Luiz Carlos Prestes,Patriota Revolucionário e Comunista”. Essaconsigna tem a felicidade de resumirelementos essenciais da formação de LuizCarlos Prestes, ou seja, o patriotismoantimperialista, o democratismo revolucionárioe o comunismo proletário marxista.

Na ocasião recebi dele comdedicatória o livro de Jorge Amado O Cavaleiroda Esperança, com a sua biografia. Esse livro,que muitos aqui devem conhecer, conta ahistória da vida do chefe da famosa ColunaPrestes, que em 1924, partindo de SantoÂngelo, no Rio Grande do Sul, realiza porquase dois anos uma marcha de cerca de30.000 quilômetros pelo interior do Brasil,atravessando 13 Estados, nas regiões doCentro, do Nordeste e do Norte, até oMaranhão, de onde retornou rumo ao Sul e aoOeste para asilar-se na Bolívia.

Na década de 60 apoiou o GovernoJoão Goulart, mas com o golpe de 64, comotantos outros brasileiros, saiu do País. Em1971 exilou-se na então União Soviética evoltou ao Brasil em 1979, com a anistia.Prestes morreu no Rio de Janeiro, em 1990,aos 92 anos de idade.

Esta homenagem da AssembléiaLegislativa de Santa Catarina é uma maneirade manter sempre presente o sonho delideranças como Prestes, que dedicaram a vidapara a construção de um mundo melhor. Eassim foi com a sessão que realizamos, nasemana passada, nesta Casa, em homenagemao ex-Deputado catarinense Paulo StuartWright, que teve o seu mandato equivocada-mente cassado e foi perseguido e morto peladitadura militar.

Esses elementos se fertilizarammutuamente, em interação recíproca com acontinuidade e o aprofundamento domovimento revolucionário do Brasil no mundo.

Cavaleiro da Esperança foi escritoquando o País vivia sob a ditadura do EstadoNovo e o mundo vivia a ameaça nazi-fascista.Jorge Amado, que tinha profunda admiraçãopor Prestes, disse: ‘Tudo de belo e forte quepossam ter meus livros, eu aprendi com o povoe com ele aprendi a amar Luiz Carlos Prestes.Era ainda menino de internato, quando seunome lendário chegou pela primeira vez aosmeus ouvidos. Desde então não mais deixei deouvi-lo e de me apaixonar pela aura de heroís-mo, de dignidade humana, de estranha beleza,que o rodeava e que encheria, depois, a minhavida política’.

Luiz Carlos Prestes não foi domarxismo, conhecido teoricamente comocomunismo. Ele saltou da indignação com asinjustiças sociais, do inconformismo rebelde,para a luta revolucionária da coluna e daí parao comunismo, o marxismo e para os estudosclássicos do marxismo.Naquela sessão nós pedimos

desculpas à família de Paulo Wright peloequívoco histórico cometido por estaAssembléia Legislativa, que votou pelacassação do seu mandato.

“Prestes foi um herói sem mito. Ospoucos heróis brasileiros que não forjaram opedestal da sua glória.” Essas são palavras deFlorestan Fernandes.

Luiz Carlos Prestes nasceu em PortoAlegre, no Rio Grande do Sul, em 3 de janeirode 1898. Filho do capitão de Exército AntônioPereira Prestes e da professora primáriaLeocádia Felizardo Prestes, ainda jovemmudou-se com a família para o Rio de Janeiro eformou-se em Engenharia, na Escola Militar doRealengo. Em 1922, no Rio de Janeiro,participou de reuniões preparatórias do levantecontra o Governo Federal, em 5 de julho, fatoque deu início ao ciclo das revoltastenentistas.

Atitudes como esta, de homenagearhomens, são uma forma de resgate da históriabrasileira, que nunca pode ser esquecida.

Essa homenagem é muito atual,porque é fundamental a reflexão sobre ahistória. Uma sociedade que não é pensadaracionalmente, não reflete sobre sua história,não é capaz de orientar seu futuroracionalmente.

Queremos olhar para o futuro,porém, com a lembrança de que a democraciae a liberdade política que desfrutamos hoje epodemos oferecer aos nossos filhos foramconstruídas com empenho de personalidadesque jamais perderão lugar na nossa memória.Entre eles está Luiz Carlos Prestes, umexemplo de história, de luta e de vida.

Nós não vamos mudar o passado.Ele tem que ser conhecido, compreendido -cada geração se aprofunda nesse conheci-mento. Então é necessário transformar omundo e não o passado, mas é precisoexplicar esse passado para conhecer opresente concreto, que é resultado dessepassado e traz em si as necessidades que seabrem para o futuro.

Ao homenageá-lo queremos ho-menagear toda sua família aqui presente, eisque se hoje podemos conquistar essemomento da história do Brasil, inclusive tendo

No mês de setembro do mesmo ano,foi transferido para Santo Ângelo, onde serviuno Primeiro Batalhão Ferroviário.

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Temos que converter o passado e ofuturo em memória e projeto. E o modo éfundamentar estratégias viáveis para atenderas necessidades sociais da nossa época. Ecomo em toda a luta do Prestes: acelerar arevolução dentro do possível.

Quero apenas citar, muito rapi-damente, que Prestes poderia ter sido umpoderoso da República. Depois da sua heróicae invicta coluna, internou-se na Bolívia, porqueconsiderava que o seu ideário, que era oideário de democratização do Brasil em termosmeramente democráticos burgueses, já nãoera suficiente, depois de toda a miséria einjustiça social que ele constatou no interior doBrasil.

insurreição mal preparada e Prestes, Ana eOlga acabaram presas. Inclusive, havia ordempara assassinar Prestes, mas Olga salvou-lhe avida. Ela estava grávida de vários meses,quando se colocou na frente do Prestes, e naépoca a polícia, diferente da época da DitaduraMilitar, não atirava em senhoras grávidas, eacabou não matando o Prestes. Então, ela lhesalvou a vida.

Os que pretendem transformar oBrasil atual não podem prescindir do conheci-mento da trajetória da coluna do Prestes, dosseus últimos anos de luta, de toda a sua lutatransformadora, pois um povo que nãoconhece a sua história não pode construir,conscientemente, o seu futuro.

Mas Getúlio Vargas acabouentregando Olga aos nazistas com 07 mesesde gravidez. E ela foi, depois de uma viagemnuma travessia ao Atlântico na época,transferida para a prisão de Barnlmstrasse, edepois houve toda uma campanha pelalibertação de Anita, liderada pela mãe dePrestes, Dona Leocádia Prestes, pela Lígia,pela irmã do Prestes. E conseguiram libertar acriança num movimento organizado pelosdemocratas, comunistas, socialistas eprogressistas de todo o mundo, todos oslutadores antinazistas, mas não conseguiramsalvar Olga, que foi transferida para o terrívelcampo de concentração nazista deRavensbrück e depois assassinada numacâmara de gás no campo de concentração deBernburg.

Internou-se na Bolívia, recebeuAstrogildo Pereira, começou a estudar omarxismo, foi para a Argentina e aprofundou osseus estudos. Em 1930, Getúlio Vargas tentoucooptá-lo, seduzi-lo, inclusive chegou a convidá-lo para assumir o comando militar domovimento de 30. Mas Getúlio, naquelemomento, se aproximava dos setoresoligárquicos e Prestes manteve a coerência,coerência que atravessa toda a sua vida. E acoerência e dignidade pessoal são elementosessenciais da sua trajetória, entre váriosoutros, devo destacar como elementosessenciais. Recusou essa oferta e preferiu aluta pela criação de uma nova sociedade.

Nós falávamos, então, que o ardorrevolucionário de Prestes possuía profundasraízes no solo histórico do Brasil e da AméricaLatina. Poderíamos citar o exemplo de luta deinúmeros, de índios, negros, anticolonialistas,antiimperalistas, dos comunistas que lutaram,de Zumbi, no Brasil, (?) Haiti, do Tupac Amaru,nos Andes; Emiliano Zapata, no México;Sandino, na Nicarágua; José Marti, em Cuba;Che Guevara; Furabundo Martin, em Salvador;José Carlos Mariati. Todos esses escreveramde modo profundo na história dos nossospovos. E mesmo quando derrotados, no seutempo, permanecem como fonte vital das lutasde libertação do nosso povo.

Quer dizer, o rebelde não sedespojava das suas convicções antioligár-quicas e democratas radicais. Buscou, então,servir a Nação e a sua independência esubmeteu-se a uma vida de sacrifíciosexemplares que enobreceram como figurahumana e como agente histórico.

São lindíssimas, num depoimentohumano belíssimo, as cartas de Prestes aOlga, que, naquele momento extremamentedifícil, confiava na humanidade, confiava que ofascismo iria ser derrotado, que a democracia,a paz e o socialismo iam vencer, que ahumanidade ia atravessar aquele período, iasobreviver e avançar para a construção de umasociedade humana.

Essa tradição nacional popular deluta dessas figuras funde-se com o programa ea cultura internacionalesca marxista queatravessou o século XX. E aí podemos citarvárias personalidades do nosso Brasil e deSanta Catarina: Gregório Bezerra, feito de ferroe de flor; pessoas como Manoel Alvez Ribeiro,o seu Mimo, primeiro Vereador comunista deFlorianópolis, entre 1959 e 1963, o qual foioperário da construção da Ponte Hercílio Luz,militando junto com Prestes até a sua morte,em 1994. Escreveu um livro muito importante,que se chama Caminho, onde conta toda essatrajetória.

Preferiu, então, a luta tenaz e incertapara a construção de uma nova sociedade,pela sociedade socialista.

Foi para a União Soviética, ondetrabalhou como engenheiro, estudou e acabouvindo para o Brasil organizar a Aliança NacionalLibertadora, junto com Olga Benário, quetambém tem uma trajetória que ficoupopularizada por Luiz Fernando de Morais, quemerece ser conhecida.

Então, tudo isso está publicado emtrês longos volumes de cartas, e também peloacervo da Lígia e da Anita, que está naslivrarias.

Luiz Carlos Prestes ficou nove anosna cadeia. Na cadeia foi eleito Secretário-Geraldo PCB, da Conferência Mantiqueira, e depoisfoi libertado. O Partido ganhou a legalidade,numa luta de massas, de rua - na prática foipara a rua mesmo não sendo proscrito e legal -, e conquistou de fato a legalidade. Houveeleição para a Constituinte, onde Luiz CarlosPrestes foi eleito o Senador mais votado daRepública, naquele momento, e junto comoutros companheiros, 14 Deputados e umSenador, teve uma participação destacada naAssembléia Nacional Constituinte, em 1946,fazendo aprovar uma série de leis avançadascom direito de greves.

Paulo Stuart Wright, homenageadocom muita justiça por esta Casa, reparandouma injustiça, porque de fato, nummomento talvez mais vergonhoso da históriadesta Casa, sob pressão da ditaduramilitar, alguns dias depois da visita aqui doSr. Lincon Gordon, naquele momentopraticamente Presidente de fato do Brasil,foi cassado por ele. Depois, também sobpressão, foram eliminados os seus direitospolíticos, sendo preso, torturado e assas-sinado pela ditadura militar.

Uma trajetória incrível de umamenina que invadiu a prisão nazista, soltou onamorado Otto, depois de toda uma militânciaimportante, já sobre a ascensão do nazismo naAlemanha, a qual fez curso de paraquedismo.Era um quadro de primeira linha do ExércitoVermelho e veio junto com Luiz Carlos Prestesorganizar a luta, enquanto Otto, que já havia seseparado dela, foi lutar junto com Mao TseTung. E quando o movimento estava no osso,quer dizer, quando parecia que o fascismoestava tomando conta do mundo, tinhapessoas desse tipo, coisa que é rara, mas queestá nas possibilidades da humanidade.Potencialidades que também estão vivas emnós, em nossa época. Somos seres humanose seremos capazes de construir umasociedade humana por causa disso, por causadesse tipo de capacidade.

É muito importante o reconheci-mento de um crime e não só um erro dopassado, e é muito importante também areflexão sobre todas essas personalidades. Ahistória foi toda apontada sob alguns aspectose está nos livros.

Gregório Bezerra apresentou aprimeira lei de defesa, com direito à ma-ternidade. Até aquele momento a mulhertrabalhava e no dia do parto tinha que voltar atrabalhar. As senhoras aqui presentes podemimaginar o que significa no dia do parto ter quevoltar a trabalhar? Às vezes, por questão deimpossibilidade total, o patrão dizia: “não, tudobem. Hoje, a senhora não trabalha, mas estácom os dias descontados que eu não souPapai Noel. E amanhã esteja aqui, senãoperde o emprego”.

Não podemos falar de Prestes semfalar da heróica coluna que se levantou emSanto Anjo, em 1924, e correu o Brasil deNorte a Sul, de Leste a Oeste, coluna invicta,que correu 25 mil quilômetros, a maior marchamilitar da história da humanidade. A maiorparte do caminho foi a pé, quer dizer, quemnão morre fica forte, derrotando mais de 18generais do exército nacional, apesar da suainferioridade numérica em armamentos emunições, analisado de modo profundo no livrode Anita Leocádia Prestes, a coluna Prestes.Sua tese de doutorado, publicado em 1989,criou o prêmio de Casa das Américas em1990.

Pois bem: Luiz Carlos Prestes veiopara cá e, felizmente, a Aliança NacionalLibertadora foi um movimento muitoimportante para analisar, de modo profundo,pela primeira vez, o caso.

Também um ouro livro de Anita, LuizCarlos Prestes e Aliança Nacional Libertadora,foi um movimento que não pretendia, naquelemomento, implantar o socialismo indireto noBrasil. A estratégia internacional era umaestratégia de fazer uma revolução democráticae antiimperialista, antilatifundiária. Este era osentido do movimento, inclusive contra atendência e a conciliação com o nazismo quenaquele momento estava imperando no próprioGoverno de Getúlio Vargas.

Então, a primeira vez que houve umperíodo de 15 dias de licença de maternidadefoi através desse projeto apresentado porGregório Bezerra. Depois foi ampliada aConstituinte de 1988, sob profunda pressãode conservadores, como se empregar a mulherfosse uma caridade dos empresários e comose o direito à maternidade e à saúde dos filhosbrasileiros não fosse uma questãofundamental, não fosse uma questão do país,de um interesse do povo brasileiro.

Mas para falar de Prestes deve serobjeto de um curso universitário, porque sãocem anos, atravessa o século. Vamos pontuaralguns elementos, porque me interessa falarmais dos últimos anos que tive a honra deconviver com o camarada Prestes, depois dasua volta ao Brasil e da sua carta aoscomunistas.

Sobre esse aspecto, a AliançaNacional Libertadora cresceu muito rapi-damente, teve comícios imensos, comícios emFlorianópolis, comícios com mais de 20 milpessoas. Em Porto Alegre, houve umdesdobrado processo, uma precipitação, numa

Prestes, no entanto, logo foi caçado.Em 1947, com a Guerra Fria, o PCB foicolocado na ilegalidade. Em 1948, osDeputados foram caçados e ele mergulhounuma terrível clandestinidade, onde pôde

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conhecer, num dos aparelhos clandestinos, acompanheira Maria, que se tornou sua esposa,mãe de nove filhos, dois adotados, com quemconviveu por toda a vida.

anças, fazer alianças com todas as forçasprogressistas para isolar a reação. No entanto,havia uma ilusão com a burguesia nacional eisso levava muitas vezes o Partido a compor,fazer concessões para aliados vacilantes,conservadores, inclusive violando a democraciainterna e impondo essas alianças, osconchavos eleitorais contra a luta espontâneaque já brotava na luta dos trabalhadores, queera a luta para enfrentar o grande capital, osmonopólios e os latifúndios.

que isso aconteça. Depende do surgimento deum Partido revolucionário que tenha umaconcepção justa da revolução brasileira,baseado na análise científica da realidadenacional e não na abstração.Em 1958, com o PCB ainda

proscrito, porque a legalidade dos comunistassó veio na Constituinte de 1988, com ochamado recuo do regime militar, agora muitorecentemente, a luta do povo, a lutademocrática avançou e os comunistaspuderam sair à luz do dia, foi revogada aprisão preventiva de Prestes por organizar opartido clandestino. Houve toda uma série deavanços naqueles anos, entre 1958 e 1964,mas a luta ainda não era forte o suficiente ehouve o Golpe de 64, com as conseqüênciasque todos nós sabemos.

Prestes reconhecia que não eram sóos comunistas oriundos do PCB que lutavampelo socialismo. Tinha uma série de outrascorrentes, algumas das quais se diziam,inclusive, socialistas, comunistas e quedefendiam o marxismo.

Então, Prestes era consciente da raizdesses erros, porque a autocrítica não éconfissão religiosa, autocrítica do marxista éver qual a origem dos seus erros, procurardescobri-los e corrigi-los, e na prática resolverdesatar os problemas, de modo a desenvolveruma consciência capaz de compreender osconflitos sociais e orientar a prática paradirimir, resolver esses conflitos.

Então, ele dizia que os comunistaslutam pela unidade das forças contrárias aoimperialismo e que o princípio dessa união é aação de massas. Unidade de ação é o primeiropasso a ser dado. Não é possível uma fusãoimediata de natureza orgânica, mas umaunidade de ação pela base para o seu primeiropasso para a unidade das esquerdas.

Prestes ficou no País organizando aluta contra a ditadura militar, mas chegou omomento em que as condições realmenteeram muito difíceis e também o Comitê Centraldo PCB decidiu que iria para a União Soviética,até porque, além do combate à ditadura e atodas as perseguições, ele travava umaprofunda e dura luta interna no interior doPartido.

E ainda estamos num estágio muitosemelhante. Há que surgir no Brasil um PartidoProletário Revolucionário, que tenha não sóconhecimento teórico da realidade, mas sejafundido com o movimento de massas dostrabalhadores, que seja capaz de penetrarnesse movimento, fazer parte dele para serreconhecido como a sua vanguarda política. Épreciso que seja capaz de recrutar os melhoresfilhos do povo, no sentido de formar umadireção conseqüente para a revoluçãobrasileira. E nesse processo há várioscompanheiros que vão se somar nessaconstrução.

Na carta aos comunistas, Prestesdefende uma nova estratégia revolucionária,antimonopolista, antiimperialista eantilatifundiária que constituísse um bloco deforças sociais das forças que se opõem aogrande capital, ao imperialismo, ao latifúndiohegemonizado pelo proletariado que continuasendo a grande força alternativa à dominaçãodo capital no mundo, e sempre continuarásendo até a restauração do socialismo, quepudesse constituir um poder revolucionário,uma democracia de massas para as massascapazes de abrir caminho para o socialismo.

Prestes esteve na União Soviética,desenvolveu uma série de atividadesrelevantes de solidariedade internacional evolta ao Brasil. É sobre isso que conheço mais,e quero aproveitar as últimas partes do meutempo, que se está esgotando, para falarsobre esse assunto.

Ele vem, em 1980, e é recebido noGaleão. Foi uma coisa fantástica, estive lá comalguns companheiros aqui presentes para recebê-lo - mais de dez mil pessoas foram recebê-lo. Foi oexilado que teve o maior número de pessoas pararecebê-lo no Galeão, no Aeroporto Internacional doRio de Janeiro. O povo gritava, de norte a Sul, deLeste a Oeste, Luiz Carlos Prestes! E ele deu umdiscurso citando em memória todas as pessoasdo comitê central que foram assassinadas peladitadura e disse que vinha lutar pelas suas idéias,pela democracia para as massas, não só demo-cracia para os ricos, e pelo socialismo.

Essa estratégia de Prestes é umaestratégia que se vinculava, inclusive, a todauma reflexão sobre a transição socialista,como levar a transição que estava empacadaem alguns países, União Soviética etc., atransitar a ponto de chegar ao socialismo.

Prestes, nestes últimos anos deluta, escreveu bastante, deu muitas entre-vistas, percorreu novamente o Brasil de Nortea Sul, de Leste a Oeste e incendiava osplenários levando o ardor das suas convicçõesrevolucionárias a jovens, a trabalhadoresmuitas vezes desesperados, desorientados,sem confiança em si próprios e nahumanidade. Tornou-se, a partir da suasconcepções marxistas radicais, uma referênciafundamental para a luta dos oprimidos, dosexplorados.

Prestes foi uma pessoa que najuventude estudou, inclusive, Diderot, estudouSêneca, estudou o estoicismo; era umapessoa muito estóica, mas revitalizava Sêneca(que ele gostava de citar), que era um estóico,superando o fatalismo dos estóicos. Então, elecitava muito uma frase: “não há ventofavorável para quem não sabe a que porto sedirige”.

Escreveu, em 1972, o programa deemergência contra a fome, a miséria e odesemprego, que era uma contribuição decomo ligar as lutas imediatas, mais sentidasdo povo, como colocar as indicações maissentidas do povo no centro da luta política, demodo a contribuir com a formação dessesblocos de forças, nesse novo bloco históricode forças contrários ao imperialismo, aosmonopólios e latifúndios, partindo das neces-sidades mais sentidas do povo.

Chegando aqui, teve o contato comtodos os seus camaradas e viu que o Partidoestava dizimado, foi objeto de uma tremendarepressão. Em Santa Catarina, o GovernadorLuiz Henrique da Silveira deve estar lembrado,vários democratas na época atuavam no MDB,que era o único Partido da Oposição, os quaisforam perseguidos pela operação BarrigaVerde. Quero citar aqui o Cirineu Cardoso, oRoberto Motta, que foi Deputado nesta Casa, eMarcos Cardoso. Mais de 103 pessoas,militantes da Oposição, foram presasviolentamente e torturadas porque lutavampela democracia no País. Nenhum jornal saiuem defesa desses democratas por medo. Issoem Santa Catarina.

Dessa fidelidade, os objetivos finaiscomunistas eram o de criar uma sociedadehumana, na qual fossem controladas asrelações sociais e não essa realidadealienada. Uma sociedade que avancesuperando esse domínio do capital, através deum planejamento democraticamentecentralizado, combinado com a autogestão.Toda essa transição, que era algo que só podeser pensado a longo prazo, unia-se, com muitaconcretude, na análise concreta, na realidadeconcreta, para ver como podemos avançar,hoje, para chegar a esse objetivo.

A grande questão era responder aessas necessidades. E eu fiquei muitocontente, durante a campanha, que o Lulalevantou a questão da luta contra a fome. Senós formos pensar, realmente, a necessidademais sentida do povo brasileiro, é a luta contraa fome, a miséria e o desemprego. Estas sãoprioridades fundamentais. E há comosolucionar esses problemas.

Então, essa questão de vislumbrar oobjetivo final é fundamental, porque realmentese a gente não sabe para que porto se dirige,o que soluciona os grandes problemas danossa época, não é possível acumular forças,não é possível avançar.

Então, ele citou todos essescompanheiros, procurou a todos, defendendo asua posição de que a linha do Partido que vinhado VIº Congresso Internacional Comunista estavaultrapassada. Era compreensivo que em 1928,quando ainda os comunistas estavam seorganizando mundialmente, conheciam muitopouco da América Latina, a análise fosse errada.Analisava-se que o Brasil ainda não era uma Paísdesenvolvido, que a revolução era antifeudal,antiimperialista, quando nunca houve feudalismono Brasil, ele já era uma País capitalistaindependente.

Prestes vinculava essas lutas a umprograma estratégico para sustentar essassoluções. É necessário mudar a correlação deforças, criar esses blocos de forças sociaispara mudar a base social do Estado, de modoa dar condições de poder político para essesenfrentamentos.

Agora, Prestes foi muito além. Nasua carta aos comunistas ele desenvolve umaprofunda análise da questão do Partido. Essaquestão realmente mereceu toda uma atençãode Prestes.

Não há tempo aqui para discutir aquestão partidária longamente, mas éimportante citar a sua esperança de que vásurgir um Partido Proletário Revolucionário noBrasil. Ele até escreveu no seu livro “Lutas deautocríticas”, que já temos uma classeoperária numerosa, com um nível deconsciência elevado, o que falta é organizá-la.Organizada, a classe operária será uma forçainvencível, que poderá levar o País aosocialismo. Não posso calcular um prazo para

Não há como solucionar o problemade fome, de miséria, pagando a dívida externa.Este ano pagamos 35 bilhões de dólares; anoque vem de novo, 30 bilhões de dólares.As análises mais científicas da

realidade brasileira começaram a ocorrer nadécada de 50, 60. Então, de fato, o Partidocometeu muitos erros, sempre lutou pelademocracia, pelo direito dos trabalhadores,mas confiava, tinha uma ilusão com relação àburguesia nacional, acabava ficando...

Quer dizer, o Plano Plurianualdivulgado pelo Ministro Mantega diz que vamoster que fazer um superávit fiscal a cada anopara pagar a dívida externa. O Brasil pegou 20milhões emprestados durante a ditaduramilitar a juros pós-fixados. Cometeu essaimprudência. Já pagou 500 bilhões de dólaresUma coisa correta é ampliar ali-

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e está devendo 340 bilhões de dólares.Quanto mais deve mais paga. É uma sangriadesatada, aqui, do Jeca Tatu anêmico, do TioSã lá forte, robusto.

Então, repito, só é respeitado quemrespeita a sua história. A figura de Luiz CarlosPrestes crescerá revelando a sua verdadeiraestatura, a sua verdadeira envergadura, namedida em que o movimento socialistaconsolidar e se expandir no Brasil.

Fui presa no Governo de Barbosa LimaSobrinho pelo investigador Wanderlei, umfacínora, que matava e torturava comunistasem Recife.

Continuar assim não há comopriorizar os interesses do povo, combater amiséria, a fome e o desemprego. Então, peçoum novo programa de luta para orientar osmovimentos no sentido de se organizar parasoluções viáveis contra a fome zero e odesemprego.

Eu fui tirada daquela cidade e levadapara a Bahia, e de lá fui para o Rio de Janeiro,depois para São Paulo, e em São Paulo oPartido me escolheu para tomar conta de umacasa onde Luiz Carlos Prestes iria serhóspede. Até o momento da sua chegada eunão sabia quem era a pessoa por quem euseria responsável.

A sua herança realmente atinge ahumanidade, não como diz o ex-GovernadorEsperidião Amin, como algo acima dasideologias. Prestes tinha um lado muito claro.Estava ligado aos oprimidos, aos explorados,ligado a uma versão de democracia proletáriaclaramente identificada com o socialismo, coma emancipação dos trabalhadores, doscamponeses, com a construção de umasociedade sem exploração e opressão. Estáligado, sim, à humanidade, no sentido dacriação de uma sociedade humana, onde apromessa de que tudo que é humano sedesassociará da exploração e opressão.

A questão da reforma agrária nãodeve só distribuir terra e sim garantir con-dições para as cooperativas, para as granjaspopulares poderem funcionar com crédito, comas condições de comercialização, requisiçãode casa para os sem teto e o combate aodesemprego que tem que passar pela reduçãoda jornada de trabalho.

Lembro-me de Prestes na minhainfância. Quantos comícios participei, comfaixas e cartazes com fotografia dele. EmRecife fui segurança de comícios em que oPrestes participou em 1946 quando candidatoao Senado. Eu vendia material para fazerpropaganda e fazia as finanças para o Partido.Tive a minha vida sempre ligada ao nome dePrestes porque o meu pai, em casa, falavamuito de reforma agrária. Como ele eracamponês, fazia referência à reforma agrária,de terra para a pobreza. Eu fui criada nesseambiente ligado ao nome de Prestes e a essaslutas.

Estou a levantar, recentemente, aredução de jornada de trabalho para 35 horas,que é uma questão que temos de avançarnesse sentido, para que mais pessoastrabalhem menos e muitas possam trabalhar.

Isso só vai acontecer com a civi-lização moderna se depurar, através dosocialismo, e puder avançar, através daassociação dos produtos livres e iguais, parauma sociedade em que a liberdade de cada umseja a condição da liberdade de todos.

De início trabalha-se 120 horassemanais. A luta dos trabalhadores levou ajornada de trabalho para 44 horas no Brasil,30 horas na França e vai baixar mais.

Muito obrigado! Eu me lembro em Recife, quandocarregava cartazes, que queríamos colocarescrito Luiz Carlos Prestes, mas, na realidade,colocávamos Leite, Carne e Pão, o que queriadizer Luiz Carlos Prestes. Era assim quefazíamos as campanhas de anistia, naquelaépoca, para o nome de Prestes, contra acarestia, contra os aumentos de passagens,por melhor educação, para as escolas.

(Palmas)A admissão de jornada de trabalho é

algo essencial, sem o qual não se temseriedade realmente na superação dodesemprego.

(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. PRESIDENTE (Deputado Volnei

Morastoni) - Quero registrar também apresença dos Deputados Afrânio Boppré eHerneus de Nadal e do Sr. Artur Appel.O combate à miséria naturalmente

envolve toda uma série de medidasestruturais, de modo a alavancar a elevação donível de vida do nosso povo.

Convido a Sra. Maria do CarmoRibeiro, companheira do nosso homenageado,Luiz Carlos Prestes, para receber uma placacomemorativa em nome deste Poder.

Em São Paulo, vinda de umafamília pobre - não fiz universidade -, tinhamuitas discussões com o Prestes, e elesempre foi um homem paciente, educado etinha muita habilidade para conversar comas pessoas e explicar detalhadamente opensamento dele.

Vamos ter que pensar sobre arestatização nas empresas estratégicas queforam doadas a preço de banana pelo GovernoFernando Henrique Cardoso e chegarmos a umplanejamento democraticamente centralizado,ligado com a gestão democrática dessasempresas para alavancar um crescimentoeconômico voltado para a elevação do meio devida das massas.

Convido, também, as Sras.Deputadas Simone Schramm e Ana Paula Limapara acompanharem este Deputado para aentrega de um buquê de flores a Sra. Maria doCarmo Ribeiro.

(Procede-se à entrega da placacomemorativa e do buquê de flores.)

Com o Prestes eu aprendi muitacoisa, ele era um ser humano dedicado àfamília. Ele gostava de cozinhar, ele gostavadas crianças, ele trabalhava de marceneirofazendo carrinhos, brinquedos para ascrianças, era um bom jardineiro, gostava deplantas e uma das tarefas que ele maisgostava de fazer era um jardim, plantarroseiras, etc.

Convidamos a Sra. Maria do CarmoRibeiro para fazer uso da palavra.Por fim e agora concluindo, nós

afirmamos a coerência de Luiz CarlosPrestes e, infelizmente, há alguns indíciosde que o Governo que apoiei, que voteiesteja trilhando alguns caminhos quecontradiz ao seu programa, à sua história, àsua tradição.

A SRA. MARIA DO CARMO RIBEIRO -Excelentíssimo Sr. Governador Luiz Henriqueda Silveira, Prefeitos, Vereadores, professorese amigos de Luiz Carlos Prestes, netos, filhos,genros e noras aqui presentes, esta não é aprimeira homenagem que participo; jáparticipei de muitas. Foram inúmeras ashomenagens feitas a esse homem.

Então, eu vivi nesse ambiente com oPrestes. Nós discutíamos muito sobre osmateriais do Partido porque eu tinhadivergências. Naquela época o jornal era A VozOperária; no Recife existia um jornalzinho e eudivergia de muitas palavras que o jornalcolocava e dizia para ele que as pessoas nãoentendiam o significado daquelas palavras quesaiam nos jornais.

Recentemente, vimos a invasão doCongresso Nacional pela Polícia contra asmanifestações dos trabalhadores sobre areforma da Previdência. Nunca, nem naditadura militar, houve uma invasão doCongresso pela Polícia Militar.

Não sou historiadora e quero deixarclaro que não vou tomar muito tempo devocês. Serei breve.

Meu nome é Maria do Carmo Ribeiro,mais conhecida como Maria Prestes. Sou filhade comunista, com muito orgulho, e hojecontinuo com os próprios ideais. Meu pai eracomunista, foi condenado a 16 anos de prisão,nessa época tinha três anos e fui criada porcompanheiros que nos acolheram até a idadede nove anos.

A reforma na Previdência retiradireitos dos trabalhadores, aumenta o tempode aposentadoria, vai na contramão da históriada redução na jornada de trabalho e nãoaumenta o direito dos trabalhadores. Reduzdireitos para aumentar o déficit fiscal parapagar a dívida externa.

Proletariado, Standard Oil, palavrasfáceis para quem tem estudo, mas que eramdifíceis para os operários. Além disso, osjornais eram muito longos e o trabalhador nãotinha paciência de ler todas as matérias.

As greves e as lutas MST e dosSem-teto permanecem tratadas como casode polícia. Então, é necessário mudar por-que não se engana os governantes. Só érespeitado quem respeita o seu passado.

Meu pai foi deportado de Recife parao Rio de Janeiro, fugindo do navio.

E aí foi a minha convivência comPrestes, até que um dia, conversando sobrea sua vida, ele me propôs casamento. Nósnão tivemos esse negócio de namoro, denoivado, nada disso. Foi tudo de repente.Eu disse a ele que nunca havia casado eque não pretendia me casar porque achavaque o casamento era um contrato, econtrato eu não assinava com ninguém. Aíele respondeu que naquele momento nãopodíamos mesmo casar, mas que,futuramente, quem sabe... Eu respondi queachava melhor não assinar papel algumporque se desse certo, muito bem, se nãodesse certo, cada um iria para o seu lado.Desde a minha infância sempre fui inde-pendente, e em casa, junto com o meu pai,nós discutíamos muito sobre isto.

Com 10 anos, eu já participava dacontribuição e solidariedade aos presospolíticos com o meu pai. Em 1945, quandoveio a anistia, eu estava na Bahia; voltamospara o Recife e lá participei da JuventudeComunista, do Movimento Feminino,acompanhando sempre a luta política doPartido.

Em época que Fernando Henriquefalava “esqueço o que escrevi”, tempessoas dizendo que nunca foram deesquerda, quando sempre andaram com aesquerda e receberam voto da esquerda,daqueles que querem a transformaçãosocial, daqueles que concebem ademocracia não só como o privilégio dosricos, mas de direitos econômicos, ademocracia econômica, social, educacional,cultural, os direitos das massas. Essarenegação, na sua identidade, é algocomplicado.

Em 1947 o Partido foi para aclandestinidade, e o meu pai já era muitoperseguido lá em Recife; foi preso, e quandosaiu da prisão ele foi retirado do Estado paraum lugar ignorado. Eu já havia casado com omeu primeiro marido; depois ele foi preso e eume separei dele. O Partido me tirou da cidadeporque eu já tinha participado de movimentos.

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Resolvemos, então, viver juntos eficamos assim durante 40 anos. Enfrentei, emSão Paulo, 10 anos de clandestinidadeabsoluta, onde nem eu nem ele tínhamoscontato com as nossas famílias. A únicapessoa com quem tínhamos contato eraGiocondo Dias, a quem eu conhecia desdecriança, na Bahia, e que levava o dinheiro parao nosso sustento nas casas onde morávamos.

Se hoje estamos aqui na tribunafalando sobre Prestes, muito dependemos doPartido Comunista Brasileiro. Ele foi um dosiniciantes da luta no Brasil e Luiz CarlosPrestes foi uma liderança que não pode ficardesconhecido na história do nosso povo, doBrasil. Por isso o nome de Prestes está ligadoà história do nosso País.

Prestes não foi um assassino nemcomedor de criancinha. Prestes foi um homemdigno e a sua memória precisa ser respeitadacomo exemplo de cidadão patriota que estePaís teve no seu passado histórico.

Muito obrigada!(Palmas)(SEM REVISÃO DA ORADORA)

Agradeço ao professor pelas elo-qüentes palavras ao se referir ao Prestes,assim como ao Deputado que preparou estahomenagem.

O SR. PRESIDENTE (Deputado VolneiMorastoni) - Quero registrar a presença do Sr.Danilo Arinovich Cunha, Secretário de Estadoda Casa Civil.

Eu era responsável pela segurançadaquele homem e não podia de jeito algumconversar com qualquer vizinho. Éramos só nósdois, um motorista e as duas crianças.Qualquer desconfiança, se percebêssemos quehavia mais uma pessoa na casa, nós tínhamosde abandonar o local.

Os ideais de Prestes estão ligados atodos que se interessam e querem um povolivre, independente e patriota neste País.

Convido o Sr. Luiz Henrique daSilveira, excelentíssimo Governador do Estadode Santa Catarina, para fazer uso da palavra.

Nós não podemos esconder osresponsáveis por tudo isso. Todos sabem quequando a Coluna passou pelo interior do PaísPrestes conheceu muito bem a realidadebrasileira.

O SR. GOVERNADOR DO ESTADO(Luiz Henrique da Silveira) - Excelentíssimo Sr.Deputado Volnei Morastoni, digníssimoPresidente desta Casa;

Eu, naquela época, tinha muitomedo, porque era uma responsabilidade muitogrande, uma vez que Prestes estava sendoprocurado no Brasil inteiro. E eu tinha aquelehomem dentro de casa e ele não podia nemcolocar o nariz pela porta para olhar a ruaporque não era permitido. As casas eram esco-lhidas de acordo com o setor, que nãohouvesse pessoas olhando, com quintal oupátio perto para que Prestes pudesse ter umpouco de liberdade para andar no jardim.

Sra. Maria do Carmo Ribeiro, esposade Luiz Carlos Prestes, a quem tenho a honrade hospedar na Casa da Agronômica;

Quero deixar essa realidade, essaparte da história para os pesquisadores,professores e para as futuras gerações. Osideais de Prestes pertencem a essas pessoasque se dedicam a cultivar e a resgatar amemória do povo brasileiro.

Caros amigos Paulo Prestes, JoãoPrestes e Yuri Prestes, filhos do legendárioCavaleiro da Esperança;

Caros Deputados Afrânio Boppré,Herneus de Nadal, Paulo Eccel, PedroBaldissera, Jorginho Mello e Deputadas AnaPaula Lima e Simone Schramm;

Agradeço a todos. Não quero meprolongar, porque falar de Prestes é falarpolêmica. Ele teve uma vida interessante,longa, cheia de contradições, e poderíamosficar aqui a noite inteira discutindo a pro-blemática de Prestes.

Com Luiz Carlos Prestes eu aprendia ler os clássicos; com Prestes eu aprendiastrologia; com Prestes eu compreendi muitamais a situação do nosso País, porque elefalava sobre a marcha da Coluna, quandopercorreu 25.000 quilômetros. Saiu de PortoAlegre, em outubro, desceu pelo Paraná,entrou em Santa Catarina, passou por Goiás epelo interior da Bahia. Enfim, fez toda umatrajetória em vários Estados do Brasil vendo amiséria do nosso povo, e eu acho que mesmohoje a solução vai ser difícil.

Caro Prefeito de Blumenau, DécioNery de Lima, e, em seu nome, saúdo todos osPrefeitos e Vereadores aqui presentes;

O Prestes não foi um aventureiro.Quando ele voltou, em 1979, para o Brasil, jáhavia divergências sobre o Partido na França.Ele não foi expulso do Partido. Está aí o Sr.Roberto Freire que pode dizer; Salomão Malinaem seu livro também diz isso, assim comoGiocondo Dias e outros escritores. Ele seafastou por não concordar com a linha políticados comunistas, que trocavam de partido, quetrocavam de idéia como trocavam de roupa.

Companheiro Sérgio Grando, Diretor-Geral da Fundação de Amparo à Tecnologia eMeio Ambiente - Fatma;

Sr. Secretário de Estado daArticulação Internacional, Roberto Colin, e, emseu nome, saúdo todos os membros da minhaequipe aqui presentes;

Eu me lembro que quando Prestesera Senador (e ele foi um dos Senadores maisvotados no Brasil), fez uma lei sobre reformaagrária. Junto com outros companheiros quetinham sido eleitos, ele levantou a bandeira dareforma agrária. E os outros Senadoresdisseram a ele o seguinte: “Você não vê queestá batendo em ponta de faca? Nós, aqui,somos latifundiários, fazendeiros e usineiros enão vamos permitir essa reforma agrária noBrasil.”.

Cara amiga professora Jô Braska edemais dirigentes da Escola de Teatro Bolshoino Brasil;

Ele não foi expulso também doExército. Até hoje no colégio militar está o seuretrato como um dos melhores alunos queaquele colégio já teve. A vida de Prestes é umexemplo para todo o brasileiro, para odemocrata, para o patriota, para o nacionalistaque defende o seu País.

Caro amigo professor GeraldoPereira Barbosa;

Caro amigo Geovah Amarante,Diretor do BRDE;

Srtas. Catherine Prestes, Maria doCarmo Ribeiro e Andréia Prestes, netas dohomenageado;

Homenagens como a de hoje serepetem em vários lugares onde eu já estive.Sempre sou convidada a participar. Se hoje temosgrandes marcas da Coluna Prestes, agradecemospela história que ele nos deixou. Temos ummuseu em Palmas feito pelo Governador, emfrente ao seu Palácio, onde tem uma escultura doPrestes, feito por Maurício Bentes, com 2,5m dealtura e 300kg de bronze.

Caros amigos da imprensa, senhorase senhores.E o que aconteceu? Cassaram o

registro do Partido e em seguida o mandatodele, que foi novamente para a clandes-tinidade, em l947. Ele ficou três anosperambulando, até l950, quando se encontroucomigo.

Uma reunião no Recife dividiu oPartido que fora criado para conestar o regimeditatorial de 1964, o MDB, em duas correntes,que a imprensa denominou de Autênticos eModerados.

Prestes foi um homem perseguidoaqui no Brasil durante 60 anos. Enquanto noexterior era recebido como ministro de estado,aqui no Brasil os jornais eram proibidos decitar o nome de Luiz Carlos Prestes.

Nós integrávamos, com RobertoFreire, Marcos Freire, Jarbas Vasconcelos,Fernando Lyra, Lysâneas Maciel, FernandoPinto e com tantos outros, o Grupo dosAutênticos.

Temos em Arraias um marco nadivisa de Goiás com Tocantins e também emSanto Ângelo, todos eles feitos pelo arquitetoOscar Niemeyer, amigo nosso, da família. Hátambém um marco em Santa Helena (que nãofoi feito por Oscar Niemeyer) na divisa do riochamado Ponte Queimada, porque como apolícia vinha seguindo a Coluna, elesatravessaram o rio e queimaram a ponte.Nesse lugar o Prefeito mandou fazer um marcocom o mapa da Coluna. Por isso povo conheceessa região como Ponte Queimada.

Por que esse medo tremendo de LuizCarlos Prestes? Por que divulgavam tanto quecomunista comia criancinha? Hoje estáprovado quem comia criancinhas, e não sóelas, porque a polícia prendia qualquer um, emuitos companheiros nossos desapareceram;até hoje as famílias não sabem onde estãoseus restos mortais para que sejamenterrados.

Esse Grupo se formou em torno deuma idéia muito singela, mas que pareceu, naépoca, uma ousada e intempestiva propostade convocação de uma Assembléia NacionalConstituinte.

Isso foi no início dos anos 70. Aquiloque para todos nós representava um ato deconvocação do povo brasileiro ao reordena-mento jurídico do País, quebrado em 1964,afigurava-se à ala majoritária do Partido comouma provocação ao regime ditatorial. E oPartido se dividiu.

Prestes foi condenado a nove anosde prisão e ficou preso em uma cela semcontato algum. Até os guardas que davamplantão na porta dele eram selecionadospara que ele não tivesse contato comninguém.

A estrada de Brasília para Tocantinstambém chama-se Coluna Prestes. O nomePrestes está ligado ao Brasil em várioslugares. No Rio de Janeiro, na Barra da Tijuca,há a Avenida Luiz Carlos Prestes; temos o CiepLuiz Carlos Prestes; temos escolas Luiz CarlosPrestes. Em São Paulo temos um parqueecológico com o nome Luiz Carlos Prestes.

Naquela época, lembro-me bem, oSecretário-Geral do Partido, Deputado porPernambuco, Tales Ramalho, havia dirigidoduas palavras contra o nosso Grupo. E numadeterminada ocasião dirigiu uma críticadesrespeitosa a Luiz Carlos Prestes.

Ele foi defendido por Sobral Pinto,baseado na lei dos animais. Por que essemedo de Prestes? Porque ele sempre tevecomo ideal, uma sociedade justa, correta, sema exploração do homem pelo homem, defendeuas riquezas do País e foi patriota enacionalista.

Em vários Estados temos um marcode Luiz Carlos Prestes. É um nome semprelembrado e questionado, devido a sua posição.Até os inimigos de Prestes o respeitaram,como ainda hoje.

O que ocorreu no dia seguinte foi ofato mais inesperado e imprevisível: umaentrevista do General Cordeiro de Farias,admoestando o Tales Ramalho, dizendo a ele:

DIVISÃO DE ANAIS - Processo Informatizado de Editoração

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“Prestes não é figura para ser comentadapor figuras menores da política brasileira,porque ele não nos pertence; ele pertence àhistória deste País”.

de amplas categorias da nossa sociedade. gostaria de agradecer ao Prefeito AirtonFontana e ao museólogo Edelvino Richard,do Museu São Jorge -; e Polícia Militar deSanta Catarina, através do Museu de ArmasLara Ribas.

A luta de Prestes está presentenos 30 milhões de excluídos do emprego,da habitação, da alimentação e dos bensfundamentais da cidadania.A senhora deve recordar desse

episódio. E ele seria suficiente para colocarno devido lugar essa figura que escreveupáginas de heroísmo, de tenacidade, deresistência, de paciência e de coerência;páginas de silêncio e de eloqüência; páginasde avanços e de recuos estratégicos;páginas de perdão e de sacrifício; páginasnas quais colocou toda a sua dor pessoalpela brutalidade com que o trataram nocárcere e pelo que fizeram com a OlgaBenário, no momento em que ele imolou amemória do seu sacrifício, a memória dapenitência que lhe afligiram, entendendoque era importante para restabelecer ademocracia no País o apoio que deu àqueleque presidia os atos do qual foi vítima.

A luta de Prestes está presente emfazermos dos exemplos que temos emSanta Catarina, em Blumenau, e, modéstiaà parte, na nossa Joinville, onde toda cri-ança está na escola, onde a maioria dosprofessores tem nível superior e pós-gra-duação e onde toda a criança na escolarecebe uniforme e comida.

A mostra é composta de 14painéis que retratam a trajetória pessoal epolítica de Luiz Carlos Prestes (acervoSecretaria Municipal de Cultura de SantaHelena, Paraná), bem como de projéteis,baionetas e objetos de cavalaria abando-nados pela Coluna Prestes no acampamentode Guaraciaba (acervo Museu São Jorge,Vila Olímpio), de armas em uso no períodode 1920 a 1930, período dos aconteci-mentos ligados aos fatos históricos queculminaram com o nascimento da ColunaPrestes, e de cópias de documentos ecrônicas históricas relativas à trajetória davida de Luiz Carlos Prestes.

A luta de Prestes está presente emlevarmos para todo o Brasil o avanço quetivemos na cultura e o avanço que tivemosem implantar uma saúde preventiva dequalidade de mundo.

A luta de Prestes está presente emconstruirmos um Brasil que seja uma grandeSanta Catarina, uma Santa Catarina queestá acima da média do País, mas queainda não é o País que nós queremos, por-que nós o queremos muito melhor.

Convidamos a todos para, de pé,ouvirmos à execução do Hino de SantaCatarina.

A figura de Prestes está aliada àluta de todos nós, comunistas ou não,socialistas ou não, social democratas ounão, de todos nós que não aceitamos adicotomia inexplicável desses dois “Brasis”que dividem de um lado uma economiapujante, com um avanço tecnológicoevidente e com nichos de grande desenvol-vimento, de grande prosperidade, e do outrocontinentes de pobreza e atraso.

(Procede-se à execução do Hino deSanta Catarina.)A luta de Prestes está presente na

evocação do massacre de Carandiru e domassacre da Candelária.

Esta sessão foi uma pequenacontribuição desta Casa para celebrar adigna história de vida de Luiz Carlos Prestes.E nela pudemos contar com a honrosa pre-sença de sua companheira, Sra. Maria doCarmo Ribeiro, e de seus filhos João, Pauloe Yuri, além de outros familiares.

A luta de Prestes está presentenas reivindicações do nosso povo, cujagarganta, durante muito tempo, foi incapazde balbuciar qualquer som de revolta ou dereivindicação.A luta de Prestes está presente em

dois símbolos: nos jatos da Embraer e noscarros de boi, que ainda anunciam a suapassagem cantando a sua sonolenta músicaque o acompanha durante as viagensdemoradas.

A luta de Prestes está presentenesta democracia que, não nos enganemos,já construímos, porque há muito a caminharpara consolidá-la e transformar cada homemnum cidadão.

Queremos dizer que para nós foimotivo de orgulho poder realizar esta ses-são. É uma honra destacada que ficaráregistrada nos Anais deste Poder pelosdepoimentos que aqui foram dados e pelapresença muito afetuosa dos familiares,especialmente do Yuri e do João, que sãoduas figuras humanas extraordinárias. Nósnos sentimos imensamente honrados pelapresença de vocês.

A luta de Prestes está presenteentre centros e periferias de nossascidades. E talvez a maioria delascaracterizada na figura de Dom PauloEvaristo Arns, caracterizada como a cabeçado Cristo, uma bela cabeça volteada pelacoroa de espinhos.

Parabéns, Deputado VolneiMorastoni, parabéns à família Prestes eparabéns a este Poder por homenagear umhomem que é um símbolo que vai estarpresente a vida toda como um cometa decalda infinita, reluzente, dizendo para nósque a luta continua por um Brasil melhor emais justo.

A Presidência, ao agradecer atodos pela presença, gostaria de convidá-lospara conhecerem esta mostra de Luiz CarlosPrestes e para um coquetel no hall destePoder.

A luta de Prestes está presente noêxodo rural, que esvazia o campo e incha ascidades.

Muito obrigado!(Palmas)

A luta de Prestes está presente narelação, ainda muito mal resolvida, entre ohomem e a terra do nosso País.

(SEM REVIÃO DO ORADOR) Quero aproveitar este momentopara agradecer à Banda da Polícia Militar deSanta Catarina e ao Grupo de Cordas,integrantes da Orquestra de Câmara doEncarte de Itajaí, que se deslocou de lá eque se encontra também no hall para abri-lhantar esta solenidade.

O SR. PRESIDENTE (DeputadoVolnei Morastoni) - Quero registrar também apresença do Secretário Estadual MiguelXimenes.

A luta de Prestes está presente namorte daquele operário que, como Chicoassinala, morre na contramão, atrapalhandoo sábado, atrapalhando o tráfego.

No final da sessão, todos estãoconvidados para participar de uma mostraiconográfica no rol desta Casa.A luta de Prestes está presente no

Pedro pedreiro, “penseiro”, esperando otrem.

Encerramos a presente sessão,convocando outra, ordinária, para amanhã, àhora regimental, com a seguinte Ordem doDia: matérias em condições regimentais deserem apreciadas pelo Plenário.

Gostaria, neste momento, de dizerque a composição do acervo para a mostraLuiz Carlos Prestes foi possível mediante oapoio das seguintes instituições: PrefeituraMunicipal de Santa Helena, Paraná, atravésda Secretaria Municipal de Cultura;Prefeitura Municipal de Guaraciaba - e

A luta de Prestes está presentenas desigualdades.

A luta de Prestes está presente nafalta de acesso à educação, à saúde, àsegurança, a infra-estrutura, ao bem-estar

Está encerrada a presente sessão.

A T O S D A M E S A

ATO DA PRESIDÊNCIA DPCaramori, Ana Paula Lima, José Paulo Serafim, João Paulo Kleinübing eDjalma Berger, para, no prazo de 120 dias, investigar a dívida públicado Estado, no período de 1983 até 31 de dezembro de 2002.PALÁCIO BARRIGA-VERDE, em 09 de setembro de 2003

ATO DA PRESIDÊNCIA N. 039-DP, de 2003 Deputado Volnei MorastoniO PRESIDENTE DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SANTACATARINA, no uso de suas atribuições

Presidente*** X X X ***CONSTITUI Comissão Parlamentar de Inquérito, integrada pelos

Senhores Deputados Ronaldo Benedet, Antônio Carlos Vieira, Reno

Processo Informatizado de Editoração - DIVISÃO DE ANAIS

26 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 5.159 09/09/2003

P U B L I C A Ç Õ E S D I V E R S A S

ATAS DA PROCURADORIAAnselmo Klein - Procurador-Geral em exercícioMaria Aparecida Tridapalli Archer - Secretária

ATA DA 1474ª SESSÃO ORDINÁRIAAos três dias do mês de setembro do ano dois mil e três, às

quatorze horas, sob a Presidência do Procurador Anselmo Klein, emsubstituição ao Procurador-Geral, reuniu-se o Colegiado da ProcuradoriaJurídica da Assembléia Legislativa, para deliberar sobre os assuntosconstantes da pauta da 1474ª sessão ordinária. Presentes osProcuradores, Maria Margarida Bittencourt Ramos, José Carlos daSilveira, Luiz Alberto Seccon, Fábio Furlan, Paulo Henrique Rocha FariaJúnior e José Buzzi. Aprovada a ata da sessão anterior. 1) Relatoria doProcurador Anselmo Klein - aprovados pareceres aos processos1819/03, de Gilza Maria M. Peregrino Ferreira; proc. s/nº, Of.1953/03, do Deputado Onofre Agostini, sobre “forma de fixação dossubsídios do Governador e Vice-Governador do Estado”; deu-se porimpedida no primeiro processo, a Procuradora Maria MargaridaBittencourt Ramos. 2) Relatoria da Procuradora Maria MargaridaBittencourt Ramos - processos 1828/03, de Michel Curi e proc. s/nº -Of. nº 108/03, do Procurador de Finanças sobre, “Relatório do Tribunalde Contas - aposentadoria de Agenor José Cardoso”, pareceres apro-vados. A Relatora retirou de pauta o proc. 1845/03, de CalinaWojciechwski, e, deu conhecimento da informação prestada na ADI nº2338, Requerente o Governador do Estado, norma impugnada, LeiEstadual nº 11.375/00”. 3) Relatoria do Procurador Luiz AlbertoSeccon - aprovado parecer ao processo referente a ProvidênciasAdministrativas no Mandado de Segurança nº 2000.020386-6, Capital,impetrante Isauro Luiz Pereira. Incluído extra-pauta, o proc. 244/03, deCleomara Teresinha Anhalt, que teve o parecer aprovado pelo deferi-mento parcial do pedido. 4) Relatoria do Procurador Fábio Furlan - pro-cessos 963/03 e 1808/03, de Célia Regina Areão Maia e RoseliTeresinha Goerdert, respectivamente, pareceres aprovados. 5) Relatoriado Procurador Paulo Henrique Rocha Faria Júnior - processos 1234/03,de Natanael Monteiro de Souza; 1795/03, de Ptolomeu BittencourtJúnior; 1835/03, de José Alberto Braunsperger, pareceres aprovados,com o impedimento da Procuradora Maria Margarida Bittencourt Ramosno proc. 1795/03. O Relator retirou de pauta o proc. 1715/03, de EloáC. de Miranda e Queiroz. O Procurador José Carlos da Silveira, solicitoua inclusão extra-pauta do proc. s/nº, expediente do SINSERTADI, sobre“notificação extrajudicial para que se efetue o desconto obrigatório dacontribuição sindical do exercício de 2003”, parecer aprovado, peloarquivamento. Esgotada a pauta e nada mais havendo a tratar, oPresidente encerrou a sessão, convocando outra ordinária, para opróximo dia dez de setembro, à mesma hora e local. Eu, MariaAparecida Tridapalli Archer, Secretária, lavrei a presente ata que,depois de lida e aprovada, vai assinada pelos Procuradores presentes.Sala das sessões, 3 de setembro de 2003.

Michel Curi, Procurador-GeralMaria Aparecida Tridapalli Archer - Secretária

ATA DA 1473ª SESSÃO ORDINÁRIAAos vinte e sete dias do mês de agosto do ano dois mil e

três, às quatorze horas, sob a Presidência do Procurador-Geral,Michel Curi, reuniu-se o Colegiado da Procuradoria Jurídica daAssembléia Legislativa, para deliberar sobre os assuntosconstantes da pauta da 1473ª sessão ordinária. Presentes osProcuradores, Anselmo Klein, Maria Margarida Bittencourt Ramos,José Carlos da Silveira, Luiz Alberto Seccon, Fábio Furlan, PauloHenrique Rocha Faria Júnior e José Buzzi. Aprovada a ata dasessão anterior. 1) Em regime de vista: processo 774/00, deRosângela Bittencourt, Relator Procurador José Carlos daSilveira, teve aprovado voto de vista do Procurador PauloHenrique Rocha Faria Júnior, por maioria, pelo deferimento;proc. 1.293/03, de Valter Clementino Pereira, aprovado parecerda Relatora, Procuradora Maria Margarida Bittencourt Ramos,pelo indeferimento, acompanhada pelo Procurador PauloHenrique Rocha Faria Júnior, que havia solicitado vista. 2)Relatoria do Procurador Anselmo Klein - aprovados pareceresaos processos 1813/03, de Marília Angeloni PimentelRodrigues, e, proc. s/n Memo nº 345/03, Chefia de Gabineteda Presidência, sobre “alterações constitucionais emapreciação no Congresso Nacional, com relação àsaposentadorias”. O Relator deu conhecimento das informaçõesprestadas na ADI nº 2003.017165-7, do município de LauroMüller - “inconstitucionalidade dos desígnios juspolíticos da LeiMunicipal nº 1.225/02.” 3) Relatoria da Procuradora MariaMargarida Bittencourt Ramos - processos 1793/03, de MariaHelena Pereira Torres e 1833/03, de Nádia Makhoul Neves;proc. s/nº Memo 359/03, da Chefia de Gabinete daPresidência que encaminhou expediente da Diretoria da Divisãode Documentação, solicitando “elaboração de Ato da Mesa quediscipline a consulta e a manutenção do acervo documental daAssembléia Legislativa, pareceres aprovados. A Relatora deuconhecimento do parecer emitido juntamente com o ProcuradorFábio Furlan, ao Memo nº 367/03, da Chefia de Gabinete daPresidência, que solicitou estudo regulamentando a fruição delicenças-prêmio, o parecer foi encaminhado à Presidência semapreciação do Colegiado. 4) Relatoria do Procurador José Carlosda Silveira - processos 1689/03, de Márcia Dittrich Tosetto;1831/03, de Sinésio Carlos Koerich; 1846/03, de Sadi daSilva Santos, pareceres aprovados, sendo o primeiro peloindeferimento. 5) Relatoria do Procurador Luiz Alberto Seccon -processos 1303/03, de Aristides Ostetto; 1769/03, deKatherine Benedet Galli; 1794/03, de Valter Hones; 1805/03,de Jorge Luiz de Araújo; 1822/03, de Adilson Agenor Peres;1834/03, de Carla Fabiana Faria dos Santos; 1843/03, deValter Euclides Damasco, pareceres aprovados. 6) Relatoria doProcurador Fábio Furlan - processos 1847/03 e 1857/03, deMárcio Luiz Pavan e Fábio Sprotte Floriani, respectivamente,pareceres aprovados. O Relator retirou de pauta, os processos963/03, de Célia Regina Areão Maia e 1808/03, de RoseliTeresinha Goedert. 7) Relatoria do Procurador Paulo HenriqueRocha Faria Júnior - aprovados pareceres aos processos1783/03, de Luiz Gonzaga de Lima; 1785/03, de HélcioFracasso Correa; 1787/03, de José Nilson de Espíndola;1806/03, de Nelson Wolter; 1812/03, de José AgrícioGonçalves. O Relator retirou de pauta o processo 1835/03, deJosé Alberto Braunsperger. 8) Relatoria do Procurador JoséBuzzi - processos 1765/03, de Andréa Carla Puls da Silveira;1773/03, de Romana Raquel Ebele; 1790/03, de Getúlio Dorta de Melo;1832/03, de Carlos Henrique Monguilhott; 1848/03, de Josete Evelise Sell,pareceres aprovados. Esgotada a pauta e nada mais havendo a tratar, oPresidente encerrou a sessão, convocando outra ordinária, para o próximodia três de setembro, à mesma hora e local. Eu, Maria Aparecida TridapalliArcher, Secretária, lavrei a presente ata que, depois de lida e aprovada, vaiassinada pelos Procuradores presentes. Sala das sessões, 27 de agostode 2003.

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EXTRATOS

EXTRATO Nº 039/2003REFERENTE: CONVÊNIO CL Nº 004/2003-00, celebrado em26/03/2003.CONVENENTES:1.ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SANTA CATARINA2.ESEC, MANTIDA PELA UNIÃO DE ESCOLAS DE EDUCAÇÃOCORPORATIVA - UNESECOBJETO: O objeto do presente Convênio é a realização em comumde atividades voltadas para o intercâmbio de experiências nas áreascientífica, técnica e cultural, bem como atividades de ensino,pesquisa, extensão e de formação de pessoal com, no casoespecífico deste último aspecto, a concessão de desconto no valordas mensalidades, nos cursos de Graduação e de Pós-Graduaçãoda Escola Superior de Educação Corporativa, para os servidores daASSEMBLÉIA LEGISLATIVA e seus dependentes, que sejam deinteresse comum entre ambas as partes.VIGÊNCIA: Pelo período de 05 (CINCO) anos, podendo ser renovado ourescindido, por iniciativa das partes, mediante comunicação por escrito,com antecedência mínima de 60 (SESSENTA) dias.FUNDAMENTO LEGAL: Lei nº 8.666/93 e autorização administrativa.Florianópolis, 26 de março de 2003.Signatários:Deputado Deputado VoInei Morastoni - ALESCEunice Passaglia - ESEC

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DIVISÃO DE ANAIS - Processo Informatizado de Editoração

09/09/2003 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 5.159 27

EXTRATO Nº 040/2003 OFÍCIO Nº 050/03REFERENTE: CONVÊNIO CL Nº 009/2003-00, celebrado em 20/05/2003 SECRETARIA DE ESTADO DA ORGANIZAÇÃO DO LAZERCONVENENTES: FUNDAÇÃO CATARINENSE DE CULTURA1 . ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SANTA CATARINA Ofício nº FCC 1877/032. CENTRO DE IDIOMAS GAMA D.EÇA CCI Florianópolis, 02 de setembro de 2003.OBJETO: O presente instrumento é proporcionar aos servidores edependentes da ALESC e, seus respectivos familiares, cursos de línguainglesa, nas diversas unidades do CCI, beneficiando-se de condições evantagens conforme se estabelece no ajuste.

Ilustríssimo SenhorVOLNEI MORASTONIDD. Presidente da Assembléia Legislativa do Estado de Santa CatarinaNesta

VIGÊNCIA: Pelo período de 01 (um) ano, podendo ser renovado ourescindido, por iniciativa das partes, mediante comunicação por escrito,com antecedência mínima de 30 (trinta) dias.

Senhor Presidente,Atendendo o que determina o Art. 2º da Lei Promulgada nº

11.288 de 27 de dezembro de 1999, estamos encaminhando emanexo, uma cópia da documentação do Diretor Geral da FundaçãoCatarinense de Cultura, Senhor Edson Busch Machado.

FUNDAMENTO LEGAL: Lei nº 8.666/93 e aprovado pela Escola doLegislativo.Florianópolis, 28 de maio de 2003. Certos de sua atenção manifestamos o nosso apreço.Signatários: Edson Busch MachadoDeputado VoInei Morastoni - ALESC Diretor GeralSenhor Wilson Vieira - Presidente da Escola do Legislativo Lido no ExpedienteSenhor Glafir Otávio de Souza Nogueira - Diretor do CCI Sessão de 09/09/03

*** X X X *** *** X X X ***EXTRATO 071/2003 OFÍCIO Nº 051/03

RERRATIFICAÇÃO SECRETARIA DE ESTADO DA INFRA-ESTRUTURADiante do lapso manifesto constatado pelo órgão de origem (Divisão deImprensa), rerratifica-se a Inexigibilidade de Licitação nº 007/2003, deinteresse da Associação de Emissoras de Rádio e Televisão - ACAERT,no tocante ao valor, que passa de R$ 82.245,00 (oitenta e dois mil,duzentos e quarenta e cinco reais) para R$ 72.985,00 (setenta e doismil, novecentos e oitenta e cinco reais), conforme justificativa anexa aorespectivo processo.

ADMINISTRAÇÃO DO PORTO DE SÃO FRANCISCO DO SULDIRETORIA GERALOfício Nº 0872

São Francisco do Sul - SC, 01 de setembro de 2003.Excelentíssimo SenhorDeputado EstadualVOLNEI JOSÉ MORASTONI

Florianópolis, 09 de setembro de 2003. Presidente da Assembléia Legislativa do Estado de Santa CatarinaOsmar Rogge Florianópolis - SC

Coordenador de Licitações Senhor Presidente,*** X X X *** Em cumprimento ao disposto na Lei nº 11.288 de 27 de

dezembro de 1999, encaminho a V.Exa., a documentação em anexo, deque trata o artigo 2º da mencionada lei, referente a nomeação doDiretor Geral desta Autarquia.

EXTRATO Nº 081/2003REFERENTE: PROTOCOLO DE INTENÇÕES, celebrado em 09/09/2003.CELEBRANTES:1.ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SANTA CATARINA porintermédio da Escola do Legislativo

Respeitosamente,ARLANDO S. THIAGO

2. UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA - UDESC, porintermédio do NÚCLEO DE ESTUDOS AFRO-BRASILEIROS - NEAB.

Diretor Geral da APSFSLido no ExpedienteSessão de 09/09/03OBJETO: Regular a cooperação técnico-científica entre a Assembléia por

meio da Escola e a Udesc, por meio de Estudos Afro-Brasileiros - NEAB,nas áreas de atuação e interesses comuns, respeitadas as legislaçõesespecíficas de cada partícipe e que regulem a matéria, para o desenvol-vimento do Projeto Pré-Vestibular Comunitário.

*** X X X ***

PROJETOS DE LEIEXECUÇÃO: As atividades serão desenvolvidas pela Assembléia, sob acoordenação Escola, mediante celebração de convênios, ou acordos decooperação técnica que regularão os respectivos projetos. PROJETO DE LEI Nº 282/03

GABINETE DO GOVERNADORVIGÊNCIA: Pelo prazo de 05 (cinco) anos a partir da data de sua assinatura.MENSAGEM Nº 116FUNDAMENTO LEGAL: Lei nº 8.666/93 e autorização administrativa.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE, SENHORAS ESENHORES DEPUTADOS DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DOESTADO

Florianópolis, 09 de setembro de 2003.Signatários:Deputado Deputado VoInei Morastoni - ALESC

Nos termos do artigo 50 da Constituição Estadual, submeto àelevada deliberação de Vossas Excelências, acompanhado deexposição de motivos da Secretaria de Estado do Planejamento, Orça-mento e Gestão, o projeto de lei que “Autoriza a abertura de créditoespecial em favor da Administração do Porto de são Francisco do Sul”.

Profº José Carlos Cechine l - Reitor da UdescProfº Paulino de Jesus Francisco Cardoso - Coordenador do NEAB

*** X X X ***

OFÍCIOS Palácio Santa Catarina, 27 de agosto de 2003LUIZ HENRIQUE DA SILVEIRA

Governador do EstadoOFÍCIO Nº 049/03 Lido no Expediente

IOESC - IMPRENSA OFICIAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA Sessão de 09/09/03DIRETORIA ADMINISTRATIVA - DIAD SECRETARIA DE ESTADO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E

GESTÃOGERÊNCIA DE ADMINISTRAÇÃO - GERADOFÍCIO Nº 103/2003 GABINETE DO SECRETÁRIO

Florianópolis, 27 de agosto de 2003 EM Nº 129/2003Ao Senhor Florianópolis, 25 de junho de 2003.ROMILDO TITON Excelentíssimo Senhor1º Secretário da Assembléia Legislativa LUIZ HENRIQUE DA SILVEIRAFlorianópolis - SC Governador do Estado

Senhor Secretário, NestaConforme Informação nº 093, referente a Lei nº 11.288/99,

estamos encaminhando a Assembléia Legislativa os documentos apontadosnos incisos I a IV, do art. 2º, da refereida Lei, dos seguintes Diretores:

Senhor Governador,Submetemos à elevada consideração de Vossa Excelência o

incluso projeto de lei que objetiva obter autorização legislativa para aabertura de crédito especial em favor da Administração do Porto de SãoFrancisco do Sul, no montante de R$ 2.500.000,00 (dois milhões equinhentos mil reais).

SINÉSIO BRUNEL ALVES - Diretor Industrial; eJOSÉ REINALDO FIGUEIREDO - Diretor de Administração.Cordialmente,

2. A abertura de crédito especial torna-se necessária para aten-der despesas com construção, ampliação e reforma de terminal maríti-mo para possibilitar à atracação de navios de passageiros em melhorescondições e evitar prejuízos que ocorrem atualmente nas operações denavios comerciais e a adequação do berço 1001 para atracação de 2

Décio Gomes de MeloGerente de Administração

Lido no ExpedienteSessão de 09/09/03

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Processo Informatizado de Editoração - DIVISÃO DE ANAIS

28 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 5.159 09/09/2003

navios simultaneamente, além de possibilitar a segurança dos naviosde grande comprimento e calado.

Art. 4º. O estabelecimento industrial que promover as operações desaída de mercadorias ao abrigo da suspensão referida nesta lei é soli-dariamente responsável com o destinatário pelo descumprimento dasnormas correspondentes.

3. Para efetuar a alteração pretendida serão utilizados os recur-sos provenientes do superávit financeiro apurado no balanço patrimo-nial da Administração do Porto de São Francisco do Sul no exercício de2002.

Art. 5º. Esta lei entra em vigor na data da sua publicação.Art. 6º. Revogam-se as disposições em contrário.

4. Desta forma, observa-se o que dispõem os artigos 42 e 43, §1º, inciso I, da Lei Federal nº 4.320, de 17 de março de 1964.

Sala das Sessões, 27 de agosto de 2003.Nilson Gonçalves

5. Assim, por se tratar de recursos orçamentários importantespara a continuidade das ações desenvolvidas pelo órgão, sugerimos aVossa Excelência a remessa de mensagem acompanhada de projeto delei à Assembléia Legislativa, na forma em que se encontra redigida aproposição.

Deputado EstadualLido no ExpedienteSessão de 09/09/03

JUSTIFICATIVAAs empresas industriais catarinenses fabricantes de insumos a serempregados pelas empresas exportadoras de bens e mercadoriassofrem concorrência desleal definida pela própria legislação de regênciado imposto.

RespeitosamenteArmando Cesar hess de SouzaSecretário de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão

De acordo A falta de observância do princípio da isonomia tem início na possibi-lidade de ingresso dos mesmos produtos, nos estabelecimentos indus-triais exportadoras, provenientes de outras unidades da Federação,com carga tributária de 12% (doze por cento), por ser esta a alíquotainterestadual imponível, ao passo que, nas operações internas, a exi-gência é de 17% (dezessete por cento) de ICMS sobre o mesmo forneci-mento.

Florianópolis 26/08/03Luiz Henrique da SilveiraGovernador do EstadoPROJETO DE LEI Nº 282/03

Autoriza a abertura de crédito especial emfavor da Administração do Porto de SãoFrancisco do Sul. Quando se trata de importação, caso a empresa industrial exportadora

tenha obtido regime especial de diferimento do imposto para a etapaseguinte de circulação, a diferença de carga tributária passa a ser dototal do ICMS incidente na operação, ou seja, 17% (dezessete porcento) do valor da mercadoria.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA,Faço saber a todos os habitantes deste Estado que a

Assembléia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei:Art. 1º Fica o Chefe do Poder Executivo autorizado a abrir cré-

dito especial no valor de R$ 2.500.000,00 (dois milhões e quinhentosmil reais), em favor da Administração do Porto de São Francisco do Sul,por conta do superávit financeiro apurado no balanço patrimonial daAdministração do Porto de São Francisco do Sul no exercício de 2002,visando ao atendimento da programação a seguir especificada:

A mesma diferença ocorre em relação às empresas inscritas em regimede draw back, quando a importação dos insumos é beneficiada comcompleta isenção do ICMS se igual benefício for concedido pela receitafederal com respeito ao Imposto de Importação e ao Imposto sobreProdutos Industrializados.Quanto ao tratamento na esfera da legislação federal, é concedidasuspensão do IPI a todos os fornecimentos de matérias primas, produ-tos intermediários e material de embalagem efetuados internamentepara empresas produtoras de bens e mercadorias destinados aoexterior do País.

5300 SECRETARIA DE ESTADO DA INFRA-ESTRUTURA5321 ADMINISTRAÇÃO DO PORTO DE SÃO FRANCISCO DO

SULProjeto Construção, Ampliação e Reforma de Terminal

MarítimoApesar desta concessão, ainda remanesce carga tributária nas merca-dorias exportadas, visto que as contribuições, embora compensáveiscontra outros tributos de competência da União, ainda deixam resíduotributário nos insumos empregados na produção. Conforme se demons-tra na tabela abaixo, elaborada pela Fundação Getúlio Vargas, conside-rando apenas as contribuições federais, temos resultante de saldo detributos em vários segmentos exportadores.

Código 5321.267848617.164Produto Possibilitar a atracação de navios de passageiros e

evitar prejuízos nas operações de atracação denavios comerciais.

4. DESPESAS DE CAPITAL4.4. INVESTIMENTOS4.4.90. Aplicações Diretas

Impacto do PIS/ PASEP, Cofins e CPMF sobre os custos4.4.90.51.00 (40) Obras e Instalações ..................R$1.000.000,00Setores selecionados Aumento do custo finalProjeto Adequação do Berço 101 para Atracação de 2

Navios simultaneamente Mercado interno ExportaçãoSiderurgiaÓleos VegetaisAçúcarCaféLaticíniosOutros Alimentos e BebidasEquipamento ElétricoTêxtilAutomóveis, caminhões eônibusMadeira e MobiliárioMáquinas e Tratores

11,0%10,9%10,6%10,5%10,2%9,8%9,7%9,5%9,2%

8,7%7,7%

3,1%2,5%2,3%2,3%2,4%2,4%2,3%2,3%2,3%

1,6%1,7%

Código 5321.267848617.165Produto Adequação do berço 101 para possibilitar a

segurança dos navios de grande comprimento ecalado.

4. DESPESAS DE CAPITAL4.4. INVESTIMENTOS4.4.90. Aplicações Diretas4.4.90.51.00 (40) Obras e Instalações .................R$1.500.000,00

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Florianópolis,

LUIZ HENRIQUE DA SILVEIRAGovernador do Estado

*** X X X *** Fonte: IBRE/ FGVPROJETO DE LEI Nº 283/03 Incluindo-se o impacto da tributação antecipada das mercadorias e

insumos destinados às empresas exportadoras, o saldo de custodecorrente dos impostos, embora o permissivo de manutenção etransferência dos créditos, ficaria ainda maior.

“ Institui suspensão do imposto incidentesobre as operações internas de forneci-mento de produtos industrializados parautilização como insumos industriais porempresas exportadoras de mercadorias. ”

Quando se busca incrementar as operações de comércio exterior, deve-se oferecer melhores condições às empresas que se dedicam àprodução de bens e mercadorias destinados à exportação. Sob estaótica, e tendo presente que as transferências de valores de créditos deICMS exigem antes acúmulo de créditos, além de moroso processo enegociação com fornecedores, nem sempre possível, para serconcretizadas, a concessão do benefício da suspensão é uma forma deatender, ainda que parcialmente, a dois objetivos buscados de formainsistente pela administração e pela legislação tributária:

Art. 1º. Fica suspensa a exigibilidade do ICMS incidente sobre as ope-rações de fornecimento de insumos industriais processados às empre-sas industriais exportadoras de produtos acabados.Art. 2º. O benefício fica condicionado à efetiva exportação dos produtoselaborados, pelo industrial fabricante.§ 1º. A comprovação da exportação far-se-á por meio de demonstrativoda utilização dos insumos adquiridos, conforme definidos em regula-mento. a) o primeiro diz respeito à proteção à economia catarinense

quando há maiores vantagens às operações em outros Estados;§ 2º. O prazo para utilização das mercadorias recebidas comsuspensão do ICMS será de até 180 (cento e oitenta) dias,prorrogáveis, uma única vez, por igual período, desde que haja razõesfundamentais que justifiquem o pedido.

b) o segundo guarda relação direta com a administração dossaldos credores acumulados.Se as empresas sediadas em Santa Catarina sofrem concorrência pelacarga tributária com aquelas sediadas próximo à divisa, mas em outroEstado, poderão ter vida efêmera em solo catarinense ou buscar sub-terfúgio de emissão de documentos fiscais a partir de estabelecimentofilial criado fora do Estado, exclusivamente para esta finalidade.

Art. 3º. Comprovada a inobservância da destinação da mercadoria, seráexigível o total do ICMS objeto da suspensão, a contar da data da saídada mercadoria do estabelecimento vendedor, acrescido de multa e jurosde mora, sem prejuízo das demais sanções aplicáveis.

DIVISÃO DE ANAIS - Processo Informatizado de Editoração

09/09/2003 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 5.159 29

Para evitar a descaracterização das atividades econômicasdesta natureza, com conseqüente perda para os valores que compõe oProduto Interno Bruto do Estado, a melhor alternativa é o tratamentoisonômico.

produção de uma bebida ainda não produzida no país. Com clima ealtitude em condições favoráveis para a produção, José Carlos Pisaniiniciou uma parceria com a EPAGRI e as cantinas da região para areferida produção. Hoje o projeto já é um sucesso e os investimentosnão param.Justifica-se, ainda, o procedimento, nos termos da Lei

Complementar 101/00 (Lei de Responsabilidade Fiscal), visto quea dispensa de ICMS nas operações de saídas de insumospraticadas pelas indústrias produtoras, com destino às indústriasexportadoras, resulta em quantitativo menor saldos credoresacumulados passíveis de transferência. A sistemática proposta,além de simplificar os procedimentos dos contribuintesfornecedores e destinatários dos insumos industriais referidos noprojeto, significa economicidade nas ações da administraçãotributária estadual, pela redução significativa de processos derequerimento de autorização para a utilização dos saldos credoresacumulados em conta gráfica.

Por fim, José Carlos Pisani está desenvolvendo um novo eaudacioso projeto. A produção de cabras e a construção de um frigorí-fico para abatê-las. Percebendo que os agricultores da região sãopequenos proprietários de terras, o que inviabiliza a produção de gado,pois requer grande espaço, vizualizou a possibilidade de criar cabras.Assim, em pequenas áreas poderá surgir mais uma alternativa paraagregar valor à propriedade e promover a autosustentabilidade dessasfamílias.

Desta forma José Carlos Pisani vem contribuindo para odesenvolvimento do Estado de Santa Catarina e se destacando nessanobre missão de construir uma sociedade mais justa. Fica evidente quea sua vontade e o seu desempenho compartilham com a necessidadedo cidadão catarinense.

Idêntica forma de tratamento àquela preconizada pelo projetode lei ora submetido à análise dos Senhores Parlamentares, já constada legislação do Imposto sobre Produtos Industrializados, conforme severifica do inciso XIV do artigo 42 do Decreto nº 4.544, de 26 dedezembro de 2002.

Diante dos fundamentos apresentados e da necessidade de reconhe-cermos essas nobres e raras pessoas que pensam e agem em coletivi-dade, solicitamos aos Senhores Deputados o apoio para a aprovaçãodeste meritório projeto.Por todo o exposto, nos permitimos sugerir a introdução no

ordenamento tributário do Estado de Santa Catarina dos procedimentostendentes à concessão da possibilidade de prévia compensação doimposto devido, visto que a própria Lei Complementar nº 87, de 13 desetembro de 1996, estabelece a obrigatoriedade de ressarcimento aoscontribuintes exportadores dos créditos de ICMS mantidos eacumulados por força de suas atividades de comércio exterior.

*** X X X ***PROJETO DE LEI Nº 285/03

Autoriza o Poder Executivo a instituir oserviço de psicologia escolar na redepública estadual de ensino fundamental emédio.

*** X X X *** A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SANTACATARINA, DECRETA:PROJETO DE LEI Nº 284/03

“Concede Título de Cidadão Catarinense aLuis Carlos Pisani.”

Art. 1º Fica o Poder executivo autorizado a instituir o serviçode Psicologia Escolar na rede pública estadual de ensino fundamental emédio.Art. 1º - Fica concedido o Título de Cidadão Catarinense a Luis Carlos

Pisani. Parágrafo único. O psicólogo educacional de que trata o“caput” é o profissional habilitado, conforme normas do CatálogoBrasileiro de Ocupações do Ministério do Trabalho.

definida pela Mesa Diretora.Art. 2º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário. Art. 2º Compete à Secretaria de Estado da Educação e

Inovação regulamentar as normas e competências em consonância como Conselho Regional de Psicologia e Conselho Estadual de Educação.

Sala das sessões, em 03 de setembro de 2003JOÃO RODRIGUESDeputado Estadual Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Lido no Expediente Art. 4º Revogam-se as disposições em contrário.Sessão de 09/09/03 Sala das Sessões, em agosto de 2003

JUSTIFICATIVA Simone SchrammJosé Carlos Pisani nasceu no dia 14 de outubro de 1946, no

Distrito de Rio Bonito, hoje município de Tangará.Deputada Estadual

Lido no ExpedienteCursou engenharia química no Instituto Mauá de Tecnologia

em São Paulo - SP, e pós-graduou-se em administração de empresas naFaculdade Católica de Administração e Economia - FAE - em Curitiba, noParaná.

Sessão de 09/09/03JUSTIFICATIVA

As crianças e os jovens que freqüentam as escolas públicasapresentam muitas vezes dificuldades no aprendizado e um rendimentoabaixo do grau de normalidade em função de problemas de relaciona-mento social, afetivo, psicomotor, de adaptação, timidez, dentre outrosque fazem parte da natureza formação de sua personalidade.

Empresário destacado, José Carlos Pisani exerce, atualmente, aPresidência das seguintes empresas:• Imaribo S/A - Indústria e Comércio; atualmente instalada nomunicípio de Monte Carlo, gera cerca de 700 (setecentos) empregosdiretos e 500 (quinhentos) indiretos;

Em regra, os professores ao desenvolverem suas atividadesconseguem detectar a deficiência na aprendizagem; contudo, dificil-mente conseguem solucionar os problemas de seus educandos, hajavista que faz-se necessário um acompanhamento psicológico nas esco-las, e este acompanhamento é inexistente na rede pública de ensino, oque consequentemente gera a perda do interesse nos estudos peloaluno ou até na desistência de freqüentar a escola.

• Reflorestadora Monte Carlo Ltda; também localizada emMonte Carlo, está proporcionando 100 (cem) empregos diretos e 300(trezentos) indiretos;• Transimaribo;• Nórdica Veículos S/A;• Agro Florestal Ibicuí; O Psicólogo da educação ou Psicólogo escolar é o profissio-

nal mais indicado a solucionar estar questões de cunho social, afetivo epsicomotor que afetam o aprendizado e o rendimento da crianças ejovens na escola, pois, segundo o Catálogo Brasileiro de Ocupações,editado pelo Ministério do Trabalho, são estes profissionais que estu-dam, pesquisam e avaliam o desenvolvimento emocional e os proces-sos mentais e sociais de indivíduos com a finalidade de análise, trata-mento, orientação e educação; diagnosticam e avaliam distúrbios emo-cionais e mentais e de adaptação social, elucidando conflitos e ques-tões e acompanhando o paciente durante o processo de tratamento oucura; investigam os fatores inconscientes do comportamento individuale grupal, tornando-os conscientes.

• Iguaçú - Celulose e Papel S/A; Esta empresa tem quatrounidades, localizadas nos municípios de Piraí, São José dos Pinhais,Frei Rogério e Campos Novos. Nesse último, a empresa representa 50%do PIB do município.

José Carlos Pisani tem desenvolvido importantes projetospara incrementar a renda, gerar emprego, fixar as famílias no campo e,desta forma combater o êxodo rural, e promover ações sociais.Podemos citar alguns exemplos:

O Programa de Fomento Florestal idealizado e desenvolvidopor José Carlos Pisani consiste na integração da empresa com osagricultores. A empresa fornece as mudas de pinus, o formicida, aassistência técnica e R$ 30,00 (trinta reais) por mês, por hectarecoberto, para quem aderir ao programa. Desta forma a família tem umincremento mensal na renda, recebe um estímulo para ficar no campo equando as árvores estão prontas para o corte, ficam com 50% damatéria prima.

Assim, o presente projeto de lei tem por finalidade tornar oPoder Público sempre participante, atuante e preocupado com as ques-tões sociais e, especialmente, as relacionadas à educação e formaçãodas crianças e jovens catarinenses, além de se constituir em meioeficaz para minimizar problemas decorrentes de dificuldades no apren-dizado escolar.No campo da educação, foram construídas salas de aula para

140 (cento e quarenta) alunos, oferecido o transporte escolar, marerialdidático, uniforme e a garantia de que estas crianças concluirão o nívelsuperior gratuitamente. As despesas serão custeadas pela empresaque terá interesse de contratá-los como profissionais formados.

Ante o exposto, solicitamos aos nobres pares o acolhimentodo presente projeto de lei e o necessário apoio à sua aprovação paraautorizar o Poder Executivo, através da Secretaria de Estado daEducação e Inovação, a adotar esse essencial serviço em favor dasnossas crianças e da nossa juventude.Outro projeto que merece destaque é a produção do vinho

espumante. Com tecnologia e mudas importadas da França, iniciou a *** X X X ***

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30 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 5.159 09/09/2003

PROJETO DE LEI Nº 286/03 Nosso Estado não pode ficar marcado pelas desigualdadessociais e crescimento desordenado, com alto índice de desemprego,fazendo-se necessário o reconhecimento daqueles que buscam seu ocrescimento econômico, social e cultural.

Institui o Selo Empresa Legal, às empre-sas em funcionamento no Estado de SantaCatarina que apresentarem qualidade emseu balanço social e dá outras providên-cias.

A economia de Santa Catarina possui peculiaridades que adiferencia da economia dos demais Estados, uma vez que temcapacidade de produzir bens e serviços em diversos âmbitos, taiscomo: têxtil, vestuário, mineral, alimentício, plásticos, eletro-metal-mecânico, moveleiro, entre outros.

A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SANTA CATARINA,DECRETA:

Art. 1º A Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarinaconcederá o Selo Empresa Legal, às empresas em funcionamento noEstado de Santa Catarina que apresentarem balanço social, na formaque determina a presente lei.

Vê-se, assim, a necessidade de instituir nesse contexto oSelo da Empresa Legal, a fim de que as empresas motivem-se e conti-nuem a dar maior incentivo no campo social.

É oportuno salientar que Art. 170 da Constituição Federal emseus incisos VII e VIII estatui que, in verbis:

Art. 2º O Balanço Social é o instrumento pelo qual as empre-sas demonstram através de indicadores o cumprimento de sua funçãosocial. “Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do

trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todosexistência digna, conforme os ditames da justiça, observados osseguintes princípios:

Art. 3º O Balanço Social de uma Empresa Legal constitui-sede:

I. Perfil social de seus empregados;VII - redução das desigualdades regionais e sociais;II. Padrão de atendimento utilizado que obedeça as cláusula

sociais do trabalho; VIII - busca do pleno emprego;”O Balanço Social será um indicador para demonstra o cum-

primento da responsabilidade social das empresas e seus investimen-tos com os seus funcionários, bem como o papel que vêm desenvol-vendo perante a comunidade com a qual interage.

III. O total de investimentos aplicados no desenvolvimentohumano e na qualidade de vida de seus empregados.

Art. 4º O Balanço Social será composto dos seguintes indica-dores formados do perfil social dos trabalhadores:

O Balanço Social trará subsídios para o reconhecimento dasEmpresas Legais que atuam no caminho social, buscando minimizar asdesigualdades, assegurando o bem-estar social de seus empregados efamiliares; e o selo será um incentivo para que perpetuem suasatividades de cunho social em prol da qualidade de vida de do equilíbriosocial da sociedade catarinense.

I. composição do quadro geral dos trabalhadores da empresa;II. número de trabalhadores permanentes, eventuais, terceiri-

zados;III. número de trabalhadores por sexo, idade, escolaridade,

raça, procedência;IV. número de trabalhadores por sexo, raça, procedência em

cargo de chefia; Ante o exposto, solicitamos aos nobres pares o acolhimentodo presente projeto de lei e o necessário apoio à sua aprovação.V. criação e oportunidade de estágio e do primeiro emprego;

*** X X X ***VI. tempo de trabalho e qualificação profissional dos traba-lhadores;

PROJETO DE RESOLUÇÃOVII. inclusão de portadores de deficiência física ou mental;VIII. número de demissões e de admissões no período, inclu-

indo o perfil dos demitidos e dos admitidos;IX. composição familiar dos trabalhadores; PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 015/03X. distância em quilometragem entre moradias e trabalho; Altera dispositivos da Resolução nº 081, de

23 de dezembro de 2002 e dá outras pro-vidências

XI. tipo de moradia dos trabalhadores;XII. escolaridade dos filhos dos trabalhadores.Art. 5º O padrão de atendimento às cláusulas sociais do tra-

balho será estabelecido mediante a avaliação da forma e montante dosgastos sociais da empresa comparados com a percentagem e a quali-dade de cobertura que prestam a:

A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SANTACATARINA, Decreta:

rt. 1º O art. 27 da Resolução n. 81, de 23 de dezembro de2002, passa a vigorar acrescido do inciso XIII, com a seguinte redação:

I. Alimentação, transporte, saúde, previdência e educação dotrabalhador, dentre outros fatores;

“Art. 27 .....................................................................................................................................................................

II. Creches e auxílio educação aos filhos dos trabalhadores,entre outros;

III - comissão de Minas e Energia.”Art. 2º O art. 84 da Resolução n. 81, de 23 de dezembro de

2002, passa a vigorar com a seguinte redação, renumerando-se osartigos existentes:

III. Incentivos ao lazer, esporte e cultura dos trabalhadores;IV. Treinamentos através de cursos profissionalizantes ofere-

cidos por órgãos de credibilidade no mercado, tais como: SESI, SENAI,SENAC e SEBRAI e outras formas de desenvolvimento humano para otrabalhador e sua família.

I - políticas e modelos mineral e energético catarinense;II - a estrutura institucional e o papel dos agentes dos seto-

res mineral e energético;V. Número de acidentes; III - fontes convencionais e alternativas de energia;VI. Disponibilidade de recursos para área social do Estado; IV - pesquisa e exploração de recursos minerais e energéti-

cos;VII. Baixo percentual de processos trabalhista;Art. 6º A Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina

em parceria com organizações da sociedade civil, através de umaComissão Especial, criará modalidade de selos que classificarão asempresas legais a partir do exame do balanço social.

V - formas de acesso ao bem mineral. Empresas demineração;

VI - política e estrutura de preços de recursos energéticos;VII - geração, distribuição e comercialização dos recursos

energéticos; eArt. 7º - O Selo Empresa Legal do Estado de SantaCatarina será atribuído a cada ano em Sessão Solene naAssembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina oferecido àsempresas que apresentarem seu Balanço Social em tempo hábilpara classificação.

VIII - comercialização e industrialização dos recursos minerais.”Art. 3º Esta Resolução entra em vigor em 1º de janeiro de 2004.Art. 4º Ficam revogadas as disposições em contrário.

Sala das Sessões, em 02 abril de 2003Parágrafo único. O Selo Empresa Legal de Santa Catarina

corresponderá ao período de um ano de reconhecimento.Deputado Clésio Salvaro

Deputado Dado CheremArt. 8º O Poder Executivo regulamentará a presente Lei noprazo de 120 dias. Deputado Sérgio Godinho

Deputada Odete de JesusArt. 9º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, eseus efeitos noventa dias após a sua regulamentação. Deputado Onofre Santo Agostini

Deputado Francisco de AssisArt. 10 Revogam-se as disposições em contrário. Deputado Altair GuidiSala das Sessões, em agosto de 2003 Deputado Genésio GoulartSimone Schramm Deputado Reno CaramoriDeputada Estadual Deputado Rogério MendonçaLido no Expediente Deputado Valmir CominSessão de 09/09/03 Deputado Nelson GoettenJUSTIFICATIVA Deputado Mauro Mariani

O presente Projeto de Lei tem a pretensão de prestigiar asempresas catarinenses que comprovarem a prática de atividade decunho social, visando a melhoria das condições de vida dos trabalhado-res e de seus familiares.

Deputado Joares PonticelliDeputado Djalma BergerDeputado Celestino Secco

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09/09/2003 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 5.159 31

Deputado Antônio Carlos Vieira REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE LEI N. 0080/03Deputado Walter da Silva Declara de utilidade pública a Associação

de Moradores e Amigos do Jardim NovaFidélis, de Blumenau.

Deputado Jorginho MelloDeputado Antônio CeronDeputado Nilson Gonçalves A Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina decreta:Deputado VoInei Morastoni Art. 1º Fica declarada de utilidade pública a Associação de

Moradores e Amigos do Jardim Nova Fidélis, com sede e foro noMunicípio e Comarca de Blumenau.

Lido no ExpedienteSessão de 09/09/03

JUSTIFICATIVAArt. 2º À entidade de que trata o artigo anterior, ficam

assegurados todos os direitos e vantagens da legislação vigente.Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados!Honra-nos apresentar o presente Projeto de Resolução

que objetiva acrescentar ao Regimento Interno da AssembléiaLegislativa do Estado, artigo dispondo sobre a Comissão de Minase Energia.

Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.SALA DAS COMISSÕES, em 09 de setembro de 2003

Deputado João Paulo KleinübingPresidente da Comissão de Constituição e JustiçaParece-nos, à nosso ver, que é incabível que a Assembléia

Legislativa, parte integrante do Poder Público do Estado de SantaCatarina, onde nosso Estado é detentor de inúmeros minérios eexorbitante potencial energético para nosso País, não seja contem-plada no novo Regimento Interno, Comissão de Minas e Energia.

*** X X X ***REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE LEI N. 0082/03

Declara de utilidade pública a Associaçãodos Moradores do Bairro Vila Real, deBaIneário Camboriú.Por oportuno, salientamos que o novo Regimento Interno

da Assembléia Legislativa, contemplou, exemplarmente, Comissãoespecífica para análise das questões relacionadas ao MeioAmbiente, no entanto, omitiu a análise através de comissãoespecífica do setor minerário e energético.

A Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina decreta:Art. 1º Fica declarada de utilidade pública a Associação

dos Moradores do Bairro Vila Real - AMORVIR -, com sede e foro noMunicípio e Comarca de BaIneário Camboriú.

Art. 2º À entidade de que trata o artigo anterior, ficamassegurados todos os direitos e vantagens da legislação vigente.

“A Região Sul tem ajudado muito. Não fosse atransferência de energia daqui, certamente não estaríamos com asituação sob controle no Sudeste e no Nordeste”, com essaspalavras assim definiu o então Ministro Pedro Parente em entrevistano dia 10 de setembro de 2001.

Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.SALA DAS COMISSÕES, em 09 de setembro de 2003

Deputado João Paulo KleinübingPresidente da Comissão de Constituição e JustiçaNa oportunidade o então Ministro manifestou-se também

que o Governo Federal, através da Câmara de Gestão e os GovernosEstaduais de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, obrigatoriamente irãodiscutir uma política para a geração de energia elétrica usando carvão,objetivando uma política para o carvão, mostrando as vantagens que ocarvão tem, principalmente levando em conta que as novas tecnologiaspermitem a produção de energia elétrica não poluente e até a utilizaçãodesses rejeitos poluentes.

*** X X X ***REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE LEI N. 0095/03

Declara de utilidade pública a Associaçãodos Médicos do Hospital GovernadorCelso Ramos, de Florianópolis.

A Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina decreta:Art. 1º Fica declarada de utilidade pública a Associação

dos Médicos do Hospital Governador Celso Ramos - AMHGCR -, comsede no Município de Florianópolis e foro na Comarca da Capital.

Santa Catarina que faz parte do subsistema Sul, queconseguiu substituir um transformador de Tijuco Preto, consegueatingir uma transmissão de 2.400 a 2.500 megawatts médios doSul para o Sudeste.

Art. 2º À entidade de que trata o artigo anterior, ficamassegurados todos os direitos e vantagens da legislação vigente.

Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Por todo o exposto apresentamos a presente proposituravisando alterar o Regimento interno da Assembléia Legislativa. SALA DAS COMISSÕES, em 09 de setembro de 2003

Deputado João Paulo Kleinübing*** X X X ***Presidente da Comissão de Constituição e Justiça

*** X X X ***REDAÇÕES FINAIS REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE LEI N. 0110/03

Declara de utilidade pública a Associaçãodos Moradores de Nova Brasília, deImbituba.REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.

05/2003 A Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina decreta:Concede licença ao Governador doEstado para ausentar-se do País.

Art. 1º Fica declarada de utilidade pública a Associaçãodos Moradores de Nova Brasília - AMNB -, com sede e foro noMunicípio e Comarca de Imbituba.Art. 1º Fica autorizado o Governador do Estado a ausentar-

se do País, no período compreendido entre os dias 10 e 28 desetembro do corrente ano, com destino a Portugal, Espanha, Itália,Alemanha e Inglaterra, tendo como objetivo atrair investimentospara o Estado de Santa Catarina.

Art. 2º À entidade de que trata o artigo anterior, ficamassegurados todos os direitos e vantagens da legislação vigente.

Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.SALA DAS COMISSÕES, em 09 de setembro de 2003

Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na data desua publicação.

Deputado João Paulo KleinübingPresidente da Comissão de Constituição e Justiça

SALA DAS COMISSÕES, em 09 de setembro de 2003*** X X X ***Deputado João Paulo Kleinübing REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE LEI N. 0115/03

Presidente da Comissão de Constituição e Justiça Declara de utilidade pública a Associaçãopara Recuperação de Alcoólatras eToxicômanos - Opção de Vida, deJoinville.

*** X X X ***REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE LEI N. 0055/03

Declara de utilidade pública a Associaçãode Agricultores Familiares e Moradores daSerra da Abelha I, de Vitor Meireles. A Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina decreta:

Art. 1º Fica declarada de utilidade pública a Associaçãopara Recuperação de Alcoólatras e Toxicômanos - APRAT - Opção deVida, com sede e foro no Município e Comarca de Joinville.

A Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina decreta:Art. 1º Fica declarada de utilidade pública a Associação de

Agricultores Familiares e Moradores da Serra da Abelha I, com sede noMunicípio de Vitor Meireles e foro na Comarca de Ibirama. Art. 2º À entidade de que trata o artigo anterior, ficam

assegurados todos os direitos e vantagens da legislação vigente.Art. 2º À entidade de que trata o artigo anterior, ficam asse-gurados todos os direitos e vantagens da legislação vigente. Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua

publicação.Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.SALA DAS COMISSÕES, em 09 de setembro de 2003 SALA DAS COMISSÕES, em 09 de setembro de 2003

Deputado João Paulo Kleinübing Deputado João Paulo KleinübingPresidente da Comissão de Constituição e Justiça Presidente da Comissão de Constituição e Justiça

*** X X X *** *** X X X ***

Processo Informatizado de Editoração - DIVISÃO DE ANAIS

32 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 5.159 09/09/2003

REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE LEI N. 0121/03 REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE LEI N. 0127/03Autoriza a aquisição de imóvel no Municípiode Cerro Negro.

Autoriza a aquisição de imóvel no Municípiode Tubarão.

A Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina decreta: A Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina decreta:Art. 1º Fica o Poder Executivo autorizado a adquirir, por

doação do Município de Cerro Negro, o terreno com a área de mil enoventa e um metros quadrados, sem benfeitorias, matriculado sob on. 7.589 no Cartório do 1º Ofício de Registro de Imóveis da Comarca deAnita Garibaldi.

Art. 1º Fica o Poder Executivo autorizado a adquirir, por com-pra, no Município de Tubarão, um terreno com a área de cento ecinqüenta metros quadrados, contento edificação com a área de oitentae quatro metros quadrados, avaliado em R$ 24.000,00 (vinte quatromil reais), matriculado sob o n. 2/6.968 no Cartório do 2º Ofício doRegistro de Imóveis da Comarca de Tubarão.Art. 2º A aquisição do imóvel de que trata esta Lei tem por

finalidade exclusiva a construção da Delegacia de Polícia doMunicípio de Cerro Negro, tendo sido sua doação autorizada pelaLei municipal n. 308, de 09 de dezembro de 2002.

Parágrafo único. A autorização prevista nesta Lei não afasta aobrigatoriedade dos procedimentos exigidos pela Lei federal n. 8.666,de 21 de junho de 1993, e suas alterações posteriores.

Art. 2º O imóvel adquirido através desta Lei tem por finalidadeexclusiva a ampliação da Escola de Ensino Básico Lino Pessoa.

Art. 3º As despesas com a execução desta Lei correrãopor conta do Orçamento Geral do Estado - Secretaria de Estado daSegurança Pública e Defesa do Cidadão.

Art. 3º As despesas com a execução desta Lei correrão porconta do Orçamento Geral do Estado - Secretaria de Estado daEducação e Inovação.Art. 4º O Estado será representado no ato de transmissão

da propriedade pelo titular da Secretaria de Estado daAdministração ou por quem for legalmente constituído.

Art. 4º O Estado será representado no ato de transmissão dapropriedade pelo titular da Secretaria de Estado da Administração oupor quem for legalmente constituído.Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

SALA DAS COMISSÕES, em 09 de setembro de 2003 Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Deputado João Paulo Kleinübing SALA DAS COMISSÕES, em 09 de setembro de 2003

Deputado João Paulo KleinübingPresidente da Comissão de Constituição e JustiçaPresidente da Comissão de Constituição e Justiça*** X X X ***

*** X X X ***REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE LEI N. 0124/03REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE LEI N. 0133/03Autoriza a aquisição de imóvel no

Município de Jaraguá do Sul. Declara de utilidade pública o Grupo Amigode Canto Alemão, de Brusque.

A Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina decreta: A Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina decreta:Art. 1º Fica o Poder Executivo autorizado a adquirir, por

doação do Município de Jaraguá do Sul, o terreno com a área dedez mil cento e trinta e quatro metros e trinta decímetrosquadrados, onde se encontra instalada a Escola de Ensino BásicoAlvino Tribess, matriculado sob o n. 15.593 no Cartório de Registrode Imóveis da Comarca de Jaraguá do Sul.

Art. 1º Fica declarado de utilidade pública o Grupo Amigo deCanto Alemão, com sede e foro no Município e Comarca de Brusque.

Art. 2º À entidade de que trata o artigo anterior, ficam asse-gurados todos os direitos e vantagens da legislação vigente.

Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.SALA DAS COMISSÕES, em 09 de setembro de 2003

Deputado João Paulo KleinübingArt. 2º A aquisição de que trata esta Lei tem por finalidadeexclusiva a regularização da ocupação do imóvel pela Escola deEnsino Básico Alvino Tribess, tendo sido sua doação autorizadapela Lei municipal n. 3.221, de 08 de outubro de 2002.

Presidente da Comissão de Constituição e Justiça*** X X X ***

REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE LEI N. 0146/03Declara de utilidade pública a SociedadeEsportiva e Recreativa Esporte Clube Tupy,de Schroeder.

Art. 3º As despesas com a execução desta Lei correrãopor conta do Orçamento Geral do Estado - Secretaria de Estado daEducação e Inovação. A Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina decreta:

Art. 4º O Estado será representado no ato de transmissãoda propriedade pelo titular da Secretaria de Estado daAdministração ou por quem for legalmente constituído.

Art. 1º Fica declarada de utilidade pública a SociedadeEsportiva e Recreativa Esporte Clube Tupy, com sede no Município deSchroeder e foro na Comarca de Guaramirim.

Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 2º À entidade de que trata o artigo anterior, ficam asse-gurados todos os direitos e vantagens da legislação vigente.SALA DAS COMISSÕES, em 09 de setembro de 2003

Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Deputado João Paulo KleinübingSALA DAS COMISSÕES, em 09 de setembro de 2003Presidente da Comissão de Constituição e Justiça

Deputado João Paulo Kleinübing*** X X X ***Presidente da Comissão de Constituição e JustiçaREDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE LEI N. 0126/03

*** X X X ***Autoriza a aquisição de imóvel noMunicípio de São Joaquim. REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE LEI N. 0151/03

Declara de utilidade pública a Associaçãode Cronistas, Poetas e ContistasCatarinenses, de Florianópolis.

A Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina decreta:Art. 1º Fica o Poder Executivo autorizado a adquirir, por

compra, no Município de São Joaquim, um terreno composto portrinta e dois lotes, com a área de onze mil setecentos e cincometros quadrados, sem benfeitorias, avaliado em R$ 117.500,00(cento e dezessete mil e quinhentos reais), matriculado sob o n.19.849 no Cartório de Registro de Imóveis da Comarca de SãoJoaquim.

A Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina decreta:Art. 1º Fica declarada de utilidade pública a Associação de

Cronistas, Poetas e Contistas Catarinenses, com sede no Município deFlorianópolis e foro na Comarca da Capital.

Art. 2º À entidade de que trata o artigo anterior, ficam asse-gurados todos os direitos e vantagens da legislação vigente.

Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Parágrafo único. A autorização prevista nesta Lei nãoafasta a obrigatoriedade dos procedimentos exigidos pela Leifederal n. 8.666, de 21 de junho de 1993, e suas alteraçõesposteriores.

SALA DAS COMISSÕES, em 09 de setembro de 2003Deputado João Paulo Kleinübing

Presidente da Comissão de Constituição e Justiça*** X X X ***

Art. 2º A aquisição do imóvel de que trata esta Lei tem porfinalidade exclusiva a construção da Escola de Ensino Básico São José.

REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE LEI N. 0157/03Declara de utilidade pública a Associação deMoradores e Amigos do Espigão do Bugre eCampo da Lança, de Mafra.

Art. 3º As despesas com a execução desta Lei correrãopor conta do Orçamento Geral do Estado - Secretaria de Estado daEducação e Inovação. A Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina decreta:

Art. 1º Fica declarada de utilidade pública a Associação deMoradores e Amigos do Espigão do Bugre e Campo da Lança, com sede eforo no Município e Comarca de Mafra.

Art. 4º O Estado será representado no ato de transmissãoda propriedade pelo titular da Secretaria de Estado daAdministração ou por quem for legalmente constituído. Art. 2º À entidade de que trata o artigo anterior, ficam asse-

gurados todos os direitos e vantagens da legislação vigente.Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.SALA DAS COMISSÕES, em 09 de setembro de 2003 Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

SALA DAS COMISSÕES, em 09 de setembro de 2003Deputado João Paulo KleinübingDeputado João Paulo KleinübingPresidente da Comissão de Constituição e Justiça

Presidente da Comissão de Constituição e Justiça*** X X X ****** X X X ***

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