Enfoque de capacidades y participación. La contribución de la socio-praxis. Reflexiones desde la...

51
1 DO SUL AO NORTE, METODOLOGIAS PARTICIPATIVAS DESDE A SOCIOPRÁXIS DE SUR A NORTE, METODOLOGÍAS PARTICIPATIVAS DESDE LA SOCIOPRAXIS

Transcript of Enfoque de capacidades y participación. La contribución de la socio-praxis. Reflexiones desde la...

1

DO SUL AO NORTE, METODOLOGIAS PARTICIPATIVAS DESDE ASOCIOPRÁXIS

DE SUR A NORTE, METODOLOGÍAS PARTICIPATIVAS DESDE LASOCIOPRAXIS

2

Santa Maria/RS - Brasil 2015

SUMÁRIOAPRESENTAÇÃOPROCESSOS PARTICIPATIVOS: TRANSFORMAR PARA EDUCARNara Vieira RamosENFOQUE DE CAPACIDADES Y PARTICIPACIÓN LA CONTRIBUICIÓN DE LA SOCIO-PRAXIS - REFLEXIONES DESDE LA EXPERIENCIA VENEZOLANAClaudia Giménez Mercado/ Juan Carlos Rodríguez VásquezLA PAZ DESDE LA PERSPECTIVA SOCIOPRÁXICA: PAZ TRANSFORMADORA (YPARTICIPATIVA)Esteban A. RamosESCOLAS EM MOVIMENTOS. ALÉM DOS MUROS: QUE ALTERNATIVAS? SALTAR, DERRUBAR, INVISIBILIZAR OS MUROS, PROVOCAR RACHADURAS?Andrea Lucia Torres AmorimLA PARTICIPACIÓN DE LOS ACTORES Y EL ABORDAJE DE LA INCERTIDUMBRE EN LA PLANIFICACIÓNPedro Martín GutiérrezMOVIMIENTOS, METODOLOGÍAS Y MEDICIONES Tomás Rodríguez Villasante/ Loli HernándezEPÍLOGO

3

APRESENTAÇÃO

Os sonhos são projetos pelos quais se luta. Suarealização não se verifica facilmente, semobstáculos. Implica, pelo contrário. Avanços,recuos, marchas às vezes demoradas. Implica luta. Naverdade a transformação do mundo a que o sonhoaspira é um ato político e seria uma ingenuidade nãoreconhecer que os sonhos têm seus contra-sonhos.( FREIRE, 2000, p. 54)

A ideia deste livro coletivo nasce a partir da finalização

do pós doutorado que realizei no período de junho de 2012 a

maio de 2013, com a supervisão do Professor Tomás

Vilassante na Universidade Complutense de Madri-UCM.

Conversando com Claudia em nossas muitas longas “charlas”

amadurecemos a ideia de propor aos colegas a realização

deste trabalho. Com estes companheiros de jornada da vida

compartilhamos sonhos e contra sonhos, percebemos e vivemos

4

avanços, recuos...enfim estamos na luta por um mundo melhor

possível.

Claudia, doutoranda orientanda do professor Tomás fez parte

desde o início do processo do pós estivemos em muitos

momentos juntas, trocando ideias, sonhos, preocupações,

estudando no Curso de Verão e outros momentos.

Compartilhando duvidas, alegrias, saudades entre tantas

outras situações. Juan Carlos professor da USB-Caracas, com

quem Claudia durante sua estadia em Madri discutia

regularmente - por e-mails sobre a situação da Venezuela e os

diversos multilemas do planejamento urbano participativa na

Venezuela. Esteban estive na sua defesa de tese de

doutorado, me encantou com o trabalho realizado com as

metodologias participativas em uma perspectiva da cultura

de paz. Andrea estava fazendo o Doutorado Sanduiche na

UCM, orientanda do Professor Tomás. Éramos as duas

brasileiras no grupo. Pedro foi meu professor no primeiro

curso de verão em Metodologias Participativas que

participei na UCM em 2009, agora durante o pós ele esteve

muito presente no nosso grupo de discussão onde

aprofundamos sobre Redes. Loli uma interlocutora

maravilhosa, com vivências em metodologias participativas,

trabalhos com famílias, uma ouvinte sem igual das nossas

duvidas e anseios. Bem e não poderia ser diferente o nosso

Tomás respeitoso dos nossos tempos, disponível para a

escuta, paciencioso nas nossas incompletudes, sensível e

5

muito latino americano. É um grupo que sonha, mas sabe que

o sonho é possível.

A proposta do livro apresentei para o Tomás numa das muitas

vezes que estivemos em Zarzalejo, ele apoiou a ideia e

ficou entusiasmado com a possibilidade de seguirmos em

contato e compartilhar um pouco do que estivemos fazendo

nesse tempo juntos.

A partir desse momento iniciamos os contatos com os colegas

e dessa forma nasce este livro, bilíngue (português e

espanhol), com o título “Do Sul ao Norte, Metodologias

Participativas desde a Sociopráxis” / “De Sur a Norte,

Metodologías Participativas Desde la Sociopraxis”, enfim, para a

escolha do título consideramos o processo vivido pelo grupo

então parte de um trabalho em rede onde está presente o

Brasil, a Espanha, a Venezuela e a Colômbia – Honduras.

6

De acordo com Tomás este é o livro que trata mais

explicitamente o conceito de “sóciopráxis”, está presente em

dois artigos e os demais fazem referência. Os artigos que

compõem este livro são: “Processos Participativos:

Transformar para Educar”, a autora oferece uma reflexão

sobre transformar para educar com metodologias

participativas a partir das experiências realizadas em

Zarzalejo e Entrevias desenvolvidas por jovens; “Enfoque de

Capacidades y Participación la Contribuición de la Socio-Praxis - Reflexiones

desde la Experiencia Venezolana”, este artigo trata sobre as

democracias deliberativas e sua possível concretude a

partir da sóciopráxis e sua aplicação na Venezuela

discutindo as contradições entre a legislação e a prática;

“La Paz desde la Perspectiva Sociopráxica: Paz Transformadora (y

Participativa)”, este artigo desenvolve exaustivamente a relação

entre Paz e Sociopráxis, importante para entender a

evolução dos estudos sobre a Paz; “Escolas em Movimentos.

Além dos Muros: Que Alternativas? Saltar, Derrubar,

Invisibilizar os Muros, Provocar Rachaduras?” Nos brinda

com um ensaio sobre a experiência com os movimentos

sociais, e uma aplicação personalizada, vivencial, das

metodologias participativas; - “La Participación de los Actores y el

Abordaje de la Incertidumbre en la Planificación” apresenta uma

discussão sobre o planejamento com uma crítica a outras

formas de planejamento apostando nas formas estratégico-

participativo; “Movimientos, Metodologias, y Mediciones”, são

reflexões que os autores trazem sobre os movimentos

7

sociais e as metodologias participativas. Os autores

aproximam-se de critérios e indicadores para o Bem Viver de

forma participativa.

Caros leitores esta equipe deixa aqui o convite para a

leitura deste processo vivenciado por nós, sobre

metodologias participativas, a sociopráxis e suas

aplicações na construção de “UM OUTRO MUNDO POSSÍVEL”.

Nara Vieira Ramos

ENFOQUE DE CAPACIDADES Y PARTICIPACIÓNLA CONTRIBUCIÓN DE LA SOCIO-PRAXIS

REFLEXIONES DESDE LA EXPERIENCIA VENEZOLANA

Claudia Giménez [email protected]

Juan Carlos Rodríguez Vá[email protected]

Departamento de Planificación Urbana Universidad Simón Bolívar, Caracas – Venezuela

Resumen:En Venezuela a partir de 1999 y con particular énfasisdespués de la segunda re-elección de Chávez en 2006, se hanpuesto en práctica procesos participativos que haninvolucrado en asuntos públicos a millones de venezolanos.Desde el Estado se ha planteado la construcción del “EstadoComunal”, que en la práctica ha significado una crecientere-centralización de lo público al circunvalar y vaciar de

8

atribuciones a gobernaciones de estado y municipios,debilitando el sistema de representación local ycontrolando las organizaciones comunitarias.  Esta situación plantea grandes desafíos para la sociedadvenezolana,  uno de los cuales tiene que ver con lanecesidad de refinar, mejorar e  introducir nuevasmetodologías participativas que de abajo hacia arriba –desde el ciudadano, el vecindario hasta la nación -  nosólo sirvan a la solución de problemas concretos sino alrestablecimiento y ampliación de la  democracia enVenezuela. En tal sentido, el texto busca levantar yrecorrer puentes entre el enfoque de capacidades (Sen), laidea de democracia deliberativa (Crocker) y la socio-praxis(Villasante) para contribuir al debate planteado.

Palabras clave del capítulo: Desarrollo humano, democracia deliberativa, socio-praxis,Venezuela

INTRODUCCIÓN

El propósito del presente trabajo es mostrar los puentesque se pueden construir entre el concepto de democracia deSen (1999, 2000), central para el enfoque de capacidades ydesarrollo humano1, y la socio-praxis2 como metodología1 El enfoque de capacidades y desarrollo humano puede ser definido comouna aproximación a la evaluación de la calidad de vida y unateorización sobre la justicia social. Está enfocado sobre la libertad,la escogencia o la libertad de escogencia. Las capacidades son ungrupo de oportunidades (usualmente interrelacionadas) de escoger yactuar, dan cuenta de lo que una persona es capaz de hacer y ser(Nussbaum, 2012). 2 La socio-praxis ha sido desarrollada por Tomás Rodríguez Villasante,sociólogo, profesor emérito de la Universidad Complutense de Madrid(UCM), conjuntamente con el Observatorio Internacional de Ciudadanía yMedio Ambiente Sostenible (CIMAS), una red de profesionalescomprometidos con la transformación social y la democraciaparticipativa. Se puede entender como un acoplamiento de metodologíasimplicativas desarrolladas durante los últimos cincuenta años en lospropios movimientos sociales. Más que soluciones definitivas a losproblemas de la sociedad aporta maneras o estilos de enfocarlos. Se

9

participativa (VILLASANTE, 2006 a y b, 2010, 2011). Elconcepto de democracia de Sen como discusión pública y tomademocrática de decisiones ha sido profundizado por Crocker(2008) a través de la idea de deliberación o democraciadeliberativa, de manera que éste último concepto también esfundamental para la discusión. Nuestra tesis es que lasocio-praxis puede contribuir al desarrollo del enfoque decapacidades a través de la práctica de la democraciadeliberativa en el ámbito público local.Aunque la socio-praxis posee epistemología propia(VILLASANTE, 2011) y visión de la democracia y eldesarrollo (FALK & PAÑO, 2011; VILLASANTE, 2012), paraquienes trabajamos desde la idea del “desarrollo comolibertad” resulta pertinente dialogar con aquellosrecursos teórico-metodológicos que consideremos puedencontribuir a llevar el enfoque a la práctica, siendo quetambién para la socio-praxis puede resultar enriquecedorintercambiar con este enfoque del desarrollo.Conviene también señalar que el interés de los autores porestos temas deriva, entre otras razones, del contextovenezolano, en el cual observamos una gran paradojapolítica. En Venezuela a raíz de la elección de Hugo Chávezen 1998 se han desarrollado múltiples formas departicipación ciudadana en los asuntos públicos, tantas quealgunos autores se han preguntado si la venezolana es unanación en democracia participativa (RODRÍGUEZ & LERNER,2007, p. 1). Otros reportan que el fenómeno participativovenezolano es considerado la experiencia más grande eimpresionante de la democracia participativa en la región(GOLDFRANK, 2011, p. 42). En efecto, a partir de 1999 y con particular énfasisdespués de la segunda re-elección de Chávez en 2006, se hanpuesto en práctica procesos de democracia participativa quehan involucrado a millones de venezolanos (LÓPEZ MAYA,2011; PROVEA: 2013, pp. 24-30). No obstante, esto haocurrido en paralelo con una progresiva restricción de lasinstituciones y procesos de la democracia representativa

concibe como un proceso iterativo, teórico-práctico, objetivo-subjetivo, un diálogo de saberes, centrado en la gente.

10

que, en nuestra opinión, permite afirmar que el régimenvenezolano no cumple con los criterios democráticossustantivos planteados por Sen en su obra: protección delas libertades3, respeto a los derechos legales, garantíade la libre discusión y distribución sin censura denoticias y comentarios4, elecciones en igualdad decondiciones para los competidores y con libertad delelectorado para informarse de las diversas ofertas5, pleno

3 Según Freedom House (1999), Venezuela pasó en el año 1999 de lacategoría “país libre” a “parcialmente libre”: “Venezuela’s politicalrights changed from 2 to 4, its civil liberties rating from 3 to 4,and its status from Free to Partly Free, due to the decision ofPresident Hugo Chávez, ratified in a national referendum, to abolishcongress and the judiciary, and by his creation of a parallelgovernment of military cronies”. Esta clasificación, según la mismafuente, se mantiene en 2013, con el agravante que la tendencia a lamilitarización del Estado y la sociedad se ha acentuado (Ver:http://www.freedomhouse.org/report/freedom-world/1999/venezuela). Paraun estudio en profundidad de las causas de la militarización delEstado y la sociedad venezolana ver: Castillo, Hernán (2013).Castillo, en una entrevista realizada en Noviembre de 2013, declaró losiguiente: “(…) la situación es tan grave que hoy tenemos 1.875generales y almirantes. Es una cifra desproporcionada. Unaexageración, en comparación con el tamaño de la fuerza militar o enuna situación de guerra (…) no están cumpliendo con sus funcionesprofesionales, como es la defensa de la soberanía nacional. Haninvadido la administración pública y han desplazado a civiles en susfunciones. Aquí esa relación cívico-militar está invertida (…) Paracompletar, ahora [el Presidente de la República, Nicolás] Maduroquiere crear milicias obreras, milicias campesinas, milicias de losbarrios, y hasta sueña con tener un millón de milicianos. Un hechograve, porque elimina todo vestigio de democracia, de poder civil”(Diario Tal Cual del 9/11/2013).(Ver: http://www.talcualdigital.com/Nota/visor.aspx?id=94860&idcolum=19&tipo=ESP) Consultado: 26.12.20134 Con la expresión “autocracia comunicacional” el académico AntonioPasquali (2011: 75) ha sintetizado la situación de la libertad decomunicar en Venezuela. Señala Pasquali: “El presidente de Venezuelaes un Gran Hermano en una medida sin antecedentes en la historiauniversal de los medios. Para mediados de 2010, es decir en algo másde once años en el poder, Hugo Chávez había acumulado cerca de 3.750horas hablando por radiotelevisión, invertidas en gran parte en más de2.000 ‘cadenas’ (la denominación popular que indica la obligatoriedadpara todas las emisoras privadas de retransmitir las gubernamentales),

11

ejercicio de los derechos de opinión, protesta yparticipación en los asuntos públicos.Esta paradójica situación plantea grandes desafíos para lasociedad venezolana, uno de los cuales pasaría por evaluarlas diversas experiencias de participación a fin deestablecer si las nuevas organizaciones sociales hanayudado al desarrollo de la democracia. Nuestro objetivo,más limitado, busca contribuir a la necesidad de refinar,mejorar e introducir nuevas metodologías participativas(GARCÍA-GUADILLA, 2012, pp. 14-18) que de abajo haciaarriba - del vecindario/comunidad a la nación - no sólosirvan a la solución de problemas concretos sino alrestablecimiento y ampliación de la democracia enVenezuela. Esto supondrá una apreciación general sobre el

lo que arroja un promedio de 56 minutos diarios sermoneandoideológicamente el país los 365 días del año: un colosal abuso deposición dominante” (p.71). Todo lo cual se inscribe en una amplia redde medios de comunicación controlados por el gobierno, la cualincluye: “siete televisoras nacionales y una internacional,respaldadas por unas 36 televisoras para-publicas comunitarias (…) unnúmero en constante crecimiento de Radios próximas a copar la mitaddel dial nacional, respaldado por 157 Radios para-públicascomunitarias habilitadas y hasta 3.000 ilegales según CONATEL; casi uncentenar de medios impresos más otro tanto de periódicos para-públicoscomunitarios (…) esto sin contar con la Agencia Nacional de Noticias”(p. 78).5 En Venezuela, entre 1999 y 2013 se han celebrado 22 procesoselectorales nacionales de diverso tipo; los mismos progresivamente hanperdido su carácter competitivo para constituirse en una confrontaciónentre fuerzas políticas opositoras al régimen y el aparato del Estadopuesto al servicio del partido de gobierno. Indicios de estadesigualdad de condiciones entre los competidores se encuentran eninformes que, a propósito de las elecciones presidenciales del 14 deAbril de 2013, realizaron organizaciones no gubernamentalesinternacionales tales como: The Carter Center (2013) y el Instituto deAltos Estudios Europeos (2013). Este último informe es particularmenteinteresante por cuanto además de analizar la inequidad del procesoelectoral pone en evidencia la ausencia de autonomía de la AsambleaNacional y del Poder Judicial en Venezuela. Sobre la situación de lademocracia venezolana allí se puede leer: “Las instituciones de Estadohan perdido su neutralidad, vulneran la garantía del ejercicio libre ysano de los derechos y obligaciones ciudadanas, dejan indefensa a laciudadana y sin razón de ser a la democracia” (p. 5)

12

marco político-institucional, alcance, fortalezas ydebilidades de la participación ciudadana en Venezuela.Desde la compleja realidad de una sociedad y un Estado quese definen como participativos, pero donde la cultura de laconvivencia y el diálogo democrático se han restringido yla negociación sobre políticas públicas entre losprincipales actores políticos no está en las prioridades,el reto más importante es “promover una cultura de ladeliberación” (CARTAYA & GIMENEZ, 2007, pp. 441 ).Buscamos, entonces, construir y recorrer puentes entre elenfoque de capacidades (SEN), la idea de democraciadeliberativa (CROCKER) y la socio-praxis (VILLASANTE) paraalcanzar el objetivo planteado.

LA IDEA DE DEMOCRACIA EN EL PENSAMIENTO DE AMARTYA SEN

El enfoque del desarrollo como libertad coloca en el centrode su atención al ser humano en tanto agente activo yresponsable de las decisiones que hacen posible surealización y bienestar. Se privilegia la libertad deagencia, entendida como la capacidad para lograr losobjetivos que uno valora y tiene razones para valorar, esoes lo que llamamos desarrollo humano.Es un enfoque para alcanzar bienestar y calidad de vida,que rescata para la acción pública los valores de libertady equidad, luego de las críticas y los aprendizajes de losenfoques de desarrollo del Siglo XX occidental (GONZÁLEZTÉLLEZ, GIMÉNEZ MERCADO & RODRÍGUEZ VÁSQUEZ, 2010, p. 77).Libertad que al mismo tiempo comporta responsabilidadpersonal, y equidad que supone, como mínimo, igual acceso,consideración y respeto en el espacio público para cadapersona, independientemente de su origen étnico, religión,clase, educación, o preferencias sexuales.Así, desde esta perspectiva, el desarrollo no tiene que verúnicamente con el incremento de la producción, elmejoramiento del ingreso, el desarrollo tecnológico, laelevación del consumo o la satisfacción de necesidadesmateriales. Tiene que ver también con la posibilidad degenerar y escoger entre opciones, interviniendo en ladeliberación y toma de decisiones alrededor de las normas

13

sociales, el funcionamiento de las instituciones(incluyendo los mercados) y las acciones que posibilitan laexpansión de capacidades y el florecimiento humano. Eldesarrollo humano es mucho más que el índice de desarrollohumano, “no es un enfoque sólo para alcanzar bienestar sinotambién para crear y sustentar la vida” (GONZÁLEZ et. al.,2010, p. 85).Siguiendo a Martha Nussbaum (2011, p. 39) el florecimientohumano depende, entre otras, de la realización de doscapacidades humanas centrales. La Razón Práctica, entendidacomo ser capaces de formarnos un concepto del bien einiciar una reflexión crítica respecto de la planificaciónde la vida, lo cual supone la protección de la libertad deconciencia y religiosa y la Afiliación, esto es ser capaces devivir con otros y volcados hacia otros, reconocer y mostrarinterés por otros seres humanos y comprometerse en diversasformas de interacción social; ser capaces de imaginar lasituación del otro y tener compasión hacia esta situación;tener la capacidad tanto para la justicia como para laamistad, lo cual implica proteger instituciones queconstituyen y alimentan tales formas de afiliación, asícomo la libertad de asamblea y de discurso políticoEn el plano de la praxis el enfoque de desarrollo humano ycapacidades busca articular y hacer uso de “metodologías yniveles de análisis diferentes: cualitativo-cuantitativo,micro-macro, estructural-dinámico, cuyo fin fundamental esatender y reforzar la autonomía y la confianza de losactores, a través de la deliberación y la búsqueda delsentido compartido” (GONZÁLEZ et. al., 2010, p. 88).Es por ello que la democracia, principal logro de lahumanidad en el siglo XX según Sen (1999, p. 3), es elambiente propicio para la expansión de las capacidadeshumanas. En términos muy generales, podríamos entender lademocracia como aquel sistema de gobierno contrario a laarbitrariedad en la toma de decisiones propia de laaristocracia, la monarquía (RICHARDSON, 2002, p. 28) ocualquier forma contemporánea de autoritarismo. Sen, yendo más allá de las instituciones propias de lademocracia representativa del Siglo XX, en su idea dedemocracia destaca la importancia de la discusión pública:

14

No debemos identificar la democracia con el gobierno de lamayoría. La democracia tiene exigencias complejas, que sinduda incluyen el voto y respeto a los resultadoselectorales; pero también requiere la protección de laslibertades, el respeto de los derechos legales, lagarantía de la libre discusión y distribución sin censurade noticias y comentarios. Incluso las elecciones puedenser profundamente defectuosas si se producen sin que losdiferentes competidores tengan la oportunidad adecuada depresentar sus respectivas ofertas, o si el electorado nodisfruta de libertad para informarse y considerar lospuntos de vista de los contendientes. La democracia es unsistema exigente, y no sólo una condición mecánica (reglade la mayoría) tomada de forma aislada. (SEN, 1999, p. 5,Trad. propia)6. Bajo esta perspectiva la democracia tiene importanciaintrínseca, instrumental y constructiva. Intrínseca porquela privación de las libertades o derechos políticos atentacontra la dignidad de la persona; instrumental ya que elejercicio de los derechos de opinión, protesta yparticipación en los asuntos públicos permite presionarsobre los gobiernos para la formulación de políticaspúblicas y, finalmente, tiene una importancia constructivaporque es fundamental para la creación de valores ydefinición de prioridades. Veamos como Sen expone estas ideas centrales y, sobre todo,consideremos el papel fundamental que le otorga a lacomunicación, la discusión y el debate público:Tenemos razones para valorar la libertad y másespecíficamente la libertad de expresión y acción ennuestras vidas, y tiene sentido que los seres humanos –esa creatura social que somos – valoremos la participación

6 “We must not identify democracy with majority rule. Democracy has complex demands, whichcertainly include voting and respect for election results, but it also requires the protection ofliberties and freedoms, respect for legal entitlements, and the guaranteeing of free discussionand uncensored distribution of news and fair comment. Even elections can be deeply defective ifthey occur without the different sides getting an adequate opportunity to present theirrespective cases, or without the electorate enjoying the freedom to obtain news and to considerthe views of the competing protagonists. Democracy is a demanding system, and not just amechanical condition (like majority rule) taken in isolation.”

15

no restringida en las actividades políticas y sociales. Laformación, informada y no regimentada, de nuestros valoresrequiere apertura en la comunicación y discusión pública.Las libertades políticas y los derechos civiles pueden sercentrales para este proceso (…) Se puede afirmar que paraentender adecuadamente cuáles son las necesidadeseconómicas – su contenido e intensidad – se requierediscusión e intercambio de ideas. Los derechos civiles ypolíticos, especialmente aquellos que garantizan ladiscusión abierta, el debate, la crítica y el disenso, soncentrales en el proceso de generar escogencias informadas ybien pensadas (…) El alcance y efectividad del diálogo sonusualmente subestimados en la evaluación de problemassociales y políticos. (SEN, 2000, pp. 152-153, Trad.propia)7.Valga enfatizar que para Sen la construcción de acuerdosrazonados es consustancial con su idea de democracia, paraél la construcción de acuerdos tiene tanto o más valor quela proposición de la formula exacta de políticas o eldiseño del modelo de sociedad ideal. Para Sen la idea dediscusión pública y construcción de acuerdos es recíprocaa la idea de democracia y se practica o debe practicarse endistintos ámbitos y niveles de la acción pública, porejemplo, una bien informada y menos marginalizada discusiónpública sobre los asuntos ambientales no sólo le hace bienal ambiente, sino puede ser importante para la salud y elfuncionamiento de la democracia misma (p. 158).Pese a todo lo dicho a favor de la democracia, Sen adviertesobre el riego de considerarla una panacea: “La democraciano sirve como un remedio automático de enfermedades, comola quinina trabaja para curar la malaria. Las7 “We have reason to value liberty and freedom of expression and action in our lives, and it isnot unreasonable for human beings – that social creatures that we are – to value unrestrainedparticipation in political and social activities. Also, informed and unregimented formation ofour values requires openness of communication and arguments, and political freedoms andcivil rights can be central for this process (…) It can be argued that a proper understanding ofwhat economic needs are –their content and their force– requires discussion and exchange.Political and civil rights, especially those related to the guaranteeing of open discussion,debate, criticism, and dissent, are central to the process of generating informed and reflectedchoices (…) The reach and effectiveness of open dialogue are often underestimated in assessingsocial and political problems”.

16

oportunidades que ofrece deben ser positivamenteaprovechadas con la intención de obtener los efectosdeseados (…) mucho depende de cómo las libertades seanrealmente ejercitadas” (2000, p. 155, Trad. propia)8. Valeagregar que en contextos autoritarios, en los que laslibertades políticas son reducidas al mínimo o anuladas deltodo, la capacidad de agencia (individual y social) nodesaparece, puede expresarse a través de múltiples formas omovimientos de resistencia a la dominación-arbitrariedad enámbitos nacionales, regionales, locales e incluso micro-comunitarios y familiares. En síntesis, es ésta una visión de la participación comofin en sí misma, sintetizada en la idea según la cual:“Procesos como la participación en las decisiones políticasy la elección social no pueden ser vistos –en el mejor delos casos– como medios para lograr el desarrollo (a través,por ejemplo, de su contribución al crecimiento económico)sino que deben ser entendidos como componentesconstitutivos de los fines mismos del desarrollo” (p. 291,Trad. Propia)9.

DEMOCRACIA DELIBERATIVA

La idea de democracia de Sen puede beneficiarse de lostrabajos recientes sobre democracia deliberativa tal comolo plantea David Crocker (2008) en su Ethics of GlobalDevelopment. Agency, Capability and Deliberative Democracy, ya queaporta los elementos necesarios para desarrollar la ideageneral de democracia como discusión pública.Ciertamente, Sen no específica el posible rango de métodoso procedimientos a través de los cuales individuos o grupospueden hacer las diversas las escogencias sociales ni sobre

8 "Democracy does not serve as an automatic remedy of ailments as quinine works to remedymalaria. The opportunity it opens up has to be positively grabbed in order to achieve thedesired effect. This is, of course, a basic feature of freedoms in general-much depends on howfreedoms are actually exercised” 9 "Such processes as participation in political decisions and social choice cannot be seen asbeing-at best-among the means to development (through, say, their contribution to economicgrowth), but have to be understood as constitutive parts of the ends of development inthemselves".

17

la forma como puede ser obtenida la información requeridapara tales evaluaciones (SABINA citada en CROCKER (2008, p.308) aquí es donde el enfoque de capacidades se puedebeneficiar de la idea democracia deliberativa y demetodologías participativas, como la socio-praxis.Así mismo, interesa subrayar la orientación de lademocracia deliberativa hacia la solución de problemasconcretos, ya que permite decir que la importanciaconstructiva que Sen le atribuye a la democracia, a travésde la discusión pública para la creación de valores ydefinición de prioridades, se práctica en situacionesconcretas de la vida comunitaria, laboral, académica, etc.de las personas.Empecemos, entonces, por decir que las democracias difierenunas de otras en términos de su extensión, profundidad,rango y control (2008, p. 299). Son esas diferencias lasque permiten hablar de la democracia española, brasileña,estadounidense, etc. como experiencias distintas de vidademocrática. Así, en democracias de poca profundidad losciudadanos hacen poco más que votar, democracias másprofundas requieren modos o formas de participación enadición a las votaciones y la regla de la mayoría, porejemplo la libre discusión y el toma y dame de losargumentos opuestos (2008, p. 299). Así mismo, mientras másuniversal o incluyente es la democracia (extensión),mientras más amplio es el rango de asuntos sobre los quelos ciudadanos pueden opinar y decidir, mientras mayor esel control ciudadano sobre instituciones y/o políticaspúblicas, más se pone de relieve la importancia de ladiscusión pública. Todo lo cual alude a la importancia de la democracia entanto provee instituciones y procesos a través de loscuales las personas pueden aprender unas de otras yconstruir o decidir sobre valores, prioridades y problemasconcretos de la sociedad. Desde la perspectiva del enfoquede desarrollo humano y capacidades dichas escogenciassociales son múltiples, Hernández y Escala (2011, pp. 93-95) las han expuesto en el siguiente listado:La elección de los agentes participantes en el proceso.La escogencia de los procesos para la toma de decisiones.

18

La elección de fines de agencia versus fines de bienestar.La elección entre funcionamientos10.La escogencia entre funcionamientos o capacidades ahora yen el futuro.La valoración que tendrá cada funcionamiento y capacidadelegida.La elección de los umbrales de capacidad.La elección entre las capacidades básicas y la expansión detodas las capacidades valiosas.La escogencia de funcionamientos específicos y capacidadesgenerales.La elección entre valores distributivos y otros valores.

El proceso de escogencia social confronta a losgrupos desde el nivel local hasta el global. Laescogencia de los procesos para la toma de decisiones serelaciona directamente con el propósito de estetrabajo, por cuanto las personas hacen susescogencias de muy diversas maneras (arrojando unamoneda al aire, por capricho, apelando a laautoridad, a los expertos, a través de la reflexióncrítica, etc.). Los grupos, por su parte, tiene laposibilidad de escoger entre diversos procesos detoma de decisiones colectivas, incluyendonaturalmente alguna forma de toma de decisionesdemocrática (CROCKER, 2008, pp. 303-307).

Así, pues, la democracia deliberativa es la teoría ypráctica de la democracia que enfatiza el intercambio depuntos de vista, de razones en la toma democrática dedecisiones sobre los asuntos públicos. Su propósito generales ampliar y profundizar la idea de la democracia comogobierno del pueblo subrayando la reciprocidad, inclusión ypublicidad de la discusión de los asuntos de interésgeneral, extendiendo su práctica hasta algunasorganizaciones no gubernamentales (CROCKER, 2008, p. 310).Y sus objetivos específicos serían identificar y resolverproblemas concretos y proveer una manera justa ytransparente a través de la cual, libre, autónoma eigualitariamente, los miembros de un grupo (o varios grupos10 Los funcionamientos son la otra cara de las capacidades, unfuncionamiento es la realización activa de una o más capacidades.

19

entre sí) puedan superar sus diferencias y alcanzar unacuerdo sobre una acción o determinada política pública. La idea de democracia deliberativa propone un complejoideal de asociación cuya vida común es gobernada por ladeliberación pública de sus miembros. La deliberación esdemocrática en la medida que está basada en un proceso dealcanzar acuerdos entre ciudadanos libres e iguales Bohman,(1999). De allí la definición de participación deliberativacomo un proceso en el cual las no-élites (algunas vecesentre ellas mismas, otras veces con las élites) deliberanjuntas, examinando intenciones, propuestas y razones paraforjar acuerdos que al menos una mayoría pueda aceptar(CROCKER, 2008, p. 344). Al hablar de democracia deliberativa, es importante llamarla atención sobre las limitaciones de centrar la atenciónexclusivamente sobre el procedimiento o sobre la creaciónde condiciones que posibiliten a cada individuo conderecho a participar e influir que lo haga. Ciertamente, elque una persona participe o no puede tener múltiplesexplicaciones dependiendo de condiciones y circunstanciasespecíficas del contexto, pero también puede estarcondicionada por la capacidad interna de la persona o grupopara desempeñarse adecuadamente en el ámbito público11. Demanera que la exclusiva atención sobre el contexto y eldiseño del procedimiento o metodología es insuficiente.En tal sentido, Crocker (2008, p. 318) detalla cuatrocondiciones generales que posibilitan la democraciadeliberativa: libertad política igualitaria, igualdad ante

11 Reflexionando sobre la experiencia de los movimientos urbanos porlos derechos civiles y sociales de Estados Unidos en los sesenta,Kramer (1972, pp. 109-141) dice que la dura lucha por la sobrevivenciadeja a muchos con poco tiempo para involucrarse en la actividadpolítica. Carencia de educación formal o limitaciones de acceso a lainformación también restringen sus habilidades para intervenir en lasdiscusiones públicas y los debates electorales o para hacer usoefectivo de los medios de comunicación, los tribunales y otrasinstituciones democráticas. Hechos que pueden conducir a que procesosinspirados en la idea de democracia deliberativa queden en manos de“elites” (locales, regionales o nacionales) con los riesgos de diversotipo que esto conlleva (imposición de decisiones, corrupción,privilegios, daños a la comunidad, etc.).

20

la ley, economía justa y equidad procesal, pero también,apunta que importantes sectores de la población tienen muylimitadas oportunidades/capacidades de hablar por ellosmismos, siendo éste un reto muy serio para cualquiermetodología participativa. No obstante, no es menosdemocracia o un gobierno autoritario el que logrará crearlas condiciones y capacidades necesarias de los actorespara la construcción de una sociedad justa. Por elcontrario, una más extensa y profunda democracia ofrece laposibilidad de crear tales condiciones/capacidades en y através de la democracia.

LA SOCIOPRAXIS: UNA APROXIMACIÓN TEÓRICA-METODOLÓGICAPARTICIPATIVA ¿DELIBERATIVA?

Se pretende en esta sección del trabajo presentar unapanorámica sobre la sociopraxis, resaltando aquellosaspectos que se relacionan con la democracia deliberativa.Se trata de realizar una síntesis de las metodologíasparticipativas que han sido propuestas desde la socio-praxis. La pregunta central que nos orienta para ello es¿Contribuye la socio-praxis con el desarrollo del enfoquede las capacidades de Sen y de la democracia deliberativade Crocker? En tal sentido, a continuación presentamos unacaracterización de estas metodologías con énfasis en susaspectos esenciales a la vez que vinculados con lademocracia deliberativa.Son estilos: Acota Villasante el alcance y aporte de supropuesta de la forma siguiente “No vamos a aportarsoluciones finales para los problemas que tenemos, sino másbien formas, maneras y estilos de enfocarlos” (VILLASANTE,2006a, p. 22). Al referirse a los ‘estilos’ señalaVillasante que no se trata de una cuestión formal, sinosustancial de los procesos sociales, entendiendo ‘estilos’como “esquemas no-reduccionistas, procesuales, etc. con losque enfrentar fenómenos inabarcables. Ya que cada vez quenos metemos en ellos provocamos nuevas complejidades, unasqueridas y otras no queridas” (VILLASANTE, 2001, p. 124).Son estilos creativos. Estos ‘estilos’ son “posiciones antela vida y las informaciones que llegan, que nos permiten

21

saberlas tratar como contradicciones que son en su mayoría,y nos permiten tomar caminos operativos y creativos sindejarnos asustar por la apariencia caótica que presentan”(VILLASANTE, 2006 a, p. 22).Son resultado de procesos de aprendizajes en los propiosmovimientos sociales. Tal como lo indica el CIMAS, estasmetodologías participativas han nacido al calor de losmovimientos sociales, con pretensiones críticas ytransformadoras:En Latinoamérica, y posteriormente en otras partes delmundo, desde los años 60-70 se vienen construyendo unasciencias sociales explícitamente al servicio de las causaspopulares (IAP y otras). En Europa, desde la década de los60, varios movimientos sociales impulsaron el socio-análisis o análisis institucional, la co-investigaciónobrera, las militancias instituyentes de grupos feministas,ecologistas, etc. Desde campos ideológicos a vecesdivergentes (marxismos, libertarios, teología de laliberación, etc.) se han ido criticando dogmas precedentesy construyendo convergencias muy enriquecedoras ycreativas. CIMAS,( 2014).Son resultado de un acoplamiento de metodologíasimplicativas. Entre los precedentes de este planteamientovisto en clave temporal, se tiene que este acoplamiento demetodologías ha tenido lugar progresivamente:

En los años noventa partimos de aplicar un análisiscrítico de la Investigación-Acción-Participativa(IAP) según la entendimos en Fals Borda y el propiocolectivo IOE. También partimos de criticar yaplicar elementos del socio-análisis (Lapassade,Lourau, Guattari, etc.) y también de la filosofíade la praxis (Gramsci, Sacristán, Sánchez Vázquez,Zemelman, etc.). Más adelante hemos idoincorporando aportaciones de la PlanificaciónEstratégica Situacional (PES) que impulsó CarlosMatus, de los Diagnósticos Rurales Participativos(DRP) de R. Chambers y M. Ardón, y también de laConcepción Metodológica Dialéctica de inspiraciónfreiriana que han planteado Calos Núñez, ÓscarJara, etc. Entre prácticas y debates, hemos idoconstruyendo nuestras propias formas de abordar la

22

perspectiva socio-práxica”. (VILLASANTE, 2006 a, p.30).

La sociopraxis articula a la vez que se distingue12 de unconjunto de posiciones teóricas y prácticas. En el CuadroNº 1 se presenta una síntesis de los diversos enfoques yaportes prácticos y teóricos que desde los años 70 han idonutriendo las metodologías participativas sociopráxicas, enel orden en que se han ido aplicando. Se observan en elreferido Cuadro las distinciones y articulaciones teórico-prácticas de la socio-praxis; se presentan cuatro fases(filas del cuadro) denominadas por Villasante como: a)desbordes práxicos, b) saltos por la complejidad, c)esquemas colectivos y d) movimientos alternativos; y, enlas columnas, tres ámbitos (u ondas) de aplicaciónprincipal, a) posicionamientos dialógicos (personas-grupos), b) hologramas micro-macro (grupos-comunidades) yc) devoluciones creativas (comunidades-sociedad). Usandoletras mayúsculas, en el Cuadro, se destaca lo que en/paracada momento (fase/onda) la socio-praxis significa comodistinción-articulación epistémica.

Cuadro Nº 1: Distinciones y articulaciones teórico-prácticas de la sociopraxis

ONDAS

FASES

Onda Corta:persona-grupos,POSICIONA-MIENTOS DIALÓGICOS

Onda Media:grupos-comunidades, HOLOGRAMAS MICRO-MACRO

Onda Larga:comunidades-sociedad, DEVOLUCIONES CREATIVAS

PrimerosDESBORDES PRÁCTICOS(años 70-80)

Más allá de los “analistas instituidos”,ANALIZADORES SITUACIONALES INSTITUYENTES, del Socio-Análisis Institucional

Más allá de las “distancias sujeto-objeto”,ESTRATEGIAS SUJETO-SUJETO,de la Investigación (Acción) Participativa

Más allá de “ver, juzgar, actuar”,IMPLICACION ACCIÓN-REFLEXIÓN-ACCIÓN,de la Filosofía de laPraxis

12 Desde la sociopraxis se hacen “algunas distinciones, más que definiciones, para que sepueda entender en qué ámbitos no nos movemos y en cuáles sí. No se trata de acabar de cerraro definir cada expresión, sino de delimitar un campo donde podamos comunicarnos con ciertaeficiencia” (CIMAS, 2014).

23

ONDAS

FASES

Onda Corta:persona-grupos,POSICIONA-MIENTOS DIALÓGICOS

Onda Media:grupos-comunidades, HOLOGRAMAS MICRO-MACRO

Onda Larga:comunidades-sociedad, DEVOLUCIONES CREATIVAS

Para darSALTOS POR LA COMPLEJIDAD(años 80-90)

Más allá de “leyes y éticas ejemplares”,ESTILOS COOPERATIVOS Y TRANSDUCTIVOS,del Paradigma de la Complejidad

Más allá de “estructuras del poder”,ESTRATEGIAS CON CONJUNTOS DE ACCIÓN, de las Teorías del Análisis de Redes

Más allá de “simplificación de ladialéctica”,PARADOJAS Y TETRALEMAS,de la Critica Lingüística Pragmática

Construcción de ESQUEMAS COLECTIVOS(años 90-00)

Más allá de “debates endogámicos”,PROCESOS ABIERTOS CONGRUPOS OPERATIVOS, desde el esquizo-análisis y con la Teoría del Esquema Conceptual referencial operativo

Más allá de “indicadores dominantes”,SUSTENTABILIDAD CON RECURSOS INTEGRALES,con el Diagnóstico Rural Participativo.desde la Agro-ecología

Más allá de “determinismos causa- efecto” SATISFACTORES PÚBLICOS, con Planificación Estratégica Situacional

AcompañarMOVIMIENTOSALTERNATIVOS(actuales)

Más allá de “evaluaciones burocráticas”,DESBORDES Y REVERSIONES POPULARES,con la Formación-acción de la Pedagogía Liberadora

Más allá de “estilos patriarcales”, DEMOCRACIASPARTICIPATIVAS DESDE LA BASE,con los Eco-feminismos y movimientos indignados

Más allá de la “sectorialización y los sectarismos”, IDEAS-FUERZA ENEJES EMERGENTEScon los movimientosdescolonizadores

Fuente: Villasante, T. (2011). “Estilos y epistemología en lasmetodologías participativas”.

Tal como se observa en el cuadro, en la última fase seresalta el vínculo de la socio-praxis con las democraciasparticipativas y, de ese modo, con los planteamientos deSen sobre la democracia y de Crocker sobre la democraciadeliberativa. Todos otorgan un papel fundamental a lacomunicación, la discusión y el debate público. “No sólopor creer que la democracia sea un fin en sí́ misma, sinoporque puede servir para conseguir además algún finconcreto, y sobre todo para ir construyendo un futuro en

24

que la gente sienta que cuenta " (VILLASANTE, 2011, p.145). No son metodologías participativas basistas, espontaneístasni voluntaristas: La distinción de la socio-praxis conalgunas posiciones de Investigación-acción-participación(IAP) y de otras perspectivas participativas tiene lugar“cuando estas se basan en puras simetrías entre sujetos(que nos parecen más deseos que realidades), ciertosespontaneísmos sin metodologías y más buena voluntad quesaber hacer” (VILLASANTE, 2006 a y b, p. 416). De modo queen la socio-praxis la escucha y el debate fundamentado escrucial. En tal sentido, Villasante (2012) plantea losiguiente:

¿podemos fiarnos de que la gente siempre tiene larazón, sean como sean las asambleas? ¿o hemos dedar paso a unos procedimientos participativos paraevitar el ‘basismo voluntarista’ que a veces seconvierte en manipulador? Si una minoría se empeñaen bloquear un consenso sin variar su posición, nitratar de llegar a acuerdos integradores, o si lostécnicos aprovechan para hacerse los amos delproceso, o si bajo un argumento ‘ideológico’ seesconden unas influencias no tan confesables, hayque encontrar procedimientos superadores” (pp. 66-67).

Son metodologías para la transformación social: “Así pues,intentamos establecer algunas distinciones que hagan laimplicación participativa un poco más crítica y auto-crítica y por ello mismo más rigurosa y operativa para latransformación o el desborde de los dictados con los quenos suele tocar enfrentarnos” (CIMAS, 2014).La socio-praxis se distingue de un conjunto de perspectivasepistemológicas, a saber: de la perspectiva cuantitativa(distributiva) y de la cualitativa (estructural) así comode algunas perspectivas participativas (dialécticas). En elsiguiente cuadro se presenta una síntesis de estas cuatroperspectivas epistemológicas (distributiva, estructural,dialéctica y socio-práxica) considerando los aspectos a)tecnológicos ¿Cómo se hace?, b) metodológicos ¿Por qué sehace? y c) epistemológicos ¿Para qué, para quién?, lo cual

25

nos permite ubicar las especificidades de la perspectivaepistemológica de la socio-praxis.

Cuadro Nº 2: Perspectivas epistemológicas

Perspectivas

AspectosTecnológico¿Cómo se hace?

Metodológico¿Por qué sehace?

Epistemológico¿Para qué,para quién?

Distributiva(Cuantitativa)

Preguntas, respuestas, encuestas, censosprecodificados

Función referencialdel lenguaje. Acoplarse

Asimetría entre Sujetos. Cierrael método y las conclusiones

Estructural(cualitativa)

Conversaciones. Grupo discusiónEntrevista semi -estructurada

Función estructuraldel lenguaje. Explorar

Simetría tácticay asimetría estratégica Abremétodo, cierra conclusiones

Dialéctica(participativa)

Asamblea, movimientos, militancia Investigación-acción-participación, socioanálisis

Función pragmática en situación dialéctica. Transformar

Simetría entre sujetos. Abre caminos de método y de conclusiones

Socio – praxis(participativa)

Procesos. Talleres programación acciones integrales

Función dialógica desde praxis cotidiana, revertirdesde lo rizomático. Desbordar

Asimetría táctica y simetría estratégica. Cierra el método, abre creatividades

Fuente: Villasante, T. (2006). Desbordes creativos. Estilos y estrategias para latransformación social.

Vale hacer las siguientes acotaciones sobre algunosaspectos epistemológicos de la sociopráxis: Se distingue de los que toman distancias entre el sujeto yel objeto de una investigación o de un proceso social.

“Ni los investigadores pueden ser sujetos plenossin condicionantes, ni los investigados son meros

26

objetos para ser observados…Frente a la relaciónsujeto-objeto que se pretende “científicamenteobjetiva” siempre hay estrategias personales ygrupales de sujetos-sujetos que están en pugna porconstruir acciones y explicaciones que lesinteresan a cada parte” (CIMAS, 2014).

No renuncia al uso de las técnicas que caracterizan lasotras perspectivas sino que pretende darles sentido desdeposiciones implicativas y participativas:

“La posición sociopráxica usa las tecnologíascuantitativas y cualitativas pero no desde lasmetodologías y epistemes con las que suelen serusadas, sino desde las posiciones implicativas yparticipativas que pretendemos distinguir. Enrealidad, la sociopráxis podría estar entre laposición estructural o cualitativa… y lasposiciones dialécticas o militantes de las que sereclaman algunos movimientos radicales” (CIMAS,2014).

Se considera que la implicación es fundamental paracualquier conocimiento. “En primer lugar porque siempre estás implicado, y si noeres consciente aún es peor (porque no controlas en dóndeestás). No se puede ‘ver o juzgar’ desde fuera de lasociedad, porque somos parte de la sociedad. Pero tampoconos podemos quedar paralizados por esta falta dedistanciamiento en que estamos metidos. Cualquier cosa quehagamos, o no hagamos, también nos implica prácticamente, ypor eso la reflexión está siempre en medio de dosacciones”. (CIMAS, 2014). En cuanto a la noción de praxisse resalta el hecho de que hacer estas reflexiones“consciente de que ‘la pasión no quita conocimiento’, másbien se lo quita a quien no se sabe en dónde está metido yno toma ni un mínimo de distancia sobre sus condicionantes”(CIMAS, 2014).Da prioridad a los ‘Analizadores Situacionales eInstituyentes’:“El ‘analizador’ es un actor, un suceso, que nos sueleaportar más complejidad y realidad que cualquier ‘analista’

27

con sus textos académicos…Un proceso instituyente lo puedeser en diversos grados, siempre está en una contraposicióndialógica con lo instituido, pero es situándonos en esosprocesos, y no tratando de definirlos académicamente, comopodemos avanzar tanto en transformar la realidad como enentenderla. Distinguir y dar más importancia a los ‘hechosanalizadores’ que a los textos de los analistas no quieredecir que no leamos y debatamos, sino que hacemos lapráctica teórica a partir de establecer alguna situacióninstituyente como referente para cualquier reflexión”(CIMAS, 2014).Llegados aquí, destacaremos a continuación seis aspectosclaves en la socio-práxis que dan cuenta de su significadoy alcance así como de sus vínculos con los planteamientosde Sen y de Crocker sobre la democracia. Esos 6 aspectosclave, de acuerdo a la denominación de Villasante, son lossiguientes: estilos transductivos, conjuntos de acción,multilemas, ideas-fuerza emergentes, redes democrático-participativas, desbordes y reversiones. A continuaciónalgunos comentarios de cada uno de estos aspectos(VILLASANTE, 2011, pp. 135-141):Estilos transductivos: Villasante (2011) indica que Las transducciones se basan en unos dispositivos para crear‘situaciones’ peculiares de transformación, ‘provocaciones’con cierta transparencia, al estilo de las preguntas‘mayéuticas’ que formulaba Sócrates (...) lo más importantees el papel de preguntas desveladoras de los prejuiciosocultos, o creativas de una mayor profundización yreflexividad de los procesos. (p. 136). Conjuntos de acción: Sobre la base de que todo lo real esrelacional a la socio-praxis le interesan “más los vínculosy lo que puedan ser sus dinámicas que las definiciones delos grupos o sectores que soportan las relaciones. No esposible lo uno sin lo otro, pero es más posible cambiar lasrelaciones que los sujetos por sí mismos” (VILLASANTE,2011, p. 137). Son mapas de relaciones que permitenentender las estrategias y los intereses que se confrontano se articulan en un momento determinado. En tal sentido,vale señalar que

28

Los análisis del poder con frecuencia han sido muysimplificadores (…) Frente al intento de localizar el poderen un lugar, institución o persona, está la posibilidad deestablecerlo como juego de relaciones o de estrategias. Lasdistintas posiciones se muestran así en función del tipo yla intensidad de vínculos que se establecen en cada caso.(VILLASANTE, 2011, p. 133). Multilemas: Se trata de analizar las situaciones más alláde los dilemas (posiciones enfrentadas de las que pareceque no se puede salir), ampliando posibilidades (lo uno, lootro, ni lo uno ni lo otro, lo uno y lo otro) paraintroducir creatividad a los procesos sociales,considerando posiciones minoritarias y construircolectivamente, discutiendo viabilidad y norepresentatividad (VILLASANTE, 2006 a y b). Dicho de otromodo:trabajar con las propias expresiones paradójicas de lossujetos implicados en los procesos (…) Los análisislingüísticos han ido más allá de los dilemas, y nosplantean los ‘tetralemas’ o dobles dilemas que todos usamosa diario aún sin darnos cuenta (...) Este tipo deplanteamientos nos abre a profundizaciones mayores, y anuevas alternativas. (VILLASANTE, 2011, p. 134).Ideas-fuerza emergentes: Se trata de construir prioridadesde acción de forma colectiva yendo

más allá de la causa-efecto lineal, y aportar lasconstrucción 'recursiva' de los procesos (como elanuncio de algo que puede suceder se convierte enotra causa). Es decir, aportar en primer lugar québloqueos, nudos críticos, son los que obstaculizanlas relaciones complejas entre las variadas causasy los diferentes efectos en un proceso. Hacer estoparticipativamente integra visiones mayoritarias, ytambién minoritarias, correlaciones entre variadascausas y efectos y sus pasos intermedios, conreferencias a los diferentes subtemas a considerary a las diferentes alianzas posibles entre sectoressociales. (VILLASANTE, 2011, pp. 138-139).

Redes democrático-participativas: Se trata de estableceralianzas estratégicas de varios “conjuntos de acción”. Talcomo lo señala Villasante, la socio-praxis

29

Se plantea cooperar desde abajo y no sólo coordinardesde arriba, integrar en el proceso todas lasiniciativas y capacidades de los seres de cada unode los ecosistemas en donde estamos. La ‘sinergia’que se trata de producir no es una simple suma delas partes, sino la multiplicación de lasiniciativas que surgen en la vida cotidiana.”(VILLASANTE, 2011, p. 140).

Desbordes y reversiones. Siendo que no es posible sabernunca cómo pueden acabar estos procesos sociales se abordanlas situaciones juntando el concepto de ‘reversión’ con elde ‘desborde popular’ de algunos movimientos populareslatinoamericanos. Siendo que “Salir de las ‘dialécticascerradas’ significa que en cada momento se puede optar poruna complejidad de alternativas (radicales o menos,previstas o desbordantes, según las circunstancias), y estoes poner más profundidad y rigor en los procesos” (CIMAS,2014).

“Más allá de la discusión entre progresistas yconservadores, o de revolucionarios y reformistas,colocarse en la posición rebelde ‘reversiva’ espasarse a otro plano emergente y práctico que noestá interesado en una discusión paralizante. (…).Ejes emergentes que pueden desbloquear algunasposiciones clásicas donde se encasillan lasdicotomías dominantes” (VILLASANTE, 2006 a, p.413).

Como vemos, estas metodologías no niegan el conflicto. Elestilo transductor de estas metodologías participativasreconoce la existencia de conflictos entre actores; sepromueve la escucha, la comunicación y la deliberaciónentre actores. Se trata de una posición frente a losproblemas que “empieza por no negar las contradicciones,por no taparlas sino profundizarlas” (VILLASANTE, 2006a, p.23). De este modo, se promueve/facilita un ejercicio dedemocracia participativa deliberativa en los procesossociales de planificación-acción.La complejidad en acción: estas metodologías participativasson estilos que suponen la implicación práxica en procesoscomplejos, en tanto espirales reflexivas, en contextos

30

conflictivos que encuentran en la complejidad y laincertidumbre su justificación: “en los análisis concretosde situaciones, en la reflexividad para construiriniciativas, en la construcción colectiva de la acción y elconocimiento” (VILLASANTE, 2011, p. 125). En tal sentido, la perspectiva socio-práxica operacionalizaconceptos abstractos mediante diversas técnicas ymetodologías. En el Cuadro Nº 3 se presenta el entramado deprocesos socio-práxicos en el que se condensan saberes,saltos y tiempos. Los saberes hacen referencia al episteme(El saber “¿para qué? y ¿para quién?” del conjunto de loque se hace); la metodología (El saber el “¿por qué?” decada fase); las técnicas (El “saber hacer” / el ¿cómo?) ylos resultados (El saber el ¿qué?). Los saltos epistémicos, tal como señalado supra, incluyenlos estilos transductivos; los conjuntos de acción; losmultilemas; las ideas-fuerza emergentes; las redesdemocrático-participativas así como los desbordes yreversiones. En las columnas del cuadro se señalan lasetapas, denominadas por Villasante como: predisposiciones,plan de trabajo negociado, trabajo de campo y análisisabiertos; devoluciones creativas y priorizaciones,propuestas integrales y sustentables, realizaciones yseguimientos. Vale decir que los tiempos de las fases delproceso socio-práxico indicadas en la primera fila delcuadro son referenciales ya que éstos son variables yalgunos momentos necesariamente abiertos a los debordes ylas reversiones.

Cuadro Nº 3: Saberes, saltos y tiempos en los procesossocio-práxicos

Tiempos

Saberes

Predisposición desde las experiencias previas

Construcción del plan de trabajo negociado(2/3 meses)

Trabajo de campo y análisis abiertos(2/3 meses)

Devoluciones creativas y priorización(2/3 meses)

Propuestas integrales sustentables(2/3 meses)

Proceso derealización y seguimiento con monitoreo

¿Quién? Experiencia (Eco) Escuchar Dirigir Facilitar (Eco)

31

Saber estar

s sociales.Capacidad autocrítica

evaluar prejuicios. Conversar con grupos

todas las posiciones.Facilitar la dinámicade grupos.

talleres yencuentros. Provocarlos saltoscreativos

las alianzas. Planificar participativamente.

dirigir metodológicamente. Monitorearsituaciones

¿Para qué?

Conocimientos. Episteme

De las vivencias con analizadores a la predisposición de estilos transductivos

De la buena voluntad de los sujetos-sujetos a las estrategias con cnjuntos de acción

De los análisis deacción-reflexión alas paradojas yreflexividad de los multilemas

De las causalidades recursivasa la construcción de nudos críticos yejes emergentes

De los indicadoresde sustentabilidad a la idea-fuerzay redes democrático-participativas

De los grupos creativos a los desbordes creativos y procesosde reversión

¿Por qué?

Metodologías

Distinciones entre otras metodologías y lo participativo

Fases de un proceso. Problemática inicialy análisisde redes sociales

Complejidadde conjuntos de acción. Temáticas comunes y contrapuestas

Planificación estratégica situacional. Creatividad con los grupos heterogéneos

Idea-fuerzay auto-organización: democracia participativa y recursos

Articulación de proyectos.Evaluacióny monitoreo.

¿Cómo?

Saber hacer.Herramientas

Trabajo en grupos. Salir a la calle

Socio-dramas. Transectos. Socio-gramas y muestras.DAFO

EntrevistasTalleresAnálisisMultilemas

Flujogramas. Talleres de devoluciones creativas.

Votaciones ponderadas.Esquema de organización y recursos.

Cronogramapor tareasy proyectos.Campañas de difusión y(eco) auto-formación

¿Qué?

Resultadosoperativos

Formación de grupos implicados

Delimitación del síntoma. Grupo motor y muestra. Plan de trabajo

Saturar lasposiciones de los conjuntos de acción. Cuadros temáticos con multilemas

Nudos críticos priorizados. Construcción de la red de seguimientos

Informe operativo: propuestas,organización y recursos.

Seguimiento cronogramas. Rearticula-ción de estrategias.

32

Fuente: Villasante, T. (2011). “Estilos y epistemología en lasmetodologías participativas”.

A continuación destacamos algunas características de estas fases o momentos:

Predisposiciones desde las experiencia previas: Siendo que

No es lo mismo llegar a estos procesos desde elimpulso de un movimiento social, que por elvoluntarismo de un equipo técnico o de un políticocon buena voluntad. Hay una serie decaracterísticas básicas, y no sólo la buenavoluntad, para que se pueda empezar con ciertasgarantías de poder cumplir con lo que se pretende(...) Esta columna [la primera del cuadrocorrespondiente] nos muestra algunas de laspredisposiciones que se han de tener además de lavoluntad de querer implicarse en metodologíasparticipativas". (VILLASANTE, 2011, p. 142).

Construcción del plan de trabajo negociado: En la siguiente columna ya empezamos las tareas, y lo mejores hacerlo con aquellos primeros grupos que se apuntan alproceso. No basta tener buena voluntad y tratarnos unos yotras como sujetos. No basta la simple conversación porquesiempre estamos cargados con prejuicios que sin dudaacumulamos (de teorías y de las experiencias de las quecada cual viene). Por eso es bueno que nos ‘(eco)evaluen’(podamos ver cómo nos ven otras personas) desde un primermomento" (VILLASANTE, 2011, p. 143).

Así mismo, “(...) dentro de las fases de un proceso parecetambién conveniente empezar por reconocer las redessociales que puede haber en un mapa de relacioneslocal, que lo podemos construir con algunos gruposimplicados participadamente. La idea es llegar apoder poner en ese mapa de relaciones losdiferentes ‘conjuntos de acción’ y sus estrategiasparticulares, contradictorias o afines, ajenas osimplemente diferentes a las nuestras (VILLASANTE,2011, pp. 143-144).

33

Trabajo de campo y análisis abiertos:

“Ya abiertos al trabajo de campo cabe escuchartodas las posiciones que se pueda, y adoptar unestilo de facilitador/a. No basta reflexionarpersonalmente o en grupo sobre las acciones y sobrela recogida de información que estemos haciendo(...) la ‘hipercomplejidad’ de las paradojassociales que nos encontramos da para un proceso queprecisa de mayores profundizaciones. Es por lo queprocuramos realizar ‘reflexividades de segundogrado’ a ser posible con los mismos colectivos osectores sociales que nos han informado en lasentrevistas o en talleres, haciendo que se analicenellos mismos, por qué́ dijeron lo que dijeron, y quéotras cosas se les ocurren en este segundomomento.” (VILLASANTE, 2011, p. 144).

Devoluciones creativas y priorización: “Una nueva columna nos muestra precisamente momentos para‘devolver creativamente’ esas frases, y posiciones, quevienen de la fase anterior. Hay que estar dispuestos adirigir talleres que permitan provocar saltos creativos ensus participantes, … que las gentes puedan reflexionarsobre lo que dijeron y porqué, y posiblemente añadiralgunas nuevas razones que tenían dentro, pero que noaparecieron en una primera conversación. Así́ puedenaparecer los ‘ejes emergentes’ (Villasante, 2011, p. 144).

En este momento se trata de:

Preparar y devolver algunas frases claras, en ellenguaje textual de la gente, y sin decir quiéndijo tal o cual cosa. En seguida los que participanno sólo interpretan el por qué se han dicho tales ocuales cosas, sino que suelen añadir nuevasaportaciones de mucha mayor profundidad” (CIMAS,2014).

Propuestas integrales sustentables. En el momentopropositivo

hay que saber facilitar las alianzas para que laplanificación acabe siendo operativa. No bastará unproceso técnico con indicadores para hacer

34

seguimiento de lo que se va realizando, sino queson las 'redes democrático-participativas' las quedeben llevar el control para cada paso que hay quedar (...) No es la jerarquía de autoridad quiénmanda sino la 'Idea-fuerza' quién es capaz dereunir las voluntades y animar el proceso (...) ysu capacidad de mover dispositivos voluntarios ensu entorno. (VILLASANTE, 2011, pp. 144-145)

Realizaciones y seguimientos: Hay que ser capaces de codirigir con metodologías queescuchen el eco de lo imprevisto, y sepan atender los'desbordes' que se produzcan. Por eso hablamos de'(eco)dirigir' para estar a la altura de algunas'reversiones' que pueden desbordar muchas partes de loplanteado, o que simplemente llevan más allá los mismosplanteamientos que se pretenden, pero a mayor ritmo (o talvez se paralizan) (...) Los procesos sociales siempretienen sus propias lógicas que nos sorprenden, y por esoconsideramos que es más inteligente estar preparados   paraello antes que confiar en que todo lo tenemos previsto”(VILLASANTE, 2011, p. 145).Tal como se puede observar, todos estos momentos de laplanificación suponen un fuerte proceso de diálogo odeliberación para la construcción de acuerdos, donde ladiscusión abierta, el debate, la crítica y el disensotienen espacio para manifestarse y considerarse. Para finalizar, vale destacar que esta articulación de unconjunto de metodologías participativas planteada por lasocio-praxis, no constituye un recetario único y estático;al contrario, lo que se propone es una serie dearticulaciones y distinciones “en sus diferencias y en suselementos más creativos, para que cada cual pueda elegir yhacer su propia combinación y no quedar bloqueado en unasola de las aportaciones. Por supuesto, ésta es una de lasposibilidades y no quiere ser más que un referente parapoder empezar por algún lado. Pero también queremos mostrarque hay posibilidades de dar saltos creativos a partir dealgunos movimientos prácticos y de reflexión, sobrediferentes aportaciones teóricas” (CIMAS, 2014).

35

En síntesis, desde este enfoque, la planificación seconcibe como un proceso iterativo, teórico-práctico,objetivo-subjetivo, un diálogo de saberes, centrado en lagente. Frente a la complejidad, incertidumbre yconflictividad, bajo el enfoque de la socio-praxis seabordan las situaciones sociales con estilos procesualestransductivos, reflexivos y práxicos, donde la implicaciónes fundamental. Allí, lo reversivo desborda los esquemaspatriarcales y los poderes instituidos y potenciandemocracias participativas.

LA PARTICIPACIÓN CIUDADANA EN VENEZUELA: MARCO POLÍTICO-INSTITUCIONAL, PRINCIPALES FIGURAS, ALCANCE, DEBILIDADES YFORTALEZAS

La Constitución de la República Bolivariana deVenezuela del año 1999 estableció un modelo político quecombina instituciones de la democracia representativa,directa y participativa. En lo que al papel de laparticipación ciudadana en los asuntos públicos se refiere,sus Artículos 6 y 70 son ilustrativos de ello:Art. 6 El gobierno de la República Bolivariana deVenezuela y de las entidades políticas que la componen es yserá siempre democrático, participativo, electivo,descentralizado, alternativo, responsable, pluralista y demandatos revocables.Art. 70 Son medio de participación y del protagonismo delpueblo en el ejercicio de su soberanía, en lo político: laelección de cargos públicos, el referendo, la consultapopular, la revocación del mandato, las iniciativaslegislativa, constitucional y constituyente, el cabildoabierto y la asamblea de ciudadanos y ciudadanas cuyasdecisiones serán de carácter vinculante, entre otros; y enlo social y económico: las instancias de atenciónciudadana, la autogestión, la cogestión, la cooperativas entodas sus formas incluyendo las de carácter financiero,las cajas de ahorro, la empresa comunitaria y demás formasasociativas guiadas por los valores de la mutua cooperacióny la solidaridad. La ley establecerá las condiciones para

36

el efectivo funcionamiento de los medios de participaciónprevistos en este artículo.Posteriormente, a partir de la segunda re-elección delPresidente Chávez en 2006, se intenta impulsar eldenominado Socialismo del Siglo XXI13 en tanto sistemapolítico y modelo de desarrollo económico-social queprogresivamente ha ocasionado la deformación y restricciónde las instituciones de la democracia representativa y unacreciente (re)centralización del Estado. Una expresiónprogramática de dicho modelo se encuentra en el “PrimerPlan Socialista de la Nación 2007-2013” (RepúblicaBolivariana de Venezuela, 2007) y en su recienteactualización, el denominado “Plan de la Patria 2013-2019”(RBV, 2013), texto este último, que fue presentado ante elConsejo Nacional Electoral el 11 de junio de 2012 comoprograma de gobierno por Hugo Chávez para su tercer periodode gobierno y, posteriormente, por el actual Presidente,Nicolás Maduro, tras el fallecimiento del primero14.

13 Sobre las tesis del Socialismos del Siglo XXI, entre los autores másdivulgados en Venezuela se encuentran: Azzelini (2010a y b), Biardeau(2007), Dietrich (2003, 2005), Giordani (1997), Harnecker (2009),Monedero (2008, 2009). No obstante, si nos atenemos al ordenamientojurídico vigente el Socialismo del Siglo XXI “Es un modo de relacionessociales de producción centrado en la convivencia solidaria y lasatisfacción de necesidades materiales e intangibles de toda lasociedad, que tiene como base fundamental la recuperación del valordel trabajo como productor de bienes y servicios para satisfacer lasnecesidades humanas y lograr la suprema felicidad social y eldesarrollo humano integral. Para ello es necesario el desarrollo de lapropiedad social sobre los factores y medios de producción básicos yestratégicos que permita que todas las familias y los ciudadanos yciudadanas venezolanos y venezolanas posean, usen y disfruten de supatrimonio o propiedad individual o familiar y ejerzan el pleno gocede sus derechos económicos, sociales, políticos y culturales” (LeyOrgánica de las Comunas, Art. 4, G.O. No. 6.011 Ext., 21-12-2010).14 El denominado “Plan de la Patria” fue presentado y aprobado por laAsamblea Nacional el 3 de diciembre de 2013 y publicado en GacetaOficial 6.018 Ext. del 4-12-2013. Este plan, al igual que el conjuntode leyes que definen el llamado Estado Comunal (ver Cuadro No. 1) hansido rechazadas por las fuerzas políticas de oposición ya queconsideran su contenido violatorio de la Constitución Nacional, lacual en ninguno de sus artículos contempla la construcción de unasociedad socialista como horizonte del desarrollo nacional.

37

Está fuera del alcance de este trabajo analizar en detalleestos documentos y sus implicaciones, no obstante esfundamental tener presente el horizonte que plantean, laconstrucción de una sociedad socialista. En el planojurídico se ha ido construyendo un entramado de leyes sobreparticipación ciudadana de un alto grado de complejidad queresponde al mismo propósito general. Son estas leyes lasque le han dado viabilidad legal y financiera a nuevasformas de participación ciudadana como los consejoscomunales y las comunas y, en última instancia, aldenominado Estado Comunal15, nueva institucionalidadestatal de la Venezuela socialista. La siguiente tabla recoge el listado mínimo de instrumentosjurídicos de la participación ciudadana vigentes enVenezuela:

TABLA Nº 1: Marco legal de la participación ciudadana enVenezuela

Nombre Gaceta Oficial

Fecha

Ley de los Consejos Comunales G.O. 5.806 Ext.

10-04-2006

Ley Orgánica de los Consejos Comunales (Reforma)

G.O. 39.335 28-12-2009

Ley Orgánica del Poder Popular G.O. No. 6.011Ext.

21-12-2010

Ley Orgánica de las Comunas G.O. No. 6.011Ext.

21-12-2010

Ley Orgánica del Sistema Económico Comunal

G.O. No. 6.011Ext.

21-12-2010

Ley Orgánica de Planificación G.O. No. 21-12-15 La Ley Orgánica de las Comunas en su Art. 4 define el Estado Comunalcomo “Forma de organización político-social, fundada en el Estadodemocrático y social de derecho y de justicia establecido en laConstitución de la República, en la cual el poder es ejercidodirectamente por el pueblo, a través de los autogobierno (sic)comunales, con un modelo económico de propiedad social, y dedesarrollo endógeno y sustentable, que permita alcanzar la supremafelicidad social de los venezolanos y venezolanas en la sociedadsocialista. La célula fundamental de conformación del estado comunales la Comuna”.

38

Pública y Popular 6.011Ext. 2010Ley Orgánica de Contraloría Social G.O. No.

6.011Ext.21-12-2010

Ley Orgánica del Poder Público Municipal (Reforma)

G.O. No. 6.015

28-12-2010

Ley de los Consejos Estadales de Planificación y Coordinación de Políticas Públicas (Reforma)

G.O. No.6.017Ext.

30-12-2010

Ley de los Consejos Locales de Planificación Pública (Reforma)

G.O. No.6.017Ext.

30-12-2010

Ley Orgánica para la Gestión Comunitaria

G.O. No. 6.079Ext.

15-06-2012

Fuente: Elaboración propia

De este marco jurídico extraeremos dos figuras o instanciasde participación que por la importancia que poseen merecenser consideradas, nos referimos al consejo comunal y lacomuna. La primera, por ahora, más significativa que lasegunda ya que, “se ha extendido con éxito en todo el país”(Machado, 2009a, p. 115)De acuerdo con la Ley Orgánica de los Consejos Comunales:Art. 2. Los consejos comunales, en el marco constitucionalde la democracia participativa y protagónica, soninstancias de participación, articulación e integraciónentre los ciudadanos, ciudadanas y las diversasorganizaciones comunitarias, movimientos sociales ypopulares que permiten al pueblo organizado ejercer elgobierno comunitario y la gestión directa de las políticaspúblicas y proyectos orientados a responder a lasnecesidades, potencialidades y aspiraciones de lascomunidades, en la construcción del nuevo modelo desociedad socialista, de igualdad, equidad y justiciasocial.La comuna, por su parte, según la Ley de las ComunasArt. 5. Es un espacio socialista que, como entidad local,es definida por la integración de comunidades vecinas conuna memoria histórica compartida, rasgos culturales, usos ycostumbres, que se reconocen en el territorio que ocupan yen las actividades productivas que le sirven de sustento, ysobre el cual ejercen los principios de soberanía y

39

participación protagónica como expresión del Poder Popular,en concordancia con un régimen de producción social y elmodelo de desarrollo endógeno y sustentable, contemplado enel Plan de Desarrollo Económico y Social de la Nación.El propósito fundamental de la comuna es la construccióndel Estado Comunal, expresión que da cuenta de la nuevaarquitectura gubernamental en construcción que no sevincula con los poderes municipales ni regionalesexistentes, sino directamente con el gobierno nacional: Art. 6. La Comuna tiene como propósito fundamental laedificación del estado comunal, mediante la promoción,impulso y desarrollo de la participación protagónica ycorresponsable de los ciudadanos y ciudadanas en la gestiónde las políticas públicas, en la conformación y ejerciciodel autogobierno por parte de las comunidades organizadas,a través de la planificación del desarrollo social yeconómico, la formulación de proyectos, la elaboración yejecución presupuestaria, la administración y gestión delas competencias y servicios que conforme al proceso dedescentralización, le sean transferidos [de Gobernaciones yAlcaldías], así como la construcción de un sistema deproducción, distribución, intercambio y consumo depropiedad social, y la disposición de medios alternativosde justicia para la convivencia y la paz comunal, comotránsito hacia la sociedad socialista, democrática, deequidad y justicia social.De acuerdo con el último censo comunal elaborado por elMinisterio del Poder Popular para las Comunas y ProtecciónSocial, ente que, entre otras atribuciones, fomenta lacreación de estas organizaciones y se ocupa de mantener aldía un registro de las mismas, actualmente existen enVenezuela 40.035 consejos comunales y 1.401 comunas16

(Ministerio del Poder Popular para las Comunas, 2013).

. Cifras significativas si se considera que la población dereferencia, en ámbitos urbanos, para constituir un consejo16 Para la distribución espacial de las organizaciones ver: http://censo.mpcomunas.gob.ve

40

comunal puede variar entre 150 y 400 familias, para elmedio rural a partir de 20 familias y en comunidadesindígenas a partir de diez familias. No en balde se afirmaque “aproximadamente un tercio de la población venezolanaha participado en ellos [consejos comunales]” (GOLDFRANK,2011, p. 42). Estamos frente a un fenómeno de alcancesocial masivo.

En lo que respecta a los consejos comunales convienesubrayar que la Ley establece una relación directa entre elgobierno nacional y los Consejos Comunales, para lapromoción, registro y financiamiento de los CC. En efecto,de acuerdo a la Ley:Art. 56. El ministerio del poder popular con competencia enmateria de participación ciudadana dictará las políticasestratégicas, planes generales, programas y proyectos parala participación comunitaria en los asuntos públicos yacompañará a los consejos comunales en el cumplimiento desus fines y propósitos, y facilitará la articulación en lasrelaciones entre éstos y los órganos y entes del PoderPúblico.Así, pues, además de la orientación ideológica que desde elpoder central se le pretende dar a estas organizaciones ysus problemas de dependencia, ausencia de autonomía ycooptación debidos a la rectoría y financiamiento delgobierno nacional (GARCÍA-GUADILLA:2008; MACHADO 2009b), estambién un hecho que se trata de espacios de discusión entorno a proyectos de interés para los miembros de lacomunidad17. Discusión a través de un proceso de17 El estudio de Machado (2009a), sobre una muestra de 1.200 consejoscomunales distribuidos en todo el país, consultó sobre los tresprincipales proyectos desarrollados por los consejos comunales,obteniendo que “casi de manera absoluta señalaron proyectos deinfraestructura pública, urbanismo y servicios. Para viviendas 23%, sile sumamos lo del programa Sustitución de Vivienda (SUVI), un 10%,llega a 33%, una diferencia bien marcada con respecto al resto de lasdemás proyectos; Red de agua potable y servidas 21%; Vialidad 15%;electrificación 14%; Obras relacionadas con el deporte 13%;Construcción sede de consejo comunal 12%; obras para escuelas 12%;Aceras, caminerías, escaleras 10%; Plazas, parques 4%. 13%manifestaron que no han desarrollado ningún proyecto” (p. 118). La

41

planificación, normado en la Ley de los Consejos Comunales,denominado “ciclo comunal”, el cual incluye la elaboracióndel diagnóstico, del plan y del presupuesto así como suejecución y la contraloría social correspondiente: Artículo 44. El ciclo comunal en el marco de lasactuaciones de los consejos comunales, es un proceso parahacer efectiva la participación popular y la planificaciónparticipativa que responde a las necesidades comunitarias ycontribuye al desarrollo de las potencialidades ycapacidades de la comunidad. Se concreta como una expresióndel poder popular, a través de la realización de cincofases: diagnóstico, plan, presupuesto, ejecución ycontraloría social.Otra característica de los consejos comunales que generadebate es la forma de elección de los consejeros o“voceros” (no se emplea el término representante) de cadaconsejo comunal. La Ley Orgánica de los Consejos comunalesdefine a los voceros como “la persona electa medianteproceso de elección popular a fin de coordinar elfuncionamiento del consejo comunal” (Art. 4). No define laley en que consiste dicho proceso de “elección popular”,aunque si precisa que la postulación a los cargos deberáser únicamente de manera uninominal (Art. 11) y la primeraelección de voceros se realizará en Asamblea de Ciudadanosy Ciudadanas (Art. 10), máxima instancia de “deliberación ydecisión para el ejercicio del poder comunitario” (Art.20). Aunque la ley contempla la conformación de unacomisión electoral comunal (Art. 36 y 37), las principales

totalidad de esos proyectos son financiados con fondos del Estadotransferidos directamente a los voceros/responsables del consejocomunal respectivo. Valga agregar que información sobre los montostotales transferidos por el gobierno nacional a los consejos comunalesdesde el año 2006, cuando se promulgó la primera ley de los consejoscomunales, no está disponible, pero se afirma que “billones debolívares fuertes se han invertido en sus proyectos” (GOLDFRANK, 2011,p. 42). Zamora (2012) en su exhaustivo estudio de las finanzaspúblicas venezolanas (2002-2012) ha estimado en 7.973 millones dedólares americanos el monto de los recursos financieros transferidos alos consejos comunales por parte del gobierno central entre los años2006 y 2010, ambos inclusive (pp. 185-187)

42

críticas se orientan al riesgo de vulneración del principioconstitucional del sufragio directo, universal y secreto(Brewer-Carías, 2010, p. 13), riesgo latente dada la fuerteinjerencia del gobierno nacional en el funcionamiento delos consejos.Podemos, entonces, conjeturar que los consejos comunales ylas comunas, como instancias hacia el Estado comunal, hansido concebidos desde el Estado como instrumentos delpoder central para la construcción del socialismocentralista y, en el proceso, circunvalar y vaciar deatribuciones a gobernaciones de estado y alcaldías18,debilitando el sistema de representaciónconstitucionalmente establecido. Cabe, entonces, hacerse una pregunta general: ¿Es posiblela deliberación democrática en los consejos comunales? yotras específicas: ¿Cómo manejar sus desacuerdos internos ycon el gobierno nacional? ¿Cuáles deben ser las relacionesentre consejos comunales y alcaldías y gobernaciones? ¿Cómolograr que suficiente gente participe? ¿Cómo reforzar laautonomía, confianza y capacidades de los actoresinvolucrados a fin de un efectivo ejercicio de la agenciacolectiva? ¿Cómo garantizar la transparencia en el manejode los recursos financieros que se transfieren a consejoscomunales? ¿Cómo vincular su actuación localista conpolíticas de mayor alcance territorial? ¿Qué metodologíasparticipativas son las más apropiadas para abordar eldenominado ciclo comunal de planificación?Algunos estudiosos ya han visualizado los retos que se leplantean tanto a las comunidades como a los profesionalescomprometidos con la democracia participativa cuandoanalizando experiencias de consejos comunales en distintoslugares del país reportan que

“ (…) hay muy poco espacio para el desacuerdo. EnMérida el consejo comunal se asume, de entrada,

18 Este proceso ha sido explicado a través de la metáfora del “ficusbenjamina” especie vegetal capaz de estrangular a otra de la cual eshuésped: “El proyecto comunal irá actuando como el árbol Ficusbenjamina, es decir, como estranguladora, rodeando al primero (Estadoconstitucional) hasta formar un tronco hueco, destruyéndolo” (VILLEGASMORENO, 2013).

43

como chavista. En el 23 de Enero, la decisión delconsejo está predeterminada, se ha tomado antes quela asamblea pueda debatir. Por supuesto, no siemprees así. Algunos consejos se han formado encomunidades opuestas al gobierno y en otros casosse cambian las decisiones en asambleas públicas.Sin embargo, los consejos comunales encaran el retodel desacuerdo: ¿cómo manejar las verdaderasdiferencias de intereses y opiniones? (…) estosforos tendrán que tratar los desacuerdos másdirectamente, para transformarlos en discusionesrespetuosas” (RODRÍGUEZ VÁZQUEZ & LERNER, 2007, p.121).

En suma, son indispensables en la democracia deliberativaen el nivel local la permanencia del sistema derepresentación política (RICHARDSON, 1999, p. 364)existente (alcaldías y gobernaciones) y el desarrollo dehabilidades o competencias individuales y colectivas parael diálogo y la construcción de acuerdos. En nuestraopinión, sin menoscabo del sistema de representación, setrata de poner en práctica la democracia deliberativa en elámbito comunitario para que aflore el valor intrínseco,instrumental y constructivo de la democracia, de dondederiva, como se dijo al inicio, la necesidad de refinar,mejorar e introducir nuevas metodologías participativaspara un contexto tan particular como el venezolano de estostiempos.

CONSIDERACIONES

Ante la incapacidad de las instituciones existentes frentea las diversas crisis de la sociedad contemporánea, nuevasformas de democracia (deliberativa, participativa, directa)parecen estar en emergencia en este convulsionado iniciodel siglo XXI. Aunque su futuro aún es incierto, resultaclaro que los ideales de libertad, igualdad y justiciatienen cada vez más sentido para el común de la gente yestos sólo en democracia pueden ser realizadosadecuadamente.Para que tenga sentido la noción de democracia de Sen comodiscusión pública y toma democrática de decisiones, vista a

44

través de las teorías sobre la deliberacíon, el sujetocolectivo y plural que la encarna debe estar organizado yser competente para funcionar con efectividad en el ámbitopúblico. Pero como quiera que en incontables ocasiones ladiscusión no involucra exclusivamente a los ciudadanos sinotambién al Estado, las instituciones estatales debenresponder a los estándares de la legitimidad democrática,en otras palabras, la deliberación democrática no esposible bajo regímenes autoritarios de ningún signo.Así mismo, es necesario señalar que así como la democraciano sirve como un remedio automático de enfermedades (Sen,supra), tampoco la democracia deliberativa o participativaes una panacea. Ciertamente, “cualquiera desde su vidacotidiana se puede y se debe sentir capacitado para poderiniciar un proceso y darle seguimiento” (Villasante), noobstante la democracia deliberativa enfrenta el reto de lapobreza política (vergüenza o dificultad/imposibilidad depresentarse en público) de importantes sectores de lapoblación.Todo lo cual resalta dos cuestiones fundamentales, por unaparte la importancia del “cómo” hacer que la democraciafuncione, ya que “mucho depende de cómo las libertades seanrealmente ejercitadas” (Sen: supra). Aquí es donde lospuentes que hemos trazado entre los planteamientos de Sen,Crocker y Villasante, permiten afirmar la relevancia de lasociopraxis para la la operacionalización de las ideassobre el debate público de Sen y la deliberación deCrocker; en otras palabras, la sociopraxis ofrece una formade ejercitar las libertades, un estilo de canalizar laagencia individual y colectiva. Y por otra parte, está eldesafío del empoderamiento, entendido como superación de lapobreza política a través del aprendizaje y el desarrollode las capacidades para intervenir en la esfera pública,cuestión que está en la esencia de la sociopraxis que en símisma es el resultado del aprendizaje histórico en lospropios movimientos sociales. De modo que la participaciónconstituye tanto un medio como un fin, a saber, profundizarla democracia.En cuanto al caso venezolano, el marco legal de laparticipación se define basado en el ideal de la democracia

45

participativa y protagónica, que busca la disminución de lapobreza política del venezolano, sobre todo de los sectorespopulares. No obstante, la legislación vigente contienedispositivos que permiten la exclusión política, restringenlas libertades ciudadanas y fomentan el oportunismo. Loprimero porque están diseñadas para favorecer un proyectopolítico específico, el socialismo, negando el pluralismode intereses característico de la sociedad contemporánea yvenezolana en particular. Lo segundo, porque el Estado másque jugar un papel promotor de la participación ejerce opretende tutelar el funcionamiento público de losciudadanos a través de consejos comunales y comunas víaotorgamiento de recursos financieros y el control político-administrativo de dichas instancias. Lo tercero porque laspolíticas de participación del actual gobierno venezolanotienen un carácter distribucionista y de corto plazo,cuando las políticas de fomento de la participación debenpropender a la reducción de la pobreza política y lasolución de problemas a largo plazo. Pareciera que losideales políticos, en Venezuela y otros países, tienen latendencia a servir para ocultar la realidad. El ineludibledebate sobre este asunto está en ciernes.Frente a una situación difícil y siendo la promoción de unacultura de la deliberación (Cartaya & Gimenez: supra) elreto más importante para la sociedad venezolana actual, lasociopraxis se presenta como una opción metodológica paraabordar la solución de problemas y contribuir de esa maneraal restablecimiento y expansión de la democracia.

REFERENCIAS

Alkire, S. (2002). Valuing freedoms: Sen’s capability approach andpoverty reduction, Oxford: Oxford University Press.

Azzelini, D. (2010a). “El difícil camino hacia una economíasolidaria, popular y socialista en Venezuela: De lascooperativas y la cogestión a la economía comunal y losconsejos de trabajadores”, Otra Economía, RevistaLatinoamericana de Economía Social y Solidaria Volúmen IV - Nº 6 – ersemester, Buenos Aires, pp. 134-151.

46

Azzelini, D. (2010b). “Constituent Power in Motion: TenYears of Tranasformation in Venezuela”, Socialism andDemocracy, London, pp. 8-31.

Biardeau R, J. (2007). “¿El proceso de transición hacia elnuevo socialismo del siglo XXI?: Un debate que apenascomienza”, Revista Venezolana de Economía y Ciencias Sociales v. 13,n.2, pp. 145-179, Caracas. Consultado en:http://www.scielo.org.ve/scielo.php?pid=S1315-64112007000200009&script=sci_arttext

Bohman, J. (1999). “Deliberative Democracy and EffectiveSocial Freedom: Capabilities, Resources and Opportunities”,in Bohman & Rehg (Ed.), Deliberative Democracy: Essays on Reason andPolitics, The MIT Press, Cambridge, Massachusetts, pp. 321-348.

Brewer-Carías A. (2010). Sobre el Poder Popular y El Estado Comunalen Venezuela (O de cómo se le impone a los venezolanos un Estado Socialista,violando la Constitución y en fraude a la voluntad polular), mimeo, París.

Cartaya Vanesa y Giménez, Claudia. "Partidos políticos,pobreza y cohesión social: caso Venezuela". En: Guerra-García, Gustavo y Simple Kristen (Eds): "La política y lapobreza en los países andinos". IDEA International yTransparencia . Miraflores EIRL. Lima, Perú. 2007, pp. 436- 510.

CIMAS (2014). Metodologías Participativas de Investigación, CuadernosMetodológicos. Madrid (en prensa).

Crocker, D. (2008). Ethics of Global Development. Agency, Capabilityand Deliberative Democracy, Cambridge University Press.

Dietrich, H. (2003). “Tres criterios para definir unaeconomía socialista”, Utopía y Praxis Latinoamericana. Año 8, No.20, pp. 117-132. Disponible en:http://redalyc.uaemex.mx/pdf/279/27902008.pdf

47

Dietrich, H. (2005). Hugo Chávez y el Socialismo del Siglo XXI.Ministerio de Industrias Básicas y Minería (MIBAM) y laCorporación Venezolana de Guayana (CVG), Caracas.

Falk A. & Paño Yáñez P. (2011). Democracia Participativa yPresupuestos Participativos: Acercamiento y Profundización sobre el debateactual. Manual de Escuela de Participación Local. Centro de Edicionesde la Diputación de Málaga, España.Freedom H. R. (1999, 2013). Consultado en:http://freedomhouse.org/reports

García-Guadilla, M.P. (2008): “El poder popular y lademocracia participativa en Venezuela: los consejoscomunales”. Ponencia presentada en la II Conferencia de la secciónvenezolana de la Latin American Studies Association (LASA), Caracas.

García-Guadilla M. P. (2012). “Poder Popular yOrganizaciones Comunitarias en Venezuela: Alcances yLímites de la Democracia Directa en el Ciclo Comunal”, enXXX International Congress of the Latin American Studies Association(LASA), May 22-26, San Francisco, California.

Giordani, J. (1997). “Transición socio-política de laVenezuela de fin de siglo bajo una perspectiva socialista”,Revista Cuadernos del CENDES, Año 14, Nº 34, pp. 177-189,Caracas.

Goldfrank, B. (2011). “Los Consejos Comunales: ¿Avance oretroceso para la democracia venezolana?”, en Iconos Revista deCiencias Sociales, Ecuador, 41-55.

González Téllez S., Giménez Mercado C., Rodríguez VásquezJ. C. (2010). “Una propuesta de evaluación de lasustentabilidad del desarrollo humano y las capacidades”,Revista Provincia No. 24, Universidad de Los Andes, Mérida,Venezuela, 75-94.

Hernández, A. & Escala, Z. (2011). Enfoques de la capacidad y eldesarrollo humano, Ed. Programa de Naciones Unidas Venezuela,Empresa Total, Caracas.

48

Kramer, D. (1972). Participatory Democracy. Developing Ideals of thePolitical Left, Schenkman Publishing Company, Cambridge,Massachusetts.

López Maya, M. (2011). Democracia participativa en Venezuela (1999-2010). Orígenes, leyes, percepciones y desafíos, Temas de FormaciónSocio-política No. 50, Centro Gumilla, Publicaciones UCAB,Caracas.

Machado, J. (2009a). “A pesar de todo, la participaciónfunciona. Qué dicen las comunidades”, Revista SIC, No. 713,Centro Gumilla, Caracas, 115-126.

Machado, J. (2009b): “Participación social y consejoscomunales en Venezuela”. Revista Venezolana de Economía y CienciasSociales, 1:173-185.

Monedero, J. C. (2008). “Hacia una filosofía política delsocialismo del siglo XXI. Notas desde el caso venezolano”,Revista Cuadernos del CENDES, Año 25, Nº 68, pp. 71-106,Caracas.

Monedero, J. C. (2009). “El gran debate de la Venezuela dehoy. Utopías con los pies en el suelo", Revista SIC No. 718,Centro Gumilla, Caracas, pp. 15-31.

Nussbaum M. (2011). Creating Capabilities. The Human DevelopmentApproach, The Belknap Press of Harvard University Press,Cambridge Massachusetts.

Provea (2013). Informe Especial. 15 Años sobre DDHH: Inclusión en losocial, exclusión en lo político, Caracas, Venezuela.

Richardson, H. (2002). Democratic Autonomy. Public Reasoning aboutthe ends of policy, Oxford University Press.

Richardson, H. (1999). “Democratic Intentions”, Bohman J. &Rehg W. (Ed), Deliberative Democracy. Essays on Reason andPolitics, The MIT Press, Cambridge, Massachusetts.

49

República Bolivariana de Venezuela – Presidencia (2007).Proyecto Nacional Simón Bolívar. Primer Plan Socialista de la Nación.Desarrollo Económico y Social de la Nación 2007-2013, Caracas.

República Bolivariana de Venezuela – Ministerio del PoderPopular para las Comunas y la Protección Social (2013).Resultados del Censo Comunal 2013, Consultado 7 Octubre 2013:http://censo.mpcomunas.gob.ve

Rodríguez Vásquez, J. C. & Lerner, J. (2007). “¿Una Naciónde Democracia participativa? Los Consejos Comunales y elSistema Nacional de Planificación en Venezuela”, en RevistaSIC No. 693, Centro Gumilla, Caracas, Venezuela, 115-126.

Sen (1999). “Democracy as a Universal Value”, Journal ofDemocracy 10.3, 3-17.

Sen (2000). Devolopment as Freedom, Random House, New York.

Villasante, T. R. (2006 a). Desbordes creativos. Estilos y estrategiaspara la transformación social. Catarata, Madrid.

Villasante, T. (2006 b). La socio-praxis: un acoplamientode metodologías implicativas. In Canales (compilador)Metodología de Investigación Social. Introducción a los Oficios. Santiagode Chile: LOM.

Villasante, T. (2010). “Historias y enfoque de unaarticulación metodológica participativa”, en Cimas cuadernos:http://www.redcimas.org/wordpress/wp-content/uploads/2012/08/m_TVillasante_HISTORIAS.pdf

__________ (2011). Estilos y epistemologia en lasmetodologías participativas. In Falck, A. & Yáñes, P. P.Democracia participativa y presupuestos participativos: acercamiento yprofundización sobre el debate actual. pp. 123-148. Málaga, Espanha:Centro de Ediciones de La Diputación de Málaga.

50

Villasante, T. (2012). “Comparando nuevas democracias debase”, en El Viejo Topo, España, pp. 65-71.

Villegas Moreno, J. L. (2013). “¿Es viable la instauracióndel estado comunal?”. Centro Gumilla: SIC Semanal, Caracas.Consultado en:http://sicsemanal.wordpress.com/2013/10/21/es-viable-la-instauracion-del-estado-comunal/

Zamora, O. (2012). Concentración del poder: revés del sueñoprotagónico. Caracas: Editorial Melvin.

51