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JORNAL DO BRASILRio de Janeiro — Quarta-feira, 28 de dezembro de 1966

Ano LXXV — N.o 305

Emenda prevê dissolução do CongS. A JORNAL DO BRASIL - Av.Rio Branco, 1)0/112 — End TolJORBRASIL' - GB - Teíl RedeInterna 22-181B. ., Sucursais: S.Paulo - Rua Barão de Itapeti-.."ih. ]_}' „.coni- 2^22- Tel.3-2'i87?2! Br,°f"ia ~ Se,or Comer-lsl ,5ül-, Ed- Central, 6.0 ,nd.gr. 602/7, Tel.i 2-8866. B. Hori-

jonle - Av. Afonso Pena, 1500,9-° and., Tel.: 2-5648. Nilerói -Av. Amaral Peixoto, 195, gr. 204,Tel.: 5-509. P. Alegre - Av!oorrjes de Medeiros, 915, 4 ouli H'í lM- Reci,e - Rv*o-raSi £nd- .Su™'». s/1003, Tel..-2-5793. B. Aires - Flórida, 142,loias 10 e 14, Tel.: 40-3855.Correspondentes: Belém, S. Luís,Fortaleza, NBtal, João Pessoa,Wacom, Salvador, Curitiba, Mon-tcvjdou, Washington, N. lotque,Paris, Londres. PREÇOS: - VEN-DA AVULSA - GbVÉ. do Rio:r ís,n!?Í!tnCr,i200 ~ Domingos,r'l 3?& SP' £F e flH' Di" «•!»Yf ,300 - Domingos, CrJ 400;tstados _do Sul: Dias tileis, CrS300 - Domingos, CrS 500; Nor.

SS™ *L° AM': Diaa úteis, CrSí00,^, D°mingos, Cr$ 800; Oes-!• (OO • MT): Dias tileis, Cr$?,,it_~ Domingos, Cr$ 500. SER-' YiC&nP0ScTAL (BRASIL): Ano, CrS36 000; Semestre, Cr$ 18 000;Trimestre, Cr$ 9 000. - ENTREIGA DOMICÍ LIAR: Timestre, CriJvr^Uj"11"'"- Cr$ 36 000. -CXTER 9L<V- AÉREA> - EUA:mensal USS 10; trimestre USS 30-Argentina: PA$ 00 e PAÍ 100;Uruguai $8, dias úteis e J15, do.mingos.

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VM JEITO DE TRABALHAR

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.7ti.;*. „ amíM^^^.iWl^___^___íO sub-relalor Oliveira Brito examina as emendas à Constituição como estudava

tempos de universitário: com o pé sobre a mesa (UPI-JB)nos seu

HARMONIA FORENSE

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-4ZUÍ.SÍO Te^eiro é ciím;?riWle;ií«r/0 por Grfrccz iYe/o soò «s i>w/«s í/e Stampa Beré

DLLTproíbepapelpicadono Ano Novo

O Diretor do DLU, Sr.-Macedo Soares, advertiu on-tem a população db Centroda Cidade de que não develançar papel picado do altodos edifícios no dia 31, por-que será multado em CrS30 mil quem permitir ou ati-rar, e disse que 120 agentesserão colocados para fisca-lizar as Avenidas Rio Brancoe Presidente Varpas e ruastransversais.

A morosidade com que ostrabalhos da limpeza urbanasao executados e a contri-buição à imundície que aschuvas dão, além do traba-lho negativo dos órgãos dopróprio Governo — na RuaNerval de Gouveia, em Quin-tino, a Secretaria de Obraslimpa um canal jogando osdetritos na calçada—, amea-cam o Rio dé entrar sujoem 67. (Página 15)

Liu acusadode Kruschevda China

O Presidente da China,Liu Chao-chi, íoi denuncia-do ontem como o Kruschevchinês, por 100 mil guardasvermelhos, que o acusaramde seguir uma política bur-guesa e- reacionária, no co-mício realizado no Estádiodos Trabalhadores de Pe-quim.

Os j oradores atacaramtambém o Secretário do PCchinês, • Ten Hsiao-ping, eadvertiram que "se esses doishomens não forem derruba-dos, o capitalismo tomaráconta da China". A GuardaVermelha continua pedindoa queda de Liu Chao-chi,apesar de sua retratação pú-blica de segunda-feira e deter jurado, fidelidade a MaoTsé-tung, Presidente do Par-tido Comunista. (Página 2)

Justiça]aelegeu novoPresidente

Apontado pelos advoga-dos como o fato mais impor-tante de 1966, "pois repre-senta a pacificação da fami-lia forense", foi eleito ontempara a Presidência do Tribu-nal de Justiça da Guanaba-ra no biênio 67/68 o Desem-bargador Aluisio Maria Tei-xeira, recebendo 22 votoscontra 13 dados ao Desem-bargador Roberto Medeiros.

O Desembargador Stam-pa Berg, conhecido como de-fensor dos direitos femini-nos, elegeu-se para a Vice-Presidência. A eleição paraa Corregedoria de" Justiçaapontou o nome do Desem-bargador Elmano Cruz, esco-lha saudada pelos escreven-tes como a "única e remotapossibilidade de efetivaçãoda oficialização dos cartó-rios". (Página 15)

O Ministro da Justiçarecebeu ontem do Estado-Maior das Forças Armadasuma emenda ao projeto deConstituição, destinada adar ao Presidente da Repú-blica a faculdade de decre-tar a dissolução do Congres-so e convocar novas eleições,a qualquer momento, pormeÚMlc simples consulta aoConselho dc Segurança Na-cional.

Enquanto o Governo pa-rece desconfiar de não terproposto ao Congresso umanova Carta Constitucionalsuficientemente forte, o re-lator-geral e os diversos sub-relatores da Comissão Mistaconfirmam a convicção deque o texto preparado peloExecutivo precisa ser emen-dado, em extensão e profun-didade, para se conformarcom o sistema democrático ecom a média dos sentimen-tos nacionais.

Até ontem, quando se en-cerrou o prazo estabelecidono Ato Institucional n.° 4, asemendas apresentadas pelaARENA e pelo MDB subirama cerca de quatro mil, inci-dindo em quase todos os ca-pítulos e títulos do projetogovernamental.

O relator-geral, SenadorKonder Reis, trabalhou on-

resspxpòr"'Ví^'

. tem em Brasília com os Srs.!-í >0liveira Brito e Wilson Gon-çalves, enquanto continua-vam a trabalhar aqui os doisoutros sub-relatorcs, Depu-tado Adauto Cardoso c Se-

l nador Vasconcelos Torres.Hoje o relator-geral se reuni-rá no Rio, às 15 hora.s,com estes membros da Co-missão Mista, devendo cn-contrar-se depois com o Sr.Carlos Medeiros Silva, queontem recebeu pareceres dosSrs. Roberto Campos e Gou-veia de Bulhões sóbre alte-rações sugeridas à parte tri-butária e ao capítulo rcíe-rente à ordem econômica esocial.

Algumas emendas ao ca-pítulo do Poder Legislativoeram dadas ontem como prà-ticamente aceitas pelo Sr.Vasconcelos Torres: uma rcs-tabelecc o quorum de doisterços para a cassação demandatos pari amentares,outra reduz o limite dc ida-dc, lixado no projeto, paraum ciclntlão se candidatar adeputado ou senador: e umaterceira ameniza a disposi-ção relativa à perda de man-dato por ausência às sessões.(Noticiário, Coluna do Cas-tello, pág. 4, Coisas da Poli-tica e Editorial, página 6)

decretoGosta e Silvaterá encontrocom Johnson

O Presidente LyndonJohnson receberá o Maré-chal Costa e Silva nos dias26 e 27 de janeiro próximo,em Washington, segundo in-formação divulgada ontemem Austin, Texas, pelo Se-cretário de Imprensa GeorgeChristian, que revelou aindaestarem programadas dis-cussões sobre a Aliança parao Progresso e a Conferênciade Chefes de Estado do He-misfério.

Três Ministros de Estadoe um representante do ReiBalduino, que se encontrana Espanha, receberam on-tem, entre várias outras au-toridades, o Presidente elei-to do Brasil no Aeroportode Bruxelas, onde estava íor-mada uma guarda de honraem sua homenagem. O Ma-rechal permanecerá quatrodias na Bélgica. (Página 3)

Segurança enquadrará Meteorologianão espera

o empresário faltoso catástrofesA nova Lei de Segurança

Nacional, que deverá serbaixada por decreto peloPresidente Castelo Branco,enquadrará ás empresas quedeixarem de cumprir as obri-gações sociais para com osempregados, como o paga-mento normal dos salários edo 13.° salário dentro dosprazos fixados.

Elaborada com base emestudos realizados pela Esco-la Superior de Guerra, anova Lei de Segurança pre-verá o enquadramento de to-dos os cidadãos ou entidadescujo comportamento afetardireta ou indiretamente anormalidade do País nos se-tores político, militar, econô-mico e social.

Os assessores do Ministro

VietcongameaçaTailândia

O Vietcong acusou ontemos Estados Unidos de trans-formarem a Tailândia embase para a intensificação daguerra no Sudeste da Ásiae ameaçou punir os tailande-ses com "contragolpes bemmerecidos" se continuarem aapoiar as forças americanas"na agressão ao povo vietna-mita" — informou a agênciado Vietname do Norte.

No Vaticano, fontes liga-das ao Papa informaram quea opinião manifestada peloCardeal Spellman no Vietna-me, de que os Estados Uni-dos não podem çpnformar-secom menos que a vitória, nãocorresponde ao ponto-de-vis-ta de Paulo VI, nem repre-senta o pensamento da Igre-ja. (Página 2)

da Justiça esclareceram que,a partir da decretação danova Lei, todos os cidadãosbrasileiros ficarão sujeitos ajulgamento pelos tribunaismilitares, desde que a suaatuação resulte na quebra danormalidade da vida doPaís, figurando entre as fal-tas "a defesa de ideologiasestranhas ao regime demo-crático".

A falta de cumprimentode obrigações financeiras csociais, a contribuição parao agravamento dc uma crisesocial e a utilização de meiosilícitos em transações comer-ciais, principalmente no sc-tor do câmbio, serão enqua-dradas pela nova Lei de Se-gurança e julgadas pela Jus-tiça Militar.

Carro pagaráimposto de67 em abril

O pagamento do impôs-to para 1967 dos veículosde placas ímpares será fei-to em abril e os de placaspares em maio, mas as no-vas plaquetas, que terão a.côr verde e a imagem doCristo Redentor, serão troca-das a partir de abril — finais2 e 4 — e maio —-1, 3 e 5 —5terminando em outubro comas placas terminadas emzero.

O valor das novas taxasserá estipulado conforme opeso do veículo, pagando CrS15 mil os pequenos, comoVolkswagen e Gordini, è' CrS24 mil os de peso superior a1300 quilos. Quem não pa-gar a licença no seu mês f i-cará sujeito a multas de100%, como prevê a Lei1165, déste mês. (Página 5),

A repetição das inundaçõescatastróficas ocorridas no Rioem janeiro dêste ano, íoi nega-da ontem pelo Serviço de Me-teorologia como sendo previsão. dos seus meteorologistas, a qualé feita para um período de 24horas e somente em casos espe-cialissimos se determina a ten-dência geral do tempo.

Em Minas, as chuvas que seintensificaram ultimamente fi-zeram transbordar o Rio Sapu-cai, no Sul do Estado, inundan-do os bairros ribeirinhos dePouso Alegre e deixando ao de-sabrigo cerca de 300 famíliaâ,socorridas pela Prefeitura local,que as localiza em grupos esco-lares e prédios públicos.

As previsões para hoje sãodc que continuarão as chuvascaídas ontem em todo o Pais,causando preocupação parti-cularmente em São Paulo, entre•os moradores das áreas maisatingidas pelas inundações dasemana passada. Na Cidade per-nambucana de Caruaru, a po-pulação íicou aflita com um re»pentino mas breve temporal,(Página 14)

Almir ésuspenso por160 dias

O Tribunal de JustiçaDesportiva da Federação Ca-rioca de Futebol condenouontem o jogador Almir, doFlamengo, a 160 dias de sus-pensão, como principal res-ponsável pelos incidentesocorridos na decisão do Cam-peonato Carioca, quando ojuiz teve que expulsar decampo nove jogadores porindisciplina.

Silva íoi condenado amulta de CrS 10 mil, AriClemente a 30 dias, Ladeiraa 20 dias, Paulo Henrique a20 dias (sursis), Valdomiroa 60 dias, Itamar a 40 dias,Luís Alberto e o técnico Ren-ganeschi a multa de CrS 10mil e Ubirajara íoi absolvi-do. O Flamengo recorrerá aoSuperior Tribunal de Justi-ça Desportiva da CBD. (Pá-gina 20)

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X.

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'~_ — I." Cad., Jornal do Brasil, quarta-feira, 2B-12-8S

Cem mil guardas vermelhos acusam Liu Chao-chiVietcong ameaça Tailândiapor seu apoio a americanos

GREVE EM SAIGON$*Pɦísm<*

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' Tóquio, Salgou (UPI-JB) —O Vietcong ameaçou ontempunir a Tailândia com "con-tragolpes", sc seu Governocontinuar prestando apoio aos.Estados Unidos na guerra doVietname. A advertência íoi

..transmitida cm despacho cia,'agência nqrte-vietnainita VNA.* — Se o Ç-Qvcrno reacionárioda Tailândia mantiver sua co-vivência aos imperialistns ume-'ricanos na agressão no povovietnamita, êste, fazendo usodo direito de defesa própria,tomará as medidas que forem.necessárias para retribuir comgolpes que serão bem mereci-dos — disse o comunicado da•Frente Nacional de Libertação.

BOMBA EM SAIGON

Em Saigon, a explosão deuma bomba matou uma pessoae feriu outras quatro, entre asquais Plian Quang Dan, mem-

. bro' da Assembléia Constituiu-

te. A bomba explodiu no carrode Quang ]}an, quando èsteatravessava o bairro de GiaDinh, não se sabendo, porém,se estava no carro antes, comdispositivo de teuipo armado,ou se foi jogada para dentropor uma das janelas.

Quang Dan foi levado paraum hospital, com ferimentosnas pernas. Há três semanas,um agente do Vietcong matoua tiros, quando também atra-vessava a cidade de automó-vel. outro membro da Assem-bléia Constituinte, Tran VanVan.

GREVE NO PORTO

Tropas americanas fora mmandadas ontem ao Porto deSaigon, para a descarga desuprimentos bélicos imobiliza-dos por uma greve de cinco milestivadores, deflagrada 24 ho-ras antes como protesto pelaconvocação de 600 soldados dos

Estados Unidos para operaçõesde carga e descarga nos novosmolhos.

A mobilização das tropas foiordenada pelo Embaixador ad-junto William Porter, na au-sência do " Embaixador HenryCabot Lodge. Um porta-vozda Embaixada americana afir-mou que a convocação de mi-litares não implicará a dispen-sa dos trabnlhadores vietnami-tas, que poderão voltar ao tra-balho quando quiserem.

Os grevistas não aceitaram aexplicação e acusaram o co-mando militar americano deprejudicar, seu direito de gre-ve. Piquetes de grevistas pa-trulharnm ontem o porto, inin-terruptamente, armados de ía-cões e bastões, parn impedirque a greve fôsse furada porqualquer estivador. Dirigentessindicais, por sua vez, ameaça-ram decretar uma greve geralnacional de protesto. '

Cavalaria dós EUA atacada em Kim SonSaigon (UPI-JB) — Cerca de

1200 regulares norte-vietnami-tas atacaram ontem uma uni-dade da 1* Divisão de Cava-.laria AeVotransportada dos Es-tados Unidos, de cerca de 200homens, no vale de Kim Son,nas planícies centrais, causan-do-lhe pesadas baixas.

Porta-vozes americanos afir-maram que a' força atacanteíoi uma das muitas que apro-veitaram a trégua de Natal pa-ra obter reforços e suprimen-tos e tomar posição vantajosa-para operar de surpresa contra

as defesas da Divisão de Ca-vaiaria.dois pelotões'

Segundo o fotógrafo Bill Hallda UPI, que estava no local,os* norte-vietnamitas esmaga-ram dois pelotões americanose alcançaram três de seus obu-ses antes de serem obrigadosa recuar.

_ Os americanos baixaram aboca de suas armas pesadasdiretamente contra os norte-vietnamitas que avança vamem vagas, mas mesmo o fogode artilharia a quei___.<i-roupanão conseguiu detê-loó.

Foi a primeira vez, em todaa guerra, que uma unidade pe-

sada americana não conseguiudeferider-se contra um ataque.APOIO AÉREO •

Os norte-americanos só con-seguiram rechaçar o ataque de-pois de. restabelecido o con-'tato pelo rádio, receber a aju-da da aviação e da marinha,que bombardearam a retaguar- .da inimiga.

Em certos momentos, regis-.trou-se luta corpo a corpo en-tre americanos e norte-vietna-Moitas. No fim da batalha ío-ram contados 44 caMáveres denorte-vietnamitas. Mas as bai-xas nmericanas foram bemmaiores.

Papa não aceita opinião de SpellmanCidade do Vaticano (UPI-

JB) — O Papa disèorda daopinião do Cardeal Spellman,Arcebispo de Nova Iorque, deque os Estados Unidos devem

. combater no Vietname até al-cançar a vitória total; disse on-tem â noite uma alta fonte doVaticano.

O informante acrescentouser. compreensível que o Car-dea], como Vigário-Geral dastropas americanas, tenha cmanifeste essa opinião- Mas oCardeal não fala hem em no-

n^e do Papa, nem em nome daIgreja."OSSERVATORE"

O Vaticano não comentouoficialmente a afirmação deSpellman, em sermão às tro-pas americanas, na missa deNatal que oficiou no Vietname,de que "algo menos que a vi-tória na guerra seria inconce-bivel". O Osservatore Romanonão comentou a declaração,mas também não a publicou,fazendo silêncio absoluto sô-

bre o ponto-de-vista de Spell-man.

O mesmo informante negouque o Papa estivesse irritadocom a declaração de Spellman,que poderia dificultar seus es-íorços em favor de negociaçõesde paz imediatas.

— O Santo Padre consideraque o Cardeal Spellman fala-va como Vigário dos comba-tentes americanos — disse oinformante. — É óbvio que oCardeal não falava pelo Papa,cuja posição" c inteiramente di-

Eisenhoiver defende os bombardeiosWashington (UPI-JB) — O

ex-Presidente Eisenhower de-íendeu ontem os bombardeiosnorte-americanos ao Vietnamedo Norte, e declarou**que nun-ca. se pôde estaj* 100% certode que as bombas deixem deatingir objetivos não milita-res.' Eisenhower recebeu alta doHospital Walter Reed onde foiInternado há 19 dias, paraoperar a bexiga. Seguiu dire-tamente para sua casa emGettysburg, mas viajará para

Palm Desert, na Califórnia, dia4 de janeiro, em ferias habi-tuais de princípio de ano.

EMBARQUE '**"Quem agredir os Estados

Unidos, não pode sair impune.Deve ser punido e sofrer o cas-''tigo" — .disse Eisenhower, in-dagado acerca dos bombardeiosnorte-americanos ao Vietnamedo Norte. Admitiu que os Es-tados Unidos procuram atingirapenas os objetivos militares,mas observou que a população

civil é encontrada em quasetôdas as áreas e que as vezesé atingida.

Quanto a uma viagem sua aoSudeste asiático, que teria dis-cutido com o Presidente John-son. falou em termos de possi-bilidade, "não probabilidade".

Seu maior desejo, agora, évoltar à prática do golfe.- Pa-recia bem disposto e recupera-do, ao embarcar no helicópte-ro da presidência, decoradocom cinco estréias de prata, esaudou sorrindo os que foramrecebê-lo em Gettysburg.

EUA admitem que atingiram civisWashington (UPI-JB) — O

.Governo norte-americano ad-mitiu oficialmente, em nota aojornal New York Times, queembora os bombardeios ao Viet-name do Norte visem apenasobjetivos militares, íoram atin-gidas áreas residenciais.

Todo o cuidado é tomado pa-ra evitar baixas entre os civis,mas é impossível evitar prejui-zos ãs áreas civis durante osataques aéreos a objetivos mi-•litares em zorças populosas, diza nota do . Departamento deDefesa; respondendo ao subge-

.•rente do Times, que presenciou.os bombardeios e informou ha-:,ver danos extensos causados a_pelo menos duas cidades pró-.ximas £, Capital.

NO LOCAL'_','

Hárrison E. Salisbury, da di-jreção do New York Times, con-seguiu ser admitido no Viet-.name do Norte como corres-

pondente do jornal e comuni-cou, de Hanói, que os ataquesda aviação n o r t e-americanacausaram sérios danos às Ci-dádes de Nata Dinh, situada a96 quilômetros de Hanói, oPhui Li, a 56. quilômetros daCapital.

O Departamento de Defesaafirmou que somente objetivosmilitares foram atacados nasduas Cidades e o Departamen-to de Estado, no dia 22, mani-festou pesar por qualquer feri-mento a civis ou dnnos aci-dentalmente causados."A politica dos Estndos Uni-dos — diz a nota do Pentá-gono — é alvejar apenas osalvos militares norte-vietnami-tas, particularmente os quetêm influência direta no mo-vimento de homens e supri-mentos para o Vietname doSul. Êsses fovos incluem es-tradas, ferrovias, pontes, en-troncamentos ferroviários, im-

portantes instalações de com-bustível, alojamentos militarese depósitos de suprimentos.Incluem também bases de mis-seis antiaéreos que põem emperigo as vidas dos pilotos nor-te-americanos."

"Todo o cuidado possível étomado pnra evitar baixas en-tre os civis. É impossível evi-tar qualquer dano às áreas ci-vis, especialmente quando osnorte-vietnamitas deliberada-mente instalam suas bases dedefesa antiaérea, suas basesdispersas de petróleo, gasolinae lubrificante, suas instalaçõesde radar e de outros equipa-mentos militares, em áreas po-pulosas e mesmo às vezes nosterraços de prédios públicos.""Nos casos específicos deNam Dinh e Phui Li, os alvosíoram limitados a pontes fer-roviárias e rodoviárias, entron-camentos ferroviários, depóíi-tos de combustível e bases dedefesa nérea."

Guerra dura mais dez anosLondres (UPI-JB) — A vitó--ria militar americana no Viet-

name pode exigir ainda dezanos de luta e outros dez deconsolidação e operações delimpeza em todo o pais — afir-mou ontem um dos maiores pe-.ritos de todo* o mundo em guer-¦ra de guerrilha, Sir RobertThompson, que participou dacampanha de antiguerrllha. naMalásia, nos últimos anos dadécada de 50 e nos primeiros daatual década.

Sir Robert — que está con-vencido de não haver meios deabreviar o conflito — chegou a

- essa conclusão depois de passaralgum tempo como assessor das. forças americanas no Vietname

e de realizar, longos estudos só-. bre a situaçSo e as perspectivasda guerra. A estimativa queapresentou ontem coincide comas previsões de outros estudos,•té agora não divulgados.

IWTMO REDUZIDOSir Robert acha que a guer-ra no Vietname pode, nos pró-

xlmos anos, ir perdendo o vigore entrar em ritmo mais lentoque o atual. Quando isso ocor-resse, o objetivo primordial dosEstados Unidos deveria ser areconquista do domínio sôbreas zonas rurais, "onde o terro-rismo comunista causa hojequase tantos problemas quantoas próprias operações- milita-res".

Mesmo depois de uma re-dução considerável no ímpetoda guerra — entende Sir Ro-bert — o Vietcong manteriaem funcionamento uma orga-nização clandestina que se en-carregaria de* planejar cam-ponhas subversivas a qualquermomento.

Essa idéia já teria partida-rios no Vietname do Norte,onde muitos dirigentes comu-nistas estariam convencidos deque o Governo de Hanói não

pode enfrentar indefinidamen-te o poderio americano.

LINHH BRANCA

Os defensores dessa "linhabranca" sustentam ponto devista semelhante ao usado pa-ra manteV sob pressão o Par-tido Lao Dong . (PC norte-vietnamita). A própria ChinaPopular seria favorável a umanova tática, que desse priori-dade à guerra de guerrilha «evitasse grandes batalhas con-tra as íórças americanas.

O maior defensor da linhaatual seria Le Duan, Secreta-rio-Geral de Lao Dong. Masjá estaria articulada no Go-vêrno de Ho Chi Minh, umafacção, liderada pelo Primei-ro-Minis\ro Pham Van Dong,contrária à politica de guerraconvencional. Essa facçãocontaria, discretamente, com oapoio da União Soviética*.

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Soldados americanot descarregam suprimentos durante a greve dos estivadores (UPI)¦:¦•»«¦.-•- Mi

jolmsoii sob pressãopara ampliar guerra

Wilson SiinnwnxEspecial pura o JB

Washington (UPI-JB) — Não há sintomas emWashington, rio momento, de qualquer grande escalada naguerra do Vietname em futuro próximo, apesar da crês-cente •*• pressão militar c parlamentar sóbre o PresidenteJohnson, para que suba mais um degrau nos bombardeiosao Vietname do' Norte e para que ordene o bloqueio dosportos norte-vietnamitas.

Fontes do Governo americano explicam que o fecha-mento dos portos c o bombardeio das bases aéreas doNorte alimentariam substancialmente o perigo de nma con-frontação direta com a União Soviética e a China comu-nista, o que seria contrário aos princípios da politica dosEstados Unidos no Sudeste asiático.

O problema, entretanto, c quanto tempo mais .o Pre-sidente Johnson conseguirá resistir ás exigências no sen-tldo.de mobilizar todo o peso do poderio militar ameri-.cano contra o Vietname do Norte.

O Senador John Stcnnis, influente c respeitado de-mocrata, provavelmente manifestou a opinião de amplosetor do Congresso ao sugerir, em discurso há duas se-manas, o bloqueio naval do Vietname do Norte, dc modocomo as autoridades militares julgassem mate eficiente*AS BASES DE HANÓI ' .

Segundo fontes dignas de crédito, as tres maiores ba-ses aéreas do Vietname da Norte, tôdas nas vizinhaças deHanoi. estão há muito tempo na lista de alvos propostospela Junta de Chefes dc Estado Maior. Ate agora, entre-tanto, a Casa Branca não permitiu ataques a essas bases.Por sua vez, o bloqueio naval do Vietname do Norteobrigaria as forças da marinha de guerra americanadetei«em cargueiros e petroleiros da União Soviética que seaproximassem com petróleo e equipamento. militar. Fon-tes governamentais dizem que não 'se deve esperar quea URSS se submeta passivamente a tal interferência sôbresua navfegação.

O resultado praticamente inevitável disso, argumentam?.*_,. m,Ís_?_í,s fol,tes> s«ria nma confrontação diretakUA-lJRSS. '

Quanto às bases aéreas norte-vietnamitas, qualquerataque contra elas teria como resultado imediato, com todacerteza, a transferência dos aparelhos da força aérea deHanoi para bases em território da China comunista. Nostermos da doutrina militar americana da "perseguição emflagrante" (hot pursuit), os pilotos americanos pleiteariampermissão para perseguir, no espaço aéreo da China comu-nista os aviões norte-vietnamitas que os atacassem. Assimatacar as bases do Vietname do Norte levaria, mais cedo oumais tarde, a uma confrontação direta com a China comu-nista, agravada pelas pressões em favor do bombardeio dasbases norte-vietnamitas em território chinês.PILOTOS INQUIETOS

As restrições às operações militares contra o Vietnamedo Norte têm provocado resmungos perfeitamente audíveisdos artilheiros americanos.

A revista Ayiation Week and Space Technology, porexemplo, publica regularmente cartas que rcoebc de pilotosamericanos, nas quais são abertamente criticadas as llmi-tações impostas a suas operações contr». o Vietname doNorte.

Algumas das restrições são tão sutis que os artilheirosacham dificil entendê-las. Os navios de guerra, por exem-pio, podem usar seus canhões contra a navegação de cabo-tagem florte-vlcnamita, mas não contra alvos cm terra, salvoem defesa próprio. Podem disparar sôlire instalações terres-tres de radar, desde que haja provas eletrônicas, de quetais instalações podem, em dado momento, registrar dadosvitais sobre os navios americanos. Mas não podem abrir fogocontra as baterias de costa norte-vietnamitas, a menos queestas disparem primeiro.

Os pilotos americanos podem atacar instalações petro-líferas no Norte, salvo sc situadas em áreas densamentepovoadas. Mas não podem, cm hipótese alguma, atacar pe-troleiros soviéticos que transportem esse mesmo petróleopara o Vietname do Norte. Náo podem atacar os petroleirosquando estes transferem o petróleo para barcaças norte-vietnamitas ao largo da costa. Mas podem atacar* essas bar-caças assim qu» se ponham a caminho par deserregr. o pe-tróleo em terra.

Sem autorização especifica da. Casa Branca, os aviõesamericanos não podem atacar qualquer objetiv^ a menosde 40 quilômetros da fronteira com a China e de 50 e 15,respectivamente, de Hanói e Haiphong. E é exatamente nes-sas áreas que

"se localizam alguns dos objetivos militaresmais importantes de todo o pais.

fS.

Soviéticotestemunhoubombardeio

Segundo a agè«cia soviéticaNovosti, o correspondente daTass no Vietname do Norte,E. Kobelev, testemunhou pes-soalmente o bombardeio debairros residenciais de Hanóipela aviação norte-americana,visitando ruas como a NguyenTiigep. perto do Mercado C_n-trai, que ficarani reduzidas aescombros.

Kobelev informa que a RuaNguyen Thgep, antes uma dasmais movimentadas da Capitalnorte-vietnamita, esta hoje de-serta e convertida num mon-tão de ruínas. Quinze edifíciosque vão desde o número 34até o número 48 daquela ruaforam totalmente destruídospor bombas de 500 quilos e fo-guetes.

Conta o correspondente so-viético que na região em tornono mercado o único ser vivoque encontrou foi um anciãoque construía um abrigo debambu para se alojar. Os vizi-nhos que sobreviveram acsbombardeios de 13 e 14 de de-,zembro fugiram com o* que po-diam . carregar pnra casas deamigas e parentes.— Quando começou o bom-bardeio — contou a Kobelejia mulher do chofer Phan VanDo na Rua Hangkan — esta-va em casa com o meu filho eum neto. Agarrei-os pela mãoe só tive . tempo para chegaraté o abrigo antiaéreo quandoas bombas explodiram. As ca-sas vinham ab&lxo e em tomose formava uma nuvem de pó.

Afirma o correspondente so-viético que os caças-bombar-deiros americanos • destruíramvárias casas de moradia narua central Zla Iam e lançaramfoguetes no bairro onde estãosituadas as-Embaixadas estran-geiras.

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Tóquio (UPI-JB) — O Prest-dente da China, Liu Châo-chi,foi ncusndo ontem de seguiruma politica burguesa e rea-cionária para satisfazer suasambições pessoais e apontadocomo o "Kruschev chinês" por100 mil,guardas vermelhos, emcomício realizado no Estádiodos Trabalhadores do Pequim.

Os oradores atacaram tam-bém o Secretário do PC chi-nês, Ten Hsiao-ping, acusando-o de seguir a mesma politicade Liu chao-chi — que na vés-pera fora obrigado a retratar- -sc publicamente e Jurar fide-lidade a Mao Tse-tung —, cadvertiram que "se êsses doishomens não forem derrubados,o capitalismo tomará conta daChina".COMÍCIO

O comício foi promovido pe-los guardas vermelhos, que

afixaram os cartazes nos mu-ros da Porta dn Pnz Celestialcom a retratação pública doPresidente Liu Chao-chi, ante<-o segundo homem dentro dahierarquia do PC chinês e hojeapontado pelos observadorescomo o líder da oposição aMao Tse-tung.

Com a luta pelo poder, osguardas vemelhos — queconstituem verdadeira tropa dechoque de que Mno Tse-tungse vem servindo para imporsua posição a todo o Partido —passaram a exigir a derrubadacie Liu Chao-chi, que foi vio-lentamente atacado no plenodo Comitê Central de agostoúltimo em que o Ministro daDefesa Lin Pião foi apontadasucessor de Mno.

O fim da longa marchafio acusador dc Kruschev

Apontado agora à execraçãopública como o "Kruschev daChina", Liu Chao-chi é o ho-mem que há menos de quatroanos escrevia virulentos edito-riais condenando o então Pri-meiro-Ministro soviético poratividades antimnrxistas.

Isto, para Liu Chao-chi, quechegou a ser considerado her-deiro presuntivo de Mao Tsé-tung e o maior teórico do Par-tido Comunista da China, po-dera significar o fim de suacarreira, iniciada em 1930 co-mo organizador do Partido.

Segunda-feira as notíciasvindas da China anunciavamque, sob forte pressão daGunr-da Vermelha, o Presidente LiuChao-chi confessou pública-camente ter tomndo posiçõesaritimarxistas e admitiu sua*falta de entusiasmo pela Revo-lução Cultural.

A confissão de Liu — quesegundo rumores estaria já nacadeia* — revela claramente ofortalecimento dos setores ex-tremistas dentro do Partido e,cm especial, do Ministro daDefesa Lin Pião, consagradooficialmente como sucessor deMao.

ORGANIZADOR

Em sua longa carreira de ml-•itante, Liu Chao-chi compor-tou-se cemo umquadroprovadoque reunia às suas qualidadesde teórico a de grnnde organi-zador. Foi o homem éncarre-gado de criar ,0 aparelho doPartido quando Mao se lançouem 1934 à Longa Marcha. 1

Apesar das condições difíceis,Liu conseguiu, mediante umatática cautelosa que tinha ob-jetivos a.longo prazo, recrutargrande quantidade de membrospara o Partido e fortalecê-loorgânicamente, debaixo de tô-da a ilegalidade em que viviao aparelho.

Em 1938, encontrava-se aolado de Mao Tsé-tung na basede Venan, onde pronunciouconferência, hoje histórica, só-bre "Como se tornar um bomcomunista", que foi difundidapor todo o movimento comu-nista mundial, inclusive naURSS.

Em 1943, foi eleito para oSecretariado do Partido o gru-po indicado pelo Comitê Cen-trai para dirigir a' vida parti-daria. Na ocasião, Liu era jã.membro do Bureau Político eVice-Presidente do ConselhoMilitar Revolucionário.

GUERRILHA

Quando os nacionalistas deChang Kni-chek desfecharamsua ofensiva de 1947, que obri-gou os comunistas a eva-cuarem a base de Yenan, a di-reção do Partido, seguindo atática de guerrilha, se separouem dois grupas: um dirigidopor Mao e outro por Liu.

Com a conquista do Poderpelos comunistas em 1949, LiuChao-chi tornou-se um tiosmais ativos colaboradores naredação da Constituição daChina e principal organizadordas eleições para o primeiroCongresso Nacional do Povo.

Na primeira sessão do Con-gresso, em setembro de 1954,Liu foi eleito -Presidente doComitê do Congresso. Poste-rlormente. nas reuniões do Par-tido de setembro de 1956 emaio de 1958. pronunciou osdiscursos principais, configu-rando-se então como herdeirode Mao.

DIVERGÊNCIAS

Em 1959, Mao anunciou querenunciava ao posto clc Chefede Estado pnra se devotar in-teiramente ao trabalho de Par-tido e designou Liu para oposto por êle deixado. As di-vergèncias entre Mao e Liu'começaram em 1958 quando foiInnçndo' o plano do GrandeSalto.

Quando todos esperavam queêle fosse dar apoio integral aopiano de Mao, Liu passou a li-¦derar uma facção dentro doGoverno que lutava contra asdistorções do. plano. Maispragmático do que Mao, Liuqueria fazer do progresso e daindustrialização da China ameta do comunismo chinês «não uma teoria de Partido.

EUA e URSS emdiálogo ua ONU

Thomas J. MarshallEspecial para o JB

Nações Unidas — Qual o significado de um diálogo produ-tivo? Há poucas semanas, em vésperas do ptfriodo de sessõesda Assembléia-Geral das Nações Unidas, o Secretário-GeralU Thant disse o seguinte: "No meu entender, há muito tem-po não existe um diálogo produtivo entre Washington eMoscou".

Claro que tem havido diálogo entre Washington e Mos-cou e é bem possível que náo transcorra um dia sem que essasduas capitais emitam algum comunicado,*: seja através de dis-cursos de autoridades, seja por meio de comcntriáos dc porta-vozes autorizados, publicados pela imprensa.

Os Ministros das Relações Exteriores de ambas as naçõesexpuseram suas posições de forma minuciosa, na Assembléia-Geral. Além dessas atividades públicas, existem os contatosdiplomáticos quase diários c reuniões especiais entre os altosfuncionários dos respectivos governos, incluídas as que tive-ram os Ministros das Relações Exteriores, nas Nações Unidas.

Não resta dúvida de que êste é um diálogo continuo. Seê ou não um diálogo produtivo, c uma questão do juizo, po-rém um juizo a longo prazo.

O Sr; Foy Kohler, que prestou serviços como Embaixadordos Estados Unidos em Moscou durante quatro anos, ofere-ceu uma versão pessimista do ambiente político ali existente.quanto às relações com os Estados Unidos. Nesses últimos anos,afirmou, foram elas esfriando, "com uma tendência ao con-gelamento,' no último ano".

Vez por outra, rompe-se o gelo. As negociações para umtratado sôbre a utilização pacifica do espaço exterior, porexemplo, tiveram por característica o acordo a respeito de di-versas questões básicas, havendo a esperança de que se possa,chegar, finalmente, a um acordo completo sôbre * matéria,talvez mesmo antes de encerrado o atual período de sessõesda Assembléia-Geral das Nações Unidas.

O Presidente Johnson declarou que procura estabelecerconvênios com a União Soviética, por exemplo, sobre relaçõescomerciais, O Governo dos EUA acredita que a intensificaçãodo comércio com a União Soviética, assim como com outrasnações da Europa Oriental, constituirá um fator favorável ãpaz. •> _,

Washington anunciou esta semana que serão brevementeiniciadas em Moscou as negociações, há muito planejadas, pa-ra o estabelecimento de uma comunicação direta, por via aê-rea, com a União Soviética.

Êste foi tim dos objetivos principais quando se firmaramos convênios de intercâmbio cultural EUA-UKSS-

O desarmamento é um dos temas ao qual se referem qua-se todos os oradores na Assembléia-Geral da ONU, pois ha,aqui uma grande distância entre os objetivos e as realizações.O Tratado de Proscrição Limitada de Provas Nucleares, umamedida de caráter colateral, fêz nascer a esperança de quese possa chegar a acordo quanto a outros aspectos do desar-mamento e do controle de armamentos.

Muitos países-membros das Nações Unidas desejam, se-gundo as declarações de seus representantes, que se' chegue aum "acordo

para impedir a proliferação de armas nucleares.A sede das Nações Unidas oferece um local neutro para osconversações informais mantidas pelo Secretária de EstadoDean Rusk e o Ministro das Relações Exteriores da União So-viética, Andrei Gromiko-

Três funcionários da Secretaria de Estado, peritos em as-suntos soviéticos, por haverem desempenhado as funções deembaixadores em Moscou, Foy Kohler, Charles Bohlen, e Le--fl-cllyn Thompson, acompanharam o Sr. Rusk nos primeirosdias.

Tanto os soviéticos quanto os norte-americanos coincidemno fato de considerar a guerra do Vietname como a maiorbarreira contra a melhoria de relações entre seus países.

O Embaixador dos Estados Unidos na ONU, Sr. ArthurGoldberg, deu a conhecer, no inicio do último período de ses-soes, a proposta de seu país para encontrar uma solução sô-bre o Vietname; cessação dos bombardeios do Vietname doNorte se houver algum indicio da oulra parte de redução re-cíproca das hostilidades; retirada escalonada de tôdâs as tro-pas estrangeiras do Vietname do Sul sob supervisão interna-cional e conversações dc paz em que não seria consideradoum obstáculo incontornável a participação do Vietcong.

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Jornal do Brasil, quarta-feira, 28-12-66, 1> Cad. — 3

Proprietários de jornais vão agir contra a Lei de ImprensaO CULTO AO SOLDADO

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Coito e SiZvn visitou, ontem, o Túmulo rio Soldado Desconhecido em Bruxelas (U1'1J

Pedido oimpedimentode Laje

Goiânia (Correspondente) —A bancada do MDB propôs 011-lem o impedimento do Gover-nador Otávio Laje, acusando-ocinco vezes de crime de res-ponsabilidade. através de umprojeto de lei contido em 27laudas c no qual colaboraramalguns juristas da Câmara Fe-deral.

A proposta oposicionista loirecebida pela Mesa e hoje se-rá considerada ou não objetodc deliberação, mas desde jáprevê-se que náo terá êxito,porque a ARENA tem amplamaioria na Assembléia Legis-lativá.BASTA A DENUNCIA

Os autores do pedido de im-pedimento afirmam que sc élenão fôr aprovado, "bastará seuencaminhamento, porque esta-rão denunciados à Nação oscrimes do Governador, tornán-' do-a informada do caos poli-tico em que está lançado o Es-tado".

O projeto íoi lido 110 expe-diente de ontem pelo DeputadoAntônio Magalhães (MDB) edocumenta, com as respectivas ¦caracterizações de infração,cinco denúncias diferentes:realizou nomeações e demissõesde servidores públicos cominobservância da legislação fe-deral; alienou ilegal e danosa-mente para os interesses doEstado elementos ponderáveisde seu patrimônio; nomeou pa-rentes para altos cargos públi-cos, inclusive. o Secretário doPlanejamento, Sr. Jair Laje,com inobservância de disposi-tivo constitucional específico;infringiu a legislação que atri-buiu. prazo para oferecimentode resposta a pedidos de infor-mação dos parlamentares; par-ticipava de uma sociedade anò-liima ao inve.siir-se no Oo-vêrno.GOVERNO NÃO TEME

Sem conhecer a natureza da.sdenúncias contra o Sr. OtávioLaje, porta-voz informou queo Governador não demonstraqualquer temor em face do pe-dido de afastamento, pois alémde considerar improcedentes cabsurdas as alegações, deter-minará à bancada da ARENAque fulmine o projeto, sem va-cilações.

O porta-voz do Governo dis-ie que a própria Oposição estaconvencida de que as acusaçõessão infundadas e o projeto in-viávelM "ma._ insiste, para ga-nhar o noticiário c tentar des-moralizai- o Governo".

— Para a Oposição, vale con-quistar a liquidação do Govêr-no, mesmo que para isso sejanecessária a liquidação do Es-tado. O Governador OtávioLaje deverá tomar a atitudede denunciar ao País a políticacriminosa e predatória da Opo-sição. que sô procura destruir-- concluiu o porta-voz.

Militaresmudam decomandos

Brasília (Sucursal) —- O Pre-sidente da República assinouontem decretos de movimenta-ção de diversos militares, ln-clusive nomeando o Coronel-Aviador Mário Gino Francês-cuti para o Comando da BaseAérea do Galeão.

O Coronel-Aviador NelsonDias de Sousa Mendes foi exo-nerado das funções de Coman-dante da Base Aérea de Fona-leza, sendo nomeado para subs-

\_ titui-lo no cargo o Coronel-Aviador Edivio Caldas Santos.

O Marechal Castelo Brancoexonerou também o Capitão-de-Mar-e-Guerra Júlio de SáBierrembach dos cargos dePresidente da Comissão NavalBrasileira em Washington e deadjunto do Adido Naval à Em-baixada do' Brasil nos EstadosUnidos, nomeando para subs-titui-lo o Capitão-de-Mar-e-Guerra Henrique EduardoWeaver.

No Estado-Maior das ForçasArmadas, o Contra-AlmiranteAtila Rodrigues Novals foi exo-nerado das funções de assessordo Colégio Interamericano deDefesa, em Washington. Foinomeado para substituí-lo oCòrone.-Aviador Nelson Diastie Sousa Mendes, que sai daBase Aérea de Fortaleza.

Encontro de Costa e Silvacom Johnson está acertadopara janeiro eni Washington

_4.ís£iit. Texas (UPI-JB) — O Marechal Costa e Silvaserá recebido nos dias 26 e 27 clc janeiro próximo, peloPresidente Lyndon Johnson, em Washington, segundo in-formação divulgada ontem pela Assessoria de Imprensacio Chefe de Estado norte-americano.

O Secretário de Imprensa George Christian revelouque o Presidente Johnson espera examinar com o visitante"numerosos assuntos de interesse mútuo, especialmentea Aliança para o Progresso e a projetada Conferência deChefes de Estado do Hemisfério".

Belgas dão acolhidacom honras militares

Bruxelas (UPI—JBi — Comhonras militares completas, apresença de três ministros deEstado e um representante doRei Balduino. o Marechal Cos-ia e Silva foi recebido, ontem,pela manhã, no Aeroporto dcBruxelas, para uma visita dequatro dias â Bélgica.

O Presidente eleito inicia aquarta etapa de sua viagematravés da Europa, Ásia e Es-tados Unidos. Sua próxima c-cala será Roma, para onde sedirige no final da semana.

DESEMBARQUE

O Embaixador do Brasil naBélgica, Sr. Antônio BorgesLeal Castelo Branco subiu ime-diatamente ao aparelho da Sa-bena, a fim de receber o Ma-rechal Costa e Silva. Estavampresentes também ao desem-barque os Ministros Pierre Har-mel, do Exterior, Charles Po-swick, da Defesa, e Auguste deWinter, do Comércio Exterior.

Acompanhado pelo Sr. AndréSchoeller — da Casa Real da.Bélgica — e pelos três minis-tros, o Presidente eleito passouem revista a guarda de honraformada em sua homenagem.Centenas de pessoas assistiramá sua chegada.

Saindo do aeroporto, a cara-vana do Marechal passou emfrente à Base Aérea de Evere,onde será instalada a sede pro-visória do Conselho da OTAN, eque havia sido inspecionada, pe-lo Ministro Pierre Harmel, ho-

je. antes da chegada do Presi-dente eleito.

Os automóveis foram escolta-dos por motocicletas da Polícia,até o Hotel da Praça de Brouc-kere, onde se hospeda o Maré-chal Costa e Silva. Após brevepermanência no hotel, o Presi-dente eleito dirigiu-se ao Pala-cio Real de Bruxelas, ondecumpriu o ritual dos visitantesilustres assinando três livros.

A principal cerimônia do diafoi uma visita ao Túmulo doSoldado Desconhecido, onde oMarechal depositou uma coroade flores e conversou com ve-teranos condecorados da Pri-meira Guerra Mundial.PROGRAMA

Para hoje, estão programadosuma visita ao campo onde íoitravada a Batalha de Waterlooe um encontro com o PríncipeAlberto, irmão mais moço doRei.

A recepção que dará ao Ma-rechal Costa e Silva o PríncipeAlberto, que para isso interrom-perá suas férias de Natal, évista em círculos belgas comoum sintoma da grande impor-tância conferida ã visita doPresidente eleito.

Também para amanhã, estãoprevistos encontros com oMinistro do Comércio Exteriore o do Exterior, com quem de-verá jantar o lider brasileiro.Apenas o jornal liberal La Der-nière Heure noticiou a chegadado Marechal Costa e Silva, de-dicando-lhe algumas linhas.

Castelo se diz homem degenerosidade ao inaugurarcentro social em Sobral

Fortaleza (Sucursal) — O Presidente Castelo Brancoafirmou ontem em Sobral, durante a inauguração do Cen-tro Social Argentina Castelo Branco, que "os que meinsultam o fazem porque não conhecem o meu sentimentocie homem de generosidade".

Quando descerrava o retrato de sua falecida mulher, oPresidente Castelo Branco disse que "esta é uma homena-gem de Sobral à mulher brasileira e saio daqui confortadopor haver recebido elementos novos para os meus senti-mentos".

SALINEIROS RECLAMAM

O Sindicato dos Salineirosdo Ceará entregará ao Presi-dente Castelo Branco um me-morial pedindo solução para asituação dos produtores locaise, ao mesmo tempo, <ienun-ciarão que influências estran-geiras. boicotam a produção aa comercialização do produto.O Marechal Castelo Brancovisitará hoje as obras do Par-que Aiagadiço Novo, presidiráa posse do Conselho Diretorda Casa José de Alencar, as-sitirá à apresentação do Ma-drigal da Universidade Fede-ral e ao lançamento do livrodo escritor José Albano. jan-tando na residência do ex-Go-vernador Virgílio Távora.

VISITAS .

O Presidente esteve ontemem Crato, visitou a Preícitu-

ra e concedeu audiências,acompanhado do GovernadorPlácido Castelo. A seguir, re-cebeu o titulo de Doutor Ho-noris Causa da Faculdade deFilosofia, almoçando no CratoTênis Clube. Logo depois, se-guiu para Sobral, visitou aPrefeitura e inaugurou o Cen-tro Social Argentina Castelo eo Hotel Municipal, o Prefei-to de sobral, Sr. Cesario Bar-reto, decretou feriado na Ci-dade.

A comitiva presidencial es-teve constituída, além do Go-vernador, do General ItiberêGouveia do Amaral, DeputadoPaulo Sarasate, Reitor Mar-tias Filho, e outros. O Ma-rechal Castelo Branco concede-rá entrevista à imprensa nopróximo dia 30 — com per-guntas encaminhadas anteci-padamente —, logo depois deinaugurar a Companhia de De-senvolvimento Agropecuário.

O Sindicato das Emprêsas Proprietárias de Jornaise Revistas do Estado daGuanabara decidiu, ontem,constituir uma comissão dejuristas para estudar comurgência o projeto da novaLei de Imprensa, enviado aoCongresso Nacional peloExecutivo.

Os juristas deveráo apre-sentar .sugestões de emen-das que resguardem a liber-dade de imprensa, confor-me decidiram em sua reu-nião os diretores de jornaise revistas. Representantes

do Sindicato participarão,também, da reunião de di-rlgentes da imprensa, rá-dio o televisão e de outrasentidades interessadas namatéria, convocada para odia 11 de janeiro, em Bra-silia.

JORNALISTAS

Um memorial ao SenadorAuro de Moura Andrade, pc-dindo que os congressistasrejeitem a nova Lei de Im-prensa, começou a .receberontem centenas de assina-

turas de jornalistas queclassificam o projeto do Go-vêrno de "atentado à liber-dade de Imprensa e cercea-mento ao livre exercício daprofissão".

A Federação Nacional dosJornalistas P r o f i s s ionaisconvocou os Sindicatos a pro-moverem, também, memo-riais em todos os Estados"para demonstrar a unani-midade dos sentimentos dosjornalistas brasileiros con-trários à nova Lei de Im-prensa", segundo o telegra-ma-circular.

"Correio": informação liquidadaO Superintendente do Cor-

rcio da Manhã, Sr. OsvaldoPera Iva, afirmou, ontem, fi-xando a posição do jornal an-te a nova Lei de Imprensa,que o projeto do Governo, ve-ladamente outorgado, liquida olivre acesso às fontes de in-formação, direito reconhecidapela Carta das Nações Unidas,e poderá provocar a total bu-rocratização do noticiário.

O projeto da nova Lei deImprensa, segundo o Sr. Os-valdo Peralva, aparelha o Go-vêrno para ser o único forma-dor da opinião pública e,usurpando dos jornais a suafunção primordial, transforma-os em meros boletins oficais.Acrescentou que. sendo apro-vada, a Lei de Imprensa cria-rá condenável privilégio decastas.

— O Correio da Manhã —disse o Sr. Osvaldo Peralva —é visceralmente contrário aoprojeto, tomando-o em bloco.Trata-se de um código de cas-íigos para jornalistas. Como oCongresso está pára encerrarsuas atividades, praticamentenãò haverá tempo para modi-ficações. O projeto foi outor-gado veladamente, já que oGoverno chegou a omitir suaelaboração para, depois, npa-nhando a opinião pública des-prevenida, fazê-lo aprovar.

Afirmou o Sr. Osvaldo Peral-va que, além de agravar as pe-nas previstas, a nova Lei deImprensa cria um privilégio decastas, tem artigos formuladosde forma vaga, liquida um di-reito assegurado pela Carta dasNações Unidas e aproxima aimprensa brasileira da impren-sa dos paises totalitários.

— O noticiário — disse —que tende a ser interpretativodevido à concorrência do rádioo da televisão, será gradual-mente burocratizado. No casoespecífico do Artigo 13, porexemplo, a interpretação purae simples do fato torna-se pas-sível de punição, desde que náoagrade ao Governo. A políticaeconômico-financeira. portantosomente poderá ser interpreta-da pelo próprio Governo. Des-ta íorma, o Executivo se apa-relha, para ser o único forma-dor da opinião pública. Devoreconhecer, entretanto, que oprojeto da nova Lei de Impren-sa tem uma linha de coeren-cia em relação ao projeto deConstituição que o Governoapresentou ao Congresso: am-bos tem o mesmo caráter dita-torial.

"O Globo" fica com a nova lei

Sarnei adia Decretossua viagem aprovam 2à Europa regimentos

São Luis (Correspondente) —Com uma licença para sc au-sentar do Pais por 30 dias con-cedida pela Assembléia Legis-lativa. o Governador José Sar-nei adiou sua viagem á Euro-pa e continua à frente do Go-vérno do Maranhão.

Brasília (Sucursal) — O Pre-sidente da República assinoudecretos aprovando o Regi-mento do Departamento Na-cional da Produção Mineral,do Ministério das Minas eEnergia, e o Regimento doConselho Federal de Educação,do MEC. ,

O Diretor de O Globo. Sr.Roberto Marinho, afirmou on-tem que, cemo jornalista, nãodeseja o cerceamento da liber-dade de imprensa, mas, comopatriota, não aceita que jorna-listas possam, impunemente, jo-gar classes contra classes, ins-tigar militares contra militarese incitar a população civil con-tra a população armada.

— Há momentos em que o pa-trioíismo e o exercício da pro-fissão jornalística — disse oSr. Roberto Marinho — se cho-cam. & quando, por amor àtranqüilidade e à ordem em seuPais. o jornalista é obrigado adeixar de cumprir o seu dever

de informar. Quando Delegadodo Brasil na ONU, defendi tt-názmente a liberdade de' lm-prensa, mas nunca deixei dereconhecer que, acima de tudo,do próprio interesse da nobreprofissão, o jornalista deve sl-lenciar mesmo as verdades quepossam desservir à sua Pátria.

AS TESES

— Discuti em outras ocasiões,também no estrangeiro —nr:s-seguiu — com jornalistas fa-mosos, que defendiam tesescontrárias. Para eles, o esssn-ciai era a verdade, mesmo quea publicação desta verdade pu-

desse contribuir para o agra-vamento das crises entre cs po-vos e abrir caminho para aguerra. Como jornalista, náoposso desejar o cerceamento daliberdade de imprensa. Comopatriota, não aceito que jorna-listas possam, impunemente,jogar classes contra classes. E,muito menos, gosto de ver co-mo vale pouco entre nós a hon-ra das pessoas que tenham tidoa infelicidade de provocar a irade cenes jornalistas, ou hóspe-des das colunas de jornais,que não trepidam em tentardestruir, ccm as mais vis calú-nias, muitos dos que mais ssdevotam à causa pública.

Repórteres ameaçados na GuerraOs jornalistas que cobrem a

área militar estão-se sentindoameaçados em suas atividadesno Ministério da Guerra, emface das medidas que estãosendo adotadas pelo atual Ga-binete sempre que são noticia-das fatos, embora verdadeiro-..,que não trazem a chancela ofi-ciai, dando motivo a constai.-tes sindicâncias com interro-gatórios e ameaças de aberturade inquéritos.

O caso mais recente se refereà publicação pelo O Globo, nodia 24. da relação de promo-ções no Exército, que o Gabi-nete achava que só deveria serdivulgada no dia seguinte. Emface dessa noticia, o jornalistaNasser Kemel, representantedaquele órgão, vem sendo sub-metido a constantes interroga-tórios, sendo inclusive amea-

çado, através de declaraçãoformal, de que poderia ser indi-ciado em inquérito.LIBERDADE

Nos últimos dois meses amaioria dos jornalistas obriga-dos a cobrir a área militar vemsendo submetida a constantesadvertências por oficiais do ga-binete ministerial, sob as maisvariadas alegações. Uma delas,quando foi noticiado o grandeêxodo de oficiais por motivoda Lei de Inatividade, fatopúblico e notório, inclusive pu-blicado pelo Diário Oficial, masconsiderado sigiloso pelos ofi-ciais do Gabinete

Outra sindicância recente sereferiu à noticia verdadeira,como eles próprios reconhece-ram, da divulgação do levan-t a m e nt o íierofotogramétrico

feito à revelia do Governo poruma firma particular, quandoalguns jornalistas foram de-moradamente inquiridos pararevelarem a fonte de informa-Ção, que foi mantida em se-grédo pelos repórteres.

Ao que parece, o Mjnistroda Guerra não tem conheci-mento desses fatos, mesmoporque, durante a saudação deNatal que fêz eos jornalistascredenciados em seu Gabinete,o Marechal Ademar de Quei-¦ rós afirmou que toda a liber-dade de trabalho é dada ã im-prensa.

Parece que essa observaçãodo Ministro da Guerra nãochegou ao conhecimento dosoficiais de seu gabinete queagem em sentido contrário, co-mo recentemente ocorreu como repórter Nasser Kemel.

Magalhães defende a liberdadeBelo Horizonte Sucursal) —

O ex-Governador MagalhãesPinto afirmou ontem que pre-ferev"ser, ocasionalmente, vi-tima kde injustiças como per-sonagem de fatos jornalísticosmaldosamente divulgados a verdefinitivamente afastada cs-ta possibilidade pelo cercea-mento da liberdade de im-prensa", ao depor na 4,« Va-ra Criminal desta Capital,como testemunha no processoque o Ministro Mauro Thibaumove contra o jornalista Hé-lio Fernandes.

O Sr. Magalhães Pinto dis-se, inicialmente, que não sa-be das ligações do MinistroMauro Thibau com a Hanna,Consultec e Cia. Força e Luzou pessoas ligadas a estas em-presas, conforme afirmou ojornalista Hélio Fernandes emsua coluna Em Primeira Mãona Tribuna, üe Imprensa —motivo do processo — mas du-rante 12 minutos falou sobreliberdade de imprensa e osgrupos econômicos citados nasperguntas que lhe foram for-muladas.

LIBERDADE

O Sr. Magalhães Pinto fa-lou sobre o que sabe da Han-na, salientando que "ela jãfoi definida como espoliadora.pelo ex-Presidente Jânio Qua-dros c pelo Marechal HenriqueTeixeira Lott e em meu Go-vêrno exigiu muita vigilânciae me deu muito trabalho, em-bora eu já conhecesse seu po--derio desde os tempos de lutana Câmara Federal, ao lado doex-Ministro Gabriel de Resen-de Passos."

Quanto ao mérito do pro-cesso, o ex-Governador Maga-Ihães Pinto disse que já foi vi-tima de injustiças do jornàlis-ta Hélio Fernandes e atacadoem muitas outras noticias mal-dosas, "mas, no fundo, ele "íbem intencionado em defesados interesses nacionais", eacentuou que prefere "ver aimprensa cometendo outras hi-justiças a vê-la perdendosuas finalidades pelo cer-ceamento de sua liberdade,fundamental ao aprimoramen-to do regime democrático".

PRESCRIÇÃO

O Presidente do Clube dosAdvogados de Minas Gerais,Sr. Pedro Servo da Rocha, de-signado representante do jor-nalista Hélio Fernandes para odepoimento, deixou que o ad-vogado Agèo Alves Leão osubstituísse, apontado que foina hora pelo Juiz da 4.1 VaraCriminal, Sr. João Vieira áe

Brito, alegando que "o proces-so já está prescrito, pelo tem-po entre a quelxa-crime e oandamento que teve ató hojee também perempto, por terficado sem andamento normalmais de 30 dias por culpa dointeressado".

Além do ex-Governador Ma-galhães Pinto, íoi arrolado co-mo testemunha e intimado adepor o Deputado federal Cris-pini Jaques Blas Fortes, daARENA, que. entretanto, ape-nas disse que não sabia res-ponder a nenhuma das per-guntas formuladas porque apessoa citada no noticiário doSr. Hélio Fernandes ern o seupai. o ex-Governador José BiasFortes. Em sua coluna, o jor-nalista disse que o Sr. BiasFortes tentou encampar aCompanhia Força e Luz de Mi-nas Gerais, mas não conseguiuporque o Sr. Mauro Thibau eoutros elementos fizeram opo-sicão à sua iniciativa. No ar-rolamento das testemunhas, oex-Governador foi citado como"o atual Secretário de Justiçado E.tado". o que levou o JuizJoão Vieira de Brito a intimaro Deputado Crispim JaquesBias Fortes, que no inicio doano era Secretário de Segu-rança Pública.

WILSON VÊ MORDAÇA

Brasilia — (Sucursal) — ODeputado Wilson Martins de-clarou ontem que o projeto deLei de Imprensa elaborado pe-lo Governo "amordaça em talmedida a atividade do proprie-tário, gerente, diretor, redator,editor ou o que fôr dos jornaise emissoras de rádio e televi-são. que nos dá a impressãode tsr chegado ao fim o pro-pósito de sufocar a liberdadeno País"

A prevalecer tal orienta-ção — acentuou — o Brasil dosnossos filhos será nma outraPátria, completamente desfi-gurada nas suas tradições e noanseio do seu povo de man-ter-se livre.

IRMÃS

Disse o deputado matogros-sense:

Depois que o Presidenteda República enviou ao Con-gresso Nacional o projeto daConstituição, que tanta celeu-ma causou; não é de admirarque pretenda reformar a Leide Imprensa. Uma e outra sãofilhas do mesmo periodo depunições em que vive o Pais.Em vez de iniciar uma faseconstrutiva, o Governo do Ma-rechal Castelo Branco timbra

eln prosseguir restringindo di-reitos, cortando liberdades, im-pondo castigos, estabelecendoou aumentando penas. Pareceque neste País, ninguém maistem a salvação.

— Não foi sem razão que oPresidente da República pre-feriu um texto exiguo para ocapítulo dos direitos e garan-tias individuais, no seu projetode Constituição. A liberdadede manifestação do pensamen-to, como está regulamentadana Lei de Imprensa ora envia-da ao Congresso, confirma to-dos os nossos anteriores receios— concluiu o representanteoposicionista.

SERVIDORES PROTESTAM

Brasília (Sucursal) — A As-sociação dos Servidores Públi-cos de Brasilia também pediuao Presidente da República aretirada do Congresso Nacionaldo projeto da nova Lei de Im-prensa, através de declaraçõesfeitas ao JORNAL DO BRASILpelo seu Presidente, Sr. ArdwinRetto Grunewald.

Na ocasião, o Presidente daASPB recordou pronunciamen-tos seus de alguns dias atrás,no sentido de que "nada adi-antará para o Brasil termosmilhões de universidades, for-mando técnicos e jornalistas,sem que eles possam expressarseu pensamento, o que não épermitido pela nova Lei de Im-prensa e outras".

A POSIÇÃO

Considerando que o maiorpasso para as liberdades indi-viduais e públicas íoi dado de-pois da invenção da impren-sa. o Sr. Ardwin Grunewald sesolidarizou com a imprensabrasileira e solicitou ao Presi-dente da República a retiradado projeto, "para ser estudadocom mais tempo, já que istonão poderá ser feito atualmen-te pelo Congresso Nacional, on-de já se encontra a nova Cons-tituição".

Depois de ressaltar que"sempre estaremos com a leiquando ela vem coibir os abu-sos e desmoralizações", o líderdos servidores civis declarouque a imprensa "nos tem for-necido a maior defesa, no sen-tido cultuVal, social e religio-so, e tem sido por seu inter-médio que os desprotegidos, ospobres, os oprimidos e até osabastados, tém tido a oportu-nidade de se defenderem,quando injustiçados, difamadosou caluniados".

Arenislas discordam dasdisposições da nova lei

Setores da própria ARENAvêm manifestando sua discor-dáncla em relação ao projetoda nova.Lei do Imprensa en-viado ao Congresso pelo atualGoverno, sendo que o ex-Mi-nistro da Justiça. Senador Memde Sá, desmentiu categórica-mente que o trabalho tenhapassado por suas mãos quan-do ocupava aquele Ministério.

O Senador Mem de Sá assl-iialou que era realmente seupensamento estudar uma mo-dificação na atual Lei de Im-prensa, mas por um processodiferente do que veio a serempregado pelo Governo. Setivesse permanecido no Minis-tério, teria designado uma co-missão de jornalistas para es-tudar a elaboração de uma no-va lei capa*-, de atribuir maio-res responsabilidades sem pre-judicar a liberdade de iníor-mação.

O PROCESSO

Esclareceu o Senador gaú-cho que pretendia formar umacomissão de seis jornalistas pa-ra estudar a matéria, sendo quetrês dos mais credenciados, en-tre os quais citou o Sr. Pru-dente de Morais Neto e as de-mais designados pela Associa-ção Brasileira de Imprensa epela Federação Nacional dosJornalistas Profissionais.

Não chegou, no entanto, apor em prática o seu plano,pois deixou o Ministério daJustiça antes que pudesse to-mar qualquer iniciativa. O Se-naclor Afonso Arinos acha oprojeto da nova Lei de Im-prensa uma conseqüência na-tural do projeto de reformaconstitucional, do qual discor-dou em cinco discursos proíe-ridos no Senado.

O Senador Aíonso Arinos re-corda que ao tempo do Sr.Juscelino Kubitschek foi envia-do projeto semelhante ao Con-gresso, o qual êle se encarre-gou de criticar violentamente,através de um parecer de maisde 200 laudas.ADAUTO A FAVOR

O ex-Presidente da CâmaraFederal, Deputado Adauto Lú-cio Cardoso, vem sustentandoposição diferente dentro daARENA. Para éle, o projetocontém defeitos e virtudes, masas críticas até aqui publicadasna imprensa não refletem umexato conhecimento do traba-lho.

Nos altos escalões do Govêr-no, a nova Lei de Imprensa éexplicada como uma necessi-dade para punir "as irrespòn-sabilidades cometidas". Um mi-litar de alta patente do Mi-nistério da Guerra dava contade que uma manchete de de-terminado vespertino, fazendoum paralelo entre o aumentodos civis e dos militares, levouo Presidente da República adeterminar o envio do projetona mesma tarde ao Congresso.

A nova Lei de SegurançaNacional, que o Governo pre-tende fazer, completará a Leide Imprensa. Mas as lideran-ças da ARENA pretendem fa-zer modificações no projeto daLei de Imprensa. Nesse senti-do, o Senador Mem dc Sá soli-citava ontem aos jornalista..subsídios para tentar modlfi-cações fundamentais no pro-jeto.

O Deputado Amaral Netoclassificava de "um golpe bai-xo" do Presidente da Repúbli-ca o envio do projeto da nova,Lei de Imprensa ao Congres-so, "pois êle sabia que as con-gressistas estariam absorvidasna discussão da reforma cons-titucional c não teriam tempopara examinar matéria de talmagnitude".

O Sr. Amaral Neto tambémse dispõe a recolher subsidiasde jornalistas e de órgãos declasse, a fim de apresentaremendas para modificar o pro-jeto oficial. Hoje, éle deverámanter contatos com algunslideres da classe jornalística, aíim de debater êsses subsídios,bem como junto a dirigentesde órgãos de imprensa, e emis-soras de televisão.

O Ministro da Justiça, Sr.Carlos Medeiros Silva, confor-me revelavam ontem seus as-sessôres. encaminhará ao Pre-sidente Castelo Branco o me-morial enviado pela AssociaçãoBrasileira de Imprensa, solici-tando a retirada do projeto da.nova Lei de Imprensa do Con-gresso.

Apesar de atender o pedidoda ABI, o Ministro da Justiçanão está disposto a rever ne-nhum ponto do projeto da no-va Lei de Imprensa, esperandoque o mesmo ocorra no Con-gresso, onde a ARENA possuinúmero suficiente de represen-tantes para aprovar a lei semqualquer modificação em seutexto.

O PRAZO DUVIDOSO

O Deputado Ernãnl Sátiro,candidato à Presidência da Cá-mara na próxima Legislatura,assim como o Deputado Adau-to Lúcio Cardoso, ex-Presiden-te da Câmara, demonstravamcerta dúvida quanto à conta-gem do prazo para votação danova Lei de Imprensa, sendoque o Deputado Emáiii Sátiroacredita, que o prazo para vo-taçáo da nova Lei de Imprensasó começará a ser contado, apóssua leitura perante o plenáriodo Congresso.

Entende o parlamentar pa-raibano que a partir do dia 5de janeiro, quando o Congres-so se reinstalará, será iniciada acontagem do prazo para vota-ção da nova Lei de Imprensa,que deverá expirar no dia 24 dopróximo mès com o encerra-mento do periodo de convoca-ção extraordinária do Cou-gresso.

Jornal peruano expressaestupor anle restrições

Lima (UPI-JB) — O jornalEl Comércio afirmou, no edi-torial de sua edição de ontem,que "as draconianas disposi-ções contidas no projeto denova Lei de Imprensa no Bra-sil têm que causar estupor nomundo democrático".

El Comércio lembra aos seusleitores no editorial intituladoOcaso da Liberdade de Im-prensa no Brasil que não exis-te liberdade irrestrita de ex-pressão há vários anos nomaior Pais da América La-tina.

AS DISPOSIÇÕESAo referir-se às, disposições

do projeto de lei 'que

afetamas estações de rádio é televi-são e os jornalistas que citemou publiquem palavras de po-líticos punidos pelo Governocom a suspensão de direitospolíticos, diz o editorial:"Sem liberdade de impren-sa, desaparecem os jornalistasautênticos, que são os únicosque montam guarda, perma-nentemente, em todos os mó-mentos em que os direitos doscidadãos correm perigo"."Temos que fazer sincerosvotos — concluiu — para quea situação; no Brasil enveredepelas caminhos da normalida-de. E o primeiro passo deveconsistir em devolver ao povoo direito de dizer, sem freios, oque pensa. Proceder de outraíorma é abrir ns comportas aodespotismo".O ERRO

O jornal Expresso sustentaque "Castelo Branco errou.Suprimindo os pensamentoscontrários não exclui a causados mesmos. E hão é com me-didas antidemocráticas queconseguirá superar a caóticasituação institucional em quese encontra o Brasil".

O jornal La Prensa, em suaedição de ontem, satirizou oprojeto de lei de imprensa doBrasil com uma caricaturamordaz.JC PROTESTA

Recife (Sucursal) — o Jor-nal do Comércio voltou a cri-ticar o anteprojeto da novaLei de Imprensa, acusando-ode ser uma constradição entreo que a liberdade reclama e oque desejam aqueles que o fi-zeram com outros objetivos, jáque a lei vigente contém o ne-cessário à punição dos quetransgridem a liberdade de im-prensa.

No seu editorial, o Jornal doComércio sustenta que o Go-vêrno quer conter a imprensa,com uma lei que é uma impo-sição, opinião sustentada tam-bém pelo Diretor do Diário dePernambuco, Sr. Cosíar* Pôrto,que considerou absurdo o pra-zo de 30 dias fixado para suaaprovação, pois nenhuma leideve ser feita às pressas.AUSÊNCIA

Depois de frisar que um doserros da nossa legislação é a

ausência dos interesses que elarepresenta, porque se faz tu-do a distância, em gabinetesfechados, sob inspiração de fór-mulas que não refletem a rea-lidade, o Diário de Pernambu-co mostra que o Congresso vaise defrontar com uma lei íei-ta sem audiência dos órgãosque falam pela imprensa.

Mais adiante, o Jornal doComercio afirma que os jorna-listas precisam ser ouvidos arespeito dessa nova Lei, por-que "o seu testemunho é abso-lutamente válido para o legis-lador, na tentativa de regularuma profissão, que, para mui-tos, inclusive os elaboradoresdo malslnado projeto, é ape-nas uma facilidade, uma irres-ponsabilidade, uma aventura".

FEDER VÊ ARBÍTRIO

Curitiba (Correspondente) —-O Sr. João Feder, Diretor dojornal O Estado do Paraná,comentando o anteprojeto danova Lei de Imprensa, féz on-¦tem ao JB a seguinte declara-ção:

— Não temo uma Lei delm-prensa rigorosa, pois nunca íu-gi à prática do jornalismo sa-dio e creio que a legislação vi-gente não oferece, realmente,instrumentos para o combateaos excessos de um insignifi-cante número de jornais ou re-vistas. Tanto isso me pareceverdadeiro que, durante as úl-timas eleições governamentaiscirculou, em Curitiba, um Jor-nal que por certo não sobrevi-veria por mais de 24 horas emqualquer outro País. Nâo pos-so conceber, entretanto, que asfalhas da lei atual façam ge-rar uma lei arbitrária e cer-ceadora da livre informaçáo.Arbitrária porque permite aum simples Ministro determi-nar o fechamento de jornais naeventualidade muito simplistados "casos de urgência". E cer-ceadora da livre informaçãoporque exige do jornalista averificação da veracidade dofato mesmo quando êste é de-nunciado na tribuna parlamen-tar e sob a sua respousabill-dade pessoal e direta. Além daspunições, sóbre as quais te-nho idéia formada e inovado-ra da matéria, pois defendo atese de que a prisão não épena indicada e nem eficazpara os crimes de imprensa.lasses dois aspectos me pare-cem os mais graves da mensa-gem encaminhada ao Congres-so. E se a sua retirada oupossíveis alterações pudessemtornar a lei incapaz de aper-íeiçoar o jornalismo brasileironào seria demais pedir aos seusIdealizadores para que íizes-sem como eu. ** que continuoavalizando o pensamento deEmerson: "A liberdade é sem-pre perigosa, mas mesmo as-sim. é a nossa garantia maissegura". E Emerson não faloupor si, falou pela própria de-mocracia.

I

4 — 1.° Cad., Jornal do Brasil, quarta-feira, 28-12-66

-«--'

-Coluna cio Castello-Governo ditará oslimites da revisão

Brasília (Sucursal) — O Senador Antô-nio Carlos Konder Reis, relator da ComissãoConstituinte, está ainda na fase propriamentetécnica ão seu trabalho de coordenação de re-latórios parciais para elaboração do seu rela-tório geral. A isso deve atribúir-se o otimismocom que o relator fala na necessidade deemendar, e emendar muito, o projeto do Go-vérno. Essa opinião, resultante de constata-ções dè especialistas em matéria'constitucio-

''nal, será evidentemente, submetida ao crivoãas conveniências políticas e da orientaçãogeral imposta pelo Govêmo revolucionário àelaboração âa nova Carta.

Ê claro que o Senador procurará preser- ¦var, na forma final do seu trabalho, o compro-misso básico com a instituição qtie representa.Resta saber se tal atitude irá ao ponto de re-belâia política e, se assim fôr, se terá êle a efe-tiva cobertura dos maiorais ão seu Partido, quetanto o tem estimulado, especialmente o Sena-

,ãor Daniel Krieger, no esforço de melhorar otexto oriundo do Poder Executivo.

A esta altura, não é difícil prever que ocampo de luta será bastante estreito, ãesãeque tüáo no projeto se vincula ao objetivo ge-ral, que os assessores presiâenciais ãão comoplenamente atingido, ãe promover a eficiênciado Governo, de um lado, e a contenção ão po-áer político civil, áe outro lado. Tudo o quepareça sinal áe anarquia, como tal caracteri-zado o exercício da liberdade não tutelada, tan-to na ordem administrativa, como na ordempolítica, está condenado pela mentalidade quese justifica a si mesma como senão revolucio-nária-e, portanto, sem compromisso com a or-dem jurídica tradicional, a cuja culpa se atri-buem os tumultos áa viãa pública brasileiraáos últimos ãecênios.

As restrições do Congresso, numerosas nospormenores,"poâe dizer-se que estão no es-senbial consolidadas na atitude generalizadade recusa ao capítulo do projeto que, a pre-texto de enumerar os direitos individuais, ossuprime praticamente, na medida que os es-vazia de qualquer eficácia juríáica. O Sena-dor Daniel Krieger, Presidente da ARENA eLíder do Governo no Senado, compartilha dasapreensões com relação a êsse capítulo e tem-se soliãarizaáo com as críticas que partiramáos intelectuais áe sua agremiação, notaáa-mente no Senado. É de presumir-sé que,quanão- êle fala no dever ão Congresso ãeaperfeiçoar o projeto, refira-se a ãiversos pon-tos, mas notadamente a êsse, essencial.

' Já na Câmara a corrente liberal não con-ta com a mesma cobertura, pois o Sr. Raimun-ão Padilha, qué ali liderada bancada âo Go-vêrno, reencontra tima vocação doutrinária ãajuventude que se satisfaz iia plena formula-ção ão Esiado-forte e ão Governo incontras-tável. E o Sr.- Pedro Aleixo, velho liberal, con-ãuz-se sob a inspiração ão instinto ão Podere do compromisso político que o tem levado,no pressuposto de evitar sempre o mal maior, •a capitulações sucessivas. Acreditaria êle queassim preservaria um mínimo ãe influência áopensamento a que notoriamente se vinculou,durante sua viãa pública, no império áa novaorãem antiliberal-ãe cuja institucionalizaçãovai se tornando veículo.

As conversações ãos primeiros ãias ãe ja-neiro entre o Presiãente Castelo Branco e oSenaãor Daniel Krieger definirão a margemde liberdade âaãa ao Congresso para vioâifi-car o projeto, fixarião ao mesmo tempo a linhaMagiiiot do constiiucionalismo revohicionário.As ãeclarações áos porta-vozes âa corrente ra-âical governista âão a entender que se pre-tenâe' preservaTtuão do projeto que delineieconteúdos revolucionários, como 'tal, portanto,a Declaração ãos Direitos, a competência le-gislativa ão Governo, o nôvo instituto ãa sus-pensão ãe áireitos políticos, sem falar naqueleacervo áe meãiãas intocáveis pela sua origem,que são os âispositivos elaborados no Ministé-rio do Planejamento.

A Lei âe Imprensa, comunicaãa ao Con-gresso para referenâo sumário, a Lei ãe Segu-rança que reponta nas informações oficiaisetc, constituem ãesãe já atos complemetitaresa compor o íegaão revolucionário àa nova or-áem. Por eles, poãe-se âésãe logo prever o quenão poâe ser mudado no projeto constitucio-nal por traduzir essências áa nova concepçãoãe Estaâo.

Q Governo ãefine-se, portanto, seja noprojeto, seja nas leis complementar es, seja napalavra ãos seus porta-vozes. O Congressocontinua trabalhanão nà expectativa âe queo possa fazer útilmente, pelo menos até o âia2, quanão haverá o confronto entre aspiraçõese decisões. Ó Senaãor Daniel Krieger poáeránáo se submeter, patrocinanâo a votação deemendas condenaãas. Mas tal gesto parece im-provável na mèãiãa em que o Presiãente âaARENA haverá âe pesar, ãe um laâo, suasrèsponsabiliãaães ãe áepositário âa mensa-gem política ão Presiãente eleito, MarechalCosta e Silva, e, âe outro laáo, o recurso queestá nas tnãos âo Presidente Castelo Branco,âe resolver, com sua simples assinatura, qual-quer impasse que surja entre o Congresso e oGoverno. Sem falar em que o Govêmo tam-bém âispõe âe agentes ãe liàerança não for-malizaãa capazes âe mobilizar sua esmaga-âora maioria para as votações salvaâoras.

Uma carta na eslrada

Um portaâor, que viajou âe automóvel,levou para o Rio a carta áo Setiaáor OscarPassos, Presiãente âo MDB, ao Senaãor Da-niel Krieger, Presiãente ãa ARENA. A cartaserá âepositãSa na portaria âo Hotel OK, onãese hospeda o Senaãor governista.

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O Art. 17 da Carta da OEA

O Deputaáo Aáolfo ãe Oliveira lia otitempara os repórteres o Artigo 17 áa Carta àaOEA:"O território áo Estaâo é inviolável; nãopode ser objeto de ocupação militar, nem deoutras meãiãas ãe força'tomadas por outroEstaâo direta ou inãireiamente, qualquer queseja o motivo, wnâa que âe maneira transi-tória."

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Carlos Caslello Brunco

EMFA se inspira na Carta francesaao propor a dissolução do CongressoVMA ETAPA A MENOS

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Jeremias joi diplomado pelo Deputada Cordolino Ambrósio

Jeremias buscará fora doEstado do Rio os técnicosque o ajudarão a governar

Niterói (Sucursal) — O Deputado federal Jeremias deMatos Fontes, eleito em pleito indireto no dia 3 de setem-bro, anunciou* ontem, ao receber na Aásembléia Legislàti-va o diploma de Governador do Estado do Elo, que trarátécnicos de outros Estados para auxiliá-lo e informou quenomeará para a Prefeitura da Capital "um administradorindependente, com mais de 30 anos".

Após receber os abraços do Lider do Governo na Cá-mara dos Deputados, Sr. Raimundo Padilha, do Senadoreleito Paulo Torres, e do Marechal Odilio Denis, entre ou-tros, o futuro Governador fluminense indicou que somenterio dia 10,de fevereiro revelará a constituição do seu"Se-cretariado, explicando antes que desconhece a existênciade correntes castelista. e costista influindo na formaçãodos Governos... .'....- YyyyDIPLOMAÇAO

No discurso -de agradecimen-to aos deputados que o elege-ram Governador, o Sr. Jere-mias Pontes disse que, "serenasás paixões e dissipadas as di-vergências políticas, é necessá-rio qu» procurem todos os ho-mens de bem e de boa vontaderealizar, pela Pátria e para aPátria, uma obra de restaura-ção geral, que atenda aos le-gítimos anseios da coletividadee se harmonize com os senti-mentos do povo brasileiro".

Declarou ainda o Sr. Jere-mias Pontes que "a Constitui-ção que esta sendo elaboradapara vigência próxima cansa-grará as profundas reformasdos sistemas econômicos, sociale político que vêm se operandono Brasil nestes dois anos",acentuando que "a desorganl-zação e a corrupção adminis-trativa, as competições e lutas

de partidos, filhas igeralmentede interesses pessoais imedia-tistas ou decorrentes do incon-tido desejo de perpetuar-se'unigrupo no poder, já náo tèmmais lugar e precisam de vez'ser abolidas".

O Arcebispo dc Niterói. DomAntônio de Almeida MoraisJúnior, e os comandantes dasguarnições militares sediadasno Estado também assistiramíl solenidade, na qual o Presi-dente da Assembléia, DeputadoCordolino Ambrósio, entregouainda o diploma de Vice-Go-vernador ao Sr. Heli RibeiroGomes.AMANHA NO RIO

No Rio, o Tribunal RegionalEleitoral marcou para amanhãa diplomação dos eleitos nopleito de 15 de novembro. Asessão começará às 14 horas eserá presidida pelo Desembar-gador Oscar Tenório.

Magessi monta escritóriopolítico para atender aosseus quatro mil eleitores

O Marechal Augusto Magessi explicou ao JORNAL DOBRASIL que a principal razão de ter aberto um escritóriopolítico na Avenida Rio Branco está diretamente relacio-nada com os votos que recebeu como candidato a deputadofederal pela ARENA, porque quer corresponder à honrosaconfiança das quatro mil pessoas que votaram nele.

A derrota nas últimas eleições não desanimou o Ma-rechal Magessi porque é um homem praticamente reali-zado, que deseja agora apenas oferecer à Nação a dispo-nibilidade de tempo de um soldado reformado, colaboran-do ao mesmo tempo com o povo e com o Governo do Pre-sidente Costa « Silva.O ESCRITÓRIO

Inaugurado no último dia 20com a presença de oficiais-ge- *nerais das três Forças Arma-das, além de representantesdos Marechais Costa e Silva eEurico Gaspar Dutra, o escri-tório político do Marechal Ma-gessi está funcionando emduas salas do 2.° andar do pré-dio 257, da Avenida Rio Bran-co. onde já começou a estabe-lecer os primeiros contatos comlíderes políticos e sindicais, játendo encontro mareado parahoje com o Presidente do Sin-dicato dos Trabalhadores naIndústria da Construção Civile de Ladrilhos Hidráulicos.

De mobiliário simples, as-duas peças — que foram cedi-das "sem nenhum aluguel" porum médico amigo do MarechalMagessi — apresentam apenascomo ornamento uma enormebandeira brasileira e retratosdo Marechal Costa e Silva edo próprio Magessi.

A PLATAFORMA

Reformado no posto de Ma-rechal em 1963. quando co-mandava a 1." Divisão de In-fántaria da Vila Militar, "jus-tamente na mesma corporaçãoonde me apresentei como sol-dado voluntário em 1915", oMarechal Augusto Magessi re-solveu ingressar na politica

O Estado-Maior das Forças Armadasencaminhou ontem ao Ministro da Justi-ça emenda ao projeto da nova Constitui-ção, Introduzindo um dispositivo que per-mitlrá ao Presidente da República disso-lúcio do Congresso Nacional e a convo-cação de novas eleições legislativas.

A medida — inspirada no Artigo 12da Constituição francesa — dependerá deconsentimento expresso do Conselho deSegurança Nacional c poderá ser deter-minada a qualquer momento.

OUTRiAS EMENDASAlém dessa, o §r. Carlos Medeiros Sil-

va continuou recebendo outras' emendasmandadas por vários setores Co Governo,aos quais foram também submetidas tô-das as outras emendas até agora apresen-tadas ao projeto da nova Carta.

O Ministro da Justiça recebeu ontemos pareceres dos Ministros Roberto Cam-pos e Otávio Gouveia de Bulhões às emen-das apresentadas no Congresso à partereferente à tributação e à ordem cconô-mica e social.

Hoje, o Sr. Carlos Medeiros Silva temencontro marcado com o relator da Co-missão Mista, Senador Antônio Carlos

pouco antes das eleições de 3de outubro, "levado pela mãode um grupo de pessoas ami-gas que decidiram êsse assun- -to na casa do Marechal EuricoGaspar Dutra".

A AMIZADEPara o Marechal Augusto

Magessi, a amizade é o Indis-pensável ingrediente que fazquestão de cultivar "desde ostempos de soldado". Entre asmuitas que possui, faz questãode destacar duas que sáo "asdos meus amigos Marechal Cos-ta e Silva e Eurico Gaspar Du-tra. dois grandes brasileirosque só têm uma diferença: umjá fèz muito pelo País e o ou-tro vai fazer muito mais". Ex-professor do Colégio Militar edo Estado-Maior do Exército, oMarechal Magessi tem nos cin-co colaboradores de seu escri-tório antigos amigos.

— Eles estão colaborando co-migo — afirma — sem cobrarnada; para a administração dofuturo Governo do PresidenteCosta e Silva. A minha equipeconvive aqui como se fôssemosuma familia só, para provar quea amizade é uma grande coisa.Aqui estamos para oferecer essamesma amizade aos quatro mileleitores que votaram em mimou a quem quer que seja queesteja precisando dos nossospréstimos desinteressados.

Konder Reis, ao qual transmitirá os pon-tos-de-vista do Govêmo sobre a elabora-ção constitucional na segunda fase' do pe-riodo extraordinário de convocação doCongresso.

AnistiaBrasília (Sucursal) — o Deputado

Burlamaqui de Miranda, do MDB da Ba-hia, numa da» últimas emendas ao pro-jeto de Constituição, propôs a concessãode "ampla e total anistia política,,coma revogação de suspensão de direitos po-líticos, a todos os cidadãos que, atingi-dos por atos emanados do Comando Re-volucionário e do Presidente da Repú-blica, nos termos dos Atos Institucionaisn.°s 1 c 2, até 15 de novembro de 1966,não tenham sido denunciados na Justiçapor crimes de subversão ou corrupção".

Emendas de MartinsO Deputado Wilson Martins, do MDB

de Ção Paulo, apresentou emenda ao pro-jeto de Constituição que, visando "eie-tlvar a inviolabilidade das deputados esenadores", suprime a expressão salvo

disposição constitucional no preceito queproíbe a prisão de congressistas sem ii-cença de sua Câmara.Propôs também o representante opo-sicionista a inclusão de um dispositivo

que torna obrigatória a licença prévia dequalquer das Câmaras para o processo desuspensão dos direitos políticos dos con-gressistas.

O Sr. Wilson Martins sugeriu ainda,que se corrija no projeto a omissão quan-to ao voto direto para a eleição dos mem-bros da Câmara, entre os quais, além dis-so, sua emenda manda incluir sete re-presentantes do Distrito Federal, do mes-mo modo que estabelece a representaçãode Brasília no Senado.

Propôs também o deputado paulista:1 — Só por motivo do guerra poderá serautorizada a permanência, ainda que tem-porária, de forças estrangeiras no territó-rio nacional.

— Supressão do dispositivo que atri-bui ao Presidente da República emitir de-cretos-leis.

— O projeto do Executivo que fôrrejeitado não poderá ser novamente sub-metido ao Congresso senão em nova le-gislatura.

Prazo terminou com cerca de 4 mil emendasBrasilia (Sucursal) — Cerca de quatro

mll propostas de alteração no projetoda Reforma Constitucional haviam sidoformalizadas ao terminar, à zero hora deüioje, o prazo para a apresentação dasemendas, sóbre cada uma das quais aComissão Mista deverá pronunciar-se en-tre os dias 2 e 7 de janeiro, após o quea matéria entrará imediatamente em dis-cussão no plenário do Congresso...O relator da . Comissão Mista, Sena-dor Antônio Carlos Konder Reis, e asseis sub-relatores pretendem reunir-seamanhã ou sexta-feira em Brasília paraempreender um exame geral da matéria,elaborando um índice remissivo dasemendas que reformulem dispositivos doprojeto e organizando um ementário•para as disposições aditivas.REUNIÕES

O Senador Konder Reis passou todoo dia de ontem em Brasilia trabalhando

com os sub-relatores Oliveira Brito eWilson Gonçalves no estudo das emen-das sóbre Organização Nacional e De-claração dos Direitos e Garantias In-dividuais, e à noite voltou ao Rio, onde,juntamente com o sub-relator AdautoCardoso, pross-sguirá no exame das pro-posições referentes ao Poder Judiciário.

Centenas de emendas já foram deba-tidas entre o Senador Konder Reis e os

4 sub-relatores Oliveira Brito (Organiza-ção Nacional: normas gerais, compe-tência da União etc), Vasconcelos Tôr-res (Poder Legislativo), Adauto Car-doso (Poder Judiciário) e Wilson Gon-çalves (Declaração de Direitos).

O relator deverá manter reuniões ain-da com os Srs. Acióli Filho, sub-relatorpara a parte do Poder Executivo, e Djal-ma Marinho, que tem a seu cargo asemendas sóbre a Ordem Econômica eSocial; Familia, Educação e Cultura; eDisposições Gerais e Transitórias.

Conforme ficara decidido, o trabalhodo relator e dos sub-relatores vem-se pro-cessando na seguinte ordem:

— Exame das emendas que versemsobre matérias não propriamente cons-titucionais e que desde logo se conside-ram prejudicadas;

— Estudo das proposições que de fatose vinculem à matéria típica da Carta:

a — Seleção das emendas que mellio-.rem o projeto, as quais receberão pare-ceres favoráveis, c redação de parecerescontrários para os demais;

4 — Exame das emendas aditivas.Os subpareceres serão assinados pelo

relator, se com eles concordar. Caso con-trário, o relator lhes anexará parecerpróprio e enviará ambos os documentosá Comissão, cuja decisão irá sendo par-cialmente publicada, à medida em quefór se completando o exame dos diver-sos titulos em que se divide a matéria.

Ulisses corrige o projeto em 63 emendasBrasília (Sucursal) — O Vice-Presi-

dente do MDB, Deputado Ulisses Guima-rães, ofereceu ao projeto de reforma cons-titucional 63 emendas, numa só proposi-çáo, que os dirigentes do Partido qualifi-cam como "um pente fino irrecusável",destinado a corrigir erros de redação, ilo-gismos, improprledade, tautologias, pmis-soes e outros defeitos.

Não ferindo, cm sua maioria, pontospropriamente polêmicos, ás emendas doDeputado Ulisses Guimarães correspon-dem entretanto a verdadeiros achados emmatéria de falhas do projeto, cujo pito-resco o autor chega a glosar nas justi-f icações.

OS ERROS

O Vice-Presidente do MDB assinala,por exemplo:

1. O projeto dá a entender que aUnião pode negar fé pública a documen-tos dela mesma;

2. Ao prever intervenção no Estadoque suspender o pagamento de sua di-vida fundada, por mais de dois anos —mas sem incluir a expressão consecuti-vos —, o projeto permite admitir que "seforem somadas impontualidades esparsas,seis meses aqui, um ano acolá, nenhumEstado escapará da intervenção";

3. O artigo 7.° deu sumiço ao sujei-to de um verbo, no caso o Brasil, ao di-zer simplesmente: "Os conflitos interna-cionais deveráo ser solvidos por negocia-ções diretas, arbitragem e outros meiospacíficos, com á cooperação dos organis-mos internacionais de que participe".AS EMENDAS

Entre outras, o Vice-Presidente doMDB propôs as seguintes modificações noprojeto do Governo:

— O projeto fala em "acordos" en-tre a União e os Estados, quando deveusar a expressão "convênios", por ser apalavra xcerta e já consagrada.

O projeto omite a Previdência So-ciai ao enunciar normas gerais sobre asquais cctnpete à União legislar. O Depu-tado pede que se corrija essa omissãoinexistente na Carta de 46.

O projeto atribui à União compe-tência para legislar sobre "requisiçõescivis e militares". Acrescenta o Depu-tado: "Em tempo de guerra". Observatambém que, sem essa ressalva, o dispo-sitivo configuraria "insuportável atentadoao direito de propriedade e *, institucio-nalizaçáo do confisco".

ORÉDITOOnde o projeto fala em competen-

cia da União para legislar sobre "estabe-lecimentos de crédito", propõe o Depu-tado que se diga "Instituições de crédi-to", por ser expressão mais abrangenteque a anterior e, além disso, em ,harmo-nia com a linguagem da lei que criou oBanco Central.

Entre as matérias legislativas decompetência da União, o projeto inclui o"tráfego nos vias terrestres". A propôs-ta do Deputado é para que se diga "trá-

fego interestadual", pois "o texto do Go-vênio consagra- centralização nefasta".Entre outras coisas, o Sr. Ulisses Guima-rães pergunta se é a União que vai dis-ciplinar, em c-ada cidade, problemas comoestacionamento, mão e contramão, io-calização de feiras etc,

PROFISSÕES— Ainda na parte relativa ã compe-

tência da União para legislar, o projetomenciona "condições de capacidade pavao exercício das profissões iibertiis e téc-nico-científicas". O deputado, em vez,disso, sugere "condições de capacidadepara o exercício de atividades liberais,técnico-cientlíicas e profissionais", lem-brando que a União tem regulado inclu-sive a profissão dos corretores de imó-veis, "que não se enquadra bem comotécnico-científica ou liberal".

O Sr. Ulisses Guimarães propõe asupressão do dispositivo que prevê inter-venção federal no Estado que "adotarmedidas ou executar planos econômicos•ou financeiros em contrário às díretri-zes estabelecidas pela Uniáo". Diz oDeputado que o dispositivo "comprometea autonomia dos Estados e esvazia o com-promisso de — federação — inscrito nopórtico da Constituição".INTERVENÇÃO

Outra modífickção ê proposta nosentido fazer com que a intervenção fe-deral, conforme a matéria, dependa darequisição do STF ou do TSE, quando setrate de assegurar a observância dos se-guintes princípios: témporariedade dasfunções eletivas; limitada a duração des-tns à das funções federais corresponden-tes; proibição de reeleição de governa-dores e de prefeitos para o periodo ime-diato; garantias do Poder Judiciário; eprovimento de execução de ordem ou de-cisão judiciária.Um dos dispositivos do projetodiz que a decretação da intervenção "de-penderá do provimento de representaçãodo Procurador-Geral da República noscasos do Item VII, assim como no doItem VI, quando se tratar de execuçãode lel federal". O Deputado sugere dizer"provimento pelo Presidente da Repúbli-ca", para que não se fique sem saberquem dará êsse provimento.Preceitua o projeto que, quando setratar de "garantir o livre exercício dequalquer dos Podères estaduais", a decre-tação da intervenção dependerá "da so-licitação do Poder Legislativo ou do Exc-cutivo, coato ou impedido, ou de requi-sição do Supremo Tribunal Federal se ticoação fòr exercida contra'o Poder Ju-dicíário". O Deputado propõe que seinclua aí o caso de intervenção para as-segurar a observância de um dos princi-pies enunciados em outro dispositivo re-íerente à intervenção: "independência eharmonia dos Podères". Assinala tambémque "de certa forma, os dois casos sãorepetitivos e os dois textos tautológicos,pois "o livre exercício dos Podères" de-

pende de sèr-lhès assegurada a indispen-sável "independência e harmonia".APRECIAÇÃO

Quanto a determinados casos rieintervenção previstos no seu texto, dizo projeto que "o decreto do Presidenteda República se limitará a suspender aexecução do ato impugnado, se essa me-dida tiver eficácia". A respeito, acrescen-ta que "fica dispensada a apreciação dodecreto do Presidente da República poloCongresso se a suspensão do ato tiverproduzido os seus efeitos". Sobre êsseacréscimo, cuja supressão propõe, diz oSr. Ulisses Guimarães que "a redação éhorrível". Depois de perguntar o qúe seentende por "produzir seus efeitos", afir-ma que "efeitos sempre produzirá, inclu-sive poderão ser efeitos da injustiça e daarbitrariedade", e acrescenta ser por issomesmo indispensável o exame do Con-gresso.

Ainda sóbre êsse assunto, o par-lamentar sugere a restauração da cau-tela fixada na Constituição de 46, ao dis-por que, cessados os motivos que deter-minaram a intervenção, tornarão ao exer-cicio de seus cargos as autoridades afãs-tadas em decorrência dela. Observa o Sr.Ulisses Guimarães que "caso issxo não sefaça, o que se quer é a institucionaliza-ção das cassações". e acrescenta que "osriscos do mau exercício da intervenção,que tanto já intranqüilizou a República,quando tem objetivos meramente politi-cos, como recente e rumoroso episódioevidenciou, aumentarão devastadoramen-te, se a intervenção passar a ser sinônimode cassação".TEXTO DEFEITUOSO ¦

— Em outro dispositivo do projeto, oDeputado propõe substituir a expressão"respeitados além de outros os principiosestabelecidos nesta Constituição" por"respeitados, além de outros ' princípiosestabelecidos nesta Constituição, os se-guintes também nela estatuídos". Quali-ficando de defeituosa a redação a ser cor-rigida, assinala o autor da emenda que,"como está dito, parece que há principiossupraconstitucionais".'— Onde o projeto fala em "provimen-to de cargos eletivos", propõe o Deputadoque se diga "investidura nos cargos ele-tivos", alegando que provimento é paraos cargos administrativos.

— No dispositivo em que o projeto pre-ceitua que "lel federal estabelecerá osrequisitos mínimos de população" e "paraa criação de novos municípios", sugere òDeputado que se façam as seguintes modi-ficações: 1 — Dizer apenas leis, pois essasimples referência pressupõe ser federala lei, em se tratando da Constituição; apropósito, chama a atenção do relatorpara essa "incorreção geral" uo projeto,que ora fala em lei, ora em lei federal;

— Suprimir a palavra "mínimos'', poisos requisitos são precisamente os da lei;

— em vez de "municípios novos", dizerapenas "municípios", uma vez que, "seestes são criados, velhos ou antigos nãoseriam"; 4 — incluir o requisito de só po-derem ser criados municípios de quatro emquatro anos.

Oliveira Brito: "alterações são pobres"Brasília (Sucursal) — O Deputado

Oliveira Brito, um dos seis sub-relatoresda Comissão Mista que dará parecer aoprojeto de Constituição, registrou ontema pobreza das emendas à matéria, "quenão visam organizar a estrutura de umEstado moderno, mas em geral preten-dem restabelecer dispositivos da Carta de46, que já nasceu velha".

— O maior problema — disse o Sr.Oliveira Brito, a quem cabe relatar as.emendas sobre a Organização Nacional— é que nenhum órgão concorda emabrir mão de suas atribuições, quando éimpossível construir algo de duradourosem uma revisão das áreas de compe-tência que atenda à realidade do País."PRODUTO DO MOMENTO"

O Deputado Oliveira Brito negou-sea fazer declarações sobre o projeto doGoverno ou as emendas que está' exa-minando, mas .expôs, em conversa infor-mal, p sentido que, a seu ver, deveria serimprimido à revisão constitucional-

Depois de ressalvar que não conhecetôdas as emendas, o Sr. Oliveira Britodisse que pelas que viu, em exame geral,são raras • as contribuições para o a per-feiçoamento do projeta

— Via de regra, os congressistas co-locam-se em atitude de resistência aosexcessos e às inovações do projeto. Pro-põem a supressão de dispositivos ou a suasubstituição pelos preceitos corresponden-tes da Constituição de 46, o que não éuma solução-

Como "produto do momento", o pro-jeto do Governo — segundo o Sr. Olivei-rá Brito — é unilateral, procurando for-tãlecer apenas o Executivo. A solução se-ria corrigi-lo, mediante o corte dos ex-cessos e o reforçamento das estruturas dosoutros dois podères.— A Constituição do Estado moder-no deve organizar podères eficientes efortes. O 'Executivo tem que ser forte eeficiente para enfrentar os problemascomplexos da sociedade atual com a ra-pidez necessária. O Legislativo c o Judi-ciário precisam ser fortes e eficientes pa-ra evitar abusos do outro Poder."NASCEU VELHA"

Fiel ao pensamento que expôs emoutras oportunidades como relator dematéria constitucional, o ex-Ministro da* Educação considera que "a Constituiçãode 46 já na~ i ve'ha, pois não previao futuro, até porque ninguém conhecia

àquela época o mundo que surgiria apôs<a guerra".— A Carta de 46 tinha em vista maiso passado do que o porvir, preocupadaacima de tudo em evitar o retorno à ex-periência ditatorial do Estado Nôvo. Re-sultou num instrumento ineficiente parao processo democrático. Exemplo: a m-fluência do poder econômico nas eleições,questão que já não se pode resolver porsimples lei. conforme demonstrou o úl-timo pleito, em que, apesar da legislaçãoespecifica recente, aquela interferência soíêz sentir com o maior desembaraço.

O Sr. Oliveira Brito considera uni- Nversalmente reconhecido que o. Congres-so já não tem condições de exercer, sõ-zinho, tôdas as funções legislativas.

A lel assume cada vez mais carátertécnico e só o Executivo pode dispor deassessoria capaz de atender a tôdas ásmatérias. Se o texto do Govêmo exage-ra, ao atribuir ao Executivo a prioridadede tramitação para os seus projetos emais delegação legislativa e a faculdadede legislar por decretos-leis, a solução se-ria podar o excesso, mas assegurar-lhe apossibilidade de elaborar certas leis, íi-cando o Congresso com o poder de veto.

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Jornal do Brasil, quarta-feira, 28-12-06, 1.° Cad. -- 5

Veículo que tem placa par Cônsules ° melhoramento visível

paga seu imposto em abril cumprimentame o de placa ímpar em maio Negrão

O Imposto de Veiculos — cuja cobrança era iniciadalogo no primeiro môs de cada ano — somente será pago,com a nova legislação tributária que vigorará em 1967, apartir de abril para as licenças de terminação par, e demaio para as de final ímpar, enquanto o Imposto Predialb Territorial começa a ser pago já em janeiro.

Os esclarecimentos foram prestados ontem pelo Dire-tor de Escrituração Fiscal da Secretaria dc Finanças, Sr.Paulo Lomba, com o objetivo de evitar a possibilidade detumultos nas coletorias fiscais do Estado nos primeirosdias de janeiro, quando já estará em plena vigência onôvo Código Tributário. -

MUDANÇA

Informou ainda o Sr. PauloLomba, que se acha demissio-nário" do cargo, que as guiaspara pagamento do Impostode Veículos deverfio ser entre-gues na Rua Santa Luzia, 11,mediante a apresentação docertificado de registro do car-ro nos respectivos meses devencimento, salientando, poroutro lado, que as taxas nüopagas ficam sujeitas, pela Lei

1165. dêste mês, a multas daordem de 100%.

Em abril deverão ser pagas nspüaquetas de final 2 e 4, em maio~as de terminação 1, 3 e 5, emjunho 6, em Julho 7, em agôs-to 8," em setembro 9, e em ou-tubro as de final 0. Por seulado, os valores das taxas deveículos passam a ser de Cr$15 mil para os pequenos, comoVolkswagen e Gordini, e deCr$ 24 mll para as carros compeso superior a 1300 quilos,conforme o seguinte quadro:

TAXA DE FISCALIZAÇÃO DE VEÍCULOS DE ACORDO COMO ARTIGO 235 DA LEI N.° 1 Í05, DE 13-12-65 .

EXERCÍCIO DE 1967

SfiRIE ESPÉCIE CLASSIFICAÇÃO TAXA

Até 1 300 Kg 15 00001 Particular Mais 1 300 Kg . 24 000'. ônibus ! 24 000

Até 1 300 Kg 15 000Aluguel

Mais 1 300 Kg 24 00002 i

Lotação Até 30 pass. ' 15 000

Até 3 000 Kg 21 00003 Carga

Mais 3 000 Kg 24 000

04 ônibus 24 000

; Motocicletas e12 000

motonetas06

Bicicletas e tri- I6 000

ciclos com ínotor [

07 Reboque 15 000

08 Experiência 15 000

Até 1 300 Kg 15 00009 Aprendizagem

Mais 1 300 Kg 24 000

COMO PAGARO Diretor da Divisão de Em-

placamento do Departamentode Trânsito, Coronel Jamil Jor-ge Sobrinho, disse que está es-tudando a possibilidade de co-locar plantões noturnos, de 18às 21 horas, a fim de facilitaros proprietários que trabalhamdurante o dia. As novas pia-quetas terão a côr verde e aimagem do Cristo Redentor.

O Departamento de Trânsitoexigirá antes do pagamento a

licença já com o nome do nô-vo dono do veiculo. Para atua-lizá-la os proprietários devemir imediatamente ã Divisão deEmplacamento apanhar o íor-mulário de transferência depropriedade, que deve ser en-tregue à seção de protocoloacompanhado dos seguintes do-cumentos: licença atual, nadaconsta, atestado de residência(conta de luz, gás, telefone ourecibo de aluguel) e o recibodo carro.

Trânsito dá ao Estadomais de Cr$ 2 billiões

O Governador Negrão de Ll-ina recebeu ontem no PalácioGuanabara os cumprimento,do Corpo Consular representa-do no Rio, cujo Presidente, oCônsul George Ackzel, da Tai-.findia, desejou-lhe um anonôvo "sem encl_e__.es e outrascatástrofes graves para a Ci-dade".

Após agradecer a saudação,o Sr. Negrão de Lima serviuuma taça do champanha aosrepresentantes de cerca de 50países que o foram cumpri-mentar, afirmando esperar"que 1987 seja um nno de mnlo-res alegrias para o carioca".

Jornalistasabstêm-se

de eleiçãoSomente 207 associadas do

Sindicato dos Jornalistas Pro-íissióháis da Guanabara — deum total de 1473 — compa-receram ontem à sede da en-tidade, no primeiro dia de elei-çáo para a composição da novaDiretoria, Conselho Fiscal erepresentantes junto à Fe-deraçáo.A votação será encer-ruela amanhã e precisa de umíndice de 983 eleitores para serválida.

A atual Junta Interventor.,lo Sindicato dos JornalistasProfissionais da Guanaba-ra está convocando todos osseus associados para compare-cérbm à sua sede (Avenida RioBranco, 120, 11.» andar, sala1116) para votarem, pois aurna itinerante foi suspensa,por decisão unânime. Casonão seja atingido o quorum fi-xado ou a chapa vencedoranão alcance maioria absoluta(492 votos) haverá uma segun-da convocação, para os dias 11,12 e 13 de janeiro.

Ônibus bateem casa deCopacabana

O ônibus da linha Barãorie Drumond-Leblon — cha-pa GB 8-37-12 — quase pe-netrou numa casa ontempela manhã, na esquina dasRuas Raul Pompéia e SáFerreira, menos de 24 horasapós ter o coletivo da linhaCastelo-Bananal, chapa GB8-04-47, derrubado parcial-mente a írente da Agênciado Banco de Crédito Realde Minas Gerais, na Aveni-da Brasil, próximo da Ave-nida Londres.

Em conseqüência do aci-dente, sairam feridos o mo-torista José Pinto de Bar-ros, o trocador Vicente Flá-vio da Costa e os passagel-ros Manuel Gomes Viana,Maria Romana Nascimento eManuel Firmino Cavalcanti,êste último com traumatis-mo do crâneo. Antes de sechocar com o prédio, o ôni-bus arrancou uma árvore.

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Moncorvo Filho inaugurouimi Centro Radiológico einstalações para diabete

O Hospital Estadual Moncorvo Filho ganhou ontemnovas Instalações com £ inauguração do Centro Radloló-gleo e da Unidade de Cirurgia do Centro de Diabete e En-docrlnologia Luís Capriglionl, num custo total de Cr$ lbilhão, em solenidade à qual compareceram o GovernadorNegrão de Lima e o Secretário de Saúde, Sr. HlldebrandoMarinho.

Depois do discurso do Diretor do Hospital, Dr. JoséAfonso Zugliani, que viu na inauguração um ato "livre edesembaraçado de propósitos políticos", o Governador Ne-grão de Lima percorreu o Centro de Ralo-X, que contacom seis salas de aparelhagem e pode atender até 200 pes-soas por dia e, em seguida, a sala de operações do núcleode diabete.

Negrão de Lima examina com Arames Pereira (dc costas) as instalações do Hospital

O MELHORAMENTO INVISÍVEL

VISITAApós o Governador Negrão

de Lima cortar a íítn simbô-lica. o Dr. Albércio ArantesPereira, responsável pelo Cen-tro dc Radiologia, o acompa-nhou fts sdlas de atendimentoao público — todas dotadas dear condicionado, vestiários caparelhas sanitários — e de-pois à câmara clara para c.s-tudo das radiografias O Go-vernador Negrão de Lima sedeteve principalmente na salaonde está instalado úm Instru-mento — serlógrafo — paraexame do aparelho, digestivocujo valor, cerca de CrS 150milhões, o assombrou.

O Centro de Raio-X do Hos-pitai Moncorvo Filho está apa-reinado para realizar examesgerais c especializados como:urológicos, tomografiasj abreu-grafias e neurológicas. O Cen-tro mantêm um curso de téc-¦i.Icas em Raio-X c treinamen*-to para médicos radiologista...

Além <ta parte da Radiolo-gln, íoi inaugurada tambémuma unidade de Cirurgia noCentro de Diabete, com quatroapartamentos, uma sala derecuperação com dois leitos «cinco enfermarias. *.

Uma dos preocupações dadireção do Hospital MoncorvoFilho é a Inundação que todosos anos atinge a ala onde ago-ra foram Instalados os novosserviços e segundo o Diretordo Hospital, Dr. Zugliani, exis-tem várias bombas de sucçãoinstaladas para prevenir o mal.

Antes de o Governador se re-tirar, tim pedido lhe íoi diri-gido pelo Chefe do Centro dcRalo-X, Dr. Albércio Pereira:n- Instalação de uma máquinade revelar automática que podetambém fixar, lavar e secar ofilme, tudo cm seis minutos,possibilitando nos médicos en-tregarem o diagnóstico na mes-ma hora.

Durante o período de dezem-bro de 1965 a dezembro de1966 o Departamento de Trân-sito arrecadou para os cofrespúblicos a importância de CrS2118 747167, sendo que os cs-tacionamentos pagos por horaderam mais de Cr$ 1 bilhão,as áreas cativas Cr$ 340 mi-lhões e as maltas pouco maisde Cr$ 670 milhões.

Segundo o Diretor do De-¦partamento de Trânsito, Gene-ral Hlldebrando de Góls Car-doso, á renda superou a ex-pectativa graças prlncipalmen-te aos estacionamentos pagos,mas admitiu que "infelizmentesomente cerca de' CrS 400 mi-lhões íoram entregues ao Trân-sito para aplicação no tráfe-go".

INFRAÇÕES

No setor das multas, o De-partamento de Trânsito arre-cadou Cr$ 671597 262. O més

de agosto bateu o recorde, comCrS 86 milhões, e o més deabril rendeu somente CrS 35milhõ-S. Segundo observaçãodo pessoal encarregado do po-liciamento, a arrecadação bai-xou em abril devido à demis-são do General Delarei Gomi-de,"'neste mês.

Quanto às infrações, foramapreendidas 78198 carteiras dehabilitação; O més de marçobateu o recorde com 8142, en-quanto que, em novembro, re-gistraram-se 1986 apreensões.Das carteiras apreendidas fo-ram devolvidas 65 267, restandoem poder do Departamento deTrânsito 12 931, que não foramreclamadas pelos seus 'proprie-tários. O General HlldebrandoCardoso explicou que elas te-rão de ser recolhidas, pois osveiculos não serão emplacadosse não estiverem quites com oEstado. "Quem cometer umainfração terá que pagar a mui-ta mais cedo ou mais tarde".

Diretor da Standard dizque Caderno de Publicidadedo JB será uma renovação

O Diretor-Gerente da Standard Propaganda, Sr. JoãoBatista Pacheco Fernandes, afirmou que o Caderno de Pu--blicidaáe a ser editado pelo JB a 31 de janeiro terá, nasua opinião, duas grandes qualidades: despertar no pro-fissional a ambição de melhorar o seu fl-abalho, e tornarmais compreensíveis para aqueles que têm maior contatocom a propaganda os seus objetivos.

Acha o Diretor da Standard qué a propaganda progrideprincipalmente em razão do profissional do setor de cria-ção e arte, vendo no suplemento que o JB publicará umgrande estímulo para o desenvolvimento dessa atividade,pois o homem de publicidade será colocado diante do pú-blico não apenas como um profissional, mas também comoum artista.

INCENTIVOO suplemento especial sò-

bre publicidade que o JB pu-blicará junto com a edição de31 de janeiro constará de ar-tigos sobre essa atividade e asua participação no desenvol-vimento nacional, além dosmelhores anúncios e campa-nhas publicitárias publicadasdurante este nno em jornaisbrasileiros, com o objetivo deestimular a boa propaganda.

O Sr. João Batista acredi-ta que, para a propaganda sedesenvolver, é preciso que oprofissional se sinta incentiva-do e veja reconhecido o seu

trabalho como uma verdadei-ra criação artística, achandoque a iniciativa do JB contri-buirá para dar uma nova di-mensão à atividade do homemde publicidade.

Acrescentou o Diretor-Ge-rente da Standard Propagandaque o Caderno de Publicidadeestimulará o profissional aabandonar as formas quadra-das e a procurar novas têcni-cas de comunicação com o pú-blico, permitindo também ummaior esclarecimento dessaatividade para aqueles que. pordever de ofício, tenham maiorcontato com ela.

Jardel partepara casarna Suíça

O ator Jardel Filho em-barca hoje às 14 horas paraa Europa no transatlânticoAmazon, da Mala Real In-glcsa, a fim de casar-se, naSuiça, com a Srt.a ElizabethDormund, passar a lua-de-mel visitando ¦ diversas pai-ses num giro de turismo cul-tural e cumprir, em marçopróximo, contrato com o Di-retor Antoine D'Ormesson,estrelando na Grécia o fil-me. Prometei*. Acorrentado.

Jardel Filho disse ao JBqué vai tirar "férias pelaprimeira vez em 20 anos deteatro, e par isso escolhi aviagem marítima". Revelouainda, que acaba de concluira produção brasileira, diri-gida por Gláuber Rocha, ln-titulada Terra em Transe,que representará o Brasilna Festival tíe Canes em1907.

TURISMO

Jardel Filho esclareceuque seu contrato é bastantevantajoso para realizar ofilme na Grécia e quu lhepossibilitará uma viagemturístico-cultural pela In-glaterra, França, Alemã-nha, Espanha, Portugal eoutros países.

Depois de filmar na Gré-cia, em março au depois doFestival de Canes (abril-maio), Jardel Filho Visitaráa Espanha, onde deverá fa-zer um filme com o DiretorJosé Maria Forkué, e emseus planos está "ver mui-to teatro na Europa, e, pos-sivelmente, fazer um pou-co em Portugal".

— O giro de automóvelpelos paises europeus, aolado de minha futura mu-lher, Elizabeth Dormund. ealugar um apartamento emParis, que será o centro deminhas atividades' no con-tinente europeu, é o que de-sejo — disse Jardel Filho,que pretende ficar na Euro-pa mais de seis meses.

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Esgotos cia Zona Norteserão completados brevee terão 60 quilômetros

As duas interligações feitas na semana passada, entreo tronco prlncinjü de esgotos da Zona Norte e as redesdomésticas de sete bairros, será completada cm breve, coma última prevista, que possibilitará o funcionamento deuma rede de 60 quilômetros em Tomás Coelho, EngenheiroLeal, Cavalcanti, Cascadura, Quintino e Piedade.

Os bairros já ligados ao tronco — uma galeria retan-guiar de 1,5 m por 1,35 m com 1512 m de extensão — sãoos de Inhaúma, Engenho da Rainha, Terra Nova, CintraVidal, Abolição, Pilares e parte de Piedade, num total demais de 17 mil residências que deixarão, paulatinamente,de usar o obsoleto sistema de fossas.

.Va Ilua Joáo Ribeiro, as obras prosseguem para dar à Zona Nort* nova rede de esgotos

CONTINUIDADE

Durante o Govêmo áo êr.Carlos Lacerda, o Departamen-to de Saneamento construiu asredes domésticas das baii-rosque agora estão sendo ligadosao tronco principal, e inicioua construção do pequeno in-terceptor que entrou em cargana semana passada.

Com a construção do troncoprincipal — já interligado emdois pontos à rede construídaanteriormente e que estava pn-ralisada — mais de 70 mll ha-bitantes da região serão be-neficlados, número que seráaumentado de mais 60 mil pes-soas quando a terceira interli-gação estiver completada, nospróximos 90 dias.

CüSTO DE BILHÕES

O total de Investimentos pa-ra a rèdc de esgotos que estáem carga atinge CrS 3 bilhõese 100 milhões. Somente o tron-co principal custou aos cofresestaduais CrS 1,4 bilhão na pri-meira interligação, que recebe-rá os despejos de uma rede deC5 quilômetros nos bairros deInhaúma, Engenho da Rainhaf. Terra Nova, onde existem 5mil casos.

A 'segunda interligação — quecobrirá os bairros de CintraVidal, Abolição, Pilares e par-te de Piedade — custou Cr$1,1 bilhão. Nessa região exis-tem mais de 12 mil residências,todas servidas pelo sistema doíossas,/que agora será abando-nado, paulatinamente, pelaspequenas inteligações entre arede domiciliar e as cosas.

A última interligação do «is-tema — prevista para os pró-ximos 80 dias — depende ds.construção de uma galeria de1100 milímetros, já em fase fi-nal, que ligará uma rede de 60quilômetros de extensão nosbairros de Tomás Coelho, En-genheiro Leal, Cascadura, Quin-tino e o restante de Piedade,onde existem mais de 15 milcasas com uma população apro-ximada de 60 mil pessoas.

A obra é do Departamentode Saneamento da SURSAN,cujo Diretor, Sr. Paulo Cos-ta, disse ontem ao JORNALDO BRASIL que o Departa-mento tem a verba de CrS 660milliões prevista pora o paga-mento dessa última interli-gação assegurada pelo Gover-nador ds Estado. Para a con-clusão da última Interligação,restam apenas mais 180 me-tros de galeria.

SUNAB vai Negrão cria Comissão para Clube Naval dá diplomas àdiscutir organizar as comemorações primeira turma que estudounôvo imposto quadricentenáruis em 67 nova técnica de orçamento

A SUNAB terá nova reuniãocom os comerciantes de gene-ros alimentícios para .csclare-cer uma série de detalhes sô-bre a vigência, a partir de ja-neiro, do Imposto sobre Cir-culação de Mercadorias e en-contrar umn fórmula que evi-te o aumento muito grande dospreços dos gêneros esssenciais.

Na reunião preliminar de ou-tem, em que se estudou a novalista de preços da CADEP pa-ra o mês de janeiro, não sechegou a nenhuma conclusãoobjetiva e, embora os assessô-res do Sr. Guilherme Borghoffacreditem numa solu ção "a

tempo de a lista vigorar aindano principio do próximo mès"os comerciantes não dizem o

DIVERGÊNCIAS

A reunião da SUNAB com oscomerciantes filiados á Cajn-panha em Defesa da EconomiaPopular (CADEP) terminousem os resultados esperados emface das divergências entre oórgão controlador de preços eos varejistas.

Uma das dúvidas — segundorevelaram fontes ligadas aoscomerciantes de gêneros — éa maneira de fiscalização, de-pois da vigência do ICM, quealterará o preço final de todosos produtos comerciáveis.

O Governador Negrão de Lima constituiu ontem umacomissão para elaborar e executar o programa comemora-tivo dos quadricentenários do Rio que vão ocorrer em 1967,quando serão celebrados os feitos que completaram a epo-péia da Fundação da Cidade, iniciada cm 1 de março de1505, e completada em 1567, com a expulsão dos franceses.

Entre os acontecimentos que serão comemorados estãoo IV Centenário da transferência da Cidade do Rio de Ja-neiro do seu primitivo lugar, junto ao Morro Cara deCão, para o Morro do Castelo; a morte de Estácio de Sá;o combate de 20 de janeiro, e o Dia âe São Sebastião, pa-droeiro da Cidade.

O REIOutro vulto a ser reverencia-

do durante ns comemoraçõesserá o Rei Dom Sebastião, dePortugal, patrono da Cidade.Seráo relembrados tambémtodos aqueles que cooperarampara a fundação e consolidaçãodo Rio de Janeiro.

A comissão criada ontem pordecreto do Governador Negrãode Lima será formada por re-presentantes do Poder Legisla-

tivo e Judiciário da Cúrin Me-tropolltana, Forças Armadas,-Instituto Histórico e Geográii-co B^isileiro, Instituto Históri-co efceográfico do Estado, Con-selho Estadual de Cultura, De-partamento de Cultura da Uni-versidade do Estado da Guana-bara, e instituições culturaisluso-brasiletra-s, funcionandodiretamente subordinada àChefia da Casa Civil do Go-vêrno.

O primeiro curso de Orçamento-Programa, idealizadopelos Ministérios do Planejamento e da Educação « Cuitu-rá em combinação com o Escritório âe Pesquisa EconômicaAplicada e levado a efeito pelo Clube Naval, diplomouontem a primeira turma de novos técnicos em orçamentonuma cerimônia presidida pelo Almirante Saldanha daGama.

A turma de novos técnicos em orçamento é constitui-da de 50 pessoas, em sua maioria de oficiais âa Marinhae do Exército, e deverá, segundo disse o Presidente doClube Naval, Almirante Saldanha da Gama, "aplicar nosseus locais de trabalho as técnicas mais modernas de con-trôle das finanças públicas".DIPLOMAÇAO

Com a presença do ProfessorOg Leme, representando o Ml-nistro do Planejamento, e doSr. Francisco Bueno, represen-tando o Ministro da Educaçãoe Cultura, a cerimônia de en-trega de diplomas íoi bastantesimples e rápida. Coube ao

Presidente do Clube Naval,Almte. Saldanha da Gama.abrir a sessão de encerramen-to do 1." Curso de Orçamento-Programa e íazer a entrega do1." diploma, concedido & únicamulheir da turma, Srta. NisethAlmeida Rocha, Técnica de Ad-ministração do Ministério íaMarinha.

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VT7-- •-•,--,, . . •¦ m--~—*r~r~r-r ~—

Cartasdos leitores

Aplauso de médicosO Primoiro-Vice-Presiden-

te da Sociedade de Mediei-na e Cirurgia do Rio deJaneiro,,Sr. Roosevelt Ribei-ro, escreve solicitando atranscrição de telegramaenviado por aquela entida-de ao Diretor do Departa-mento- Nacional de Previ-dência Social, Sr. José Cor-reia Sobrinho, e cuja inte-'gra

é a seguinte: "A Socie-dade de Medicina e Cirurgiacongratula-se com V. Ex.14pela acertada resolução desubmeter ã aprovação dasfederadas à AMB os contra-tos e convênios a serem íei-tos com os estabelecimentoshospitalares de prestação deserviços médicos fios bene-ficiários da previdência so-ciai. Louvamos sinceramen-te a atitude de V. Ex.a, deprestigiar a Associação Mó-dica Brasileira e suas fe-tteradas. legítimas represen-tantes da classe médica emnosso Pais. A Sociedadede Cirurgia prazerosamen-te colaborará com o ilustreDiretor, no sentido de faci-litar sua missão". O telegra-ma é assinado pelo Presi-dente da Associação de Me-dicina e Cirurgia do Rio dcJaneiro, Sr. Arnaldo Bon-fim.

JORNAL DO BRASIL COISAS DA POLÍTICA

Dtr.tor-Fresldcn.e:C. Pereira Carneiro

. llio, 28 do dezembro do 1966

Diretor:M. F. «Io Nascimento Brito

I__tto.-CH._fe:Alberto Dlrtes

Lei DiscriminatóriaO projeto dn nova Lei de Imprensa íoi uma

espécie de presente de Natal qne o Govêrno o íe-receu à Oposição; c não apenas à Oposição con-sentida, (jtie se 'arregimenta sob legenda <!<>

Alacpie injusto

O Irmão Teodoro Tanga-ri diz ter escrito, há algumtempo, a esta coluna, quail-ficando de "improcedente agramática portuguesa noBrasil. Agora, dias atrás, umleitor insensato dirigiu in-sultuosos adjetivos contra oinsigne e íntegro Arcebispode Olinda, e este Jornalteve a coragem de publicartal desaforo! Eu me dou porbem pago se me permitiremperguntar a este leitor*, poi*que tanto, ódio contra umhomem justo? È por causade elementos como V., lei-tor, que a América Latina eo Brasil vão tão mal. Vamosabandonar os nossos pre-conceitos c trabalhar peloque é real e justo".

À letra minúscula

O Sr. Osvaldo Paixão pro-testa contra o uso "tão des-medidamente abusivo de le-tra minúscula, absurda ino-vacão anticultural, em no-mes próprios, e particular-•mente no de Cristo, comofêz o JB".

Pergunta a Hildebrando

O Sr. Gaspar Boiteaux deMelo, de Copacabana, critica aentrevista do Diretor tie Trân-sito, General Hildebrando deGóis Cardoso, a um matutinodesta Cidade, dizendo oue "nâoíôfse a gravidade do assuntoe teria que considerar a entre-vista daquele 'senhor coinóuma a'utêntica piada. F,mcerto trecho afirmou nquêlesenhor que pretende acabar devez com o "sabe com quemestá falando** no trânsito. Isto.iá tinha terminado neste Es-tado, senhor Hildebrando. Jáera assunto superado pelo en-tão Chefe de Trânsito, Fonte-nele. Depois da saida do*mes-mo é que retornou esfa anar-quia, esta falta de vontade deobedecer a autoridade, esta de-sorganização total e vergonho-sa para uma cidade que se dizcivilizada. Voltamos à era clapedra lascada em matéria detrânsito. Mas já que o senhorpretende mesmo enfrentar oproblema; não venha mais coma desculpa esfarrapada da íal-ta de verba. Pare de falar deíalta de verba e vá para a ruac resolva o problema. Citareidois locais do Centro, não mui-to longe de seu gabinete, ondeo senhor poderá atestar pes-soalmente a falta que o Coro-nei Fontenele faz no Departa-mento de Trânsito:

1) Na Av. Presidenle Vargas,os carros da Petrobrás e doDNER monobram e estacio-mam em cima do passeio. Hádias passados atropelaram umsenhor que sala da AMSA (As-sociação Médica Social da Ar-mada) em cima do passeio;

Se não bastasse o absurdo,caminhões placa branca doDNER também estacionam en-tre as colunas, do edifício da-quela repartição, em pleno co-ração da cidade (desculpe Sr.Hildebrando, cidade não, roça).No dia que houve o atropela-mento acima referido, o guardada esquina da Rua Uruguaianae Presidente Vargas foi avisa-do, porém não interferiu porsc tratar de cliapa-branca.

2) Nos passeios que circtin-dam o prédio que outrora íol oSenado (hoje o EMFA), os car-ros trafegam em alia velocida-de por entre árvores, obrigandoos pedestres a fugirem para nãoserem atropelados. Sabe porquê? Porque nenhum guar-da se atreve a ir molestar osmotoristas dos senhores milita-res do EMFA.

Nò tempo do Coronel Fonte-nele acontecia isso, meu caroSr. Hildebrando?

De forma alguma, porque oprincípio moral daquele Diretorprevalecia sobre as arbitrarie-dades dos protegidos por car-teirinhas ou por patentes só-bre os ombros.

Agora vem o senhor falar emacabar de vez com o "sabe comquem está falando". £ por essase outras que com um ano deGovêrno, ou melhor; de desgo-vérno -do Sr. Negrão de Lima,já ninguém acredita e nem temesperança em mais nada nestacidade-

Ande pela cidade Sr. Hilde-brando, procure ver a coisa deperto. Não acredite nos que lhe' levam as noticias ao seu gabi-nete, nem nos jornais que lheelogiam, porque êies só visamInteresses próprios e o povo qu.«e desgrace na rua sob as rodasinclementes dos loucos vel-culos."

MDB. mas sobretudo à marginalizada oti expurga-da. que aeu. a de ditatorial o regime vigente noBráfeil. Encárrégoü-se o próprio Governo de cumu-lar de razoe, a Írenle oposicionista, através de um

projelo malicioso na apresentação e mareado pelanota da intolerância na sua essência. O texto en-Vindo ao Congresso foi engendrado na sombra e

por caminhos secretos é tpie chegou ao Legislativo,no momento preciso etn tpie os congressistas se eu-contravam em recesso. Bastaria a identificaçãodesi-i'. estranho trajeto para demonstrar a má cons-ciência que presidiu o encaminhamento do proje-lo, desde a sua matriz. Está mais do que evidencia-do que a fórmula do envio da matéria ao Congressonão passa de uma pálida e inócua concessão aossentimentos democráticos do povo brasileiro, paravigorar também no julgamento internacional donosso regime. Ná verdade, o Governo age no casoeom o espírito da outorga, tal a sua convicção

;de que a opinião pública brasileira repudia -qual-

(pier tentativa contra a liberdade de imprensa, queé uma das formas mais enfáticas da liberdade de

pensamento e de expressão.• Insistimos, aqui, na indagação que considera-

mos básica: por que uma legislação especial paraa imprensa? Por ser relevante, nem por isso aatividade jornalística reclama tratamentos peculiarres, seja em termos de privilégios ou de discrhui-nações. O JORNAL DO BRASIL é tão veemente,mente contra restrições à liberdade de informar,

quanto condena qualquer tipo de privilégio quehenefiefe jornais ou jornalista-. Foi assim que rc-clamamos do atual Govêrno a extinção dos subs.-dios ao papel dc imprensa e das isenções fiscais

que privilegiavam os profissionais dos veículos

informativos, Do mesmo modo, discordamos de tri-bunais específicos para o julgamento dos crimesde imprensa.

Nossa posição é muito clara: entendemos quea legislação penal ordinária, aplicável si todos osbrasileiros — sejam quais forem as suas ativida-des —, basta por si só para prevenir e punir o.abusos por acaso cometidos através dos órgãos deinformação. Afirmamos ainda que certa ineficiên-eia geralmente apontada na contenção dos abusosnão pode de maneira nenhuma ser creditada a

quem faz a imprensa, mas sim a outras responsabi-lidados que se situam na complexa substância dacrise brasileira. A maior dessas responsabilidadestem cabido aos governos, que se incumbiram déadubar, pelo favoritismo ou pela tolerância ilícita,a implantação de uma imprensa desregrada —

não só no sentido ético, mas em todos os aspectosao lado da maioria da imprensa que cumpre

exemplarmente a sua função e as suas obrigações.

O Govêrno julgou-se no dever de revitalizarpara pior — a atual legislação de imprensa,

quando o certo teria sido acabar com o tratamentodiscriminatório. A lei vigente não deve ser consi-clcrada obsoleta pela graduação das suas penal i-dades ou pela sua emperrada proeessiiíibVtiea, masprincipalmente porque tem em vista uma impren-sa já.nllrapassada no tempo e nos métodos. Poucasatividades, como a.jornalística, terão mudado tantotio Brasil, nesses últimos auos: a imprensa é bojetambém uma organização industrial, mna empresaadulta que ajuda substancialmente o País a enrbquecer e a desenvolver-se.

O mínimo que sc pode esperar do Governonesta altura, para salvar a imagem ditatorial queestampou internamente e no estrangeiro, é que scproponha a retirar do Congresso o projeto da novaLei de Imprensa.

Surto MilitaristaNão adianta negar a existência de um surto

.dc militarismo na vida brasileira, quando a evi-dência dos fatos pode mais do que os esforçosinterprelativos. Basta iun olhar retrospectivo^abrangendo os três últimos anos, para qualquerleigo constatar a ascendência da parcela militarsobre a vida política, em flagrante coincidênciacoin o declínio da presença civil no plano maisalto das responsabilidades.

O melhor exemplo da preponderância militarjiííi condução do País pode ser apontado, de modosignificativo, na sucessão presidencial. A escolhado nome do Ministro da Guerra, a sustentação mj-litar de seu lançamento e todas as fases de suaafirmação política, caracterizam perfeitamente um

processo militar, e não político.Cumpre não esquecer — e lembrar aos que

mostram memória escassa — que a candidatura doMinistro da Guerra se afirmou contra a vontade,aparentemente soberana, do Presidente da Repú-blica, que era o único centro de decisão políticajio começo do ano. Para conseguir ultrapassar asreservas e intplantar-se, teria de. ser — como defalo foi — a expressão de uma vontade alicerçadanas Forças Armadas.

Há unanimidade no consenso de (pie a solução

política para a sucessão escapou ao controle e aodesejo da liderança presidencial;; Muitos outrosepisódios comprovam o surto militarista, a começar

pela ação do grupo conhecido como linha-dura, quelevou o Govêrno a tomar posições e medidas quenão queria, como no caso da intervenção emGoiás e na edição do Ato Institucional n.° 2,

quando ficou evidente que o resultado das eleições,de 65 desagradou a ponderáveis parcelas das Fôr-

ças Armadas. Vale lembrar ainda que o próprioGoverno tinha consciência do perigo militarista,

pois partiu dele a iniciativa de criar o dispositivodo domicílio eleitoral, a fim de deter a utilizaçãotle figuras.militares pelos grupos políticos. Havia

uma coincidência entre ambições desencadeadasdc chefes militares e a malícia dc políticos, quepretendiam utilizá-los em causa própria.

São muitos os sinais e indícios do surto milita-risla, comprováveis até mesmo no empenho doGovêrno etn deter o quadro, pois é fora de*dúvida

que a divisão do País em civis e militares, com a

predominância destes nas decisões políticas, é alta-mente indesejável. Não há exemplo de domínio,

por parte de uma minoria, que tenha durado muitoti que possa encontrar desfecho normal. Minorias

podem, eventualmente, empolgar O poder pelaforça, e manter-se pelo arbítrio, mas não se eterni-zam e, se não é possível saber quando, pode-se tera certeza de que elas cairão, e de modo ruidoso.

A Argentina constitui um exemplo ilustrativodo erro fatal: Peron foi uma expressão milita-rista da demagogia política te sua deposição, pelaforça, representou outro ato de conteúdo militar.Até hoje a Argentina não conseguiu reencontraro caminho de volta à normalidade. É que direitose deveres são iguais para todas as parcelas da so-ciedade. Nenhum grupo é melhor do que outro.Não existem parcelas com maior Capacidade dc

patriotismo, nem qualquer grupo detém a exelusi-vidade dos defeitos.

Uma Nação precisa da colaboração de todosos setores cm que se organiza a vida econômica,social e política. A nenhum grupo é lícito preten-der a hegemonia do comando, nem o monopóliodo patriotismo, ou a exclusividade das boas inten-

ções, O Brasil não pode admitir, por mais disfar-cada que se manifeste a preponderância militar,a manutenção de um grupo com privilégios demando e outro com a carga dns culpas. Não adi-anta fechar os olhos à realidade, nem negar aevidência de um controle que não goza da legiti-mnoãó política, nem se insere na tradição históricado País.

Realismo DoutrinárioA proteção da maioria, contra a violência

das minorias extremadas, bem como a defesa dasminorias pacíficas, contra as maiorias intolerantes,foram definidas como fundamentos da ordempublica, eni discurso dc paraninío pronunciadopelo Governador-da Guanabara. Falando à novaturma de aspirantes da Polícia Militar, o Sr. Ne-grão de Lima lembrou aos jovens oficiais que oconsentimento democrático c a tolerância cristã sãodois atributos permanentes da sociedade em quevão exercer seus misteres profissionais, como dcresto em todo o País.

O modelo da Polícia, nos regimes democrátbcos, é o que situa em primeiro plano a segurançado indivíduo, em contraste com o conceito totali-tário, que concede prioridade à segurança dos go-vernantes. Desta ênfase concedida ao indivíduoresidia a necessidade de preservação da ordempública, que é a atribuição primeira da PolíciaMilitar.

Há um aspecto claramente polêmico, no sen-tido político do discurso do Governador Negrãode Lima, mas a contingência não invalida a subs-tância doutrinária. Quando se apresenta coiiio

Clima é bom paraemendar a Carta

Já se pode dar, côm se-gurança, uma impressãoa respeito do clima emque trabalham, apesar fieseparados, o relator gerale os diversos sitb-relato-res do projeto constitu-cional. Ê comum a todosêies a convicção de gueo texto governamentalprecisa e deve ser emen-dado em extensão e pro-funãidade, para que dotrabalho do Congresso,sem prejuízo da fidelida-de política da ARENA aoMarechal Castelo Bran-ço, resulte uma Consti-tuição digna dêste nomee, sobretudo, digna deum país das dimensões eda importância do Bra-sil.

Restará conferir essaconvicção com o estadode espírito que vier a do-minar o Govêrno naoportunidade da votaçãoãas emendas. O Congres-so concedeu ao MarechalCastelo o que êle piei-teou, que joi a aprova-ção em bloco de seu pro-¦jeto. Ninguém a esta al-tura se considera em con-dições de dizer se o Go-vêrno retribuirá ao Con-gresso, conceâendo-lhede modo efetivo o direitode corrigir os excessos edefeitos do texto aprova-do com a ressalva expres-sa das modificações quese ri am posteriormentepropostas:

No que toca á Comis-são Mista — que não émista apenas por serconstituída ãe deputadose senadores, mas por-• que representa ao mes-mo tempo o Governo(através de sua maioriapolítica) e o Congressonaquilo que ainda lheresta como expressão davontade nacional — ocritério naturalmente fi-

praticante do que- define como federalismo coope-rutivo, o enunciado doutrinário, que nega a exis-tència de duas ordens públicas autônomas — umafederal e outra estadual — é correto, mas nem

por isso a posição de desafio sustentada pela Gua-nabara. nos anos que precederam o desfecho de31 de março, merece condenação. É que, politica-mente, estava certa a resistência à agitação mani-

pulada no plano federal.O discurso fere também o âmago de um as-

peeto da atualidade política, quando faz referên-cia direta às "formas.pecualiar.es e altamente re-

quintadas, de guerrilhas e de violência urbana es-

pecializada". as quais credenciam as Polícias Mi-litares a tarefas a que poderão eventualmente serconvocadas, na preservação da ordem contra* aação violenta dc minorias adestradas.

A tese política, defendida pelo GovernadorNegrão de Lima no campo doutrinário, atribui deforma explícita à Polícia Militar a incumbência dedefender a maioria contra a violência das minoriasradicais. A constatação pressupõe adestramentoespecífico para a missão, dentro do velho principiode que prevenir é melhor do que remediar.

xaão foi o da aceitação apriori de todas as emen-das regularmente suge- .ridas, como único recur-so para dar aos congres-sistas a oportunidade departiciparem de fato doprocesso de elaboração danova Carta. O Sr. Adau-to Cardoso, sub-relatorãa parte concernente aoPoder Judiciário, aceitoue subscreveu até asemendas que lhe pare- *ciam contraditórias ouobviamente destinadas àrejeição em plenário. As-sim também procedeu oSr. Vasconcelos Torres,sub-relator incumbido docapítulo do Poder Legis-lativo, e do mesmo modo '

provavelmente se com-portam em Brasília osSrs: Oliveira Brito e Wil-son. Gonçalves.

Tudo faz crer que a at-mos fer a reinante na Co-missão Mista se transfe-rirá para o plenário doCongresso, onde o Govêr-no poderá perder o con-trôle da maioria, salvo seapelar para a pressão di-reta e o retorno às amea-ças de violências. Pelomenos em relação a cer-to tipo ãe emendas, quedizem respeito aos senti-mentos regionalistas eao instinto de conserva-cão da classe política, aprevisão é ãe que ãesa-pareça a linha âemarca-tória entre-, as legendasda ARENA e do MDB pa-ra prevalecer o espíritoãe uma instituição ãecujas mãos se deseja ob-ter os instrumentos ne-cessários á sua subalter-nização no conjunto ãosPoãêres âa República.

Dúvida é quorumAlém da possibilidade,

de um enrijecimento da

ação governamental, oquorum ãe maioria abso-luta apresenta-se como agranáe dúvida quanto àviabüidaãe âa aprovaçãoüe algumas emenâas ca-pazes ãe melhorar o pro-jeto oficial.

Se o MDB, cuja banca-ãa é áe 147 ãeputaáos,conseguir levar a Brasíliae ao Congresso 130 deseus representantes, ossetenta e muitos depu-tados da ARENA que de-sejam alterar para me-lhor o texto governamen-tal poderão garantir amaioria necessária àaprovação até de emen-ãas tiáas como antecipa-üamente vetaãas pelosórgãos governamentais.

Algumas aceitasO Senaãor Vasconcelos

Torres considerava on-tem praticamente aceitasalgumas emendas de con-siâerável significação àparte ão projeto relativaao Po ã er Legislativo.Uma delas reduz de 35para 30 e ãe 25 para 21anos o limite áe iâadepara um cidadão se can-âiâatar a senaãor ouâeputaáo. Outra restabe-lece o quorum âe doisterços para a cassação 'demandatos parlamentarespor cada xtma das Casado Congresso. Uma ter-ceira determina votaçãosecreta para a aprovação,pelo Senaâo, âe embaixa-dores, ministros do Su-premo Tribunal Feâerale âo Tribunal âe Contas.E outra estabelece queperde o mandato o par-lamentar que faltar àmetade das sessões con-secutivas ãe stia Câmaradurante um ano.

Os naturalizados

As reivindicações ' doscidadãos que procuram a ¦nacionalidade brasileirapela naturalização auto-rizada em todos os textosconstitucionais, não têmsido ouvidas pelos legis-ladores. Atualmente, êiesgozam de menos regaliasdo que ao tempo da vi-gência da primeira Car- •ta republicana, quandoaté podiam ser deputadose senadores, desde quecontassem, respectiva-mente quatro e seis anoscomo cidadãos' brasilei-ros, assegurados tambémos beneficiados pela olia-mada grande naturaliza-ção. Apenas para Presi-dente e Vice se exigia acondição de brasileironato.

Todos os textos consti-tucionáis que se segui-ram excluíram o natura-lizado de concorrer a car-gos eletivos ou de exercerfunções na administra-ção pública. O projetoda nova Carta mantevea orientação anterior,sendo expressa a proibi-ção com relação a algu-mas outras atividades,entre elas as de armado-rés, proprietários e co-mandantes de naviosmercantes, nas quais sò-mente se admitem os na-cionais, sem contar ápropriedade e direção deórgãos de publicidade es-crita e pelo som e ima-gem. Não se compreendebem a* razão de certas

restrições à atividade dosque, identificados com avida e os costumes denosso País e a maioria li-gada à família brasileirapor sua descendência., te-nham desejado a cidadã-nia da Pátria que os aco-lheu. Basta relembrar agrande naturalização pa-ra se ter idéia da vanta-gem que êsse institutopropiciou, ao País, eis queos estrangeiros que vi-viam no Brasil naquelaépoca eram os chefes denumerosas famílias cujosdescendentes brasileirosparticipavam, como ain-da hoje, de todas as fôr-ças vivas da nação, noParlamento, na Adminis-tração e nas Classes Ar-madas.

As Constituições a par-tir de 34 foram limitan-do as regalias dos natu-ralizados, fazendo refle-tir as suas regras sóbreas leis complementares,destacadamente as deadmissão de estrangeirose os regulamentos de iml-gração e colonização, detal forma que o exercíciode inúmeras profissões s*

. tornou privativo dos na-cionais e defeso, portan-to, aos nacionalizados.Há pouco, alguém obser-vava o caso dos capelãesmilitares que são obri-gatòriamente brasileirosnatos. Os naturalizadospodem prestar serviçomilitar incorporados às

Martins Alonso

Forças Armadas, mas sò-mente os nacionais po-dem prestar assistênciaespiritual e ministrarinstrução religiosa.

Quem se der ao traba»lho de consultar a legis-lação sóbre diversas ati-vidades profissionais eprofissões regulamenta-das, verá como é difícilconseguir técnicos espe-cializados para certas in-dústrias, assim também adificuldade que tem oelemento alienígena dese colocar no meio pro-fissional. Êsse é üm pro-blema que tem sido tra-tado em diferentes opor-..unidades, mas até hojenão se conhece uma le-gislação uniforme sóbrea matéria, vez que o pro-jeto do Código do Es-trangeiro, já elaborado,não se transformou ernlei.

E se não se resolveuainda com relação ao di-reito do estrangeiro, mui-to menos se tem feitoquanto aos que adquirema nacionalidade pela na-turalização, aos quais, aoinvés de regalias, se temimposto restrições nãoraro nocivas aos próprios

' interesses nacionais. Masainda há tempo de con-siderar com melhor com-

preensão a situação dosnaturalizados, neste mo-mento em que se prepa-ra o nóvo estatuto doPais.

fii.

Sociedades carnavalescasjá sabem ordem do desfile

Jornal do Brasil, quarta-feira, 28-12-68, l.o Cad. — 7

FIM DA FEIRA

Com exceção do repre-sentante do Clube dos Em-baixadores, os presidentesdas grandes sociedades car-navalèscas, acompanhadospelo Presidente da Federa-ção, estiveram ontem com oDiretor do Departamentode Certames para pedir au-mento da subvenção deCrS 7 para 10 milhões, e du-rante o encontro íoi feito osorteio da ordem do desfileda terça-feira de carnaval.

O Clube dos Cariocasabrirá o desfile e será se-guido pelos Tenentes doDiabo, Clube dos Embaixa-

bilidade quanto aos locaiscobertos para a montagemdas alegorias, o Diretor doDepartamento de Certames,Sr. Tedlm Barreto, disse queajudará a resolvê-lo, suge-rindo o Maracanãzinho emesmo o hangar da Panairdo Brasil — onde liá espaçocoberto para abrigar tôdasas sociedades —, embora oPavilhão de São Cristóvãotenha sido tirado de cogita-ções porque já foi cedidopara os trabalhos de orna-•mentação da Cidade.

O Sr. Tedlm Barreto, co»mo aconteceu no dia ante-

dores, Turunas de Monte • ri0r com as Sociedades deAlegre, Democráticos, Pier- Rancho e Frevo que foramrôs da Caverna, Embaixadado Sossego e Clube dos Fe-nianos, êste último dispostoa não desfilar, como acon-teceu no ano passado, casonão seja resolvido o proble-ma de um lugar cobertopara a montagem das ale-gorias.

OBRIGAÇÃO

Embora o regulamento dodesfile das grandes socieda-des tire da Secretaria deTurismo qualquer responsa-

pleitear aumento na sub-venção, disse aos presiden-tes dos clubes presentes que"a solução é pedir uma au-diência ao Governador Ne-grão de Lima, ou então asimplificação de algumasexigências do regulamento,o que viria diminuir algu-mas despesas".

PROBLEMAS

O Presidente da Federa-ção das Grandes Sociedades,Sr. Aristides Martins, falan-

do cm nome dos presiden--tes dos clubes, afirmou queas despesas das grandes so-ciedades deverá ser de Cr$20 milhões, para qne possamobedecer às exigências" doregulamento quanto ao nú-mero.de carros e partici-pantes, e para apresenta,rem um desfile satisfatório.

Lembrou ele que. o aluguelde um gerador do Exércitocusta cerca de Cr$ 300 mll,cada cavalo sai a Cr$ 8 mile uma banda de música, quecustava Cr$ 500 mil há doisanos, deverá custar agoraCrS 800 mil. j

Afirmou, ainda o Sr. Aris-tldes Martins que'as escolasde samba já conseguiramum aumento na subvenção,e que "se os clubes não con-seguirem, vai parecer que oGovernador tem predileçãopor uma parte do desfile", econcluiu dizendo que se nãoconseguirem o aumento desejado, as sociedadesque estudar as exigênciasregulamento, com o objetivode eliminar algumas paradiminuir as despesas do des.file.

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Feira desocupou o Pavilhão

O Pavilhão de São Cristóvão já joi desocupado para que seja feita a decoração da Cidade7 1

|p Assembléia aprova criação do Ladrão queInstituto de Previdência dos rouba colegaAdvogados da Guanabara vai preso

O arrendatário do Pavilhãode São Cristóvão, Sr. MáximoBagdóctmo, está aguardandoque a Secretaria de Turismoou os responsáveis pela mon-tagem da decoração da Cidadepara o próximo carnaval mar-quem o inicio dos trabalhos nointerior do Pavilhão, cedido pe-lo arrendatário, depois de en-tendiniíntos com o Secretáriode Turismo, Sr. Carlos de Laet.

Auxiliares do Sr. MáximoBagdócimo informaram ontem

que a desmontagem dos standsda I Feira Comerciai — queacabou seis dias antes do pre-visto para que os trabalhos deconfecção dos painéis carnava-lescos náo sofressem o risco deatraso — deverá estar concluí-da dentro de 72 horas, em tra-balho no qual cerca de 100 ope-rários estão sendo empregados.FUGINDO DAS GOTEIRAS

Os funcionários encarrega-dos da desmontagem estão en-

centrando dificuldades em vir-tude de alguns dos expositoresnáo terem ainda retirado osseus produtos dos stands, o quepoderá adiar a conclusão dostrabalhos.

Como o teto do Pavilhão seencontre furado cm vários pou-tos, o arrendatário escolheu olocal situado à direita da en-trada principal para íicar àdisposição da Secretaria de Tu-rismo, por epresentar um me-nor número de goteiras.

Verba ameaça desfile em NiteróiNiterói (Sucursal) — O Pre-

sidente da antiga Academia daCarioca, tricampeã do Cama-vai niteroiènse nessa categoriaè que acaba de transformar-seem escola de samba, Sr. Joa-quim Antônio Pereira, adver-tiu ontem que se a Prefeituraou o Governo do Estado nãosubvencionar as agremiaçõescarnavalescas, "serão poucas asque desfilarão na Av. AmaralPeixoto".

O Sr. Joaquim Antônio Pe-reira disse ainda que em ou-tros carnavais "o samba or-ganizado podia sair com toda

a sua potência, não apenasporque contávamos com a aju-da, embora pequena, do Po-der Público, mas devido aosrecursos originários da inicia-tiva particular; tendo mesmoalgumas agremiações sido fi-noticiadas por banquemos do.jogo de bicho, que agora estáproibido de fato".PREPARAÇÃO

O Grêmio Recreativo Escolade Samba Acadêmicos da Ca-rioca, segundo o seu Presidente"'se houver desfile de carnavalna Avenida Amaral Peixoto,

Estudante mineiro abre carnavalBelo Horizonte (Sucursal) —

O Diretório Central dos Estu-dantes, fará em sua sede so-ciai nesta Capital, duas festasnos dias 31 e 1 de janeiro, pa-ra abrir o carnaval de 1967com três conjuntos tocando

compor marchas e sambas pa-ra o próximo carnaval e náotem mais sentido ficarmos re-petindo as mesmas músicasdos anos anteriores", segundoa comissáo organizadora.

Pela primeira vez em Belo"músicas novas, pois a inten-v Horizonte os jornalistas vãoção é prestigiar os composlto- fazer o seu próprio carnavalres que tiveram o trabalho de promovendo em 19G7 bailes ná

Casa do Jornalista de Minas,que terá um dos seus pátiosespecialmente decorado commotivos carnavalescos pois es-tá nas cogitações da Diretoriadà Casa inaugurar na ocasiãoos seus restaurantes, que fun-cionarão depois permanente-mente, a preços populares paraservir a toda a classe.

Roteiro para o carnaval 67Vê Se Entende

A Ala Vê Se Entende — a maior de pas-sistas e ritmistas cariocas —, filiada ao Gré-mio Recreativo Escola de Samba Estaçáo Pri-méira da Mangueira, vai promover uma noi-tada carnavalescfv na próxima sexta-feira, de-pois dr.s 20 horas, na Rua Visconde dc Niterói,1082, quando será escolhido o samba-enrêdo.

Visita ao JBOs responsáveis pela Associação das Esco-

las de Samba da Guanabara, chefiados peloPresidente José Calasans das Santos, vieramao JORNAL DO BRASIL para uma visita decortesia. Acompanharam-no o Vice João Se-verino, o 1." Secretário Welles Ferreira e oProcurador Nilton Costa.

Gidadão-SambaNo próximo dia 5 — e não a 6 como foi

anunciado antes — vai se escolhido o novo' Cidadão-Samba, às 20 horas, na Associação dosCronistas Carnavalescos, que tem, às quartas-feiras, reunião do Conselho e ès segundas daDiretoria.

"Réveillon" — 1O Império da Tijuca vai fazer o seu ré-

veillcn comendo strogonoff no jantar e sor-teando duas coleções de Vicente Guimarães,de cuja obra foi retirado o enredo. O baile seráno Sitio Itaoca, no quilômetro 3 da Estrada doPardal, em Jacarepaguá. Haverá, também showde escolas de samba. O ingresso, com direito àcomida e.n» sorteio, é de Cr$ 10 mil. Maioresdetalhes podem, ser pedidos a Lia, pelo tele-íone 31-2545.

Cacique de RamosNa próxima sexta-feira, das 20 às 24 horaso Bloco Carnavalesco Cacique de Ramos vaiíazer uma demonstração do seu poderio parao carnaval, com a presença de todos os seusIntegrantes, inclusive da Rainha Zaira deAraújo, uma belíssima mulata que vai se reele-

ger, fàcilmeiite para o mesmo posto. A partirda meia-noite e mela, iê-lê-iê paraí quem gosta,animado pelos Os Mugs, até às 2 horas. A par-tir dai, até às 5, batalha carnavalesca tocadapela orquestra do Maestro Sodré. do BolaPreta. .

"Réveillon" — 2^ Também o Esporte Clube Mackenzie, naRua Dias da Cruz, 561, vai fazer o seu, com osfoliões em traje esporte ou fantasia. Começaàs 23 jior&s*

"Réveillon" — 3O Enchanted Valley Clube — na PraçaMartins Leão, no Alto da Boa Vista — aguar-da os seus associados para o réveillon.

"Réveillon" — 4O Pedranegra Campoclube fica na conti-nuaçao da Rua Camarista Méier, e o telefonee 49-3778. Quem quiser pode ainda reservaras suas mesas para o réveillon. Vai animá-loa orquestra de Válter Amaral.

HonraOs cantores Adelino Moreira e OrlandoDias e o Sr. Abraão Medina sáo convidadosde honra para a noitada que o Cacique deRamos vai oferecer na sua quadra, na próximasexta-feira. Os Relações Públicas . FernandoFrança e Silvio Barros estáo certos do sucessoda noitada.

Embaixadores

O 7 .de janeiro será dia do Baile dos Ca-louros no Clube dos Embaixadores, na Cinelan-dia. O réveillon vai premiar a melhor fantasiafeminina Todos os sábados e domingos hábailes pré-carnavalescos.

EngenheirosNo restaurante do Clube de Engenhariaapós o meio-dia de sábado, duas orquestras vãoanünar o almoço da classe, com alguns convi-dados especiais, dando início assim ao carnavalcarioca. As reservas devem- ser feitas pelostelefones 42-0561 e 22-3569.

BatutasTodos os sábados, a partir das 19 horas

!j?,,?CO*?nrnaval,esco Batutas de Santa Cruievolui ató a madrugada de domingo com osseus 1 500 sambistas. Os ensaios são feitos nasede da Escola de Samba da Portela, em Ma-dureira.Banho à fantasia

O Banho de Mar à Fantasia, que esteveinterrompido alguns anos, vai ser realizado aIL* ja»nelr0^• n«a Praia dc Bamos- *m Promo.sao da Associação dos Cronistas Carnavalescos.

Manguinhos

im,)Na,15Xt^"feJ^,após ta 20 hora*. * Ala dosMUionários da Escola de Samba de Manguinhosva dar um baile- carnavalesco, com todoTosseus integrantes vestidos de verde e rosa

ROLAMENTOS-

«iíÉlIliiSlIllH

A Assembléia Legislativa aprovou a criação do Institu-to de Previdência dos Advogados do Estado da Guanabara,entidade jurídica com autonomia administrativa e desti-nada a proporcionar aposentadoria a .advogados e solicita-dores com mais de 30 anos de profissão.

Aquele que desejar o benefício será obrigado a provarque tem mais de 10 anos de exercício da profissão no Rio,além de pagar mensalmente 5% do valor do salário mini-mo vigente e 10% de todos os honorários contratados oufixados em sentenças.

descerá o Morro da Alegria, noBairro de Neves, com o totalde 500 figuras formando seisalas, sendo 30 pessoas na Alada Bateria".

Dentre as atrações, citouas sambistas Diro . e Aríete,sendo que esta última desfi-lou no Carnaval de 1965, emNiterói, representando a Prin-cesa Leopoldina, ainda quandoa agremiação era academia desamba.

A nova escola de samba, doMorro da Alegria tem ensaiosàs quintas-feiras e aos domin-gos com inicio às 20 hs.

RECURSOSO projeto, de autoria do

Deputado Nina Ribeiro, prevêas seguintes fontes de rendapara o Instituto, além da con-tribuição dos advogados e so-licitadores: 5% do valor dastaxas pagas em todos as pro-cessos e atos judiciais, 0,1% dovalor das escrituras públicas dequalquer natureza, 1% do valordo salário mínimo vigente cmtodas as procurações lavradas

em cartórios do Rio, 0,1% dovalor dos escritos particularesou contratos registrados em to-dos os cartórios de registro detítulos e documentos, 1% desalário mínimo vigente em to-dos os Instrumentos de protes-to de títulos.

O Instituto de Previdênciados Advogados do Estado daGuanabara pagará proventosequivalentes a seis salários mí-nimos vigentes no Estado.

Moradores dos esgotos doMangue tinham casa mas nàoqueriam gastar em conduçáo

Dois dos supostos mendigos que viviam em pma gale-ria de esgotos do Canal do Mangue têm casa onde morare preferiam ficar ali só porque era mals próximo de seustrabalhos, enquanto um terceiro já fora recolhido ao Cen-tro de Recuperação de Mendigos, de onde saiu alegandoter condições próprias de sobrevivência.

Levada por uma denúncia, a Secretaria de ServiçosSociais constatou que no local moravam ultimamente sóduas pessoas: o biscateiro João e a meretriz Jurema, queforam intimados a desmanchar o barraco e abandonar olocal, com a advertência de que serão presos se persisti-rem em permanecer no esgoto do Mangue.FACILIDADE

Recife (Sucursal) — Em Per-nambuco o ditado "ladrão querouba ladrão tem 100 anos da.perdão" não é levado em con-ta, pois a- Policia prendeu on-tem os marginais Aírton Li-ma e Carlos Fernandes, o pri-meiro por ter assaltado o se-gundo e lhe roubado USS 500que já tinham sido surrupiadosde um terceiro, também ladrão,de nome desconhecido.

Segundo a Policia, CarlosFernandes há dois meses as-saltou um ladrão que dormiano parque 13 de Maio, mas omesmo, por medida de precau-ção, não prestou queixa do as-salto, que chegou ao conheci-mento da Delegacia de Roubose Furtos através de outro mar-ginal, preso por outro crime.

ROUBOS EM SUCESSÃO

Sabedores dos roubos, invés-tigadóres da Delegacia de Rou-bos e Furtos começaram a fá-zer diligências no sentido desaber os nomes dos autores doscrimes, até que chegaram aCarlos Fernandes, que lhesconfessou ter sido roubado nosUSS 500 poi- Aírton Lima, quetambém já se encontra, preso.

Agora os investigadores cs-tao procurando o ladrão des-conhecido e que foi roubadoquando descansava no Parque13 de Maio, por Carlas' Fernan-des e com quem acreditam es-tá o segredo do dinheiro trêsvezes surrupiado, que, paraeles, deve fazer parte de umvultoso assalto.

Ao ser interrogado, o blseatei-ro João revelou que mora à RuaCatiara, 30, Campo Grande, ecomo costuma íazer uns traba-lhos no Mangue, principalmentenns feiras livres; decidiu íicarali durante a semana, para nãogastar dinheiro com condução.O caso de Jurema é semelhan-te: ela tem vários parentes emHonório Gurgel, "que íica mui-to distante de onde eu traba-lho", um prostíbulo da RuaCarmo Neto.

A denúncia falava em doisoutros, mas a Secretaria de Ser-

Agriculturaluta contraas formigas

Brasília (Sucursal) — Res-pondendo à solicitação doDeputado Antônio Bresolin(MDB-RS), o Ministro SeveroGomes informou em ofício en-viado à Câmara que o Minis-tério da Agricultura aplicar*cerca de Cr$ 10 milhóes nocontrole das formigas corta-deiras em todos os municípiosdo Estado do Rio Grande doSul. em convênio com a Se-cretarla de Agricultura do Es-tado.

viços Sociais soube que só malsum morava no barraco e forarecolhido, há dez dias, ao Cen-tro de Recuperação de Men-digos, de onde saiu voluntária-mente, alegando não ser men-digo.

Em conseqüência das motivosapresentados pelos habitantesdo barraco — de que têm con-dições de trabalho e moradia —a Secretaria de Serviços Sociaisnão pôde mantê-los no Centro,mas ameaçou-os de, na próxi-ma vez, prendê-los por vadin-gem, caso se instalem cm ou-tro lugar do Mangue, nas mes-mas condições anteriores.

Comerciantecondenadofaz apelo

Deu entrada no SuperiorTribunal Militar a apelaçãocontra a sentença do ConselhoPermanente de Jmtiça da Au-ditoria da 9.a Região Militar,sediada em Campo Grande(Mato Grosso), que condenouà pena de 2 anos de reclusãoo comerciante Artur Fernan-des, acusado de ter infringidoa Lei de Economia Popular.

Foi designado relator o Mi-nistro Alcides Carneiro e revi-sor o Ministro Grün Moss.

SURSANnàoacaba obrana Ilha

Uma obra inacabada do De-partamento de Obras da SUR-SAN, que iniciou há dois me-ses a retirada dos trilhos debonde da Ilha do Governadore desistiu depois de três quar-telrões, está prejudicando otráfego na Rua ComendadorBastos, que dá acesso ao Quar-tel dos Fuzileiros Navais e re-gistra grande movimento deveículos, principalmente nosdias de praia cheia.

Segundo as explicações rece-bidas pelos moradores, a firmacontratada para retirar os tri-lhos e dormentes paralisou aobra por considerá-la antieco-nômica, e o Departamento deObras não asfaltou a pista es-buracada, limitando-se a depo-sitar cascalho no lugar dos pa-ralelepípedos retirados.

RECLAMAÇÃO

Pela Rua Comendador Bas-tos, que é a continuação daAvenida Paranapuã, passamtrês linhas de ônibus e todo otráfego dos veículos que de-mandam às Praias da Guana-bara e Bananal. Os moradoresreclamam que, os ônibus e ca-minhõek, ao passar em veloci-dade acima de 60 quilômetros,lançam à calçada as pedrassoltas que cobrem a vala aber-ta pelo Departamento de Obras.

SERVIÇO E ESTOQUENAS PRINCIPAIS CIDADFS

COMUNICADOEm virtude do inventário anual que faremos rea-

lizar nos dias 30 e 31 de dezembro, comunicamos aosnossos amigos, clientes e fornecedores que não aten-deremos nos citados dias, permanecendo fechadas anossa oficina e a seção de peças.

TjuanAuttrveículos s. a.

Rua Bala, 1223 . O

Plambel entra na Políciacom queixa-crime contraex-diretores da sociedade

A Plambel Comércio e Indústria S.A. deu entrada on-tem, na Delegacia de Defraudações, com uma queixa-cri-me contra ex-diretores da sociedade, o advogado LeiboKampelo e o comerciante Manuel Kampel, e Rywka Golde-berg, essa última estranha à sociedade, por terem desvia-dos mercadorias e emitido títulos no valor de Cr$ 13 ml-Ihões sem que a administração social tivesse conhecimento.

Disseram os atuais diretores da sociedade que somenteagora, com o assédio dos credores, vieram a constatar omotivo da renúncia dos ex-diretores, como também o des-vio das seguintes mercadorias, até o presente momento:uma máquina de escrever Olivetti; uma máquina de somarJacit; uma geladeira Gelomatic; uma televisão; uma gela-deira Ibesinha e várias espingardas.FUNDADORES

O advogado Henrique Câhdi-do Camargo, em sua queixa,alega que Leibo Kampelo eManuel Kampelo são funda-dores e acionistas da sociedadee, por serem majoritários fo-ram eleitos c reeleitos Presi-dente e Superintendente res-pectivomente. Em novembro de1963 conseguiram, mediante umardil, convencer a um amigo deambos, Israel Henrique Lau-íer, a ingressar na sociedade,tendo-lhe transferido um têr-ço de suas ações c prometidoque a partir da data assumi-ria o cargo de Tesoureiro.

Garantiram que os estatutossociais seriam alterados quan-to ao objetivo que seria o davenda de aparelhos eletrodo-mestiços em geral c abolidosos carnets após a entrega dasmercadorias a eles vinculadas.A liquidação dos caniets seriainteiramente da responsabili-dade do Presidente c do Su-perintendente, conforme suaobrigação constante nos pro-prios carnets.

A firma tinha e tem — íri-sou o advogado — como ob-jeto, conforme o disposto noArt. 4.° do estatuto a plani-ficação de vendas com distri-buíção gratuita de brindes aseus clientes; comércio, impor-

tação e exportação de relógiosc jóias, eletrodomésticos, etc.Nesse sentido efetiva vendas aprazo mediante íornecimentode carnets.

A RENÚNCIA

Inopinadamente, por carta do3 de fevereiro de 1966, renun-ciaram aos seus mandatos sobalegação de "motivo indepen-dente de sua vontade", ten-do o Sr. Israel Henrique Lau-fer insistido para que não dei-xassem o cargo, não sendoatendido.

A partir do mès de Julho,a sociedade' começou a ser blo-queada pelos credores com tf-tulos ao portador com venci-mentos a 5 de julho do cor-rente, cobrando juros elevadis..simos, dívidas estas contraídaspelos vigaristas em nome daíirma.

Mediante isso, a sociedadepor mera liberalidade interpe-lou os vigaristas no Juízo da17." Vara Criminal, para queno prazo de 5 dias, a contar danotificação, apresentassem jus-tificativa para o fato. files nãocompareceram e no dia 8 deagosto do corrente a socieda-de constata — segundo afirma— com mais profundidade adesonestidade dos ex-Diretorescom o desvio de mercadorias-

Petrópolisforma seusmecânicos

A Escola de Engenharia daUniversidade Católica de Pe-trópolis formou a sua primei-ra turma de engenheiros me-caiiiçõs; profissão das mais so-licitadas pelo parque industrialbrasileiro no ramo automobi-lístico e metalúrgico, que ago-rsi já conta com mais onze es-pecialistas cm automóveis.

No Teatro Mecanizado doHotel Quitandinha íoi realiza-da a cerimônia de colação degrau dos novos engenheiros,tendo falado na ocasião o ora-dor da turma dos onze, Antô-nio de Matos Lourenco, e oProfessor Karl Kurt Litzmann,paraninfo.

iT. de Contasfluminensese renova

Niterói (Sucursal) — Os Ml-nistròs Paulo Araújo e ÁlvaroSardinha foram eleitos ontem,às 14 horas, Presidente e Vice-Presidente do Tribunal de Con-tas do Estado, em eleição de queparticiparam nove Ministros «íoram votados, também, os Srs.Silas Ribeiro, Paulo Kale e Da-cio Lazari, para Presidente oprimeiro e Vice os dois últi-mos. O Ministro Paulo Araújo,que substituirá o Ministro Pau-lo Fernandes na presidência doTribunal de Contas, é fundadorda extinta Uniáo DemocráticaNacional e íoi durante mais dadez anos presidente do Direto-rio Regional do Estado do Rio.

PORQUE V. DEVE LER

o paisdoscoitadinhos

'\.. om livro escrito para uma nação adulta, de homensleitos e r//osj talhados a martelo e não leitos de cera."

DAVID NASSER — >'0 Diário de um R.pírt.r"

"... o livro documenta implacavelmente a realidade;desvenda a demagogia; arrasa o empirísmo; desmascara ocharlatanismo desenvolvimenlisto; reprova o nosso crônico caosadministrativo... mas não é um livro pessimista nem derro-tista. Pelo contrário."

HENRIQUE PONGETTI — «o oiobo»

"O ensaio de Emil Farhat merece um lugar nas escolas pú-blicas, como nos cursos superiores."

ASSIS CHATEAUBRIAND "Diário d* $. raulo"

"... nunca se escreveu em Jempo algum uma calilináriatão contundente, porque firmada em latos que são citadosém chorrilho. Ó livro de Emil Farhat ê um espelho de toda avida da Nação."

THEOPHILO DE ANDRADE —o jornal" - Ri.

rtsse livro de Emil Farhat, "O País dos Coitadinhos", deviaser lido por lodo mundo. Nunca vi retrato mais liei do Brasilnem análise mais objetiva da situação nacional....Masum livro de fê e de otimismo na nossa realidade e no nossoluluro. Um livro de rumos."

ALBERTO DEODATO — "Eitado d« Minai" . B. Horlionfo

"... o livro de Farhat merece ser lido por Iodos que esperamver o Brasil em sua posição de grande país."_.

GLYCON DE PAIVA — "Jornal do Comírclo" - lio

"... o livro do sr. Farhat ê orno percuc/enle análise dosmales e desgraças qué alligem o Brasil, indicando algumasde suas rahes mestras e causas. Sóbre êste aspecto, é libelotremendo. E merece ser lido, repilo."

VIVALDO COARACY — "O E.lado d. S. Paul.»

EM 3." EDIÇÃO DACIA. EDITORA NACIONAL

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g _ l.a' Cad., Jornal do Brasil, quarta-feira, 28-12-66

Dissolvida Câmara no Japão e convocadas eleiçõesCinqüenta organizações deanarquistas europeus fazemameaça de sanções a Franco

Maâri e Milão (UPI-JB) — Reunidos em Con-gresso em Milão, 50 representantes de organizaçõesanarquistas européias decidiram destruir cinco pro-priedades espanholas em países do Continente, ca-so o Govêrno do Generalíssimo Franco aplique penassuperiores a três anos a cinco anarquistas que se-rão julgados em Madri. \

¦ Os delegados divulgaram um comunicado, mar-cando o fim da reunião, no qual acusam os Estados.Unidos de estarem auxiliando o Generalíssimo Fran-co a perseguir o movimento anarquista na Espanhae revelam a existência de bases atômicas norte-americanas em território espanhol.

FÉRIAS EM "ANTIGUA

RAPTORES

Os cinco anarquistas íoramdetidos a 25 de outubro em Mu-dri sob a acusação de teremraptado Um padre que ocupavaum cargo diplomático na re-presentação da Espanha juntoà Santa Sé e de terem conspl-rado para seqüestrar o Embai-xador norte-americano, AngelDuke, na Capital espanhola.

Do Congresso que se tirou adecisão de destruir as proprie-dades espanholas participaramrepresentantes de organizaçõesanarquistas da França, Grã-Bretanha, Itália, Suécia, Fin-landia, Espanha, Holanda, Dl-namarca, República Federal daAlemanha e Bélgica.

UNANIMIDADE

-As Cortes espanholas apro-varam ontera, por unanimida-de, 78 projetos de lei, 40 decre-tos e 38 verbas propostas peloGeneralíssimo Franco, durantea sessão de encerramento do,ano, que durou duas horas.

Até hoje, desde o fim daguerra civil, as Cortes — "ór-gão superior de participação dopovo espanhol nas tarefas doEstado" — nunca rejeitaramuma só lel proposta por Fran-co. São membros do Parlamen-to representantes do "ex-ofí-cio" (Ministros, ConselheirosNacionais da Falange, Prefei-tos e Reitores Universitários),eleitores (representantes deSindicatos, Governos provin-ciais) e 50 pessoas nomeadaspelo Chefe de Estado por "emi-nentes serviços ã Espanha", nocampo militar, eclesiástico eadministrativo. Nenhum delesé escolhido por eleição popular.

Entre as leis aprovadas on-tem figuram projetos de eleva-ção de salários dos membrosdas Forças Armadas, extensãoáe seis para 12 milhas da sobe-rania nacional sôbre as águasterritoriais e aumento dos di-reitos civis das mulheres, quepassaram a ter acesso à ma-glstratura.•

Projeto sôbre liberdadereligiosa é pnra janeiro

Madri — O Govêrno do Ge-neralíssimo Franco apresenta-rá no próximo mês às Côrtésum projeto de lei estabelecen-do a liberdade religiosa na Es-panha para quaisquer grupossociais, com exceção do Chefede Estado, que deverá ser ca-tólico.

Desde o período da Inquisi-ção, quando • a mera suspeita,de heresia poderia levar qual- *quer pessoa à fogueira, a liber-dade religiosa sempre íoi'ilegalna Espanha, exceto num breveperíodo de cinco anos — entre'1931 e 1936 — qüe correspondeuà. República.

A Espanha é o país mais ca-tólico do mundo, com 99% desua população pertencendo kIgreja.de Roma, segundo pes-quisa realizada pelo VaticanHerald, de Londres.

A Idéia de conceder a liber-dade de imprensa está inseridana lei orgânica'do Estado, ra-tífícada em plebiscito por 95%dos votos do eleitorado. Se-gundo os observadores diplo-máticos é conseqüência diretadas deliberações do ConcilioVaticano II.

A lei estabelece que ninguémpoderá ser legalmente discri-minado por. motivos religiosos.Os membros das Forças Arma-das e os presos não serão obri-gados a assistir missa e os paispoderão escolher a orientaçãoreligiosa que pretendem dar aosíilhos.

Um outro dispositivo impor-tante da lel, afirmam os obser-vadores, é permitir que os es-tudantes não católicos maioresde 18 anos não.tenham obriga-ção de assistir a aulas de reli-gião. Os mais' novos deverãoapresentar autorização por es*crito dos pais.

Fontes chegadas ao Govêrnorevelaram que a liberdade deassociação religiosa será, reco-nhecidá, o que permitirá a to-dos <5s não católicos realizarem

Lyiida e onoivo em

IcoAcapulco (UPI-JB) — As

medidas dc segurança ado-tadàs para proteger a filhado; Presidente dós EstadosUnidos em visita a Acapulcotêm'sido tão rigorosasqúe Lyhda Johnson deve-ria conceder uma entrevis-ta coletiva ontem a fimde minimizar a péssima im-pressão provocada na im-prensa.

Guardas armados cerca-ram

"a casa da atriz Merle

Oberon. onde Lynda e seunoivo George Hamilton es-tão hospedados, impedindoque qualquer pessoa se apro-xime a menos de 10Q metrosdo local e ameaçando que-brar a máquina dç qualquerrepórter que se atreva a ío-tografar o casal.

Uma verdadeira operaçãomilitar foi montada paraproteger a chegada de Lyn-da e George segunda-feiraa Acapulco. O aeroporto on-de deveria aterrissar o aviãoespecial foi interditado qua-tro horas antes do desem-barque, e nenhum jornalis-ta pôde se aproximar docarro oficial qpe levou o ca-sal à residência de MerleOberon.

ofícios religiosos em seus pró-prios templos e publicarem sualiteratura.

Proselitismo — que era prà-tlcamente impossível há algunsanos — será também autoriza-do, desde que não representeofensa à Igreja Católica. Êsteponto, entretanto, parece serbastante controvertido: os par-tidários do Govêmo afirmamque será totalmente aplicado,enquanto a oposição assinala adificuldade de se distinguir oqúe ofende ou não à Igreja Ca-tólica. Na. opinião dos observa-dores, apenas o tempo poderádizer quem está certo.

.Se a lei: é considerada Impor-tante, do ponto-de-vista da de-mocracia, não pode ser ao mes-mo tempo tomada como indi-cador de um conflito religiosona Espanha, uma vez que aspopulações não católicas emnúmero são Irrelevantes.

A legalização do proselitismopoderá gerar reações negativasentre os católicos espanhóis,extremamente conservadores,que dificilmente admitirão queevangelistas, presbiterianos, eoutros pregadores cristãos nãocatólicos se dirijam ao Pais pa-ra propagar seu credo.

As religiões não católicas têmsido oficialmente toleradas, nosúltimos anos, e praticamenteaceitas de uns meses para cá.O próprio Presidente Prancoaceitou receber uma delegação .de israelitas que desejava agra-decer os passos dados pelo Go-vérno em prol da liberdade re-ligiosa.

Este encontro, na opinião dosobservadores, foi o primeiro in-dlcio do renascimento da co-munidade israelita na Espanha,depois de ter sido dissolvida em'1492, na ocasião do descobri-mento da América, em conse-qiiência de um decreto de ex-pulsão dos judeus.

Sexo pelaTV dá bolona Suécia

Estocolmo (UPI-JB) Oator sueco Ber Oscarsson,premiado no último Festivalde Cinema de Canes, pro-vocou ontem um escândalode repercussão nacional ao.se desnudar quase comple-tamente num dos mais po-pulares programas de teie-visão para. ilustrar uma aü-la de educação sexual.

Oscarsson tinha sido con-vidado para se apresentarno programa para ser-en-trevistado como o persona-gem da semana e ao termi-nar à entrevista pediu aoanimador do programa, Len-nart Hyland, para dirigiruma mensagem à nação. í

A mensagem foi trans-formada num verdadeirocurso de educação sexual,que o ator procurou ilustrarcom uin inesperado striptease, que obrigou a direçãoda televisão a retirar o pro-grama do ar assim que Os-carsson tirou as calças dl-ante das câmaras, ficandode cuecas.

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Tóquio (UPI-JB) — O Pri-meiro-Ministro Eisaku Satodissolveu ontem a Câmara. Bai-xa (Shungl-In) e amuiclou arealização de eleições gerais noJapão a 29 de janeiro.

A decisão do Premiei* era es-perada há algum tempo, emconseqüência dos ataques dospartidos de oposição a seu Go-vêrno, dc escândalos e corrup-ção.

SITUAÇÃO

A dissolução da Câmara êpermitida segundo o artigo sé-timo da Constituição japonesade após-guerra: "O Imperador,a conselho e com a aprovaçãodo Gabinete, realizará os se-gulntes atos em nome do po-vo, inclusive a dissolução daCámaira de Representantes".

A campanha eleitoral come-ça oficialmente a 8 de janel-ro, disputando as 467 cadeirasda Shungi-ln cinco partidos:Liberal-Democrata, Comunista,Socialista. Conservador e orecém-criado Partido de Go-vérno Honesto.

Sato, alvo de constantes cri-ticas nos últimos meses, porpermitir a corupção, está per-dendo popularidade, confor-me recente pesquisa de opi-nião pública realizada pelojornal Asahí Shimbun, na qualapenas 25% apoiavam o Prc-mier.

A Câmara foi dissolvida du-rante a sessão da tarde, apósa abertura de praxe, anuncia-da .por seu Presidente, KentaroAyabe.

Conservadores aindapermanecem colados

A Sr.a Jacqueline Kennedy chega ao Aeroporto de Nova Iorque, onde embarcaria com os filhos para Antigua (UPI)

De Gaulle não teráa mesma sorte em 67

Allan PriauxEspecial para o JB

PAKIS *— O Presidente francês Charles De Gaulle fêzalguns amigos no estrangeiro em 1966, mas quase todos pre-dizem que não terá a mesma sorte no ano nôvo.

Aprcssam-se, no entanto, a acrescentar que o Generalnão fará muito caso disso: Ele está interessado apenas emganhar para a França prestigio mundial e não o preocupase, duranl« êsse processo, faz amigos ou não.

A atitude mais es-petacular de De Gaulle, nesse sentido,no ano que acaba, foi a retirada abrupta de sua nação dasatividades militares da OTAN e a confusão que se seguiu,entre os aliados.

Em conseqüência da retirada da França da OTAN e dadeterminação de De Gaulle de que todas as tropas aliadasdeixassem a França até 1 de abril próximo a aliançatambem foi forçada a abandonar sua sede, em Paris. Talvezo ano que vem se estabeleça em Bruxelas, não longe do Co-mando Supremo Militar em Casicau, Bélgica.

Dc Gaulle insiste na tese dc que favorece a participa-ção francesa na aliança, nías não em sua estrutura de bloco.Não se deverá entristecer com a retirada da sede tia OTANde Paris.

Através do ano de 1967, De Gaulle prosseguirá sua po-litica de reaproximação com a União Soviética, recebendoa visita do Presidente Nikolai Podgorny e tio Chefe do Par-tido Comunista, Leonld Brejnev, c aprovando uma série denovos acordos franeo-soviéticos, no campo cientifico e téc-nico.

A maioria dos observadores prevê, contudo, que não seaproximará muito de sua meta de criar uma Europa tinida,do Atlântico aos Urais.

Há muita especulação em torno de um encontro dc DeGaulle com o Presidente Lyndon Johnson, em Paris, seeste decidir fazer sua projetada viagem g. Bonn, em abrilou em maio. Mas tanto as fontes francesas, como as norte-americanas são dc opinião que um tal encontro poucos resultados práticos traria, do ponto-de-vista político de pro-mover diálogos em assuntos controversos como a détenteLesle-Oestc e a guerra no Vietname.

Mais perto da França, está o problema alemão e espera-se que De Gaulle receba bem a proposta do nôvo Govêrnoda Alemanha ocidental, no sentido de melhorar as relaçõesentre os dois paises. Dc Gaulle será o anfitrião do Chance-ler Kurt Gcorg Kiesingcr, cm janeiro, e talvez retribua avisita, indo 'a Bonn em junho ou julho.

Os resultados concretos que advirão dessas conversaçõespor ora não passam de especulação: c possível que discutamuma solução do problema das tropas francesas na Alemanha,situação delicada que se criou com a retirada da França daOTAN. O status legal dessas tropas já está esclarecido esua missão provavelmente será definida em princípios doano próximo.

Além do Canal da Mancha, encontramos o Primeiro-Ministro Harold Wilson oom seus esforços para fazer in-gressar a Grã-Bretanha no Mercado Comum EuropeuQuase todos concordam com a tese de que De Gaulle nãoalterará sua posição, tomada em 1963, quando bloqueou aentrada da Inglaterra nessa associação.

Fontes francesas opinam que Wilson será recebido comsimpatia por De Gaulle, mas êste lhe dirá que a Grã-Bre-tanha não tem chances de ingressar no MCE, a menos quesc submeta a todas as condições do tratado —o que significaromper com os padrões atuais de comercio com a Comuni-dade e outras nações. Também se espera que De Gaulleinsista junto a Wilson, no sentido de adotar medidas enér-gicas a fim de impulsionar a economia britânica e a situaçãoda libra esterlina. Poderá exigir algumas concessões políticasdo Governo de Londres, na forma de garantias de que aGrã-Bretanha adotará um ponto-de-vista "mais europeu"em suas conversações com os Estados Unidos. ' *

Maioria dos dirigentes doPartido Democrata prefereque Johnson saia em 1968

"Nova Iorque (UPI-JB) — Quase 50% dos altosdirigentes do Partido Democrata que participaramde uma pesquisa de opinião pública, acham queLyndon Johnson tem poucas possibilidades de sereleito Presidente em 1968 e declararam preferir ou-tro candidato.

A consulta, divulgada pelo New York Times,íoi realizada entre 125 altos dirigentes democratas— Presidentes de comitês regionais, delegados ao Co-mitê Nacional e candidatos aos principais cargosnas passadas eleições de novembro — em 30 dos50 Estados norte-americanos.

AULA DE SURPRESA

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REGIÕES

O apoio a Johnson émaior nos Estados do Nor-deste e bem menor nos Es-tados do Sul e meio-Oeste.Quarenta e três por centodos interrogados disseram

preferir outro candidatopresidencial; alguns evita-ram uma resposta direta;poucos acham que outrocandidato conseguiria der-rotar Johnson na conven-ção partidária.

A versão presidencial doincidente com Jacqueline

Per Oscarsson inicia o êtrip-tease que -Jcont.a.úou o Suécia (UPI)

Austin (UPI-JB) — A ver-são pessoal do Presidente Lyn-don Johnson sóbre as oeorrên-cias a bordo do avião que trou-xe de Dallas para Washington-o corpo do Presidente Kenne-dy. no dia 22 de novembro de1963, contrasta fortemente coma descrição atribuída a Wil-liam Manchester, em sua obraA Morte de Vm Presidente,que daria Johnson como umindivíduo rude e sem consi-deração.

"Fomos introduzidos nas de-pendências reservadas do aviãopresidencial — afirmou John-son ante a Comissão Warren,no seu único pronunciamentoconhecido sôbre o assunto. —•Não me pareceu direito queJohn Kennedy não estivesseali. Eu disse a alguém quepreferíamos que a Sra. Ken-nedy utilizasse aquelas aco-modações".

Essas palavras não condizemque as informações de que olivro de Manchester1 apresen-taria a íamilia Kennedy cho-cada ao descobrir que Johnsonse apoderara da cabina doPresidente morto e desconsi-derava a sua familia e a suaequipe.

A Casa Branca do Texas ln-formou na segunda-feira queJohnson se recusava a dar en-trevistas sôbre "toda a ques-tão" do livro de Manchester eordenara silêncio também aseus subordinados.

O Secretário de Imprensa,George Christian, ante a per-gunta sôbre o motivo pelo qualJohnson jamais fizera decla-rações sôbre aqueles aconteci-

.mentos, disse que o Presidenteprestara depoimento ante aComissão Warren e "pelo quesabemos, foi sô o que jamaisdisse".

"Logo apôs termos entradono" avião — disse LyndonJohnson à Comissão Warren— telefonei a Robert Kennedy,irmão do Presidente e Secreta-rio da Justiça. Sabia Como éleestava sofrendo e queria dizeralgo que o confortasse".

"Apesar do choque, discutiuos problemas práticos imedia-tos... problemas de urgênciaespecial porque nâo tínhamos,no momento, qualquer infor-mação quanto aos motivos do

. assassinio e suas possíveis im-plicações".

"O Secretário de Justiça dis-se que gostaria de estudar aquestão sôbre se o juramentode posse presidencial deveriaser prestado Imediatamente ouapós nosso retorno a Wash-.ington, e que me telefonariade volta".

Johnson disse que a partirdaí conversou com os assistên-tes especiais McGeorge Bundye Waiter Jenklns pelo telefo-ne do avião e que ambos"aconselharam fortemente queo retorno a Washington nãoíôsse retardado".

"Disse-Uies que estavaaguardando a Sr* Kennedy eque o corpo do Presidente fôs-_e colocado no avião e que nãoretornaria antes disso",- afir-mou Johnson ante a ComissãoWarren.

Tóquio — O Primeiro-Minis-tro Eisaku Sato conta com oapoio de pouco mais de umquarto da população japonesae seu partido de Govêrno, oLiberal-Democrata, está cerca-do por encàndalos e mexeri-cos, mas ninguém duvida quetriunfem nas eleições de 29 dejaneiro. E poucos duvidam queos conservadores consigammanter sua maioria preponde-rante.

Exceto pela participação —pela primeira vez — do Ko-mei'to (Partido dc Governo Ho-nesto), em franca ascendência,pouco deverá acontecer no ce-nário político" da Câmara Bai-xa, onde os conservadores atu-almente mantêm uma maioriade 278 lugares, para 141 dossocialistas.

Contudo, muito se espera noque se refere ao partido deGovêmo, já que suas váriasfacções disputam posições deíôrça.

Sato, representando o grupomais conservador, há poucotempo foi facilmente reeleitolíder do Partido, vencendo oselementos liberais. Estes, natentativa de purificar o Parti-do, tirando-o de sua atmosferade escândalos e corrupção, cn-coberta durante os últimosseis meses, "irão ao povo", co-mo disse seu chefe AiichiroFujiyama, e assim, procurarequilibrar a balança do poderdentro do próprio partido.

Os escândalos, que causarama renúncia dc um ministro, aretratação pública de outro ea prisão de um dos mais an-tigos membros do Partido, 11-teralmentc acusado de cente-nas de delitos, como sonega-ção de impostos c peculato,também darão aos partidosoposicionistas sua melhor opor-tunldade de equilibrar a ba-lança do poder na Dieta (Par- .lamento), embora não esperemque tal oportunidade lhes bataá porta.

Além dos liberais-democra-tas, quatro partidos estarãodisputando os 486 lugares da'Câmara Baixa. Os socialistas,que conseguiram formar umGoverno de coligação mal apa-relhado e de curta duração,em 1947, representam o segun-do partido cm íôrça — mas osegundo melhor dificilmente é'o segundo mais poderoso. Dou-trinário, e aparentemente sa-tisfeito em desempenhar o pa-pel de uma oposição ruidosa,o Partido foi incapaz de for-mar o tipo de plataforma queapelai*ia à crescente classe mé-dia japonesa.

Os japoneses, cansados dosconservadores e ansiosos porventos de mudança, não estãosuficientemente cansados ouansiosos para aceitarem o abs-tracionismo socialista de pre-feréncia às promessas conser-vadoras dc dar a cada casa suageladeira.

"A conversa", continuou, "foiinterrompida para que RobertKennedy pudesse falar comi-go. Disse que o juramentodeveria ser prestado Imediata-mente, antes de levantar vôopnra Washington..."

Alguns dos rumores préviossôbre o livro A Morte de V.mPresidente, no entanto, indi-cam que contém criticas à de-cisão de Johnson de manter oavião em Dalas até que ti-vesse prestado o juramento.

Johnson contou as suas pro-vidências para conseguir queo Juiz Distrital dos EstadosUnidos Sarah Hughes viesse aoavião tomar-lhe o juramentoc disse que "nesse Ínterim che-•garam a Sr.-1 Kennedy e ocaixão".

"A Sr.1 Johnson e eu íala-mos com ela — disse Johnson.— Tentamos confortá-la, masnossas palavras pareciam ina-dequadas. Ela entrou no ¦compartimento reservado doavião..."

"Cerca dç meia hora depoispedi a alguém que visse se aSr." Kennedy aceitava íicar anosso lado durante a cerimô-nia do juramento. A Sr.n John-son foi ter com ela. A Sr.1 Ken-nedy veio e ficou a nosso ladodurante os momentos em queera prestado o juramento. Ja-mais esquecerei sua bravura,nobreza e dignidade".

Lady Bird Johnson, ao pres-tar depoimento ante a Comis-são Warren, sete meses após amorte de Kennedy, recordou

• que "fomos a principio intro-duzidos na cabina presidencialdo avião, mas Lyndon logo dis-se "não, não" e imediatamentenos levou para íora dali. Acha-mos que ali era o lugar ondedevia íicar a Sr.» Kennedy".

O caixão, disse a Sr.» John-son, ficou num saguão ligandoo compartimento presidencial auma cabina posterior. A Sr.»Kennedy estava com êle e aSr.a Johnson foi vê-la.

"Embora fôsse muito difícil,ela facilitou as coisas o maispossivel — disse a Sr.» John-son. — Disse coisas como "Oh,Lady Bird, que bom que nóssempre gostamos tanto de vc-cês deis" e "talvez mais tar-de... agora não".

A Sr.» Johnson disse que ía-ria tudo para ajudar a Sr.»Kennedy. que tinha as roupasmanchadas do sangue do ma-rido, "mas nada havia que pu-desse fazer para ajudar, de mo-do que logo sal e voltei à parteprincipal do avião, onde esta-vam todos sentados".

"O percurso de carro a Wa-shington íoi feito em silêncio,constrangido, com cada qualImerso em seus pensamentos.Um dos meus era sôbre algoque eu dissera de Lyndon ha-via muito tempo... que êle éum bom homem numa hora di-íícil».

Organização da Palestinacria conselho secretopara derrubar Rei Hussein

Cairo (UPI-JB) — A Organização de Libertação daPalestina anunciou ontem a formação de um Conselho Re- .volucionário Secreto que organizará a luta pela queda do '<__

Rei Hussein da Jordânia, acusado de "traidor de Alá, oProfeta", e "tirano de Amã".

O creíe da OLP, Ahmed Shukeiry, declarou, falandoà rádio Voz da Palestina, que o Conselho é composto de

pessoas que vivem dentro e fora da Jordânia, mas que sedispõem a preparai* o povo jordaniano para a "libertação

nacional", tendo o Exército da organização na vanguarda.

A OLP, auxiliada pela Síria,tem sido a organização maisativa na ação contra o ReiHussein, que vem sendo vio-lentamente criticado por nãoter tomado as devidas medi-das contra Israel, durante oataque aos postos de írontei-ra jordaneses, a 13 de novem-bro último.

As acusações da Rádio daDamasco e da OLP contribuí-ram para a explosão de inü-meros íocos de rebelião inter-na na Jordânia contra o ReiHussein que entretanto conse-guiu manter-se graças às tro-pas fiéis da Legião Árabe.

PARA A LUTA

O nôvo Conselho substituiráa atual Comissão Executiva daOLP, integrada pór 11 mem-bros, não tendo entretanto si-do revelados os nomes dos con-selheiros e os locais e datas dereuniões. Todas as resqíuçõesadotadas serão mant^as emsegredo, divulgando-sé somente"aquilo que sirva ao interessepúblico e dentro de estritos 11-mites", segundo informou Shu-keiry.

O chefe da OLP explicou quea reorganização tem por fina-lidade reduzir os custos e dis-por de mais dinheiro para oatual Exército de Libertação daPalestina.

EXÉRCITO HERÓICO

Shukeiry. acusou o Rei Hus-sein de submeter os comandospalestinos às mesmas "matan-

ças, prisões e torturas" que osisraelenses, e revelou que astropas jordanianas atacaramduas vezes, nos últimos dias,soldados do comando.

Disse ainda que durante arecente reunião do Conselho deDefesa Árabe, realizada noCairo, a Jordânia demonstrouclaramente sua intenção de nãopermitir a entrada em seu ter-ritório de íôrças do Iraque ouda Arábia Saudita para "aju-dar o heróico Exército da Jor-dânia na defesa da porçáo res-tante de nossa pátria".

Gana fixanorma paraeleições

Acra (UPI-JB) — O regimemilitar' de Gana nomeou umacomissão eleitoral de 167 mem-bros, encarregada de redigir oregulamento para a eleição deum nôvo Congresso, segundo seanunciou ontem.

A comissão, presidida peloantigo Ministro do SupremoTribunal J. B. Sirlboe, íará re-comendações sôbre as qualifi-cações exigidas aos futurosparlamentares sob a no-va Constituição.

O regime militar, que enviouuma comissão em excursão pe-lo pais para sondar a opiniãopública sôbre a forma de umanova Constituição, pretendesubmeter o texto a um plebis-cito e posteriormente promul-gá-lo e convocar eleições.

ACORDO

O jornal AI Ainhouria, doCairo, revelou ontem a exis-tência de um pacto militar se-creto entre os reis da Jordâ-nia e da Arábia Saudita paraaquisição de bilhões de cru-zeiros em armas na Grã-Bre-tanha.

Segundo o jornal os ReisHussein e Falsai teriam se reu-nido secretamente no último,dia 23 em Aqaba, na Costa daJordânia, para elaborar oacordo, cujo principal objeti-'vo seria assegurar o statu quona Jordânia e na Arábia Sau-dita, freqüentemente ameaça- '

do pelas íôrças de esquerda e.pelos demais paises árabes. ,

Luna-13fazpanorama defotos da Lua

Jodrell Bank (UPI-JB) — A "

nave de exploração lunar so- :viética Luna-13 transmitiu no-ivas fotografias, de excelentequalidade, formando com astransmitidas na segunda-feirauma vista panorâmica da Lua, •num ângulo de 120 graus, disseontem o Diretor do Observatô- ,rio Britânico de Jodrell Bank,,Sir Bernard Lovell.

Sir Bernard disse que só da- \rá publicidade às fotografias'quando receber autorização dos .soviéticos e que "como astro- .nomes, temos relações multo ^intimas e valiosas com nossos ¦•colegas soviéticos", acrèscen- >tando que "estou decidido a_nada fazer que prejudique es- *

eas relações".

'Jornal do Brasil, quarta-feira, 28-12-88, Ifl Cad. — 9

Seca e fome ameaçarão cemmilhões de indianos em 1967

DEPOIS DO JEJUM

Nova Iorque (UPI-JB) — Milha-res de pessoas terão morrido de fomeaté fins de 1967, nos Estados indianosde Uttar Pradesh e Bihar, violenta-mente atingidos pela seca, onde a fo-me está matando principalmentecrianças e velhos.

Os embarques de trigo e sorgoanunciados pelos Estados Unidos, obe-deçendo a uma ajuda de emergência,não chegarão a tempo de salvar UttarPradesh e Bihar da fome, com suapopulação total de quase 100 milhões

de habitantes, privados dos alimentosbásicos: arroz, trigo e outros grãos.RAÇÃO

Em Bihar, a ração alimentar poradulto é de 153 gramas de grão. Cen-tenas de famílias comem uma vez pordia. Outras se alimentam de raízesdo mato e cascas de árvore. Lojas etrens são saqueados e as desordensprovocadas pela fome se tornaram ümlugar comum neste ano de 1966.

Johnson faz sondagem sôbre índiaAustin, Texas (UPI-JB) — O Presiden-

te Johnson pedirá ao Congresso que apre-sente o seu ponto-de-vista, antes de de-cidlr, no próximo ano, sôbre o programade ajuda alimentar a longo prazo à índia,ariunciou ontem a Casa Branca no Texas.

O Secretário de Imprensa, GeorgeChristian, declarou que Johnson "está sa-tisíèito porque outras nações" enviam ce-reais para aliviar a fome na Índia. A UniãoSoviética ofereceu 200 mil toneladas e oCanadá e a Austália também ajudarão.

EXCEDENTES

Depois de reiterar que os Estados Uni-dos desejam "ação multilateral" na ajudaà Índia, em face da redução do estoque deexcedentes de cereais no país, Christian de_clarou que Johnson está "de acordo", como acordo provisório anunciado na quinta-feira pelos Estados Unidos de'doar mais 900mll toneladas de cereais."Isto assegura aos indianos um supri-mento para janeiro e fevereiro e parte demarço, de cerca de um milhão de toneladasmensais" — disse Christian."Acho que sabem que o Presidente pre-tende que as questões que digam respeito

íi alimentos sejam resolvidas em entendi-mento intimo com o Congresso... É suaintenção pedir ao Congresso uma resolu-ção que lhe dê o seu ponto-de-vista sôbreo assunto, como tem feito no passado.""Por enquanto, os funcionários compe-tentes continuarão estudando a situaçãode alimentos na Índia."

Johnson "pedirá ao Congresso uma re-solução sôbre toda essa questão, tendo emvista nossa situação de reservas e nossacapacidade — disse Christian. — Os rela-tórios recentes sôbre a safra indicaram nes-tes dois dias que um acordo provisório po-de ser feito sem prejudicar nossas reservas".

A resolução anterior mencionada porChristian foi aprovada em abril pelo Con-gresso após a visita de Indira Gandhi, emapoio ao programa de embarques de ali-mentos de ajuda que expirará em março anão ser que haja extensões provisórias.

Johnson recebeu um "relatório comple-to sôbre a situação alimentar na índia", doDepartamento de Agricultura, e passou amanhã de ontem estudando o assunto, dis-se Christian, acrescentando que foi um diade trabalho de escritório para o Presidentenorte-americano, incluindo algumas "men-sagens pessoais a Chefes de Estado".

Decisão do Govêrno alegra sikhsAmritsar (UPI-JB) — O sacerdote

sikh Pateh Singh se disse ontem muitocontente com a decisão do Governo in-diano de formar nm Estado com populaçãoe religião sikh, que a seita exige há déca-das.

Debilitado por uma greve de fome de10 dias, Singh tinha marcado a data deontem para se imolar, juntamente commais oito discípulos. A chegada do Presi-dente da Câmara Baixa do Parlamento,

Hukam Singh, a Amritsar, impediu que ossuicídios se consumassem.

Os sikhs formam cerca de 30% da po-pulação do Punjab. Reivindicam um Estadoem separado, onde não possam ser assimi-lados pelos demais. A situação agravou-seem 1947, com a criação do Paquistão e suasáreas indianas de maioria muçulmana.Grande parte dos templos sagrados dossikhs está, agora, em território paquista-nês.

Fome no inundo preocupa Israel

Telaviv — Aqui na Ásia Menor, apoucos passos âa África, causam impadoas noticias sôbre a fome.

Poderiavios dizer que a fome existe,porque a grande maioria das populaçõesdos países subdesenvolvidos não dispõe dosuficiente para comprar alimentos; o custodé vida seria alto demais. O que ocorre,

, porém, é mais grave e profundo: simples-mente, não há alimentos em quantidadessuficientes sequer para atender um mini-mo das necessidades gerais da população.Êste fatal desequilíbrio entre o crescimen-to áa população e o áa produção tambémpoderá repetir-se em outras áreas, até mes-mo no Bj-asil, onãe, ao que se sabe, sere-mos em breve mais áe cem milhões.

A fome é constante porque d misériasõ gera miséria. O subdesenvolvimento, aexplosão demográfica, a fome e a ignorân-cia andam juntos como companheiros in-separáveis, uns conseqüência áe outros.

Em fins âo século XVIII o economistainglês Thomas Malthus previa, em seu En-saio sôbre a Teoria da População, que omunão seria áestruiâo pela fome,.porquea população cresce em progressão geomé-trica e a proâução áe alimentos em pro-gressão aritmética. Desde então, a popu-lação munâial multiplicou-se várias vezes,e, agora, se aproxima âos três bilhões. Aprodução de alimentos ficou muito aquém.

...Pouco depois âe Malthus divulgar suateoria as novas descobertas científicas(fertilizantes artificiais) e o áesenvolvl-mento da tecnologia (equipamentos agri.colas, técnicas âe irrigação etc.) pareceram,¦negar as veráaâes que defendia. Tido comopessimista, confundido, até, como um âosinspiradores âo fascismo, Malthus foi es-quecido. Em seu lugar, surgiu o entusiasmopeia multiplicação âa população por to-dos os métodos. E, mesmo entre os paísessubâesenvolviâos, em vista âo falso concei-to de que população e poder se confim-dem, os governos chegaram ao extremo detonificar as famílias numerosas. A mãe âemuitos filhos transformou-se em heroina eo pai, em símbolo âe viriliâaâe e pátrio-tismo.

Mas a veráaâe ê que, mais ou menosisolaâos do munão que se expanâia e âe-senvolvia, cerca- âe áois terços âa popula-ção munâial não eram nem de longe afe-tados pelo progresso tecnológico, apenaspela progresso médico. Autônomos ou co-lônias, os paises sofriam de curiosa e dra-mática dicotomia: o pouco âe suas popu-laçoes que se informava sôbre os padrõesde consumo nos países mais avançados aestes queriam imitar e até mesmo superar,sem nunca terem pensado em também se-guir-lhes o exemplo, nos padrões de pro-dução. Assim, enquanto nos países que jáhaviam realizado sua revolução industrialimperava a consciência de que o progressoera indivisível, nos paises subâesenvolvi-dos predominava o falso conceito de queseria puramento individual.

Bem verdade que esta é uma sitnpli-Jicação ãa verdade histórica. Mas são seusefeitos que nos afetam agora, e não as ori-gens remotas do fenômero da fome. Im-porta, no momento, que a questão da fomese vai tornqnâo cada vez mais grave e dedifícil solução.

Os sociólogos âe há muito sabem quenâo basta âar ao favelado um novo tetopara que deixe de sê-lo. A favela, o mo-,cambo, os slums âos anglo-saxões não sãoapenas um conjunto âe casas inabitáveis,mas um estaão de espirito e uma rotina devida, com raízes em gerações âe hábitos ecostumes semelhantes. Se o problema maisimediato é o da moradia, o 7nais profundoé o da transformação dos hábitos atravésde toãos os instrumentos de educação pos-siveis, a fim âe que o homem aprenda aviver no e em função ão nòvo ambiente.

, Durante séculos, nos dois terços da.humanidade sujeitos ao fenômeno da fome,o homem prendeu-se a obsoletos sistemas

Nahúm SirotskyCorrespondente do JB

ãe produção, aos quais ajustou to ãos osseus hábitos e formas áe viver. São estastradições que se constituem no principalobstáculo à solução da questão. Em um ano,por menos fértil que seja a terra, podemosfazê-la produzir tnais ou menos conformea quantidade de água disponível, os adubosutilizados, as sementes emprcgaâas e a téc-nica âe cultivo e colheita.

No contato com os técnicos, com os so-ciôlogos, psicólogos sociais, engenheiros aoutros, que hoje se dedicam ao estudo âosfatores âo áesenvplvimenio, conclui-se queo principal problema é a resistência âo ho-mem aos novos métodos. Na indústria, aquestão é menos complexa porque os no-vos métodos podem ser diretamente itnpos-tos ao trabalhaãor. Na agricultura, sem uminstrumento âe disciplina, êle é âe dlficilsolução.

Nos Estados Unidos, pais etn que aprodutividade agrícola é a mais alta dahistória, ainãa existem inúmeras áreas debaixa produtividade. São exatamente aque-las onde não foi possível, até agora, que-brar a resistência aos novos métodos deprodução. Coincidem com as zonas etn quesão elevados os coeficientes de analfabetls-mo e baixos coeficientes de escolarização.Nelas predominam superstições da IdaãeMédia.

Em Israel, se o numero âe religiososortodoxos e futidamentalistas não fôsse mi-noritário, o problema da produção seria dosmais graves. Há uma lei bíblica que se re-fere ao ano sabático, o sétimo ano, em quea terra deve ser entregue ao total descan-so, em que nada se deve colher ou plantar,em que as vacas devem ser orâenhaáas,mas o leite atirado fora. As minorias reli-glosas ainda a respeitam. Parte encontrouuma saída na venda teórica, a cada seteanos, de toda a terra de Israel a não ju-áeus, pois que a lei apenas se aplica aosjuâeus. Outra parte, porém, minoritária,cumpre-a ao pé da letra.

Na tndia, as vacas movimentam-se comliberdade por todos os lados e ruas, sagra-das que são. E os.homens morrem à min-gua. Há países em que os macacos são osanimais sagraáos, e, por isso mesmo, semultiplicam ainâa mais ràpiâamente. queos homens. E outros, por incrível qué pa-reça, em que os coelhos, por motivos seme-lhantes, são verdadeira peste.

Em resumo, tais tradições sâo seme-lhantes, em seus efeitos, àquelas do norâes-tino que se recusa a utilizar os aâubos oua cultivar em curva ãe nivel, e adotar me-âiâas para fazer as águas da chuva corre-rem sem levar a terra de roldão.

A fome, leio em inúmeros estuãos e re-latórios, decorre de estruturas da proprie-dade da terra obsoletas, como âo obsole-tismo do homem. A distribuição da terrae a organização âe centros âe assistênciatécnica não se constituem em solução, se,ao mesmo tempo, não ocorre um esforço âeeâucação e se não se obtém a cooperaçãoáe toãos aqueles setores âa socieãaãe, cujosdecretos ou exemplos são o que as massasseguem por tradição ou rotina.

Os instrumentos para a multiplicaçãoda produção agrícola existem. Vejo diária-mente, em Israel, o que pode o homemJazer com o deserto. O que se necessita éa revolução pela evolução rápiâa.

A fome que agora atinge inúmeros pai-ses âa Ásia e âa África, nações que prepa-raram magníficos planos qüinqüenais âedesenvolvimento industrial, preocuparam-se em montar usinas siderúrgicas moâer-nas e até centros de pesquisas atômicas,decorre ão pouco ou naáa que fizeram emrelação à agricultura. E agora, com a mor-te de milhões, à mingua, enfrentam umaverdaâe velha conheciáa âos paises àesen-volvidos, e que se recusaram a ver antes:sem o progresso da agricultura o desenvol-vimento industrial se faz sob bases fictíciase ilusórias. Esperemos que o mesmo nãoaconteça ao Brasil.

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Pablo Casais comemora 90anos em Porto Rico ondese refugiou do íranquismo

, ' São João, Porto Rico (UPI-JB) — O violonce-

lista Pablo Casais, considerado pelos críticos o maiorsolista de todos os tempos, faz 90 anos amanhã eirá comemorar a data em sua casa desta ilha — ondebuscou refúgio como asilado da Espanha após a ins-talação do regime íranquista — ao lado de sua mu-lher porto-riquenha, Marta Montanez, ou Martita.

"Meu melhor presente de aniversário? É jus-lamente êste: estar vivo e gozando as condições desaúde que desfruto em minha idade" -— disse Casais,que considera a simplicidade e a sinceridade fato-res fundamentais ria vida de um homem.HONESTIDADE

Pablo Casais nasceu emCatala de Ventrell, Espa-nha. O pai era organista daigreja local e a mãe, FiliarDefülo de Casais, naturalde São João de Porto Rico,íêz com que o filho seguis-se sua vocação, em vez deaprender o ofício de carpln-teiro, considerado mais prá-tico e remunera dor.

— Ponho minha alma namúsica — admite. — É na-tural, simples e sincera. Pa-bio Casais está convencidode quo atualmente não seíaz verdadeira música nemexiste um bom compositorvivo, pois são demasiado"intelectuais, sem a hones-tidade e a naturalidade dosvelhos mestres".

O sacerdote sikh Fateh Singh coberto de flores por populares após a greve de fome. (UPI).

Lisboa mata Terrorista uruguaio mata aangolanos tiros policial que descobriuno Natal onde os rebeldes treinavam'

Lisboa c Luanda (UPI-JB)— Tropas do Exército portu-guês mataram. 200 angolanosdo Movimento do Libertaçãoque atacaram a ferrovia deBenguela, no dia de Natal, se-gundo informe divulgado on-tem em Lisboa.

Os atacantes infiltraram-sena região de Catanga e corto-ram a ferrovia por onde étransportado o cobre das mi-nas de Zâmbia e Catanga paraa costa do Atlântico, porémíoram rechaçados pelas tropasda metrópole que tiveram ape-nas seis baixas.

PERDA

Este é o segundo ataque domês em território da colôniaportuguesa liderado por guer-rilheiros angolanos que operamem Catanga. Durante cincoanos as forças armadas dePortugal têm combatido osmembros do Movimento de Lí-bertação, porém o quadro daluta é' confuso, em virtude dasversões contraditórias dos por-tuguêses e dos guerrilheiros.

O novo Arcebispo de Luan-da. Dom Manuel Nunes Ga-briel, afirmou em sua primeirapastoral que a Igreja precisaacompanhar a evolução domundo sob pena de perder asgerações futuras, "que se mos-tram, em muitos casos, incon-formadas com tradições e mé-todos que marcaram sua épocae certamente prestarão gran-des serviços mas precisam seratualizados".

Depois de ressaltar o desen-volvimento da arquidiocese nosúltimos 25 anos, a ponto deatingir 600 mil fiéis, o bispoíala da evolução econômica esocial e sobretudo dos conflitosocorridos na região do nortede Angola, desde 1961, que co-locaram o clero diante "decomplexos problemas de ordemmoral c missionária".

Força temdefesa deamericano

Washington (ÜPI-JB) — Oex-Subsecretário n o r te -ame-ricano para assuntos latino-americanos, Willard Bar ber,íêz um apelo ao PresidenteLyndon Johnson para que in-sista na criação da Força In-teramericana de Paz, "únicomeio eficaz de deter a corridaarmamentista das nações doHemisfério".

Barber atualmente é- cate-drático em assuntos interna-cionais da Universidade deMaryland e íêz a defesa daForça Interamericana em dis-curso pronunciado na Associa-ção para o Progresso da Ciên-cia, em Washington.

AS ARMASSegundo o antigo Subsecre-

tário de Estado, "existe umacorrida armamentista entre asnações da América Latina".No mès passado — continuou— apareceram informações se-guras de que o Brasil, Argen-tina, Chile e Peru, entre ou-tros, estão decididamente em-penhados nesta disputa.

Montevidéu (UPI-JB) — O Chefe do Serviço de Rá-dlopatrulha do Uruguai, comissário Antônio Silveira Re-calado, foi assassinado ontem por um terrorista que, logoapós, suicidou-se ao ser perseguido por policais.

O assassinato de Silveira ocorreu em uma granja lo-calizada nas proximidades da estrada principal do De-partamento de Canelones, a 40 quilômetros da Capitaluruguaia. Um policial informou que seis carros de rádio-patrulha estavam perseguindo o terrorista que, sentindo-se acuado, reagiu contra Silveira, matando-o instánta-neamente.SUBVERSÃO

Segundo noticias divulgadasem Montevidéu, o comissárioSilveira havia recebido informa-ções de que na granja eramdadas aulas de teoria revolu-cionária e sessões de tiro aoalvo, além do preparo de gru-pos de combate.

Com seis radiopatrulhas cer-cou a região e dirigiu-se comuma lanterna a uma pequenacabana que servia de esconde-rijo a José Wilmar González,acusado de integrar os coman-dos terroristas em ação no in-terior do pais. Ao lhe dar or-dem de prisão, foi surpreendi-do pelas costas por Alfredo Má-rio Robaina, que logo apósatingi-lo com três tiros, apon-tou a arma para a própria ca-beca, suicldando-se.

ARSENAL

Além de grande número delivros, programas e planos detreinamento, a Polícia apreen-deu na granja de Canelonesdezenas de metralhadoras le-ves, cartuchos e bombas de ía-bricação caseira. Nas proximl-dades da cabana em que o co-missário Silveira foi assassina-do, a Policia prendeu três pes-soas, entre elas uma mulher.

O Chefe do Serviço de In-teligência do Uruguai, Comis-sário Alexandre Otero, afirmouem nota oficial que sentia-seprofundamente comovido pelamorte de Silveira, a quem con-siderava como um dos mais"valentes lutadores contra asubversão comunista".PROCESSO

O Govêrno uruguaio apontouontem o engenheiro Jorge Ma-nera Lluveras, Júlio Marena-les, G a bino Martin, PaleroMontes de Oca e Tabare Ri-vero Cedres, como os quatromembros restantes do grupo decinco que trocou tiros com aPolicia no centro de Montevi-déu, na semana passada.

Os quatro ainda não íorampresos e estôo sendo caçadoicm todo o pais para responde-rem por assaltos a bancos, atosterroristas contra -residênciasde militares e instituições deúuéiui. C__ grupos de te.7G._s-tas uruguaios iniciaram suaação ofensiva há poucas _ema-nas e contribuíram decisiva-mente para a queda do regi-me de govêrno colegiado, subs-tituido através de uma refor-ma constitucional aprovada emplebiscito pelo regime presi-dencialista.

Seguidores de Mao noUruguai são Tupamaros

O General reformado OscarGestldo, um politico de centro,ao assumir em março o Govêr-no uruguaio, vai encontrar • opais sob o impacto da ação dosLos Tupamaros, uma organi-aação de extrema esquerda se-guldora da linha chinesa, quemuitos vêem con.o um prolon-gamento da Frente Isquierdade Liberaclón (FIDEL), legali-zada e bem votada nas eleiçõesdc novembro último.

Los Tupamaros começaramno Uruguai um trabalho idên-tico ao realizado pelas ForçasArmadas de Libertação Nacio-nal na Venezuela. Em poucamais de um ano de ação os-tensiva, conseguiram mobilizartodo o aparato governamentale diariamente provocam man»chetes sensacionalistas dos Jor-nais: tiroteios em pleno cen-tro da Capital, assaltos espe-taculares a bancos e distribui-ção de volantes conclamando opovo à luta.

¦Agindo oficialmente des-vinculadas do Partido Comu-nista Uruguaio, Los Tupamaí-ros pretendem a curto prazocausar dificuldades ao íuturoGoverno do General Gestldo epolarizar as atenções do eiet-terado centrista, majoritário,na administração do Presiden-te elelte, desde agora às vol-

tas com reivindicações sindi-cais adiadas pelo último Gabi-nete Colegiado para 1967.

A técnica empregada pelosterroristas uruguaios surpreen-deu as autoridades de Monte-vidéu, que até o momento nãotêm um plano específico deneutralização dos Tupamaros,enfrentados como simples la-drões de bancos e desordeirosde rua.

Nas últimas semanas, comuma regularidade que impres-siona a imprensa, bombas ex-plodiram nas casas de' quasetodos os dirigentes de direitado Uruguai e no Instituto Cui-tural Brasileiro, após a polêmi-ca criada com a devolução docabo Arrais . pela Embaixadauruguaia no Rio às autorida-des militares brasileiras.

O Presidente Gestldo já nosprimeiros meses de 1967 poráà prova a solução presidência^lista uruguaia, depois de 20anos dc experiência colegiada.O novo Chefe do Govêrno pa-ra vencer a primeira etapa te-rá. que jogar realisticamentecom os dados fornecidos pelosTupamaros e pelos líderes sin-dicais e com os que sua pró-pria atuação no Govêrno for-necer, pois como ocorreu noBrasil e na Argentina, os mi-litares do Uruguai em caso defracasso' imporão suas soluções.

Casais permanece fiel aos"mestres honestos e espiri-tuais" que escreveram ecompuseram o que sentiam,como Bach, Mozart, Brahmse B_eethoven. E tôdás as ma-nliãs, são os prelúdios e asfugas de Bach que toca aopiano. "E todos os dias êssecompositor me surpreende"— confessa.

O violoncelista mantémsua promessa de não retor-nar à pátria enquanto Fran-co permanecer no poder. Êa forma de manifestar opo-sição ao Governo do caudi-lho. Seu clamor em íavorda paz deu ao mundo O Pre-sépio, oratório apresentadoem 1958 nas Nações Unidas.

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10 —• 1.° Cad., Jornal do Brasil, quarta-feira, 28-12-09

Informe JBLei especial

Neste triste episódio ãa Lei dc Im-prensa, há um aspecto que âá bem amedida da distorção com que a liber-dade ãe opinar é deformada entre nós.

Enquanto os Governos, em geral,sempre se queixaram do excesso de lt-berdade, as entidades de classe dos jor-nalistas sempre reivindicaram justiçaespecial.

Em lugar âe repelir qualquer inicia-tiva para tratar os órgãos ãe divulgação,através de leis e ãe justiça especiais, osjornalistas e suas entiãaâes classistasacreãitaram sempre que poderiam con-seguir situação ãe privilégio e que isto eãeinocrátíco.

É naâa: a prova é que a exceçãoprivilegiada acaba justificando o trata-mento discriminatório. Os jornais ga-nharam, com a Lei de Imprensa, consi-derada inaplicável, a aura de privilegia-ãos em abusos que são, afinal, caracte-ristica de poucos.

Para reparar o que è consiâeraãoimpunidade da Imprensa, a nova leivai ao extremo oposto, visando a criarum clima ãe opressão que inãusa os jor-nais a se autocensurarem.

Mas, ainâa asstm, em lugar de pe-âirem a equiparação com os áireitos eãeveres áe toãos, isto é, a abolição ãequalquer privilégio, as entiãaâes ãa cias-se âos jornalistas insistem em reclamaruma lei a favor, quanâo é errada a exis-téncia ãe uma lei especial, seja a favorou contra.

Da mesma forma, é inaceitável aexistência ãe justiça especial. O demo-crático é aceitar a justiça comum e asresponsabilidades deferidas a todos, in-distintamente. ,

Vietname carioca

A taxa de mortalidade entre os fe-ridos americanos, na guerra do Vietnã-me, é inferior a 2 por cento. Se um sol-dado não fôr muito severamente atin-gido, as suas chances de sobreviver sãoaltíssimas, tantos e tais são os cuidadose recursos médicos de que dispõe, emplena selva e em plena guerra. (Os nú-meros são do Time, em dezembro de1965)

No Brasil não há estatísticas, mas sealguém se desse ao trabalho de fazeruma pesquisa, parece não haver dúvidade que as nossas chances de sobreviver,aqui no Rio mesmo, são infinitamentemenores do que as dos soldados amefi-canos no Vietname.

Os casos são de todos os dias, e sóchegam ao conhecimento do grande pú-blico quando envolvem, como recente-mente, um artista de rádio ou televisão,um alto funcionário etc. Mas e a mui-tldão de anônimos que diariamente éatropelada nas ruas, cai dos trens, sofrepequenos e grandes acidentes? Quantaspessoas poderiam ter sido salvas se ti-vessem tido maiores e melhores cuida-dos médicos?

Orçamento

O Escritório de Pesquisa EconômicaAplicada está concluindo o primeiro or-çamento plurlanual do Brasil, de acordocom o que estabelece a Constituição queserá brevemente aprovada.

O orçamento plurianual faz a previ-são dos próximos 5 anos a preços dêsteano; e a cada ano que fôr passando seráfeito o competente detalhamento com aintrodução de uma taxa de inflação cor-respondente ao ano que passou.

O orçamento plurianual é um pou-co de otimismo em excesso. Pois se cum-prir o orçamento anual nunca foi muitofácil, no Brasil, como esperar que agorao orçamento plurianual seja cumprido?

Susto

Os rumores de que o Govêrno se es-tarla preparando para anular parcial-mente os efeitos dos Artigos 34 e 18 dalei que criou a SUDENE causaram gran-de inquietação nos círculos empresariaisdo Nordeste.

Graças àqueles artigos é que se podededuzir do Imposto de. Renda a metade

dos Investimentos feitos na área de ju-risdição da SUDENE, e basta lembraro crescimento experimentado pelo Nor-deste nos últimos anos para chegar àconclusão de que o sistema vinha fun-cionando a contento.

Os técnicos do Govêrno chegaramrealmente a pensar numa fórmula que .lhes permitisse não anular os efeitos dosArtigos 34/18, mas utilizá-los em outrossetores e em outras regiões do País, senão estivessem sendo aplicados no Nor-deste.

Seja pela violenta reação encontra-da, seja porque não era viável, a idéiaparece estar agora afastada. Foi só umsusto.

Esquema de ação

Quando chegar ao Rio no primeirodia de fevereiro, o Marechal Costa e Sil-va encontrará pronto o seu esquema ge-ral de ação para 1967, o que lhe permi-tira assumir o Govêrno em março já

_ com definições para os vários problemasque terá de enfrentar.

A Assessoria do Presidente eleito de-verá concluir até meados de janeiro osrelatórios sobre vários assuntos críticosnos diversos setores da economia na-cional.

Ao assumir, o Marechal Costa e Sll-va deverá estar perfeitamente entrosa-do com o andamento da máquina gover-namental, e apto a decidir sobre pràti-camente qualquer problema.

Pintando

Começa a pintar como rival do paiMilor o garoto Ivã Fernandes, na trilhada expressão artística de que se consti-tui herdeiro e continuador.

Enquanto Milor construiu fama sé-ria tendo como infra-estrutura o riso,Ivã se afirma sem apelo ao humor. Quemquiser ver o traço de talento, pode pas-sar pela Avenida Vieira Souto e, quan-do chegar à esquina de Aníbal de Men-donça, é só olhar para-as vidraças doúltimo apartamento.

Ali, todos os anos (é uma das tra-dições do Natal de Ipanema), Milor de-senha, em estilo de vitral, os motivosclássicos do Natal.

Êste ano o trabalho é de Ivã, cujotalento não se restringe à órbita do-mestiça, porque há pouco êle venceutambém o concurso para a criação docartão de Natal lançado pela GaleriaGoeldi.

Chocante

Todas as fases de uma diligênciapolicial realizada para prender dois vi-garistas que angariavam donativos emnome da atriz Derci Gonçalves foramapresentadas no programa Noite de Ga-la, num quadro que culminou com a ex-posição constrangedora dos marginais,que assim recebem, à revelia de qual-quer juiz, a pena máxima da humilha-ção televisionada, que não está nos có-digos nem nos atos mas existe, sem quenem mesmo a Sociedade Protetora dosAnimais se lembre de formular um pro-testo.

A humilhação imposta pela televl-são a dois estelionatários vulgareg sôpode contribuir para transformá-los emcínicos irreparáveis. É um espetáculomórbido e desumano que a televisão nãodeveria divulgar, não pelos espectadoresde casa, mas como sinal de respeito aopróprio criminoso, que é afinal de con-tas um ser humano, e de qualquer for-ma produto do meio em que foi criado.

Paradoxo

Um dos principais defeitos da po-litica de transportes do Govêrno con-siste paradoxalmente no mecanismo en-contrado para proteger o interesse daRede Ferroviária Federal, que tem porlei o monopólio do transporte de algunsprodutos de fundamental importânciapara o desenvolvimento do País.

As chapas de aço produzidas emVolta Redonda, por exemplo. Do Rio aSão Paulo as chapas demoram mais 4dias de trem do que se fosse de cami-nhão.

No entanto, a lei obriga o usuárioa utilizar o trem como transporte. Aopção oferecida é a mais cara, a maisdemorada, a mais irracional.

Lance-livreO Governador Negrão de Lima reúne

amanhã um grupo de Jornalistas para al-moçar no Guanabara, encerrando o primei-ro ano da sua administração.

Também o Ministro Roberto Camposalmoça com Jornalistas, amanhã, no 14.»andar do Ministério da Fazenda.

Dia 3, têrça-felra, vários artistas es-tarão reunidos numa festa, na Casa Grande,para Eneida. Elisete Cardoso, Clementinade Jesus, Paulinho da Viola, o conjuntoMPB-4 e outros farão o show. Os ingressocustarão dez mil cruzeiros e podem ser ad-quiridos na Livraria São José, na Civiliza-ção Brasileira, na Entrelivros (no Edificio

\ Avenida Central) e na Casa Grande.A ponte de transatlântico Madalena-,

naufragado na entrada da barra do Rio, éo salão modernamente decorado pela ar-quiteta Janete Santos para o réveillon doJurujuba Iate Clube. Os sócios do Rio irãoem lancha especial que sal dos cais do tu-rismo às 22h do dia 31.

O jornalista Rubem do Amaral apre-sentará sexta-feira, às 22h, no seu pro-grama Gente Importante, no Canal 2, asPersonalidades do Ano.

Enquanto isto, na Manchete que estacirculando, Ibrahim Sued apresenta umavez mais as suas 10 Mais Elegantes, — quesão 14.

O Engenheiro Ivan Mondlm foi desig-nado pelo Ministro Juarez Távora para re-présentar o Ministério da Viação no Con-selho Nacional de Turismo.

Será Inaugurado hoje, com um coque-tel às 17h, o Instituto Clínico de Alergia,um dos maiores e mais bem equipados emtodo o mundo. O Instituto Clinico de Aler-gia .será dirigido pelo médico Lain Pontesde Carvalho.

Os deputados federais e estaduais ml-nelros serão diplomados hoje na sede novado Banco" da Lavoura de Minas Gerais,sob a Presidência do Desembargador Me-rolino Correia, Presidente do Tribunal Re-gional Eleitoral de Minas Gerais. Um dosdiplomados, por sinal, será o Presidente doBanco da Lavoura de Minas Gerais,Deputado Gilberto Faria, reeleito sob a le-genda da .ARENA.

Os jornalistas Luís António Vilas BoasCorreia e Francisco Pedro do Couto estãofazendo para a Enciclopédia Delta-Larous-se um levantamento dos fatos políticosocorridos no Brasil nos últimos vinte anos.

O Leme vai ganhar um pub um barno estilo inglês, decorado pela Tora, ondecertamente se poderá beber sem as llmi-tações impostas pela tradição e pela praxeaos freqüentadores dos pubs londrinos.

O Professor Orlando Mara de Barroslançará depois de amanhã, na Livraria SãoJosé, o livro Direção de Reuniões e Con-ferências.

A Editora Nova Fronteira lançou Cri-tica Autocrítica, em que o Sr. Carlos La-cerda publica a Autocrítica escrita para arevista Manchete, a sua Carta a nm AmigoFardado, duas reportagens para Fatos AFotos, e o manifesto da frente ampla.

Museu de História instala alegria do verãohoje uma comissão nacionalpara o monumento a Rondon

A Diretoria e o Conselho do Museu de História insta-¦larão às 16 horas de hoje, no auditório de O Globo, a Co-missão Nacional Pró-Monumento ao Marejai Rondon,quando entregarão medalhas e diplomas do Mérito Esco-lar Marechal Rondon aos-melhores alunos das escolas doEstado. A Dirctora-Presidente do JORNAL DO BRASIL, Con-dessa Pereira Carneiro, é membro do Conselho do Museude História.

As solenidades prestigiarão o encerramento dos cursosdo corrente ano letivo, constando do programa, além daentrega das medalhas, a assinatura da ata de constitui-ção da Comissão e a apresentação do Conjunto Folclóricoda Guanabara, sob a direção do maestro Aéclo AlexandrinoAzevedo Santos. ,MENSAGEM

Segundo o Diretor do Museude História, Almirante LuisInimá de Miranda, o MéritoEscolar Marechal Rondon estáregistrado no Ministério daEducaçfio e na Secretaria deEducação do Estado, "consti-tuindo um marco cívico capazde transmitir à consciência dajuventude a mensagem de res-peito aos semelhantes".

Do programa da solenidadeconstam uma saudação do Ge-neral Jaguarlbe de Matos, a

entrega do Mérito Escolar Ma-rechal Rondon e a apresenta-ção do grupo folclórico, com osseguintes números: Cateretê,de Lorenzo Fernandes; Banzo,cie Heckel Tavares; Congada,dc Francisco Mignone; Oh. MeuPé de Cana, do folclore nor-destino; Maracatu, do folclorepernambucano; e Afochê, dofolclore baiano. O grupo vaise apresentar por cortesia daSr.» Antonleta de Sousa, Dire-tora do Conservatório Brasilei-ro de Música.

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Bahia inaugura hoje a suaI Bienal com obras de 683artistas e salas especiais

Salvador (Correspondente) — Com várias salas espe-ciais e 755 obras de 683 artistas selecionadas entre as 2 653inscritas, inaugura-se hoje, no Convento do Carmo, aI Bienal Nacional de Artes Plásticas da Bahia, promovidapelo Govêrno do Estado através da Secretaria de Educação,que se encerrará no dia 28 de fevereiro do próximo ano.

A preocupação da Comissão Organizadora, da qual par-ticiparam os artistas Rlolan Coutinho e Juarez Paraíso, foiconseguir um nível artístico expressivo que fizesse justiçaao movimento baiano de artes plásticas, e por isso a médiade cortes foi de 71% dos 683 artistas inscritos, uma dasmaiores dos salões nacionais.

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.---W&Wi^buana titman sorri na despedida do empresário John Lawrence mas não quer deixar o calor

Saturnino acha coerente o Frio tiraveto à regulamentação contratoda profissão de engenheiro dos Pitnian

O Presidente do Clube de Engenharia, Sr. Francisco Sa-tumlno de Brito Filho, disse ontem que o veto do Presi-dente Castelo Branco ao Artigo 82 da lei""que regulamen-ta o exercício das profissões de engenheiro, arquiteto eengenheiro agrônomo, "foi coerente, porque a lei do sala-rio mínimo já regula a matéria".

—- Agindo de maneira contrária, o Presidente iria feriro princípio jurídico da Isonomia, que pela Constituição ditaa igualdade de todos perante a lei. Penso até que o Maré-chal Castelo Branco deveria enviar mensagem ao Congres-so propondo a mesma igualdade para os funcionários fe-devais — acrescentou.

SALAS ESPECIAIS

Além dos 342 artistas aprova-dos pela Comissão Organizado-ra, apresentarão uma média de20 trabalhos em cada uma dassalas especiais os artistas Má-rio Cravo, Caribe, Jenner Au-gusto, Carlos Bastos e Genarode Carvalho, da Bahia; MariaBonani, Vlavianos Grassman,Volpi, N. Schiaverlni, ValdemarCordeiro, Silvio Abramo e Mil-ton Costa, de São Paulo; Bren-nand, de Pernambuco; Stockin-ger, do Rio Grande do Sul; Ibe-rè Camargo, Lígia Clark, Ru-bem Valentim, Fayga Ostrowcr,Ivã Serpa, Krajcberg e HélioOiticica, do Rio.

Serão expostos, ainda, traba-lhos de ParicéttÇ RaimundoOliveira, Henrique Oswald, Ag-naldo, Adam Firnekaes, artis-

tas já mortos, nassalas hors concours.

MONITORES

chamadas COERÊNCIA

Uma das preocupações daComissão Organizadora íoi con-seguir uma equipe de monito-res numerosa para a orienta-ção do público. Foi promovidoum curso intensivo com aulasdas professores Frederico Mo-rais, José Roberto Teixeira Lei-te, do Rio, Leon Spanudis, deSão Paulo, Juarez Paraíso, Rio-lan Coutinho e Leonardo Alen-car, da Bahia.

O Govêrno dirigiu convites apersonalidades nacionais e in-ternacionais para transformara festa de instalação da I Bie-nal num grande acontecimen-to das artes e da cultura baia-na.

Goodell classifica Brasilcomo gigante que poderátornar-se grande potência

Washington (UPI-JB) — O Brasil foi classificado ontempelo Deputado republicano Charles E. Goodell como um"gigante com potencial para se tornar uma grande potên-cia mundial" e "uma nação em desenvolvimento".

O Sr. Goodell apresentou relatório preliminar sobre asua visita de 15 dias ao Brasil no mês passado, informan-do que conversou com autoridades e populares brasileiros,Inclusive redatores do JORNAL DO BRASIL."ALTA PRIORIDADE"

No Brasil, o deputado norte-americano esteve em contatocom elementos do Govêrno fe-deral e de alguns Governos es-taduais e municipais, com opessoal da Embaixada dos Es-tados Unidos e representantesda AID, escolares, trabalhado-res rurais e da indústria, lí-deres sindicais, membros dosCorpos de Paz, professores,jornalistas brasileiros e norte-americanos.

Opinou que os Estados Uni-dos devem continuar propor-cionando financiamentos atra-vés da Aliança para o Progres-so em caráter de "alta priori-dade" para o Brasil.

NÔVO PRESIDENTE

O parlamentar, referindo-sea uma palestra de 40 minutoscom o Presidente eleito Costae Silva, se disse "impressiona-do com o seu conhecimento de-talhado dos problemas brasi-leiros".

— O Govêrno Costa e Silvapromete oferecer um nôvo efascinante capitulo no desen-volvimento brasileiro.

RELAÇÕES '

Os problemas das relaçõesentre os Estados Unidos e oBrasil foram resumidos peloSr. Goodell do seguinte'modo:o Brasil deveria ter alta prio-ridade num programa de aju-da, que é de "vital necessida-de e obrigação do nosso pais";

rigorosas e sensíveis priorida-des devem ser estabelecidas noprograma de ajuda para evi-tar equívocos como escolas malconstruídas e execução de pro-jetos habitacionais mal locali-zados; alta prioridade para in-vestimentos de "múltiplos re-flexos", que estimulem ativi-dades suplementares na mes-ma área, como a campanhacontra o analfabetismo,, emque voluntários ministram osconhecimentos básicos aos alu-nos e estes os transmitem aoutros; ênfase aos projetos dedesenvolvimento urbano; assis-téncia técnica norte-americanaà atual reforma do ensino su-perior brasileiro; assistênciatécnica norte-americana aoprograma de diversificação deculturas, objetivando estimularlavouras que não sejam ape-nas as de café, algodão e açú-car, podendo o Brasil trans-íormar-se num "grande íorne-cedor de alimentos ao mundo".

ALIADO NATURAL

— O Brasil é um aliado na-tural dos Estados Unidos —disse em conclusão — com in-terêsses comuns e muitas se-melhanças entre os nossos po-vos. Confio em que estas duasnações marcharão nos anosvindouras com mútuo - respeitoem direção ãs nossas metas co-muns de liberdade e oportu-nidade para todas as pessoas.

O Sr. Francisco Saturninode Brito Filho acha que "oPresidente agiu coerentementecom o veto à Lei do SalárioMinlmo para engenheiros, vetorejeitado pelo Congresso Na-cional, que promulgou a lei,levando o Presidente a subme-t-é-la à apreciação do PoderJudiciário".

Entretanto, se há dúvidassobre á inconstitucioualidadeda parte referente aos profis-sionais funclouár-ios públicos, éincontestável que é lei a partorelativa ao salário mínimo dosengenheiros das empresas pri-vadas porque,' apesar da argu-mentação do Governo relativaà sua orientação econômica,assim não entendeu o Congres-so ao legislar mediante a re-jeição. Há, agora, uma quês-tão jurídica: Como se com-preenderá que um' engenheirotenha por lei salário mínimoassegurado nas empresas pri-vadas e possa ganhar obriga-tòriamente mais que um enge-nheiro funcionário federal,exercendo o mesmo trabalhoem Inicio de carreira ?

Decidir de maneira dlver-sa será ferir o princípio daigualdade, assegurado pelaConstituição. Penso que o Pre-sidente da República deveráexaminar o assunto com espl-rito aberto. O veto de agoranão tem expressão negativa es-pecial. Congratulamo-nos comos Podéres Legislativo e Exe-

-cutivo por dotarem as classesde engenheiros, arquitetos eengenhelros-agrônomas de umalei que moderniza e torna au-tântica a representação atualdessas classes, através de suasassociações profissionais.

NO CONGRESSO

O problema da regulamenta-ção das três profissões come-çou com a realização de umcongresso de engenheiros, ar-quitetes e engenhelros-agrôno-mos, em Brasilia, do qual re-sultou um entendimento geral.Após o congresso, foi remetida

Aprovadocrédito paraZoológico

A Assembléia Legislativaaprovou ontem, a abertura deum crédito especial de Cr$,113 milhões para o Jardim Zo-ológico, destinado à aquisiçãode forragens e outros alimen-tos paTa animais, além de dro-gas e medicamentos veteriná-rios.

A obstrução ao projeto, queestava sendo feita pelo Sr.Raul Brunini, foi vencida pe-lo Presidente da Assembléia,Deputado Amaral Peixoto, aoafirmar que recebera um apê-lo do próprio Governador pornão ter o Jardim Zoológico re-cursos para comprar alimentospara os seus animais.

ã Câmara só um pedido f.c- re-gulamentação da profissão dosagrônomas. Aprovada, a mate-ria seguiu para o Senado onde,na Comissão de Justiça, o Se-nador Eurico de Resende, deacordo com as associações ré-préséntantivas dos três' grupos,elaborou um substitutivo es-tendendo o benefício paratodas.

A matéria voltou à Câmara,onde foi aprovada, mas o Pre-sidente Castelo Branco vetou emais tarde remeteu ao Con-gresso o projeto de lei do sa-lário mínimo, que foi aprovado,tornando sem efeito as preten-soes contidas no Artigo 82, ve-tado pelo Presidente.

£ IMPORTANTE

São Paulo (Sucursal) — OPresidente da seção paulistado Instituto dos Arquitetos doBrasil, Sr Júlio José FrancoNeves, declarou ontem que aregulamentação das profissõesde engenheiro, arquiteto e en-genheiro-agrónomo, apesar dovoto parcial com relação à re-numeração, "tem grande im-portância para a classe, enibo-ra o projeto tenha sido prepa-rado há sete anos e talvez jánão atenda a todas as necessi-dades".

O Sr. Júlio José Franco Ne-ves acrescentou que o objeti-vo da regulamentação não eraa questão salarial e sim asatribuições específicas de cadaprofissão. Entretanto, não con-siderou procedentes os motivosapresentados pelo Govêrno,"pois, sc existe um salário mí-nimo para qualquer trabalho,é justo que exista salário mí-nimo, superior ao primeiro, pa-ra função altamente quallfi-cada".

O artigo vetado tem a se-guinte redação: "A remunera-ção inicial dos engenheiros, ar-qultetos e engenheiros-agrôno-mos, qualquer que seja a fon-te pagadora, não poderão serinferiores a seis vezes o sala-rio minlmo da respectiva re-gião."

Ao se despedirem do empre-sário John Meadows Lawrence,da William Morris Agency,Eliana e Bpokèr Pitman, quaestavam no Galeão em compa-nhia de D. Ofélia, revelaramque recusaram um contrato de2 mil dólares semanais paracantar nos Estados Unidos,alegando que agora é épocade freio por lá e preferem íi-car no verão carioca.

D. Ofélia disse que preferecontinuar a carreira no Bra-si. onde ela, o marido e a fi-lha têm um contrato de seismes-K cem a TV Record. deSão Paulo, além de contratosde publicidade e o seu próprioprograma no rádio, Papai e Eu,no qual é apresentadora e en-trevist-adora.

vemver

a namoradaCom um baú negro e um vio-

lão, chegou ontem ao Rio ochefe do conjunto de iê-lê-iônort e-americano The HardKnocks, conhecido apenas comoTom, que veio sozinho matarsaudades da namorada, Tânia,que conheceu dura.nte a recen-te temporada na boate Fred-s.

Tom, que voltou pra os Esta-dos Unidos antes do tempo percausa da rescisão do contratodo conjunto — o Juiz de Meno-res não gostou da presença doorganista de 14 anos numa ca-sa noturna —, disse que nãosabe quanto tempo ficará, masé certo que não vai cantar por-que seu passaporte é de turistae não lhe. permite exibições decaráter profissional.

Autoridadesdesejam boasfestas ao

Povo depredahospitalem Goiânia

Goiânia (Correspondente) —Cerca de 30 pessoas residentesno setor Aeroporto tentaramna madrugada de ontem de-predar o prédio do Hospital doPenfigo, chegando a derrubaro muro dos fundos, em' protes-to contra o que chamam de"má localização do Hospital".A Polícia interferiu pouco de-pois do inicio das hostilidades,fazendo cessar a ação dos ma-nifestantes, mas êstes — a dis-tância — continuaram a gritarque voltarão à cena para des-trulr o Hospital, pois "já foramesgotados os meios legais paratransferi-lo e com êle aqui to-dos estamos ameaçados de con-tamlnação".

LETRAS DE CÂMBIO

NÔVO RIOS.A.CRÉDITO. FINANCIAMENTO E INVESTIMENTOS

CAPITAI. I CRS -_.300.000.000

Rua do Carmo. 27 • 4.» andar Tel.: 31-5830* _Loja: Av. Rio Branco, 156- Subsolo (Ed. Avenida Contrai) j^1(Loia 104 - Tal. 32-0203 - Carta Patant» n.« II - 249 *»"=® Loja

Pr_.I_.ntt Vie»-Pmi*ti_ Vlct-Piuldenl»CARLOS LACERDA Jo.é Lm _• M.g_hte Lin» Mirlo Loran» Fnranihr

Dltttor -SuperlntendtnteAntônio Culos da Almoldt fiíags

Direior HCirio. Cdnnlo Corria ^m

OiratorJosé Zobitin Filho

A Redação do JORNALDO BRASIL recebeu ontemnovas mensagens de felici-dades pela passagem do AnoNôvo, entre as quais a doPrefeito de São Paulo, Sr.Paria Lima, do Ministro doTrabalho, Sr. Luís GÓnzá-ga do Nascimento e Silva,do Secretário de Educação,Sr. Benjamim Morais Filho. do Deputado eleito Cha-gas Freitas.

Recebemos ainda votos deboas festas das seguintespessoas e entidades: Insti-tuto de Aposentadoria e.Pensões dos Comerciários,Departamento de Parques,Orestes Bastos, Amauri Pai-va, Galeria Goeldi e Cader-nos Brasileiros, EditoraAbril, Federação das Socie-dades de Defesa Contra aLepra, Fama Filmes, RuiChaves, SENAC, AssociaçãoBrasileira de Emissoras deRádio e Televisão, DimitagReporte H. C. CordeiroGuerra & Cia. Ltda.

Jornalistaselegem maiorcolaborador

O Gerente do Serviço dePassageiros da Varig, Sr. Sér-glo Cavalcanti, foi escolhido -.ontem o Relações-Públicas da.Aviação em 1966 pelos jornalis-.-.tas que fazem a cobertura na.Sala de Imprensa do Galeão,pelo seu "espirito de colaborar ¦ção, solicitude e gentileza notrato com os profissionais". •

O Presidente do Comitê de'Imprensa, jornalista W. Guar-nieri, entregou ao homenagea-do o diploma e depois foi ser-vido um brinde aos presentes.-Assistiram à cerimônia os Srs.AUgi Mutto, da Alfândega, Car-'los Alberto D'Aragone, assessordo Ministro da Fazenda, PauloGarcia e Alberto Graeter Fi-lho, da Varig, além de muitosfuncionários da empresa e joi>nalistas.

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Morreu em Porto AlegreA. J. Renner, pioneiro damoderna indústria gaúcha

Porto Alegre (Sueursal) — Morreu ontem nesta Capi-tal, aos 82 anos de idade, o- industrial Antônio Jacob Ren-ner, um dos pioneiros da moderna indústria gaúcha, queimplantou no Rio Grande do Sul um verdadeiro império doatua em numerosos ramos da atividade.

As empresas do grupo Renner, o mais diversificado doRio Grande do Sul, trabalham nos setores do vestuário, cal-çados, tintas, óleos comestíveis, artefatos de couro, cimento,porcelanas, metalurgia e mecânica.

BOAS-VINDAS DO VETERANOJornal do Brasil, quarta-feira, 28-12-GB, l.o Cad. — Ji

COMENDAS

Cidadão de Porto Alegre, An-tónlo Jacob Renner possuía oDiploma de Honra ao Méritodo Trabalho, a Cruz do Mérito

d-a Alemanha Ocidental e aOrdem Nacional do Mérito.

O corpo do industrial estftsendo velado na Capela do Ce-mitério da Comunidade Evan-gélica e será sepultado às 18 ho-ras de hoje.

Renner, o império que ficaDepartamento de Pesquisa

Êle não viu no ouro um símbolo de riqueza e tro-cou-o pelo comércio de secos e molhados. Na cidade-zinha de São Sebastião do Caí ninguém entendeu, masAntônio Jacob Renner sabia o que estava fazendo. Empouco tempo tinha uma firma sua; anos depois haviaconstruído um império.

As roupas feitas de suas fábricas vestiram o RioGrande e o País inteiro e quando veio a Revolução de30 êle já podia se dar ao luxo de antecipar-se aos pro-gramas revolucionários: por conta própria instituiu, em1933, a assistência médica gratuita, muito antes de se-rem criados os órgãos da Previdência Social.O COMEÇO

Antônio Jacob Renner nasceu em 7 de maio de 1884,no Distrito de Feliz, Município de São Sebastião do Cai,no Rio Grande do Sul. Seus avós, alemães, chegaram aoErasil em 1325, um ano após o início do grande fluxoimigratório germânico para o Brasil Meridional. Em 1886a família Renner mudou-se para Montenegro, onde,com 12 anos de idade, Antônio Jacob deixou os estudospara trabalhar com o pai.

Dois anos mais tarde sua família o mandou paraPorto Alegre, a fim de especializar-se em ourivesaria.Tinha 19 anos quando voltou para São Sebastião, insta-lando-se com uma ouriversaria. Mas o ouro não o atraia.Antônio Jacob queria fabricá-lo. E no mesmo ano foitrabalhar com o sogro, Cristiano Trein, no ramo desecos e molhados. Desde 1006 estava casado com MatildeTrein, que morreu em 1962. Em 1911 Renner ingressoucomo sócio na firma Frederico Engel & Cia.A ASCENSÃO

Em 2 de" janeiro de 1912, A. J. Renner reorganizouaquela íirma. Ela surgiu com outro nome, mais tarde,— A. J. Renner & Cia. — e com o capital de 100 contosde reis iniciou a fabricação da famosa Capa Ideal, ini-cio da roupa feita que seria depois fabricada em grandequantidade.

Em 1914 a firma transferiu-se para Porto Alegre eem 1920 Renner lançava o traje esporte. Em 1923 insta-lou a primeira fiação penteada, dando início à produçãode casimiras e tropicais. Nascia, no Brasil, a indústriade confecções em!grande escala.

Dez anos mais tarde criou para os seus empregadosa assistência médica gratuita e em 1953 fêz nascer aFundação A. J. Renner.

O império que êle deixou invade vários ramos in-dustriais: A. J. Renner S.A. (indústria do vestuário) •Renner, Herman S.A. (indústria de tintas e óleos); SAArtefatos de Cimento Renner; S.A. Curtume Renner; SA*Feltros Renner; Linho Erechim S.A.; Produtora de Fi-bra; Porcelana Renner S.A.; Fábrica de Máquinas deCostura Renner Ltda. e Renner, Beltrami & Cia. Ltda.

Ainda encontrou tempo para escrever. Deixou trêslivros — Assuntos Econômicos e Sociais, Idéias e Pen-samentos e Homem e Progresso — e quatro filhos quecontinuam a sua obra: Egon, Kurt, Otto e Herbert,pais e avôs de seus muitos netos e bisnetos.

Membro do futuro Governogaúcho viaja ao Rio paraconcluir plano de reforma

Porto Alegre (Sucursal) — Seguiu ontem para o Rio oSr. João Dentice, futuro Chefe da Casa Civil do Governa-dor eleito do Rio Grande do Sul, Sr. Peracchi Barcelosa. fim de concluir, com o Sr. Hélio Beltrão, o plano de re-forma administrativa que será implantado naquele Esta-do no próximo ano.

n*n°- Sr<

í?^? Dentice recebeu um telegrama do Sr. HélioBeltrão, solicitando sua presença no Rio, para que fossem

S°f Pe™*™ íinais ^0 plano, cuja conclusão de™

Shos. reU11ÍÕ6S 6ntre técnicos cariocas eVOLTA

O Chefe da Casa Civil pre-tende retornar a Porto Alegrena próxima sexta-feira, acom-panhando o Governador eleito,e trazendo o plano de refor-ma. & pensamento do Sr. Pe-racchi Barcelos manter enten-dimentos com o Governadorlido Meneghetti sobre a possi-bilidade de encaminhamentoda reforma ainda na sessãoextraordinária da Assembléia,

Pelo plano, as Secretarias deAgricultura e Economia serãoreunidas em uma única, en-quanto «v Secretaria do Traba-lho e da Habitação terá o no-me de Secretaria da Assistén-cia. A Secretaria de Trans-portes ficará subordinada è,Secretaria de Obras Públicas.Por outro lado, 20 órgãos td-mlnistrativos ligadas direta-mente ao gabinete do Gover-nador sofrerão modificaçõesprofundas.

Reforma da administraçãoestadual começará a serimplantada no próximo am

O Governo estadual começará a Implantar a n__rt^do Próximo ano, e durante todo o ano de 1968 o seu WanoGlobal de Reforma da Administração do Poder lxecuh"ocujo objetivo é criar um sistema nôvo mediante nmn™'cesso contínuo de aperfeiçoamento diSg 52*parmanente atualização. - pumico, com

Já autorizado pela Assembléia Legislativa í__ip ,™„vou as diretrizes básicas da reform??Governo?teráS?.T ^ lXeCUfcar ° ?Ian° «e reorganização adSstra-t«' 2™

abrange?a tôdas ^ secretarias, cargos e sala-rios, visando a criar uma mentalidade nova em relarlnaos problemas de administração. a5aoO PLANO GLOBAL

Segundo o Sr. Roberto Fil-gueiras, Coordenador da Orga-nização • Administrativa, órgãoque elaborou o plano da refor-ma, Juntamente com as Secre-tarias de Governo e de Admi-nistraçáo, o Governo desejacriar uma mentalidade novaem relação aos problemas daorganização administrativa,mostrando a sua alta impor-tância como fator de produti-vidade de trabalho, o que deve-rá refletir-se, inclusive, na suavalorização e na melhoria dosvencimentos dos funcionários.— As atividades do serviçopúblico — disse o Sr. RobertoFilgueiras — serão definidas,classificadas e avaliadas, debaneira a que os grupamentos

correspondam á melhor defini-Ção da estrutura orgânica. Asunidades orgânicas terão lota-çao de pessoal fixada em íun-Çao de suas atividades e dosdados de avaliação apurados.os cargos em comissão e asfunções, gratificadas, após ava-liaçao, serão definidos em tabe-la unlca, compreendendo duasfaixas: de 01 a 05, cargos emcomissão de direção e assesso-ramento superior; de 06 a 10funções gratificadas de chefiae assessoramento auxiliar.— Quanto aos cargos efetivosc empregos dos contratados, se-rao elaboradas especificações efatores de avaliação de cias-ses. vencimentos e salários, deacordo com as tarefas típicasfixadas e requisitos exigiveis.

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' ' " ''¦ ' "'"¦' ' £ <»>W*!W^>^'WI>;7^ „ Plano Nacional de Educaçãoretém dois terços da verba

Brasília (Sucursal) — Apenas Cr$ 12 bl-lhões dos CrS 34 bilhões do Plano Nacional deEducação íoram liberados para os Estados oTerritórios, ficando retido o restante por culpados beneficiados que ainda não prestaram con-tas dos recursos recebidos em 1964 e de outrosque o fizeram com irregularidades.

— Há dois anas a liberação dos recursos doPlano Nacional de Educação se completa comatraso, devido à falta de providências por partedos beneficiados — informou o Diretor-subs-tituto do Departamento de Finanças do PNE,Sr. Abdiaç Oliveira, destacando que dos CrS65 bilhões de 1965 ainda não foram liberadosCr$ 13 bilhões.

SALARIO-EDUCAÇAO

O Dirctor-substituto do Departamento deFinanças do Plano Nacional de Educação, dis-se ainda que o Ministério da Educação pretéh-

de distribuir pcrcentualmente aos Estados eTerritórios os Cr$ 28 bilhões correspondentes ãcota de 50 por cento dos recursos do salário-educação arrecadados era 1966.A maior dotação, quase 13%, caberá a Ml-nas Gerais, e a menor, 0,046%, ficará para Ro-raima. Sao Paulo receberá 12,685% e a Gua-nabara 1,688%.

O PLANO

São ainda incluídos no Plano Nacional deEducação os recursos destinados aos Fundos doEnsino Médio e Primário dos Estados e Terri-toi-ios, depois que são apresentados ao MEC osrespectivos planos de aplicação das verbas.Aprovados pelo Ministério os planos de ca-da um, sáo assinadas entre a Pasta e a Secre-taria de Educação dois convênios, um paracada fundo, regendo a aplicação e estabele-cendo obrigações.

Ensino Secundário promete vagasO Cheje da Sucursal do JB, Lucídio Castelo Branco, congratulado com um dos novos jornalistas

Chefe da Sucursal do JB Belas-Artesem Pôrtô Alegre paraninfa entrega hojeformatura de jornalistas certificados

Porto Alegre (Sucursal) — O Presidente do Sindicatodos Jornalistas Profissionais de Porto Alegre e Chefe ciaSucursal gaúcha do JORNAL DO BRASIL, jornalista Lucí-dio Castelo Branco, páránínfou a formatura da turma de1966 da Escola de Jornalismo da Universidade Federal doRio Grande do Sul.

Lucídio Castelo Branco foi escolhido como paraninfopelos 19 bacharéis pelo estímulo que, como Chefe da Su-cursai do JB em Porto Alegre, vem dando aos cursos deJornalismo que estão sendo criados por todo o Sul do Pais,através da concessão de bôlsas-de-estudos e da instituição'de concursos de reportagem.A MESA

A solenidade de formaturada Turma de 1966 foi presidi-da pelo Diretor da Faculdadede Filosofia da UFRGS, Pro-fessor Ângelo Ricci, tendoocupado a mesa o Presidenteda Associação Rio-Grandensede Imprensa, jornalista Alber-to André, a Secretária da Fa-culdade, Sr." Mafalda RussoletGomes e mn representante doComandante do III Exército,além do paraninfo.

Os bacharelandos são osseguintes: Aracelis Velasquez,Beatriz MaHieiros Miranda,Branca Teresinha Ferrari, CaioPoester, Ceei Leite de Oliveira,Cláudio Medina dè Sousa, De-nise Barbosa Pantoja, Divino

Renato Fonseca, Dulce Zito daCosta, Erica Bahr Daou, Eve-lina Peixoto Dagnino — ora-dora da turma —, Iracilda Ca-sarotto, Iria Luci Miiller, JoséAntônio Lemas, Liana Sabo,Maria Iara Rech, Marta Ra-mas Guimarães, Mirta Vilas-Boas c Rogaciano d'Avila.

Os bacharelandos homena-genrámos professores SalvadorBruno, Santos Vídarte, AlfredoPradelino Rosa e Gabriel Bor-ges Fortes e prometeram "tra-balhar por uma imprensa livrepara um povo consciente, poisconsidera mos indispensávelpara o desenvolvimento doPaís que a imprensa assuma,nos dias de boje, a liderançana luta de libertação e cons-cientização do povo brasileiro".

Será julgado em fevereiroex-Assessor de Imprensado Governo João Goulart

O Conselho Permanente de Justiça da ifl Auditoria dal-a Região Militar deverá julgar, na primeira quinzena defevereiro do próximo ano, o jornalista Paulo Schilling ex-Assessor de Imprensa do Governo João Goulart, acusadode atividades de caráter insurrecional.

O Juiz-Audifor Jacob Goldemberg despachou ontem oprocesso para as razões finais da acusação e da defesaapós o que marcará a data do julgamento. O jornalista éacusado juntamente com 26 outras pessoas, conforme IPMinstaurado na área do I Exército.INDICIADOS

Ê a seguinte a relação dosdemais indiciados, alguns dosquais se encontram foragidos eserão julgados ã revelia: ÉricoC Sachs, Geci O. Sarmento,José Carlos B. Monteiro, cx-Deputado Max da Costa Santos,Rui Mauro Mariani (civis!, An-tônio A. Rodrigues de Oliveira,Antônio G. Filho, Amadeu deOliveira, Araquem Vaz Galvã<-Jelei R. Correia, Joel F Fi-gueiredo, José W. Silva, JoséM. Sá Roriz, Leoni Lopes, LuisCarlos dos Prazeres, AfrânioSantana, Almir Sales, Américodo Patrocínio, Anivanir de Sou-sa Leite, Daltro Jaques D'Orne-les, Deodato Fabricio, DirceuJaques D'Orneles, João Nasci-mento, Manuel F. Sousa, Os-

mar Preussler e Osvaldo S. Al-meida, todos sargentos.Deu entrada no Superior Tri-bunal Militar o pedido de ha-beas-corpus em favor do Pri-

meiro-Tenente do ExércitoVanderlei Néri de Medeiros, quepede para ser excluído do pro-cesso a que responde perante a2.» Região Militar, sediada emSao Paulo, tendo sido designadorelator o Ministro Saldanha daGama.

Deu entrada, também, na-quela Corte de Justiça o ha-beas-corpus em favor do civilLuis Carlos Carbôni, processa-do no Rio Grande do Sul poratividades subversivas. O pa-ciente pede para ser posto emliberdade, sendo designado re-lator o Ministro Otacilio TerraUruraí.

Assembléia aprova projetodesvinculando funcionáriosdo salário mínimo regional

ÊM^mmãao AArtSToged? gssagsâss t± ^r^culação do salário de íunLnTri^af salárlo^mfnhrfo

^

DIREITOS

Pelo projeto aprovado, ficamressalvados aos servidores quepercebem até agora vencimen-tos fixados com base no sala-rio mínimo regional os direitosdecorrentes do salário mínimo2tu»l (decreto de 2 de marçode 1966, que fixou em CrS 84mil o salário minimo, desde queseja obedecido o limite consti-tucional de despesa com fun-cionalismo (62?* do total dareceita). O projeto determina,ainda, que em época futuraserão fixados os novos venci-mentos dos servidores esta-duais.

A vinculação do salário doservidor do Estado ao saláriomínimo foi instituído pelo en-tão Governador Carlos Lacer-da no meio de seu mandato.Na época, justificou a medidaafirmando que o servidor nãoficava mais na dependência daAssembléia para a concessãode aumento, sendo que éle vi-ria toda vez que o saláriomínimo fosse revisto. Entre-tanto, por dificuldades finan-celras, o Estado nunca conse-

guiu pagar realmente o que alei determinava e tóda vez queo salário mínimo era revistodividia o aumento em três eta-P". (a Mima do aumento de1965 foi paga recentemente, jáno Governo do Sr. Negrão deLima).MILITARES NO RECIFE

Recife (Sucursal) — Os ml-litares da reserva no Recifeainda não receberam, mas de-verão assinar o memorial queserá publicado dia 31, criti-cando o aumento de 25% dadoa classe, considerando como ri-diculò e incapaz de atender àssuas necessidades mínimas se-gundo revelou uma fonte ca-tegorizada.

Os militares, por força doaumento de mais de 100%dado após a Revolução, segun-do a mesma fonte, assumiramuma série de compromissos fi-nanceiros, e como os saláriosnão acompanharam os pre-ços, o resultado é que agoraestão em dificuldades, "quenão podem ser vencidas comd aumento proposto pelo Go-vêrno federal.

Os formand-cs de 1966 doInstituto de Belas-Artes rece-boráo às 21 heras de hoje, noauditório do IBA, no ParqueLaje, seus certificadas, quandoserão também prestadas home-nagem aos patronos da turmaSérgio Milliet (História da Ar-te), Cândido Portinari (Pintu-ra), Irmãcs Bernardelli (Escul-tura) e Osvaldo Goeldi (Gra-vura).

A turma terá como paranin-fos a Professora Maria deLourdes Mader Pereira Novais(Gravura), Marecíial Ang-slo

Mendes de Morais (Pintura),Professor Romildo Calunga(Escultura) e Professor OtiofrePenteado Neto (História daArte), sendo oradores os for-mandos Helenice Mlgnone eDalton Miranda.

Câmara teiaCrS 53 bilhõespara gastar

Brasília, (Sucursal) — A Cama-ra dos Deputados Ka-.ia-.-i, cm1967; Crs 6 bilhões na construçãode edifícios residenciais, no Dis-trlto Federal, c CrS 2 bilhões nainstalação da Rádio do Congresso.Isto é o que revela o Orçamén-to Analítico da câmara Federal,publicado no Diário Oficial, cs-peciítcando a. distrUjulçio domontante.de CrS 53 bilhões e 60milhões.

As outros despesas previstasEão: CrS 15,2 bilhões para, o pa-gnaiento de subsídios e represen-taçáo aos deputados; Cr$ 2,5 bi-lhões para o pagamento da ajiuiado custo; Crs 1,2 bilhfio comocontribuição ao Instituto de Pre-yldêncla dos Congressistas; CrS236 milhões como contribuição aoClube do Congresso o a nssocia-ções desportivas dos servidores;CrS 1 bllháo para mecanizaçãodos serviços administrativos; Crs800 milhões para conservaçfio doPalácio Tlradentes, no Rio, c doPalácio do Congresso, no DF; eCrs 240 milhões para despesascom os grupos brasileiros daUnláo Interparlamentar' e da As-sociação Interparlamentar dc Tu-rlsmo.

Minas criaFaculdade deComunicações

Belo Horizonte (Sucursal)— O Conselho Universitárioda Universidade Federal deMinas Gerais criou ontem aFaculdade de Comunicações,na qual os estudantes farãodois anos básicos, escolhen-do depois a especializaçãoentre Jornalismo, Publicida-de e Relações Públicas, Ci-nema ou Rádio e TV, umcom aulas práticas em umaredação-modêlo já instala-da e na gráfica universitá-ria.

A Faculdade de Comuni-cações só funcionará em1967 com o curso de Jorna-lismo, que vai ser reestrutu-rado para adaptar-se à no-va organização e cujo vesti-bular foi marcado para odia 30 de janeiro, junto comos cursos de Sociologia ePolítica n História e Geo-grafia, havendo 30 vagas.

O Curso de Jornalismofuncionava na Faculdade deFilosofia, mas no início dês-te ano os estudantes fizeramnm movimento exigindo umcurso autônomo e com ver-ba própria, sendo apoiadospelos professores, que pe-diam também uma redação-modelo para a.s aulas prá-ticas.

Os estudantes achavamque o Curso de Jornalismoestava deslocado na Facul-dade de Filosofia, onde só seformavam professores.

Um aumento de 1 450 mil matrículas noensino secundário, até o ano de 1970, foi anun-ciado ontem pelo responsável pelo setor, Pro-íessor Gildásio Amado, ao explicar que "oMEC se esforçará para reduzir até a extinçãototal a dualidade ainda registrada quanto asistemas de formação acadêmica e técnico-profissional".

O Professor Gildásio Amado observou que,pelo Plano de Ação do Governo, as cidades demais de 100 mil habitantes deverão responderpor 700 mil novas matrículas,- as de mais de5 mil habitantes por 380 mil e as de menos de5 mil habitantes por 370 mil.

MEDIDAS IMEDIATAS

O Diretor do Ensino Secundário explicouque o Governo tratará de reestruturar o pri-

meiro ciclo "a fim de que élo possa dar con-timiklade à educação iniciada no nivel pri-niiirio, incluindo a.s disciplinas destinadas aampliar á cultura geral e disciplinas e práticasexploratórias e motivadores, e um segundo ci-cio integrado que, na hipótese mais perfeita,teria um currículo que associasse áreas tlpi-camente de formação geral e área de formaçãoprofissional".

— O aumento de matrículas — disse oProfessor Gildásio Amado — será acompanha-do de um amplo programa da Diretoria deEnsino Secundário rio MEC ein duas faixas: oprédio escolar e o preparo técnico do professor.Assim, nns maiores concentrações urbanas, aprevisão é tíe ura prédio escolar nôvo paracada grupo de 500 matrículas. Quanto ao setordo magistério, a indicação básica é a de umnôvo mestre para cada 20 novos alunos.

Empresas apoiam ensino técnicoO Vice-Presidente dn Associação dos Diri-

gentes Cristãos de Empresas, Sr. ArmandoTomzhinski, e o As.sessor-Geral da Coordena-cão Nacional na Guanabara, Sr. Paulo Du-tra, assinaram ontem no MEC um convênioatravés do qual a ADCE tornou-se mais umaempresa executora do programa para a ins-taloção de cursos intensivas de preparaçãode mão-de-obra industrial.

Na ocasião, o Presidente da ADCE, Sr.José Pougy, recebeu os manuais de Leitura dèDesenho Técnico e Mecânico, distribuídos gra-tuitamente pelo MEC, e que serão utilizados nosdois primeiros cursos organizados pela entidadea partir de segunda-feira na Conforte:-, firmade aparelhos de ar condicionado, e na Refina-ria de Manguinhos.

OUTROS CONVÊNIOS

O Coordenador Regional da Guanabara doPrograma Intensivo de Preparação do Mãò-de-Obra Industrial, Sr. Francisco José RodriguesBueno. encontrava-se ontem em Niterói, assis-tindo à Reunião dos órgãos de Preparação Téc-nico-Proflssional do Estado do Rio, e não pôdeassinar o convênio firmado com a ADCE.

Hoje, será ali assinado um convênio entrea Diretoria de Ensino Industrial do MEC c oDepartamento Regional do SENAI para aconstrução do Centro de Treinamento de Du-que de Caxias, e o Sr. Paulo Dutra informou quesegue hoje para os Estados Unidos üm relatóriode técnicos brasileiros e estrangeiros para a ela-boração de uma metodologia visando a avaliação

de programas sóbre formação profissional. Orelatório será impresso em português, espanhole inglês, e distribuído por iôcia a América La-tina.

A reunião desses técnicos foi feita atravésde um acordo firmado entre o MEC e o Cen-tro Interamerlcano de Investigação e Documen-tação Sóbre Formação Profissional, órgão per-ten cente à Organização Internacional do Tra-talho.

RESULTADOS

_ O Programa Intensivo de Preparação deMão-de-obra Industrial, iniciado em 1SG4, atéo fim do ano passado, preparou cerca de 67mil profissionais, já tendo qualificado quasequarenta mil supervisores, auxiliares técnicos etécnicos industriais.Trabalha em conjunto com as Escolas Téc-

nicas Federais, com ns Escolas de Aprendiza-zem do SENAI, cora as Escolas Industriais Es-taduais c particulares, can as indústrias emgeral, através de seus Centros de Treinirnieii-to, com as de economia mista e estatal, comoa Petrobrás, a Fábrica Nacional de Motores ea Companhia Siderúrgica Nacional, com asUniversidades, entre outros.

Já foram assinados, desde 1964, 5 291 tér-mos aditivos, o que corresponde a cerca de quin-ze mil cursos já realizados. Na Guanabara, aCoordenação do Programa trabalha em con-junto cora mais de quarenta entidades executo-ras, dispondo o MEC, até agora, de uma verbafederal de Cr$ 2 bilhões e 600 milhões, que seráduplicada em 1967.

Escola Técnica divulga listados mil candidatos aprovados

Tesourosó pagaate 29

O Tesouro Nacional encer-rara os pagamentos, Imprete-rlvelmente, às 19 horas deamanhã, quinta-feira, reser-vando o expediente do dia 30ao balanço de fim de exerci-cio. Essa decisão é comunicadaem nota oficial da Diretoriada Despesa Pública.

A Escola Técnica Federal da Guanabara,ex-Escola Técnica Nacional, divulgou ontem arelação dos mil candidatos aprovados no seuconcurso de admissão, e adiantou que por todoo dia de amanhã serão recebidos pedidos de re-visão de provas.

A direção do estabelecimento avisa que asmatrículas deverão ser efetuadas do dia 16 a31 de Janeiro, das lOh às 16h, na Secretaria, omarcou para o dia 1 de março o início do anoletivo.OS APROVADOS

São os seguintes, pelo número de inscrição,os candidatos aprovados:

1209 — 119 — 2709 — 1184 — 2209 — 498 —1030 — 190 — 1324 — 1041 — 1288 — 943 —519 — 2415 — 1283 — 3031 — 16 — 803 — 29161876 — 1098 — 1263 — 1918 — 619 — 1056 —93 — 1857 — 4503 — 919 — 3831 — 88 — 218 —440 — 379 — 2141 — 887 — 1203 — 465 — 1073406 — 51 — 214 — 1284 — 451 — 2880 — 961142 — 90 — 778 — 126 -r- 1570 — 92* — 2635833 — 777 — 429 — 775 — 499 — 789 — 2911728 — 1202 — 121 — 991 — 1658 — 664 —1306 — 431 — 282 — 765 — 3954 — 883 — 390804 —545 — 952 — 790 — 343 — 1228 — 150302 — 428 — 2151 — 808 — 360 — 1122 —4403 — 1926 — 1071 — 543 — 3242 — 1415 —2615 — 4748 — 1460 — 555 — 426 — 1053 —521 — 944 — 207 — 89 — 1417 — 1031 — 8111054 — 2263 — 1595 — 964 — 3187 — 977 _947 — 365 — 781 — 799 — 4532 — 1675 — 9421285 — 4667 — 329 — 931 — 87 — 91 — 832422 — 200 — 3054 — 4045 — 1208 — 907 —996 — 802 — 3280 — 84 — 355 — 54 — 366 —1261 — 551 — 4089 — 330 — 4517 — 4113 —878 — 82 — 162 — 3481 — 83 — 4112 — 2233946 — 3580 — 489 — 2478 — 1225 — 1771 —373 — 936 — 836 — 3292 — 3720 — 2720 — 44953900 — 64 — 594 — 1186 — 1032 — 3716 —3750 — 72 — 4373 — 959 — 3878 — 1095 — 28882 — 163 — 1382 — 2688 — 1148 — 758 —759 — 1069 — 706 — 957 — 1513 — 2910 — 10513025 — 3223 — 1205 — 1241 — 697 — 2407 —

495 — 423 — 813 — 3628 — 1384 — 2358 — 22694110 — 828 — 704 — 702 — 3394 — 274 —2754 — 1238 —^162 — 108 — 2245 — 2576 —1101 — 2929 — 750 — 1273 — 487 — 1247 —141 — 683 — 3734 — 2775 — 20 — 1084 — 10651332 — 491 — 347 — 246 — 540 — 1037 —

3216 — 1457 — 1254 — 158 — 45 — 766 —14551040 — 1320 — 4777 — 620 — 1153 — "«3213158 — 800 — 701 — 115 — 1171 — 1014 —

420 — 703 — 755 — 2246 — 3089 — 796 — 1478963 — 2776 — 570 — 2877 — 1329 — 1099 —

4180 — 74 — 128 — 4538 — 3853 — 118 — 3751144 — 1138 — 607 — 86 — 483 — 2956 —

250 — 638 — 1519 — 1878 — 3076 — 569 — 5678 — 1104 — 278 — 290 — 78 — 4238 — 8971142 — 4474 — 623 — 391 — 3043 —

llll — 346 — 1912 — 18 — 52 — 1264 —1248 — 814 — 437 — 4424 — 2165 — 505 —19 — 3810 — 398 — 831 — 776 — 155 — 184

492 — 345 — 920 — 321 — 501 — 1591 —873 — 2650 — 3951 — 3225 — 1033 — 711 —709 — 797 — 1873 — 4147 — 3909 — 399 — 342736 — 749 —«35 — 2449 — 1314 — 3996 —

441 — 211 — 3020 — 248 — 132 — 1995 — 12372642»— 480 — 3296 — 225 — 4477 — 4444 —

1906 — 146 — 2841 — 2830 — 1131 — 1969 —4022 — 1304 — 3070 — 1222 —4550 — 829 — 116

2350 — 364 — 212 — 129 — 1590 — 1395 —747 — 783 — 3057 — 834 — 23G4 — 3663 — 4432—2363 — 779 — 1313 — 1599 — 1794 — 554 —199 — 4376 — 3212 — 244 — 297 — 2010 — 3476494 — 2413 — 2305 — 377 — 1301 — 3290 —

2365 — 2211 — 730 — 3044 — 1552 — 1459 —1463 — 165 — 3452 — 1118 — 4632 — 362 —3495 — 561 — 1462 — 1385 — 901 — 2597 —300 — 4111 — 328 — 549 — 1097 — 3024 — 3564374 — 3830 — 1957 — 138 — 1986 — 1938

824 — 2366 — 1344 — 2052 — 432 — 4263 —1747 — 1666 — 1856 — 3942 — 3457 — 859 —219 — 4172 — 2770 — 3700 — 315 — 1808 —4543 — 2982 — 544 — 419 — 837 — 1479 — 3446

4437 — 1797 — 731 — 3265 — 1108 — 647 —287 — 1117 — 2746 — 548 — 900 — 3655 — 4762 — 2943 — 1112 — 453 — 436 — 652 —

3343 — 4066 — 1825 — 2751 — 3391 — 529 —337 — 1178 — 4742 — 3578 — 566 — 4451 —867 — 224 — 481 — 632 — 3770 — 4555 — 21374662 — 4165 — 979 — 4056 — 2412 — 995 —

195S — 288 — 378 — 331 — 997 — 1252 — 127130 — 1716 — 4024 — 3472 — 73 — 861 —

443 — 469 — 109 — 98 — 4764 — 712 — 13301777 — 806 — 57 — 3016 — 2755 — 4657 —

531 — 332 — 139 — 2447 — 719 — 317 — 15661345 — 2636 — 2612 — 2625 — 4546 — 3015136 — 466 — 334 — 573 — 312 — 899 — 137669 — 24 — 123 — 4068 — 1242 — 1438 —

1757 — 2474 — 1149 — 3073 — 941 — 902 — 3711925 — 1312 — 1315 — 1760 — 546 — 1503344 — 4579 — 37 — 1704 — 2501 — 2667 —

3560 — 2809 — 2690 — 1038 — 2268 — 3444 —809 — 2S14 — 1761 — 1278 — 2772 — 1175 —4182 — 3302 — 2927 — 3217 — 3691 — 372 —369 — 1070 — 2119,4 — 1659 — 167 — 3415 —479 — 475 — 17 — 143 — 313 — 1493 — 872 —4668 — 1124 — 1229 — 3112 — 486 — 39 — E991935 — 2747 — 2230 — 1571 — 989 — 1461 —

. 3082 — 122 — 3629 — 245 — 249 — 710 — 28242378 — 192 — 3473 — 1450 — 2874 — 20581615 — 4615 — 42 — 482 — 206 — 314 —

386 — 2287 — 547 — 1143 — 1434 — 81 — 236173 — 2242 — 3640 — 1100 — 318 — 581 —

55 — 538 — 4611 — 1044 — 2437 — 825 — 39663833 — 1177 — 552 — 563 — 879 — 289 —

4456 — 3250 — 1934 — 30 — 1803 — 3012 — 27951194 — 3033 — 1902 — 4509 — 1130 — 11733515 — 726 — 869 — 3010 — 2934 — 111 —

648 — 681 — 2361 — 1235 — 1331 — 151 — 14012920 — 4049 — 2941 — 3614 — 4070 — 26962921 — 3846 — 1156 — 568 — 433 — 2231 —

319 — 1632 — 2802 — 4741 — 945 — 692 — 46643565 — 699 — 2779 — 2613 — 41 — 4602 —

1835 — 306 — 940 — 305 — 1019 — 1624 — 1534490 — 1275 — 1296 — 646 — 4140 — 376 —

367 — 2570 — 645 — 276 — 2589 — 1280 — 21811997 — 3637 — 484 — 352 — 3111 — 4171 —

1919 — 1239 — 1067 — 3129 — 4421 — 1907 —1701 — 427 — 868 — 2 503 — 3 505 — 2049 —2076 — 4346 — 1096 — 4638 — 1047 — 177 —304 — 3109 — 3116 — 144 — 1755 — 1217 —822 — 1729 — 2609 — 2213 — 3717 — 10 — 534871 — 1081 — 2091 — 4610 — 2130 — 2761 —

308 — 2591 — 361 — 1456 — 892 — 4441 — 450668 — 3268 — 1185 — 359 —^38 — 2627 —

649 — 193 — 1658 — 159 — 565 — 4308 — 3188140 — 2167 — 3630 — 1815 — 1465 — 4554 —

1204 — 477 — 985 — 1718 — 31 — 133 — 866357 — 2025 — 2339 — 2218 — 1187 — 1489 —

1802 — 1295 — 1035 — 2098 — 3937 — 3439 —2260 — 618 — 4273 — 417 — 149 — 3431 — 11963337 — 1236 — 281 — 1472 — 1198 — 1886 —

2291 — 2476 — 230 — 27 — 1863 — 1290 — 38224587 — 858 — 2329 — 4390 — 4322 — 424 —

532 — 651 — 3784 — 1673 — 266 — 694 — 43501133 — 4200 — 2348 — 4398 — 3312 — 457633 — 405 — 131 — 691 — 37S6 — 3918 — 45881230 — 3405 — 2102 — 1107 — 68 — 23334143 — 2703 — 3061 — 3656 — 612 — 558 —

75 — 845 — 972 — 955 — 1789 — 1376 — 22271677 — 2140 — 3133 — 485 — 4692 — 522 —

59 — 780 — 3867 — 3993 — 275 — 1176 — 4074960 — 3117 — ,3440 — 35G3 — 1125 — 21833372 — 2028 — 3149 — 1057 — 439 — 3227506 — 11 — 112 — 1842 — 3814 — 3251 —

915 — 3530 — 1987 — 1717 — 1383 — 1475 —1)98 — 1587 — 2856 — 2400 — 2190 — 2784 —2793 — 2586 — 3289 — 3117 — 3636 — 591 —446 — 293 — 3 — 560 — 418 — 4029 — 854 —1664 — 2315 — 2409 — 4142 — 3135 — 252 —476 — 556 — 1536 — 1520 — 751 — 3889 — 46311017 e 3418.

i^yyraMyjgiBLiwnfa ^¦7i..-!.a^?»CT^_a>_mvj^..a>._•-.?-»<_*¦>•

'Í2 - ->» CãJ;, Jornal do Brasil, quarta-feira, 28-12-68

Tuthill e Pimentel examinamreforma econômica no Paraná

•, .

Curitiba (Do Correspondeu-

te) — As mudanças econômi-

cas que estão se registrando

ino Paraná íoram o principaltema das conversações man-

tidas ontem no Palácio Ig«wu.

entre o Embaixador John Tu.-

hill dos Estados Unidos e o

Governador Paulo Pimentel, do

Paraná. O representante dl-"plomátlco chegou a Curitiba as

.11 horas, procedente da região¦cafeeira do Estado e foi recep-

cionado com um almoço a que

compareceram todos os Secre-

tários de Estado e altas perso-•saudades do Governo parana-enseInt eresíando-se em sauer a

.influência do pioneirismo no

desenvolvimento do Estado, o'Embaixador

foi informado peloSr Paulo Pimentel de que dois

. terços do território paranaen-_.» ícram conquistados da sei-

'-va nos últimos trinta anos

existindo ainda reservas flores-

tais no Oeste e Sudoeste do Es-

tado.

CAFÉ EDIVERSIFICAÇÃO

Quanto ao café, o Chefe do

Executivo informou ao Sr. John

Tuthill que atualmente as plan-tações de café estão restritas

¦ -"às glebas de terra roxa, elimi-i nada a economia cafeeira das

. terras arenosas onde foi intro-'

.duzida hovinocultura do cor-

te e a lavoura diversificada.Indicou ao Embaixador que,

Já em 1961, o Govêmo do Pa-

i-aná se preocupava com a di-

Tersificação da cafeicultura,tendo apresentado plano nesse

sentido ao então PresidenteJânio Quadros.

"Só agora, com¦ o Governo do Marechal Caste-

Jo Branco se iniciou o progra-ma de eliminação dos cafesi-

ros improdutivos, o que, no

entanto, vinha sendo estimula-

do pelo Governo estadual".

TRABALHO RACIONAL

Esclareceu o Governador ao

visitante que o Governo para-naense se opõe à erradicaçãoincontrolada, que pode atingir

quaisquer tipos de cafeeiros.Pondera que não se pode ar-

rançar o caíé, deixando atrás

um vácuo econômico represen-

tado pela brusca queda nas

fontes do rendimentos dos la-

vradores que antes se dedica-

vam a essa cultura.— Não nos interessa, Senhor

Embaixador, a erradicação pu-ra e simples. Deve-se cuidar

da substituição das culturas,com Introdução de outras va-

riedades agrícolas na área

ocupada pelos cafézais. E es-

tão sendo respeitadas as ár-

vores de boa produtividade, de

modo que a diversificação levará

a limitação da cafeicultura às

áreas ecologicamente adequa-das, com uma agricultura con-

sorciada nas demais regiões.Demonstrando interesse pelo

quadro econômico rural, o Em-

baixador indagou do Governa-dor como funciona o regime de

sustentação de safras no Bra-

sl'. Esclareceu o Sr. Paulo PI-

mentel existirem diferençasentre a proteção ao lavrador

norte-americano e o mecanis-mo de defesa das safras como

é praticado cm nosso Pais.Frisou o governador que uma

falha a ser corrigida cm breve,

no Brasil, è a ausência de es-

trututra do Governo federal

para dar sustentação aos pre-cos mínimos estabelecidos paracada produto agrícola, que ob-

jetivam impedir a baixa exces-siva do nivel da oferta, nas

épocas de saíra. "Num curtoespaço de tempo, o Governo,através do Banco do Brasil —

que executa essa politica —

n3o tem condições para adqui-rir as safras. Nossa opiniãoé de que se deve usar toda a

rede bancária particular comodelegada do Banco do Brasil

para aquisição e financiamentodas colheitas. Inclusive o Ban-

co do Estado do Paraná podeintegrar no esquema suas no-

venta agências."O essencial é que o lavrador

se sinta protegido quando che-

ga a colheita. Assim poderáplantar mais e produzir mais".

Complementando as observa-

ções do Governador paranaen-se, o Embaixador disse-lhe quepresume seja o mecanismo dedefesa de preços que atua nosEstados Unidos responsável

pelos formidáveis excedentesagrícolas que se registramanualmente em seu país.

Ao terminar o encontro, oEmbaixador elogiou o apare-Ihamento do porto de Parana-

guá, de cuja condição como

porto de exportação disse terconhecimento.

PROGRAMA NO PARANA

O Embaixador John Tuthillestá no Paraná desde segunda-feira, desembarcando pela ma-nhã em Londrina. Visitou asfazendas de café do municípioe depois viajou para Apucara-na, cutro importante centro dacafeicultura de alta produtivi-dade, ali pernoitando para vi-sltar a área de Maringá, queè a Metrópole de maior crês-cimento no mundo alicerçadana economia do café.

Falando aos jornalistas, o ti-tular da missão diplomáticanorte-americana declarou que"corri bom-senso e coragem, em

pouco tempo o programa deerradicação proporei o n a r á oequilíbrio da produção cafeei-ra". Disse que julga possível odesenvolvimento do Norte doParaná, na região desbravada

pelo café, em funçfio dos fatores favoráveis — matérlas-pri-mas de origem agrícola abun-

dantes.Falando seriamente — con-

cluiu — gosto muito de regiões

como esta, onde há otimismoe espirito de iniciativa".

Interessado na produção _

refino da soja e industrializa-cão do milho, o Embaixadorvisitou, na Cidade de Jataizl-nho (vizinha à Londrina) as

instalações dc uma indústrialo.al quo refina soja, amen-

doim e óleo de algodão. Este-

ve ainda na Cidade de Ibipora,

onde observou a conversaçãode seu café a granel e io! re-

cepcíonado com almoço neio

criador e lavrador Celso Gra-

cia Cid, um dos entusiastas do

programa Üe aprimoramentodos rebanhos paranaenses

Na Cooperativa dos Caiei-

cultores de Londrina, o Embai-

xador observou as modernasinstalações para classificaçãoeletrônica do caíé Num banco

local, o Comercial do Paraná,

o Sr. John Tuthill recebeu cx-

posição sobre o processo de ln-

denização aos lavradores quetenham seus cafezals erradi-

cados.Durante mais de uma hora,

o Embaixador dos EstadosUnidos percorreu as instala-

ções da Companhia Cacique de

Caíé Solúvel, acompanhado

por diretores dessa empresa

pioneira no Paraná na indus-

trialização do café — cuja pro-dução passou para o quinto lu-

gar em volume econômico atra-

vés do Porto de Paranaguá.O diplomata chegou a Ca-

cique no momento em que era

preparada nova cota dc café

para ser enviado à União So-viética e examinou o produtobem como as inscrições, emrusso, na embalagem.

CNA diz a Costa e Silvaexistir disparidade nadistribuição de recursos

A Confederação Nacional da Agricultura, em estudo

encaminhado ao Marechal Costa e Silva, futuro Presidente

da República, fêz denúncia da disparidade da atuação as-

sistencial da União aos setores básicos da vida nacional,

afirmando que "os números sáo dolorosamente eloqüentes,

e devem servir de motivação para que o Governo se empe-

nhe em retificações". .Sugere que — a fim de evitar a permanência das taxas

setoriais de expansão econômica, nas quais, quanto ao pro-

duto total, no periodo 1957/61, a agricultura apresenta 5%:e

a Indústria 12,5% — o Governo conceda mais atenção

ao desenvolvimento rural, porque "setor algum é mais sen-

sivel às programações oficiais, devido às suas caracteristi-

cas de produção, comercialização e peculiaridades de sua

infra-estrutura, do que a agricultura".

Imposto Predial sofre naGuanabara aumento de 50%com rigidez no pagamento

O Imposto Predial e Territorial sofrerá no exercício de

1967 um acréscimo de 50 por cento sobre o valor arbitrado

durante o ano em curso, prescrevendo-se multas de mora

de 30 por cento após 30 dias de vencimento do prazo, de

50 por cento após 60 dias e mais dois por cento ao mês

ou fração, ao fim do exercício.Declarou o Diretor de Escrituração Fiscal da Secreta-

ria de Finanças da Guanabara, Sr. Paulo Lomba, que os

proprietários ou responsáveis por imóveis que não tenham

ainda recebido as guias de pagamento, devem procurá-lasnaquele órgão a partir de 10 de janeiro, evitando assim as

multas de mora que passam a vigorar.

* ANALISE

Depois de analisar as verbas, do Ministério da Agricultura e

do Fundo Federal Agropecuário,e a contribuição. dos recursos

privados à agricultura em con-fron to com a indústria, afirma

que dentro desse quadro de re-cursos, "qualquer

programaplurienal de investimentos daUnião nos setores agropecua-rios oferece dificuldade de vul-to para a sua postulação, emface do condicionamento dos

_ fatores climáticos e meteoro-lógicos, além das oscilações demercado. Revela que a indús-trla recebeu recursos neste ano,': de cerca de CrS 406 bilhões,enquanto a agricultura, CrS 212bilhões.

Afirma que a projeção no es-

paço e no tempo, dos investi-I mentos decenais na agricultura

é tarefa de alta complexidade"e que as aplicações da União

na agricultura estão básica-mente vinculadas, para teremrentabilidade aos investimentosem outros setores, porque,

"òb-

viamente, o desenvolvimento

agropecuário está condicionado,entre outros, aos meios detransporte, aos recursos de edu-cação e às condições de saúde."

Diz ainda que apesar das di-íiculdades, os agricultores eslãoconvictos de que o planejamen-to governamental se precataràcontra todas as circunstânciaseconômicas e políticas, fugindoa normas rígidas e inamovi-veis.

— A CNA — írisa — julgaaceitáveis determinados crité-rios de Investimentos da União.Assim, no campo do fomentoda produção rural, melhoria eseleção de sementes, adubos ecorretivos, defesa sanitária,preparo de pastagens e forra-gens, pesquisa, experimentaçãoe extensão. No campo da co-mercialização, armazenagem eensilagem, classificação e pa-dronização, preços mínimos, po-lítica de preços c seguros agri-colas, enquanto que no setor doaperfeiçoamento empresarial,acha aceitáveis, as normas parao ensino e aprendizagem, meca-nização e assistência tecnológi-ca, entre outras.

AS COTAS

O pagamento das guias só

poderá ser efetuado nas Cole-torias do Estado da Guanaba-

ra, cujos endereços constam no

verso das mesmas, com a ob-

serváncia do seguinte calen-

dário:

Finaldc 1 1.* Cota 2.* Cota | 3.« Cota 4.* Cota

Inscrição f !

16/1 17/2 20/3 14.423/1 24'2 28'3 25'430/1 3 4/4 2/5

'

fl,'2 103 U'4 8 '5

10/2 17/3 17/4 16/523'2 27/3 24/4 23.52/3 3/4 ' 3/5 1/69'3 10/4 9/5 G'6

' 16/3 18/4 10/5 16/622/3 20/4 22/5 23/6

? obrigaçõesdotesouro

nações

As cotas únicas serão cobra-das entre 16 de janeiro c 22de março, com intervalo de se-te dias entre as mesmas; de 30dias entre as primeiras e se-gundas cotas, assim como en-tre as segundas, terceiras equartas; e de 90 dias entre asprimeiras e quartas cotas detodos os lotes, recaindo osvencimentos em dias úteis.

MINAS SE ADAPTA,

Belo Horizonte (Sucursal) —

A Assembléia Legislativa deMinas, sem o tempo necessá-rio para um exame mais pro-fundo do projeto, aprovou amensagem do Executivo que• adapta a legislação tributáriaestadual ao Código TributárioNacional, com algumas emen-

compramose vendemospelosseguintes telefones:52-7037- 42-1764.2-1108 - 22-3533

42-7632das 9.45 às 17 horas

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Agricultura fluminensesugere sobre tributos

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LETRAS DE CÂMBIO

AÇÕES DE RENDA

FUNDO HALLES |nv-*__.lm«r.to*,

BOLSAS E MERCADOSMOEDAS

DÓLARCompra 2 205Venda 2 210

LIBRACompra 6 120Venda 6 200LIVRE

Abriu ontem o mercado decâmbio livre calmo « inalterado,oom o Banco <lo BrAsll o os ban-cos particulares

• comprando o

das sugeridas em documentopela Associação Comercial deMinas, visando « manter o es-pírito que orientou as autori-dades federais na elaboraçãoda reforma tributária.

As entidades produtoras ini-ciaram ontem uma campanhade esclarecimento junto a seusassociados sóbre a nova legisla-ção tributária mostrando-lhescomo devem proceder, deacordo com a nova sistemáticaque entra em vigor a partir deprimeiro de janeiro. Tambémmais de cem delegados fiscaisdo Estado concluíram os estu-dos que vinham realizando sô-bre como aplicar os dispositi-vos previstos na nova legisla-ção tributária, e cujo pro-jeto subirá hoje à sanção doGovernador Israel Pinheiro.

BANCO CENTRAL DAREPÚBLICA DO BRASIL

AVISOO BANCO CENTRAL DA REPÚBLICA

DO BRASIL comunica que, a partir do pró-ximo dia 2 de janeiro, passará a atendero público no horário de 9h30m às 17 ho-

ras, sem interrupção.

DEPARTAMENTO ADMINISTRATIVO(P

Niterói (Sucursal) — O ree-xame de alguns dispositivos daLei 5 805, de 9 deste mês, sô-bre a Reforma Tributária,ílu-minense, íoi encarecido emmemorial que o Presidente daFederação da Agricultura doEstado do Rio, Sr. FrancelinoBastos França, enviou ao Go-vernador Teotônio Araújo, comvárias sugestões do interesse daatividade agropecuária.

Criticou a maneira como foiencarada pelas autoridadesuma atividade "já tão sacrifi-cada quanto empobrecida e nuqual o desestímulo é constnn-te", advertindo que isso poderáocasionar o "agravamento doscustos da produção fluminensecomo também dificultar as re-lações íisco-produtores, devidoa uma complicada burocracia".

COMO SERÁ

No memorial encaminhadoao Governador, o Presidenteda Federação da Agriculturado Estado do Rio observa queas dispesições reguladoras dacobrança do Imposto de Cir-culação das Mercadorias, emterritório fluminense, Importa-riam a revogação da Lei 5 792,de 30 de outubro deste ano, quebeneficiou os produtores agro-pecuários com a Isenção tribu-tária.

Faz ver que um dos dispo-sitivos da nova lei, como estáredigido, "criará sérias diíicul-dades ao produtor, ao obrigaro pequeno proprietário, par-ceiro ou colono rural, a extrairnota íiscal quando vender umírango. meia dúzia de ovos. al-guns quilos de batatas, algu-

dói» a, Crt 2 500 e vendendo a.CrS 1 220; a libra a CrS 6 130,30t a Crs 6 191,60. Fechou limite-rado.

MANUAL.

O dólar-papel fot cotado on-tem. na abertura, do mercado decambio manual a*OrS 2 205 paracompra c a CrS 2 210 pava ven-da; a libra e. OrS 6 120 e a CrSõ 200. Fechou inalterado.

O Banco do Brasil t os bancosparticulares operaram às seguin-tes taxas:Moedas Compra VendaDólar 2 200,00 2 220,00

Dólar Can. ..LibraFranco BelgaFlerta» Marco Alem. .Lira, Franco SuíçoCoroa Din. ..Franco Franc.Coroa Norueg.Goròa Sueca .Shllllng Mti.tr.Escudo Port.Peseta Peso Argent.Piso Urut,'. ..USÍ Convênio£ Islftritlia •t RPC

! 031.H0; 130,30

«,90603,20333,00

3,523503,00313,50444,40307,70425.10

34,0073,5036,007,70

25,902 200,00

2 052.706 191,00

44,50614,90360,00

3.567314,70322,60440.60311,70430.10

36.9078,4038,303,50

32,902 220,00

Ouro TinoOP. 2 473,6059 2 493,1115

TAXAIS DO MANUAL

Franc.SuíçoPort.

fi 130,30 6 191,60

Moeda*

Dólar .Libra .FrancoFrancoEscudoPeseta Ksp. ..Lira Ita!Piso Argent. .?êso Urug. ..Franco BelgaBolívar Marco

Compra Venda

2 205,006 120,00

444,00510,0076,3030,90

3,508,10

27.0043.00

480,00352,00

2 210,006 200,00

450,00319.00

77,3037,20

3,803,30

31.0044,40

435.005130,00

TÍTULOSi r--<_ i «uo tia As 'etras de cUmbio l 494 235,00. O índice BV a 71,S

cnV/to? 3^5 Set Tva.o. SSSSS %S&. ve_dl_a_'e_. Bolsa randeram Crs registrou uma. baixa de 0,3.

cíc"crs 324 54. 370, o'preg.ro da nário 2 253, no valor dc CrS ...

DA BOLSA 1)0 BIO DE JANEIROMÍDIA S/N DOS TÍTULOS PARTICULARES

mas flores ao comprador am-bulante que lhe passar à portae que multas vezes é tambémvendedor de pão a varejo". Pa-ra evitar isso, propõe que

"nas

operações efetuadas com am-bulantes, estes emitirão umanota* de compra, ficando o pro-dutor desobrigado da nota fis-cal".

O Sr. Francelino França quo-liflcou de "draconiano, inteira-niente chocante com a nossacivilização, com as modernasconquistas do Direito, consti-tuindo inconcebível arbítrio",odispositivo que faculta á fis-calização "lacrar os móveis oudepósitos onde possivelmenteestejam os papéis e livros exi-gidos". Observa que

"nos es-tabelecimentos rurais os como-dos do negócio e da residênciasão comuns ou se comunicam,e pensemos no fiscal podendolacrar móveis, apenas porquepossivelmente neles poderá en-contrar o documento que pro-cura". Lembra que,

"além domais, é fora de dúvida que oEstado não tem competênciapara legislar até êsse ponto".

Em seu memorial ao Gover-nador Teotônio Araújo, o Pre-sidente da Federação da Agri-cultura do Estado do Rio ter-mina, contudo, por manifestara esperança de que, na aplica-ção da lei, o Governo'adotará"uma conduta ponderada, con-siderando a transição que seopera no setor tributário coma substituição dos sistemas tra-dicionais por normas inteira-mente, novas que, certamenteterão de passar por um perío-do de adaptação às realidadessócio-económlcas fluminenses".

27-12-662864

26-12-662892

20-12-662322

13-12-66793

Dezembro de 19653615

(Elaborada pela Organização S. N. Ltda.)

FUNDOS MÚTUOS DE INVESTIMENTOS

FUNDO CRESCINCOCOND. DELTEC ....FUNDO HALLES FUNDO ATLÂNTICOFUNDO FEDERAL ..FUNDO V. CRUZ ...

Data

' 26-1227-1226-12IJ-1226-1227-12

Valorda Cota

Cr?

Ult. Dist,

Cr*

Valor doFundoCr$ 000

"529.00 23.00 dez.

213.00 20.00 set.403.70 15.00 set.250.00 10,00 set.957,00 30.00 nov.891,00 65,00 Junho

Data Valorda Cota

Cr*

Ult. Dist.

Cr.V

Valor deFundoCr.*> 000

35 360:302 FUNDO ORCICA3 249 637 I FUNDO TAMOIO1 223 4Í-7 i FUNDO BRASIL

925 838943 051321 378

FUNDO SBS (Sabbá)

FUNDO NORTEC ...

26-12'26-1214-1220-1215-13

Ü.T49.00786.00240.00100,00523,00

4,00 Junho5,00 set.2,50 set,3.00 set.

20,00 maio

3Í_"03._157 797

158 849

143 827

42 763

VENDAS REALIZADAS ONTEM NA BOLSA DE VALORES

A ç 6 11 Quant. Cot.

Pregão da manhãB. DO BRASIL ... 20

IDEM 1 180TDEM 200IDEM 2 350

AÇÕES DF. CIAS.DIVERSAS

Pref. 100

A ç õ e Quant. Cot.

M.Prei'.

A. VILARESARNO

IDEMO, B. UBRAHMA

IDEM TDSM IDEM IDEM IDEM IDEM IDEM

BRAHMA. Ord.IDEM IDEM

D. DE SANTOSIDEM

CIO. NAC, Port.IDEM

B. MINEIRA IDEM

B. ESTRÍLA, Pref.IDEM

MESBLA, Pre.'. ...IDEM IDEM

MESBLA, Ord. ...IDEM IDEM

PETROBRÁS IDEM IDEM IDEM IDEM IDEM

SAMITRI IDEM

S. P. ALPAP.GATASV. K. DOCE, Port.

IDF.M IDEM

V. R. DOCE, Nom.IDEM IDEM

W| MARTINS IDEM

WILLYS. OrdIDEM

16 00021 200

3001 1001 500

11 300000900

4 900900

1 5001 3001 0001 3001 000

27 6001 4001 600700300

1 SOO4 100436600040

4 000100000600

465470960970530555560

575530

1 3201 3501 3701 3801 300400560370700600

2 6102 6202 5202 530

Utiil Quant. Cot. A ç 8 e Quant. Cot. jj

2 6502 680

575 i500:

200 3 _> UNIFORM.. V. N.

1000 5% DIV. EMIS, 5% ...

TÍTULOSDA UNIÃO

OBRIG. REAJUSI.

PORTADOR, 1 anoIDEM IDEM

rOP.TADOR, 3 onosPORTADOR, 5 ancj

IDEM IDEM

TIEAP. ECONOM.

19521953195410551950 '¦¦1937RECUP. FINANC. .

4531

50

250250

200 22 950150 23 000110 2.1 05U35 21 40035 21 400

1 000 21 450420 21 500

DEOD. INDUST. ..IDEM

BRAS. EN. EL. ...IDEM IDEM IDEM IDEM

PAUL. DE F. E LUZIDEM

IDEM HIME KIBON

IDEM Ia. AMERICANAS

IDEM IDEM

DONA ISABEL .,F. BRASILEIRO

IDEM SOUSA CRUZ ..IDEMIDEM IDEM

N. AMÉR.. Port.

DEBÊNTURES

PETROBRÁS .IDEM

1 000200

VENDASJUDICIAIS

PETROBRÁS 27 572í IDEM 22 0001 IDEM 4 980

| IDEM 960IDEM 1 561

UNIFORM., V. N.

605613805

1 0151 210

TÍTULOSDOS ESTADOS

LEI 14 1-5

IDEM 1

LEI 303 TÍT. PROGRES. ..

Pregão da tardeAÇÕES DE CIAS.DIVERSASBANCO LAR. BRA-

SILEIRO, Pref. -Nom 3

IDEM IDEM IDEM IDEM TDEM IDEM

\NT. PAULISTA .F. E LUZ DE MI-

NAS GERAIS ...IDEM IDEM

F. E LUZ DO PA-RANA IDEM

BEMOREIRA, Port.BEMOREIRA, Nom.CONFEC. VTVL.N .H. C. CORDEIRO

GUERRA S. A. —INCORPOR. Nom.

i S. B. SABBA —i Prei.. NomI CIA. PROO. VA-

LENÇA, Ord., —

Nom. . IMPORTAD. MER-

CANTIL — Ord.Nom

DOMINIUM, Pref.

SID. MANNESM. -

PrefC. INDUST., Pref.

IDEM

900 1 100 i CIMENTO ARATU

4 000400

2 00041 00040 00051 00015 000

00094 OCO75 00018 000

5 0005 000000

14 0001 OCO

15 5002J 000

9 000

1651709493569793126127128129.130131i32131

1 420

3.13485

66813

735790874

; 131115

300350400430500660500

734 630

059 650

63 640

24 260 000

15 000 1023 OCO 303100 95035 950

40 100 1 750

40 12 038

100 1 100

10 1 000

100 1 000

4 100 1 000

3 000 510

400 440900 450

1 000 1 200

VENDAS REALIZADAS ONTEM EM LETRAS DE CAMBIO

Empresa Pra-zo(dias)

CIA. ATLÂNTICACATLANDI ....IDEM IDEM IDEM

CIFRA S/AIDEM IDEM

CREDIBRÁS

CRESA S/A.IDEM IDEM ....IDEM. IDEM ....IDEM ....IDEM ....IDEM ....IDEM ....

. IDEM ....

'"'¦£_

^Empresa Vr Taxa vg W.M *«£ *™ ™°J

Venal (dias) . enai ^^

UnVESCO S/A. .. 206 84,60 10 COO j BOZANO

190 86.30 1000 IDEM...' 210 84.30 |4;0M ...SIMONSEN SA ^ ^ m

95 35.90 1000 IDEM 232 82,60 10 000 6<, ™ ,4 mKO

-85.60 1000 IDEM 234 82,oO 7 000 .18,67% m ;_, 0M205 85,20 1000 IDEM 294 7S.00 o 000 2-,33.. .... ](. m

IDEM 302 7/.40 10 000 24 H ofl0210 84,80 10 000 IDEM KW «,00 13 000 26.6,°_ W

215 84.50 10 000 IDEM 364 72,70 30 000 ,29,33% ^ . m um

220 34,10 4 000 ...,--¦

130

185187191192232240245248315335

88,30

86.6086.5086,2086,1083,2082,7082,3082,1077,2077,80

FINCO S/A 180 88,00

200 000

2 000000500500

10 000700

1 400000100

2 700

100 000

SULISTA S/AIDEM IDEM IDEM

FIDES S/A.14% + 3% .

LETRA S/A.15% + 3% ...17,5% 4- 3,5%20% +4% . ..22,5% + 4,5%25% +5% ...

130185190195

180

180210240270300

87.0086,6086.3035,90

100

100100100100100

1 0001 0001 0001 000

19 850

14 00014 09014 0004 0004 000

CREDIBRÁS12% + 3% juro-14»;, j. 3,5% JurosIPIRANGA15% 4- 3% JurosOMN1UM

FINANCEIRA S/.18.67% 16% 21,33% 24,00 26,67% 29,33 32.00%

180210

180

210180240270300330360

100100

100

100100100100100100100

25 00023 COO

300 000

16 00016 00016 00017 00016 00016 00016 000

BOLSA DE NOVA IORQUE

Nova lorq-ae (UPI-JB) - Média de Dow-Jcnes na Bolsa de Nova Iorque ontem:

Açúes Abert. Máx. Min. Final Varia. Açfies

30 TNDUSTRMIS20 FERROVIAS

799.S8 802,81207,90 208,59

788,25206.33

792,20 — 6.90 15 CONCESSIONÁRIAS207Í16 — 0,74 65 AÇÕES

Abert.

136.88286,63

Mix.

137,87237,78

Min. Final Varia.

135,57283,31

136,82 + 0,10284,34 — 1,50

V,nd_.. _.__ ações utilizada, no Índice: Intlustrla!- .18 000= F.—las 81 300: Concessionárias de Serviços Palcos 104 ,00: To-

- índice Dc-Jcnes de futuro, de mercadorias (média 1924'26 representa 100): Final 137,73.

Nova Iorque (UPI-JB, - Coroes da* diferem** rnoed,, na Bôlea de Nova Iorque, ontem, em relaçAo ao d_l_r norte-americano:

T.__">'*_L Dói.-i- cãnatlena-

australianoFranco í-rancés .Lira P.scta Escudo

PREÇOS FINAIS:Nova Iorque (UPI-JB)

2,7339 Franco suíço ';!';-!¦_!v.!C.-]'-¦_! 0,9238 M._rco '¦¦"•*" i.i:sO cruzeiro

" ... 0,202". E;c-,:do chileno ]"'" 0.00'-632 Peso &rg_n.mo 0,016725

Pê-o -uruguaio

................. 0,0349 Gúabanl pir*___aio —

BOLSA DE NOVA IORQUE

. preços finais na Bolsa, de Valores de Nova Iorque ontem:

0,23140.25190.00046 1/10.21590,0041 1/30,01350,0035

A J Ind 3-5'8Allled Chem .. 33-518Allls Choi .... 23Am Cru 47-114Am Forn Pow 17-3'4Am Met Cl ..... 44-718Amer Std 18-718Amer Smel .... 61AmT_T 54-l|8Amer Tob .... 30-518Anaconda . ... 80-3]8Armour 32-3'4

Atlan Rich .... 89-l',4 East Air 80-318

Atlas Corp .... 2-518Beth Stl 30-314Case J I 20-5,8Cerro 38-5;8Ches & Oh .... 61-112Col Gas 25-58Cont Can •4%li2Cont Stl 25-l|2Cord Pd 47-718Crown Zell .... 44-314Curtlss W 18-118Du Pont 145

Eastman . ...Electron Spc .Gen Motors ..IBMInt Harv Kennecott . ..Kroger LehmanLockheed . ..Loncstar CemMobil Oli ...Mont Ward .Nat Cash R .

12720-7'867

. 365-3Í435-314

. 39, 21-314. 30. 65-314. 14-112. 47-114. 20-3|8. 69-314

Nat Dist ...... 39-58Nat Lead 56-14Otis Elev 39-3,8Pac G El 36Pan Am 56Phillips P .... 49Rey Tob 34-112Southern R ... 42-1)2Std O Cal 60-718Texas Gulf .... 107-314Textron 51-58Timken 34-F2Union Pacific 37-718

United Alrcr .. 83Utd Fruit 27-l]2United Gas ..U S Steel ...U S Gypsum .U S Rubber .TJ s SmcltlngWarner Bros .West Air Br .Brlt Am OU .Créole P Home Oli A ..Seeman Syntex

48-3143953-31439-1'446-3181731-11830-3)430-71822

4-112

MERCADORIASCAFfi—RIO

O mercado de café disponível funcionou ontem. estAvel e lnal-

terado. O tipo 7. saíra 1968/67, contribuição de USS 22.50 foi man-

tido no preço anterior de CrS 3 500 por 10 quilos. N&o houve vendas

« ò mercado fechou inalterado. Entradas nada, embarques 469

sacas, existência 407 945 e café despachado pnra embarques 71 917

AÇCCAR—RIORemilou ontem, o mercado de açúcar, firme e Inalterado. En-

tradas 13 700 sacos do Estado do Rio. Saldas 10 000. Estoque 80 906

sacosALGODÃO—RIO

Calmo e Inalterado foi como funcionou ontem. »¦»«»*"

algodão em rama. Entradas 124 fardos de Sio Paulo e 57 de Minas,

no total de 181 fardos. Saldas 200. Estoque 2 188 fardos.

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„•--. ...?•«' OTH5*

S*f»HWÇfl||.tV»t.SjrlVs«*Jr* '¦¦

Jornal do Brasil, quarta-feira, 23-12-6(5, ifl Cad. — 33

BID mobiliza recursos para Transporte entre Estado. Comércio e indústria pagama ^ • x ,lao sofrerá grande alta Jr oprogresso na America Latina com elevação m gasolina 13- salário com dificuldade

Convênio entre o BancoInteramericano de Desen-volvimento e o Fundo Suecofoi firmado ontem em Was-Jiington, pelo qual o Bancoempregará recursos dò Fim-do para financiar projetosespecíficos de alta priorida-de destinados a promover odesenvolvimento econômicoe social dos paises membrosda América Latina.

' Segundo o convênio, oBanco, em seu caráter deadministrador, conce deráempréstimos do Fundo aosgovernos nacionais ou a en-11 d a d e s governamentais,com a garantia do governonacional correspondente; acorporações públicas e enti-dades municipais,' assim co-mo instituições de desenvol-vimento e organismos simi-lares.

COMPLEMENTAÇÃO

i Os empréstimos concedi-dos com recursos do FundoSueco serão empregados parafinanciar parte dos custosem moedas estrangeiraspara projetos específicos. Aoutra parte dêssès custosserá financiada pelo Bancocom empréstimos de seus rc-cursos ordinários. Tambémpoderão ser utilizados, emcaráter limitado, recursos doFundo para financiar custoslocais.

Os empréstimos do Fundoserão estipulados em dóla-rés e amortizados na mes-ma moeda. As condições dosempréstimos serão geral-mente as mesmas que o Go-vêrno sueco aplica aos cré-

ditos para desenvolvimento,Estas condições contem-piam, atualmente, prazos deamortização de vinte anos,períodos de carência de cin-co anos e juros de dois porcento ao ano. O Banco po-derá cobrar também umacomissão até meio por cen-to ao ano. Os empréstimosnão estão ligados à aquisi-cão de bens e serviços na

. Suécia e poderão ser usadospara cobrir gastos estrangei-ros, de acordo com a politi-ca normal de crédito doBID.

EMPRÉSTIMO A MINAS

O Banco Interamericanode Desenvolvimento tam-bém anunciou ontem aaprovação de um emprésti-mo equivalente a US$ 12milhões para ajudar a exe-cução de um projeto desti-nado a ampliar e melhoraro abastecimento de. águapotável em Belo Horizonte.

O mutuário é o Departa-mento de Águas e Esgotosda Capital mineira, sendoque o projeta está orçadoem USS 25 170 000, dos quaiso BID financiará 48%, fi-cando os restantes 52% pa-ra serem cobertos com osrecursos locais.

O plano financiado peloBID prevê as seguintesobras: conclusão do sistemade captação do Rio das Ve-lhas. de duas estações debombeamento, uma usinade tratamento, um tanquede armazenagem e sistemade adução; construção de

duas novas usinas de trata-mento, ampliação da rededistribuidora e instalação de25 000 medidores, além dareparação de outros 15 000já existentes..

URUBUPUNGÁ

O economista Pedro Paulode Ulissóia, assessor do Mi-nistro Roberto Campos, aoregressar ontem da Europa,onde representou o Minis-tério do Planejamento nasnegociações de crédito parafinanciamento das CentraisElétricas de Urubupun-gá (Ilha Solteira), afirmouque o atual prestígio doBrasil nos meios econômi-cos europeus é decorrentenão só da posição cambialem que ora nos encontra-mos, como também da po-lítica econômica de coniba-te à inflação, que permiteprevisões otimistas cm rela-çáo aos próximos anos.

Disse ainda que "como re-sultado positivo alcançadopela missão, que percorreuos principais paises euro-peus, podemos afirmar queo crédito de US$ 37 mi-Ihões, dentro das condiçõesmínimas estabelecidas peloBrasil, está praticamenteassegurado. Nada menos dequatro grandes grupos in- •dustriais, em associação comdiversas empresas do ramoelétrico-mecânico. acham-se firmemente interessadosem fornecer o equipamentonecessário, acompanhado deum crédito que atingirá 198meses, com 54 meses de ca-rência.

¦São Paulo (Sucursal) — O Presidente cm exercíciodo Sindicato das Empresas de Transportes Interestaduaisde Carga do Estado de São Paulo, Sr. Samuel Risso, afir-mou ontem que o.aumento de 7 a 10% no preço da gaso-lina, a partir de janeiro, não Implicará num. aumentoacentuado do custo dos transportes "já que o produtorepresenta apenas 15% sóbre o total do írete".

Acrescentou, entretanto, que o aumento da gasolina,conjugado com a limitação da carga a 10 toneladas poreixo e a entrada em vigor do Imposto de Circulação deMercadorias, deverá provocar um aumento consideráveldos transportes e do custo de vida da população, no pró-ximo ano.

soeiaçüo Comercial de Sfio Pau-¦lo, por seu turno, informaramque a gasolina constitui ape-nas um dos itens de custo dosfretes, influindo, em gernl,muito pouco sôbre o preço fi-nal da mercadoria transporta-da, principalmente porque, namaioria dos casos, o transpor-te ò feito por melo de cami-nhões a óleo diesel, que nãoteve seus preços majorados.Afirmaram, entretanto, que ês-se aumento, conjugado com anova sistemática de Contençãode preços c as novas medidasde arrecadação, constantes claReforma: Tributária, provoca-rão um aumento geral de pre-ços a partir de janoiro.

AUMENTOS

O Sr. Samuel Risso explicouque um aumento da ordem deIO1;;» no preço da gasolina po-derá provocar o aumento deírete do uma mercadoria deCr$ 10 para Ci$ 13, por quilo,pcr exemplo, "pouco influindono custo final do produto".Disse ainda que o aumento pa-ra o transporte de cereais de-verá encarecer o produto daordem de 1% a Z",c, sendo quepara alguns produtos, mais va-liosos ou ' de transporte maisdificil. a incidência do aumen-to será maior.

Técnicos do Instituto de Eco-nomia Gastão Vidigal, da As-

Presidente da FRIMISA declara queGoverno não cogita de sua venda

Belo Horizonte (Sucursal) —Em entrevista que concedeuontem à imprensa, o Sr. Edu-ardo Lucas Pereira, Presidenteda FRIMISA, desmentiu, emtermos categóricos, os boatosde venda daquela'empresa, se-ja a grupos nacionais, ou es-trangeiros.

— Ao assumir a direção daFRIMISA — afirmou — recebido Governador Israel Pinheirointegral apoio para a realiza-ção de uma obra que visa adinamizar as suas atividades,ampliándo-as em seus diversos,setores. Vejo-me forçado a en-íatiznr êste fato, que virá a sercomprovado, na prática, como tempo, em face dos boatosque, de forma impatrtótica,tentam levar a intranqüilida-de aos pecuaristas mineiros,dós quais tenho recebido, nes-tes poucos dias de minha ad-ministração, as mais irrestri-tas provas de solidariedade.

O INTERESSE PUBLICO

Disse o Sr. Eduardo Lucasque os boatos, espalhados cominsistência, sôbre a supostaalienação da FRIMISA, tendocomo base simples especulaçõespolitico-partidárias, íerem, an-tes de mais nada, o própriointeresse público."— Quem tenha alguma ex-perlência de problemas admi-nistrativos — acrescentou —sabe que noticias dessa espé-cie, totalmente destituídas defundamento, provocam um es-tado de inquietação e alarmaque só serve pnra dificultar aação do administrador. Assim.eiii nome da defesa daquiloque é nosso, comete-se umaação cuja maior vitima é pre-cisamente o patrimônio deuma empresa que tem comoseu maior acionista o Estado."

O EMPENHO DO GOVERNO

— èou testemunha de queo Governador Israel Pinheirotem o maior empenho em am-pliar as atividades da FRIMI-SA — disse o Sr. Eduardo Lu-cas. — Para tanto, foi-me da-da carta branca, a fim de quepossamos adotar as medidasnecessárias para que a empré-sa corresponda às finalidadespara as quais foi criada.- Emnenhum momento, portanto, secogitou da alienação da FRI-MISA, quer a grupos nacionais,quer a grupos estrangeiros. Oque se disser ao contrário dissonão passará de simples boato,espalhado com propósitos evi-dentementé impatrióticos."Êste, por exemplo, é o ca-so do que se afirmou, em de-terminado jornal, a respeito deum dos mais eficientes funcio-nários da FRIMISA, o Dr.Etenrique Morais, apontado co-mo elemento de ligação de de-terminado grupo estrangeiro.Ora, o Dr. Henrique Moraistrabalha na FRIMISA desde asua' fundação. Veterinário dosmais competentes, vem de re-gressar de uma viagem reali-zada aos Estados Unidos, aon-de, a convite da USAID, quelhe pagou todas as despesas,esteve,, durante um mês, aper-fèiçoando seus conhecimentosespecializados. O que lá apren-deu nesse tempo já está sendoaplicado ria FRIMISA. Possoafirmar que o Dr. Henrique.Morais trouxe para o Brasil epara a empresa da qual é fun-cionárlo há mais de dez áriaso que existe de mais recenteno campo da tecnologia de re-f ri geração."PLANOS DE EXPANSÃO

Revelou o Sr. Eduardo Lu-oas que, dentro desses planosde expansão das atividades daFRIMISA, um de seus altosfuncionários, o Sr. Alberto

Bottini, acaba de regressar doRio, após manter contatos defornecimento de carne para oExército nacional e pleitear,junto ao Ministério da Agri-cultura, a entrega de umagrande fazenda do Governofederal, em Governador Vala-dares, para a FRIMISA. Nessafazenda serão colocadas asboiadas adquiridas pela emprê-sa não só na regiáo do RioDoce como no Vale do Muctiri.

"A margem disso, o Gover-nador Israel Pinheiro empe-nha-se também cm que aFRIMISA amplie sua rede defrigoríficos regionais, provi-déncia vital para o barcitea-mento do preço da carne, jáque um caminhão que trans-porta 15 reses vivas transpor-tara 60 reses abatidas. Êsseprograma, que tem todo o am-paro do Governo do Estado,destina-se também a tranqüi-lizar os pecuaristas."

OS FRIGORÍFICOSREGIONAIS

Ainda sôbre o assunto, o Sr.Eduardo Lucas sublinhou queo FRIGONORTE vem desen-volvendo seu programa, au-xilindo pela SUDENE.

"O frigorífico da FRIMISA,instalado em Uberaba — disse— está em pleno funcionamen-to, abatendo a média diária decem reses.

Quanto no frigorífico de Teó-filo Ottoni, que visa ao apro-veitamento do gado do Mucuri,está em vias de conclusão, comsuns obras marchando dentrodo programa previsto. Alémdisso, é pensamento nossoconstruir mnis um desses 'íri-gorifleos regionais, agora noNoroeste mineiro, para aten-der às reservas pecuárias deJoão Pinheiro, Paracatu etc.

Um desses planos prevê aelevação do programa de ma-tança, estocagem e venda debovinos, durante 1967. O aba-te total da FRIMISA, nesseperíodo, deverá ser de 134 50Ocabeças, superando as cifrasde 1966 em perto de cinqüentamil cabeças. No período dasafra, haverá meses cm que amatança, deverá atingir até a14 mil cabeças, o que possibili-tara a formação de um estoquecapaz de equilibrar o mercadodurante os meses críticos daentre-safra, que se localizam,como se sabe, entre agosto edezembro.

Assim é que, previstp o aba-te total, em 255 dias de traba-lho no ano, a estocagem serArealizada nos meses de abril,maio, junho e julho, com oarmazenamento dc três mil to-neladas de carne, correspon-dente a 12 500 cabeças dc 16arrobas, cada.

AUXÍLIO DO BNDE"Estamos pleiteando juntoao Banco Nacional do Desen-

volvimento Econômico — re-velou o Sr. Eduardo Lucas —um empréstimo destinado aotérmino das câmaras frigori-ficas de Carreira Comprida,cuja capacidade atual de esto-cagem é de apenas 2 500 tonela-das. Concluídas as novas cama-rns, essa capacidade subirá paraseis mil toneladas. Aí entãoa FRIMISA estará perfeita-mente aparelhada para aten-der às necessidades da entre-saíra".

Governo fixa normas paraa cobrança de taxas emtodos os portos do País

Brasília (Sucursal) — O Presidente Castelo Brancoassinou decreto-lei estabelecendo normas para cobrançapelas administrações de portos, de taxas portuárias inci-dentes sôbre mercadorias movimentadas em terminais ouembarcadouros de uso privativo e instalações rudimentares(definidos no Decreto 6 460 e alterados pelo Decreto-Lein.° 5).

O Chefe do Governo recordou que o Decreto-Lei n.°5 ampliou o instituto para a construção e a exploração deinstalações portuárias rudimentares, lembrou que tal am-pliação corresponde "a uma exigência iniludível para obarateamento de mercadorias que serão exportadas paraenfrentarem a concorrência internacional", mas conslde-rou que tal ampliação não deve, contudo, ultrapassar de-terminados limites.

tiva Alfândega ou Mesa deRenda ou as costas ou mar-gens atingidas pela navegaçãointerior do porto; as faixaslitorâneas ou marginais, con-tfguns às instalações do portoou a baia ou a enseada cmque elas se encontram; a re-gião do Pais servida por meiasou vius de transporte terres-tre ou íluviais ou lacustres pa-ra a qual se encaminhem, di-retamente, mercadorias de-sembarcadns no porto ou daqual procedam mercadorias pa-ra embarque no mesmo porto".O decreto-lei revoga os dispo-sltlvos que isentem de paga-mento de taxas portuárias ouassegurem tratamento especialnos portos, a empresas de di-reito público ou privado. Dis-põe que os concessionários dosportos organizados deverãoadotar medidas objetivas paraa descentralização das opera-ções, estimulando a construçãode piers e o aluguel ou ar-rendam ent o das Instalaçõesportuárias pelos usuários oupor terceiros.

DIFICULDADES

Considerou também que "umatotal liberação quanto ao pa-gamento de taxas portuáriaspoderia criar sérios difleuldn-des ao equilíbrio financeiro dosportos organizados, em cuja hin-terlândia estiverem situadas asreferidas instalações1 ou seremsacrificadas as populações de-pendentes de tais portos no to-cante a movimentação de mer-cadorias gerais, especialmentegêneros alimentícios e outrosartigos de consumo doméstico".

Finalmente, o .Chefe do Go-vêrno considerou que era pre-ciso o Decreto para estabelecerno interesse do bem comum detodas as populações a que ser-vem as portos organizados, ummeio termo aceitável entre nsexigências econômicas das par-tes interessadas.

O Decreto considera hinter-lândia de um porto organiza-do, "a cidade ou localidade cmque o porto estiver localizadoou em que funcionar a respec-

EXPERIÊNCIA DEREALIZAÇÃO

"Quando o Governador IsraelPinheiro nos convidou para &Presidência da FRIMISA —continuou o Sr. Eduardo Lu-cas — assim o fêz baseado emque êle queria levar para aque-la empresa um pecuarista quetivesse penetração rio meio, en-tendendo do assunto e que fôs-se, ao mesmo tempo, um ho-mem da indústria. Isso porqueêle coloca a FRIMISA como umdos pontos fundamentais de seuprograma de realizações."

O Sr. Eduardo Lucas, que seorgulha de ser pecuarista "des-de criança", apôs exercer ativi-dade política em duas legisla-turas, durante as quais foideputado à Assembléia Legisla-tiva, encontrava-se, nos últimosanos, entregue ao trabalho derecuperação da Mineração Mor-ro Velho, a principal indústriaauriferaudo Brasil. Êle particl-pou do grupo de brasileiros que,há alguns nnos. adquiriu àquelaempresa que, desde a sua íun-dação, no século passado, eracontrolada por grupos estran-geiros. Hoje, a Mineração Mor-ro Velho encontra-se inteira-mente recuperada, já não re-cebendo quaisquer subsídios doGoverno federal e tendo, ainda,resolvido os problemas de or-dem trabalhista e social que,durante anas, inquietaram a vi-da da cidade de Nova Lima.Nos círculos especializados noassunto, o caso da Morro Velhoé apontado hoje como um dosmelhores exemplos da perfeitanacionalização de uma impor-tante atividade industrial.O PROGRAMA DA FRIMISA

Durante a entrevista, o Sr.Eduardo Lucas exibiu para areportagem alguns quadros de-monstrativos dos planos queirâ executar à frente da FRI-MISA, durante o próximo ano.

AS CASAS DE CARNE

Quanto ao problema doscasas de carne mantidas pela-FRIMISA, na capital, reconhe-ce o Sr. Eduardo Lucas qu»elos ainda não estão à alturade servir, como deveriam, àpopulação.

"Nesse sentido, já determi-namos as providências neces-sários, no sentido de que se-Jam melhoradas, não só emsuas instalações como tambémem seu funcionamento, que de-verá estender-se a todos osdias da semana e não cemo éatualmente. Ao mesmo tempo,pretendemos elevar seu nume-ro de onze, que é o atual, para,no mínimo vinte. Isso porqueachamos que a política deatendimento prioritário a ou-trás praças deve ser revista esubstituída por diretrizes quevisem ao atendimento do mer-cado local.

SOLIDARIEDADE

Depois de exibir à reporta-gem grande número de tele-gramas e mensagens que temrecebido de todos os pontos doEstado, assinados por pecua-ristas e por associações rurais,hipotecando solidariedade aoGoverno pela escolha de seuarome para a Presidência daFRIMISA, o Sr. Eduardo Lu-cas afirmou:

"O de que a FRIMISA preci-sa agora, antes de mais nada,é da ajuda de todos. Notíciasmal conduzidas e que são leva-das até aos jornais, procuran-do deformar o assunto, conti-nuam apenas para dificultar aobra de dinamização da em-presa e, concomltantemente,para o atraso da atividade pe-cuária em nosso Estado. O quese íaz necesàrio, portanto, éque todos dêem o seu apoio pa-ra a obra que o GovernadorIsrael Pinheiro pretende reali-zar, através da FRIMISA — >obra da qual sou um instru-mento. modesto, mas decidido",concluiu.

Decreto cria fundos paradesenvolvimento e ajudei àprodutividade no Planalto

Brasília (Sucursal) — O Fundo de Desenvolvimento doDistrito Federal (FUNDEFE) e o Fundo de Incentivo àProdutividade são criados no decreto-lei divulgado ontempela Presidência da República e que regula o sistema tri-butário do Distrito Federal, instituído pela Emenda Cons-titucional n.° 18, e que entrará em vigor no dia 1 de ja-neiro de 1967.

Esclarpce o decreto que o FUNDEFE será aplicado emprogramas de desenvolvimento econômico e social da re-gião geo-econômica do Distrito Federal e o outro Fundoserá destinado a atender ao pagamento da parte variáveldos vencimentos dos servidores do fisco que participemdiretamente do processo de lançamento, cobrança e fis-calização de tributos.DISPOSITIVOS

O FUNDEFE, segundo o Decre-to, será constituído de 20% daReceita Tributária apuai efeti-vãmente arrecadada c dos divi-dendos percebidos pelo DF desuns nções do Banco de Brasi-lia S. A., nn Companhia deDesenvolvimento do PlanaltoCentral e nas demais emprê-sas de cujo capital participe.O Decreto contém 223 arti-gos e trata, em seus capítulos,dns normas e coeficientes paracobrança e lançamento do im-posto predial e territorial ur-bano, do cadastro imobiliáriofiscal, do imposto de transmis-são, do imposto sôbre a circula-ção de mercadorias, taxa demelhoria, imposto sôbre servi-ços, das taxas gerais, da taxade cemitério e da taxa de fis-calização de obras, da corre-ção monetária e outros dispo-sltlvos constantes das disposi-ções transitórias.

Estabelece, ainda, que o DFpoderá delegar ao Banco Re-gional de Brasília e à Com-panhia de Desenvolvimento do

Amanhã temreunião doCONSPLAN

O Conselho Consultivo doPlonejamento realizará ama-nhã, às 10 horas, sua últimareunião do corernte ano, cons-tando da agenda, para deba-tes, o desenvolvimento urbanoe implicações com o problemahabitacional; legislação sôbreduplicatas, e análise dos de-creto-leis sôbre Imposto deRenda, Tarifas e CONEP. Areunião do CONSPLAN foiconvocada pelo Ministro doPlanejamento. Sr. RobertoCampos.

Planalto Central, a administra-ção dos recursos do FUNDEFE.

O Prefeito dé Brasilia regu-mentará no prazo de 90 dias,a aplicação do disposto no de-creto-lei. O Artigo 207 do de-creto estabelece que o Prefeitodo DF poderá fixar incentivosde ordem fiscal, visando à im-plantação ou expansão de ati-vidades industriais, ngrope-cuários e do setor terciárío, noterritório do . Distrito Federal.Os incentivos se constituem emisenção parcial ou total de to-dós os tributos, podendo inclu-sive alcançar taxas e eontri-buição de melhoria, e serãoconcedidos por prazo determi-nado. Para concessão dos be-nefícios de incentivo, será ne-cessário que a atividade sejadefinida como prioritária nosplanos e programas de desen-volvimento do DF e que suaimplantação obedeça a projetoaprovado pela administração.O Poder Executivo ficou auto-rizado a instituir campanhasc concursos visando a incre-mentar a arrecadação da re-ceita.

Cerca de 80% das emprê-sas comerciais, na Guana-bara, pagaram êste ano o 13."salário aos seus funcionários,sendo que desse percentual,60% o fizeram de umasó vez c neste mês, enquan-to o restante adotou o sls-tema de pagamento em par-celas, permitindo ao empre-gado, a partir de fevereiro,retirá-lo através de deter-minadas quantias, mensal-mente.

A indústria, segundo fon-te credenciada da Federa-ção das Indústrias do Esta-do da Guanabara — FIEGA— teve grandes dificuldadespara pagar o 13.° sala rio,pois "êste é um encargo bas-tante pesado e que tem deser cumprido antes das ven-das do fim de ano", mas,apesar disso, a totalidadedas empresas industriaisefetuou-o.

PROBLEMA GRAVE

Asseguram os empresáriosque a maioria das verbasdispendidas para o cumpri-mento daquela obrigação sa-larial. "saiu pela tangenteem alguns setores mais sa-crificados e que passarampor sérias crises durante oano, citando como exemploos setores metalúrgicos etêxtil".

Afirmaram os industriaisque o problema é bem maisgrave do que se pensa, poisé um problema de conjun-tura e que não atingiu se-tores discriminados, mas to-dos, e com maior intensi-dade em São Paulo e no Rio,onde se localizam os maio-res parques industriais doPaís.

— Somente as empresas —frisaram — que receberamo beneplácito do Governo,com a obtenção de grandescréditos no Banco do Bra-

sil, não sofreram dlficulda-des com o 13.° salário.

O PAGAMENTO

As empresas de grandevulto, na sua maioria, pre-feriram pagar o 13.° saláriode uma só vez e no mês dedezembro, antes das festasnatalinas, enquanto as pe-quenas lojas, também emsua maior parte, concederamo referido salário aos poucos,em quantias mensais, reti-radas de acordo com a von-tade do funcionário.

Segundo Informações daAssociação Comercial do Riode Janeiro, grande númerode empresas médias e pe-quenas ainda efetuará o pa-gamento do 13.° salário, atéo final do ano, pois o gran-de volume de' vendas defim de ano' permitiu queaquele comércio faturassemais do que nos meses an-teriores, proporcionandouma maior margem de lu-cro, diminuindo a necessida-de de crédito.

EM MINAS

Belo Horizonte (Sucursal)— O Tribunal Regional doTrabalho divulgou, ontem, arelação das 156 empresas deBelo Horizonte que aindanão pagaram o 13.° salárioa seus empregados — quevão desde grandes indús-trias siderúrgicas até aospequenos salões de cabelei-reiro cujos compromissosultrapassam a Cr$ 300 mi-Ihões, segundo as reclama-ções feitas junto ao Tribu-nal, pois prejudicam a maisde três mil trabalhadores.

A partir de hoje, o TRTcomeçará a distribuir as no-tificações aos dirigentes des-tas empresas, exigindo quesaldem os compromissoscom seus empregados o queserá feito na Justiça do Tra-balho com o pagamento de

multas calculadas sôbre osalário dos trabalhadores eproporcional ao atraso.Além de grandes indústriassiderúrgicas e metalúrgicas,encontram-se também em.atraso com o 13.» salário,várias empresas de tecidos,indústrias de construção ci-vil, cooperativas bancárias,faculdades, empresas detransportes e outras.

PESQUISA

São Paulo (Sucursal) — oDepartamento Nacional deSalário está realizando umapesquisa em diversas gran-des indústrias de São Paulosôbre salários e vantagensconcedidas aos trabalhado-res, em dinheiro ou em íòr-ma de cas a, alimentação,transporte, educação e as-sistência médico-hospitalar,com o objetivo de verificaras condições do mercado detrabalho na região, facili-tando ao Conselho Nacionalde Política Salarial, tomardecisões sôbre os futurosreajustamentos salariais.

Segundo informação dostécnicos que estão realizan-do o levantamento, o Con-selho tem ainda coma obje-tivo forçar muitas empresasa concederem benefícios aseus empregados, através deestímulos, sendo que as fir-mas que não concederembenefícios em escala razoa-vel poderão ser obrigadas auma compensação salarialcorrespondente.

AVALIAÇÃODE FUNÇÕES

A pesquisa que está sendorealizada servirá de base,também, para o. estabeleci-mento de um sistema per-manente de avaliação defunções, com base nas íai-xas de salários de todas ascategorias profissionais emtodas as regiões geo-ecouó-micas do País.

Indicadores acusam aumentopara a produção industrialPnt Pa^UÇâ°t industlf} <*° do Ministério do Planeja- calculado pelos técnicos doPaís apiesentou considera- mento partindo do índice Ministério do Planejamentovel incremento nos dez pri- 100 para a produção dos 10 partindo do índice 100 parameiros meses_ do corrente primeiros meses de 1965 os 10 primeiros meses deano, em relação a igual pe- projetando, para o período 1965, é o seguinte:riodo de 1965 segundo os in- compreendido entre janeiro Aço (laminados) ... 129,5dicadores calculados pelos e outubro do corrente ano, Energia elétrica .... 114 2técnicos do Ministério do o aumento registrado na Petróleo 1096Planejamento e que acusam produção dos diversos seto- Gasolina "A" . . 1112como maior aumento o da res escolhidos como "indica- óleo Diesel '. 1100industria de veículos de dores". Óleo combustível ... 105^0carga, com 58,4% e o menor Veiculos 136 6coma?'SSfSnto

CÍment°' CRESCIMENTO Veículos passag." ü!! m,Scom a,_ por cento. Veículos carga 158,4O crescimento dos indica- Cimento 108 2dores da produção industrial O aumento dos indicado- Importações 1250foi calculado pelos técnicos res da produção industrial Exportações

1112

IBM DO BRASIL -INDUSTRIA, MÁ-QUINAS E SERVI-

ÇOS LTDA.estabelecida na Rua doOuvidor, 70, 2.°, 3.° e 4.°andares, nesta cidade,vem tornar público, paraos necessários fins, o ex-travio ocorrido com o im-presso não utilizado deNota Fiscal Fatura série B,sob n.° 3 791, compostode um jogo de 7 vias car-bonadas em formuláriocontínuo, autenticado naInspetoria de Rendas doEstado da Guanabara, con-forme guia de 28.11.66em poder da declarante.

Rio de Janeiro, 23 dedezembro de 1966.

(a) Aleardo ArponSoutinho

GerenteAdministrativo

(P

MINISTÉRIO DA MARINHA(Comissão de Inquérito)

EDITAL DE INTIMAÇÀOA Secretária da Comissão de Inquérito designada pela Portaria n.°

0020, de 11 de maio de 1966, do Exmo. Sr. Diretor-Geral de Intendénciada Marinha, em cumprimento da ordem do Sr. Presidente da Comissão etendo em vista o disposto no parágrafo 2.° do Artigo 222 do Estatuto doeFuncionários Públicos Civis da União, cita pelo presente edital AMILCAR SE-BASTIÃO DE BIASE, Escrevente-Datilógrafo nível 7 — Matrícula 1.062.469 —,para, no prazo de 10 (dez) dias, a partir da publicação déste, apresentardefesa escrita no processo administrativo a que responde, sob pena dcrevelia.

Rio de Janeiro, GB, em 23 de dezembro dt 1964

SÔNIA DO RECO ARRUDA

Secretária da Comissão de Inquérito(P

INSTITUTO BRASILEIRO DO CAFÉCONCORRÊNCIA PÚBLICA

AVISOTendo em vista o Inventário da população cafeeira e o levanta-

mento de outros aspectos nos Estados do Paraná, São Paulo, MinaiGerais e Espírito Santo, • com o emprego da aerofotogrametria •fotointerpretação, a realizar-se na sede do Instituto Brasileiro doCafé, à Av. Rodrigues Alves, 129, sala 901, às 14 horas do dia10 de janeiro de 1967, chamamos a atenção dos interessados parao Edital publicado no Diário Oficial do Estado da Guanabara dodia 22 de dezembro dc 1966, página 20 506 a 20 508.

Rio de Janeiro, 26 de dezembro de 1966(•) IUIS l. PEREIRA DAS NEVES

Presidente da Comissãotp

BRASITAS/ACOMÉRCIO E INDÚSTRIA

Comunicamos para os devidos fins que, no dia20 (vinte) do corrente mês foi perdida a chapa de"Experiência" de n.° GB-832, de nossa responsa-bilidade. (p

INSTITUTO BRASILEIRO DO CAFEAVISO

O INSTITUTO BRASILEIRO DO CAFÉ - GERCA, comunica aosinteressados que a Diretoria, em' sua 460.° Reunião, com funda-mento no relatório da Comissão Julgadora, com base no Edital •demais dispositivos aplicáveis da legislação de Contabilidade Pública,resolveu anular a Concorrência Pública realizada em tua seda naAvenida Rodrigues Alves, 129, sala 504, no dia 27 de outubro docorrente ano c referente ao inventário da população cafeeira • le-vantamento de outros aspectos dos Estados do Paraná, São Paulo,Minas Gerais e Espírito Santo, com o emprego da aerofotogrametria• fotointerpretação.

Rio de Janeiro, 26 de dezembro, da 1966

(a) ABÍUO DE ABREU NETOSecretário Geral

(P,

' 14 — l.° Cfl-1, Jornal do Brasil, quarta-feira, 28-I2-B8

Meteorologia nega ter previsto a repetição de inundaçõesAviaexport quer vender ao propaganda soviéticaBrasil aviões soviéticospara substituição do DC-3

O Vice-Presidente da Aviaexport, organização estatalsoviética que se ocupa da venda de aviões e material deaeronáutica civil para exportação, Sr. Vitali Vassin, disseontem em entrevista coletiva que as companhias brasi-leiras lucrariam muito adquirindo para as linhas internasos aviões AN-24 B, que poderiam substituir, com proveito*,os DC—3.

Afirmou ainda o Sr. Vitali Vassin — de partida hoje'para o Chile — que com sua permanência no Brasil por20 dias, ficou acertado que uma delegação brasileira, íor-mada por representantes do Ministério da Aeronáutica ecompanhias de aviação, visitará Moscou, a fim de conhetera indústria de seu país. iFILMES E AVIÕES

- Vários íilmes mostrando osaviões soviéticos mais moder-nos e seus construtores forampassados na sede da Represen-tação Comercial da União So-viética, terminando com a pro-jcção de um sobre cosmonau-tos no espaço.

O Coronel Perez represen-tou o Diretor-Geral de Aero-náutica Civil, Brigadeiro Mar-tinho, c solicitou logo um ca-tálogo sôbre transporte aéreoleve soviético, a íim de quepudesse ter alguma.noção sô-bre o assunto.

O Vice-Presidente da Avia-cxport afirmou que sua visitapara estabelecer contatos comcírculos da aviação brasileirae, como seu país possui umagrnnde indústria, mostrar oque tem para exportar.

— As relações entre nossospaíses sd expandiram muitonos últimos dois anos, e devi-do ainda ao protocolo comer-ciai assinado em agosto últl-mo, que prevê condições favo-ráveis para fornecimento demaquinarias soviéticas ao Bra-sil, foram oportunos os conta-tos.EXPORTAÇÃO

* Disse o Sr. Vitali Vassin quea companhia da qual é Vice-Presidente exporta atualmentematerial de aeronáutica civil c

aviões pnra 30 países, principal-mente na África, Asla e Europa,e, para seu desgosto, não temainda negócios com a AméricaLatina.

Indagado sobre as possiblli-dades de vender aviões para oBrnsil, disse que sentiu seremestas viáveis e que íoi informa-do de terem a VARIG e a SA-DIA comprado 16 aviões Avro-748.

Na União Soviética esta-mos fabricando um avião docaracterísticas superiores a ês-ses, o AN-24 B, que poderia sermuito conveniente na explora-ção de linhas internas brasi-leiras.

Ao final da entrevista, quan-do um repórter perguntou-lheonde havia comprado seu terno,justificando a pergunta nílr-mando que "no Brasil acha-seque os soviéticos se vestem mal,mas o Senhor está muito ele-gante", respondeu o Sr. VitaliVassin:

Meu terno não tem rela-ção com material aeronáuticoe não posso, por isto, responderã, pergunta. Porém, se quiserum bom temo, certamente oachará na União Soviética, por-que muitas filmas ocidentaisprocuram-nos para adquirir al-guma coisa de nossa moda quelhes agrada. Quanto às mulhe-res soviéticas dou-lhes 100 pon-tos na frente em relação ásocidentais.

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Restaurante que humanizaráa Praça dos Três Podêresserá inaugurado em 15 dias

Brasília (Sucursal) — A casa de chá ou restaurante daPraça dos Três Podêres — cuja construção não foi previs-ta nos planos de Brasília, mas decidida pela preocupaçãode humanizar o local onde estão instaladas as principaisrepresentações do Executivo, Legislativo e Judiciário — seráinaugurada dentro de 15 dias, para servir aos funcionáriose aos visitantes numa área ande não existem bares ourestaurantes instalados apropriadamente.

O plano da construção, que íicou em Cr$ 160 milhões,íoi encomendado ao arquiteto Oscar Niemeyer depois queas autoridades municipais sentiram a solidão da Esplanadados Ministérios, fora dos horários e dias de serviço buro-crático, e acharam necessários os serviços de bar e restau-rante adequados.

O Sr. Vitali Vassin dis que o avião AN-21 B é ótimo para as linhas internai do Brasil

Advogadosmostram suaConstituição

O PRÉDIO

O restaurante ou casa de chaserá depois dê inaugurado en-tregue, através de concorrênciapública, à exploração particular,no sistema de arrendamento.Na ocasião, caberá a Prefeiturado Distrito Federal decidir seo estabelecimento deverá ser dotipo popular ou de luxo, ou ain-da se comportará as duas es-pécies.

O prédio, localizado entre asede do Supremo Tribunal Fe-deral e o Palácio do Planalto,terá dependências para umenorme salão de restaurante,local para bar, uma enorme co-zinha, uma câmara frigorífica,um depósito e. sanitários públi-cos — tudo ocupando uma áreaconstruída de 496 metros qua-drados. O salão terá uma partecoberta e outra descoberta e

paredes laterais de mármore cvidro.

O propósito de Oscar Nie-mayer foi fazer um local tu-rístico seml-enterrado, paranão tirar a visão dos outrosedifícios públicos, mas que per-mitisse uma ampla visão de tô-da a Praça dos Três Podêres.Assim, o piso do restaurante fi-ca um metro abaixo da Praça,medindo até o teto dois metrose 20 centímetros. A parte daparede lateral que ficará abai-xo do nível da Praça será demármore, e a outra de vidro.A CONSTRUÇAO

A construção encontra-se nosúltimos retoques e na instala-ção de redes de esgoto, água eluz, tendo sido iniciada cmmeados dêste ano. Sua execuçãofoi feita através da NOVACAP.

Ministro da Saúde acusadode ser prisioneiro fácil domercado dos laboratórios

São Paulo (Sucursal) — Após classificar o Mi-nistro da Saúde, Sr. Raimundo de Brito, como "víti-™a,? Prisioneiro fácil do poderio do truste farma-ceutico em discurso na Assembléia Legislativa desao Paulo, o Deputado Murilo Sousa Reis fêz ontem,peio radio, um apelo à população para que não tomemais nenhuma vacina, afirmando que "o Secretárioda_ saúde está ameaçando a população com 12 mi-Mp,e*s*.'*d0Íes de. vaclna antivariólica ceclidas peloMinistério da Saúde". F

'í.rrf£1JDíípu^d°JMurI10 Reis resPonsabilizou o Se-cietano da Saúde, Sr. Mário Machado Lemos por''estragos feitos na população com a admta&cEde 4 milhoes e 600 mil doses de vacina contra a pa-rahsia infantil», aplicadas durante recente ?am?tnha afirmando que tais vacinas "provocam o cân-cer». O Deputado finalizou com a seguinte^r££de Sir

an íf?táll0:-

"Quem sa°e quantaK3Lpluísta?»

° Senh°r Ja P1'0V0C0U na I»P«laçaoTRUSTE

Em seu discurso na As-sembléia, lembrou o Depu-tado Murilo Reis que o Mi-nistro Raimundo de Britousou a expressão "dar umbanho de vacinação noPais", durante discurso pro-nunciado a 8 de julho de1964, concluindo que, "desdelogo, percebe-se que S. Ex.aestá perfeitamente entrosa-do coma máquina interna-cional que controla a indús-tria farmacêutica".

Em seguida acrescentou:— Outro grande respon-

savel pela Saúde Pública do

Estado de São Paulo, quetambém caiu nos braços dotruste farmacêutico interna-cional, é o Dr.. Mário Ma-chado de Lemos, atual Se-cretário da Saúde. E isto seexplica pelo interesse que S.Ex.» tem demonstrado atra-vés das campanhas públicasda aplicação das vacinasSalk, Sabin e outras, pro-moções econômicas muitorendosas para os laborató-rios e para quem promoveas campanhas de vacinação,mas altamente perigosas ecom conseqüências tristes ehorrorosas para a saúde dopovo.

O Presidente do Institutodos Advogados Brasileiros, Sr.Ribeiro de Castro Filho, in-formou ontem que a entidaderetomará amanhã os trabalhospara apresentar no plenário oanteprojeto de Constituiçãoelaborado pela Comissão dosNove.

Declarou ainda que o ante-projeto do Instituto dos Advo-gados difere fundamentalmen-te do preparado pelo Governo,"pois o trabalho tem como pe-dra angular a preocupação doresguardo e da defesa dos di-reitos básicos da pessoa hu-mana".

DEPENDÊNCIA

Disse que o mesmo não severifica no anteprojeto em tra-mitação no Congresso, de au-toria do Governo, no qual adefinição e o exercício dessesdireitos ficará na dependênciaNda legislação ordinária.

Frisou que o Instituto dosAd.vogados Brasileiros vem,desde fevereiro do corrente'ano, sustentando a ilegitimida-de do atual Congresso brasi-leiro, seja para reformar aConstituição de 46, seja para.outorgar uma nova Carta aoPaís.

Em conseqüência dessaposição, as críticas apresenta-dns no plenário do Instituto,em sessões recentes, ao projetodo Govêmo não devem e náopodem ser tomadas como cola-boração, mas como razões quelevaram o Instituto a elaborarum anteprojeto de Constitui-çáo.

Tenho repetido seguida-mente que não importa o íatode o Governo revolucionário nãolevar em consideração a posi-ção dos juristas brasileiros. Oque importa é que o Institutonão se omitiu nesta hora gra-ve da nacionalidade e fixou asua posição, cabendo à HisW-ria, no futuro, o julgamentodaqueles que tudo fizeram,dentro de suas possibilidades,pela sustentação dos direitoshumanos.

Acrescentou que "tambémdaqueles que, ipodendo. nãosouberam ou não quiseramíazer".

SEMANA DACONSTITUIÇÃO

O Presidente do Instituto dosAdvogados Brasileiras está con-vocnndo os Conselhos Seccio-nnis da Ordem dos Advogadosdo Brnsil, bem com os Insti-tutos dos Advogados nos Esta-dos, para a Semana da Cons-tituição, que se realizará noRio de Janeiro entre os dias 9e 16 de Janeiro de 1967. Naocasião, todos os juristas doBrasil, através de seus órgãosde representação, tomarão co-nhecimento do trabalho íeitoc decidirão quanto às provi-dências ainda possíveis no sen-tido de que se assegure ao Paísum mínimo de condições dc-mocrátlcas.

Para a Semana da Consti-tuição está designada uma co-missão executiva que se coin-põe, sob a Presidência do Sr.Ribeiro de Castro Filho, dosProfessores Oto Gil, CelestinoBasilio, Clóvis Ramalhetc, Vir-gülo Donifcti e Dora Carvalho.

Trabalhadores paulistasfixam posição contra aunificação da Previdência

São Paulo (Sucursal) — A Federação dos Empregadosem Estabelecimentos Bancários de São Paulo e Mato Grossadivulgou ontem um manifesto de protesto contra a unífi-cação da Previdência Social, enquanto numerosos repre-sentantes de sindicatos paulistas, reunidos para examinara medida, resolveram rejeitá-la.

O representante dos bancários na reunião intersindi-cal, Sr. Benedito Santile, explicou que as principais irre-gularidades no projeto são os itens relativos à nomeaçãodo Agente da Previdência Social — que passará a ser pes-soa juridica — e. a livre escolha, que, na sua opinião, farácom que os médicas se desinteressem pelos convênios.O MEMORIAL

O manifesto dos bancáriospaulistas afirma que "os in-convenientes da u n i í i caçãovão-se avolumando á medidaque o Governo prossegue emsua paulatina redução dos di-reitos e vantngens das clnssestrabalhadoras", e aponta quo"ainda agora, publicado o re-gulamento sôbre a unificação,verifica-se ter sido adotada co-mo norma a livre escolha, pelosegurado, de médicos e hospi-tais"."Pode parecer, ft primeiravista, que essa medida répre-senta um avanço e correspon-de nos Interesses do trabalha-dor. Nada, porfim, mais ilusó-rio. O que na realidade acar-reta essa "livre escolha" é olotai aniquilamento da assis-tência médica gratuita, que se-rá substituída pelo custeio mis-to, em que o nôvo INPs paga-rá uma quantia insignlficnn-te, arcando o segurado com amaior parte dos honorários mé-dicos e das despesas de hospi-talizaçáo."

DUALIDADE

Esclarece o memorial que, "arigor, o nôvo sistema vem es-tabelecer duas classes de mé-dicos e hospitais ligados à Pie-vidêncla: aqueles que atendem/nos segurados não optantes pe-la "livre escolha", eque rece-bem tão-sòmente as taxas íi-xadas pelo DNPS, e aqueles queatendem mediante escolha dos'segurados, e que recebem dês-tes a complementaçno de ho-norários, ou,seja, a diferençaentre as tabelas irrisórias doDNPS e as tabelas em vigorpara os particulares".

A Federação protesta contraa forma que se pretende ado-tnr para preenchimento defunções da Previdência Socialunificada, "desprezando os va-lôres existentes, e os longosanos de serviços prestados pe-los atuais representantes dosInstitutos, para entregar a re-presentaçáo a órgãos sem dú-

Bahia teráorçamentoequilibrado

Salvador (Correspondente. —O Governador Lomanto Júniorsancionou ontem o Orçamentodo Estado da Bahia, pela pn-meira vez com um equilibrio¦total entre a receita e a des-pesa, que são da ordem de Cr$371368 785 mil. A despesa como funcionalismo público foi li-mitada a 70% da rectita totaldo Estado, e a reecita tributa-ria a 357».

vida respeitáveis, mas que nc-nhum a vinculação possuemcom a Previdência Social, co-mo é o caso, por exemplo, dasassociações comerciais, indus-triai.s ou rurais".

A Federação alerta os atuaisrepresentantes "para o esbu-lho de que estão sendo víti-mas", ao mesmo tempo em queprotesta contra a forma "alta-mente onerosa de remuneraçãoprevista para os novos repre-sentantes e correspondentes, aqual poderá atingir o teto de21) vezes o maior salário mini-mo vigente no Pais".

Terminando, os bancários di-zerri que "diante do panoramaatual, em que se inicia o pro-cesso de c o n c r e t ização dasameaças que pairam sôbre asconquistas dos trabalhadores, opatrimônio que é seu e que de-ye lastrear a estabilidadeciai, fazemos questão de erguermais uma vez a nossa voz, co-mo órgão de colaboração como poder público, a fim de queos erros existentes, e os desas-tres que ocorreram, e ocorram,não sejam levados à conta dequalquer omissão das lideran-ças sindicais".

ATIVIDADE

No Rio, o Presidente do lus-tituto Nacional de PrevidênciaSocial, Sr. José Nazaré Tei-xeira Dias, recentemente no-meado, esteve ontem em de-morada conferência com o MI-nistro do Trabalho, Sr. Nasci-mento e Silva, eo Coordena-dor-Geral do Plano de Açãoda Previdência Social, Sr. Jo-sé Dias Correia Sobrinho, quelhe fêz uma exposição sôbre osproblemas da unificação.

Durante o encontro, o Sr.Teixeira Dias soube das pri-meiras providências que estáosendo postas em prática e dasque ainda se acham em **estu-dos, fazendo várias perguntascm torno daquelas medidas edos efeitos da aplicação dasnormas destinadas a discipli-nar o funcionamento daPrevidência unificada.

Morre velhojornalistaem Salvador

Salvador Correspondente) —Foi sepultado ontem no Cerni-tério Campo Santo o jornalis-ta baiano Glovanl Guimarães,redator do jornal A Tarde,desta Capital. Compareceramao funeral numerosas persona-lidades nacionais, entre as quaiso escritor Jorge Amado, o Go-vernador eleito Luís Viana Fl-lho. o Governador LomantoJúnior e o Prefeito Nelson OU-veira.

O Serviço de Meteorologia esclareceu on-tem que as previsões feitas pelo Centro deAnálise Meteorológica não ultrapassam o pe-riodo de 24 horas, negando que tenha dito serprovável a repetição no atual verão das chu-vos que transtornaram a vida da Cidade emJaneiro.

Afirmou ainda o Serviço que sòmen-te "em casos especinlíssimos, quando as con-dições slnótlcas o permitem, ó determinada atendência do tempo", sendo o resultado apre-sentado sob a forma dc probabilidade de re-torno.

AS PESQUISAS

A nota divulgada pelo Serviço de Meteo-rologia dá o resultado de pesquisas para asquais foram tomadas por base a série de ob-servações meteorológicas realizadas no perío-do entre 1851 e 18C6, principalmente no espa-ço entre 1931 e 1960, escolhido pela Orga-nização Meteorológica Mundial para a deter-mlnação dos valores normais, visando a esta-belecer comparações.

Os meses em que se registraram maioresíndices de precipitação, em um período de 24horas, foram os de janeiro e dezembro, sen-do utilizados para determinação da probabi-lidade de retorno, em relação ao que ocorreuem janeiro, o método de Gambel, que apre-sentou o seguinte resultado, para a posslbíli-dade de chuvas, em 24 horas, com total supe-rior a: 200 milímetros: 4%; 150 milímetros:13%; 100 milímetros: 60%.

Pelos dados constantes nos arquivos doServiço de Meteorologln, o ano de 1966 é con-siderado o mais chuvoso desde 1851, uma vezque até ontem, havia sido recolhido o totalde 1803, 2 milímetros, ultrapassando a normalanual prevista que é de 1084, 5 milímetros, ea máxima absoluta de 1664, 9 milímetros, cor-respondente ao ano de 1916. .

O ano menos chuvoso desde 1851 foi o de1934, com 614 milímetros. E classificado entreos mais secos o de 1963, com um total de 643,8milímetros, havendo, com êste último, uma va-Viação muito sensível em comparação ao anoque se finda.

Recentemente, o .Secretário-Geral da Or-ganização Meteorológica Mundial, Sr, DavidDavíes, em conferência pronunciada na \cnde-mia Brasileira, de Ciências, expôs os pianos doórgão para obter a adesão dos vários países aíim de fazer previsão a longo prazo, os quaisserão debatidos no Congresso qne se realizaráem Genebra, cm abril do próximo ano.

Ssses planos cogitam de .observações gio-bais, em superfície e eni altitude, utilizandoprocessos modernos. Os dados são recebidospor um satélite que os colhem e envia para umcentro de apuração c posteriormente para océrebro eletrônico a fim de que a apuraçãoseja feita com a rapidez necessária c sejamutilizados na previsão do tempo.

O objetivo da Organização é íazer previ-soes a longo, médio e curto prazo, através deprocessos baseados na análise sinótíca, na es-tatística e nos princípios da física térmodiná-mica. Também são levndas em consideração asinfluências das , variações na atividade solar,que vèm sendo observadas e medidas com maioramplidão e precisão.

O MAIS ESTRANHO

As previsões a longo prazo já são hoje emdla feitas, com uma probabilidade de acerto do80 "ín, nos Estados Unidos. Os resultados sãoobtidos com sucesso que tornou otimista amaioria dos especialistas no assunto.

Entre outros técnicos, os Professores RobertWhite e Jerome Namías, a propósito das anc-malias que vêm sendo observadas desde 1064no mundo inteiro, concluíram que o ano dc1965 foi o mais estranho do século e que 1966seria pior, devendo-se isto à mudança do sis-tema de ventos no mundo. Essas alterações, se-gundo os doi.s técnicos, apresentavam tendei.-cia para se acentuarem.

Segundo alguns meteorologistas, a causadessas mudanças uo regime de ventos vem sen-do explicada pelo aumento de intensidade naradiação solar, que atingirá o seu máximo em1968. Acreditam por isso mesmo que até lá ha-verá sempre possibilidade de intensificação tietodos os fenômenos influenciados pela circula-ção dos ventos.

Tempo deve continuar instávelO Serviço de Meteorologia prevê que o

tempo continuará instável com chuvas genera-lizadas, estendendo-se até o Rio Grande doSul, devido a uma zona de convergência demassa tropical e polar à retaguarda da írenteiria que passou há dias pelo Rio.

A írente iria continuou sua marcha na dl-reçáo nordeste, atingiu o Norte da Bahia eprovocou também ali chuva fraca e declínioda temperatura. Ao Norte de Minas há ocor-rêncla de chuvas e trovoadas esparsas de-vido a uma instabilidade tropical que se en-contra sóbre a região.

Até ontem, os aparelhos do ObservatórioMeteorológico haviam recohido êste més 93.4milímetros de chuvas, as quais só começarama cair a partir do dia 15. Existe apenas umdéficit de 33,5 milímetros em relação às pre-visões para o período, o que os meteorologistasacreditam que possa ser superado até o final.

A temperatura máxima de ontem foi de25 no Engenho de Dentro, sendo observadauma queda de 3 graus em relação â que foraobservada no dia anterior, no mesmo local,enquanto a mínima, com ligeira elevação, foide 17,1, no Alto da Boa Vista. Ambas se man-tiveram aquém das previsões para o período.

Rio inunda Pouso Alegre em MinasBelo Horizonte (Sucursal) — As chuvas'

que estão caindo em grande parte do' Estado,especialmente no Sul de Minas, fizeram trans-bordar o Rio Sápucãí, que inundou os bairros¦ribeirinhos da Cidade de Pouso Alegre, deUsando ao desabrigo cerca de 300 famílias queestão sendo socorridas pela Prefeitura localem grupos escolares, prédios públicos e sedesde Instituições.

O Govêmo do Estado, além de enviar ali-mentos e remédios para toda a região, nomeouuma comissão para estudar a situação no lo-cal, a qual ontem mesmo seguiu para PousoAlegre, sob a chefia da Sr." Joaquim FerreiraGonçalves. Secretário de. Segurança do Esta-do, assessorada por assistentes sociais e porum Oficial de Gabinete da Secretaria, Sr. JoãoFrancisco Ferreira Gonçalves.

MAIS CHUVAS\

As chuvas continuaram a cair durante todoo dia de ontem, no Sul, na Zona da Maia, noTriângulo Mineiro, na Zona Metalúrgica e nados campos da Mantiqueira, interrompendotemporariamente algumas rodovias intermunl-cipois.

Um trecho da estrada ligando Corinto aCurvelo está Interrompido em vista da amea-ça de desabamento de um aterro, obrigandoos passageiros dos ônibus a fazerem a bal-dcação. A^ários trechos da rodovia entre São

Lourenço e Itajubá estão também seriamenteprejudicados pelas chuvas, o que ocasiona umlongo desvio de todo o tráfego com a utiliza-ção da estrada que passa por Campanha.

Em Belo Horizonte as chuvas entraramontem no seu 11.° dia consecutivo, causandodanos ao asfalto das avenidas e mas de maiortráfego, além de transbordamento do Ribeirãodo Arrudas, que continua minando os barra-cos erguidos em suas margens, principalmentena Abadia, onde se localiza uma das mais ex-tensas favelas de Belo Horizonte.FRIO NO SUL

Parlo Alegre (Sucursal) — A temperaturano Rio Grande do Sul, que êste mês já atln-giu 30 graus, caiu nas primeiras horas de on-tem a 19 graus. A previsão indica para hojetempo instável, sujeito a chuvas esparsas.SOL NO PARANÁ

Curitiba (Correspondente) -— Embora afrente fria e a massa polar que envolvem oParaná não tenham» se dissipado totalmente,o curitibano já está desfrutando dias de sol,depois de cinco dias seguidos de chuvas espar-sas, frio e garoa.

O Serviço de Meteorologia do AeroportoAfonso Pena prevê ainda mais dois ou trêsdias de tempo instável; com a temperaturacaindo durante a noite.

Vítimas paulistas se preocupamSão Paulo (Sucursal) — Voltou a chover

em Sáo Paulo durante todo o dia de ontem,preocupando os moradores das áreas maisatingidas pelas inundações da semana passa-da, principalmente do Litoral Sul, onde a Ci-dade de Mongaguá ficou quase isolada e semenergia elétrica, com a queda de vários pos-tes de alta tensão.

Embora os serviços meteorológicos prevê-jam melhoria para os últimos dias do ano,com a volta do calor e possíveis trovoadas àtarde, o tempo hoje deverá continuar insta-vel e com chuvas leves, como ontem.

TRAFEGO DIFÍCIL

Mongaguá, na Praia Grande, está semenergia elétrica há quatro dias e várias pontesque sustentam trilhos da Estrada de FerroSorocabana desabaram. O tráfego íoi parcial-

mente restabelecido na Estrada de Pedro Ta-quês, com desvios pela praia, onde seu leitocarroçávei afundou com deslizamentos deier-ra ou infiltração de água. Na mesma região,a água levou cerca de 30 metros de um ater-ro da Estrada dc Ferro Sorocabana.

A ligação ferroviária com São José dosCampos foi restabelecida, com a retirada daterra que tinha caído sôbre os trilhos da Cen-trai do Brasil. No quilômetro 123 da RodoviaSão José dos Campos -— Campos de Jordão,caiu uma ponte. A Vila Anhangfiera, que ligaSão Paulo a Campinas, está com a pista es-buracada e perigosa para o tráfego, o mesmoacontecendo com as Estradas Sõo Carlos—Araraquara. Catanduva—Araraquara e Bau-ni—Botucatu, para as quais a Polícia Rodovia-ria está recomendando cuidados especiais comrelação ao tráfego, tendo em vista o grande nú-mero de pessoas que viaja no fim do ano.

Caruaru se assusta com vendavalRecife (Sucursal) — As pessoas que se en-

caminhavam para a missa das 17 horas, emCaruaru, e multas outras que ainda faziam asestn, depois do almoço natalino, foram surpre-endidas quando uma chuva comum transfor-mou-se num pequeno vendaval que derrubou500 árvores, danificou uma torre de micro-ondas, destelhou várias casas, mns não feriunem matou ninguém.

— Tudo aconteceu de repente — disseramos habitantes do Município — e ficamos sur-preendidos com o fenômeno, que começou nobairro do Rosário, atingiu o Bairro Nôvo, subiuo Morro do Bom Jesus, chegou à Rua Pretae desapareceu como tinha vindo, isto em me-nos de 20 minutos, sem no entanto atingir oCentro da Cidade, onde os estragos seriammaiores. .

No Rosário Velho o vendaval, que trans-formou a tarde de Natal do Município emtristezas e apreensões, danificou seriamente asede do Comércio Espçrte Clube. Cinco minu-tos depois era atingido o Bairro Nôvo, queteve cerca de 50 de suas árvores arrancadas pe-la raiz e os muros dos estádios do Central Es-porte Clube e do Clube Intermunlclpal parcial-meilte destruídos.

Quando pensava-se que ia atingir o Cen-tro da Cidade, a forte ventania, a esta alturaacompanhada de granizo, mudou de direçãopara derrubar a torre local de microondas, noMorro do Bom Jesus. Depois se encaminhou pa-ra a Rua Preta, onde destelhou e causou outrosestragos em cinco fábricas. Dali desapareceu,tão repentinamente como chegou.

Por todos os lugares onde passava, o pe-queno vendaval ia derrubando telhados — atln-giu parcialmente 250 casas —, antenas de te-levlsão e árvores. O povo está temeroso da re-petição do fenômeno.

PROVIDÊNCIAS

O Prefeito de Caruaru, Sr. Drayton Nejain,passou todo o dia de ontem no Recife, pro-videnüiando o envio de verbas estaduais pararecuperação da Cidade. Até o momento não eqcalculou qual o montante dos prejuízos totaisdeixados pelo vendaval, sabendo-se apenas quea Diretoria do Comércio Esporte Clube solici-tara ao Governador Paulo Guerra um auxi-lio de CrS 8 milhões para reparar sua sedeSocial. .

Rio Paraíba baixa e não faz medoNiterói (Sucursal) — O Rio Paraíba, no

Norte fluminense, chegou a apresentar umacota de dez metros e 12 centímetros no fim dasemana passada, mas, já na noite de ontemacusava uma queda de 22 centímetros em seunível, não havendo perigo iminente de trans-bordamento, mesmo porque são miúdas as chu-vas que caem sôbre a região.

Estas são as informações chegadas de Cam-pos, acrescidas de que, apesar da pouca proba-bilidade do rio voltar a subir nas próximas ho-ras, as autoridades campistas passaram a man-ter contatos freqüentes com São Paulo, a íimde se precaverem no caso das ohuvas aumen-tarem de intensidade naquele Estado, ao pontode engrossar o Paraíba.

A medição do Paraíba que, por ocasião daúltima grande enchente verificada no Norte doEstado do Rio, em janeiro, subiu 12 metros e75 centímetros, é divulgada pelas rádios deCampos, várias vezes por dia, a íim de que tan-to as autoridades como a população náo sejamcolhidas de surpresa na eventualidade de as águaschegarem a ameaçar as localidades ribeirinhas.

Em Niterói, no Gabinete do Secretário doTrabalho e Serviço Social, Informou-se que asúltimas 40 famílias de flagelados, remanescen-tes das cheias campistas do início dêste ano,serão alojadas, dentro de dez dias, em caráter 'definitivo. Para elas, o Governo fluminense estáconcluindo a construção de igual número decasas na localidade de Caju, em Campos.

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Cidade suja receberá Ano Novo porque limpezaJornal do Brasil, (|uarta-felra, 28-12-68, 1.° Cad. — 15

e morosarica naoFãb

paga e párano Em do Rio

Niterói iSucursali — cercade dois mll operários e fundo-narlos da Cia. Pètròpolltnna —fabrtóa.de tecidos quo funcionaem Petrôpolis desde o tempo doimpério — Entraram ontem cmgreve, porque, além dc não re-ceberem há três meses, ficaramtambém sem o 13." salário e asgratificações' especiais que sãopagas aos íecelões._ A empresa pertence ao GrupoMaciel, cujas dificuldades íi-nanceiras começaram com adestruição;'com .as chuvas dojaneiro, de üm grande estoque<le tecidos destinados à expor-taç&o, e a solução pretendidapara regularizar a situação douempregados é a venda de terre-nos da fábrica ao BNH, pnraconstrução das casas dos flasc-lados.

SOLUÇÃO DUPLA

Conforme Informações daPrefeitura de Petrôpolis, a com-pra dos terrenos da fábrica de-pende apenas dos úítímòs en-lendimentos, e virá solucionardois problemas: o dos emprega-dos, que poderão receber seusvencimentos, e o dos flagelados,que ainda se encontram aloja-dos na antiga estação da Leo-poldina.

Inquéritode Silvinlmjá pronto

Niterói (Sucursal) — O in-quérito sóbre o desastre quematou a cantora Silvinha Te-Jes e o advogado Horácio deCarvalho Neto vai ser enviadoamanhã à Justiça, pela Dele-gacia de Polícia de Maricá, queja o concluiu, segundo infor-mou o escrivão de Polícia, Ro-sendo da Silva.

u envio à Justiça aos autosdepende da chegada a Maricádo laudo do exame pericialíeito pelo perito Beirute, o quedeverá ocorrer hoje, segundoinformou o Departamento dePolicia Técnica. Extraoflcial-niente, informa-se que o lau-do concluirá pela culpabillda-de do motorista do caminhãoquo colheu o carro dn. canto-ra.

BB libera30 bilhõespara IAPC

O Banco do Brasil liberou on.tem mais dc CrS 30 bilhões re.ferentes ao pagamento do em.préstimo, feito pelo IAPB. des.tmndo a atender aos seus segurados e servidores, embora aCarteira de Consignações da-quele Instituto não tenha re-cebido até ontem a relação daspropostas, sendo por isso im-possivel agora se saber quaisos candidatos que serão aten-didos em primeiro lugar.

Os interessados já podemprocurar seus empréstimos, nosseguintes bancos: Banco daBahia, Banco de Crédito Realda Minas Gorais, Banco Fran-eis e Brasileiro, Banco Holan-dês Unido, Banco Mercantil daGuanabara, Banco Mineiro daProdução. City Bank, BancoPortuguês do Brasil, Banco Oli-veira Roxo e Banco Nôvo Mun-do. O empréstimo provém deum acordo firmado entre oIAPB c a Caixa Econômica Fe-deral de Brasília.

Ladras sãopegas emflagrante

Quatro ladras, que vieram deJuiz de Fora, onde residem,para furtar as lojas cariocasaproveitando o movimento dasfestas de íim de ano. íoramdetidas ontem em olena açãonunv magazine da Cidade, pelodetective Vasco Ribeiro, Chefeda 1." Subseção de Vigilância.

As ladras Tarcília Rodriguese sua irmã de criação DivaMaria. Rodrigues, além de Dal-va de Araújo e sua filha Re-gina Célia de Araújo, foramdetidas no momento em quecolocavam, em suas bolsasmercadorias infantis, roupas ebrinquedos de crianças.

BELEZA

Regina e Diva disseram queforam vitimas de um azar,"uorque seguimos os concelhosde Tarcília, que nos trouxa daJuiz de Fora para o Rio como propósito de furtar".

Afirmaram ao detective Vas-có serem primárias e que cmJuiz Ue. Fora. onde residem,são pessoas conhecidas e res-peitadas e que nfio sabem ati.nar com a aceitação ao con.vite de Tarcília para se envol-verem em furtos.

O detective Vasco Ribeiro emais seus auxiliares Tagore eUbirajara afirmaram acreditaiem princípio nas declaraçõesde Regina e Diva — a segundatem apenas 18 anos — mas quevão apurar o fato, principal-mente fazendo o levantamentoem um apartamento na Ruada Passagem, em Botafo-BO. onde Tarcília passou algu-toas noites.

Diplomatas admitem queviagem a Angola repercutemal em países africanos

Observadores diplomáticos acreditam que a viagem daforça-tarefa da Marinha, a Angola e Moçambique poderáter momentâneas repercussões desfavoráveis nas relaçõesdo Brasil com algumas nações africanas, mas náo chegará,a longo prazo, a prejudicar a política do País na África,nem a ação brasileira nas Nações Unidas.

Isso porque, além da franca solidariedade existentenas relações luso-brasileiras, as autoridades navais deramà viagem um estrito caráter de instruçãc, da qual não re-sultará qualquer compromisso ou engajamento do Brasilna luta que Portugal sustenta contra elementos rebeldes,em suas províncias ultramarinas.

o PACIFICADOR:'¦¦'¦'*'*" '- ... .'o^-^íBiT^^^^a^i^^—,^

AREA CRÍTICA

Setores diplomáticos salien-tam que o deslocamento doscruzadores Barroso e Taman-tlaré c de dois contratorpedei-ros da classe Pará, com umaequipagem global de quase trêsmil homens, para aquela áreacritica do Continente africano,não deixará de fornecer argu-mentos de critica ao Brasi],por parte dos que atacam Por-tugal e se opõem ao apoio bra-sileiro à política portuguesa.

ilsses mesmos setores crêem,entretanto, que o Brasil temcondições de superar as critl-cas, através de um trabalhointenso do Embaixador SetteCâmara, junto aos delegadosafricanos às Nações Unidas,entre os quais desfruta de ex-celente conceito e de ação dt-reta junto nos Governos ondetemos embaixadas, tudo nosentido de explicar o sentidoexato da viagem da fórça-ta-reia,

Para tanto, o Brasil terá decapitalizar suas freqüentes ma-niíestações de amizade às na-

çóes africanas c sua clara pa-sição de amizade a Portugal,assim como seu desejo de aju-dar êste pais a resolver o sé-rio problema das provínciasultramarinas da Africa, tantasvezes apregoado em pronun-ciamentos do Itamarati e deseu delegado nas Nações Uni-das.

DECISÃO DA VIAGEM

A .viagem da íôrça-tarefa daMarinha brasileira a Angola eMoçambique nfio resultou dequalquer compromisso assumi-do pelo Ministro das RelaçõesExteriores em sua visita aLisboa, em setembro passado.Foi uma decisão tomada peloMinistério da Marinha, no in-terêsse do treinamento de seupessoal, e possivelmente aten-dendo a convite do Govêmoportuguês feito ao próprio Mi-nistro Araripe de Macedo, quetambém visitou Portugal emmeados deste ano. O Itamaratirecebeu comunicado sobre aviagem, mas não participa daorganização da mesma.

Marinha nega caráterpolítico ao cruzeiro

O Ministério da Marinhadif.se ontem que não tem ne-nhum caráter politico, comomuitos pensam, a ida de na-vios de guerra brasileiros aAngola, simples viagem de ins-trução para os aspirantes daEscola Naval.

Explicaram que os cruzei-ros de instrução com aquelesalunos têm sido anenas nascostas do Brasil. Agora, emface de nova lei que permite

viagens dc 30 dias sem paga-mento em dólares, a Marinhaaproveitou para uma viagemmais longa.SEM FUNDAMENTO

A Marinha acha que estáhavendo comentários sem fun-dameutos em tomo de sim-pies viagem de instrução eadestramento, não sabendo aquem atribuir as dúvidas le-vantadas em torno da questão.

Juiz diz na Polícia quea força vence mas coraçãoé que no final convence

A 500 alunos da Escola de Polícia, que concluíram, diver-sos cursos em 1966, disse o Juiz Eliezer Rosa. Paraninfo daturma, que "a força vence, mas só o coração convence", cmsolenidade realizada no auditório do jornal O Globo.Os novos que.íoram incorporados aos quadros da Po-lícia são 113 escrivães, 167 auxiliares de datiloscaplstas, 70agentes policiais e 35 agentes já pertencentes à Policia

Civil e Militar que concluíram curso de técnica criminal,ministrado com o auxilio da USAID.PREPARADOS

O delegado Jorge Pastor, Di-retor da Escola de Policia, dis-se ao JORNAL DO BRASILque os novos nomeados que vãointegrar o quadro de Secretariade Segurança estão devidamen-te preparados para as funçõesporque, durante todo o curso,receberam aulas sóbre Crimino-

; logia, Direito Penal e até deRelações Públicas, "uma dasmatérias mais puxadas".'Afirmou que esses policiais,inicialmente, foram seleciona-'dos, entre cerca dc 5 mil can-

didatos, em concursos para oscargas de escrivão e auxiliar dedactiloscopista e que só apósaprovação, nesse concurso, in-gressaram na Escola de Políciapara a, realização de um cursopreparatório, em que o grau deassiduidade c capacidade deabsorção das matérias minis-tradas conta como ponto parafuturas promoções.

Dentre os formandos de on-tem, sobretudo na carreira deauxiliar de dactiloscopista, exis-tem muitas jovens, algumas atécom curso superior, ocorrendoomesmo em relação aos escri-vaes, onde existem diversos ad-vogados.Os demais cursos íoram mi-lustrados para elementos daantiga Polícia de Vigilância

que querem melhorar de car-reira ingressando como agen-tes da Força Policial e de ou-tros policiais que pretendem

estudar investigação criminalprofundamente, recebendo osprimeiros ensinamentos atravésde cooperação da USAID.

SOLENIDADE

Diante de um auditório lite-ralmente lotado, o Secretáriode Sei. irança, General DarioCoelho, que se fazia acompa-nliar de tados os Superinten-dentes de sua Secretaria, faloudepois do delegado Jorge Pns-tor, Diretor da Escola de Poli-cia, que abriu a solenidade.

O comissário Ito Limoeirofalou em nome dos alunos, con-cluindo que todos os que ali,naquele instante, recebiam seusdiplomas, mantinham acesa aesperança de que apoio cadavez maior seria dado àquelaorganização policial.

Após isso, cada turma esco-lhendo uma personalidade co-mo paraninfo, foi íeita a cha-mada dos representantes decada classe que receberam osdiplomas. Só então, o Juiz Elié-zer Rosa, escolhido por unani-midade como paraninfo de to-dos cs íermandos, íêz sua alo-cução, onde pediu, aos que co-meçavam na função policial,que "usassem a sabedoria daBíblia em suas decisões, quedeixassem a carteira de identi-dade, a arma e o distintivo emplano inferior ao respeito, àjustiça, ao coração", recebendoo Juiz, no final de sua oração,calorosas palmas.

Coquetel sem álcool abriráem São Paulo Centro paraa recuperação de viciadosbase5de SgeStef f^ ,COqUet,!l sem álc°01 - *

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aptídões atmcíades anuais compatíveis com as suas

INÉDITO¦_¦

O Centro de Recuperação deAlcoólatras será o primeiro cs-tabelecimento no gênero noPais. e segue os exemplos dosja existentes nos Estados Uni-dos, na Dinamarca e em outrospaises desenvolvidos.

Informou ainda o Secretáriode Saúde de São Paulo que oDepartamento de Assistênciaaos Psiccpatas vem destinandoum quarto de sua verba anualpara o tratamento de alcoóla-trás. em montante que corres-pande a Cr. 9,2 bilhões.

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O Desembargador Alms,0. Teixeira {oi muito abraçado porque promete p«s ao Tribunal

Brasileiromorre pertode B. Aires

Buenos Aires (UPI-JB) — Obrasileiro Florisvnklo Kasuki deAraújo, de 32 anos, morreu on-tem cabonizado com mais trêspessoas num desastre rodovia-¦ rio nas proximidades da Capitalargentina.

Florivaldo dirigia um jipee ao tentar ultrapassar um ca-mlnhâo-tanque com reboquecalculou mal a distância, bateude encontro à. traseira do cami-nhão e derrapou para a frentndo reboque. A explosão que seseguiu matou instantâneamên-te todes os quatro passageirosdo jipe.

Além do brasileiro, morreramo argentino Noberto Lara, de32 anos, unia mulher e umacriança de 10 anos que aindanão foram identificados pelasautoridades de Buenos Aires,

PM baleiaferroviário

fogeAs autoridades da 10." Dc.

legacia Distrital não haviamtomado qualquer providência,até a noite para apurar t.agressão sofrida pelo íerro-viário Belizário Nascimento,de 34 anos, Rua Afonso Pena,83, • baleado durante a tardena Rua Humaitá, em frenteao Corpo de Bombeiros, porum soldado da Polícia Militar,que fugiu sem ser identifica-do.

O ferroviário foi levado pa-ra o Hospital Miguel Couto,onde íoi internado em estadograve, pelo soldado da PoliciaMilitar número 1943, Ari deOliveira, do 2.° Batalhão, queali apresentou uma versão queinculpa o companheiro masnão convence às autoridadespoliciais.

COMO POI

O soldado Ari disse no Hos-pitai que o ferroviário foi fe-rido ao sacar de uma pistola,no momento em que era inter-pelado pelo seu colega que lheexigira a apresentação dosdocumentos de identificaçãopor suspeitar da maleta que avitima trazia consigo.

A justificativa porém pare-ce que é apenas para encobrira culpa do soldado agressor,uma vez que o ferroviário foiferido pílas costas — a balapenetrou-lhe na parte superiorda cova — tendo ainda ó mi-litar contra si o fato de terfugido. '

Ari declarou ainda que Be-llzário havia alvejado o seucompanheiro, errando todaviao tiro.

Posteriormente, compaxeceuao Hospital o Tenente Daiz-zer. do 2.° Batalhão, que reco-lheu a pistola e a maleta queestavam com o ferroviário, le-vando-as para aquela corpora-ção militar, sem dar ciênciado fato às autoridades da 10.»Delegacia Distrital que soube-ram dele através de um tele-fon ema do Hospital.

Na maleta de Belizário ha-via dois ternos, duas capas,uma máquina de escrever euma máquina fotográfica.

Àluísio Teixeira eleitoPresidente do Tribunal deJustiça da Guanabara

A eleição do Desembargador Aluisio Maria Teixeira'para Presidente da Tribunal de Justiça da Guanabara nobiênio 67-68, ontem, por 22 votos contra 13 dados ao Dc-sembargador Roberto Medeiros, foi apontada peles advo-gados como o íato mais importante do ano de 1966, "poisrepresenta a pacificação da família forense".

Para a Vice-Presidéncia íoi eleito o DesembargadorStampa Berg, conhecido como o defensor das mulheres, epara a Corregedoria da Justiça o Desembargador ElmanaCruz, cuja escolha foi saudada pelos escreventes como a"única e remota possibilidade de efetivação da oficializa-ção dos cartórios".MAIS MOÇO

O Desembargador AluisioMaria Teixeira, nôvo Presiden-te do Tribunal de Justiça daGuanabara, cuja posse deveráser marcacia para o dia 3 dejaneiro, foi o mais moço magis-trado com assento no mais altoTribunal do Estado. Atualmen-te vem exercendo suas funçõesna 7.1 Câmara Civel Durantemuitos anos foi Diretor da Fa-culdade dc Direito da Universi-daáe Católica de Petrôpolis,onde lecionou a cadeira de Di-reito Internacional Privado, ra-mo do Direito no qual é espe-cialista. Sua eleição para aPresidência do Tribunal íoimotivada, entre outros aspectos,por sua grande inclinação deadministrador, capaz de levarao fim a construção do prédiodo nôvo Palácio da Justiça, queestá sendo erguido na Rua DomManuel. O temperamento tran-qililo do Desembargador AluisioMaria Teixeira foi que motivoua saudação dos advogados pelaprovável pacificação da familiaforense, pois nos últimos anosvários incidentes entre gruposde magistrados haviam criadoum clima desagradável no Po-der Judiciário.

O Vice-Presidente, Desem-br.rgador Stampa Berg, emborasempre funcionando nas Cá-marás Criminais, é reconheci-damente um defensor dos di-reitos das mulheres, pelas posi-ções públicas assumidas.

O nôvo Corregedor da Justi-ça, Desembargador Elmano

Cruz, c, talvez, o magistradomais conhecido no Rio, em vir-tude do seu temperamento ale-gre e prestativo. Se alguém íi-ea em dificuldade para resol-ver um problema no Foro re-corre ao' Desembargador Elma-no Cruz e, invariavelmente, éatendido com a maior presteza,mesmo que se trate de pessoahumilde. Nos últimos dois anosíoi éle membro tío Conselho daMagistratura, onde teve opor-tunidade de relatar o processoreferente à oficialização doscartórios. Pela experiência ad-quirida nesse periodo, pode serapontado como a pessoa quemais entende do assunto. Suaeleição para Corregedor — car-go que o eleva á posição deresponsável por tudo que serefere a cartórios — trouxeuma nova esperança aos escre-ventes para a efetivação daoficialização, pois sempre íoifavorável á medida.

ALÇADA

O Juiz Nei Cidade Palmeirofoi eleito, ontem, para Presi-dente do Tribunal de Alçadada Guanabara no biênio 67/68,em substituição ao Juiz Carlos

¦Bandeira Stampa. O Vice-Pre-sidente ' será o Juiz AmilcarLaurindq Ribas. Antes da ses-são plenária de eleição dos no-vos administradores, o Tribu-nal de Alçada prestou uma ho-menagem póstuma ao Juiz Jor-ge Salomão, falecido sábado,vitima de um enfarte. Foi ora-dor o Juiz Gracho Aurélio.

Aluisio gosta da lei masnão despreza os camarões

Departamento de Pesquisa

Mais jovem dos desembargadores cariocas, o nôvoPresidente do Tribunal de Justiça da Guanabara tem52 anos de idade, uma mulher que lhe prepara todosos domingos.um bom arroz com camarão e um casalde filhos que quebram a monotonia dos dias passadoscm casa, pois o pai não gosta de praia, tem pouco tem-po para dedicar à literatura e só ouve música bemleve, digestiva.

Aluisio Maria Teixeira nasceu no Flamengo, no dia28 de outubro de 1914, e féz os estudos no Colégio San-to Inácio, antes do vestibular à Faculdade Nacional deDireito. Formou-se em 1936 e dois anos depois saiucom o diploma de doutorado debaixo do braço parainiciar a vida. Casou em 1943 com Dona leda Martinse fundou a Faculdade Católica de Petrôpolis.A CARREIRA

Logo depois de doutorar-se, Aluisio Maria Teixeirafoi durante algum tempo Juiz de Paz, mas em 1940 de-cidiu fazer o concurso para a Magistratura. Tinha 26anos e passou em quarto lugar. Desde então tem sidoum juiz jovem e atuante, qualidades que, reconhecidasagora, lhe dão o prêmio da Presidência do Tribunal deJustiça.

Éle é Vice-Presidente da Associação dos Maglstra-'dos Brasileiros, há muitos anos, e por várias vezes re-presentou a Justiça do Brasil em congressos interna-cionais.

Mas é um homem caseiro. Mora no Leblon com amulher e os dois filhos e prefere a leitura de jornaisna sala a qualquer programa mais festivo. Seu diapreferido é o domingo, quando esquece a semana deprocessos e despachos.

Ê então que vai à missa na igreja da esquina, lèos jornais, almoça bastante —- é um dos melhores gar-fos da família — dorme à tarde e vè algum proeramade televisão à noite. Mas não fica até tarde porquesegunda-feira é dia de acordar cedo com muita pape-lada pela frente.

A Cidade está ameaçada deentrar o ano de 19G7, suja, emvirtude da morosidade com queos trabalhos de limpeza urba-na cst&o sendo executados, en-quando os próprios órgãos doGovêmo colaboram com aimundícle que a chuva causanos bairros, como na Rua Ner-vai de Gouveia, cm QuintinoBocaiúva — onde a Secretariade Obras, ao executar a lim-peza de um canal, atira os do-tritos no meio da rua, preju-dicando o trânsito.

Lama, poças de água e bura-cos sáo uma .'constáijte nos su-búrblos do Rio de Janeiro, alémdo mato que cresce nas calça-das, em contraste com bonitasresidências, principalmente cmVila Valqueire, onde os mora-dores da Rua Jambeiro acu-sam o administrador local danão' dar Importância ao lixoatirado na via pública.ABANDONO

Na Rua Ernâni Cardoso, emCascadura, é tal o lixo acumu-lado nas calçadas, que os tran-seuntes são obrigados a andarjunto ao meio-fio, arriscando-se a um atropelamento, alémdo mau cheiro provocado pelasujeira que, carregada pelaschuvas, se espalha pelo bairro.

Em Vila Isabel, na Rua Vis-conde de' Santa Teresa, em

írente ao antigo Jardim Zoo-lógico, um enorme buraco,cheio de galhos e toda espé-cie de entulhos já causou al-guns desastres. Mais adiante,na Rua Barão de Bom Retiro,um vazamento de água potávelcriou um verdadeiro lago nolocal, e apesar das constantesreclamações nenhuma provi-dencia íoi ainda tomada pe-Ias autoridades.

PERIGO

A estrada Meneses Cortes,que liga Grajaú a Jacarepaguá,oíerece tini sério perigo paraos veículos que nela transitam,pois as últimas chuvas causa-ram vários deslocamentos deterras e algumas quedas debarreiras que deixaram seu lei-to escorregadio em alguns tre-chos. Por todo o seu curso,grandes pedras estão amea-çando cair na estrada e Jáexistem fèndas nos morros quapoderão causar novos desaba-mentos. No quilômetro seis daMeneses Cortes, foi feito umdesvio onde a Secretaria deObras está fazendo reparos de-vido à queda de uma barreira'.'

Em toda a sua extensão aestrada está suja, com pedrase lama, dificultando o tráfegoe a continuidade das chuvaspoderá torná-la intransitável.

DLU multará quem atirarpapel picado no dia

O apelo do Diretor do DLU,Sr. Macedo Soares para quea população da Zona Centraldo Rio não lance papel picadodo alto dos edifícios no dia 31,advertindo que multará os ln-íratores, é a esperança dos ga-ris, de que o final déste anoseja menos penoso do que osanteriores, quando ao términodas manifestações resta-lhes otrabalho de recolher um a umos pedaços de alegria alheia.

Para quo seja mais respel-tada a figura do gari, que sem-pre termina o último dia doano trabalhando ainda mais doque nos anteriores, o Diretordo DLU decidiu advertir oscondomínios dos edifícios e osseus proprietários que multarácm CrS 30 mil quem atirar oupermitir que se atire papel pi-cado. dos edifícios no dia 31 evai colocar 120 agentes nasAvenidas Rio Branco, Presi-dente Vargas e ruas trarisvér-sais para a fiscalização.

— Atirar papel picado pelasjanelas está se tornando uma

.tradição de fim de ano queprecisa ser coibida — disse oSr. Macedo Soares — não sóem consideração aos danos quecausa à limpeza da Cidade,mas principalmente aos sacri-ficados garis do DLU que me-recém o respeito, e o agracie-cimento da população carioca,A origem disso é triste, e íoiaté copiada do estrangeiro, nfiotendo, portanto, razão de sera sua imitação no Rio, em diade tão grande alegria.

O lançamento do papel pi-cado surgiu nos Estados Uni-dos durante o periodo de derpressão, em 1929, quando osagentes da Bolsa de Valoresde Nova Iorque anotavam emtiras de papel o resulta,do dodia e, terminado o pregão, emsinal de protesto ou pov ato dedesespero, rasgavam as tiras e

31as atiravam pelas Janelas daiescritórios.

O Sr. José Eugênio de Ma-cedo Soares esclareceu, contu-do, que, prevendo o lançamen-to de papel picado no dia 31,pretendia; ao invés de multar,fazer com que a prática redun-dasse em beneficio para umainstituição de caridade, en-trando logo em contato com aPró-Matre para que no dia de'Ano Nôvo todo o papel coleta-tio pelos garis fosse doadoàquela instituição, que, ao ven-'dê-lo. poderia arrecadar, combase na coleta do ano passado,mais de CrS 30 milhões.

De alguma íorma, istojustificaria pelo menos o sacri-ficio dos garis. Entretanto, aPró-Matre não pode organizarum dispositivo para recolher opapei em sacos especiais, fí-cando assim sem proveito al-gum e só acarretando prejuí-zos no aspecto da Cidade. Porisso. mesmo que venham a mechamar rie "o Fontenele dolixo", aplicarei o Decreto 6 000,punindo os infratores, e nissonão vai nenhuma intenção demultar para arrecadar, e sima preocupação de poupar à Ci-dade um entulho de papel semsignificação alguma c aliviaros sacrifícios do já penosa-trabalho dos garis.

O Diretor do DLU informouque estão sendo aplicadas, emmédia, de 60 a 80 multas pordia em populares, comerciantese indústrias que lançam detri-tos nas ruas, totalizando cercade CrS 20 milhões mensais, oque é uma quota apenas noErário Público.

Se a nossa intenção fossemesmo arrecadar, poderíamosobter mais de CrS 1 bilhão pormês com infrações, pois bastaum simples toco de cigarro-,lançado ao chão para que istoresulte uma multa de CrS 30mil.

Iemanjá reunirá 15 milmnbandistas nas praias

Dos 18 mil umbandistas daGuanabara pelo menos 15 milparticiparão do culto a Iemari-já na noite do dia 3l em tôdass prais cariocas, >:nde a partirde 20 heras começa a chegargrande público que oferece flò-res, bebidas, perfumes e todaespécie de adornos à Rainhado Mar

O líder dos umbandistas, Sr.Atila Nunes, afirmou que a íes-ta não é dirigida por ninguém,mas ergamizacia individualmen-te pelas diverses terreiros, e queé difundida principalmente naBahia, na Praia de Itapoã, on-de Iemanjá "sempre foi feste-jada com bebidas c adornos".DEVOÇÃO

— Há 20 anos o programa daFesta de Umbanda vem se ex-pandldo no Rio e a devoção aIemanjá cresceu muito — afir-mou o Sr. Atila Nunes —. masnos outros Estados, exceto aBahia, a devoção é mencr por-que muitos têm medo do quecs outros possam falar. Hojesomos 18 mil umbandistas só naGuanabara e promovemos afesta mais democrática, porqueninguém a dirige. A nossa fes-ta é espontânea e aberta a to-dos. Cada pessoa chega com oque tem a oferecer e os objetos,ao sabor das ondas, chegam aIemanjá.

Organizada pelo Departa-mento de Certames da Secre-taria de Turismo do Estado,haverá uma festa na pista deneromodelismo do Parque doFlamengo, com início marcadopara as 22 horas, com o desfi-Ie de carros alegóricos, espe-cialmente decorados para a'festa, e bandas, além do ReiMomo e das Rainhas do car-naval' e da folia, numa pro-moção da Associação dos Cro-n is.t as Carnavalescos. Comoparte da festa haverá grandequeima de fogos dc artificio,que serão atirados em direçáoao mar

Para os róveillons nos clu-bes a procura de convites temsido grande, estando muitosbailes, como o do Country, comas reservas já esgotadas NoCopacabana, para a Festa de ,Ouro e Prata, os convites são"vendidos por CrS 50 mil, e res-tam poucos á venda. ¦ ¦¦

O já tradicional Baile do Ja-*guar, realizado np Silvestre,tem os convites quase esgota-dos Os intelectuais, os moder-,ninhos e a esquerda festivacomparecerão, como todo anofazem, ao réveillon do humo-rista Jaguar, onde terão inicioas filmagens da Garota de Ipa-nema, de Leon Hlrzman e Vi-nicius de Morais.

Desde ontem movimentona Rodoviária é maior

O movimento na RodoviáriaNôvo Rio. com ônibus quesaem e chegam de 15 em 15minutos, embora tenha dimi-nuído nestes dois últimos dias,aumentou ontem à tarde, quan-do dezenas de pessoas for-maram filas junto aos gui-chés que vendem passagenspara as cidades mais distán-tes: Porto Alegre, Florianópo-lis, Goiânia, Brasilia e Salva-dor.

Os ônibus que sairão paraSão Paulo, Belo Horizonte eJuiz de Fora no dia 30. já es-tão com a lotação pratica-mente completa, restando ape-nas alguns lugares nos do ho-rário da manhã. Para as ci-dades mais próximas — Petró-polis, Teresópolis, Angra dosReis e Cabo Frio — a reservatem sido feita para depois das18 horas do dia 30 e para to-do o dia 31.

ÔNIBUS EXTRAS

Para São Paulo, nos ônibusque saem no dia 30, ainda é

possível encontrar lugares nes'horários das 8h35m; 9h35m}llõh; 16h; 21h55m; 22h45m;23h35m, da Empresa Comstae nos oito ônibus extras que aÜnica e também a ExpressoBrasileiro, colocaram ontem nalinha.

Para Belo Horizonte, alémdas passagens que ainda nãoforam vendidas pela Cometae Ütil, resta ainda a possibili-dade de fazer baldeação emJuiz de Fora e seguir com ía-cilidade até a Capital.

TRENS

O Ssrviço de Relações Pú-plicas da Central dó Brasil ln-formou ontem á tarde que nãoestá prevista qualquer altera-ção nos horários do dia 30 ou31 de dezembro, mas se a pro-cura de passagens aumentar,como aconteceu no Natal, serácolocado um carro extra enicada composição que sair doRio para São Paulo ou BeloHorizonte.

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jg __ 1,0 cad., Jornal do Brasil, quarta-feira, 28-12-66

Pôrto de Angra dos Reispoderá ser transformadoem escoadouro para Minas

Niterói (Sucursal) — O Pôrto de Angra dos Reis po-derá ser transformado numa espécie, de Pôrto oficial doEstado de Minas Gerais, de acordo com um convênio cujostermos começarão a ser estudados, devendo o Diretor doDepartamento de Portos e Navegação do Estado dp Rio,engenheiro João Bosco, iniciar na próxima semana os en-tnndimentos com a Secretaria dc Transportes do Estadode Minas.

A exportação de minérios através do Pôrto de Angra,situado no litoral Sul do Estado do Rio, devera ser a par-te mais importante das negociações, e, segundo técnicos doDepartamento de Portos, pela sua localização, é aqueleporto o que tem melhores condições para atender o Sulde Minas Gerais.

EXPANSÃO

A necessidade de expansãodas instalações do Pôrto doAngra, com obras especializa-da*; para ns operações comcarvão e minérios, é apon-tada no plano de me horamen-tos do Pôrto para o período de1967 a 1970, considerando es-pecialmente o crescimento dasindústrias metalúrgicas e ex-traiivas de minério clc Minas oGoiás.

As obras de proteção do caisetual já foram iniciadas e per-mitirão a utilização de novos

guindastes, oom íjma concen-tração maior de cargas, au-mentando a capacidade opera-cional. Também a necessidadede dragagem de parte da ba-cia é apontada no plano deexpansão.

A linha Angra dos Reis-Gola ndira, fazendo conecçãocom a linha da Central doBrasil em Barra Mansa, faz aligação ferroviária do munici-pio fluminense com o Estadode Minas Gerais, havendo tam-bém a ligação rodoviária.

Polícia Militar de Minastem nôvo comandante poisantigo foi para a reserva

Belo Horizonte (Sucursal! — O Cel. Milton .Campos.que era o Chefe do Estacío-Maior Geral, passou a ser, des-de ontem, o nôvo Comandante-Geral da PM de MinasGerais, em substituição ao Cel. Antônio Pádua Falcão que,de acordo com dispositivo da Constituição do Estado, foipara a reserva remunerada, depois de servir 30 anos àcorporação.

O nôvo comandante da Policia mineira, que cont46 anos de idade, nasceu em Juiz de Fora, já foi Tesoureiro-Geral da Polícia, Presidente do Clube dos Oficiais, Chefetío Serviço de Subsistência e Chefe do Estado-Maior Geral.

CARREIRA

O Cel. Milton Campos, o 42."Comandante da PM de MinasGerais no período republicanoe o segundo no Governo do Sr.Israel Pinheiro, entrou para aPM em 1937, como praça, noJI Batalhão de Infantaria. Em1938 Ingressou no Curso de

Sargentos e, em 1941, no Cursede Formação de Oficiais, sain-do como aspirante em 1943. Em1947 foi promovido a Segundo-Tenente, em 1951 a Primeiro-Tenente e a Capitão em" 1955.Em 1960 foi promovido a Ma-Jor, em 1962 a Tte.-Cpronél eem 1965 a Coronel.

Avianca nãosabe se seuavião caiu

Bogotá (UPI-JB) — A Avi-anca desmentiu ontem que,unido seus DÇ-3 com 28 pessoosa bordo tenha caido no mon-te Huila, a 5 570 metros de al-tura. segundo informações di-vulgadas nos últimos dois diaspor rádlo-amadores.

Um porta-voz da empresainformou que, para evitar dú-vidas, vários grupos de resgatodirigem-se para o local em quase afirma que o aparelho caiu.

O DC-3 da Avianca está de-saparecido há quase cinco dias.apôs poucos minutos de vôo deum percurso de duas horas cn-tre Bogotá e Pasto, O pilotodo aparelho informou pelo rá-dio à torre de controle de Bo-gota que tentaria um pousoforçado, sendo esta a últimavez que deu noticias.

Há uma outra versão sobreo destino do avião, que'garan-te que o aparelho se espatifouno pico Vitória, no Departa-ménto de Cauca. Tanto o VI-tória como o Huila fazem par-te de um dos mais alto siste-mas de montanhas da Colôm-bia.

Viaduto ãeNova Iguaçusai breve

Niterói (Sucursal) — O gran-de viaduto projetado para ocentro comercial de Nova Igua-çu como solução para o pro-blema da interligação- urbanadesse município da BaixadaFluminense, deverá começar aser construído nos próximosmeses, já que o Departamentode Estradas de Rodagem doEstado do .Rio recebeu as pri-meiras propostas de execuçãoda obra.

O edital de concorrência pú-blica fixa a data de quinta-feira como o último dia paraa apresentação de propostas noprédio da Estação Rodoviáriade Niterói, onde funciona oDER-RJ. O viaduto de NovaIguaçu se estenderá por 373metros, eom 11 de largura, sò-bre a linha da Central do Bra--sil.-estando orçado em mais deCrS 500 milhões.

DESENVOLVENDO HÁ 5 ANOS

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Porto Alegre (Sucursal) — Para comemorar seu 5.' ano de instalação e homenagear a imprensa veloapoio que tem recebido, n direção do Banco Regional de Desenvolvimento do ExtremoSul reuniuno Restaurante Carcttrá diversos jornalistas gaúchos. Agradecendo à imprensa, o Diretor-Presidentedo estabelecimento, Sr. Jorge Babot Miranda, citou especialmente o JORNAL DO RR 4SII7, jazeu-" do ainda uma exposição dos planos para 1967, com investimentos jio Rio Grande do Sul, Sanla Calarina

« Paraná

Planejamento arma quadro Copacabanapara provar que Governo abre centronão prejudica servidores de turismo

Técnicos do Ministério do Planejamento elaboraramum quadro demonstrativo dos aumentos concedidos às di-versas categorias profissionais no corrente ano, "para con-chür que o Governo, ao reajustar os vencimentos do fun-cionalismo civil e militar, aplicou apenas as normas dapolítica salarial vigente para o setor privado e para enti-dades sob controle do Poder Público".

Os técnicos do Ministério do Planejamento acentuam,em seu trabalho, que do Orçamento para 1967 constavauma despesa de pessoal de mais de Cr$ 3 trilhões, parauma receita de Cr$ 6,5 trilhões e que, portanto, "o aten-dimento das reivindicações do funcionalismo, de um au-mento de 100%, implicaria em elevar a despesa a maisde Cr$ 7,8 trilhões, superando, assim, a receita global daUnião".COMPARAÇÃO

Os percentuais de aumentos salariais; com vigência a par-tir de novembro ú".timo e confirmados pela Comissão Nacionalde Política Salarial são os seguintes:

AVISOS RELIGIOSOS

Pio X - João XXHIAgradeço — I. I.

Ao Menino Jesusde Praga

Agradeço graça alcançada — Ni-Mreth f-tobi.

A Santa Martae o Menino Jesus

de PragaAgradeço graça alcançada

ria T-reiinha.Ma-

Novena poderosaao Menino Jesus

de PragaOlil Jesus que dis.estes: Peça e

receberás, procura e -icharás, bate* a piorta se abrirá. Por Intermédiode Maria, Vossa Sagrada Mãe, eubato, procuro e Vos rogo que mi-nha prece seja atendida (menciona-sa o pedido).

Ohl Jesu» que dissestes: Tudoque pedires ao Pol em Meu Nome,Êle atenderá, por intermédio de Ma-ria. Vossa Sagrada Mãe, eu liumil-demente rogo ao Vosso Pai emVosso nome que minha oração sejaouvida (menciona-.* o pedido).

Ohl Jesus que dissestes: O Céue » Terra passarão, mas a Minhapalavra não passará. Por intermédiode Maria, Vossa Sagrada Mãe, euconfio due minha oração seja ouvida(menciona-se e pedido).

Rezar 3 Aves-Maria e 1 SalveRainha. Em casos urgentes essanovena deverá ser feita em ho-ras (9 horas) consecutivas.Graça alcançada por M. G. T.

Telefone para 22-1818e faca a sua assinatura do

JORNAL DO BRASIL

ALDO PENHA DA COSTA(MISSA DE 7." DIA)

+

A família de Aldo Penha da Costa, comovida, agra-dece a todos que compareceram ao seu sepulta-mento e convida para assistirem à missa quemanda rezar na Igreja Capuchinhos, Rua Hadock

Lobo, 266, amanhã, dia 29. às 9,30 horas.

FRANZ E CILDA SANTOS B0ETGER(MISSA EM AÇÃO DE GRAÇAS)

ROBERTO, LENIAN, RONALDO e ROGÉRIOconvidam os parentes e amigos para a missa emação de graças pelas Bodas de Prata de seus pais,que farão realizar no dia 29 de dezembro, às 10horas, na Igreja dos Capuchinhos, à Rua HadockLobo, n.° 266.

TITO VIEIRA DE REZENDEMISSA DE 7.° DIA

t

+

A família de Tito Vieira de Rezende agra-dece as manifestações de pesar recebidas econvida para a Missa de 7.° Dia a realizar-se

no dia 29 (5.a-feira) às 10h30m na Igreja S. Fran-cisco de Paula, no Largo de S. Francisco.

ANTÔNIO HOMEM DE ALMEIDA(MISSA DE 7.° DIA)

+

Silvia Bruger de Almeida, Nancy de Almeida, Haroldo Damásio, senho-ra e filhos, ainda consternados pelo passamento de seu inesquecívelesposo, pai, sogro, pai e avô ANTÔNIO HOMEM DE ALMEIDA, agrade-

cem as provas de solidariedade que receberam no doloroso transe, e convidamos parentes e amigos para a missa de 7.° dia que, por intenção de sua bon-dosa alma, mandam celebrar no dia 29, às 9 horas, na Igreja de N. S. da Pro-yidência, no Colégio Santo Antônio Maria Zacarias, à Rua do Catete, 113. Porêsse ato de fé, se confessam eternamente reconhecidos. . (424

BRAZ BRANDO(MISSA DE 7.° DIA)

+

Viúva, filhos, genro, noras, netos e bisneta, agradecem as ma-niféstações de pesar recebidas por motivo de seu falecimentoe convidamos parentes e amigos para assistirem à missa em

intenção de sua alma, que mandam celebrar na próxima quinta-feira,dia 29, às 9 horas, no altar-mor da Igreja de São Francisco de Paula —(Largo de São Francisco).

ENTIDADES Vigência Percentualdo Aumento

Sindicato nos Trabalhadores nas In-dústrias cie Artefatos de Couro do Riode Janeiro 1.11.66 2í%Sindicatos dos Trabalhadores na In-dústria de Cerveja e Bebidas em Gerale Águas Minerais do Estado da Gua-nabara 1.11.66 33%Centrais Elétricas de Minas Gerais —CEMIG 1.11.G6 33.1*Sindicato dos Trabalhadores nas In-

dústrias de Vidros, Espelhos, Cerâmicade Louçn e Porcelana do Estado daGuanabara 1.11.66 25fJCia. Hidro Elétrica Paranapanema ... 1.11.66 25%DRT. AM. Sindicato dos Trabalhado-

res nas Indústrias de Alimentação do \Estado do Amazonas 1.11.66 25%Sindicato da Indústria do Trigo do

Estado de São Paulo 1.11.66 25%Sindicato dos Enfermeiros e Emprega-

dos em Hospitais e Casas de Saúdedo Estado da Guanabara 1.11.66 25%Cia. Hidro Elétrica de São FranciscoCHESF 1.11.66 26%Termoelétrica de Charqueada 1.11.66 26%

¦Empresa Elétrica de Londrina S/A .. 1.11.66 27%¦Cia. Luz c Força Santa Cruz 1.11.66 27%¦Cia. Ferro e Aço de Vitória 1.11.66 27%

Sindicato dos Trabalhadores Metalúr-gicos de Cariacica 1.11.66 27%

¦Empresa Elétrica Bragantina S/A ... 1.11.66 ' 31%Sindicato dos Auxiliares de Adminis-

tração Escolar dos Estados da Guana-bara — Rio de Janeiro e Espirito Santo 1.12.66 24%Sindicato dos Condutores de VeículosRodoviários e Anexos de Niterói 1.12 66 20%Sindicato das Indústrias Metalúrgicas,

Mecânicas e de Material Elétrico do.Estado do Paraná 1.12 66 24%

Sindicato dos Arrumadores do Estadodo Pará 1.12.66 19%Sindicato dos Arrumadores e Ensaca-

dores de Café e Sal do Estado do Es- Ipirito Santo 1.12 66 20%Sindicato dos Trabalhadores nas In-

dústrias do Açúcar e de Doces e Con-servas Alimentícias do Est. da Gua-nabara 1.12 66 24%Sindicato dos Arrumadores e Ensaca-

dores de Café e Sal do Estado do Es-pirito Santo .' .1.12.66 22%Sindicato das Indústrias metalúrgica.,

Mecânicas e de Material Elétrico doEstado do Paraná 1.12 66 24%\sindicato Nacional das Empresas Ae-roviái-ias 1.12.66 28%Sindicato dos Trabalhadores em Em-

presas Telegráficas, Radiotelegráficas cRadiotelefônicas 1.12 66 24%The Western Telcgrapi. Company Li-mited 1.12 66 24%

2 — Decreto-Lei n.° 81, de 21 de dezembro de 1966

Vigência rercentualdo Aumento

— Reajustamento dos Servidores Civis eMilitares . ... 1.01.67 25%

Cubanos vãode barcopara Miami

Miami (UPI-JB) — Mais 23exilados cubanos chegaram on-tem à Flórida num barco desete metros de comprimento,que atravessou o estreito quesepara os EUA de Cuba cmpouco mais de dois dias. Oscubanos recém-chegados aMiami são nove homens, setemulheres e sete crianças, todoshospedados em Marathon, aosul de Miami, em boas condi-ções de saúde, segundo o Ser-viço de Guarda-Costas.

Casa desabana FranciscoOtaviano

A casa de número 11 daRua Francisco Otaviano, emCopacabana, foi soterradahoje, devido a um desliza-mento de um barranco,provocado pelas chuvas. Osmoradores, um casal, que seachavam no prédio, foramretirados dos escombros pe-la guarnição ilo Corpo deBombeiros do quartel Cen-trai. Sofreram escoriações,sendo medicados no Hospi-tal Miguel couto.

O Governador Negrão deLima inaugurou ontem aSala do Turista, na Praçado Lido, planejada pela Ad-ministração Regional de Co-pacabana para acolher osturistas, encaminhá-los ahotéis e fornecer-lhes rotei-ros, informações e indica-ções para uma boa estadano Rio.

A Sala do Turista — ondeestão instaladas várias lo-jas comerciais e vitrinaspara pedras preciosas, rou-pas e artigos folclóricos —foi construída com a co-operação da Associação deComércio e Indústria da Zo-na Sul, do Rotary e do LionsClube.

Bonda prende5 que foramcondenados

A turma de ronda da 1.* Sub-scjúò de Vigilância prendeuontem, nas diligências feitaspela Cidade, cinco elementoscondenados pela Justiça e umtraíicante de entorpecentes naAvenida Mem de Sá, 14, quan-do vendia bolinhas a meretri-zes e outros viciados.

Os condenados sáo José Bo-nifácio de Sousa, Euclides Si-meão da Sllva, Francisco Ama-ral, José Dias, José Maria daSilva e o traficante Isaias Fer-reira Ariosa, preso em flagran-te com grande quantidade depsicotrópicos e uma garrucha.DELINQÜENTES

Os comerciantes da Rua Se-nador Pompeu disseram que asrondas policiais da 1." Subse-ção tle Vigilância estão sendofeitas irregularmente, pois exis-te naquela rua um grande nú-mero de malfeitores condena-dos pela Justiça que andam li-vremente pela Cidade sem se-rem importunados pela Policia.

Luz dexenônio éinédita

Belo Horizonte (Sucursal) —A Cidade Industrial de BeloHorizonte inaugurou ontem ànoite iluminação inédita noPais, composta de 18 lâmpadasde xenônio suspensas em trêstorres de 30 metros de alturacada uma, com íôrça de 10 milwatts e fluxo luminoso de 250mil lumes por unidade, comcomando automático, represen-tando um investimento supe-riov a Cr$ '300 milhões.

O serviço foi executado pelasCentrais Elétricas dc MinasGerais S. A. — CEMIG — queimportou as lâmpadas de xenô-nio da Alemanha, instalando-asna Praça Mourão Guimarães,que é a principal da Cidade In-dustrial. agora transformada naárea mais bem-iluminada de to-do o País.TODA A AVENIDA

A iluminação inaugurada nanoite de ontem, pelo Governa-dor Israel Pinheiro, estende-sepor toda a Avenida I da CidadeIndustrial, compreendendo 100postes de aço tipo chicote du-pio, 171 braços ornamentais pe-

. sados e 371 luminárias especiaisfechadas, com reator embutidopara lâmpadas de 400 watts avapor dc mercúrio.

O sistema é comandado porreiés fotoelétricos. usando-se osistema de grupo para os pos-tes de aço e individual para ospostes de concreto. Nos bairrosperiféricos da Cidade Industrialforam instalados 345 braços deiluminação pública convencio-nal, com lâmpadas incandes-centes de 100 watts, além detransformadores e' relês.

D. Oscar procura a pazem Mariana construindoseminário de 1 bilhão

O Arcebispo dc Mariana, D. Oscar de Oliveiraque se viu obrigado em setembro a fechar o seu Se-minário Maior, diante da oposição dos seminaristasàs suas normas conservadoras, incluiu nos seus pia-nos de reforma a construção de um nôvo SeminárioMenor, que ficará num alto de morro e custará côr-ca de CrS ,1 bilhão.

A localização do nôvo seminário numa antigachácara afastada três quilômetros da Cidade foi es-colhida pelo arcebispo por causa do "grande movi-mento de Mariana", cuja tranqüilidade foi quebra-da pela inauguração de uma estrada asfaltada nasproximidades do atual Seminário.

de padres, aceitaram as con-dições impostas.

D. Oscar de Oliveirn, aquem o Vaticano • deixou a,solução da crise no seminá-rio, não só vetou os planosde reforma do SeminárioMenor, mas ainda decidiutransferir para uma colinao Seminário Menor, que dearôrdo com os planos ten-dia a desaparecer. Dentrodas novas normas, os semi-narlstas devem fazer o cur-so secundário em estabele-cimentos leigos.

O novo seminário será si-tuado nas proximidades deuma chácara conhecida porCartuxa dn Dom Viçoso,bispo de Mariana no séculopassado. É um loeal de mui-ta tranqüilidade e de difícilacesso. Só para o sistemade abastecimento de água,D. Oscar cie Oliveira gastarácerca de Cr$ 30 milhões.

REFORMA

Segundo informações defontes eclesiásticas ligadasà Arquidiocese de Mariana,D. Oscar de Oliveira conse-guirá reabrir, em março, oSeminário Maior, apesar doafastamento dos Padres La-z a r i s t a s, que preferiramabandonar a obra, por elesdirigida desde 1851, a reti-rar os professores que o ar-cebispo não queria mais.

Além de alguns dos semi-narlstas de sua própria dio-cese, D. Oscar de Oliveiracontará com alunos das dio-ceses de Campanha e PousoAlegre, ambas em Minas,cujos bispos já lhe prome-terarn que obrigarão seussubordinados a voltarem aMariana. Como professoresatuarão padres diocesanos,uma vez que os Lazarlstàs,especializados na formação

Serviço Social do MEC vaidar mais de Cr$ 900 milhõesao Distrito Federal em 67

Brasília (Sucursal) — O Conselho Nacional doServiço Social do MEC consignou, no orçamento de1967, subvenções ordinárias num total de Cr$25 614 200 mil, tendo sido o Distrito Federal agra-ciado com Cr§ 901 400 mil, divididos entre 181 ins-tituições.

Enquanto o Centro de Recuperação Sara Kubi-tschek obteve CrS 3 900 mil, o Clube do Congressofoi aquinhoado com Cr$ 40 800 mil, o Instituto dePrevidência dos Congressistas com CrS 119 300 mil(CrS 44 500 mil para o Fundo de Assistência), a As-sociação dos Servidores da Câmara dos Deputadoscom CrS 600 mil e a Casa do Ceará com CrS 51 500mil.OUTRAS BENEFICIADAS

Outras entidades beneficia-das íoram a Cruz VermelhaBrasileira — filial de Brasília,com CrS 1 100 mil — o Cole-gio* Marista (CrS 6 601) mil), oColégio La Salle (CrS 22 200mil), cabendo às obras de as-sisténcia e serviço social daArquidiocese de Brasília Cr$1 300 mll, íls obras sociais daDiocese de BrasP.ia, da IgrejaCatólica Apostólica Brasileira,

Cr$ 1 SOO mil e a Tenda Espi-rita Joáo Baiano CrS 1 600 mil.

A caixa escolar do jardim deinfância da Avenida W-3, Quá-dra 19, ganhou Cr$ 2 milhões,e a caixa escolar do jardim deinfância da Superquadra 108obteve CrS 200 mil, o GrêmioKspírita Ataualpa Barbosa Li-ma foi agraciado com CrS ..13 400 mil, e o Serviço paraTuberculosos de Brasilia vaireceber Cr$ 1 500 mil.

Juarez encaminha planopara a reestruturaçãodo Lóide e da Costeira

O Ministro da Viação, Sr. Juarez Távora, enca-minhou exposição de motivos ao Presidente CasteloBranco, estabelecendo a nova organização dos serrviços básicos da Companhia de Navegação Lóide Bra-sileiro e da Empresa de Eeparos Navais Costei-ra S.A., de acordo com o Decreto-Lei n.° 67, de no-vembro dêste ano.

Disse o Ministro que serão flexibilizadas as es-truturas internas das duas empresas e feita a lo-tação de pessoal, além da distribuição específica deencargos aos setores1 operacionais, com base em pro-gramas anuais de trabalho. Quanto ao pessoal, in-forma que será adotado um sistema de classificaçãoe avaliação de cargos, paralelamente a uma escalade remunerações de acordo com a demanda de ser-viços especializados.RODOVIA INTERNACIONAL

Em outra exposição de mo-tivos ao Presidente da Repú-blica, o Ministro da Viaçãopediu a designação do enge-nheiro Filúvio Cerqueira Ro-drigues, Diretor da Divisão deEstudos e Projetos do DNER,para representante do BrasilJunto ao Subcomitê Lima-Bra-sllia, criado pelo IX Congres-so Pan-Americano de Estradasde Rodagem, visando à inte-gração rodoviária de todo oContinente americano.

O Subcomitê Internacionaltem como objetivo estudar epropor medidas paxá a cons-trução da rodovia BR-364, Bra-sília-Acre, nos trechos Cuiabá-Pôrto Velho-Abunã-Rio Bran-co, Sena Madureira-Feijó-Ta-r a u a c á-Cruzeiro do Sul-Bo-queirão da Esperança na fron-teira entre o Brasil • Peru.Neste último país, o trechosubordinado àquela Subcomis-são é o Pecalpa-Huarcaio-Oroya-Llma.

Comerciante foi dado comomorto por afogamento masesposa diz que nadava bem

Niterói (Sucursal) — As autoridades da Delegacia d.Homicidios estão investigando o desaparecimento do co-merciante José Maria da Silva, que saiu de casa domingopela manhã, em companhia de um sócio e mais quatrohomens, para ir à Praia de Ponta Negra, em Maricá, e íoiconsiderado morto por afogamento.

A esposa do comerciante, Dona Aldair Pereira da Silva,foi informada pelo sogro de que o marido se afogara, masrevelou ao delegado João Antônio da Silva não crer nestahipótese porque êle era bom nadador. /

A senhora Aldair Pereira d*Silva procurou o sócio\de seumarido, Floriano (sfio estabe-lecidos na Rua São João 11, 4."andar cm Niterói) e éste revê-lou nada saber sobre o afoga»mento, limitando-se a iníor-mar que José Maria não tra-balhara na segunda-feira.

A Delegacia de Homicidiosrealizou diligências na Praia dePonta Negra, onde encontrouapenas algumas roupas do co-merciante desaparecido, quesaiu de casa com um relógiode ouro e a importância de Crf150 mil.

MISTÉRIO

A denúncia de dona AldairPereira da Silva diz que o ma-rido foi procurado domingo pe-la manhã em sua residência,na Rua Alfredo Backer, 775,ap. 402, no Alcântara, pelo só-cio de„nome Floriano que sefazia acompanhar do comer-ciante Vladimir, proprietárioda Mercearia c Bar Vitória, si-tuada no Rodo do Alcântara,e mais três homens, para irema Ponta Negra, em Maricá. Foie nâo voltou.

Jóqueis contratados paraamanhã e os 16 páreos comchaves de sábado e domingo

sá** AMANHÃ1." PÁREO - As 20 horns -1 000 metros — Crs 1 100 000.

KS1--1 Tabàioiu, r. cnrmo ..2—2 Mímuü, o. Cnrdoso .." Old Paulino, J. Mn-

clindo S-3 tteao; <J. b. Pnullció4 Seu Giklo. B. Alves 44-5 Vareio, h: Vasconcelos 36 Arasòl, o. P. Sllvn

2 58X 58

X 581 584 58

5358

1 ÜOO metros — Cr$ 1 íoo 000Ks

1—1. Hel.na, s. M. Oruz2 Quninísla, M. Henrique

1—3 Custa Diva, L. Correia4 Old. Dnllln, N. Llma'

5—5 Miss }lorum.jl,.o. Cnr-.doso

SPlrlna, J. Terres"'..'.'.4-7 Novelle. A Portilho .8 Dnma Mnrletn, A. Rl-

cardo ...., 4

1—1 Araúnn, J. Brizoln .,2 QuamAsla, h Snntos

2—.! Osogocla, L. Correia .4 Llscn. O. Cnrdoso ...

3—5 Mlssllího, J. Borja ..6 Gai-ótn do Paris, R.

Carmo ..-4—7 Novnly, A. Reis .'...'.'.

8 Ptmcloníírla, L. Ro-berto

fi." PAREO - As :;2H3$mI 1100 metros — Cr(i' 800 000(BET.ri.VG).

X 58X 58

Si!X 58

x 5858

1 58

58

I 200 metros — Cr$ 800 000.

l—l Bndnjoz, A. Ricardo .¦ 2 Snn Hemo, L Roberto3 Queppl, F. Meneses .2—4 Descanso. 3. Rniz ...5 Quiolõ, M. Andrade• G Carabranca. R, Carmo

3—7 Nnalb, J Bnfflca ...8j Lanção, D. Moreira ..9 Glpso. H. Vasconcelos

4-10 Flamante, ,i. Brlzola11 James Bond. M. Hen-

rique ... 12 Judex, A. MSclindo ..

1-1 Oameu, C. n. Carvalho2 HUarlde, R. Carino

3—3 n-a-Ira, A. M. Caminha4 Comi, A. da Silva .3-5 Dona IIJcn, a. Ricardo

Aramncho, J. Dlnlz .4—6 Blrman, O. F. Sllva7 Pnqucra, .7. Paiva ..'.

5755585456545755

7." PAREO —1 300 metros —(BETTING).

As 23h lOmCrS 800 00

l 300 metros — Cr$ l.loo.OOO.

¦)

1—1 Aranlta, O. Cardoso .2 Cnmbroclra. A. Marcai3—3 Cantarola, A. Ramos .4 Twist. c. R._ Carvalho3-a Falr City, F. PereiraFilho

« Bela Lulza, R Carmo4-7 Fair Mlfs, F. .MenesesB Benontta, P. Alves

Ks58555750

1—I Araclnd. P Alves2 Hnjlbe, J. Pedro Filho2-3 Clorito. R Carmo ..4 Rei Ricardo, S. Silva3—5 Halmito, A. Ramas ..6 Pianista. A. Ricardo .4—7 Itarogtiam, L. Correia8 Icote, N. correr* ..." Aventureiro, J. Dluiz

PLANO TÁTICO ~~~ Jornal ;dq Brasil, quarta-feira, -28-1J2-60, 1> Cad. _ 17

538." PAREO —

1 200 metros (BETTING).

As 23Il 45mCr.Ç 800 000

555254'53

, tl VARE0 - As 22 horas

l 300 metros — CrS SOO 000.

I—1 Hino, R, Carmo 2 Poceira, L. Correia

2—3 Tersina, A. Reis4 Dampler, P. Fernandes

3—.i Extravaianza. j. Borja6 Gigas, L Roberto4—7 Gasparzlrihn, J. Terres8 Maran, M. Alves

Kff

1 53

3 55

SÁBADO

-,,,,«,.««,„„.„,, . ... ¦-<—i^^^^HF :*ragonard produz Kalapalo só temmáximo na pesada contra, o terreno*'^J^£â^i^™<«" tentar fugir o'mais nossiv,, * ,„_„_.~s

1.» PAREO -As 14H30m - fOIImetros — Cr$ 1 300 000"-. ¦ KS

1—1 Duco 2'InversaI ...

2—3 Garbos&o ..4 Taláhiâ .:...

3—5 Andaluz ..." Empolgante4—6 Carinho ....

Iiight-Já ...Braznlon ...

5757' 57'¦•1 57

5757

- 575757

3—3 Don ReblmbaEI Zlg Ecarté

4—6 Garbo 7 Plchurl

2.» PÁREO — As 13 h _ inoilmetros (Prova Especia!) .- (Areia)— CrS 1300 000 .

KS

I—1 Meçhant ¦ •• =¦¦'2—2 Rei David

3—3 Djago4 Clorito ]¦',[. ,, .,..

4—5 CaruA, 57SEddio ;. 53

PAREO - As 15h 30m - 1 0011

5252

nictrosj — (Areia)

I—1 jjòcíccr 2—2 floco

'.'"Fétido: 3—3 MOut-eolimpo

4 Taqttart _....-,.4—5 Uri/velo

6 Fidalgo-

Cr.S 1 300 000Kr

'57. 535757

... 7-50

... 5 55.- 1 56.. 2 56

„ ,, 10 568 Falgnnwr 4 55

6.» PAREO - As 17h 15m - 1 600metros -, (Grande Prêmio) JoscCarlos dc Figueiredo) — (Clássi-co) — (Encerramento) — CrS5 000 000 - (Betting) "Kg

.. 1 59

.. x 60• ¦ 5 54.. 6 60,. 7 sn•• 00

3059606060595958

4.o PAREO - As ItlhOõm - 1300metros — CrS 1 GOO 000

Kg

1—I CJuei-euçn2 Gorja

2—3 Lee r sArbcle -jMaronas 5

3—6 Gaiopade 2Flora Mascarada ..".'.' xVila Izabel 3

4—9 Dlamellta ;10 Gava 611 Altiíeme ..........' 4

5." PÁREO,-. As llilHOm 1300metros — CrS 1 600 000

Kg

8 56!) 56

X 507 565 56

56x 56

56! 56

5656

1—1 Fragonard ",Codajaz 2 Aperitivo ,

2—3 Itamaraty .......Salamalec ....

Estio .'3—6 Kalapalo

AmnsiB Lord Ricardo

» Janta 4-10 Bla.-.on

11 Siiincio 12 Imortal 13 Happy Wldow ..!.

7.» PAKKO-- As 17H 50111 . 1400metros — CrJ 1300 000 — (net-ling)

• 1—1 Assumi ''2 Di .;¦2—3 Alblão .'.'..'.'.'"

Fenton ]-Ragomuífin

3—6 Gulton V" Rockmoy ,.7 Manguá ',

4—8 Cuore ,.'':¦'9.Fluido

:0 Hnl Só ',',',['.

8." PAREO -As 18h 25111 - 1200metros — CrS 1300 000 — (Bct-ting)

Kg5753575753575757575757

-, nhZL tachado depois que começoua chover forte ontem pela manhã nai?fn?ari,TaTm°U-se d° treinado e!nam de Freitas e trocou algumas ob-çao de Fragonard - sábado no G pEncerramento - e ponderou que uchuvas eram uma- ajuda inesneradn«ias bem vindas, pois/o catiloTa pC'füho !r&ctagiganta com°b0M

A preocupação do treinador e jó-BinLeía,Vs paullstas Itemaraty-e^?,

on;.r- dois animais de muita cate-gona técnica - que sempre aparecemna Gávea no melhor de sua forma *prontos para grandes exibições ™

a i-tpesada não é muito favoráv^ita itâtól-raty, e isto quase elimina um erandinval, observou o bridão /Ve adoMUITA CHANCE

i_r Na CMTida noturna dc amanhã TMachado acha que com alguma sortepode aumentar a sua diferen^ sôbíeo segundo colocado na tabela da cs-tatistica, levando ao vencedor Old Pau-3mo que é a única da noite, mas, quetem tudo para; ganhar dos adversáriosiracos que irá enfrentar.- Old Paulino não vem conflrman-do n0 freip, dai 0 treinadoi, ^^

uJTT- ¦' reSOh,ÍCÍO a^a -colocar ;ft í„ /°- E "m animal que Jâ ««doufigurando em turma melhor, ena d's-tância de 1000 metros, acho que' omelhor mesmo, é largar na frente para

t-1«ai;_.íugir °'nwis Possível. A lamaaificulta cs que atropelam.MILHA ÉIDEAL

Outra observação do bridão J Ma-chado sobre Fragonard, é que ó cavacogosta de correr mesmo é na milhasendo que suas bQas mm.Z^?ais J*"tados provam qu" ! eluta até o final, mesmo náo «tandoS° íia sua verdadeira distância-!Gosto de correr Fragonard numa mi-lha - explicou J. Machado - porqueouh-n81

manda»d° ^ carreira, eQosoutros que procuram segui-lo quasesempre não se dão multo bem. Sacom a pista alagada, ainda poiso ex-Piorar melhor, esta característica na-tural do animal. Na frente Fragonat dvai correr, explicou. '."tonai aSÓ GALOPE

, Ei^àni de Freitas que até aoiiílf.ao bridão sobre Fragonard, disse qutmesmo na raia pesada todos era riroteperigosos, e que o jóquei deveria terpauli,3tas. alguns cariocas reuniam nre-•tensões para ganhar o clássico íhialda temporada, Ê para não have? oufilVier descuido na preparação dí *t&disse para J. Machado enfrenta" achuva que estava, caindo forte aquelaaltura.-, e. fôsse galopar Fragonard emfloreio largo, evitando assim qua auerfalha na fornm do animal qjaIquer

oainVhpm03 ffiZçr pe<?ueno sacrifício.

„„„° Remador Expedito Coutinho ex-

rí^C,í>e-a.chance c,e Kalapalo, noGrande Prêmio Encerramento, é real-mente expressiva, inclusive pelo seutimL

1\balh0', nias acha «ue ae cSSÍíendlLCnhf°nVe,?d°' na granla molhada oS t0 d0 seu puP"° vai «er beminferior ao normal.

E ainda com relação a Kalanalo as-segurou que o trabalho do tordUho Wm 108" *' na mima' terminandocm 108 , com os 200 finais em 14" eafirmou que de íato não houve preo-

Sfd°nde te^°' POrCllie °

°avaloPLnácoirendo seguidamente e atravessa óti-

ÓTIMA FORMAPara exemplificar a grande formoque ostenta Kalapalo. aflmou que sm

tmn T^t- PW' ocasia° d0 último S-imfo, ganhou cm tempo recorde mar-cado por todos os relógios, S 'de

ITainda em poder de Okayama mas acronometragem oficial não r"gist?ou

h slf "eníou ExPedit° que numa pis-la seca certamente que Kalapalo iriaterminar brigando pela vitória contra esgrandes favoritos Itamaraty nagonai"e Salamalec. mas acha. que na XtaP«ada a vitória somente acontece iaem caso de multa sorte.

dcomecclla

KITTY FOkA respeito de Kitty Fox Inscrita«o pareô de encerramento dè domhí

go, disse Expedito que se trata de umacorrida muito boa na grama, mas ain-da com alguma chance na areia, pois apretinha vem de ótima atuação, na úl-tima semana, quando secundou Estóriadescontando muito no final.

Espera o treinador que, repetindoa atuação anterior. Kitty Fox seja con-corrente certa à vitória mesmo na areia-- Mas, na grama, é que a corridada minha pupila levaria jeito de bar-bada.

MELHOROU

Com relação a Laramie, o treina-dor foi claro ao dizer que o potro me-morou muito e a segunda colocaçãoabsolutamente, foi conseguida por me-'ro acaso. E completou dizendo que em-bora nfio o considerando íôrça desta-cada, admite que a derrota de Laramieo surpreenderá muito mais que se acon-"tecer a vitória.

Disse, ainda, que a montaria, de La-ramie será novamente de José Bezerrada Silva, que montou Vergel no últimodomingo e lhe explicou que a égua per-deu terreno mesmo antes de entrar nacurva pela sua balda em se atirar parafora e não atender os esforços do pi-loto.

Cameu estápronto paracorrer amanhã

. Cameu — Cadi c Araçauva —defendendo os jnterêsses doStud Iolô, reaparece na reu-nião de amanhã à noite no Hi-pódromo da Gávea, com apron-to de 38" 2/5 para os GOO me-tros. com muita disposição eÍacilidade, na direção de C RCarvalho, e ficando pronto pa-ra influir no resultado dos 1200metros do 3." páreo.Old Paulino, Fair City, Ne-valy, Descanso, Pianista è Ter-sina também demonstraram

atravessar excelente íorma téc-5 • .ÍL íísíca- PrincipalmenteFair City com Francisco Pc-reira em seu dorso, completam-00 700 metros cm 43" 3/5 aPuro galope, com facilidade esempre pelo miolo da raia, ain-

'da bem pesada.OLD PAULINO

i Manuã (O. Cardoso) desceu 'a reta em 38"25. com algumasreservas e Old Paulino (J. Ma-

'chado) melhorou para 37"2r5correndo muito no final. Vareio

o^00"00105' aumentou pa-ia 30 , muito á vontadeVarei,, È, mcihor Indicação,«Icvcntlo somente respeitar' aparelha número doi.s (2) OldPaullno-Éfcso c Tabalcal.

DAMA MARIETAV

Old Dalila (N. Lima) che-™* ají!stacia em 25" os últimos360. Miss Morumbi (O. Cardo-so)_ a reta em 37", com sobrasvisíveis e Dama Marieta f A. Ri- ;cardo) aumentou para 39" che-gando em ritmo lento ao' ladode um companheiro.

Hclna, Casta Diva, Miss Mo-rumbi e Dama Marieta são osmelhores nomes devendo enlreelas snrgrir a vencedora.

CAMEU

1 *t:

1—1 LonciQn ..-.'...." Laço ¦ 2—2 Palpite infeliz." Havano

56565656

1—1 Kitty-FoxDiana xKirlnéa "" 42—4 Trucha 3

5 Fração ,*. x6* Happy Star .'.'.'" x3—7 Casela

Quaréa Hetaira

4-10 l'anga 11 Dolce FÁYntínte12 Old Cat 13 Esquila

KR57575357

57ti 57

575757575757

Geraldo prepara embarque de Manuâ e NoyeUe estréiamTninr /W*> ^J n m * em turmas fracas e serãolüjar hoje Cedo para S. Paulo íôrças amanha rxa noturna

Geraldo Morgado declarou que vai em- ¦ r-barcar na manhã _-io _,_-__« „_.... ? .. L em E exnlirnn m,« ~ „.= .-, . _. ....

Startcr: Abílio Siíva Ncv«s'Junior

DOMINGO1.» PAÍtjIP — As 15; Horas - < 10(1 4-metros -— ;CrS 96ü 000

1—J ¦liiifi\imczy.o , , ,">2—2 Alfredo.-. ..;...'3—3 Mclosi \

4 Aventureiro ....'.4—S.Honiel../.

" Loncjob' Toivor .';:' j

3.» PAKEO - As 15H30mmetros — Cr$ 1100 000

1—1 LtltiuC; ........2—2"Fine 'Obiimpagne

.' ."'.3—3 -Hippy Trinccss .... .

4 Majô .4—5 'Artcir.í

...... \ '

e.Paliftos ;¦¦;..

3." pÀreÓ —"As 16 horas -metros — Cr$-1 600'000

1—I Duraque . .2—2 Gran Mogol3—3 Gerftnio . .

4 Alzon . . . ,4—5 Scratch . . .

6 Nointot . . .

(Kj5852585!

'50

140(1

Kg

5858-57535454.

-6 Geóide ." Galapa" Atilada

* 53 -3 53A 3a

6.0 PAREO - As niUSm - IAMmetros — trÇ 1 000 OOu _ (BKT-TING)

Kg1—1 Arisco ... e" Thorlum . . .'.'.'."* 10" Guropé

' o'2—2 Abismado ."-, . .

' '. 3

Malaparte .....' tEremita . - ..!."' 7

3—5 EI Capltan . . ¦; '. ' ¦-.

B Anclo .... »7 Cheplà ....'.'.'..' 5

4—8 Laramie ... "' 10 VIshnu ....."'' 4

10 Guaco ... B

505C56505655565eSC.5B5S56

500

Kg

585452525252

PÁREO — As 13h20m - 1 40(1— (UEr-

Kff. . 4 58

f.» PAREO — As t0h35m — 1 50Umetros — Cr? 1 600 0011 — (PROVAESPECIAL)

Kg

metros — Cr? 1 100 000TING)

1—1 Imperador Ricardo2 Full-Cry . .

2—3 Ui-utauEnseio .....'.'Rouxinol . .

3—fi EglsProtocolo . .

'

Usineiro ...'.'4—9 Arkepan ...,''

10 Clericato ._¦...-,';" Mangetout ;-,-'. ¦; *

Geraldo Morgado declarou que vai em-barcar na manhã de hoje o seu pupilo Ta iarque participará domingo dos três mniA««< '

ntesmo ser montado por quaí^ut jóquei em-

DUAS PASSADAS

Falando sobre o páreo de sábado, comen-tou Geraldo Morgado que Tajar deve corrernovamente muito bam, podendo até ganhar2aT «Ue_/UCUd° C0"SegUÍU dosá"10 »?milha e meia, de maneira a demonstrar que

ESCAPOU COM VIDA

p,-íminC!<íüC0U que- ° ^'nmento do GrandeTaim „„ °"SaeraÇa? ío1 muit0 "om pi"Tajar, que em vez de correr com uma nassaí^,,?1 a,tUar com dois traba'hos nò três mucíotò d6e 2l^e n F RCha que ° «timo ex..cicio, de 219 Ja deixou excelente impressão.£ FORÇA

... yoltando a comentar acerca das nossihtnhl

SJ,° BadajOZ' no sext<> Páreo de a naIvL SClal'-ecêu que seu i'"P«o somente nãoSX ,Zíiança-por se w"«cavalo velho, mas em compensação a turmae a pista sao muito do seu agrado, c por isso; admite perteitamente a vitória.

Sobre Halmito comentou que se trata de«m Pareô difícil para a maioria devido aoequilíbrio do sétimo páreo da noite de ama-nha, mas acha que para seu pensionista tudovai depender muito da partida. Como se tratade um cavalo ligeiro acredita que largandobem possa até ganhar, mas não acha fácilsuperar Araclnd.

Manua_e um filho de Mehdi e Eagle Eye, que corria nofuih ?«Lna°

ei'a Srande C°iSa' maS cheEOU a «f»har emIí iS? Pn°

m 87" °S 13°° metr°S na Plsía «* ««iaZ,\ Í-a"n° 6 Aylesb»ri. «guindo depois semprefiaca saiido ate outubro, quando foi embarcado rumo IoHipódromo da Gávea.

alista GáVea;,° pensionista de Sabatino D-Amõre apartealistado na ultima,turma da Gávea, e como regula Vai

Z lC°m °S

fdVerSál'Í0S de agora W chance d igScom algum destaque. Seu trabalho foi de 63» para os l ooometros com alguma sobra no final. °°°FALADiSSIMA

lioyelle corria em CidadeJardim com o nome de Seres-ta, e para atuar na Gávea tro-caram seu nome na esperançade conseguir uma pule maiscompensadora, porque na tur-ma quê vai competir será real-mente uma das primeiras nofinal. O freio Antônio Portilhoque já a conhecia de Cidade

l—l Fcnestrella .2—2„La Française

3"Cura-LéufVi3—4 Fúsfió.; . . .

§grj^ 5-Caueaslan.. .¦l-fi, Onlra ,. . .7 Estllhelra . .

52.*¦ i2

525li5Í

5.» PAKEO — As nhlOiii — 1 .mometros -r< CrS 1 600 000-.¦'-.'_... Kg

565457Sá57555355

8.» PÁHEO - As 181,55)11 _ 1 200"rate)8 ~ Cli lmm ~ (bet-

K_;5 58

." 531 5í!* õt>

5^

1-l-IElglha v ." Prateada .2—2 Lunna . .

SíMascotita3—i Djelabah .

5'Sáblr .'",' .

5056'5ti56

1—1 Don Rodrijso'' " Styx ....2 Bahranidiso .

¦ 2—3 Espadim . .Happy WlndSurriento . .'

3—6 Ulster . .Cheftan . .' .'Levítlco . .

4—9 Arnagot . .10 Upper-Cut .11 Kimimo . .12 Motur . . .

55Sf535656565754

5 56 S£ER" - *<"* *«*

gy Loteria doEstado da Guanabara

'"A,níh,ínáhSbíl!;e,eS à V6nda' Para 8 e*,raÇão deamanha, na casa que mais sorte vende-CASA ESPERANÇA LOTERIAS- 159—Av. Rio Branco - 159 (P

* Wf¥"^ ^ *" yÍ8Z * S < ',**»,*W ^ ''í«*tt_^_^__»____k_k__MÉ_^^.VV^*'**« ^A___*_l_1d_1_i_. ^ ^^HHM^â_____MÍ__i_^^Í ¦¦ :':^'í:vv^^ ívffv —*~T!Ta^m''ml,' ¦ ' ^W" ^H^SJ^^P' "¦—* ••—--— ~.-~~—. - 1 itrunMiuiminiMijúiii -•—imiui-- *.¦¦$-S':&$:S:Í "m^T^^^mm^"mMM^ ••*-«.«.«_________. '"¦¦-»

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1

O aprendi, José BrUola perdell . ^ de ^^ in^^^^^^^m^Í ' «nos «erctcioi, e conseguiu contornar o perigo diante da grade

Jaidmi insistiu na sua inseri-çao aqui, declarando que nestacompanhia Noyelle deve largare acabar. Tem um triunfo noprado do Cristal, quando der-i-otou Aramiel em 78" os 1 ¦'oometros na pista de areia leve.Pela fraqueza das rivais, estadefensora do Stud Eliana vaiaparecer bem na segunda cai--reira de amanha.

Seu Gildoé corredorbem discreto

Seu Gildo sempre foi umcompetidor discreto nas pistas^cariocas, e agora volta sob aorientação de Thiers RibeiroGomes ainda sem chance nopáreo que vai competir, poispouco melhorou realmente nasnovas cocheiras.¦ A sua campanha é fraca, ei-eve sua melhor exibição nosexto lugar que conseguiu paraMirolincolin. na pista de areiamacia. Entrando agorano mar-cador já vai deixar seu nôvotreinador bastante esperançoso

para o futuro.

VOLTA NA CONTA

Cameu depois de dois fra-cassos seguidos para Jorro eKe-Vá, parou para uma com-pleta reforma nos locomotorese nesta oportunidade vai cor-rer como uma das forças doterceiro páreo, porque anda fir-me novamente e numa pistapesada não deve sentir os lo-comotores. Ê uma autênticabala êste pensionista de Ma-riano Sales, e na distância de1 200 metros vai tomar cedo aponta para endurecer no final.Já andou correndo com turmamais forte que esta de amanhã.

Cameu (C. R. Carvalho) areta em 38"2.5, com grande ía-cilldade. Aramacho (J. Diniz)vindo de mais longe complPtouos 360 em 23", um pouco soli-citado e Páqúèrá (J. Paiva) areta em 39"2|5, sem qualquerpreocupação.

Cameu pela partida e queren-do correr o qu casbe dificilmcn-te deixará fugir esta oportuni-dade, ficando Ira-Ira, Dona II-ka c Binnaii na luta pela for-mação da dupla.

FAIR CITY"

Aranlta (O. Cardoso), comona passada da distancia, limi-tou-se apenas em dar um pas-seio na raia registrando 48" os700. Cambroeira (A. Marcai)melhorou para 46", deixandoótima impressão. Cantarola (A.Ramos) largando de parada,trouxe 22"2:5 os 360, deixandoalgo que agradasse. Twist (L.Carlos) a reta em 42", carrei-rao e Fair City (F. Pereira F)os 700 em 43"3|5, com grandofacilidade e sempre a poucomais do centro da pista e Be-nonita (P. Alves) aumentoupara 47"2;5, com algumas re- -servas.

Aranlta está sobrando na tur-ma, seguida de Cambroeira,Fair City, Cantarola e Bentmi-ta.

NEVALY

Araúiia (J. Brizola) não seempregou nesta partida de. 40"a reta. Quamásia (Lad.) a retaem 39", à vontade. Osogada (L.Correia) deu um pique de 360,assinalando 21"l/5 um poucoajustada. Lisca (O. Cardoso) areta em 37", com sobras. Ne-valy (A. Reis) aumentou para37"2/5, com grande facilidade,entrando a reta a pouco maisdo miolo da raia.

Araúita na sua última apre-sentação, pode vencer sem sur-presa, _ muito embora e.ftejamem idênticas condições Ncvalye Funcionária.

I ..DESCANSO

San Remo (L. Roberto) le-vou a pior para Gipso (H. Vas-concelos) em S4"2/õ- os . 800.Queppi. (P. Meneses) vindo demais longe finalizou os 360 em23", não chegando a agradar.Descanso (M. Niclevisk) os 700em 45", com grande íacilidade.Quioiô (M. Andrade) igualou amarca, com seu jóquei1 muitoagitado, gritando mesmo, pois9 muito manhoso. Lanção (D./Moreira) realizou duas parti-'das, a primeira os 400 metrosda reta oposta em 24" e a úl-tima os 360 em 23", chegandocom muito boa desenvoltura.James Bond ÍM. Henrique) os700 em 49"2/5, de carreirão eJudex (A. Machado) desceu areta em 38"2/5, a meio correr.Judex da forma como vem seexercitando, é uma ótima in-dicação, devendo no entantonao se descuíiW de Bàdajóz,Gipso, Descanso e Lanção.PIANISTA

_Aracind (P. Alves) os 700 em45", agradando muito e semprea pouco maia do ceAtro da can-cha. Hajibe (J. Pedro F.)igualou e chegou correndo bem.Clorito (R. Carmo) a reta em ¦38" 2 5, ccm algumas reservas.Halmiro (A. Ramos) chegoucontido em 46" os 700. Planis-ta (A. Ricardo) deu um piquede 100 metros em 6"3;5 e cmseguida um de 21"2,'5 os 360,deixando excelente Impressão.

Pianista e Araclnd são osmelhores, devendo o fator ser-ie decidir no final a compe-tição.

TERSINA

Poceira (L. Correia) a reta,em 38"2j5. com sobras. Tersi-na (A. Réis) melhorou para38". com alguma facilidadeDampler (I. Oliveira) deu umcarreirão de 49" 2 5 os 700 e Gi-gas (L. Roberto) a reta em39"2|5, suavemente.

Tersina que rem de perdernma corrida sem nome terámelhor chance nesta apresen-lação com Hino, Extravaganza.Gasparzinha e roceira lutandopela formação,da dupla.

b&Êtâ&*mÂM!lfiJ!!J^JwJkA-**JÁ> "\Vr í*.'Lv*T?^r*"T>v.T:'' T".- ____¦____¦¦

13 -- 1.° Cad., Jornal do Brasil, quarta-teira, 28-12-66

Sérgio seráconvocadopela FMB

O setor técnico da Fede-ração de Basquetebol de-verá convocar o jogadorSérgio para os treinos do se-lecionado carioca, a partirdo ciia 10, quando terminaa suspensão de dois mesesque lhe impôs o Tribunal cleJustiça e que o impediu departicipar da seleção brasi-leira no último CampeonatoSul-Americano.

O Sr. Gerson Silva, Vice-Presidente-Técnico da FMB,declarou que Sérgio seriaconvocado, caso seu concur-so íõsse reclamado pelotreinador José darlos Fer-raz. Este, de pronto, confir-mou necessitar do pivô doVasco, da mesnia formaque precisará dos jogadorescariocas que serviram à se-leção brasileira.

ÚLTIMO DE 66

O selecionado "B" da Gua-nabara, constituído por jo-gadores adultos e alguns ju-venis, realizará hoje, ás20h30m, o último treino doano em curso, dentro dospreparativos para o Cam-peonato Brasileiro, previstopara março, ho Paraná. Aprática terá lugar no giná-sio do Tijuca TC. entre ospróprios convocados, desdeque a equipe do Olaria nãopôde confirmar a presençade sua representação, a íimde servir de sparring.

O técnico Zé Carlos dis-pensou do exercício de hojeos jogadores Paulista, Baciae Válter. Os dois primeirosviajaram para o interior deSão Paulo, onde passarão asfestas de fim de ano, en-quanto Válter, com idênticoobjetivo, seguiu para a Ba-hia. Atendendo ao empenhocom que os três jogadoresvêm participando dos trei-nos. o setor técnico liberouPaulista e Bacia até o dia 6.quando haverá a reapresen-tação geral, inclusive as dosjogadores Tentativa. Àüré-lio, César, Oto, Ilha e Pei-xotinho, que serviram à se-leção brasileira, no recenteCampeonato Sul-Americano.Válter, entretanto, só seapresentará dia 9.

DISPENSAS

Dezesseis jogadoresacham-se atualmente emtreinamento na seleção B,sob as ordens de Zé Carlos:Agenor, Prata, Válter, Mar-ceio, Coqueiro, Leonardo,Paulista, Bacia, Felinto,Douglas, Cianela, Paulo Cé-sar, Gabriel,' Gogó, Edinhoe Nilton. Após o treino dehoje, o técnico pretendeefetivar tres ou quatro dis-pensas, reduzindo o elenco,a fim de possibilitar a inelu-são dos jogadores vindos dáseleção brasileira.

Zé Carlos está bastantesatisfeito com o empenhodemonstrado por todos osconvocados, até o momen-to, e ressaltou o aspecto dis-ciplinar do grupo sob suadireção. Dentro do nôvo es-quema de treinamento, de-corrente da transferenciado Campeonato Brasileiropara março, a seleção ca-rioca realizará dez coleti-vos durante o mês de janei-ro, nos dias 6, 9, 13, 16. 20,21, 23, 27, 28 e 30. Entretan-to, como o carnaval come-cará a 5 de fevereiro, é pro-vá vel que a maioria dos clu-bes esteja com os respecti-•vos ginásios ocupados o mêsvindouro, obrigando a Fe-deração de Basquetebol aalterar o esquema de pre-parativos da seleção.

VÁLTER TRANSFERIDO

Deu entrada ontem naSecretaria da FMB o pedi-do de transferência de Vál-ter, do Flamengo para oVasco da Gama. O jogadorcumprirá estágio de trêsmeses, a contar de 28 de ou-tubro, quando disputou oúltimo jogo pelo seu ex-clube, na Copa Gerbal Bôs-coli, contra o Tijuca T. C.

A transferencia de Válterfora anunciada há cerca deum mês, mas o próprio jo-gador desmentiu-a, afir-mando que apenas mantive-ra contato com dirigentesdo Vasco, sem assinar do-cumento algum. Na época,entretanto, fontes ligadas aèste clube davam como cer-ta a aquisição de Válter, oque agora se confirma.

RESPOSTAS AGUAR-DADAS

A Confederação de, Bas-quetebol continua aguar-dando resposta de telegra-ma enviado à FederaçãoMexicana, no qual a enti-dade brasileira aceita o con-vite para exibições de suaseleção feminina, desde queprogramadas para a se-gunda quinzena de janeiro ecom garantia de passagens. estada. A CBB aguardatambém o pronunciamentodo México, relativo ao en-vio da seleção brasileiramasculina àquele pais.

'¦

TÍTULO SE GANHANO CAMPO MAS"SANTOS" DE FORATAMBÉM AJUDAM

Dácio de Almeida

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': ' S ._, \pjk'. '', \ - \

Se macumba valesse nofutebol, o campeonato baianoterminaria empatado.

Esta frase de João Saldanhafoi, para todo o Bangu, contra-riada no campeonato dêste ano,Até mesmo o Vice-PresidenteCastor de Andrade confessava"a amigos, após a conquista dotítulo:

É verdade que Isso não dájogo, mas sempre ajuda quandose tem fé.

Talvez o que tonha faltadoaos outros clubes seja a le nainfluencia da umbanda, noscampos cle futebol. Foi isso, pe-lo menos, que o massagista LuísLuz confidenciou a pessoas desua intimidade com respeito aum trabalho feito com um patoimportado de São Luís do Ma-ranhão. O Fluminense aceita amacumba mas, por ser um clubearistocrático, não deixa que ía-cam alarde dela. O Vasco che-gou a trazer um pisicólogo-um-bandista de São Paulo e até ho-je não sabe realmente o que èleé. O Botaíogo. outrora famosopor causa de superstições e mi-tos, já não os lava mais a sé-rio. da mesma íorma que oAmérica. Os pequenos clubesmudam cle terreiro para terrei-ro, após cada derrota, na espe-rança apenas de suprir com oserviço do pai-de-santo as de-ficiências técnicas do time.

O Bangu, não. Levou a sé-rio tudo que lhe mandaram la-zer. do princípio aó íim do cam-peonato. As plantinhas fincadasatrás de cada gol cio estádio deMoça Bonita serviram de esti-mulo nos dias de treino: o cha-ruto que seu Silva fumava du-rante as partidas era uma ga-rantia de que a equipe estavaprotegida; c até mesmo os lu-gares que ocupavam nos ônibusespeciais que os conduziam pa-ra o campo de jogo — torcedo-res, jogadores, e dirigentes —foram sempre aqueles da pri-meira partida.

Primeiro passoAntes de começar o campeo-

nato o atacante Cábralzinho,representando os jogadores doBangu, procurou o Sr. Castor deAndrade e lhe disse:

Olha, nós viemos agora deum terreiro e o "pai de santo"declarou que seremos campeõesse o Presidente Eusébio de An-drade plantar três plantinhasatrás de cada gol do nosso es-tádio.

O Vice-Presidente cocou a.cabeça, ficou alguns segundoscalado e terminou respondendo,com voz insegura:

Acho que isso será a coi-sa mais difícil que vocês conse-guirão. O presidente é tão cato-lico que chega a ser um autên-tico carola. Basta dizer que estáaté construindo uma igreja emPadre Miguel. Vê lá se êle vaiaceitar isso.

O Sr. Castor de Andrade,Cábralzinho e alguns outros jo-gadores ficaram em silêncio no-vãmente, pensando numa solu-cão. O dirigente, após algunsminutos, voltou a falar:

Tenho uma idéia. Vocêsvoltem a êsse "pai de santo" elhe perguntem se a tarefa náo

pode ser cumprida por mim. Dl-gam-lhes que sou filho do pre-sidente e seu mais direto auxi-liar no Bangu.

Todos sairam porta a fora,diretos para o terreiro. Poucodepois retornaram para dizer aoSr. Castor que a mudança íóraaceita, dabralzinhô, inclusive,já trazia na mão as seis planti-nhas: duas espadas de São Jor-ge, duas lanças e duas comiso-ninffucm-porte.

Crença nasce

Nesse mesmo dia. à noite, osjogadores e o dirigente foramao campo do Bangu. Antes doSr. Castor de Andrade plantarcada pé, Cábralzinho pedia-lhepara fazê-lo com fé, que dariacerto, e todos rezavam a oraçãoensinada pelo "pai de santo".

Um pacto, porém, foi feitoentre eles, antes de deixarem oestádio naquela noite: ninguémpoderia contar nada sobre o quese passara ali. até o íinal docampeonato.

Não que o "pai cle santo"tivesse pedido — se apressouCábralzinho em esclarecer —,mas algum inimigo pode che-gar aqui e arrancar as plantas.

Confesso que só fiz aquiloporque os jogadores me pedi-ram _ explicou o Vice-Prcsi-dente do Bangu. Sou católico,também, e realmente não acre-ditava que aquelas seis planti-nhas fossem sequer trazer sor-ie ao time. Contudo, veio o pri-meiro jogo e vencemos cle 5 a 0,no segundo a mesma coisa1» de-pois o América e ganhamos de•I a 1. Ai, então, passei tambéma acreditar fielmente nas plan-tinhas. Várias vezes eu mesmoíui regá-las num dia de sol for-te, e fatalmente eu e os juga-dores íamos até elas nos diasde treino para ver se estavamcrescendo e se necessitavam dealguma coisa para não morrer.O Presidente Eusébio de Andra-de, porém, nunca soube da exis-tência das plantinhas, pois to-dos nós tínhamos msdo, inelu-sive de que êle as arrancasse;se soubesse que' se tratava decoisa ligada a outra religião.

Charuto ajuda

O charuto dc seu Silva tam-bcm exerceu muita influênciasóbre os jogadores, segundo con-tou o Sr. Castor de Andrade. SeuSilva é antigo torcedor do Bangue, certo dia, também antes docampeonato, procurou o Vice-Presidente Castor de Andrade clhe disse que êle e alguns cam-bonos iam preparar semanal-mente um charuto para ser fiirmado durante as partidas doseu clube. Quem teria de fuma-los era o próprio Sr. Castor deAndrade. O dirigente novamen-te íicou intrigado. Explicou quenão sabia fumar nem cigarros,e certamente iria passar muitomal se aceitasse os charutos.

— O pior — disse o dirigen-te — é que vários jogadores es-tavam perto, enquanto conver-sávamos, e eu reparava que elesme olhavam como que me pe-dindo para fazer aquilo. Esta,entretanto, era .uma tarefa &t-dua demais para um não fu-

&fa$

mante. Pensei um pouco e pedientão a seu Silva que éle fizesseeste trabalho para mim. Argu-mentei que, afinal de contas, êleé tão banguense como eu e am-bos tínhamos o mesmo interesseno título. Não só o seu Silvaaceitou, como os próprios joga-dores, mas era eu quem com-prava os charutos para. serempreparados.

A superstição do charutotambém foi tão acatada pelosjogadores que seu Silva tir.ha defumá-los durante os .jogo;!, do-sando-os para que durasse atéo final, pois invariavelmenteèle tinha rle apagá-1:. dentrodo vestiário para que todosvissem que fora cumprida aobrigação.

O mito e as superstições fo-ram tantas, êste ano. em Ban-gu, que até mesmo o PresidenteEusébio de Andrade acabouaderindo, no final. Na semanadecisiva, contra o Flamengo,numa conversa com AlfredoGonzález, o treinador o alerta-ra: toda vez que seu filho. Al-bano. vinha ao Rio assistir aspartidas do Bangu, o time ven-cia. Imediatamente o Sr. Ettsô-bio de Andrade íoi até o tele-fone e ligou para São Paulo,convidando Albano para ver ojogo final, pagando tudo porconta própria.

A própria atitude de Juarez,o chefe da torcida, se ajoelhan-do no meio do campo do Mara-cana com uma vela — que nâolhe deixaram acender — namão, perante mais de 140 milpes.soas, retrata que o Bangunão teve medo ou vergonha deter íé para ser campeão.

Fé que {alta

— Foi fé que faltou ao Fia-mengo — disse confidencial-mente o massagista Luís Luz aalguns amigos.

Um cambono, chamado Ro-berto, amigo de Luis Luz, lhetrouxe um pato preparado navéspera do jogo contra o Vasco.Êste pato foi cercado cle todocarinho.pelo massagista, pois otrabalho consistia em matá-lono dia do jogo decisivo. LuisLuz escondeu o pato na Gávea,e poucos sabiam de sua existên-cia. Quando, contudo, foi publi-cado o íato, o massagista pas-sou a ser alvo de brincadeirasaté mesmo de alguns jogadorese dirigentes, e o trabalho nãodeu certo.

Dizem os pais dc santo quesuperstições e umbanda só dãocerto quando se tem a fé dequem está necessitando da aju-da. No entanto, alguns jogado-res do Flamengo não levammuito a sério isso, O zagueiro

• Murilo, por exemplo, brincavamulto com o seu Diretor de Fu-tebol, Flávio Soares de Moura,por causa de um terno de còrcaqui que êle invariavelmenteusava nos dias de treino deconjunto. O Sr. Flávio Soares deMoura é um dos dirigentes ca-riocas mais supersticiosos e,para cada dia da semana, se oFlamengo está na frente oucom chance de ganhar o cam-peonato, êle tem uma roupadeterminada para vestir.

Pois bem, quando êle apare-cia na Gávea com seu ternocaqui, já meio surrado, Murilodizia:

Se fosse eu que aparecesseaqui vestido assim, iriam dizerque estava fantasiado de oficialda Polícia Militar.

Foi necessário, certa feita,que Paulo Henrique chamasse aatenção de Murilo para êle aca-bar com aquelas brincadeiras:

Não te mete nisso. Murilo.O homem é supersticioso e podeser que o bicho da vitória estejanaquele terno.

Biscoito quietoNo Fluminense, o seu ma-

cumbeiro, Biscoito ficou limita-do. Nos anos anteriores cra co-mum ver-se Biscoito soltar fo-guetes atrás do gol durante oatreinos, em agradecimento a S.Jorge por uma vitória consegui-da no sábado ou domingo, osjogadores o auxiliavam até nacompra do material necessáriopara íazer o trabalho. Eles che-gavam a chamar Biscoito de omaeumbeiro mais barulhento doRio. mas acreditavam e tinhamfé no seu serviço. Em 1964, coma diretoria passada, alguns di-rigentes chegaram até a pro-meter despedir Biscoito sc oFluminense não fosse campeáo.Argumentavam que o Flumi-nense é um clube aristocráticoe, como tal, não comportavaaquelas atitudes públicas. OFluminense, porém, liderava ocampeonato, e o Sr. Wilson Xa-vier, então Vice-Presidente deFutebol, não deixou seus com-panheiros de diretoria tomaremqualquer medida contra Biscoi-to porque o que êle fazia estavaregulando. O time íoi campeãoe Biscoito fêz o mesmo em 1965.Não deu resultado, mudou a di-retoria e o barulhento macum-oeiro loi proibido de alardearseu trabalho. Agora, Biscoito sópode fazer seus despachos nasala do sapateiro. Um pequenocômodo _ de pouco mais de doismetros de comprimento, por ume meio de largura.

O outro umbandista queajudava o Fluminense, o Sussuabandonou o clube. Não obstan-te o massagista Santana sercambono de Sussu, o pai-de-santo não faz mais trabalhospara o clube porque o Sr. Wil-son Xavier lhe prometeu umpresente pelo título de 1964 enem sequer enviou-lhe um te-legrama de agradecimentos pe-los serviços prestados naqueleano.

Psicologia do além .O maior problema do Vas-

co foi não entender o psicólogo-umbandista Rafei Miranda,contratado pelo Sr. João Silva.Rafei íóra indicado ao Presi-dente do Vasco por Lorico. Con-tou-lhe o jogador que êle ha-via influído decisivamente naboa campanha da Prudentina,êste ano, em São Paulo, poisera um homem que procuravadescobrir os problemas dos jo-gadores através da psicologia.E como psicólogo, foi Rafeicontratado. O Vasco pagou-lheas passagens — dele e de mais.

duas pessoas de sua íamilia —hospedou-o no Hotel Nóvo Mun-do e ainda lhe dou, como adlan-tamento, Cr.? 2 500 mil pelo tra-balho que iria executar.

Rafei chegou no dia do jó-go contra o Bonsucesso, no tur-no. O Vasco perdia por 2 a 0 eéle, então, foi ao vestiário nointervalo. Os jogadores jã esta-vam até preparados para voltarao campo quando éle chegoue pediu que todos esperassem. OVice-Presidente de Futebol An-tônio Calçada, perplexo com aatitude daquele desconhecido,perguntou a seu Diretor dc Fu-tebol, Antônio Monteiro, quemcra aquele homem. A respostaíoi imediata:

Me apresentaram, aindahá pouco, como psicanalista.

Zezé Moreira tomava as úl-timas providências e não sabiao que se passava. Rafei, já ro-deado pelos jogadores, olhou-os firme e disse com precisão:

Voltem para o campo,agora, porque vencerão.

O Vasco acabou perdendopor 2 a 1.

Na semana seguinte, Rateifoi apresentado como um psicó-logo aos jogadores. Foi ã con-centração da Lagoa e conver-sou demoradamente com cadajogador. No fim, procurou oPresidente João Silva e argu-mentou:

No campo da psicologianão resolveremos o problema doVasco. O time não pode ter cen-junto, porque uns não se tláocom os outros.

Como Rafei também è um-bandista. levou seu trabalho pa-ra outro terreno. Achava êle quese fizesse uma macumba os .lo-gadores se sentiriam mais íor-tes e protegidos e reagiriamcom outro espirito nas parti-das.

Assim foi feito, velo o J0-go com o Fluminense e Rafeifoi ao Maracanã, apanhou umabola e fêz uma série de gestossobre ela como se estivesse dan-do passes. Naquela partida oVasco empatou de Ial.

Na semana seguinte, o ps!-cólogo-umbandista íoi á .sedeprocurar o Sr. João Silva e lheprometeu melhor êxito nos de-mais jogos, apanhando maisCrS 1 milhão por conta. Parasurpresa do próprio Rafei, vá-rios diretores do Vasco procura-ram-no na ocasião e lhe pedi-ram para íazer despachos con-tra ex-dirigentes do clube, con-forme èle próprio declarou:

Ai — disse — cheguei àconclusão de que o desentrosa-mento no Vasco é total, e as-sim nada pode dar certo. Unstrabalham a favor, outros con-tra. Não adinta nada.

Mesmo assim, Raiei aindaficou, como prometera, até o jô-go contra o América. No vestia-rio de São Januário, antes dapartida, o trabalho era o mes-mo: a bola. Os mesmos gestosda semana anterior no Maraca-nà se repetiram ao redor da bo-la. Tudo estava certo. Vão osjogadores para o campo, é dadaa saída e o Vasco sem tocar se-quer na bola sofre um gol, dc-pois outro e outro. Resultado:3 a 0 América.

Valdir, o jovem goleiro queestava no gol vascaino, saiu de-solado de campo. Dias depois,afirmava:

É certo que falhei nosgols, mas me disseram que abola não ia tocar nas redes doVasco e eu facilitei um pouco.

Dois de fora

O Botafogo já deixou de ser oclube dos mitos e superstições.O roupeiro Aluisio, último discí-pulo de Carlito Ro:ha, foi se de-sinteressando disso e já nesteano ninguém mais o viu lutarpara que a equipe jogasse comcamisas de mangas compridasou fingir que rezava o pé de umatacante para que marcasse umgol.

A morte de sua mulher, noinício do ano, contribuiu bastan-te para desestimular Aluisio. Noentanto, o que mais provocouesta reação do roupeiro íoi quea atual diretoria do Botafogotambém não liga para crençasou superstições e também por-que, embora tenha dado tudo aoclube, dele recebe muito pouco.Aluisio não niexeu uma palhapara fazer qualquer trabalhopara o Botafogo e êste foi umdos anos mais "azarados" parao clube.

O América, embora tivesse aboa experiência de 1960, quandofoi campeão e seu técnico Jorge

. Vieira foi buscar as influênciasdo além para ajudar no seu tra-balho, não é dado a crenças, ma-cumbas ou superstições. Isolada-niente, um ou outro jogador fre-qüenta seu "pai de santo". Isso,também, é muito comum nosclubes pequenos. Para os um-bandistas, a falta de fé prejudicaos trabalhos, pois argumentamque, invariavelmente, se o timeperder no dia seguinte, eles pro-curam nôvo terreiro. De tudoisso, o melhor é ficar com a fra-bi de Daniel Pinto:

Maeumbeiro não se criaem clube pequeno.

Ou melhor mesmo é ficarcom a de Alfinete, repetidasempre antes e após cada par-tida do Bonsucesso:

Deus ajuda a quem tra-balha.

B'ír-.yy~ SBKSliJ-': ':'- ''¦'-.'riJ^^Try"^'^^ÊM_____W___il___W_!_í_^_§.

Jornal do Brasil, qüártá-felra, 28-12-66, Ifl Cad. — 19PRIMEIRA SURPRESA

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índia venceu a dupla ediminuiu a vantagem'daAustrália na Taça Davis

Melbourne (UPI-JB) — a índia conseguiu ontem oseu primeiro ponto na disputa da Taça Davis, com a vi-tória da dupla Ramanathan Krishnan-Jaidep Nukerjeasobre os australianos John Newcombe e Tony Roche, por4-6, 7-5, 6-4 e 6-4, mas continua perdendo de 2 a 1, bas-tnndo à Austrália vencer uma das simples de hoje paraganhar a taça pela sétima vez nos últimos oito anos.

Os indianos surpreenderam a todos os observadorescom uma excelente exibição na dupla e foram muitoaplaudidos pelas 10 mil pessoas que assistiram à partidana quadra de Kooyong, quando Krishnan e Nukerjea ti-veram tranqüilidade e categoria para mudar seu estilode jogo a partir do segundo sei, e assim chegar à vitória.Hoje, Emerson joga contra Krishnan e Roche contraNukerjea.

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Krislinim c Nulcèrjett nus stiiis melhores Mutirões cm tluplu venceram Tony Jleohe-Johen Neiucómbe (UI'1J

JB vence "Manchete" e ficacom "Fatos & Fotos" paradecidir título do boliche

Derrotando a Manchete por 1 264 a 1161, pelo I Cam-peonato. Carioca de Boliche Inter jornais, que está sendodisputado no Bowling Pax, em Ipanema, a equipe doJORNAL DO BRASIL divide agora, com Fatos <fc Fotos, aliderança do -torneio, quando resta apenas uma partidapara ca/3a equipe.

A última rodada, marcada para amanhã, colocará oJB frente ao "Jornal áos Esportes, enquanto Feios & Foíosjogará contra a Manchete, que íoi lider até ontem. Casovençam, JORNAL DO BRASIL e Fatos & Fotos decidirãoo titulo numa partida, na sexta-feira, cabendo à equipecampeã a taça de prata oferecida pela Esso.

RODADA DE ONTEM

Jogaram e marcaram na roda-da de ontem: JORNAL DOBRASIL. — José Inácio, 238,Ivanir Yasbeck, 217; SérgioNoronha, 19G; João Areosa, 325e Luís Lara, 270. Manchete —Nicolau, 238; Orlando, 224; Al-berto, 207; Firmo, 244 e Zé-lio, 248.

Nas outras partidas, Pa jos &Fotos derrotou o Correio daJíarthã por 1 235 a 1 112, en-quanto O Globo venceu o Diá-rio de Notícias por 1 214 a.1 103 e a Ultima Hora superouo Jornal dos Esportes por 1 012a 981. João Areosa, do JORNALDO BRASIL, íoi o recordistada rodada, totaliza ndo 325pinos.

Na última rodada, ...arcadapara amanhã, poderá surgir aequipe campeã do torneio, poistanto o JORNAL DO BRASILcomo Fatos & Fotos não pode-rão perder suas partidas. Casoisso realmente aconteça, o ti-tulo será decidido num jogoextra, no dia seguinte à noite.

A colocação dos concorren-tes, hoje, é a seguinte: 1.° em-patados, JORNAL DO BRASILe Fatos & Fotos, 14 ponto.- ga-nhos; 3.° empatados, Manche-te c O Globo, 12 pontos; 5.°Ultima Hora, 10; 6.° empata-dos, Correio da Manhã e LulaDemocrática, 6; 8.° Diário deNoticias, 4; 9.» A Noticia, 2 e10.° Jornal do* Esportes, zero.

Carlos Alberto extraiuos meniscos e vai voltaraos treinos em 45 dias

Carlos Alberto foi operado dos meniscos interno e ex-terno do joelho esquerdo, ontem de manhã, na Beneficén-cia Espanhola, pelo Dr. Paulo de São Tiago, médico doFluminense, que previu, diante do êxito da operação, avolta do jogador aos treinos dentro de 45 dias.

O Sr. Eduardo Lima, pai do ponta-direita, que assis-tiu à intervenção cirúrgica, mostrou depois aos repórterese pessoas amigas que visitaram o jogador os meniscos den-tro de um vidro, afirmando revoltado: "Carlos Alberto foitaxado de medroso por alguns jornalistas. Pois bem, aquiestá o medo do meu filho, os meniscos estourados".

Belga vemtentar otri dia 31

São Paulo (Sucursal) —Chega amanhã a São Pauloo atleta belga Gaston Roe-lants, que tentará pela ter-ceira vez consecutiva ven-cer a Corrida de São Silves-tre, na noite do dia 31. Osrepresentantes ío Chile,Suécia, Uruguai, Finlândia,Suíça e Portugal já estãoem São Paulo.

Até o momento já confir-maram presença os seguin-tes atletas estrangeiros: Gaston Roelanls (Bélgica),Edgard Frieddi (Suiça), Da-vid Michael (Inglaterra),Anacleto Pinto (Portugal),Francisco Arizmendi (Espa-nha), Mikko Alaleppilampi(Finlândia), Bengt Person eBengt Nadje (Suécia), ThorHelland (Noruega), JohnLawson (Estados Unidos),Hajo Scharn (Holanda), Si-mo Vazic (Iugoslávia), Man-fred Letzerich (AlemanhaOcidental), Palmo Giocchino(Itália), Mejias Flores (Co-lòmbia), Juan Martinez, Jo-sé Socorro e Valentin Robles(México), Domingos Amai-zon (Argentina), BernardoMaraquin (França), MiguelGonzález (Chile) e Albert.-no Etchechuri (Uruguai).

A EXTRAÇÃO

COMO FOI

O primeiro set do encontrode ontem deixou transparecerque os australianos ganhariamcom total facilidade, pois do-minavam todas as jogadas, en-quanto a. dupla indiana de-monstrava estar deseritrozada.Neste sei os australianos per-deram apenas dois pontos nosseus cinco serviços. Tony Ro-che atuava brilhantemente,num grande dia, conseguindouma série de volcios que lhederam vários games.

No segundo sei, entretanto,os indianos voltaram com novatática, aproximando-se da redee empurrando os australianospara o fundo da quadra. Des-ta forma foram aos pouco to-mando o domínio do jogo. Poroutro lado, John Newcombepassou a jogar muito ma!, per-deu seu serviço duas vezes, en-quanto Tony Roche perdia ume dava uma vantagem de 5-4para Krishntin-Nukerjea. New-combe-R o c h e conseguiram oempate, mas os indiano,., maisseguros, venceram por 7-5.

O terceiro set foi mais oumenos a mesma coisa. Krish-nan-Nukerjea não deixaram osaustralianos se aproximaremda rede. No nono game Ro-che perdeu seu serviço e os ln-dia nos passaram à frente por5-4, para fecharem o set em6-4.

No quarto e último set osaustralianos cometeram maiornúmero de erros do que nosoutros, deixando a certeza nosassistentes de que não mais con-

seguiriam o empate. Krishnanjogava muito bem, e depois deobter três pontos seguidoslançou um saque que Rocherespondeu com muita íôrça,para fora. Os indianos volta-ram a ganhai- por fi-4.

OTIMISTA

Para Harry Hopman, capi-tão da equipe australiana, seupais deverá vencer as duassimples de hoje, obtendo a vi-tória íinal por 4-1. Acredita

que Tony Roche não terá maio-res dificuldades para derrotarNukerjea, enquanto consideraque o jogo de Emerson e Krish-nnn deverá ser mnis bemdisputado.

Espero a vitória de Emer-son, mas estou certo que elanão será nada fácil. Krishnancaía jogando muito bem — dis-se Hopman. Piquei mesmo sur-preendido com a grande atua-'ção da dupla indiana no en-contro de ontem, files íoramquase perfeitos.

NÃO OPINA

Por outro lado, Raj Khanna,um dirigente indiano, não quisdar sua opinião sobre qual se-rá o resultado íinal.

Ninguém acreditava quea índia venceria a íormidá-vel dupla Newcombe-Roche.tio entanto ganhamos e achoque meus dois jogadores íize-ram suas melhores atuaçõesnuma partida de duplas — dis-se Raj Khanna.

Quanto às duas simples dehoje, Khanna nad« falou. Em-bora êle esteja certo de queserá muito dificil uma vitóriaindiana, éle deixa transpare-cer certa esperança, como seacreditasse que seus jogadorespoderão conseguir o que qua-se todos consideram impossí-vel: uma vitória sobre a Aus-trália.*PROFISSIONAL

Bakersfield, Califórnia IUPI-JB) — Dennis Ralston, o nú-mero um do ranking norte-americano, resolveu firmarcontrato profissional, segundose informou ontem nesta Ci-dade.

Ralston deverá ganhar 100mil dólares por um contratode três anos com a Associa-ção Internacional de Tênis,que é formada principalmentepor tenistas australianos, co-mo Ken Rosewalí e Rod Laver.Ralston pertenceu duranteseis enos à equioe de seu paisque joga pela Taça Tavis.

Fernando Gentil voltaa vencer no Orange Bowl

Miami Beach (UPI-JB) — Opaulista Fernando Gentil, pré-classiíia|do como o número umna categoria até 16 anos noOrange Bowl, conseguiu ontemsua terceira vitória consecutiva,derrotando o norte-americanoSteve Krulevitez por 6-4 e 6-2.

Fernando Gentil tem impres-sionado bem aos observadoreslocais, demonstrando um exce-lente jogo e sempre vencendocom absoluta facilidade seusadversários, que não conseguemacompanhar o ritmo do brasi-leiro, que apresenta boas va-riações de golpes, mostrandoapenas um ponto fraco: «eussi.ici7.es.

INÍCIO FRACO

No seu jogo de ontem, con-tra Steve Krulevitez, FernandoGentil não teve um bom prin-cipio no primeiro set, mas issoapenas por alguns momentos,pois a partir do terceiro game

começou a se colocar melhor naquadra e não teve mais proble-mas para chegar à vitória por6-4.

No segundo set,- FernandoGentil esteve excelente, desen-volvendo bem tanto as jogadasde fundo de quadra como juntoà rede. falhando apenas nossmashes, que chegaram até olado contrário, mas a bola caimuito íraca, não criando qual-quer dificuldade para seus ad-versários devolvê-la.

Nos outros jogos de ontem,fidson Cleto, depois de derrotaro porto-riquenho Alberto Car-rero no fim da semana, obtevenova vitória, desta vez contrao japonês Shou Tanabe, por6-0, 4-6 e 8-6.

No setor feminino, Vera LúciaCleto não encontrou resistênciade sua adversária, a norte-americana Mary Geraghty,vencendo-a facilmente por 6-1e 6-3.

Uruguaiossó fizeramtreino leve

Montevidéu (UPI-JBl — Osintegrantes da pré-seleçfto. doUruguai que disputará o Cnm-peonato Sul-Americano de Fu-tebol, a ser iniciado a 13 dejaneiro nesta Capital, estãobastante atrasados no treina-mento e alé agora realizaramapenas exercidos leves.

As dificuldades para a de-signa.ão do técnico, cargo quefoi aceito recentemente porJuan Carlos Corazo. o fato deo Campeonato do Uruguai sóhaver terminado na semanaanterior, foram os principaisfatores determinantes do atra-so nos preparativos.ACELERAÇÃO

Visando a recuperar o tem-po perdido, o técnico da equi-pe decidiu programar para hoje

, duas partidas: uma das equi-pes pré-selecionadas jogarácom um combinado e um outrocombinado enfrentará a sele-ção B.

Enquanto isso, estão sendomantidos entendimentos paraum jogo internacional a ser

. disputado amanhã ou depois,possivelmente contra o Floria-no, de Nôvo Hamburgo, ouuma outra equipe de PortoAlegre.•

Hiroshi luta)com Deradoem fevereiro

Tóquio rupI-JB) — o cam-peão japonês da categoria dospesos-plumas Hiroshi Kobava-shi, que ocupa a sétima colo-cação no ranking do últimonúmero da revista Ring, en-freniará no próximo dia 24 defevereiro, nesta Capita], o pu-gilista argentino Vicente De-rado. quinto da lista da AMB,

; em uma luta de dez assaltos.O manager do japonês, Shi-

nichi Nakamura, declarou on-tem que obterá o mais rápidopossível a aprovação do com-bate por parte da Comissão dePugilismo do Japão, e que en-yiàrá o contrato, tão logo êsteesteja pronto, por via aérea, aopromotor de lutas de Nova lor-que, Dewey Fraggeta, para queéle trate dos arranjos finais.

Nakamura declarou que Ko-bavashi deveria enfrentar o lu-tador colombiano Antônio Her-rera, que ocupa atualmente aquarta colocação no rankingda Ring. A luta seria realiza-da em Tóquio, no dia 16 dejaneiro, mas os promotores ja-ponêses decidiram rejeitarHerrera, sem maiores explica-ções, escolhendo Derado parasubstitui-lo.

Fluminensesterão ajudado Governo

Niterói (Sucursal) — OGoverno do Estado do Rioajudará financeiramente aFederação Fluminense deDesportos a fazer-se repre-sentar no próximo Campeo-nato Brasileiro de Futebol,marcado para o mês quevem, em Brasília e Belo Ho-rizonte, segundo informou oChefe do Gabinete Civil doPalácio do Ingá, Sr. AdilarTeixeira.

A ajuda estadual foi soli-citada em oficio do Presi-dente da Federação, Sr.Paulo Demoraes, ao Gover-nador Teotônio Araújo, quealém de deferir o pedido au-torizou a dispensa do ponto,enquanto durar o Campeo-nato, para os jogadores-funcionários.

ANO NÔVO EM CASA

A extração dos meniscos dojoelho esquerdo de Carlos Al-berto começou às 10 horas eõõ minutos e terminou 45minutos depois. O operadorfoi o Dr. Paulo de São Tiago.

x que foi assistida pelo Dr.Pinkwas Fizsman e pelo aca-Ciêmico Sérgio de São Tiago.O pai de Carlos Alberto, Sr.Eduardo Lima, também íicouna sala de operação, contro-lando a entrada dos fotogra-íos e cinegrafistas, de dois emdois. para não perturbarem osmédicos.

; Terminada a operação, o Dr.Paulo de' São Tiago tranqüi-liáiou os parentes dc Carlos Al-herto, inclusive sua mulher,Çona Ana Marta, e sua mãe,Dona « Antonieta, • explicandoque tudo tinha transcorrido damelhor maneira possível e que,por isso, previa uma reabilita-çáo rápida paras o ponta-di-reita.

— De acordo com os meusjcálculos, Carlos Alberto deixa-rá a Beneficência sábado, po-

-dèndo passar o Ano Nôvo em;casa. Dentro de 15 dias. está-rá andando normalmente,' mas

só voltará acs treino^ de hojea um mès e 15 dias — disseo Dr. pnulo de São Tiago.

CARINHO Ã CABECEIRA

Ao lado de Carlos Alberto,no quarto 503 da BeneficênciaEspanhola, estão Dana AnaMaria, Dona Antoniela e osprimos do ponta-direita. Hen-rique e Araquém. Dona AnaMarta é quem está encarrega-da de pedir a medicação paraCarlos Alberto, não se afastan-do nunca da cabeceira de suacama.

A anestesia fêz Carlos Alber-to dormir até as 18 horas, quan-do, ao ouvir a voz dc um ami-go no quarto, perguntou à suamulher:

E o Cabeclnha quem estáai?

Dona Ana Marta ficou satis-feita ao constatar a lucidez deseu marido e procurou saber scMe sentia dores. Carlos Àlber-to respondeu que sentia e eladisse que ia pedir uma injeção.

Essa injeção, náo, — pe-diu Carlos Alberto.Por quê?Porque o Bangu... —- e

Carlos Alberto dormiu de nó\o.

;.. r yrrrry-ry'rryr'y'y';yy'y-;. y;mmmi<. - - -;.-/.:- .'/:,;..•/ ,;;.;... :%-,;r;,£:- :?rcr.r-;ry..-::-\y;yi r.rrr.rr'r-r¦' tplf ' ¦: ¦¦ - - >. ,.>.;, mr.....;:;;;.:.. ¦-•,; .: rrr.-..i..-y;.y yyyyyyyyy'yyy... y..y....-:¦¦ ^?¦¦¦¦¦¦_v*>:;:•;¦¦¦¦^.w::•..v..¦:,¦v¦ ¦ ^.-¦>.-,'-,:>r :' -^ -; *': '-:-,* -,,.,,a; . -: y-y,.- . y .yy.. - .

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¦Na grande áreaS Orgia Noronha

Interino

Depois de vários ameaços, o Vasco pareceque resolveu seu problema de técnico, rou-bando Tim ao Fluminense. Os métodos usa-dos pelo Vasco eu não quero discutir, pelomenos hoje, mas pelo menos já é um ameaçode reação.

Em boa hora o Vasco resolve reagir, jáque está há muito tempo afastado das dispu-tas do título, e neste ano começou como fa-vorito até chegar ao ridículo com as derrotasdiante do Fluminense e do América. A dire-toria comprou jogadores, é certo, mas pareceque andou comprando mal, ou então é pre-ciso dar razão aos que contrataram um ma-cumbeiro para tirar o peso das camisas.De Luisinho a Nado, com passagem porSalomão, Ari e Cia., nenhum dos contratadospelo Vasco deu conta do recado. O técnicodos mais acreditados, honestos e capazeschegou ao desespero de brigar com a tor-cida, inteiramente aturdido com a série dederrotas.

Do Vasco se disse tudo neste ano quelinda. A mais grave acusação, pòrefii; foi ade que os jogadores estavam sabotando o téc-nico. Esta é a mais difícil de acreditar por-que todo mundo gosta de dinheiro, e em fu-tebol, quanto menos se vence, menos se sa-nha bicho. °Tudo contribuiu para o caos. Agoraaproveitando o remanso das férias dos joga-dores, o Vasco parece que resolveu se prepa-rar a sério, primeiro nomeando um homemda linha dura para a Vice-Presidência de Fu-tebol, depois contratando um técnico que teráa função de dispensar e contratar gente nova.A primeira etapa é o Rio-São Paulo de

roupa nova. Nada de armar o time no meiodo torneio, porque é preciso vencer de saídapara conseguir rendas em Minas e no RioGrande do Sul. Quem perder jogos em seu ter-reiro estará fadado a ganhar a cota obriga-tória, e olhe lá. Portanto, Tim, ou seja quemfôr o nôvo técnico, que trate de começar oRio-São Paulo já na ponta dos cascos.

Porque, até agora, ninguém tem medo doVasco da Gama.

BOLAS DE PRIMEIRA — O zagueiro Jaime,do Flamengo, preocupado com uma figa queperdeu em Minas. A figa veio ãe Salvadorcheia de mistérios e dificilmente será subs-tituída à altura, /// Críticas feitas a Renga-neschi ainda no vestiário, depois áe Flamen-go x Bangu, levam o técnico a encarar séria-mente qualquer proposta que venha de SãoPaulo. O primeiro candidato, ao que parece,é o São Paulo, que acaba de dispensar Ai-more. Hi O fim ãe ano, como sempre, cos-tuma levar mnitagente boa, e desta vez atin-gin o esporte, cotn a morte de Stabile. Éledeu o melhor de sua malícia ao futebol ar-genti.no, que em conseqüência deu os melho-res espetáculos enquanto foi dirigido pelaRaposa Prateada. /.'/ O Corintians ãe Zezéestá de olho em Fidélis e Olãair, e mais fir-memenie vai fazer sua grande ofensiva emcima de Paulo Borges. Um pedido a Vasco eBangu: não vendam, chega de botar azeitonana empada ão futebol paulista. /// Tal comoo Bangu, aqui, o América âe Fortaleza con-seguiu levantar um campeonato depois deesperar 31 anos. Seu técnico é um jornalista,Gilvan Dias, o que deixa meu amigo AlcimarRocha áe coração ãuplamente lavaão. /// NaCidade de Pouso Alegre, resolveram fazer umcampeonato e o líâer é o Flamengo, formadoapenas de soldados ão Exército servindo nolocal. O responsável e técnico é o Capitão Al-ves qtte não faz segredo de seu sucesso: otime tem um extraordinário preparo físico ecorre o tempo todo. Para o meio ãe campo,o técnico tem quatro jogaãores, que se revê-sam do primeiro para o segundo tempo. ///Nenhum jogador brasileiro foi votado no con-curso Bola de Ouro, promovido pela revistaFrance Football. Em compensação, o inglêsBobby Charlton foi ãos mais votados. Peloresultado, acho que o concurso deveria sechamar Bola de Ferro.

Jogadores de basquete doCorintians viajaram ontempara Milão muito otimistas

São Paulo (Sucursal) — Confiante no êxito da equi-pe, a delegação do Corintians viajou, ontem à noite, paraa Itália, onde disputará, em Milão, de ã a 8 de janeiro, oSegundo Campeonato Mundial de Clubes Campeões de Bas-quetebol, que contará com a participação do Good-Year,dos Estados Unidos, Ignis, da Itália, Simenthal, da Itália,e Slavia, da Tcheco-Eslováquia.

O técnico Moacir Daiuto é de opinião que o obstáculomaior será c Good-Year, que conta com inúmeros jogado-res com altura superior a dois metros.

— Se conseguirmos vencer ds norte-americanos, nossoprimeiro adversário, teremos dado um grande passo paraa conquista do titulo mundial.

U Ur. 1'uulo iun Tiago levou 45 minutos para tirar os maníacos rte Canos Aluerlu, asststiuo peio ur. FinHicas ti:smuii

TIME ESCALADOPara a partida de estréia, no

próximo • dia 5, contra o GoodYear. o treinador já definiu aequipe que formará com Via-mir, Amauri, Ubiratã, RosaBranca e René. Na reserva se-guirâo: Ortiz, Eduardo, Renzoe Bira. Esse» elementos trei-naram intensivamente duran-te dois meses e farão o últimoexercicio antes do inicio docertame, no áia 4 de janeiro,já em Milã».

Amauri afirmou que está emsua melhor forma e esperamuito contribuir para a con-quista do titulo, o único queainda lhe falta.PARTICIPANTES E TABELA

O Secretário-Geral da Fe-deração Internacional de Bas-quete (FIBAi. Sr. Wiliiam Jo-nes. já aprovou a tabel» dccampeonato, que é a seguinte:Dia 4 — Simenthal x Ignis;

j)ia 5 — vencedor do dia 4 xSlávia; dia 6 — Vencedor dodia 4 x Slávia; dia 7 — per-dedores dos dias 5*6; dia 8 —vencedores dos dias 5 e 6, emdisputa do título.

Õ Corintians foi incluído nocertame na condição de cam-peão sul-americano, enquantoque o' Good Year representaráa América do Norte e Central.O Ignis, de Varese, na condi-ção de campeão do primeirointer-clubes, Simenthal, cam-peão italiano e europeu dêsteano, Slávia, campeão da Tohe-cc-Eslováquia e vice-campeãoeuropeu.

A delegação corlntiana é che-fiada pelos Srs. Ari Fonseca eRamon Penarrubia e incluiuainda — além dos jogadorestitulares e reservas e do técni-co Macir Daiuto — o médicoLuciano Bacala c o Sr. JoséCláudio Siqueira Reis. pelaFederação Paulista dc Basque-tebol.

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DEFENDENDO*......... li>« ..•-'

O jSr. Castor. áe Andrade esteve sempre tranqüih

As defesasA principal diferença entre

a.s duas defesas íoi a coordena-ção dos dois advogadcs do Ban-gu — que inclusive dividiram otempo de fala — e a total fai-ta de entrosamento entre osadvogados do Flamengo, que,inclusive, usaram argumenta-ção semelhante, baseada nacomparação de incidentes idên-ticos em outros jogos.

Um dos advogados do Fia-mengo, Sr. Clovis Saião deAraújo, tentou provar que osdois incidentes em que Almir•se envolveu partiram de umanó ação, o que levaria o Tribu-' nal a ter. tle punir o jogadorapenas uma vez. mas não tevesucesso.

AS DEFESAS

O Bangu usou dois advoga-dos: o Sr. Isnard Viana e Sil-va, que é o credenciado peloclube, c o Sr. Alberto Moreirada Cunha, convidado por ser oAdvogado de Ofício do Tribu-nal. O Flamengo credenciou

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(J advogado Moreira Bastos üsdü 'a'maior parte ão tempo e nua jvt iniiilò jeti

Voto de Nilton Salestrês advogados mos só usoudois: Srs. José Moreira Bastose Clovis Saionè de Araújo.

O advogado Alfredo Tranjan,credenciado pelo Flamengo masque não funcionou na defesa,íêz uso da palavra apenas pnraconseguir a dilatação do prazode tempo destinado às partes,de 20 para 30 minutos, o queconseguiu.

AS TÉCNICAS

O Bangu iniciou, com o Sr.Alberto Moreira da Cunha fa-lando apenas 9 minutos, co-mentando todos os aconteci-mentos, sem entrar na partetécnica processual. O outro ad-vogado, Sr. Isnard Viana e Sil-va, usou as vinte e um mimi-tos defendendo seus jogadores,um a um. deixando Ubirajarapara o final,'lembrando que éum jogador disciplinado e de-tentor do prêmio Belfort Du-arte. ¦

Já o Flamengo esteve umpouco tumultuado, pois o ad-

vogado José Moreira Bastosgastou 20 dos SO minutos con-cedidos pelo Tribunal, usandoapenas a retórica, citando in-cidentes anteriores, e íoi inci-sivo apenas quanto a Ladeira,a quem chamou de "'desleal eestopim do tumulto''.

O Sr. Clovis Saião de Araú-jo usou quase que a mesmatécnica de seu antecessor,'pc-dindo mais 10 minutos parafalar, o que foi negado. Lem-brou os incidentes do jogoBrasil x Uruguai, no Sul-Ame-ricano de 1959, afirmando queAlmir retornou "como umherói".

O que pareceu mais erradona técnica de defesa do Fia-mengo foi ter chamado o ban-deirinha José Teixeira de Car-valho como testemunha de de-fesa. pois seu depoimento nãofoi favorável. O segundo de-poente, Acácio Cabral Leandro,delegado da FCF, foi deixadode lado. já que seu relato di-vergia da súmula do juiz e dorelatório do primeiro delegado.V

Segundo a opinião do juizNÍlton Sales, Ladeira e PauloHenrique que deveriam apenasser multados em Ci*5 10 mil,porque, baseando-se nas teste-munhas, acha algumas im-perfeiçôes pelos que descreve-ram o atrito.

Condenou Almir a 80 dias desuspensão, pela primeira agres-são, pois perseguiu o adversa-rio com o objetivo de esbofe-teá-lo. Para èle, não há ne-nhum elemento favorável àconduta do jogador. Discordada defesa do Flamengo, queconsiderou uma só agressão deAlmir, durante todo o inciden-tc. Dá mais 80 dias de suspen-ião para-o jogador, "pois não

vê justificativa na sua .volta acampo para agredir de nóvo oadversário, caso só desculpávelem alguém que sofre das fa-culdades mentais".

Suspende Itamar por 60 diaspois viu na sua agressão aojogador Ladeira, derrubando-oe atacando-o com os dois pés,"como se fossem patadas, umadas. atitudes mais covardes- aque já presenciou".'

Condena Ari Clemente a 40dins de suspensão, por acharque também não se justificavao pontapé que deu em Almir.

A Lins Alberto e Silva dáapenas uma multa de CrS 10mil, uma vez que convenceu-seda agressão mútua entre os

dois Jogadores, "pois naquelemomento bastava qualquer um"levantar o braço para ser logovisto como agressor".

Absolve Ubirajara, por vê-lo como atleta exemplar e quenunca foi levado a qualquerjulgamento esportivo.

Multou Renganeschi em Cr.S10 mil porque "quando éste en-tròu em campo, a multidão queali se encontrava já era incal-culável, numa bobeada da Po-licia, que foi omissa c não vi-giotl como devia o túnel cen-trai, por onde todos entraram".

Dá 80 dias de suspensão pa-ra Valdomiro. porque o jogadortentou agredir o árbitro, "nu-

ma atitude injustificável".

Voto de Murilo Pinheiro Alves

Voto de Orlando Leal CarneiroO Vice-Presidente do Tri-

bunal, Sr. Orlando Leal Car-neiro. proferiu o seu voto em14 minutos. Antes de entrarno mérito, disse que divergiamuito pouco do relator, apenasna fixação de algumas daspenas.

Acompanhou • relator vo-tando pela suspensão de PauloHenrique e Ladeira por 20 dias,assim como em relação a Al-mir, dando-lhe 80 dias pelaprimeira agressão e mais 80pela segunda. Em sua justifi-cação, esclareceu que Almir íoip causador da segunda rixa aoretornar áo campo para aagressão a Ubirajara.

No caso de Itamar, pensa-va em votar por 90 dias, mascomo o relator Havia res-saltado a primariedade do jo-gf.dor, acompanhava o seu vo-to, pedindo 40 dias.

Discordou no caso de AriClemente, absorvendo-o, "por-que dou-lhe o seu direito dedar o seu pontapèzinho, ao vero seu companheiro pisoteado".¦ Quanto a Luis Alberto, Silvae Ubirajara, preferiu englobaros três, considerando a parti-cipação deles como normal,votando pela absovição, porachar que a expulsão já foiuma punição para as suasfaltas.

Voto de Ari MenesesDe acordo com a opinião do

juiz Ari de Oliveira Meneses,que falou durante 18 minutos,os jogadores Ladeira e P. Hen- •rique deveriam ser suspensos,por vinte dias cada um, "por-que segundo todas as testemu-nhas, teriam (trocado ponta-pés e socos, se agredindo mú-tuamente, como se tivessemempenhados em uma luta deboxe". Foi da mesma opiniãodo relator, em relação à mui-ta aos dois jogadores.

Condena Almir a uma sus-pensão de 80 dias, pela pri-meira agressão após a corri-aa atrás de Ladeira, "numaatitude tremenda paru umapartida de futebol". Segundoéle, o jogador ainda mereceuma suspensão por mais 80dias, pela sua segunda agres-são, quando, depois de já estaríora de campo, voltou paradentro dêste, com a única fi-nalldade de agredir Ubiraja-ra, numa atitude injustificávele imperdoável, ainda mais sen-do um elemento que já estavaexcluído da partida.

A Itamar o juiz Ari de Ol!-veira Meneses condena por 40dias de suspensão, achando aagressão desse jogador a Ladei-ra, ainda pior do que a que élesofreu por parte de Almir.— Itamar — foi tremendo-mente covarde — declarou -—e êle próprio foi o culpado deAlmir ser citado como agressor,tuna vez que jogou Ladeira aochão, com o Vinico objetivo dedeixá-lo prostrado, a fkn deservir de boa presa para seucompanheiro. Só lastimo queêsse jogador seja primário,nunca tendo sido julgado peloTribunal, pois caso contrárioaumentaria em muito sua. pe-na.

Para o Sr. Ari de OliveiraMeneses, o jogador Ari Clemen-te merece 20 dias de suspensãoe discorda inclusive da opiniãodo relator, achando que Ari en-trou na confusão com o objetivode defender Ladeira, e ainda,com o intuito de afastar Almir.para que êste não chegasse aatingir seu companheiro.

Quanto a Valdomiro, o Sr.Orlando Leal Carneiro consi-derou suficientem-.ir.e provi*.-da a agressão, votando pelasuspensão por 60 dias.

Em relação a Renganeschiacompanhou o relator, dizendoque, em sua opinião, não hou-ve a invasão, pois o tumultoestava criado e a sua intençãoera apaziguar. No entanto,não dava o direito ao técnicode ofender o juiz, chamando-o de "ladrão", pelo que vota-va a favor de pena mínima riemulta de CrS 10 mil, em facedo réu ser primário.

Quanto ao técnico Renganes-chi. multa-o em 0x5 10 mil, porachar que éle entrou em campo .com boas intenções, tentandoapaziguar, e não para ser hostilao árbitro, "o que acabou sen-do levado pelas circunstânciasdo burburlnho, quando ninguémmais se entendia".

O juiz absolveu Ubirajara,por considerá-lo um exemplo deatleta, que nunca íoi levado aoTribunal, e que apenas revidoua uma agressão, "como não po-deria deixar de íazer".

Absolve Luis Alberto e Silva,vendo-os envolvidos pela situa-ção. "onde todos já estavambrigando, e onde quase ninguémestava de fora".

Dá a pena de 60 dias de sus-pensão para Valdomiro, "que ti-nha se portado bem na primei-ra fase da briga, tentando apa-ziguar o atrito entre Ladeira ePaulo Henrique, mas que ja-mais poderia fazer o que féz,tentando agredir o auxiliar JoscTeixeira de Carvalho".

O quinto juiz a votar íoi oSr. Murilo Pinheiro Alves, quepediu inicialmente a pena demulta de Crs 5 mil para Pau-lo Henrique e Ladeira, em vir-tude da condição de prima-rios e por concordar com asobservações do voto anteriordo juiz NÍlton Sales.

Para Almir, votou pela sus-pensão por 60 dias pela pri-meira agressão e mais 60 diaspela segunda, manifestandoainda a opinião de que houvefrieza do jogador ao pisotear

o adversário caldo, na primei-ra.

Quanto a Itamar, preferiuacompanhar o relator, votan-do por 40 dias de suspensão,enquanto Ari Clemente, emsua opinião, merecia 30 dias,por não ter a atenuante debom comportamento.

O Sr. Murilo Pinheiro Alvesdisse que não podia punir otécnico Renganeschi pela inva-são de campo, mas que êlenão tinha o direito de ofen-der o juiz da partida e por isso

Voto de Fagundes MeloO juiz Nelson Fagundes de

Melo considerou correta aacusação de agressão mú-tua para Paulo Henrique eLa-deira e votou por 20 dias desuspensão para ambos. Decla-rou que não se podia falar emintenção de Almir de defendero companheiro, pois sc elaexistiu, também houve a in-

tenção de agredir. Pediu 80dias pela prim.eira agressão emais 70 pela segunda, salieu-tando "a incontrolável barba-ridade do jogador".

Votou por 40 dias para lia-*mar e por 30 dias para AriClemente, salientando que ojogador do Flamengo "prepa-

rou o adversário para Almir",

O voto do PresidenteO Presidente do Tribunal de

Justiça Desportiva, Juiz Eu-clides Félix de Araújo, disse,antes de seu voto, que "andou

se falando muito em guerrano futebol, mas futebol não éguerra", acrescentando que"endeusaram Almir como orei da catimba. quando deve-riam fazé-lo o rei da técnicae da glória".

Acrescentou que Ladeira foidesleal, por ter esbofetcacoPaulo Henrique, tentando ri-dicularizar. seu adversário,achando que o jogador uo

Bangu cometeu ialta imper-doàvel, suspendendo-o por 40dias. Disse quo tais incidentesconcorrem para tira*.' públicodos estádios, e que o Rio po-dera acabai' como quarta po-tenda do futebol no Brasil.

A GUERRA

O Juiz Euclides Félix deAraújo disse o jogo Bangu xFlamengo "foi um trlstj fimde festa. O Flamengo foi cam-pcâo muitas vezes, e nuncasuas comemorações foram em-panadas; é preciso saber per-

lhe aplicava a multa de CrS10 mil*

Em relação a Ubirajara, de-clarou que não havia necessi-dade de entrar em maioresconsiderações, votando pelaabsolvição. Os acontecimentosciue envolveram Silva e LuisAlberto, êle preferiu considerarcomo hostilidade, em face doque votou pela multa de am-bos no valor de CrS 10 mil.Valdomiro, em "sua opinião, porter agredido o bandeirlnha,merecia 60 dias de suspensão.

enquanto o do Bangu "agiu cmdefesa de Ladeira".

Renganeschi mereceu Cr§ 10mil de multa por injúria aojuiz, enquanto Silva e Luís Al-berto, em sua opinião, pe?'.t-riam 30 dias. Quanto a Valdo-miro, votou por 60 dias, fri-sando que êle não se limitoua segurar o juiz, mas ofen-deu-o e agrediu-o.

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der e reconhecer a sorte ou osméritos do adversário"."Falou-se que tudo aconte-ceu por amor a uma camisa,mas. dentro do esporte, aqui-lo que aconteceu não tem jus-tificativa" -— acres-iéntqu oJuiz Euclides Félix e Araújo.

O seu votor foi o seguinte:Almir — 120 dias: Paulo Hen-rique — absolvido; Itamar —40 dias; Ari Clemente — 20dias; Silva e Luis Alberto •-absolvidos; Valdomiro — mui-ta de CrS 5 mil; Rnngancsehi— Crs 10 mil; Ubirajari --absolvido.

*•

Almir foi suspenso por160 dias — 80 pela agres-são contra Ladeira cmais 80 pela agressãocontra Ubirajara —, se-gundo decisão por maio-ria do Tribunal de Justi-ça Desportiva da Federa-ção Carioca, tomada on-tem em reunião que íoiiniciada às 17h37m e ter-minou às K3h4m, com asala de julgamento iritei-ramente lotada.

Em relação aos outrosindiciados, a decisão foia seguinte: Valdomiro, 60

dias; Itamar, 40; Ari Clc-mente, 30; Paulo Henri-que e Ladeira, 20; LuísAlberto e Silva, multa di;10 mil; Renganeschi, ab-solvido pela invasão emcampo c multa de CrS 10mil pelas ofensas moraisao juiz; Ubirajara, absol-vido por unanimidade.Paulo Henrique obtevesursis, Encerrado o jul-gamento, o Flamen-anunciou que vai recor-rer da decisão para o Su-perior Tribunal de Justi-ça Desportiva da CBD.

Fia cii tra com recurso nojerior Tribunal rla CBDSupt

O Flamengo entrará comum recurso, hoje ou ama-nhã, no Superior Tribunalde Justiça da CBD, pleitc-ando a redução das penali-dades impostas aos seus jo-gadores Almir, Valdomiro,Paulo Henrique e Itamar,conforme informou ontem oconselheiro Valdir Beneven-te, ex-advogado do clube noTribunal de Justiça da Fe-deração Carioca.

O Presidente do Flamen-go, Sr. Veiga Brito, que foiprocurado por alguns asso-ciados logo após a decisãodos juizes, pedindo para oclube ficar clc fora do Tor-neio Rio-São Paulo, a títu-lo de represália, afirmouque ainda não decidiu quaisas providências que serãotomadas, pois prefere, an-tes, ouvir os seus conselho.-ros.

DEFESA FRACA

O Sr. Valdir Benevente,que defendeu o Flamengopor muitos anos na Federa-ção Carioca, considerou a

defesa usada pelo seu clube"como fraca tecnicamente,pois o.s nossos advogados, emvez de abordarem os deta-lhes da súmula, exploraramapenas o clima emocionaldos jogadores, d u r a nte uconflito".

— Se fosse eu — concluiu— teria defendido o Fia-mengo de outro modo.

O Presidente Veiga Britoafirmou que o "Flamengoirá até o fim para defenderos seus jogadores". O Presi-ciente do clube disse que ou-virá os seus conselheiros nareunião dc amanhã, paradepois., então, poder tomarqualquer atitude.

Alguns associados cie pres-tigio dentro do Flamengop r o c u raram o PresidenteVeiga Brito, após a decisãou<- Tribunal de Justiça daFederação Carioca, pedindoque èle, a titulo de represa-lia, coloque o clube fora doTorneio Roberto Gomes Pe-'.rosa. O Sr. Veiga Brito res-pondeu que prefere decidir"amanhã, quando estivercom a cabeça fria".

Relator foi o primeiroa pedir os .160 dias

O relator do processo, Sr.Alexandre Barbosa, gastouexatamente 26 minutos paraproferir e justificar o seuvoto. Começou dizendo queiria basear-se nos autos, nodepoimento do juiz-auxiliarJosé Teixeira de Carvalho edo delegado da FederaçãoHélio Meneses, assim comonas informações do juizAírton Vieira de Morais nasúmula do jôso.

Adiantou o relator queviu o jogo er-tre Flamengoe Eangu e que iria julgarpeia ordem de indicação.Ressaltou que o Tribunalsempre • esteve acima dascríticas, pois julgava sem-pre com isenção e pelos au-tos e fichas disciplinares.Primeiramente, referiu-se àbriga entre Paulo Henriquee Ladeira, dizendo que o de-poimento do bandeirlnhaconfirmou que ambos seagrediram com socos e pon-tapes. Por isso os julgavaculpados, mas sem agravan-tes, pelo que votava a fa-vor da pena mínima para ocaso — 20 dias — explican-do ainda que em face dotérmino do Campeonato nãose podia dar a suspensãoem jogos.

AGRESSÃO GRAVE

Em relação a Almir, re-bateu o sustentado pela de-fesa do Flamengo, dizendoque êle não foi para defen-der Paulo Henrique, • maspara agredir Ladeira, "nu-ma corrida vergonhosa, doponto de vista do espeta-culo". Disse que a agressãoera grave, com requintes decovardia, pois Almir piso-teou o adversário caído nochão e por isso lhe dava 80dias, apesar da atenuantedo bom comportamento.Pela segunda agressão —quando já se preparava pa-ra deixar o campo — queprovocou a suspensão dojogo, mais 80 dias.

Quanto a Ubirajara, vo-tou pela absolvição. Em suaopinião, o goleiro só partiupara a agressão, em legiti-

ma defesa, depois de ter sl-do colocado por terra comum soco. E tinha a atenu-ante de ser primário e, in-clusive, detentor de umprêmio de disciplina — oBelfort Duarte.

Itamar, segundo o relator,poderia ter-se colocado en-tre Almir e Ladeira paraimpedir a agressão, maspreferiu agredir o adversa-rio com uni pontapé, Por serprimário, deu-lhe a penamínima para o caso. 40CÜclS.

Ari Clemente t a m b é mpoderia ter apaziguado, naopinião do relator, mas pre-feriu a melhor forma, que.era agredir Almir com umpontapé. Porque o jogadornão gozava da atenuante dcbom comportamento, pediua sua punição por 40 dias.

RENGANESCHI

O técnico Renganeschi es-tava indiciado duas vezes,por invasão de campo eofensas morais ao árbitro,mas o relator acha que otumulto não permitia a ca-racterização da primeirafalta. Quanto às ofensas,baseou-se na súmula e nos•autos para pedir a pena mi-nima, multa de CrS 10 mil,considerando que o réu éprimário.

Quanto a Luis Alberto eSilva, ficou provado queambos se agrediram, pois orelatório do delegado e asúmula são coerentes. Comoambos não tém bom com-portamento, pediu 30 diascie suspensão para cada um.

Finalmente, votou pelasuspeiisão de Valdomiro porGO dias, aplicando-lhe tam-bém a pena mínima, por setratar de primário. Disseque estava provada a suaagressão contra o bandeiri-nha José Teixeira de Carva-iho, que, apesar de arrola-do como testemunha doFlamengo, confirmou intei-ramente a narração dos la-tos na súmula do jogo.

Fluminense negou rescindircom técnico Tim, mas Vascoespera resposta até dia 10

O Sr. Armando Marcial foi ontem à noite à sede doFluminense conversar com o Sr. Luis Murgel, a respeitodo interesse do Vasco em contratar Tim, mas o Presidentedo Clube lhe respondeu que não concorda em rescindir como treinador porque está muito satisfeito com seu trabalhoe só pensa em renovar seu compromisso.

Pouco depois dêste encontro, Tim foi à casa do Vice-Presidente de Futebol do Vasco saber do resultado da con-versa e o Sr. Armando Marcial explicou-lhe que so ele po-dera resolver a situação optando por um dos dois clubes,ficando o treinador de dar a resposta definitiva até o prô-ximo dia 10, quando regressará do Paraná.

posta no final do seu contrato— dia 30 de março — com oFluminense

Tim viajará hoje de manhapara o Paraná, a convite dosseus amigos do Ferroviário,para passar o fim do ano edisse que lá terá tempo neces-sário para decidir qual dosdois clubes dirigirá no pró-xünc ano.

VASCO QUER MESMONo contate que teve com o

Presidente do Fluminense, oSr. Armando Marcial féz quês-tão de esclarecé-lo que nemêle nem o Vasco tinha feitoqualquer proposta a Tim. Noentanto, argumentou que o seuclube está realmente muito in-teressado no treinador e dis-posto a cobrir qualquer pro-

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A TORTURA DO SILÊNCIO

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Jack Ruby está à morte e o mundo sc vol-ta, mais uma vez, paia a tragédia dc JohnKennedy. Longe dc Dallas, outro fato para-leio se desenvolve nessa estranha sucessão deligações perigosas: o escritor William Man-chester é internado em estado grave numhospital de Nova Iorque.

Três anos após a morte de um Presiden-te, o livro que leva êsse nome vem lançar maisluz — ou trevas? — sobre os acontecimentosdc Dallas. Enquanto o mundo se perguntaqual a verdade total sôbrc o assassinato clcKennedy, o assassino de Lee Oswald agonizana prisão levando consigo uma parcela domistério.

Jack Ruby tentou justificar perante aHistória a sua atitude naquele 24 dc novem-bro de 1963, quando matou Lee Oswald dian-te de milhões de telespectadores. Éle disse aoJuiz Warren, da Suprema Corte, que matarapara evitar que Jacqueline Kennedy "Jósscobrigada a prestar depoimento como teste-munha no processo de Dallas".

Na verdade, toda a opinião pública ame-ricana acreditou que Ruby desejasse, com seuato, vingar a família Kennedy, como ura nôvoJusticeiro no melhor estilo do Velho Oeste.Sua personalidade se ajustava bem à figurade um vingador que; de repente, se lança nocentro de tim assassinato histórico, dc umacontecimento mundial.

Mas o crime de Dallas deveria revelar aomundo dezenas de pessoas que, de um modoou de outro, ligariam seu nome ao assassi-nato dc Kennedy. A mais recente figura dedestaque é o escritor William Manchester,personalidade conhecida no círculo Kennedy.Dc um momento para outro, Manchester foilançado no centro da atenção mundial sobreo caso, com seu livro A Morte de um Presi-dente, que Jacqueline Kennedy considerouindiscreto e prejudicial, além de ter violadoum compromisso com a família Kennedy.

JACK, O VINGADOR

Entre Jack Ruby e William Manchesterhá quase nada em comum, exceto a palavraKennedy — que, afinal, penetrou fundamen-te em seus destinos. Agora, porém, a opiniãopública vê ambos em leitos de hospitais, umde câncer e outro de pneumonia. Poderãomorrer, dentro de horas ou de meses. E, sobreeles, sempre restarão especulações profundase irrespondíveis.

Sobre Jack Ruby sc poderá escrever, cn-tre outras coisas, que se chama Jacob Ru-benstein, nascido em 1911 em Chicago e prê-so, cm 1964, cm Dallas, por ter assassinadoLee Harvey Oswald, o réu do crime de Ken-nedy. Antes disso, porém, êle já estivera di-ante dos tribunais. Foi em Chicago, no dis-tante 1923, quando compareceu a uma cortejuvenil por brigas envolvendo seus irmãosSam, Earl c Eileen.

O Relatório Warren aponta os segiJiítesfatos sobre o temperamento de Ruby: "Paraalguns amigos cie tinha um teiúperamenío:quente e era, em geral, levado a atos violen-tos e a palavrões... Em Chicago êle semprese mostrou um elemento capacitado a se de-tender contra as dificuldades... Êle aceitavaqualquer provocação... Gostava de intervirem brigas, principalmente quando via que al-guém estava levando desvantagem..."

O homem que gostava de intervir a íavordas pessoas desfavorecidas em brigas teriaachado a sua grande oportunidade para equi-librar a balança em favor da família Kennedy— e, então, matou Lee Oswald, diante da po-licia e de milhões de americanos, para dc-monstrar que êle enfrentava o perigo em de-fesa dos injustiçados.

A PEÇA PRINCIPAL

Correndo cm defesa da familia Kennedy,Jack Ruby silenciou a voz de Oswald, que po-deria ter esclarecido muita coisa ainda obs-cura sóbre a morte dé Kennedy. E, com êsseato, o próprio Ruby se tornou a peça princi-pai do caso, por ser o assassino do assassino.

O câncer ein Jack Ruby serviu, entre ou-trás coisas, para impedir que êle sc subme-tesse ao detector de mentiras. Segundo os me-dicos, êle não tem condições físicas para fa-lar. E, para os técnicos, o detector mede asrespostas pelos tecidos epidérmicos, que fica-ram alterados agora com os remédios para ocâncer.

Dêsse modo, o complicado xadrez doassassinato de Kennedy perderá uma peçaindispensável: o depoimento de Jack Ruby,três anos após os acontecimentos de Dallas.Bem longe dali, o escritor Manchester tam-bém cai doente, o que impede possa aprofun-dar-se no assunto ou defender-se dascríticas.

Nessa sucessão de coincidências, fica acerteza de que há fatos ainda desconhecidos,do mesmo modo que novos fatos não serãosurpresas. Jack Ruby não pode mais falar,Manchester está num leito de hospital, seulivro caminha para o encontro da opiniãopública. Esses são os fatos.

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2 — Cad. B, Jornal do Brasil, quarta-feira, 28-12-86

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ARTESHAJlttY LAUS

CARMO, QUARTEL-GENERAL DA ARTESalvador — Quem visitar a I Bienal

Nacional de Artes Plásticas da Bahia vaiencontrar na fachada do Convento do Car-mo, local escolhido para sua realização,uma lápide em que se lê: "De maio de1624 a abril de 1625 íoi aqui o quartel-general do norte das forças contra os ho-llandezes. Aos 30 de abril de 1625 nesteconvento assignaram os hollandezes a suarendição". Respira-se, assim, uma atmos-fera do século XVII a partir da entrada.;Sua fundação, no entanto, remonta ao sé-culo XVI, pois teve lugar em ,1586 pelospadres carmelitas calçados portugueses,conforme se lê a folhas 139 do livro 1.9 detombo.

Atravessando-se uma pequena capela,destinada aos escravos que não podiampermanecer na igreja junto aos senhores,o visitante encontrará um belo claustrorodeado de arcadas brancas e tendo nocentro um jardim de plantas tropicaiscom uma pequena fonte. O claustro liga-se ao pátio por um grande arco. Aí o visi-tante entrará em contato com o choquede duas épocas, de duas culturas, isto é,nossa arquitetura colonial e os mais avan-çados exemplos da capacidade criadora dosartistas brasileiros.

O Convento do Carmo possui um mu-seu que também poderá ser visto pelos que

DISCOS POPULARESJUVENAL PORTELLA

vierem à Bahia para a Bienal. Um peque-no livreto dará ao visitante as informaçõesnecessárias sobre a história do prédio des-tacando as mais Importantes salas como aCapela Capitular, cuja pintura do forro éatribuída a Frei Eusébio de Soledade Ma-tos, pintor baiano, bem como uma imagemde Cristo atado à coluna, do escultor baia-no Manuel Inácio da Costa. Na Sala His-tórica encontra-se um quadro comemora-tivo assinalando a rendição dos holande-ses_ e uma òadeira em que se sentou D.João VI. Na mesma sala reuniu-se, em1828, a Primeira Assembléia Legislativa daBahia, sob a presidência do Visconde deCamamu.

Outros pontos a visitar são a sacris-tia, que o livrinho descreve como "a maisbela do País, dado o estilo primoroso bar-roço moderado", a própria igreja com sa-erário e frontal de prata cinzelados porCaetano Mendes da Costa, em 1732, doiscandelabros de prata pesando oitenta qui-los cada um, os três lustres de bronze ofe-recidos por D. João VI quando esteve naBahia em 1808. Na Capela do SantíssimoSacramento encontram-se os restos mor-tais de Bernardo Vieira Ravasco, defensorda Ilha de Itaparica quando da invasão dosholandeses e irmão do padre Antônio Viei-

ra. O altar foi doado à igreja pelo próprioBernardo. v. .Na Capela de Santana, doada à Con-fraria do Espírito Santo em 1674, encon-toam-se em sarcófago de prata as relíquias

ír ,Sa?_,í_}berato' guardadas no conventodesde 1723. Outra curiosidade é o altar deSao José onde se guarda uma imagem deNossa Senhora da Boa Morte sobre a qualescreveu Frei Agostinho da Piedade: "Estaimagem é moderna; porque se colocou naigreja daquele convento em o ano de 1685"

_, __ A_Justalaçao da I Bienal Nacional deArtes Plásticas no Convento do Carmo re-sultou de entendimentos entre o Governoda Bahia e a Ordem dos Carmelitas. Prà-ticamente abandonado, foi totalmente res-taurado segundo modelos originais e sedestina, ao término da Bienal, ã instalaçãodo Museu do Estado cujo acervo está divi-dido na Bahia, uma grande parte reuni-da no Museu de Arte Sacra, impossibili-tando a ampliação dêste último è impor-tante museu que já é o maior da AméricaLatina, no gênero.A I Bienal, se não tiver outro méritoconta desde agora com êste grande servi-ço prestado à permanência da arquiteturacolonial brasileira, nem sempre cuidadacomo deveria ser, principalmente no berçodo Brasil Colonial.

MUSICAKENZO MASSARAN1

QUEM FOIBOM EM 66

Praticamente com o ano encerrado, aproveitoesta semana para uma análise dos melhores traba-lhos em disco, lembrando que embora grande, a pro-dução musical deixou bastante a desejar em qualida-de. De qualquer maneira não se pode deixar de afir-mar que houve umas poucas coisas realmente muitoboas, como os leitores perceberão a seguir.

Vou começar pelas interpretações, ponto fraco ameu ver durante 1966, salvando-se porém o esplên-dido desempenho de Maísa no elepê que levou seunome, lançado pela RCA Victor com o número BBL1363. O disco, aliás, marcou a volta da irrequietacantora ao meio musical brasileiro, mas sua perma-nência foi ligeira uma vez que ela resolveu deixarnovamente sua terra.

Se Maísa soube marcar sua presença entre asdemais intérpretes, entre as quais nomes como' osde Elizete Cardoso e Elis Regina não tiveram a feli-cidade de gravar um disco de grandes qualidades, nosetor masculino o fracasso foi quase geral. A bemda verdade, devo fazer um destaque para Jair Ro-drigues, mas não posso considerá-lo um cantor de-vido à ausência.de certos recursos que me parecemindispensáveis. Parece-me que Chico Buarque con-seguiu rendimento maior — ainda que não seja umcantor — e se tivesse que dar o título a alguém, da-ria a êle.

Gostei muito da atuação de uma moça chamadaElizabete, lançada pela Continental num longa du-ração de nome A Canção que Chegou — PPL 12 289—, para mim uma revelação. É uma pena que elaagora parta para uma solução comercial mais fácil,o ié-iê-iê, segundo se noticiou.Entre as coisas boas do ano devo anotar trêsnomes: Maurício Einhorn, Paulo Moura e Mário Jú-mor. O primeiro, também compositor, revelou-se umexímio instrumentista de gaita, roubando para si ovalor do LP Tempo Feliz gravado por Baden PowellForma 100 VDL; o segundo ainda que conhecidorevelou-se no disco de Rosinha de Valença — For-ma 103 VDL — com a clarineta e o sax, e o terceiroíoi a revelação no órgão, com um trabalho muito efi-

?ientegjçi elepê Uma Brasa com Joni Maza, Copaca-Ainda na área nacional indico como o melhor

£™ ^0T£ecxS&ente Chico BuarQue de Holanda—- Kixü XRLP 5 303 —, pela importância do rener-tono que resumiu os três anos de atividades do au-tor de A Banda. Aliás, Chico ganha também as hon-w_cle %*l™° gra-nde c°mpositor de 1966 e a suade todas &

mmb& Preferência como a melhor

™_.fo°S+de:^el?pês vocais' no meu entender, mais im-?Pvípvfw,4eSte ano que se encerra tam os seguin-V?c#bbS?ÍSRv.(?GE^X,R,LP 5 303); Maísa <RCATelZrfbnS-P' in Toledo (Fe™ata FB 124);lelma Canta Nelson Cavaquinho (CBS 37 443V Pa*.ff ^7-%ParÍ°CaS <P0lÍd0r ™ 44 000); Qua?-íihWnh* v-(f e^° ME"33); *a Madrugada-*Pau-linho da Viola-Elton Medeiros (RGE XRLP 5 2981-%7mFTmae/efs í°deon M0FB 34^; Si:£S5* ÍTL™467)> e Conversa de Botequim — Mo-reira da Silva (Odeon MOFB 3 450)de j£vm

dTíte!>' ?erecemum destaque: O SorrisoI T.,Jai1 Rod"gues (Philips P-765 004P1 • Mú-SS BAT7*la Y%d0 pró*ri0' MkSo

írfeW9)^ Bossa Eter™ — Elizete Cardosoe Ciro Monteiro Copacabana CLP-11 466) • Estamos 'M*mM^

eR(°d«>nMOFB-3 428) fe^ncoSot^L J-° + Bossa Très (Odeon MOFB-3 454)¦Sí «_2? t ^Produzindo shows apenas dois po-

AvZm c°nslderados b°™: Samba Pede PasagemAi aci de Almeida, Ismael Silva, MPB-4 Gruno

pteShrfS^toe Carlos Poiares * 3ronaoi LPNG 4-121) e l.o Temvo 5x0 ClaurlptPSoares e Taiguara (Philips P-eKlSL? ' -eFnnrml-^« das ^miniscências o melhor disco foi

™„___ToquilÍho_.íoi quem se 1-evelou no violão e me-ZZ ^destaque todo especial. Aliás, continuoívíolão? df S_í,°nNOfUCÍra ° melhor instrumSKffiS^ d.a praç?'. AS°ra, a relação dos melhoresdiscos instrumentais de 1966, que separei proposi-tadamente dos vocais: Brasil Dia e Noite, Sil™^J?SST,eJ1TCV}?sbaí (Ode0n MOFB-3 480); Tem-po Feliz, Baden Powell (Forma 100 VDL); Rosinhade Valença ao Vivo (Forma 103 VDL); O Sl doViolão-- Paulinho Nogueira (RGE XRLP-5 296)- ABossa do Toquinho (Fermata FB-137); ConjuntoNewton Samba-Bossa (Continental PPL-12 287)- AsFestas de Junho — Canhoto e regional (RGE XRLP-CLP-lÍ464)a ü

C°m J°nÍ MaZa (c°PacabanaComo o espaço está chegando a fim, concluireiesta apreciação na próxima vez.

CORRESPONDÊNCIA - Ag_«USo . ..__.__„. vol., 4, bo.. f.,1., , Areir,m.n,.l, d. IS ln.pí,i. S.,,.„o; _..,.. _,.._._..„,_,. Vi„!,i_,. Co.lho, Ío httnt-«ompo,,l„,., plm.n„ . v.,.ntim; Míri<> p. M.,0r d, |$ ^.^ •

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A ton P,o_noÇ..,; C.l.ri. OCA; M.dd.d. Ind.p.nd.n,. d. P.d,. Migu.ldó ?""?¦"¦ 'V1'"' d" ''•*""» <>. Ol,co; d. «,„lo,. lli,.,. c.,do.oc!,.».l ! 7

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Mary Poppins não voa alto

CINEMAELY AZEREDO

MARY POPPINS

Dois mundos maravilhosos estãoem maus lençóis esta semana: o dosirmãos Grimm (The WonderfulWorld of the Brothers Grimm) e oãe Walt Disney (Mary Poppins). Oprimeiro tem aproveitamento menosruim nas mãos ãos diretores HenryLevin e George Pai. Já Disney, reúneseu nivel âe desenho mais desinspira-do e as bossas mais velhas de suasproduções com atores, em um resul-tado antidisneyano, se encararmos amarca Disney pelo ângulo de suasmelhores tradições — o fantástico(Silly Simphonies), o grande cartoonque humanizou o Reino dos Animais(séries Mickey, Pluto, Donald, etc), aprocura dapoesia no cotidiano daNatureza (documentários), os dese-nhos de longa metragem que soube-ram captar o encanto das narrativasinfantis (Brancar de Neve, Pino-quio), e o pioneirismo técnico (cria-ção ão desenho animado moderno,Fantasia). Porque Mary Poppins,apesar do Oscar conferido a sua atrize outros menos importantes, apesarda onda de sucesso comercial, já nas-eeu idoso como espetáculo. É umatentativa esforçada para elevar a in-fantiliáaãe (e não a fantasia ãe in-fância) a categoria estética. ,

As declarações de amor âe WaítDisney ao cinema que conta uma his-tória não encontram eco em MaryPoppins. Embora curiosa como pontode partiâa para um filme ão gênero(não conheço o livro âa Sra. P. L.Traver, popular nos paises de língua'inglesa), a história da feiticeira quese emprega como babá em lares ne-cessitados âe amor e fantasia é per-manentemente escamoteada pelaprodução. Sem proveito, porque emfavor de números cantados (ou can-tados e áançaâos) com música e le-trás — de Richard M. Sherman e Ro-

O

bert B. Sherman — sem charme e in-venção. O. único álibi dessas interrup-ções é a atitoridade interpretativa ãeJulie Andrews, de vez em quandodando ao filme u?n pretexto artístico,sem retirar de seu Oscar o caráter âeconsolo pela perda ão papel âe MyFair Lady para Audrey Hepburn.Em The Sound of Music (A NoviçaRebelde), Julie Andrews encontrou,como atriz e cantora, oportunidaâeincomparavelmente superior.

Nos passeios ãas crianças e dababá pelo mundo da fantasia, Disneyreincide na idéia mais infeliz de suàcarreira: a mistura de atores compersonagens de desenho. Com isso, oespectador é sempre lembrado âamestriá técnica da equipe e os atoresse mostram quase tão constrangidosquanto os personagens de cartoon as-sim reduzidos a coadjuvantes. Logoem "Seguida a essa forçada simbioseentre âois veículos, cabe lembrar ou-tra idéia infelicíssima: a colocação ãeDick Van Dike como co-protagonis-ta (Bert). Praticamente isso implicaa mistura âe um terceiro gênero —o filme âe marionetes. Canastrão, en-joativo, ãe presença desagradável,sem credenciais para cantar (só émesmo dançarino), Van Dike temtô-das as limitações e naáa da simpatiade um boneco ãe George Pai. Se nãoaparece mais tempo em cena do queJulie Andreios, êle procura contornarêsse golpe em suas pretensões a es-trêla fazenão mais barulho.

Mary Poppins sofre com maisâois outros erros na formação âoelenco: Daviá Tomlinso, chato diplo-mado, como o very british patrão âeMary; Glynis Johns, boa atriz, deslo-cada no postiço papel de mãe negli-gente, fanática do movimento femi-nista. Salvam-se as pontas: Ed Wynn(o tio de Mary), Reginalã Owen (oáoido almirante Boom), Elsa Lan-chester (a babá demissionária) e Her-mione Baddeley (criada).

A ÓPERA

DOS TRÊS

VINTÉNS

Kurt Weill, nascido em Dessnuno ano de 1900 e desaparecido cin-qüema anos depois no seu exílio deNova Iorque, escreveu Der Protago-nist com Georg Kaiser, e Dreigros-clienòper, Màhagonny, Der jasager,Die Sieben Toãsuenden com Bert Bre-cht; o aluno preferido de Busoni foium músico dos melhores, da primeirametade do século. Dreigroschenoper— isto é, A Ópera dos Três Vinténs —foi estreada a 31 de agosto de 1923cm Berlim, entrando imediatamenteno repertório de quase todos os 190teatros líricos alemães, continuando,até o advento nazista, por mais de2 000 réplicas. Depois, foi correndoo mundo, chegando até Buenos Airese Montevidéu, Bahia e São Paulo;agora, está sendo montada, graças aJosé Mauro e José Renato, também noRio, na Sala Cecília Meireles.

Massimo Mila define a arte daKurt Weill da maneira seguinte:"Para o prazer da simplicidade e sin-ceridade, Weill empobreceu a músicaaté uma linguagem exclusivamentemelódica — melodia de canções popu-lares — e conseguiu dar-lhe o sinistrocansaço, o desacerto moral, as ambi-giiidades eróticas e sexuais do seutempo e do seu país. Nasce com êlecerto estilo de música para o tabarih,estilo Marlene Dietrich, que foi mui-to imitado mas ao qual a língua alemãse adapta de maneira toda particular:canções onde a melodia perde-se vezou outra numa declamação ritmada,de voz baixa, rouca e sensual."

Brecht, escrevendo sua Ópera,inspirara-se na Beggar's Ópera, deGay e Pepusch, representada em Lon-dres justamente 200 anos antes; tra-tava-se de uma sátira inglesa da ópe-ra séria italiana. Com Brecht, a sáti-ra tomou rumos políticos; com Weill,as musiquinhas inglesas castas e arcai-cas chocantes com o feroz realismodo texto, deviam ser substituídas poroutras participando diretamente dês-se texto, com uma ironia igualmenteferoz. A música "é empobrecida aomáximo"; os cantores são desprezadose substituídos por atores cantarolai!-do. E também a orquestra sinfônica éempobrecida e reduzida característicae propositadamente a um conjuntozi-nho barato, trivial, tipo jazz band da-queles dias: se bem lembro, um pia-nino, uma bateria, um par de pistões,um par de saxofones, um par de vio-linos. Alterar êsse equilíbrio entre mú-sica e texto literário, enriquecer, atua-lizar, seria só falsear o espirito da obrade um compositor que, já disse, estu-dará muito bem música com Busonie sabia perfeitamente o que queria.

Mas, mais do que todas as expli-cações e definições, parn lhes dizer oque é mesmo êsse espírito, bastariaque um artigo de jornal pudesse sercompletado por um disquinho em queo próprio crítico... cantarolasse: pou-cas frases dessas melodias, tão célebrese populares também para quem nãoconhece A Ópera dos Três Vinténs,obrigariam os leitores a abrir-se numsorriso feliz: vocês continuariam can-tarolando em coro pois há coisas, namúsica de Kurt Weill, mais conheci-das que La Donna é Mobile, Di QuellaPira ou Vn Bel dí Vedremo.

Música que ficará na história?Não sei; sei porém que, velha de qua-se 40 anos, nada ainda perdeu de suacontagiante vitalidade.

Panorama

das letras

A ESCOLA DO RECIFE ~A Filosofia «la üneoln. <|u He-cite, de Antônio Palm, será opróximo lnnçamento da Edito-rá Saga. Trala-sc de um livroque estuda o surto de Idéiasnovas surgidas na década de70 do século passado, cm pro-funda reação critica ns mani-festações politico-culmrais sur-gidas no Império. Formado cmFilosofia pela Universidade doBrasil, membro do InstitutoBrasileiro dc Filosofia, tendocursado também a Faculdadede Filosofia da Universidadede Lomonosov, em Moscou, An-tónlo Paim se detém neste li-vro a estudar a importância,da Escoia do Recife, a afirma-ção do positivismo, que consti-tuíram uma autentica revira-volta do pensamento brasileirano século XIX, quando se des-tacaram os vultos de Tobia*Barreto, Sílvio Romero, ClóvisBeviláqua.

PAPOULAS NOS TRIGAIS— História de uma família nu-tnerosa- e das incontrolãveiscontingências que conduzemmuitos de seus membros a per-didos caminhos, foi o tema es-colhido por Marília São PauloPenna e Costa para seu últimoromance, Papoulas nos Trlgais,que a Freitas Bastas acaba, delançar. A autora, que, no gé-nero, já nos ofereceu dois li-vros de sucesso, Hotel Edcl-weiss e Solar de São Dimas, airetrata a trama de bastidores-da vida dos Barreto, da so-ciedade carioca, cuja união eaparente felicidade houve deser mantida, até a velhice deseus chefes, à custa de perdõese erros cometidos e de amigasdores sufocadas.

AS AVENTURAS DE TIN-TIM — O valente Tintim vol-ta ao convívio das criançasbrasileiras com duas novasaventuras, ambas tendo por ce-nário as maravilhosas e éxótl-cas paragens do Oriente. O me-nino e seu cachorro Milu es-tão às voltas, desta vez, com.os mistérios do Egito, em OsCharutos do Faraó, ou com em-polgântès peripécias na longin-qua Xangai. Essas históriasem quadrinhos, famosas noinundo inteiro, vêm de serapresentadas pela Edito-ra Flamboyant, em dois álbunscoloridos de Hergé e sua equi-pe de desenhistas, tão popula-res junto ao público infantil. Acoleção As Aventuras de Tin-tira, a que pertencem os ál-buns, é um dos maiores suces-sos internacionais registradosno gênero, nestes últimos tem-pos. ' -

MEMENTO DOS VIVOS —A análise das realidades dospaíses subdesenvolvidos, iren-te à doutrina social da Igreja,consubstanciada nas delibera-ções do Concilio EcumênicoVaticano II, constitui um dospontos de maior interesse nolivro do Prof. Cândido Men-des, Memento dos Vivos, queTempo Brasileiro acaba delançar. Segundo observa o tu-tor, não se fêz defluir o ensi-namento contido potencial-mente na constituição pasto-ral Gaudium et Spes, que veiocompletar o tríptico iniciadocom a Mater et Magistra e aPacem in Terris. O que o Prof,Cândido Mendes faz em seulivro, que traz por subtítulo ÁEsquerda Católica no Brasil,é justamente refletir "um mo-mento de especial conjugaçãodo trabalho da inteligênciacatólica nacional, com a Min-pliação de perspectivas comque se iniciou o Concilio".

UM CADÁVER COMPLICA-DO — Para os fãs de ShellScott acaba de sair si novelaUm Cadáver Complicado, deRichard Prather, autor quecomanda a lista de besl-sellerspoliciais nos Estados Unidos.Desta vez, a história envolveo detective particular comduns gangs de pistoleiros, nocenário dos arredores de LosAngeles. Mulheres bonitas eperigosas estão presentes embom número nessa aventuracheia de suspense, que tem co-mo novidade um cadáver re-cheado de dinamite, egressomisteriosamente do caixãomortuário. Lançamento daEdameris, .em sua- série popu-lar, distribuída também èsbancas de Jornais.

TÉCNICA COMUNISTA —Para John C. Clews, autor deTécnicas da Propaganda Co-muniu la, deve-se ter conheci-mento pleno dos processoscomunistas de propagan-da, sem o que se tornará lm-provável enfrentar com suces-so as campanhas que influen-ciam a opinião pública mun-dial, numa tentativa de neu-tralizav as forças contrárias aocredo vermelho. Exemplo ti-pico da aplicação especifica doemprego dessa perigosa armafoi a denúncia de que os ame-ricanos estariam usando, naCoréia, a guerra bacteriológi-ca. Êsse e muitos outros dadosde natureza concreta são ana-Usados objetivamente no livrode John C Clews. recente lan-çamento das Edições O Cruzei-ro, iniciando a coleção Proble-mas Políticos da Atualidade.

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Panorama

da música

FUNDAÇÃO ARMANDO AL-VARES PENTEADO — Noconjunto de cursos da Funda-Çfto, que s&o dirigidos à, cri-anca, ao adolescente e ao adul-to, prevalece o critério de res-guardar o espírito criador, deestimular o desejo de auto-afirmação no plano social e<le garantir o esforço emanei-pador num clima de respeitohumano. Para alcançar êstesobjetivos, divide-se a Escolatle Arte da Fundação ideali-zada em S&o Paulo por Ar-mando Alvares Penteado em;1) Escola de artes plásticas; 2)Colégio Musical; 3) Escola deBailado; 4) Escola de Arte p/Adolescentes; 5) Escola In-íantil de Arte. O Colégio Mu-Bicai tem por objetivo; a) ini-ciar a infância e a juventudeno estudo da música; b) for-imar instrumentistas; c) pro-poroionar cultura musical aopúblico interessado. O ColégioMusical mantém uma c-rques-tra sinfônica, uma orquestraúe câmara, uma orquestra só<ie harpas (seis harpas... e oRio não tem nenhuma) e umaópera de câmara. Em tôdasestas orquestras os alunosmais adiantados temam parte.A Escola de Bailado visa: a)iniciar a infância e a adoles-cência na.arte do bailado; b)preparar bailarinos. Esta es-cola não mantém corpo de bai-lado, mas abriga e favorecevários grupos de bailados e or-graniza a apresentação delesao público.

UM SUL-AMERICANO NAÍNDIA — o compositor uru-guaiano Hector Tosar — omais prometedor de Montevi-déu — foi convidado pelo Go-vêrno indiano para aprovei-tar de uma bôlsa-de-estudo daUNESCO. O convite foi feitodepois de Tosar ter estreado noTerceiro Festival Latino-Ame-ricano, em Washington suaobra Aves Errantes, inspiradanum poema de Tagore, parabarítono e 11 instrumentos,que usa elementos musicaisorientais. O compositor (queíoi, como Camargo Guamieri,aluno de Lamberto Baldi) pen-sa que um maior conhecimen-to daquela música, "humani-zará a sua obra".

NOVA EDIÇÃO DE BERLIOZ— Para celebrar o centenárioda morte de Hector Berlioz,•em 8 de março de 1969, estáem preparação uma edição his-

. tórico-crltica de tôdas as suasobras, a publicar, com a co-laboração de um grupo Inter-nacional de musicólogos, peloBerlioz Centenary Ccramittee,Londres, .auxiliado pela Fun-dação Culbenkían de Lisboa,ma Editora alemã Baerenrei-ter. A primeira edição dasobras de Berlioz, de 1900 a1907, há muito esgotada, não'corresponde às exigências damusicologia moderna. A novaedição abrange 26 volumes econterá pela primeira vez, en-tre outras mais, a partituradas óperas Benvenuto Celli-_ii e Les Troyens à Carthage,assim como os fragmentos LesFrancs Juges e La Nonne San-grante em edições críticas. Es-tá previsto nesta edição, quetambém incluirá, no suplemen-to, versões de Berlioz de obrasde outros compositores, obrasde autenticidade duvidosa eesboços, um volume profusa-mente ilustrado, com o títuloBerlioz e o seu mundo em Ima-gens Contemporâneas, e um vo-lume de documentos Berlioz, osDocumentos da Sua Vida. Ummaterial de alto valor para amusicologia e muito especial-inente para a Investigação davida e da obra do grande com-positor.

ORQUESTRA SIN F Ó N I C ABRASILEIRA — Estão aber-tas, na sede da OSB, na Ave-nida Rio Branco, 135, sala 918,as inscrições <" Concurso pa-ra jovens solistas e regentesde orquestra de 1967. As piro-vas serão realizadas nos pri-meires dias de março.

ORQUESTRA E CANTO — Opróximo Concerto para a Ju-ventude, da Rádio Ministérioda Educação e Cultura, apre-sentará a Orquestra Sinfôni-ca Nacional e o soprano Ma-ria Teresa Peixoto. No pro-grama, peças de Grieg, Duparce Haendel interpretadas porMaria Teresa e o Concerto emlá menor, de Schumann, exe-cutado pela OSN.

PANORAMA é preparado p.la >_•

Suint. «qulpa: Fausto Wolff (Televisão)— Harry lau» (Artes Plásticas) — Ju.venil Portei* (Discos Populares) -•>

Lg* Burn.tt (literatura) — Míriam

Alincar (Cinema) — Ramo Massarani

(Música) — Sintie àt Montalvern.

(Shows) — Yan Michal-ki (Teatro) —Wilson Cunha (Internacional).

PASSARELAJornal do Brasil, quarta-feira, 28-12-66, Cad.

GILDA CIIATAIGNIER

|j * ffiO MODELO QUE VOCÊ PEDIU

Desenhos de DIANA

Luci Cherman — Laranj ei-ras — Com as nossas deseul-pas pelo atraso da respostadevido ao acúmulo de corres-pondência, aí vai o seu modê-lo para a seda listrada emazul, verde a branco: corte sô-bre o busto, decote em V pro-nunciado, cavas idem. Escrevamais vezes.

Cátia — Ilhéus — Bahia —Para o seu corte de tecidobranco, que tal uma saída depraia estilo qulmono de judô?Faixa laranja vai bem. Parao tecido rosa, vestido da linhaCardin, com alças cruzadasnas costas e recorte losangu-lar na frente. Os contornos são

ESTAMPADINHOPARIS PALA

# Das pulseiras de relógio,largas, com duas fiveli-nhas, como as que se usamem pulso aberto; foram tô-das esgotadas nas grandeslojas e já começam a apa--recer no Rio; *

"Das estam-

párias em flores gigantes,no estilo japonês, bastanteprocuradas para longos deréveillon; * Do penteadoponto de interrogação —cabelos curtos, com mechalaqueada na forma exatasugerida pelo nome — quefaz sucesso entre as cabe-ças jovens; * Das tranci-nhas arrematadas com gre-lots dourados, idéia de Ma-deleine Plaz para quem vaidançar o jerk na noite deSão Silvestre; % Do guarda-roupa que Cástillo assinoupara a peça de André Rous-sin, La Locomotive: mini-vestidos requintados, comcortes geométricos; X Dasmalhas em tom de areiadourada, que vêm substi-tuir o prateado, principal-

A ÚLTIMA HORADA DECORAÇÃO

Três amigas resolveramtrabalhar juntas, fazendo ar-ran jos de Natal. Assim, há dezanos atrás surgia a Zip. Como passar do tempo, a procurafoi crescendo, o trabalho do-brando e elas ampliaram suaespecialidade,. passando tam-bém a decorar igrejas, salões ecentros de mesa, para o usodiário. Tudo, é claro, na basede flores e folhagens de te-cido.

Hoje em dia a Zip possuimuita tradição e nada menosde quarenta tipos de flores,que, combinadas com muitaarte e bom gosto, dão toquefestivo a qualquer ambiente.Bandejas de prata, peças decristal e cestas diversas.de pa-lha, são utilizadas como basespara muitos arranjos.

Acontece que, com a chega-da das festas, Natal e réveil-lon, era preciso ter novas.idéias e inventar mil bossas.,Poi exatamente o que fizeram.O resultado, uma graça. Ar-ranjos bem rústicos para jan-tarzinho íntimo de tipo ame-ricano, alguns mais requinta-dos para festinhas em famíliae um grande número super-colorido e alegre para ocasiõesdiversas.

Três amigas, três idéias,

em pailletés rosados, fazendoum gênero mais hahillé. Voltea nos escrever.

Sônia Maria Pereira — GB— Para a sua mãe que serámadrinha de um casamentoem janeiro, êste redingote emchiffon azul-noite, com man-gas japonesas curtas, decoteem V com transpasse, todocontornado com miçangas èpailletés. em diversos tons deazul. Complementos prateados.

Irene Barros Monteiro —Senador Camará — Êste ves-tido em palha de seda azul, fi-cará ótimo em você, pois tem

medidas corretas. A cintura édeslocada — como manda amoda.— as mangas são japo-nêsas curtas e os detalhes dacintura e do decote são emsoutache prateado. Use com-plementos prateados e sus-penda o cabelo num coque pe-quenino e delicado, bem leve.Escreva quantas vezes quiser.

Se você tem algum proble-ma de moda, escreva para Gil-da Chataignier — O modeloque você pediu — JORNAL DOBRASIL — Avenida Rio Bran-co, 110-3.° andar, que respon-deremos às quartas e domin-dos. Lembramos que não en-víamos respostas pelo correio.

mente para as ocasiões es-portivas; * De um produto-que tira a eletricidade dos

Quem tem medo ileusar êste pallaz.o?

cabelos, fenômeno muitocomum nós íiòs pintados".,

O RIO COMENTA

Os parêos e balis, es-peciais para a festa do Sil-vestre, do Jaguar. Cadamulher quer ser a mais es-petacular, ainda mais que odiscutido réveillon vai serfilmado, como parte do fil-me A Garota ãe Ipanema;

O desaparecimento doMug no mercado, esgotadocom as festas do Natal. NaMitzi Presentes, houvequem oferecesse 50 mil cru-zeiros pelo boneco expostona vitrina como parte dadecoração; * A procurasem limites de maquilagem,fitas, tecidos e acessóriosprateados para o réveillon;as minauáières de prata en-tram na dança e estão sen-do adquiridas mesmo emcâmbio negro; * Os pallaz-zos ousados — etiqueta DaM a r t h a — sensacionaispara a última noite doano.

três sugestões diferentes paraa festa do réveillon em casa:

o tradicional é feito commuitas rosas vermelhas, espi-gas, uvas etc. Tudo arranjadocom muito gosto em rica fru-teira antiga de prata. Combi-na maravilhosamente comcristais e porcelanas numamesa requintadíssima de ceia.

o tropical é bem maissimples. Todo na base de fru-tas, folhagens e muito colori-do. Abacaxis, uvas, mas tam-

bém velas pintadas de doura-do. Nada melhor para enfeitara mesa, onde vai se reunir afamília, sem maiores cerimô-;nias.

— a ceia moderninha e in-formal pode não ter centro demesa mas um detalhe engra-çado em qualquer parede dasala. Relógio antigo marcan-do as doze badaladas, fitas co-loridas Imitando longas ser-pentinas, bolas e o Mug, quevai dar sorte o ano todo.

Ano Nôvo tropical ê assim, vetas econtas prateadas entre uvas e abacaxis

LÉA MARIA

fpfvV JH¦ÉÍíÍKÉK

Fim de ano de MinistroAmanhã, o Ministro Roberto Campos oferece umalmoço pequeno, em seu gabinete, a um grupo de jor-nalistas. Almoço de fim de ano. O Natal, a famíliaCampos passou na casa de Edmar de Sousa, em com-

panhia de outro Ministro, Nascimento Silva. A ms-nhã de anteontem foi tôda dedicada a üma conver-sa, a portas fechadas, com o Secretário de Finançasdo Estado de S. Paulo, Delfim Neto, o qual, por'si-nal, já pertenceu à equipe de trabalho do Ministrodo Planejamento. De seus companheiros no Ministé-no, Roberto Campos ganhou, dentre outros presen-tes, volumes do nouveav- roman francês, do qual éaficionado.1 Brocoió sem condições

Esta semana, ainda antes do final do ano D ,Ema Negrão de Lima estará em Brocoió, aonde ini-ciara as instruções para uma urgente e ampla refor-ma da casa que é de propriedade do Governo esta-dual. i_ que a construção vai ser remodelada por nãooferecer um mínimo de condições de conforto oaraos seus eventuais hóspedes.As mulheres assexuadas

II e g i na Ro.. e m burgo;quando^ voltar de. Paris,estreará no cinema nacional

Picadinho

© Vera Lãfer, a mais re-cente adepta do parêo. Aca-bou de comprar um, laran-ja e branco, tailiano.

O O livro de StanislawPonte Preta, Festival deBesteira, esgotou em 6 diasde venda. Já está sendo pre-parada uma segunda edi-ção.

© O jantar para domingo,dia 1° do ano, no refrige-rado do Nino, já está com-pletamente tomado, com tô-das as mesas do restaurantereservadas. Ao que tudo in-dica, será animadíssimo.

C Geraldo Queirós, criticoe diretor de teatro, acabade ser nomeado para ocargo ãe diretor do JoãoCaetano.

t> Nelson Pereira dos San-tos, atualmente, está traba-lhando na fase de monta-gem do seu filme, O Justi-ceiro.

Q Amanhã, reúnem-semembros da comissão quedecide do financiamento arealizadores de cinema na-cional. Estarão juntos, àtarde, numa conversa final,o Governador Negrão áeLima, o Secretário Carlos deLaet, Carlos Alberto Vieira,diretor do BEG, e FernandoFerreira, diretor da CA1C.

e No dia 20 de Janeiro es-tanto de volta ao Rio, Ro-gério e Elizabete Marinho.Depois de tima longa estadana Europa, onde Rogériosubmeteu-se a uma bemsucedida intervenção cirúr-gica na vista.

9 Já podem ser feitas asreservas de mesas para anoite de 31 no Petit Clube,que como acontece todos osattos, abrirá suas portas pa-ra a ceia de passagem deano.

O No Bistrô, tim réveillonfechado, com cerca de 20 ca-sais da alta sociedade fa-zendo ali a sua festa. Dentreos que já estão cotn mesasmarcadas para o restauran-te de Mauro Travassos: osGustavo Capanema, SérgioBaouth, Sousa Campos.

O Ontem, hoje e amanhã,eleições — a que nenhumprofissional de imprensa po-de faltar — no Sindicato deJornalistas.

Helô Amado esta sema-na posou para uma reporta-gem com as jóias mais re-centes de Caio Mourão.

O Outro réveillon esporti-vo: o de Maria Lúcia e Már-cio Braga, em seu aparta-mento da Vieira Souto. Seráum open house.

No Floresta CountryClube, Bia Cavancânti estáorganizando uma festa parapassagem do ano. Ao ar li-vre, com roupas esportivas.1

O A decoração dos salõesão Copacabana, para o ré-veillon, está setido feita porMarise Miranda Freitas. NoMeia-Noite já têm mesas re-servadas os Bernardino deCampos e os Jorge Veiga.

O conhecido decoradorDacosta acaba áe ãeixar aMontmarte. Começará a tra-balhar como free lancer.

O A manhã, inauguraçãodo terraço de verão ão apar-tamento de Gilda e HaroldoKasttup, no Pôsto 6.

No jantar que o MinistroRaimundo áe Brito ofereceuao Presiãente Castelo e aseus companheiros ãe outrosMinistérios, a maioria áasmulheres usava penteaão àbase áe meias perucas, gê-nero elmo.

Numa recente declaração, que provocou, inclusi-ve, um violento e controvertido artigo na revista Elle—,o assunto do momento, em Paris —, o fotógrafode moda e agora diretor de cinema, William Klein(autor do filme Polly Magoo),. disse: "Para mimuma mulher que não segue a moda e que se veste'hoje em dia, com saias que cubram os joelhos é uma'mulher assexuada. E eu tenho muita pena dela " Eutenho mais pena da mulher sem preparo físico queinsiste em mostrar os joelhos."As boas promoções

De um modo geral, e apesar de alguns terem fi-cado de fora da lista, as promoções do Itamaratiefetuadas anteontem, tendo em vista apontar novosembaixadores, foram muito bem recebidas nos cir-culos da casa de Rio Branco.Filme milionário

A Garota de Ipanema de Vinícius deMorais e deLeon Hirschman, ao que tudo indica, será um filmea alcançar sucesso popular, comercial e até interna-ciona]. Em cores, produção orçada na casa dos 200milhões, tem. tudo para resultar num bom trabalho.Regina Rosemburgo fará uma ponta, Rubem Braga,no papel do pai da garota, chega a ter uma fala emque faz uma cena com a-filha que chega tarde emcasa; e Pedro Correia de Araújo está sendo cogitadopara lazer um papel de homem mais velho. Além domais, Nara Leão, Baden Powell, Chico Buarque, Ro-berto Carlos e muitos outros cantores participarãoda_historia. O filme — que ainda deverá contar comJoao-Paulo Adour no papel de namorado da garota;para isto João-Paulo posou para fotos, durante tôdaa tarde de ontem — pelo menos tem uma. boa dose.de pitoresco.Bob e a Shrimp.on

Há dias atrás, Milton Lomancinsky recebeuuma carta de Paris, de seu amigo Bob Zaguri, quelhe conta estar saindo, agora, com a célebre mane-quim inglesa Jean Shrimpton. Êle, até pouco tem-po atras, podia ser visto quase que tôdas as noitesdançando o jerk — no estilo mais harmonioso queja vimos —, no Chez Castel. Ela, até pouco tempotambém, circulava acompanhada de seu noivo oator Terence Stamp.Loteria

Uma questão de sorte: João Goulart — e pou-ca gente sabe disso — há 3 meses atrás ganhou nalotem do Uruguai um prêmio bastante 'gordo, quetraduzido em cruzeiros dá mais ou menos 400

milhões.

Lynda viaja secretoDesembarcou ontem pela manhã em Acapulcorodeada de grande segredo, a filha do PresidenteJohnson, Lynda Bird. Presumiram os jornalistasmexicanos que a moça achava-se acompanhada deseu namorado, o ator George Hamilton, o que afinalnao foi afirmado, pois foi proibido ao pessoal da im-

prensa aproximar-se sequer do avião. Merle Obéròne seu marido, o industrial Bruno Pagliari; foram re-ceber a filha de Johnson no aeroporto, para hospe-da-la em sua casa, qúe é uma mansão à beira domar e na qual haverá uma festa íntima de réveillon.A presença de Hamilton não ficou assegurada, inclu-sive porque o Aeroporto de Acapulco, 5 horas antesda aterrissagem do avião (que era particular), foiinterditado a curiosos.Ao chegar o "Libertad'

Duas festas estão programadas pelos argentinospara quando a fragata Libertaá chegar ao Rio. Umbaile na Embaixada, black-tie, a 7 cie janeiro, e ummovimentado coquetel a bordo do navio, oferecidopelo comandante Juan Torti, no dia seguinte.Trocas de compras

Esta semana vem sendo de dias de trocas, naslojas da Cidade. Ná Snob, chega a estar afixado umcartaz que diz: 'Por favor, não queira trocar aqui;o presente que você ganhou foi comprado com tan-to carinho..." * .

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68 PAÍSES NA IX BIENALPara a IX Bienal de São

Paulo, a ser Inaugurada em23 de setembro de 1967, fo-ram enviados convites atra-vés do Ministério das Rela-ções Exteriores, a 68 países.Eis um balanço da particl-pação internacional, que trl-plicou entre a primeira, em1951, e a oitava, em 1965.Nas duas últimas Bienaisforam exibidas obras de ar-tistas de 55 nações,- incluiu,-do-se as da representaçãobrasileira. As nações exposi-toras estrangeiras constan-tes, que participaram Inin-terruptamente nas oito Bie-nais, foram a Alemanha,Áustria, Bélgica, Bolívia, Ca-nada, Chile, Estados Unidos,França, Grã-Bretanha, Ho-landa, Itália, Japão, Suiça eUruguai. Com participaçãoem sete Bienais temds Cuba,Israel, Iugoslávia, Paraguai,Portugal e Venezuela. A se-guir, com trabalhos expôs-tos em seis Bienais, encon-tramos a Argentina, Espa-nha, Finlândia, Grécia, Mé-xico, Noruega, Peru e Viet-name. A partir da IV Bie-nal, em 1957, passaram acomparecer: China, Colôm-bia, Haiti, Panamá, Polônia,Suécia, Tcheco-Eslováquia oUnião Sul Africana. Começa-ram a enviar trabalhos per-jnanentemente: na V Bienal,a Guatemala e a índia; naVI, a Bulgária, Hungria e aURSS; na VII, a Austrália,Coréia, Senegal, Síria, Taiti,Trinidad e Tob ago; naVIII, Nova Zelândia e Filipi-nas. Com interrupções noenvio de obras, encontramosas Antilhas Holandesas, Cei-lão, Costa do Marfim, CostaRica, Dinamarca, Equador,Honduras, Indonésia, Irã,Luxemburgo, Nicarágua, Ni-geria, Panamá, Paquistão,RAU, Romênia e Salvador.Incluindo o Brasil, já parti-ciparam 67 nações, còmobras de desenho, pintura,gravura e escultura.

O GÊNESE DE ZORAV1AA Galeria Espaço, em

Porto Alegre, está apresen-tando uma exposição ãegravuras ãe Zoravia Bettiol,sob o tema ão Gênesis, comapresentação ãe MárioQuintana: "As espantosas esingelas histórias âo Gênesissão dessas que continuamacontecendo na memóriados homens, com todos osepisódios âe cada uma ain-da vivos na sua dramatici-dade. Ê o que nos mostraZoravia nestas duas gravu-ras: us sucessivas cenas derada história parecem apre-sentar-se simultaneamente,para formar a ]ace única âa"beleza".

VASCO PRADO NA AR-GENTINA — O escultor gaú-cho Vasco Prado, está, ex-pondo na Art-Gallery, emBuenos Aires. Bolsista doGoverno francês em 1947-48,Vasco já fêz exposições in-dividuais no Rio, Belo Hori-zonte, São Paulo, Salvador,Curitiba, Punta dei Este eMontevidéu, no Uruguai eCordoba, na Argentina. Le-ciona escultura no AtelierLivre da Prefeitura de PortoAlegre e possui entre outrosprêmios: Medalha de Prata,(III Salão do Instituto deBelas-Artes de Porto Ale-gre); 1.° Prêmio no Concur-so para o Monumento a Vi-la-Lôbos; 2.° Prêmio (XXSalão Municipal de Belo Ho-rizonte). Em novembro úl-timo, o Museu de Arte doRS organizou uma retrós-pectiva sua, de 25 anos deescultura.

INFÂNCIA EJUVENTUDE— Acaba ãe ser inauguradono Museu Nacional áe Be-las-Artes, a exposição âe de-senhos e pinturas âos alu-nos ãas escolas primárias âaGuanabara, participantes âoI Co?wurso ãe Turismo paraa Infância e a Juventude.A comissão julgaâora estevea cargo âe Ana Leticia, Gio-vana Bonino e Ivã Serpa,classificando: Ifl lugar, LuisCarlos âa Pieâaâei da^Esco-la Conselheiro Zacarias ãeGóis; 2.° lugar, Cláudio Mar-cos Viveiros Correia, ãa Es-cola Orâem e Progresso.Com Menção Honrosa, AnaKátia Povolere Ferreira, âaEscola Sum Yat Sem e Jor-ge Guimarães Saise, âa Es-cola Conselheiro Zacarias ãeGóis.

A FRANÇA NA IX BIE-NAL — O Conselho de Ad-ministração da AssociaçãoFrancesa de Ação Artística,decidiu abrir o crédito ne-cessário à participação daFrança na IX Bienal de SãoPaulo. O crítico de arte Mi-chel Ragon será o comis-sário-geral, em substituiçãoa Jacques Lassaigne. Paracomissários artísticos na VIBienal de Teatro, foramconvidados Suzanne Rey-mond e Félix Labisse.

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Klaus Scheel(melhor direção.Força do Mnr,l

Klaus Sclieel

27 anoi * Estoniano, da Reval * Cursas d*Engenharia no Instituto Tecnológico de A»-ronáutica (ITA), em São José dos Campos;Folosofia, na Universidade de São Paulo;Direção Cinematográfica, no Museu de ArteModerna do Rio * Professor de Tealro naEscolinha de Arte de Santa Teresa, paracrianças.

— O cinema é para mim umapossibilidade (meio) de criação, co-municacão e trabalho.

— Gláuber Rocha, Luís Bu-fiuel, Luchino Visconti'.

— Sim. Pretendo integrar-me no movimento do Cinema Nôvobrasileiro, e o primeiro passo nosentido da profissionalização será adireção de um documentário finan-ciado pela Secretaria-' de Turismoda Guanabara (Prêmio do Festi-vai).

— Força do Mar.— A primeira expressão ar-

listica surgiu com Humberto Mau-ro, e atualmente a nova geraçãoque luta por um cinema humano ebrasileiro parte desta realidade.

— Trabalho em dois roteirospara o cinema profissional, um lon-ga-metragem e um curta-metra-gem (ambos ficção). Viagem à Itá-lia (prêmio do Festival) paraaprendizado e trabalho como esta-giário.

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Fausto Balloni (diretordp filme de maiorcomunicação, A Roupa)

Fausto Balloni

31 anoi * Carioca * Estudante da Arquitetura.

— O cinema é a arte maisrepresentativa do nosso século, nãoé uma arte de elite e atinge direta-mente a camada popular.

— Orson Welles, FedericoFellini, Akíra Kurosawa, Jean-LucGodard.

— Sim.. O caminho mais pro-vável me parece ser através daparticipação em produções, travarconhecimento com realizadores e,sobretudo, tião abandonar nunca osentido prático da profissão.

— Força do Mar.— Em potencial, talvez dos

mais representativos. Já temos aliguns resultados que provam isso.

— Assistência de direção dapróxima produção da DIFILM (LuísCarlos Barreto).

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BRASIL 196(5

O CINEMA MAIS JOVEMMAURÍCIO GOMES IEITE — Fotos de EVELINE MUSKAT (cortesia Fatos 6 Fotos)},

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Joel Macedo (dire-tor do melhor filme,Qunrto Movimentou

Joel Macedo

19 anos•cio logiabaia.

carioca * Vestibulando de So-Atuação no Cine-CIub» Samam.

—.Pela absoluta necessidadede se dizer amplamente e de podermaterializar êsse amplo.

— Formais nenhuma (porenquanto). Ideológicas. AndrzejWajda, Luchino Visconti.

— Sim. fi a maneira segurade manter-se em comunhão coti-diana com o cinema.

— Força do Mar.— Vai ficar.— Pesquisar muito técnica-

mente, antes de aceitar qualquertrabalho de participação decisiva.

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José Carlos Avelar(m elh or câmara,Força do Mar)

José Carlos Avelar

29 anos * Cario» * Jornalismo, critica d«cinema, fotografia amadorísíica.

— Porque é a linguagem idealpara se falar dos problemas do ho-mem do nosso tempo.

— Influências ou grande nd-miração? Certamente, a fotogra-fia de estilo documentário ou jor-nalístico: Eaoul Coutard à frente,as Atualidades Francesas, o Ricar-do Aranovich de Os Fuzis, o LuísCarlos Barreto, de Vidas Secas.'

— Sim. Creio ser mais fácil• iniciar-me como fotógrafo, mas gos-taria de fazer montagem e dire-ção. E será necessário antes umtreinamento amador, porque é pre-ciso experimentar muito, e o pro-fissionalismo não o permitirá.

— Não vi todos, mas entreos que conheço prefiro A Roupa.

— Está acabando de nascer.Depois do primeiro momento deluta pela afirmação, o que se cha-mou de Cinema Nôvo, começa a semover com maior segurança. As-sistimos agora a um grande tralllerdo que será o cinema ; brasileiroamanhã. Não sei se outros cine-mas terão um tralller tão promis-sor.

— Faço, no momento, a fo-tugrafia de O Velho e o Nôvo, do-cumentário sôbre Oto Maria Car-peaux. Em seguida, devo fotogra-far e co-dirigir As Duas Mocl-nhas, com Antônio José.

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Fík-i I

Paulo Alberto Spares(proilulor do melhor fil-me, Quarto Movimento^

Paulo Àlljerlo Soares

18 anos * Carioca * Primeiro ano de Direitoria Faculdade do Eslado da Guanabara *Aluou em peças amadoras da tealro.

—-Ê a maia comunicativa,mais direta, mais eficaz cie todasas artes. O cinema, a meu ver, re-sume em si o maior meio de expres-são do artista moderno.

— Deus e o Diabo na Terra doSol (Gláuber Rocha), A Hora c Vezde Auçusto Matraga (Roberto San-tos), Oito e Meio (e toda a obra deFederico Fellini), obra de OrsonWelles, obra de Jean-Luc Godard,

— Sim. Se recebesse umaoportunidade, me dedicaria corao máximo empenho ao cinema.Talvez explorando êsse excelentecampo do curta-metragem e cm se-guida partindo para uma obra com-pleta.

— Ciclo e Quarto Movimento.— Há perspectivas excelentes.

Creio que estamos em fase de am-pio progresso. Não podemos pararnem um segundo; o Cinema Jovembrasileiro tem uma força raramen-te encontrada em outros cinemas(sobretudo na fase atual de nítida

crise do cinema europeu).— Roteiro para um curta-me-

tragem (não tenho, porém, finan-ciamento nenhum — falta o tutu!).

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Rogério Sganzerla (melhormontagem, O Pedestre, Olhopor Olho, Documentário)

Rogério Sganzerla

20 anos * Catarinense, d» Joaçaba * Estu-dante d» Direito (Mackeniie, São Pauto); umlivro de histórias infantis aos seta anos *Crítica de cinema no Estado de São Pauto,Visão • Jornal da Tarde

— Porque é um negócio di-reto.

— Jean-Luc Godard (eviden-temente), Howard Hawks e os ci-neastas esquerdistas italianos(Francesco Rosi etc).

— Sim, com um projeto delongra-metragem que preparo comNeville D'Almeida e Geraldo Velo-so.

— Joãozinho e Maria.— fi um cinema livre e anor-

mal, mas contraditório, difícil. Umaaventura rumo ao desconhecido.Exige coragem.

— Fazendo crítica, por en-quanto, antes de conseguir-os meiosde meu primeiro filme.

ilfnrcío Ilíllon TSorgeu (M-rclor ilo filme de maior in-vciuiva, Joãozinlio c Maria/

Márcio Hilton Borges

20 anos * Mineiro, de Belo Kcriiont» *

Terceiro Ano Clássico * Féz crítica do cl<noma no Diário dii Tarde, do Belo Horizon<te, atuação no Cenlro do Estudos Cinemi<tográfices de Minas Gerais. {

— Porque é a única coisa quades-jjo fazer.

— Howard Hawks, SamueíFullcr, Arthur Penn.

— Sim. Principalmente dt-pois da oportunidade que me foidada, pelo Festival, de trabalhar aolado de cineastas profissionais. An-tes disso, existia apenas a imensavontade de me profissionalizar noramo que escolhi.

— Olho por Olho.— É o cinema do ano 2 000Í

completamente independente ' eapaixonado. As dificuldades de rea-lização são ultrapassadas com vio-lência e obstinação e isso implica* .também, num partUpris estético.iNosso cinema é algo furioso, sen-*timental e explosivo. !

— Realizo atualmente um oiwtro curta-metragem em 16 mm: ORato Atômico. Depois, pretendaaceitar os convites que me foramfeitos para voltar à critica em Be»,lo Horizonte. Em seguida, virei pa«ra o Rio tentar a profissionalizarção através do contrato com ojMAPA aue ganhei no Festival., "

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Neville D'Almcida (diretordo filme da melhor faixasonora, O Bem-Aveuluratlo);

Neville D'Almeida

25 anos * Mtnoíro, de Belo Hcríionfe *Curso de formação do atores, atá o 2.9ano, no Tealro Universitário da Universídaido de Minas Gerais; ator, no TU, em EÜctU.o Usam Black-íie, assistente do direção emO R:pio das Cebolinhas * Diretor de unicurta-mclragem inacabado em Nova lerqus(ondo fez um Curso de Produção Cincmalc*grafica) That Night in >the Bcwery * Busl.ness-msn.

— Porque é o meu caráter e ]o meu sexto sentido, único meiapossível de expressão e realização.Já tive experiências em mais de 18tipos d-3 profissão. Dsfinitivamen»te cinema.

— Jean-Luc Godard, Vittorio.dc Ectta, Guaraçi Rodrigues, Fran-cesco Rosi, Geraldo, Veloso, HowardHawks. . J|

— É uma progressão lógica, jjO que eu gostaria mais atualmente S"seria dirigir um filme de episódioscom Rogério Sganzerla e GeraldoVeloso. Vou iniciar contatos nosentido de concretizar a idéia, tal-vez êste ano ainda.

— O Bem-Avcnturado e Olhopor Olho.

— Cada vez maior. Tem to.dos os elementos para rir a ser amelhor cinema do mundo. O cine.ma nacional Cinema Nôvo é umfato consumado e irreversível.

6 — Sou assistente de direçãode um curta-metragem de MareioHilton Borges, O' Rato Atômico, emfilmagens. Depois, pretendo par.tir para o esquema de um longa.metragem de episódios.

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Jornal'do Brasil, quarta-feira, 28-12-66, Cad. B — 5

Os balanços cinematográficos do ano|-:-íc aproximam, e serão incompletos se es-

queccrem que, ao lado das exibições comer-ciais e dos programas de cinema de arte,liouve no Rio, em 1966, um acontecimentode grande importância: o II Festival doCinema Amador JB-Mesbla.

Espectadores e críticos já deram suaopinião sobre os nomes que o Festival re-velou. Agora, chegou a vez dos amadoresdizerem alguma coisa. Se apenas os pre-mitidos íalam, é porque uma seleção sotorna obrigatória — e as declarações va-lem como balanço.

Entre os 18 mais jovens cineastas bra*

sileiros, cinco foram marcados por Jean-Luc Godard e outros cinco por FedericoFellini, e no Brasil quase só há GláuberRocha; os diretores de fotografia de. maiorInfluência são o francês Raoul Coutard, o-italiano Gianni di Venanzo e o brasileiroLuis Carlos Barreto; e o melhor filme doII Festival do Cinema Amador JB-Mesbla,segundo a maioria, é Força do Mar (deKlaus Scheel).

Dezoito premiados no Festival, com aidade média de 21 anos, quase todos estu-dantes e entusiastas do Cinema Nôvo bra-sileiro, foram ouvidos em seis questões bá-sicas, que pretenderam verificar de ondo

vieram, o que pensam e para ondo vão osdiretores, fotógrafos e atores de cinemaamador que, durante uma semana, ocupa-ram a tela do Cinema Paissandu,

Eles surpreenderam a critica e os ci-neastas profissionais; arrancaram do pú-blico aplausos às vezes só ouvidos em pré-estréias de filme francês (ou da área so-ciallsta); revelaram um cinema jovem, li-vre, cheio de idéias e de vitalidade, ape-sar das naturais incorreções técnicas e di-íiculdade de expressão.

Dos premiados, o centro de ação sedivide entre Rio (a grande maioria), Minase São Paulo. Uma pergunta encontrou una-

nlmldadc absoluta: todos querem tornar-so profissionais (embora ainda não sai-bam como). E se estão fazendo cinema,ainda de acordo com a maioria, é porque

momento exige, antes de tudo, comuni-cação — e bem rápida. —

Seis questões— Por que o cinema?

Z — Quais ás maiores influencias querecebeu?

— Pretende tornar-se profissional?— Qual o melhor filme do Festival?— Que pensa do cinema brasileiro?— O que vai fazer (ou já íaz) agora?

Panorama

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Harry Roitman (co-dire-tor ilo filme ile maiorcategoria técnica, CicloJ

'Harry Roitman

12 anos * Carioca * Quinto ano de Arqui*_ u\un * Assistente do direção de Calçadas

.' do Rio* concorrente ao I Festival do Ci-nema Amador JB-Mesbla.

— O cinema é o meio de ex-. pressão mais completo, coraunican-! do a grandes massas a expressão

. artística mais característica da, nossa civilização industrial.

— Alain Resnais (Ano Pas-. sailo cm Marienbacl), Orson Wel-

j. les, Federico Fellini.

— Sim, a perspectiva maisimediata da equipe Ciclo é a reali-

. y.acão do documentário para oI INCE.

— Ciclo.

_% 5 — O cinema brasileiro, queftem suà maior representação em' Glauber Rocha e Nelson Pereira

tios Santos, ainda está em fase de' afirmação de estilo e técnica. Tal-vez, principalmente devido à faltace uma infra-estrutura industrial,

, possui (muitas vezes) característi-,cas amadoristicas (técnicas) porém

: se impõe por sua temática íorte e; ,vibrante.

G — O documentário do INCE|[(prêmio do Festival).

Murilo Porto Car'reiro (melhor ator,F'0 r ç a do Mar)

Murilo Porto Carreiro

s&8 anos * Pernambucano, do Roelfo * Es.l-jdanlo de Direito, atuou «m toatro ama.

;^or no Recife.

— Por ser um meio de gran-.«le divulgação da arte, dos costu-./mes, da civilização e da Históriai<ie um povo.

— As da espontaneidade.

3 — Sim, -com o pensamento•Ide integrar-me no movimento atualNo cinema brasileiro.

í 4 — Força do Mar.

A 5' — Em plena evolução, conside-lio, o Cinema Nôvo o caminho mais

* Válido.: ,; -

gg 6 — Tomarei parle num filme| de longa-metragem com a equi-|pe que realizou Força do Mar, e'|>tainbém. outras produções para as1 fluais fui convidado.

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Roberto Maia (co-ilire-tor do filme de m ai orcategoria técnica, Ciclo)

Roberto Maia .

25 anos * Paulista, da Capital * Cursos dlArquitetura • Programação Visual.

— Por sua íôrça de comuni-cação e expressão das massas.

— Alan Resnais, Gianni diVenanzo (Os Amantes de Florcn-ça). Federico Fellini (Oito c Meto),Gláuber Rocha.

— Sim, a perspectiva maisimediata da equipe Ciclo é a reali-zacão do documentário para oINCK.

— Ciclo.

— Em Gláuber Rocha, Nói-son Pereira dos Santos, RobertoSantos, Joaquim Pedro, a esperan-ç-a do poder de afirmação do cine-ma brasileiro.

— O documentário do INCE.

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Bruno llarreto (o maisjovem diretor. TrêsAmigos Nüo se Separam)

Bruno Barreto

11 anos " Carioca * Curso Ginasial.

. 1 — Porque é uma arte cultu-ral, instrutiva e moderna, princi-palmeute no setor da fotografia.

— As fotografias de filmeque mais me impressionaram ío-ram as de Vidas Secas e A Horae Vez ilc Augusto Matraga.

— Sim. Pretendo ser diretorde fotografia c câmara, não gos-to muito de dirigir.

— Não vi todos, mas dosque vi o que mais gostei íoi Copa-cabuna.

— Acho que é um cinemamoderno e que é dominado pelanova geração; apesar de enfrentarmuitas lutas, ainda não desanimou.

— Faço e íarei fotografia ci-nomatográíica, principalmente dedocumentários, que é o que eu gos-to mais.

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Reinaldo Marques (co-ili-retor do jilme ile maiorcategoria técnica, Cido,)

Reinaldo Marques

24 anos * Piauiense, de Parnaiba * Quintoano de Arquitetura; Curso de Cinema doMuseu de Arte Moderna do Rio.

— O cinema é o mais com-pleto meio de expressão, de maioríôrça comunicativa e maior liber-dade de criação (às vezes!).

— Alain Resnais (Ano Fas-sado cm Marienbad, Uiroshima,meu Amor), Orson Welles, Federi-co Fellini, Irigmar Bergman.

— Sim, a perspectiva daequipe Ciclo é a realização dodocumentário para o INCE.

— Ciclo.

— O Cinema Nôvo ainda es-tá em fase de afirmação, com óti-mas perspectivas, tendo em Nél-son Pereira dos Santos e Gláu-ber Rocha um ponto de partidapara o amadurecimento do cinemabrasileiro.

6 — OINCE.

documentário para o

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Âmlrea Tonarei (menção honrosapela fotografia de O P c d c s t r c,Olho por Olho e Documentário)

Andréa Tonacci

22 anos * Italiano, de Roma * Estudante daEngenharia.

— Gravura íoi o inicio, masfaltava movimento; depois fotógra-fia, mas só havia o instantâneo;daí o cinema como vida e movi-mento. Cinema para roubar umadimensão crítica da realidadeaparente das coisas, do cinismo, da.paixão e dos fatos que selecionamo cotidiano. E seria um grande la-drão ou um graftde assassino senão íôsse o cinema, assim serei umgrande ladrão por meio do cinemapara tomar-me um grande assassi-no.

— Cinema americano aindaé a escola, Raoul Walsh, HowardHawks e os velhos; nessa linha, naFrança naturalmente Jean-LuoGodard; Marco Bellocchio; na ío-tograíia Gianni di Venanzo e RaoulCoutard; e Gláuber Rocha.

— Sim, mas conservando umcerto espírito do amador paramanter a liberdade, se todo profis-sional tivesse um espírito amadore uma prática profissional, falandodo Brasil, imporíamos ao mundo oespírito de liberdade, careteristicodo brasileiro. Sou italiano, mas edaí? Vivo aqui há 14 anos.

— Sem - brincadeira, Do-cutnentárlo.

— Validade total, revolta to-tal, constatação . total, critica to-tal, consciência total, paixão total,Cinema Nôvo, claro.

— Antes de tudo cavarum esquema para passar uns anosna Europa, para abrir os olhos nomundo e não só no Brasil. Depois,voltar e largar brasa; o que eu nãoquero é parar. Não consigo ver' umlimite; se um dia terminar algo eachar que êste é o íim, é o fracassototal.

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Márcia Rodrigues(melhor atri:,Quarto Movimentou

Márcia Rodrigues

17 anos * Carioca * Curso ClássicoTeatro (Estúdio Raquel Levi).

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— Não foi questão de esco-lha, e sim de oportunidade.

— Não posso citar nenhumainfluência porque a coisa foi bas-tante intuitiva.

— Sim, mas no teatro.• 4 — A Roupa.

*5 — Pela vontade e febre de

se fazer cinema que há entre a ju-ventude atual, vê-se que o nossocinema atingiu um nível compara-vel ao bom cinema mundial.

' 6 — Estou trabalhando comNelson Pereira dos Santos no fil-me El Justicem. E vou coiv.eçr.r,com Leon Hirzshman, Garota doIpanema.

Tiago Veloso (menção honrosa pelafotografia ile O Bcm-Aventurado, João.zinho c Maria e Ocorrência Folicinl)

Tiago Veloso

18 anos * Mineiro, de Belo Horizonte * Cur-so Clássico * Assistente de Câmara emO Milagre de Lourdes • Inlerregrio; n*equipe de Aleluia (três curta*metragens mi*neiros).

— Porque è o meio de ex-pressão mais moderno, mais atual.

— Não posso dizer que tenhasido influenciado por alguém, masaponto alguns grandes fotógrafosatuais: Raoul Coutard, Claude Re-rioir, Gianni di Venanzo, GiuseppeRotuno, Enio Güarnieri, RusselHarlam (filmes de Howard Hawks);no Brasil, Mário Carneiro, Fernan-do Duarte, Valdemar Lima, LuísCarlos Barreto (Vidas Secas).

— Através de um processo deaperfeiçoamento, pela participaçãoem filmes amadores, pretendo tor-nar-me um profissional de fotógra-íia.

— Olho por olho, O Bem-Aventurado, Joãozinho e Maria.

— É um cinema moderno, li-vre, polêmico. É necessário asse-guiar aos realizadores do CinemaNôvo condições de se manter umacontinuidade de produção, pois emvirtude de dificuldades financeiraso esforço de implantação de umnovo cinema está ameaçado de seanular.

— No momento, Márcio Hil-ton Borges está realizando outrofilme em Belo Horizonte, O RatoAtômico, do qual participo comofotógrafo.

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J^ár me*. ^Ê >.>Jr «ei JflIvã Ferreira(melhor ator,A Roupa).

Ivã Ferreira

27 anos * Mineiro, de Tiros * Quarto anode Arquitetura.

— O cinema é a arte maisacessível a qualquer nível social.

— Lee Marvin, Orson Welles,Jean-Paul Bclmondo, Marlòh Bran-do, Charles Laughton, Eve-MarieSaint, Anne Bancroft, Jeanne Mo-reau, Laurence Olivier, MarceloMastroianni, Vittorio Gassmann,Marylin Monroe, Zgbniew Cibulski(acho que em cinema o ator de-pende muito da realização).

— Se as oportunidades fo-rem favoráveis, ainda que o termoprofissional envolva muito comer-ciálismo, o que nos amedronta.

— Documentário.

— O mais dinâmico, o maispreocupado, e muitas vezes confu-so.

— Depende muito da opor-tunidade, mas vou acabar dirigin-do um íilmezinho.

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Gilberto Santeiro (mençãohonrosa pela fotografia ileNailja, O Trajeto c Viola)

Gilberto Santeiro

20 anos * Carioca * Curso Clássico * Assis,tente de direção e montagem de Um Ho<mem e a Fome, concorrente ao I- Festivaldo Cinoma Amador JB-Mesbla.

— Por que não o cinema?

— Ainda hão fiz nada de au-toral (em termos de realização ci-nematográfica) para que possamser consideradas minhas iníluên-cias. Das preferências, as mais' di-versas.

— Sim.

— Joãozinho e Maria.

— Por ser uni dos cinemasmais jovens do mundo e o de maiorimportância'-. r

— Eu não sei.Por se encontrarem ford do Rio, deixaram

de ser ouvidos alguns premiados: Paulo deParanaguá e Eduardo Jardim (Melhor Ro*teiro: Nadia); Luís Fernando Borges (MelhorFotografia: Logualhó) e Jota (Melhor MúsicaOriginal: Copacabana).

Além do diretor de Quarto Movlmanto,Joel Macedo, foi ouvido o seu co-produtor,Paulo Alberto Silveira, que teve participa-Ção decisiva na conclusão do filme.

Na indicação para o Melhor Filmo doFestival, es respostas dos três diretores deCiclo (que indicaram, por unanimidade Ciclocomo Melhor Filme) foram contadas, natu-ralmente como uma só*

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SERGINHO FILMA A VE-LHICE — Serginho Bcrnar-des está em São Paulo mon-tando seu primeiro curta-metragem chamado VenhaDoce Morte. As informaçõessão tle que o filme segue alinha de O Circo (ArnaldoJabor) e Em Busca do Ou-ro (Gustavo Dahl). Pararealizá-lo, Serginho filmou24 horas a vida de um asilode velhos. A fotografia é deFernando Duarte e o copiãotem entusiasmado a muitosque o viram.

NOTÍCIAS DE PARIS —De Paris, onde se encontrapara fazer um curso, FlávioMoreira da Costa nos enviaalgumas novidades:

O Existe um cinema nôvoportuguês. Seu descobridoré George Sadoul, que fêz adescoberta e a declaração,depois de assistir ao filmeDom Roberto, de Ernesto deSousa. Dois nomes são im-portantes no movimento:Fernando Lopes, que fêz Be-larnríno e Paulo Rocha (con-siderado o Gláuber Rochade Portugal), que abriu ocaminho com Verdes Anos erealizou agora Mudar dc Vi-da, com Geraldo dei Rei noprincipal papel e foi apre-sentado em Veneza com su-

• cesso. Além de terem muitomais dificuldades do que nósbrasileiros para realizar seusfilmes, os portugueses sãomal informados. Num de-bate, Paulo Rocha deu ên-fase à necessidade de con-quistar o mercado brasilei-ro, e em entrevista ao Ca-hiers du Cinema, èle elogiouDeus e o Diabo na Terra doSol.

O Iolanda Braga, estrelade Arrastão e uma das en-trevistadas no filme Inte-gração Racial, de Paulo Cé-sar Saraceni, é atualmenteum grande cartaz do teatroem Lisboa, atuando mimapeça com Raul Solnado.Embora esteja presa por umcontrato ãe seis meses, con-tinua muito grande a suavontade ãe fazer cinema noBrasil.

O Não é só no Brasil' queacontecem coisas estranhas.O curta-metragem Situação,

¦ de Flávio, ficou retido noAeroporto de Lisboa até oembarque de seu dono paraParis. Mas ao chegar emParis a situação foi muitopior: o guarda da Alfândegaqu-sria abrir o ótico (que évirgem, e portanto, ficariainutilizado). O problema sóíoi resolvido depois de mui-tos mal-entendidos e deuma conversa com o Chefeda Alfândega do Aeroporto,o que demorou algumas ho-ras.

<_ O último filme de Jean-Luc Godard, Made In USAjá está com sua estréia mar-cada. Nos anúncios éle éapresentado como um fil-me po!. Êste po tanto poáesignificar politico, pomo-gráfico, policial, poético oupopular. Por falar em Go-dard, êle assistiu a uma ses-são privada de um filmeafricano üe um ex-aluno deJean Rouch chamado Mus-taphá, levanáo consigo umcachorro, preso com coleira.

O O Studios, cadeia de ci-nema de arte do QuartierLatin, está promovendo aexibição de filmes de jovenscineastas, em horários es-peciais, num regime que eleschamam de Primeira Chan-ce. Alcançando bom restil-tado, estes filmes serão lan-çados em circuito maior.Àté agora passaram dois fil-mes canadenses (.Le ChatDans le Sac e Le Revolutio-naire). Estão anunciados OsFuzis, de Rui Guerra e Deuse o Diabo, de Gláuber.

O A TV francesa estácontratanão grandes direto-res para filmes de TV, de-pois de ampliados e lança-dos em circuitos cinemato-

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gráficos. A primeira expe-riência foi com La Frise tíePouvoir par Louis XIV, âeRobert Rosselini. Em filma-gens estão: L'Histoire Im-mortelle, de Orson Welles,com Jeanne Moreau; um se-gundo Jilme de Robert Ros-selini; Mouchette, tíe Ro-bert Bresson (que filma ge-ralmente dez, quinze cenaspara aproveitar uma. Umavez chegou a filmar umacena 45 vezes). Para 1967serão contratados Godard eAbel Gance. Rui Guerra co-meçará o dele em janeiro.A TV francesa está progra-mando também uma sériede filmes de meia hora, aserem feitos no Brasil, sô-bre vários aspectos da his-tória brasileira. A informa-ção foi fornecida por Pier-re Kast, que acrescentou onome âos diretores: italia-nos: Pasolini, Bertolucci;franceses: Jean Rouch,Pierre Kast, Doniel-Valcro-se e talvez Jacques Rivette;brasileiros: Nelson Pereirados Santos, Rui Guerra.Gláuber Rocha, Sérgio Per-son e Walther H. Khoury.

C — Cad. B, Jornal do Brasil, quarta-feira, 28-12-68

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| 0H QUE DELICIA DE GUERRADia 6 no TEATRO GINÁSTICO

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TEATRO

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SBaBBBBBBBBBBaBBaBBBBBBBaBBBHBBBBaaBBBBaaBB^8 ESTRÉIA DIA 3 DE JANEIRO ¦

no TEATRO SANTA ROSA S

i "0 HOMEM DO PRINCIPIO AO FIM" 8

de Millor Fernandes 8com: FERNANDA MONTENEGRO ¦

SÉRGIO BRITTO ¦FERNANDO TORRES ¦

jaBaBBBBBBBBBaaBBBaBflaBBBBaaaaaBBBakBBaaaaBn£ __f ||__ EM JANEIRO¦*tiaa O NA SALA CECÍLIA MEIRELES

pela l.« vez no Rio de Janeiro a sensacional

A ÓPERA DE TRÊS VINTÉNScomédia musical de Bertolt Brecht Bcom Fregolente, Marilia Pera, Oswaldo Loureiro, ¦Nádia Maria, Kleber Macedo e grande elenco K

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! SHOW & BOITE _S.aBBBflBBBBBflBBBflBflBBBBaaBBflBBBflflBBBB_lflBBflB_S

JBBBBBBBBaBBBBBBBBBBBBBBBBBBaBBBBBBBBBBBBBBf ELLIS REGINA e jjBaden Powell s

O QUE HAPELO MUNDOGENÊT INTERDITADO

Chant D'Amour, íilme de30 minutos de Jean Genêt,consagrado a sonhos cróii-cos acaba de ser proibidopela censura. Alegação dojuiz: "a celebridade do au-tor não justifica a pomo-grafia da obra";

CASA RUSSA EMBRUXELAS

Em Bruxelas, Bélgica,acaba de ser Inaugurado oprimeiro magazine russo naEuropa, sociedade formada.om 50% de capitais russos,50% de capitais belgas; adireção está entregue a umgrego, enquanto os depósi-tos são feitos no Bank ofAmerica.

Embora a estranha com-posição, os produtos apre-sentados são essenclalmen-te russos, das balalaicas emáquinas fotográficas Sput-nik, aos óbvios caviar evodea.

CARRO DOMÉSTICO

Les Turner, engenheiro e

homem de negócios, bateuquatro recordes internacio-nais em quatro partidas pa-ra provas de aceleração comum carro feito em casa, emcompetição realizada noNorte da Inglaterra.

O carro em questão, sm-" perenvenenado, baseado nomotor Ford Cortina de ..1 500 cc, bateu primeiro orecorde para um quarto demilha, na classe de 1100 a1 500cc. Turner venceu essadistância, partindo da posi-ção. estática, em 11,15 se-gundos, 3,76 segundos me-lhor que o recorde anterior.Sua velocidade foi .de 129,!)km/hora.

Sua velocidade para aprova dos 500 metros, par-

i tindo da posição estática,foi de 141,76km/hora, percorrendo a distância em

12,68 segundos.Bateu, a seguir, o recorde

de prova de um quilômetro,com o tempo de 20,93 segun-dos atingindo a velocidadede 171,84km/ho_a, e o daprova de uma milha com otempo de 30,95 segundos e avelocidade de 187,13km/hora.

Os recordes anterioreseram de 21,15 segundos e

33,71 segundos respectiva-mente.

LABORATÓRIOLITERÁRIO

Cjjristian Bourgois, 33anoSjJttiretor geral das Edi-ções René Sulliard há doisanos, tornou-se o presidentedas Edições Christian Bour-gols, de que a maior partedo capital foi subscrito pelaPresses de La Cite, ficandoo restante do capital comamigos de Cristian Bourgois.

Segundo o espírito comque foi criada, esta novasociedade está sendo consi-derada como um laborató-rio de pesquisas capaz deencorajar ou mesmo criaras correntes da literatura deamanhã.

APENAS AMIGOS

Vanessa Redgrave e TonyRichardson se divorciaram.Éle um dos grandes direto-res do moderno cinema in-glè (.Gosto de Mel/A TasteOf Honey"; O Ente Querí-do/The Love One; Tom Jo-nes/Tom Jones), ela atrizem ascensão.

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UM DIA WUM GATO Á

O divórcio, no entanto,nao impede que continuemamigos, que permaneça aadmiração entre ambos: nosestúdios de Twickenharn,Vanessa atua sob a direçãode Richardson em Red andBlue.

"Não conheço atriz tão ex-traordinária quanto Vanes-sa", declarou, recentemen-te, Richardson; "Não co-nheço um diretor cinemato-gráfico com tanta senslbili-dade, domínio da técnica ci-nematográfica, possibilidadede direção de atores comoTony", declarou Vanessa.

Apenas amigos, admira-ção profissional à parte,saem para caminhos diver-sos após as filmagens. Seusdois filhos ficaram com Va-nessa.

LEITE DE VIDA LONGA

O leite que permanecefresco durante semanas tal-vez seja a solução do pro-blema de alimentação nospaíses tropicais e subtropi-cais ou em todos os lugaresonde houver carência doproduto ou não existir meiosconvenientes de refrigera-ção. Produzido por umacompanhia brit ânica, éconsiderado pelos cientistascomo "o maior progresso natecnologia dos 1 a t i c í nios,desde o aparecimento clapasteurização".

O "leite de vida longa",como é chamado, está sen-do exportado da Inglater-ra para países onde o pro-duto não existe em seu esta-do natural. As Forças Ar-madas britânicas acantona-das no estrangeiro o usam,assim como quatorze com-panhias de navegação. Re-centemente, a tripulação deum petroleiro britânicoabasteceu com êsse leite doisnavegadores solitários queestavam cruzando o Atlân-tico a remo e ficaram semalimentos.

O "leite de vida longa" jápassou, galhardamente, porvárias outras provas, entreestas a de uma viagem desete meses a bordo de umcargueiro sem que sofressequalquer alteração. Tantasvantagens, no entanto, têmuma pequena grande des-vantagem: o leite custaráum pouco mais caro.

ELEFANTE SUBMARINO ,"Não, não estamos brin-

cando", disse o Dr.' FrankC. Whitmore do Serviço dePesquisas Arqueológicas dosEstados Unidos. "Em reali-dade existe um grandenúmero de locais do Atlàn-tico Continental em que seconcentravam enormes gru-pos de animais."

Isto a 11000 ou 25 000anos atrás.

"A descoberta de dentesde elefantes, assim como ou-tros tipos de ossos de ani-mais da era glacial", conti-nua Whitmore, *_rans_or-mou-se em uma interessan-tíssima subespecialização dapesquisa arqueológica.""A descoberta de ossos deelefantes, assim, como deoutros fósseis, surgiu ini-cialmente do estudo doOceano Atlântico, depois nabusca de navios afundados.Desta forma, durante aso p e r a ç Ses de dragagens,muitas vezes, tínhamos aoportunidade de travar con-tato com estes espécimes."

TRÉGUA DO ARROZ

Newsweek, explica porquea "Guerra do Vietname setornou menos agressiva":tem havido/em termos decomparação, poucos comba-tes em terra no Vietname,recentemente, por uma ra-zão pouco comum. As fôr-ças vietcongs estão muitoocupadas na colheita doarroz. O Serviço Secreto dosEstados Unidos informa que,até fevereiro, os guerrilhei-ros estarão ocupados na-quela tarefa, e, também, emestocá-lo em áreas consi-deradas seguras...

DUKE E A IGREJA

Concerto de Música Sa-grada, um dos últimos su-cessos de Duke Ellington — '

um dos maiores nomes dojazz americano — depois daum retumbante sucesso naEuropa e nos Estados Uni-dos, quando foi anunciadopara apresentação emWashington, indignou ospastores batistas locais. De*nunciándo o show de Elling-ton como "mundano" e"contra o espírito cristão",aprovaram uma resolução(173 contra 2) desaprovan-do o concerto.

Uma prova, evidente, deque a intolerância, ou a ig-norância, não é processo na-cional (e regional) Duke so-íreu as conseqüências dire-tas do Édito baixado: dos3 800 lugares do Constitui-ton's Hall — em que se exi-biu — apenas 2 000 foramocupados. Duke declarou,sobre o espírito cristão dospastores: "sou apenas umbojr tentando ajudar a le-var a mensagem. QualquerIgreja pode ter um destesconcertos".

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Jornal do Brasil, quarta-feira, 28-12-66, Cad. B

Panorama

do teatro

DERCI, A DIFERENTE —Derci Gonçalves prova, malsuma vez, que funciona embases completamente dife-rentes do resto dos mortaisdo teatro carioca: enquantoos outros empresários come-çam a anunciar o íim dacarreira das suas produçõescom várias semanas de an-tecedência, e exploram qua-se invariavelmente o surra-do slogan "a pedidos maisuma semana", Dercl Gon-çalves retirou abruptamen-te. do cartaz sem qualqueraviso prévio, o seu Fé noSanto e Pé na Estrada. Será*que faltou fé, ou será quenão deu mais pé.

PINDURA SAIA NO RE-PUBLICA — Graça Melo re-solveu transferir a monta-{/em de Pindura Saia, cujaestréia está anunciada para5 de janeiro, do Teatro JoãoCaetano para o Teatro Re-publica. Através da agênciaencarregada da publicidadeáo espetáculo, Graça Melotece severas críticas à Se-cretaria de Educação, gueteria dificultado, de tôdasas maneiras, a assinatura docontrato relativo à utiliza-cão do Teatro João Caetano.Não queremos entrar nomérito desta questão, mas éindiscutível que o público, eem última análise tambémo próprio espetáculo, sairãoprejudicados com a transfe-rência: o João Caetano podenão ser nenhuma maravi-lha, mas o República é, posi-tivamente, muito pior, noque diz respeito às condiçõestécnicas, e muito particular-mente à acústica. É umapena que o emprcsário-au-tor-diretor-ator de PinduraSaia tivesse sido forçado atomar essa iniciativa.

NOVO GRUPO UNIVER-dITARIO — Um novo grupoteatral, o TEU (Teatro Ex-perimental Universitário)está iniciando as suas ati-vidades, que terão como sedeo Teatro de Arena da Gua-nabara, no Largo da Cario-ca. Eis como o novo grupoexpõe os seus propósitos:

"O TEU será: a) experi-piental, porque tentará, aoiiível contemporâneo, umanova linha de teatro, assimi-lando as demais artes à prá-tica teatral, donde a suaconfiguração .de laboratóriode teatro; b) universitário,porque tentará canalizar se-tores estudantis para o tea-tro, tendo em vista o estu-do de formação de platéias.O grupo objetiva, ao cons-truir-se, criar um sentidode equipe (o que determina-rá as suas atividades). Po-de-se, no entanto, adiantarque o TEU tem em vista acriação de um novo públicoe o estudo de novas formasde comunicação. Uma desuas metas pode ser con-substanciada na unificação,em termos de auditório, deplatéias do tipo estudantile do tipo sindical. Está emestudo, também, a possibili-dade de um teatro de car-reta, que possa levar o tea-tro a várias comunidadesbrasileiras, trazendo de vol-ta os elementos culturaisque deverão ser integradosnuma dramaturgia nacio-nal. O grupo procurará in-fluir na formação .de umanova dramaturgia popularbrasileira, na medida emque integrar novos escrito-res, ligados à problemáticabrasileira, aos seus traba-lhos de equipe."

. As intenções são boas eambiciosas. Boa sorte paraas realizações.

CON SERV ATÔRIO ES-TRÉIA AMANHÃ — Adiadoda semana passada, deveráestrear amanhã, no Teatrodo Conservatório, o espeta-culo de três peças em umato, promovido pelo TeatroNacional de Comédia e in-terpretado por alunos doConservatório, que terão as-sim a sua prova de fogo di-ante do público. O progra-¦hia será, iniciado com o en-tremes A Cova de Salaman-ca, especialmente adaptadopor Valdir Aiala, com dire-ção de Antônio Ghigonettoe: interpretação de AntônioLima, Regina Lúcia, NormaDumar, Jesjts Chediak, Êri-co Viâal e Rubens Araújo;seguir-se-á O Urso, de Tche-cov, em tradução âe Tatia-na Gouveia, com direção deMaria Clara Machado, e umelenco integrado por DulceEleonora, Antônio Bezerra eEurico Paddu; a última pe-ça do programa e uma obrainédita âe Francisco Perei-ra âa Silva, Uma Carga deLaranjas, que será interpre-tada por Vagner Ribeiro,Ana Maria, Solange Padilha,Norma Dumar, Edgar Este-,ves, Paulo Ribeiro, Francis-ca Teresa, Regina Lúcia,Jorge Cânâiáo e Errol Bus-sade, com direção de Antô-nio Ghigonetto. Anísio Me-âeiros é o cenógrafo âas trêspeças, e o figurinista deáuas; O Urso tem figurinosde Marie Louise Neri.

PERGUNTE AO JOAOPORTUGAL

HENRIQUE NUNES —Ubá. "Nos últimos anos,Portugal continua expor-tando muito vinho-do-Porto?"

Continua. Segundo oBoletim Informativo daEmbaixada de Portugal(n.° 43-1966), ";..A expor-tação de vinho-do-Pôrtotem aumentado considera-velmente", havendo totali-zado 25 085 983 litros em1964, "ao passo que em1965 chegou a 28 060463 11-tros, com um aumento,portanto, de 3 974480 11-tros", registrando-se "no1.° semestre de 1966 novoaumento em relação aigual período de 1965 (...)".Dias atrás, o redator doPergunte ao João íoi ain-da uma vez distinguidocom um convite para arecepção da Embaixada dePortugal à imprensa. Nos-so agradecimento ao Con-selheiro Domingos Masca-renhas.

FILMECULTURA

SAULO F. MORAIS —Leme. "Na crítica de cine-ma, as expressões cinemadireto, cinema-verdade ecinema-ôlho tém o mesmosignificado?".

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Tém. Filme ic Cultura,edição circulante (n.° 2),dedica várias, páginas aoassunto, publicando, comótima ilustração, Panora-ma do cinema direto, de P.R. Browne. — Filme &Cultura, do Instituto Na-cional de Cinema Educa-tivo, tem como Coordena-dor Eli Azeredo e como Se-cretário Paulo Perdigão.Nesta edição n.° 2 de FH-me & Cultura — excelen-

te — destacam-se ainda osseguintes trabalhos: A tra-jetórla de William Wyler(com a filmografia com-pleta de W.W.), de Antô-nio Moniz Viana; Origense reflexos do neo-realismo,de Paulo Perdigão — c AI-fabetização audiovisual, deGuy Boris Lebrun.

PROBLEMAS

CIRO ALVES — Niterói.

— "A resolução do Concí-lio Ecumênico Vaticano IIsobre os problemas domundo moderno que vota-ção obteve?" i

. iPromulgado pelo Papa

Paulo VI entre os quatroúltimas decretos do Conci-lio ésse referente aos pro-blemas do mundo modernoteve o seguinte resultado:2 309 votos a íavor, 75 con-tra e 7 nulos.

BOMBA

ERNANI S. ROCHA —Leblon. — "... Antes daChina comunista explodirsua la. bomba atômicaem 64, o seu principalcientista atômico estudou20 anos nos Estados Uni-dos?"

Foi em 1955 que retor-nou dos Estados Unidospara a China o Dr. Hsuc-Chen Tsien chamado oCérebro da Bomba Atômi-ca Chinesa, que reálmen-te passou 20 anos nos Es-tados Unidos especializan-do-se em íoguetes e ener-gia nuclear. A la. bombaatômica chinesa explodiuem 1964 a 16 de outubro.

FUTEBOL

PEDRO MENESES —Botafogo., —¦¦ "Sobre oabuso do calço no futebolas autoridades da FIFA30 anos atrás baixaramresolução especial?"

Sim, em 1934. Esclare-Cendo consulta da Federa-ção Turca cm 14 de ju-nho de 1934 a Internatio-nal Board, confirmandopronunciamento seu doano anterior, publicou aseguinte decisão: "Deveser punido com um penal-ti o defensor que, na sua

área penal, propositada-mente, calçar um adver-sário que se encontra emimpedimento e que nãoprocure jogar a bola ouíazer obstrução".

PSEUDÔNIMO

nENRIQUE WESNEK— Teresópoiis. — "O pseu-dônimo táo famoso deMalba Tahan se compõedos nomes de 2 oásis?"

Ainda há pouco, em sõ-lenidade realizada no Sa-lõo Nobre da Escola Na-cional de Belas-Artes, oProfessor Júlio César deMelo e Sousa — MalbaTahan —, ao ser empossa-do na Cadeira n.° 8 daAcademia Carioca de Le-tras, explicou o pseudôni-mo, dizendo: "... comogostava do Oriente, adoteionome de um osáis doIêmen e o sobrenome deuma aluna minha". Égrande a contribuição doProfessor Malba Tahan aoEnsino e à Cultura noBrasil.

NASCIMENTO

WALMIR CORTES —Andaraí. — "O Presiden-te Lincoln nasceu mesmoem Indiana ou foi na ei-dade natal de Kennedy?"

Não. Lincoln velo aomundo cm Hardim, Esta-do de Kentucky —, c aos7 anos (mal começara afreqüentar a escola) suafamilia foi pnra Indianacm busca de melhor sl-tuação, ali falecendo amãe, Nancy Lyncoln,

DATA

ZILDA L. GONÇAL-VES — Três Rios — "Afesta do Natal cm 25 dedezembro vem de que anoe foi fixada por qual dosPapas?"

... Pelo Papa São JúlioI, que reinou de 337 a 352.Antes dessa data, os cris-tãos (fosse a 6 de janeiroou a 25 de março) já fes-tejavam grandiosamente onascimento de Jesus, mo-bllizando clero e povo to-dos os meios para a co-memoração, com belíssimosctmtos, bailados — e re-feições e bebidas a nãoquerer mais (segundo es-creveu Câmara Cascudo).

ANTIPOLIOMIELITE

AMÉLIA ROCHA TE-LES — Paracalu — "Osresultados alcançados pe-las vacinas antipollomiell-te deixam prever para fu-

turo próximo a extinçãoda paralisia Infantil?"

Eini: ...e não conside-ramos exagerada a previ-são otimista. Com a ad-vento da Vavina Sallc eposteriormente, da Sabiíi,a paralisia infantil vemdiminuindo gradativamen-te em todo o mundo, aponto de se poder admitirsua extinção dentro de al-guns anos.

Somente fazer pergunta,quem puder ouvir a respos-ta, através da RADIOJORNAL DO BRASIL, de2,* a 6.*-felra, de llh 05màs 12h. — Aqui apenas sãopublicadas algumas da»respostas Irradiadas. Fazeruma só pergunta sôhre as-sunto de interesse geral eque possa ter resposta empoucas palavras. — Cartaspara: Pergunte ao João. —RADIO JORNAL DOBRASIL — Avenida RioBranco, 110, 5.* andar. —Rio — ZC-21.

0 que há para ver

CINEMAESTRÉIAS007 CONTRA A CHANTAGEMATÔMICA (Thund.rb.il), dl GuyHamilton. O quarto filme da sé-ríe Jamei Bond, lambem exilointernacional de bilheteria. Nsluto contra o arquicriminoioAdolfo Celi, 007 {Sean Conne*ry) iem horos de recreio comCiaudine Auger, Luciana Paluzzl,Martine Beswick, Molly Peters.Córes. V.n.ia: 13h 40m — lóh20m - 19h - 21h 20m. 118

00-2 AGENTES SECRETÍSSIMOS(00-2 Agtnti Segretlssimi), deLúcio Fuici. Comédia italianacom a dupla Franchi & Ingrassia,lngrid Schoilter, Aroldo TierI,Scala. (Livre).SANGUE NAS FLECHAS (Blooiion the Arrow), de Sidney Salkow,Western americano: morte aosíndios • a outro; tipos de maucaráter. Com Dnle Robertson,Martha Hyer, Wendell Corey.Côrt-í. Festival, Ptm-Palace,Royal, Rosário, Bruni-Máier, At-fa, Matilde, M.l» (Penha Clrcu-ter). (14 anos).A VINGANÇA DE" SANDOKAN(Prod. italiana), de Luigi Capua-no. Sandokan, o Tigre do Mali-sia, em luta para retomar seureino usurpado. Baseado no ro-mane» de Emilio Solgari. ComGuy Madiscn, Franca Bettcja,Mário Petri. Cêres. - Flórida:16 h - 20 h - 22 horas - Rfsaneia • São P»dr», (14 enos).FOLIAS NA PRAIA (ImcIi BÜn~-km} Bingo), de William Ascher.Brincadeira com música ruidosa.Cores. No elenco: Frankle Ava-lon, Annette Funicello, HaveryLembeck. Capitólio, Copacabana,Miramar: 14h - lóh - 18h -20h - 22h - Tiiuca - Impara-ter - 15 h - 17 h - 19 h -21 horas — Botafogo — (Livre).A PEQUENA LOJA DA RÜXPRIN-CIPAL (Obchod na Korie), de JanKadar e Elmar Klós. Os autoresde O Anjo da Merte abordam,também nesse filme premiado como Oscar, o tema- da ocupação na-zistê da Tcheco-Eslováquia. ComIda Kaminska e Josef Kroner. —Brunl-Flamengo: 14h 30m — 17h

19h 30m - 22h. (14 anos).

KIO, VERÃO I AMOR (BrasílêiTõf,de Watson Macedo. Comédia mu-sical em Eailmancolor. Com Mil-ton Rodrigues, Elizabeth Casper,Augusto CésBr, Bossa 3, Renatoe seus Blue Caps, Zumba 5, TheBrazilian Beatles. - Sãe luit, Re.>y, leblon, Amàrica, Vitória:13h 20m - 15h 30m - 17h 40m

l»h 50m - 22h. Santa Alice:14h 50m - 17h - 19h lOm -21h 20m. (10 «nos).

MARY POPPINS (americano), ' pro-dução de Wait Disney. Um doa

maiores ixitos de bilheteria do»últimos enos. Comédia com mú-sica e Inserções de desenho ani-medo, na Londres de 1910. ComJulie Andrews e Dick Van Dyke

C6res. - «pera: 14h 30m -17h - 19h 30m - 22 horas1 -Rle - Sãe lente - 14h - lóh30h -19h - 21 h 30m. (Livre).O MUNDO MARAVILHOSO DOSIRMAOS GRIMM (The WonderfulWerld ef Brothers Grimm), deHenry levln. A vida doi Grimm,incluindo três de suas histériairecriadas sob a direção de Geor-ge Pai. Uma superprodução emcores que se estende por quaseduas horas e meia e cujo ende-rêço óbvio e o público infantil.Com Leurence Harvey, ClaireBloom, Yvette Mimieux, KarlBoehm e Russ TemblyW - Pathé(desde llh 45m), M.tre Copaca-bana, Melre Tijuca, Aztaca: 14h15m - 17h - 19h 30m - 22h.Outros: Maui, Para Tedot, Pax.(Livre).

CONTINUAÇÕESOS TRIS CltpURIOÉS (I Tre CerT-turlonl), de Roberto Mouri. Aventu-»«. Com Roger Browne, Tony Free-man. Lisa Gastem. — Cores —iden, com Rotk Twiit • DowVide: - 14h 50m - lóh 40m -20h lOm - Caxias, com Camapare Trtt - (14 anos). 'ARABESOUE (Arabesque), diStanley Donen. Suspenso de em-bicão sofisticada, procurando re-petir o êxito de Charada, domesmo produtor-dírelcr — Colo-rido. Com Gregory Peck e So-phia Loren. Od.on-Cin.lindia:14h - lóh - IBh - 20h -22h. (14 anos).CREPÚSCULO DAS ÁGUIAS tVi•lue Max), de John Guillfrmln.Hlstóri. de um <s da aviaçãoalemã durante a Primeira GuerraMundial. Com George Peppard,James Mascn, Ursula Andrews.Córes - Paliei. _ 13h 15m -lóh - IBh 45m - 19h 30m -(18 anos).FERÍÃS A ITALIANA (1'Ombrol-lone), de' Dino Ris!. Quase umbom filme sóbre o duro ba-

tente de ser felix. Férias napraia de Riccionc, comandadas pe-lo cineasta de Aquâle que SabeViver, com Jean Sorel, SandraMito, Enrico Maria Salerno, Da-níela Bianchi, Raffaele Pisu, Leo-poldo Trieste, Veroníque Vendell.Cores. Condor-Copacabana • Con*dor.L. Machado, Rex, Carioca:14h - lóh - 18h - 20h - 22h.(1-4 anos).ÜM DIA, UM GATO (Az PridieKocour), de Vojteen Jasny. Amá-vel espetáculo do cinema tcheco.Fantasia satírica: um gato deóculos, cujos olhares tingem ospersonagens de determinadascores, conforme suas culpas, trazdesassossego a uma cidade in-teira. Colecionador de Drêmios,entre os quais vm Festival deMoscou. Com Wastimil Brodsky,Emilie Vasaryovà. — Coral, Ca.ruso: 14h - lóh - 18h - 20h

22h, (Livro).A GAROTA DOS MEUS PECADOS(The Fast Lady), de Ken Annnkln.Comédia inglesa, à base de co-lisões de automóvel ou a pé.Um dos primeiros

"filmes-de/qu»

participou Julie Christie. Seunome vem precedido na fichapor James Robertson Justice,Stanley Baker, Lestie Phillips,Kathleen Harrlson. Cores: —BrunMp»nema: T4h — lóh — 18h

20h - 52h. Britânia. (Livre).

REAPRESENTAÇÕESÒ SEGREDO DAS JÓIAS (The As-phalt Jungla), de John Huston.Thritler psicológico, baseado cmnovela de W. R. Burnett, e quedepois seria promovido a fórmu-ta de mals fácil Imitação por DuRififi Chez lei Hommes, de Das-sin. Um dos grandes filmes deHuston. Com Sterlíng Hayden,Sam Jaffe, Louis Calhem, JoanHogen, James Whitmore; e, nu-ma ponta, Marilyn Monroe. Nocinema de arte Paissandu: 18ii

20h - 22h, (14 anos).BRANCA DE NEVE E~Ss~SETÉANÕES (White Snew end the Se-ven Dwarfs), de Walt Disney. Oprimeiro desenho animado emlonga metragem produzido porDisney e, sem dúvida, um dosmais expressivos. Cores. Brunl-Copacabana: — 14h — 15h 40m

17h 20m - 19h -20h 40 mRie Palace - (Livre):

AGONIA E IXTASE (Agony andthe Ixtasy), de Carol Reed. En-saio de biografia de Michelange-lo, — Com Charlton Heston, Rex

.Harrlson Diane Cilento, AdolfoCeli. Córes - Rian: 13h 20m -15h 30m — 17h 40m - 19h 50m

22 horas - (10 anos).O TERCEIRO HOMEM (The ThirdMan), de Carol Reed. Drama &suspenso em Viena, nos primor-dios de Guerra Fria, Inte-ressa mais .pelos persona-gens de Granam Greene doque pela direção preciosista.Com Orson Welles (influenciandobastante o filme — e nao apena»pela concepção do personagem),Alida Valii, Joseph Cottcn,' fre-vor Howard, Bernard Lee. Alvo-tada: 20h - 22h. (18 anes).)HORA E VEZ"DE~AÍWUSTCrMÃ;.TRAOA, filme de Roberto Santos,extraindo resultado qua-se sempre admirável da" his-tória de Guimarães Rosa.Com Leonardo Vilar, Jo-fre Soares, Flávio Migliaccio. —Cine lagoa Drlve In — 20h 30m

22h 30m,OS REIS DO II-ií-Tl (Ã HãrdDay'» Night), de Richard lester.A primeira comédia dos Beatles,valorizada pela càmara-brinque-do nas mãos de Lester. Riviera:14h - lóh - 18h - 20h -22h.BARRA VENTO (Brasileiro), deGláuber Rocha. Folclore e dis-curso político: pescadores expio,rados e fotogènicos no cenáriobaiano. Com Antônio Pitanga,Luisa Maranhão, luci Teixeira. Apartir das 14 horas no Alasca.(Não haverá hoje sessão das22h). (18 anos).O REI DOS MAOlCÕS (fhõOeisha Boy), de Frank Tashlin.Jerry Lewis meio perdido no Ja-pão: o riso é limitado. CcmMarie McDonald, Suzanne Pies- ihestte. Cores. Pina, Mascote,Ricamar, Harmida, Olinda • Arte(Meriti). (Livre).FESTIVAL DE GARGALHADÃS~(The Bugs Ivnny Show) —Programa comandado peio ótimoPernatonga, o Coelho Sabido(Bugs Bunny). Córes. Império:14h - 15h 40m - 17h 20m -19h - 20h 40m - 22h 20m. -(Livre).UM HOMEM SÕlTfÀRIO (A ManAlone), de Ray Milland. Far-West.Milland é melhor diretor do queator, o que não chega a serelogio. Com Ward Bond, MaryMurphy. Córes. Cines Art-Palá.cie: 14h - lóh - V8h - 20h -22h'. (14 anos).A MULHER SEM~R"dstÒ^(WÍmãn•Without a Face), de Delbart Mann,

James Garner perdeu a memóriae procura recuperá-la com ajudaInvoluntária de três desconheci-das que avivam as lembranças damulher de sua vida. Melodramadesnecessariamente complicado ede forma pedante. Com bons tra-balhos de Simmons, Pleshetfe eAngela Lansbury — Fluminansar 17h - 19h - 21 horas. - (14anos).

REVISTAS

CAÇADA HUMANA (The Chase),de Arthur Penn. A fuga de umprisioneiro numa pequene cidadeamericana desencadeia uma ondade violências. Com Marion Brnn-do, Jane Fonda, Angie Dickinson,Henry HulI, Míriam Hopkins, Mar-íha Hyer. Technicolor — Odeon(Nilerói) - 14h - lóh 30m -19h - 21h 30m - e Pa» - (18anos).

MODESTY BLAISI (Mod.sty Blal.se), de Joseph Losey. Comédia de ¦espionagem de extraordináriobom gosto. Com Mônica Vitti —Politeama - I3h 20m — 15h 30m

17h 40m - 19h 60m - 22hMadrld - 14h 50m - 17h - ¦

19h )0m - 21h 20m - (14 anos)'

ESPECIAISSESSÕES PASSATEMPO - Atua.lidades, desenhos, comédias, do-cumenlários. No Cin* Hora (Edi-fício Avenida Central no sub-solo), recém-inaugurado. Sessõescontínuas desde as 10 horas damanhã.O PROCESSO, de Orson Welles.Excelente realização baseada noromance de Kafíca. Mais welle-slano do que kafkiano. — ComAnthony Perkins, Welles, RomySchneider, Jeanne Moreau, ElsaMartineili, Tamiroff, Hoje, 21 h:Cine Clube Canal (Av. Visc. deAlbuquerque n. 1 325 — Le-blon).A FELICIDADE! ,NAO . SE COM.PRA (You Can't Take it WithYou), de Frank Capra. Comédiana linha otimista e pessoal deCapra — um filme que ainda re-siste. Com James Stewart, JeanArthur, Ann Miller, Lionel Bar-rymore, Edward Arnold. Só ho-ie," às 22h 30m, no Alaska.

TEATROEM CARTAZAS TROIANAS _ Tragédia de Eu-rípedes, adaptada por Sartre —As conseqüências devastadoras daguerra de Tróia como exemplo dainutilidade e da crueldade de tô-das as guerras. Dir, de PauloAfonso Grisoli. Com Maria Fer-nanda, Alzira Cunha, Carmem Sfl-via Murgel, Isolda Cresta e ou-tros. Priça-GIáueio Oil — PraçaCardeal Arcoverde (37-7003). —21 h 30m, vesp., quinta e domin-go. — últimas semanas — Cr$ 2mil, sáb, e dom.' Cr$ 3 mil.UM AMOR SÜSPJCAI - Comédiade Bill Manhoff. Uma moça de*vida ficil invade o (spartamentode um rapaz metido a intelectual.Dir. de Maurice Vaneau. Comloné Magalhães^e Carlos Alberto.— Copacabana, Av. Copacabana,327 (57-1818, R. Teatro). 21rt30m,sáb. 20h e 22hl5m; vesp. quinta-feira, lóh e demingo, 17h.

O BOI E O BURRO NO CAMI.NHO DE BELIM - Auto de Na-tal, de Maria Clara Machado. Dir.Luís Mendonç. Elenco do TeatroAmador do Tablado. — Jovem,Praia de Botafogo, 522 (4Ó-31ÓÓ).Sáb. e dom., lóh.

mTTlWeF^zeIõ^üüômTírõ-"Volta ao cartaz a comédia di-gestiva de Edgard G. Alver. Dir.de Floriano Faissal. Com AndréVillon, Daise Lúcidi e outros. —Bolso, Rua Jangadeiros, 28 (Tel.27-3122) - 21h30mf síb., 20b30m e 22h30m; vesp. 5a. e dom.,17h.

PEQUENOS BURGUESES - Dramade Máximo Gorki. A decadênciada pequena burguesia russa noinício do século, um tema de sur-preendenle atualidade, graças kinteligentíssima montagem doTeatro Oficina, recordista, de prê-mios nc Rio e em. São Paulo. —Dir. de José Celso Martínez Cor-reia. Com Eugênio Kusnet, CéliaHelena, Renato Bcrghi e outros. —Maison da France. Av. Pre- An-tônio Carlos, 58 (52-345Ó). Dia-riamente às 21 h, sáb. às 19 h45 m e 22 h 30 m. Vesp. dom.às 17 h e 5." às ló horas.SE CORRER O BICHO PEGA, SEFICAR O BICHO COME - Repriseda deliciosa farsa popular deOduvaldo Viana Filho e FerreiraGullar, uma espécie de Tom Jo*nes brasileiro. Dir. de GianniRatto. Com AgÜdo Ribeiro, Odu-valdo Viana Filho, aJime Costa,Maria Lúcia Dahl, Susana Moraise grande elenco. — Opinião,- RuaSiqueira Campos, 143 (30-3497).- 21 h 30m; sáb. 19h 45m e 22h30m; vesp.: quinta, 17h e dom.,18h. — Temporada popular:*)..»CrS 2 mil.

PAPO FIRME ( PRA MULHER -Rev. de Luís Felipe Magalhães,Joüp Ribas e Gomes Leal. — ComSilva Filho, Cole, Nilsa Magalhãese (Outros. — Rival — Rua ÁlvaroAlvim, 23-17 - 20 e 22 horas.

Vesp.: quinta e dom., 16 ho-ras.DAQUI NAO SAIO - SÍíõwde Cole - e Silva Filho, emprograma duplo com cinema —Carlos Gomes — Praça Tiraden-tes - 17h, 19hl5m e 21h30m.Até 1 de janeiro,

MUSICAIS . __A fina" flor oò samba -Show de música popular, organi-lado por Sérgio Cabral e Tere-sa Aragão. Com elemento* dasEscolas de Samba Mangueira, lm*pério Serrano, Portela e Salguei-ro — Opinião — Siqueira Cam-pos n. 143 (30-3497) — Somenteès segundas-feiras, 21 horai.XCRÍÃÇÃO DO MUNDO SEOUft

.. DO ARI TOLEDO - Divertidoene<man.«how de música popu-lar folclórica e crítica, com otalentoso Ari Toledo, Santa Resa

Rua Visconde de Pirajá n.28 (47-8Ó4I) 2Ih30m; sáb.20h30m e 22h30m. Vesp.: quin-ta, 17 horas e dom. às 18 horas.Até 3 de janeiro.HORA E VEZ DO SAMBA -Show música de Carlos Vai, Dir.de Milton Morais. Com Zé Ké-ti, Beth Carvalho, Sargentelli. —Arena Club. de Arte - Rua Ba-rata Ribeiro liíi 810 - (47-1136).

21h30m, sáb. 20h e 22h;vesp.: quinta e dom. 17h30m.

PRÓXIMAS ESTRÉIASPASSADO NO CHAPtU - põe-sia dramatizada, com textos deCassiano Ricardo. Dir. de EuricoAbreu. Produção do Teatro Ex-perimrntal da UEG — Estréia bre-

ACERVO - Aldemir Marlins, DaCosta, Krajcberg, Guignard e ou-tros - Galeria Module — RuaBolívar n.o 21-A.

FRENTE AMPLA - Show mus!-cai de Aurimar Rocha. — ComJongo Trio. — Bôlte. — Estréia«ni dezembro.PINDURA SAIA - Comédia mu-sical de Graça Melo. Dir. doautor. Com Teresinha Amalo,Milton Morais,, Graça Melo, Míl-ton Gonçalves e grande elenco.Tealro República — Estréia 5 dejaneiro.RASTO ATRAS - Peça de JorgeAndrade premiada no recente con-curso do SNT. Dir. de GianniRalto. Com Leonardo Vilar, Re-nato Machado, Iracema de Alen-car, Isabel Teresa, Isabel Ribeiroe grande elenco. — TNC. Estréiaem janeiro.OH ;.QUE

' bELIcrA7DE~GUERRÃ

— Musical de Charles Chilton aJoan Littlewood: Primeira Guer*ra Mundial vista com bom humor,Com Napoleáo Moniz Freire, LvaVilma, Célia Biar,. Rosita TomásLopes, Helena Inês, Mauro Men-donçíi, ítalo Rossi e outros. ¦—Ginástico. Estréia 6 de ianeiro.A OPERA DE TRIS TOSTÕES -Uma das obras-primas de Br^ht,ccm esplêndida música de KuitWeil. Dir. de José Renato. ComFregolente, Marília Pêra e Osval-do Loureiro. Sala Cecilie Melrele*.Estréia em janeiro,'Ò HOMEM DO PRINCIPIO AOFIM — Volta da bela seleção detextos de Millôr Fernandes, numespetáculo freqüentemente como-vente, imensamente valorizadopor um esplêndido desempenho,de Fernanda Mcntenegro. Dir. deFernando Torres. Com FernannaMontenegro, Sérgio Brito e Fer- ,nandó Torres. Santa Rosa. Estréia3 de janeiro.Trís PEÇAS em UM ATO - oUrso, de Tchecov, ' A Cova d»Salamanca, de Cervantes, UmaCarga de tiranias, de FranciscoPereira da Silva. Dir. de Ma-ria Clara Machado (O Urso) aAntônio Ghigonetto. Elenco dosalunos do Conservatório Nacio-nal de Teatro. Conservatório. Es-tréia amanha.

ARTESPLÁSTICAS

FRANCISCA GRANCHI - Pintura— Galeria Jotaá — Rus Marquêsde Olinda n.° 12.COLETIVA — Pintores primitivosbrasileiros. — Vernon — AvenidaAtlântica n.° 2 3Ó4-A. .EDITH BEHRING, coletiva de Artevisual, Arte Infantil e Aríe doaalunos do MAM. — Musev deArte Moderna — Av. Beira-Mar,Diariamente, das 12 as 19 horas.ÃRTÉSAfoÃÍÕ DÓ FOLCLOREBRASILEIRO - Galaria G 4 - RukDias da Rocha n." 52.GUIMA — Pinturas e deEenhoa —GilerU Deion — Avenida Copa-cabana, 1 133, lo]a 12 — Diária-mente das 16h às 24h.PINTORES ISRAELENSES - Ga-Uri» Gemini — Av. Copacabanis,335-A (57-0188).COLETIVA - Pintura d. 15 artis-tas novos — Galeria Guignard —Barata Ribeiro, 529-C.

Música Também 4 Notícia — dasÍOh às lóh de hora am hora.Marca do Sucetia

'— 12h 25m,

18h25m, 21h25m, diariamente.V«. I Quem Sãbõ"- 9h, 17h",Sih, diariamente, de 2a. & óe.Pergunte ae João — de llh05màs 12h — diariamente, de 2c.s Ós.-feira.Bolsa de V.lôr.s - 18h45m -Diariamente de 2a. a óa.

RAIMUNDO DE OLIVEIRA - Xi-logravuras em. córes. —P.tit. Oal.rie - ató 30 de de-zembro, Pça., Gal. Osório,'53 —(27-5206).' das ÍOh is 22 horss.VERGARA - Pintura. - Fátima Ar-quitfture tnterloree — DomingosFerreira, 221-B.GRANDE~FÉIRA DÍ NATAL ^Bardnslci — Av. Ataulfo da Pai-va, 23-A.GRAVURAS E DESENHOS - DePortinari, Inge Roester, FrankShaeffer, Walter Marques e ou-tros. — Galeria Oire — Francis-co Sá, 35, s/l. 201,ARTE E ARTESANATO - Baiar deNatal dot alunos de Belas-Artes— Escola de Beles-Artei — Av.Araújo Porto Alegre.MÃNABU MABE -^~fãp«çãrios -Leme Palace Hotel — Av. Atlân-tíca n.° Ó5ó — Diariamente dês13 h ès 23 horas.PINTURA PRÍMITÍVA - e tãíhã«m madeira, Case Grande — RuaAfrSnio da Melo Franco, 300 —Loblon.DESENHOS INFANTIS - Dese-nhos e pinturas dos alunos dasescolas primárias da Guanabara—; Muteu Nacional Ji* telat-Ar-let — Avenida Rio Branco.

SHOWOS 1 d. PORTUGAL - . MariaJosé Vilar — Lltbae a Noi-te. — Rua Cinco de Julho t\.9305.. Tel. 36-4453 - Show comMaria José Vilar e Florência Ro-drigues — Dir, dt Joaquim Se-raiva, às 21 h 30 m e 22h 30m- Couvert - Cr* 1 550 - feche-do às quartas-feiras.ANTÔNIO MESfSí" E MÃFÃ TK-RESA. No Fade - Show - RuaBarão de Ipanema n.° 296. Te-lefone 36-2062 — Couvert — CrS2 500.

IAZZARINI - Pintura - GaleriaMorada — Av. Ataulfo de Paivan.° 23-B — Ipanema.COLETIVA - • Baiar d.~Natal -Gemini — Edifício Central — loja319 — Aberta das 10 ás 18 horas.ÍVÃN""ÉFe~ MORAES - Pintura -Galeria Copacabana Palace — Ave-nida Copacabana n.° 291, entradapelo Teatro Copacabana. Diária-nitínte de ló às 22 horas.ARTESANATOESPANHOL E JÔÍÃSDE CAIO MOURÃO - GalarieBonino — Rua Barata Ribeiro, 578(36-6534). Diariamente das 10 àa12 e das 16 ás 22 horas - Fe-chada aos domingos.ARTESANATO - Galerie ÍBEÜT

Av. N, S. de Copacabana, Ó90#Diariamente das 16 às 22 horas.

Fechada aoa domingos*

RÁDIOPROGRAMAS DE ARTIE INFORMATIVOS:

RADIO JB

BIBLIOTECA DO CONSELHO NA-CIONAL DE ECONOMIA - Obrasde Economia e Finanças, Estatía-tica, Coleção de Referência, Leisdo Brasil e Diários Oficiais. Ho-rário: dias úteis, exceto acs sábs.,das llh 30m à> 17h 30m.' —Rua Senador Dantas, 74, 14.° an-dar. (42-6188, R. 31).

MUSEUS

PROGRAMA PRIMEIRA CIASSE -Hoje: às 13h 05m: lohangrtn,prelúdio do 3.° ato, de Wagner* Introdução a Rondo CaprichosoOp. 38, de Saint-Saens — *Barcarola, de ópera Silvano, deMascagni * Giga da Partita n.°1, de Bach * Bosques a Camposda Boêmia, de Smetana * TrêsGymnopádies, de Satie3 * Côr»da Lua de Ae Alegres Comadresde Wlndsor, de Nicolai; — ès22h 05m: — Catulli Cirmina, deCarl Orff * Fantasia sobre umteme de Thomas Tallls, de Vaug-han Williams.

BBCFreqüência 12 040 Kc. 24,92 m;9 825 Kc. 30,92 m; 9 600 Kc,31,25 m; 7 210 Kc. 41,62 m.Primeiro Noticiário 21 h.Questão em Foco— 21 h lOm.Segundo Noticiário — 22h.Nosso Correspondente Informe —22h lOm.

RÃDJÒ MECLITERATURA PORTUGUISA -Sh 45m, focalizando nomes eobras desta literatura. Programaescrito por Cleonice Berordinelli.ÕÜÍNTItO-DÉ BEETHOVEN ^17h 30m, Walter Giesking a oQuarteto de Sopros Filarmoníaapresentando o Quinteto parepiano, oboé, clarinete, trompa efagote, em mi bemol maior,opus ló, de Beethoven.ãõ~FédõrTo~mündõ - 1Th7focalizando o Jaxx man Thelo-nius MonJc e seu quarteto.

ÊSCÕLAS^ElÀMBÃPORTELA — Aos domingos, a par-tir de 21h: Estrada do Portela, noImperial Basquete Clube, quarta-feira, às 21h: sede da Estradado Portela. CrS 500 a entrsda.(Madureira).MANGUEIRA — Aos domingos, às21 h, e às quartas a partir dodia 1, no mesmo horário. RuaVisconde de Niterói, altura don.° 800.IMPÉRICTSÉRRANO - Sábados edomingos a partir de 21 h. Noantigo Mercado Municipal. Largode Madureira.SALGUEIRO - Morrõliõlãígüêr-ro, com entrada pela Praça SaenzPena - 21 horas. Crí 500 aentrada.

BIBLIOTECASMARIA DA GRAÇA - Adege deCvora — Show — Com Maria daGraça e Sebastião Roballnho —Couvert - CrS 1 800 - Fechado

. às segundas-feiras — Rua SantaClara n.° 292 - Tel.: 37-4210.

FRENESI - Show - Com GrandeOtelo, Paulo Araúio, Lílian Fer-nandes e grande elenco. Ge ldenRoom d» Copacabane Falai* —Couvert. CrS 15 mll. Consuma-çâo: Cr$ 5 mil.El CORDOBiS - Show de •go-go de meia em meia hora. —Rua Miguel lemos, antigo SanSebastian Bar — Consumação CrS5 400.

PANTERAS A 00-00 - Show demela em mela hora a partir dal23 horas — Ru* Beaux Arli —Rua Rodolfo Dantas — Sem c*v-vart a consumação: CrS 5 000.CARLOS MACHADO HOLÍDAY"-Com Penha Maria • granda alen-co, è lh - Couvert: Cr$ 10 mil.sem consumação — Fred'» — Av.Atlântica.

¦EKIMBAU - Show com Ellii Rt-gina e Baden. Arranjo musical deGuerra Peixe. Zumium — BaralaRibeiro, 200 - Couvert CrS 10

i mi!

SAMBA ESPETACULAR E CAUBY -r^w-Dançonte com Moacir, An*diara, Araquem a tuís EdmundoPeixoto. - Drink — Av. PrincesaIsabel. Couvert: CrS 5 mil e con-aumacão CrS 3 500.

JB Informa - 7h 30m, 12h 30m,18h 30m, 21 h 30m,Repórter JB - 6h30m, 9h30m, ÍOh30m, llh 30m, 14h 30m, 15h30m, lóh 30m, 17h 30m, 20h30m, 23h 30m, Oh 30m.Informativo Agrícola — 6h30m,diariamente.

fUNDAÇAO RAIMUNDO OTONtDE CASTRO MAIA - Expõe to-dos os origipaÍ3 de aquarelas dtDebret, além de vários qundrote objetos de arte, atstacf.ndo-seo?'painéis de azulejos parruçuÊ-ses. Estrade do Açude n.* 764 —Alto d« Boa Vista. Horário: ter-çaV, quintos e sábados, das 14 às17 horas; domingo, das 10 ka18 horas.

CASA DE RUI BARBOSA - Acasa a ss relíquias ligadas à vidado grande homem público, è suabiblioteca de cerca d. 40 mil vo-lumes, compõem o museu, — RuaSão Clemente n.° 134 (telefonei46-5293 e 26-2548) - Hor.: do\2 às lóh 30m, exceto ás segun-dis. — Entrada franca.MUSEU DE ARTÈ~MOD£RNA -Cursos e conferências, exposlçüopermanente. Avenida Infante D.Henrique (tel. 31-1871). - Hor.de 12 òe 19 horas, segunda a sé-bado. De 14 às 16 horas, aos d»*mingos a feriadas.

MUSEU DO BANCO DO BRASIL -Recolhe e éxpÕé documentos *obietos.de vetor histórico Hgadoeao estabelecimento — Avenida RioBranco, 65, ló.9 andar (telefones43-5372) — Hor.: do 12 4s 15h.d» seg. a sexta. Fechado aos iib.e dom. Entrada franca.MUSEU-DA CAÇA - Reúne ont-mal:, típicos da fauna brasileira.Quinta da Boa Viste. — Ladodireito da entrada princioa! doJardim Zoológico. (Tel. 31-2645).Hor, de terçy e sexta-feira, dss12 às 17h. Aoa sáb. e dom., 9hàs 12h. Entrada franca.

PARQUESE JARDINS

MUSEU DE GEOGRAFIA - Expõeas pats&gens físicas e humanasdas grandes regIÕee geográficasdo Brasil. — Avenida Calógeras,ó-B (tel. 52-4935). Hor.: de 10 àa12h30m, exceto aos sábadou •domingos. Entrada franca.MUSíTTOE GEOGRAFIA E MINE.RALOGIA — Compreende aesõeide Mlneralogla, Geologia e Pa-leontologia. Avenida Pasteur n.*404. (Tel. 26-0309). Hor.: de IIàs 17h 30m, exceto eos sábadosa domingos. Entrada franc*.

MUSEU DOS TEATROS DO RIODE JANEIRO - Elementos e do-cumentação referentes à vida ar-fística teatral da Cidade. AvenidaRio Branco (Salão Assírio). —(Tel. 22-2685). Hor.: das 13 ás17 horas, exceto aos sábados •domingos.

BIBLIOTECA - CASTRO ALVES -Avenida Treze de Maio, 23-D — iTel. 52-9865. Horário: 12 is 18horas. Fechada aos sábado:.'bíbTToteca

popuiXr da pF-NHA - Rua Uranos n. 1 326 -(30-6713). - Horário, 12 às 18horas, .— Fechada aos sábados.BIBLIOTECA NACIONAL - Ave-nida Rio Branco n.o 219 ....(22-0821) - Horário: 10 às 22horas. Para o salão de leituraexige-se cartão de consulta. In-formações na portaria.BIBLIOTECA POPULAR DE BOTA.FOGO — Rua Farani, 3-B (Tels,:26-2443) - Horário: 8h 30m às21 horas. Fechada aos sábados.BIBLIOTECA POPULAR DA GA.VEA - Praça Santos Dumont, 160

(27-7814). Horário: 8 às 20horas. Fechada' aos sábados.BÍBLIOTECA ESTADUAL - Aveni-da Presidente Vargas, 1 621 (tels.43-0333). Horário: 8 às 20 horas.

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DECAIR

DE PÉEDSON BRENNEB

Fotos de ANTÔNIO TEIXEIRA

Os chineses conceberam o pára-queâas noséculo XIV e Leonarão âa Vinci, em 1501, estu-áou-o detalhadamente fazendo vários esboços econcluindo por afirmar que "se um homem se-munir de uma cúpula formaâa por uma telamontada num quadro ãe 12 braças dc laáo ecuja flecha tenha também 12 braças poâe lan-çar-se, sem perigo, âe qualquer altura". Aventa-ra perigosa outrora, última esperança áos pio-neiros âa aviação — quanão voar era um ato âecoragem —, o pára-queâas, hoje em âia, è umáois mais eficientes instrumentos âe ataque âequalquer exército âo munáo.

¦ A história registra que uma experiência foirealizada cotn um aparelho feito na concepçãode Da Vinci quando um homem se jogou âo altoâe uma torre elevaáa. Em 1783 o físico Sebas-tian Lenormanâ lançou-se do cimo ão Observa-tório âe Montpelier mas coube a Jacques Game-rin realizar o primeiro salto verãaâeiramentenotável. Atirou-se ãe uma altura ãe mil metrosem 22 áe abril âe 1797, escapando com viãa.

A FÉ NECESSÁRIA

Coragem é necessário mas não basta paramotivar um homem a se jogar áe um ,avião a11 420 metros âe altura em queâa livre até es-tar a apenas 200 metros âo solo, cainâo em ve-locidaãe superior a 65 metros por segundo, semsaber — antes de saltar — se a queâa livre nãolhe causaria um âesmaio e a morte em conse-qüência.

Era necessária a fé se ela foi a motivação deJames Williams que, em 1938 respondeu a per-gunta definitiva em relação ao pára-quedas (erapreciso saber se o ser humano resistia com vidaà queda livre para poder equipá-lo com pára-quedas como são concebidos hoje, isso é, mane-jaãos por quem o usa) ao saltar numa manhãáe sol, protegião apenas por alguns metros deseda.

Antes áêle muitos morreram. O inglês Cock-ing,. que foi o primeiro a âemonstrar matemàti-camente que a única forma estável âe pára-que-das era a ãe um cone com o vértice voltado parabaixo — precursora dos de agora, — mas mor-reuao saltar âe uma altura ãe mil metros, poisseu pára-quedas não resistiu à pressão do ar erasgou.

Coube a uma mulher — Katchen Paulus,em 1900 — demonstrar que o mais antigo ins-trutnetito ãe aviação concebiâo ãepois ão sonhoâe ícaro ãa mitologia podia e devia ser trans-portado por quem o usaria. O avião dormia ain-ãa no gênio âe Santos Dumont. Levada para oalto por üm balão, ela imaginou uma espécie áetrapézio onãe, sentaâa, cortava a cinta que aligava ao balão para iniciar a áesciãa.

ESPERANÇA NÃO MORRE

Com o progresso âa aviação, o pára-queâascomeçou a ser encarado como um meio de sal-vacão que acabou por se tomar a última espe-rança áos que se atreviam a âesafiar o espaçoem busca ão progresso ãa aviação. Milhares ãeinventores apresentaram centenas âe tipos depára-quedas, para todos os fins, inclusive unsdestinaáos a salvar o próprio avião âe uma que-âa eventual.

A guerra âe 1914 transformou toãos os con-ceitos sobre o pára-queâas mas foi somente ãu~rante a II Guerra Mundial que êle deixou ãeser um instrumento de salvação para participardos esquemas táticos de ataque ãos exércitosem luta. Foram criadas as tropas pára-queãis-tas e o heroísmo ãos precursores virou rotinaâe milhares âe solàaáos anônimos.

O treinamento exigido para um membro detropa pára-queàista transcenãe à capaciàaáenormal ão ser.humano comum. Ginástica calis-tênica, aulas teóricas sobre o funcionamento ãoequipamento hoje quase toáo automatizaâo, pre-paração psicológica ministraáa em âoses maci-ças nos centros áe treinamento são alguns áoselementos.

O PÁRA-QUEDAS NA GUERRA

Tropa âe elite no Exército Brasileiro, o Nú-cleo áa Divisão Aeroterrestre — uniâaáe áo 1Exército seàiaáa na Guanabara — já projetouo nome âo Brasil no exterior pela eficiência ecapaciàaãe âe ãesempenho âe seus homens. OBrasil foi o terceiro colocaâo no CampeonatoMunáial de Pára-Queãismo, ficando atrás ape-nas da França e ãos Estados Unidos.

Seus homens são capazes, entre outras coi-sas, de se lançar sozinhos sobre uma região qual-quer da Amazônia onde nunca um ser humanocivilizado tenha atingido. Ali/sem nenhum equi-pamento além de sua faca, um revólver e umcantil ãe água, sobreviver 45 dias durante osquais deverá fazer, de qualquer maneira que lheseja possível, uma clareira para que o hélicóp-tero que o vai buscar possa pousar.

Sua capacidade de ataque é tão grande quea tomada simulada ão Forte de Copacabana porum grupo de 15 pára-quedistas — durante umperíodo de treinamento previsto pelo Comandodo Exército — está anotada como um de seusmaiores feitos.

Os soldados da guarnição do Forte estavamavisados que os pára-quedistas atacariam em talhora ãe tal dia, com tantos homens. Mesmo as-sitn, apesar de uma grande superioridade nume-rica foram obrigados à rendição. A entrada noForte foi facilitada por um dos pára-queáistasque, áisfarçaâo em venâeâor áe balas, começaraa venáê-las âiàriamente nas dependências ãoForte, uma semana antes âa data marcada parao ataque.

O Comandante do Forte dera a licença paraque êle entrasse para vender as balas, penaliza-do pela situação aflitiva que "está passandoêsse pobre homem". Dias depois, o venâeâor lheâaria voz âe prisão, iá vestiâo em sua farda âecapitão pára-queâisia.

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D!— _!____. :.._ _#*... • __.'_._Rio de Janeiro — Quarta-feira, 28-12-66 Parte inseparável do Jornal

O JB HA 75 ANOSO JORNAL DO BRASIL do 28-12-1891 noticiava:Reíiborlo a temporada do Ópera de Paris.Alfándeçya do Rio rendeu 1.158$000 cm novembro.Insurreição na China toma proporções de ouerracivil.

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ANALISE S.N6T1CA DO MAPA - A Frenle Fria ontem as-sinalada no Norte da Bahia }i atingiu o extremo Nordeste doPais, provocando chuva fraca e declínio da temperatura. Ãretaguarda da Frente, acentuada zona de convergência ins-tabiliza o tempo «carretando chuvu generalizadas desde aGuanabara atí o Rio G. do Sul. Instabilidade tropical aoNorte de Minas Gerais provoca pancadas • trovoádac es.parsas. (Análise Sinótica do Mapa do Serviço de Meteo-rologia interpretada pelo JB)

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Minas Carais, Espírito Santo— Tempo: Instável. Temp.: Es-tável.

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2 - CLASSIFICADOS - Jornal do Brasil, 4.°-foira, 28-13-66

EstradasNAS RODOVIAS RADIAIS:BR.020 — Brasília (DF)—Fortaleza (CE) — Norinui: trecho Divisa CE/PI—São João do Piauí,em construção, com transito desviado. No Ceará:do Fortaleza—Inhuporanga—Caridade, trânsito re-guiar em reparos c obras de recuperação: normalde Caridade a Canindé, asfaltado; trecho Conin-dé—Boa Viagem com trânsito precário em reparose obras de recuperação; regular de Boa Viagem aCruzeta, cm recuperação, faltando apenas obras doarte do km 270 ao 290, Em Goiás: transito normalno trecho Posse—Formosa—Brasilia, com algunsdesvios por íalta de obras de arte.BR.040 — Brasília (DF)—São João da Barra (RJ)— Em Goiás: trecho Brasília—Divisa GÓ/MG,transito normal. Em Minas Gerais: trânsito nor-mal da Divisa MG/GO—Belo Horizonte; de Mu-riaé à Divisa MG/RJ, regular, trecho não pavi-nientado.BR.050— Brasília (DF)—Santos (SP) —Em Gol-ás: trânsito normal no trecho Brasília—Crlstall-na—Catalão Divisa GO/MG. Em Minas Gerais: notrecho pavimentado de Uberaba ã Uberlândia,trânsito normal; em pavimentação de Uberlândia a

. Araguari. Em São Paulo: trânsito normal da Dl-visa MG/SP—Limeira a Santos.BR.060 — Brasilia (DF)—Bçla Vlsta (MT) — EmGoiás: trânsito regular de Brasília ã Divisa GO/MT. Em Mato Grosso: trânsito normal de Cuiabáa Cáceres.BR.070 — Brasília (DF)—Fronteira com Bolívia(MT). — Em Mato Grosso: trânsito normal de Cá-ceres à Cuibá.NAS RODOVIAS LONGITUDINAIS:BR.101 — Natal (UN)—Osório (RS) — Nrf RioGrande do Norte: trânsito regular no trecho Par-namirim Divisa RN/PB. cbm desvios, face obrasde melhoramentos e pavimentação. Na Paraíba:em construçáo da Divisa RN/PB—Joáo Pessoa comtrânsito desviado e normal de João Pessoa à Di-visa PB/PE. Em Pernambuco: trânsito normal daDivisa PB/PE â Divisa/PE/AL (km 230). Em Ala-jjoas: trânsito normal da Divisa AL/PE—Maceió,asfaltado, em melhoramentos com pequeno desviona altura do km 30; de Maceió a Samaúma, trân-sito normal, trecho pavimentado e precário daí àBoa Cica coin buracos e depressões; em construçãode: Boa Cica à Porto Real Colégio. Em Sergipe:trânsito regular de Própria à Pedra Branca, empavimentação; normal de Pedra Branca à Itapo-ranga, exceto na altura, do km 74 ao 84, desviado,face deslizamento de aterro, de Itaporang» à Um-baúba, trânsito normal e 1/2 pista do km 111 ao118, em pavimentação; regular cle Umbaúba à RioReal. Na Bahia: trânsito precário de Rio Serra ãEsplanada — Divisa BA/SE, trecho em pavimenta-ção; regular do entroncamento BR. 324—Governa-dor Mangabeira em reparos e obras de recupera-ção; normal de Governador Mangabeira em repa-ros e obras de recuperação; normal de Governa-dor Mangabeira—Santo Antônio de Jesus—Gandu;trânsito regular com buracos e depressões, no tre-cho Gandu— Itajuipe; de Itajuípe—Buararema re-guiar; de Buararema—Camacú—Rio Jequitlnho-nha—Eunápolis, trânsito regular, com buracos edepressões. No Espirito Santo: trânsito normal cieMorro Dantas até Vitória—Rio Nôvo; de Rio Nóvoà Saíra, em melhoramentos, trânsito regular, ex-ceto na ponte provisória de. madeira construídasóbre o Rio Iconha; passagem para um só veículode. cacia vez. Normal no restante até a Divisa ES/RJ. No Rio de Janeiro: trânsito normal da DivisaRJ/ES — Niterói, exceto nos proximidades de RioBonito, com passagem para um só veículo de cadavez, na travessia da ponte provisória sóbre oRio Tanguá; trecho Barra da Tijuca—Santa Cruzdelegado ao DER—GB e concluídos 20 km inici-ais; de Santa Cruz a Itaguai—Jacuecanga (70 km)serão aproveitadas as estradas estaduais existên-

.tes; trecho Jacuecanga—Angra dos Reis (11 km)delegado ao DNER, em terraplenagem, trecho Man-garatiba—Jacuecanga, ainda virgem; trecho An-gra dos Reis—Parati (60 km) delegado ao ....DER—RJ.BR-101 — CONTINUAÇÃO — EM SANTA CATA-RINA: trecho Divisa SC/RS — Icará: normal:de Icará, a Jaguaruna, náo implantado, com trân-sito desviado por estrada estadual; de Jaguaruna—Laguna, trânsito normal, desviado no restante pe-ia estadual; de Laguna a Florianópolis,' trânsitodesviado íace obras; normal de Florianópolis—Bl-guaçu—Tijucas—Itajai. Desviado por rodavia es-tadual, em pavimentação; de Itajai—Corveta trân-sito normal; de Cqrveta—Joinville — Divisa SC/PR, trânsito desviado através de Araguari, aindapor rodovia estadual.BR-104 — MACAU (RS) — ATALAIA (AL) —Na Paraíba: trânsito precário de Campina Grandeaté Aeroporto cm construção de Aeroporto a Quei-mados: no trecho Campinha Grande—Esperançatrânsito normal.BR-110 — AREIA BRANCA (RN) — SALVADOR(BA) — No Rio Grande do Norle: trecho AreiaBranca—Mossoró, trânsito normal. Em Pcrnam-buco: trecho Pernambuquinho—Jeremoabo, regu-lar. Eni Alagoas: trânsito normal de Paulo Afon-so a Divisa AL/PE, ponte sobre o Rio Moxotó),em melhoramentos. Na Bahia: trânsito normal deEntroncamento BR-324/110 — Olindina, trechoasfaltado e regular de Olindina até Cipó, empavimentação: regular de Cipó a Jeremoabo.BR-116 — FORTALEZA (CE) — JAGUARAO(RS) — No Ceará: em Monsejana, trânsito regu-lar, em melhoramentos; de Fortaleza a Divisa CE/PE, trânsito regular com alguns trechos cm pa-vimentação e melhoramentos. Em Pernambuco:trânsito regular de Jati a Salgueiro. Na Bahia:trânsito normal de Feira de Santana a Santa Bãr-bara. asfaltado e regular daí até Barra de Tarra*cliil, e construção: trecho Feira de Santana—Di-visa BA/MG, trânsito normal. Em Minas Gerais:trânsito normal da Divisa MG/BA até Além Pa-raíba .trecho asfaltado. No Rio de Janeiro: trân-sito regular de Três Rios a Barra Mansa; de Bar-ra Mansa a Ponte sóbre o Rio Salto. (Divisa RJ/SP., trânsito regular), em obras de melhoramen-tos. Prosseguem as obras de duplicação da pistano trecho Rio Salto—São Paulo: trânsito normalem alguns trechos; máquinas trabalhando nosacostamentos e cruzando a pista. Na altura dokm 402, o tráfego foi fechado a fim de atenderconclusões de obras. O trânsito para a Cidade deSao Paulo e via Inhanguera, está sendo feito pelobairro de Vila Maria.S?"11?*- CONTINUAÇAO: de São Paulo a Curi-tlba: trânsito precário, normal nos kms. 25 e 79No Rio Grande úo Sul: trânsito precário no km53 e normal no restante.BR-122 - MONTES CLAROS (MG) — CHORO-ZINHO (CE) — Em Pernambuco: trânsito regularde Parnamirim a Petrolina. No Ceará: trânsitoregular, do km 0 ao 100, em reparos c obras derecuperação.BR-135 - SAO LUÍS (MÁ) - RIO DE JANEIRO(GB) — No Maranhão: trecho São Luís—Estiva,transto normal; de Perltoró—Caxuxá—Perizes,trânsito regular, face obras de recuperação. No

SÍr:,«ransito normal de Cristino Costa a Divi-sa PI/BA. Em Minas Gerais: trânsito regular deMontes Claros a Belo Horizonte a Divisa MG/RJasfaltado. No Rio de Janeiro: do Rio Meriti a Bon-sucesso em reparos e obras de recuperação comtrânsito em pista única. De Bonsucesso a Paraibu.na em melhoramentos com trânsito regularBR-158- PUCUR1 (PA) - ACEGUA (RS) -Em Golas: trânsito normal cie Goiânia a Itumbia-5^51^ 1?siGwa,s: trâlls*t° normal da DivisaMG/GO _ Prata - Frutal, pavimentado. Em SãoPaulo: trecho Divisa MG/SP — Divisa SP/PRtrânsito normal. No Paraná: trânsito normal. NoKio Grande do Sul: trecho Passo Fundo—Erechim.trânsito interrompido na ponte sobre o Rio PassoFundo.?£">15? T, S£,° í*L1X <MT> ~ "VRAMENTO(RS) — No Rio Grande do Sul: trânsito desviadono km 24, íace desabamento de obras d'arteBR-163 - RONDONÓPOLIS (MT) — SAO MI-GUEL DO OESTE (SC) - Em Mato Gr.isso: trân,sito normal no trecho Rio Brilhante—Campo Gran-de—Entroncamento. No Paraná: trânsito normalde Guaira até Porto Mendes.RR-114 — MANAUS (AM) — FRONTEIRA riVENEZUELA (RO) -Va™*™* M^naSa Divisa AM|RO. trânsito normal até o Km 29Em Roraima: trânsito normal de Boa Vista a Calracarai.

NAS RODOVIAS TRANSVERSAIS:BK-222 — FORTALEZA (CE) — PIRIPIRI (PI)

No Ceará: trecho Fortaleza Divisa CE|PI, em.melhoramentos na altura cio Km 30 (Umarituba)deslizamento do aterro do Km 50 ao 70 (Catuana),em reparos e obras de recuperação; trânsito nor-mal do Km 125 ao 136 e precário do 131) ao'182,normal do 182 ao 234 e precário do 234 oo 250; do250 ao 279, trânsito normal e regular do 279 ao310: precário até o Km 362. No Piaui: trânsitonprmal da Divisa CEf PI—Piripiri—Divisa PIjMA,em pavimentação na altura do Km 650 do trechoAltos Campo Maior.BR-220 — NATAL (RN) — ARAGUA1ANA (GO) —No Rio Grande do Norte: trecho Natal—SantaCruz, trânsito normal até Tangará e regular norestante com desvios em íace de obras de melhora-mentos e recuperação de asfalto: de Santa Cruz aCurrais Novos, trânsito precário.BR-230 — CABEDELO (PE) — CAROLINA (PA)

Na. Paraíba: asfalto até Farinha; trecho JoãoPessoa—Cabedelo em conslrução; de João Pessoaa Campina Grande, trânsito normal e precário norestante ató Patos. No Piauí: trecho Divisa CE|PI—Picos—Divisa PI|MA, trânsito normal. No Cca-rá: trecho Ipaunimirim—Divisa CE]PB, trânsitonormal. No Maranhão: trecho Barão cle Grajaú—São Domingos das Mangabeiras, transito regular,com alguns trechos em reparos e obras de re-cuperação.BR-232 — RECIFE (PE) — PARNAMIRIM (PE)

Trecho Recife—Caruaru—Sunharo—Salgueiro—Parnamirim, trânsito normal até Sanharo e regu-lar no restante, não pavimentado.BR-234 — CARUARU (PE) — CURUÇA (BA) —Em Pernambuco: trecho Garanhuns—São" Caettt-no, trânsito regular. Em Alagoas: trecho PauloAfonso—Entroncamento Carie, trânsito precáriocom buracos c depressões.BR-235 — ARACAJU (SE) — ARAGUACENA(GO) — Em Sergipe: trecho Aracaju—Divisa BA|SE, trânsito normal até o Entroncamento BR-235J101 e regular no restante em reparos e obras derecuperação.BR-242 — SAO ROQUE (BA) — PORTO ARTUR(MT) — Na Bahia: trânsito normal no Entronca-mento BR-110Í242—Feira de Santana—Seabra, pa-vimentado; trecho Seabra—Barreiras, em implan-tação.BR-259 — JOAO NEIVA (ES) — FELIXLANDIA(MG) — No Espirito Santo: trânsito precário notrecho Neiva—Colatina. Em Minas Gerais: trechoCurvelo—Gouveia, trânsito normal em pavimen-tação.BR-2G2 — VITÓRIA (ES) — CORUMBÁ (MT) —No Espirito Santo: trecho Vitória—Marechal Fio-riano, trânsito normal até o Km 63 e precário atôIdáiá (Km 116). Em Minas Gerais: trânsito re-guiar de Pequiá a Realeza em melhoramentos.Normal no trecho asfaltado de Realeza a Matipó;em construção de Matipó até Rio Casca—Rio Do-ce, com trânsito regular; desviado de Rio Doce aMonlevade em construção, trânsito normal notrecho asfaltado de Monlevade a Betim; trânsitoregular de Betim até Uberaba, em construção.BR-2G7 — LEOPOLDINA (MG) — PORTO MUR-TINHO (MT) — Em Mato Grosso: trecho DivisaSP;MT—Porto Murtinho normal.BR-277 — PARANAGUÁ (PR) — FOZ DO IGUA-ÇU (PR) — De Paranaguá a Curitiba o tráfego éíeito através da Estrada Graciosa, sob controledo DER—PR; transito regular no trecho Curltl-ba—São Luiz do Purunã—Foz do Iguaçu.BR-282 — FLORIANÓPOLIS (SC) — SAO MI-GUEL DO OESTE (SC) — Treoho Lajes—CamposNovos, trânsito normal; de Campos Novos a Joa-çaba-Xanxerè, trânsito regular; interrompido deXarixerê até Fachinal dos Guedes.BR-290 — OSÓRIO (RS) — URUGUAIANA (RS)

Trânsito desviado na. altura do Km 291, emvirtude de desabamento de obras de arte, trechoem construção.BR-308 — MACEIÓ (AL) — CAPANEMA (PA) —No Piaui: trecho Divisa PIjMA—-Divisa PLCE,trânsito normal. No Maranhão: trânsito regularde Chapadinha a Itapecuré—Mirim;BR-316 — BELÉM (PA) — MACEIÓ (AL) — NoPará: trecho Belém-Capanema, trânsito, normal;em restauração, de Belém a .Castanhal, 80 Km cm

• concreto asfaltado. No Maranhão: de Poritoró—Riachão, em reparos c obras de recuperação, comtrânsito regular; de Riachão a Caxuxa—Timon,em melhoramentos com trânsito regular.BR-316 — CONTINUAÇÃO — No Piauí: trechoDivisa PI|PE—Jaicòs—Paulistana, trânsito nor-mal. Em Pernambuco: trânsito regular cie Par-namirim—Araripina (Divisa PE}PI). Em Alagoas:trânsito normal de Maceió até Palmeira dos ln-dios. e.regular até a Divisa AL|PE com buracos edepressões... .BR-319 — BERURI (AM) — GUAJARA MIRIM(RO) — Em Rondônia: trecho Porto Velho—Abu-ná (RD), 320 km, trânsito via Estrada de FerroMadeira — Mamoré.BR-324 — REMANSO (BA) — SALVADOR (BA)

Trecho Feira de Santana—Salvador, em repa-ros e obras cle recuperação e obras nos acosta-mentos, trânsito normal.BR-343 — LUIS CORREIA (PI) — BERTOLINA(PI) — Trânsito normal de Luis Correia a En-troncamento com BR-235; em pavimentação clePiracuraca a Buriti Lopes e normal de Piripiri aTeresina.BR-354 — ENGENHEIRO PASSOS (PI)—CRIS-TAL1NA (GO),— No Rio de Janeiro: trânsitoiiormal de Engenheiro Passos â Divisa MG|RJ. —Em Minas Gerais: trecho Divisa RJjMG*-C'axam-bu. trânsito normal.BR-3G4 — PORTO VELHO (RD) — LIMEIRA(SP) — Em Rondônia: trecho Porto Velho—Divi-:sa RDjMT. .trânsito normal. Em Mato Grosso:trecho Divisa RDÍMT—Divisa. MT]GO, trânsitonormal. Em Goiás: trecho Divisa GO|MT, Jatai—Canal de Sáo Simão, trânsito normal e precárioaté Canal' de Sãó' Simão.BR-3G3 — MONTES CLAROS (MG) — SAO SI-MAO (GO) — Em Minas Gerais: trânsito' nor-mal no trecho asfaltado de Uberaba a Monte Ale-gre de Minas.BR-3G9 — BOA ESPERANÇA (MG) — CASCA-VEL (PB) —. São Paulo: trecho Ourinhós—DivisaSP|PR,'trânsito normal. No Paraná: trecho Me-lo Peixoto — Jandaia do Sul, trânsito normal.BR-37G — DOURADOS (MT) — SAO LUÍS DOVURUNA (PR) — No Paraná: trânsito normal deMaringá a São Luís do Purunã.BR-381 — GOVERNADOR VALADARES (MG) —BRAGANÇA PAULISTA (SP)>— Em Minas Ge-rais: trânsito normal de Betim à Divisa MG|SP,•trecho asfaltado. . -BR-393 — CACHOEIRA DO ITAPEMIRIM (RS)MANILHA (RJ) — No Rio de Janeiro: trechoTeresópolis a Manilha,trânsito regular; na tra-vessia da ponte sobre o Rio Macacu, o trânsito éregular com passagem para um só veiculo de ca-da vez, em virtude das obras de melhoramentose recuperação e construção de acesso a ponte.NAS LIGAÇÕES:

BR-405 — MOSSORÓ (RN) -I ENTRONCAMEN-TO COM BR-116 (CE) — No Rio Grande do Nor-te: .trânsito regular da Divisa CE|RN—Mossoró.No Ceará: trânsito regular até o km 48, com bu-racos e depressões. •BR-414 — ANÁPOLIS (GO) — NIQUELANDIA(GO) — Trânsito normal de Anápolis a Nique-lândla. «BR-416 — CÁCERES (MT) — MATO GROSSO(MT) — Trânsito normal de Cáceres a MatoGrosso.BR-4G2 — RIO DE JANEIRO (GB) — ANGRADOS REIS (RJ) —Trânsito regular de Parada deLucas (km 17) a Nova Iguaçu (km 32) em re.paros e obras de recuperação; no trecho Belvede-re <km 65) — Arroza! (km 118) trânsito regularexceto na altura do quilômetro 80, que está so pro-cessando em meia pista em face de queda de bar-reiias e.arvorei. Sinalização de advertência.BR-464 — MAGÉ (RJ) _ SANTA CRUZ (GB) --

. Trânsito norma! de Magé a Santaf Cruz.BR-4G8 — CURITIBA (PR) _ JOINVILE (SC) -Transito normal de Curitiba a Caruva.ÍS™ *, J^ SOLEDADE (RS) - PELOTAS -i" l. V?T) ~~ Trânsito regular do km 100.200 dotrecho Pelotas—Chui.

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Documentos perdidosForam perdidos e nt encontram & disposição

de seus donos, no Serviço de Utilidade Tública.da RADIO JOUNAI, DO BKAH1L, os documento»relacionados abaixo. Seus donos poderão procura-los na Avenida Rio Branco n.« 110, 3.* andar, das5h.'!0m da manhã ãs % da madrugada.

Antônio Luiz, Aniónio Leandro, Aparíclo deCarvalho, Almir Pereira de Carvalho, AdalbertoCruz Galvão de Lima, Aristides Carneiro da Silva,Alberto dos Santos, Almiro Sousa de Jesus, Auto-nio Moreira, Alexandre Manhães, Ari de PauhísAdroaldo Paulo de Nazareth; Antônio Valim, Adel-son Isidro, Alaide Gomes da Silva, Anazilda Nu-nes da Cunha, Arnaudo Pereira Loreiro, AvacíSantos, Antônio Luiz da Silva Passos, Agenor An-tonio Neves, Altair Vieira da Silva, Antônio Pedroda.Silva, Adão Soares Braga, Antônio de OliveiraLima, Antônio Carlos Varela, Adilson José de Araú-jo, Adail Leopoldo dc Almeida, Adilson de SouzaMendes, Alfredina Cardoso Figueiredo, Alcinodos Santos, Adelson Miguel Navarro, Bemardi-no Vieira Faustino, Crispiano Costa, Clodo-aldo Oliveira das S _ n t o s, Carolina Mariados Santos, Carmem Lucia Ferreira Braga,Cézar Cattabriga, Célia Gom es de Mattos,Devair Rodrigues da Silva, Diogo Pinto Sabuguei-ro, Dolores dos Santos Oliveira, Dionisio Pinto,Djalma Arnaud Mascarenhas, Devaldino de Olivei-ra, Elcio Merêncio da Silva, Edgar da Rocha, Edu-ardo Ferreira, Enes de Oliveira Silva, Elias Gon-çalves Coelho Filho, Edna Maria de Melo, Edsonda Silveira, Ekkehart H. G. Tamussino, Eno-que Natividade, Eudes Correta Barros, Elba Nool-bath de Abreu, Jorge de Oliveira, Francisco Wash-ington de Souza, Fernando Miller, Feliciano PintoPereira, Fernando Versari, Francisco Xavier, Fran-cisco Oswaldo Mariano Lessa, Floriano MathiasAraújo, Francisco Miranda Filho, Francisco deAssis Bragança, Filogonía Ribeiro Pecanha, Feüsda Conceição, Gérson Eugênio de Araújo Santos,Geasi Sobreira de. Lima, George Marconde Godoy,Gilbert-son Torres, Geraldo Pereira da Silva,-Gil-berto de Jesus Costa Vieira, Herenice Alves, He-liodoro Moreira Correia, Heloísa de CarvalhoFarias, Humberto Alves do Nascimento, HérculesFerreira da Silva, Ighéz Mendes Nogueira, IraciA. de Alencar, Isolina Rabelo, Iran Guerra dosSantos, João Berto Batista, João Lopes de Melo,Joaquim Ribeiro Barbosa, Jaime Pereira Martins,João Ferreira da Silva, Barbosa, Jorge Seabra deSantos, João Raimundo dos Santos, Juarez Avelinoda Silva, José Henrique Guedes cqueira, Jair deSouza Machado, João Batista Medeiros Souto, Jor-ge Neto da Silva, Juarez Gomes da Silva, José Ino-cênoio da Cunha, Júlio Simão da Silva, João Pe-reira üo Rosário, José Ribamar Moura Lobato, Jo-veiina de Oliveira Vasale, João Antônio dos Santa?,José Salvador Jasraim, Jair Correia de Morais, JoséSoares, Jorge Madeira, José Paulo da Silva, JoãoAdelino da Silva, Luiz; Gonzaga Sobreira,Luís Ubiratã Carlos, Laíaiete Augusto SoaresFilho, Lucia Maria de Carvalho, Maria Pinheiro daSilva Ramos, Milton de Sousa, Mauro FernandesGuaraciba Pessoa, Sérgio da Silva Marinho, Sebas-tião Alberto Frederico, Sebastião Zambone, Sebas-tião Nunes de Oliveira, Sinval Soares Pianora, Sér-gio de Almeida, Vanderlei José da Silva, ValdirDuarte Rodrigues, Thereza Laurinda de Souza,Waldemar Rodrigues Paixão. Wilson de Andrade.

Carros roubadosO Serviço de Utilidade Pública da RADIO

JORNAL DO BRASIL relaciona, abaixo, os carrosroubados na Guanabara e que ainda não foramrecuperados pela Polícia. Quaisquer informaçõessobre o paradeiro deverão ser dadas pelo telefone22-1519.

AERO WILLYS, ano 1965. GB — 3-61-46, motor5 029 210, azul. — 1964, GB — 15-53-55, motorB.4 014 340, vermelho. — 1965, GB — 26-49-53,marrom/bege. — 1966, GB — 27-25-45, motor ....B.6 055, azul. — 1905, RJ — 10-15-05, motor ....B.5 029 204, azul. — 1965, RJ 7-08-78, cinza.1863, MG — 3-78-05, motor B.3 223 754, verde/cinza. — 1965, MG — 2-21-68, motor B.5 036 449,cinza. — 1965, GB — 16-65-58, cinza, — 1966, GB24-79-27, motor B.6.042.159, cinza.CAMINHÃO MERCEDES-BENZ, ano 1959, RJ —33-17-05, motor OM.821 919, azul. — 1963, GB —7-81-34, azul/cinza.CAMINHÃO CHEVROLET, ano 1960, GB — ....61-42-18, cinza/verde, 1965, SP — 98-37-00, verde.1D65, SP — 1-98-36-06, verde.CAMIONETA DODGE, ano 1952, GB — 16-5S-8S,Kêlo.CHEVROLET, ano 1951, GB — 4-15-75, preto.DKW, ano 1965, GB 25-07-29, motor S-078 630,creme. 1963, GB — 19-70-31, motor V. 037.395,casianho/gèlo. — 1962, GB — 18-21-17, vinho/pé-rola. — 1965, GB — 40-57-52, amarelo. — 1960, GB16-2970, motor VOO-55 380, azul.DAUPHINE, ano 1963, GB — 18-22-21, gelo.FORD, ano 1940, GB — 5-51-56, motor 185.281.856,preto.GORDINl, ano 1963, GB — 20-04-48, motor 309 759, grenã. — 1963, GB — 21-56-76, bordeaux.JAGUAR, ano 1958, GB — 17-0030, cinza.JEEP WILLYS, ano 1959, GB — 25-82-71, motorB 822 681, abóbora. 1966, RJ — 31-68-91, motor ..B.6 259 045, azul.KOMBI, ano 1965, GB — 18-95-93, azul/claro. —1962, RS — 35-13-26, motor B.2 053 024, cinza/cia-ro. — 1961, GB — 2-34-06, motor B.49 590, verde/areia. — 1960, RJ — 8-76-79, motor 26 919, ver- .de/gelo. — 1963, GB — 27-03-52, motor 3 059 476,pérola. — 1964, RJ — 6-81-85, motor B. 199 584,azul. — 1959, GB — 26-60-61, azul. — 1961, GB —2-13-96, verde.KARMANN-GHIA, 1965 — ES — 7-83-02, amare-lo/prêto.OLDSMOBILE, 1951 — GB — 2-43-30, motor ....SA.566 648.H, creme/verde.PICK-UP CHEVROLET, ano 1962, MG — 32-73-92,motor 2.J.073 003, verde/marfim.PICK-UP WILLYS, ano 1966, GB — 27-52-52, mo-tor B.6.Z.65 649, azul.PLYMOUTH, ano 52 — GB — 25-3571, motor ...,P.23.420.685, creme.SIMCA, ano 1960, GB — 26-66-86, motor B.00.068.azul. — 1961, MG — 81-14, motor 11.335. azul/pé-rola. — 1961, BA — 89-33. motor 10.505, verde.RURAL WILLYS, ano 1965, DF — 2-98-65, azul/branca. — 1963, GB — 2.90-64, motor B. 3158 612, cinza/creme. — 1966, SP — 21-84-08,motor B.5232321, azul/branca — 1962, MG —04-15-46, motor B.2119086, verde/brr.nca. — 1963,GB — 19-21-67. verde/marfim — 1965. RJ 24-04-64,motor B-5 221656, aaul/cinza. 1963, GB — 19-37-75,cinza/marfim. 1962, GB — 24-33-40, motor B.2.102 457, azul/ creme. — 1965, ES-76, motorB.5 216 318, azul. — 1965, CE — 9-21-29, azul/branca. — 1966, MG — 52-02-14, motor B. 6 274 324,verde. — 1982, GB — 85-27-12, cinza/gêlo. — 1966.GB — 26-32-57, motor B.255.120, verde/pérola. —1963, GO — 11-00-75, motor B.3.165.327. azul.VOLKSWAGEN, ano 1965. MG — 64-40-18, motorB.300331, azul — 196Õ, MG — 1-69-38-08, motorB.279 436, azul. — 1965, GB — 24-95-54. motorB.335 228, azul. — 1965. RS 36-96-17. motorB.325 644, azul. — 1965, GB — 23-58-04, ver-melho. — 1965, DF — 3-05-09, motor B.328 407, gelo. — 1960, GB — 26-83-81, motorB.383 227, azul. — GB — 2-51-28. motor 10 849 909,verde. — 1962. GB — 18-8105. motor B. 133 900,pérola. — 1966, GB — 26-11-79, motor 362 574,pérola. — 1966, GB — 4-60-58, motor B-415 209,verde. — 1963, DF — 2-54-69, motor B. 184.332,pérola. — 1965 — ES — 7-41-80, motor B.296.171,vinho. 1966, GB — 27-93-15, vermelho. — 1966, GB

25-17-33, motor B.345.791, grená. — 1960, GB —18-8133, motor V. 005.542. cinza. — 1960, GB —13-5855, gelo.VEMAGUET, ano 1963, GB — 20-19-43, bege. —1962, GB — lü-9672, cinza.

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da Caixa Econômica receberá, hoje, as propostasde empréstimos de números até 8 000, jã infor-madas pelas repartições em que trabalham os ser-vidores. O pôsto de recepção funciona no Edificio-Sede da Caixa Econômica, na sobreloja, entradapela Rua Senador Dantas, das 8 às 13 horas. ACaixa lembra aos cohsignantes que verifiquemmensalmente a afcualizaç&o das averbaçSes, atéo fim do contrato do empréstimo, pois, em hipó-tese alguma admitirá a concessão de nôvo finan-ciamento aos devedores em atraso. Sabendo-seque os consignantes, de acordo com as própriascláusulas do contrato de empréstimo, estão sujei-tos a Juros de mora sobre o saldo devedor, é detoda conveniência que procurem, através das re-partições a que pertençam, manter as averbaçõesrigorosamente em dia.

IaVZ — Para expansão e melhoramento da redede distribuição de energia elétrica e segurança dopessoal que realiza êsse serviço, torna-se indis-pensável interromper o fornecimento de eletrici-dade nos seguintes logradouros: Hoje, quaxta-íeira, TIJÜCA, entre 7 e 17 horas, Rua Comenda-dor Gervásio Seabra e Estradas da Pedra Bonita edas Canoas. BOCA DO MATO, entre 11 e 14horas, Ruas Aquidabã, Bocaina, Marumbi, Capa-raó, Maranhão, Fábio da L-jz, Pedro de Carvalho,Éden, Constando Alves, Mariante, Nova, Amalüe Ramos da Fonseca. Amanhã, quinta-feira, TI-JUCA, entre 7 e 17 horas, Rua Comendador Ger-váslo Seabra e Estradas da Pedra Bonita e dasCanoas. BARRA DA TIJUCA, entre 7 e 12 horas,Ruas Aírton Pereira, Comandante Júlio de Moura,Manuel Brasiliense, Pedro Lago, Henrique deMoura Costa, Pedro Bolalo, Aldo Bonadei, "M",Paolino de Oliveira, Coronel Eurico de SousaFilho, "J", General Guedes da Fontoura, VitorKonder, "5", "D", Avenidas Sernambetiba, Olegá-rio Maciel, "DL", Armando Lombardi, "D", "C",Estradas da Barra da Tijuca, Praças "I", e Euval-do Lodi. JACAREPAGUA, entre 6 e 17 horas,Estrada dos Bandeirantes.

CONDECORAÇÃO — Hoje, às 9 horas, no QuartelGeneral do Comando-Geral dos Fuzileiros Navais,a cerimônia de entrega da condecoração Viscondedo Rio Branco, feita pelo Ministro das RelaçõesExteriores aos estandartes dos Batalhões Riachue-lo e Humaitá, que participaram dos contingentesenviados à República Dominicana.

TEMPO — Previsão do tempo até o dia 30 naRegião Salineira Fluminense: tempo instável, ain-da ccm chuvas. Instabilidade provocada pelo fluxode ar frio do anticiclcne a E NE e pela nova con-vergência frontal ao sul da área. O tempo deverámelhorar no fim do período, quinta para sexta-feira. Condições de evaporação sofríveis, melhoran-do para o fim do período. Região Salineira Nor-destina: tempo nublado com nebulosidade varia-vel. Há condiçõfs para formação de áreas chuvo-sas nas próximas 48 horas, ao sul da zona, prin-cipalmente entre Natal e Macau. Condições doevaporação boas, passando a regulares nas pró-ximas 48 .horas.

TRENS — Continuando os trabalhos de remode-lação da via permanente, hoje, das 11 às 16 horas,os trens paradores destinados a Deodoro, não fa-rão paradas nas estações de Engenho Nôvo, Méiere Todos os Santos.

RESERVISTAS — A Diretoria de Pessoal da Ma-ri:üia avisa a todos os cidadãos das classes de1921 e 1946, portadores de Certificados de Reser-vistas Navais que, até o dia 30, das 9h30m às16h30m, aporá os Vistos referentes aos anos emcurso e atrasados, para cumprimento do dispostonos números 3 cí do artigo 202 do Regulamen-to da Lei do Serviço Militar, funcionando paraisto, na Rua Acre, 21 - térreo, a Seção corres-pondente do Departamento de Recrutamento, Re-serva Naval e Inatividade (DP-50). Para que nãohaja paralisação de serviço que venha a acarretarprejuízo ao público, os Srs. Diretores de Empresase Organizações Federais, Estaduais e Partícula-

desatracação de navios. O Departamento de Trá-íego funcionará nesse dia somente com os servi*dores necessários ao desempenho dessas tarefas.HOMENAGEM — Os motoristas da Polícia home-nagearam ontem com um almoço o General Da-rio Coelho, Secretário de Segurança Pública.

EMPREGOS — Estão à disposição do MTPS 401vagas para trabalhadores especializados nas em-presas do Estado da Guanabara..'As ofertas de hojesão as seguintes: Chefe de Transporte — 5; Me-cánicos Montadores — 5; Lavador Lubrificador —2; Delineador — 5; Cortador Gráfico — 3; Alcea-dor — 4; Auxiliar de Oficina de Refrigeração —2; Contramestre — 1; Carpinteiro de Esquadrias18; Mecânico de Refrigeração — 21); Motoris-ta — 27; Impressor de Máquina Automática — 8;Bordadeira à Máquina — 1; Projetista à Máquina5; Serralheiro — 13: Carpinteiro de Fôrma —13; Pedreiro — 40; Modelador Mestre — 1; Mode-lador de Fundição — 10; Estucador — 43; Anna-dor —• 3; Maleiro — 4; Marceneiro — 15; Marce-neiro Embalador — 6; Torneiro Revólver — 1;Polidor de Mármore — 1; Impressor de MáquinaManual Catis — 1; Encadernadora — 1; Compo-sitor Gráfico — 5; Coladeira de Cartiicheira — 3;Fundidor — 1; Impressores — 3; Ferreiro — 1;Piainador — 5; Operador Frontifítlio Ruff — 2;Tecelão 2: Overloqulstá — 5; Màrcheiro de Areia5; Ferramenteiro — 4; Encanador — 5: Pren-sor — 2; Técnico Eletricista — 2; Mestre Carpin-teiro — 5; Torneiro Mecânico —- 12: Retif icador3; Maquinista Tupieiro — 1; Chápeádoi- — 2;Linotipista 4; Frézador — 7; Capoteiro — 2; Li-mador — 1; Colchoeiro — 1; Dòbrador Gráfico —3; Costureiro de Livro — 3; Chefe de Oficina In-dustrial — l; Conferente de Obras — 2; Grarií-peador — 5; Mecânico Ajustador — 7; Operadorde Curadeira — 5; Mecânico de Precicão de Ma-nutsnção — 4; Margeador — 5; Auxiliar de Bro-cheiro — 7; Oficial Guarda-Chuva — 1; MecânicoAjustador — 2; Mestre Armador — 5; Mestre deConcreto — 5; Feitores — 5.

FERIAS — A Diretoria do Departamento do Pes-isoal, comunica aos órgãos do pessoal do Estadoe aos Agentes de Pessoal, que os ex-servidores daAssembléia Legislativa, readmitidos no Estado, sóadquirirão direito a férias após um ano de exer-cicio, a contar da data do reingresso.

DECRETOS — O Presidente da República assinouos seguintes decretos: declarando de utilidade pú-blica a Lar Escola Coração de Maria Nossa'Mãe,com sede em Piracicaba-, SP; promovendo, noExército, aos postos de Major, Tenente-Coronel eCoronel, vários oficiais das Armas de Infantaria,Artilharia, Cavalaria e Engenharia e dos Serviçosde Saúde e Veterinária; aprovando o Regimentodo Departamento Nacional da Produção Mineraldo Ministério das Minas e Energia, órgão incum-bido de promover o .fomento da exploração mine-ral o superintender as pesquisas geológicas, mine-rais e tecnológicas, bem como de assegurar a exe-cução do Código Mineral e Leis Subseqüentes; re-tificando o Decreto 59 042|66 para o íim de in-cluir um cargo de professor de Ensino IndustrialBásico e acrescentar o nome de soldador, CódigoEC17 069-B, João Mendes da Silva; dando a se-guinte redação ao Artigo 3." do Decreto 58 358|66;"Artigo 3.° — Os membros da Delegação, um decada Força Armada, são oficiais generais.no exer-cicio dos cargos de subchefes do Estado-Maior daArmada, do Exército e da Aeronáutica e que,cumulativamente, desempenham aquelas funções,na qualidade de representantes dos respectivos Es-tados-Maiores"; retificando a relação nominal dosiintegrantes do Quadro de Pessoal da Caixa Econô-mica Federal da Bahia, aprovada pe_o Decreto58 968^66, para o íim de alterar alguns nomes pu-blicados com incorreções e para modificar, nasrespectivas séries de'classes, a posição de escritu-rário, datilógrafos e médicos; aprovando o Regi-mento do Conselho Federal de Educação do MEC.O referido Regimento trata das reuniões mensais.__« -«.««_*<-__«.«:_, _-¦__ __*i _i-.i_ __<_ _-. -., . .¦¦res, poderão fazer apresentar à Seção acima men- da competência do plenário do Conselho, das elei-

J_ í _-_ 1-1 r_ *4 _. _ . v« . 4_nvh_____-_.v_á, a-mJ-a __.____^^_-_— f— ____ __».___-_. __ __ ___ __ __._._-._..__-_ __cionada um representante credenciado, a íim dereceber as Guias de Reservistas para serem preen-chidas pelos seus funcionários reservistas navaise devolvidas até o dia 30, juntamente com os cer-tificados.

FORMATURAS — Generais, jornalistas, profes-sores e funcionários públicos, num total de 50alunos, recebem hoje, às 21 horas, no Clube Na-vai, seus diplomas de conclusão do I Curso Su-perlor do Mar, da PUC. **« Os concluintes doCurso de Ciências Econômicas da Faculdade deAdministração e Finanças da Universidade do Es

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ções do presidente e do vice-presidente, das ses-soes plenárias, da composição das câmaras e co-missões, da competência da Secretaria Geral e dasdisposições gerais transitórias; retificando o en-quadramento do pessoal do Serviço de Navega"áoda Amazônia e de Administração do Porto do Pa-rá, aprovado pelo Decreto n.° 57 625 66, para o fimde retificar os nomes de Severo Gonçalves de Li-ma para Severo Gonçalves Pina e de Klepper Pes-soa Cavalcanti para Klepper Rodrigues PessoaCavalcanti; nomeando Kleber Cruz Marques para,como representante do Ministério da Educaçáo e

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Aquário (21/1 a 20/2) — Número do sorte: 1. Côr:grená. Pedra: jacinto. Tente melhorar suas rela-ções no ambiente de trabalho. Só assim evitaráaborrecimentos com seus colegas de trabalho. Cui-dado com a saúde.

Peixes (21/2 a 20/3) — Número de sorte: 8. Côr:cinza. Pedra: água-marinhá. O Ano Nôvo lhe re-serva surpresas agradabilisslmas no terreno finan-ceiro. No momento procure contornar seus proble-mas financeiros, pois a situação vai melhorar.

Aries (21/3 a 20/4) — Número de sorte: 15. Côr:creme. Pedra: rubi. Negócios correrão bem para vo-cê no periodo. No amor não despreze as oportunl-dades, pois poderá arrepender-se no futuro.

Touro (21/4 a 20/5) — Número de sorte: 22. Côr:coral. Pedra: safira. Sensatez deve ser a tônicapara a resolução dos negócios no local do traba-lho. Seja mais sutil ao lidar com a pessoa amada.

Gêmeos (21/5 a 20/8) — Número de sorte: 29. Côr:marrom. Pedra: esmeralda. Vênus e Mercúrio emjunção predizem para você um ótimo periodo pa-ra concretizar, sonhos e projetos no campo finan-ceiro. No amor cuidado. As influências não sãoboas.

Câncer (21/0 a 20/7) — Número de sorte: 8. Côr:lilás. Pedra: ágata. As influências astrais revelamum mau periodo para você no terreno financeiro.•Em compensação no amor tudo corre de vento empopa. .

Leão (21/7 a 20/8) — Número de sorte: 15. Côr:verde. Pedra: brilhante. Nos negócios calma c tran-qüilidade só lhe trarão resultados benéficos. Evi-te discussões com seus amigos quando estiver erra-do. No amor tudo rotineiro.

Virirein (21/8 a 20/9) — Número de sorte: 22. Côr:chumbo. Pedra: granada. Comece a fazer seus pro-jetos para o ano vindouro. As influências astraispedem muita tranqüilidade e sensatez na elabo-ração dos mesmos.

Libra (21/9 a 20/10) — Número de sorte: 30. Côr:café. Pedra: lápis-lazúli. Fim de periodo ótimo pa-ra negócios rápidos de pequenos lucros financei-ros. Na amor a tônica de seu procedimento deveser o carinho e a sutileza com a pessoa amada.

Escorpião (21/10 a 20/11) — Número de sorte: 4.Côr: gelo. Pedra: ametista. Muito cuidado com osnegócios financeiros que poderão aparecer no pe-riodo. Muita calma c paciência ao estudá-los re-sultarão na resolução inteligente de seus pro-blemas.

Sagitário (21/11 a 20/12) — Número de sorte: 11.Côr: verde. Pedra, topázio. Aproveite as oportu-nidades, que iguais as que poderão aparecer nãoterá novamente tão cedo. No amor tudo vai bempara você.

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Ensino

SECRETARIA MANTÉM MERENDA ESCOLARNO FERÍODO DE FÉRIAS — Considerando asíérlns o período Ideal de recuperação de ener-gias consumidas durante as atividades do ano le-tivo, o Professor Benjamim de Moraist, Secreta-rio de Educaç&o do Estado, resolveu manter nos20 estabelecimentos de ensino primário da Qua-nabara, a merenda escolar que foi também es-tendida aos alunos do curso noturno tenílo paraôsse fim sido designados meios orçamentais. Sãoos seguintes os estabelecimentos de ensino pri-múrio que receberão merenda durante as férias:Pedro do Couto, no Caju; Pedro do Pavãozlnho,em Copacabana; Valdemar Falcão, na Rocinha;Santos Anjos, no Leblon; Artur Ramos, na Gá-vea; Centro de Ação Social São José, na Gávea;Humberto Compôs, em Mangueira; Bombeiro Ge-raldo Dias, no Salgueiro; Jornalista Brito Broca,no Morro da Formiga; Ema Negrão de Lima, emMangulnhos; Albino Sousa Cruz, em Kigienópo-lis; Cruzada São Sebastião, em Parada de Lucas;Delfim Moreira, no Rocha; Hermenegildo de Bar-ros, no Engenho da Rainha; Lauro Sodré, em DelCastllio; Olavo Freira, em Benfica; São Domin-gos, cm Del Castllio; Suécia, em Terra Nova eAugusto Magne, na Cidade de Deus, em Jaca-repaguá.

VESTIBULARES — Estarão abertas, entre os dias2 e 3 de janeiro as inscrições para os cursos deEnfermagem, Auxiliar de Enfermagem, Pós-Gra-duaçúo em Enfermagem Psiquiátrica e quarta sé-rie de Enfermagem Publica, da Escola de Enfcr-magem Alfredo Pinto. Para o Curso de Gradua-ção o concurso de habilitação constará de provasde Português, Biologia e Fisica, sendo as duasprimeiras eliminatórias: para o curso de Auxi-liar de Enfermagem, o vestibular constará deprovas de Português, eliminatória, Matemática eCiências. O Curso de Pós-Graduação cm Enfcr-magem Psiquiátrica terá a duração de nove me-ses, com horário integral, exigindo além da apre-sentacão do diploma de enfermagem uma expe-riência mínima de dois anos de profissão. Parao curso da quarta série de Saúde Pública, exi-ge-se, também, o diploma de graduação cm En-fermagem. Os candidatos deveráo inscrever-se naRua Xavier Sigaud, s/n, Praia Vermelha, ao ladodo Instituto Benjamim Constant.EDUCAÇÃO FAMILIAR — O curso de EducaçãoFamiliar da PUC estará aceitando inscrições párao vestibular entre os dias 2 e 31 de janeiro, de-vendo o candidato apresentar-se à Secretaria daEscola, munido dos documentos exigidos por lele atestado de conclusão do curso secundário. Taxade Cr£ 25 mil. O vestibular constará de provasde Português, Francês ou Inglês e uma prova prá-tica além de um teste psicológico.UNIVERSIDADE RURAL — A Escola de Veteri-nária da Universidade Rural do Brasil abrirá ins-crições para o vestibular entre os dias 16 de ja-neiro e 3 de fevereiro, podendo os interessadosdirigir-se ao escritório da URB, no andar térreodo Ministério da Agricultura, entre 9 e 16 horas,ou à Secretaria da Escola, no Km .7 da antigaRodovia Rio—Sáo Paulo.FARMÁCIA — A Faculdade de Farmácia e Bio-quimica da UFRJ abrirá de 2 a 31 de janeiropróximo as inscrições para o concurso de habi-litação. As provas serão realizadas no mês de fe-vereiro e as inscrições poderão ser feitas na Se-cretaria da Escola, Avenida Pasteur, 250, ou Ven-ceslau Brás, 49. Programa e maiores detalhes noDiretório Acadêmico Rodolfo Teófilo.ARQUITETURA E URBANISMO — A Faculdadede Arquitetura abrirá as inscrições para os cursosde Arquitetura e de Urbanismo no periodo de 10a 30 de janeiro. Para o curso de Arquitetura sãooferecidas 150 vagas e para o de Urbanismo 50.Taxa de Cr$ 20 mil e maiores exolicacões na Se-cretaria da Faculdade, na Ilha do Fundão.FILOSOFIA DA PUC — A Faculdade de Flloso-fia da PUC abriu inscrições para os candidatosque hajam terminado o curso colegial ou equi-valente. O concurso de habilitação será realizadoa partir de 30 de janeiro e o número de vagasoferecidas atinge 460, assim distribuídas: De-partamento de Letras. 160; Departamento de Geo-grafia e História, 100: Filosofia, 60; Pedagogia,50: Psicologia, 60; e Jornalismo, 50. Maiores de-talhes na Secretaria da Universidade, na Gávea,Rua Marquês de São Vicente, 263. As inscriçõespar,a a Escola de Sociologia e Política da PUCestarão abertas em janeiro próximo. Os examesserão realizados na primeira quinzena de feve-reiro e as inscrições poderão ser obtidas na Se-cretaria da Faculdade. '<-

QUÍMICA — A Escola Nacional de Química abriusuas inscrições sendo de 150 o número de vagasoferecidas. O concurso constará de duas etapaseliminatórias: Provas escritas de Química, Mate-mática e Física, e Classificatória, Prova gráficadc Desenho além de prova escrita de Inglês.O CENTRO LATINO-AMERICANO DE PESQUI-SAS EM CIÊNCIAS SOCIAIS recebeu para suabiblioteca uma selecionada coleção do obras sô-bre Integração Econômica Latino-Americana, doa-da pelo Centro de Estudos Monetários Latino-Americanos e o Banco Interamericano de Desen-volvimento. Trata-se de livros estudando temassob diversos ângulos e com bastante atualização.Em inícios de janeiro próximo esta coleção seráposta à disposição dos interessados, para cônsul-ta, em sua Biblioteca, ã Rua D. Mariana, "73, Bo-tafogo, funcionando, diariamente, das 9 às 17h.GEOLOGIA — As inscrições para o concurso dehabilitação à primeira série da Escola de Geolo-gia da Universidade Federal do Rio de Janeiro,estarão abertas na Secretaria da Escola-Largo deSão Francisco, de Engenharia, de 10 a 31 de ja-neiro. O exame constará de provas de: Português,Matemática e Desenho Projctivo; Física, Biologia,Botânica e Zoologia; Química e Inglês. A nota fi-nal, mínima, em qualquer prova, é quatro, elimi-nando-se o candidato que tiver nota inferior. E aclassificação para a matricula se fará pela ordemdecrescente da soma das seis notas finais, atéatingir o número de vagas, que é de 30.ESCOLA DE ENFERMAGEM DA PUC ABR"CURSINHO PRÉ-VESTIBULAR — Estão abertasna Secretaria da Escola de Enfermagem Luiza'deMarilac, agregada à PUC, .entre 9 e 17h 30m, àRua Dr. Satamini, 245, na Tijuca. As inscriçõespara o cursinho que constará de aulas de Biologia,Português, Fisica e Quimica, concluintes do II Cl-cio Secundário. Para. o ano letivo de 1967, a Esco-la de Enfermagem Luiza De Marilac realizarácursos: Pós-Graduação de Administração Aplicadaà Enfermagem e Pós-Graduação de Pedagogia eDidática Aplicada & Enfermagem, com a duraçãode um ano letivo intensivo*e em horário integral;Colégio Técnico de Enfermagem, para estudantescom diploma do I Ciclo Secundário (o curso é detrês anos e eqüivale ao II Ciclo Secundário, ten-do, além das matérias do cientifico, disciplinastécnicas de Enfermagem) e Curso de Auxiliar deEnfermagem para estudantes que fizeram o II nnoGinasial, além do Curso Superior de EnfermagemCada curso disporá de 30 vagas e suas inscriçõesjá estão abertas até a primeira quinzena de feve-reiro, na Secretaria ^da Escola Luiza de Marilac.

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Relação dos processos em exigência na CaixaEconômica Federal do Rio de Janeiro. Procurado-ria Jurídica. Av. 13 de Maio, 33-35 '— 2.° andar-PROCESSOS N.°s — Esp. 15 juntar prova dáquitação de preço — 15 625 apresentar a minutade cessão. — 68 226 apresentar quitação de ájçuae esgoto de 1962 a 1965. — 60 040-apresentar car-teira de identidade. — 60 041 atualizar certidãode ônus reais. — 103 696 esclarecer as distribui-ções apontadas. 105 293 esclarecer as distribui-ções apontadas. 105 215 deverá ser averbada noRegistro de Imóveis a construção. — 106 472apresentar fotocópia do titulo de eleitor. —107 883 apresentar cartidão do 10.° Ofícto distri-buidor.

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RETROCESSO — Por motivos inexplicáveis ouinconfessáveis, a Secretaria,. de Economia • daGuanabara está autorizando o abate de aves emlojas da zona urbana, sem um mínimo de condi-ções materiais e higiênicas para isso. Exatamen-te no momento em que estão sendo montados aba-tedouros industriais modernos no Estado, a,quelaSecretaria, em flagrante desrespeito às própriasleis e regulamentos estaduais, autoriza o funcio-namento desses estabelecimentos. Estamos, por-tanto, andando para trás. Será isto um propósitodo Sr. Negrão, ou haverá outras razões?FRACASSO — Acabou num verdadeiro fracas-so o projeto de exportação de ovos promovido pela 'Assoaiação Paulista de Avicultura. Duas coopera.-tivas paulistas que assinaram o convênio de ex-portação romperam, à última hora, o compromissoassumido.COOPERATIVAS PAGAKÃO IMPOSTOS — Asuspensão dos favores fiscais concedidos às Coope-rativas, foi recebida com alegria pelos avicultoresda Guanabara, que poderão, de agora em diante,competir com elas em igualdade de condições. Ter-minou, portanto, o mais importante privilégio daschamadas Cooperativas, que, em última análise, .não pa,ssam de grandes sociedades anônimas dis-íarçadas.NOVIDADES — A SCAL-Rio S/A promete gran-des novidades para o próximo ano, entre as quaisdestacamos as importações que aquela tradicionalloja, fará dos mais modernos tipos de equipamento .avícola, inclusive incubadeiras.PROCESSAMENTO INDUSTRIAL — Processa-mento Industrial de Frangos de Curte é o nomedo mais recente folheto editado pelo Serviço deInformação Agrícola, do Ministério da Agricultu-ra. O folheto, de 29 páginas, trata de todos osaspectos do abate de aves, embalagem c conserva-ção pelo frio. Quem estiver interessado em rece-ber a publicação — única no gênero escrita emPortuguês — deverá dirigir-se ao SIA, Ministérioda Agricultura — 4.° andar — Largo da Misericór-dia.AVICULTORES DESNORTEADOS — Os avicul-tores de todo o País estão desnorteados com a pró»xima entrada em vigor do nôvo imposto de cir-culação. Ninguém, sabe como agir mas todos sapreocupam com os possíveis achaques dos fiscais,Na Guanabara, por ato do governador, íoram sus-pensas as insenções de impostos concedidas aos avi-cultores.GUIA DA AVICULTURA BRASILEIRA — O nú-mero de janeiro da Revista, Avicultura Brasileiraserá o Guia da Avicultura Brasileira, contendogrande número de informações atualizadas e úteispara os avicultores de todo o País. Quem estiveiinteressado em receber o Guia„ deverá dirigir-se àEditora Brasileira de Agricultura, na Rua Buenos

"Aires, 140, salas 206/209.PESQUISA DE MERCADO — A tradicional An-derson, Clayton está realizando uma pesquisa demercado, visando obter informações relativas aopotencial da avicultura nas regiões de São Paulo,Guanabara e Estado do Rio. E intenção d> firmavoltar a produzir rações para aves.OURO BRANCO EM MINAS — Deverá ser inau-gurada brevemente a nova Granja Ouro Branco,de Minas Gerais. Localizada em Contagem, pertode Belo Horizonte, e dispondo de instalações mo-dernas, a Granja Ouro Branco iniciaj-á, dentro empouco, a produção de pintos Arbor Acres na re-gião.AVICULTURA NO CEARA — COOPERCOTIA in-íorma que na periferia da capital cearense estãoem atividade setenta granjas, que produzem dià-

. riamente 70 mil ovos. De acordo com o tamanho,cada ôvo está custando ao consumidor entre 70 e90 cruzeiros. A abundância dè ovos nos mercadose feiras livres de Fortaleza deve-se cm grandeparte aos estímulos fiscais e aos planos de íinan-ciamento do Banco do Nordeste do Brasil (BNB).Este, através de departamento especializado, con-cede aos proprietários rurais estabelecidos ao redorde Fortaleza créditos sem maiores dificuldades bu-rocráticas, dando prioridade aos projetos de esta-belecimento de granjas. O Banco do Estado doCeará (BEC) decidiu também favorecer a insta-lação de granjas, oferecendo aos proprietários fi-nanciamentos de até 5 milhões de cruzeiros, parapagamento a longo prazo. Tôdas essas facilidadespodem, porém, conduzir o mercado de ovos a umimpasse: já se prevê superprodução. Por isso, Tá-cito Pimentei, proprietário dc uma granja emMondubim, a poucos quilômetros de Fortaleza, eque tem produção diária de 15 mil ovos, pretendesubmeter à Superintendência do Desenvolvimentodo Nordeste (SUDENE) seu projeto de Instalaçãode uma usina de liofillzação (processo de conser-vação dó soro por congelamento rápido e conse-quente desidratação) de ovos. Caso êsse em-preendimento (calculado em 2 bilhões de cruzei-ros) se concretize, o Ceará poderá tornar-se ex-portador de ovos, inclusive para a Europa.

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