Ecólogos protestam contra poluição e as usinas nucleares

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JORNAL DO BRASILRio de Janeiro — Sexta-feira, 6 de junho de 1980 Ano XC - N° 59 Preço: Cr$ 15,00

Cabo frio — foto d* ¦oollte Colaoan»

TEMPORio — Parcialmente nublado.Nevoeiroí eiporioi pela ma-nhâ. Temperatura estável.Ventos: Sul a Este fracos. Md-ximo 25.4, Jocarepaguá; ml-nlma U.0, Alio da Boa Vista.

O Salvamar informo queo mar otM agitado forado borra • colmo sonfraoo bolo, com conww) doSul para Lette. A tamporatara da água (momo) 4do 20 grauí dentro dabota o fora oo borra.

Temperatura referente àsúltimas 24 horas

(Mapat no pagina 16)

PREÇOS, VENDA AVULSA:Rio d* JantiroDiasúteis Cr$ 15,00Domingos Cr$ 15,00

Minai Gara»Diasúteis Cr$ 15,00Domingos ....Cr$ 20,00

RS, SC, PR, SP, ES, MS, MT,CO, DF, BA, SE, Al, PE, PB,RNDiasúteis Cr$ 20,00Domingos Cr$ 25,00

Outro* Estados• Território*:Diasúteis Cr$ 25,00Domingos Cr$ 30,00

510 ACHADOSEPERDIDOS

A FIRMA ERPLA REVÉS-TIMENTOS PLÁSTICOSLTDA — Com sede àRua Gonzaga Bastos n°294 A, Loja, CGC n°42.411.256/0001-31,ins. estadual n°81.707.383, comunicapara os devidos fins oextravio de seu LivroRegistro de Emprega-dos n° 1.

- £Ae4*©aRQ«AGlí-«RD»DCW .Periferia da Rua Aarão Reis, Son-ta Teresa. Nos cores branco, pre-to e marron, atendendo pelonome "BINGO",

gratificamosbem a quem o devolver. Dna.Yolanda, tel. 285-0977, RuaAlmte. Alexandrino, 2875/401— Sto. Teresa.

COMUNICAMOS A PERDA — DoCartão de Crédito Credkar n°103.12989.02.1; pertencente àTânia Regina B. Wolyn.

DESAPARECEU OE CASA — 4°feira no Barra da Tijuco, nosproximidades da Rua Ivan Ro-poso uma cadela da cor casta-nho claro, grande, magra, daroça galgo Persa, com focinhofino e pelos compridos nas ore-lhas e na cauda, atende pelonome de Sossa. Qualquer infor-moção para 399-0222 16° DP.Dot. Medeiros ou 266-1913.Grotlfico-se.

EXTRAVIOU-SE — Diário n° 2 deAuto Pecai Primocar ltda. CGC33202482/0001-11. R. Teodoroda Silva, 922. Quem achar fa-vor entregar no endereço ocima.

EXTRAVIOU-SE — Cartão de cré-ditoCredicard n° 203.01267.02.0em nome de Gilda P. de SBrasil.

200 EMPREGOS

210 DOMÉSTICOS

A UNIÃO ADVENTISTA— Oferece domesticasselecionadas por Psico-logo, babás práticas eenfermeiras, acompa-nhantes, cozinheiras,chofer, caseiros, etc.Com refs. idôneas. Ga-rantimos ficarem. Tel:255-3688, 255-8948.

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AGÊNCIA MINEIRA —Tem domésticas paracopa, cozinha, babás,práticas e especializa-das, governantas, cho-fer, copei ros, etc. C/ re-ferências chegadas.Garantimos ficarem.Tel: 236-1891, 256-9526.ACERTE AQUELA EMPREGADA, BABÁ ETC— Selecionadas porpsicólogos através detestes psicológicos, en-trevistas e ref. comprem GABINETE DE PSI-COLOGIA. Assessoriadoméstica em alto ní-vel. Não é Agência.Aprov. Secr. de Saúden° 385. Taxa fixa 3 mil.Garantia 6 meses. Tel:236-3340/ 235-7825.

AGÊNCIA SIMPÁTICA— 240-2801, 240-3401 atende imediatos/ pedido de domésticasfixas ou diaristas: Ba-bás, Arrum., Cozinhei-ras, t/ serviço. Arrum.Acompanhantes, Lava-deiras, Passadeiras, Fa-xineiras.

A METODISTA OFERE-CE — A domésticaideal copa-coz., babáspráticas e especial go-vem., motorista, casei-ros, etc. Ref. Chec. pes-soalm. prazo adapt. econtrato que garante fi-carem. T.: 256-3976 —237-1796.

A AGÊNCIA RIACHUE-LO — Que há 45 anos,serve o RJ. Oferece coz.,t. serviço, cop-arr. e ba-bás. T: 231-3191 e224-7485.

Ecólogos protestamcontra poluição eas usinas nucleares

Manifestações de protesto predominaram nascomemorações, ontem, do Dia Mundial do Meio-Ambiente, em diversas Capitais do pais. Em Sio

• Paulo, nas ruínas de Aberebebe, Município de Peruí-be, cerca de 100 pessoas condenaram a instalação deusinas nucleares, sugerindo uma açáo popular contrao Governo federal e várias formas de boicote.

Em Belo Horizonte foi lançada uma campanha deboicote aos produtos químicos, e em Porto Alegre umacaravana fez uma visita de protesto ao Parque deItapuá. Em Brasília o Secretário Especial do Meio-Ambiente, Paulo Nogueira Neto, náo divulgou, porcausa de "alguns detalhes", as portarias controlandoatividades poluidoras.O estudo propondo a construção das usinasnucleares Angra-4 e 5, em Sáo Paulo, nas áreas anteon-tem desapropriadas pelo Presidente da República,estava com a CESP desde 1975 e foi elaborado pelaMilder-Kaiser Engenharia S.A. A Nuclebrás reabriuos contatos com as empresas brasileiras que em 1978formaram um consórcio para fornecer 30% dos equi-pamentos das usinas 2 e 3. (Páginas 3,12 e editorial)

Ajuda federalà agriculturaserá reduzida

O Valor Básico de Custeio (VBC),crédito a juros subsidiados (15%na safra 1979/80) concedido ao agri-cultor para cobrir parte dos gastosde plantio, vai ser alterado na safra1980/81. Os cálculos processados pelaCFP (Comissão de Financiamento daProdução) indicam que algumas cul-turas nào terão direito ao finan-ciamento de 100%.

Os VBC de produtos como asoja, o arroz e o milho deverão serreduzidos, por causa da escassez derecursos prevista para este ano,acentuada pela decisão do Ministe-rio do Planejamento de conter em45% a expansão monetária. Os per-centuais de financiamento serãodefinidos antes do fim do mès, naúltima reunião do CMN (ConselhoMonetário Nacional). (Página 14)

Penjfbe/SP — Foto de Jo*» Carlos BrasilMÈÊMÈÊÊÊiÊBÈÊMÊÊm** - mmmÊmm* ymmâmámsm**^- mc^ÊSmmW^iz^^^Km^tmmmmmmWSm^mmk^x^íátí^ÊilÊÊi^^MKMiSJ^íÊ. gW?3Xk&KmWf'7M-*:r .¦»«>.«>...jov. ,r-^..-a^^üiatt, ..^jSJiMarlJoor I

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No Centro, os moradores fizeram um tapete de sal colorido Na manifestação, foram ouvidas denúncias de cientistas contra as usinas anunciadas

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"A corrida continua", disse o Se-nador Edward Kennedy ao sair doencontro com o Presidente JimmyCarter na Casa Branca, primeira con-versa entre os dois em oito meses.Além de recusar o apelo do Presiden-te à unidade dos democratas, Kenne-dy aproveitou a presença de reporte-res para defender sua candidatura.

Indiscrições da imprensa norte-americana obrigaram o Pentágonoa revelar que, pela segunda vezdesde novembro, as defesas do pais— por engano — foram colocadas emalerta para uma guerra nuclear.Computadores detectaram o lança-mento de mísseis soviéticos, e umbombardeiro norte-americano che-gou a decolar do Havaí. Três minutosdepois o erro foi constatado. (Pág. 8)

"Ninguém pode substituir Deuspelo homem", afirmou o Cardeal Eu-gênio Sales, ao celebrar, na igreja deSantana, a missa de Corpus Christi.Ele criticou os que pretendem "subs-tituir Jesus Cristo pela justiça so-ciai", admitindo, entretanto, que"através da fé podemos não só falardessa justiça como vivê-la em prorun-didade".

Cerca de 12 mil pessoas acompa-nharam no Rio a procissão de CorpusChristi, durante uma hora, da Cande-lária à catedral. Em Brasília, a ceie-bração da missa na Esplanada dosMinistérios, pelo Núncio D CarmineRocco e o Arcebispo D José Newtori,foi preparatória da missa campal queali celebrará o Papa Joáo Paulo II.Em São Paulo, D Paulo Evaristo

¦ Ams orou por leis mais justas para ostrabalhadores e os pobres. (Página 7)

Conselho da ONU África do Sulcensura Israelpelos atentados

Por 14 votos a zero e com a absten-ção dos Estados Unidos, o Conselhode Segurança da ONU aprovou mo-ção de censura aos atentados judeuscontra prefeitos árabes da Cisjordâ-nia e exortou Israel a indenizar asvítimas. Em Israel, fontes citadas pe-Ia France Presse informaram que òsautores das ações terroristas são 10israelenses, a maioria morando naCisjordânia.

O Premier Menahem Begindesmentiu que seu Governo tenhaoferecido ao Rei Hussein, da Jordâ-nia, a margem ocidental do Jordão,em troca de um acordo de paz. Anotícia, divulgada pelo jornal norte-americano Atlanta Constitution, di-zia que Hussein rejeitara uma pro-posta israelense que implicava o re-conhecimento da soberania israelen-se em Jerusalém Oriental. (Página 9)

acha que negropensa devagar

Os negros foram excluídos das con-sultas sobre a nova Constituição daÁfrica do Sul porque têm "processosmentais mais lentos", disse o Ministrosul-africano dos Correios, Hennie Smit,desencadeando uma onda de protestosda oposição parlamentar e dos líderesnegros e pondo em risco os planos deliberalização do apartheid do PremierPieter Botha.

O chefe zulu Gatsha Buthelezi,que comanda um movimento negro de350 mil membros, disse que quemcooperar com os planos de Botha es-tara "endossando o insulto" aosnegros feito pelo Ministro Smit. Pres-sionado a desculpar-se, o Ministrogarantiu que náo estava ofendendoos negros sul-africanos, mas apenas"constatando uma realidade". (Pág. 9)

Seleção comemorano campo 10 anosde tricampeonatoA Seleção Brasileira começa do-

mingo, contra o México, uma série deamistosos em comemoração ao 10° ani-versário da conquista definitiva daTaça Jules Rimet, conseguida atravésde três Copas do Mundo: a de 58 naSuécia, a de 62 no Chile e a de 70 noMéxico.

Sobre cada um desses títulos —levantados por três das maiores equi-pes do futebol brasileiro — há umahistória, contada por um grande joga-dor. Nilton Santos sentiu em 58 a re-compensa de todos os sacrifícios a quese submeteu numa longa carreira de 18anos. Garrincha lembra da Copa de 62como um dos poucos momentos em quetudo deu certo na sua vida.

Gérson garante que a equipe de 70,no México, com todos os craques e todoo trabalho desenvolvido dentro e forado campo, ganharia de novo aquelaCopa e mais duas seguidas, se fossenecessário. Pele, único participantedas três campanhas como jogador, pe-de aos técnicos que dêem mais liberda-de ao jogador brasileiro para que elepossa exercitar seú talento e criativi-dade.

Enquanto o Brasil festeja os 10anos do tricampeonato, o Maraca-nã comemora seu 30° aniversário. De1950 até hoje, deixou de ser um está-dio para se transformar num centroesportivo, com ginásio, museu, pistade atletismo, restaurante, bares, aloja-mento e até escola. (Páginas 18 a 24)

PM não acata adecisão e quedada UNE continua

O Major Jones, oficial em co-mando ontem no QG da PolíciaMilitar, disse aos Deputados fede-rais Marcelo Cerqueira (PMDB) eJosé Frejat (PDT) que

"a PM nãoacata a decisão judicial", que sus-pendeu a demolição do prédio ondefuncionava a UNE. Os trabalhos dedemolição continuaram até às 15h,apesar da decisão do Juiz AarãoReis, da 3a Vara de Justiça Federal.

Hoje, um oficial de justiça deve-rá fazer cumprir a decisão que favo-rece nova petição até que os defen-sores do prédio possam recorrer dojulgamento do TFR, que suspen-deu a liminar anterior. Um grupode estudantes, coordenado pela di-reção da UNE, faz uma vigíliaem frente ao prédio esperando asuspensão da demolição. (Página 5)

Frio de 6,6 grausnegativos faz3? morte no Sul

A geada caiu ontem de madrugadaem quase todas as cidades do RioGrande do Sul, com a temperatura mi-nima chegando a 6,6 graus abaixo dezero em Cambará do Sul. Em SantaMaria, morreu um mendigo de 60 anos.Foi a terceira morte no Estado, causa-da pela onda de frio. Em Santa Catari-na, preyè-se que caia neve em São Joa-quim. Ós cafezais do Paraná não foramatingidos pela geada..

No Nordeste, 2 mil flagelados invadi-ram pela quarta vez a cidade de Coro-nel João Pessoa, no Rio Grande doNorte. Para evitar a violência, a Prefei-tura distribui alimentos a cada invasão.O Governador de Alagoas, GuilhermePalmeira, entregou à Sudene um planode combate à seca e declarou: "Nãoquero viver de pires na mão." (Página 7)

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TEMPORio — Porctalnuntt nublodo.Ntvoelros esparsos pela ma-nhã. Temperaiura estável,Ventos: Sul o Esle fraco». Má-xi ma 25.4, Jacarepaguà; ml-nlma 14.0, Alio da Boa Vina.

O Sorvomor Informa queo mor eire sarado forodo bom e colmo dentrodo bokif com correflie deSul para lata. A lempe-ratura do ògua (momo) éde 20 oroui dentro dabalo e toro da borra.' Temperatura referente às

úlllmat 24 horat(Moprn na página 16)

PREÇOS, VENDA AVULSA:Rio d* JaneiroDiasúleis 0$ 15,00Domingos Cr$ 15,00

Minai GeraisDiasúleis Cr$ 15,00Oomingos Cr$ 20,00

RS, SC, PR, SP, ES, MS, MT,GO, OF, BA, SE, AL, PE, PB,RNDiosúteis CrS 20,00Domingos Cr$ 25,00

Outros Ettodott Território*:Diasúleis CrS 25,00Domingos CrS 30,00

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A FIRMA ERPLA REVÉS-TIMENTOS PLÁSTICOSLTDA — Com sede àRua Gonzaga Bastos n°294 A, Loja, CGC n°42.411.256/0001-31,ins. es.tadual n°81.707.383, comunicapara os devidos fins oextravio de seu Livro

--Regtstro-de- fmpregs'dos n° 1.CACHORRO KAQLE PERDIDO —

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210 DOMÉSTICOS

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AGÊNCIA MINEIRA —Tem domésticas paracopa, cozinha, babás,práticas e especializa-das, governantas, cho-fer, copeiros, etc. C/ re-ferências chegadas.Garantimos ficarem.Tél: 236-1891, 256-9526.

ACERTE AQUELA EM-PREGADA, BABÁ ETC

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AGÊNCIA SIMPÁTICA240-2801, 240-

3401 atende imediatos/ pedido de domésticasfixas ou diaristas: Ba-bás, Arrum., Cozinhei-ras, t/ serviço. Arrum.Acompanhantes, Lava-deiras, Passadeiras, Fa-xi nei ras.

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A AGENCIA RIACHUELO — Que há 45 anos,serve o RJ Oferece coz.,t. serviço, cop-arr. e ba-bás. T: 231-3191 e224-7485.

JORNAL DO BRASILRio de Janeiro — Sexta-feira, 6 de junho de 1980 Ano XC — N° 59 Preço: Cr$ 15,00

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O Valor Básico de Custeio (VBC),crédito a juros subsidiados (15%na saíra 1979/80) concedido ao agri-cultor para cobrir parte dos gastosde plantio, vai ser alterado na safra1980/81. Os cálculos processados pelaCFP (Comissão de Financiamento daProdução) indicam que algumas cul-turas' não terão direito ao finan-ciamento de 100%.

Os VBC de produtos como asoja, o arroz e o milho deverào serreduzidos, por causa da escassez derecursos prevista para este ano,acentuada pela decisão do Ministé-rio do Planejamento de conter em45% a expansão monetária. Os per-centuais de financiamento serãodefinidos antes do fim do mês, naúltima reunião do CMN (ConselhoMonetário Nacional). (Página 14)

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iVo Centro, os moradores fizeram um tapete de sal colorido Na manifestação, foram ouvidas denúncias de cientistas contra as usinas anunciadas

Kennedy recusapacto e mantémsua candidatura

"A corrida continua", disse o Sena-dor Edward Kennedy ao sair do encon-tro com o Presidente Jimmy Carter naCasa Branca, primeira conversa entreos dois em oito meses. Além de recusaro apelo do Presidente à unidade dosdemocratas, Kennedy aproveitou a pre-sença de repórteres para defender suacandidatura.

A missão militar que tentou res-gatar os reféns norte-americanos noIrã falhou por erros graves de orga-nização e falta de planejamento paraemergências, segundo relatório da Co-missão de Serviços Armados do Con-gresso. A fragmentação do comandoda operação, a falta de manutençãoadequada dos aparelhos, a falha naprevisão da tempestade de areia e aquebra de silêncio do rádio foram ou-trás irregularidades apontadas. (Pág. 8)

Conselho da ONUcensura Israelpelos atentados

Por 14 votos a zero e com a absten-çào dos Estados Unidos, o Conselhode Segurança da ONU aprovou mo-çáo de censura aos atentados judeuscontra prefeitos árabes da Cisjordâ-nia e exortou Israel a indenizar asvítimas. Em Israel, fontes citadas pe-Ia France Presse informaram que osautores das ações terroristas são 10israelenses, a maioria morando naCisjordánia.

O Premier Menahem Begindesmentiu que seu Governo tenhaoferecido ao Rei Hussein, da Jordâ-nia, a margem ocidental do Jordão,em troca de um acordo de paz. Anotícia, divulgada pelo jornal norte-americano Atlanta Constitution, di-zia que Hussein rejeitara uma pro-posta israelense que implicava o re-conhecimento da soberania israelen-se em Jerusalém Oriental. (Página 9)

Cardeal diz quesem fé não hájustiça social

"Ninguém pode substituir Deuspelo homem", afirmou o Cardeal Eu-gênio Sales, ao celebrar, na igreja deSantana, a missa de Corpus Christi.Ele criticou os que pretendem "subs-tituir Jesus Cristo pela justiça so-ciai", admitindo, entretanto, que"através da fé podemos não só falardessa justiça como vivê-la em profun-didade".

Cerca de 12 mil pessoas acompa-nharam no Rio a procissão de CorpusChristi, durante uma hora, da Cande-lária à catedral. Em Brasília, a ceie-bração da missa na Esplanada dosMinistérios, pelo Núncio D CarmineRocco e o Arcebispo D José Newton,foi preparatória da missa campal queali celebrará o Papa João Paulo II.Em Sào Paulo, D Paulo EvaristoArns orou por leis mais justas para ostrabalhadores e os pobres. (Página 7)

África do Sulacha que negropensa devagar

Os negros foram excluídos das con-sultas sobre a nova Constituição daÁfrica do Sul porque têm "processosmentais mais lentos", disse o Ministrosul-africano dos Correios, Hennie Smit,desencadeando uma onda de protestosda oposição parlamentar e dos líderesnegros e pondo ém risco os planos deliberalização do apartheid do PremierPieter Botha.

O chefe zulu . Gatsha Buthelezi,que comanda um movimento negro de350 mil membros, disse que quemcooperar com os planos de Botha es-tara "endossando o insulto" aosnegros feito pelo Ministro Smit. Pres-siohado a desculpar-se. o Ministrogarantiu que não estava ofendendoos negros sul-africanos, mas apenas"constatando uma realidade". (Pág. 9)

Seleção comemorano campo 10 anosde tricampeonatoA Seleção Brasileira começa do-

mingo, contra o México, uma série deamistosos em comemoração ao 10° ani-versário da conquista definitiva daTaça Jules Rimet, conseguida atravésde três Copas do Mundo: a de 58 naSuécia, a de 62 no Chile e a de 70 noMéxico.

Sobre cada um desses títulos —levantados por três das maiores equi-pes do futebol brasileiro — há umahistória, contada por um grande joga-dor. Nilton Santos sentiu em 58 a re-compensa de todos os sacrifícios a quesé submeteu numa longa carreira de 18anos. Garrincha lembra da Copa de 62como um dos poucos momentos em quetudo deu certo na sua vida.

Gérson garante que a equipe de 70,no México, com todos os craques e todoo trabalho desenvolvido dentro e forado campo, ganharia de novo aquelaCopa e mais duas seguidas, se fossenecessário. Pele, único participantedas três campanhas como jogador, pe-de aos técnicos que dêem mais liberda-de ao jogador brasileiro para que elepossa exercitar seu talento e criativi-dade.

Enquanto o Brasil festeja os 10anos do tricampeonato, o Maraca-nã comemora seu 30° aniversário. De1950 até hoje, deixou de ser um está-dio para se transformar num centroesportivo, com ginásio, museu, pistade atletismo, restaurante, bares, aloja-mento e até escola. (Páginas 18 a 24)

PM não acata adecisão e quedada UNE continua

O Major Jones, oficial em co-mando ontem no QG da PolíciaMilitar, disse aos Deputados fede-rais Marcelo Cerqueira (PMDB) eJosé Frejat (PDT) que "a PM nãoacata a decisão judicial",, que sus-pendeu a demolição do prédio ondefuncionava a UNE. Os trabalhos dedemolição continuaram até às 15h,apesar da decisão do Juiz AarãoReis, da 3a Vara de Justiça Federal.

Hoje, um oficial de justiça deve-rá fazer cumprir a decisáo que favo-rece nova petição até que os defen-sores do prédio possam recorrer dojulgamento do TFR, que suspen-deu a liminar anterior. Um grupode estudantes, coordenado pela di-reçào da UNE, faz uma vigíliaem frente ao prédio esperando asuspensão da demolição. (Página 5)

Frio de 6,6 grausnegativos faz3? morte no Sul

A geada caiu ontem de madrugadaem quase todas as cidades do RioGrande do Sul, com a temperatura mi-nima chegando a 6,6 graus abaixo dezero em Cambará do Sul. Em SantaMaria, morreu um mendigo de 60 anos.Foi a terceira morte no Estado, causa-da pela onda de frio. Em Santa Catari-na, prevê-se que caia neve em São Joa-quim. Os cafezais do Paraná não foramatingidos pela geada.

No Nordeste, 2 mil flagelados invadi-ram pela quarta vez a cidade de Coro-nei Joáo Pessoa, no Rio Grande doNorte. Para evitar a violência, a Prefei-tura distribui alimentos a cada invasão.O Governador de Alagoas, GuilhermePalmeira, entregou à Sudene um planode combate à seca e declarou: "Nãoquero viver de pires na mão." (Página 7)

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2 - POLÍTICA E GOVERNO JORNAl OO BRASIL Q tjjrjgjijro, 6W80 O fCodemo

©Coluna do Castello

Governo lidacom realidadesBrasilia —' "Nós trabalhamos com cai-

xotes de bacalhau e não com nuvens engar-rafadas", declarou o Sr Heitor Aquino Fer-reira, secretário particular do Presidenteda República e pessoa de notória influênciano sistema palaciano, a propósito do proje-to de abertura e de sua implantação. Obvia-mente ele quis dizer, com a expressou pito-resca, que o Governo Figueiredo, em se-qüéncia ao Governo Geisel, adota critériosobjetivos, com base em informações concre-tas e nos melhores cálculos de probabilida-des, para programar as etapas da lenta,gradual e segura normalização democra-tica.

Admite o Sr Heitor Ferreira, que não éprofessor nem major, pois demttiu-se doExército quando ainda capitão, perdendo apatente e ingressando na R-2(reserva nãoremunerada), que o poder de controle doGoverno sobre os fatos políticos vai-se di-luindo no curso desse processo de transfe-rència das decisões às lideranças civis,mas, até que o tema se complete, a evoluçãoestará em grande parte sob controle dosresponsáveis pelo sistema. Os progressosda distensão e da abertura, de que resulta-ram a liberdade de imprensa e a anistia,vão retirar em breve da alçada da Presi-dência da República a escolha de governa-dores, que passarão a ser eleitos pelo votopopular na base de candidatos indicadospelas convenções partidárias.

Ao longo de uma conversa informal,admitiu o secretário particular do Presi-dente que o fortalecimento do PDS e aconsolidação da maioria parlamentar doGoverno estão na primeira linha de objeti-vos no pleito de 1982. Ele acredita que oobjetivo será alcançado e argumenta que,em 1974, ocorreu pela primeira vez a incor-poraçâo de grandes frações do eleitoradoque votavam em branco ou anulavam seusvotos ao MDB. Esse Partido teria cometidoo erro de projetar os resultados de 74 noscálculos eleitorais para 1978, quando já nãotinha mais reservas a incorporar às suashostes. O Governo lidou, então, com nume-ros e agiu segundo as circunstâncias paraassegurar a vitória da Arena nesse ultimopleito. A mobilização foi intensa, inclusivemediante o recurso ao arsenal de medidasde exceção, entre as quais a criação dosenador biônico e a cena muda gerada pelaLei Falcão.

Em 1982, com a abertura em estágiomais avançado, esses instrumentos se for-narão prescindíveis e conflitantes com oprojeto governamental. Por isso mesmo aeleição direta, embora náo corte os manda-tos dos senadores indiretos, elimina a hipó-tese de nova bionicidade em 1986. E apropaganda política e eleitoral será libera-da, embora com regulamentação especial,no rádio e na televisão. Lembra o Sr HeitorFerreira que o cálculo feito pelo Palácio doPlanalto em 1978 previa a eleição de umabancada federal arenista de 232 deputados.Fora eleitos 231. E acrescentou: "Nós umdia vamos errar. Mas ainda não erramos."

Os governadores

O sistema palaciano não trabalha maiscom a hipótese de eleições indiretas e consi-dera até mesmo saudável para o processode abertura que se elejam candidatos oposi-cionistas ao Governo de alguns Estados.Isso não impede que alimente o Governoesperanças de conquistar ^eventualmenteem eleições diretas os Governos do RioGrande do Sul e de São Paulo. O primeirodesses Estados deixou de ser um problemade segurança nacional, tal como foi encara-do durante alguns anos, quando se instala-vam nas fronteiras do Sul os Srs JoãoGoulart e Leonel Brizola. Hoje as fronteirassão normalmente guarnecidas pelas ForçasArmadas, a tensão política desfez-se e aárea já não é encarada como incluída nafaixa de segurança. Se o Sr Pedro Simonvencer a eleição, ele ou um candidato doPTB, isso não representará qualquer riscopara o regime. Mas o pessimismo que leva oSenador Simon a descrer do pleito é toma-do como sintoma de que a divisão da Oposi-ção poderá abrir caminho para a vitória deum candidato do PDS.

Em São Paulo, o ex-Presidente JânioQuadros, embora se tenha recusado a in-gressar no PDS e se oponha ao Governo doSr Paulo Maluf, representa uma ameaçadefinida às aspirações governamentais doSenador Franco Montoro, sendo efetivos osíndices de popularidade do ex-Chefe doGoverno apurados nas pesquisas periodi-camente ali realizadas. O Sr Montoro estásob ameaça, mas também sua eventual vitó-ria não constituiria problema para o siste-ma nem risco para a abertura. Áreas depoder entregues à Oposição ajudariam aarejar o panorama e a desradicalizar oprocesso, mediante o inevitável diálogo dasautoridades estaduais com as federais, emmatéria de planejamento, de segurança ede recursos financeiros.

0 desafio da Oposição

O Vice-Presidente da Câmara, Depu-tado Renato Azeredo, situa-se entre os par-lamentares da Oposição mais preocupadoscom os efeitos dos discursos radicais ctímque alguns deputados vêm desafiando oGoverno e provocando o apelo a resíduosditatoriais sobreviventes na Constituição.Ele entende que algo deva ser feito paraimpedir a generalização do desafio e pro-mover a observação de normas de compor-tamento inseparáveis da ação política.

Carlos Castello Branco

Guerreiro Tatwredo não acredita emacordo do PP com o Governovisita

MoçambiqueLuix Barbosa

Inv lodo Mptcnf

Maputo-OChanceler Sarai-va Guerreiro desembarcou on-tem a noite em Maputo, Capitalde Moçambique, tomando-se oprimeiro Chanceler do Brasil apisar o solo de uma ex-colôniade Portugal na Africa e tam-bém a visitar oficialmente umpais de regime marxista

Guerreiro foi recebido ao péda escada do aviáo pelo seucolega moçambicano, o ex-guerrilheiro Joaquim Chlseano,

! e duas horas mau tarde ambosparticipavam de uma recepçãono Hotel Polana, o principalhotel de Maputo.

Hoje pela manha, diplomatasbrasileiros e moçambicanos ini-ciam suas conversações visan-do a redação de um comunica-do conjunto sobre assuntos po-liticos e econômicos que seráconhecido dentro de dois dias.

IMPROVISO

Ao discurso de improviso, en-tre o irônico e o bem-humorado,do Chanceler moçambicanoJoaquim Chisano, referindo-seaos mentes (culturalmente,geograficamente,, histórica-mente, tropicalmente) com queos brasileiros enumeram ascoincidências com Moçambi-

Sue, o Embaixador Saraiva

tuerreiro respondeu, ontem ànoite, também de Improviso —abandonando um texto escrito

3ue já havia inclusive distribui-

o aos jornalistas — que o Go-verno brasileiro, ao buscar seusvizinhos africanos, não quer in-correr em omissão e tenta ex-piorar as oportunidades de con-vivência e cooperação com aAfrica.

Ele frisou ainda que ao reali-zar essa politica de aproxima-ção com o continente africano oGovemo brasileiro o fazia "flr-memento apoiado na opinião--pâbUcaVcoerente-eom-as-li--

Brasilia—O presidente do Partido Popular,Senador Tancredo Neves (MG), disse, ontem,não acreditar que seus companheiros admitamum acordo com o Govemo para aprovar aprorrogação dos mandatos dos atuais prefeitose vereadores em troca das eleições diretas paragovernadores. "O PP"—afirmou—"não aceitanenhuma proposta que viole a Constituição".

O Senador Tancredo Neves, que esteve noaúltimos dias no Ceara, Pará e Maranhão, mos-trou-se Impressionado com o desinteresse po-pular em relação aos temas políticos. O povoestã desiludido, descrente do Governo. Em SãoLuis, disse ter assistido vários menores brigan-do, de pau, com urubus e cachorros por restosde comida jogados no lixo.

Subdesenvolvimento

Ao regressar ontem a Brasília—hoje estarápercorrendo 12 municípios mineiros, a começarpor São Lourenco e Cambuquira—o SenadorTancredo Neves foi Informado dos últimos pro-nunclamentos na Câmara e da tendência doGovemo de processar os deputados que osfizeram acusando-os de crime contra a seguran-ça nacional.

Para ele, é lamentável o que esta acontecen-do e mostra que ainda nos encontramos emestágio de subdesenvolvimento politico. O Se-nador disse que a questão deveria ser resolvidadentro do Poder Legislativo e que as ForçasArmadas, por sua própria grandeza, não podemconsiderar-se atingidas por pronunciamentosnitidamente radicais.

O Partido Popular não deverá, segundo suasprevisões, ter qualquer entendimento com oGovemo para apoiar a prorrogação dos atuaismandatos dos prefeitos e vereadores. Um açor-do neste sentido, observa, "é antlético". "Nãopoderemos violar a Constituição".

Não acredita o Senador Tancredo Neves queseus companheiros do Partido Popular venhama concordar com esta proposta, lembrando,inclusive, que as bancadas da Câmara e doSenado se pronunciaram contra a prorrogação,bem como a comissão executiva

Por outro lado—prosseguiu—o restabeleci-mento das eleições diretas para Governador éuma exigência da naçáo. Não se trata, portan-to, de concessão do Govemo. O PP—afirmou— que incluiu em seu programa a defesa daseleições diretas em todos os niveis, continuaráempenhando-se para devolver ao povo o direitode escolher seus governadores.

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Deputados ligados a Chagasrompem com o Prefeito queele escolheu para Caxias

Os Deputados federais Peixoto Filho e Lázarode Carvalho é o Deputado estadual José CarlosLacerda, o primeiro deles integrante da Executi-va Regional Provisória do PP. romperam, ontem,através de carta pública, com o Prefeito nomeadode Duque de Caxias, Coronel Américo Gomes,acusando-o de prejudicar a formação e constitui-çáo do Partido Popular no município.

Esta é a terceira crise que o GovernadorChagas Freitas enfrenta, vencido apenas o seuprimeiro ano de mandato, em municípios cujosprefeitos sâo nomeados. A primeira eclodiu emAngra dos Reis. cidade considerada de interesseda segurança nacional, como Caxias; e a segunda,mais forte, teve o Rio como" palco, depois dadecisão do Sr Israel Klabin de renunciar à Prefei-tura.

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Tancredo Neves

aos temas políticos, mesmo quando se falavaem eleições diretas. O que mais sensibilizou opovo, segundo o Senador, foram os temas so-ciais e econômicos."Estamos chegando a uma perigosa faixavermelha, da qual poderão aproveitar-se osdemagogos porque não se terá que falar ãinteligência, e sim ao estômago" — concluiu.

Inflação

Teme o presidente do Partido Popular o quepoderá ocorrer no pais em pouco tempo secontinuar o processo inflacionário e o Govemoadotar a política de recessão, com desemprego,falências etc. "Nos já estamos" — advertiu —nos limites do inconformlsmo social".

Em São Luis, acompanhado do Deputado

nhas gerais da sua política ex-terna e aos próprios princípiosda Carta da ONU.

—Quando um pais foge a taisprinciplos — advertiu o Minis-tro—ele sempre acaba causan-do prejuízos a si próprio e aosoutros.

A troca de discursos ocorreuno flm da recepção oferecida noHotel Polana. Acompanhadodo Embaixador Ítalo Zappa,que é um dos dois idealizadoresda politica brasileira para aAfrica (o outro é o EmbaixadorAlberto da Costa e Silva, deLagos) o Chanceler SaraivaGuerreiro tem prevista paraamanhã uma visita ao comple-xo agroindustrial de Chockwe,que é tido como o celeiro deMoçambique, seguido de umavisita á aldeia comunal de Chi-cumbane, obrigando, para isso,a mobilização de um helicópte-ro que irá levá-lo a esses doispontos distantes de Maputo.

Moçambique está-se prepa-rando intensamente para rece-ber amanhã a visita oficial doPresidente do Zaire, MobutoSeseko, acompanhado de umadelegação de 03 pessoas. Issoestá dificultando as tentativasde contatos paralelos da dele-gação brasileira com o Presi-dente Samora. Machel.

A comitiva brasileira incorpo-raram-se, nessa etapa, um re-presentahte da Siderbrás, Os-valdo Gomes Job (substituindoseu colega de não ferrosos doConsider), Incumbido de assun-tos de transportes de carvão eminérios, e um representanteda Cacex, Wagner de Medeiros,responsável pela equação dasoperações de comércio bila-teral.

Hoje mesmo, paralelamenteaos contatos oficiais, o repre-sentante de uma empresa ora-sileira de ar condicionado fe-chou contrato para venda de 5mil 750 aparelhos a firmas mo-

Sambicanas, no valor de 2,7 mi-

lões de dólares. Essa é a pri-meira operação comercial devulto nessa área.

Governadornegociaráempréstimos

Florianópolis — O Governa-dor Jorge Bomhausen viaja ho-je à tarde para os Estados Uni-dos, para negociar emprésti-mos para o Governo de SantaCatarina. Um dos empréstimos,de US$ 60 milhões, já aprovadopela Assembléia Legislativa,será para recompor a dívidaexterna do Estado.

O Sr Jorge Bomhausen pas-sou ontem o Governo do Esta-do para o Vice-GovernadorHenrique Cordova, em cerimô-nia rápida, realizada no salãonobre do Palácio Cruz e Souza.Esta é a terceira vez que o SrHenrique Cordova assume oGoverno. O Sr Jorge Bomhau-sen retorna no dia 15.

PDT e PTpromovemencontro

O PDT e o PT realizarão,amanhã às 17h, na Câmara deDuque de Caxias, o primeiroencontro de suas bases do Esta-do do Rio, que começarão adesenvolver um movimento de

» pressáo com o objetivo de levaras cúpulas dos dois Partidosem organização a se fundiremO encontro reunirá adeptos dasduas agremiações na Baixadafluminense, uma região quereúne 2 milhões de eleitores.

Os promotores do encontroconjunto só garantiram, a nivelde cúpula, a presença de traba-lhistas ligados ao PDT e à lide-rança do Sr Leonel Brizola. Sãoeles o Deputado José Maurícioe os ex-Deputados Neiva Morei-ra, Lysàneas Maciel e BeneditoCerqueira. O Deputado Benedi-to Marcüio, do PT de São Pau-lo, não confirmou sua presença.

Inteligência)eput

Na viagem ao Ceará, Pará e Maranhão, ini-ciada no último dia 31 e concluída ontem, oSenador Tancredo Neves disse ter ficado sensl-bilizado pela repercussão popular das concen-trações do PP. "Em todas as cidades ficoudemonstrado que o PP tem o apoio nas classesmédia e pobre, sendo considerado um Partidode vanguarda na Oposição". Em Fortaleza,lembrou, no Teatro José de Alencar, o povoaplaudiu muito quando declarou que "só opovo nas ruas pode derrubar a ditadura".

Recolheu, de seus contatos, a Impressão deuma verdadeira desilusão nacional. Nos comi-cios o Senador notou uma apatia em relação

-Edson Vidigal (MA), presidente do diretórioregional do PP, o Senador Tancredo Neves foi àFavela Sá Viana, cujos moradores, cerca de 14mil, estáo sendo despejados pela UniversidadeFederal do Maranhão. A possibilidade de seagravar a crise existente é muito grande, por-que hã informações de que os favelados estàocomeçando a ser apoiados pelos universitários.

Na Sã Viana, o Senador Tancredo Neves viucerca de 15 crianças recolhendo em um cestorestos de comida jogados no lixo. Armadas depau, elas disputavam os restos, sob os olharesdistantes dos mais velhos, com os cachorros eos urubus.

Para o presidente do PP náo há mais qual-quer dúvida que estamos chegando aos limitesdo inconformlsmo social, a perigosa faixa ver-melha. *

SOLIDARIEDADE

Na carta publica divulgada,ontem, os Deputados PeixotoFilho. Lázaro de Carvalho e Jo-sé Carlos Lacerda reafirmam opropósito de lutar pelo restabe-lecimento da autonomia de Du-que de Caxias Sobre a admi-nlstracáo do Coronel AméricoGomes, afirmam que "ela nâotem correspondido aos anseiospopulares""Há no municipio uma insa-tisfaçao que já afeta, como épúblico e notório, a formação econstituição do Partido Popu-lar, que tem como seu primeiromandatário no Estado o Gover-nador Chagas Freitas e comosecretário nacional o DeputadoFederal Miro Teixeira, aosquais estamos vinculados. A es-ses dois lideres devemos a res-ponsabilidade da formação doPP em Caxias, um municípiode 400 mil eleitores, o que nosleva a denunciar a intromissãodos que desejam alimentar adivisão do Partido", continua acarta dos três parlamentares.

Em função do rompimentodos Srs Peixoto Filho, Lázarode Carvalho e José Carlos La-

Thales quer consenso das oposiçõesO líder do Partido Popular na Câmara dos

Deputados, Sr Thales Ramalho (PE), disse on-tem que se for procurado oficialmente pelo líderda Maioria, Deputado Nelson Marchezan, paratratar de algum acordo em tomo da prorroga-çáo dos atuais mandatos de prefeitos e vereado-res, encaminhará a proposta para exame de suabancada.

Negando que tenha se manifestado a respel-to de um acordo entre o Govemo e a Oposiçào,o Deputado Thales Ramalho advertiu que umacomposição dessa natureza náo poderia se con-sumar apenas com o Partido Popular. "Qual-quer decisáo que venhamos a tomar terá queter um consenso dentro das oposições", disse.

0 acordo

Na última reunião do Presidente com o seucomando politico no Palácio do Planalto, foiaventada a possibilidade de um acordo doGoverno com as oposições, pelo qual, em trocade votos oposicionistas, a emenda das eleiçõesdiretas seria votada simultaneamente com a daprorrogação dos mandatos dos prefeitos, liml-tando-se, ainda, a sublegenda a nivel municipal

e oferecendo-se a,incoincidéncia eleitoral de-pois do pleito de 1982.

O Govemo admitiu a possibilidade dessacomposição diante de relato feito naquela reu-nião pelo Deputado Nelson Marchezan, de-monstrando que a bancada do PDS não teriacondições de arcar sozinha com a aprovação daproposta Anisio de Souza, que prorroga osmandatos de prefeitos e vereadores. Contandocom 214 deputados, a bancada tem pelo menosoito deputados que se confessam sem condi-ções de apoiar a prorrogação, pressionados porsuas bases eleitorais.

O Deputado Thales Ramalho disse que ain-da não foi formalmente procurado pelo Deputa-do Nelson Marchezan para discutir a respeitodo assunto. Ponderou que o Partido Popular,pelas suas bancadas na Câmara e no Senado epela sua comissão nacional provisória já fechouquestáo contra a prorrogação de mandatos.Todavia, se receber uma proposta concretaacha de seu dever submetê-la à consideração deseus companheiros de bancada.

Advertiu, contudo, que o Partido Popularnâo pretende tomar nenhuma posição isoladaem relação ao problema. Como existe um pactoentre os Partidos oposicionistas, qualquer decl-são terá que ser adotada de forma conjunta.

Mineiros criticam coincidênciaDesde a semana passada começou a ser

distribuído a todos os deputados e senadoresum estudo sobre os últimos pleitos mineiros,cujas principais conclusões são de que a meta-de da votação de 1970 — coincidente — foi.perdida entre votos brancos e nulos e quehavendo coincidência nas eleições de 1982, ha-verá pelo menos 61 mil 590 candidatos, em seischapas, com os seis Partidos em organização.

Em discurso recente, feito da tribuna daCâmara, o Deputado Luis Leal (PP-MG) referiu-se a um trabalho semelhante, concluindo que"se houver a coincidência de mandatos em1982, a corrupção vai comandar e presidir aseleições". Outros mineiros a defenderem a nãocoincidência são o 1° Vice-Presidente da Cama-ra, Deputado Homero Santos (PDS) e o 2° Vice-Presidente, Deputado Renato Azeredo (PP). Oprincipal defensor da não coincidência é outromineiro, Deputado Bonifácio de Andrada(PDS).

Resultados

O levantamento aponta que em 1970 houvecoincidência para o preenchimento das vagasno Senado, Câmara e Assembléia Legislativa.Naquela oportunidade 34,3% dos votos foramem branco, e 16,60% de votos nulos. Perdeu-se,portanto, metade da votação. Na eleiçáo paraprefeito e vereador houve apenas 16,9% devotos brancos e 10,9% nulos, percentuais consi-derados normais.

Lembra-se que "o eleitorado dos municípiosde porte médio e pequeno é conduzido da ZonaRural e da periferia pelos próprios candidatos àCâmara dos Vereadores e Prefeituras ou pelosseus prepostos mais interessados e o grandeinteresse em eleições conjuntas é o imediato, ouseja, o de prefeito e vereadores".

A ser mantido o atual critério, as eleições em1982 serão coincidentes. Desta forma, existindoseis Partidos, cada um deles com três sublegen-das, haverá 18 candidatos a governador, 18 avice-governador, 18 para senador, 36 para su-plente de senador (dois suplentes por cândida-to a senador), 18 para prefeito e 18 para vice-prefeito. Somente nos cargos majoritários ha-verá 126 nomes à escolha do eleitor.

Para deputado estadual, serão 1 mil 278candidatos. Para deputado federal, 864. Paravereador, 27 candidatos nos menores munici-pios, 39 nos médios e 45 nos grandes. Em média,haverá portanto cerca de 95 candidatos emcada um dos 722 municípios de Minas Gerais,num total de 61 mil 590 nomes.

Despesas

i

Lembra ainda o estudo, com base em elei-ções anteriores, que as despesas previsíveisincluem veículos equipados com som, gasolina,material tipográfico, camisas de futebol, redes ebolas de futebol, equipamentos de som e di-nheiro para despesas consideradas necessáriasou indispensáveis pelos cabos eleitorais e che-fes políticos.

"Muitos candidatos às Prefeituras e às Cã-maras Municipais, depois de inscritos para adisputa, apelarão para os deputados federais eestaduais à procura de recursos materiais, soba alegação de que os adversários estáo fazendogastos exagerados etc., procurando Igualdadede recursos para o equilíbrio" — prevê o tra-balho.

Por isto, sua primeira conclusão é de que "aeleição será conduzida como um negócio, comempate de capital, sem a menor condição deretomo. O custo da eleição ou tentativa daeleição afastará, sem a menor sombra de dúvi-das, autênticos líderes e candidatos sem maio-res recursos financeiros, tornando-se a Câmarados Deputados, Senado Federal e AssembléiasLegislativas redutos dos privilegiados financei-ra e economicamente."

Inconvenientes

Além disso, o estudo lembra que em 1970 omandato de vereador era gratuito e hoje émuito bem remunerado, variando de Cr$ 4 mil aCr$ 90 mil mensais. "É natural — afirmou oDeputado Luis Leal — que os candidatos avereador, quando verificarem que o eleitoradose encontra confuso, com tantos nomes, cédu-las e listas, na hora da votação, procurem"salvar a sua pele", pedindo ao eleitor que voteapenas em seu número ou em nome para verea-dor e não complique, com receio de anulartambém o seu voto ou deixá-lo em branco".

Além disso, "quem conduz o eleitorado nosmunicípios pequenos e médios no dia da elei-ção é o candidato a vereador, é que tem ocontato direto com o eleitor". Nos grandesmunicípios, ele acha que é a batalha do trans-porte" do eleitor o fator preponderante. "Quemgasta mais dinheiro tem mais transporte emaiores possibilidade na votaão. A JustiçaEleitoral também tem suas falhas e não podecontrolar o transporte do eleitorado da perife-ria e da zona rural. A fiscalização é falha esempre ineficiente ou sem recursos eleitorais".

Observa ainda que "o grande número devotos brancos e nulos (50%) em 1970 propiciougrandes fraudes, com o "aproveitamento" devotos brancos e nulos para os candidatos lo-cais. Muitas juntas apuradoras de votos, atécom a conivência, apoio ou participação dosresponsáveis pela Justiça Eleitoral, funciona-ram com o objetivo de eleger os candidatos dapreferência local para a Assembléia Legislativae à Câmara dos Deputados. Até os votos decandidatos de fora eram "aproveitados paracandidatos locais".

Diante de tudo isso, das despesas normaisdo pleito, com o preço do papel, a propagandaimpressa, as viagens, o preço da gasolina, oesforço fisico e pessoal do candidato, a LeiFalcão, a batalha e a dificuldade para a coloca-çâo de cartazes, indaga o Deputado Luis Leal:"Valerá a pena ser candidato? Estào querendouma eleição ou uma fraude eleitoral?" E con-clui afirmando que "se houver coincidência, acorrupção vai comandar e presidir as eleiçõesde 1982"

ceraa com o Sr Américo uo-mes, três Secretários da Prefei-tura, ligados aos três Deputa-dos, oficializarão hoje seus pe-didos de demissão dos cargos.São eles os Srs João Luis Bor-ges da Fonseca (Administra-çáo), Ruyter Poubel (Serviços

Públicos) e Juberlam Barros deOliveira (Educaçáo).

A crise de Duque de Caxiasterá desdobramentos hoje eprenderá o Deputado Miro Tel-xelra. naturalmente, por maisalguns dias no Rio. Em Angrados Reis. o Oovemador Chagas •Freitas cedeu ás pressões dospolíticos ligados ao seu esque-ma de liderança e ao PartidoPopular e resolveu tirar o Pre-feito Ellis Bauzer, que nào ti-nha também o apoio das cias- -ses empresariais do Município.

No Rio, a renúncia do Sr Is-rael Klabin provocou o afasta-mento do irmão do Presidenteda República, escritor Guilher-me Figueiredo, da presidênciada Funarj e de uma diretoria doBD-Rio, que desejava ver naPrefeitura o seu amigo Francis-co de Mello Franco, que eraSecretário de Planejamento etambém pediu demissão.

Em termos políticos, Duquede Caxias é um Município deimportância estratégica paraas pretensões eleitorais do gru-po liderado pelo Sr ChagasFreitas e que assumiu o contro-le absoluto do PP no Estado. Éuma cidade marcada por gran-des núcleos proletários. Os trêsDeputados do Partido, com in-teresses na área, anunciaramna carta pública que continua-rão fiéis aos compromissos como Governador e o Deputado Mi-ro Teixeira.

Senador pede ao Governopara definir democraciae esquecer improvisação

Brasília — Em parecer que apresentará napróxima terça-feira, rejeitando quatro propostasde emendas constitucionais, inclusive a que elimi-na a sublegenda, de autoria do Senador AfonsoCamargo (PP-PR), o Senador indireto AderbalJurema (PDS-PE) vai reclamar uma definiçãopara a democracia brasileira, sustentando que osprojetos político e econômico são frutos de impro-visação.

Na reunião da comissão mista, o SenadorAderbal Jurema rejeitará proposta de emendasconstitucionais dos Srs Afonso Camargo — queextingue a sublegenda — Genival Tourinho(PDT-MG) e Ademar Ghisi (PDS-SP), que elimi-nam a fidelidade partidária, e Roberto Freire, quetenta liberalizar a organização partidária. Acolhe,apenas, a de autoria do Depi • àdo Rogério Rego(PDS-BA), que preserva o mandato de candidatoseleitos por Partidos que não conseguiram atingiras exigências da Constituição (apoio, expresso emvotos, de 5% do eleitorado que haja votado naúltima eleição geral para a Câmara dos Deputa-dos, distribuído pelo menos, por nove Estados,com o mínimo de 3% em cada um deles.PROJETO DEFINIDO

Em seu parecer, o Sr AderbalJurema sustentará que já é ho-ra de o Brasil sair da improvisa-ção em que vive tradicional-mente para fixar um modelopermanente e definido de de-mocracia.

— Eu me bato — afirma oSenador pernambucano—peladefinição ideológica da demo-cracia brasileira. Precisamosdeixar de dar guinadas ora paraa pura democracia liberal dolaissez faire, ora para a demo-cracia autoritária e intervencio-nista. Essa definição é de im-portância fundamental paraconsolidarmos nossas estrutu-ras econômicas e sociais e supe-rarmos a fase de crises cíclicasem que ainda vivemos mergu-lhados.

Assinala que o Brasil náoatravessa uma economia de pazou de guerra, mas uma econo-mia de crises, "cujos problemasnào podem ser resolvidos commachismos governamentais ouoposicionismo histérico". A re-ceita, para o parlamentar per-nambucano, é a coragem paraque o pais possa sair do capita-lismo selvagem que pratica pa-ra uma sociedade democrática-mente planejada. Aconselha aque "o pais reveja os critériosde valor com realismo, comuma boa dose de imaginaçãona direção do bem-estar dascomunidades perturbadas pelo

Jânio temcandidato

custo de vida e a carência do.mercado de trabalho".

O Senador frisou que semuma ordem econômica nào épossível a estabilidade politicae institucional. As precáriascondições da sociedade brasi-leira também influem negativa-mente sobre as suas estruturaspolíticas.

— Não é sem razão — disse oSr Aderbal Jurema — que o -filósofo alemão Mannheim de-clarou que os Estados soclalis-tas totalitários falharam, por- <que se baseavam em Partidosúnicos. Todos repetiram a ilu-são de Marx e Lènine de umasociedade sem classes.

Afirma o Sr Aderbal Jurema í.que, entre o sistema totalitário,e o Estado liberal, ele imaginaum projeto político global que'deve ser gerado na forma demo-crática de planlficaçào para aliberdade, tendo um Parlamen-to com as suas prerrogativasrestabelecidas, "desde que não'exceda a limites capazes de fe-rir as prerrogativas do Executi-vo e do Judiciário".

O Senador pernambucanoacha que se pode chegar a umprojeto político e econômico,para o Brasil através de úmconsenso dos políticos e dostécnicos, fornecendo estes"uma avaliação das implica-ções políticas de todos os dadoseconômicos".

Macielprocessa

em Minas semanárioSáo Paulo — O ex-Presidente

Jânio Quadros, que tem anun-ciado que nunca saiu do PTB eestá empenhado em aproximaros grupos dos Srs Leonel Brizo-Ia e Ivete Vargas, reiterou on-tem o seu apoio à candidaturado seu ex-secretário, José Apa-recido, ao Governo de MinasGerais, pelo PP, nas eleições de1982.

O apoio foi reafirmado duran-te almoço que o ex-Presidenteofereceu em sua casa do Guaru-já ao Sr José Aparecido, que foiseu secretário particular napresidência da República. O SrJosé Aparecido declarou que osdois fizeram uma ampla análisedo quadro político brasileiro eque o ex-Presidente Jânio Qua-dros está preocupado com asituação econômica e social "eparticularmente com o alto ín-dice de endividamento externodo país".

Recife — O Governador Mar-co Maciel, cujo nome foi inclui-do na relação de 152 pessoa»que, segundo o jornal Hora do. .Povo tèm conta bancária naSuíça, também pediu ao Minis-tro da Justiça, Ibrahim Abi-Ackel, que movesse uma ação',contra o semanário, através daProcuradoria Geral da JustiçaMilitar.

A solicitação foi encaminha-da a Brasília no mês passado,mas somente ontem o Paláciodas Princesas divulgou o docu*mento, já anexando a respostapositiva do Procurador-Geralda Justiça Multar, Milton Me-nezes da Costa Filho. O asses-sor de imprensa do Govemo,Ângelo Castelo Branco, nãosoubt informar se a ação movi-da pelo Governador será isola*da, ou se o Ministério tomaráuma decisáo conjunta com osdemais denunciados.

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JORNAL DO BRASIL D sexta-feira, 6/6/80 D Io Caderno POLÍTICA E GOVERNO - 3

PMDB tenta apoio da sociedadepara restabelecer a imunidade

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Brasilia—O PMDB pretende coorde-nar, a partir de terça-feira, a elaboraçãode um documento à nação, fazendo umhistórico politico da imunidade parla-mentar e do domínio do poder militar nopais, que servirá também de solidarieda-de a parlamentares sob processo e depeça de defesa junto ao STF.

Os presidentes e lideres do PP, do PTe do PDT, além de dirigentes da OAB,ABI, CNBB e entidades de classe, seráoconvidados a participarem, não só daelaboração do documento, mas tambémsubscrevê-lo. Pelo. PMDB está coorde-nando o movimento o Senador TeotônloVilela (AL), membro da direção nacional.

TáticaO assunto está sendo discutido infor-

malmente, por enquanto, por deputadose senadores do PMDB. O exame come-çou desde o momento em que circulou ainformação de que, além dos Srs JoãoCunha e Getúlio Dias, outros quatro oucinco parlamentares oposicionistas se-riam também processados. Por enquan-to, está confirmado o interesse do Oover-no em processar apenas o Sr FranciscoPinto (PMDB-BA).

Terça-feira, à noite, no gabinetedo Deputado baiano, um grupo de depu-tados das oposições esteve reunido, paradiscutir a tática que seria utilizada,para reafirmar solidariedade ao Sr JoãoCunha. Até então, já tinham discursadoos Srs Francisco Pinto, Iranildo Pereira,Freitas Diniz, Luiz Cechlnel, J. O. deAraújo Jorge e Iran Saraiva.

Por Interferência principalmente dosDeputados Odacir Klein (RS) e Pimentada Veiga (MG), decidiu-se náo dar prosse-guimento aos discursos de solidariedadee de endosso ao Pinga-Fogo do Sr JoãoCunha de 28 de abril. Houve concordãn- <cia na observação do Sr Odacir Klein, deque deveria ser promovida uma campa-nha nacional em defesa da Imunidade, afim de que cada parlamentar tivesse odireito de talar o que pensa, e não apenasrepetir o que outros já falaram.

Na reunião da bancada do PMDB já secomentava que a melhor pessoa paracoordenar o movimento nacional em de-fesa das imunidades seria o Senador ala-goano Teotônlo Vilela. Procurado, eleaceitou a missão, mas impôs certas con-dlções. Sugeriu que fosse feito um levan-tamento histórico-político do institutoda imunidade e do domínio do podermilitar no Brasil.

Ninguém discordou e o lider FreitasNobre, durante novo encontro em seugabinete, quarta-feira à noite, foi o encar-regado de entrar em entendimentos comas lideranças dos demais Partidos oposi-cionistas.

O Senador Vilela vai conversar a res-peito com os presidentes do PP, do PT edo PDT, com a ABI e CNBB. Os Deputa-dos José Costa (AL) e Pimenta da veiga-(MG) foram encarregados de manter con-tatos com a OAB. A Comissão de Justiçae Paz será também procurada para darapoio.

O documento terá divulgação nacio-nal e deverá ser utilizado náo apenascomo solidariedade aos que estão sendoprocessados e os que vierem a sê-lo, mastambém como mais um argumento afavor da Constituinte.

O Senador Teotônlo Vilela acha qüe odocumento, com o respaldo de forçaspartidárias e setores atuantes da socie-dade, será mais que uma defesa ou umadenúncia, mas um alerta à nação de queo parlamento necessita de imunidadepara atuar em defesa de sua soberania eindependência."Estou cada vez mais convencido docomprometimento do poder militar quenos domina com o poder das multinacio-nais" — frisou.

Lei de segurançaO líder do PP, Deputado Thales Ra-

malho, comentou, ontem, em Brasilia,que a iniciativa dos lideres do PMDB "éda maior importância e o seu Partidodeverá apoiá-la".

Entende, porém, que o trabalho nãodeve ficar limitado ao instituto da imunl-dade parlamentar ou da inviolabilidadedo mandato. "O PP vai sugerir, prinei-palmente, a revisão de três leis que repre-sentam o alicerce do estado autoritário:Lei de Segurança Nacional, Lei de Im-prensa e Lei de Greve" — disse ele.

O Sr Thales Ramalho lembrou, ainda,3ue

os Partidos oposicionistas, indepen-entemente do trabalho junto à opinião

pública, com o apoio da ABI, da OAB, daCNBB e outras entidades, devem lutar,mudos, para aprovar, ampliando, pro-posta de emenda constitucional que res-tabelece prerrogativas do Poder Legisla-tivo, coordenada pelo Sr Flávio Marcilio.— Imunidades o parlamentar possui.Devemos assegurar a Inviolabilidade domandato, conforme Já propôs o PP —frisou. -II

Deputado reclamade "absurdo"

Na opinião do Deputado FranciscoPinto (BA), membro da direção nacionaldo PMDB, o pedido do SNI para que eheseja processado "além do absurdo, é dis-criminatório", lembrando que antes doseu discurso solidarizando-se com o SrJoão Cunha "diversos outros parlamen-tares ocuparam a tribuna e simplesmen-te disseram que subscreviam e assina-vam aquele pronunciamento."

Tranqüilo, ontem, em Brasilia, aindanão sabendo se iria hoje ou não paraBahia, o parlamentar oposicionista infor-mou que não está pensando em contra-tar advogado. "Confio que as criticas quefiz ao Procurador-Geral da Repúblicanão irão Influenciá-lo para me enquadrarna Lei de Segurança Nacional". Da tribu-na, o Sr Francisco Pinto criticou o Procu-rador-Oeral, por entender que o Deputa-do Getúlio Dias não estava protegidopela imunidade, pois criticara o TSE forado Congresso.

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Os organizadores do comício levaram um boneco chamando de traidor o Prefeito, agora no PDS

Josafá lembra Mangabeira"Üma opinião, por mais absurda que

seja, pode varar todos os limites do erro,

Arquivo

mas não ^cança-januds-nenhum-das..limites do crime". Essa frase' de JoãoMangabeira,' pronunciada no SupremoTribunal Federal, foi lembrada pelo ex-Senador Josafá Marinho como uma exce-lente tese a ser defendida pelos advoga-dos dos Deputados que correm o risco deenquadramento na Lei de Segurança Na-cional por terem proferido, no plenárioda Câmara, discursos considerados ofen-sivos a instituições como as Forças Ar-madas.

Para o Sr Josafá Marinho, essa teseconstitui a negativa do delito de opiniàoe apresenta um bom caminho a ser segui-do pela defesa dos parlamentares, quepoderão ser enquadrados no item m doArtigo 36 da LSN — que determina penade dois a 12 anos de reclusão para quemincitar a animosidade entre as ForçasArmadas ou entre estas e as classes so-ciais ou as instituições civis.

Segundo o Procurador-Geral da Re-pública, Sr Firmino Ferreira Paz, que

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PDT mandaao TSE atade fundação

O Partido Democrático Tra-balhlsta (PDT) comunicará, napróxima semana, ao TribunalSuperior Eleitoral, a sua ronda-ção, apresentando os três docu-

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Oposições fazem comício emPernambuco e PTB comparece

ontem se afastou de Brasília, de nadaadianta representar contra os DeputadosIram Saraiva e J. G. de Araújo Jorgesom a pmva de que os discursos publi-

Josafá Marinho

ciados na íntegra. Ele citou o exemplodo pronunciamento do Sr João Cunha,cuja gravação não coincidiu na íntegracom o texto publicado pelo JORNAL DOBRASIL, o que gerou a necessidade depedir a realização de uma perícia.

O Supremo Tribunal Federal sorteiahoje o processo em que o Procurador-Geral da República oferece denúnciacontra o Deputado Getúlio Dias, por tereste classificado o Tribunal SuperiorEleitoral de "latrina do Palácio do Pia-nalto". Do sorteio estarão excluídos osMinistros Moreira Alves, Cordeiro Guer-ra e Leitão de Abreu, todos membros doTSE. Ainda hoje o MinistroRafael Mayerreceberá o processo contra o DeputadoJoão Cunha. Do seu exame do processo,partirá a proposta para que a Corte acei-te ou rejeite a instauração da ação penalcontra o parlamentar.

Montoro teme o obscurantismoSão Paulo — "A Interferência do Ge-

neral Octávio Aguiar de Medeiros, Chefedo 8NI, dentro da esfera parlamentar, éuma volta aos tempos do obscurantis-mo", declarou, ontem, o Senador FrancoMontoro (PMDB-SP), ao comentar o pe-dido enviado pelo Chefe do Serviço Na-cional de Informações ao Ministro daJustiça, para que o Deputado FranciscoPinto (PMDB-BA) seja enquadrado naLei de Segurança Nacional por discursoproferido na Câmara.

O Senador paulista observou que "oGoverno, ao acionar instrumentos de ex-ceção, quando preconiza a abertura de-mocrática, mantém os vínculos com o

Essa intervenção é mais uma

das escaladas do Governo contra o pro-cesso de efetiva democratização dopaís".

O professor Cláudio Lembo, integran-te da Comissão Executiva Provisória Re-gional do PP de São Paulo, assinalou que"o que constrange nisso tudo é o PoderExecutivo representar ao STF contraparlamentares, para que sejam processa-dos independente de autorização da Cá-mara". Em sua opinião, o episódio conil-gura "um claro rompimento da indepen-dência entre os Poderes, caracterizandouma intervenção indevida do Executivono Legislativo".

Já o Deputado federal Alberto Gold-man (PMDB-SP) advertiu que o compor-

tamento do Govemo em relação ao Con-gresso Nacional e o pedido do GeneralMedeiros para instauração de processocontra um segundo parlamentar — o SrJoão Cunha já está sendo processado apedido do Executivo—"poderá radicali-zar as posições de cada corrente politica,colocando em risco o pouco que o povobrasileiro conquistou em termos de aber-tura".

Considerou, ainda, o Sr Goldman queepisódios dessa natureza demonstramaté que ponto vai a abertura politica dopaís: "O Governo fida em abertura, masameaça enquadrar na Lei de Segurançaestudantes de Santa Catarina, lideresmetalúrgicos do ABC e parlamentares doCongresso Nacional."

i o estatuto e o programãYAlista de fundadores terá 497 as-slnaturas, ou seja, todas as pes-soas que compareceram ao atode fundação, recentemente, noRio, embora a legislação exija omínimo de apenas 101 signatá-rios da ata.

O Partido comunicará, ainda,ao TSE, que dispõe de comis-soes regionais provisórias em14 Estados — Acre, Amazonas,Pará, Maranhão, Ceará, Per-nambuco, Mato Grosso, MatoGrosso do Sul, Espirito Santo,Rio de Janeiro, São Paulo, San-ta Catarina, Paraná e RioGrande do Sul — nos quaisserão criadas comissões em20% dos municípios.

LEVANTAMENTO DEFORÇAS

Para a organização dessas co-missões, dirigentes nacionais sedeslocarão para vários Estados.O ex-Deputado Lysàneas Ma-ciei irá para o Piaui e Ceará;outro ex-Deputado, Doutel deAndrade, deverá ir para Belém,Pará, Amazonas e Santa Cata-rina; o também ex-DeputadoBocaiúva Cunha irá ao Sergipee o ex-Ministro Darcy Ribeirotem viagem prevista para o Pa-raná.

A organização das comissõesservirá, também, para que oPartido tenha uma visão maisclara de sua força, depois deresolvida a questão da sigla doPTB.

Recife — Apesar de considerado pe-los partidários do ex-Governador Leo-nel Brizola instrumento do Governo, oPTB participou, na noite de quarta-feira, da primeira concentração dasoposições em Pernambuco, que reuniucerca de 4 mil pessoas em Jaboatão e setransformou numa manifestação de re-púdiojio prefeito da cidade, GeraldoMelo, ex-trabalhistae^agoraTio-PDS:

Em nome dos petebistas, discursouo presidente da comissão executiva re-gional provisória, Geraldo Pinho Alves,que pregou a união das oposições "por-que a ditadura pouco mudou, o sistemaé o mesmo e os homens são os mes-mos". Embora convidado pelo presi-dente regional do PMDB, ex-DeputadoJarbas Vasconcelos, o representante doPDT, Deputado Sérgio Murilo, nãocompareceu ao comício.

JudasDurante a concentração, realizada

no mesmo local onde o ex-GovemadorLeonel Brizola náo conseguiu reunir, nofinal do ano passado, 2 mil pessoas,estudantes de Recife penduraram nopalanque um boneco de pano, que ti-nha no peito a inscrição "Geraldo , Ojudas", numa referência ao prefeito deJaboatão. A única agremiação oposi-cionista que nâo participou foi o PP,que ainda não organizou comissõesprovisórias em Pernambuco. Segundoo presidente do PMDB no Estado, Jar-bas Vasconcelos, um dos organizadoresda manifestação, "só não foi enviadoconvite ao PP, porque náo tínhamosrealmente a quem nos dirigir aqui emPernambuco".

O presidente da comissão executiva

regional proviáoria do PT, Israel Césarde Melo, falou em nome do seu Partido,"porque mesmo com a ditadura man-dando, náo estamos sós, já que o povoestá nas ruas". O ex-Ministro OswaldoLima.Filho, do PDT, disse que "estagente toda está aqui para provar que opovo não está do lado do Sr GeraldoMelo, que aderiu aos delegados da dita-dura".

O Sr Geraldo Pinho Alves, do PTB,após

"frisar que "os homens de hoje são

os mesmos que tomaram o poder em1964", deu um abraço forte no ex-Governador Miguel Arraes, que estavaao seu lado, e disse, "Este é o abraço doPTB a um homem que saiu do paísporque soube manter a sua dignidade".

Pelo PMDB, falaram, além de depu-tados federais e estaduais — inclusive oSr Gilvan de Sá Barreto, cunhado doPrefeito,,Geraldo Melo, os Srs MiguelArraes e Jarbas Vasconcelos e o Sena-dor Marcos Freire. O estudante EdvalNunes da Silva (Cajá), que esteve presosob a acusação de tentativa de reorga-nização do PCBR, falou em nome dosuniversitários e o presidente do Sindi-cato dos Metalúrgicos de Santos, Ar-naldo Gonçalves, pediu a união dasoposições.

Nos intervalos dos discursos, o locu-tor do comício, Souza Pepeu, apresen-tou estastísticas sobre o empobreci-mento dos trabalhadores, a desvalori-zação dos seus salários, o número dedesempregados do Grande Recife e odéficit habitacional previsto para ospróximos anos na cidade. Disse que osreajustes semestrais de salário, desdeque foram instituídos em novembro doano passado, sempre estiveram abaixodo aumento do custo de vida.

Célio insiste nas prerrogativasSe a Constituição Federal jâ tivesse

como norma as alterações sugeridas pelaproposta de emenda constitucional querestabelece algumas das prerrogativasdo Legislativo, atualmente em tramita-çáo no Congresso, o processo aberto noSupremo Tribunal Federal contra oDeputado João Cunha (PT-8P), por ofen-sas à honra do Presidente Figueiredo edas Forças Armadas, provavelmente nàoexistiria porque "náo constituiria crimea palavra dita pelo parlamentar da tri-buna."

Quem deu esta explicação foi o Depu-tado Célio Boija (PDS-RJ), que integroua comissào suprapartidária designadapelo presidente da Câmara dos Deputa-dos. Sr Flávio Marcilio, para redigir aproposição que restaura algumas dasprerrogativas do Congresso. O Sr CélioBoija disse que se a proposta Já estivesseaprovada, a inviolabilidade do parlamen-

tar seria plena, tomando inimputãvel apalavara proferida na tribuna.

A restauração plena da inviolabilida-de parlamentar não livraria, entretanto,o deputado pelos excessos que viesse acometer porque é regra universal emtodos os Parlamentos do mundo que"ninguém tem o direito de abusar dapalavra", segundo o Deputado Célio Bor-ja. Em tais casos, o parlamentar queviolasse esta norma responderia interna-mente pelo abuso da palavra, pois aCâmara teria direito de exigir que seretratasse a até de puni-lo.

Lembrou o Sr Célio Boija que o Regi-mento Interno da Câmara já prevê puni-

. ções para os casos de abuso da palavra, eque vão desde a advertência pública atéa cassação de mandato no caso do parla-mentar reincidente que desrespeita a ins-tituição.

O Deputado Célio Boija voltou a rea-firmar a sua posição contrária a prorro*gação dos mandatos dos atuais prefeitose vereadores e revelou que "nâo é suaInclinação" acompanhar a maioria dabancada do PDS, caso o Governo decidaapoiar a proposta de emenda do Deputa-do Anisio de Souza (PDS-GO) que pror-roga os mandatos municipais por doisanos.

O Sr Célio Borja acredita què há con-dições de se realizarem as eleições muni-cipais na data prevista, até mesmo semos Partidos constituídos, com cândida-tos avulsos inscritos diretamente na Jus-tiça Eleitoral, porque a eleiçáo municipalna sua opinião é "uma eleição comuni-taria".

— Acho que é mais fácil fazer as elei-ções do que adiá-las e prorrogar os man-datos.

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Pemedebista pede união parlamentarO Deputado Marcelo Cerqueira

(PMDB-RJ) disse ontem que a disposi-cáo do Governo em processar os Deputa-dos Joáo Cunha (SP) e Francisco Pinto(BA), através do STF e usando a Lei deSegurança Nacional, vem demonstrarque ;"o Congresso tem de se unir, deimediato, em torno da emenda FlávioMarcilio, para recuperar parte de suaautonomia perdida e se impor à naçãocomo poder independente".

Para o parlamentar fluminense, queintegrou a Comissão Suprapartidária daCâmara que elaborou a emenda FlávioMarcilio, o Deputado Joáo Cunha, ini-cialmente, e o Deputado Francisco Pm-to, que com ele se solidarizou, "nào co-meteram crime algum" Acha que o Go-vemo quis, "forçando o episódio, criaruma crise artificial para esconder as difi-culdades econômicas, sociais e até poli-ciais que p país atravessa"

'"Tecnicamente - explicou o Sr Mar-celõ'Cerqueira, que tói um dos advoga-dos mais solicitados por presos políticosdurante o Govemo Mediei — os Deputa-

dos Joào Cunha e Francisco Pinto nãocometeram nenhum crime contra a segu-rança nacional. Já se passou mais de ummès do pronunciamento do parlamentarpaulista e a segurança nacional, invoca-da para processá-lo, não sofreu nenhumabalo".

O representante do PMDB lamentou,a seguir, que o Executivo, sem dispormais do AI-5, tente usar o Judiciário"para cometer atos de força e por meiodeles cassar parlamentares". Julga que asucessão de casos como os dos Deputa-dos Joào Cunha e Francisco Pinto "criacertas animosidades entre o Judiciário eo Legislativo, ferindo o princípio consti-tucional que consagra o funcionamentoharmônico dos três Poderes".

Ao chegar ontem de Brasilia, ondeparticipou de reuniões com a cúpula doPMDB, o Sr Marcelo Cerqueira afirmouque a grande esperança do Partido é a deque o Supremo Tribunal Federal aja comserenidade no julgamento dos casos dosSrs Joào Cunha e Francisco Pinto. Crêque o STF possa, "por falta de provas

reais e concretas", desclassificar os doispedidos de processamento dos parla-mentares, enquadrados na Lei de Segu-rança Nacional. E lembra que, se issoacontecer, o Congresso terá de ser ou-vido."O Art. 33 da Lei de Segurança Nacio-nal, que considera crime ofender o Presi-dente da República, é por si inconstitu-cional", garantiu o parlamentar flumi-nense. O conceito, segundo ele, se amol-da no crime de injúria, já classificado nalei comum. Concluindo, o Sr MarceloCerqueira disse que a LSN, em linhasgerais, precisa ser reformada, "ao mesmotempo em que não poderemos esperargrandes passos na consolidação da aber-tura política enquanto o Congresso per-manecer amarrado em suas mais legíti-mas decisões às vontades e caprichos doExecutivo".

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Ministro diz que faltade contraceptivo seguroimpede o planejamento

Brasília — "A maior dificuldade de apresentar umprograma de planejamento familiar está em encontrarum contraceptivo que alie inocuidade à segurança",comentou o Ministro da Saúde, Waldir Arcoverde,sustentando que, além de discordar pessoalmente demétodos radicais de contenção da fertilidade, náo acre-dita que o Oovemo venha a adotá-los."E evidente que vamos esclarecer a populaçãosobre todas as formas possíveis de conter prole, entreelas os métodos químicos, mecânicos e radicais, masisso náo quer dizer que vamos adotá-los. O intento doprograma é levar às famílias desassistidas as informa-ções que as de média e alta renda recebem sem auxíliodo Oovemo".

dentro da estratégia do Conse-lho de Desenvolvimento Social.

Apesar disso, os técnicos queelaboram o projeto de planeja-mento familiar reconhecem, ba-seando-se em estatísticas doIBGE, que o crescimento de-mográflco dos últimos 10 anosnão impõe razões sociais oueconômicas que exijam um pro-grama imediato de controle denatalidade.

Ê por isso que o Ministro Ar-coverde elimina a adoção deum programa rígido de conten-ção da fertilidade, para pregaradivulgação de um processo in-dutor da paternidade responsa-vel, o que, segundo os estudosem elaboração, serã feito peloMinistério da Saúde, com a par-tlcipação- da Secom e dos Mi-nistérios da Educação e da Pre-vidència.

RECURSOS HUMANOS

O Ministro reafirma que o es-tudo em elaboração no seu Mi-nistério é apenas um atendi-mento ao que propõe o U. PNDe o artigo 175 da ConstituiçãoFederal que, em seu parágrafo4o, determina que "lei especialdisporá sobre a assistência àmaternidade, à infância e àadolescência e sobre a educa-ção de excepcionais".

Outro motivo do estudo des-ses subsídios, segundo ele, é ofato de o Ministério reconhecera imprescindlbilidade da anali-se do problema do crescimentoda população brasileira, e deacionar seus recursos humanospara o processo pedagógico deesclarecê-la sobre o problema,

Crianças passam fome em abrigoRecife—Duas crianças pa-

raliticas, surdas e mudas; umgaroto de 14 anos cego e ou-trás crianças entre zero e 16anos, todos passando fome ecompletamente desassisti-dos: é o quadro do AbrigoJesus Menino, no bairro doBarro, na zona Oeste de Reci-fe, segundo denúncia do Jor-

nal do Commercio e do Diá-rio da Noite. Segundo os jor-nais, os 55 internos do sexomasculino dormem em ape-nas 10 camas, enquanto asmeninas, num total de 30, nâodispõem de roupas de cobrir edormem todas num quarto demenos de 15 metros qua-drados.

Diretor do DAC de Alagoas se demiteMaceió — Após denunciar o

Secretário do Planejamento doEstado como um dos que são"contra a cultura", o diretor doDepartamento de AssuntosCulturais de Alagoas, JoarezFerreira, demitiu-se do cargo.Alegou falta de apoio e criticouos Cortes de verba, que deixa-

ram o órgão com apenas Cr$ 1mil em caixa. Ele é o segundoassessor do Oovemo a se demi-tir. O primeiro foi o presidentedo Banco do Estado, Túlio Mar-roquim, depois de uma crisecontornada pelo GovernadorGuilherme Palmeira.

Historiador denuncia discriminaçãoPorto Alegre — Em palestra

sobre "A conspiração brasileiracontra o negro", o historiadorgaúcho Décio Freitas afirmouque "a violência urbana queassola as cidades brasileiras de-ve ser vista como uma reaçãodas grandes massas negras con-tra a exploração e a discrimina-ção de que são vitimas. Priva-das das mínimas condições desobrevivência, apelam para aviolência indiscriminada". Em-

bora admita que a violência so-ciai também é "um problemasocial, sem dúvida", o Sr DécioFreitas observou que o proble-ma "assume caráter racial namedida em que seus protago-nistas são negros. O que carac-teriza a situação atual, em rela-ção ao fato anterior de que acriminalidade no país semprefoi predominantemente negra,é que trata-se, agora, de umacriminalidade de massas".

Casa de militar é regulamentadaBrasília — As residências de

militares deverão, de agora emdiante, ser construídas em lotesisolados ou em pequenos gru-pos de lotes, "sempre que possi-vel disseminados na área urba-na residencial". Vilas residen-ciais para militares só serãoprojetadas quando náo houveroutra solução local. A diretrizfaz parte das Instruções Geraispara o Planejamento e a Exe-

cuçáo das Obras Militares,aprovada em portaria ministé-rial assinada pelo General Wal-ter Pires. Consta ainda da mes-ma resolução, orientação sobreos edifícios residenciais de mili-tares, que deverão ser peque-nos, com gabarito que não obri-gue a instalação de elevadores,só se justificando construção deedifícios mais altos em caráterexcepcional.

PM fere funcionário da RioturO funcionário da Riotur, Pau-

lo Oliveira dos Santos, 59 anos(Rua São Luiz Gonzaga, 1400,casa 100, Morro do Tuiuti), foiferido na perna esquerda, poruma bala disparada por umaguarniçâo da Policia Militar,que subiu o morro dando tirosde revólver a esmo, segundo amulher de Paulo, Odinéia San-tiago dos Santos.

Paulo foi socorrido pela Ra-diopatrulha 520131, que o levouao Hospital Souza Aguiar. Ospoliciais da Delegacia de SãoCristóvão informaram que ossoldados da PM subiram o mor-ro para prender um traficanteconhecido por Beto, preso se-mana passada e solto mediantehabeas corpus. O traficante nãofoi localizado.

Promotoria denuncia soldadoMaceió—Com a denúncia do

Promotor Publico de Quebran-guio, a 157 km de Maceió ocomando da Policia Militar deAlagoas decidiu recolher aoquartel-geral o soldado PMGeorge André, acusado por trêspresos comuns de tê-los obriga-do a comer uma mistura defezes, urina e pimenta.

O Promotor Helenildo Ribei-ro fez a denúncia por sugestãodo Juiz Eliézer Inácio, que ou-viu os três presos semana pas-

. sada. José Marcolino, Francis-co Ferreira da Silva e SeverinoCândido disseram que forampresos sábado porque "se de-

sentenderem" com o soldado.Os três estavam armados.

Esse é o segundo caso dessetipo em Alagoas. O primeiroocorreu há dois anos, quando odelegado do Município de SáoSebastião, Sargento PM JoséRené, foi acusado de fazer umpreso ingerir o "ponche de fezese urina". A acusação foi feitapelo advogado Tobias Grama,que foi perseguido pela policiae teve sua casa invadida. OSargento foi recolhido ao quar-tel-geral, punido com 30 dias deprisão e exonerado da funçãode delegado.

Mulher morre com vários tirosDois homens armados de re-

vólveres invadiram a casa dePaulo César da Conceição deSousa, 24 anos, Rua 19, lote 12,Vila São José, em Campos Eli-seos, ameaçando Paulo se elenáo dissesse onde estava escon-dida uma arma. Houve agres-são fisica e a mãe do rapazinterviu, Neida da Conceição de

Sousa, 46 anos, e foi morta, atiros.

Os assassinos, identificadospor Paulo César, sáo Zé Leite eVitinho. Paulo César, que tra- ¦balha em um bar na mesma ruaonde mora, foi atingido porquatro tiros e está internadoem estado grave no hospital deDuque de Caxias.

Traficantes matam padeiroO padeiro Jorge Alves Oli-

veira, solteiro, 27 anos, foi as-sassinado com vários tirospelos traficantes e assaltan-tes conhecidos, em São Joãode Meriti, como Coringa eCompetência, procuradospor policiais da 64a. Delega-cia Policial e pelo 21° Bata-lhão da Policia Militar.

O crime ocorreu na RuaMadalena e os assassinos fu-giram para o Morro da Caixa-dágua, que foi cercado porcontingentes da PM e da 64a.DP. O cerco durou até as 14h,quando os dois criminosos seentregaram.

Homem é achado morto no CentroUm homem moreno, trajan-

do sunga e meias pretas, foiencontrado morto na casanúmero 20, da Rua de SãoBento, Centro, usada por ma-rinheiros para guardar rou-pas e objetos. Ao lado do cor-po estava uma barra deferro

utilizada para fechar a portados fundos da casa.

Segundo a Policia, o ho-mem teria arrombado a casapara roubar. O vigia do pré-dio, Antônio Lacerda da Sil-va, não foi encontrado.

Juiz aceita denúncia contracasal uruguaio seqüestradomas quer ouvi-lo no Brasil

Porto Alegre — Ao aceitar a denúncia da Procura-doria da República, por falsificação de documentos,contra Lilian Celiberti e Universindo Diaz, seqüestra-dos em Porto Alegre, o Juiz da 31 Vara Federal, Hervan-dil Fagundes, explicou que, em tese, para garantir odireito dè defesa dos réus, terá de solicitar através doItamarati ao Oovemo uruguaio que apresente o casal, aflm de que seja interrogado por ele.

Salientou que aceitou a denúncia para evitar aprescrição. "Não examinei ainda bem a denúncia, masse o casal está preso no Uruguai, sua citação por editalou carta rogatória poderia criar constrangimento aodireito de defesa. É caso medito em termos processuaise o caminho parece ser o pedido de apresentação delesaqui para interrogatório" — disse.

-3.5.80

DENÚNCIA"Existem fortes indícios e

presunção de que o casal es-tá, realmente, preso no Uru-guai. Citação por edital nãoadiantaria, pois seria publica-da em jornais brasileiros. Ecarta rogatória, que seria amodalidade processual típicapara ouvir pessoas no exte-rior, também — como a cita-ção por edital — criaria pro-blemas por cercear seu direi-to de defesa. A própria roga-tória não teria força coercíti-va para que o casal viesseaqui depor, já que a própriacitação, também, não obriganinguém a depor, embora, ob-viamente, a conseqüência se-ja a decretação de revelia" —explicou o Juiz.

Mas o Juiz da 3' Vara Fede-ral, para quem esse processoestá criando um "inédito inci-dente processual, dadas assuas circunstâncias", tam-bém acha "injusta" a decreta-çào de revelia, pois, se estão

presos, mesmos que qulses-sem comparecer não pode-riam fazê-lo. "Assim me pare-ce que o caminho deva ser,mesmo, o pedido, via diplo-mática, ao Oovemo uruguaio— assim que se provar, nosautos, se estão presos e emque local no Uruguai — paraque apresente esse casal uru-guaio aqui em Porto alegre,mesmo sob custódia, para serinterrogado" — acrescentou.•Diante da hipótese muito

provável de ter de solicitaresse comparecimento, o JuizHervandil Fagundes entendeque, mesmo que Lilian e Uni-versindo estejam responden-do a processo no Uruguai"não seria motivo impeditivopara que viessem depor. Emmuitas comarcas, presos sãolevados a outras cidades paraserem ouvidos em outros pro-cessos, e n sse caso, isso tam-bém poderia ser feito, é claro,por via diplomática.

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Advogado de Lilianteme por testemunhas

agade-^a-femíliarSf—©-44°-Reg_nento-de-Ornar Ferri, denunciou on- ria é muito preocupante; sig-

Jair Soares assegurou que o cadastro fiscaldo contribuinte evitará fraudes contra INPS

Ministério da Previdênciafaz levantamento paradefinir seguro-desemprego

Porto Alegre — O Ministro da Previdência e AssistênciaSocial, jair Soares, disse, ontem, que o Ministério do Traba-lho começou a levantar a situação do desemprego no País—com a participação do Ministério do Interior — para, comesses dados, definir o seguro-desemprego.

O Sr Jair Soares participou da abertura da 8a Jornada daAssociação dos hospitais do Rio Grande do Sul e, em seudiscurso, afirmou que até o final do ano as diárias hospitala-res serão majoradas em cerca de 120% e que atualmente, oentendimento entre a rede hospitalar e o Ministério épossível.

MultinacionaisAntes da abertiura da 8" Jornada da Associação dos

Hospitais do Rio Grande do 8ul, ontem de manhã, oMinistro Jair Soares concedeu rápida entrevista, em quereafirmou que o Govemo ainda não definiu os métodos queserão utilizados no programa de controle da natalidade.

Sobre as multinacionais no setor de saúde, o Ministro daPrevidência e Assiténcia Social disse que na próxima sema-na haverá reunião com o Ministério da Fazenda paraestabelecer a legislação que regularmentarã a atuação des-

tem que três dós quatro uru-guaios obrigados a viajar, si-gilosamente, com militaresdaquele país, para localizarLilian Celiberti e UniversindoDiaz em Porto Alegre, antesdo seqüestro, foram agoratransferidos dos presídios deLibertad e Punta Rieles paralocal ignorado, "provável-mente para serem tortu-rados",

Por informações que rece-beu ontem, o Sr Ornar Ferrificou sabendo da transferèn-cia dos presos políticos Car-los Amado Castro Acosta eLuís Alonso do presidio deLibertad, e Marlene Schan-kel, de Punta Rieles. "A com-cidència com a recente trans-ferência de Lilian do 13° para

nifica que as coisas se agrava-ram para os presos que, dealguma forma, sabem deta-lhes do seqüestro", disse o SrOrnar Ferri.

O Sr Ornar Ferri consideracorreta a intenção, ainda nãodecidida definitivamente, doJuiz Hervandil Fagundes, da3" Vara Federal, de solicitar apresença do casal uruguaio,através do Itamarati, ao Oo-verno uruguaio, para que ve-nham depor, pessoalmente,em Porto Alegre.

"É claro que não sou fiscaldas decisões do Juiz, mas meparece que o posicionamentodele é perfeito, a fim de evitarprejuízos ao direito de defesade Lilian.

Em seu discurso, o Ministro manifestou sua confiançanas relações entre a rede hospitalar e o Ministério daPrevidência. Segundo ele, "tem

que se reconhecer que aPrevidência está se instrumentalizando para obter maisrecursos", como o Cadastro Fiscal do Contribuinte, queevitará as fraudes, que já atingem Cr$ SOO milhões no setorde benefícios.

Afirmou ainda que até o flnal do ano as diárias hospita-lares terão uma majoração total de cerca de 120% (82,5% jáconcedidos e mais de 30% em novembro) e que um projetoexperimental nos 68 hospitais de Curitiba estuda a desvin-culação das contas hospitalares dos honorários médicos, oque evitará o atraso nos pagamentos.

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EDITAL OE LICITAÇÕES n. 004/80TOMADA OE PREÇOS n? 003/80

O Chefe do Departamento de Engenharia da Em-presa Brasileira de Correiot e Telégrafos, avisa aos in-teressados qua fará realizar Tomada de Preços para for-necimento a montagem de divisórias baixas, para oCentro da Triagem Principal da Diretoria Regional deSão Paulo.

O Edital poderá ser retirado até o dia 23 da junhode 1980 ao preço de CrS 25.000,00 (vinte e cinco milcruzeiros) no seguinte endereço:

- Brasflia-DF, Setor Bancário Norte - Conjunto03 Bloco "A" - 79. andar - Divisão de Licitação •Orçamentos.

As exigências básicas para participação da Tomadade Preços são:

a) Estar cadastrado no Registro Cadastral da ECTaté 24 (vinte e quatro) horas antes da realização da Li-citação;

b) Possuir disponibilidade igual ou superior a Cr$35.000.000,00 (trinta e cinco milhSes de cruzeiros) oucapital integralizado igual ou superior a Cr$7.000.000,00 (sete milhões de cruzeiros).

A Licitação será realizada no dia 28 de junho de1980, ás 15:00 horas na Sala de Divisão de Licitaçõese Orçamentos, 79 andar do Bloco "A" - Conjunto 03Setor Bancário Norte - Brasflia-DF.

FRANCISCO FERNANDO OB. SAMPAIOChefe do Departamento de Engenharia

Eng° CREA977D-13. RegiãoMat. ECT 8.006.868-5

COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR

Tomada de Preços n° 05/80AVISO

A Comissão Permanente de Licitação—(CPU toma público que fará realizar, dia26/06/80, às 15 horas, tomada de preços para a prestação de serviços delimpeza; higienizaçào e conservação das dependências da CNEN. Edital,informações e formulários para inscrição a disposição dos interessados, na RuaGeneral Severiano. 90, Botafogo, salas 314 e 316, no período de 09/06 a19/06/1980, das 09 às 12 horas e das 14 às 17 horas.

Rio de Janeiro, 02/06/80• Wantuyl Pinto Vital

Comissão Permanente LicitaçãoPresidente

iMPASIMróWfio d» Pii.«X'«_- « «Mimnd» Socai

íf.INAMPS/INSTITUTO NACIONAL 0E ASSIIT ÉNCIA MÉDICA 0A PREVIDÊNCIA SOCIAL

SERINGA (Diversas)O PRESIDENTE DA COMISSÃO ESPECIAL DE COMPRAS

E SUPRIMENTO, leva ao conhecimento dos interessados que,até às 14 horas do dia 11 de julho de 1980, na Rua México, 128— 4o andar, na Cidade do Rio de Janeiro, serão recebidas aspropostas comerciais relativas à Concorrência n° 013/80, paraaquisição de Seringa (diversas).

2. O Edital da aludida Concorrência, contendo as condiçõesde habilitação, especificações e demais detalhes, encontra-se àdisposição dos interessados na Seção de Cadastro de Fornece-dores, Núcleo de Compras da CECS. no endereço acimaindicado, no horário de 10:30 às 17:00 horas, onde tambémserão prestados maiores esclarecimentos.

Rio de Janeiro, 02 de junho de 1980 (P

Técnicos do Radam traçaram as novasáreas a serem percorridas para localizar o

bimotor

Radam vai contratar guiaspara procurar avião entreParati e Guaratinguetá

Sete técnicos do Projeto Radam foram enviados para alocalidade de Porteira, nas proximidades do Parque Flores-tal do Cunha, entre Parati e Guaratinguetá, onde preten-dem contratar pessoas que queiram fazer busca, por terra,do avião bimotor PT-KHK, desaparecido há 22 dias comsete pessoas a bordo. As operações realizadas ontem peloSalvaero mais uma vez não deram resultados.

Até agora, o Serviço de Salvamento da Aeronáutica jágastou 63 mil litros de gasolina e seus aviões sobrevoaram 42milhas quadradas, em 230 horas de vôo. Diretores da Votec erepresentantes do Projeto Radam estiveram ontem, no finalda tarde, com os responsáveis pelas buscas do Salvaero,com os quais estudaram juntos as novas áreas a serempercorridas. O Norte de São Lourenço e o Sudeste de SãoJosé dos Campos foram as regiões checadas ontem.

O 22° diaCom vários mapas cartográficos nas mesas, o chefe de

operações do Radam, Luiz Carlos, e o chefe da Base do Rio,Helion Moreira, traçavam ontem pela manhã novas áreasque deveriam ser percorridas para localizar o pequenoavião. O Radam vai contratar vários homens, no ParqueFlorestal do Cunha, em Parati, para que ajudem nas buscaspor terra: a missão será coordenada por sete técnicos doProjeto.

O trabalho que seria realizado pelas cinco geógrafas doRadam teria a duração de 10 dias, nos quais sedam percorri-dos 9 mil quilômetros. No primeiro dia, o avião iria sobre-voar o pico da Marambaia, a serra do Mar, Parati, Ponta deCarioçu, novamente a escarpa da serra do Mar, o RioItambica, baia de Caraguatatuba, Ponta do Boi (ilha de SãoSebastião), Sopé do morro do Cedro, Santos, Represa daLigth, Represa de Guarabira, serra do Mar, Represa daCachoeira do França, rio Itapetinga, serra do Japi e Campi-nas, totalizando 930 quilômetros no primeiro dia.

O trabalho era o primeiro a se realizar no Rio. Para queuma segunda equipe seja preparada para executar o proje-to, segundo o chefe de operações do Radam, será preciso umano. "Essa equipe estava altamente preparada para tudo.Integrava a Divisão Geomorfológica (estudo da forma derelevo) e a chefe da equipe, Eliana Saldanha França, já tinhafeito 19 vôos desse tipo".

O Sr Luis Carlos disse, ainda, que o último contato daequipe foi feito a cerca de 100 km do Rio, na altura da Pontade Marambaia. "Segundo o piloto, tudo estava bastanteclaro e iria fazer a viagem no visual". Essa mensagem foitransmitida às 12h51m do dia 13, 26 minutos depois de oavião decolar do Aeroporto Santos Dumont.

O restante do trabalho do Radam seria o seguinte: nosegundo dia iria percorrer 1 mil 10 km, de Campinas atéPoços de Caldas (passando por várias regiões); no terceiro,de Poços até Ribeirão Preto (1 mil 25 km); no quarto dia, deRibeirão Preto novamente a Poços de Caldas (1 mil 5 km);quinto dia, de Poços de Caldas a Belo Horizonte (960 km); nosexto, de Belo Horizonte para Vitória, (1 mil 10 km); nosétimo, de Vitória percorreria uma área de 890 km e voltarianovamente a Vitória; no oitavo, de Vitória retomaria ao Rio(955 km). No nono dia seriam regiões do Estado do Rio, com1 mil 70 km e no décimo, novamente áreas do Rio, mas semquilometragens marcadas."Esse desaparecimento foi o primeiro a ocorrer compessoas do Projeto Radam. Nunca se demorou tanto paraencontrar um aviào que estivesse a nosso serviço. Todosestão dizendo que a chefe da equipe poderia modificar oroteiro da viagem. Caso fizesse isso, seria nas imediações",concluiu o Sr Luis Carlos.

Ex-funcionários da Funaiesperam mais demissões edenunciam irregularidades

Brasília — Indagando ao Ministro do Interior senão tem conhecimento de que o Coronel Nobre daVeiga, presidente da Funai, fez um convênio com afirma CR. Almeida S/A Engenharia e Construção decompra e venda de areia em área dos indios Guajajara,no Maranhão, por CrS 100 a carrada, enquanto o preçoreal é Cr$ 450. e que adquiriu um automóvel Fiat para arepresentação do órgão no Rio. mas que serve somentepara transportar sua filha para a escola — os.seteindigenistas que pediram demissão coletiva da Funai,distribuíram uma nota em resposta às declarações deSr Mário Andreazza de que "não existe crise na Funai, oque vem ocorrendo são manifestações de indisciplina-dos, desordeiros e agitadores".

Enquanto estes sete indigenistas aguardam a con-Armação da adesão de mais oito funcionários da Funaiaté o final desta semana e elaboram um amplo dossiêsobre irregularidades do órgão em suas áreas de atua-çào, 200 indios Xavantes chegarão hoje a Brasilia,vindos de Barra do Garça (MT) para exigir a demarca-çáo da reserva de Couto Magalhães. Ontem, o caciqueManoel, liderando um grupo de indios apurinas, taxi-nauás, maxineris e jaminavás, entregou um documentoao presidente da Funai no qual afirma que não desejanenhum funcionário do órgão no Acre. A AssociaçãoBrasileira de Antropologia (ABA) também distribuiuuma nota de protesto e o Deputado Modesto da Silveira(PMDB-RJ) fez um pronunciamento no Congresso.CORRUPÇÃO

Os indigenistas, dizendo-seindignados com as declara-ções do Ministro e informan-do pessoalmente que estãosendo seguidos por agentesda Polícia Federal, consta-tam que "na verdade o SrMinistro desconhece a real si-tuação, ou tào-somente estásendo conivente com as atitu-des antündigenistas que à no-va Funai quer Impor a todocusto". Fazem, em seguida,uma série de indagações parao Ministro, se ele desconhecemanifestações recentes de li-deranças indígenas, o des-cumprimento do Estatuto doÍndio e os rumos que a Funai-jve_n-traçaadfr-para a demar-cação das terras indígenas".

Contestam afirmações doSr Mário Andreazza de que oCoronel Nobre da Veiga tem"profundo amor pelo índio",quando "ele recebe 11 lide-ranças indígenas com apara-to policial repressivo". La-mentam a falta de espaço pa-ra ampliar as irregularidades(isto ainda será feito), mas,sempre com indagações, rela-

tam irregularidades como oconvênio com A. R. AlmeidaEngenharia e Construção, oautomóvel que conduz diária-mente a filha do presidenteda Funai de Realengo paraBotafogo e de lá para o Cos-me Velho, o assassínio dequase uma dezena de indioseste ano e as conseqüênciasque a ampliação da BR-364trará para os nambiquaras doVale do Guaporé.

— Será que nós, demlsslo-nafios, por discordarmos dis-so e muito mais, somos indis-ciplinados, desordeiros e agi-tadores? — indagam os indl-genistas no documento aoMinistro do Interior, que oapoio que vem dando de pú---b_e0-ae-atua_-p_es_dente-da-Funai, Coronel Nobre da Vei-ga, pode comprometê-lo pro-fundamente com a politicaantündigerüsta que está sen-do desenvolvida pela atualdiretoria da Funai, num totaldesrespeito ao Estatuto doíndio, como bem prova a de-claração do Coronel Ivan Za-noni quando diz que: "O Es-tatu to é livro de poesias paradevaneio dos intelectuais".

Missionários achamassassino de índio

Manaus — O Cimi Norte-Icomunicou ontem à Delega-cia Regional da Funai ter re-cebido denúncias do assassi-nato do líder apurina JoséRibeiro, 50 anos, que teriasido. espancado até a mortepor um comerciante e cincoJagunços da localidade de Ja-buru, no Município de Ta-pauá, interior do Estado doAmazonas.

Segundo o Cimi, o comer-ciante Antônio Mariano ma-tou o Índio porque este se re-cusou a vender-lhe a borra-cha colhida na última safra.O caso ocorreu em fins deabril, mas só agora missioná-rios da Prelazia de Lábreasouberam do fato e o comuni-caram ao Cimi, que pediu aFunai para investigar ocrime.

O apurina José Ribeiro tra-balhava para o comerciantee, apesar de na última safrahaver conseguido 500 quilosde borracha, soube que aindadevia Cr$ 7 mil ao patrão.Revoltado, anunciou que iriavender o produto do seu tra-balho a outro comprador,sendo então espancado até amorte, segundo a versão quechegou ao conhecimento' doCimi em Manaus.

O órgão, em nota divulgadaontem, reclamou da Funai adivulgação dos resultados dainvestigação sobre a morte,há dois meses, de cinco Tiku-nas do Alto Negro assassina-dos, de acordo com denún-cias, por um fazendeiro daregião. Ao mesmo tempo, pe-diu que seja apurado o casodo apurina José Ribeiro.

Deputado culpa afalsa economia

Brasilia — Em discurso noPlenário da Câmara, anteon-tem, o Deputado Modesto daSilveira (PMDB-RJ) disseque "um dos métodos usados,atualmente, pela Funai paraa rápida e total desintegraçãodas comunidades indígenas éa mudança da conciliação daeconomia tribal coletivistapara o sistema de economiaindividual, altamente compe-titivo e movido pela busca dolucro, para o qual jamais es-tariam preparados."

Segundo o Deputado, ostécnicos burocratas da Asses-soria de Planejamento da Fu-nai elaboraram projetos eco-nómicos para serem desen-volvidos nas áreas indígenasque são um completo desas-tre, pois estes técnicos nâotêm o menor, conhecimentosobre as comunidades indíge-nas e nem consultam ou mo-tivam estas comunidades pa-ra participarem de tais pro-jetos.FATORE8

Isto—continuou o Deputa-do Modesto da Silveira—"fazcom que vários fatores interfi-ram nos diversos desajusta-mentos dessa regra tradicio-nal de produção: a reduçãoprogressiva do antigo territó-rio tribal e seu empobreci-mento, com a exploração si-multánea pela sociedade na-cional, e a necessidade deatender, além das tarefas li-gadas à subsistência, a outrascada vez mais exigentes, des-tinadas a assegurar o provi-mento de artigos mercantisnovos para sua cultura, e aconseqüente destruição dosistema social comunitário,pelo engajamento individualde cada membro do grupo naeconomia regional, como pro-dutor de artigos, para vendaou trocas, e como assalaria-dos, ou seja, integrar a econo-mia coletiva no seio de umregime individualista."

Portanto, temos o engaja-mento compulsório dos in-dios no nosso sistema econò-mico. A politica atual da Fu-

nai, através desses projetoseconômicos, para cuja com-petição não estão prepara-dos, só lhes pode assegurarum padráo de vida aindamais miserável que o dosmais pobres seringueiros, la-vradores ou vaqueiros: isto é,condições de vida que dariamcabo de qualquer populaçãoindígena.

Há casos concretos obser-vados no Brasil, de tribos gueperderam suas terras e foramlevadas a perambular, aosmagotes, pelas fazendas par-ticiiares (atualmente se podecitar os casos dos kayoa emacuxi) como contingentesde mão-de-obra de reserva.Isto demonstra que, na'práti-ca, a chance de assimilaçãodas comunidades indígenaspela população nacional nãoocorreu. Seu despreparo paraas "tarefas da civilização" le-vou-as a tamanho desgaste, efatalmente ao extermínio.Recomenda, em seguida, acriaçáo de parques indígenasdemarcados por limites .patu-rais e critica a relegação a umsegundo plano, pela Funai,da demarcação das terras in-dígenas.,

Acrescenta o Deputadtfca-rioca que a política indigenis-ta brasileira está sendo for-mulada pelo Coronel Zanoni,inspirada em seu livro Porque os Militares?. A atual ài-reção da Funai — diz ainda oDeputado Modesto da 8¥vei-ra — demite e persegue osverdadeiros indigenistas doórgáo, representando bérhacastração simbólica nolivroacima citado, onde o autordiz o seguinte: "A castf&çâosimbólica é o processo"'peloqual os talentos mais desta-cados da organização vãosendo eliminados em provei-to da minoria que empalma oPoder. Assim, qualquer ele-mento que tenha talento ex-cepcional ou conduta domi-nante será afastado das tri-lhas de acesso ao Poder, por-que sua ascensão ameaça a.posição dos usuários em erçç_r-cicio."

JORNAL DO BRASIL D sexta-feira, 6/6/80 D Io Caderno CIDADE

PM não acata decisão judicial e garante demolição da UNEfoto d* Crlttlna Paranaguá

..7:ítm0^::!WmmWRWS^^^^ ¦%¦ SH&*! Para vencer a concorrência, a CCPL oferece leite grátis nos supermercados de Barra do Piraí

Luta por leite em Vassouraslembra novela da televisão

Os Gigantes.novela de Lauro CésarMuniz, parece ter saldo da ficção: umde seus temas, a invasão de uma gran-de multinacional do leite no mercadoocupado pelo pequeno pecuarista es-tá-se repetindo em várias cidades doSul fluminense. Vassouras, onde ascenas externas da novela foram grava-das, hoje é um dos palcos da guerra

. entre a CCPL e a Cooperativa Regio-nal de Andrade Pinto, fabricante dos

..produtos Irerê.., Xc^coírência^esleaLvistanaJüs-tória, com o gigante multinacíõnãrWelkson conquistando os consumido-

. res pelos baixos preços, corrompendopequenos proprietários rurais na ten-tativa de derrubar a estrutura leiteiralocal, da Fazenda São Lucas, é asso-ciada ao que está acontecendo de ver-dade. Um vereador governista, irrita-do com a investida da CCPL, diz que"seu jogo é mais sujo, mas eles aborta-ram a novela por aqui."

Alguma semelhança

O autor do texto de Os Gigantes,seus personagens principais — Dina

. Sfat (Paloma), Tarcísio Meira (Fernan-do) e Francisco Cuoco (Francisco) —ou qualquer dos telespectadores queviram as gravações em Vassouras ou.assistiram à novela não podiam imagi-

.. nar que, menos de seis meses depois,

...saberiam de uma história real multo.parecida.

* Responsável pelo abastecimento¦' de leite e alguns derivados nas cidadesde Vassouras, Mendes, Miguel Pereira,Pati do Alteres, Volta Redonda è Pau-lo de Frontin, a Cooperativa de Andra-de Pinto, com 400 associados, empaco-ta pouco mais de 30 mil litros diáriosdo produto que traz a marca Irerê. Suaprodução é dos tipos C — o maisbarato, a Cr$ 12, com 2% de gordura, eo Especial, a Cr$ 19.

Ao perceber que a margem de co-mercialização da Cooperativa, por li-tro de leite, passou a ser Cr$ 6 — oGoverno estipulou que o produtor de-ve receber Cr$ 13 pelo litro do produtodo tipo Especial — o Presidente daAndrade Pinto, Sr Luis Felipe Rangel,resolveu distribui-la entre os associa-dos. Ao invés dos Cr$ 13, anunciou quepagaria Cr$ 15, "para a alegria doscooperativados".

Naquela mesma região há a Coope-rativa de Paraíba do Sul, que resfna e-mandanataaCooperativaCentral dosProdutores de LêT!èTCCPE)7iro-RiOr3&-mil litros de leite diários. A maiorparte, 70%, é destinada à pasteuriza-çáo do tipo B — o leite mais gordo,integral e mais caro — Cr$ 21 para oconsumidor. Acontece que o produtorrecebe por aquele tipo somente Cr$13,50, menos do que os associados daAndrade Pinto iriam receber pelo Es-pecial.

E o Presidente da Cooperativa for-necedora da CCPL, Sr José Maria Spe-ranza Paiva, confessa ter pedido àCentral que investisse naquela área —"não importa como está sendo a co-mercialização", diz,"mas se houverpromoções acho válido", conclui. Averdade é que a CCPL, há mais deduas semanas, entrou na região sulfluminense despejando leite C a Cr$12.

A CCPL foi chegando em diversascidades — Volta Redonda, Vassouras,Rio Bonito e Barra do Piraí—em diasvariados, fazendo as mais diversifica-das promoções, consideradas "des-leais" pelas cooperativas regionais e"possivelmente ilegais" pelo Sub-secretário de Agricultura do Estado,engenheiro Gilberto Conforto.

Leve dois e pague um; Leve quatroe pague dois"; "Leite CCPL grátis nacompra de qualquer mercadoria" ou"Leite CCPL a Cr$ 6", foram algumasdas alternativas ao consumidor dos

supermercados, Esta comercializaçãoprovocou protestos do Presidente daCooperativa de Andrade Pinto e deoutras menores, prevendo possíveisameaças futuras. O leite Especial, deCrS 19, deixou de ser fabricado naárea.

Dois pólosO Presidente da Andrade Pinto,

desconsolado e bravo, falando alto,comenta que "quem sai perdendo é—esta-geracãCL-QMgada a consumir oleite magro, da pior qualidade. Masnão podemos deixar de mudar as es-fraturas". Ele se diz "uma gota deágua no Oceano" e.ameaçado pelaCCPL.

Ao mesmo tempo, mostrando cal-ma inabalável, com um texto prontopara a repórter, exigência de leitura doque está sendo escrito — "por fa-vor publique direitinho Isto tudoque estou dizendo" — o Presidente daCooperativa de Paraíba do Sul, SrJosé Maria Speranza Paiva, ou JucáPaiva, como é conhecido na região, dizque "está na hora deste pessoal criarjuízo. Ficaram provadas sua fraquezae debilidade no mercado porque temoso direito de entrar onde quisermos. Elediz desconhecer as formas de concor-rència que estão sendo utilizadas pelaCCPL.

Com um microfone acoplado a umautomóvel, a Andrade Pinto solicitoua solidariedade do público de Vassou-ras para que consuma seu produto,utilizando chamadas apelativas para oespírito regionalista. O Sr Luiz FelipeRangel, provocado, espera poder che-gar ao Rio de Janeiro com os produtosIrerê: "não era nosso objetivo, masagora, quando possível, estaremosvendendo leite na Avenida Subur-bana".

Produtor chega ao radicalismo"No meio de prostitutas nào posso

ser uma dama. Vou ser prostituta tam-bém", esbravejava o presidente da Or-ganização das Cooperativas do Estadodo Rio de Janeiro, Sr Carlos Helvídiodos Reis. Ele participava da assem-bléia realizada na Associação RuralSul Fluminense, na quarta-feira, emBarra do Piraí, em que representantesde 17 cooperativas leiteiras discutirama entrada da CCPL naquela região.

A irritação do presidente começoua partir do momento em que seuscolegas lhe chamavam "coronel" e ex-plodiu quando decidiu não agir maiscomo o "representante das cooperati-vas". Discordava das acusações deque a CCPL tem feito o dumping noSul do estado: "Agora vou vestir acamisa da CCPL porque quem faz odumping é o Governo". Ele tambémocupa o cargo de presidente da Coope-rativa de Rio Preto, que fornece leite àCentral, no Rio.

Brigas de produtores- Durante a reunião dos produtores erepresentantes das cooperativas inde-pendentes, as discussões foram aca-loradas. Houve palavrões e agressõespessoais. Além dos vários produtoresde cooperativas que empacotam leite

e o distribuem no Sul do Estado, esti-veram presentes outros, responsáveispela remessa diária do produto ãCCPL no Rio. O Subsecretário Esta-dual de Agricultura, Sr Gilberto Con-forto, assistiu a tudo, praticamentecalado. A Federação da Agricultura doEstado também levou sua solidarieda-de aos pequenos cooperativados.

O presidente da Cooperativa de An-drade Pinto, Sr Felipe Rangel, levan-tou-se, chamou um colega de TrêsRios, o produtor Marcos Barbosa, dementiroso. Eu disse que estaria haven-do aliciamento de seus produtores.Tomando as dores do amigo, outroprodutor levantou-se dizendo nãoagüentar aquele ambiente de desres-peito. A pedido do Subsecretário resol-veu ficar.

Nova investida contra a CCPLquando o Sr Felipe Rangel, aplaudido,disse achar "muito engraçado" aCCPL fazer "caridade no interior. Queleve esta bondade toda para o Rio deJaneiro, onde falta leite". Pedindo des-culpas, várias vezes, "pelo meu pensa-mento curto e raciocínio lento", umdos representantes da Federação daAgricultura, Sr Carlos de Carvalho,pedia soluções para o problema.

Veio, então, a sugestão do Sr UlrichReisky, da Federação da Agricultura,

para que estudassem "a formaçáo deuma nova Central para concorrer coma CCPL, já que estáo descontentescom ela". A CCPL conta com 15 regio-nais, restando outras 17 na área.

Tanto o Coronel como o Sr JucáPaiva, da Cooperativa de Andrade*Pinto, representantes da CCPL na As-sembléia, fizeram comentários duvi-dando da possibilidade da formaçãode nova central e os produtores reagi-ram: "Isso é o que vocês pensam." OCoronel disse, entáo, que "mandaquem pode e obedece quem tem Jul-zo". Quanto ao leite em pó, importadoe reidratado, ele disse que a CCPL outiliza por necessidade e não aceita aacusação de fazer dumping: "Quemfaz é o Governo e na suboferta somosobrigados a Importar leite em pó." Eos produtores reclamavam: "Esta con-corrência é desleal para a classe."

A proposta da discussão para aformaçáo de nova central foi vitoriosa,mas antes uma comissão vai discutir oproblema da entrada da CCPL no co-mércio das cooperativas independen-tes do interior. O Subsecretário dissenão duvidar do aparecimento de novaCentral, acrescentando que a concor-rència da CCPL parece "ilegal".

Associação de Cereais teme quea "sojoada" não seja bem aceita

' São Paulo — O lançamento da so-'Joada (mistura do feijào-preto com asoja) nos supermercados do Rio, apartir de sábado, deveria ser reavalia-do, "para evitar uma eventual resis-tência dos consumidores", alertou on-tem o presidente da Associação Brasi-leira dos Cerealistas (Abrace), Sr Antô-nio Favano Netto. Para ele, o consumi-dor carioca poderá considerá-lo uma"indução forçada."- Com outro problema, a diferençado tempo de cocção (cozimento) dosdois produtos, que é maior para a soja,o empresário sugere a "venda casa"(embalagens separadas), com receita e-í esclarecimento sobre o tempo decozimento. "Misturados, a tendência ép consumidor separá-los, utilizando ou' hão a soja", frisou.

. Para o Sr Antônio Favano, não sedeve criar uma expectativa excessiva-

mente otimista de que a soja normali-zará, de imediato, o abastecimento defeijão, principalmente do feijão-pretono Rio. "A soja deve ser divulgadacomo uma alternativa, superior, prin-cipalmente em proteínas, não apenasao feijão, mas também aos demaisalimentos, inclusive a carne", escla-receu."A campanha deveria concentrar-se naquela vantagem, não faltando aorientação sobre o seu preparo. Seprecipitarem o lançamento no Rio,poderá repetir-se o impasse ocorridocom o óleo de soja, há cerca de 10 anos.Enlataram o produto, apenas semi-refinado, e acabaram criando resis-tência nos consumidores, pelo forte

odor do óleo. Descobriram depois queera necessário o processo de tri-refinação, para evitar o problema quepor pouco náo inviabilizou o produto",acrescentou.

Mesmo diante da soja como alter-nativa, o presidente da Abrace vè boasperspectivas para o feijão, inclusive opreto. Explicou que, se as condiçõesclimáticas forem favoráveis, o estimu-lo dos preços levará o produtor a plan-tar mais, principalmente se o preçomínimo chegar a Cr$ 1 mil 250, a partirde outubro (50%) sobre o atual, CrS900). "Com uma boa safra, o feijãopoderia chegar ao varejo no final doano entre Cr$ 25 e CrS 30 o quilo",ressaltou.

Leia "Cozinha Onírica'', na página 10

Apesar da liminar concedida quarta-feira á noite pelo Juiz da 3a Vara Federal,Aarão Reis, a demolição do prédio ondeÍUnclonou a UNE, na Praia do Flamengo,continuou ontem até as 15h, com autoriza-çáo da PM O superior de dia no QG(oficial no plantão de comando da corpora-çáo), que se Identificou como Maior Jones,disse a dois Deputados federais: "A PMnáo acata a decisão judicial"Um grupo de estudantes iniciou cedouma vigília em frente ao prédio, cuja de-moliçáo poderá continuar hoje, pelo me-nos até quando um Oficial de Justiça façacumprir a decisáo do Juiz Aarão Reis.Ontem, o Juiz não foi encontrado em suacasa depois das 14h e, antes, a empregadatinha ordens de náo chamá-lo para aten-der o telefone.

Com uma patrulinha e um camburão do13° BPM na porta desde cedo, os operáriosda V. P. Lima Demolidora chegaram aoprédio da UNE às 7h para continuar ostrabalhos de demolição.

Os estudantes, coordenados pelas dire-tortas da UNE e UEE, chegaram para avigília, marcada para as 9h, às 10h30m e semanifestaram "impressionados" com acontinuidade da demolição, apesar da li-minar concedida na noite anterior peloJuiz Aarão Reis.

Enquanto as primeiras faixas eramabertas, protestando contra a demolição,dois representantes da UEE, Cláudio Ba-tista e Ênio Lucciola, foram ao QuartelGeneral da PM pedir explicações para odesrespeito da ordem judicial. Foram rece-bidos pelo oficial de dia, Tenente Camilo,que informou-lhes que sem o documentojudicial nada poderia fazer.

Às 14h, o advogado Paulo HenriqueMata Machado voltou, com os mesmosestudantes e uma cópia xerox da decisáojudicial, ao QG. O Tenente Camilo disse

3ue "com aquele documento a coisa muda

e figura" e encaminhou o advogado aosuperior de dia, a quem ele mesmo identifi-cou como Major Bismark. Depois de exa-minar a cópia, o superior garantiu ao advo-gado Mata Machado que enquanto espera-va o documento original ordenaria pelorádio a paralisação Imediata da demo-lição

A promessa do Major Bismark nâo foicumprida. As 15h o documento original dadecisão do Juiz Aarão Reis foi levado,pelos Deputados federal Marcelo Cerquei-ra (PMDB) e José Frejat (PDT) ao QG daPM. O superior de dia, até entáo denomi-nado Major Bismark, comparou a cópiacom o original, exigiu a identificação dosdeputados, disse chamar-se Jones e con-cluiu: "A PM náo acata a decisáo judicial."

Um pequeno grupo de estudantes seconcentrou a partir das 11 horas em frenteao prédio, expondo faixas de protesto edistribuindo panfletos. Duas patrulhinhase um camburão do 13° BPM guardavam oprédio jâ quase em destroços e vigiavamos estudantes ajudados por um camburãoda Secretaria de Segurança Pública. Nãohouve qualquer repressão à manifestaçãoe os estudantes puderam colocar algumasfaixas no muro do terreno vizinho.

Os estudantes pretendem manter a vi-gilia até que a decisão de suspensão dademolição do prédio seja cumprida. Se-gundo o diretor da UEE, Vitor Hugo, hoje,Suando

os operários da empresa demoli-ora chegarem para trabalhar seráo "con-

versados" para atrasar o serviço. Entre-tanto, esperam que até as 9 horas o Oficialde Justiça apareça no local fazendo cum-prlr a determinação do Juiz

Quarta-feira à noite o Juiz da 3o VaraFederal. Aarão Reis concedeu liminar sus-tando a demolição do prédio autorizadapelo Tribunal Federal de Recursos que

deu parecer favorável ao mandato de segu-rança impetrado pela Procuradoria Geraldo Estado e resolveu extinguir o processode açáo popular contra a derrubada doprédio. O Juiz, porém, aceitou nova peti-çáo de um dos autores da açáo popular,Hélder Paraná do Couto.

O Sr Hélder Paraná do Couto disse queos advogados da UNE entrarão com umrecurso extraordinário contra a extinçãodo processo. "A grande esperança para osestudantes é que o STF honre as calças3ue

veste: respeite a Lei", disse o Sr Héldero Couto.

A continuação da demolição do prédionáo foi nenhuma surpresa para os advoga-dos nem para o próprio Juiz que concedeua liminar. Em sua própria decisão, o SrAarão Reis admitia que os trabalhos conti-nuariam até que o Procurador-Geral daJustiça, Firmino Paes, ou o delegado doServiço do Patrimônio da União. Sr JoséAlfredo Nunes de Azevedo, fossem encon-trados e tomassem as providências de-vidas.

Apenas uma pessoa aparecia comocompetente para sustar a demolição: OJuiz Aarâo Reis. Os estudantes telefona-ram para sua casa. Uma voz de mulhersegura e inconvencível comunicava: "odoutor só atende depois das 14h30m.".

Os estudantes resolveram, entáo, ir àcasa do Juiz. Tempo perdido. A emprega-da informava que tinha ordens expressasde náo o acordar antes das 14h. O advoga-do Paulo Henrique Mata Machado acabouconvencendo os estudantes de desistir doJuiz. Segundo ele, é hábito de Aarâo Reisficar trabalhando até tarde da noite. Por.Sso deixa ordens expressas com sua em-pregada para nâo ser incomodado por nin-guém antes das 14h.

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Operários trabalharam até as 15h na demolição, sob a vigilância de uma patrulhinha e camburão

Barcaça, trem ou caminhão:No fim da hnha.um porto.

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Todos os caminhos levam aoporto.

Qualquer modalidade de transpor-te passa por um porto. Muitas rodo-vias federais começam em cidadesportuárias. Todas as ferrovias paulis-tas chegam ao porto de Santos. A re-de hidroviária do Rio Grande do Sulchega ao porto de Rio Grande, atra-vessando a Lagoa dos Patos.

O Ministério dos Transportes lançarvdo o seu PROGRAMA DE TRANS-PORTES ALTERNATIVOS PARA ECO-NOMIA DE COMBUSTÍVEIS vai preci-sar do apoio de todos os usuários. E oexportador é um dos principais usuá-rios das nossas ferrovias, rodovias ehidrovias; para alcançar melhorespreços no mercado internacional énecessário conhecer os melhorescaminhos para se chegar ao porto. Eos mais baratos, rápidos e confiáveis.

Reduzir custos intermediáriosé fundamental para as nossasexportações; o dono da merca-doria deve conhecer com o seuagente de navegação as linhasexistentes e montar o seu es-quema de comercialização paraque o seu produto não fique ar-mazenado no porto, pagandotaxa e perdendo dinheiro.

Porto não é depósito, nem entre-posto.

PORTO É SERVIÇO.

•MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES

EMPRESA DE PORTOS DO BRASIL SA - PORTOBRÁS

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6 — JORNAL DO BRASIL D sexta-feira, 6/6/80 D Io Caderno

Informe JBLibertad

O Governo uruguaio permitiu que de-legaçáo da Cruz Vermelha Internacionalvisitasse o presídio Libertad, onde estáoencarcerados 1 mil 200 presos polüicos,sob a condiçáo de que as entrevistas dosdelegados com os presos fossem realiza-das em caráter particular. Mo poderiamser gravadas e, além dos delegados, sóestariam presentes médicos e advogadosda Cruz Vermelha. Por outro lado, a CruzVermelha garantia que o informe flnalpermaneceria secreto; nâo seria divulga-do pelos meios de comunicação.

¦ ¦ ¦Sabe-se agora que as entrevistas fo-ram gravadas com a utilização de equi-

pamentos de espionagem eletrônica. As-sim, as informações colhidas pela CruzVermelha estão hoje nas máos dos servi-ços de informação do Uruguai. O saldodessa irregularidade jurídica e desres-peito ao compromisso assumido é o se-guinte, até o momento: quatro tentativasde suicídio entre os detentos, seqüestrode prisioneiros para aplicação de tortu-ras em locais ermos, agressões físicas,incomunicabilidade, simulação de fuzila-mentos e todo um rosário de desrespeitoaos Direitos Humanos.

A prisão Libertad, onde até há poucoestava detida a brasileira Flávia Schil-ling é hoje um centro de horrores, onde anoção de dignidade humana foi comple-tamente esquecida.

No interior de seus muros, até a inter-venção saneadora da Cruz Vermelha In-temacional pode causar mais danos doque alívio, aos prisioneiros.

Dois pontosO Oovemo fechou questão em torno

de dois pontos da chamada Emenda Mar-cíllo, que devolve prerrogativas do PoderLegislativo.

Primeiro, não aceita o dispositivo queretira da Constituição artigo pelo qualmatéria oriunda do Executivo será apro-vada por decurso de prazo.

Segundo, é contra o artigo da emendaque restaura a imunidade parlamentartal como era entendida pela Constituiçãode 1946.

"Kamikaze'

.'',.,•< v. _¦ .'.'/:"'

Entre eles, figuram dois vereadoreseleitos pela Arena do Crato, no Ceará.

"Black and White"

O Ministro da Agricultura, AmauryStâbile, experimenta hoje, em almoçopromovido pela diretoria da Bolsa deGêneros Alimentícios e Associação dosSupermercados do Rio de Janeiro, a so-joada—feijoada preparada com a mlstu-ra de feijão-preto e soja, que começa a servendida amanhã ao carioca.

Estará, permanentemente, na alça demira dos fotógrafos.

Prontos para registrar as reações daspapilas gustativas ministeriais na suaexpressão facial.

Os líderes dos kamikazes afirmam quecontam com pelo menos 40 parlamenta-res dispostos ao sacrificio.

O Governo garante que se 40 falaremnos termos do discurso do DeputadoJoão Cunha, o procedimento oficial será o Conservaçãomesmo, na base de um por um. v

O que se diz na Câmara: o deputadokamikaze é espécie em extinção.

Perdão

A anunciada visita do Papa Joáo Pau-lo n ao Brasil começa a render resul-tados.

Já está pronta minuta de decreto, con-cedendo indulto e comutação de pena agrande parte dos presidiários brasileiros.Pela primeira vez, o perdão atinge presoscondenados há mais de 10 anos de reclu-sâo que tenham cumprido, no caso dosprimários, um terço da pena; e no dosreincidentes, mais da metade do tempode condenação.

Como todo indulto, a palavra final ficaa cargo do Presidente da República, quetem até o final do mès para pensar.

Palavra e poesiaPassou quase despercebido o discurso

que o Senador José Samey, presidente doPDS, pronunciou pela passagem dos 70anos do escritor Aurélio Buarque de Hol-landa, que o Senado registrou nos seusanais. A oração de homenagem recebeuapartes do Senador Paulo Brossard, doPMDB, que citou o velho dicionário Mo-rais, afirmando que hoje "náo faria mal seao alcance dos senadores se encontrassenão o Morais, mas o Aurélio".

O Senador Samey chamou atençãopara o fato de que Aurélio não é apenasum grande dicionarista, e lembrou a ma-gia e o mistério de todas as coisas desti-nadas a definir e a criar: "criar a vida queexiste em cada uma delas. Tratadas eaquecidas com máos de poeta e jardinei-ro, domador das flores Invisíveis de vo-gais e consoantes, até o milagre final dedefinir o universo estruturado em letras:viver, lutar, escrever, sonhar, morrer, en-fim, amar esta arte da língua que Emer-son definia como fossü poetry, não nosentido de estagnada, mas na acepção deque na origem da palavra está a poesia".

Reminiscências

O Deputado Benjamin Farah, de 69anos de idade, ao apartear.no plenário oDeputado Ernani Sátiro, também de 69anos de idade, agradeceu o que chamoude "oportunidade rara", de estar diantede seu velho companheiro de Constituin-te de 1946, e também, "uma das reminis-cências deste Parlamento".

—Multo obrigado—respondeu Sátiromas ainda estou vivo.Julga Vossa Excelência — indagou

Farah desconcertado—que uma reminis-cència deve ser necessariamente algomorto?

Remlniscência — respondeu Sátirose refere ao passado.Perfeito—explicou Farah, contentepor ter encontrado a solução — VossaExcelência é uma reminiscência viva.Muito bem Agora está bom. VossaExcelência também é uma reminiscênciaviva — concluiu Sátiro.

Carga pesadaA Secretaria de Segurança Pública

de Pernambuco conseguiu desmontar oesquema da Gangue dos Carreteiros,formada menos por carreteiros e maispor comerciantes, universitários, ex-policiais, ex-políticos e até pessoas quese diziam da alta sociedade de Pernam-buco.

O bando agia nas estradas do Nor-deste, roubando a carga de caminhõesou então simulando desastres para rece-ber o seguro.

A relação completa dos envolvidosnos crimes está publicada na Revista doTransporte Rodoviário de Carga, daAssociação Nacional de Empresas deTransportes Rodoviários de Carga.

O engenheiro Ricardo Teixeira, espe-cialista em conservação de alimentos,ofereceu sua contribuição ao ProgramaNacional do Álcool.

Ele preparou projeto para estocagemde cana em silos, com atmosfera de gáscarbônico, o que permitirá a conservaçãodo vegetal durante seis meses. Entre ou-trás vantagens, a armazenagem dará con-dições às usinas moageiras para que fun-cionem normalmente durante todo o anoe não apenas na época da safra, em regi-me de trabalho dobrado.

O projeto, Já enviado ao Govemo, po-de ser aplicado praticamente a todo oreino vegetal, do pepino à soja. Mas nomomento dorme em berço esplêndido nasgavetas do terceiro escalão, enquanto oBrasil perde mais de 300 milhões de dóla-res por mês, com a deterioração de ali-mentos.

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Como várias empresas multinacionaisestão interessadas no processo, é possívelque, no futuro, o Brasil se veja obrigado apagar royalties por projeto aqui desen-volvido.

Adiar

O líder do Govemo na Câmara, Depu-tado Nelson Marchezan, está disposto arealizar consulta na bancada sobre aprorrogação dos mandatos municipaisainda neste mês. Assim, os parlamenta-res voltariam para as suas bases, no re-cesso de julho, com posições definidas.

Marchezan julga que 80% da banca doPDS estão de acordo com a prorrogação.Aos prefeitos e vereadores que lhe pedemorientação, o líder sugere que falem comseus representantes no Parlamento — oque não deixa de representar reforço àspressões pelo adiamento do pleito.

Lance-livreDo Deputado J. G. de Araújo Jorge ao

Deputado Thales Ramalho a respeito deseu discurso em defesa do Deputado Ge-túlio Dias, contra decisão do TSE: "Eunão disse nada demais". Não há dúvida: éum poeta.

O restaurante Castelo da Lagoa estácobrando Cr$ 300 por uma lata de cerve-ja Tuborg. Trata-se de item do chamadoconsumo conspícuo. Bebe Tuborg quempode pagar o preço cobrado. Mas não hádúvida de que o Rio bateu mais umrecorde: aqui se bebe a cerveja mais carado mundo.

Hoje, em Brasília, a Barraca do RioGrande do Sul promove jantar no Clubedo Exército, com a presença do Presiden-te Joáo Figueiredo. O cardápio será pre-parado por cozinheiros das linhas inter-nacionais da Varig. A adesão, por pessoa,custará Cr$ 1 mil.

PT Saudações Lula. Esta é a primeirafrase de anúncio em forma de telex, derevendedora Fiat de Porto Alegre. Dizele: "A revendedora agradece VG penho-rada VG greve do ABC q;.e náo afetouprodução Fiat PT Continuamos entre-gando toda nossa linha PT". Lembra apitoresca linguagem do Governador Vir-gilio Távora, que quando está zangado,fala em estilo telegiáfico.

Somente na noite de quarta-feira che-gou à Câmara o ofício do Ministro da

Justiça, Ibrahim Abi-Ackel, informandoao Deputado Flávio Marcilio que nãohouve violação das imunidades parla-mentares nos incidentes com deputadosdurante a greve do ABC. O Ministro Infor-ma que houve apenas dificuldade deidentificação.

Será inaugurada boje, no Othon Pala-ce Hotel, a 16* Reunião Triangular deDermatologia, reunindo médicos do Rio,Sáo Paulo e Minas Gerais. Pela primeiravez no pais, um congresso vai apresentarcasos de doentes utilizando circuito in-terno de televisão. A reuniáo é promovi-da pela Uni-Rio.

Embora esteja programada, diflcil-mente haverá quorum para a sessáo dehoje do Congresso. Brasilia mais uma vezficou vazia com o feriado de ontem segui-do de um fim de semana.

O Deputado Airton Soares (PT-SP)será o primeiro parlamentar brasileiro avisitar, oficialmente, o Irá, depois dainstalação da República Islâmica.

Com a indicação do Deputado federalFrancisco Rossi para a Secretaria de In-terior de Sáo Paulo, o Governador PauloMaluf corre o risco de perder a Maioria naAssembléia Legislativa. É uma tradiçãoem Sào Paulo o Governador escolhersecretários apenas na Assembléia e náona Câmara federal.

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Com 43 pés de comprimento, El Milagro é um veleiro da classe Oceano, de cedro, que Carlos Eduardo comprou em 1976

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Carlos Eduardo e Lúcia falaram muito da via-gem. Ela disse que até aprendeu a cozinhar

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Casal navega por três anose vai a quatro continentesDurante três anos e 48 dias, um casal de

brasileiros viajou por quatro continentesnum barco de pouco mais de 12 metros decomprimento por 3 metros de largura. On-tem, exatamente às 14h30, quando El Mila-gro ancorou no cais do Iate Clube, CarlosEduardo Figueiredo e sua mulher, LúciaValdetério de Moraes, tinham encerrado amaior aventura de suas vidas."Senti medo. A gente tem que respeitar omar", admitia Carlos Eduardo, o Pará. Avolta ao mundo do casal começou no dia 16de abril de 1977. Na época, ele tinha 24 anos,ela 23. Ontem, percorridas mais de 30 milmilhas náuticas, Lúcia abraçava os paren-tes, Carlos Eduardo comemorava o regressocom champanha e nâo sabia ao certo o quevai fazer: "Vou trabalhar, não sei em que,mas vou trabalhar".

NaufrágioDurante a viagem, que começou no Rio, e

teve a primeira escala em Natal, oito diasdepois, conheceram lugares maravilhosos.Depois, subiram em direção ao Caribe, atra-vessaram o canal do Panamá. Enfrentaramuma tempestade na Colômbia, onde quasenaufragam. Conheceram o arquipélago deGalápagos, passaram 10 dias navegando pe-lo litoral Norte da Austrália, numa região demuitos corais. Eles recomendam Bali, naIndonésia, a quem estiver a fim de conhecerum "lugar incrível".

"Bali fez a cabeça da gente. Lá é o lugar"indica Carlos Eduardo, mas contar toda aviagem é coisa para um livro:"Só escrevendoum", diz. Não tem planos, porém, para isso.

Enfrentaram tempestades, um risco denaufrágio, alguns instantes de "más vibra-ções", a comida teve de ser racionada, masvaleu a pena: "A gente saiu daqui com adisposição de fazer a viagem. Nào havianenhum objetivo determinado, só fazer aviagem".

E quase desistiram. No ano. passado, Lú-cia pegou um avião em Bali e passou quatromeses no Rio, onde assistiu ao casamento deuma das irmãs. Carlos Eduardo veio tam-bém e flcou dois meses, enquanto El Milagropermanecia fundeado em Bali, onde perma-neceu por 10 meses. "Voltar, por causa dadireção do vento, ia tomar mais tempo doque seguir adiante e terminar logo a viagem"—explicava Carlos, enquanto Lúcia dizia:"A saudade era -forte".

Risco de vidaCarlos Eduardo nào se lembra quantasvezes correu riscos durante a viagem, enfren- -

tando más condições de tempo. Lúcia pas-sou por maus momentos também: risco devida numa gravidez tubária, coisa que elafala com certo constrangimento. "Quandochegamos a Cingapura, flcou tudo bem. Omédico me tratou e pronto". Depois, aoresponder uma pergunta sobre o assuntopara a televisão, o casal respondeu sorrindo:"Você flcou grávida uma vez, não foi,Lucia?" — Perguntou a repórter.

Meio sem jeito, ela demorou a responder:"Várias vezes" — e rindo se abraçou aomarido. Carlos Eduardo conta que, na últi-ma etapa da viagem—Cidade do Cabo—Rio

quando entáo já tinham a ajuda de doistripulantes, o francês Didier Le Bas (amigodele, que mora no Rio e lhe ensinou avelejar) e o sul-africano Desmond Chaskel-son (que volta ao seu país na semana quevem), Lúcia tinha um comportamento muitopeculiar durante as tempestades: "Ela dor-mia. Naquela cama ali—aponta para dentroda cabine de El Milagro.

Outro problema na viagem foi a alimen-taçáo, sempre calculada para o dobro do

tempo gasto entre uma e outra etapa. Àsvezes, precisavam entrar na cota de reserva,isto é, os enlatados. Para quebrar a dieta,tentavam pescar alguma coisa. Tarefa ingló-ria: "Era na base de quatro por um paraapanhar um peixe, a gente perdia quatroiscas. É muito diflcil pescar com linha emoceano".

O sucesso da viagem? Os dois atribuemao comando, à tripulação, à sorte e ao barco.Construído com cedro, a partir de projetofrancês, El Milagro é um veleiro da classeOceano. 43 pés de comprimento. Foi com-prado em Buenos Aires, em meados de 76,por Carlos Eduardo. A idéia Já era fazer umalonga viagem. Ao tentar registrar o barco naCapitania dos Portos, descobriu que os ma-res daqui andavam cheios de barcos chama-dos Milagre, Milagro (nome original do ve-leiro) e afins. Acrescentou então o artigo El.

Faltava o restante da tripulação. Foi pro-vldenciado: durante um verão, em Búzios,conheceu Lúcia. Tudo sempre perto do mar."Estávamos a uns 30 metros da praia", re-lembra, com precisão, Lúcia.

O capitão

Mtuito queimado de sol, barba, o coman-dante do El Milagro se julga acima damédia. Cita, para confirmar sua opinião, ofato de muita gente, nào no Brasil, já terfeito viagens semelhantes. Reconhece queteve desprendimento. Saiu daqui, aos 24anos, para realizar um sonho. Tinha termi-nado o 2o Grau, com perspectiva de cursarOceanografia nos EstadosHJnldos. "Preferi omar", diz.

Restava, porém, viabilizar econômica-mente a viagem. Um amigo conta que elevendeu tudo — apartamento, carro, móveis— mas ainda assim era pouco. Ele nem seatreve a dizer quanto gastou, mas recordaque, sem o pai, o comerciante Eduardo Fi-gueiredo, e o restante da família seria impôs-sível fazer a viagem. "Meu pai, .ninha màe emeu irmão deram sempre _juda. Quando euprecisava, eles estavam sempre prontos aaiudar."

A mãe, D Maria da Penha, sempre apoioua idéia. Ontem, emocionada, dizia para Car-los Eduardo que o pai dele havia alugado umavião para sobrevoar o barco em Búzios. "Eunão disse que era ele", comenta Lúcia com omarido.

A pioneiraSe a aventura de Carlos Eduardo pode sercomparada à de poucos brasileiros, Lúcia é,sem dúvida, uma pioneira. Aliás, a expres-

sào é dela mesma, ao admitir que nenhumaoutra mulher brasileira se arriscou tantonuma viagem. A heroína saiu do Brasil sa-bendo, de prático, apenas fritar um ovo."Hoje eu cozinho bem. Aprendi na viagem".

A exceção dos problemas de gravidez, elaconsidera que a viagem foi tranqüila, mará-vilhosa, está pronta para outra, desde que omarido queira viajar de novo. Quanto àsogra de Carlos Eduardo, ela andou preocu-pando-se com a sorte de uma de suas 7filhas: "Eu estava apreensiva", avisa.

Nem um último susto, um vento Sudoes-te que soprou na altura de Arraial do Cabo earrebentou um dos trilhos do El Milagro,tirou o bom humor da tripulação. Muitachampanha, uísque, abraços de amigos eparentes e uma decisáo: "Bom, agora eu vouaderir à população" — informa CarlosEduardo, para concluir: "Vou trabalhar, náosei em que, mas vou trabalhar. E economizarpara fazer outra viagem. Talvez conhecer oBrasü de barco."

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JORNAL DO BRASIL D sexta-feira, 6/6/80 D 1e Caderno — 7

Cardeal critica quem tenta substituir fé por justiça social*'A missa que celebrou ontemde manhã na Igreja da Santanapara comemorar o CorpusChristi, o Cardeal Eugênio Sa-les voltou a criticar aqueles queJNtendem "substituir JesusCristo pela justiça social". Ad-mltiu, no entanto, que, "atravésda fé, podemos náo só falar des-sa justiça como vivê-la em pro-fundldade".

Dom Eugênio insistiu em dl-zer que "ninguém pode substl-tuir Deus pelo homem" e refe-riu-se ao tema "eminentementesaciai" das migrações que ser-virá de pano de fundo ao próxl-mo Congresso Eucarístico deFortaleza mas, aludindo aopstério eucarístico que recor-da ao homem sua condição deviandante e carente, destacouípibém o "lado transcenden-m. muito importante dessefcma".

ADORADORES

fí*Â missa compareceram cercade SOO pessoas notando-se—aocbntrário do costume — a pre-sença de homens em númerosensivelmente maior ao dasmulheres. Quase todos comtima fita branca ao pescoço,dando a conhecer que eramadoradores noturno (homensque, em sistema de rodízio, pas-sam todas as noites na Igreja deSantana adorando o Santíssl-ino Sacramento).

A formação religiosa desseshomens e sua compreensão daliturgia católica explicam porque na missa todos cantavam erespondiam às orações queeram feitas no altar. Adorado-res e adoradoras (também defita branca) se encarregaramdás diversas leituras da missa eda condução dos cânticos. Umadorador ainda, O Sr Walter deSouza, que é também ministroextraordinário da Eucaristia,comentou ao microfone toda acerimônia.".Em sua homilia, Dom Eugê-nío aproveitou para leirtbrarque os adoradores noturnos deSantana sáo os "continuadoresdos 5 mil homens que seguirama Jesus Cristo e aos quais Eledeu o páo" (Evangelho de on-tem). Lembrou, ainda, que na-q\iela igreja, que é tambémSantuário Nacional da Adora-ção Perpétua, "há mais de 50anos louvamos a Deus, pedi-mos perdão e agradecemos".

O PAPA

O Arcebispo do Rio de Janei-rto referiu-se também à próximavinda de João Paulo II ao Bra-sil, recomendando que "deve-mos receber o Papa como seviesse aqui o próprio JesusCristo". Já na sacristia, DomEugênio — interrogado pelosjornalistas se não receava a de-•"•redação das árvores e plantas{ip Aterro do Flamengo, quan-Stò„o povo for assistir à missam;e o Papa celebrará, dia Io deMho, à noite, no Monumentodos Mortos da Segunda OrandeÇjuçrra — disse náo excluir a

hipótese de "algum prejuízo",mas acredita que "as vanta-gens seráo muito maiores". Dis-se ainda que, junto a cada árvc-re, haverá uma ou mais pessoasdestacadas especialmente paraprotegê-la. E acrescentou:"Quando é o carnaval, tam-bém há prejuízos na vegetação,mas ai ninguém reclama. Nãoentendo por que, em se tratan-do de uma missa celebrada peloPapa que o povo quer ver, se fazentão tanta reclamação".

Junto com o Cardeal celebra-ram a missa os Padres JoáoPiasentln (pároco de Santana),Estanisíau Starowieyski e Ral-mundo Dan (também da igrejade Santana) e Josef Engel (dire-tor das produções Sonoviso,que funcionam nas dependên-cias da igreja.

A PROCISSÃO

Desde a igreja da Candeláriaaté a catedral, cerca de 12 milpessoas se incorporaram ontemà tarde na Procissão de CorpusChristi. No final, o Cardeal Eu-gênio Sales deu a bênção com oSantíssimo e lembrou a próxi-ma vinda do Papa João PauloII ao Brasil, pedindo aos fiéispara que o recebam "como sefosse o próprio Jesus Cristo".

O Governador Chagas Frei-tas, o Prefeito Júlio Coutinho eo Comandante do I Exército,General Gentil Marcondes Fi-lho, também se incorporaramno cortejo que durou uma hora,caminhando a pé atrás do car-ro-andor onde seguia Dom Eu-gênio, de joelhos, com o mesmoostensório usado todos os anosno Corpus Christi e que foi es-treado no Congresso Eucarísti-co Internacional realizado noRio há 25 anos.

A exemplo dos outros anos,acompanharam a processãofiéis de toda a Arquidiocese:crianças, umas com a faixaamarela da Cruzada Eucarísti-ca, outras com os uniformesbranco e azul da escola, ho-mens e mulheres da velha LigaCatólica, do Apostolado daOração, das Congregações Ma-rianas, da Legião de Maria eoutras associações e irmanda-des religiosas, com seus estan-dartes de todas as cores. Aolado e atrás do carro que con-dúzia o ostensório de ouro (no-ve quilos) com a hóstia consa-grada, se comprimiu sempre amassa anônima de crentes.

Para que haja participaçãode todos, já não são precisos osrádios de pilha que até há pou-cos anos os fiéis carregavamconsigo. Agora, ao longo de to-do o percurso sucedem-se altos-falantes e rodam algumasKombi com moderno sistemade som, de tal forma que os fiéisnão tém dificuldade de ouvir asleituras e reflexões que são fei-tas, e, mal é levantado um cân-tico, logo é acompanhado portodos os participantes, estejamjá na frente da Catedral ou ve-,nham ainda ao pé do TeatroMunicipal.

Me d* Aguimldo Romot Sal e sol alegram Cabo Frio

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l^Da Candelária à catedral, D Eugênio Salespermaneceu uma hora ajoelhado no carro-andor

Feriado em Niteróisó valeu pela metade

Fazendo desenhos na rua com 80 toneladasde sal grosso e 60 de calcário, mais de milpessoas, entre moradores e turistas, comemora-ram, ontem. O Corpus Christi em Cabo Frio.Com a ajuda do tempo ensolarado, desde as 5hjá havia gente trabalhando no tapete coloridode imagens sacras feitas em sal que serviu paraa passagem da procissão, ás 15h, depois dabênção do Santíssimo pelo Arbebispo de Nite-rói, D. José Gonçalves.

Com mais de um quilômetro de extensão, otapete, este ano, foi confeccionado em 140 re-tângulos de oito metros de comprimento portrês de largura. Nele trabalharam famílias dalocalidade, turistas, escolares e funcionários dediversas entidades, e os desenhos foram feitossobre os, temas porpostos pela Matriz de NossaSenhora D'Assunção: a visita do Papa, migra-ção e ecologia.

Na Avenida Assunção, principal rua de CaboFrio, ontem de manhã, um amontoado de gentese divertia trabalhando nas montanhas de salgrosso misturado a tinta das mais variadastonalidades. Desde ãs 5h os que se Inscreveramna Igreja para participar da confecção do tape-te de sal, começaram a riscar os desenhos no*asfalto e a misturar as tintas ao sal natural.

Quando nâo chove, como aconteceu no ano,passado, a Secretaria de Turismo de Cabo Frioe a Igreja promovem a festa de Corpus Christicom a confecção do tapete, seguindo a tradiçãoportuguesa iniciada em 1246. Em Cabo Frio, afesta se realiza desde 1966. O sal é dado pelassalinas locais e o calcáreo fornecido pela Com-panhia de Alcalis. A tinta fica por conta dosparticipantes da festa.

Antigamente, as ruas eram enfeitadas comfolhas e flores, por causa da falta de calçamen-to. Depois, a população começou a usar pó deserra e de café, areia e chapinhas. Como ventamuito em Cabo Frio e" a areia se espalhava,alguém teve a idéia de usar o sal, produto local,muito mais brilhante do que a areia.

A festa de Corpus Christi para Cabo Frio, dizo Prefeito José Bonifácio Novelino, "é maisuma atração turística nessa época do ano quetraz movimento para uma cidade que vivepraticamente do verão." Segundo ele, além doferiado, os turistas procuram Cabo Frio nestadata por causa da tradição que os tapetescoloridos estabeleceram ao longo dos anos.

Ontem pela manha, alguns ônibus do turis-mo de Brasília e Minas Gerais já estavamestacionados nas ruas de Cabo Frio e o prefeitoestimava que a população, para o fim de sema-na, seria duplicada. Alguns turistas, segundomoradores que trabalhavam ontem no tapetechegaram com um dia de antecedência paraamanhecer participando da festa na rua, ouseja, trabalhando com o sal.

Quem foi somente para assistir, encontrouem Cabo Frio uma verdadeira festa de cores. Osal puro é colocado na véspera em toda aextensão da Avenida Assunção. No asfalto,também de véspera, funcionários da Secretariade Turismo e da Igreja já haviam riscado afaixa dividida em 140 retángulos de oito metrosde comprimento por três de largura, ao longode mais de um quilômetro.

Três temas foram sugeridos pela Igreja: avisita do Papa, as migrações e ecologia. Flores efolhas foram os motivos mais utilizados, que,misturando-se a imagens sacras, apelavam pa-ra a defesa do patrimônio natural da região eum SOS às Dunas foi dado através do temaescolhido pelo Território Livre das Artes, asso-ciaçáo de artistas de Cabo Frio.

Depois dos tapetes prontos, às 15h, o Arce-'bispo de Niterói, D José Gonçalves deu a bèn-ção do Santíssimo em frente à Matriz de N.Senhora d'Assunção, dando inicio à procissão,que passou sobre os tapetes até o flnal daavenida, onde foi rezada missa campal. Depoisda missa, o que restou do tapete, já tododesmanchado, é recolhido pelos caminhões daPrefeitura e a avenida, sem o brilho e sem ocolorido, volta a ser aberta ao tráfego.

Única cidade do Estado do'Rio onde ontem não foi feriado,apesar de a data de CorpusChristi ser mundialmente guar-dada como dia santificado, emNiterói pelo menos metade dapopulação ativa trabalhou on-tem. A outra parte, empregadano Rio, aproveitou a folga parafazer compras ou pagar contasnos bancos.

De acordo com a lei, cadamunicípio tem direito a quatroferiados por ano, além dos feria-dos nacionais. Assim, desde1953, através da deliberaçãonúmero 1903 da Câmara Muni-cipal, Niterói elegeu como feria-dos municipais os seguintesdias: 24 de junho, dia de São'Joáo, padroeiro da cidade; Sex-ta-Feira Santa; 2 de novembro,dia de Finados e 22 de novem-bro, data da fundação da Ci-dade.

COMÉRCIO ABERTO

Todo o comércio funcionouem Niterói e os camelôs apro-veitaram a ausência dos fiscaisda Prefeitura, estes gozando odireito do ponto facultativo de-cretado na véspera pelo Prefei-to Moreira Franco.

Na cidade, o movimento foireduzido somente na estaçãodas barcas — por onde diária-mente embarcam cerca de 80

mil niteroienses a caminho deseus empregos no Rio — e namaioria dos bancos. Destes, osúnicos que não abriram foram oUnibanco, Bandeirantes, LarBrasileiro e Francês Brasileiro.

A procissão de Corpus Christisó será realizada em Niterói nopróximo domingo porque on-tem não foi feriado na cidade.Segundo a Arquidiocese Metro-politana, a procissão terá maisdois atributos extraordinários:preparar os fiéis para a visita doPapa ao Brasil e iniciar os pre-parativos para o 10° CongressoEucarístico Nacional, que serárealizado em Fortaleza, emjulho.

Ontem D José Gonçalves daCosta, Arcebispo de Niterói, ce-lebrou missa do Corpo de Deu-s,às 10h30m, na catedral de SãoJoão Batista. Acompanhando oferiado do Rio, as escolas esta-duais e a Universidade FederalFluminense não funcionaram.E, devido ao ponto facultativo,as escolas municipais não tive-ram aula antem.

Os postos de gasolina funcio-naram no horário normal e foigrande o movimento de carrosem direção à Região dos Lagose interior do Estado trafegandopela ponte Rio-Niterói e con-gestionando pela manhã a Ala-meda São Boaventura, prinei-pai via de acesso à RJ-104.

Núncio reza a missa campal no DFBrasília — Caracterizado como uma peque-na prévia do que será a missa campal a ser

rezada pelo Papa João Paulo II no próximo dia30, em Brasília, o Corpus Christi foi celebradoontem com missa em frente à Catedral, nopalanque central da Esplanada dos Ministérios.A missa foi rezada pelo Núncio Apostólico,Dom Carmine Rocco, e pelo Arcebispo de Bra-silia, Dom José Newton. Quinze mil pessoascompareceram.

Entre o reduzido número de autoridades,além de alguns oficiais da reserva, o Governofoi representado pelo Ministro das Minas eEríergia, César Cais, que se retirou logo após ahomilia. Pela Oposição, estavam o SenadorTancredo Neves (PP-MG) e o Deputado CarlosSantos (PMDB-RS). No palanque, acompanha-ram a missa representantes da ConferênciaNacional dos Bispos do Brasil e de 51 paróquiasde Brasilia, com 120 padres.

Papa na preceSalvador — "Peço a todos para rezar pelavisita do Papa João Paulo n ao Brasil, a flm de

que essa visita seja um dom de Deus à igreja denossa terra e ao nosso povo e para que ela tenhafrutos, com repercussões sociais, para o bem denossa comunidade".

Foi este o pedido feito ontem, aos fiéis quesuperlotavam a Catedral Basílica, pelo Arcebis-po de Salvador e Primaz do Brasil, CardealAvelar Brandão, ao presidir a concelebraçáo da

missa de Corpus Chnsti. Após a missa, loirealizada a tradicional Procissão do Corpo deCristo — a mais antiga solenidade cívico-religiosa da cidade — que percorreu as prinei-pais ruas da parte antiga de Salvador.

Explicou Dom Avelar aos fiéis que ontem se -comemorava o dia do "Santíssimo Corpo eSangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, quandoa Igreja nos convoca para uma demonstraçãopública de amor e de louvor ao santíssimosacramento do altar, através de uma procissãoexpressiva e piedosa dos verdadeiros sentimen-tos cristãos".

MigrantesBelo Horizonte — O Arcebispo Metropoüta-

no Dom João Resende Costa pediu ontem, emhomília durante a celebração de Corpus Chris-ti, que os que detêm o poder de decisão procu-rem tornar a vida dos migrantes menos penosae menos dura. A missa reuniu cerca de 3 milpessoas em tomo da igreja da Boa Viagem e foiseguida de procissão.

Disse Dom Joáo Resende Costa, referindo-seao Congresso Eucarístico de Fortaleza, que temcomo tema as migrações, que não se pode jogarmais desesperanças e desespero na vida dosmigrantes. Lembrou que Cristo foi o primeirodeles: "Jesus foi o primeiro peregrino e migran-te e também todos nós o somos em nossapassagem pela Terra".

Procissão no Sulreclama da fomePorto Alegre — "Eucaristia,

vida digna", "Cristo, unir paraque todos tenham vida e vidafarta", "Comida, somos povodos pobres, povo de Deus" —foram alguns das dezenas decartazes conduzidos, pela pri-meira vez, por Béis, na procls-sáo de ontem de Corpus Christide Caxias do Sul, que reuniumas de 10 mil pessoas pelasruas centrais da cidade. Todosos cartazes se manifestavamcontra a carestla, a fome e apobreza.

Em Porto Alegre, cerca de 20mil pessoas ocuparam a Praçada Matriz ao flnal da procissãode Corpus Christi e a missasolene foi assistida por mais deduas mil pessoas que lotaram aCatedral Metropolitana. A ceri-mônia foi assistida pelo chefeda Casa Civil do Governador,promotor Augusto Borges Ber-thler, que representou o SrAmaral de Souza. Ao contráriodo que era esperado, o CardealVicente Scherer náo fez ne-nhum pronunciamento.

Cardeal Arns orapor pão e justiçaSào Paulo — "Dai-nos o pão,

Senhor, fazendo com que os pa-trôes paguem salários Justos,com que as leis sejam justaspara os trabalhadores e os po-~bres. com que todos lutem pormais justiça, mais compreen-são, mais solidariedade" — pe-diu, ontem, o Cardeal D PauloEvaristo Arns, durante a homl-lia da missa de Corpus Christi,que reuniu cerca de 50 mil pes-soas na Praça da Sé.

Enquanto as procissões dasnove regiões da Arquidiocesechegavam à praça, acompanha-das dos bispos auxiliares, DPaulo falou do migrante, ressal-tou que "Cristo foi o grandemigrante na Terra" e assegurouque "o Papa, também, será pe-regrino no Brasil". Lembrou,ainda, a manifestação realizadana praça, pela manhã, em defe-sa do meio-ambiente. e citou aspalavras de Joáo Paulo II: "Náofaçam loucuras, náo destruama sociedade."

Tendo como tema da celebra-ção A Eucaristia e o Migrante,D Paulo afirmou que "Jesusconfia em nossas consciênciaspara que lutemos pelo bem,mesmo quando estamos sós,quando é difícil e náo nos com-preendem", acrescentando que"náo podemos esquecer que hã,nesta cidade, quase 3 milhõesde pessoas que comem mal, náotém forças para viver, náo temsaúde. Dai-nos, Jesus, o páo docorpo e da alma".

Umas das últimas procissõesa entrar na praça foi a da regiãode São Miguel, trazendo a faixa"Ninguém cala a voz da Justi-ça", frase do Arcebispo de SanSalvador, D Oscar Romero, quemorreu assassinado. D Paulolembrou que D Oscar Romeromorreu pelas causas que defeh-dia e pediu "palmas pelo mártirda justiça".

frio cai para 6,6° negativos no Sul e faz terceira vítima-Porto Alegre—Com a mor-tè do mendigo Joselino Trin-dãde, de 60 anos, em SantaMaria, eleva-se para três onúmero de mortos pelo friono Rio Grande do Sul. Prati-camente todo o Estado foiatingido de madrugada pelageada, com exceção dos mu-rlicípios de Torres e RioGrande. Em Cambará do Sul,a 183 quilômetros da Capital,9.temperatura chegou a 6,6°abaixo de zero, a minima noEstado.

O inverno aumentou o indi-ce de internações por doen-ças broncc-pulmonares e asentidades asslstenciais do in-terior se mobilizam em tornode campanhas do agasalhopara atender a população ne-cèssitada. O 8o Distrito deMeteorologia prevê que asbaixas temperaturas perma-nécerâo apenas até a madru-gada de hoje, com o desloca-mento do anti-ciclone polarem direção ao centro do pais,onde se dissipará.EM ALEGRETE

A cidade de Alegrete (a 487quilômetros da Capital) regis-

trou ontem 1,2° negativos;Lageado (117 quilômetros daCapital) teve 0,2° negativos eVacaria (241 quilômetros daCapital) 0,8° negativos. '

A Capital teve sua tempe-ratura mais baixa do ano,com o termômetro registrando 2,3° às 6h. Com o frio aumentaram os casos de infecções respiratórias. No Hospital da Criança Conceição, das54 crianças internadas, 27apresentavam infecçóesbroncc-pulmonares e no Hos-pitai da PUC, 60% dos atendi-mentos do setor de pediatriaforam de doenças causadaspelo frio.

A formação de geadas, estáprejudicando a produção dehortifrutigrarrjeiros e os agri-cultores temem a perda total.As pastagens também foramafetadas, com reflexos na ali-mentação do gado. Mas o re-banho gaúcho atingido pelafebre aftosa foi beneficiadopela geada, pois a doença es-tá regredindo, uma vez que ocalor contribui para o seualastramento.

Porto Alegra/Foto do Rubens Borges lagelados invadem pela quarta Governadorvez cidade do R. G. do Norte

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,an No Paraná meteorologiaacha que pior será julho

_ Curitiba — A temperaturasubiu um pouco no Paraná, jánão se registrando Índices ne-gativos, como ocorreu quar-ta-feira em Palmas, Sul doEstado, quando os Termôme-tros marcaram 5 graus abai-xp de zero. Ontem as mini-mas foram registradas emIvaí, centro do Paraná com3,6T"graus, e em Curitiba, queamanheceu com 3,7 graus. Aameaça de geada permanece,irias fraca. O pior, disseramalguns meteorologistas, viráem julho.

O café ainda não foi atingi-do, mas o Instituto Agronô-

mico do Paraná recomendaaos cafeicultores que prote-jam o tronco dos pés novos ouque cubram as mudas comterra. Os produtores de feijão,no entanto, nada mais podemfazer. A Secretaria de Agri-cultura informou que a geadade anteontem liquidou o res-tante da safra de 40 mil tone-ladas prevista nas regiões su-doeste e Sul, já prejudicadaspelo frio no mês passado. Co-mo as pastagens também fo-ram atingidas, a Secretariaprevê considerávl quebra dofornecimento de leite, pela di-minuiçâo do peso dos reba-nhos.

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Coronel João Pessoa, RN — Dois mil flagela-dos invadiram e ameaçaram saquear os cofresda Prefeitura, na que seria a quarta invasão emmenos de uma semana. A cidade* a 530 quilo- fmetros de Natal, na microrregiáo do Alto-Oeste, tem 6 mil habitantes.

O Prefeito Antônio Emldio de Souza estádesde ontem em Natal, onde foi pedir alimentose reforço policial, avisando que só voltará aCoronel Joáo Pessoa amanhã. Na última inva-sào, quarta-feira, não houve saques. Os 400homens chegaram dos distritos de Caldeirão,São José, Traquinas, Poços de Varas, exigindo,da Prefeitura alistamento imediato em frentesde trabalho.

Fiado no armazém

O município, que produz principalmente ca-na, arroz, algodão e feijão, náo foi incluído entreos críticos do plano de emergência, mas já tem4 mil flagelados, dois terços da sua população, eperdeu 90% da safra. Além disso, fica na regiáode maiores conflitos sociais do Rio Grande doNorte.

Para evitar a violência, a Prefeitura distribuigêneros alimentícios a cada invasão. Como não

tem mais dinheiro, compra fiado nas mercea-rias e armazéns de São Miguel, a 10 quilômetrosdali. Segundo o tesoureiro da Prefeitura, o povopassa fome, mas a desordem em Coronel JoãoPessoa está sendo "provocada por cinco ou seisagitadores que ainda têm restos de cereais emcasa".

Para hoje, espera-se reforço policial de pelomenos mais quatro soldados, e o delegadoClaudionor Sales avisou: "Quem tiver o quecomer e participar da invasão, vai ser enqua-drado na lei".

Camaleão com farinhaA invasão anterior, no Rio Grande do Norte,

deu-se terça-feira, em Ipanguaçu, a 200 quilo-metros da Capital: 500 famílias invadiram aPrefeitura e receberam pequenas porções decomida. No mês passado houve mais de 10invasões na regiáo Oeste, uma das mais tensasdo Estado.

Ontem, em Florânia, também a 200 quilôme-tros da Capital, centenas de crianças saíram àrua para pedir alimentos para suas famílias. Asituaçáo é de tanta penúria nesta cidade que,segundo informou o Prefeito Sinval Alurentino,uma familia comeu um camaleão com farinha.

Especulação encarece o milho

As lh da manhã geada se misturou à cerração naAvenida Ipiranga, perto do Centro da Cidade

São Joaquim esperaneve no fim do mês

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*--*• DOMINGO- fcsWJORNAL DO BRASIL-0

Florianópolis — Com umatemperatura de 5,2 graus nega-tivos, na madrugada de ontem,a cidade de São Joaquim, noPlanalto Serrano, a uma altitu-de de 1 mil 300 metros acima donivel do mar (o ponto mais altode Santa Catarina) se preparapara a neve que deverá cairantes do fim do mès.

Para os fruticultores, o frio épropício, sendo estimada, nesteinverno, uma safra superior a 3mil toneladas de maçã só naregião de Sâo Joaquim.

GELO DE 5 CM

Para os pecuaristas, porem, asituação começa a preocupar.

O gelo formou uma camada decinco centímetros em váriospontos do Planalto, principal-mente nas localidades de Cam-po Grande, São Bento do Sul eRio Negrinhos.

Os 50 mil hectares de pasta-gens artificiais cultivadas noEstado atenderão apenas partedos pecuaristas que tiveremsuas pastagens naturais quei-madas pela geada. Os termo-metros marcaram abaixo de ze-ro em vários pontos do Estado,mas a massa fria, vinda do Sul,que atingiu o Estado segunda-feira, estava indo embora on-tem. quando o Sol começou aderreter o gelo. Para este fim desemana é esperada nova ondade frio.

Recife — A mão de milho (lote de 50 espigas)atingiu na Ceasa de Recife CrS 200, motivandoespeculação dos comerciantes que acreditamque atinja CrS 300 dias 23 e 24, quando serealizam as festas de São João.

Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará atéontem nâo haviam enviado nenhum carrega-mento de milho, devido à seca deste ano. Ape-nas algumas cidades pernambucanas, não atin-gidas ainda pela estiagem, estão remetendopara a Capital sua produção de milho verde,sempre a preço alto.

Em maio, segundo dados da Ceasa-PE, ape-nas 667 toneladas foram comercializadas nocentro distribuidor, o que significa menos dametade comercializada ano passado, em igualperíodo, quando o Nordeste também se ressen-tiu de seca.

Segundo os comerciantes da Ceasa-PE,além da seca está havendo por parte de produ-tores de Estado uma ação para esconder oproduto e com isso obter melhores preços,enquanto outros plantadores preferem deixar omilho se desenvolver um pouco mais, na plan-tação, enquanto os preços sobem. Ano passadoo preço do milho chegou a CrS 150 para 50espigas da melhor qualidade.

O Deputado Antônio Airton Benjamim (ex-Arena, ainda sem Partido) disse que os agricul-tores da cidade de Custória, a 340 quilômetrosda Capital, estão sendo vítimas de clientelismopolítico por parte do Banco do Brasil, que sólibera financiamento com aprovação do Prefei-to Luiz Epaminondas. "Encaminheiacusação ao presidente do BB. Oswaldo Colin,mas nâo houve providencia"."Se a moda pegar, a imagem do Bancosofrerá grande desgaste e sua verdadeira flnali-

dade será desvirtuada", disse o Deputado, queagora encaminhará a denúncia ao presidentedo Banco Central, Carlos Langoni.

Explicou o Deputado Benjamim: "O gerenteda agência do Banco em Custória, WalterSantana, sai nos fins de semana em companhiado Prefeito, com propostas em branco debaixo

«do braço. Nestas excursões ambos desenvol-vem seu clientelismo político". O Deputadoacha que o vicio pode estender-se a todo o pais.

Bahia está naante-sala da seca

Salvador — Ao procurar a Secretaria Esta-dual de Trabalho para pedir ajuda, o Prefeitode Jeremoabo (356 quilômetros da Capital),Carvalho Sá, afirmou: "A regiáo está na ante-sala de uma seca igual à do ano passado, poishá mais de três meses não chove e daqui a ummês as pastagens estarão mortas."

Jeremoabo é o segundo municipio baiano arecorrer, esta semana, à Secretaria de Trabalhopor causa da estiagem prolongada. Segundo oSecretário, Bernardo Spector, se náo chover atéo dia 20, quase 80 municípios baianos incluídosno Polígono das Secas entrarão de uma só vezem estado de calamidade.

O Prefeito de Jeremoabo afirma que os re-servatórios de água da região começaram asecar e veio a Salvador pedir autorização àSecretaria de Trabalho para transportar, sobreum erro, um tanque da Sudene existente nomunicípio, a flm de levar água para a cidade emunicípios vizinhos atingidos pela estiagem

se cansade pedir

Maceió — O Governador deAlagoas, Guilherme Palmeira,disse que entregará à Sudeneos projetos de solução da seca-no Estado e aguardará respos-ta: "Náo quero viver de pires namão." Destacou a situação pri-vilegiada de Alagoas no contex-to do Polígono das Secas e dis-se que só com os projetos quemandou elaborar se resolverá oproblema.

Quer concluir a Adutora doSertão, com 186 quilômetros deextensão, e ampliar a do Agres-te e da Bacia Leiteira para fe-char o anel de atendimento ásduas regiões que sofrem o pro-blema da seca, através da cap-taçáo de água do rio São Fran-cisco. Depois, realizar os proje-tos elaborados pelo Instituto dePesquisa Tecnológica, de SãoPaulo, para perenizaçáo dos rioCapiá e Traipu.

FÁCIL E RÁPIDA"Ao mesmo tempo, estare-

mos abrindo açudes e poçosartesianos, porque as adutoraslevam água para o consumohumano; a perenizaçáo perml-tira a irrigação; e a açudagem,água para o gado."

No caso da Adutora do Ser-táo, com obras já iniciadas, ne-cessita de Cr$ 600 milhões, masapesar de já ter Cr$ 146 milhõesaprovados pela Sudene, aindanáo sabe quando vai receber."A situação de Alagoas ainda éa melhor do Nordeste, porque onosso problema é de soluçãofácil e rápida. Só nos faltamrecursos."

PARALISIA INFANTIL

A seca é também o principalobstáculo à campanha de vaci-nação contra a paralisia infan-til, que será realizada dia 14,pretendendo Imunizar 375 milcrianças. A advertência é doSecretário de Saúde do Estado,José Bemardes Netto, ao Go-vemador Guilherme Palmeira.

Segundo o secretário, toda aregiáo está desorganizada porcausa da seca, e os conglomera-dos humanos se dispersam pa-ra os centros urbanos e as gran-des capitais, num êxodo so-mente comparado ao de 1970.Além disso, a população queresiste à seca está subnutrida:"A fome, agora, é a maior doen- 'ça na região."

8 -INTERNACIONAL mJOftNAl OO BRASIL ? sexte-félro, 6/6/80 ? Io Caderno

Morre Amendola, arquitetoda abertura do PC italianoRoma—Giorgio Amendola, um dos comu-

nistas mais originais e incômodos da Itália eda Europa, morreu ontem numa clinica romã-na, às ehlSm, vítima de um edema pulmonarque pôs flm a um longo período de doenças esofrimentos físicos vivido por esse outro"grande velho" da história republicana de seupais. Braço direito de Palmiro Togliatti, em1954, para empreender a liberalização e aabertura do PCI à sociedade Italiana, desde1948 era regularmente eleito deputado porNápoles, cidade difícil por suas tradições mo-narqulstas.

Aos 73 anos de idade, sem poder cumprir oseu projeto de votar nas eleições de domingo— que pressentiu seria o último da sua vida—encerrou-se a trajetória do "homem de esco-lhas difíceis", como o próprio Amendola sinte-tlzou, que viveu Intensa e rigosoramenté suapaixão política. A herança lhe foi transmitidapor seu pai, o liberal-democrata GiovanniAmendola, parlamentar e ex-Mlnlstro de Es-tado nos últimos anos da Itália pn. fascista,morto no exflio em Nice, França, em conse-qüêncla de um brutal espancamento ordena-do por Mussolini e executado por um bandode terroristas fascistas.

Posições

Homem político de posições nítidas e polê-micas, nos 51 anos de mültâncla ininterrupta,quase religiosa, no Partido Comunista Itália-no, Giorgio Amendola marcou sua presençana vida pública por um comportamento real-mente antlconformista. Logo após entrar pa-ra o Partido, em 1948, passou a integrar oComitê Político; representando o que os ob-ter. adores chamam de ala moderna, favorá-vel à participação — o mais rapidamentepossível—dos comunistas no Govemojunta-mente com ob democrata-cristáos. Era firmeopositor da chamada ala esquerdista, quemanifesta reticências em nome da vocaçãorevolucionária do Partido. Num recente arti-go, criticou acertoamente o "corporativismo"dos setores sindicalistas ligados ao PCI e suasintransigentes reivindicações.

"Nunca me impressionei com a etiquetaque muitos me atribuíram: a de especialistaem retirar e expor os esqueletos que se escon-dlam dentro dos armários"—disse em entre-vista que concedeu ao JORNAL DO BRASIL,publicada no Caderno Especial de 23 de julhode 1978.

Imagem irreverente que realmente corres-ponde à sua participação e à sua obra. Princi-palmente dentro de seu Partido, onde sempredefendeu o direito de divergir antes de aceitare cumprir sem hesitação as decisões amadu-recidas pelo mais aberto debate dialético.

Protagonista autêntico e excepcional dosúltimos 40 anos da história de seu país, pri-meiro como filho que mais de perto assistiu àslutas e ao drama do pai, depois como comba-tente ativo e eficiente contra o fascismo, umdos poucos grandes comandantes das bata-lhas políticas e militares da resistência,Amendola teve na hora da morte o maiorreconhecimento que poderia desejar.

Aquele reconhecimento que ontem fizeram06 dois maiores dirigentes da DemocraciaCristã, força política contra qual Amendolaconduziu todas as principais batalhas a partirde 1948. Um dos primeiros a visitai- o corpoexposto na clínica de Villa Gina, o secretário

Araújo NettoCOfflM pOfKMfYNI

da Democracia Cristã disse que "Amendolafoi um grande homem de cultura e fiel ao seuPartido, mas que soube olhar o que aconteciafora dele. Um que soube conviver e dialogarcom todos, com análises corajosas e implacá-veis, Inspiradas em todos os casos por umnotável senso de responsabilidade".

Julgamento que foi ainda mais enfatizadopelas palavras de Arnaldo Forlani, presidenteda Democracia Crista, que assim comentou aperda de Amendola: "Sai da cena politica umdos homens mais fascinantes deste nossomundo. Era um adversário duro e lntransi-gente, que tinha, porém, uma carga humana euma liberdade de reflexão e Julgamento, pelasquais se impunha ao respeito de adversários eamigos".

Cultura Requintada

Escritor de cultura requintada, com umdos textos mais brilhantes e agradáveis damoderna literatura italiana, Giorgio Amendo-Ia náo teve tempo de concluir o segundovolume da História do Partido Comunistaque estava escrevendo. Obra que prometiaser a mais simples e polêmica das muitas quejá escreveram na Itália intelectuais e historia-dores comunistas sobre o seu Partido.

Recentemente, há menos de uma semana,porém, a Editora Rizzoli havia entregue àslivrarias de todo o país o terceiro volume deautobiografia — Un Isola, Uma Ilha — que foitambém o décimo segundo livro escrito porGiorgio Amendola. Com todas as condiçõesde repetir os sucessos alcançados por Cartasa Milão e Uma Escolha de Vida, que com-põem a trilogia de um romance autobiográ-fico.

Ê dificil selecionar e indicar os grandesmomentos da carreira politica de AmendolaDe qualquer forma, não é possível esquecer opapel que teve na articulação da grande fren-te ampla das forças antifascistas, quando, noexílio de Paris, em 1932, conseguiu congregar,através de um pacto comum, social-democratas, socialistas e o Partido de Açáo,ao lado dos comunistas.

Da mesma forma que náo se pode esquecersua determinante atuação como um dos che-fes do Comitê de Libertação Nacional, emRoma, nos anos 43 e 44, quando assumiu agrande responsabilidade pela operação mili-tar contra uma companhia das SS, que eus-tou a vida, no atentado de Via Rasella, de 35soldados alemães. Muito menos, a atitude queassumiu dentro de seu Partido que, muitoenverganhado, deu início a um processo deautocrítica do período stalinista.

Depois da leitura do Relatório Kruschev,denunciando as atrocidades de Stalin, Amen-doía interveio no debate com uma observaçãoque fez História e mudou o comportamentoda assembléia de dirigentes de seu Partido:"Mas aqui não se trata de fazer autocrítica deerros, não estamos diante de erros. Aqui esta-mos para reconhecer crimes hediondos come-tidos em nome do socialismo, crimes que sópodemos e devemos condenar".

Em suas últimas entrevistas, GiorgioAmendola disse insistentemente que nuncafoi um pessimista. "Mas apenas um homemque assistiu a muitos desastres. E por issotinha todos os motivos para sentir-se outravez preocupado com a sorte da Itália e domundo".

Arquivo/1977

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ira ao ato moderna rfo f L- italiano, Amendola era favorável aascensão dos comunistas ao Poder, junto com os socialdemocratas

Governo ameaçareprimir rebeldesem Novas Hébridas

Vila — O Pn-imeiro-JVLinistro de NovasHébridas, o sacerdote axiglicano WalterLini, deu ontem um ultimato aos rebeldesseparatistas que tomaram o Poder na illiade Espírito Santo, ameaçando usai a torçase não acatarem as ordens do Governo.Desde a semana passada, os rebeldes man-tèm como reténs o representante do Gover-no e 20 policiais.

Ha rumores de que tropas britânicas,procedentes de Hong-Kong. estáo a cami-nhu do arquipélago Os rebeldes de origemfrancesa insistem na realização de umareunião de cúpiua com os representantesde todos os setores das Novas Hébridas,antes do dia 30 de julho, data prevista paraa independência da administração eonjun-ta da França e da Grã-Bretanha, decididanum referendo em autubro.

O Premier Lini já manteve contato coto'líderes moderados de outras ilhas.

Rejeição

Os separatistas cu> ilha dt Espírito San-to lide_auòç poi i.iinmj Steveiu. t apoiados poi agncaiH-ie- de origem trai.eesb epoi u__j organização norte _uuene_uu) deextiema direiia, Ptioeiux aecidiratiireciia-(ar a participação da ilha no novo Estado.O Governo de Novas Hébridas está emmáos do Partido de militantes de origeminglesa, o Vanua Aku Pati.

Protestante amigodos católicos émorto no llster

Carnc.ough, Irlanda do Norte — John Tum-ley, político protestante que pertenceu ao prin-cipal Partido católico do Ulstei. foi abatido nanoite de quarta-feira por uma chuva de balas,quando sua esposa o conduzia de automóvelpara uma reuniáo na Prefeitura de Carnclough.

Há temores de que esse assassínio possaindicar o inicio de uma nova onda de atentados,enquanto o Governo inglês prepara um novoplano de podei partilhado entre protestantes ecatólicos, nesta província britânica abaladapoi lutas internas

John Turnley, de cerca de 45 anos, era umacontrovertida figura local que se uniu há váriosanos ao Partido Social Democrata e Trabalhis-ta, integrado em sua maioria por católicos.

Serviços públicosparam na França

Paris — Pela terceira vez em um mês, osservidores públicos franceses sofreram inter-rupçôes por unia greve de 24 horas promovidapela Confeaeração Geral dos Trabalhadores(CGT) dt orientação comunista, em protestopela> mua_uica_. introduzidas no sistema dea-j.i.sfcèi_eii. suciai

.em. vias e metrôs a coleta de lixo, o serviçohospitalar o tòn.ecta lento de energia elétrica ega_: us correios foram atingidos por paralisa-ções intermitentes e trabalho em "ritmo-tartaruga".

Centenas de médicos participaram do pro-testo contra o novo acordo assinado entre asautoridades e os dirigentes da conservadoraFederação Médica Francesa.

Washingtonenvia missãoà Nicarágua

Washington - O lider damaioria democrata, DeputadoJim Wright, do Texas, informouque o Presidente Jimmy Carterpediu-lhe para chefiar uma de-Iegaçâo á Nicarágua, com o ob-jetivo de estimular os líderespoliticos daquele pais a preser-varem livres as instituições nl-caragüenses. Wright pediu ain-da à Câmara dos Representan-tes que rejeite a emenda segun-do a qual seria reduzida em 25milhões de dólares a ajuda novalor de 75 milhões de dólares

3ue os Estados Unidos preten-em conceder à Nicarágua.

A Nicarágua e a Guatemalase podem transformar num no-vo Irã e El Salvador numa novaCamboja se os Estados Unidosvacilarem em apoiar profundasreformas democráticas naque-les países, adverte um relatóriosobre a América Central apre-sentado pela Comissão de Ser-viço Unlversallsta Unitário,com sede em Boston, e do qualparticipam três deputados de-mocratas, entre eles o PadreRobert Drinan.

O integrante da Junta de Go-vemo da Nicarágua, ArturoCruz Porras, declarou, anteuma comissáo parlamentar dosEstados Unidos, que se o seupais náo conseguir os 75 mi-lhões de dólares solicitados aoCongresso pelo Presidente Jim-my Carter, poderá tentar obtera ajuda com o bloco socialista."Esse auxílio é essencial paranós e enganam-se os que náopensam assim", destacou CruzPorras.

O relatório, que critica os Es-tados Unidos por terem aplica-do durante décadas uma politi-ca "negligente e equivocada"na América Central, apela parao apoio ao processo revoluclo-nário da Nicarágua e para acondenação à "máfla goveman-te" da Guatemala. O documen-to é o resultado de uma missãorealizada em janeiro e lideradapor Drinan, Deputado demo-crata por Massachusetts.

Acompanhado por seus cole-gas Thomas Harkin e HowardWolpe, Drinan destacou queuma das principais conclusõesdessa viagem é que os EstadosUnidos "devem lazer uma poli-tica decidida de apoio aos Go-vemos da América Central quesejam representativos, exer-cam pleno controle sobre suasforças de segurança e garantama proteção dos direitos hu-manos".

Golpe militar éadiado na Bolívia

La Pai—A posição dos Esta-dos Unidos contrária ã inter-rupçáo do processo democráti-co na Bolivia, aliada à presençaem La Paz do Chanceler vene-zuelano, José Alberto Zambra-no, teriam conseguido adiar ogolpe militar, liderado peloatual Comandante do Exército,General Luiz Garcia Meza, queestava sendo esperado paraontem.

O ex-Presidente boliviano,Walter Guevara Aree, náo acre-dita que a advertência dos Es-tados Unidos, difundida em to-dos os meios de comunicaçãodo pais, consiga frear a açãodos golpistas. Na madrugadade ontem, os politicos aguarda-vam, com nervosismo, o iniciodas manobras militares na zonade Killi-Killi, temendo que esteseria o pretexto para a açãogolpista que, no entanto, nãoocorreu.

Segundo alguns informes co-nhecidos em La Paz, já na se-mana passada 100 oficiais dastrês Forças conseguiram impe-dir o golpe, ameaçando fazerum pronunciamento público,contra o movimento no mesmodia em que este eclodisse. Amais forte oposição a uma novaintervenção militar provém daMarinha e Aeronáutica, embo-ra no próprio Exército existam

, oficiais que consideram perigo-sa uma tomada do Govemo.

Até mesmo o Coronel AlbertoNatusch Busch, que encabeçouo movimento militar de novem-bi. do ano passado, teria sepronunciado contra o novo gol-pe Esta versão, no entanto, nãopode set confirmada.

Ontem, os ex-PresidentesLuis Adolfo Siles Salinas, Vic-to; Paz Estenssoro, e Hermán8ílei> Scazo afirmaram que asadvertências dos Estados Uni-dos coincidem com as aspira-ções bolivianas de viver humregime democrático, e que umregime imposto pela força en-frentaria bloqueios externos e aresistência Interna.

Leia "Incompetência",

na página 10

Amotinados vãoser deportados

Washington — Os Estadosunidos preparam-se para de-portar 150 cubanos envolvidosno motim no campo de refugia-dos de Port Chaf.ee, anunciouontem o Serviço de Imigração eNaturalização norte-americano. A política de admi-nistraçáo dos refugiados foi du-ramente criticada ontem pelapresidenta do Subcomitê deImigração. Refugiados e Lei In-temacional do Congresso, Eli-zabeth Holtzman. que pediu aexpulsão imediata dos eu-banos.

Um total de 1 mil 700 barcos e107 mil cubanos chegaram aosEstados Unidos nos últimos 45dias. Ontem, aportaram 70 bar-cos com 4 mil 386 refugiados.Restam agora apenas 30 ou 40navios para zarpar do porto deMariel, segundo informaçõesdos próprios cubanos.

Um diretor do serviço alfan-degário dos Estados Unidosdisse que entre os refugiadosembarcados uo cargueiro Can'tMis» 75% eram presidiários.

A Embaixada peruana emHavana, onde se asilaram os 10mil 800 cubanos, será transfor-mada em Museu Histórico daMarcha do Povo Combatente,em homenagem ao desfile dodia 19 de abril, de mais de 1milhão de pessoas, em protestocontra a "escória" dos asilados.

Woihlnjton / Feto da UPI

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Ao entrar na Casa Branca, Kennedy acenou ao maior batalhão derepórteres lá reunido. E saiu ganhando com a publicidade

Kennedy vai à Casa Brancamas mantém desafio a Carter

Nova Iorque—Ted Kenne-dy foi à Casa Branca ontem, aconvite do Presidente JimmyCarter, e depois de uma horae 10 minutos de conversa saiudo Saláo Oval declarandonão haver desistido de com-petir pela Presidência. "Acorrida continua e planejo sero indicado pela ConvençãoNacional democrata em agos-to", disse Kennedy.

Em vez de beneficiar Car-ter, o encontro rendeu divi-dendos publicitários paraKennedy. Diante do maiornúmero de repórteres reuni-dos na Casa Branca desde oinício da campanha, em no-vembro de 1979, Carter man-teve silêncio e Kennedy insis-tiu em que o Presidente devedebater publicamente comele.

DEBATE

Kennedy não indicou seCarter aceitara ou pelo me-nos fora simpático à idéia dodebate, que o Senador defen-de há oito meses. Kennedy.declarou apenas: "Cabe aoPresidente comunicar sua de-cisão". E insistiu: "Um deba-te é bom para o Partido De-mocrata, para o sistema de-mocrático e será um teste emque o povo poderá compararas propostas e o Partido po-dera comparar seus pontos-de-vista".

Carter chamou a reuniãocom Kennedy de "tentativade união partidária" mas nãofez comentários após a deter-minada resposta do Senador,ao deixar a Casa Branca. Naquarta-feira à noite ele haviadito que sua "antecipação éque ele (Kennedy) levará suasforças, sua popularidade,seus delegados e sua profun-da crença nas questões quedefende à Convenção. Isso éparte do processo democráti-co e não deve ser causa demedo, preocupação ou trepi-dação".

Kennedy chegou com seuChrysler negro às 16h33m,três minutos atrasado. A lon-ga duração da conversa foiinesperada. Mas, ã saída, obatalhão de repórteres nãoconseguiu arrancai quase na-da do que foi conversado.Kennedy disse que Carternão pediu que renunciasse àluta pela candidatura presi-dencial. Perguntaram entãose ele tinha feito "a promes-sa" de arrebatar a candidatu-ra ao Presidente. "Mais queuma promessa", foi a respos-ta. Se nenhum dos dois falar,a imprensa não saberá o queconversaram: não havia as-sessores presentes ao en-contro.

Esta foi a primeira vez queos dois dialogaram desde no-vembro de 1979, quando Ken-nedy iniciou sua campanha, esua resposta telefônica aoconvite de Carter, na quarta-feira, foi também a primeiraconversa dos dois por telefo-ne desde o inicio da campa-nha. Diz-se em Washingtonque Kennedy e Carter xin-gam um ao outro, entre osamigos, coisa comum entrepoliticos, o que não significaque .subitamente tião possampassat a rasgar seda, se hou-ver conveniência mútua, paraimpedi, a vitórih do cândida-to republicano meontestado.Ronald Reagan.

O ex-Governador da Cali-fórnia, por sinal, visitou on-tem o ex-Presidente Ford emseu rancho Mirage, na Cali-fórnia.

Beatriz SchillerComnponotnhi

Democratas tentarãobloquear Anderson

Washington — O Comitê Nacional Democrata desti-nou 225 mil dólares (Cr$ li milhões 250 mil) para finan-ciar Iniciativas legais de bloqueio á candidatura indepen-dente á Presidência do Deputado republicano JohnAnderson. Mas o presidente da campanha de reeleição deCarter, Robert Strauss, admitiu que esse esforço podecriar uma onda de simpatia por Anderson e ter efeitoadverso para a candidatura de Carter.O dinheiro irá para a organização do Partido Demo-

crata nos Estados a fim de contratar pessoas que encon-trem nas leis eleitorais obstáculos á candidatura deAnderson. "Náo se trata de perseguir Anderson", disseStrausa "Apenas de garantir que ele cumpra a lei".

Se Anderson continuar com a atual percentagemfavorável nas pesquisas de opinião, de 25%, essa tentati-va de bloqueio legal e a recusa de Carter em debater comele poderão prejudicar o Presidente, reconheceu Strauss.Mesmo sem os democratas atrapalhando, AndersonJá teria grandes dificuldades para conseguir registrar-senas eleições presidenciais em todos os Estados. Cada umtem uma legislação diferente, com exigências multasvezes difíceis de cumprir para um candidato sem máqui-na partidária.

Vance alerta para operigo da nostalgia

Washington — Numa critica aparentemente dirigidaa Ronald Reagan e ao Presidente Carter, o ex-Secretáriode Estado Cyrus Vance alertou para uma "nova e perigo-sa nostalgia" da época em que os Estados Unidos tinhamum grande poder e controle sobre o resto do mundo eadvertiu que "uma política pretensiosa pode dar mausresultados" no campo do controle de armas.

Vance, que fez estas declarações numa conferênciana Universidade de Harvard, criticou as oscilações nasrelações entre Washington e Moscou e defendeu umamaior serenidade nas relações entre os dois países. "OsEstados Unidos não podem se permitir passos bruscos deum a outro extremo em suas relações com a UniãoSoviética", disse Vance, acrescentando que estas "nãodevem ser excessivamente confiantes, nem histéricas".

O ex-Secretário de Estado—que renunciou no dia 28de abril por não concordar com a tentativa norte-americana para resgatar à força os reféns da Embaixadanorte-americana em Teerá — afirmou que é necessárioevitar "o erro de aplicar soluções militares a problemasnáo militares, toda vez que a potência militar náo podesubstituir a diplomacia".

Este foi c primeiro longo e importante discurso deVance sobre questões políticas desde sua renúncia. Aoreferir-se à crise com o Irá, assegurou que há nos EstadosUnidos uma "nova e perigosa nostalgia" que leva a optarpor soluções simplistas. "Não se deve pensar que se podefazer tudo sozinho", afirmou

Ao voltar a mencionar as relações entre EstadosUnidos e União Soviética, o ex-Secretário de Estadodisse que Washington deve tentar obter acordos infor-mais paia diminuir a competição entre os dois paises eque este objetivo deve cimentar-se em "paciência, firme-za, clareza e congruência".

Falso alarme colocarnisseis em alerta

Washington — O Departamento de Defesa admitiuontem que um "problema de computador" provocouterça-feira última falso alarme ao Indicar um ataquemúltiplo de mísseis teleguiados soviéticos contra osEstados Unidos. Segundo o Departamento, um avião doComando do Pacifico chegou a ser lançado automática-mente e os mísseis norte-americanos do Comando Estra-tégico do Ar foram colocados em estado de alerta.

Contudo, acrescentou, a exemplo do que ocorreu nodia 9 de novembro do ano passado, o erro foi rapidamen-te descoberto. "Náo houve mudanças essenciais noestado geral do sistema de defesa dos Estados Unidose, depois de uma pesquisa, os problemas técnicos docomputador estão sendo identificados para a adoção deprovidências corretivas."

Um imediato controle de uma variada gama desensores, no complexo sistema de advertência, inclusivedos satélites, mostrou em três minutos que não havianenhuma ameaça concreta de mísseis soviéticos, razãopela qual o estado de alerta foi logo desativado.

Nem o Presidente Jimmy Carter nem o Secretário deDefesa, Harold Brown, chegaram a ser informados docaso, disse o Pentágono, mas a seção da Casa Branca quese ocupa de crises internacionais "ficou ao corrente dapossível ameaça, enquando o problema estava sendoavaliado".

O Departamento Geral de Contabilidade, setor deinvestigações do Congresso, assim como alguns legisla-dores, expressaram sua convicção de que há "pontosdébeis" na rede de computação que desempenha papelchave no sofisticado e multimilionário sistema de adver-tència instalado no país.

Funcionários do Departamnto de Defesa disseramque, pelas primeiras investigações, o computador foialimentado acidentalmente por dados experimentais,como ocorreu na falha e novembro. O caso de novembrofez com que o Presidente Leonid Brejnev enviasse severanota de protesto ao Presidente Carter, advertindo-osobre a possibilidade de uma guerra nuclear por equi-voco.

Bani Sadr .quer apoiodos EUA C|

Teerá — A agência de noti-"cias Iraniana Pare revelou on-tem que, na reuniáo que tevecom o chefe da delegação norte-americana à Conferência Inter-nacional sobre as Intervenções'Norte-Americanas no Irã. ex-Secretário de Justiça RanseyClark, o Presidente Bani Sadrpediu que os Estados Unidosdeixem de apoiar a família doXá Reza Pahlavi, concluam osprojetos inacabados e forneçampeças de reposição ao Irã."Todos ficamos surpreso»que o Presidente aproveitasse aocasião para o que entendo co-mo uma abertura de negocia-ções sobre os reféns", declarouontem o advogado de Los An-geles, Leonard Welnglass,membro da delegação. Ele enfa-tizou: "Significativamente, onome do Xá náo foi menciona-do, nem seu retomo, nem o desua riqueza", negando-se, no-entanto, a dar detalhes do pia-no, "deixando ao Presidente adivulgação".

Segundo o advogado, foi opróprio Presidente Bani Sadrque se desviou da conversa ge-ral, para pedir a Ransey Clarkque formasse uma comissão deinquérito sobre a conduta dosEstados Unidos no Irá, propôs-ta que foi aceita, mas que é "umsó item revelado da estruturaglobal do acordo de três pontospara sanar as divergências en-tre os dois países."

Quando os repórteres lhe pe-diram para detalhar o plano,Weinglass respondeu: "Bom.como delegação, nós achamosque não deveríamos dar publi-cidade a isso, por ora, já quenão desejamos perturbar o pro-cesso se, de fato. for essa aintenção do Presidente Bani8adr. Preferimos deixar ao Pre-sidente do Irã a divulgação."

Afirmou poder Indicar apenasque "o que o Irã está querendodos Estados Unidos hoje é umagarantia de que não interferirãono plano político interno dopais. O Presidente apresentoutrês meios específicos, .pelos •quais os Estados Unidos pode-riam mostrar tal garantia e pre-tendemos levar para casa estassugestões."

Khomeiny alertacontra "diabos"

Teerà — O ayatollah Kho-meiny advertiu ontem 300 ca-detes que foram visitá-lo contra"os distúrbios que os diabos(inimigos da RepúbUca Islâmi-ca) tentam criar no Exército, naPolicia Militar, nos quartéis",numa referência indireta às de-serções e não acatamentos deordens que vèm ocorrendo,principalmente com relação àatuação das Forças Armadasno Curdistào.

A "jornada de luto nacional",decretada por Khomeiny, nu-ma homenagem aos motins de5 de junho de 1963, quando fl-cou preso em sua casa na cida-de santa de Qom, foi um fracas-so e refletiu certa desmobiliza-ção da população de Teerá,consideraram ontem observa-dores. Desprovida da esponta-neldade que caracterizou atéagora as grandes passeatas daCapital, a de ontem só teve aparticipação de umas cem milpessoas.

• "Unidade e harmonia devemreinar entre as forças da ordemiranianas, pois do contrário nãopoderão fazer frente aos inimi-gos", frisou Khomeiny, de-monstrando certa preocupaçãocom a situação nas Forças Ar-madas, já que acrescentou: "Epreciso que a disciplina e a or-dem sejam respeitadas entre asforças de segurança. Os solda-dos devem obedecer seus co-mandantes. Mas é preciso queos comandantes náo se portemmais como se estivesse sob oantigo regime".

Assumindo a posição que, pe-Ia Constituição do Irã, lhe colo-ca acima do Presidente BaniSadr, o Ima exortou os milita-res iranianos a se oporem aquem quiser lhes enviar asses-sores estrangeiros. Ao divulgara informação, a agência de noti-cias francesa AFP não esclare-ceu a que país Khomeiny sereferia e que estaria disposto aoferecer assessores às ForçasArmadas do Irã.

Quanto à passeata de ontem,o habitual comunicado da Rá-dio de Teerã exagerou ao ava-liar em quase 1 milhão o totalde pessoas, participando daconcentração do campus daUniversidade de Teerã. Asagências de noticias internacio-nais foram unânimes em caleu-lar cerca de 100 mil manifestan-tes, numa nítida diminuição damobilização, com relação a últi-ma "manifestação unitária",convocada pelo regime islâmi-co, no dia 11 de abril.

Tanto o Conselho da Revolu-cão quanto o próprio Presiden-te Bani Sadr convidaram a po-pulaçáo a celebrar esta "joma-da histórica". Mas as milharesde pessoas presentes passea-vam pela parte externa do cam-pus, ouvindo distraidamente aspalavras de ordem divulgadaspelo alto-falante. Na tribuna,um menino de sete anos eclip-sou os oradores, vestido comum uniforme de combate, cotaum quepe de oficial, fuzil deplástico, bandeira da Republi-ca Islâmica e ar marcial, posan-do para fotos.

Os slogans foram mais abran-gentes, desta vez, atacando,»Presidente Jimmy Carter, a po-litica intervencionista dos Es-tados Unidos, mas também aocupação soviética do Afegã-nistáo. Num dos cartazes, podiaser lido o comunicado que aRádio de Moscou divulgou, há17 anos, anunciando o levantecontra o regime do Xá. Diziaque "bandos reacionários de re-ligiosos islâmicos se haviam su-blevado contra o Xá". Numero-sas fotos documentavam a ta-tervenção da União Soviéticano Afeganistão.

Mais 17 ues-oas foram execu-tadas no Irá. imediatamenteapós condenação dos tribunaisrevolucioné-ios em Hamadan eJourghan, a 200 quilômetros aSudoeste de Teerã. Eleva-seagora a 71 o total de füzUameii-tos, desde que começou a cam-panha contra o tráfico dedrogas.

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8 —INTERNACIONAL 2o Clichê JORNAL DO BRASIL D sexta-feira, 6/6/80 D Io Caderno

Morre Amêndola, arquitetoda abertura do PC italiano Tmarágm

Washingtonenvia missão

Wcihlnjton / Foto do UPI

Roma — Giorgio Amêndola, um dos comu-nistas mais originais e Incômodos da Itália eda Europa, morreu ontem numa clinica romã-na, ás 6hl5m, vitima de um edema pulmonarque pos flm a um longo periodo de doenças esofrimentos físicos vivido por esse outro"grande velho" da história republicana de seupais. Braço direito de Palmiro Togliatti, em1954, para empreender a liberalização e aabertura do PCI á sociedade italiana, desde1948 era regularmente eleito deputado porNápoles, cidade difícil por suas tradições mo-narqulstas.

Aos 73 anos de idade, sem poder cumprir oseu projeto de votar nas eleições de domingo— que pressentiu seria o último da sua vida —encerrou-se a trajetória do "homem de esco-lhas difíceis", como o próprio Amêndola sin te-tizou, que viveu intensa e rigosoramente suapaixão politica. A herança lhe foi transmitidapor seu pai, o liberal-democrata GiovanniAmêndola, parlamentar e ex-Mlnlstro de Es-tado nos últimos anos da Itália pre-fascista,morto no exílio em Nice, França, em conse-qüéncla de um brutal espancamento ordena-do por Mussolini e executado por um bandode terroristas fascistas.

Posições

Homem politico de posições nítidas e polê-micas, nos 51 anos de militância Ininterrupta,quase religiosa, no Partido Comunista Italia-no, Giorgio Amêndola marcou sua presençana vida pública por um comportamento real-mente anticonformlsta. Logo após entrar pa-ra o Partido, em 1948, passou a integrar oComitê Político, representando o que os ob-servadores chamam de ala moderna, favorá-vel á participação — o mais rapidamentepossível—dos comunistas no Govemo, junta-mente com os democrata-cristãos. Era firmeopositor da chamada ala esquerdista, quemanifesta reticências em nome da vocaçãorevolucionária do Partido. Num recente arti-go, criticou acerbamente o "corporativismo"dos setores sindicalistas ligados ao PCI e suasintransigentes reivindicações.

"Nunca me impressionei com a etiquetaque muitos me atribuíram: a de especialistaem retirar e expor os esqueletos que se escon-diam dentro dos armários" — disse em entre-vista que concedeu ao JORNAL DO BRASIL,publicada no Caderno Especial de 23 de julhode 1978.

Imagem irreverente que realmente corres-ponde ã sua participação e à sua obra. Prinei-palmente dentro de seu Partido, onde sempredefendeu o direito de divergir antes de aceitare cumprir sem hesitação as decisões amadu-recidas pelo mais aberto debate dialético.

Protagonista autêntico e excepcional dosúltimos 40 anos da história de seu país, pri-meiro como filho que mais de perto assistiu àslutas e ao drama do pai, depois como comba-tente ativo e eficiente contra o fascismo, umdos poucos grandes comandantes das bata-lhas políticas e militares da resistência,Amêndola teve na hora da morte o maiorreconhecimento que poderia desejar.

Aquele reconhecimento que ontem fizeramos dois maiores dirigentes da DemocraciaCristã, força politica contra qual Amêndolaconduziu todas as principais batalhas a partirde 1948. Um dos primeiros a visitar o corpoexposto na clinica de Villa Gina, o secretário

Araújo NettoCorroí pondonto

da Democracia Cristã disse que "Amêndolafoi um grande homem de cultura e fiel ao seuPartido, mas que soube olhar o que aconteciafora dele. Um que soube conviver e dialogarcom todos, com análises corajosas e implacá-veis, inspiradas em todos os casos por umnotável senso de responsabilidade".

Julgamento que foi ainda mais enfatizadopelas palavras de Arnaldo Forlani, presidenteda Democracia Cristã, que assim comentou aperda de Amêndola: "Sai da cena politica umdos homens mais fascinantes deste nossomundo, Era um adversário duro e lntransl-gente, que tinha, porém, uma carga humana euma liberdade de reflexão e Julgamento, pelasquais se impunha ao respeito de adversários eamigos".

Cultura Requintada

. Escritor de cultura requintada, com umdos textos mais brilhantes e agradáveis damoderna literatura italiana, Giorgio Amendo-Ia não teve tempo de concluir o segundovolume da História do Partido Comunistaque estava escrevendo. Obra que prometiaser a mais simples e polêmica das muitas quejá escreveram na Itália intelectuais è historia-dores comunistas sobre o seu Partido.

Recentemente, há menos de uma semana,porém, a Editora Rizzoli havia entregue àslivrarias de todo o pais o terceiro volume deautobiografia — Un Isola, Uma Ilha — que foitambém o décimo segundo livro escrito porGiorgio Amêndola. Com todas as condiçõesde repetir os sucessos alcançados por Cartasa Milão e Uma Escolha de Vida, que com-põem a trilogia de um romance autobiográ-fico.

£ difícil selecionar e indicar os grandesmomentos da carreira politica de Amêndola.De qualquer forma, não é possível esquecer opapel que teve na articulação da grande fren-te ampla das forças antifascistas, quando, noexílio de Paris, em 1032, conseguiu congregar,através de um pacto comum, social-democratas, socialistas e o Partido de Ação,ao lado dos comunistas.

Da mesma forma que não se pode esquecersua determinante atuação como um dos che-fes do Comitê de Libertação Nacional, emRoma, nos anos 43 e 44, quando assumiu agrande responsabilidade pela operação mili-tar contra uma companhia das SS, que eus-tou a vida, no atentado de Via Rasella, de 35soldados alemães. Multo menos, a atitude queassumiu dentro de seu Partido que, muitoenverganhado, deu inicio a um processo deautocrítica do período stalinista.

Depois da leitura do Relatório Kruschev,denunciando as atrocidades de Stalin, Amen-doía interveio no debate com uma observaçãoque fez História e mudou o comportamentoda assembléia de dirigentes de seu Partido:"Mas aqui não se trata de fazer autocrítica deerros, não estamos diante de erros. Aqui esta-mos para reconhecer crimes hediondos come-tidos em nome do socialismo, crimes que sópodemos e devemos condenar".

Em suas últimas entrevistas, GiorgioAmêndola disse insistentemente que nuncafoi um pessimista. "Mas apenas um homemque assistiu a muitos desastres. E por issotinha todos os motivos para sentir-se outravez preocupado com a sorte da Itália e domundo".

Arquivo/1977

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ascensão dos comunistas ao Poder, junto com os socialdemocratas

Governo ameaçareprimir rebeldesem Novas Hébridas

Vila — O Primeiro-Ministro de NovasHébridas, o sacerdote anglicano WalterLini, deu ontem um ultimato aos rebeldesseparatistas que tomaram o Poder na ilhade Espírito Santo, ameaçando usar a forçase não acatarem as ordens do Governo.Desde a semana passada, os rebeldes man-tèm como reféns o representante do Gover-no e 20 policiais.

Há rumores de que tropas britânicas,procedentes de Hong-Kong, estáo a cami-nho do arquipélago. Os rebeldes, de origemfrancesa, insistem na realização de umareunião de cúpula com os representantesde todos os setores das Novas Hébridas,antes do dia 30 de julho, data prevista paraa independência da administração conjun-ta da França e da Grã-Bretanha, decididanum referendo em autubro.

O Premier Lini já manteve contato comlíderes moderados de outras ilhas.

Rejeição

Os separatistas da ilha de Espirito San-to, liderados por Jimmy Stevens e apoia-dos por agricultores de origem francesa e§»r uma organização norte-americana deextrema direita, Phoenix, decidiram recha-çar a participação da ilha no novo Estado.O Governo de Novas Hébridas está emmãos do Partido de militantes de origeminglesa, o Vanua Aku Pati.

Protestante amigodos católicos émorto no Ulster

Carnclough, Irlanda do Norte — John Tum-ley, político protestante que pertenceu ao prin-cipal Partido católico do Ulster, foi abatido nanoite de quarta-feira por uma chuva de balas,quando sua esposa o conduzia de automóvelpara uma reuniào na Prefeitura de Carnclough.

Há temores de que esse assassinio possaindicar o inicio de uma nova onda de atentados,enquanto o Governo inglês prepara um novoplano de poder partilhado entre protestantes ecatólicos, nesta província britânica abaladapor lutas internas.

John Turnley, de cerca de 45 anos, era umacontrovertida figura local que se uniu há váriosanos ao Partido Social Democrata e Trabalhis-ta, integrado em sua maioria por católicos.

Serviços públicosparam na França

Paris — Pela terceira vez em um mès, osservidores públicos franceses sofreram inter-rupçôes por uma greve de 24 horas promovidapela Confederação Geral dos Trabalhadores(CGT), de orientação comunista, em protestopeias mudanças introduzidas no sistema deassistência social.

Ferrovias e metrôs, a coleta de lixo, o serviçohospitalar, o fornecimento de energia elétrica egás, os correios foram atingidos por paralisa-ções intermitentes e trabalho em "ritmo-tartaruga".

Centenas de médicos participaram do pro-testo contra o novo acordo assinado entre asautoridades e os dirigentes da conservadoraFederação Médica Francesa.

Washington — O lider damaioria democrata, DeputadoJim Wright, do Texas, informouque o Presidente Jimmy Carterpediu-lhe para chefiar uma de-legaçâo à Nicarágua, com o ob-jetivo de estimular os liderespolíticos daquele pais a preser-varem livres as instituições ni-caragüenses. Wright pediu ain-da à Câmara dos Representan-tes que rejeite a emenda segun-do a qual seria reduzida em 25milhões de dólares a ajuda novalor de 75 milhões de dólares3ue

os Estados Unidos preten-em conceder à Nicarágua.A Nicarágua e a Guatemala

se podem transformar num no-vo Irá e El Salvador numa novaCamboja se os Estados Unidosvacilarem em apoiar profundasreformas democráticas naque-les paises, adverte um relatóriosobre a América Central apre-sentado pela Comissão de Ser-viço Universallsta Unitário,com sede em Boston, e do qualparticipam três deputados de-mocratas, entre eles o PadreRobert Drinan.

O integrante da Junta de Go-vemo da Nicarágua, ArturoCruz Porras, declarou, anteuma comissào parlamentar dosEstados Unidos, que se o seupais náo conseguir os 75 mi-lhões de dólares solicitados aoCongresso pelo Presidente Jim-my Carter, poderá tentar obtera ajuda com o bloco socialista."Esse auxilio é essencial paranós e enganam-se os que náopensam assim", destacou CruzPorras.

O relatório, que critica os Es-tados Unidos por terem aplica-do durante décadas uma politi-ca "negligente e equivocada"na América Central, apela parao apoio ao processo revolucio-nário da Nicarágua e para acondenação à "máfla governan-te" da Guatemala. O documen-to é o resultado de uma missáorealizada em janeiro e lideradapor Drinan, Deputado demo-crata por Massachusetts.

Acompanhado por seus cole-gas Thomas Harkin e HowardWolpe, Drinan destacou queuma das principais conclusõesdessa viagem é que os EstadosUnidos "devem fazer uma poli-tica decidida de apoio aos Go-vemos da América Central quesejam representativos, exer-cam pleno controle sobre suasforças de segurança e garantama proteção dos direitos hu-manos".

Golpe militar éadiado na Bolívia

La Paz — A posição dos Esta-dos Unidos contrária à inter-rupçâo do processo democráti-co na Bolívia, aliada à presençaem La Paz do Chanceler vene-zuelano, José Alberto Zambra-no, teriam conseguido adiar ogolpe militar, liderado peloatual Comandante do Exército,General Luiz Garcia Meza, queestava sendo esperado paraontem.

O ex-Presidente boliviano,Walter Guevara Arce, náo acre-dita que a advertência dos Es-tados Unidos, difundida em to-dos os meios de comunicaçãodo pais, consiga frear a açáodos golpistas. Na madrugadade ontem, os políticos aguarda-vam, com nervosismo, o iniciodas manobras militares na zonade Killi-Killi, temendo que esteseria o pretexto para a açãogolpista que, no entanto, nãoocorreu.

Segundo alguns informes co-nhecidos em La Paz, jâ na se-mana passada 100 oficiais dastrês Forças conseguiram impe-dir o golpe, ameaçando fazerum pronunciamento públicocontra o movimento no mesmodia em que este eclodisse. Amais forte oposição a uma novaintervenção militar provém daMarinha e Aeronáutica, embo-ra no próprio Exército existamoficiais que consideram perigo-sa uma tomada do Govemo.

Até mesmo o Coronel AlbertoNatusch Busch, que encabeçouo movimento militar de novem-bro do ano passado, teria sepronunciado contra o novo gol-pe. Esta versão, no entanto, nãopode ser confirmada.

Ontem, os ex-PresidentesLuis Adolfo Siles Salinas, Vic-tor Paz Estenssoro, e HermánSiles Scazo afirmaram que asadvertências dos Estados Uni-dos coincidem com as aspira-çóes bolivianas de viver numregime democrático, e que umregime imposto pela força en-frentaria bloqueios externos e aresistência interna.

Leia "Incompetência",

na página 10

Amotinados vãoser deportados

Washington — Os Estadosunidos preparam-se para de-portar 150 cubanos envolvidosno motim no campo de refugia-dos de Port Chaffee, anunciouontem o Serviço de Imigração eNaturalização norte-americano. A politica de admi-nistração dos refugiados foi du-ramente criticada ontem pelapresidenta do Subcomitê deImigração, Refugiados e Lei In-temacional do Congresso, Eli-zabeth Holtzman, que pediu aexpulsão imediata dos eu-banos.

Um total de 1 mil 700 barcos e107 mil cubanos chegaram aosEstados Unidos nos últimos 45dias. Ontem, aportaram 70 bar-cos com 4 mil 386 refugiados.Restam agora apenas 30 ou 40navios para zarpar do porto deMariel, segundo informaçõesdos próprios cubanos.

Um diretor do serviço alfan-degário dos Estados Unidosdisse que entre os refugiadosembarcados no cargueiro Can'tMiss 75% eram presidiários.

A Embaixada peruana emHavana, onde se asilaram os 10mil 800 cubanos, será transfor-mada em Museu Histórico daMarcha do Povo Combatente,em homenagem ao desfile dodia 19 de abril, de mais de 1milhão de pessoas, em protestocontra a "escória" dos asilados.

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Ao entrar na Casa Branca, Kennedy acenou ao maior batalhão "de

repórteres lá reunido. E saiu ganhando com a publicidade

Kennedy vai à Casa Brancamas mantém desafio a Carter

Nova Iorque — Ted Kenne-dy foi à Casa Branca ontem, aconvite do Presidente JimmyCarter, e depois de uma horae 10 minutos de conversa saiudo Salão Oval declarandonão haver desistido de comi-petir pela Presidência. "Acorrida continua e planejo sero indicado pela ConvençãoNacional democrata em agos-to", disse Kennedy.

Em vez de beneficiar Car-ter, o encontro rendeu divi-dendos publicitários paraKennedy. Diante do maiornúmero de repórteres reuni-dos na Casa Branca, desde oinicio da campanha, em no-vembro de 1979, Carter man-teve silêncio e Kennedy insis-tiu em que o Presidente devedebater publicamente comele.

DEBATE

Kennedy não indicou seCarter aceitara ou pelo me-nos fora simpático ã idéia dodebate, que o Senador defen-de há oito meses. Kennedydeclarou apenas: "Cabe aoPresidente comunicar sua de-cisão". E insistiu: "Um deba-te é bom para o Partido De-mocrata, para o sistema de-mocrático e será um teste emque o povo poderá compararas propostas e o Partido po-dera comparar seus pontos-de-vista".

Carter chamou a reuniãocom Kennedy de "tentativade união partidária" mas nãofez comentários após a deter-minada resposta do Senador,ao deixar a Casa Branca. Naquarta-feira à noite ele haviadito que sua "antecipação éque ele (Kennedy) levará suasforças, sua popularidade,seus delegados e sua profun-da crença nas questões quedefende à Convenção. Isso éparte do processo democráti-co e não deve ser causa demedo, preocupação ou trepi-daçào"..

Kennedy chegou com seuChrysler negro às 16h33m,três minutos atrasado. A lon-ga duração da conversa foiinesperada. Mas, à saida, obatalhão de repórteres náoconseguiu arrancar quase na-da do que foi conversado.Kennedy disse que Carternào pediu que renunciasse àluta pela candidatura presi-dencial. Perguntaram entáose ele tinha feito "a promes-sa" de arrebatar a candidatu-ra ao Presidente. "Mais queuma promessa", foi a respos-ta. Se nenhum dos dois falar,a imprensa não saberá o queconversaram: não havia as-sessores presentes ao en-contro.

Esta foi a primeira vez queos dois dialogaram desde no-vembro de 1979, quando Ken-nedy iniciou sua campanha, esua resposta telefônica aoconvite de Carter, na quarta-feira, foi também a primeiraconversa dos dois por telefo-ne desde o inicio da campa-nha. Diz-se em Washingtonque Kennedy e Carter xin-gam um ao outro, entre osamigos, coisa comum entre

I políticos, o que não significaque subitamente não possampassar a rasgar seda, se hou-ver conveniência mútua, paraimpedir a vitória do cândida-to republicano incontestado,Ronald Reagan.

O ex-Governador da Cali-fórnia, por sinal, visitou on-tem o ex-Presidente Ford emseu rancho Mirage, na Cali-fórnia.

Beatriz SchillerCotrtt pondo nt*

Senado aponta falhasno resgate dos reféns

Washington — A operação militar de resgate dosreféns norte-americanos em Teerã fracassou por falhasde comando, organização e falta de planejamento paraemergências, segundo relatório da Comissão de Servi-cos Armados do Senado divulgada por The New YorkTimes. O Departamento de Defesa desmentiu as conclu-soes.

O documento afirma que o General-de-Exèrcito Ja-mes Vaught tem experiência de combate em açõesmilitares tradicionais, mas nunca lidou com operaçõesespeciais. O porta-voz do Departamento de Estado,Thomas Ross afirmou que Vaught é especialista emmissões semelhantes à planejada.

O relatório critica a divisão de responsabilidades naoperação por iniciativa de Vaught que delegou poderes,prejudicando a tomada de decisões no momento em queocorreram problemas no deserto. Ross desmentiu essaafirmação porque "ninguém tinha qualquer dúvida arespeito do comando".

O serviço meteorológico da Força Aérea não previua tempestade de areia de 320 quilômetros de extensãoque impediu a operação e o chefe da Meteorologia nãotem qualquer explicação a respeito, segundo o relatório.Thomas Ross contestou, afirmando que as tempestadesde areia não podem ser previstas.

O estudo do Senado afirma ainda que várias alterna-tivas não foram consideradas como, por exemplo, o quefazer se fizesse mau tempo, se houvesse muitas baixasde aparelhos e se os iranianos interviessem. Os oitohelicópteros RH-53 que saíram do porta-aviões Nimitznão tiveram manutenção adequada para a missão queiam realizar, segundo o documento. O Almirante Tho-mas Hayward, chefe das operações navais, desmentiuessas alegações.

Além disso, foram cometidos descuidos de comuni-cação com quebra do silêncio de rádio e os pilotos dosaviões C-130 não voaram à baixa altitude para escaparaos radares iranianos.

Falso alarme colocamísseis em alerta

Washington — O Departamento de Defesa admitiuontem que um "problema de computador" provocouterça-feira última falso alarme ao indicar um ataquemúltiplo de mísseis teleguiados soviéticos contra osEstados Unidos. Segundo o Departamento, um avião doComando do Pacífico chegou a ser lançado automática-mente e os mísseis norte-americanos do Comando Estra-tégico do Ar foram colocados em estado de alerta.

Contudo, acrescentou, a exemplo do que ocorreu nodia 9 de novembro do ano passado, o erro foi rapidamen-te descoberto. "Não houve mudanças essenciais noestado geral do sistema de defesa dos Estados Unidose, depois de uma pesquisa, os problemas técnicos docomputador estão sendo identificados para a adoção deprovidências corretivas."

Um imediato controle de uma variada gama desensores, no complexo sistema de advertência, inclusivedos satélites, mostrou em três minutos que náo havianenhuma ameaça concreta de mísseis soviéticos, razãopela qual o estado de alerta foi logo desativado.

Nem o Presidente Jimmy Carter nem o Secretário deDefesa, Harold Brown, chegaram a ser informados docaso, disse o Pentágono, mas a seção da Casa Branca quese ocupa de crises internacionais "ficou ao corrente dapossível ameaça, enquando o problema estava sendoavaliado".

O Departamento Geral de Contabilidade, setor deinvestigações do Congresso, assim como alguns legisla*dores, expressaram sua convicção de que há "pontosdébeis" na rede de computação que desempenha papelchave no sofisticado e multünllionário sistema de adver-tência instalado no pais.

Funcionários do Departamnto de Defesa disseramque, pelas primeiras investigações, o computador foialimentado acidentalmente por dados experimentais,como ocorreu na falha e novembro. O caso de novembrofez com que o Presidente Leonid Brejnev enviasse severanota de protesto ao Presidente Carter, advertindo-osobre a possibilidade de uma guerra nuclear por equi-voco.

Democratas tentarãobloquear Anderson

Washington — O Comitê Nacional Democrata desti-nou 225 mil dólares (CrS 11 milhões 250 mil) para finan-ciar iniciativas legais de bloqueio à candidatura indepen-dente à Presidência do Deputado republicano JohnAnderson. Mas o presidente da campanha de reeleição deCarter, Robert Strauss, admitiu que esse esforço podecriar uma onda de simpatia por Anderson e ter efeitoadverso para a candidatura de Carter.

O dinheiro irá para a organização do Partido Demo-crata nos Estados a flm de contratar pessoas que encon-trem nas leis eleitorais obstáculos à candidatura deAnderson. "Não se trata de perseguir Anderson", disseStrauss. "Apenas de garantir que ele cumpra a lei".

Se Anderson continuar com a atual percentagemfavorável nas pesquisas de opinião, de 25%, essa tentati-va de bloqueio legal e a recusa de Carter em debater comele poderào prejudicar o Presidente, reconheceu Strauss.

Mesmo sem os democratas atrapalhando, Andersonjã teria grandes dificuldades para conseguir registrar-senas eleições presidenciais em todos os Estados. Cada umtem uma legislação diferente, com exigências muitasvezes difíceis de cumprir para um candidato sem mãqui*na partidária.

Bani Sadrquer apoiodos EUA -

Teerà — A agência de noti-cias Iraniana Pars revelou on-tem que, na reunião que tevecom o chefe da delegação norte-americana à Conferência Inter-nacional sobre as IntervençõesNorte-Americanas no Irá, ex-Secretário de Justiça RanseyClark, o Presidente Bani Sadrpediu que os Estados Unidosdeixem de apoiar a familia doXá Reza Pahlavi, concluam osprojetos Inacabados e forneçampeças de reposição ao Irá."Todos ficamos surpresosque o Presidente aproveitasse aocasião para o que entendo co-mo uma abertura de negocia-ções sobre os reféns", declarouontem o advogado de Los An-geles, Leonard Weinglass,membro da delegação. Ele enfa-tizou: "Significativamente, onome do Xá náo foi menciona-do, nem seu retomo, nem o desua riqueza", negando-se, 'noentanto, a dar detalhes do pia-no, "deixando ao Presidente adivulgação".

Segundo o advogado, foi opróprio Presidente Bani Sadrque se desviou da conversa gc-ral, para pedir a Ransey Clarkque formasse uma comissão deinquérito sobre a conduta dosEstados Unidos no Irã, propôs-ta que foi aceita, mas que é Tirasó item revelado da estruturaglobal do acordo de três pontospara sanar as divergências en-tre os dois paises."

Quando os repórteres lhe pe-diram para detalhar o plano,Weinglass respondeu: "Bom,como delegação, nós achámosque não deveríamos dar publi-cidade a isso, por ora, já quenâo desejamos perturbar o pro-cesso se, de fato. for essa aintenção do Presidente Bani¦ Sadr. Preferimos deixar ao Pre-sidente do Irã a divulgação."

Afirmou poder Indicar apenasque "o que o Irã está querendodos Estados Unidos hoje é umagarantia de que não interferirãono plano político interno dopaís. O Presidente apresentoutrês meios específicos, pelosquais os Estados Unidos pode-riam mostrar tal garantia e pre-tendemos levar para casa estassugestões."

Khomeiny alertacontra "diabos"

Teerà — O ayatollah Kho-meiny advertiu ontem 300 ca-detes que foram visitá-lo contra"os distúrbios que os diabos(inimigos da República Islámi-ca) tentam criar no Exército, naPolícia Militar, nos quartéis",numa referência indireta às de-serções e não acatamentos deordens que vèm ocorrendo,principalmente com relação àatuação das Forças Armadasno Curdistào.

A "jornada de luto nacional",decretada por Khomeiny, nu-ma homenagem aos motins de5 de junho de 1963. quando fi-cou preso em sua casa na cida-de santa de Qom, foi um fracas-so e refletiu certa desmobiliza-çào da população de Teerã,consideraram ontem observa-dores. Desprovida da esponta-neidade que caracterizou ateagora as grandes passeatas daCapital, a de ontem só teve aparticipação de umas cem milpessoas."Unidade e harmonia devemreinar entre as forças da ordemiranianas, pois do contrário nàopoderão fazer frente aos Inlmi-gos", frisou Khomeiny, de-monstrando certa preocupaçãocom a situaçáo nas Forças Ar-madas, jã que acrescentou: "Épreciso que a disciplina e a or-dem sejam respeitadas entre asforças de segurança. Os solda-dos devem obedecer seus co-mandantes. Mas é preciso queos comandantes não se portemmais como se estivesse sob oantigo regime".

Assumindo a posição que, pe-Ia Constituição do Irá, lhe colo-ca acima do Presidente BaniSadr, o Imã exortou os milita-res iranianos a se oporem aquem quiser lhes enviar asses-sores estrangeiros. Ao divulgara informação, a agência de noti-cias francesa AFP náo esclare-ceu a que país Khomeiny sereferia e que estaria disposto aoferecer assessores às ForçasArmadas do Irã.

Quanto à passeata de ontem,o habitual comunicado da Rá-dio de Teerã exagerou ao ava-liar em quase 1 milhào o totalde pessoas, participando daconcentração do campus daUniversidade de Teerã. Asagências de notícias intemacio-nais foram unânimes em caleu-lar cerca de 100 mil manifestan-tes, numa nítida diminuição damobilização, com relação a últi-ma "manifestação unitária",convocada pelo regime islâmi-co, no dia 11 de abril.

Tanto o Conselho da Revolu-ção quanto o próprio Presiden-te Bani Sadr convidaram a po-pulação a celebrar esta "joma-da histórica". Mas as milharesde pessoas presentes passea-vam pela parte externa do cam-pus, ouvindo distraidamente aspalavras de ordem divulgadaspelo alto-falante. Na tribuna,um menino de sete anos eclip-sou os oradores, vestido comum uniforme de combate, comum quepe de oficial, fuzij deplástico, bandeira da Repúbli-ca Islâmica e ar marcial, posan-do para fotos.

Os slogans foram mais abran-gentes, desta vez, atacando oPresidente Jimmy Carter, a po-litica intervencionista dos Es-tados Unidos, mas também aocupação soviética do Afegã-nistáo. Num dos cartazes, podiaser lido o comunicado que aRádio de Moscou divulgou, há17 anos, anunciando o levantecontra o regime do Xá. Diziaque "bandos reacionários de re-ligiosos islâmicos se haviam su-blevado contra o Xâ". Numero-sas fotos documentavam a in-tervenção da União Soviéticano Afeganistão.

Mais 17 pessoas foram execu-tadas no Irã, imediatamenteapós condenação dos tribunaisrevolucionários em Hamadan eJourghan, a 200 quilômetros aSudoeste de Teerã. Eleva-seagora a 71 o total de fuzilàmen-tos, desde que começou a cam-panha contra o tráfico dedrogas.

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JORNAL DO BRASIL D sexta-feira, 6/6/80 D Io Caderno INTERNACIONAL — 9

Ministro deprecia negros eprovoca crise em Pretória1. Peter Younahusband

Pequim/Foto da UPI

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Cidade dn Cabo — Os negros foram exclui-doe das consultas sobre a nova Constituição8U_africana porque sáo "menosdesenvolvidos"e tém "processos mentais mais lentos", decla-rou no Parlamento o Ministro dos Correios eTelecomunicações, Hennle Smit. Estas afirma-ções abertamente racistas ameaçam pôr porterra as promessas do Premier Pleter Botha deliberalização do apartheid.

Lideres da Oposição parlamentar exigiramque.Botha se pronunciasse contra o MinistroSmit, mas Botha guardou silêncio. O próprioSmit, instado por colegas do próprio PartidoNacional a se retratar, piorou as coisas, decla-.rando que não fizera um Insulto aos negros,mas apenas constatara "uma realidade".

"Bomba"

Smit disse que, se os negros se sentissemofendidos, ele retiraria a declaração e a substi-tuiria pela afirmação de que os negros sáo"mais lentos para assimilar processos constitu-cionais". Devido ao seu background psicológi-co, explicou o Ministro, os negros reagem maislentamente "do que nós aqui".

O lider do Partido Federal Progressista, deoposição, Ray Swart, disse que Smit no fundonão havia pedido desculpas, e sim repetido amesma coisa de outra forma. Mas outro Minis-tro, Marals Steyn, das Relações com os Mesti-ços, defendeu Smit. Steyn tornou-se uma figuracontrovertida nas últimas semanas, por nãosaber negociar com os jovens mestiços queparticipam de boicotes contra o apartheid naeducação.

Smit jogou sua bomba num discurso em quedefendia a decisão governamental de excluir osnegros do Conselho Presidencial proposto porBotha, composto de brancos, mestiços, Índia-

Peter YounghmbandEtptckil porá o Jl

nos e chineses. Esse Conselho deverá substituira atual Assembléia Legislativa sul-africana.

Lideres negros de todo o pais condenaram asdeclarações de Smit em termos furiosos. O liderdos zulus, Chefe Gatsha Buthelezl, disse que,após as declarações racistas do Ministro, quemparticipar do Conselho Presidencial estará en-dossando o "Insulto" aos negros.

O Partido Federal Progressista Já anunciouque não participará do Conselho Presidencial.Agora espera-se que os líderes mestiços e Índia-nos também se recusem. O poderoso movimen-to Inkhata do Chefe Buthelezl jâ se negou aparticipar de um órgão negro separado, queserviria de comissão de assessoramento aoConselho.

Os membros do Partido Nacional, governan-te, estão consternados com a perspectiva deque fracasse seu grandioso plano de reformaconstitucional, pois ninguém quererá cooperarcom o Governo. A única esperança agora, di-zem eles, é uma intervenção do Premier PleterBotha, para limitar o mal que já foi feito porSmit. Todo o pais espera uma ação do Primei-ro-Mlnlstro contra o liderado que lhe causoutamanho embaraço. E a nova Constituição estáagora por um fio.

Fim da greveOs estudantes mestiços suspenderam ontem

seu movimento de boicote às aulas nas escolassegregadas racialmente, enquanto as autorida-des do ensino expulsavam de seus colégiosmais de 2 mil alunos indianos por náo compare-cerem às aulas na área de Durban. A chamadaComissão dos 81 decidiu que a campanha, queafetou escolas de negros e mestiços em todo opais durante seis semanas, deixou de ser viável.Continuam presos 250 líderes do movimento.

Buthelezi, chefe zulu "superstar"

As considerações do Ministro HennieSmit sobre a "lentidão de raciocínio" dosnegros certamente não se aplicam ao chefe

. Gatsha Buthelezl, o descendente dos reis. zulus que em apenas cinco anos se tornou o

principal líder negro do movimento anti-, apartheid.

Hoje, o sucesso dos planos de liberaliza-ção do Premier Piefer Boí/ki depende daaceitação deste büionário, amigo do Presi-dente Jimmy Carter e do novo Primeiro-Ministro de Zimbabwe, Robert Mugabe, seucolega de estudos na Universidade sul-africana de Fort Hare.

Buthelezl precisou de muita astúcia paraganhar a confiança dos negros das etniasminoritárias, os xhosas, tswanas, sothos,etc. Em 1975, ele decidiu reanimar o Inkha-ta, movimento cultural criado em Natal, no

¦ oceano indico. Em dois anos, o movimentopulou de. 20 mil para 150 mü associados

. contribuintes. Hoje, conta com 350 mü mem-bros de todas as etnias, e não só da maioriazulu (5 mühões de pessoas).

Outro obstáculo era o preconceito doslíderes negros tradicionais, esquerdistas,que chamavam Gatsha Buthelezl de fantoc-he dos brancos e desprezavam-no por serchefe tribal. A aversão tinha fundamento:em 1976, os homens de Buthelezl lutaram afaca contra os rebeldes de Soweto, o guetonegro de Johannesburgo.

Mas o chefe zulu absorveu as palavras deordem dos movimentos políticos clandesti-nos (seu Inkhata, como associação cultural,é legal) e usou todos os recursos de show-"man para conquistar as massas, ganhando"'o apelido de Buthelezi superstar.

Em maio último, ele fez seu primeirocomício em Soweto. Seus amigos acharamque Buthelezi estava louco: "O gueto estácheio de extremistas. Eles detestam os che-fes tradicionais. Váo apedrejá-lo". Masquando a Mercedes preta de Buthelezi en-

. trou no estádio Bulani, 20 mü pessoasesquentadas por uma hora de cantos edanças aplaudiram em delírio. O ritual nãomuda. Gatsha sobe à tribuna e grita "Aman-dia!" [Poder). Um enorme eco responde:"Owetho!" {Para o povo). Começa então umdiscurso que pode durar horas.

Cada um de seus discursos é pontuadode minutos de silêncio em memória de SteveBiko (líder do movimento Consciência Ne-gra, assassinado na prisáo) e Robert Sobuk-we (fundador do Congresso Pan-Africanista, morto em 1977 após nove anosde banimento) sem esquecer Nelson Mande-Ia (o presidente do Congresso Nacional Afri-cano, que cumpre há 16 anos pena de prisãoperpétua).

As cenas de delírio que o acompanhamem suas viagens, as manchetes que ganhana imprensa, a mistura de medo e respeüoque inspira aos polüicos brancos, tudo indi-

, ca a importância do fenômeno Buthelezi.Óculos de fino aro de aço, boné negro ou

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Gatsha Buthelezi

boné tradicional na cabeça, Buthelezi atra-vessa as províncias de Natal, Transvaal,Orange, onde estão implantadas as 500 se-ções de seu Inkhata e onde circula seujornal The Natlon (150 mü exemplares).

O poder branco não confia nele, mas otolera, porque ele se opõe à luta armada efavorece os investimentos estrangeiros. Seuprograma: direito de voto para todos osnegros (one man, one vote), libertação cul-tural e socialismo africano náo violento.Seus métodos de luta: o sindicalismo, orga-nizando greves, e os boicotes pelos consumi-dores negros de todos os produtos"brancos".

Cada vez mais conhecido no exterior, éapoiado pela Nigéria, Tanzânia e Zâmbia.Encontrou-se longamente com Jimmy Car-ter em 1976. Naquele ano, Buthelezi recusoua independência de seu território, o Kwazu-lu (Capital, Ulundi), mas aceitou a conces-sáo de autonomia, tornando-se Primeiro-Ministro. "Somos contra os bantustões", dis-se entáo. "Mas a autonomia, por que não?Assim, se os brancos quiserem proibir nossomovimento não poderão fazê-lo. Cairam emsua própria armadilha".

"Apartheid" resiste à abertura

Johannesburgo — Para os nacionalistasAfrikaners, que governam o país desde 1948, asmudanças constitucionais propostas pelo Pre-mier Botha constituem uma grande mudançade curso. A doutrina de desenvolvimento racialseparado, ou apartheid, como foi concebida porHendrik F. Verwoerd e outros destacados na-cionalistas, busca assegurar à minoria branca amanutenção do Poder exclusivo nas partes daÁfrica do Sul não cedidas aos negros, uma áreaque representa mais de três quartos da superfi-cie do país e contém uma porcentagem aindamaior de sua riqueza econômica.

Os direitos politicos dos negros, que hoje são

Suase 20 milhões, numa população de 27 mi-

íões, restringem-se a áreas atrasadas, chama-das bantustões. Os indianos e os mestiços,chamados coloreds na África do Sul, não têmbantustões, mas sáo separados dos brancos porleis que os isolam em áreas residenciais, escolase hospitais segregados. Seu papel político limi-ta-se a assuntos comunitários, sujeito a vetobranco, e eles são apanhados, juntamente com

.08. negros, numa massa de leis que os relega a,ônibus e táxis, toaletes e restaurantes sepa-rados.

O advento do Governo negro em outraspartes da África e a crescente militância entre• os negros do país convenceram muitos tatelec-tüais Afrikaners de que os conceitos de Ver-woerd não são práticos. Mas o Partido Nacionalcontinuou sob o controle de elementos conser-vadores, e até 1978, quando John Vorster des-

•ceu do Poder, após 13 anos como Primeiro-Ministro, o Govemo agia como se os brancospudessem aferrar-se definitivamente ao mono-pólio do Poder em todas as áreas fora dosbantustões.

Adaptar ou morrer• Com a eleição de Pieter Botha como

Primeiro-Ministro, os conservadores linha-duras viram-se rejeitados. Embora longe deser um liberal, Botha, encorajado por gene-ráis do Exército chegados a ele, afirmou quequalquer tentativa de manter o poder exclu-UVo provocaria uma revolução. "Devemosnos adaptar ou morrer", ele disse aos Afrika-ners. "Somos todos sul-africanos, e devemos

John F. BurnsTh* N*w York Time»

agir dentro desse espirito uns com os ou-tros".

O Governo de Botha, de um ano e oitomeses, tem sido prejudicado por problemascom a ala direitista do Partido e seu ambi-cioso líder, Andries P. Treurnlcht, que liderao PN na populosa província do Transvaal.Em vez de enfrentar diretamente os dlreitis-tas, Botha preferiu ir com calma, enviandoos problemas raciais mais sensíveis a comis-soes de inquérito e retardando as reformasmais polêmicas pedidas pelas comissões quejá apresentaram seus relatórios.

Essa tem sido a tática em problemaschaves como direitos sindicais e o sistemado "controle de influxo", que mantém maisda metade de todos os negros confinados emseus bantustões. Também tem significadocautela em assuntos de menor importânciapara os brancos, mas que têm valor simbóli-co para os Afrikaners. Por exemplo, as leisque proíbem sexo e casamento entre bran-cos e outras raças, apesar de publicamentecriticadas por Botha, foram mantidas, e ostransgressores continuam a ser levados aostribunais.

Mugabe querromper com BothaSalisbury — Os rumores sobre uma pos-

sivel ruptura de relações diplomáticas en-tre Zimbabwe e a África do Sul se intensifi-caram depois que o Vice-Chanceler do Go-verno Mugabe, Witness Mangwende, decla-rou à imprensa que "não há nenhuma rela-ção politica" entre Salisbury e Pretória

O Vice-Ministro disse que é preciso dis-tinguir as relações comerciais com a Áfricado Sul das relações diplomáticas. O proble-ma da ruptura de relações está sendo estu-dado pelo Gabinete do Premier Robert Mu-gabe, e espera-se para os próximos diasuma decisáo a respeito. Durante o regimede Ian Smith, a então Rodésia foi um estrei-to aliado da África do Sul. Mas desde aascensão do Governo de maioria negra e daindependência de Zimbabwe as relaçõesestão cortadas, na prática.ss

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Videla, recebido com flores, convidou Guofeng a visitar a Argentina

Deng renunciará em agosto acargo de Vice-Premier chinês

Pequim—Deng Xiaoping, de 76 anos, anun-ciou que vai renunciar ao cargo de Vice-Primeiro-Ministro da China, dando lugar a umlíder mais jovem. Sua saida será decidida napróxima reunião do Congresso Nacional doPovo, em agosto. Disse, porém, que permanece-rá até 1985 nos de cargos de Vice-Presidente doPartido Comunista Chinês, Vice-Presidente daComissão Militar e Presidente da ConferênciaPolítica Consultiva do Povo Chinês.

"Desejo viver um pouco mais", disse ele,justificando sua decisáo, durante entrevista amais de 20 jornais norte-americanos e canaden-ses. O Congresso poderá, também, endossaruma decisão de desligar Hua Guofeng do cargode Primeiro-Ministro, substituindo-o por ZhaoZiyang, de 61 anos.

Transição pacíficaA renúncia de Xiaoping aos outros três

cargos, a mais longo prazo, deverá garantiruma transição pacífica na cúpula dirigente dopaís. Expurgado duas vezes durante a lideran-ça de Mao Tsé-tung, ele voltou ao primeiroplano com a morte deste, em 1976. Iniciou,então, uma completa reviravolta política e naeconomia da China, com sua obstinada campa-nha de industrializar o país até o ano 2000.

Com uma transição suave nos principaiscargos dirigentes, Xiaoping pretende evitarque os seguidores de Mao Tsé-tung retomem oPoder e revertam a politica de modernização daChina e sua atual estratégia no plano mundial.

A primeira etapa de seu afastamento doscargos públicos começou no início do ano,quando passou o posto de Chefe do Estado-Maior do Exército ao General Yang Dz Hi, de 70anos, um veterano da Guerra da Coréia.

Em maio passado, Xiaoping articulou a rea-bilitaçào póstuma de Liu Shao-chi e afastouquatro tradicionais seguidores de Mao do Polit-buro do Partido Comunista Chinês. O próximopasso importante para afastar de vez o legadomaolsta será o julgamento da viúva de Mao,Chiang Ching, e seus correligionários, conheci-dos como o "Bando dos Quatro", acusados déassassinar militantes do Partido durante, a Re-

volução Cultural, ente os anos 1966 e 1976, eresponsáveis pelos muitos expurgos de perso-nalidades políticas menos radicais. Acredita-seque os quatro estejam sob prisão domiciliar emXangai, desde 1976.

Xiaoping náo quis revelar a data exata dojulgamento, mas disse que será aberto ao povochinês, mas náo à imprensa, por envolver segre-dos de Estado. "Todo o povo chinês está escla-recido sobre seus crimes. Seria fácil condena-los pura e simplesmente. Porém, devemos agirde acordo coma lei", disse ele aos jornalistas.

O Vice-Primeiro Ministro chinês defendeutambém a condenação do escritor dissidenteWei Jlng Shang a 15 anos de prisão por venderinformações sobre o Exército chinês a um es-trangeiro durante a guerra dos 30 dias entre aChina e o Vietnã em 1979. Recusou-se, noentanto, a tadentificar o pais que comprou ainformação, pois "não desejamos más rela-ções".

PNBAté o flnal do século, a China espera osten-

tar um Produto Nacional Bruto de 1,2 trilhão dedólares e uma renda de 1 mil dólares porhabitante, quatro vezes superior à de hoje. Masisso não significa muita prosperidade, pois opadrão de vida dos 1,2 bilhão de chineses noano 2 mil será equivalente ao dos japoneses eeuropeus na década de 1950.

As informações foram ciadas por Deng Xiao-ping, para justificar o esforço de modernizaçãoque vem impondo ao país,

Ele afirmou que as vantagens da Chinaresidem num sistema social superior e na abun-dãncia de recursos naturais. A estas vantagenscontrapõe-se o elevado número de habitantes:"Devemos considerar que nosso pais é muitopopuloso e que os dirigentes chineses falharamem reduzir o crescimento populacional".

Xiaoping afirmou que os resultados da eco-nomia chinesa no último ano foram satlsfató-rios e que há motivos para se pensar que asmetas de modernização modestas eventual-mente podem ser concretizadas.

EUA vão dar prioridade à ChinaBernard Gwertzman

Washington — Os Estados Unidos abando-naram formalmente sua política de "tratamen-to igual" à China e á Uniáo Soviética, e decla-raram que desenvolverão suas relações com aprimeira "com base nos méritos das mesmas".O novo relacionamento incluiria a transfere--cia para os chineses de tecnologia avançada,inclusive para uso militar, disse o Subsecretá-rio de Estado para o Leste da Ásia e o Pacifico,Richard Holbrooke.

O Departamento de Estado também planejacriar consulados chineses em Nova Iorque,Chicago e Honolulu. Além desse acordo consu-lar, que as autoridades disseram estar próxi-mo da conclusão, os dois lados trabalham numacordo de aviação civil que pode abrir serviçoaéreo direto entre os Estados Unidos e a Chinajá neste segundo semestre.

Amigos

Também se espera um acordo nas próximassemanas que permita á China fazer transaçõescom o Banco Export-Import. E reiniciaram-seas negociações sobre um acordo têxtil. Essesacordos foram citados por autoridades quandosolicitadas a explicar uma declaração feitapor Holbrooke, que disse quarta-feira:

"No finai deste ano, teremos concluído oeatabelecimento de um quadro legal e institu-cional básico dentro do qual os povos america-no e chinês possam desenvolver todo o poten-ciai de suas relações culturais, cientificas etecnológicas". E mais: "As relações com aChina não sào uma simples função de nossasrelações com a Uniáo Soviética". Mas obser-

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vou que as ações soviéticas podem afetar oslaços de segurança sino-americanos. "Náo ha-vendo ataques frontais a nossos interesses",disse ainda Holbrooke, "continuaremos — co-mo agora — amigos, mais que aliados".

Autoridades do Departamento de Estadodisseram que a implicação dessa declaraçãoera deliberada: se a Uniáo Soviética avançarmilitarmente além do Afeganistão e entrar noPaquistão, por exemplo, adotando assim umapostura mais ameaçadora, isso poderá fazercom que a China e os Estados Unidos estabele-çam laços de segurança mais estreitos.

Do mesmo modo, Holbrooke observou que apolitica americana de não vender armas àChina também se baseia na atual situação,sugerindo que ela poderia ser modificada se osacontecimentos o exigirem. "Nós náo vende-mos armas à China, nem nos empenhamos emarranjos de planejamento militar conjuntoscom os chineses", disse. "A atual situaçãointernacional não justifica isso. Nem nós nemos chineses buscamos tal relacionamento dealiança

Há um ano e meio, pouco antes da normal,zação das relações entre os dois paises, o entáoSecretário de Estado Cyrus Vance declarouque os Estados Unidos dispensariam um "tra-tamento igual" à China e à União. Soviéticaquanto ao desenvolvimento de intercâmbioscomerciais e de outros tipos.

Depois, ocorreu a deterioração das relaçõessoviético-americanas, e em fins de 1978 osEstados Unidos decidiram outorgar à China acondição de "nação mais favorecida" em seucomércio, não fazendo o mesmo com a UniãoSoviética.

Videla condena superpotênciasPequim—O Presidente Jorge Rafael Videla,

da Argentina, disse ontem ao desembarcar emPequim para uma visita de seis dias, que acooperação internacional é essencial porque"nenhuma grande potência, qualquer que sejaseu poderio, é capaz de garantir a paz e a ordemmundial".

O Diário do Povo, jornal do Partido Comu-nista Chinês, qualificou de "muito importante,de influência de longo alcance", a visita deVidela — primeiro Presidente sul-americanoem exercício a visitar a China — que foi recebi-do no aeroporto pelo Primeiro-Ministro HuaGuofeng.

No banquete oferecido a Videla, Hua exor-tou "todos os paises amantes da paz" a traba-

lhar juntos para trustrar a agressão e denun-ciou "a ultrajante agressão militar soviéticacontra o Afeganistão e a agressão vietnamitacontra o Kampuchea (Camboja)". O Premierchinês aceitou "com prazer" o convite do Presi-dente argentino para visitar a Argentina embreve.

Videla afirmou que a Argentina está abertaao diálogo permanente com todas as naçõesque "como a China estejam dispostas a colabo-rar para construir um mundo melhor e maisseguro, para nós e nossos descendentes", e náoendossou, nem refutou as acusações de Huacontra a União Soviética, principal importadorde cereais e came da Argentina.

Militar consolida poder em SeulSeul — O regime de lei marcial da Coréia do

Sul revelou ontem a composição de seu ComitêPermanente, de predominância militar, quepretende governar o pais mantendo a aparên-cia de uma administração civil.

Foi o próprio Tenente-General Chun Du-Hwan, o homem forte do regime, quem afixounum edifício público próximo à Casa Azul,residência presidencial, o comunicado oficialda formação do novo organismo de 30 mem-bros. O ato contou com a presença do Primeiro-Ministro Park Choong-Hoon e de outros chefesmilitares, inclusive do Executor da Lei Marcial,General Lee Hee-Sung.

O poder de fato está agora nas mãos de 18generais e 12 líderes políticos, apesar da perma-nència de um governo civil cheSado pelo Presi-dente Choi Kyu-hah. Depois de afixado o aviso,o General Chun entrou no prédio público sobaplausos dos militares. Ontem mesmo, Chunreuniu-se com o Embaixador norte-americano,William Gleysteen Jr, durante três horas. Osassuntos tratados nesse encontro não foramrevelados, mas, segundo os observadores, fazparte dos esforços diplomáticos desenvolvidospor Washington para levar os militares a umcontrole efetivo do govemo sul-coreano e aoconseqüente controle da crise politica.

Conselho de Segurança daONU acata moção de censuracontra terroristas judeus

Nações Unidas e Jerusalém—Com a abstenção dosEstados Unidos, o Conselho de Segurança das NaçõesUnidas aprovou por 14 votos contra zero uma moção decensura aos atentados judeus contra os prefeitos ára-bes da Cisjordánia, enquanto em Israel fontes citadaspela agência France Presse informavam que os autoresdas ações terroristas sáo 10 israelenses, a maioria dosquais reside naquele território.

O Conselho de Segurança exortou ainda Israel aindenizar as vitimas, os prefeitos de Nablus, BassamSha'Aka, que perdeu as duas pernas, e de Ramallah,Karim Khalaf, que teve amputado o pe esquerdo.Segundo a France Presse, os autores dos atentados,cujas identidades não foram reveladas, estão agora naclandestinidade e nào foi dada nenhuma indicaçãosobre seus eventuais laços com Partidos politicos israe-lenses.CONTROLE E8TRITO

A ameaça de gangrena na co-xa provocada pela amputaçãode suas pernas agravou o esta-do de Sha'Aka, que deixou on-tem o centro médico de Nablus,seguindo para um hospital emAmã, na Jordânia. ShaAka re-jeitou a oferta do Govemo deIsrael para se tratar num doshospitais mais modernos dessepais.

E, Belém, seu prefeito demis-sionário, Elias FreiJ, exortou to-dos os dirigentes municipaisárabes a renunciarem a seuscargos, como protesto pelosatentados terroristas judeus epela ocupação militar israelen-se dos territórios muçulmanos,enquanto a Al Fatah, o braçoarmado da Organização para aLibertação da Palestina (OLP),advertia que a guerrilha pales-tina aumentará suas "opera-ções revolucionárias".

Ontem, as tropas israelensesde ocupação mantiveram umestrito controle nas cidades daCisjordánia, pois foi o 13° ani-versário da conquista daquelaregiáo por Israel, data na qualos terroristas palestinos mos-tram-se ativos. Em sinal de pro-testo contra os atentados terro-ristas judeus, todos os prefeitosárabes da Cisjordánia solidar!-zaram-se com 8ha'Aka, Khalafe Twil, permanecendo o comer-cio da regiáo parcialmente fe-chado. A rádio de Jerusaléminformou que as investigaçõessobre os atentados concen-tram-se agora nos colonos ju-deus de Kirkat Arba, colôniaisraelense próxima à cidade pa-

lestina de Hebron. 8ha'Aka,por sua vez, acusou o serviçosecreto israelense, Mossad, deter organizado os atentados ter-roristas contra os prefeitos.

Em desafio às ordens do go-vemo militar israelense de nãofalar á imprensa, o prefeito de-missionário de Belém pediuque seus companheiros sigamseu exemplo, apresentando opedido de renúncia dentro daspróximas duas semanas. "Setodos renunciarmos, criaremosum grande problema para Is-rael", destacou Elias Freij.

As renúncias em massa colo-cariam Israel na diflcil posiçáode ter de administrar e finan-ciar 25 cidades importantes daCisjordánia ou então de indicarnovos prefeitos árabes. Até ago-ra, só um outro prefeito renun-ciou: Rashld A-Shawa, de Ga-za. Outros de seus colegas di-zem que náo querem fortalecerIsrael ao abandonar seus car-gos. Fontes palestinas, no en-tanto, comentaram que algunsdos prefeitos temem ser substi-tuidos de fonna permanente,perdendo, assim, suas posições.

Freij revelou que há cinco se-manas as autoridades israelen-ses determinaram o fechamen-to de uma escola com 700 alu-nos e que centenas de morado-res de Belém vêm sendo Inter-rogadas pelos serviços de segu-rança de Israel. Depois de afir-mar que o povo palestino "há13 anos está sendo humilhado eoprimido pelos invasores israe-lenses", Freij lançou um pedidode ajuda a todos os paises domundo em favor da causa pa-lestina.

Begin nega contatoscom o Rei Hussein

Tel Aviv — O Primeiro-Ministro israelense, MenahemBegin, desmentiu que seu Go-vemo tenha oferecido ao ReiHussein, da Jordânia, a Cisjor-dânla em troca da paz no Orien-te Médio. A noticia fora divul-gada pelo jornal norte-americano Atlanta Constitu-tion, segundo o quel Husseinrejeitara uma proposta israe-lense que implicava o reconhe-cimento da soberania de Israelsobre Jerusalém Oriental.

Begin explicou que houve um-mal-entendido: o ex-Ministrodo Exterior israelense, o traba-ihista Moshe Dayan, reuniu-sena verdade com Hussein paratentar negociar um acordo depaz, mas Jamais aconteceu umaproposta efetiva de seu Gover-no conservador nesse sentido.

As negociações com a Jordâ-nia, segundo as declarações deBegin publicadas pelo jomal,começaram no Govemo traba-Ihista anterior ao seu e prosse-gulram depois através de seuex-Ministro do Exterior, MosheDayan.

Revelou ainda Begin que asconversações visaram a "assu-mir compromissos territoriaisque dariam á Jordânia parte daJudéia e Samaria e, principal-mente, o vale do rio Jordão. Oreizinho, contudo, respondeuque isso era inaceitável, sobquaisquer circunstâncias".

Pela proposta apresentada aHussein, continuou Begin, Is-rael referia o controle completode Jerusalém, conservaria tro-pas em pontos estratégicos daCisjordánia e a Jordânia teriauma zona franca no porto deHaifa, o que lhe daria acesso aoMar Mediterrâneo pela primei-ra vez. As conversações foraminfrutíferas porque Hussein exi-giu o controle de toda a mar-

gem ocidental do Jordão e deJerusalém Oriental.

Há muito circulavam rumo-res de que Israel havia mantidonegociações secretas com Hus-seta, mas as declaraçéos de Be-gin foram a primeira confirma-çáo oficial das conversaçõesrealizadas pelo Govemo traba-Ihista israelense. Mais tarde, aoexplicar suas declarações aojornal Atlanta Constitution,Begin frisou que seu Govemo,formado pela coalizão conser-vadora Likud, jamais fez qual-quer proposta à Jordânia. "Fa-lei com os repórteres sobre asconversações do Partido Tra-balhista e eles (os jornalistas)acharam que eu também fizerao mesmo", esclareceu o Pre-mier.

Segundo ainda o jornalAtlanta Constitution, Begin re-velou que Israel pretende criarmais 10 colônias na Cisjordániae reforçar as existentes; as 10colônias seriam as últimas damargem ocidental do Jordão.Begta disse esperar que seuanúncio sobre as 10 últimas co-lônias agrade aos norte-americanos, que tentam conse-guir o reinicio das conversaçõesentre o Premier e o Presidenteegípcio Anwar Sadat. Beginmanifestou seu empenho na re-tomada das conversações, masressaltou que cabe a Sadat to-mar a iniciativa.

O líder do Partido Trabalhis-ta, Shimon Peres, criticou ener-gicamente Begta por haver re-velado os contatos que o Go-vemo trabalhista manteve comHussein. "Os Governos traba-lhistas evitaram sempre contaro que quer que fosse sobre seuscontatos com o soberano jorda-niano, e se pode temer aograque os dirigentes árabes dei-xem de aceitar tais entrevistas,por medo das indiscrições",destacou Peres.

Egito ameaça guerrase Etiópia fechar Nilo

Cairo — O Presidente AnwarSadat afirmou ontem aos co-mandantes e oficiais do Exerci-to egípcio que todos devem pre-parar "planos e alternativas pa-ra frustrar uma possível tenta-tiva da Etiópia de bloquear aságuas do rio Nilo que corrempara o Egito, com o apoio daUnião Soviética".

O Govemo egípcio desviouem abril passado as águas dorio Nilo para irrigar uma zonaestéril da Península do Sinai de14 hectares, o que foi denuncia-do pela Etiópia junto à Organi-zação para a Unidade Africana(OUA). "Se os etiopes fizeramtodo este alarde por causa de 14mil hectares, o que nào farãoquando desviarmos maiorquantidade de água para abas-tecer novas populações e cen-tros industriais em todo Sinai",perguntou Sadat, acrescentan-do: "É para isto que devemosestar preparados".

O problema entre os dois pai-ses surgiu depois que o Gover-no etiope acusou o Egito peran-te a OUA de desviar as águasdo Nilo para israel, atraveí. doSinai. Sadat disse ter recebidoa acusação "com grande sur-presa" e afirmou que "a UniãoSoviética deseja um confrontocom o Egito" e que está "inci-tando a Etiópia a criar obstácu-los para os egípcios".

Sadat afirmou com energiaque o Egito nâo precisa pedirpermissão à Etiópia para des-viar as águas do Nilo para oSinai, "e se tentam nos impedirnovamente não haverá outraresposta senão a que todo omundo reconhece: a força".

A Etiópia acusou o Egito deviolar o acordo de 1897 sobre aságuas do Nilo ao desviá-las pa-ra o Sinai, ao que a Chancelariaegípcia respondeu, dizendo queo Sinai é parte integral do terri-tório egípcio.

Israel ataca Sidone mata guerrilheiros

Tel Aviv, Beirute — Forçasisraelenses atacaram na noitede ontem o porto de Sidon, nosul do Líbano, matando e ferin-do um número não determina-dó de guerrilheiros palestinos evoltando ás suas bases sem ne-nhuma perda, segundo infor-mou o comando militar israe-lense. Um porta-voz palestino,entretanto, afirmou em Beiruteque canhoneiras israelensesdispararam contra um bar a

beira-mar de Sidon. matandouma pessoa e ferindo outrastrés.

O comando israelense disseque a operação faz parte deuma estratégia de conjuntodestinada a impedir a formaçãode comandos palestinos quetém o objetivo de fazer incur-soes em território de Israel. Oataque, segundo o comando, éuma ação preventiva contra asguerrilhas palestinas.

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JORNAL DO BRASIL rVice-Presidente Executivo: M. F. do Nascimento BritoEditor: Waltir Fontoura

Rio de Janeiro, 6 de Iunho de 1980

Dlretore-Presidente: Condessa Pereira Carneiro Diretor: Bernard da Costa CamposDiretor: Lywel Salles

Difícil de EntenderHá duas semanas, a CESP assinou -contratos

para construir quatro usinas hidrelétricas, apro-veitando o rio Paranapanema, que produzirão 2,7milhões de kW. Além disso, para conferir maiseficiência à usina de ilha Solteira, construirá ocanal Pereira Barreto, no rio Tietê.

Essas quatro obras custarão alguma coisa emtorno de 3 bilhões de dólares. E já se sabe que aEletrobrás não entrará com um tostão. O dinheiroterá de sair todo da CESP.

Sabe-se, também, que a Brascan, então cana-dense, não vendeu a Light apenas porque achouquem lhe desse um bom preço. A Light estavasufocada financeiramente: a estrutura tarifária nãoremunerava a empresa a ponto de arcar com asgraves responsabilidades de reinvestimento. Erapreciso — e ainda é — investir na modernizaçãodos serviços da empresa, no Rio e em São Paulo.Tanto assim que a Light, antes de ser incorporadapela CESP, previa gastar, este ano, CrS 800milhões por mês, só em São Paulo.

Pois, agora, a CESP compra a Light (e asdividas da Light), por um preço próximo de CrS 60bilhões, ou seja, o valor de seus ativos em SãoPaulo, a preços de dezembro de 1979.

E terá de construir duas usinas nucleares.Também sem receber um solitário tostão da Eletro-brás.

Qual será a mágica? Onde a CESP encontrarátanto dinheiro? À custa do consumidor — ou doendividamento externo?

O Governo federal decidiu construir a toquede caixa mais duas usinas nucleares. E partiu dapremissa de que a melhor maneira de levantarrecursos para a CESP seria vender-lhe a Light. Émuito difícil entender. Se a Light remunerasse seusinvestimentos com tanta generosidade que pudesseconstruir, além de tudo, duas usinas nucleares (quenão são o empreendimento industrial mais baratoque se conhece), a Brascan não teria sido tãoobstinada em tentar passar o negócio para oErário.

Trata-se, evidentemente, de mais uma ginásti-ca burocrática, uma acrobacia contábil, com altosdividendos para o Governo de São Paulo (quepassa a ter à sua disposição mais algumas diretoriase subdiretorias para nomear), com o objetivo deempurrar pelo bolso do consumidor um programanuclear absolutamente condenável.

O Brasil não tem dinheiro para este programanuclear. Nem a CESP e muito menos a Light. Oprograma nuclear é uma quimera da burocraciabrasileira, que empenhou a sua respeitabilidadeinternacional para construir usinas que poderiamser, perfeitamente, adiadas, em benefício do apro-veitamento de quedas dágua ainda utilizáveis noCentro-Sul — e até que se resolvam os problemastecnológicos da corrente contínua, que, um dia,trará energia da Região Amazônica para os centrosconsumidores mais ao Sul.

Trata-se, portanto, de mais uma traição aocontribuinte. Sem que ninguém fosse consultado —sequer as Bolsas de Valores ou a CVM sabiamexplicar por que estavam suspendendo as ações daLight do pregão — lança-se mais uma despesa que,de alguma forma, terá de ser coberta. Ou com maisum rombo no orçamento, ou mais um aumento detarifas de energia elétrica, ou com mais endivida-mento externo.

E os habitantes de Iguape e Peruíbe, queacabaram de ser presenteados com este inesperadobrinde, trazido pelo trenó da burocracia, sem quetivessem o direito de protestar, terão de conviver,daqui por diante, com um vizinho, além de tudo,ameaçador.

Há, pelo menos, um consolo: nossos sóciosalemães na empreitada nuclear estão exultantes.Conseguiram reforçar sua carteira de encomendascom mais duas operações neste mercado brasileiro,inexplicavelmente em expansão. O que até secompreende: quem está amargando uma inflaçãode 94,5% ao ano é o Brasil e, não, a Alemanha.

Jogo PerigosoÉ evidente o sinal de esgotamento precoce da

atividade oposicionista no Congresso. O objetivoestratégico não disfarça o oculto desejo de umcolapso no processo de abertura do regime. Prinei-palmente no PMDB, mais do que o desejo, torna-seclara uma colaboração em favor do pior. É o velhoequívoco de achar que, quanto pior, melhor.

Pior para o Governo, pior também para aOposição. As correntes da Oposição endossaram atese da convocação de uma Constituinte. Menos orecente PT, que se contenta com o impasse. Peloque se vê, condicionaram esta solução à necessida-de de provocar o impasse político. O objetivoestratégico, porém, não é explícito. Mas o fato éque, no inconsciente oposicionista, fixou-se a ilusãode que tudo se tornará mais fácil e acessível seentrarmos no beco sem saída. Não há outra formade explicar o abandono da via do entendimentopolítico por parte das Oposições.

O Brasil avançou politicamente através daanistia e da reformulação partidária, mas sem amínima colaboração oposicionista. Era normal quea Oposição duvidasse das intenções do Governoantes. Mas é anormal que não seja capaz de utilizarconstrutivamente as franquias abertas. Estaciona-mos na hora de dar os passos seguintes da abertu-ra, por falta de contribuição oposicionista. OPMDB, em particular, plantou-se na visão exclusi-vãmente eleitoral dos problemas institucionais:quer ardentemente que o Governo se arrebente,para capitalizar o descontentamento social nasurnas. Esqueceu-se o PMDB de que as eleiçõestambém estão no bojo das dificuldades.

A estratégia inconfessável tem uma dose exces-siva de subjetivismo político. É, portanto, tambémingênua. E para os que querem apenas o pior, semesperar benefícios, demonstra má fé. Neste momen-to começa a aparecer uma colaboração deliberadapara apressar a pior hipótese. E para tanto contri-buem um comando partidário omisso e uma lide-rança parlamentar desorientada pela indefiniçãode rumos.

A conduta parlamentar oposicionista está ini-bida pelo fenômeno do patrulhamento radical queexerce sobre toda a bancada uma tirania ideológi-ca. A ação predatória do grupo kamikase quer

provocar o holocausto de todas as Oposições. É aconseqüência lógica da visão ingênua dos quepretendem salvar-se eleitoralmente de uma catas-trofe que desabasse sobre o Governo. Que searrebente o Governo, para que o PMDB se possasalvar nas urnas, é porém um raciocínio mórbido,porque incapaz de perceber que as eleições seincluiriam no naufrágio. É a pior das ilusões suporque, rendido pelas dificuldades, o Governo venha asocorrer-se das Oposições. É conduta de quem nãoaprendeu com a nossa experiência recente e dequem desconhece as lições da História.

Para quem adota o caos como objetivo estraté-gico, todas as variantes políticas que contribuampara isso tornam-se válidas. E se o objetivo nãopode ser confessado — como é o caso — ninguémprecisa ser responsável. As mãos sentem-se livrespara demolir o pouco que existe.

A primeira reação da bancada do PMDB aosdenominados kamikase é sintoma de uma débilconsciência do perigo. A própria fraqueza nacondenação dos excessos comprova que o instintopolítico oposicionista está inibido. A fase de provo-cação deliberada decorre do desejo inconsciente depromover o pior, tanto quanto possível sem secomprometer, mas também se comprometendo sefor o caso. Parece que é. A liberdade tática dosprovocadores é concedida pela irresponsabilidadeestratégica.

O padrão suicida desse oposicionismo nãoreflete, porém, os sentimentos e aspirações dasociedade. Se as Oposições não percebem isso,enganam-se mais uma vez. Não estão autorizadas adestruir o único caminho disponível. Nem mesmopara seguir outro, a custo e prazo imprevisíveis,para uma aventura que só pode interessar a quemnão tem nada a perder.

Os brasileiros querem recuperar todos os seusdireitos políticos e viver em estabilidade e normali-dade políticas. Mas sem passar por novas privaçõese sacrifícios. Os sentimentos nacionais se identifi-cam com as soluções democráticas mais viáveis, asque já estão à vista. Podem, portanto, ser negocia-das num entendimento político que torne dispensa-veis ferramentas que mais destroem do que cons-troem.

IncompetênciaOs militares bolivianos afiam as espa-

das para um novo golpe, acusando ospolíticos de incompetentes. Estes, porsua vez, fazem o jogo do adversárioameaçando trazer ao tribunal o OovemoBanzer, periodo máximo do militarismoboliviano — e o único Governo estável deque a Bolívia dispôs em décadas. A essespolíticos afoitos e imprudentes náocustaria lembrar que o passado é tarefapara os historiadores. Politica se faz nopresente, com os olhos no futuro. Fazer ocontrário é fazer o jogo do obscuran-tismo.

1 opicos

ReflexãoUm diretor da Fiat italiana transmitiu

a empresários brasileiros, em conferência'feita em Sào Paulo, uma visão conceituaido sindicalismo europeu. Ressalvandoque não se exportam soluções sociais, oSr Cesare Annibaldi — diretor de rela-çòes industriais daquela empresa — defi-niu relações industriais como fenômenoindissociável da politica econômica e so-ciai. Cabe a cada pais encontrar o seucaminho de equilíbrio social, mas parater um minimo de eficiência a economianão comporta incoerência entre os siste-mas politico, econômico e de relaçõesindustriais. Logo, "controle de preçospressupõe controle de salários". Falounum pais amarrado exatamente por essa

contradição. O controle dos preços invia-biliza a livre negociação entre empresa-rios e empregados. E sem o entendimen-to leal e franco entre as duas partes, asrelações regridem a um estágio em queos interesses não se associam para solu-çóes de benefícios recíprocos. Dentrodessa visão foi que dirigiu aos empresa-rios paulistas o conselho para "não abu-sarem da vitória na greve do ABC, poisisso é sempre muito perigoso". No regimede preços controlados em que vivemos,as negociações salariais diretas estáoconfinadas a uma impossibilidade. Umagreve que náo se resolve em acordo satis-tatório para as duas partes escapa aoplano das relações industriais. Sáo dig-nas de reflexão, pela oportunidade, aspalavras do diretor da Fiat.

Cozinha OníricaAo ensaio de Eça sobre a Cozinha

Arqueológica, o Secretário Especial deAbastecimento e Preços dá uma contri-bulcáo inesperada: receitas para a prepa-ração de pratos com base na soja. Estasreceitas poderão vir um dia a compor umvolume mais interessante do que o Açu-car, de Gilberto Freyre, o Comidas, MeuSanto, de Guilherme Figueiredo, e livrosditados pelo interesse antropológico, ti-po Cozinha Baiana, de Hildegardes Via-na. Cozinha Onírica poderá ser o titulodo volume do Sr Carlos Viacava, que

talvez o altere para Cozinha Tecnocrá-tica.

A leitura atenta da receita da Feijoa-da á Viacava sugere uma preferênciapelo primeiro titulo, pois nela apenas sesonha com o feijão. Deve preparar-se esseprato (recomenda o Secretário Especial)com grãos de soja, lombinho defumadoou lingüiça, além dos temperos, natural-mente, para fazer o refogado. Falta, forao feijão, o elemento fundamental da re-ceita de vatapá do samba de DorivalCaymmi: um tecnocráta "que saibamexer".

Testada por nutricionistas da Bolsade Gêneros Alimentícios, a feijoada semfeijão á Ia Viacava foi explicada por umadelas da seguinte maneira: "A soja podeadquirir o sabor que se quiser, dependen-do dos temperos e de sua combinaçãocom outros alimentos." Como diria Má-rio de Andrade, é que nem a sopa depedra da anedota; ou como o chuchu,que também toma o gosto de outrosalimentos, levando Manuel Bandeira adizer desse herbáceo (em certa épocaresponsabilizado pela-inflaçào) que era"a coisa mais bestinha do mundo". Coma pedra náo há problema: toma-se ocaldo e joga-se a pedra fora. O chuchucome-se "com os outros alimentos" quelhe dáo gosto.

Com a Feijoada à Viacava, o cariocavai inventar uma piada para perguntar aseu inventor onde está o feijão; e consta-tar, principalmente, que a soja é muitoboa para exportar.

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CartasReservas em abandono

No extremo Sul da Bahia, a devasta-ção indiscriminada é vergonhosa. Dá-nosa entender que náo existe, ou nuncaexistiu, nenhuma presença do IBDF naregiáo. Onde fora uma imensa floresta,hoje, está reduzida a montes de cinzas,conseqüentemente em pastagens. Os bo-queiroes, córregos e lagoas estáo semproteções, toda vegetação que preserva oleito foi devastada, todo ecossistema es-tá sendo irremediavelmente abalado.Acredito que o minimo de atenção quefosse dado á região, um pouco de discipli-na, poderia ter evitado danos tão profun-dos à fauna e ã flora.

Nota-se, aos olhos do viajante, quetoda riqueza proveniente da madeira nãopermaneceu nesta região sofrida. A misé- -ria, neste extremo sul, é muito grande. Olatifúndio, terras improdutivas com meiadúzia de bois, marca a presença de ricosfazendeiros. Imagino que, quanto maismantiver à margem este povo miúdo,doente e sem esperanças é importantepara este capitalismo selvagem e desu-mano sobreviver.

Descendo a BR101, damo-nos com areserva florestal Monte Pascoal, criadapor decreto no Govemo de Getúlio Var-gas, para preservar os 22 hectares daqual é composta. O mais curioso é queela não está táo protegida como reza odecreto; falta-lhe infra-estrutura parafuncionar como tal. Vamo-nos colocarem substituição aos agentes do serviçoflorestal: que faríamos nós se houvesseum incêndio na mata, como debelaria-mos? Como comunicaríamos ao postomais próximo, ou ao próprio IBDF, sobrea ocorrência? Restaríamos sentar e ver22 hectares serem queimados, náo exis-tindo nenhum rádio transmissor parauma eventual emergência, um helicópte-ro para vôo de fiscalização e denúncia decaçadores furtivos, roupas e equipamen-tos de combate a incêndio. Tendo a reser-va agentes, impotentes, a manter e pre-servar uma imensa área com revólverescalibre 38. Quanto ao resto do extremoSul, escutei da boca de uma agente dareserva: "Imagina você: a reserva se en-contra nesse estado de abandono, já pen-sou no resto"? Essas palavras encerram ototal abandono das nossas reservas. Re-nato Senna — Rio de Janeiro.

Soja e feijão-pretoO Ministro da Agricultura, Sr Amaury

Stábile, lançou, durante um almoço emSão Paulo, campanha de incentivo aoconsumo do feijão-soja, em substituição,ao feijão-preto. Justificou a substituiçãocom o teor nutritivo e o baixo preço doproduto (50% menos). Até aí, tudo bem.O que causou estranheza porém foi adeclaração de S Exa, segundo a qual, oGoverno está empenhado no baratea-mento da alimentação. Ora, quando aimprensa nos informa, diária ou sema-nalmente, sobre as concessões de aumen-to feitas pela Sunab ou sobre os índicesdo custo de vida fornecidos pela FGV,sempre com maior peso o da alimenta-ção, cabe indagar onde está o empenhodo Governo a que se referiu o Ministro.

Sáo citados aqui os mais recentesaumentos: do leite, para Cr$ 20, comsupressão do tipo C, o de maior consumo,pelo seu preço: Cr$ 10; do açúcar, de Cr$11,90 para Cr$ 18; do feijão-preto, paraCr$ 60, pela tabela do mercado clandesti-no; da energia elétrica, em 55% (nov./79);e para junho próximo novo aumento de16%, com previsão de outro tanto, paraagosto; do gás engarrafado, para Cr$ 165;e no setor da moradia, 55,6%, inclusive asprestações do BNH. A declaração doMinistro seguiu a linha de pensamentode um seu colega, no lançamento, emcerta oportunidade, da politica da pane-Ia cheia — a panela do pobre, claro.Ambas as declarações produziram umacomo que ação anestésica, mantendo oenfermo alheio à realidade do seu estado.Licínio F. de Assis — Rio de Janeiro.

Munição no crimePor discordar da opinião expressa por

um dos leitores na seção Cartas, gostariaque minha resposta fosse publicada nosseguintes termos: 1 — O leitor DanielBarbosa de Sá do alto da sua inexperièn-cia, em sua carta publicada no JB do dia24/5/80, atribui à munição um papel degrande importância na criminalidade, es-quecendo que uma faca, uma pedra ou

um pedaço de madeira causam tanto malquanto um projétil 38, e que além domais, o cidadão comum, na maioria dasvezes, não questiona se a arma que lhe éapontada é de brinquedo, se está comdefeito ou descarregada. 2—Muitas mor-tes e assaltos ocorrem com armas decalibre 45 e pelo que sei essa muniçãonáo se encontra a venda em nenhumaloja na Baixada Fluminense. 3—Caso aspalavras desse senhor encontre eco emalguma autoridade, deve-se criar lmedia-tamente a categoria funcional de reco-lhedor de cartuchos, que teriam comomissão, logo após uma troca de tirosentre policiais e bandidos, recolher oscartuchos vazios, para que os policiaispudessem fazer a troca-direta. Ao contra-rio do que o Sr Daniel imagina, as ruas eos morros sáo diferentes dos estandes detiro, onde após os exercícios, as atirado-res recolhem calmamente os cartuchosque se encontram em seus boxes. 4 —Termino rogando aos céus para que essapessoa, algum dia que esteja com suanamorada numa praia ou rua deserta,não venha a ter que entregar seus perten-ces e sua amada, diante de uma garrucha22, descarregada. Paulo Roberto Nunesde Oliveira — Rio de Janeiro.

Agressão ambientalAinda sob o impacto do paradoxo querepresentou para mim a inauguração,

sob os auspícios da FEEMA, da Semanado Meio-Ambiente, escrevo a esse Jornalcomo testemunha que sou de como sedestrói o meio-ambiente. Não me voualongar expondo o que vi. Apenas basta-rá dizer: o palco foi montado sobre agrama do jardim da Praça Xavier deBrito; as plantas serviram de apoio paradelimitar c teatro; as pessoas (adultoscom as crianças nos ombros) pisoteavama grama, como se estivessem na calçada;os carros ocuparam a praça (radiopatru-lha também), enfim o Apocalipse doMeio-Ambiente! Ainda bem não tinhadito á minha neta o porquê daquilo tudo!Irene M. Leal — Rio de Janeiro.

Contra o abortoÉ impossível ficar cala-da. "Pior cego é aqueleque náo quer ver..." Pre-ciso falar. Meu Deus doCéu, a que ponto chega-mos! Guerra fria, caleu-lista, consciente, contratudo o que se apregoou oano passado, Ano Inter-nacional da criança, Co-mo? De que criança? Se-rá que o feto, pelo sim-pies acaso de estar aindadentro do útero maternonáo é criança também?Náo?! O aue é entáo? La-gartlxa?! O quê? Só depois de três mesesé gente? Entáo até completar um certotempo era o què? Nada? Todos sabemosque o coração bate e o cérebro funciona apartir da primeira semana de vida. Semcontar a alma, que lhe foi insuflada nomomento da concepção! Sob a alegaçãode que "a criança indesejada (mesmonascida a termo) pode acarretar proble-mas psicológicos para ambos (máe e fl-lho) sociológicos, demográficos etc..., amaioria aplaude a luta pela legalizaçãodo aborto. Ou ser a luta pela paz em suasconsciências mesquinhas e assassinas?

Aborto! Etmologicamente, esta pala-vra significa "matar, morrer, perecer", oque, em outras palavras, é o sacrifíciovoluntário (quando provocado), de umser humano incapaz de sobrevida extra-uterina. £ certo que a mulher tem odireito de decidir sobre o seu corpo, dedecidir se deseja ou não o filho, a gravi-dez. Mas também é certo que ela tem odever de evitar o coito volúvel, prevendoas conseqüências que este lhe trarão. "Émelhor prevenir do que remediar."

É bom "fazer amor" quando o corporeclama, mas é melhor ainda quando setomou as precauções necessárias a seevitar uma possível gravidez. E existemtantas, ora bolas! É preciso que a mulherseja mulher de verdade e domine os seusinstintos, se o seu corpo não estiver pron-to a uma entrega total, sem restriçõesperante ela mesma, perante o seu parcei-ro, perante a familia, perante a socieda-de, perante Deus! Entregá-lo na horacerta, consciente de sua missáo na terra,pois existe alguém que nos criou e queum dia foi bem claro: "E Deus falou àmulher: multiplicarei os sofrimentos de

teu parto; darás à luz com dor teus filhos;teus desejos te impelirão para o teu mari-do e tu estarás sob o seu domínio." Gen.3-16.

Se você, mulher, não quer ou nâo podeter filhos, não gere, senão por amor aDeus, pelo menos por temor a Deus! Eprincipalmente, para mostrar ao homemque, pelo fato de um dia tê-lo seduzidocom a maçã, não quer dizer que você nàopossa negá-la á hora que quiser. Seja adona de seu corpo, sim, e o entregue aquem o mereça, mas na hora certa: quan-do você, verdadeiramente, puder arcarcom as conseqüências de seu ato. Planejea sua familia, colabore com o plano deDeus sobre você. É de nosso útero que ocriador se serve para moldar uma novacriatura. Do homem, a semente, apenas.De nós, todo o resto.

Sou feminista, sim, pois se reconheçoa nossa superioridade sobre o homem, anossa capacidade de fazer dele o quequisermos. Náo neguem. Por trás de umgrande homem há sempre uma grandemulher, disse um sábio. Ele parece nospossuir, nos dominar, mas nós sabemosquem possui quem, não é mesmo? Preci-samos mostrar a eles que somos capazesde recusar leis que nos rebaixem maisainda, sacrificando os nossos corpos(conseqüências fisicas do aborto), nossosfilhos (morte a eles), nosso cérebro (su-bestimaçáo de nossa capacidade de dizernào, conseqüências morais do ato)etc(...). Maria Eli Ribeiro de Macedo —Rio de Janeiro.

Equívoco de JânioA frase "Après moi le déluge" que o Sr

Jânio Quadros atribui a Louis XV, narealidade foi primeiramente proferidapor Jeanne-Antoine tte Poisson, Marqul-.se de Pompadour, em 1757. Após a derro-ta de Rossbach, na frente do pintor LaTour que pintava o retrato da favorita,verificando o Rei Louis XV muito tristeela lhe disse: "II ne faut point s-aflliger.Vous tomberiez malade. Après nous ledéluge!" Gilbert Gilles Gerteiny — Riode Janeiro.

Pobre SilkiEmbora lhe reconhecendo o grande

esforço, desejo contestar o recordinho deapenas 115 dias de meia-fome do faquirbrasileiro Silki, cuja vitória nada repre-senta se comparada ao sacrificio dosaproximadamente 120 milhões de jejua-dores daquele grande pais que fica ao Suldo Rio Grande, cujos faquires já jejuamforçados faz aproximadamente 5 mil 902dias, ou seja, desde o dia 31 de março de1964 e que qualquer semelhança, náo émera coincidência.

Mas nem tudo sáo noticias ruins, poiso simpático e feliz ladrãozinho CarlinhosGordo já roubou 10 mil automóveis edeclarou que, homem honesto e respon-sável, paga até seu Imposto de Renda.Ladrão brasileiro é um exemplo para omundo!

Pena que os 120 milhões de fáqulresdo tal pais feliz não saibam disso, ou seja,que quem rouba com classe não precisade se submeter a tamanho sacrificio evive com classe maior ainda.

Mas me parece que eles já estáo acos-tumados e não reclamam da sorte (osmansos faquires).

Pobre Silki, ante recordes táo grandese autênticos, de nada valeu o seu verda-deiro sacrifício. E ainda temos os recor-des das pestes e dos assaltos, sem contaro da inflação galopante. É dose pra leáoou elefante... Paulo C. Amaral — Rio deJaneiro.

Hospital corretoQuero enaltecer o Hospital Cardoso

Fontes pelo tratamento carinhoso e pro-fisslonal que minha tia recebeu ali dosmédicos, pessoal de enfermagem, limpe-za, serviço social e outros. O Hospital élimpo, oferece roupa lavada na hora pre-cisa, medicação etc. (...) José Antônio doNascimento — Rio de Janeiro.

Ai carta* terão selecionadas para publicaçãono todo ou tm parte entre as que tiveremassinatura, nome completo e legível e endere-(o que permita confirmação prévia.

J

JORNAL OO BRASIL LTDA., Av. Brasil. SOO CEP-20940. Tel. Rede Interno: 264-4422 — End Telegrà-fitos. JORBRASIL. Tele* números 21 23690 e 2123262.

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OPINIÃO— II

í

Coisas da política

I Retrato de Natel explodeI nas mãos de Maluf

Eymar Mascaroépoca em que a imprensa é Uvre e podedizer tudo o que náo te permitia, tomo,por exemplo, no período de mandato doSr Laudo Natel. O Sr Maluf aceita cons-truir at usina» nucleares sabendo que osreflexos negativos virão quando foremabertas as urna» em 1982, caso tenhamoseleições direta».

O pat» precisa aprender a convivercom a verdade. 0 Oovemador de SaoPaulo tem a obrigação de prestar conta»d popuktçdo e revelar como e por quedecidiu aceitar construir usinas nuclea-res no litoral, da mesma forma que deveinvocar a responsabilidade de seu» ante-ceuores no projeto. Quando o Sr Natelgovernava um dos mai» importantes Es-tados brasileiros, a imprensa estava «f-lenciada. Por isso, ndo foram registradosd época em que encomendou os estudoso» mesmo» sinais de descontentamentos eprotestos. Ê preciso que conheçamos a»conclusões a que chegaram os técnicossobre a viabilidade do projeto e sua segu-rança.

A oposiçdo em São Paulo jâ começoua faturar politicamente: no início, houveconcentração no prédio da AssembléiaLegislativa contra a instalação das usi-nas, movimento que se espraiou por todoo litoral Sul de São Paulo, culminandocom concentrações, ontem, que foram deCubatão a Iguape. O Deputado Bel BoscoAmaral, do PMDB, assumiu o comandoda campanha preconizando inclusive oboicote por parte de trabalhadores doporto no periodo de descarregamento domaterial técnico, enquanto a população,na sua opinião, deverá lutar "fora do»métodos convencionais". O Deputado, co-nhecido por seus pronunciamentos con-tundentes, pregou "a desobediência civilem legítima defesa á agressão ao homeme à natureza". Paralelamente, o assuntoevoluirá no Congresso Nacional, Assem-bléia» Legislativas e Câmaras de Verea-dores. E o Sr Paulo Maluf, como alvopreferencial, continuará sofrendo as con-seqüência», a menos que decida contartoda a verdade.

COSÍPROVADAMESTE,

a assessoriapolitica do Oovemador Paulo Ma-luf tem memória curta, ou nâo quer

vir a público dizer que oi estudo» para a. instalação de uttnas nucleares em Sao Pau-lo foram encomendada» á CESP pelo SrLaudo Natel, ao final de seu governo, em1974. Agora, com os projeto» pipocando portodo o estado contra a implantação do»reatores atômicos no litoral sul paulista, oSr Paulo Maluf sofre novo desgaste politico,quando, na realidade, culpa tem na históriatambém e principalmente o ex-GovernadorNatel.

Em 197S, foram concluídos os estudossobre a instalação das usinas nucleares em

I São Paulo, sendo engavetados silenciosa-¦mente pelo antecessor do Sr Maluf, o SrPaulo Egídio Martins. A viabilidade da• construção dessas centrais atômicas foipla-nejadapela Sr Laudo Natél,que par cantae

¦ risco próprios encomendamos estudos, par-ttndo do pressuposto de que no inicio do

. próximo século, o Brasil — especialmenteSáo Paulo e a regiáo Centro-Sul—estariamenfrentando uma crise energética de pro-

.porções graves.Deixando de lado os problemas técnicos'

e econômicos, o fato équeo Governo Fede-' ral pegou o peão na unha e, segundo expres-são de um politico, enfiou o projeto goelaabaixo do Governador Paulo Maluf, face aodesgaste e à reação em contrário produzi-dos peta implantação de usinas nucleares.Sabe-se que devido á pobreza tecnológicadesse tipo de usina e á rapidez com que sedesenvolvem as pesquisas nessa área, oi-sando a uma técnica muüo mais avançadae segura, esse sistema de energia tem gera-do no mundo todo forte oposição aos gover-nos, inclusive dentro da própria Alemanhacom quem o Brasil negociou o acordo. Ten-do de cumpri-lo, o Governo Federal "ofere-ceu" mais este indigesto sapo a Maluf, queultimamente se tem revelado um insaciáveldegltdidor desse tipo de batráquio.

Por acaso, o Sr Laudo Natel montouum petardo de efeito retardado, que vaiexplodir exatamente nas máos de um seuex-auxiliar e agora inimigo politico ml-mero um. Os índices de popularidade doSr Paulo Maluf não vão indo bem e éprovável que sua imagem piore a partirde agora, quando crescem os protestoscontra as usinas. Pior ainda para ele éque assumiu o comando do Estado numa.

firmar Maecaro é repórter da Sucuraal ds JORNAL DOBRASIL »mS. Paulo.

Esquecer e lembrar

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SQUECER é bom. Mas lembrar éI melhor. Antes de explicar os moti-J| vos desse confronto, devo anotar arença entre esquecer e olvidar, assim

como entre lembrar e recordar. As palavrassão sempre ambíguas e mesmo por vezespérfidas. Cristo já nos advertia que o malnão é o que entra pela boca, mas o que delasai. (Mt. 11,15). Antes de tudo a palavra.Esquecer é passar a memória da consciênciaà subconsciência. Olvidar é passá-la ao in-consciente. £ a supressão da memória e nãoapenas sua passagem a uma existência la-tente, pronta a voltar à tona, ao contato dealguma presença ou feto novo e, particular-mente, ã açáo da música e sua ação órflca deressuscltadora do passado e da passagem dosonho ou do sono á vigüia e mais freqüente-mente ainda da vigüia ao sonho e ao sono.Quanto a lembrar, é o ato Intencional, vo-luntario e intenso, de operar em sentidocontrário. £ retirar a memória do estado desonolência passiva e passá-la ao estado deconsciência efetiva. Enquanto recordar é avolta Involuntária e superficial do passadolatente ao passado patente e presente, lem-brar é provocar o passado pela inteligência.Recordar é ser levado a ele pelo coração.

Esquecer é bom, portanto, porque nosalivia do passado supérfluo. Como a surdeznos salva dos barulhos inúteis. Ai de nós senáo fossem os filtros de nossa audição. Se-riamos fulminados pelos ruídos do universoque a todo momento nos alcançam e só asantenas dos rádios conseguem captar. Cos-tumo definir a cultura como sendo o que ficaem nós de tudo que esquecemos e que seincorpora ao nosso ser, como uma segundanatureza. Enquanto a ilustração ou saber é oque ficou em nossa memória, de tudo queaprendemos. Só é culto quem sabe esquecer,finge de culto quem exibe o seu saber. Daiser a memória, quando exagerada, uma con-corrente ou mesmo uma inimiga da inteli-gência e da criatividade. Pois não deixa oesquecimento impregnar-se em nós, comodecantação do estudado e do vivido. O es-quecimento ê o caminho da sabedoria. Amemória, quando passa de serva a senhora,é mestra da vaidade. E até da corrupçãomoral, pois esquecer o pecado é o primeiropasso para não recair nele. Logo, esquecer ébom

Mas, lembrar é melhor, para québ demo-nio da improvisação náo transforme o es-quecimento que enriquece o espirito, emolvido que empobrece a inteligência. E nosleva aos limites ou mesmo ao território daInsanidade. Pois que é a loucura senão aruptura com o passado e a hipertrofia dasolidão? £ a perda da noção do limite e decomposição dos contrários ou dos análoga-dos em nós. Lembrar é reviver. £ duplicar oumultiplicar o esplendor da vida. De modoque, se pelo esquecimento, intencional ounão, impedimos a extralimltação de nossaliberdade de pensamento, pela ação de lem-brar é que alcançamos esse equilíbrio decontrapontos que faz a unidade do nossoser. Pois lembrar é fezer passar o passado depotência ao ato, como diriam os escolásü-cos. £, portanto, viver em perspectiva denosso continuo aperfeiçoamento, nesse ca-minho da perfectlbilidade, que é a lei supre-ma e a via regia da evolução das espécies, dapedra ao homem £ o modo mais perfeito,por aspiração, de superar o homem pelopróprio homem, em direção àquela angelitu-de, para a qual os poetas e os místicos nosacenam

¦ ¦ ¦Para que toda essa pequena excursão,

meio exotérica, pelas picadas secretas denossa floresta interior? Para que, em face decertos espetáculos de nossa vida corrente

.em 1980; a 20 anos da nova fronteira milenar,. nos lembremos de duas datas fatídicas.

Uma, histórica e universal. Outra, econômi-' ca e locaL 1914 e 1891.O espetáculo foi a visáo, na TV, das

; hordas de estudantes iranianos preparando-ç se febrilmente para um grande show de

guerra contra os Estados Unidos. E umpequeno ensaio de guerra contra o Iraque. Aí conjunção de uma e outra, com suas conse-

j qüências mundiais inevitáveis, significa a¦¦ Terceira Guerra Mundial Essa juventude,, alimentada pelas evocações imperiais e im-

pertallstas de Ciro, Dario e Xerxes, vibravacom gritos de guerra e de vingança, sedentaI de sangue e, no fundo, sem saber o que fazia,reviveu em mim aquele trágico verão de•. 1914, que passei em Paris, nessas semanas.; de agosto, em que morria a belle époque ecom ela uma civilização. E me vi, de novo,• em plena Gare de l'Est, no meio da turba3 eletrizada, entre prantos e cantos, enquanto3 os jovens partiam para a fronteira, cantando

J das janelas dos vagões: "A Berlin! A Ber-

Tristão de Athaydelin!". No mesmo entusiasmo febril e incons-ciente com que os jovens iranianos de hojese jogam na fogueira com o mesmo fanatis-mo patriótico, com a mesma bravura, omesmo idealismo, o mesmo fervor, a mesmacegueira, na ilusão patética de que vãosalvar o mundo, pelo sangue e certos davitória. O mesmo sentimento Mfronte detodas as psicoses coletivas. A mesma indiíe-rença juvenil pela morte. A mesma respostainstintiva das hordas, bárbaras ou civiliza-das, ao apelo da luta, do sangue e da glória.Mas quem assistiu aos dois quadros, eufóri-cos e trágicos, tão semelhantes em sua es-sência, a 56 anos um do outro, e quemparticipou da imensa decepção que se se-guiu à Primeira Orande Guerra, "a guerrapara terminar todas as guerras", como em1918 se dizia — quem participou dessa de-cepção universal pode bem apelar para umlembrai-vos de 1911 Ou para um lembrai-vos de 193SI Lembrai-vos dos 30 milhões demortos, dos 60 milhões de feridos, e dos 600milhões de desiludidos, que essas duas gran-des carnificinas universais provocaram emtodos os continentes, ao menos enquantovivas na memória. E, no entanto, como arecordação é mais fraca do que a ambição,como o ódio é mais forte do que o amor,como a ilusão é mais sedutora do que averdade, essas novas gerações, tanto no Irãcomo nos Estados Unidos, tanto em Israelcomo na Libia, tanto no Oriente como noOcidente, se entregam cegamente aos mes-mos holocaustos dos seus antepassados,sem que a experiência da morte consigailuminar a cegueira dos vivos. Os filhosdaqueles jovens do "à Berlin" do Paris de1914, cujos pais se salvaram da devastação eda guerra, mesmo vitoriosa em 1918, escre-veram nas paredes da Sorbone, em 1968, "Abas Ia guerra!" Mas aqueles que não sofre-ram de perto a trágica vacuidade de todasas guerras e deixam ainda envenenar suajuventude com a peçonha do fanatismo,repetem hoje cegamente os mesmos erros eas mesmas insanidades de seus antepassa-dos. E só se passaram 56 anos dessa tétrica evã experiência! Eis ai, no plano da Históriauniversal, o mais trágico exemplo de quelembrar é melhor do que esquecer. Mastambém que o esquecimento é mais forte doque a lembrança.

¦ ¦ ¦Quanto ao plano local da mlcro-história,

o que o ano de 1891 nos evoca é um fenóme-no de antecipação ao ano de 1980. Fá-lo ochamado "Encllhamento". As novas gera-ções só multo vagamente ouviram falar nes-se nome. Os que estudam literatura brasilei-ra quando muito ouviram referência a umromance de Visconde de Taunay com essetitulo. Esse fenômeno, entretanto, poucoposterior à República, ficou sendo um sim-bolo de uma alucinacão bolsista e especula-dora, típica da ilusão capitalista e inflacio-nária que se apoderou do Brasil no flnal doséculo passado. A febre monetária, de umamoeda de valor meramente fiduciário, seapoderou de um povo Iludido, com a euforiada morte do Império e Já desiludido com aaurora da República "que não era a dos seussonhos".

Atirou-se então, ao menos nessas classesmédias sempre esmagadas entre as massase as elites, ás aventuras da Bolsa, não devalores mas de antivalores. Improvisaram-se fortunas, como outras se evaporaram,surgiu toda uma classe de ricaços que em-barcou para a França. Enquanto os perde-dores passaram a jejuar com os restos dofalso banquete. A Bolsa se tomou então aarena dos aventureiros e dos sacrificados.Entre circos e Coliseus.

Enquanto o Brasil começava, em 1898,com o famoso Funding Loan e as muletasdos Rotshild, o seu fadário de "milagresbrasileiros com santos estrangeiros". Atéontem Até hoje. E se Deus náo ajudar, atéamanhã. Pois a febre bolsista, com quediariamente o tremolo dos radialistas anun-cia os milhões de altas e baixas nas bolsasde nossas grandes capitais, nos fez retornarde 1980 a 1891. De um Brasil ávido deaventuras burguesas e capitalistas, a umBrasil comprador e vendedor com o exem-pio do Governo, de ações das Vales do RioDoce e outras amargas, a um Brasil esgota-do pela aventura militarista e ávido de aven-turas financeiras, entre maxi e minidesvalo-rizações, em busca de um eldorado econômi-co, depois de anos de um ufanismo vão.Lembrai-vos de 1914 e de 1891, jovens brasi-leiros de hoje. Lembrai-vos de que ambosterminaram por catastróficas desilusões. Sóa Paz com amor, só a Lei com justiça, não apaz pela paz, nem a lei pela lei, constróempara o tempo, como a Fé constrói para aEternidade.

¦Um grande homem disfarçado em homem comum-Lya Cavalcanti

DE manha cedo, a voz de

choro do outro lado do fio:"Você acaba de perder umamigo". E velo o pior "Rodolfoamanheceu morto".

Aquilo significava o desmorona-mento de um pequeno mundo silen-cioso, que era o centro de ondepartiam e para o qual convergiamvariadas correntes que buscavam omesmo flm por caminhos diversos,todas encontrando no Dr Rodolfoapoio, estimulo e auxilio. E que oDr Rodolfo Ferreira, médico degente, grande medico do corpo elábio médico da alma humana,transformando em pouco tempo ca-da cliente num amigo, náo paravanas pessoas. Punha em prática, sobtodos os aspectos, aquele "amor atoda a criação, sem o qual naohaverá paz no mundo", de que falao Dr Albert Schweltzer. E a talponto que até sua morte foi um.símbolo desse amor.

Escuta-se multo falar em bichos,que morrem logo em seguida à mor-te dos donos, e há mesmo, entre os.animais, misteriosa doença chama-*da "nostalgia", da qual não se pode'dizer propriamente que mate, mas:que deixa morrer, tirando o gosto, a.força e o desejo de viver. Do inverso'— gente morrer por amor de umibicho—eu pelo menos nunca tinha,ouvido falar. Mas no caso do DrRodolfo, mais do que coincidência,,parece obra de um destino piedosotque ele tenha sido chamado deste:mundo dois dias depois da morte;do pequenino ser ao qual dedicava!um amor táo grande como o que;dele recebia: o macaquinho Jimmy,,um minúsculo sagüi que o acompa-nuava como um cachorrinho, queise metia no seu bolso, que o amavaido amor total e incondicional queigeralmente só os bichos são capa-zes de dar.

Para o Dr Rodolfo Ferreira foicomo se toda a sua própria alegriativesse partido com as macaquicesdaquele último companheiro, únicosobrevivente dos muitos que ele

salvara das mãos inescrupulosas devendedores, ou de abandono emaus-tratos. Por um deles que via-maltratado na vizinhança, deu cer-ta vez uma pulseira de relógio deouro maciço, jóia de familia, porqueo dono não queria vendê-lo por di-nheiro mas cobiçava a pulseira.Eram táo delicadas e secretas astemuras que punha nos seus atos,que nem sei se deveria falar nelas.Mas para dar a medida dessa priori-dade que ele atribula á coisa vivasobre os valores materiais bastalembrar que até a sua morte, multotempo depois da morte do irmãoMário, conservou intacto, á disposi-ção de um pombo, sem alugar ouvender, com a mesma velha empre-gada, o apartamento onde Máriotinha como companheiro um pom-bo desgarrado dentre os que eleaumentava no pátio do edifício eque depois de ser por ele tratado deferimentos causados por uma atira-deira nunca mais o deixara, acom-panhando-o tal qual Jimmy acom-panhava Rodolfo, almoçandoquando ele almoçava, sempre noseu ombro, ou ao pé de sua cama,ou á sua espera no alto de umasecretária que lhe serve de pousoaté hoje, sempre esperando.

Mas essa exacerbação de senti-mento pelo individual próximo,que geralmente leva as pessoas a sedistanciarem por autodefesa dosgrandes dramas coletivos, no casodo Dr Rodolfo Ferreira, ao contra-rio, envolvia no mesmo amor cas-murro tudo que vive e sofre, a partirdas árvores e a terminar nos ho-mens por ele eleitos para represen-tar a única humanidade que lheparecia dever existir. Como obser-vou Drummond, "ele não gostavada humanidade, gostava de pes-soas", à frente das quais, diga-se depassagem, estava o próprio Drum-mond, numa funda amizade de gen-te da mesma raça.

Juntamente com Elizabeth, aÉli, companheira de todas as horase de todos os sentimentos, tinhacasa, coração e bolso sempre aber-tos a todas as causas de defesa dosanimais, a todas as sociedades, atodas as pessoas que de algum modo concorressem para limpar omundo de sofrimento. Sua coerên-cia en absoluta. Foi vegetarianoaté morrer, desses raros vegetaria-nos que repudiam a came, não pormotivos religiosos ou de saúde, maspor mem compaixão, por saberem— e sobretudo lembrarem — o quecada pedaço custa em dor a seressensíveis. Foi médico que comba-teu a vivissecçáo como crime, eque, como clinico, obteve muita co-nhecida vitória de diagnóstico so-bre ardorosos adeptos da experi-mentação como rotina. E abrangiaespecificamente na sua visão com-passiva e batalhado», não só osmacaquinhos de dentes serrados ecinturinhas cortadas por correntesque ele apreendia nas ruas, mastambém passarinhos em gaiolas oucom os olhos furados para que oescuro servisse de gaiola, bois emmatadouros, touros ou gaios san-grando em arenas, bichos de circoenjaulados, com a natureza distor-cida, burros e cavalos espancadospara que a dor gere as forças quelhes faltam, bichos de laboratóriotorturados como os brinquedos queas crianças abrem para ver como é,tudo, tudo que agoniza à nossa vol-ta e que com tanta facilidade es-quecemos, ou limitamos com espe-ciallzaçóes. Ele não, ele não esque-cia, nem limitava. Náo era militan-te da proteção aos animais, masnáo lhe escapava um só aspecto datragédia anlmaL Ajudava a viver eajudava a morrer, e nunca hesitouem dar desassombradas receitas eendosso de médico para que os bi-chos pudessem sair em paz destemundo, quando náo houvesse lugarpara eles.

Gente que náo se conhecia, ounão se gostava, acabava sempresabendo (nunca por ele) que tam-bém ao outro ele ajudava. Sem queninguém soubesse, sem que rün-guém esperasse, lã vinha na horacerta o auxilio decisivo, ás escondi-das, como se fosse coisa feia. Circu-Iam até hoje publicações que elefinanciou, vivem até hoje animaisque ele ajudou a recolher ou liber-tar, e até um velho carro trafegouanos a serviço dos animais porquefoi o Dr Rodolfo quem deu Esse foia mim que ele deu. Certa manhã,telefonou para minha casa dizendosimplesmente*. "Estou com um pro-blema". "Quantos cachorros são?",perguntei. "Náo, desta vez náo é umbicho, é um automóvel." Que teriaeu a ver com um carro? "Você quer?Ganhei outro num consórcio e nãosei o que fazer deste". E no finalparecia que era eu quem Ia prestar-lhe um serviço ficando com umantigo e digno Mercury em perfeitoestado de conservação e com luxoque carros menos categorizadosnão tèm Ganhou o apelido de "OTrono", tal a imponência, e acabouconhecido como a "Hospedaria doTetéia". E o Dr Rodolfo dava gran-des risadas contentes, quando eulhe contava que no "Trono" viajarauma porca abandonada em morrodeserto, ou mesmo um urubu ape-drejado, ou que dentro dele dormia,em noites de chuva, o bêbado ofi-ciai do Cosme Velho, o Tetéia. Erapara Isso mesmo que ele tinha dadoo carro. "Eles náo sabem como es-sas coisas fazem bem à gente", dl-zia. E nos sentíamos unidos numagrande cumplicidade contra o mun-do convencional

Foi-se o cúmplice amigo. E comele um grande homem disfarçadoem homem comum.

Lya Cavalcanti, «x-rtdatora da BBC *m londr-ti, •fundadora da Aliocracáo Pratilwa do» Anlmali.

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Há de haver a grande saída.O desafio energético,

o combate à inflação, a situação dobalanço de pagamentos, a dívidaexterna as grandes prioridades,a agricultura, a habitação, oscaminhos abertos pelo Proálcoola situação da indústria em todosos seus setores, a necessidade decontenção dos gastos supérfluos etodas as questões que o/ligem eestimulam a economia brasileiranesse começo de década estarãoem amplo e livre debate na CartaIndustrial/60, do Jornal do BrasiL

Dentro do setor agrícola serãodiscutidas as novas condiçõesde mercado e as perspectivas deprodução de alimentos para ospróximos anos, os incentivos doGovemo, o crédito rural, a política

dos preços mínimos,a modernização das máquinas eimplementos, dos/ertüizantes einseticidas, as atuais condições detransportes e armazenagem.

Na indústria entre muitos outrosassuntos, serão analisadas a fundoas fontes alternativas de energiae a substituição da gasolina alémdo dilema do petróleo, o ProgramaNuclear, e a necessidadedo melhor aproveitamento dopotencial hidrelétrico e do carvão.Também a mineração,a petroquímica a indústria pesadae o novo impulso da indústria dealimentos estarão no temário dáCarta Industrial

Na habitação, serão vistos aindatodos os problemas da construção

JORNAL DO BRASIL

civil, a necessidade de mame-la emplena ação para absorvermão-de-obra nos grandes centrose levantar novas moradias,os programas de saneamento,transporte, tudo.

Essa edição especial que levaa seriedade e a credibilidade deum jornal que não deixa dúvidas,funcionará, como jante paraconsulta nas diversas áreas daadministração pública federalestadual e municipal e em todosos setores da iniciativa privadaEnfim, onde está o poder dedecisão.

Na Carta Industriai/80, o anúncioou informação de sua empresaestará utilizando como veículo ojornal brasileiro de maiorcirculação fora de seu estado:30 mil exemplares /ora do Rio,160 mil em todo o país,510.800 leitores no Rio de Janeiro,

dos quais 71% é classe A/B e 51%tem nível superior. Sua mensagemestará ao lado da opinião derepresentantes do Governo, daciasse empresarial de políticos,de analistas especializados,de todas as correntes. £ vocêestará participando de umimportante acontecimentototalmente dirigido para o examee para a busca de nossas grandesalternativas, nesse momentoespecialmente importante paraa economia brasileira

3Ha80industrialFonte XXI Eibdw Marpfcui critério ASIPEME/ WC • janeira IM)

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12 —JORNAL DO BRASIL D sexta-feiro, 6/6/80 D Io Caderno

¦AmbienteSáo Paulo — Uma açáo po-

pular contra a decisáo do Go-verno federal; ampliar o mo-vimento para levá-lo às ruas"i se preciso, chegar a váriasfbrmas de boicote, foram asprincipais decisões do ato pú-blico ontem à tarde, contra ainstalação de usinas nuclea-res, que reuniu cerca de 100pessoas nas ruínas do Abere-bebe, em Peruibe.

O ato foi marcado para co-memorar o Dia Mundial doMeio-Ambiente, mas a desa-propriaçâo de áreas em Pe-ruíbe e Iguape, para a cons-tração de centrais nucleares,assinada quarta-feira, trans-formou os discursos em mani-festaçôes de protesto. O De-putado Del Bosco Amaral(PMDB-SP) reafirmou que omovimento pode chegar abloqueios nas estradas e boi-cote nos descarregamentosdos equipamentos no Portode Santos. "Se preciso, sere-mos os primeiros a receberbombas de gás e cacetadas".

PROTESTO

Nas ruínas do Aberebebe,marco histórico de uma igrejados jesuítas em Peruibe, fun-dada em 1532, violeiros can-taram músicas tradicionais,mas com letras de protestocontra as usinas. Faixas ecartazes denunciavam aconstrução das centrais nu-cleares. ,

O tom dos discursos foi vio-lento: "as usinas de Taquara-çu, Porto Primavera e Rosa-

na ficaram seis anos em pro-Jeto, engavetados pelo Gover-no Geisel. E agora o sistemaautoritário, travestldo de de-mocracia, fala em déficit daeneergia hidrelétrica", afir-mou o Sr Fernahdo Vitor Al-ves, vice-presidente da Asso-ciação Paulista de Proteção àNatureza, e Vereador doPMDB, de Diadema, no ABC,pregando que "devemos ir àsruas, repudiar as usinas e Irate as armas, se for preciso".

USINA ATÔMICA

O fisico Walter Saffiotl, daSociedade de Ecologia deAraraquara, disse que "o Pre-sidente João Figueiredo de-via renunciar e denunciarquais sào as forças que sub-metem este pais. Há umacúpula misteriosa que decidetudo. Vamos partir para a lu-ta, derrotar o Govemo e aca-bar com as usinas." O Sr Wal-ter Saffiotl, Vereador peloPMDB em Araraquara, é flsl-co e químico, trabalhou naprimeira equipe do reatoratômico da USP e estudouFísica Nuclear nos EstadosUnidos.

O fisico João André Gui-lhermon disse que "as usinasvão custar 40 bilhões de dóla-res, quase o valor da dividaexterna, e o necessário paraconstruir 8 milhões de casas.Usinas nucleares podem cau-sar 5 mil mortos por dia, sehouver problemas."

O presidenteda AssociaçãoPaulista de Proteção à Natu-reza, Waldemar Paiolli, de-nunclou que "as usinas vèmda tecnologia do diabo. Estatecnologia náo está domina-da. Se é desejo do Presidenteda República, e dos seusMlnstros, matar o povo, quenos fuzilem a todos". O SrPaiolli defendeu o boicote douso de energia da CESP:"Eles vão produzi-la, mas vãocomê-la."

Após o ato nas ruínas, umacaravana, com cerca de 20carros, faixas e panfletos des-filou pelo Centro de Peruibe.

PARTIDO ECOLÓGICO

O Sr Antônio Cervantes,médico, membro do PMDB ecandidato a prefeito nas pró-xlmas eleições em Peruibe,afirmou ontem que será pre-ciso criar o Partido ecológicono Brasil, citando comoexemplo a existência de Par-tidos semelhantes na Europa,cujos membros se posiciona-ram contra as usinas nu-cleares.

— Na Alemanha, os ecolo-gistas se postaram nas es-tradas e conseguiram evitarque fossem instaladas maisusinas naquele país. Talvezseja preciso fazer o mesmo noBrasil — acrescentou ele,lembrando que Peruibe seráum marco do início dapreocupação ecológica. "Só acorrupção justifica o acordonuclear Brasll-Alemanha", fi-nalizou.

Pcruiba—SP/Foto do Joté Corin Brasil

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Em Paranapuã já existe até a localização demarcada por engenheiros

Prefeito diz onde será instalaçãoO prefeito de Peruibe,

Gheorghe Popescu, assegu-rou, ontem, que as centraisnucleares seráo instaladas naregião próxima ao maciço daJuréia, em Iguape. E ontem,mesmo, na cidade, foi ativadoum "comitê contra a usinanuclear em Peruibe".

O Vereador Ubiraci Mar-tins, único da oposição(PMDB) informou que a rea-ção contra a instalação dasusinas na regiáo, poderá in-cluir um bloqueio do acessoao local e ate um boicote noporto de Santos, para impe-dir desembarque de equipa-mentos. "Essa proposta foi le-vantada, inclusive pelo Depu-tado Del Bosco Amaral(PMDB). Toda tentativa paraevitar a vinda das usinas seráválida", afirmou o Vereador.

INCRÍVEL

Fomos surpreendidos —disse a presidenta da CâmaraMunicipal, Vereadora VilmaCastan (PDS), ao explicarque anteontem a Nuclebrásassegurou-lhe, "através de te-lefonema do Sr Paulo Sá",que as usinas não ficariamem Peruibe.

No fim da tarde, o presi-dente assinou decreto. E euhavia determinado que a Rá-dio Anchieta de Peruibe di-vulgasse o aviso da Nucle-bri s, que recebi às 12 horas,para tranqüilizar a popula-çáo. É Incrível. A usina nãopode ficar dentro do munici-pio, mas se ficar em Iguape,estará a meia-parede da gen-

te — afirmou a presidenta daCâmara.

Em Peruibe, 35 mil habi-tantes, 120 mil turistas nastemporadas e um orçamentode Cr$ 159 milhões, o clima éde expectativa. Pela manhã,surgiram faixas "Unidos Ven-ceremos. Usinas Não Quere-mos"; "Abaixo a Radiação";panfletos e cartazes de cornegra e letras brancas: "Usi-na Nuclear: Crime de Lesa-Humanidade".

NA FEIRA

Numa feira no Centro daCidade, alguns dos organiza-dores do Comitê Contra aUsina Nuclear em Peruibe,desfilaram com faixas e car-tazes, anunciando um ato pú-blico marcado para as 16 ho-ras, nas ruínas de Aberebabe,no subúrbio da Cidade. Entreeles estavam os Srs MárioOmuru e Luis Carlos Farias,membros do PMDB e candi-datos a prefeito nas próximaseleições.

— O comitê contra a usinanào tem sentido político. Eleestá aberto a qualquer mem-bro de qualquer Partido, poisele visa somente ao interessee bem-estar do povo — expli-cou o Sr Mário Omuru, co-merciante e diretor do quin-zenário O Atlântico.

Informou que o comitê ini-ciou atividades em fevereiro,quando começaram os indi-cios da localização de usinasnuclear naquela região do li-toral paulista. "Com a conflr-maçâo oficial, vamos nos me-xer" adiantou o Sr Omuru.

O Prefeito Gheorghe Po-pescu (PDS) disse ontem quesempre foi contra a Instala-ção de usina nuclear na re-giào. Mas agora, segundo ele,"devemos raciocinar com cal-ma e estudar o que fazer".

— Nossa ação, como Prefei-to, sempre foi dentro das nos-sas funções. Respeitamos omovimento que se formou.Mas se ele adquirir o conteú-do político, nós nos colocara-mos de lado", explicou o Pre-feito.

O Sr Gheorghe Popescu as-segurou que dispõe de umainformação de que as usinasnucleares náo serào instala-das dentro do seu município."Será no maciço da Juréia, jáem Iguape", garantiu o Pre-feito. Sua opinião é comparti-lhada pelo Vereador OsvaldoLinardi (PDS): "As usinas de-verão ficar a dezenas de qui-lômetros daqui", disse o Ve-reador.

Em Peruibe o PDS tem no-ve das 10 cadeiras da CâmaraMunicipal. O único vereadorda Oposição pertence aoPMDB. O Município vivequase exclusivamente do tu-rismo e sua arrecadação de-pende do Imposto Predial eTerritorial. O Prefeito Popes-eu denunciou que Peruibe te-ve 30 quilômetros quadradosdesapropriados pelo Governofederal, "perdendo com issouma região que estava alcan-çando rápido desenvolvimen-to, pois lá estão as melhorespraias. Há no local cerca de300 moradores, tendo aumen-tado o número de casas deveraneio", concluiu.

Acusação irrita ecologistasAs entidades conservacionis-

tas brasileiras querem respon-sabillzar judicialmente o Minis-tro das Minas e Energia, CésarCais, por documento publicadoontem no Jornal de Brasiliaque as acusa, com diversas per-sonalidades e órgãos de comu-nicação social, de receberem di-nheiro dos Estados Unidos e daUnião Soviética para combatero Acordo Nuclear Brasil-Alemanha.

O documento, elaborado pelaDivisão de Segurança e Infor-nações daquele Ministério,afirma que a campanha contrao acordo "tem origem externa"e já está saindo da fase de "mo-tlvaçâo" para a fase de "mobili-zação de massas". O Jornal deBrasilia, o O Estado de SãoPaulo, a Gazeta Mercantil, aFolha de Sào Paulo e a revistaVeja sào os órgãos de imprensaacusados de participar do mo-vimento.

Mais de 20 entidades, cujosrepresentantes participam doIo Seminário sobre Meio-Ambiente e Qualidade de Vidada 17" Regiáo Administrativa(Bangu), reagiram à acusação emanifestaram a intenção deacionar judicialmente o Minis-tro César Cais. No 1° Seminário,promoçáo das Faculdades Inte-fidas

Simonsen, falou, ontemnoite, o professor José Lut-

zemberg, da Agapan (Associa-çáo Gaúcha de Proteção doAmbiente Natural), sobre Alter-nativas Agrícolas e Biocidas.

Apesar da importância doconferencista, o principal as-sunto da reuniáo foi a manche-te do Jornal de Brasília comuma chamada para o documen-to do Ministério das Minas eEnergia publicado numa pági-na interna

O documento, além de res-ponsabilizar aqueles órgãos de

imprensa, acusa várias perso-nalidades como envolvidas nu-ma ação anti Acordo Nuclear.Os físicos Rogério CerqueiraLeite, José Goldemberg e Pin-guelle Rosa estão na lista, alémdos empresários Kurt Mirow,Antônio Erminio de Moraes eDilson Funaro.

O General Dirceu Coutinho,ex-diretor da Nuclebrás e umlider conservaclonista, tambémé acusado de receber dinheirodo exterior para participar dacampanha.

Os Senadores Saturnino Bra-ga (PMDB-RJ), Franco Monto-ro (PMDB-SP) e Dirceu Caído-so (sem Partldo-ES), todos ex-integrantes da CPI da EnergiaNuclear, estáo Incluídos tam-bém entre os que, "atendendointeresses externos", comba-tem o Acordo Nuclear Brasil-Alemanha.

SEXTA-FEIRACADERNO B

JORNAL DO BRASIL SERVIÇO

Gaúcho protestacom visitação

Porto Alegre — O Dia Mun-dial do Meio-Ambiente foi co-memorado nesta Capital poruma caravana de membros deentidades ecológicas gaúchas,com uma "visitação de protes-to" ao Parque de Itapuâ, ondefoi constatado que as queima-das continuam; que existe umloteamento irregular com maisde 200 casas e as formaçõesgeológicas de granito estão sen-do exploradas,

Segundo a presidenta doConselho Administrativo daAssociação Oaúcha de Prote-çáo ao Ambiente Natural (Aga-pan), Sr* Dda Zimmermann, oParque Estadual de Itapuà jáfoi criado, em decreto, por doisex-Govemadores — Udo Mene-ghetti e Euclides Triches, em1957 e 1973 — mas "sempre fl-cou no papel, nunca houve fls-callzaçâo e a depredação con-tinua'.

CAÇA NO PARQUE

Também participam da "visi-taçáo de protesto" representan-tes da Açáo Democrática Femi-nina Gaúcha e da AssociaçãoGaúcha de Proteção aos Ani-mais. "Nosso passeio ao localfoi uma manifestação de pro-testo pela omissão do Govemodo Rio Grande do Sul em náocriar, efetivamente, o ParqueEstadual de Itapuã", disse a Sr*lida Zimmermann.

— A Secretária Especial deMeio-Ambiente, inclusive, jámandou há muito tempo di--lheiro para pagamento das ta-denizações, mas o Govemo doEstado se omite em dar umasolução. Também não existefiscalização no local, sujeito adepredações, exploração dasformações das formas de grani-to por pedreiras irregularmen-te, queimadas, e caça ilegal deanimais. Nesta regiáo de Itapuàexistiam bugios, pássaros e ca-pivaras, hoje praticamente ex-tintas pelos caçadores. Nestaregião não se respeita o CódigoFlorestal, o Código de Flora eFauna nem a Lei de Loteamen-tos, pois até, um loteamentoclandestino existe no local", re-clamou a Sr* lida Zimmer-mann.

Florianópolis tem20 mil em passeio

Florianópolis — Cerca de 20mil pessoas, entre alunos e po-pulares, participaram ontem demanhã do passeio ecológicoprogramado pela Fundação deAmparo â Tecnologia e Meio-Ambiente-FATMA — que co-meçou às 9h na Praça LauroMuller, na beira mar Norte e seestendeu até o Aterro da Baíado Sul, passando pela via decontorno Norte sob a ponteHercilio Luz.

No passeio participaram oGovernador de Santa Catarina,Jorge Bomhausen, o Secretáriodos Transportes e Obras, Espe-ridiáo Amin Helou Filho, e oPrefeito da Capital, Franciscode Assis Cordeiro, além dos Se-cretários Antero Nercoltai eJair Hamms, da Educação e daComunicação Social, respecti-vãmente.

FAIXAS E MENSAGENS

Oitenta porcento dos partici-pantes eram estudantes do pri-melro e segundo graus, que,juntamente com populares,portavam faixas com váriasmensagens ecológicas, como:"A vida começa no mangue,salve-o"; "Abaixo as queima-das"; "A floresta é vida e nãocelulose"; "A Amazônia é nos-sa" e "Por uma baia com água enáo de esgoto", além de alego-rias, alguns alunos vestiam tra-jes que simbolizavam a impor-táncia da natureza. Outros car-regavam pedaços de árvorescom galhos secos, para chamara atenção das autoridades e dopúblico, diante da ameaça dedesapropriação das florestasnativas.

Alguns comentavam que essetipo de passeio deveria ser pro-gramado mensalmente, "paranáo apagar a lembrança de quea responsabilidade, pelo meio-ambiente, é de todos".

Após o passeio, muitos alu-nos e alguns populares foram àPraça XV de Novembro, visitara exposição de um trabalho so-bre ecologia do professor Fran-klin Cascaes.

Detalhes adiam aportaria da poluição

Brasília — Por "alguns de-talhes" que o Secretário Es-pecial do Meio-Ambiente,Paulo Nogueira Neto, nàoquis revelar, o Departamen-to Jurídico do Ministério doInterior e técnicos da Seplannào concluíram as portariasde atividades poluidoras, atempo de serem divulgadasno Dia Mundial do Meio-Ambiente, que foi cornem»-rado ontem.

As portarias, segundo ha-via revelado anteriormente oSr Paulo Nogueira Neto, refe-rem-se a quatro itens consi-derados comu potencialmen-te poluidores, como a poeirae o gás carbônico, o Progra-ma Nacional do Álcool, a fu-maça de óleo diesel e os aten-tados ao meio-ambiente.NORMATIVAS

As quatro portarias, con-forme deixou transparecer oSecretário Especial do Meio-Ambiente, serào mais de eu-nhonormativo do que fisca-lizador, porque nào há qua-dros para exercer esta ativi-dade nem intenção de se co-brar quaisquer taxas por in-fração. "Isto por enquanto"— ressalta o Sr Paulo No-gueira Neto, manifestando aesperança de que o Congres-so aprove a Lei Nacional doMeio-Ambiente, que será en-caminhada em breve, con-tendo algumas destas dispo-nibilidades.

Feto d* Vidol do Trindad*

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Na festa do meio-ambiente, a boa oportunidade para se fazer negócios

Rio faz feira ecológica na QuintaUma feira ecológica na Quin-ta da Boa Vista, com venda de

alimentos naturais, plantas, 11-vros contra a poluição, muitarecreação infantil e a peça tea-trai A Revolução das Fadascontra a Bruxa Poluído», co-memorou ontem o Dia Mundialdo Meio-Ambiente. Houve pro-testos contra a fumaça poluído-ra do trator que puxa um tren-zinho, embora do lado de forado parque toda a área gramadatenha sido utilizada como esta-cionamento.

No Largo do Machado náohouve festas, mas uma cenachamava a atenção dos que sepreocupam com a preservaçãoda natureza: das 12 palmeiras,três não resistiram ãs obras dometrô e estáo sem copa, o mes-mo acontecendo com uma mu-guba, da qual só resta o tronco.No Largo da Glória, uma cás-sia, embora cercada por tapu-mes e pelo buraco de uma obrade uma concessionária pública,também lembra o Dia do Meio-Ambiente.

O PROTESTO

Como acontece em todos osfins de semana, ou nos feriados,o movimento ontem na Quintada Boa Vista foi muito grande.Recentemente foi proibido oacesso de veículos ao Interiordo parque, uma proteção aolazer, mas que incentivou, porfalta de fiscalização, uma agres-são ao meio-ambiente: sem lo-cal para estacionar, e Incentiva-do, também, por alguns guar-

dadores clandestinos, os moto-ristas acabaram estacionandoem cima dos gramados. Ontem,esse carros ficaram sobre osgramados contrastando comuma faixa, onde se lia: "Vivaem paz com você mesmo, pre-serve a natureza".

As comemorações do DiaMundial do Meio-Ambiente fo-ram realizadas em frente aoMuseu Nacional, onde a está-tua de Dom Pedro H foi envoltana base por uma bandeirabranca do movimento em defe-sa da ecologia. Ao pé da está-tua, a feira ecológica com vá-rias atrações: venda de livroscomo o No Pais das Ruas Azuis,de Silvia Montarroyos e vendade alimentos naturais, camlse-tas antinucleares, plantas etc.

E o ambiente era mesmo defeira, pois havia de tudo: umrapaz com um megafone impro-visado alertava a todos que háa seca no Nordeste porque asflorestas locais foram dizima-das no século passada para oplantio da cana-de-açúcar. Eera ele mesmo quem liderava avaia contra o trator que puxa otrenztaho soltando uma fuma-ça preta.

A um canto, um outro protes-to, o do poeta de cordel Rai-mundo Santa Helena, com apoesia Devastar o Brasil?...Aqui pra vocês!: "Estáo des-tratado as matas/ o verde vir-gem do Rio/ Todo o Brasil,Amazônia/ secam lagos e casca-tas.../ Não vou ficar no vazio:sem temor, sem cerimônia,/

convoco a massa, unida/ Todomundo sendo irmáo,/ para co-mer o dragão/ antes que elecoma a vida".

LAZER

O Largo do Machado foi umdos locais atingidos duramentepela obra de construção do me-trò, pois o que antes era umapraça de lazer e até de nostalgiade nordestinos, que ali se en-contravam, transformou-se du-rante mais de ano em um Imen-so canteiro de obras.

Algumas árvores que exis-tiam em frente ao antigo Cine-ma Sáo Luís, ou ao tradicionalCafé e Restaurante Lamas, naRua do Catete, foram derruba-das; outras, já no Largo, resisti-ram ao corte, ãs máquinas, aomau trato, à lama e poeira. Daspalmeiras que ajudavam acompor a paisagem local, trêsnão resistiram e estão morren-do, o mesmo acontecendo comuma munguba, em frente aotambém antigo e resistente Ci-ne Polytheama. Desta últimasó restou o tronco, seco e retor-cido.

Meio-ambiente significa tam-bém lazer, e o Parque do Aterrodo Flamengo é o melhor exem-pio disso. Ontem, dia de sol e depraia, muitos aproveitaram oparque, a sombra das árvores ea grama, esta última divididaentre aqueles que a utilizavamapenas para o descanso e osque a transformaram em cam-po de futebol.

Foto do Vidol do Trindodo

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A sombra dos coqueiros, um momento de paz na luta pela natureza

Mineiro sugereboicote químico

Belo Horizonte — Na únicasolenidade comemorativa doDia Mundial do Melo-Ambiente, realizada nesta Ca-pitai, com a presença de apenas100 pessoas, metade colegiais, oPresidente do Centro para Con-servaçáo da Natureza de Minu,Sr, Hugo Wemeck, lançou acampanha de boicote a produ-tos químicos, nos moldes domovimento contra a came pe-las donas de casa de Piracl-caba."Voltemos a matar mosqui-tos com palmadas e baratascom os pés, "disse, ao advertir apopulação para rever seu pró-prio comportamento depreda-dor e poluente da natureza, enâo desperdiçar produtos natu-rais. O Presidente do ConselhoRegional de Engenharia e Ar-quitetura, Sr Carlos EugênioThibau, se retirou do auditório

i do Imaco em protesto contra osdlzeres de uma faixa: "MatançaIndiscriminada prova ignorán-ícia dos técnicos." l

CONTRA O IBDF

A comemoração foi iniciadacom o desfile de um carro alego-rico com as quatro estações doano, e com exibições de faixasem frente ao Imaco — InstitutoMunicipal de Administração eContabilidade, onde houve dis-tribuiçáo de sementes, mudasde árvores e flores aos partici-pantes do encontro. Apesar deestar com presença prevista, oGovernador Francelino Pereiranão compareceu e Secretáriosde Estado mandaram represen-tantes, esvaziando a solem-dade."Parque Nacional da Serra d»Canastra — incêndio criminosomostra Incompetência doIBDF"; "some rolinha. andaandorinha, o IBDF vem aí";"pela revogação imediata daPortaria 180/80 que liberou acaça"; "o que a natureza levoumilhões de anos para criar, osignorantes levam segundos pa-ra destruir"; "o Brasil está emchamas", "Amazonas: atéquando?", eram os dlzeres dasprincipais faixas carregadaspor membros de entidades con-servacionistas.

No auditório, a solenidade co-meçou com recital do MadrigalRenascentista, seguida de lei-tura de mensagens por repre-sentantes de Secretários de Es-tado e de entidades. Já no Ini-cio dos discursos, os colegiaisse retiraram discretamente dorecinto, deixando no auditórioapenas 55 pessoas, além dosmembros da mesa diretora. En-quanto os oradores falavam, fo-ram distribuídas rosas para ospresentes.

Psicanalistacondenao modismo

Os psicanalistas náo podemse transformar "em proxenetasdo modismo; náo devem serbenvindos ao meio aqueles quebuscam um eldorado, um pu-nhado de clientes fáceis e dealto poder aquisitivo". A adver-tència foi feita ontem pelo pre-sidente da Sociedade Pslcanali-tica do Rio de Janeiro, VitorAndrade, no 8° Congresso Bra-sileiro de Psicanálise, que serealiza no Rio Palace.

O Sr Vitor Andrade afirmou,na mesa-redonda sobre o exer-cicio da profissão, que "muitaspessoas procuram hoje o psica-nalista por modismo, na expec-.ativa de viver a aventura dabusca de si mesmo; mas isto emnada beneficia a psicanálise; aocontrário, apenas a desagrada,porque a transforma em objetode consumo, pronto a ser des-prezado assim que surgir novamoda"

TERAPIA

Na sua exposição, o Sr VitorAndrade afirmou que concordacom a resolução adotada noúltimo Congresso da Associa-ção Psicanalítica Internacio-nal, em Jerusalém, que conside-ra a sua prática uma forma depslcoterapia. E discorda dos co-legas que náo acham necessá-ria a psicanálise ter finalidadeterapêutica, mas apenas destl-nar-se ã investigação da perso-nalidade do paciente. Classifi-cou essa posição de "idealismoromântico".

O Presidente da SociedadePsicanalítica do Rio acentuouque o processo psicanalitico éduro, tortuoso, diflcil, para pa-ciente e analista. "Suportarfrustrações é o fator predoml-nante na relação desse par. Osofrimento é uma constante doprocesso", disse o Sr Vitor An-drade."Para preservar seu papel nadenúncia de verdades tacômo-das, a psicanálise náo pode sefiliar a ideologias, qualquer queseja a sua natureza. E, quanto àprópria atividade profissional,não podemos esquecer que nos-sa atitude é a de defesa dapsicanálise e náo a da posiçãosocial ou profissional do psica-nalista, isto é, de monopólio domercado", concluiu.

Após um dia inteiro de deba-tes, os psicanalistas que discu-tiram ontem "o exercicio daprofissão e a proliferação depseudo-entldades formadorasde analistas" concluíram que énecessário dar um respaldo àAssociação Brasileira de Psica-nálise, divulgando a sua atua-çáo fora dos meios científicos,junto ao público"."A Associação Brasileira dePsicanálise Já tem prestígio e érespeitada nos meios clentífl-cos. Ela congrega as quatro en-tidades psicanalítlcas reconhe-cidas pela Associação Interna-cional de Psicanálise. Ê a únicaque forma psicanalistas nosmoldes requeridos pela Inter-nacional, fundada pelo próprioFreud, e que está ligada â pró-pria história da psicanálise. Oque precisamos é alertar o pú-blico para que saiba fazer asdistinções necessárias", expli-cou o presidente do Congresso,Leão Cabernite.

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JORNAl DO BRASIl D sexta-feira, 6/6/80 D Io Caderno ECONOMIA - 13

Nuclebrás volta a procurarfornecedor de equipamentos

Sáo Paulo— A Nuclebrás vol-tou a fazer contatos com asempresas brasileiras que for-maram um consórcio, um pro-tocolo assinado em 1978. para ofornecimento de 30<* de equi-pamentos pare as usinas nu-' cleares Angra-2 e 3. A únicaempresa com encomenda até omomento para Angra-2 é a Con-bb Industrial, que fabrica o va-so de contenção e outros equi-pamentos menores, no valor deCrt 200 milhões.

As demais, que fazem partedo consórcio brasileiro, sáo Co-bruma e Bardella, que aplica-ram ao redor de CrS 50 mühões,em investimentos pare comprade tecnologia, criaçáo de sistema de qualidade nuclear e trei-namento de técnicos no exte-rior, para atendimento do pro-grama nuclear, que prevê umaparticipação de 30.. nas usinasde Angra-2 e 3.OONTAT08

O vice-presidente da Cobras-nu, 8r Marcos Xavier da Silvei-ra, confirmou que a Nuclebrásvoltou a manter contatos comas empresas, e que no caso daCobrasma, "hã esperança de' um contrato a ser assinado den-tro de mais algumas .semanas".Os contratos deveriam ser assi-nados com as trés empresasdesde o segundo semestre de1078.

No balanço do ano passado aBardella teve um prejuízo aoredor de Cr$ 14 milhões, porqueae programou para o início daconstruçáo do equipamento demanipulação e transporte dausina nuclear de Angra-2. Co-mo as encomendas náo vieram,flcou o prejuízo. Para este ano,as três empresas náo incluíramencomendas para o setor nu-clear em suas previsões de tra-balho, a fim de evitar novosprejuízos.

Se a Nuclebrás desejar real-mente começar a implantaçãoda usina de Angra-2, em termosde equipamentos, deverá fazersuas encomendas agora, umavez que as empresas nacionaisnecessitam de prazo de pelomenos 18 meses para fabricar

A decisáo do Govemo de im-plantar mais duas usinas nu-cleares no país, no litoral Sul deSão Paulo, deverá fazer comque as associações brasileiraspara o desenvolvimento das in-dústrias de base (ABDIBi e dasindústrias de máquinas e equi-

. pamentos (Abimaq) voltem no-vãmente a solicitar um aumen-to no indice de nacionalizaçãodas centrais nucleares. Estudodesenvolvido pela Abimaq ele-va o grau de participação emmais de 50%, levando-se emconsideração a utilização debombas de ventilação e outrosequipamentos, que podem serproduzidos aqui.

Empresas como a Villares e aRomi se prepararam para aten-der à programação nuclear fu-tura do país, não se importandoestar hoje fora das usinas deAngra-2 e 3. Suas fábricas témcapacidade de fundir peçascom pesos superiores a 300 to-neladas.

Estudo de 75apontou áreas

Sào Paulo - A CESP — Com-panhia Energética de Sào Pau-lo—já dispunha, desde 1975. deestudo elaborado pela Milder-Kaiser Engenharia S.A., comapoio técnico das empresasnorte-americanas Kaiser Engi-neers International Corpora-tion e Shannon and Wilson, am-bas da Califórnia, propondo aconstrução de usinas nuclearesnas áreas desapropriadas an-teontem pelo Presidente JoãoFigueiredo, em Iguape e Pe-ruíbe.

Nessa época, a CESP tam-bém solicitou informações paraa construção de uma usina nu-clear de 1 mil 200 MW e estima-tivas para um complexo de 25usinas nucleares de 1 mil MW.O documento é parte do volu-me 1 do Estudo de Avaliaçãode Locais pára uma Usina Nu-clear Preparado para a CESP,datado de maio de 1975. Doislocais em potencial foram suge-ridos: um, a 30 quilômetros aoSul de Peruibe e outro a 11,4quilômetros. O local número 1

. situa-se dentro do município deIguape, nas proximidades domaciço da Juréia, o que coinci-de com a parte da área desapro-prlada pelo Governo federal.

O documento explica que aCESP contratou a Milder Kai-ser para avaliar os locais, novale do rio Ribeira, viáveis à

, construção de usinas nucleares.O trabalho foi elaborado duran-

. te o primeiro semestre de 1975.As análises geotécnicas coube-

... ram à Shannon and Wilson In-Corporation, da Califórnia, comapoio de técnicos da CESP e' consultores brasileiros.

Numa fase preliminar, segun-' ; do o documento, foram selecio:

.. nados trés locais: o número 1, a30 quilômetros de Peruibe e aum quilômetro da praia; o nú-mero 2, a -11,4 quilômetros aoSul de Peruibe, junto à praia; eo terceiro, entre os dois primei-¦ ros locais, a 16,5 quilômetros dePeruibe e a um quilômetro dapraia.

O local número 3 foi elimina-do das avaliações, pois os técni-cos constataram que a maiorparte dele está submersa. O lo-cal número 1 flcá numa área' grande e plana, coberta de fio-resta semitropical, com algu-mas áreas de cultivo de bana-na, mas nogeral atada em esta-do natural; está 4 a 5 metros' acima do nível do mar e é cerca-do de morros com até 870 me-tros de altitude. O local número' 2 tem 2 mil 700 metros de flores-

; ta plana, sendo rodeado demorros. Segundo o estudo, há

: algumas famílias na área, mas olocal também parece estar emestado natural.

Leia editorial'Difícil de Entender"

Montoro quer plebiscitopara usinas nucleares

Slo Paulo — Ao comentar ontem o decreto assinadopelo Presidente Figueiredo, desapropriando áreas entre ascidades de Peruibe e Iguape. no litoral paulista, para ainstalação de centrais atômicas, o Senador Franco Montoro(PMDB-SP) anunciou que na próxima segunda-feira intensi-ficará contatos com seus companheiros do Senado, comvista à aprovaçáo de sua emenda constitucional que condi-ciona a implantação de usinas nucleares à aprovação dapopulação, mediante um plebiscito.O Senador defendeu a aprovaçáo de sua emenda consti-tuclonal afirmando que o estabelecimento de qualquerusina nuclear no país só ocorra depois de sua aprovação porum plebiscito popular, lembrando que as centrais atômicasafetam a segurança da população e representem gravesriscos á preservação do meio-ambiente.

O Sr Franco Montoro esclareceu que sua emenda serávotada na próxima terça-feira e que ela foi apresentada já háalgum tempo, quando o Govemo elaborou uma lei sobre ozoneamento do meio-ambiente. Na ocasião o Brasil haviafirmado o acordo nuclear com a Alemanha e o Senador disseque sua preocupação nasceu dos debates que travou noocasião com cientistas e õsicos nucleares, com os quaispercorreu diversas cidades do pais promovendo discussõessobre esse tema.

O Senador Montoro insiste em condicionar a instalaçãode usinas nucleares à aprovação da população, através deplebiscitos populares, por entender que "a tecnologia nu-clear, sua utilização e desenvolvimento, mesmo para finspacíficos, é um assunto muito sério para ficar sendo discuti-do apenas por burocratas, em gabinetes fechados".

Goldemberg não acha bomseguir caminho nuclear

Sào Paulo—O presidente da SBPC (Sociedade Brasilei-ra para o Progresso da Ciência), José Goldemberg, "atadatem esperança de que o Govemo e a Assembléia Legislativade Sao Paulo venham a se conscientizar de que o caminho5"^e"™°Ê°.cami'_>o.Pp8áo Paulo seguir no momento,áspero que haja um debate e que esse debate esclareça, devez nossas autoridades a respeito do assunto"O presidente da SPBC, que Já havia marcado, há algu-mas semanas, um debate no auditório da Fundação GetúlioVargasi (SP» sobre a instalação de usinas ni.deares emterritório paulista, declarou que "a decisão agrava o proble-ma brasileiro de dependência de combustível "nuclear

e podewi___i.íf áSP"?"? á- Nuclebrts • de seu parceira apovcIdeSão^aSirema'

"laS nk° ^"^ aos interesses d0O fisico Marcelo Damy de Sousa Santos acha que "nada

há que justifique o açodamento de se colocar em São Pauloduas usinas nucleares de um tipo condenado no mundointeiro, por representar tecnologia obsoleta e por se tratarde reatores que, pela sua concepção, oferecem riscos já pordemais conhecidos dos técnicos"O construtor do Betatron da Universidade de São Pauloobserva também que, "no momento, o país atravessa umadas mais graves crises financeiras da sua história, tomando-se ainda mais difícil explicar como e por que tal decisão foitomada".O fisico Rogério César de Cerqueira Leite, professor daUnicamp (Universidade de Campinas), considera que "a

instalação de usinas nucleares pelo Brasil é principalmenteum desastre econômico. A eletricidade produzida pelascentrais nucleoelétricas tem um custo quatro a cinco vezessuperior ao da eletricidade gerada por centrais hidrelé-tricas".O fisico criticou a instalação de usinas em Peruibe eIguape, no litoral paulista, lembrando que além do altocusto "com elas, o país estará perdendo grande quantidadede divisas, o que é extremamente grave para quem já seencontra endividado como nós".

Ermírio considera boaa compra da Light deSão Paulo pela CESP

Sáo Paulo — O diretor-superintendente do Grupo Voto-rantim, maior acionista privado da Light, considerou ontemmulto boa "a compra da Light-Sâo Paulo pela CESP. Ê umaforma de racionalizar o sistema de distribuição e geração deenergia no Estado e acabar ocm mordomias e a criaçãodesnecessária de empregos, que ocorria, segundo fui infor-mado, desde que ela foi transferida do controle da Brascanpara a Eletrobras".

O Sr Antônio Ermírio de Morais acredita que, no casodas usinas nucleares, "poderemos chegar ao final do séculosem nada ter feito. Nâo há recursos e por isso não acreditoque se consiga fazer com rapidez as oito usinas que oGovemo deseja no prazo de 10 anos, como está no protocoloassinado com a Alemanha. Existem outras prioridades. Nãoacredito que esse programa seja tocado para a frente".

Direito de recessoO Grupo Votorantim detém 23 milhões de ações daLight. A Eletrobras detém 60% sendo o restante pertencenteà prefeitura de São Paulo (ao redor de 30 milhões de ações),BNDE (9%) e milhares de acionistas (um alto indice de

pulverização). O Sr Antônio Ermírio de Morais disse que naoperação anterior, da transferência das ações da Light sob ocontrole da Brascan para a Eletrobras, "o direito de recessonào foi respeitado. O valor patrimonial da ação era superiorao que foi pago. Entretanto, como a compra foi boa, nãopodemos pensar somente em nós, mas sim no beneficiadomaior, que foi o país".

O Sr Antônio Ermirio de Morais disse ainda que vaiestudar o que fazer nesta nova transação. "Mas a compra foiboa, e deverá racionalizar os serviços de geração e distribui-ção de energia no Estado e até baratear o preço da energiapara o consumidor.""Sei que o direito de recesso do acionista nâo serárespeitado novamente. O valor real das ações nào serálevado em consideração, mas temos que levar em conta obeneficio que trará ao pais."

Disse esperar também que "em breve a Light do Rio deJaneiro passe ao controle de Fumas. Isso seria mais racionale, a exemplo da Light São Paulo, jã em poder da CESP,tomaria o preço dos seus serviços mais baratos para oconsumidor final".

Explicou ainda que "na sua opinião São Paulo simples-mente pegou um pacote completo de medidas do Govemo:as usinas nucleares e a compra da Light. Essas medidasdevem estar conjugadas politicamente".

^__\ MINISTÉRIO DO INTERIOR

-aQcoiuaB.DEPARTAMENTO NACIONAL0E OBRAS 0E SANEAMENTO

AVISOEDITAL DE CONCORRÊNCIA

N° 54/80O Chefe do Núcleo Executivo de Licitações — NEL

do Departamento Nacional de Obras de Saneamento —DNOS, comunica, que às 15 horas do dia 09 de julho de1980 na Sede do DNOS, será realizada uma Concorrèn-cia destinada a execução dos serviços de dragagemcom drag-lines e obras complementares, a serem reali-zados nas bacias dos rios Mearim e Pericumã, munici-pios de Lima Campos e Pedreiras, no Estado doMaranhão, 2a Diretoria Regional do DNOS — 23 DR.

As firmas interessadas poderão obter informaçõesno NEL e adquirir o Edital com a ESPECIFICAÇÃO n°54/80 na Divisão Financeira, localizados na Sede doDNOS, à Av. Presidente Vargas n° 62, na cidade do Riode Janeiro — RJ, ou na Sede da 2a DR, situada na Av.Almirante Barroso, 4466, na cidade de Belém — PA

(a) Alfredo Eduardo Robinson Aldridge Carmo(Chefe do Núcleo Executivo de Licitações)

(P

Cr.-

Bancos comerciais expandiramcréditos em 22,6% até maio

Brasilia — Do início do ano até o flnal domês de maio. a expansão dos empréstimos nosbancos comerciais foi de 22,6% (19% de janeiroa abril), enquanto somente no mès de maio aexpansão foi de 2,9%, contra 4,6% registradosno mès de abril, informou ontem o Ministro daFazenda, Emane Oalvèas.

Segundo ele, estes números evidenciam queas medidas de politica monetária adotadaspelo Conselho Monetário Nacional em marçocomeçam a apresentar seus primeiros resulta-dos concretos em termos de limitar em 45% atéo flnal do ano a expansão do credito pan osbancos comerciais.

ResultadosObservou o Sr Emane Oalvèas que tais

números sáo preliminares, mas de qualquerforma já mostram que as medidas começam adar resultados. Segundo ele, somente em maioa conta petróleo da base monetária vai repre-sentar uma expansão de Cr$ 25 bilhões, devidoà diferença existente entre o preço de comprado petróleo importado e o de sua colocação nomercado Interno. Isto será corrigido a partir deJunho, disse, com o aumento no preço dosderivados.

Para o Ministro da Fazenda, todo o sistemafinanceiro está adaptado á orientação determinada pelo Conselho Monetário Nacional, queprogramou a expansão de crédito na base de45% até o flnal do ano. "Isto vai ser cumprido,evidentemente, nas áreas controladas. Nas de-mais (repasses do Banco Central pare custeiorural, repasses externos e empréstimos â im-portação) pode haver uma expansão muitomaior', observou.

Explicou o Sr Emane Oalvèas que a expan-sáo de crédito é gerada no processo de multipli-caçáo dos meios de pagamento (moeda empoder do público mais depósitos á vista nosbancos comerciais),"e isto está limitado a45%". Afirmou que a contenção de despesa nosetor público, além das medidas na área fiscal(aplicação do IOF, empréstimo compulsório,etc), representam uma absorção do poder aqui-sitivo.

"Tudo isto sõ começa a funcionar a partir deagora, pois até maio só produziram efeito asmedidas que tinham resultados altistas. Princi-palmente a expansão de crédito de 1979, quecontinuou com abundante liqüidez em 1980, osreajustamentos de salários nos primeiros mesesde 1980 e a escassez de alimentos", concluiu.

ESTADO DO PARANÁ

CASA CIVILCOMISSÁO DE LICITAÇÕES

TOMADA DE PREÇOS N° 9/80EDITAL N° 9/80

Levamos so conhecimento das firmas interessadas, edevidamente cadastradas nos termos do Artigo 128 e parágrafosdo Decreto Lei n» 200/67 e Decreto Estadual r. 1 057/79. que seacha aberta a tomada de preços r. 9/80, Edital n° 9/80, paraaquisição de uma bateria de Nickel Cadmium, para instalação naAeronave PP'EUE-King Air - B-90. de propriedade do Governodo Estado

Todos os esclarecimentos atinentes a esta Licitação, bemcomo, os exemplares do respectivo Edital, poderáo ser enconira-dos na Casa Civil da Governaciona. sita no 4° andar do PalácioIguaçu — Centro Cívico - Curitiba - Paraná

O recebimento e abertura das oropostas. dar-se-é no dia 13de |unho cte. 1980 às 10 00 horas onde funciona a Sala deProieçôes da Casa Civil, situada no Io andar do Palácio Iguaçu

Curitiba, 04 de junho de 1980ADELMARIO FRANCA

Presidente

PI

fffcr &S\t\BRADESCOASSOCIADO AOS GRUPOS SEGURADORES ATLÃNTICA-BOAVISTA I SUL AMIRICA

BANCO BRASILEIRO DE DESCONTOS S.A.MATRIZ E 1.222 DEPARTAMENTOS

COMPANHIA ABERTA -1.191 723 ACIONISTASCadastro Geral de Contribuintes n 9 60.746.946/0001-12

BALANCETE PATRIMONIAL SINTÉTICO ENCERRADO EM 30 DE MAIO DE 1980

ATIVO

ATIVO CIRCULANTE E REALIZÁVEL A LONGO PRAZODisponibilidades Operações de Crédito Rendas a Apropriar Créditos em LiquidaçãoProvisão para Créditos de Liquidação DuvidosaRelações Interbancárias e InterdepartamentaisCréditos Diversos Valores e Bens

ATIVO PERMANENTEInvestimentos Imobilizado Diferido

Em CrS Mil174.284.099

4.549.38285 880.842(2.292.718)

442.103(2.184333)

31 803 62946.506.755

9.578439

23.732 2526683.204

16.761.031283.17

TOTAL GERAL 198.016.351

PASSIVO

PASSIVO CIRCULANTE E EXIGIVEL A LONGO PRAZODEPÓSITOS

A VistaA Prazo. Despesas a Apropriar

Relações Interbancárias e Interdepartamentais Obrigações poi EmpréstimosObrigações por Recebimentos - Tributos e Encargos SociaisOutras Obrigações ...

PATRIMÔNIO LIQUIDOCapital SocialReservas de Capital Reservas de Lucros Reserva Especial de Lucros a Realizar 'Lucros Acumulados

CONTAS OE RESULTADO TOTAL GERAL

Em CrS Mil173.819.9961047233.775101 143 970

3594 561(504756)

26 29189912.956 56818 742 30411 595 450

22.678.23010.289.1098.073.6013 307 247

932 06576 208

1.518.125

198.016.351

DEMONSTRATIVO DOS COMPROMISSOS DE RECOMPRA OU COMPRA DE TÍTULOS DE RENDA FIXA ¦ RESOLUÇÃO 366 DO BANCO CENTRALACORDOS A PREÇO FIXO • VALORES EM CRS 1.000,00 - CAPITAL DESTACADO: CRS 3.000.000.000,00

ESPÉCIE DE COMPROMISSOSCOM ENTIDADES NAO FINANCEIRAS,PESSOAS FÍSICAS

Letras do Tesouro Nacional

COM ENTIDADES NAO FINANCEIRAS,PESSOAS JURÍDICAS

Letras do Tesouro Nacional Obrigações Reajustáveis do Tesouro NacionalTítulos Estaduais e Municipais

COM INSTITUIÇÕES FINANCEIRASLetras do Tesouro NacionalObrigações Reaiustáveis do Tesouro NacionalTítulos Estaduais e Municipais

TOTAIS .

Até 07 dia»

638.150

3.542.1352.733.5291.097.487

629.569905744204.196

9.750.810

De 08 a 15 dias

376.183

1.072143968099968 936

55.530490.301

1.319.591

5 250 783

De 16 a 30 dias

773749

920 2692 122 7481.265 30B

1 01026692291.713 758

9.466071

De 31 a 60 dias

539014

104 800804.248597 248

341 1371 416.804

3803251

Mais de 60 dias

310.542

35 32411 8835210

362 959

Totais

2637 638

5674.6716 640 5073 934 189

686 1094 406.4114.654 349

28.633 874

INDICAÇÃO DAS TAXAS PRATICADAS NAS OPERAÇÕES ATIVAS, CONFORME DISPOSIÇÕES LEGAIS

Natureza da operação

CRÉDITOS A EMPRESAS:Descontos de Duplicatas Descontos de Notas Promissórias Empréstimos em Conta Corrente com Garantia RealEmpréstimos em Conta Corrente sem Garantia Real

Taxas máximas

2,65% a.m.3,23% a.m.2,93% a.m.3,19% a.m.

Natureza da operaçáo

CRÉDITO PESSOAL:Descontos de TítulosEmpréstimos em Conta Corrente de Cheque

Especial e Outras Contas GarantidasContratos de Crédito Pessoal para Pagamento'

em Prestações

Taxas máximas

3,66% a.m.

3,78% a.m.

4,08% am.

GERENCIA GERAL DE CONTABILIDADEOsasco, 30 de maio de 1980

Armando Fernandes Júnior - TC CRC SP n.° 71.108José Carlos Ferreira Horta - TC CRC D.F. n.° 951 - "T"-SP n.° 1.368Octavio Calesco TC CRC SP n.° 36.270

BANCO BRADESCO DE INVESTIMENTO S.A.COMPANHIA ABERTA - 572.976 ACIONISTAS

Cadastro Geral de Contribuintes n.° 60.885.092/0001-66

BALANCETE PATRIMONIAL SINTÉTICO ENCERRADO EM 30 DE MAIO DE 1980

ATIVOEm CrS Mil

ATIVO CIRCULANTE E REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 42.111.024Disponibilidades 163.862Financiamentos 25.806.776Repasses de Recursos Internos e Externos 14.978.202Créditos em Liquidação 273.954Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (696.156)Outros Créditos e Valores 1.584.386

ATIVO PERMANENTE 4.621.415Investimentos 4.390.249Imobilizado 231.166

TOTAL GERAL 46.732.439

TAXAS DE FINANCIAMENTOS AO ANO: TIPO DE GARANTIASDuplicatas 52,20%Outras 54,00%

PASSIVO

PASSIVO CIRCULANTE E EXIGIVEL A LONGO PRAZODepósitos a Prazo Recursos para Repasses Outros Recursos

PATRIMÔNIO UQUIDOCAPITAL SOCIAL

De Domiciliados no Pais De Domiciliados no Exterior

Reservas de CapitalReservas de LucrosReserva Especial de Lucros a RealizarLucros Acumulados

CONTAS DE RESULTADO

TOTAL GERAL

Em CrS Mil38.992,06719.238.16115.999.3493.754.557

6.715.4121.927.6781.540.254

387.4241.745.8591.804.5711.228.314

8.990

1.024.960

46.732.439

São Paulo, 30 de maio de 1980 José Ferreira de Camargo - TC CRC SP n,° 90 556

FINANCIADORA BRADESCO S. A.CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTOS

COMPANHIA ABERTA -118.009 ACIONISTASCadastro Geral de Contribuintes n.° 60.495.108/0001-24

BALANCETE PATRIMONIAL SINTÉTICO ENCERRADO EM 30 DE MAIO DE 1980

ATIVO

ATIVO CIRCULANTE E REALIZÁVEL A LONGO PRAZODisponibilidades Financiamentos Créditos em Liquidação Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa Outros Créditos e Valores

ATIVO PERMANENTEInvestimentos Imobilizado

TOTAL GERAL

São Paulo, 30 de maio de 1980

Em CrS Mil18.724.571

176.05718.753.588

109.258(385.692)

71.560

353.974136.179217.785

19.078.545

PASSIVO

Em CrS MilPASSIVO CIRCULANTE E EXIGIVEL A LONGO PRAZO 16.400.610

Títulos Cambiais 16.059 579Outros Recursos 341.031

PATRIMÔNIO LIQUIDO 2,131,842Capital Social 1.060 770Reservas de Capital 885 423Reservas de Lucros 182^815Lucros Acumulados 2^834

CONTAS DE RESULTADO 546.093TOTAL GERAL 19.078.545

José Ferreira de Camargo - TC CRC SP n.° 90.556

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14- ECONOMIA JORNAL DO BRASIL D sexta-feira, 6/6/80 D 1° Caderno

Informe Econômico

Motivo do romboEstá descoberto o motivo por que sem-

pre a gasolina teve no Brasil os mais aüosreajustes de preços entre todos os deriva-dos de petróleo desde que os países produ-tores iniciaram a escalada de aumentos nosegundo semestre de 1973.

A gasolina tem um peso insignificanteno índice de custo de vida no Rio de Janeiro(que atinge orçamentos das famílias queganham entre zero e quatro salários mini-mos). O índice do custo de vida, por sua vez,responde por 30% do cálculo da inflação.

Assim, os altos preços da gasolina —que afetam o orçamento das classes médiae alta — subsidiam os demais derivados,especialmente aqueles que afetam os orça-mentos das camadas de menor renda, comoo querosene, o diesel é o gás liqüefeito depetróleo.

Entretanto, nos últimos cinco meses, ospróprios custos efetivos do petróleo brutoestavam sendo subsidiados em cerca de 8dólares, à custa de pesadas injeções derecursos do Banco do Brasil à Petrobrás eao Conselho Nacional do Petróleo, que atin-giram Cr$ 67 bilhões de janeiro a abril.

O custo do petróleo estava bem inferiorao real. Porque, além de se computar umpreço médio irreal para o óleo importado(inclusive com uma taxa cambial fictícia),dava-se o valor de 14 dólares o barril paraos 16% de petróleo produzidos no Brasil —quando os preços internacionais giravamentre 22 e 26 dólares — e não se compu-tavam integralmente os custos CIF do óleoimportado.

Mas, a razão também é simples para aginástica que está arrebentando a políticamonetária — os Cr$ 67 bilhões de subsídiosà conta petróleo responderam por umaexpansão de 15% na base monetária, cujoteto de expansão até dezembro é de 50%, e,só não foram catastróficos, porque o paísperdeu, efetivamente, quase Cr$200 bilhõesem reservas no quadrimestre.

O petróleo bruto é um dos itens demaior peso no índice de preços por atacado(que responde por 60% da inflação). O pe-tróleo bruto representa algo em torno de10% do IPA. O que significa que cada rea-juste no custo interno real do petróleo re-presenta uma transferência de 6% do rea-juste para o índice de inflação.

Compensação

Não geou na zona do café no Paraná.Em compensação, o bom tempo na Europagarantirá uma excelente safra de vinhosfranceses e italianos.

Já é alguma coisa.Em Nova Iorque, a Hills Bros Coffee,

subsidiária da Copersucar, também aumen-tou — aexemplo da General Foods — para3,23 dólares (mais 15 centavos de dólar) opreço da lata de uma libra (454 grs) de cafétorrado, em função da alta nas cotações docafé em grão.

Vida cara

Subiu 6,52%, contra 3,93% em abril, ocusto de vida em maio na cidade de SãoPaulo, segundo dados da Fundação Institu-to de Pesquisas Econômicas (FIPE), daUniversidade de São Paulo.

No mês passado, o custo de vida no Riosubiu 4,6%, o que faz com que a taxaestimada para maio no Rio — de 5,6% —seja até favorável, comparada com o súbitoencarecimento dos preços ao consumidorpaulista.

Nos últimos 12 meses, a vida encareceu75,44% para os paulistanos, sendo que ositens que mais pesaram no orçamento fo-ram transportes, com alta de 109,51%; ali-mentação (87,68%); saúde (80,69%) e despe-sas pessoais (61,97%). Na alimentação, asmaiores altas em maio foram: pão (36,05%);ônibus urbano (19,85%); cigarros (15,95%);aluguel (5,44%); e açúcar refinado (4,60%).

Déficit e superávit

Bastou a balança comercial de maio darsinais favoráveis para o Govemo se apres-sar em divulgar seus resultados prelimina-res, com um superávit de 48 milhões dedólares, o primeiro desde abril de 1978.

Em janeiro, fevereiro, março e, prinei-"palmente, abril, quando se registraram ele-vados déficits, o Governo retardou a divul-gação dos números definitivos da balançacomercial, recusando-se, ainda, a fazer qual-quer previsão.

Novo Pólo

O protocolo dando prioridade aos estu-dos dos projetos que formarão o Pólo Qui-mico do Triângulo Mineiro, em Minas Ge-rais, será assinado segunda-feira em BeloHorizonte pelo Ministro da Indústria e doComércio, Camilo Pena, pelo GovernadorFrancelino Pereira e o presidente do BNDE,Luiz Sande.

Os investimentos previstos para os pró-ximos oito anos, de diversas fontes, é daordem de 1 bilhão de dólares e serão criados9 mil novos empregos diretos na região. Asriquezas naturais serão aproveitadas nocomplexo, principalmente para fertilizan*tes, álcool, celulose e o titânio.

SUCESSÃO NA CNICom o registro feito, ontem, da chapa que

concorrerá às eleições da CNI—Confederação Nacio-nal da Indústria, no dia 15 de agosto, constatou-se aausência de representantes da Federação das Indús-trias do Estado do Rio de Janeiro — Fir|an, naquelachapa.

Em se tratando de uma das mais Importantesentidades representativas da indústria nacional (se-gundo parque industrial do país), essa ausênciacausou forte estranheza.

A propósito, a corrente liderada por Arthur JoãoDonato, que concorrerá às eleições da Firjan, emsetembro, esclarece:

— Realizando-se as eleições na CNI antes das

3ue terão lugar na Firjan, caberá ao atual presidente

a Firjan, como Delegado-eleitor representante daCNI, exercer o direito de voto;

— A corrente de Arthur João Donato foiprocurada pelo futuro presidente da CNI, Dr. AlbanoFranco, que convidou um elemento desta correntepara participar de sua chapo, especificamente, o Dr.Edgard Arp que será o candidato a representante daFirjan na CNI, após as eleições de setembro;

— Consultado, Arthur João Donato, presente-mente no exterior, sugeriu aos representantes da suacorrente que agradecessem ao Dr. Albano Franco, agentileza do convite, preferindo dele declinar, mo-mentaneamente, pois só se considerariam com odireito de participar oficialmente na CNI quandoconhecido o resultado das eleições na Firjan;

— Da conversa, ficou a possibilidade de, emfuturo, com a ampliação do quadro de dirigentes daCNI, passar a Federação das Indústrias do Estado doRio de Janeiro a ter representantes na sua diretoria.

Independente da participação em qualquer car-go de direção na CNI, comunicaram os companheirosde Arthur João Donato, ap Dr. Albano Franco, emnome daquela corrente, o compromisso de apoiarintegralmente a administração daquele líder à frenteda CNI.

JORNAL DE LETRASNAS BANCAS COM CADERNO SOBRE CAMÕES

(?(?(?<?(?MARKETING DE EXPORTAÇÃO

4.° CURSOCONHECIMENTOS GERAIS - Economia Inwrnacioríal; Co-

mércio Internacional e Desenvolvimento Econômico; OrganismosInternacionais; Política Brasileira de Comércio Exterior e Balan-ço de Pagamento.

ADMINISTRAÇÃO DA EXPORTAÇÃO - Objetivos e Ins-trumentos Estratégicos de Acío; Câmbio; Transportes; Seguros;Processamento Administrativo das Exportações.

MARKETING INTERNACIONAL - Estudo de Mercados;Política de Produto a Preços; Canais de Distribuirão; Promoção;Planejamento das Exportações.

REQUISITOS PARA INSCRIÇÃO - Curso superior comple-to ou experiência comprovada, a nível de gerência, am empresasligadas ao comércio exterior.Duração: 09 semanas - de 09 de junho a 07 de agosto de 1980.Horário: de 2? a 5? feira,das 18:45às 21:45 horas.

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EletrosulCentrais Elétricas do Sul do Brasil SA

EdJtáGeralSistema deTransmissão em500W-3'Estágio(SstenwcteTransmissâo 08)

1.0 - Centrais Elétrica» do Sul do Brasil S.A. - ELETROSUL, Mptra contarcom muitos do Banco Inttrnaclonal para Raconitructo t Desenvolvimento- BIRD am várias moadai, aquivalantas a USS 125 milhSas, para pagamantodos tquipemente* vinculados ao Siitama da Tram-ni-t-Jo am SOO kV - 39 Es-tagio.2.0 - Noi próximos dezoito (18) mean, a ELETROSUL emitira Editaispara a Pré-Qualificaçao de Fornecedoras e Fabricantes interessados em partici-par de Licitação Internacional para o fornecimento dos equipamentos e ma-ttriwi abaixo relacionados:

Licitação n?

08-131

08-13208-134C0B-134006-13SC08-13SD08-136C08-136D08- 137C

08-137008-138C

08-139C

08-139D

08-142

08-14608-14708-15408-231

08-23208-23308-23408-235

DeicriçSo

Autotransformadores, 525 a 280 kV200 M VAReatores Shunt, 526 kVDisjuntores, 230a 138kVDisjuntores, SOO kVChaves Seecionedoras, 230 e 138 k VChaves Seccionadoras, 500 kVPara-raios, 230e138kVPára-raios, 500 kVTransformadores de Corrente,230e138kVTransformadoras de Corrente, 500 kVTransformadores de Potência230e138kVTransformadores de PotencialCapacitivos, 230 e 138 kVTransformadores da PotencialCapacitivos, 500 kVPainéis de Proteção, Medição*ControleOscilôgrafosLocal nador de Falha de LinhaIsoladores da Pedestal, 500 kVTorres de Aço Galvanizado para LTsde500e230kVFerragens, SOO kVIsoladores. para LTs de SOO e 230 kVCabos Condutores, 500 e 230 kVCabos Pára-raios e Cabos contrapeso,500 a 230 kV

Quantidadeaproximada

8 unidades21 unidades26 unidades27 unia77 unic73 unk62 unidade*73 unir

69 unn81 unii

25 unidades

47 unidade»

66 unidades

110 unidade*6 unidsdes6 unidades

473 unidades

20.600 ton67.450 unidades

221.000 unidade»15.700 ton

837 ton3.0 - A participação em Liclteçio para o fornecimento dos equipamento»* materiais acima mencionados limite-se a fabricante» brasileiro» ou estrangei-ros originários dos peísos-membrot do Banco Internacional para Reconstruçãoe Desenvolvimento - BIRD e da Suíça, uma vez obedecidos os requisita» es-pacificados nas Instruções aos Proponentes.4.0 - Os Editais pera as LiciteçSes acima mencionad*» sento dhrulgedos etre-vás de publicações e de comunicados aos representantes diplomáticos dos pai-ses- membros do BIRDe da Suíça, por ocasüo da em issfo de cada Licitação.5.0 - Fornecedores e Fabricantes Interessados em ser incluído» nume listade correspondência e em receber os Editais acima mencionado» deverão escre-vr. especificando em que Ucitaçío ou Grupo de Licitaçoe» desejam partici-par.6.0 - As Instruções pare elaboraçío de Propostas de Fornecimento e paraapresentação dos Documentos de Pré-Qualificaçao «sario disponíveis sos in-teresudos eo preço de CrS 6.000,00 (tiis mil cruzeiros), após publicação decada Edital.Qualquer correspondência deverá ser encaminhada ao stguintt endereço:Centrais Elétricas do Sul do Brasil S.A. - ELETROSULDiretoria de Suprimento*Departamento de Contrato» * ConcorrênciasRua Deputado Antônio Edu Vieira, s/n? • Pantanal88000- Florianópolis- SCBrasil

Giscard d'Estaing queradiar a entrada na CEEde Portugal e Espanha

Paris—Numa aparente reversão da política francesa emrelaçáo à Comunidade Econômica Européia (CEE), o Presi-dente Giscard d'Estalng afirmou ontem, em Paris, que asültlmmas dificuldades para obtenção de um consenso quepermitisse o aumento dos preços agrícolas aconselha adesaceleração do processo de admissão de Portugal e Es-panha,

A declaração, feita a um grupo de agricultores, pareceter dois objetivos: em Io lugar, Giscard d'Estaing precisados votos agrícolas para sua reeleição e sabe que a agricul-tura francesa teme a concorrência principalmente espinho-Ia; em 2°, aproveita para deixar registrado que o comporta-mento britânico, rejeitando o aumento dos preços agrícolas,pode-se refletir negativamente no futuro da CEE.

Isto fica mais claro quando se sabe que, após ter oGovemo alemão aceito o acordo negociado há uma semanaem Bruxelas, pelo qual a Grã-Bretanha teve drasticamentereduzida sua contribuição ao orçamento comunitário emtroca da aceitação do aumento em 5% dos preços agrícolas,a politica da Comunidade para comercialização da safra de198041 pode ser executada. Os novos preços recuam a Io dejunho. Até agora, Giscard tem apoiado o Ingresso dessespaíses.

A Franca náo tem motivos para temer a entrada daGrécia na CEE, marcada para o início do próximo ano, masteme a concorrência que os agricultores e empresáriosagrícolas do Sudoeste enfrentarão diante do vinho, produ-tos agrícolas e semimanulaturados mais baratos provenlen-tes da Espanha. Teme também que sejam canalizados paraPortugual e Espanha recursos da CEE atualmente destina-dos a seus agricultores e regiões mais atrasadas. A Comuni-dade optou pela entrada da Grécia, Espanha e Portugalpara reforçar seus recentes regimes democráticos e atá-losmais firmemente ao Ocidente.

Radicais da OPEP vãoopor-se à unificaçãodos preços do petróleo

Beirute e Paris — Os países da linha dura da OPEPInsistirão em sua política de "mais dinheiro por menospetróleo" na conferência a se iniciar segunda-feira, emArgel, e vão opor-se ã unificação dos preços pretendida pelaArábia Saudita, segundo fontes da Indústria petrolífera, emBeirute.

Esses paises, entre eles Irã, Libia, Argélia e Kuwait,estáo interessados em novas altas de preços e numa reduçãoda produção. Os moderados sauditas defendem uma unifl-cação dos preços em tomo dos 32 dólares por barril paraevitar a formação de um grande estoque de óleo que, a seuver, provocaria uma queda nos preços e ameaçaria os lucrosdos países exportadores.

Para tentar convencer os recalcltrantes, o Ministro''saudita do Petróleo, Xeque Ahmed Zaki Yamani, deu aentender que seu pais reduziria sua produção de 9 milhõesSOO mil barris/dia em 1 milhão de barris, embora advoguetambém um congelamento dos preços por seis meses.

Para obter a unificação, a Arábia Saudita elevaria seupreço (que serve de referência para os demais membros daOPEP, já que é o maior exportador) de 28 para 32 dólares. Oque, para o Ocidente, se falhar a política de reunificação,apresentaria o risco de uma nova rodada de aumentos nocusto do óleo, tal como a ocorrida no flnal de maio, quandoRiyad remarcou seu barril de óleo de 26 para 28 dólares.

Desde o flnal de 1978, o preço médio do barril já subiumais de 130% e, nos últimos seis meses, a alta foi de 23%. AOCDE calcula em 400 bilhóes de dólares a conta a ser pagapela economia ocidental em relaçáo as elevações de preçosdo petróleo ocorridas em 1980. Os países em desenvolvlmen-to ostentarão, em conseqüência do mesmo problema, déficitsuperior a 70 bilhóes de dólares, duas vezes maior que noano passado. "O crescimento zero já começou para os paisesmais pobres", disse esta semana o secretário-geral da Orga-nização de Unidade Africana (OUA), Edem Khodjo.

A 57a Conferência da OPEP se inicia numa época em queos estoques ocidentais estão em niveis recordes e permitemcobrir um consumo de 95 dias, no Japáo, e de 112 dias, naComunidade Econômica Européia. Os EUA estudam aelevação de seus estoques a 1 bilhão de barris.

Estudo da Shell Oil Co, divulgado ontem em NovaIorque, informa que a demanda de petróleo nos EUA vai-seestagnar na atual década em cerca de 17 milhões 200 milbarris/dia, devido aos planos do Govemo de reduzir oconsumo de gasolina. A Shell calcula a importação Altura depetróleo entre oito e nove milhões de barris/dia, principal-mente da OPEP. O Govemo japonês promulgou um "paco-te" de medidas de economia de energia, cuja meta é dimi-nulr em 7% o consumo anual de petróleo.

Governo de Minas querque ICM seja recolhidoapenas pela indústria

Belo Horizonte — A Secretaria da Fazenda de Minasrevelou ontem que já enviou ao Ministro da Fazenda ante-projeto-de-lel complementar para que todos os produtos, a-exemplo das bebidas e do cigarro, passem a ter o ICM sobreeles Incidentes recolhidos unicamente pelo industrial, tendoem vista simplificar o processo de arrecadação.

A secretaria defenderá seu ponto-de-vista durante o V~. Congresso Nacional de Administração Fazendária, que co-

meça domingo em Salvador. Argumenta que, do total de 189mil contribuintes cadastrados em Minas, 15% sáo do setorindustrial (que recolhe 57,2% do ICM), 5% do comércioatacadista (responsável por 22,1%), enquanto o comérciovarejista, que reúne 150 mil contribuintes — um universodificil de ser fiscalizado — contribui com 20,7%.

Há tempos que a Secretaria da Fazenda de Minas vemreclamando que a União, além de ficar com a parte do leáoda arrecadação tributária, reservou a si maioria principal-mente naqueles tributos mais fáceis de serem cobrados,como o IPI e o Imposto de Renda, deixando aos Estadosmaior participação no ICM, de cobrança cara e dificil Hoje oICM contribui com quase 70% da arrecadação tributária deMinas, pagando o Estado, também, um alto preço politico.

Culturas de soja,arroz e miího terãosubsídios reduzidos

Brasilia — O valor básicode custeio (VBC), crédito ajuros subsidiados (15% na sa-fra 1979/80) concedido ao agri-cultor para cobrir parte dosgastos de plantio, vai ser alte-rado na safra 1980/81. Os cál-culos processados pela Co-missão de Financiamento daProduçáo (CFP), a partir doacompanhamento dos preçosdos fatores de produçáo e darenda bruta correspondente àcomercialização das prinei-pais lavouras, indicam que ai-gumas culturas não terão di-reito ao financiamento de100%.

A escassez de recursos pre-vista para este ano, acentua-da pela decisáo governamen-tal de conter a expansão mo-netária em 45%, fará com queos VBCs de produtos como a

soja, o arroz e o milho, prinei-palmente, sejam reduzidos. Asoja, conforme comentáriosdos técnicos dos Ministério!da Agricultura e do Planeja-*mento, terá um credito paraapenas 60% do desembolsonecessário para o custeio doplantio.

Na safra passada —1979/80— a soja teoricamente náoesteve nivelada aos demaisprodutos da lista dos preçosmínimos, todos com 100% definanciamento: seu VBC foide apenas 80%. Mas so teori-camente a soja teve VBC me-nor, porque, como ocorreu se-ca durante o periodo de vice-jamento da safra, em caráterde emergência os sojicultoresacabaram beneficiados com100% de financiamento.

Até o fim do mêsPara o milho e o arroz —

cujos produtores estão sendoconsiderados entre os maisbeneficiados pela última sa-fra — a previsão é de que oVBC passe de 100% para 80%.Outros produtos agrícolaspoderão também ter o VBCrebaixado. São eles o algo-dão, o amendoim, a mamonae o sisal. Mas os percentuaisde financiamentos — que se-gunda feira o CFP entrega aoMinistro da Agricultura, SrAmaury Stábile — serão defi-nidos antes do flnal deste-mês, na última reunião doConselho Monetário Nacional(CMN).

O próprio diretor executivoda CFP, Sr Francisco Vilella,já reconheceu que as culturasagrícolas de maior rentabili-dade seráo contempladascom percentuais menores definanciamento para o custeio,quando admitiu que nestescasos é justo que os agrlculto-res participem com uma par-cela maior de recursos pró-prios, liberando, com isso,mais recursos subsidiadospara as demais lavouras con-sideradas prioritárias, em ter-mos de abastecimento in-terno.

Será por isso que os feijões— todos eles, sem exceção —náo teráo limitados os finan-ciamentos com recursos ofi-ciais, nem será qualquer tipode reciprocidade dos agricul-tores na aplicação de recur-sos próprios. Para o feijãopreto, por exemplo, já se sabeque o financiamento de eus-teio será de 100%, com jurossubsidiados de apenas 15%.

O arroz e o milho sáo tam-bém produtos destinados ba-sicamente ao mercado inter-no, como atestam as estatisti-cas, mas se encontram emsituação diversa da do feijão;a produção de arroz cresceumais de 30% na última safra,

com a área plantada expan-dindo-se em 17%. Com o ml-lho, a produção pulou tam-bém cerca de 30%, e a áreacultivada agregou mais 9%de espaço.

Para o feijão, considera-seimprescindível que o VBCcontinue sendo de 100%, eque os juros do crédito decusteio permaneçam subsl-diados em 15%, uma vez queestá em plena fase de desfe-cho uma campanha nacionalde plantio, utilizando-se deum zoneamento agrícola emfase flnal de preparo. Paraque na safra 1980/81 a produ-ção cresça o suficiente paraatender o consumo, e paraque com a safra posterior,1981/82, seja indicada a for-

.mação de um estoque estra-tégico, considera-se Impres-cindível que nada seja altera-do em relação ao produto.

Outra mudança previsível,sendo discutida pelos técni-cos do Govemo, em Brasília,é referente aos juros subsidia-dos, e que no ano passado foide 15%. Com a soja, porexemplo, cuja área de plantioaumentou 4,5%, mas a produ-ção creceu em 50%, propor-cionando uma renda recordesuperior a 2,5 bilhões de dóla-res, como forma de compaü-bilizar o aporte de recursosnecessários para atender aprioridade agrícola às metasgovernamentais de conten-ção do crédito, a taxa dosjuros do crédito de custeiopoderá ser bem maior.

Estas mudanças em estudo— menor taxa de VBC emaior taxa de juros—podemtambém ser regionalizadas.Um exemplo seria a soja, ln-centivada com VBC de 60%na Região Sul, e 80% na Re-gião Centro-Oeste; com 22%de juros para o crédito decusteio no Sul e os 15% noCentro-Oeste.

EGF! Outra mudança em analiseem Brasília refere-se ao EGF(Empréstimo do Governo Fe-deral), um dos principais ins-trumentos da política de pre-ços mínimos, porque fornececapital de giro, enquanto oagricultor espera melhorespreços no mercado (cujo sal-do em agosto próximo deveráatingir os Cr$ 120 bilhões). Osprazos dos EGF — que va-riam de produto, mas na mé-dia se situam em cinco meses— poderão ser sensivelmentereduzidos. Principalmentequendo referindo-se aos cultl-vos de exportação e aos pro-dutos mais susceptíveis àsmanobras especulativas.

Esta medida—de reprodu-ção nos prazos dos EGF —seria uma conseqüência daestratégia dos produtores du-rante a safra 1979/80, os quais,em prejuízo da política decombate à inflação, estive-ram (e ainda estão, em algunscasos) retendo a colheita àespera de melhores preços, oque só foi e é possível porque

os prazos dos EGF só expi-ram em julho e agosto. Osjuros dos créditos para a co-mercialização das safras —22% no ano passado — tam-bém poderão ser alterados.Por também serem subsidia-'dos, são apontados comouma das causas da falta deagilização na venda das sa-fras agrícolas.

Como o EGF trata-se deum financiamento cujo valoré baseado na preço mínimo, eque permite ao mutuário ar-mazenar a produção para ne-gociá-la na entressafra, praü-cando seu próprio programade sustentação de preços(saudável regra, tratando-sede uma economia de merca-do). Espera-se reação maiordos produtores agrícolas paraqualquer mudança com oEGF, do que as previstas ai-terações com o VBC.

Com as mudanças em apre-ciação, todos seráo atingidose todos sairão beneficiados,conforme é propósito do Go-vemo.

Mercado externoChKOflo e Novo Iorque Cotar,-»!, futuras nas Bolsas de mercadunos de Chicogo»Novo Iorque, ontem;

MlS FECHAMENTO VARIAÇÁO MÉS FECHAMENTO VARIAÇÁODIA DIA

ANTERIOR ANTERIOR

Cotações da Bolsa deValores de Nova Iorque

Novo Iorque — Foi a seguinte a Média Dow Jones na Bolsa de Valor«'de Nova Iorqueontem:

AÇUCARI NI )ctnts por libra (454 grs)" 11

Dez.Jan.Mar.

93,5094,0095,00

95,0095,5096.40

Acíet Abertura Máxima Mínimo rechowottto30 Industriais 861,01 868,60 853,50 859,7020 Transportes 275,34 280,01 274,10 277,3615 Serviços Públ. 110,08 110,70 108,73 109,5365 Ações 311,94 315,26 309,42 311,89

Jul. 30,00 32,48Set. 32,76 34,26Out. 33,37 34,87Jan. 34,00 35,50More. 34,42 35,92Mai. 34,10 35,60Jul. 33,30 34,80

ALGODÃO (NI)cents por libra (454 grs)

Jã- 73,85 ' 75,85

Ou'- 71,85 73,85°»z- 70,75 72,55Mar. 72,15 73,42Mai. 73,50 74,60i"l- 75,20 76,00O"'- 76,55 7640_

CAFÉ (NI) ***cents por libra (454 grs)

Foram os seguintes os preços finais na Bolsa de Valores da Nova Iorque, ontem, emdólares:

FARELO DE SOJA (Chicogo)dólares por toneladas

Jul.Ago.Set.Out.Dez.Jan.Mar.

16,9317,2117,5217,7518,1718,3818,78

16,9617,2517,5417,7818,1918,3518,80

MILHO (Chicogo)cenls por bushel (2Í46 kg.)

Jul. 193,70 196,60Set. 203,90Dez. 200,00 201,81Mar. 193,50 194,73Mal. 194,25 194,77Jul. 195,25 195,25Set. 197,00 195,88

iul.set.dez.mor.mai.iul.

273 3/4282 3/4290 3/4

275 1/2284 3/4292 1/4303 3/4

311315 3/4

ÓLEO DE SOJA (Chicogo)cents por libra (454 grt)

COMB (NI)1 por libia (454 grs)

Jun.Jul.

Set.

89,0089,6090,5591,20

90,9091,8092,5093,10

iul.ago.set.out.dez.jan.mar.

21,2821,5521,7521,9522,4022,5022,85

21,2321,4721,6721,8822,2622,3522,72

Alcan Alum.AlIiedChem.AHisCholmersAl cooAm AirlinesAmCynarnidAm Tel & TelAMFIncAsarcoAtlRiehfieddAvcoCorpBenàixCorpBen CpBethlehem SteelBoeingBoise CascadaBorgWarnerBraniffBrunswickBourroughsCorpCampbell SoupCanadionCaterpilIarTracCBSCelaneseChase ManrrotBkChessieSystemmChrysler CorpCiticorpCoca ColaColgate PalmColumbia píctCom. SatéliteCom EdisonContinental OilControl Data • ,Corning GolssCpclntil

273/8491/424 1/8591/481/8

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JORNAL OO BRASIL D sexto -feiro, 6/6/80 D Ia Caderno ECONOMIA/PORTOS E NAVIOS— 15

Cherkasskyacha carvãoviável

Sào Paulo—O Presidente daAssociação Nacional dos Fabri-cantes de Papel e Celulose, Ho-ráclo Cherkassky, disse que oprograma do carváo é viável e opaís náo terá alternativa nos

{.róximos anos, senáo executa-

o. Adiantou que, brevemente,o setor de papel e celulose, queé responsável por 7% do consu-mo de óleo combustível do pais,deverá firmar um protocolocom o Govemo, prevendo asubstituição desse derivado depetróleo por resíduos de madei-ras e carváo.

Para substituir o óleo com-bustível por carváo e resíduos,o setor de papel e celulose estánegociando com o Oovemo agarantia de reflorestamento de100 mil hectares por ano até 1mil 990 e financiamento paraaquisição de caldeiras. O Sr Ho-Vácio Cherkassky adiantou, noentanto, que as grandes empre-sas do setor já estão-se anteci-pando ao protocolo que seráassinado com o Oovemo e ini-ciando a substituição.

OPÇÕES" A Klabim Paraná, empresa

da qual é dirigente, pretendenão usar mais óleo combustívela partir do final de 1982. E ou-trás empresas, como a Suzano-Feffer, Vibasa e Cícero Prado,também já estão adquirindocaldeiras especiais. A opção pe-las caldeiras aquecidas com re-siduos e cascas florestais oucarvão, depende de onde a em-presa está situada. A Jari Fio-restai optou por resíduos hávários anos e a Champion reali-za experiências com eletrici-dade.

Segundo o presidente da As-sociação Nacional das Empre-sas de Papel e Celulose, a des-coberta de reservas de carváo acéu aberto, como as que estáosendo encontradas no Sul dopais, viabilizam sua exploraçãonum curto espaço de tempo.Reconheceu, no entanto, que ocusto do transporte do carváoainda constitui um grande pro-blema.

Tanto o carváo como os resi-duos podem substituir o óleocombustível em indústrias si-tuadas fora dos centros urba-nos. Para as empresas localiza-das em áreas densamente po-voadas, será preciso encontraroutras soluções, como a gaseifl-cação do carvão, para evitar apoluição.

A curto prazo, o Sr HorácioCherkassky náo vê como equa-cionar por completo o proble-ma da substituição dos com-bustíveis derivados de petróleo.Ele acredita que até 1985 o paísterá de suportar o ônus cadavez mais pesado das importa-ções de óleo. Destacou que asituaçáo do abastecimento pe-trolifero está-se tornando difl-cil; náo só em conseqüência dosfreqüentes aumentos do preçodo produto, mas também pelapossibilidade cada vez mais in-tensa de conflitos na área doGolfo Pérsico.

O empresário informou que osetor de papel e celulose come-çou a preocupar-se seriamentecom o problema de conserva-çáo de enrgia em 1977. Na épo-ca, foi formada uma comissáode técnicos do Instituto de Pes-quisas Tecnológicas e das em-presas do setor, cujos estudosresultaram num programa quepermitiu às indústrias reduzi-rem em quase 20% seu consu-mo de óleo combustível.

Governo nãofaz estoquede arrozBrasília — "O Govemo só

formará estoques reguladoresquando os preços dos produtosagrícolas caírem ao nivel dopreço minimo e, por isto, nãopretende, a curto prazo, estocararroz e milho", afirmou o Secre-tário Especial de Abastecimen-to e Preços, Carlos Viacava, emUrberlândia (MG), durante visi-ta ao centro de comercializaçãode cereais local.

Garantiu ele aos cerealistas ecorretores mineiros que o Go-vemo não vai intervir intem-pestivamente no mercado decereais. "A interferência do Go-vemo na comercialização daprodução agrícola" — disse —"deve ser a menor possível e asua filosofia, na formação deestoques reguladores, é de en-quadrá-los na politica de esta-bilização de preços, o que invia-blliza a participação governa-mental no mercado quando elarepresentar aquecimento depreços".

Segundo o Sr Carlos Viacava,o Govemo só entrará no merca-do "quando houver precipita-çáo de vendas e queda no pre-ço, pois náo teria, sentido umaparticipação para anteciparaltas".

Espanha dácrédito àSunamam

Matrid — O Banco Exteriorda Espanha anunciou haver flr-mado coma Sunamam—Supe-rintendência Nacional da Mari-nha Mercante, do Brasil — umconvênio de crédito no valor de24 milhões 700 mil dólares paraa operação de financiamento denavio a ser construído para ar-mador brasileiro no estaleiroespanhol Union Naval. O barcodestina-se ao transporte de pro-dutos químicos e o prazo deamortização do financiamentoé de oito anos.

No Rio, a Sunamam informouque seu superintendente, Co-mandante João Carlos Palha-res dos Santos, fará palestrapara exportadores paulistasdia 12, em seminário realizadopela Fundação Centro de Estu-dos do Comércio Exterior, emSão Paulo. Um dos temas soli-citados ao conferencista é aanálise, sob o ponto-de-vista dotransporte marítimo, das rela-ções comerciais com a Argen-tina.

Porto de Paranaguá emmaio supera movimentode 1 milhão/t de carga

O porto de Paranaguá, em maio último, superou pela

grimelra vez em toda sua história a marca de 1 mllháo de

meladas de movimentação global em apenas um mès,sendo que no Brasil isso somente havia sido conseguidopelos Portos de Santos e Rio de Janeiro. A lnformaçáo é dosuperintendente dos portos de Paranaguá e Antonlna, enge-nheiro Luiz Antônio Amatuzd de Pinho. Segundo o superln-tendente Amatuzzi de Pinho, os produtos principais quecontribuíram para este acontecimento foram os farelos, com439 mil toneladas; a sola, 200 mil toneladas; os fertilizantes,82 mil toneladas; o café com 23 mil toneladas, o equivalentea 388 mil sacas; os derivados de petróleo, 200 mil toneladas;e outros produtos.

Em entrevista multo otimista, o superintendente LuizAntônio Amatuzzi de Pinho, enfatizou a previsão no portode Paranaguá para este mès de junho, de movimentação daordem de 1 mllháo 200 mil toneladas, superando, assim, amarca anterior de 1 milhão de toneladas conseguida no mês

Com o Secretário de Transportes, Nivaldo Almeida,além de dar a boa noticia do recorde de movimentaçãoglobal de maio, o superintendente Amatuzzi de Pinhotratou, ainda, de alguns projetos para a implantação edragagem do porto de Antonlna; a construção de cais pararoll.n-roll-off; e a dragagem do canal da Calheta, no portode Paranaguá.

Portos operaram atéabrü 70 milhões/t

Brasília — A Portobras informou que no período dejaneiro a abril deste ano os 12 principais portos brasileirosapresentaram uma variação de 36%, para mais, em termosde toneladas, comparativamente ao movimento de cargasem igual periodo do ano passado. Este ano, nos doissentidos — importação e exportação — foram movimenta-dos 70 milhões 940 mil toneladas, contra 59 milhões 21 miltoneladas no mesmo período de 1979.

De acordo com o levantamento da Portobras, o porto doRio de Janeiro movimentou, de janeiro a abril, nos setoresde importação e exportação, 8 milhões 958 mil toneladas, oque representou uma queda de 11% sobre o movimento domesmo periodo do ano passado, que foi de 10 milhões 115mil toneladas. O porto de Paranaguá, em função do escoa-mento das safras agrícolas, apresentou o maior incremento,82%, nd movimento de cargas, ou seja, 2 milhões 208 miltoneladas neste ano, contra 1 milhão 218 mil toneladas doano passado.

Movimento por cargas

No setor de graneis sólidos, o porto do Rio de Janeiromovimentou no sentido da importação, este ano, 1 milhão56 mil toneladas, contra 1 milhão 90 mil toneladas, o querepresentou uma variação de 3% para menos. No sentido daexportação, o movimento do porto carioca atingiu 4 milhões389 mil toneladas, em 1980, contra 4 milhões 881 mil tonela-das, em 1979, ou seja, uma variação, para menos, de 10%. Oporto que mais movimentou cargas desse tipo foi o deVitória, devido ao minério de ferro. Ele movimentou nosquatro primeiros meses do ano 23 milhões 150 mil toneladas,contra 16 milhões 153 mil no periodo de 1979, representandoum incremento de 42%.

Com relação ao movimento de líquidos a granel, o portodo Rio de Janeiro registrou uma variação, para menos, de18%, movimentando — nos dois sentidos — 2 milhões 830mil toneladas, em 1980, e 3 milhões 450 mil toneladas. APortobras, acentua, porém, que isoladamente o setor deexportação do porto carioca apresentou no periodo umincremento de 4%, comparativamente com o mesmo perio-do do ano passado, isto é, ele exportou este ano 1 milhão 500mil toneladas, contra 1 milhão 439 mil toneladas no anopassado.

Na área da carga geral, o movimento do porto carioca noperiodo foi superior 6% ao do ano passado. No sentido daimportação, foram movimentadas 336 mil 285 toneladas, em1980, contra 368 mil 428 toneladas em 1979, ou seja, umaqueda de 9%. No sentido da exportação, foi registrada umavariação, para mais, de 27%, isto é, foram movimentadas,este ano, 321 mil 544 toneladas, contra 253 mil 730 toneladasem igual período de 1979.

Quanto á navegação de longo curso, o porto do Rio deJaneiro voltou a apresentar no período um movimentoinferior de 17%, nos dois sentidos. Em 1980, foram movimen-tadas, por este tipo de navegação, 6 milhões 401 mil tonela-das, contra 7 milhões 716 mu toneladas no ano passado. Porsua vez, o porto de Angra dos Reis apresentou um incremen-to de 10% sobre o movimento do mesmo periodo em 1979.Ele movimentou este ano 5 milhões 714 mil toneladas,contra 5 milhões 174 mil toneladas no ano passado.

Em termos gerais, incluindo todos os tipos de cargas ede navegação, o porto de Angra dos Reis movimentou—nosdois sentidos — este ano 7 milhões 297 mil toneladas,representando um incremento de 3% sobre o mesmo períododo ano passado, que foi de 7 milhões 63 mil toneladas.

O porto de Santos, um dos mais importantes do país,pelo registro da Portobras, movimentou este ano (janeiro-abril) 6 milhões 980 mil toneladas, contra 6 milhões 181 miltoneladas do ano passado, representando um acréscimo de14%.

Rio S. Francisco teráeste mês eclusa quepermitirá navegação

Brasilia — Quando o Presidente Joáo Figueiredo lnau-gurar, no final deste mès, a eclusa de Sobradinho, estarátambém criando novamente condições de navegabilidadeno rio São Francisco desde Pirapora, em Minas Gerais, aJuazeiro, na Bahia, e Petrolina, em Pernambuco, numestirão de 1 mil 371 quilômetros de hidrovia, interrompidasdurante mais de cinco anos coma construçáo da barragem eusina de Sobradinho.

O Ministério dos Transportes, através da Portobras,vem estimulando o aproveitamento dos recursos hídricoscomo meios de transporte e escoamento da produção nacio-nal e o rio São Francisco, como uma grande hidrovia, estánas suas prioridades para este setor. A eclusáo de Sobradi-nho foi construída com o objetivo de se vencer o desnível de32 metros e 50 centímetros criado pela barragem e restabele-cer, assim, a navegação em todo o trecho anteriormentenavegável.

Equipamentos

Para transformar o rio São Francisco em uma hidrovia,a Portobras vem executando um programa de reaparelha-mento e modernização em vários portos fluviais. Na semanapassada ela assinou um contrato para o fornecimento emontagem de um guindaste autopropulsionado para movi-mentar graneis sólidos, sacaria e carga unltizada no portofluvial de Pirapora, em Minas Gerais. O valor desse contratoé de Cr$ 12 milhões e o prazo de entrega dos equipamentos éde 120 dias.

Além do equipamento, a Portobras vem executandooutras obras para a atracação e dragagem da bacia deevolução do porto de Pirapora. Como essa cidade é umentroncamento natural ferro-hidroviário, a idéia é transfor-mar o porto em local de transbordo de cargas entre os doismeios de transportes. A conclusão da primeira etapa dasobras do porto permitirá a movimentação de 200 mil tonela-das anuais, total que poderá ser duplicado numa segundafase.

Por determinação do Ministro Eliseu Resende, foi criadoum grupo de trabalho integrado por técnicos da Portobras,Sunamam e Geipot para determinar, após a conclusão dasobras, os fluxos de tranportes para efeito de programação denovas obras e os tipos de embarcações que ofereçam melho-res condições de operacionalidade.

A politica do Ministério dos Transportes de recuperaçãodo rio Sáo Francisco, como hidrovia, envolve, além darecuperação do trecho navegável, a restauração da frota daCompanhia de Navegação do São Franeisco-CNSF pelaSunamam

Segundo a Portobras, os 1.371 quilômetros navegáveisdo rio São Francisco, entre Pirapora e Juazeiro, já permitemo transporte de algumas cargas, especialmente gipsita,produzida no Nordeste, o cimento, fabricado em MontesClaros, além de sal, soja, produtos cerâmicos, algodão ebebidas.

— Há ainda o transporte de passageiros entre as diver-sas cidades ribeirinhas e o potencial turístico a ser aprovei-tado. Com a conclusão das obras, a Portobras espera quehaja uma dinamização do transporte fluvial, estabelecendoa integração hidro-rodo-ferroviário, a partir de Pirapora,entre o Nordeste e a região Centro-Sul do pais.

Após a conclusão das obras do porto é esperada ainda aintensificação do transporte fluvial de cargas, especialmen-te gipsita e outros minerais do Nordeste, cimento e produtosindustriais e alimentos produzidos em Minas Gerais.

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Armador quer Porto de Santosadministrado pelos usuários

"A administração do porto de Santos deveser confiada aos usuários" - afirma o presiden-te da Associação dos Armadores Brasileiros deLongo Curso, José Carlos Fragoso Pires, daFrota Oceânica.

O armador quer a formação de um conselhono qual pelo menos 2/3 sejam representantesdos usuários e 1/3 composto das autoridades.No primeiro grupo ele inclui "representantesdos Importadores, dos exportadores, dos arma-dores de longo curso, dos armadores de cabota-gem, do Centro de Navegação Transatlântica(agentes portuários), da Confederação das In-dústrias e do Comércio; no setor estatal viriamo representante do Governo/federal (Porto-brás), do Govemo estadual (São Paulo), e Muni-cipal (Prefeitura de Santos). Esse conselho no-mearia a direcáo da nova Companhia Docas editaria a politica a ser erguida" — acrescenta oSr Fragoso Pires.

"Existe a consenso de que porto é entidadepara servir a uma determinada regiáo. Umaadministração centralizada — como é o caso daPortobras — náo é o melhor meio, principal-• mente em um país como o nosso, cujas dimen-s&ss são continentais e cuja geografia é dlversi-flcacfissima; além do fato de uma administra-çáo estatal tender para a centralização — nãosó para simplificar, como também por injun-çóes políticas, as quais sempre acabam influén-ciando a estrutura das empresas estatais" —prossegue o armador.

"Porto é para prestar serviços á região geo-econômica em que se situa; assim como anavegação que o freqüenta. Por isso, de todasas modalidades, a que me parece mais próxima

da solução ideal é a da port authority, como emNova Iorque, Nova Orleans, Londres e nosportos melhor administrados do mundo. Asport authorities funcionam dirigidas por aque-les que tèm interesse na eficiência dos portosque elas gerenclam, entidades públicas e inicia-tiva privada. Aqui, no caso de Santos, o idealseria uma administração do porto de Santosdirigida, por exemplo, por um conselho do qualpelo menos dois terços fossem de representan-tes de usuários" — conclui o presidente daAssociação dos Armadores Brasileiros de Lon-go Curso.

Docas do Rio achao sistema difícil

O presidente da Companhia Docas doRio de Janeiro, subsidiária da Portobras,Pedro Batouli, acha diflcil a criaçáo de umconselho de usuários no sistema portuáriobrasileiro — especialmente para Santos —nos moldes da port-authority, como dese-jam os armadores."É preciso ir por etapas" — afirma odirigente do porto carioca, lembrando quea privatização necessita ser acompanhadade investimentos á altura dos serviços pres-tados por um complexo portuário. A direto-ria de uma companhia deve ser formadapor seus acionistas — acrescenta o Sr Ba-touli — sendo admissível, entretanto, paraestudos governamentais, a idéia de algunsexportadores no sentido de que bastaria aomembro do conselho de usuários possuiruma ação.

CARGA TRANSPORTADA E FRETE AUFERIDOEM TONELADAS E CrS ou USS

* Ungo curto, todoi as bandtirat.JAN/ABRIl 1979 1980 (W> %

TON 25.455.591 30.738.513 3.282.922 21EXP USS 364.417.746 499.810.132 135.392.386 37

TON I9.964.7S6 22.743.339 2.778.553 14IONGO CURSO IMP USS 374.280.347 533.822.978 IS9.542.631 43

TON 45.420.377 53.481.852 8.061.475 18SOMA USS 738.698.093 1.033.633.110 294.935.017 40

TON 5.879.000 7.298.000 1.419.000 24CABOTAGEM TM 6.406.001.000 7.534.941.000 1.128.940.000 18

CrS 1.295.221.000 2.620.168.000 1.324.947.000 102TON 1.103.749 1.400.755 297.006 27

INTERIOR CrS 255.622.607 611.084.899 355.462.292 139

O frete auferido pelos armadores delongo curso (nacionais e estrangeiros)na importação e exportação do Brasil,nos quatro primeiros meses deste ano,chegou a 1 bilhão 33 mühões 633 mil 110dólares,, correspondendo a Cr$ 51 bi-lhões 681 milhões 655 mil, com aumentode 294 milhões 935 mil e 17 dólaressobre idêntico período do ano passado,

ou seja, mais 40%. Na importação ofrete auferidochegou a aumentar 43%,e na exportação 37%. Na cabotagem,de janeiro a abril, os armadores ftze-ram Cr$ 2 bilhões 620 milhões 168 mil,elevando a receita em 102%, e na nave-gação interior, Cr$ 611 milhões 84 mil899, com crescimento de 139%. Os nú-meros são da Sunamam.

Policiamento evita roubo de caféLondrina — Nenhum roubo e mais de 80 mil

sacas de café transportados para os portos deexportação são os resultados da operação OuroVerde de prevenção ao roubo de café nas estra-das, um mês após sua aplicação no Paraná. Noesquema trabalham 200 policiais e os cami-nhões são proibidos de viajar à noite.

A coordenação central, estabelecida emLondrina concluiu ontem que a operação é umsucesso e náo tem prazo para terminar. Elaconsiste em manter policiamento em postos deconvergência para pousada de caminhões du-rante a noite e nas estradas das 5h às 20h. Seum caminhão náo fizer um percurso entre doispontos predeterminado, o policiamento móvelinicia sua busca imediata.

As plantações de café do Norte do Paranáainda não foram prejudicadas pelo frio quemanteve média de 5 graus na região pelo segun-

do dia sucessivo. O feriado religioso manteve omercado contido e ele pode se agitar nos próxi-mos dias quando a cotação passaria de Ci$ 6mil a saca para exportação. O Instituto Agi$-nomo do Paraná está recomendando aos caiei-cultores algumas técnicas eficazes de preven-ção de geadas.

No caso de cafezals novos desprovidos defolhas protegendo seu tronco, recomenda-seque seja feito cobertura de terra, que podepermanecer por três meses. No caso de mudasde café, o IAP AR recomenda que o produtor ascubra de terra totalmente nos 10 dias conside-rados mais críticos. Os técnicos reconhecemque a nebulizaçáo não é multo eficiente noParaná por causa de sua topografia. E enfati-zam que a diminuição de prejuízos ao café comgeadas só poderá ser obtida com a conclusão dozoneamento climático e de variedades de se-mentes.

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CBD tem dragas em Suezmas pretende ampliarsua atuação no exterior

A CBD — Companhia Brasi-teira de Dragagem, do Ministé-rio dos Transportes, quer am-pitar sua participação no mer-cado externo, em joint-ventuiecom empresas privadas ouatravés do aluguel de equipa-mento. Suas dragas já estáoatuando no Canal de Suez, emobra de 10 milhões de dólares—disse o seu presidente, enge-nheiro Juarez Oalváo Ferreira.

Em sua opinião as empresasestatais, como a CBD, sofrerãomais com o corte nas importa-ções, pois estáo limitados aosmesmos níveis do ano anterior.o que significa uma reduçáo emtomo de 40%. A maior dificul-dade é com a reposição de pe-ças, embora 50% sejam produ-zidas no pais e o EstaleiroEmaq esteja, até mesmo, ex-portando dragas.

•Exist*.m no Brasil, de médioa grande porte, 10 empresasatuando no setor de dragagem,das quais a CBD é a única esta-

tal. Esse mercado é multo In»tável e, por isso, de um modogeral, as empresas náo podemmanter equipamentos sem ga-rantias de obras, Nos convive-mos em regime de cooperaçãoampla, sem sufocar ninguém nainiciativa privada, muitas vezesfazendo sub-empreitada" —acrescentou o engenheiro Gal-váo Ferreira.

Atualmente a CompanhiaBrasileira de Dragagem estáparticipando do Projeto Rio, noaterro de áreas a serem urbanl-zadas na orla marítima da baiade Ouanabara, e do ProjetoPromorar, no Maranhão, entreoutras grandes obras. Criadaem 1° de abril de 1967, em subs-tituiçáo à Divisão de Dragagemdo antigo Departamento Nacio-nal de Portos e Via Navegável»,a CBD, subsidiária da Porto-brás, chega aos treze anos comoa maior empresa latino-americana no setor No anopassada sua renda bruta foi deCrt 299 milhões.

Porto de Manaus ganhanova ponte flutuante

Brasilia — A Portobras vaientregar est* mês a nova ponteflutuante do porto de Manaus,que substitui a antiga, cons-truida pelos ingleses nas pri-meiras décadas do século Ainformação sobre a conclusãodas obras foi encaminhada aoMinistro dos Transportes pelopresidente da Portobras, Sr Ar-no Oscar Markus , no iniciodesta semana

No novo acesso ao porto deManaus foram investidos Crt

85 milhões e representa umconjunto de obras civis e meta-licas. Ainda durante o encontrocom o Ministro, o presidente daPortobras informou tambémque foram concluídos os proje-tos de instalações elétricas noporto de Manaus, estimados emCrt 12 milhões e 500 mil, e amontagem, em andamento detrés guindastes elétricos dePórticos sobre trilhos, a umcusto de Crt 21 milhões e 400mil.mMOORE McéORMACK

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CHEGADAS NO PORTO DO RIO DE JANEIRO

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16 — JORNAL DO BRASIL D sexto-felro, 6/6/80 D 1° Caderno

FalecimentosRio do Janairo

Reny de Soma Lima, 57, deparada cardíaca, em Santa Lu-¦da. Mineiro de Santa Luzia, on-de fundou e dirigiu o serviço deobras sociais da paroquia, erafuncionário público estadual,tendo trabalhado na Secretariade Agricultura e, por último, noGabinete do Secretário de Inte-rior e Justiça. Casado com Dul-ce Viana de.Souza Lima, tinhatres filhos,

Maria Claudete Gauna Fer-ras, 32, de infecçfio em conse-qttencia de uma cesariana, noHospital Militar em Porto Ale-gre. Nascido em Bela Vista, Ma-to Grosso do Sul, era casadacom Jorge Mandagarra Ferraz,tinha tres Olhos.

Modesto Trindade, 60, de car-diopatla esquêmlca, no Hospi-tal Ipiranga, em Porto Alegre.Gaúcho de São Borja, era co-merciário aposentado. Viúvo deBenvinda Trindade, tinha doisOlhos, além de netos.

Raquel Nascimento de Aze-vedo, 67, de parada cardíaca,na residência em Copacabana.Carioca, viúva de Agenor Sam-paio de Azevedo, tinha dois fl-lhos: Paulo e Fernando, trêsnetos. Será sepultada às IOh noCemitério São João Batista.

Archimedes Gonçalves dosSantos, 70, de infarto, no Hospi-tal da Lagoa. Carioca, comer-ciante, solteiro, morava no Jar-dim Botânico. Será sepultadoàs IOh no Cemitério São JoãoBatista.

Ivo Corrêa Lemos, 55, de in-farto, no Hospital da Penltèn-cia. Carioca, industriário, casa-- do com Marília Pereira Lemos,morava em Ipanema. Será se-8ultado

às IOh no Cemitérioáo Joào Batista.

Antônio Rodrigues de Carva-lho, 66, de insuflciência renal,*' na Casa de Saúde Sáo Sebas-tião. Mineiro, funcionário públi-co, viúvo de Maria AparecidaFerreira de Carvalho, tinha um" Olho: Carlos Alberto, um neto,morava em Botafogo. Será se-pultado às IOh no CemitérioSão Francisco Xavier.

Laura Muller de Castro, 80,' de parada cardíaca, na residên-cia no Engenho de Dentro. Ca-rioca, era viúva de Francisco.Será sepultada às 9h no Cerni-tériò Sào Francisco Xavier.

Antonieta Moreira de Souza,54, de câncer, no Instituto Na-cional do Câncer. Carioca, casa-da com Roberto D. de Souza,tinha uma filha: Mónica, doisnetos, morava no Centro. Será

. sepultada às IOh no CemitérioSao Francisco Xavier.

Serafim Lopes de Magalhães," 10, de derrame cerebral, na resi-dência em Benfiea. Carioca, era' desquitado. Será sepultado às- llh no Cemitério São Francisco

| Xavier.

Exterior

Antônio Rodio Fumarola, 76,na cidade chilena de Vina deiMar. Violinista italo-argentino,destacou-se como fundador eprimeiro presidente da Socie-dade de Autores e Composito-res da Argentina. Integrou or-questras na Argentina, entre asquais a de Carlos Gardel, e foicompositor especialmente deproduções conjuntas com JoséMaria Contursi. Nascido na Itá-lia, chegou multo jovem a Bue-nos Aires, onde ganhou renomecomo um dos melhores violinis-tas da época de ouro do tango.Destacou-se também como au-tor e compositor, e suas can-ções foram gravadas por Gar-dei, Charlo, o mexicano JoséNegrete, Libertad Lamarque eAzucena Malzani, entre outros.Foi o autor e coautor, com Con-tursi, de Maldito, Parece Men-tira, Cosas Olvidadas, Angus-tia, Mirandote a los Ojos, Igual2ue

Dios, T Ia Perdi e Si yo teontara.Juan Antônio Castro, 52, au-

tor teatral e poeta espanhol, emsua cidade antal, Talavera de IaReina. Autor de Civa ia Pepa,Olvidate de Tartufo, Tiempodei 98 e Fiebre, entre outrasobras teatrais, que alcançaramgrande êxito. Ganhou váriosprêmios tanto de teatro comode poesia. Colaborou tambémcom a companhia de teatroclássico de Manuel Canseco,para a qual adaptou El Perrodei Hortelano e Orestes.

Lauritz Lauritzen, 70, emBonn, Alemanha Ocidental.Advogado e politico alemão, so-cial-democrata, exerceu desde1966 até 1974 os cargos de Mi-nistro do Interior, da Justiça,da Habitação e Reconstrução edos Transportes. Trabalhou ini-cialmente comoadvogadoede-pois passou a chefe da Organi-zação Comercial de Berlim, on-de também se destacou comomagistrado durante a n GuerraMundial. Tinha quatro filhos.

Explosões em barracas de fogos deartifício matam 3 e ferem 40

Recife — A explosão de duasbarracas de fogos de artificio,provavelmente provocada porum curto-circuito na Instalaçãoelétrica, no centro comercial deGaranhuns, a 230 km de Recife,matou três pessoas e feriu pelomenos 40, cinco gravemente.O acidente ocorreu ás 8h20m.A explosão destruiu, além dasduas barracas, parte da agênciado Banco do Brasil, em frente,causou um principio de incên-dio da agência do Bradesco,vizinha à loja do BB, e destruiuas fachadas de todas as lojascomerciais num ralo de 300 me-tros.PREJUÍZOS

Com a explosão das barracas,pelo menos 20 carros estaciona-dos nas proximidades foramatingidos (cinco ficaram irrecu-peráveis). As duas lojas de fo-

gos foram Instaladas há poucomais de duas semanas na partesuperior da Avenida Santo An-tonio, a principal da cidade,que tem pistas em niveis dife-rentes. Tinham permissão daPrefeitura para a comercializa-çáo de fogos até o flnal do mês.

A policia ainda não tem umaprevisão do total dos prejuízoscausados pela explosão, masalguns comerciantes acreditamque chegou a Cr$ 2 milhões.Grande número de eletro-domésticos e utilidades domes-ticas de lojas próximas foi des-t ruído.

No momento da explosão, naagência do Bradesco nouve umprincipio de incêndio, apagadomeia hora depois pelos morado-res da cidade, que náo tem cor-po de bombeiros.

Equipes dos Institutos de Po-lícla Técnica e Medicina Legalse deslocaram de Recife, para

fazer a remoção dos mortos eInvestigações;sobre as causasdo acidente, mas ainda nào háinformações precisas sobre suaorigem.

Segundo o delegado regionalde Garanhuns, José Ribeiro deSouza, o acidente não teve con-seqüências mais drásticas devi-do ao feriado, quando todos osbancos estavam fechados.

Para o atendimento às vitl-mas da explosão, a policia tevede isolar parte da cidade, pois aAvenida Santo Antânio funcio-na como via de escoamento detoda a cidade, inclusive paralocalidades vizinhas no AgresteMeridional do Estado.A CIDADE

Situada no Agreste Meridio-nal do Estado de Pernambuco,Garanhuns tem uma popula-çào de 120 mil habitantes e está

a uma altitude de 900 metros,Sua temperatura média é de 20graus e está ligada a Recife porduas rodovias. Ano passado acidade fez 100 anos.

Economicamente, Gara-nhuns concentra atividades deoutros 30 municípios a seu re-dor e é um centro produtor deleite.A atividade turística comple-

ta a economia do município,que dispõe de bons hotéis erestaurantes.

Mês passado, a cidade foi no-tlcía policial, quando duas pes-soas foram assassinadas na bri-ga entre as famílias Morais eRoldão contra os Cabral.

A briga é semelhante à deExu, também em Pernambuco,e nela já morreram pelo menos12 pessoas. Uma das lojas dafamilia Morais foi atingida pelaexplosão das barracas de fogos.

Polícia Técnica teme mais explosõesRecife—As explosões da ma-

nhã de ontem, segundo a Poli-cia Técnica, teoricamente po-dem ocorrer em centenas deoutras barracas em todo o Esta-do, instaladas para a venda defogos de artificio no periodo ju-nino.

Em Recife, as autorizaçõespara o funcionamento dessas

barracas são dadas pela Dele-gacia de Armas e Explosivos daSSP-PE, que, para conceder aordem de funcionamento, veri-fica as condições de segurançae salubridade do estabeleci-mento.

Nas cidades do interior, essasautorizações são concedidaspela Prefeitura, como é o casode Garanhuns, apenas com 11-

beraçáo das delegacias locais.Não existe lei no Estado queproíba a venda de fogos de arti-fleio, embora não seja permiti-do fabricá-los.

Entretanto, principalementeno interior, dezenas de peque-nas fábricas funcionam duranteos meses de maio e junho, pro-duzindo basicamente pequenasbombas e outros explosivos.

Segundo os técnicos do Institu-to de Polícia Técnica, foramessas pequenas bombas quemotivaram a explosão das duasbarracas em Garanhuns.

Apesar de lamentar o fato, aPrefeitura da cidade ainda nãodecidiu se vai proibir a comer-ciallzação de fogos em Gara-nhuns.

Martelo é a única pista do incêndioBelo Horizonte—Um marte-

lo encontrado ao lado de umajanela destruída da Escola Es-tadual Presidente Bernardes,em Montes Claros, era, ate on-tem, considerado pela policia aúnica pista para descobrir osautores do incêndio que des-truiu a escola na noite de sába-do, quando também foram par-cialmente incendiados dois jar-

Milionárioda Loteria

dins de infância e uma repúbli-ca de estudantes.

O cabo do martelo, porém,está queimado, não havendoimpressões digitais. As autori-dades de Montes Claros acredi-tam que os incêndios, precedi-dos de arrombamentos e furtos,foram provocados por menoresabandonados e sem escolasnesta cidade pólo do Norte deMinas. A policia espera ainda

descobrir os autores, através dadelação de algum amigo.

As autoridades policiais deMontes Claros acham que exis-tem adultos orientando os me-nores, uma vez que o arromba-mento foi seguido de incêndio,em ação que, segundo o caboManoelino, do Corpo de Bom-beiros, "chega a ser subversi-va". Os arrombadores, depois

de destruírem a escola Junta-ram os móveis, derramaram ál-cool sobre elese atearam fogo.

Na mesma noite, foram ar-rombados e queimados parcial-mente os jardins de infânciaSitio do Pica-Pau Amarelo, oJardim Alto São João e umarepública de estudantes, todosna mesma região da Escola Es-tadual Presidente Bernardes.

Cidade do M-dcoMiofate UPI

é soltoSalvador—Depois de passara noite no xadrez, foi liberado

sob fiança, ontem de manhã, omilionário da Loteria EsportivaFrancisco Portela (premiadocom Cr$ 13 milhões em 1974),preso em flagrante na madru-gada, quando, bêbado e violen-to, provocou uma briga numbar e tentou agredir fisicamen-te o delegado de plantão, Anto-nio Carlos Santos.

Francisco Portela, que invés-tiu o prêmio da Loteria na cons-truçáo civil, estaria falido, se-gundo se comenta em Salva-dor, e "se afogando na bebidaante o fracasso nos negócios".

Paulistase perdeno Pepino

A familia de Fernando No-gueira Casanova, de 23 anos,que há um mês saiu de sua casaem Sáo Paulo com destino aoRio, começa a se preocuparcom o seu paradeiro, pois alémde não receber noticias suas,soube que seus documentospessoais foram encontrados naPraia do Pepino, na Barra daTijuca.

Fernando Nogueira Casano-va estava desempregado e, ulti-mamente, esteve Internado emum hospital de toxicômanospara tratamento.

Ele é filho do jornalista MárioLeonidas Casanova e, segundoo pai, Fernando "nunca largouos documentos, justamente pormedo de ser preso".Esta semana, no entanto, osdocumentos do rapaz foram en-contrados na Praia do Pepino,na Barra da Tijuca, e remetidospelo correio ao seu avô mater-no, Fernando Nogueira, paraVitória-ES, por uma pessoa quenão se identificou. Qualquer in-formação sobre Fernando po-dera ser dada pelo telefone 266-7099, em São Paulo, ou na su-cursai de O Estado de S. Paulo,no Rio, telefone 283-3222.

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;EMITERIO PARQUE

são presosem flagrante

Os arrombadores José Que-vedo Touro, 43 anos, e MiguelLaranjeiras, 21 anos, ficaramsurpresos ao serem presos emflagrante, na manhã de on-tem, pelos detetives Hugo eBueno, da 19a Delegacia Poli-ciai: quando saiam do prédio559, da Rua General Roca, ospoliciais já os esperavam àporta.

Em poder de José e Miguel,além de toca-fitas e outrosobjetos, os policiais apreen-deram um embrulho conten-do jóias, no valor aproximadode Cr$ 800 mil, roubadas doapartamento número 101, re-sidência do Sr Antônio Leitede Sá.

Por volta das llh, a duplade policiais que estava fazen-do ronda passou a seguir, apé, os dois homens, que pas-savam por várias ruas em ati-tude que consideravam sus-peita. Os dois arrombadoresentraram no prédio 559 daRua General Roca, enquantoos dois policiais passaram aaguardá-los na rua. Não ha-via porteiro no prédio.

jazigo eroubado

A 10a Delegacia Policial (Bo-tafogo), registrou o furto de umportão de bronze, trabalhado,pesando mais de 45 quilos, dojazigo número 27-A do Cemité-rio de São João Batista, na ma-drugada de ontem O jazigo ficaao lado do túmulo do MarechalFloriano Peixoto e pertencenteà família Teixeira de Macedo.

A queixa foi apresentada pelojornalista Sérgio Diogo Teixei-ra de Macedo, que pretende exi-gir da Santa Casa de Misericór-dia providências para vedar ojazigo, com a colocação de umportão em substituição ao fur-tado.OBRA DE ARTE

O queixoso admitiu, como hi-pótese principal do furto, que omesmo possa ter sido praticadopor colecionador de obras deartes. O portão, construído em1870, é do tipo florentino, comornamentos de flores-de-lis esti-lizadas, obra de artesanato queatualmente não costumam serfeitas. O jazigo é de mármore-de-carrara e foi construído peloescultor Benevenuto Berna.

Para retirar o portão do lugar,o ladrão ou ladrões — a Políciaadmite que o furto tenha sidopraticado por mais de uma pes-soa — arrancaram os pinos era-vados no mármore com auxiliode pé de cabra.

Três clientes embriaga-dos, que saíram do ca-baré Casino Royal daCidade do México irri-tados com a conta con-siderada "muito alta"que lhes foi apresenta-da, voltaram ontem demadrugada ao localcom baldes de gasolinaque despejaram na en-trada, ateando fogo emseguida. O incêndiodestruiu o cabaré, ma-tando 12 pessoas e fe-rindo quatro. Dez dasvítimas eram clientesdo cabaré. Um dos in-cendiários, Victor Ro-driguez, foi preso; osdemais fugiram. O fogodurou cinco horas e osprejuízos são calcula-dos em cerca de doismilhões de dólares

(CrS 100 milhões)

SERVIÇOSEXTA-FEIRA

CADERNOB

AVISOS RELIGIOSOS

EMBAIXADOR

PAULO CABRAL DE MELLO(FALECIMENTO)

tLillian

Leckie Lobo Cabral de Mello, Regina Lobo Cabral de Mello, Eduardo Lobo Cabral de Melloesposa e filho, Yara Cabral de Mello, Heloísa Cabral de Mello e Carlos' Fernando Leckie Loboesposa e filhos consternados comunicam o falecimento de seu querido esposo, pai, sogro, avô,filho, irmão, cunhado e tio — PAULO—ocorrido dia 3 do corrente em Viena e convidam para oseu sepultamento amanhã, sábado, às 11 horas, saindo o féretro da Capela Real Grandeza N°"2" (onde será veladoa partirdas8 horas de sábado) para o Cemitério de Sâo João Batista. (P

AAARIA APARECIDACARVALHO DE ANDRADE

(MISSA DE 7° DIA)

tDeolindo

Souza de Andrade e Marcus Vinícius,marido e filho, agradecem as manifestaçõesde pesar recebidas e convidam para a Missaque mandam celebrar em sufrágio da boníssi-

ma alma de CIDA, dia 07/06/80, às 9:00 hs, sábado,na Igreja N. Senhora da Conceição da Tijuca, à RuaConde de Bonfim, 987.

nTempo

INPKNPr- Vio Rto-Sul %<6mln.

II Br / wBF^^-IS IP*¦* ''•^'itei' / /¦

Grande porte do Brasil aparece com o área escuraindicando tempo bom. Uma areo bronca no Noroestebrasileiro indica nebulosidade e chuvos associadas a umaárea òe instabilidade. Uma outra área branca, sobre ooceano Atlântico, na altura do litoral do Bahia, indica a atualposiçáo do frente frio, ogora em fase de dissipaçáo.

Uma nova frente frio está localizada sobre o oceanoAtlântico no altura do litoral do Uruguai, ondulando comoquente pelo interior do Argentina. Uma novo frente fria, emformação, está localizada oo Sul do Terro do Fogo.

Ai Imagem do «atélm> SMS são nobidat diária-manto pala Inilrluto d» Pnquisai Eipurials (INK/CNPQ), em Sáo JoM do» Compoi (SP) • Irammitido» «minfra-vonnalho. Ai áraai brancai Indicam t»rop»roluraibaixos e at ártai pretos, temperatura! elevodai.

Conhecendo-*» a remperatura dat areai brancas edot áreas pretas pode-te, com umo etcola cmmottca,dahtfminor a ttmp»ratura da luparflcia da tt-rc>, datmattot de ar e ao topo das nuvem.

NO RIOPorclolmonte nublodo. Nevoeiro» ei-portos pela manhã, Temperatura está-vel. Ventos: Sul a Eite fraco». Máxima,25.4, Jacarepaguâ; mínima, 14, Altoda Boa Visto.

O SOLNascer: 0.6h28mOcoso: 17hl5m

A CHUVArrtctpftoção (mm)

Últimos 24 horat 0.0Acumuladoestemès 18.3Normal menwl 43.2Acumulodaetteano 308.4Normalanual 1075.8

O AAARMorei

Wo/HHeróI — Preomar: 0.4h 13m/ 0 6me 16h33m/ 0.5m. Baixamar: 0.8h32m;.0.°m e 23h31m/ 0.9m.Angra doe Reli — Preomor: 0.3h24m/0.6m, I0hl7m/ 1.0 e 23h0.5m/ l.Om.Boixo-Mor:0.8hl5m/0.9me I5h49m/0.3m.Cabo Frio — Preomar: 0.2h59m/0 7me 15h28m' 0.4m. Baixo-mor:0.8hl9m/ 0.9m e 22h 15m/ l.Om.

Temperatura»:Denrrodabaío. 20 0Foradoborro: 20 0Mar; Meio agitado fora e calmo dentroda baía.Corrente: Sul a Leste.

OS VENTOSSul o Este frocos.

ALUA

CHEIA2B/6

NOVA12/6

MINGUANTE6/6

rjCRESCENTE20/6

NOS ESTADOSAfflannot — Nublodo com pancadas esparsas ao Norte eMédio Amazonas. Demais regiões, nublado. Temperaturaeitável. Máx. 29; min. 23. Poro — Nublodo com pancodosetpartas oo Norte e Baixo Amazonas. Demais regiões,parcialmente nublado a nublado. Temperatura estável. Máx.32; mín. 22,9. Acre — Nublado com chuvas esparsas.Temperatura estável. Máx. 27,- mín. 10. Rondônia — Nubla-do com chuvas esparsas. Temperotura estável. Máx. 27; mín.20. Roraima — Nublado com pancadas esparsas, principal-mente oo Norte. Temperatura estável. Máx. 28; mín. 19,9.Amapá — Nublado com pancadas esparsas. Temperaturcestável. Móx. 30; min. 23,4. Maranhão —Nublodo oo Nortee Centro. Oemai» regiões, parcialmente nublodo. Temperatu-ta «ravel. Màx. 29,5; min. 24,2. PlauIrCeará — Parcialmen-te nublado. Temperatura estável. Máx. 30; mín. 24. RGN/Po-wlboTPwnombuco — Nublado com chuvas esparsos nolitoral. Demai» regiões, parcialmente nublodo. Temperoturaeitável. Máx. 26,4; min. 22,4. Alogoae/Sergipe — Nubladono litoral. Demait regiões, parcialmente nublado. Tempero-lura «tável. Máx. 28; min. 21,4. Bahia — Nublado comchuvat esparsas no litoral Sul e Centro. Demais regiões,porclalmente nublado. Temperatura estável. Máx. 27,5; mín.24,6. Moio Orene/Moto Grau do Sul — Cloro a parcial-mente nublada. Temperatura em elevaçáo. Máx. 27,7; mín.18,6. GofcWBitnlIio — Claro o parcialmente nublodo.Temperatura estável. Máx. 26; mín. 13. Minai Gerais —Nublodo a Este do Estado. Demais regiões, parcialmentenublodo. Temperatura estável. Máx. 23,7; mín. 15,6. EspíritoSanto — Nublado aíndo sujeito a instabilidade, melhoriadurante o dia. Temperatura estável. Máx. 25,1; min. 19,8.Soo Paulo/ParonoTSanra Catarina — Cloro a pcrcialment»nublado. Temperatura em ligeira elevação. Máx. 21,3; mín.3,7. Mo Orande do Sul — Claro a parcialmente nublodo,paliando a nublado ao Sul e Oeste. Temperatura em''elevaabo. Máx. 18,7; mín. 2,3.

FirNIMU-v-Uê-t-u -. j jjivF"' ' *i' •' J—^+t**-&ichuvas ¦;--'y- _ ¦;Ij^míJyxvB ri).-' ,_L^*i-' '^x

NO MUNDOBerlin, 25, claro; BogcM, 19, chuvoso: Bruxelo», 27, cloro;Bueno* Am, 12, claro; Caraça», 31, claro; Chicago, 22,

ANALISE SINOTICA DO MAPA DO INSTITUTO NACIONAL D€METEOROLOGIA, riente fria em dissiparão no Inferior doBahia se esfendendo-w polo Oceano Atlftnluo

Anticiclone polar c/centro He 1028MB localizada n 24°Sè50°W,

Anticiclone tropical marítimo;/ centro de 1022MB locall-zado a IOS o 34°W.

chuvoto; Estocolmo, 29, claro; Frankfurt, 24, claro; Genebra;25, claro; Jerusalém, 27, claro; Uma, 21, nublodo; L'sboo,30, claro; Londres, 29, cloro; Los Angeles, 24, claro; Madri,30, clara; México D. F., 23, nublado; Miami, 29, nublado;Montreal, 20, nublodo; Moscou, 14, nublodo; Nova loique,24, claro; Paris, 27, claro; Roma, 23, claro; San Francisco, 14,nublodo: Viena. 20. nublado.

^

Advogadose surpreendecom promotor

O advogado Laércio Pellegri-no, defensor de Oeorge Khour— acusado do assassinio deCláudia Lessin Rodrigues —mostrou-se surpreso com o pe-dido de desaforamento do pro-cesso, feito pelo Promotor JoséCarlos da Cruz Ribeiro à presi-dência do 1° Tribunal e a sus-peição que ele deixa transpare-cer sobre o Juiz Joáo Luis Tei-xeira de Aguiar.

"O Juiz atendeu meus reque-rimentos com fundamento nosprinciplos de plena defesa e docontraditório da ConstituiçãoFederal

ANTÔNIO RIBEIRO BERTRAND

t(MISSA DE 7- OIX)

Sua Familia convida para a Missa no dia 7 de junho, às10:00 horas, na Capela do Colégio Jacobina, à Rua SãoClemente 117.

AAOJZERZGODEL WAJNGARTEN

#

Rosete Wajngarten e filhos convidampara a Descoberta da Matzeiva de seuinesquecível marido e pai a realizar-sedomingo, 8/6/80, às 9 hs. no CemitérioIsraelita de Vila Rosaly.

CLÓVISPINTO DO AMARAL

(Io ANIVERSÁRIO DE FALECIMENTO)

tRenaze Pinto do Amaral, irmãos, cunhados, sobrinhos e tia,

convidam demais parentes e amigos, para a missa que serácelebrada amanhã, dia 7, às 17 horas, na Igreja da Ressureição,

Rua Francisco Otaviano (Arpoador). (P

EMBAIXADOR

PAULO CABRALDE MELLO

(FALECIMENTO)

tO Ministro de Estado das Relações Exteriores lamenta

comunicar o falecimento do Embaixador PAULO CA-BRAL DE MELLO e convida para o sepultamento no

Cemitério São João Batista, sábado, dia 7, às 11:00 horas,saindo o féretro da Capela "2" Real Grandeza para amesma necrópole. (P

t

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JORNAL DO BRASIL D sexta-feira, 6/6/80 D .1° Caderno AMADOR/TURFE-17

Remo viaja à Suíça onde se prepara para MoscouROTEIRO

BASQUETE

SAo Paulo — O técnico daSeleção Brasileira de Basquete,Cláudio Mortari, informou on-tem que se Fausto e Robertãopedirem dispensa, nAo convo-cara outros jogadores parasubstitui-los. Mortari vai espe-rar até quinta-feira, dia da apre-sentação dos 19 convocados,para saber oficialmente se po-dera ou não contar com os doisatletas da Francana.

Sobre a convocação de Adll-son, afastado da Seleção porIndisciplina, Mortari disse queresolveu chamá-lo porque eleesteve muito bem no Campeo-nato Sul-Americano, quandorepresentou muito bem a Fran-cana (ele é do Jóquei Clube deGoiás e foi emprestado sõ parao Sul-Americano) e mostrou es-tar em forma.

GOLFE

Hélio Barki e Hélio Barki Fi-lho fizeram ontem, no campodo Itanhangá, contra ívano Ve-loso Júnior e Luis Frederico Mi-randa, o match mais disputadodas quartas-de-final da TaçaCarioquimica de Golfe, catego-ria 0 a 17 de handicap. Elesderrotaram seus adversáriossomente num play-olT, no 20°buraco do percurso. Amanha,eles enfrentam, nas semifinais,Argílio Macedo e Stélio Zen,que derrotaram ontem JimmyFowler e Jimmy Fowler Filho,por 3/1.

No campo do Oávea, RobertoFate foi o vencedor da catego-ria principal da Medalha Men-sal de Junho, disputada ontem,com + 9, ficando a seguir MárioGonzalez Filho e Lee Smith,empatados com . 2. Na catego-ria 13 a 24 de handicap, o me-lhor escore foi o de Josef Hass,com + 5; na 25 a 36, AtilaCarvalhaes, com + 2, seguidode Sérgio Alberto de Carvalho,com 0.

JOGOS JB/DELFIN

Sem o pesado Osvaldo Si-mões e o meio-pesado Luís Vir-gílio, que irão aos Jogos Olim-picos de Moscou, a Seleçáo Uni-versitária do Rio de Janeiro ini-cia amanha, às 16h, na acade-mia do professor Eurico Versa-ri, técnico da equipe fluminen-se, os treinos para os JUBs.

Roiand Garrosconhecerá hojeos finalistas

ZÓZIMOBarrozo do Amaral

Paris—Hoje seráo conhecidos os finalistas doTorneio Aberto da França, o Roiand Garros, pri-meira etapa do chamado Grand Slam do tênisinternacional. Na primeira semifinal se encontramo sueco Bjorn Borg e o americano Harold Solo-mon; na segunda, os americanos Jimmy Connors eVitas Gerulaitis.

O principal Jogo, em termos de atraçáo, é o deBorg, que Já venceu o Torneio em quatro oportuni-dades (1974/75/78/79) e que, até o momento, náoperdeu nenhum set, embora náo tenha, em nenhu-ma partida, sido necessário usar todas as suasqualidades técnicas.

Borg x Solomon

Seu adversário, Harold Solomon, oitavo doranking da ATP (Associação de Tenistas Profissio-nais) é um especialista em quadras de pó de tijolo ecausou uma das maiores surpresas da competição,ao eliminar, anteontem, o argentino GuillermoVilas.

Dois tenistas de características parecidas, comjogo de fundo de quadra, baseado em top-spins,Borg e Solomon devem fazer uma partida demora-da. Mas a maior regularidade de Borg deverá serfator importante para a decisão.

Até agora, Borg venceu Álvaro Fillol (Chile),Pascal Portes (França), Balas Taroczy (Hungria),Corrado Barazsutü (Itália). Solomon ganhou deGeoff Masters (Austrália), Chriz Lewis (Nova Ze-lândla), Van Winitskl (EUA), Brian Gottfried(EUA) e Guillermo Vilas (Argentina).

Connors x VitasNa outra semifinal, o temperamental Jimmy

Connors, para quem só falta o titulo de RoiandGarros entre os torneios mais importantes, jogacontra Vitas Gerulaktis, semifinalista no ano pas-sado e jogador de altos e baixos, que sabe jogarcontra Connors e, de vez em quanto, conseguesurpreender seu adversário de hoje.

Connors caiu numa chave dificil e logo naestréia teve que derrotar o experiente AdrianoPanatta (Itália). Na segunda rodada, quase perdeupara o francês Jean François Caujolle, depoiseliminou Yannlck Noah (França) e Hans Gildmeis-ter (Chile). Gerulaitis estreou com uma vitória noquinto set sobre o alemão Peter Elter, depoisvenceu mais um alemão, Fritz Buhening, maistarde ganhou de Joseph Blrner (Tchec.), FerdyTaigan (EUA) e Wojtek Fibak (Polônia), em maisuma partida equilibrada. Portanto, dois tenistasque tiveram muitas dificuldades para atingir assemifinais.

Evert x RuciziA americana Chris Evert-Lloyd, campeã doano passado, e a romena Virginia Rucizi, uma dasmaiores revelações da última temporada, fazemamanhã a final feminina.

Pato d* Almir Veiga

Wollner éIo na TaçaLe Relais

O carioca Lauro HenriqueWollner, o Feijão, tendo MarcosTenke, como proeiro, surpreen-deu o favoritismo da duplaMarcos Soares/Eduardo Penl-do, escalada para representar oBrasil nos Jogos Olímpicos,vencendo ontem, de ponta aponta a primeira regata da Ta-ça Le Relais, reservada a Classe470.

A competição foi disputadana Baía de Guanabara e LauroWollner, que no ano passado fezestágio nos Estados Unidos,cruzou a linha de chegada comuma diferença de mais de 50metros para a dupla segundacolocada, Alan Adler/MarcosPinheiro de Andrade. O mar seapresentou calmo e predomina-ram ventos de Sul, força 2 para2,5. A Taça, patrocinada peloLe Relais, prossegue hoje, comduas etapas programadas, e alargada da primeira previstapara às 9h30m, em frente a Es-cola Naval.

RESULTADOS

A dupla Luis Lebreiro/Pa-trick Mascarenhas completou opercurso em terceiro lugar, cer-ca de 20 metros atrás de AlanAdler e com pequena diferençapara Marcos Soares, que estátreinando para a Semana deKiel, na Alemanha Ocidental, epara as Olimpíadas.

A seguir classificaram-se:Luis Haas/Roberto Assumpção,de Minas Gerais; Ivan Pimen-tell/Elbe Farias, do Rio; JoséAlfredo da Justa/José WaldirLima, também do Rio. PedroBasilio, de Minas Gerais, flcouem oitavo, seguido do carioca:Lúcio Macedo, Júlio Weber, deSão Paulo; enquanto HélioHasselman, recentemente sai-do da Classe Optimist, era oúltimo colocado.

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Wollner superou os favoritos com facilidade

A equipe brasileira de remoque irá aos.Jogos Olímpicosencerrou ontem pela manhã, naLagoa Rodrigo de Freitas, a suaetapa de treinamentos no Bra-sil e à noite embarcou para aSuíça, onde será completada apreparação, na cidade de SaintMoritz, a 1 mil 800 metros dealtitude. O grupo (nove rema-dores, um timoneiro, um técni-co e um dirigente) seguirá dia15 de julho para Moscou com aesperança de classificar pelomenos um dos trés barcos paraas finais das regatas olímpicas,o que seria um feito inédito nahistória do remo nacional.

O técnico Buck com 19 anosde experiência na profissão, fl-cou muito satisfeito com a ava-Ilação flnal que realizou ontem:Podemos dizer que estaserá possivelmente a melhorpreparação Já feita pelo remobrasileiro para uma competi-ção internacional. Fizemos umplanejamento detalhado quefoi cumprido nos últimos mesescom muita dedicação dos atle-tas e recebemos o apoio neces-sário. Pelo menos dos dois bar-cos que preparei, o quatro-come o four-skiff, espero bons resul-tados.

E os remadores têm o mesmoobjetivo. Especialmente elesque desde outubro passado,quando teve inicio a prepara-çáo, foram obrigados a abrirmão de uma série de atividadespara cumprirem a programa-ção de treinos diários a partirdas seis horas da manhã, geral-mente ainda escuro, bem antesdo nascer do sol, e novamenteao flm da tarde.

Um dos atletas que não es-quece sacrifícios é Ronaldo deCarvalho, filho do técnico JoséCarvalho do Flamengo, e que,com seu Irmão Ricardo, Íntegrao four-skiff:

No começo, achei que seriapossível conciliar o trelnamen-to com outras atividades. Maisaos poucos fUi tendo que largartudo, deixei de sair com meusamigos, nunca mais fui a umcinema, quase perdi a namora-da e minha vida passou a serpraticamente só o remo. Lar-guel tudo por estas Olimpíadas,agora é claro que espero umbom resultado.

Em Lucerna os brasileirosparticiparão, nos dias 14 e 15,de duas regatas internacionaisem que poderão avaliar melhorsuas condições:

Com o boicote — acreditaWandlr Kuntze, 29 anos, 10 deremo, integrante do quatro-com — é provável que muitosdos países que náo irão a Mos-cou apareçam em Lucerna dis-postos a darem o máximo, paracompensar a ausência nasOlimpíadas.

O chefe da equipe, RenatoBorges, diretor-técnico da Con-federação Brasileira de Remo,sabe que as competições naSuiça reunirão cerca de 1 mil

remadores. Mas mesmo assimespera dificuldades maiores emMoscou:

A rala de Moscou tem mui-to vento e o sorteio da raiapode, nestes casos, ser decisivo.Há uns 10 anos estivemos lácom um ótimo dois-sem e fica-mos em terceiro na elimlnatô-ria depois de liderar até os 100metros finais com uma vanta-gem de três barcos. O vento noflm era táo forte, no entanto,que os Estados Unidos e a Aus-trália descontaram a diferençae nos superaram. Na Suíça, em-bora sejam regatas internado-nais, a competição será entreclubes. Nas Olimpíadas é que adisputa esquenta mesmo.

O técnico Buck lembra queaté dezembro, nos primeirosnoventa dias, os atletas rema-vam cerca de 400 quilômetrospor mês na Lagoa. E o tempogasto no barco era apenas umaparte do treinamento. Haviatambém as sessões de exerci-cios com peso e, princlpalmen-te, as corridas na subida doCorcovado, todos os domingosde manhã. Folga, mesmo, sódomingo à tarde. Um grupo tãosério que não parou nem nocarnaval.

Já fiz muitas viagens parao exterior com remadores brasi-leiros e este grupo é um dosmais unidos e esforçados. Nemmesmo as pressões e tensõesque existiram, vindas de todosos lados, abalaram a confiançadeles. Superaram a etapa dosíndices, e seguiram treinando.A única coisa triste foi a saídado Edson Figueiredo, um dosque mais se esforçaram e umdos melhores remadores que te-mos, por causa de uma con-tusão.

Ontem, o próprio Edson Fi-gueiredo foi-se despedir doscompanheiros. E lamentou queos dirigentes não tivessem lhedado uma oportunidade de serecuperar para retomar aoquatro-com:Depois de dar duro oitomeses, ficar de fora na últimahora por causa de uma contu-são é algo que dói multo, Agorajá estou um pouco resignado,mas vou passar os próximosmeses cuidando mais da minhavida, que este tempo inteiro es-teve resumida só ao remo.

A Confederação deveria tam-bém olhar com atenção a situa-çào de Edson Não só a delemas também a dos outros re-madores experientes que náoestão na equipe olímpica atual.Afinal, este ano há ainda pelafrente um Campeonato sul-americano — sem falar noscampeonatos dos próximosanos — e o remo não pode sedar ao luxo de pôr de lado ai-guns de seus melhores atletas.Oscar Sommer, OlldomarTrombetta e Raul Bagatlnl, en-tre outros, não estão no grupoque irá a Moscou.

P

Volta fechadaEscoriai~M~*1 STE fim de semana carioca com-

ÊJ porta duas provas nobres reserva-JSJ das à novíssima geração, aquela~~ nascida em 1977. Amanhã, serácorrido o simplesmente clássico JoãoAdhemar de Almeida Prado, 1 mil 500metros, grama, para potrancas nacionaisde dois anos. enquanto, no domingo, seráa vez dos potros correrem o simplesmenteclássico Jóquei Clube de São Paulo, emiguais distancia e pista. É bom lembrarque, até 1979, os atuais espaços ocupadospelos dois citados clássicos eram preen-chidos pelos simplesmente clássico LuizFernando Cirne Lima e Mário AzevedoRibeiro, que agora passaram para 1 mil400 metros, e, por esta razão, foram ospáreos classificados como de Grupo IIIpela Associação Brasileira de Criadoresde Cavalos de Corrida. Uma confusão que,certamente, na próxima temporada, serátranqüilamente sanada.

Hoje, vamos comentar nossas po-trancas.

m m

EMBORA

0 menor número de con-correntes possa indicar, à primeiravista, um desenrolar mais tranqüi-lo para este João Adhemar de Al-

meida Prado do que foi 0 do Luiz Fernan-do Cirne Lima, afinal, ao contrário desteem que compareceram à largada 14, ama-nhã um máximo de nove dirão presente aostarting-gate, o fato de possivelmente elevir a ser realizado em pista bastante pesa-da (pelo menos, as fortes chuvas e o céucinzento que vèm envolvendo o Rio nesteúltimos dias são fortes índices neste senti-do), pode perfeitamente prejudicar a clare-za técnica tanto de seu resultado quantode seu perfil. É bom lembrar, inclusive, queo Luiz Fernando Cirne Lima, embora, apa-rentemente, disputado em uma grama me-nos pesada, foi razoavelmente indicativoneste aspecto.

Vaina (Egoísmo em Odita, por Wald-meister), uma criaçáo de Fazendas Monde-sir S.A., correu até agora trés vezes paraobter igual número de triunfos, sendo quedois clássicos (Luiz Alves de Almeida eLuiz Fernando Cirne lima) e, por estarazão, teoricamente, tem que ser colocadacomo primeiro nome. Sua última vitóriafoi alcançada em estilo interessante e comfirmeza, mostrando principalmente perfei-ta adaptação ao terreno anormal. Contraela, há que se colocar dois elementos: saiupisando bastante mal após esta sua citadavitòna (aparentemente, por problema deíerrageamentoi e desta vez, larga em bali-za desfavorável, a nove, exatamente porfora de todas as concorrentes (na vez ante-rior, partiu na linha um à Ia corde o que éideal para este tipo de terreno). Vamos ver

como ela reagirá a estes dois dados nega-tivos.Mais quatro potrancas de criação de

Fazendas Mondesir S.A. estão inscritas.Venise Star (Waldmeister em Juturna, porZuido), de propriedade do Stud Valley ofPrincess, foi a runner-up de Vaina no LuizFernando Cirne lima. voltando a mostraruma sedutora capacidade de aceleração.Nesta oportunidade, não teve percurso dosmais favoráveis exatamente por suas ca-racterísticas de corredora e mesmo assimo seu esforço na ligne droite foi de chamara atenção. Amanhã, menor número deconcorrentes surge a seu favor mas a raiapesada talvez prejudique, parcialmente,este aspecto quantitativo favorável. Dequalquer modo, foi a pouliche mais insti-gante até agora entre as inscritas. Valley ofPrincess (Waldmeister em My Valley, porVai de Loir), ça va sans dire companheirade coudelaria de Venise Star, correu so-mente uma vez para obter impressionantetriunfo na pista de areia em 1 mil 300metros, embora contra adversárias bas-tante frágeis e exigida até o disco por seupiloto. Muito ligeira e largando em boapedra, a três, pode perfeitamente sur-preender. Vasca (Egoísmo em Odita, porWaldmeister), propriedade de FazendasMondesir, não correu de todo mal no LuizFernando Cirne Lima (sexta não muitolonge) sobretudo tendo em vista o percur-so infeliz que teve. A grama pesada, noentanto, parece não ser muito de seu agra-do. Finalmente, Vat (Royal Orbit em Haé,por Zuido), propriedade do Haras SantaAna do Rio Grande, após uma promissoraestréia (terceira em 1 mil 300 metros degrama, trazendo mais do que apreciávelesforço na reta), obteve um convincentetriunfo na pista de areia. Um nome a seracompanhado com atenção.

¦ ¦

LOOK

Me (Hot Dust em Nostalgia II,por Cambremont), criação e pro-priedade do Haras Santa Maria deAraras, foi um razoável terceiro no

simplesmente clássico Luiz Fernando Cir-ne Lima apesar de ter largado em balizaextremamente desfavorável (a antepenúl-tima por fora). Conseqüentemente, candi-data a ser respeitada embora não tenhamostrado boa adaptação ao terreno pesa-do. Hitty Hoo (Rio Bravo II em Zapala, porMehdi), criaçáo e propriedade âo HarasNacional, muüo nervosa, acabou largan-do com sensível atraso no último clássico.Por esta razão, náo deve ser de modoalgum subestimada. Muito ligeira, parteexatamente pela raia um o que é ótimotendo em vista o terreno. Miss Graciosa(Scugnizso em Miss Baliza, por Gaiano) ePrincess Child (Prince Alibhai em Cynara,por Quasi), são mais fracas.

S

Brulot mostra superioridadeBrulot, por Canterbury em Lyon, venceu o sexto pafeo

da corrida diurna de ontem no Hlpódromo da Gávea,marcando o tempo de lm004/5 para os 1 mil metros empista de areia pesada. W. Costa foi o jóquei, substituindoE. Freire.

Na outra prova importante, Excel Smoke conseguiuderrotar Xandoquinha em boa lei, deixando a grandefavorita Exceting Girl na terceira colocação. GabrielMendes dirigiu a ganhadora. O tempo para os 1 mil 400metros foi de lm28s.

Io PÁRfO — 1000 mira — Pirto — AP — Prêmio Cri 58.000,00

Io Politime.G.AIvei 57 2,50 12 11,702o Miss Style, J.M. Silvo 55 2,10 13 10,703o Dugma.J. Ferreiro 51 5,30 14 18,604o Lopop,M.C.Porto 57 12,90 22 8,105o El Caudilho, L. Januário 57 4,00 23 3,006o Quebec Rose, R. Marquei 56 15,70 24 3,107° Aberfeldy.A.Souia 58 19,80 33 26,10

N/ C. MICHEL.

Dif. — 2 e 2 corpos — Tempo — 1'03"1 — vtnc. — (8) 2,50 — Dup. (34) 2,50 —placé — (8) 1,70 e (5) 1,50 — Mov. do páreo CrJ 802.400,00. POLITIME M. C. 5 onoi

RS — Kamel e Temporário — criador — Haros Santo Ano do Rio Grande — Propr.Vera Maria Mendes òe Toledo Pixa — Treinador — S. Morolei.

2° PÁREO — 1400 metra — Piita — AP — Pri mio Crt «8.000,00.

Io AlTévere,J.M.Silva 57 8,00" 11 52,002° Mandono,E.Ferreira 57 4,30 12 2,703o Piing,F.Pereira 57 10.40 13 8,304o Clogny.J. Queiro. 57 3,00 14 5,005o Tangéncio.G.F.Almeida 57 2,90 22 6,706o Guaúba,J.Pinto 57 18,00 23 6,407° ToymarJ. Ricordo 57 4,90 24 3,308» Orée,E.R.Ferreiro 57 16.40 33 43,309o Miss Elgino. F. Esteve! 57 18,30 34 9,30

Nl CM: AIR GAULOISE e DASHING GAL. — DUPLA EXATA(09-08) CrS 64,80 — DlF. —1 e I corpo —Tempo— l'29"4 — venc—(9)8,00 — Dup.(44) 17,80 —plocé —(9)3,30 e (6) 2,70 — Mov. do páreo CrS 1.320.000,00. Al TÉVERE — F. C. 4 anos — RS

Albor e . arrúbia — criodor — Harai Tio Chico — Prapr. — Haroí Barro Novo —Treinador — J. M. Aragão.

3« PÁREO — 1400 metrot — Piito — AP — Prímio Cr$ 68.000,00.

Io AlPotaco.J.M.Silva 56 2,00 12 13,302° Rueck,E.R.Ferreiro 55 7,90 13 10,803o Devilish Khon. F. Esteves 55 8,20 14 15,304o El Sol, J. Ricordo 55 11,90 22 13.805o Don Didi. G.F. Almeida 57 8.50 23 2,306° Sky Hawk. P. Vignolas 53 6,00 24 5,307o Fuscóo. R. Freire 56 15,50 33 4,208o St.Domien,W.Gonçalves 55 3,00 34 3,30

Nl CM: HIBISCO e OLDEN TIMES. — DIF. — 2 e 2 corpos — T Tempo — 1'27"3 venc —(6) 2.00 — Dup. — (33) 4,20 — plocé — (6) 1.40 e (7) 2.40 — Mov. do páreo CrS1.475.400,00. AL PATACO — M. A. 4 anos — SP — Viziane e Indian — criador —Haros Sâo Quirino — Propr. — Stud Rude — Treinador — S. Moralei.

4' PÁREO — 1300 metro» — Pirto — AP — Primio Cr} 68.000,00

Io Goius.J.Pinto 55 23,50 11 19,902o Trifle,G.Meneses 57 6,60 12 4,303o KikiBar.J.M.Silva 57 12,90 13 13,004o Bandoir. J. Ricordo 56 2,00 14 4,705o Hilador, P.RochoP 52 9,80 22 5,006° JeonMarc.F.Silvo 56 9,80 23 8,507° Tamb,,A.Romos 55 2,90 24 2.408° FilhodoRei.W Gonçalves 55 6,20 33 44.50. Abdul.J.Molta 57 13,20 34 8,30

10° João.h Garcia 55 20,20 44 17,70

N/ CM; LORD SIMPATIA. TURNO e TACHIM. — DIF. - 3 corpos e 3/ 4 de corpo —Tempo— I _l_ — venc— (3)23,50 — Dup.— (14)4,70 — plocé — (3)9,50e (10)5.30 — Mov. do páreo CrS 1.693.970.00. GAIUS - M. A. 4 onos — SP — Jocoso eInventivo — criador — Horas Malurico — Propr. Stud Fredner (SP) — Treinador — A.Morales.

5° PÁREO — 1400 melra — Piito — AP — Primio CrS 78.000,00

Io Excel Smoke, G.Meneses 56 6,90 11 20,402o Xondoquinho.J.Queiroz 56 4,10 12 3,303o ExcetingGirl.F. Esteves 55 1,70 13 2,304o Edonko,F.Pereira 55 24,00 . 14 4.205o LaAnoh.A.Romos 55 9.90 23 7.906o Urba.W.Cosro 55 24,50 24 12.70T Ustion.G.F.AImeida 55 6,80 33 10,108° DoteVite.J L.Marins 56 4,40 34 7,00

N/CM: BIAFFJTE, UMA, BIABELA, BRAZIUAN ROSE e USSAGE. DIF. — vários corpos e 1corpo — Tempo — I '28"3 — venc. — (8) 6.90 Dup. — (33) 10,10 — plocé — (8) 3.70e (7) 3,30 — Mov. do páreo CrS 1.523.050,00. EXCEL SMOKE — F. C. 0 ono» — ARGExcel II e Afumoda - criodor — Harai El Paraíso — Propr. — Haros Alsion —Treinador — L. Coelho.

6» PÁREO — 1000 metrot — Piito — AP — Primio Cr$ 78.000,00

Io Brulot,W.Costo 55 4,80 II 22102o Ox-Tail,F.Pereira 56 3,00 12 8.903o Sambarella.J. Esteves 56 27,70 13 13,3043 Bangolore, U. Meireles 56 3,70 14 5,105° Colleján,J.M.Silva 56 7,50 22 11,706o Despistar, J. B. Fonseca 52 13,80 23 10,00T JudgeHimes.J.Mollo 56 23.70 24 3108o Fobus.F. Esteves 56 10.30 33 24,109o loboSelvogem,M.C.Porto 56 16,60 34 5,50

10° Inhapuitan, A. Ramos 56 29,10 44 2.90

DIF. — vários e vários corpos — Tempo I '00"4 — venc. — (6) 4,80 — Dup. (24) 3,10plocé — (6) 2.50 e (13) 1,70 — DUPLA EXATA (06-13) CrS II ,40 — Mov. do páreoOS.,2.039.450,00. BRULOT — M. A. 3anos — SP — ConterburyeLyon — criador —Ha/os São José e Expedictus — Propr. — Stud Santa Fé do Inhangá — Treinador — O.L Ferreira.

7* PÁREO — 1000 metroí — Pista — Al — Primio Cr» 95.000,00

Io Superávit,J.Ricardo 55 10,30 II 34,702° Lucksor,E.Ferreira 55 7,90 12 8,003° Ivan Flauto, J.M. Silva 55 3.10 13 11,004° Matisse,J.Pinto 55 3,80 14 10,205° Pelizo.P. Vignolos 54 5,60 22 7,606° lotex.D.F.Graça 55 15,00 23 3,407° Segoll.J. Malta 55 44,30 24 2,708° Trumo.J. L.Marins 55 28,70 33 14,309° Tacilum,G.F.Almeida 55 31,20 34. 4,7010° Gajodo.F.Esteves 55 3,40 44 11,00N/C. HUSTLER. Dif. — vários corpos e 2 corpos — Tempo — 1'02" — venc — (12)10,30 Dup. — (24) 2,70 — plocé — (12) 5,80 e (5) 4,20 — Mov. do páteo CrS2.196.350,00. SUPERÁVIT —M. C. 2 anos — RS — Crying lo RuneRoyol Nordi —criodor e Prop. — Horos Sanlo Ana — Rio Grande — Treinador A Morales.

8* PÁREO — 1000 metrot IO Piito — NP — Premio Cri 18.000,00Io Edgard,E.R.Ferreiro 55 2,40 11 30,202» Cydnus. P. Vignolos 56 14,00 12 6,403° Decujas,J.Pinto 55 8.50 13 4,104° Hozano, G.Alves 58 4,80 14 7,805» Venezo, E. Marinho 57 19,40 22 13,506° Social, R. Freire 55 4,00 23 3,50. Ephessos, C.Xavier 56 21,50 24 7,608° NaipeOuro, A. Ferreira 57 5,50 33 6,909° OuroFoscoJ.Queiroz 57 9,80 34 3,8010° Lorrei,M.C.Porto 55 29,90 44 19,30

)if. — mínimo e 1 corpo — Tempo — 1 '01 "3 — venc. — (6) 2,40 — Dup. (34) 2,60 —-lace — (6) 1,70 e 10)4,70 — Mov. do páreo CrS 1.827.890,00. EDGARD — M.A. 5anos — SP — Millenium e Salysie — criador — Fazendo e Horas Castelo S/A —'ropr. — Stud Lawn — Tênis — Treinador — E. P. Coutinho.

. Páreo — 1000 metroí — Pitta — NP — Prêmio CrS 68.000,00.

1= Altai Khon. E.R. Ferreira 57 2,10 II 24,302° Bob's Doy, L. Corrêa 57 13,60 12 13,503° GreoiBliss.D.Neto 57 17,40 13 9,104» EscudoR-aU.M.Silvo 57 5,80 14 13,705° Fovoroble.J.F. Frago 57 4,50 22 9,906o Foristan, A. Ferreiro .*. 57 18,30 23 2,50. Joeiro, F.Pereira 57 3,70 24 5,108° Ti.ráo,R.Marques 57 18,30 33 12.509o Talanco.P.RochoP 53 17,70 34 2,7010° Umoló.A.Sou.o 57 18,30 44 14,90

Dif. — Vários corpos e 1 corpo —Tempo— l'02"2 — venc. —(6) 2,10 Dup.—(23)2,50 — plocé — (6) 1,80 e (3) 8,10 — Mov. do páreo CrS 1.845.740,00. ALTAl KHAN

M.A. 4 anos — SP—Kubloi Khon e Madras criador — Horas Sào José e ExpedittuiPropr. — Coudelaria — J. L S. Treinador — E. P. Coutinho.

10a PÁREO — 1300 metroí — Piito — NL — Primio Cri 58.000,00

1° Hono-Flete.J. Ricordo 57 2.70 II 26,502° Henevino.J.M.Silvo 56 6,90 12 14,603° Parceiro.E.Ferreira 56 5.90 13 9,604° Aciono, G. Meneses 58 10.10 14 12,705° Sino.G F.AImeido 56 6,20 22 26,006° Ter-Flete,J.Queiroz 57 28,80 23 5,007° AlIez.J. Ferreiro 50 16,00 24 4,808P Vompire.A.Souza 58 5,90 33 18,60

. Piclon, A. Ferreiro 56 27,70 34 2,001.0° Decálogo,E.R.Ferreira 54 23,60 44 4,60

Dupla Exato (08-12) CrS 26,80 — Dif. — 3 corpoi e 2 corpoj — Tempo — 1 '21 "2 —venc. — (8) 2,70 — Dup. — (34) 2.00 — plocé — (8) 2,00 e (12) 2,90 — Mov. dopáreo CrS 2.006.880.00 HONO — FLETE — M: A. 5 anos — RS — El Flete e Hcnavlrocriodor — Haras Talhaço — Propr. — Stud Mang-lorgo — Treinodor—A. Ricardo.APOSTAS CrS 19. milhões 052 mil 900.

Henbit, vencedor em Epsom, está mancoEpsom, Inglaterra — O ven-

cedor do Derby de Epsom,Henbit, talvez não volte maisa correr, se for confirmada afratura que teve em um dosposteriores, durante a realiza-

ção da prova. Na volta deHenbit ao paddock, anteon-tem, depois de seu sensacio-nal triunfo, podê-se perceberque ele mancava.

Henbit, de propriedade de

Cp).-

Arpad Plesch, ganhou an-teontem 166 mil 820 libras(cerca de Cr$ 16 mühões 800mil) e, por coincidência, o ou-tro potro de Mrs Plesch a

©(57

vencer o Derby de Epsom,Psdium, em 1961, tambémmancou no final da carreira enunca mais pôde ser apresen-tado a correr.

18 — ESPORTE JORNAL DO BRASIL D sexto-falw, 6/6/80 D Io Caderno

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labre é o atual presidente da Suderj

Labre9 os planospara dar maisvida ao estádio

Jorge César WamburgPara o engenheiro Ricardo Labre, atual superintendente da

8uderj, o Maracanã pode vir a ser muito mais do que um palcode grandes acontecimentos esportivos, tomando-se um verda-deiro centro cultural e até mesmo comercial da Cidade, comatividades ininterruptas quase 24 horas por dia, sempre ofere-cendo uma opção de lazer à população.

Labre diz isso com a autoridade de quem vive o dia-a-dia doestádio há 30 anos e conhece cada palmo de suas dependências,desde que, com apenas 16 anos, ali começou a trabalhar em1949, em meio ainda a sacos de cimento, escoras de madeira evergalhões de ferro da obra que parecia desafiar a capacidadedos engenheiros e operários para terminá-la a tempo de come-çar a Copa do Mundo de 1950.

O começo

Em 1949, João Labre Jr., diretor técnico da Rádio Ministé-rio da Educação, foi convidado por Victor Costa, diretor daRádio Nacional e diretor comercial da construção do Maraca-ná, para acompanhar a instalação do sistema de sonorização doestádio junto nos técnicos da RCA, empresa encarregada doserviço. Aceito o convite, João Labre Jr. passou a trabalharcom os americanos e seu filho, Ricardo, a acompanhá-lo nasvisitas às obras, com tal interesse que recebeu a incumbênciade ser um auxiliar de confiança, observando todo o serviço daequipe americana.

Eu levei multo a sério o trabalho e seguia os americanospor toda a parte. Comprei um dicionário de inglês e anotava oque eles diziam da forma que me parecia mais correto. Depois,passava tudo para o papel e mostrava a meu pai com todos osdetalhes — conta Ricardo Labre.

Lembra que as obras do Maracaná chegaram, na fase flnal,a ter 12 mil operários. Durante a construção, a regiáo foitomada de assalto por milhares de caminhões no transporteincessante do material, pelos trabalhadores, engenheiros etécnicos. O que a construção provocou na área com essemovimento e com o próprio trabalho de escavações e concreta-gem foi uma verdadeira revolução. E o povo, realmente impres-sionado pelo gigantismo da obra, no principio não Unha noçãoexata do que ele seria. Com o campo pronto, começaram a sererguidas as arquibancadas e a última etapa foi a marquisa.

Logo no começo — recorda Ricardo Labre — o moradorde um prédio próximo, no lado onde fica a estátua do Belini,costumava comentar vaidosamente que do seu apartamento,no quarto andar, iria assistir a todos os jogos de graça em suacadeira, tomando cerveja bem gelada.

Segundo o engenheiro Ricardo Labre, havia plena confian-ça na conclusão dos trabalhos. A Copa do Mundo dependia doMaracanã e teria que ficar pronto, era a voz geral. À frente detudo, dois homens se destacaram: o então Prefeito, Mendes deMorais, e o General Herculano Gomes, hoje falecido, presidenteda Adem — Administração do Estádio Municipal — agoraSuderj — Superintenda de Desportos do Estado do Rio deJaneiro.

MUitas vezes encontrei o General Herculano Gomesaqui, à noite, de bermudas, trabalhando lado a lado com osengenheiros — conta Ricardo Labre.

O primeiro som

Certa ocasião, as obras do Maracanã foram paralisadas porum inquérito que tentava levantar todos os gastos da constru-ção. Suspensos os pagamentos, os técnicos da RCA abandona-ram o trabalho e Ricardo Labre também se afastou paracontinuar apenas seus estudos, já com a vocação da engenhariaplenamente definida. Fascinado especialmente pelo som, en-controu novo campo de trabalho na Rádio Ministério daEducação, pouco mais tarde, como operador de estúdio.

Na véspera da inauguração do estádio, os administradoresse defrontaram com um problema inesperado: a aparelhagemde som era inteiramente desconhecida para eles. Foi então queo esportista Luis Vinhais lembrou-se do garoto que acompa-nhava os americanos por toda parte e mandou chamá-lo emcasa. Ricardo chegou e foi um alivio geral quando confirmouque sabia ligar os ampliflcadores. Era 15 de junho de 1950 e elecolocou um disco, o baião Delicado, o primeiro som transmiti-do pelo equipamento do estádio em sua história. Pouco depois,perguntaram-lhe se sabia ligar o microfone e a resposta foipositiva. Enquanto a comissão chefiada por Luis Vinhaispercorria o campo, ecoou a voz de Labre pelos alto-falantes:Alô, alô. A ADEM Informa. Um, dois, três.,.

Ricardo Labre foi logo contratado como funcionário letra Kdo serviço público municipal, salário de Cr$ 4 mil 310, para ser oencarregado do serviço de som, a quem cabia, entre outrascoisas, colocar os discos nos dias de jogos. Foi o primeirodegrau de uma carreira praticamente dedicada ao Maracanã.

Em 1960, formou-se engenheiro e foi designado chefe daseção de instalação e comunicações, que tinha a seu cargo osserviços elétrico, hidráulico, telefônico, o placar e o som. Fezentão seu primeiro projeto para o estádio, o placar eletromecâ-nico, que substituiu o sistema de placas. Seguiram-se osprojetos das cabinas de rádio, nova iluminação do campo,construção do Estádio Aquático e do Célio de Barros para oatletismo, entre outros. Ocupou sucessivamente cargos dediretor de Planejamento, de Engenharia e de Engenharia deEstádios, até ser levado à Superintendência no inicio deste ano.

Grandes momentosO rubro-negro Ricardo Labre tem vivido intensamente os

grandes momentos do Maracanã e não tem dúvidas em apontaro ano de 1950 como o que marcou a maior alegria e a maiortristeza na história do estádio: Brasil 6x1 Espanha, ao som deTouradas em Madri, e, evidentemente, Uruguai 2x1 Brasil, naflnal da Copa. No último, a lembrança do trauma que arrasouhomens, mulheres e crianças, do rio Maracaná entupido porcentenas de quilos de confete que estavam sobre marquise paraas comemorações e foram jogados nas águas.

A derrota teve uma repercussão triste para o Maracanã.Durante 10 anos o estádio flcou abandonado, pagando caropela perda da Taça Jules Rimet, até que a administraçãoestadual voltasse a se interessar por ele — diz Labre.

Entre 1950 e 1960, a única grande obra realizada foi aconstrução do Maracanãzinho, em 1954. Só no começo dadécada foram iniciados os trabalhos que viriam a dar novafisionomia ao estádio e. já nos anos 70. os estádios Aquático ede Atletismo, cujas arquibancadas podem receber 6 mil e 8 milpessoas. O Maracanãzinho tem capacidade para 20 mil pessoas(o Estádio de Remo, na Lagoa, também subordinado à Suderj,para 13 mil).

Ricardo Labre assegura que as condições de conforto esegurança para o público, segundo os padrões exigidos pelaSudetj atualmente, não permitem que o Maracanã tenha um

Súblico superior a 170 mil pessoas. Por isso, dificilmente será

atido o recorde de quase 190 mil pagantes verificado no jogoBrasil x Paraguai, em 1969, e ele dá um exemplo: na decisáoentre Brasil e Uruguai, havia 220 mil pessoas na Maracanã, maspelo menos 40 mil delas não viram a partida, por ser impossívelo acesso nas entradas congestionadas em todos os pontos.

Ressalta, também, com grande êxito promocional a apre-sentação dp Frank Sinatra este ano, que planejou nos mínimosdetalhes. Conta que a emoção do artista impediu-o de atenderao público e bisar o número flnal, ao acenar o lenço para amultidão e, em resposta, ver o aceno de 140 mil lenços.

—Naquele momento — diz Labre — Sinatra encontrava-seexatamente no centro geográfico do estádio e a impressãocausada pela visão do público foi forte demais para ele.

Depois de Sinatra, o grande projeto de Ricardo Labre é avisita do Papa, cujos planos já estão praticamenteDprontos.Depois do amistoso Brasil X União Soviética, que marcará a

Maracanã, vida de uma cidadecom os seus dramas e comédia!

Há 30 anos um gigantesco monumento aofutebol era erigido na Zona Norte do Rio deJaneiro. Ali, o Brasil deveria erguer pela pri-meira vez na sua história a Taça Jules Rimet,náo fosse o trágico jogo final diante dos uru-guaios. Mas foi naquele mesmo cenário quecraques de primeira linha nasceram para asfuturas conquistas mundiais. Por aquele gra-mado passaram a genialidade de Pele e odrible de Garrincha.

Maracaná. Uma cidade com toda uma in-fra-estrutura capacitada para receber popula-

çôes que já chegaram a perto das 200 milpessoas. O gigante de concreto armado tem asua volta um colégio, um museu, um departa-mento medico que, em dia de grandes jogos,surge como um hospital capacitado até paracirurgias, um parque aquático, um ginásio, umcampo de atletismo, enfim, uma vida própria,como uma minimetròpole incrustrada em pie-no Rio de Janeiro. E de notável atividadecultural, pois táo afinado quanto o futebol deNilton Santos, seu povo já ouviu a voz deSinatra, já viu grandes astros da dança doteatro, do circo e terá muito que ver ainda. Cupolillo, as

16/6/50-Folo d* Ang-lo

i__£É_. ¦ .444 _i_^:--*MP-"V _rfM__í * .-ó$p__* p**iMé^ WLKmm, ; s ._ . %wÊMmS^ *'¦#••¦ •?»__^*__*_fc y_É_K_3_fl HL*. I.pi7^. :. . imÉÈaWÊkWÈÈkWi^^Èià âác.y .-_ãfa w,,_^.... , ,;_ ;.___y__M_f..._* -

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Na inauguração, 16 de junho, o Presidente Dutra, Prefeito Mendes de Morais, Levi Neves, Gama Filho e Álvaro Dias

comemoração dos 30 anos de inauguração do Maracanã, oestádio será fechado para o esporte a fim de serem ultimados ospreparativos para receber João Paulo IL

Esporte e cultura

Labre tem sob seu comando uma pequena comunidade de300 pessoas diariamente, que chega a 600 nos dias de jogos.Entre as atividades diárias do estádio, estão as da Escolinhasde iniciação esportiva, com 5 mil alunos nas principais modali-dades e o Museu do Esporte. Até mesmo as gerais são usadaspara o ensino do ciclismo. Sobre o Museu, o superintendente daSuderj dia que gostaria de torná-lo dinâmico, com exposiçõestemporárias sobre os clubes e acontecimentos esportivos.

Seus projetos, entretanto, vão mais longe. Espera ver oMaracanã transformado num grande centro esportivo, culturale turístico, com o aproveitamento de suas dependências paraespetáculos permanentes. No Maracanãzinho, prevê a instala-ção de um shopping-center e outras iniciativas que lhe darãoum novo sentido na vida da cidade. Entre outros planos comvista a esse objetivo, está a transformação da atual Suderj emempresa de economia mista, projeto que vem amadurecendocom carinho.

Essas metas, apesar de, aparentemente, difíceis de atingirpodem começar a se transformar numa realidade dentro depouco tempo. A imaginação de Ricardo Labre é o maior trunfopara isso e ele não se abate com imposslbilidades momentâ-neas, como ocorreu com um de seus projetos, consideradoavançado demais para época em que foi construído o EstádioAquático: o fundo da piscina seria móvel, de modo a serutilizado como pista de patinação quando não houvesse com-petições de natação, bastando elevá-lo à altura por meio dedispositivos mecânicos.

Cupolillo e Favila,32 anos de serviços

Na festa do 30° aniversário do Maracanã, dois homensestarão completando 32 anos de serviços prestados ao Estádio:Francisco Cupolillo, de 55 anos e diretor do DepartamentoContábil da Suderj, e seu assistente Mário Favila, de 63. Ambosestão no Maracanã desde o tempo da terra seca, quando oEstádio era ainda um projeto, e viveram todos os seus bons emaus momentos.

Depois de tantos anos, Cupolillo (está no Maracanã desde11 de agosto de 1948) e Favila (desde 21 de janeiro do mesmoano) consideram o Estádio suas próprias famílias, cujos filhos— Maracanãzinho, Célio de Barros e Júlio Delamare — viramcrescer. Uma das maiores alegrias dos dois é ver todo ocomplexo do Maracanã funcionando à noite.

É lindo—diz Cupolillo. Ainda hoje, depois de todos essesanos aqui, gosto de dar uma volta em torno do Maracanã emdias de grandes jogos só para ver a movimentação. É maravi-lhoso e o visual ainda é superior sob a ótica das marquises doEstádio num dia de corridas no Célio de Barros, natação noJúlio Delamare e qualquer atividade no Maracanãzinho.

As esposas de Cupolillo, Maria da Cruz, e de Favila, MariaJosé, reclamaram muito da dedicação dos dois ao Maracanã,mas acabaram cedendo e passaram a apoiar seus maridos,depois que compreenderam o que o Estádio representava paraeles.

Minha mulher reclama até hoje, diz Favila, lembrando umfato curioso durante a construção do Maracanã. Segundo ele,em 1949, o pagamento dos operários atrasou três semanas e elessentavam-se nas rampas, aos sábados e domingos, para pediresmola aos visitantes. Isso foi-se tornando um hábito e asegurança do Estádio foi obrigada a tomar uma atitude, pois osoperários estavam levando sua segunda função multo a sério.

Ambos, no entanto, entre inúmeras histórias, tristes ealegres, sobre o Maracanã, se comovem ao lembrar como ficamas dependências do Estádio após cada clássico: lâmpadasquebradas, banheiros entupidos e várias outras barbaridadescometidas pelos torcedores. Essa tristeza se repete toda a vezque o jogo é bom, mas a tristeza maior que os dois já viveram foiem 1955, quando até os vestiários do Maracanã foram inunda-dos com a água da forte chuva que caiu no verão.

Foi a maior tristeza que já enfrentamos aqui. Passamosquase quatro dias tirando água dos vestiários. Todos ficamostristes, porque era impossível que a água chegasse até osvestiários. Depois que tiramos toda a água, as condições dosvestiários eram horríveis, mas, um mès depois, estava tudo emordem

Nos dias de grandes jogos, o responsável pelo quadromóvel, Pedro Dipolito, movimenta um total de 553 pessoas,distribuídas desde a Assessoria de Funcionamento até asbilheterias. Nos dias de jogos mais fracos, o pessoal é de 383, dosquais 105 ficam responsáveis pelas entradas e roletas doMaracanã.

AS 10 MAIORES RENDAS DO MARACANÃ

• JOGO DATA RENDA1. Flamengo 3 x 2 Atlético Mineiro 1/6/80 CrS 19.726.210 002. Flamengo 2 x 0 Santos 18/5/80 CrS 11.610.690,003. Flamengo 1 x 0 Fluminenss 23/9/79 CrS 9.396.290,004. Flamengo 4 x 3 Coritiba 25/5/80 . CrS 9.265.650Í005. Flamengo 3x2 Vasco 28/10/79 CrS 9.072.900,006. Flamengo 5 x 1 Atlético Mineiro 6/4/79 CrS 8.781.290,007. Vasco 5x2 Coríntians e Flamengo 3x0 Bangu 4/5/80 CrS 8.648.760.008. Flamengo 0 x 1 Botafogo 3/6/79 CrS 8.442.595,009. Flamengo 2x2 Botafogo 29/4/79 CrS 8.297.685,00' 10. Flamengo 1 x 4 Palmeiras 9/12/79 CrS 8.277.830,00

Menor rendaTreino da Seleção de Amadores 30/6/52 CrS 6,00

OS 10 MAIORES PÚBLICOS DO MARACANÃ

JOGO DATA PÚBLICO1. Brasil 1 x 0 Paraguai 31/8/69 183 mil 341 pagantes2. Flamengo 0x0 Fluminense 15/12/63 177 mil 0203. Flamengo 3 x 1 Vasco 4/4/76 174 mil 7704. Brasil 4 x 1 Paraguai 21/3/54 174 mil 5995. Brasil 1 x 2 Uruguai 16/7/50 173 mil 8506. Flamengo 2x3 Fluminense 15/6/69 171 mil 5997. Flamengo 0 x 0 Vasco 22/12/74 165 mil 3588. Brasil 6x0 Colômbia 9/3/77 162 mil 7649. Vasco 0 x 1 Flamengo 6/5/73 160 mil 342

10. Flamengo 2x2 Botafogo 29/4/79 158 mil 477

MENOR PÚBLICOOlaria 4x4 Portuguesa 28/3/63 357 pagantes

OS ARTILHEIROS

1950 — A<__mi.(V_sco. 25 1961 — Amorildo(Bolalogo) 12 1972 -Dovol (Flamengo) 151951—Carlyfe(Flumincnse) 23 1962 — S__l_inbo(V____) 13 l973-D_h_(Flamengo) 151952 — Zizinho (Bangu) e 1963 —Bianchini (Bangu) 18 1974 —Luüinho(América) 20Menezes (Bangu)_: 19 1964 —Amoroso(Fluminense) 18 1975—Zi.o(Flomengo. 30

i__ —í."

™ _.m.90' _ 1965—Amoroso(Fluminense) 10 1976—Ooval (Fluminense) 20!.l.~S_.|(„M^ngo) 24

"66-Pau,oBo,g.s(Bongu, ,6 ,977_Z,co(flonwngo) „1956—ValdolFluminense) 22 1967—Paulo Borges (Bangu) 13 1978 — Zico e1957 — Paulinho(Bolaíogo) 22 1968—Robeno(Botafogo) 13 Cláudio Adão (Flamengo)1958— Quarentinha (Botafogo) 19 1969 — Flavio(Fluminense) 15 eRoberto(Vasco) 191959—Quorenlinha (Bolofogo)25 1970 — Flá.io(Fluminense) 18 1979 — Zico(Flamengo) 261960—Quo.enlinha (Botafogo) 25 1971 — PauloCesar (Botafogo) II 1979—Zico(Flamengo) 33

PÚBLICO E RENDA ANUAL DO AAARACANÀ DESDE 1950

ANO N»0_ JOGOS PÜBIICO RENDA1950 54 1.623.900 CrS 38 449 811951 83 2 363.974 CrS 50.669,691952 78 2 456.547 C-S 45.609,961952 90 2 897066 CrS 50.416,441954 82 2 462 793 CrS 45.582.141955 90 2.721.403 CrS 52.915.99'956 83 3.262.173 CrS 61653.151957 92 2.339-86 C-S 77.560,54'•'58 85 2.426.715 CrS 80.920,111959 85 2.297.633 CrS 88.816 741960 81 2.195.531 CrS 89.040,261961 84 2.239 813 CrS 136.128,811962 79 2.285.627 CrS 355.747,181963 89 2.442.967 CrS 843.607,911964 94 . 2.327.253 CrS 1.424.307.911965 101 3.356.475 CrS 2 857.824.001966 69 1.915.870 CrS 2850.716,361967 92 2280.796 CrS 4.279.246,091968 99 3.429 250 CrS 9.532.209,251969 81 3.338.699 CrS 15347.121,001970 111 3.885.438 CrS 16 964.225,001971 120 3482.038 C-S 19.250.413,251972 108 3.902.824 CrS 31065.193.501973 90 3.025 253 C-S y 27.740 688.001974 112 3.470.342 C-S 37831.210.50"75 123 3 906 053 C-S 56 855.366,501976 106 4.076 325 C-S 82.028 892,001977 97 3 410 576 C-S 100991.958.501978 97 2.793 699 C-S 57 360.945,001979 109 3 950.187 C-S 215 357 235.001930 (cté 1-76) 37 1581794 C-S 130489005,00

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Dipólito, o coordenador i

Campeõescariocas1950 - VASCOBarbosa, Augusto t; Laerte — EU,Danilo e Jorge - Alfredo. Mane-ca, Ademir, ípojueâ e Dejair.1951 - FLUMINENSECastilho. Píndaro e Pinheiro —Vítor, Edson e Lafalete — Telê,Orlando, Carlyle, Dldl e Joel.1952 - VASCOBarbosa, Augusto e Haroldo —EU, Danilo e Jorge — Edmur, Ma-neca, Ademir, Ipojuca e Chico.1953 - FLAMENGOGarcia, Marinho e Pavão—Servi-lio, Dequlnha e Jordan — Joél,Rubens, índio, Benitez e Esquer-dinha:1954 - FLAMENGOGarcia, Tomlres e Pavão—Servi-Uo, Dequlna e Jordan—Joel, Ru-bens, índio, Evaristo e Esquer-dinha.1955 - FLAMENGOChamorro, Tomlres e Paváo —Jadir, Dequlnha e Jordan — Joel,Paulinho, índio, Dida e Zagalo.1956 - VASCOCarlos Alberto, PauUnho e Belini

Laerte, Orlando e Coronel —Sabara, Livinho, Vavá, Valter ePinga.1957 - BOTAFOGOAdalberto. Tome e Nilton Santos

Pampolini, Servilio e Beto —Garrincha, Didi, Paulinho. Edsone Quarentinha.1958 - VASCOBarbosa, Paulinho e Belini —Écio, Orlando e Coronel — Sabá-rá, Almir, WUson Moreira, Valde-mar e Pinga.1959 - FLUMINENSECastilho, Jair Marinho e Pinheiro,Clóvis e Altair — Edmllson e Pau-linho — Maurinho, Valdo, Telè eEscurinho.1960 - AMÉRICAAri. Jorge, Djalma Dias, WilsonSantos e Ivã — Amaro e JoáoCarlos — Calazans, Antoninho,Quarentinha e Nilo.1961 - BOTAFOGOManga, Rildo, Zé Carlos, NiltonSantos e Chieáo — Aírton e Dldl

Garrincha. Quarentinha, Ama-rildo e Zagalo.1962 - BOTAFOGOManga, Paulistinha, Jadir, NiltonSantos e Rildo — Aírton e Édsqn

Garrincha, Quarentinha, Amà-rildo e Zagalo.1963 - FLAMENGOMarcial, Murilo, Luis Carlos, Ana-nias e Paulo Henrique — Carli-nhos e Nelsinho — Espanhol, Air-ton. Geraldo e Osvaldo.1964 - FLUMINENSECastilho, Carlos Alberto, Procó-pio, Valdez e Altair — Oldair eDenilson — Jorginho, Amoroso,Joaquinzinho e Gilson Nunes.1965 - FLAMENGOValdomiro, Murilo, Jaime, DitáoePaulo Henrique — Carlinhos eFefeu — Neves, Silva, Almir eOsvaldo.1966 - BANGUUbirajara, Fldélls. Mário Tito,Luis Alberto e Ari Clemente —Jaime e Ocimar — Paulo Borges,Cabralzinho, Ladeira e Aladim.1967 - BOTAFOGOCao. Moreira, Zé Carlos, Leônidase Valtenclr — Carlos Roberto eGérson — Rogério, Roberto, Jair-zinho e Paulo César.1968 - BOTAFOGOCao, Moreira, Zé Carlos, Leôniiíase Valtenclr — Carlos Roberto eGérson — Rogério, Roberto, Jair-zinho e Paulo César.1969 - FLUMINENSEFéUx, Oliveira, Gallardo, Assis eMarco Antônio — Denilson e Luli-

, nha—Wilton, Flávio, Samarone eLula.1970 - VASCO ( .Andrada. Fidélis, Moacir, Renê.eEberval — Alcir e Buglè — LuisCarlos, Valfrido, Silva e GUsonNunes.1971 - FLUMINENSEFéUx, OUveira, Gallardo, Asslü èMarco Antônio — Denilson e Dixil

WUton, Cláudio, Ivair e Lula.1972 - FLAMENGORenato, Moreira, Chiquinho,Reyes (Tinho) e Vanderlei — li-minha e Zé Mário — Rogério (Vi-centinho), Doval, Caio e Paulo

1973 - FLUMINENSEFélix, Toninho, Brunel, Assis eMarco Antônio — Pintinho. Clé-ber e Marquinhos — Dionísio,Manfrini e Lula.1974 - FLAMENGORenato, Júnior, Jaime, Luis Car-los e Rodrigues Neto — Zé Mário";Geraldo e Edson — Paulinho, Zl>co e Julinho (Ivanir).1975 - FLUMINENSEFélix, Toninho, Silveira, Assis eMarco Antônio; Zé Mário, Pinti-nho (Cléber) e Rivelino; Cafurin-ga, Manfrini e Paulo César.1976 - FLUMINENSERenato, Carlos Alberto, Edinho,Miguel e Rodrigues Neto; Pinti-nho, Rivelino e Paulo César; GU,Doval e Dirceu.1977 - VASCOMazaropi, Orlando, Abel. Geraldoe Marco Antônio; Zé Mário. Zana-ta (Helinho) e Dirceu; WUsinhó(Zandonaide), Roberto e Pau-Unho. . .1978 - FLAMENGOCantarele. Toninho. Manguito,RondineU e Júnior; Carpeggiani,Adüio e Cléber (EU Carlos); Marchnho, Zico e Titã (Alberto).1979 — FLAMENGO (I Campeo-nato de Futeboi Profissional doRio de Janeiro!Cantarele, Toninho, RondineU,Nelson e Júnior; Carpeggiani (An-drade), Adílio e Zico; Reinaldo,Luisinho (Cláudio Adão) e Titã.41979 — FLAMENGO (Campeona:to da Primeira Divisão de Profis-sionaisiCantarele. Toninho, Manguito,RondineU e Júnior: Carpeggiani,Adüio e Titã; Reinaldo. CláudioAdão e Júlio César

77)

JORNAL DO BRASIL D 'sexta-feira,

6/6/80 D 1° Caderno ESPORTE — 19

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Nos dezoito anos em que andou pelo futebol, mostran-do um talento e uma categoria de craque até hoje inigualá-veis, Nilton Santos ganhou todos os titulos possíveis: foicampeão carioca, brasileiro, sul-americano, pan-americanoe duas vezes campeão do mundo.

Quinze anos depois de ter parado de jogar, Niltonpouco fala de futebol, principalmente depois que o Botafo-go, seu único clube, deixou de ser aquele temível competi-dor que assustava os adversários, conformando-se com aposiçáo subalterna de agora. Mas nunca foge à conversaquando se fala em Seleção Brasileira e no bicampeonato de58 e 62, a glória maior de sua vitoriosa carreira.

— Toda a minha carreira—diz ele — os sacrifícios quefiz para jogar tanto tempo, de nada teria valido se nãotivesse conquistado o bicampeonato. Poi o que valeu,senão me sentiria um frustrado e um triste.

Sempre titular

Titular durante 10 anos seguidos da lateral esquerda daSeleção, desde que em 52 ganhou o Pan-Americano doChile, Nilton Santos esteve no time que em 54 perdeu paraa Hungria na Copa da Suiça e nos muitos jogos que, dentroe fora do Brasil, a Seleção fazia numa fase em que o futebolbrasileiro, especialmente os jogadores, pagava pela desor-ganização de sua cúpula dirigente.

A confusáo era tal que se chegou mesmo a levantar naCBD a tese de que os jogadores, notadamente os negros,tornavam-se nostálgicos fora do Brasil, saudosos da fami-lia, do feijão, se omitiam, se acovardavam. Tese que,felizmente, não foi aceita, mas—coincidência ou não—em58 a Seleção inicialmente escalada tinha de preferênciajogadores brancos, como De Sordi no lugar de DjalmaSantos, Dino no de Zito, Joel no de Garrincha. Nem Peleentrou de início.

De qualquer forma, em 58 a situação era bem melhor,pelos menos em termos de organização. Mesmo assim,Nilton e Didi, que vinham da fracassada Copa de 54 naSuíça, sofreram companha, principalmente de jornais deSão Paulo, e Nilton Santos somente não pediu desligamen-to por interferência do Dr Hilton Gosling, médico daSeleção e seu amigo.

Eu sabia—diz Nilton—que, treinando, me escalaria,mas nos primeiros treinos eu só entrava no fim, sem tempopara nada. Mas a situação acabou contornada e já sai daquititular.

Reservas eram Pele, que com seus 17 anos parecia nãoconvencer a Comissão Técnica, e Garrincha, que para opsiquiatra da CBD, Dr Carvalhais, não passava de umdebilóide. Detalhe curioso é que no final da Copa, trêmulo enervoso na expectativa da decisão, Carvalhais haveria deser acalmado por Mane, que lhe garantiu poder ficartranqüilo porque o Brasil ganharia fácil.

1958Começamos a Copa ganhando bem da Áustria—3 a

0 e fiz o segundo —, mas no segundo jogo empatamos com aInglaterra: 0 a 0. Foi um desastre. Parecia que aquela Copateria o mesmo destino triste das de 50 e 54. Foi então queDidi, Belini e eu resolvemos trabalhar pela escalação deGarrincha. Feola náo se opunha, mas Nascimento eraradicalmente contra. Também achava Garrincha um tantoirresponsável. Acabamos contando com o apoio do DrGosling e Mane foi escalado contra a Uniào Soviética,dando um show de bola, fazendo a maior exibição pessoalque já vi um jogador realizar. Ganhamos de 2 a 0 e no diaseguinte lembro que os jornais suecos diziam que o Brasiltinha escondido na reserva o maior ponta do mundo.Garrincha e Pele foram dali em diante as grandes figuras daCopa. Pele, pelos seus gols, seu futebol que já despontavam gnífico. Garrinhcha, pelos dribles desconcertantes, queo tornaram imarcável. Dos seus pés saíram quase todos osnossos gols. Sua atuação foi decisiva, principalmente por-que descontraiu o nosso time.

Ao ver Mane gingando de um lado para outro,—contaNilton — jogando no chão, com um drible, os seus troncu-dos marcadores, nosso time acabou perdendo um certocomplexo que tinha diante dos europeus. Depois daquelejogo com os russos, ganhamos mais confiança, o show deMane fez com que cada um de nós se libertasse e jogasse ofutebol que sabia. Botamos todo o repertório para fora e, naverdade, fizemos exibições maravilhosas, inclusive no jogofinal, que nos deu o titulo.

Essa partida foi contra a Suécia, dona da festa, e aSeleção teve logo dois fatores contra, principalmente parauma delegação em que, desde o chefe Paulo Machado deCarvalho até o massagista Mário Américo, eram todossupersticiosos: pela primeira vez, choveu, e a Seleção tevede trocar a sua tradicional camisa amarela (igual à daSuécia) por outra azul. Para completar, aos seis minutos ossuecos marcaram.

Mas aquela Copa ninguém nos tirava mesmo. O golnão nos abalou. Didi apanhou a bola, botou debaixo dobraço e, andando para o meio-de-campo, gritava que aquilonão era nada e que iríamos dar uma surra neles. De fato,pouco depois, em duas jogadas típicas de Garrincha, Vavápassava para 2 a 1 a nosso favor. E no segundo tempo, Pele,com três gols notáveis, fixou nossa vitória em 5 a 2.

Foi o primeiro título mundial do Brasil. Título que seriarepetido quatro anos depois no Chile pelo mesmo time de58. Nilton Santos chegava então, com 37 anos, ao titulo debicampeào do mundo, conquista muito difícil para umjogador de futebol, qualquer que seja ele.

DELEGAÇÃO

Chuta — Dr. Paulo Machado de Carvalho; Secretário e Delegado aoCongresso —Abílio Ferreira d'Almeida; Tesoureiro—Adolpho RibeiroMarques Júnior; Delegados ao Congresso — Dr. Luiz PhelippeSaldanha da Gama Murge — Paulo Costa; Supervisor —Carlos deOliveira Nascimento; Técnico — Vicente Halo Feola,- Medico — Dr.Hilton Lopes Gosling; Preparador Físico — Paulo Lima Amaral;Assessor — José de Almeida Filho; Massagista — Mário Américo;Roupeiro — Francisco de Assis dos Sontos,- Jornalista — ThomazMazzone

JOGADORES:Carlos José de CASTILHODJALMA dos SANTOSDINO SaniEdson Arontes do Nascimento — PELEEdvaldo Alves de Santa Rosa — DIDAEdvaldo Izidio Neto — VAVÁGILMAR dos Santos NevesHideraldo Luiz BELLINIJOEL Antônio MartinsJosé Ely Miranda — ZITOJosé João Altafini — MAZZOLAJosé Macio — PEPEManoel Francisco dos Santos — GARRINCHAMário Jorge Lobo ZAGALOMAURO Ramos de OliveiraMOACIR Claudino PintoNILTON dos SANTOSfcÜitan DF SORDIORLANDO Peçanha de CarvalhoWoldemoi Rodrigues Motins - ORECOWaldir Pereira DIDIZÓZIMO Alves Calazaris

Título de 58 fez Nilton Santosesquecer todos os sacrifícios

JL Sandro Moreyra \JMUS" m* Foto d* Cario» Umo» — 1958

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Nilton Santos

Oitavas de finalGrupo 4

Brasil 3x0 Áustria. Dia: 8 de[unho. Local: Uddevalla. Juiz:Frederic Guigue (França). Bra-sil: Gilmar, De Sordi, Belini,Orlando e Nilton Santos; Dinoe Didi; Joel, Mazzola, Dida eZagalo. Áustria: Szonwald;Haia e Koller; Hanappi, Swo-boda e Happel; Horak, Sene-kowitsch, Buzek, Korner eScheleger. Gols: 1° tempo.-Mazzola (38m); T tempo:Nilton Santos (6) e Mazola(44).

Brasil 0x0 Inglaterra. Dia:11 de junho. Local: Gotem-burgo. Juiz: Albert Dusch

(Alemanha). Brasil: Gilmar,de Sordi, Belini, Orlando eNilton Santos; Dino e Didi;Joel, Mazola, Vavá e Zagalo.Inglaterra: McDonald, Howe eBanks,- Clamp, Billy Wright eSlater; Douglas, Robson, Ke-von, Haymes e A'Court.

Brasil 2x0 URSS. Dia: 15 dejunho. Local: Gotemburgo.Juiz: Frederic Guigue (Fran:ça). Brasil: Gilmar, De Sordi,Belini, Orlando e Nilton San-tos; Zito e Didi; Garrincha,Vavá, Pele e Zagalo. URSS:lashin, Kessarev e Kusnetsov;Voinov, Krischewski e Tsarev,Alexandre Ivanov, ValentinIvanov, Simonian, Igor Nettoe lljin. Gols: Io tempo: Vavá

(2m); 2° tempo: Vavá (31).

Quartas de finalBrasil 1 x 0 País de Gales.Dia: 19 de junho. Local: Go-temburgo. Juiz: Frederic Sei-pelt (Áustria). Brasil: Gilmar,De Sordi, Belini, Orlando eNilton Santos,- Zito e Didi;Garrincha, Mazzola, Pele eZagalo. País de Gales: Kel-sey, Williams e Hopkins; Sul-livan, Mel Charles e Bowen,-Medwin, Hewitt, Vernon, Ali-church e Jones. Gol: 2o tem-po: Pele (26m).

SemifinaisBrasil 5x2 França. Dia: 24de junho. Local: Estocolmo.Juiz: B. Griffths (Inglaterra).Brasil: Gilmar, De Sordi, Beli-ni, Orlando e Nilton Santos;Zito e Didi; Garrincha, Vavá,Pele e Zagalo. França: Abbes,Kaelbel, Jonquet e Lerond;Penveme e Mareei; Wisnieski,Fonlaine, Kopa, Piantoni eVincent. Gols: 1° tempo: Vavá(lm30s), Fontaine (8) e Didi(39). 2= lempo: Pele (8, 19 e31) e Piantoni (40).

FinalBrasil 5x2 Suécia. Dia: 29de junho. Local: Estocolmo.Juiz: Frederic Guigue (Fran-ço). Brasil: Gilmar, DjalmaSantos, Belini, Orlando e Níl-ton Santos,- Zito e Didi; Gar-rincha, Vovó, Pele e Zagalo.Suécia: Svensson, Bergmark,Gustavsson e Axbom, Bor|es-son e Porling; Hamrin Gren,Simonsson Uedliolm e Sko~glund Gols: I tempo Liedholm (4mj, Vavá (8 e 32); 2"lempo Pele (II e -44). Zagalo(23) e Simonsson (35)

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O time de 58, que conquistou o título na Suécia, é considerado por Nilton Santos o mais perfeito de todos os tempos

Receitado cafezinho

brasileiro:dólares, rublos,

yuans, ienes,marcos,

francos, libras,¦¦ 7liras e

acúcaràvontade.

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Sabe o que significa tudo isso junto namesma xícara? Em 1979 mais de 7 milhõesde dólares por dia para o Brasil, num total de12 milhões de sacas de café exportadas.

Em 1980 serão 15 milhões de sacas. Só emabril último, o Brasil exportou 1 milhão

540 mil sacas com uma receita de 350 milhõesJe dólares num único mês.

Não é uma bela notícia para adoçar a bocade todo o brasileiro ?IBC - Instituto Brasileiro do CaféMinistério da Indústria e do Comércio

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20 — ESPORTE JORNAL DO BRASIL D sexta-feira, 6/6/80 D Io Caderno

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Copa de 62, a hora em que tudodeu certo na vida de Garrincha

Fernando Calazans

f\ UANDO Pele levou a mão àÊ f virilha na segunda partida\mf da Copa do Mundo de 62,

V contra a Tcheco-Eslo-váqula, os outros jogadores, toda aComissão Técnica e os torcedoresbrasileiros que foram a Viila deiMar prenderam a respiração. Mi-nutos depois, o médico Hüton Gos-ling confirmava a tragédia náo sópara os brasileiros que estavam noChüe como para os que aqui flca-ram presos ao rádio: Pele distende-ra o músculo e estava fora dosjogos restantes da Copa — o que,àquela altura, significava uma Co-pa inteira.

Todos os brasileiros, direta ouindiretamente ligados à Seleçáo,sentiram naquele momento o gostoda derrota. Ou melhor: todos me-nos um, que, por uma feliz coinci-dência, estava também em camponaquele 2 de junho: Garrincha,também ele um gênio do futebol.Náo tive medo nenhum, nemfiquei nervoso—lembra Garrincha,como se fosse hoje. Senti que algu-ma coisa me empurrava da pontapara o meio, me puxava para olugar de Pele. Senti, também, quetinha que jogar por mim e pelocrioulo. Parecia ouvir uma voz:"Cai mais para o meio que você vaisalvar o Brasil, você vai ser o me-lhor". Acho que o espírito do Pelebaixou em mim.

Naquela Copa do Mundo de 62,no Chüe, Garrincfia muitas vezessaiu da ponta, caindo um poucomais para o meio. Fez quatro gols,sendo dois de cabeça e um de péesquerdo. Foi o melhor de todos osjogadores que participaram dacompetição. E o Brasü se sagroubicampeào do mundo.

A expulção e a pedradaA bola parle de Zagalo na pon-

ta-esquerda, num cmzamento altosobre a área chilena. Passa porVavá, que nào a alcança. Amarildotenta uma bicicleta e falha. Mas abola flca por perto e ele consegueatrasá-la para Garrincha, que vemna corrida para a entrada da área.Garrincha enche o pé esquerdo,que ele só usara na vida, até entáo,como ponto de apoio para seuspiques irresistíveis pela direita. Abola sobe, com força, entra no ân-guio de Escutti. Primeiro gol doBrasil na semifinal contra o Chile, oprimeiro e único gol de Garrinchacom o pé esquerdo.

Aquela Copa foi a maior ale-gria da minha vida—confessa Gar-rincha — porque eu fiz tudo, fizcoisas que nunca tinha feito, e tudodeu certo. O chute de esquerda, osgols de cabeça. Naquele mesmo jo-go com o Chile fiz o segundo gol doBrasil, de cabeça. Aliás, nào foinem de cabeça, foi de orelha. Zaga-lo bateu um córner. Eu entrei pela

f-JI'1»..— F°-° jj Alberto Ferr»iro/T962

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'A vibração ao final do jogo com os tchecos, uma cena aguardada por Garrincha, que jamais acreditou que o Brasil perdesse esta decisão

meia, como se fosse um ponta-de-lança, como se fosse Pele, e meti acabeça. A bola bateu na minha ore-lha e entrou. Ê assim que eu melembro da Copa de 62: um momentoem que tudo deu certo na minhavida.

Naquela mesma semifinal com aSeleçáo Chilena, houve outro mo-mento de apreensão para a torcidabrasileira. Cansado dos pontapésadversários, Garrincha reagiu auma agressão de Rojas, ele quejamais revidara ao castigo que lheimpunham laterais esquerdos detodo o mundo.

—Fiz aquilo sem raiva nenhuma— diz Garrincha. — Elemedeuumpontapé e se virou. Foi um negócioquase sem querer, dei um chutenele também, mas quase sem força,de brincadeira. O bandeirinha con-tou pro juiz e ele me expulsou.

Foi, também, a primeira e únicaexpulsão da vida de Garrincha. Aodeixar o campo, quase no fim dojogo, conduzido pelo técnico Aimo-ré Moreira e cercado de fotógrafos,Garrincha levou uma pedrada deum torcedor chileno, que o feriu porfora, com um corte nacabeça, masnão o feriu por dentro:

— Saí de campo feliz, náo ligueipara a expulsão nem para a pedra-da que levei. Fiquei feliz porque o

Brasü já estava ganhando de 4 a 2,estava classificado para a final, eeu senti naquele momento que nósseriamos campeões. Foi ali mesmo,saindo de campo, que eu senti que oBrasü seria bicampeào. Já tinha-mos jogado contra a Tcheco-Eslováquia, conhecia aquele time etinha certeza de que, na final, nósganharíamos deles.

Destruidor de esquemasGarrincha estava feliz, em sua in-genuidade, mas nenhum dirigentebrasüeiro dormiu, sob a ameaça desua ausência na partida final.Quando o descanso se tornou possi-vel, depois da absolvição de Gar-rincha pelo tribunal especial daFIFA — para a qual contribuírammanobras de gabinete bem engen-drados pela cúpula da delegaçãobrasileira —já era véspera da deci-são e não havia tempo para pegarno sono.

Embora febril, Garrincha foicontra a Tcheco-Eslováquia o mes-mo das outras partidas e o Brasüvenceu a final por 3 a 1. Não é,porém, sua partida preferida, nema do Chüe, que garantiu a classifi-cação. Acha que jogou melhor con-tra a Inglaterra, nas quartas-de-

flnal, quando destruiu o esquemaadversário com dribles desconcer-tantes nos zagueiros que se enfilei-ravam à sua frente, mas eram im-potentes para contè-lo. Era umfe-nónemo dentro do campo e, talvezpor isso, tenha uma concepção to-da própria do esporte que era suaarte.

O que mais contribuiu paraaquela campanha foi que os ho-mens da Comissão Técnica nâo semetiam, deixavam a gente jogar àvontade. Essas coisas de ComissãoTécnica, de psicólogo, de filmes so-bre o adversário nunca existirampara mim. Não interessa como oadversário joga. A gente tem quejogar o nosso jogo, e isso aqueletime fazia muüo bem.

Garrincha teve em 62 o grandemomento de sua vida, em que tudodeu certo, fazendo dele um homemfeliz. Mas, hoje, analisando commais isenção sua passagem glorio-sa pela Seleção Brasileira, acha,para supresa de todos, que em 58,na Copa da Suécia, jogou maisainda do quem em 62, no Chile.

Em 62 eu fiz os gols, ganhei osjogos, vibrei muito. Mas em 58 eudei os gols para os outros, ajudeitodos os companheiros de ataque.E isso era o que eu gostava mesmode fazer.

Feio dt Ari Gome»"

GIULITE E A COPA MILIONÁRIASatisfeito com o sucesso da Copa Brasil deste ano, o Presidente da Confederação

Brasileira de Futebol, Sr Giulite Coutinho, afirmou ter o campeonato atingido o que se podechamar de alto nível internacional no que diz respeito ao número de espectadores. E elechegou a esta conclusão considerando os índices das três grandes taças européias de clubes,certames que reúnem as melhores equipes daquele continente.

— A Copa dos Campeões teve uma média de 23.089 pagantes por partida. A Recopa,que reúne os campeões de Copas nacionais, teve média de 17.646 e a Copa da UEFA produziuuma média de 22.434 torcedores. Enquanto isto, a Taça de Ouro, no Brasil, teve, em média,20.533 pagantes por jogo.

A argumentação com as médias de público é importante, pois alguns menosprezam as

expressivas médias de arrecadação, tornando-as como conseqüência apenas do aumento dospreços dos ingressos.

Os índices de aumento de público (total e média) na comparação entre as Copas Brasil de79 e 80 são de 44 por cento, levando em conta também os jogos da Taça de Prata. Istodemonstra, acima de qualquer dúvida, um crescimento substancial de interesse popular pelacompetição deste ano, graças à nova fórmula adotada pela Confederação Brasileira deFutebol.

Nos rendas (também média e total) o aumento de 79 para 80 supera a casa dos 110 porcento, percentagem indiscutivelmente expressiva e que não poderia, mesmo examinada sobponto de vista pessimista, ser creditada apenas à maioração dos preços dos ingressos

I —¦—!«——*****•********•**********¦¦¦¦¦ .Jogo» Cl-*-»» , tando Público Médias (renda • público)

22 Flamengo-RJ Cr$ 118.556.512,00 1.266,158 CrS 5.388.932.36/57.55322 Atlético-MG CrS 99.019.331,00 1.055,564 CrS 4.500.878,68/47.98020 'nler-RS Cr$ 52.322.512,00 640,312 CrS 2.616.125,60/32.016'8 Vasco CrS 48.476.860,00 568,010 CrS 2.693.158,89/31.556'8 Santos CrS 48.068.641,00 540,147 Cr$ 2.670.480,06/30.00818 Corintians CrS 46.347.685,00 554.388 CrS 2.574.871,39/30.79918 Palmeiras CrS 44.585.631,00 545,486 CrS 2.476.979,50/30.30520 Coritiba CrS 38.208.785,00 482,107 CrS 1.910.439,25/24.10518 Cruzeiro CrS 34.000.072,00 475,206 CrS 1.888.892,89/26.40018 Fluminense CrS 33.163.131,00 455.124 CrS 1.842.396,17/25.28518 Botafogo-RJ CrS 31.554.215,00 407,711 Cr$ 1.753,011,94/22.65118 São Paulo-SP CrS 30.781.325,00 364,307 CrS 1.710.073,61/20.23918 Grèmio-RS CrS 29.293.830,00 369.368 CrS 1.627.435,00/20.52015 Santa Cruz CrS 26.475.230,00 400,143 CrS 1.765.015,33/26.67515 B°ni° CrS 22.612.922,00 CrS 1.507.528,13/19.96819 Guarani CrS 22.024.970,00 369,368 CrS 1.159.208,95/19.44018 Ponte Preta CrS 21.505.990,00 289,173 CrS 1.194,777,22/16.06515 Vitória-BA CrS 18.010.870,00 330.618 CrS 1.200.724,67/22.04118 Desportiva CrS 16.617.501,00 227.833 Cr$ 1.823.194,50/12.65715 Bangu CrS 15.712.415,00 213.612 CrS 1.047.494,33/14.24115 Botafogo-PB CrS 15.686.575,00 261.490 Cr$ 1.045.771,67/17.43316 América-RJ CrS 15.118.495,00 201.480 CrS 944.905,94/12.593'5 Joinvile CrS 15.089.730,00 193.917 CrS 1.005.982,00/12.92815 Esporte CrS 13.240.517,00 223.455 CrS 882.701,13/14.897'5 Ceará CrS 12.627.412,00 193.450 CrS 841.827,47/12.89715 Atlético-GO CrS 12.558.565,00 180.511 Cr$ 837.237,67/12.034,5 Re™ CrS 11.994.250,00 289.173 Cr$ 799.616,67/19.278,s Náutico CrS 11.408.626,00 173.805 CrS 760.575,07/11.58715 Colorado CrS 10.388.755,00 137.534 CrS 692.583,67/ 9.16915 América-SP CrS 9.141.600,00 119.998 Cr$ 609.440,00/8.000

Flamengo-PI CrS 7.722.857,00 135.419 CrS 858.095,22/15.04715 Ferroviário-CE CrS 7.662.656,00 120.020 CrS 510.843,73/ 8.001

Vilo Nova-GO CrS 7.461.899,00 103.090 CrS 829.099,89/11.454P. Desportos CrS 7.296.249,00 94.515 CrS 810.694,33/10.502Operàrio-MS CrS 7.246.571,00 97.878 CrS 805.174,56/10.875CRB CrS 7.192,955,00 113.375 CrS 799.217,22/12.597

15 Americano CrS 6.629.045.00 98.307 Cr$ 441.936,33/ 6.554Maranhão CrS 6 169.503,00 95.440 CrS 685.500,33/10.604

São Paulo-RS CrS 5.601.561,00 92.858 CrS 622.395,67/10.318Mixt0 CrS 5.427.356,00 93.892 CrS 603.039,56/10.432Gama" CrS 5 380.395,00 80.594 CrS 597.821,67/8.955

Itabaiana CrS 5.126.310,00 75.875 CrS .569.590,00/ 8.431América-RN CrS 5.037.045,00 86.780 CrS 559.671,67/ 9.642Nacional CrS 3.272.338,00 49.273 CrS 363.593,11/ 5.475

J

l°Flamengo(Campeão) 222o Atlético/ MG (Vice) 223o Internacional 204°Corinlians 185°Santos 186°Coritiba 20T Grêmio 188-Vasco 189o São Paulo/SP 18ICCruzeiro 18ll°Guarani 1912°Fluminense 1813J Ponte Preta 18l4°Esporte 1515°Palmeiras 1816'Botafogo/'RJ 1817° Desportiva 18í 8o América/SP 1519° Americano 1520°Bangu 1521°SantaCruz 152?Remo 15230Colorado 1524» Botafogo/PB 1525° Joinvile 1526°Ceará 1527° Atlético/GO 1528'América/RJ 1629° Bahia 1530°Nóutko 1531°Ferroviário 1532-Vitória 1533°Operário/MS 934° Vila Nova/GO 935° América/RN 936°ltabaiana 937*Gama 938°CRB 939°'Mixto 940** P. Desportos 94 Io São Paulo/RS 942-Nacional 943r Flamengo'PI 944° Maranháo 9

PG GP GC

26301524171715171453

127856

12293301

MO4

-2-7•4II-6¦II¦20-4-81212-9-4-712-911-9II

Obs. Esporte, Aménca-SP, Americano e Bangu disputaram aprimeira fase pela Taça de Prcla e só passaram a integrar a Taçade Ouro a partir da fase semifinal.

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Garrincha

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Oitava» d* final Grupo 3

Braail 2 «0 Méiko Dio 301» moio Imi:Vino dei Mor Juii GoHned Dw (Suíço)Bratil; Gilmar Djalma Santos, Mouro aNílfo" Santos; Zito e Zózimo, GarrinchaDial, Vovó. Pele o Zagolo Méiko Carho-|ol. Del Muro. Sepulverio eVillegm, Cnrd»-nas e Nójero; Del Aguilo, "leves, Henor,JassoeDío!.Gol»: 2°lempo — Zagalolll)e Pel* (28)

Brasil 0 > 0 Tchwo-Klovaquto Dia 2 d*iunho local: Viria dei Mor Juil: Pi»,rreSchwime (Fronça) Brasil Gilmor, DiolmaSantos, Mauro « Nilton Santos; Zitoe Zo*i-mo,- Garrincha, Didi. Vovó, Pele e lacaioTchaeo-Eílovóquia: SchroiH, Laia, Popluhare Novak; Pluskal e Mosopust; Pospichol,Scherer, Kvasnok, Kadrabo e Jelmek

Bratil 2 « I bponho Dia 6 de iunholocal Viria dei Mai Juifc Sergin Busloman-le (Chile) Bratil Gilmar, Dioima Snntm,Mauio e Nilton Santos, Zito e Zo/"*-o,Garrincha, Dtdl, Vava. AmorilaOft Zagato.bpanho Aiaquis'oin, Rodri, Etchevarrio eGrocia; Pachtn e Verges, Collar, Adendo,Puslas, Peno e Geme Gol». Io ten.po -Adelardo (35m), 2o lempo — Amanldo (28«40).

Quarta» d* final

Bratil 3 t 1 Inglaterra. Dia; 10 de junho.local: Vina dei Mar Juli Pierre Scnwlnte(França). Bra.il Gilmar, Djolrr-a Santos,Mauro e Nílton Santos, Zito e Zàfmo-Garrincha. Dtdt, Vavo, Amanldo e ZagaloInglattfra Springer!, Arm*ie'd, Norman <•Wilson; Moore e Flowers; Douglas, G^eaves,Hitchans, Haynes e Bobby Chorlton. God.)° tempo — Garrincha (30m) e Hitchens(38). 2o tempo — Vovó (8m). Garrincha(I5m).

So-mrfinait

Bratil 4x2 Chile. Dia 13 de iunho localSantiago. Juíi: Arturo Yamasaki (Peru)Brasil Gilmor, Diolma Santos, Mauro eNiltcn Santos; Zito e Zózimo, Garrincha,Didi. Vavá. Amanldo e Zogalo Chlla Es-cutti, Eyzaguirre, Raul Sanchez e Rodnguez;Contreras e Rojas; Ramirez, Toro, Landa,Tovar e Leonel Sanchez. Geli; Io tempo —Garrincha (I0m), Vavá (32m)e Toro (43m)2o tempo — Vavá (3), Leonel Sanchez(pínalh, 17) e Vavá (32).

FinalBratil 3 x 1 Tcheco-ítbvóquia Dia: 17 deiunho. Local Santiago Juiz Nicolai Lati-shev (URSS). Braail: Gilmar, Djalma Santos,Mauro e Nilton Santos; Zito e Zó/imo.Garrincha, Didi, Vovó, Amarildo e Zagolo.Tchflco-Eslovóquk): Schroiff, Tichy. Po-pluhar e NovoV; Pluskal e Mosopuslj Posai-cho!. Scherer, Kvasnak. Kad'aba e JeünekGolf: Io tempo—Masopusi (15), Amarildo(17). 2o lempo — Zito (23) e Vavo (34).

DELEGAÇÃOCh*f« — Dr. Poulo Machado d»

Carvalho; S«er»tário, — Adolpho Mar-ques Ribeiro Júnior; Tesoureiro —Ronald Voz Moreira,- Delegado» ao»Congraiiot da CS.A.F. • F.I.F.A -Dr. Luiz Phelippe da Gama Murgel(membro da Comissão Organizadorada Copa), Abílio Ferreira D'Almeido,Paulo Costa, Dr Antônio do Passo,-SutMrintendente/adminiitrador —Mozart Machado Gioroio; Suporvitor— Carlos de Oliveira Nascimento;AiMtstor do Supervisor — Vicenteítalo Feola,- Médica — Dr Hilton LopesGosling; Dentista — Dr. Mário Her-mes Trigo de Loureiro,- Observador —Prof Ernesto Santos; Admininttrtsyjorda C Técnica — José de AlmeidaFilho,- Preparador Físico — Paulo Li-ma Amaral; Técnico — Aymoré Mo-reira; Maiiagista-Enfermeiro — Má-

. rio Américo; Roupeiro-Maisagitta —Francisco de Assis dos Santos; Sapa-teiro-Coiinheiro — Aristides Pereiro;Cafetelro (do I.B.C.) —Amaro Velo»doe Sordot; Árbitro (da FIFA) —JoãoErntl Filho; Jornalista —Ricardo Fran-citeoni Serran

JOGADORES:ALTAIR Gomes de FigueiredoAMARILDO Tavares SilveiraAntônio Wilson Honório — COU-TINHOCarlos José de CASTILHODJALMA dos SANTOSEdson Arantes do Nascimento —PELEEdvaldo Izidio Netto — VAVÁGILMAR dos Santos NevesHideraldo Luiz BELLINIJAIR do CostaJAIR MARINHO de OliveiraJosé Ely de Miranda — ZITOJosé Ferreira Franco — DEQUINHAJosé Macia — PEPEJURANDYR de FreitasManoel Francisco dos Santos —GARRINCHAMário Jorge Lobo ZAGALOMAURO Ramos de OliveiraMENGÁLVIO FigueiraNILTON dos SANTOSWaldir Pereira — DIDIZÓZIMO Alves CalozãesConvidados de Honra: Dr João dePaiva Menezes, Presidente doC.N.D. Dr João Mendonça Falcão,Presidente da Federação Paulista.

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JORNAL DO BRASIL D sexto-feiro, 6/6/80 D 1° Caderno ESPORTE — 21

Gérson diz que Brasil ganhouem 70 com união e muita classe

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______P ^ V IBlÉj* ^p T»J________3i__F_________________r ?H _______ __________________ João /4reosa

PAfíA

os que não viramjogar — ou que virampouco —, saibam que eleera capaz de enviar

passes profundos, em linha re-ia perfeita ou em inexplicáveistrajetórias. Como um profun-do conhecedor de balística, ra-ramente errava o alvo. E tantofazia o passe curto ou os guevaravam distâncias que iamde sua intermediária a áreainimiga. Chutava forte e decurva—tinha uma perna só, aesquerda. Os ombros arquea-dos para a frente, a calva pro-coce, os calções largos, confe-riam-lhe, no entanto, a pró-pria imagem do anti-craque.Falava muito, daí atendertambém pelo apelido de "pa-pagaio".

Mas que craque! Gérson —Gérson de Oliveira Nunes —,craque e líder, um dos princi-pais integrantes do time de 70,embora negue qualquer méritosolitário na conquista do Mé-xico, lembrando que o Brasilchegou ao tri por força do con-junto dentro efora ao campo.—Aquele time ganhou a Co-pa de 70 e ganharia outrasduas — sentencia sem medo deerrar.

E do alto da sua autorida-de, recorda que ele e seus com-panheiros deram um exemplode união ao longo da campa-nha, acrescentando outro fa-tor fundamental:—A retaguarda. O trabalhoque o pessoal do lado de forarealizou foi pioneiro, a come-çar pela preparação física. AOrganização Mundial de Saú-de, num exame que fez na con-centração, chegou a se assus-tar com o preparo do time, aponto de eleger o Brito como oatleta da Copa.

Comentarista de rádio, pro-prietário de uma loja de arti-gos esportivos e de uma con-cessionária de motocicletasem Niterói, Gérson, 10 anosdepois da Copa, é a imagem deum homem comum, de qual-quer pai de família com quemse esoarra a todo momentonas ruas. No alto da cabeça,dois ou três fios solitários decabelo. Ma§ a Copa ainda oemociona. E um assunto espe-ciálmente agradável para ele.

Cheguei a pensar quenáo jogaria. Sofri um estira-mento 15 dias antes, duranteum jogo-treino em Guana-juato.

Daí em diante, ele, o médicoLídio Toledo e o preparadorfisico Admildo Chirol passa-ram a conviver com o mesmodrama: Gérson não podia fi-car fora da Copa. O tratamen-to ia noite adentro.

Deu para enfrentar a Tche-co-Eslováquia, na estréia, em-bora poucos soubessem quecada passe, cada chute, cau-savam dores agudas e profun-das na perna doente.

Fiquei fora contra a In-glaterra, mas voltaria de qual-quer jeito contra a Romênia,caso perdêssemos. Parei nes-tes dois jogos, mas voltei paraas fases seguintes. Pena quenão pudesse ter atuado com100% das minhas condiçõestécnicas e físicas.

É de imaginar se pudesse —e os uruguaios que o digam. OBrasil tremeu, Gérson foi mar-cado em cima. Trocou de lugarcom Clodoaldo, fixando-seatrás e liberando o compa-nheiro para as ações ofensi-vas. Clodoaldo empatou a par-tida, que estava 1 aO e dura,no final do primeiro tempo. Diza lenda, ou melhor, as histó-rias do futebol, que se o empa-te não surgisse ainda no pri-meiro tempo, o Brasil dariaadeus à taça tão cobiçada.

Nada disso. Ganharia-mos de qualquer maneira. De-moraria mais um pouco, o so-frimento seria maior, mas elesnão deixariam o campo com avitória. O time estava real-mente nervoso, Todos falavam

muito no que o Uruguai fez em50, no Maracanã, e mesmo quefizéssemos tudo para não nosimpressionarmos, acabamosnos envolvendo num injustifl-cável clima de revanchismo.Poxa, eu era um dos mais ve-lhos do time e, em 50, nãopassava de um garoto! Masaté eu me impressionei.

No intervalo, Zagalo aosgritos, lágrimas nos olhos, exi-giu a vitória.

Sempre disse e repito: o Za-galo é um técnico excepcional,talvez o melhor que temos nopaís. Ele foi logo perguntandoa todo mundo: "O que estáacontecendo lá no campo?"Temos um time muüo melhor,em forma, enquanto eles já es-tão cansados e jogando umfutebol bem inferior." Falousem parar. Votamos para osegundo tempo com outro âni-mo e liquidamos os uruguaios.

Ainda sobre Zagalo, Gér-son desmente categoricamen-te que o treinador tenha sidodominado por ele, Pele, CarlosAlberto ou por qualquer outrocraque.

O que acontece com oZagalo é que ele é um homemde diálogo. Um ex-jogador in-téligente que sabe perfeita-mente que nem todas as ins-truções de vestiário podem sercumpridas em campo. E, lá nogramado, tínhamos liberdadepara mudar as coisas. E nemsempre mudamos certo. Aí vol-távamos para o vestiário e elearmava os botões em cima damesa: "Por que vocês estãojogando assim, se desta formaaqui fica bem mais fácü?" Eele sabia mesmo das coisas.

Gérson, no entanto, achaque Zagalo teve um outro mé-rito fundamental nessa Copa:

Ele não tolhia a indivi-dualidade dos jogadores. Umaatitude perfeita, certo? Umavez comentamos: para que darinstruções demais ao Pele, se onegão de repente inventavaum negócio qualquer e as coi-sas saíam melhores ainda? OZagalo foi um grande lider. Agente o respeitava demais. Afi-nal, ele entendia do negócio.

E chega-se afinal contra aItália.

—Aquele jogo estava ganhoantes de começar. O Parreirae o Rogério davam todas asdicas dos nossos adversários.Eles ficavam atrás dos gols,tirando fotos e fazendo anota-ções. Depois, tudo isso era dis-cutido. Os italianos marcavamhomem a homem. Só não ti-nhamos certeza se os lateraisacompanhariam os pontas e oZagalo bolou dois esquemas.Por volta dos 15 minutos, oRivelino e o Jair trocariam deposição. Se eles acompanhas-sem, o Rivelino cairia em dia-

. âonál para a área com Pele nomeio e Tostão mais pela meiaesquerda. Eles acompanha-ram e deixaram aquele bo-queirão para o Carlos Albertopenetrar a toda hora. Se não ofizessem, as trocas seriam dife-rentes, mas eles perderiam dequalquer forma.

O primeiro tempo virou em1 ai. No segundo, Gérson de-sempatou com um chute decurva, deixou Jair livre para oterceiro gol com um passe de40 metros e viu o esquema sercoroado com a bomba de Car-los Alberto a estufar as redesde Albertosi.

Tínhamos de ser cam-peões. Nosso time era cheio decraques. Pele, Carlos Alberto,Tostão, Jairzinho ...

E Gérson de Oliveira Nu-nes, de uma perna só, ombroscurvados, calções largos, pos-tura desajeitada, mas com umfutebol do tamanho da sua in-teligência.

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Gérson garante que a derrota.no México era impossível devido ao grande número de craques

MARACANÃ:

30 anos de emoções-e de adidas!

Quando o Maracanã foi inaugurado, noCampeonato Mundial de 1950, já Adidas era uma

marca - também mundial - de excelênciaem material esportivo. Muitos dos jogadores quedisputaram aquela Copa calçavam as chuteiras

alemãs de três listas, já imbatíveis emqualidade, leveza, conforto e resistência.

Desde então, enquanto esse estádio acumulavatoda espécie de recordes e de momentosgloriosos na História do Futebol, Adidas

acumulava, em seus produtos, toda espécie deavanços e melhoramentos: novos materiais

em suas chuteiras, travas removíveis, lançamentode sua linha de camisas, calções

e meias para jogos.Hoje, nada mais dessa ampla linha de produtos

é importada. (Pelo contrário, fabricada noBrasil, é exportada para os 5 continentes).

Adidas e o Maracanã estão mais juntos do quenunca. Principalmente, quando adentra o

gramado times queridos como o Flamengo,o Vasco, o Fluminense, o Botafogo, o América

- ou a própria Seleção Brasileira, todosvestidinhos com Adidas.

¦ ¦ ® ? ®adidas ^a marca mundial das 3 listas.

Oitavas d* finalGrupo 3Brasil 4 x 1 Tcheco-E-lovóquio. Dia: 3 dejunho. Local: Guadalajara. Juiz: RamonBarreto (Uruguai). Brasil: Félix, Carlos Al-berto, Brito, Piaza e Everaldo,- Clodoaldo,Gérson (Paulo César Lima) e Rivelino; Jair-zinho, Pele e Tostão. Tcheco-Eslováquia:Viktor, Dobias, Migos, Horvarth e Hagara;Hrdlicka (Kvasnak), Kuna e Johl; FrantisekVeseli (Bohumile Veseli), Adamec e Petras.Gols: Io tempo — Petras (1 lm) e Rivelino(24); 2o tempo—Pele (14) e Jairzinho (18 e36)

Brasil 1 x 0 Ingalaterra. Dia: 7 de junho.Local: Guadalajara. Juiz: Abraham Klein(Israel). Brasil: Félix, Carlos Alberto, Brito,Piaza e Everaldo; Clodoaldo, Rivelino ePaulo César; Jairzinho, Pele e Tostão (Ro-berto). Inglaterra: Banks, Wright, Labone,Bobby Moore e Cooper; Mullery, BobbyCharlton (Bell) e Bali; Lee (Astle), Hurst ePeters. Gol: 2o tempo — Jairzinho (13m).

Brasil 3x2 Romênia. Dia: 10 de junho.Local: Guadalajara. Juiz: Ferdinana Mar-shall (Áustria). Brasil: Félix, Carlos Alberto,Brito, Fontana e Everaldo (Marco Antônio);Clodoaldo, (Edu), Piaza, e Paulo César;Jairzinho, Tostão e Pele. Romênia: Adama-che (Roducanu), Satmareanu, Lupescu, Di-nu e Mocanu; Dimitrov, Numwellere Dem-browski; Neagu, Dumitrache (Tataru) e Lu-cescu. Gols: l°tempo —Pelé(19m), Jairzi-nho (21) e Dumitrache (33). 2o tempo —Pele (21) e Dembrowski (38)

Quartas de finalBrasil 4x2 Peru. Dia: 14 de junho. Local:Guadalajara: Juiz: Vital Loraux (Bélgica).Brasil: Félix, Carlos Alberto, Brito, Piaza eMarco Antônio; Clodoaldo, Gérson (PauloCésar) e Rivelino; Jairzinho (Roberto), Tos-tão e Pele. Peru: Rubinos, Campos, Fernan-dez, Chumpitaz e Fuentes; Mifflin, Chalé eCubillas; Baylon (Sotil), Perico Leon (Reyes)e Gallardo. Gols: Io tempo — Rivelino(llm), Tostão (15) e Gallardo (27). 2otempo — Tostão(10), Cubillas(24)e Jairzi-nho (30).

SemifinaisBrasil 3 x 1 Uruguai. Dia: 17 de junho.Local: Guadalajara. Juiz: José Ortiz deMendibil (Espanha). Brasil: Félix, CarlosAlberto, Brito, Piaza e Everaldo; Clodoaldo,Gérson e Rivelino; Jairzinho, Tostão e Pele.Uruguai: Mazurlciewicz, Ubinas, Ancheta,Matosas e Mujica,- Montero Castillo, Corteze Maneiro (Esparrago); Cubilla, Fontes eMoralez. Gols: Io tempo —Cubilla (19m)eClodoaldo (45). 2o tempo — Jairzinho (30)e Rivelino (44).

FinalBrasil 4 x I Itália. Dia: 21 de junho. Local:Cidade do México. Juiz: Rudi Glockner(Alemanha Oriental). Brasil: Félix, CarlosAlberto, Brito, Piaza e Everaldo; Clodoaldo,Gérson e Rivelino; Jairzinho, Tostão e Pele.Itália: Albertosi, Burgnich, Cera, Rosarto eFacchetti; Bertini (Juliano), De Sistl e Moz-zold; Domenghini, Boninsegna (Rivera) eRivo. Gols: Io tempo — Pele (17m), Bonin-segna (37); 2o tempo—Gérson (21), Jairzi-nho (26) e Carlos Alberto (41).

DELEGAÇÃO

Chefe — Maj. — Brg. Jerônymo Baplis-ta Bastos; Secretário da Chefia — Maj.Roberto Câmara Lima I. dos GuaranysAssistente Administrativo — Walter Josédos Santos; Delegados aos Congressos daC.S.A.F. e F.I.F.A. — Sylvio Corrêa Pache-co, Abilio Ferreira d'Almeida, José Ermiriode Moraes Filho; Tesoureiro — Sebastião,Martinez Alonso; Jornalista —- AchillesChirol.

COMISSÃO TÉCNICAPresidente — Dr. Antônio do Passos; Supervi-sor —Cláudio Pêssego de Moraes Coutinho;Técnico/ Preparador Físico — Admildo deAbreu Chirol; Orientador Técnico — MárioJorge lobo Zagalo; Preparador Fisico—Car-los Alberto Parreira; Administrador—José deAlmeida Filho; Assessor da Presidência C. T.

Tarso Herédia de Só; Médicos — Dr. LidioToledo de Araújo, Dr. Mauro Pompeu deSouza Brasil; Massagista — Mário Américo,-Roupeiro — Abilio José da Silva, Cozinheiros

Edgard Barbosa, Mário Vieira de Rocho

JOGADORES:CARLOS ALBERTO TorresCLODOALDO Tavares de SantanaDARIO José dos SantosEdson Arantes do Nascimento — PELEEduardo Gonqalves de Andrade — TOSTÃOEduardo Roberto Stinghen — ÂDOEmerson LEÀOEVERALDO Marques do SilvaFELIX Mielli VenerandoGERSON de Oliveira NunesHércules BRITO RuosJair Ventura Filho — JAIRZINHOJOEL CamargoJonas Eduardo Américo — EDUJosé Anchieta FONTANAJosé Guilherme BALDOCHIJosé Maria Rodrigues Alves — ZÉ MARIAMARCO ANTÔNIO FelicianoPAULO CEZAR LimaROBERTO LOPES MirandaRoberto RIVELINOROGÉRIO HetmoneckWilson da Silvo PIAZZA

17?

Maracanã, 30 anos de coisas gostosas:dribles do Garrincha, o milésimo gol de Pele, gols de placa do Zico,

gols de alegria com picolés Kibon.\SwfiteO-mêAto$&wefo^

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22 — ESPORTE JORNAL DO BRASIL D sexta-feira, 6/6/80 D Io Caderno

Pele acha que o futebol não mudou muito. O futebol total nada mais é quea "sanfona" do técnico Lula que o dirigiu no Santos. Na sua opinião, o que

vem impedindo o Brasil de retornar às grandes conquistas mundiais são afalta de bons pontas — os homens necessários para abrir defesas cerradas— a ausência dos grandes craques, o excesso de meio-campistas que não

sabem chutar em gol e — para ele o mais grave — o autoritarismo dostécnicos, que por força de suas idéias estratégicas violentam desde as

divisões inferiores o talento criativo dos jogadores. Para o professor ErnestoSantos, o Brasil ainda não aprendeu a superar o futebol do "não deixar

jogar" imposto pelos europeus, tropeçando na truculência dq adversário enuma marcação individual extremamente rígida. Mas tanto Pele como Ernesto

Santos consideram o futebol brasileiro capacitado a superar todos os seusproblemas e obter bons resultados na Copa de 82. E é para isso que a

recém-criada CBF vem-se preparando. Já existe um calendário racional, umCampeonato Nacional equilibrado, um técnico e uma Seleção permanentes —

enfim, uma estrutura para que novas decepções não se repitam.

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Pele pede u técnicos que liberem os craquesOldemário Touguinhó

"De uma maneira geral, o futebol não mudou muüona minha maneira de ver. Ê evidente que o futebolpassou á ser mais profissional - antigamente era bemamador—agora até o pessoal do bloco socialista, que sediz amador, recebe alguma ajuda para jogar, um incen-tivo de trabalho. Então, depois que o futebol passou aser bem profissional, começou realmente a ficar maisdifícil. Os jogadores passaram a se preparar maisfisicamente e na parte física principalmente tudo ficouigualado. Agora, desde de que eu entendo um pouco defutebol, desde a Copa de 50, que eu vi alguns filmes edepois alguns jogos pela TV, sempre teve equipes quejogaram se defendendo, equipes que jogavam atrás,equipes que se preocupavam em não tomar muüo gol.

Acontece que naquela época também havia muüosavantes bons. Eram bons, principalmente os pontas. Ospontas daquela época eram homens que enfrentavamseus laterais, iam pra cima, e com isso obrigavam osjogadores do meio da área a saírem na cobertura e eraonde facilüava a entrada de um meio-campista oumesmo de um centroavante. Eu posso citar três ouquatro equipes que foram as melhores do mundo, semcontar o Honved, que eu não cheguei a ver muüo. Mas oReal Madri, por'exemplo, fazia muüos gols. Os pontaseram velozes e sabiam jogar. O Gento, o Canário. Então,náo tinha condição. Havia dois ou três jogadores exce-lentes, como Puskas e Di Stefano. Com os pontas bons,não dava para o adversário se fechar. Mas as equipesque jogavam com o Real tentavam.

O Santos, por exemplo, sempre teve ponteiros bons,que na época talvez não fossem os melhores, apesar dePepe, Dovál terem ido para a Seleção. O Pepe era umgoleador. Mas nós tínhamos o Garrincha, que era omelhor. Um Minho que era melhor que o Doval. Tinha oMaurinho, que jogava no Sâo Paulo. Tinha o Canhotei-ro, o Rodrigues. Então, esses pontas é que faziam comque o futebol ficasse mais agressivo e com que saíssemmais gols. Com equipes como a do Santos, que tinhampontas bons e gente como Pele, Züo, que jogavam bem.Jogadores que faziam gols como o Coutinho, depois oToninho. Não havia defesa que pudesse se fechar. Issode uma maneira geral acontecendo com todas as equi-pes que tinham bons pontas. Esse negócio de overlaping,de futebol total, que todo mundo fala que foi umainovação do futebol que a Holanda fez, isso aí o Santos eo Botafogo jâ faziam há muüo tempo.

Com uma equipe bem preparada fisicamente e comjogadores Meligentes, voltavam todos e atacavamtodos.

Mas voltando agora às tais novidades que dizemterem surgido agora: na época, o Lula chamava ofutebol total de sanfona, que abria e fechava, todomundo voltava, todo mundo atacava. Esse negócio deoverlaping, do lateral sair e passar pelo ponta, isso aí oZagalo e Nüton Santos já faziam na Copa do Mundo de58. O Djalma Santos, o Carlos Alberto já faziam isso.Então sào apenas nomes que foram dados a coisasantigas.

Ê evidente que como o futebol ficou altamente profis-sional, como o preparo físico ficou sendo uma das coisasprincipais do futebol atual e com o desaparecimentodesses jogadores que decidiam partidas, notadamenteos pontas, as coisas ficaram difíceis. Os gols náo saem,porque as equipes sáo todas iguais. Fisicamente estáobem preparadas. Entáo, não se vè mais aquele negóciodo pessoal do interior, das equipes do interior, de Minas,do Rio Grande do Sul, irem jogar em São Paulo ou noRio e tomar de quatro, cinco ou seis, como tomavam.Agora estão bem preparados fisicamente, têm bonsjogadores, vèm e fica tudo igual. Então, na minhamaneira de entender, a falta de bons pontas é uma dasprincipais causas da escassez de gols no futebol atual.

A outra coisa que também influiu muito e que veminfluindo muüo é a demasiada quantidade de táticas eestratégias que os técnicos impõem às equipes. E issovem desde o juvenü. O que acontece? O técnico tira aindividualidade do jogador; o técnico hoje náo deixa ojogador criar, porque ele esquematiza a equipe eseojogador não fizer aquüo que ele manda, tem que sair.Principalmente os jogadores de meio de campo, qucsefixam na função, ao contrário de antigamente, quandoum ficava e o outro sabia chutar e fazer gol. Hoje nâo sevè um meio-campista entrar numa bola, fazer um gol decabeça. Há um ano e pouco que eu estou pra ver ummeia do Santos fazer um gol de cabeça. Então, isso euacho que é culpa dos técnicos, que já criam os garotosdos juvenis, infantis, neste tipo de jogo. Então, flca tudoigual. Todo mundo jogando no meio de campo, ninguémcom ganância de gol, e o futebol passa a ser um futebolde meio de campo, de defesa.

Eu não acho que existam muüas coisas para sereminventadas no futebol. Eu acho que o problema sáojogadores mesmo ou talvez algum técnico que apareça etenha peüo para tentar mudar a maneira de se jogar,mudar estafilosofla defensivista. Ê evidente que jogado-res bom a gente tem, mas não sâo jogadores como osque a gente encontrava antigamente. Jogadores quedecidiam, que desequilibravam uma partida, e eu acre-düo que de uma maneira geral é isso que vem aconte-cendo no futebol mundial. A parte física está superandoa parte técnica e isso dificulta realmente, ninguém crianada, a não ser uma outra jogada que surge muüoesporadicamente.

Agora, eu queria chamar a atenção para uma outracoisa: eu acho que os goleiros de hoje também são maispreparados fisicamente, são melhores treinados tecni-camente, e agora já nâo é tão fácil fazer os gols. Osgoleiros têm mais noção de posiçáo, sabem principal-mente sair do gol. Eu me lembro de alguns filmes que viem 54, da Copa do Mundo, e os goleiros mal saíam dapequena área E hoje o goleiro encontra o atacante lá nainterrnediària st foi preciso

Resumindo o futeOui em si não mudou muüo e secomeçarem a surgir grandes joyadores, voltam a surgir(M Í/OÍ4

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Ernesto crê no título seBrasil vencer a marcação

—Na Copa do Mundo da Suécia, em 1958,prevaleceu a habilidade, e a Seleção Brasi-leira conquistou seu primeiro titulo. Na Co-pa do Chile, quatro anos depois, novamenteo Brasil, à base de jogadores talentosos eexperientes como Didi, Zito, Nüton Santos,Djalma Santos e principalmente Garrincha,chegou ao bicampeonato. Mas em 1866, naInglaterra, sequer passou das oitavas definal — lembra o professor Ernesto Santos eao mesmo tempo explica:

O brasileiro tem uma habilidade inatapara o futebol e até 1962 sempre se sobres-saiu no confronto com qualquer escola, so-bretudo a européia. A partir da Copa doChile, os europeus perceberam isso e tam-bém que, sem uma estratégia especial, ja-mais conseguiriam superar os brasileiros.Então começaram um tipo de preparaçãoque visava dar mais velocidade, resistência eagilidade a seus jogadores, fazendo com queeles, antes de tudo, impedissem o adversáriode jogar.

A

Êxito alcançadoA estratégia deu resultados. Tanto que osfinalistas da Copa de 1966 foram Alemanha

Ocidental e Inglaterra, que ficou com otitulo. O Brasil fez um fiasco — venceu aBulgária, perdendo para Hungria e Portugal— talvez por falta de preparo e excesso deconfiança.

Observador da Seleção Brasileira em1958 (por conta própria) e em 1962 (oficial-mente), Ernesto dos Santos só viajou em1966 para a Europa um mès antes do inicioda Copa e sentiu que os brasileiros teriamdificuldades diante da aplicação e preparodos europeus. Conversou com Paulo Amarale Oto Glória, então na Europa, e tentouprevenir Vicente Feola:Mas era tarde. Em menos de um mêsnão se podia conscientizar os jogadores paraque se movimentassem o máximo e aceitas-sem, sem reclamações, a marcação cerradaque, sabíamos, iriam sofrer. Além disso, nãopude fazer em 1966 um trabalho idêntico aode 58 e 62, porque quase me obrigaram aaceitar um cargo de delegado da PIFA,quando queria colaborar com a Seleção, eacabei largando tudo.

Na opinião de Ernesto Santos, formadopela Escola Nacional de Educação Física ehoje professor aposentado, a Seleção Brasi-leira reconquistou a hegemonia mundial e aTaça Jules Rimet em definitivo, na Copa doMéxico, porque se preparou adequada-mente.

Uma pessoa foi muito importante nes-sa preparação. O Comandante Lamartine¦Pereira, que alertou nossos dirigentes para oproblema da altitude. Ainda com a lição de66 na cabeça, os homens responsáveis pornosso futebol trataram de, pela primeira vez.

Nilson Damascenofazer um planejamento com bases cientí-ficas.

A última etapa dos treinamentos da Sele-ção foi em Guanajuato, que tem cerca de 3mil 500 metros de altitude. Quando a Copacomeçou, a equipe desceu para jogar emcidade a 2 mil 200 metros acima do nivel domar e não teve dificuldades para se sagrarcampeã mundial pela terceira vez:

A resistência e a força dos brasileiroseram tais que os adversários cediam terrenono segundo tempo. Como se vè, quando oBrasil aliou habilidade e técnica naturais àpreparação ideal se tornou-irresistível.

Seguiu-se a mal sucedida campanha de1974, na Alemanha, onde houve, na opiniãode Ernesto Santos, indefinição em relaçãoao time, que, além disso, não estava táo bempreparado como os europeus, sobretudo Ale-manha e Holanda, campeão e vice-campeão.

Em 1978, a Argentina conseguiu exibirum futebol mais movimentado do que decostume, graças à maior obediência ao es-quema tático, acrescida ao talento de seusjogadores e ainda ao fato de jogar em casa,fator de muita importância, conforme lem-bra Ernesto Santos:

Além da Argentina, Alemanha e Ingla-terra, que ganharam em casa, a Suécia foivice-campeá em 1958, o Chile chegou àsquartas-de-final em 1962 e o México fez boni-to em 1970, todos beneficiados pelo fato deestarem no próprio ambiente. Por isso, oexemplo do Brasil, em 1950, só pode serexplicado, se é que pode, dizendo-se quehouve otimismo exagerado e, portanto, umproblema psicológico e não técnico.

Ernesto Santos, um português de Vizeuque aos oito anos veio para o Brasil, ondejogou no Fluminense, no Flamengo e semprese dedicou ao futebol, acha que a SeleçãoBrasileira vai enfrentar dificuldades muitosérias na Copa da Espanha, em 1982, mastem potencial para superá-las.O jogador brasileiro já está mais acos-tumado a sofrer a marcação. Já não se irritatanto. Mas ainda precisa aprender a se livrardela. E a única maneira é com muita movi-mentação.

Ernesto Santos

CBF quer de volta ataça e o prestígio

Para ganhar a Copa do Mundode 82 e recuperar o prestígio que ofutebol brasileiro perdeu nos últi-mos 10 anos, a diretoria da CBFvem procurando fazer o melhor.Além de contratar Telê Santanacomo técnico exclusivo — um pro-fissional para realmente dar à Sele-çâo atenção absoluta — estabele-ceu um calendário de jogos quepossibilite formar uma equipe nasua concepção total.

Só em 1980, a Seleção tem 14partidas marcadas — duas dasquais já realizadas—para que Telèpossa promover a reforma de baseque considera ideal e necessária.Nem mesmo as desistências de Por-tugal e Itália, que viriam Jogar noBrasil na extinta Taça Jubileu, emcomemoração ao 10° aniversário daconquista da Copa do Mundo, foisuficiente para tirar o otimismo pe-lo trabalho de estrutura montadona entidade, para a Seleção.

Meta principalNossa meta principal — afir-

ma Giulite Coutinho—é a Copa doMundo, como nào poderia deixarde ser. Para isso, precisamos venceras eliminatórias. Assim, tentámosequacionar as competições a nivelcontinental, de acordo com os nos-sos interesses primordiais, ou seja,adequar a participação do futebolbrasileiro pela América do Sul àsmetas situadas em primeiro lugar,às eliminatórias e à própria Copa.Dai, procuramos fazer com que ape-nas os campeões participassem daTaça Libertadores da América,dentro de um calendário mais ra-cional, que atendesse às nossas as-pirações e outras medidas destetipo.

Telè Santana pediu e a CBFconseguiu — além do Mundialito edas eliminatórias — mais jogos pa-

.ra 1981. O ano que vem, a Seleçáodisputará quatro partidas na Euro-pa, em maio: dia 7, contra Portugal,em Lisboa; dia 12, contra Inglater-ra, em Wembley; dia 15, contra aFrança, no Pare des Princes; e dia21, contra Alemanha Ocidental, emMunique. Em julho, a Espanha viráao Brasil, para jogar no dia 19, emlocal a ser definido.

Preferi realizar apenas quatrojogos pela Europa, porque são sufi-cientes para conhecer de perto ofutebol que encontraremos na Es-panha afirmou Telè Santana Ogiro flca suave, sem concentrai osjogadores durante muito tempo eassim teremos um Intercãmbiu queconsidero necessário para a Seie-

Márcio Tavaresção. Depois, enfrentamos a Espa-nha, anfitriã da Copa, aqui no Bra-sil, de modo que teremos um bomcampo de observação.

Mas antes dos amistosos pelaEuropa, o Brasil já sabe se irá ounâo à Copa, embora ninguém acre-dite realmente na hipótese de des-classificação nas eliminatórias. ASeleção Brasileira jogará dia 4 dejaneiro de 81 contra a Argentina e,dia 7, contra a Alemanha Oclden-tal, pelo Mundialito, no Uruguai.Este torneio servirá de preparo àequipe para os jogos eliminatórios,a seguir: dia 8 de fevereiro, emCaracas, contra a Venezuela; dia 22,em La Paz, contra a Bolívia; dia 22de março, contra a Bolívia, no Rio;e 29, contra a Venezuela, tambémno Rio.

Em 1981, a Seleção vai jogarnove vezes, isso se não for a cam-peão do Grupo A do Mundialito. Sefor, entáo jogará mais uma vez, peladecisão do titulo. Para 1982, o anoda Copa, o número de amistososserá menor: a Alemanha virá aoBrasil, para jogar em fevereiro, emdata a ser confirmada; a Holandatambém confirmou a sua vinda, emmarço, e a Inglaterra, completandoo intercâmbio proposto pela CBF,jogará no Maracanã.

— O plano é dar a Telè Santana— garante Medrado Dias, diretor defutebol — condições satisfatóriaspara que forme uma Seleção atuali-zada com a realidade do futebolmundial. Nossa equipe terá condi-çóes para enfrentar as melhoresequipes da Europa, antes da Copa,e não haverá nenhuma surpresapara nós, pois os adversários serãoconhecidos em sua grande maioria.É um plano feito com cuidado, paraque o futebol brasileiro reconquisteo prestígio no«xterior. A Copa temprioridade absoluta e o plano dejogos contra europeus e sul-americanos faz parte de um progra-ma integrado, que nos leve à condi-ção de recuperar o titulo mundial.

Giulite Coutinho

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JORNAL DO BRASIL ? sexta-feira, 6/6/80 ? 1e Caderno ESPORTE — 23

Telê quer definir desde já o esquema para 82_!-_#_______ /W ________ Kr_fl___

A Seleçfto Brasileira Iniciaagora sua caminhada rumo àCopa da Espanha, onde ten-'tara mostrar a força do seufutebol e reconquistar a hege-monia mundial. Em seu co-mando está Telê Santana,técnico de pouca experiênciainternacional, mas dotado deuma forte personalidade, ho-mem que nfto admite lnterfe-rência em seu trabalho e fazquestáo que suas determina-ções sejam cumpridas a qual-quer preço.

Mineiro, de Itablrito, 48anos e quase avô, Telê foi umponta-direita aplicado, debom nível técnico, mas quenfto teve muito sucesso emtermos de Seleção Brasileiraem razáo de atuar na mesmaépoca de Garrincha. Comotreinador, fez um bom traba-lho no Atlético Mineiro, revê-lando jogadores como Cerezo,Reinaldo, Marcelo e PauloIsidoro.

No Botafogo, já náo obteveo mesmo resultado. Incompa-tibilizado com vários jogado-res, acabou dispensado. Re-cehtemente, esteve no Pai-meiras, que no ano passadochegou a ser considerada me-lhor equipe brasileira até serderrotada para o Internado-nal. Mas, seu trabalho foimarcante em Sáo Paulo, aponto de ser chamado paraocupar o cargo de técnicopermanente da ConfederaçãoBrasileira de Futebol, substi-tuindo Cláudio Coutinho.

A FILOSOFIA

Sua Indicação chegou a sercontestada, principalmentepor não gostar de entrevistas.Agora, após a experiência ini-ciai, parece mais tranqüilo,embora continue a evitar oassédio da imprensa. Suaprincipal meta nestes amisto-sos da Seleção Brasileira seráimplantar um esquema táticoem que os jogadores partici-pem ao máximo, de formadecisiva, nos jogos.

— Acabou o tempo em queo jogador entrava em campo

Antônio Maria Filho

e se isolava no seu setor. Seera driblado, ficava paradoporque a obrigação do desar-me passava á ser de um com-panheiro mais recuado. Esteconceito está Inteiramenteultrapassado, mas apesar dis-so, de não haver mais dúvidasquanto a isso, existem aindaaqueles que por se considera-rem craques participam pou-co dos jogos. Felizmente, sáopoucos os que ainda pensamassim e minha luta em todosos clubes por que passei foiacabar com esta mentalida-de. Devido a isso, cheguei aser contestado em meu traba-lho. Nfto sou contra o craque,ao contrário, acho que umaequipe deve entrar em campocom 11 extraordinários joga-dores. Apenas faço questãoque eles mostrem em camposuas qualidades e mereçamrealmente o prestigio.

Sua filosofia de jogo seráapresentada aos jogadoresquase que diariamente, du-rante os treinos e amistososmarcados para este mês. Poris o, faz questão que a Sele-ção Brasileira fique reunidaem regime de concentraçãodurante todo este periodo,para que os jogadores te-nham condições de assimilarperfeitamente sua filosofia.

Durante a concentração naToca da Raposa, em Belo Ho-rizonte, Telê treinará diária-mente em regime de tempointegral, mostrando à noitevídeo-tapes de jogos interna-cionais da Seleção Brasileira.

— Os adversários nesta pri-meira fase não têm grandeimportância. Naturalmente,o ideal seria trazer equipescomo Espanha, Itália, Alemã-nha e Inglaterra. Mas minhameta inicial é fazer com queos jogadores assimilem tudoo que quero. Sinto que há boavontade por parte de todos ecreio que após o último amis-toso deste mês a Seleção Bra-silelra já terá um padrão dejogo definido.

— Após este primeiro tra- Telê quer que o Brasil aprenda a combater mais

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balho, embora reunindo-nosuma vez por mês, apenas pa-ra que os jogadores não seesqueçam da filosofia, já seráo suficiente para manter umbom nível, pois o Brasil temexcelentes jogadores. Nãoconcordo quando dizem quenão existem mais craques.Basta procurar que encontra-mos. Quando trouxe Luisi-nho para a Seleçáo Brasileiramuitos duvidavam das quali-dades deste zagueiro, mas empoucas apresentações mos-trou condições de ser titular.Assim como ele, muitos ou-tros aparecerão. Isso sem fa-lar em Zico, Cerezzo, SócratesFalcão e muitos outros quefigurariam em Seleções dequalquer pais do mundo.

A PRATICA

Telê acha qua a Seleção-Brasileira estará bem prepa-rada para o Mundialito, mar-cado para o Início do próximoano, no Uruguai, ocasião emque terá como adversáriosSeleções da Argentina, dia 4de janeiro, e da Alemanha,dia 7.

—A convocação será anun-ciada antes das férias dos jo-gadores e aqueles que estive-rem relacionados se cuidarão.Teremos pouco tempo juntos,antes de virarmos para Mon-tevidéu, mas com os jogosque disputaremos até o flnaldo ano (em setembro a Sele-ção deverá fazer dois amisto-sos internacionais), estare-mos em condições de mostrarnossa força.

Na sua opinião, o treinadorpermanente da Seleção Bra-silelra só a partir do próximoano é que encontrará maisfacilidades, já que "só agora,com a CBF, é que os erros donosso futebol estão sendocorrigidos".

— Problemas sempre exis-tlrão, mas à medida que estadiretoria for pondo em práti-ca o que pretende, nosso tra-

balho será cada vez mais fá-cll. O ideal seria o maior in-tereámbio com o futebol eu-ropeu já que nosso jogadortem que se acostumar ao tipode marcação empregado porlá. O ideal será que os clubesse preocupasse mais com anossa Seleçáo e em vez depensar què náo existisse Sele-çáo sem clube forte, saberque os clubes se fortalecemquando o prestigio da Sele-çáo Brasileira está elevado,quando o Brasil conquista ti-tulos importantes no exte-rior.

Depois do Mundialito, noUruguai, a próxima meta daSeleção Brasileira será oCampeonato Mundial da Es-panha. Antes, porém, teráque passar pelas elimlnató-rias. Não será dificil obter aclassificação, uma vez que oBrasil terá pela frente asequipes da Venezuela e Boli-via. Nem a altitude de La Pazchega a representar umaameaça aos planos de Telê.De qualquer forma, o assuntotem que ser estudado ade-quadamente, para que a Sele-çáo Brasileira não seja sur-preendlda, como na CopaAmérica.

Telê assegura que todos osdetalhes da participação daSeleção Brasileira nas elimi-natónas já estão sendo trata-dos. De inicio, o plano prevêque a equipe virará a Bogotáonde passará uma semana, aflm de os jogadores se acostu-marem á altitude.

Quando todos estiveremaclimatados é que a delega-çáo se deslocará para La Paz,cuja altitude chega a 4 milmetros. Telê considera esteesquema bom e não teme adesclassificação.

— Nosso trabalho será duroe até lá estaremos muito bem,pois mostraremos um futebolcompetitivo, e sem deixar detirar partido do talento dojogador brasileiro.

Cardenas acha difícil Brasil mudar mentalidadeRaul Centenas, técnico do

México, considera "uma duraempresa" a tentativa de TelêSantana, para mudar a raenta-lidade atual da Seleção Brasi-leira:

— Não quero dizer que sejaimpossível os jogadores com-preenderem a necessidade deum sacrificio durante os SO mi-nutos, marcando e correndosem cessar. Não é impossível,mas é multo problemático. SeTelê conseguir isto, precisara-mos tomar cuidado com o Bra-sil, pois, certamente, voltará aoseu lugar de destaque, ou seja,entre os melhores do mundo.

Cardenas entende que o maisimportante é o Brasil já dispordaquilo que os outros paísesdificilmente conseguem emsuas equipes — habilidade ecriatividade. Tais elementos,aliados & força física e a um

ritmo de jogo parelho — comoTelê se propõe a obter—torna-riam sua equipe quase imbatí-vel. Ainda assim, o pretendidopelo treinador brasileiro nãochega a surpreender o respon-sável pela Seleção Mexicana,pois também compreende o fu-tebol moderno como o que pra-ticam a Argentina e algumasseleções européias. O difícil éalcançar esta meta.

Quanto ao amistoso de do-mingo, no Maracaná, Raul Car-denas parece otimista, depoisdos treinos mais recentes dotime mexicano. Ele precisou fa-zer algumas modificações de úl-tima hora, devido a contusões,como foi o caso do zagueiro-central Guadalupe Ibarra,substituído por Armando Man-zo, irmão de Agustin. Antes, jáhavia trocado Pilar Reyes eJorge Lopez, por Gregorio Cor-tes e Ignacio Flores.

Foto El Heraldo de México

Técnico promete atacarmas se arma na defesa

Raul Cardenas afirmou cate-goricamente que não jogará nadefesa contra o Brasil — "va-mos nos esforçar ao máximopara corresponder á torcida doMaracanã e esperamos ga-nhar", disse ele — mas suasPalavras não podem ser leva-das ao pé-da-letra: na verdade,em seu esquema, os pontas jo-gam recuados, praticamente nomeio-campo, e são chamadospor ele mesmo de "extremasmentirosos".

Sobre o futebol brasileiro,Cardenas diz não possuir mui-tas Informações atualmente, anão ser sobre os propósitos deTelê. Ele expressou que é umahonra para a Seleção Mexicanaser convidada para a comemo-ração do 10° aniversário da coi.quis ta da Taça Jules Rimet pe-lo Brasil.

Cardenas atualmente com 52anos, estreou na primeira dlvi-saio de futebol mexicano natemporada de 48/49, jogando noClube Espanha como centroa-vante, e terminou a carreira co-mo zagueiro, em 1966, depois depassar por clubes como Guada-lajara, Puebla, Zacatepec e Ne-qua.-

Em meio a esta trajetória,participou de três Copas doMundo: na Suiça, em 54, quan-do perdeu de 5 a 0 para o Brasil;na Suécia, em 58; e, finalmente,no Chile, em 62, quando foi no-vãmente derrotado pelo Brasil,desta vez por 2 a 0.

Como treinador, trabalhouem apenas duas equipes (semcontar a Seleção mexicana): oCruz Azul, na qual começou efoi campeáo sete vezes, e, de-pois, o América, quando foicampeáo logo no primeiro ano.Já dirigiu a Seleção Mexicanana Copa do Mundo de 70, reali-zada em sua terra, chegando ãsquartas-de-flnal.

E um técnico que gosta que'sua equipe obedeça a um rígidoesquema tático e que mante-nha o ritmo de jogo do primeiroao último minuto. Um bom re-sultado — ou, pelo menos, umaboa atuaçáo contra o Brasil émuito importante para RaulCardenas, que quer integrar de-finttlvamente a equipe, comvistas á disputa com EstadosUnidos e Canadá, em outubro,que dará direito a uma vaganas eliminatórias para a Copado Mundo de 82, na Espanha.

mem e quemJosé Pilar Reyes Requenes

— do Universitário de NuevoLeón. Goleiro, 25 anos, 73 kg,l,77m. E o jogador mais expe-riente e, no momento, o nú-mero um do futebol mexica-no na posição, embora às ve-

zes seja castigado por suasatitudes impensadas de sairda área e driblar adversários,para tentar marcar gols. Do-no de excelentes reflexos,participou da Copa do Mun-do de 78, na Argentina.

• • •Alfredo Tena Garduno —

do América. Zagueiro central,24 anos, 75.kg, l,77m. É consi-derado o mais técnico da za-

ga mexicana. Seu forte é ojogo aéreo e pode jogar com amesma eficiência na direita ena esquerda.

• • •Arturo Vazquez Ayala—do

Guadalajara. Zagueiro, 30anos, 69 kg, l,70m..Ê o maisvelho do time e pode jogar nazaga de área pelos dois lados,como lateral-esquerdo ou ca-

beça-de-área. É forte e apoiaconstantemente o ataque.Participou do Pré-Mundialdo Haiti e da Copa da Argen-tina. É conhecido como ElGoninl.

Cardenas acumula a experiência de três Copas

Jogos de Cardenas1979

10 de novembro — em Monterrey — México 1 x 0 Peru — gol de M. Medina20 de novembro — no México — México 1 x 1 Finlândia — gol de M Medina4 de dezembro — em San Salvador — México 2 x 0 El Salvador — gols de H.Sonchez11 de dezembro—em Los Angeles—México 1 x 1 Ararat—gol de H. Sonchez16 de dezembro — em Texcoco — México 1 x 1 El Salvador — gol deH. Sonchez

198022 de janeiro — em León — México 1 x 0 Tcheco-Eslováquia — gol de R.Cimeros19 de fevereiro — em Pueblo — México I x 2 Olímpio — gol contra26 de fevereiro — em to» Angeles — México 0 X 1 Coréio do Sul11de março — em Phoenix—México 3 x 0 Phoenix—gols de H. Sonchez (2) eJ. L Gonzalez19 de março—em Tegucigalpa — México I x 0 Guatemala—gol de C OrtegaJS de março — em Texcoco — México 6 x I S. D Sactcers — gols de Manzo (2),li Gonzalez (3) e R Perezidt abril — em Toluca '- México S x 0 Honduras — gols de Manzo (2). H.Sonchez (2) e J l GonzalezIS de abril - no Guatemala - México 4x2 Guatemala — gols de Manzo (2),Mendizabal e H Sanche.22 de abril - em San Oteyo - México I x I Son Diego — gol de H Sonchez8 de maio — em Lo» Angeles — México I x I Southompton — gol de Monzo

Os destaques: ____m_____Í___B __Bl__kJ___BB __à_SS IL,fp__ BHWj _____

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Hugo Sanchez Mar-quez — do Universidaddo México. Extrema es-querda, 22 anos, 69 kg,l,73m. Considerado omelhor jogador do fute-boi mexicano, na atuali-dade. Possuidor de boasqualidades técnicas, aliarapidez e velocidade,quando deseja chutar dequalquer ângulo. Ê o go-tendo, da Seleçáo princi-pai com 11 gols, desdeque Cardenas assumiu ocomando. Pertenceu àsSeleções Amadora eOlímpica e também este-ve no Mundial da Argen-tina. Ha um ano atuoupelo San Diego Sockers,dos Estados Unidos, e nomomento circulam noti-cias de que o Barcelonapretende enviar, umemissário, para observa-lo e saber o valor de seupasse.

Guillermo Meridiza-bal Sanctwa ¦ auCruz Azul Cabeça-de-área, 26 anos. 75kg,l,HUm Com excelentepreparo fimcu. correpor todo o campo e eexcelente nos chutesde meia dtstancw Pode jogai ale mesmocomu ponta-de-lança,

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• • •José Luis Gonzalez — do tre o meio-campo e o ataque,

Atlante. Meio-Campo, 23anos, 69 kg, l,72m. Jogadortécnico, faz bem a ligação en- como um atacante a mais.

projetando-se com facilidade

• • •Agustin Manzo Ponce—do

América. Centro-avante, 22anos, 69kg, l,73m. Pouca téc-nica, porém muita decisão.Valente e bom finalizador de

cabeça. Ele e Hugo Sanchezsão os artilheiros na atual fa-se de preparação da SeleçáoMexicana. Participou doMundial Juvenil de Túnls.

• • •Cristóbal Ortega Martinez

— do América. Ponta-direita,24 anos, 60kg, l,65m. Hábil,rápido e excelente drtblador.£ outro falso extrema com

que gosta de contar o técnicomexicano, Ideal para fazer aligação entre meio-campo eataque. Participou do Mun-dial da Argentina.

• • •Mário Medina Rojas — do

Toluca. Ponta-direita, 28anos, 69kg, l,68m. £ o falsoextrema ideal para a táticado técnico Raul Cardenas.

no meio-campo e pode aindaatuar como libero. Tem boatécnica e chuta razoavelmen-te de direita^ Foi pré-selecionado para a Copa mas

Joga com a mesma eficiência náo viajou à Argentina.

• • •-Pedro Munguia — do Tolu-

ca. Apoiador. 22 anos, 69 kg,l,70m. Jogador que impõerespeito, pois atua com muitoímpeto. Sabe dosar convequi-librio e ritmo os seus momen-

tos de atacar e de prestarajuda á defesa. Tais atributosfacilitaram sua elevação á ca-tegoria de titular da equipemexicana.

• • •Ramon de La Torre Jime-

nez — do Toluca. Lateral, 27anos, 69 kg, l,68m. Recupe-rou-se há pouco de uma con-tusão e está em forma. Pode

jogar como cabeça-de-área ese sai bem mesmo em outrasposições. E rápido e multolutador.

• • •Ricardo Castro — do Zaca-

tepec Centro atacante, 26anos, 73 kg, l,75m De bomporte físico, cabeceia bem etem chute muito violento,alem de manejar a bola comhabilidade dentro da área,onde dificilmente o desar-

mam sem cometer falta. St»única falha é querer chutar agol de qualquer maneira,quando em algumas ocasiõesseria preferível passar a bolapara um companheiro melhorcolocado.

rCampo Neutro

O

treinador Telê, ao justificar a libe-raçáo de Zico e Júnior da SeleçáoBrasileira, confessa implicitamen-te ter sucumbido à irreversibilida-

de de conviver ad eternum com a falta deliberdade para convocar.

Na singela avaliação do treinador, ofenômeno, que implica descaracterizaçàoda Seleção, decorre do justo dever derespeitar a integridade das equipes dosclubes na fase que lhes é reservada paraamistosos, cujas cotas variam de acordocom a participação de seus valores. E Zicoe Júnior são supervalores.

O Sr Telê Santana acerta quando de-fende a intocabilidade dos elencos clubísti-cos. Mas erra ao admitir a insolubilidadedo conflito entre os interesses dos clubes eos deveres da Seleção.

A meta a ser perseguida deve ser,única e exclusivamente, a de acabar coma simultaneidade das atividades de clubese Seleção. E a estrada para chegar a elahá de ser pavimentada com a dose deesperteza que a CBF inocular na confec-çáo dos próximos calendários.

O vírus parece estar na premissa cebe-fenseque, dando o Campeonato Nacionalcomo pouco lucrativo, entregava em con-trapartida a maior parte do ano — osegundo semestre — aos clubes, para queeles pudessem, nas competições estaduais,devolver o azul ao papel da sua contabili-dade.

Tal raciocínio acarretou dois inconve-nientes. Graves.

O primeiro, cuja análise foge ao tema,refere-se à inversão da ordem cronológicanatural das competições. O CampeonatoEstadual devia ser conceituado como clãs-siflcatório para o Nacional e, portanto,realizado antes dele.

O segundo, gerado pela economizaçàodo tempo que deveria ser posto à disposi-ção do Nacional obrigou os clubes a man-darem suas máquinas humanas a campotrês vezes na semana.

Jogando domingo, quarta e domingo,não há mortal que agüente honrar-se emoutro dia útil sob aquele uniforme de maugosto da Seleçáo Brasileira. E assim, man-sa e pacificamente, a Seleção Permanentedeixa de ser permanente. E, em conse-qüência, de existir.

Agora, porém, que a honestização doCampeonato Nacional promovida pelaCBF deu mostras do seu potencial derentabilidade, seria conveniente uma re-pensada no calendário.

Desse novo exercício de reflexão tal-vez brotasse, por exemplo , a seguinteidéia:

Os campeonatos estaduais, como nâopodem ter mais de 12 clubes na primeiradivisão, salvo o de São Paulo, seriamdisputados na fase menor do ano, isto é, oprimeiro semestre.

As competições caberiam no primeirosemestre, com jogos só nos fins de semana,e seriam realmente classificatórias para oNacional, reforçando inclusive, o carátertécnico que deve informá-lo.

O Nacional se estenderia tranqüila-mente por todo o segundo semestre, por-tanto com jogos também só nos fins desemana, e assim cumpriria o seu objetivosupremo que é titular o melhor dentre osmelhores da nação.

Finalmente, com jogos durante todo oano apenas aos sábados e domingos:Io — os clubes teriam tempo para treinarmelhor suas equipes, com conseqüente ele-vação do padrão técnico e tático do fute-boi caboclo;2o —o Sr Telê Santana teria à sua disposi-ção ao longo de todo o ano, quantas quar-ias ou quintas-feiras quisesse para, aí sim,permanentizar a sua Seleção, sem preci-sar consumir um mês inteiro, como estejunho de agora:3o—o jogador de futebol, este ser humano,ficaria em condições de atender àquelarecomendação de Jacques Maritain se-

Sinao a qual o homem, sendo criatura de

eus, tem por primeira obrigação amar asi mesmo, preservando-se.

¦ ¦ ¦

DE

uma raposa infiltrada entre mi-lhares de distraídos na multidãoque lotou o Maracanã no domingo:— O jogador Titã procurou a

linha de fundo do Atlético nem mais nemmenos do que duas vezes. Na primeira,conseguiu a falta que, cobrada por Toni-nho, resultou no gol de Zico. Na segunda,simplesmente sofreu um pênalti.

/NSTADO

a explicar por que não dátreinamento tático à sua equipe, o SrOrlando Fantoni confeccionou a se-guinte pérola.— Treino táticopara quê? Jogador que

veste a camisa do vasco é porque já pas-sou na Universidade. Não precisa ae ensi-namentos.

Com a disseminação do futebol nosEstados Unidos, o Q.I. que o time do SrFantoni anda exibindo corre o risco de setornar símbolo de PHD em Harward.

¦ ¦ ¦De primeira: Domingo, 17h, Maracanã,Seleção Mexicana x Combinado Brasi-leiro.

William Pradobdator-SutMtihite

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Seleção desmotivada empata com reserva do Vasco"*¦"* htodtOilflmVlilro _ ..,.u.:'. ., „, . _ .

João SaldanhaO Clarão da Lua

faz algum tempo e eu fui fazeruma palestra sobre esportes emgeral e logicamente futebol. Logode cara notei que o distinto públi-

co era quase totalmente feminino. Emverdade, havia dois homens e umas 50mulheres. Fui falando sobre as coisase depois organizaram o tal negócio deperguntas e respostas. Aviso aos nave-gantes e conferencistas: se puderem,evitem as tais perguntas e respostas.Quase sempre dá bode.

Vida que segue e um cara, um dosdois homens, pergunta duro e firme: —"Diz aí, ô Saldanhajutebol dá pé paramulher jogar?" Dei uma olhadela noauditório, notei certas caras ameaça-doras, pensei um pouco, vacilei, masem questão de leis fundamentais agente tem de defender os fundamentos,não é? E disse que iria responder masteria de me alongar um pouco... Oassunto era relevante e sério. E man-dei bala.

De cara, assuntei com a biologia eexpliquei que o futebol é um dos espor-tes. mais fortes (senti que tinha ditobesteira quando usei a palavra "for-te", retifiquei para violento, mas noteique não agradara) e cuja carga sobreo organismo humano se fazia sentirseriamente. Argumentei com outros es-portes como o levantamento de peso, oboxe, a luta greco-romana, todos estesesportes que exigem um biótipo... for-te... quer dizer... fortalecido... masculi-nizado — acrescentei timidamente.

Fui em frente, apresentando ai-guns fatos. E está ontem no Caderno Buma foto bem explicativa: o número10, melhor dito, a número 10 do time doClarão da Lua está chutando no gol ea bola levantando um pouco. A golei-ra, perto do lance, fecha os olhos eprotege os seios com os dois braços. Ogol que se dane. Ela não é besta delevar uma bolada ali. Pelo menos en-quanto a Adidas ou a Puma não seassociarem à De Millus para inventa-rem um novo material esportivo.

Li na reportagem do Vüor Paz queelas fizeram o jogo com regras diferen-tes. Tamanho do campo, peso da bola,sapatos leves, não tem tiro direto nacobrança de faltas (é o caso do novomaterial que vai ser inventado) e ou-trás coisas. Sei também que na malado massagista tem agulha, linha, pen-te, batom, Sempré-Livre, espelhinho eoutros troços. Tudo bem, é outro espor-te e pode dar pé, embora o futebolexija um desenvolvimento que aindanão é muito comum entre as mulheres.Certo que algumas os possuam semdúvida alguma. Entretanto os jogosque vi, entre elas, pareceram assimalgo híbrido: não têm a graça femini-na nem o vigor masculino.

Tudo isto expliquei na palestra pa-ra um auditório que, nesta altura, es-tava em silêncio, me olhava sério, nofundo do olho, como quem examinaalguma coisa para comprar. Então eusenti que não agradaria mais de jeitoalgum, mandei fundo e disse, ao caraque me fez a pergunta: "Escuta aqui, ôgatão, suponhamos que você está le-vando um papo em profundidade comuma moça, destes para futuro e coisa etal. Lá pelas tantas, você diz: "Beem...você sabe, né... quem sabe a gente podedar certo... eu estou me formando emengenharia... né... só mais um ano... Evocê, o que você faz?" Aí o brotãoresponde com uma voz de quem tomaatitude: "Eu sou zagueiro-central deum time lá de Niterói". Me chamaramde machista e eu me mandei.

É isso aí, meus amigos e minhascamaradinhas. Em todo o caso, lem-bro para quem quiser que o título decampeão mundial de boxe, peso-pesado, está vago. Cassius Clay e um

, outro negão estãodisputando e até agora nenhuma mu-lher se apresentou.

América se reforçacom 2 do Bonsucesso

Após tentar sem sucesso reforços em Sâo Paulo e RioGrande do Sul, os dirigentes do América acertaram ontem acontratação do lateral-esquerdo Alcir e do centroavante Neíl-son, do Bonsucesso, por Cr$ 3 milhões. O vice-presidente defutebol Paulo Cortines, que ontem voltou de sua viagem ao RioGrande do Sul, informou que o América conseguiu a prioridadejunto ao Internacional para a compra dos jogadores ChicoEspina e Valdir Lima, que podem ser negociados após a disputada Taça Libertadores da América.

O técnico Luis Carlos Quintanilha, que prepara o time paraa excursão à Bolívia, com início previsto para o dia 10 de junho,está preocupado com a falta de jogos e pediu aos dirigentes queconsigam um jogo-treino até domingo contra um time do Rio.Da relação de 16 jogadores que participarão da excursão,

vguintanilha confirmou apenas o time-base, continuando emdúvida quanto aos cinco jogadores que formarão o banco. Aequipe que deverá estrear contra o Oriento, em Cochabamba, éa seguinte: Ernani, Uchoa. Marinho Peres. Eraldo e Álvaro:Nedo, João Luis e Nelson Borges; Serginho, Porto Real eCléber. .. ¦,

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O coletivo da Seleção Brasi-leira, ontem, em Sáo Januário,começou com uma hora e 30minutos de atraso, Parecia, ln-clusive, que o exercício seriacancelado, pois náo havia Joga-dores disponíveis para comple-tar a equipe reserva. Resulta-do: a desmotivaçâo era táogrande (talvez em razão de otreino de conjunto só começarás llh35m) que o time de Telènáo passou de um empate de 1a 1 contra a equipe reserva doVasco, reforçada de • Carlos,Mauro Pastor, Renato e Eder.

Apesar de os dirigentes daCBF afirmarem que o Vasco secomprometera a ceder jogado-res para completar o time quetreinaria contra a Seleção Bra-sileira, representantes do clubeafirmaram que a entidade sórequisitou três atletas, por isso,náo havia número. suficientepara completar o time reserva.Foi preciso liberar os jogadoresque estavam relacionados co-mo reservas para a partida con-tra o Olaria, para que o coletivose realizasse.

O tecnico Telè chegou a sub-meter a Seleção Brasileira a umtreinamento tático, por mais deuma hora, talvez pensando queo coletivo náo seria mais reali-zado, em razão da falta de joga-dores. Quando todos jâ esta-vam cansados, surgiram os re-servas do Vasco e o coletivo foiiniciado.

HABILIDADE

Apesar do cansaço de todos,ate que houve boas jogadas.Graças à habilidade individuale ao talento de alguns jogado-res. Em termos do conjunto,ficou evidenciado que a SeleçáoBrasileira não está preparadapara enfrentar a do México.Uma prova disso foi a boa movi-mentação do time misto doVasco, que fez o que quis e teve

Sócrates exibiu má condição física e foi outro a mostrar pouco no treino da Seleção Brasileira

Brasil joga final com FrançaEspacial para o JB

Flu venceTaguatingade 1 x0

TAGUATINGA 0 X I FLUMINEN-SE. Local: Estádio Elmo Serejo.Renda: Cr$ 307 mil. Público: 4mil pagantes. Juiz: Edson Re-zende. Cartão amarelo Zezé.Fluminense — Paulo Goulart,Edevaldo, Tadeu, Adilço e Wal-lace; Givanildo, Delei e Edson;Mário Jorge, Gilberto e Zezé.Taguatinga — Jonas, Aldair(Valter), Valtinho, Darlan e Ge-raldo Golvão; Eusébio, Lobão ePaulo Hermes; Careca, Piau (To-nho) e Maurício. Gol: no primei-ro lempo, Zezé (°m).

Vasco confirma máfase em tumultuado0 a 0 com Olaria

FRANÇA x BRASIL. Locol: Tou-lon (França). Horário: 20 horaslocais (15 horas de Brasília).França: Ruffier, Dreossi, Grume-lon, Ruty e Ayache; Castignano,Zanon e Toure; Wiss, Brusçher eBellus. Brasil: Marola, Edson,Luís Cláudio (Newmar), Mozer eJoão Luís; Toninho Vieira, Dudue Mário,- Robertinho, Baltasar eJoão Paulo.

Olaria 0x0 Vatco. Local: Bariri.Ronda: CrS 495 mil 800. Públicopagante: 4 mil 958. Juiz: João Car-los Bregalda. Cartão vermelho: Gui-no. Olaria: Hilton, Baiano, Osmar,Salvador e Gilmar; Araújo, Ricardo eClóvis; Chiquinho, Henri e Vilmar(Votdo). Vasco: Mazaropi, Orlando,Ivan, Léo e Marco Antônio; PauloRoberto, Guina e Jorge Mendonça;Wilsinho, Roberto e Ailton.

Brasília — O Fluminensedominou inteiramente o Ta-guatinga, durante todo otempo, mas só conseguiu ven-cer o amistoso de ontem, noEstádio Elmo Cerejo, por 1 a0, gol marcado por Zezé, decabeça, aos 9m do primeirotempo, completando um ex-celente cruzamento de Edi-valdo.

O atacante Gilberto, queestreou jogou muito bem, in-clusive realizando uma dasmais belas jogadas da parti-da. Ele driblou quase toda adefesa adversária, inclusive ogoleiro Jonas, mas completoumal, mandando a bola pelalinha de fundo. O domínio doFluminense sobre o Tagua-tinga, um time totalmente,desorganizado, foi tão amploque o goleiro Paulo Goulartsó fez duas defesas, nenhumadelas difícil.

O Vasco voltou a decepcionarsua torcida ontem à tarde, aoempatar de 0 a 0 com o Olariana Rua Bariri, confirmando as-sim a má fase que o time atra-vessa. Além disso, a intranqüili-dade geral da equipe e do co-mando técnico, refletiu-se naexpulsão de Guina. Nesse mo-mento, o técnico Orlando Fan-toni chegou a ordenar cincosubstituições, mas desistiu porordem do vice-presidente de fu-tebol, Antônio Soares Calçada.

A expulsão dé Guina ocorreuaos 30 minutos do primeirotempo, ao revidar com um pon-tape pelas costas a uma falta domeio-campo Araújo. Outros jo-gadores do Olaria correram emsocorro do companheiro, os doVasco também, formou-se umtumulto e o juiz João CarlosBregalda, que estava do outrolado do campo, marcando umafalta em Roberto na entrada daárea, aproximou-se e deu car-tão vermelho para Guina, o queo afasta do primeiro jogo doVasco na próxima Taça Cidadedo Rio de Janeiro.INVASÃO

Dirigentes, comissão técnicae até os reservas do Vasco inva-diram o campo, protestandocontra a expulsão. O vice-

presidente Antônio Soares Cal-cada argumentou com Bregal-do que Guina fosse apenassubstituído, por tratar-se de umamistoso, mas o juiz permane-ceu irredutível, embora cercadopor mais de cinco minutos pe-los dirigentes vascaínos.

Ante a decisão de Joáo CarlosBregalda, o técnico OrlandoFantoni mandou que o prepa-rador fisico Hélio Vigio aque-cesse os reservas do Vasco —Jair, Paulinho Pereira, Juan,Paulo César, Catinha e Peribal-do — para fazer imediatamentetodas as substituições acerta-das antes do jogo. Mas Calçada,o mais nervoso de todos, acal-mou-se e disse ao técnico quemantivesse o time até terminaro primeiro tempo. Fantonicumpriu a ordem á risca, nãofazendo modificações durante orestante da partida.

Até o momento da expulsãode Guina, o jogo apresentava oVasco melhor, mas sem conse-guir criar situações de gol, anão ser num lance de PauloRoberto pela esquerda, tentan-do o lançamento a Roberto. Ocentrc-avante deixou a bolapassar para Ailton, que, chutouforte, mas o goleiro Hilton de-fendeu parcialmente e Robertoemendou para fora, já sem ân-guio. O Olaria também teveuma boa chance aos 18 minu-tos, quando Henri quase mar-cou de cabeça, num cruzamen-to de Vilmar.

O amistoso entre Vasco e Ola-ria foi realizado para comemo-rar o titulo de campeão do Tor-neio Incentivo pelo time local,que recebeu as faixas antes dapartida. A quota do Vasco foide Cr$ 300 mil.

Foto dt Evandro Teixeira -

Toulon, França — A SeleçãoBrasileira de Novos decide coma Francesa o título do vm Tor-neiro de Toulon, hoje, ãs 20horas locais —15 horas de Bra-silla — nesta cidade. Se houverempate no tempo reguíamen-tar, haverá 20 minutos de pror-rogaçáo, divididos em dois tem-pos iguais; persistindo o empa-te, os pênaltis definirão o cam-peão.

O zagueiro Luis Cláudio, em-bora tenha melhorado sensível-mente de uma contusão no tor-nozelo, ainda é a dúvida dotécnico Nelsinho. Se for vetado,entra Newmar, que não está tãoentrosado com os companhei-ros como era de se esperar. Nel-sinho, que viu o jogo entreFrança e União Soviética (em-pate de 0 a 0), náo acredita queo adversário repita o esquema:•— Nâo acredito que os france-ses joguem tão abertos comofizeram até agora, inclusivecontra a URSS, quando umsimples empate lhes dava o di-reito de Jogar a final.

A França já ganhou o Torneiode Toulon uma vez, em 1977.0Brasil participou uma únicavez, em 1974, quando ficou emquarto lugar. O técnico daFrança, Jack Braun, tem 52anos de idade e 30 de futebol naComissão Técnica da França,nas equipes Infantis e juvenis.Dirige a seleção de novos háapenas dois anos e serve naseleção principal da França co-mo observador, cargo que exer-ceu na Copa da Argentina.

Bangu venceescocesespor 2 a 0

BANGU 2 X SAINT MIRREN (Es-cócio). Local: Moça Bonita. Juiz:Valquir Pimentel. Rondo: Cr$201 mil 400. Público: 2 mil 14pagantes. Corto» amarelo».-Moisés, Paulo Roberto e Yong.Bangu: Tobias, Ademir, Moisés,Rodrigues e Roberto; Ademir Vi-cente, Carlos Roberto e Marcelo;Jorge Nunes, Luisão e PouloRoberto (Ivan). Saint Mirron:Thompson, Yang, Alex Becket,Marit Fulton e Copland (Read);Richardson, Billy Stark e Weir;McDogal (Loga), Somer e Klu-bin. Gol» no primeiro tempo,Yang, contra (36m); no segun-do, Jorge Nunes (35).

.4 agressão de Guina o Araújo (caído) originou toda a confusão

Mesmo sem exibir um futebolde alto nível, o Bangu derrotouontem a equipe do Saint Mir-ren, da Escócia, por 2 a 0. Apóso amistoso, no Estádio de MoçaBonita, os jogadores escocesesassistiram ao desfile das Esco-las de Samba Imperatriz Leo-poldinense, Portela, Beija-Flore Mocidade de Padre Miguel.

Apesar de terceiro colocadono Campeonato Escocês, oSaint Mirren é muito fraco, tec-nicamente. Suas jogadas ofen-sivas se resumiram em repeti-dos cruzamentos sobre a área.O Bangu tomou conta dasações de forma gradativa, atémarcar o primeiro gol, aos 36minutos, num lance infeliz dolateral Yang. Pouco depois. So-mer desperdiçou um pênalti,chutando na trave. No segundotempo, o Bangu caiu de rendi-mento mas ainda assim JorgeNunes lez ouiro gol. em jogadaindividual.

inclusive chances para vencer ocoletivo.A Seleção Brasileira marcou

o primeiro gol, logo aos seisminutos, através de Serginho,que, sendo lançado em proftin-didade, teve tranqüilidade sufi-ciente para se livrar dos váriosmarcadores, vencer o goleiroCarlos e chutar para o gol.

O empate foi conseguido aos15 minutos, através de Renato,também em jogada pessoal.Por sinal, este jogador foi ogrande destaque do treino, jáque, apesar de ter Peribaldo,Joáo e Casao. como companhei-ros de meio-campo, levou sem-pre perigo a Raul.

Ao flnal do exercício, em quenum dos últimos lances Batistase contundiu no pé direito echegou a preocupar o médicoNeilor Lasmar, a ponto de serlevado para o Hospital MiguelCouto para radiografar o local,náo se chegou a uma conclusãosobre o poderio da Seleção Bra-sileira. Ou melhor, individual-mente é incontestável que pos-sui bons jogadores, mas em ter-mos de conjunto, ainda estámuito longe do ideal.

Antes do coletivo, Telê diri-giu um treino tático, no qual osJogadores foram bastante exigi-dos. Este treino foi muito bomJá que os toques eram semprede primeira e terminavam comprecisos chutes a gol. O técnicocolocou a defesa, formada porRaul (Carlos), Nelinho, Amaral,Edinho e Pedrinho, contra oataque, com Cerezzo (Batista),Paulo Isidoro, Sócrates, Rena*to, Serginho e Zé Sérgio (Éder).

No coletivo os times forma-ram assim: Seleção Brasileira:Raul, Nelinho, Amaral, Edinhoe Pedrinho; Batista, Cereara eSócrates; Paulo Isidoro, Sergi-nho e Zé Sérgio. Reservas: Car-los, Paulinho Pereira, Juan,Mauro Pastor e Paulo César;Casao, Joáo e Renato; Catinha,Peribaldo e Eder.

Cerezo mostra queestá em boa forma

Raul — Mostrou estar emforma. Saiu bem do gol, de-volveu as bolas com precisãoe realizou algumas boas defe-sas. Não teve culpa no gol deRenato.

Nelinho — Teve muita difi-culdade no combate a Éder,mas não comprometeu. Ofen-sivamente pouco apareceu enão deu um chute sequer agol.

Amaral — Individualmenteperfeito, mas parece um pou-co desentrosado com Edinhoe com os demais companhei-ros. O time reserva teve mui-tas chances de tentar o chute.

Edinho — Uma boa atua-ção, principalmente na cober-tura a Pedrinho. Está em ex-celente forma. No conjuntoperdeu-se um pouco.

Pedrinho — Muita disposi-ção, muita correria, muitacombatividade, mas poucotalento nos lances ofensivos.Além disso, Catinha chegoualgumas vezes à linha defundo.

Batista — Totalmente de-sentrosado com os demais.Ainda assim, mostrou algu-mas virtudes no combate di-reto ao adversário. Nas com-plementações, esteve pés-simo.

Cerezo — Individualmenteperfeito. Conseguiu bons chu-tes a gol e lutou muito nomeio de campo. Foi um dosdestaques da equipe.

Sócrates — Sua visão dejogo é extraordinária. No co-

letivo, encontrou sempre umcompanheiro em condiçõesde ser lançado, mas faltou-lhe, talvez, um pouco de con-diçào física para concluir asjogadas.

Paulo Isidoro — Marcoubem, combateu no meio decampo e recuou para auxiliaro lateral. Como ponta, esteveapenas uma vez na linha defundo.

Serginho — O gol que mar-cou foi exclusivamente devi-do ao seu espirito de luta.Teve que driblar vários za-gueiros e inclusive o goleiro.Acertou boas cabeçadas, masdefendidas bem por Carlos.

Zé Sérgio — Não conseguiuvantagem contra PaulinhoPereira, e no flnal quase saicontundido após uma dispu-ta de bola com o lateral doVasco. Sua atuação foi ape-nas regular.Carlos — Excelentes defesas.Além disso, suas orientaçõesaos zagueiros foram sempreprecisas.

Mauro Pastor — Travouum bom duelo com Serginho,ganhando e perdendo, mascom Intervenções decisivas eseguras.

Renato — O grande desta-que do treino. Fez um gol ecriou várias outras jogadas.Mostrou excelente forma fisi*ca e técnica.

Éder — Atuação boa, massem muitos méritos. Perdeuvárias chances.

Telê diz que não podiaesperar mais do treino

O técnico Telè estava satisfei-to após o treino, afirmando quenão poderia esperar mais daSeleção Brasileira neste primei-ro exercício de conjunto. Suasúnicas criticas foram em razãoda demora na troca de passesem algumas ocasiões.

Quanto aos problemas ocorri-dos pára iniciar o treino, que sócomeçou ás llh30m, comlh30m de atraso, o técnico con-siderou normal,

Temos que depender deoutras equipes e isso dificulta otrabalho. Não creio que sejauma falha nossa. Mas, enquan-to náo contarmos com todos osjogadores e náo estivermos naToca da Raposa, onde teremosum campo de treinamento sem-pre à disposição, estaremos su-jeitos a isso.

A movimentação da equipeagradou a Telé, que durante otreino procurou explorar as jo-gadas pelas extremas, mas semmuito êxito, já que Nelinho,Paulo Isidoro, Pedrinho e ZéSérgio dificilmente chegavam àlinha de fundo.

Acho apenas que as jogadastêm que ser executadas commais velocidade. O time temque passar da defesa ao ataquecom maior agilidade, mas issosó com a seqüência dos treina-mentos é que obteremos su-cesso.

Sobre a atuação de Paulo Isi-doro, que quase não esteve naponta, Telè não pareceu preo-cupado.

Paulo Isidoro cumpriu exa-tamente minhas determina-ções. Acho apenas que poderiaser mais acionado, mas tática-mente esteve bem, tanto nocombate no meio de campoquanto no auxílio à defesa. Sócom o tempo é que a Seleçáopassará a entender perfeita-mente tudo aquilo que preten-demos.

CAMPO RUIMDepois do treinamento físico-

técnico de ontem à tarde, TelêSantana novamente reclamoude um problema que o vemperseguindo desde que iniciouos preparativos da Seleção deNovos, no mès passado: os cam-pos que têm sido usados não

sáo bons. No do América, ondetreinou a equipe de novos, opiso é duro demais; o do Vasco,onde a principal fez o coletivoontem apresenta o mesmo pro-blema e está com buracos, e odo Fluminense também mostramuitas irregularidades no ter-reno.

E a cada problema de falta dejogadores para completar o ti-me, atraso no inicio dos treinos,ausência de locais adequadospara tratamentos, campos irre-gulares e deficiências nos apa-relhos para exercícios de mus-culação, Telè Santana vè refor-cado seu argumento de que aToca da Raposa é o lugar Idealpara concentrar a equipe.

— Lá nós temos Departamen-to Médico modernamente apa*relhado, o campo está á nossadisposição a toda hora e nãofaltará jogador para completaro time reserva. Além disso, aaparelhagem para musculaçãoé completa e o local é muitotranqüilo. Na Toca da Raposa,pretendo formar a união do gru-po, com jogadores e membrosda Comissão Técnica passandoa se conhecer melhor. O hotel,por mais conforto que ofereça,sempre dispersa um pouco osjogadores.

A Comissão Técnica pretendefazer uma experiência na Tocada Raposa, como vinha aconte-cendo nos útllmos anos de co-bertura da Seleçáo Brasileira:os jogadores só terão contatocom os .jornalistas pela manhãde 10 às 12 horas, e à tarde, 15minutos antes do treino come-car, e 10 minutos após o seufinal. Segundo o administradorFerreira Duro, havendo este ti-po de disciplina, as faculdadesde trabalho serão maiores tan-to para a Seleção como para aimprensa.

Para aliviar um pouco o climada concentração rígida, TelêSantana e os jogadores váo aoteatro esta noite: a peça é Vivao Gordo e Abaixo o Regime, deJò Soares. Muitos jogadoresprocuravam saber se valia* apena ir, porque o espetáculoestá há muito tempo em cartaz.Nelinho era dos mais interessa-dos e, diante dos elogios damaioria, o lateral do Cruzeiroacabou convencido de que de-veria ir com o grupo.

caderno JORNAL DO BRASILRio de Janeiro

"6 Sexta-feira, 6 de junho de 1980

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FAGNER ESTREIA NO RIO E LOTA O JOÃO CAETANO

UM FENÔMENO QUE SEREPETE HA QUATRO ANOS

hte d* Ari Gonwt

Deborah Dumar

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coraçáo alado, desfo-lharei meus olhos nesteescuro véu...

Fagner pára de can-tar, mas a platéia con-

tinua:Não acredito mais no fogo ingê-

nuo da paixão...Fagner em silêncio, a platéia

cantando.A essa altura — final do espeta-

culo do cantor e compositor cearen-se Raimundo Fagner, no TeatroJoão Caetano — a identificação dopúblico com o artista é total. Naterceira fila, um jovem tenta repro-duzir-lhe os falsetes da gravação deNoturno. Mais atrás, moças cario-cas cantam em coro imitando-lhe oacento nordestino. Todos sabem asletras de cor, por mais longas ecomplicadas que sejam. Todos co-nhecem-lhe o repertório, sobretudode Beleza, o último disco que dátítulo ao espetáculo.

Este é um fenômeno que se repe-te há praticamente quatro anos,Fagner e seu público juntos comose fossem uma coisa só. Já em 1976,quando ainda não se podia conside-rar parte do primeiro time da músi-ca popular brasileira, ele lotava oTeatro Teresa Raquel, exercia so-bre a platéia o mesmo domínio,entregava-se a repentinos silênciose deixava que um coro improvisa-do, mas muito afinado, cantasse emseu lugar. Uma emoção que se repe-te mais uma vez, esta semana, noJoão Caetano. E à qual, por maisque se repita, Fagner não consegueficar imune.

Ano passado, teatros lotados epúblicos entusiastas foram umaconstante nas apresentações docantor e compositor. Em outubro,por exemplo, 60 mil pessoas foramvê-lo e ouvi-lo no Parque Municipalde Belo Horizonte. E antes que pu-desse cantar a terceira música doprograma o palco foi literalmenteinvadido. Um mês depois, no Rio,sem muita divulgação, o fato serepetia no Teatro Carlos Gomes,que pouco depois, com toda umapublicidade orçada emCr$ 1 milhão, Luís Gonzaga Jr. malconseguiria lotar. Mais recente-mente, no Cine Show Madureira, amesma coisa, levando ao espanto oproprietário daquela nova casa deespetáculos:

Coisa assim eu só vi quandoaqui esteve a Maria Bethania.

No entanto, ao chegar para aestréia desta nova e curta têmpora-da, na última quarta-feira Fagnernem parecia o artista que teria deenfrentar a multidão que habitual-mente segue sua voz e suas can-çóes. Nos bastidores, pouco antesde subir ao palco, procurava mos-trar-se tranqüilo:

Você não está tenso? — per-guntou-lhe alguém.

Quero estar sempre assim,tenso, para não entrar no palco dequalquer maneira.

Ao lado da aparente tranqüili-dade, alguns traços de excitaçáo.Quem o visse conversando com osamigos — ou não se recusando adar entrevistas de última hora —tena dificuldade em associá-lo aoprofissional já experiente, com seisálbuns gravados (Manera, Fru Fru,Manera, Ave Noturna, RaimundoFagner, Orós, Quem Viver Choraráe Beleza, este com mais de 160 milcópias já vendidas), ou ao interpre-te aclamado em teatros, ginásios,shows universitários e festivais.

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Fagner estava vestido de roxo dos pés à cabeça e cantou até serestas tradicionais — Flor do Mato,As Horas Mortas — acompanhado por Dino, o mais importante violonista carioca

BELEZA(Raimundo Kapier <¦ Brandão)

Beleza só se tem quando se acende a lamparinaIluminando a alma se entende a própria sina.E quando se vê o arame que amarra toda gentePendendo das estacas sob um sol indiferente.Beleza só depois de uma sangria desatada,Aberta na ferida dos perigos do amor.E quando se afasta a sombra triste do remorsoQue impede olhar pra dentro para enfrentar a dor.Repara este silêncio que se estende da janela,Repassa o teu passado e come o lixo que ele encerraVagar sem remissão é também parte da questãoJuntar estas migalhas para refazer o pão.Não é da natureza que ele surge confeitadoMas é desta tristeza, deste adubo de rancor.Beleza é o temporal que surge e corta uma visãoEsmaga qualquer sonho com um grito de pavor.

Noturno(Caio e Grácn Sílvio)

O aço dos meus olhos e o fei das minhas palavrasAcalmaram meu silêncio, mas deixaram suas marcas.Se hoje sou deserto é que eu não sábiaQue as flores com o tempo perdem a forçaE a ventania vem mais forte.Hoje só acredito no pulsar das minhas veiasE aquela luz que havia em cada ponto de partidaHá muito me deixou, há muito me deixouAi, coração alado!

Desfolharei meus olhos neste escuro véu.Não acredito mais no fogo ingênuo da paixão.São tantas ilusões perdidas na lembrança.Nessa estrada só quem pode me seguir sou euSou eu, sou eu, sou eu...Ai, coração alado...

O Teatro João Caetano tinhalotação esgotada desde a véspera.Do lado de fora, 800 pessoas seaglomeravam, no final da tarde,animadas por uma inútil esperançade conseguir lugar. Umas desis-tiam, outras compravam ingressopara outro dia, mas a maioria per-manecia, ali, firme.

- Lá dentro, já na sala de espera,os que tiveram sorte aguardavam ahora do espetáculo. Muitos com-pravam camiseta com o rosto deFagner impresso (Cr$ 150 as bran-cas e Cr$ 200 as coloridas). No ver-so, a integra da letra de Beleza, quepouco depois todos cantariam emcoro.

Alheio a tudo aquilo, camisetaazul, calça de malha cinza, chinelosde couro cru, Fagner continuava nocamarim. Para a garganta, tomavauma mistura de cha com mel, limãoe algumas gotas de conhaque. Noarmário, duas roupas destinadas aesta .série de shows, ambas confec-cionàdas por Luís de Freitas, daMister Wonderful: a primeira, cami-sa e calça roxas; a outra, um con-junto branco de camisão e calça,combinando com o colete amarelo.Sobre a mesa, a boina preta que lhefoi dada por Pepe de Ia Matrona. Nosaco plástico, um par de tênisbranco.

Fagner se via cercado de cor-

beilles (duas mandadas pela Ario-Ia), uma pela Odeon, uma pelaCBS, outra pela RCA e duas outraspor amigos), cartas de felicitações,desejos de boa sorte.

— Náo estou a fim de dispensarnada — dizia ele explicando seujeito sempre solícito para com osentrevistadores.

Às 21hl5m, alguém avisa que,dentro de cinco minutos, será dadoo primeiro sinal para a entrada nopalco. Os músicos já vestiram suascamisas coloridas da Panfs e osjeans azuis. Fagner pede licença evai trocar sua roupa. Volta com otraje roxo. Ao passar pelo violonis-ta Dino, acerta alguns detalhes. De-

pois, folheia o programa que é ven-dido na platéia a Cr$ 40, revê oroteiro, cantarola a letra de umadas novas canções e comenta com oparceiro Fausto Nilo:

— Tenho cinco músicas para re-solver no palco.

O segundo sinal é dado. Algunslugares da platéia ainda estão va-zios. Na passagem para o camarim,um segurança de quase dois metrosde altura impede a passagem dequem nâo tem a senha. Lídia Li-bion, diretora de uma produção quecustou Cr$ 1 milhão 800 mil, revê oque trouxe para o camarim: copos,refrigerantes, biscoitos, gelo,uísque.

E remédios para qualquer malque alguém sinta...

Do saguão, ouve-se o terceirosinal. Alguém grita:Vai começar!

Algumas cadeiras sào arrasta-das para junto do palco. Fagnerentra, sem boina (ao contrário demuitas pessoas da platéia) e comseu violão ovation nas mãos, Gri-tos, assovios, aplausos. Desencan-to, de Jessé Anderson e ManuelBandeira, e Dois Querer, de Fagnere Brandão, são os dois primeirosnúmeros, Nesse momento, algunsrapazes da platéia soltam piadas.Há risos, um começo de confusão.Fagner adverte:

Flamengo e Atlético foi nodomingo...

A próxima música é Toque aMadeira, de Petrúcio Maia e AbelSilva, mais conhecida do público.Enquanto Fagner a interpreta, osaplausos se repetem a cada versomais forte. Em seguida, é anuncia-da a entrada de Dino no palco. Comseu violáo de sete cordas, ele vaiacompanhar Fagner numa seresta.Flor do Mato, de Francisco Freitase Zeca Ivo.

A cada nova música, outro ins-trumentista entra no palco, até to-talizar 10 (quatro mais do que decostume). São eles: Nonato Luís(ovation), Manasses (guitarra, ca-vaquinho e viola), Osvaldinho (san-fona), Oberdan (sax), Petrúcio Maia(teclado), Cândido (bateria), Fer-nando Gama (baixo), Djalma Cor-reia (percussão), José Nogueira (saxe flauta) e Dino.

A primeira parte do show termi-na com As Rosas Não Falam, deCartola, e Máos, de Sueli Costa eAldir Blanc. Na platéia, a vibraçãoé geral, dividida pelos fàs e porartistas amigos de Fagner: SueliCosta, Ronaldo Bóscoli, Gonzagui-nha, Abel Silva, Eládio Sandoval,Fausto Nilo e Terezinha de Jesus.

Depois de 10 minutos de interva-lo, Fagner volta. Dois fãs tiram fo-tos. Uma senhora de cerca de 60anos, sentada na primeira fila, de-fende com unhas e dentes o lugarda filha. O cantor está agora comuma camisa verde-oliva. Ao cantara primeira música, Reflexos do Bai-le, de Petrúcio Maia e Abel Silva,lançada no Festival da Globo, éaplaudido. Mas o entusiasmo crês-ce à medida que ele interpreta ascanções do LP Beleza. O públicopassa a cantar junto com ele, entoacom emoçáo as frases de Frenesi,de Petrúcio Maia, Ferreirin^a eFausto Nilo.

Uma breve interrupção para ho-menagear seus "compositores pre-feridos", Petrúcio Maia e Sueli Cos-ta, esta autora de Jura Secreta, queele canta. A emoção cresce comAve Coração, de Clodo e ZecaBahia, Revelação, de Clodo e Clé-sio, e Noturno, de Caio e GracoSílvio. O programa prossegue, aparte final indo de Respeita Januá-rio ao Último Pau de Arara.

Os aplausos sào muitos, masFagner nâo fica muito tempo paraagradecê-los. Logo os segurançasocupam o palco, a luz do teatro éacesa, o cantor se retira. Nos cama-rins, a mesma tranqüilidade. Oscumprimentos dos amigos sãoagradecidos com um sorriso. ChegaGonzaguinha, os dois combinamum jogo de futebol no Beira-Rio.Gente pelos corredores, amigos, fo-tógrafos, pessoal da produçáo, mú-sicos. Há um clima de festa. E emtodos a certeza de que a estréiavaleu.

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PÁGINA 2 ? CADERNO B D JORNAL DO BRASIL D Rio de Janeiro, sexta-feira. 6 de junho de 1980

Concurso perdido

A cada dois anos, desde 1976, umafábrica de relógios em Genebra, na Suíça,proporciona a qualquer cidadão do mun-do a oportunidade de ganhar um prêmiode 50 mil francos (Cr$ 1 milhão 500 mil) eum relógio de ouro, além de um diploma,caso ele seja um dos cinco escolhidos porum comitê formado por cerca de setecientistas renomados, de todo o mundo,em várias especialidades, bastando paraisso que o cidadão apresente uma teseinédita, num formulário oficial fornecidopela própria fábrica, gratuitamente, so-bre um dos três seguintes temas: CiênciasAplicadas e Invenção, Exploração e Des-coberta e O Meio-Ambiente.

Faltando cerca de três meses para adata limite de apresentação das teses (30

Cartasdesculpa absurda, insólita e esfarrapada,para tentar encobrir a incapacidade e anegligência de sua empresa.

Acionarei judicialmente a EBCT, Enâo é uma ameaça, mas um ato quepoucos têm coragem de fazer nesta terra,Como diria o saudoso Oduvaldo ViannaFilho, na terra das calças arriadas.

Serve esta carta para dividir meu cho-que e a minha tristeza por não concorrercom os leitores do JORNAL DO BRASIL,e para conclamá-los a acionar a EBCTsempre que lhes aconteça qualquer pre-juízo semelhante, Paguei fotógrafos, de-senhistas etc, para absolutamente nada.A EBTC, em 1980, continua sendo, embo-ra paraestatal e sob o manto de empresa,uma repartiçãozinha pública sórdida, dostempos da Colônia (a primeira). EduardoBeltrão Chaves — Rio de Janeiro.

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O recibo dado pela ECTà correspondência quenio chegou ao deitino

de abril de 1980), comecei a escrever mi-nha tese com a abnegada e laboriosaajuda de parentes e amigos, uma vez queela deveria ser apresentada em inglês evisto que exigia alguns desenhos e fotospara ser bem compreendida. Apresenteiportanto minha tese na categoria Expio-ração e Descoberta, uma vez que se trata-va de inédita e revolucionária tese nocampo arqueológico, no Brasil. A propo-sito, nem tão inédita. Ela já foi apresenta-da—em parte—num primeiro livro meu,publicado na Europa. Desconhecido noBrasil. Mesmo assim, era válida em ter-mos de concurso. Por isso, continuei.

Terminei de datilografá-la, no formu-lário oficial, após várias correções, namadrugada de 21 de abril. Tinha portantoainda nove dias para que ela chegasse âcaixa postal da fábrica de relógios e fosseconsiderada dentro do prazo, em condi-ções de concorrer. Há dois anos, no últi-mo concurso, foram inscritas 34 mil teses.

Umas poucas vezes pousei na adorávelGenebra, indo do Rio de Janeiro, emcerca de 10 horas, num avião comercialcomuni, de carreira. Assim, dirigl-me nodia 21 de abril (feriado), as llh mais oumenos, ao Correio da Praça 15, tendoantes passado pelo moderno, majestoso erecém-inaugurado centro de triagem daPraça 11, onde não existe um posto de *recepção de cartas, funcionando. Não porser um feriado, mas sim por ser a Praça IIuma praça na América do Sul

Na Praça 15, postei, via aérea, meupesado envelope, com fotos, como carta(para evitar os tradicionais problemasburocráticos já tão conhecidos: até termi-nar de explicar que não se tratava decarta e sim de uma tese com fotografias jãteria enlouquecido) registrada e com A.R. (Aviso de Recebimento), para ter cer-teza de que o envelope fora entregue, aomenos. Ali deixei apenas Cr$ 933 emselos. Perguntei em quanto tempo seriaentregue. A resposta foi de que, mesmosendo feriado, a presteza não seria preju-dlcada. Naquele 21 de abril mesmo, com opróprio Tiradentes — em bronze — aolado, por testemunha (em vez de réu,dessa vez), seguiria minha carta para ocentro de triagem, por onde eu passaramomentos-antes de queimar alguns litrosde gasolina a mais, e em quatro dias,aproximadamente, meu envelope seriaentregue na Suiça.

' Ora, mantenho correspondência comvários bons amigos suíços em vários pon-tos da Suiça. Sei que o funcionário falavaa verdade. Em,uma semana, no máximo,minha carta seria entregue. Uma ocasião,uma delas foi entregue menos de 48 ho-ras, registrada e com A.R., é bom frisar.Naquele 21 de abril descansei de todo otrabalho que vinha tendo há três meses,por mais de 10 horas diárias, inclusive emfins de semana, e dormi à vontade. Com aidéia tranqüila de que ao menos concor-reria. Desde o principio, nâo me prop svencer o concurso. Interessava-me ape-nas participar. Fazer com que os cientis-tas que lessem meu trabalho tomassemconhecimento de minhas revelações ar-queológicas, absolutamente revoluciona-rias sobre a História do Brasil, Tornarminha tese (não hipótese) conhecida pelacomunidade científica. Só isso.

Ora, conheço a Suiça como conheçomeu bairro. Conheço seu sistema postal.Um pais que tem estradas especiais sópara trânsito postal. Um país onde o usode carros elétricos para coleta e entregade correspondência é uma realidade hámuito tempo. Um país onde uma cartapostada em qualquer caixa coletora (náonecessariamente numa agência) com apalavra expressa escrita no envelope ecom valor certo em selos é entregue empoucas horas. Certamente um país querivaliza com o Estado do Rio em tama-nho, mas. o que dizer de sua geografiarochosa? Há moradores (fazendeiros etc.)no cume das montanhas, assim como nossopés. E caixas coletoras de cartas pertodeles. Um sistema postal excepcional,Invejável e inigualável. Talvez pelb fatode não gastar sua verba em congressos daUnião Postal Universal, especialmente 10milhões de francos.

Assim, füi surpreendido dia 18 demaio, quando recebi a A.R. de volta,informando que meu envelope levou 18dias para ser entregue em Genebra. Maisde 400 horas para atravessar o Atlântico.Talvez a nado. Logo, estou fora do jogo.Sequer concorrerei, o que para as boico-tadas Olimpíadas é o fundamental. Qual-quer desculpa que o presidente da EBCTvenha a dar (como se sabe, é seu costumedar resposta às criticas à sua empresa,pelos jornais, talvez por nâo ter verbapara manter uma assessoria de comuni-cação social ou por não ter mais o quelazer), será inútil. Certamente será uma

ir '^'"' li11 -'¦ ÀWmxBruna Lombardi;

Fotoscomparadas

Noventa e cinco porcento dos 380 mil lei-tores que comprarama revista Status de-vem estar revoltados,assim como eu, contraa qualidade das fotosde Bruna Lombardinua, que parecem ti-radas com uma te-leobjetiva, aprovei-tando-se uma janelade um hospital ondeBruna estivesse inter-nada.

Essas fotos, tiradaspelo fotógrafo Miro, apesar de toda a suaarte, deveriam ser publicadas num ensaiodas revistas especializadas em fotografia,Onde seriam apreciadas pelos entendidosno assunto, e nào numa revista dedicadaaos homens. As fotos de Jacqueline Onas-sis tinham muito mais nitidez. Em nenhu-ma das fotos publicadas, podemos apre-ciar a bela fotogenia de Bruna, a queestamos acostumados. Sáo de um péssi-mo gosto e cansam pela repetição. Só secomparam em ruindade com as fotos deChristiane Torloni, publicadas pela mes-ma revista e que também decepcionaramos seus leitores.

Como colecionador, desde o primeironúmero, de Status, Playboy, Ele e Ela eFiesta, pois são as únicas com qualidadesartísticas e artigos de real interesse, econsiderando todas as outras revistascongêneres pornográficas, lamento ter deincluir Status entre as de baixa qualida-de. Os retoques nas fotos estão péssimos.

| Seus diretores de arte¦ devem sentir falta daç censura, pois esta erauma boa desculpa pa-

jl ra a má qualidade das«fotos publicadas. Es-|pero que Status me-llhore urgentemente a|sua impressão, poisIquero continuar a co-I lecioná-la com ca-1 rinho.

Envio meus para-nua, em uma revista, béns aos diretores das

causa polêmica, revistas Fiesta e Play-boy, a primeira com

ótima impressão, com o novo sistema deraios laser, a segunda com ótimos artigose modelos. Deixo de elogiar Ele e Ela, porcausa do baixo palavreado que passou aadotar depois da abertura da censura.

Aproveitando a oportunidade, queroalertar os jornaleiros para que não expo-nham as revistas abertas nas bancas, poiscom esta atitude, ao invés de vendermais, causarão reclamações, com justasrazões, das pessoas puritanas e crianças,que não sáo obrigadas a ver essas revistasexpostas nas ruas. Vamos providenciar aabertura, mas de uma maneira inteligen-te e adulta, sem prejudicar a liberdadealheia, mostrando que nós brasileiros jásomos adultos e podemos ler e ver aquiloque nos outros países já era visto há 10anos. Paulo Roberto de Souza — Rio deJaneiro.

Comunicação subestimada

Comunicação é por excelência um dosfatores mais importantes na vida atual.Infelizmente, muita gente não se cons-cientiza do valor da comunicação correta,gerando grandes prejuízos.

Vou dar um exemplo. A Patrimóvelpaga anúncios de apartamentos (verJORNAL DO BRASIL, 25 de maio, pági-na 5) indicando, até hoje,- o telefone 287-6922, número de aparelho que pertenceao Centro de Parapsicologia Arildo Ber-nacchi, há mais de um ano. Continuamosa atender telefonemas para a Patrimóvele é até desagradável explicar que o anun-cio foi colocado errado. Arildo Beroacchi— Rio de Janeiro.

Providências adotadas

Com referência à carta publicada noCaderno B de 27 de maio sob o tituloCobrança duvidosa, informamos que osuperintendente regional do INAMPS noEstado do Rio de Janeiro adotou as devi-das providências, com vistas à imediataapuração dos fatos mencionados. Opor-tunamente, daremos ciência das medidasadotadas. Elias Marques Barreto, coor-denador regional de Comunicação So-ciai do INAMPS — Rio de Janeiro.

Estudos demorados

A Sra Idalina Cardoso Steinberg pediusinalização na Avenida Epitácio Pessoa,da Curva do Calombo à Fonte da Saúda-de. Sua solicitação foi enviada à Diretoriade Engenharia do Detran para estudos.

Esses estudos, porém, demandam ai-gum tempo, pois exigem não só conta-gem do volume de tráfego naquela via,durante semanas, como também levamem conta a probabilidade da sinalizaçãovir a prejudicar o fluxo normal de veicu-los, ocasionando retenções. Eliane Furta-do, Assessoria de Comunicação Social,Detran — Rio de Janeiro.

At cortas terão selecionadas para publicação notodo ou em parte entre as que tiverem assinatura,nome completo e legível e endereço que permitaconfirmação prévia.

José Carlos Oliveira ^

NOSSA ALMA, NOSSO ABISMO

SUPONHO

que não poucaspessoas sentirão náusea,lendo este À Mesa do Jantar,de Laurita Mourão. Eu mes-mo posso ver a coisa pelo

ângulo da indignação. Mas ela meperturba, comove e edifica por suadecência de mulher e de pessoa. Éalguém que eu tçria muito prazer emchamar a uma longa conversa sobrevidas que se vivem sem temor e semculpa. Ela está em Madri, com trêsfilhos, trabalhando no nosso Ministe-rio das Relações Exteriores. Pelo ca-samento, foi introduzida na alta bur-guesia rural uruguaia. Seu maridovolta à América do Sul e ela, conside-rando indecente viver às custas deum homem, decide sobreviver porseus próprios meios. Mas quem pagaa conta é o Brasü... Ela é filha doGeneral Mourão, que ainda vive.Através âo pai e dos seus amigos, oItamarati é chamado a substituir omarido, assim candidamente rela-tado:"Papai deveria explicar-lhe (aoChanceler) a situaçáo na qual eu es-tava e, como medida mais rápida,fizesse aumentar meu ordenado, por-que eu tinha era que aumentar mi-nhas entradas e jamais diminuir meupadrão de vida. Parece que minhavoz era forte, meu coração limpo, meupai influente, o ministro bondoso,pois, dias depois, fui substaneialmen-te aumentada e, com aquele dinheiro,pude fazer frente aos gastos básicos econtinuar no mesmo apartamento,mantendo o mesmo nível de vida. (...)Descobri que não precisava de mari-do, nem de homem nenhum para sus-tentar minha vida, meus filhos, meusempregados!"

Seja qual for o efeito produzidopor estas palavras, não se pode negarque ela ganha sua vida trabalhando.Também se admitirá que é trábalhan-do e fazendo trabalhar que, algumtempo depois, em Paris, ocuparáimenso apartamento, com seus trêsfilhos e mais oito que ficaram órfãosapós a morte de sua irmã, e ainda umpequeno batalhão de serviçais, e tam-bém legião de agregados, comensaisbrasileiros e de outras nacionalida-des. O aspecto embaraçoso da ques-táo (mas isto é relativo) é que nessesmesmos dias, na mesma cidade deParis, famílias inteiras de brasileirosconheciam a fome, o exüio e acima detudo a solidão brutal decorrente dofato de serem consideradas apátridas

por seus próprios patrícios. Os bani-dos, os cassados, os auto-exilados, osperseguidos sem culpa e seus filhos(estes perfeitamente inocentes) co-miam o páo da saudade amargurada,enquanto Laurita, num bairro ali per-tinho, dava seguimento às suas expe-riências eróticas e mandava abrirchampagne ao menor pretexto e atésem pretexto algum.

— "Do momento em que tive cons-ciência, tomei como certo que tudohavia sido criado pela natureza epela sociedade por um único motivo:garantir meu prazer. (...) Náo estavaeu vivendo em meio à abundância eao luxo de uma grande residênciaprincipesca em Paris, a mais impor-tante cidade do mundo?"

Quem assim falava era o Marquêsde Sade. Protagonista na derrocadada Monarquia e personagem no dra-ma da Revolução Francesa, o Mar-quês de Sadeé também, e antes disso,um incansável apologista do direitoque tem um homem de traçar o seupróprio destino. Com 28 anos de car-cere nas costas e uma obra imortal,ele exige a todo instante que nosdebrucemos em sua alma, que mergu-lhemos no seu terrível coração, e queao voltar dessa viagem atroz nós ocompreendamos, e o amemos como aum irmão. Eu o amo, ao Marquês deSade, como a um irmão despojado, jános cromossomos, daquela esperançaque nos ajuda a viver.

Ora, esse amor não é literário.Posso entender e amar outro louco,Pierre Riviére, também francês, quedegolou sua máe, sua irmã e seuirmão. E escreveu suas razões numtexto deslumbrante, embora despro-vido de valor literário. Vale o que estáescrito: vale o fundo de imaculadadecência.

Laurita Mourão não é o Marquêsde Sade nem Pierre Riviére. A cruel-dade é estranha à sua natureza, talcomo é também estranha a um HenryMiller. E sua autobiografia não bastapara incluí-la entre os nossos bonsescritores, inclusive os bons escrito;res de sexo e temática femininos. Écomo pessoa que ela deve ser aprecia-da. E como pessoa é adorável. Alémdo mais, seu livro abre resoluto ascortinas do palco em que se represen-ta a comédia brasileira. Neste palcoestá a comédia; num teatro situadoem plano inferior, representa-se a tra-gédia. Só se pode contemplar com friacompaixão a tragédia, que nos impele

à açáo, depois de nos deleitarmoscom os pequenos aborrecimentos dosprivilegiados deste mundo: a classedominante brasileira, na qual um ge-neral-de-exército defende com ca-nháo e metralha um pedaço de papelque ele mesmo rasgará, em cena aber-ta, no ato seguinte.

Guiado, pela mão da escritora, opiíblico fez do livro um best-seller degênero erótico. Não me deixei guiarpela mão dela: fui primeiro àquelespontos do livro que nos revelam, semLaurita saber, os ardilosos caminhostomados pela oligarquia no afã deconservar os miseráveis na miséria eos privilegiados nos seus privilégios.Um texto como esse me deixa quaseconvencido de que a nação brasileiraé produzida pelo nosso inconsciente,quase sempre mediante a violação enegação da boa consciência. Somosmalvados lá tio fundo, no maisfiindode nossa bondade consciente, somosignorantes de nossa maldade, e so-mos então sádicos e masoquistas irre-cuperáveis, pois nunca ousamos dis-cutir à luz do dia os nossos impulsosobscuros.

Aqui estamos nós, em pleno abis-mo. Porventura, quando dizemos queo Brasil está à beira do abismo, pre-tendemos dizer que se encontra nolimiar de sua própria alma? Quem,neste caso, avança?

Laurita Mourão, contra si mesma,avançou. Seu livro é uma denúnciapotencialmente explosiva. (De passa-gem. E, num relance, ela nos põe emcontato com o drama vizinho, o dra-ma dos uruguaios, e começamos aentender como foi que surgiram ostupamaros e, em decorrência, desceusobre aquele pais a incomensurávelviolência do Estado.) Quem quer ape-nas estudar Sociologia, apenas servira uma ideologia de esquerda, estácondenado a morrer com a bocacheia de abstrações. São os livroscomo este À Mesa do Jantar que noscolocam em face de nós mesmos e nospermitem entrever qual será o nossodestino. (Estou rabiscando aponta-mentos; longo é o caminho que devopercorrer até estruturá-los numa vi-são de mundo.)

Bem... Falemos agora de frivoli-dades apaixonantes. Falemos do se-xo em Laurita Mourão. O sexofemini-no. É a parte do livro que faz delauma autêntica professora primária,ensinando a bê-a-bá da saúde física eespiritual, uma enlaçada à outra.

RELIGIÃO

O PADRE-NOSSO AO VIGÁRIODom Marcos Barbosa

•v.

SE

nos comoveram as andanças doPapa por tantos países, que não sedirá da sua visita à França, exce-lente prelúdio, para mim como pa-ra tantos, da que fará em breve ao

próprio Brasil? De poucos paises teremosrecebido tanto, os católicos brasileiros, so-bretudo os mais antigos, sobretudo os maisvoltados para as coisas da inteligência e daarte. E, por coincidência, este cronista tãopouco viajado, o que combina aliás com aestabilidade beneditina, viu João Paulo IIpercorrer agora em Paris os mesmos lugaresque ele, sendo assim tão fácil imaginá-lonaqueles cenários inesquecíveis, que vão doesplendor da Notre Dame ao suave aconche-go da capelinha da Rue du Bac, onde aindigência artística em nada perturba a es-pécie de aura deixada por Nossa Senhora aovir encomendar a Catarina Labouré a difu-são da Medalha Milagrosa. Também nosajoelhamos invisivelmente com ele em suasubida ao Sacré Coeur de Montmartre, indovisitar em silêncio o Santíssimo eternamenteexposto, que ouviu tantas vezes, impassível,as queixas e rugidos de Léon Bloy...

João Paulo n deve ter partido para aÁfrica com um coração alegre, sabendo queia presenciar um cristianismo em plena as-censão em terras pagas, há um século rega-das pelo sangue de São Carlos Luanga e seuscompanheiros. Mas não terá sido sem umasombra de melancolia e apreensão, que vol-tou, como Papa, pela festa de Joana d'Are, àcidade de São Luis e Santa Genoveva, parafazer aos franceses a comovente e comovidapergunta: "França, filha mais velha da Igre-ja, tu tens sido fiel às promessas do teuBatismo?"

Não podia haver pergunta mais oportu-na, quando sabemos que na França, onde sevào calando as vozes de um Léon Bloy, deum Péguy, de um Claudel, de um Bernanos,de um Mauriac, de um Maritain, é que surgi-ram e se confrontam mais vivamente, comotendências opostas, o integrismo e o progres-sismo, que dilaceram em nossos dias a túni-ca inconsútil dá Igreja. "A fé (declarou ele)não se ausentou deste país e se traduz eminiciativas, experiências e reflexões... Eu vimencorajá-las no caminho do Evangelho, umcaminho estreito, é certo, mas o único verda-deiro." Sem dúvida não ficarão sem frutos osapelos do Papa, que falou não apenas aopovo e aos intelectuais da UNESCO, mas

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A menos deum mês davisita deJoão PauloII, asugestão dedizer aoPapa o queele deve ounão fazer,onde ir ecomocomportar-se

sobretudo aos bispos e padres no interior daNotre Dame

Mas, além de Paris, visitou o Papa outracidade da França. Deixando Lourdes paracelebração do próximo Congresso Eucarísti-co Internacional, dirigiu-se a Lisieux, a fimde pagar uma visita. Quem não se lembra dapequena Teresa ajoelhada em Roma aos pésde Leão XIII, suplicando que a deixe entrarno Carmelo antes da idade prescrita? Eis oPapa ajoelhado na grandiosa basílica deLisieux, ante os restos mortais da Santa! Elese chama agora Joào Paulo n, veio pagar avisita...

E, dentro de menos de um mês estará' beijando o cháo de Brasília. Que importa queseja recebido como chefe de Estado, se o foitambém em Paris e se até o Governo comu-nista da Polônia quis saudar o ilustre visi-tante? Chefe de um Estado, minúsculo em-bora, para conservar a plena liberdade eautonomia que lhe permita ser realmente oDoutor das Nações. Sim, porque ele vem aoBrasil para ensinar, e tem disso consciência.

Sem dúvida há os que não desejam isso.

Desejo que chegou mesmo a concretizar-senuma flâmula documentada pelos jornais,onde, debaixo da figura de João Paulo nsaudando com a mão, lia-se o seguinte: "Seeu errar, corrijam-me'!" A frase que ele disse-ra aos romanos no dia em que lhes eraapresentado como Papa e se dirigia a eles emitaliano, que não era a sua língua, adquiriaassim um sentido geral, como se não setratasse do sucessor infalível de Pedro eporta-voz de Cristo!

Como também, segundo noticiam os jor-nais, tem circulado uma espécie de moção eabaixo-assinado, onde se pretende dizer aoPapa (e seria o caso mais autêntico de "ensi-nar o Padre-Nosso ao vigário") o que ele deveou nâo fazer, onde deve ir ou náo, como devecomportar-se emfim, se quiser estar "ao ladodo povo". Povo, no caso, é a minoria deintelectuais que redigiu o documento. Por-que o povo, o verdadeiro povo, e até mesmo oque gosta de carnaval e futebol e misturareligião e superstição, não terá o mínimoproblema em receber o Papa (como o CristoRedentor, que se enfeita para isto) de braçosabertos e coração exposto.

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CADERNO B ü JORNAL DO BRASIL ? Rio de Janeiro, nexta-feira. 6 de junho de l«)R0 _ PÁGINA 3

"VOLKSROCKET"

O TURISMO ESPACIAL ABORDO DE UM MINIFOGUETE

PARIS—Qualquer

pessoaque tenha tendência a sercosmonauta e esteja dis-posta a pagar 10 mil dóla-res (mais de Cr$ 500 mil)

por uma passagem, poderá subirdaqui a alguns meses num minifo-guete — o Volksrocket — que alevará para um passeio a 80 milmetros da superfície terrestre. Tra-ta-se de uma das últimas novidadesdo final do século XX: o turismoespacial.

De certo, será uma experiênciaextremamente cara por 10 minutosde vôo, mas com sensações ines-quecíveis, prometem os organiza-dores. O cosmonauta amador pode-rá ver a superfície do planeta, ocontinente americano, parte da Eu-ropa e da África, os oceanos Pacífi-co e Atlântico.

O vôo já está previsto até nosseus pormenores: depois de acionaros motores na costa da Califórnia,Estados Unidos, o foguete partirácom uma velocidade superior à dosom, para atingir 3 mil 621 quilóme-

tros por hora, depois de 100 segun-dos de vòo, e nessa velocidade che-gará a uns 80 quilômetros do globo,em plena estratosfera.

Findo o combustível, o foguetecomeçará a descer, e a uns 40 milmetros de altura se abrirá o primei-ro pára-quedas, que diminuirá avelocidade para 161 quilômetrospor hora. Um pouco mais tarde seabrirá o pára-quedas principal, quedeverá reduzir sua velocidade para49 quilômetros por hora, a fim dediminuir o choque do pouso noOceano Pacífico.

Os organizadores deste sofisti-cado turismo nâo escondem que ovôo encerra grandes perigos: o atri-to do foguete com a atmosfera, adesaceleração, a possibilidade deuma falha na direção e o choquecontra a terra firme são riscos queos futuros cosmonautas amadoresdeverão enfrentar para conquistaro glorioso título de "colegas" deAnderson, Scott e Gagarin.

Durante toda a viagem, o mini-foguete — batizado de Volksrocket

pelo seu criador, o ex-funcionárioda NASA, engenheiro RobertTruax — será acompanhado de umcentro terrestre de radar. Tâo logoseja localizado no oceano, graças aum emissor de rádio, a equipe deresgate começa a agir

Três embarcações, vários heli-cópteros, seis homens-rás e quatromédicos ficaráo encarregados de fa-zer regressar sào e salvo à Califór-nia o turista espacial. O foguetepoderá ser usado para outros lança-mentos. O Volksrocket será impul-sionado por quatro motores LR01,semelhantes aos motores auxiliaresdos foguetes espaciais Atlas e Thor.O piloto automático é dotado deum sistema de direção giroscópicae de um acelerador formado porservo-válvulas ligadas à câmara decombustão dos motores.

O engenheiro Robert Truax,criador do Volksrocket, tem umalonga e comprovada experiência, econta com o apoio de vários empre-sários de Chicago, que nào hesita-ram em investir no projeto.

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V

Zózimo

"CARNET" DEDESPEDIDAS

Os Cônsules da Espanha, Pilar eCarlos Abella. que estào deixando oBrasil rumo a Madri sào um casalque, graças a sua simplicidade ecordialidade, souberam colecionaramigos ao longo de quase três anosem que aqui serviram. Por isso,estào sendo o centro de homena-gens da sociedade carioca, numverdadeiro festival de despedidas.

Como por exemplo: para um ele-gante jantar black-tie em sua ho-menagem receberam anteontem oSr e Sra Cleophano Meireles; ama-nhà, em Petrópolis, Belita e MarcosTamoyo recebem para um almoço;no dia 9, segunda-feira, é a vez doCônsul da Alemanha e Sra Racky,que recebem para um jantar; no diaseguinte, também para jantar, rece-bem o Almirante e Sra Faria Lima;dia 16, os anfitriões sào o Sr e SraLaudo Camargo, que convidam pa-ra jantar; dia 17, os amigos dosAbella se reúnem para um jantarblack-tie no Special; dia 19. Gilda eAntônio Salgado oferecem um jan-tar, e no dia 23, quem convida parajantar é Maria e Mario Agostinelli.

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Papéisem caixa

A tributação sobre lucros decla-rados no Imposto de Renda, cujasnormas deverão ser anunciadas pe-lo Governo na próxima semana,trarão uma novidade: os contri-buintes atingidos poderão pagar odepósito compulsório sobre lucroscom bonificações com os própriospapéis.

Foi a maneira encontrada porBrasilia para evitar um abalo sis-mico de grandes proporções nasfinanças de numerosas empresasdo pais.

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AGENDAPARISIENSE

Ricardo Amaral trocou Parispor Nova Iorque durante quatrodias, a negócios: estará de voltahoje, possivelmente com planosconcretizados da aberttira de umacasa noturna nos Estados Unidos.

Os Barões Empain, pais do Ba-rão Edouard-Jean, o p.d.g. do gru-po Empain-Schneider, festejam ho-je suas Bodas de Ouro, receberidole tout Paris para uma monumen-tal festa no Club Travellefs.

Quem também vai movimentara Paris elegante no domingo é ocostureiro Daniel Hechter, em cujatenda, montada em Roiand Garros,reunirá um numeroso grupo deamigos para almoço, após o quetodos seguirão para o camarote darevista Vogue para assistir à fina-lissima do torneio.

A cidade vive freneticamenteum encadeado de festas: dia 11,quem recebe é a Condessa de Ro-chefoucauld: dia 16. é a vez daPrincesa Ira de Furstenberg feste-jar seus 40 anos recebendo parauma noite em b.t.; dia 18, o SrNelson Seabra reiine amigos parajantar no Pré-Catelan, especifican-do o vermelho para as mulheres.No dia seguinte, Paula Loos abreseu imenso apartamento da Ave-nue Foc.. para um bal masque, edia Io de julho a Condessa Malte-ray de Barre movimenta Versalhesrecebendo para uma noite de b.t. ecabeças ornamentadas.

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ModificaçõesO tímido sol que banhou Ipane-

ma ontem foi suficiente para levaràs areias um time de meia dúzia deadeptas do topless que limitaram-se a percorrer a praia, pela linhadágua, do Jardim de Alá ao Caste-unho e vice-versa.

Pela primeira vez o topless —que até manifestações de violênciajá causou no mesmo local — foiaplaudido mais de uma vez.

A chegada do irt^erho provocaprofundas modificações nos habi-tos do povo.

Ansiedadepapal

Do encontro, embora ràpi-do, do Ministro Eduardo Portei-Ia com o Papa Joào Paulo II, naUNESCO, em Paris, ficou-se sa-bendo que a ansiedade de SuaSatitidade em conhecer o Bra-sil é quase tão grande quanto aque cerca sua próxima chega-da aqui.

Ao cumprimentar o Papaem nome do Presidente da Re-piiblica, o Ministro da Educa-ção respondeu a algumas per-guntas de Sua Santidade sobreo Brasil, transformando o en-contro no mais longo mantidopelo homenageado durante suavisita à sede da UNESCO.

Sinatraem cena

Frank Sinatra. que acabou defilmar em Nova Iorque The FirstDeadly Sin. ao lado de Faye Duna-way, prepara-se para estrelar noCarnegie Hall uma temporada deduas semanas.

Há dois meses nào existe sequerum lugar para os 15 dias do espeta-culo, mas a imprensa de Nova Ior-que continua a anunciar em pági-nas inteiras as apresentações docantor.

É o que se pode chamar imaisuma vez) de consagração total.

RODA-VIVAO Dr Ivo Pitanguy embarcou

anteontem para a Europa, a convi-te da Sociedade Espanhola de Ci-rurgia Plástica: vai dar um cursosobre sua especialidade em Va-lència.

Chega ao Rio dia 11 o CondeCinzano. Deve ter mudado daidéia quanto á exposição no Bra-sil das jóias da Coleção Cinzano,depois que a Condessa declarouque nem ela nem ninguém na fa-milia possuía jóias.

O diplomata Sérgio Telles inau-gura hoje uma exposição de pintu-ra na galeria Wildenstein de Tó-quio.

O grupo The Fox inaugura nosegundo semestre dois novos res-taurantes na Zona Sul: o Varanda,onde funcionava a Bolsa de Arte,e o Don Peppone, onde existia oNumber One.

Frank Shaeffer abre no dia 10,na galeria de arte da Embaixadado Brasil em Assunção, uma expo-sição de pinturas recentes emguache.

Gal Costa renovou por maistrés anos, festejando com Moet etChandon, seu contrato com a gra-vadora Phonogram.

O Presidente Stroessner inau-gurou na quarta-feira, em Assun-çào, uma ponte com o nome doGeneral Costa Cavalcanti.

O Meridien abre dia 17 seu no-vo restaurante, o Casablanca, es-pecializado em cozinha marro-quina.

A Sra Josefina Jordan passan-do o week-end em Itaipava. hospe-de da Sra Fátima Bahout.

Abelardo Zaluar está convi-dando para a exposição que inau-gura dia 10 na Galeria Sara-mentia.

O teatrólogo Roberto Athaydeestá trocando Nova Iorque, ondereside, pela índia e o ExtremoOriente.

A Secretaria de Educação eCultura e a Oficina Literária Pro-fessor Afranio Coutinho promove-rão cursos e seminários ainda esteano na área da literatura brasi-leira.

Claude Amaral Peixoto embar-ca hoje para um tour por Paris eNova Iorque.

AMEAÇANAVAL

Já está nas mãos do Go-vemo o documento prepara-do pelas empresas de cons-truçâo naval solicitandoenérgicas providências nosentido de se iniciar um pró-ximo programa de incentivoao setor.

Levando-se em conta quecada navio, entre a contra-tação e a entrega, leva emmédia dois anos nos cantei-ros de obras, e que o 2o Pro-grama de Construção Navaltermina no próximo ano, osestaleiros estarão seriamen-te ameaçados se náo houvernovas encomendas num cur-to espaço de tempo.

Como se nào bastassem asameaças do desemprego emmassa e de prejuízos incal-culáveis, existe a necessida-de da substituição urgentedo grande volume de afreta-mentos pela frota própria.

No documento, os cons-tmtores não se abstèm delembrar ao Governo que foide Brasília que partiu a de-cisão de estimular o cresci-mento do setor, às vésperasda criação do Programa deConstruçáo Naval.

¦ ¦

Mais dificilO Senador José Sarney, que

alimenta esperanças de eleger-se para a vaga de José Américode Almeida na Academia Brasi-leira de Letras, recebeu há diaso primeiro revés de sua cam-panha.O candidato, que contavacomo certo o apoio do escritorJorge Amado, foi informadoque o acadêmico havia concen-trado suas forças na campanhado candidato adversário, o es-critor Orígenes Lessa.

A importância de ter JorgeAmado a seu lado era grande, jáque o autor baiano costumaliderar correntes inteiras de vo-tantes nos pleitos acadêmicos.Ou seja: a luta pela cadeira deJosé Américo ficou agora maisrenhida para o Senador, queterá que intensificar suas visi-tas e aprimorar sua plataformapara as eleições que estáo che-gando.

¦ ¦

Jânio na TVO Sr Jânio Quadros está ini-

ciando uma maratona de apre-sentações na televisão.

Na quarta-feira, o ex-Presidente deixou o Guarujápara gravar na TV Paulistauma entrevista.

Dia 19, estará no Rio, juntocom D Eloá. Vem participar deuma entrevista na TV, que pro-mete ser de grandes revelações.

Sabedoriade família

• O maior apoio recebido nos últi-mos dias por Ted Kennedy, emplena campanha presidencial nosEstados Unidos, ocorreu há dias,quando Billy Carter, numa entre-vista coast to coast transmitidapela ABC-TV, declarou a propósitodo irmáo:

— Quando Jimmy dá um conse-lho, deve-se fazer exatamente ocontrário. É sempre a solução maisinteligente.

Fred SuterR.dalor-Subshlulo

V.

PAGINA 4 D CADERNO B D JORNAL DO BRASIL ° Ri° d» Janeiro, sexta-feira, 6 de Junho de 1980 !

PILATELIA VERÍSSIMO

ECT comemoraaviação

históricaCarlos Alberto /_. Andrade

A

primeira travessia postal do Atlântico Sul emuma aeronave e o cinqüentenário da primeiraviagem do dirigivel Graf Zeppelin a terrasbrasileiras, marcam hoje o primeiro lançamen-to de selo promovido pela ECT neste mês dejunho.

A viagem dos franceses Mermoz, Dabry e Gimié, reali-zàda em maio de 1930, transportando, pela primeira vezatravés do Atlântico Sul, malas postais com destino aoBrasil, será comemorada oficialmente hoje, a partir de llh,no Consulado Geral da França (Av. Presidente AntônioCarlos 58 — 6o andar) no Rio de Janeiro, em solenidadepromovida pelo Cônsul Geral da República Francesa,Diretoria Regional da ECT Air France, companhia respon-sável pela realização do vôo histórico.

A chegada do Graf Zeppelin ao Rio de Janeiro, em1930, se constituiu em um dos mais importantes aconteci-mentos aeronáuticos daquela década, havendo motivadoas autoridades aeronáuticas brasileiras para a construçãode amplos hangares para o que então era considerado como"o dirigivel do futuro". Eficiente e prático em suas opera-ções o Zeppelin foi abandonado pelas companhias deaviação após o acidente com o Hindemburgo, em 1937. Alembrança da passagem desses dirigiveis pelo Brasil aindaestá presente nas estruturas dos hangares de Santa Cruz(Rio). A Diretoria Regional da ECT programou solenidadeespecial de lançamento deste selo, para a tarde de hoje, noConsulado da República Federal da Alemanha.

As peças foram criadas por Ary Fagundes e têm tira-gem de 2 milhões SOO mil exemplares cada uma, com valorfacial de Cr$ 4. O edital comum aos dois selos indicatambém a realização de cerimônias especiais em São Paulo(SP) e Recife (PE).

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A.C. JOHNNY HART

Brasil 80

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jornal Diário Popu-lar, de Lisboa, Por-tugal, noticia emsua coluna filatéli-

ca (semana de 6 de maioúltimo) a descoberta de se-los falsos da Organizaçãodas Nações Unidas (ONU).Diz a nota: "Um bloco dequatro selos, de aparênciaduvidosa, da emissão de1954 do Dia das Nações Uni-das, foi enviado à Adminis-tração Postal da ONU paraexame. As análises revela-ram que os selos eram fal-sos. Os originais foram im-pressos por uma firma brita-nica, por processo gráficodiferente do daqueles selosagora observados em labo-ratório. As legendas destesúltimos, espebialmente aspalavras em chinês, estãoempasteladas." Informa ojornal português que a Ad-mlnlstração Postal da ONUvdivulgou comunicado a res-peito das falsificações, reco-nhecendo sua existência,mas ressalvando a impossi-bilidade de realização deanálises individuais.

Vêm gerando sériapreocupação nos meios fila-télicos europeus as notíciassobre valorização dosexemplares remanescentesdo recolhimento, pelos Cor-reios de Portugal, da peçade 30 escudos da série Ins-trumentos de Trabalho, pa-ra retoque na gravura. Pou-cos exemplares com defeitojá haviam sido vendidosquando da decisáo do CTP— Correios e Telecomuni-caçoes de Portugal.

A cidade de Duque deCaxias (RJ) estará pro-movendo, nos dias 10, 11 e12 de junho corrente, a IaExflduca — Exposição Fila-télica de Duque de Caxias,mostra organizada pelo Clu-be Filatélico São Gabrieldaquele município. A Expo-sição, que tem apoio da Di-retoria Regional da ECT,através de sua AssessoriaFilatélica, e da AgênciaPostal de Duque de Caxias,estará aberta à visitaçãopublica nos salões da antigaagência do Bradesco, na Av.Presidente Vargas, 182, de-fronte à agência da ECT. AsInformações sobre a Ia Exfi-duca poderão ser prestadaspelos telefones (021) 771-4887 - 771-1569.

A comemoração dos 90anos de fundação do Servi-ço Geográfico do Exército,realizada pela ECT ao finalde maio último, recebeu daDivisão de Imprensa da ad-ministração postal brasi-leira, comunicado especialà imprensa, com a reprodu-çáo do carimbo e detalhes¦obre a homenagem. O no-nagésimo aniversário doSctE — data que segura-atente deveria figurar nocalendário das emissões deselos comemorativos brasi-leiros, é outro dos fatos his-toricos esquecidos pela Co-

missão Filatélica Nacionalque acaba de se reunir emBrasilia (DF) para definiros lançamentos do próximo

O MAGO DE ID.• \

BRANT PARKER E JOHNNY HART

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VAMOS \ -S,

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O selo que a ECT deveriaemitir registrando o cente-nário de Helen Keller — co-mo a única administraçãopostal em todo o mundo aprestar essa homenagem,além dos Correios dos Esta-dos Unidos—foi retirado daprogramação oficial de ju-nho corrente, sem qualquerindicação de nova data paraseu lançamento. O selo nor-te-americano será posto avenda a partir do dia 27deste mês.

A Administração PostalNacional da Colômbia aca-ba de inovar em matéria deselos emitidos para circula-ção regular. Trinta peças,no valor facial de quatropesos colombianos para ca-da uma, integram a série OAlfabeto, posta a venda emBogotá, a partir de 26 deabril passado. Com um to-tal de 18 milhões de exem-plares, distribuídos em 30selos diferentes, a emissãocolombiana fere frontal-mente as recomendaçõesdos organismos internacio-nais.

Na próxima sexta-feira,dia 13, será oficialmenteaberta em Fortaleza (CE) aBrapex-4 — Exposição Fila-télica Brasileira — mostraque reunirá na Capital cea-rense os mais importantesnomes da fllatelia nacional.Programada para estaraberta ao público até o pró-ximo dia 21, a Brapex-4 dáseqüência ao programa ofi-ciai brasileiro de exposiçõesde nível internacional, ini-ciado com a Brasiliana 79,dentro das novas disposi-ções do regulamento da Fe-deração Brasileira de Fila-telia. Na ocasião a ECT de-verá emitir um bloco come-morativo da mostra.

Uma reprodução do pro-grama de emissões para1980, distribuída pela ECTcom retificações nas datasde emissões de diversos se-los, indica, como data basepara lançamento da sériede selos do Papa João PauloII, o dia 13 de julho, comsolenidades programadaspara Aparecida do Norte(SP), Curitiba (PB), Fortale-za (CE), Rio de Janeiro (RJ)e Brasilia (DF).

LOGOGRIFO JERÔNIMO FERREIRA

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TT I PROBLEMA N° 393 12. ombrear (4) Consiste o LOGOGRI-fj T 1. ambicioso (5) 13. peçonhento (6) FO em encontrar-se de-w ¦*¦ 2. automórfico (11) 14. que imigrou (9) terminado vocábulo,

3. exorbitante (7) 15. rabo-de-arara (6) cujas vogais-ja estão

I.

. ,c4 ' w i a í ií\ inscritas no quadro aci-4. imagem (5) 16. referente a ícaro (6) ma Ao ,ac£ ò direila5. inimigo (5) 17. relativo a idiomografia (11) é dada uma relação de6. iodo (5) 18. relativo ao irídio (7) vinte conceitos, deven-7. irisado (6) 19. sânie (4) d° ser encontrado um8. irmão (4) 20. sistema místico-filosófico da sinonim° 1*"° <ada

%Wm ^W ^0el^UrTne,re0sese

10. lua (4) e todos começados pe-11. metal de símbolo Ir (6) Palavra-chave: 13 letras: Ia letra inicial da pala-

A^^ vra-chave. As letras de

^J JL '—~ ~"————————————— todos os sinônimos es-¦—^¦—-_-_-_--_¦¦--_-¦wmmmmm____¦! tão contidas no termo

encoberto, e respeitan-Soluções do problema n° 392: Palavra-chove: FILANTROPISMO dose as letras repe-Parciais: filiar; filantropo; folipa,- faminto; fastio; formato; fiapo; frísio; frolo,- tidas,florais; fontal; frontal; farolim; filonar; filmar; filatório; foliar; firmai; fotismo;florista.

:ruzadas CARLOS DA SILVAHORIZONTAIS — 1 — designação comum aosbaixos da família dos saxornes, especialmentedo saxorne contrabaixo, de timbre solene esonoridade ampla no extremo grave, e queressoa a oitava inferior da nota escrita, ou à nonamaior inferior do nota escrita (pi.); estilos épicos,-6 — depressão e diferença de cor que seobservam na casca dos frutos de certas plantasrasteiras, na parte em que ficam de encontro àterro; 10 — gênero de palmeiras, semelhantes àsque produzem tomaras,- 11 — que lem ou podeter algum uso, ou que serve paro alguma coisa;12 — que detém podei ou autoridade supieno,sem restrição nem neutralização; 14 — anel. decouro ou de metal, pertencente à coleira, queenlaça o pescoço do animal; 15 — disposta emcurvas, à maneira de ondas; coisa que apresentaa foi ma de ondas; 16 — símbolo do bromo; 17— por outra forma,- 18 — vir em conseqüência;

suceder, acontecer; 20 — exsudoto patológicoliquido, de aspecto opaco, formado de leucócitose células misturados a líquidos orgânicos, e quese produz como conseqüência de uma inflama-ção; 23 — arbusto americano, de cujo suco seservem os indígenas para fazer narcotizar epescar peixes,- transpiração malcheirosa de ou-tros animais e também humana; 24 — elementode composição grego, usado em Zoologia com osentido de cauda (antes de vogai); 25 — cavaloárabe de grande ligeireza, adestrado na guerra;cavaleiro destro e bem-montado,- 27 — descen-dente das antigas casas da Polônio, por oposiçãoaos estrangeiros, 29 — planta da família dasacontáceas, cultivada em jardins, no Brasil e naEuropa, de flores grandes, roxas ou vermelhas, efruto capsular; 30 — divisão do núcleo em dois,sem as figuras de mitose e, por via de regra, semdivisão do citoplasma.

VERTICAIS — I — tampa de barro, para vasilhada mesma substância; camada de barro parafiltrar a água dos pães de açúcar; 2 — gemido,uivo; 3 — folhos pregueados, franzidos, ougodès, porá guarniçâo de saias, toalhas, etc;mexericos; 4 — associação científica ou literária;lugar público onde os literatos, na Grécia antiga,liam as suas obras: 5 — que cuida de suasfunções ou obrigações com pontuolidade, meto-do e correção: feito com cuidado; 6 — parentescoentre cunhados, 7 — gênero de insetos coleopte-ros da família das elaténdas, 8 — quarta cordado contrabaixo; 9 — vaso de argila porosa,semelhante à moringa; 13 — antiga medidalinear, correspondente ò vara, e ho|e ao metro,-16 — conjunto de condutoies das águas pluviais

que escorrem pelo telhado das casos; álveo demadeiro para passagem de rio ou de riacho; 19— viga mais delgada que a virgem e cujaextremidade superior se encaixa no orifício des-ta, sendo a extremidade onterior atravessado

pelo fuso; insígnia de magistrados e mercadores;20 — estado intermediário entre a larva e aimago, nos insetos holometabólicos; 21 — ador-no litúrgico de supremo sacerdote judeu nostemplos bíblicos; 22 — situado em nível ou

altitude superior à de outro; 25 — (mit. escondi-

nava) marido de Embla, a primeira mulher, feita

de um almo; 26 — (obsol.) justiço divina.: 28 —

lapso brevíssimo de tempo. Léxicos: Morais;

Melhoramentos; Aurélio e Casanovos.

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SOLUÇÕES DO NÚMERO ANTERIORHORIZONTAIS — tos; botara; aveno,- am em,- bi básico; eteroma-no; li; tom; otopognose; abebe; asa; adamina; od; po; batismo;asma; eneos.

VERTICAIS — tabela; avititodos; sebe; basofobia; taco; amon-toa. re,- omã; nar; im,- oossomo; oba; pemba; gente; meados;apa; ain; se.

Correspondência e remesso de livros e revistas para:Rua das Palmeiras, 57 apto. 4 — Botafoqo — CEP22.270

JEAN PERRIER

CARNEIRO — 21/3 a 20/4

Finanças — Trabalho ¦ Dia um pouco difícil.Você deve levar em conta os atrasos e os contia-tempos que marcarão este dia. Suas relações comseus colaboradores serão boas. Evite as despesas.Amor — Nado de grave nas suas relações senti-mentais que certamente seião complicada;, e vocêse sentirá incapaz de escolher entre duas pessoas.Tenha paciência. Pessoal - - Procure ver o ladobom das pessoas. Saúde — Excelente, mas façaesportes.

TOURO — 21/4 a 20/5

Finanças — Trabalho — Profissões cientiificasfavorecidas. Deixe falar a sua intuição e nàotenha medo das novidades. Os asiros protegemsuas açóes e solicitações. Excelente dia financeiro.Amor — Nada de novo no plano sentimental.Apesar de tudo, você receberá uma prova deamor que o (a) deixará bastante comovido (a).Alegria cnm seus filhos. Pessoal —- Uma novarelação vai abrir-lhe novos horizontes. Saúde —Grande forma.

GÊMEOS - 21/5 a 20/6

Finanças —Trabalho - - Cuidado hoje, pois vocêpoderá temer um litígio com pessoas de seu meioprofissional. Nào discuta com seus chefes. Noplano financeiro, evite os despesas supérfluas.Amor — Apesar de neutio, o dia será agradável.Livre-arbitrio completo. Você deve fazer um exa-me de consciência e atualizar sua correspondeu-cia. Pessoal Náo aja sozinho e peça conselhos.Saúde — Dores arliculares.

CÂNCER- 21/6 a 21/7

Finanças — Trabalho — Profissões liberais esecretários (as) favorecidos. Em geral, os astrosserão bons para você. Aproveite para agir. Oclima financeiro será excelente e você pode fazerespeculações. Aproveite o dia, que deverá serfeliz pois trará tranqüilidade e sentimentos pro-fundos. Pessoal — Não tenho medo de concreti-zar seus sonhos. Seja audacioso (a). Saúde —Grande forma física.

LEÀO - 22/7 a 20/8

Finanças —Trabalho — Se você souber ho|e sairda rotina e mostrar-se dinâmico (a) provavelmen-le será bem-sucedido (a) nos negócios. Amor —Parece que você ficará contrariado (a) por causade uma carta que você não receberá. É melhorassim. Você deve falar francamente com seusfilhos. Pessoal — Se você quiser, consolide suasrelações. Saúde — Cuidado com o calor.

VIRGEM — 21/8 a 22/9

Finanças —Trabalho — Certamente você terá umdia de desanimo, mas se beneficiará da proteçãoou de intervenções favoráveis no seu trabalho enos negócios. Cuidado com suas finanças. Amor

Sentimentalmente, o clima será benéfico. Vocêencontrará harmonia e compreensão com a pes-soa amada. O plano amizade será excelente.Pessoal — Convide seus amigos (as): você devedistrair-se mais. Saúde - - Faça esporte paramanter a sua forma.

BALANÇA — 23/9 o 23/10

Finanças —Trabalho — O dia será bom. Conver-se com ns pessoas influentes que podem a|udá-lo(a) nos negócios e no plano financeiro. Profissõesindustriais favorecidas. Pode assinar documentos.

Amor — Cuidado! Com Vênus em quadratura,seja particularmente prudente com a pessoa amo-da. Evite as discussões inúteis com a sua famila.

Pessoal — Otimismo e alegria de viver. Saúde¦— Enxaquecas são possíveis, não fique nervoso

ESCORPIÃO— 24/10 a 21/11

Finanças —Trabalho — Excelente clima profissio-nal. Hoje, não esqueça de seus encontros e dosnegócios importantes. Sucessos materiais e mo-rais. Contatos, acordos e contratos favorecidos. —

Amor — Otimismo completo: você ficará apoixo-nado (o) e tentará convencer alguém, com êxito.Saiba aproveitar o seu encontro. Harmonia emfamília. Pessoal — Não faça obseivações desa-

gradáveis e procure ter boa vontade. Saúdo —Resista às tentações.

SAGITÁRIO — 22/11 a 20/12

Finanças — Trabalho — Profissões comerciaisfavorecidas. Cuidado com o plano profissionalcom Saturno em quadratura. Nào discuta comchefes. Você não deve tomar decisões importantesno futuro. Amor — Certamente o dia poderátrazer uma amizade amorosa, ou um namoro (a).Você terá bastante confiança em si mesmo. Pes-soai — Seja aplicado (o), nào tenha medo dedespender esforços suplementares. Saúde —Grande forma fisica.

CAPRICÓRNIO —21/12 o 20/1

Finanças —Trabalho — Excelente clima profissio-nal. Grande compreensão com seus chefes. Diabenéfico para assumir compromissos importantes.Financeiramente, o dia será benéfico para osinvestimentos. Amor — Durante o dia você deveser extremamente prudente nos suas palavras senão quiser ter problemas sentimentais e familia-res. Pessoal — Procure conhecer os aspectos maissecretos de certas pessoas. Saúde — Risco deacidente.

AQUÁRIO — 21/1 o 18/2

Finanças — Trabalho — Empregados (as) decomércio favorecidos (as). Ho|e, seu senso vai

permitir-lhe adivinhar se uma proposta que lhefor feita tem possibilidade ou nào de ser bernsucedida. Amor — O clima sentimental seráneutro. Parece que você se libertará de olgurnacoisa que pesava no seu coração. Cuide de seusfi lhos. Pessoal — Suas decisões serào benéficas sevocê souber controlar-se. Saúde — Dores museu-lares.

PEIXES — 19/2 a 20/3

Finanças —Trabalho — Excelente clima financei-ro. Negócios e plano profissional bem influencia-dos. Hoje, você pode tentar concretizar umanegociação antiga em condições bastante benefi-cas. Assine documentos. Amor Com os asirosbem influenciados, você terá um din agradávelque lhe vai trazer paz, segurança e alegria. O quevocê deseja mais. Cuide de seus filhos. — Pessoal

Procure entender melhor seus pro/imos. SaúdePonto fraco: rins.

CADERNO B D JORNAL DO BRASIL O Rio de Janeira, texta-feira, 6 «te junho de 1980 ? PÁGINA 5

COM este meio-inverno dos últimos dias, o

carioca pode saborear no Festival da ComidaEscandinava, no Hotel Sheraton, as iguarias

nórdicas sem problemas de excesso de calor.Farto e bem servido, o buffet doFestival estará servido até o dia11. Bom apetite. (Pág. 12)

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Dario Fo, com Preto no Branco, e Hélder Costa, com D João VI, são doisautores' no repertório do grupo independente português A Barraca

A BARRACA ACAMPA NO RIOA

Barraca, um dos mais lm-portantes grupos teatraisde Portugal, está no Brasil.Na bagagem, quatro espe-táculos que serão apresen-tados inicialmente no Rio e

em seguida em Sáo Paulo e Brasília.Grupo independente, A Barraca foi diri-gido dois anos por Augusto Boal. Nasci-do com a Revolução de 25 de Abril efundado em 1975, constituiu-se comocooperativa no ano seguinte. Com umtrabalho eminentemente popular, seusintegrantes foram transpondo, um aum, os obstáculos que surgiam, amea-cando a continuidade de suas ativida-des. O maior deles: o corte de subsídiosem 1977.

Atualmente radicado em Lisboa,com um teatro de 150 lugares (aondefunciona um centro de cultura), o elencomantém um público fiel e cada vezmaior. Nào há espetáculo que encenemsem lotação diária esgotada. A seme-lhança com os objetivos do grupo tea-trai A Barraca, criado por Garcia Lorcadurante a Revolução espanhola, levouseus fundadores a adotarem tal nomenuma homenagem ao escritor.

Com a proposta de pesquisar formasde teatro popular "com espetáculos quedivirtam o público, sem abusar dele eque lhe tragam algo de sua realidadepassada ou presente", A Barraca traba-

lha com dois tipos de texto. HélderCosta, diretor de três dos quatro espeta-culos trazidos e autor duplamente pre-miado pelo texto de um deles (D JoãoVI) esclarece:

O repertório inclui temas da histó-ria e da cultura portuguesas e, simulta-neamente, outros de análise da situaçáoem que vivemos, integrados à chamadacorrente de agitação e propaganda. Nostextos, muito humor — característicado grupo — e a utilização do insólito edo grotesco.

Maria do Céu Guerra, uma das fün-dadoras de A Barraca, é uma atriz mui-to popular em Portugal, popularidadeconquistada desde os tempos do teatrode revista. Ela fala da importância dasproduções independentes de seu país ede como o público foi conquistado:

O teatro vive em Portugal atravésdos grupos independentes, que agoratêm um público maior do que os espeta-culos estatais. Começando como margi-nais, ganharam um espaço importante,pois correspondiam às ansiedades damaioria dâ.populaçáo. O movimento deprodução independente foi-se impondopela qualidade e por estar próximo, defato, do público português que queriaoutras formas de arte na transformaçãoda sociedade. Um público que foi sendoconquistado aos poucos, já que estava

desabituado a montagens pobres e sa-las de espetáculos em más condições.

Fazendo jus à definição do próprioLorca sobre a palavra barraca, "umacoisa que se desmonta, que roda e mar-cha pelos caminhos do mundo", o grupoportuguês não restringe suas apresenta-ções ao seu teatro. Escolas, cooperati-vas agrícolase zonas industriais os con-vidam a se apresentarem constante-mente. Deste modo, um público cadavez maior e mais diferenciado é atingi-do. Maria do Céu confirma:

— Nosso lançamento foi projetadoinicialmente para tournées. Mas pormotivos econômicos e com o recuo doprocesso político, isso foi dificultado.Como opção diária, não dava. Passouentão a haver a necessidade de nosradicarmos em Lisboa, o que coincidiucom a chegada de Augusto Boal ao .grupo, que muito contribuiu em quali-dade e em atrair mais público."Um encontro definitivo para o senti-do de pesquisa do grupo", segundo eles.Exatamente no ano em que o subsídio écortado, A Barraca estréia o espetáculoA Barraca conta Tiradentes, texto deBoal e Guarnieri ao qual se somou umasérie de textos fornecidos pelo grupo.Com música de Caetano Veloso, Gilber-to Gil, Sidney Miller, Theo de Barros eCarlos Alberto Moniz, A Barraca contaTiradentes ficou em cartaz durante oito

meses, totalizando 150 apresentaçõespara um público de 16 mil espectadores.No mesmo ano, Boal dirige outro espe-táculo, Ao Qu'isto Chegou-Feira Portu-guesa de Opinião, que consistia numacolagem de textos sobre a situação dePortugal e suas perspectivas, vistas porpoetas e dramaturgos. Encenado na So-ciedade Nacional de Belas-Artes e inte-grado a uma exposição de artes plásti-cas sobre mitologias portuguesas, teve84 representações para um público su-perior a 16 mil espectadores.

Os ingressos das produções inde-pendentes sào os mesmos das produ-ções estatais ou empresariais, cerca deCr$ 100. Até por opção estética, a mon-tagem é pobre, custando, no máximo,Cr$ 10 mil. Houve tempo em que ABarraca trabalhou como criação coleti-va, mas esse estilo foi deixado de lado,como conta Maria do Céu:

O coletivismo a primeiro grau nãotrouxe bons resultados. Agora coletivi-zamos, especificando tarefas. A criaçãocoletiva pura foi esquecida.

A atriz prossegue lembrando que aaproximação dos grupos independentesentre si e junto ao sindicato, foi um dosfatores mais importantes para fortalece-los.

Nós ficamos muito atentos aostrabalhos dos grupos brasileiros Oficinaè Arena na década de 60, pois nessa

época não havia teatro independenteem Portugal. O que havia era um impas-se e apenas duas opções: o estatal e ocomercial, este último um teatro deempresários com um minimo de quali-dade e que degenerava-se gradativa-mente. As experiências destes dois gru-pos e de outros latino-americanos, comoo Buonaventura e o Candelária, servi-ram como estimulo.

É Menino ou Menina?, o espetáculode estréia, que flca até amanhã emcartaz, é uma colagem de textos de GilVicente enfocando os principais perso-nagens femininos de sua obra. HélderCosta, o diretor, diz que a peça temcomo finalidade estimular o interesse ea compreensão do clássico e, por outrolado, trazer para a atualidade temaspermanentes da cultura. "O espetáculoacaba por ser uma forma de intervençãono debate que existe sobre o movimen-to feminista, através da utilização detextos de outro século". No elenco, doisúnicos intérpretes: Maria do Céu Guer-ra e Orlando Costa.

Preto no Branco é a peça seguinte, apartir da segunda sessão de amanhã(22h30m), até a próxima terça-feira. Otexto é do italiano Dario Fo, adaptadopor Hélder Costa, que também é o dire-tor, com música de Vitorino.

— Ê uma peça que se destina a

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É Menino ou Menina?, coletânea de textos de Gil Vicente sobre a condiçãoda mulher, revela uma grande atriz: Maria do Céu Guerreiro

UM SIMPÁTICO CARTÃO DE VISITASYan Michalski

TAMBÉM

para isso, entre ou-trás coisas, servem os classi-cos: para serem usados comocartão de visitas, a partir doqual se pode ter uma primei-ra impressão sobre a perso-

nalidade do visitante/Tanto o TeatroExperimental de Cascais como agora ABarraca fizeram questáo de começarcom Gil Vicente. Por um lado, suponho,por acharem que, como verdadeiro clás-sico que é, ele sintetiza elementos bási-cos da alma nacipnal portuguesa, que éimportante mostrar numa tournée aoexterior. Mas também por saberem que,como verdadeiro clássico que é, ele pro-picia a oportunidade de conceituar desaída, através do tratamento cênicoaplicado à obra do autor, a própriapersonalidade e ideologia artística dogrupo.

O Gil da Barraca — É Menino ouMenina? — é, visivelmente, mais popu-lar e jovem do que o do TEC. É por issomesmo, e para início de conversa, trata-do com menos cerimônia: em vez devermos seus textos na íntegra, recebe-mos uma colagem de extratos de diver-sas peças e poemas. A opção oferece avantagem de permitir ao grupo definirclaramente, já através do critério deseleção, algumas de suas preocupaçõescoletivas. No caso, a condição da mu-lher, exemplificada pela posiçáo de vá-rias das principais personagens femini-nas de Gil. Como diz a atriz Maria doCéu Guerreiro: "Pegar numa dúzia dassuas mulheres, ligá-las ao que no maisfundo as define: a sua relaçào com ohomem, com o medo, com a fome, com asolidão. Mergulhar no seu pânico e virao de cima para que nos ouçam dizer:ainda somos assim! muitas!"

Mas a opção oferece também algumadesvantagem, sobretudo em se tratan-

do de abertura de uma série de apresen-tações num país estrangeiro, embora —pelo menos oficialmente — de mesmalingua. O espectador brasileiro não estáfamiliarizado, omo o português está,com a obra vicentina, e ao recebê-lafragmentada tem natural dificuldadeem situar cada pedaço dentro do con-texto global da respectiva peça, ou pelomenos imaginar um contexto global noqual o fragmento mostrado possa ad-quirir autonomia. Esta dificuldade éagravada pelos problemas que a capta-ção de uma linguagem arcaica, tornadaainda mais estranha pela prosódia tãodiferente da nossa, e tratada pelos intér-pretes com um informalismo que náocontribui para facilitar sua assimilaçãopor um ouvido pouco familiarizado, co-loca diante de nós. Em alguns trechosdo espetáculo senti perante o trabalhoda Barraca a mesma admiração excessi-vãmente distanciada que me costumacausar o contato com clássicos de pai-

ses cujo idioma e código de referênciasconheço apenas por alto.

Esta barreira, porém, nào impedemas apenas dificulta um pouco, o acesso à emoção que emana do singelointeligente e bonito É Menino ou Menina? Numa convenção cênica que dispensa a cenografia, substituindo-a poracessórios altamente sugestivos em re-lação ao tema — muitos panos paraserem bordados ou costurados, muitoslegumes para serem cozinhados—e poruma elaborada iluminação que esculpee realça as figuras dos dois intérpretescontra o fundo escuro, o diretor HélderCosta envolve-nos na fòrça poética e nacontundente ironia social do verso vi-centino. O tratamento do verso pelosatores, aliás, simboliza particularmenteas diferenças de estilo entre o TEC e ABarraca: enquanto os intérpretes doTEC cultivam e valorizam virtuosistica-mente a melodia clássica do verso, osda Barraca abordam o verso com a

mesma descontraçào que caracteriza oresto do seu comportamento em cena:quebram a sua cadência natural compausas e variações de andamento, repe-tem ou acrescentam certas palavras demodo a alterar a convenção métrica;mas, no resultado final, aproveitam comrendimento náo menos sugestivo, sóque num tom mais dissonante e con-trastado, o potencial sonoro que o versocomporta.

Apenas dois intérpretes em cena:Maria do Céu .Guerreiro, protagonizan-do cada um dos trechos escolhidos, eOrlando Costa, dando-lhe a réplica nosfragmentos dialogados, e responsabili-zando-se, com a sua voz e a sua guitarra,pela envolvente ambientaçáo musicaldo espetáculo. Uma senhora atriz, Ma-ria do Céu Guerreiro. Dosando muitoparcimoniosamente os recursos de com-posição física, ela consegue, no entanto,definir claramente cada uma das nume-

explicar e desmontar os mecanismos demjustiça e de abuso da polícia em rela-çào aos cidadãos, por exemplo, diz Hél-der Costa. Por conseguinte, fala do céle-re caso de um anarquista preso na Itáliahá alguns anos e que no dia seguinte àsua prisão "cai" da janela do terceiroandar. O inquérito aberto provou queele tinha sido preso iroustamente, nàopertencia a nenhum grupo que tivessecolocado bombas em locais da cidade eque ele não tinha "caído" mas sidoatirado da janela.

Zé do Telhado, que fica em cartaz dodia 12 ao dia 15, é espetáculo premiado'no Festival Internacional de Sitges, Es-panha, como "a melhor contribuição

• artística do Festival". Com texto dé.Hélder Costa, ficou nove meses em cena,em Lisboa, e foi o último trabalho deBoal em Portugal. . •

D Joáo VI estréia no dia 17 e perma-nece no Glauce Rocha até o dia 22,"quando o grupo se despede do públicocarioca. O protagonista Mário Viegas foi'.distinguido com o prêmio de melhor,ator na ediçào de 1979 do Festival Inter-,nacional de Sitges. O texto, de Hélder,Costa (também diretor do espetáculo),recebeu prêmio no mesmo festival, em;1978 e no concurso promovido pela As** ¦sociaçâo do Teatro Descentralizado(Portugal, 1978).

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rosas personagens que interpreta, suge-:rir brilhantemente o seu relacionamen-'to com o universo específico no qual ela'se insere, distribuir perfeitamente as:ênfases da virulência cômica e da emo-;çào lírica, que em alguns momentosatinge um plano verdadeiramente paté-tico. Mas, por trás de cada uma dessasversáteis composições, às vezes realiza-das a partir de um material quantitatkvãmente muito reduzido, sentimos sem-pre a presença unificadora e crítica daatriz, que nunca deixa de comentar dis-cretamente a situaçáo dramática e ocomportamento da personagem que in-terpreta. Com um tibre de voz belissi-mo, uma presença elegante e uma agu-da noção de dosagem dos detalhes ne-cessários para o esboço da figura decada um dos interlocutores masculinosda protagonista, Orlando Costa é um*perfeito coadjuvante para o riquíssimo;e comovente desempenho de Maria do.Céu.

PAGINA 6 D CADERNO B - JORNAL DO BRASIL ° Rio de Janeiro, lexta^feira, 6 de Junlio de 1980

Estréias da semanaGaijin — Caminhos da LiberdadeA RosaEncontros e DesencontrosResgate Suicida

Cinema Cotaçõesirt+ir+EXCELENTE

tirkirMUITOBOM***BOJtf

++REGUUR+RUIM

O ENCOURAÇADO POTEMKIN (BronenosettPotyomkin), de Sergei Elsenstein. Com A.Antonov, G. Alexandrov e W, Bórski. Caruso(Av.. Copacabana, 1326 — 227-3544): 15h,16h45m, 18h30m, 20hl5m, 22h. (lOanos).Filme russo de 1925 e proibido no Brasildesde 1964. O filme é considerado comouma das maiores obras cinematográficas detodos os tempos. Passado em 1905, no portode Odessa, Rússia, conta o motim a bordo doPotemkin e as manifestações populares re-primidas com massacres que prenunciam aRevolução. Reapresentação.

••*••UM ESTRANHO NO NINHO (One Flew Overthe Cuckoo'i Nesf), de Milos Forman. ComJack Nicholson, Louise Fletcher, William Red-field e Peter Braço. Jóia (Av. Copacabana,.680 — 237-4714): I4h, 16h35m, 19hl0m,21h45m (16 onos). O filme pode ser vistocomo comédia dramática em torno e umestranho (um delinqüente com característicasde são) que transtorna a grotesca e tediosodisciplina de um hospital para doentes men-tais. Reapresentação.

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GAIJIN —CAMINHOS DA LIBERDADE (Brasi-leiro), de Tizuka Yamasaki. Com Kyoko Tsu-kamoto, Antônio Fagundes, Jiro Kawarasaki,Gianfrancesco Guarnieri, Álvaro Freire e Jo-sé Dumont. Cinema-1 (Av. Prado Júnior, 281— 275-4546): 14h, lóh, 18h, 20h, 22h.Palácio-2 (Rua do Passeio, 38 — 240-6541):13h30m, 15h30m, 17h30m, 19h30m,21h30m (14 anos). Premiado no Festival deGramado como o melhor filme, melhor atorcoadjuvante (José Dumont), melhor roteiro,melhor cenografia (Yurika Yamasaki) e me-lhor trilha sonora (John Neschling). No Festi-vai de Connes ganhc.u o prêmio especial daAssociação dos Críticos Internacionais. Cercade 800 imigrantes japoneses chegam aoBrasil em 1908, durante o período da expan-são cafeeiro. Entre eles, Yamadoe Kobayaskisão contratados para trabalhar na fazendaSanta Rosa, em São Paulo, onde enfrentam ahostilidade' do capataz, que exige sempre-um ritmo inalterável de trabalho. O trata-mento humano só é sentido através de outrosimigrantes — italianos e nordestinos. Semalternativas, os japoneses sofrem as conse-qüéncias de uma vida quase animal: amaleita, o suicídio e a degradação determi-nam o desaparecimento dos mais fracos.

•••*A CLASSE OPERÁRIA VAI PARA O PARAÍSO(Ia Classe Operaria Va in Paradiso), de ElioPetri. Com Gian Mario Volonté, MariangelaMelato, Gino Pernice, Luigi Diberti, DonatoCastellaneta e Salvo Randone. Lido-1 (Praiado Flamengo, 72 — 245-8904): 14h30m,16fí50m, 19hl0m, 21h30m. (16 anos). Pro-dução italiana de 1972. No Brasil, o filmechegou a ser exibido, depois foi censurado eagora novamente liberado. Massa (GianMaria Volonté) trabalha numa fábrica e éconsiderado operário-padrão, chegando aser hostilizado pelos colegas. Mas, depois deum acidente onde perde um dedo da mão,sua atitude na fábrica muda radicalmenteao ver o gesto de solidariedade dos compa-nheiros. Aos poucos torna-se militante radi-cal acabando por ser demitido. Novamenteos companheiros mostram solidariedade, co-meçando um movimento para sua readmis-são, com uma série de passeatas e greves.Ganhador da Palma de Ouro no Festival deCannes, 1972. Reapresentação.

••••KRAMER x KRAMER (Kramer vs. Kramer), deRobert Benton. Com Dustin Hoffman, MerylStreep, Jane Alexander e Justin Henry. Cine-ma-3 (Rua do Passeio, 229): I4h, lóh, 18h,20h, 22b. (14. anos). História do relaciona-mento e divórcio de um casal e a disputapela posse do filho em um tribunal de NovaIorque. Premiado com os Oscar de MelhorFilme, Direção e Roteiro Adaptado (baseadono romance de Avery Corman)' ambos osprêmios ganhos por Robert Benton, Ator(Dustin Hoffman), Atriz Coadjuvante (MerylStreep).

•*••BYE BYE BRASIL (brasileiro), de Carlos Die-.gues. Com Betty Fario, José Wilker, FábioJúnior e Zaira Zambelli. Lido-2 (Praia doFlamengo, 72 — 245-8904): Uri; lóh, 181 .20h, 22h. Scala (Praia de Botafogo, 320 —246-7218): de 2o a 4o e 6a, às 16h, 18h, 20h,22h. 5o, sábado e domingo, a partir de 14h(18 anos). Um grupo de artistas ambulantes,a Caravana Rolidei, cruza de caminhão todoo sertão nordestino em direção à florestaamazônica, saindo de Piranhas, em Alagoas,até Altamira daí se deslocando para Belém eem seguida para Brasília. Diegues, o realiza-dor de Xica da Silva e de Chuvas de Verão,segue o viagem ao mesmo tempo interessa-do em retratar o que se passa com os artistasambulantes (que encontram público cadavez menor nas cidades que contam comtelevisão) e o que se passa com as pessoasque eles encontram ao acaso no meio daviagem. Candidato à Palma de Ouro noFestival de Cannes, 1980.

A ROSA (The Rose), de Mark Rydell ComBette Midler, Alan Bates, Frederick Forrest,Harry Dean Stanton e Borry Primus. Odeon(Praça Mahatma Gandhi, 2 — 220-3835):13h30m, lóh, 18h30m, 21 h. Rian (Av.Atlântica, 2.964 — 236-6114), Leblon-1 (Av.Ataulfo de Poivo, 391 — 239-5048), Carioca(Rua Conde de Bonfim, 338 - 228-8178):14h, 16h30m, I9h, 21h30m. Nos cinemasOdeon e Rian o som é em Dolby Stereo (18anos). Cantora de rock. |ovem e talentosa,vive atormentada por instintos auto-destrutivos, entre casos de amor e o triunfoprofissional. Suas decepções tornam-se ahistorio de suo geração, durante a década de60 em plena crise da Guerra do Vietnam,quando as expectativas criodas pela aparen-te atmosfera de liberdade não são total men-te realizadas. Produçáo americana BetteMidler ganhou o Globo de Ouro como MelhorAtriz.

. ***O SÓCIO DO SILENCIO (The Silent Partner),de Daryl Duke. Com Ellioft Gould, Christo-pher Plummer, Susannah York, Mario Kassare Andrew Vajno. Roma-Bruni (Rua Viscondede Piro|ó, 371 - 287-9994): 15h, 17h15m.19h30m, 21h45m (18 anos). Miles Cullen éum respeitado, mas tolo. solteirão com seus30 e poucos anos de idade, que trabalhacomocoixa-chefe num banco de foronto Elese interesso somente poi peixe tropical e poréuo atraente colega Julie que tem poi eleapenos um carinho especial desde que¦rociou um romance com o geiente do bancoTrilho sonora de Oscai Peterson Produçãoamericano ___A GAIOLA DAS LOUCAS (La Cage auxFolie»), de tdouard Molinaro Com Ugo log-

MEIA-NOITE TAMBÉM E HORA DECINEMA. PELO MENOS AOS SÁBADOS

SÃO

apenas quatro assessões de meia-noite,amanhã, nos cinemasdo Rio. Até há algumtempo — em épocas

menos propicias a assaltos — vá-rios exibidores programavampara a meia-noite a pré-estréiade filmes importantes ou entãorelançavam, nesse.horário extra,velhas produções/dignas das ci-nematecas. Para este fim de se-mana, a melhor indicação de fil-me à meia-noite é para O Imérioda Paixão, do japonês NagisaOshima. A recomendá-lo estãoas cinco estrelas. O Espirito daColméia, de Victor Erice, é indi-cado para quem gosta de filmesde mistério que envolve crian-ças. E a pré-estréia fica por contade A Noite do Terror. Dos filmesnormalmente em cartaz, apenas "Emannuelle, A Verdadeira podeser visto nesse horário tardio.

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O Império da Paixão (Ricamar)

O Espírito da Colméia(Roma-Bruni)

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A Noite do Terror(Cinema-1)

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tmmmmm»m%>,. ¦•-: ¦¦""íH ...>mmmmm«j^.-,.,.**-«_$***_#_*!_*»_>Emmanuelle, a Verdadeira

(Art-Copacabana)

nozzi, Michael Serrault, Michael Galabru,Claire Maurier e Remy Laurent. Veneza (Av.Pasteur, 184, 295-83.19): Uh, lóh, 181.20h, 22h. Comodoro (Rua Haddock Lobo,145, 264-2025): de 2", 4" e 6o, ás lóh, 18h,20h, 22h. 5o, sábado e domingo, a partir dasl4h. Madureira-2 (Rua Dagmar da Fonseca,54 — 390-2338): 13h, 15h, 17h, 19h, 21 h(16 anos). Comédia baseada na peça deJean Poiret, sucesso de bilheteria em inúme-ros países (aqui interpretada por Jorge Dóriae Carvalhinho). O casamento entre umajovem, considerada modelo de virtude, e ofilho do gerente de uma boate de travestis,La Cage aux Folies. Na festa, os anfitriõesprecisam representar o que nàosão:ogeren-te e a estrela do show, homossexuais, vivemjuntos há 20 anos'. Michel Serrault conquis-tou o Prêmio César, como "melhor ator".Realização francesa em co-produção franco-italiana.

BARRA PESADA (brasileiro), de ReginaldoFaria. Com Stepan Nercessian, Kátia D'Auge-Io, Milton Morais, Lutero Luiz, Ivan Cândido,ítala Nandi e Wilson Grey. Ilha Auto-Cine(Praia de São Bento — Ilha do Governador —393-3211): 20h30m, 22h30m. Até terça (18anos). Historio de Plínio Marcos, baseada emseu argumento cinematográfico Quebradasda \Ada. Drama de base policial, tendo comoprotagonista garotos dos morros cariocas queemergem para a vida sob influências deperversão e violência, tornando-se pivetes eenvolvendo-se com traficantes de tóxicos.Reapresentação.

•**OS SETE GATINHOS (brasileiro), de NevilleDAImeida. Com Antônio Fagundes, AnaMaria Magalhães, Lima Duarte, CristinaAche, Ary Fontoura, Regina Case. Sady Ca-bral, Sura Berditchevsky, Maurício do Valle,Thelma Reston. Cláudio Corrêa e Castro eSônia Dias Jacarepaguà Auto-Cine 1 (RuaCândido Benício, 2.973 — 392-6186): 20h,22h. Lagoa Drive-ln ( Av. Borges de Medei-ros, 1.426-.274-7999). 20h, 22h30m. Atéterço no Jacaré-1 e até quarta no Lagoa. (18onos). Adaptação da peça de Nelson Rodri-gues (estreada em 58 no Rio). O processo dedesintegração de uma família do Gra|aú:Seu Noronha, continuo da Câmara dos De-pulados, a mulher, solitária, as filhas, emsuo maioria vivendo longe do controle dospais — mos todos concordando com a pureza

.de Silene. a caçulo A crença na pureza e na

• O Cinema Roxy estáem obras. Na segunda-feira só o balcão estavaaberto ao público, pois aplatéia estava interdita-da. As conseqüênciasdessa súbita diminuiçãode uma sala de projeçãotida como grande, sâo im-previsíveis, e não se sabequal será a atitude do ci-nema diante de uma de-manda maior do que aoferta de lugares.

J

virgindade de Silene é algo transcendentalpara o pai — um valor em torno do qual amenor dúvida lhe parece ignóbil e ameaçade tragédia.

••ZABRISKIE POINT (Zabriskie Point), de Mi-chelangelo Antonioni. Com Mark Frechette,Daria Halprin e Rod Taylor. Coral (Praia deBotafogo, 316 — 246-7218): I5h, I7h15m,19h30m, 21h45m. Tijuca-Palace (Rua Con-de de Bonfim, 214 — 228-4610): 14hl5m,16h30m, 18h45m, 21 h (18 anos). O primeirofilme realizado por Antonioni nos EUA,1969, estréia no Brasil com uma década deatraso, em conseqüência de proibição daCensura. Produção de Cario Ponti para aMetro. Entre os protagonistas, um realizadorde grandes empreendimentos imobiliários,sua secretária e um jovem radical que roubaum avião. A jovem encorçtra afinidadesimediatas com o rapaz e adere às suas idéiasde contestação social.

••A INGLESA ROMÂNTICA (The Romantic En-glishwoman), de Joseph Losey. Com GlendaJackson, Michael Caine, Helmut Berger, Mi-chael Lonsdale, Beatrice Romand e KateNelligan. Studio-Tijuca (Rua DesembargadorIsidro, 10—268-6014): I4h30m, 16h40m,18h50m, 21 h (16 anos). Um escritor e suamulher vivem uma fase crítica de suasrelações, que se agrava quando recebemcomo hóspede um poeta com quem ela viveu(ou imagina ter vivido) uma cena de amorem Baden-Baden. Baseado no romance deThomas Wiseman. Reapresentação. ,

ÜMOMENTO DE DECISÃO (The Turning Point),de Herbert Ross. Com Anne Bancroft, ShirleyMacLaine, Mikhail Baryshnikov, Leslie Brow-ne e Tom Skerritt. Ricamar (Av. Copacabana,360 — 237-9932): Uh, 16h30m, 19h,21h30m. (14 anos). História'passada nosbastidores do bole, com duas protagonistasfemininas: uma fez carreira e,começa asentir o aproximação da fose de declínio, aoutra, grande ómiga, deixou a carreira paracosar e vè a filha dedicar-se oo bale comentusiasmo. Filme americano. Reapresen-tação.

ÜALÉM DO SILÊNCIO (Voices), de Robert Mar-kowitz Com Michael Ontkean, Amy Irving,Alee Rocco, Borry Miller. Hebert Berghof eViveco Lindfors. Studio-Copacabana (RuaRaul Pompéia, 247-8900), Studio-Catete(Rua do Catete, 228 — 205-7194): Uh, lóh,18h, 20h, 22h (livre). Jovem cantor ambicio-so de um night-club de Hoboken, NovaJersey, encontra uma garoto surda-mudaque espero se tornar bailarina profissional.Eles animam o espirito de cada um deles eencora|am um ao outro a buscar, separada-'mente, seus sonhos artísticos. Produçáo ame-rica na.

IRMÃO SOL, IRMÃ LUA (Brother Sun, SisterMoon) de Franco Zeffirelli Com GrahomFaulknei, Judi Bowker Alec Guiness LeighLowson e Kenneth Cranham Metro-Boavista(Ruo do Passeio 68 240-1291). Condor-Copacabana (Ruo Figueiredo Magalhaoes,286 255-2610) Condor-Largo do Macha-do (Largo do Machado. 29 245-7374):Uh I6h30m I9h 2th30m Baronesa (RuoCândido Benício, 1 747 - 390-5745):

15h30m. I8hl0m, 20h. Art-Méier (Rua SilvaRabelo, 20 -249-4544): I4h30m, 16h50m,19hl0m, 2!h30m (14 anos). A história deSào Francisco de Assis vista por Zeffirelli.Reapresentação.

*•O FUSCA ENAMORADO (Herbie Góes toMonte Cario), de Vincente McEveety. ComDean Jones, Don Knotts, Julie Sommars eJacques Marin. Méier (Av. Amaro Cavalcan-ti, 105 — 229-1222): I5h, I7h, 19h, 21 h(Livre). Comédia americana (produção Dis-ney) da série iniciada com Se Meu FuscaFalasse, Herbie, o carro fantástico, participade uma corrida Paris-Montecarlo, durante oqual seu dono se envolve com ladrões dejóias. Reapresentação._ENCONTROS E DESENCONTROS (StartingOver), de Alan J. Pakula. Com Burt Reynolds,Jill Clayburgh, Candice Bergen, Charles Dur-ning, Francês Sternhagen e Austin Pendle-ton. Roxi (Av. Copocabona, 945 — 236-6245), Ópera-1 (Praia de Botafogo, 340 —246-7705), América (Rua Conde de Bonfim,334 — 248-4519): 15h, I7hl0m, 19h20m,21h30m. Santa Alice (Rua Barão de BomRetiro, 1095 — 201 -1299): de 2o a 4o e 6o, às17hl0m, 19h_0m, 21h30m. 5a, sábado edomingo, a partir das 15h. (18 anos). Ascoisas não estáo bem no casamento de Phil eJessica. Ela quer o divórcio, pois quer serlivre para se expressar através de suascomposições musicais. Supondo que ela temum caso com alguém, Phil sai de casa eprocura seu irmão, em Boston, onde passa afreqüentar um círculo de homens divorcia-dos. Produçáo americana.

EMMANUELLE, A VERDADEIRA (Emmanuel-le), de Just Jaeckin. Com Sylvia Kristel, AlainCuny, Marika Green, Daniel Sarky e JeanneColletin. Pathé (Praça Floriano, 45 220-3135): de 2o o 6o, às 10h, 12h, Uh, lóh,I8h, 20h, 22h. Sábado e domingo, a partirdos 14h. Art-Copacabana (Av. Copacabana,759 — 235-4895), Art-Tijuea (Rua Conde deBonfim, 406 — 288-6898), Art-Madureira(Shopping Center de Madureira), Rio-Sul(Rua Marquês de São Vicente, 52 — 274-4532), Paratodos (Rua Arquias Cordeiro, 350— 281-3628), Studio-Paissandu (Rua Sena-dor Vergueiro, 35 - 265-4653): Uh, lóh,18h, 20h, 22h, Jacarepaguà Auto-Cine 2(Rua Cândido Benicio, 2973 — 392-6186):20h, 22h. Olaria, Palácio (Campo Grande):15h, 17h, 19h, 21 h. Aos sábados, sessões àmeia-noite, no Art-Copacabana. Até terça noJacare-2 (18 anos). Produção francesa de1974, proibido no Brasil e agora liberadecom pequeno corte. O filme é baseado nolivro de Emmanuelle Arsan (escrito em 1957e proibido na França). Emmanuelle, 19 anos,é mulher do diplomata francês em Bangkok,onde chega para tomar posse do suntuosopalacete onde irá morar. Assediada pormembros da colônia francesa local, ela setransforma numa presa cobiçada tanto porhomens como mulheres.

O CONVITE AO PRAZER (Brasileiro), de Wal-ter Hugo Khoun Com Sandra Breo RobertoMaya, Heleno Ramos Serafim Gonzalez,Kate Lyra, Aldine Muller e Rossano Ghessa.Vitorio (Ruo Senadoi Dantas. 45 - 220-1783). Madureira-1 (Ruo Dagmar da Fonse-ca, 54 - 390-2338): 12h50m, 15h,

17hl0m, 19h20m, 21h30m. Roíárie (RuoLeopoldina Rego, 52 — 230-1889): 15h,17hl0m, 19h20m, 2lh30m (18 anos). Mar-ceio, membro da olta burguesia e herdeiroda empresa paterna, é um quorentão apa-rentemente cínico e desiludido. Encontra-se,depois de muitos anos, com um amigo.lLuciano, e relembram suas situações conju-'gais. Luciano declara-se em "liberdade vi-giada" e Marcelo em "prisão livre." No diaseguinte, Marcelo recebe Luciano em seuapartamento de cobertura, mantido apenaspara encontros amorosos.

A VOLTA DOS SELVAGENS CÃES DE GUER-RA (Escope to Athena), de George P. Cosma-tos. Com Roger Moore, Telly Savalas, ElliotGould, David Niven, Stefanie Powers, Clau-dia Cardinale e Richard Roundtree. Progra-ma complementar.- A Serpente do Karalè.Rex (Rua Álvaro Alvim, 33 — 240-8285): de2a o 4o e 6a, às 1 2h, 16h25m, !8h50m. 5°,sábado e domingo, às UhlOm, 18h35m.(14 anos). Campo de concentração numa ilhagrega, II Guerra Mundial: prisioneiros esco-Ihidos (entre os quais um arqueólogo) partici-pam de projeto dirigido pelo comandantealemáo e que, o rigor, objetiva roubar àGrécia tesouros da antigüidade para maiorglória do Reich e, principalmente, para afortuna pessoal do militar. Apesar do tituloem português, a aventura não tem qualquerrelaçào com Os Selvagens Cães de Guerra(The Wild Geese). Reapresentação.

RESGATE SUICIDA (North Sea Hijack), deAndrew V. McLaglen. Com Roger Moore.James Mason,-Anthony Perkins, MichaelParks, David Hedison e Jack Watson. Pala-cio-l (Rua do Passeio, 38 — 240-6541),Tijuca (Rua Conde de Bonfim, 422 — 288-4999): 13h30m, 15h30m, 17h30m,19h30m, 21h30m. Copacabana (Av. Copa-cabana, 801 — 255-0953), Leblon-? (Av.Ataulfo de Paiva, 391 — 239-6019), Ópera-2 (Praia de Botafogo, 340 — 246-7705):Uh, lóh, 18h, 20h, 22h. Imperator (RuaDias da Cruz, 170 — 249-7982), Astor (RuaMinistro Edgar Romero, 236): 15h, 17h, 19h,21 h. (14 anos). Em um lugar remoto daEscócia, perito em sabotagens submarinas échamado para uma missão especial: tomarde assalto um navio de abastecimento quenavego fazendo seu comércio entre platafor-mas de petróleo e o litoral. Produçáo ameri-cana.

A LENDA DO AMOR NA CHINA (King PeiBai), de Koji Wakamatsu. Com Juzo Itami,Tomoko Mayama, Fumiako Tokashima iRurikoAsori. Bruni-Copacabana (Rua BarataRibeiro, 502 — 255-2908): 14h, lóh, 18h,20h, 22h, (18 anos). Durante a dinastia Sung(anos 1101 a 1126) na Chi na, as aventuras eamores de um rico mercador « o destinofatídico de uma jovem esposa que, desper-tando para o sexo, percorre um caminho decorrupção. Baseado no clássico erótico daliteratura chinesa, O Lotus de Ouro, escritono século XVI e atribuído a WangChi-Cheng.Produção japonesa. Reapresentação.

VENDAVAL (Daitatsumaki), de Hiroshi Ina-gaki. Com Toshiro Mifune, Somigoro Ichika-wa e Makoto Sato. Bruni-Tijuca (Rua Condede Bonfim, 379 — 268-2325): Uh, lóh,18h, 20h, 22h. (16 anos). Filme típico dogênero jidaigeki (filme deépoca), descreven-do lulas entre clãs rivais no Japáo feudal doséculo XII. O filme foi lançado comercial-mente no Rio com o titulo de VendavalSangrento. Produção japonesa. Reapresen-tação.

O GOLPE DA VIRGEM — Com Ursula An-dress e Aldo Giuffré. Programa complemen-tar: Duelo Mortal Entre Dois Tigres. Órly (RuaAlcindo Guanabara, 21): de 2° o4g« 6o, àslOh, 13hl5m, 16h30m, 19h45m. Quinta,sábado e domingo, a partir das 13hl5m. (18anos). A distribuidora nào forneceu maisdados sobre o filme. Reapresentação.

A CIASSE OPERARIA NO CINEMA BRASILEI-RO — Exibição de Ambulante*, de Wagnerde Carvalho, Um Dia Nublado, de RenatoTapajós, Quatro de Denmbro, de RenatoBulcão e Pra Botar Peito, de Rogério Lima.Domingo, às 20h, no Cineclube Barravento,Ruo Senador Muniz Freire, 60 — Tijuca, Apósa sessão haverá debates com sindicalistas,sociólogos e o cineasta Rogério Limo.

FILMES SUPER-8 — Exibição de Niemeyer314, criação coletiva e Esperança ou ACatedral de Sâo Paulo, de Márcio Zardo..Amanhã, às 19h, no Cineclube HumbertoMaura, Rua Dom Pedro I, 90 — Santa Cruz.

O PICAPAU AMARELO (brasi leiro), de Geral-do Sorno. Gom Joel Borcelos, Iracema deAlencar, Ledo Zepelin e Carlos Imperial.Hoje, às 18h e domingo, òs 17h, no Cineclu-be Procópio Ferreira, Rua Eduardina de Mi-rando Telles, 2 — Piabetá. (Livre). Baseadona obro de Monteiro Lobato.

MEMÓRIAS DE UM GIGOLÔ (brasileiro), deAlberto Pieralisi. Com Jece Valadão, RossanaGhessa e Cláudio Cavalcanti. Hoje, omanháe domingo, às 20h, no Cineclube ProcópioFerreira, Rua Eduardina de Miranda Telles, 2

Piabetá. (18 anos). Comédia. Um rapazpobre que é protegido pelas pensionistas deum bordel.

MATINÊSFESTIVAL DE DESENHOS HANNA BARBERA

Ilha Autocine: amanhã e domingo, às18h30m. (Livre).

A TURMA DE ZÉ COLMÉIA - jacarepaguàAutocine-11 amanhã e domingo, às 18h30m.(Livre).

SESSÃO COCA-COLA - A Espada Era a Uilagoa Drive-ln: amanhã e domingo, às

18h30m. (Livre).

JECA E SEU FILHO PRETO - Cine-ShowMadureira: hoje e amanhã, às Uh,16h,18h. Domingo, às lOh, Uh, lóh, 18h.(Livre).

Grande RioNITERÓI

Extra•••••

O TESOURO DA SERRA MADRE (the Traotureof Sierra Madre), de John Huston. ComHumphrey Bogart, Walter Huston e Tim Holf.Amanhã, às 21 h, no Cineclube Macunaíma,Rua Araújo Porto Alegre, 71 —9°andar. (18anos. Adaptação de uma história de B.Traven. Tragédia em torno do temo daambição, na linha de desafio (indivíduo/des-tino) que caracteriza a obra de Huston.Americanos em busca de fortuna são envol-vidos pela febre do ouro nas montanhas doMéxico. Em preto e branco. Produção ameri-cana. /

ALAMEDA (7I8-6B66) — Chamavam-no oDemolidor, com Bud Spencer. Hoje, às17hl0m, 19h20m, 21h30m. Amanhã, apartir das 15h. (Livre). Domingo: O Conviteao Praier, com Roberto Maya. Às 15h, 17h,19h, 21 h. (18 anos).

BRASIL — Trinity e Seus Companheiros, comTerence Hill. Hoje e amanhã, às 15h, 1 7h,19h, 21 h, (Livre). Domingo: O Torturador,com Jece.Valadão. Às 15h, 17h, I9h, 21 h.(18 anos).

CENTER (711-6909) — A Rosa, com BetteMidler. Hoje. amanhã e domingo, às Uh,16h30m, 19h, 21h30m. (18 anos).

CENTRAL (718-3807) — Convite ao Praier,com Roberlo Mayo. Hoje, _manhà e domin-go, às 12h50m, 15h, 17hl0m, 19h20m,21h30m. (18 anos).

CINEMA-1 (711-1450) Gaijin —Caminhosda Liberdade, com Kyoko Tsukamoto. Hoje,amanhã e domingo, àl Uh, lóh, I8h, 20h,22h (14 anos).

ÉDEN (718-3346) — Trinity e Seus Compa-nheiros, com Terence Hill. Hoje eamanhã, às13h30m, I5h30m, 17h30m, 19h30m,21h30m. (Livre). Domingo: A Serpente doDiabo. Às 14hl5m, 16h40m, 19h05m,21h30m (16 anos).

ICARAÍ (718-3346) — Emmanuelle, a Verda-deira, com Sylvia Kristel. Hoje, amanhã edomingo, às Uh, lóh, I8h, 20h, 22h (18anos).

NITERÓI (719-9322) — Emmanuelle, a Ver-dadeira, com Sylvia Kristel. Hoje, amanhã edomingo, às 15h30m, 15h30m, 19h30m,21h30m (18 anos).

DRIVEIN ITAIPU — Kramer x Kramer, comDustin Hoffman. Hoje, às 20h30m. Amanhãe dorriingo, às 20h30m, 22h30m (14 anos).

PETRÓPOLIS

O IMPÉRIO DA PAIXÃO (Ai No Boni), deNagisa Oshima. Com Kasuko Yoshiyuiki,Tatsua Fugi, Takahiro Tamura, Akiko Koya-ma,,Takuso Kawatani. Amanhã, à meia-noite, no Ricamar, Av-Copacabana, 360. (18anos). Drama japonês. A trágica história deamor, ocorrida no final do século passadonuma pequena aldeia japonesa. Um solda-do conquista a jovem esposo de um velhocondutor de jinriquixós. Matam o marido ejogam-no num poço do sua casa. Os anos ,passam, o crime nào é descoberto, mas o TERESÓPOLISfantasma do marido volta para reconquistara esposa.

DOM PEDRO (2659)—Resgate Suicida, comRoger Moore. Hoje e amanhã, às I5h, 17h,19h, 21 h (14 anos). Domingo: Chamavam-noo Demolidor, com Bud Spencer. Às 15h,17hl0m, 19h20m, 21h30m. (Livre).

PETRÓPOLIS (2296) - Emmanuelle, a Ver-dadeira, Com Sylvia Kristel. Hoje, amanhã •domingo, às 15h, 17h, 19h, 21 h (18 anos).

CASABLANCA — O Campeão, com JonVoight. Hoje, amanhã e domingo, às 15h,17hl0m, 19h30m, 21h30m. (Livre).

••*O ESPÍRITO DA COLMÉIA (El Espirito do bColmena), de Victor Erice. Com Ano Torrent,Teresa Gimpera, Isabel Telleria e FernandoFernan Gomez. Amanhã, à meia-noite, noRoma-Bruni, Rua Visconde de Piraja, 371.(Livre). Em 1940, quando as feridas daGuerra Civil ainda estão bem nítidas, umaaldeia da Espanha recebe a visita de umcaminhão que serve de cinemo itinerante eprojeto o clássico Frankenstein de 1931. Soba impressão do filme de terror, umo menina,cujo pai se dedica exclusivamente a criarabelhas, mistura realidade e fantasia, umhomem em fuga e o mito frankensteiniano.Produção espanhola premiada em váriosfestivais, inclusive com òs Grandes Prêmiosde San Sebastian e Chicago.

TRABALHOS OCASIONAIS DE UMA CSCRA-VA (GolegenheitMfbeit Einar Sklovin), deAlexander Kluge. Com Alexandra Kluge,Franz Bronski e Sylvia Gartmann. Domingo,às 20h, no Cineclube Santa Tereoa, RuaMonte Alegre, 306.CICLO DO CINEMA ALEMÃO - Exibição deO Jovem Toerlett (Der Junge Toorlaot), deWolker Schloendorff. Com Mafthieu Corriere,Bernd Tischler e Marian Seidowsky. Domin-go, às 20h, no Cineclube do Uma, RuoGeneral Ribeiro do Costa, 164.A NOITE DO TERROR (Halloweon). de JohnCarpenter Com Donald Pleasence, Jamie LeeCurtis, Nancy Loomis e Charles Cyphers.Amanhã, ò meia-noite, em pré-estréia, noCinema-1, Av. Prado Júnior, 281.

ALVORADA (742-2131) - Kramer x Kramer,com Dustin Hoffman. Hoje, às 15h, 21 h.Amanhã, às 15h, 19h30rn, 22h. Domingo,às Uh30m, 17h, 19h30m, 22h (14 anos).

Curta-MetragemA LENDA DO OUATIPURU - De OtávioBezerra. Cinema: Bruni-Copacabana.

LINGUAGEM MUSICAL: ESPONTANEIDADE EORGANIZAÇÃO — De Nelson Xavier. Cine-ma: Studio-Tijuca.

NOITES — De Raimundo Bandeira de Ateio.Cinema: fimm-Tijuca.

INFINITAS CONQUISTAS - De Enrica Ber-nardelli. Cinemas-. Metro Boavista e Condori__e____ _1j_ ¦___¦__¦ ¦___________tarpo oo fnocnaoo.

BLACK SAMBA — De Fernando Pirró, LuizMendes e Ricardo Campos. Cinema: CondorCopocobono.

A LENDA DO REI SEBASTIÃO - De R.Machado Jr. Cinema: Baronesa.

LANNY — De Carlos Shintóni. Cinema:Roma-Bruni.

ART-NOUVEAU - De Fernando Com Cam-pos e Sérgio Sans Cinema: Ricamar.

_:•_..

A VINGANÇA DO ALÉM De Miguel Omgo.Cinema: Jacarepaguà Auto-Cine 2.

CADERNO B a JORNAL DO BRASIL a Rio de Janeiro, sexta-feira. 6 de junho de 1«»8() ? PÁGINA l.

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TeatroPRETO NO BRANCO - Adaptação de HélderCosta do original Morte Acidental de umAnarquista, de Dario Fo. Dir. de HélderCosta. Com Santos Manuel, João Mario Pin-to, Antônio Cara d'Anjo, Manuel Marcelino,João Soromenho, Paula Guedes. Prod. dogrupo A Barraca, de Lisboa. Teatro GlaucoRocha, Av. Rio Branco, 179 (224-2356).Amanhã, às 22h30m. dom., às 18h e 21 h: 2oe 3o [último dia), às 21 h. O texto gira em'torno do suicídio do anarquista Pinelli, emMilão, há 10 anos atrás, numa dependênciapolicial.

É MENINO OU MENINA? — Antologia detrechos de diversas peças de Gil Vicente. Dir.de Hélder Costa. Mus. de Orlando Costa.Com Maria do Céu Guerra e Orlando Costa.Teatro Glauce Rocha, Av. Rio Branco, 179(224-2356). Hoje, às 21 h e 24h; amanhã, às20h. Ingressos a CrS 200 e CrS 100, estudan-te. Espetáculo inaugural da tournée brasilei-ra do grupo português A Barraca, pondo emdestaque os principais personagens (emini-nos da obra de Gil Vicente.

QUEM PARIU MATEUS QUE O EMBALE -Texto e direção de Thais Balloni. Com DéaPeçanha, Ivan Alves, Sandra Menezes, CleliaGuerreiro, Norma. Estelita e outros. TeatroLeopoldo Fróes, Rua Professor Manoel deAbreu, 18, Niterói. De 4o a dom., às 21 h30m. Ingressos a CrS 80 e CrS 60, estudan-tes. Uma companhia de teatro de revistaenfrenta dificuldades para montar um showsobre a História do Brasil. Até dia 15.

LONGA JORNADA NOITE ADENTRO - Textode Eugene 0'Neill.. Dir. de Roberto Vignalti.Com Nathália Timberg, Mauro Mendonça,Otávio Augusto, Wolf Maia, Cláudia Costa.Teatro Copacabana, Av. Copacabana, 327(257-1818). De 4o a 6o, às 21h, sáb, às21h30m e dom, às 18h e 21 h. Vesp. de 5o,às 1 7h. Ingressos de 4o a 5° e dom. a CrS 250e CrS 150 estudantes e 6' e sáb., a CrS 300,vesp. de 5°, a CrS 150. Venda no local.ou noToe Tenha, Rua Gal. Urquiza, ó7, loja 10(274-9898 e 274-4747). O grande autornorte-americano rememora, em 1941, umdramático dia de 1912, extraído do cotidianode sua familia: quatro personagens infelizese profundamente humanos, perdidos' numbeco sem saída, passam o tempo a se feriremmutuamente, apesar dc_ternura que os une.(16 anos).

A. ALMA BOA DE SETSUAN - - Texto deBertolt Brecht. Dir. de Eric Nielsen. Dir. musi-cal de Ian Guest. Com Suzana Faini, OrlandoMacedo, Luiz Imbassahy, Sylvia Heller, Re-nato Pupo, Arnaldo Marques, Carlos Vieira,Henriqueta Moura e outros. Teatro GláucioGill, Praça Card. Arcoverde (237-7003). De3a a sáb., às 21 h; dom., às 20h. Ingressos de.3o a 5" a CrS 80; de 6" a dom. a CrS 150 eCrS 100, estudante. Fábula moral que leva apersonagem-tílulo, após muitas peripéciasnuma China poética, a concluir: "Ser boapara mime para os outros, ao mesmo tempo,nào era possível. Como é difícil este vossomundo!"

EL DIA OUE ME QUIERAS — Texto de JoséIgnacio Cabrujas. Dir. de Luís Carlos Ripper.Com Ada' Chaseliov, Chico Ozanan, HelenoPrestes, Nildo Parente, Pedro Veras, ThaisPortinho, Yara. Amaral. Teatro Dulcina,- RuaAlcindo Guanabara,.17 (220-6997). De 33 a6o, às 21 h, sáb., às 20h e 22h30rn, dom., às18h e 21 h. Ingressos de 3" a 5a edom., a CrS200 e CrS 100, estudantes, 6° e sáb., a CrS200. Carlos Gardel, o ídolo do tango, chegaa Caracas para um recital e visita a casa deuma familia de fãs, contribuindo para mu-dar o curso de suas vidas.

A SERPENTE — Texto de Nelson Rodrigues.Direção de Marcos Flaksman. Com CláudioMarzo, Sura Berditchevsky, Carlos Gregório,Xuxa Lopes, Yuruah. Teatro do BNH (Av,República do Paraguai, (acesso pelo viadutoque liga o Passeio Público à Pça. Tiradentes).(262-4477). De 3o a 6o, às 21 h30m. Sábado,às 20h, 22h. Domingo, às 19h e 21 h. Ingres-sos, de 3" a 5" e dom., a CrS 250 e CrS 150(estudantes) 6° e sáb., a CrS 250. O queacontece quando uma esposa feliz resolveemprestar o seu marido, por uma noite, àsua irmã mal-amada.

PLATONOV — Texto de Anton Tchecov. Dir.dé Maria Clara Machado. Com VicentinaNovelli, Octavio de Moraes, Bio Nunes, Ber-nardo Jablonski, Maria Clara' Mourthe, Ricar-do Kosovski, Juarez Assumpção, FernandoBerditchevsky, Toninho Lopes e outros. TeatroTablado, av. Lineu de Paula Machado, 795(226-4555). 6" e sáb, às 21 h, dom, às I9h.Ingressos a CrS 150 e CrS 100, estudante.Numa cidadezinha russa em torno de 1900,um panorama humano cheio de amorescontrariados e de buscas vãs de um sentidona vida.

OS SOBREVIVENTES - Texto de RicardoMeirelles. Dir. de Vilma Dulcetti. Com Ansel-mo Vasconcellos, Elza de Andrade, JilmanVibranovski, Toninho Vasconcelos, Vera Set-ta. Teatro Opinião, Rua Siqueira Campos,143 (235-21 19). De 4o a 6a, às 21 Ii30m; sáb.às 20h e 22h30m, dom., às 18h30m e21h30m. Ingressos 4", a CrS 80, e de 5a adom., a CrS 200 e CrS 100, estudantes..Através da imagem de uma noiva queespera indefinidamente pelo casamento, apeça satiriza a decadência da família bur-guesa desde o suicídio de Vargas até adécada de 70.

A FILHA DA... — Comedia de Chico Anísio.Dir. de Antônio Pedro. Com Yolanda Cardo-so, Lutero Luiz, Alcione Mazzeo. Teatro Va-nucei, Rua Marquês de São Vicente, 52-3°(274-7246). De 4° a 6a e dom., às 21h30m,sáb., às 20h e 22h30m, vesp., 5a às'l7h30m,

e dom., às 19h. Ingressos 4°, 5" edom, o CrS 250 e CrS 150, estudantes. 6a esáb, o CrS 300, vesp. 5a, a CrS 150. Peripé-cias dos preparativos do casamento de filhade uma ex-prostituta com o filho de umafamília tradicional.

A DIREITA DO PRESIDENTE — Comédia deMauro Rasi e Vicente Pereira. Dir. de ÁlvaroGuimarães. Com Gracindo Júnior, Araci Ba-labanion, Jorge Botelho, André Villon eBento. Teatro Glória, Rua do Russel, 632(245-5527). De 4a a 6°, às 21 h30m; sáb., às20 e 22h30m dom., às 18h e 21 ...-Ingressosa CrS 250 e CrS 150. Um famoso cabeleirei-ro, uma jovem ambiciosa, um alto funciona-rio do Governo e um traficante encenam, àsombra do Palácio do Planalto, o seu peque-no ritual de luta pela subida no escala social.

BRASIL: DA CENSURA À ABERTURA — Textode Jó Soares, Armando Costa, José LuizArchanjo e Sebastião Néry. Dir. de Jò Soares.Com Marília Pera, Marco Nanini, Silvia Ban-

deira, Geraldo Alves. Teatro da lagoa, Av.Borges de Medeiros, 1 426 (274-7999 e 274-7748). De 4° a 6a, às 21 h30m., sáb. às 20h e22h30m, e dom. às 19h. Ingressos de 4° asáb. a CrS 300 e dom. a CrS 300 e CrS 150,estudantes. Show satirizando os costumesdos políticos brasileiros nas últimas décadas,arravés de suas amostras particularmentepitorescas (14 anos)..

ESTE BANHEIRO É PEQUENO DEMAIS PARANOS DOIS - Duas comédias em um ato deZiraldo. Dir. de Paulo Araújo. Com StênioGarcia, Regina Viana, Clarice Piovesan, Mar-tin Francisco, Stepan Nercessian, ThelmaReston, Vanda Lacerda. Teatro Princesa Isa-bel, Av. Princesa Isabel, 186 (275-3346). De3" a 6o, às 21h30m,- sáb., às 20h30m,22h30m: dom., às I8h e 21h30m. Ingressosde 3" a 5a a CrS 250 e CrS 150, estudante;6", sáb.. e 2° sessão de dom., a CrS 300 evesp. de dom., a CrS 300 e CrS 200,estudantes. Em espaços insolitamente exi-guos, o autor desencadeia uma luta revolu-cionária e uma comédia de adultério (14anos).

OS ÓRFÃOS DE JÂNIO — Texto de MillôrFernandes. Dir. de Sérgio Britto. Com TerezaRachel, Suzana Vieira, Stella Freitas, CláudioCorrêa e Castro, Milton Gonçalves e HélioGuerra. Teatro dos Quatro, Rua Marquês deSão Vicente, 52 - 2o (274-9895). De 3° a 6°,às 21 h30m; sáb., às 20h e 22h30m; dom., às18h e 21h. Ingressos de 3a a 5° e dom., CrS250 e CrS 150, estudante; 6a e sáb!, à CrS300. Reunidos ao acaso num bar, cincopersonagens representativos de diversas fai-xas do panorama humano do Rio fazem obalanço das suas vidas, e do universo emque elas se desenrolaram nos últimos 20anos.

O DESEMBESTADO — Texto de AriovaldoMattos. Dir. de Aderbal Júnior. Com GrandeOtelo, Rogéria, Nelson Caruso, Marta Pietro eIracema Borges. Teatro do América F.C., RuaCampos Salles, 118 (234-8155). De 4a asáb., às 21h30m; dom., às 18h30m e21 h30m. Ingressos de 4° a 6° e dom. CrS 200e CrS 150, estudante; sáb., preço único CrS200. História de um personagem que, segun-do o autor, "agride os que não sabem lutarpelos seus direitos e se comprazem com amiséria fedorenta que é a miséria dos po-bres".

NÓS — Colagem de textos de vários autores,compilada e organizada por Elyseu Maia.Com Marcelo Picchi, Lourdes de Moraes eHélio Mokumbo. Teatro Cândido. Mendes,Rua Joana Angélica, 63. De 4° a sáb., às21h30m, dom., às 18h30m e 21h30m. In-gressos de 4° a 6" e dom., a CrS 150 e CrS100, estudantes e sáb., a CrS 180 e CrS 1 20,estudantes. Formação do povo brasileiro apartir da fusão das suas três raízes étnicas.

PAPO-FURADO — Comédia de Chico Anísio.Dir. de Antônio Pedro. Com ítalo Rossi, Eli-zangela, Ricardo Blat, Ivan de Almeida,Walter Marins, Vinícius Salvatori, José deFreitas. Teatro Ginástico, Av. Graça Aranha,187 (220-8394). De'3° a 6a, às 21hl5m;sáb., às 20h e 22h30m; dom., às 18h eÍ.lhl5m. Ingressos de 3° a 5° e dom. a CrS250 e CrS 150, estudantes; 6a e sáb., a CrS300. Enquanto o analista não chega, osintegrantes de um grupo de psicanálisepõem a nu os seus problemas pessoais.

RASGA CORAÇÃO — Texto de OduvaldoVianna Filho. Dir. de José Renato, com RaulCortez, Débora Bloch, Sônia Guedes, AryFontoura, Tomil Gonçalves, Isaac Bardavid,Márcio Augusto, Guilherme Karan, OswaldoLouzada, Sidney Marques Teatro Villa-Lobos,Av. Princesa Isabel, 440 (275-6695) de 3° a6°, às 21 h30m, sáb, as 19h45m e 22h45m edom, às 18h e 21h30m.lngressos 3 . 5a edom, a CrS 250 e CrS 150, estudantes, 4° aCrS 250 e CrS 80, estudantes e 6° e sáb, aCrS 250.Tendo como painel de fundo aHistória do Brasil das últimas quatro déca-''das, o autor, na sua magistral obra-testamento, mostra com lirismo, ternura eironia as contradições, perplexidades, gene-rosidades e descaminhos de três gerações daclasse média brasileira. Recomendação espe-ciai da Associação Carioca de Críticos Tea-trais.

RIO DE CABO A RABO — Revista de GuguOlimecha. Direção de Luiz Mendonça..Dire-ção musical de Nelson Melin. Com ElkeMaravilha, Alice Viveiros de Castro, Isa Fer-nandes, Maria Cristina Gatti, Nadia Carva-lho, Marco Miranda e outros. Teatro Rivol,Rua Álvaro Alvim, 33 (240-1 135): De 4a e 6a,òs 21 h. sáb., às 19h30me 22h30m, dom., às18h30m e 21 h30m. Ingressos 4o a CrS 80, 5a

e 2a sessão de dom., a CrS 160 e CrS 120,estudantes, 6a e sáb., a CrS 250 e Io sessãode dom., a CrS 200. Uma inteligente eirreverente tentativa de ressuscitara tradiçãodo teatro de revista, tendo por eixo umavisão crítica da atualidade carioca.

TEU NOME É MULHER — Comédia de MareeiMithois. Dir. de Adolfo Celi. Com TôniaCarrero, Luís de Lima, Célia Biar, Hélio Ary,Ivan Mesquita, Maria Helena Velascoe Mar-cos Wainberg. Teatro Maison de France, Av.Pres. Antônio Carlos, 58 (220-4779). De 4o a6o, e dom., às 21h30m, sáb., às 20h e22h30m, vesp. 5o e dom., às 18h. Ingressosde-4. a 6o, e dom., a CrS 300 e CrS 150,'estudantes e sáb. a CrS 300. A laboriosacarreira de uma recordista em golpes de baúno jet set.

TOALHAS QUENTES — Comédia adaptadapor Bibi Ferreira de um original de MarcCamoletti. Dir. Bibi Ferreira. Com Suely Fran-co, Milton Moraes, Jonas Mello, Cleide Blota,Mila Moreira. Teatro Mesbla, Rua do Passeio,42/56 (240-6141). De 3o a 6o, às 21hl5m,sáb., às 20h e 22h30m, dom, às 18h e21hl5m. Ingressos de 3a a 5o e dom., a CrS250 e CrS 150 estudantes. 6o e sáb., a CrS300. Na sua casa de campo em Petrópolis,um casal recebe três hóspedes paro um fimde semana repleto de qüiproquóse intençõesequívocas.

ARACELLI — Texto de Marcilio Moraes. Dir.de Carlos Murtinho. Com Rosamaria Murti-nho, Cláudia Martins, Deny Perrier, JoséAugusto Branco, Marco Antônio Palmeira,Mário Jorge. Teatro Senoc, Rua PompeuLoureiro, 45 (256-2641). De 4o a 6o, às21h30m, sáb, às 22h. edom, às 18h'e 21 h.Ingressos de 4a a 6o e dom, a CrS 100 e sáb.,a CrS 1 50. O chocante crime que traumati-zou Vitória em 1973 transformado em textoteatral de caráter documental.

DELITO CARNAL '— Texto de Eid Ribeiro. Dir.de Paulo Reis. Com Rosane Goffman, Sebas-tião Lemos, Eduardo Lago,'Paulo Renato

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Rio de Cabo a Rabo: um gênero que volta à Cinelândia(Rival)

Delito Carnal: uma fábula sobre a repressão na AliançaFrancesa da Tijuca

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fato político no Lagoa

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Os Órfãos de Jânio: uma radiografia dos últimos 20 anos davida brasileira (Teatro dos Quatro)

VÁ AO TEATRO.HÁ MUITO 0 QUE VER

Macksen Luiz

A

El Dia Que Me Quieras: a idolatria latino-americana no Dulcina

oferta teatral continuacrescendo. Depois da inteh-sa programação do TeatroExperimental de Cascais éa vez de outro grupo portu-guês A Barraca. Mas. dos

espetáculos nacionais, o padrão médioé bastante satisfatório, permitindo queo público escolha entre as 30 montagensem cena, das quais cerca da metadepode ser indicada por seus méritos emvários aspectos da produção. El DiaQue Me Quieras confirma, por exemplo,as qualidades de dramaturgo de JoséIgnácio Cabrujas e se destaca pelosdesempenhos dos atores do elenco, es-pecialmente Yara Amaral, Pedro Verase Ada Chaseliov. A Alma Boa de Set-suan, de Bertold Brecht, na montagemde Eric Nielsen revela a seriedade dogrupo H. Papanatas e bons trabalhosde cenografia {Alice Reis) e de figurinos(Silvia Sangirard). A Serpente, um tex-to controvertido de Nelson Rodrigues,

ganhou uma segura direção de MarcosFlaksman. Divertido, brincando com apolitica, Brasil: Da Censura à Aberturasustenta o seu bom humor com utnelenco homogènio, no qual se destacamMarília Pera e Marco Nanini limpagá-veis num quadro sobre Fernando Ga-

. beira). Os Òrfàos de Jânio c uma contri-buição de Millôr Fernandes para o in-ventário sócio-existencial do Brasil dosúltimos 20 anos. No espetáculo a regis-trar a forte presença de Cláudio Cor-reia e Castro. O Desembestado deve serprestigiado. Rogéria e Grande Oteloestão magnificos. Delito Carnal, apesarde ser um texto irregular, assegura aodiretor Paulo Reis lugar como um dosdiretores mais promissores da nova ge-ração. Rasga Coração é espetáculo im-perdivel. enquanto Rio de Cabo a Rabo,uma revista na melhor tradição do gè-nero. Para experimentalistas, a suges-tâo é Ensaio Geral que o grupo Te-AtoOficina apresenta como uma criaçáocoletiva. E na segunda-feira, vale a pe-na assistir â brincadeira juvenil Diantedo Infinito.

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Preto no Branco, Dario Fona versão de A Barraca

BARRACAAPRESENTA

DARIO FOAO BRASIL

A

estréia, amanhã, no TeatroGlauce Rocha, do segundoprograma do grupo portu-

guês A Barraca pode constituir-senum acontecimento de notável inte-resse, na medida em que nos pro-

porcionará o primeiro contato coma obra de Dario Fo, dramaturgoitaliano considerado por muitos co-mo a maior figura do atual teatroeuropeu. Desde sempre engajadono caminho de um teatro autentica-mente popular, mas também sensí-vel às grandes ligações das formastradicionais do passado, sobretudoda Idade Média, Fo experimentou,ao longo da sua trajetória,.diversasfórmulas dramatúrgicas e de pro-dução, até optar, na última década,por um teatro cooperativado, àmargem dos esquemas institucio-nalizados, e de extrema contundèn-cia polüica. Preto no Branco é uma

adaptação, realizada por HélderCosta, diretor da Barraca, da peçade Fo originalmente lançada em1972, e intitulada Morte Acidentalde um Anarquista. O espetáculo,que ficará em cartaz até terça-feira, foi criado pela Barraca háapenas três meses, e os críticoslisboetas elogiaram, simultânea-mente, a força da sua comicidade ea clareza da sua demonstração an-ticapüalista. A notar, uma provade ousadia: às 20h de amanhã, ABarraca realiza a sessão de despe-dida de É Menino ou Menina?, epara as 22h30m promete, no mesmopalco, a estréia de Preto no Branco.(Y.M.)

Braga, Charles Myara, Angela Rebello, Pau-lo Carvalho. Aliança Francesa da Tijuca, RuaAndrade Neves, 315,(268-5798). 6", sáb e2°, às 21 h e dom, às 20h30m. Ingressos de6a a dom, a CrS 150, e CrS 100, estudantes e2o a CrS 80 e CrS 50 (mediante carteira doSindicato dos Artistas).

DIZ-RITMIA — Espetáculo de teatro e mími-ca. Criação coletiva, sob a supervisão deLouise Cardoso. Teatro do Colégio Bennett,Rua Marquês de Abrantes, 55. Todos ossábados, às 21 h. Ingressos a CrS 60.

DERCY BEAUCOUP - Comédia musical deMário Wilson. Direção de Carlos AlbertoSoffredini. Com Dercy Gonçplves, MiguelCarrano, Vera Abelha, Lucy Fontes e FábioSerngolli. Teatro Brigitte Blair. Rua MiguelLemos, 51 (236-6343). 53. as 17he 21 Ii30m.6a, às 21 h30m; sáb., às 20h e 22h. e, dom.,às 19h e 21 h. Ingressos a CrS 200.

O PACOTE QUE NAO SE ABRIU - Comédiade Caetano Gherardi, José Vasconcelos eJosé Sampaio. Direção de Adonis Karan.Com José Vasconcelos, Amandio e Rosa.Isabel. Teatro da Galeria, Rua Senador Ver-gueiro, 93 (225-8846). De 4a a 6°, às2lh30m. Sáb., às20he22h. Dom., às 18he21 h. Ingressos 4° e 5°, a CrS 200 e de 6° adom., a CrS 250. Famoso craque de futeboltorna-se impotente ao ser convocado para aSeleção Nacional.

TERESINHA DE JESUS: QUE JÁ FOI ANDRÉ -Comédia musical com texto e direção deRonaldo Ciambroni. Com Ronaldo Ciambro-ni, José Rosa. Paulo Norkevits e Vera Manei-ni. Teatro Arthur Azevedo, Rua Vítor Alves,454, Campo Grande sáb. e dom, às 20hTeatro Leopoldo Froes, Rua Professor Manoelde Abreu, 16, Niterói. De 6° a dom, às 21 h.Ingressos a CrS 1 50. Teatro Rival (Rua ÁlvaroAlvim, 33 — 240-1135). 3°, às 18h30m,

21 h30m. De 4° a 6°, às 18h30m. Ingressos aCrS 150eCrS 100, estudantes. Trajetória, deum jovem homossexual que emigra do inte-rior para a cidade grande.

A REFORMA — Texto e direção de Dirceu de -Mattos. Com o grupo Teatro Off-RiO: YonneStormi e Carlos Roberto. Teatro Dirceu áaMattos, Rua Barão de Petrópolis, 897 (próxi-mo ao túnel da Rua Alice). Sexta, às 21 h e

' sáb. às 20h. Ingressos o CrS 150eCrS 100,estudantes. Até dia 29 de junho.

JOGOS NA HORA DA SESTA — Texto deRoma Mahieu. Montagem do grupo MinhaMàe Não Vai Gostar. Dir. de Henrique Cuker-man e Janine Goldfeld. Teatro Ipanema, RuaPrudente de Morais, 824 (247-9794). Sába-dos e domingos, às 18h30m. Ingressos a CrS100. Um grupo de crianças, através de suascruéis brincadeiras, traça uma poética meta-fora de uma sociedade repressiva.

DIANTE DO INFINITO — Espetáculo de varie-dades apresentado pelo Grupo Manhas eManias. ConvCarina Cooper, Chico Diaz,Dora-Pelegrinb, Márcio Trigo, Mário DiasCosta, Vicente Barcelos, José Lavigne. TeatroExperimental Cacilda Becker, Rua do Catete,388 (265-9933), Todas as 2°-feiras, às 21 h.Ingressos a CrS 70,00. Espetáculo contendomágicas, hipnose, levitação, esquetes, ban-gue-bangue, cowboys, indios, músicas, ocro-bacias, palhaçadas e participação especialdo Cavalaria do Exército norte-americano.

ENSAIO GERAL — Criação coletiva do Te-AtoOficina. Teatro Experimental Cacilda Becker,Rua do Catete, 338 (265-9933). De 5a a dom,às 21 h. Ingressos o CrS 70. A partir de umainvestigação sobre os conflitos gerados peloencontro entre o índio, o negro e o branco, ogrupo propõe uma reflexão sobre a realida-' de da cultura brasileira. Ate domingo.

MúsicaSERIE VESPERAL — Recital do violinista Sta-nislav Smilgin e do pianista Paulo Affonsode Moura Ferreira. Programa: Sonata em FáMenor Op 24, de Beethoven, Sonata n° 2, deGuerra Peixe e Sonata em Ré Menor Op 108,de Brahms. Sala Cecília Meireles, Lgo. daLapa, 47. Hoje, às 18h30m. Ingressos a CrS40 e CrS 20.

ORQUESTRA SINFÔNICA BRASILEIRA —Concerto sob a regência do maestro PieroGambá, diretor da Sinfônica de Toronto.Programa: Concerto em Lá Menor, de Schu-mann (Solista Arthur Moreira Lima), Abertu-ra La Gazza Ladra, de Rossini, EpisódioSinfônico, de F. Braga e Sinfonia n° 2, deBrahms. Teatro Municipal. Amanhã, às16h30m. Ingressos a CrS 2 mil 400, frisa ecamarote, a CrS 400, poltrona e balcãonobre, a CrS 250, balcão simples, a CrS 150,

galeria ea CrS 100, estudante. A Sul Améri-ca Seguros (Rua da Quitanda, 86) estarádistribuindo hoje ingressos gratuitos paraestudantes que apresentarem carteira afuali-zada. , ¦(.

ORQUESTRA DE CÂMARA DA RADIO MEC— Concerto. Saio Cecília Meireles, Lgo. daLapa, 47. Domingo, as 21h, Entrada franca.

BANDA ANTIQUA — Recital do grupo-forma-do por Jaime Kopke (viola da gambá, flautase percussão), Francisco Dias da Cruz (Alaúde)e Nice Rissone (contrclto, rabeco e flautas).No programo, Canções de Alegria e deTristeza Medievais e Renascentistas. AliançaFrancesa de Copacabana, Rua Duvivier, 43.Hoje, às 21 h. Ingressos a CrS' 150 e CrS _Ò,estudantes.

PROGRAMA ROMÂNTICOCOM A OSB

Luiz Paulo Horta

ARTHUR

Moreira Lima voltaa tocar com a OSB num pro-grama dedicado aos romãnti-cos: de Brahms. a SegundaSinfonia; e o Concerto deSchumann para Piano e Or-

questra. Essas duas obras-primas da músi-ca romântica serão precedidas pela aber-tura de La Gazza Ladra, de Rossini, e pelo

Episódio Sinfônico de Francisco Brag_Na regência da OSB estará Pierino.Gamba, músico bastante conhecido por suasgravações para a Decca-London, e quedirige atualmente a Sinfônica de Toronto.

Hoje. às 18h30m. o pianista Paulo Af-fonso de Moura Ferreira apresenta na SalaCecília Meireles programa que incluiGuerra Peixe, Beethoven e Brahms. PauloAffonso. além de músico experimentado,exerce posiçáo de liderança no programa jda música brasileira contemporânea. ,

PÁGINA 8 O CADERNO B ? JORNAL DO BRASIL O Rio de Janeiro, texta-feira, 6 de junho He 19B0 mH ' ym

Aonde levar as criançasí+y >4^ J*i ^*^^y flf^d^r\\ / \ . BjêW ~w

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HUMORPARA PAI RIR

Flora Sussekind

QUEM

assiste a O Segredodas Mágicas, montagem doGrupo Olhos d'Agua emcartaz até domingo noTeatro Cacilda Becker,não pode deixar de se per-

guntar, em alguns momentos, para quepúblico se dirigem efetivamente as refe-rèncias irônicas e grande parte dassituações cômicas que percorrem o es-petáculo. Observando as reações daplatéia, uma coisa parece clara: não écertamente ao público infantil que sedirigem. E tanto não é que a maiorparte do tempo as crianças permane-cem apenas olhando, sem rir nem nada,as situações a principio cômicas que sedesenrolam em cena. Se isso acontecedurante quase todo o espetáculo doGrupo Olhos d'Água, não se traía, en-tretanto, de um problema exclusivo des-sa montagem. Basta lembrar grandeparte dos espetáculos que se dizem pa-ra crianças mas se utilizam o tempotodo de um repertório e um tom inter-pretativo que pouco tém a ver com ouniverso infantil. Como em QueridosMonstrinhos, em temporada no TeatroCasa Grande, onde, em determinadomomento, para se chamar atenção pa-ra o autoritarismo da Fada Chata, elamesma se diz filha do Fado Salazar deUltramar e defensora de princípios taiscomo "Fada, Família e Propriedade".Nesse momento, os pais presentes aoteatro trocam olhares significativos esorrisos irônicos, felizes certamenteporque capazes de entender as referèn-cias a Salazar e à TFP, e depreenderalguma comicidade da fala de Mafalda,a fada. Para as crianças, porém, taismenções passam em brancas nuvens. E,ao invés de funcionarem de maneiracrítica, mais parecem aquelas coisasque sáo ditas na sala, na frente dascrianças, mas deforma tão dissimuladae cifrada em código compreensível ape-nas pelos adultos presentes, para queelas náo possam entender. E permane-çam olhando o que se passa com amesma curiosidade de quem ouve falaruma outra lingua. Outra língua quemesmo se esforçando, como é o caso deO Segredo das Mágicas, por se colocarem confronto com o autoritarismo daversão oficial da história brasileira re-cente, acaba se comportando de manei-ra igualmente autoritária ao ignorar orepertório e as características do públi-co a que se dirigem.

Trata-se em O Segredo das Mágicasde um espantalho mágico que, retiradode seu habitat rural e transportadopara a cidade, para se transformar emfonte de exploração da crendice alheia,acaba se tornando uma figura temívelque detém o poder de produzir alimen-tos e faz de todos os habitantes dacidade, dos mais pobres aos mais ricos,seus criados. Ou, como observa um dospersonagens: "Porque nós todos somosseus cordeiros. Salve o mágico, nossoprotetor." Os habitantes acabam, entre-tanto, se unindo e descobrindo umamágica capaz de fazè-lo desaparecer.7 udo via mágica e, mesmo em se tratan-do, como se diz na peça, de "uma mági-ca aprendida em Brasília", bem distan-te de uma platéia infantil que talvezainda ignore o possível significado deBrasília na vida política do país. Ou dereferências metafóricas a cavalo ou amontaria. O que torna cenas como adiscussão em torno.de quem é mesmoburro, onde o prefeito se transforma emmontaria para sua esposa, praticamen-te ineficazes no que diz respeito à pia-teia infantil. E revelam, sobretudo, umacompreensão bastante estreita de comodeixar que significados políticos ocu-pem a cena teatral infantil. Parece quenào se está vendo que o cotidiano dacriança está cheio de autoritarismos deoutra ordem. A disciplina familiar eescolar, os horários, o controle de suafala, gestos e brincadeiras, seriam refe-rências bem mais próximas à criançado que esse aproveitamento de um hu-morismo político já bastante desgasta-do para o público adulto e incompreen-sível para o infantil. Humorismo que sefaz acompanhar de uma interpretaçãocrítica e táo distanciada por parte deAlexandre Vieira, Arminda Amorim,Henrique Pires e Inés Junqueira, que,com base em referências meio confusas,ainda diminui a possibilidade de envol-vimento do espectador infantil. O quefaz lembrar, para quem assitiu a umdebate sobre teatro infantil ano passa-do na TVE, algumas observações deMaria Cristina Brito, autora do texto deO Segredo das Mágicas junto com Ale-xandre Vieira. Dizia, então, lhe pareceruma bobagem a insistência em caracte-rizar o público infantil. Caracterizaçãoque, diante do baixo rendimento cênicoe crítico de seu espetáculo, talvez semostre necessária, pelo menos paranão se incorrer no erro de pensar que seestá falando para alguém quando seestá, ao contrário, impedindo que essealguém compreenda o que é dito efiin-cione realmente como interlocutor.

PASSEIOSTtVOLI PARK — Porque Infantil commuitos brinquedos de interesse para jo-vens e adultos. Para crianças até 10 anosos mais atrativos são os carrosséis comvariadas formas: diligências, elefanti-nhos voadores, motocicletas, animais eaviões. Paracnanqas maiores e adultos osde mais interesse são a montanha-russa,roda-gigante, pista de choque, trem-fantasma, expresso do amor, mexicano,autopista e castelo dos bruxas. Está emfase final de acabamento a Museu Histó-rico. O parque fica na Av. Borges deMedeiros — Lagoa (274-1846) Funcionade 3o a 6o, das lóh às 22h. Sábados, de15h às 23h. Domingose feriados, de IOhàs 23h. Ingressos de 3o a 6o a CrS 150(adultos) e CrS 120 (crianças até 10 anos),com direito a oito tickets e podem serutilizados em qualquer brinquedo. Sába-dos, domingos e feriados os preços são osmesmos mas os brinquedos podem serutilizados à vontade.

PÁO DE AÇÚCAR — Além da paisagemque se possa ver dos mirantes dos Morrosda Urca e Pão de Açúcar todos os sábadose domingos há os seguintes programasinfantis: Bandinhai de Bichos, que rece-bem as crianças das 9h às 17h. Teatro d*Marionetes, com sessões às llh, 15h e17h; Museu Antônio d* Oliveira, queexpoé figuras de madeiras mecanizadas;Playground e quatro viveiros de pássaros.Hó ainda serviço de bar e restaurante.Av. Pasteur, 520 (295-5244 e 226-2767).O acesso se faz por um bondinho, quecusta CrS 120,00 e CrS 60 (crianças entretrês e 10 anos) e dá direito a subir até oPão de Açúcar.

JARDIM BOTÂNICO — Criado em 1808por D João VI tem posta 5 mil variedadesde plantas numa área de 141 hectaresdos quais mais da metade permanecemcomo mata natural. No Jardim funcio-nam ainda o Museu Botânico Kuhlmann,o Instituto de Botânica Sistemática, umabiblioteca sobre botânica e o horto. Estálocalizado na Rua Jardim Botânico, 930 eRua Pacheco Leão, 915 (274-3896). Aentrada para o estacionamento é pela

Rua Jardim Botânico, 1008. Funcionadiariamente das 8h às 17h. Ingressos" oCrS 5 (adultos e crianças acima de 10anos). Entrada franca para'menores de10 anos.

JARDIM ZOOLÓGICO — Fundodo em1945, está instalado numa óreo de 92mil metros quadrados. Em seu acervoestão 1 mil 600 exemplares de oves ecerca de 400 espécies de mamíferos, dosfaunas americana, africana e asiática.Quinta da Boa Vista (254-2024), S. Cris-tóvâo. De 3o a dom., das 8h às 16h30.Ingressos a CrS 5. Crianças até l,20mnão pagam.

PLANETÁRIO — Programação para sába-do e domingo: às lóh, Amiguinho Sol,para crianças de quatro a sete anos; às17h, O Universo em que Vivemos, paracrianças de oito a 12 anos; às 18h30m,Do Geocentrismo ao Heliocentrismo, paraadolescentes e adultos. Av. Pe. LeonelFrança, 240, Gávea. Ingressos a Cr$ 20 eCrS 10, estudantes.

PARQUE DA CIDADE — Com 42 milmetros quadrados de área gramada é umdos parques mais bem cuidados do Rio.Com guardas vigilantes, que não permi-tem que se jogue bola, o parque possuibonitas alamedas, um córregoe pequenolago. Na sede do Parque, antiga proprie-dade do Marquês de São Vicente, estáinstalado o Museu da Cidade.,0 Parqueda Cidade fica aberto das 8h às 17h, e deoutubro a nrtarço a hora de fechamento seestende até às 19h. Estrada Santa Mari-nha, s/n°. Entrada franca.

CAMPO DE SANTANA — Lago, gramadosbem tratados e como curiosidade cotiasespalhadas pelos jardins,, esse parquelocalizado na Av. Presidente Vargas, emfrente à Central do Brasil, pode ser alcan-çado facilmente de metrô. Até o início doséculo abrigava nas redondezas impor-tantes edifícios públicos e foi o local ondeD. Pedro I foi aclamado imperador e maistarde, se proclamou a República. Todos osfins de semana há programação especialpara as crianças. Entrada franca.

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Integrado à paisagem turística do Rio, o Pão de Açúcar podeser uma boa opção de lazer para o próprio carioca

Aos sábados e domingos, o Campo de Santanaé um local pacato

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BARYSHNIKOV NO MARACANÃZINHO

A DANÇA DO MESTRE NUMESTÁDIO CHEIO DE PROBLEMAS

Suzana Braga

Baryshnikov estará este fim de semana no Maracanãzinho. Ascondições técnicas do estádio não são das melhores, mas o

bailarino poderá superá-las

MIKHAIL BARYSHNIKOV - Espetáculo debale tendo como intérpretes principais obailarino Mikhail Baryshnikov e a bailarinavenezuelano Zhandra Rodriguez. Paricipa-ção especial do Corpo de Baile do Palácio dasArtes/Fundação Clóvis Salgado. Programa:les Silphydes, música de Chopin e coreogra-fia de Fokine (Fundação Clóvis Salgado), LeCarsaire, música de Drigo e coreografia dePepita, Concerto n° 5, de Mozart (FundaçãoClóvis Salgado), e Romeu e Julieta, libreto deLavrosky, Radlov e Prokofiev, que também

musicou o bailado, e coreografia de KennethMacMilIan. Maracanãzinho. Amanhã, qs21 h e domingo, às 20h. Ingressosa CrS 200,arquibancadas, a CrS 300, cadeira de pista,a CrS 500, cadeira especial, a CrS 600,cadeira de palco e a CrS 1.500, camarote.

O MÁGICQ DE OZ — Espetáculo de dançamoderna, com direção e coreografia de JôFontes. Músico de Quincy Jones. Auditório daMabe, Rua do Riachuelo, 124. Amanhã, às21 h e dom., às !8h e 21 h. Entrada franca.

AMANHA

e domingo, Mi-khaü Baryshnikov estaráapresentando a sua dançaae mestre (um pouco mal-tratada na tournée tropi-cal) no Maracanãzinho. Pa-ra o público que nâo pôde pagar Cr$ 6

mü e Crt 2 mü pelo ingresso no HotelNacional, onde o bailarino se vinhaexibindo nào muüo bem, os espetáculosno Maracanãzinho poderão ser a festa,como também se acredüa que Baryshni-kov terá maiores condições de brilharem um estádio do que numa sala con-cert hall. Mas até esse público maispopular será obrigado a pagar preçosmais altos, já que os cambistas esláorondando os passos de Baryshnikov.Na terça-feira já estavam esgotadas ascadeiras de palco, que no entanto apa-reciam nas mãos dos cambistas, nãopelos CrS 600 da bilheteria, mas por Cr$1 mil 500. O mesmo acontecia com ascadeiras especiais, cujo preço real erade Cr$ 500. Os camarotes também esta-vam esgotados, e as arquibancadas,com prego de Cr$ 200, eram.disputadasa Cr$ 700.

O Maracanãzinho serviu de palco —muüas vezes com direüo a cambistas —a inúmeras companhias de dança e agrandes festivais internacionais. Entreos dançarinos podem-se destacar Mar-got Fonteyn e Nureyev (em Giselle), oRoyal Ballet (completo), a Ópera deParis (também completai e os dois festi-vais de inverno organizados pela Asso-ciação de Bale do Rio de Janeiro. Oprimeiro com A Floresta Amazônica,lendo Maraot Fonteyn como convidadae o segundo, quando atuaram NataliaMakarova, Fernando Bujones, AnthonyDowel e Merle Parck. Há um ano, oestádio foi palco também de duas apre-sentações do Ballet du XXe. Siècle, de.Maurice Béjart, sem mencionar os con-

juntos folclóricos, seus freqüentadoreshabituais.

Empresários e artistas que já seapresentaram no Maracanãzinho infor-mam que é necessário o transporte deequipamento de luz e de som, de que oestádio não dispõe, para que as 25 milpessoas que podem lotar as suas depen-dências possam assistir dignamente aBaryshnikov e Zhandra Rodriguez. Nàoexiste palco, precisa ser construído. Aacústica é péssima, tanto que fez Mauri-ce Béjart a temer seriamente pelo êxitode suas apresentações. Disse ele: "MeuDeus, parece que estou, dentro de umacaixa de ecos . Além do que não existesequer mesas rudimentares de ilumina-ção, muito menos cabos. O estádio é,portanto, alugado praticamente nu,com apenas alguns spots.

Dalal Achcar conta que para os seusespetáculos precisou levar cabos, 160refletores de 1000 Kw e dois canhões(aparelho para iluminação dirigida),um equipamento de som, âmuito compli-cado e delicado", que ainda tem que serfiltrado para acabar com o eco e reper-cutir bem em no enorme espaço. DanteVigiannifoi obrigado a ter ainda maistrabalho para mostrar, com dignidade,os 80 integrantes da companhia de Bé-jart. O palco precisava ter 80 cm dealtura, aüura exigida por Béjart depoisde várias pesquisas de ângulos, na ten-tativa de facilitar a visibilidade do pú-blico, e dimensões que comportassemRomeu e Julieta. O empresário instalou250 refletores extras ae 1000 Kw e qua-tro canhões de 5000Kw. Mesma assim,admite, a acústica nào esteve satisfató-ria, embora o equipamento de som te-nha vindo da Bélgica.

Resta agora saber que providênciasforam tomadas para dotar o precárioMaracanãzinho de um minimo de con-dições de receber Baryshnikov, tào ilus-tre bailarino.

FALA PALHAÇO — Crioçáo do Grupo Hom-bu. Com Beto Coimbra, Regina Linhares,Walkyria Alves. Sérgio Fidalgo e outros.Teatro do Sesc de S. João de Meriti, Rua Ten.Manoel Alvarenga Ribeiro, 66 (756-4615).Sáb e dom, às lóh. Ingressos a CrS 50 e CrS20. sócios

PENA SOLTA —• Teatro de bonecos e masca-ras. Criação de Ricardo Howat e Gina Padus-ka. Sala Monteiro Lobato, Teatro Villa-Lobos,Av. Princesa Isabel, 440. Sáb, às 1 7h30m edom, òs 17h. Ingressos a CrS 80. Ate dia 30de agosto.

FESTIVAL DA CANÇÃO NA FLORESTA -Texto de Sidney Becker e direção de AlísioFalcato. Teatro Leopoldo Fretes, Rua ProfessorManoel de Abreu, 16, Niterói. Sabe dom., às'.16

h. Até o dia 29

ZÉ COLMEIA E A PANTERA COR-DE-ROSANA FLORESTA ENCANTADA - Direção deRoberto de Castro. Com o Grupo Carrossel.Teatro do Colégio Lemos Cunha. Estrada doGaleão, s/n°. Sáb, às lóh. Ingressos a CrS50.

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PEQUENINOS MAS RESOLVEM - Texto deLida Manzo. Direção coletiva do grupo Alémda Lua. Teatro Rio-Planetário, Rua Pe. LeonelFranca, 240. Sáb. e dom., às 16he 1 7h30m.Ingressos a CrS 70. Até dia 6 de julho.

CHAPEUZINHO QUASE VERMELHO — Textoe direção de Luiz Sorel. Com Nádia Nardini,Angela Vieira, Sônia Machado e outros.Teatro da Aliança Francesa da Tijuca, RuaAndrade Neves, 315. Sáb. e dom, às I7h.Ingressos a CrS 80.

A HISTORIA DO CHAPEUZINHO VERMELHO— Texto e direção de Charles Cerdeira,Teatro Arcádia, Travessa Alberto Cocozza,38, Nova Iguaçu. Sáb e dom, às 1 7h, Ingres-sos a GS40 e CrS30.

COM PANOS E LENDAS — Musical de JoséGeraldo Rocha e Vladimir Capella. Direçáode Ivan Merlino e Vladimir Capella. ComAngela Dantas, Marco Miranda, Nadia Car-valho, Otávio César e outros. Teatro do Sescda Tijuca, Rua Barão de Mesquita, 539. sáb.,às 17h e dom. às 10h30m e 17h. Ingressossáb. e dom., às 17h, a Cr$ 100, e dom., às10h30m, o CrS 80. Bela remontagem pauta-da no jogo entre as transformações dospanos que constituem o cenário e o rápidoencadeamento de lendas e cantigas, numaviagem pelo repertório ficcional popular bra-sileira. (F. S.)

MARIA MINHOCA — Texto de Maria ClaraMachado. Direção de Juracy Alarcon Chama-re Ili. Com o grupo de Teatro Crismaran.Teatro Dirceu de Mattos, Rua Barão dePetrópolis, 897, ao lado do túnel da RuoAlice. Sáb. e dom., às lóh. Ingressos a Cr$50.

QUERIDOS MONSTRINHOS r-Texto de Pau-lo César Coutinho. Direção de Chico Terto.Com Suzana Queiroz, Vera Holtz, Mara Sou-to e Pedro Aurélio. Teatro Cata - Grande, Av.Afrânio de Melo Franco, 290. Sáb., às 17h edom., às lóh. Ingressos a Cr$ 100.

ARCO-lRIS SEM COR — Texto de RaimundoAlberto. Direçáo de Foyvel Hohchman. Com ogrupo América. Teatro Gláucio Gill, Pça.Cardeal Arcoverde, s/n" (237-7003). Sób. edom., lóh. Ingressos a Cr$ 60.

QUEM FANTASMOCANTA... OS HOMENSESPANTA — Musical infanto-juvenil de Sér-gio Melgaço. Dir. do autor. Mus. de LúciaMaria Dantas, coreografia de Edien Lyra eCarla Chaves. Com Marthita Gonzales, Fer-nando Perez, Amélia Navarro, FernandoPontes e Antônio Pereira. Teatro Teresa Ra-chel, Rua Siqueira Campos, 143 (235-1113).Sáb. e dom., às 15h. Ingressos a Cr 100,00.Até dia 12 de julho.

EU CHOVO, TU CHOVES, ELE CHOVE -Texto e direção de Sylvia Orthof. Produção deAdalberto Nunes. Com Bia Sion, CláudiaRicher, Everardo Sena e Jorge Maurílio. Tea-tro SENAC, Rua Pompeu Loureiro, 45. Sába-dos, às 15h30m e 17h e domingo, às lóh.-Ingressos a CrS 100.

O SEGREDO DAS MÁGICAS - Texto deAlexandre Vieira e Maria Cristina Brito.Direção coletiva do grupo Olhos D'Agua.Com Alexandre Vieira, Arminda Amorim,Henrique Pires, Maria Cristina Brito e InésJunqueira. Música e direção musical de ZéAlberto. Orientação coreográfica de GracielaFigueiroa. Teatro Cacilda Becker, Rua doCatete, 338 (265-9933). Sábados e domin-gos, às 16h30m. Ingressos a CrS 50. Atédomingo.

O MAGO DAS CORES — Texto de VeroniqueRateau. Direção de Serge Ruest e Pato. ComDirceu Rabelo e José Roberto Mendes. TeatroPrincesa Isabel, Av. Princesa Isabel, 186.Sábados, às 15h45m. Ingressos a Cr$ 100.

A MENINA QUE PERDEU O GATO... -Textode Marco Antônio Apolinário Santana. Dire-ção de Luis Mendonça. Com Nádia Maria,Silvia Maria, José Rocha e Márcio Luiz.Teatro do América F.C., Ruo Campos Salles,118. Sáb. às 17h e dom. às 16h30m. Ingres-sos a CrS 80.

O GATO DE BOTAS — Produção de BrigitteBlair e Carlos Nobre. Direçáo de CarlosNobre. Com Olga Renha, Maneco de Jesus,Antônio Duarte e José Silva. Teatro Serrador,Rua Senador Dantas, 13. Sábados e domin-gos, às lóh. Ingressos a CrS 50.

LIBEL, A SAPATEIRINHA - De JurandyrPereira. Direção de Jorge Lúcio. Com RuthMachado, Luis Carlos Cavalcanti, Jorge Lú-cio, Alice Kocnow e Corlos Ferraz. Teatro daGaleria, Rua Senador Vergueiro, 93. Sába-dos e domingos, às 16h. Ingressos a Cr$ 100.Até fins de Junho.

CHAPEUZINHO VERMELHO - Produção deRoberto de Castro. Apresentação do grupoCarrossel. Teatro do Colégio Laranjeiras, RuaConde de Baependi, 69. Hoje, às 15h45m e17h. Ingressos a CrS 60.

O DIAMANTE DO GRÁO-MOGOL— Musical"capa e espado" de Maria Clara Machado.Dir. e coreografia de Wolf Maio. Com LupeGigliotti, Cininha de Paula e grande elenco.Cenários e adereços de Analu Prestes, figuri-nos de Kalma Murtinho. Teatro Vanucci, R.Marquês de São Vicente, 52-3° andar. Sab. edom, às 17hl5m. Ingressos a CrS 100.

OS TRÊS MOSQUETEIROS - Musicol deBenjamim Santos. Dir. de Ricardo Amorim.-Dir. musical de Cacá Santos. Com Dalmo*Sondes, Ricardo D'Amorim, Mareia Leite eoutros. Teatro Opinião, Rua Siqueira Cam-pos, 143 (235-2119). Sábados e domingos,às I7h. Ingressos a CrS 80.

PASSAGEIROS DA ESTRELA - Texto deSérgio Fonta. Direção de Lauro Góes. ComLidia Brondi, Júlio Braga, Ruth de Souza,Sadi Cabral e outros. Músicos de EgbertoGismonti. Teatro Villa Lobos, Av. PrincesaIsabel, 440 (275-6695). Sáb. às 17h e dom.às lóh. Ingressos a CrS 100.

DUVI-DE-O-DÓ — Texto de Lúcia Coelho eCaique Botkai. Direção de Lúcia Coelho. Como grupo Navegando, Teatro Vanucci, RuaMarquês de S. Vicente, 52. Sáb. e dom., às15hS0m. Ingressos a CrS 100.

CRESÇA E APAREÇA — Texto de Alexandre.Marques. Direção de Marco Antônio Palmei-ra. Com Eduardo Azevedo, Eliona Dutra,Francisco Sztockman, Marco Antônio Palmei-ra e Maria Alice Mansur. Teatro das Laran-jeiras, Rua das Laranjeiras, 232. sáb. e dom.,às lóh. Ingressos a CrS 80

DR. BALTAZAR, O TALENTOSO, NO MUNDODA IMAGINAÇÃO CONTRA O DR. DRÁSTI-CO — Musical de Nei Ia Tavares. Direçáo deMona Lazor. Com Zemario Limongi, WagnerVaz, Wagner Fontes e outros. Teatro doAmérica, Rua Campos Sales, 118. Sáb., àslóh edom.,às 15h30m. Ingressosa CrS 80eCrS 60, sócios.

O LIMÃO QUE TINHA MEDO DE VIRARLIMONADA — Texto e direção de PauloAfonso de Lima. Com o grupo Carroça deTéspis. Teatro Laranjeiras, Instituto Nacionalde Educaçáo de Surdos, Rua das Laranjeiras,232. Sábados e domingos, 17h. Ingressos aCrS 80.

FLICTS — Texto de Ziraldo e Aderbal Júnior,Direçáo de José Roberto Mendes. Músicas deSérgio Ricardo. Com Alby Ramos, Ligia Diniz,Cacá Silveira, Maria Gisiene, Daniela Santi eoutros. Teatro Princesa Isabel, Av. PrincesaIsabel, . 186 (275-3346). Sábados às17h30m. e domingo, às 16h. Ingressos a CrS100.

O PATINHO FEIO CONTRA O GAVIÃO PA-RA-TUDO ¦ - Direçáo de Roberto de Caslio,

. Com o grupo Carrossel. Teatro do ColégioLemos Cunha, Estradei do Galeão, s'n°. Dom,as lóh. Ingressos a CrS 50.

PINÓQUIO, O BONEOUINHO DE MADEIRACOM ALMA DE CRIANÇA Direção deRoberto de Castro. Com o grupo Carrossel.Teatro do Colégio Lemos Cunha, Estrada doGaleão, s/n°. Dom, às 10h30m. IngressosaCrS 50.

OS TRES POROUINHOS E O LOBO MAU -Texto c direção de Jair Pinheiro. TeatroBrigitte Blair, Rua Miguel Lemos, 51. Sábadoe Domingo, às I7h. Ingressos a CrS 100.

EMÍLIA, SACI E VISCONDE CONTRA ASTE-RIX, O GAULÊS — Musical com texto edireçáo de William Guimarães. Com KátiaRegina, Roberto dos Santos e Ricardo dosSantos. Teatro Alaska, - - Av. Copacabana,1241 (2479842). Sáb. e dom., às lóh.Ingressos a CrS 80.

BRANCA DE NEVE E OS SETE ANÕES - Textoe direção de Jair Pinheiro. Teatro TeresaRaquel, Rua Siqueira Campos, 143 (235*1113). Sáb. e dom., as lóh. Ingressos a CrS100.

EMÍLIA A BONECA TRAPALHONA, NO SÍTIODO PICA-PAU - - Texto e direção de OsvaldoFerra. Teatro Brigitte Blair, Rua Migueil Le-mos, 51. Sáb. e dom., as 16h. Ingressos a CrS'70.

QUEM QUER CASAR COM A DONA BARATI-NHA — Direção de Roberto de Castro. Com ogrupo Carrossel. Tealro do Colégio Laranjei-ras, Rua Cde de Baependi, 69. Dom., às10h30m. Ingressos a CrS 60.

BRANCA DE NEVE E OS SETE ANÕES - -Direção de Roberto de Castro. Com o grupoCarrossel. Teatro do Colégio Laranjeiras. Rua'Cde. de Baependi, 69. Dom., às 15h45m e17h. Ingressos a CrS 60.

MICKEY, PATETA EA PANTERA COR DEROSA — Direção de Roberto de Castro. Como grupo Carrossel. Teatro do Colégio Laran-jeiras, Rua Cde. de Baependi, 69. Sáb., às15h45m e 17h. Ingressos a CrS 60.

O CIRCO DE DOM PEPE, PEPITO E PEPON -Com o grupo Ou ntal. Teatro de Fantoches eMarionetes do Parque do Flamengo, entradoem frente à Rua Tucuman. Sáb. e dom, as.10h30m. Entrada franca.

A GATA BORRALHEIRA — Texto e direção deJair Pinheiro. Teatro Teresa Raquel, RuaSiqueira Compôs, 143 (235-1113). Sáb. edom., às 17h. Ingressos a CrS 100. ¦ -"'

SUPER-HERÓIS CONTRA —MULHER GATO ECIA. — Musical com texto e direção deWilliam Guimarães. Com Fabiana Gouveia,Wagner José, Solange Gouveia e Jorge Elia- ¦no. Teatro Alasca. Av. Copacabana 1.241.Sáb. e dom., às 1 7h. Ingressos a CrS 80.

PLANETÁRIO — Programação para sábadose domingos: às lóh, Amiguinho Sol, paracrianças de quatro a sete onos; às 1 7h OUniverso em que Vivemos, para crianças de

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oito a 12 anos,-às 18h30m, Do Geocentrismoao Hfc!Jocentrismo, para adolescentes e adul-tos. Av. Pe. Leonel Franca, 240, Gávea'.'Ingressos a CrS 20 e CrS' 10, estudantes.

CIRCO ORLANDO ORFEI — Leões e cavalosamestrados, acrobatas, contorcionistas, gi-nastas, trapezistas e outras otrações. PraçaOnze (221-5531). 33, 4o e 6°,às 21 h, 5a às15h e 21 h. Sábado, às 1 5h, 1 Sh e 21 h.Domingos e feriados, às 10h,- 15h, 18h 21h..Ingressos na geral a CrS 120 e CrS 60(menores), na lateral a CrS 150 e CrS 80(menores), central a CrS 180 e CrS 100.(menores), cadeira sem númeroa CrS 220 eCrS I 30 (menores), cadeira numerada a CrS250 e CrS 150 (menores) e camarote a CrS300 por pessoa. Os ingressos estão a vendano local, Mercadinho Azul e Guanatur (256-2383 e 255-1271.

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CADERNO B D JORNAL DO BRASIL O Rio d> Janeiro. »exta-feira. fi He junho He 10B0 O PÁGINA 9

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CORAÇÃO BOBO - Show do contor, compo-sitor e violonista Alceu Valença acompanha-do de Paulo Rafael (guitarra e viola), AntônioSantana (baixo), Zé da Flauta, Claudinho(bateria), Severo (sanfona) e Helvius Vilela(piano). Teatro Ipanema, Rua Prudente deAlterais, 824 (247-9794). De 4° a dom, às21h30m. Ingressos a CrS 250 e CrS 150,estudantes. Até dia 15.

BELEZA — Show do cantor, compositor eviolonista Fagner acompanhado de Manas-sés (guitarra, cavaquinho e viola), PatrucloMaia (teclados), Nonato Luis (violão), Fernan-do Gama (baixo), Cândido (bateria), DjalmaCorrêa (percussão), Oswaldlnho (sanfona),Oberdan e José Nogueira (sax e flauta).Participação especial de Mestre Dino (violãode sete cordas). Teatro João Caetano, PçaTiradentes (221-0305). De 4o a dom, às21h30m. Ingressos a CrS 250, platéia ebalcão nobre e a Cr$ 150, balcão e galeria.Até dio 15.

ESTRELA GUIA —Show do cantora Joannaacompanhada de Ari Arcoverde (teclados),Ricardo Tacoan (guitarra), Ricardo Santos(contrabaixo), Sérgio Cleto (sax e flauta) eJoão Cortes (bateria). Direção de Arthur La-ranjeira. Cine-Show Madureira, Rua Caroli-na Machado, 542. (359-8266). De 4o a dom.,às 21h. Ingressos a Cr$ 250 e Cr$ 200,esludantes. Até domingo.

SEBASTIÃO TAPAJÓS E ROBERTO GNATAL-LI — Show do violonista e do pianistaacompanhados de Daniel Garcia e MariaAntônia (flautas), José Arthur (clarineta),

, Carlos Watkins (sax), Carlinhos Queirós (bai-xo) e Elcio (bateria). Sala Funarte, Rua AraújoPorto Alegre, 80. De 3o a sáb., às 18h30m.Ingressos a Cr$ 50. Até dia 14.

TIM MAIA — Show do cantor e compositoracompanhado de sua banda. Teatro Cario*Gomes, Pça Tiradentes (222-7581). De 3o adom, às 19h. Ingressos de 3° a 5o, a Cr$100e de 6a a dom., a CrS 150. Até dia 15.

COMO FOI QUE VOCÊ CONSEGUIU CHE-GAR ATÉ AQUI — Show dos cantores ecompositores César Costa Filho e PaulinoSoares. Teatro Casa Grande, Av. Afrânio deMelo Franco, 290 (239-4046). De 4o a dom.,às 21h30m. Ingressos 4a, 5o e dom., a Cr$150, e Cr$ 100, estudantes, e 6° e sób., a Cr$200. Até domingo.

CANTO CRESCENTE —Show do cantor EmílioSantiago acompanhado de Darci de Paula(piano), José Carlos (guitarra), Herber Calura(baixo), Desio Miranda (bateria) e MareceloSalazar (percussão). Direção de Arthur Laran-jeira. Sala Funarte, Rua Araújo Porto Alegre,80. De 4° a sáb., às 21 h. Ingressos a Cr$ 100Até amanhã.

PROJETO PIXINGUINHA — Apresentaçãodas cantoras e compositoras D Ivone Lara,Lecy Brandão e Gisa Nogueira. Teatro Dulci-na, Rua Alcindo Guanabara, 17. Hoje, às18h30m. Ingressos a Cr$ 60.

SONHE MAIS —Show de Martinho da Vila.Roteiro de Ferreira Gullar. Direção de TerezaAragão. Teatro Clara Nunes, Rua Marquêsde S. Vicente, 52 (274-9696). De 5a a dom,às 21h30m. Ingressos de 3o a 5a e dom. aCrS 300 e CrS 200, estudantes e 6o e sáb., oCr$ 300.

NEGRA ELZA—Show da cantora Elza Soares.acompanhada de conjunto e do grupo Ama-lá. Teatro Municipal de Niterói, Rua 15 deNovembro, 35. De 4o a dom., às 21h.Ingressos a Cr$ 100. Até domingo.

SAUDADE DO BRASIL —Show da cantoraElis Regina com participação de 11 atores ebailarinos e acompanhamento da bandaformada por César Camargo Mariano (tecla-dos), Sérgio Henriques (teclados), Nona(trumpete), Faria (trumpete), Banglo (sax),Lino Simão (sax), Paulo (flauto), ChiquinhoBrandão (flauta), Chacal (percussão), Notam(guitarra), Kzam (baixo), Bocato (trombone) e

,Sagica (bateria). Dir. Ademar Guerra, dir.musical e arranjos de César Camargo Maria-no, coreografia de Marika Gidali, figurinosde Kalma Murtinho, cenário de Marcos Flaks-man e programação visual de Carlos Vergo-ra. Canecão,, Av. Wenceslau Brás, 215 (295-3044 e 295-9747). 4o e 5o, às 21h30m, 6a esáb., às 22h30m, e dom., às 20h30m. In-gressos a CrS 400.

OI...TENTAÇÃO —Show com o cantor, com-positor e violeiro Lauro Benevides acompa-nhado por Domício Beviláqua (bandolim e

'violino) e Gil Lima (flauta e percussão).Teatro da Casa do Estudante Universitário,'Av. Rui Barbosa, 762. Hoje, amanhã edomingo, às 21 h. Ingressos a Cr$ 80,00.

SEIS E MEIA NA PRAÇA—Show com Jackson;do Pandeiro, Abdias e sua sanfona e osVepentistas Azulão e Medeiros. Cinelàndia.Hoje, às 18h30m. Entrada franca.

LIGIA DINIZ E OLGA RENHA — Show de.música com a cantora Ligia Diniz e textosdeclamados por Olga Renha. Pizza Pino, Av.Epitácio Pessoa, 2 360 — Lagoa. Hoje, às22h. Sem couvert nem consumação mínima.

VIVA O GORDO E ABAIXO O REGIME —Show do humorista Jô Soares. Texto de JôSoares, Millôr Fernandes, Armando Costo eJosé Luis Archanjo. Cenário e iluminação deArlindo Rodrigues. Direção de Jô Soares.Direção musical de Edson Frederico. Teatroda Praia, Rua Francisco Sá, 88 (267-7749).De 4a o 6o, às 21h30m, sáb., às 20h30m e22h30m dom., às 18h e 21 h. Ingressos de 4oa dom. a CrS 350, e vesp. de dom. a Cr$350, e CrS 150, estudantes.

REVISTA

GAY GIRLS — Revista musical com NeliaPaula, Verusko, Maria Leopoldina, Ana Lu-(jez, Theo Montenegro, Stella Stevens e LaMiranda. Teatro Alasca, Av. Copacabana,,1241. De 3o a 5o e domingo, às 21 h30m. 6o e«ab., às 22h. Ingressos de 3o a 5°, e dom., aCrS 200 e Cr$ 150, estudantes, 6o, a Cr$ 200e sáb., a Cr$ 250.

MIMOSAS ATÉ CERTO PONTO N°2—Showde travestis, com texto e direção de BrigitteBlair. Com Marlene Casanova, Camile, Alex•Wntos e outros. Teatro Serrador (R. SenadorDantas, 13 — (220-5033). De 3o a sób, às21h. Domingo, às 18h, 21h. Véspera! de 5o,às 17h. Ingressos de 3° a 5o a £r$ 20Oe CrS100 (estudantes). 6°, sábado e domingo, aCrS CrS 200.

Um fim de semanainvernal

2li Rua Marquês de Sào Vicente, 147. In.gressos a CrS 50.

Maria Helena Dutra

J\ NIMOS arrefecidos. De-

A

pois de brincar algumtempo de metrópole re-pleta de atrações, o Riode Janeiro volta a pare-cer uma cidade bem in-teriorana, como Novas-

Russas por exemplo, e quase nadaoferece este fim de semana comoentretenimento musical. Deve ser oinverno que já chegou na práticamembora ainda demore algunsdias para a inauguração oficial.Para esquentar o frio oficioso te-mos hoje, às 18h30m, o vibranteJackson do Pandeiro se apresen-tando na Cinelàndia. programa to-talmente grátis e que ainda apre-senta como complementos os artis-tas, também populares, como o san-foneiro Abdias e os repentistas Azu-lão e Medeiros. Às 21h, no TeatroMunicipal de Niterói, de hoje a do-mingo, Música e Dança Afro-Brasileira. Tipo de apresentaçãoque já esteve na moda, sumiu eagora está voltando de maneiragradual. É um espetáculo com ElzaSoares, em grande atividade ago-ra, e o grupo Amalá. O texto, quenão sabemos ser também bilíngüe,

e a direção sáo de Mayuto. Nomesmo horário, e igual periodicida-de, Oi... Tentação no teatro da Ca-sa do Estudante Universitário. Umshow de Lauro Benevides que vai evolta com alguma regularidade. Às21h30m, apenas hoje e amanhã,Paulo Moura, outro altamente ata-refado, se apresenta no Coisas Nos-sas, em Jacarepaguâ. Mesmo sendolonge vale a pena por ser Paulo ummxtsieo em constante progresso.Sempre nos oferece surpresas eboas. Lá pela madrugada, geral-mente a partir da uma hora, o showsemanal no Clube do Samba. Dehoje é jóia, pois se trata da apre-sentação da Velha Guarda da Por-tela. Grupo que está sempre bem,mesmo quando sua escola vai mal.

No sábado, apenas uma apre-sentação a registrar. No SublimeTentação, no Cine Sào José da Pra-ça Tiradentes, a partir da uma damanhãm show com a cantora Lin-da Rodrigues. Depois de anos deafastamento, está agora fazendoalgumas apresentações neste local.Para os jovens e desmemoriadosvale lembrar que ela foi a lançado-ra do incrível Lama. Aquela cançãoque diz "se meu passado foi lama,hoje quem me difama viveu na la-ma também". Parece coisa de ca-ranguejo mas tem seu charme.

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Jackson do Pandeiro estará hoje, a partir das 18h30m,Cinelàndia, em programa totalmente gratuito

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PARA OUVIR

O TECLADO—Aberto de 3o a dom., das 19hàs 4h. Música ao vivo a partir das 22h, comEdu da Gaita, Helena de Lima, Johnny Alf(cantor, compositor e pianista), os cantoresMárcio José e Áurea Martins, com os pianis-tas Eduardo Prates e José Maria. Av. Borgesde Medeiros, 3207, Lagoa (266-1901). Cou-vert de 2o a 5o, a CrS 150, 6° e sáb. a CrS200.

CHIKOS BAR — Aberto diariamente a partirde meio-dia. Música ao vivo às 20h, com opianista, cantor e compositor Johnny Alf eseu conjunto. Participação de Cidinho Teixei-ra (piano), Leny Andrade (vocal), Tião Cruz(bateria) e Maurício Ramos (baixo). Av. Epitá-cio Pessoa, 1560 (267-0113 e 287-3514).Sem couvert e sem consumação mínima.

CLUBE 21 — Aberto diariamente a partir das18h. Música ao vivo. 21 h., com apresentaçãode Osmar Milito (piano), acompanhado deNilson Matta (contrabaixo), Nivaldo Ornellas(sax e flauta) e os cantores Biba Ribeiro, LuciNewell, revezando com o pianista Nilson.Todas as 2°s feiras, Noite de Jazz. Rua MariaAngélica, 21 —Jardim Botânico(286-8338):Sem couvert e sem consumação mínima.

APPALOOSA — Aberta de 4o a dom., apartir das 22h, Show 4o, 5o e dom, ás 24h e6a e sób, às 24h e 2h. De 4o a dom., showcom Geraldo Darbilly (bateria), Celso BluesBoy (guitarra) e Fernando Sá (baixo) RuaBarata Ribeiro, 49 (275-8896). Couvert Cr$150 (4a, 5a e dom) e CrS 200 (6° e sób).

COISAS NOSSAS —Show do grupo de choroCom Casca e Tudo. Participação especial dosaxofonista Paulo Moura. Direção musical:Roberto Nascimento. Serviço de restaurante etira-gostos. 6° e sábados, às 21h30m. Estra-da de Jacarepaguâ, 6473 (342-0377). Cou-vert de CrS 200.

FOSSA — Show de 2° a sábado, à meia-noite, com Valeska, Tito Madi e Ribamar e

Ivan El-Jaick. Aberto, diariamente, a partirdas 19b. Aos domingos, a partir das 19h,show com Ivan El-Jaick e seus convidados.Rua Ronald de Carvalho, 55 (235-7727 e237-1521). Couvert de CrS 300, por pessoa.

ZEPPELIN TERASSE BAR — Aberto diária-mente a partir das 19h com música ao vivo.Anexo o restaurante Zur Katz de especialida-de alemã e cozinha internacional. Estrada doVidigal, 471 (1° entrada à direita depois dohotel Sheraton) 274-1549. Couvert 2°, 5o edom. a Cr$ 100. 6° e sáb. a Cr$ 150.

PINOS BAR — Aberto de 3" a domingo, apartir das 21 h, com música ao vivo a cargodo pianista Stenio e música de fita. Estradasdas Canoas, 68, Sáo Conrado. Sem couvert.

PARA DANÇAR

CLUBE DO SAMBA — Música para dançarcom a orquestra comandada pelo bateristaWilson das Neves. Hoje: show com a VelhaGuardo da Portelo. Sede do Flamengo, Morroda Viúva (289-3122). Sextas-feiras, a partirdas 22h. Ingressos a CrS 200 (individual), eCrS 300 (casal) e CrS 100 (estudantes).

O DIA DO AVESSO — Show com os travestisAna Karina Berg, Andréa Casparelly, CintrcLevy, Samantha, Laura de Vison; Rhoddá eMabel Luna. Todos os sábados, à 0h30m. Acasa está aberta, a partir das 22h30m, commúsica de fita. Restaurante O Bifão, RuaSanta Luzia, 760(240-7259). Ingressos a CrS150 por pessoa e CrS 100 cado mesa.

RlO'S — Aberto de 4° a dom, a partir das20h30m com música paro dançar a cargo daorquestra do Maestro Eduardo Lajes. Anexoao piano-bar, cervejaria e restaurante decozinha francesa, aberto de 33 a dom. Par-que do Flamengo, em frente ao Morro daViúvo (285-3848 e 285-4698). Consumaçãominima CrS 500, sem couvert.

ROLLER CIRCUS — Pista para dançar compatins. Os patins podem ser alugados nolocal. Aberto de 3° a domingo, das 14h às

MIKONOS — Aberto diariamente a partir de22h, para serviço de bar e restaurante, commúsica de fita. Depois das 2h, macarronadade cortesia. Rua Cupertino Durão, 177 (294-2298). Couvert de CrS 400, na sexto e nosábado.

EUTE BAR DANCING GUANABARA - Abertotodas as 4°s., 6°s e sábs., das 23 às 4h edoms., das 17h às 3h. Com animação doconjunto de Sílvio Mongol. Rua Frei Caneca4 (232-321 7). Ingressos a CrS 80, homem, eCrS 20, mulher.

FORRÓ E SAMBA—Show com Ary Coutinho,Xangô da Mangueira, Hugo do Acordeão osFilhos do Nordeste, Som Lazer e Reais doSamba. Condomínio Esporte Clube, Rua Pa-checo Leão, 758. Todas as sextas-feiras, apartir das 22h.

NÕÍTÊS CARIOCAS - Aberta de 6° a dom.,a partir das 22h, com música de fita com odiscotecário Dom Pepe. Às 24h, apresentaçãoda orquestra de sopros Metalúrgica Dragãode Ipanema, sob a regência do maestroEdson Frederico. Morro da Urca, Av. Pasteur,520. Ingressos 6o e dom., a CrS 300 e CrS200 (estudantes). Sábado a CrS 300.

BIERKLAUSE — Apresentação de MiguelFrança e seu conjunto. De T a sábado, òs23h30m. Aberto para jantar, a partir dasI9h. Aos domingos, roda de samba com oconjunto Ritmo 7, a partir das 22h. RuaRonald de Carvalho, 55. (237-1521). Couvertde CrS 200, por pessoa.

SUBLIME TENTAÇÃO - Cabaré gafieira comdois shows de travestis por noite: 2h, ShirleiMontenegroeàs 3h As Guerreiras da Madru-gada conjunto formado por Vera Borba,Marlene Casanova, Marisa e outros, acom-panhados pelo conjunto Musiscop. Amanhã,à lh, show com Linda Rodrigues. Cine SãoJosé, Praça Tiradentes. 6" e sábados, a partirdas 23h30m. Ingressos a CrS 150, e couvertartístico (mesa). CrS 200.

SAMBA-TÀO —Show de samba, gafieira eseresta com os cantores Maria Gabriela eSandra, Aldemar Mário e José Luiz acompa-nhados dos conjuntos Diamate e Carinhoso.Rua do Riachuelo, 373/2° (232-2086), 6°s esábs a partir das 22h. Ingressos a CrS 50(homem), CrS 30 (mulher) e CrS 100 (mesa).

CARINHOSO — Bar e restaurante aberto,diariamente, a partir das 20h, com músicaao vivo com Ed Lincoln e sua orquestra e oconjunto Carinhoso. Rua Vise. de Pirajá, 22(287-0302 e 287-3579). Couvert de dom. a5o, a CrS 200 e 6a e sáb. a CrS 300, semcpnsumação mínima.

GAFIEIRA TIRADENTES - - Música ao vivopara dançar com a orquestra GimBossa e osaxofonista Paulo Moura. Quinta e dom., apartir das 21 h e 6a e sáb., a partir das 23h.Pça. Tiradentes, 79/1". Ingressos 5° e dom., oCrS 80, homem, (mulher não paga) e 6" esáb., a CrS 80, homem e a CrS 20, mulher,mesas a CrS 200.

TURÍSTICOS

OBAOBA — SHOW Com Oswaldo Sargen-te Ili, as Mulatas Que Náo Estão No Mapa,ritmistas e cantores. Rua Vise. de Pirajá, 499(239-2647 e 239-8849). De 2° a dom., às22h30m. Consumação mínima de CrS 300 ecouvert de CrS 450.

SAMBA NA PASSARELA — Show com gran-de elenco de passistas, ritmistas, mulatas ebailarinas. Participação de Marisa Fonseca edos cantores Sabrina, Sally Baldwin, JoséCarlos, Ismael, Tânia e Fernando Pereira. De3° a dom., às 23h. Couvert de CrS 500, comdireito a dois drinques. No térreo, churrasco-ria Leblon, aberta para almoço e jantar.Ambas as casas têm capacidade para 700pessoas. R. Adalberto Ferreira, 32, ao ladoda Sendas Leblon (274-4942, 274-4652 e

-274-4022)

BALANCE 80 — Show com o sambista Gazo-lina e participação de mulatas e passistas.De 2° a sábado, a partir das 22h30m. A casaestá aberta diariamente para almoço e temmúsica ao vivo para ouvir e dançar, a partirdas 19h. Solaris, Rua Humaitá, 110 (245-7858 e 286-9848). Couvert de CrS 450, porpessoa.

BRAZILIAN FOLIES — Apresentação do ShowSéculo XX — Século de Ouro, com LysiaDemora, Rosita González, Victor Cantero,Dina Flores, Getúlio Sardy, Clóvis Mariano,Nora Ney, Jorge Goulart, o coral de AbelardoMagalhães, Dylson Fonseca Choir, The SevenMarvelousShow Girls e 50 Black and WhiteNational Rio Dancers. Figurinos de ArlindoRodrigues e Marco Aurélio. Coreografia deLeda Luki. Cenários de Fernando Pamplona.Arranjos musicais de Ivan Paulo.Hotel Nacio-nal Rio, Av. Niemeyer, s/n° (399-0100 R.66).São Conrado. De 3o a 5o, e dom, às 22h, 6o esáb., às 21h30m e 0h30m. Couvert de CrS620

SAMBA, MULATAS E CARNAVAL—Show de5° a sáb., com os cantores e apresentadoresPedrinho Rodrigues e Demerval Faria, oquinteto Tumba-Samba, a orquestra domaestro Vavá e as Mulatas da Década de 80.A casa abre diariamente, a partir das I9h,com música ao vivo para dançar com acantora Cynthia Joseph. Dom., ao almoço,show infantil Circo do Carequinho, e apre-sentação do cantor e violonista Bené Silva.Couvert CrS 35. Rincão Gaúcho da Tijuca,Rua Marquês de Valenço, 83 (264-6659).Show 5°, às 22h30pi, 6a, às 23h e sáb., às23h30m. Couvert artístico 2a a 43 e dom., aCrS 50, 5°, a CrS 90, 6a, a CrS 110 e sób., aCrS 150.

Depois de longos anos nos Estados Unidos, Antônio HenrúpieAmaral volta a expor no Brasil, na Galeria Ronino

ArtesPlásticas

MARIA LÚCIA ALVIM — Pinturas e colagens.Petite Galerie, Rua Barão da Torre, 220. De2o a sáb, das 15h às 22h. Até dia 16.

FERNANDO COSTA FILHO - Desenhos. Mu-seu NacionaPde Belas Artes, Av. Rio Branco,199.,De 3° a 6a, das 12hàs 18h, sabe dom,das 15h às 18h. Até dia 29.

JOÃO ROBERTO CREMA - Pinturas Biblio-teca Regional de Copacabana, Av. Copaca-bana, 702/4° De 2= o 6o, das 8h às 20h Atédia 16.

MAMÍFEROS BRASILEIROS AMEAÇADOS DEEXTINÇÃO — Mostra de cerca de 20 ani-mais. Museu da Fauna, do Parque Nacionalda Tijuca, ao lado do Jardim Zoológico,Quinta da Boa Vista. De 3o a dom., das 12hàs 17h.

COZINHA NO RIO ANTIGO - Mostra dereceitas do Império e utensílios de cozinho.Museu Histórico da Cidade. Estrada de SantaMarinha, s/n". De 3° a 6a, das 13h às 17h esáb e dom, das llh òs 17h. Até dia 3 deagosto.

ACERVO — Tapeçarias, esculturas, óleos egravuras de Gilda Azevedo, Pietrina Checac-ci, Vlavianos, Toyota, Mabe, Fukushima, Vol-pi e outros. Galeria Contorno, Rua Marquêsde S. Vicente, 52/261. De 2o a sáb, das IOhàs 19h, 5o até às 22h. Até dia 15.

ACERVO — Obras de Carlos Leão, AloysioZaluar, Newton Cavalcanti, Darei e outros.Galeria César Ache, Rua Vise. de Pirjá,282/Loja I. De 2o a 6o, das 15h às 22h, sáb.das IOh às 15h. Até amanhã.

FOTOGRAFIAS — De Pedro Lobo, Joào Ricar-do Moderno e Cândido José. Galeria doCentro Cultural Cândido Mendes, Ruo JoanaAngélica, 63. De 2o a 6o, das IOh às I2h edas 17h às 22h30m, sáb. e dom. das 16h às20h. Até dia 16.

I MOSTRA DE MINITEXTEIS BRASILEIROS -Mostra de obras de Olly Reinheimer, AnnBarbosa, Arlinda Volpato, Fernando Manoel,Heloisa Crocco e outros. Sala Cecília Meire-les, Lgo da Lapa, 47. De 2o a 5o, das IOh às20h e 6o até às 17h. Até dia 30.

ANTÔNIO HENRIQUE AMARAL - Pinturas.Galeria Bonino, Rua Barata Ribeiro, 578. De2o a sób., das 1 Oh às 12h e das 16h às 22h.Até dia 14.

COLETIVA DE MAIO - Obras de Deró, EricBerta Ines, Isabel de Jesus, Reginald Miron-da e Kleber Figueira. Novotel, Praia deGragoatá, Niterói. Diariamente das IOh às20h.

ARLINDO DAIBERT — Desenhos. GrovuraBrasileira, Av. Atlântica, 4240/ssl29. De 2oo 6o, das IOh às 21 h, sáb. das IOh às 13h.

1° MOSTRA DE JORNAIS E REVISTAS -Arquivo Geral da Cidade, Rua AmorosoLima, 15, Cidade Nova. De 2o a 6°, das IOhàs 17h. Até dia 15 de julho.

LEDA — Pinturas e talhas. Biblioteca Regio-nal da Glória, Rua da Glória, 21-4/1°. De 2° a6C, das 8h às 18h. Até dia 13.

ACERVO — Obras de Guignard, Bonadei,Malfatti, Bandeira, Portinari, Djanirá, Vis-conti e outros. Galeria de Arte Banerj, Av.Atlântica, 4066. De 2° o 6o, das I Oh às 22h esáb. das lóh às 22h. Até dia 16.

VLADIMIR BOLGARSKY - Pinturas. GaleriaMichelangelo, Rua Tavares de Macedo, 128,Niterói. De 2° a 6°, das IOh às 21 h. Até dia16.

ACERVO — Esculturas de Bruno Giorgi epinturas de Ismael Nery, Mabe, NewtonRezende e outros. AMNiemeyer, Ruo Mar-quês de S. Vicente, 52/205. De 2° a ó°, dasIOh às 22h, sáb. das IOh às 19h.

TRAJES AFRO-BRASILEIROS - Museu doFolclore, Rua do Catete, 179, entrada pelaRua Silveira Martins. De 3o a 6°, das llh às18h. Até dia 31 de julho.

DAISE LACERDA - Pinturas. Galeria Alian-ça Francesa do Méier, Rua Jacinto, 7. De 2o a6°, .das 9h às I8h. Até dia 22.

HELENE E RITA GEBARA - Desenhos. Gale-ria Improviso, Rua Cde. de Bonfim, 229.Diariamente, das 14h às 21h. Até dio 30.

MANOEL BARBATO- Pinturas Galeria Ma-tisse Rua S. Francisco Xavier. 2, loja G. De 2"a 6°, das 14h às 21 h, sáb., das 9h às 13hedas 18h às 23h. Até dia 18.

JOÃO JOSÉ RESCALA - Pinturas. MuseuNacional de Belas Artes, Av. Rio Branco,199. De 3o a 6°. das 12h às 18h, sób. e dom,das 15h às 18h. Até dia 29.

DIJALMA DO ALEGRETTE - Pinturas. CentroEducacional Calouste Gulbenkian, Rua Be-nedito Hipolito, 125. De 2° a 6o, das 12b as17h. Ate dia 14.

LEQUES — Mostra de 30 exemplares perten-centes à coleção de Dalmiro da Motta Buysde Barros Museu do Primeiro Reinado, AvPedro II. 293, S. Cristóvão. De 3" a dom, dos13h às 1 7h. Até domingo.

JÚLIO CÉSAR MACHADO - Fotografia. Bi-blioteca do OA, Av. Graça Aranha, 416/9°.De 2" a 6°, das 9h às 20h. Até dia 17.

ARTE CONTEMPORÂNEA DA COMUNIDADEEUROPÉIA — Mostra de cerca de 200 obras,entre pinturas, esculturas, painéis, gravurase fotografias, de nove países. Museu de ArteModerna, Av. Beira-Mar, s/ n°. De 3° a dom.,das 12h às 19h. Até dia 20.

GROVER CHAPMAN — Pinturas e desenhosda série Canudos. Museu Antônio Parreiras,Rua Tiradentes, 47, S. Domingos, Niterói. De3° a dom. das 13h às 17h. Até dia 15.

AS FORMAS NA ARTE DO POVO - Mostrade objetos de trançado, originários de váriosEstados. Museu de Artes e Tradições Popula-res, Rua Presidente Pedreira, 78, Ingó, Nite-rói. De 3° a dom, das llh às I7h. Atédomingo.

ISABEL PONS — Gravuras. Galeria Dezon,Av. Atlântica, 4 240/215. De 2° a sób. dasIOh às 21 h. Ate dia 10.

PING-PING — Mostra de ambiente de Wal-tércio Caldas Jr. Galeria Saramenha, RuaMarquês de S Vicente, 52/165. De 2° a 6',das 13h às 21 h, sáb. das 12h às 18h. Atéamanhã.

ESCRAVIDÃO NO RIO DE JANEIRO—Mostrade cópias de gravuras de Debret e Rugendas,fotografias e documentos, Arquivo Geral daCidade, Rua Amoroso Lima, 15, Cidade No-va. De 2° a 6°, das IOh às 16h30m. Até dia24. ;

O ESCRAVO: TRÊS SÉCULOS DE RENDA -Mostro de painéis fotográficos. Saguão doMinistério da Fazenda, Av. Antônio Carlos,375. De 2° a 6°, dos 9h às 18h. Até dio 15.

ACERVO ARTÍSTICO DO MUSEU DA FAZEN-DA FEDERAL — Exposição comemorativa dos10 anos de criação do museu, com mostra depinturas e peças artísticas que pertenceram aex-ministros. Museu da Fazenda Federal, Av.Antônio Carlos, 375. De 2° a 6°, da llh àsI7h,CARLOS COSTA — Desenhos. Sesc da Tiju-ca, Rua Barão de Mesquita, 539. De 3° a 6°,das 12h às 21 h, sáb. e dom., dos 12h às 17h.Até dio 10. '

LUIZ GOULART — Pinturas. Corrente da PaiUniversal, Rua Senador Dantas, 117, cober-tura 03. Diariamente, das IOh às 22h. Atéamanhã.

VIVALDO RAMOS E ROSIVAL LEMOS —Pinturas. Luxor Hotel Regente, Av. Atlântica,3716. Diariamente, das IOh às 22h. Ate'dlaJ3.NEM TUDO QUE BRILHA É OURO - Cola-gens de Wilson Piran. Café des Arts, HotelMeridien, Av. Atlântica, 1020/ 4°. Diária-mente, das IOh às 20h. Até dia 16.

M. C. ESCHER — Gravuras. PUC, Ruo Mar-quês de S. Vicente, 225. De 2° a 6°, das 8h às21 h. Último dio.

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SÁBADO CADERNO B JORNAL DO BRASIL

PÁGINA 10 D CADERNO B O JORNAL 00 BRASIL O Rio de Janeiro, sexta-feira, 6 de junho de 19R0

TelevisãoManhã

7i__ El30 E45 E

m

-Mobral.-Telecurso 2° Grau.-TVE- O Despertar do Fé.

8:00 E15 0

30 E

45 m _

Telecurso 2° Grau. Reprise.Jesus, a Verdade qut Li-berta.Sitio do Pica-Pau-Amarelo.hoje: A Rainha das Abelhas.Reprise.Inglês com Fisk.

9:00 mB

45 0

- Pastor Samuel. Religioso.-TV Mulher. Programa apre-

sentado por Marília Gabrie-Ia e Ney G. Dias.

-Clube 700. Religioso.

10:00 O _ Nossa Terra, Nossa Gente.Educativo.

30 0 — Xênia e Você. Programa fe-minino.

45 E — Programa José Saleme. Va-riedades.

11:00 O15 m

45 0

-Cozinhando com Arte.Pullman Jr. Reprise.

-Jornal da Manhã.Rhoda. Seriado.

Tarde

12.00 E —Globo Cor Especial. Dese-nhos: Zé Colméia e Os Qua-tro Fantásticos.

E —Jornal do Rio. Noticiário.O — A Pantera Cor-de-Rosa. De-

senho.'5 GD —Guerra, Sombra e Água

Fresca. Seriado.30 [n] —Maguila, o Gorila. Desenho.

E — Aqui e Agora. Show e jorna-lismo.

45 E — Bandeirantes Esporte. Noti-ciário esportivo.

P00 E —Globo Esporte.GO —Jornal Bandeirantes (Io

edição).O —Elo Perdido. Seriado de

aventura.'5 E —Hoje. Noticiário e entrevistas

. com Sônia Maria e tígiaMaria.

30 E —Programa Roberto Milost.Noticiário social.

O —Johnny Quest. Desenho.35 E — Programa Edna Savaget.

Atualidades femininas.50 E —Vale a Pena Ver de Novo.

Hoje: Dona Xepa.

2.00 O30 E

O

Don Pi xote. Desenho.-Sessão da Tarde. Filme: oTrapalhão no Planalto dosMacacos.ligeirinho e Seus Amigos.

Desenho.

3.00 E —Matinê. Filme: A ÚltimaCaça.

-O Pica-Pau. Desenho.-A Família Dó-Ré-Mi. De-

senho.

O30 O

4.00 — Papa-Léguas. Desenho.'5 — Ginástica. Aula com a prof".

Yara Vaz.30 —Desenhos.

IO — Beleza e Dureza. Desenho.45 —Telecurso 2o Grau.

—Globinho. Infantil.

5.00 E Pullman Jr. Programa infan-til apresentado por LucianaSavaget.

-Curso de Desenho Meca-nico.Sessáo Aventura — Hoje: OPlaneta dos Macacos.

-Smokey, o Guarda Legal.Desenho.Era uma Vez. Hoje: Os TrêsPorquinhos Pobres, de ÉricoVeríssimo.

30 B — Sítio do Pica-Pau-Amarelo.A Rainha das Abelhas.

-O Pica-Pau. Desenho.-Atenção. Noticiário.

A Deusa Vencida — Novelade Ivani Ribeiro. Direção deSérgio Mattar. Com ElaineCristina, Roberto Pirilo, Al-tair Lima e Neuci Lima.

-Turma do Lambe-Lambe —Infantil com Daniel Azulay.

E

B

__

15 E

O40 E45 E

E

Noite

6.00 E —Olimpíada da Música Po-pular.

B —Marina—Novela de WilsonAguiar Filho, inspirada nolivro de Carlos Heitor Cony.Direção de Herval Rossano.Com Denise Dummont, Car-los Zara, Lauro Corona, Os-waldo Loureiro e outros.Popeye. Desenho.Sítio do Pica-Pau-Amarelo.Não Era Uma Vez.Atenção.O Homem Invisível. Seriado.Jornal das Sete. Telejornollocal.Pé-de-Vento. Novela de Be-nedito Ruy Barbosa. Dir. de

1545

50

OEm0E

E

Arlindo Silvo. Com NunoLeal Moia, Beth Mendes,Dionísio Azevedo e outros.

7.00 E — Chega Malt. Novela de Car-los Eduardo Novaes e WalterNegrão. Dir. de Walter Com-pos. Com Sônia Braga, TonyRamos, Renata Sorrah e ou-tros.

E —Jornal Tupi. Noticiário.20 E —João da Silva. Novelo didá-

tica.40 E —Atenção. Noticiário.45 E —O Todo-Poderoso Novela

com Eduardo Tornaghi, Jor-ge Daria, Selma Egrei e ou-tros.

O — Mister Magoo. Desenho.50 B —Jornal Nacional. Telejornol.

8.00 O —Sessão Bangue-Bangu* —Lara mie Seriado.

E —A Conquista. Novela didá-tico.

B —A Viagem. Novela de IvanyRibeiro. Reprise.

15 B —Água Viva. Novela de Gil-berto Braga. Direção de Ro-berto Talma e Paulo Ubira-tan. Com Reginaldo Faria,Betty Faria e Raul Cortez.

40 E — Jornal Bandeirantes.45 E —Telecurso 2o Grau.

9.00 E -O Mundo Mágico - BurleMarx.

_0 — O Carro da Morte. Seriado.E —Sexta ne Cinema. Filme: A

Prova do Leão.O — Senão dat Nove Premiada.

Filme: O Homem do* OlhosFrio*.

10 E —Sexta Super Especial Hoje:Paulo César Baptista deFaria.

10.00 E — 1980. Jornalístico.G_ —O Mágico. Seriado.

10 B — Minuto Olímpico.

15 E —Semana Um — O ÚltimoConvenível (último parte).

11.00 E —Momento—Debate sobre oíndio.

E — Informe Financeiro.E —Atenção. Noticiário._0 — Barnaby Jones. Seriado.

05 E —Longa-Metragem. Hoje: O

m- Longa-Metragem.

Assassino.-Os Executivos. Seriado.

Madrugada

0.15 E —Jornal da Globo.0.35 E —Sessão Dupla. Filmes: Mi-

nha Filha... Minha Vida e OHomem Que Morreu DuasVezes.

Os filmes de hoje

AFRICANOSHugo Gomez

Desde

que apareceu no se-gundo filme de Orson Wel-les, Soberba, Anne Baxterjá prenunciava a grandeatriz dramática em que se

tornaria, galgando passo a passo osdegraus da fama — Cinco Covas noEgito, O Fio da Navalha (Oscar de Me-lhor Coadjuvante) — até chegar ao con-fronto de titãs com Bette Davis (em AMalvada), num desempenho que por sisó já era uma consagração. Esquecidapelos produtores nos últimos anos, eladá xima pálida idéia do que é capaz emMinha Filha... Minha Vida, uma produ-ção de TV inferior ao seu talento. Atormedíocre, Cornei Wilde em boa hora sevoltou para a direção, onde obteve re-sultados bem mais satisfatórios. Domi-nando aos poucos o métier, ele tem emA Prova do Leão o seu melhor trabalhoatrás das câmaras. Produzido na Áfricado Sul, A Última Caça também se am-bienta na África, mas o destaque aquivai para Jack Hawkins, excelente atorque teve de reaprender a falar—o que adublagem nào permite constatar — de-pois que substituiu a laringe, atacadapor um câncer.

OS TRAPALHÕES NO PLANALTODOS MACACOS

TV Globo — 14h30mProdução brasileira de 1976, dirigidapor J. B. Tanko. Elenco: Renato Ara-gão, Dedé Santana, Muçum, Milton Car-neiro, Alan Fontaine, Olivia Pineschi,Rosina Malbouisson, Fátima Leite, Re-nato Bastos. Colorido.* Fugindo à perseguição de um guar-da (Muçum), dois homens abilolados(Aragão, Santana) se escondem numcampo de futebol, onde um engenheiro(Bastos) prepara um balão. Descober-tos, entram no aeróstato, que levantavôo levando-os para um planalto domi-nado por macacos, onde acabampresos.

A ÚLTIMA CAÇATV Bandeirantes — 15h

(The Last Lion) — Produção Sul-

africana de 1972, dirigida por Elmo deWitt. Elenco: Jack Hawkins, Davi VanDer Walt, Karen Spies. Colorido.** Negociantes inescrupulosos sereúnem para realizar uma caçada naÁfrica com o objetivo de capturar umexemplar rarissimo de animal: um leãode juba negra.

A PROVA DO LEÀOTV bandeirantes — 21h

(The Naked Prey) — Produção norte-americana de 1966, dirigida por CorneiWilde. Elenco: Cornei Wilde, Gert VanDer Berg, Bella Randels, Ken Gampu,Patrick Mynhardt. Colorido.++ Único sobrevivente do massacrede seu safari por indígenas provocadospor um negociante de marfim ganan-cioso (Berg), caçador (Wilde), em reco-nhecimento à bravura demonstrada,ganha uma última oportunidade: se'passar numa prova reconhecidamentearriscada será libertado com todos osseus pertences. Inédito.

MINHA FILHA...MINHA VIDATV Globo - 0h35m

(Lisa — Bright and Dark) — Produçãonorte-americana de 1973, dirigida porJeannot Szwarc. Elenco: Anne Baxter,Key Lenz, Anne Lockhart, JammieSmith Jackson, John Forsythe, DebraLee Scott, Larry Casey. Colorido.

** Marido ocupado com seus nego-cios (Forsythe) e mãe desatenta (Bax-ter) não percebem a tempo que a vio-lència com que uma de suas filhas(Lenz) reage á interferência de tercei-ros se deve a problemas mentais. Feitopara a TV.

O HOMEM QUE MORREU DUASVEZES

TV Globo - 2h35m(The Man Who Died Tvvice) — Produçáonorte-americana de 1970, dirigida porJoseph Kane. Elenco: Stuart Whitman,Brigitte Fossey, Jeremy Slate, BernardLee. Colorido.++ Passeando incógnito pela Espanha,pintor (Whitman) que todos acreditamestar morto se apaixona por uma jo-vem francesa (Fossey e decide voltar àatividade para resolver um complica-do caso de falsificação de quadros.

DE AMANHA

DRAMA

em torno da virilidadee o machismo siciliano, O Be-lo Antônio apresenta Mareei-lo Mastroianni numa sensívelinterpretação ao lado deClaudia Cardinale e Pierre

Brasseur, este num vigoroso trabalho. Adireção é de Mauro Bolognini, que comessa obra passou a se situar entre osmelhores realizadores peninsulares.

Filmado em preto e branco, mas tingidode sépia, Drácula, o Terror Negro mostra opersonagem de Bram Stocker em maisuma aventura arrepiante, e A Quadrilha,que assinalou a despedida das telas deRobert Ryan, é um relato criminal passa-do no submundo e envolvendo a Máfia.

Produçáo de TV inédita. Os Pais, osFilhos gira em torno do relacionamentoeonflituoso de um casal divorciado comduas filhas _ O Mais Bandido dos Bandi-dos c uma comédia passada no VelhoOeste com Frank Sinatra vivendo um la-

drâo simpático, sob as ordens de BurtKennedy.21h05m - Canal 4 - Os Pais, os Filhos(The Child Stealer). Americano (79) de MelDanski, com Beau Bridges, Blair Brown,Tracey Gold (cor).23h05m — Canal 6 - Drácula, o TerrorNegro (Drácula). Britânico (77) de PatrickDromgoole, com Denholm EUiott, JamesMaxwell (p&b).23hl5m — Canal 4 — 0 Belo Antônio (IIBeirAntonio). Italiano (60) de MauroBoognini, com Marcello Mastroianni,Claudia Cardinale (p&b).24h — Canal 7 — 0 Mais Bandido dosBandidos (Dirty Dingus Magee). America-no (77) de Burt Kennedy, com Frank Sina-tra, George Kennedy (cor).lhlôm — Canal _ — A Quadrilha (TheOutfltl. Americano (73) de John Flynn,com Robert Duvall, Robert Ryan, TimothyCarey (con.

De domingo

PRODUÇÃO

de Sol C. Siegel,Alvarez Kelly é uma aventurapassada no final da guerracivil norte-americana, magni-ficamente fotografada por JoeMacDonald e dirigida por Ed-

ward Dmijtryk, o autor de Rancor, o me-lhor drama sobre anti-semitismo que Hol-lywood já produziu.

Serviço Secreto em Açáo é um filme deespionagem com belas externas e interpre-tado com sobriedade por Frank Sinatrasob as ordens de Sidney J. Furie, diretorcompetente, mas com tendência a árabes-cos visuais. Superbalzaquiana, a romenaNadia Gray ainda se apresenta em forma.

Tesouro Perdido dos Astecas é contra-façáo ítalo-alemã com elenco e realizadordesconhecidos, e A Pantera Negra uma

obra despretensiosa com a ruiva ArleneDahl, que teve uma fase boa na Metro, àépoca dos musicais. (H.G.)16h — Canal 4 — Alvarez Kelly (AlvarezKelly). Americano (66) de Edward Dmy-tryk, com William Holden, Richard Wid-mark, Janice Rule. (Cor)17h - Canal 7 — A Pantera Negra (Carib-bean Pearl). Americano (52), com JohnPayne, Arlene Dahl. (Cor)20h - Canal 7-0 Tesouro Perdido dosIncas (Sansone e il Tesoro degli Incas. Ittalo-alemào (65) de Piero Pierotti, comAlan Steel. (Cor)Ohlõm — Canal 4 — Serviço Secreto emAção (The Naked Runner). Britânico (67)de Sidney J. Furie, com Frank Sinatra,Peter Vaugham. (Cor)

A VOLTA DEANNE BAXTER E CENÁRIOS

.•1 Deusa Vencida,com Luiz Carlos

Arutim no elenco,atingiu cinco pontos

no limpe

Gilberto Braça, autor, ao lado de ManoelCarlos, de Agita Viva. encerrará o seu

trabalho no capítulo 162

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Márcia (\ ainlia ilu Vale) desfaz o seucasamento rum K<l\ r(Cláudio Cavalcante)

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Débora Duarte é anova contratada

para O Grande Salto

e Ameaçadas. A maior distração degente rica, segundo a ótica das novelas,é nadar em piscinas nos mais variadostamanhos e formatos. Em todas as pro-duções do gênero é a imagem maisconstante, porque até os pobres sãoconvidados paraummergulhinho. Ago-ra este predomínio está ameaçado por-que Marina lança a equitação comolazer concorrido das classes dominan-tes. Sinal dos tempos.e Depois de farta propaganda veicu-lada nos principais jornais do Rio, anovela A Deusa Vencida, de Ivani Ri-beiro (Tv Bandeirantes, 17h45m), con-seguiu uma média de cinco pontos noIBOPE, com tendência a subir. Para aemissora este número está sendo consi-derado normal.e Cavalo Amarelo, Ivany Ribeiro, jáestá com vários capítulos prontos ebreve estará no ar. Mais uma vez a atrizMárcia de Windsor só trabalhará emalguns capítulos e depois seu persona-gem sai da história. Ela deve ser arecordista nacional de participaçõesrestritas. Essa novela substituirá Pé-de-Ventou na Bandeirantes.e A novela Pé-de-Vento termina dia21 e já tem previsto o final, com umatrama envolvendo o personagem deMestre André. Durante o desenrolar danovela ele luta para conseguir a apo-sentadoria, sai do emprego, termina

louco e um dia, ao voltar ao local detrabalho, cai sobre o torno onde traba-lhou toda sua vida. A última cenamostra sua mulher lendo o telegramaque diz que ele conseguira a aposenta-doria. Depois de ler a mensagem ela acoloca nas mãos de Mestre André, mor-to, em um caixão.e A Globo já está gravando O GrandeSalto. Houve uma enorme mexida noelenco feminino devido à entrada deDébora Duarte. No flnal sobrou MíriamRios.e Para muito breve a separação entreEdyr (Cláudio Cavalcante) e MárciaINatalia do Vale) em Água Viva. Atrama que mais durou nesta produção.Mas, enquanto alguns personagens seseparam, outros chegam, como JojòBesançon, definida pelo autor GilbertoBraga como "uma Stella alguns anosmais velha." Jojó é interpretada porHenriette Morineau e surgirá no capi-tulo 120.e O Todo-Poderoso, que teve umaameaça de processo por parte de seusprimeiros autores, Clóvis Levy e Safioti,continua sendo escrita por Edy Lima eCarlos Lombardi. A questão do proces-so está parada e a novela vai indo ao arnormalmente, com um pequeno au-mento na audiência.e Já está definido: Água Viva terá umtotal de 162 capítulos.

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Paulo César Batista de Faria é o título do Especial dePaulinho da Viola, hoje, às 21hl0m no 4

PAULINHO DA VIOLAEM ESPECIAL

MUITO ELOGIADOMaria Helena Dutra

elogios. Foram as unâni-mes reações de quem assis-tiu a gravação e ao resulta-do final do programa PauloCésar Batista de Faria que

hoje, 21hl0m, será exibido pela RedeGlobo. Consta ter sido o primeiro destasérie de especiais com nomes por exten-so que teve ensaios, trabalho tranqüiloe seguro do astro principal em toda asua estrutura e público em pé aplaudiu-do. Por estas informações, fica a espe-rantia, quase certeza mesmo, de imper-divel programa de televisão, indicável atoàos os gostos e idades. Na direção,Daniel Filho. Como convidados ZezéMotta, Radamés Gnatalli, Velha Guar-da e ala infantil da Portela, grupo Rosade Ouro e Canhoto da Paraíba. A parti-cipação deste último foi considerada,até por iconoclastas jurados, de antoló-gica. No mesmo horário, a Educativaem Mundo Mágico focaliza RobertoBurle Marx. De acordo com esclareci-mentos de Fernando Pamplona, o titulodeste programa agora abrange produ-.ções de várias estações da Rede Educa-tiva por todo o país. Magia, portanto,nacional.

Na mesma estaçáo 7iiais um Vòo Li-vre, ãs21hde sábado. Informa o boletimdo canal 2 que o programa foi "reformu-lado por falta de condições de seguir

NOVELASResumo das novelas apresentadas /«•-las emissoras do Rio.

Marina - TV Globo, 18h — José re-preende o pai que gastou, praticamente,todo o dinheiro em bebida Donana selevanta, dispensando explicações e levan-do o marido para tomar uma chuveirada.Carlos Eduardo flerta com Fernanda du-rante o jantar Marcelo flea quieto o tempotodo. Marlene leva Ivan para comprar rou-pas novas Marcelo vai ã casa dos tios parabuscar Marina para um passeio de moto.Adriana vè e telefona para Vera. Otáviorecrimina Carlos Eduardo por querer saircom a irmã da namorada do filho. QuandoMarcelo e Marina chegam encontram Veraà espera deles.Chega Mais — TV Globo, 19h — Robertoprefere dormir na sala. Lúcia conta a Gelyo que aconteceu e diz que náo se aproxl-mou de Amaro por suspeitar do seu envokvimento com Edna. Qely a convence-aprocurá-lo, mas quando Lúcia chega aoapartamento dele, encontra Edna. Cri§y-na diz à máe que trabalhará, mesmo con-tra a vontade dos pais. Conceição diz aTom que nâo acha justo que ele dè todtr.dinheiro que ganha, mas ele contesta, afir-mando que isso é uma questáo entre ele eRosa e que se for preciso, vende até a alma,Gely visita a família e Hércules assegura aAgda que sabe onde ele está morandp,Lúcia, Irritada, conta a Thomaz o quePablo fizera e adverte que nâo quer maisvê-lo. Embora tenha dito o contrário aGely, que consegue um emprego para Tom 'com Romeu, ele aceita o emprego ofereci-do por Léa. Amaro diz à Lúcia que está •decepcionado com ela. tratando-a comfrieza e dispensa sua companhia para pro-curar outro trabalho. Lúcia chora. Tomconta a Gely que aceitou o emprego nafábrica de Léa.Água Viva — TV Globo. 20hl5m — Janete,fragilizada pelos problemas do pai. aceitacasar-se com Marcos. Nelson náo contaque é o pai de Maria Helena à Stella, quediz compreender o seu sentimento de oni-potência depois de ganhar o processo. Nél-son vai ao novo apartamento e fica olhan-,do para o retrato da menina. Em seguida, ¦visita Sandra que finge estai' bem. Nelsondiz à Celeste para nâo ser repressora com àsobrinha porque ela está bem. Selma nãò'consegue emprego na agência de Nelson,que lhe dá pouca atenção. Irene providen-cia uma extensão do telefone para poder'conversar à vontade com Marciano. Chegauma carta para ela. que Evaldo toma desuas mãos.A Deusa Vencida — TV Bandeirante?.17h45m — Cecília autoriza Barreto a con-versar com Fernando. Barreto propõe áFernando que ele se case com Cecília e eleaceita. Barreto diz para Cecília que Fer-nando jantará com eles e ela lhe informaque Edmundo adiou a viagem. Amaranteforça Edmundo a romper o noivado comCecília. Cecília comunica a Edmundo quese casará com Fernando e que depoisfugirá com ele. Edmundo avisa Fernandoque ele e Cecília romperam o noivado.Fernando vai falar com Maciel, que lhe diznâo aprovar um romance entre os dois.mas também náo o impede. Edmundocomenta com Malu sobre o plano dele eCecília. Laércio faz uma serenata paraCecília e Narcisa avisa-lhe que o coraçáode Cecília tem um só dono.Pé-de-Vento — TV Bandeirantes, 18h50m— Catiça comenta com Treze Pontos e ZéQueimado que perdeu o cartão da loteria.Maria comenta com André que Gina aban-donou Moacir. Treze Pontos, Zé Queimadoe Boa Gente descobrem que Catiça haviaroubado no jogo e expulsa-o de casa. TrezePontos consegue que Junqueira permita-lhe fazer horas extras para conseguir guar-dar dinheiro para o casamento. Quiteriacomenta com Jurema que Marita deveestar voltando. Ludimila começa a sentirtonturas. Mirtes comenta com Leila àxièGina está se arrependendo de ter saído décasa. Gina resolve arrumar um emprego:Zé Queimado sofre um acidente na fábricae perde um braço. . •O Todo-Poderoso — TV Bandeirantes,19h45m — Cristiano sente-se vitorioso coma volta de Linda e já começa a tramarentregá-la para Leo. Matilde incentivaMarta para que.ela destrua Dàngelo. Mor-berto conversa com Vitória e avisa que elaestá correndo perigo. Marta, furiosa, vaipara casa e diz para Dàngelo que querconversar com ele, mas Dàngelo sai comJoão. Leo encontra-se com Emmanuelnum jantar no apartamento de Caio eDudu. Emmanuel diz para Vitória quequer ficar a seu lado, mas ela recusa,argumentando que quer ter certeza de nãoestar sendo confundida com Linda. Leo dizpara Matilde que será fácil ter Emmanuelao lado deles. Norberto conta para Vitóriao que Iolanda lhe falou. Ela sai furiosa emsua busca. ¦• >

com a proposta original — o confrontoentre universidades — e vem agora comuma maratona de dois universitários".Enfim, minguou. Na restrita competi-çáo, um responde sobre rádio e outroPsicologia de Crianças. O céu é o limite?Também foi acrescentado outro qua-dro, de título duvidoso, pois se chama OOutro Lado do Universitário, que vaiconstar, amanhã, de poemas dos ditosdeclamados por atores profissionais.Não sabemos quais as tarefas de canto-res e artistas plásticos também inte-grantes da ficha de participação noprograma.

Como era de desconfiar, no domingopassado só teve mesmo futebol e a músi-ca erudita acabou sendo adiada paradepois de amanhã. Ás lOh, na Globo,deve ter o Concerto da Juventude dedi-cado a Schumann. Se não tiver, vai sero terceiro cancelamento seguido. As14h, em Teatro Infantil, na Educativa, osuperelogiado Auto das Sete Luas deBarro, de Vital Santos. Náo é própria-mente uma produçáo com estafinalida-de', nem ganhou um horário muito aces-sivel aos mais velhos, mesmo assim de-ve valer o esforço e ser por todos presti-giado. Porque, ntre outros motivos, émuito raro um espetáculo teatral destevalor ser transmitido pela televisão. As22hl5m, na Globo, Manon Lescaut. Ê osegundo anúncio mas vamos ver se pa-ra a ópera náo seráo também necessá-rios três.

Rádio Jornaldo Brasil

FMEstéreo

ZYD-46099,7MHz ...!

A programação de música clássicapara hoje é a seguinte:

HOJE

20h — Suite em Sol Maior, de Tele-mann (Orquestra Esterhazy — 19:44); 6Estudos, de Paganini-Liszt (AndréWatts — 25:50); Quinteto em Lá Maior,para Clarinete e Cordas, K 581, deMozart (Brymer e Quarteto Allegri —.34:30); Concertino para Harpa e Or-questra, de Germaine Tailleferre (Zaba-leta e Martino —16:36); Confltebor TibiDomine, de Johann Christian Bach(Collegium Aureum — 27:25); Variaçõespara 2 Pianos, sobre um tema de Bee-thoven, de Saint-Saens (Éden e Tamir

17:10); Suites n°s 1 e 2 do BanchettoMusicale, de Schein (Ferdinand Con-rad — 12:40); Trio n° 17, em Fá Maior,para Piano, Violino e Cello, de Haydn(Beaux Arts — 13:21).

AMANHÃ

20h — Salve Regina, de Vivaldi (Vit-torio Negri —18.51); Sonata N° 1, em LáMenor, para Violino e Piano, Op. 105,de Schumann (Milanova e Frager —16:07); Sinfonia n" 3, em Dó Menor, deProkofieff (Rozhdestvensky—32:45); 15Variações e Fuga (Eroica), em Mi Be-,mol Maior, Op. 35, de Beethoven (Arrau

25:50); Concerto em Fá Maior, paraObé e Orquestra, de Johann Christian'Bach (Holliger — 22:20), Quinteto emLá Maior, para Piano e Cordas, Op. 81,de Dvorak (Firkusny e Quarteto Juil-liard — 37:00); Songs of Farewell, deDelius (Sargent — 19:18).

% -.„•'.

I,

CADERNO B a JORNAL DO BRASIL a Rio <•« Janeiro, sexta-feira, 6 de junho de IMO a PAGINA 11

A próxima semanaOs portugueses continuam dominando o teatro carioca. O grupo A Barraca estréia novo espetáculo (dirigido pelo brasileiro Augusto Boal)

na quinta-feira, mas essa não será a única novidade do setor. Üm espetáculo nacional — Vamos Aguardar SóMais Essa Aurora — e um francês — Les Justes — equilibram o panorama. Na área de show as estréias sáo apenas quatro, mas na

música há bons programas, como a homenagem a Alberto Nepomuceno, na Sala Cecília Meireles. Nos cinemas,além de lançamentos rotineiros, a platéia jovem poderá assistir a O Encouraçado Potemkin, filme que esteve interditado por 16 anos.

Para os que não gostam de sair de casa, a televisão não terá uma semana muito animadora.

[CINEMA 1

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TELEVISÃO TEATRO

Depois de mais de 10 anos de interdição, OEncouraçado Potemkin, de Serguei

Eisenstein, consegue exibição comercial

"POTEMKIN" LIBERADOE CINEMATECA REABERTA

Rogério BitareUi

CINEASTA

argentino, radi-cado no Brasil há mais deduas décadas, Carlos HugoChristensen aceitou o desa-fio de adaptar ao cinemauma obra do escritor Jorge

Luis Borges. A Intrusa, baseado no con-to homônimo, ganhou os prêmios demelhor direcáo, melhor ator (José deAbreu), melhor fotografia (AntônioGonçalves) e melhor trilha sonora (As-tor Piazzola) no Festival de Gramadod ste ano. Em cartaz a partir de quinta-feira. Os outros lançamentos são: AVida íntima de um Político, de JerrySchatzberg; A Noite do Terror, de JohnCarpenter; Joelma 23a Andar, de CleryCunha e Irmãos nas Artes Marciais, deYang Chlng Chen.

Embora náo seja exatamente umlançamento, merece destaque a exibi-çáo (desde ontem, no Caruso) de O En-couraçado Potemkin, de Serguei Ei-senstein, interditado pela Censura des-de 1964 e que somente foi exibido, forado circuito comercial, no Cineclube Ma-cunaima, em 1975. Considerado o maiorfilme da história do cinema em doisreferendos internacionais organizadospela Cinemateca de Bruxelas (1952 e1958), Potemkin supera as Implicaçõespolíticas e sociais para se caracterizarcomo uma das realizações mais revolu-cionárias do cinema no plano da língua-gem O seu impacto visual, o poder desuas imagens e o brilhantismo da mon-tagem, fundamentada na escrita hlero-glífica japonesa, a "atração do choque",preservam ainda hoje a capaciadade de

aturdir a impressionar. Neste campo,outra descoberta de Eisenstein foi adiferença entre o tempo cinematográfi-co e o tempo real.

A Intrusa é o 57° filme de Christen-sen e o 17° realizado no Brasil. Ao fazer aadaptação, o diretor introduziu no rotei-ro novos personagens e fatos que, "dealguma maneira, pertencem ao univer-so do famoso escritor argentino". Osdiálogos, onde aparecem expressões doautor, foram escritos por Orígenes Les-sa e "para que tivessem as caracteristi-cas da fronteira gaúcha, foram revisa-dos pelo responsável pelos cenários eindumentárias do filme, Ublrajara RaffoConstant, cujos poemas campeiros per-correm, desde há tempo, o Rio Grandedo Sul". O filme narra a vida de doisirmáos, no município de Uruguaiana,por volta de 1890. A região os temia:eram tropeiros, ladrões de gado e, umaoutra vez, trapaceiros. A discórdia surgeentre os dois, quando o mais velho levauma jovem para viver com ele. O maisnovo toma-se carrancudo, embriaga-sesozinho, náo se dá com ninguém Tam-bém está apaixonado pela jovem Noelenco, José de Abreu, Arlindo Barreto,Maria Zilda, Palmira Barbosa, Fernan-do de Almeida e Ricardo Wanick, entreoutros. Quinta-feira no Pathé, Parato-dos, Art-Copacabana, Art-Tijuca e Art-Madureira.

Parte do ambiente político norte-americano é abordado comicamente emA Vida íntima de um Político. AlanAlda (também roteirista) faz o papel deum senador, Joe Tynan, que por sededicar excessivamente às suas ativida-des acaba provocando grave crise con-

jugal. Tem uma oportunidade de alcan-çar a Presidência, mas está perdendosua família. Também o elenco, BarbaraHarris, Meryl Streep (premiada com oOscar por sua interpretação em Kramerx Kramer), Rip Tom, Melvyn Douglas eCharles Klmbrough. Segunda-feira noStudlo-Copacabana.

Mesclando ação constante com fenô-menos aparentemente sobrenaturais, ANoite do Terror apresenta uma narrati-va dividida em duas partes: a primeiraem 1963, durante as comemorações deHalloween (a Noite das Bruxas) entreas crianças de Haddonfield, pequenacidade de Ulinois; a segunda, em 1978,durante as mesmas festas. Ambas aspartes são Interligadas pela seqüênciada fuga de um jovem psicopata do ma-nicômio, onde aguardou 15 anos parareviver o seu crime, cometido durante oHalloween. No elenco, Donald Pleasen-ce, Jamle Lee Curtis, Nancy Loomis e P.J. Soles. Segunda no Odeon, Roxy, Ope-ra-1, Tijuca e Imperator.

Joelma 23° Andar parte de acontecl-mentos reais ocorridos em fevereiro de1974, em Sáo Paulo, quando um edifícioIncendiou ocasionando dezenas de viti-mas. Segunda: Condor-Copacabana,Condor-L. do Machado, Metro Boavistae Baronesa. Irmáos nas Artes Marciaisé produção rotineira de Hong Kong,anunciando uma arma secreta: lançasvoadoras. Segunda no Rex.

Acontecimento excepcional para to-da a cultura cinematográfica carioca: aCinemateca do MAM reabre na próximaterça-feira em novo auditório, no térreo(bloco-escola) e jã na quarta-feira iniciaum ciclo de filmes musicais americanos,com sessões às 20h.

MUSICA

UMA HOMENAGEMA ALBERTO NEPOMUCENO

Luiz Paulo Horta

NUMA

bem imaginada sériededicada aos compositoresbrasileiros, a Sala CecíliaMeireles apresenta quarta-feira um programa em queRicardo Tacuchlan, um de

nossos compositores mais atuantes, re-lembra a figura e a obra de AlbertoNepomuceno, um dos patriarcas da mú-sica brasileira. O programa contará coma participação de Joáo Daltro de Almei-da (violino), Alceu de Almeida Reis (vio-loncelo) e Sônia Maria Vieira (piano).Serão executadas, de Tacuchlan, a So-natina para violoncelo e piano, a Se-funda Sonata para piano e as Estrutu-ras Verdes, de Nepomuceno, Prece, IINoturno para a mão esquerda, e o Trioem fá sustenido menor. No mesmo dia,dois de nossos mais ilustres cameristas— Eliane Sampaio e Miguel Proença —apresentam no Planetário da Gávea umprograma que vai de Cesti a Ravel eGranados: árias de Paisiello, Pergolesi,Scarlatti, Vivaldi, Mozart; as CincoCanções Populares Gregas, de Ravel, eas Tonadillas de Granados.

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Alberto Nepomuceno(1864-1920) será homenageado

na série dedicada aoscompositores brasileiros na

Sala Cecília Meireles(quarta-feira)

Segunda-feira, na Sala, recital de Mi-riam Ramos, que estudou na Europacom Nadia Boulanger, Dominique Mer-let e Dona Kabos: 14 Valsas, de Chopin,Sonata op. 5 de Brahms, Tocatina, Pon-teio e Final, de Marlos Nobre. No diaseguinte, a Sala apresenta o Grupo Per-cussão Agora, de São Paulo, integradopor uma soprano e quatro percussionis-tas, em peças de Tacuchlan, Widmer,John Cage e outros. O Grupo tem reali-zado diversas primeiras audições deobras que lhe foram dedicadas, e acabade regressar de bem-sucedida excursãoà Europa. Terça-feira, no IBAM, recitaldo Trio Bessler-Trindade-Malard, quevem-se destacando na nossa programa-ção cameristlca: Trio n" 1, de Haydn,Trio op. U de Beethoven e Trio op. 101,de Brahms. O Duo de Harpas formadopor Silvia Passaroto e Mônica Cury tocaquarta-feira, às 18h30m, na Igreja deSão J.osé,* e na quinta-feira, às 17h30m,no Teatro Villa-Lobos. Segunda-feira,na Sala Funarte, audição de músicaeletro-acústica apresentada pelo com-positor Rodolfo Caeser: peças de AyltonEscobar. Giorgi Ligeti, Leo Kupper eoutrqs. As 21h, com entrada franca.

INÉDITO CARIOCA,BOAL PORTUGUÊS,CAMUS NA RÚSSIA

Yan Michalski

No novo espisódio de MaluMulher, a personagem estaráenvolvida com a infidelidade

(segunda-feira)

JERRY LEWISCONTRA OAQUI E AGORAE A VOLTADOS SERIADOS

DEPOIS

de Roberto Carlos eRenato Aragão, a Globo in-venta uma semana de fil-mes de Jerry Lewis, já exi-bidos em outros horários,

às 14h30m, de segunda a sexta. Astrosinternacionais acionados também con-tra o Aqui e Agora. As 21h, na mesmaestação, O Planeta dos Homens, comtodos os direitos e sem Ivete Vargas,lança mais um Partido político, o PSB.Não o antigo socialista mas o PartidoSaudosista Brasileiro. .0 que vai ter deadeptos. No mesmo horário, Tudo ÉMúsica, na Educativa O tema é doTamborim ao Caviar e parece focalizar,outra vez, músicas eruditas que foramaproveitadas por compositores popula-res. Como o material é vasto, há o perigode ficar novela maior do que os IrmáosCoragem. As 22hl5m, na Globo, voltamas séries nacionais. Náo sabemos paraquanto tempo permanecerem. Nestanoite é a vez de Malu Mulher comepisódio já anunciado, mas não trans-miüdo, Intitulado Infidelidade. As 23h,Educativa, Momento inicia série sema-nal sobre Os Comandantes. Náo dosExércitos brasileiros ou das brigasatuais do mundo, mas sim os chefesmilitares da Segunda Guerra Mundial

É uma reapresentação.Na terça-feira, 21h, o segundo Show

de Comunicaçáo da TV Educativa. Oepisódio vai se chamar As Artes e Inte-ligência Brasileira com "reunião de lu-minares brasileiros pela televisão." De-ve ser visto, portanto, com óculos escu-ros. São eles: Austregésilo de Athayde,Viana Moog, Josué Montello, MauroMota, Josué Guimarães e Diógenes Cu-nha. As 22hl5m, o Bem Amado na Gio-bo. Seu último episódio, com WaldickSoriano, foi antológico e genial comocomédia. Agora a história se chama ACurra e tem direção de Jardel Mello eElida L' Astorina e Cleide Blota no elen-co. As 23h, Bandeirantes, retoma o se-riado Hawai 5-0. Local abençoado, noqual por mais que os anos passem aCompanhia Telefônica não muda os nú-meros.

Na quarta-feira, 21h, a Educativa exi-be em Decisáo Pública a discussão so-bre planejamento familiar. Um assuntoque não toma pílula. As 22hl5m, naGlobo, parece que vai sair Os Porões daLiberdade. A turma já deve estar asfi-xiada de tanto esperar a exibição por-que este episódio do Plantão de Políciafoi anunciado pela primeira vez para 21de maio. Vamos ver se em 11 de junho éexibido. No elenco vários atores do ex-celente filme Gaijin, uma das melhoresobras do cinema nacional em toda a suahistória. Às 23h, na Bandeirantes, LouGrant. Seriado até interessante.

Na quinta-feira, 21h, na Educativaestréia a reformulação de É PrecisoCantar com um diretor, Eduardo Sid-ney, de comprovada competência. Res-ta ver se a estação lhe dará recursos.Mas o boletim da emissora cria dúvidassobre temas. Numa noticia informa queserá uma edição dedicada aos artistas esuas lutas. Em outra, informa que éprograma focalizando Jackson do Pan-deiro. A presença de Grande Otelo égarantida nas duas versões. Às 22hl5mCarga Pesada, na Globo, exibe O Fora-gido, de Ferreira Gullar, direção de Mil-ton Gonçalves e Francisco Dantas. JoséMayer e Leila Miranda no elenco convi-dado. Os caminhoneiros mais bobos domundo agora dão carona para assaltan-te. Às 23h, na Bandeirantes, Mannixestá de volta. Deve ser um dos pioresdetetives da longa série deles que atelevisão já criou. (M.H.D.)

QUARTA-FEIRA,

no TeatroExperimental Cacilda Bec-ker, o público poderá to-mar contato, pela primeiravez, com a obra de WilsonSayào, um dos dramatur-

gos mais insistentemente premiadosdos últimos anos, mas que, paradoxal-mente, só agora consegue ter uma peçade sua autoria encenada. A peça, VamosAguardar Só Mais Essa Aurora, tirouem 1977 o segundo lugar no ConcursoNacional de Literatura, setor dramatur-0a, promovido pelo Govemo de Goiás.Ela mostra as primeiras horas posterio-res ao suicídio dos dois protagonistas,"...um casal qualquer, habitante de umagrande cidade. (...) A partir dai, o textodiscute as entrelinhas de duas exlstên-cias ligadas e combatidas, náo tanto emfunção de um significado qualquer, masdetalhando em certa medida suas possi-bilidades concretas enquanto emoções,sentimentos, realizações". Quem pro-porciona a Wilson Sayáo, dono de umapersonalidade de escritor autêntica eforte, o seu mais do que merecido pri-meiro acesso ao palco é um novo grupo-cooperativa, integrado pelos atores An-gela Valério e Eduardo Machado, intér-pretes dos dois papéis únicos da peça, eRicardo Petraglia, que depois de váriosbons desempenhos como ator faz agoraa sua estréia na direção. Marcos Paulo,o diretor-revelação de 1978, com As Gra-lhas, assina a iluminação. Como sempreno Teatro Cacilda Becker, a temporadaterá curtíssima duração.

A Barraca, de Lisboa, lança quinta-feira o seu terceiro e penúltimo espe-táculo: Zé do Telhado, texto de HélderCosta, originalmente criado pelo grupoem 1978, e que conta "a história musical

do bandido social mais representativodo desejo de vingança do povo oprimidodo seu tempo". No mesmo ano de suacriação, o espetáculo recebeu, no Festl-vai Internacional de Sitges, Espanha, oprêmio destinado à melhor contribui-ção artística. Para nós, Zé do Telhadotem um significado todo especial, poissua direção é assinada por AugustoBoal, que com este trabalho encerrava asua colaboração de dois anos com ABarraca, antes de mudar-se para aFrança. A música é de autoria de ZecaAfonso, provavelmente o mais consa-grado compositor popular português daatualidade. A produção terá uma sessãona quinta, duas (21h a 24h), na sexta,duas (20h e 22h30m) no sábado e duas(18h e 21h) no domingo.

Sexta-feira que vem será reaberta,após substancial reforma, a sala daAliança Francesa de Botafogo, com olançamento de Les Justes, de Camus,representado, em francês, pelo Théátrede L'Alliance Française. Criada em Pa-ris em 1949, esta peça, que nunca foimontada no Rio, propõe, a partir doexemplo de um grupo de revoluciona-rios socialistas que em 1905, em Mos-cou, preparam um atentado contra oTzar, uma fascinante discussão sobre osfundamentos morais do terrorismo, alegitimidade ou não do assassinato naluta por uma boa causa. O espetáculo édirigido pelo competente Etienne LeMeur, que com este trabalho despede-sedo Rio, após cinco anos de excelentetrabalho. A cenografia é de Marco Anto-nio Palmeira, a iluminação de Neném, eno elenco estão: Ana Lúcia Bruce, An-dré Vandam, Richard Roux, Pierre As-trié e Henri Raillard. Les Justes feracarreira de quinta a domingo, com en-trada a Cr$ 50, sendo necessária reservae retirada prévia dos ingressos, limita-dos a 60 por sessão.

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Em Les Justes, a moral do terrorismo é discutida por Camuá, numespetáculo dirigido por Etienne Le Meur (sexta-feira)

SHOW

COR DO SOMEM "TRANSE TOTAL"

APENAS

quatro shows es-tréiam esta semana. E ain-da tem gente que ousa dizernão estarmos em recessão.Neste terreno específico pa-

rece estar surgindo. O parco ofereci-mento se Inicia com a apresentação nasegunda e terça, sempre às 21h, de Car-los Dafé no Sesc da Tijuca. Um cantorde enorme simpatia, batalhador antigodas noites cariocas, mas que insistenum repertório de pior qualidade e nosmais passageiros modismos musicais.Vamos ver se agora acerta.

Na quarta-feira, duas atrações às21h. No Casa-Grande, Transe Total como grupo A Cor do Som Show que devefazer o maior sucesso de público até odia 22, quando a temporada acaba. Os

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Transe Total é o novo show dogrupo A Cor do Som, queestréia no Teatro Casa-Grande

(quarta-feira)

meninos são bons, todos sabem, emboraandem agora cantando um pouco de-mais da conta. Como instrumentistassão bem satisfatórios e espera-se que seestejam aprimorando e não apenas re-petindo efeitos neste show. E que nele,outra torcida, não baixe o disco-voadorpreconizado por Gustavo, baterista dogrupo, para resolver todos os problemasbrasileiros. Na Sala Funarte, um encon-tro de sons mais leves. De Joyce e PepèCastro Neves sob a direção de SimonKhoury. A cantora e compositora estáem fase ascendente de sucesso, emboratenha seus maiores êxitos em interpre-taçóes alheias. E isto, entre outros moti-vos, porque sua gravadora náo lhe dis-pensa atenção nem trabalha o disco quegravou em janeiro e que continua abso-lutamente ignorado pelo público. Omesmo tratamento que a fábrica dis-pensa a Sueli Costa.

E a semana se encerra na quinta-feira com a segunda apresentação cario-ca do Projeto Pixinguinha. Às seis emeia da noite, e também na sexta, noTeatro Dulcina, show com Nana Caym-mi e o grupo Boca Livre. Este agora coma substituição já feita de Cláudio Nuccipor Lourenço Baeta. A direção é deSérgio Rocha e deve ser um bom espeta-culo porque o grupo e a cantora já seapresentaram no Canecão e tèm umpadrão e gosto musical de muita sinto-nia. Nos dias 16 a 18, o mesmo grupo seapresenta nò Sesc Meriti. O melhor des-te projeto realmente continua sendooferecer, a preços razoáveis, boa músicamesmo para platéias que muito rara-mente tèm oferecimentos semelhantes,(M. H. D.)

Í.Í.

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RESTAURANTES'—Cartas—

InvoluçãoÉ lamentável que os restau-

rantes brasileiros não consigamevoluir eticamente, conservan-do um mínimo de comporta-mento civilizado, frustrando,assim, as expectativas de quem"tenta promovê-los. Foi o casoda nova versão do antigo res-"taurante Al Buon Gustaio paraonde foi feita à tarde uma reser-va de mesa para seis pessoaspara jantar no dia 23 de maio,- às 22h30, a qual foi precisamen-te confirmada. Quando o grupolá chegou à noite foi surpreen-dido por uma negativa do mal-tre, alegando este a falta decostume da casa em fazer reser-vas, contrariando, assim, umaextensa e otimista reportagemfeita dias antes pelo JB, na

. qual, eles próprios, indicando otelefone, aconselhavam que sefizessem prévias reservas visan-do o conforto do cliente. AnaLúcia Bulhões de CarvalhoMagalhães — Rio de Janeiro.

DesrespeitoLeitor assíduo da sua coluna

que trata de asuntos gastronô-micos, por considerar-me umgastrônomo também, interes-sei-me vivamente pela reporta-gem publicada pelo JORNALOO BRASIL, dia 24/5/80 sobre orestaurante Al Buon Gustaio,situado na Lagoa, e que reinau-gurava 14 anos após ter sidofechado. Sendo aquela data a

. de uma comemoração familiar,dirigi-me ao mesmo com seispessoas para almoçarmos, às16h, a fim de encontrá-lo maisvazio, e certamente com melhoratendimento. A epopéia anti-gastronômica e desprovida dequalquer etiqueta e educaçãopor parte dos membros do res-taurante durou duas horas. Es-colhido o lugar no 2o andar, oprimeiro garçom disse-nos logoque "ali em cima demoravamuito a servir. Não havendolugar para seis pessoas na partede baixo, fomos obrigados a fi-car. O segundo garçom, comvisível mau humor, despejou-*nos uma carga de negativasquando solicitamos bebidas pa-ra as crianças e senhoras, sim-pies refrigerantes, dizendo:

; "náo tem, não está gelado, nema cerveja." De maneira rude jo-

. gou os guardanapos em cimados pratos e aí então pronun-ciei-me contra tal agressão, di-zendo-lhe que ali estávamos pa-ra nos divertir, não para nosamolarmos e nem receber, pa-gando, malcriações. Solicita-

. mos rapidamente os pratos pe-lo avançado da hora, e o mal-tre, também sisudo, chegouperguntando secamente:"quais são os pratos". E nãoforneceu maiores explicaçõessobre cada um deles. Escolhi-

j dos os pratos ficamos a esperacerta de 50 minutos, pratos queem qualquer pizzaria (os demassa) nunca ultrapassariam

, rasas de 20 minutos. Pedimosum galeto que constava do car-dápio como especialidade dacasa, e constatamos que estavaestragado, com cheiro ruim,sendo devolvido imediatamen-te, Imagine servir carne de aveestragada em um restauranteque anunciava tal prato como"uma das epecialidades." Mi-nha filha pediu um coração defilé, que estava mais duro doque qualquer carne de segunda.O capelletti solicitado por mi-nha esposa estava praticamen-te cru, tendo sido deixado qua-se inteiro. O pior aconteceu co-migo. Escolhi outro prato deno-minado especialidade da casa— perna de porco cozida comchucrute. Como venho comen-do esse prato há anos, à modaalemã (eisbein com chucrute)em dezenas de restaurantes ca-riocas e paulistas, aguardava-ocom ansiedade. Veio uma pernaparecidíssima com uma lingüi-ça ou chouriço, bem escura, degosto horrível, o pior que jácomi, e ainda acompanhado delentilhas, porque, segundo omaítre, não temos chucrute.Pagamos a conta, não cobrou-se, evidentemente, esse prato.Conseguimos sair às 18h, de-cepcionados com o péssimoatendimento, a horrível comidaservida, esperando nunca maisvoltar. Marcilio Augusto Vello-so — Rio de Janeiro.

As cartas serão selecionadas para publi-cação no todo ou em parte entre as que' tiverem assinatura, nome completo e legl-vel e endereço que permita confirmação

. prévia.

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MÉTODO PARA DEGUSTAROS ARENQUES, SALMÕESE OUTRAS IGUARIAS DACOZINHA ESCANDINAVA

Susana Schild

PARA

aproveitar ao máxl-mo o Festival de ComidaEscandinava, que se rea-liza até o dia 11 no Hotel.Sheraton, um certo meto-

do é fundamental. Em primeiro lu-gar, convém reservar uma mesa pe-lo telefone, pois no sábado à tarde,por exemplo, a lotação para a noitejá estava esgotada, e, diante dopreço da gasolina, qualquer extra-vagância deve ser evitada.

Feita a reserva, para o mesmodia, ou dias seguintes, uma certamoderação alimentar é recomenda-da, para ser compensada com umarazoável e organizada voracidadeque as iguarias escandinavas exi-gem. Aberto das sete à meia-noite,qualquer que seja a hora da chega-da é dificil sair antes do final.

Já no Hotel, seguindo-se a orien-taçáo da recepcionista, desce-seuma escada rolante, e a visão de umyiking indica que se está próximodo objetivo. Engano. Antes dos qui-tutes, está uma improvisada agèn-cia de viagens, dezenas de folhetose até uma televisão exibindo filmesobre os países nórdicos. Ultrapas-sada a barreira, outros tantos gar-çons vestidos de viking verificammesa e indicam os lugares.

Quase tudo pronto para come-çar. Antes, porém, indispensável re-cuperar-se da poluição visual quereina no ambiente. Do teto, descemredes de pescadores, mais para aBahia do que para a Escandinávia,e desenhos de vikings em isopor,tudo cercado de muita propagandade uma companhia de aviação, commaior incidência, obviamente,

diante da única mesa com forma debolo de noiva, onde sobre toalhavermelha está disposto tudo a quese tem direito por Cr$ 960 porpessoa.

Alguns excessos na decoração,contudo, são perdoáveis, e o Festi-vai é aberto com o oferecimento deum schnapps, chamado aqua vitae,feito da fermentação de batata comcominho.

Andar decidido, prato firme namão, é necessário controlar a vora-cidade inicial. As opções tonteiam,e o menu requer um estudo cautelo-so para formulação da melhor es-tratégia para atacar quatro tipos dearenques, camarões da Dinamarca,salmão (dois tipos), enguia, caviar(dinamarquês), filé de linguado. Hãseis tipos de frios, quatro de salada,três opções de pratos quentes, alémde queijos e molhos diversos. Assimque uma qualidade terminava eraimediatamente substituída, e pelomenos no domingo à noite não hou-ve atropelos em volta da mesa.

Por uma questão de coerência, ébom atacar por partes, não mistu-rar peixe com Mos, organizar asidas e vindas, provar de tudo, paradepois, com conhecimento de cau-sa, repetir o melhor. Anda-se quasetanto — imagino — como nos jogosde sinuca, forma de acelerar umpouco a digestão. De vez em quan-do, aconselha-se um pequeno inter-valo.

A pressa da primeira ida ao buf-fet transforma-se em sabedoria de-pois de algum tempo.'O salmãodefumado é irresistível, e mereceatenção especial, e já não se podedizer o mesmo dos pratos quentes.De qualquer forma, essa peregrina-

çào pode ser feita com tranqüilida-de na primeira hora, e os vikingsaparecem apenas para trocar garra-fas de cerveja ou reabastecer ospequenos copos com aqua vitae.

O ambiente, depois do impactoinicial, até que é razoável, a ilumi-naçáo é discreta, a música ambien-te idem, um espaço considerávelsepara as mesas. Os vikings, porém,tornam-se bem mais presentes de-pois de algum tempo. Perguntam,com uma freqüência cada vez maisintensa, se o cliente já terminou, ediante da menor hesitação tiram ospratos, mal reparável porque se po-de pegar outro. Quando insistemem tirar os talheres a pressão au-menta, mas qualquer pessoa comespírito mais forte resiste, e podeainda deter-se nos queijos. Final-mente, os vikings estão satisfeitos.Abandonou-se a mesa principal, epor desencargo de consciência, re-corre-se a um pequeno balcão, on-de, entre queijos, oferecem-se umatorta de maçã e creme altamenterecomendáveis.

Os garçons/vikings só respiramaliviados quando autorizados a tra-zer o café (veio frio, talvez por vin-gança). A conta, feita à máquina,chegou errada. Acumulou um buf-fet, esclarecimento prestado pelochefe dos vikings, acompanhado depedidos de desculpas. De qualquerforma, manual ou mecânica, as con-tas cariocas ainda merecem serbem conferidas e esclarecidas, inde-pendente do torpor causado poreventuais excessos.

Ficam esperanças de degusta-çào no local de origem, pois, duran-te o jantar, são distribuídos cartõespara serem preenchidos e que irào asorteio de duas passagens, pela Es-candinávia. Só resta torcer.

Com uma decoração que lembra festa baiana,o Festival de Comida Escandinavatem o toque nórdico nos garçons

vestidos de vikings e na fartura da mesa

A MESA, COMO CONVÉM

FESTIVAL DE COMIDAESCANDINAVA i•***

Hotel Sheraton — Av. .Niemeyer, 121 - Tel 274-1122XL* ,\\**J^ '¦* ¦¦ -b? o<

Apicius

E

ESTAVA eu afundado napoltrona, lendo um romancedo século XIX, quando ouviestampidos na mata ao la-do. Como a eles somavam-seos latidos dos 100 mü Beagle

de meu vizinho, pensei com meus bo-toes: "Tiens/ Que simpático! Estão rea-lizando uma caçada!" Mas eis que oalarido se tornava cada vez mais ensur-decedor. Lembrei-me, então, do estadoda coisa pública. Ê a Revoluç'o!",gemi e saí correndo arrumar uma male-ta. Já estava tirando os quadros dasmolduras, quando tocou o telefone."Que horror! Imaginei. Ê o Comitê Cen-trai de Seqüestros de Bens!" Felizmentenão era. Tratava-se simplesmente deMile D., eufórica com a vüória do Fia-mengo. Suspirei aliviado e tão contentefiquei que a convidei para ir jantar noHotel Sheraton, onde eu havia reserva-do mesa para o festival de comida es-candinava.

Fomos para o Sheraton. Por que oshotéis modernos precisam ser tào feios?

No restaurante Sarau, o tapete parecepercorrido por grandes sucuris de corvaga. Outras formas ziguezagueiam pe-las paredes, onde, entre espelhos e de-corações várias, há até um quadro aóleo, representando um preto velho fu-mando seu eterno cachimbo.

Com a invasão dos vikings, porém, asituaçáo ficou muüo mais séria. Os gar-çons foram vestidos a caráter. Ganha-ram túnicas e mantos que endossaramsobre svas roupas cotidianas e foramaté mesmo presenteados com capaceteschifrudos. De tanto circular entre asmesas, no entanto, os pobres serviçaissuavam tanto que alguns, pegando acobertura por um dos chifres, usavam-nas como leques. Pôde-se, entáo, ver detudo: vikings de óculos, outros com ca-pacetes desprovidos de chifres e outros,enfim, de cabeça descoberta, o que osfazia parecer figurantes de um filme...passado em Roma.

Tínhamos reservado lugar, mas nos-sa mesa fora entregue a outros. Deram-nos uma péssima. Reclamamos. Ganha-mos uma melhor, só que no escuro.

Mas pouco importava nossa mesa. Aque valia era a grande.peça que, no

centro da sala, oferecia 30 variedades. de delicias. (O número é correto, pois

roubei o menuj Pena que seja impossi-vel comer, ainda que seja um pouco, detudo. Um pouco? Que digo eu? Comocomer só um pouco do salmão marina-do à maneira sueca? O prato é tào bomque, ao contrário dos outros, ganhouum sério senhor para defendê-lo. Maspouco caso fiz de seu desdenhoso "mo-re?" quando exigi outra fatia. E obtivemais.

O caviar dinamarquês é bem melhorque o que compramos em lata, mas náochega a ser caviar de verdade. Poucoimporta. Ele é só um capítulo do roman-ce. Do saboroso romance do qual cons-tam, entre outras coisas, quatro tipos dearenques. Nào concordou Mile D. com oque vem ao curry e concordei com ela.Mas o arenque ao sherry era de um rarosabor.

Enquanto comíamos lentamente, be-biamos uma perfumada aquavitae e...uma decepcionante Brahma. Bem sabeo leitor quanto gosto de nossas cervejas,mas em um festival escandinavo tinha-mos todo o direito de exigir bebidas doNorte. Mais grave é que a cerveja vem

em pequenas garrafas, o que nos obrigao tempo todo a ficar chamando os gar-çons-vikings. Lembrei-me da sensatasugestão de um lettor de introduzir en-tre nós a pena da galé. E fiquei soyhan-do como seria bom ter um viking com aperna acorrentada à nossa mesa, sócom o cumprimento bastante para che-gar às bebidas. Infelizmente, não creioque a sugestão venha a ser adotada.

Apesar do menu, a profusão de pei-xes é táo grande que, às vezes, ficadifícil saber o que comemos. Havia, porexemplo, um peixe branco — por sinalalgo seco — que náo consegui identifi-car.

Mudando de prato, experimentamoso belíssimo filé de linguado com maione-se. Entre os frios, sáo corretos o lombode porco dinamarquês, o salame e opresunto cozido. (Talvez até nem ve-nham de fora, mas que importa se oresultado é saboroso?) Procurei muüo,mas para grande tristeza minha nãoconsegui encontrar a rullepoelse, quedescrevem como sendo "uma lingüiçafeüa com carne enrolada e prensada".A falta dela, provei o gentil paté defígado dinamarquês.

Já então tínhamos chegado ao pontono qual os romanos usavam a pena edirigiam-se ao vomitorium. A falta detào essencial peça, tivemos que reduziras porções e prever grandes pausasentre uma e outra ida ao buffet.

Nele, descobrimos ainda uma Undaconserva de pepino, uma razoável ai-mòndega e ótimas batatas gratinadascom creme, sem falar no excelente repo-lho roxo, feito à maneira escandinava.

Tinha comido tanto pão com mantei-ga, (Ah! A manteiga! Como é saborosaqualquer manteiga que nào seja a nos-

sa!) que nào tive apetite para os queijos.Mas náo resisti à torta de maçã sueca,com seu lindo creme de leite.

Tantos prazeres já tinham fechadonossos olhos à feiúra do ambiente quan-do, de súbüo.já não o vimos. Todas asluzes tinham-se apagado! "Uma vela!Uma vela!" gritavam os vikings, comotinham gritado os de outrora. Só queagora a queriam de cera e náo de pano.No escuro, uma voz se elevava: "Espe-rem o gerador!"

Apalpando as paredes e os degraus,Mile D. e eu conseguimos chegar ao hallde entrada. Mas como descer as milescadas que levam ás garagens subter-ràneas? Com mau humor esperamos eesperamos que começasse a funcionar ogerador que alguém já adjetivara exa-mente como o leitor imagina.' Enfim, fez-se um pouco de luz. Nohotel, náo nas redondezas todas. A horaera propícia a assaltos. Cauteloso, es-condi minha cadeira. "Você é louco!Reclamou Mile D. Se náo encontrarem-,dinheiro, me violam!" Respondi-lhe quetinha conservado, para o assaltante,CrS 150. "Será que eu valho láo pou-co?", gemeu ela.e Aberto das ! 9h às 24h até dia II. Reservas ¦ ¦

imprescindíveis pelo telefone 274-1122, ramais1123 e 1124. Aceita cheques e cartões de ,crédito.e A única bolota dada ao ambiente vai porconta de seu mau gosto e do despreparo dohotel para casos de emergência. Os garçonssão corretos.

COTAÇÕESCozinha:** ruim; •*• regular*; •*">>+ boa';irkir-k muito boa; iticir-kit excelente. Am-biente: • confortável; ee muito confortável; •••superconfortável; eeee luxo; eeeee muito luxo..

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