Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

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Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Índice Knewin Monitoring

10

Correio Braziliense | NacionalJudiciário - STF, CNJ - Luiz Fux /

Condenados da Kiss estão presosPolítica - 16/12/2021

11

Judiciário - STF, CNJ - Luiz Fux /

Mendonça amplia avanço de Bolsonaro no STFPolítica - 16/12/2021

13

Judiciário - STF, CNJ - Luiz Fux, CNJ - Rosa Weber /

Passaporte de vacina torna-se obrigatórioBrasil - 16/12/2021

15

Folha de S. Paulo | NacionalJudiciário - Judiciário, Judiciário - STF, CNJ - Rosa Weber /

A Justiça tarda, mas não salvaPoder - 16/12/2021

17

Judiciário - Judiciário, Judiciário - STF, CNJ - Luiz Fux /

STF espera Mendonça lava-jatista e conservadorPoder - 16/12/2021

20

Judiciário - STF, CNJ - Luiz Fux, CNJ - Rosa Weber /

STF abre brecha para entrada no país sem passaporte da vacinaSaúde - 16/12/2021

23

Judiciário - STF, CNJ - Luiz Fux /

Após decisão do STF, quatro condenados por mortes na Kiss são presosCotidiano - 16/12/2021

24

O Estado de S. Paulo | NacionalJudiciário - Judiciário, Judiciário - STF, CNJ - Luiz Fux /

Estranha decisão no caso da boate KissNotas e Informações - 16/12/2021

2626

Judiciário - STF, CNJ - Rosa Weber /

Orçamento secreto é sistema 'obscuro, afirma Fachin em julgamento virtualPolítica - 16/12/2021

28

Judiciário - STF, CNJ - Luiz Fux, CNJ - Rosa Weber /

Barroso recua e libera entrada no País sem passaporte vacinalSaúde - 16/12/2021

29

Valor Econômico | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça, CNJ - CNJ, Judiciário - Judiciário /

CurtasLegislaçao e Tributos - 16/12/2021

30

Judiciário - STF, CNJ - Luiz Fux, CNJ - Rosa Weber /

Avança julgamento de emendas do `orçamento secreto'Política - 16/12/2021

3131

Judiciário - Judiciário, Judiciário - STF, CNJ - Rosa Weber /

CCJ adia análise de da PEC da reforma tributária e aumento de acesso a armasPolítica - 16/12/2021

32

Judiciário - STF, CNJ - Luiz Fux, CNJ - Rosa Weber /

Supremo forma maioria e decide que país deve exigir passaporte vacinalBrasil - 16/12/2021

33

Meio Norte | PiauíCNJ - CNJ /

Prêmio CNJ 2021 no PiauíOpinião - 16/12/2021

35

O Hoje | GoiásCNJ - Conselho Nacional de Justiça /

Manoel L. Bezerra Rocha - Novo Conselheiro do CNJCidades - 16/12/2021

3636

O Sul | Rio Grande do SulCNJ - Conselho Nacional de Justiça /

Conselho Nacional de Justiça autoriza abertura de processo disciplinar contra juiz federal.Noticias - 16/12/2021

37

Zero Hora | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça /

QUALIDADE NA JUSTIÇA MILITARArtigos - 16/12/2021

3838

Câmara dos Deputados | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça, CNJ - Ivana Farina Navarrete Pena /

Comissão debate protocolo do Poder Judiciário sobre equidade de gênerosNoticias - 15/12/2021

39

CNJ - Conselho Nacional de Justiça, Judiciário - Covid-19 /

Câmara aprova em 2º turno mudanças na PEC dos PrecatóriosNoticias - 15/12/2021

43

Correio do Estado MS | Mato Grosso do SulCNJ - Conselho Nacional de Justiça /

Tribunal de Justiça de MS divulga lista tríplice para desembargadorJUSTIÇA DESPORTIVA - 15/12/2021

4545

G1.Globo | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça /

Tribunal de Justiça de MS gasta quase R$ 3 milhões com compra de veículos de luxoblindadosMato Grosso do Sul - 15/12/2021

Jornal do Senado | Nacional

4646

CNJ - Conselho Nacional de Justiça /

CCJ aprova e envia ao Plenário indicação de promotor para Conselho Nacional de Justiça -Senado NotíciasNoticias - 15/12/2021

4848

CNJ - Conselho Nacional de Justiça /

Segue para o Plenário a indicação de João Paulo Schoucair para o CNJ - Rádio SenadoNoticias - 15/12/2021

5050

CNJ - Conselho Nacional de Justiça, Judiciário - Covid-19 /

Câmara conclui votação da PEC dos Precatórios, que será promulgada nesta quinta - SenadoNotíciasNoticias - 15/12/2021

5454

O Globo Online | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça /

Entenda a PEC dos Precatórios, aprovada pelo Congresso e que libera Auxílio Brasil de R$400Economia - 15/12/2021

5757

O Liberal PA | ParáCNJ - Conselho Nacional de Justiça, Judiciário - Conciliação /

Juíza Kédima Lyra e juiz Amilcar Guimarães ascendem ao desembargo do ParáNoticias - 15/12/2021

59

Portal Metrópoles Online | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça /

Câmara aprova PEC dos Precatórios em 2º turno. Confira ponto a ponto:Noticias - 15/12/2021

62

Valor Online | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça /

CurtasLegislação - 16/12/2021

6363

CNN Brasil | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça /

CCJ aprova promotor João Paulo Schoucair para Conselho Nacional de JustiçaNoticias - 15/12/2021

64

CNJ - Conselho Nacional de Justiça, Judiciário - Fazendo Justiça /

'Caso seja preciso, acionarei o CNJ', diz Ciro Gomes após operação da PFNoticias - 15/12/2021

66

Consultor Jurídico | São PauloCNJ - Conselho Nacional de Justiça /

LGPD não veda o acesso a dados públicos: este é um direito de todosopinião - 15/12/2021

68

CNJ - Maria Thereza de Assis Moura /

Justiça para todos: o caso da Boate Kiss

opinião - 15/12/2021

7171

CNJ - Conselho Nacional de Justiça /

Ministra Regina Helena Costa é empossada como ouvidora substituta do STJNoticias - 15/12/2021

73

CNJ - Conselho Nacional de Justiça /

Prática do TJ-RJ vence Prêmio Viviane do Amaral, do CNJNoticias - 15/12/2021

7575

CNJ - Conselho Nacional de Justiça /

Conselho autoriza abertura de processo disciplinar contra juiz federal do ParáNoticias - 15/12/2021

7676

Crusoé Online | Distrito FederalJudiciário - STF, CNJ - Luiz Fux, CNJ - Rosa Weber /

STF forma maioria pela exigência do passaporte da vacina para entrada no BrasilNoticias - 15/12/2021

77

Diário do Amapá | AmapáCNJ - Conselho Nacional de Justiça /

Assembleia da CEANoticias - 15/12/2021

7979

Estado de Minas online | Minas GeraisCNJ - Conselho Nacional de Justiça, Judiciário - Presos, Judiciário - Covid-19, Judiciário - Coronavírus /

Presídio de Ribeirão das Neves tem detentos isolados; visitas são suspensasNoticias - 15/12/2021

8080

O Sul | Rio Grande do SulCNJ - Conselho Nacional de Justiça /

Conselho Nacional de Justiça autoriza abertura de processo disciplinar contra juiz federalNoticias - 15/12/2021

8181

Senado Federal |CNJ - Conselho Nacional de Justiça /

Áudio: CCJ aprova nome de João Paulo Santos Schoucair para o CNJ, e indicação segue aoPlenárioNoticias - 15/12/2021

82

Diário do Poder | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça, CNJ - Conselheiro do CNJ /

Sabatina na CCJ aprova João Paulo Schoucair para compor o CNJNoticias - 15/12/2021

84

O Globo - Blogs | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça /

A reeducação do agressor que cometeu violência domésticaLauro Jardim - 15/12/2021

85

Rede TV | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça, Judiciário - Sistema Prisional /

Custo médio do preso no Brasil é de 1,8 mil por mêsNoticias - 15/12/2021

87

TV Justiça | Rio de JaneiroCNJ - Conselho Nacional de Justiça /

CNJ afasta o juiz Antonio Carlos Almeida Campelo da 4ª Vara do ParáJornal da Justiça 2ª Ediçao - 15/12/2021

88

Correio Braziliense | NacionalJudiciário - STF /

Maioria do STF vota para que só vacinados possam entrar no paísCapa - 16/12/2021

89

Judiciário - STF /

TSE: resolução contra fake newsPolítica - 16/12/2021

90

Folha de S. Paulo | NacionalJudiciário - Judiciário /

Camila Mattoso - PAINELPoder - 16/12/2021

92

Judiciário - STF /

No escurinho do PlanaltoOpinião - 16/12/2021

93

Judiciário - STF /

Câmara aprova segunda parte da PEC do Calote e libera mais R$ 43, 8 biMercado - 16/12/2021

96

O Estado de S. Paulo | NacionalJudiciário - STF /

André Mendonça toma posse hoje como ministro do STFPolítica - 16/12/2021

97

Judiciário - STF /

Bolsonaro tenta ampliar influência em tribunaisPolítica - 16/12/2021

99

O Globo | NacionalJudiciário - STF /

Bolsonaro faz teste de Covid-19 para ir a posse no STFPolítica - 16/12/2021

100

Judiciário - STF /

STF confirma passaporte, mas admite opção de quarentenaSaúde - 16/12/2021

Judiciário - STF /

102102Motorista tem vínculo de empregado com 'app', diz maioria de turma do TSTEconomia - 16/12/2021

104

Judiciário - STF /

Bretas acumula derrotas em ações sobre corrupçãoPolítica - 16/12/2021

106

Valor Econômico | NacionalJudiciário - STF /

Bolsonaro chama Fachin de 'trotskista' e 'leninista'Política - 16/12/2021

107

Judiciário - Judiciário /

Receita Federal altera tributação sobre ganhos com ações judiciaisLegislaçao e Tributos - 16/12/2021

109109

A Crítica MS | Mato Grosso do SulJudiciário - Audiência de Custódia /

A partir de agora, flagrantes de violência doméstica serão analisadas por juízes plantonistasna CapitalNoticias - 15/12/2021

110

Diário do Comércio | São PauloJudiciário - Conciliação /

O sistema judicial e os negóciosNoticias - 15/12/2021

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Diário do Nordeste | CearáJudiciário - Conciliação /

Nailde Pinheiro: "A magistratura é um sacerdócio, exige da magistrada", diz presidente doTJCENoticias - 15/12/2021

114

Bahia Econômica | BahiaJudiciário - Covid-19 /

STF FORMA MAIORIA POR PASSAPORTE DE VACINANoticias - 15/12/2021

115115

Crusoé Online | Distrito FederalJudiciário - STF /

Para ir à posse de Mendonça, Bolsonaro entrega teste negativo para Covid ao STFNoticias - 15/12/2021

116116

Judiciário - STF /

Bolsonaro diz que demitiu servidores do Iphan por interditarem obra de Luciano HangNoticias - 15/12/2021

117

TV Justiça | Rio de JaneiroJudiciário - STF /

Presos os quatro condenados pelo incêndio da boate Kiss em 2013Jornal da Justiça - 15/12/2021

118118

Judiciário - STF /

Esclarecidos os detalhes da decisão sobre o comprovante de vacina contra Covid-19Jornal da Justiça - 15/12/2021

119119

Judiciário - STF /

Barroso vota pela manutenção da obrigatoriedade da apresentação do comprovante de vacinaJornal da Justiça - 15/12/2021

120120

Judiciário - STF /

Presidente Jair Bolsonaro confirma presença na posse do ministro André MendonçaJornal da Justiça - 15/12/2021

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Judiciário - STF /

STF analisa ação que questiona letalidade de operações policiais em comunidades do RJJornal da Justiça 2ª Ediçao - 15/12/2021

Condenados da Kiss estão presos

Conselho Nacional de Justiça - CNJCorreio Braziliense/Nacional - Política

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - STF

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Os quatro condenados no julgamento do incêndio da

Boate Kiss, na última sexta-feira, já estão presos em

regime fechado. Todos se entregaram depois que o

ministro Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal

Federal (STF), derrubou um habeas corpus preventivo

que os favorecia. Elissandro Spohr, ex-sócio da casa

noturna, ficará preso na Penitenciária Estadual de

Canoas 1. Mauro Hoffmann, também ex-sócio, Se

apresentou ao Presídio de Tijucas, em Santa Catarina.

Já Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Bonilha

Leão, respectivamente vocalista e produtor musical da

banda Gurizada Fandangueira, foram encaminhados

para o presídio da cidade de São Vicente do Sul.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF, CNJ -

Luiz Fux

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Mendonça amplia avanço de Bolsonaro no STF

Conselho Nacional de Justiça - CNJCorreio Braziliense/Nacional - Política

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - STF

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Autor: » LUANA PATRIOLINO

André Mendonça toma posse hoje como ministro do

Supremo Tribunal Federal envolto em mistério. Os

integrantes da mais alta Corte de Justiça têm dúvidas se

ele vai atuar como o 'terrivelmente evangélico' de

Bolsonaro ou como um ministro técnico. Apesar de

afirmar que defenderia um Estado laico, Mendonça

deixou claro suas inclinações religiosas assim que teve

o nome aprovado pelo plenário do Senado. À ocasião, o

ex-advogado-geral da União parafraseou o astronauta

Neil Armstrong ao dizer que sua chegada ao Supremo é

'um passo para um homem, um salto para os

evangélicos'.

Nos próximos meses, o novo integrante da Corte terá

oportunidade para deixar claro seu perfil. Mendonça

herdará 991 processos que estavam sob relatoria de

Marco Aurélio Mello e deverá participar de julgamentos

controversos, como o bloqueio de perfis de apoiadores

do governo nas redes sociais, a prisão após

condenação em segunda instância e os direitos

LGBTQIA+.

Marco temporal

Em dos um dos processos, Mendonça dará o voto de

desempate no julgamento que analisa se detentas

transexuais e travestis têm direito de optar por cumprir a

pena em presídios masculinos ou femininos. A ação foi

apresentada pela Associação Brasileira de Gays,

Lésbicas e Transgêneros. O caso foi encaminhado ao

plenário virtual do Supremo, e o julgamento foi

suspenso após empate em 5 a5. O presidente do STF,

Luiz Fux, aguardava a nomeação do 11º ministro para

marcar a data de retomada da votação, que deverá ser

incluída no calendário de 2022.

Mendonça também vai participar de votações de

interesse do governo Bolsonaro, como o marco

temporal para demarcação de terras indígenas e a

derrubada dos decretos de flexibilização armamentista.

O presidente Jair Bolsonaro jamais escondeu o apreço

por Mendonça, até nos momentos em que a nomeação

do ex-ministro ao STF era uma dúvida em Brasília.

Bolsonaro segue apostando todas as fichas no seu

indicado para garantir pautas de interesse do governo.

Ontem, o chefe do Executivo voltou a criticar o novo

marco temporal e afirmou que a medida 'nem era para

ser discutida' pelo Supremo.

O presidente confirmou presença na cerimônia de posse

do novo ministro. A equipe médica da Presidência

também enviou um teste com resultado negativo para

covid-19. O diagnóstico negativo para infecção pelo

coronavírus é uma exigência para entrada nos prédios

da Corte, como previsto na resolução 748/2021 do STF,

que dispõe sobre as regras para conter a disseminação

do novo coronavírus.

Perfil

Da AGU para o Supremo

Natural de Santos (SP), André Mendonça é pastor

presbiteriano licenciado e servidor público federal. Tem11

Conselho Nacional de Justiça - CNJCorreio Braziliense/Nacional - Política

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - STF

48 anos. É doutor em Estado de Direito e Governança

Global e mestre em Estratégias Anticorrupção e

Políticas de Integridade pela Universidade de

Salamanca, na Espanha.

Mendonça é próximo de ao menos um integrante do

STE o ministro Dias Toffoli. Entre 2007 e 2009,

Mendonça trabalhou com Toffoli quando este chefiava a

AdvocaciaGeral da União (AGU).

No governo Bolsonaro, Mendonça comandou a AGU,

além do Ministério da Justiça. Como chefe dessa pasta,

foi acusado de utilizar a Lei de Segurança Nacional para

intimidar críticos do presidente da República.

Mendonça é o segundo ministro do Supremo indicado

por Jair Bolsonaro. O primeiro é Kassio Nunes Marques,

empossado em novembro.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF, CNJ -

Luiz Fux

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Passaporte de vacina torna-se obrigatório

Conselho Nacional de Justiça - CNJCorreio Braziliense/Nacional - Brasilquinta-feira, 16 de dezembro de 2021

Judiciário - STF

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Autor: MARIA EDUARDA CARDIM

Apesar de o governo federal resistir em editar a portaria

para cobrar a vacinação contra a covid-19 de viajantes

que desembarquem no Brasil, o Supremo Tribunal

Federal (STF) formou maioria, ontem, a favor da

exigência do comprovante de imunização para a

entrada no país. O julgamento virtual da decisão

monocrática do ministro Luís Roberto Barroso, que

estabeleceu o passaporte da vacina, vai até amanhã e,

até o fechamento desta edição, seis integrantes da

Corte se declararam a favor da medida.

Os ministros Edson Fachin, Carmen Lúcia, Alexandre

de Moraes, Rosa Weber e Luiz Fux votaram

favoravelmente à medida determinada por Barroso, que

atendeu a ação impetrada pelo partido Rede

Sustentabilidade. A medida estabelece que brasileiros e

estrangeiros devem apresentar o comprovante de

vacinação contra a covid-19 quando embarcarem para o

Brasil.

A decisão ainda obriga que brasileiros e estrangeiros

residentes no Brasil que viajaram para fora do país após

14 de dezembro, e que não apresentarem o cartão de

vacinação quando voltarem ao Brasil, apresentem teste

negativo de covid-19 - e se submetam a uma

quarentena de cinco dias, que só é suspensa com um

novo exame negativo.

A recomendação de exigir a vacinação de viajantes

partiu da Agência Nacional de Vigilância Sanitária

(Anvisa), em 12 de novembro, e foi reforçada pelo

Tribunal de Contas da União (TCU). Mas o governo

federal relutou em adotar a medida até a última semana,

quando foi editada uma portaria com novas regras para

a entrada no país.

Só que a cobrança do documento foi adiada por causa

de um ataque de hackers sofrido pelo governo, um dia

depois da publicação da portaria. Assim, no último final

de semana, o ministro Barroso determinou,

provisoriamente, a obrigatoriedade da apresentação de

comprovante de vacinação para todo viajante que

chegar ao país. Fiscalização

Barroso esclareceu, ainda, que o controle de

apresentação do documento de vacinação deve ser feito

pelas companhias aéreas no momento do embarque, já

que 'não há qualquer razão para tumulto na chegada ao

Brasil'. Segundo a nota do STF, o gabinete do ministro

já teria repassado a orientação para que a apresentação

do comprovante de vacinação seja feita pouco antes de

entrar no avião, junto com o exame da covid-19 e a

Declaração de Saúde do Viajante (DSV).

Dessa forma, nos aeroportos brasileiros será necessária

apenas uma fiscalização por amostragem, sem causar

filas, como vem sendo feito pela Agência Nacional de

Vigilância Sanitária (Anvisa). Na última terça-feira, a

autarquia reguladora informou que além de realizar a

fiscalização de documento por escolha aleatória do

passageiro, também se utiliza de dados da DSV para

avaliar voos e viajantes de maior preocupação,

conforme critério de saúde preenchidos no documento -

cobrado para a entrada no Brasil.

13

Conselho Nacional de Justiça - CNJCorreio Braziliense/Nacional - Brasilquinta-feira, 16 de dezembro de 2021

Judiciário - STF

Apesar de o comprovante de vacinação ser requerido

de apenas algumas pessoas, a Anvisa reforça que 'o

regramento para a entrada de viajantes no país deve

ser cumprido por todos'.

Em Brasília, para encontro com ministros do STF o

governador de São Paulo, João Doria, criticou a

fiscalização por amostragem. 'O passaporte vacinal

deve ser exigido no momento do embarque dos

passageiros para o Brasil. Não faz sentido que a

utilização de amostragem seja feita, prejudicando o

controle do ingresso de pessoas não vacinadas ao

Brasil', criticou. Doria havia anunciado, há poucos dias,

que esperaria até ontem para o governo federal adotar o

passaporte de vacinação, pois, do contrário, o exigiria

no território paulista.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF, CNJ -

Luiz Fux, CNJ - Rosa Weber

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A Justiça tarda, mas não salva

Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Poder

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - Judiciário

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Autor: Conrado Hiibner Mendes

'A interpretação jurídica ocorre num campo de dor e

morte. ' Essa deve ser a abertura mais desconcertante

na história da literatura jurídica.

Robert Cover segue: 'Interpretações jurídicas

ocasionam violência sobre outros: um juiz articula sua

compreensão de um texto e alguém perde sua

liberdade, seus bens, seus filhos, até a vida' ('A

Violência e a Palavra' 1986).

Em texto anterior, o autor já iluminava a intimidade entre

instituições jurídicas e a violência: Juízes são pessoas

de violência. (. . . ) Mas juízes também são pessoas de

paz. A extensão da violência que eles poderiam ordenar

(mas não o fazem) equivale à medida da paz e do

direito que constituem. A violência da coerção, que

distinguiria o direito da literatura, opera em silêncio'

('Nomos e Narração', 1982).

O alerta serve para qualquer sistema jurídico, mas fica

pontiagudo num dos países mais desiguais e letais do

mundo. A razão limpa e inodora impressa no texto da

decisão judicial ofusca a desumanidade que o direito e o

jurista, com técnica e método, ajudam a legitimar.

Operadores do direito cravam suas digitais na alta taxa

decrescimento do PIBB, o Produto Interno da

Brutalidade Brasileira, no envernizamento das mortes

de crianças negras na periferia por operações policiais,

na prisão sem condenação deum terço da população

carcerária, na absolvição de policial por estupro de

menina que 'não resistiu ao sexo', ou de soldado que,

por 'legítima defesa imaginária', deixou jovem

paraplégico.

A desorganização estatal da violência no país ganha

abrigo em doutrinas jurídicas declamadas em

sentenças. Mas também é impulsionada por simples

atraso e indiferença.

'A Justiça tarda, mas não falha' se converteu em

máxima autocomplacente sobre o tempo judicial:

diversionista e autoritária, a pompa oracular presume

infalibilidade e esconde irresponsabilidade por trás da

demora sem causa.

Há que se calcular o custo do atraso judicial não só em

prejuízo econômico, mas em mortes e doenças, em

destruição devidas e famílias. E podemos começar pelo

custo do atraso do STE

Se a medida do sofrimento humano fosse um critério da

pauta de julgamento dos milhares de casos que

dormitam na gaveta, o STF mereceria mais respeito.

A Justiça tarda e mata. Pode se correlacionar muitos

atrasos do STF (ou de outros tribunais) com número de

mor tes. Mortes evitáveis pela diligência judicial.

Exemplos de demora sem causa que produz morte:

ações por medidas de segurança alimentar enquanto

crianças desmaiam de fome em escolas (ADPF 831, na

gaveta de Rosa Weber desde abril, e ADPF 885, na

gaveta de Dias Toffoli desde setembro de 2021); ações

que pedem controle de armas enquanto armamento se15

Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Poder

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - Judiciário

expande (como a ADI 6675, que ficou quatro meses na

gaveta de Moraes, e pedido de vista de Kassio Nunes já

extrapolou prazo).

Outro: ação que busca descriminalizar porte de drogas,

lei obtusa que alimenta política de encarceramento mais

grave do país (RE 635. 659, tramitando há dez anos em

meio a obstruções e sem voto novo desde 2015).

Um contraexemplo a comemorar: a ação que tenta, sob

resistência da polícia fluminense, disciplinar operações

em favelas (por mérito de Edson Fachin e apesar de

Fux, que suspendeu 0casoeojogoupara2022, pois agora

tem culto de Mendonça).

Além de matar; , justiça tardia fabrica impunidade. A

advocacia garantista por autodeclaração entrou numa

onda celebratória pelas nulidades de muitas

condenações associadas à Lava/Jato, declaradas no

atacado.

Enquanto manchete sensacionalista salientou que

tribunais revogaram 277 anos de penas, advogados

reagiram para mostrar que grave mesmo foi a aplicação

de 277 anos de penas ilegais.

O reducionismo do embate sectário entre garantistas

(por autodeclaração) e lavajatistas tem emburrecido o

balanço da história.

Não se preocuparam em perguntar quando tais

nulidades foram declaradas pelo STFE por exemplo.

O controle tardio de nulidades é tão sério quanto a

produção de nulidades. Ainda mais graves e a própria

nulidade foi forjada por mudança da regra do jogo no

meio do jogo.

Alguns atos que, quando praticados, não eram nulos,

tornaram-se nulos porque, anos mais tarde, o STF

mudou de ideia sobrea regra válida. A prescrição espera

logo na esquina.

O 'tempo judicial' pode e deve ser diferente do tempo da

política, mas essa distinção não libera tribunais para

decidirem quando lhes for mais confortável. E a ordem

constitucional de 'razoável duração do processo' (art. 5º)

não serve como canção de ninar.

Porque a covardia de não julgar, ou de julgar quando

mais à vontade com seus pares, com opinião pública ou

com impacto em sua reputação, também mata. E

absolve, sem julgar, o colarinho branco.

Não é garantismo, mas ilusionismo. Tarde demais para

o Estado de Direito.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Judiciário,

Judiciário - STF, CNJ - Rosa Weber

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STF espera Mendonça lava-jatista e conservador

Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Poder

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - Judiciário

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Autor: Matheus Teixeira

BRASÍLIA Ministros do STF (Supremo Tribunal

Federal) e advogados esperam André Mendonça

alinhado à corrente lava-jatista da corte (com postura

linha-dura em julgamentos criminais), pró-governo em

temas econômicos e conservador nos costumes.

As apostas sobre o novo integrante do STF se baseiam

na trajetória profissional, com destaque para o combate

à corrupção como bandeira, nos posicionamentos à

frente da AGU (Advocacia-Geral da União) e na

religiosidade.

Por meio de assessoria, Mendonça afirmou que vai

'cumprir os compromissos assumidos durante a

sabatina'.

O próximo ministro da cor te tomará posse nesta quinta

(16). A cerimônia e deve durar 15 minutos. Serão cerca

de 60 convidados, entre eles o presidente Jair

Bolsonaro (PL), além de presidentes de Câmara,

Senado e tribunais.

A expectativa é que Mendonça e Kassio Nunes

Marques, primeiro indicado por Bolsonaro ao STF,

comecem a formar uma ala conservadora na corte, até

então inexistente. Na relação como Congresso, porém,

Mendonça deve destoar do colega.

O primeiro indicado de Bolsonaro chegou à corte com

apoio de líderes do centrão e costuma ter postura de

deferência ao Legislativo.

Na maioria dos julgamentos que envolvem o Congresso,

Kassio menciona a separação dos Poderes e afirma que

não cabe intervenção do Judiciário na seara reservada

a deputados e senadores.

A leitura em relação a Mendonça é que ele chega ao

STF sem amarras. O ex-AGU e ex-ministro da Justiça

enfrentou uma espera de mais de quatro meses para

ser sabatinado e foi quem teve a maior quantidade de

votos contrários para ser aprovado no Senado.

A avaliação que já existia de que ele será um ministro

linha-dura em julgamentos criminais que envolvam

políticos, comisso, foi ampliada.

O histórico de Mendonça e as expectativas sobre o

comportamento do novo integrante são importantes

para vislumbrar como ele se situará na geografia política

internada corte. Na área criminal, por exemplo, há dois

núcleos que, de forma resumida, se dividem entre

favoráveis ou contrários aos métodos de investigação

da Lava Jato.

De um lado, Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Ricardo

Lewandowski votam em praticamente todos os casos

contra os interesses da operação. Do outro, que pode

passar a ter Mendonça como membro, estão Luís

Roberto Barroso, Luiz Fux e Edson Fachin.

Os demais ministros costumam oscilar e determinar

para qual dos lados o tribunal formará maioria.

O temor da ala garantista do STF é que Fux, presidente17

Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Poder

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - Judiciário

da corte, aproveite a chegada de Mendonça para

recuperar pautas lava-jatistas que estão paradas. Isso

porque a maioria dos julgamentos importantes

relacionados à corrupção acaba com placar apertado

contra a Lava Jato.

São os casos da discussão sobre prisão após

condenação em segunda instância e da decisão de

enviar investigações de caixa 2 ligadas a outros crimes

para a Justiça Eleitoral.

Na análise dos dois temas, o tribunal deu decisões

contrárias aos interesses da Lava Jato por 6 a 5 ? como

voto do ministro Marco Aurélio Mello, que se aposentou.

No primeiro caso, o então ministro vetou a execução

antecipada de pena e, no segundo, retirou da Justiça

Federal diversas apurações.

Com a entrada de Mendonça, o placar pode ser

revertido. Comisso, Fux conseguiria dar tração à

intenção de não deixara Lava Jato ser enterrada.

Na área tributária, por sua vez, a divisão é outra. Gilmar,

Toffoli e Alexandre de Moraes costumam pender às

causas do Estado, enquanto Fachin e Fux são mais

favoráveis aos contribuintes.

Nesse campo, o histórico de Mendonça indica que ele

seguirá o primeiro grupo.

É comum que advogados da União de carreira, como é

o caso do novo ministro, tenham visão mais próxima

aos interesses do governo, uma vez que na AGU

geralmente atuam em defesa do Estado.

Em relação a temas de impacto econômico, o novo

ministro deve se alinhar à visão liberal do governo

Bolsonaro. Como chefe da AGU, ele defendeu medidas

do Executivo e, agora, deve manter a coerência e seguir

essa linha.

Na discussão sobre o marco temporal para demarcação

de terras indígenas, por exemplo, acompanhada de

perto pelo agronegócio, Bolsonaro já chegou a afirmar

que Mendonça votará alinhado ao interesse dos

produtores rurais.

'Já sabemos que o André vai ser um voto par ao nosso

lado. Isso não é tráfico de influência, é que nós

sabemos, dado o comportamento dele', disse o

presidente.

Segundo Bolsonaro, sobre 'pautas conservadoras' ele

nem precisa conversar com o ex-auxiliar. É nessa área

que Mendonça e Kassio devem for mar uma corrente

destoante.

OSTF tem uma maioria sólida com visão mais

progressista. Não à toa, a corte decidiu em 2019

criminalizar a homofobia e a transfobia.

A maneira como Mendonça foi indicado por Bolsonaro

ao STF e a agenda que tem cumprido após a aprovação

pelo Senado reforçam a tese de que fará jus à fama de

'terrivelmente evangélico' que o levou a ser escolhido.

Apesar de afirmar que se pautará pela Constituição e

não deixará a religião - ele é pastor presbiteriano -

influenciar em julgamentos, Mendonça mudou de tom

rapidamente. O novo ministro passou a citar mais o

vínculo com a igreja evangélica já na primeira entrevista

após receber o aval do Senado.

Há ações que são consideradas centrais para

conservadores e poderão voltar à pautado STF nos

próximos anos. Entre elas estão as discussões sobre

descriminalização do aborto e das drogas.

André Mendonça em culto em igreja do pastor Silas

Malafaia no Rio

Bolsonaro entrega teste negativo de Covid para ir a

posse

O presidente Jair Bolsonaro (PL) enviou nesta quarta-

feira (15) teste com resultado negativo para Covid-19 ao

STF (Supremo Tribunal Federal), para poder participar

da posse de André Mendonça.

18

Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Poder

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - Judiciário

A medida atende a um dos requisitos estabelecidos pela

corte para os cerca de 60 convidados à cerimônia. O

outro era comprovante de vacinação, mas o presidente

é crítico da vacina contra o coronavírus e alega não ter

se vacinado. "A equipe médica da Presidência enviou

nesta quarta (15) teste negativo para Covid-19, previsto

na resolução 748/2021 do STF', diz nota do Supremo.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Judiciário,

Judiciário - STF, CNJ - Luiz Fux

19

STF abre brecha para entrada no país sem passaporte da vacina

Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Saúde

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - STF

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O STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria

para estabelecer que os residentes do Brasil que

deixarem o país a partir desta quarta-feira (15) poderão

retornar se comprovarem que tomaram o imunizante

contra a Covid-19, ou se fizerem quarentena de cinco

dias e apresentarem teste negativo.

Assim, a decisão deixa margem para residentes que

deixarem o país a partir desta quarta retornarem mesmo

sem o comprovante da imunização.

Os ministros Edson Fachin, Cármen Lúcia, Alexandre

de Moraes, Rosa Weber e Luiz Fux votaram para

acompanhar o voto de Barroso.

O julgamento ocorre no plenário virtual e os demais

magistrados têm até quinta-feira (16) para incluírem

seus votos no sistema.

A manifestação do Supremo também permite a entrada,

sem vacina, de quem não pode receber as doses por

razões médicas, menores de 12 anos e quem chega de

países sem imunizantes disponíveis.

Com a decisão, o governo terá de refazer a portaria com

regras sobre o controle de fronteiras. Mas as

manifestações de Barroso, acompanhadas pelos

colegas da corte, deixaram dúvidas sobre como cobrar

e fiscalizar o comprovante de vacinação, e quais são as

formas possíveis de barrar a entrada de um residente

no Brasil.

A proposta de inserir o certificado da vacinação no

controle de fronteiras, apresentada pela Anvisa em 12

de novembro, foi ignorada por quase um mês pelo

governo, barrada pelo discurso negacionista do

presidente Jair Bolsonaro (PL).

A ideia da Anvisa era evitar o turismo antivacina e

estimular a imunização de quem quer entrar no Brasil.

Encurralado por questionamentos no STF e

recomendação do TCU (Tribunal de Contas da União), o

governo aceitou parte das recomendações da Anvisa

em portaria publicada na última semana. Decidiu liberar,

em aeroportos, a entrada de todos os não vacinados

que cumprissem o isolamento e apresentassem teste

negativo, como havia proposto a agência.

O Planalto, porém, desejava permitir que viajantes

cruzassem a fronteira por terra apenas com o exame

negativo em mãos, enquanto a agência cobrava barrar

quem não estivesse imunizado.

A portaria do governo já previa, mas Barroso reforçou,

em comunicado, que a companhia aérea deverá cobrar

antes do embarque o certificado da vacina, o resultado

do teste da Covid-19 e a DSV (Declaração de Saúde do

Viajante).

Esta nota do ministro também ampliou as dúvidas no

governo, pois foi lida como sinal de que mesmo

residentes teriam de ser barrados, se não estivessem

vacinados.

Por terra, o teste negativo e o comprovante da

imunização são entregues às autoridades sanitárias ou20

Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Saúde

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - STF

migratórias.

De forma geral, técnicos do governo e da agência

avaliam que a possibilidade de substituir o certificado de

vacinação pela quarentena e teste é direcionada ao

modal aéreo, onde é mais fácil acompanhar o viajante.

No quinto dia de isolamento, o viajante deve realizar

novo exame para a Covid-19. Se o resultado for

negativo, está liberado para circular no Brasil, senão

tem de completar o ciclo de 14 dias de quarentena.

Na primeira decisão monocrática no caso, no último dia

11, Barroso apenas estabeleceu que residente do Brasil

só poderia voltar ao país mediante comprovação de que

tomou vacina contra a Covid-19. A medida previa

dispensa da regra a quem apresentasse razões

médicas que contra indicassem a imunização, ou para

quem viesse de países que não tenham vacinas

disponíveis.

Na segunda decisão, do dia 14 deste mês, ele decidiu

que a exigência de passaporte de vacinação só valia

para as pessoas que deixarem o país desta quarta-feira

(15) em diante.

Em ambas as ordens judiciais, o ministro não

mencionava a hipótese da quarentena e testagem como

alternativa ao passaporte de vacinação para residentes.

No julgamento virtual em que a corte discute se

referenda a decisão do relator, porém, Barroso passou a

prever a possibilidade de quarentena e dupla testagem

para autorizar a entrada no país.

Por meio de nota enviada à reportagem, o ministro disse

que esse trecho do voto serve apenas para esclarecer

que residentes do país não podem ser proibidos de

entrar no Brasil.

"Para evitar interpretações equivocadas no sentido de

que o STF proibiria a entrada de brasileiros sem

vacinação no país, o ministro fez um acréscimo no voto

que enviou a referendo no plenário virtual, para deixar

claro que brasileiros e estrangeiros residentes no país

sem comprovante não poderiam ser banidos ou

proibidos de voltar para casa", disse.

O país é signatário da Convenção Americana de

Direitos Humanos, da OEA (Organização dos Estados

Americanos), que "ninguém pode ser expulso do

território do Estado do qual for nacional, nem ser

privado do direito de nele entrar".

No voto, que já foi acompanhado pelos colegas, o

ministro acrescenta a nova regra:

"Nada obstante, para não impedir de forma peremptória

o reingresso de brasileiro ou estrangeiro residente no

país, em caso de não exibição de comprovante de

vacinação, serão exigidos: (i) apresentação de

documento comprobatório de realização de teste de

PCR ou outro aceito para detecção da Covid-19, bem

como (ii) quarentena que somente se encerrará, com

nova testagem negativa, nos termos do art. 4º, da

Portaria Interministerial nº 661/2021".

A portaria a que ele se refere é a publicada pelo

governo federal na semana passada, após

recomendação da Anvisa (Agência Nacional de

Vigilância Sanitária) para que o país adotasse o

comprovante de vacinação.

O ministro diz ainda que cabe às autoridades sanitárias

regulamentarem o monitoramento e a fiscalização das

medidas.

A entrada de brasileiros não vacinados no Brasil era o

principal ponto de discórdia entre o Palácio do Planalto

e o Supremo.

Auxiliares do presidente se queixaram da primeira

versão de Barroso, e acreditavam que era uma forma de

impedir Jair Bolsonaro (PL) de viajar ou de obrigá-lo a

se vacinar, porque senão, não poderia entrar no Brasil.

Da forma como respondeu aos questionamentos da

AGU (Advogacia-Geral da União) na noite de terça-feira,

o ministro não abordava como proceder no caso de

cidadãos que deixassem o Brasil depois de 14 de21

Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Saúde

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - STF

dezembro e que não tivessem como comprovar a

vacinação - seja porque não se vacinaram, seja porque

não conseguiram baixar comprovante no ConectSUS

que permanece fora do ar.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF, CNJ -

Luiz Fux, CNJ - Rosa Weber

22

Após decisão do STF, quatro condenados por mortes na Kiss são presos

Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Cotidiano

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - STF

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Autor: Fernanda Canofre

Os quatro condenados pelas 242 mortes ocorridas na

boate Kiss, na cidade gaúcha de Santa Maria, estão

presos. Eles se apresentaram à Justiça depois de o

presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz

Fux, suspender o habeas corpus concedido por liminar

pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS).

Marcelo de Jesus dos Santos, vocalista da banda

Gurizada Fandangueira, e Elissandro Callegaro Spohr,

sócio-proprietário da Kiss, apresentaram-se ainda na

noite de terça-feira (14) - Santos em São Vicente do Sul

(a cerca de 90 quilômetros de Santa Maria) e Spohr em

Porto Alegre.

Os outros dois condenados pelo caso, Mauro Londero

Hoffmann, sócio-proprietário da boate, e Luciano

Bonilha Leão, assistente de palco da banda,

apresentaram-se na manhã desta quarta (15)- Hoffman

em Tijucas, em Santa Catarina, e Bonilha no mesmo

município de Santos.

Na última sexta, eles foram condenados pelos crimes de

homicídio e tentativa de homicídio simples por dolo

eventual, depois de dez dias de júri. Spohr foi

condenado a pena de 22 anos e 6 meses, Hoffmann,

a19 anos e 6 meses, e Santos e Bonilha, a 18 anos.

O juiz do caso, Orlando Faccini Neto, pediu a prisão

imediata com base no Código de Processo Penal, mas

uma liminar do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul

impediu o cumprimento da decisão.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF, CNJ -

Luiz Fux

23

Estranha decisão no caso da boate Kiss

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Estado de S. Paulo/Nacional - Notas e Informações

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - Judiciário

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Suspendendo a liminar concedida em sede de habeas

corpus pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio

Grande do Sul (TJRS), o presidente do Supremo

Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, determinou

o imediato cumprimento das penas aplicadas aos quatro

condenados no caso do incêndio na boate Kiss. Além

de atropelar a competência do Superior Tribunal de

Justiça (STJ), a decisão de Luiz Fux representa uma

tentativa de reabrir, por vias tortas, a discussão sobre o

início da execução da pena, discussão essa na qual o

presidente do Supremo foi voto vencido. Sempre, mas

especialmente em questões penais, o Poder Judiciário

não pode estar refém das idiossincrasias de um

magistrado.

Deve-se, em primeiro lugar, reconhecer que a decisão

do TJRS não era isenta de controvérsia. Com as

modificações trazidas pelo Pacote Anticrime (Lei

13.964/19), existe base legal para o início imediato da

execução de penas iguais ou superiores a 15 anos

aplicadas pelo Tribunal do Júri. No entanto, isso não

significa por si só que a decisão do tribunal gaúcho

esteja equivocada. Pode haver elementos no caso

concreto que aconselham a espera do julgamento da

apelação. Além disso, mesmo que eventualmente não

represente a melhor aplicação da lei, decisão judicial

não pode ser revogada por magistrado sem

competência para atuar no processo.

Ao longo das sete páginas da decisão de Luiz Fux,

observa-se uma interpretação especialmente ampla a

respeito de suas atribuições, de forma a autorizar sua

atuação num processo cujo encaminhamento - não é

segredo para ninguém - diverge de sua opinião pessoal.

Esta é a principal deficiência da decisão: para fazer

valer sua interpretação pessoal do Direito, o ministro

Fux assume uma atribuição institucional que não lhe

compete.

No Estado Democrático de Direito, o exercício do poder

deve se submeter, sem exceção, às atribuições de cada

cargo. Por isso, não é o próprio juiz, seja de qual

instância for, que arbitra se tem ou não competência

para atuar em determinado caso. Uma forma de

atuação nesses moldes significaria abuso de poder.

Na decisão de Luiz Fux, há duas circunstâncias

agravantes. Para suspender a decisão do TJRS, o

presidente do Supremo valeu-se de uma interpretação

que, em alguma medida, restringe o alcance protetivo

do habeas corpus. Ou seja, para dar ao caso o

encaminhamento de acordo com suas convicções

pessoais (a prisão imediata dos réus), Luiz Fux

precisou fragilizar esse importante instrumento de

respeito às garantias fundamentais, previsto

expressamente no art. 5.º, LXVIII da Constituição de

1988. A história nacional tem abundantes exemplos dos

efeitos perniciosos desse tipo de limitação sobre as

liberdades individuais.

Além disso, a decisão do presidente do Supremo tem

um alcance que vai além do caso da boate Kiss. Toda a

argumentação de Luiz Fux é um convite nada sutil para

reabrir a discussão sobre o início do cumprimento da

pena. A decisão tem, assim, um caráter de afronta não

apenas à recentíssima jurisprudência do STF sobre os

efeitos práticos da presunção de inocência, mas ao24

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Estado de S. Paulo/Nacional - Notas e Informações

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - Judiciário

próprio caráter colegiado do Supremo.

Não há justiça possível sem um mínimo de estabilidade

na jurisprudência das Cortes superiores, cujo papel é

precisamente consolidar orientações, proporcionando

segurança jurídica. Transformar cada novo caso em

oportunidade para reintroduzir discussões há pouco

superadas é uma atitude que não apenas deslegitima o

Judiciário aos olhos da população, como contraria a

própria razão de ser dos tribunais superiores.

Atropelos judiciais são especialmente graves em

questões penais, sobretudo em processos de grande

comoção popular, como é o caso do incêndio na boate

Kiss. O respeito às regras de competência e o zelo com

a jurisprudência são condições necessárias para que a

justiça não se transforme em justiçamento. A prestação

jurisdicional não é exercício de popularidade, tampouco

teste da sagacidade do juiz, para avaliar se é capaz de

fazer prevalecer sua opinião pessoal.

COLUNISTAS

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Judiciário,

Judiciário - STF, CNJ - Luiz Fux

25

Orçamento secreto é sistema 'obscuro, afirma Fachin em julgamento

virtual

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Estado de S. Paulo/Nacional - Política

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - STF

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Autor: WESLLEY GALZO

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal

Federal (STF), citou o caráter 'obscuro' do orçamento

secreto para justificar seu voto pela não liberação dos

recursos das emendas de relator geral do Orçamento

(RP-9) previstas para este ano. Fachin abriu a

divergência ao voto da relatora, Rosa Weber, que foi

acompanhada por outros três ministros, pela liberação

da execução das emendas.

'Daí o caráter obscuro desse sistema: o relator-geral

desonera-se da observância do dever de atender os

mandamentos da isonomia e da impessoalidade ao

atribuir a si próprio a autoria das emendas

orçamentárias, ocultando, dessa forma, a identidade

dos efetivos requerentes das despesas, em relação aos

quais recai o manto da imperscrutabilidade', afirmou

Fachin em voto por escrito. Segundo o ministro, as

medidas adotadas até o momento pelo governo e

Congresso não reverteram a falta de transparência,

isonomia e impessoalidade.

O julgamento teve início na terça-feira, no plenário

virtual do Supremo, e os ministros têm até as 23h59 de

hoje para apresentar seus posicionamentos. A tese que

tem prevalecido foi estabelecida em decisão liminar da

ministra Rosa Weber, acompanhada pelos votos de

Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski.

No dia 6 deste mês, Rosa atendeu aos pedidos dos

presidentes da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL),

e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSDMG), para

suspender o trecho da decisão proferida pelo plenário

do Supremo em novembro, que impediu novas

indicações de emendas RP-9 base do orçamento

secreto, revelado pelo Estadão e sua execução neste

ano. Por meio de uma decisão liminar, a ministra

reconheceu os argumentos dos parlamentares de que o

fim dos repasses, e da execução do orçamento secreto,

teria como efeito a paralisia de diversos setores

essenciais da administração pública.

O Estadão revelou ontem, no entanto, que a maior parte

dos recursos das emendas de relator deste ano

liberados (77% de R$1, 3 bi) foi destinada à

pavimentação de ruas e compra de maquinário pesado

saúde e educação ficaram em segundo plano.

Rosa apresentou no voto os mesmos argumentos

contidos na liminar, ou seja, de que as providências

adotadas pelo Congresso e o governo para dar

transparência ao mecanismo 'mostram-se suficientes'

diante do 'risco de prejuízo que a paralisação da

execução orçamentária traz à prestação de serviços

essenciais à coletividade'.

TRANSPARÊNCIA. Para Fachin, porém, as medidas

adotadas não demonstraram a eficácia almejada. 'A

continuidade do serviço público só poderia ser vir à

liberação dos recursos se o vício quanto à falta de

publicidade tivesse sido devidamente sanado, o que não

ocorreu. '

26

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Estado de S. Paulo/Nacional - Política

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - STF

Desde o primeiro julgamento, o ministro Gilmar Mendes

tenta construir um entendimento intermediário: de

manter a execução das emendas, porém, com a adoção

de medidas que conferissem transparência. O

posicionamento de Gilmar foi seguido por Rosa Weber

e Ricardo Lewandowski.

Conclusão

Julgamento teve início na terça-feira e os ministros - têm

até 23h59 de hoje para apresentar seus votos

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF, CNJ -

Rosa Weber

27

Barroso recua e libera entrada no País sem passaporte vacinal

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Estado de S. Paulo/Nacional - Saúde

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - STF

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Autor: WESLLEY GALZO GUILHERME PIMENTA

O Supremo Tribunal Federal (STF) atingiu nesta

quarta-feira os votos necessários para manter a liminar

expedida pelo ministro Luís Roberto Barroso, que

determinou no sábado a obrigatoriedade do passaporte

da vacina para viajantes que ingressarem no Brasil.

Pelo voto proferido por Barroso, porém, a apresentação

do comprovante poderá ser substituída por quarentena

de cinco dias para os brasileiros e estrangeiros que

moram no Brasil, em caso de recusa na apresentação

do comprovante. Já para os estrangeiros que vivem

fora, não há opção.

O entendimento de Barroso foi seguido por mais cinco

colegas da Corte. Até as 20 horas, haviam votado o

relator (Barroso), Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes,

Rosa Weber, Edson Fachin e o presidente Luiz Fux,

totalizando seis votos. Nenhum ministro votou contra até

esta tarde.

Na prática, a medida fica mais parecida com a regra que

havia sido prevista pela gestão Jair Bolsonaro, que abria

a brecha de quarentena de cinco dias, seguida de

apresentação de testes negativos, para não vacinados.

A diferença é que a norma federal não fazia distinção

entre brasileiros e estrangeiros. Bolsonaro é opositor do

passaporte da vacina.

O recuo tem como pano de fundo o fato de brasileiros

não poderem ser impedidos de entrar no Brasil,

segundo interlocutores do ministro.

Na terça, Barroso já havia dito que a regra só era válida

para quem viajasse depois de terça, para não

surpreender passageiros que tivessem embarcado sem

conhecimento da medida. O julgamento acontece no

plenário virtual do STF e vai até às 23h59 desta quinta-

feira. Nesta sexta-feira, o Supremo entra em recesso.

FISCALIZAÇÃO. A Agência Nacional de Vigilância

Sanitária (Anvisa) iniciou a verificação de documentos

em aeroportos e fronteiras, mas admitiu que o processo

é por amostragem. Para especialistas, isso pode

prejudicar a contenção da variante Ômicron. Barroso

emitiu nota para explicar que o controle do comprovante

de vacina deve ser feito a rigor pelas companhias

aéreas no local de embarque, seguindo os mesmos

procedimentos aplicados em casos de teste PCR.

Fiscalização

Segundo Barroso, as companhias aéreas deverão fazer

controle do comprovante de vacinação

Aeroporto de Guarulhos; para estrangeiro, comprovante

obrigatório

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF, CNJ -

Luiz Fux, CNJ - Rosa Weber

28

Curtas

Conselho Nacional de Justiça - CNJValor Econômico/Nacional - Legislaçao e Tributos

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

Rescisão de contrato

A 2ºSeção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) vai

discutir a 'aplicabilidade (ou não)do artigo 39, inciso IX,

do Código de Defesa do Consumidor (CDC) à resilição

unilateral de contrato de conta corrente bancária por

iniciativa da instituição financeira'. A relatoria é do

ministro Paulo de Tarso Sanseverino (REsp 1941347).

O colegiado decidiu suspender a tramitação de recursos

especiais e agravos em recurso especial. Em relação

aos processos em andamento na primeira e na segunda

instâncias, a seção considerou que não há motivo para

a suspensão, uma vez que o STJ tem jurisprudência

pacífica sobre a questão. Prevalece no STJ orientação

no sentido da validade da resilição unilateral do contrato

de conta corrente bancária, nos termos da Resolução nº

2. 025/1993 do Conselho Monetário Nacional, não se

aplicando, nessa hipótese, a regra do artigo 39, inciso

TX, do CDC, que veda a recusa de fornecimento de

produto ou serviço a quem se disponha a pagar por ele.

Liberdade religiosa

O Plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ)

aprovou a instituição da Política Nacional de Promoção

à Liberdade Religiosa e Combate à Intolerância no

âmbito do Poder Judiciário. Acatada por unanimidade,

a decisão ocorreu na 61º Sessão Extraordinária,

realizada na terça-feira. A execução dos princípios

previstos na resolução envolve a adoção de medidas

administrativas que garantam a liberdade religiosa no

ambiente institucional, bem como ações de incentivo à

tolerância e ao pluralismo religioso entre servidores,

colaboradores e público externo do Poder Judiciário.

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça, CNJ - CNJ, Judiciário - Judiciário

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Avança julgamento de emendas do `orçamento secreto'

Conselho Nacional de Justiça - CNJValor Econômico/Nacional - Políticaquinta-feira, 16 de dezembro de 2021

Judiciário - STF

Autor: Luísa Martins e Isadora Peron

O Supremo Tribunal Federal (STF) computou ontem,

até o fechamento desta edição, quatro votos para liberar

a execução das emendas de relator. . Os ministro

Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli

acompanharam a relatora, ministra Rosa Weber.

Por ora, o único a divergir foi o ministro Edson Fachin.

Os demais têm até as 23h59 de hoje para votar em

plenário virtual. Faltam se manifestar os ministros

Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Luís Roberto

Barroso, Cármen Lúcia e Luiz Fux.

Na semana passada, após um recuo do Congresso

Nacional, a relatora também voltou atrás na liminar que

havia proferido - com referendo do plenário da Corte -

para suspender as emendas de relator-geral, que

representam R$ 16, 8 bilhões no Orçamento de 2021.

Os recursos estão sob suspeita de uso indevido pelo

presidente Jair Bolsonaro, como 'moeda de troca' para

ampliar a sua base no Congresso. A oposição alega que

a distribuição da emendas não atende a critérios

objetivos, favorecendo aliados do governo e violando os

princípios da impessoalidade e da transparência.

A liberação dos pagamentos ocorreu após o presidente

do Senado, Rodrigo Pacheco (PSDMG), abandonar o

discurso de que seria 'inexequível' listar os

parlamentares que solicitaram e receberam recursos e

comunicar a ministra sobre a adoção de 'providências

necessárias' para dar transparência ao processo.

Diante disso, Rosa proferiu nova decisão,

argumentando que a suspensão das emendas

representava 'potencial risco à continuidade dos

serviços públicos essenciais à população,

especialmente nas áreas voltadas à saúde e educação'.

A ministra destacou que a mudança de atitude do

Congresso 'viabiliza a retomada dos programas de

governo e dos serviços de utilidade pública cujo

financiamento estava suspenso'.

A nova decisão foi novamente submetida a referendo do

plenário, em sessão aberta na terça-feira. Dos três que

até agora acompanharam a relatora, dois também

mudaram de posição em relação ao entendimento

inicial.

No primeiro julgamento, os ministros Toffoli e

Lewandowski haviam referendado a suspensão da

emendas de relator, mas, agora, seguiram a Rosa no

recuo. Por outro lado, Gilmar apenas repetiu seu voto

favorável à liberação dos pagamentos.

Já Fachin manteve o voto pela suspensão. Ele entende

que as medidas anunciadas pelo Congresso não são

suficientes para uma mudança de posição. 'A falta de

transparência, de isonomia, a duplicidade de regimes, o

anonimato, a ofensa à impessoalidade e ao princípio

republicano, em meu modo de ver persistem. '

Para ele, 'ainda que tenham sido adotadas ferramentas

futuras de controle, o transcorrido ainda padece dos

mesmos vícios e não se justifica, como não se justificou

há pouco mais de um mês, a execução de um

orçamento inconstitucional'. O ministro defendeu que a

'continuidade do serviço público só poderia servir à

liberação dos recursos se o vício quanto à falta de

publicidade tivesse sido devidamente sanado, o que não

ocorreu'.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF, CNJ -

Luiz Fux, CNJ - Rosa Weber

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CCJ adia análise de da PEC da reforma tributária e aumento de acesso a

armas

Conselho Nacional de Justiça - CNJValor Econômico/Nacional - Políticaquinta-feira, 16 de dezembro de 2021

Judiciário - Judiciário

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado

decidiu postergar a análise de duas matérias diversas,

mas igualmente controversas: o projeto que aumenta o

acesso a armas para agentes de segurança e

caçadores, atiradores e colecionadores (CACs) e a PEC

110, que propõe uma reforma tributária.

O texto que altera o Estatuto do Desarmamento,

aprovado na Câmara dos Deputados em novembro de

2019 e que define novas regras para o registro, a posse,

comercialização de armas de fogo e munições causou

intensa discussão no colegiado. A oposição apresentou

um pedido de vista (mais tempo para análise), além de

36 emendas, justamente com a intenção de evitar a

votação da matéria.

Pelo regimento, o prazo seria de cinco dias, mas como

não se sabe como será o funcionamento do Senado na

próxima semana, dado que o ano legislativo pode se

encerrar na sexta-feira com a votação do Orçamento

para 2022, a decisão será levada ao presidente do

Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Os governistas querem que o projeto seja votado na

CCJ e no plenário ainda este ano. O relator, senador

Marcos do Val (PodemMos-ES), alega que um eventual

pedido de liminar no Supremo Tribunal Federal (STF)

sobre o assunto durante o recesso do Judiciário pode

provocar 'insegurança jurídica' e criminalizar praticantes

de tiro que adquiriram equipamentos recentemente.

Decretos assinados pelo presidente Jair Bolsonaro e

que mudaram regras de acesso a armas e munições

estão em questionamento no Supremo Tribunal

Federal (STF). Parte deles está suspensa por decisões

liminares da ministra Rosa Weber e do ministro Edson

Fachin e o julgamento dessas ações foi interrompido em

setembro, com pedido de vista do ministro Nunes

Marques, indicado por Bolsonaro.

'Se for tomada uma decisão monocrática sobre os

decretos, as pessoas que compraram não poderão

usar', defendeu o relator, comparando o caso a um

comprador de um carro proibido de usá-lo, sob pena de

prisão.

Do Val diz que o projeto é mais restritivo que os

decretos de Bolsonaro e se aplica essencialmente aos

CACs. Para opositores, o maior acesso a armas para a

prática esportiva é, na verdade, um subterfúgio para que

mais pessoas andem armadas, o que se verificaria pelo

aumento de pedidos de registro de pessoas como

praticantes de tiro.

Já a PEC 110, que propõe uma reforma tributária, será

lida e votada na comissão na volta dos trabalhos

legislativos, em fevereiro de 2022, anunciou o

presidente da CCJ Davi Alcolumbre (DEM-AP), em

acordo com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco

(PSD-MG). 'Assumo um compromisso de que, no

retorno dos trabalhos, faremos a leitura e a votação da

matéria, com o compromisso do presidente Pacheco de

que, cumpridos os prazos regimentais, levará depois

diretamente para o plenário'.

O parecer da PEC foi apresentado pelo senador

Roberto Rocha (PSDB-MA) em outubro e propõe a

criação de um Imposto sobre Valor Agregado (IVA)

Dual, com unificação de impostos federais em um IVA e

de Estados e municípios em outro. (RT e VL)

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Judiciário,

Judiciário - STF, CNJ - Rosa Weber

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Supremo forma maioria e decide que país deve exigir passaporte vacinal

Conselho Nacional de Justiça - CNJValor Econômico/Nacional - Brasil

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - STF

Autor: Luísa Martins, Isadora Peron e Fabio Murakawa

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria

ontem para manter a exigência da apresentação do

passaporte vacinal a todos os viajantes que desejarem

entrar no Brasil.

Os ministros Edson Fachin, Cármen Lúcia, Alexandre

de Moraes, Rosa Weber e Luiz Fux votaram para

referendar a liminar concedida no sábado pelo relator,

Luís Roberto Barroso.

O julgamento continuará em plenário virtual até as

23h59 desta quinta. Até o fechamento desta edição,

ainda faltavam votar os ministros Nunes Marques,

Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli e Gilmar Mendes.

Barroso esclareceu que o controle do comprovante de

vacinação deve ser feito, como regra, pelas companhias

aéreas no momento do embarque.

Em nota, o gabinete do ministro destacou que, sendo

assim, 'não há qualquer razão para tumulto na chegada

ao Brasil, pois o controle já terá sido feito' antes da

viagem.

Para Barroso, o certificado é uma 'medida indutora da

vacinação, devidamente chancelada pelo STF, para

evitar que, na volta, aumentem o risco de contaminação

das pessoas que aqui vivem'. Quem se recusar a

mostrá-lo deverá se submeter a quarentena de cinco

dias, seguida de teste para covid-19.

Barroso entendeu que essa ponderação era necessária

'para não impedir de forma peremptória o reingresso de

brasileiro ou estrangeiro residente no país'. Ele apontou

que 'cabe às autoridades sanitárias regulamentarem o

monitoramento e as consequências da inobservância de

tais determinações'.

Os ministros que seguiram seu entendimento até o

momento não juntaram voto detalhado, apenas

registraram no sistema virtual do STF que estão

acompanhando o voto do relator.

A exigência do passaporte vacinal tem gerado dúvidas e

preocupações em dois atores que se encontram em

posições antagônicas sobre o tema. De um lado, o

Palácio do Planalto, contrário à medida; de outro, o

governador de São Paulo, João Doria, que pede mais

rigidez.

Sob liderança do presidente Jair Bolsonaro, que se

opõe à exigência, fontes no Planalto têm dito que a

medida é inexequível e manifestado preocupação

quanto à situação de brasileiros que cheguem ao país

sem o documento de comprovação.

Doria, por sua vez, esteve ontem no Supremo para

tratar do assunto com Barroso e com Fux, presidente da

Corte. O governador de São Paulo se disse preocupado

sobre como a medida funcionará na prática e ouviu dos

ministros que era preciso aguardara portaria do governo

que regulamentará o tema.

Na saída da reunião, Doria - que teve de mostrar o

comprovante de imunização para entrar nas

dependências do STF - disse a jornalistas que o Brasil

'não será um jardim de recreio pra negacionistas'.

O Supremo exigirá o passaporte para a entrada das

autoridades na posse de André Mendonça, como novo

ministro, marcada para a tarde de hoje. Bolsonaro não

se vacinou, mas enviou à Corte um teste negativo de

covid19 e poderá comparecer.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF, CNJ -

Luiz Fux, CNJ - Rosa Weber

32

Prêmio CNJ 2021 no Piauí

Conselho Nacional de Justiça - CNJMeio Norte/Piauí - Opinião

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021CNJ - CNJ

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NAIARA MORES

Este seria apenas mais um daqueles artigos em que no

mês em que se comemora o Dia da Justiça, o dia 08 de

dezembro, estaríamos refletindo sobre a manutenção da

última posição do Tribunal de Justiça do Piauí, na

categoria geral Justiça Estadual, do Prêmio CNJ de

Qualidade. Mas estamos em um momento diferente! E

apesar das críticas sempre existirem (e não as vejo

enquanto desmerecimento, especialmente, aquelas

vindas da advocacia!), precisamos destacar os esforços

para a realização de uma melhor prestação jurisdicional

no Estado do Piauí.

O Relatório Justiça em Números 2021, divulgado em

novembro deste ano, já demonstrava que o Tribunal de

Justiça do Piauí estava avançando em vários

indicadores com relação ao ano anterior, sendo

destaque a diminuição do tempo médio entre a data do

início do processo até a sentença no primeiro grau de

jurisdição - no relatório referente a 2019, esse tempo

era de 3 anos e 5 meses e no relatório atual foi de 2

anos e 5 meses. Um dos principais fatores que

contribuiu para essa melhora foi a tramitação eletrônica

dos processos.

Em relação ao índice de produtividade comparada da

Justiça (IPC-Jus), Levando em consideração dados do

ano-base 2020, o mesmo relatório apontou que TJ-PI já

avançava 8%, com um crescimento que superava o ano

anterior e tribunais de porte maior. Dessa forma, o

Tribunal de Justiça do Estado do Piauí consolidou o

avanço de sete posições no ranking nacional de

qualidade, saindo da 27a posição para a 20a posição no

Prêmio CNJ de Qualidade 2021. Não, ainda, em

condições de premiação, mas refletindo de maneira

bastante consolidada o empenho continuado da

Presidência, de Magistrados e Servidores, bem como o

trabalho focado de digitalização da Justiça Estadual

piauiense.

Nos últimos oito meses, o TJ-PI digitalizou 60 mil

processos, focando em 100% dos processos que

tramitam no 2o grau, que foram digitalizados. A meta do

TJ-PI é que até maio de 2022 todos os processos da Ia

instância também estejam digitalizados. E, em breve,

será possível contar com a implantação da Central de

Processo Eletrônico, um modelo adotado em Rondônia,

adaptado para o Piauí, que trabalhará com modelos

previamente preparados, padrões de despachos e

decisão, e buscará viabilizar andamento mais rápido na

tramitação processual, segundo noticiado pelo

Presidente do Tribunal de Justiça nos últimos dias.

Em data significativa como hoje, e, sendo uma

entusiasta da positividade, destaco, reconhecidamente,

os avanços pontuados no Prêmio CNJ de Qualidade

2021, com expectativas de um futuro melhor para a

Justiça piauiense como um todo! Pois sempre digo,

ninguém quer que dê errado! Isso prejudicaria a todos,

advogados, cidadãos! Mas é preciso avaliar, e, apesar

dos esforços, reconhecer que ainda existem muitos

desafios no Judiciário brasileiro, como a implementação

de mais iniciativas do Justiça 4.0, a promoção da

equidade de gênero, ações voltadas à política criminal e

ao sistema carcerário, entre outros.

E, por fim, destaque-se que é sabido que muitas dessas

lutas por um Judiciário mais efetivo, no Piauí, têm

passado distantes de efetivas parcerias institucionais,

que são esperadas entre a Ordem dos Advogados e o33

Conselho Nacional de Justiça - CNJMeio Norte/Piauí - Opinião

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021CNJ - CNJ

Judiciário piauiense, portanto, nessa seara, parabenizo

aos que compõem a Justiça Estadual pelos esforços, e

esperamos que, breve, para além de questões de

premiação, seja possível contar com efetiva justiça e a

superação de uma realidade de tramitação processual

extremamente demorada, e que, associada a outras

questões ligadas ao exercício profissional da advocacia,

tem tornado tão difícil viver dignamente da nossa

profissão no Piauí.

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - CNJ

34

Manoel L. Bezerra Rocha - Novo Conselheiro do CNJ

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Hoje/Goiás - Cidades

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

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O vice-presidente do Tribunal Superior do Trabalho

(TST), ministro Vieira de Mello Filho, tomou posse como

conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do

CNJ, ministro Luiz Fux, destacou que o vice-presidente

do TST, “com sua brilhante trajetória profissional na

Justiça do Trabalho e reconhecida competência, irá

engrandecer o CNJ nos próximos dois anos”. Para o

ministro Vieira de Mello Filho, integrar o CNJ neste

momento vivenciado pela sociedade brasileira é uma

grande honra.

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça

35

Conselho Nacional de Justiça autoriza abertura de processo disciplinar

contra juiz federal.

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Sul/Rio Grande do Sul - Noticias

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

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O Plenário do Conselho Nacional de Justiça autorizou

a abertura de processo administrativo disciplinar e o

afastamento de um juiz da Vara do Pará, unidade do

Tribunal Regional Federal da 1- Região. A decisão,

unânime, foi tomada durante a 61? Sessão

Extraordinária.

O magistrado liberou parte da carga de madeira

apreendida, em dezembro do ano passado, durante

ação da Polícia Federal contra extração ilegal. Na

ocasião, foram apreendidos mais de 131 mil m3 de

madeira em tora, interceptadas em balsas na divisa

entre Pará e Amazonas.

À época da apreensão, o juiz substituto da vara havia

decidido que o caso deveria ser analisado pela seção

judiciária do Amazonas. O juiz agora investigado, que

estava de férias, revogou a decisão. Ele também é

acusado de revogar prisões preventivas em

investigações de tráfico internacional de drogas e de

crimes contra o sistema financeiro e por absolver cinco

réus denunciados por fraude em licitação, em

circunstâncias supostamente incomuns.

Relatora da reclamação disciplinar, a corregedora

nacional de Justiça, ministra Maria Thereza Rocha de

Assis Moura, afirmou que os casos "devem ser

investigados por caracterizar, em tese, violação dos

deveres da imparcialidade, serenidade, exatidão,

prudência e cautela”, previstos no Código de Ética da

Magistratura Nacional. Ela ainda apontou possível

infração disciplinar em relação à Lei Orgânica da

Magistratura Nacional.

A ministra considerou que as decisões são incomuns e

os fatos, gravíssimos. Para ela, é necessário investigar

”o conjunto dos fatos extraído das circunstâncias em

que proferidas, durante o gozo de férias, ou em

processos em que atuava excepcionalmente, durante

férias ou mesmo curta ausência de outro magistrado,

acrescido da magnitude dos casos, e ainda atrelado à

informação de possível relação indevida com

advogados”.

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça

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QUALIDADE NA JUSTIÇA MILITAR

Conselho Nacional de Justiça - CNJZero Hora/Nacional - Artigos

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

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FÁBIO DUARTE FERNANDES

O Conselho Nacional de Justiça divulgou os

resultados do Prêmio CNJ de Qualidade. Pelo segundo

ano consecutivo, o Tribunal de Justiça Militar do Rio

Grande do Sul conquistou o selo diamante, prêmio

máximo de qualidade no Judiciário. Na avaliação

específica do segmento das justiças militares, a Corte

gaúcha alcançou a maior pontuação, com 81%.

O prêmio tem por objetivo reconhecer os trabalhos em

destaque dos tribunais em áreas como governança,

transparência, produtividade e gestão. O Qualidade

CNJ foi instituído em 2019, em substituição ao Selo

Justiça em Números, que desde 2013 acompanha e

premia os tribunais brasileiros em destaque por sua

atuação objetivando à melhoria constante da qualidade

da prestação jurisdicional. Os 91 tribunais do país, em

seus diferentes segmentos (Superior, Federal, Trabalho,

Estadual, Eleitoral e Militar) participam do prêmio.

Resultados como esse, para além do regozijo

institucional, também devem ser celebrados sob a

perspectiva da conexão e percepção da Justiça Militar

junto à sociedade. Em que pese o seu pequeno porte, a

atuação dessa Corte cumpre um papel histórico e de

fundamental relevância no contexto da segurança

pública do Estado, ao posicionar-se como instrumento

efetivo de controle social da população sobre os

integrantes da Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros.

A complexidade na área de segurança pública, que

engloba diferentes fatores, exige o reconhecimento

dessa dimensão de controle sobre os jurisdicionados

militares. E, cremos, isso seja possível tão somente com

uma Justiça especializada, célere e eficiente. Essas

características, aliás, representam a missão precípua da

Justiça Militar do Rio Grande do Sul desde o seu

surgimento, 173 anos atrás.

Alcançar mais uma vez o selo Diamante, nesse contexto

limitante e transformador ocasionado pela pandemia,

reforça a convicção de que a Justiça Militar gaúcha

encontra-se no caminho correto de sua atuação.

Compreendendo e adaptando-se às novas realidades,

mas fiel à sua prestação jurisdicional.

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça

37

Comissão debate protocolo do Poder Judiciário sobre equidade de

gêneros

Conselho Nacional de Justiça - CNJCâmara dos Deputados/Nacional - Noticias

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

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Comissão debate protocolo do Poder Judiciário sobre

equidade de gêneros

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MST

Um dos objetivos do protocolo é o enfrentamento à

violência contra as mulheres

A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher realiza

audiência pública nesta quinta-feira (16) para discutir o

protocolo "Julgamento com Perspectiva de Gênero

2021", elaborado pelo Conselho Nacional de Justiça

(CNJ). O debate terá a presença da procuradora de

Justiça Ivana Farina Navarrete Pena, ex-conselheira

do CNJ e coordenadora do grupo de trabalho instituído

para elaboração do protocolo.

O debate será realizado às 10 horas, no plenário 14, e

poderá ser acompanhado de forma virtual e interativa

pelo e-Democracia .

A deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC) , que pediu

a audiência, disse que o protocolo tem como objetivo

capacitar e orientar a magistratura para a realização de

julgamentos, por meio do estabelecimento de diretrizes

que traduzam um novo posicionamento da Justiça, com

maior equidade entre homens e mulheres.

"O CNJ reconheceu a necessidade de ter um protocolo

diante do aumento das ocorrências da violência de

gênero no Brasil. Assim, a publicação é fruto dos

estudos desenvolvidos pelo grupo de trabalho criado

para colaborar com a implementação das políticas

nacionais relativas ao enfrentamento à violência contra

as mulheres e ao incentivo à participação feminina no

Poder Judiciário", observou a deputada.

Da Redação - RS

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça, CNJ - Ivana Farina Navarrete Pena

38

Câmara aprova em 2º turno mudanças na PEC dos Precatórios

Conselho Nacional de Justiça - CNJCâmara dos Deputados/Nacional - Noticias

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

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Câmara aprova em 2º turno mudanças na PEC dos

Precatórios

Proposta será promulgada nesta quinta-feira, às 14

horas

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Paulo Sergio/Câmara dos Deputados

Sessão do Plenário da Câmara dos Deputados

A Câmara dos Deputados concluiu nesta quarta-feira

(15) a votação, em dois turnos, da Proposta de Emenda

à Constituição (PEC) 46/21, que contém os trechos não

promulgados da versão do Senado para a PEC dos

Precatórios (PEC 23/21), como os limites de pagamento

dessas dívidas e a aplicação dos recursos

economizados em 2022 exclusivamente em seguridade

social e em programas de transferência de renda.

As partes comuns aprovadas por ambas as Casas

serão promulgadas nesta quinta-feira (16), em sessão

solene marcada para as 14 horas, no Plenário do

Senado.

Fundef

Na votação dos destaques apresentados pelos partidos,

realizada na Câmara entre ontem e hoje, houve apenas

uma mudança em relação ao texto vindo do Senado.

Destaque aprovado, do DEM, retirou do texto as datas

de pagamento dos precatórios do Fundo de

Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental

e de Valorização do Magistério (Fundef) a cada ano,

fixadas em 30 de abril, em 31 de agosto e em 31 de

dezembro.

Pelo texto, esse tipo de precatório será pago sempre em

três parcelas anuais a partir de sua expedição: 40% no

primeiro ano, 30% no segundo ano e 30% no terceiro

ano.

Assim, o governo poderá pagar em mais parcelas até o

fim do ano seguindo esses percentuais. Aqueles a

vencer em 2022 originalmente serão pagos em 2022,

2023 e 2024.

Outra novidade é que esses precatórios também ficarão

de fora dos limites do teto de gastos e de pagamento

anual de precatórios.

O texto introduz na Constituição regra determinando aos

estados e municípios a aplicação dos recursos obtidos

com os precatórios do Fundef conforme destinação

originária do fundo.

Desse total, 60% deverão ser repassados aos

profissionais do magistério, inclusive aposentados e

pensionistas, na forma de abono, proibida a

incorporação na remuneração, aposentadoria ou

pensão.

Segundo a Consultoria de Orçamento da Câmara, do

total de precatórios previstos para pagamento em 2022,

26% (R$ 16,2 bilhões) se referem a causas ganhas por

quatro estados (Bahia, Ceará, Pernambuco e39

Conselho Nacional de Justiça - CNJCâmara dos Deputados/Nacional - Noticias

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

Amazonas) contra a União relativas a cálculos do antigo

Fundef.

Data limite

Em vez de 2036, data do fim do regime fiscal de teto de

gastos, a PEC aprovada determina a aplicação do limite

de pagamento de precatórios apenas até 2026.

A regra geral segue o aprovado pela Câmara,

calculando o total de precatórios a pagar em cada ano

com a aplicação do IPCA acumulado sobre o que foi

pago no ano anterior, inclusive restos a pagar quitados.

Desse montante, serão descontadas as requisições de

pequeno valor (até 60 salários mínimos no caso da

União), que não entram no teto.

Os precatórios que não forem pagos em razão do limite

terão prioridade de pagamento nos anos seguintes,

observada a ordem cronológica e novas prioridades

constantes da PEC 46/21.

Desconto

O credor de precatório não contemplado no orçamento

poderá optar pelo recebimento em parcela única até o

fim do ano seguinte se aceitar desconto de 40% por

meio de acordo em juízos de conciliação.

No caso de 2022, os valores não incluídos no

orçamento para esse tipo de quitação com desconto

serão suportados por créditos adicionais abertos

durante o próximo ano.

As mudanças valem principalmente para a União, mas

algumas regras se aplicam também aos outros entes

federados, que continuam com um regime especial de

quitação até 2024 (Emenda Constitucional 99, de 2017).

Precatórios são dívidas do governo com sentença

judicial definitiva, podendo ser em relação a questões

tributárias, salariais ou qualquer outra causa em que o

poder público seja o derrotado.

Espaço fiscal

Nota informativa da Consultoria de Orçamento da

Câmara dos Deputados estima que as regras sobre

precatórios abrirão espaço fiscal de R$ 110 bilhões no

Orçamento de 2022. No entanto, somente R$ 67 bilhões

desses recursos estão garantidos com a Emenda

Constitucional 113, de 2021, promulgada com o texto

comum aprovado pelas duas Casas.

Os outros R$ 43,56 bilhões se baseiam no texto da PEC

46/21, dos quais R$ 39,485 bilhões referentes ao limite

de pagamento de precatórios e R$ 4,08 bilhões

referentes aos precatórios parcelados fora do limite.

Data de apresentação

A PEC muda, de 1º de julho para 2 de abril de cada

ano, a data limite de apresentação dos precatórios pela

Justiça para que sejam incluídos no orçamento público

do ano seguinte.

Em razão disso, para 2023 haverá uma transição,

considerando-se os precatórios expedidos entre 2 de

julho de 2021 e 2 de abril de 2022 para cálculo do limite

de pagamento.

Fora do limite

Da mesma forma que o texto da Câmara, a PEC

determina situações em que as despesas de pagamento

de precatórios ficarão de fora do limite anual para o

orçamento de cada ano e de fora do teto de gastos:

- precatórios pagos com o desconto de 40%;

- uso dos precatórios por credores privados para pagar

débitos com o Fisco, comprar imóveis públicos à venda,

pagar outorga de serviços públicos, comprar ações

colocadas à venda de empresas públicas ou comprar

direitos do ente federado; e

- precatórios para os quais a Constituição determina o

parcelamento automático se seu valor for maior que

15% do total previsto para essa despesa no orçamento.40

Conselho Nacional de Justiça - CNJCâmara dos Deputados/Nacional - Noticias

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

Também correrão por fora do teto de precatórios os

gastos com atualização monetária daqueles previstos

para serem pagos no exercício.

Ordem de pagamento

A PEC 46/21 cria novas prioridades de pagamento de

precatórios, nesta ordem:

- requisições de pequeno valor (RPV), que, para a

União, são precatórios de até R$ 66 mil (valores de

2021);

- precatórios de natureza alimentícia (salários,

indenizações ou benefícios previdenciários) até três

vezes a RPV cujos titulares, originários ou por sucessão

hereditária, tenham a partir de 60 anos de idade, ou

sejam portadores de doença grave ou pessoas com

deficiência;

- demais precatórios de natureza alimentícia até três

vezes a RPV;

- demais precatórios de natureza alimentícia além de

três vezes a RPV; e

- demais precatórios.

Atualmente, a Constituição determina o pagamento

primeiramente dos precatórios de natureza alimentícia

de até três vezes a RPV para idosos, pessoas com

deficiência e com doença grave. Em seguida, devem ser

pagos os demais de natureza alimentícia na ordem

cronológica de apresentação.

Programa definitivo

Em relação aos programas de transferência de renda, a

proposta coloca na Constituição o direito de todo

brasileiro em situação de vulnerabilidade social a uma

renda básica familiar garantida pelo poder público em

programa permanente dessa natureza.

Limites, condições, normas de acesso e demais

requisitos do programa serão determinados por lei e

regulamento até 31 de dezembro de 2022.

Exclusivamente para o próximo ano, será dispensada a

observância das limitações legais quanto à criação de

despesa permanente. A Lei de Responsabilidade Fiscal

exige a criação de receita permanente ou a redução

permanente de despesa continuada para a criação de

despesa obrigatória desse tipo.

Transferência de renda

Em complemento à nova forma de cálculo do teto de

gastos, promulgada com a Emenda Constitucional 113,

a PEC prevê que o limite de uso da folga orçamentária

para 2021, de R$ 15 bilhões, poderá ser usado ainda

para o pagamento do Auxílio Brasil.

A emenda já promulgada prevê o uso do dinheiro

exclusivamente na vacinação contra a Covid-19 ou para

ações emergenciais e temporárias de caráter

socioeconômico.

Para 2022, entretanto, o texto especifica que a margem

orçamentária com a mudança no cálculo do teto de

gastos deve ser destinada somente ao atendimento das

despesas de ampliação de programas sociais de

combate à pobreza e à extrema pobreza, para a saúde,

a previdência e a assistência social.

Com o recálculo do teto de gastos deste ano, em vez do

uso do acumulado do IPCA de julho de 2019 a junho de

2020 (2,13%) será usado o acumulado de janeiro a

dezembro de 2020 (4,51%).

Risco fiscal

A PEC 46/21 propõe ainda a criação de uma comissão

mista do Congresso Nacional para examinar atos, fatos

e políticas públicas com maior potencial gerador de

precatórios e sentenças judiciais contrárias à União.

Essa comissão trabalhará em cooperação com o

Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e com o auxílio

do Tribunal de Contas da União (TCU), podendo41

Conselho Nacional de Justiça - CNJCâmara dos Deputados/Nacional - Noticias

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

requisitar informações e documentos de órgãos e

entidades da administração pública direta e indireta de

qualquer dos poderes da União, dos estados, do Distrito

Federal e dos municípios.

A intenção é identificar medidas legislativas que podem

ser adotadas para trazer maior segurança jurídica no

âmbito federal.

Os resultados apurados serão enviados aos presidentes

do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior

Tribunal de Justiça (STJ) para a adoção de medidas de

sua competência.

Venda de dívidas

A proposta dos senadores retira tema que constava do

texto aprovado pela Câmara dos Deputados (PEC

23/21) referente à venda com desconto de créditos da

dívida a receber pelos governos, conhecida como

securitização.

O procedimento seria possível para débitos já inscritos

em dívida ativa antes da iniciativa de vendê-los ao

mercado e contanto que sejam classificados como de

difícil recuperação pelo órgão público de cobrança

(Procuradoria-Geral Fazendária, por exemplo).

Dívidas de estados

Por outro lado, um tema diverso introduzido pela PEC é

a mudança em regras de refinanciamento de dívidas

dos estados com a União previstas na Lei

Complementar 156/16 .

Essa lei concedeu prazo de pagamento de 240 meses

aos estados endividados que cumprissem determinadas

regras, como desistência de ações contra a União e

limitação de suas despesas primárias à variação do

IPCA.

Como muitos estados não conseguiram cumprir os

termos e atrasaram as prestações de novo, a Lei

Complementar 178/21 inclui alternativa de substituição

das penalidades previstas até então por outras menos

gravosas.

Agora, a PEC 46/21 permite aos entes federativos que

descumpriram os termos da Lei Complementar 156/16 e

que não quiserem seguir as regras propostas pela Lei

Complementar 178/21 pagarem os valores devidos à

União no mesmo número de prestações restantes não

pagas. De 2017 a 2021 foram 60 meses.

Atualmente, a lei prevê a devolução do que deixou de

ser pago em 12 meses. Para contarem com o prazo

maior proposto pela PEC, os estados devem adotar

medidas de contenção de despesas com pessoal

contidas na Emenda Constitucional 109, de 2021,

originada da PEC Emergencial.

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça, Judiciário - Covid-19

42

Tribunal de Justiça de MS divulga lista tríplice para desembargador

Conselho Nacional de Justiça - CNJ

Correio do Estado MS/Mato Grosso do Sul - JUSTIÇADESPORTIVA

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

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O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS),

divulgou nesta quarta-feira (15), a lista tríplice para o

cargo de desembargador.

Foram elencados os magistrados, Alexandre Lima

Raslan, com 32 votos, Esther Sousa de Oliveira, com 30

votos e Antônio Siufi Neto, com 18 votos.

Conforme o TJMS, cabe agora ao governador Reinaldo

Azambuja nomear o escolhido para preencher a vaga

da desembargadora aposentada Tânia Borges.

Relembre o caso

Afastada desde 2018, acusada de usar o cargo para

favorecer o filho Breno Borges Fernandes, preso por

tráfico de drogas, a desembargadora Tânia Garcia de

Freitas Borges sofreu a pena máxima prevista para um

magistrado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ),

a aposentadoria compulsória.

A decisão publicada no Diário Oficial da Justiça em 28

de outubro deste ano, prevê uma aposentadoria de R$

33 mil, além de proventos proporcionais.

Ajuda ao filho

Breno Borges Fernandes, filho de Tânia, foi preso em

março de 2017, transportando 130 quilos de maconha e

200 munições de fuzil.

Breno tinha outro mandado de prisão por suspeita de ter

colaborado na fuga de um chefe de tráfico.

A desembargadora foi acusada de usar viatura

descaracterizada da Polícia Civil junto de agente

penitenciário e delegado de polícia para ir a Três

Lagoas soltar o filho.

Segundo os promotores, não havia habeas corpus. Ela

também teria influenciado juízes, diretor e servidores

para agilizar o cumprimento de ordem de habeas

corpus, que garantia a remoção do seu filho da

penitenciária para internação provisória em clínica de

tratamento médico em Campo Grande.

Em 2019, ele foi condenado a 8 anos e 10 dias de

prisão por tráfico de drogas e posse ilegal de munições,

em regime fechado, sendo absolvido do crime de

associação criminosa.

Ele já havia sido condenado a 9 anos de prisão por

organização criminosa e lavagem de dinheiro em outro

processo, onde foi acusado de participar de quadrilha

que iria resgatar criminosos do presídio.

Breno aguarda julgamento de recurso em liberdade.

Aumento do efetivo

Em novembro deste ano, o governo estadual sancionou

lei para que mais dois cargos de desembargadores

fossem criados no TJMS.

Agora, a instituição passará a contar com 37

magistrados no efetivo.

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Conselho Nacional de Justiça - CNJ

Correio do Estado MS/Mato Grosso do Sul - JUSTIÇADESPORTIVA

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

Como já noticiado pelo Correio do Estado, a mudança

vai custar R$ 6,6 milhões em 2022, e R$ 7,9 milhões

por ano, nos anos seguintes.

Conforme o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o

salário da magistratura estadual é o mais alto do País,

com uma média de R$ 85,7 mil mensais.

A média nacional é de R$ 45,4 mil. O valor gasto com

os juízes já foi maior no passado, quando se calculava o

auxílio-moradia pago à magistratura.

O gasto do TJMS em 2018, ano do último levantamento

do CNJ, foi de R$ 1,015 bilhão.

Os magistrados também têm destaque em

produtividade, com o 10º melhor índice nacional e a

sexta melhor posição em congestionamento (38% dos

processos parados) do País no segundo grau.

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de Justiça

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Tribunal de Justiça de MS gasta quase R$ 3 milhões com compra de

veículos de luxo blindados

Conselho Nacional de Justiça - CNJG1.Globo/Nacional - Mato Grosso do Sul

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

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O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS)

vai pagar quase R$ 3 milhões para aquisição de SUVs

da Toyota e Honda Accod blindados, zero quilômetros.

Os extratos com as confirmações das aquisições foram

publicados na edição de segunda-feira (14) do Diário da

Justiça, menos de dois meses depois da abertura de

licitação, em 18 de outubro.

No edital de licitação, consta a intenção de compra de

três SUV Toyota, com preço máximo de R$ 541 mil

cada; a de dois veículos sedans, podendo ser dos

modelos Honda Accod, BMW 300 ou Volvo S60, com

custo de até R$ 467,9 mil.

O TJ-MS quer comprar ainda, conforme o edital, duas

Vans Sprinter já transformadas em Unidades Móveis do

Juizado de Trânsito, ao custo de R$ 551,616 mil.

Conforme os editais confirmando as aquisições, o gasto

com os carros será pouco menor do que a pretensão

inicial. No entanto, ainda não consta no Diário da

Justiça informações sobre a compra das Vans.

"O custo da presente contratação é estimado em R$

3.578.316,00 (...), com fundamento na proposta

orçamentária anual apresentada para o exercício de

2021", diz o Tribunal.

Justificativa

De acordo com o edital de compras, o TJ-MS justifica a

aquisição de veículos de luxo blindados com resolução

do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

"A renovação parcial ou total da frota poderá ser

efetivada em razão da antieconomicidade decorrente

de: I - uso prolongado, desgaste prematuro ou

manutenção onerosa; II - obsoletismo proveniente de

avanços tecnológicos; III - sinistro com perda total ou; IV

- histórico de custos de manutenção e estado de

conservação que torne possível a previsão de que os

custos de manutenção atingirão, em breve prazo,

percentual antieconômico";

Ainda segundo o TJ-MS, "dos 152 veículos em

utilização, mais de 80% se encontram com 5 ou mais

anos de uso, sendo que muitos possuem utilização

prolongada, o que os torna antieconômicos, de

manutenção onerosa e baixo rendimento, com

recorrentes idas e permanências em oficinas".

O órgão diz ainda que os novos veículos vão trazer

mais segurança para os usuários menos poluição ao

meio ambiente, pois "apresentam menor emissão de

gases poluentes".

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça

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CCJ aprova e envia ao Plenário indicação de promotor para Conselho

Nacional de Justiça - Senado Notícias

Conselho Nacional de Justiça - CNJJornal do Senado/Nacional - Noticiasquarta-feira, 15 de dezembro de 2021

CNJ - Conselho Nacional de Justiça

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A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou

nesta quarta-feira (15) o nome do promotor João Paulo

Santos Schoucair para integrar o Conselho Nacional

de Justiça (CNJ). Foram 23 votos a favor e apenas um

contrário. A indicação (OFS 20/2021) segue para o

Plenário com regime de urgência aprovado e pode ser

votada na sessão deliberativa marcada para as 16h.

Schoucair foi indicado pelo procurador-geral da

República, Augusto Aras, para ocupar uma vaga

destinada ao Ministério Público no CNJ. Durante a

sabatina na CCJ, ele se comprometeu a atuar de forma

'equilibrada, cuidadosa, imparcial e independente'. O

promotor defendeu diálogo institucional entre os três

Poderes e a busca de soluções de consenso que

assegurem o respeito aos direitos fundamentais

previstos na Constituição de 1988.

- Como órgão fiscalizador do Poder Judiciário, são

muitos os desafios do CNJ. Colaborar com o

aperfeiçoamento do sistema de Justiça, que tenha como

objetivo uma prestação jurisdicional célere e efetiva,

primando pelo absoluto respeito a direitos e garantias

fundamentais - disse.

O relator da indicação é o senador Jaques Wagner (PT-

BA). Ele disse conhecer a trajetória de João Paulo

Schoucair, que atua no Ministério Público da Bahia.

- Conheço o indicado. Sei da sua maturidade. Só quero

desejar, antecipadamente, que Deus lhe dê luz,

sabedoria, paz, tranquilidade e parcimônia para exercer

cargo tão honroso no CNJ. Como um baiano, mesmo

judeu, desejo que as luzes do Senhor do Bonfim

possam encaminhá-lo nos bons serviços a nossa pátria

- afirmou.

O senador Rogério Carvalho (PT-SE) lembrou que o

CNJ tem como missão fiscalizar a atuação dos órgãos

do Poder Judiciário. O parlamentar cobrou do indicado

um compromisso com a defesa da sociedade.

- A gente tem visto na nossa história recente esses

conselhos cumprirem um papel muito mais de defesa

das corporações do que garantir que o sistema de

Justiça funcione dentro do esperado. O senhor passará

a ser um guardião do interesse da sociedade brasileira,

não um protetor ou garantidor dos interesses

corporativos, no sentido pejorativo - disse.

O senador Omar Aziz (PSD-AM) defendeu a atuação do

CNJ e do Poder Judiciário. Ele afirmou que o Supremo

Tribunal Federal (STF) tem sido alvo de 'abusos' que

precisam ser denunciados e combatidos. O parlamentar

citou como exemplo um áudio atribuído ao general

Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de

Segurança Institucional da Presidência da República.

Durante uma formatura de agentes da Agência

Brasileira de Inteligência (Abin) na terça-feira (14),

Heleno disse tomar remédios psiquiátricos para impedir

que o presidente Jair Bolsonaro tome 'uma atitude mais

drástica' contra a Corte. 'Eu tenho que tomar dois

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Conselho Nacional de Justiça - CNJJornal do Senado/Nacional - Noticiasquarta-feira, 15 de dezembro de 2021

CNJ - Conselho Nacional de Justiça

Lexotan na veia por dia para não levar o presidente a

tomar uma atitude mais drástica em relação às atitudes

que são tomadas por esse STF que está aí', afirmou o

militar.

- A gente vive momentos difíceis, em que um assessor

direto do presidente tem que tomar Lexotan para

convencer o todo-poderoso presidente Bolsonaro a não

se contrapor à Justiça brasileira. A que ponto nós

chegamos? O CNJ é importante, porque o abuso pode

vir de qualquer lugar. O general Heleno nervoso, com

medo de que alguém possa entrar no STF como se

fosse uma coisa normal. E não é normal! O Brasil não

se permite ver retrocessos que pairam na cabeça de

alguns - disse Omar Aziz.

Currículo

João Paulo Santos Schoucair formou-se pela Faculdade

de Direito da Universidade Federal da Bahia em 2002.

Ele tem pós-graduação em ciências criminais (2008) e

mestrado em segurança pública, justiça e cidadania

(2019). Participou de cursos de especialização em

instituições de ensino estrangeiras, como a Harvard

Kennedy School (Estados Unidos) e a Univesità Degli

Studi di Roma Tor Vergata (Itália).

O indicado é promotor de Justiça desde 2004. Atuou

nas comarcas baianas de Uauá, São Domingos,

Palmeiras, Olindina, Ribeira do Pombal, Santo Amaro e

Salvador. Schoucair coordena o Grupo de Atuação

Especial de Combate ao Crime Organizado e

Investigações Especiais do Ministério Público da Bahia.

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça

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Segue para o Plenário a indicação de João Paulo Schoucair para o CNJ -

Rádio Senado

Conselho Nacional de Justiça - CNJJornal do Senado/Nacional - Noticiasquarta-feira, 15 de dezembro de 2021

CNJ - Conselho Nacional de Justiça

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Página Inicial Notícias 2021

Segue para o Plenário a indicação de João Paulo

Schoucair para o CNJ - Rádio Senado

Sabatina

Segue para o Plenário a indicação de João Paulo

Schoucair para o CNJ

A Comissão de Constituição e Justiça sabatinou nesta

quarta-feira (15) João Paulo Santos Schoucair, indicado

para integrar o Conselho Nacional de Justiça pela

Procuradoria-Geral da República. Schoucair é Promotor

de Justiça do Ministério Público do Estado da Bahia e

atua desde 2018 como membro auxiliar da

Procuradoria-Geral da República. A indicação vai a

Plenário com pedido de urgência.

Marcella Cunha

15/12/2021, 13h09 - ATUALIZADO EM 15/12/2021,

13h28

Duração de áudio: 02:00

Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição

A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA

SABATINOU JOÃO PAULO SCHOUCAIR E APROVOU

A INDICAÇÃO DO PROMOTOR PARA O CONSELHO

NACIONAL DE JUSTIÇA. O NOME VAI AO PLENÁRIO

AINDA NESTA QUARTA-FEIRA COM PEDIDO DE

URGÊNCIA. A REPORTAGEM É DE MARCELLA

CUNHA João Paulo Santos Schoucair foi indicado para

integrar o Conselho Nacional de Justiça pela

Procuradoria-Geral da República. O Promotor de Justiça

será o primeiro membro do Ministério Público da Bahia

a integrar o Conselho. Desde 2018, Schoucair é

membro auxiliar da procuradoria, experiência que trouxe

conhecimento sobre a dinâmica e funcionamento das

cortes superiores. O relator da indicação foi o senador

pela Bahia, Jaques Wagner, do PT. Conheço o

indicado, sei da sua atuação, sei da sua maturidade na

sua atuação no Ministério Público do Estado da Bahia e

sei que esse processo é um processo que garantiu

inclusive a sua chamada para atuar junto ao

Procurador-Geral da República, que faz a indicação -

Dr. Augusto Aras, Procurador-Geral da República. O

presidente da CCJ, senador Davi Alclumbre, do

Democratas do Amapá, reforçou o papel do Conselho

de fiscalizar o Judiciário. Sei da importância desse

órgão de correção, o Conselho Nacional de Justiça

tem ao longo dos últimos anos tem atuado, mas é

importante que leve essa mensagem do Senado do

desejo dos senadores em relação ao papel importante o

Conselho para a fiscalização da magistratura brasileira,

do Poder Judiciário brasileiro, dentro dos limites

constitucionais. Já o senador Rogério Carvalho, do PT

de Sergipe, pediu a Schoucair que tenha um olhar

voltado para o interesse público. O senhor passará a ser

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Conselho Nacional de Justiça - CNJJornal do Senado/Nacional - Noticiasquarta-feira, 15 de dezembro de 2021

CNJ - Conselho Nacional de Justiça

um guardião do interesse da sociedade brasileira junto

ao Judiciário brasileiro; não um protetor, não um

garantidor dos interesses que a gente chama de

corporativos, no sentido pejorativo. Um pedido que eu

faço a V. Sa.: lá, cuide do interesse público. Depois de

aprovados por maioria absoluta no Senado Federal, os

membros do CNJ são nomeados pelo Presidente da

República para um mandato de dois anos. Da Rádio

Senado, Marcella Cunha.

Tópicos:

Amapá

Bahia

CCJ

CNJ

Conselho Nacional de Justiça

Constituição

Fiscalização

Judiciário

Justiça

Ministério Público

Presidente da República

Procuradoria-Geral da República

PT

Senado Federal

Senador Jaques Wagner

Senador Rogério Carvalho

Sergipe

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça

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Câmara conclui votação da PEC dos Precatórios, que será promulgada

nesta quinta - Senado Notícias

Conselho Nacional de Justiça - CNJJornal do Senado/Nacional - Noticiasquarta-feira, 15 de dezembro de 2021

CNJ - Conselho Nacional de Justiça

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A Câmara dos Deputados concluiu, nesta quarta-feira

(15), a votação, em dois turnos, da Proposta de Emenda

à Constituição (PEC) 46/21, que contém os trechos não

promulgados da versão do Senado para a PEC dos

Precatórios (PEC 23/21), como os limites de pagamento

dessas dívidas e a aplicação dos recursos

economizados em 2022 exclusivamente em seguridade

social e em programas de transferência de renda.

As partes comuns aprovadas por ambas as Casas

serão promulgadas nesta quinta-feira (16), em sessão

solene marcada para as 14 horas, no Plenário do

Senado.

O presidente do Senado e do Congresso Nacional,

senador Rodrigo Pacheco, parabenizou a Câmara dos

Deputados, pelo twitter: "Cumprimento o trabalho

realizado pela Câmara dos Deputados, na pessoa do

seu presidente, deputado Artur Lira, que acolheu grande

parte das significativas contribuições feitas pelo Senado

na PEC do Precatórios. O texto aprovado agora vai à

promulgação nesta quinta-feira (16)", escreveu.

Fundef

Na votação dos destaques apresentados pelos partidos,

realizada na Câmara entre ontem e hoje, houve apenas

uma mudança em relação ao texto vindo do Senado.

Destaque aprovado, do DEM, retirou do texto as datas

de pagamento dos precatórios do Fundo de

Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental

e de Valorização do Magistério (Fundef) a cada ano,

fixadas em 30 de abril, em 31 de agosto e em 31 de

dezembro.

Pelo texto, esse tipo de precatório será pago sempre em

três parcelas anuais a partir de sua expedição: 40% no

primeiro ano, 30% no segundo ano e 30% no terceiro

ano.

Assim, o governo poderá pagar em mais parcelas até o

fim do ano seguindo esses percentuais. Aqueles a

vencer em 2022 originalmente serão pagos em 2022,

2023 e 2024.

Outra novidade é que esses precatórios também ficarão

de fora dos limites do teto de gastos e de pagamento

anual de precatórios.

O texto introduz na Constituição regra determinando aos

estados e municípios a aplicação dos recursos obtidos

com os precatórios do Fundef conforme destinação

originária do fundo.

Desse total, 60% deverão ser repassados aos

profissionais do magistério, inclusive aposentados e

pensionistas, na forma de abono, proibida a

incorporação na remuneração, aposentadoria ou

pensão.

Segundo a Consultoria de Orçamento da Câmara, do

total de precatórios previstos para pagamento em 2022,

26% (R$ 16,2 bilhões) se referem a causas ganhas por

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Conselho Nacional de Justiça - CNJJornal do Senado/Nacional - Noticiasquarta-feira, 15 de dezembro de 2021

CNJ - Conselho Nacional de Justiça

quatro estados (Bahia, Ceará, Pernambuco e

Amazonas) contra a União, relativas a cálculos do

antigo Fundef.

Data limite

Em vez de 2036, data do fim do regime fiscal de teto de

gastos, a PEC aprovada determina a aplicação do limite

de pagamento de precatórios apenas até 2026.

A regra geral segue o aprovado pela Câmara,

calculando o total de precatórios a pagar em cada ano

com a aplicação do IPCA acumulado sobre o que foi

pago no ano anterior, inclusive restos a pagar quitados.

Desse montante, serão descontadas as requisições de

pequeno valor (até 60 salários mínimos no caso da

União), que não entram no teto.

Os precatórios que não forem pagos em razão do limite

terão prioridade de pagamento nos anos seguintes,

observada a ordem cronológica e novas prioridades

constantes da PEC 46/21.

Desconto

O credor de precatório não contemplado no orçamento

poderá optar pelo recebimento em parcela única até o

fim do ano seguinte, se aceitar desconto de 40% por

meio de acordo em juízos de conciliação.

No caso de 2022, os valores não incluídos no

orçamento para esse tipo de quitação com desconto

serão suportados por créditos adicionais abertos

durante o próximo ano.

As mudanças valem principalmente para a União, mas

algumas regras se aplicam também aos outros entes

federados, que continuam com um regime especial de

quitação até 2024 (Emenda Constitucional 99, de 2017).

Precatórios são dívidas do governo com sentença

judicial definitiva, podendo ser em relação a questões

tributárias, salariais ou qualquer outra causa em que o

poder público seja o derrotado.

Espaço fiscal

Nota informativa da Consultoria de Orçamento da

Câmara dos Deputados estima que as regras sobre

precatórios abrirão espaço fiscal de R$ 110 bilhões no

Orçamento de 2022. No entanto, somente R$ 67 bilhões

desses recursos estão garantidos com a Emenda

Constitucional 113, de 2021, promulgada com o texto

comum aprovado pelas duas Casas.

Os outros R$ 43,56 bilhões se baseiam no texto da PEC

46/21, dos quais R$ 39,485 bilhões referentes ao limite

de pagamento de precatórios e R$ 4,08 bilhões

referentes aos precatórios parcelados fora do limite.

Data de apresentação

A PEC muda, de 1º de julho para 2 de abril de cada

ano, a data limite de apresentação dos precatórios pela

Justiça para que sejam incluídos no orçamento público

do ano seguinte.

Em razão disso, para 2023 haverá uma transição,

considerando-se os precatórios expedidos entre 2 de

julho de 2021 e 2 de abril de 2022 para cálculo do limite

de pagamento.

Fora do limite

Da mesma forma que o texto da Câmara, a PEC

determina situações em que as despesas de pagamento

de precatórios ficarão de fora do limite anual para o

orçamento de cada ano e de fora do teto de gastos:

- precatórios pagos com o desconto de 40%;

- uso dos precatórios por credores privados para pagar

débitos com o Fisco, comprar imóveis públicos à venda,

pagar outorga de serviços públicos, comprar ações

colocadas à venda de empresas públicas ou comprar

direitos do ente federado; e

- precatórios para os quais a Constituição determina o

parcelamento automático se seu valor for maior que51

Conselho Nacional de Justiça - CNJJornal do Senado/Nacional - Noticiasquarta-feira, 15 de dezembro de 2021

CNJ - Conselho Nacional de Justiça

15% do total previsto para essa despesa no orçamento.

Também correrão por fora do teto de precatórios os

gastos com atualização monetária daqueles previstos

para serem pagos no exercício.

Ordem de pagamento

A PEC 46/21 cria novas prioridades de pagamento de

precatórios, nesta ordem:

- requisições de pequeno valor (RPV), que, para a

União, são precatórios de até R$ 66 mil (valores de

2021);

- precatórios de natureza alimentícia (salários,

indenizações ou benefícios previdenciários) até três

vezes a RPV cujos titulares, originários ou por sucessão

hereditária, tenham a partir de 60 anos de idade, ou

sejam portadores de doença grave ou pessoas com

deficiência;

- demais precatórios de natureza alimentícia até três

vezes a RPV;

- demais precatórios de natureza alimentícia além de

três vezes a RPV; e

- demais precatórios.

Atualmente, a Constituição determina o pagamento

primeiramente dos precatórios de natureza alimentícia

de até três vezes a RPV para idosos, pessoas com

deficiência e com doença grave. Em seguida, devem ser

pagos os demais de natureza alimentícia na ordem

cronológica de apresentação.

Programa definitivo

Em relação aos programas de transferência de renda, a

proposta coloca na Constituição o direito de todo

brasileiro em situação de vulnerabilidade social a uma

renda básica familiar garantida pelo poder público em

programa permanente dessa natureza.

Limites, condições, normas de acesso e demais

requisitos do programa serão determinados por lei e

regulamento até 31 de dezembro de 2022.

Exclusivamente para o próximo ano, será dispensada a

observância das limitações legais quanto à criação de

despesa permanente. A Lei de Responsabilidade Fiscal

exige a criação de receita permanente ou a redução

permanente de despesa continuada para a criação de

despesa obrigatória desse tipo.

Transferência de renda

Em complemento à nova forma de cálculo do teto de

gastos, promulgada com a Emenda Constitucional 113,

a PEC prevê que o limite de uso da folga orçamentária

para 2021, de R$ 15 bilhões, poderá ser usado ainda

para o pagamento do Auxílio Brasil.

A emenda já promulgada prevê o uso do dinheiro

exclusivamente na vacinação contra a Covid-19 ou para

ações emergenciais e temporárias de caráter

socioeconômico.

Para 2022, entretanto, o texto especifica que a margem

orçamentária com a mudança no cálculo do teto de

gastos deve ser destinada somente ao atendimento das

despesas de ampliação de programas sociais de

combate à pobreza e à extrema pobreza, para a saúde,

a previdência e a assistência social.

Com o recálculo do teto de gastos deste ano, em vez do

uso do acumulado do IPCA de julho de 2019 a junho de

2020 (2,13%) será usado o acumulado de janeiro a

dezembro de 2020 (4,51%).

Risco fiscal

A PEC 46/21 propõe ainda a criação de uma Comissão

Mista do Congresso Nacional para examinar atos, fatos

e políticas públicas com maior potencial gerador de

precatórios e sentenças judiciais contrárias à União.

Essa Comissão trabalhará em cooperação com o

Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e com o auxílio52

Conselho Nacional de Justiça - CNJJornal do Senado/Nacional - Noticiasquarta-feira, 15 de dezembro de 2021

CNJ - Conselho Nacional de Justiça

do Tribunal de Contas da União (TCU), podendo

requisitar informações e documentos de órgãos e

entidades da administração pública direta e indireta de

qualquer dos poderes da União, dos estados, do Distrito

Federal e dos municípios.

A intenção é identificar medidas legislativas que podem

ser adotadas para trazer maior segurança jurídica no

âmbito federal.

Os resultados apurados serão enviados aos presidentes

do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior

Tribunal de Justiça (STJ) para a adoção de medidas de

sua competência.

Venda de dívidas

A proposta dos senadores retira tema que constava do

texto aprovado pela Câmara dos Deputados (PEC

23/21) referente à venda com desconto de créditos da

dívida a receber pelos governos, conhecida como

securitização.

O procedimento seria possível para débitos já inscritos

em dívida ativa antes da iniciativa de vendê-los ao

mercado e contanto que sejam classificados como de

difícil recuperação pelo órgão público de cobrança

(Procuradoria-Geral Fazendária, por exemplo).

Dívidas de estados

Por outro lado, um tema diverso introduzido pela PEC é

a mudança em regras de refinanciamento de dívidas

dos estados com a União previstas na Lei

Complementar 156/16.

Essa lei concedeu prazo de pagamento de 240 meses

aos estados endividados que cumprissem determinadas

regras, como desistência de ações contra a União e

limitação de suas despesas primárias à variação do

IPCA.

Como muitos estados não conseguiram cumprir os

termos e atrasaram as prestações de novo, a Lei

Complementar 178/21inclui alternativa de substituição

das penalidades previstas até então por outras menos

gravosas.

Agora, a PEC 46/21 permite aos entes federativos que

descumpriram os termos da Lei Complementar 156/16 e

que não quiserem seguir as regras propostas pela Lei

Complementar 178/21 pagarem os valores devidos à

União no mesmo número de prestações restantes não

pagas. De 2017 a 2021 foram 60 meses.

Atualmente, a lei prevê a devolução do que deixou de

ser pago em 12 meses. Para contarem com o prazo

maior proposto pela PEC, os estados devem adotar

medidas de contenção de despesas com pessoal

contidas na Emenda Constitucional 109, de 2021,

originada da PEC Emergencial.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça, Judiciário - Covid-19

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Entenda a PEC dos Precatórios, aprovada pelo Congresso e que libera

Auxílio Brasil de R$ 400

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Globo Online/Nacional - Economiaquarta-feira, 15 de dezembro de 2021

CNJ - Conselho Nacional de Justiça

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Autor: Manoel Ventura

BRASÍLIA - Conhecida como PEC dos Precatórios, a

proposta de emenda à Constituição que muda o

pagamento de despesas do governo decorrentes de

sentenças judiciais e altera o cálculo do teto de gastos

virou a saída do presidente Jair Bolsonaro para

viabilizar o Auxílio Brasil de R$ 400.

O que está em jogo com a PEC é a criação de uma

margem de R$ 106 bilhões no Orçamento do próximo

ano. O projeto é considerado o mais importante para o

governo este ano por também mudar o teto de gastos, a

regra fiscal que limita despesas públicas.

A PEC é polêmica por limitar o pagamento de

precatórios, uma dívida para qual o governo não pode

recorrer.

A mudança no teto de gastos gerou uma crise na equipe

econômica, com o pedido de demissão de quatro

secretários do ministro Paulo Guedes, e forte

volatilidade no mercado financeiro.

Entenda os principais pontos da PEC a seguir:

Precatórios

O texto aprovado na Câmara e no Senado limita o

pagamento de precatórios ao valor pago em 2016 (R$

30,3 bilhões), reajustado pelo IPCA. A estimativa é que

o teto seja de quase R$ 45,3 bilhões no ano que vem.

Terão prioridade no pagamento dos precatórios os de

pequeno valor, que equivalem a até 60 salários mínimos

(R$ 66 mil); precatórios de natureza alimentícia cujos

titulares tenham a partir de 60 anos de idade ou sejam

portadores de doença grave ou pessoas com

deficiência; e demais precatórios de natureza

alimentícia (devidos a servidores).

Os precatórios que não forem expedidos por causa do

teto terão prioridade para pagamento nos anos

seguintes, reajustados pela taxa Selic, acumulada

mensalmente.

Atualmente, por decisão do Supremo Tribunal Federal

(STF), a correção depende da natureza do precatório,

podendo ser a Selic ou a inflação medida pelo IPCA

mais 6% ao ano.

Para permitir o abatimento da dívida, o texto oferece

aos credores a possibilidade de fechar acordo para

receber o valor até o final do exercício seguinte, caso

concordem com um desconto de 40%. Os valores

necessários à sua quitação serão providenciados pela

abertura de créditos adicionais em 2022.

Hoje, não há limites para o pagamento de precatórios.

A PEC também permite que empresas e pessoas físicas

credoras da União usem seus precatórios para quitar

débitos junto ao governo, e comprar imóveis da União.

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Conselho Nacional de Justiça - CNJO Globo Online/Nacional - Economiaquarta-feira, 15 de dezembro de 2021

CNJ - Conselho Nacional de Justiça

Os estados e municípios também são credores da

União. Nesses casos, prefeituras e governo estaduais

poderão usar seus precatórios para quitar dívidas deles

com a União.

Fundef

Precatórios do Fundef (antigo fundo da educação

básica), devidos a estados e municípios, ficarão fora do

teto de gastos e 40% serão pagos em 2022.

Os precatórios do Fundef recebidos por estados e

municípios deverão ser aplicadas na manutenção e

desenvolvimento do ensino fundamental público e na

valorização de seu magistério, conforme destinação

originária do fundo.

Desse total, 60% deverão ser repassados aos

profissionais do magistério, inclusive aposentados e

pensionistas, na forma de abono, vedada a

incorporação na remuneração, aposentadoria ou

pensão.

Comissão de precatórios

Em até um ano, Congresso Nacional deverá criar uma

comissão mista para analisar os atos, fatos e políticas

públicas com maior potencial gerador de precatórios e

sentenças judiciais contrárias à Fazenda Pública da

União.

Essa comissão atuará em cooperação com o Conselho

Nacional de Justiça e com o auxílio do Tribunal de

Contas da União, podendo requisitar informações e

documentos de órgãos e entidades da administração

pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da

União, dos estados, do Distrito Federal e dos

municípios.

Teto de gastos

O teto de gastos é a regra que impede o crescimento

das despesas da União acima da inflação. A regra é

considerada a principal âncora fiscal do país, por isso é

defendida pelo mercado financeiro.

Hoje, o teto de gastos é reajustado considerando o

IPCA, índice oficial de inflação calculado pelo IBGE,

para o período de doze meses encerrado em junho do

exercício anterior ao Orçamento. Ou seja, para 2022, o

valor do teto já foi calculado.

Por outro lado, as principais despesas do Orçamento

(aposentadorias, abonos e seguro-desemprego) são

calculadas pelo ano fechado (janeiro a dezembro). Há,

portanto, um descasamento entre a forma como o teto e

as despesas são corrigidas.

A PEC aprovada unificou o momento de atualização e

corrigiu o teto no fim do ano, junto com as demais

despesas. Ou seja, calcular a inflação entre janeiro e

dezembro para o teto, assim como para o restante do

Orçamento.

Isso abriria um espaço no teto porque a inflação cresceu

nos últimos meses. Há uma 'gordura' no teto apenas em

2022.

Auxílio Brasil permanente

O texto coloca na Constituição o programa social, que

deixa de ter caráter temporário e passa a ser

permanente. 'Todo brasileiro em situação de

vulnerabilidade social terá direito a uma renda básica

familiar, garantida pelo poder público em programa

permanente de transferência de renda, cujas normas e

requisitos de acesso serão determinados em lei,

observada a legislação fiscal e orçamentária', diz o

texto.

Espaço orçamentário carimbado

A Emenda abre um espaço de R$ 106 bilhões no

Orçamento de 2022, mas diz que esse dinheiro só pode

ser usado para bancar o Auxílio Brasil e para despesas

obrigatórias do governo, com aposentadorias e

pensões.

Municípios

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Conselho Nacional de Justiça - CNJO Globo Online/Nacional - Economiaquarta-feira, 15 de dezembro de 2021

CNJ - Conselho Nacional de Justiça

A proposta autoriza os municípios a parcelar, em 240

prestações mensais, o pagamento de contribuições

previdenciárias e outros débitos com vencimento até 31

de outubro de 2021.

Ato do Ministério do Trabalho e Previdência definirá os

critérios para o parcelamento, oferecendo as

informações sobre o montante das dívidas, formas de

parcelamento, juros e encargos incidentes.

A formalização dos parcelamentos deverá ocorrer até

30 de junho de 2022 e ficará condicionada à autorização

de vinculação do Fundo de Participação dos Municípios

(FPM) para pagamento das prestações acordadas nos

termos de parcelamento.

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça

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Juíza Kédima Lyra e juiz Amilcar Guimarães ascendem ao desembargo

do Pará

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Liberal PA/Pará - Noticias

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

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Autor: O LIBERAL

A juíza Kédima Pacífico Lyra e o juiz Amilcar Roberto

Bezerra Guimarães ascenderam ao desembargo, na

sessão do Pleno do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA),

realizada nesta quarta-feira, 15, nas vacâncias de

vagas, respectivamente, da desembargadora Edinéa

Oliveira Tavares e do desembargador Raimundo

Holanda Reis.

A presidente do TJPA, desembargadora Célia Regina

de Lima Pinheiro, parabenizou a nova desembargadora

e o novo desembargador, dizendo que irão somar ao

Judiciário paraense e que a Corte de Justiça está

ansiosa pela chegada da colega e do colega. Os demais

integrantes da Corte de Justiça também desejaram

boas-vindas.

A magistrada Kédima Lyra, que era titular na 1ª Vara de

Execução Fiscal da Comarca da Capital, concorreu à

vaga pelo critério de merecimento, em lista tríplice, que

também foi integrada pelas juízas Margui Bittencourt,

atualmente titular da 1ª Vara de Família da Comarca da

Capital; e pela juíza Luana de Nazareth Santalices,

titular da 4ª Vara do Juizado Especial Cível da Comarca

da Capital. Já o juiz Amilcar Roberto Bezerra Guimarães

ascendeu ao desembargo pelo critério de antiguidade.

Ele estava convocado ao 2º Grau. O juiz Amilcar

Roberto Bezerra Guimarães agradeceu as felicitações

de todas e todos.

Trajetória

A juíza Kédima Pacífico Lyra ingressou na magistratura

paraense em 1994, tendo exercido as funções

judicantes em várias Comarcas de 1ª e 2ª Entrâncias,

além de funções administrativas de Diretora de Fórum,

bem como atuou como juíza eleitoral, presidindo

Eleições Municipais e Gerais. Atualmente, estava na

titularidade da 1ª Vara de Execução Fiscal da Comarca

de Belém.

A magistrada tem vasto currículo de participação em

cursos de aperfeiçoamento técnico, além de

capacitação em cursos jurídicos oficiais, sendo

especialista em Direito Civil e Processo Civil e Direito

Processual Penal.

É autora do projeto 'Semana da Conciliação em

Execução Fiscal', institucionalizado pela Portaria nº.

4306/2013-GP e premiado pelo Conselho Nacional de

Justiça no 'Prêmio Conciliar é Legal', em junho de

2014.

Destacou-se, também, por sua atuação como

coordenadora em planos de gestão da Presidência do

TJPA desde 2015, no macrodesafio Impulso às

Execuções Fiscais, desenvolvendo ações para melhoria

da prestação jurisdicional nas Varas de Execução

Fiscal, como a integração de sistemas informatizados

da dívida ativa e o protesto de títulos pela União

Federal, Estado do Pará e Município de Belém, dentre

outras.

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Conselho Nacional de Justiça - CNJO Liberal PA/Pará - Noticias

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

Eleita para o cargo de Desembargadora por

merecimento, a juíza Kédima Lyra declarou que, 'depois

de tantos anos dedicados exclusivamente à

magistratura, agradeço a Deus por me permitir alcançar

o ápice da carreira e integrar a Corte de Justiça

Paraense, esperando honrar a confiança em mim

depositada pelos ilustres Desembargadores do Tribunal

de Justiça, diante da escolha do meu nome pelo critério

de merecimento'.

Já o juiz Amilcar Roberto Bezerra Guimarães ingressou

na magistratura em 7 de novembro de 1988. Naquele

mesmo ano, atuou na Vara Única da Comarca de

Muaná. Em 1991, assumiu a 1ª Vara Cível e

Empresarial da Comarca de Itaituba e, em 1993, a 2ª

Vara Cível e Empresarial da Comarca de Tucuruí. Em

1994, foi removido para a Vara Única da Comarca de

São Miguel do Guamá. Naquele mesmo ano, assumiu a

2ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de Capanema,

unidade em que atuou por cerca de cinco anos.

Em 1999, foi removido para a Vara Única da Comarca

de Curuçá. No ano seguinte, assumiu a 2ª Vara Cível e

Empresarial da Comarca de Castanhal. Em 2001, foi

promovido à 3ª Entrância (capital), onde foi juiz da 5ª

Vara Criminal da Comarca de Belém e, em seguida, da

Vara Privativa de Carta Precatória Cível. Em 2002,

assumiu a 1ª Vara Cível e Empresarial, unidade em que

atuou por cerca de 14 anos. Em 2016, virou o juiz titular

da 14ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de Belém,

unidade em que atuava até hoje como magistrado.

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça, Judiciário - Conciliação

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Câmara aprova PEC dos Precatórios em 2º turno. Confira ponto a ponto:

Conselho Nacional de Justiça - CNJPortal Metrópoles Online/Nacional - Noticias

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

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Autor: Luciana Lima

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira

(15/12), em segundo turno, o texto-base da PEC dos

Precatórios. Em análise de segundo turno, os

deputados deram 332 votos a favor, 141 votos

contrários e 1 abstenção. Restam ainda 2 destaques a

serem apreciados para conclusão da votação.

Vencida essa fase, a PEC segue para a promulgação

em sessão do Congresso Nacional que deve ocorrer

ainda nesta semana.

A proposta estabelece um limite anual para o

pagamento de precatórios, que são dívidas da União

reconhecidas em decisões judiciais transitadas em

julgado. Ou seja, sem possibilidade de recurso.

O projeto desobriga o governo a pagar na íntegra as

dívidas judiciais nos próximos anos. O projeto também

modifica o intervalo de cálculo do teto de gastos e, com

isso, abre espaço fiscal para que o Palácio do Planalto

possa pagar as parcelas do Auxílio Brasil, programa

social que substitui o Bolsa Família.

Pelos cálculos feitos pelo Ministério da Economia, a

mudança constitucional libera R$ 106,1 bilhões no

Orçamento de 2022. Já estimativa da Instituição Fiscal

Independente (IFI), órgão ligado ao Senado Federal, é

de que serão liberados R$ 116 bilhões.

Na semana passada, houve a promulgação da parte do

texto na qual houve consenso entre deputados e

senadores. A parte votada nesta semana pelos

deputados corresponde a modificações feitas no

Senado.

Por se tratar de uma PEC, as duas Casas precisam

concordar com todos os pontos e, por isso, o texto

precisou voltar para a Câmara.

Os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-

MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), chegaram a um

acordo e a proposta foi analisada diretamente no

plenário, sem passar por comissões, como prevê o

Regimento da Câmara.

Veja, ponto a ponto, o que ficou definido na PEC dos

Precatórios:

Auxílio Brasil

O texto aprovado prevê a existência do Auxílio Brasil e

torna o programa permanente e não temporário, como

consta na medida lançada pelo governo. Essa mudança

foi introduzida no Senado.

Vinculação

O Senado também fixou que o espaço fiscal gerado

pela PEC deve ser exclusivamente dedicado a

programas sociais cujo objetivo seja 'a redução da

vulnerabilidade socioeconômica de famílias em situação

de pobreza ou extrema pobreza.'

Prazo limite para pagamento

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Conselho Nacional de Justiça - CNJPortal Metrópoles Online/Nacional - Noticias

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

O texto também estabelece uma ordem para o

pagamento das dívidas judiciais. Segundo a PEC, o

limite para o parcelamento das dívidas vigora até o fim

de 2026.

Antes, de acordo com o texto da Câmara, essa data

coincidia com fim da lei do teto de gastos, que vigora

até 2036.

Mudança na data para expedição

O Poder Judiciário tem até o dia 2 abril para expedir os

precatórios que serão considerados no exercício

financeiro seguinte, com a devida atualização

monetária.

Precatórios do Fundef

O texto aprovado define o pagamento de precatórios

decorrentes do extinto Fundo de Manutenção e

Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de

Valorização do Magistério (Fundef), autorizando o

parcelamento das dívidas em três anos, fora do teto de

gastos.

A PEC também prevê a distribuição do pagamento ao

longo de cada ano e como os recursos precisarão ser

empenhados por estados e municípios.

'Art. 6º Os precatórios decorrentes de demandas

relativas à complementação da União aos Estados e

aos Municípios por conta do Fundo de Manutenção e

Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de

Valorização do Magistério (Fundef) serão pagos em 3

(três) parcelas anuais e sucessivas, da seguinte forma:

40% no primeiro ano, 30% no segundo ano e 30% no

terceiro ano.

Estados e municípios

O texto também determina que o espaço fiscal criado

nos estados e município devido ao parcelamento deve

ser destinado a políticas de manutenção e

desenvolvimento do ensino fundamental público e na

valorização de seu magistério, conforme destinação

originária do fundo.

A PEC permite que municípios parcelem contribuições

previdenciárias e outros débitos que já estejam

vencidos, inclusive dívidas parceladas anteriormente.

Caberá ao Ministério do Trabalho definir os critérios

para esse parcelamento.

Monitoramento

A PEC cria uma comissão mista, no âmbito do

Congresso Nacional, para fazer um exame analítico dos

atos, fatos e políticas públicas com maior potencial

gerador de precatórios e sentenças judiciais contrárias à

Fazenda Pública da União. Esta comissão terá a

atribuição de se debruçar sobre o aumento dessas

despesas nos últimos anos e propor medidas para

solucionar esse problema.]

'O Congresso Nacional promoverá, por meio de

comissão mista, exame analítico dos atos, fatos e

políticas públicas com maior potencial gerador de

precatórios e sentenças judiciais contrárias à Fazenda

Pública da União', diz o texto.

A comissão deverá ser criada no prazo de um ano após

a promulgação da Emenda Constitucional e, segundo o

texto, trabalhará em cooperação com o Conselho

Nacional de Justiça e com o auxílio do Tribunal de

Contas da União (TCU), 'podendo requisitar

informações e documentos de órgãos e entidades da

administração pública direta e indireta de qualquer dos

Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e

dos Municípios, buscando identificar medidas

legislativas a serem adotadas com vistas a trazer maior

segurança jurídica no âmbito federal'.

'Apurados os resultados, o Congresso Nacional

encaminhará suas conclusões aos presidentes do

Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de

Justiça, para a adoção de medidas de sua

competência', relata a PEC.

Mudança no cálculo do teto de gastos

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Conselho Nacional de Justiça - CNJPortal Metrópoles Online/Nacional - Noticias

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

Até hoje, a fórmula para o cálculo do limite de gastos

para o governo leva em consideração o Índice Nacional

de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fator de

medida para a inflação que é apurado entre julho de um

ano e junho do ano seguinte.

O período considerado é esse porque é o dado

disponível no início do ano, quando o governo tem de

enviar ao Congresso a mensagem com o projeto de

orçamento do ano seguinte.

A PEC determina que o IPCA passe a ser apurado entre

janeiro e dezembro. Essa manobra contábil e que fez

com que o governo apurasse o espaço fiscal para o

próximo ano.

Recursos para vacinas

Do espaço fiscal aberto, R$ 15 bilhões poderão ser

aplicados no exercício deste ano. Esse valor está

inserido no espaço de cerca de R$ 38 bilhões para

2021, que seriam gerados em 2021, caso estivesse em

vigor a diferença gerada com a alteração do período de

aferição do IPCA.

Esse espaço só poderá ser usado para despesas da

vacinação contra Covid-19.

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça

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Curtas

Conselho Nacional de Justiça - CNJValor Online/Nacional - Legislação

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

Autor: VALOR

Rescisão de contrato

A 2ª Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) vai

discutir a 'aplicabilidade (ou não) do artigo 39, inciso IX,

do Código de Defesa do Consumidor (CDC) à resilição

unilateral de contrato de conta corrente bancária por

iniciativa da instituição financeira'. A relatoria é do

ministro Paulo de Tarso Sanseverino (REsp 1941347).

O colegiado decidiu suspender a tramitação de recursos

especiais e agravos em recurso especial. Em relação

aos processos em andamento na primeira e na segunda

instâncias, a seção considerou que não há motivo para

a suspensão, uma vez que o STJ tem jurisprudência

pacífica sobre a questão. Prevalece no STJ orientação

no sentido da validade da resilição unilateral do contrato

de conta corrente bancária, nos termos da Resolução nº

2.025/1993 do Conselho Monetário Nacional, não se

aplicando, nessa hipótese, a regra do artigo 39, inciso

IX, do CDC, que veda a recusa de fornecimento de

produto ou serviço a quem se disponha a pagar por ele.

Liberdade religiosa

O Plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ)

aprovou a instituição da Política Nacional de Promoção

à Liberdade Religiosa e Combate à Intolerância no

âmbito do Poder Judiciário. Acatada por unanimidade, a

decisão ocorreu na 61ª Sessão Extraordinária, realizada

na terça-feira. A execução dos princípios previstos na

resolução envolve a adoção de medidas administrativas

que garantam a liberdade religiosa no ambiente

institucional, bem como ações de incentivo à tolerância

e ao pluralismo religioso entre servidores, colaboradores

e público externo do Poder Judiciário.

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça

62

CCJ aprova promotor João Paulo Schoucair para Conselho Nacional de

Justiça

Conselho Nacional de Justiça - CNJCNN Brasil/Nacional - Noticias

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

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A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou a

indicação de João Paulo Santos Schoucair para compor

o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) nesta quarta-

feira (15). A indicação segue para votação em plenário.

Schoucair foi indicado pelo procurador-geral da

República, Augusto Aras, para ocupar uma vaga

destinada ao Ministério Público no CNJ. Durante a

sabatina na CCJ, ele se comprometeu a atuar de forma

'equilibrada, cuidadosa, imparcial e independente'.

O promotor defendeu diálogo institucional entre os três

Poderes e a busca de soluções de consenso que

assegurem o respeito aos direitos fundamentais

previstos na Constituição de 1988.

'Como órgão fiscalizador do Poder Judiciário, são

muitos os desafios do CNJ. Colaborar com o

aperfeiçoamento do sistema de Justiça, que tenha como

objetivo uma prestação jurisdicional célere e efetiva,

primando pelo absoluto respeito a direitos e garantias

fundamentais', disse.

O relator da indicação foi o senador Jaques Wagner

(PT-BA). Ele disse conhecer a trajetória de João Paulo

Schoucair, que atua no Ministério Público da Bahia.

'A gente tem visto na nossa história recente esses

conselhos cumprirem um papel muito mais de defesa

das corporações do que garantir que o sistema de

Justiça funcione dentro do esperado. O senhor passará

a ser um guardião do interesse da sociedade brasileira,

não um protetor ou garantidor dos interesses

corporativos, no sentido pejorativo', disse.

Carreira

João Paulo Santos Schoucair formou-se pela Faculdade

de Direito da Universidade Federal da Bahia em 2002.

Ele tem pós-graduação em ciências criminais (2008) e

mestrado em segurança pública, justiça e cidadania

(2019). Participou de cursos de especialização em

instituições de ensino estrangeiras, como a Harvard

Kennedy School (Estados Unidos) e a Univesità Degli

Studi di Roma Tor Vergata (Itália).

O indicado é promotor de Justiça desde 2004. Atuou

nas comarcas baianas de Uauá, São Domingos,

Palmeiras, Olindina, Ribeira do Pombal, Santo Amaro e

Salvador. Schoucair coordena o Grupo de Atuação

Especial de Combate ao Crime Organizado e

Investigações Especiais do Ministério Público da Bahia.

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça

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'Caso seja preciso, acionarei o CNJ', diz Ciro Gomes após operação da PF

Conselho Nacional de Justiça - CNJCNN Brasil/Nacional - Noticias

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

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Em entrevista à CNN nesta quarta-feira (15), o ex-

governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) falou sobre a

operação da Polícia Federal contra ele e seu irmão, Cid

Gomes (PDT-CE). Nesta manhã, a polícia cumpriu

mandado de busca e apreensão em suas residências,

em ação que apura supostas fraudes e pagamentos de

propinas a agentes políticos e servidores públicos

durante o processo de licitação das obras da Arena

Castelão, em Fortaleza, entre 2010 e 2013.

Ciro Gomes, que atualmente é pré-candidato à

Presidência da República em 2022 pelo PDT, afirmou

que considera a operação 'uma aberração', uma vez

que a medida cautelar (busca e apreensão) não deveria

ser implementada 10 anos após o suposto ocorrido.

Segundo Ciro, a delação premiada apresentada em

2017 - feita por um diretor da empresa que ganhou a

licitação - não menciona 'em nenhum momento' que ele

teria recebido ou pedido qualquer tipo de propina, ou

vantagem.

'Qual é o sentido de fazer busca e apreensão sobre uma

figura pública, candidato à Presidência da República,

por fatos que teriam ocorrido em 2012? Ninguém faz

busca e apreensão nessa condição, portanto, está muito

flagrante a aberração que aconteceu, mas vou reagir

com toda a força contra esses que produziram esse

factoide', disse.

À CNN, Ciro Gomes afirmou que pretende entrar com

uma representação no Conselho Nacional de Justiça

(CNJ) caso o 'erro' não seja reparado.

'Determinei que eles [advogados] fizessem uma petição

ao juiz federal do Ceará, para que ele, percebendo que

cometeu um erro - ao qual foi induzido pelo delegado da

Polícia Federal - se ele volta atrás, ele estará fazendo

justiça, se ele não voltar atrás, também contra ele eu

vou representar no Conselho Nacional de Justiça',

afirmou.

Ciro disse que também pretende representar contra o

delegado de Polícia Federal, que, segundo ele, 'troca

todos os fatos, faz um relatório absolutamente arbitrário

e calunioso'.

Não sou citado por nenhum delator, que não teria

nenhuma prova escondida, 12 anos depois, que

justificasse a medida cautelar, e por ser um homem

público, a lesão à minha imagem, são 40 anos de vida

pública', completou.

Operação Colosseum

A Polícia Federal investiga um possível pagamento de

R$ 11 milhões em propinas, com notas fiscais

fraudulentas emitidas por empresas fantasmas.

Durante o processo de busca e apreensão, foram

recolhidos materiais para análise e está sendo feito a

avaliação do fluxo financeiro dos suspeitos, disse a PF.

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Conselho Nacional de Justiça - CNJCNN Brasil/Nacional - Noticias

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

No total, estão sendo cumpridos 14 mandados de busca

e apreensão. No estado do Ceará, além da capital, a

operação, chamada de Colosseum, atinge as cidades

de Meruoca e Juazeiro do Norte, e se estende também

por São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG) e São Luís

(MA).

As investigações tiveram início no ano de 2017.

Segundo a PF, existe a possibilidade de uma empresa

ter vencido o processo licitatório da Arena Castelão com

a condição de pagar propina a funcionários públicos.

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça, Judiciário - Fazendo Justiça

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LGPD não veda o acesso a dados públicos: este é um direito de todos

Conselho Nacional de Justiça - CNJConsultor Jurídico/São Paulo - opinião

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

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Autor: Daniel Marques

O tratamento conferido pelo Direito brasileiro à temática

de acesso a dados públicos por meio dos sistemas

digitais disponibilizados pelo Poder Judiciário, e os

impactos das possíveis restrições nesse acesso sobre a

inovação tecnológica nos tribunais, é assunto de

extrema importância para o setor e assunto de debate

delicado e urgente, visto o avanço tecnológico dos

nossos tempos.

Os dados abertos são um dos motores da inovação, e o

acesso aos dados produzidos pelo Judiciário é

fundamental para o desenvolvimento de ferramentas

tecnológicas no setor jurídico. O Conselho Nacional de

Justiça tem avançado positivamente numa agenda de

sempre maior abertura à inovação e a tecnologia. As

startups conhecidas como lawtechs ou legaltechs se

posicionam como os atores centrais nesse processo, já

que se especializaram em inovação no Direito e

oferecem seus serviços tecnológicos para advogados,

escritórios e departamentos jurídicos.

Porém, ainda que exerçam um importante papel, o setor

das lawtechs tem enfrentado obstáculos que dificultam

suas atividades e seu potencial de inovação a serviço

do Direito, da Justiça e do cidadão. A disrupção

tecnológica recente no setor privado não é sentida com

a mesma força no setor público. É importante lembrar

que tanto a Lei de Acesso à Informação quanto a

Constituição determinam, como regra geral, o acesso

público às informações públicas custodiadas pela

Administração, incluindo o Poder Judiciário.

Para que haja efetiva inovação aberta é necessário a

transparência e acesso aos dados para gerar valor para

a sociedade a partir de ações colaborativas. As políticas

de governo aberto, por sua vez, ajudam a garantir a

transparência pública, elemento fundamental para que a

sociedade e seus diferentes atores se empoderem e

colaborem com o poder público.

Os órgãos do Poder Judiciário também devem seguir as

medidas de transparência adequadas, sendo o Brasil

destaque positivo nesse sentido. A publicização dos

processos judiciais deve permitir o amplo acesso pelo

público a todas as informações processuais. A

publicidade de atos processuais, segundo o

entendimento do Supremo Tribunal Federal, é um

instrumento democrático voltado ao controle da função

jurisdicional.

Levantados os aspectos acima, é importante notar que

a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), por vezes

posta como argumento para restringir os dados de

processos judiciais, não veda o acesso público. A mera

presença de dados pessoais não é impeditivo do acesso

aberto a um documento público. Não há uma maneira

de se vislumbrar como a LGPD poderia ser utilizada

como justificativa geral para a restrição de acesso de

dados de disponibilidade pública, não havendo uma

incompatibilidade entre tal diploma, a regra de

publicidade da LAI e da Constituição.

Entendemos, portanto, que o remédio para enfrentar o

tratamento ilícito de dados públicos, como os de

processos judiciais, não é a supressão da regra geral da66

Conselho Nacional de Justiça - CNJConsultor Jurídico/São Paulo - opinião

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

publicidade processual, mas a responsabilização civil

dos autores de ato ilícito.

A inovação passou, hoje, a ser vista como um meio para

a construção de um futuro que seja mais sustentável e

inclusivo. O crescimento das lawtechs no cenário

mundial, por sua vez, demonstra a necessidade de

investimento nesse campo no Brasil, sendo, para essa

finalidade, essencial a participação do Estado.

Destacamos o uso de dados abertos - em ampla

parceria com o Estado - como um motor para essa

inovação, em razão da união de seus potenciais para

promover uma democracia mais saudável e um futuro

mais transparente.

Daniel Marques é diretor da Associação Brasileira de

Lawtechs e Legaltechs.

Revista Consultor Jurídico, 15 de dezembro de 2021,

9h05

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça

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Justiça para todos: o caso da Boate Kiss

Conselho Nacional de Justiça - CNJConsultor Jurídico/São Paulo - opinião

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Maria Thereza de Assis Moura

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Autor: Alberto Zacharias Toron

Nicolau dos Santos Neto havia sido presidente do TRT

de São Paulo. Houve uma grave acusação de desvio de

verbas na construção do novo fórum trabalhista. O

Senado instaurou uma CPI do Judiciário que tinha o

foco nesse caso. Os telejornais só falavam nisso e

todos os ingredientes de um grande escândalo estavam

presentes. A prisão preventiva dele, em nome do

prestígio das instituições, foi decretada e ele, depois de,

em vão, discutir a legalidade dessa medida em todas as

instâncias, se apresentou.

Moralmente esculachado com o apelido de "Lalau",

septuagenário, asfixiado economicamente com o

bloqueio de seus bens e preso, desenvolveu um severo

processo depressivo. O juiz do caso, o mesmo que

havia decretado a preventiva, determinou sua remoção

para o regime de prisão domiciliar, com agentes da PF

na sua casa. O MPF não se conformou com a decisão

que causou revolta nos que queriam o "combate à

corrupção". Manejou um recurso em sentido estrito

(RSE) e impetrou um mandado de segurança no TRF

da 3ª Região, que concedeu a medida liminar para

atribuir eficácia suspensiva ao RSE.

Mas o STJ considerou ilegal essa decisão. Ao deferir a

medida liminar no HC nº 17.804 (DJ 09/8/2001), o

ministro Nilson Naves realçou a pletora de precedentes

que apontavam a inviabilidade do manejo do mandado

de segurança como um Habeas Corpus às avessas.

Idêntico estrépito causou a colocação da ex-primeira-

dama do Rio de Janeiro em regime de prisão domiciliar

pelo próprio juiz que decretara a sua preventiva. O TRF

da 2ª Região concedeu liminar no mandado de

segurança impetrado pelo MPF para dar efeito

suspensivo ao RSE interposto, mas a ministra Maria

Thereza de Assis Moura, com base em antigos e

reiterados precedentes do STJ, cassou a decisão do

TRF-2 (HC nº 392.806; DJe 28/3/2017).

A matéria, hoje, está sumulada pelo STJ tantos foram

os casos julgados no mesmo sentido: "O mandado de

segurança não se presta para atribuir efeito suspensivo

a recurso criminal interposto pelo Ministério Público"

(Súmula nº 604).

O que tem isso a ver com a condenação e prisão no

caso da Boate Kiss? Muito.

Condenados os réus a penas superiores a 15 anos de

reclusão, o juiz aplicou a nova regra do artigo 492, letra

"e", do CPP, introduzida pelo pacote "anticrime" (Lei nº

13.964/2019), que impõe a "execução provisória da

pena", com a expedição de mandado de prisão. Ocorre

que o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul havia

concedido medida liminar em Habeas Corpus preventivo

impetrado pela defesa de um dos réus para impedir a

prisão imediata (HC nº 70.085.490.795).

Na decisão da fina lavra do desembargador Manuel

José Martinez Lucas, além dos precedentes da própria

Câmara e dele mesmo, colocou-se em evidência que

estando o paciente em liberdade há vários anos e sem

causar qualquer problema, a prisão logo após o

julgamento pelo júri não se justificava, mesmo porque,68

Conselho Nacional de Justiça - CNJConsultor Jurídico/São Paulo - opinião

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Maria Thereza de Assis Moura

as duas turmas especializadas em matéria penal do STJ

firmaram o entendimento - correto, diga-se - de que é

descabida a execução provisória da sentença ante a

força da presunção constitucional de inocência (AgRg

no RHC nº 130.301/MG, relator ministro Ribeiro Dantas,

DJe 20/9/2021 e, entre muitos outros, AgRg no HC nº

530.499/ES, relator ministro Rogério Schietti, DJe

28/5/2020).

A decisão do desembargador do TJ-RS poderia ser

objeto de agravo interno, sim. Mas não poderia até ser

alvo de um mandado de segurança para lhe conferir

eficácia suspensiva, pois, além de não ser teratológica,

o impediria a Súmula nº 604 do STJ e, seja como for, a

liminar concedida está em consonância com a

jurisprudência do STJ.

Aí vem, como costuma dizer Lenio Streck, o "drible da

vaca". Invoca-se o artigo 4º da Lei nº 8.437/92 e, a

pretexto de existir uma questão constitucional, dirige-se

a petição diretamente ao STF.

Ocorre que a lei em questão dispõe "sobre a concessão

de medidas cautelares contra atos do Poder Público".

Vale dizer, se uma medida liminar afetar o poder público

(administração), nos termos do seu artigo 4º, compete

"ao presidente do tribunal, ao qual couber o

conhecimento do respectivo recurso, suspender, em

despacho fundamentado, a execução da liminar nas

ações movidas contra o Poder Público".

O campo de incidência do referido dispositivo, como

facilmente se percebe, é o do processo civil, e não o do

penal. Não há ação movida contra o "poder público" no

caso da Boate Kiss. Não é por acaso que o §1° do

artigo 4º da Lei nº 8.437/92 assinala aplicar-se "o

disposto neste artigo à sentença proferida em processo

de ação cautelar inominada, no processo de ação

popular e na ação civil pública, enquanto não transitada

em julgado". Tampouco o presidente do STF seria o

órgão ao qual caberia "o conhecimento do respectivo

recurso".

De outro lado, malgrado o STF tenha precedentes da 1ª

Turma afirmando a possibilidade de se executar a pena

desde logo quando se trata de decisão emanada do júri,

isso não outorgava competência direta ao STF para

impor sua jurisprudência. O sistema de justiça impõe

regras que devem ser observadas. É curioso que um

tribunal que tenha uma súmula como a 691, a qual

afasta a competência do STF para conhecer da Habeas

Corpus impetrado contra liminar indeferida em outro

tribunal superior, se permita conhecer de questão ainda

não julgada no tribunal de origem, e nem pelo STJ. Pior,

o mesmo STF, com invulgar constância, tem

proclamado, até em Habeas Corpus, a impossibilidade

de conhecer de matéria não apreciada pelas instâncias

inferiores. Como pode conhecer, agora, diretamente da

matéria posta pelo MP-RS?

Poder-se-ia dizer que há uma questão constitucional.

Sim, mas qual? A relativa à interpretação do artigo 492,

"e", do CPP? Certamente, não. A da soberania dos

vereditos dos jurados? Também não, pois o veredito

não foi tangido pela liminar proferida pelo

desembargador. A reserva de plenário, pois se tratou de

reconhecer a inconstitucionalidade do dispositivo do

artigo 492, "e", do CPP diante da presunção de

inocência? Também não! É que a regra processual tem

recebido uma interpretação conforme à Constituição, e

não o reconhecimento da sua inconstitucionalidade e,

seja como for, nesse caso caberia eventual recurso

extraordinário, mas somente após o julgamento do writ.

Sobra, pesa dizê-lo, a odiosa tirania monocrática, o

arbítrio unipessoal contra a lei e a Constituição. A

satisfação distorcida à opinião pública com a punição

antecipada de condenados que ainda têm direito à

apelação não representa nenhum prestígio à Justiça.

Atropelar regras de competência e, pior ainda, invocar

uma lei descabida para mandar prender é o "vale tudo",

é a antítese da justiça. Submeter "os outros" à prisão

fora do figurino legal desmerece o Judiciário.

Alberto Zacharias Toron é advogado, mestre e doutor

em Direito Penal pela USP, professor de Processo

Penal da FAAP e ex-presidente do IBCCrim.

Revista Consultor Jurídico, 15 de dezembro de 2021,

13h0969

Conselho Nacional de Justiça - CNJConsultor Jurídico/São Paulo - opinião

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Maria Thereza de Assis Moura

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Maria Thereza de

Assis Moura

70

Ministra Regina Helena Costa é empossada como ouvidora substituta do

STJ

Conselho Nacional de Justiça - CNJConsultor Jurídico/São Paulo - Noticias

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

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A ministra Regina Helena Costa tomou posse, nesta

terça-feira (14/12), no cargo de ouvidora substituta do

Superior Tribunal de Justiça. Ela vai atuar nas

ausências do ministro Moura Ribeiro, empossado, em

novembro, como o novo ouvidor do tribunal para uma

gestão de 12 meses. O início do mandato da nova

ouvidora substituta foi oficializado em cerimônia

semipresencial no gabinete da Presidência da corte.

Em seu discurso, o presidente do STJ, ministro

Humberto Martins, destacou que a gestão

compartilhada da Ouvidoria será fundamental para

ampliar o diálogo com a sociedade, em prol da evolução

constante da prestação jurisdicional.

"A ministra Regina Helena Costa e o ministro Moura

Ribeiro vão trabalhar em conjunto para que o tribunal da

cidadã e do cidadão seja cada vez mais viável,

respeitado e qualificado, merecendo a confiança da

sociedade e dos próprios servidores da corte", declarou

Martins, que também enalteceu a trajetória jurídica e o

exemplo da nova ouvidora substituta para o

fortalecimento da participação feminina nos poderes da

República.

Por videoconferência, a ministra Regina Helena se

comprometeu a dar continuidade ao empenho histórico

do STJ na busca pela excelência dos serviços

prestados ao cidadão. Segundo ela, a Ouvidoria

"desempenha um papel muito relevante na estrutura do

Superior Tribunal de Justiça".

Presencialmente, também participaram da posse o atual

ouvidor da corte, ministro Moura Ribeiro, e o ministro

aposentado Massami Uyeda. De forma virtual,

prestigiaram a solenidade a ministra Assusete

Magalhães e os ministros Herman Benjamin, Benedito

Gonçalves e Sérgio Kukina.

Novas regras

A indicação da ministra Regina Helena Costa para a

função de ouvidora substituta atende às diretrizes da

Resolução 432/2021 do Conselho Nacional de Justiça

(CNJ), que trata da organização e do funcionamento

das ouvidorias do Poder Judiciário e da Ouvidoria

Nacional de Justiça.

A resolução traz a previsão de que o ouvidor substituto

seja um membro do órgão judicial - no caso do STJ, um

ministro ou uma ministra.

No mês passado, o Conselho de Administração do

tribunal alterou a redação da Resolução STJ/GP 9/2021

para incluir no regulamento da Ouvidoria a figura do

ouvidor substituto. Cabe ao ouvidor da corte a indicação

de um ouvidor auxiliar, a ser nomeado pelo presidente

em cargo comissionado.

A ouvidora substituta

Regina Helena Costa ingressou em 2013 no STJ, onde

integra a Primeira Turma e a Primeira Seção, órgãos

71

Conselho Nacional de Justiça - CNJConsultor Jurídico/São Paulo - Noticias

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

especializados em direito público. Antes, exerceu os

cargos de juíza federal e desembargadora do Tribunal

Regional Federal da 3ª Região (TRF3).

Ela é doutora em direito pela Pontifícia Universidade

Católica de São Paulo, professora e autora de obras na

área do direito tributário. Em 2021, completou três

décadas de magistratura e 37 anos de magistério. Com

informações da assessoria de imprensa do Superior

Tribunal de Justiça.

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça

72

Prática do TJ-RJ vence Prêmio Viviane do Amaral, do CNJ

Conselho Nacional de Justiça - CNJConsultor Jurídico/São Paulo - Noticias

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

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O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro foi o vencedor

do Prêmio CNJ Viviane Vieira do Amaral, pelo

desenvolvimento do aplicativo "Maria da Penha Virtual".

O segundo e terceiro lugares ficaram, respectivamente,

com o projeto "Mulher Superando o Medo", do Tribunal

de Justiça do Espírito Santo, e o programa "Carta de

Mulheres", do Tribunal de Justiça de São Paulo.

A juíza Viviane do Amaral, assassinada pelo ex-marido

no Natal do ano passado

Reprodução

O prêmio é um repúdio à violência doméstica contra as

mulheres e, ao mesmo tempo, um meio para conferir

visibilidade a projetos e ações de prevenção e

enfrentamento a agressão, maus-tratos e crimes

trágicos como o feminicídio.

O presidente do Conselho Nacional de Justiça e do

Supremo Tribunal Federal, ministro Luiz Fux, conduziu

na terça-feira (14/12) a solenidade de premiação dos

vencedores da primeira edição.

Instituído pela Resolução CNJ n. 377/2021, o prêmio

contempla projetos em todo o país que estejam

contribuindo para reduzir ou eliminar a violência contra a

mulher, crime cujas notificações aumentaram

expressivamente durante o período de isolamento social

que prevaleceu na pandemia. O prêmio é concedido em

seis categorias: tribunais, magistrados, atores do

Sistema de Justiça Criminal, organizações não-

governamentais, mídia e produção acadêmica.

Vencedores

Os trabalhos apresentados foram analisados pela

Comissão Avaliadora do Prêmio integrada por

conselheiros e membros do CNJ a partir de critérios

como qualidade, relevância, alcance social,

replicabilidade, resultados, criatividade e inovação na

prevenção e enfrentamento da violência contra as

mulheres.

Entre os participantes da solenidade, o presidente do

TJ-RJ, desembargador Henrique Carlos de Andrade

Figueira, disse que a juíza Viviane Vieira do Amaral

cumpre, em sua memória, "a missão de levantar o

problema gravíssimo da sociedade brasileira, que é a

violência doméstica".

Na categoria magistrados, o primeiro lugar ficou com o

projeto "Borboleta" (magistrada Madgeli Frantz

Machado/TJ-RS), seguido pelos projetos "Rede de

Ajuda" (magistrado Carlos Eduardo Mattioli

Kockanny/TJ-PR) e "Sobre Ela" (magistrado Wagner

Cinelli de Paula Freitas/TJ-RJ).

Na categoria atores do Sistema de Justiça Criminal, os

vencedores foram os projetos "Patrulha Maria da

Penha" com o primeiro lugar, e "Florescer Mulheres" e

"Plantão Social", no segundo e terceiro lugares.

Entre as ações das ONGs, destacou-se, em primeiro

lugar, o projeto "Justiceiras". O segundo lugar ficou com

o projeto "Íntegra / Mediação - crime, gênero, família"

(Rede Internacional de Mediação Interdisciplinar) e o73

Conselho Nacional de Justiça - CNJConsultor Jurídico/São Paulo - Noticias

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

terceiro com o programa "Defesa e Valorização da

Mulher" (Associação Ambiental Cultivar).

Na categoria mídia, o primeiro lugar ficou com

documentário "Agricultoras violentadas", da Rede

Record TV, e o segundo lugar com a "Patrulha Maria da

Penha e seus resultados em Rio Claro/SP".

Na categoria produção acadêmica, o primeiro lugar foi

para a publicação de livro com pesquisa científica que

embasou dissertação de mestrado produzida a partir de

relatos de mulheres que receberam medidas protetivas

de urgência da Lei Maria da Penha na cidade de São

Gabriel, na Bahia. O segundo lugar ficou com o projeto

"Agir contra si: a acrasia na mediação de conflitos nos

contextos de narrativas, violências e crimes no âmbito

intrafamiliar", e o terceiro lugar com o projeto

"Restabelecimento das Relações no Contexto das

Medidas Protetivas à Mulher em Interface com a

Mediação de Conflitos". Com informações da assessoria

de imprensa do Conselho Nacional de Justiça.

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça

74

Conselho autoriza abertura de processo disciplinar contra juiz federal do

Pará

Conselho Nacional de Justiça - CNJConsultor Jurídico/São Paulo - Noticias

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

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O Plenário do Conselho Nacional de Justiça autorizou

nesta terça-feira (14/12) a abertura de processo

administrativo disciplinar e o afastamento de um juiz da

4ª Vara do Pará, unidade do Tribunal Regional Federal

da 1ª Região. A decisão, unânime, foi tomada durante a

61ª Sessão Extraordinária.

Juiz liberou parte da carga de madeira apreendida, em

dezembro do ano passado, durante ação da PF contra

extração ilegal

Divulgação/Ibama

O magistrado liberou parte da carga de madeira

apreendida, em dezembro do ano passado, durante

ação da Polícia Federal contra extração ilegal. Na

ocasião, foram apreendidos mais de 131 mil m³ de

madeira em tora, interceptadas em balsas na divisa

entre Pará e Amazonas.

À época da apreensão, o juiz substituto da vara havia

decidido que o caso deveria ser analisado pela seção

judiciária do Amazonas. O juiz agora investigado, que

estava de férias, revogou a decisão. Ele também é

acusado de revogar prisões preventivas em

investigações de tráfico internacional de drogas e de

crimes contra o sistema financeiro e por absolver cinco

réus denunciados por fraude em licitação, em

circunstâncias supostamente incomuns.

Relatora da reclamação disciplinar, a corregedora

nacional de Justiça, ministra Maria Thereza Rocha de

Assis Moura, afirmou que os casos "devem ser

investigados por caracterizar, em tese, violação dos

deveres da imparcialidade, serenidade, exatidão,

prudência e cautela", previstos no Código de Ética da

Magistratura Nacional. Ela ainda apontou possível

infração disciplinar em relação à Lei Orgânica da

Magistratura Nacional.

A ministra considerou que as decisões são incomuns e

os fatos, gravíssimos. Para ela, é necessário investigar

"o conjunto dos fatos extraído das circunstâncias em

que proferidas, durante o gozo de férias, ou em

processos em que atuava excepcionalmente, durante

férias ou mesmo curta ausência de outro magistrado,

acrescido da magnitude dos casos, e ainda atrelado à

informação de possível relação indevida com

advogados". Com informações da assessoria de

imprensa do Conselho Nacional de Justiça.

Reclamação Disciplinar 0004306-41.2020.2.00.0000

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça

75

STF forma maioria pela exigência do passaporte da vacina para entrada

no Brasil

Conselho Nacional de Justiça - CNJCrusoé Online/Distrito Federal - Noticias

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021Judiciário - STF

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Autor: Ana Viriato

O plenário do Supremo Tribunal Federal formou

maioria a favor da exigência de apresentação do

comprovante de vacina contra a Covid-19 para a

entrada de viajantes no Brasil. As regras valem para

todos que saírem do país a partir desta quarta-feira, 15.

O placar registra seis votos pela adoção da medida.

Relator da ação, o ministro Luís Roberto Barroso (foto)

votou para referendar decisão anterior e esclarecer que

devem ser dispensados do 'passaporte da vacina'

somente aqueles que não podem tomar o imunizante

por razões médicas ou que sejam de países em que,

comprovadamente, não existe vacinação em massa

contra o novo coronavírus. Para entrar no Brasil, esse

grupo terá de apresentar um exame PCR negativo para

Covid-19 e permanecer em isolamento.

Há, contudo, ressalvas quanto a brasileiros ou

estrangeiros que moram no Brasil. Esses cidadãos

podem se recusar a apresentar o cartão de vacina no

retorno ao país, mas, neste caso, deverão entregar um

documento que ateste o resultado negativo para a

infecção pelo coronavírus e ficar em quarentena até

uma nova testagem negativa.

O julgamento ocorre no plenário virtual, plataforma em

que magistrados inserem os votos sem precisar discuti-

los. O debate pode seguir até esta quinta-feira, 16.

Acompanharam Barroso os ministros Edson Fachin,

Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes, Rosa Weber e

Luiz Fux.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF, CNJ -

Luiz Fux, CNJ - Rosa Weber

76

Assembleia da CEA

Conselho Nacional de Justiça - CNJDiário do Amapá/Amapá - Noticias

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

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Presidente do Conselho de Administração da CEA,

Augusto Miranda da Paz Júnior está convoca

assembleia extraordinária para 23 de dezembro de

forma digital, por meio do aplicativo de

videoconferência. Um dos assuntos da pauta é a

autorização para realização da 1° emissão de

debêntures simples, não conversíveis em ações, da

espécie quirografária, com garantia adicional

fidejussória, em série única, da companhia no valor de

R$500 milhões.

Aplicação de recursos

Lei (2.618) sancionada pelo governador Waldez Góes

estabelece prazo para a regulamentação de diretrizes

voltadas à aplicação de recursos provenientes de

outorga da concessão pública relacionada ao leilão para

universalização do saneamento realizado em 2021, no

âmbito do Amapá.

Financiamento da educação

O Ministério Público do Amapá (MP-AP), Promotoria de

Justiça de Defesa da Educação (PJDE) e Centro de

Apoio Operacional da Educação (CAO-EDU), participou

de audiência realizada pela Comissão de Educação,

Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia (CEC) da

Assembleia Legislativa do Amapá (ALAP), na terça-feira

(14). O intuito foi dialogar sobre o financiamento da

educação e a criação do Fundo Estadual da Educação.

Projeto das armas

Em reunião nesta quarta-feira (15), a Comissão de

Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, presidida pelo

senador Davi Alcolumbre, decidiu adiar a votação do

projeto que modifica regras de registro, posse e

comercialização de armas de fogo para caçadores,

atiradores e colecionadores - grupo conhecido como

CACs. Com o adiamento, a matéria deve ser votada

somente em 2022.

Criação de sindicato

A Comissão Organizadora do Sindicato das Empresas

de Transporte de Minério do Estado do Amapá -

SINTRAMAP, vai reunir empresários da área para

assembleia geral de fundação da entidade dessa

categoria econômica. A assembleia está marcada para

17 de janeiro de 2022, na sede da Federação do

Transporte do Amapá FETRAP, com aprovação do

estatuto social e eleição da diretoria executiva e do

conselho fiscal.

Impedida de licitar

A Justiça Federal do Amapá está notificando a empresa

A Costa de Almeida Eirelli, acerca da decisão que aplica

a penalidade de impedimento de licitar e de contratar

com a Justiça Federal do Amapá, por até dois anos,

com o descredenciamento do Sicaf, haja vista falhas na

execução de objeto contratado. A empresa tem cinco

dias para apresentar recurso.

Alvo de processo

O Plenário do Conselho Nacional de Justiça autorizou77

Conselho Nacional de Justiça - CNJDiário do Amapá/Amapá - Noticias

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

a abertura de processo administrativo disciplinar e o

afastamento do juiz Antônio Carlos Almeida Campelo,

da 4ª Vara do Pará, unidade do Tribunal Regional

Federal da 1ª Região. Ele liberou parte da carga de

madeira apreendida, em dezembro do ano passado,

durante ação da Polícia Federal contra extração ilegal.

Na ocasião, foram apreendidos mais de 131 mil m³ de

madeira em tora, interceptadas em balsas na divisa

entre Pará e Amazonas.

Isenção de IPI

O Senado aprovou destaque do PSDB ao projeto que

prorroga por cinco anos, até 31 de dezembro de 2026, a

isenção de IPI na aquisição de automóveis de

passageiros novos por taxistas, cooperativas de taxistas

e pessoas com deficiência e deficientes auditivos. A

matéria será encaminhada para a sanção do presidente

da República.

Doação de medula

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado,

presidida pelo senador Davi Alcolumbre, aprovou

normas que facilitam a localização de doadores

cadastrados no Registro Nacional de Doadores de

Medula Óssea (Redome). O PL 3.523/2019 segue para

Comissão de Assuntos Sociais.

Convocação

O Sinsepeap Macapá convoca os profissionais da

educação da rede municipal para lotarem o plenário da

Câmara de Vereadores na quinta-feira (16) às 9h00 em

defesa do pagamento do Abono do Fundeb para todos

os professores, pedagogos, auxiliares e especialistas,

ou seja, todos os profissionais da educação da capital.

O movimento vai cobrar dos vereadores a defesa da

categoria e o pagamento do benefício a todos.

Reprovação

Mais uma pesquisa Ipec sobre a avaliação do governo

Bolsonaro teve seus números divulgados na terça-feira

(14) e trouxe os seguintes resultados:

ótimo/bom: 19%; regular: 25%; ruim/péssimo: 55%; não

sabe/não respondeu: 1%Na pesquisa anterior, realizada

em setembro, o percentual de ótimo/bom era 22%; o de

regular, 23%; e o de ruim/péssimo, 53%.

O percentual dos que não sabiam/não responderam foi

o único que não sofreu alteração e permanece em 1%.

Suspensão

Na terça-feira (14), o presidente do STF, ministro Luiz

Fux, acatou o recurso do MP-RS pedindo a suspensão

do habeas corpus preventivo aos quatro réus

condenados na sexta-feira (10) no julgamento da

tragédia na boate Kiss em 2013, e que resultou na

morte de 242 pessoas no incêndio ocorrido em 2013.

Assim, Elissandro Spohr, o dono da boate; Mauro

Hoffman, sócio; Marcelo de Jesus dos Santos, vocalista

da banda Gurizada Fandangueira; e, Luciano Bonilha

Leão, o assistente de palco tiveram a prisão decretada e

se apresentaram para o cumprimento da pena.

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça

78

Presídio de Ribeirão das Neves tem detentos isolados; visitas são

suspensas

Conselho Nacional de Justiça - CNJEstado de Minas online/Minas Gerais - Noticias

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

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Presídio Ribeirão das Neves II, na Grande BH

Algumas alas do presídio Ribeirão das Neves II, na

cidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte,

estão isoladas desde a última semana por conta de

detentos gripados. A administração informou que as

visitas foram suspensas de acordo com o protocolo

vigente, tendo em vista a pandemia de COVID-19.

Os detentos gripados realizaram exames de detecção

do novo coronavírus, mas o governo de Minas diz que

ainda não há um resultado dos testes.

"Conforme preconiza o protocolo de Saúde para casos

deste tipo, foram aplicados testes de COVID-19 aos que

apresentaram sintomas e o resultado ainda não foi

apresentado", diz trecho de nota enviada pela

Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública

(Sejusp) à reportagem.

"Além da aplicação de testes, as visitas foram

suspensas e também as movimentações internas, como

forma de precaução. Os presos que apresentaram a

síndrome gripal foram isolados, estão recebendo

medicação e acompanhamento pelo setor de saúde da

unidade", complementa a seção do governo de Minas.

A Sejusp conclui dizendo que "por ora, não é possível

afirmar que os presos estejam positivados para COVID-

19". Segundo um relatório emitido em outubro deste ano

pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), há 2.270

presos no Martinho Drumond, que tem capacidade para

1.047.

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça, Judiciário - Presos, Judiciário - Covid-19,

Judiciário - Coronavírus

79

Conselho Nacional de Justiça autoriza abertura de processo disciplinar

contra juiz federal

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Sul/Rio Grande do Sul - Noticias

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

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O Plenário do Conselho Nacional de Justiça autorizou

a abertura de processo administrativo disciplinar e o

afastamento de um juiz da 4ª Vara do Pará, unidade do

Tribunal Regional Federal da 1ª Região. A decisão,

unânime, foi tomada durante a 61ª Sessão

Extraordinária.

O magistrado liberou parte da carga de madeira

apreendida, em dezembro do ano passado, durante

ação da Polícia Federal contra extração ilegal. Na

ocasião, foram apreendidos mais de 131 mil m³ de

madeira em tora, interceptadas em balsas na divisa

entre Pará e Amazonas.

À época da apreensão, o juiz substituto da vara havia

decidido que o caso deveria ser analisado pela seção

judiciária do Amazonas. O juiz agora investigado, que

estava de férias, revogou a decisão. Ele também é

acusado de revogar prisões preventivas em

investigações de tráfico internacional de drogas e de

crimes contra o sistema financeiro e por absolver cinco

réus denunciados por fraude em licitação, em

circunstâncias supostamente incomuns.

Relatora da reclamação disciplinar, a corregedora

nacional de Justiça, ministra Maria Thereza Rocha de

Assis Moura, afirmou que os casos 'devem ser

investigados por caracterizar, em tese, violação dos

deveres da imparcialidade, serenidade, exatidão,

prudência e cautela', previstos no Código de Ética da

Magistratura Nacional. Ela ainda apontou possível

infração disciplinar em relação à Lei Orgânica da

Magistratura Nacional.

A ministra considerou que as decisões são incomuns e

os fatos, gravíssimos. Para ela, é necessário investigar

'o conjunto dos fatos extraído das circunstâncias em que

proferidas, durante o gozo de férias, ou em processos

em que atuava excepcionalmente, durante férias ou

mesmo curta ausência de outro magistrado, acrescido

da magnitude dos casos, e ainda atrelado à informação

de possível relação indevida com advogados'. (ConJur)

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça

80

Áudio: CCJ aprova nome de João Paulo Santos Schoucair para o CNJ, e

indicação segue ao Plenário

Conselho Nacional de Justiça - CNJSenado Federal/ - Noticias

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

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A Comissão de Constituição e Justiça sabatinou nesta

quarta-feira (15) João Paulo Santos Schoucair, indicado

para integrar o Conselho Nacional de Justiça (CNJ)

pela Procuradoria-Geral da República. Schoucair é

promotor de Justiça do Ministério Público do Estado da

Bahia e atua desde 2018 como membro auxiliar da

Procuradoria-Geral da República. A indicação vai a

Plenário com pedido de urgência.

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça

81

Sabatina na CCJ aprova João Paulo Schoucair para compor o CNJ

Conselho Nacional de Justiça - CNJDiário do Poder/Nacional - Noticias

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

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Promotor da Bahia Sabatina na CCJ aprova João Paulo

Schoucair para compor o CNJ Indicado da PGR passou

com 23 votos de senadores favoráveis e um contra, e

segue para apreciação do Plenário

15/12/2021 12:05 | Atualizado 15/12/2021 12:23

acessibilidade:

Promotor João Paulo Santos Schoucair será o primeiro

integrante do MPBA no CNJ. Foto: Edilson

Rodrigues/Agência Senado

Redação

Em sabatina realizada na manhã desta quarta-feira (15),

a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado

aprovou o nome do indicado da Procuradoria-Geral da

República (PGR), o promotor de Justiça da Bahia João

Paulo Santos Schoucair, para o cargo de conselheiro do

Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A aprovação

segue direto para apreciação do Plenário do Senado.

Após responder questionamentos na CCJ, Schoucair foi

aprovado com 23 votos favoráveis e um contrário dos

senadores presentes. O relator da indicação é o

senador Jaques Wagner (PT-BA), que destacou a

atuação equilibrada do promotor pelo Ministério Público

da Bahia (MPBA).

Ao se apresentar aos senadores da CCJ, Schoucair

disse que, na eventualidade de contar com a aprovação

do Senado, contribuirá como representante dos

Ministérios Públicos estaduais para o bom desempenho

das altas missões constitucuonais do CNJ.

'Para tanto, comprometo-me com a atuação equilibrada,

cuidadosa, imparcial e independente, tendo como norte

a Constituição Federal e objetivos maiores a busca de

soluções que prestigiem o consenso, diálogo

institucional e direitos fundamentais', disse Schoucair,

aos senadores.

O presidente da CCJ, senador Davi Alcolumbre (DEM-

AP), destacou a importância do CNJ como órgão de

correição. E pediu que o futuro conselheiro leve aos

colegas de colegiado o desejo dos senadores em

relação ao papel importante do conselho para a

fiscalização da magistratura e do Judiciário Brasileiro.

'É um cargo relevantíssimo e, como funcionário de

carreira, sei que vossa excelência honrará, a partir do

momento que o senhor estiver ocupando o Conselho',

disse Alcolumbre.

MP da Bahia no CNJ

Schoucair será representante dos Ministérios Públicos

estaduais no CNJ e, também, o primeiro integrante do

Ministério Público da Bahia a ocupar o cargo de

conselheiro no órgão.

O nome de João Paulo Schoucair foi escolhido após um

processo extenso. Primeiro, uma votação interna no

MPBA definiu uma lista para a Procuradora-Geral de

Justiça e o nome do promotor foi o mais bem votado.

Numa segunda etapa, foi formada uma lista tríplice do82

Conselho Nacional de Justiça - CNJDiário do Poder/Nacional - Noticias

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

Conselho Nacional dos Procuradores (CNPG) para

concorrer à vaga destinada aos Ministérios Públicos

estaduais na composição do CNJ, biênio 2021/2023.

Nesta fase, além dele, Carlos Vinicius Alves Ribeiro do

Ministério Público de Goiás (MPGO) e Danilo Raposo

Lírio, do Ministério Público do Espírito Santo (MPES),

também fizeram parte da lista que foi encaminhada ao

procurador-geral da República, Augusto Aras. Na

época, ao todo, 14 candidatos concorreram à vaga.

Trajetória

João Paulo Santos Schoucair ingressou no Ministério

Público da Bahia no ano de 2004. Ele é graduado em

Direito pela Ufba e mestre em Segurança Pública,

Justiça e Cidadania pela mesma instituição. Traz a

experiência de atuação ministerial adquirida em

trajetória no interior da Bahia, nas comarcas de Uauá,

São Domingos, Palmeiras, Olindina, Ribeira do Pombal

e Santo Amaro, estando, atualmente, na capital. Tem

experiência também na área de Direito, com ênfase em

Direito processual Penal.

João Paulo coordena hoje o Grupo de Atuação Especial

de Combate ao Crime Organizado e Investigações

Especiais do Ministério Público - GAECO/MPBA, com

atuação prioritária perante a Vara dos Feitos Relativos a

Delitos Praticados por Organizações Criminosas da

Comarca de Salvador.

Desde 2018, o promotor passou a atuar, como membro

auxiliar da Procuradoria-Geral da República, posição

que lhe permitiu aprimorar seus conhecimentos sobre a

dinâmica de funcionamento das Cortes Superiores

Ao longo de sua carreira, João Paulo Santos Schoucair

buscou se especializar, participando de cursos no Brasil

e exterior. Publicou diversos livros e periódicos, dentre

os quais destacam-se trabalhos sobre as Técnicas

Avançadas de Investigação, junto à Escola Superior do

Ministério Público da União - ESMPU e Avanços do

Sistema de Justiça, junto à Ordem dos Advogados do

Brasil e ao Conselho Nacional de Justiça. (Com

informações da Comunicação do MPBA e Agência

Senado)

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Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça, CNJ - Conselheiro do CNJ

83

A reeducação do agressor que cometeu violência doméstica

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Globo - Blogs/Nacional - Lauro Jardim

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

Clique aqui para abrir a imagem

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou uma

proposta para criar nos 27 Tribunais de Justiça dos

estados programas voltados aos agressores que

cometeram violência doméstica e familiar.

O objetivo é a reeducação e acompanhamento

psicossocial do agressor por meio de atendimento

individual ou em grupo de apoio. A proposta foi feita por

Luiza Brunet, que integra o Observatório de Direitos

Humanos do CNJ.

Hoje, apenas os TJs do Rio de Janeiro e DF contam

com o programa.

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça

84

Custo médio do preso no Brasil é de 1,8 mil por mês

Conselho Nacional de Justiça - CNJRede TV/Nacional - Noticias

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

São Paulo bom dia meu Brasil prazer o que faz notícias

pra todo o Brasil e nesta quarta feira sensacional vitória.

Você está bem ah mas vai ficar muito melhor vamos pra

primeira boa notícia bastante curiosa então vou mostrar

pra você agora um estudo inédito.

Feito pelo Conselho Nacional de Justiça.

Essa pesquisa mostra que o custo médio de um preso

no Brasil é de mil e oitocentos reais.

Mas olha só que interessante em alguns estados.

Esse valor pode oscilar em mais de trezentos por cento

é o que mostra a reportagem do Emerson acompanha

conosco o Brasil tem hoje mais de setecentos mil

detentos.

Uma das maiores populações carcerárias do mundo

atrás apenas dos Estados Unidos e da China um

contingente que gera milhões de reais em gastos aos

estados.

E ao governo federal pra saber o real tamanho dessas

despesas o conselho nacional de justiça divulgou um

estudo inédito que traz em detalhes.

Quanto custa cada preso no Brasil em alguns estados a

variação ultrapassa os trezentos por cento Tocantins.

Piauí e Bahia são os estados que mais gastam.

São Paulo Pará.

Rondônia e Pernambuco são os que têm o menor custo

por preso à média nacional é de mil e oitocentos reais

por detento.

A diferença entre Pernambuco o que menos gastam e

Tocantins o que tem a maior despesa é de trezentos e

quarenta por cento no Ceará o custo mensal do preso.

Está acima da média nacional.

Dois mil e quatrocentos reais o custo também pode ser

levado porque os alvarás de soltura por exemplo eles

demoram dias semanas e até meses para serem

cumpridos com pessoas.

Que ficam dentro do sistema prisional sem

necessidade de alistar porque têm.

Um uma decisão judicial determinando a sua soltura

segundo o CNJ uma das explicações para as variações

entre os estados é o tipo de cada penitenciária.

Unidades de segurança máxima tendem a gastar mais.

Principalmente com o reforço no policiamento em São

Paulo por exemplo a penitenciária dois de Serra Azul no

interior que abriga mil e oitocentos internos.

Tem custo de pouco mais de seiscentos reais por preso

já na penitenciária de Presidente Bernardes também no

interior paulista com apenas trinta e seis detentos.

O custo por preso é de trinta mil reais.

Oitenta e cinco por cento desse valor vai para a folha de

pagamento.

Os gastos variam entre sessenta e oitenta e três por

cento nas cinco unidades de segurança máxima

administradas pelo governo federal em Porto Velho

Mossoró.

Brasília Campo Grande.

Catanduvas.

O custo por preso.

Chega a ser dezesseis vezes maior que a média

nacional.

85

Conselho Nacional de Justiça - CNJRede TV/Nacional - Noticias

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

Penitenciárias estaduais por isso que é muito importante

o investimento na educação na oportunidade no

empreendedorismo na tecnologia em programadores.

Pra que o futuro nós não tenhamos tantas e tantas

pessoas.

Presas agora esse problema é de gestão a as.

Os estados que têm melhor melhor gestão e

conseguem um custo mais baixo.

Devem servir de exemplo para que os outros possam

aprender como gastar menos e assim ter contas e

finanças mais eficientes não é verdade.

Isso é em toda a gestão pública vamos pra outra notícia

boa vem comigo a bienal do livro do Rio de Janeiro

voltou a reunir.

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça, Judiciário - Sistema Prisional

86

CNJ afasta o juiz Antonio Carlos Almeida Campelo da 4ª Vara do Pará

Conselho Nacional de Justiça - CNJTV Justiça/Rio de Janeiro - Jornal da Justiça 2ª Ediçao

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

Conselho Nacional de Justiça decide afastar o juiz

Antonio Carlos Almeida Campelo da 4ª Vara do Pará.

Ele vai responder a processo disciplinar por liberar uma

carga de madeira apreendida durante operação da

Polícia Federal, em dezembro do ano passado.

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça

87

Maioria do STF vota para que só vacinados possam entrar no país

Conselho Nacional de Justiça - CNJCorreio Braziliense/Nacional - Capa

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - STF

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Em julgamento virtual iniciado ontem e que deve ser

concluído hoje, seis ministros do Supremo endossaram

a decisão monocrática do colega Luís Roberto Barroso,

que estabeleceu a exigência do passaporte da vacina

contra a covid-19 para que viajantes de outros países

possam ingressar no país. Na sessão, Barroso

esclareceu que o comprovante de imunização, junto

com o exame atestando que o passageiro não está com

covid-19, deve ser cobrado pelas companhias aéreas no

momento do embarque no exterior, para evitar tumulto

na chegada ao Brasil. Com isso, nos aeroportos

brasileiros, a cobrança dos documentos referentes à

vacinação será feita por amostragem. Hoje, a Anvisa

deve anunciar a permissão para que crianças de 5 a 11

anos possam ser imunizadas com a vacina da Pfizer.

PÁGINA 7

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF

88

TSE: resolução contra fake news

Conselho Nacional de Justiça - CNJCorreio Braziliense/Nacional - Política

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - STF

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O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou

por unanimidade, a resolução que regulamentará as

eleições de 2022. Uma das normas visa combater

'afirmação caluniosa, difamatória, injuriosa ou

sabidamente inverídica, difundidos por qualquer veículo

de comunicação social, inclusive provedores de

aplicativos de internet e redes sociais',

Conforme a resolução, a partir da escolha de candidatas

e candidatos em convenção, será assegurado o

exercício do direito de resposta aos postulantes , ao

partido político, à federação de partidos ou à coligação

que forem atingidos, ainda que de forma indireta, por

notícias falsas.

De acordo com a resolução, se houver determinação

para a remoção de conteúdo em ambiente de internet, a

ordem judicial deverá fixar prazo razoável para o

cumprimento, não inferior a 24 horas, e deverá conter,

sob pena de nulidade, a URL (endereço eletrônico),

para averiguação. Os provedores de aplicação ou de

conteúdo poderão ser oficiados para cumprir

determinações judiciais.

Por meio da resolução, também fica estabelecido que,

até 20 de julho do ano da eleição, as emissoras de rádio

e televisão e os demais veículos de comunicação -

inclusive provedores de aplicações de internet -

deverão, independentemente de intimação, apresentar

ao órgão da Justiça Eleitoral dados da empresa, com

endereços, incluindo o número de telefone móvel que

disponha de aplicativo de mensagens instantâneas.

Por meio desses endereços, os veículos receberão

ofícios, intimações ou citações e poderão, ainda, indicar

procuradora ou procurador com ou sem poderes para

receber citação judicial.

Segundo o relator da instrução, ministro Edson Fachin,

as ações propostas foram frutos de discussões

apresentadas por meio de audiência pública, no mês

passado, que contaram com sugestões apresentadas

por Tribunais Regionais Eleitorais (TREs), entidades da

sociedade civil e cidadãs e cidadãos que contribuíram

com a formulação da atualização do regramento

eleitoral.

Na terça-feira, a Polícia Federal intimou o presidente

Jair Bolsonaro a prestar depoimento no inquérito aberto

para apurar a divulgação da investigação sigilosa sobre

um ataque hacker ao sistema interno do Tribunal

Superior Eleitoral (TSE) em 2018. A apuração foi aberta

em agosto, por ordem do ministro Alexandre de Moraes,

do Supremo Tribunal Federal (STF), após o chefe do

Executivo publicar nas redes sociais a cópia do inquérito

e distorcer informações para alegar supostas fraudes

nas eleições, sem apresentar provas.

Numa live, em agosto deste ano, o presidente distorceu

as informações da apuração sigilosa da PF para fazer

alegações falsas sobre fraudes nas eleições e

questionar o sistema de segurança das urnas

eletrônicas. (Com informações do site do TSE)

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF89

Camila Mattoso - PAINEL

Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Poder

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - Judiciário

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Discurso

A chance de ter havido uma interferência ou pedido de

Jair Bolsonaro na operação que realizou buscas em

endereços de Ciro e Cid Gomes é praticamente zero,

dizem delegados experientes, incluindo críticos do

presidente e da atual gestão da PE A leitura é a de que,

desde sempre, a classe política busca teorias da

conspiração para justificar investigações que sofrem,

tática que encontra campo fértil sob Bolsonaro, que age

há três anos para tentar fragilizar as instituições.

TARDE A investigação, sobre fatos de 2010 a 2013,

teve início em 2017 e é conduzida por um delegado do

Ceará, com autonomia para traçar sua linha de

apuração. Não é a primeira, nem será a última,

operação deflagrada sobre episódios ocorridos há muito

tempo. O pedido passa pelo Judiciário, que autorizou

as medidas.

VEJA LÁ Se uma interferência está descartada, também

não se risca a possibilidade de ter havido excesso ou de

o caso ser frágil, com poucos indícios para sustentar

uma busca. A cúpula da PF, por exemplo, classificou a

ação como lavajatista, no sentido, dizem eles, de ser

midiática e ter escolhido diligências ostensivas antes de

outras mais básicas.

MINERIN A direção da polícia vetou pedido para

realização de entrevista coletiva que seria realizada no

Ceará sobre a operação. A proibição, segundo

dirigentes, foi para evitar maior exposição e uso político

da investigação.

PALCO Apesar disso, no entanto, as declarações de

Ciro Gomes foram consideradas oportunistas dentro da

polícia. O pré-candidato culpou o 'estado policial' de

Bolsonaro por ter sido alvo de buscas.

NARRATIVA Dirigentes lembram que, como revelou o

Painel, o presidente da República foi intimado nesta

semana a depor no inquérito de fake news e, há alguns

dias, Josimar Maranhãozinho (PL-MA) sofreu buscas

logo após Bolsonaro se filiar à sigla de Valdemar Costa

Neto.

DA TOGA O juiz Danilo Dias Vasconcelos de Almeida,

que autorizou as buscas, já sofreu uma censura do

TRF-+5 (Tribunal Regional Federal da 5º Região) por

dar voz de prisão de maneira arbitrária.

PARTICULAR Em 2017, o magistrado determinou a

condução de um servidor do Detran do Ceará à

delegacia após problemas no sistema do órgão impedi-

lo de fazer a transferência do registro de um carro.

LAÇOS O deputado Júnior Bozella (PSL-SP) se

encontrou com Rodrigo Garcia (PSDB) nesta quarta

(15) e indicou que está tudo certo para a União Brasil

apoiá-lo na disputa pelo governo de São Paulo.

FUTURO Segundo o parlamentar, aliado próximo do

presidente do partido, Luciano Bivar, também foi

abordada na conversa a questão sobre quem será o

vice na chapa de Garcia. 'A União Brasil indicando o

vice, ficou combinado que sou eu que vou, disse Bozella

ao Painel.90

Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Poder

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - Judiciário

CRESCIMENTO Zenaide Maia (Pros-RN) está na mira

do PT para aumentar a bancada no Congresso. O

interesse da legenda em filiar a senadora foi verbalizado

por Jaques Wagner (BA) na festa de comemoração da

chegada de Fabiano Contarato (PT-ES).

CASA O evento foi no restaurante Tia Zélia, reduto

petista em Brasília, e teve mocotó com farofa e banda

de forró.

LUTA A Central de Movimentos Populares vai realizar

no dia 21 de dezembro uma série de marchas

simultâneas na cidade de São Paulo contra a carestia e

por emprego e comida. Segundo Raimundo Bonfim,

coordenador-geral da CMT, os atos ocorrerão em vários

bairros e na região central da capital.

CRISE Estão confirmados atos em 10 locais próximos a

supermercados. A escolha, diz Bonfim, é para mostrar

que há comida, mas falta condições aos cidadãos para

comprá-la. 'A ação se dá diante da situação de

desemprego, carestia e o aumento da fome no país',

afirma Bonfim.

FALA A vereadora Janaína Lima (Novo) prestou

depoimento nesta quarta-feira (15) no inquérito aberto

para apurar a suposta agressão à colega de partido Cris

Monteiro durante votação na Câmara de São Paulo. O

argumento da vereadora é que teria atuado em legítima

defesa. Janaína rebateu as afirmações.

TIROTEIO

Bolsonaro desconsidera o impacto a animais silvestres,

muitos em risco de extinção. Está ao lado da destruição

De Ivan Valente (PSOL-SP), deputado, sobre a tentativa

de integrantes da base do governo de pautar projeto

que libera caça

com Fabio Serapião e Italo Nogueira

COLUNISTAS

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Judiciário

91

No escurinho do Planalto

Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Opiniãoquinta-feira, 16 de dezembro de 2021

Judiciário - STF

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Autor: Bruno Boghossian

No escurinho do Planalto, o golpismo continua em alta.

Conselheiro presidencial e crítico contumaz do STF, o

general Augusto Heleno reeditou a avaliação de que a

corte tenta 'esticar a corda até arrebentar' e insinuou

que uma reação autoritária ao tribunal é uma carta que

está sempre na mesa de Jair Bolsonaro.

'Eu tenho que tomar dois Lexotan na veia por dia para

não levar o presidente a tomar uma atitude mais

drástica em relação às atitudes que são tomadas por

esse STF', disse o ministro na formatura de um curso

para agentes da Abin, na última terça-feira (14). A fala

do general foi divulgada pelo site Metrópoles.

Heleno é um personagem recorrente nos sonhos

antidemocráticos dos bolsonaristas. Em 2020, ele

publicou uma nota em que ameaçava o STF com

'consequências imprevisíveis' caso o tribunal

determinasse a apreensão do celular do presidente.

General da reserva, ele empresta uma coloração militar

aos planos autoritários do chefe.

Na conversa com os agentes da Abin, o ministro jogou

lenha no radicalismo político de Bolsonaro e seus

aliados. 'Um atentado ao presidente da República bem-

sucedido modifica totalmente a história do Brasil',

afirmou. 'Tenho uma preocupação muito grande com

esse 2022'

Não se deve ignorar perigos nem baixar a guarda na

segurança de um presidente, mas o risco à vida do

governante é a desculpa favorita de autocratas

interessados em tomar medidas fora dos limites da lei.

O próprio Bolsonaro voltou a explorar, nos últimos dias,

a expectativa de conflitos políticos e institucionais.

Nesta quarta (15), ele criticou ministros do STF que,

segundo ele, 'agem contra sua pátria' e disse que vai

'tomar uma decisão' se o tribunal rejeitar a tese que

limita a demarcação de terras indígenas.

Em outras palavras, Bolsonaro ameaçou novamente

descumprir uma decisão judicial -ou, no mínimo,

retomar o confronto direto como Supremo. A ruptura

ainda é a principal ferramentado presidente para agitar

sua base radical.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF

92

Câmara aprova segunda parte da PEC do Calote e libera mais R$ 43, 8 bi

Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Mercadoquinta-feira, 16 de dezembro de 2021

Judiciário - STF

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Autor: Thiago Resende e Danielle Brant

A Câmara eonduiu nesta quarta-feira (15) a votação da

segunda parte da PEC (proposta de emenda à

Constituição) dos Precatórios, ou do Calote, que adia o

pagamento de dívidas da União já reconhecidas pela

Justiça e, assim, libera espaço no Orçamento para

promessas do presidente Jair Bolsonaro (PL).

O texto-base do projeto, que libera mais R$ 43,8 bilhões

em despesas no próximo ano, foi aprovado em primeiro

turno na terça (14) por 327 a 147 contrários. No

segundo turno, concluído nesta quarta, a proposta

recebeu332 votos favoráveis e 141 contrários. Agora,

segue para promulgação.

Os deputados desistiram de fazer alterações

significativas no texto que já foi aprovado pelo Senado.

Com isso, não será mais necessário enviar a proposta

para nova análise pelos senadores.

Por maioria, os deputados suprimiram dispositivo que

contém previsão para o pagamento uas parcelas dos

precatórios do Fundef(Fundo de Manutenção e

Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de

Valorização do Magistério) dentro do mesmo ano. O

Senado criou esse calendário para evitar que o governo

pagasse esses recursos a estados comandados por

adversários políticos apenas após a eleição de 2022.

Apesar da supressão, pontos essenciais oa PEC foram

mantidos.

Em entrevista ao chegar à Câmara, Lira ressaltou que

os deputados mantiveram o cerne do texto dos

senadores, como a vinculação dos recursos ao

pagamento do programa social e o Fundef fora do teto.

'Então foi uma maneira de dizer ao Senado que a

Câmara, quando assume os compromissos, ela cumpre.

Com tranquilidade, sem nenhum tipo de alarde, com

discussão.'

A PEC é hoje a principal pauta de interesse de Jair

Bolsonaro no Congresso. O objetivo é autorizar o

governo a gastar mais e viabilizar a promessa de elevar

o valor do Auxílio Brasil numa tentativa de dar impulso a

Bolsonaro na campanha à reeleição em 2022.

Com a aprovação dessa segunda parte da PEC, o efeito

total da proposta é alcançado -R$ 106 bilhões em 2022.

No entanto, segundo cálculos do Ministério da

Economia, o valor é insuficiente para atender à

promessa de reajuste de servidores feita por Bolsonaro,

para ampliar as emendas parlamentares e para elevar

os recursos do fundo de financiamento de campanha

eleitoral

Para ampliar em cerca de R$ 106 bilhões as despesas

do próximo ano, a versão anterior PEC tinha dois

pilares.

Um deles, que já foi promulgado e já está valendo,

permite um drible no teto de gastos, fazendo um novo

cálculo retroativo desse limite.

93

Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Mercadoquinta-feira, 16 de dezembro de 2021

Judiciário - STF

A outra medida, que foi aprovada na Câmara nesta

quarta, cria um valor máximo para o pagamento dos

precatórios -as dívidas que não entrarem nessa lista

serão adiadas e quitadas em anos posteriores.

Esse limitador para a quitação de dívidas deve ser

questionado na Justiça. O presidente da Comissão de

Precatórios da OAB Nacional, Eduardo Gouvêa, já disse

que pretende entrar com uma ação no STF contra a

medida.

O fatiamento da PEC ocorreu por causa de mudanças

feitas no Senado ao texto que já havia sido aprovado

previamente pela Câmara.

Os senadores mantiveram integralmente a parte que

dribla o teto de gastos e libera R$ 62,2 bilhões em 2022.

A Câmara precisou então votar as alterações feitas no

pilar que trata do limite de pagamento de precatórios,

responsável pela abertura de R$ 43,8 bilhões para

novas despesas no Orçamento do próximo ano diante

do adiamento da quitação de dívidas.

Os deputados aceitaram prever que a medida valha até

2026, não até 2036, como estava a versão anterior.

Isso foi uma demanda de senadores que temem que a

criação de um teto de pagamento de precatórios vire

uma 'bola de neve' e a União passe a acumular uma

dívida muito grande no futuro.

Ao reduzir em dez anos o prazo de vigência, a nova

versão da PEC não altera os efeitos da proposta no

Orçamento de 2022.

Também foi aprovada pela Câmara a parte que deixa

claro que o aumento de gastos em 2022, a partir da

aprovação da PEC, será vinculado a despesas

obrigatórias, à área social e à prorrogação da

desoneração da folha de pagamentos.

O texto também prevê um mecanismo de vinculação

dos gastos que deixará o de ser pagos em precatórios

para bancar despesas com o programa social e na área

de seguridade social, como aposentadorias, entre 2023

e 2026.

A Câmara confirmou ainda que o pagamento de dívidas

ligadas ao Fundef ficará fora do teto dos gastos. Isso

representou uma derrota para a equipe do ministro

Paulo Guedes (Economia), que resistia a essa medida,

mas teve que ceder para aprovar o texto no Senado.

Para 2022, há mais de R$ 17 bilhões em dívidas de

repasses do Fundef para estados e municípios. A PEC,

porém, parcela essa conta em três anos.

A equipe econômica conta com o espaço de R$ 106,1

bilhões para conseguir acomodar todas as despesas

previstas para 2022. Para assegurar a ampliação do

Auxílio Brasil, o governo precisa de R$ 51,1 bilhões

adicionais.

Outros R$ 48,6 bilhões serão destinados à correção de

benefícios sociais pela inflação, à ampliação do teto de

gastos de outros poderes (devido à mudança na regra)

e ao ajuste nos mínimos constitucionais de saúde e

educação.

Há ainda uma fatura extra de R$ 5,3 bilhões para

bancar a prorrogação da desoneração da folha de

pagamento para empresas, medida já acertada entre

governo e Congresso.

Conforme a Folha revelou, a votação do primeiro turno

da PEC original teve manobra de Lira para aumentar as

chances cie aprovação da medida.

O texto, prioridade de Bolsonaro (PL), aliado de Lira,

passou em primeiro turno pela Câmara com uma folga

de apenas quatro votos, na madrugada do dia 4 de

novembro.

A votação remota, nos termos definidos por Lira,

permitiu que deputados 'no desempenho' de viagem de

missão oficial pudessem votar sem registrar presença

no sistema de identificação biomé-trica do plenário.

Pontos da PEC dos Precatórios, ou do Calote94

Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Mercadoquinta-feira, 16 de dezembro de 2021

Judiciário - STF

MUDANÇA NO INDEXADOR DO TETO DE GASTOS

O que é o teto

Regra constitucional aprovada em 2016 que limita 0

aumento da maior parte das despesas federais à

inflação do ano anterior

Como é hoje O teto é corrigido pela inflação medida

pelo IPCA em 12 meses até junho do ano anterior

Como fica O valor é recalculado, retroativamente, com

base no IPCA de janeiro a dezembro; na prática, isso

amplia o teto

REFIS A MUNICÍPIOS

O que diz a PEC Possibilidade de municípios

parcelarem

dívidas com a União caso aprovem reformas da

Previdência locais

CondiçõesMunicípios terão que

comprovar mudanças específicas nas regras

previdenciárias. Uma delas é que os servidores

municipais não poderão pagar alíquotas menores que

os servidores da União

TETO PARA PAGAMENTO DE PRECATÓRIOS

OqueéDívidas da União já

precatórioreconhecidas pela Justiça

e sem possibilidade de recurso

Como é hoje Precatórios inscritos no Orçamento são

pagos

Como fica É criado um valor máximo a ser quitado no

ano (cálculo usa como base 0 montante pago em

sentenças judiciais em 2016 e corrige esse número pela

inflação); os precatórios que ficarem fora desse limite

deverão ser pagos em outros anos

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF

95

André Mendonça toma posse hoje como ministro do STF

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Estado de S. Paulo/Nacional - Política

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - STF

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Autor: WESLLEY GALZO

Depois de travar uma guerra nos bastidores para ter sua

indicação aprovada no Senado, André Mendonça

assume hoje a vaga de 11. º ministro do Supremo

Tribunal Federal (STF) sob a alcunha de 'terrivelmente

evangélico'. O termo foi cunhado pelo presidente Jair

Bolsonaro, que fez teste de covid para comparecer à

cerimônia de posse do amigo.

Na prática, a promessa feita por Mendonça durante a

sabatina na Comissão de Constituição, Justiça e

Cidadania (CCJ) do Senado, quando disse que 'na vida,

a Bíblia; no Supremo, a Constituição', enfrentará ruídos

já no seu primeiro dia com a toga.

A Convenção Nacional das Assembleias de Deus

Ministério Madureira (Conamad) preparou um 'culto de

ação de graças' para Mendonça, em Brasília, logo após

a posse. Bolsonaro, a primeira-dama Michelle e

Mendonça confirmaram presença no culto. A

Assembleia de Deus é um reduto de líderes da bancada

evangélica na Câmara, como Cezinha Madureira (PSD-

SP) e Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ). Nos últimos

meses, nomes de peso das religiões protestantes no

Congresso trabalharam intensamente pela aprovação

de Mendonça no Senado. Evangélica, Michelle viralizou

nas redes sociais por comemorar a vitória do aliado de

forma efusiva, com falas 'em línguas'.

O novo ministro assumirá a relatoria de ações de

interesse do segmento que o apoiou e também da

oposição. Mendonça herdará dois processos sob

relatoria de Marco Aurélio Mello que dividem setores

progressistas e conservadores. O primeiro trata da

taxação de grandes fortunas. No outro caso, ele dará o

voto de desempate no julgamento que analisa se

detentas transexuais e travestis têm direito de optar por

cumprir a pena em presídios masculinos ou femininos. A

cúpula do Supremo, porém, não tem dado sinais de que

deve discutir ações que envolvam pautas de costumes e

questões de enfrentamento público no ano que vem,

sobretudo com a chegada de um evangélico.

A entrada do segundo ministro indicado por Bolsonaro

no STF movimentou a correlação de forças no tribunal.

Kassio Nunes Marques, o primeiro nome de Bolsonaro,

pode ter agora um aliado para rivalizar com seus pares.

O ministro tem colecionado votações em que é vencido

ou fica isolado. e

Fim do isolamento Mendonça fará companhia a Kassio

Nunes Marques, também indicado por Bolsonaro ao

STF

COLUNISTAS

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF

96

Bolsonaro tenta ampliar influência em tribunais

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Estado de S. Paulo/Nacional - Política

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - STF

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O presidente Jair Bolsonaro tem feito movimentos para

instalar novos aliados em cargos que lhe permitem

blindagem nas cortes superiores. Depois de emplacar

no Supremo Tribunal Federal (STF) o ministro

'terrivelmente evangélico' André Mendonça, que toma

posse hoje, o presidente está de olho nas cadeiras do

Superior Tribunal de Justiça (STJ). Sua intenção é

ocupar nichos de poder com nomes simpáticos a suas

bandeiras políticas.

Bolsonaro afirmou que pretende escolher ministros com

perfil do seu eleitorado para o STJ. A Corte tem duas

vagas abertas, que serão preenchidas por

desembargadores oriundos dos cinco tribunais regionais

federais.

O STJ julga casos criminais de autoridades com foro

privilegiado, como governadores, e serve como

instância superior para recursos negados em tribunais.

Foi lá que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do

presidente, conseguiu vitórias que invalidaram parte

substancial das investigações contra ele no caso das

'rachadinhas'.

Ao participar ontem de evento com empresários da

Fiesp, Bolsonaro destacou que quem se eleger

presidente, no ano que vem, terá direito a indicar dois

nomes para o Supremo, em 2023. 'Vamos supor que eu

seja candidato. Eu vou ter 40% a meu favor dentro do

Supremo. A favor de mim ou de minhas ideias, que

vocês já conhecem quais são', disse.

A eleição no STJ ocorrerá em 23 de fevereiro de 2022 e

há 16 nomes concorrendo às vagas. Um dos ministros

com trânsito no bolsonarismo, o presidente do STJ,

Humberto Martins, tenta apadrinhar o desembargador

Cid Marconi Gurgel de Souza, do TRF-5. Cidjá é até

chamado de 'ministro' por Martins. Outro nome cotado é

o do desembargador Ney Bello, do TRF-1, que tem

como cabo eleitoral o ministro Gilmar Mendes, do STF.

Além dele, pelo TRF-1 desponta a mineira Mônica

Sifuentes, que já foi escolhida por Bolsonaro para o

Tribunal Penal Internacional, em Haia, na Holanda, mas

perdeu a eleição em 2020. LAVA JATO. O ex-

presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil

(Ajufe) Paulo Sérgio Domingues, desembargador do

TRF-3, é mais um nome em alta. Na lista dos

postulantes, há alguns ligados à Lava Jato, como o

relator das ações no TRF-4 João Pedro Gebran Neto,

Leandro Paulsen e Victor Luiz dos Santos Laus. Todos

atuaram na prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da

Silva (PT), em processo iniciado pelo então juiz Sergio

Moro (Podemos), hoje pré-candidato ao Planalto. O

desembargador Messod Azulay Neto, do TRF-2, é o

único presidente em busca da vaga no STJ.

Na última terça-feira, Bolsonaro sofreu uma derrota com

a escolha do senador Antonio Anastasia (PSL-MG) para

o TCU. Na disputa travada no Senado, e referendada

pela Câmara, Anastasia venceu os colegas Fernando

Bezerra Coelho (MDB-PE), até então líder do governo

no Senado, e Kátia Abreu (Progressistas-TO). O novo

ministro do TCU entrará na vaga de Raimundo Carreiro,

que será embaixador do Brasil em Lisboa. Um segundo

embate ocorrerá em meados de 2022 pela cadeira da

presidente do TCU, Ana Arraes, que vai se aposentar. ?

coLABORARAM GUILHERME PIMENTA E PEDRO97

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Estado de S. Paulo/Nacional - Política

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - STF

VENCESLAU

Após ser preterido para o TCU, Bezerra deixa liderança

do governo

O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) deixou

ontem o cargo de líder do governo no Senado. A

decisão foi anunciada um dia após sua derrota na

eleição para a escolha do indicado do Senado ao

Tribunal de Contas da União (TCU), vencida pelo

senador Antônio Anastasia (PSDMG). Nos bastidores,

Bezerra avaliou que o Palácio do Planalto não o apoiou.

'Formalizei o pedido ao presidente Jair Bolsonaro, a

quem agradeço pela confiança no exercício da função',

anunciou o senador. A decisão não surpreendeu o

governo. Na eleição para a vaga do TCU, Bezerra

recebeu apenas sete votos e teve a pior colocação entre

os três candidatos.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF

98

Bolsonaro faz teste de Covid-19 para ir a posse no STF

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Globo/Nacional - Política

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - STF

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O presidente Jair Bolsonaro enviou ontem ao Supremo

Tribunal Federal (STF) um teste negativo de Covid-19

para comparecer à cerimônia de posse de André

Mendonça como novo ministro da Corte. À informação

foi divulgada ontem pelo STF, que confirmou a presença

de Bolsonaro no evento, marcado para hoje à tarde.

Uma resolução interna da Corte exige a comprovação

de vacinação ou a apresentação de um resultado

negativo para Covid-19 como requisito para entrar no

prédio do tribunal. Como Bolsonaro diz não ter se

imunizado e afirma ser contrário a esse tipo de

exigência, o presidente precisou apresentar um exame.

O documento do STF, publicado em outubro, afirma que

pessoas não vacinadas podem apresentar exames do

tipo RT-PCR ou antígeno realizados até 72h antes para

acessar as dependências da Corte. A mesma resolução

também exige a utilização de máscaras durante a

permanência no local. Bolsonaro frequentemente

dispensa o uso do dispositivo em agendas de rua e em

eventos no Palácio do Planalto.

Por conta de precauções contra a Covid-19, aposse de

Mendonça terá público limitado a 50 convidados, sendo

20 do novo ministro, como informou o colunista do

GLOBO Lauro Jardim.

Nos bastidores do STF, havia o temor de que Bolsonaro

insistisse em não cumprir a exigência de apresentação

de teste para Covid-19 e abrisse uma nova frente de

batalha com o tribunal.

EMBATE POR VACINA

Ex-advogado-geral da União, Mendonça foi indicado ao

STF por Bolsonaro para a vaga aberta, em julho, pela

aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello. À posse

de Mendonça ocorre uma semana após o presidente ter

retomado críticas à Corte, tendo como pano de fundo

justamente exigências relacionadas ao coronavírus.

No último sábado, o ministro Luís Roberto Barroso

determinou, em ação proposta pelo partido Rede

Sustentabilidade, a obrigatoriedade de comprovante de

vacinação para viajantes estrangeiros que ingressarem

no Brasil.

Na ação, a Rede pedia para que o governo federal

adotasse medidas sanitárias recomendadas pela

Anvisa, e que vinham sofrendo resistência de

Bolsonaro. Apoiadores do presidente, que é contra a

exigência de vacinação e também a imposição de

quarentena para estrangeiros não vacinados, criticaram

a decisão.

Ontem, o plenário do STF formou maioria para manter a

decisão de Barroso, mas estabelecendo que brasileiros

e estrangeiros residentes no Brasil não vacinados

podem retornar ao país com um teste negativo para

Covid-19 e fazendo quarentena de cinco dias, com

apresentação de novo teste ao fim do período.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF

99

STF confirma passaporte, mas admite opção de quarentena

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Globo/Nacional - Saúde

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - STF

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Autor: MARIANA MUNIZ

O Supremo Tribunal Federal (STF) manteve, por

maioria de votos, a exigência da apresentação de

comprovante de vacinação contra a Covid-19 para

viajantes que chegam ao Brasil. O colegiado confirmou

por votação, iniciada na tarde de ontem, a decisão do

ministro Luís Roberto Barroso do último sábado, que

estabeleceu o passaporte. Mas também deu a opção de

quarentena a brasileiros e estrangeiros residentes no

país.

Em seu voto, Barroso manteve a exigência de teste

para detecção da Covid-19 para viajantes que tenham

saído do Brasil a partir de ontem. A apresentação, antes

do embarque de reingresso ao país, pode ser

substituída pela quarentena de cinco dias em caso de

recusa ou falta do comprovante. Nesse caso, o período

de isolamento só se encerra depois de um teste

negativo para o coronavírus.

A opção de quarentena, no entanto, não vale para

turistas que estejam ingressando no país sem

residência ou nacionalidade brasileiras. Neste caso,

apenas serão admitidos aqueles que tiverem passaporte

vacinal válido.

No caso de brasileiros e estrangeiros que deixaram o

país antes do dia 15, não haverá cobrança de

comprovação de imunização no retorno. Entretanto,

essas pessoas ainda precisam mostrar um teste RT-

PCR negativo para Covid-19 realizado até 72 horas

antes do embarque e a declaração de saúde do

viajante. Haverá também dispensas especiais de

comprovação para pessoas que tenham razões médicas

para não se imunizar ou que venham de país em que

comprovadamente não haja vacina disponível ou por

razão humanitária excepcional. O ministro do Supremo

também declarou que 'cabe às autoridades sanitárias

regulamentarem o monitoramento e as consequências

da inobservância de tais determinações'.

Ontem pela manhã, o ministro informou que o

comprovante de vacinação para a entrada no Brasil de

pessoas vindas do exterior pode ser feito pelas

companhias aéreas no momento do embarque, ou seja,

no país de origem do voo. Por isso, 'não há qualquer

razão para tumulto', disse Barroso, em nota publicada

no site da Corte.

'O Ministro Luís Roberto Barroso esclarece que o

controle do comprovante de vacinação pode ser feito,

como regra, pelas companhias aéreas no momento do

embarque, como já é feito com o exame de PCR e a

declaração à Anvisa. Não há qualquer razão para

tumulto na chegada ao Brasil, pois o controle já terá

sido feito. A esse propósito, consultado pela IATA, o

gabinete do Ministro já repassou essa orientação. Nos

aeroportos brasileiros, bastará uma fiscalização por

amostragem, sem causar filas', diz o texto publicado

pelo STF. IATA é a sigla em inglês para Associação

Internacional de Transporte Aéreo.

IMUNIDADE NATURAL

As novas regras de ingresso no país não acolheram o

pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) para100

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Globo/Nacional - Saúde

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - STF

permitir a entrada, sem comprovante de vacina, de

quem já tenha sido infectado, pelo suposto

desenvolvimento de uma imunidade natural. Para o

ministro, não há base científica para tal exceção.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF

101

Motorista tem vínculo de empregado com 'app', diz maioria de turma do

TST

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Globo/Nacional - Economia

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - STF

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Autor: NATÁLIA BOSCO

A 3ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST)

formou maioria para reconhecer o vínculo empregatício

entre motoristas e empresas como a Uber. Dois dos três

ministros do colegiado votaram a favor de admitir o

vínculo empregatício, mas o julgamento foi suspenso

por pedido de vista.

Ele teve início em dezembro de 2020 e foi retomado

ontem. Se o julgamento for concluído sem alteração do

voto dos ministros que já se posicionaram, a decisão da

3º Turma será a primeira do tribunal favorável aos

motoristas.

Os ministros que votaram reconheceram que estão

preenchidos os requisitos para enquadrar o motorista

como empregado da empresa, que, segundo a lei são:

serviço prestado por pessoa fisica, pessoalidade, não

eventualidade, subordinação e onerosidade.

Quatro processos similares já foram avaliados pelas 4º

e 5º Turmas do TST. Em todas as vezes a decisão foi

favorável à Uber, que não vê vínculo empregatício. A

plataforma classifica os motoristas como parceiros

autônomos.

Nas decisões anteriores, as turmas do tribunal

entenderam que não existe subordinação do trabalhador

à empresa uma vez que o motorista tem flexibilidade

para estabelecer seus horários de trabalho, onde vai

atuar e a quantidade de clientes que quer atender.

Como deve haver divergências entre as turmas da

corte, o caso pode ser levado ao plenário do TST.

Dependendo do resultado, pode chegar ao Supremo

Tribunal Federal (STF), de onde pode sair decisão

definitiva que sirva de jurisprudência.

Com o vínculo de empregado, a empresa passaria a ser

obrigada a garantir direitos como férias, décimo terceiro

salário, FGTS e descanso semanal remunerado.

Apesar do processo ser focado no Uber, a decisão pode

impactar outras empresas que oferecem serviços por

aplicativos, como entregas.

O ministro Mauricio Godinho Delgado, relator do

processo, votou favoravelmente ao reconhecimento do

vínculo em dezembro de 2020. O ministro Alexandre

Belmonte pediu, na época, mais tempo para analisar.

No voto, Delgado escreveu que o serviço 'não escapa,

mas sofistica, a subordinação'. Além disso, o ministro

declarou que o motorista 'é fiscalizado

permanentemente pelo algoritmo'.

Há um debate no mundo todo sobre que tipo de vínculo

e proteção social os trabalhadores de aplicativo devem

ter.

Em nota, a Uber afirmou que as provas no processo

foram desconsideradas e que os ministros basearam as

102

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Globo/Nacional - Economia

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - STF

decisões em concepções ideológicas sobre o

funcionamento da empresa: 'A Uber irá aguardar o voto

do ministro Alexandre Belmonte para se manifestar

sobre a decisão, mas no momento cabe esclarecer que

os votos proferidos pelos ministros Mauricio Godinho e

Alberto Bresciani, da 3º Turmado TST, representam

entendimento isolado e contrário ao de todos os cinco

processos julgados no próprio Tribunal, o mais recente

deles no mês passado'.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF

103

Bretas acumula derrotas em ações sobre corrupção

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Globo/Nacional - Política

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - STF

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Autor: RAYANDERSON GUERRA

O juiz federal Marcelo Bretas, da 7º Vara Federal do Rio

de Janeiro, acumula uma série de derrotas à frente de

processos que apuram suspeitas e denúncias de

corrupção por políticos e empresários. Responsável

pelas ações da Operação Lava-Jato no estado, Bretas -

apontado como a versão fluminense do ex juiz Sergio

Moro - viu nos últimos meses pelo menos nove decisões

de repercussão nacional serem anuladas ou enviadas

para outros tribunais.

O revés mais recente foi imposto pela Segunda Turma

do Supremo Tribunal Federal (STF) anteontem. Os

ministros decidiram tirar de Bretas a competência sobre

um processo do ex-governador do Rio Sérgio Cabral,

que a pura irregularidades no setor de transportes do

estado. A decisão abre caminho para que uma

condenação de 19 anos e nove meses de Cabral seja

anulada. Agora, a análise ficará a cargo do Tribunal de

Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ).

A decisão da Segunda Turma foi tomada durante

julgamento de pedido feito pela defesa do empresário

Jacob Barata Filho, conhecido como Rei dos Ônibus,

também condenado por Bretas a 28 anos e oito meses

de prisão. O caso foi julgado pelo magistrado por, de

acordo com o Ministério Público Federal (MPF), ter

ligação com a Operação Calicute, que está sob a

responsabilidade Bretas. Os ministros entenderam, no

entanto, que as irregularidades no setor de transportes

são uma investigação à parte, sem relação com

recursos federais.

Na semana passada, a Segunda Turma já havia

imposto três derrotas a Bretas. Os ministros arquivaram

uma denúncia por evasão de divisas contra Jacob

Barata, retiraram de Bretas um inquérito que apura um

suposto esquema de corrupção numa empresa de

transportes do empresário e declararam a

incompetência do juiz para julgar os processos

decorrentes da Operação Fatura Exposta, determinando

a separação de réus do caso que ficou conhecido como

a 'farra dos guardanapos'.

CABRAL BENEFICIADO

Casos conexos investigados nas operações

Ressonância eS. O. S. também serão redistribuídos. A

decisão atendeu a um pedido da defesa do empresário

do ramo de saúde Miguel Iskin, um dos condenados no

processo, e beneficiou Cabral.

Além das derrotas impostas pelo Supremo, o Tribunal

Regional Federal da 2º Região (TRF-2) derrubou

anteontem um dos cinco mandados de prisão preventiva

do ex-governador expedido por Bretas. Os

desembargadores substituíram, por unanimidade, a

prisão preventiva por domiciliar, no processo

relacionado à Operação Eficiência, desdobramento da

Lava-Jato deflagrada em 2017. Apesar disso, Cabral

segue preso por outras investigações.

Os desembargadores declararam ainda a

incompetência do juiz para julgar uma acusação de

crime contra a ordem tributária movida pelo MPF contra

Ary Ferreira da Costa, o Aryzinho, ex-assessor de104

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Globo/Nacional - Política

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - STF

Cabral. Para eles, as investigações não têm conexão

com a 7º Vara.

Bretas ganhou notoriedade à frente dos casos da Lava-

Jato no Rio. Desde o ano passado, no entanto, decisões

do magistrado passaram a ser questionadas.

Em agosto deste ano, os ministros do STF anularam

todas as decisões tomadas por Bretas nas

investigações da chamada Operação Esquema S, que

apurou o suposto tráfico de influência e desvios no

Sistema S.

Os ministros também decidiram que as provas são

inválidas e determinaram o envio dos processos para a

Justiça estadual do Rio. À operação, deflagrada em

setembro de 2020, foi um desdobramento da Lava-Jato.

CASOS DE MICHEL TEMER

Em maio deste ano, o ministro Alexandre de Moraes

ordenou o envio de duas ações contra o ex-presidente

Michel Temer, que estavam a cargo de Bretas, para a

Justiça Federal do Distrito Federal. Moraes também

anulou decisões tomadas por Bretas contra Temer,

incluindo o recebimento da denúncia do MPF pelos

crimes de peculato e lavagem de dinheiro.

O ex-presidente deixou de ser réu no processo na 7º

Varado Rio e será julgado pela Justiça do DF nas ações

com acusação de irregularidades em contratos das

obras da usina nuclear de Angra 3.

No fim de abril deste ano, Moraes declarou ainda a

incompetência de Bretas em uma ação penal que

Temer, o ex-ministro Moreira Franco e outros seis

denunciados pelo MPF respondiam pelos crimes de

corrupção passiva e ativa e lavagem de dinheiro, na

esteira da Operação Descontaminação.

Ministros do STF anularam todas as decisões de Bretas

na Operação Esquema S

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF

105

Bolsonaro chama Fachin de 'trotskista' e 'leninista'

Conselho Nacional de Justiça - CNJValor Econômico/Nacional - Políticaquinta-feira, 16 de dezembro de 2021

Judiciário - STF

Autor: André Guilherme Vieira

O presidente Jair Bolsonaro chamou o ministro Edson

Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), de

'trotskista', por ter votado a favor da atualização do atual

marco temporal, que estabelece que povos indígenas só

podem reivindicar terras onde já estavam fixados em 5

de outubro de 1988, data em que a Constituição foi

promulgada. Segundo o presidente, o STF vai

inviabilizar o agronegócio no Brasil se votar

favoravelmente à ação.

'O Fachin votou pelo novo marco temporal, não é

novidade. Trotskista, leninista. [O ministro indicado por

Bolsonaro] Kassio Marques empatou. Vista está com o

nosso Alexandre de Moraes. Não sei qual vai ser o voto

dele, ou quando vai ser', afirmou, referindo-se a Leon

Trótski (1879-1940), - revolucionário marxista que

disputou com Stálin a hegemonia do Partido Comunista

na União Soviética, após a morte de Vladimir Lênin.

O trotskismo é a corrente política que no Brasil inspiram

hoje o PSTU e o PCO, partidos de extrema esquerda.

O julgamento da ação do marco temporal pelo STF está

suspenso porque o ministro Alexandre de Moraes pediu

vista e, de fato, não há previsão para que o tema volte a

ser julgado pelo plenário do Supremo.

Bolsonaro ainda sinalizou com eventual interferência na

decisão do STF, caso a Corte decida contrariamente ao

interesse do agronegócio.

'Se perdemos, eu vou ter que tomar uma decisão

porque eu entendo que esse novo marco temporal,

simplesmente, enterra o Brasil', afirmou o presidente a

uma plateia de empresários da Federação das

Indústrias de São Paulo (Fiesp), realizado ontem na

sede da entidade, em São Paulo.

Bolsonaro também falou sobre André Mendonça, o novo

ministro do STF indicado por ele para o tribunal e

afirmou que o novo integrante da Corte tem

compromisso com 'pautas conservadoras'. 'Indicamos a

segunda pessoa para o STE. Pode ter certeza, não vou

pedir nada para ele. Tudo o que vi ao longo de três anos

no André Mendonça ele vai cumprir no Supremo.

Pautas conservadoras, econômicas, entre outras. Não

vamos ter sobressalto com ele', afirmou o presidente.

Também sobre Mendonça, Bolsonaro disse que 'ele

sabe o que tem de fazer, senão não dá certo. '

O presidente disse ainda que terá '40% do Supremo' se

for reeleito no ano que vem.

'Quem se eleger no ano que vem tem duas vagas para

o Supremo em 2023. Vamos supor que eu seja

candidato. Eu vou ter 40% a meu favor dentro do

Supremo. A favor de mim ou de minhas ideias que

vocês já conhecem quais são. '

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF

106

Receita Federal altera tributação sobre ganhos com ações judiciais

Conselho Nacional de Justiça - CNJValor Econômico/Nacional - Legislaçao e Tributos

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - Judiciário

Autor: Joice Bacelo e Gilmara Santos

A Receita Federal baixou a guarda sobre um tema que

tem movimentado os tribunais - especialmente em razão

da chamada 'tese do século'. O órgão mudou o

entendimento sobre o momento em que devem ser

tributados os ganhos obtidos com as ações judiciais.

O contribuinte, ao vencer a disputa, precisa deixar na

mesa, para a União, 34% dos valores que têm a

receber. Essa fatia é referente ao recolhimento de

Imposto de Renda (IRPJ) e CSLL que incidem sobre o

acréscimo patrimonial da empresa.

Desde 2003, a Receita Federal entendia que essa

tributação tinha de ser paga no momento do trânsito em

julgado, quando não cabe mais recurso. Com a decisão

favorável e o processo encerrado, portanto, o

contribuinte deveria, imediatamente, repassar tais

quantias à União.

Agora, está mais flexível: a cobrança será feita na

primeira compensação, ou seja, depois que o

contribuinte habilita o crédito perante a Receita e faz

uso desse valor para quitar tributos correntes. Esse

novo entendimento foi publicado pela Coordenação-

Geral de Tributação (Cosit) no Diário Oficial da União de

ontem. Consta na Solução de Consulta nº 183, norma

que deverá ser aplicada pela fiscalização em todo o

país.

A mudança, segundo advogados, pode ter efeito sobre

a judicialização. As discussões sobre a tributação dos

ganhos provenientes de ações judiciais se tornaram

frequentes na Justiça com a chamada 'tese do século' -

que excluiu o ICMS da base de cálculo do PIS e da

Cofins.

A explicação está nos valores envolvidos nessa disputa.

Levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento e

Tributação (IBPT) estima que a 'tese do século' tenha

gerado R$ 358 bilhões em créditos fiscais para as

empresas.

Ninguém quer desembolsar altas quantias para pagar

imposto antes de colocar as mãos no dinheiro, segundo

especialistas. Era isso o que acontecia com o

entendimento anterior da Receita Federal, que

estabelecia a tributação do ganho já no trânsito em

julgado - antes, portanto, de os contribuintes realizarem

as compensações (uso do crédito para quitar tributos

correntes).

As empresas recorreram ao Judiciário com pedidos

diferentes. Algumas delas alinhadas à nova regra, ou

seja, para que a tributação ocorra na primeira

compensação.

Isso porque, no momento do trânsito em julgado, diz

Leo Lopes, sócio do FAS Advogados, as companhias

não sabem exatamente qual é o seu crédito. Mandados

de segurança, geralmente usados para contestar

cobranças fiscais, não fixam um valor. O contribuinte

tem que fazer os cálculos e apresentar à Receita.

'Com a tributação ocorrendo na primeira compensação,

os contribuintes podem utilizar o próprio crédito para

quitar essa tributação', afirma Lopes.

Não significa, no entanto, que essa discussão será

encerrada. Grandes companhias, principalmente, as

que faturam acima de R$ 78 milhões por ano, e têm

direito a quantias altíssimas por causa da 'tese do

século', entendem que a tributação deve ocorrer na

medida em que forem utilizando o crédito.

Se tem R$ 1 bilhão, por exemplo, e compensa R$ 200

milhões somente, tributaria só essa parcela. Depois,

tributaria-se o restante. É diferente do modelo

estabelecido pela Receita Federal: se tem R$ 1 bilhão,

terá que tributar todo esse valor de uma vez só, no

momento em que fizer a primeira compensação.

Há empresas ainda que entendem por outro momento,

posterior: o de homologação das compensações. A

Receita tem prazo de cinco anos - contados da data em107

Conselho Nacional de Justiça - CNJValor Econômico/Nacional - Legislaçao e Tributos

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - Judiciário

que a declaração de compensação tributária foi

apresentada pelo contribuinte - para fiscalizar e

homologar ou não os créditos.

Quem defende esse marco temporal diz que somente

com a homologação pela Receita Federal é que os

valores reconhecidos pela decisão judicial tornam-se

certos, líquidos e exigíveis.

'Não há um posicionamento definitivo do Judiciário

sobre essa questão, mas há uma tendência favorável ao

contribuinte', observa João André Buttini de Moraes, do

escritório Buttini Moraes Advogados.

O advogado Luca Salvoni, do escritório Cascione, cita

que no Tribunal Regional Federal (TRF) da 3º Região,

com sede em São Paulo, três turmas têm decisões para

que a tributação ocorra somente no momento da

homologação dos créditos. São pelo menos duas na 3º

Turma (processos nº 5000708-42. 2020. 4. 03. 6111 e

nº 5004691-74. 2019. 4. 03. 6114), uma na 4º Turma

(processo nº 5010177-15. 2020. 4. 03. 0000) e outra na

6º Turma (processo nº 5013313-53. 2020. 4. 03. 6100).

'Esses contribuintes não vão desistir das suas ações. Ao

contrário, quem ainda não judicializou vai judicializar',

diz Salvoni.

No ano passado, os contribuintes usaram créditos

fiscais para quitar R$ 63, 6 bilhões de impostos - 174%

a mais do que havia sido registrado em 2019. A Receita

Federal atribuiu o forte crescimento das compensações

à 'tese do século'.

Neste ano, a previsão de escalada é ainda maior. As

compensações tributárias feitas pelos contribuintes -

atingiram - R$ 67, 592 bilhões de janeiro a abril,

impulsionadas pela utilização dos créditos envolvendo a

'tese do século'. Isso indica um avanço real de 40, 37%

sobre o mesmo período de 2020.

Advogados afirmam que um número grande de ações

transitou em julgado depois de maio, mês em que o

Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu a tese. Esses

processos estão desaguando em novas e volumosas

compensações.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Judiciário

108

A partir de agora, flagrantes de violência doméstica serão analisadas por

juízes plantonistas na Capital

Conselho Nacional de Justiça - CNJA Crítica MS/Mato Grosso do Sul - Noticias

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021Judiciário - Audiência de Custódia

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Por unanimidade, os desembargadores do Órgão

Especial aprovaram proposta de resolução que modifica

dispositivos da Resolução nº 221/94. Na prática, a

alteração permite que todas as prisões em flagrante em

situação de violência doméstica, no âmbito territorial da

comarca de Campo Grande, sejam realizadas pelos

magistrados plantonistas que compõem o grupo da

Coordenadoria de Audiências de Custódia.

A proposta foi apresentada pela administração após

decisão anterior, que acolheu pedido da juíza da 3ª

Vara de Violência Doméstica e Familiar da Capital, para

que todas as audiências de custódia envolvendo

violência doméstica sejam retiradas de sua competência

e redirecionadas à Coordenadoria de Audiência de

Custódia de Campo Grande, em razão desta deter

melhor estrutura material.

Assim, por entenderem que a proposta atende ao

interesse público, sobretudo porque não implicará em

aumento de despesas à administração pública, os

julgadores foram unânimes na aprovação.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Audiência de

Custódia

109

O sistema judicial e os negócios

Conselho Nacional de Justiça - CNJDiário do Comércio/São Paulo - Noticias

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021Judiciário - Conciliação

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Por Renan L. Silva

De acordo com o relatório Justiça em Número de 2020,

elaborado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o

tempo médio de tramitação de um processo simples -

aquele cujo valor não supera 40 salários mínimos e que

necessita apenas de prova documental e testemunhal -

é de 3 anos e 8 meses em juizado especial, sendo

julgado em duplo grau de jurisdição.

Para ações cíveis mais complexas, esse tempo pode

chegar a até 9 anos e 8 meses. Já na Justiça do

trabalho o tempo médio é de 5 anos e dez meses.

Importante destacar que esses prazos são resultados

do ano de 2020, ou seja, após a informatização do

sistema judiciário brasileiro, que tinha como missão dar

maior celeridade às ações. Mas não foi identificada

redução significativa na duração dos processos.

Recentemente, o jornal Valor Econômico apurou que as

empresas estão envolvidas em mais de 75% dos

processos judiciais no Brasil (sendo que mais da

metade desse percentual envolve grandes empresas),

comprometendo, em média, 1,66% do faturamento com

custos para litigar no judiciário. Isso sem contar os

custos intangíveis envolvidos na judicialização massiva

dos conflitos, como os danos à imagem da empresa

perante o mercado e o consumidor, e a incerteza quanto

aos desfechos de cada processo.

Pois bem, diante desse cenário, é importante

pensarmos em outras vias e alternativas para resolução

de conflitos, seja com as novas tecnologias recém-

chegadas ao mercado, como o ODR (Online Dispute

Resolution), bem como com a mediação, conciliação e

arbitragem, hoje altamente difundidas no mercado,

todas com a devida segurança jurídica, além dos

benefícios específicos de cada modalidade de resolução

de conflitos extrajudiciais.

Atualmente, tanto as empresas como os operadores do

direito necessitam avaliar, muito além da questão

jurídica, a questão econômica que impacta na disputa

e/ou na resolução daquele conflito. A via judicial muitas

vezes não representa a melhor opção para empresas e

para o cidadão e, para como alternativa, temos a via

extrajudicial, que necessita de maior desmistificação e

experiência pela sociedade.

IMAGEM: Thinkstock

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Conciliação

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Nailde Pinheiro: "A magistratura é um sacerdócio, exige da magistrada",

diz presidente do TJCE

Conselho Nacional de Justiça - CNJDiário do Nordeste/Ceará - Noticias

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021Judiciário - Conciliação

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Autor: Jéssica Welma, Luana Barros

Terceira mulher a assumir a presidência do Tribunal de

Justiça do Ceará (TJCE) em 150 anos, a

desembargadora Nailde Pinheiro tem como meta de

gestão ter um olhar mais sensível a temas caros para as

mulheres.

Desde a formação de mulheres líderes dentro da

magistratura até projetos voltados ao combate à

violência contra a mulher e o feminicídio, a gestão da

desembargadora reflete o caminho trilhado por ela em

34 anos de magistratura.

Nailde Pinheiro concedeu entrevista ao programa

PontoPoder e ao Diário do Nordeste como convidada do

Projeto Elas, iniciativa do Sistema Verdes Mares em

prol de fortalecer a luta pelos direitos das mulheres e a

conquista de novos espaços, inclusive políticos.

Nela, a desembargadora lembrou a trajetória desde a

cidade natal Aurora, na região do Cariri, até a chegada

ao comando do Tribunal de Justiça do Ceará.

Confira a entrevista: Para começar nossa entrevista eu

queria que a senhora não contasse um pouco sobre a

presidente Nailde Pinheiro antes mesmo de assumir

esse papel. A senhora nasceu em Aurora, um município

pequeno, lá no Cariri. Como foi essa trajetória da

menina Nailde, da jovem, da mulher, para que tivesse a

oportunidade de trilhar esse caminho na magistratura?

Falar de Aurora, minha terra natal, é sempre voltar no

tempo, porque ali aprendi as primeiras letras do

alfabeto. É meu berço geográfico, ali convivi com

minhas amigas e amigos, participando das mesmas

atividades recreativas, frequentando os mesmos

colégios e, aos 14 anos de idade, quando foi informado

aos meus pais que, em Aurora, não teria mais estudos

para a Nailde, então meu pai teve que tomar uma

decisão de deixar nossa querida Aurora e irmos a um

lugar em que pudesse dar maior oportunidade aos

filhos.

Fez a opção por Fortaleza e, em janeiro de 1972,

viemos para cá. Naquela época, ainda existia o trem,

nós saímos daquela pedra da Estação Rodoviária rumo

a Fortaleza. Chegando aqui, a saudade bateu e muitas

vezes nós pedíamos ao meu pai e à minha mãe para

retornar a Aurora, e eles sempre diziam: 'de lá nós já

viemos, vamos aqui buscar um futuro melhor para todos

vocês'.

Tenho três irmãos e todos nós aproveitamos essa

oportunidade. Eu fiz o pedagógico, quis ser professora.

Inicialmente, no colégio Agapito dos Santos, ensinando

nas séries iniciais e, paralelamente, fui estudando para

o vestibular, (no qual) optei fazer o curso de Direito.

Após o quinto semestre, eu busquei uma oportunidade

de trabalhar em um cartório e aí trabalhei no cartório

Miranda Bezerra. Ali, me encantei por aquele mundo

jurídico, aquela oportunidade de manusear processos e

eis que surge um curso para a magistratura. Em 1986,

111

Conselho Nacional de Justiça - CNJDiário do Nordeste/Ceará - Noticias

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021Judiciário - Conciliação

eu fui aprovada e, a partir daí, um novo momento da

minha vida.

A senhora inicia essa trajetória na magistratura em

1986, ainda antes dos 30 anos, no município de Marco,

na Região Norte. Como foi chegar mulher, jovem, em

uma cidade pequena, na década de 1980 - com

costumes e premissas muito diferente dos que temos

hoje? Quais foram os desafios de firmar essa presença

feminina profissional no magistrado?

Muito jovem cheguei naquela comarca de Marco, me

apresentei e busquei não só fazer um trabalho de julgar

processos. Procurei me aproximar da comunidade e

trabalhar o lado social. Em pouco tempo, conquistei

aquela população. Cheguei no período em que

preparavam uma eleição. Foi a primeira eleição que eu

presidi, eram eleições gerais. Senti dificuldades, mas

superei porque trabalhei muito bem a equipe, procurei

agregar, somar e, a partir daí, apresentei aquele meu

resultado das eleições àquela comunidade.

Como as pessoas passaram a ter maior conhecimento

do meu trabalho, no tempo em que estive naquela

comarca, não senti dificuldade de me impor, até porque

sempre procurei que o diálogo fizesse parte da minha

vida e esse diálogo me ajudou muito.

O Tribunal de Justiça do Ceará só teve a primeira

mulher eleita presidente em 1999, a desembargadora

Águeda Passos, que também foi a segunda mulher a se

tornar desembargadora no Ceará. De que forma ter uma

mulher à frente do Poder Judiciário abriu caminho para

outras mulheres? Que mudança trouxe pro trabalho da

magistratura no Estado?

A desembargadora Águeda sempre foi considerada uma

juíza firme, uma juíza determinada, e eu sempre

observei a forma de trabalhar dela. E ali, fiz uma

projeção: de que um dia eu poderia também chegar

àquele posto. Trabalhei, sempre observando as

determinações dos meus superiores, sempre estando a

serviço da instituição. E, após 34 anos, assumi a

presidência do Tribunal de Justiça do Ceará. Antes, fui

presidente do Tribunal Regional Eleitoral, uma

experiência maravilhosa, em que fiz um trabalho

exitoso, um trabalho que exigiu muito de mim e de toda

a equipe, mas, quando você se propõe a cumprir uma

meta, um objetivo e abraça a causa, o resultado sempre

é satisfatório.

Logo quando a senhora assumiu a presidência do

TJCE, uma das propostas era trabalhar a liderança de

outras mulheres em um projeto que pudesse fomentar

essa formação de novas líderes. Como a senhora tem

atuado no Tribunal para promover mais mulheres?

Trabalhar esse projeto de formação de mulheres líderes

é também fazer parte desse cenário. É a palavra

corresponder à ação. Eu tenho trazido para esse

contexto do nosso trabalho, magistradas que hoje são

consideradas mulheres guerreiras, que estão sempre à

frente do tempo, trazendo ideias para a presidência.

A gente (trabalha) sempre com o sentimento de que

pode estar, hoje, preparando o futuro. Elas se engajam

muito bem dentro desse nosso projeto que escolhemos

para, dentro da gestão, trabalhar essa formação de

mulheres líderes.

Outro ponto de destaque é a questão do combate à

violência doméstica. Como o Tribunal de Justiça tem

agido para estar próximo a essas mulheres, para punir

agressores e também para atuar de forma educativa na

sociedade?

Tive essa preocupação desde o início da minha

formação do plano de gestão, em que busquei colocar

dentro do meu projeto essa grande causa. Inseri, dentro

do meu discurso de posse, o olhar especial que, como

presidente, eu daria a este assunto que, em razão da

pandemia, tem se agravado cada vez mais. É um fato

que, apesar de todas as campanhas, a gente se

surpreende com notícias de que o índice continua

elevado. Mas nós temos que continuar fazendo o nosso

trabalho.

Já tivemos várias campanhas desenvolvidas dentro da

gestão, conscientizando as mulheres e também os

homens de que esse olhar da paz, do entendimento, do112

Conselho Nacional de Justiça - CNJDiário do Nordeste/Ceará - Noticias

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021Judiciário - Conciliação

diálogo, da conversa, ainda é o melhor para todos. Nós

temos campanhas inclusive com a participação de um

embaixador escolhido e que aceitou de pronto o convite,

o nosso conhecido cantor Waldonys. Ele faz parte da

nossa campanha. Estamos também, em parceria com a

Etufor, com cartazes em que, todos os ônibus que estão

circulando dentro de Fortaleza, estão levando a

mensagem do Waldonys. O alcance é enorme.

Tivemos também campanha no estádio de futebol e

procurando sempre dar palestras e se comunicar com

essas pessoas de que o feminicídio não atinge apenas

a mulher, mas a família e toda a sociedade.

Qual mensagem a senhora deixa para as mulheres que

estão na luta também, especialmente àquelas que estão

agora se dedicando aos estudos para a magistratura?

Primeiro, que você precisa avaliar o seu perfil, se

realmente gosta de ser uma pessoa que vai ter

condições de ouvir, que gosta de trabalhar com a

conciliação. A magistratura é um sacerdócio, exige da

magistrada. O bom magistrado não é só aquele que

sabe muito do Direito. Ele tem que usar o bom senso,

tem que estar disponível a ouvir e trabalhar bem uma

conciliação, porque somente assim ele estará

desempenhando o seu papel em sua plenitude.

Julgar sim, mas conciliar e dar a voz para quem está

muitas vezes intranquilo, inquieto e buscando a Justiça

como último refúgio. É uma profissão nobre que, se

fosse para começar tudo hoje, eu começaria. Não

mudaria nada. É uma profissão em que eu me sinto

realizada.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Conciliação

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STF FORMA MAIORIA POR PASSAPORTE DE VACINA

Conselho Nacional de Justiça - CNJBahia Econômica/Bahia - Noticias

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021Judiciário - Covid-19

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O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria de

votos nesta quarta-feira, 15, a favor da manutenção da

decisão do ministro Luís Roberto Barroso sobre a

obrigatoriedade d passaporte sanitário para viajantes

que chegarem ao Brasil. O julgamento ocorre em

plenário virtual, com os votos dos ministros computados

de forma eletrônica no sistema do STF. A previsão é

que o julgamento termine nesta quinta-feira, 16.

No momento, já votaram o relator, Barroso, Cármen

Lúcia, Alexandre de Moraes, Rosa Weber, Edson

Fachin e o presidente Luiz Fux, totalizando seis votos.

Caso a obrigatoriedade permaneça, será mantida a

exigência do passaporte aos viajantes.

No caso de brasileiros e estrangeiros residentes no

Brasil que viajaram para o exterior após 14 de

dezembro, ao retornar, não será necessário apresentar

o comprovante de vacinação, mas terão que comprovar

o teste negativo de Covid-19 e fazer quarentena de 5

dias. Porém, a quarentena só poderá terminar após um

novo teste negativo.

No último sábado, 11, o ministro Barroso determinou

que o comprovante de vacina para viajante que chega

do exterior no Brasil só pode ser dispensado por

motivos médicos, caso o viajante venha de país em que

comprovadamente exista vacina disponível ou por razão

humanitária excepcional.

Foto: CNJ/Divulgação

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Covid-19

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Para ir à posse de Mendonça, Bolsonaro entrega teste negativo para

Covid ao STF

Conselho Nacional de Justiça - CNJCrusoé Online/Distrito Federal - Noticias

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021Judiciário - STF

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Autor: Ana Viriato

O presidente Jair Bolsonaro (foto) confirmou ao

Supremo Tribunal Federal que comparecerá

presencialmente à posse de André Mendonça como

ministro da corte, programada para esta quinta-feira, 16.

Para que ele participe da cerimônia, a equipe médica do

Planalto entregou nesta quarta-feira, 15, um teste feito

por Bolsonaro com resultado negativo para a Covid-19.

A apresentação do exame atende uma resolução

publicada em outubro pelo STF, que, entre outros

pontos, prevê a exigência de entrega do teste tipo RT-

PCR ou antígeno realizado nas últimas 72 horas ou de

certificado de vacinação contra o novo coronavírus para

a entrada nas dependências da corte.

André Mendonça é o segundo ministro indicado por

Bolsonaro ao STF. Pela legislação atual, ele poderá

permanecer no cargo até o final de 2047, quando

completa 75 anos.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF

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Bolsonaro diz que demitiu servidores do Iphan por interditarem obra de

Luciano Hang

Conselho Nacional de Justiça - CNJCrusoé Online/Distrito Federal - Noticias

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021Judiciário - STF

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Autor: Redação Crusoé

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira,

15, que demitiu equipes do Instituto do Patrimônio

Histórico e Artístico Nacional, o Iphan, por conta da

interdição de uma obra do empresário Luciano Hang,

proprietário da rede de lojas Havan.

Em evento na Federação das Indústrias de São Paulo, o

presidente reconheceu ter retaliado os servidores que

embargaram um empreendimento do empresário

bolsonarista. 'O Luciano Hang estava fazendo mais uma

loja e apareceu um pedaço de azulejo durante as

escavações. Chegou o Iphan e interditou a obra. Liguei

para o ministro da pasta e perguntei 'que trem é esse'?',

revelou.

'Eu não sou tão inteligente quanto os meus ministros. O

que é Iphan, com ph? Aí me explicaram, tomei

conhecimento e ripei todo mundo do Iphan, coloquei

outro cara lá. O Iphan não dá mais dor de cabeça para a

gente', disse o presidente da República, entre risadas e

palmas dos empresários presidentes à solenidade.

Na reunião ministerial de 22 de abril de 2020, cujo vídeo

foi divulgado pelo Supremo Tribunal Federal,

Bolsonaro já havia falado sobre o episódio. Na ocasião,

ele afirmou que o empreendimento havia sido

paralisado porque servidores do Iphan teriam

encontrado 'cocozinho petrificado de índio'.

No fim de 2019, a então presidente do Iphan, Kátia

Bogéa, declarou ter sido demitida do cargo após

reclamações do senador Flávio Bolsonaro e do

empresário Luciano Hang. A servidora mencionou o

impasse ocorrido após a interdição de uma loja da

Havan no Rio Grande do Sul.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF

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Presos os quatro condenados pelo incêndio da boate Kiss em 2013

Conselho Nacional de Justiça - CNJTV Justiça/Rio de Janeiro - Jornal da Justiça

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021Judiciário - STF

Já estão presos os quatro condenados pelo incêndio da

boate Kiss em 2013, no Rio Grande do Sul. Eles

conseguiram habeas corpus preventivo, mas que foi

derrubado pelo presidente do Supremo Tribunal

Federal, Luiz Fux.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF

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Esclarecidos os detalhes da decisão sobre o comprovante de vacina contra

Covid-19

Conselho Nacional de Justiça - CNJTV Justiça/Rio de Janeiro - Jornal da Justiça

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021Judiciário - STF

Ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal

Federal, esclarece os detalhes da decisão individual

que determinou a exigência do comprovante de vacina

para pessoas vindas do exterior. O pedido de

esclarecimento foi feito pela Advocacia-Geral da União

na arguição de descumprimento de preceito

fundamental.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF

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Barroso vota pela manutenção da obrigatoriedade da apresentação do

comprovante de vacina

Conselho Nacional de Justiça - CNJTV Justiça/Rio de Janeiro - Jornal da Justiça

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021Judiciário - STF

Ministro Luís Roberto Barroso vota, no Plenário Virtual

do Supremo Tribunal Federal, pela manutenção da

obrigatoriedade da apresentação do comprovante de

vacina contra a Covid-19 para quem chega ao Brasil,

além do teste para detecção da doença. A medida

também vale para brasileiros e estrangeiros com

residência no país. Para o ministro, essa é uma forma

de diminuir o risco de contaminação.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF

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Presidente Jair Bolsonaro confirma presença na posse do ministro André

Mendonça

Conselho Nacional de Justiça - CNJTV Justiça/Rio de Janeiro - Jornal da Justiça

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021Judiciário - STF

Presidente da República, Jair Bolsonaro, confirma

presença na posse do ministro André Mendonça, que

será realizada na próxima quinta-feira (16). A equipe

médica da Presidência enviou hoje (15) o teste negativo

para Covid-19, previsto na Resolução Nº 748/2021 do

Supremo Tribunal Federal, sobre as regras para

ingresso nos prédios do Tribunal, a fim de conter a

disseminação da Covid-19.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF

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STF analisa ação que questiona letalidade de operações policiais em

comunidades do RJ

Conselho Nacional de Justiça - CNJTV Justiça/Rio de Janeiro - Jornal da Justiça 2ª Ediçao

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021Judiciário - STF

O relator do caso reafirmou o voto que apresentou em

maio no Plenário Virtual a favor dos questionamentos do

PSB. O partido pediu que o Supremo esclarecesse

pontos da decisão tomada no ano passado, quando

determinou a suspensão das operações policiais do RJ

durante a pandemia.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF

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