Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia
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10
Correio Braziliense | NacionalJudiciário - STF, CNJ - Luiz Fux /
Condenados da Kiss estão presosPolítica - 16/12/2021
11
Judiciário - STF, CNJ - Luiz Fux /
Mendonça amplia avanço de Bolsonaro no STFPolítica - 16/12/2021
13
Judiciário - STF, CNJ - Luiz Fux, CNJ - Rosa Weber /
Passaporte de vacina torna-se obrigatórioBrasil - 16/12/2021
15
Folha de S. Paulo | NacionalJudiciário - Judiciário, Judiciário - STF, CNJ - Rosa Weber /
A Justiça tarda, mas não salvaPoder - 16/12/2021
17
Judiciário - Judiciário, Judiciário - STF, CNJ - Luiz Fux /
STF espera Mendonça lava-jatista e conservadorPoder - 16/12/2021
20
Judiciário - STF, CNJ - Luiz Fux, CNJ - Rosa Weber /
STF abre brecha para entrada no país sem passaporte da vacinaSaúde - 16/12/2021
23
Judiciário - STF, CNJ - Luiz Fux /
Após decisão do STF, quatro condenados por mortes na Kiss são presosCotidiano - 16/12/2021
24
O Estado de S. Paulo | NacionalJudiciário - Judiciário, Judiciário - STF, CNJ - Luiz Fux /
Estranha decisão no caso da boate KissNotas e Informações - 16/12/2021
2626
Judiciário - STF, CNJ - Rosa Weber /
Orçamento secreto é sistema 'obscuro, afirma Fachin em julgamento virtualPolítica - 16/12/2021
28
Judiciário - STF, CNJ - Luiz Fux, CNJ - Rosa Weber /
Barroso recua e libera entrada no País sem passaporte vacinalSaúde - 16/12/2021
29
Valor Econômico | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça, CNJ - CNJ, Judiciário - Judiciário /
CurtasLegislaçao e Tributos - 16/12/2021
30
Judiciário - STF, CNJ - Luiz Fux, CNJ - Rosa Weber /
Avança julgamento de emendas do `orçamento secreto'Política - 16/12/2021
3131
Judiciário - Judiciário, Judiciário - STF, CNJ - Rosa Weber /
CCJ adia análise de da PEC da reforma tributária e aumento de acesso a armasPolítica - 16/12/2021
32
Judiciário - STF, CNJ - Luiz Fux, CNJ - Rosa Weber /
Supremo forma maioria e decide que país deve exigir passaporte vacinalBrasil - 16/12/2021
33
Meio Norte | PiauíCNJ - CNJ /
Prêmio CNJ 2021 no PiauíOpinião - 16/12/2021
35
O Hoje | GoiásCNJ - Conselho Nacional de Justiça /
Manoel L. Bezerra Rocha - Novo Conselheiro do CNJCidades - 16/12/2021
3636
O Sul | Rio Grande do SulCNJ - Conselho Nacional de Justiça /
Conselho Nacional de Justiça autoriza abertura de processo disciplinar contra juiz federal.Noticias - 16/12/2021
37
Zero Hora | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça /
QUALIDADE NA JUSTIÇA MILITARArtigos - 16/12/2021
3838
Câmara dos Deputados | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça, CNJ - Ivana Farina Navarrete Pena /
Comissão debate protocolo do Poder Judiciário sobre equidade de gênerosNoticias - 15/12/2021
39
CNJ - Conselho Nacional de Justiça, Judiciário - Covid-19 /
Câmara aprova em 2º turno mudanças na PEC dos PrecatóriosNoticias - 15/12/2021
43
Correio do Estado MS | Mato Grosso do SulCNJ - Conselho Nacional de Justiça /
Tribunal de Justiça de MS divulga lista tríplice para desembargadorJUSTIÇA DESPORTIVA - 15/12/2021
4545
G1.Globo | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça /
Tribunal de Justiça de MS gasta quase R$ 3 milhões com compra de veículos de luxoblindadosMato Grosso do Sul - 15/12/2021
Jornal do Senado | Nacional
4646
CNJ - Conselho Nacional de Justiça /
CCJ aprova e envia ao Plenário indicação de promotor para Conselho Nacional de Justiça -Senado NotíciasNoticias - 15/12/2021
4848
CNJ - Conselho Nacional de Justiça /
Segue para o Plenário a indicação de João Paulo Schoucair para o CNJ - Rádio SenadoNoticias - 15/12/2021
5050
CNJ - Conselho Nacional de Justiça, Judiciário - Covid-19 /
Câmara conclui votação da PEC dos Precatórios, que será promulgada nesta quinta - SenadoNotíciasNoticias - 15/12/2021
5454
O Globo Online | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça /
Entenda a PEC dos Precatórios, aprovada pelo Congresso e que libera Auxílio Brasil de R$400Economia - 15/12/2021
5757
O Liberal PA | ParáCNJ - Conselho Nacional de Justiça, Judiciário - Conciliação /
Juíza Kédima Lyra e juiz Amilcar Guimarães ascendem ao desembargo do ParáNoticias - 15/12/2021
59
Portal Metrópoles Online | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça /
Câmara aprova PEC dos Precatórios em 2º turno. Confira ponto a ponto:Noticias - 15/12/2021
62
Valor Online | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça /
CurtasLegislação - 16/12/2021
6363
CNN Brasil | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça /
CCJ aprova promotor João Paulo Schoucair para Conselho Nacional de JustiçaNoticias - 15/12/2021
64
CNJ - Conselho Nacional de Justiça, Judiciário - Fazendo Justiça /
'Caso seja preciso, acionarei o CNJ', diz Ciro Gomes após operação da PFNoticias - 15/12/2021
66
Consultor Jurídico | São PauloCNJ - Conselho Nacional de Justiça /
LGPD não veda o acesso a dados públicos: este é um direito de todosopinião - 15/12/2021
68
CNJ - Maria Thereza de Assis Moura /
Justiça para todos: o caso da Boate Kiss
opinião - 15/12/2021
7171
CNJ - Conselho Nacional de Justiça /
Ministra Regina Helena Costa é empossada como ouvidora substituta do STJNoticias - 15/12/2021
73
CNJ - Conselho Nacional de Justiça /
Prática do TJ-RJ vence Prêmio Viviane do Amaral, do CNJNoticias - 15/12/2021
7575
CNJ - Conselho Nacional de Justiça /
Conselho autoriza abertura de processo disciplinar contra juiz federal do ParáNoticias - 15/12/2021
7676
Crusoé Online | Distrito FederalJudiciário - STF, CNJ - Luiz Fux, CNJ - Rosa Weber /
STF forma maioria pela exigência do passaporte da vacina para entrada no BrasilNoticias - 15/12/2021
77
Diário do Amapá | AmapáCNJ - Conselho Nacional de Justiça /
Assembleia da CEANoticias - 15/12/2021
7979
Estado de Minas online | Minas GeraisCNJ - Conselho Nacional de Justiça, Judiciário - Presos, Judiciário - Covid-19, Judiciário - Coronavírus /
Presídio de Ribeirão das Neves tem detentos isolados; visitas são suspensasNoticias - 15/12/2021
8080
O Sul | Rio Grande do SulCNJ - Conselho Nacional de Justiça /
Conselho Nacional de Justiça autoriza abertura de processo disciplinar contra juiz federalNoticias - 15/12/2021
8181
Senado Federal |CNJ - Conselho Nacional de Justiça /
Áudio: CCJ aprova nome de João Paulo Santos Schoucair para o CNJ, e indicação segue aoPlenárioNoticias - 15/12/2021
82
Diário do Poder | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça, CNJ - Conselheiro do CNJ /
Sabatina na CCJ aprova João Paulo Schoucair para compor o CNJNoticias - 15/12/2021
84
O Globo - Blogs | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça /
A reeducação do agressor que cometeu violência domésticaLauro Jardim - 15/12/2021
85
Rede TV | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça, Judiciário - Sistema Prisional /
Custo médio do preso no Brasil é de 1,8 mil por mêsNoticias - 15/12/2021
87
TV Justiça | Rio de JaneiroCNJ - Conselho Nacional de Justiça /
CNJ afasta o juiz Antonio Carlos Almeida Campelo da 4ª Vara do ParáJornal da Justiça 2ª Ediçao - 15/12/2021
88
Correio Braziliense | NacionalJudiciário - STF /
Maioria do STF vota para que só vacinados possam entrar no paísCapa - 16/12/2021
89
Judiciário - STF /
TSE: resolução contra fake newsPolítica - 16/12/2021
90
Folha de S. Paulo | NacionalJudiciário - Judiciário /
Camila Mattoso - PAINELPoder - 16/12/2021
92
Judiciário - STF /
No escurinho do PlanaltoOpinião - 16/12/2021
93
Judiciário - STF /
Câmara aprova segunda parte da PEC do Calote e libera mais R$ 43, 8 biMercado - 16/12/2021
96
O Estado de S. Paulo | NacionalJudiciário - STF /
André Mendonça toma posse hoje como ministro do STFPolítica - 16/12/2021
97
Judiciário - STF /
Bolsonaro tenta ampliar influência em tribunaisPolítica - 16/12/2021
99
O Globo | NacionalJudiciário - STF /
Bolsonaro faz teste de Covid-19 para ir a posse no STFPolítica - 16/12/2021
100
Judiciário - STF /
STF confirma passaporte, mas admite opção de quarentenaSaúde - 16/12/2021
Judiciário - STF /
102102Motorista tem vínculo de empregado com 'app', diz maioria de turma do TSTEconomia - 16/12/2021
104
Judiciário - STF /
Bretas acumula derrotas em ações sobre corrupçãoPolítica - 16/12/2021
106
Valor Econômico | NacionalJudiciário - STF /
Bolsonaro chama Fachin de 'trotskista' e 'leninista'Política - 16/12/2021
107
Judiciário - Judiciário /
Receita Federal altera tributação sobre ganhos com ações judiciaisLegislaçao e Tributos - 16/12/2021
109109
A Crítica MS | Mato Grosso do SulJudiciário - Audiência de Custódia /
A partir de agora, flagrantes de violência doméstica serão analisadas por juízes plantonistasna CapitalNoticias - 15/12/2021
110
Diário do Comércio | São PauloJudiciário - Conciliação /
O sistema judicial e os negóciosNoticias - 15/12/2021
111111
Diário do Nordeste | CearáJudiciário - Conciliação /
Nailde Pinheiro: "A magistratura é um sacerdócio, exige da magistrada", diz presidente doTJCENoticias - 15/12/2021
114
Bahia Econômica | BahiaJudiciário - Covid-19 /
STF FORMA MAIORIA POR PASSAPORTE DE VACINANoticias - 15/12/2021
115115
Crusoé Online | Distrito FederalJudiciário - STF /
Para ir à posse de Mendonça, Bolsonaro entrega teste negativo para Covid ao STFNoticias - 15/12/2021
116116
Judiciário - STF /
Bolsonaro diz que demitiu servidores do Iphan por interditarem obra de Luciano HangNoticias - 15/12/2021
117
TV Justiça | Rio de JaneiroJudiciário - STF /
Presos os quatro condenados pelo incêndio da boate Kiss em 2013Jornal da Justiça - 15/12/2021
118118
Judiciário - STF /
Esclarecidos os detalhes da decisão sobre o comprovante de vacina contra Covid-19Jornal da Justiça - 15/12/2021
119119
Judiciário - STF /
Barroso vota pela manutenção da obrigatoriedade da apresentação do comprovante de vacinaJornal da Justiça - 15/12/2021
120120
Judiciário - STF /
Presidente Jair Bolsonaro confirma presença na posse do ministro André MendonçaJornal da Justiça - 15/12/2021
121121
Judiciário - STF /
STF analisa ação que questiona letalidade de operações policiais em comunidades do RJJornal da Justiça 2ª Ediçao - 15/12/2021
Condenados da Kiss estão presos
Conselho Nacional de Justiça - CNJCorreio Braziliense/Nacional - Política
quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - STF
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Os quatro condenados no julgamento do incêndio da
Boate Kiss, na última sexta-feira, já estão presos em
regime fechado. Todos se entregaram depois que o
ministro Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal
Federal (STF), derrubou um habeas corpus preventivo
que os favorecia. Elissandro Spohr, ex-sócio da casa
noturna, ficará preso na Penitenciária Estadual de
Canoas 1. Mauro Hoffmann, também ex-sócio, Se
apresentou ao Presídio de Tijucas, em Santa Catarina.
Já Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Bonilha
Leão, respectivamente vocalista e produtor musical da
banda Gurizada Fandangueira, foram encaminhados
para o presídio da cidade de São Vicente do Sul.
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF, CNJ -
Luiz Fux
10
Mendonça amplia avanço de Bolsonaro no STF
Conselho Nacional de Justiça - CNJCorreio Braziliense/Nacional - Política
quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - STF
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Autor: » LUANA PATRIOLINO
André Mendonça toma posse hoje como ministro do
Supremo Tribunal Federal envolto em mistério. Os
integrantes da mais alta Corte de Justiça têm dúvidas se
ele vai atuar como o 'terrivelmente evangélico' de
Bolsonaro ou como um ministro técnico. Apesar de
afirmar que defenderia um Estado laico, Mendonça
deixou claro suas inclinações religiosas assim que teve
o nome aprovado pelo plenário do Senado. À ocasião, o
ex-advogado-geral da União parafraseou o astronauta
Neil Armstrong ao dizer que sua chegada ao Supremo é
'um passo para um homem, um salto para os
evangélicos'.
Nos próximos meses, o novo integrante da Corte terá
oportunidade para deixar claro seu perfil. Mendonça
herdará 991 processos que estavam sob relatoria de
Marco Aurélio Mello e deverá participar de julgamentos
controversos, como o bloqueio de perfis de apoiadores
do governo nas redes sociais, a prisão após
condenação em segunda instância e os direitos
LGBTQIA+.
Marco temporal
Em dos um dos processos, Mendonça dará o voto de
desempate no julgamento que analisa se detentas
transexuais e travestis têm direito de optar por cumprir a
pena em presídios masculinos ou femininos. A ação foi
apresentada pela Associação Brasileira de Gays,
Lésbicas e Transgêneros. O caso foi encaminhado ao
plenário virtual do Supremo, e o julgamento foi
suspenso após empate em 5 a5. O presidente do STF,
Luiz Fux, aguardava a nomeação do 11º ministro para
marcar a data de retomada da votação, que deverá ser
incluída no calendário de 2022.
Mendonça também vai participar de votações de
interesse do governo Bolsonaro, como o marco
temporal para demarcação de terras indígenas e a
derrubada dos decretos de flexibilização armamentista.
O presidente Jair Bolsonaro jamais escondeu o apreço
por Mendonça, até nos momentos em que a nomeação
do ex-ministro ao STF era uma dúvida em Brasília.
Bolsonaro segue apostando todas as fichas no seu
indicado para garantir pautas de interesse do governo.
Ontem, o chefe do Executivo voltou a criticar o novo
marco temporal e afirmou que a medida 'nem era para
ser discutida' pelo Supremo.
O presidente confirmou presença na cerimônia de posse
do novo ministro. A equipe médica da Presidência
também enviou um teste com resultado negativo para
covid-19. O diagnóstico negativo para infecção pelo
coronavírus é uma exigência para entrada nos prédios
da Corte, como previsto na resolução 748/2021 do STF,
que dispõe sobre as regras para conter a disseminação
do novo coronavírus.
Perfil
Da AGU para o Supremo
Natural de Santos (SP), André Mendonça é pastor
presbiteriano licenciado e servidor público federal. Tem11
Conselho Nacional de Justiça - CNJCorreio Braziliense/Nacional - Política
quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - STF
48 anos. É doutor em Estado de Direito e Governança
Global e mestre em Estratégias Anticorrupção e
Políticas de Integridade pela Universidade de
Salamanca, na Espanha.
Mendonça é próximo de ao menos um integrante do
STE o ministro Dias Toffoli. Entre 2007 e 2009,
Mendonça trabalhou com Toffoli quando este chefiava a
AdvocaciaGeral da União (AGU).
No governo Bolsonaro, Mendonça comandou a AGU,
além do Ministério da Justiça. Como chefe dessa pasta,
foi acusado de utilizar a Lei de Segurança Nacional para
intimidar críticos do presidente da República.
Mendonça é o segundo ministro do Supremo indicado
por Jair Bolsonaro. O primeiro é Kassio Nunes Marques,
empossado em novembro.
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF, CNJ -
Luiz Fux
12
Passaporte de vacina torna-se obrigatório
Conselho Nacional de Justiça - CNJCorreio Braziliense/Nacional - Brasilquinta-feira, 16 de dezembro de 2021
Judiciário - STF
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Autor: MARIA EDUARDA CARDIM
Apesar de o governo federal resistir em editar a portaria
para cobrar a vacinação contra a covid-19 de viajantes
que desembarquem no Brasil, o Supremo Tribunal
Federal (STF) formou maioria, ontem, a favor da
exigência do comprovante de imunização para a
entrada no país. O julgamento virtual da decisão
monocrática do ministro Luís Roberto Barroso, que
estabeleceu o passaporte da vacina, vai até amanhã e,
até o fechamento desta edição, seis integrantes da
Corte se declararam a favor da medida.
Os ministros Edson Fachin, Carmen Lúcia, Alexandre
de Moraes, Rosa Weber e Luiz Fux votaram
favoravelmente à medida determinada por Barroso, que
atendeu a ação impetrada pelo partido Rede
Sustentabilidade. A medida estabelece que brasileiros e
estrangeiros devem apresentar o comprovante de
vacinação contra a covid-19 quando embarcarem para o
Brasil.
A decisão ainda obriga que brasileiros e estrangeiros
residentes no Brasil que viajaram para fora do país após
14 de dezembro, e que não apresentarem o cartão de
vacinação quando voltarem ao Brasil, apresentem teste
negativo de covid-19 - e se submetam a uma
quarentena de cinco dias, que só é suspensa com um
novo exame negativo.
A recomendação de exigir a vacinação de viajantes
partiu da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa), em 12 de novembro, e foi reforçada pelo
Tribunal de Contas da União (TCU). Mas o governo
federal relutou em adotar a medida até a última semana,
quando foi editada uma portaria com novas regras para
a entrada no país.
Só que a cobrança do documento foi adiada por causa
de um ataque de hackers sofrido pelo governo, um dia
depois da publicação da portaria. Assim, no último final
de semana, o ministro Barroso determinou,
provisoriamente, a obrigatoriedade da apresentação de
comprovante de vacinação para todo viajante que
chegar ao país. Fiscalização
Barroso esclareceu, ainda, que o controle de
apresentação do documento de vacinação deve ser feito
pelas companhias aéreas no momento do embarque, já
que 'não há qualquer razão para tumulto na chegada ao
Brasil'. Segundo a nota do STF, o gabinete do ministro
já teria repassado a orientação para que a apresentação
do comprovante de vacinação seja feita pouco antes de
entrar no avião, junto com o exame da covid-19 e a
Declaração de Saúde do Viajante (DSV).
Dessa forma, nos aeroportos brasileiros será necessária
apenas uma fiscalização por amostragem, sem causar
filas, como vem sendo feito pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa). Na última terça-feira, a
autarquia reguladora informou que além de realizar a
fiscalização de documento por escolha aleatória do
passageiro, também se utiliza de dados da DSV para
avaliar voos e viajantes de maior preocupação,
conforme critério de saúde preenchidos no documento -
cobrado para a entrada no Brasil.
13
Conselho Nacional de Justiça - CNJCorreio Braziliense/Nacional - Brasilquinta-feira, 16 de dezembro de 2021
Judiciário - STF
Apesar de o comprovante de vacinação ser requerido
de apenas algumas pessoas, a Anvisa reforça que 'o
regramento para a entrada de viajantes no país deve
ser cumprido por todos'.
Em Brasília, para encontro com ministros do STF o
governador de São Paulo, João Doria, criticou a
fiscalização por amostragem. 'O passaporte vacinal
deve ser exigido no momento do embarque dos
passageiros para o Brasil. Não faz sentido que a
utilização de amostragem seja feita, prejudicando o
controle do ingresso de pessoas não vacinadas ao
Brasil', criticou. Doria havia anunciado, há poucos dias,
que esperaria até ontem para o governo federal adotar o
passaporte de vacinação, pois, do contrário, o exigiria
no território paulista.
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF, CNJ -
Luiz Fux, CNJ - Rosa Weber
14
A Justiça tarda, mas não salva
Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Poder
quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - Judiciário
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Autor: Conrado Hiibner Mendes
'A interpretação jurídica ocorre num campo de dor e
morte. ' Essa deve ser a abertura mais desconcertante
na história da literatura jurídica.
Robert Cover segue: 'Interpretações jurídicas
ocasionam violência sobre outros: um juiz articula sua
compreensão de um texto e alguém perde sua
liberdade, seus bens, seus filhos, até a vida' ('A
Violência e a Palavra' 1986).
Em texto anterior, o autor já iluminava a intimidade entre
instituições jurídicas e a violência: Juízes são pessoas
de violência. (. . . ) Mas juízes também são pessoas de
paz. A extensão da violência que eles poderiam ordenar
(mas não o fazem) equivale à medida da paz e do
direito que constituem. A violência da coerção, que
distinguiria o direito da literatura, opera em silêncio'
('Nomos e Narração', 1982).
O alerta serve para qualquer sistema jurídico, mas fica
pontiagudo num dos países mais desiguais e letais do
mundo. A razão limpa e inodora impressa no texto da
decisão judicial ofusca a desumanidade que o direito e o
jurista, com técnica e método, ajudam a legitimar.
Operadores do direito cravam suas digitais na alta taxa
decrescimento do PIBB, o Produto Interno da
Brutalidade Brasileira, no envernizamento das mortes
de crianças negras na periferia por operações policiais,
na prisão sem condenação deum terço da população
carcerária, na absolvição de policial por estupro de
menina que 'não resistiu ao sexo', ou de soldado que,
por 'legítima defesa imaginária', deixou jovem
paraplégico.
A desorganização estatal da violência no país ganha
abrigo em doutrinas jurídicas declamadas em
sentenças. Mas também é impulsionada por simples
atraso e indiferença.
'A Justiça tarda, mas não falha' se converteu em
máxima autocomplacente sobre o tempo judicial:
diversionista e autoritária, a pompa oracular presume
infalibilidade e esconde irresponsabilidade por trás da
demora sem causa.
Há que se calcular o custo do atraso judicial não só em
prejuízo econômico, mas em mortes e doenças, em
destruição devidas e famílias. E podemos começar pelo
custo do atraso do STE
Se a medida do sofrimento humano fosse um critério da
pauta de julgamento dos milhares de casos que
dormitam na gaveta, o STF mereceria mais respeito.
A Justiça tarda e mata. Pode se correlacionar muitos
atrasos do STF (ou de outros tribunais) com número de
mor tes. Mortes evitáveis pela diligência judicial.
Exemplos de demora sem causa que produz morte:
ações por medidas de segurança alimentar enquanto
crianças desmaiam de fome em escolas (ADPF 831, na
gaveta de Rosa Weber desde abril, e ADPF 885, na
gaveta de Dias Toffoli desde setembro de 2021); ações
que pedem controle de armas enquanto armamento se15
Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Poder
quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - Judiciário
expande (como a ADI 6675, que ficou quatro meses na
gaveta de Moraes, e pedido de vista de Kassio Nunes já
extrapolou prazo).
Outro: ação que busca descriminalizar porte de drogas,
lei obtusa que alimenta política de encarceramento mais
grave do país (RE 635. 659, tramitando há dez anos em
meio a obstruções e sem voto novo desde 2015).
Um contraexemplo a comemorar: a ação que tenta, sob
resistência da polícia fluminense, disciplinar operações
em favelas (por mérito de Edson Fachin e apesar de
Fux, que suspendeu 0casoeojogoupara2022, pois agora
tem culto de Mendonça).
Além de matar; , justiça tardia fabrica impunidade. A
advocacia garantista por autodeclaração entrou numa
onda celebratória pelas nulidades de muitas
condenações associadas à Lava/Jato, declaradas no
atacado.
Enquanto manchete sensacionalista salientou que
tribunais revogaram 277 anos de penas, advogados
reagiram para mostrar que grave mesmo foi a aplicação
de 277 anos de penas ilegais.
O reducionismo do embate sectário entre garantistas
(por autodeclaração) e lavajatistas tem emburrecido o
balanço da história.
Não se preocuparam em perguntar quando tais
nulidades foram declaradas pelo STFE por exemplo.
O controle tardio de nulidades é tão sério quanto a
produção de nulidades. Ainda mais graves e a própria
nulidade foi forjada por mudança da regra do jogo no
meio do jogo.
Alguns atos que, quando praticados, não eram nulos,
tornaram-se nulos porque, anos mais tarde, o STF
mudou de ideia sobrea regra válida. A prescrição espera
logo na esquina.
O 'tempo judicial' pode e deve ser diferente do tempo da
política, mas essa distinção não libera tribunais para
decidirem quando lhes for mais confortável. E a ordem
constitucional de 'razoável duração do processo' (art. 5º)
não serve como canção de ninar.
Porque a covardia de não julgar, ou de julgar quando
mais à vontade com seus pares, com opinião pública ou
com impacto em sua reputação, também mata. E
absolve, sem julgar, o colarinho branco.
Não é garantismo, mas ilusionismo. Tarde demais para
o Estado de Direito.
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Judiciário,
Judiciário - STF, CNJ - Rosa Weber
16
STF espera Mendonça lava-jatista e conservador
Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Poder
quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - Judiciário
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Autor: Matheus Teixeira
BRASÍLIA Ministros do STF (Supremo Tribunal
Federal) e advogados esperam André Mendonça
alinhado à corrente lava-jatista da corte (com postura
linha-dura em julgamentos criminais), pró-governo em
temas econômicos e conservador nos costumes.
As apostas sobre o novo integrante do STF se baseiam
na trajetória profissional, com destaque para o combate
à corrupção como bandeira, nos posicionamentos à
frente da AGU (Advocacia-Geral da União) e na
religiosidade.
Por meio de assessoria, Mendonça afirmou que vai
'cumprir os compromissos assumidos durante a
sabatina'.
O próximo ministro da cor te tomará posse nesta quinta
(16). A cerimônia e deve durar 15 minutos. Serão cerca
de 60 convidados, entre eles o presidente Jair
Bolsonaro (PL), além de presidentes de Câmara,
Senado e tribunais.
A expectativa é que Mendonça e Kassio Nunes
Marques, primeiro indicado por Bolsonaro ao STF,
comecem a formar uma ala conservadora na corte, até
então inexistente. Na relação como Congresso, porém,
Mendonça deve destoar do colega.
O primeiro indicado de Bolsonaro chegou à corte com
apoio de líderes do centrão e costuma ter postura de
deferência ao Legislativo.
Na maioria dos julgamentos que envolvem o Congresso,
Kassio menciona a separação dos Poderes e afirma que
não cabe intervenção do Judiciário na seara reservada
a deputados e senadores.
A leitura em relação a Mendonça é que ele chega ao
STF sem amarras. O ex-AGU e ex-ministro da Justiça
enfrentou uma espera de mais de quatro meses para
ser sabatinado e foi quem teve a maior quantidade de
votos contrários para ser aprovado no Senado.
A avaliação que já existia de que ele será um ministro
linha-dura em julgamentos criminais que envolvam
políticos, comisso, foi ampliada.
O histórico de Mendonça e as expectativas sobre o
comportamento do novo integrante são importantes
para vislumbrar como ele se situará na geografia política
internada corte. Na área criminal, por exemplo, há dois
núcleos que, de forma resumida, se dividem entre
favoráveis ou contrários aos métodos de investigação
da Lava Jato.
De um lado, Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Ricardo
Lewandowski votam em praticamente todos os casos
contra os interesses da operação. Do outro, que pode
passar a ter Mendonça como membro, estão Luís
Roberto Barroso, Luiz Fux e Edson Fachin.
Os demais ministros costumam oscilar e determinar
para qual dos lados o tribunal formará maioria.
O temor da ala garantista do STF é que Fux, presidente17
Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Poder
quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - Judiciário
da corte, aproveite a chegada de Mendonça para
recuperar pautas lava-jatistas que estão paradas. Isso
porque a maioria dos julgamentos importantes
relacionados à corrupção acaba com placar apertado
contra a Lava Jato.
São os casos da discussão sobre prisão após
condenação em segunda instância e da decisão de
enviar investigações de caixa 2 ligadas a outros crimes
para a Justiça Eleitoral.
Na análise dos dois temas, o tribunal deu decisões
contrárias aos interesses da Lava Jato por 6 a 5 ? como
voto do ministro Marco Aurélio Mello, que se aposentou.
No primeiro caso, o então ministro vetou a execução
antecipada de pena e, no segundo, retirou da Justiça
Federal diversas apurações.
Com a entrada de Mendonça, o placar pode ser
revertido. Comisso, Fux conseguiria dar tração à
intenção de não deixara Lava Jato ser enterrada.
Na área tributária, por sua vez, a divisão é outra. Gilmar,
Toffoli e Alexandre de Moraes costumam pender às
causas do Estado, enquanto Fachin e Fux são mais
favoráveis aos contribuintes.
Nesse campo, o histórico de Mendonça indica que ele
seguirá o primeiro grupo.
É comum que advogados da União de carreira, como é
o caso do novo ministro, tenham visão mais próxima
aos interesses do governo, uma vez que na AGU
geralmente atuam em defesa do Estado.
Em relação a temas de impacto econômico, o novo
ministro deve se alinhar à visão liberal do governo
Bolsonaro. Como chefe da AGU, ele defendeu medidas
do Executivo e, agora, deve manter a coerência e seguir
essa linha.
Na discussão sobre o marco temporal para demarcação
de terras indígenas, por exemplo, acompanhada de
perto pelo agronegócio, Bolsonaro já chegou a afirmar
que Mendonça votará alinhado ao interesse dos
produtores rurais.
'Já sabemos que o André vai ser um voto par ao nosso
lado. Isso não é tráfico de influência, é que nós
sabemos, dado o comportamento dele', disse o
presidente.
Segundo Bolsonaro, sobre 'pautas conservadoras' ele
nem precisa conversar com o ex-auxiliar. É nessa área
que Mendonça e Kassio devem for mar uma corrente
destoante.
OSTF tem uma maioria sólida com visão mais
progressista. Não à toa, a corte decidiu em 2019
criminalizar a homofobia e a transfobia.
A maneira como Mendonça foi indicado por Bolsonaro
ao STF e a agenda que tem cumprido após a aprovação
pelo Senado reforçam a tese de que fará jus à fama de
'terrivelmente evangélico' que o levou a ser escolhido.
Apesar de afirmar que se pautará pela Constituição e
não deixará a religião - ele é pastor presbiteriano -
influenciar em julgamentos, Mendonça mudou de tom
rapidamente. O novo ministro passou a citar mais o
vínculo com a igreja evangélica já na primeira entrevista
após receber o aval do Senado.
Há ações que são consideradas centrais para
conservadores e poderão voltar à pautado STF nos
próximos anos. Entre elas estão as discussões sobre
descriminalização do aborto e das drogas.
André Mendonça em culto em igreja do pastor Silas
Malafaia no Rio
Bolsonaro entrega teste negativo de Covid para ir a
posse
O presidente Jair Bolsonaro (PL) enviou nesta quarta-
feira (15) teste com resultado negativo para Covid-19 ao
STF (Supremo Tribunal Federal), para poder participar
da posse de André Mendonça.
18
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quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - Judiciário
A medida atende a um dos requisitos estabelecidos pela
corte para os cerca de 60 convidados à cerimônia. O
outro era comprovante de vacinação, mas o presidente
é crítico da vacina contra o coronavírus e alega não ter
se vacinado. "A equipe médica da Presidência enviou
nesta quarta (15) teste negativo para Covid-19, previsto
na resolução 748/2021 do STF', diz nota do Supremo.
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Judiciário,
Judiciário - STF, CNJ - Luiz Fux
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STF abre brecha para entrada no país sem passaporte da vacina
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quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - STF
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O STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria
para estabelecer que os residentes do Brasil que
deixarem o país a partir desta quarta-feira (15) poderão
retornar se comprovarem que tomaram o imunizante
contra a Covid-19, ou se fizerem quarentena de cinco
dias e apresentarem teste negativo.
Assim, a decisão deixa margem para residentes que
deixarem o país a partir desta quarta retornarem mesmo
sem o comprovante da imunização.
Os ministros Edson Fachin, Cármen Lúcia, Alexandre
de Moraes, Rosa Weber e Luiz Fux votaram para
acompanhar o voto de Barroso.
O julgamento ocorre no plenário virtual e os demais
magistrados têm até quinta-feira (16) para incluírem
seus votos no sistema.
A manifestação do Supremo também permite a entrada,
sem vacina, de quem não pode receber as doses por
razões médicas, menores de 12 anos e quem chega de
países sem imunizantes disponíveis.
Com a decisão, o governo terá de refazer a portaria com
regras sobre o controle de fronteiras. Mas as
manifestações de Barroso, acompanhadas pelos
colegas da corte, deixaram dúvidas sobre como cobrar
e fiscalizar o comprovante de vacinação, e quais são as
formas possíveis de barrar a entrada de um residente
no Brasil.
A proposta de inserir o certificado da vacinação no
controle de fronteiras, apresentada pela Anvisa em 12
de novembro, foi ignorada por quase um mês pelo
governo, barrada pelo discurso negacionista do
presidente Jair Bolsonaro (PL).
A ideia da Anvisa era evitar o turismo antivacina e
estimular a imunização de quem quer entrar no Brasil.
Encurralado por questionamentos no STF e
recomendação do TCU (Tribunal de Contas da União), o
governo aceitou parte das recomendações da Anvisa
em portaria publicada na última semana. Decidiu liberar,
em aeroportos, a entrada de todos os não vacinados
que cumprissem o isolamento e apresentassem teste
negativo, como havia proposto a agência.
O Planalto, porém, desejava permitir que viajantes
cruzassem a fronteira por terra apenas com o exame
negativo em mãos, enquanto a agência cobrava barrar
quem não estivesse imunizado.
A portaria do governo já previa, mas Barroso reforçou,
em comunicado, que a companhia aérea deverá cobrar
antes do embarque o certificado da vacina, o resultado
do teste da Covid-19 e a DSV (Declaração de Saúde do
Viajante).
Esta nota do ministro também ampliou as dúvidas no
governo, pois foi lida como sinal de que mesmo
residentes teriam de ser barrados, se não estivessem
vacinados.
Por terra, o teste negativo e o comprovante da
imunização são entregues às autoridades sanitárias ou20
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migratórias.
De forma geral, técnicos do governo e da agência
avaliam que a possibilidade de substituir o certificado de
vacinação pela quarentena e teste é direcionada ao
modal aéreo, onde é mais fácil acompanhar o viajante.
No quinto dia de isolamento, o viajante deve realizar
novo exame para a Covid-19. Se o resultado for
negativo, está liberado para circular no Brasil, senão
tem de completar o ciclo de 14 dias de quarentena.
Na primeira decisão monocrática no caso, no último dia
11, Barroso apenas estabeleceu que residente do Brasil
só poderia voltar ao país mediante comprovação de que
tomou vacina contra a Covid-19. A medida previa
dispensa da regra a quem apresentasse razões
médicas que contra indicassem a imunização, ou para
quem viesse de países que não tenham vacinas
disponíveis.
Na segunda decisão, do dia 14 deste mês, ele decidiu
que a exigência de passaporte de vacinação só valia
para as pessoas que deixarem o país desta quarta-feira
(15) em diante.
Em ambas as ordens judiciais, o ministro não
mencionava a hipótese da quarentena e testagem como
alternativa ao passaporte de vacinação para residentes.
No julgamento virtual em que a corte discute se
referenda a decisão do relator, porém, Barroso passou a
prever a possibilidade de quarentena e dupla testagem
para autorizar a entrada no país.
Por meio de nota enviada à reportagem, o ministro disse
que esse trecho do voto serve apenas para esclarecer
que residentes do país não podem ser proibidos de
entrar no Brasil.
"Para evitar interpretações equivocadas no sentido de
que o STF proibiria a entrada de brasileiros sem
vacinação no país, o ministro fez um acréscimo no voto
que enviou a referendo no plenário virtual, para deixar
claro que brasileiros e estrangeiros residentes no país
sem comprovante não poderiam ser banidos ou
proibidos de voltar para casa", disse.
O país é signatário da Convenção Americana de
Direitos Humanos, da OEA (Organização dos Estados
Americanos), que "ninguém pode ser expulso do
território do Estado do qual for nacional, nem ser
privado do direito de nele entrar".
No voto, que já foi acompanhado pelos colegas, o
ministro acrescenta a nova regra:
"Nada obstante, para não impedir de forma peremptória
o reingresso de brasileiro ou estrangeiro residente no
país, em caso de não exibição de comprovante de
vacinação, serão exigidos: (i) apresentação de
documento comprobatório de realização de teste de
PCR ou outro aceito para detecção da Covid-19, bem
como (ii) quarentena que somente se encerrará, com
nova testagem negativa, nos termos do art. 4º, da
Portaria Interministerial nº 661/2021".
A portaria a que ele se refere é a publicada pelo
governo federal na semana passada, após
recomendação da Anvisa (Agência Nacional de
Vigilância Sanitária) para que o país adotasse o
comprovante de vacinação.
O ministro diz ainda que cabe às autoridades sanitárias
regulamentarem o monitoramento e a fiscalização das
medidas.
A entrada de brasileiros não vacinados no Brasil era o
principal ponto de discórdia entre o Palácio do Planalto
e o Supremo.
Auxiliares do presidente se queixaram da primeira
versão de Barroso, e acreditavam que era uma forma de
impedir Jair Bolsonaro (PL) de viajar ou de obrigá-lo a
se vacinar, porque senão, não poderia entrar no Brasil.
Da forma como respondeu aos questionamentos da
AGU (Advogacia-Geral da União) na noite de terça-feira,
o ministro não abordava como proceder no caso de
cidadãos que deixassem o Brasil depois de 14 de21
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dezembro e que não tivessem como comprovar a
vacinação - seja porque não se vacinaram, seja porque
não conseguiram baixar comprovante no ConectSUS
que permanece fora do ar.
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Luiz Fux, CNJ - Rosa Weber
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Após decisão do STF, quatro condenados por mortes na Kiss são presos
Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Cotidiano
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Autor: Fernanda Canofre
Os quatro condenados pelas 242 mortes ocorridas na
boate Kiss, na cidade gaúcha de Santa Maria, estão
presos. Eles se apresentaram à Justiça depois de o
presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz
Fux, suspender o habeas corpus concedido por liminar
pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS).
Marcelo de Jesus dos Santos, vocalista da banda
Gurizada Fandangueira, e Elissandro Callegaro Spohr,
sócio-proprietário da Kiss, apresentaram-se ainda na
noite de terça-feira (14) - Santos em São Vicente do Sul
(a cerca de 90 quilômetros de Santa Maria) e Spohr em
Porto Alegre.
Os outros dois condenados pelo caso, Mauro Londero
Hoffmann, sócio-proprietário da boate, e Luciano
Bonilha Leão, assistente de palco da banda,
apresentaram-se na manhã desta quarta (15)- Hoffman
em Tijucas, em Santa Catarina, e Bonilha no mesmo
município de Santos.
Na última sexta, eles foram condenados pelos crimes de
homicídio e tentativa de homicídio simples por dolo
eventual, depois de dez dias de júri. Spohr foi
condenado a pena de 22 anos e 6 meses, Hoffmann,
a19 anos e 6 meses, e Santos e Bonilha, a 18 anos.
O juiz do caso, Orlando Faccini Neto, pediu a prisão
imediata com base no Código de Processo Penal, mas
uma liminar do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul
impediu o cumprimento da decisão.
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF, CNJ -
Luiz Fux
23
Estranha decisão no caso da boate Kiss
Conselho Nacional de Justiça - CNJO Estado de S. Paulo/Nacional - Notas e Informações
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Suspendendo a liminar concedida em sede de habeas
corpus pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio
Grande do Sul (TJRS), o presidente do Supremo
Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, determinou
o imediato cumprimento das penas aplicadas aos quatro
condenados no caso do incêndio na boate Kiss. Além
de atropelar a competência do Superior Tribunal de
Justiça (STJ), a decisão de Luiz Fux representa uma
tentativa de reabrir, por vias tortas, a discussão sobre o
início da execução da pena, discussão essa na qual o
presidente do Supremo foi voto vencido. Sempre, mas
especialmente em questões penais, o Poder Judiciário
não pode estar refém das idiossincrasias de um
magistrado.
Deve-se, em primeiro lugar, reconhecer que a decisão
do TJRS não era isenta de controvérsia. Com as
modificações trazidas pelo Pacote Anticrime (Lei
13.964/19), existe base legal para o início imediato da
execução de penas iguais ou superiores a 15 anos
aplicadas pelo Tribunal do Júri. No entanto, isso não
significa por si só que a decisão do tribunal gaúcho
esteja equivocada. Pode haver elementos no caso
concreto que aconselham a espera do julgamento da
apelação. Além disso, mesmo que eventualmente não
represente a melhor aplicação da lei, decisão judicial
não pode ser revogada por magistrado sem
competência para atuar no processo.
Ao longo das sete páginas da decisão de Luiz Fux,
observa-se uma interpretação especialmente ampla a
respeito de suas atribuições, de forma a autorizar sua
atuação num processo cujo encaminhamento - não é
segredo para ninguém - diverge de sua opinião pessoal.
Esta é a principal deficiência da decisão: para fazer
valer sua interpretação pessoal do Direito, o ministro
Fux assume uma atribuição institucional que não lhe
compete.
No Estado Democrático de Direito, o exercício do poder
deve se submeter, sem exceção, às atribuições de cada
cargo. Por isso, não é o próprio juiz, seja de qual
instância for, que arbitra se tem ou não competência
para atuar em determinado caso. Uma forma de
atuação nesses moldes significaria abuso de poder.
Na decisão de Luiz Fux, há duas circunstâncias
agravantes. Para suspender a decisão do TJRS, o
presidente do Supremo valeu-se de uma interpretação
que, em alguma medida, restringe o alcance protetivo
do habeas corpus. Ou seja, para dar ao caso o
encaminhamento de acordo com suas convicções
pessoais (a prisão imediata dos réus), Luiz Fux
precisou fragilizar esse importante instrumento de
respeito às garantias fundamentais, previsto
expressamente no art. 5.º, LXVIII da Constituição de
1988. A história nacional tem abundantes exemplos dos
efeitos perniciosos desse tipo de limitação sobre as
liberdades individuais.
Além disso, a decisão do presidente do Supremo tem
um alcance que vai além do caso da boate Kiss. Toda a
argumentação de Luiz Fux é um convite nada sutil para
reabrir a discussão sobre o início do cumprimento da
pena. A decisão tem, assim, um caráter de afronta não
apenas à recentíssima jurisprudência do STF sobre os
efeitos práticos da presunção de inocência, mas ao24
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próprio caráter colegiado do Supremo.
Não há justiça possível sem um mínimo de estabilidade
na jurisprudência das Cortes superiores, cujo papel é
precisamente consolidar orientações, proporcionando
segurança jurídica. Transformar cada novo caso em
oportunidade para reintroduzir discussões há pouco
superadas é uma atitude que não apenas deslegitima o
Judiciário aos olhos da população, como contraria a
própria razão de ser dos tribunais superiores.
Atropelos judiciais são especialmente graves em
questões penais, sobretudo em processos de grande
comoção popular, como é o caso do incêndio na boate
Kiss. O respeito às regras de competência e o zelo com
a jurisprudência são condições necessárias para que a
justiça não se transforme em justiçamento. A prestação
jurisdicional não é exercício de popularidade, tampouco
teste da sagacidade do juiz, para avaliar se é capaz de
fazer prevalecer sua opinião pessoal.
COLUNISTAS
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Judiciário - STF, CNJ - Luiz Fux
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Orçamento secreto é sistema 'obscuro, afirma Fachin em julgamento
virtual
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quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - STF
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Autor: WESLLEY GALZO
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal
Federal (STF), citou o caráter 'obscuro' do orçamento
secreto para justificar seu voto pela não liberação dos
recursos das emendas de relator geral do Orçamento
(RP-9) previstas para este ano. Fachin abriu a
divergência ao voto da relatora, Rosa Weber, que foi
acompanhada por outros três ministros, pela liberação
da execução das emendas.
'Daí o caráter obscuro desse sistema: o relator-geral
desonera-se da observância do dever de atender os
mandamentos da isonomia e da impessoalidade ao
atribuir a si próprio a autoria das emendas
orçamentárias, ocultando, dessa forma, a identidade
dos efetivos requerentes das despesas, em relação aos
quais recai o manto da imperscrutabilidade', afirmou
Fachin em voto por escrito. Segundo o ministro, as
medidas adotadas até o momento pelo governo e
Congresso não reverteram a falta de transparência,
isonomia e impessoalidade.
O julgamento teve início na terça-feira, no plenário
virtual do Supremo, e os ministros têm até as 23h59 de
hoje para apresentar seus posicionamentos. A tese que
tem prevalecido foi estabelecida em decisão liminar da
ministra Rosa Weber, acompanhada pelos votos de
Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski.
No dia 6 deste mês, Rosa atendeu aos pedidos dos
presidentes da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL),
e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSDMG), para
suspender o trecho da decisão proferida pelo plenário
do Supremo em novembro, que impediu novas
indicações de emendas RP-9 base do orçamento
secreto, revelado pelo Estadão e sua execução neste
ano. Por meio de uma decisão liminar, a ministra
reconheceu os argumentos dos parlamentares de que o
fim dos repasses, e da execução do orçamento secreto,
teria como efeito a paralisia de diversos setores
essenciais da administração pública.
O Estadão revelou ontem, no entanto, que a maior parte
dos recursos das emendas de relator deste ano
liberados (77% de R$1, 3 bi) foi destinada à
pavimentação de ruas e compra de maquinário pesado
saúde e educação ficaram em segundo plano.
Rosa apresentou no voto os mesmos argumentos
contidos na liminar, ou seja, de que as providências
adotadas pelo Congresso e o governo para dar
transparência ao mecanismo 'mostram-se suficientes'
diante do 'risco de prejuízo que a paralisação da
execução orçamentária traz à prestação de serviços
essenciais à coletividade'.
TRANSPARÊNCIA. Para Fachin, porém, as medidas
adotadas não demonstraram a eficácia almejada. 'A
continuidade do serviço público só poderia ser vir à
liberação dos recursos se o vício quanto à falta de
publicidade tivesse sido devidamente sanado, o que não
ocorreu. '
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Conselho Nacional de Justiça - CNJO Estado de S. Paulo/Nacional - Política
quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - STF
Desde o primeiro julgamento, o ministro Gilmar Mendes
tenta construir um entendimento intermediário: de
manter a execução das emendas, porém, com a adoção
de medidas que conferissem transparência. O
posicionamento de Gilmar foi seguido por Rosa Weber
e Ricardo Lewandowski.
Conclusão
Julgamento teve início na terça-feira e os ministros - têm
até 23h59 de hoje para apresentar seus votos
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF, CNJ -
Rosa Weber
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Barroso recua e libera entrada no País sem passaporte vacinal
Conselho Nacional de Justiça - CNJO Estado de S. Paulo/Nacional - Saúde
quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - STF
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Autor: WESLLEY GALZO GUILHERME PIMENTA
O Supremo Tribunal Federal (STF) atingiu nesta
quarta-feira os votos necessários para manter a liminar
expedida pelo ministro Luís Roberto Barroso, que
determinou no sábado a obrigatoriedade do passaporte
da vacina para viajantes que ingressarem no Brasil.
Pelo voto proferido por Barroso, porém, a apresentação
do comprovante poderá ser substituída por quarentena
de cinco dias para os brasileiros e estrangeiros que
moram no Brasil, em caso de recusa na apresentação
do comprovante. Já para os estrangeiros que vivem
fora, não há opção.
O entendimento de Barroso foi seguido por mais cinco
colegas da Corte. Até as 20 horas, haviam votado o
relator (Barroso), Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes,
Rosa Weber, Edson Fachin e o presidente Luiz Fux,
totalizando seis votos. Nenhum ministro votou contra até
esta tarde.
Na prática, a medida fica mais parecida com a regra que
havia sido prevista pela gestão Jair Bolsonaro, que abria
a brecha de quarentena de cinco dias, seguida de
apresentação de testes negativos, para não vacinados.
A diferença é que a norma federal não fazia distinção
entre brasileiros e estrangeiros. Bolsonaro é opositor do
passaporte da vacina.
O recuo tem como pano de fundo o fato de brasileiros
não poderem ser impedidos de entrar no Brasil,
segundo interlocutores do ministro.
Na terça, Barroso já havia dito que a regra só era válida
para quem viajasse depois de terça, para não
surpreender passageiros que tivessem embarcado sem
conhecimento da medida. O julgamento acontece no
plenário virtual do STF e vai até às 23h59 desta quinta-
feira. Nesta sexta-feira, o Supremo entra em recesso.
FISCALIZAÇÃO. A Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) iniciou a verificação de documentos
em aeroportos e fronteiras, mas admitiu que o processo
é por amostragem. Para especialistas, isso pode
prejudicar a contenção da variante Ômicron. Barroso
emitiu nota para explicar que o controle do comprovante
de vacina deve ser feito a rigor pelas companhias
aéreas no local de embarque, seguindo os mesmos
procedimentos aplicados em casos de teste PCR.
Fiscalização
Segundo Barroso, as companhias aéreas deverão fazer
controle do comprovante de vacinação
Aeroporto de Guarulhos; para estrangeiro, comprovante
obrigatório
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF, CNJ -
Luiz Fux, CNJ - Rosa Weber
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Curtas
Conselho Nacional de Justiça - CNJValor Econômico/Nacional - Legislaçao e Tributos
quinta-feira, 16 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça
Rescisão de contrato
A 2ºSeção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) vai
discutir a 'aplicabilidade (ou não)do artigo 39, inciso IX,
do Código de Defesa do Consumidor (CDC) à resilição
unilateral de contrato de conta corrente bancária por
iniciativa da instituição financeira'. A relatoria é do
ministro Paulo de Tarso Sanseverino (REsp 1941347).
O colegiado decidiu suspender a tramitação de recursos
especiais e agravos em recurso especial. Em relação
aos processos em andamento na primeira e na segunda
instâncias, a seção considerou que não há motivo para
a suspensão, uma vez que o STJ tem jurisprudência
pacífica sobre a questão. Prevalece no STJ orientação
no sentido da validade da resilição unilateral do contrato
de conta corrente bancária, nos termos da Resolução nº
2. 025/1993 do Conselho Monetário Nacional, não se
aplicando, nessa hipótese, a regra do artigo 39, inciso
TX, do CDC, que veda a recusa de fornecimento de
produto ou serviço a quem se disponha a pagar por ele.
Liberdade religiosa
O Plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ)
aprovou a instituição da Política Nacional de Promoção
à Liberdade Religiosa e Combate à Intolerância no
âmbito do Poder Judiciário. Acatada por unanimidade,
a decisão ocorreu na 61º Sessão Extraordinária,
realizada na terça-feira. A execução dos princípios
previstos na resolução envolve a adoção de medidas
administrativas que garantam a liberdade religiosa no
ambiente institucional, bem como ações de incentivo à
tolerância e ao pluralismo religioso entre servidores,
colaboradores e público externo do Poder Judiciário.
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça, CNJ - CNJ, Judiciário - Judiciário
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Avança julgamento de emendas do `orçamento secreto'
Conselho Nacional de Justiça - CNJValor Econômico/Nacional - Políticaquinta-feira, 16 de dezembro de 2021
Judiciário - STF
Autor: Luísa Martins e Isadora Peron
O Supremo Tribunal Federal (STF) computou ontem,
até o fechamento desta edição, quatro votos para liberar
a execução das emendas de relator. . Os ministro
Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli
acompanharam a relatora, ministra Rosa Weber.
Por ora, o único a divergir foi o ministro Edson Fachin.
Os demais têm até as 23h59 de hoje para votar em
plenário virtual. Faltam se manifestar os ministros
Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Luís Roberto
Barroso, Cármen Lúcia e Luiz Fux.
Na semana passada, após um recuo do Congresso
Nacional, a relatora também voltou atrás na liminar que
havia proferido - com referendo do plenário da Corte -
para suspender as emendas de relator-geral, que
representam R$ 16, 8 bilhões no Orçamento de 2021.
Os recursos estão sob suspeita de uso indevido pelo
presidente Jair Bolsonaro, como 'moeda de troca' para
ampliar a sua base no Congresso. A oposição alega que
a distribuição da emendas não atende a critérios
objetivos, favorecendo aliados do governo e violando os
princípios da impessoalidade e da transparência.
A liberação dos pagamentos ocorreu após o presidente
do Senado, Rodrigo Pacheco (PSDMG), abandonar o
discurso de que seria 'inexequível' listar os
parlamentares que solicitaram e receberam recursos e
comunicar a ministra sobre a adoção de 'providências
necessárias' para dar transparência ao processo.
Diante disso, Rosa proferiu nova decisão,
argumentando que a suspensão das emendas
representava 'potencial risco à continuidade dos
serviços públicos essenciais à população,
especialmente nas áreas voltadas à saúde e educação'.
A ministra destacou que a mudança de atitude do
Congresso 'viabiliza a retomada dos programas de
governo e dos serviços de utilidade pública cujo
financiamento estava suspenso'.
A nova decisão foi novamente submetida a referendo do
plenário, em sessão aberta na terça-feira. Dos três que
até agora acompanharam a relatora, dois também
mudaram de posição em relação ao entendimento
inicial.
No primeiro julgamento, os ministros Toffoli e
Lewandowski haviam referendado a suspensão da
emendas de relator, mas, agora, seguiram a Rosa no
recuo. Por outro lado, Gilmar apenas repetiu seu voto
favorável à liberação dos pagamentos.
Já Fachin manteve o voto pela suspensão. Ele entende
que as medidas anunciadas pelo Congresso não são
suficientes para uma mudança de posição. 'A falta de
transparência, de isonomia, a duplicidade de regimes, o
anonimato, a ofensa à impessoalidade e ao princípio
republicano, em meu modo de ver persistem. '
Para ele, 'ainda que tenham sido adotadas ferramentas
futuras de controle, o transcorrido ainda padece dos
mesmos vícios e não se justifica, como não se justificou
há pouco mais de um mês, a execução de um
orçamento inconstitucional'. O ministro defendeu que a
'continuidade do serviço público só poderia servir à
liberação dos recursos se o vício quanto à falta de
publicidade tivesse sido devidamente sanado, o que não
ocorreu'.
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF, CNJ -
Luiz Fux, CNJ - Rosa Weber
30
CCJ adia análise de da PEC da reforma tributária e aumento de acesso a
armas
Conselho Nacional de Justiça - CNJValor Econômico/Nacional - Políticaquinta-feira, 16 de dezembro de 2021
Judiciário - Judiciário
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado
decidiu postergar a análise de duas matérias diversas,
mas igualmente controversas: o projeto que aumenta o
acesso a armas para agentes de segurança e
caçadores, atiradores e colecionadores (CACs) e a PEC
110, que propõe uma reforma tributária.
O texto que altera o Estatuto do Desarmamento,
aprovado na Câmara dos Deputados em novembro de
2019 e que define novas regras para o registro, a posse,
comercialização de armas de fogo e munições causou
intensa discussão no colegiado. A oposição apresentou
um pedido de vista (mais tempo para análise), além de
36 emendas, justamente com a intenção de evitar a
votação da matéria.
Pelo regimento, o prazo seria de cinco dias, mas como
não se sabe como será o funcionamento do Senado na
próxima semana, dado que o ano legislativo pode se
encerrar na sexta-feira com a votação do Orçamento
para 2022, a decisão será levada ao presidente do
Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Os governistas querem que o projeto seja votado na
CCJ e no plenário ainda este ano. O relator, senador
Marcos do Val (PodemMos-ES), alega que um eventual
pedido de liminar no Supremo Tribunal Federal (STF)
sobre o assunto durante o recesso do Judiciário pode
provocar 'insegurança jurídica' e criminalizar praticantes
de tiro que adquiriram equipamentos recentemente.
Decretos assinados pelo presidente Jair Bolsonaro e
que mudaram regras de acesso a armas e munições
estão em questionamento no Supremo Tribunal
Federal (STF). Parte deles está suspensa por decisões
liminares da ministra Rosa Weber e do ministro Edson
Fachin e o julgamento dessas ações foi interrompido em
setembro, com pedido de vista do ministro Nunes
Marques, indicado por Bolsonaro.
'Se for tomada uma decisão monocrática sobre os
decretos, as pessoas que compraram não poderão
usar', defendeu o relator, comparando o caso a um
comprador de um carro proibido de usá-lo, sob pena de
prisão.
Do Val diz que o projeto é mais restritivo que os
decretos de Bolsonaro e se aplica essencialmente aos
CACs. Para opositores, o maior acesso a armas para a
prática esportiva é, na verdade, um subterfúgio para que
mais pessoas andem armadas, o que se verificaria pelo
aumento de pedidos de registro de pessoas como
praticantes de tiro.
Já a PEC 110, que propõe uma reforma tributária, será
lida e votada na comissão na volta dos trabalhos
legislativos, em fevereiro de 2022, anunciou o
presidente da CCJ Davi Alcolumbre (DEM-AP), em
acordo com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco
(PSD-MG). 'Assumo um compromisso de que, no
retorno dos trabalhos, faremos a leitura e a votação da
matéria, com o compromisso do presidente Pacheco de
que, cumpridos os prazos regimentais, levará depois
diretamente para o plenário'.
O parecer da PEC foi apresentado pelo senador
Roberto Rocha (PSDB-MA) em outubro e propõe a
criação de um Imposto sobre Valor Agregado (IVA)
Dual, com unificação de impostos federais em um IVA e
de Estados e municípios em outro. (RT e VL)
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Judiciário - STF, CNJ - Rosa Weber
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Supremo forma maioria e decide que país deve exigir passaporte vacinal
Conselho Nacional de Justiça - CNJValor Econômico/Nacional - Brasil
quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - STF
Autor: Luísa Martins, Isadora Peron e Fabio Murakawa
O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria
ontem para manter a exigência da apresentação do
passaporte vacinal a todos os viajantes que desejarem
entrar no Brasil.
Os ministros Edson Fachin, Cármen Lúcia, Alexandre
de Moraes, Rosa Weber e Luiz Fux votaram para
referendar a liminar concedida no sábado pelo relator,
Luís Roberto Barroso.
O julgamento continuará em plenário virtual até as
23h59 desta quinta. Até o fechamento desta edição,
ainda faltavam votar os ministros Nunes Marques,
Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli e Gilmar Mendes.
Barroso esclareceu que o controle do comprovante de
vacinação deve ser feito, como regra, pelas companhias
aéreas no momento do embarque.
Em nota, o gabinete do ministro destacou que, sendo
assim, 'não há qualquer razão para tumulto na chegada
ao Brasil, pois o controle já terá sido feito' antes da
viagem.
Para Barroso, o certificado é uma 'medida indutora da
vacinação, devidamente chancelada pelo STF, para
evitar que, na volta, aumentem o risco de contaminação
das pessoas que aqui vivem'. Quem se recusar a
mostrá-lo deverá se submeter a quarentena de cinco
dias, seguida de teste para covid-19.
Barroso entendeu que essa ponderação era necessária
'para não impedir de forma peremptória o reingresso de
brasileiro ou estrangeiro residente no país'. Ele apontou
que 'cabe às autoridades sanitárias regulamentarem o
monitoramento e as consequências da inobservância de
tais determinações'.
Os ministros que seguiram seu entendimento até o
momento não juntaram voto detalhado, apenas
registraram no sistema virtual do STF que estão
acompanhando o voto do relator.
A exigência do passaporte vacinal tem gerado dúvidas e
preocupações em dois atores que se encontram em
posições antagônicas sobre o tema. De um lado, o
Palácio do Planalto, contrário à medida; de outro, o
governador de São Paulo, João Doria, que pede mais
rigidez.
Sob liderança do presidente Jair Bolsonaro, que se
opõe à exigência, fontes no Planalto têm dito que a
medida é inexequível e manifestado preocupação
quanto à situação de brasileiros que cheguem ao país
sem o documento de comprovação.
Doria, por sua vez, esteve ontem no Supremo para
tratar do assunto com Barroso e com Fux, presidente da
Corte. O governador de São Paulo se disse preocupado
sobre como a medida funcionará na prática e ouviu dos
ministros que era preciso aguardara portaria do governo
que regulamentará o tema.
Na saída da reunião, Doria - que teve de mostrar o
comprovante de imunização para entrar nas
dependências do STF - disse a jornalistas que o Brasil
'não será um jardim de recreio pra negacionistas'.
O Supremo exigirá o passaporte para a entrada das
autoridades na posse de André Mendonça, como novo
ministro, marcada para a tarde de hoje. Bolsonaro não
se vacinou, mas enviou à Corte um teste negativo de
covid19 e poderá comparecer.
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF, CNJ -
Luiz Fux, CNJ - Rosa Weber
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Prêmio CNJ 2021 no Piauí
Conselho Nacional de Justiça - CNJMeio Norte/Piauí - Opinião
quinta-feira, 16 de dezembro de 2021CNJ - CNJ
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NAIARA MORES
Este seria apenas mais um daqueles artigos em que no
mês em que se comemora o Dia da Justiça, o dia 08 de
dezembro, estaríamos refletindo sobre a manutenção da
última posição do Tribunal de Justiça do Piauí, na
categoria geral Justiça Estadual, do Prêmio CNJ de
Qualidade. Mas estamos em um momento diferente! E
apesar das críticas sempre existirem (e não as vejo
enquanto desmerecimento, especialmente, aquelas
vindas da advocacia!), precisamos destacar os esforços
para a realização de uma melhor prestação jurisdicional
no Estado do Piauí.
O Relatório Justiça em Números 2021, divulgado em
novembro deste ano, já demonstrava que o Tribunal de
Justiça do Piauí estava avançando em vários
indicadores com relação ao ano anterior, sendo
destaque a diminuição do tempo médio entre a data do
início do processo até a sentença no primeiro grau de
jurisdição - no relatório referente a 2019, esse tempo
era de 3 anos e 5 meses e no relatório atual foi de 2
anos e 5 meses. Um dos principais fatores que
contribuiu para essa melhora foi a tramitação eletrônica
dos processos.
Em relação ao índice de produtividade comparada da
Justiça (IPC-Jus), Levando em consideração dados do
ano-base 2020, o mesmo relatório apontou que TJ-PI já
avançava 8%, com um crescimento que superava o ano
anterior e tribunais de porte maior. Dessa forma, o
Tribunal de Justiça do Estado do Piauí consolidou o
avanço de sete posições no ranking nacional de
qualidade, saindo da 27a posição para a 20a posição no
Prêmio CNJ de Qualidade 2021. Não, ainda, em
condições de premiação, mas refletindo de maneira
bastante consolidada o empenho continuado da
Presidência, de Magistrados e Servidores, bem como o
trabalho focado de digitalização da Justiça Estadual
piauiense.
Nos últimos oito meses, o TJ-PI digitalizou 60 mil
processos, focando em 100% dos processos que
tramitam no 2o grau, que foram digitalizados. A meta do
TJ-PI é que até maio de 2022 todos os processos da Ia
instância também estejam digitalizados. E, em breve,
será possível contar com a implantação da Central de
Processo Eletrônico, um modelo adotado em Rondônia,
adaptado para o Piauí, que trabalhará com modelos
previamente preparados, padrões de despachos e
decisão, e buscará viabilizar andamento mais rápido na
tramitação processual, segundo noticiado pelo
Presidente do Tribunal de Justiça nos últimos dias.
Em data significativa como hoje, e, sendo uma
entusiasta da positividade, destaco, reconhecidamente,
os avanços pontuados no Prêmio CNJ de Qualidade
2021, com expectativas de um futuro melhor para a
Justiça piauiense como um todo! Pois sempre digo,
ninguém quer que dê errado! Isso prejudicaria a todos,
advogados, cidadãos! Mas é preciso avaliar, e, apesar
dos esforços, reconhecer que ainda existem muitos
desafios no Judiciário brasileiro, como a implementação
de mais iniciativas do Justiça 4.0, a promoção da
equidade de gênero, ações voltadas à política criminal e
ao sistema carcerário, entre outros.
E, por fim, destaque-se que é sabido que muitas dessas
lutas por um Judiciário mais efetivo, no Piauí, têm
passado distantes de efetivas parcerias institucionais,
que são esperadas entre a Ordem dos Advogados e o33
Conselho Nacional de Justiça - CNJMeio Norte/Piauí - Opinião
quinta-feira, 16 de dezembro de 2021CNJ - CNJ
Judiciário piauiense, portanto, nessa seara, parabenizo
aos que compõem a Justiça Estadual pelos esforços, e
esperamos que, breve, para além de questões de
premiação, seja possível contar com efetiva justiça e a
superação de uma realidade de tramitação processual
extremamente demorada, e que, associada a outras
questões ligadas ao exercício profissional da advocacia,
tem tornado tão difícil viver dignamente da nossa
profissão no Piauí.
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - CNJ
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Manoel L. Bezerra Rocha - Novo Conselheiro do CNJ
Conselho Nacional de Justiça - CNJO Hoje/Goiás - Cidades
quinta-feira, 16 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça
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O vice-presidente do Tribunal Superior do Trabalho
(TST), ministro Vieira de Mello Filho, tomou posse como
conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do
CNJ, ministro Luiz Fux, destacou que o vice-presidente
do TST, “com sua brilhante trajetória profissional na
Justiça do Trabalho e reconhecida competência, irá
engrandecer o CNJ nos próximos dois anos”. Para o
ministro Vieira de Mello Filho, integrar o CNJ neste
momento vivenciado pela sociedade brasileira é uma
grande honra.
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça
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Conselho Nacional de Justiça autoriza abertura de processo disciplinar
contra juiz federal.
Conselho Nacional de Justiça - CNJO Sul/Rio Grande do Sul - Noticias
quinta-feira, 16 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça
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O Plenário do Conselho Nacional de Justiça autorizou
a abertura de processo administrativo disciplinar e o
afastamento de um juiz da Vara do Pará, unidade do
Tribunal Regional Federal da 1- Região. A decisão,
unânime, foi tomada durante a 61? Sessão
Extraordinária.
O magistrado liberou parte da carga de madeira
apreendida, em dezembro do ano passado, durante
ação da Polícia Federal contra extração ilegal. Na
ocasião, foram apreendidos mais de 131 mil m3 de
madeira em tora, interceptadas em balsas na divisa
entre Pará e Amazonas.
À época da apreensão, o juiz substituto da vara havia
decidido que o caso deveria ser analisado pela seção
judiciária do Amazonas. O juiz agora investigado, que
estava de férias, revogou a decisão. Ele também é
acusado de revogar prisões preventivas em
investigações de tráfico internacional de drogas e de
crimes contra o sistema financeiro e por absolver cinco
réus denunciados por fraude em licitação, em
circunstâncias supostamente incomuns.
Relatora da reclamação disciplinar, a corregedora
nacional de Justiça, ministra Maria Thereza Rocha de
Assis Moura, afirmou que os casos "devem ser
investigados por caracterizar, em tese, violação dos
deveres da imparcialidade, serenidade, exatidão,
prudência e cautela”, previstos no Código de Ética da
Magistratura Nacional. Ela ainda apontou possível
infração disciplinar em relação à Lei Orgânica da
Magistratura Nacional.
A ministra considerou que as decisões são incomuns e
os fatos, gravíssimos. Para ela, é necessário investigar
”o conjunto dos fatos extraído das circunstâncias em
que proferidas, durante o gozo de férias, ou em
processos em que atuava excepcionalmente, durante
férias ou mesmo curta ausência de outro magistrado,
acrescido da magnitude dos casos, e ainda atrelado à
informação de possível relação indevida com
advogados”.
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça
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QUALIDADE NA JUSTIÇA MILITAR
Conselho Nacional de Justiça - CNJZero Hora/Nacional - Artigos
quinta-feira, 16 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça
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FÁBIO DUARTE FERNANDES
O Conselho Nacional de Justiça divulgou os
resultados do Prêmio CNJ de Qualidade. Pelo segundo
ano consecutivo, o Tribunal de Justiça Militar do Rio
Grande do Sul conquistou o selo diamante, prêmio
máximo de qualidade no Judiciário. Na avaliação
específica do segmento das justiças militares, a Corte
gaúcha alcançou a maior pontuação, com 81%.
O prêmio tem por objetivo reconhecer os trabalhos em
destaque dos tribunais em áreas como governança,
transparência, produtividade e gestão. O Qualidade
CNJ foi instituído em 2019, em substituição ao Selo
Justiça em Números, que desde 2013 acompanha e
premia os tribunais brasileiros em destaque por sua
atuação objetivando à melhoria constante da qualidade
da prestação jurisdicional. Os 91 tribunais do país, em
seus diferentes segmentos (Superior, Federal, Trabalho,
Estadual, Eleitoral e Militar) participam do prêmio.
Resultados como esse, para além do regozijo
institucional, também devem ser celebrados sob a
perspectiva da conexão e percepção da Justiça Militar
junto à sociedade. Em que pese o seu pequeno porte, a
atuação dessa Corte cumpre um papel histórico e de
fundamental relevância no contexto da segurança
pública do Estado, ao posicionar-se como instrumento
efetivo de controle social da população sobre os
integrantes da Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros.
A complexidade na área de segurança pública, que
engloba diferentes fatores, exige o reconhecimento
dessa dimensão de controle sobre os jurisdicionados
militares. E, cremos, isso seja possível tão somente com
uma Justiça especializada, célere e eficiente. Essas
características, aliás, representam a missão precípua da
Justiça Militar do Rio Grande do Sul desde o seu
surgimento, 173 anos atrás.
Alcançar mais uma vez o selo Diamante, nesse contexto
limitante e transformador ocasionado pela pandemia,
reforça a convicção de que a Justiça Militar gaúcha
encontra-se no caminho correto de sua atuação.
Compreendendo e adaptando-se às novas realidades,
mas fiel à sua prestação jurisdicional.
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça
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Comissão debate protocolo do Poder Judiciário sobre equidade de
gêneros
Conselho Nacional de Justiça - CNJCâmara dos Deputados/Nacional - Noticias
quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça
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Comissão debate protocolo do Poder Judiciário sobre
equidade de gêneros
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MST
Um dos objetivos do protocolo é o enfrentamento à
violência contra as mulheres
A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher realiza
audiência pública nesta quinta-feira (16) para discutir o
protocolo "Julgamento com Perspectiva de Gênero
2021", elaborado pelo Conselho Nacional de Justiça
(CNJ). O debate terá a presença da procuradora de
Justiça Ivana Farina Navarrete Pena, ex-conselheira
do CNJ e coordenadora do grupo de trabalho instituído
para elaboração do protocolo.
O debate será realizado às 10 horas, no plenário 14, e
poderá ser acompanhado de forma virtual e interativa
pelo e-Democracia .
A deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC) , que pediu
a audiência, disse que o protocolo tem como objetivo
capacitar e orientar a magistratura para a realização de
julgamentos, por meio do estabelecimento de diretrizes
que traduzam um novo posicionamento da Justiça, com
maior equidade entre homens e mulheres.
"O CNJ reconheceu a necessidade de ter um protocolo
diante do aumento das ocorrências da violência de
gênero no Brasil. Assim, a publicação é fruto dos
estudos desenvolvidos pelo grupo de trabalho criado
para colaborar com a implementação das políticas
nacionais relativas ao enfrentamento à violência contra
as mulheres e ao incentivo à participação feminina no
Poder Judiciário", observou a deputada.
Da Redação - RS
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça, CNJ - Ivana Farina Navarrete Pena
38
Câmara aprova em 2º turno mudanças na PEC dos Precatórios
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quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça
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Câmara aprova em 2º turno mudanças na PEC dos
Precatórios
Proposta será promulgada nesta quinta-feira, às 14
horas
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Paulo Sergio/Câmara dos Deputados
Sessão do Plenário da Câmara dos Deputados
A Câmara dos Deputados concluiu nesta quarta-feira
(15) a votação, em dois turnos, da Proposta de Emenda
à Constituição (PEC) 46/21, que contém os trechos não
promulgados da versão do Senado para a PEC dos
Precatórios (PEC 23/21), como os limites de pagamento
dessas dívidas e a aplicação dos recursos
economizados em 2022 exclusivamente em seguridade
social e em programas de transferência de renda.
As partes comuns aprovadas por ambas as Casas
serão promulgadas nesta quinta-feira (16), em sessão
solene marcada para as 14 horas, no Plenário do
Senado.
Fundef
Na votação dos destaques apresentados pelos partidos,
realizada na Câmara entre ontem e hoje, houve apenas
uma mudança em relação ao texto vindo do Senado.
Destaque aprovado, do DEM, retirou do texto as datas
de pagamento dos precatórios do Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental
e de Valorização do Magistério (Fundef) a cada ano,
fixadas em 30 de abril, em 31 de agosto e em 31 de
dezembro.
Pelo texto, esse tipo de precatório será pago sempre em
três parcelas anuais a partir de sua expedição: 40% no
primeiro ano, 30% no segundo ano e 30% no terceiro
ano.
Assim, o governo poderá pagar em mais parcelas até o
fim do ano seguindo esses percentuais. Aqueles a
vencer em 2022 originalmente serão pagos em 2022,
2023 e 2024.
Outra novidade é que esses precatórios também ficarão
de fora dos limites do teto de gastos e de pagamento
anual de precatórios.
O texto introduz na Constituição regra determinando aos
estados e municípios a aplicação dos recursos obtidos
com os precatórios do Fundef conforme destinação
originária do fundo.
Desse total, 60% deverão ser repassados aos
profissionais do magistério, inclusive aposentados e
pensionistas, na forma de abono, proibida a
incorporação na remuneração, aposentadoria ou
pensão.
Segundo a Consultoria de Orçamento da Câmara, do
total de precatórios previstos para pagamento em 2022,
26% (R$ 16,2 bilhões) se referem a causas ganhas por
quatro estados (Bahia, Ceará, Pernambuco e39
Conselho Nacional de Justiça - CNJCâmara dos Deputados/Nacional - Noticias
quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça
Amazonas) contra a União relativas a cálculos do antigo
Fundef.
Data limite
Em vez de 2036, data do fim do regime fiscal de teto de
gastos, a PEC aprovada determina a aplicação do limite
de pagamento de precatórios apenas até 2026.
A regra geral segue o aprovado pela Câmara,
calculando o total de precatórios a pagar em cada ano
com a aplicação do IPCA acumulado sobre o que foi
pago no ano anterior, inclusive restos a pagar quitados.
Desse montante, serão descontadas as requisições de
pequeno valor (até 60 salários mínimos no caso da
União), que não entram no teto.
Os precatórios que não forem pagos em razão do limite
terão prioridade de pagamento nos anos seguintes,
observada a ordem cronológica e novas prioridades
constantes da PEC 46/21.
Desconto
O credor de precatório não contemplado no orçamento
poderá optar pelo recebimento em parcela única até o
fim do ano seguinte se aceitar desconto de 40% por
meio de acordo em juízos de conciliação.
No caso de 2022, os valores não incluídos no
orçamento para esse tipo de quitação com desconto
serão suportados por créditos adicionais abertos
durante o próximo ano.
As mudanças valem principalmente para a União, mas
algumas regras se aplicam também aos outros entes
federados, que continuam com um regime especial de
quitação até 2024 (Emenda Constitucional 99, de 2017).
Precatórios são dívidas do governo com sentença
judicial definitiva, podendo ser em relação a questões
tributárias, salariais ou qualquer outra causa em que o
poder público seja o derrotado.
Espaço fiscal
Nota informativa da Consultoria de Orçamento da
Câmara dos Deputados estima que as regras sobre
precatórios abrirão espaço fiscal de R$ 110 bilhões no
Orçamento de 2022. No entanto, somente R$ 67 bilhões
desses recursos estão garantidos com a Emenda
Constitucional 113, de 2021, promulgada com o texto
comum aprovado pelas duas Casas.
Os outros R$ 43,56 bilhões se baseiam no texto da PEC
46/21, dos quais R$ 39,485 bilhões referentes ao limite
de pagamento de precatórios e R$ 4,08 bilhões
referentes aos precatórios parcelados fora do limite.
Data de apresentação
A PEC muda, de 1º de julho para 2 de abril de cada
ano, a data limite de apresentação dos precatórios pela
Justiça para que sejam incluídos no orçamento público
do ano seguinte.
Em razão disso, para 2023 haverá uma transição,
considerando-se os precatórios expedidos entre 2 de
julho de 2021 e 2 de abril de 2022 para cálculo do limite
de pagamento.
Fora do limite
Da mesma forma que o texto da Câmara, a PEC
determina situações em que as despesas de pagamento
de precatórios ficarão de fora do limite anual para o
orçamento de cada ano e de fora do teto de gastos:
- precatórios pagos com o desconto de 40%;
- uso dos precatórios por credores privados para pagar
débitos com o Fisco, comprar imóveis públicos à venda,
pagar outorga de serviços públicos, comprar ações
colocadas à venda de empresas públicas ou comprar
direitos do ente federado; e
- precatórios para os quais a Constituição determina o
parcelamento automático se seu valor for maior que
15% do total previsto para essa despesa no orçamento.40
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quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça
Também correrão por fora do teto de precatórios os
gastos com atualização monetária daqueles previstos
para serem pagos no exercício.
Ordem de pagamento
A PEC 46/21 cria novas prioridades de pagamento de
precatórios, nesta ordem:
- requisições de pequeno valor (RPV), que, para a
União, são precatórios de até R$ 66 mil (valores de
2021);
- precatórios de natureza alimentícia (salários,
indenizações ou benefícios previdenciários) até três
vezes a RPV cujos titulares, originários ou por sucessão
hereditária, tenham a partir de 60 anos de idade, ou
sejam portadores de doença grave ou pessoas com
deficiência;
- demais precatórios de natureza alimentícia até três
vezes a RPV;
- demais precatórios de natureza alimentícia além de
três vezes a RPV; e
- demais precatórios.
Atualmente, a Constituição determina o pagamento
primeiramente dos precatórios de natureza alimentícia
de até três vezes a RPV para idosos, pessoas com
deficiência e com doença grave. Em seguida, devem ser
pagos os demais de natureza alimentícia na ordem
cronológica de apresentação.
Programa definitivo
Em relação aos programas de transferência de renda, a
proposta coloca na Constituição o direito de todo
brasileiro em situação de vulnerabilidade social a uma
renda básica familiar garantida pelo poder público em
programa permanente dessa natureza.
Limites, condições, normas de acesso e demais
requisitos do programa serão determinados por lei e
regulamento até 31 de dezembro de 2022.
Exclusivamente para o próximo ano, será dispensada a
observância das limitações legais quanto à criação de
despesa permanente. A Lei de Responsabilidade Fiscal
exige a criação de receita permanente ou a redução
permanente de despesa continuada para a criação de
despesa obrigatória desse tipo.
Transferência de renda
Em complemento à nova forma de cálculo do teto de
gastos, promulgada com a Emenda Constitucional 113,
a PEC prevê que o limite de uso da folga orçamentária
para 2021, de R$ 15 bilhões, poderá ser usado ainda
para o pagamento do Auxílio Brasil.
A emenda já promulgada prevê o uso do dinheiro
exclusivamente na vacinação contra a Covid-19 ou para
ações emergenciais e temporárias de caráter
socioeconômico.
Para 2022, entretanto, o texto especifica que a margem
orçamentária com a mudança no cálculo do teto de
gastos deve ser destinada somente ao atendimento das
despesas de ampliação de programas sociais de
combate à pobreza e à extrema pobreza, para a saúde,
a previdência e a assistência social.
Com o recálculo do teto de gastos deste ano, em vez do
uso do acumulado do IPCA de julho de 2019 a junho de
2020 (2,13%) será usado o acumulado de janeiro a
dezembro de 2020 (4,51%).
Risco fiscal
A PEC 46/21 propõe ainda a criação de uma comissão
mista do Congresso Nacional para examinar atos, fatos
e políticas públicas com maior potencial gerador de
precatórios e sentenças judiciais contrárias à União.
Essa comissão trabalhará em cooperação com o
Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e com o auxílio
do Tribunal de Contas da União (TCU), podendo41
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quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça
requisitar informações e documentos de órgãos e
entidades da administração pública direta e indireta de
qualquer dos poderes da União, dos estados, do Distrito
Federal e dos municípios.
A intenção é identificar medidas legislativas que podem
ser adotadas para trazer maior segurança jurídica no
âmbito federal.
Os resultados apurados serão enviados aos presidentes
do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior
Tribunal de Justiça (STJ) para a adoção de medidas de
sua competência.
Venda de dívidas
A proposta dos senadores retira tema que constava do
texto aprovado pela Câmara dos Deputados (PEC
23/21) referente à venda com desconto de créditos da
dívida a receber pelos governos, conhecida como
securitização.
O procedimento seria possível para débitos já inscritos
em dívida ativa antes da iniciativa de vendê-los ao
mercado e contanto que sejam classificados como de
difícil recuperação pelo órgão público de cobrança
(Procuradoria-Geral Fazendária, por exemplo).
Dívidas de estados
Por outro lado, um tema diverso introduzido pela PEC é
a mudança em regras de refinanciamento de dívidas
dos estados com a União previstas na Lei
Complementar 156/16 .
Essa lei concedeu prazo de pagamento de 240 meses
aos estados endividados que cumprissem determinadas
regras, como desistência de ações contra a União e
limitação de suas despesas primárias à variação do
IPCA.
Como muitos estados não conseguiram cumprir os
termos e atrasaram as prestações de novo, a Lei
Complementar 178/21 inclui alternativa de substituição
das penalidades previstas até então por outras menos
gravosas.
Agora, a PEC 46/21 permite aos entes federativos que
descumpriram os termos da Lei Complementar 156/16 e
que não quiserem seguir as regras propostas pela Lei
Complementar 178/21 pagarem os valores devidos à
União no mesmo número de prestações restantes não
pagas. De 2017 a 2021 foram 60 meses.
Atualmente, a lei prevê a devolução do que deixou de
ser pago em 12 meses. Para contarem com o prazo
maior proposto pela PEC, os estados devem adotar
medidas de contenção de despesas com pessoal
contidas na Emenda Constitucional 109, de 2021,
originada da PEC Emergencial.
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça, Judiciário - Covid-19
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Tribunal de Justiça de MS divulga lista tríplice para desembargador
Conselho Nacional de Justiça - CNJ
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quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça
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O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS),
divulgou nesta quarta-feira (15), a lista tríplice para o
cargo de desembargador.
Foram elencados os magistrados, Alexandre Lima
Raslan, com 32 votos, Esther Sousa de Oliveira, com 30
votos e Antônio Siufi Neto, com 18 votos.
Conforme o TJMS, cabe agora ao governador Reinaldo
Azambuja nomear o escolhido para preencher a vaga
da desembargadora aposentada Tânia Borges.
Relembre o caso
Afastada desde 2018, acusada de usar o cargo para
favorecer o filho Breno Borges Fernandes, preso por
tráfico de drogas, a desembargadora Tânia Garcia de
Freitas Borges sofreu a pena máxima prevista para um
magistrado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ),
a aposentadoria compulsória.
A decisão publicada no Diário Oficial da Justiça em 28
de outubro deste ano, prevê uma aposentadoria de R$
33 mil, além de proventos proporcionais.
Ajuda ao filho
Breno Borges Fernandes, filho de Tânia, foi preso em
março de 2017, transportando 130 quilos de maconha e
200 munições de fuzil.
Breno tinha outro mandado de prisão por suspeita de ter
colaborado na fuga de um chefe de tráfico.
A desembargadora foi acusada de usar viatura
descaracterizada da Polícia Civil junto de agente
penitenciário e delegado de polícia para ir a Três
Lagoas soltar o filho.
Segundo os promotores, não havia habeas corpus. Ela
também teria influenciado juízes, diretor e servidores
para agilizar o cumprimento de ordem de habeas
corpus, que garantia a remoção do seu filho da
penitenciária para internação provisória em clínica de
tratamento médico em Campo Grande.
Em 2019, ele foi condenado a 8 anos e 10 dias de
prisão por tráfico de drogas e posse ilegal de munições,
em regime fechado, sendo absolvido do crime de
associação criminosa.
Ele já havia sido condenado a 9 anos de prisão por
organização criminosa e lavagem de dinheiro em outro
processo, onde foi acusado de participar de quadrilha
que iria resgatar criminosos do presídio.
Breno aguarda julgamento de recurso em liberdade.
Aumento do efetivo
Em novembro deste ano, o governo estadual sancionou
lei para que mais dois cargos de desembargadores
fossem criados no TJMS.
Agora, a instituição passará a contar com 37
magistrados no efetivo.
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Como já noticiado pelo Correio do Estado, a mudança
vai custar R$ 6,6 milhões em 2022, e R$ 7,9 milhões
por ano, nos anos seguintes.
Conforme o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o
salário da magistratura estadual é o mais alto do País,
com uma média de R$ 85,7 mil mensais.
A média nacional é de R$ 45,4 mil. O valor gasto com
os juízes já foi maior no passado, quando se calculava o
auxílio-moradia pago à magistratura.
O gasto do TJMS em 2018, ano do último levantamento
do CNJ, foi de R$ 1,015 bilhão.
Os magistrados também têm destaque em
produtividade, com o 10º melhor índice nacional e a
sexta melhor posição em congestionamento (38% dos
processos parados) do País no segundo grau.
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Tribunal de Justiça de MS gasta quase R$ 3 milhões com compra de
veículos de luxo blindados
Conselho Nacional de Justiça - CNJG1.Globo/Nacional - Mato Grosso do Sul
quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça
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O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS)
vai pagar quase R$ 3 milhões para aquisição de SUVs
da Toyota e Honda Accod blindados, zero quilômetros.
Os extratos com as confirmações das aquisições foram
publicados na edição de segunda-feira (14) do Diário da
Justiça, menos de dois meses depois da abertura de
licitação, em 18 de outubro.
No edital de licitação, consta a intenção de compra de
três SUV Toyota, com preço máximo de R$ 541 mil
cada; a de dois veículos sedans, podendo ser dos
modelos Honda Accod, BMW 300 ou Volvo S60, com
custo de até R$ 467,9 mil.
O TJ-MS quer comprar ainda, conforme o edital, duas
Vans Sprinter já transformadas em Unidades Móveis do
Juizado de Trânsito, ao custo de R$ 551,616 mil.
Conforme os editais confirmando as aquisições, o gasto
com os carros será pouco menor do que a pretensão
inicial. No entanto, ainda não consta no Diário da
Justiça informações sobre a compra das Vans.
"O custo da presente contratação é estimado em R$
3.578.316,00 (...), com fundamento na proposta
orçamentária anual apresentada para o exercício de
2021", diz o Tribunal.
Justificativa
De acordo com o edital de compras, o TJ-MS justifica a
aquisição de veículos de luxo blindados com resolução
do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
"A renovação parcial ou total da frota poderá ser
efetivada em razão da antieconomicidade decorrente
de: I - uso prolongado, desgaste prematuro ou
manutenção onerosa; II - obsoletismo proveniente de
avanços tecnológicos; III - sinistro com perda total ou; IV
- histórico de custos de manutenção e estado de
conservação que torne possível a previsão de que os
custos de manutenção atingirão, em breve prazo,
percentual antieconômico";
Ainda segundo o TJ-MS, "dos 152 veículos em
utilização, mais de 80% se encontram com 5 ou mais
anos de uso, sendo que muitos possuem utilização
prolongada, o que os torna antieconômicos, de
manutenção onerosa e baixo rendimento, com
recorrentes idas e permanências em oficinas".
O órgão diz ainda que os novos veículos vão trazer
mais segurança para os usuários menos poluição ao
meio ambiente, pois "apresentam menor emissão de
gases poluentes".
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CCJ aprova e envia ao Plenário indicação de promotor para Conselho
Nacional de Justiça - Senado Notícias
Conselho Nacional de Justiça - CNJJornal do Senado/Nacional - Noticiasquarta-feira, 15 de dezembro de 2021
CNJ - Conselho Nacional de Justiça
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A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou
nesta quarta-feira (15) o nome do promotor João Paulo
Santos Schoucair para integrar o Conselho Nacional
de Justiça (CNJ). Foram 23 votos a favor e apenas um
contrário. A indicação (OFS 20/2021) segue para o
Plenário com regime de urgência aprovado e pode ser
votada na sessão deliberativa marcada para as 16h.
Schoucair foi indicado pelo procurador-geral da
República, Augusto Aras, para ocupar uma vaga
destinada ao Ministério Público no CNJ. Durante a
sabatina na CCJ, ele se comprometeu a atuar de forma
'equilibrada, cuidadosa, imparcial e independente'. O
promotor defendeu diálogo institucional entre os três
Poderes e a busca de soluções de consenso que
assegurem o respeito aos direitos fundamentais
previstos na Constituição de 1988.
- Como órgão fiscalizador do Poder Judiciário, são
muitos os desafios do CNJ. Colaborar com o
aperfeiçoamento do sistema de Justiça, que tenha como
objetivo uma prestação jurisdicional célere e efetiva,
primando pelo absoluto respeito a direitos e garantias
fundamentais - disse.
O relator da indicação é o senador Jaques Wagner (PT-
BA). Ele disse conhecer a trajetória de João Paulo
Schoucair, que atua no Ministério Público da Bahia.
- Conheço o indicado. Sei da sua maturidade. Só quero
desejar, antecipadamente, que Deus lhe dê luz,
sabedoria, paz, tranquilidade e parcimônia para exercer
cargo tão honroso no CNJ. Como um baiano, mesmo
judeu, desejo que as luzes do Senhor do Bonfim
possam encaminhá-lo nos bons serviços a nossa pátria
- afirmou.
O senador Rogério Carvalho (PT-SE) lembrou que o
CNJ tem como missão fiscalizar a atuação dos órgãos
do Poder Judiciário. O parlamentar cobrou do indicado
um compromisso com a defesa da sociedade.
- A gente tem visto na nossa história recente esses
conselhos cumprirem um papel muito mais de defesa
das corporações do que garantir que o sistema de
Justiça funcione dentro do esperado. O senhor passará
a ser um guardião do interesse da sociedade brasileira,
não um protetor ou garantidor dos interesses
corporativos, no sentido pejorativo - disse.
O senador Omar Aziz (PSD-AM) defendeu a atuação do
CNJ e do Poder Judiciário. Ele afirmou que o Supremo
Tribunal Federal (STF) tem sido alvo de 'abusos' que
precisam ser denunciados e combatidos. O parlamentar
citou como exemplo um áudio atribuído ao general
Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de
Segurança Institucional da Presidência da República.
Durante uma formatura de agentes da Agência
Brasileira de Inteligência (Abin) na terça-feira (14),
Heleno disse tomar remédios psiquiátricos para impedir
que o presidente Jair Bolsonaro tome 'uma atitude mais
drástica' contra a Corte. 'Eu tenho que tomar dois
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Lexotan na veia por dia para não levar o presidente a
tomar uma atitude mais drástica em relação às atitudes
que são tomadas por esse STF que está aí', afirmou o
militar.
- A gente vive momentos difíceis, em que um assessor
direto do presidente tem que tomar Lexotan para
convencer o todo-poderoso presidente Bolsonaro a não
se contrapor à Justiça brasileira. A que ponto nós
chegamos? O CNJ é importante, porque o abuso pode
vir de qualquer lugar. O general Heleno nervoso, com
medo de que alguém possa entrar no STF como se
fosse uma coisa normal. E não é normal! O Brasil não
se permite ver retrocessos que pairam na cabeça de
alguns - disse Omar Aziz.
Currículo
João Paulo Santos Schoucair formou-se pela Faculdade
de Direito da Universidade Federal da Bahia em 2002.
Ele tem pós-graduação em ciências criminais (2008) e
mestrado em segurança pública, justiça e cidadania
(2019). Participou de cursos de especialização em
instituições de ensino estrangeiras, como a Harvard
Kennedy School (Estados Unidos) e a Univesità Degli
Studi di Roma Tor Vergata (Itália).
O indicado é promotor de Justiça desde 2004. Atuou
nas comarcas baianas de Uauá, São Domingos,
Palmeiras, Olindina, Ribeira do Pombal, Santo Amaro e
Salvador. Schoucair coordena o Grupo de Atuação
Especial de Combate ao Crime Organizado e
Investigações Especiais do Ministério Público da Bahia.
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de Justiça
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Segue para o Plenário a indicação de João Paulo Schoucair para o CNJ -
Rádio Senado
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Página Inicial Notícias 2021
Segue para o Plenário a indicação de João Paulo
Schoucair para o CNJ - Rádio Senado
Sabatina
Segue para o Plenário a indicação de João Paulo
Schoucair para o CNJ
A Comissão de Constituição e Justiça sabatinou nesta
quarta-feira (15) João Paulo Santos Schoucair, indicado
para integrar o Conselho Nacional de Justiça pela
Procuradoria-Geral da República. Schoucair é Promotor
de Justiça do Ministério Público do Estado da Bahia e
atua desde 2018 como membro auxiliar da
Procuradoria-Geral da República. A indicação vai a
Plenário com pedido de urgência.
Marcella Cunha
15/12/2021, 13h09 - ATUALIZADO EM 15/12/2021,
13h28
Duração de áudio: 02:00
Edilson Rodrigues/Agência Senado
Transcrição
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA
SABATINOU JOÃO PAULO SCHOUCAIR E APROVOU
A INDICAÇÃO DO PROMOTOR PARA O CONSELHO
NACIONAL DE JUSTIÇA. O NOME VAI AO PLENÁRIO
AINDA NESTA QUARTA-FEIRA COM PEDIDO DE
URGÊNCIA. A REPORTAGEM É DE MARCELLA
CUNHA João Paulo Santos Schoucair foi indicado para
integrar o Conselho Nacional de Justiça pela
Procuradoria-Geral da República. O Promotor de Justiça
será o primeiro membro do Ministério Público da Bahia
a integrar o Conselho. Desde 2018, Schoucair é
membro auxiliar da procuradoria, experiência que trouxe
conhecimento sobre a dinâmica e funcionamento das
cortes superiores. O relator da indicação foi o senador
pela Bahia, Jaques Wagner, do PT. Conheço o
indicado, sei da sua atuação, sei da sua maturidade na
sua atuação no Ministério Público do Estado da Bahia e
sei que esse processo é um processo que garantiu
inclusive a sua chamada para atuar junto ao
Procurador-Geral da República, que faz a indicação -
Dr. Augusto Aras, Procurador-Geral da República. O
presidente da CCJ, senador Davi Alclumbre, do
Democratas do Amapá, reforçou o papel do Conselho
de fiscalizar o Judiciário. Sei da importância desse
órgão de correção, o Conselho Nacional de Justiça
tem ao longo dos últimos anos tem atuado, mas é
importante que leve essa mensagem do Senado do
desejo dos senadores em relação ao papel importante o
Conselho para a fiscalização da magistratura brasileira,
do Poder Judiciário brasileiro, dentro dos limites
constitucionais. Já o senador Rogério Carvalho, do PT
de Sergipe, pediu a Schoucair que tenha um olhar
voltado para o interesse público. O senhor passará a ser
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um guardião do interesse da sociedade brasileira junto
ao Judiciário brasileiro; não um protetor, não um
garantidor dos interesses que a gente chama de
corporativos, no sentido pejorativo. Um pedido que eu
faço a V. Sa.: lá, cuide do interesse público. Depois de
aprovados por maioria absoluta no Senado Federal, os
membros do CNJ são nomeados pelo Presidente da
República para um mandato de dois anos. Da Rádio
Senado, Marcella Cunha.
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Senador Rogério Carvalho
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Câmara conclui votação da PEC dos Precatórios, que será promulgada
nesta quinta - Senado Notícias
Conselho Nacional de Justiça - CNJJornal do Senado/Nacional - Noticiasquarta-feira, 15 de dezembro de 2021
CNJ - Conselho Nacional de Justiça
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A Câmara dos Deputados concluiu, nesta quarta-feira
(15), a votação, em dois turnos, da Proposta de Emenda
à Constituição (PEC) 46/21, que contém os trechos não
promulgados da versão do Senado para a PEC dos
Precatórios (PEC 23/21), como os limites de pagamento
dessas dívidas e a aplicação dos recursos
economizados em 2022 exclusivamente em seguridade
social e em programas de transferência de renda.
As partes comuns aprovadas por ambas as Casas
serão promulgadas nesta quinta-feira (16), em sessão
solene marcada para as 14 horas, no Plenário do
Senado.
O presidente do Senado e do Congresso Nacional,
senador Rodrigo Pacheco, parabenizou a Câmara dos
Deputados, pelo twitter: "Cumprimento o trabalho
realizado pela Câmara dos Deputados, na pessoa do
seu presidente, deputado Artur Lira, que acolheu grande
parte das significativas contribuições feitas pelo Senado
na PEC do Precatórios. O texto aprovado agora vai à
promulgação nesta quinta-feira (16)", escreveu.
Fundef
Na votação dos destaques apresentados pelos partidos,
realizada na Câmara entre ontem e hoje, houve apenas
uma mudança em relação ao texto vindo do Senado.
Destaque aprovado, do DEM, retirou do texto as datas
de pagamento dos precatórios do Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental
e de Valorização do Magistério (Fundef) a cada ano,
fixadas em 30 de abril, em 31 de agosto e em 31 de
dezembro.
Pelo texto, esse tipo de precatório será pago sempre em
três parcelas anuais a partir de sua expedição: 40% no
primeiro ano, 30% no segundo ano e 30% no terceiro
ano.
Assim, o governo poderá pagar em mais parcelas até o
fim do ano seguindo esses percentuais. Aqueles a
vencer em 2022 originalmente serão pagos em 2022,
2023 e 2024.
Outra novidade é que esses precatórios também ficarão
de fora dos limites do teto de gastos e de pagamento
anual de precatórios.
O texto introduz na Constituição regra determinando aos
estados e municípios a aplicação dos recursos obtidos
com os precatórios do Fundef conforme destinação
originária do fundo.
Desse total, 60% deverão ser repassados aos
profissionais do magistério, inclusive aposentados e
pensionistas, na forma de abono, proibida a
incorporação na remuneração, aposentadoria ou
pensão.
Segundo a Consultoria de Orçamento da Câmara, do
total de precatórios previstos para pagamento em 2022,
26% (R$ 16,2 bilhões) se referem a causas ganhas por
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quatro estados (Bahia, Ceará, Pernambuco e
Amazonas) contra a União, relativas a cálculos do
antigo Fundef.
Data limite
Em vez de 2036, data do fim do regime fiscal de teto de
gastos, a PEC aprovada determina a aplicação do limite
de pagamento de precatórios apenas até 2026.
A regra geral segue o aprovado pela Câmara,
calculando o total de precatórios a pagar em cada ano
com a aplicação do IPCA acumulado sobre o que foi
pago no ano anterior, inclusive restos a pagar quitados.
Desse montante, serão descontadas as requisições de
pequeno valor (até 60 salários mínimos no caso da
União), que não entram no teto.
Os precatórios que não forem pagos em razão do limite
terão prioridade de pagamento nos anos seguintes,
observada a ordem cronológica e novas prioridades
constantes da PEC 46/21.
Desconto
O credor de precatório não contemplado no orçamento
poderá optar pelo recebimento em parcela única até o
fim do ano seguinte, se aceitar desconto de 40% por
meio de acordo em juízos de conciliação.
No caso de 2022, os valores não incluídos no
orçamento para esse tipo de quitação com desconto
serão suportados por créditos adicionais abertos
durante o próximo ano.
As mudanças valem principalmente para a União, mas
algumas regras se aplicam também aos outros entes
federados, que continuam com um regime especial de
quitação até 2024 (Emenda Constitucional 99, de 2017).
Precatórios são dívidas do governo com sentença
judicial definitiva, podendo ser em relação a questões
tributárias, salariais ou qualquer outra causa em que o
poder público seja o derrotado.
Espaço fiscal
Nota informativa da Consultoria de Orçamento da
Câmara dos Deputados estima que as regras sobre
precatórios abrirão espaço fiscal de R$ 110 bilhões no
Orçamento de 2022. No entanto, somente R$ 67 bilhões
desses recursos estão garantidos com a Emenda
Constitucional 113, de 2021, promulgada com o texto
comum aprovado pelas duas Casas.
Os outros R$ 43,56 bilhões se baseiam no texto da PEC
46/21, dos quais R$ 39,485 bilhões referentes ao limite
de pagamento de precatórios e R$ 4,08 bilhões
referentes aos precatórios parcelados fora do limite.
Data de apresentação
A PEC muda, de 1º de julho para 2 de abril de cada
ano, a data limite de apresentação dos precatórios pela
Justiça para que sejam incluídos no orçamento público
do ano seguinte.
Em razão disso, para 2023 haverá uma transição,
considerando-se os precatórios expedidos entre 2 de
julho de 2021 e 2 de abril de 2022 para cálculo do limite
de pagamento.
Fora do limite
Da mesma forma que o texto da Câmara, a PEC
determina situações em que as despesas de pagamento
de precatórios ficarão de fora do limite anual para o
orçamento de cada ano e de fora do teto de gastos:
- precatórios pagos com o desconto de 40%;
- uso dos precatórios por credores privados para pagar
débitos com o Fisco, comprar imóveis públicos à venda,
pagar outorga de serviços públicos, comprar ações
colocadas à venda de empresas públicas ou comprar
direitos do ente federado; e
- precatórios para os quais a Constituição determina o
parcelamento automático se seu valor for maior que51
Conselho Nacional de Justiça - CNJJornal do Senado/Nacional - Noticiasquarta-feira, 15 de dezembro de 2021
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15% do total previsto para essa despesa no orçamento.
Também correrão por fora do teto de precatórios os
gastos com atualização monetária daqueles previstos
para serem pagos no exercício.
Ordem de pagamento
A PEC 46/21 cria novas prioridades de pagamento de
precatórios, nesta ordem:
- requisições de pequeno valor (RPV), que, para a
União, são precatórios de até R$ 66 mil (valores de
2021);
- precatórios de natureza alimentícia (salários,
indenizações ou benefícios previdenciários) até três
vezes a RPV cujos titulares, originários ou por sucessão
hereditária, tenham a partir de 60 anos de idade, ou
sejam portadores de doença grave ou pessoas com
deficiência;
- demais precatórios de natureza alimentícia até três
vezes a RPV;
- demais precatórios de natureza alimentícia além de
três vezes a RPV; e
- demais precatórios.
Atualmente, a Constituição determina o pagamento
primeiramente dos precatórios de natureza alimentícia
de até três vezes a RPV para idosos, pessoas com
deficiência e com doença grave. Em seguida, devem ser
pagos os demais de natureza alimentícia na ordem
cronológica de apresentação.
Programa definitivo
Em relação aos programas de transferência de renda, a
proposta coloca na Constituição o direito de todo
brasileiro em situação de vulnerabilidade social a uma
renda básica familiar garantida pelo poder público em
programa permanente dessa natureza.
Limites, condições, normas de acesso e demais
requisitos do programa serão determinados por lei e
regulamento até 31 de dezembro de 2022.
Exclusivamente para o próximo ano, será dispensada a
observância das limitações legais quanto à criação de
despesa permanente. A Lei de Responsabilidade Fiscal
exige a criação de receita permanente ou a redução
permanente de despesa continuada para a criação de
despesa obrigatória desse tipo.
Transferência de renda
Em complemento à nova forma de cálculo do teto de
gastos, promulgada com a Emenda Constitucional 113,
a PEC prevê que o limite de uso da folga orçamentária
para 2021, de R$ 15 bilhões, poderá ser usado ainda
para o pagamento do Auxílio Brasil.
A emenda já promulgada prevê o uso do dinheiro
exclusivamente na vacinação contra a Covid-19 ou para
ações emergenciais e temporárias de caráter
socioeconômico.
Para 2022, entretanto, o texto especifica que a margem
orçamentária com a mudança no cálculo do teto de
gastos deve ser destinada somente ao atendimento das
despesas de ampliação de programas sociais de
combate à pobreza e à extrema pobreza, para a saúde,
a previdência e a assistência social.
Com o recálculo do teto de gastos deste ano, em vez do
uso do acumulado do IPCA de julho de 2019 a junho de
2020 (2,13%) será usado o acumulado de janeiro a
dezembro de 2020 (4,51%).
Risco fiscal
A PEC 46/21 propõe ainda a criação de uma Comissão
Mista do Congresso Nacional para examinar atos, fatos
e políticas públicas com maior potencial gerador de
precatórios e sentenças judiciais contrárias à União.
Essa Comissão trabalhará em cooperação com o
Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e com o auxílio52
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do Tribunal de Contas da União (TCU), podendo
requisitar informações e documentos de órgãos e
entidades da administração pública direta e indireta de
qualquer dos poderes da União, dos estados, do Distrito
Federal e dos municípios.
A intenção é identificar medidas legislativas que podem
ser adotadas para trazer maior segurança jurídica no
âmbito federal.
Os resultados apurados serão enviados aos presidentes
do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior
Tribunal de Justiça (STJ) para a adoção de medidas de
sua competência.
Venda de dívidas
A proposta dos senadores retira tema que constava do
texto aprovado pela Câmara dos Deputados (PEC
23/21) referente à venda com desconto de créditos da
dívida a receber pelos governos, conhecida como
securitização.
O procedimento seria possível para débitos já inscritos
em dívida ativa antes da iniciativa de vendê-los ao
mercado e contanto que sejam classificados como de
difícil recuperação pelo órgão público de cobrança
(Procuradoria-Geral Fazendária, por exemplo).
Dívidas de estados
Por outro lado, um tema diverso introduzido pela PEC é
a mudança em regras de refinanciamento de dívidas
dos estados com a União previstas na Lei
Complementar 156/16.
Essa lei concedeu prazo de pagamento de 240 meses
aos estados endividados que cumprissem determinadas
regras, como desistência de ações contra a União e
limitação de suas despesas primárias à variação do
IPCA.
Como muitos estados não conseguiram cumprir os
termos e atrasaram as prestações de novo, a Lei
Complementar 178/21inclui alternativa de substituição
das penalidades previstas até então por outras menos
gravosas.
Agora, a PEC 46/21 permite aos entes federativos que
descumpriram os termos da Lei Complementar 156/16 e
que não quiserem seguir as regras propostas pela Lei
Complementar 178/21 pagarem os valores devidos à
União no mesmo número de prestações restantes não
pagas. De 2017 a 2021 foram 60 meses.
Atualmente, a lei prevê a devolução do que deixou de
ser pago em 12 meses. Para contarem com o prazo
maior proposto pela PEC, os estados devem adotar
medidas de contenção de despesas com pessoal
contidas na Emenda Constitucional 109, de 2021,
originada da PEC Emergencial.
Fonte: Agência Câmara de Notícias
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça, Judiciário - Covid-19
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Entenda a PEC dos Precatórios, aprovada pelo Congresso e que libera
Auxílio Brasil de R$ 400
Conselho Nacional de Justiça - CNJO Globo Online/Nacional - Economiaquarta-feira, 15 de dezembro de 2021
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Autor: Manoel Ventura
BRASÍLIA - Conhecida como PEC dos Precatórios, a
proposta de emenda à Constituição que muda o
pagamento de despesas do governo decorrentes de
sentenças judiciais e altera o cálculo do teto de gastos
virou a saída do presidente Jair Bolsonaro para
viabilizar o Auxílio Brasil de R$ 400.
O que está em jogo com a PEC é a criação de uma
margem de R$ 106 bilhões no Orçamento do próximo
ano. O projeto é considerado o mais importante para o
governo este ano por também mudar o teto de gastos, a
regra fiscal que limita despesas públicas.
A PEC é polêmica por limitar o pagamento de
precatórios, uma dívida para qual o governo não pode
recorrer.
A mudança no teto de gastos gerou uma crise na equipe
econômica, com o pedido de demissão de quatro
secretários do ministro Paulo Guedes, e forte
volatilidade no mercado financeiro.
Entenda os principais pontos da PEC a seguir:
Precatórios
O texto aprovado na Câmara e no Senado limita o
pagamento de precatórios ao valor pago em 2016 (R$
30,3 bilhões), reajustado pelo IPCA. A estimativa é que
o teto seja de quase R$ 45,3 bilhões no ano que vem.
Terão prioridade no pagamento dos precatórios os de
pequeno valor, que equivalem a até 60 salários mínimos
(R$ 66 mil); precatórios de natureza alimentícia cujos
titulares tenham a partir de 60 anos de idade ou sejam
portadores de doença grave ou pessoas com
deficiência; e demais precatórios de natureza
alimentícia (devidos a servidores).
Os precatórios que não forem expedidos por causa do
teto terão prioridade para pagamento nos anos
seguintes, reajustados pela taxa Selic, acumulada
mensalmente.
Atualmente, por decisão do Supremo Tribunal Federal
(STF), a correção depende da natureza do precatório,
podendo ser a Selic ou a inflação medida pelo IPCA
mais 6% ao ano.
Para permitir o abatimento da dívida, o texto oferece
aos credores a possibilidade de fechar acordo para
receber o valor até o final do exercício seguinte, caso
concordem com um desconto de 40%. Os valores
necessários à sua quitação serão providenciados pela
abertura de créditos adicionais em 2022.
Hoje, não há limites para o pagamento de precatórios.
A PEC também permite que empresas e pessoas físicas
credoras da União usem seus precatórios para quitar
débitos junto ao governo, e comprar imóveis da União.
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CNJ - Conselho Nacional de Justiça
Os estados e municípios também são credores da
União. Nesses casos, prefeituras e governo estaduais
poderão usar seus precatórios para quitar dívidas deles
com a União.
Fundef
Precatórios do Fundef (antigo fundo da educação
básica), devidos a estados e municípios, ficarão fora do
teto de gastos e 40% serão pagos em 2022.
Os precatórios do Fundef recebidos por estados e
municípios deverão ser aplicadas na manutenção e
desenvolvimento do ensino fundamental público e na
valorização de seu magistério, conforme destinação
originária do fundo.
Desse total, 60% deverão ser repassados aos
profissionais do magistério, inclusive aposentados e
pensionistas, na forma de abono, vedada a
incorporação na remuneração, aposentadoria ou
pensão.
Comissão de precatórios
Em até um ano, Congresso Nacional deverá criar uma
comissão mista para analisar os atos, fatos e políticas
públicas com maior potencial gerador de precatórios e
sentenças judiciais contrárias à Fazenda Pública da
União.
Essa comissão atuará em cooperação com o Conselho
Nacional de Justiça e com o auxílio do Tribunal de
Contas da União, podendo requisitar informações e
documentos de órgãos e entidades da administração
pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da
União, dos estados, do Distrito Federal e dos
municípios.
Teto de gastos
O teto de gastos é a regra que impede o crescimento
das despesas da União acima da inflação. A regra é
considerada a principal âncora fiscal do país, por isso é
defendida pelo mercado financeiro.
Hoje, o teto de gastos é reajustado considerando o
IPCA, índice oficial de inflação calculado pelo IBGE,
para o período de doze meses encerrado em junho do
exercício anterior ao Orçamento. Ou seja, para 2022, o
valor do teto já foi calculado.
Por outro lado, as principais despesas do Orçamento
(aposentadorias, abonos e seguro-desemprego) são
calculadas pelo ano fechado (janeiro a dezembro). Há,
portanto, um descasamento entre a forma como o teto e
as despesas são corrigidas.
A PEC aprovada unificou o momento de atualização e
corrigiu o teto no fim do ano, junto com as demais
despesas. Ou seja, calcular a inflação entre janeiro e
dezembro para o teto, assim como para o restante do
Orçamento.
Isso abriria um espaço no teto porque a inflação cresceu
nos últimos meses. Há uma 'gordura' no teto apenas em
2022.
Auxílio Brasil permanente
O texto coloca na Constituição o programa social, que
deixa de ter caráter temporário e passa a ser
permanente. 'Todo brasileiro em situação de
vulnerabilidade social terá direito a uma renda básica
familiar, garantida pelo poder público em programa
permanente de transferência de renda, cujas normas e
requisitos de acesso serão determinados em lei,
observada a legislação fiscal e orçamentária', diz o
texto.
Espaço orçamentário carimbado
A Emenda abre um espaço de R$ 106 bilhões no
Orçamento de 2022, mas diz que esse dinheiro só pode
ser usado para bancar o Auxílio Brasil e para despesas
obrigatórias do governo, com aposentadorias e
pensões.
Municípios
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A proposta autoriza os municípios a parcelar, em 240
prestações mensais, o pagamento de contribuições
previdenciárias e outros débitos com vencimento até 31
de outubro de 2021.
Ato do Ministério do Trabalho e Previdência definirá os
critérios para o parcelamento, oferecendo as
informações sobre o montante das dívidas, formas de
parcelamento, juros e encargos incidentes.
A formalização dos parcelamentos deverá ocorrer até
30 de junho de 2022 e ficará condicionada à autorização
de vinculação do Fundo de Participação dos Municípios
(FPM) para pagamento das prestações acordadas nos
termos de parcelamento.
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça
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Juíza Kédima Lyra e juiz Amilcar Guimarães ascendem ao desembargo
do Pará
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quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça
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Autor: O LIBERAL
A juíza Kédima Pacífico Lyra e o juiz Amilcar Roberto
Bezerra Guimarães ascenderam ao desembargo, na
sessão do Pleno do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA),
realizada nesta quarta-feira, 15, nas vacâncias de
vagas, respectivamente, da desembargadora Edinéa
Oliveira Tavares e do desembargador Raimundo
Holanda Reis.
A presidente do TJPA, desembargadora Célia Regina
de Lima Pinheiro, parabenizou a nova desembargadora
e o novo desembargador, dizendo que irão somar ao
Judiciário paraense e que a Corte de Justiça está
ansiosa pela chegada da colega e do colega. Os demais
integrantes da Corte de Justiça também desejaram
boas-vindas.
A magistrada Kédima Lyra, que era titular na 1ª Vara de
Execução Fiscal da Comarca da Capital, concorreu à
vaga pelo critério de merecimento, em lista tríplice, que
também foi integrada pelas juízas Margui Bittencourt,
atualmente titular da 1ª Vara de Família da Comarca da
Capital; e pela juíza Luana de Nazareth Santalices,
titular da 4ª Vara do Juizado Especial Cível da Comarca
da Capital. Já o juiz Amilcar Roberto Bezerra Guimarães
ascendeu ao desembargo pelo critério de antiguidade.
Ele estava convocado ao 2º Grau. O juiz Amilcar
Roberto Bezerra Guimarães agradeceu as felicitações
de todas e todos.
Trajetória
A juíza Kédima Pacífico Lyra ingressou na magistratura
paraense em 1994, tendo exercido as funções
judicantes em várias Comarcas de 1ª e 2ª Entrâncias,
além de funções administrativas de Diretora de Fórum,
bem como atuou como juíza eleitoral, presidindo
Eleições Municipais e Gerais. Atualmente, estava na
titularidade da 1ª Vara de Execução Fiscal da Comarca
de Belém.
A magistrada tem vasto currículo de participação em
cursos de aperfeiçoamento técnico, além de
capacitação em cursos jurídicos oficiais, sendo
especialista em Direito Civil e Processo Civil e Direito
Processual Penal.
É autora do projeto 'Semana da Conciliação em
Execução Fiscal', institucionalizado pela Portaria nº.
4306/2013-GP e premiado pelo Conselho Nacional de
Justiça no 'Prêmio Conciliar é Legal', em junho de
2014.
Destacou-se, também, por sua atuação como
coordenadora em planos de gestão da Presidência do
TJPA desde 2015, no macrodesafio Impulso às
Execuções Fiscais, desenvolvendo ações para melhoria
da prestação jurisdicional nas Varas de Execução
Fiscal, como a integração de sistemas informatizados
da dívida ativa e o protesto de títulos pela União
Federal, Estado do Pará e Município de Belém, dentre
outras.
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quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça
Eleita para o cargo de Desembargadora por
merecimento, a juíza Kédima Lyra declarou que, 'depois
de tantos anos dedicados exclusivamente à
magistratura, agradeço a Deus por me permitir alcançar
o ápice da carreira e integrar a Corte de Justiça
Paraense, esperando honrar a confiança em mim
depositada pelos ilustres Desembargadores do Tribunal
de Justiça, diante da escolha do meu nome pelo critério
de merecimento'.
Já o juiz Amilcar Roberto Bezerra Guimarães ingressou
na magistratura em 7 de novembro de 1988. Naquele
mesmo ano, atuou na Vara Única da Comarca de
Muaná. Em 1991, assumiu a 1ª Vara Cível e
Empresarial da Comarca de Itaituba e, em 1993, a 2ª
Vara Cível e Empresarial da Comarca de Tucuruí. Em
1994, foi removido para a Vara Única da Comarca de
São Miguel do Guamá. Naquele mesmo ano, assumiu a
2ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de Capanema,
unidade em que atuou por cerca de cinco anos.
Em 1999, foi removido para a Vara Única da Comarca
de Curuçá. No ano seguinte, assumiu a 2ª Vara Cível e
Empresarial da Comarca de Castanhal. Em 2001, foi
promovido à 3ª Entrância (capital), onde foi juiz da 5ª
Vara Criminal da Comarca de Belém e, em seguida, da
Vara Privativa de Carta Precatória Cível. Em 2002,
assumiu a 1ª Vara Cível e Empresarial, unidade em que
atuou por cerca de 14 anos. Em 2016, virou o juiz titular
da 14ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de Belém,
unidade em que atuava até hoje como magistrado.
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça, Judiciário - Conciliação
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Câmara aprova PEC dos Precatórios em 2º turno. Confira ponto a ponto:
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quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça
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Autor: Luciana Lima
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira
(15/12), em segundo turno, o texto-base da PEC dos
Precatórios. Em análise de segundo turno, os
deputados deram 332 votos a favor, 141 votos
contrários e 1 abstenção. Restam ainda 2 destaques a
serem apreciados para conclusão da votação.
Vencida essa fase, a PEC segue para a promulgação
em sessão do Congresso Nacional que deve ocorrer
ainda nesta semana.
A proposta estabelece um limite anual para o
pagamento de precatórios, que são dívidas da União
reconhecidas em decisões judiciais transitadas em
julgado. Ou seja, sem possibilidade de recurso.
O projeto desobriga o governo a pagar na íntegra as
dívidas judiciais nos próximos anos. O projeto também
modifica o intervalo de cálculo do teto de gastos e, com
isso, abre espaço fiscal para que o Palácio do Planalto
possa pagar as parcelas do Auxílio Brasil, programa
social que substitui o Bolsa Família.
Pelos cálculos feitos pelo Ministério da Economia, a
mudança constitucional libera R$ 106,1 bilhões no
Orçamento de 2022. Já estimativa da Instituição Fiscal
Independente (IFI), órgão ligado ao Senado Federal, é
de que serão liberados R$ 116 bilhões.
Na semana passada, houve a promulgação da parte do
texto na qual houve consenso entre deputados e
senadores. A parte votada nesta semana pelos
deputados corresponde a modificações feitas no
Senado.
Por se tratar de uma PEC, as duas Casas precisam
concordar com todos os pontos e, por isso, o texto
precisou voltar para a Câmara.
Os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-
MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), chegaram a um
acordo e a proposta foi analisada diretamente no
plenário, sem passar por comissões, como prevê o
Regimento da Câmara.
Veja, ponto a ponto, o que ficou definido na PEC dos
Precatórios:
Auxílio Brasil
O texto aprovado prevê a existência do Auxílio Brasil e
torna o programa permanente e não temporário, como
consta na medida lançada pelo governo. Essa mudança
foi introduzida no Senado.
Vinculação
O Senado também fixou que o espaço fiscal gerado
pela PEC deve ser exclusivamente dedicado a
programas sociais cujo objetivo seja 'a redução da
vulnerabilidade socioeconômica de famílias em situação
de pobreza ou extrema pobreza.'
Prazo limite para pagamento
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quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça
O texto também estabelece uma ordem para o
pagamento das dívidas judiciais. Segundo a PEC, o
limite para o parcelamento das dívidas vigora até o fim
de 2026.
Antes, de acordo com o texto da Câmara, essa data
coincidia com fim da lei do teto de gastos, que vigora
até 2036.
Mudança na data para expedição
O Poder Judiciário tem até o dia 2 abril para expedir os
precatórios que serão considerados no exercício
financeiro seguinte, com a devida atualização
monetária.
Precatórios do Fundef
O texto aprovado define o pagamento de precatórios
decorrentes do extinto Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de
Valorização do Magistério (Fundef), autorizando o
parcelamento das dívidas em três anos, fora do teto de
gastos.
A PEC também prevê a distribuição do pagamento ao
longo de cada ano e como os recursos precisarão ser
empenhados por estados e municípios.
'Art. 6º Os precatórios decorrentes de demandas
relativas à complementação da União aos Estados e
aos Municípios por conta do Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de
Valorização do Magistério (Fundef) serão pagos em 3
(três) parcelas anuais e sucessivas, da seguinte forma:
40% no primeiro ano, 30% no segundo ano e 30% no
terceiro ano.
Estados e municípios
O texto também determina que o espaço fiscal criado
nos estados e município devido ao parcelamento deve
ser destinado a políticas de manutenção e
desenvolvimento do ensino fundamental público e na
valorização de seu magistério, conforme destinação
originária do fundo.
A PEC permite que municípios parcelem contribuições
previdenciárias e outros débitos que já estejam
vencidos, inclusive dívidas parceladas anteriormente.
Caberá ao Ministério do Trabalho definir os critérios
para esse parcelamento.
Monitoramento
A PEC cria uma comissão mista, no âmbito do
Congresso Nacional, para fazer um exame analítico dos
atos, fatos e políticas públicas com maior potencial
gerador de precatórios e sentenças judiciais contrárias à
Fazenda Pública da União. Esta comissão terá a
atribuição de se debruçar sobre o aumento dessas
despesas nos últimos anos e propor medidas para
solucionar esse problema.]
'O Congresso Nacional promoverá, por meio de
comissão mista, exame analítico dos atos, fatos e
políticas públicas com maior potencial gerador de
precatórios e sentenças judiciais contrárias à Fazenda
Pública da União', diz o texto.
A comissão deverá ser criada no prazo de um ano após
a promulgação da Emenda Constitucional e, segundo o
texto, trabalhará em cooperação com o Conselho
Nacional de Justiça e com o auxílio do Tribunal de
Contas da União (TCU), 'podendo requisitar
informações e documentos de órgãos e entidades da
administração pública direta e indireta de qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios, buscando identificar medidas
legislativas a serem adotadas com vistas a trazer maior
segurança jurídica no âmbito federal'.
'Apurados os resultados, o Congresso Nacional
encaminhará suas conclusões aos presidentes do
Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de
Justiça, para a adoção de medidas de sua
competência', relata a PEC.
Mudança no cálculo do teto de gastos
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quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça
Até hoje, a fórmula para o cálculo do limite de gastos
para o governo leva em consideração o Índice Nacional
de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fator de
medida para a inflação que é apurado entre julho de um
ano e junho do ano seguinte.
O período considerado é esse porque é o dado
disponível no início do ano, quando o governo tem de
enviar ao Congresso a mensagem com o projeto de
orçamento do ano seguinte.
A PEC determina que o IPCA passe a ser apurado entre
janeiro e dezembro. Essa manobra contábil e que fez
com que o governo apurasse o espaço fiscal para o
próximo ano.
Recursos para vacinas
Do espaço fiscal aberto, R$ 15 bilhões poderão ser
aplicados no exercício deste ano. Esse valor está
inserido no espaço de cerca de R$ 38 bilhões para
2021, que seriam gerados em 2021, caso estivesse em
vigor a diferença gerada com a alteração do período de
aferição do IPCA.
Esse espaço só poderá ser usado para despesas da
vacinação contra Covid-19.
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça
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Curtas
Conselho Nacional de Justiça - CNJValor Online/Nacional - Legislação
quinta-feira, 16 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça
Autor: VALOR
Rescisão de contrato
A 2ª Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) vai
discutir a 'aplicabilidade (ou não) do artigo 39, inciso IX,
do Código de Defesa do Consumidor (CDC) à resilição
unilateral de contrato de conta corrente bancária por
iniciativa da instituição financeira'. A relatoria é do
ministro Paulo de Tarso Sanseverino (REsp 1941347).
O colegiado decidiu suspender a tramitação de recursos
especiais e agravos em recurso especial. Em relação
aos processos em andamento na primeira e na segunda
instâncias, a seção considerou que não há motivo para
a suspensão, uma vez que o STJ tem jurisprudência
pacífica sobre a questão. Prevalece no STJ orientação
no sentido da validade da resilição unilateral do contrato
de conta corrente bancária, nos termos da Resolução nº
2.025/1993 do Conselho Monetário Nacional, não se
aplicando, nessa hipótese, a regra do artigo 39, inciso
IX, do CDC, que veda a recusa de fornecimento de
produto ou serviço a quem se disponha a pagar por ele.
Liberdade religiosa
O Plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ)
aprovou a instituição da Política Nacional de Promoção
à Liberdade Religiosa e Combate à Intolerância no
âmbito do Poder Judiciário. Acatada por unanimidade, a
decisão ocorreu na 61ª Sessão Extraordinária, realizada
na terça-feira. A execução dos princípios previstos na
resolução envolve a adoção de medidas administrativas
que garantam a liberdade religiosa no ambiente
institucional, bem como ações de incentivo à tolerância
e ao pluralismo religioso entre servidores, colaboradores
e público externo do Poder Judiciário.
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça
62
CCJ aprova promotor João Paulo Schoucair para Conselho Nacional de
Justiça
Conselho Nacional de Justiça - CNJCNN Brasil/Nacional - Noticias
quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça
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A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou a
indicação de João Paulo Santos Schoucair para compor
o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) nesta quarta-
feira (15). A indicação segue para votação em plenário.
Schoucair foi indicado pelo procurador-geral da
República, Augusto Aras, para ocupar uma vaga
destinada ao Ministério Público no CNJ. Durante a
sabatina na CCJ, ele se comprometeu a atuar de forma
'equilibrada, cuidadosa, imparcial e independente'.
O promotor defendeu diálogo institucional entre os três
Poderes e a busca de soluções de consenso que
assegurem o respeito aos direitos fundamentais
previstos na Constituição de 1988.
'Como órgão fiscalizador do Poder Judiciário, são
muitos os desafios do CNJ. Colaborar com o
aperfeiçoamento do sistema de Justiça, que tenha como
objetivo uma prestação jurisdicional célere e efetiva,
primando pelo absoluto respeito a direitos e garantias
fundamentais', disse.
O relator da indicação foi o senador Jaques Wagner
(PT-BA). Ele disse conhecer a trajetória de João Paulo
Schoucair, que atua no Ministério Público da Bahia.
'A gente tem visto na nossa história recente esses
conselhos cumprirem um papel muito mais de defesa
das corporações do que garantir que o sistema de
Justiça funcione dentro do esperado. O senhor passará
a ser um guardião do interesse da sociedade brasileira,
não um protetor ou garantidor dos interesses
corporativos, no sentido pejorativo', disse.
Carreira
João Paulo Santos Schoucair formou-se pela Faculdade
de Direito da Universidade Federal da Bahia em 2002.
Ele tem pós-graduação em ciências criminais (2008) e
mestrado em segurança pública, justiça e cidadania
(2019). Participou de cursos de especialização em
instituições de ensino estrangeiras, como a Harvard
Kennedy School (Estados Unidos) e a Univesità Degli
Studi di Roma Tor Vergata (Itália).
O indicado é promotor de Justiça desde 2004. Atuou
nas comarcas baianas de Uauá, São Domingos,
Palmeiras, Olindina, Ribeira do Pombal, Santo Amaro e
Salvador. Schoucair coordena o Grupo de Atuação
Especial de Combate ao Crime Organizado e
Investigações Especiais do Ministério Público da Bahia.
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça
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'Caso seja preciso, acionarei o CNJ', diz Ciro Gomes após operação da PF
Conselho Nacional de Justiça - CNJCNN Brasil/Nacional - Noticias
quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça
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Em entrevista à CNN nesta quarta-feira (15), o ex-
governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) falou sobre a
operação da Polícia Federal contra ele e seu irmão, Cid
Gomes (PDT-CE). Nesta manhã, a polícia cumpriu
mandado de busca e apreensão em suas residências,
em ação que apura supostas fraudes e pagamentos de
propinas a agentes políticos e servidores públicos
durante o processo de licitação das obras da Arena
Castelão, em Fortaleza, entre 2010 e 2013.
Ciro Gomes, que atualmente é pré-candidato à
Presidência da República em 2022 pelo PDT, afirmou
que considera a operação 'uma aberração', uma vez
que a medida cautelar (busca e apreensão) não deveria
ser implementada 10 anos após o suposto ocorrido.
Segundo Ciro, a delação premiada apresentada em
2017 - feita por um diretor da empresa que ganhou a
licitação - não menciona 'em nenhum momento' que ele
teria recebido ou pedido qualquer tipo de propina, ou
vantagem.
'Qual é o sentido de fazer busca e apreensão sobre uma
figura pública, candidato à Presidência da República,
por fatos que teriam ocorrido em 2012? Ninguém faz
busca e apreensão nessa condição, portanto, está muito
flagrante a aberração que aconteceu, mas vou reagir
com toda a força contra esses que produziram esse
factoide', disse.
À CNN, Ciro Gomes afirmou que pretende entrar com
uma representação no Conselho Nacional de Justiça
(CNJ) caso o 'erro' não seja reparado.
'Determinei que eles [advogados] fizessem uma petição
ao juiz federal do Ceará, para que ele, percebendo que
cometeu um erro - ao qual foi induzido pelo delegado da
Polícia Federal - se ele volta atrás, ele estará fazendo
justiça, se ele não voltar atrás, também contra ele eu
vou representar no Conselho Nacional de Justiça',
afirmou.
Ciro disse que também pretende representar contra o
delegado de Polícia Federal, que, segundo ele, 'troca
todos os fatos, faz um relatório absolutamente arbitrário
e calunioso'.
Não sou citado por nenhum delator, que não teria
nenhuma prova escondida, 12 anos depois, que
justificasse a medida cautelar, e por ser um homem
público, a lesão à minha imagem, são 40 anos de vida
pública', completou.
Operação Colosseum
A Polícia Federal investiga um possível pagamento de
R$ 11 milhões em propinas, com notas fiscais
fraudulentas emitidas por empresas fantasmas.
Durante o processo de busca e apreensão, foram
recolhidos materiais para análise e está sendo feito a
avaliação do fluxo financeiro dos suspeitos, disse a PF.
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Conselho Nacional de Justiça - CNJCNN Brasil/Nacional - Noticias
quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça
No total, estão sendo cumpridos 14 mandados de busca
e apreensão. No estado do Ceará, além da capital, a
operação, chamada de Colosseum, atinge as cidades
de Meruoca e Juazeiro do Norte, e se estende também
por São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG) e São Luís
(MA).
As investigações tiveram início no ano de 2017.
Segundo a PF, existe a possibilidade de uma empresa
ter vencido o processo licitatório da Arena Castelão com
a condição de pagar propina a funcionários públicos.
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça, Judiciário - Fazendo Justiça
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LGPD não veda o acesso a dados públicos: este é um direito de todos
Conselho Nacional de Justiça - CNJConsultor Jurídico/São Paulo - opinião
quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça
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Autor: Daniel Marques
O tratamento conferido pelo Direito brasileiro à temática
de acesso a dados públicos por meio dos sistemas
digitais disponibilizados pelo Poder Judiciário, e os
impactos das possíveis restrições nesse acesso sobre a
inovação tecnológica nos tribunais, é assunto de
extrema importância para o setor e assunto de debate
delicado e urgente, visto o avanço tecnológico dos
nossos tempos.
Os dados abertos são um dos motores da inovação, e o
acesso aos dados produzidos pelo Judiciário é
fundamental para o desenvolvimento de ferramentas
tecnológicas no setor jurídico. O Conselho Nacional de
Justiça tem avançado positivamente numa agenda de
sempre maior abertura à inovação e a tecnologia. As
startups conhecidas como lawtechs ou legaltechs se
posicionam como os atores centrais nesse processo, já
que se especializaram em inovação no Direito e
oferecem seus serviços tecnológicos para advogados,
escritórios e departamentos jurídicos.
Porém, ainda que exerçam um importante papel, o setor
das lawtechs tem enfrentado obstáculos que dificultam
suas atividades e seu potencial de inovação a serviço
do Direito, da Justiça e do cidadão. A disrupção
tecnológica recente no setor privado não é sentida com
a mesma força no setor público. É importante lembrar
que tanto a Lei de Acesso à Informação quanto a
Constituição determinam, como regra geral, o acesso
público às informações públicas custodiadas pela
Administração, incluindo o Poder Judiciário.
Para que haja efetiva inovação aberta é necessário a
transparência e acesso aos dados para gerar valor para
a sociedade a partir de ações colaborativas. As políticas
de governo aberto, por sua vez, ajudam a garantir a
transparência pública, elemento fundamental para que a
sociedade e seus diferentes atores se empoderem e
colaborem com o poder público.
Os órgãos do Poder Judiciário também devem seguir as
medidas de transparência adequadas, sendo o Brasil
destaque positivo nesse sentido. A publicização dos
processos judiciais deve permitir o amplo acesso pelo
público a todas as informações processuais. A
publicidade de atos processuais, segundo o
entendimento do Supremo Tribunal Federal, é um
instrumento democrático voltado ao controle da função
jurisdicional.
Levantados os aspectos acima, é importante notar que
a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), por vezes
posta como argumento para restringir os dados de
processos judiciais, não veda o acesso público. A mera
presença de dados pessoais não é impeditivo do acesso
aberto a um documento público. Não há uma maneira
de se vislumbrar como a LGPD poderia ser utilizada
como justificativa geral para a restrição de acesso de
dados de disponibilidade pública, não havendo uma
incompatibilidade entre tal diploma, a regra de
publicidade da LAI e da Constituição.
Entendemos, portanto, que o remédio para enfrentar o
tratamento ilícito de dados públicos, como os de
processos judiciais, não é a supressão da regra geral da66
Conselho Nacional de Justiça - CNJConsultor Jurídico/São Paulo - opinião
quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça
publicidade processual, mas a responsabilização civil
dos autores de ato ilícito.
A inovação passou, hoje, a ser vista como um meio para
a construção de um futuro que seja mais sustentável e
inclusivo. O crescimento das lawtechs no cenário
mundial, por sua vez, demonstra a necessidade de
investimento nesse campo no Brasil, sendo, para essa
finalidade, essencial a participação do Estado.
Destacamos o uso de dados abertos - em ampla
parceria com o Estado - como um motor para essa
inovação, em razão da união de seus potenciais para
promover uma democracia mais saudável e um futuro
mais transparente.
Daniel Marques é diretor da Associação Brasileira de
Lawtechs e Legaltechs.
Revista Consultor Jurídico, 15 de dezembro de 2021,
9h05
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça
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Justiça para todos: o caso da Boate Kiss
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quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Maria Thereza de Assis Moura
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Autor: Alberto Zacharias Toron
Nicolau dos Santos Neto havia sido presidente do TRT
de São Paulo. Houve uma grave acusação de desvio de
verbas na construção do novo fórum trabalhista. O
Senado instaurou uma CPI do Judiciário que tinha o
foco nesse caso. Os telejornais só falavam nisso e
todos os ingredientes de um grande escândalo estavam
presentes. A prisão preventiva dele, em nome do
prestígio das instituições, foi decretada e ele, depois de,
em vão, discutir a legalidade dessa medida em todas as
instâncias, se apresentou.
Moralmente esculachado com o apelido de "Lalau",
septuagenário, asfixiado economicamente com o
bloqueio de seus bens e preso, desenvolveu um severo
processo depressivo. O juiz do caso, o mesmo que
havia decretado a preventiva, determinou sua remoção
para o regime de prisão domiciliar, com agentes da PF
na sua casa. O MPF não se conformou com a decisão
que causou revolta nos que queriam o "combate à
corrupção". Manejou um recurso em sentido estrito
(RSE) e impetrou um mandado de segurança no TRF
da 3ª Região, que concedeu a medida liminar para
atribuir eficácia suspensiva ao RSE.
Mas o STJ considerou ilegal essa decisão. Ao deferir a
medida liminar no HC nº 17.804 (DJ 09/8/2001), o
ministro Nilson Naves realçou a pletora de precedentes
que apontavam a inviabilidade do manejo do mandado
de segurança como um Habeas Corpus às avessas.
Idêntico estrépito causou a colocação da ex-primeira-
dama do Rio de Janeiro em regime de prisão domiciliar
pelo próprio juiz que decretara a sua preventiva. O TRF
da 2ª Região concedeu liminar no mandado de
segurança impetrado pelo MPF para dar efeito
suspensivo ao RSE interposto, mas a ministra Maria
Thereza de Assis Moura, com base em antigos e
reiterados precedentes do STJ, cassou a decisão do
TRF-2 (HC nº 392.806; DJe 28/3/2017).
A matéria, hoje, está sumulada pelo STJ tantos foram
os casos julgados no mesmo sentido: "O mandado de
segurança não se presta para atribuir efeito suspensivo
a recurso criminal interposto pelo Ministério Público"
(Súmula nº 604).
O que tem isso a ver com a condenação e prisão no
caso da Boate Kiss? Muito.
Condenados os réus a penas superiores a 15 anos de
reclusão, o juiz aplicou a nova regra do artigo 492, letra
"e", do CPP, introduzida pelo pacote "anticrime" (Lei nº
13.964/2019), que impõe a "execução provisória da
pena", com a expedição de mandado de prisão. Ocorre
que o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul havia
concedido medida liminar em Habeas Corpus preventivo
impetrado pela defesa de um dos réus para impedir a
prisão imediata (HC nº 70.085.490.795).
Na decisão da fina lavra do desembargador Manuel
José Martinez Lucas, além dos precedentes da própria
Câmara e dele mesmo, colocou-se em evidência que
estando o paciente em liberdade há vários anos e sem
causar qualquer problema, a prisão logo após o
julgamento pelo júri não se justificava, mesmo porque,68
Conselho Nacional de Justiça - CNJConsultor Jurídico/São Paulo - opinião
quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Maria Thereza de Assis Moura
as duas turmas especializadas em matéria penal do STJ
firmaram o entendimento - correto, diga-se - de que é
descabida a execução provisória da sentença ante a
força da presunção constitucional de inocência (AgRg
no RHC nº 130.301/MG, relator ministro Ribeiro Dantas,
DJe 20/9/2021 e, entre muitos outros, AgRg no HC nº
530.499/ES, relator ministro Rogério Schietti, DJe
28/5/2020).
A decisão do desembargador do TJ-RS poderia ser
objeto de agravo interno, sim. Mas não poderia até ser
alvo de um mandado de segurança para lhe conferir
eficácia suspensiva, pois, além de não ser teratológica,
o impediria a Súmula nº 604 do STJ e, seja como for, a
liminar concedida está em consonância com a
jurisprudência do STJ.
Aí vem, como costuma dizer Lenio Streck, o "drible da
vaca". Invoca-se o artigo 4º da Lei nº 8.437/92 e, a
pretexto de existir uma questão constitucional, dirige-se
a petição diretamente ao STF.
Ocorre que a lei em questão dispõe "sobre a concessão
de medidas cautelares contra atos do Poder Público".
Vale dizer, se uma medida liminar afetar o poder público
(administração), nos termos do seu artigo 4º, compete
"ao presidente do tribunal, ao qual couber o
conhecimento do respectivo recurso, suspender, em
despacho fundamentado, a execução da liminar nas
ações movidas contra o Poder Público".
O campo de incidência do referido dispositivo, como
facilmente se percebe, é o do processo civil, e não o do
penal. Não há ação movida contra o "poder público" no
caso da Boate Kiss. Não é por acaso que o §1° do
artigo 4º da Lei nº 8.437/92 assinala aplicar-se "o
disposto neste artigo à sentença proferida em processo
de ação cautelar inominada, no processo de ação
popular e na ação civil pública, enquanto não transitada
em julgado". Tampouco o presidente do STF seria o
órgão ao qual caberia "o conhecimento do respectivo
recurso".
De outro lado, malgrado o STF tenha precedentes da 1ª
Turma afirmando a possibilidade de se executar a pena
desde logo quando se trata de decisão emanada do júri,
isso não outorgava competência direta ao STF para
impor sua jurisprudência. O sistema de justiça impõe
regras que devem ser observadas. É curioso que um
tribunal que tenha uma súmula como a 691, a qual
afasta a competência do STF para conhecer da Habeas
Corpus impetrado contra liminar indeferida em outro
tribunal superior, se permita conhecer de questão ainda
não julgada no tribunal de origem, e nem pelo STJ. Pior,
o mesmo STF, com invulgar constância, tem
proclamado, até em Habeas Corpus, a impossibilidade
de conhecer de matéria não apreciada pelas instâncias
inferiores. Como pode conhecer, agora, diretamente da
matéria posta pelo MP-RS?
Poder-se-ia dizer que há uma questão constitucional.
Sim, mas qual? A relativa à interpretação do artigo 492,
"e", do CPP? Certamente, não. A da soberania dos
vereditos dos jurados? Também não, pois o veredito
não foi tangido pela liminar proferida pelo
desembargador. A reserva de plenário, pois se tratou de
reconhecer a inconstitucionalidade do dispositivo do
artigo 492, "e", do CPP diante da presunção de
inocência? Também não! É que a regra processual tem
recebido uma interpretação conforme à Constituição, e
não o reconhecimento da sua inconstitucionalidade e,
seja como for, nesse caso caberia eventual recurso
extraordinário, mas somente após o julgamento do writ.
Sobra, pesa dizê-lo, a odiosa tirania monocrática, o
arbítrio unipessoal contra a lei e a Constituição. A
satisfação distorcida à opinião pública com a punição
antecipada de condenados que ainda têm direito à
apelação não representa nenhum prestígio à Justiça.
Atropelar regras de competência e, pior ainda, invocar
uma lei descabida para mandar prender é o "vale tudo",
é a antítese da justiça. Submeter "os outros" à prisão
fora do figurino legal desmerece o Judiciário.
Alberto Zacharias Toron é advogado, mestre e doutor
em Direito Penal pela USP, professor de Processo
Penal da FAAP e ex-presidente do IBCCrim.
Revista Consultor Jurídico, 15 de dezembro de 2021,
13h0969
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quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Maria Thereza de Assis Moura
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Maria Thereza de
Assis Moura
70
Ministra Regina Helena Costa é empossada como ouvidora substituta do
STJ
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quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça
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A ministra Regina Helena Costa tomou posse, nesta
terça-feira (14/12), no cargo de ouvidora substituta do
Superior Tribunal de Justiça. Ela vai atuar nas
ausências do ministro Moura Ribeiro, empossado, em
novembro, como o novo ouvidor do tribunal para uma
gestão de 12 meses. O início do mandato da nova
ouvidora substituta foi oficializado em cerimônia
semipresencial no gabinete da Presidência da corte.
Em seu discurso, o presidente do STJ, ministro
Humberto Martins, destacou que a gestão
compartilhada da Ouvidoria será fundamental para
ampliar o diálogo com a sociedade, em prol da evolução
constante da prestação jurisdicional.
"A ministra Regina Helena Costa e o ministro Moura
Ribeiro vão trabalhar em conjunto para que o tribunal da
cidadã e do cidadão seja cada vez mais viável,
respeitado e qualificado, merecendo a confiança da
sociedade e dos próprios servidores da corte", declarou
Martins, que também enalteceu a trajetória jurídica e o
exemplo da nova ouvidora substituta para o
fortalecimento da participação feminina nos poderes da
República.
Por videoconferência, a ministra Regina Helena se
comprometeu a dar continuidade ao empenho histórico
do STJ na busca pela excelência dos serviços
prestados ao cidadão. Segundo ela, a Ouvidoria
"desempenha um papel muito relevante na estrutura do
Superior Tribunal de Justiça".
Presencialmente, também participaram da posse o atual
ouvidor da corte, ministro Moura Ribeiro, e o ministro
aposentado Massami Uyeda. De forma virtual,
prestigiaram a solenidade a ministra Assusete
Magalhães e os ministros Herman Benjamin, Benedito
Gonçalves e Sérgio Kukina.
Novas regras
A indicação da ministra Regina Helena Costa para a
função de ouvidora substituta atende às diretrizes da
Resolução 432/2021 do Conselho Nacional de Justiça
(CNJ), que trata da organização e do funcionamento
das ouvidorias do Poder Judiciário e da Ouvidoria
Nacional de Justiça.
A resolução traz a previsão de que o ouvidor substituto
seja um membro do órgão judicial - no caso do STJ, um
ministro ou uma ministra.
No mês passado, o Conselho de Administração do
tribunal alterou a redação da Resolução STJ/GP 9/2021
para incluir no regulamento da Ouvidoria a figura do
ouvidor substituto. Cabe ao ouvidor da corte a indicação
de um ouvidor auxiliar, a ser nomeado pelo presidente
em cargo comissionado.
A ouvidora substituta
Regina Helena Costa ingressou em 2013 no STJ, onde
integra a Primeira Turma e a Primeira Seção, órgãos
71
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quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça
especializados em direito público. Antes, exerceu os
cargos de juíza federal e desembargadora do Tribunal
Regional Federal da 3ª Região (TRF3).
Ela é doutora em direito pela Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo, professora e autora de obras na
área do direito tributário. Em 2021, completou três
décadas de magistratura e 37 anos de magistério. Com
informações da assessoria de imprensa do Superior
Tribunal de Justiça.
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de Justiça
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Prática do TJ-RJ vence Prêmio Viviane do Amaral, do CNJ
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quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça
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O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro foi o vencedor
do Prêmio CNJ Viviane Vieira do Amaral, pelo
desenvolvimento do aplicativo "Maria da Penha Virtual".
O segundo e terceiro lugares ficaram, respectivamente,
com o projeto "Mulher Superando o Medo", do Tribunal
de Justiça do Espírito Santo, e o programa "Carta de
Mulheres", do Tribunal de Justiça de São Paulo.
A juíza Viviane do Amaral, assassinada pelo ex-marido
no Natal do ano passado
Reprodução
O prêmio é um repúdio à violência doméstica contra as
mulheres e, ao mesmo tempo, um meio para conferir
visibilidade a projetos e ações de prevenção e
enfrentamento a agressão, maus-tratos e crimes
trágicos como o feminicídio.
O presidente do Conselho Nacional de Justiça e do
Supremo Tribunal Federal, ministro Luiz Fux, conduziu
na terça-feira (14/12) a solenidade de premiação dos
vencedores da primeira edição.
Instituído pela Resolução CNJ n. 377/2021, o prêmio
contempla projetos em todo o país que estejam
contribuindo para reduzir ou eliminar a violência contra a
mulher, crime cujas notificações aumentaram
expressivamente durante o período de isolamento social
que prevaleceu na pandemia. O prêmio é concedido em
seis categorias: tribunais, magistrados, atores do
Sistema de Justiça Criminal, organizações não-
governamentais, mídia e produção acadêmica.
Vencedores
Os trabalhos apresentados foram analisados pela
Comissão Avaliadora do Prêmio integrada por
conselheiros e membros do CNJ a partir de critérios
como qualidade, relevância, alcance social,
replicabilidade, resultados, criatividade e inovação na
prevenção e enfrentamento da violência contra as
mulheres.
Entre os participantes da solenidade, o presidente do
TJ-RJ, desembargador Henrique Carlos de Andrade
Figueira, disse que a juíza Viviane Vieira do Amaral
cumpre, em sua memória, "a missão de levantar o
problema gravíssimo da sociedade brasileira, que é a
violência doméstica".
Na categoria magistrados, o primeiro lugar ficou com o
projeto "Borboleta" (magistrada Madgeli Frantz
Machado/TJ-RS), seguido pelos projetos "Rede de
Ajuda" (magistrado Carlos Eduardo Mattioli
Kockanny/TJ-PR) e "Sobre Ela" (magistrado Wagner
Cinelli de Paula Freitas/TJ-RJ).
Na categoria atores do Sistema de Justiça Criminal, os
vencedores foram os projetos "Patrulha Maria da
Penha" com o primeiro lugar, e "Florescer Mulheres" e
"Plantão Social", no segundo e terceiro lugares.
Entre as ações das ONGs, destacou-se, em primeiro
lugar, o projeto "Justiceiras". O segundo lugar ficou com
o projeto "Íntegra / Mediação - crime, gênero, família"
(Rede Internacional de Mediação Interdisciplinar) e o73
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quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça
terceiro com o programa "Defesa e Valorização da
Mulher" (Associação Ambiental Cultivar).
Na categoria mídia, o primeiro lugar ficou com
documentário "Agricultoras violentadas", da Rede
Record TV, e o segundo lugar com a "Patrulha Maria da
Penha e seus resultados em Rio Claro/SP".
Na categoria produção acadêmica, o primeiro lugar foi
para a publicação de livro com pesquisa científica que
embasou dissertação de mestrado produzida a partir de
relatos de mulheres que receberam medidas protetivas
de urgência da Lei Maria da Penha na cidade de São
Gabriel, na Bahia. O segundo lugar ficou com o projeto
"Agir contra si: a acrasia na mediação de conflitos nos
contextos de narrativas, violências e crimes no âmbito
intrafamiliar", e o terceiro lugar com o projeto
"Restabelecimento das Relações no Contexto das
Medidas Protetivas à Mulher em Interface com a
Mediação de Conflitos". Com informações da assessoria
de imprensa do Conselho Nacional de Justiça.
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça
74
Conselho autoriza abertura de processo disciplinar contra juiz federal do
Pará
Conselho Nacional de Justiça - CNJConsultor Jurídico/São Paulo - Noticias
quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça
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O Plenário do Conselho Nacional de Justiça autorizou
nesta terça-feira (14/12) a abertura de processo
administrativo disciplinar e o afastamento de um juiz da
4ª Vara do Pará, unidade do Tribunal Regional Federal
da 1ª Região. A decisão, unânime, foi tomada durante a
61ª Sessão Extraordinária.
Juiz liberou parte da carga de madeira apreendida, em
dezembro do ano passado, durante ação da PF contra
extração ilegal
Divulgação/Ibama
O magistrado liberou parte da carga de madeira
apreendida, em dezembro do ano passado, durante
ação da Polícia Federal contra extração ilegal. Na
ocasião, foram apreendidos mais de 131 mil m³ de
madeira em tora, interceptadas em balsas na divisa
entre Pará e Amazonas.
À época da apreensão, o juiz substituto da vara havia
decidido que o caso deveria ser analisado pela seção
judiciária do Amazonas. O juiz agora investigado, que
estava de férias, revogou a decisão. Ele também é
acusado de revogar prisões preventivas em
investigações de tráfico internacional de drogas e de
crimes contra o sistema financeiro e por absolver cinco
réus denunciados por fraude em licitação, em
circunstâncias supostamente incomuns.
Relatora da reclamação disciplinar, a corregedora
nacional de Justiça, ministra Maria Thereza Rocha de
Assis Moura, afirmou que os casos "devem ser
investigados por caracterizar, em tese, violação dos
deveres da imparcialidade, serenidade, exatidão,
prudência e cautela", previstos no Código de Ética da
Magistratura Nacional. Ela ainda apontou possível
infração disciplinar em relação à Lei Orgânica da
Magistratura Nacional.
A ministra considerou que as decisões são incomuns e
os fatos, gravíssimos. Para ela, é necessário investigar
"o conjunto dos fatos extraído das circunstâncias em
que proferidas, durante o gozo de férias, ou em
processos em que atuava excepcionalmente, durante
férias ou mesmo curta ausência de outro magistrado,
acrescido da magnitude dos casos, e ainda atrelado à
informação de possível relação indevida com
advogados". Com informações da assessoria de
imprensa do Conselho Nacional de Justiça.
Reclamação Disciplinar 0004306-41.2020.2.00.0000
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça
75
STF forma maioria pela exigência do passaporte da vacina para entrada
no Brasil
Conselho Nacional de Justiça - CNJCrusoé Online/Distrito Federal - Noticias
quarta-feira, 15 de dezembro de 2021Judiciário - STF
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Autor: Ana Viriato
O plenário do Supremo Tribunal Federal formou
maioria a favor da exigência de apresentação do
comprovante de vacina contra a Covid-19 para a
entrada de viajantes no Brasil. As regras valem para
todos que saírem do país a partir desta quarta-feira, 15.
O placar registra seis votos pela adoção da medida.
Relator da ação, o ministro Luís Roberto Barroso (foto)
votou para referendar decisão anterior e esclarecer que
devem ser dispensados do 'passaporte da vacina'
somente aqueles que não podem tomar o imunizante
por razões médicas ou que sejam de países em que,
comprovadamente, não existe vacinação em massa
contra o novo coronavírus. Para entrar no Brasil, esse
grupo terá de apresentar um exame PCR negativo para
Covid-19 e permanecer em isolamento.
Há, contudo, ressalvas quanto a brasileiros ou
estrangeiros que moram no Brasil. Esses cidadãos
podem se recusar a apresentar o cartão de vacina no
retorno ao país, mas, neste caso, deverão entregar um
documento que ateste o resultado negativo para a
infecção pelo coronavírus e ficar em quarentena até
uma nova testagem negativa.
O julgamento ocorre no plenário virtual, plataforma em
que magistrados inserem os votos sem precisar discuti-
los. O debate pode seguir até esta quinta-feira, 16.
Acompanharam Barroso os ministros Edson Fachin,
Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes, Rosa Weber e
Luiz Fux.
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF, CNJ -
Luiz Fux, CNJ - Rosa Weber
76
Assembleia da CEA
Conselho Nacional de Justiça - CNJDiário do Amapá/Amapá - Noticias
quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça
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Presidente do Conselho de Administração da CEA,
Augusto Miranda da Paz Júnior está convoca
assembleia extraordinária para 23 de dezembro de
forma digital, por meio do aplicativo de
videoconferência. Um dos assuntos da pauta é a
autorização para realização da 1° emissão de
debêntures simples, não conversíveis em ações, da
espécie quirografária, com garantia adicional
fidejussória, em série única, da companhia no valor de
R$500 milhões.
Aplicação de recursos
Lei (2.618) sancionada pelo governador Waldez Góes
estabelece prazo para a regulamentação de diretrizes
voltadas à aplicação de recursos provenientes de
outorga da concessão pública relacionada ao leilão para
universalização do saneamento realizado em 2021, no
âmbito do Amapá.
Financiamento da educação
O Ministério Público do Amapá (MP-AP), Promotoria de
Justiça de Defesa da Educação (PJDE) e Centro de
Apoio Operacional da Educação (CAO-EDU), participou
de audiência realizada pela Comissão de Educação,
Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia (CEC) da
Assembleia Legislativa do Amapá (ALAP), na terça-feira
(14). O intuito foi dialogar sobre o financiamento da
educação e a criação do Fundo Estadual da Educação.
Projeto das armas
Em reunião nesta quarta-feira (15), a Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, presidida pelo
senador Davi Alcolumbre, decidiu adiar a votação do
projeto que modifica regras de registro, posse e
comercialização de armas de fogo para caçadores,
atiradores e colecionadores - grupo conhecido como
CACs. Com o adiamento, a matéria deve ser votada
somente em 2022.
Criação de sindicato
A Comissão Organizadora do Sindicato das Empresas
de Transporte de Minério do Estado do Amapá -
SINTRAMAP, vai reunir empresários da área para
assembleia geral de fundação da entidade dessa
categoria econômica. A assembleia está marcada para
17 de janeiro de 2022, na sede da Federação do
Transporte do Amapá FETRAP, com aprovação do
estatuto social e eleição da diretoria executiva e do
conselho fiscal.
Impedida de licitar
A Justiça Federal do Amapá está notificando a empresa
A Costa de Almeida Eirelli, acerca da decisão que aplica
a penalidade de impedimento de licitar e de contratar
com a Justiça Federal do Amapá, por até dois anos,
com o descredenciamento do Sicaf, haja vista falhas na
execução de objeto contratado. A empresa tem cinco
dias para apresentar recurso.
Alvo de processo
O Plenário do Conselho Nacional de Justiça autorizou77
Conselho Nacional de Justiça - CNJDiário do Amapá/Amapá - Noticias
quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça
a abertura de processo administrativo disciplinar e o
afastamento do juiz Antônio Carlos Almeida Campelo,
da 4ª Vara do Pará, unidade do Tribunal Regional
Federal da 1ª Região. Ele liberou parte da carga de
madeira apreendida, em dezembro do ano passado,
durante ação da Polícia Federal contra extração ilegal.
Na ocasião, foram apreendidos mais de 131 mil m³ de
madeira em tora, interceptadas em balsas na divisa
entre Pará e Amazonas.
Isenção de IPI
O Senado aprovou destaque do PSDB ao projeto que
prorroga por cinco anos, até 31 de dezembro de 2026, a
isenção de IPI na aquisição de automóveis de
passageiros novos por taxistas, cooperativas de taxistas
e pessoas com deficiência e deficientes auditivos. A
matéria será encaminhada para a sanção do presidente
da República.
Doação de medula
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado,
presidida pelo senador Davi Alcolumbre, aprovou
normas que facilitam a localização de doadores
cadastrados no Registro Nacional de Doadores de
Medula Óssea (Redome). O PL 3.523/2019 segue para
Comissão de Assuntos Sociais.
Convocação
O Sinsepeap Macapá convoca os profissionais da
educação da rede municipal para lotarem o plenário da
Câmara de Vereadores na quinta-feira (16) às 9h00 em
defesa do pagamento do Abono do Fundeb para todos
os professores, pedagogos, auxiliares e especialistas,
ou seja, todos os profissionais da educação da capital.
O movimento vai cobrar dos vereadores a defesa da
categoria e o pagamento do benefício a todos.
Reprovação
Mais uma pesquisa Ipec sobre a avaliação do governo
Bolsonaro teve seus números divulgados na terça-feira
(14) e trouxe os seguintes resultados:
ótimo/bom: 19%; regular: 25%; ruim/péssimo: 55%; não
sabe/não respondeu: 1%Na pesquisa anterior, realizada
em setembro, o percentual de ótimo/bom era 22%; o de
regular, 23%; e o de ruim/péssimo, 53%.
O percentual dos que não sabiam/não responderam foi
o único que não sofreu alteração e permanece em 1%.
Suspensão
Na terça-feira (14), o presidente do STF, ministro Luiz
Fux, acatou o recurso do MP-RS pedindo a suspensão
do habeas corpus preventivo aos quatro réus
condenados na sexta-feira (10) no julgamento da
tragédia na boate Kiss em 2013, e que resultou na
morte de 242 pessoas no incêndio ocorrido em 2013.
Assim, Elissandro Spohr, o dono da boate; Mauro
Hoffman, sócio; Marcelo de Jesus dos Santos, vocalista
da banda Gurizada Fandangueira; e, Luciano Bonilha
Leão, o assistente de palco tiveram a prisão decretada e
se apresentaram para o cumprimento da pena.
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça
78
Presídio de Ribeirão das Neves tem detentos isolados; visitas são
suspensas
Conselho Nacional de Justiça - CNJEstado de Minas online/Minas Gerais - Noticias
quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça
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Presídio Ribeirão das Neves II, na Grande BH
Algumas alas do presídio Ribeirão das Neves II, na
cidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte,
estão isoladas desde a última semana por conta de
detentos gripados. A administração informou que as
visitas foram suspensas de acordo com o protocolo
vigente, tendo em vista a pandemia de COVID-19.
Os detentos gripados realizaram exames de detecção
do novo coronavírus, mas o governo de Minas diz que
ainda não há um resultado dos testes.
"Conforme preconiza o protocolo de Saúde para casos
deste tipo, foram aplicados testes de COVID-19 aos que
apresentaram sintomas e o resultado ainda não foi
apresentado", diz trecho de nota enviada pela
Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública
(Sejusp) à reportagem.
"Além da aplicação de testes, as visitas foram
suspensas e também as movimentações internas, como
forma de precaução. Os presos que apresentaram a
síndrome gripal foram isolados, estão recebendo
medicação e acompanhamento pelo setor de saúde da
unidade", complementa a seção do governo de Minas.
A Sejusp conclui dizendo que "por ora, não é possível
afirmar que os presos estejam positivados para COVID-
19". Segundo um relatório emitido em outubro deste ano
pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), há 2.270
presos no Martinho Drumond, que tem capacidade para
1.047.
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça, Judiciário - Presos, Judiciário - Covid-19,
Judiciário - Coronavírus
79
Conselho Nacional de Justiça autoriza abertura de processo disciplinar
contra juiz federal
Conselho Nacional de Justiça - CNJO Sul/Rio Grande do Sul - Noticias
quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça
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O Plenário do Conselho Nacional de Justiça autorizou
a abertura de processo administrativo disciplinar e o
afastamento de um juiz da 4ª Vara do Pará, unidade do
Tribunal Regional Federal da 1ª Região. A decisão,
unânime, foi tomada durante a 61ª Sessão
Extraordinária.
O magistrado liberou parte da carga de madeira
apreendida, em dezembro do ano passado, durante
ação da Polícia Federal contra extração ilegal. Na
ocasião, foram apreendidos mais de 131 mil m³ de
madeira em tora, interceptadas em balsas na divisa
entre Pará e Amazonas.
À época da apreensão, o juiz substituto da vara havia
decidido que o caso deveria ser analisado pela seção
judiciária do Amazonas. O juiz agora investigado, que
estava de férias, revogou a decisão. Ele também é
acusado de revogar prisões preventivas em
investigações de tráfico internacional de drogas e de
crimes contra o sistema financeiro e por absolver cinco
réus denunciados por fraude em licitação, em
circunstâncias supostamente incomuns.
Relatora da reclamação disciplinar, a corregedora
nacional de Justiça, ministra Maria Thereza Rocha de
Assis Moura, afirmou que os casos 'devem ser
investigados por caracterizar, em tese, violação dos
deveres da imparcialidade, serenidade, exatidão,
prudência e cautela', previstos no Código de Ética da
Magistratura Nacional. Ela ainda apontou possível
infração disciplinar em relação à Lei Orgânica da
Magistratura Nacional.
A ministra considerou que as decisões são incomuns e
os fatos, gravíssimos. Para ela, é necessário investigar
'o conjunto dos fatos extraído das circunstâncias em que
proferidas, durante o gozo de férias, ou em processos
em que atuava excepcionalmente, durante férias ou
mesmo curta ausência de outro magistrado, acrescido
da magnitude dos casos, e ainda atrelado à informação
de possível relação indevida com advogados'. (ConJur)
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça
80
Áudio: CCJ aprova nome de João Paulo Santos Schoucair para o CNJ, e
indicação segue ao Plenário
Conselho Nacional de Justiça - CNJSenado Federal/ - Noticias
quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça
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A Comissão de Constituição e Justiça sabatinou nesta
quarta-feira (15) João Paulo Santos Schoucair, indicado
para integrar o Conselho Nacional de Justiça (CNJ)
pela Procuradoria-Geral da República. Schoucair é
promotor de Justiça do Ministério Público do Estado da
Bahia e atua desde 2018 como membro auxiliar da
Procuradoria-Geral da República. A indicação vai a
Plenário com pedido de urgência.
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça
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Sabatina na CCJ aprova João Paulo Schoucair para compor o CNJ
Conselho Nacional de Justiça - CNJDiário do Poder/Nacional - Noticias
quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça
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Promotor da Bahia Sabatina na CCJ aprova João Paulo
Schoucair para compor o CNJ Indicado da PGR passou
com 23 votos de senadores favoráveis e um contra, e
segue para apreciação do Plenário
15/12/2021 12:05 | Atualizado 15/12/2021 12:23
acessibilidade:
Promotor João Paulo Santos Schoucair será o primeiro
integrante do MPBA no CNJ. Foto: Edilson
Rodrigues/Agência Senado
Redação
Em sabatina realizada na manhã desta quarta-feira (15),
a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado
aprovou o nome do indicado da Procuradoria-Geral da
República (PGR), o promotor de Justiça da Bahia João
Paulo Santos Schoucair, para o cargo de conselheiro do
Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A aprovação
segue direto para apreciação do Plenário do Senado.
Após responder questionamentos na CCJ, Schoucair foi
aprovado com 23 votos favoráveis e um contrário dos
senadores presentes. O relator da indicação é o
senador Jaques Wagner (PT-BA), que destacou a
atuação equilibrada do promotor pelo Ministério Público
da Bahia (MPBA).
Ao se apresentar aos senadores da CCJ, Schoucair
disse que, na eventualidade de contar com a aprovação
do Senado, contribuirá como representante dos
Ministérios Públicos estaduais para o bom desempenho
das altas missões constitucuonais do CNJ.
'Para tanto, comprometo-me com a atuação equilibrada,
cuidadosa, imparcial e independente, tendo como norte
a Constituição Federal e objetivos maiores a busca de
soluções que prestigiem o consenso, diálogo
institucional e direitos fundamentais', disse Schoucair,
aos senadores.
O presidente da CCJ, senador Davi Alcolumbre (DEM-
AP), destacou a importância do CNJ como órgão de
correição. E pediu que o futuro conselheiro leve aos
colegas de colegiado o desejo dos senadores em
relação ao papel importante do conselho para a
fiscalização da magistratura e do Judiciário Brasileiro.
'É um cargo relevantíssimo e, como funcionário de
carreira, sei que vossa excelência honrará, a partir do
momento que o senhor estiver ocupando o Conselho',
disse Alcolumbre.
MP da Bahia no CNJ
Schoucair será representante dos Ministérios Públicos
estaduais no CNJ e, também, o primeiro integrante do
Ministério Público da Bahia a ocupar o cargo de
conselheiro no órgão.
O nome de João Paulo Schoucair foi escolhido após um
processo extenso. Primeiro, uma votação interna no
MPBA definiu uma lista para a Procuradora-Geral de
Justiça e o nome do promotor foi o mais bem votado.
Numa segunda etapa, foi formada uma lista tríplice do82
Conselho Nacional de Justiça - CNJDiário do Poder/Nacional - Noticias
quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça
Conselho Nacional dos Procuradores (CNPG) para
concorrer à vaga destinada aos Ministérios Públicos
estaduais na composição do CNJ, biênio 2021/2023.
Nesta fase, além dele, Carlos Vinicius Alves Ribeiro do
Ministério Público de Goiás (MPGO) e Danilo Raposo
Lírio, do Ministério Público do Espírito Santo (MPES),
também fizeram parte da lista que foi encaminhada ao
procurador-geral da República, Augusto Aras. Na
época, ao todo, 14 candidatos concorreram à vaga.
Trajetória
João Paulo Santos Schoucair ingressou no Ministério
Público da Bahia no ano de 2004. Ele é graduado em
Direito pela Ufba e mestre em Segurança Pública,
Justiça e Cidadania pela mesma instituição. Traz a
experiência de atuação ministerial adquirida em
trajetória no interior da Bahia, nas comarcas de Uauá,
São Domingos, Palmeiras, Olindina, Ribeira do Pombal
e Santo Amaro, estando, atualmente, na capital. Tem
experiência também na área de Direito, com ênfase em
Direito processual Penal.
João Paulo coordena hoje o Grupo de Atuação Especial
de Combate ao Crime Organizado e Investigações
Especiais do Ministério Público - GAECO/MPBA, com
atuação prioritária perante a Vara dos Feitos Relativos a
Delitos Praticados por Organizações Criminosas da
Comarca de Salvador.
Desde 2018, o promotor passou a atuar, como membro
auxiliar da Procuradoria-Geral da República, posição
que lhe permitiu aprimorar seus conhecimentos sobre a
dinâmica de funcionamento das Cortes Superiores
Ao longo de sua carreira, João Paulo Santos Schoucair
buscou se especializar, participando de cursos no Brasil
e exterior. Publicou diversos livros e periódicos, dentre
os quais destacam-se trabalhos sobre as Técnicas
Avançadas de Investigação, junto à Escola Superior do
Ministério Público da União - ESMPU e Avanços do
Sistema de Justiça, junto à Ordem dos Advogados do
Brasil e ao Conselho Nacional de Justiça. (Com
informações da Comunicação do MPBA e Agência
Senado)
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de Justiça, CNJ - Conselheiro do CNJ
83
A reeducação do agressor que cometeu violência doméstica
Conselho Nacional de Justiça - CNJO Globo - Blogs/Nacional - Lauro Jardim
quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça
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O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou uma
proposta para criar nos 27 Tribunais de Justiça dos
estados programas voltados aos agressores que
cometeram violência doméstica e familiar.
O objetivo é a reeducação e acompanhamento
psicossocial do agressor por meio de atendimento
individual ou em grupo de apoio. A proposta foi feita por
Luiza Brunet, que integra o Observatório de Direitos
Humanos do CNJ.
Hoje, apenas os TJs do Rio de Janeiro e DF contam
com o programa.
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça
84
Custo médio do preso no Brasil é de 1,8 mil por mês
Conselho Nacional de Justiça - CNJRede TV/Nacional - Noticias
quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça
São Paulo bom dia meu Brasil prazer o que faz notícias
pra todo o Brasil e nesta quarta feira sensacional vitória.
Você está bem ah mas vai ficar muito melhor vamos pra
primeira boa notícia bastante curiosa então vou mostrar
pra você agora um estudo inédito.
Feito pelo Conselho Nacional de Justiça.
Essa pesquisa mostra que o custo médio de um preso
no Brasil é de mil e oitocentos reais.
Mas olha só que interessante em alguns estados.
Esse valor pode oscilar em mais de trezentos por cento
é o que mostra a reportagem do Emerson acompanha
conosco o Brasil tem hoje mais de setecentos mil
detentos.
Uma das maiores populações carcerárias do mundo
atrás apenas dos Estados Unidos e da China um
contingente que gera milhões de reais em gastos aos
estados.
E ao governo federal pra saber o real tamanho dessas
despesas o conselho nacional de justiça divulgou um
estudo inédito que traz em detalhes.
Quanto custa cada preso no Brasil em alguns estados a
variação ultrapassa os trezentos por cento Tocantins.
Piauí e Bahia são os estados que mais gastam.
São Paulo Pará.
Rondônia e Pernambuco são os que têm o menor custo
por preso à média nacional é de mil e oitocentos reais
por detento.
A diferença entre Pernambuco o que menos gastam e
Tocantins o que tem a maior despesa é de trezentos e
quarenta por cento no Ceará o custo mensal do preso.
Está acima da média nacional.
Dois mil e quatrocentos reais o custo também pode ser
levado porque os alvarás de soltura por exemplo eles
demoram dias semanas e até meses para serem
cumpridos com pessoas.
Que ficam dentro do sistema prisional sem
necessidade de alistar porque têm.
Um uma decisão judicial determinando a sua soltura
segundo o CNJ uma das explicações para as variações
entre os estados é o tipo de cada penitenciária.
Unidades de segurança máxima tendem a gastar mais.
Principalmente com o reforço no policiamento em São
Paulo por exemplo a penitenciária dois de Serra Azul no
interior que abriga mil e oitocentos internos.
Tem custo de pouco mais de seiscentos reais por preso
já na penitenciária de Presidente Bernardes também no
interior paulista com apenas trinta e seis detentos.
O custo por preso é de trinta mil reais.
Oitenta e cinco por cento desse valor vai para a folha de
pagamento.
Os gastos variam entre sessenta e oitenta e três por
cento nas cinco unidades de segurança máxima
administradas pelo governo federal em Porto Velho
Mossoró.
Brasília Campo Grande.
Catanduvas.
O custo por preso.
Chega a ser dezesseis vezes maior que a média
nacional.
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Conselho Nacional de Justiça - CNJRede TV/Nacional - Noticias
quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça
Penitenciárias estaduais por isso que é muito importante
o investimento na educação na oportunidade no
empreendedorismo na tecnologia em programadores.
Pra que o futuro nós não tenhamos tantas e tantas
pessoas.
Presas agora esse problema é de gestão a as.
Os estados que têm melhor melhor gestão e
conseguem um custo mais baixo.
Devem servir de exemplo para que os outros possam
aprender como gastar menos e assim ter contas e
finanças mais eficientes não é verdade.
Isso é em toda a gestão pública vamos pra outra notícia
boa vem comigo a bienal do livro do Rio de Janeiro
voltou a reunir.
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça, Judiciário - Sistema Prisional
86
CNJ afasta o juiz Antonio Carlos Almeida Campelo da 4ª Vara do Pará
Conselho Nacional de Justiça - CNJTV Justiça/Rio de Janeiro - Jornal da Justiça 2ª Ediçao
quarta-feira, 15 de dezembro de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça
Conselho Nacional de Justiça decide afastar o juiz
Antonio Carlos Almeida Campelo da 4ª Vara do Pará.
Ele vai responder a processo disciplinar por liberar uma
carga de madeira apreendida durante operação da
Polícia Federal, em dezembro do ano passado.
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça
87
Maioria do STF vota para que só vacinados possam entrar no país
Conselho Nacional de Justiça - CNJCorreio Braziliense/Nacional - Capa
quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - STF
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Em julgamento virtual iniciado ontem e que deve ser
concluído hoje, seis ministros do Supremo endossaram
a decisão monocrática do colega Luís Roberto Barroso,
que estabeleceu a exigência do passaporte da vacina
contra a covid-19 para que viajantes de outros países
possam ingressar no país. Na sessão, Barroso
esclareceu que o comprovante de imunização, junto
com o exame atestando que o passageiro não está com
covid-19, deve ser cobrado pelas companhias aéreas no
momento do embarque no exterior, para evitar tumulto
na chegada ao Brasil. Com isso, nos aeroportos
brasileiros, a cobrança dos documentos referentes à
vacinação será feita por amostragem. Hoje, a Anvisa
deve anunciar a permissão para que crianças de 5 a 11
anos possam ser imunizadas com a vacina da Pfizer.
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Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF
88
TSE: resolução contra fake news
Conselho Nacional de Justiça - CNJCorreio Braziliense/Nacional - Política
quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - STF
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O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou
por unanimidade, a resolução que regulamentará as
eleições de 2022. Uma das normas visa combater
'afirmação caluniosa, difamatória, injuriosa ou
sabidamente inverídica, difundidos por qualquer veículo
de comunicação social, inclusive provedores de
aplicativos de internet e redes sociais',
Conforme a resolução, a partir da escolha de candidatas
e candidatos em convenção, será assegurado o
exercício do direito de resposta aos postulantes , ao
partido político, à federação de partidos ou à coligação
que forem atingidos, ainda que de forma indireta, por
notícias falsas.
De acordo com a resolução, se houver determinação
para a remoção de conteúdo em ambiente de internet, a
ordem judicial deverá fixar prazo razoável para o
cumprimento, não inferior a 24 horas, e deverá conter,
sob pena de nulidade, a URL (endereço eletrônico),
para averiguação. Os provedores de aplicação ou de
conteúdo poderão ser oficiados para cumprir
determinações judiciais.
Por meio da resolução, também fica estabelecido que,
até 20 de julho do ano da eleição, as emissoras de rádio
e televisão e os demais veículos de comunicação -
inclusive provedores de aplicações de internet -
deverão, independentemente de intimação, apresentar
ao órgão da Justiça Eleitoral dados da empresa, com
endereços, incluindo o número de telefone móvel que
disponha de aplicativo de mensagens instantâneas.
Por meio desses endereços, os veículos receberão
ofícios, intimações ou citações e poderão, ainda, indicar
procuradora ou procurador com ou sem poderes para
receber citação judicial.
Segundo o relator da instrução, ministro Edson Fachin,
as ações propostas foram frutos de discussões
apresentadas por meio de audiência pública, no mês
passado, que contaram com sugestões apresentadas
por Tribunais Regionais Eleitorais (TREs), entidades da
sociedade civil e cidadãs e cidadãos que contribuíram
com a formulação da atualização do regramento
eleitoral.
Na terça-feira, a Polícia Federal intimou o presidente
Jair Bolsonaro a prestar depoimento no inquérito aberto
para apurar a divulgação da investigação sigilosa sobre
um ataque hacker ao sistema interno do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) em 2018. A apuração foi aberta
em agosto, por ordem do ministro Alexandre de Moraes,
do Supremo Tribunal Federal (STF), após o chefe do
Executivo publicar nas redes sociais a cópia do inquérito
e distorcer informações para alegar supostas fraudes
nas eleições, sem apresentar provas.
Numa live, em agosto deste ano, o presidente distorceu
as informações da apuração sigilosa da PF para fazer
alegações falsas sobre fraudes nas eleições e
questionar o sistema de segurança das urnas
eletrônicas. (Com informações do site do TSE)
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF89
Camila Mattoso - PAINEL
Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Poder
quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - Judiciário
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Discurso
A chance de ter havido uma interferência ou pedido de
Jair Bolsonaro na operação que realizou buscas em
endereços de Ciro e Cid Gomes é praticamente zero,
dizem delegados experientes, incluindo críticos do
presidente e da atual gestão da PE A leitura é a de que,
desde sempre, a classe política busca teorias da
conspiração para justificar investigações que sofrem,
tática que encontra campo fértil sob Bolsonaro, que age
há três anos para tentar fragilizar as instituições.
TARDE A investigação, sobre fatos de 2010 a 2013,
teve início em 2017 e é conduzida por um delegado do
Ceará, com autonomia para traçar sua linha de
apuração. Não é a primeira, nem será a última,
operação deflagrada sobre episódios ocorridos há muito
tempo. O pedido passa pelo Judiciário, que autorizou
as medidas.
VEJA LÁ Se uma interferência está descartada, também
não se risca a possibilidade de ter havido excesso ou de
o caso ser frágil, com poucos indícios para sustentar
uma busca. A cúpula da PF, por exemplo, classificou a
ação como lavajatista, no sentido, dizem eles, de ser
midiática e ter escolhido diligências ostensivas antes de
outras mais básicas.
MINERIN A direção da polícia vetou pedido para
realização de entrevista coletiva que seria realizada no
Ceará sobre a operação. A proibição, segundo
dirigentes, foi para evitar maior exposição e uso político
da investigação.
PALCO Apesar disso, no entanto, as declarações de
Ciro Gomes foram consideradas oportunistas dentro da
polícia. O pré-candidato culpou o 'estado policial' de
Bolsonaro por ter sido alvo de buscas.
NARRATIVA Dirigentes lembram que, como revelou o
Painel, o presidente da República foi intimado nesta
semana a depor no inquérito de fake news e, há alguns
dias, Josimar Maranhãozinho (PL-MA) sofreu buscas
logo após Bolsonaro se filiar à sigla de Valdemar Costa
Neto.
DA TOGA O juiz Danilo Dias Vasconcelos de Almeida,
que autorizou as buscas, já sofreu uma censura do
TRF-+5 (Tribunal Regional Federal da 5º Região) por
dar voz de prisão de maneira arbitrária.
PARTICULAR Em 2017, o magistrado determinou a
condução de um servidor do Detran do Ceará à
delegacia após problemas no sistema do órgão impedi-
lo de fazer a transferência do registro de um carro.
LAÇOS O deputado Júnior Bozella (PSL-SP) se
encontrou com Rodrigo Garcia (PSDB) nesta quarta
(15) e indicou que está tudo certo para a União Brasil
apoiá-lo na disputa pelo governo de São Paulo.
FUTURO Segundo o parlamentar, aliado próximo do
presidente do partido, Luciano Bivar, também foi
abordada na conversa a questão sobre quem será o
vice na chapa de Garcia. 'A União Brasil indicando o
vice, ficou combinado que sou eu que vou, disse Bozella
ao Painel.90
Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Poder
quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - Judiciário
CRESCIMENTO Zenaide Maia (Pros-RN) está na mira
do PT para aumentar a bancada no Congresso. O
interesse da legenda em filiar a senadora foi verbalizado
por Jaques Wagner (BA) na festa de comemoração da
chegada de Fabiano Contarato (PT-ES).
CASA O evento foi no restaurante Tia Zélia, reduto
petista em Brasília, e teve mocotó com farofa e banda
de forró.
LUTA A Central de Movimentos Populares vai realizar
no dia 21 de dezembro uma série de marchas
simultâneas na cidade de São Paulo contra a carestia e
por emprego e comida. Segundo Raimundo Bonfim,
coordenador-geral da CMT, os atos ocorrerão em vários
bairros e na região central da capital.
CRISE Estão confirmados atos em 10 locais próximos a
supermercados. A escolha, diz Bonfim, é para mostrar
que há comida, mas falta condições aos cidadãos para
comprá-la. 'A ação se dá diante da situação de
desemprego, carestia e o aumento da fome no país',
afirma Bonfim.
FALA A vereadora Janaína Lima (Novo) prestou
depoimento nesta quarta-feira (15) no inquérito aberto
para apurar a suposta agressão à colega de partido Cris
Monteiro durante votação na Câmara de São Paulo. O
argumento da vereadora é que teria atuado em legítima
defesa. Janaína rebateu as afirmações.
TIROTEIO
Bolsonaro desconsidera o impacto a animais silvestres,
muitos em risco de extinção. Está ao lado da destruição
De Ivan Valente (PSOL-SP), deputado, sobre a tentativa
de integrantes da base do governo de pautar projeto
que libera caça
com Fabio Serapião e Italo Nogueira
COLUNISTAS
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Judiciário
91
No escurinho do Planalto
Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Opiniãoquinta-feira, 16 de dezembro de 2021
Judiciário - STF
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Autor: Bruno Boghossian
No escurinho do Planalto, o golpismo continua em alta.
Conselheiro presidencial e crítico contumaz do STF, o
general Augusto Heleno reeditou a avaliação de que a
corte tenta 'esticar a corda até arrebentar' e insinuou
que uma reação autoritária ao tribunal é uma carta que
está sempre na mesa de Jair Bolsonaro.
'Eu tenho que tomar dois Lexotan na veia por dia para
não levar o presidente a tomar uma atitude mais
drástica em relação às atitudes que são tomadas por
esse STF', disse o ministro na formatura de um curso
para agentes da Abin, na última terça-feira (14). A fala
do general foi divulgada pelo site Metrópoles.
Heleno é um personagem recorrente nos sonhos
antidemocráticos dos bolsonaristas. Em 2020, ele
publicou uma nota em que ameaçava o STF com
'consequências imprevisíveis' caso o tribunal
determinasse a apreensão do celular do presidente.
General da reserva, ele empresta uma coloração militar
aos planos autoritários do chefe.
Na conversa com os agentes da Abin, o ministro jogou
lenha no radicalismo político de Bolsonaro e seus
aliados. 'Um atentado ao presidente da República bem-
sucedido modifica totalmente a história do Brasil',
afirmou. 'Tenho uma preocupação muito grande com
esse 2022'
Não se deve ignorar perigos nem baixar a guarda na
segurança de um presidente, mas o risco à vida do
governante é a desculpa favorita de autocratas
interessados em tomar medidas fora dos limites da lei.
O próprio Bolsonaro voltou a explorar, nos últimos dias,
a expectativa de conflitos políticos e institucionais.
Nesta quarta (15), ele criticou ministros do STF que,
segundo ele, 'agem contra sua pátria' e disse que vai
'tomar uma decisão' se o tribunal rejeitar a tese que
limita a demarcação de terras indígenas.
Em outras palavras, Bolsonaro ameaçou novamente
descumprir uma decisão judicial -ou, no mínimo,
retomar o confronto direto como Supremo. A ruptura
ainda é a principal ferramentado presidente para agitar
sua base radical.
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF
92
Câmara aprova segunda parte da PEC do Calote e libera mais R$ 43, 8 bi
Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Mercadoquinta-feira, 16 de dezembro de 2021
Judiciário - STF
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Autor: Thiago Resende e Danielle Brant
A Câmara eonduiu nesta quarta-feira (15) a votação da
segunda parte da PEC (proposta de emenda à
Constituição) dos Precatórios, ou do Calote, que adia o
pagamento de dívidas da União já reconhecidas pela
Justiça e, assim, libera espaço no Orçamento para
promessas do presidente Jair Bolsonaro (PL).
O texto-base do projeto, que libera mais R$ 43,8 bilhões
em despesas no próximo ano, foi aprovado em primeiro
turno na terça (14) por 327 a 147 contrários. No
segundo turno, concluído nesta quarta, a proposta
recebeu332 votos favoráveis e 141 contrários. Agora,
segue para promulgação.
Os deputados desistiram de fazer alterações
significativas no texto que já foi aprovado pelo Senado.
Com isso, não será mais necessário enviar a proposta
para nova análise pelos senadores.
Por maioria, os deputados suprimiram dispositivo que
contém previsão para o pagamento uas parcelas dos
precatórios do Fundef(Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de
Valorização do Magistério) dentro do mesmo ano. O
Senado criou esse calendário para evitar que o governo
pagasse esses recursos a estados comandados por
adversários políticos apenas após a eleição de 2022.
Apesar da supressão, pontos essenciais oa PEC foram
mantidos.
Em entrevista ao chegar à Câmara, Lira ressaltou que
os deputados mantiveram o cerne do texto dos
senadores, como a vinculação dos recursos ao
pagamento do programa social e o Fundef fora do teto.
'Então foi uma maneira de dizer ao Senado que a
Câmara, quando assume os compromissos, ela cumpre.
Com tranquilidade, sem nenhum tipo de alarde, com
discussão.'
A PEC é hoje a principal pauta de interesse de Jair
Bolsonaro no Congresso. O objetivo é autorizar o
governo a gastar mais e viabilizar a promessa de elevar
o valor do Auxílio Brasil numa tentativa de dar impulso a
Bolsonaro na campanha à reeleição em 2022.
Com a aprovação dessa segunda parte da PEC, o efeito
total da proposta é alcançado -R$ 106 bilhões em 2022.
No entanto, segundo cálculos do Ministério da
Economia, o valor é insuficiente para atender à
promessa de reajuste de servidores feita por Bolsonaro,
para ampliar as emendas parlamentares e para elevar
os recursos do fundo de financiamento de campanha
eleitoral
Para ampliar em cerca de R$ 106 bilhões as despesas
do próximo ano, a versão anterior PEC tinha dois
pilares.
Um deles, que já foi promulgado e já está valendo,
permite um drible no teto de gastos, fazendo um novo
cálculo retroativo desse limite.
93
Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Mercadoquinta-feira, 16 de dezembro de 2021
Judiciário - STF
A outra medida, que foi aprovada na Câmara nesta
quarta, cria um valor máximo para o pagamento dos
precatórios -as dívidas que não entrarem nessa lista
serão adiadas e quitadas em anos posteriores.
Esse limitador para a quitação de dívidas deve ser
questionado na Justiça. O presidente da Comissão de
Precatórios da OAB Nacional, Eduardo Gouvêa, já disse
que pretende entrar com uma ação no STF contra a
medida.
O fatiamento da PEC ocorreu por causa de mudanças
feitas no Senado ao texto que já havia sido aprovado
previamente pela Câmara.
Os senadores mantiveram integralmente a parte que
dribla o teto de gastos e libera R$ 62,2 bilhões em 2022.
A Câmara precisou então votar as alterações feitas no
pilar que trata do limite de pagamento de precatórios,
responsável pela abertura de R$ 43,8 bilhões para
novas despesas no Orçamento do próximo ano diante
do adiamento da quitação de dívidas.
Os deputados aceitaram prever que a medida valha até
2026, não até 2036, como estava a versão anterior.
Isso foi uma demanda de senadores que temem que a
criação de um teto de pagamento de precatórios vire
uma 'bola de neve' e a União passe a acumular uma
dívida muito grande no futuro.
Ao reduzir em dez anos o prazo de vigência, a nova
versão da PEC não altera os efeitos da proposta no
Orçamento de 2022.
Também foi aprovada pela Câmara a parte que deixa
claro que o aumento de gastos em 2022, a partir da
aprovação da PEC, será vinculado a despesas
obrigatórias, à área social e à prorrogação da
desoneração da folha de pagamentos.
O texto também prevê um mecanismo de vinculação
dos gastos que deixará o de ser pagos em precatórios
para bancar despesas com o programa social e na área
de seguridade social, como aposentadorias, entre 2023
e 2026.
A Câmara confirmou ainda que o pagamento de dívidas
ligadas ao Fundef ficará fora do teto dos gastos. Isso
representou uma derrota para a equipe do ministro
Paulo Guedes (Economia), que resistia a essa medida,
mas teve que ceder para aprovar o texto no Senado.
Para 2022, há mais de R$ 17 bilhões em dívidas de
repasses do Fundef para estados e municípios. A PEC,
porém, parcela essa conta em três anos.
A equipe econômica conta com o espaço de R$ 106,1
bilhões para conseguir acomodar todas as despesas
previstas para 2022. Para assegurar a ampliação do
Auxílio Brasil, o governo precisa de R$ 51,1 bilhões
adicionais.
Outros R$ 48,6 bilhões serão destinados à correção de
benefícios sociais pela inflação, à ampliação do teto de
gastos de outros poderes (devido à mudança na regra)
e ao ajuste nos mínimos constitucionais de saúde e
educação.
Há ainda uma fatura extra de R$ 5,3 bilhões para
bancar a prorrogação da desoneração da folha de
pagamento para empresas, medida já acertada entre
governo e Congresso.
Conforme a Folha revelou, a votação do primeiro turno
da PEC original teve manobra de Lira para aumentar as
chances cie aprovação da medida.
O texto, prioridade de Bolsonaro (PL), aliado de Lira,
passou em primeiro turno pela Câmara com uma folga
de apenas quatro votos, na madrugada do dia 4 de
novembro.
A votação remota, nos termos definidos por Lira,
permitiu que deputados 'no desempenho' de viagem de
missão oficial pudessem votar sem registrar presença
no sistema de identificação biomé-trica do plenário.
Pontos da PEC dos Precatórios, ou do Calote94
Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Mercadoquinta-feira, 16 de dezembro de 2021
Judiciário - STF
MUDANÇA NO INDEXADOR DO TETO DE GASTOS
O que é o teto
Regra constitucional aprovada em 2016 que limita 0
aumento da maior parte das despesas federais à
inflação do ano anterior
Como é hoje O teto é corrigido pela inflação medida
pelo IPCA em 12 meses até junho do ano anterior
Como fica O valor é recalculado, retroativamente, com
base no IPCA de janeiro a dezembro; na prática, isso
amplia o teto
REFIS A MUNICÍPIOS
O que diz a PEC Possibilidade de municípios
parcelarem
dívidas com a União caso aprovem reformas da
Previdência locais
CondiçõesMunicípios terão que
comprovar mudanças específicas nas regras
previdenciárias. Uma delas é que os servidores
municipais não poderão pagar alíquotas menores que
os servidores da União
TETO PARA PAGAMENTO DE PRECATÓRIOS
OqueéDívidas da União já
precatórioreconhecidas pela Justiça
e sem possibilidade de recurso
Como é hoje Precatórios inscritos no Orçamento são
pagos
Como fica É criado um valor máximo a ser quitado no
ano (cálculo usa como base 0 montante pago em
sentenças judiciais em 2016 e corrige esse número pela
inflação); os precatórios que ficarem fora desse limite
deverão ser pagos em outros anos
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF
95
André Mendonça toma posse hoje como ministro do STF
Conselho Nacional de Justiça - CNJO Estado de S. Paulo/Nacional - Política
quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - STF
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Autor: WESLLEY GALZO
Depois de travar uma guerra nos bastidores para ter sua
indicação aprovada no Senado, André Mendonça
assume hoje a vaga de 11. º ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF) sob a alcunha de 'terrivelmente
evangélico'. O termo foi cunhado pelo presidente Jair
Bolsonaro, que fez teste de covid para comparecer à
cerimônia de posse do amigo.
Na prática, a promessa feita por Mendonça durante a
sabatina na Comissão de Constituição, Justiça e
Cidadania (CCJ) do Senado, quando disse que 'na vida,
a Bíblia; no Supremo, a Constituição', enfrentará ruídos
já no seu primeiro dia com a toga.
A Convenção Nacional das Assembleias de Deus
Ministério Madureira (Conamad) preparou um 'culto de
ação de graças' para Mendonça, em Brasília, logo após
a posse. Bolsonaro, a primeira-dama Michelle e
Mendonça confirmaram presença no culto. A
Assembleia de Deus é um reduto de líderes da bancada
evangélica na Câmara, como Cezinha Madureira (PSD-
SP) e Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ). Nos últimos
meses, nomes de peso das religiões protestantes no
Congresso trabalharam intensamente pela aprovação
de Mendonça no Senado. Evangélica, Michelle viralizou
nas redes sociais por comemorar a vitória do aliado de
forma efusiva, com falas 'em línguas'.
O novo ministro assumirá a relatoria de ações de
interesse do segmento que o apoiou e também da
oposição. Mendonça herdará dois processos sob
relatoria de Marco Aurélio Mello que dividem setores
progressistas e conservadores. O primeiro trata da
taxação de grandes fortunas. No outro caso, ele dará o
voto de desempate no julgamento que analisa se
detentas transexuais e travestis têm direito de optar por
cumprir a pena em presídios masculinos ou femininos. A
cúpula do Supremo, porém, não tem dado sinais de que
deve discutir ações que envolvam pautas de costumes e
questões de enfrentamento público no ano que vem,
sobretudo com a chegada de um evangélico.
A entrada do segundo ministro indicado por Bolsonaro
no STF movimentou a correlação de forças no tribunal.
Kassio Nunes Marques, o primeiro nome de Bolsonaro,
pode ter agora um aliado para rivalizar com seus pares.
O ministro tem colecionado votações em que é vencido
ou fica isolado. e
Fim do isolamento Mendonça fará companhia a Kassio
Nunes Marques, também indicado por Bolsonaro ao
STF
COLUNISTAS
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF
96
Bolsonaro tenta ampliar influência em tribunais
Conselho Nacional de Justiça - CNJO Estado de S. Paulo/Nacional - Política
quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - STF
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O presidente Jair Bolsonaro tem feito movimentos para
instalar novos aliados em cargos que lhe permitem
blindagem nas cortes superiores. Depois de emplacar
no Supremo Tribunal Federal (STF) o ministro
'terrivelmente evangélico' André Mendonça, que toma
posse hoje, o presidente está de olho nas cadeiras do
Superior Tribunal de Justiça (STJ). Sua intenção é
ocupar nichos de poder com nomes simpáticos a suas
bandeiras políticas.
Bolsonaro afirmou que pretende escolher ministros com
perfil do seu eleitorado para o STJ. A Corte tem duas
vagas abertas, que serão preenchidas por
desembargadores oriundos dos cinco tribunais regionais
federais.
O STJ julga casos criminais de autoridades com foro
privilegiado, como governadores, e serve como
instância superior para recursos negados em tribunais.
Foi lá que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do
presidente, conseguiu vitórias que invalidaram parte
substancial das investigações contra ele no caso das
'rachadinhas'.
Ao participar ontem de evento com empresários da
Fiesp, Bolsonaro destacou que quem se eleger
presidente, no ano que vem, terá direito a indicar dois
nomes para o Supremo, em 2023. 'Vamos supor que eu
seja candidato. Eu vou ter 40% a meu favor dentro do
Supremo. A favor de mim ou de minhas ideias, que
vocês já conhecem quais são', disse.
A eleição no STJ ocorrerá em 23 de fevereiro de 2022 e
há 16 nomes concorrendo às vagas. Um dos ministros
com trânsito no bolsonarismo, o presidente do STJ,
Humberto Martins, tenta apadrinhar o desembargador
Cid Marconi Gurgel de Souza, do TRF-5. Cidjá é até
chamado de 'ministro' por Martins. Outro nome cotado é
o do desembargador Ney Bello, do TRF-1, que tem
como cabo eleitoral o ministro Gilmar Mendes, do STF.
Além dele, pelo TRF-1 desponta a mineira Mônica
Sifuentes, que já foi escolhida por Bolsonaro para o
Tribunal Penal Internacional, em Haia, na Holanda, mas
perdeu a eleição em 2020. LAVA JATO. O ex-
presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil
(Ajufe) Paulo Sérgio Domingues, desembargador do
TRF-3, é mais um nome em alta. Na lista dos
postulantes, há alguns ligados à Lava Jato, como o
relator das ações no TRF-4 João Pedro Gebran Neto,
Leandro Paulsen e Victor Luiz dos Santos Laus. Todos
atuaram na prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT), em processo iniciado pelo então juiz Sergio
Moro (Podemos), hoje pré-candidato ao Planalto. O
desembargador Messod Azulay Neto, do TRF-2, é o
único presidente em busca da vaga no STJ.
Na última terça-feira, Bolsonaro sofreu uma derrota com
a escolha do senador Antonio Anastasia (PSL-MG) para
o TCU. Na disputa travada no Senado, e referendada
pela Câmara, Anastasia venceu os colegas Fernando
Bezerra Coelho (MDB-PE), até então líder do governo
no Senado, e Kátia Abreu (Progressistas-TO). O novo
ministro do TCU entrará na vaga de Raimundo Carreiro,
que será embaixador do Brasil em Lisboa. Um segundo
embate ocorrerá em meados de 2022 pela cadeira da
presidente do TCU, Ana Arraes, que vai se aposentar. ?
coLABORARAM GUILHERME PIMENTA E PEDRO97
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quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - STF
VENCESLAU
Após ser preterido para o TCU, Bezerra deixa liderança
do governo
O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) deixou
ontem o cargo de líder do governo no Senado. A
decisão foi anunciada um dia após sua derrota na
eleição para a escolha do indicado do Senado ao
Tribunal de Contas da União (TCU), vencida pelo
senador Antônio Anastasia (PSDMG). Nos bastidores,
Bezerra avaliou que o Palácio do Planalto não o apoiou.
'Formalizei o pedido ao presidente Jair Bolsonaro, a
quem agradeço pela confiança no exercício da função',
anunciou o senador. A decisão não surpreendeu o
governo. Na eleição para a vaga do TCU, Bezerra
recebeu apenas sete votos e teve a pior colocação entre
os três candidatos.
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98
Bolsonaro faz teste de Covid-19 para ir a posse no STF
Conselho Nacional de Justiça - CNJO Globo/Nacional - Política
quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - STF
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O presidente Jair Bolsonaro enviou ontem ao Supremo
Tribunal Federal (STF) um teste negativo de Covid-19
para comparecer à cerimônia de posse de André
Mendonça como novo ministro da Corte. À informação
foi divulgada ontem pelo STF, que confirmou a presença
de Bolsonaro no evento, marcado para hoje à tarde.
Uma resolução interna da Corte exige a comprovação
de vacinação ou a apresentação de um resultado
negativo para Covid-19 como requisito para entrar no
prédio do tribunal. Como Bolsonaro diz não ter se
imunizado e afirma ser contrário a esse tipo de
exigência, o presidente precisou apresentar um exame.
O documento do STF, publicado em outubro, afirma que
pessoas não vacinadas podem apresentar exames do
tipo RT-PCR ou antígeno realizados até 72h antes para
acessar as dependências da Corte. A mesma resolução
também exige a utilização de máscaras durante a
permanência no local. Bolsonaro frequentemente
dispensa o uso do dispositivo em agendas de rua e em
eventos no Palácio do Planalto.
Por conta de precauções contra a Covid-19, aposse de
Mendonça terá público limitado a 50 convidados, sendo
20 do novo ministro, como informou o colunista do
GLOBO Lauro Jardim.
Nos bastidores do STF, havia o temor de que Bolsonaro
insistisse em não cumprir a exigência de apresentação
de teste para Covid-19 e abrisse uma nova frente de
batalha com o tribunal.
EMBATE POR VACINA
Ex-advogado-geral da União, Mendonça foi indicado ao
STF por Bolsonaro para a vaga aberta, em julho, pela
aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello. À posse
de Mendonça ocorre uma semana após o presidente ter
retomado críticas à Corte, tendo como pano de fundo
justamente exigências relacionadas ao coronavírus.
No último sábado, o ministro Luís Roberto Barroso
determinou, em ação proposta pelo partido Rede
Sustentabilidade, a obrigatoriedade de comprovante de
vacinação para viajantes estrangeiros que ingressarem
no Brasil.
Na ação, a Rede pedia para que o governo federal
adotasse medidas sanitárias recomendadas pela
Anvisa, e que vinham sofrendo resistência de
Bolsonaro. Apoiadores do presidente, que é contra a
exigência de vacinação e também a imposição de
quarentena para estrangeiros não vacinados, criticaram
a decisão.
Ontem, o plenário do STF formou maioria para manter a
decisão de Barroso, mas estabelecendo que brasileiros
e estrangeiros residentes no Brasil não vacinados
podem retornar ao país com um teste negativo para
Covid-19 e fazendo quarentena de cinco dias, com
apresentação de novo teste ao fim do período.
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99
STF confirma passaporte, mas admite opção de quarentena
Conselho Nacional de Justiça - CNJO Globo/Nacional - Saúde
quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - STF
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Autor: MARIANA MUNIZ
O Supremo Tribunal Federal (STF) manteve, por
maioria de votos, a exigência da apresentação de
comprovante de vacinação contra a Covid-19 para
viajantes que chegam ao Brasil. O colegiado confirmou
por votação, iniciada na tarde de ontem, a decisão do
ministro Luís Roberto Barroso do último sábado, que
estabeleceu o passaporte. Mas também deu a opção de
quarentena a brasileiros e estrangeiros residentes no
país.
Em seu voto, Barroso manteve a exigência de teste
para detecção da Covid-19 para viajantes que tenham
saído do Brasil a partir de ontem. A apresentação, antes
do embarque de reingresso ao país, pode ser
substituída pela quarentena de cinco dias em caso de
recusa ou falta do comprovante. Nesse caso, o período
de isolamento só se encerra depois de um teste
negativo para o coronavírus.
A opção de quarentena, no entanto, não vale para
turistas que estejam ingressando no país sem
residência ou nacionalidade brasileiras. Neste caso,
apenas serão admitidos aqueles que tiverem passaporte
vacinal válido.
No caso de brasileiros e estrangeiros que deixaram o
país antes do dia 15, não haverá cobrança de
comprovação de imunização no retorno. Entretanto,
essas pessoas ainda precisam mostrar um teste RT-
PCR negativo para Covid-19 realizado até 72 horas
antes do embarque e a declaração de saúde do
viajante. Haverá também dispensas especiais de
comprovação para pessoas que tenham razões médicas
para não se imunizar ou que venham de país em que
comprovadamente não haja vacina disponível ou por
razão humanitária excepcional. O ministro do Supremo
também declarou que 'cabe às autoridades sanitárias
regulamentarem o monitoramento e as consequências
da inobservância de tais determinações'.
Ontem pela manhã, o ministro informou que o
comprovante de vacinação para a entrada no Brasil de
pessoas vindas do exterior pode ser feito pelas
companhias aéreas no momento do embarque, ou seja,
no país de origem do voo. Por isso, 'não há qualquer
razão para tumulto', disse Barroso, em nota publicada
no site da Corte.
'O Ministro Luís Roberto Barroso esclarece que o
controle do comprovante de vacinação pode ser feito,
como regra, pelas companhias aéreas no momento do
embarque, como já é feito com o exame de PCR e a
declaração à Anvisa. Não há qualquer razão para
tumulto na chegada ao Brasil, pois o controle já terá
sido feito. A esse propósito, consultado pela IATA, o
gabinete do Ministro já repassou essa orientação. Nos
aeroportos brasileiros, bastará uma fiscalização por
amostragem, sem causar filas', diz o texto publicado
pelo STF. IATA é a sigla em inglês para Associação
Internacional de Transporte Aéreo.
IMUNIDADE NATURAL
As novas regras de ingresso no país não acolheram o
pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) para100
Conselho Nacional de Justiça - CNJO Globo/Nacional - Saúde
quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - STF
permitir a entrada, sem comprovante de vacina, de
quem já tenha sido infectado, pelo suposto
desenvolvimento de uma imunidade natural. Para o
ministro, não há base científica para tal exceção.
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101
Motorista tem vínculo de empregado com 'app', diz maioria de turma do
TST
Conselho Nacional de Justiça - CNJO Globo/Nacional - Economia
quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - STF
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Autor: NATÁLIA BOSCO
A 3ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST)
formou maioria para reconhecer o vínculo empregatício
entre motoristas e empresas como a Uber. Dois dos três
ministros do colegiado votaram a favor de admitir o
vínculo empregatício, mas o julgamento foi suspenso
por pedido de vista.
Ele teve início em dezembro de 2020 e foi retomado
ontem. Se o julgamento for concluído sem alteração do
voto dos ministros que já se posicionaram, a decisão da
3º Turma será a primeira do tribunal favorável aos
motoristas.
Os ministros que votaram reconheceram que estão
preenchidos os requisitos para enquadrar o motorista
como empregado da empresa, que, segundo a lei são:
serviço prestado por pessoa fisica, pessoalidade, não
eventualidade, subordinação e onerosidade.
Quatro processos similares já foram avaliados pelas 4º
e 5º Turmas do TST. Em todas as vezes a decisão foi
favorável à Uber, que não vê vínculo empregatício. A
plataforma classifica os motoristas como parceiros
autônomos.
Nas decisões anteriores, as turmas do tribunal
entenderam que não existe subordinação do trabalhador
à empresa uma vez que o motorista tem flexibilidade
para estabelecer seus horários de trabalho, onde vai
atuar e a quantidade de clientes que quer atender.
Como deve haver divergências entre as turmas da
corte, o caso pode ser levado ao plenário do TST.
Dependendo do resultado, pode chegar ao Supremo
Tribunal Federal (STF), de onde pode sair decisão
definitiva que sirva de jurisprudência.
Com o vínculo de empregado, a empresa passaria a ser
obrigada a garantir direitos como férias, décimo terceiro
salário, FGTS e descanso semanal remunerado.
Apesar do processo ser focado no Uber, a decisão pode
impactar outras empresas que oferecem serviços por
aplicativos, como entregas.
O ministro Mauricio Godinho Delgado, relator do
processo, votou favoravelmente ao reconhecimento do
vínculo em dezembro de 2020. O ministro Alexandre
Belmonte pediu, na época, mais tempo para analisar.
No voto, Delgado escreveu que o serviço 'não escapa,
mas sofistica, a subordinação'. Além disso, o ministro
declarou que o motorista 'é fiscalizado
permanentemente pelo algoritmo'.
Há um debate no mundo todo sobre que tipo de vínculo
e proteção social os trabalhadores de aplicativo devem
ter.
Em nota, a Uber afirmou que as provas no processo
foram desconsideradas e que os ministros basearam as
102
Conselho Nacional de Justiça - CNJO Globo/Nacional - Economia
quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - STF
decisões em concepções ideológicas sobre o
funcionamento da empresa: 'A Uber irá aguardar o voto
do ministro Alexandre Belmonte para se manifestar
sobre a decisão, mas no momento cabe esclarecer que
os votos proferidos pelos ministros Mauricio Godinho e
Alberto Bresciani, da 3º Turmado TST, representam
entendimento isolado e contrário ao de todos os cinco
processos julgados no próprio Tribunal, o mais recente
deles no mês passado'.
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF
103
Bretas acumula derrotas em ações sobre corrupção
Conselho Nacional de Justiça - CNJO Globo/Nacional - Política
quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - STF
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Autor: RAYANDERSON GUERRA
O juiz federal Marcelo Bretas, da 7º Vara Federal do Rio
de Janeiro, acumula uma série de derrotas à frente de
processos que apuram suspeitas e denúncias de
corrupção por políticos e empresários. Responsável
pelas ações da Operação Lava-Jato no estado, Bretas -
apontado como a versão fluminense do ex juiz Sergio
Moro - viu nos últimos meses pelo menos nove decisões
de repercussão nacional serem anuladas ou enviadas
para outros tribunais.
O revés mais recente foi imposto pela Segunda Turma
do Supremo Tribunal Federal (STF) anteontem. Os
ministros decidiram tirar de Bretas a competência sobre
um processo do ex-governador do Rio Sérgio Cabral,
que a pura irregularidades no setor de transportes do
estado. A decisão abre caminho para que uma
condenação de 19 anos e nove meses de Cabral seja
anulada. Agora, a análise ficará a cargo do Tribunal de
Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ).
A decisão da Segunda Turma foi tomada durante
julgamento de pedido feito pela defesa do empresário
Jacob Barata Filho, conhecido como Rei dos Ônibus,
também condenado por Bretas a 28 anos e oito meses
de prisão. O caso foi julgado pelo magistrado por, de
acordo com o Ministério Público Federal (MPF), ter
ligação com a Operação Calicute, que está sob a
responsabilidade Bretas. Os ministros entenderam, no
entanto, que as irregularidades no setor de transportes
são uma investigação à parte, sem relação com
recursos federais.
Na semana passada, a Segunda Turma já havia
imposto três derrotas a Bretas. Os ministros arquivaram
uma denúncia por evasão de divisas contra Jacob
Barata, retiraram de Bretas um inquérito que apura um
suposto esquema de corrupção numa empresa de
transportes do empresário e declararam a
incompetência do juiz para julgar os processos
decorrentes da Operação Fatura Exposta, determinando
a separação de réus do caso que ficou conhecido como
a 'farra dos guardanapos'.
CABRAL BENEFICIADO
Casos conexos investigados nas operações
Ressonância eS. O. S. também serão redistribuídos. A
decisão atendeu a um pedido da defesa do empresário
do ramo de saúde Miguel Iskin, um dos condenados no
processo, e beneficiou Cabral.
Além das derrotas impostas pelo Supremo, o Tribunal
Regional Federal da 2º Região (TRF-2) derrubou
anteontem um dos cinco mandados de prisão preventiva
do ex-governador expedido por Bretas. Os
desembargadores substituíram, por unanimidade, a
prisão preventiva por domiciliar, no processo
relacionado à Operação Eficiência, desdobramento da
Lava-Jato deflagrada em 2017. Apesar disso, Cabral
segue preso por outras investigações.
Os desembargadores declararam ainda a
incompetência do juiz para julgar uma acusação de
crime contra a ordem tributária movida pelo MPF contra
Ary Ferreira da Costa, o Aryzinho, ex-assessor de104
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quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - STF
Cabral. Para eles, as investigações não têm conexão
com a 7º Vara.
Bretas ganhou notoriedade à frente dos casos da Lava-
Jato no Rio. Desde o ano passado, no entanto, decisões
do magistrado passaram a ser questionadas.
Em agosto deste ano, os ministros do STF anularam
todas as decisões tomadas por Bretas nas
investigações da chamada Operação Esquema S, que
apurou o suposto tráfico de influência e desvios no
Sistema S.
Os ministros também decidiram que as provas são
inválidas e determinaram o envio dos processos para a
Justiça estadual do Rio. À operação, deflagrada em
setembro de 2020, foi um desdobramento da Lava-Jato.
CASOS DE MICHEL TEMER
Em maio deste ano, o ministro Alexandre de Moraes
ordenou o envio de duas ações contra o ex-presidente
Michel Temer, que estavam a cargo de Bretas, para a
Justiça Federal do Distrito Federal. Moraes também
anulou decisões tomadas por Bretas contra Temer,
incluindo o recebimento da denúncia do MPF pelos
crimes de peculato e lavagem de dinheiro.
O ex-presidente deixou de ser réu no processo na 7º
Varado Rio e será julgado pela Justiça do DF nas ações
com acusação de irregularidades em contratos das
obras da usina nuclear de Angra 3.
No fim de abril deste ano, Moraes declarou ainda a
incompetência de Bretas em uma ação penal que
Temer, o ex-ministro Moreira Franco e outros seis
denunciados pelo MPF respondiam pelos crimes de
corrupção passiva e ativa e lavagem de dinheiro, na
esteira da Operação Descontaminação.
Ministros do STF anularam todas as decisões de Bretas
na Operação Esquema S
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF
105
Bolsonaro chama Fachin de 'trotskista' e 'leninista'
Conselho Nacional de Justiça - CNJValor Econômico/Nacional - Políticaquinta-feira, 16 de dezembro de 2021
Judiciário - STF
Autor: André Guilherme Vieira
O presidente Jair Bolsonaro chamou o ministro Edson
Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), de
'trotskista', por ter votado a favor da atualização do atual
marco temporal, que estabelece que povos indígenas só
podem reivindicar terras onde já estavam fixados em 5
de outubro de 1988, data em que a Constituição foi
promulgada. Segundo o presidente, o STF vai
inviabilizar o agronegócio no Brasil se votar
favoravelmente à ação.
'O Fachin votou pelo novo marco temporal, não é
novidade. Trotskista, leninista. [O ministro indicado por
Bolsonaro] Kassio Marques empatou. Vista está com o
nosso Alexandre de Moraes. Não sei qual vai ser o voto
dele, ou quando vai ser', afirmou, referindo-se a Leon
Trótski (1879-1940), - revolucionário marxista que
disputou com Stálin a hegemonia do Partido Comunista
na União Soviética, após a morte de Vladimir Lênin.
O trotskismo é a corrente política que no Brasil inspiram
hoje o PSTU e o PCO, partidos de extrema esquerda.
O julgamento da ação do marco temporal pelo STF está
suspenso porque o ministro Alexandre de Moraes pediu
vista e, de fato, não há previsão para que o tema volte a
ser julgado pelo plenário do Supremo.
Bolsonaro ainda sinalizou com eventual interferência na
decisão do STF, caso a Corte decida contrariamente ao
interesse do agronegócio.
'Se perdemos, eu vou ter que tomar uma decisão
porque eu entendo que esse novo marco temporal,
simplesmente, enterra o Brasil', afirmou o presidente a
uma plateia de empresários da Federação das
Indústrias de São Paulo (Fiesp), realizado ontem na
sede da entidade, em São Paulo.
Bolsonaro também falou sobre André Mendonça, o novo
ministro do STF indicado por ele para o tribunal e
afirmou que o novo integrante da Corte tem
compromisso com 'pautas conservadoras'. 'Indicamos a
segunda pessoa para o STE. Pode ter certeza, não vou
pedir nada para ele. Tudo o que vi ao longo de três anos
no André Mendonça ele vai cumprir no Supremo.
Pautas conservadoras, econômicas, entre outras. Não
vamos ter sobressalto com ele', afirmou o presidente.
Também sobre Mendonça, Bolsonaro disse que 'ele
sabe o que tem de fazer, senão não dá certo. '
O presidente disse ainda que terá '40% do Supremo' se
for reeleito no ano que vem.
'Quem se eleger no ano que vem tem duas vagas para
o Supremo em 2023. Vamos supor que eu seja
candidato. Eu vou ter 40% a meu favor dentro do
Supremo. A favor de mim ou de minhas ideias que
vocês já conhecem quais são. '
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF
106
Receita Federal altera tributação sobre ganhos com ações judiciais
Conselho Nacional de Justiça - CNJValor Econômico/Nacional - Legislaçao e Tributos
quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - Judiciário
Autor: Joice Bacelo e Gilmara Santos
A Receita Federal baixou a guarda sobre um tema que
tem movimentado os tribunais - especialmente em razão
da chamada 'tese do século'. O órgão mudou o
entendimento sobre o momento em que devem ser
tributados os ganhos obtidos com as ações judiciais.
O contribuinte, ao vencer a disputa, precisa deixar na
mesa, para a União, 34% dos valores que têm a
receber. Essa fatia é referente ao recolhimento de
Imposto de Renda (IRPJ) e CSLL que incidem sobre o
acréscimo patrimonial da empresa.
Desde 2003, a Receita Federal entendia que essa
tributação tinha de ser paga no momento do trânsito em
julgado, quando não cabe mais recurso. Com a decisão
favorável e o processo encerrado, portanto, o
contribuinte deveria, imediatamente, repassar tais
quantias à União.
Agora, está mais flexível: a cobrança será feita na
primeira compensação, ou seja, depois que o
contribuinte habilita o crédito perante a Receita e faz
uso desse valor para quitar tributos correntes. Esse
novo entendimento foi publicado pela Coordenação-
Geral de Tributação (Cosit) no Diário Oficial da União de
ontem. Consta na Solução de Consulta nº 183, norma
que deverá ser aplicada pela fiscalização em todo o
país.
A mudança, segundo advogados, pode ter efeito sobre
a judicialização. As discussões sobre a tributação dos
ganhos provenientes de ações judiciais se tornaram
frequentes na Justiça com a chamada 'tese do século' -
que excluiu o ICMS da base de cálculo do PIS e da
Cofins.
A explicação está nos valores envolvidos nessa disputa.
Levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento e
Tributação (IBPT) estima que a 'tese do século' tenha
gerado R$ 358 bilhões em créditos fiscais para as
empresas.
Ninguém quer desembolsar altas quantias para pagar
imposto antes de colocar as mãos no dinheiro, segundo
especialistas. Era isso o que acontecia com o
entendimento anterior da Receita Federal, que
estabelecia a tributação do ganho já no trânsito em
julgado - antes, portanto, de os contribuintes realizarem
as compensações (uso do crédito para quitar tributos
correntes).
As empresas recorreram ao Judiciário com pedidos
diferentes. Algumas delas alinhadas à nova regra, ou
seja, para que a tributação ocorra na primeira
compensação.
Isso porque, no momento do trânsito em julgado, diz
Leo Lopes, sócio do FAS Advogados, as companhias
não sabem exatamente qual é o seu crédito. Mandados
de segurança, geralmente usados para contestar
cobranças fiscais, não fixam um valor. O contribuinte
tem que fazer os cálculos e apresentar à Receita.
'Com a tributação ocorrendo na primeira compensação,
os contribuintes podem utilizar o próprio crédito para
quitar essa tributação', afirma Lopes.
Não significa, no entanto, que essa discussão será
encerrada. Grandes companhias, principalmente, as
que faturam acima de R$ 78 milhões por ano, e têm
direito a quantias altíssimas por causa da 'tese do
século', entendem que a tributação deve ocorrer na
medida em que forem utilizando o crédito.
Se tem R$ 1 bilhão, por exemplo, e compensa R$ 200
milhões somente, tributaria só essa parcela. Depois,
tributaria-se o restante. É diferente do modelo
estabelecido pela Receita Federal: se tem R$ 1 bilhão,
terá que tributar todo esse valor de uma vez só, no
momento em que fizer a primeira compensação.
Há empresas ainda que entendem por outro momento,
posterior: o de homologação das compensações. A
Receita tem prazo de cinco anos - contados da data em107
Conselho Nacional de Justiça - CNJValor Econômico/Nacional - Legislaçao e Tributos
quinta-feira, 16 de dezembro de 2021Judiciário - Judiciário
que a declaração de compensação tributária foi
apresentada pelo contribuinte - para fiscalizar e
homologar ou não os créditos.
Quem defende esse marco temporal diz que somente
com a homologação pela Receita Federal é que os
valores reconhecidos pela decisão judicial tornam-se
certos, líquidos e exigíveis.
'Não há um posicionamento definitivo do Judiciário
sobre essa questão, mas há uma tendência favorável ao
contribuinte', observa João André Buttini de Moraes, do
escritório Buttini Moraes Advogados.
O advogado Luca Salvoni, do escritório Cascione, cita
que no Tribunal Regional Federal (TRF) da 3º Região,
com sede em São Paulo, três turmas têm decisões para
que a tributação ocorra somente no momento da
homologação dos créditos. São pelo menos duas na 3º
Turma (processos nº 5000708-42. 2020. 4. 03. 6111 e
nº 5004691-74. 2019. 4. 03. 6114), uma na 4º Turma
(processo nº 5010177-15. 2020. 4. 03. 0000) e outra na
6º Turma (processo nº 5013313-53. 2020. 4. 03. 6100).
'Esses contribuintes não vão desistir das suas ações. Ao
contrário, quem ainda não judicializou vai judicializar',
diz Salvoni.
No ano passado, os contribuintes usaram créditos
fiscais para quitar R$ 63, 6 bilhões de impostos - 174%
a mais do que havia sido registrado em 2019. A Receita
Federal atribuiu o forte crescimento das compensações
à 'tese do século'.
Neste ano, a previsão de escalada é ainda maior. As
compensações tributárias feitas pelos contribuintes -
atingiram - R$ 67, 592 bilhões de janeiro a abril,
impulsionadas pela utilização dos créditos envolvendo a
'tese do século'. Isso indica um avanço real de 40, 37%
sobre o mesmo período de 2020.
Advogados afirmam que um número grande de ações
transitou em julgado depois de maio, mês em que o
Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu a tese. Esses
processos estão desaguando em novas e volumosas
compensações.
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Judiciário
108
A partir de agora, flagrantes de violência doméstica serão analisadas por
juízes plantonistas na Capital
Conselho Nacional de Justiça - CNJA Crítica MS/Mato Grosso do Sul - Noticias
quarta-feira, 15 de dezembro de 2021Judiciário - Audiência de Custódia
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Por unanimidade, os desembargadores do Órgão
Especial aprovaram proposta de resolução que modifica
dispositivos da Resolução nº 221/94. Na prática, a
alteração permite que todas as prisões em flagrante em
situação de violência doméstica, no âmbito territorial da
comarca de Campo Grande, sejam realizadas pelos
magistrados plantonistas que compõem o grupo da
Coordenadoria de Audiências de Custódia.
A proposta foi apresentada pela administração após
decisão anterior, que acolheu pedido da juíza da 3ª
Vara de Violência Doméstica e Familiar da Capital, para
que todas as audiências de custódia envolvendo
violência doméstica sejam retiradas de sua competência
e redirecionadas à Coordenadoria de Audiência de
Custódia de Campo Grande, em razão desta deter
melhor estrutura material.
Assim, por entenderem que a proposta atende ao
interesse público, sobretudo porque não implicará em
aumento de despesas à administração pública, os
julgadores foram unânimes na aprovação.
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Audiência de
Custódia
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O sistema judicial e os negócios
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quarta-feira, 15 de dezembro de 2021Judiciário - Conciliação
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Por Renan L. Silva
De acordo com o relatório Justiça em Número de 2020,
elaborado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o
tempo médio de tramitação de um processo simples -
aquele cujo valor não supera 40 salários mínimos e que
necessita apenas de prova documental e testemunhal -
é de 3 anos e 8 meses em juizado especial, sendo
julgado em duplo grau de jurisdição.
Para ações cíveis mais complexas, esse tempo pode
chegar a até 9 anos e 8 meses. Já na Justiça do
trabalho o tempo médio é de 5 anos e dez meses.
Importante destacar que esses prazos são resultados
do ano de 2020, ou seja, após a informatização do
sistema judiciário brasileiro, que tinha como missão dar
maior celeridade às ações. Mas não foi identificada
redução significativa na duração dos processos.
Recentemente, o jornal Valor Econômico apurou que as
empresas estão envolvidas em mais de 75% dos
processos judiciais no Brasil (sendo que mais da
metade desse percentual envolve grandes empresas),
comprometendo, em média, 1,66% do faturamento com
custos para litigar no judiciário. Isso sem contar os
custos intangíveis envolvidos na judicialização massiva
dos conflitos, como os danos à imagem da empresa
perante o mercado e o consumidor, e a incerteza quanto
aos desfechos de cada processo.
Pois bem, diante desse cenário, é importante
pensarmos em outras vias e alternativas para resolução
de conflitos, seja com as novas tecnologias recém-
chegadas ao mercado, como o ODR (Online Dispute
Resolution), bem como com a mediação, conciliação e
arbitragem, hoje altamente difundidas no mercado,
todas com a devida segurança jurídica, além dos
benefícios específicos de cada modalidade de resolução
de conflitos extrajudiciais.
Atualmente, tanto as empresas como os operadores do
direito necessitam avaliar, muito além da questão
jurídica, a questão econômica que impacta na disputa
e/ou na resolução daquele conflito. A via judicial muitas
vezes não representa a melhor opção para empresas e
para o cidadão e, para como alternativa, temos a via
extrajudicial, que necessita de maior desmistificação e
experiência pela sociedade.
IMAGEM: Thinkstock
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Conciliação
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Nailde Pinheiro: "A magistratura é um sacerdócio, exige da magistrada",
diz presidente do TJCE
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quarta-feira, 15 de dezembro de 2021Judiciário - Conciliação
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Autor: Jéssica Welma, Luana Barros
Terceira mulher a assumir a presidência do Tribunal de
Justiça do Ceará (TJCE) em 150 anos, a
desembargadora Nailde Pinheiro tem como meta de
gestão ter um olhar mais sensível a temas caros para as
mulheres.
Desde a formação de mulheres líderes dentro da
magistratura até projetos voltados ao combate à
violência contra a mulher e o feminicídio, a gestão da
desembargadora reflete o caminho trilhado por ela em
34 anos de magistratura.
Nailde Pinheiro concedeu entrevista ao programa
PontoPoder e ao Diário do Nordeste como convidada do
Projeto Elas, iniciativa do Sistema Verdes Mares em
prol de fortalecer a luta pelos direitos das mulheres e a
conquista de novos espaços, inclusive políticos.
Nela, a desembargadora lembrou a trajetória desde a
cidade natal Aurora, na região do Cariri, até a chegada
ao comando do Tribunal de Justiça do Ceará.
Confira a entrevista: Para começar nossa entrevista eu
queria que a senhora não contasse um pouco sobre a
presidente Nailde Pinheiro antes mesmo de assumir
esse papel. A senhora nasceu em Aurora, um município
pequeno, lá no Cariri. Como foi essa trajetória da
menina Nailde, da jovem, da mulher, para que tivesse a
oportunidade de trilhar esse caminho na magistratura?
Falar de Aurora, minha terra natal, é sempre voltar no
tempo, porque ali aprendi as primeiras letras do
alfabeto. É meu berço geográfico, ali convivi com
minhas amigas e amigos, participando das mesmas
atividades recreativas, frequentando os mesmos
colégios e, aos 14 anos de idade, quando foi informado
aos meus pais que, em Aurora, não teria mais estudos
para a Nailde, então meu pai teve que tomar uma
decisão de deixar nossa querida Aurora e irmos a um
lugar em que pudesse dar maior oportunidade aos
filhos.
Fez a opção por Fortaleza e, em janeiro de 1972,
viemos para cá. Naquela época, ainda existia o trem,
nós saímos daquela pedra da Estação Rodoviária rumo
a Fortaleza. Chegando aqui, a saudade bateu e muitas
vezes nós pedíamos ao meu pai e à minha mãe para
retornar a Aurora, e eles sempre diziam: 'de lá nós já
viemos, vamos aqui buscar um futuro melhor para todos
vocês'.
Tenho três irmãos e todos nós aproveitamos essa
oportunidade. Eu fiz o pedagógico, quis ser professora.
Inicialmente, no colégio Agapito dos Santos, ensinando
nas séries iniciais e, paralelamente, fui estudando para
o vestibular, (no qual) optei fazer o curso de Direito.
Após o quinto semestre, eu busquei uma oportunidade
de trabalhar em um cartório e aí trabalhei no cartório
Miranda Bezerra. Ali, me encantei por aquele mundo
jurídico, aquela oportunidade de manusear processos e
eis que surge um curso para a magistratura. Em 1986,
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quarta-feira, 15 de dezembro de 2021Judiciário - Conciliação
eu fui aprovada e, a partir daí, um novo momento da
minha vida.
A senhora inicia essa trajetória na magistratura em
1986, ainda antes dos 30 anos, no município de Marco,
na Região Norte. Como foi chegar mulher, jovem, em
uma cidade pequena, na década de 1980 - com
costumes e premissas muito diferente dos que temos
hoje? Quais foram os desafios de firmar essa presença
feminina profissional no magistrado?
Muito jovem cheguei naquela comarca de Marco, me
apresentei e busquei não só fazer um trabalho de julgar
processos. Procurei me aproximar da comunidade e
trabalhar o lado social. Em pouco tempo, conquistei
aquela população. Cheguei no período em que
preparavam uma eleição. Foi a primeira eleição que eu
presidi, eram eleições gerais. Senti dificuldades, mas
superei porque trabalhei muito bem a equipe, procurei
agregar, somar e, a partir daí, apresentei aquele meu
resultado das eleições àquela comunidade.
Como as pessoas passaram a ter maior conhecimento
do meu trabalho, no tempo em que estive naquela
comarca, não senti dificuldade de me impor, até porque
sempre procurei que o diálogo fizesse parte da minha
vida e esse diálogo me ajudou muito.
O Tribunal de Justiça do Ceará só teve a primeira
mulher eleita presidente em 1999, a desembargadora
Águeda Passos, que também foi a segunda mulher a se
tornar desembargadora no Ceará. De que forma ter uma
mulher à frente do Poder Judiciário abriu caminho para
outras mulheres? Que mudança trouxe pro trabalho da
magistratura no Estado?
A desembargadora Águeda sempre foi considerada uma
juíza firme, uma juíza determinada, e eu sempre
observei a forma de trabalhar dela. E ali, fiz uma
projeção: de que um dia eu poderia também chegar
àquele posto. Trabalhei, sempre observando as
determinações dos meus superiores, sempre estando a
serviço da instituição. E, após 34 anos, assumi a
presidência do Tribunal de Justiça do Ceará. Antes, fui
presidente do Tribunal Regional Eleitoral, uma
experiência maravilhosa, em que fiz um trabalho
exitoso, um trabalho que exigiu muito de mim e de toda
a equipe, mas, quando você se propõe a cumprir uma
meta, um objetivo e abraça a causa, o resultado sempre
é satisfatório.
Logo quando a senhora assumiu a presidência do
TJCE, uma das propostas era trabalhar a liderança de
outras mulheres em um projeto que pudesse fomentar
essa formação de novas líderes. Como a senhora tem
atuado no Tribunal para promover mais mulheres?
Trabalhar esse projeto de formação de mulheres líderes
é também fazer parte desse cenário. É a palavra
corresponder à ação. Eu tenho trazido para esse
contexto do nosso trabalho, magistradas que hoje são
consideradas mulheres guerreiras, que estão sempre à
frente do tempo, trazendo ideias para a presidência.
A gente (trabalha) sempre com o sentimento de que
pode estar, hoje, preparando o futuro. Elas se engajam
muito bem dentro desse nosso projeto que escolhemos
para, dentro da gestão, trabalhar essa formação de
mulheres líderes.
Outro ponto de destaque é a questão do combate à
violência doméstica. Como o Tribunal de Justiça tem
agido para estar próximo a essas mulheres, para punir
agressores e também para atuar de forma educativa na
sociedade?
Tive essa preocupação desde o início da minha
formação do plano de gestão, em que busquei colocar
dentro do meu projeto essa grande causa. Inseri, dentro
do meu discurso de posse, o olhar especial que, como
presidente, eu daria a este assunto que, em razão da
pandemia, tem se agravado cada vez mais. É um fato
que, apesar de todas as campanhas, a gente se
surpreende com notícias de que o índice continua
elevado. Mas nós temos que continuar fazendo o nosso
trabalho.
Já tivemos várias campanhas desenvolvidas dentro da
gestão, conscientizando as mulheres e também os
homens de que esse olhar da paz, do entendimento, do112
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quarta-feira, 15 de dezembro de 2021Judiciário - Conciliação
diálogo, da conversa, ainda é o melhor para todos. Nós
temos campanhas inclusive com a participação de um
embaixador escolhido e que aceitou de pronto o convite,
o nosso conhecido cantor Waldonys. Ele faz parte da
nossa campanha. Estamos também, em parceria com a
Etufor, com cartazes em que, todos os ônibus que estão
circulando dentro de Fortaleza, estão levando a
mensagem do Waldonys. O alcance é enorme.
Tivemos também campanha no estádio de futebol e
procurando sempre dar palestras e se comunicar com
essas pessoas de que o feminicídio não atinge apenas
a mulher, mas a família e toda a sociedade.
Qual mensagem a senhora deixa para as mulheres que
estão na luta também, especialmente àquelas que estão
agora se dedicando aos estudos para a magistratura?
Primeiro, que você precisa avaliar o seu perfil, se
realmente gosta de ser uma pessoa que vai ter
condições de ouvir, que gosta de trabalhar com a
conciliação. A magistratura é um sacerdócio, exige da
magistrada. O bom magistrado não é só aquele que
sabe muito do Direito. Ele tem que usar o bom senso,
tem que estar disponível a ouvir e trabalhar bem uma
conciliação, porque somente assim ele estará
desempenhando o seu papel em sua plenitude.
Julgar sim, mas conciliar e dar a voz para quem está
muitas vezes intranquilo, inquieto e buscando a Justiça
como último refúgio. É uma profissão nobre que, se
fosse para começar tudo hoje, eu começaria. Não
mudaria nada. É uma profissão em que eu me sinto
realizada.
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Conciliação
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STF FORMA MAIORIA POR PASSAPORTE DE VACINA
Conselho Nacional de Justiça - CNJBahia Econômica/Bahia - Noticias
quarta-feira, 15 de dezembro de 2021Judiciário - Covid-19
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O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria de
votos nesta quarta-feira, 15, a favor da manutenção da
decisão do ministro Luís Roberto Barroso sobre a
obrigatoriedade d passaporte sanitário para viajantes
que chegarem ao Brasil. O julgamento ocorre em
plenário virtual, com os votos dos ministros computados
de forma eletrônica no sistema do STF. A previsão é
que o julgamento termine nesta quinta-feira, 16.
No momento, já votaram o relator, Barroso, Cármen
Lúcia, Alexandre de Moraes, Rosa Weber, Edson
Fachin e o presidente Luiz Fux, totalizando seis votos.
Caso a obrigatoriedade permaneça, será mantida a
exigência do passaporte aos viajantes.
No caso de brasileiros e estrangeiros residentes no
Brasil que viajaram para o exterior após 14 de
dezembro, ao retornar, não será necessário apresentar
o comprovante de vacinação, mas terão que comprovar
o teste negativo de Covid-19 e fazer quarentena de 5
dias. Porém, a quarentena só poderá terminar após um
novo teste negativo.
No último sábado, 11, o ministro Barroso determinou
que o comprovante de vacina para viajante que chega
do exterior no Brasil só pode ser dispensado por
motivos médicos, caso o viajante venha de país em que
comprovadamente exista vacina disponível ou por razão
humanitária excepcional.
Foto: CNJ/Divulgação
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Covid-19
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Para ir à posse de Mendonça, Bolsonaro entrega teste negativo para
Covid ao STF
Conselho Nacional de Justiça - CNJCrusoé Online/Distrito Federal - Noticias
quarta-feira, 15 de dezembro de 2021Judiciário - STF
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Autor: Ana Viriato
O presidente Jair Bolsonaro (foto) confirmou ao
Supremo Tribunal Federal que comparecerá
presencialmente à posse de André Mendonça como
ministro da corte, programada para esta quinta-feira, 16.
Para que ele participe da cerimônia, a equipe médica do
Planalto entregou nesta quarta-feira, 15, um teste feito
por Bolsonaro com resultado negativo para a Covid-19.
A apresentação do exame atende uma resolução
publicada em outubro pelo STF, que, entre outros
pontos, prevê a exigência de entrega do teste tipo RT-
PCR ou antígeno realizado nas últimas 72 horas ou de
certificado de vacinação contra o novo coronavírus para
a entrada nas dependências da corte.
André Mendonça é o segundo ministro indicado por
Bolsonaro ao STF. Pela legislação atual, ele poderá
permanecer no cargo até o final de 2047, quando
completa 75 anos.
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF
115
Bolsonaro diz que demitiu servidores do Iphan por interditarem obra de
Luciano Hang
Conselho Nacional de Justiça - CNJCrusoé Online/Distrito Federal - Noticias
quarta-feira, 15 de dezembro de 2021Judiciário - STF
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Autor: Redação Crusoé
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira,
15, que demitiu equipes do Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional, o Iphan, por conta da
interdição de uma obra do empresário Luciano Hang,
proprietário da rede de lojas Havan.
Em evento na Federação das Indústrias de São Paulo, o
presidente reconheceu ter retaliado os servidores que
embargaram um empreendimento do empresário
bolsonarista. 'O Luciano Hang estava fazendo mais uma
loja e apareceu um pedaço de azulejo durante as
escavações. Chegou o Iphan e interditou a obra. Liguei
para o ministro da pasta e perguntei 'que trem é esse'?',
revelou.
'Eu não sou tão inteligente quanto os meus ministros. O
que é Iphan, com ph? Aí me explicaram, tomei
conhecimento e ripei todo mundo do Iphan, coloquei
outro cara lá. O Iphan não dá mais dor de cabeça para a
gente', disse o presidente da República, entre risadas e
palmas dos empresários presidentes à solenidade.
Na reunião ministerial de 22 de abril de 2020, cujo vídeo
foi divulgado pelo Supremo Tribunal Federal,
Bolsonaro já havia falado sobre o episódio. Na ocasião,
ele afirmou que o empreendimento havia sido
paralisado porque servidores do Iphan teriam
encontrado 'cocozinho petrificado de índio'.
No fim de 2019, a então presidente do Iphan, Kátia
Bogéa, declarou ter sido demitida do cargo após
reclamações do senador Flávio Bolsonaro e do
empresário Luciano Hang. A servidora mencionou o
impasse ocorrido após a interdição de uma loja da
Havan no Rio Grande do Sul.
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF
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Presos os quatro condenados pelo incêndio da boate Kiss em 2013
Conselho Nacional de Justiça - CNJTV Justiça/Rio de Janeiro - Jornal da Justiça
quarta-feira, 15 de dezembro de 2021Judiciário - STF
Já estão presos os quatro condenados pelo incêndio da
boate Kiss em 2013, no Rio Grande do Sul. Eles
conseguiram habeas corpus preventivo, mas que foi
derrubado pelo presidente do Supremo Tribunal
Federal, Luiz Fux.
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF
117
Esclarecidos os detalhes da decisão sobre o comprovante de vacina contra
Covid-19
Conselho Nacional de Justiça - CNJTV Justiça/Rio de Janeiro - Jornal da Justiça
quarta-feira, 15 de dezembro de 2021Judiciário - STF
Ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal
Federal, esclarece os detalhes da decisão individual
que determinou a exigência do comprovante de vacina
para pessoas vindas do exterior. O pedido de
esclarecimento foi feito pela Advocacia-Geral da União
na arguição de descumprimento de preceito
fundamental.
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF
118
Barroso vota pela manutenção da obrigatoriedade da apresentação do
comprovante de vacina
Conselho Nacional de Justiça - CNJTV Justiça/Rio de Janeiro - Jornal da Justiça
quarta-feira, 15 de dezembro de 2021Judiciário - STF
Ministro Luís Roberto Barroso vota, no Plenário Virtual
do Supremo Tribunal Federal, pela manutenção da
obrigatoriedade da apresentação do comprovante de
vacina contra a Covid-19 para quem chega ao Brasil,
além do teste para detecção da doença. A medida
também vale para brasileiros e estrangeiros com
residência no país. Para o ministro, essa é uma forma
de diminuir o risco de contaminação.
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF
119
Presidente Jair Bolsonaro confirma presença na posse do ministro André
Mendonça
Conselho Nacional de Justiça - CNJTV Justiça/Rio de Janeiro - Jornal da Justiça
quarta-feira, 15 de dezembro de 2021Judiciário - STF
Presidente da República, Jair Bolsonaro, confirma
presença na posse do ministro André Mendonça, que
será realizada na próxima quinta-feira (16). A equipe
médica da Presidência enviou hoje (15) o teste negativo
para Covid-19, previsto na Resolução Nº 748/2021 do
Supremo Tribunal Federal, sobre as regras para
ingresso nos prédios do Tribunal, a fim de conter a
disseminação da Covid-19.
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF
120
STF analisa ação que questiona letalidade de operações policiais em
comunidades do RJ
Conselho Nacional de Justiça - CNJTV Justiça/Rio de Janeiro - Jornal da Justiça 2ª Ediçao
quarta-feira, 15 de dezembro de 2021Judiciário - STF
O relator do caso reafirmou o voto que apresentou em
maio no Plenário Virtual a favor dos questionamentos do
PSB. O partido pediu que o Supremo esclarecesse
pontos da decisão tomada no ano passado, quando
determinou a suspensão das operações policiais do RJ
durante a pandemia.
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF
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