TEMPO: honi. TEM-PERATURAi estável.VENTOS: Norte. VISI-BIIilDADÈ: bon. MA.XIM.A: 36,4. MÍNIMA:21. (Mais (lclnlhes riaAgenda, piíg. 3, do Cn-dento de ClnBBificndos)

JORNAL!

Rio de Janeiro -- Quarta-feira, 23 de março de 1966

DOJBRASv\

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AnoLXXV — N.o 67

j-rrT-.;;irrm

Castelo afirma que candidato pode ser civilEmi. Tel. JORBRASIL —

Av. Rio Branco, 110/112S.A. JORNAL DO BRASIL_ (GB) — Tel. RideInterna 22-181S. Sucursais:Rua Barão de ltapelininga,151 — con). 21/22 (SP) —TcL 32-8702 — Setor Co-mercial — Edifício Central

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GR ATI FICA-SE quem encontroucachorro Poodle preto manso al¦tura média. Fugiu sábado noite,Rua Rainha Guilhermina, 181 —Leblon.' Tcl. 47-3809.PASSAPORTES PERDIDO - Ânío"nío Josó Vaghi. Quem achar ia-vor informar pelo tel. 57-9235"f>ÍRDERAM-SE

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AS PRESSÕES EM PAUTA

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Castelo respondeu a 28 das 32 perguntas da entrevista coletiva sempre com ênjase na disposição de repelir as pressões militares

Arcebispo de Cantuaria ePapa buscam união cristã

EM NOME DO MESMO DEUS

O Arcebispo de Cantuaria, Mi-chel' Ramsey, primeiro chefe daIgreja Anglicana a visitar oficial-mente um Papa desde o cisma de1534, chegou ontem à Itália para de-bater com Paulo VI os problemas daunidade cristã, depois de ter sidovaiado nos Aeroportos de Londres eRoma por cinco ministros protes-tantes que o acusaram de traidordo anglicanismo.

Não satisfeitos com os gritos deprotesto e a manifestação em Lon-dres, os cinco ministros embarca-ram no avião do Arcebispo e ao che-garem a Roma tentaram ensaiaruma nova demonstração, mas doisdeles foram detidos por ordem doGoverno italiano, e imediatamenterecambiados para a Grã-Bretanha.

O Papa e o Arcebispo reunir-se-ão hoje de manhã na Capela Sixti-na para debater as possibilidades decooperação entre as duas Igrejas eos pontos em comum, tendo comopano de fundo das discussões o fa-moso afresco de Michelangelo, OJuízo Final. À tarde voltarão a sereunir, a portas fechadas, no escri-tório particular de Paulo VI.

Ignora-se o temário das reu-niões, cujo resultado só será anun-ciado amanhã durante a cerimôniade encerramento da visita de trêsdias, do lado de fora da Basílica deSão Pedro, quando o Arcebispo e oPapa lerão um comunicado conjun-to, rezarão em comum e selarão oencontro com "um beijo de paz".(Página 8) .

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O Arcebispo de Cantuaria (a esquerda na joto) é recebido em RomaMonsenhor Ângelo DelUAcqua, da Secretaria do Vaticano (UPI)

por

Juiz proíbeIsaltina de

Wilson fechaos olhos ao

agir no Rio mau cheiroA médium Isaltina está,

desde ontem, legalmente im-pedida de continuar agindono Rio, por íôrça da decisãodo Juiz da 16.a Vara Crimi-nal, Sr. Astrogildo de Frei-tas, que negou.o habeas-cor.pus impetrado pelo advoga-do Aderbal de Figueiredo,solicitando que as sessões natenda do Engenho de Den-tro pudessem continuar.

O magistrado baseou suadecisão no fato de não pra-ticarem, Isaltina e sem em-presário, o babalaô Sebas-tião Pedra d'Água, o espl-ritismo, mas sim o curan-deirismo, com pena previstano Código Penal Brasileiro,pois suas operações, segun-do provaram reportagenspublicadas na imprensa ca-riflea, nada tinham de mila.grosas. (Página 10).

Uma bomba de mau chel-ro atirada por um jovem de15 anos causou ferimentossem gravidade no olho doPrimeiro-Ministro britânicoHarold Wilson, quando dis-cursava no distrito eleitoralde Slough. a 24 quilômetrosde Londres, onde os conser-vadores venceram por ape-nas 11 votos nas últimaseleições.

.0 Premier, que foi levadopara casa, onde ficará emrepouso por 48 horas, pin-gando colírio nos olhos, gra-cejou com os companheirosdizendo que o menino temótima pontaria e mereciafazer parte da seleção nacio.nal de cricfceíí. O jovem foipreso, mas a Policia recebeurecomendação de não iniciarqualquer processo. (Pág. 2)„

Chineses searmam contrasoviéticos

O Partido Comunista daUnião Soviética dirigiu aosPCs dos demais países umdocumento secreto de 37 pá-gin as, no qual prevê que aChina Popular esteja empreparativos para um possi-vel conflito armado comMoscou, sob o pretexto deque os soviéticos são seusmaiores inimigos.

Na carta, cuja noticia sedeve ao jornal Die Welt, deHamburgo, Alemanha Oci-dental, a União Soviética pe-de "um pronunciamento sô-bre a oportunidade de se to-riiarem medidas destinadasà defesa comum da linhamarxista-leninista", medi-das que seriam decididas noXXIII Congresso do PartidoComunista soviético, a Inau-gurar-se dia 29, em Moscou.(Página 8),

AmericanossondamDc Gaulle

O Governo norte-america-no entregou ontem ao Em-baixador francês CharlesLucet, em Washington, umanota em tom firme, emboradiplomático, segundo a qua!os Estados Unidos e os de-mais membros da AliançaAtlântica estão dispostos acontinuar a defesa integra-da da Europa Ocidental, "senecessário sem a França".

A nota- entregue pelo Sub-secretário de Estado GeorgeBali, deixa uma porta aber-ta à conciliação, ante o de-saíio do General De Gaulleà OTAN, e foi consideradaem determinados círculos co-mo tentativa de obter umaexplicação detalhada e espe-cifica das intenções do Pre-sidente francês, anunciadasem termos amplos em suasdeclarações.. (Página 8).

Operáriosacusam aPetrobrás

Operários acidentados naexplosão da unidade de pa-rafina da Refinaria Landul-io Alves, em Mataripe, Ba-nia, culpam a Petrobrás peloacidente, apontando comocausa de tudo a Imprudênciacom relação ao compressor3, que, defeituoso desde sá-bado, fora montado e des-montado várias vezes e ex-plodiu quando o mecânicoabria a válvula.

Com grande acompanha-m e n t o de funcionários daempresa, saiu ontem às 10horas da Igreja de São Do-mingos, rumo ao cemitério, ocortejo fúnebre de quatrodos mortos na explosão docompressor B, de propano.O Presidente da Petrobrás,Marechal Ademar de Quei-rós, que se acha na Bahia,ordenou a abertura de rlgo-roso inquérito. .(Página 14).

Alagoas podelevar Câmaraao recesso

O Governo poderá decre-tar o recesso parlamentar,a qualquer momento, emvirtude da constante faltade quorum na Câmara pa-ra a votação da mensagemem que o Govêmo solicitaautorização para intervirem Alagoas, segundo anun-ciou o Deputado Último deCarvalho.

O parlamentar mineiroexplicou que a obstrução dabancada do MDB na Cama-ra e a ausência de grandenúmero de parlamentaresda ARENA têm forçado,repetidas vezes, o adiamen-to da votação da mensa-gem e revelou que, ago-ra, inúmeros parlamenta-res apoiam o movimentopelo recesso. (Página 4)

Em entrevista coletivaà imprensa nacional e es-trangeira, marcada peladisposição presidencial derepelir as pressões milita-res, o Marechal CasteloBranco afirmou ontemque o candidato à sua su-cessão poderá ser civil eque participaria pessoal»mente do trabalho da co-ordenação das candidatu-ras.

O candidato que vier aser escolhido pela ARE-NA, "civil ou militar", te-rá o apoio do Presidenteda República, que dissenão querer antecipar-seao pron unciamento doPartido, pois isto seria"um ato personalista, in-tempestivo e até de des-respeito ou menosprezopara com a organizaçãopolítica r e v o 1 u c i oná-ria".

Não desmentindo quetivesse recebido a p e 1 osdos Generais AmauriKruel e Justino AlvesBastos para a abolição daexigência do domicílioeleitoral, o Marechal Cas-telo Branco liquidou asaspirações eleitorais dosComandantes do II e IIIExércitos, com a revela-ção de que consultas avariados setores da ARE-NA e do próprio Governoo levaram à "conclusãode ser desaconselhável aapresentação da medidano Congresso e, sobretu-do, a edição de novo AtoInstitucional".

Enumerando, em res-posta a uma pergunta doJORNAL DO BRASIL, oso b j e t i vos revoluciona-rios que deverão estarplenamente alcançadosaté o fim de seu manda-to, disse o Presidente daRepública que, para dara seu sucessor condiçõesde cuidar plenamente dodesenvolvimento do Pais,espera passar o Governoa 15 de m a r ç o de 1967com as seguintes metasatingidas:

— a inflação conti-da;

— retomada a mar-cha do progresso econô-mico;

— restabelecido ocrédito no estrangeiro;

— mantida a ordempública;

— quebrado o dispo-sitivo comunista;

— e a administraçãoconduzida em estilo deseriedade.

O Marechal CasteloBranco negou a intençãode "inconsideradamente"cassar novos mandatos,"medida que só deve serexecutada como recursoextremo e de notória ne-cessidade para a defesada Revolução e da Admi-nistração".

Quanto à questão ins-titucional, disse que ca-berá ao futuro Govêmolevar o País à plenitudeda normalidade, conside-rando o atual que os trêsAtos editados revolucio-nàriamente "melhoramas instituições" e ao mes-mo tempo estabelecemmeios para a defesa dasconquistas da Revolução^(Noticiário, página 3, Co-luna ão Castello, página4, e Coisas âa Política,,página 6).

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A

2 —. l.° Cad., Jornal do Brasil, quarta-feira, 23-3-66

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{}. iucrs/íárioi c/c Saigon nbrem cartazes fí faixas contra as recentes medidas milifores tomadas pelo Presidente Nguxfin Cao Ky, que também irritaram os budistas (UPI)

Bomba de mau cheirofere olho de Wilson mm diz qUe voita de.PoiS

Embaixador da China emJacarta deixa Indonésia

Slough, Londres (AP-UP1-FP-jb) — Um jovem de 15anos feriu, ontem, sem gra-vidade, o olho do Primeiro-Ministro Harold Wilson comuma "bomba de mau chei-ro", durante o comício orga-nlzado pelo Partido Traba-Mista no Distrito de Slough,a 24 quilômetros de Londres,vencido pelos conservadoresnas últimas eleições por tunamargem de apenas 11 votos.

Para o Primeiro-Ministroda Inglaterra, o conteúdo dovidro que o atingiu em plenorosto cheirava a òvo podre.Depois de medicado, Wilsonfoi levado para sua residên-cia, onde ficará em repousopor 48 horas, pingando coli-

rio na vista atingida, segun-do o médico que o atendeu.

O autor do atentado foiImediatamente preso pelaPolícia, que recebeu ordem,mais tarde, de náo iniciarqualquer processo. Wilsoncomentou com seus acompa-nhantes que o jovem temuma ótima pontaria e pode-ria figurar na seleção nacio-nal de cricket.

As primeiras informaçõesdivulgadas pelas agênciasasseguravam que o vidrolançado contra os olhos deWilson continha amoníaco.Esta versão foi desmentidapor um médico que se en-contrava assistindo o discur-so do Primeiro-Ministro e

que lhe prestou os primeirossocorros.INFLAMAÇÃO

A vista de Wilson atingidapelo ôvo podre ficou bastan-te irritada e vermelha, obri-gando o médico a sugerir orepouso do Primeiro-Minis-tro por 48 horas, durante asquais pingará um colírio.

Durante a última campa-nha eleitoral, o Primeiro-Ministro trabalhista foi atin-gido por várias bolas de pa-pel, comuns nos comícioseleitorais. Quase todas sãolançadas por jovens sem fi-liação partidária, com a úni-ca intenção de se divertiremcom o nervosismo dos candi-datos.

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Cingapura e Jacarta (AP-UPI-FP-JB) — OEmbaixa-clor da China em Jacarta, Yao Chung Ming, viajou ontempara Pequim em companhia de mais 13 diplomatas de seupais, afirmando que estava de férias e voltaria mais tar-de à Indonésia, que continua sob a ameaça das dlvergên-cias entre o Presidente Sukarno e-o Chefe do Govémo,General Suharto, para a formação do nôvo Ministério de25 membros.

Enquanto sua quarta mulher, a japonesa Ratna Davi,de 25 anos, joga golfe com o General Suharto, o Presiden-te mantém-se em entrevista quase que permanente comos chefes militares responsáveis pela destituição do ex-Primeiro Vice-Primeiro-Ministro Subandrio. Sukarno re-gressou ontem ao Palácio Liberdade, em Jacarta, proce-dente de Bogor.

As bases aéreas continuamsob controle de tropas do Exér-cito, que mantém sob vigilán-cia os chefes da Força Aérea,considerada, juntamente com aMarinha como "seriamente in-fluenciada pelos comunistas''.

CRISE

Segundo os observadores po-liticos, o Presidente indonésiosugeriu ao General Suharto quea escolha de seus futuros Mi-nistro. seria feita, através diuma lista de candidatos a serapresentada pelos chefes mili-tares. Suharto informou, maistarde, qu_ não obteve a apro-vação unânime de seus compa-nheiros e que Sukarno deveráaceitar o Ministério feito e.aprovado pelas Forças Arma-das.

Sob escolta armada e prece-dido por batedores, o Presi-dente indonésio deixou ontemo Palácio de Bogor para vol-tar ao Palácio Liberdade, emJacarta, sem utilizar seu he-llcóptero particular, desaconse-lhado pelos militares por mo-tivos de segurança. A rádio deJacarta continua a transmitircomunicados aprovados por Su-harto, porém, com a assinaturado Presidente indonésio.

PRISÕES

Porta-vozes das Forças Av-madas confirmaram, ontem, queas pessoas acusadas de partici-pação no fracassado golpa co-munista de 30 de setembro pas-sado estão sendo presas em to-do o pais "para serem julgadaspelo Tribunal Militar Especial."

GUERRA

Em Cingapura, acredita-seque o General Suharto encer-rara gradativamente a guerranão declarada de três anosmantida pelo Presidente AhmedSukarno contra a Malásia, emmanobra considerada da maiorimportância para restabelecer aprecária situação econômica dopaís.

A guerra no Pacifico Sul des-truiu quase que totalmente ocomércio de estanho e borra-cha existente entre a Indoné-sia, Cingapura e a Malásia.Afh-ma-se que tanto as mi-nas de estanho como as plan-tações de borracha passaram aproduzir muito menos desdeque a guerra começou.

— O povo da Indonésia —-declarou um diplomata oci-dental — está cansado de pas-sar fome e foi êste o motivoque levou o pais até a beira deuma guerra civil. O fim da lu-ta contra a Malásia marcaráuma nova época nas relaçõesdas duas nações.

Governo de Saigon vaiouvir queixas do povo

Saigon .AP-UPI-FP-JB) —O Primeiro-Ministro NguyenCao Ky declarou ontem, emDalat, pouco depois do ataqueviètcong ao aero.iorto da cida-de, que seu Governo está dis-posto a ouvir e a atender ãsqueixas legitimas do povo,numa aparente tentativa deacalmar uma nova onda deprotesto dos budistas que exi-gem a dissolução da Junta Mi-litar.

Segundo os observadores égrande o clima de inquietaçãopolítica no Vietname do Sul.Em Hue e Da Nang, os estu-dantes budistas saíram ás ruasprotestando contra o Governo,de maneira pacifica, e em Sai-gon alunos de uma das princi-pais escolas da Capital deixa-ram as aulas gritando que Kye outros membros da Juntaeram "traidores".

AMA CIANDO

Em seu discurso em Dalat, oPrimeiro-Ministro disse quenunca considerou as reivindica-

Indira Gandhi queixa-seda pouca ajuda econômicarecebida pelo seu país

Nova Deli e Washington (FP-DPA-JB) — APrimeira-Ministra da Índia, Indira Gandhi, decla-rou ontem que a ajuda econômica que seu país re-cebe é muito inferior a de outras nações e não cor-responde às necessidades indianas, ao Inaugurar emNova Deli a XXII Reunião da Comissão Econômicada ONU para a Ásia e Extremo Oriente.

Indira reclamou uma cooperação mais estrei-ta entre os países industrializados e subdesenvolvi-dos, em particular através de maiores importaçõesde produtos manufaturados e semimanufaturados,mas louvou o projeto de criação de um banco dedesenvolvimento asiático.AJUDA

Em Washington, funciona-rios do Governo revelaramque os embarques de cereaisdos Estados Unidos para aíndia constituem um nôvorecorde.

De 10 a 20 deste mês, zar-param dos EUA 26 navios,com um total de quase qua-tro milhões e meio de tone-

ladas de cereais, para tentarminorar a atual crise de ali-mentos por que passa aíndia.

Essa ajuda excedente íoiiniciada pelo Presidente Lyn-don Johnson, em meados doano passado, com o envio dequatro navios para Nova Dé-li, carregados com 5 milhõesde toneladas de cereais.

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ções do.s budistas "ilógicas ouantlpatrlóticas" e acrescentouque quando usou estes termosdurante um discurso sábado úl-timo dirigia-se aos "colonialis-tas. comunistas c feüdallstás"que romperam a unidade na-cional e enfraqueceram o es-pirlto de luta do povo, e nãoaos lideres budistas.

Interrogado sobre o dirigentebudista Thich Tam Chau, CaoKy afirmou que o Presidentedo Instituto Nacional Budistaé um homem muito respeitadonão apenas por sua comunida-de como também por outroscírculos do pais, e que êle pes-soalmente o tem "em altaconta".

REAÇÃO

Os budistas afirmam queNguyen Cao Ky acusou-os, sá-bado último, de traidores ir-cionais e exigem a formação deum Governo civil, reformas eeleições nacionais. Em todas asúltimas mudanças na estrutu-ra de poder do Vietname do

Sul os budistas desempenha-ram um papel importante co-mo grupo de pressão.

O Governo parece disposto a•satisfazer algumas reivindica-ções budistas, sobretudo no quese refere à participação no Go-vérno, porém os militares te-mem a reação de outnn comu-nidades, como as dos católicos,chineses c membros de váriasseitas religiosas.

Uma grave crise paira sóbreo Governo, na opinião dos ob-servidores, pois em geral osbudistas não se acalmam comdiscursos, sendo que desta vezjá pediram a todos os seus cor-religionários que se preparempara entrar em ação a qualquermomento.

Além da onda de protestosbudistas existe a revolta dasP r o v í n c ias Setentrionais emvirtude da demissão do Coman-dante da Primeira Região Tá-tica, General Nguyen Chan Thi.Diversas greves e manifesta-ções vém ocorrendo nesta re-gião desde que o Governo deSaigon decidiu substituir Thi.

Budismo no Vietname do SulDepartamento de Pesquisa do JB

Até o momento em que cs militares af-sumiram definitivamente o poder em junhodo ano passado, os budistas do Vietname con»duziram três batalhas vitoriosas. A primeira,na segunda metade de 1963, terminou coma queda dos Diem. A segunda, em agosto de1964, dirigiu-se contra o regime militar doGeneral Khan. E a terceira, quase ao ini-clar-se 1965, provocou a derrubada do Pre-mler Huong.

De então para cá, o governo militar es-tabeleceu a sua autoridade, e os budistas es-tão novamente descontentes. Porta-vozes deuma grande parcela da população, os budis-tas não estão identificados com a políticanorte-americana. E McNamara está pedindomais 100 mll homens, que só podem vir damassa humilde, politizada e ligada aos bu-distas. É provável que enquanto durar aguerra, continue o protesto dos budistas, e ainfiltração do Viètcong.

No sentido prático do termo, o budismovietnamita compreende o clero e os fiéis lei-gos que praticam regularmente uma viciareligiosa. Sáo, talvez, dois milhões, a maio-ria no Vietname Central.

Para a população do Sul, entretanto, obudismo continua a ser um sentimento, umatradição, mais que uma religião. __ nessesentido que 80r. dos 14 milhões de habitan-tes são, talvez, budistas.

Nos acontecimentos de 1963 — a • lutacontra Ngo Dim Diem — havia o fato poli-tico e o religioso. Havia o conflito entre ca-tólicos e budistas e havia manifestações queatravés de slogans religiosas protestavam dis-cretamente contra a injustiça política esocial.

Com efeito, enquanto os emigrados cato-licos do Norte se beneficiavam do favoritis-mo de Diem, a população do Sul enfrentavaa dureza da guerra e a inflação. Entre essamassa, o sentimento budista cresceu.

Antes de 1963, Saigon já conhecera ma-nifestações violentas. Mas estas nâo tinhamcaráter religioso. As. perseguições de Diemíoram o estopim que desencadeou a revolta.

Derrubado Diem, depois do suicídio de 5monges e de uma monja, o ano de 1964 vaiser marcado pela continuação da paixão re-

ligiosa a pela palitizaçáo crescente do mo-vimento. Ante o temor de que a guerra seintensificasse, ante a ameaça da convocaçãode 50 mil homens, ante a incerteza crescen-te e a infiltração do Viètcong, estudantes,intelectuais e políticos moderados uniram-seãs massas em um front comum, tácito, nãoestruturado, de que os dirigentes budistas setornaram os porta-vozes.

Em agosto de 1964 os budistas iniciarama sua segunda campanha. O.s Estados Uni-dos queriam um governo forte, que agüen-tasse o peso da guerra. Mas os budistas man-daram dizer a Nguyen Khan que lutariamcontra a volta do antigo autoritarismo. Khanteve de ceder, diante da violência das ma-nifestações, e anunciou que o govémo cons-titucional seria restabelecido. Revelava-se oerro norte-americano de julgar que o interês-se primário da população do Sul era der-rotar o Viètcong; a tentativa de estabelecerum governo forte tinha ignorado os motivosbásicos que impulsionavam os grupos reli-giosos e políticos do pais.

Enquanto no Vietname Central o mo-vimento budista tinha êsse caráter social eamplo, os dirigentes do Instituto Budista deSaigon pareciam ter outro objetivo: assegu-ra-se uma participação no governo. A ter-ceira campanha dos budistas, quase ao finalde 1964, dirigiu-se contra o gabinete civil deTran Van Huong, que, segundo os budistas,desprezava os lideres religiosos. Huong su-prlmlu brutalmente ás manifestações e acusouos budistas de fazerem o jogo dos comunistas.Era a primeira condenação aos monges desdea queda de Diem. Pouco depois, o gabinetecaía.

Algumas facções do exército, como a doBrigadeiro Nguyen Cao Ky e a do GeneralChan Thi, começavam a dar importância aosbudistas. E o gabinete civil de Pham HuyQuat, formado no início de 1965, continhavários budistas. Esse gabinete, entretanto, foi.substituído em junho por uma junta militar,e o protesto budista foi enérgico, apesar deque os homens a subir tivessem sido Cao Ky eChan Thi.

Os budistas estão de nóvo nas ruas.

Hanói denuncia uso de mais gasesHong-Kong (FP-UPI-JB. —

O Governo do Vietname doNorte acusou os Estados Uni-dos de intensificarem a guerraquímica no Vietname do Sul,segundo uma declaração publi-cada ontem pela manhã emHanói e divulgada em Hong-Kong.

O Ministério das RelaçõesExteriores do Vietname do Nor-te afirma, naquele documento,que. "de acordo com as muitasinformações oriundas de fontesnorte-americanas e segundo asanálises dos serviços médicosda Frente de Libertação Nacio-nal, os agressores norte-ameri-canos utilizam toda uma varie-dade de produtos químicos e

gases letais, cm doses altamen-te concentradas.

A declaração do Governonorte-vietnamita protesta con-tra essa forma de guerra "queos fascistas nâo ousaram ado-tar e que se constitui num cri-me contra a humanidade.

O Governo norte-vietnamitaInforma que 320 mil hectaresde colheitas foram destruídasem 1963, 500 mil em 1964 e 700mil em 1965. Acrescenta quemetade do gado bovino ioi afe-tado, pequenos animais domes-ticos foram dizimados, milha-res de pessoas pereceram e cen-tenas de milhares sofreram de-vido "a esta forma de guerracriminosa".

Em Moscou, o acadêmico so-viético Nikolai Semionov, de-tentor do Prêmio Nobel. con-denott as atrocidades pratica-das pelas tropas norte-ameri-canas no Vietname, salientandoque o emprego de gases asfi-xiantes e de outras substância.,tóxicas contra a população ci-vil e para a liquidação da ve-getação é uma das mais gros-seiras violações do humanismoe da moral humana.

Semionov protestou contra autilização das realizações da,ciência quimica para fins mili-tares e pediu a todos os cien-tistas do mundo que se mani-festem contra as criminosasações das tropas norte-ameri-canas na Indo-China.

Helicóptero cai e mata 20 dos EUASaigon (AP-FP-JB) — Vin-

te soldados norte-americanos,dez dos quais fuzileiros, mor-reram ontem quando um heli-cóptero d.e apoio às tropas ter-restres caiu a 20 km a noroes-te de Quang Ngai e a 550 kmde Saigon, onde se realizamextensas operações que já cau-saram a morte de 204 guerri-lheiros.

O aeroporto de Dalat, a 235km de Saigon, foi atacado porduas colunas de 50 vietcongscada uma que conseguiram da-nificar vários aviões. No norte,porém, segundo informações depilotos norte-americanos, osataques de ontem fizeram ex-plodir mais da metade de umcomboio de 50 caminhões, numdesfiladeiro das montanhas, eafundar 5 canhoneiras.

PERDAS

Os Estados Unidos tambémperderam ontem um avião decombate Skyhawk A—4,. que se

Gana avisaGuiné queestá forte

Acra (UPI-JB) — O Coman-dante do .Exército de Gana,General E. Kotoka, afirmouontem que se o Presidente Se-kou Touré deseja lutar com osganenses, "que o tente, pois es-tamos preparados para rece-bè-lo", não confirmando as in-formações procedentes de Ab-dijan de que a Guiné está con-centrando tropas na fronteiracom a Costa do Marfim.

O Presidente da Costa doMarfim, Felix Houphouet-Boig-ny, ordenou que seu Exércitoimpeça por todos os meiosqualquer tentativa das tropasda Guiné para cruzar a fron-teira c atingir o território deGana.

incendiou durante uma missãode bombardeio, ao se chocarcom uma árvore, enquanto nonorte um jato P 101 de reco-nheclmento caiu a nordeste deVinh, a 225 km ao norte dafronteira-, O piloto foi dado co-mo desaparecido.

Os Estados Unidos realiza-ram, segunda-feira, 57 missõescontra o Vietname do Norte,inclusive o ataque ao comboio,tendo destruído ou avariado 27veículos. Ao sul de Vlnh, afun-daram ainda alguns jtincos, edestruíram 14 metralhadorasanti-aéreas.OPERAÇÕES

No sul, continuam as gran-des operações, sem combatesimportantes. Os principais cho-quês ocorreram em A Shau,acampamento de forças espe-ciais perto da fronteira laocia-na. enos setores da 1.* regiãotática ao norte de Hue e naprovíncia de Quang Ngai, ce-nário da Operação Utah.

Terremotomata 79em Uganda

Tóquio e Kampala, Uganda(AP-UPI-FP-JB) — Setenta enove pessoas morreram emconseqüência do violento tre-mor de terra que destruiu a al-deia de Bwamba, em Uganda,ao mesmo tempo que o Servi-ço Central de Meteorologia doJapão informava que fortesabalos sísmicos foram registra-dos na China setentrional, noúltimo domingo.

O sismo registrado emBwamba destruiu um hospitale cinco pequenos armazéns,acreditando-se que o total dcmortes chegue a 90, nas próxi-mas horas.

As operações em curso são aOregon, ao norte de Hue, e Te-xas, em Quang Ngai, estandoconcluídas a Silver City, no pe-rimstro da zona D, região deselva controlada pelo Viètcong;há quase 10 anos. A 173."- Bri-ga.da norte-americana de pára-quedistas participou durante 14,dias da Operação Silver Citysendo abastecida inteiramentepor helicópteros. Foram trans-portadas e deslocadas em heil-cópteros gigantes todas as ba-terias empregadas na operação,segundo os métodos postos emexecução pela Primeira Divisãode Cavalaria.

O principal combate destaoperação foi o mantido pelo se-gundo batalhão. Em cinco horasde batalha, as três companhias,atacadas por um regimento desoldados vietcongs receberamno interior de seu perímetro dedefesa 68 toneladas de muni-ções.

Johnson pede200 milhõespara avião

Washington (FP-JB) — OPresidente Lyndon Johnsonpediu ontem ao Congresso US$200 milhões para que seja Ini-ciada a construção de um pro-tótipo de avião comercial »u«persónico no inicio do próximoano.

A esta soma serão acrescen-tados os US$ 80 milhões pedi-des anteriormente por Johnson,a fim de que se iniciassem osestudos preliminares, que atual-mente estão sendo feitos pelasfirmas que ainda disputam ocontrato para a construção doSST..

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Jornal da Brasil, quarta-feira, 23-3-66, i.° Carl. — 3

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Castelo Branco desaconselha a extinção do domicílio eleitorat/UOfc-y.lfV -*-r" V"" . ...,..:,..,_ ...„_ ...,.„„._ .in*.. ..,.. Mi,„.,_i __ o» revolucionária. :Q< candidato poderá ... quisadores,.O plano de ação para o

O Presidente Castelo Brancodesaconselhou ontem, durante aentrevista coletiva que concedeuà imprensa brasileira e estrangei-ra, qualquer providência, mesmoatravés do Congresso Nacional,que vise a extinguir a obrigaçãode domicílio eleitoral para as pro-ximas eleições.

Reafirmando que pretende en-tregar a Presidência da Repúbli-ca ao seu sucessor com a inflaçãocontida e o País em pleno desen-volvimento, o Marechal CasteloBranco disse que a politica econo-mico-financeira do Governo seráfielmente cumprida ate a sua ul-tima etapa.

A entrevista

São as seguintes, na integra, as per-emitas e respostas da entrevista coletiva,realizada no Palácio das Laranjeiras, namanhã de ontem: _

Pergunta (Jornal rto Comercio) — Po-deria dar alguma informação sóbre o an-ciamento do inquérito do Ministério daJustiça sobre a imprensa? Estaria aindaem coméco ou em vias de conclusão?

Resposta — Ao responder esta per-emita, desejo relembrar que o Inquéritoa que ela se refere íoi provocado por cie-núncias reiteradas de jornais e jornalis-tas. A natureza c a amplitude deftsas de-núncias impuseram à Comissão encarre-gada da investigação uma tarefa extre-mamente delicada e complexa. Não po-deria ela ater-se a um ou a alguns pou-cos órgãos da imprensa e da radiodiíu-são, para não dar aparência de parcia-lidade e discriminação.

Decidiu, por isto, realizar um estudoamplo e profundo dos múltiplos aspectosque a questão oferece. Assim a Comissão— constituída de três homens acima dequalquer suspeita — se viu a braços comum encargo mais complexo e difi.il doque inicialmente seria dado imaginar,abrangendo diversas regiões do Pais. Estatrabalhando com discrição e prudência,para se não deixar iludir, nem com apa-rencias falsas, nem com acusações infun-dadas. Para não servir de instrumento ainteresses de qualquer espécie.

Não há razões nem motivos objetivos,para que sua atuação seja temida ou en-carada com desconfiança e prevenção.Pelo vulto e extensão do trabalho que Ireíoi cometido, a comissão ainda .. en-contra distante de sua conclusão. Anote-se que ela não tem por finalidade espe-ciíica propor punições ou castigos, massim esclarecer o Governo a respeito dequestão de importância evidente, pròpon-do-lhe medidas administrativas e provi-dências legais que, sem ferir direitos le-gitimos, defenda, do mesmo passo, os su-periores e impessoais interesses da Na-ção. Desejo que em breve termine o seutrabalho.

Subversão

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Pergunta (ANSA — Itália) — O quepensa o Senhor Presidente da Confe-rência Tricontinental de Havana? Acre-dita que os resultados da mesma coníc-rência podem levar a uma intensificaçãoda ação comunista no Continente sul-americano?

Resposta — A Conferência dita Tri-continental, que se reuniu em Havana, re-presenta desafio direto à segurança e à,paz do Continente, americano. Constitui,ao mesmo tempo, uma intromissão e mes-mo uma intervenção indisfarçável nosnossos negócios internos, tanto mais sur-preendente quanto dirigida por potênciasque, nas Nações Unidas, têm pretendidodefender o princípio de não intervenção.Das resoluções de Havana se desprendeum sopro de violência revolucionária, ten-dente à vietnamização de toda a Améri-ca Latina, razão pela qual o Governo doBrasil está atento ã nova estratégia glo-bai comunista ali esboçada e às medidaspara combatê-la.

Pergunta (ANSA — Itália) — O Bra-sil ainda considera que a OEA deva pórem plena execução um mecanismo deação coletiva para enfrentar casos doemergência?

Resposta, — O Brasil, embora estejaparticipando da FIP, não tomou até ago-ra nenhuma iniciativa no sentido de queseja criado um mecanismo de ação co-letiva para enfrentar casos de emergên-cia, além do mecanismo já previsto r.aprópria Carta da OEA. Assim, a porgun-ta se "ainda considera...", não me pa-rece pertinente. O Brasil, por outro lado,não vè inconveniente cm que a matériaseja examinada, no momento oportuno eno foro apropriado.

Mercado Comum

Pergunta (Associated Press) Quepapel," na opinião de Vossa excelência,deve o Brasil desempenhar na criação deum verdadeiro Mercado Comum Latino-Americano?

Resposta — O Brasil tem desempe-nhado papel importante na criação deum Mercado Comum Latino-Americano.Esteve presente e atuante nas primeirasiniciativas em íavor da integração eco-nômica nesta área, que culminaram coma assinatura do Tratado de Montevidéue a conseqüente criação da ALALC. Nes-sa Associação acha-se o núcleo básicopara a criação de um Mercado Comumna América Latina, por ser justamenteêsse o objetivo final do processo de in-tegração econômica desencadeado peloTratado de Montevidéu. Com êsse obje-ttvo em vista e em cumprimento do pró-prio Artigo 54 do Tratado, que estabele-ce que os paises membros "devem em-penhar seus máximos esforços na cria-ção de condições favoráveis ao estabcl--cimento de um Mercado Comum", o Bra-sil tem-se batido na ALALC em íavorda harmonização dos instrumentos depolitica' comercial com paises membros e,mais recentemente, na Reunião de Mi-nistros das Relações Exteriores, realiza-da em novembro último, em Montevidéu,propôs a adoção de um sistema linear aautomático de liberação comercial. Taisiniciativas, entre outras mais, bem de-monstram nosso interesse pelo estabele-cimento de um verdadeiro Mercado Co-mum na América Latina, o qual, dadasas condições dominantes na área, só po-dera ser alcançado de forma gradual eprogressiva.

EconomiaFerffunta (Associated Press) — Está

Vossa Excelência satisfeito com os resul-tados do programa de estabilidade eco-nômica do vosso Governo?

Resposta — A resposta é afirmativa.Ao aceitar um programa gradualisia enão um tratamento de choque no com-bate ã inflação, sabia perfeitamente oGoverno que a estabilidade econômicanáo seria conseguida em prazo curto, massim através de um trabalho lento e per-

sistente. Foram assim evitados os duri. -Bimos sacrifícios que o tratamento dochoque teria imposto à. população. Os re-sultados do programa de estabilização quoo Governo vem executando são, todavia,evidentes: redução do déficit orçamen-tário, saldo no balanço de pagamentos,disciplina salarial c, acima de tudo, dl-minuição da taxa de inflação ciue, em-bora ainda elevada, 6 muito inferior aacusada no periodo imediatamente an-terior ã Revolução.

Pergunta (RADIO JORNAL DOBRASIL) — Acredita que, com a políticaeconõmico-financcira do seu Governo,dentro de cinco anos a situação do Bra-sil seja melhor?

B.spósla — Não há duvida de que•acredito na melhoria da situação futu-xa do Brasil em conseqüência da políticacconòmico-financeira executada pelo meuGoverno, pois, se assim não íôsse, nao te--•ia adotado essa politica. O Governo nao•procura estabilizar a moeda, equilibrar oorçamento e disciplinar o credito poramor a concepções puramente teóricas.Se assim vem agindo é porque acreditaque essas medidas são essenciais para al-cançar o objetivo que tem em vista, isto_ o desenvolvimento equilibrado da eco-nomia nacional, capaz de possibilitar umaumento do produto nacional e sua eqüi-tativa distribuição pela população.

Reforma administrativa

rergunla — (Jornal do Comércio) —

Qual a razão da demora do Governo cmrealizai* a reforma administrativa? Es-taria a matéria sofrendo dificuldades detramitação em virtude da ação do fun-cionalismo público ou do próprio DAbi .

Resposta — O Projeto da ReformaAdministrativa não foi ainda enviado aoCongresso Nacional, dadas a natural com-plexidade do assunto e as numerosasáreas da Administração Publica afetadaspela Reforma. A Comissão de Técnicosinstituída pelo Governo apresentou oseu trabalho, o qual foi distribuído aosMinistros de Estado. De outro lado, osdirigentes dos mais importantes órgãos daAdministração Federal já tiveram oca-sião de se reunir a fim de tomar conhe-cimento do anteprojeto e debater os seusprincipais aspectos. As inúmeras criticase sugestões recebidas permitirão a re-visão do anteprojeto, sua aprovação peloMinistério e encaminhamento ao Con-gresso Nacional. Desejo ainda salientarque algruns dos principais aspectos daReforma Administrativa tais como o pia-mejamento a longo prazo da ação go-¦vernamental, a técnica do OrçamentoPrograma e a programação financeira jáíoram pastos em execução pelo Govêr-no. A razão da demora consiste, pois, na•ultimação dos estudos e estabelecimento,com os setores governamentais, de con-clusões finais.

Açúcar

Pergunta (Folha do Norte — Belém)— É certo que o Governo vai financiar amontagem de usina de açúcar na Argel-tina, fronteira com o Brasil, quando ecerto que há excesso de produção noPais?

Resposta — Realmente, uma íirmabrasileira fabricante de equipamentos pa-ra usinas de açúcar deverá fornecer àArgentina uma usina completa de açu-car, contando para tanto com o finan-ciamento governamental. O crédito doGoverno nâo significa, incentivo ¦**, pro-dução de açúcar na Argentina, sõb-e aqual não poderemos pretender nenhumcontrole e cujo programa se executariacom importação de outros países se oBrasil não se habilitasse a fornecei* oequipamento necessário. Ao contrário, aoperação muito honra a indústria nacio-mal de bens de capital e o crédito doGoverno, necessário para que exporta-ções desse gênero se possam concluir,se insere na politica oficial de incenti-vo à diversificação das exportações, favo-recendo a conquista, de mercados paraos produtos manufaturados brasileiros.

Fergunta (Izvestia — URSS) — Co-mo se sabe, durante a reunião da comis--são mista soviético-brasileira. em Mos-cou, no mês de dezembro de 1965, foientregue à delegação brasileira um pro-jeto de protocolo que visa a uma amplia-ção considerável das relações comerciaisentre a URSS e o Brasil nos próximostrês anos. Poderia o Senhor Presidenteexpor a opinião do Governo brasileirosobre êsse projeto, que prevê, sobretudo,o aumento das compras de produtos ma-nufaturado.. brasileiros por parte daUnião Soviética?

ís-esposta — Efetivamente, o Governeestá estudando o projeto do Protocoloque consubstancia entendimentos levadosa efeito desde setembro do ano passa-cio e poderá ser instrumento eficientepara dinamização do intercâmbio comer-ciai entre o Bri sil e a URSS, dentro dapolítica do Govê-no brasileiro de ampliaras relações comerciais com todos os pai-ses. A intenção soviética de adquirir pro-dutos manufaturados brasileiros, emacréscimo aos produtos tradicionais, cons-titui um ponto <_e grande interesse paraa economia br_..ileira.

Democracia

me acurado pelos órgãos técnicos compe•tentes, que examinarão os diversos aspectos do negócio, inclusive as implica-ções com a defesa nacional, caso existam.

Paraguai

Pergunta (Zlg-Zag — Chile) — OParaguai reivindica o cumprimento doTratado dc 1872. Significa is-.so que o Bra-eli considera nulo o dito Tratado, fnltan-do aos compromissos nele assumidos, ousimplesmente â solicitação paraguaia nao¦tem sentido ou razão de ser?

Resposta — O Tratado íoi cumpridoplenamente na demarcação feita entre1872 e 1874, válida e definitiva. Essa vali-dade, aliás, foi reafirmada interiormentepelo Tratado Complementar de 1927 epelo Protocolo de 1930.

Pergunta (Correio cia Manhã — Rio)— Por que Vossa Excelência estabeleceuo critério de pleitos indiretos para esco-lha de governadores em 11 Estados de-pois de ter permitido a eleição direta dogovernadores em outros 11 Estados emoutubro do ano passado, criando um pro-cesso híbrido dc eleições?

Resposta — A Introdução ao AtoInstitucional n.° 3 responde muito bemà pergunta. Destaco o argumento lá exis-tente dc que, havendo sido estabelecidaseleições indiretas para Presidente da Re-pública, o processo adotado no plano te-deral, deve ser, por íôrça de um princi-pio constitucional, praticado também nosEstados.

Pergunta (Folha dc São Paulo — SaoPaulo) — Como encara o Governo a pos-sibilldàdé de uma vitória da oposição naseleições presidenciais dêste ano? E comoa receberia?

Resposta — Felizmente a perguntadiz possibilidade, e não probabilidade.Se fôr uma vitória da oposição, será pre-ciso aceitá-la. Não acredito, porém, aesta altura da evolução brasileira, admis-sivel a hipótese de vitória, a 3 de outu-bro próximo, de um candidato contra-revolucionária?

Dois Presidentes

Pergunta (Sudecutsclie Zcitung —Alemanha) — Como será possivel o cum-primento de um plano econômico e so-ciai a longo prazo, que precisa duma con-tinuidade politica também de longo pra-zo, dentro dum sistema democrático su-jeito necessariamente às imponderabili-dades da vontade popular?

Resposta. — O regime democrático éperfeitamente compatível com o plane-jamento econômico e social a longo pra-zo, desde que se entenda êsse planeja-mento, não como um dirigismo total daeconomia pelo Estado, mas como umaprogramação das atividades a cargo dosetor público e a criação de estímulos eincentivos para que o setor privado atin-ja as objetivos visadas no plano. Aparticipação, ria aprovação do plano, dosórgãos representativos da vontade popu-lar. é uma garantia da continuidade desua execução. A República Federal daAlemanha é, aliás, um exemplo eloqüenteda inteira compatibilidade do regime de-mocrático com uma politica econômicacoerente, programada a longo prazo, pa-ra a consecução de objetivos perfeita-mente definidos. Todas as democraciasplanejam a longo prazo, e sempre nopressuposto de que as organizações par-tidárias a que se filiam cs planejado-ires estão em condições de assegurar-lhes,através do voto, a permanência no poderde quem continue a politica adotada.

Pergunta (Jornal do Comércio — Re-cifel — Grupos estrangeiros estão insis-tindo pela compra da íiniea empresa 'leprodução de fosfatos no Brasil, localiza-da em Pernambuco. Como encara o Go-vêrno essa possibilidade? Não estará emjogo a segurança nacional?

Resposta — Desconhece o Governoa existência de grupes ou empresas es-trangeiras interessadas na aquisição ciaempresa de íesfatos de Pernambuco qu;;,aliás, não é a única, do Pais. Caso sejaapresentada qualquer proposta nesse sen-tido e verificado que, nos termos da le-gislação em vigor, a transação dependede autorização ou permissão do PoderPúblico, o assunto será objeto de exa-

Pergunta (O Globo c Folha d- SãoPaulo — São Paulo) — O próximo Pre-.sidente da República será, eleito a 3 deoutubro. Mas a .sua posse se dará a 31de março de 1967. Durante seis meses,portanto, existirão um Presidente eleitoe um Presidente em exercício. O íato nãopoderá prejudicar a atual administraçãorevolucionária?

— Como as eleições presidenciais es-tão marcadas para 15 de outubro e aposse para 15 de março, não vè VossaExcelência inconveniente para o país aexistência simultânea de dois Presidentesda República um em exercício, outroeleito — durante cinco meses, na faseatual?

Resposta — Não vejo maior inconve-niência, Continuarei integralmente nocumprimento da minha missão. A açãot os atos do Poder Executivo não sãode fundamental responsabilidade do Pre-sidente em exercício? Serei suficiente-mente responsável para não governar aquatro mãos e o Presidente eleito seránecessariamente respeitador das minhasintransferíveis atribuições.

Pergunta (JORNAL DO BRASIL) —Continua Vossa Excelência a considerarno âmbito do seu Governo a tarefa derestaurar a normalidade institucional ouentende que ela deve ser transferida ao.. .seu sucessor?

• Resposta — O meu , Governo temtambém o sentido do aperfeiçoamentodas instituições democráticas. Que era oBrasil de 11)63? Qual a prática de sualei maior? Houve uma Revolução cujacausa íoi vitoriosa. Os Atas Institucio-nais que daí emanaram melhoram asinstituições e, ao mesmo tempo, estabe.lecem meios para a defesa das conquis:tas revolucionárias. O Poder Executivo,com a colaboração do Congresso Nacio-nal, tem ordenado a nossa legislação, in-clusive o texto constitucional, sob os pon-tos-de-vista econômico, financeiro c so-ciai, e a tem praticado. O nôvo Governo,sem dúvida, prosseguirá na normalizaçãoinstitucional, ou melhor, dar-lhe-á pie-nitude.

Pergunta (TV Rio) — Em que hipó-tese o Governo poderia pensar em devol-ver ao País o sistema de eleições diretas?

Resposta — O sistema de eleiçõesdiretas não íoi abandonado. Subsiste naseleições municipais, assim como paradeputados e senadores. Quanto às ciei-ções indiretas estabelecidas para a Pre-sidencia da República e Governadores deEstados, o meu Governo não pensa emmodificá-las. Nem mesmo poderá fazê-loo atual Congresso Nacional. Ê cogitaçãosomente cabível após 15 de março de 1967.

Pergunta (JORNAL DO BRASIL) —Afastada a questão da normalidade ins-titucional, uma das metas do movimentoanti-subversivo de 31 de março, que ob-jetivos da Revolução de 1964 estarão pie-namente atingidos ao termo do mandatode Vossa Excelência?

Resposta — Vejamos, primeiramente,de uma maneira global: compete ao pri-meiro Governo da Revolução criar asmelhores condições possíveis para que onôvo Governo, ao instalar-se a 15 demarço de 1987, possa cuidar plenamentedo desenvolvimento do Brasil. Para isso,impõe-se. em fim de mandato: a infla-ção, contida: retomada a marcha do de-senvolvimento; restabelecido o crédito noestrangeiro; a .ordem pública mantida;quebrado o dispositivo comunista; e aadministração, conduzida num estilo deseriedade.

Pergunta (Correio da, Manhã) — OsGenerais Amauri Kruel e Justino AlvesBastos, segundo a imprensa tem noticia-do freqüentemente, solicitaram a -VossaExcelência a suspensão do domicilio elei-toral, exigência que os impede do dispu-tarem os Governos de São Paulo c RioGrande do Sul. Vossa Excelência estádisposto a abolir a exigência do domi-cílio eleitoral?

Resposta — Já recolhi a opinião davariados setores da ARENA c do Govêr-no, e,muito meditei no fato de o assim-to achar-so regulado numa emenda cons-titucional e modificado pelo Ato Insti-tucional n.° 3. Chegamos k conclusão deser desaconselhável a apresentação damedida no Congresso e, sobretudo, a edi-ção de um nôvo Ato.

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Candidaturas

^ Pergunta (O Eslado de São Paulo)— Achará Vossa Excelência normal queum Comandante de Exército pretendacandidatar-se ao cargo de Governador doEstado em que exerce as suas funções?Não lhe parecerá que nesta pretensão cs-teja implícito um surto militarista quopoderá ter as piores conseqüências parao futuro do Pais?

Resposta — Acho normal, desde quoo cargo não seja utilizado para prõpa-ganda, pressões e base política; e rcfi-ro-me também a qualquer escalão docomando. Passam, então, a vigorar pia-namente as faculdades c os direitos docidadão que legitimamente tem a preten-são de um posto eletivo. O essencial énão misturar o exercício do cargo ml-litar com as necessidades do candidato.De modo contrário, aí, sim, é que have-rá militarismo. Os seus leitores queremum exemplo da tentativa recente de mi-litarismo? Quando o eminente GeneralCosta e SUva viajou para a Europa hou-ve um grande órgão de imprensa que apt.-

, lou aos setores militares para que inipii-sessem ao meio político, e como insta-reição contra o Presidente da República,a candidatura do atual Ministro da Guer-ra. O referido jornal considerou esta can-didatura um fato militar e o Chefe daNação já despojado de sua autoridade.Via-se claramente que os editoriais ex-pressavam a conveniência de as eleiçõespresidenciais se processarem pràticamcn-te nos quartéis, isto é, na tropa, como re-gtslravam, c não pela ARENA, no Con-gresso Nacional. Eis um exemplo de mi-litarismo desejado por civis, negligencia-do por militares e dignamente rejeitadopelo suposto beneficiário de tão estranhospropósitos.

Pergunta (Diário dc Notícias) —

Quais as principais razões que levaramVossa Excelência a enviar a dez generaisuma carta-circular sobre o problema dasucessão presidencial?

Resposta —' O documento foi envia-do aos três Ministros militares. Foi ato*funcional, nada particular. Sentindo oefeito de algumas explorações e desvir-tua mentos perigosos, quer para o mr.iomilitar quer para o civil, resolvi apreciara conjuntura, recordar ensinamentos ecaracterizar anunciados erros. Tirei con-rlusões. indiquei o adequado procedim.n-to militar e firmei a minha própria con-duta.

revolucionária. O candidata poderá serum militar ou um civil. Participarei dacoordenação dos trabalhos. E apoiarei ocandidato indicado.

Pergunta — (A Gazeta •— São Paulo)— Qual a medida governamental toma-da nestes dois últimos anos, e que VossaExcelência considera de maior interessopara o povo brasileiro, especialmentepara as camadas mais pobres .da popu-lação?

Resposta — Para as populações ur-banas a medida de maior alcance talveaseia o programa habitacional já em ini-cio de execução. O Brasil havia .chegadoa um alarmante déficit de habitações,particularmente para as classes mais po-bres. O Banco da Habitação já lançou oprograma das cidades e lem em constru-çáo maior número de unidades do que osInstitutos e a Fundação da Casa Popularem uma vinlena de anos. Estão.agoiasendo lançadas as cooperativas de habi-tação para trabalhadores e procura seestimular a iniciativa privada a partici-par do esforço de construção de casaspopulares. Para a.s populações do inte-rior, o maior benefício talvez tenha sidoo vasto programa de abastecimento doagora que estamos empreendendo comapoio da Aliança para o Progresso e doBanco Interamericano. Os trabalhadoresrurais começaram a se beneficiar ccm ahumanizaçfio dos contratos de arrenda-mento e parceria e o incentivo dado peloEstatuto da Terra á reorganização daestrutura rural.

Eíis mo

Cassações

Pergunta Üntcrpress) — Haverá no-vas cassações de mandatos e de direitospolíticos?

Resposta — O Ato Institucional n.° 2,no que concerne a cassações, está em vi-gor até 15 de março de 1967. Portanto,ua hipótese de ocorrerem as condiçõesestipuladas nesse próprio Ato, será pos-sivel que ainda outras cassações sejamdeterminadas. O.s motivos que condicio-naram as já decretadas não foram abso-iutamenle contestados. Não se trata deuma arma de perseguição, muito menosde ajeitamento de situações políticas,nem destinada a criar um clima de ln-segurança. Se há indicias de consciênciade culpa, não existe, por parte do Go-vêrno, a intenção de. inconsideradamente,exercer uma medida que só deve ser exe-cutada como recurso extremo e de noto-ria necessidade para defesa da Revolu-ção e da Administração.

Ademar

Tergunta (Diário dc Noticias) —

Qual a reação de Vossa Excelência diijn-te dos sucessivos pronunciamentos do Go-vernador Ademar de Barros?

Resposta — A minha primeira rea-ção. e conseqüente atitude, foi a de acei-tar a iniciativa do rompimento do Go-vernador. Náo recuei da intervenção íe-deral, pois dela não cogitei. Estou aten-to, mas* não íicarei à mercê de inconsis-tentes variações de posição.

Pergunta (O Globo) — Vários jornaiscomentam que o Governador Ademar deBarros estaria refletindo apenas um cs-tado de crise na indústria e no comer-cio paulista. Vossa Excelência vê relaçãode causa entre a atitude política do Go-vernador e a situação econômica paulis-ta' Acha que a crise existe realmentena indústria e no comércio de São Paulo?

Resposta — Não creio que existaqualquer relação entre a atitude políti-ca do Senhor Governador do Estado deSão Paulo e a situação econômica paulis-ta Isto porque e como é do seu dever, oGoverno federal tem sempre dedicado es-pecial desvelo aos problemas econômicosdo grande Estado bandeirante. Nenhumacritica, reclamação ou reivindicação apre-sentada pelas classes empresariais ou tra-balhadoras de Sáo Paulo, por intermédiodo Governo do Estado ou das entidadesde classe, deixa de ser encaminhada aosórgãos da Administração íederal respon-saveis pelo problema, com recomendaçõesespeciais para seu estudo e formulaçãode solução adequada. Na Secretaria deEstado responsável pelos assuntos da ln-dústria e do Comércio c na presidênciado Banco do Brasil encontram-se doisilustres e competentes filhos de Sao Pau-lo que, como é natural, dedicam especialdesvelo aos problemas econômicos e íi-nanceiros do Estado. Os demais Ministroscie Estado e chefes dos mais altos depar-tamentos do Governo estão em perma-nente contato, inclusive in loco, com oshomens e entidades responsáveis pelaprosperidade do grande Estado, semprepartindo da convicção que a pròsperida-de e o bem-estar do Brasil são estreita-mente dependentes da prosperidade e dobem-estar de São Paulo. Quanto ao íi-nal da pergunta, ignora o Governo a exis-tência de crise afetando a indústria 6 ocomercio de São Paulo. O que existe saoproblemas setoriais, em geral localizadosem algumas empresas, os quais são obje-to de estudo acurado e minucioso pelr.sautoridades responsáveis, para o encontrode uma solução harmônica com o inte-rêsse geral.

Sucessão

Pergunta (El Nacional — México) —Desejo perguntar se o Excelentíssimo, Sc-nhor Presidente náo apoiará algum can-didato à Presidência dos Estados unidosdo Brasil, seja militar ou civil.

Resposta — A ARENA está prestesa ser definitivamente instalada. Uma desuas primeiras grandes tarefas será aescolha do candidato à Presidência daRepública. A mim não caberia antoci-par-me. Seria um ato personalista, inten*.-pestivo e até de desrespeito ou menos-prezo para com a organização política

Castelo em resumoO candidato à Presidência da República tanlo poderá ser militar

quanto civil.A revisão do dispositivo que estabelece a obrigatoriedade de do-micilio eleitoral para os candidatos é totalmente desaconselhável.Não houve recito no caso da intervenção federal em São Puulo,exatamente porque o Governo jamais pensou em tal possibilidade.O Presidente aceitou o rompimento com o Governador Ademar dcBarros e não está disposto a ficar à mercê de posições contraditórias.

5 _ a política econômico-financeira do Governo será mantida até asua última etapa.

1

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Pergunta (RADIO JORNAL DOBRASIL) — Sabendo-se que o Brasil éum Pais em desenvolvimento e necessi-ta de maior número de escolas, o quepretende fazer efetivamente o atual Go-vèrno para amenizar a situação tios es-tudantes superiores, sempre em luta porvagas após os exames vestibulares. O c,uepensa o Governo do setor de pesquisas,inexistente no País?

Resposta — O atual Governo, cons-ciente de que o atendimento, em cará-ter de emergência, traz perturbação à,vida escolar sem resolver satisfatória-mente o problema, vem desde 1965 etii-ciando rio aumento do número de vagas.Para isso, organizou um plano racional,que lhe permite duplicar antes de 1970a população escolar de grau superior,tendo em vista os mercados de trabalho.Na verdade, seria erro imperdoável au-mentar indistintamente as vagas nasuniversidades, e desta sorte lançar os jo-vens recém-íormados no problema ain-da mais grave do desemprego. O Minis-tério da Educação e Cultura já obteve aanálise nos campos da engenharia, qui-mica, farmácia e medicina, e prossegueativamente com os estudos relativos aarquitetura, odontologia, enfermagem emagistério de grau médio. Valendo-se deassessores especializados, executa umprograma de aumento progressivo, somquebrar a elevada qualidade do ensino.Atendendo a que não se deve improvisaro professor, a CAPES (Campanha deAperfeiçoamento de Pessoal do EnsinoSuperior), colaborando no plano de am-pliação dos quadros docentes, esta finar.-ciando bólsas-de-estudo do pós-gradua-ção em progressão geométrica: 412 em1964; 990 em 1965; 3 000 em 1966. O Ml-nistro da Educação e Cultura estuda nes-te momento o programa do desenvolvi-mento dos cursos de formação. Somenteatravés de um planejamento consciente<¦ sério, como faz êste Governo, sem alar-des demagógicos que não são de seu fei-tio, é possivel concretizar o objetivo doabrir cada ano maior número de vagasnos institutos de grau superior, propor-cionando bom ensino e condições 1 acio-nais de aproveitamento aos que hèles in-g-ressam. É o que faz neste momento e

pode anunciar que em cada ano os es-tabelecimeutos de ensino receberão nu-mero crescente de alunos. A segunda par-te da pergunta insinua um dado falso, eque me cumpre emendar. Ao contrariodo quo íaz supor, a pesquisa existe noPais. O Conselho Nacional de Pesquisasestá' em funcionamento há mais tie 15anos No Ministério da Educação, aCAPES (Campanha de Aperfeiçoamentode Pessoal de Ensino Superior) conside-ra indissociável a pesquisa e o ensinouniversitário. Em todas as Universida-des do Brasil desenvolvem-se pesquisasde natureza cientifica, tecnológica e so-ciai A titulo apenas de exemplo paranão me estender no que ocorre nos de-mais, possa lembrar, em franca atividadeno Estado da Guanabara, o Instituto deBiofísica, o Instituto de Engenharia Nu-clear. o Instituto de Ciências Sociais, oInstituto de Microbiologia, a seção dePesquisas Antropológicas do Museu Na-cional, todos estes diretamente vincula-dos ao Governo, afora instituições parti-culares que recebem apoio financeiro oíi-ciai como o Centro de Processamento deDados da Pontifícia Universidade Cato-lica O Governo está desenvolvendo os ¦

Centros de Treinamento Avançado, des-tinados a formar pesquisadores e docen-les Só nesses Centros, investe neste mo-mento quatro milhões de dólares, toma-dos de empréstimo ao Banco Interna-cional de Desenvolvimento, e, paralela-mente, aplica de seus recursos orçamen-tários quantia equivalente a dois milhõese quinhentos mil dólares, ou sejam maisde 14 bilhões. Não admitindo que os ecii.tros de pesquisas sejam criados comoíonte de empreguismo, está desta sorteaparelhando o País para se cumprir odisposto na Constituição (Art. 174, _ uni-co) que aconselha a criação de mstitu-tos de pesquisas preferencialmente juntoaos estabelecimentos de ensino superior.A existência da pesquisa no Brasil seconfigura, inclusive, em G00 trabalhoscientíficos realizados cm 1965, nos diver-sos setores, por cientistas brasileiros am-parados financeiramente pelo ConscilwNacional de Pesquisas - órgão direta-mente subordinado ã Presidência aa Ke-pública. Cresceu tanto a produção cien-tifica graças à ação desse órgão da Pre-sidencia e aos órgãos de. pesquisa aosMinistérios -- que se íêz necessária subs-tancial ajuda financeira aos periódicosespecializados, para assegurar a imedia-ta divulgação da atividade cientifica bra-sileira. Nunca foi. como agora, executa-do com maior cuidado o planejamentocientífico. O Conselho delega sua coníec-ção aos mais destacados especialistas bra-sileiros cm cada setor por' êle coberto.Programas de Oceanografia, Matemática,Fisica, Química. Geologia, Ciências Mé-dicas, Agronomia e outros estão sendocumpridos pelo Conselho, com assessoriade comissões especializadas. Reunindo re-presentantes de Universidades, Institutosde Pesquisa Agropecuária, Ministério daAgricultura e Secretarias de Agricultura,

Conselho está concluindo o pianeja-mento de um programa de recuperação— para a agricultura e a pecuária — doscampos de carrado que cobrem quasedois quintos do território brasileiro. Es-peramos. com êsse programa, iniciar cm

de junho o mais amplo trabalho decooperação cientifica já realizado naAméripa Latina. A articulação do Con-selho com os órgãos universitários depesquisa é cada vez mais coerente, comprogramação regional e formação de pes-

«luisadores, O plano do ação pura o b.jbj»nio 1965-66 está sendo fielmente cumpri- '

do e vários de seus Itens poderão ser tatendidos com antecipação, A pesquisaespacial, iniciada em 1965, tem assegu-v.,rado o cumprimento, cin 1966, de pro-Jgrama que dará ao Brasil posição desta-*cada na América Latina. O Conselho Na-cional de Pesquisas atendeu, ern 1965,,todos os pedidos de auxílios e bolsas que.recebeu e deslocou-se para o Rio Grari-;^de do Sul. para a Universidade Rural dpvBrasil e para São Paulo, com a finall*;**"dade de melhor conhecer as neccssldii-ij:des da pesquisa e mais rapidamente.^atendê-las. Êste mês o Conselho se reu--*.nlrá na Universidade da Bahia, onde sur-1gem condições propicias à. atividade clen-^«fica pura e aplicada. Do total dos re-.icursos financeiros a êle consignados, oConselho Nacional de Pesquisas despen-deu apenas 7*7. com sua administração.Vale citar a recente visita ao Brasil, cmíins de fevereiro, do Diretor Adjunto daUNESCO, Sr. Malcolm S. Adiseshian, tra-zendo, entre outros, o objetivo de asse- igurar a presença de nosso Conselho Na- ,:;cional de Pesquisas à reunião dos países;*latino-americanos, em junho, em Buenos'-.Aires, que objetiva incitá-los a seguir |o exemplo brasileiro, criando seus respec- Vtivos Conselhos Nacionais dc Pesquisas ,;para dinamização do Desenvolvimento ftécni-o-científico.

:• fBorracha«

Pcrgun.n (Folha tio Norte — Belém)— Como encara o Governo o problema,da borracha natural brasileira?

Resposta — O problema da borrachanatural brasileira, merece do Governo'toda a atenção, náo só por se tratar dematéria-prima da mais alta importância,-como pelo que representa para a eco-

'nomia de vasta região do País. Exi-te..

uo momento uma comissão de técnicosoue estuda o problema da borracha, na-,,tural juntamente com o da revisão «atual-zaçá. da politica de desenvolvimen-to da região amazônica e reestruturaçãoc din-jnização dos organismos governa-mentais responsáveis pela valorização-econômica da região. A solução do pro-blema não é fácil nem pode ser atingi—do com precipitação,, uma vez que temimplicações com a politica govemamen.alcie estimulo à produção de borracha s_n-tática e de estabilização de preços oo-matérias-primas essenciais a ™U!Stt™nacional. Fugindo á errônea política desubsídios antieconômicos e de manutsn-,ção de prejudiciais monopólios, e pen-samento do Governo assegurar aos pro-dutores de borracha natural, como ovem fazendo a outros proautores de ma-,térias-primas fundamentais, nao so pre-ços mínimos adequados e justos,; comoa garantia de compra da- produção quenão fór livremente comercializada.

Marinha Mercante

pergunta (Jornal do Comércio -

Recife) — Que providências esta o w-vêi no adotando para corrigir. distorçõesna Marinha Mercante - na Estiva.

Resposta - Após longo período.deairuda crise que a atingiu, a navegaçãose encontra èm fase de franca recupe-íação Assim, no Longo Curso, tem cw-cido substancialmente a P**^-C-Pa^£anossa bandeira na importação e expor-tacão do Pais.. Valendo-se do institutode afretamento, com yistas a superariacarência de navios próprios, o Braíptem aumentado substancialmente suamrt'cipação no Longo Curso. No que se^TCabotagem, é bastante alenta-rior o atual panorama, visto se obs.'.vaefe

°c . n t e

'demanda. pelo transporte

-obre água. em conseqüência da supera.cão de distorções que o envolviam, e.-

pecial.nente relacionadas com ¦ opei-açoesPortuárias. A navegação interior, abati-

do S até passado recente, vem mer|

cendo especia. atenção do atual Governo.unTvezV se constitui em importantefitor de .integração! nacional. e aba_,e-

c.m°ènt.o de populações .««V^^das. É verdade que para s_ alcan.- ->.

11.Aí'.. .''¦!

-,;¦¦! recuperação ria navegação maritfc-ma toi« indispensável o «aparelha*.

._- - modernização da nosAtenta a essa necesidade, a Comissãomento e modernização da M»^ggAtpnta a essa necesidade, a Comissãode Marinha Mercante, em 1965, contra-

tou a construção de 33 embarcações era _.

um total de 126 570 TDW e que se des-

toarão à navegação .fluvial e taeurtre,rio cabotagem portuária e de longo cur

so- no mesmo passo que entregou ao tra-

ie',o em 1965, 83 390 TDW. É importantedentar que o Brasil ingressou definiti-S na área dos países exportadoresde navios, em decorrência .da venda quefizemos, em 1964 ao .México *>*^m-barcaçôes, num total de 30 000 TDW, ts

tindo no momento, em negociações com

o mesmo pais, nova transação envolvçn-do 5 grandes embarcações de 12 900 TDW

cada uma. Não menos ateiço Governo ao problmea da estiva, u-s

ma através da Comissão de Ma-

a-inha M-rcante, foram corrigidos pletos

novo

cada uma. Não menos atenção, ded£mao problmea da estiva, u-s,

sa forma, através da Comissão de Ma-

rinha Mercante, lt»»... _--•-_. ..,-. mulados no passado, através de ri-

sorZ Sá. no sistema de sua reinu-

CacL que extinguiu a concessão de

f.vôres ilegais. Adotou-se. ainda rS! de pagamento àquela categoria

prof.slonal. porque ensejou, a pnr .daredução nos custos operacionais, sim-tíi.icacão na cobranda dos fretes. Ou-

? s m-didas corretivas mas. que^MgJsua adoção exigem adequados «^Mmentos" legais, estão ^ndo examniadas,p uma vez colocadas em piáuca per--mm.ão acentuada melhoria nos trabalhosfde toda a orla marítima. ... m

¦ ¦¦! _f- •¦¦"•-'?

Política econômica g3

Pereunta (Zig-Zag - Chile) -- pen-^tro das" medidas tomadas &£«&&da Revolução, a que encontra maior re-vsfstêncla e é mais combatida é a que dia|

íespetto à política econômica posta gfaBS pelo Senhor Ministro -^W«Campos- Estaria Vossa Excelência dis^:

posto a mudá-la rio tempo que lhe^res£ta de mandato ou considera estar eli»absolutamente certa? **i

RespoW - Existe uma política eco-nômica do Governo, e não de nenhmMinistro isoladamente- _-^,f*f«|abrange três aspectos - combate a in*%fiação retomada do desenvolvimento «reformas de estrutura. Fizemos progies-l-o em todos è-sses aspectos. Diminulu-4o ritmo de inflação, a P~*içtojJantesestagnada, começa a ressurgir, moderni-^ou-se o sistemYa fiscal e foram fe*gduas importantes reformas rr^WJ.acionai e a agrái-ia Recompusemostambém a situação do balanço de paga-Sl Certamente hã ainda, um longocaminho a percorrer e as WMsão muitas, uma inflação de trinta anosdeixa vícios e distorções profundas, e asmedidas corretivas provocam reparos emesmo manifestações de inconformismo.Mas a politica adotada é correta e cer-tamente superior a todas as alternativaspropostas. Não somos entretanto dogma-ticos e sim pragmáticos, procurando sertão flexíveis quanto possivel e adequan-do as medidas às circunstâncias de cada

Pergunta (A Gazeta — São Paulo.'— Considerando o ritmo das emissões

(Conclui na página 16),¦V

4 — 1.° Cad., Jornal do Brasil, quarta-feira. 23-3-66

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-Coluna do Castello

MDB espera de Kruel;e Justino nova palavra

Brasília (Sucursal) — Bá dois •pontos ãaampla entrevista ontem concedida pelo Pre-sidente da República que interessam empar-ticular aos observadores políticos: sua decla-ração ãe que "participará da coorãenaçãoda ARENA para escolha áo candidato a su-cessão presidencial e a informação ãe queconsidera "desaconselhável" a revisão da exi-géncia do doimcílio eleitoral seja por via deato institucional seja por via de emenda cons-titucional. ' , , , _ .,

O anúncio da participação ão Presiden-te na coordenação exclui a presença de inter-mediário nessa articulação política especial,áe ves que, havendo um coordenador de ni-vel presidencial, o eleitorado qualificado doCongresso haverá áe esperar sua oportuniãa-áe de ser diretamente ouvido e orientado. Aintermediação valerá tão-somente como co-lheita áe informações e verificação prévia áetendências para informação pessoal do Che-fe do Governo.

A informação interessa igualmente aoscanãiàatos, que poderão pressentir nos pas-sos âo coordenador o próprio sentido ãa coor-denação. Mais áo que nunca, o General Cos-ta e Silva, o Marechal Cordeiro áe Farias eoutros aspirantes deverão integrar-se nas re-gras áo jogo presidencial, já agora na certezade que existirá efetivamente a coorãenaçãoáo Marechal Castelo Branco. A ARENA, queaguardava inspiração áo Palácio, aguardaagoramais ão que isso: aguarda a própriacoordenação.

Quanto à afirmação do Presidente deque considera "desaconselhável" a supressãodo dispositivo constitucional, mantido emsubstância pelo AI-3, que exige o domicílioeleitoral, o que se pode áizer é que provocoua mais viva curiosidade e expectativa entre osdirigentes do MDB, informados pelo GeneralAmauri Kruel de que o Marechal CasteloBranco liberaria a ARENA na votação daemenda constitucional que o Sr. Vieira áeMelo pretenãe apresentar ainda esta semana.O líãer do MDB, que começou a colher assi-naturas, tomara a precaução de deixar al-gumas linhas em branco à disposição ãeãeputaãos governistas que, liberaáos, quises-sem servir às aspirações governamentais áosComandantes do II e do III Exércitos. Jáagora o Sr. Vieira ãe Melo poáe tranqüila-mente preencher os claros.

E há mais: a própria apresentação ãaemenáa passou a depender âe uma nova pa-lavra áo General Amauri Kruel e áo GeneralJustino Alves Bastos, que têm encontro apra-zaão hoje no Rio com o Presiãente CasteloBranco. O Sr- Vieira de Melo, que fêz re-centemente "uma incursão noturna a Sâo Pau-lo para conversar com o Comandante do IIExército, espera áeslocar-se novamente áeBrasilia, o que fará possivelmente hoje, paracolhei- a última orientação. O MDB fizerasaber antes ao General que, sozinho, não áis-punha üe meios de apresentar com êxito umaemenda constitucional.

Seus liãeres não têm ilusões: a declara-ção pública âo Presiãente àa República deque considera desaconselhável a emenda re-tirará qualquer possibüiâaâe de ser a. mesmaaprovada e, em conseqüêiicia, de se torna-rem canãiàatos os generais que comandam osExércitos ãe São Paulo e áo Rio Granã~e áoSul. O General Amauri Kruel já teve pelomenos uma compensação: a áe ver o seu nomeincluído'na lista ãe canãiàatos à Presiáên-cia sugeriãa pelo Sr. Adauto Cardoso.MDB vincula Admito a Castelo

A Oposição não aceita a interpretaçãoãe que o Sr. Aâauto Caráoso ãeitou entrevis-ta no exercício de uma magistratura, na es-trita qualidaãe áe Presiãente da Câmara.

O Sr. Vieira ãe Melo, de uma conversarecente ão Sr. Adauto Cardoso, guardou a in-formação de que, no almoço áe quinta-feiraúltima do Presiãente áa Câmara com o Ma-rechal Castelo Branco, haviam feito ambosum exame áe baixo para cima e de cima para >baixo de toáo o panorama político. Essa in-formação, que o Sr. Aâauto Caráoso teria dei-zado numa conversa sóbre voto distrital, foiretida como dado suficiente para esclareceras origens da entrevista do Presidente ãa Câ-mara ãos Depiitaáos.

O Sr. Martins Rodrigues tem convicçãoigual à do Sr. Vieira ãe Melo e a traduz demaneira cáustica.

— O que surpreende na entrevista doAdauto — diz — é o reflorescimento do sen-timento democrático no espírito do MarechalCastelo Branco.

As declarações âo Sr- Aàauto Cardoso sãoigualmente relacionadas com uma recenteconversa àêle com o Governador João Agri-pino, o qiial, como se sabe, havia sugeridoem Brasília um alargamento do problema su-cessário, mediante consultas que abranges-sem, além do nome do General Costa e Silva,o nome ão Marechal Corâeiro âe Farias e áemais um ou áois civis. A conversa parece terrealmente contribuído para a decisão áo Sr.Aâauto Carãoso, o qual, no entanto, ampliouo horizonte ainda mais âo que o teria preten-dido o Sr. João Agripino.

Círculos ligados à Presidência ãa Cama-ra avançam a impressão âe que os canâiãa-los áesihibiãos pelo Sr. Aàauto Caráoso de-verão afirmar-se tão ceão quanto possível,inserinão-se na brecha, afinal aberta no rígi-do monopólio que se procurava fixar.Ainda Canrobert

Informa o General Peãro Geraláo âe Al-meida, antigo colaboraãor áo General Canro-bert Pereira ãa Costa: — O General Canro-bert, enquanto foi Ministro áa Guerra, jamaispermitiuque envolvessem seti nome na cam-panha presidencial de então. Lutou para verseu desejo realizado, pois a diversos politicos,ãe um grande Partido ãe então, declarou comaquela encantadora franqueza: "Sentir-me-iaimensamente honrado se os senhores voltas-sem a formular êsse convite quando eu não¦ínais fosse Ministro da Guerra"; lançou mãode recursos extravagantes para ser enquadra-do nos dispositivos da Lei Eleitoral que sereferem à incompatibilização; em março dc1949, redigiu um peremptório manifesto, pon-áo por terra as explorações em torno áo seunome.

Carlos Castello Branco

FernandeSaída demanter-se como

simpede ARENA debloco Assem.bléia

CAUTELAj A Josafá louvaAdauto pelaentrevista

Antes dtt reunião, o Ministro Cóstã e Silva conversou rom osnerais Justino Hastas, fítmtleira fírnsil « Lira Tutores

Alto Comando estuda ordem

que proíbe os militaresde pronunciamento político

Convocada e presidida pelo Ministro da Guerra, Ge-neral Costa e Silva, realizou-se ontem a reunião do AltoComando, para tratar de vários assuntos de natureza es-tritaménte militar e, segundo consta, referendar um do-cumento secreto, enviado pelo Presidente da Republica,

proibindo pronunciamentos políticos de membros das For-

ças Armadas, sobretudo na fase atual.Compareceram á reunião, que durou aproximadamen-

te três horas, os Generais Décio Escobar, Justino Bastos,Amauri Kruel, Levi Cardoso. Aurélio Tavares, DamascenoPortugal. Orlando Geisel, Clóvis Brasil e Ramiro Tavares,o.- dois últimos como assessores, sendo permitido tirar fo-tografias antes de se iniciarem os trabalhos, que revela-ram expressões bastante sombrias.

' AGENDA querque Lima, Rodrigo de Mi-randa Jordão. Òllvier Pilho,

Na agenda, organizada peloMinistro da Guerra, figuravaa promoção no Quadro de Ge-nerais, a realizar-se no dia 25;a modificação no Plano de Pn-gamento e o «equipamento daDivisão Blindada do Exército.

Quanto às promoções, íoi es-tildada a fé de. oficio de cadaum dos candidatos c, após osnaturais debates, concluiu-se aorganização da lista a serenviada no Marechal CasteloBranco.

OS PROMOVIDOS

Apesar de caráter sigiloso dareunião, sabe-se que a escolhados novos Generhis-de-Diyiá&óserá íeita entre os Generaisde Brigada Afonso de Albu-

MDB propõejá supressãodo domicílio

Sar

Brasilia (Sucursal) — oMDB pretende apresentaresta semana o seu projetode emenda constitucionalque suspende, para as elei-ções indiretas déste ano, aexigência de domicilio elei-toral, estando os líderes opo-siclònlstas a recolher, nomomento, as assinaturas ne-cessárias para a apresen-tação.

Na Justificação do proje-to, o MDB invoca o parecerde juristas contrarie à apli-cação de inelegibilidades emeleições indiretas, e, em es-pecial, quando' se trata demedida que, como no caso daexigência de tempo de do-micilio, torna impossível adesinr.ompatlbillzação, sen-do assim um obstáculo in-transponivel.

KRIEGER APOIA

Dirceu Nogueira, Icláliodemberg e João Costa.

Os mais cotados para serempromovidos a Gcneruis-de-Bri-gada sáo os Coronéis JnnsenBarroso, Moacir Potiguàra,Viana Moog, Azevedo Silva,Daltro Sanlos, Notaro e Alva-ro de Meneses (do Quadro deSaúde). No Quadro de Técni-cos, são apontados como futu-ros Genernis-de-Divisão cs Ge-nerais de Brigada AzevedoPonde, Luís Neves e Américo dasilva. Os Corònéis-ÈngenheirosHorta Barbosa e Jourdan serão,provavelmente, promovidos aGcneral-de-Brigada.

Encerrada a reunião, o Ge-neral Costa, e Silva ofereceuum almoço nos seus partici-pantes.

Sobral fazcrítica a Neisobre Ademar

A propósito de declaraçõesdo Ministro da Agricultura; Sr.Nei Braga, contra atitudes doSr. Ademar de Burros, o advo-gatio Sobral Pinto passou-ihedois telegramas, afirmando r.oprimeiro deles que um n-.oiiienide passado ominoso pude, cmcerta circunstância, simbolizara causa do patriotismo" — ca-so do Sr. Ademar de Barrosreivindicando eleições diretas,.

No segundo telegrama, chan-do Vieira em seu sermão sobreO Querer e n Poder, o Sr. So-bral Pinto lembra ao MinistroNei Braga que o que êle pcíefazer, como Ministro da A,.ri-cultura, é tentar ajudar o sa-criticado agricultor brasileiro,mas o que êle quer — e rão de-ve fazer no momento — é des-moralizar seus adv: ários, quelutam pela restauração cons-titucional do País.

AMARGURADO

Brasília (Sucursal) — O Se-nador Josafá Marinho aplaü-diu ontem, em declarações àimprensa, a entrevista em queo Presidente da Câmara, Depu-tado Adauto Cardoso, sugeriua "abertura de perspectivaseleitorais para o problema dasucessão presidencial", afir-mando que "os adversários de-vem estender-se as mãos ria de-fesa dos bons princípios".

Considerando "mau o regimede eleição indireta", o Senadorbaiano entende, porém, que,"enquanto não se abre pèrspec-tiva de mudança, cumpre ad-vogaor, dentro da realidade, aprática menos prejudicial", daio apoio que dá às declaraçõesdo Presidente da Câmara dosDeputados.

IA FALAR

O Sr. Josafá Marinho pre-tendia abordar o problema su-cessório da tribuna do Senado,

i comentando então ns declara-* çóes do Deputado Admito Car-

doso. Isso não lhe foi possível.uma vez que o Sr. AarfioSteimbruch ocupou todo o tem-po destinado ao expediente, ti-rando no parlamentar baianon oportunidade para discursar.

Comentando, porém, com osrepórteres credenciados no Sc-nado o pronunciamento do Sr.Adauto Cardoso, o Sr. JosafáMarinho assinalou que "os ad-versados devem estender-se nsmãos nn defesa das bons prin-cipies".

E frisou:— í: mau o regime de elei-

ção indireta. Mas, enquantonão se abre perspectiva de ba-ni-lo. cumpre advogar, dentrodele, a prática menos prejudi-ciai à liberdade de decisão po-litica. Não há sinal de Demo-cracia onde não se pratica oprincípio de competição na e.*-colha des governantes.

E mais adiante:— Por isso mesmo o pronuri-

ciamento do Sr. Adauto Car-doso, á altura de suas respon-sabilidades de Presidente daCâmara dos Deputados, éexemplo de independência queprecisa estender.-se a toda arepresentação nacional. Nessepronunciamento não há vetonem nelesão precipitada, mas oresguardo do uma norma rie-mocráüca essencial á legitimi-dade da eleição do futuro Pre-sidente da República. Ê natu-ral, porém, que os dados deopção alcancem a área de opo-sição, nté como forma de bempreservar o interesse nacional,dentro da idéia de pacificaçãodos espíritos.

Disse ainda o Sr. Josafá Ma-

Costa e Silva se definirácomo candidato só depoisque ARENA puder deliberar

O Ministro da Guerra, General Artur da Co.sta e Silva,marcou a sua definição politica para a primeira quinzenade abril, ciuando anunciará, oficialmente, sua condição decandidato à indicação da ARENA para a sucessão presiden-ciai, anunciando os elementos principais de sua plataformaeleitoral.

O desejo do Ministro Costa e Silva é somente pronun-ciar-se depois de a Justiça Eleitoral julgar os pedidos deregistro da ARENA e do MDB. O General não falará antesde a ARENA estar estruturada como Partido político e emcondições de deliberar.

SEM SORRISOS

O Ministro da Guerra esteveontem com o Presidente Cas-teio Branco, impressionando osjornalistas por ter deixado oPalácio Laranjeiras muito sé-rio, sem aceitar os pedidos parauma rápida entrevista.

— Despacho de rotina — de-ciarou o General ao sair doPalácio pela porta lateral. Pou-co depois, acenava aos repor-feres; explicando que "não ha-via declarações bem-humora-das".

COM DUTRAO Ministro Costa e Silva vi-

sitou anteontem o ex-Presiden-te Eurico Dutra, em Ipanema.No encontro, segundo se apu-rou, o General informou-o ex-Presidente dos contatos que,como candidato ao lançamentode seu nome pela ARENA à.sucessão presidencial, vemmantendo nas áreas políticas.

A amigos, o Sr. Eurico Dutrareafirmou a sua. opinião de que"o General Costa e Silva é umbom candidato", mas esquivou-

se de umn manifestação formalde solidariedade ao Ministroda Guerra.

NELSON COMENTA

Brasilia (Sucursal) - O Depu-tado Nelson Carneiro <MDB daGuanabara) disse ontem, datribuna da Câmara, que o Pre-sidente Castelo Branco é "umpescador" e o General Costae Silva, "o peixe cobiçado", as-sinnlando que "não há nadacomo uma longa amizade paradividir os homens".

— O pecado original do Mi-nistro da Guerra é não ter sidobatizado nas águas lustrais daSorbonne — acrescentou.

Dizendo que fazia um de-poimento para a História, es-clareceu o Sr. Nelson Carneiroque o General Casta e Silva,no primeiro momento da Re-volução, era contrário à invés-iidura de qualquer chefe mili-tar da ativa na chefia do Go-vêrno.

— Isto. o Marechal CasteloBranco não esquece — fina-'lizou.

A Assembléia, Legislativa,por força do seu RegimentoInterno, tem desde ontemapenas o MDB como bloco emplenário, pois a ARENA, queera constituída por 10 depu-lados — número mínimo paiaconstituir-se em bloco —, fi-cou desfalcada com a trans-íerência do Sr. Pedro Per-nandes para o MDB.

O vice-líder da AE.ENA,Deputado Gama Lima, poucodepois de o líder Paulo Ri-beiro comunicar à Mesa Dire-tora a entrada do Sr. PedroFernandes em seu Partido,anunciou à Assembléia que oPartido revolucionário apre-sentará recurso à, Justiça, aíim de garantir seus direitosno plenário.

PERDEU A VOZ

Segundo o Regimento Inter-no da Asembléin, os blocos sopodem ser reconhecidos quan-do formados por um quintodo total de deputados (umdeputado não pode integrardois blocos), o que, no mo-mento, dá o mínimo de 10parlamentares.

Garantiam a existência daARENA como bloco os Depu-lados Pedro Fernandes, Car-valho Neto, Goma Lima, Ge-raldo Ferraz, Domingos D'An-gelo, Nina Ribeiro. Paulo Du-que, Lígia Lessa Bastos, Vito-rino James, Joáo Xavier.

Deixando de existir comobloco, a ARENA não poderámais ocupar a tribuna aqualquer momento. Os seusintegrantes, para pronuncia-mentos no grande expediente,estão obrigadas agora a seinscrever no chamado listão,que inclui qualquer deputadoe. às vezes, em plena- Legisla-tura, alce.nça 200 inscritos.

'•Não sei'1preocupa

O "não sei" dado como res-posta pelo General AmauriKruel às perguntas de jornalis-tas sóbre se aceitaria o lança-mento de seu nome como can-didato à Presidência da Ropú-blica. ao final da reunião deontem do Alto Comando, noMinistério da Guerra, provocoucerta preocupação nas diversasáreas militares interessadas emapurar a posição do Coman-dante do II Exército sobre aquestão sucessória.

O Comandante do III Exér-cito. General Justino AlvesBastos, também foi ouvido pe-los repórteres ao término dareunião, declarandõ-lhea que "acandidatura do General Cosiae Silva é muito simpática aoRio Grande do Sul. onde o Mi-nistro é bastante querido".

MUITA RESERVA

O General Justino Bastos íoio único das participantes dareunião do Alto Comando que

tie Kruelmilitaresfêz declarações sóbre a questãosucessória. Disse, inicialmente,que náo tem conhecimento dopropósito de grupos politicosem tentar manobras para o es-vazíamento do nome do Gene-ral Costa e Silva como candi-dato à Presidência da Repúbli-ca e logo depois esclareceu des-conhecer a possível cândida-tura do General Amauri Kruelno Palácio do Planalto.

Como semp r e. o GeneralAmauri Kruel deixou o Minis-tério às pressas. Negou a exis-tência de sua candidatura, masrespondeu com um vago "nãosei" à pergunta se concordariacom o lançamento de seu nome.

O Comandante dn IV RegiãoMilitar, General Souto Maior,que esteve ontem no Ministérioda Guerra tratando de assun-tos relativos ao segundo ani-versário da Revolução, foi inci-sivo ao ser abordado pelos Te-pórteres sóbre a candidaturado Ministro da Guerra:

— Nunca ouvi falar disso.

rinho:— Tanto mais oportuna é a

tese defendida quanto se im-p&e assegurar sua aplicação nosEstados, onde, de modo geral,se vem tentando o condenávelprocesso de escolha de candi-dato sem competidores. A elei-ção do Presidente, como dosGovernadores, por Assembléiaspolíticas em fim de mandato,não estimula a autonomia dedeliberação. Se a isso se jun-tar a pressão de ambições des-medidas, o remanescente doregime, que já nào é muito,naufragara tristemente.

Ultimo achaque recessoé iminente

Melo Horizonte fSucursall —A decretação do recesso parla-mentar, motivada pela cons-tante falta d» oüorum na Cá-mara dos Deputados para vota-ção da. mensagem do Governosolicitando autorização para lfi-tèrvlr em Alagoas, poderá serfeita a qualquer momento peloPresidente Castelo Branco, se-gundo anunciou ontem o Depu-tacio Ultimo d? Carvalho.

Depois de observar que aobstrução da bancada do MDBna Câmara e a ausência degrande número de parlamenta-res da ARENA vêm forçandoo adiamento da votação damensagem, U o Sr. Últi-mo cie Carvalho que "desta vez,o movimento pela decretação dorecesso é advogado por inúme-ros parlamentares".

CONVICÇÃO

DOPS de S. Paulo e DFSP játem pronto esquema para

PAREDE DE OLHO

Os uito deputados que com-põem o PAREDE aguardam,com grande expectativa, a de-cisão da. Mesa. Diretora sóbreos direita? que serão conferidosk ARENA, pois a situação dobloco é a. mesma: náo temnúmero legal para. funcionarem plenário.

PROJETO SAI

Por não ter sido aprovadopela bancada do MDB, será re-tirado hoje da Ordem do Diao projeto e resolução, de auto-ria do Deputado Paulo Ribeiro,que reduzia para um sétimo dototal de deputados o númeromínimo para formação de blo-cos na Assembléia.

CONSULTAS

O Presidente da AssembléiaLegislativa, Deputado AmaralPeixoto, após inúmeros pro-nunciamentos sóbre a possibili-dade de a ARENA manifestai--se como bloco em plenário, de-cidiu realizar, consultas à Jus-tiça Eleitoral sóbre a situaçãocriada no Palácio Pedro Er-nesto.

Passarinho

jor a de IPM,de Castelo dia 30 dis Alacida visita

São Paulo (Sucursal) — O Departamento de Or-dem Política e Social do Estado já montou, com asupervisão do Departamento Federal de SegurançaPública, o esquema de proteção para a visita que oPresidente Castelo Branco fará à Cidade, dia 30,

quando receberá o título de Cidadão Paulistano, con-cedido pela Câmara Municipal.

Na Assembléia Legislativa, o projeto do Depu-tado Januário Mantelli Neto, concedendo ao Maré-chal Castelo Branco o título de Cidadão Paulista,encontra-se retido com a presidência da Mesa desde20 de dezembro passado, e se entrar em discussão

poderá provocar muitos debates, pois a Oposição estadisposta a impedir sua aprovação.

Porto Alegre (Sucursal)— O lider do Governo noSenado, Sr. Daniel Krieger,declarou ontem ignorar ainexistência de qualquerprojeto extinguindo o domi-cílio eleitoral, mas afirmouque votará favoravelmentese a proposição íór feita.

— Não quero privar nin-guém de disputar a condi-ção de ser candidato nascondições partidárias —afirmou o Senador DanielKrieger.

Diz o advogado Sobral Pintomun trecho do primeiro teie-grama:

"Impatriotas são aquèlís quesuprimiram, escudados na fór-ça das armas de que dispõemcomo governantes, despojaramo cidadão brasileiro do voto li-vre e secreto para, sob a de-nominação hipócrita de elei-ções indiretas, forçarem os par-lamenlaarcs amedrontados a no-mear o Presidente da Repúbli-ca e Governadores de Estadosretiradas dos bolsos de seus co-letes."

E assina-se "compatriotaamargurado e revoltado".

Certo de que o recesso parla-mentar vai mesmo ser adotadopelo Presidente da República,já que as sugestões qr. lhe ío-ram feitas ontem são "multo

expressivas e conv' ícenles", oDeputado Ultimo de Carvalhodisse que estará em Belo Hori-zonte, na próxima sexta-feira,a fim de manter alguns conta-tos com os seus correllgionã-rios.

Disse o Sr. Ultimo de Carva-lho que, "com o recesso parla-mentar, o Poder executivo pns-sara a legislar, de acordo comos dispositivos do Ato Institu-cional n.° 2".

ENTRAVES

Enquanto uma comissão devereadores aguarda audiênciapara convidar oficialmente oPresidente da República a vira São Paulo, a pretensão doSr. Januário Mantelli Neto deconceder o título de Cidadãopaulista no mesmo dia em queserá entregue o de Cidadãopaulistano está ameaçada por14 emendas apresentadas pelaDeputada Conceição dn CostaNeves, que sugere a concessãodo título n mais 14 personali-dade;

A pretensão da Srn. CostaNeves é dificultar a votação,"para que a Assembléia não setransforme numa maternidadestti-generis. onde pessoas commais de cinqüenta anos e nas-cidas em outros Estados nas-çam de repente no Estado deSão Paulo".

São as seguintes as pessoasás quais a Deputada do MDBsugere a concesão de titulo:José Maria Whitaker, ex-Mi-nistro da Fazenda, Antônio Dc-visate, Presidente de Honra riaFederação rins Indústrias doEstado de São Paulo: Da. Ri-cardina Fonseca Rodrigues, ex-Presidente da Lisa das Senho-ras Católicas; Carlos Albertode Carvalho Pinto; Da. Caro-lina Ribeiro. ex-Diretora doInstituto de Educação CaetanoCí mpos: Lucas Nogueira Gar-cez, ex-Governador do Estado:Altlno Arames: Dn. LeonorMendes de Barros: Sr. Fer-nando de Azevedo, ex-catedrá-tico de Sociologia da Faculda-

de de Filosofia, Ciências e Le-trás da Universidade de SãoPaulo; Brasilio Machado Neto,Presidente da Federação do Co-mércio do Estado rie São Pau-lo; Dr. Lauro rie Sousa Lima,médico leprólogo; Comenda-dor Vicente Melillo, Presidenteda Associação Vicentina de As-sistència aos mendigos: o poe-ta Guilherme de Almeida eDa- Maria Antonieta de Castro,Diretora da Cruzada pró-In-fáncia.

EM PIAÇAGUERA

O Marechal Castelo Brancoestará em Piaçaguera no pró-ximo dia 31 para inaugurar aUsina José Bonifácio de An-drade e Silva, da CompanhiaSiderúrgica' Paulista. As sole-nidades de inauguração farãoparte da comemoração do se-gundo aniversário da Revolu-çáo. devendo comparecer tam-bém Ministros de Estado e re-presentantes dos meios econô-micos e financeiros.

A usina será inaugurada comumn produção prevista de 500mll toneladas anuais dc lingo-tes de aço, mas o Prof. IberêGilso. Presidente da COSIPA,já encaminhou ao Banco Na-cional do DesenvolvimentoEconômico um estudo para asua expansão para 800 mil to-neladas Também já realizouos primeiros contatos com oBanco Mundial, para obter ofinanciamento necessário auma segunda expansão paradois milhões de toneladas deaço por ano.

O Governador do Pará, Major <Alacid Nunes, afirmou ontem. |que o Sr. Jarbas Passarinhoencontra-se em Belém, gozan-do férias e mantendo contatosque visam a preparar sua can-didatura a, Senador pelaARENA, não sendo exato quetivesse sido convocado para de- .por em IPM, que apura a par- 1.ticipação de elementos corrup- 9tos e subversivos na seu Go-vêrno.

Adiantou o Governador queas noticias divulgadas pelos ¦

jornais a respeito do IPM, não k,correspondem á verdade, tan- ?to assim que a convocação do ¦

Sr. Jarbas Passarinho para *

prestar depoimento era novida- >de para êle. Instado por algunsrepórteres, o Major Alacid Nu- ,•nes recusou-se a fornecer qual-quer dado relativo ao ínquéri- ,to.

JORNAL CONFIRMA .s

Belém (Do Correspondente) -,— O matutino Folha do Nortepublicou ontem que. a Aeronáu-tica convocou o ex-GovernadorJarbas Passarinho, a íim ds .prestar esclarecimentos em tôr-no da participação de elemen- <tos tidos como subversivos * Jcorruptos no seu Governo.

Diz o jornal que "a convo-cação foi feita considerandoum levantamento realizado pelo -V

Serviço Secreto da Aeronâuti-ca, para apurar as atividades !

subversivas e corruptas de vá- ^rias figuras que integravam a nAdministração Jarbas Passa-rinho, inclusive o Sr. Iralvaldir

'<

Rocha, nomeado Diretor da qCELPA, logo após haver dei-xado a Câmara Municipal, em *

conseqüência do IPM promovi-do pela Aeronáutica". Acrescen- ,ta que o ex-Governador íoi ou- iiivido no Quartel General da I *

Zona. na semana passada, ten-do o Major Bravo Câmara via- -

jado para o Rio, levando o pro- *i

cesso.

¦¦"¦¦. ^"^íÉn^SS

Jornal do Brasil, quarta-feira. 23-3-66, 1.° Cad,

Negrão sustará promoção para que nível menor não esvazieSemana Santa começa comBênção dos Ramos no dia 3e ofícios em português

Com missas em Português e cerimônias de acordo como calendário corrigido pelo Concilio Ecumênico, a Sema-na Santa, que se iniciará no dia 3 de abril, com a Bênçãodos Ramos, às 10 horas, na Catedral Metropolitana, terá oseu ponto alto na Procissão do Senhor Morto, que sairáda Catedral às 20 horas da Sexta-Feira Santa.

O padre Luis Cordioli, da Cúria Metropolitana, líxpll-cou que o Concilio Ecumênico corrigiu, no ano passado, oprograma da Semana Santa, pois várias cerimônias eramrealizadas em dias errados, como a Ressurreição, que du-rante séculos foi antecipada para a manhã de sábado,quando deveria ser comemorada na madrugada de do-mingo.

PROGRAMA

Disse o padre Luís Cardiolique cada igreja organizará seupróprio programa, dependendodo pessoal e dos auxiliares deque disponha, mas todas asparóquias terão dc seguir oprograma oficial da Arquidio-cese, elaborado para, a Cate-dràí Metropolitana.

O programa oficial da Sema-na Santa da Catedral Metro-politana do Rio de Janeiro se-rá iniciado no dia 3 de abril,Domingo de Ramos, com aBênção dos Ramos, concedidapelo Cardeal D. Jaime Gama-ra na Igreja da Santa Cruz dosMilitares (Rua Primeiro deMarço), seguida de procissãopara a Catedral c missa comassistência pontificai, celebra-da pelo Monsenhor Ivo Cal-Ha ri.

MATINAS

Na Quarta-Feira Santa, diafi de abril, à,s 17 horas, haveráo Canto de Matinas, sendo pre-gador D. Valdir Calheiros dcNovais e confessares, o Monse-nhor Alfredo Soares, e os Cô-negos Valentim Marques e Ge-raldo Pereira. No dia seguin-te, às 9 horas, será o SoleneRito de Concelebraçáo e Sa-gração dos Santos óleos, ceie-brado pelo Cardeal D. JaimeCâmara, tendo como DiáconoMonsenhor Mário Novaretti,Subdiácono c Cônego LuisGregório, assistentes ao sólio,Monsenhores Ivo Calliari e Vi-tal Cavalcanti e concelebran-tes Monsenhores Fernando Ri-beiro, Aluísio Averton, EusébioLeite, Maurílio Lima. CônegosAmaro Cavalcanti, FranciscoKostolny, padre Antônio Aqui-no, D. Cirilo Gomes, irei Ro-mano Koepcke, frei Lucas Ne-ves, frei Ludovico Gati, padreAntônio Laguens, padre AelciOliveira, padre Teófilo Rochae padre Isaac dos Santos. Diá-tonos e subdláconos! padreHércules Ribeiro, padre AlipioDeodato, padre Fernando Pi-mentel, padre Aquiles Araújo,padre Afonso Garcia, pe. An-tônio Mendes, pe. ArgemiroFigueiredo, pe. Cândido Cor-reia, pe. Carlos Alberto Na-varro, pe. Danilo Lima, padreEduardo Koaik. pe. FranciscoAbdalah. pe. Manuel Luis Mota,pc, José Félix de Oliveira. Con-íessores: pe. Francisco Zbik eCônego Ludovino Rosano. Pre-gador: Monsenhor Nerbal daCosta Stencel. Distribuição dosSantos óleos: padre FernandoPimentel e Diáconos do Semi-nário.

Às 17 horas haverá SoleneMissa Pontificai da Ceia doSenhor, Lava-pés, Procissãodo Santíssimo e desnudaçãodos altares, tendo como ceie-

braríte o Cardeal D. Jaime Cã-mara. Assistentes ao sólio:Monsenhores Ivo Calliari, JoãoÁvila e Guilherme Schubert.Diácono: Monsenhor Mário No-varetti, Subdiácono. CôneguLuis Gregório, pregador, Cone-go Edgar Quadros França, econfessares Cônegos MarioCouto. Luis Cordioli e padreCelso Pinto.

PAIXÃO

Na Sexta-Feira Santa, dia 8de abril, ás 9 horas, haverá oCanto de Matinas e Laudes.cantando nas lições, uo 1.° No-turno, os Monsenhores Guilhev-me Schubert, Francisco Bessáe Ivo Calliari: no 2.° Noturno,os cônegos Feliciano Castelo.Luis Cordioli e Jorge Porto, eno 3.° Noturno, MonsenhoresMario Novaretti, Pais Cintra eVital Cavalcanti. Os confesso-res serão o cônego FranciscoKostolny e o padre José Fer-reira.

Às 15 horas haverá SoleneFunção Litúrgica comemorati-va da Paixão e Morte do Se-nhor, com o oficiante Monse-nhor João d'Àvila Moreira Li-ma, o diácono, cônego Noé Pe-reira, subdiácono Levi Sena, as-sistentes ao sólio. MonsenhoresIvo Calliari c Pais Cintra, pre-gador, o Cardeal D. Jaime Cá-mara e corifèssores MonsenhorSoares, cônegos Luís Gregórioe Geraldo Pereira.

Às 20 horas sairá da Cate-dral a Procissão do SenhorMorto, com o oficiante D. JoséAlberto de Castro Pinto, diá-cono Pe. Raimundo Lobão, sub-diácono Levi Sena e organiza-dores Monsenhor Emanuel Bar-bosa. cônego Luís Gregório eFeliciano Castelo.

SÁBADO

No dia 9 de abril, haverá, Ss9 horas, o Canto de Matinas e.U.udes. tendo no I.° Noturnoos Monsenhores GuilhermeSchubert, Narbal Slencel eFrancisco Bessa; no 2.° Notur-no. os cônegos Feliciano Cas-leio, Mário Novaretti e LuisCordioli. e. no 3." Noturno osMonsenhores Vital Cavalcanti,João d'Ávila e Ivo Calliari.

' Às 22h30m terá iniciou SoleneVigília Pascal, tendo como ceie-brante D. Jaime Câmara, as-sistentes ao sólio, MonsenhoresIvo Calliari, João d'Ávila e Má-rio Novaretti, diácono, Monse-nhor Guilherme Schubert, sub-diácono Cônego Feliciano Cas-telo e coníessores, padres Cel-so Pinto e José Ferreira. Nodia 10 de abril, Domingo riaRessurreição, às l(i horas, ha-verá solenidade coletiva do Ju-bileu extraordinário e missacelebrada pelo Cardeal.

Borghoff recusa-se a íazermuro e com isso atrapalhatrabalhos em Santa Teresa

O Superintendente da SUNAB, Sr. Guilherme Bor-ghoff, é um dos moradores de Santa Teresa que mais tem;dado trabalho aos funcionários da Administração Re-gional daquele bairro porque se recusa a construir ummuro de arrimo para proteger a sua residência — na RuaAlmirante .Alexandrino, 46 —- das barreiras que caem pe-riòdicamerite, obrigando vários caminhões a irem desen-tulhar o seu quintal.

— Moradores que não cooperam — explicou um Íun-cionário daquela Administração Regional — são tambémos responsáveis, em parte, por não estarem desobstrui-das totalmente as ruas do bairro, afetadas pelas últimasenchentes, ao mesmo tempo que a falta de recursos ma-teriais e de trabalhadores suficientes, retardam o anda-mento dos trabalhos.

FAUTAM RECURSOSO fato de muitas barreiras,

que ruíram durante as enchen-tes de janeiro, ainda continua-rem obstruindo muitas ruas deSanta Teresa, após dois mesese meio, é explicado pelos fun-cionários da Administração Re-gional do bairro como decor-rência da falta de maquinariae de trabalhadores, apesar doesforço louvável de todo o con-

'ingente que o DER coman-da, em Santa Teresa, para otrabalho de desobstrução.

— Muita coisa já se fêz, ata-cando-se sempre os locais queofereciam perigo aos morado-res. Resta ainda o trabalho delimpesa, que só poderá ser con-cluido quando chegarem as má-quinas prometidas pela Secre-taria de Obras — concluíramos funcionários.

Fathmeteconomizasorrisos

Embora anunciasse pelo in-têrprete que é esportiva, dedi-cada à equitação, esqui aquít-tico c aviação — já voou sò-zinha 15 vezes — a PrincesaFathmet Pavlavi recebeu aimprensa, na Embaixada doIrã com muita reserva e tim!-dez, não sorrindo uma vez pa-ra os fotógrafos. "O Rio é mui-to lindo mas faz muito calor"íoi sua frase principal.

Servindo de intérprete, opróprio Embaixador procurouajudar a entrevista, e, quandoum repórter perguntou-lhe Si;a Princesa, não costumavasorrir, respondeu simplesmen-te: "timidez". Hoje à noite aesposa do Ministro da Aero-náutica do Irã será recepciona-da com um banquete, na Em-baixada.

A ETÉREA PRINCESA

Cercada do protocolo de pra-xe, Fathmet limitou-se a sedeixar fotografar, enquanto osprofissionais discutiam sobre apose acadêmica da Princesa,pensando em ângulos melho-res- O Embaixador usou a lin-gua farsi, que melhor convémà Princesa, pois é nacional noIrã-

Fathmet inclui no seu pro-grama de hoje uma visita à ca-s.l do Sr. Raimundo CastroMaia, onde verá as pinturasde Debret. sobre o Brasil co-lonial. No banquete, de on-tem, 14 pessoas íoram convl-dadas, entre outros o Chance-ler Juraci Magalhães, o Che-fe do Cerimonial do Itamara-ti, Ministro Carlos Leckic Lô-bo, e os embaixadores da Ar-gentina e da Suiça.

Salário dePimentelvem sorteado

Curitiba. (Correspondente) —O Governador Paulo Pimentel,estranhando o pagamento, de-volveu ao Tesouro do Estado averba, de representação de ga-bineie, que veio junto com seussubsídios dc fevereiro.

Em cana à Diretorii da Des-pesa Fixa, esclareceu que, se-gundo a lei. íoram extintas asgratificações de representação.Em conseqüência, qualquer pa-gamento dessa ordem será con-siderado ilegal, ''cm todos osCil.sos*.

Cidadesem feirasdois dias

A Secretaria de Economia in-formou ontem que as feiras 11-vres não funcionarão na quin-ta e sexta-feiras da SemanaSanta, com a exceção das bar-raças de pescado, que funciona-rão nos dias fi, 7 e 8 de abrilaté às 18 horas.

As autoridades estaduais es-tão tomando tôdas as providên-cias, a fim de que. mesmo pas-sando dois dias sem feiras, aCidade seja perfeitamenteabastecida na. Semana Santa,

VENDA DE PESCADO

t! a seguinte a relação dospostas para venda de peixe apopulação durante a SemanaSanta: Praça. XV de Novem-bro: Praça Mauá; Largo daCarioca; Central do Brasil;Largo do Machado; Praça Ser-zedelo Correia; Praça AzevedoSodré; Largo do Santo Cris-to: Estação da. Leopoldina; Pra-ça Saenz Pena; Praça Barão deDrumond; Praça Verdun; Jar-dim do Méier; Engenho deDentro; Estação de Cascadura;Estações de Madureira, Maré-chal Hermes; Deodoro; PadreMiguel; Bangu e Campo Gran-de; Largo dos Pilares; Irajá;Pavuna; Bonsuoesso; Penha;Vaz Lobo; Largo da Taquara;Largo da Cancela; Cocota, naIlha do Governador e RochaMiranda.

A PAUSA DISCRETA. p«»»!*«l™&t*V&W.*

Pagamento naAeronáuticagasta bilhãocom a Panair começa a 25

Guanabara rmBrasílio (Sucursal) — O

Presidente Castelo Branco eh-viou ontem mensagem ao Con-gresso pedindo autorização pa-ra uma abertura de crédito es-pecial de Cr$ 1500 milhões, afim de que o Ministério da Ae-Tonáutica possa cobrir as des-pesas que teve de realizar einconseqüência da falência «aPanair do Brasil.

Na exposição de motivos queacompanha a mensagem presi-dsncial, o Ministro da Aero-náutica revela que sô com êstecrédito poderá restaurar o equi-lihrio financeiro da Diretoriacie Rotas Aéreas, encarregadada manutenção do pessoal tec-nico de comunicações e meteo-rologia. da extinta Panair, querepresenta um ônus mensal deCrÇ 125 milhões.

A Secretaria de Administra-ção comunicou ontem que opagamento do funcionalismoestadual ativo e inativo seráiniciado depois de amanhã,dia 25, obedecendo a uma es-cala que só será encerrada nodia 19 do més seguinte.

É a seguinte a escala: dia25, lote 1; dia 28, lote 2; dia29; lote 3; dia 30, lote 4; dia31, Policia Militar, pensionis-tas e salário-famüia; dia 1,lote õ: dia 4. lote G: dia 5Corpo de Bombeiras; dia 6, lo-te 7; dia 11, lote 8 e curate-lados; dia 12, lote 9; dia 13,lote 10 e presos; dia 14, lote11 e cota par; dia 15, lote 12e cota impar e dia 19, hos-pitalizados.

DEBÊNTURES DECASSIO MUNIZ S/AImportação c Comércio

TIPO 84GARANTIA ABSOLUTA

A. B. Vaz dc CarvalhoCorretor Oficial dc

Fundos Públicos

Praça XV, 20 - s'407Fones: 31-2789 «31-2748

w,^,H«y«w**^*ÍMM,-,H^^^'" ;. -72.

O Governador Negrão deLima vai assinar, ainda esta.semana, decreto suspendei!-do transitoriamente as pro-moções e acessos, enquanto

A Princesa queixou-se do calor • serviram-lhe refresco

Pará traz ao Rio mostrasobre o que foi feito noEslado após a Revolução

O Governador do Pará, Major Alacid Nunes, ao inau-curar, ontem, no saguão do Aeroporto Santos Dumont,a Exposição Fotográfica do Pará, afirmou, perante gran-de número de memOTog~TfeÍT&9íé_ki paraense »" ltio e doPrefeito de Belém, que "nossa terra é um exemplo deorgulho para. a Revolução, tendo realizado trabalho ja-mais feito em outra parte do Pais".

O Prefeito de Belém, Sr. Estélio Maroja, que prece-deu-o em breve discurso, disse que "enquanto vivermosmanteremos sempre banidas tôdas as tentativas de inter-nacionalização da Amazônia, e o próprio Governo a sereleito pela vontade popular continuará nossa obra paraque nossa gente possa suplantar as barreiras do subde-senvolvimento".

A EXPOSIÇÃO

A Exposição armada cmsíaud*. no saguão principal ciaAla Nacional do AeroportoSantos Dumont. mostra, atra-vés de cerca dc 250 fotografias,as obras 'e realizações do Go-vêrno do Estado do Pará. elei-to após a Revolução de 31 demarço, focalizando vários se-torc. da administração, desdeEducação, Habitação, Culturae Saneamento até a produçãoindustrial local- A mostra fi-

cará aberta ao público até opróximo dia 30.

Afirmou o Gõyernador pa-rãensé, ná ocasião: "Ao assu-mlrmos o Governo sabíamosque era obra grandiosa a desubstituir uma administraçãodo vulto c do porte como r.do ex-Governador Jarbas Pas-sarlnho. Mas sentimos que,com a equipe jovem que es-colhemos, teremos a irremessí-vel tarefa de reerguer, morale economicamente, o Estadoe o Brasil".

Homologada concorrênciapara sondagens na baíacom vistas à Rio-Niterói

O Ministro da Viação, Marechal Juarez Távora, antesde embarcar, ontem, para Montevidéu, homologou a con-corrência para os trabalhos cie sondagens para a cons-trução da ponte Rio—Niterói, da qual saíram vencedorasas firmas Geotécnica e Técni-Solo. O resultado da con-corrència foi apresentado pelo Presidente da Comissãoque cuida do assunto.

Desse modo, já na próxima semana será firmado ocontrato entre a Comissão Executiva para os trabalhos deconstrução da ponte e aquelas duas firmas, estabeleceu-do-se o prazo de cinco meses para o término das sonda-gens, cujos trabalhos serão iniciados no dia 15 de abril.

DADOSO contrato para as sonda-

gens estabelece, também, oprazo de 90 dias para o for-necimento de dados geotécni-cos com os quais a comissãoiniciará a elaboração do ante-projeto propriamente dito pa-ra a construção da ponte Rio-Niterói, prevendo inclusive ofinanciamento.

Diversas firmas internacio-nais já comunicaram que es-tão interessadas em participarda concorrência para a cons-trução, sendo uma italiana, ou-tra francesa, outra norte-ame-ricana e outra alemã.

A ponte está orçada em Cr$150 bilhões, devendo ficar pron-ta dentro de três anos.

ECONOMIAApós explicar que a cons-

trução das seis usinas dc be-neficíámento de lixo não sedá exclusivamente para atransformação dos detritosem adubo, o Sr. Macedo Soa-res afirmou que sua princi-pai finalidade é a de reduzire descentralizar o serviço rietransporte de lixo recolhidon8S residência» e casas eo-

xaoao juimeneado pessoal, por-dos quadros

que o Estado está sofrendoíim total esvaziamento nosniveis inferiores em decor-rência da regulamentaçãoem vigor.

Como estão as coisas, nomomento, basta ao servidorcompletar o interstício dedois anos e a promoção ouacesso é automática, dificul-tando o Govêmo a tal pontoque em breve já não haveriaocupantes para as séries declasses auxiliares, com li-nhas de acesso.

A regulamentação atualvem criando problemas taispara o Governo do Estado,que quase três centenas de,motoristas, por exemplo, játiveram acesso à classe dosEncarregados de garagem,embora o Estado tenha ape-nas 18 garagens. Como con-seqüência natural, faltammotoristas e sobram encar-regados de garagem, repro-duzindo-se o mesmo meca-nismo para tôdas as outrasclasses.

Diante dessa, situaçãoque considera insustentável,é que que o Governo do Es-tado resolveu suspender,provisoriamente, as promo-ções e acessos, até comple-tar-se a fixação numéricados quadros do pessoal doEstado, trabalho já em an-damento, na Secretaria deAdministração. O SecretárioÁlvaro Americano espera en-viar ainda esta semana, pa-ra o Governador Negrão deLima, a minuta do decreto,sustando as promoções eacessos até que se configurea nova situação, eliminando-se assim as atuais perspecti-vas desastrosas para o Esta-do e, em última análise, pa-ra o próprio contribuinte.

Tribunal dizna sexta seLeopoldo sai

Niterói (Sucursal) — O pro-cesso de julgamento do advo-

Seis grupos se oferecerampara financiar construçãode usinas de lixo no Rio

O Diretor do Departamento de Limpeza Urbana, Sr.Macedo Soares, informou ontem que seis grupos interna-cionais já se ofereceram para financiar a construção deuma usina de beneficiamento de lixo, a ser erguida peloEstado na Ilha do Governador, com início marcado paraainda êste ano.

Afirmou o Diretor do DLU que o programa de tra-balho rio órgão prevê a construção de outras cinco usinas,durante o Governo Negrão de Lima, além da recuperaçãoo modernização das já existentes em Irajá e Bangu, e areconstrução, já em fase final, do incinerador da Ilha dePaquetá.

México manda grupo paracantar e fazer propagandado que éle tem para ver

Uma delegação denominada Grupo Mensaje Turísticade México, representando o Conselho Nacional de Turis-mo daquele pais e a Aerolineas Peruanas, chegam hoje aoRio de Janeiro, chefiada pelo Sr. Guilherme Moreno, de-vencio permanecer no Rio até o dia 26.

O grupo é constituído de diversas representações dosLyons, Rotary Club, Câmara Júnior e Sociedades Hotelel-ras e Turísticas, dòle fazendo parte o conjunto musicalMarichi Vargas de Tacatitlan, composto de instrumentis-tas e vocalistas que farão várias apresentações nestaCapital.

PROGRAMA

No roteiro do Mensaje Tu-rística estão incluídas: dia 23,às 16 horas: visita ao Secre-tários de Turismo; às 17h30m.entrevista coletiva no HotelGlória; às 20h"15m, visita áTV-Rio; no dia 24: às 9h30m,visita ao Asilo São Luís, noCaju: às 12 horas, almoço naTV-Globo; ãs 35h30m, visita

à Casa dos Artistas, em Jaca-repaguá; às 20 horas, recepçãona residência do Embaixadordo México; no dia 25: às 9h30m, visita à ABBR; 12 horas.Manchete; às 15 horas, entre-vista com o Governador Ne*grão de Lima; ás 17 horas.Seminário no Hotel Glória; ài10 horas, coquetel no mesmohotel; dia 2G, volta para oMéxico.

Pioneiras Sociais fazem10 anos com Serviço Médicoem melhores instalações

merciais até o Vazadouro doCaju. proporcionando grandeeconomia para os cofres doEstado.

Segundo afirmou o Diretordo DLU. náo haverá proble-mas para a consecução dosrecursos a serem utilizados naconstrução das usinas, poisuma vez em funcionamento,elas se tomam auto-funcio-nàveis.

A Fundação das Pioneiras Sociais comemorou ontemo seu 10.° aniversário, inaugurando as novas instalaçõesdo Serviço Médico, no prédio anexo ao Palácio do Catete,onde já estão em funcionamento o Serviço Social e oLa etário.

Criada por D. Sara Kubitschek, a Fundação, atual-mente presidida pelo seu sobrinho, o Sr. Moacir Moura,estendeu os serviços assistenciais a 10 Estados brasileiros,planejando inaugurar em Belo Horizonte um Banco dosOlhos, para tratamento de doenças óticas.

caminhado até sexta-feira pa-ra a 3." Câmara Criminal doTribunal de Justiça, pelo Juizd..v Comarca de Rio Claro. Sv.Romualdo Gama Filho, para aconfirmação ou não da senten-ça que o absolveu cio chamado"crime sem cadáver" da mi-lionária tcheca Dana cia Tefé.

O Promotor César Augustode Parlas já áa*razoou os autos,que hojo serão encaminhadosaos advogados de defesa Srs.Ronaldo Machado e RovâniTavares, para as coritrã-razões,sendo que o Ministério Públicopetic a anulação do júri porquebra de sigilo e baseado nofato de que as decisões foramcontrárias às provas dos autos.

Dentro de 15 dias LeopoldoHeitor vai lançar na praça,através da Editora Impacto olivro de sua autoria, com 350páginas, A Cruz do Advogadorio Diabo, contando a históriado crime sem cadáver de Danade Tefé, bem como a aventu-ra vivida por èle na Tcheco-Es-lováquia. quando quase íoi fu-zilado na tentativa de localizara mulher que diz aináa estarviva.

Gerente doHotel Hiltonem S. Paulo

São Paulo (Sucursal) — Es-tá em visita ao Brasil o Ge-rente de Vendas para a Amé-rica Latina do Hilton Hotel,Sr. Dámaso Ayuso, que veio aSão Paulo especialmente p a r aacompanhar a construção naCapital paulista do mais nô-vo hotel da famosa cadeia.

A exemplo do que fez emtodo o mundo, o Hilton estádivulgando a maturidade tu-rística do Brasil, através demais de 100 hotéis, agênciasde turismo, companhias aérease marítimas, visando a inau-gurar o São Paulo Hilton Ho-tel com a ocupação plena deseus apartamentos e salões deconvenções assegurada.

ASSISTÊNCIAO Serviço Médico estava lo-

calizado na sede da Fundação,em Laranjeiras, tendo atendidoaté 19G5, 1200 mil pessoas. Dasnovas instalações, constam umgabinete dentário, serviço deradiologia e laboratório deanálises clinico.-, onde serãoatendidos gratuitamente, nãosó os alunos das eicolas man-tidas pelas Pioneiras, masqualquer pessoa necessitada.

No mesmo prédio, cedido pe-lo Governo, já estão instala-dos o Serviço Social, o Labora-tório Infantil e o Lactário,além de uma Divisão de Corte, geafeaj eade s2_ feitos osuniformes para as 7 000 crian-ças que estudam em 21 escolasque a Fundação mantém noRio, bem como os enxovaiscompletos para recém-nascidos,que são distribuídos às pessoaspobres. Além do Serviço Medi-co, a Fundação tem oito hospi-tais volantes no Rio e o Cen-tro de Pesquisas do Câncer naMulher, que recebeu o nomede Luisa Gomes dc.Lemos, emhomenagem à mãa de D. Sa-ra Kubitschek. As comemora-ções do 10.° aniversário conti-nuarão hoje. com uma exposi-ção na Escola de Irajá. No,dia 25, haverá missa e sessãocientifica no Centro de Pes-quisas do Câncer.

A verba federal para a Fun-dação das Pioneiras Sociaisera de CrS 1 bilhão e meio,mas, foi reduzida para Cr$ 701)milliões. Em Minas, o GovernoEstadual colabora, fornecendoprofessoras para as Escolas, e.segundo os Diretores da Fun-dação. sem a ajuda de particu-lares, as Pioneiras Sociais nãopoderiam fazer nem metade doque têm feito.

Além dos 22 hospitais volan-tes e de cerca de 80 escolas quea Fundação mantém nos Esta-dos no Rio, Minas, São Paulo,Santa Catarina, Goiás, Ceará,Alagoas, Pará e Amazonas asPioneiras Sociais destacam co-" mo suãT"3nnrs-de-maiQr_volto oEducandário em Cachoeira-Paulista, com regime de inter-nato e externato: o Centro daRecuperação Motora em Brasi-lia; o Hospital Flutuante noAmazonas (quê custou US$50nul), o Centro de Pesquisas doCâncer no Rio e o HospitalSara Kubitscheck, em Belo Ho-rizonte, que se tornou uma da*grandes fontes de renda daFundação, porque é procuradopelas pessous mais ricas do Es«tado. O atendimento nos hos-pitais e toda assistência médic*é gratuito para as pessoas po-bres, enquanto os outros pa-gam quanto podem.

Basta telefonar para aAdministração da Lagoa eo caso será solucionado

Pelo telefone 47-S205 do Serviço de Relações Públi-cas da Administração Regional da Lagoa, você poderácomunicar e pedir providências para conserto de canofurado, bueiros entupidos, remoção de lixo e limpeza deterrenos baldios, desde que as ocorrências se verifiquemnos bairros da Gávea, Leblon, Ipanema e Jardim Bo-tânico.

O Administrador Regional da Lagoa, Sr. Nelson Cor-reia Monteiro, informou que em abril vai asfaltar, emtoda a sua extensão, a Rua Jardim Botânico, pois só nopróximo mès voltará a funcionar a Usina de Asfalto doEstado, que está paralisada êste mês, para manutençãodas máquinas e férias coletivas.

LIMPEZA DE GALERIAS

Está marcado para amanhãa segunda reunião do Conse-lho Executivo Regional da VIRegião Administrativa, com oadministrador. O encontro se-rá realizado às 9 horas, no Co-légio André Mourois. Nessaocasião serão traçados os pia-nos a serem executados nospróxios quinze dias. Bo Con-selho Executivo fazem parteos membros de tôdas as enti-dades representativas dos bair-ros, sob a jurisdição da Admi-nistração Regional da Lagoa(VI RA). Também tomarão

parte na reunião todos os che-fes de distritos da região.

O administrador regional, Sr.Nelson Correia Monteiro, disseque já entrou em entendimen-tos com as companhias conces-sionárias e demais órgãos esta-duais que lidam com obras sub-terráneas, para evitai* que apavimentação dos logradourosdas regiões fiquem danificado»após os reparos. Também jáprovidenciou junto ao Diretordo Departamento de Obras, Sr.Bandeira de Melo, para quainicie a desobstrução das gale-rias de águas pluviais da VIRegião Administrativa.

Paulistanos Moradores de Botafogo vãovêem fêmur assistir peças ao arde Anchieta

São Paulo (Súcursall — Ofêmur do padre José de An-chieta, transportado num carrodo Corpo de Bombeiros c cs-coitado por elementos da Po-licia Rodoviária Federal, che-gará hoje, às 16h, procedentede Aparecida do Norte, ondeesteve exposto ua Basílica dacidade desde sábado. Será re-cebido pelo Prefeito Faria Li-ma e por membros da ComissãoNacional Pró-Canonização doPatriarca, às portas da Cidade.

Depois da recepção, a reli-quia será transportada numacarreta do Exército para a Pra-ça da Sé, onde será realizadauma cerimônia, cívico-religiosa.Terminada a cerimônia, ficaráexposta à visitação pública nopátio do Colégio, local onde oPadre Anchieta c o Padre Ma-nuel da Nóbrega fundaram acidade de Sáo Paulo.

livre no Largo do BoticárioPeças teatrais ao ar livre serão encenadas a partir

do Dróximo mês, no Largo do Boticário e no Largo doMachado, segundo informação do Administrador Regio-nal de. Botafogo. Sr. George Avelino, que pretende cons-truir num próprio do Estado uma biblioteca dedicada ex-clusivamente aos jovens que estão cursando o secundário.

O Sr. George Avelino disse que "hoje em dia o Estadonão tem mais dinheiro para fazer obras-relâmpago e defachada" e acrescentou que o seu principal objetivo é"silenciosamente limpar tôdas as galerias de águas plu-viais de Botafogo, para acabar definitivamente com asenchentes quase freqüentes ali".

MASTRO NA PRAÇA

O administrador regional deBotafogo explicou que a sua re-gião enfrenta o sério problemada falta de verbas, máquinas coperários. Mas, "cem um gran-de esforço de administração"está realizando uma vez pormès uma completa limpeza detôdas as ruas e bueiros da Gló-ria, Botafogo e Flamengo. Naúltima vez que realizou este

trabalho, empregando 200 ho-mens, removeu oito caminhõe»de entulhos.

Informou o Administrador deBotafogo que na Praça Humai-tá instalará o gigantesco mas-tro de um navio de guerra, coma legenda do Almirante Barro-so. "a fim de relembrar a. pas-sagem de Humaitá, pois a maio-ria do povo carioca desconhecea razão pela qual a praça temo nome de Largo do Humaitá",

A vollado Brigadeiro

Mário Martins

Foi anunciado que o Conse.lho Nacional dè Segurança es-tava na iminência de cassar osdireitos políticos do ex-Gover-nador Aluisio Alves, só não ofazendo, na semana finda,pórqúó ° Brigadeiro EduardoGomes teria obtido de seus pa-res o consentimento para queo acusado fosse ouvido e apro-sentasse suas razões de defesanaquele órgão, antes que seconsumasse qualquer condena-ção inapeliivel. Não sei se es-tomos diante de uma dlsorlmi-nação ou dc umn inovação pro-cessualistica naquele poderosoorganismo. De qualquer modo,porém) a ser verdadeiro o noti-etário, louvo o Brigadeiro, re-cncontrnndo-o afinal e espe-Tando que n. sua, tese se genern-lize em favor de todos os bra-sileiros cujas nomes venham nser apreciados pelo Conselhocm circunstâncias idênticas,

Quando eu digo reencontraro Brigadeiro é porque eu nãopodia reconhecer no atual Mi-lustro da Aeronáutica o meu7:rl,tn(leiro <lc 45, agorn empres-tando o seu nome para r.scondenações sem julgamento edefesa. Mais do que o seu hé-roi.-mo em Copacabana e toou.a sua conhecida vida pública,um fato é que, me levara a con-fiar em Eduardo Gomes comoum autêntico valor humano.Tinha sido o seu depoimentono delegado Belens Porto, logoapós o levante comunista naEicola de Aviação. Tendo sidoferido a bala por um oficialque o surpreendera na cnladada noite, c cuja autoria dodisparo praticamente fora in-úentificadã pelo então Coman-dante da Escola, negou-seEduardo Comes a revelar o no-me de seu que.se assassino "por

não ter ccm por cento de cer-teza", não se julgando com odireito dc apontar um suspei-to cuja voz reconhecera e cu.iafisionomia, vislumbrara no cia-ráo do disparo. É por isso queagorn, como disse, começo areencontrar o nosso Brigndei-ro, justamente apontado comoum cidadão que sempre tevenprêço pelos direitos humanose pela dignidade de seu seme-lhante, principalmente quandoêsse próximo estivesse em des-graça.

Falo pnra quem quiser ouvir:não aceito essas condenaçõessem defesa, que há dois anosvêm enodando a consciênciajurídica do Pais Ou melhor,condenações até sem qualquerp:ç.a acusa lórin cu simples no-tificação ás partes.

Ainda há cli "s- encontrei-mecom o ex-Deputado cariocaJoão Machado, cujos direitospolíticos acabam de ser cassa-dos por dez anos Continuaem perplexidade, sem que emmomento algum fosse ouvidopor quem quer que seja.

Conheci João Machado quan-do fomos vereadores e poste-riormente deputados federais.Sempre fomos adversários e. decerto modo, ferrenhos. Homemaustero, probo e eficientíssimocomo parlamentar. Dono deindiscutível espírito público,sem nenhum rnsgo esquerdi-zante. Politico dos subúrbios,médico dos subúrbios, talvezcom hábitos dos subúrbios, foio parlamentar carioca, entre-tanto, que mais se distinguiuna luta pela remodelação ur-banistica do centro da Cidade.Foi êle quem primeiro e maistenazmente pugnou pela cons-trução da Avenida Perimetralcom aquela pista elevada, bemcomo pela construção da Ave-nida, Rndial-Oeste. A êsse ho-mem de fisionomia tipo NereuRamos o Bio muito deve desua atual formosura e confor-to. Não consigo, pois, vê-locomo um degredado cm suaprópria cidade natal, condena-do sem culpa nem processo.Vejo-o, como um homem como qual a Cidade estará sempreem divida. Inclusive a dívidade desagravá-lo do ultraje so-írido- Ultraje que a nós todoshumilha, mas só aos seus au-tores degrada.

JORNAL DO Coisas da política

Kio, 23 de murço de ]%h

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Car lastiosleitores

Dirotor-Prcfiicltnre:C. Tcrelra Carneiro

Diretores:M, Fi do Naitcimtnto Brito t Celso de Souza t Sm*

Sucessão às claras

Eetltor-Ohele:Alberto Dines

0 problema cia transferência do poder, deu-tro das coordenadas revolucionárias, íoi tratadofrontalmente polo Marechal Castelo Branco, na

entrevista coletiva de ontem. Pela primeira ye? PPresidente da República admite, de público, a

questão sucessória já em lermos de candidatura.-.E náo o fêz sem, tempo, porque essa matéria cons-litui hoje o ponto nevrálgico do clima de apreen-sõés e de ansiedades que está se formando no País,à medida que nos aproximamos de 3 de outubro.Pouca írente porá em dúvida que o quadro nacio-nal seria bem diverso se não estivesse posto desde

já o debate sucessório, repetindo característicasenigmáticas c tunmllárias que pareciam pertencera uni passado irrctomável.

Diante da pergunta que Ibe fêz a imprensa,o Presidente fixou as seguintes posições explicitasou implícitas: 1) o Governo não se sente coagido

pelo simples falo da pretensão de candidato áoMinistro Costa e Silva, não o considera um can-didato fatal e indiscutível, mas o vê em igualdadede condições com outros aspirantes que ainda ve-nliíini a surgir: 2) o Governo permanece no pro-pósilo de seguir as normas sucessórias por êle pró-prio estabelecidas, c que o regime excepcional daRevolução tornou praticamente impositivas, emnome (ía continuidade do atual sistema de poder;por isso. o candidato do esquema revolucionárioterá que ser escolhido e indicado pelo Partido go-veriústá. a ARENA, e cumprir os requisitos e pra-zos predeterminados: 3) o Presidente da Repú-blica não ficará alheio à coordenação da políticasucessória, mas sem sobrepor-se aos instrumentos

que a legalidade, revolucionária criou para enca-minhar e disciplinar o processo de transferênciado poder; 4) o Presidente da República, confir-mando a posição expressa pelo Deputado AdautoCardoso (ex-líder do Governo na Câmara), abreo leque das candidaturas, não só quebrando os

grilhões da candidatura prévia e única, mas defi-ninclo ainda que o mune escolhido tanto poderá sero de mn militar coino o de um civil: 5) por fim,o Marechal Castelo Branco declara que apoiará adecisão que surgir no foro da ARJENA. após obc-decidos os trâmite.- previstas, à margem de coaçõescxtra-iiislitucionais. Em suma, o Presidente nega-se a aceitar como fato consumado a candidaturaCosia e Silva, sem, entretanto, apresentar-lhequalquer veto. Simplesmente deixa entendido queo Governo não está disposto a considerar comotrabalho perdido todo o seu esforço para disci-plinar o episódio sucessório, à custa mesmo delesões a princípios democráticos essenciais, quetiveram dc ceder lugar a artificio» arbitrários docircunstância. Se o Governo não fosse capaz,sequer, de justificar os seus recursos ã excepcio-nalidade jürídico-institucíònal, oferecendo em tro-ca ao Pais mu mínimo dc estabilidade política e

de integridade nacional, então teria praticado omaior logro da nossa História contra a boa-fc ciosbrasileiros, e assinado o seu atestado de fracasso,

que esta e as futuras gerações jamais perdoariam.O Ministro da Guerra não deve sentir-se poi

qualquer forma prejudicado pela tomada de po-sição do Presidente da República. A sua aspi-ração ao poder é legítima, ainda cpie em boa

parte montada no pressuposto dc uma posição mi-litar. Mas não lhe há de interessar ser candidadoda desagregação nacional, servindo com isso acertas paixões empenhadas cm destruir o disposi-tivo revolucionário e abrir as portas da Nação aorevanehismo. Fará melhor o General Costa e Silvacercando-se de cautelas e expungindo do seu sis-tema de forças tudo aquilo que. nele se instale emnome de vagos e suspeitos descontentamentos.Ninguém melhor do que êle, que tem sido o prin-cipal sustenláculo mili I a r do regime de 31 de,março, estará informado dos riscos que envolvema unidade das Forças Armadas nesta quadra davida do País. Não lhe pode escapar, portanto, aconsciência de que é preciso manter a coesão mi-litar a qualquer custo, mesmo que isso implique oafastamento de candidaturas tipicamente militaresda disputa sucessória. Ao Ministro da Guerra serálícito alegar que o seu nome corresponde a umdado espontâneo da realidade política vigente eque não significa, portanto, uma distorção do pro-cesso, para atender a apetites pessoais ou grupaisde poder. Más não chegará ao ponto de pretenderser realista contra os interesses da causa que ele

próprio ajudou decisivamente a fundar, forçandoum retrocesso brasileiro para a insegurança e parao caos.

Parece-nos o tópico referente a sucessão omais positivo da entrevista do Pre.-idente CasteloBranco. Outros temas politicos ali tratados refor-çam as teses defendidas por êste jornal, segundoas quais o Governo se descuidou de uma tarefarevolucionária precípua: a obra de criação in-ti-tucional em termos coerentes e duradouros, aléliqui substituída por artifícios geralmente eiême-ro-. (piiindo não contraditórios; Nem tôdas a» res-postas do Presidente da República, infelizmente,puderam imbuir-se da segurança daquela queliquida o debate em torno dò domicilio eleitoral.Na maioria é fácil sentir o sincero empenho deum governante de espírito democrático ein ajustaraos seus desejos e aos seus compromissos certassituações que desbordám claramente dá norinali-dade do regime. Mas é certo que ainda lhe restatempo para fazer unia aproximação convincentedessas posições ainda desengajadas, através deuma pronta reformulação da vida institucional doPais, com exclusão dos excessos impostos pelascircunstâncias.

Planeiamento econômico

* O Sr. Zair Cançado in-ctoga do Sr. Roberto Campos,"que voltou à. televisão pnradizer que tudo vai às mil ma-ravilhns com a sua politicaeconômico-financeira, onde èque o custo de viria está esta-bilizado".

"Ou somos surdos, cretinosou Idiotas, ou então o Minis-tro do Planejamento querbrincar com n pncièncíaalheia. Somente de 10 diaspnra cá — e é possível queS.Exa. nâo saiba disso — a ba-tata passou a custar CrS 500o quilo, não sendo encontra-da por menor preço em ne-nhuma parte da Guanabara.Bastou ser anunciado o irrl-sório aumento do salário mi-nimo.

Depois de fazer vários pn-ralelos de preços de váriosprodutos de primeira neces-sidade, como açúcnr, feijão,arroz etc, o Sr. Zair Can-çado observa que "trabalha-dores e servidores públicos jáestão pagando, pelos irrisóriosaumentos de vencimentos da-dos pelo Governo, um custode vida elevado, que somenteas lentes dos óculos do Sr.Roberto Campos não vêem".

* O Sr. Euelides da SilvaBoln, advogado, pede provi-dências através do JB visan-do à reposição de parnlelepí-pecios nn Rua São Gabriel,no Càchàmbí, os quais, soltos,náo só em conseqüência dnschuvas torrencinis de janeirocomo proveniente de conser-tos de canos dc água arreben-tados. constituem, além deum prejuízo, verdadeiro pe-rigo".

O Senhor Presidente da República em doisdiscursos recentes, pronunciados um no Paraná eoutro no Rio, enfocou temas fundamentais do

planejamento e desenvolvimento econômico nacio-nal. No Paraná, falou o Cheíe do Governo sobreas inter-relações entre o desenvolvimento agrícolae industrial. Referiu-se à obra da sua adminis-tração em favor da agricultura. É incontestávelser êsse um dos pontos altos da nossa atual poli-tica econômica. A garantia de preços mínimosc a canalização de crédito para o setor íoram osdois principais instrumentos utilizados. A alega-cão de que os excelentes resultados de 1.965 sedeveram, em boa parte, a fatores climáticos ex-cepcionais será, segundo tudo indica, desmorali-zada pela excelente safra de 1966. Foi tambémfeliz o Marechal Castelo Branco ao mostrar aimportância de mn crescimento equilibrado daindústria e agricultura. x\penas não podemos con-cordar com a alegada existência de uni miío, se-gundo o qual o desenvolvimento econômico nãopoderia ser feito com a concomitante expansãodo setor agrícola. O mito que de fato existia, eque por muito tempo dificultou nossa industria-lização, era de que o setor manufatureiro, ao tirarfatores produtivos da agricultura, punha em riscoa expansão rápida e ordenada clèsse setor. O mitorepresentava, pois, uma agressão à inchistria enão à agricultura. Quando, na década de 1950,o intenso surto industrial foi acompanhado cieaceleração no crescimento da agricultura verifi-cou-se a inexistência de qualquer incompatibili-dade entre os dois setores. Deixando, porém, delado essa discordância de ordem mais acadêmicado que prática, devemos reconhecer, com SuaExcelência, que o entusiasmo pela indústria re-legou a agricultura ao esquecimento, impedindoque se modernizasse em ritmo equivalente ao dosetor manufatureiro.

Falando no Rio. por ocasião do início dostrabalhos do Plano Decenal. o Senhor Presidenteda República mostrou o papel do Plano comoinstrumento de tomada de decisões racionais, con-trapondo-o ao euipirisnío que durante muito tem-po dominou o Pai?. Assinalou, oulrossim. SuaExcelência que o Plano è doutrinãriamente neu-

Castelo enfrenta

a questão militarNa parte politica àe

sua entrevista à impren-sa nacional e estrangei-ra, tratando q u e r áaquestão áo áomicílio elei-toral quer áo problemaáas canâidaluras presi-üenciais, o Marechal Cas-leio B r a n c o pareceupreocupado em dar én-fase especial à disposi-ção áe romper o círculoá a s pressões militares,evidentemente formaâoem torno áêle áesãe queo Ministro ãa Guerra âe-adiu proclamar suas as-pirações âe candidato fo-ra üo esquema traçadopelo Governo para a su-cessão.

com a franqueza quase frentã-lo e a ãar, portan-rude com que o Maré- to, conseqüência práticachal Castelo Branco li-quíâpu a questão ão ão-micílio eleitoral, ãa qualse beneficiariam, nadamais naáa menos, quedois Comandantes deE x èr c itos estratégica-mente importantes: osGenerais Amauri Kruel,do II, desejoso ãe se can-didatar ao Govêmo áeSão Paulo; e Justino Al-ves Bastos, áo III, aspi-rante declarado à condi-ção de candidato ao Go-vêrno do Rio Grande doSul.

à sua disposição.

Dua.s interpretações

Há, contudo, mais deuma interpretação paraas palavras do Presidentena questão do áomicílio,parecendo a mais corretaa que nos leva a concluir,com subsídios forneciâospor assessores qualifica-dos da Presidência, queelas significaram na rea-lidade um veto às aspira-ções dos Generais Kruele Justino.

tro. não significando, de forma alguma, opção pelointervencioni-nio ou alargamento do setor gover-namental na economia. L m dos aspectos maisimportantes do pronunciamento de Sua Excelen-cia foi contudo a declaração de que o Plano De-cenal será preparado mediante ampla consultaaos setores interessados, sejam eles iniciativa pri-vada ou governos estaduais.

Essa afirmação, ligada ao renascimento doCONSPLAN, recentemente encarregado de exanú-nar temas tão importantes quanto o da estabilidadetrabalhista, anuncia uma nova tendência na admi-nistração de nossa política econômica. Na me-dida que esses novos rumos se afirmem, ter-se-áaberto caminho para maior entrosamento e en-lendimento entre Governo e comunidade eco-nômica nacional.

No seu discurso o Senhor Presidente da Fie-

pública não leve a oportunidade de abordaralguns aspectos do planejamento que não deverãotodavia ficar esquecidos ao ser implementado oPlano Decenal. Reíerimo-nos e em primeiro lu-

gar, ao problema do controle. De nada servirádispor de um excelente plano se sua execução nãofôr acompanhada mês a mês. semana a semana,e, algumas vezes, dia a dia. Para a montagem deum controle o primeiro requisito é, sem dúvi-da, o da existência de estatísticas boas e abundan-tes. Estas, porém, não são por si só suficientes.É indispensável que suas indicações sejam segui-das imediatamente da ação corretora que se reve-lar necessária. A par do controle parece-nos iu-dispensável que o Governo assuma a iniciativa de

preparar para os diversos setores da economia ouregiões do País, carteiras de projetos capazesde definir concretamente as possibilidades de in-vestimento. Essa técnica de preparação dc car-tèiras de projetos, largamente usada em outras

partes do mundo, tem sido ignorada no Brasilcom a conseqüência, entre outras, de que osfundos de investimento, em cruzeiros on moedaestrangeira, ficam muita.- vezes sem integral uli-lização.

Nesse momento de inquietação e pessimismoos dois discursos do Chefe do Governo constituemiudubitàvehnente importante nota positiva.

Segunão outra inter-Para tornar mais ex- pretação o M ar e chal

pressiva sua atituàe. nes- castelo Branco teria âe-Aborãanáo com desen- te particular, o Presiden- sejaâo, apenas, aâiantar

vóliüra surpreendente o te âa República não se qUe Q Governo e atema áa sucessão presi- preocupou, seque r. em ARENA não tornariam aãencial, o Marechal Cas- negar que os Generais iniciativa ãa emenáateio não se limitou a re- Kruel e Justino lhe hou-pelir a iãéia ou a possi- vessem solicitado — porbiliãáãe ãe uma candi- intermédio do Generaldatura exibiâa como "fa- Costa e Silva e áepois di-to militar', mas avan- retamente, em Sanla Ma-

ria, no Rio Granãe áoSul — a eliminação áaexigência üo áomicílio.Ao contrário, aceitando a

çou para denunciar umsurto, a seu ver aborta-âo, âe militarismo, "es-iimulaüo por civis e ne-gligenciado pelas Forças pergunta áa imprensa,Armadas". O candidato tal qual fora formulada,— disse, dando signifi-cação maior às gestõesãos Srs. João Agripino eAàauto Caráoso — "po-de ser civ.il ou militar",isto é, não será necessà-riamente militar- Maisclaramente: o canáidato

com referência expressaà noticia áas solicitações,o Marechal Castelo Bran-co as confirmou tácita-mente, para, em seguida,revelar que não as aten-ácria, pelas razões dadas:

constitucional, o que naoimpediria que ela surgis-se de outras mãos e che-gasse a ser aprovada.

Sabendo-se. entretan-to, que por esse caminhonenhuma emenda seria,aprovada em tempo útil,pela impraticabiliáaâe üoquorum, esta segunáa in-terpretação fica invali-daáa, embora os ãirigen-tes âo MDB já estejampreparaáos para a tenta-tiva áe atrair o númerosuficiente áe votos naCâmara e no Senado.

Quanto ao precedente.tendo sido a matéria tranão será, ne.cessàriamen- tada em emenda consti- possivelmente temido pe-te. o General Cosia e Sil- tucional. posteriormente i0 Marechal Castelova, a quem o Presidente modificada pelo Ato Ins- Branco, áe consentir o

titucional n.° 3. seria in- Govêmo na alteração doconveniente a apresenta-ção da matéria no Con-gresso.

ãa República credita ofato de haver repelidocom dignidade o incita-mento de certas áreaspara que levasse a suaproclamação antecipadaàs últimas conseqüên-cias.

Êsse aspecto da entre-vista presidencial foi, en-tretanto, ampliado emsua carga de intenções

Se o "fato militar" exis-

Ato Institucional n.° 3por emenda constitucio-nal, o Senador AntônioBalbino dizia ontem que

te — e custará muito esse precedente já forapouco tempo a sua con- aberto, quando o Con-firmação — passe a exis-tir, oficial e públicamen-te, êste outro fato impor-tante: o Presidente ãaRepública dispõe-se a en-

gresso modificou o pri-meiro Ato Institucionalpara prorrogar o manda-to ão Presiãente da Re-pública.

li vos da insegurança

Inúmeros são os moti-vos que contribuem pa-ra o aumento da crimina-lidade que tanto preo-cupa as autoridades res-ponsáveis pela segurançada população, hoje ex-posta à crueldade de as-saltantes que roubam osbens materiais e tiram avida a quem lhes resiste.Não é somente a deficiên-cia dos órgãos de segu-rança o fator da inquieta-çáo em que vive a Cida-de. Há vários outros, so-bretudo, os relacionadoscom os problemas econô-micos, a vida cara, o de-semprêgo. o pauperismo,a habitação; a questão dosmenores abandonados edelinqüentes que nuncase resolveu e cada vez setorna mais precária a suasolução, e n f i m uma

Martins Alonso

meira -da debilidade poli- confiança, vez que con-ciai. frente à delinqüên- tava com a participaçãocia. O aparelbamento po- de elementos habilitadosíicial, como observam os pelo tirocínio e não ape-que acompanharam a sua nas pelo estudo teóricoevolução lenta e dificil, da escola, que instrui,não se desenvolveu no mas não dispõe para amesmo passo do cresci- execução. Depois, o de-mento da Cidade, seu sestímulo do Estado à

progresso urbanístico massa de funcionalismosua riqueza. As reformas policial determinou a cor-e" readaptações que em rida à opção, e. nessetodo o tempo se preten- momento, o desfalque foi

completo, além da defi-ciência material.

Aí estão os motivosprincipais que deverãomerecer, segundo noticia-

complexidade de fatos ecircunstâncias que têm de horário marcado em re-ser examinados em con-

deu realizar visando aassemelhá-lo às institui-ções congêneres das gran-des e modernas capitaisdo mundo, esbarraramsempre na descontinuida- áo, as atenções do Esta-de administrativa e nos áo, numa reforma subs-óbices opostos pela alta tancial que se planeja.burocracia, que jamais Hoje, a cúpula do apare-compreendeu a finalida-de dos órgãos de seguramca. e os tratava como sefossem apenas reparti-cões que funcionam com

lho de segurança está eu-tregue à chamada "prata

da casa", a elementos dacarreira que conhecem ainstituição porque ingres-saram nela noutro tempo,

junto para estabelecerum plano de prevenção crepressão que, não exter-minando a ação delituo-sa, o que seria iinpossí-vel, pelo menos evite queela cresça, como é fácilde observar pela publici-dade diária c pela com-provação das estatísticas

gulamentos e não comu- c estão capacitados, senidades dc vigilância per- ]\xes derem meios sem osiminente, sem limitações ze]os de Vnna burocraciade tempo de trabalho, e, arrastada, a resolver tô-portanto, com direito dos os problemas que co-estímulos, numa carreira laboram na alta da crinibingrata, e compensações nalidade e no desassossè-em face dos riscos de vida g0 da população.e todos os sacrifícios.

Até que a Cidade setransformasse em Estado, Muito sensibilizado

nas quais, acertadamente, houve uma polícia que, a com os aplausos do e<*!cse louvam as autorida- despeito das precarieda- ga Jurandir dos Santosdes como ponto de par- dc- de recursos e da con-tida para a reação que se (\uli\ *uspeitosa de certasprojeta. autoridades que nela in-

M a s é iiidisfarçável gressavam com a mudan-que a pobreza de recur- ça constante das chefias,sos materiais e humanos mantinha um nível deé a razão ou causa pri- produção que inspirava

Lima. a propósito do ar-ligo sobre a estabilidade,em carta que, por motivoindependente de minhavontade, não posso di-vulgar.

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.Tomai do Brasil, quarta-feira, 23-3-615, l.P Cad. — 7

Negrão solidário com Bahianega falsidade do decretopara investigação na CEDAG

O Governador Negrão de Lima enviou ontem umacarta ao JORNAL .DO BRASIL através da qual analisaa atuação dc Chefe de seu Gabinete Civil, Sr. Luis AlbertoBahia dizendo que "êle não falsificou documento algum,ao anunciar, pela televisão, a assinatura de um decreto

para a constituição de uma comissão de alto nível parainvestigações na CEDAG". ,. ,. .

Em sua carta, o Governador pronuncia-se solidáriocom o Chefe da Casa Civil, "pois o decreto não foi alte-rado na sua essência -¦¦ criar a Comissão —, nem no seuobjetivo primordial — investigar as operações", e consi-dei-a as alterações introduzidas "fato normal e nada es-tranhávet".

Comercio mobilizado contra Lei de egarança

ÍNTEGRA

f; a seguinte, na integra, acarta enviada pelo Governadorda Guanabara ao JORNAL DOBRASIL:"limo. Sr. Dr. NascimentoBrito — DD. Diretor do JOR-NAL DO BRASIL. Nesta.

Senhor Diretor.A propósito da nota "Negrão

faz novo decreto para CEDAG"estampada na edição de hojedo JORNAL DO BRASIL, devoprestar a és&e matutino os se-guintes esclarecimentos.

No dia 17 do corrente, quin-ta-feira. autorizei que o Che-íe da Casa Civil, Doutor LuizAlberto Bahia, anunciasse, numprograma de televisão, a la-vratura e assinatura de decre-to criando uma Comissão dealto nível para examinar astransações efetuadas entre aCEDAG. o Banco do Estadoda Gtianabara e o ConsórcioGuandu S/A.

O Dr. Luiz Alberto Bahianão falsificou documento nc-nhum. O decreto, anunciado noprograma de televisão pelo

Chefe ria Casa Civil, não foialterado na sua essência —criar a Comissão —, nem noseu objetivo primordial — in-vestigar as operações. As al-terações introduzidas — fatonormal e nada estranhável éa modificação de um decreto— visaram tão somente a eli-minar o que pudesse parecerantecipação às conclusões daComissão, bem como ampliara área de investigações, esten-dendo-as às operações do Ban-co do Estado da Guanabara edo Departamento de Estradasde Rodagem com a Servix S/A;

O Governador dô Estado ma-nifesta-se inteiramente solida-rio com o Chefe da Casa Ci-vil, em todos os seus atos e.palavras, e aguarda apenas seprocessem as investigações eseja apresentado o relatório fi-liál para tomar as providênciasque a Comissão houver porbem indicar.

Agradecendo a publicaçãodesta, subscrevo-me atenciosa-mente, Francisco Negrão deLima".

Comissão começa hoje aexaminar as transações

Sob a presidência do Pro-curador-Geral, Sr. Lino Neivade Sá Pereira, instala-se hoje,às lOh, a. Comissão criada peloGovernador Negrão de Lima,para examinar, em 60 dias a.legalidade da, constituição daCEDAG e. estudar todos os con-tratos feitos pela. entidade como Banco do Estado da Guana-bara, o Departamento de Es-tradas de Rodagem e o Con-sórcio Construtor Guandu S.A. e a Servix S. A.

Segundo denúncias do Chefeda Casa Civil do Governador.Sr. Luis Alberto Bahia, teriamocorrido várias irregularidadesnas transações especialmentequanto aos pagamentos efetua-dos pelo BEG às firmas em-preiteiras que estão construin-do a Nova Adutora do Guan-du.

MANOBRA POLÍTICA

Segundo o ex-Presidente daCEDAG, Sr. Luis Roberto Veí-ga Brito, "a- criação da Comis-são não passa de manobra po-lítica. destinada, a desviar aatenção da pofAilaçáo da inér-cia a que está lançado o Go-vêrno Negrão de Lima, que atéagora nada fèz."

O ex-Presidente da CEDAGdisse que a manobra "serve

para atingir o objetivo expressa-do pelo Governador, na reuniãode sábado passado, que é o de— sem desmoralizar o Chefe daCasa Civil do Governo, que di-vulgou pela imprensa um de-crèto falso — dar um cunhomais amplo à Comissão, esva-ziahdo-a e retirando o caráteragressivo das "considerandos"do decreto falso (que foramsuprimidos), c deixando à Co-missão a tarefa de examinarpró-formu, detalhes sem ex-pressão da Constituição daCEDAG. criada pela Lei ri.0 203.em 1962."

DIFERENÇAS

— Para atingir êste objetivo,o decreto n. 2 mantém o mes-ino prazo de 60 dias do decreton.° 1 os nomes dos. integrantesanteriores, mas suprime todosos considerandos do decreto tor-nado público pelo Chefe da Ca-sa Civil, e ampliando o raio deação da Comissão que deverá,agora, analisar também astransações do Departamento deEstradas de Rodagem, disse oSr. Veiga Brito.

A redação do decreto n.° 2diverge da do ri. 1, no qual eracriada uma Comissão de Invés-tigações, que, no ato posterior,tem o nome de Comissão. Co-mentando êste fato, o Presiden-te da CEDAG, Sr. Antônio Lis-boa de Miranda, disse ontem,numa nota oficial, que: "D nãoexista nenhum decreto oficialdo Governo instaurando mnaComissão de Inquérito na CE-DAG, conforme foi divulgadopela imprensa. 2) existe sim,uma Comissão ampla designa-da pelo Sr; Governador para scesclarecer sobre • os contratosCEDAG, BEG, Estado ria Gua-

Mangue serádespejadoem 30 dias

Todos os prédios da Rua Vis-conde Duprat, no Mangue, notrecho onde funcionam casasde prostituição, devem ser de-socupadas dentro de 30 dias,porque o Juiz da 5.1** Vara daFazenda Pública, Sr. NewtonDoreste Batista, concedeu on-tem a liminar na ação de rein-tegração de posse em que o Es-tado da Guanabara pretende tera área livre naquela zona.

O magistrado considerou queos ocupantes dos prédios sãouns esbulhadores. pois nãoatenderam à notificação préviapara abandonarem o local queocupavam a titulo precário,desde a desapropriação feita naépoca da construção da Av. Pre-sidente Vargas e já despachouos oficiais de Justiça para co-brirem toda a zona com suasintimações. .

PROCURA DO AUTORÀ

Personagem de um grande draina, Ougii só sabe clinintir por Tito, que ninguém conhece

Abel Rafaelcontra PlanoEconômico

nabara e Servix S. A., bemcomo DER, BEG, Estado eServix S. A., conforme o de-creto hoje publicado. 3) estouaguardando o chamado da Co-missão para prestar-lhes todosos esclarecimentos a meu al-cance."

Os contratos apontados comoirregulares, foram firmados pe-lo Governo Sette Câmara eexecutados durante o GovernoCarlos Lacerda, que construiua Nova Adutora do Guandu.

"Náo há irregularidades naconstituição da Companhia Es-tadual de Águas", afirmou oSr. Antônio Miranda, desmen-tindo que não se tivesse obser-vado, para a criação da com-panhia, a Lei n.° 263, c as leisque regem as sociedades anô-nimas.

— A CEDAG assumiu todosos compromissos do antigo De-partamento de Águas do Esta-do. inclusive com organizaçõesinternacionais (bastante conhe-cidas pelo cuidado com que fa-zem suas transações, especial-mente no aspecto legal, no ca-so o Banco Interamericano deDesenvolvimento, que finan-ciou, a longo prazo, a constru-çáo da Nova Adutora doGuandu.

RESPONSABILIDADE

Sobre tais transações, diz oex-Presidente, Sr. Veiga Brito,ser "evidente que, se existissefundamento nas declarações doSr. Luís Alberto Bahia, o pró-prio BID seria o primeiro anáo concordar com a transfe-rência da responsabilidade dasdívidas contraídas, o que nãoocorreu.

O próprio Governo fede-ral — disse — tem conheci-mento de todos os detalhes dastransações realizadas pelaCEDAG, tendo, inclusive, con-cedido, através do Departa-mento Nacional de Obras e Sa-neamento, um empréstimo deCr? 2 bilhões, para a conclu-são da Nova Adutora. Istoprova que a constituição daCompanhia é fato aceito portodos como licito e indiscutível.

ASSUNTO ENCERRADO

Segundo revelou ontem o Sr.Luis Alberto Bahia a diversaspessoas que o procuraram, èlenão mais voltará ao caso daCEDAG. que considera assuntoencerrado, mas "espera apenasque o Sr. Veiga Brito expliqueos diversos cheques para paga-mentos de firmas empreiteiras,visados por éle. c que forampagos pelo Banco do Estadosem a necessária cobertura".

Segundo ainda o Chefe daCasa Civil o montante destescheques vai a CrS 16 bilhõese 500 milhões, e a posição doGoverno agora, com a consti-tuição da Comissão, é deixarque ela desenvolva os seus tra-balhos. ouvindo as pessoas im-plicadas, até apresentar o • seurelatório, retirando a questãodos ataques pessoais em quefoi colocaria.

Gaúcho perdefrigoríficoem incêndio

Porto Alegre (Sucursal)Mesmo com a ajuda dos

bombeiros de Santa Maria eCruz Alta, a guarnição deJúlio de Castilho não conse-guiu apagar o incêndio naCooperativa Castilhense deCarnes e Derivados, que de-sapareceu com prejuízos deCrS 2 bilhões, ante-ontem,á noite.

Segundo foi apurado pelaPolicia, o incêndio começoudepois de um curto-circuitono pavilhão das câmarasfrigoríficas, recente m en t einstaladas. A população ten-tou ajudar os bombeiros,mas ontem cedo o estabele-cimento já não existia^

Brasília (Sucursal) — ODeputado Abel Rafael, daARENA mineira, disse,, ontem,no plenário da Câmara, queembora seja, integrante do par-tido governamental, está fron-talmente contrário à políticaeconômico-financeira do Sr.Roberto Campos, porque, "emeconomia, como em tudo o mais.o importante é o resultado eninguém agüenta este resulta-do".

Acrescentou que o Ministrocio Planejamento deve ser umbom teólogo, porque freqüen-tou seminário, mas que "eco-nomia,. mesmo, porém, éle a es-tudou na América do Norte, on-de viveu muitos anos. E tan-to é prova que viveu la. que fa-la com sotaque americano".Para o Sr. Abel Rafael, o Sr.Roberto Campos aprendeu arealidade americana, mas estáinteiramente fora da realidadenacional.

MUDEM 0 REMÉDIO

Disse, em seguida, que o Go-vèrno, quando a coisa sai er-rada, apela para o nome daRevolução. "O indivíduo passaa ser anti-revolucionário''.

Chancelerempossa 2Secretários

O Ministro Juraci Magalhãesdeu posse ontem aos novos Se-cretários-Gerais Adjuntos paraOrganismos Internacionais epara Assuntos Americanos, res-pectlvamente, EmbaixadoresSérgio Afonso Correia da Costae Manuel Antônio de PimentelBrandão.

O Chanceler ressaltou a im-portáncia do trabalho de equi-pe. frisando: "não pretendoacrescentar nenhuma glória àsque a Casa de Rio Branco játem. mas que não permitireique elas se esmaeçam cm suasmãos'.

O QUADROO Embaixador Correia da

Costa substitui o Ministro Lour-des de Vicenzi, que passou aocupar a Secretária-Geral Ad-junta de Planejamento Políticoe o Embaixador comissionadoPimentel Brandão substitui oEmbaixador Arnaldo Vascon-celos, que faz o curso da Es-cola Superior de Guerra.

Ontem mesmo o EmbaixadorCorreia da Costa passou aexercer, interinamente, as fun-ções de Secretário-Geral de Po-lítica Exterior, em face da via-gem do Embaixador Pio Cor-reia ao Uruguai, na comitivado Ministro Juarez Távora,

Caillois eToynbee vêmao Brasil

O sociólogo e crítico francêsRoger Caillois e o historiadoringlês Arnold Toynbee visita-rão o Brasil no decorrer dês-te ano, convidados pelo Depar-tamento Cultural do Itamarati.O escritor francês virá no pró-ximo mès de abril e Toynbeedeverá vir em fins de agosto.

A visita dos. dois pensadoreseuropeus faz parte do planoelaborado pela Divisão de Co-operação Intelectual daqueleDepartamento, no sentido detrazer ao Brasil eminentespersonalidades intelectuais pa-ra pronunciarem conferênciascm Universidades e Círculosde Estudos.

Tanto Roger Caillois quan-to Arnold Toynbee visitarãoBrasília, Rio e São Paulo. Osociólogo francês irá tambéma Curitiba e Porto Alegre, en-quanto o historiador britânicodeseja ir ao Amazonas e aFortaleza, a fim de verificaras condições em que vivem osindios e os nordestinos.

A visita de Roger Caillois de-veria ter sido feita no ano pas-sado, mas foi cancelada emface do falecimento de seu pai.dias antes da partida para oBrasil.

Grianca loura e robustaaguarda na Polícia quepais provem pater

Um menino louro de pouco mais de um ano, tão pe-sado (25 kg) que não consegue ficar de pé, e que repetecom sua língua presa uma só palavra — tito, tito —. queos policiais julgam tratar-se de titio. está desde ontem àtarde na 1. Delegacia de Vigilância, aguardando que seuspais provem a paternidade e o levem para casa.

Carlos Alberto, ou Gugu, foi encontrado pela Policiacom uma mulher de còr que o seqüestrara na manhã deontem. À noite apareceu o espanhol Bernardo Arcos Paris,dizendo-se pai da criança, mas acabou discutindo e presopor desacato à autoridade. A Policia diz que os pais terãodificuldades em reaver a criança, pois ela não foi regis-trada.

Revoltadas, mas mantendocerta reserva, dirigentes cias-•si.stas ligados ao comércio va-rejista deram inicio, ontem,

si realização de assembléiaspermanentes, enquanto mobi-llzáváiri os seus departumen-tos jurídicos, para elaboraremparecer técnico contra, a apli-cação <ia Lei de SegurançaNacional ao comércio vare-jlsta,

O Presidente cio Sindicatocia Indústria de Panlficação eConfeitaria do Estado, Sr.Válter Araújo; disse que hádiscriminação nos flagrantesfeitos por fiscais da SUNAB,ci.tando que a maioria doscomerciantes detidos no Gal-pão da Quinta da Boa Vista écomposta de padeiros c açou-gueiros.

REPERCUSSÃO

O clima de mobilização ob-servado ontem nas sindicatoscjue congregam representai!-tes do comércio de gênerosalimentícios era explicadopela pena imposta anteontemao primeiro comerciante au-tuado em infração contra aeconomia popular, marcandoo início da atuação do Tri-bunal Militar em casos dessanatureza.

Embora escusando-se demaiores comentários, o Pre-.sidente do Sindicato do Co-mércio Varejista de CarnesVerdes do Estado, Sr. O.sval-do Pacheco, disse que o as-sunto já estava sendo aprecia-do pelo Departamento Júri-dico daquela entidade, deven-rio o parecer técnico ser di-vulgado nos próximos dias,tão logo seja encaminhado àsautoridades.QUESTÃO POLÍTICA

O Sr. Válter Vieira da Sil-va, do Sindicato dos Panifi-cadores, afirmou que "o errocomeça quando um contri-buinte do erário é jogadonuma prisão comum, junta-mente com perigosos delin-quentes e marginais".

— Não podemos concordar— acentuou — que o caso do

pão continue sendo tratadocomo questão politica, comoocorre desde os tempos dosfaraós, sendo, no momento,praticamente o único produtosob tabclamemo. pois o leiicjá foi liberado c somente ospiores tipos da carne de se-gunda qualidade continuamtabelados.

Revelou que os 13 padeirosrecolhidos ao Galpão chi Quin-ta da Boa Vista continuamrecebendo assistência jurídica,citando que o departamentoespecializado "vai provar, téc-riicàmente, que não há justifl-cativa pnra o enquadramentodos comerciantes de gêneros naLei de Segurança Nacional"

CONTROVÉSIAS

Os demais dirigentes dessasentidades manifestaram opi-nião de que a matéria é con-troverticla. desde que o Decre-to governamental n° 2 foraconjugado à Lei dc SegurançaNacional, eliminando o júripopular previsto na Lei deEconomia Popular, cedendovez ao Conselho Permanentecie Justiça Militar-

Entendem que. no caso, odispositivo é inconstitucional,argüindo que os autos da fis-calização federal são insufi-cientes para a condenação, in-clusive porque "nenhum paclci-ro ou açougueiro iria osten-tar tabelas majorando preçosde gêneros sob regime cie ta-belamento".MAIS PRISÕES

O Delegado Regional daSUNAB, Coronel Gervásio Des-champs, concederá uma entre-visla coletiva hoje às 17 horas,quando explicará o plano deintensificação das batidas con-tra o comércio de gêneros ali-mentidos do Estado, para en-quadramento na Lei de Segu-rança Nacional-

Ontem fiscais da Delegaciaatuuaram os comerciantes Ado-naldo Rangel do Nascimento,proprietário ria mercearia domesmo nome na Rua Mirln-duba, 601, em Bento Ribeiro,

e Virgílio da Silva, proprietá-rio da Padaria e ConfeitariaMontese Ltdn., também naRua Mirinduba, n." 518, am-bos por prática de mercadonegro na venda de produtostabelados, sendo qualificadosna Delegacia dc Crimes Con-tia a Saúde Pública e recolhi-dos ao Galpão da Quinta daBoa Vlsta.

NOTA EM MINAS

Belo Horizonte (Sucursal) —A.s entidades representativas docomércio em Minas, através daFederação do Comércio, emi-tirão hoje uma nota oficialorientando os comerciantes mi-nelros como proceder em face"das medidas repressivas doGoverno federal, que incrimi-na a todos os que infringirema lei, enquadrando-os poste-dormente, na Lei cie SegurançaNacional".

Os dirigentes dás entidadesrepresentativas do comércioatacadista e varejista de Minasse reuniram ontem, duran-te quatro horas na sede da Fe-deração do Comércio, com aparticipação do Delegado Re-gional da SUNAB. Sr. HélioMachado, e voltarão a se reu-nlr hoje. pela manhã, paradecidir sobre a nota oficial a.ser divulgaria.

VAREJISTAS

A posição dos varejistas deMinas Gerais foi definida on-tem pelo Presidente da Uniãodos Varejistas, Sr. Nelson Le-mos de Carvalho, ao afirmarao JORNAL DO BRASIL que"a nossa situação é optarmosentre o abandono de nossasatividades, com o fechamentodas lojas e armazéns ou entãoaceitarmos impassíveis a re-pressão policial que nos éfeita".

— Continuamos defenden-do a tese — concluiu — deque nâo é com a violência queo Governo conseguirá estan-car o aumento do custo de vi-da, mas com maior produçãoe produtividade.

Fia ar ante alé 11 de fevereiro é de civil

DESCONFIANÇA

Cercada dos cuidados e ca-rinlios dos policiais, a criançamantém-se calma, indiferentemesmo à sua sorte, esquecidados pais, de quem está afãs-tada desde quando foi seques-trada. por uma mulher di córque na Delegacia afirmou nãoter intenção do ficar com ela.pois não tem onde morar, e ".soa. carregou porque a achou en-graça dinha."

Afirmando ser o pai da cri-anca raptada, o Sr. BírnardoArcos Paris (espanhol. 31 anos.residente na Rua Joaquim Lo-pis Mn tério. n.° lõ-A, loja, emCaxias), revelou às autoridadesque a verdadeira mãe de seufilho chama-se Teresinha Fer-nandes de Lima, mulher de vi-da irregular, 22 anos, residentena Rua Pedro Ernesto n.° 8 821.

A MAE

Bernardo disse aos policiaisque a criança ainda não haviasido batizada — apesar de ter1 ano e 2 meses — informan-do que seu filho se chamaráCarlos Alberto, com apelido fa-millar de Gugu. Contou quenáo é casado com Teresinha,nem vivem juntos, tendo sido,apenas, uma amante ocasional,Todavia, sustsntá-a há mais deum ano.

A prisão da mundana SôniaMaria da Silva, raptora dacriança, ocorreu graças a ciili-gência do motorista AmauriB.nto de Andrade, residentena Rua Ricardo Machado, 782,

Diretoresde jornaiscom Castelo

Os diretores dos jornaisdo Rio almoçaram ontem, às13 horas no Palácio das La-ranjeiras. com o PresidenteCastelo Branco.

Estiveram presentes: Srs.João Calmon (Associados).Chagas Freitas (O Dia-ANotícia), Roberto Marinho1.0 Globo), óton Paulino(O Dia), João Dantas (Dici-rio âe Notícias), Moacir Pa-dilha (.Jornal do Comércio),

¦ José Bogéa (Gazeta de No-licias), M. Paulo Filho (Cor-reio âa Manhã), e Nasci-"mento Brito (JORNAL DOBRASIL) .

na Barreira do Vasco. qu.'. di-rigindo um ônibus da CTC, dalinha Francisco d: Sá-PraçaQuinze, par:,u o coletivo nafrente da Delegacia de Vip.i-lâncla, solicitando auxílio do.spoliciais, na suposição de quea passageira não era a mãe dacriança, como afirmava.

ALCOLATRA

Sônia ao contrário da crian-ça, era maltrapilha, dc côr,apresentando sinais rie que es-tova. alcoolizada, provocavatumulto dentro do ônibus, dis-cu tindo com passageiros, semdemonstrar qualquer cuidadocom a criança que, abandonadano seu colo, exigia a atenção deoutras pessoas, que a ampara-vam, para que não batesse coma cabeça contra os ferros docoletivo.

Só a muito custo os policiaisconseguiram a confissão ciamulher de que a criança náoera sua filha como a principioafirmava.HISTÓRIA

Sônia afirma que trouxe acriança de Caxias, onde umamulher bonita, loura e alta. pe-diu que cia a, segurasse por ins-tantes, enquanto ia falar como pai dela, um espanhol, pro-prietàrio de um hotel na Praçacio Pacificador naquela cidade.

A mãe da criança, teria ditoá raptora qne o pai não queriavê-la, e por isso ia ao hotelpara, quebrar a cabeça dele comuma garra fada, mas não reto-nou para apanhar o menino.

Abertos oscursos deEnfermagem

Estão abertas as inscriçõesao Curso de Auxiliar de Enfer-magem nos hospitais CarlosChagas, Getúlio Vargas, Mi-guel Couto, Moncorvo Filho,Rocha Faria e Sousa Aguiar.

As informações devem serpedidas no Sousa Aguiar —Praça da. República. 111, tele-fone 22-1950; Miguel Couto —Rua Mário Ribeiro, Gávea,27-9663; Carlos Chagas — Ave-nida Osvaldo Cordeiro de Fa-rias, 466, Marechal Hermes.MH 614; Getúlio Vargas, RuaLobo Júnior, 2 293, Penha Cir-cular, 30-2768: Moncorvo Pi-lho — Rua Moncorvo Filho,90, 32-0530; e Rocha Faria —Avenida Cesário de Melo, Cam-po Grande, CG 667.

Os comerciantes presos emflagrante até o dia 11 de feve-reiro cie 1966, por infringirem aLei de Economia. Popular, nãoserão julgados pela Justiça Mi-litar, segundo decisão tomadaontem pelas auditorias-do Exér-cito, Marinha c Aeronáutica, aodeterminar a devolução à Jus-tiça Civil de todos os processosque se enquadrem neste caso.

A decisão das auditorias ba-seou-se em acórdáo proferidopelo STM. durante a sessão desegunda-feira, estabelecendo quea Justiça Militar só tomariaconhecimento do» processosabertos após a publicação dodecreto presidencial que tirouda Justiça Civil a competênciapara julgar tais crimes.DEVOLUÇÃO EDENÚNCIAS

O Conselho Permanente deJustiça da 1." Auditoria da Ma-

rinha, por decisão unanime dosseus membros, encaminhou on-tem á Justiça Comum os autosde prisão des comerciantesJoão Catro Figueira, BelarminoDias Fontes, João Vítor, Gui-lherme Agostinho de Andrade,Cândido Loureiro, Antônio cioAmaral. Álvaro Cardoso Pires,que estão presos no Galpão daQuinta da Boa. Vista, c ManuelJoaquim Lopes, cuja prisão pre-ventiva foi negada pelo mesmoConselho

Todos estes comerciantes fo-ram presos em flagrantes quan-do vendiam mercadorias acimado preço, exceto o Sr. ManueJoaquim Lopes. cuja. prisão pre-ventida fora requerida peloPromotor Benedito Filipe Rauen,que augumentotl ser "éle o res-ponsável pela majoração doproduto vendido pelo Sr. Be-larmino Dias Fortes num dosseus estabelecimentos". O pe-

dido foi negado pelo Conselhosob o argumento de que o Sr.Manuel Joaquim Lopes é ape-nas um dos acionistas e não oúnico dono da firma M. M. J.Lopes.

O Promotor Nilton MenesesFilho, da 2." Auditoria da 2."Região Militar, apresentou de-núncla contra os comerciantesCarlos Silva e Benjamim dosSantos, ambas padeiros, presosem flagrante quando vendiampão com deficiência de peso; eJesus Reis Caamano, preso pormajorar preço de medicamen-tos.

Ontem, na l.» Auditoria daI.1 Região MHtar. o ConselhoPermanente de Justiça qualifi-cou os açougueiros AntônioJoaquim Gonçalves Veloso eManuel Veloso, denunciados co-mo incursos na Lei de Segu-rança Nacional por majoraremo preço da carne de segunda.

Tinoco anula flagrantes realizados em S. PauloSão Paulo (Sucursal) — To-

dos os flagrantes feitos contracomerciantes que infringiram aLei de Economia Popular emSão Paulo foram anulados peloJuiz José Tinoco Barreto, da2."- Auditoria da 2. Região Mi-litar.

O magistrado baseou-se nofato de que todos os autos fo-ram lavrados por autoridadescivis, e o Ato Institucional n.°2 capitulou estes crimes na Leide Segurança Nacional, dc jttl-gamento privativo da JustiçaMilitar.

SO MILITAR

Assim, somente autoridadesmilitares poderão efetuar pri-soes em flagrante dos comer-ciantes que sonegarem merca-doria, extorquirem no preço ouexpuserem-nas para venda de-terioradas, limitando-se os ci-

vis a elaborarem inquéritos queserão encaminhados para jul-gamento na Justiça Militar.

DESPACHO

Em seu despacho, o juiz-au-ditor esclarece que "é óbvio quea lei processual a ser aplicadaé a militar, pois não é possívela aplicação das normas proces-suais da Lei Especial 1 521, queestabelece mecanismo totalmen-te incompatível com a organi-zação judiciária militar".

Assim sendo, os autos de fia-grantes deviam ter sido lavra-dos por autoridade militar enão civil, e por isso são nulos.Assim como é o delegado dis-trital o competente para lavrarflagrante contra civil ou mili-tar que tenha acabado de pra-ticar crime comum, é a auto-ridade militar competente paralavrar flagrante contra civil oti

militar que. tenha, acabado depraticar crime militar".CONTRA JURISPRUDÊNCIA

Fontes do Superior TribunalMilitar disseram ontem aoJORNAL DO BRASIL que."causou estupefação no STM.a decisão do Juiz-Auditor Jo-sé Tinoco Barreto, que é contratôdas as regras da Jurispru-dência, uma vez que a compe-tência de Foro nada tem a vercom o flagrante pois êste podeser lavrado por qualquer auto-ridade competente, seja elacivil ou militar".

— E claro que um guarda-freios ou porteiro não pode la-vrar um auto de flagrante- To-do mundo pode, e o militardeve prender qualquer um queestiver praticando um crime.O auto é que será lavrado pelaautoridade competente — adi-antaram.

Quarta RM qualifica dois dia 5 de abril

Estacionamento não sai tiaPresidente Vargas emborasem o aspecto de currais

O Diretor do Departamento de Trânsito, General De-larei Gomide de Moura, afirmou, ontem, que não pretendeacabar com o estacionamento na Avenida Presidente Var-gas, acentuando que pretende realizar ali algumas modi-ficações para acabar com o aspecto de curral na prin-cipai avenida da Cidade.

— Estas modificações — disse — serão feitas, princi-palmente, para melhorar a parte estética das áreas e abriras passagens entre um lado e outro da Avenida para evitarque os pedestres, sobretudo as senhoras, sejam obrigadosa difíceis movimentos para atravessar o estacionamento.

NAS ESCOLAS

O General Delarei Gomidede Moura revelou também terse reunido com o secretário deEducação, Professor Benjamimcie Morais, para acertar a ofi-cializaçáo de um curso detrânsito que será incluído en-tre as matérias do currículoprimário nas escolas públicas.

Inicialmente — concluiu —serão instruídas através de umcurso especial duas professoras,as quais ensinarão a seguir 100outras, que formarão, após ocurso que será dario aos alunos,« Patrulha Escolar de Transi-to. para orientar o tráfego deveiculos à porta de colégios eescolas do Estado.

Belo Horizonte (Sucursal) —O Gerente da FRIMISA, Sr.Ornar Lopes Cançado. e o açou-gueiro Sebastião Onésimo Cal-deira. presos no mês passadoem flagrante quando vendiamcarne de segunda pelo preço dade primeira, serão qualificados,dia 5 de abril, perante o Con-selho Extraordinário do Justiçacia Quarta RM, em Juiz de Fo-ra, denunciados pelo promotormilitar como incursos no arti-go 13 da Lei de Segurança Na-cional. atendida a Lei Delega-da Número 4 e ainda ao arti-go do Decreto-Lei número 2,

Primo deCastelo écontinuísta

Fortaleza (C o r respondentel— O Vereador José Barros deAlencar, primo do MarechalCastelo Branco e principal che-fe politico do distrito de Me-cejana, será eleito Presidenteda Câmara Municipal de For-taleza pela oitava vez conse-cutiva, segundo o acordo fir-mado pela maioria dos verea-dores para as eleições de ama-nhã.

O Sr. José Barros de Alencarnos últimos oito anes só dei-xou a Presidência da Câmarapor alguns meses, quando foieleito Presidente o Sr. DorianSampaio, mas logo depois foireeleito, em face da renúnciado Presidente. Náo deixou opôsto até hoje e era chamadoaté pouco tempo de "o Mazzülicearense", titulo que agora re-jeita discretamente,

de 14 de janeiro de 1966. Natarde de ontem, seis inquéri-tes contra comerciantes da Ipa-tinga. acusados de infringirema lei de economia popular de-ram entrada no cartório da Au-ditoria de Guerra da Quar-ta RM e foram 'distribuídosao promotor Filipe Luís Pa-lêta Filho, e neles estáo indi-ciados os Srs. Osvaldo Cam-pos Barbosa, Dimas BarbosaCoutinho. José de Sousa Oli-veira. João Inácio Pinho. Adil-son Cruz e Expedito Simões.

A denúncia oferecida pelopromotor Filipe Luis Paleta Fi-

lho contra o gerente da FRI-MISA e contra o açougueiro,ambos de Belo Horizonte, osenquadra no Artigo 13 da Leide Segurança Nacional — "ins-tigar, preparar, dirigir ou aju-dar a paralisação de serviçospúblicos ou de abastecimentoda cidade" e eles poderão sercondenados a penas de 2 a 5anos de reclusão.

Ambos já estáo recolhidos ruma unidade militar de Juizde Fora. Na próxima semana,o promotor deverá dar o seuparecer nos inquéritos de Ipa-tinga.

Poliomielite surge no Sule no Recife e obriga oGoverno a tomar medidas

Porto Alegre e Recife (Sucursais) — Sete casos depoliomielite ocorridos na Cidade de São Leopoldo estãochamando a atenção das autoridades responsáveis peloPôsto de Saúde, que temem uma epidemia. Segundo de-claração de médicos, os casos ocorreram na zona leste daCidade, nos bairros da Feitoria, Vila Pinto e Rio Branco.

Em Recife, a Secretaria de Saúde informou que, atéagora, constataram-se apenas suspeitas de dois casos depòlic na Vila de Lagoa do Carro, Município de Campinas,para encie já foram enviadas doses de vacina e pessoaltécnico, que está cuidando de imunizar toda a populaçãoinfantil da zona sob suspeita cio surto.

prevenção em Lagoa do Carro,onde há dois anos houve umaincidência cie pólio.

Na Cidade de São Leopoldo,lego que fôr constatado o fatooficialmente, o Pôsto de Saúdeiniciará uma sindicância paraverificar se as crianças atingi-das pelo mal haviam sido va-cinadas e se os moradores davizinhança estão imunizados.

PROVIDÊNCIAS

O Secretário cie Saúde de Per-nambuco. Professor ÁlvaroVieira de Melo. disse ao JOR-NAL DO BRASIL que não hámotivos para alarma e que fómais tarde terá dados capazesde comprovar as suspeitas. íun-dadas nas quais estão sendotomadas tôdas as medidas de

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Çad., Jornal do pras»!, quarta-feire, 23-S-8S

Papa abre diálogo com o Arcebispo de CantuariaELIA dizem que defenderãoEuropa mesmo sem a França

O CAMINHO BE ROMA

Washington (AP-UPI-JB! -.O Governo norteramèrlcànòencaminhou ontpm ao Govêr-no dn França uma nova c maisdetalhada resposta, â decisãodo Pre-sidente Charles De Gaul-le de retirar seu pais do eo-mando militar tía OTAN. afir-mando a dèteríniiiàçfio dos Es-tados Unidos e das outras 13nações que fonnam a AliançaAtlântica de. continuar a dele-sa integrada da Europa Oci-dental Kem os franceses; "casoíôr necessário".

A nota, entregue, no Embai-xador da França om Washing-ton, Charles Lucet. pelo Sub-secretário de Estado norte-americano, George Bali. possuium tom diplomático, mas fir-

me. deixando a porta aberlaa. alguma solução conciliatóriaquanto ao desafio rie De Gaul-le à Organização cio Tratadodo Atlântico None.

MENSAGENS

O Presidente De Gaulle ha-via enviado uma mensagem aoPresidente Lyndon Johnson nodia 7 de marco, onde detalhaseus planes para retirar as fôr-ças francesas da OTAN e o es-tnbclccimento dá soberaniafrancesa sôbre as bases norte-americanas e dc outros paísesem seu território.

O documento resposta deWashington afirma, tal como ofizeram em declaração conjün-

la sexta-feira última, cs outros13 membros da OTAN. que umaestrutura militar Integrada r.independente é tão vital qnan-to a parle política da AliançaAtlântica.

Admite-se que a nota dosEstados Unidos se.la uma ten-tativa para fazer com que DeGaulle explique pormenorizadn-mente, e de maneira específi-ca, a que deseja renunciar, noinvés rios termos vagas de suadeclaração.

Os pormenores do texto deWashington deverão ser riivul-gados hoje, tão logo se tenha

a certeza do que o Presidentefrancês e seu Govêmo a rece-boram e leram.

Erhard quer peimanência francesaBonn (AP—UPI—JB) — O

Chanceler da República Federalda Alemanha, "Ludwig Erhard,insistiu ontem em que a Fran-ça deve permanecer, na medi-da do possível, integraria à Ali-anca Atlântica, "cujos mem-bros precisam realizar esforçospara manter sua coesão*'.

No discurso pronunciado du-rante a convenção anual ciaUnião Democrática Cristã, oChanceler Erhard desafiou aUnião Soviética a utilizar suahabilidade para conseguir umnreconciliação na Europa, pois"uma verdadeira politica de pazseria bem acolhida pelos ale-mães".

ESFORÇO COLETIVO

Depois de ressaltar a neces-sidade de uma Europa unidapara a manutenção da p'az. oChanceler Erhard afirmou quesó um esforço coletivo possi-bilitará atingir este objetivo.

Erhard defende a opinião deque a França tem que ser in-cluldá neste conjunto rie esfor-ços e participar da AliançaAtlântica.

O apoio alemão ocidental àintegração militar, á. qual seopõe o General De Gaulle. íoiqualificaria por Erhard como"um sústehtácúlo decisivo riaestratégia alemã de paz".

Ludwig Erhard assumiu apresidência ria União Democrá-lica Cristã cm substituição aKonrad Adenauer. que renun-ciou ao posto ao completar 90anos de idade. Adenauer disseontem aos participantes daconvenção que a União Sovié-tica se converteu em naçãoamante da paz ao negociar emTashkènfc a paz entre a índiae o Paquistão. Erhard aprovei-tou a oportunidade para splici-tar ao Governo soviético quedeixe os 17 milhões de cidadãosria República Democrática Ale-má decidirem seu destino.

"Não se deve esquecer que aUnião Soviética ainda nos ame-aça com a possibilidade de umataque militar e que seu ennr-me poderio militar está eviden-temente dirigido contra a Eu-ropa Ocidental", afirmou Er-harri.

O chanceler alemão ocidentaldeclarou aos 557 delegados dcsru partido que seu Governofaz propostas a lodo o mundopara uma politica construtivarie paz e desafiou a União So-viética a utilizar sua habilidadepara conseguir uma reconcilia-ção na Europa. Erhard se afãs-tou do texto de seu discursopara responder ao antigo Chan-celer Adenauer, que elogiou aUnião Soviética por haver con-seguido a paz entre a índia «o Paquistão. As palavras deAdenauer provocaram murmú-rios rie desaprovação entre osdelegados.

Cai a popularidade de Dc GaullePari» <FP-JB"! _ A popula-

ridade do Presidente CharlesDe Gaulle na França diminuiuligeiramente em fevereiro, se-gundo uma sondagem do Ins-tituto Francês de Opiniá-o Pú-blica. divulgada ontem pelo jor-nal France Soir.

Como resposta à pergunta

"Está você satisfeito ou descori-tente com a atuação cio Gene-ral De Gaulle na Presidênciada República?", a sondagem re-gistrou 57 por cento rie satis-feitos contra 35 por cento dedescontentes, e oito por centoque não se definiram.

A precedente sondagem com

Cápsula Apoio com trêshomens tentará engateeom Gemini-12 êste ano

Centro Espacial ãe Houston, Texas (AP-UPI-JB) —O Diretor do Programa Apoio, Joseph Shea. estuda a pos-síbilidade de tentar o encontro e engate no espaço dacápsula Apoio, que será lançada em fins deste ano eomop. astronautas Virgil Grissom, Edward White e RogerChaífee, eom a Gemini-12. cuja tripulação efetuará a úl-tima missão do projeto.

O võo da primeira cosmoriave Apoio, em direção áLua. poderá ser realizado em outubro ou novembro, se oslestes a que fôr submetida a cápsula e seu foguete por-t?dor. Saturno-IB, tiverem êxito. Durará 14 dias e, dostripulantes, Chaífee ó o único novato, pois Grissom via-jou pelo espaço na Gemini-3 e White, na GeniinI-4,MISSÃO

Grissom. White e Chaífeeforam designados seguuda-fei-ra para tripular a. cápsula Apo-lo em seu primeiro vôo dosquatro programados antes datentativa, em 1970, de fazerdescer três homens na Lua.

Oficialmente, a primeiramissão Apoio está marcada pa-ra inícios de 1967, mas se tu-do correr bem se realizará ain-da êste ano. A manobra de en-contro c engate com a Gemini-12 é possível em princípio, masJoseph Shea acha prematurodar agora a decisão final.

Ainda não está escolhida atripulação da Gemini-12, po-rém a Gemini-11 levará em suaviagem dc dois ou três dias oveterano Charles Conrad (pi-lót,o da Gemini-5) e o calouroRichard Gordon, ambos ofi-ciais da Marinha. O vôo incluio encontro de duas naves, seuengate c um passeio pelo es-paço.

Virgil Grissom, tenénté-coro-nei da Força Aérea, íoi o pilo-lo do vôo Iriorbital ria Gemi-ni-3, lançada a 23 de março,que constituiu o primeiro vôotripulado do programa Gemi-ni. Pertencente ao grupo ini-ciai de sete astronautas, foi osegundo norte-americano a irao espaço, num vôo suborbitalde 15 minutos, a 21 de julhode 1961, quando quase se afo-gou ao descer em sua cápsulaMercury no Atlântico. Tem 39anos.

White. também tehente-co-ronel da Forca Aérea, se tor-nou famoso por ter sido o pri-meiro norte-americano a flu-tuar no espaço cósmico, per-manecendo 21 minutos fora danave. Desde seu vôo de. quatrodias na Gemini-4 com JamesMcDivilt. passou a suplente daGemini-7. Tem 35 anos.

Chaffee pertence à terceirageração de astronautas, eleitaem outubro de 1963. e aindanão participou de vôos espa-ciais. Tem 31 anos.

a mesma pergunta, realizadaem dezembro passado, dera 59por cento de satisfeitos e 33 porcento rie descontentes."O fenômeno verificado deum mês para outro" — diz oFrance Soir — parece estar re-lacionado á efervescência riomeio social."

Jovem poetosoviéticovisita EUA

A'0í'fi Iorque IPT-JB» -- An-drei Voznesensky, um dos maisdestacados jovens poetas daUnião Soviética, chegou ontema Nova forque para dar inícioa uma série de recitais emvárias cidades rios EstadosUnidos.

Convidado especialmente pe-la Academia Norte-Amerlcanarie Poesia. Voznesensky seapresentará na UniversidadeColumbiá, nn Hunter Colleg"de Nova Iorque, na Universi-dade de Chicago e na Biblio-teca rio Congresso, em Wasliih-gtoti.

O poeta lera suas obras emlínguia russa, acompanhadorie um tradutor para o inglês,Voznesensky foi apontado ès-te ano como candidato ao Pré-mio Lênine de Literatura. Ou-tro jovem poeta soviético. Evge-ny fevtushenko, qne atualmen-te se encontra em visita áAustrália, foi excluído da lis-ta de aspirantes no prêmio riaprimeira seleção. Vesnesenskyno entanto, continua na lista.

Discos são vistos nosEUA por Defesa Civil

Tlillsdale, MicliiR-an (FP-UPI-JB) — Discas voadores deíorma piramidal sobrevoavamos céus do Michigan. a, semanapassada, e foram vistos por vá-rios policiais e 87 estudantes,além do diretor do Departa-mento de Defesa Civil do con-dado de Hillsdale, William vanHorn. que observou o estranhoobjeto durante três horas, combinóculos.

O disco tornou a- aparecersegunda-feira e, segundo astestemunhas, sua superfície éáspera e nela se observam vá-rias escotilhas de onde se des-prende uma luz vermelha e fa-róis pisca-pisca vermelhos everdes.

RELATOS

Os discos se limitaram adescrever círculos em tórtio daspessoas, elevando-se depoisverticalmente. Apesar das ten-t.ativas, não íoi possível íolo-grafá-los.

As primeiras aparições se ve- ¦rlficaram a cerca de 7 km anordeste de Hillsdale. perto deAmi Arbor, e a Força Aéreaencarregou o Diretor do Obser-vatório rie Arborn, Allen Hy-nei;, de investigá-las.

Van Horn descreveu o obje-to como um veículo de íormaalaranjada, que mudou pararoxo. com uma luz .móvel, gi-ratória, e um foco branco nu-ma das extremidades. Emboramuito baixo, não parecia estarpousado no solo, pois se deslo-cava de um lado para o outro.

Os estudantes avistaram-nodo dormitório da escola, pelajanela. Seus movimentos, ver-ficais e horizontais, eram mui-fo rápidos e o disco não era vi-sivel da estrada. Disse VanHorn que, através dos binócti-los, não pôde determinar seera redondo ou alongado, e quetalvez o que fizesse pareceruma mudança de coloração emsua superfície fôsse o movi-mento giratório das luz.es.

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O Arcebispo de Cantltnrin chega uo aeroporto de 1'iiiníic.inò (AP)

Pequim acusada de quererguerra eom URSS em cartade Moscou a todos os Pds

Berlim iFP-JRi — O Partido Comunista da UniãoSoviética dirigiu ao? PCs dos outros países um documentoonde é dito que "a China Popular deseja convencer o seu

povo cie que o povo cia URSS é seu maior inimigo, e insis-tc na conveniência de preparar-se para um possível con-flito armado entre Pequim o Moscou''.

O documento de 37 páginas, divulgado ontem pelaRádio cio setor norte-americano de Berlim, acaba cie che-gar ás mãos dos dirigentes comunistas da Berlim Oriental,"para sua difusão nos organismos de base".

VIETNAME

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Parisfica semluz

Paris (AP-UPI-FP-JB! —Os trabalhadores dos serviçosde gás c energia elétrica ini-ciaram uma greve de 24 horas,ás 2111 de ontem (hora local'),que deverá afetar Paris princi-palmente. cidade que contaeom uma vasta rede de trenssubterrâneos e um sistema detrens elétricos para os subúr-bios.

A paralisação é mais uma dasérie rie greves de protestocontra a política salarial do .Governo, que autorizou um au-menl o máximo de 5'r sôbre ossalários vigentes, embora ossindicatos insistam nos S'.í-.

CONSEQÜÊNCIAS

Quatrocentos caminhões mi-litares serão postos pelos Po-deres públicos a disposição dosmoradores da proximidades daCapital, mas a circulação deautomóveis será talvez difícil,temendo-se numerosos conges-tionamentos, conseqüência dasupressão dos semáforos cmvários locais.

Os padeiros advertiram seusfregueses que não abrirão seusestabelecimentos, e a maiorparte das fábricas, exceto asque têm energia própria, per-manecerá fechada.

A greve da eletricidade pro-vocará todos os inconvenienteshabituais na utilização de apa-relhos elétricos, ascensores. ca-lefação etc.

Todavia, o Plano Cruz Ver-melha, previsto para tal caso.será aplicado e os hospitais cprontos socorros serão alimen-tados de energia elétrica.

O texto menciona, também,a guerra do Vietname: "Nãocabe dúvida de que a decisãorios imperialistas norte-ameri-canos rie agredir o Vietnamese produziu em conseqüênciaria intensificação da.s divergéh-cias dentro rio movimento co-munista".

Assinala ainda, a "políticaaventureira de Pequim" e cita"recentes mãlògíos internacio-nai.=. sobretudo na África e naÁsia", fracassos pelos quais aChina "trata de responsabili-zar a União Soviética".

Em conclusão, o documentorusso pede aos "Partidos ir-mãos que se pronunciem sôbrea oportunidade de possíveismedidas destinadas n defesacomum da linha marxista-le-ninista".

CARTA

— A violenta acusação publi-cada ontem no jornal alemãoDie Well indica que a URSSperdeu tória esperança cie res-tabelecer a unidade do camposocialista e já não acredita navirtude da paciência.

Se a carta secreta tio ComitêCentral do Partido Comunistasoviético aos Partidos irmãosé um texto verídico, pode-sepensar que a URSS está ti:.--posta a tirar proveito da liçãode vários anos de conflito ideo-lógico e político com a China.

Com efeito, tem-se a impres-

são da que Moscou está deci-ti i cl o desde agora a abrir o ab-cesso que turvara estas rela-çõe.í. A ocasião será provável-mente proporcionada peloXXIII Congresso do Partidoque se inapgurnrà dentro rieuma semana

Esta idéia é confirmada pelaviagem que Leonid Ilyitchev,Vice-Ministro do Exterior riaURSS, efetua atualmente á.scapitais da Europa. Oiíental,poriàdor de uma mensagem rieBrejhev, aos dirigentes daspaíses socialistas.

O traço mais característicodesta "carta secreta" é a ne-p.ativa de entrar em polêmicasideológicas. O tom é o cia in-dignada denúncia, e as acusa-ções não sáo as que se utili-zani contra uni Partido irmãodesviado, mas contra uma po-tência estrangeira hostil.

Segundo parece, já náo setrata de saber quem será olider rio comunismo interna-cional"O alinhamento anti-sovié-tico — diz no documento pu-mleádo ontem — converteu-sedesde agora em parte integran-te do trabalho ideológico rioPartido Chinês." Sugere-se aopovo chinês que a URSS é umde seus inimigos principais ARádio cie Pequim, em suasemissões, tende a provocar umconflito entre os diferentes gru-pos sociais do povo soviético,minando a amizade que une ospovos da URSS e a confiançano Partido.

tondres-Romà. cap-upi-fp-JB) — O Arcebispo de Can-tuáiía, Michel Ramsey, chefedu Igreja Anglicana, chegouontem a Itália, para debatercom o Papa Paulo VI a uni-dade cristã, depois de ter si-do vaiado nos Aeroportos rieLondres e Roma por cinco mi-ivlstros protestantes inglesesque o acusaram de "traidor"cio anglicanisrtío.

O Papa e o Arcebispo sereunirão duas vezes hoje, porém o resultado dos encontrossó será anunciado na cerimô-nia de encerramento da visi-ta oficial, a ser celebrada ama-nhã. na Basílica de São Pe-dro. quando os riois chefes deEstado rezarão juntos e emiti-ráo um comunicado-

TRAIDOR

No Aeroporto de Londres, oArcebispo foi vaiado pelos mi-nistros protestantes, quandose. deteve à- porta do'avião pa-ra saudar os jornalistas. Oscinco agitavam cartazes con-trárlos ao encontro do chefeda Igreja Anglicana com ochefe da Igreja Católica.

Decididos e. levar seu pro-testo a Roma, os cinco minis-tros embarcaram no avião rioArcebispo, porém dois delesforam presos no AeroportoLeonardo Dn Vinci, por ordemdo Ministro do Interior da Itá-lia. e imediatamente recambia-dos para Londres-

Ao serem detidos, os doisminis: ros tiraram o paleló pa-ra que fossem lidas as inseri-ções pintadas sôbre suas cami-sas brancas: "o ArcebispoRamsey é um traidor do pro-lestanfismo" r "a visita decortesia é blasíematória". Umdeles declarou: "podem deter-me. sou um súdito britânico."

Dos cinco ministros, quatrosão membros do Conselho Bri-tánico do Conselho Internacio-nal das Igrejas Cristãs, a sa-ber: Jack Glass. Brian Green,John Wylie e lan Paislcy. Oquinto é James Mccarroll doConselho de Belfast. ApenasPaisley e Wilye íoram detidos;os demais passaram sem difi-culdades pelo Departamentorie Imigração.

ENCONTROS

O primeiro encontro entre oPapa e o Arcebispo de Cantuá-ria será realizado hoje de ma-nhã na Capela Sixtina. numclima de simplicidade, com oprotocolo reduzido e sem gran-

Paulo VI pede(hlaile do Vaticano (AP-JBl

— O Papa •Paulo* VI ordenouaos membros da Comissão Es-.pècial que estuda, o controle danatalidade que suspendam seustrabalhos depois da Páscoa edêem uma resposta sôbrè o usodo.s anticoncepcionais, o maisbreve possível, revelaram ontemporta-vozes rio Vaticano.

O Papa pediu aos membrosria Comissão que imediatamen-te depois da Páscoa comecema preparar as recomendaçõessôbre o uso dos anticõricepcio-nais. pois deseja dar a palavrafinal sóbre o assunto, no pró-ximo dia 24 de junho, quandoos cardeais residentes em Ro-

Ministro inglês vai aMoscou tentar saída parao desarmamento nuclear

Londres e Genebra íAP-UPI-FP-JBi — O Ministro doDesarmamento da Grã-Bretanha, Lorde Chalfont, vai em-barcar para a União Soviética dentro de poucos dias, afim de reiniciar as conversações eom o Governo de Mos-cou á procura de uma saida para os debates de Genebrasôbre o desarme atômico.

Os Estados Unidos apresentaram ontem, algumasalterações em seu proieto contra a proliferação dns ar-mas atômicas, numa tentativa de conciliação com a UniãoSoviética, que prometeu tomar represálias se se efetivara entrega de armamento nuclear à Alemanha Ocidental,come pais membro da Organização do Tratado do Atlán-tico Norte.

DECISÃO

A ida de Lorde Chalfont aMoscou foi decidida pelo Go-vérno britânico depois que odelegado soviético na reuniãode Genebra, Semyon Tsarap-km, rejeitou o novo plano nor-te-americano para um tratadode nâo disseminação das armasatômicas.

As propostas norte-america-nas submetidas ã Conferênciade Genebra, até o momento,tinham por íim diminuir ostemores da URSS dc uma Ale-manha em busca de vingançae com acesso às Armas atôinl-cas através da Organização doTratado do Atlântico Norte.

ESPERANÇA

Porta-vozes da delegaçãonorte-americana em Genebraafirmam que o veto do URSSás propostas das Estados Uni-das sôbre o projeto do acordode não propagação das armas

des pompaf. Os dois chefes deIgreja se sentarão em cadeirascomuns e não em tronos, leu-do como pano de funcio o fa-mo.-o Juizo Pinai de MiguelÂngelo.

Paulo VI e Michel Ramseyvoltarão a se reunir hoje átarde, no escritório particulardo Papa, a portas fechadas.Amanha, numa. cerimônia pú-plien, ao ar livre, etn frente daBasílica cie São Pedro, com apresença rie três mil pessoas, oPapa e o Arcebispo rezarãojuntos, lerão um comunicado eselarão a visita rie três diascom "um beijo de paz".

Como hóspede pessoal rio Pa-pa, o Arcebispo foi alojadonum apartamento da Universi-dade Pontificai Inglesa, que éocupado pelo Cardeal JohnHeeríán, de Westminster, quan-rio vai a. Roma.

IMPORTÂNCIA

A ida de Michel Ramsey aRoma. assume uma importância,extraordinária para a unidadecristã. Trata-se da primeiravisiía oficial de um Chefe An-glicano ao Papa desde o cis-ma de 1534, quando o Rei Hen-rique VIII rompeu relaçõescom a Igreja Católica esc pro-clamou chefe snpremo da Igre-ja ria. Inglaterra. Em 1960, Dr.Fischer. antecessor de Ramsey.esteve com o Papa João XXIffl,em Roma. mas a visita não foioficial e apenas de cortesia.

Ignora-se até o momento ostemas que serão discutidos peloPapa e pelo Arcebispo. Oficial-mente os dois discutirão aspossibilidades rie cooperaçãoentre as duas Igrejas, assimcomo os pontos de atrito e dediscussão existentes entre elas.

Observadores da Vaticanoafirmam que o encontro nãoapenas marcará o inicio deuma. nova era nas relações en-ire as duas Igrejas como tam-bém reconstituirá uma opor-tunidade para a. troca de pon-los-de-vista entre o chefe de48 milhões de anglicanas c oguia espiritual de 584 milhõesde católicos e para provar queos católicos e os anglicanos dãomais importância ao que têmem comum do que. àquilo queos separa.

OPTNIAO

Ao referir-se anteontem aoencontro o Papa Paulo VI dis-se: -Não é ainda uma visita deunião definitiva, mas uma vi-sita de amizade que conduziráa verdadeira união". Porta-vozes do Vaticano reconhecem

que essa visita não resultará.em radicais modificações para.as relações entre as duas Igre-jas. porém insistem que a en-trevista entre o.s dois chefesde I_.rc.ia representa uma datamemorável no caminho para arealização da unidade cristã.

O representante oficial nnVaXlçhno dos Arcebispos de.Cantuaria e Vork. ReverendoBernard Pawley declarou re-centemente que o principal od-letivo do Dr. Ramsey e. rio Pa-pa Paulo VI serã "selar com.confiança esses gestos rie ami-zacle. que permitem relaçõesprofundas, francas e fecunda»,e deixar o futuro nas mãos doEspirito Santo, que tão longenos conduziu já em tão poucotempo".

RESULTADO

Segundo os observadores, po-rie-se esperar rio encontro entreo Arcebispo e o Papa um acõr-rio sóbre a instituição de umorganismo misto anglicano-católico, como foram constitui-dos o Conselho Mundial dasIgrejas c a Federação Lutera-na Mundial

í: possível que Paulo VI «Michel Ramsey abordem tam-bém a.s questões doutrináriasque separam as duas Igrejas,ou seja, a infalibilidade cio Pa-pa. que a Igreja Anglicana nãoadmite, e a validade das orde-nações sacerdotàls anglicanasque Roma sempre rejeitou.

ASPECTOS

Três aspectos importantesdão um tom otimista ao encon-lio do Papa c do Arcebispo. Emprimeiro lugar, o decreto pro-mitigado na semana passada,por Paulo VI abolindo a ex-comunhão para os católicosque se cosam fora da Igrejae permitindo que o cônjugenão-católico náo prometa, edu-'car os filhos dentro do cato-tilismo. A antiga legislação daIgreja sôbre casamentos mis-tos nunca- foi bem aceita en-tre os protestantes c a atenua-ção das regras íoi considerada,como um gesto dc boa vontadedo Vaticano.

Em segundo lugar, a possibj-lidade remota de que os an-glicanos aceitem a infalibilida-cie do Papa. desde que êsieaceite o critério da Igreja, oque de certo modo foi levanta-tio durante o Concilio e tempossibilidades cie ser realizadoatravés rio Smodo. Finalmen-te a importância que a IgrejaAnglicana dá a ésle encontro,enviando seus principais lide-res a Roma.

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urgência somu íorem visitá-lo, como fazemtodo? os anos nesta data.

Foi no dia 24 de junho cie1964 que o Papa anunciou a.criação du Comissão Especial,durante um discurso pronun-ciado perante os cardeais. Oobjetivo riesta Comissão, com-posta de teólogas, psicólogas,sociólogos, médicos e casaiscatólicos, era, estudar à luz daciência e da, fé o problema docontrole da natalidade.

Como os trabalhos da. Comis-sâo estivessem paralisados oPapa decidiu, em fevereiro úl-timo. nomear sete cardeais esete bispos para. integrarem-nae dinamizarem suas atividades.

bre a n l iooncepei ona isüííh

Até o momento, embora ss reu-líiões sejam realizadas r por-tas fecha rias. sabe-se que ain-da não se chegou a um acorriasóbre o uso dos nnticoncepcio-nais.

Enquanto não fôr dada a pa-lavra final o.s católicos ficamproibidos de recorrer a qualquermétodo artificial para limitara prole. Uma resposta sôbre oassunto deveria ter sido dadapor ocasião do Concilio, mas,como não houvesse nada deconcreto a. ser apresentado, oPapa. resolveu que éle mesmoanunciaria a nova posição daIgreja sôbrc a planificação da.família.

MJ/-

O Arcebispo e a Igreja inglesaDeparlaijienlo dc 1'enqiiisa do JB

Arthur Michael Ramsey. centésimo ar-cebispo de Cantuaria e primaz da Inglaterra,que mora no palácio rie Lambet.h. em Lon-dres. e recebe um salário anual de 21 mil ció-lares, será o segundo ocupante tio seu cargon visitar o Papa, em 400 anos de separaçãoentre as duas Igrejas, dando seqüência à vi-sita que o seu antecessor, o reverendo Geof-frey Fischer. fêz r João XXIII om dezembro

.de 1960 e que deu inicio ao movimento deaproximação entre as duas Igrejas.

A Igreja da Inglaterra separou-se deRoma em 1533. Envangelizada pelo monge

Agostinho, « tendo Eduardo, o Confesscr,como um de seus primeiros reis U042i, a In-glaterra era um dos grandes paises católicosdo mundo. O próprio rei Henrique VIII, res-ponsável pela ruptura com a Igreja Católica,orgulhava-se de ser chamado o "rei aposto-llco" e defendeu o papado em seu livro Anti-Lutero.

Mas durante o reinado de Henrique VIII,

o movimento da Reforma féz grandes pro-gressos na Inglaterra, e o rei, que se apal-xonara pela escocesa Ana de Bolena e queriaseparar-se de Catarina rie Aragão, aproxí-mou-se dos reformistas. O Papa Alexandre.VI já concordara com o divórcio, por motivospessoais, solicitado por Luís XII de França.Mas o Papa Clemente VII recusou-se a a leu-der ao pedido cio divórcio do rei da Ingla-

terra. Henrique nomeou então o teólogo Gra-mer para o Arcebispado da. Cantuaria. O ar-cebispo anulou o seu casamento, e logo «, se-

guir o Parlamento instituiu a independênciada Igreja Anglicana. No ano seguinte, 1534,Thomas Norus era decapitado, por recusar-sea aceitar a Reforma.

A visita rie Geoffrey Fischer a JoáoXXIII, em 1960, íoi o primeiro passo para areaproximação, inspirada no ecumenismo pre-gado por João XXIII. A visita de ArthurRamsey a Paulo VI será uma continuação domovimento de união entre os cristãos.

atômicas "é contraproducenteoos próprios interesses soviéti-cos".

— Queremos fazer Ver a Mos-cou — explicaram — que émciis fácil ter a Alemanha Oci-dental sob controle na Organi-zação do Tratado do AtlânticoNorte, onde dependerá do vetoou da aprovação dos EUA, doque isolá-la, obrigando-a a de-senvolver todas as suas aptl-does. É preciso notar que ostécnicos alemães sabem tudosôbre anna atômica e precisamapenas de uma autorização doGoverno para fabricá-la.

Concluindo, as autoridadesnorte-americanas declararamque o Governo de Bonn estadisposto a cooperar para en-contrar unia saida. para o pro-blema; tendo concordado Intel-ra mente com as modificaçõesfeitas pelos EUA no projetooriginal e que mesmo assim nãoíoi aceito pela União Sovié-tica.

Busca òbomba uafase final

Madri. Palomares iFP-AP-JB> — As possibilidades de re-cuperação da bomba nuclearperdida no mar perto de Pa-lomarees sáo muito grandes —declarou um porta-voz da Em-baixada norte-americana emMadri.

Segundo se informou em Pa-lomares, os submarinos-anõesAlvin e Aluminaut estavam acaminho do local onde foi lo-calizada a bomba, a fim dedarem andamento às fases íi-nais para a. recuperação doartefato, interrompidas desdedomingo, devido ao mau tempo.DESMENTIDO

O porta-voz, da Embaixadaíêz sua declaração a fim dedesmentir certas informaçõespublicadas pela imprensa dosEUA. segundo as quais a bom-ba, que está a 770 metros deprofundidade, poderia desapa-recer numa fissura situada aopé de uma encosta submarina.150 metros mais abaixo.

De acordo com estas infor-mações, o artefato, que temforma cilíndrica, acha-se emposição instável na encosta, de70 graus de inclinação, e játeria mesmo desusado um pou-co no declive.

Esquerda vence as eleiçõesparlamentares na Finlândiae formará o novo Governo

Hélsinqiii, Finlândia (AP-UPI-FP-JBi — A coalizão

de esquerda venceu as eleições parlamentares da Fin-

lândia e formará o novo Govêmo, derrotando a írenle

osntrista do ex-Primeiro-Ministro Johannes Virolainen.

que prometeu fazer uma oposição leal.Os resultados deram 56 cadeiras ao Partido Social

Democrata. 42 ao Partido Comunista e 7 à Liga Socialista,integrantes da coalizão de esquerda. A frente centrista,teve 49 cadeiras para o Partido do Centro e 12 para o Par-tido do Povo Sueco, dividindo-se seus demais votos porentre vários Partidos, totalizando 96 cadeiras no Pariu-mento.

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OPOSIÇÃO

A Finlândia era governadadesde 1962 por uma coalizãoformada pelo Partido Agrário,Centro. Conservador Liberal ePartido do Povo. que manteveuma maioria de 11 votos.

As eleições de domingo e se-gunda-feira levaram todos ospartidos da coalizão governa-mental a perder lugares, dadosproporcionalmente ao Partidodo Centro * à. Liga Socialista,enquanto os comunistas perde-ram cinco votos, pois tinham

47 cadeiras no antigo Parla-mento e agora possuem ape-nas 42.

COLIGAÇÃO

A Sra. Horta Kuslncn, líderdo Partido Comunista, afirmouque as esquerdas finlandesasconseguiram uma grande vitó-ria — a. maior desde a de 1954— e que deverão governaratravés de uma coligação en-cabeçada pelo Partido SocialDemocrata.

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Jornal do Brasil, c_ua.ta.re.ra, 23-3-66, 1.0 Cad. — 9

Aliança quer a reforma agrária na Carta da OEAPERMISSÃO CONCEDIDA

Buenos Aires ÍAP-UPI-iT-JB. — O Con-selho Interamericano Econômico e Sacai, ór-gão coordenador dn Aliança para o Progresso,reunido em Buenos Aires, redigiu ontem umapelo formal para que o.s princípios da refor-ma agrária sejam incorporados ii Carta daOEA, em conseqüência do atraso que se veri-fica no desenvolvimento e na redistribulçSo daterra na América Latina-

o projeto de resolução elaborado peia co-missão de desenvolvimento rural cio CIES as-slnalai que a reforma agrária é "a base fun-damental para o desenvolvimento eqüitatlvo 8estável doa países dn Américo Latina".

PRIMEIRO

O projeto, citando os princípios de refor-ma agrária estabelecidos em Lima, durante aúltima reunião do CIES. em 1905, é a primeiramoção até agora elaborada, pelas cinco comis-soes de trabalho criadas na IV Conferência, emBuenos Aires.

O delegado norte-americano Claude Cou-rand pediu nos representantes latino-america-nos que aguardassem a chegada do Subsecretá-rio de Estado Lincoln Gordon, hoje, para ou-virem a explicação dos motivos que levaramps Estados Unidcs a rejeitarem as reformasde caráter econômico e social aprovadas una-tiimcmcnte na reunião do Panamá e que deve-riam ser incluídas na Carta da OEA.

Espera-se a apresentação de outros pro-letos. uma vez que o encerramento da reunião"dos

perites econômicos está marcado para hoje.Os Ministros da Fazenda e de Economia

inaugurarão suas reuniões na sexta-feira, paraexaminar as recomendações dos peritos eco-nómicos e tomar decisões sobre elas.

O apelo sóbre a reforma agrária salientaque somente sete das 19 nações latino-america-

nas incluídas na Aliança para o Progresso pu-«eram em funcionamento programas de rc-forma agrária, embora a Aliança já tenha chi-co anos de existência.

Além de. pedir a. incorporação dos princi-pios da reforma agrária a, Carta da OEA —era em estudos pnra a introdução de emendas<mi seu texto — n moção recomenda tambémás nações om si que adotem providências parao estabelecimento e a intensificação da refor-ma agrária, de modo a que "sc complete, nomenor tempo possível, a transformação das es-trütüws agrárias".

Entre ns principais recomendações feitaspela comissão figuram as seguintes:

1) Todos cs países devem revisar seus pia-nos de reforma agrária, a fim de ser evitadaa duplicação de esforços.

2) Estabelecer objetivos concretos c datas-limite para as diversas etapas de suas refor-mas agrárias,

3) Desenvolver os recursos humanos nastécnicas da agricultura e avicultura, assim co-mo a. redistribuição da. terra.

4) Estabelecer sistemas de impostos queassegurem melhor utilização da ferra, e elimi-nar ns granjas deficitárias.

51 Buscar maior cooperação dos organismosinternacionais de financiamento para apoio doscustos dos programas de redistribuição de ter-ras e desenvolvimento agrícola.

6t Promover a criação de organizações ru-rais e melhor entendimento da reforma agra-ria c seus objetivos, dentro dos respectivos pai-ses.

7i Dar prioridade à reforma agrícola.A Comissão de Desenvolvimento Rural tam-

bém redigiu uma moção solicitando a coloniza-ção ordenada das terras virgens, inexploradasou não desenvolvidas.

MlUIWMIII llllll |,. ¦«-_;.v,,_-.....w...... ,___.„•„ „ ,.,,,,,, ..„ „„ „.n. ,/„ rx-l'resi(lci.lc Estenssaro ("<> centro), que '•!<•¦O ,/,e/. * Janta ooliciana, General 0««»^(^^fXw«^Xe^/«, derrubar

juraci diz que só EUA podem ajudar

Justiça da Bolívia reclamaanistia política e eleições

La Pa. (AP-FP-JB) -- Emlonga exposição ã Junta Mili-tar que governa a. Bolívia, aCorte Nacional Eleitoral pedeanistia política geral para queo povo. atualmente apático edescrente na realização dc elei-cões limpas a 3 de julho, con-fie nos propósitos das ForçasArmadas de redemocratizaremo Pais.

O Chefe da Junta. GeneralAlfredo Ovando, disse á im-prensa que seu Governo estádisposto a conceder visto deentrada no Pais no ex-Presi-dente Victor Paz Estensoro, seeste o solicitar no consuladoboliviano em Lima. onde élese acha exilado desde o golpede novembro de 1964, que oapeou do Poder.

APATIA ¦

Na nota dirigida ao GeneralOvando, a Corte Nacional Elei-toral afirma que reina um am-biente de apatia e indiferençadiante das eleições gerais de 3de julho próximo, frisando queessa indiferença decorre daincerteza quanto à realização

dns eleições e de estas, se serealizarem, sejam honestas.

Em sua exposição, fruto deum mês e meio de trabalho, áCorte Nacional Eleitoral atri-bui a incerteza do eleitoradoquanto á. realização de eleiçõesa quatro causas:

— a vácilação dos Partidospolíticos cm definir suas posl-ções diante das eleições:

— A ausência de meios depersuasão pública, na impren-sa, no rádio e outros canais deorientação;

— a tática confusa de ai-gúmas forcas políticas, queprejuígandò a limpeza do pro-cesso eleitoral, insinuam a sus-pensão das eleições e a neces-sidade de que as Forças Arma-dns continuem à frente de umprolongado Governo de falo;

— A notória parcialidadede algumas autoridades, comoa do Prefeito de Cochabamba.em favor de uma candidaturanão oficializada mas já cmatuação eleitoral (a do GeneralRené Barrientos). Foi consta-tndo o uso de veículos oficiaispara a mobilização eleitoralem íavor de Barrientos.

A Corte, presidida pelo nd-vogado Mário Rolan Anoya,propõe que a Junta Militnrfome medidas para superaresses quatro fatores e decre-te a anistia geral, medida queconsidera essencial ao proces-so eleitoral c capaz de inspi-rar confiança, no plano ex-terno, nos propósitos demo-cráticos das Forças Armadas.

Prcpõe, a Cone NacionalEleitoral, ainda, a revogaçãodos decretos sobre segurançadé Eslado e a destituiçãoimediata das autoridades queinterferem, abertamente, emfavor de uma candidatura tado General Barrientos). queas Eórçns Armadas já decla-raram não ser oficial.

A nota conclui com um apè-lo á consciência boliviana nosentido de contribuir pnra oprocesso de constituclonaliza-ção do Pais e procurar solu-ções democráticas para a pro-funda divisão que se cavou de

• modo cruel nos últimos tem-p0S. — Um embate fratriciáa— diz o decumento — le-varia a maior ruína da Re-pública.

Embora as Forças Arma-das tenham manifestado im-parcialidade diante da candi-datura de Barrientos e scmostrem inclinadas a manto:'a data das eleições cm 3 dejulho, circulam rumores deque o pleito será mais umavez adiado devido à falta dedefinição cio panorama pré-eleitoral.

Exisie, também, a per.pec-tiva dc uma ferte correnteabstencionistá. O dirigentedo Partido Democrata Cris-tão. Benjamim Miguel, con-firmou ontem que seu Parti-do está decidido a abster-seporque o "panorama políticoatual náo c eleitoral". Amesma tendência se observana Falange Socialista Boli-viann, um dos principais Par-tidos políticos do pais.

O Movimento NacionalistaRevolucionário (MNRi, Par-tido de Estensoro. apeado dopoder em 4 de novembro de19(i4 pela Junta Militar, es-tá dividido e sem o apoio po-pular que o levou ao pocicrem abril de 1952.

O Ministro Jmaci Magalhães disse ontemque "qualquer solução que deva atender nosinteresses sociais e econômicos da AméricaLatina, só tem valor com a colaboração do.sEstadas Unidos, que são o único pais em con-dições de ajudar o Continente".

O pronunciamento do Chanceler foi feitoa propósito da atitude norte-americana, reti-rando seu apoio ás recomendações de carátereconômico e social quo a reunião do Panamádeveria íazer à III Conferência ExtraordináriaInteramericana, a realizar-se em julho, emBuenos Aires.CONCILIAÇÃO

O Sr. Juraci Magalhães salientou que oBrasil se esforça para que a.s divergências como.s Estados Unidos sejam superadas, no inte-rêsse de tôda a Américn Latina, mas sem dei-xer de considerar, em primeiro lugar, os inte-rêsses nacionais.

Declarou o Ministro que "temos em políti-ca internacional, áreas de coincidência de in-

terêsses que procuramos atender nas nossasrelações. O que temos sempre em vista é acoincidência dos objetivos nacionais nas nos-sa.s relações internacionais. Sempre que hajaincompatibilidade de interesses nessas relações.prevalecerão os nacionais".DESPACHO

O Chanceler despachou às últimas horasda tarde de ontem com o Presidente da Re-pública, ocasião em que cs acontecimentos dareunião do Panamá foram examinadas. A ten-dência do Itamarati é realizar um trabalho deconsultas com as demais Chancelarias latino-americanas, a fim de que as reformas econõ-micas e sociais a serem introduzidas na Cartada Organiz.ção dos Estados Americanos nãossjam sacrificadas na Conferência de BuenosAires-

Também seriam feitas gestões pela Embai-xada em Washington, junto ao Departamentode Estado, no sentido de encontrar uma fórmu-la conciliatória capaz de satisfazer a todos.

Costa Ricasem serviçomédico

Sao José da Costa Rifa (UPI-JB) — A greve nacional dosmédicos paralisou ontem o ser-viço nos hospitais e centras deassistência da Costa Rica, as-sim como os próprias consulto-rios médicos particulares.

Os médicos alegam que seushonorários — fixados por lei,de acordo com o número delioras de trabalho — não cor-respondem às necessidades nemao tempo de trabalho.

EMERGÊNCIA

Os funcionários estatais da?hospitais de Previdência Sociale Clinicas renunciaram coleti-vãmente e o.s médicos parti-ciliares aderiram à greve, emsinal de solidariedade aos cc.c-gas, fechando os consultórios.

Longas filas se formaram á,frente de hospitais, clinicas,centros de nutrição e unidadessanitárias, enquanto os pacien-Tes esperavam cm vão. Sòmen-te estão funcionando institui-ções hospitalares, atendidas porpessoal médico reduzido, e ape-nas para casos de emergência.

Patrões em

Gorcloi. tenta ai enuar divergências

O Exército, êsse grande partidoDois grandes partidos — o

MNR e a Falange — e um ter-eeiro, que embora não sejapartido, é o mais forte dos trés— as Forças Armadas — do-minam o panorama eleitoral dáBolívia. Mais que diferençasideológicas, já que nenhum dê-les é muito preciso em suasformulações teóricas, um longopassado de lutas, muitas vezessangrentas, cava entre as dife-rentes grupos partidários umprofundo abismo.

O Movimento Nacionalista-Revolucionário, que subiu aopoder com a revolução de 1952é o que poderia ser classifica-do como partido populista. Dospartidos populistas latino-ame-i-icanos êle tem todas as qua-lidades e todos os defeitos: em-bora represente, na realidade,uma grande maioria eleitoral,principalmente de índios e mi-neiros, beneficiados pelo votouniversal, êle se con-ompeugrandemente com doze anos depoder. .

Quando Paz Estensoro caiu,o MNR tinha se transformadonuma sociedade que servia aseus próprios interéses e subor-

dinaya a vida política do paísá manutenção do poder de. umgrupo e de um homem. Esteprocesso de afirmação pessoalde Paz Estenssoro comprometeubastante a plataforma esquer-dista do partido e afastou deleos outros lideres da Revoluçãode 1952, Siles Suazo, e JuanLechin, dos quais o último fun-dou o "Partido Revolucionáriode Isqitlerda Nacionalista"(PRINl.

A FALANGE

Dos partidos que se opunhama Paz Estenssoro, o mais bemorganizado e o mais poderosofoi a Falange Socialista Boli-viana. Dotado de uma excelen-te organização e de uma- re-volta profunda contra o estadode coisas instalado em 1952 —revolta que não impedia quedas centenas de conspiraçãoperdidas por seus partidários,quase todas abortassem pordenúncias internas •— a FSBconstituiu o principal núcleode oposição ao Governo daMNR.

Fundada sob a sombra da

gr;Falange espanhola, a FSBaglomera um grupo de dirigen-tes direitistas e uma boa per-contagem de jovens universi-tários que se orientam no sen-tido da democracia cristã.Seus seguidores mais moçosdizem que o partido é cadavez menos falange e cada vezmais democrático. Seus àdver-sários insistem em sua baseneo-fascista.

Com a queda de Estenssoro. aFalange pensou que poderiacolher o fruto derrubado pe-los militares. Da tomada deconsciência de que isto eralimito difícil, nasceu unia crês-cente amargura contra a atualJunta de Governo, que já alevou, inclusive, a tentar aliar-se com cs democratas-cristãos,para tentar organizar umaoposição civilista ao Governomilitar.

O EXÉRCITO

Ao lado dessa luta de parti-dos — e acima delas, já queocupa o poder — as ForçasArmadas têm controlado a vi-

da poiittca boliviana, com umprograma tão rarefeito quan-io o das outras agremiaçõespolíticas; mas semelhante a.elas na medida em que suapreocupação fundamental émanter-se no poder.

As queixas atuais dos parti-dns contra a atuação arbitra-ria do Governo em favorecerseu candidato parecem serfundamentadas mas não cons-lituem novidade no panoramapolítico boliviano. Antes daRevolução dc 1952 os grandesproprietários das minas deci-diam o resultado das eleiçõescem a mesma tranqüilidadeque, depois, o MNR, e agora,as Forças Armadas.

A apatia popular não consti-tue também um fator nôvo.Capaz de grandes Violências ede muito entusiasmo, o bolivia-no é pouco politizado e, numprocesso eleitoral dominadoagora como antes, pelo govêr-no, sua Tendência é de votarem quem lhe mandam. Estaapatia, r.o entamo, não excluea possibilidade dn eclosão deuma onda de violência-

Panamá IFP-AP-JB l — O Subsecretáriopara Assunfos Interamericnnos do Departa-mento de Estado. Embaixador Lincoln Gordon,declarou ontem, no Panamá, ao embarcar pa-ra Buenos Aires, que foram exageradas as in-formações de desacordo entre os Estados Uni-dos e cs delegados latino-americanos à respel-to de modificações na Carta da OEA.

Embora, a.s comissões estejam acelerandoseus trabalhos para encerrarem a Reunião a2fi de março, conforme tinha sido planejado,mui.os chefes de delegações acreditam que se-rá "muito difícil" acabar os trabalhos no pra-zo marcado, tendo em vista a demora acarre-tada pelo veto norte-americano ás normas eco-nómicas já aprovadas.

NOVAS EMENDAS

Antes de embarcar no avião da Panngra,no qual foi para Buenos Aires, onde partici-para da Conferência do CIES. o EmbaixadorLincoln Gordon anunciou que, dentro rie algunsdias, os Estados Unidos apresentarão novasemendas ã Carta da OEA, baseadas na Ata doRio de Janeiro.

Ao explicar que as divergências entre osEstadas Unidos e as outras delegações não sãolão profundas quanto fora anunciado, o Em-baixador Lincoln Gordon disse que todas aspropostas estão sujeitas a negociações e adinn-tou que os Estados Unidos gostariam que a no-

va Carta permitisse uma certa flexibilidade nooue concerne às reuniões da. OEA.

Classificando de "surpreendente" a atitu-de dos Estados Unidos de vetarem bniscamen-te as normas econômicas, elaboradas após trêssemanas de negociações, o chefe de uma dele-gação latino-americana declarou à agênciaFrance Presse, que "embora, a.s normas econõ-micas aprovadas e já rejeitadas pelos EstadosUnidos não sejam incluídas na Carta tal co-mo foram redigidas, a partir de agora elas setransformaram numa bandeira parn os paiseslatino-americanos".

O delegado que, segundo a agência, che-fia ••uma dns mais importantes delegaçõesda América Latina", acrescentou que o repre-sentante norte-americano Robert Woodwardesteve presente a todas as reuniões nas quaisíoi debatido o assunto e disse esperar que anova proposta dos Estados Unidos não se façaem forma de diktat, pois. nesse caso, "seria

repelida, etn principio, por uma maioria de na-ções continentais". . .

Depois de criticar a fórmula "dramática cespetacular", na qual foi apresentado o vetonorte-americano, o mesmo delegado explicouque os Estados Unidos preferem discutir os as-sumos econômicos no âmbito da Conferência,tio CIES em Buenos Aires, onde estão presen-tes economistas mais técnicas que nas do Pana-má e afirmou que a América Latina precisado apoio norte-americano para desenvolver-se.

Eulbright pede ajuda ao continenteWashington (AP-JB) — O Presi-

dente da Comissão de Assuntos Exie-riores do Senado norte-americano, Se-nador J. W. Fulbright, exortou ontemo Governo do Presidente Lyndon John-son a apoiar a revolução social demo-crática da América Latina através denovas contribuições para a Aliançapara o Progresso.

O apelo do Senador Fulbright foiformulado no momento em que o Sub-secretário de Estado para Assuntos In-teramericanos. Lincoln Gordon, viajapara Buenos Aires para se reunir comos Ministros da Fazenda latino-ame-ricanos, em meio a um ambiente depessimismo provocado pelo veto ame-

ricano às reformas econômicas na con-íerência do Panamá.DEMOCRACIA

Em discurso preparado para serlido na Universidade de Connecticut,disse o Senador Fulbright:

—- Não é demasiado tarde para osEstados Unidos desempenharem umpapel importante e efetivo na tarefade ajudar a América Latina a alcan-çar suas aspirações de democraciaede justiça social. O apoio à revoluçãosocial na América Latina é compatívelcom o nosso caráter como nação e,íora de qualquer dúvida, atende aosnossos próprios interesses.

Partido de Pinilla formaírente para concorrerà Presidência da Colômbia

Bogotá (AP-UPI-FP-JB) — Maria Eugênia Rojas, fi-lha do ex-ditador Rojas Pinilla, eleita senadora nas elei-.cões parlamentares de domingo, anunciou ontem que, apósá apuração, a Aliança Nacional Popular, vai promover aconveneáo dos grupos da Oposição para a escolha de ümcandidato às eleições presidenciais de maio.

O alto índice de abstenção do pleito de domingo —apenas um terço do eleitorado votou — torna difícil umaprevisão sobre as próximas eleições presidenciais, em quefigura como principal candidato o Senador Lleras Rcstre-po, do Partido Liberal que desde 1958 se reveza no Podercom o Partido Conservador.

:•¦'.-.

RESERVA

O total de votos, segundo secalcula, atingirá apenas a doise meio milhões, num eleitora-do de sete milhões e 200 mil,o que significa que as colom-btanos mais uma vez — em1962 a proporção de absten-çôes foi aproximadamente amesma — se recusaram a vo-tar. seja em manifestação dep.-otesto ou de desinteresse.

Quanto à constituição doCongresso, está confirmado ofracasso da Frente, que pre-tendia recuperar a maioria dedois terços perdida desde. 1962,que lhe daria o controle ne-cessário para a aprovação doseu programa legislativo de re-formas defendidas pelo PartidoLiberal.

A composição provável parao Senado é de 61 cadeiras para

o Governo e 45 para a Opo-sição, embora ainda possa ha-ver alterações. Para a Cama-ra, o cálculo é ainda mais in-certo, mas as cadeiras poderãoficar divididas em 105 do Go-vérno e 85 da Oposição.

O aspecto mais importante,além da vitória já esperada doGoverno, é o aumento do po-tencial eleitoral — dentro dos33 por cento do eleitorado quecompareceram às urnas — dogrupo liderado pelo ex-ditadore ex-General Gustavo RojasPinilla que, embora privado dòuniforme e dos direitas civisaa ser derrubado do Poder, ele-geu dois senadores e 27 depu-tados em 1962 c no domingopassado conseguiu eleger pro-vàvelmente 18 senadores e 39deputados.

Junta eleitoral dominicanaacusa Embaixador dos EUAde interferir na campanha

São Domingos (ÀP-UPI-PP-JB) — A Junta CentralEleitoral repeliu, ontem, uma declaração do Embaixadornorte-americano EHsworth Bunker, da comissão especialcia OEA — de que a entidade continental enviaria obser-vadores às eleições presidenciais .dominicanas — conside-rando-a uma intromissão nos assuntos eleitorais da Re-pública Dominicana.

Dois técnicos eleitorais da OEA eram esperados ontemem São Domingos, para completar a missão de ássessoriaque iniciaram em janeiro — Richard M. Scamnon, dosEstados Unidos, e Juan Pedro Zebaüos, do Uruguai, quejuntamente com Eduardo Arroyo Lanela constituem amissão da organização.

antes do final do seu mandato,os militares constitucionalistasrevolucionários, que lutaramcontra as forças da Junta Mi-litar.

A integração dos militaresrebeldes — prevista na Ata deC o n c i 1 i ação promovida pelaOEA para solucionar a guerracivil dominicana — vem sendodiscutida desde a instalação doGovêmo Provisório, mas o má-ximo que se conseguiu foi en-viar vários deles ao e.strangei-ro. com cargos diplomáticos, t_em missões de estudos.

Garcia Godoy, em rápidocontado com as jornalistas,di.sse que não sabe em que con-dições o Governo norte-amer-cano oferecerá os 25 milliõesde dólares já autorizados" peloPresidente Johnson para ajudaao povo dominicano.

STANDARD ELECTRiCÁ ENIREGATELEVISORES 90 À MARINHA

REAÇÃOA resposta ao Embaixador

Bunker, segundo uma fontechegada à Junta Central Elei-toral, órgão máximo eleitoraldo pais, está sendo redigida.

O informante recusou-se aadiantar algo sóbre o texto,mas afirmou que a suposta de-claração constituía uma intro-missão nas atividades da Junta.

Em discurso pronunciado nasemana passada, o ex-Presiden-te Juan Bosch revelou que oEmbaixador Bunker lhe haviadito que a OEA pretende enviar50 observadores a São Domin-gos durante o pleito, bem co-mo técnicos para auxiliar ostrabalhos da Junta Eleitoral.

O presidente Provisório Hec-tor Garcia Godoy reiterou suadecisão de integrar nas fileirasregulares das Forças Armadas.

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nrdA Marinlta Brasileira solicitou it StántlElectiica cedesse seu inovo televisor 90 pura oCurso de Eletrônica do Centro de Instrução Al-mirante Wandènkòlk; A Marinha escolhera o tf*ievisor 90 dn Standard Electrica por considerá-loo mai« moderno e aperfeiçoado dos televisoresbrasileiros.

Ma loto, o Sr. Octacilío Mário Draga, Diretorde Relações Públicas e representando o Presi-dente da Standard Electrica, faz a entrega dostrês aparelhos de TV 90 ao Contundante Alt ilaFranco Ache, do Centro de Instrução AlmiranteJVandenkolk, na Ilha das Enxadas,

greve noEquador

Guaiaquil ÍAP-JB1 — Come-çou esta manhã a greve geraldas Câmaras de Comércio, In-dústria e Agricultura, a fimde pressionar o Govémo nosentido de que retifique meai-das econômicas restritivas. To-dos os grandes armazéns e fá-bricas náo abriram; o centrocomercial está deserto e hãpouca atividade dos pequenoscomerciantes- Os bancos cou-Mimaram a servir ao público,que levanta os seus depósitosna previsão de uma possivelgreve de bancários-

As Câmaras de Guaiaquilpublicavam nos jornais comu-nicadps em que dizem que oGovémo não ouviu suas quei-xas e apelos e tomou medidasque encarecem o custo de vi-da. Por seu lado, o Govèmofaz o mesmo e seu comunica-do salienta que os pedidos dasCâmaras foram atendidos par-ciálmente, lançando a respon-sabilidade da greve aos diri-gemes patronais. A cidade per-manece tranqüila.

S

Chile aindacom minasparalisadas

Santiago do Chile, Monte..-déu (FP-UPI-JB) — Continuasem solução a greve da minade cobre Êl Teniente, que emabril entra no seu terceiro mês.O Govémo não pretende con-dicionar um acordo com a li-bertação de líderes sindicaispresos. O plebiscito organizadono Centro Mineiro de Salva-dor, para decidir a volta aotrabalho, contou com apenas113 votos favoráveis, num to-tal de 2 725 operários. Quantaâ situação na mina El Tenien-te. apesar da proposta da com-panhia Braden Copper de umprêmio de 100 dólares para avolta ao trabalho e mais umempréstimo de 100 dólares, nãose registraram alterações: osoperários não aceitam voltarao trabalho se não íôr resol-vida simultaneamente a rein-tegração de todos os lideressindicais e operários despedi-dos das minas de El Salvadore Potrerillos.

Os taquigraíos do Senado en-traram em greve por teremsido acusados pelo Senador de-mocrata-cristão José Musalemde náo terem captado com ln-teligència suas palavras numadiscussão com o Senador so-cialista Carlos Altamirano.Musalem quer que sejam de-mitidos 21 taquígrafos e que,em seu lugar, ponham-se gra-vadores de fita. O MovimentoCívico Cristão do Uruguai con-gratulou-se com o PresidenteEduardo Frei pela "sua açãopatriótica e renovadora de re-sisténcia ao marxismo".

Trensparam naArgentina

Buenos Aires ÍAP-FP-JB) —A rede ferovlária argentina es-tá paralisada desde a manhãde ontem, em conseqüência dagreve declarada repentinamen-te pelo sindicato dos manobrei-ros de agulhas, que pede au-mento de salários e 200 miltrabalhadores filiados às duaspoderosas organizações sindi-cais ferroviárias anunciaramuma greve para a meia-noitede ontem.

O Govémo prendeu mais decem ônibus urbanos das emprê-sas privadas de transporte, quecomeçaram a aplicar tarifas

superiores às autorizadas, mui-tando os infratores em cem milpesos, em lugar dos cinco milque a lei estabelece, por infra-çáo à, lei do monopólio.

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1Q _ l.o Cad., Jornal do Brasil, quarta-feira, ?._-_-__

Informe JBQueixas

Os círculos do Governo não escon-dem as suas queixas contra o pessimis-mo da imprensa, nos últimos dias. Se-gundo esses círculos, o noticiário dosjornais tem contribuído para. tornar ain-da mais di/icil a tarefa governamental,além de sobrecarregar a Nação com te-mores e angústias infundados, resullan-teu ria atmosfera rie negativismo vi-gcnlc.

Pode ser que alguns jornais, de la-to, exagerem na dose, vá lá. Mas a ver-dade é que. tem faltado ao Governo capa-cidade rie explicar, rie explicar-se, OGoverno não convoca o povo a participardo seu esforço, não trata de levantai- aNação, de sensibilizá-la. rie. dizer-lhe queo sacrifício c imposto em nome de umfuturo mais sólido, mellior, mais prós-pero. Antes, o Governo parece prescindirdo apoio popular, ser indiferente a êle— ãs vêzcs, parece até desprezá-lo. Ajulgar pelo que dizem na intimidade oPresidente, da República e seus princi-pais auxiiiares, o Governo na realidadenão corteja a popularidade, mas estámuito longe de deliberadamente desejara impopularidade.

Ora. sc é assim, por que não tomaruma providencia? Não somos uma na-ção dc vellios vencidos. Um Pais comoêste não tem o direito de perder a fénem de acomodar-se. Lembre-se disto oGoverno, e aja. em conseqüência, se qui-ser identificar-se com o povo que estásofrendo hoje. sem saber sequer por que,para que, até onde, até quando.

VelandoA presença do General Amauri Kruel

no ítiò está sendo interpretada em al-guns círculos como indicio tle que o co-mandante de São Paulo veio velar pelocumprimento da promessa relativa aodomicilio eleitoral.

Maquiavel"Quando os Estados conquistados

estão habituados à liberdade c a ter suaspróprias leis, existem três maneiras deconservá-los. Primeiro: arruiná-los; se-gundo: indo habitá-los pessoalmente;terceiro: deixar que vivam com suas leis,criando tributos e um governo de poucosque te conservem tais Estados comoamigos..."

E adiante:„."E quem se tornar senhor de uma

cidade habituada a viver livremente enão a destruir, espere ser por ela destrui-do, pois suas revoltas são sempre feitascm nome da liberdade e d-s suas antigasleis. das quais nunca se esquecem, nempelo correr do tempo, nem pelos benefi-cios recebidos."

"De como se devem governar cida-des ou principados que, antes da inva-sào, tinham leis próprias", O Príncipe,de Maquiavel.

DilemaO último aumento ão salário mínimo

pôs na mesa do Governo mais um pro-blema de opções difíceis. S? cumprir alei que determina a majoração dos alu-guéis, dois meses depois, arrisca-se auma indesejável repercussão no custode vida: se não cumprir a Ioi. revògan-do-a excepcionalmente..no presente pe-riodo, trará dúvidas sóbre o acerto dalei que pôs em vigor.

MotivoO General Costa e Silva esteve, on-

tem, com o Presidente Castelo Branco,durante 45 minutos, no Palácio das La-ranjeiras. À saída, evitando o chamadofunil dos jornalistas, o Ministro da Guer-ra chamou a atenção por não ter tido —como já é habitual — nenhuma pala-yra bem humorada á imprensa. Seja qtialfôr o motivo — ou mesmo sem motivo.

ExplicaçãoPouco antes da posse cio jornalista

Arnaldo Lacombe na Agência Nacional,ontem, pela manhã, no Gabinete do Mi-nistro da Justiça, o Deputado Armando

• Falcão conversava com o Ministro Memtle Sá, lembrando os tempos em queocupou a pasta.

Imagine o Sr. — dizia o Sr. Ar-mando Falcão — que eu encontrei, mimarmário desta mesma sala. uma carabi-na carregada e uma caixa de balas —e nunca cheguei a saber de quem era ouquem a pós ali.

So podia ser do Prado Kelly, lem-brou o Sr, Mem de Sá.

Importuno inoportunoUma alta personalidade do Governo

aproximou-se, recentemente, do Presi-

dente Castelo Branco, durante um des-pacho, e. lembrando que está próximo ofim do mandato presidencial, ponderoua necessidade de fazer-.sc alguma coisaem favor da ordem jurídica do Pais,"atualmente um verdadeiro caos". E oPresidente; cerrando o cenho:

— Saberei cuidar disto no momentooportuno.

ProfetaNelson Rodrigues, cujas previsões em

matéria de futebol são freqüentementeuma lástima, pode reclamar crédito pa-ra o acerto dc pelo menos uma, de ca-ráter político, feita no livro Engraçarii-nha, publicado em 1961 ou 62.

É a passagem em que o.s persona-gens principais do romance se encontram

num apartamento da Avenida Presiden-te Vargas, entregues a uma tremendaorgia. Na rua, três sujeitos que nadatêm a ver com a história política, cm pé

na calçada. Um deles vira-se para ooutro e pergunta:

Você viu a convenção da UDNque escolheu o Jânio?

Vi. sim — diz o outro —; e tomenota do que lhe estou dizendo: o Juracivai se vingar do Lacerda!

Letras imobiliáriasA COPEG entra com toda a corda

no mercado das letras imobiliárias: vailançar-se na frente dos outros e paraisso já acertou com a área financeira ascondições indispensáveis. Quer ser o pri-meiro órgão do sistema financeiro a ge-rar o nóvo rush imobiliário no Brasil, apartir de meados déste ano.

O.s entendimentos terminaram, on-tem, cnm o Banco Central e o BNH.Quando as demais empresas do campodos papéis acordarem, o Departamentode Letras Imobiliárias da COPEG já es-tara faturando alto.

Reunião de rotinaOntem, ao fim da tarde, reuniram-

se no Laranjeiras o Presidente da Re-pública, o Ministro Luis Viana Filho, oGeneral Ernesto Geisel. o Ministro Jura-ci Magalhães, o Ministro Mem de Sá. oMinistro Cordeiro de Farias e o GeneralGolberi do Couto e Silva.

Do lado de fora, excitados, os repór-teres falavam "em ação, cassação eGuerra do Paraguai", segundo o depoi-mento de um deles.

Duas horas depois, abre-se a portae o primeiro a sair, apressado, é o Sr;Luis Viana Filho, lacônico: "Reunião cierotina", comunicou.

Ai vem o Ministro Mem cie Sá. In-terpelãdo por um repórter sóbre o ob-jeto da reunião, tenta esquivar-se mas,não conseguindo vencer a insistência,sai-se com esta:

Estávamos discutindo quem che-gará primeiro à Lua...

Mas. Ministro — volta o jornalis-ta—, e o problema do asilado?

Asilado? — espanta-ss o Minis-tro da Justiça. — Um asilado aqui noPalácio? Meu filho, um tie nós dois bc-beu. Boa noite.

Fiscalização severaPai de familia com filha que faz 15

anos e mora em apartamento pequenodemais para festejar o acontecimentonão sabe o que o espera sç pretendereunir o circulo de amigos da mocinhana área de um clube qualquer. Um painessas condições fêz no sábado um en-contro de pessoas da intimidade da ía-milia. com doces feitos em casa e tudo.Pois bem: mal os convidados acabaramde chegar e a vitrola do clube começou afuncionar, com discos levados pela ra-paziada. apareceu na porta do Leme Té-nis Clube o cobrador da UBC. Pediu des-culpas e o cheque do pai da jovem. Se-tenta esdois mil cruzeiros, a titulo dedireitos autorais que ninguém sabe aquem seráo faturados, pois o fiscal nãoouviu sequer as músicas que estavamsendo tocadas.

Está ai um setor onde uma boa in-vestigaçào teria muito a revelar. Afinal,estamos cansados ds ver compositores denome e popularidade morrerem na mi-•séria, enquanto suas músicas sáo toca-das por'toda parle. Para onde vai. real-mente, esse dinheiro cobrado pelas enti-dades de direitos autorais? Qual o cri-tério para cobrar? Quem fiscaliza os fis-cais? E' tão rendoso o negócio que nãoapenas orquestras pagam direitos auto-rais: também os discos que as lojas ven-dem e sempre que são tocados. Há umacortina de mistério à ser devassada comolhos de IPM na área dos direitos auto-rais.

Lance livreOs circuios do Laran jeiras considera-

ram significativo o fato de que nenhumadas 32 perguntas dirigidas ao Presidente daRepública, na entrevista coletiva de ontem,contivesse qualquer alusão ao Sr. CarlosLacerda.

— Parece que é mesmo o ostracismo,lembravam, penalizados.

O Sr. Jessé Freire, Presidente da Con-federação ..'acionai do Comércio, ofereceráum coquetel a imprensa, nos primeiros dinsde abril, pnra lançar, aqui no Rio, a missãobrasileira ao Líbano — que éle próprio vaichefiai-,

-A excursão que alguns membros cioTribunal de Justiça da Guanabara vão íazerá Europa, em abril, continua dando o queíalar. Agora, diz-se no foro que a épceada viagem foi escolhida a propósito, parajustificar os pedidos de licença para Iro-lamenta tie saúde com o argumento dc queo clima europeu é muito saudável na pri-mavera.

Djanira. a pintora, que resolveu esteu-der por mais algum tempo sua estada noRio, íêz anteontem um giro completo nanoite carioca. Jantou no Luca's, íoi ao Cas-telinho tomar caíé, ao Zum-Zum rever Ara-ci de Almeida e às 6 da manhã de ontemsaia do Le Bateau.<t Vai ser lançado brevemente no Brasil,pela Denison Eletrônica, um rádio de pilhaalimentada a energia solar, o Solaris, quètambém funciona à noite, com a energiaacumulada de dia,9 Depois de uma exibição no Teatro deArena, o Império Serrano féz uma déscon-certame rarsia na chamada esquerda fest:-va, que sempre foi muito mais da Mangue:-ra do que do Império. O segredo foi o Bani-ba-enrédo baseado na Caría-Testamemo,que quase derruba o teatro.© Chegou ao Rio o Sr. Luis Carlos BeloParga, que o Sr. Jo-é Sarnei requisitou . o

Banco do Brasil para pôr na Presidência doBanco do Estado do Maranhão. O BEM játem agência no Rio, mas só agora, sob' asupervisão do Sr, Roberto Alves Maranhão,lérá dinamizado.

O Ministro Roberto Campos estítrá ho-Je. a.s 221v na TV Rio.

Preocupado com o desconhecimento dasatividades do Instituto Osvaldo Cruz. o Mi-nistério da Saúde vai organizar um prógra-ma de visitas a Manguinhos.

O pintor Benjamim Silva, prêmio deviagem do MAM. inaugura no próximo diaKl de abril uma exposição na galeria dearte da Meira. na esquina da Rua DjalmaUlrich com Avenica Copacabana:

Luis Carlos Barreto lançará brévement.três filmes baseados em histórias de Mon-teiro Lobato: Reinações de Xariziiilio, OSilio tio Picapau Amarelo e Histórias deDona Benta. Uma nova e louvável iniciativa.

Ontem, na Maison dc France, o Go-vernador João Agripino Almoçava (e, pro-vàvelmente, articulava) com um grupo deamigos; noutra mesa, o ex-Governador dePernambuco, Sr. Cid Sampaio, o CoronelLuciano de Sousa Leão e o jornalista Her-menegildo de Sá Cavalcanti.

Está no Rio o jornalista Lúcio Brasi-leiro, de Fortaleza, onde atua em jornal ctelevisão, com grande sucesso.

O Sr. Barbosa Melo, Diretor Superinten-dente do Banco do Comércio e Indústria deMinas Gerais, arrematou um lote ce qua-dros de Manabu Mabe, Maria Polo. JenerAugusto e outros para a nova sede do ban-co, na Avenida Rio Branco.

Já no Rio. de volta do congresso daCotai, em Montevidéu, o Sr. Álvaro Bezerrade Melo. dos Hotéis Othon.

Realiza-se ho.ie. ss 20h. no Hotfl Gló-ria. o jantar em homenagem ao nóvo Se-«•etário rie Saúde do Estado, Sr. Hildebran-rio Monteiro Marinho.

Marinha volta a construir pesqueirose entrega o "João XXIIF à SUDENEdè.-ESTO EM rôrA

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Convidados para a festa deEça vão comer e beber àmoda dos seus personagens

Quitutes . vinhos provados pelos personagens de Eçade Queirós vão ser saboreados às 20h de hoje. inclusivepelo Presdiente Castelo Branco, que foi convidado pelaFundação Infante D. Herirlnue para comemorar os 100anos decorridos cia publicação cio primeiro trabalho doescrito'-, na Exposição Portugal de Hoie. na Avenida Chile.

O Governador Negrão de Lima já confirmou a suapresença no banquete, que começa pelo caldo tle galinhadn S. .íoaneira, servido por um grupo cie mocas em trajestípicos, continuando com peixe tio grão-tluque, frango tleTormes e como sobremesa, sopa dourada da Tia Vicên-cia-la tn preia dc ovos da Rua de São Roque e qucijádasde Cintra.

CONFERÊNCIA

O escritor Aurélio Buarquede Holanda pronunciará umaconferência sóbre O Estilo deV.ea ile Queirós, antes de osconvidados sentarem à mesa.oncie haverá, para beber, ovinho brnncn ile Biieellas, vi-nho tinia de Cola re.s e vinhofino llo Pório.

Em seguida à conferência,o Presidente cia Academia Bra-sileira. cie Letras, escritor Aus-tregésilo de Ãtaide, cortaráa fita simbólica dando porinaugurada a exposição biblio-iconogràfieá de Eça dc Que:-rós. que foi organizada pelosbrasileiros integrantes do Clu-be de Eça.

PRESENÇA DE CASTELO

Os organizadores da come-moração tém como certa apresença do Presidente Castc-lo Branco, especialmente cen-vidãdó. Na hipótese de êle nãocomp: recer. será representadop;'.n Chefe da Casa Civil; St.Luis Viana Pilho.

Salão doAntiquáriorecebe tudo

Se você tiver uma coleçãode antigüidades e quiser ape-nas expor oti vender, aguardeo I Salão Nacional tle Ànti-quáriós, a ser instalado no Cn-pgéabanà Palace. cie 13 a _!)de maio, nos moldes das pro-moções européias, pois haveráum ca:álogo-guia. para efeitocie comercio entre os coleciona-dores brasileiros e estrangeiros.

fi o primeiro salão do gene-ro organizado na América La-tina. pretendendo os patrooi-nadores reunir a:. 40 colecio-naclores — segundo explicouontem o Secretário íe Turismo,Sr. João Paulo do Rio Bran-co. Qualquer pessoa iniciadano ramo. ou q;:e possua pe-ças de valor, por diletantismo,poderá participar da mostra.

ORGANIZAÇÃO

O T Salão Nacional cie An-tiqur.rios cs., sendo organiza-c',o pelo Sr. Armando Pires doRin. com a supervisão da Se-cre ária de Turismo, consti-lu;nrio-se objetivo principal oincremento cio comércio deobjetos antigos. A exposiçãoficar., aberta diariamente, das17 ãs 23 horas e o Estado es-peia alcançar bons resultadoscom a iniciativa, à semelhançados salões cie Lisboa, Paris,Londres, Florença etc.

O Secretário de Turismo ex-plicou ainda que o Festival In-ternacional do Filme será rea-lizado agora já com experiên-cias passadas: o nível artísti-co tem dc ser elevado, mas aparte comercial também é vi-tal para a cinematografia bra-sileira. O mercado de filmesfalhou no ano passado.

— Pretendemos transformaro Rio rie Janeiro na Capitaldos grandes acontecimentos.de maneira definitiva — con-Cluiu o Ministro Rio Branco.Estão na agenda o II Salão riaModa 'll a 26 de junho), umCongresso Científico, o Fest:-vai da Canção Popular e aExposição de Filatelia Luso-Brasileira.

Apenas 400 volumes, dos cin-co mil que integram a bibiio-grafia sôbre Eça de Queirós,incluindo edições em lingua es-trangeira, seráo expostos aopúblico. Entre eles. inclui-se oprimeiro exemplar cie O mis-Icrio da Estrada dc Cintra.

PRIMEIRO ARTIGO

O.primeiro artigo de Eça deQueirós será. também, mostra-do, tal como o publicou a Ga-zela ile Portugal, no ciia 23de março de 18fin.. Tem o tl-tulo dc Notas Marginais, e óum comentário literário, eon-tendo esta quadra: ... destelado do rio ... o namorado/e a moça dos olhos pretos/ ... do outro lado."

As Farpas, revista política ede crítica, aos costumes daépoca, além do primeiro Jor-nal totalmente redigido porEça. Distrito de Évora, quecirculou no dia 6 de janeiro,c? 1867. fazem parte da expo-sição. juntamente com váriosdesenhos, retratando o escri-tor.

Ouro Prelofaz serenataa Vinícius

ricln Horizonte (Sucursal.— O poeta Vinícius de Mo-rais é esnerado hoje nestaCapital, de passagem paraCuro Preto. n"de o compo-sitór mineiro Gervásio Hor-ta coordena uma serenatade intelectuais cm sua ho-menásem. a realizar-se nosábado, ao pé da estátua deTiradentes.

A serenata deverá incluira casa de Tomás Gonzagae terminar na boate Cala-bouço onde Vinícius promo-teu que ciaria um show. em-bora o principal objetivo desua visita a Ouro Preto se-ja repousar e ilustrar, comCarlos Scliar. o seu últimolivro, que versa sôbre o Riode Janeiro.

FESTA DIFERENTE

Gervásio Horta prometeque esta será "uma festa dl-ferente. bem ao estilo bar-roço e proporcional ao gè-nio do homenageado". Des-taça que o roteiro incluiráos locais mais românticosda Cidade, "onde pesquisa-dores da História contarãopassagens da vida boêmiados Inconfidentes e de ce-lebridades que já estiveramem Ouro Preto, como JeanPaul Sartre. Olavo Bilac eDom Pedro II".

Alguns tipos populares daCidade serão convidados,como Domitilia, uma velhaque já foi atriz de teatrono Rio. Lisboa e Paris, e Do-na Olímpia, que com 83anos de idade ainda moraem uma república de estu-dantes e trabalha, como ci-cerone de turistas.

Presidente fixará medidaspara proteger Parati, quejá sofreu 27 modificações

O Presidente Castelo Branco deverá assinar nas pró-ximas horas, a pedido do Ministro Pedro Aleixo. decretofixando medidas de preservação do conjunto arquitetônicoe paisagístico de Parati, antiga Vila de N. S.a dos Reme-dios, que. apesar de tombada polo Patrimônio Históricoe Artístico Nacional, já sofreu 27 modificações tanto nobairro histórico como na área urbana.

O Diretor cio Patrimônio Histórico e Artístico Nacio-nal. Sr. Rodrigo Melo Franco, afirmou que o decreto, ba-seàdò em exposição de motivos do Ministro da Educação,prevê a futura expansão cie Parati e protege seu acervohistórico, artístico e cultural, ameaçado por alguns mora-dores que atentam contra o município inteiro, cuja sedec.tá tombada pelo Patrimônio.ALARMA JUSTO

— Todas as cidades de ar-quitenira e armamentos tom-liados — disse o Sr. RodrigoMeio Franco — como Parati,têm uma população poucocompenetrada. As própriasautoridades municipais, al-gumas vezes desfiguram suafisionomia. O caso de Para-ti. porém, é monificante, poisaté agora a antiga Vila deNossa Senhora dos Remédiosvinha conservando sua fisio-nomia primitiva. Os novosempreendimentos, enti etanto,numa área restrita rie belamoldura paisagística, se des-tacam muito. Por isso o alar-ma é justo.

— Várias denúncias —proseguiu — têm chegado aoPatrimônio Histórico. A me-dida em que as infrações sãocometidas, o Patrimônio asencaminha ao Juiz da Cornar-ca. Sr. Luis Carlos Mota. Osagentes normalmente consta-tam as transformações arqui-tetônicas. Através do Minis-tro Pedro Aleixo. o Serviço cioPatrimônio Histórico e Anis-tico Nacional encaminhou aoPresidente da República umrelato sóbre a situação de Pa-rati. O Ministro Pedro Alei-xo. enl exposição rie motivos,pediu medidas especiais deproteção, não apenas circuns-critas ao bairro histórico, masa iodo o município. Dentrode pouco tempo, o Presidentebaixará um decreto para pro-teger o conjunto arquiteto-nico e paisagístico da'cidadedelimitado pela área urbana.O caso de Parati, para o Pa-trimònio Histórico, tem im-portáncia nacional porque,em relação ás demais .cidadestombadas — Ouro Preto, Ma-riana. Cerro. Diamantina,São João Del Rei, Tiradentes,parte de Salvador, Alcànta-ra. no Maranhão, parte deVasouras. uma rua de Sabá-rá e pequena área de Congo-nhas do Campo, esta cidadetem o atrativo de estar situa-da entre os dois maiores cen-tres populacionais cio País,numa zona em que se pre-

tende construir uma estrada,litorânea.

— O decreto — finalizou oSr. Rodrigo Melo Franco —visa apenas Parati porque te-ve em vista, sobretudo, a fu-tura expansão da. cidade e apreservação do seu acervocultural, artístico e histórico.Parati,'entre todas as cidadescoloniais, presta-se mais ao'planejamento urbano, pois épouco acidentada, e quase tõ-da plana. Há alguns anos,devido á especulação imobi-liaria surgida com os boatosde conslrução da estrada lito-ninea., pleiteamos a. desapro-priaçáo de vários terrenosnum dos morros da cidade. Apopulação local, todas sabem,não é entusiasta da conserva-ção da fisionomia local, temaspirações modernistas e an-ieios de progresso. Norma!-mente, é mal orientada e ig-nora que há compatibiliria-de absoluta entre conforto epreservação do acervo. Como decreto do Presidente Cas-leio Branco serão fixadas me-didas mais rígidas para quea cidade sobreviva á onda demodernização desencadeadapor uns poucos comerciantesque moram ein Parati.

A FICHA

A antiga Vila de Nossa Se-nhora do.s Remédios, hoje Pa-rati. está situada a 3(5 léguasa sudoeste cio Rio e, correndodo nascente para o poente,tem sete ruas: da Capela. Ca-rieia. Rosário. Direita. Lapa.Santa Rita e Couto. A.s ca-sas, a maioria sobraciarias,acham-se bem alinhadas e,atualmente, sua populaçãoatinge 16 mil habitantes.

Principalmente, p er t en ciaaos índios goianos, sendo in-corporada ao Governo da Ca-pitania de São Vicente em ..1726. Seu litoral tem 90 qui-lômetros. os prédios são 2 500e a. área que ocupa soma ..911.26 quilômetros quadrados.O território é constituído pc-la- antiga, freguesia de NossaSenhora dos Remédios, criariaem 1864.

Missão de I sal tin a estaencerrada legalmenteporque Juiz nega habeás

A missão da médium Isaltina no Rio, foi legalmenteencerrada ontem, quando o Juiz ria 16." Vara Criminal,Sr. Astrogildo de Freitas, negou o habeas-corpus que íôraimpetrado em seu favor pelo advogado Aderbal de Figuei-redo. pedindo a continuação das sessões na tenda do En-genho de Dentro.

Para o magistrado, o culto do espiritismo não se con-funde com o curandeirismo previsto no Código Penal bra-sileiro e praticado por Isaltina e o babalaô Sebastião Pe-dra d'Agua, seu empresário, como "ficou demonstradopelas reportagens publicadas na imprensa carioca a res-peito de suas operações milagrosas". .

INTERDIÇÃO

Diante da decisão do Juiz da16." Vara Criminal, o Delega-do do lô." Distrito Policial. Sr,Cícero Gomes Pereira, ficouautorizado a manter a interdi-ção da tenda onde Isaltinarealizava as sessões ou prendertoda? aqueles que insistam emdesobedecer suas ordens.

O Juiz da 6." Vara Criminal,Sr- Orlando Mendonça Morei-ra, por outro lado, concedeu

liberdade provisória ontem aovidente Professor Rudy, porentender que a fraude por élerealizada não sc enquadra noAii. 171 do Código Penal, quecuida do estelionato.

Segundo o Juiz. o Sr. Fran-kiin Sousa Neto (professor Ru-ày) cometeu uma contraven-ção c nâo um crime, razão pelaqual o flagrante que lhe l'_ldado pela polícia, é nulo. poiso acusado não se fazia acom-panhar por advogado.

Depois de mais de 10 anossem construir barcos de pesca,a Marinha do Brasil lançou aomar ontem o pesqueiro JoáoXXIII, de 65 toneladas e pro-jetado por engenheiros brasi-leiro.. para uma tripulação de35 martijos, primeiro cie doisbarcos com ns mesmas caracte-ristíoas encomendados pela.PENESA S. A„ indústria ri»pesca do Nordeste.

O ./ócio XXIII faz parte do*planos do Governo federal paraincentivar a pesca no Nordestee sua construção foi iniciada,em Julho de 65. A solenidaderio lançamento ao mar compa-receram, além dc outras auto-rickides, o Ministro da Mari-nha, Almirante Zilmar de Cam-pos Araripe Macedo, e o Mlr.is-tro da Agricultura, Sr. NeiBraga.

AJUDA AO NORDESTE

A PENESA (Pescas do Nor-deste S. A.). indústria finan-ciaria pela SUDENE, encomen-dou á Marinha dois barcos,para dinamizar seu trabalho,uma. vez que a pesca no Nor-deste ainda é quase toda feita,por jangadeiros. O João XXIIIe o Luis Freire, que será lan-çado dentro de 40 dias. sãoprojetos do Govémo federai. OJoio XXIII tem o comprimen-to total de 26,62m, desenvolve-rá velocidade de 9 nós e potèn-cia de 280 HP e. por ocasiãode seu lançamento, ontem à.tarde no Arsenal de Marinha,reuniram-se os Almirantes emserviço, o Chefe do Estado-Maior, Almirante Toscano, osMinistros da Marinha e daAgricultura e o Superintendeu-te da SUDENE, Sr. João Gon-çalves de Sousa.

O Superintendente da SU-DENE informou ao JORNALDO BRASIL que aquele órgãoarrendou três navios japoneses,com direito a opção de com-•pra, com 75 tripulantes com amissão de ensinar aos nordes-tinos as técnicas modernas dapesca.

Disse ainda que estão sendoenvidados os maiores esforçosno .sentido de ajudar o ciesen-volvimento do Nordeste e. co .mo prova disto, está a decisãocio Governo em autorizar o en-vio de recursos obtidos com oImposto de Renda.

Toda pessoa que pagar o Im-posto de Renda e autorizar odesconto da metade <jo valortotal para o Nordeste, êste di-nheiro irá realmente ser apro-veitado em beneficio daquelaArea.

— Esperamos arrecadar Cit.200 bilhões êste ano. adotandoo sistema, que sem dúvida da-rá um grande impulso no Nor-deste — concluiu o süperinten-ciente da SUDENE.

Juarez cuidade ponte emMontevidéu

O Ministro da Viação. Maré-chal Juarez Távora. embarcouontem para Montevidéu, ondeassinará com o Governo uru-g.iaio um convênio para aconstrução da ponte interna-cional sóbre o rio Quarai. queligará a cidade brasileira riomesmo nome á localidade rieArtigas. naquele pais.

Na mesma ocasião seráo re-vistos vários problemas ligadosá conslrução de vias de acessocia zona fronteiriça como a pon-te ròdo-ferroviária sóbre o rioJaguarão c outras obras rie en-ganharia. O Ministro da Via-ção viajou acompanhado doEmbaixador Pio Correia e doengenheiro Tomás Landau.

A PONTE\A ponte sóbre n rio Quarai

está orçada em CrS 1 bilhão _100 milhões, com prazo de con-clusão previsto para dois anos.Terá um vão livre de 750 me-tros. com seu ponto de niaioraltura cm lõ metros. Serámaior do que a da Foz doIguaçu, que tem 500 metros.

Cai o abrigode debatesem Fortaleza

Fortaleza (Correspondente! —Os saudosistas que ainda fre-oüentavam o velho abrigo daPraça rio Ferreira, viram desa-parecer, ontem, o último doscafés onde se reuniram váriasgerações de políticos, estudan-tes. malandros, agiotas, e atéladrões cearenses.

Os fregueses do café da co-nhecida Universidade ria Fofo-ca, assistem aos trabalhos dedemolição aplicando a vaia d.rato, gostosas vaias que soamquando sai um rato dos bura-cos existentes onde estavaminstalados os freges dos ven-dedores de sanduíches, conhe-ciclos ali por cai duro e matasete.

BANANADA

Até ontem, o único ocupantedo velho abrigo era o popularPedâo Eananada. chefe da tor-cida rio Ceará Sporting Clube,um dos tipos populares da ci-dade. Pedão, que tem na suamerenrieira um quartel generaldo futebol, continua discutindocom o Prefeito a indenizaçãoque lhe será paga. A demoli-ção do tradicional abrigo visaà ampliação da Praça do Fer-reira.

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Jornal do Brasil, quarta-feira, 53-8-6(5, ífl ÇacL *-? Tf

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Compra da Telefônica seráconcluída depois de amanhã

A VISITA DE UM AMIGO

O Presidente da EmpresaBrasileira de Telecomunica-ções, General Dirceu Couti-nho, revelou ontem que dr-

pois de amanhã será assi-nado o contrato de comprada Companhia TelefônicaBrasileira ao grupo da Bra-ziiiah Trac.tion, Light andPower Company. do Cana-dá.

Essa transação envolveum valor global de USS96 315 787.00 com prazo devinte anos para pagamentomediante 80 prestações tri-mestrais e sucessivas, a ju-ros de 6% ao ano.

REPRIVATIZADA

Afirmou ainda que apóssua compra a empresa se-rá reprivatizada pelo Go-vèrno. já tendo sido decidi-rio que esse objetivo vai seralcançado através da trans-formação dos usuários dos

serviços telefônicos em seusacionistas c debenturistas,caminho èsse escolhido, se-gundo o General DirceuCoutinho, "porque náo en-controu o Governo gruposprivados nacionais realmen-te capazes de adquirir oacervo da CTB."

Revelou também que aEMBRATEL já está dandoinicio a planos de expansão,no Rio e em Sáo Paulo, riaordem de quase meio mi-lhão de novos telefones. EmSão Paulo deverão ser ins-talados 300 mil aparelhos,num investimento de USS150 milhões, além de pelomenos 150 mil no Rio dc Ja-neiro, numa aplicação decerca de USS 75 milhões.

•*Com a privatização daCTB e a transformação dosusuários em seus acionistas— acrescentou — esses in-vestimentos prática m entenacia custarão aos cofrespúblicos, representando, emcontrapartida, um benefício

Rendas estende a Ipanemaa ublitx" con lia sonegaçãode impostos na Guanabara

Trezentos e vinte e quatro agentes do fisco, coorde-nados por nove inspetores do Departamento da Renda Mer-cantil da Secretaria de Finanças, inspecionaram, ontem.162 estabelecimentos comerciais dos bairros de Ipanemae Leblon, observando seus movimentos de venda durantetodo o dia e fiscalizando a contabilidade de cada timadas lojas.

Essa foi a quarta grande blltz do Departamento daRenda Mercantil realizada durante a gestão do SecretárioMárcio Alves, com o objetivo de combater a sonegaçãode impostos. As batidas, já realizadas na parte central deCopacabana, no Centro e ha Tijuca. prosseguirão em nú-mero de duas por semana, até que todo o Fitado estejafiscalizado.

COMO FOI

O.s agentes do fisco começa-ram a deixar a serie ria 5." Ins-peioria Geral Mercantil dcRência (Ipanema e Leblon' ãs9 horas, seguindo para esl abe-lecirhentos comerciais pré-de-terminados nas principais ruas:rio bairro, como as AvenidasVisconde dr Pirajá e Ataulfocir Paiva r Ruas* Dias Ferreira,José Linhares. Carlos Góis,Cupértinò Durão r outras.

Cada agente permaneceu rmuma loja observando seu mo-vimento e fiscalizando os li-vros. sendo substituído por ou-tro colega às 14 horas para afiscalização da parte da tardeaté a hora de fechar a casa.

Além dc rubricar a fita dacaixa registradora e cada umdos talões de nota emitidos, oagente preenchia um formula-rio que continha desde dadosgerais, como número dc empre-gados, sócios, pavimentos. por-tas e horário de funcionamen-to, até dados relativos a per-manència, como número dcdocumentos emitidos, de fre-gueses atendidos e dos que nãoefetuaram compras.

A parte principal do formu-lá rio era, porém, a declaraçãodas vendas realizadas no mes-mo dia da batida nas quatroúltimas semanas r. de possedesses dados, qur são rncami-nhados á Diretoria para estu-dos. a Secretaria dr Finançaspoderá verificar sr está ou nãoHavendo sonegação de impôs-tos, romparando-os com os da-dos obtidos no mesmo dia domès anterior. Naturalmente, o

cálculo de compararão cios doisIni ais é feito levando-se rmconta o índice da correção mo-nrl.ária. e só rm casos rm qura diferença é considerável, po-de-se observar a sonegarão.

— Além desse resultado prá-tico —¦ revelou o fiscal — asbalidas têm surtido granderfrito psicológico entre o.s co-merclantes, que comeram hsentir dr perto a fiscalizaçãoconstante do Estado, passando.então, a proceder dentro damaior correção. Isso se podesentir principalmente no dia ditbalida, quando torios os comer-riam es vizinhos das lojas vis-toriadas passam a emitir talõesr a exigir que o (regues os le-vem consigo. Exemplo disso ve-rificou-se quando um garotocomprou uma caixa rie fósfo-ros num bar ao lado de umaloja que estava sendo íiscali-r.ada c o balconista saiu cor-rendo em seu encalço para en-tregar-lhe a notinha dc CrS 40que éle náo esperara.

A loja em que se constatoumaior movimento de vendasfoi a Gonçalves — Presentes bNovidades, localizada na Av.Ataulfo de Paiva. 355. Espe--cialista em presentes de cris-lais r prata para casamentos,essa casa vendeu CrS 21 ml-ihóes no mrs de dezembro f,passado o Natal, lem conse-guido manter uma venda deCrS 15 milhões mensais. Ar-marinhos, drogarias, farmáciase. sapataria* eram as que me-nos vendiam, apresentando ummovimento mensal de Cr$ 2milhões.

Administrador do hipodromonega que insetos passemde cavalariças a hospital

O Superintendente do Hipodromo da Gávea. Sr.Licinio Salgado, estranhou muito as declarações doDiretor do Hospital Miguel Couto, segundo as quaisas pulgas, mosquitos e baratas das coeheiras esta-riam infestando as enfermarias, e disse que "o Jóqueié que deveria reclamar, pois os exaustores do hospitaldiariamente enchem de detritos os nossos pátios".

O Sr. Licínio Salgado refutou as acusações doDiretor do Hospital dizendo que "parece que pre-tendem resolver os problemas internos de higiene doHMC usando-nos como bode expiatório", e salientouque as coeheiras distam mais de um quilômetro dohospital, e nelas o Jóquei gasla mensalmente maisde CrS 2 milhões em desinicecão.LIMPEZA

— Baratas e mosquitosexistem em todo o Rio.Quanto às pulgas posso ga-r.ántir que nesse momentonão há nenhuma delas noJóquei, já que gastamos umafortuna com o inseticidaDianizon para exterminá-las— disse o Superintendentedo Hipodromo.

O Sr. Licinio Rodriguesfrisou a seguir que "o Hipó-dromo é que deveria recla-mar do HMC, pois diária-m ente três exaustores dohospital depositam toda sor-te de detritos no seu pátio",e mais adiante explicou:"além do mais, eu e outrosfuncionários moramos aqui.t temos todo interesse emmanter o mais completo as-seio.

— Estou ansioso — comi-nuou — para que a Secreta-ria de S a ti d e, através deuma vistoria, venha consta-tar in loco nossos cuidadoscom a higiene. O que eumais estranho é que o HMCnão tenha procurado ne-nhum entendimento préviopara que tomássemos even-fcuais providências, já quesempre mantivemos ótimasrelações com todos os seusdiretores. Sempre que lá fal-ta água, nós os ajudamos"com nossos carros-pipa e re-centemente mandamos fun-clonários para trabalhar nosjardins do hospital.

O Sr. Licinio Rodrigues con-cluiii revelando que, em 11anos de trabalho no Jóquei,nunca ouviu falar de um in-quérito que teria sido abertopor um antigo dirptor do Mi-guri Couto a respeito da hi-giene.

Imenso pura a melhoria dosistema de comunicações."

O General Dirceu Couti-nho acentuou que a comprada CTB obedecerá ao sc-guinte esquema de paga-méritos:

11 dez prestações de USS2 944 302.25 cada uma, comvencimento a partir de 1 deabril dc 1960:

2i setenta prestações dcUSS 18:59 960,47 cada uma,com vencimentos a parlirrir 1 dr outubro de 1968.

Confirma ainda o GeneralDirceu Coutinho que o con-trato da compra da CTB àBrazilian Traction obrigaesta última empresa a rein-vestir no Brasil, através definanciamentos, um totalsuperior a 2/3 do que vaireceber do Governo brasi-leiro. Esses investimentos,no montante rie USS64 736 840.25. serão feitossob a supervisão do BancoNacional de Desenvolvlmen-to Econômico.

Lacombe tomaposse na ANcom otimismo

Ao ser empossado ontem, peloMinistro Mem de Sá. no cargode Diretor ria Agência Nacio-nal, em substituição ao escri-Ior Adonias Filho, o Sr. Ar-naldo Lacombe prometeu cum-prir o melhor possível a suamissão, levando o Governo aser "mais feliz na apresentaçãodas suas excelentes realizações,pois éle até agora vinha per-dendo a batalha da comunica-çáo".

A Agencia Nacional, organl-zada rm 1945. em substituiçãoao Departamento cie Imprensae Propaganda criado pela rii-tariura de Getúlio Vargas, vaicompletar êste ano 21 anos, eo Sr. Arnaldo Lacombe pre-tende, "como presente rie ani-versàrio", instalá-la melhor,com a compra dos três pnvi-mentos cio edifício Novo Mundoonde. funciona.

Outra promessa feita pelo nó-vo Diretor da Agência foi a, demelhorar o nível salarial doseu corpo cl* funcionários, que.segundo êle, são muito mal rc-numerados.

Funcionando em Brasília,Recite, Salvador, Belo Horizon-ir. São Paulo e Port» Alegre,ela, enfrenta em todas esses lu-gares as mesmas dificuldades: :pequenos salários, instalações 'precárias e equipamentos defi- ícientes — concluiu.

ií

Pobres terãoSemana se oPapa apoiar

Com o slogan : Há muita Igre-jas mas uma sò pobreza, o SiFrancisco Vieira da Silva pretencle lançar a Semana Mundiai dos Pobres, qur seria co-memorada entre ns dias 19 e ;25 de julho rie caria ann. es-;ando sua oficialização na rir- Ipendência do Pap;i Paulo VI,já consultado a respeito.

Depois dr manter çprrespon- jriênoia rom jornais cie iodo o jmundo, que tornar? m conheci- jmento cia campanha, o Sr. iVieira da Silva esteve na re- jdação rio JORNAL DO BRA- ISIL para transmitir os seus |planos, todos alicerçados no"propósito de dar uma maiorassistência ao pobre. que. co-mo as mães. os pais. os na-morados, teria também o seu Idia."

O Sr- Francisco Vieira dn !Silva pergunta o que preten- [clc responder:

E os pobres, ficarão no es-quecimento?

Dai surgiu a idéia de se jcrav uma semana: em caia 'pais seriam feitas arrecada-çóes e distribuição de donati- jvos para creches, asilos e orfa-natos, organizando-se festejos !populares dr. confraternizaçãoe reuniões, a fim de exaltar oomor no próximo.

Segtmdo o Sr. Vieira da Sil-va. sua idéia não é que umpaís rico ajude muro pobre, esim, que r.m rada lugar ciomundo, durante rs:a semana,o abastado ajude o menor fa-vorecuio.

Neste sentido — concluiu— .mantive correspondênciacom òs principais jornais circada pais. explicando o meuobjetivo. Recebi unia série decartas, tôdas dando-me apoio.só faltado a do Papa Paulo VI.que ficou de responder- A ria-ta foi escolhida por Dom Jai-me de Barros Câmara.

O í.nilniixtidor hesito íry c^tci o no QC das bombeiros ri

Embaixador britânico ganhaMedalha de Homenagem doCorpo de Bombeiros do Rio

O Embaixador da Grã-Bretanha no Brasil, Sr.Leslie Fry, visitou ontem as instalações do Corpo deBombeiros do Estado da Guanabara e ali recebeu aMedalha de Homenagem, "por se ter revelado umgrande amigo dos bombeiros, prestando relevantesserviços à corporação", no dizer do Comandante Al-berto de Paula.

A Medalha de Homenagem foi criada no anopassado, mas somente este ano começou a ser dis-iribnída. A solenidade de ontem, a que esteve pre-sente também o Adido do Trabalho da Embaixadabritânica, Sr. Neil Turns. é a segunda que o Coman-do do Corpo de Bombeiros realiza este mês.

m companhia fio Adida Neil Tumt

BOLSAS NA INGLATERRA

O Embaixador Lesile Fryprometeu que. nos próximosdias. enviará ao Governo doseu pais uma carta manifes-tando oficialmente o seu dr-sejo de que sejam concedi-da.s bolsas de estudos para oestágio de aperfeiçoamentode bombeiros brasileiros emcorporações congêneres daInglaterra.

O Comandante Alberto dePaula, ao saudar o visitante,ressaltou que a sua corabo-ração tem se destacado prin-

Pedro II écentena lioem selo

A Exposição Fililirlica Luso-Brasileira, a ser realizada nasegunda quinzena de outubro,com uma coleção dr CrS 250milhões e um leilão, tem comoobjetivo principal comemorar ocentenário da emissão da 1.*série dos selas com a efígie drPedro II. devendo a Secretariade Turismo reservar uma verba .de CrS 35 milhões, para com-pr.ir material.

O Secretário João Paulo doRio Branco, filatelista amador,disse ao .JORNAL DO BRA-SIL que no ano passado a Fe-deração Internacional de Pi-Isirlia pretendia, instalar umamostra aqui, mas suspendeu-a.depois, sendo a de outubro,portanto, uma compensação.Local: Museu da Belas-Artes.

cipalmente no setor cultural,inclusive mani endo o inte;—câmbio de livros e estudoscom os bombeiros britânicos.VISITA ÃS INSTALAÇÕES

O Embaixador britânicovisitou todas as instala-çóes do Corpo cie Bombei-ros, mostrando-.se particular-mente interessado nas Ofi-cinas, onde examinou diver-sos aparelhos antigos e dnfabricação inglesa. Na Al-íaiataria recebeu de presen-ir. um cinto vermelho e umcapacete de bombeiro.

TAP festejaa travessiado Atlântico

O Diíc-tor da Transportes Aé-reos Português. Sr. Parrei-ra Pinto, anunciou ontem quea TAP inaugurará no dia 17rie junho, quando se comemora,o 44." aniversário da travessiaaérea do Atlântico, o seu servi-ço a jato entre Lisboa, e Rio de.Ianeiro, romo uma homenagemaos aviadores Gago Coutinhop Sacadura Cabral.

O Sr. Parreira Pinto expli-cou qur o novo serviço não in-teríerirá na freqüência do Vôoda Amizade, de tarifas redu-zitia.s. e adiantou que para aviagem inaugural, já denomi-nada Vóo Santa. Cruz, serãoconvidadas vários personajidá-rirs brasileiras e portuguesas,devendo vir ao Brasil o Dire-tor-Geral da empresa, Sr. VauPinio.

FININVEST S.A.GrécHloJTitianciamenlo c Investimentos

Carta de Autorização n.° 114 de 12/7/61 da SUMOC Capital e Reservas: Cr$ 228 323 475 Rua da Assembléia, 40-A Loja - Tels. 31-1088 e 3M110RELATÓRIO DA DIRETORIA

dos t. ui objetivos, s qualcerro (como o sâo, entra:

S"!. Acionistas,

Na opinião dos mais ratçaorirarios observadores eccnômico-tinanceiros, a campanha anü-ínflacionária òa Governa Federai consoiinou, no exercício rie ]9ó5, a fírme_»* expressou, em relação acs asfiea.s que mais de perto ncs locam, pela qued* d. taxa de Juros verificada nas inversões de caoiul eni títulos de resgar» líquidooutros, as Ieiras" de câmbio de aceite das financeiras) e pelo desbaratamento rias ooerações do chamado "mercado

par,iielo".lendo cemo fundo o amoieme determinado pelos fator.s aeinia sÍnteti7ados,

rdesenvolveu a nos*a Cia., no exercício, a que o presente relatório corresponde, o mesmo ritmo de esforço o «ti vi da d*

que manteve as suas oe-eracões no plano de segurança proorio da orientação que a FININVEST procurou, desde o início, imprimir aos seus negócios.Sem quebra disse criíério, tomar,-,* . as nossas atividades cm gemi um grande incremento e, como decorrência dos imperativos daí resultantes, tivemos que procurar nara os nossoi serviço* Instala*»*

çoes m«;s amplas e mais adequadas — mudamo-nos para a Rua da Assembléia n.° 40 (3.° e *.° pavimentos) e 40-A {loia e tobreloia) — e promover alguma» medidas necessária* a reforma dos nossos «sta-,tutos (AllembléiM Gerais Exlmordinirins de 28 de abril de 1965 e 06 de outubro de 19651 e. tina!mente, que dar os primeiro! passos para a e'evar,ão do nosso atual capital, de Cri 102.000.000 par»Crí 250.000.000 (Assembléia Geral Extraordinária de 22.12.65), convindo anui, a propósito, mencio"*" I1". °»ra cumprir dispositivos baixados oelo Banco Central, aprovado que seja por este o aumentoreferido, e tão pronto tal aumento efetivado, tomaremos, de imediato, as providências'devidas para °]'* ° capital social da empresa atínia o montante de CrS 525.000.000 (ate derembro do ano «incurso!,

No desenvolvimento tomado pelfc FININVEST fazem prev* or documentos oue, ar ensejo da realização da nossa Assembléia Geral. Ordinária relativa ao ano corrente, na forma da Lei, aqui apre-sentamos «o exame e julgamento de VV.SS.': o Balanço Gerei por nos levantado em 31 de dezembro oe J°65, a cr_rre«r>rinriente Demonstração da Conta de Lucros # Perdi» e o parecer do noiro Conselho Fincai,

An encerrarmos nsic relatório, consignamos nosso agradei mento à colaboração dos nossos funcionários a à confiança em nos depositada pelo publico em geral.Ficamos à disposição de VV.SS, paifl quaisquer outros esclarecimentos q.e se fa.;am necessários.

Rto de Janeiro, 14 de marco de 1966.FININVEST S.A. — Crédito, Financiamento e Investimentos

Oswaldo Antunes MacielEogard Maciel de Sí Diretor-GerenteDiretar-Presidenie

BALANÇO GERAL REALIZADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 1965

PASSIVO

CaixaBanco Certa Movimento

805.440133.04a.271 133.549.711

REALIZÁVEL

Titulo» de Renda 451.499.275Dev. P/Reíponsaoilidadej Cambiais 5. 131.233.690Outros Créditos Realiraveis 726.90SDeposites Compulsórios 14.071 óCOContas Correntes 4,321.466Adicional Restituível 241.345Conta:, a Receber 4..206.8:"-'3Deposites em Garantia 14.500Dev. P/Responsabilidades - Finame 19.717 172Denosilbs á ordem da Sudene 1.468.000Material de Expediente 7.988.000

IMOBILIZADO

Móveis * Utensílios ..'-.. 36. 554 . 5?4Móveis e Utensílios — Reavaliação 2._43.329Bioíicieca 75.540Biblioteca — Reavaliação 166 Sl6Instalações 21.529.581

Total do Ativo RealCOMPENSAÇÃO

Ações Caucionada .100. (100Valores em Garantia

Duplicatas 4.964.132.746Penhor Mercantil 1.183.850.696N. Promissórias 2.400.000

B,inccs Conta Cobrança 1.815.526.639Valores em Cobranca-Carte.ra 993.594.934Valores em Consternações 81.250.OCOValores em Custódia 15.616.000

Chegues para Resgate 10.400.000

Total Geral do Ativo

NAO EXIGÍVEL

Capital - Residentes no Pais ..fundo par* Aumento de CapitalFt.'ndo par-s Reseiya Lepal Fundo oe Reserva Estatutária ....Fundo para DepreciaçõesCc:rec:áo Mcnt. do Ative Imob. ,.Fundo rie Indenizações Trab. ...Outras Reservas

102.000.00043.885,3638.707.750

17.415.5013.295.332

410.1462.338.191

50.271.192 223.3_,.>7J

J.676.439.009

60.569 SOO

5.870.908.520

9.092.071 01Í

14.967.979.53:

EXIGÍVEL

Títulos Cambiais Obrigações a Paqar Credores DiversosCobrança PC. de Terceiros Recursos <1 e TerceirosV e n d i i Refinanciamento — Finame

RESULTADO PENDENTE

DfiJàgio à Vencer Saído à Disp. da Assemb. Gerai

Total do Passivo Real

COMPENSAÇÃO

Caução da Diretoria « 170 __ __Dep. Valore, -m Garantia 6.170.383.442Consignantes Diversos »i_1í?'«?Titulos de lerc. em Cobrança S' ,'-*',*V „„»

Depdiitantei Vrs. Custodia 'í'6^'™letras á Resoatar ______

total Geral do Passivo

188.150.00022.494.45320.204.784

218.336.08817.462.56131.384.06819.717.172

.57.315.91967.500.000

J.517.769.124

124 515.91.

í.870.90o\52Õ

9.092.071.Oli

14.962.979.535

Edgard Maciel de SDire!or-Pre;idenIe

Oswaldo AntunesDirelor-Gerei- Tíe,

Delphim dfContab. Reg.

Silva Pedrosa22.490 - CRC

DEMONSTRAÇÃO DA CONTA "LUCROS E PERDAS'Segundo semestre

D I B I T O CRÉDITO

Morto noHSA fica nocorredor

O Hospital Sousa Aguiar, qusatende ao ' maior número cie

chamados da Cidade, não temnecrotério próprio e sequer dis-põe de uma câmara frigorífica,sendo a administração obriga-da a colocar os corpos nos cor-rétòres até sua remoção. A in-formação foi daria ao Secre-tário de Saúde. Sr. Hilriebrf.n-rio Monteiro Marinho, pelo Di-retor daauele Hospital. Sr.Luis Sousa Aguiar, durante odespacho rie ontem.

Oespesas Gerais Despesas Financeiras .Impostos e Taxas Perdas Diversas ReservasGratificações a Pac*or . .Saldo a Disposição ria Assembléia Geral

Total do Débito

238.183.392Ò6.868.S502.117.8809.965.445

66.673.6J09.000.000

67.500.000

430.308.917

Rendas d. Op-raçõe. 371.570.698

Rendas Eventuais 1.344.955

Revetsão dl Reservas 45.484.788

Resultado na Venda de Imóvel 1__?.__1

Total do Crédito 430.308.917

Edgard Maciel de SaDiretor-Presidente

Oswaldo Antunes MacielDiretor-Gerente

DelpWrn da Silve PedrosaTec. Contab. Reg. 22.490 — CRC - GB

PARECER DO CONSELHO FISCALCs abaixo assinados, membros efetives do Ccr.-elho Fiscal da FININVEST S.A. - CREDITO. FINANCIAMENTO E INVESTIMENTOS, aros haverem procedido ío exame oo

derôõnstrativò da Co-,ia de Lucres e Perd'.., relativos eo Segundei S.i".s're de í96_í, encontraram-nos «m erdnm, opinantíc, assim, pela sua regularidade.Rio de Janeiro, \\ de marco ét 1*566.

Balanço a respectiv»

Caries Pereira SyMaFernando Machado PoítellaOswaldo Gudolte Aranha

CERTIFICADO DOS AUDITORESSOTECA - AUDITORES 5 CONTADORES - .'Rea, CRC - GB N 31

bil da FIN1MVEST S A. - CRÉDITO, FINANCIAMENTO t INVESTIMENTOS,e Perdas" e a corresoondência dos seus saldos com os acusados peios livros

Rio de Janeiro, 9 de março de I9e>6.

), per sej diretor intra assinado, contador !eoa'niente habilitado, declara ejue íende orocedido a revisSç o» escnturajlo :oM|.atesta a exatidão contábil do Ba!anSo levantado «ni 31 rie derembro de 1965 * respectiva demonstração oa eenta ca Lucro»• cen-ais peças examinadas, observadas as ocorrências consta.í*.b do r.esso relatório.

Eríçjarrl Maciel ce SaDiretor-Presidente

Wilson FranjoníContador CRC - GB 18.592

Oswaldo Antunes MacielDiretor-Gerentt Téc.

Delc^irY» da Sllv* Pedrosalontab. Res. 22.490 ¦» CRC >* 65

12 l.« Cad., Jornal do Brasil, quarta-teira, 23-3-

CÂMARA DOS DEPUTADOSComissão de Fiscalização Financeira e Tomada de Contas

de ordem do Senhor Presidente — Deputado Plinio Lemos — fl-

cam ns seguintes enlidades. contempladas, no Orçamento da

União, com subvenções ordinárias, extraordinárias c auxílios,

convidadas n enviar a esta Comissão, no prazo máximo de 30

i trinta) dias, os seus endereços e nomes de seus dirigentes (a íim

de serem íiscalizadasi. sob pena de serem consideradas como nãoexistentes, no levantamento que está sendo íeito, em todo o ter-

ritório nacional — por iniciativa deste ór^ão —, sóbre a existen-

cia c funcionamento de Instituições que recebem verbas federais:

Preços por atacado acusamalta de 2v9a/o em fevereiro

BOLSAS E MERCADOS

DÓLAR

— AbriBu Evangélico da Pedra de Guaratiba— Abriito Presbiteriano

n — Academia Brasileira de Filosofia_ Academia Brasileira de Medicina

— Academia íV.ddn dc Jiu-Jitsu_ Ação Cristã EVOlUcionlsttl

-t —Ação social N. s. (le Copacabana ..,,,.11 — Ação Social da Paroquia rie N.S. da Apresentação de Iraja9 — Ambulatório do Jardim Botânico

10 — Asilo Santa Crua — Piedade11 — Asilo São João Evangelista12 — Assistência Lar Amparo Feminino '-,.•13 — Associação dos Agricultores e Criadores oe Campo Grande11 — Associação Ajuda Teu Irmão - _t15 — Associação do.s Antigos Alunos dn Faculdade Nacional de

Medicina ...16 Associação Beneficente Evangélica de Jacarèzinho17 — Associação Brasileira BeneficenteIti — Associação Brasileira de Obstetrlzes (Assistência ao Parto

Domiciliar)19 — Associação cie Canto Coral¦iu — Associação Cultural Sino-Brasileira21 — Associação tins Dispensaristas do Estado dn Guanabara¦t> _ Associação dos Dispensaristas do Estado da Guanabara"vi

_ Associação Espirita de Origem Afro-Brasileira São Lázaro '

n — Associação dos Estudantes Piauienses do Rio de Janeiro25 ^-. Associação Evangélica de Beneficência26 — Associação Evangélica de Proteção aos Menores i27 —' Associação dos Inspetores e Fiscais do Trabalho do Brasil¦'8 — Associação dos Lavradores do Distrito Federal•~3 — Associação dos Lavradores da Fazenda Coqueiros30 — Associação dos Lavradores cie Jacarepasua31 — Associação Matogrossense de Estudantes32 — Associação do Ministério Publico ,,„W„J33 — Associação de Moradores pro-Melhoramentos des Morros ,

de Sáo Carlos e Catumbi31 — Associação Musical Evangélica35 — Associação dos Músicos Militares do Brasil36 — Associação Nacional dc Escritores37 — Associação dos Pensionistas do Serviço Publico38 — Associação cios Professores rio Estado da Guanabara39 — Associação Protetora dns Missões40 — Associação Rio—Minas (Adventistas do Sétimo Dia)11 — Associação Rural de Jacarepaguá4'.' — Associação Rural do Rio da Prata43 — Associação de São Vicente de Paula de Lagoa .44 _ Associação São Vicente rie Paulo (Obra de Proteção as

Mocas Solteiras)45 — Associação de Socorro ao Tuberculoso46 — Bloco Carnavalesco Filhos de Gha47 — Casa. de Caridade Maria Ditosa48 — Casa do Ceará49 — Casn do Coração50 — Casa da Criança (Jacarepaguá)51 — Casa da Criança da Vila Croaca52 — Casa do Estudante do Território de Roraima53 — Casa de Mato Grosso54 _ Casa Transitória55 _ Centro Educacional de Vila Valqueire56 _ Centro Espírita Caridade Jesus57 — Centro Espirita Filhos de Ubiratan58 — Centro Espirita Mirim ,59 — Centro Espirita Paz aos Trabalhadores de Boa Vontade60 — Centro Espiritual Frei Boaventura61 — Centro Estudantil Joaquim Nabuco62 — Centro Pró-Mclhoramentos do Parque Proletário de Ma-

. ré—Ramos _, .63 — Centro Pró-Melhornmentos do Parque Roquete Pinto—

Ramos64 — Centro de Reabilitação Lourival Ribeiro65 — Círculo Operário66 — Clube dos Assistentes Sociais do Brasil67 — Clube Carnavalesco "Canários de Laranjeiras"68 — Clube Soroptimlsta do Rio de Janeiro69 — Colégio das Armas e Consultas Heráldica, do Brasil70 — Colégio Franca, Júnior71 — Colégio Sáo Joaquim (Guaratiba)72 — Colégio dos Trnbalhaciorcs. Favelados f> Moradores cie Fa-

velas do Estado da Guanabara73 — Confederação aos Servidores Públicos do Brasil74 — Conservatório Musical de Copacabana75 — Cooperativa Agrícola dc Bangu Ltda.76 — Cooperativa, dos Agricultores e Criadores tio Sertão rii<

Jacarepaguá e Guaratiba77 — Diretório Acadêmico da Escola tia Enfermagem Alfredo

Pinto78 — Diretório Acadêmico cia. Faculdade de Economia e Finan-

ças do Rio de Janeiro78 — Diretório Acadêmico Itália Fausta, do Conservatório Na-

cional de Teatro80 — Diretório Central dos Estudantes de Veterinária do Brasil81 — Educnndârio Princesa Isabel8? t- Educandário São Joaquim83 — Educandário Sáo Jorge34 ~ Escoja da Boa Vontade Tropa Natalina de Marechal

Hermes85 — Escola Comercial Sáo Vicente de Paula.S5

— üsoola de Desenho Técnico "Elpidio Evaristo dos Santos"

87 — Escola Doméstica "Bárbara Elisa"88 — Escola Profissional Ebenezer89 — Escola de Samba Unidos de Sáo Carlos90 — Escola Santa Cecília91 — Escola Senhor Bom Jesus da Penha92 — Escritório Técnico de Assessoria, Legislativa93 — Escritório Técnico de Assessoria Parlamentar94 — Externato Primário Dantas95 ~ Faculdade dc Ciências Biológicas96 — Federação das Academias de Letras do BrasilSi

~ federação das Associações Rurais do Distrito Federal9b — Fecieraçao Carioca dos Servidores Públicos99 — Fundação Brasileira de Assistência João XXIII

100 — Fundação Orinni — Guanabara101 —Fundação Liliza Gomes de Lemos102 — Fundação Miguel Pereira (Hospital)103 — Fundação Missionárias das Fronteiras10'1 — Fundação Missionárias dns Fronteira!105 — Fundação Oriani106 — Fundações Educacionais107 — Ginásio Lemos Cunha (Ilha do Governador)108 — Ginásio Maria José Imperial!ÍS

— 2?niísio Metalúrgico Elpidio Evaristo das Santos

110 — Ginásio Progresso111 — Grêmio Cultural Ernesto Sorem •112 — Grêmio Espirita Antônio de Padua113 — Centro Espírita Luiz114 — Instituto Bandeirante115 — Instituto Brasileiro de Aeronáutica116 — Instituto Mrasileiro Aeronáutico}17

— Instituto Brasileiro de Direito Financeiro118 — Instituto Brasileiro de Relações Humanas119 — Instituto Evangélico dos Cegos120 — Instituto Filantrópico Evangélico121 — Instituto Lucis122 — Instituto Maçõnico Macedo Soares123 — Instituto Marques124 — Instituto Musical "Carlos Lobato"12o — Instituto Pereira. Nunes126 — Instituto de Proteção ao Lar' 127 — Instituto Social de Menores

!™ ~

^av âa I,nt'!\"cia,NvS' díls brasas (Vila Militar)120 — Lar-Escola Wanda Scharth

130 — Lar Jesus de Nazaré131 — Lar dos Meninos de Bento Ribeiro1,12 — Lar Metodista dos Anciãos (Mantido pela Associação daIgreja Metodista)133 — Lar São Francisco de Paulo134 — Liga Libanesa do Brasil135 — Loja Simbólica Constância136 — Movimento rie Assistência aos Encarcerado» do Rio deJaneiro137 — Obra cie Assiténcia Social

Penha. 133 — Obra Filantrópica Àdventista

139 — Obra Socini Matei' Admirabilis¦¦ 140 ;— Obras Sociais do Abrantè Futebol Clube-.14) — Obras Sociais Ajuda Teu Irmão

H2 ~

2bl-as Sociais da Igreja Péntecostnl de Bangu143 — Orfanato Ana Gonzaga144 — Recolhimento Betei.145 .— Roupeiro de Santo Antônio de Padua146 — Sao José Futebol Clube - Magalhães Bastos.141 — Serviço de Assistência Social de Jacarèzinho148 — Sindicato dos Empregados Rurais do Distrito Federal14» — Sociedade Beneficente Santo Agostinho i'eaelal

. 150 — Sociedade Beneficente Sáo Carlos Borromeu151 — Sociedade Brasileira de Angiologia152 — Sociedade Brasileira de Dermatologia e Sifilografia

153 — Sociedade Brasileira de Direito AeronáuticoI 154 — Sociedade Brasileira de Higiene; 155 — Sociedade Brasileira de Medicina Veterinária

156 — Sociedade Brasileira de Romanistas157 — Sociedade Cristã Maria e Jesus;;, 158 — Sociedade Cultural e Artística Brasileira

¦ 159 — Sociedade Cultural e de Assistência aos Jornalistas Profissionais

I 160 — Sociedade Cultural Sino-BrasileiraI 161 — Sociedade Espiritualista Cabana de Cana téI 162 — Sociedade Excelsior de Arte e Cultura

j£ 163 — Teatro Infantil "Edson Silva". 164 — Teatro Infantil "O Grilo"'i-i 1C5 — Teatro Infantil "Ivan Serpa"

I 166 — Tenda Espírita Estrela de Oxalá¦'. 167 — Tenda Espirita Estrela do Mar

163 — Tenda Espírita Nossa Senhora rios Navegantes•jf 16B — Tenda Espirita São JerônimoB 170 — Terreiro da Vovó Benedita

¦".'. 171 — Dniáo dos Cantadores e Folcloristiu do Brasil¦*.; 172 — União de Defesa e Melhoramentos da Barreira do Vasco

I 173 — União de Defesa e Melhoramentos do Parque Proletárioda Baixa do Sapateiro

174 — União Nacional de Associações Familiais•': 175 — União Operária e Camponesa do Brasil

I 176 — União das Previdenciãrios do Brasil.Brasília, DF, cm 11 de março de 1966

Stella Prata da Silva Lopr-Secretária

<P I

O Índice de preços por atacado revelou aexpansão de 2,9r; durante o mês de fevereirocontra 1,7% dc alta verificados pnra o mesmo

\ periodo no «no passado, segundo Informou on-tan o Instituto Brasileiro de Economia daFundação Getúlio Vargas, salientando que coina exclusão do café, o Índice dc preços acusoupita de Ifi.c.

Esclarecimentos do Instituto de EconomiaI Indicam que nos produtos cujos preços sofre-

ram maior elevação desíticam-se a carne, o

| café', os óleos vegetais e a farinha dc trigoentre os gêneros alimentícios; c os tecidos cie

No mès tie

ration cie nlgcdão, o cimento e pneummicosentre os produtos industriais.

CONFRONTO

Adiantou o Instituto que as demais compo-nentés cm que se desdobra o índice dc preçospor atacado revelam ns mesmas tendências ns-slrialadas para o in.iicc geral.

— Vê-se que os produtos industriais foramos que registraram maiores majorações, supe-ríóres á do índice geral, frisou,

O quadro abaixo mostra n variação do m-dice dc preços por atacado:

Fevereiro Cr) Ale Fevereiro (%)

Discriminação

Geral Geral excl. café Produtos Agrícolas ..Produtos Industriais .Matérlas-Primas —Gêneros Alimentícios

(4-) _ Dados ainda sujeitas

1966 (t) 1065

2.9 1.73.0 1.81.8 0,54.1 3.12.2 0.72,4 0.2

a pequenas retificações

1966 (

11,411,810,812.012,3li,*

19U5

6,66,95.28,05.73,0

Obre gon dis que retraçãobancária melhora em maio

O Conselheiro Obregon deCarvalho declinou ontem noConselho Nacional de Econo-mia que a crise da retraçãodo crédito atingiu seu climaxhá quinze dias ntrás e que osistema bancário começa agorna reagir lentamente, assina-lando, entretanto; que

"sòmen-

te haverá uma melhora sensi-vel em meados de maio e ju-nho. quando o Governo iniciaros financiamentos dn safraagTÍcola e cafeeira"

Explicou o Conselheiro Obre-gon de Carvalho que normal-mente 6e verifica uma tendên-cia de declínio nas operaçõesbancárias nos três meses ini-ciais do ano, mas que. destavez, essa tendência foi agrava-da pela paralisação dos paga-mentas por parte do GovernoFederal, assim como pelos efei-tos da Resolução n-° 15, quepropiciou uma queda de 15%nos depósitos e de 10% nasRplicaçóes bancárias".

RECUPERAÇÃO LENTA

Segundo o Conselheiro Obre-gon dc Carvalho, o aumentode volume dos depósitos e dasaplicações bancárias apresen-tam normalmente uma flutua-ção, cuja curva começa n subirem outubro e atinge seu pontonlto em dezembro. Nes trêsprimeiros meses do ano esta

curva ¦ declina sensivelmente,reagindo no meio do ano, numcrescendo final. Na época dubalanço anual cs gerentes debancos se esforçam para apre-sentar o maior volume possi-vèl de depósitos* muitas vezesde íorma artificial, fazendocom que logo no inicio do annêste baixem abruptamente.

— Porém, disse o Conselhei-ro Obregon, êste ano o íenú-meho se acentuou. p,irte devidoa grande emissão com que oGoverno Federal foi obrigadoa fazer para enfrentar o dese-

quilíbrio do balanço de pngn-mentos e neutralizar o excessode dólares inflacionários e par-te devido aos efeitos da Re-solução n.° 15 cujos resultadosainda não se fizeram sentir

plenamente, mas que reduziuem cêrcn de 15^ os depósitosbancários e em 10% as aplica-

çces.Acha o Conselheiro Obregon

de Carvalho que o Governo,após as emissões maciças dosegundo semestre do ano pas-sado. verificando que havia;um excesso de liquidez na eco-nomia nacionnl, resolveu con-ter essa elevação rio meio cir-culante através cio aumentodo limite do depósito compul-sório e de outras medidasadotadas pelo Banco Cen-tral.

Para o Sr. Obregon de Cav-

valho, que é também Presi-ciente do Sindicato dos Bancosde Minas Gerais, ns perspec-tivas sáo de uma reação lcn-ia e gradual por parte dosBancos, e que uma melhorasensível far-se-á por ocasiãodo inicio dos financiamen-tes da saíra agrícola, isto e.em maio e juulio. Enquantoisso, entende o Conselheiroque o sistema bancário con-tinuará a apresentai" sinto-mas de debilidade, mesmo

porque está atravessando umaínse dc adaptação de todo oseu sistema operacional.

ANALISE DA SITUAÇÃO

Por sugestão do Conselhei-ro Gllcon de Paiva o Presi-dente do CNE, ConselheiroHarold Polland. designou umaComissão Especial para aiiali-sar a situação do mercado decapitais e também os reflexoscia Resolução n.° 21, do BancoCentral.

Serão • convocadas para par-ttcipar dos trabalhos não sOcs técnicos e economistas doCNE, mas, também, banquei-ras, diretores dc sociedadesde crédito e financiamento,empresários e representantesdas classes produtoras, a fimtie colaborarem com sugestõesque serão encaminhadas ásautoridades federais.

Crédito evolui rom novos papéis

do Brasil

O empresário e técnico í".v,finanças, Sr. Francisco Pintojúnior, afirmou ontem caie aResolução 21, do Banco Cen-tral. em nada prejudicou o sis-tema atual de letras de câm-blo, pois criou as primeirascondições para o estabeleci-mento no Pais de um sistemade financiamento muito maisevoluído, similar aos existen-tes em outros mercados finan-ceiros mundiais.

Salientou que as novas le-Iras do Banco Central permi-tirã.o ãs companhias de finan-ciamento conceder ao comer-cio e à Indústria empréstimosa taxas de juros mais baixas,o que virá baratear o cu=todo dinheiro para aqueles doissetores.

MECANISMO

Acrescentou o Sr. FranciscoPinto Júnior que a atual pa-litica de exportações propor-cionou ao País reservas cam-biais no montante de USS 400milhões (CrS 880 bilhões), cli-nheiro que permite ao Govêr-no • emitir Obrigações do Te-souro e Letras do Banco Cen-tral, com cláusula dc garan-

tia contra desvalorização cam-blal.

— Resolveu então o Minis-tro da Fazenda, durante algumtempo, oferecer essas Obriga-ções ao público. A venda seráfeita pelas companhias d». ÍI-nanicamento, que poderão terestoque cm consignação de va-lor igual ao do seu capitnl so-cinl. Uma vez vendidas, o pro-duto será emprestado pelo pró-prio Governo ns empresas fl-nanceiras que as venderam.Êsse regime de subvenção fun-cionará apenas até que asObrigações das próprias em-presas de financiamento este-jam no mercado, o que deveráocorrer a partir de 1 de julhopróximo

NOVO TITULO

Disse o empresário que a Re-solução 21 introduziu, de fato,mn novo e poderoso sistemade crédito e financiamento noBrasil: a Obrigação emitida

' pelas companhias de financia-mento. afirmando que, tantoa Letra de Cambia como aObrigação são ao portador epodem ou não ser anônimas.

O regime atual é de anonimato

Compra 2 205Venda 2 220

LIBRACompraVencia .LIVRE

6 1706 230

MOEDASMANUAL

Ns, abertura do mercado decâmbio manual o dólav-papel vi-pjerou pára compra a Crs 2 205f. a CrS 2 220 paia venda, e a 11-bri a CrS 6 170 e a CrS 6 2110.Paolipú inalterado.

O Banco do Brasil operava nastogutntcs taxas;

Dólar Canada 2 065,50 ?. 0-14.60

Abriu ontem, o mercado dccambio livre calmo, com o Br.n-co do Bras!! e cs bane;» parti-oiilAnes vendendo o dólar a. Crs2 220 e a libra a Crs G 214,00 ecomprando a Crí 2 200 e a CrS6 147,00. Fechou Inalterado.

Total de titules negociados nomercado principal 284 895. Volu-me em OS 415 OSB 712. Foramvendidos no mercado secundário

Dólar Franco íranc.Cc;*oa süec, .Libra 1 rian d.Flcrlm Marco Pfc-:o uruguaioCoroa noineg,Libra Xcllm Peso avg

2 220,00 1 20O.00•154.004:i2.60

443,30427,50

6 214,00 6 I47.H0614.00554.00

114.50311.00

607.110517.30

27,50307.60

6 214,90 6 147,9087,10 85.109,60 8,80

Lira Franco belgaCoroa dlnam.Peseta Franco suíçoEsoutlo

CONVÊNIOMANUAL

Libra Dólar Dólar Franco franc.Pè^o uruguaioFranco suíçoEãcueto Peseta Franco belga .Marco PêsO avgLira

:; 504.0044.70

331!,103S.00

512.4078,40

1! 55.0,0044,10

319,0036,50

5C6.S0"ti.50

6 170.00 6 230.003 205.00 2 220,002 205,00 2 220.00

448.00 460,0032.00

505.0077.3037,0043,00

513,008,203,30

35.00515,0078,0037.2044,40

555.009,503,60

TÍTULOS284 648, no valor de Cr*134 131 310. 110 mercado <l» fra-ções 3 746. no de OS 5 950 040e no mercado de ofertas 10 OOO.

r.o áa Crs 86 OCO. ind;ct BV —82.3. Baixa de 0.6 ponto. Vende-ram-se letra-, de câmbio na lm-portância de CrS 1 324 575 030.

CONCURSOS DE TÍTULOS DO 1. B. V. em 22-3-66

coatPANniASC|ii.int. íAções |

Valorem Cr$

Cot.IWáx.

Cot.Min.

Cot.Méd.

(Vai.)

Aços Vlllarcs AmoBanco do Brí.sil Brasileira de Ròujibs ...C. B. U. Brahma 'onl.i Br.ihma (pref.l Docas de fir.ntos Dona Isabel fpref.). ..Ferro Brasileiro América Fabril Souza Cvua Nova América Brigo Mineira Siderúrgica Nacional .HimcKibon Lojas Americanas Brinquedos Estréia ...Mesbla Moinho Santista Petrobrás Snmitrt Sfto Paulo AlpargatasWillys (ord.), c/ 28 ...

•>. 2005 1002 740700

4 2009 700

24 70015 40O

8 8002 70025 00014 C00

4 90026 500

.1 500000500

4 OCO600

6 400

700900300

2 800

4 638 0004 532 COO

10 1158 200532 000

3 943 00030 216 COO79 834 00011 29S 000

5 365 0004 836 OOl)9 119 000

43 210 000785 1)00

13 093 000075 COO

I 073 0001 641! 0008 720 000900 COO975 000

032 000276 000

6 803 0001 983 OCO

1 120890

3 790S50710

3 1203 250

820670

1 820370

3 100980700

1 400030

3 290180

1 500940

100860760820700

3 ÍOO3 220

7936608C0360

II 000970630

1 330070

3 280180

1 300930

117889

5 780831701

11 115232799666

1 810

036977683383073236180SCO934

1 11001 1001 180710

1 2801 0301 170703

283096173708

0.80,10,22,21.30.20.7

est.1.90.70.31.00.42.71.21,50.41,00,90.5

0.71,41.74,1

riTLXOS PARTICULARES DA BOLSA DO RIO DE JANEIRO

22-3-663647

21-3-60366.)

8-3-663819

MÍDIA B/N DOS T

15-3-663650

(Elaborada pelo Serviço Nacional de Investimentos Ltda.)

••FINDOS MUTLOS DE INVESTIMENTOS"

Março dc 19651954

Dau i Valor da Cota Vlt. Di3t. , Vai. do FundoCr? 000

FUNDO CRESCINCO ..CONDOMÍNIO DELTECFUNDO ATLÂNTICO .FUNDO HALLES FUNDO VERA CRUZ .FUNDO ORCICA FUNDO S. B. FUNDO BPASIL FUNDO NORTEC FUNDO TAMOIO

21-3 6J5.00i'i.a

317,00

11-3 294,0021-3 3™.°°11-3 3 572,00*4-3

195.0018-3 I4*'007.3 290.0010-3 597.00l\.;\ 1 099,00

10.00 rnargo41,00 dezembro2.0.00 dezembro64.00 dezembro55.00 dezembro18,00 dezembro65.40 dezembro 1

2.50 fevereiro50.00 agosto

t

38 404 6003 227 948

1 073 102610 615

482 022441 363151 872

116 71630 99519 770

c continuará a ss-io para os

papéiâ emitiam até 31 cie cie-zsmbvo cie I9i>6.

O importante porém, frisou,é que um novo titulo se criae sua vantagem, cio ponto-de-vista cio combate à inflação, ca de que não tem deságlo. A.obrigação estari sujeita à cláu-sula de correção monetária, pré-fixada e a parte corresponden-te ã correção será paga no ven-cimento, isenta de Imposto deRenda.

Finalizando, disse o Sr. Fran-cisco Pinto Júnior que a Intvo-dução do nôvo papel mudarácompletamente o panorama domercado de crédito c financia-mento, que tenderá a ser cons-tituído por um número menorcie empreseis muito mais fortes.Na verdade, o sistema de "re-

pnsse cie operações" é própriodos estágios primários cie ummercado financeiro, uma vezque nes mercados mais evolui-dos as empresas financeiras sãofortemente capitalizadas, go-zando de grande crédito juntoaos aplleadores cias Bolsas deValores e investidores em ge-ral.

M1.RCADO SE CÜNDARXO

COMPA N H I A S 1." TORNO

Sastria denuncia fraude nocomércio do café para EUA

Força e Luíí do Paraná Força e Luz dc Mi-r.ss Gerai.» Força . Luz de Mina,? Gerais Brasileira. Energia Elétrica Sul Mineira Fietilcldaxle Pref. Port. ...

Banco Mercantil Industrial Briis. Nem.Catiandl NomClmaf PomCimento Aratú PortClívft NemDomlnliim Ord. PortD:.na Ord. PortIndústria e Agrícola Santa Ceei.ia Mineração Bico da Pedra NemNobrasa, Transporte PortPaulista, de Força e Luz Petróleo União Pr;í. NemB:a:>n Bolívia Ord, NomBrasil Bolívia Príf NomVaie do Rio Coce Pcrt. ..-Vale do Rio Doca PortVale d3 Rio Doce (P.eoiboj) NomVale do Rio Dccj Nem Vale do Rio Oõoe (Recibos) Po.-tVala do Rio Doce fRecibo;) PortVa.e do Rio Dece lRecibos) PortWhite Martins PortWhite Martins V.úor Nrm. de 1 COO Poi".Carioca Ihd-astri;.'. Ord. PortDeodoro Industrial Deodoro Hidtistrlal Gastai (Novaü PortListas Telefônicas C; 18Moinho Fluminense PortCarioca Industrial Pref.Carioca Industrial Pref.

Port.Port.

32 COO90 30O10 OCO54 100

6001 780

500500SOO6C0700

7 SOOMO500500

2S 1C01 OCO

ia 0:0oco'

300400

54985

3516

10500200600300

13 000200500CCO

2 800360

| Total de aç&csneseciadas

100 \ 32 CCO80 1 »0 30082 I 10 00036 | M ÍOO950 j «"O000 | 1 "80

l 400 I '-001 800 iCO1 500 j 4 8001 400 j 5 60°1 000 | íoo6 500 i 7 300720 | 200

1 300 500300 i 500105 1 23 10O

1 350 1 00063 ] 10 00060 1 1 100

6 900 í 3006 £00 ! 400210 j 54

4 JOO 2 9356 250 1 36 320 j ãlõõ 330 10I 470 J 3004 010 200905 1 «CO275 2 300280 13 000450 2CO300 í SOO630 j 4 600900 I 2 SOO905 j 300

da Paróquia de Bom Jesus da

México e Londres 1UPI-FP-JB) — Os países das AméricasCentral e do Sul e da Áfricaestão introduzindo café nas Es-tados Unidos em quantidadesuperior a suas respectivas quo-tas, de maneira fraudulenta,segundo denunciou ontem oPresidente da ConfederaçãoMexicana de Produtores deCale, Sr. Fernando Sastria.

A declaração foi feita duran-te entrevista à imprensa eacompanhada da afirmação deque

"essa exportação subrepti-cia está fazendo baixar o pre-ço do café no mercado mun-dial. afetando os pai=es que,cymo México, cumprem as es-tipuhtções do Acordo Interna-cional do Café".

PROBLEMAS

As conversações em tornodos problemas relativos ao co-mércio de café, que deverãoser travadas na próxima re-união da OIC, já começaram

a ser esquematizadas em Lon-dres com a chegada do Secre-tário-Executivo da Organiza-çáo. Sr. João Oliveira Santos,acretlitando-se que as questõesde maior importância sejam:n revisão das chamadas "quo-

tas de base", a parte corres-pondente a cada pais exporta-dor, a fixação dos objetivos deprodução a longo prazo, vlsan-do ao planejamento da pro-dução. considerada a demanda,e o estabelecimento dè maioreficácia ao Acordo Internacio-nal do Caíé, a fim de impediro contrabando.

Acredita-se que o Comitê-Exicutivo da OIC. formado porrepresentantes dos' 14 princi-pais países importadores e ex-portadores, será convocado ase reunir em Londres na se-gunda quinzena dc abril pró-ximo. Depois cia.s atuais con-sultas, o Comitê prepararáeventualmente fórmulas decompromisso que serão subme-tidas ao Conselho da OIC. Se-

gundo o progresso obtido pelo

Comitê, o Conselho poderá serconvocado para maio ou junho.

A recente baixa dos preçosdo café provocará provável-mente uma redução atitomátl-ca de algumas quotas de ex-portação e se os preços indi-cativos dos cafés arábicos nãosubirem de modo sensível an-tes de 28 deste mès, os expor-tadores desse tipo perderão, apartir de 1.° de abril, a me-tade de suas quotas suplemen-tares anuais, que lhes haviamsido concedidas em dezembroúltimo.

Além disso, se o preço indi-cativo da. qualidade robusta ssmantiver durante treze di*s,úteis em seu atual nível —'ou se descerem ainda mais —,a.s quotas previstas deverão itambém ser reduzidas. Contu- jdo. como è.ste periodo de caí- 1culo terminará depois do ini-1cio do terceiro trimestre do

'•

ano de produção, a redução jevenjual da quota robusta!não se verificará antes do tri-mestre seguinte.

MERCA DORIASCAFE RIO

O mercado de café disponívelregulou ontem, em posição está-vei e inalteiado, ccan o tipo 7.safra 1S64''65. contribuição de22.50 dólaies cotado ao preço an-terior de CrS 4 500 por 10 quilos.NSo houve vendas deelaiaiias sò-bre o disponível e leram despa-cUàdás para embarquies -il 895sacas de café. Fechou inalterado.Enteadas 4 331. Embarques 19 530.Exiitènci.-» 243 036 sacas.

Cotações por 10 quilos:

Pautai: — Café comum, safra.196-1 65, CrS 4,50.

CAFE — NOVA IORQUE

O ca-fc Santos 4, para entregasfora do porto, foi cotado ontem,a 41.30. As ofertas de custo efrete Incluem o Santos Bourbon3S a 41.75 e 5S a 40.75.

AÇÚCAR RIO

ALGODÃO RIO

Tipo 2Tipo 2Tipo 3Tipo 5Tipo 7Tipo (I

Tipo 8

CrSCrsCrSCrSCrSCrS

CrS

5 500100

5 300900

4 5004 700

4 300

O .mercado de algodão em ra-ma trabalhou ontem, calmo eInalterado; Empadas 180 tardosde SSo Paulo. Saídas 150. Exis-tência 2 104 fa'rdcs.

Colações por 60 quilos:

Branco cristal de acordo conta resolução de março dt 1965,PVU — CrS 12 180.

O mercado de açúcar esteveontem, firme e inalterado, En-tradas 19 290 eaces do Estado doRto. Saldas 3 OCO. Existência,46 925 èacos.

Cotações por 15 quilos: — En-trega em 120 dias — Fibra lcn-ga — Seridó tipo 3, CrS 23 500a CrS 24. tipo 4, CrS 23 200 aCrS 23 500. Fibra média — Sex-

toes tipo 3, Cr$ 21 500 a CrS ..21 800, tipo 4, CrS 20 700 a Cr$21. Ceai-ã tipo 3, Cr* 21 a OrS..21 200, tipo 4, Crt 20 300 a Crt

20 500. Fibr-a curta: Matas tipo

3, Crt 18 a CrS 18 200, tipo 4,

Crt 17 800 e Crt 18 e paulistatipo 5, Cr* 17 300 » Crt 17 500.

Centro quer melhorar impostoO aperfeiçoamento da coleta

de tributos que incidem sóbrea exportação do café. a fim cieincrementar a receita e melho-rar a fiscalização, foi umdos principais temas discutidos,ontem, durante reunião entreo Secretário de Finanças daGuanabara, Sr. Márcio Alvesde Melo Franco, e os direiorisdo Centro do Comércio de Cafédo Rio de Janeiro.

Os diretores do CCCRJ, quefizeram uma exposição sóbre asituação do comércio do pro-duto "em conseqüência das me-didas discriminatórias adotadaspor outros portos contra o Es-

tado", deram um balanço desuas atividades e alertaram oGoverno para a necessidade tíeserem tomadas atitudes urgen-tes.

SUGESTÕES

A incidência dc tributos queoneram as transações internas.denominadas "para formaçãode pilhas de exportação", foitambém examinada cm íace daconjuntura dos portos concor-rentes, ficando os comerciantesencarregados de submeter su-gestões à Fazenda Estadual, efim de que voltem a movimen-

tar-se as complexas e onerosasinstalações existentes no portocariosa c desrinadas às expor-taçõés de caíé.

Ò decréscimo do movimentodo porto carioca, em virtudede peculiaridades da políticafederal em matéria de çáfé,mereceu igualmente a atençãodas autoridades fazendárias doEstado, que foram postas a pardas atividades do Centro 00Comércio de Café, junto aoIBC, contra as numerosas me-didas adotadas pelos organis-mos federais em detrimentodos interesses do Estado daGuanabara. •

AGÊNCIA DOJORNAL DO BRASILna

PENHARUA PLÍNIO DE OLIVEIRA7 44-MDAS 8,30 ÀS 17,30 HORASSÁBADOS: DAS 8 ÀS Jl HORAS

Jornal do Brasi!, quarta-feira, 23-_-_fi, 1" Cad, 13

Polícia descobre esquemade falências fraudulentascom disfarce de concordata

Brasília (Sucursall - Investigando o pedido de con-cordata da firma P. Machado, dn Ceará, o delegado Hilton

Brandão, cio DFSP, chegou à conduto dc que-naqueleEstado e nos circunvizlnhos existe umn verdadeira. In-

dústria da eor/óo-data., a maioria das quais nao passando'de falência fraudulenta, sugerindo ao General Riograndino

Kruel, titular do órgão, a designação (ie uma comissão ou

delegado permanente para investigá-las.Somente o pedido de eoneordata da firma P. Macha cio

implica em-mais de CrS 3 bilhões, acreditando o delegadoHilton Brandão que eom uma investigação mais demorada_ a sua demorou apenas 17 dias — possam ser descober-Ias ramificações ilícitas das firmas que faliram com o

mundo político.

CM*-. aprova correção monetária paraaluguéis vencidos em janeiro de 1966

O Conselho Nacional de Economiafixou ontem os coeficientes de cor-reção monetária para aplicação daLei do Inquilinato nos aluguéis deimóveis residenciais com contratosvencidos ea janeiro do corrente ano.O reajustamento do.s aluguéis far-

sc-á noventa dias após o término docontraio, segundo o Art. 24, item I,da Lei n." 4 404.

Conforme vem fazendo mensal-mente, o CNE elaborou uma tabelade multiplicadores únicos, através

ria qual é necessária apenas uma ope-ração para atualizar o aluguel: mui-tiplie.a-se o valor do aluguel primitivopelo coeficiente correspondente aomés e ano inicial do contrato de lo-cação. Ê a. .seguinte a tabela:

CASTELO

O General Riograndino Kru-ei. do DFSP, ao iniciar a en-t revista, de seu assessor disseque as investigações haviamsido ordenadas pelo PresidenteCastelo Branco, de acordo comseu propósito de moralização.As classes produtoras do Cea-rã, e integrantes da AssociaçãoComercinl haviam t-elegraíadoao General Riograndino e aoMinistro da Justiça pedindoque íósse investigada a con-cordata da firma P. Machado,que todos consideravam falên-cia e fraudulenta.

O delegado Hilton Brandão,Chefe do Serviço de Repres-são ao tráfico de pessoas, de-clarou em sua entrevista nãoTer n menor dúvida de que afalência foi fraudulenta e queo desejo dos fornecedores é deque o.s responsáveis sejam pu-nidos, pois falências como es-tas vêm ocorrendo diáramen-'te no Ceará. A seu ver, inúme-ras fortunas daquela i.Riãopoderão ser destruídas se fórrealizada a investigação ne-

ILÍCITO

Para o Sr. Hilton Brandão,n falência da firma P. Macha-do é inegavelmente fraudulen-ta, tanto que, em rápida invés-tigação. constatou vários ilici-tos. como:

— Uma «crie dc divergén-cias entre o que apresentava olivro de razão e o oue foi apre-sentado para o pedido de con-cordata. A diferença das "di-vergências" é de CrS 3.3 bi-lhões; retirados da. parte exi-Eivei a curto prazo e colocadona não exigivel-

— Não foi realizada a a?-sembléia extraordinária, paraapreciar q pedido de concorria-1a. apesar do número de acio-nistas não atingir a dez. Eminvestigações, o DFSP conse-euiu apurar e comprovar que,a Assembléia realmente nãohouve, embora Uniha sido feitaata. Os acionistas assinarama ata e posteriormente emseus depoimentos, não sabiamprecisar nem a data nem o lo-enl. registrando-se inúmerasdivergências.

— lançamento das dividaspara com os credores aumenta-rias em 100^. Alguns credoresíoram omitidos:

— Emissão de duplicatasfalsas, a fim de poder retirardinheiro nos bancos.

RESTITUIÇÃO

— Compras efetuadas naprimeira quinzena de fevereiroíoram registradas como sendode fins de janeiro para evitarque fossem restituidas, comoo determina a Lei:

fi — A 16 de fevereiro soli-citaram e obtiveram um em-prèstimo de 240 milhões noBanco do Brasil, entrando como pedido de concordata a 17 dom?<mo mrs, no dia seguinte,

portanto; A assembléia extra-ordinária para solicitar fl. con-cordata íoi realizada, oficial-mente, a 4 do mesmo mês.

— Deste empréstimo, ape-sar da ciátisula dois determi-nar que todo o dinheiro teriade eer usado como capital de.giro, registraram 100 milhõesde cruzeiros e pagaram a pri-meira prestação dc um cm-prèstimo conseguido em outu-bro do ano passado, tambémno Banco do Brasil. O emprés-timo conseguido em fevereirosomente começaria, a ser pagoeu outubro, nâo se justlfican-do a alegação de que a con-cordata era uma. conseqüênciada política eoonômico-finan-ceira do Governo.

— Na antevéspera da fa-léncia. a firma adquiriu 400toneladas de aço galvanizadopara construção, apesar de nãoter nenhuma nulidade:

— Os diretores da firmainformaram que tinham em es-loque CrS 8011 milhões em cn-rantes e descòràntes. Na rea-lidade não lia nenhum quilodeste material.'

PRAZO

10 — Todas as compras dafirma íoram a prazo, inclusivequatro automóveis de luxo ad-quiridos sob o pretexto de ro-presentação;

11 — O Diretor-Presidente,Sr. Alberto Machado da Poir.e(primo do ex-Deputado federalExpedido Machadoi. íundo unma nova companhia, qua?eque com os mesmos acionistas.e transferiu todos seus bensparticulares para formar o ca-pitai desta firma, a MachadoAgropastoril. A avaliação. 1 5do valor, foi rie 2 bilhões decruzeiros.

AMOS Dezoiiibro Movém>rò outubro Sotentóró Ag.sto Julh»' Junhc 'Maio'

jAbfíl" '.larc« Fevereiro Janeiro*

'19fi6 71 '•'-.'"£ '" . •- " "- '•'-" •••-"•••-..¦ ' •-¦• •'•-' . '-' '"' J1.00O-1965 liOOO -liOOO _;O00 1:000 1:000 1;000 1:000 liOOO 1:000 1:000 11000 l;O0O1964 1:000 1:000 1:600 1:000 1:000 1:000 1:000 1:000 1:000 liOOO 1:000 1.0001963 1.000 1.000 -1:000 1:009 1:075 1.145 1:210 1:267 1.333 1.394 1.455 1.481196? 1:536 1:596 | 1:660 1.720 1.779 1.839 1^907 1:976 2.0*0 -.:108 2:172 2:193195Í 2.268 2:339 2.427 2.506 2.585 2.66B 2.748 2.627 2 - 9-1-5 3.002 3:086 3.0981960 T:180 3:257' 3:335 3:412 3-493 ..575 3:669 3.771 3.855 3:963 4:065 4.0391959 4:138 4.233 4-324 4;43X 4.522 4*621 4:716 4:823 4-921 5:028 5.131 5:1151958 5:223 5:324 5:436 5.535 5:637 5-745 5:834 5:930 6.034 6_135 6:231 6:1761959 6.270 6:368 6;463 6:557 6:647 6^738 6;836 6.935 7:032 J7a.O 7:235 7:1691956 7.272 7:383 7.501 7:607 7.725 7.847 7:976 8:093 8:208 8:329 8;451 8:3631955 8:478 8.600 8:723 8.841 8.971 9:G93 9:222 9:344 9*470 9:596 9i729 9.6221954 '9.748 9*864 9:987 10:120 10:243 10:363 10:489 10*622 ,10;756 10:893 11.030 10.8831953 11.013 11*149 11*293 11*440 11:584-11.728.11.875 12-019 12-169 12.313 12.457 12.3131952 .'12-.454 12;601 12*737 12:878 13:022 13,166 13; 303 13; 446 13;590 13;737 13;881 13,7001951 13*844 13*944 14*147 14.297 14.454 14.614 14:768 14.918 15.068 ; 15:225 15*394 15.166.1950' 35-328 15*490 15.653' 15.825 15.978 .16.150 16.33116.500 16.675 16.851 17.023 16.794-

•1949 16:961 17.133 17-297 17:472 17-640 17-8.17 17:969 18:134 13:299 18:473 18.645 18-3761948 18.582 18:725 18:913 19.098 19:287 19-'484 .19*681 19.882 20;082 20.261 20:474 20.1851947 20.384 20:598 20;794 20:992 21:191 21:405 21:518 21:038 22:056 22.268 2'2.479 22:127'1946 22:324 22.544 2?.758 22.975 23.189 23:394 23:511 Íl3*831 24:050 24.277 24:511 ?4;2061045 24:446 '.:'.;701 24.953 25 ¦ 210 25:481 25*744 25:002 25.251 26:548 25:822 27-091 26-7071944 26.986 27.270 ->7»557 27-844 26.158 28.464 26*752 29.063 29:399 29*725 30.064 29.6971943 30.031 30:406 "50:704 31.157 31*564 31*950 32.348 32*735 '33*1^ 33.519 33:907 33:5601942 33.955 34:376 34.816 35.248 35.674 36.114 36-543 36.972 .37:396 37:628 38:292 36..7<!1941 36.815 37.262 37*743 38.2Q0 38.658 39-119 39-572 40.037 40.495 40.965 41.492

FINEP concede primeirosfinanciamentos destinadosà elaboração dc proj elos

Os dois primeiros contratos para a aplicação de rr-cursos do Fundo de Financiamento de Estudos de Pro-jrtos c Programas — FINEP — instituído pelo atual Go-;vèmo para ajudar o.s empresários na elaboração de pro-jetos para investimentos ligados ao desenvolvimento eco-nòmico do País, serão assinados hoje pela manhã, com apresença rio Ministro Roberto Campos, jio Banco Na-,cional do Desenvolvimento Econômico

Estes dois primeiros projetos a serem elaborados comrecursos do FINEP se destinam a permitir investimentosnas áreas da indústria química e da industrialização de ali-mentos. setores que vêm recebendo a máxima prioridadenos programas de investimentos estimulados pela políticaeconômica atualmente posta em prática, cabendo ao BNDE,como Agente Financeiro do Fundo, a outorga desses empres-tim os.

ili.¦<tX

NOVO FINANCIAMENTO

O maior frigorífico do Nor-deste, que está sendo construi-do em Campo Maior, no Piauí,recebeu ontem um financia-mento de CrS um bilhão doBNDE. Ao ato de assinaturario contrato, esteve presente oGovernador do Estado, Sr. Pe-trônio Portela, que declaroupossuir o grande frigorífico —FRIPISA — "condições paramudar a face da economia pia-iiiense. que tem na pecuáriaum de seus esteios".

Informou o Governador Pe-trônio Portela que o frigoríficoé o segundo grande empreendi-mento do Piauí, vindo logoabaixo da hidrelétrica da BoaEsperança em importância pa-

ra o desenvolvimento do Esta- •¦'¦.do. agradecendo a rapidez com ?_que o BNDE riispós-se. a par- ,;licipar do empreendimento, Si"evidenciada eom o envio pré-vio de um grupo integrado de _'}técnicos para ajudar na elnbo- ,',jração da projeto dc financia- "mento"'. „,

O financiamento do BNDE rjifoi concedido com prazo de ca- "rência de 26 meses, para paga- 'mento em seis enos. O írigori-fico Piauiense, que deverá ini. -:ciar suas operações no segundosemestre deste ano, terá con-dições de abastecer todo o Es-tado c. ainda exportar para asregiões vizinhas carne bovina,suína, e subprodutos industria-llzados.

ot

Governo quer financiare x porta ções í le p r o< Int osindustrializados no Pais

e.tm:Tf.ai:orO)

CONCORDATA

O Juiz da 8/ Vara Civel d"Fortaleza, apesar de ler sidoinlormario de que todos as di-retores seriam indiciados cri-minalmeme pelo delegado Hil-ton Brandão seto dias ames tiesua decisão, concedeu o pedidode concordata. Esta atitudeera a defendida nté pelo Go-vernador Virgílio Távora. para.evitar uma crise econômicamaior e salvar os pequenos cre-dores.

Foram indiciados pelo dele-pado Hilton Brandão os Srs.Alberto Machado da Ponta(Presidente*. Pedro MachadoNeio (Vice-Presidente*, Lúcia-r.o Machado 1 Diretor Indus-trlal)i Zildo Correia rie. Olivei-ra (Diretor-Secretário), todosimplicados nos Artigos 177(fraude de diretores de soc.ie-dade anônima), 171 (esteiioha-tário 1. 229 (falsidade ideológi-eni. e o Sr. Alberto Machadotambém no 178 (emissão de du-pücatas falsas). Por íalso tes-t e m unho foram indiciados,também, os acionistas Alberi oMachado Filho e Zilton Ribei-ro de Oliveira.

Superintendente da SUDENEdiz que Nordeste tem taxade desenvolvimento de 7a/o

O Superintendente da SUDENE, Sr. João Gonçalvesrie Sousa, após íazer uma exposição sóbre os incentivosfiscais oferecidos para investimentos no Nordeste, revi-

gorados pelo III Plano-Diretor. afirmou que a região-

problema acordou, tem Índice de desenvolvimento de 1.e descobriu ter um potencial enorme, cujo desenvolvímen-to depende, em primeiro lugar, dos nordestinos.

Acentuou o Sr. João Gonçalves de Sousa, em reuniãode empresários realizada na Federação das Indústrias, quesomente no ano passado foram aprovados pela SUDENE106 projetos industriais, comprometendo recursos numtotal de Cr§ 200 bilhões, e que atualmente, a instituiçãoanalisa 28 novos projetos, com investimentos de Cr$ 130bilhões.

Porto de Tubarão permitepolítica agressiva paraa exportação de minérios

O Presidente da Companhia Vale do Rio Doce, Sr.Oscar de Oliveira, afirmou ontem, num almoço informalcom jornalistas, que o Porto de Tubarão a ser inauguradono próximo dia 1. não só garante o normal escoamento dominério já comercializado, como permite, ainda, um con-siderável aumento do fluxo de exportação, a longo prazo.

A capacidade de escoamento do Porto cie Tubarão éde aproximadamente 35 milhões de toneladas anuais, per-mitindo à Vale do Rio Doce uma política mais agressivade exportação de minério, que poderá ser três vezes maiordo que a atual, restrita ás possibilidades do Porto de Vi-tória, ou seja, mais ou menos a 10 milhões de toneladas.

O Governo federal destina, no anteprojeto de Le! deComércio Exterior, a verba orçamentária de CrÇ 20 bilhõespara financiamento das exportações de produtos industria-lízàdos, segundo informou ontem o industrial Giulite Cou-tinho, encarregado de organizar a Associação rie Exporia-dores de Produtos Industriais do Rio de Janeiro.

Enquanto isso, a Associação Nacional de Exportadoresde Produtos Industriais (ANEPI) organiza uma Missão Eco-nômica ao Oriente Médio nom o objetivo de explorar aspossibilidades de colocação de produtos brasileiros nos mer-cados dessa área, especialmente no Libano. cujo potencialdos paises de toda a região atinge a cifra de USS 4,8 bilhões.

Pimentel recebe CODESULexaltando a importânciado planejamento regional

Florianópolis (Enviado Especial) — Ressaltando em spudiscurso que o "CODESUL não poderia ficar indiferenteao reconhecimento inscrito no Plano de Ação Econômicado Governo da União, sóbre a importância de planos dede.-envolviménto regional", o Governador Paulo Pimentelassumiu a Presidência do Conselho de Desenvolvimento doExtremo-Sul, em Florianópolis, na presença dos Governa-dores Ivo Silveira e lido Meneghetti, deste recebendo ocargo, pelo sistema de rodízio.

O Governador paranaense, citando Rui Barbosa comoexemplo de "ardente defensor do principio f-deralista" vèna "conceituação harmônica entre Nação e Região" o papeldo CODESUL, "convencido de que essa é também a manei-ra como a União encara este órgão de planejamento".

DIÁLOGO EENTR-OSAMENTO

Igualmente, definindo suaorientação dentro do Conselho,que visa. objetivamente ao de-senvolvimento econômico, onovo Presidente do CODESUL•enalteceu a poliiica de seussntecessorese que. "após anosde lula, conseguiram iniciarnão só o diálogo, mas tambémo entresamento com o Minis-tério do Planejamento". Assimé que o CODESUL, por seuslécnicos e com a colaboraçãode técnicos em nível estadual,

traça o diagnóstico para o Pia-no Decenal do Governo Fc-deral.

Afirmou o Sr. Paulo Pimen-tel que "como primeiro item donosso programa à frente do ór-gão, pretendemos fortalecer ês-ses laços, levando sempre aoGoverno Federal a. nossa ori-entação. reivindicações e dire-trizes, pois ninguém mais doque nós, que vivemos nossosproblemas, conhece a economiado Extremo Sul, para diagnos-tieá-la. para apreender seus de-safios e dar-lhes respostas ade-qundas".

OBJETIVOS

O Sr. João Gonçalves deSousa té. uma exposição demeia hora para dirigem es deempresas da iniciativa privada,em sessão presidida pelo Pre-sidente da Federação das In-dústrias da Guanabara. Sr. Jo-sé Inácio Caldeira Versiani. Naparte inicial de. sua exposição.citou os objetivos da criaçãoda SUDENE, que tem comoprincipal meta diminuir a dis-táncia existente entre a rendaper capita, do Nordeste e das di-versas outras regiões brasilei-ras, através de uma políticadesen vol viincn tista.

— Esta política — disse —deve possibilitar a, própria uni-dade do País, que é uma quês-tão mesmo de segurança nacio-nal, através ria coordenação deinvestimentos públicos na re-gião. que foram em certa épocaaplicados sem qualquer plane-

•jamento.

INFRA-ESTRUTURA

Situou o conferencista comoumá das principais preocupa-ções da SUDENE a íormuçãode uma infraesirutura. basea-da no saneamento básico —água e esgotos a fim de quens indústrias que "surgem acada momento no nõvo Nor-deste", tenham condições' dese fixarem, contribuindo parao desenvolvimento da região.

SUPLEMENTAR

Afirmou o Superintendenteda SUDENE que o Nordestecompreendeu finalmente que or e s p o n s ável pelo desenvolvi-mento da região é o próprionordestino, depois os brasileirosdc outras regiões, e como apoiocomplementar, a ajuda inter-,nacional.

•— Hoje, disse, estamos man-tendo conversações com a Ele-trobrás e ó Ministério das Mi-nas e Energia, a, fim de que sefaça nm estudo do potencialenergético do Nordeste, já quea demanda de energia duplicaa cada quatro anos.

Citou ainda, como questãoprioritária e que está sendo tra-tada. a rede interna de trans-portes, através do DNER e como apoio da Aliança para o Pro-

gresso. a fim de que caminhões,caçambas e máquinas diversas,constituam o equipamento dosDepartamentos Estaduais do.Departamento de Estradas deRodagem.

INCENTIVOS ^

Dirigindo-se diretamente aosempresários reunidos na Fe-deração das Indústrias, o Sr.João Gonçalves íêz uma expia-nação sóbre o; incentivos fis-cais e oportunidades que sãoapresentadas para investimen-tos no Nordeste, respondendodepois a cada pergunta dos re-presentantes da iniciativa pri-vada, com explicações do IIIPlano Diretor da. SUDENE.

O Nordeste das LigasCamponesas e das agitações,disse. — é hoje um novo Nor-neste, transformando-se de re-giáo-problema em região tran-qüila. Em colaboração com oGovêmo dns Estados e a fôr-ça privada, a SUDENE vemprocurando acelerar o índice de.desenvolvimento econômico daregião, que hoje é de 7To noano, isio é, o mais elevado doPaís.

Assegurou ainda que este íinofl instituição procurará aprovarprojetos agropecuários d egrande vulto, envolvendo, in-clusive. a reformulação da eco-nomia canavieira, de maneira '

qu? esta possa competir no pro-prio merendo interno.

-Com a descentralizaçãorias atividades da SUDENE, ;continuou, através do reforço dosescritórios regionais, particular- jmente os de Salvador, Guana-bara e São Paulo, e a monta-gem de novas unidades em Pôr-to Alegre e Curitiba, pretendea SUDENE apressar o examee a decisão sobre proposições eprogramas que lhe sejam sub- Imetidos, nos termos da legis-lação em vigor.

Afirmou ainda o Sr. JoSoGonçalves de Sousa que os re-cursos derivados do Imposto de |Renda para aplicação condido-nal 110 Nordeste serão total-mente aplicados, tendo-se emvista as prioridades estabele-cidas no III Plano Diretor,

MOTIVOS

A necessidade de expansãoda Companhia Vale do Rio Do-ce e a exigência dos compra-dores japoneses, que condicio-náraní o fechamento de umcontrato para a compra de õümilliões de toneladas de mi-nério. no prazo de 15 anos, aexistência de um porto comcapacidade para receber naviosde até 100 mil toneladas, ío-ram os motivos principais de-terminamos do projeto e exe-cução do Porto de Tubarão,segundo informações do Sr.Oscar de Oliveira..

O Porto de

Rio Doce que será ressarcidado investimento com a riimi-huiçáõ do custo do transportedo minério calculada em US?1.00 por tonelada.

O PôRTO

acordo ainda com declaraçõesdo Sr. Oscar de Oliveira, éuma das maiores obras de in-íraestrutura do Brasil e ocusto dn primeira etapa da-sobras é de aproximadamenteUSS 25 milhões, financiadoquase, que integralmente pelaprópria Companhia Vale do

O Porto rie Tubarão, que se-gundo opinião do Sr. OscarOliveira deverá, criar, ao lon-go do litoral do Espirito San-to, um poderoso complexo in-dustrial, do qual íarão parte,a Cia. Ferro e Aço de Vitória,a usina de peletizaçào da pró-pria Cia. Vale do Rio Doce _uma siderurgia, servirá, ainda.

Tubarão, de . para completar a infraestrutu-ra econômica do Vale do RioDoce. Com a Estrada de FerroVitória—Minas completará umsistema de escoamento da pro-dução regional para a costaatlântica, permitindo, também.a importação de carvão paraas indústrias, a preços reduzi-dos.

DEFINIÇÃO

— Antes de nos lançarmosdecididamente á conquista .denovas mercados para os pro-dutos brasileiros, disse o Sr.Giulite Coutinho, precisamosprimeiramente eliminar nossaspróprias, barreiras e fronteirasinternas. Assim, julgamos domaior interesse que o empresa-riado exportador brasileiro seretma em associações de clns-se para defeía de seus interès-se.s que, em última análise,coincidem com as do próprioPais.

Salientou o Sr, Giulite Cou-tinho que os industriais e co-merciantes exportadores deprodutos industriais têm inic—rãsse e pontos-de-vista comunsa defender. "Aliás, ns própriasautoridades ísderals aconse-lhaiii o empresariado exporta-dor a se congregar em asso-ciações de classe, conforme as-sinalado no Plano de AçãoEconômica Governamental".

— Por í.íso. resolvemos acei-tar o convite para integrar-mas a Diretoria da ANEPI aiim de organizarmos a ANEPI-Rio, fortalecendo ainda maiso homogêneo e considerávelgrupo de empresas já associa-das em São Pauto.REALIZAÇÕES

Observou o Sr. Giuliíe quecom apenas três anos de exis-

tência. "já possui a ANEPI ':

apreciável folha dc realizaçõese conquistas, provando as re- "'sultados altamente positivos da fr!união de classe". rtf

— Destacam-se entre várias jjj)outras iniciativas, a vinda no ™ano passado, sem qualquer 311- „.xilio governamental, de Dele-nrgaçôe.s Comerciais do Chile. Co- "lómbia. México e Venezuela, "7cada uma com quarenta im-portadores: a isenção de ísi- ¦__),ra.s e exposições no exterior, __,'como a de Berlim: e, prici- ¦_,'¦palmenté, -o levantamento dorelevante problema do finan-ciamento das exportações de„.manufaturados, através dacampanha, pela criação do Ban- .••co de Exportaçfio.MISSÃO AO ORIENTE

Quanto ã Missão n.o Oriente '-°Médio, disse o empresário Jai- ',__?ro Costa que seu objetivo 'visitar o Libano. devendo en- jjtretanto estender suas ativi- .3dades ao Kwait, Arábia Sau- "jldita e Síria. "»

— Embora seja a Missão jjj)exclusivamente organizada e ^yautofinanciada pelos próprios _qempresários participantes — Kflnos moldes da que realizámos lfao Japão, com amplo sucesso, ,__"em fins do ano passado — de- -,;verá contar a mesmo com os ;_i>necessários assessores gover-.;;.'.namentais da CACEX. do Ban- uO,co Central, do Itamarati, etc, '"'

t.uj___ . KU!

BANCO DO C0MMERC10 E INDUSTRIA DE SÃO PAULO S/AFundado em 1889

SEDE: São Paulo — Estado de Sio Paulo194 Departamentos distribuídos em todo o País e

Controle Acionário do:

BANCO CEARENSE DO COMÉRCIO E INDÚSTRIA S/ARESUMO DO BALANCETE EM 4 DE MARÇO DE 1966

SOI3(1!

ri ti«r tfi!

(t_JV.lRStpyr

PASSIVO

Em Caixa # t*m DípóiVto no Banco cio Brasi) S/A

Em Depóíito no Banco do Brasil S/A.i i Ord«m do BANCEN-TRAt

Obrigaçóe? Rraiustaveis do Teiouro Nacional,BANCENTRAL

Título, do Tf.ouro Nacional

Ji Ordem do

CrJ

1S.213.82O.Í06

33.587.29..411

3.505.648.150

64.973.460

Capital . * .......

Aumento de Capital

Rp.ervai

Lucro, em Suspenso

CrS

12, OCO. OCO. 000

3.OOO.000.000

9.090.734.625

66.298.7/5

Depósito no B.inco do Nordeste doSUDENE, tei n.° 4.239

rasil S/A';', à Ordem da

B. Central Paulocompleta seu Egídio no

primeiro ano IPÊSTranscorrerá no próximo

dia 31, o primeiro aniversá-rio do Banco Central, órgãode cúpula do sistema finan-ceiro nacional e que, porforça da Lei 4 595. de 31 dedezembro de 1964. substituiua antiga Superintendênciaria Moeda e do CréditotSUMOC). Para comemorar

a data, a Associação dosServidores do Banco Central— ASBAC — patrocinaráum banquete a ser realizadono Hotel Glória, às 20 ho-ras daquele dia.

O Ministro da Indústria e doComércio, Sv. Paulo Egidio.debaterá hoje. com os empre-sários nacionais, a política eco-nômico-financeira do Governo,principalmente nos itens rela-cionados com comércio exteriore desenvolvimento industrial.

O debate, promovido peloinstituto de Pesquisas e Estu-dos Sociais da Guanabara, se-rá iniciado às 17 horas, no au-ditório daquela entidade 'Av.Rio Branco. 156*. com umá ex-posição do Ministro Paulo Erí-dio sobre as atividades do Mi-nistério da Indústria e do Co-mercio.

•_mÊmtumM__wmÊmMÊam_w_wm*I o obrigações 1

EEJ seguintes teleione : fgâ f||

lf 52-7037-/2-1764 fjJNVESCO S.A. 11$ 42-11 OB - 22-3533 á|_iSi_r^«_m«mMeuwmo R*

cÇ| das 9.45 ás 17 horas ¦¦ ||p

Efeitos Finnncladoj - C/FINAME

7i1-i!oi Descontadoi t Empréstimo, em C/

Opçra^ò.i de Crédito Rural

Título» « Valôret Mobiliário»

Imóvel. « Instalações *

Capital a Realizar

Agências • Correspondentes

Resultado» Penden.ts

Contas de Compensação

Depósitos , . .

30O.210.86j ( Agências e Corre.pondeníi*.

982.465.772 Resultados Pendento. . . ..

37.9M.613,465 * Contas de Compensaião - ,

S.4^3.789,140 -~-

3.683.419.71.' ^

19.680.127.735!

701.626.500:

«.654.591.543

3.251 .033.684[

110.501.4,15.278|

351.485.233.126 [

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24.159.033.400 c,-,n r > ¦¦

151.328.361.712 Oi!

58.840.998.912 ;.;':6.635.423.824 _£_!

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S. . ou OSAO . AUIO, 15 DE MARÇO Ot 1W.

DIRETORIA

Dirercr.PrtsidfiHf THEODORO QUAR7IM BARBOSA0:-etcr-S-p«rintend<>nl« ROBERTO FERREIRA DO AMARAL JOSÉ AtVARES RUBIÃO FIIHO _«rtr.t. StrslD;re!c,, JUSTO PINHEIRO DA FONSECAD,r.lor

' CAIO DE PARANAGUÁ MONIZ

Dirtior CAIO RAMOS JR JOÃO DE CARVALHO Contador C. 5. C.Direior THOMAZ GREGORI S°- n.« 7 607Diretor LUIZ CARLOS VILLARES BARBOSA

FILIAIS NA GUANABARA:

Filial do Rio d. Jan»iro: Praça Pio X, n.o 7 - Caixa Postal 230 - Tflffone: 23-1796; Agência Metropolitana d» Ana Nary: Rua An» Nf^y, Sôí-A - Telefont: 480362»

Agencia Molropolltana do Castelo: Avenida Graç» A'a"ha, 57-B - Telefones: 22-9914, 22-9915 e 22-9916; Anencla Metropolitana da Cantro: Pu'» Mayrink Vüirja, 12 -- Tel».

fones: 23-1796 a 23 874J; Agência Metropolitan» d» Copacabana: Avenida .Mossa SenHorn de Copacabana, 542-B - Telerone: 36-59S0 tt Agência .netropolitan» da lalslon;

Avenida Alauifo d« Paive, 368-A - Isiefcne: 47-5013.

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14 —- l.o Cad., Jornal do Brasil, quarta-feira, 23-3-65

I

Americanos confirmam qne houve contrabando de tantalitaNomeados 2secretáriosno Itamarati

Brasília (Sucursal) — O Pre-sidente Castelo Branco assinoudecretos ontem nomeando, noMinistério das Relações Exte-riores. o diplomata Sérgio Cor-reia Afonso da Costa para ocargo de Secrctário-Adjuntopnra Organismos Internado-nàJs, e o diplomata ManuelAntônio de Pimentel Brandãopara o cargo de Secretário-Ad-janto para Assuntos America-nos.

Através de um outro decre-to, também divulgado ontemno Palácio do Planalto, o Pre-sidente da República nomeouo Capitão-de-Corveta Fernan-do Carlos Cat-ta Preta Bau-meier para o cargo de Capitãodas Portos do Estado do Piauf.

Vilaresvende rolêteàCELVSA

São Paulo (Sucursal) — AsCentrais Elétricas de Urubu-pungá — CELUSA — encomen-daram _ indústria nacional o.srolêtes para a guia de compor-ta que vai -utilizar nas bar-ragens de Jupiá e na Ilha Sol-leira. (

O material acaba dc ser en-tregue à empresa pela usina deaços Vilares e os ensaios de du-reza evidenciaram a -uniformi-

dade da estrutura das peças,fabricadas com aço especialB-50 fundido, temperado e re-venido.

Pedreiro com8 filhosganha mais 3

Recife (Sucursal) — O pe-dreiro José Paulo da Silva,atualmente desempregado, atéos fins da semana passadaera pai de oito íilhos, mas suamulher, D. Rosa Luísa, daSilva, em parto normal,acrescentou três de uma vezàquele total, difvendo-se "sa-t-sfeita, poia são mais trêsbrasileirinhos que vêm aomundo".

— Só queria — pediu DonaRosa -— que o Governo mcajudasse nesta situação, por-que além dos três .que agorachegam há ainda mais oitoem casa, que dormem no chãoa vivem privações. Não seiainda quais os nomes que da-rei aos três, mas acho queserão batizadas como Cosme,Damiáo e Damiana.

Estudantes fazem amanhãa passeata da solidariedade

Universitários cariocas, sain-do da Faculdade Nacional deFilosofia, realizam amanhã, às17 horas, uma passeata, acer-tada após reunião dos Direto-rios Acadêmicos que represen-tam as alunas da UB, com oobjetivo principal de prestarsolidariedade aos estudantesmineiros espancados pela po-licia quando da realização deseu trote anual.

Vários cartazes convocandoos estudantes estão pregadosem Faculdades da Universida-de do Brasil e nas imediaçõesda FNFi, cujo diretor, Profes-sor José de Faria Góis Sobri-nho, reafirmou ontem que aComissão de Inquérito lá ins-taurada desde fins do ano pas-sado incluirá em sua pauta oato de indisciplina cometidopor "uma minoria ativa" naaula inaugural de anteontem.

MEDIDAS DISCIPLINARES

— í_sse estado de coisas —disse o Diretor da FNFi — nãopode continuar, porque temasum ano letivo pela frente queprecisa ser proveitoso c, con-clufilos os inquéritos, a Con-grégação decidirá sôbre as me-didas disciplinam que serãotomadas contra essa minoriaativa.

O grupo ativa que alua naFaculdade, segundo o ProfessorFaria Góis Sobrinho, aprovei-ta ns oportunidades favoráveispara fazer tôda a sorte de agi-

tações, ma.s como a verba or-çamentária da Casa c pequena(da ordem de CrS 2 bilhõesanuais) e o tempo do ano le-tivo tem de ser bem aprovei-tado, é necessário que a açãodesse grupo seja neutralizada.

— A mesma turma — encer-rou o Diretor da FNFI — estáarrolada em inquéritos ante-riores, que tratam de agitaçõesda mesma natureza.

A PASSEATA

Embora a idéia da passeatade amanhã tenha nascido numareunião entre os DiretoriasAcadêmicas de Faculdades daUniversidade do Brasil, as alu-nos da UB esperam contar comtodas os universitários do Riode Janeiro, para fazer do mo-vimento uih sucesso integTal.

Além do objetivo principalde solidariedade aos mineiros,a passeata tomará posição tam-bém contra as taxas de anui-dade. pelo aproveitamento dosexcedentes e proporá bases pa-va a reorganização da UniãoMetropolitana de Estudantes.

ENGENHARIA DÁ NOTA

O Diretório Acadêmico daEscola Nacional de Engenhariadistribuiu ontem nota oficialem que afirma estar solidáriocom as demais estudantes bra-silelros na luta pelos seus direi-tos, "ora usurpados pela ne-festa Lei Suplici", que tem in-clusive provocado a intervenção

nas atribuições especificas dosuniversitários.

A noi a oficial do DiretórioAcadêmico cita várias fatosatentatórios à liberdade estu-danti! conseqüentes à Lei Su-plici e termina lembrando quecomo melhoramentos, os estu-dantes tiveram "a cobrança deanuidade nas Universidades(CrS 20 mil éste ano, CrS 250mil no próximo) e aumento nopreço das refeições de CrS 2para CrS 50 e finalmente paraCrS 200".

CACO DESFILA HOJE

Em comunicado oficial diri-gido a todos os universitárioscariocas a diretoria do CentroAcadêmico Cândido dc Olivci-ra — CACO — da FaculdadeNacional de Direito comunicaque realizará hoje, ás 17 horas,saindo do largo do CACO, aMarcha da Democracia, quan-do os estudantes da FND rea-firmarão os protestos contra aação policial dirigida aos estu-dantes de Belo Horizonte.

Segundo a nota rio CACO, osorganizadores cia Marcha espe-ram contar com a adesáo dc to-dos os universitários do Rio deJaneiro interessados em pre-servar seus direitos através deuma marcha, cuja ordem, coe-rénci.t e patriotismo convide asautoridades a examinar demo-criticamente os reclamos dosestudantes.

Recife lembrou morte de Demócrito em 1945Recife (Sucursal) — Os estu-

dantes universitários de Per-nambuco realizaram ontem umato público de solidariedade aoscolegas mineiros espancados pe-la Policia, com a maioria dosoradores invocando a memóriade Demócrito de Sousa Filho,assassinado em 1945. duranteum comício estudantil contra adidatura.

O.s mesmos oradores conde-naram, diante dos 500 estudai.-tes presentes, o cerceamento da.sliberdades e reclamaram elei-ções livres, havendo, durantedois dos discursos, tentativas deperturbação por parte de umgrupo de cerca, de 10 pessoas

da extrema direita, logo neutra-lizado pelas vaias da maioria.

No final, os estudantes resol-veiam convocar nôvo ato pú-blico para o dia 1 de abril,quando reclamarão eleições di-retas não só nas escolas, mastambém para os Governes es-taduais e a Presidência da Re-pública.

Todos os oradores — a maio-ria dos quais, da Faculdade deDireito — insistiram em quenão há liberdade no Pais e quea Policia atual é contrária aosestudantes, na medida em que.impede a livre manifesatçào edeici-ra ina o pagamento deanuidades, deixando desapave-ihadas escolas cujo ensino não

corresponde às necessidades daclasse nem atendem à realida-de nacional. Repetiram tam-bém, a todo momento, que o sl-lèncio da juventude só poderáconduzir o Pais ao fascismo.

Representantes de 12 Direto-rios. além dos alunos tíe Direi-to. lembraram aos participai!-tes do ato que a liberdade pre-cisa ser velada e defendida ago-ra. senão mais tarde o Brasilestará mergulhado num regimefascista, quando não poderãofalar nem mesmo "os colegasque hoje apoiam a democraciade baionetas voltadas contra opovo e o futuro do Pais".

A Policia não tomou conhe-cimento da manifestação.

Ensenliaria tle Brasília continua em Assembléia

Brasília (Sucursal) — Osnorte-americanos Sam SextrmJr. e Joe Mc Gutcnen, interro-gados ontem pelo Juiz da 1."Vara Crimina.. Sr. JuscelinoJosé Ribeiro, confirmaram quefoi enviada certa quantidadede tantalita aos Estados Uni-dos, para estudos, e que o aviãoB—20, apreendido no aeroportodesta Capital, trouxe uma car-ga de contrabando, des_arre-gando-a em Três Marias, ontiefoi entregue a quatro homens,entre os quais se encontravamFlávio Faria e Paulo PereiraLeite.

Os dois fatos foram confir-ir.-ados por todas os americanosinterrogados. O fiscal ali ande-gário Àstrogildo Serejo decla-rou que o aparelho, quandopousou nesta capital, foi visto-riado, como de costume, e la-crado quando se afirmou quedeveria seguir viagem a Assam-ção, no Paraguai.

O LASTRO

Informou ainda que o apa-relho que saiu de Brasília paraos Estados Unidos, em dezem-bro, o mesmo que transportouminério, estava vúzlo e por is-so seus tripulantes providencia-ram lastro para compensaçãodc i>èso, o que é comum. Geral-mente, utilizam-se sacos de ter-ra e não viu o embarque dcqualquer minério.

Foi Paulo Pereira Leite quempediu para embarcar o.s sacos,tendo sido autorizado por JoséAlves de Sonsa Brasil. Chefecia Alfândega de Brasília. Co-nheeeu Ralph e Vilma no cafédo aeroporto, enquanto eraaguardado o lastro para oavião, que chegou embalado emsacos de pano grosso, amarra-dos pela boca.

O irscaU por fim, contestoualguns interrogatórios que in-formaram ter sido realizada emsua casa uma reunião paraacertas, visando a introduzirmercadorias ilegalmente noPaís.

SAM, O RICO

Sam Sexton Jr.. apontadocomo o homem rico do grupoamericano .disse ao Juiz queesta é a primeira viagem quefaz ao Brasil, confirmando que

Vol convidado, juntamente comalguns dos clientes de sen es-critório de advocacia, a invés-tir uma soma- m dinheiro noPaís. para a exportação detantalita aos Estados Unidos.Participou com a impor_ãne_ade 22 500 dólares. í_ capitalistaapenas, permanecendo nasmãos de Ralph todo o coman-do do negócio.

Disse que foram enviadasamostras de minérios aos Esta-

nao econtra fumo*em coletivo

Brasília (Sucursal) — O pro-jeto que proíbe o uso de fumonos veículos de transportes co-letivos em todo o Pais recebeuparecer contrário do Ministé-rio da Viação e Obras Públi-cas, em comunicação encami-nhada, ontem, às Comissões deJustiça e de Transporte da Cá-mara. O autor do projeto é oDeputado Adrião Bernardes, daARENA de São Paulo.

O DNER e a Rede Ferrovia-ria Federal, opinando sôbre aproposição afirmaram que. emprincípio, são centra a inicia-tiva, "dado o rigorismo de quese reveste, no que tange ao usode cigarros, permitido até emaeronaves, que são recintos fe-chados"'.

Brasília (Sucursal) — Osalunos do ourso de Engenha-ria da Universidade de Brasi-lia. que estão reunidos em As-sembléia permanente irão ho-je ã assembléia-geral, visandoa aprovação de medidas queintensifiquem a campanha pe-lo retomo das aulas, pelasubstituição de professores quejulgam despreparados e pelopreenchimento das cadeirasvagas.

Após a assembléia, os lide-res deste curso percorrerão assucursais de jornais em Bra-silia. pretendendo denunciara situação reinante na Univer-sidade: acreditam eles que a

situação do curso de Engenha-ria ainda náo está normaliza.da devido ao coordenador —mora em Goiânia c lá pernia-nece mais tempo — que nãodemonstra maior preocupaçãopelo curso, "interessando-seapenas por promoções pes-soais". Os acadêmicos citam oexemplo do coordenador demedicina que, interessando-se,resolveu os problemas de seucurso-

MEDICINA

Reunidos ontem em assem-bléia-geral. os alunos de Me-dicina decidiram o encerra-

mento da assembléia pernin-nente, que mantinham desdea semana passada, diante c!apromessa do Reitor Iíàerté Ra-mos de Carvalho de preservara estrutura básica da UNB —"obra comuni que todos deve-mos manter" —, conseguir áreaspara o funcionamento de la-boratórios e outras instalaçõese providenciar instalações hos-pitalares, ,em tempo, para asatividades práticas. Ainda naassembléia-geral de ontem, osacadêmicos decidiram "conti-

nuar cm vigília até 11 deabril", quando deverá ser rea-berto o curso de Medicina.

Semana que vem matricula os de QuímicaDevido aos encontros man-

tidos ontem pela- comissão depais dos excedentes de Qui-mica com o Chefe de. Gabine-te do Ministro da Agricultu-ra, Sr. Otávio Cesário Pe-reira, e com o Diretor da Fa-culdade Nacional de Filosofia.Sr. Faria Góis, . poderá terinicio na semana que vem amatricula dos excedentes deQuimica r.a Universidade Ru-ral e mais 30 vagas poderãoser criadas na FNFi.

O Diretor da FNFi esperaque o Ministério da Educa-ção, ao tomar conhecimentode sua oferta de 30 vagas nocurso de Química da Filoso-fia, feita ontem ao membrosda comissão de pais, Sr. Eu-gênio Lucena e Sra. Lise Fer-

reira, atenda-o também, nosentido de fornecer a devidaverba, para que os laborató-rios sejam ampliadas.

Nos últimos dias, os alunosacampados no pátio do Mi-nistério da Educação poucotêm se movimeniado, no sen-tido de resolverem direta-mente com as autoridadesresponsáveis o aumento de va-gas. Os contatos com os ga-binetes do Ministério da Edu-cação e Cultura e Ministérioda Agricultura, foram inten-sificados, a partir de ontem,e os membros da comisão depais de alunas, Sr. EugênioLucena e D. Lise Ferreira,afirmaram que é grande ootimismo de todos porque"grandes surpresas virão".

Os alunos excedentes deMedicina, segundo informousua comissão da OperaçãoMais Vagas, entregou ontemuma carta, ao Ministro daSaúde de Portugal, Sr. Fran-cisco Pereira Neto de Carva-lho, que ontem regressou a seupais.

Na caria entregue ao Minis-tro. os excedentes fazem umapelo ao Ministro da Educaçãode Portugal para que veja a.spossibilidades de seu paus criarum convênio com o Brasil, nosentido de que algumas vagasno Curso de Medicina sejamcolocadas à disposição de estu-dantes brasileiros interessadosem Ir fazer o curso em Portu-gal.

BANC novo MONDOMATRIZRua cio Ouvidor ns. 71/73Rio de Janeiro

FILIAL

Rua João Brícola n.° 37São Paulo

81 Departamentos nos Estados: Guanabara, Rio de Janeiro e São Paulo

RESUMO DO BALANCETE GERAL EM 4 DE MARÇO DE 1966

ATIVO t ASSI VO

Ceixí, B.nco do Brasil S/A., i Outras Espécie» 6.893.420.699No Banco do Brasi! S/A.f Depósitos em dinheiro â ordem

do Banco Ctntral de Repúblice do Brasil 11.315.867.401

18.209.288.100Idtm, Apólices e Obr.gfic.oes Federais à ordem do Eanco

Centra! da República do Brasil 52.401.650Idem, Obrigações Reajustaveis do Tesouro Nacional — Reso-

lução n.° 5 1.378.100.700

19.639.790.450Títulos, Ações e Debântures e Outros Valores *' 761.059.051Empréstimos, Descontos, Outras Contas e Outros Créditos 32.698.100.588Agências e Correspondentes 30.611.252.550Imóveis t Edifícios de Uso do Banco 3.417.863.519-Móveis e Utensílios, Instalações e Material de Expediente 3.636.024.24;Resultados Pendentes 1.348.324.478Títulos, Valores e Outras Contos 23.757.627.956

TOTAl CrS 115.370.043.434 i

Capito! e ReservasDepósitos Agencies e CorrespondentesOrdens de Pagamento e Outros Créditos Resultados Pendentes Depositantes de Valores em Garantia e em CustódiaDepositantes de Títulos e Racebcr e Outras Contas

7.073.897.74952.310.279.88125.267.254.1604.786.132.3082.174.851.3804.193.560.828

19.564.067.128

TOTAl

Rio de Janeiro, 4 de março de 1966

DOMINGOS FERNANDES AlONSO - Presidente GUMERCINDO NOBRE FERNANDES - Vice-Presidente

líllO DE TOLEDO PIZA E AtMEIDA FILHO - ADHEMAR LEITE RIBEIRO - CLÁUDIO PEREIRA FERNANDES - JOSÉ PEREIRA FERNANDES - GEORGE DA SILVAFERNANDES - ADAUTTO FERNANDES DE MAGALHÃES CASTRO - ANDRÉ FRANCISCO DE ANDRADE ARANTES - Diretores

ROBERTO .STEILAContador — Reg- CRC

dos Unidos, por avião e viapostal, sem valor comercial. Ogrupo interessn.va-se pela tan-talita. A cassiterita tem baixopreço no Brasil e se extraidela certa quantidade dc tan-lalita. Mai.s de 20 caixas fo-rum desembarcadas em TrêsMarias e recolhidas por qua-tro homens, dos quais um se-ria Flávio Paria, segundo-dis-se-lhe Vilma Kositstne,

A.s caixas, cujo conteúdo, dis-se que desconhecia, eram des-fcinadas a Paulo Pereira Leite.O despachante de Miami di.s-se-lhe que o laboratório trans-portado pelo avião estava su-1-cicntemente documentado pa-ra ingressar no Pais. Vilmainstruiu o piloto Trihill paradescer em Três Marias, ondePaulo aguardava ansioso a car-sa que lhe era destinada. Nãosuspeitava da atividade deP-.ilph no Brasil mas íicoupreocupado porque inverteramdinheiro mediante a obriga-ção de Ralph dedicar 100 porcento de suas atividades aocomércio de tantalita e viuVilma e Paulo nos EstadosUnidos ocupados no comerciode outra natureza.

Vilma queria que êle em-prestasse 25 mil dólares a Pau-lo para outros negócios, ten-do emprestado apenas 4 mil,cuja aplicação desconhece. Mis-ter Stevens e Mc Cutchen es-tiveram em dezembro no Bra-sil e verificaram que os nego-cios que se processavam eramlegais.

DÓLARES APLICADOS

Joe Mc. Cutcl-.n salientouque o com rato I?lto por èlee mai.s Sam. Ralph, Roy Ma-son e Jach Hanna íoi apreen-dido pela Policia. O contratoprevia a exploração e exporia-ção de tantalita para as Es-tados Unidos, tenc-o sido invés-tidos, inicialmente 40 mil dó-lares. A única exportação feitaíoi uma amostragem de tanta-.ita, com um peso de cincomil libras.

È químico e testou a tan-talita verificando que a mes-ma possuía propriedades paracertas aplicações, não tendonenhuma propriedade radio-ativa. A FAB deu-lhe penais-são para sobrevoar o territó-rio nacional, durante 120 dias.

Veio ao Brasil verificar -sea atividade de Ralph era le-gal sobrepondo a dúvida- porter sido enviado aos EstadosUnidos amostragem de péssi-ma qualidade. Nada sabe quan-to ao acerto pa r a pagamentode Crs 8 mil por quilo do mer-cadorias cuja ingresso no Paisfosse facilitado pela Alfândegade Brasília.

FMM quercom operai

Bèlò Horizonte (Sucursali —A cassação das concessões da-da.s a empresa., mineradorasque não estejam com seusoperários regularizados e a fis-callzação permanente e efetivaem todas elas, serão pedidasem memorial a ser enviado aoPresidente da República, pelaFederação dos Mineradores dcMinas, "como solução para re-gularizar o operário da in-dústria extrativa e um meiode reprimir o contrabando deminerais no Estado".

Segundo informou o Presi-dente da entidade. Sr. Zaca-rias Roque "a situação dostrabalhadores na indústria ex-trativa é tão séria que na úl-tlma pesquisa feita pela enti-dade verificamos que em vá-rias empresas existem centenasde empregadas que trabalham

cassai' firmasios anônimos

há 12 c 15 anos e nem mes-mo tiveram suas carteiras pro-fissionais assinadas".

TUBERCULOSE

O Sr. Zacarias Roque acres-centou que as regiões que apre-sentam as maiores irregular)-dades são as de GovernadorValadares. Diamantina e SãoJoão dei Rei. Cerca de 80'-dos operários que trabalham naextração da mica não são fis-callzados e muitos deles es-tão tuberculosos, pois não témnenhuma assistência médica.

Êstes operárias aspiram o póda mica, impregnando os seuspulmões e necessitam ser exa-minados em determinados pe-riodos.

Garimpo ilegal estariacontrabandeando pedras

Goiânia íDo Corresponden-tei — Um garimpo de dia-mante do município de Matei-ra. sudoeste do Estado, foi in-terditado ontem por Procura-dores do Estado e agentes fe-derais. membros do grupo derepressão ao contrabando, por-que os 400 fazendeiros da re-gião acusaram os garimpeiros,perante a Procuradoria-Geral,de invadirem as suas terras,destruir cercas de arame c pre-judicar a criação bovina de tó-da a área.

O Procurador-Geral, Sr. Se-bastião Emanuel Balduino, dc-terminou o deslocamento deum grupo especial para Matei-ra e afirmou ao JB suspeitarque os • garimpeiros, além deoperar em terra alheia, estavamcontrabandeando diamantesatravés da fronteira de Goiáscom Minas, cometendo duplocrime.

SOLUÇÃO

Paralelamente, miunc iou oProcurador-Geral a solução doproblema do abate do mognodo Norte do Estado, através deum entendimento entre o Go-vérno e as firmas explorado-ras da madeira. Pelo entendi-mento, ficaram liberadas as ár-

CrS 115.370.043.434 {

M.E.CO.R.S.P.V.E.A.

S. ft n.» í 502-S - CB (H

COMISSÃO ESPECIAL DE CONSTRUÇÃO DARODOVIA BELÉM-BRASÍLIA

RODOBRÁSAVISO

A COMISSÃO ESPECIAL DE CONSTRUÇÃODA RODOVIA BELÉM-BRASÍLIA - RODOBRÁS— chama a atenção para os Editais de Con-corrências ns. 05, 06, 07 e 08 66 publicadosno Diário Oficial do Estado do Pará, no dia19 de março de .966.

A AGÊNCIA DA SPVEA na Guanabara -Avenida Franklin Roosevelt, 39, 8.° andar —Sala 811 — poderá fornecer maiores infor-mações. (P

Produção dc combustíveisnão será prejudicada como acidente em Mata ripe

A Presidência da Petrobrás informou, ontem, que oacidente na Refinaria Land ulf o Alves, em Matarlpe —explosão do compressor de propano numa das unidadesde lubrificantes — não paralisou a empresa, que prosse-gue operando normalmente e não interromperá o fome-cimento de com bustiveis.

O Presidente da Petrobrás. Marechal Ademar dc Quei-rós, que viajou para Mátaripe ontem com os Srs. Leopol-do Miguez c Geonisib Barroso, diretores da empresa, con-clüirà hoje, na Refinaria Landulfo Alves, o levantamentodos prejuízos causados pela explosão. No Rio, a Petrobrásassiste as famílias das vítimas.

A EXPLOSÃO

O.s técnicos da empresa afir-inaram ao JORNAL DO BRA-SIL que a expl-csüo do compres-sov de propano raramenteocorre, em qualquer refinaria eo número de vitimas não foidevido ao acidente, mas aoacúmulo de pessoas junto ásInstalações.

O gás propano, segundo ostécnicos, é um hidrocarbonetoleve na faixa, de de.stilação dogás liqüefeito. É recuperado do.sgases de refinaria, pvovenion-t-cs da destil.ição primária, re-íorma ou craqu;amento, ou do.scampos dr petróleo, por ref ri-geração ou absorção- Sua uti-lidrde estende-se ao uso do-mestiço.

Em Cubatâo. a RefinariaPresidente Bernarde5 «servauma parte pequena de propa-no puro para atender ao res-trito mercado onde é usado emserviço de solda e meta._urgia,substituindo o acetileno.

NOTA

A Diretoria da Petrobrás di-vulgou, ontem, a seguinte notaoficial:"A Diretoria da Petrobráscumpre, com pesar, o dc-ver decomunicar grave acidente ve-rificado ontem, dia 21. às 16h45m, em uma das unidrdes dslubrificantes da Refinaria Lan-dulfo Aires, em Mátaripe, na

Bahia, com a explosão de umdes seus compressores de pro-pano."A explosão foi acompanha-cia de violento incêndio, pron-tamente debelado pela própriaequipe de segurança da Pet.ro-brás, náo prejudicando, assim,as demais atividades da refina-ria. que prossegue operandonormalmente, sem afetar a suaprodução e o fornecimento decombustíveis. Em conseqüênciado acidente, faleceram os cn-.-'..nheirc? Alarico Pereira ciaSilva, Valbert Barbosa Pimen-tel, o Supervisor-Geral ManuelAfonso de Carvalho, o Super-visor Iromar Nogueira, o Ope-rador-Chefe Raimundo Mene-s.s e o mecânico Osvaldo Pe-ca nha Veloso, sofrendo feri-mrnt.es 1G outros trabalhadoresque foram hospitalizados.

Para apurar a.s causas do acl-dente, o Superintendente da Re-finaria Landulfo Alves. Gene-ral Oriovaldo Pereira Lima. de-¦terminou a abertura ás inqué-rito técnico-adminlstrativo, ten-do, ainda, providenciado tôdaa assistência aos feridos e ãsfamílias dos mortos. Hoje a Dl-retoria da Petrobrás decidiu,além de fazer constar em atao pesar da empresa pela la-mentável ocon-éncia, seguirpnra Salvador, a fim de intei-rnr-se in loco da extensão doacidente e prestar às vitimas a-assistên ?.ia que estiver a seualcance."

Sepwltameiitq dc mortosande cortejoleve um gr

Salvador (Correspondente) —Com o expediente suspenso naRefinaria Landulfo Alves, emMátaripe. e com outras unida-des e a região de produção deluto, deixou às 10 horas de on-tem a Igreja dc São Domingoso cortejo de sepultamento dequatro dos mortos na explosãodo compressor de propano, cotnum acompanhamento de cente-nas de funcionários da Petro-brás.

Tôda a área da unidade dsparafina, onde se deu o aci-dente que matou seis engenhe'-ros técnicos, está isolada poragentes de segurança da Petro-brás. cujo chefe, Sr. OrestesMoreira, afirma que não vê ne-nhum a causa técnica para oacidente, acentuando que só oacaso poderia causar a exulo-são, pois os engenheiros e ope-

rários especializados trabalha-vam em absoluta segurança.

MARECHAL VISITA

O Presidente da Petrobrás,Marechal Ademar de Queirós,que viajou do Rio para Mata-ripe logo quo tomou conheci-mento do acidente da refinaria,levou o conforto da empresa àsfamílias das vítimas, tendo vi-sltado, em companhia do Dire-tor. Leopoldo Miguez o Hospi-tal Espanhol, onde estão inter-nados quatro feridos em estadograve.

O Marechal Ademar de Quei-rós tomou pessoalmente as pro-vidéncias mais urgentes nosentido de recuperar a unidadede parafina e deve retornarhoje para o Rio.

vores abatidas, das quais pro-duziram-se mil toras, e proibi-do o abate em terras sub .jutli-ce até o julgamento íinal dadiscriminatória, que envolvecerca de 90 por cento da áreamognifera do Estado.

As sete mil toras apreendi-das às empresas madeireirasíoram liberadas pela Procura-cloria-Geral mediante o depó-sito de CrS 80 mil por metrocúbico de madeira, concordan-do as partes em que as quan-tias apuradas, deduzidos oscustos de abate e transporte,sejam entregues a quem ven-cer o litígio judicial pela possedas terras das quais foi retira-do o mogno.

PATRULHA

Um volumoso relatório sôbreo parque mognífero c a baciamineral do Norte de Goiás,com resultados de pesquisascientíficas e mapas de tôda aárea. foi enviado pela Procura-doria ao 1.° Distrito Naval co-mo providencia dc interesse doplano de pairulhamento dosrios Araguaia e Tocantins, pelaMarinha.

Decreto de Castelo incumbeMEC de promover campanhade Educação Cívica no País_>

Brasília (Sucursal) — O Presidente Castelo Brancoassinou ontem um decreto através do qual o Departa-mento Nacional de Educação íica incumbido de promo-ver uma ampla campanha de educação cívica no Pais,pela aplicação cie programas ei-peeiais nas escolas detodos os níveis e com a colaboração de órgãos de divul-gação.

O decreto define Educação Civica como "o trabalho dcformação nos estudantes e no povo em geral do senti-mento de apreço ã Pátria, de respeito às instituições, defortalecimento da familia, de obediência à Lei, de fideli-dade no trabalho e de integração na comunidade, de talforma que todos se tornem, em clima de liberdade e res-ponsabilidade, de cooperação e solidariedade humanas,cidadãos sinceros, convictos e fiéis no cumprimento deseus deveres".

FUNÇÕES

O decreto presidencial ins-titui na Divisão de EducaçáoExtra.-escolar do Ministério daEducação o Setor de EducaçãoCivica. para a promoção e oestimulo a comemorações dasgrandes datas nacionais e doscentenários de brasileiros ilus-três. bem como prestigiar asfestas populares, de carátertradicional e as manifestaçõesfolclóricas.

O Setor de Educaçáo Civicadeverá também promover aelaboração de monografias sò-bre a conceituaçáo de estudosbrasileiros nos três graus dt-ensino: participação de todos.os professores na formação doeducando: caracterização daEducação Civica como práticaeducativa; prática de regimerepresentativo na c-.cola: or-ganização de excursões orien-tadas a instituições culturais

e significação especial da lin-gua nacional, sua literatura ea História do Brasil.

CONCURSOS

O Setor de Educação Civicaficou também encarregado da"organização de concursos emtorno de livros e temas funda-mentais, destinados a ediçõesde livre iniciativa do autor,dentre outros: originais paracompêndio de Organização So-ciai e Politica Brasileira, comtrês prêmios iguais, em dinhei-ro; originais para compêndiode Estudos Brasileiros, comtrês prêmios iguais, em dinhei-ro. ao autor;

Finalmente, o decreto deter-mina ao Setor que coopere na.execução das providências einiciativas que o Departamen-to Nacional de Educaçáo tomardentro do espírito da campa-nha.

Ministério da Educação e CulturaUniversidade Federal Fluminense

COMISSÃO CENTRAL DE COMPRASAVISO

Concorrência Pública n.° 3/66Encontra-se publicado no Diário Oficial do Es-

tado do Rio de Janeiro, edições dos dias 10, 1!e 15 do mês de março do corrente ano, o Editalde Concorrência Pública, a ser realizada no dia29 '3 '66,

para aquisição de instrumental cirúrgico

para a Faculdade de Odontologia. Maiores infor-macòes na Divisão de Material da U.F.F., situadana Rua Marquês do Paraná, sn, NITERÓI (segundoandar do Hospital Universitário "Antônio Pedro").a.) WILSON REZENDE LEITE

Presidente da Comissão Central de ComprasIP

it __#a.

IPP-íiMstria Produtos e Processos SERVIÇO DE DIVULGAÇÃO INDUSTRIAL

Publica-se as 4.a feiras

Responsabilidade: IPP-Rua 7 de Abril, 261 . IO." - Fone; 37-4575-S. Paul " w

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Válvulas de esfera de 3 e 4vias facilitam a mudança de fluxo

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utilizando diversas liyasmetálicas, quais sejam: bron-ae aco carbono fundido, açoinoxidável 304 e 316, Açoinoxidável 20, monel, alumi-nio fundido, e materiais di-versos para as anéis de veda-ção, tais como, borracha ni-trllica. neoprene, teflon, vi-ton, nylon, silicone, a SklelComércio e Industria S|-A„produz válvulas de esfera de

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três ou quatro passagens.São válvulas de esferas queapresentam uma passagemreta ou cm "Te" .ou aindaduas passagens internas naesfera cm angulo de 90° oudiferente, e cujo movimentocia alavanca permite a mu-dança de direção de um oumais fluxos sem interrompero escoamento. Sáo construi-da.s para pressão de trabalho

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até 274 psi a temperatura am-biente.

Apresentam essas válvulasde esfera a.s mesmas caracte-rlsticas e vantagens das vál-vulas de esfera de duas viastambém fabricadas pela Sidel.Entre as vantagens citam-se:

a passagem total do fluidopois, as aberturas na esferasão ligeiramente maiores queos diâmetros internos dastubulações correspondentes.Tem-se portanto, minimaperda de carga e melhorescondições de escoamento.

abertura, fechamento oumudança de direção do flui-do efetuadas rapidamente eapenas com 1/4 de volta daalavanca.

a vedação é perfeita, poisà esfera é polida e o anel deencosto é de teflon ou mate-rial" equivalente com regula-gem de aperto micrométricaque possibilita segurança per-manente.

A diversidade de materiaisque emprega a Sldel para aprodução das válvulas de es-feia, possibilita a resoluçãode casos especiais de mudan-ça de direçáo de fluidos cor-rosivos ou ainda abraslvosque normalmente atacariamou desgastariam facilmenteoutras válvulas comuns.

E' evidente a economia pro-porcionada pelo uso de vál-vulas de esfera de 3 ou do 4vias em pontos de encontroou de cruzamento de tubula-ções. Normalmente, seriamnecessárias 3 ou 4 válvulas deoutro tipo, enquanto quecom a válvula de esfera usa-se apenas 1 rie 3 ou 1 de 4vias. Em aquecedores de cal-do de cana em usinas de açu-car, ou em maniíolds, sáousadas válvulas de esfera de3 vias que dão a maneablll-dade necessária ao uso par-ciai ou total do conjunto,eom o menor numero de vál-vulas. — SIDEL OOMfiKCIOE INDUSTRIA S/A; — Av.Franklin Roosevelt. 39 — 14."and. grupo 1408 — Tcl: 32-8309, no Rio de Janeiro(GB) 0

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um planejamento industrialcompleto. Abrange os soguin-te itens o planejamento:

Estudo cie mercado e rielocalização;

Estudo comparativo riaprodução existente com aque-la desejada pela capacidadeda industria;» Estudo do planejamento(làyout) completo de todos osdepartamentos e seções daindustria;

Estudo e comparação docusto industrial em função docusto da mão-de-obra e aqui-sição de matéria prima;

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"Engineering" detalhado,elaborando as especificaçõespara o.s fornecedores dosequipamentos ou ainda o for-neciniento de desenhos dcfabricação para produção dosmesmos na própria fundição;

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Neste ponto o processo"Meehánite" estará em uso ea Organização Meehániteprestará completa assistênciatécnica para todos os seto-res e departamentos da fun-dição.

Todos os estudos são pre-cedidos por visitas dos téc-nicos da Meehivnte ás indus-trias interessadas, sendo emseguida elaborado um orça-mento contendo a quantidadede trabalho a ser executado,o tempo necessário e os dn-dos dos custos. Os projetossão elaborados de maneira aquo o montante permaneçadentro das disponibilidadesfinanceiras dos interessados,abrangendo ao mesmo tempotodos os benefícios possiveis.Tal projeto poderá ainda ser-vir como base para obtençãode crédito junto às institui-ções de financiamento. —-MEEHÁNITE PliANEJAMEN-TOS 12 ENGENHARIA LTDA.— Av. Copacabana. 2 — Apt.401 — R. de Janeiro (GB) #

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IPP em RevistaJll tol editado o volume V,n.° 2, ilo UM' et» Revista,temi i mio «ma compilação Ma*-reportagens piibllcnilns peloIIM* — Industria — Produ-tos fi Troi-t^sns no jornal "OUstnilo dc S. Paulo". O."

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Empresa nacional adquire "know-how"

para produção de aços para ferramentas

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ESTRUTURAS METÁLICAS

Êxito na aplicação de estruturas

.1 E S S O P-SAV1LLE LTD.(Inglaterra) é um dos maistradicionais fabricantes num-diais de aço,< especiais. Vemesse grupo desenvolvendo-see aprimorando sua técnica defabricação desde 1774 quandofoi fundaria por Thomas Jes-sop. Associou-se em seguida.a J. J. Saville & Co., especia-lisla em aços rápidos c desde1959 que as duas companhias(oram incorporadas sob umsrt nome: Jessop-Saville Ltd.Esse grupo', cuja história datarie 1774, estabeleceu umatradição técnica dentro doselnr metalúrgico, e aindamantém a mais alta reputa-ção para a produção da Açoscarbono. Aços liga oara fer-ramentns, Aços rápidos eparticularmente ao desenvol-vimento de materiais resi?-tentes a altas temperaturaspara motores de aviação. Co-mo uma das pioneiras da.s no-vas técnicas rie fundição sobvácuo. Jessóp-Saville insta-lou uma das maiores fábricasda 'Europa

para n produçãode novas ligas de Aços. Titã-nio e Zirconio.

Com empresa de tal gab.T-rito vem a Metalúrgica N. S.da Aparecida de se associartecnicamente, para a produ-çáo no Brasil do todos os ti-pos dc aços para ferramentas,quais sejam, aços para corte,para matrizes, para válvulas,para brocas etc. Conta a Me-tahirgica N. S. da Aparecidacom moderna aciaria dotadadè 2 fornos de 5 c 7 tonela-das e aoarelbos de testes dosmai.s atualizados. para en-saios desde a matéria primaaté o produto acabado. Entreeles destacam-se: espectro-grafo de raio X, microscópiometalográfico com capacida-

de de aumento do até 2.400ve/.es, aparelho Amsler para

medida de resistência a tra-ção, aparelho dé Ultra-Som.aparelho "Magna-ilux" e ou-tros.

A associação técnica com aJessop-Sávlllé permitirá ain-da à Metalúrgica N. S. daAparecida o desenvolvimentode sua atual linha de produ-ção que consta de aços-car-bono da série SAE lOxx, edos aços cromo-nlquel, cro-

mo-molibdénio,mo-vanadio

croino, cro-cromo-niquel-

mollbdênio, das séries SAE31xx, -llxx, 51xx, Htixx c 43xx,utilizados de maneira geralpara construções mecânicas.— INDUSTRIA METÁtüR-GICA NOSSA SENHORA JÜAAPARECIDA — Rua 15 deNovembro, 244 — U.o — Tel ¦36^0521 — São Paulo; Av. RioBranco, 39 — 18.o andar —Tel.: 23-3537 — Rio de Ja-neiro 9

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Dispondo dc moderno equipamento, a Indústria MetalúrgicaNossa Senhora da Aparecida iniciará a produção de aços para

ferramentas sob licença da Jessop-Saville Ltd.

VÁLVULAS INDUSTRIAIS

Válvulas industriais de todosos tipos são fabricados no país

em ções agro-COM o desenvolvimento dossetores agro-industriais, osempresários ligados ao mes-mo, vêm sè preocupando coma ampliação dc suas instala-ções. a fim de atender ascrescentes solicitações de pro-dução.

A Andratell S/A. Constru-ções e Montagens vem se de-dicando desde 1958 no campode projetos, fabricação e mon-tageus de estruturas metáli-cas à agro-pecuáriá, Com cs-truturas de alto padrão técni-co, dentro das mais aprimora-das formas, tem construído di-versos edifícios industriaisnas Zonas Mogiana, Alta Ara-raquarense é Alta Paulista,principalmente para o setoralgodoeiro. Neste setor cons-trniu dois edifícios de 3.000m2 em Ituvorava. para a Al-godòeira Salto Belo e Algo-doeira Santo Antônio.

Na cidade de Orlandia exe-Clitoü para a Cia. Mogiana deOlèos Vegetais um dos maio-res silos de caroço de algo-dão construídos até hojo, com30 ni de vão livro, 150 m decomprimento e 22 m dealtura.

Em Guará, cidade vizinhaa Ituverava. para a firmaIrmãos Nakariò executougrandes armazéns em pórticoscom 10 m de altura e 20 ni devãos livres perfazendo cercade 4.000 m2. Essas estruturascomprovam a qualidade dosserviços da Andratell, tendoresistido ao incêndio ocorridonaquela algodoeira que des-truiu todo o material de algo-dão existente em outros pré-dios não metálicos.

Para a Cooperativa Agri-cola São Paulo, em Birigui,forneceu estruturas para ar-mazèns, tolha e casa de má-quinas, além de caixas d'águaelevada. Atualmente está exe-cotando tnlhas metálicas paraa Algodoeira Mista da AltaAraraauarense e um conjuntode tulhas e armazéns para âAÍtódo«!ra Líder em Ituiu-taba (MOV

No reino açucareiro, for-nçceu estrutura» para as Usi-nas SatitP Litcia em Araras.Vale do Rosário em Orlandiae Açucareira Santa Luiza cmMatão, incluído galpões decana, galpões de nioendas oarmazéns .

OUTROS SETORESABRANGIDOS PELA

ANDRATELLUma das mais belas obra.-

executadas pela Andratell foio ginásio de esportes do ClubeAtlético Paulistano, com áreacircular de 1.000 m2 suspensaem cabos de aço.

Para Máquinas PiratinineaS 'A. realizou diversos gal-pões e telhados, estandoatualmente em fase de aca-bamento o edifício desia in-dústria em Recife, onde jáforam aplicadas 80 t de estru-turas.

A Andratell construiu tam-bém mia grande numero depavilhões para agencias deautomóveis. No ramo de cons-truções de pontes, fabricou

treliças de 20 e 35 m de vãopara suportar cargas, de lan-çamento de pré-moldados com50 t de carga, para a Cons-trutora Norbertn Odebrecht,Bahia. - ANOKATEU.

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Para Cia. MogianaAndr.itel projetou emetálica — um silo de algodão com 30

comprimento e área de 4.500 m2

de Óleos Vegetais — Orlandia (SPL a

construiu uma arrojada obra em estruturam do vão, 150 m de

altura de 22 m

A VANASA — Válvulas Nacionais S/A„ contando comtécnicos especializados e instalações modernas, está produ-zindo válvulas para canalizações de fluído, podendo torne-cer os seguintes tipos: válvulas de esfera, desde 3/8" até 20",tanto de passagem total do fluido como de regulagem devazão, que apresentam abertura e fechamento com apenas1/4 de volta; válvulas de gaveta, desde 2" até 36" utilizan-do material adequado a eada padrão ASA e para diversaspressões (até 1.500 ib/pol2): válvulas globo, desde 1" até12"; válvulas de retenção, nos tipos horizontal e vertical,com pislão e portinhola. desde 2" até 30". Dentro em brevea Variasà estará produzindo, sob licença da Boving & Co.Ltd. (Inglaterra) as versáteis válvulas "borboleta". Na fotoacima, válvula de gaveta rie C" padrão ASA 1.500 lb/pol2.cuio similar foi fornecido á Cia. Siderúrgica Nacional. —VANASA — VÁLVULAS NACIONAIS S.A. — R. Florênciode Abreu. 157 — 8.0 — ci. 8011 — Tels. 32-1571. 3G-8738 ».'10-8975 — São Paulo O

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(2)Lixar a madeira nova, para eliminaras imperfeições mais grosseiras. Eli-minar a poeira .manchas gordurosas

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16 l.o Ca<_„ Jornal do Brasil, quarta-feira, 23-3-6C

Motorista pede socorronú HSA, narra assalto ecomplica soldados da PM

Uma história toda trancada foi contada ontem na ?.*-Delegacia Distrital, envolvendo dois soldados da PM, um

mai" nal ej de resto, a própria testemunha: o motorista

Magnor Batista entrou correndo no Hospital Sousa Aguiar,

pedindo socorro ao detective de plantão, e dizendo-se amea-

çadò de assalto por três passageiros. O policial prendeu-osimediatamente. ....

Na Delegacia, os soldados identificaram-se como Vil-

ihar Rosa Guimarães e Hélio Rodrigues França, ambos do

7*o Batalhão, destacados no galpão da Quinta daBoa Vista.

6 marginal, Jorge Macedo, estava preso no galpão e fugira

mancomunado com os soldados, para tomar o taxi de Mag-

nor de número 4-0105, segundo suas próprias palavras.

MARTÍRIO

UMA NOVELA

Na madrugada de ontem, odetento Jorge Macedo — que sediz mecânico — com a cumpli-cidade do soldado Guimarães,saiu de sua cela e pulou o mu-ro, indo para o Morro de Man-gueira. onde ali encontrou aquê-le e mais o PM França. Toma-ram um taxi e se dirigiram auma casa na Zona do Velacou-to. onde desceram c beberam.

Depois, os três apanharam umcasal, cujos nomes, segundo dc-clarações de Jorge Macedo, se-riam Sônia e Antônio de tal.O ultimo desceu nas proximi-dades da Rua Frei Caneca comPraça da República e aí o mo-torista Magnor desconfiou e en-iron em alta velocidade 110 Hos-pitai Sousa Aguiar, pedindo so-corro ao detective de plantão.

V..° ATO

, Levados para a Delegacia daPraça, da República, como as-saltantes, os soldados se iden-tificaram e disseram ao comis-sário de dia que estavam deserviço c escoltavam o presopara apanhar suas íerramen-tas, em Botafogo.

Desconfiando da conversa, oComissário levou o preso paria outra sala e interrogou-o se-paradamente, quando descobriuque o mesmo não tinha per-missão para deixar o Galpão.Declarou que tinha dado aospoliciais CrS 30 mil e tinhamais CrS 20 mil para ser en-.regues depois de uns serviços.

O motorista Magnor decla-rou que quando apanhou ospassageiros sentiu que tudo nãoia bem: viu uma pistolater passada da mão de umcios passageiros para o outro,e tremeu de medo.

Foi quando o marginal queêle diz chamar-se Antônio pe-diu que desse uma parada pró-ximo à Rua Frei Caneca, numlugar bastante isolado. Apavo-rado, o motorista encostou eprocurou socorro de vida 110próprio Pronto-Socorro.

O Tenente Cabelli e o sargen-to Passos, do Galpão da Quin-ta da Boa Vista, ouvidos peloJB. declararam que se os sol-dados estão envolvidos s ejr ã osumariamente expulsos da Po-licia Militar, "já. que não sou-beram honrar a farda que ves-tiam". Na írente do TenenteCabelli,* o motorista Magnorcaiu em contradições, parecen-do estar envolvido com os as-saltantes.

Perante o detento Jorge, ochofer dizia que "pensava" serassaltado e às vezes Identifica-va-se como espírita: passaramal no volante e procurara so-coitos no Sousa Aguiar. Mag-nor já cumpriu pena na P.ni-tenciária Lemos de Brito.

EPÍLOGO

O Tenente Cabelli declarouque tudo será apurado com omaior rigor, "já que a PoliciaMilitar não tem mais lugar pa-ra, homens sem caráter e que . evendem por qualquer dinheiro".Entra no Galpão ás 6 horas esai ás -0 horas, tendo tomadoconhecimento dá ocorrência sóna manhã de ontem.

Jorge já está recolhido no-vãmente no Galpão da Quintadá Boa Vlsta, enquanto os sol-dados foram recolhidos ao QGda Policia Militar. O r'*efe doEstado-Ma.or da PM tomou odepoimento dos soldados, en-quanto o Tenente Cabelli e osargento Passos interrogavamMagnor.

PARÁ "SHERLOCK" ....%^,...^^^^..^-.^-,.

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Entre o Tenente Cabelli e o sargento Passos, o c/10/er .l*migii<>- e o marginal Jorge contam nuas histórias, que envolvem dois soldados da PM

Denunciados os 32 implicadosno caso do Trem da Esperança

O Promotor Milton Mene-ses Filho, da 2.a Auditoriada 2.a Região Militar, apre-sentou denúncia ontemcontra 32 indiciados noIPM que investiga o supostoatentado ao Trem da Espe-rança, que transportava deregresso de São Paulo o ex-Governador Carlos Lacerdae centenas tle pessoas quehaviam participado da Con-venção Nacional da UDN,em junho de 1964.

Os implicados foram in-cursos no Lei de SegurançaNacional, figurando entreoutros os sargentos JoséMendes de Sá Róris. DerliSilva Barbosa, Saldívo deAlmeida. Reil Noronha Soa-res: o 1.° Tenente ArnaldoBrunnct Júnior, o CapitãoNorival Sousa Filho e os ci-vis Fernando Reis Sales Fer-reira. Guido Afonso Duque

de Neril, Severino Beatriz eElizeu Campos.

HABEAS CORPUS ERECURSOS

Deu entrada ontem noSuperior Tribunal Militarpedido de habeas corpus emíavor do Sr. Ivo Caggiani,preso pelas autoridades mi-Mares da 3,a Região Militar,no Rio Grande do Sul. Ale-ga o impetrante que está so-frendo coações e pede paraser posto em liberdade.

Em grau de recurso daPromotoria e da defesa de-ram entrada ontem, no Su-perior Tribunal Militar, osautos com que foram con-denados à pena de 10 anosde reclusão, pelo ConselhoPermanente de Justiça da2,a Região Militar, como in-cursos na Lei de Segurança

Gasolina sofrerá queda de40°/o em Belo Horizonte com

funcionamento do oleodutoO preço da gasolina em Belo Horizonte deverá sofrer

uma queda de 40 por cento logo depois da entrada em

funcionamento do oleduto Rio-Belo Horizonte, segundoanunciou o Ministro das Minas e Energia. Sr. Mauro Tln-bau, acrescentando que uma nova baixa esta previstaquando forem iniciadas a.s operações du Refinaria Gabriel

Passos.O Ministro Mauro Thibau, que íêz a revelação durante,

um programa de televisão, explicou que o atraso, tanto naconstrução da refinaria como na do oleoduto e decorrentede problemas internos das empresas, "herança que o atualGoverno recebeu, resultante, sobretudo, da quebra da hio-rarquia".

CARVÃO

O Sr. Mauro Thiba.u, que íoientrevistado pelo Chefe do De-partamento de Relações Públi-cas da Usiminas. Sr. Gabriel Ja-not Pacheco, a uma perguntasóbre a cortina de silêncio emtomo da descoberta, de petró-

, leo no Maranhão, revelada co-' mo altamente promissora, res-pondeu que os estudos e prós-pecção prosseguem, mas até o

momento a, Petrobrás não podedar um pronunciamento defi-nitivo, "pois as condições daárea em exame estão a exigirnovas perfurações".

Sóbre a obrigatoriedade doconsumo de 40% do carvão na-cional pela siderurgia, esclare-ceu ser êsse o assunto que maistempo consumiu, até o mo-mento, de seu Ministério, semque se chegasse a uma defini-Ção,

Suspeito do Peg-Pag dizno Rio que confissãofeita em Campos é falsa

O jovem Valdir Marcos dos Santos, de 19 anos, preso

tm Campos como suspeito do crime do Peg-Fag, negou

ontem, em depoimento ao Promotor Luis Edmundo, da

4.ft Vara Criminal, as declarações fantasiosas que fizera

ao ser detido, como ardil, para ser colocado em liberda-

de, através de habeas-corpus, assim que chegasse ao Rio.

Valdir dissera ao Delegado de Campos que o mentor

do com o uniforme da Ku-Klux-Klan: um manto e um

capuz branco pontiagudo. O Delegado cie Homicídios. Sr.

capuz branco poniagudo. O Delegado de Homicídios, Sr.

José Marques, estranhou não ter sido notificado da pri-

sao dc Valdir, que não lhe íoi entregue, quando a sua

Delegacia é que investiga o case.

A MESMA OPINIÃO

Nacional, os civis AntônioRodrigues e Vitorino No-gueira, denunciados por cri-me de atividades subversi-vas. Após o registro os au-tos foram encaminhados aoMinistro Relator, Ribeiro daCosta.

Em grau de apelação de-ram entrada no STM.jis au-tos em que figuram comoacusados os Srs. AntônioFonseca. Antônio Jucá, An-tônio Ribeiro, José Melo,Manuel dos Anjos, Francis-co Oliveira, José Silva, JoséSantos. Edmundo Brás,Francisco Araújo, José Pa-lhano e João Aragão, todosdo Ceará, condenados comoincursos na Lei de Seguran-

ça Nacional, por atividadessubversivas, a penas varian-do entre á anos c 6 meses.

Frio do Sulnão mudacalor no Rio

Juiz dá bicicleta a rapaz

que duas vezes quis roubaruma por se sentir infeliz

Por ter concluído que Adelino da Silva Costa — rapazde 22 anos duas vezes acusado de ter tentado roubar umabicicleta — "quis roubar porque se sentia infeliz de nãoandar numa que fosse sua", o Juiz Eliéser Rosa, que anteso havia condenado a três meses de prisão e uma multa deCrS 5 mil. colocou-o, ontem, em liberdade e deu-lhe uma bi-cicleta de presente.

Em sua sentença, que Adelino da Silva Costa ouviuchorando, e fêz a mãe desmaiar de emoção diante da cena,disse o Sr. Eliéser Rosa ter entendido que o problema doréu "consiste na frustração de seu desejo de possuir umabicicleta: condenei-o porque errou, mas pensei que pode-ria curá-lo em seu mal moral, satisfazendo-lhe o sonhode menino".AUDIílNCIA

A entrega da bicicleta, depoisda leitura da sentença, foi fei-ta no gabinete do Sr. EliéserRcsa, que confessou tê-la ten-tado comprar com o seu pró-prio dinheiro, mas acabou re-cebenrio-a de uma casa comer-ciai.

— Fizeram questão de doà-la, ao saberem da minha inten-ção — afirmou.

Adelino, que fora solto minu-tes antes, compareceu diantedo Juiz e não conteve as lá-grinvas ao ouvi-lo ler a senten-ça. Sua mãe, ao vé-lo clioran-rio, teve um cl.sjnaio de emo-çáo e caiu sóbre urilá cadeira.

"Já não precisarás furtai* asbicicletas alheias, porque riehoje em diante tens a tua pró-pria" — iniciou o Sr. EliéserRcsa, a leitura cia sua senten-ça, diante do rapaz que chora-va.-Nela correias hoje c até amorte, sem susto nem medo,pelas ruas de teu bairro; olha-rás a jovem a quem amas. olha-rás os meninss da tua rua, oscompanheiros ria tua idade,olharás, enfim, a todes com se-gurança, porque sabes que estaé a ma bicicleta. Quantos me-ses de prisão te custou o so-nho agora realizado?"

Mulheres deMinas vendemseus cabelos

Belo Horizonte (Sucursal) —Cinqüeta c três mulheres ío-ram, ontem, oferecer seus ca-belos à Federação das Indús-trias, atraídas pela noticia deque R. Hllllori, indústria íran-cesa de perucas, está dispostaa pagar bom preço por êlcs,"pois viu que em Minas sãosedosos e bonitos em quase tó-das as cabeças femininas",

O sucesso conseguido pelaproposta, que alguns Jornaisdivulgaram domingo, levou aFederação das Indústrias a es-tildar a possibilidade de íazermaior propaganda, e agoratambém em todo o interior doEstado, pois acredita que a ex-portação de cabelos poderá setransformar numa boa íontede divisas para o Pais.

BOM NEGÓCIO

Várias cabeleireiras da Cida-de informam que o interior deMinas vem sendo exploradopor corretores cariocas. Na Ci-dade de Mirai, na Zona da Ma-ta. duas cabeleireiras fabricamperucas de trança e vendem a,csres corretores por Cr$ 25 milcada uma: no Rio, nos grandescabeleireiros, elas são vendidasaté CrS 250 mil, pois são ía-bricadas à mão, e com muitaperfeição. Também em outrascidades, principalmente na re-gião de Montes Claros, as ca-beleireiras compram os cabelosdas mulheres por Crs 2 milo quilo e vendem por CrS 5 milaos corretores, que no Riovendem por CrS 400 mil a ..CrS 500 mil.

Ao contrário do que aconte-ce no interior, as mulheres deBelo Horizonte, mais bem in-formadas, não aceitam preçointerior ao que é pago no mer-cado de consumo. Várias dasque foram ontem á Federaçãodas Indústrias informaram quesuas amigas também estão que-rendo vender seus cabelos, mas"se sentem envergonhadas devirem íazer a oferta. Entre-tanto, já as avisamos de quesó deverão vendê-los se o preçooferecido pcla íirma francesa ¦fôr superior ao que é pago pe-las cabeleireiras da Cidade".

Sabiá denuncia Banco doEstaâo de São Paulo comoculpado de concordatas

São Paulo (Sucursal) — O Deputado estadual José Lui3Sabiá voltou a acusar, ontem, na Assembléia, o Banco doEstado de São Paulo de ser o responsável por inúmerasconcordatas requeridas por grandes firmas paulistas e leutelegrama ao Presidente Castelo Branco, pedindo a aber-tura de inquérito para o caso.

Diz o Sr. Luis Sabiá, no telegrama, que os concordata*rios alegam, com efeito, a situação económico-financeirado Pais, com relação ao crédito bancário, dificultando suasoperações, mas acrescenta ter em seu poder documentosprovando ciue as razões verdadeiras dos pedidos de con-cordata nâo são estas.DESTITUIÇÃO

Revelou o Deputado LuisSabiá que o Juiz da 8.* VaraCível havia destituído o Bancotío Estado de São Paulo decomissário da concordata daíirma Engenharia, Comércio eIndústria — EMERI — lendo odespacho segundo o qual obanco íoi destituído por ser"por demais relapso no cum-primento das obrigações auxi-liares do Juízo".

Esta é a terceira vez que odeputado se dirige ao GovernoFederal, solicitando inquéritopara apurar as irregularidades

sóbre aquilo que êle chama dc"indústria da concordata".A primeira vez, em janeiro

passado, telegrafou ao GeneralGolberi do Couto e Silva, so-licitando a presença de umagente íederal em São Paulo,para constatar, pelos doeumen-tos que possui, a verdade desuas acusações.

O General Golberi, chefe doSNI, pediu-lhe então para queêle levasse a documentação aBrasília, mas o deputado ale-gou que não pode sair de SãoPaulo. Com o telegrama deontem, reiterou o pedido aoPresidente Castelo Branco.

O Delegado de Homicídiosafirmou que a sua opinião só-bre o caso Peg-Pag "continuaa mesma: o ex-PM Cláudio ai-ves da Silva- e a sua quadrilhaíoram os autores". Acres.tn-tou que só teve conhecimentoda prisão rio jovem em Campospelos jornais.

— No que .se refere às mves-tigações feitas por alguns po-liciats — comentou —, entreeles o PV De Paula, da Radio-patrulha, e os detectives Ruase Chiquinho, que consta seremoptantes. para provar a inocèii-cia de Cláudio, não sei a man-dado de quem e com que inte-rêsse estão diligenciando.INTERROG ATÓRIO

O jovem de Campos foi in-terrogado durante toda a tardede ontem na Delegacia de Rou-bos e Furtos da Guanabara, naAvenida Marechal Floriano,sendo em seguida levado paralocal desconhecido pelo comis-sário Eduardo Rodrigues.

As autoridades da Roubos eFurtos negaram-se a prestarquaisquer informações â im-prensa, alegando que ValdirMarcos não estava em seu po-der. No entanto, a reportagemlocalizou o suspeito quando es-tava sendo interrogado pelodetective Bomingão.EVIDÊNCIA • TORTURA

Na Delegacia de Roubos eFurtos o repórter ouviu gritosde terror e tentou penetrar nasala de interrogatórios, no quefoi impedido pelo comissárioCícero Fontes Barbosa. Poucodepois, o detective Domingàosaiu dali e tornou a voltar mu-

nido de uma chibata de aramttrançado, de cabo de madeira,íato também presenciado pelorepórter da Lula Democrática.

Às 16hl0m abriu-se novamen-te a porta e Valdir Marcos dosSantos saiu, ladeado por poli-ciais. Tinha os pulsos introdu-zldos nas calças e o semblantetranstornado. Os agentes des-ceram com èle pelo elevador, noqual não permitiram a entrariados repórteres. Já no pátio, foimetido na camioneia 6-183,chapa 85-3465. e levado pelocomissário Eduardo Rodriguespara loca! ignorado.

Crédito paraFAIBRÁSfoi aprovado

Brasília (Sucursal) — O cré-dito especial de CrS 7 bilhões e493 milhões solicitado pelo Pre-sidente da República para aten-der despesas com a permanên-cia das tropas brasileiras emSão Dominogs (FAIBRAS) íoiaprovado ontem pela Comissãode Justiça da Câmara.

A Comissão aprovou, tam-bém, o credito especial de umbilhão, 412 milhões de cruzei-ros, pedido pelo Governo paraa conclusão de "obras básicas"no Museu de Arte Moderna doRio.

Caslelo Branco desaconselha a extinção do domicílio eleitoral(Conclusão tia página 3)

de papel-moeda, o aumento constantedo custo de vida e a desvalorização docruzeiro, quais os resultados positivos ad-vindos da política econômico-financeiraadotada pelo Governo?

Resposta — Já afirmei que o com-bate gradualista à, inflação, em lugar delim tratamento de choque, Implicou naaceitação pelo Governo do princípio deque a estabilidade monetária não seriaalcançada imediatamente, mas resulta-ria de um trabalho paciente e persisten-te, através do qual os diversos íocos daInflação fossem progressivamente contro-lados e dominados. E isso praticamentejá ocorreu, bastando para exemplificarassinalar o fato de que, em 1965, o prin-cipal fator tradicionalmente responsa-Tel pelas emissões maciças, ou seja, odéficit do Tesouro, não mais teve de serfinanciado inflacionària-mente. Os resul-tados da politica econômico-financeira serevelam, principalmente, atravée de subs-

tancial redução do ritmo inflacionário.obtida pelo controle das íinanças go-vernamentais e de redução do déficitdas autarquias; do comportamento alta-mente satisfatório do balanço de paga-mentos; da recuperação das atividadesagrícolas e do bom desempenho de gran-de número de setores industriais; daatenção especial dedicada à infra-estru-tura de transportes, energia e comuni-cações; de um programa de investimen-tos que levará grande incentivo às áreasprioritárias da economia. Em resumo, nofato capital de haver a economia logra-do vencer a ameaça de inflação incon-t-rolável, ao mesmo tempo em que a pro-dução aumentava, quase que em todasas áreas. Conseguiu-se demonstrar nãoser necessário paralisar a atividade eco-nômica para vencer a inflação, nem sernecessário largar as rédeas dos preçospara conseguir que o Pais se desenvolva.O Brasil, que parecia haver chegado aum impasse, revelou-se capaz de concl-liar os três grandes objetivos de contera Inflação, desenvolver-se e reformai

sua estrutura institucional, em curto pe-riodo e sem intranqüilidade social. Aafirmação de haver aumento constantedo custo de vida devia considerar os in-dices anteriores desses aumentos. Se ti-vesse persistido a tendência inflacioná-ria dos três meses anteriores à Revolu-ção, o aumento do custo de vida em1964 teria atingido a cerca de 140% enão 87% como se verificou. Quanto àsemissões de papel-moeda, embora aindavultosas, são em termos reais sensível-mente inferiores às emissões realizadasno ano anterior à Revolução e que foramocasionadas, não pela necessidade deconstituir reservas em moedas fortes eamparar a produção agrícola, como ocor-reu no ano pa.ssado. mas para cobrir des-pesas de simples custeio da administra-ção e financiar uma política salarial de-magógica. Quanto à desvalorização docruzeiro, é evidente que. enquanto a in-ilação não fór inteiramente contida, con-tinuará nossa moeda a se depreciar, emíace da moeda de outros paises que des-frutam de estabilidade econômica.

As esperanças de que o

calor fosse atenuado nos

próximos dias, prãticamen-te se desvaneceram a par-tir de ontem, quando co-meçou a enfraquecer-se afrente fria que se encontrano Rio Grande do Sul. quechegou a ameaçar pertur-bação do tempo no Rio, noúltimo fim de semana.

O Serviço de Meteorolo-Ria informa ainda que háindícios de que a frentefria entrará rapidamenteem dissolução, na área em

que se encontra, diante daforte resistência para seuavanço na massa tropical

que domina em todos osEstados situados à suafrente.EXCESSIVO

O calor de ontem foi con-siderado excessivo para es-ta época do ano, quando atemperatura costuma va-riar entre 22.7 e 29.1, tendosido registrado em Bangu amáxima de 36.4, e a mini-ma de 21.0, em Jacarepa-guá.

Como se íôsse verão, ocalor íêz com que os bom-beiros tivessem grande ati-vidade durante o dia deontem, quando íoram soli-citados para apagar incên-dios decorrentes de com-bustão espontânea em cin-co terrenos baldios em di-íerentes locais, enquanto oshospitais atenderam a 7">casos de desidratação, 10dos quais com gravidade,tendo morrido o meninoJorge, de seis meses, filhode Otacílio Barbosa -da Sil-va, morador na Favela deRamos.DIA METEOROLÓGICO

Como no resto do mundo,será comemorado hoje naGuanabara o Dia Meteoro-lógico Mundial, por reco-mendaçáo do Conselho Con-sultivo da Organização Me-teorológica Mundial, daONU, quando prosseguirãoconferências e reuniões pro-movidas pelo Serviço de Me-teorologia, visando escla-recer o público sóbre a im-portância da ciência do arem relação a todas as ati-vidades humanas.

No programa elaborado"pelo Serviço de Meteorolo-gia, serão proferidas hoje,conferências no Colégio Vis-conde de Cairu (Méier), pe-lo professor JSlme F. Gar-cia e no Colégio BrigadeiroSchorcht (Jacarepaguá), pe-lo Sr. Jonir Gusmão deBarros, além de outra no.auditório do Serviço de In-formação Agrícola do Mi-nistério da Agricultura, peloSr. Jesus Marden dos San-tos, às 16 horas, sobre Pes-nui.a. Agroclimática.

"Zé Peninha" voltou aPernambuco prometend omatar comissário Ivon

Jiecife (Sucursali — Zé Peninha. que há muito tempo. conhecido no mundo do crime pernambucano por suasfaçanhas, acaba de voltar do Ceará para ameaçar de morteo comissário Ivon de Sá, que íorçara sua saida do Estadoao tornar impossível para èle viver _ trabalhar em Per-nambuco.

Franzino, ágil e corajoso. Zé Peninha, que também éconhecido em Pernambuco como o Príncipe dos Delinqüen-tes. desde os 12 anos espanta por sua crueldade, da qualse orgulha, e quantas vezes foi preso tantas fugiu, triun-falmente, pouco tempo depois.

COLABORADOR

Ãgrotécnicosnão querempagar comida

Alunos da Escola Agrotécní-ca Ildefonso Simões Lopes, daUniversidade Rural, compare-ceram ontem á redação doJORNAL DO BRASIL para so-licitar ao Ministro da Agricul-tura Isenção de taxa de ali-mentação, concessão de bolsas-rie-estudo e regulamentação daprofissão de técnico agrícola.

Alegam os estudantes que aEscola Ildefonso Simões Lopesé a única escola agrotécnica doBrasil ..onde a alimentação _paga _ além disso a maioriatios estudantes é de origem hu-milde. Sóbre o projeto de re-gulamentação de técnico agri-cola, afirmaram, que -já existeum anteprojeto na Câmaraque não tem andamento.

Há tempos atrás. Zé Peni-nha, prometendo regenerar-se,passou a trabalhar na própriaPolícia, que o aceitou como co-laborador, daria sua utilidadeem denunciar seus ex-compa-nheiros do mundo do crime,que evidentemente conheciacomo ninguém.

Mas o bandido não duroumuito nessas suas novas fun-ções e acabou por tornar-seinimigo mortal do comissárioIvon de Sá, especialista emcapturas, que por várias vezeso prendeu. Voltando agora aPernambuco, Zé Peninha, queíoi passar alguns dias na Bahiaa negócios, prometeu que navolta vai vingar-se do comis-sário Ivon. matando-o.

Credores apoiam Israel quequer títulos da Mannesmannpagos por bancos de Minas

Belo Horizonte (Sucursal) — Os credores da Mannes-mann em Minas enviaram, ontem, um telegrama ao Go-vernador Israel Pinheiro, de apoio à proposta por êle feitaao Governo íederal: o pagamento dos titulos colocados nomercado paralelo, pelos três bancos oficiais do Estado, queassumiriam, assim, o controle acionário da empresa.

O Sr. Israel Pinheiro comunicou, ainda, que os trêsbancos estão preparados para realizar o resgate dos ti-tulos, levantados pela Comissão Federal de Investigação,assim que o Governo aceitar oficialmente a sua proposta.O TELEGRAMA

Eis o telegrama, enviado aoSr. Israel Pinheiro através dosadvogados Osmar Barbosa eRubens de Abreu:

"Em nane dos credores daCompanhia Siderúrgica Man-nesmann, nossos constituintescongratulamo-ncs com V.Excia. pela oportuna e justainterferência na solução dosangustiosos problemas queatingem diretamente a .cono-mia popular. A intervenção doGoverno de Minas, marcariapelo seu profundo espirito pú-blico, veio trazer aos milharesde credores da Mannesmann aprimeira esperança efetiva pa-ra solucionar a momentosaquestão".

Duesseldorf, Alemanha (AP-JB) — tini porta-voz da Man-nesmann disse hoje, na sededa companhia, que as negocia-ções entre o Brasil e a Alemã-nlia, sobre os títulos a seremresgatados, "alcançou algumprogresso", embora admitindoque tenha "causado desilusões"a notícia da proposta feita aoGoverno brasileiro pelo Sr. Is-rael Pinheiro. Governador deMinas Gerais.

Essa proposta, se cumpri-da, — afirmou éle — significa-ria a expropriação, pela força,da Mannesmann.

E acre.-contou:Estamos, de certa forma,

decepcionados com as noticiaschegadas do Brasil.

Aleixo criaCentrocomunitário'

O Ministro da Educação, Sr.Pedro Aleixo. baixou ontem aPortaria n.° 65 que institui oCentro de Orientação de Pro-teção Comunitária, a íttncio-nar como setor do Departa-mento Nacional de Educação eque se articulará com as Dire-tórias de Ensino Secundário,Comercial, Industrial e Supe-rior em todo o Pais. O Centrose destinará a estimular a pre-paração de técnicos em prote-ção comunitária.

Ao Glorioso MeninoJesus de Praga,de joelhos, agradecemos 9fasa

alcançadaMirion—Eloy

Ao São Judas Tadeude joelhos agradeço > graça obtida

lourcUi

Chagas do Ombrode Jesus

Agradece uma graça concedida, —

Ruth.

Carolina agradece •»

N. S. Jesus Cristoa graça obtida.

AVISOS RELIGIOSOS

+ENGENHEIRO

SYLVIO MACHADOCantilda Maciel Machado, José Antônio Soares deSouza e senhora, José Luiz Palhares dos Santos e jsenhora, José Roberto Ribeiro Airosa, senhora e jfilha, José Antônio Soares de Souza Júnior, se-1

nhora e filhos, Paulo Viveiros e senhora, penhorados agra-!decem as manifestações de solidariedade recebidas porocasião do falecimento de seu mui querido esposo, pai, |sogro, avô e bisavô SYLVIO MACHADO e convidam os de-;mais parentes e amigos para a missa de 7° dia que, emsufrágio de sua alma, mandarão rezar na quinta-feira, dia24 do corrente, às 10:30 horas, na Igreja de São Franciscode Paula, no Largo de São Francisco.. (P

Margarida da SilvaCabral

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(30.° DIA)

A familia de Margarida da

Stiva Cabral agradece a todos

as manifestações de pesar

recebidas por ocasião do seu faleci-

mento e convida para • missa qus

terá celebrada na Igreja Nossa So-

nhora da Cabeça (Rua Belizário Pena

esquina de Guatemala — Penha Cir-

cular), dia 24 de março, às ° horas.

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.Tornai do Brasil, quarta-feira, 23-3-66, Ifi Cad. — 17

UMA FAVORITA

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Marota Chacon, que hoje joga duas vezes pelo Camp. Álvaro Cunha, forma ao ludo de Helena Duarte uma dupla jorte cm busca do título

Torneio de tênis Álvaro Cunhatem dez jogo

& os iioje no njucaO Campeonato de Tênis

Álvaro Cunha, agora en-trando em sua lase íina 1,prossegue hoje à noite comdez partidas nas quadras dc.Tijuca, enquanto somenteamanhã terá nova ro-dada pelo Interclubes de Es-treantes, quando jogarão asequipes do Flamengo e Tiju-ca, nas quadras do primeiro.

Ainda amanhã, com a rea-lização de dois jogos de sim-pies nas quadras do Flamen-go, terá inicio o Torneio In-dividual de Estreantes, setorfeminino. Na sexta-feira co-meoará a ser jogado o Tor-neio Individual de PrimeiraClasse Feminina, reunindo aprimeira rodada três parti-das nas quadras- do Flumi-nense, sendo árbitro geral oDr. Márcio Fonseca.

O TORNEIO

O Torneio Individual deEstreantes, setor feminino,que não se realizou junta-mente com o setor masculi-no por falta de número deinscritos, teve as inscriçõesreabertas a pedido do Fia-mengo, onde serão realiza-das as partidas. O torneio

MAIS UM TÍTULO

contará eom as provas desimples e dupla. Os vence-dores no ano passado foramHosa Maria Passarelli, doFluminense, em primeiro lu-gar, e Angela Valente Alon-so, também do Flu, em se»gundo. O árbitro geral dotorneio será o Dr. Edno Sá.

O Torneio de TerceiraClasse Feminina ficará com-o prazo de inscrições abertoaté o dia 29, iniciando-se osjogos no dia 3 de abril. Astaxas de inscriçãosão de 600cruzeiros para simples e 800cruzeiros para duplas. Esta-rá em disputa a Taça MarsyLudolf Ribeiro, sendo o Flu-minense o campeão do anopassado. As partidas serãopreferencialmente realizadasnas quadras do Flu.

VITÓRIA DE KOCH

Phcenix (FP-JB) — Tho-mas Koch e o mexicano Joa-quin Loyo Mayo formarama dupla campeã do Torneiode Tênis Thunderbird, dispu-tado nesta Cidade. Koch-Mayo derrotaram nà partidafinal a dupla dos norte-ame-ricanos Roy Barth-SteveTidball, por 6-2, 20-22 c 6-3.

Em individual. Arthur Ashe

venceu Jim Osbornc por3-6, 6-3 e 6-2, enquanto nosetor feminino a vencedorafoi Billie Jean Moffit, queganhou de Ann Eisel por6-3 e 6-2. Em dupla íemi-nina, Billie Jean Moffit-Ma-ry Ann Eisel venceram a Vi-ctoria Palmer Heinicke-Ka-thy Harter por 6-rl e 6-4.

Os cabeças de série noXXIV Torneio Internacionalde Tênis do México, que te-vã ontem seus primeiros jo-gos, são os australianos JohnNewcombe, Tony Roche cMartin Mulligan e o mexi-cano Rafael Ôsiíõá. No se-tor feminino os cabeças desérie são as australianasGail Sherif. Robby Ebberne Madonna Schacht, além daargentina Norma Baylon.

Os resultados das primei-ras partidas, realizadas nasquadras do Clube Chapulte-pec. íoram os seguintes: adupla dos mexicanos ElenaSubirats - Vicente Zarazuaderrotou Carmen CoronadoMandarino e Edson Manda-rino. Patricio Rodrigues, doChile, e Michelle Boulle, daFrança, venceram a dupla

mexicana Margarita Floreos-Carlos Cerón.

A programação de hojepelo Campeonato ÁlvaroCunha é a seguinte: quadra5 — às 19h — EleonoraMendonça-Elita Penha xVanda Alvim-Iris Mendonça;ás 20h30m — Zurab Boghos-sián-Gabriel Figueiredo xMarcus Dias-Valdir Dama-sio; às 21h30m — Plauto Fa-cim-S. F. Cunha x ZurabBoghossian-Carlos Pucheu.

Quadra 6: — ãs 19h — He-lena Duarte-Márcia Chaconx Idalina Noronha Campos-Inara Freitasá às 20h — Ina-ra Freitas-Paulo Morais xVanda Ferraz-Hugo Pucheu:às 21h — Francisco BasilioJúnior-Daniel Azulay x Hu-go Pucheu-Omar Prisco; às22h — Paulo Morais-M. V.Dias x Júlio Haupt-PeterSturn.

Quadra 7: às 20h — Már-eia Chacon-Daniel Azulay xHellá Sá-Francisco BasilioJúnior; às 21h — HelenaDuarte-Júlio Háupt x NairMesquita-Aran Boghossian.Quadra 9: às 21h — S. Ni-fio-Fernarido Fernandes xThomaz Oscar-Nélson Guiot.

Comissão de Ontário dizque luta de Clay contraChuvalo não vale título

Dallas. Estados Unidos (UPI-AP-FP-JB) — A ComissãoAtlética de Ontário comunicou, ontem, à Associação Mun-diai de Boxe que a luta entre Cassius Clay e Geo"rge Chu-valo. dia 29 próximo, será disputada cm 15 rounds e nãovalerá pelo titulo mundial.

O Sr. Jay Edson, secretário executivo da Associação,declarou, recentemente, que a entidade planejava agir con-tra a Comissão de Ontário, membro da AMB, por ter apro-vado a luta e permitido que ela fosse anunciada comoválida pelo titulo dos pesos-pesados.

mundial dos leves; Carlos Or-tiz, fizeram uma luta de exi-bicão, de quatro rounds.

Numa das lutas preliminares,entre porto-riquenhos, ErnestoOrtega nocauteou de tal íor-ma Raul Clemente que ésteíicou inconsciente e teve tleser transportado em estadograve, segundo os médicos, pa-ra um hospital.

Peruano desmente

CELEDÔNIO VENCE

Em San Juan, Porto Rico,o pugilista argentino CeledònioLima conseguiu ontem á noitesua primeira vitória no exte-rior ao derrotar o norte-ame-ricano Johnny Torres, por pon-tos, numa luta de 10 routls.

Antes da luta, que íoi aprincipal do programa, SugarRay Robinson e o campeão

irmãos Erik e Axel Schmidt voltaram ontem de Porto Bico com mais um titulo tia iatismo para o Brasil, conquistando o UI Cam-peonulo dc Inverno ão_ Caribe, no qual ganharam quatro das cinco provas e alcançaram o segundo lunar na última regata. Os gimeoselogiaram a organização do campeonato e confessaram que não esperavam conseguir o titulo, pois tiveram de competir com um barcocedido pelos porto-riquenhos, pois não havia tempo para maior preparação c o convite jóru feita cm cima âa hora. O segundo lugar ji-cou com Porto Hico n o terceiro com o representante dos asilados cubanos. Erik e Axel litiiram apenas o velanie do barco da classe

*ui]ie, que lhes deu o titulo de campeões do torneio

mete cio México provocacríticas e maratona poderáser realizada em Acapulco

Estocolmo (UPI-JB. — O jornal sueco Svenka Dag-bhiclet informou ontem que, em virtude de críticas feitaspor médicos sóbre os perigos de competições atléticas emgrandes altitudes, é provável que a maratona dos JogosOlímpicos de 1963 no México venha a ser transferida para

. local de menos altura.O problema será discutido pelo Comitê Olímpico Inter-

nacional na sua reunião de abril em Roma, sendo que umdirigente do Comitê já declarou, segundo o jornal, que amaratona deverá ser disputada nas proximidades de Aca-pulco, a pouco mais de mil metros acima do nivel do mar.DUVIDA

Um outro perito cm assuntosdesportivos manifestou dúvidassóbre esta questão, dizendo queo problema já íoi bastante dis-outido e voltará a se apresen-tar na reunião de Roma, "masnão creio que os organizadorespossam transferir qualquerprova".

O ex-Primeiro-Ministro me-xicano, Sr. López Mateos, Pre-sidente desta décima-nonaOlimpíada, partirá hoje comdestino a Roma, para assistirà reunião do Comitê, viajandoacompanhado por vários mem-bros da comissão organizadorados Jogos.

O Sr. Mateos. que pareceestar completamente recupera-do da grave operação a que foi

submetido em novembro últi-mo. deverá manter uma impor-tante. troca de impressões comos membros da Comissão japo-nêsa, que organizou os últimosJogos Olímpicos.MELBOURNE

A Cidade de Molbourne, ondese realizaram os Jogos Olímpi-cos de 1956, está tentando or-ganizar os Jogos a serem dispu-tados em 1976, tendo o ComitêOlímpico Australiano de Vitó-ria decidido ontem ã noite exr.-minar as possibilidades de a-quela Cidade apresentar ou nãoa sua candidatura para asOlimpíadas.

— Melbourne poderá ser ce-nário, também, dos Jogos daComunidade, previsto para1974, disse o Comitê.

que argnadaram

Lima (FP-JB) — OPresidente da FederaçãoPeruana de Natação, Sr.Guilherme Vivanco, des-mentiu categoricamenteque os nadadores argenti-nos que venceram o recen-te Campeonato Sul-Ameri-cano disputado nesta ca-pitai houvessem recebidoqualquer tipo cie dopping,como afirmara um jorna-lista carioca "pois umcorpo de médicos exami-nava diariamente os na-dadores, e nunca se desço-briu que atuassem dopa-dos ou auxiliados por esti-mulántes".

Anteontem pela ma-nhã, prosseguiu o dirigen-te, despedi-me da delega-ção brasileira, è não ouviqualquer tipo de denún-cia a este respeito e nemsóbre o andamento doCampeonato,.pelo contra-rio, o chefe da mesma, Sr.Paulo Pereira, estava en-cantado com o desenvolvi-mento do certame e delesó recebi elogios.

Se tivesse havidoqualquer tipo de irregula-

Alpinista morre ao sofreruma queda de 1 000 metrosno lado norte do Eiger

Kleine Scheideyy, Suiça (AP-JB) — Um dos alpinistasque há quase um mês estão escalando o lado norte do Eigerde 1 600 metros de altitude, morreu ontem, ao sofrer umaqueda de cerca de 1 000 metros de altura, não podendo serimediatamente identificado.

O alpinista sofreu a queda quando tentava encontrar-se com um grupo que estava um tanto adiantado — pertode 20 metros — quando se viu perder o pé e precipitar-seno espaço indo cie encontro à superfície gelada inferior,tendo morte instàtânea.

Os

QUEDA REPENTINA

A subida do Eiger íoi ini-ciada há cerca de um mês,por cinco anglo-americanos eoito alemães, sendo que sò-mente há três dias os doisgrupos se uniram, impedidospor mais de oito dias de tem-pestades de neve.

O acidente pôde ser obser-vado através de um poderosotelescópio armado no Hotel

"Criicrium" deciclismo nãoterá Anquetil

Paris (PP-JB) — O ciclistafrancês Jacques Anquetil, con-siderado um dos melhores domundo, não disputará o criie-rium nacional que será realiza-do sábado e domingo, próxi-mo a Revel — centro da Fran-ça — em virtude de uma sé-rie de incidentes ocorridos nasvárias etapas da corrida en-tre Paris e Nice, da qual êlese sagrou vencedor.

O grande motivo desta de-sistência é a verdadeira guerradeclarada pelo seu principalrival, Raymond Poulidor, e afirma que o patrocina, que de-clararam ter Anquetil vencidoa última etapa da Paris—niceajudado por uma frente únicade várias firmas amigas suasque atrapalharam a vitória dePoulidor — na, sua opinião,certa — pois vinha liderandoa prova quase até o seu final.

Kleine Scheidegg, a poucosquilômetros da Montanha Zi-ger, tendo o alpinista, comum paletó vermelho e umamochila azul, subido com oauxílio de uma grande cordaem busca do grupo alemãoque se encontrava um poucoadiantado, quando repentina-mente caiu. Pôde ser visto co-mo um ponto vermelho na ne-ve. A mochila azul a seu lado.

BrasileirosvencemHipismo

Governo doEsfado da Guanabara

Instituto de Previdência doEstado da Guanabara

Concorrência Pública OrdináriaEdital n.° 1/966

AVISO— Faço saber aos interessados que no Diário

Oficial do Estado da Guanabara — Parte I — do dia11 do corrente, às páginas números 3 530 e 3 531,foi publicado o edital de concorrência em epígrafeque tem por finalidade fornecer a este Institutomóveis de aço.

II — As propostas deverão ser entregues alóàs 15 horas do dia 29 do fluente, na Avenida Pie-sidente Vargas n.° 670, 18.° pavimento, quando sedará o encerramento da aludida concorrência.

Rio de Janeiro, 18 de março de 1966.Presidente da Comissão de Compras do IPEG

FERNANDO ALBERTO SCHIAVO

e n t i n o sdop

Paris (UPI-JB) — Os cava-leiros brasileiros Nelson Pes-soa Filho e Antônio EduardoAlegria Simões venceram a pro-va de saltos pela Taça Long-champ, que íaz parte da CopaInternacional de Nações.

Nelson Pessoa Filho montouHuipil e Antônio Eduardo Ale-gria Simões se apresentou coma montaria Samurai. O resul-tado técnico dos brasileiros íoide 110,1 segundos e um totalde 44 pontos.

Depois da vitória de Necoe Antônio Eduardo, que estãocumprindo excelentes atuaçõesno exterior, o melhor resulta-do obtido íoram os da equipoB da França, formada porJerome Chabrol e Bemard Mi-rabeau, com 125,2 esgundos 644 pontos.

actosridade s como aquelaanunciada pelo jornalistabrasileiro, principalmente,o.s dirigentes peruanos te-,riam sido o.s primeiros adenunciá-la e a tomar asdevidas providências, dis-se o Sr. Vivanco. "Alémdisso, prosseguiu, todo umcorpo de médicos perua-nas, na sua maioria, espe-cializados em medicina,esportiva, examinava to-dos os nadadores, sem ex-cecão, e nunca descobriuque atuassem com esti-mulántes".

Visivelmente aborrecido,o dirigente concluiu: "sôagora, depois que foi em-bora, este senhor (o jor-nalista carioca) íaz essaespécie de descoberta. E,outra coisa, não sei por-que èle achou, também,que os juizes favoreceramo.s nadadores argentinos,pois ninguém reclamoudurante o Campeonato e éinadmissível que isto ve-nha a ocorrer agora, longedo cenário onde se desen-volveram as provas".

Rossi ganhou Taça Saadno

o mnga e

• na serraO golfista S. Rossi, de handicap 19, venceu com 69 taça-

das net a Taça Camil Saad, que o Itanhangá Golfe Cluberealizou domingo em 18 buracos, na modalidade medal-play. como segunda competição da sua temporada esportivadeste ano.

Douglas Mac Nair conseguiu, em Petrópolis, os melho-Tes resultados do fim da semana, vencendo a MedalhaMensal de Março no sábado e. no domingo, ganhando aTaça Suécia. Tanto para a medalha como para a TaçaSuécia o escore de Mac Nair foi de 70 tacadas net.

EFICIÊNCIA

O resultado do terceiro car-tão da Medalha Mensal do Pe-trópolis Country Club apresen-tou um empate entre DouglasMacNalr e Lennart Noren, queterminaram com estas atua-ções: MacNalr — 35-42-77, me-nos handicap 7, 70 tacadas net;Noren — 47-47-94, menos 24, 70tacadas net. A Medalha Men-sal terminou ficando com Dou-glaa MacNair porque, nos doiscartões anteriores, seus escorestambém foram os melhores. Emterceiro lugar, chegou LarsNo6rgren com 41-40-81-9-72 ta-cadas net.

Na disputa da Taça Suécia,domingo, Douglas MacNalr vol-tou a vencer, desta vez com aperformance de 37-38-75-5-70tacadas. Carlos A. Schubackse classificou em segundo lugarcom 38-45-83-72; e, em terceirolugar empataram: GustavoNotari. com 39-42-81-7-74, eLars Norgren, que obteve paraos 18 buracos 39-42-81-7-74 ta-cadas Jie£.

O Petrópolis Country Clubrealizará, no próximo domingo

BEM CONCORRIDOW.yiyy77_7m7y77yy-y-i''y'y'::-

o tradicional Field-Day (fimde temporada), que constará,das seguintes competições: dri-ve longo com uma bola, drivelongo com três bolas, relógio,approach e inttter-green.

Para domingo, está progra-mada ainda a Taça ProfissionalIrineu Cruz. numa homenagemque o Petrópolis Country Clubpresta ao seu eficiente funcio-nàrio-gerente. A modalidadedesta competição é íull-handi-cap.

Esttáo previstas também pa-ra o Field-Day do Petrópolis asfinais da Taça Kaic — LarsNorgren e José L. O. Almei-da Filho x Caio Sila-Alexan-dre Pereira de Sousa Fontenele— a decisão da Taça Frank Ar-thur Walkcr entre Gustavo No-tari e Lars Norgren e íinalmen-te a final do campeonato doclube, reunindo Mário Gonza-lez Filho x Burke C; Trasher.

Na tarde de domingo, o Pre-sidente do Petrópolis, Sr. Adrd-berto Costa, e o capitão de gól-íe, Sr. Fritz Bosseljon, íarão aentrega das taças aos vencedo-res das provas da temporadade 1965-66.

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A Taça Suéciu reuniu tnuitos goí/isfus no cumpa do Petrópolis

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18 l.o Cad., Jornal do Brasil, quarta-feira, 23-3-

l

appy Horizon trouxe 44" no apronto de 700 metrosProgramas com chaves parasábado e domingo na Gáveae montarias da notuTna

Tajar, que no Grande Prêmio Remonta do Exércitoterá a direção cio bridão Francisco Maia, é o cabeça dechave principal daquela competição, surgindo desta ma-neira como principal atração de uma prova que prometerealmente ser das mais equilibradas no quilômetro.

; Já o Grande Prêmio Ministério da Agricultura temDiamelita como seu nome principal, mas a pensionista,do treinador Levi Ferreira vai ter que correr muito paradominar Gália, Susa e Nouvellc Vague que aparecem comfloreios dos melhores para esta carreira.

AMANHÃ

GALOPE LARGO

1.»: PAREO — As lüli.iOm —• 1 (100jnetros — Cr. SOO 000

\_. Tio Z«. J. Pedro Filho2—-2 Oclremn, A. Hodecker .3—'J Qucppl, A. Ricardo ..

Helria, L. Carlos 4—5 Tabalcal, S. Silva

" Ojeltado, C. Morgado .

2.» PAREO — As 20h'.ÍOm —metros — Cr. 700 000

1—1 Ocegrande, S. SUva ... '2—2Cowboy, A. Reis ¦3—-3 Grelnado, C. Morgado '4—4 L. Carancho, J. P. F.° '

Cometa, A. Fernandes :3.o PAREO — Ab 201i50m —metros — CrS 800 000

1—1 Dinosauro, J. Reis ... 12 Emalsa. A. Fernandes .

2—3 Osogada, A. Ramos ..4 Mita-Cunhã, A. M. C.

3—*5 Casco Escuro, L. Acuüa¦C, Desforra, R. A. Pinto .

4—7 Noagaio, L. Roberto ..8 Niva, J. Peciro Filho

I.» PAREO — As 21h20m —miHros — CrS 1 100 000

585658

5(15í>58

1200

Kg5G58565456

Kg

56

5454

2 56• 54

1 300

1—1 Emperador, J. Portilho 3 57Í2 Catetinho. J. M. Santos 6 57

2—3 Luthier, J. Pedro F.° 2 574 Avnrá. A. Ricardo ... * 55

3—5 Precavida, C. Morgado 4 556 Happy-King. L. Santos " 57

4—7 Estape, O. Ricardo .. 1 57" Guarapema, J. Veiga . 5 57

í."> PAREO — As 211i50m — 1 200metros — Crs 1 100 000

KE

1—1 R. Bela, F. Estêves .. 1 572—2 Envy, J. Machado ... 2 57

3—3 Luena. J. Pedro Filho 57" Javata, C. Morgado .. 37

4—4 Aralinda. N. correrá 575 Janilza, L. Carlos ... 57

B.o PAREO — As 22hO.Mll — 1 000metros — CrS 1300 000 — (BET-TIN(Í) — INSTITUTO NACIONAL1)0 PINHO — JUBILEU UE PRATA

Kg

I—1 Poseida, J. Portilho ... 36" Fraçáo; J. Portilho ... 56

2—2 Arabluc, A. Ricardo 563 Munlçfio, F. Pereira F.° 56

3—4 Casela, A. Hodecker .. 565 Polaqiilnha, J. Veiga .. 56

4—6 Happy Star, Ij. Santos 567 Bidi, W. P. Parlas .. 56" CHvia, C. R. Carvalho 56

;.' PAREO — As 23 horas — 1 ooumetros — CrS 1300 000 — (1SET-TING)

Kg

i — 1 Hotin. C. Morgado ... .,_2—2 Filppant, W. Pj Farias 36

3 Happy Jack, J. Negrelo 563—4 Prlnter, S. Silva .... 36

5 Fair Boy, N. corenl .. 56A—6 Fouquet, F. Estêves .. õg

" Five Flngers, J. Mach. 56S.o PAREO — Às 23)135m — 1 600meiros — Cr.ji 700 000 — (BET-TING)

Ks565458525254

5458

1—1 Pacocs, A. Reis " Bedel, D. Moreno ....

2—2 H. Horizon, L. Santos .3 Pai-Pai, J. Reis

3—4 Hawick, O. Ricardo ..5 Monteiê, M. Andrade .

4—6 Chlmango, A. Ricardo7 Hully-Gully, A. Hodec.

SÁBADO1.» PÁREO — ás 131)50ni ¦metros — Cr? 1 500 000

l—l Benévole 2—2 Fa.ncy Dreás3—3 Cura-Leuíu

4 Hetalra4—5 AnnalUa

" D.ipper

2." PAREO — ãs 14h20lllmetros — Crs X 100 000

1—1 Lapin 2—2 El Goléa 3—3 Exagero

'4 Seu Becfto4-1-5 Sapoti

6 Queria! 3.» PAREO — às Mh.VOlllmetros — CrS SOO 000

1—1 Buzlco¦2 Iclberg . ..

2~~'ã Caruá\. Arapova . .

3—õ Jeune-Princei 6 Faintall . ..

4—7 Qtterlon . ..Quantilo . .

Fiel

Ks565656525õ56

KS5757

X575757

Ks5356535254545256

:c 52

6." PAREO — ás 1611.10111metros — CrS 800 000

1—1 Icarai " iPinócchio -

2—2.Preíix Kebir

3—4 Codajaa Araiüna

4—6 AlfredoDecil

" Bewl tchcd l.o PAREO — às llliOómmetros — CrS 1 300 000tlng)

1—1 Caravaggio 2 Maipu

2—3 Prado Bandido

3—5 .EmpeUix Carnaval

4—1 MontmorencyPeblo Lord Byron

KsX 58X ÕSX 58

5654545658

I 300(Bet-

KSX 56X 56X 56- 56

8.» PAREO —metros — CrSting)

ns 171i40m1 100 000 ¦

4.» PAREO — às 15h20m — 1 000metros — (Grande prêmio MI-NISTÉRIO DA AGRICULTURA) —(CLÁSSICO) — (AREIA) — CrS ..4 000 000

i—i Diamelita 2—2 Gaita 2

3 Nove Horas 53—4 Susa x

,5 Stir.ç-Ray 44—6 Ambição x" Nouveüe Vague 1

S.o PAREO — ás 15íi55m — 1metros — Cr.$ 1.100.OCO

Ks

1—I Corsicím . ....2—2 Jóno

3 Union-Street .3—. Saint Gemi ain

5 Estlo 1—6 Protoeclo . ..•7 Flamengo . ..

KsCl57

2 57S 53

1—1 Fair MIísFilasse Falr City

2—I Llndavlce " San.tilina 5 Bela Luiz

3—6 Emmet 7 Exuberante 3 Ma. ò B Raure

4-10 Econ cm ta 11 Unique 12 Tow Leve 13 Bela Prenda

9." PAREO — ãs 181H5mmetros — Cr? 1 100 000 •ting)

1—1 Salamandra. 2—2 Brasileira

3 Viável 3—4 Lune

5 Elipse 4—6 Constantza

7 Eliege

I 300(Bet-

KS5757575757575757

x 572 531 200(Bet-

KS57573757575757

STARTER — Xcl da Costa

DOMINGO1.? Páreo — As 13h 50mmetros — Crs 1 600 ooo.

1—1 Blue Sife-nal 2 Liza

2—3 Actidla 4 Meia Lua

3—^5 Marònas ,6 Quarentena . .....

4—7 Alãnla 8 Hemat-lta

2.tt- Páreo — As Mh 20mmetros — Cr? 1 300 000.

5555555555555555

— 1 600

1—1 Falr Rlver ..2—2 Jocker . ...3—3 Fenton

4 Figurão , ...4—5 Pás

- " Monteolimpo" Disto 3.» Páreo — As MH 50nimetros — Cr$ 1 100 000.

1—1 Enase 2—2 Enchanting

3 Encarna 3—4 Lutinc

- 5 Dolly-Beil 4—;6 Fine Cliampagne . .3—4 Lutinc

5 Dolly-Bell 4—6 Fine Champagne . ..

-'7 Ardenza 4.° Páreo — As 15h 20mmetros — Cr? 1 100 000.

56565656565656400

Ks.5656

1 52565252"56

1 300

| ..,.- - -w; , , , .-„;-»:., W.A.X , . . ,;-.-., . -,,.,», r ,., .,„ „ r, . . . ,... „ ....... .... „ ^ ,,_ , .„, „, J^p^^^j,^^.w„ .,..„,. ...„..„.,,, „,, . ,. ,

Ks.3 57

5757

2 57

1—1 Ivan .. 2 Don Querido

2—3 Estádio '..4 Klmlmo

3—5 Sinai ''6 Otan • 57"7 Falr Sir 4 574—8 Buchanan 1 57

9 Peieddy 5 571,0 Espadachim * 57

5.? -Páreo — As 1511 55m — 1 .100metros — Cr$ 1 300 000.

Ks. • 56

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.„,_iam»m< s^sws^-tS * . ^>*tóJ. Machado /aprontou os animais — ontem, —

fsmmy'

no regime de galope largo, pois, o iorte calor não aconselhava outra coisa

1—1 Desatino ' " Retròspcct2—2 Fluxo

3 Carinho 3^-4 Vestal Boy

5 J-aliscoiZ_e Feitiço da Vlla

Massari Raganuiffin

<!." Páreo — As 161) 30mmetros — (Grande Prêmio

000 ta do Exército). (Clássico). (Areia!— Cr$ 4 000 000.Kg. Ks.

1—1 Tajar 55Walad 55Falgamar 10 55

2—4 Tigrez 55" Rock-Gin 555 Nointot 11 55

3—6 Duraque 55" Adelmo 55Llpstlck 55

4—8 Gambito 55Ks. "Angico

55Palermo 55

10 Havano 557.» Páreo — As 17h 05m — 1 300metros — Crç 1 300 000. (Bettlns).

Ks-1—1 Ludovica í 56

Jarota 6 56Vergel 2

'562—4 Fadiga 4 56

Monteô 56Happy s.ar 56

3—7 Diana 56Fração 56

Du Linha 564-10 Speranza 56

11 Azores • 5612 Galete 3 5613 Alta • 56

8." Páreo — As llh 40ni — 1 300metros — Cr$ 1 300 ooo. (Betting).

Ks.1—1 Fides 56" Fcssónla 56

2 Escatoleta 562—3 Florelra 5G

Jocllne 56Kentucky Belle 56

3—6 Vivandiére 56Miss Kadiua 56Eliane 56

4—9 Acintosa 5610 Pralinete 36il Armada 56" Nim tica 56

9." Páreo — As ISh 15m — 1 300metros — CrS 800 000. (Bettlns).(Variante).

Ks.1—l Redoxan • 58

2 Nagib . as2—3 Tarlk « ss

4 Lord Soberano 1 543—5 Encareci 3 58

BHic Sea » 564—TiMftr Cruel * 56

— 1 OflO 3 Durandal 4 56Remon- " L. Madrid 2 54

Queppi temchance nasua volta

Queppi, que não corre desdejaneiro, reaparece na noturnade amanha com muitas po.ssi-bilidades de sucesso, pois otreinador Claudemivo Pereiralhe deu uma alça rèpavadora,e neste meio tènno cuidou deaprimorar a sua iorma técnica.

Sempre com Antônio Ricar-do, que vem sendo seu jóqueihabitualmente nos floreios,Queppi trouxe 69" para os 1 000metros sem ser apurado emparte alguma do percurso, tan-to que Antônio Ricardo, depoisdeste floreio, insistiu junto aotreinador para fazer a inscriçãodo filho de Ourágan nesta car-reira.PRETENSÕES

Ogeitado, que não vem à pis-ta desde novembro de 65, paracompetir oficialmente, apareceagora sob a direção do freioCa-rlos Morgado e mesmo nãotendo entusiasmado aos obser-vadores nas matinais, poderábrilhar pela ausência de valo-res na competição. Na últimaentrou descolocado para VentoSul, Leizo em 1200 metros.MUITA CHANCE

Dinosauro, correu pela últi-ma vez em dezembro quandoentrou íora do marcador paraZigomar. Across em 1 300 me-tros numa pista encharcada doHipódromo de Cidade Jardim.Naquela oportunidade deixou apista pisando mal, e de voltaá Gávea entrou num regime se-vero de cura, sendo nesta opor-tunidade uma boa indicaçãopelo páreo desfalcado que terápela frente.EM S. VICENTE

Casco Escuro andou corren-do em São Vicente, onde naúltima vez tirou um bom ter-ceiro numa carreira bastantebrigada no íinal, mostrandocom isto que volta ã Gávea comalgumas pretensões de sucesso.Anda bonito e nesta turma temtudo para aparecer bem no fi-nal.

Faustino Costas reapareceamanhã à noite esperandoganhar o páreo de Arablue

Faustino Costa já livre da suspensão que o afastoudas matinais durante 20 dias. disse que na corrida notur-na de amanhã já aparece com seu nome no programaoficial, e nesta oportunidade quer ganhar pelo menos umpáreo, sendo que Arablue se confirmar os floreios podeprfeitamente lhe dar esta alegria.

— Os outros estão bem, mas, Arablue que reaparecede um descanso, bem trabalhada, tem agora, uma grandeoportunidade de marcar o seu primeiro ponto ha Gávea— explicou F. Costa — dai minha convicção nestes 1 000metros de amanhã.

TEM CHANCE

Com Arava, Faustino Costaestaria mais confiante se o pá-reo fosse somente de éguas,mas, com a presença dos ma-chos a coisa fica mais difícil,dai sua satisfação de uma co-locação boa que coloque a suapensionista em evidência paraas futuras competições.

— Arava parece gostar maisde uma pista pesada, aqui vailutar com adversários de algu-ma categoria, mas, sinceramen-te acredito que possa se des-tacar pela boa forma atual.Seus floreios foram bons, oque féz Antônio Ricardo mepedir para inscrevê-la na pri-meira oportunidade. Fiz a suavontade, sendo que o freio pa-rece bastante animado com as

possibilidades de Arava ama-nhã.IRREGULAR

Faustino Cosia- sobre Hawick,náo gosta de falar com muitacerteza pois, este seu pensio-nista é realmente bastante ir-regular, e quando tudo fazcrer numa brilhante atuação,éle fracassa quase que de ma-neira inexplicável, deixandotodos completamente atordoa-dos, pois, não gosta realmentede confirmar na corrida osbons trabalhos que produz pe-la manhã.

— Para este compromissopedia ao freio Antônio Ricardo,para não apurá-lo no percurso,procurando desta maneira umafórmula nova para ter dele omáximo na corrida de amanhã.Quanto ã turma náo é nadadifícil, querendo Hawick correro que pode.

Paulo Monte diz que Jóqueivenceu luta onde não ficouódio e Belmiro continuará

O Vice-Presidente do Jóquei Clube Brasileiro, PauloRubens Monte, afirmou ser impossível deixar de reconhe-cer que o clube vem de conseguir vitória das mais expres-sivas, com a realização da corrida noturna de amanhã,quando muitos julgavam que tal empresa fosse realmen-te impossível e não houvesse número suficiente de ins-crições.

Esclareceu o Vice-Presidente que o bom senso e aamizade dos diretores do Jóquei com elevado número deproprietários e profissionais, pôde motivar a confecçãodos programas, criando um clima de segurança para osturfistas que estão certos, diante do recente exemplo quenão ficarão privados do seu esporte preferido.SEM ÓDIOS

Apesar do porblema levan-tado recentemente entre algunsprofissionais e o Jóqtiei, de-clarou Paulo Monte que ao fi-nal da luta náo restou o ódioe se o Jóquei Clube deu umademonstração de força no sen-tido do prestigio que possuientre proprietários e profissio-nais. não foi para esmagar osvencidos mas para chamá-losà razão.

CARLOS BELMIROCom relação ã série de notí-

cias que informavam da subs-tituição do Diretor de Hipó-dromo, Carlos cBlmiro Rodri-gues do seu atual cargo, escla-receu o Vice-Presidente quenáo existe qualquer fundamen-to nas referidas informações.

E declarou que o seu amigoCarlos Belmiro apesar de dõ-ente, tem recebido constantespedidos dos seus colegas dediretoria para que se manto-nha no cargo, que toma o seutempo dentro do mundo doturfe, que tanto o diverte e oíaz esquecer seus problemas desaúde.ÓTIMA REUNIÃO

Focalizando o valor da reu-nião de amanhã, Paulo Monteexplicou que, na sua opinião,há muitas semanas, que nãose verifica uma programaçãotão boa, onde os páreos po-dem ser colocados em alto ni-vel, especialmente pelo equilí-brio existente entre os concor-rentes.

Binóculo

Tabaleal éestreanteganhador

Tabaleal é um estreante ape-nas na Gávea, pois já correuem Porto Alegre onde conse-guiu ganhar. Apesar de ser umfraco corredor, vai apareceramanhã na Gávea cercado dealguma curiosidade, mas mes-nu sendo do Stud VacancesD'ete, deve aguardar uma me-lhor oportunidade para brilhar.

Aqui na Gávea tem váriostrabalhos regulares nos 1 000metros pois sempre foi muitodespistado pelos seus respon-sáveis e no apronto tambémveio visivelmente contido pelocentro da pista sem que hou-vesse maiores preocupações demelhorar a marca.

Emaisa vem de Curitiba, on-de ganhou algumas carreirasna temporada passada, masagora vinha fracassando segui-damente, tanto que aqui naGávea não vem animando naspartidas que tem. Em c.ezem-bfo de 65, chegou completa-mente descolocada para Ka-huama e Adamastor em 1 200metros. Quanto a Emperador,tem muita raça e pode ganharpela categoria.

José Luís Pedrosa com a brilhante reação âaúltima semana, voltou à liderança dos treinadoresna Gávea, enquanto no páreo dos jóqueis José Por-tilho segue mandando tranqüilamente na situação.Pedrosa ganhou sete páreos, mostrando que real-mente inscreveu com muita oportunidade os seusanimais.

Para reproduçãoPour-Cent, que o treinador Thiers Gomes ten-

tou recuperar para as corridas, está à venda paraservir como reprodutor, pois os tendões não supor-iam mais uma campanha nas pistas. O preço doIttho de Cimos está na casa dos seis milhões ãecruzeiros.

Já em formaO bridão Ubirajara Cunha já está totalme7ite

recuperado da lesão que o afastou ãas pistas pormais de um ano, devendo reaparecer no próximomês oficialmente. Ubirajara ainda na manhã ãe on-tem começou os trabalhos fortes com os animaisque deverá montar em breve.

OficiaisÂrali7ida e Fair Boy, são os forfaits oficiais paraa corrida noturna ãe amanhã na Gávea, sendo quea pensionista de Faustino Costas desertou porqueseu treinador achou forte o páreo para o qual ela

estava alistada.Rigoni firme

Albêmio Barroso e Luis Rigoni estão empata-dos agora na liderança dos jóqueis em Cidade Jar-dim e prometem tuna viva luta até o final destatemporada.

Pode voltarJoão Sousa pretende voltar ao turfe carioca,

pois não se adaptou ao clima de Cidade Jardim edesta maneira não pretende forçar por muito tem-po esta situação- O jovem bridão veio passar algunsái-as com seus familiares, e aproveitou para visitarseus amigos ãa Gávea. J. Sousa declarou então quea situação áos jóqueis em Cidade Jardim é das me-lhores mas, seu problema maior é realmente o cli-ma que não consegue assimilar.

SucessoO treinador Jorge Burioni ontem pela manhã

comentava com os amigos a grande repercussão queteve no domingo o churrasco que foi oferecido nasua cocheira, pois os convidados superaram a casados 250 e no final todos sairam satisfeitos. ThiersGomes, segundo Jorge Burioni, esteve perfeito nopreparo da carne.

Carlos Morgado conta comboas montarias e no finalvai querer ganhar muito

Carlos Morgado acha que não pode realmente desta-car a sua melhor montaria para a corrida noturna deamanhã, pois, dos cinco compromissos que assinou estárealmente bastante animado com todos, e vai mesmoaparecer no prado na certeza que poderá ganhar aque-las provas.

— Não sou de me entusiasmar com montarias mas,esta semana foi feliz nas escolhas e posso ter uma noitebastante feliz amanhã — disse M. Morgdo — daí a mi-nha cautela em não destacar um particularmente destaíeita.

EXPLICAÇÃO

Mais adiante Carlos Morga-do fez questão de esclarecero caso da égua Precavida quetanta confusão causou naestréia, a ponto de vendermuita pule e náo ter figura-do com relevo na competição.

Precavida como quase to-dos os animais que correm pe-la primeira vêz um páreo no-turno, sentiu a mudança deambiente e muitas vezes amea-çou cravar no percurso; agoradeve produzir mais e pelasmelhoras que conseguiu temchance certa de sucesso. Opáreo não está tão difícil, eesta é realmente uma grandeoportunidade dela ganhar naGávea.PISTA AJUDA

Com Grelnado, Carlos Mor-gado lembrou que se por umlado a distância de 1200 me-tros, é contra um pouco a suacaracterística de correr —gosta de atropelar iorte no íi-nal — vai no entando pegaruma pista de areia bem secaque é realmente da sua intei-ra vontade, e num pareô va-zio como o primeiro de ama-nhã, deve ter uma atuaçãobastante boa.

Grelnado agora vai dartrabalho, e mesmo Ocegrandesendo considerado como o do-no do páreo, penso que teráque inventar para me derrotar,pois, quero começar a reuniãologo com uma vitória.MELHOROU

Jâ com Javata, o freio admi-te ser uma corrida bastantediíicil, principalmente pelo

equilíbrio de força reinante,mas, avisa que a pensioniata doseu tio Paulo Morgado melho-rou bastante da última opor-tunidade para cá, e não serásurpresa se vier a derrotar asmais categorizadas nestes1 200 metros,

— Aqui acho que o melhormesmo e tentar seguir naírente com as mais ligeiras,pois, quem ficar na primeiraparte do percurso estará lógi-camente fora no final.

Finalmente com Hotim. pos-so apenas acrescentar que suaúltima apresentação foi boa,apesar de ler perdido para Em-polgante, e agora tirandoFouquet sinceramente não ve-jo adversário para derrota-lo.

V. AlianopreparaDon Bolinha

Válter Aliano continua pre-parando Dom Bolinha commuita calma para a futura tem-porada clássica, na Gávea, eespera tê-lo livre de qual-¦ quer mal para enfrentar os me-lhores do naipe carioca quan-do chegar o momento.

Sóbre o potro Falgamar,acrescentou que a carreira dcdomingo não está nada fácil,mas pensa pelo menos conse-guir um placé com éle, poistem certeza que seu animalmelhorou bastante depois dasua recente vitória.

O alazão Happy Horizon deudemonstração de muitas me-lhorns ao pussar, na manhã daontem, juntinho à cêrca exter-na. 700 cm 44", muito contidopelo seu piloto, Haroldo Ne-grello, que o exercitou tão-só-mente, pois o piloto oficial,para a noturna será LaércioSantos, que melhor conhece aforma de correr do pupilo deRacine Barbosa.

Outro apronto realizado coma maior facilidade foiodeFou-quet, que percorreu os 360 em23". sem nunca ser exigido, esomente poderá perder se algode anormal se passar, como ojprejuizo sofrido na sua penúl-tima exibição ou se íór des-classificado, tal como na suamais recente apresentação, porter seu jóquei prejudicado orival.

TININDOTambém agradou bastante o

exercício de Envy, que desce\ia reta em 237". sobrando visi-velmente, e como se trata deuma égua fiel, pode perfeita-mente confirmar o exercício,embora tendo tle enfrentar ri-vais fortes e que devem ofere»cer séria resistência à sua vi-tória.

O cavalo Dinosauro nãochegou a aprontar mal, masdepois do exercício íoi acome-tido de forte hemorragia, tudodeixando acreditar que sua pre-sença seja pioblemática na se-gunda prova dá programaçãode amanhã.

COWBOY

Cowboy ÍA. Reis) na raiapequena assinalou 32", commuito boa disposição.

Ocegrande, Cowboy c LordCarancho são as melhoresindicações para esta prova.

OSOGADA

Dinossauro fJ. Reisl des-ceu a reta em 39" 3'5, comalgumas reservas mas íoiacometido de iorte hemorra-gia quando regressava. Emai-sa <A. Fernandes) melhoroupara 38" 3|5, com bom íinalmais algo ajustado. Osogada,(A. Ramos) vindo de maislonge, completou os 360 em.22", agradando muito. CascoEscuro (A. Acuna) a reta em38", com algumas reservas e,Desforra (R. A. Pinto), au-mentou para 40", á vontade.

Osogada foi a que melhorimpressão deixou na partida,acreditamos que nesta apre-sentação leve a melhor. Des-forra, Niva, e Casco Escurosão os maiores adversários.

HAPPY KING

Catetinho (J. M. Santos)'a reta em 39" 2.5. muito àvontade. Luthier (J. Pedro.F.) melhorou para 38", dei-xando melhor impressão des-ta feita. Arava (A. Ricardo)chegou sobrando ao lado deum outro parelheiro que vi-nha de mais longe, passandocm 38" a reta. Happy King(L. Santos) igualou e arrema-tou de galope largo e Estape(O. Ricardo) aumentou pa-

ra 38" 2;ã, com melhor dispo-sição nesta apresentação de-monstrando com isso melhor"aguerrimento.

Happy King e Arava foramos que mais se destacaramno apronto o a confirmar te-rão de correr muito para do-miná-los, muito embora cn-contre uma adversária que fa-lam maravilhas, como Preca-vida.

ENVY

Envy íJ. Machado) comesta partida nada mais íêzdo que confirmar o seu ex-celente floreio em registrar37" para a reta, de galopinhoe com seu piloto muito serc-no.

Envy dificilmente deixara,fugir esta. oportunidade, íi-cando Rainha. Bella e Luenalutando pela formação da du-pia.

ARABLEU

Arableu (A. Ricardo) os 800em 52", com alguma íacilida-de e sempre pelo centro dapista. Munição (F. Pereira F-)a reta em 38", com sobras cBidi tW. P. Farias) os 700 em47" muito ajustada.

Arableu querendo correr ê omelhor nome desta prova, po-rém. Poseida, Casela e HappyStar poderão molestá-la no ji-¦nal.

FOUQUET

Filppant <H. Vasconcelos)'vindo de mais longe completouos 360 em 24" 2/5, não deixan-do muito boa impressão. Fou-quet tF. Estêves) da mesmaiorma melhorou para 23", con»grande facilidade, e Five Fin-geres (J. Machado) a reta- em38". com sobras visíveis.

Fouquet tem somente contrao jato de ainda não ter cor-rido á nc-ite. mas não estra-nhándo os rejletcres difícil-mente perderá- Printer e í/o-tin são os cite )itais próximosdeverão chegar.

HAPPY HORIZON

Paçoca (A. Reis) vindo demais longe desceu a reta em40", à vontade, e Bedel (D. Mo-reno) melhorou para 39", umpouco solicitado. Happy Horl-zon (J. Negrello) os 700 em44", com grande facilidade ejuntinho à cerca externa. Ha-wick tO. Ricardo) chegoujunto com um outro parelheiroem 45" 2 5 os 700. Montelè (M.Andrade) dá um passeio napista de 25" 2/5 os 360, e final-mente Chlmango (A. Ricardo)!os 800 em 51" 2'5. com algu-mas reservas e pelo miolo laraia.Harppy Hori.on. que se des-tacou na partida e ituitia tur-ma que náo o atemoriza, naodeixará de transpor o discocom sucesso. Chimango. Pa-r-oca c Hawick se contentarãocom as colocações imediatas.

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Jornal do Brasil, quarta-feira, 23-3-66, 1.° Cad. — 19

VM GESTO E DOIS TÍTULOS

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N/1 GRANDE ÁREA

Bclihi criou o gesto histórico e Mamo seguiu-o jielmente quatro anas depois, umhos erguendo bem alto a Tnçá Jules Rimc.t, símbolo da primazia no jutcbol mundial. Alguém poderá Jazer o mesmo em Londres.'

Belini crê que taça aparece e Mauro não quer imitaçõesSuíços já prontosacham que só comsorte vão à final

São Paulo tSucursall —Acredito que o ladrão vá de-volver a taça por uma ques-tão- de patriotismo, pois nãohá de querer ver seu paíscontinuar exposto a um ve-x a m e tão grande — disseontem Belini, o primeirobrasileiro a segurar a TaçaJules Rimet como campeãodo mundo,. referindo-se as-sim ao roubo ocorrido do-mingo, na Biblioteca doWestminter Center Hall.

— Estou de acordo comBelini e vou mais adiante:acho que outra taça, mesmoigualzinha àquela, não seriaa mesma coisa, pois tocá-lafoi a maior emoção da mi-nha vida — declarou Mau-ro, .outro brasileiro que er-gueu o valioso troféu,'tam-bém como campeão do mun-tio, q ti a t r o anos depois deBelini. Ambos ficaram sur-presos com o roubo.O INACREDITÁVEL

— Quando a noticia doroubo chegou a mim — prós-seguiu Belini — fiquei pen-sando em como aquilo pode-a-ia ocorrer na Inglaterra,um país que se orgulha detantas tradições e que é umexemplo de ordem e disci-plina. Os ingleses se descui-daram, e isso é imperdoável.

Belini soube que os inglè-ses, tão logo admitiram ahipótese de ter o ladrão fun-dido a Taça Jules Rimet, pe-diram. ã FIFA autorizaçãopara fazer outra, igual à es-culpida pelo francês AbelLefleur, achando que isso,pelo menos, resolveria partedo grande problema.

A taça original tem pa-ra nós, brasileiros, um valorque nenhuma outra substi-tui. Estivemos com ela poroito anos, isso depois de ali-mentarmos um sonho quenos parecia impossível, eagora não sentiremos o mes-mo gosto em lutar por umtroféu que não passa de umacópia.

O IMPONDERÁVEL

Dizem que o ladrão jáfundiu a taça, mas sou obri-gado, talvez por sentimenta-lismo, a crer que isso aindanão aconteceu. Espero, mes-mo, que a Scotland Yardpossa reavê-la intacta — fo-'ram as palavras de Mauro, arespeito da possibilidade dehaver uma substituição.

Acha o jogador que essasubstituição seria a últimamedida a ser tomada pelosorganizadores da Copa do

Mundo, isto é, quando tudoprovasse que a verdadeirataça já não existia. Para éle,se a Polícia inglesa não con-seguir coisa alguma — noque êle, se recusa a crer —ao menos deve-se confiar naconsciência do ladrão, quetalvez não seja um profissio-nal, mas apenas um colecio-nador ou maníaco.

— Afinal, o valor simbóli-co da taça, não só para osbrasileiros, mas para todosque sonham com ela, não es-tá naquelas 3 mil libras quetanto impressionam os inglè-ses. Seu valor não pode sermedido em libras.

DOIS MOMENTOS

Belini lembra a tarde de29 de junho de 1958, em Es-tocolmo, e a vitória de 5 a 2sôbre os suecos. Os brasilei-ros conquistavam ali o seuprimeiro titulo mundial, ecoube a um dirigente daFIFA — que o jogador asse-gura não ser Sir StanleyR.ous — entregá-la a èle, ca-pitão da seleção do Brasil.Foi então que êle fêz o gestohistórico. .

— Ergui a taça para quetodo o estádio a visse e as-sim fiquei, com ela lá em ci-

ma, por uns cinco minutos.O Sr. Paulo Machado de Car-valho, ao íim dêsse tempo,tirou-a de mim e ela acabouandando de mão em mão,pois todos os brasileiros que-riam tocá-la..

Já Mauro, que imitou ogesto de Belini, a 17 de ju-nho de 1962, em Santiago doChile, ficou com a Taça Ju-les Rimet erguida por apenastrês minutos, uma vez queo técnico Aimoré Moreira,eufórico, roubou-a do ca-pitão.

— Nã me importei muitoporque já estava com os bra-cos cansados. Depois, a taçanão era só minha, mas deAimoré e de todos os outrosbrasileiros. Foi o dia maisfeliz de toda a minha vida.

Belini diz que a taça comque êle desfilou, no Rio e emSão Paulo, em 1958, era averdadeira, enquanto Mauro,quatro anos mais tarde, des-ceu do avião com uma imita-ção providenciahnente feitapelos uruguaios. Nenhumdos dois jamais recebeu ins-truções para cuidar da taça,em campo, no avião, nasruas, onde quer que fôsse.

— Nem isso seria necessá-rio — concluiu Belini.

Zurique (UPI) — Os torcedores suíços acham que oseu time terá muita sorte se entrar nas quartas-de-finaisdo próximo campeonato mundial, mas afirmam alegre-mente que a sorte esteve do lado deles em outras ocasiões:"por que não em 1966?" Duas vezes os suíços mostraramque isto é possível, empatando com o Brasil por 2x2,em 1950, e derrotando os italianos em 1954.

Já classificados entre os 16 paises com direito a dispu-tar o campeonato, os suíços estão com sua escalação prá-ticamente pronta e vão jogar seguindo um esquema4—2—4 adaptado do antigo ferrolho, tradicionalmentedetestado pelos quadros latinos. Esta adaptação tornouo ferrolho mais agressivo.

P. Amaral diz em Minasque comissão é contraAmarildo e Jair da Costa

Belo Horizonte (Sucursal) — O técnico Paulo Amaraldeclarou ontem nesta Capital, onde veio participar deuma festa de despedida no Atlético, que a maioria dosmembros da Comissão Técnica da CBD é contra a con-vocação de Amarildo e Jair da Costa para a seleção, porconsiderar esta iniciativa "um precedente perigoso".'

Embora dispensado definitivamente do Atlético, de-pois dc conseguir apenas uma vitória em 14 jogos, PauloAmaral foi homenageado pelo clube com um jantar, du-rante o qual falou da inconveniência de trazer Amarildoe Jair da Costa, além de garantir que vai defender naComissão Técnica a convocação dos mineiros Bougleux,Canindé, Dawson, Tostão e Dirceu Lopes.

Voleibol levará a Portugaluma seleção completa paradisputar Luso-Brasileiros

— Já asseguramos junto ã Confederação Brasileira deDesportos a ida de uma equipe completa de 12 jogado-res aos próximos Jogos Luso-Brasileiros, seguindo quatropor nossa conta — declarou o Sr, Roberto Moreira Calça-da, Presidente da Confederação de Voleibol.

Êste dirigente considerou problemática a permanen-cia dos brasileiros na Europa, após os Jogos Luso-Brasilei-ros, para aguardarem o Inicio do Campeonato Mundial,programado para a Tcheco-Eslováquia, nos meses deagosto e setembro.

GOVERNO DA VERBA

O Governador Israel Pinhei-ro ltberou ontem a verba deCrs 3 milhões para a prefei-tura de Lambari, cidade doSul de Minas onde a seleçãobrasileira ficará concentradade 12 a 19 de abril.

Durante a audiência'especialcom que foi recebido no Pala-cio da Liberdade, o Prefeito deLambari recebeu ainda a pro-messa do Governador IsraelPinheiro de que terá tôda aajuda do Governo ^do Estado,para que nada falte aos joga-dores nacionais.

CIDADE EM FESTA

Segundo informou ontem oPrefeito José Capistrano. Lam-bari receberá o jogadores bra-sileiros com festas nunca vistasanteriormente, "pois a escolhade nossa cidade para sede deum período de treinamento daseleção é uma honra paranós"." Disse ainda o prefeitoque o aeroporto dR cidade foi

remodelado e as estradas estãosendo melhoradas para darmais conforto à seleção.

Também a cidade está so-frendo modificações, com osempregados da prefeitura cui-dando com grande carinho dalimpeza das ruas. Tôda a po-pulação colabora com a pre-feitura, dividindo-se em diver-sas comissões encarregadas de'organizar as recepções aos jo-gadores.

O Governador Israel Pinhei-ro prometeu ao Prefeito Ca-pistrano que irá a Lambari vi-sitar os jogadores da seleçãopara desejar-lhes todo o suces-so possível em Londres. Lam-bari tem 12 hotéis com capa-cidade para 4 mil pessoas, co-meçando desde já a serem iel-tos pedidos de reservas emseus hotéis, e quase todos já.estão com suas vagas esgota-das a partir do dia 12 de abril,quando lá chegará a delegaçãobrasileira para o primeiro pe-riodo de treinamento dos Joga-dores.

4)

MUITO DISTANTE

Disse o Sr. Roberto Calçadaque a equipe masculina de vo-leibol ficará em Portugal, paislocalizado muito distante deoutros centros onde se praticabom voleibol na Europa. Assim,haveria dificuldade de deslo-car a delegação, sendo prefe-rlvel promover o seu retornoao Brasil, em princípios deagosto, para que possa voltarà Europa, desta vez à Tcheco-Eslováquia, em fins do mesmomês. O assunto não está re-solvldo em definitivo no exte-rior, após os Jogos Luso-Bra-sileiros.

O Presidente da CBV.mos-tra-se bastante otimista quan-to à participação do Brasil nopróximo Mundial Masculino.Ressaltou que as medidas to-madas por sua entidade parao preparo do selecionado cer-tamente servirão para que èlealcance uma colocação dc real-ce — 3.° ou 4.° lugar. Consi-dera os húngaros e japonesescomo adversários já sem con-dições de derrotar os brasilei-ros. Isto de acordo com obser-vações que fèz nas : últimas

Olimpíadas e na excursão dosjaponeses ao Brasil, em no-vembro

O mesmo otunismo revelouo Sr. Roberto Calçada pelo de-sempenho do selecionado bra-sileiro feminino ao próximoMundial, previsto para outu-bro, no Peru. Acha que as mô-ças, tendo por base a equipede Minas Gerais, poderão sur-preender ^ figurar nas princi-pais classificações. O dirigen-te confessou-se entusiasmadocom o treinamento que as mi-neiras vêm realizando para oCampeonato Brasileiro e queteve ensejo de presenciar, 6.s-feira passada.

O Presidente da CBV esteveem Belo Horizonte 6."-feira esábado, para ultimar detalhesrelativos ao Campeonato Bra-sileiro, a ser disputado naque-la Cidade, entre 7 e 17 de abril.Ficou satisfeito com as medi-das tomadas pela FederaçãoMineira, que já designou o am-pio ginásio do Minas TênisClube para local do certame,enquanto os jogos pelo turnode consolação devem ser efe-tivados no ginásio do SESC.

HISTÓRIA

Esta é a sexta vez que ossuíços se classificam para omundial. Suas melhores jorna-das foram em 1938, quando der-rotaram a Alemanha nas quar-tas de finais, e em 1954, quan-do ganharam do então pode-roso time da Áustria por 7 a 5,depois de perderem por 3 a 0no primeiro tempo. Em 1958não chegaram a ser classifica-dos e só foram ao Chile em1962 depois de um jogo de de-sempate com a Suécia, em Ber-Íim. Foi, no entanto, uma tristeviagem: terminou em derrotafrente à Alemanha Ocidental,Chile e Itália.

O chefe da equipe é o Dr.Alberto Foni, beque da Itálianos campeonatos de 1934 e 1938.Èle fala em francês e italiano— mas como a maioria dos jo-gadores fala só alemão, issocria alguns problema de enten-dimento.

Espera-se que Foni selecioneos seguintes jogadores para aseleção suiça:

Goleiros: Charly Elsener eMario Prosperi.

Zagueiros: André Grobety,Raymond Maffiolo, Heinz Sch-neiter, Ely Tacchella, WernerLeimgruber, S a 1 v e r Stireli,Hans Ruedi Fuhrer.

Volantes: Richard Duerr, Ja-cob Kuhn, Heinz Baendi e KurtArmbruster.

Atacantes: Georges Vuilleu-mier, Philippe Pottier, AndréDaina, Fritz Kuenzli, ToniAllemann, Rolf Wuetrich, KurtGruenig, Eobert Hosp, RenéQuentin, Karl Odermatt, Jean-Claude Schindelholz, VittoriGottardi e Vicenzo Brenna.

Os reservas são Elsener, Sch-neiter, Allemann, Kuhn e Bae-ni. Elsener. de 31 anos — játendo figurado exatamente 31vezes na seleção nacional — foicotado entre os melhores golei-ros do campeonato de 1962.Schneiter, de 30 anos e 40 apa-rições internacionais, é outroveterano da jornada chilena.Bom atacante, freqüentementefaz.gols de córner. Allemann, de

29 anos e 26 jogos internacio-nais, jogou no Chile e faz par-te regular do quadro desde 1958.Agora profissional no Nurem-berg da Alemanha, jogou ante-riormente no Eindhoven da Ho-landa, no Mantova da Itália eno Young Boys de Berna. E' oartilheiro, com 10 gols, inclu-Indo os que deram a vitória daSuiça contra a Holanda, possi-bilitando-a de ir à Inglaterra,

AS APTIDÕES

Kuhn, de 22-anos, 15 jogosinternacionais, é um homem deligação, passa bem a bola echuta excelentemente. Baeni,29 anos e 4 vezes internacional,jogou no Chile e volta agora'após uma comprovada carreira.

A íôrça suiça permanece fir-mamenle na defesa, que, emprincípio, deverá estar compôs-ta assim: Elsner, Grobety, Sch-neiter, Tacchela e Atierli, comBaeni e Kuhn correndo pelocentro como homens de ligação.A deficiência entre os atacan-tes é a falta de potência dechute. Brenna e Kuenzli, amboscom 20 anos, são jovens pro-metedores, mas até agora nãotiveram grande experiência co-mo homens de defesa. Foni dis-- se que "espera", afé julho, trei-nar os seus jogadores fora dafórmula estabelecida.

A classificação da Suíça veiocomo uma bênção e no tempocerto, feliz porque a Irlandaprecisava apenas de uma vi-tória sôbre o quadro fraco daAlbânia, em Tirana, a íim deforçar um desempate com aSuiça, e conseguiu somente em-patar. O esporte aqui andavadesanimado há muitos anos eo interesse íoi revivido.

O maior responsável por êstereavivamente?' é Ernst Thom-men, o rei não coroado do ti-me suíço c diretor da federa-ção nacional. É também ochefe do comitê dc seleção e oresponsável pela injeção deanimo e zelo nos seus homens.

Estimativas oficiais calculamque 3 em cada 5 suíços farãoa viagem para aplaudir seutime.

Armando NogueiraJoão Havelange, reagindo, agora, mais

como chefe da delegação do que como Presi-dente da CBD, acaba de adotar uma decisãodigna do mais sensato torcedor da seleçãobrasileira: telefonou ao seu enviado especialMozart Di Giorgio, recomendando que faça opossível e o impossível para licenciar do Mi-lan durante a Copa do Mundo o jogadorAmarildo. Pouco importa ao chefe da delega-ção que Amarildo — e aqui é que está a gratanovidade — não possa se apresentar à con-centração do scratch no dia 1 de abril. A or-dem, agora, é tolerar um atraso inevitável nachegada do jogador que o Milan só poderáliberar no mês de maio.

Por essa decisão, que reconsidera medidaabsurda de só aceitar Amarildo se êle se apre-sentasse no dia 1 de abril, percebe-se que oPresidente da CBD começa a se render aochefe da delegação.

O supervisor Carlos Nascimento que, emprincípio, não tem maior interesse pela vin-da ãe Amarildo, há de convir que a CBDestá na obrigação ãe mobilizar todas as suasforças para levar à Inglaterra a melhor equi-pe, formada com os melhores craques brasi-leiros. E se ninguém ousa negar que Amaril-do figura entre os granães jogaâores brasilei-ros da atualidaâe, por que, então, vamos abrirmão âa bravura, da técnica e da experiênciado jovem bicampeão mundial de 62?

Amarildo é ponta-esquerda. Embora jo-gasse na meia esquerda, no Brasil, sua fun-ção, na prática, era de extrema: Zagalo, como seu recuo sistemático, abria-lhe o caminhonatural ãe ponta, por onde êle realizava, comgrande eficiência, o legítimo papel do nume-ro 11, avançando em velocidade para o chu-te cruzaâo e rasteiro ou para o chute diretoao gol.

Faz sentido, então, que desprezemos a co-laboração de um jogaãor dessa envergadura,justamente numa posição em que vivemos apenar, entregue ora a Rinaldo ora a Paraná?

A simples consideração do problema daponta esquerda, setor crítico ãa nossa equi-pe, justifica o esforço agora âeterminado ex-pressamente pelo chefe áa delegação no sen-tião ãe assegurar a presença ãe Amarilão en-tre os selecionaâos na primeira convocaçãodo selecionado.

DE PRIMEIRA: A suposta lista de con-vocação, que anda circulando por aí chega acometer a brincadeira de indiciar entre os 40o lateral esquerdo Bauer, do Fluminense. Êevidente que essa lista é pura e maldosa pia-da de inimigos de Feola e Nascimento. /// Ra-fael de Almeida Magalhães foi contratadopara participar do programa de futebol quea TV Rio apresenta às têrças-íeira Ducal naCopa áo Munão: Rafael fará um bate-papoinformal com João Saldanha. /// Aquele si-lencioso senhor Tomás Mazzoni, crítico defutebol da Gazeta Esportiva, xingou-me fe-rozmente porque eu teria desmerecido o fu-tebol paulista. O mais engraçado é que, poraqui; tenho sido criticado justamente por sus-tentar a opinião de que o futebol de São Pau-lo me parece mais rico e mais poderoso que ocarioca. Vai ver, o nosso Mazzoni está-meconfundindo com o Deputado Arnaldo No-gueira que, membro da ARENA, deve ter cri-ticado o Governador de São Paulo pela tenta-tiva de afastar do Poder o Presidente CasteloBranco. /// A seleção argentina mantém con-vocados 27 jogadores, num elenco cuja ida-de média está entre 23 e 24 anos: quer dizer,em matéria de inexperiência, os nossos vizi-nhos empatam conosco- /// O Deputado fe-deral Paulo Sarasate, que é vascaíno explosi-vo, te^è até enxaqueca depois da derrota deseu time em São Paulo, domingo passado.l/i Gentil Cardoso assina e manda reconhe-cer a firma por êle lançada num documentoem que garante que reaparecendo hoje, de-pois de um mês de férias, Pele vai sofrer umadistensão muscular. Por isso considera crimi-nosa a escalação de Pele.

Seleção soviética preocupaMorozov pois atacantes nãoencontram o caminho do gol

Moscou (FP-JB) — O técnico da seleção russa queexcursionou durante 50 dias pela América Latina, NikolalMorozov, enviou um relatório aos dirigentes da FederaçãoSoviética de Futebol, demonstrando preocupações quantoà equipe que irá a Londres, pois, segundo êle, "é estéril,com total incapacidade para marcar gols".

Quatro meses antes da Taça do Mundo, Morozov estábastante inquieto quanto à sorte da seleção de seu paisem Londres, uma vez que os atacantes soviéticos estãoatacados de uma doença que classificou de crônica, que êo medo de chutar a gol, e èle ainda não pôde entendero que vem provocando isto.

SEM INICIATIVA

A preocupação não é sòmen-te do técnico, mas também doPresidente da Federação So-viética, Sr. Nikolai Riatzent-zèv, que externou suas afliçõescom a seguinte declaração:" — Mesmo quando dominamosinteiramente os nossos adver-sários, não conseguimos mar-car gols. No ataque da seleçãoninguém assume a responsabi-lidade de chutar a gol. A se-leção tarda em encontrar seuritmo e cede a iniciativa aoadversário.

Por outro lado, o jornal So-vletski Sport disse que os altosdirigentes da federação ouvi-ram com total indiferença asdeclarações do técnico Morozove do Presidente Nikolai Riat-zentzev, tudo indicando quenão pretendem tomar qualquerprovidência.PROBLEMA DELICADO

Com à esperança de darmaior agressividade ao ataquede sua equipe, Nikolai Morozovconvocou o ponta-de-lançaViktor Ponedelnik. dó Spartakdesta Cidade, e que já vestiupor 26 vezes a camisa da sele-ção. para incorporá-lo ao timeque irá disputar uma série de

,

partidas amistosas na Iugos-lávia.

Entretanto, o problema queninguém até agora se atreveua suscitar é o de EduardoStrelzov, melhor atacante da,'União Soviética, que pertenceao Torpedo desta Cidade.Strelzov, que passou váriosanos na cadeia, condenado àsvésperas do Campeonato Mun-diai de 58, na Suécia, poderia,sem dúvida, pacificar as in-quietações de Morozov. Eduar- .do Strelzov, atualmente com"28 anos, recebeu indulto há,dois anos e recuperou sua lor-ma técnica e física. Todos pen-sam nele e desejam vê-lo ía«zendo os gols que, por uma es-tranha iniblção, os jogadores daatual seleção não resolvemmarcar. Mas ninguém se atre-ve sequer a pronunciar «eunome.

A seleção russa partirá bre-vémehte para a Iugoslávia,onde realizará uma série deamistosos com equipes locais.No dia 10 de abril a delegaçãoestará de volta a Moscou, via-jando novamente no dia 15 pa-ra jogar contra a Suíça, Aus-tri e Bélgica, retornando a Ca-pitai da União Soviética paraa partida contra a França, a5 de junho, no Estádio Lênine.Depois, rumo ã Inglterra.

W««*«»I»'!!».,'JÍHBWIK! Í^TT^fpT

Scotland Yard perde esperança de recuperar TaçaBotafogo e Bangu disputampartida perto dos líderesmas muito longe do título/

Botafogo e Bangu fazem às 21h30m de hoje, no Ma-racanã, uma partida melancólica porque estão, respectl-vãmente, a dois e três pontos dos lideres — Vasco e Pai-meiras — mas não tèm mais pretensões ao título, tal onúmero de equipes em posições intermediárias.

O Botafogo jogará com: Manga, Paulistinha, Zé Car-los, Dlmas e Rildo; Élton e Gérson; Jairzinho, Parada,Roberto e Afonsinho. O Bangu, cheio de dúvidas no ata-

que deverá formar com: Ubirajara, Fidélis (Consanl), Má-rio Tito, Luis Alberto e Ari Clemente; Ocimar e RobertoPintpí Paulo Borges (Tonho), Sabará (Paulo Borges),Araras (Manuelzlnho) e Zé Carlos.

O Bangu talvez tenha sodestru°do quando perdeu de 1a 0 para o Vasco, com um golcontra de Roberto Pinto. O tl-me perdeu o élan com que ti-nha Iniciado o Rio-São Pauloe foi perdendo partidas emque Unha tudo para ganhar.

A última derrota, frente aoSantos, por 4 a 0. mostrou umBangu desanimado, aceitandoa superioridade do adversárioquase sem lutar- Hoje, quan-do não tem nada mais a as-pirar no torneio, pode ser queo Bangu se sinta mais à von-tade para tentar a vitória.

A colocação do Rio-São Pau-lo, por pontos perdidos, é aseguinte: 1-° Vasco e Palmei-ras — 5; 2-° Flamengo. San-tos e Corintians — 6; 3.° Bo-tafogo — 7; 4:° Bangu e SãoPaulo — 8; 5.° Fluminense —10; 6.° Portuguesa — 11.

O MELHOR REFORÇOmmmms. "sv>"'"¦'¦ ¦¦-¦;¦':•." ¦¦<* ' "i>,v '..,<

. • .'• . „- ¦*¦¦'¦.<•' '¦¦ ¦ ¦___,*.

1P_S_._

SEM FORMA

Incerto e indefinido, o ti-me do Botafogo começou oRio-São Paulo com uma der-rota que o tirou da condiçãode favorito carioca; perdeumais uma vez, conseguiu umavitória em São Paulo mas em-patou cm seus dois últimosjogos, o que prfvticameute oafastou do titulo-

O Botafogo auida náo jo-gou duas vezes seguidas coma mesma formação e seu téc-nico parece à procura do me-lhor esquema, Seu 4-3-3 é tor-to, o que deixa o time todomeio enviezado, trôpcgo atéem suas manobras ofensivas.O Botafogo é favorito no jõ-go de hoje e deverá ganhar,se alguns de seus jogadoresnão transformarem esse favo-ritismo em comodismo.

Fia tenta hoje o passe deSilva pelos 200 milhõesque Helu pediu há um mês

O Flamengo vai tentar comprar hoje, através do seuPresidente-eleito, Sr. Veiga Brito, e do Vice-Presidente deFutebol, Sr. Gunnar Goransson, o passe do atacante Silvapor Cr$ 200 milhões, que foi quanto o Corintians pediu hácerca de um mês.

Para tratarem da transferência, o Sr. Veiga Brito em-barcará às 14 horas e 30 minutos levando consigo Silva,que vai íazer um apelo ao Sr. Vadi Helu para continuarno Flamengo, enquanto o Sr. Gunnar Goransson viajarámais cedo, ou seja, às 8 horas.

te do Corintians mantiver o pe-dido de CrS 200 milhões quefêz há cerca de um mês ao Sr.Fadei Fadei, os entendimentosde hoje s?rão apenas para acer-tar a forma, do pagamentoporque o Flamengo concordaráem pagar esta importância.

Explicou ainda o Sr. VeigaBrito que o Flamengo tem mui-to interesso em resolver logoêste caso, porque Silva merecetodo o respeito como ser hu-mano e não pode ficar à mercêde clubes, pois "é a éle que cn-be decidir o rumo do seu des-tino." O Sr. Fadei Fadei nãoirá a São Paulo.

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Depois dc bater bola com Jaininlio, Gérson- foi dado como apto e voltará ao meio de campo com tllon

Vasco só Exame aprovou Gérson quetem Salomão volta a formar dupla nose comprar meio do campo com Elton

ITÁLIA NAO ATRAI

O Sr. Veiga Brito pediu aofuncionário Bebeto para quelevasse Silva ao seu escritório,ontem ã tarde, a íim de acer-tar com o jogador alguns de-talhes antes üt conversar como Sr. Vadi Helu. Silva disseao Sr. Veiga Brito que real-mente deseja ficar no Flamen-go e que vai pedir pessoalmen-te ao Sr. Vadi Helu, seu pa-drlnho de casamento, para nãodificultar a sua transferênciapara a Gávea.

Silva afirmou também aopresidente-eleito do Flamengoque não acredite em nenhumaproposta da Itália e, mesmoque ela exista, não lhe encheos olhos, pois tem quase certe-za de que sua mulher, DonaMarta, e sua filha Vânia Marianão suportarão o frio da Europa.O que Silva quer mesmo, se-gundo o Sr. Veiga Brito, é íi-car no Brasil e sobretudo noRio.COMO PAGAR

O Sr. V«iga Brito disse on-tem à noite que, se o presiden-

Hoje de manhã, os jogadoresfarão um treino individual naGávea e serão dispensados coma recomendação de se apresen-tarem ás 17 horas e 30 minu-tos para embarcarem às 18 pa-ra São Paulo. Os que moramlonge poderão ficar na conoen-tração esperando a hora daviagem. O técnico Renganes-chi vai de camioneta ao meio-dia para deixá-la em Campi-nas, pois terá que viajar como Flamengo no começo de abril.

"Jornal dos Esportes" querliberdade dos fotógrafosainda que na arquibancada

Iniciando uma série de entrevistas com responsáveispelas seções esportivas a respeito do pool britânico paraas fotografias na Copa do Mundo — que só permitirá apresença de dois fotógrafos de cada pais em qualquerum dos jogos — o JORNAL DO BRASIL traz, hoje, a pa-lavra do Diretor-Presidente do Jornal dos Esportes, Sr.Mário Filho, e do Secretário de Redação do mesmo jornal,Sr. Fernando Horácio.

O Sr. Mário Filho condena veementemente a medidaadotada pelo Comitê organizador da Copa, aconselhandoos jornais Interessados a fazerem uma campanha contrao pool britânico, ao mesmo tempo em que pede a inter-ferência da CBD. Já o Sr. Fernando Horácio, embora con-corde com a limitação de fotógrafos no campo, não vèpor que proibi-los de trabalharem na arquibancada, comtçle-objetlvas, onde não podem causar qualquer tumulto.Sõ UM "POOL" o Secretário de redação do

Jornal dos Esportes. Sr. Fer-nando Horácio, vê absurdo ape-nas na proibição de máquinasfotográficas nas arquibancadas,uma vez que a limitação de fo-tógrafos no campo é, a seu ver.necessária até no Brasil, a íimde evitar tumultos nas inter-rupçõés das partidas.— A bossa no Brasil, atual-mente é a foto de teleobjetivaem íutebol. Tanto assim que écomum verem-se fotógrafos nasarquibancadas e na tribunamunidos de teleobjetivas, o quepoderia e deveria acontecertambém em Londres — expli-cou o Sr. Fernando Horácio.

O técnico Lula telefonou on-tem à tarde para o Sr. An-tônio Calçada, informando quea Diretoria do Santos, na suareunião de anteontem, rosolveunão emprestar o médio Salomãoao Vasco, mas poderá negocia-lo em definitivo caso recebauma boa proposta..

Os entendimentos entre oVasco e o Santos com respeitoa Salomão se iniciaram em SãoPaulo, no domingo passado,mas o Sr. Antônio Calçadaafirmou que só voltará a tocarno assunto na próxima sema-na porque agora está multo in-teressado cm resolver a cou-tratação de Picolé.

Picolé, que teve ótima atua-ção contra o Santos e conti-'nuará. como titular da equipe,está emprestado ao Vasco atéo fim déste mês e tem seu pas-se fixado em CrS 50 milhões.Ontem o Sr. Antônio Calçadaconversou longamente com oPresidente do XV tíe Novembroe disse que deseja contratar ojogr.cior, oferecendo em trocaSilas e mais uma compensaçãofinanceira. O dirigente paulis-ta ficou de responder hoje ouamanhã.

Palmeiraslíder jogacom Santos

São Paulo (Sucursal) —O Palmeiras, lider do Tor-neio Rio—São Paulo, comcinco pontos perdidos, júri-tamente com o Vasco, de-íende a sua posição hoje ànoite, no Pacaembu, contrao Santos, que ainda não con-tara com Pele — que nãotreinou e está resfriado —mas deverá apresentar-secom Gilmar e Coutinho.

A partida tem inicio pre-visto para 21h e as equipesprováveis são as seguintes:Palmeiras — Valdir, DjalmaSantos, Djalma Dias, Procó-pio e Geraldo (Ferrari);Dudu e Suiingue; Dario,Servilio, Tupãzinho e Rinal-do. Santos — Gilmar (Laér-cio), Carlos Alberto, Oberdã,Haroldo e Zé Carlos; Men-gálvlo e Zito; Dorval, Lima,Coutinho e Edu.

Depois do treino recreativo de 20 minutos e da re-visão médica, ontem à tarde, em General Severiano, fi-cou decidido ciue Gérson, já recuperado, reaparecerá hojena equipe do Botaíogo contra o Bangu, formando o meio-campo com Élton, já que Marcos continua em tratamento.

Joel também não aprovado pelo Departamento Medi-co será novamente substituído por Paulistinha. Bianchi-r.i tirou o gèsso da perna ontem, mas continua fora decogitações, devendo recomeçar os treinos esta semana.CONCENTRAÇÃO

Os jogadores estão concen-trados no Hotel Paissandu,aguardando a hora do jogo, eMura voltou' a manifestar o seudescontentamento com a con-diçáo de reserva do reserva,pois acha que deveria ter sidoescolhido para substituir Joel.

O lateral-riireito já, decidiufalar novamente com os diri-gentes rio Botafogo no sentidodo ser cedido a outro clube, já

que está convencido de que nãoterá mais vez no Botafogo eprecisa organizar a sua vida,principalmente agora que é umhomem casado.

Os dirigentes do Botafogo es-tão em entendimentos para arealização de dois jogos emBuenos Aires, dias 29 e 31 dês-ta mês, contra o Boca Juniorsc o River Plate .dependendo oembarque no dia 28 da autori-zação da CBD.

Londres (AP-FP-UPI-JB)— A Scotland Yard perdeupraticamente todas as espe-ranças de reaver a Taça Ju-les Rimet, roubada domingoúltimo do Westminster Cen-ter Hall, embora um grandenúmero de investigadores eguardas tenha sido mobill-zado na procura de um ho-mem com uma cicatrlz norosto, descrito como prova-vel autor do roubo, já não sedando muita importância àsinúmeras e anônimas infor-mações falsas.

Diante disso, ainda so-frendo severas criticas detodas as partes do mundo eaté mesmo da opinião públi-ca inglesa, The Football As-sociation já decidiu fazeroutra Taça, que talvez venhaa receber o nome de Wins-ton Churchill. enquanto oprêmio pela recuperação daque foi roubada subiu de 3mil para 4 mil e 500 librasesterlinas, sem contar comcontribuições extras, como ado cômico Tommy Tinder.

POLÍCIA AGINDO

Os funcionários da Scot-land Yard passam o dia in-teiro reunidos, traçando pia-nos e dando ordens a seussubalternos, numa tentativadesesperada de reaver a Ta-ça Jules Rimet, que eles pró-pri os crêem já ter sido fun-dida e até mesmo vendida.As hipóteses de brincadeirade estudante, gesto de ma-níaco, ousadia de coleciona-dor e coisas semelhantes pa-recém ter sido definitiva-mente afastadas pelos poli-ciais ingleses.

O homem que a ScotlandYard procura, como prova-vel autor do roubo, tem apro-ximadamente 40 anos deidade, pele clara, lábios fi-nos, cabelos escuros e pen-teados para trás, com umacicatriz.no rosto. O investi-gador que o identificou, po-rém, não tem sido muito se-guro em sua descrição, maspelo menos a cicatriz pareceser ponto pacífico.

— O roubo foi feito commulta determinação — disseontem Cecil Richardson,Presidente da exposição que

Milan e Inter dizem aMozart que Amarildo eJair só no fim de maio

Milão (UPI-JB) — Os dirigentes do Milan e do In-ternazionale se mostraram muito amáveis, me receberammuito bem; mas não estão dispostos a liberar Amarildoe Jair antes do fim do campeonato italiano, e ai será tar-tie demais para os treinos da seleção brasileira — disseontem o Sr. Mozart Di Giorgio, depois da entrevista comos dirigentes italianos.

O Sr. Mozart Di Giorgio disse que o Vice-Presidentedo Milan, Luigi Sordillo, afirmou que seu clube estavadisposto a colaborar com a seleção brasileira, mas nãopodia dispensar Amarildo antes do término do campeo-nato, a 22 de maio. O caso de Jair é mais difícil, umavez que o Inter ainda pensa na Copa da Europa, e só teráíesposta a 2 de junho.

COM VONTADE

Depois da conversa com osdirigentes italianos, o Sr. Glor-gio almoçou com Amarildo eJair. Os dois jogadores mani-íestaram sua vontade de jogarpelo Brasil, principalmenteAmarildo.

— Para, mim é multo impor-tante jogar pelo selecionadobrasileiro — disse Amarildo —creio que poderei fazer muitopelo meu país. Sei que o Milannão me deixará ir antes de 22de maio, mas acho que não serádifícil adaptar-me aos meuscampanhelrps.

Apesar da negativa do Milane do Inter, o Sr. Mozart Gior-

O Diretor-Presidente do Jor-nal dos Esportes, Sr. Mário Fl-lho, disse que, caso a CBD nãoconsiga modificar o critério es-tabelecido pelo Comitê Organi-iador da Copa do Mundo, deque apenas dois fotógrafos dncada pais poderão entrar, emcampo para realizar o seu tra-balho, "a solução será a forma-ção de um só pool fotográficobrasileiro, desde que as fotossejam divididas dentro de umcritério honesto".

O que não podemos ad-Wiitir — prosseguiu — é queiiiima partida do Brasil, naCopa, só dois fotógrafos brasi-íelros poderão trabalhar, en-quanto os ingleses ficr-m no di-relto de usarem quantos bementenderem, o que é um abuso.

CAMPANHA

Segundo o Sr. Mário Filho,sò com uma campanha muitobem feita, contando com a par-¦ticlpaçáo de todos os jornaisinteressados "é que poderemosconseguir alguma coisa".

O certo seria — continuou— a presença de 10 fotógrafos,aproximadamente, de cada paisque estivesse jogando e apenasdois representantes ingleses, jáque eles estão com um poolperfeitamente entrosado.

Apesar de ser a favor de umacampanha por parte de todosos jornais, o Sr. Mário Filhoacha que ura pedido partindoda Confederação Brasileira deJDesportos "surgiria muito maisefeito",,

Flu treinoucom pontaspelo meio

O técnico Tim iniciou comum coletivo os treinamentos doFluminense para enfrentar oBangu no próximo sábado, afim de modificar o sistemaofensivo da equipe, voltandoa utilizar os lançamentos emprofundidade pnra cs extre-mas que se deslocam pelomiolo-

O treinador colocou Máriona extrema esquerda, Valmirna direita e Samarone e Joa-qulnzinho nas pontas de lançae, apesar de os titulares teremperdido por 3 a 2 para os re-servas, Tim vai manter estatática no próximo jogo-

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se realizava no local de ondea Taça foi roubada. Nãocreio que a presença dosguardas tivesse contribuídomuito para impedir que aTaça Jules Rimet desapare-cesse,

Já The Football Associa-tion, inconformada, respon-sabiliza Richardson, a Scot-land Yard. o WestminsterCenter Hall e todos aquelesa quem ela entregou a Taça,sob condição de guarda se-vera, dia e noite.

TUDO É FALSO

Nada menos de quatro te-lefonemas anônimos rece-beu a Scotland Yard, só nodia de ontem, dando infor-mações falsas sôbre o para-deiro da Taça. O primeirodeles dizia que ela se encon-trava no Estádio de WestHara, bairro externo deLondres, onde há um cam-po de futebol e um cinemaao ar livre. Os policiais fo-ram ao local e nada encon-trará m.

Ao mesmo tempo, um gru-po de investigadores inter-rogou por longo tempo umestudante do West HamTechnologic College, apon-tado, também anônimamen-te, como sabedor do para-deiro da Taça. Sua inocên-cia foi provada, assim comoa de outros estudantes queteriam feito-o roubo por pu-ra brincadeira. Um terceirotelefonema já dizia que aTaça estava no próprio Ae-roporto de Londres, enquan-to o quarto dava como pis-ta o Restaurante Londrinv-londe. Lá chegando, sobum dos pratos, a ScotlandYard encontrou um bilheteacusando um professor doDegarou College.

— Também êle é inocente— concluiu um dos inspeto-res, após interrogá-lo e pe-dir-lhes desculpas pela"brincadeira de mau gosto".

De uma forma ou de ou-tra, num tom aparentemen-te alegre, mas que escondeuma ironia amarga, os in-glèses brincam com a Sco-tland Yard e acusam, porvezes duramente, The Foot-

bali Assoclation. Ninguémse conforma com o roubo daTaça, como o conhecido Ma-jor Schilizzl.

— Sou proprietário de ca-valos há muitos anos e tive,em 1963, um rico troféu rou-bado de minha casa. Era aMackenson Gold Cup, umataça de prata, apesar do sennome. Ganhei-a numa cor-rida em Cheltenham, com omeu cavalo Richard dc Bor-deaux. No entanto, o roubodesta Taça Jules Rimet dei-xoti-me muito mais triste doque aquele.

OUTRA TAÇA

O Comitê Organizador daCopa do Mundo, órgão deThe Football Assoclation,devidamente creden ciadojunto ã FIFA, começa a es-tudar o modo como poderáser substituída a Taça JulesRimet, tendo, inclusive, te-legrafado nesse sentido pa-ra a sede da entidade mun-diai, em Zurique, na Suiça.Há várias hipóteses — tô-das em estudo — e até agora,nada de positivo íoi resolvi-do, mesmo porque, ao con-trárió da Scotland Yard, to-dos têm uma secreta espe-rança de que a verdadeirareapareça.

Mas se pensa em reprodu-zir a Taça, caso ela não sejaencontrada, baseando-se nosmoldes de uma falsa que osuruguaios fizeram paraapresentá-la em exposição,quando a reconquistaram em1950. Como a cópia não éfiel ao original de Abel Le-íleur, as dificuldades de umasubstituição perfeita sãomuitas. Nesse caso, porém,a Taça teria o mesmo nomeda anterior, isto é, JulesRimet.

Há, também, a possibilida-de de uma firma londrina,fundada há oito séculos, ía-zer nova taça, abrindo con-corréncia entre os desenhis-tas, escultores e gravadoresingleses. Esta, então, aten-dendo a uma sugestão feitaanteriormente pelo Brasil,para o caso de ser èle o donodefinitivo da Jules Rimet,teria, o nome de WinstonChurchill.

InglaterraLondres (AP-FP-JB) — O

jornal London Sun, em seueditorial de ontem, diz qua"se houvesse jogos olímpicospara ladrões, a Inglaterralevantaria todos os títulos",acrescentando quis "perdera Copa do Mundo nos colocanum apuro maior do queperder a.s jóias da Coroa,porque os olhos do m u n d ofutebolístico estão voltadospara êste pais".

O London Sun considera oepisódio uma verdadeira ca-lamidade, afirmando que elanunca será esquecida.

— É lamentável — escreve— que nossa reputação reíe-rente a roubos espetacularesseja superior á reputaçãoesportiva do pais.

ELEIÇÕES X ROUBO

O roubo da Taça do Mun-do íéz passar para segundo

venceria olimpíada de ladrõesplano a atenção dos inglesessôbre a campanha eleitoralque determinará os destinosda Inglaterra durante umperiodo de quatro anos.

O nome em evidência hojenão é o de Harold Wilson,Chefe do Governo e do Par-tido Trabalhista, lançado àconquista da maioria subs-tancial na Câmara dos Co-muns, mas sim E. N. Reid,chefe da Alsa-Guard Securi-ty Services, companhiade investigadores partícula-res encarregada de vigiar aTaça Jules Rimet, roubadana manhã de domingo pas-sado.

O único argumento eleito-ral ainda apreciado na In-glaterra é o lançado peloshumoristas do Partido Con-servador: "Em 13 anos deGoverno Tory, a Inglaterranunca perdeu a Taça doMundo."

O investi gador-chefe E. N.Reid sente-se humilhado de-pois de um percalço quecompromete o prestígio detodo um pais. Seus compa-triotas o acusam de descui-do e incapacidade, aprovei-tando para arrasar o concei-to dos sherlocks.

Também do estrangeirochegam as noticias de rea-ções que constituem acusa-ções. O Brasil diz que, emoito anos de permanênciaem seu território, a T a ç anunca esteve em perigo. AAlemanha recorda que atransportou clandestinamen-te à Suécia para colocá-laem jogo, após a sua vitóriano Campeonato de 1954, per-feitaniente consciente do quorepresentava guardar a reli-quia de maior valor do íu-tebol.

À peso de ourogio está disposto a ir ver ojogo em que os dois se enfren-tarão, no próximo dia 3, a íimde íazer uma última tentativa.

— Amarildo e Jair são im-portantes para nós, mas náosão de importância capital —disse o Sr. Mozart Giorgio —se estivessem disponíveis den-tro dos nossos prazos, o Milane o Inter nos teriam íelto umgrande favor.

O Sr. Mozart Giorgio deverápartir hoje para Estocolmo, on-<le vai cuidar dos preparativosrelativos à estada da seleçãobrasileira, que fará amistososna Suécia entre 27 de junho e2 de julho.

Fernando SabinoEspecial para o JB

Londres — Quando Peter Pullen, re-presentante da CBD na Inglaterra, entrouno salão áo Royal Garden Hotel para as-sistir ao sorteio da Copa do Mundo, levavaconsigo uma maleta esquisita, fina e com-prida, pequena e assim mesmo pesada, car-regando-a de um 7nodo tão afetuoso queparecia ter ao colo uma criança. Foi entãoque me aproximei dele.

— Que é isso, Pullen? — perguntei.Era ela. Pedi-lhe que me deixasse dar

uma olhada, e Pullen abriu a estranha ma-leta com gestos cheios de unção, como seabrisse o oratório de uma santa de suaparticular devoção. Luís Murgel, CarlosNascimento, Sílvio Pacheco e Gilberto Ve-loso também se aproximaram para umaespécie âe último olhar, pois logo depoisela seria entregue a Sir Stanley Rous, quea passaria às mãos dos organizadores daCopa.

Lembrei-me, naquele exato instante,de Belini e Mauro erguendo-a em 1958 e.62, e creio que os brasileiros ali presentesevocaram o gesto histórico dos dois capi-tães: "Vai, bichinha..." — era o que todosnós parecíamos dizer com os olhos brilhan-tes — "vai, mas volte o mais, depressa pos-sivel". Mal sabíamos que a víamos pelaúltima ves.

Outra poderá ser feita, e certamenteos ingleses tratarão disso, reproduzindotodos os detalhes criados há trinta e seisanos pelo francês Abel Lefleur. Mas aque-la, que nos custou tanto sofrimento, tantosuor, tantas emoções, já não existe 7nais:a estas horas, certamente, já foi derretidae vendida a peso de ouro. E não vai nisso,podem crer, nenhuma figura de retórica,que o caso é sério, muito sério mesmo.

São 11 horas da noite e a perplexida-de dos ingleses aumenta cada vez mais.Eles, que não são de ficar boquiabertos,não fecharão a boca tão cedo. Aitida hápouco vi pela televisão o próprio EdwardHeath, líder do Partido Conservador, apro-veitando-se do sensacional roubo para tri-pudiar sôbre Harold Wilson, em plenacampanha eleitoral, como se o GovernoBritânico fosse o único culpado.

— Não tetnos dinheiro — disse èle, re-ferindo-se a problemas de orçamento. Nãotemos nem mais o ouro da Taça JulesRimet.

Enquanto isso, o Chefe do Serviço deSegurança, sob cuja responsabilidade aTaça estava sendo exibida, no Westmins-ter Center Hall, só faltava chorar. Os re-pórteres dele se aproximavam, curiosos.

— Por favor, senhores — imploravahumildemente. Há trinta horas que mesinto esmagado. No momento não tenhodeclarações a fazer.

O encarregado da tal exposição, umsenhor de bigodes imensos, parecia bemmais tranqüilo e chegava a conversar comos jornalistas:

Fizemos o que era possível, masquem haveria de imaginar que alguém,justamente num domingo, com a exposi-

ção fechada ao público, os guardas lá etudo o mais, iria roubar a Taça? Que pos'so fazer? Transjormar-me na Taça é im-possível — disse êle, friamente.

De todas as partes chovem criticas,suspeitas, observações irônicas. Já andamperguntando por que o Presidente da FIFAnão dormia com o Taça debaixo da cama.Outros desconfiam em "dente de coelho",isto é, brincadeira de estudantes, propa-ganda para evitar que a Copa não venhaa ser um êxito turístico, coisas dêsse tipo.Um inspetor da famosa Scotland Yard,

provavelmente também bigodudo, afastouenergicamente tais hipóteses, chegando adeclarar, enfático, aos jornais londrinos:

Foi roubo, mesmo, e disso não se

pode ter dúvida.O tal inspetor chega a descrever um

tipo suspeito, mas êle se contradiz tanto

que a descrição poderia ser até de mimmesmo: um tipo comum, de um metro esetenta e cinco de altura, cabelos escuros,olhos também escuros. Felizmente, há umacicatriz para diferenciá-lo. O que se sente,no ar, é que a Taça desapareceu jnesmo,talvez para sempre.

Em todos os comentários, embora aTaça jà nâo pertencesse a ninguém, atéa final de 30 de julho, em Wembley, aimpressão geral é de que os brasileiros fo-ram roubados e que a única solução é fa-ter outra Taça. Pois que façam: comba-teremos à sombra, por uma taça igual oudiferente, com o mesmo nome ou outro

qualquer, pois a verdadeira jà era nossa, j

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O que é o que é: chama-se Árau-

tes do Nascimento, joga futebol,

usa a camisa número dez, ama

uma moça de sobrenome Cholbi e

não é o Pele? É o irmão do Pele.

Zoca.

E a moça, que não é a Rose, 6 a

irmã da Rose, Vera.

Assim os dois irmãos que já ti-

nham a uni-los tantas afinidades,

têm. agora também esta, a mais ra-

ra, a do amor.

Vera e Zoca foram juntos ao ae-

roporto de Congonhas buscar Pele

e Rose que chegavam da lua-de-

mel. Foram juntos e ficaram jun-tos o tempo todo, abraçados, sob o

olhar carinhoso e complacente da

irmã dele, Maria Lúcia, e da irmã

dela» Isabel. Havia também a olha-

los, repórteres e os curiosos de

sempre, talvez, na ocasião, alé um

pouco mais curiosos do que de cos-

tume.

Não tem sido fácil para Zoca

ser irmão de Pele. A responsabi-

lidade é grande, todos esperam

dele uma atuação tão brilha?)le

quanto a do irmão, espera-se mes-

mo o impossível, o que não se pe-diria a ninguém, sér melhor que o

Pele. E Zoca é bom, um bom ra-zoável, que o teria levado maislonge, não fosse o sobrenome quetem. Aos 21 anos aspirante doSantos. Chegou a jogar no time decima, mas só por alguns minutos,não deu para muita coisa; talveza chance de Zoca seja outra, achance que vem, doce e suave,

pelas mãos de Vera.

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^EfrwÇv» i s^^í *. v__^ H _ __^.-^_^ *"^*^ *'r^.~*^'--^_^ __f _t__ffl^

JORNAL DO BRASIL -Rio d* Janeiro, quarta-

feira, 23 de mar-jede 1966

, j ei.ii-i^j.wkM.^M^*-**^1^™^ ¦"¦*»'';»

2 — Cad. B, Jornal do Brasil, quarta-feira, 23-3-6.

MUSICABENZO MASSARANI

ARTES.IARI.Y LAUS

DISCOS POPULARESJUVENAL PORTELLA

UMA ROSA PROMISSORAE UM DICK PERFEITO

Nunca uma principiante foi cercada detanto carinho e de tanta promoção como ajovem cantora Rosa Maria, que a Odeon es-tá lançando como sendo dona de um amplofuturo na carreira. A tal ponto íoi perfeitaa promoção feita junto aos críticos que ca-da um recebeu um compacto duplo especial,destinado exclusivamente a sua apresenta-ção. O disquinho — DP 353 — mostra ainiciante Rosa Maria em quatro faixas, umadas quais junto a Wilson Simonal. Umabonita festa nos estúdios da gravadora rnar-cou a fase inicial do lançamento e o resto,ao que parece, fica por conta da crônica.-Eis, então, a tarefa mais difícil, pelo menospara nós e quando se trata de uma prin-cipiante. É claro que não vamos deixar de• atender ao apelo da Odeon em apresentara môça ao público, mas nem por isso dei-xaremos de fazer algumas advertências quejulgamos necessárias, mais para ela do quepara qualquer outra pessoa interessada noseu sucesso.

De início queremos lembrar que a nos-sa fórmula para encaminhar um pensa-mento sobre o intérprete se resume nisto:1boa voz, ritmo e repertório. Tendo isso, apessoa terá. metade do caminho percorridocom êxito e a inclusão nas paradas de su-cessos — duvidosas, por sinal — ficam porconta de outros fatores. Rosa Maria temboa voz, isto é indiscutível. Possui ritmo,também é verdade. Mas, é o que está pa-recendo ser, pretende seguir por um cami-nho para nós condenável, o do Sr. WilsonSimonal. Não voltaremos — fizemos istoem dezembro — a explicar as causas quenos levaram a discordar do cantor Simonal.Queremos, no entanto, lembrar a Rosa Ma-ria que ela não necessita — demonstrouisto no disquinho — utilizar os mesmos re-cursos que levaram Simonal a deixar de serum ótimo cantor, quando sério, para serum cantor vitorioso para certo público (degosto muito discutível) empregando ma-nhas antimusicais.

Rosa Maria, mineira de Machado, on-de nasceu durante os festejos carnavalescos,poderá ter um futuro bastante claro à suaírente, desde que pretenda ficar e não serapenas uma intérprete de sucessos passa-geiros. Para. ficar, porém, ela não deve seesquecer de que é necessário, antes de tudo,buscar um repertório que a possa projetarde maneira decente. E nunca esquecer que amúsica moderna não exige o scat tão empre-gado e tão deturpado também por alguns denossos cantores, uns até bons. Essa somade recomendações nós a justificamos quan-do afirmamos que Rosa Maria leva jeito.Não sabemos se desde os tempos do coro daIgreja de N. S.a de Fátima ela já cantavadireitinho, como o íaz hoje. Nem nos lem-bramos da sua primeira apresentação dian-te de um microfone — Clube dos Brotos daRádio Tupi —. O certo é que a menina Ro-sa Maria, funcionária do IAPC, amante do

jazz e com algumas preferências acertadase outras erradas, poderá ter uma carreirabem sucedida. Você e Eu, de Carlos Lira eVinícius dé Morais; Fica Só Comigo, Rober-to Menescal — Ronaldo Bôscoli; Capoeira áeOxalá, Luís Carlos Sá, e Tem Dó, BadenPowell e Vinícius, íoram as músicas inter-pretadas por Rosa Maria no compacto-apre-sentação. Gostamos mais do seu trabalhoem Capoeira de Oxalá, onde revela, realmen-te, alguns dons aproveitáveis.

A Elenco nos apresenta um Dick Far-ney inteiramente remoçado, como instru-mentista. Remoçado num plano amplo deaperfeiçoamento, onde consegue efeitos real-mente notáveis com o seu piano. O elepê —Dick Farney: piano — orquestra Gaya —ME-27, pode ser classificado, antes de qual-quer análise, como excelente, embora nãogostássemos do arranjo de Gaya para a pri-meira faixa, Valsa de uma Cidade, comacentos nítidos de quase jazz, não íôsse Dickum homem identificado com êsse gênero.Vamos, logo, ao disco: Face 1 — Valsa áe¦uma Cidade, de Ismael Neto-Antônio Maria;Inútil Paisagem, Tom Jobim-Aluísio de Oli-veira; Blue Walk, Stitt-Richards; Imensa--tez, Tom-Vinícius; e Some Day My PrinceCome, Churchill-Morey. Lado 2 — ...AndRoses... And Roses, Caími-Gilbert; PrecisoAprender a Ser Só, Mareos-Paulo SérgioVale; AU The Things You Are, Kern-GusKahm; Influência do Jazz, Carlos Lira-Vi-nícius de Morais, e Fotografia, de Tom Jo-bim.

A interpretação de Dick Farney pode sernotada faixa por faixa do disco, onde êle serenova apresentando variações dentro dotema. Seu trabalho em Some Day My PrinceWill Come — a melhor faixa do elepê — équase magistral, aparecendo muito bemtambém nas segunda e terceira do Lado 1.Boa atuação mostra em AU The Things YouAre e em Influência do Jazz. Em resumo,um disco muito bom, com arranjos semmaiores conseqüências, devolvendo-nos umDick Farney bem mais experimentado.

O lamentável do disco é que a cançãoDas Rosas aparece com o título em ingiêssem que, ao nosso ver, exista motivo paraisso. É depreciativo, Aluísio de Oliveira,que uma canção brasileira surja num discobrasileiro com seu nome em outra língua,quando a coisa é instrumental e não vocal.

CORRESPONDÊNCIA — Queremos res-ponder a duas cartas. Uma de Dona NildaScotti para lembrar que dia 26, às 9 horas,na Musidisc, terá oportunidade de fazer umteste. Obrigado pelas palavras. A outra serefere ao Sr. Marcos Peixoto, de São Paulo.Diz que não damos guarida ao cantor WilsonMiranda. Engana-se. No II Festival do Pa-raná da Música Popular Brasileira nós ele-gemos o bom cantor como a revelação da-quele ano — 1965 — o que lhe valeu Umamedalha de prata..

PIERROTLUNAIRE

RAÍZES POPULARES NA PINTURA

Se meu artigo de ontem, sóbreas próximas temporadas, terá desilu-dido os leitores, a culpa não é minha.De íato, conforme os tenazes hábitoscariocas, estamos bem longe de sabero que nos espera em 1966. Não é cul-pa do médico Dr. Luís Fernando deCarvalho (diretor do teatro, ou aindasó interino?) nem do seu diretor ar-tístico (que ainda nem existe), masdo sistema de nomear os dois chefesresponsáveis apenas no último minu-to, tarde demais para lhes permitirtentar algo de tempestivo e organi-co, sem que eles saibam quando equanto receberão de dinheiro, obri-gando-os a gastos enormes, com a cer-teza de que poucos meses depois serãosubstituídos por outros cujo reino depoucos meses será melhor ou pior doque o precedente, mas sempre inevi-tàvelmente improvisado e estéril.

Os incríveis meses do carnavaldeveriam, pelo menos, tornar-se úteispara o completamente dos programase para os ensaios; mas quem poderiapensar nisso? O diretor artístico que,apesar dos tantos pretendentes, atéhoje não existe? O mês de março es-tá acabando, e o outono chegou pon-tualmente; e tudo o que sabemos dosespetáculos organizados pelo TeatroMunicipal é que no dia 30 teremosum importante Ballet Africano (comou sem os véus?) e que em abril te-remos um espetáculo lírico: Cavai-leria e Pagliacci.

Graças a uma indiscrição de on-tem, posso informar também que em5 de abril o maestro Morelembaumregerá o Réquiem de Verdi, com osseguintes solistas: Leda Coelho deFreitas, Maria Henriques, Alfredo Co-lósimo, Vladimir de Kanel. E depois?Depois, teremos concertos, óperas ebailados. E a Sala Pe. José Maurício,isto é, Cecília Meireles? E a OSB? Ea OSN?

Contrastando com esta situaçãomisteriosa, o Instituto Cultural Bra-sil-Alemanha anuncia que apresenta-rá, no Municipal, quatro concertos,dos quais indica não apenas os nomesdos intérpretes e as datas, como tam-bém a parte musicalmente mais im-portante, os programas. Em 4 demaio, o pianista Julian von Károlyitocará obras de Frank, Chopin, Schu-mann, Genzmer, Liszt e Scriabin. Em2 de agosto o pianista Guenter Ludwigtocará uma sonata de Haydn, uma deBeethoven, Klaenge der Nacht de Bar-tók e Gaspard de Ravel. Em 6 deagosto, o Conjunto Gerhard Seitz(com a cantora Annelies Kupper)apresentará duas novidades de Bar-tók e de Genzmer, e Pierrot Lunairede Arnold Schoenberg. Em 14 de se-tembro, o barítono Hermann Preycantará Die Winterreise de Schubert.,Proponho que ao diretor do InstitutoBrasil-Alemanha sei a confiada a ge-rência do Municipal, com plenos po-deres e pela duração de cinco anos.,Êle acaba de evidenciar algo incrível-mente nôvo: a possibilidade de anun-ciar o programa de um recital que te-rá lugar em setembro e de dar a co-nhecer aos cariocas o Pierrot Lunai-re, a obra mais profunda do nosso sé-culo, que desde 1912 conseguiu cor-rer o mundo sem nunca parar no Rio.

Da janela de meu nôvo aparta-mento vejo diariamente o pacientetrabalho de um pintor que mora noedifício da írente: Antônio Maia. Em1964 tivemos ocasião de nos referirà sua obra, quando expôs na Gale-ria Goeldi. Voltamos a fazê-lo hojeporque, nestes dois anos, modifica-ções substanciais ocorreram em suapintura. Não emprega mais a cola-gem, como outrora, passou por umafase de tons unicamente terras (comque compareceu à VIII Bienal deSão Paulo) e voltou ao emprego dacôr variada e sempre de bom gosto,ora pintando superfícies chapadasora aproveitando nuanças na reali-zação do quadro. Também possuilima série importante de desenhosa côr de grande força expressiva,sempre dentro da técnica dos mila-gres que é sua m arca pessoal e"que

nos põe frente a írente com umartista puramente brasileiro.

Ex-votos no Nordeste são par-tes do corpo humano esculpidas emmadeira (cabeças, mãos, braços, per-nas etc.) que o povo oferece a Deuse aos Santos em pagamento a algu-ma graça alcançada. Essas partes docorpo são exatamente aquelas quese achavam doentes. As cruzes quepelo caminho anunciam a morte dealguém e que às vezes se transfor-mam em pequenos santuários sãoum dos locais preferidos pelos cren-tes para localização dos ex-votos.Antônio Maia foi buscar nestes ob-jetos a inspiração para seu trabalho,por isso ha quase sempre uma cruz,além de outros motivos, e de unstempos para cá nôvo elemento pie-tórico foi acrescido: um ramo verdeque, no dizer do pintor, simboliza aalegria pela cura obtida.

Maia nasceu em Carmópolis, noSergipe, e um dia me apareceu paradizer que nascera em Hamburgo. Éque uma equilibrista de circo contoupelo JB: "Tenho dois filhos, Pat eNat, os maravilhosos gêmeos deHamburgo, nascidos, na realidade,em Carmópolis". Alegre e bem-hu-morado diz que é um pintor pobree que por isto pinta somente no "ta-manho táxi" porque não pode pagar

transporte em caminhões. Mas den-tro em breve creio que ampliaráseus trabalhos porque está vendendobem, principalmente para america-nos que o procuram no próprio ate-lier da Rua Carvalho de Mendonça.Aliás, seu apartamento é curiosissi-mo, uma parede tôda tomada porex-votos e outras com inteligentescomposições pop e manchetes dejornais e revistas um tanto surrea-listas como esta: "No ano 2 000 se-remos todos carecas".

Fora disto, Antônio Maia é umartista sério, honesto e, como possoagora comprovar, dedicado à suapintura com grande amor. Para oano em curso, por exemplo, tem asseguintes previsões ou realizaç?-':participa da coletiva montada pelaGaleria Meira e participará do Sa-lão de Abril, a ser inaugurado noMuseu de Arte Moderna a 31 demarço, com três desenhos e duaspinturas. Na grande coletiva de mi-niaturas que a Relevo fará abrir bre-vemente também comparece comum óleo, bem como em outra de au-to-retratos que a Galeria IBEU estápreparando. Mandará para o próxi-mo Salão Nacional de Arte Modernatrês desenhos e três pinturas quenaturalmente serão aceitos e íoi umdos escolhidos para integrar a expo-sição Dez Pintores do Nordeste queo crítico Clarival Valadares levará àEuropa. Ainda em relação a coleti-vas, foi convidado pelo Governo doAmazonas para tomar parte numamostra em Manaus. Finalmente, emagosto fará uma individual na Ga-leria Goeldi e em setembro outra naGuignard de Belo Horizonte.

Para tanto, Antônio Maia preci-sara operar milagres com seus mila-gres porque o balanço dá mais desessenta trabalhos a expor, sem con-tar com a possibilidade de novosconvites, inclusive para levar seusquadros a Nova Iorque.

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O MÁGICO SURREALISTADOS DESENHOS

QUADRO A QUATRO PATAS: a tela nãopode. ser separada ãa moldura e vice-versa

O AEROPLANO: óleo sobretela e madeira pintada

Paris — Via VARIG — Os Dese-nhos Mágicos de Victor Brauner éuma obra que há pouco tempo inau-gurou uma nova coleção de livros dearte da Editora Denoel. O autor es-tava expondo na Galeria loias, noBoulevard Saint-Germain, quando anotícia de sua morte foi publicada pe-los jornais. Paris inteira corria para veros desenhos mágicos, no caso telas aóleo completadas por moldura de ma-deira também concebida e pintadapelo artista, a fim de integrar o con-junto imaginado por êle.

O resultado é dos mais divertidos.Victor Brauner brincava màgicamen-te com o surrealismo, dos quais foium dos primeiros adeptos. Romenode nascimento, o pintor instalou-seem 1930 na França. Logo depois foiapresentado a André Bréton, que sobreêle e sua obra escreveu vários artigos.Brauner já havia causado escândalo

CELINA LUZ

em Budapeste com suas exposições.Em Paris tornou-se o mais convicto dogrupo surrealista e participou de tô-das as exposições patrocinadas pelomovimento.

Sua obra inspirou outros escrito-res e poetas. Dois livros foram dedica-dos exclusivamente ao seu trabalho edoze outros o analisam em meio aossurrealistas. Victor Brauner morreuaos 73 anos, em plena atividade*, ouseja, expondo. Em um dos catálogosde suas exposições individuais realiza-das nas maiores cidades do mundo, es-creveu: "Em nosso tempo a vista éuma linguagem poderosa e total. O vi-suai estabeleceu relações de fascínioentre objetos e sujeitos e inversamen-te. A procura da pintura atual abreum tempo indefinido, amplo, englo-bando a vida secreta interior, agindosobre o espírito. O quadro estápronto."

#* ...

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LÉA MARIAJornal do Brasil, quarta-feira, 23-3-66, Cad, B — 3

Brincadeira tie escocês

Acaba de surgir, na Cidade, umapossibilidade da nova versão do rou-bo da Taça Jules Rimet das mãos dosingleses. Ê quem a ventila lembra doroubo realizado, anos atrás, por umgrupo de estudantes escoceses ao con-seguirem obter a pedra da Coroação,guardada debaixo do trono do Rei, naAbadia de Westminster. A pedra daCoroação, símbolo da submissão daEscócia à Grã-Bretanha, foi depoisdevolvida e os estudantes absolvidos.O episódio significou apenas umabrincadeira maldosa com os inglê-ses. Agora, é o que se pergunta emvárias rodas, quem sabe o roubo daJules Rimet nao poderia também seroutra blague dos escoceses com aScotland Yard?

A mesma história

Uma das primeiras declaraçõesde Jorge Amado ao voltar da Europa,na entrevista que concedeu em Sal-vador: "não tomei conhecimento dolançamento de meu nome ao PrêmioNobelnem me interesso pelo assunto".A irritação do romancista baiano ésemelhante à do poeta Carlos Drum-mond de Andrade que, há dois anos,viu nascer um movimento idênticoenvolvendo seu nome e saiu com amesma negativa. Quem será o próxi-mo Prêmio Nobel brasileiro nas ar-ticulações da Academia? Só daqui amuitos meses é que teremos resposta.

As queimasOs tempos, de ' inflação, obriga-

ram as boutiques de luxo da Ci-dade a uma atitude até então inédita:a liquidação de seus estoques sofis-ticados. Agora, as queimas de finalde estação vão desde a Rua da Alfân-dega até às pequenas lojas requinta-das de Copacabana. Para a mulheresnobe, a questão de antigamente —manter-se afastada de toda e qual-quer liquidação — deixou de existir.Mulher moderna e sobretudo prática,ela compra com desenvoltura os pro-dutos remarcados.

Anteontem e ontem, comprandona liquidação da Elle et Lui, porexemplo: Hansi Bernardt, Leda LeiteGarcia e Maristela Lopes. Na Victor,May Xavier da Silveira, Inês Bloch eAna Cecília Negreiros. Na Jean etMarie, Maria Lúcia Braga. Caracte-rísticas das liquidações nessas três

i casas: vestidos (nacionais) desde 101 até Cr$ 120 mil; foularás de Cr$ 5

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Nossa delegação

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Cardeal Agttelo Rossi com Scliiiltz-iVénk:o prêmio joi a Ortlcm tio Santo Sepiilcrà

Jorge Amado; "Não me interesso pelo prêmio

mil; camisas de maâras (grandemoda de verão) de CrS 20 mil. Em ge-ral, as queimas de luxo vão até o finalda semana.

Já está decidido que o chefe dadelegação brasileira ao Festival deCanes será a Ministra Vera Sauer, che-fe da Divisão de Difusão Cultural doItamarati. Está quase acertada defi-nitivamente a ida, também, dos atô-res Léo Vilar, Maria Ribeiro e DudaCavalcanti. Guilherme Araújo, o pro-dutor do show de música popular Dra-sileira que se realizará em Canes tam-bém irá ao festival. E mais Elis Re-gina, Clementina de Jesus, ZimboTrio, o diretor Roberto Santos, LuisCarlos Barreto e Davi Neves. Já estáconfirmada a viagem do casal Viní-cius de Morais: será a 21 de abril, viamarítima.

Picadinho

O industrial Fernando Gasparianreuniu amigos para festejar o casa-mento de seu amigo João Paulo Al-meida Magalhães com Tahira Vargas..Foi reunião íntima.

Ontem, aniversário de Helena Bri-to e Cunha, que será comemorado comuma festinha, no sábado.

Sábado, o último dia do show deEliana e Booker Pittman no Porão73. Quem ainda não viu o espetáculonão deve perdê-lo.

Depois de amanhã, o coquetel deDanusa Leão no Anexo do Copacaba-na. Todo o Rio, de diversas áreas, semovimenta.

Quem dá coquetel na sexta-feiraé o artista Pedro Correia de Araújo,para mostrar a um grupo íntimo deamigos as jóias que está preparandopara a sua exposição em Roma.

Entrevistando'o diretor do Impôs-to de Renda, Osvaldo Travancas, an-teontem. na televisão, Oto Lara Re-sende. E inaugurando um nôvo esti-lo de entrevista: bem humorada, comindagações inesperadas. Oto estátambém estudando várias propostasque lhe estão sendo feitas para a TV,por diversos grupos.

Na área da moda feminina: asrevistas italianas desta semana — en-viadas pela Alitalia — mostram, as-sim como as revistas especializadasfrancesas, que os sapatos para êsteano são de salto grosso, com três ouquatro centímetros no máximo, e emgeral com bico quadrado.

Programa da Cidade para hoje: ainauguração da mostra Eça de Quei-rós, na Exposição Portugal de Hoje.

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Para o jantar que será realizado à noi-te estão convidados o Presidente Cas-teio Branco, o Governador Negrão deLima e o Ministro Luís Viana Filho.

Anteontem, o primeiro vernissageda temporada de artes plásticas. Foina Petite Galerie, com desenhos e gra-vuras de Roberto Magalhães. O pre-ço médio dos trabalhos apresentados:CrS 150 mil. Razoável. Dentre os pre-sentes ao vernissage, o grupo nouvellevague das nossas artes: os pintoresAntônio Dias (com sua mulher, So-lange, usando um dos sensacionaisvestidos pintados por ela própria),Benjamim Dias, Vergara e MárcioMattar e o diplomata Marcos Romero.

De São Paulo: o Cardeal AgneloRossi recebeu alguns convidados, hádias atrás, no Palácio Pio XII, sede doEpiscopado. O motivo: reconhecer aexecução e identificar com os princi-pios preconizados pela doutrina socialda Igreja nas últimas encíclicas a po-lítica de relações humanas posta emprática pela Volkswagen sob a orien-tação de seu diretor-superintendente.O Cardeal entregou, na ocasião, a Or-dem Eqüestre do Santo Sepulcro aoSr. Schultz-Wenk, no grau de GrandeOficial.

O arquiteto Elias Kauffman estátrabalhando com entusiasmo no pro-jeto de reforma do prédio das antigascavalariças do Parque Laje a fim deali ser instalada a sede da Escolinhade Arte de Augusto Rodrigues. A re-forma ficará pronta em breve e a Es-colinha deverá mudar-se dentro deuns quatro meses.

O Mais uma vez adiada a viagem doSr. Carlos Chagas, para Paris (UNES-CO). Será agora no dia 30. O diplo-mata René Haguenauer irá em suacompanhia.

Picquart le Doux, o autor da novalouça em porcelana de Limoges a serutilizada pela Air France, já expôs naBienal de São Paulo e foi, junto comLussart, um dos artista que fizeramressurgir a arte da tapeçaria na Eu-ropa. A louça, em bege,

"azul e ama-

relo, tem por motivo o hipocampo.A Princesa Fatheme, irmã do

Xainxá do Irã, estará em São Paulona sexta-feira e a alta roda paulistajá se está movimentando para a re-cepção que lhe será oferecida.

O acontecimento de mais reper-cussão em São Paulo, nos últimosdias, foi a inauguração da galeria dearte Cosme Velho, do decorador e ar-quiteto Luís Pires de Melo. Os convi-dados, no dia do vernissage, entraramna galeria sob as luzes de refletoresde um carro de bombeiros, estaciona-do defronte da galeria. E a noite foidas mais sofisticadas, parecendo umagala.o Aqui, no Rio: o Teatro Miguel Le-mos afirma-se como das mais dinâmi-cas casas de espetáculo da Cidade. Es-treou ali, anteontem, o Receita áe Vi-nícius. Mas a temporada de Tartufocontinua. E agora, a partir de sábadopróximo, haverá no Miguel Lemos ses-soes contínuas com os dois cartazes.Como cinema: de duas em duas horas,de após o almoço até a noite.

Júri. de cinco milhões

Nunca se viu tão numeroso júripara escolher os vencedores de umacompetição como anteontem, no Re-pública, quando foram apontados osmelhores do concurso Uma Cançãopor um Milhão. Só que o prêmio ébem mais de 1 milhão. O vencedor —cantando Funeral âe um Rei Nagô,de Heckel Tavares — ganhou CrS 5milhões e foi escolhido por um júride nada mais nada menos que 50pessoas. Desde o ator Procópio, pas-sando pelo decorador Júlio Sena, pelacantora Marlene e indo até AlfredoSouto de Almeida, Pascoal CarlosMagno, Miele e Ronaldo Boscoli —um júri dos mais ecléticos. Detalhes:Júlio Sena não chegou a dar nota ne-nhuma aos candidatos; chegou atra-sado. E o vencedor, ao ganhar o pré-mio das mãos de Pascoal, chorou tan-to que deixou o paletó do Embaixadorencharcado...

JOSÉ CARLOSOLIVEIRA UM FILME VIRTUOSO

Ílá filmes ruins que são bons. ' Por exem-pio: Eu sou Dillinger. que eslão levando agorana Cidade. E um filmezinho classe B. comatores desconhecidos, e que pretende formar úmretrato do famoso bandido quando era jovem.Há numerosos assaltos a bancos e trocas de ru-judas de metralhadoras: mas há principalmen-te uma história de amor completamente ubsur.da e, no entanto, magnífica. São dois adotes-centes: Elaine, uma inoreninha meio biruta, eJohnny Dillinger. O pai de Elaine tem umafábrica e Johnny não tem dinheiro. EntãoElaine sugere a Johnny que vá ao cofre do paidela e tire um bocado de dinheiro, com o qualos dois poderão casar-se e viver muito felizes.Johnny faz. Mas a policia descobre, o pai delatrai Johnny e Johnny é condenado a uma penade cinco a 20 anos de prisão.

Elaine e Johnny só pensam um no outro.Ela ajuda Johnny a fugir e os dois formam umaquadrilha legal — tt melhor quadrilha dos bonstempos âe Chicago. Johnny, Baby Face e dois ou-Iros, cada qual com sua metralhadora, fazem asmaiores estrépólias, ganham um dinheirão esempre conseguem fugir da polícia em barali-nhas do tempo antigo — hoje injustamente cha-madas ãe calhambeques. E quando os guer-reiros eslão repousando ê sempre aquela cenamaravilhosa: Johnny para cá, Elaine para lá,meu amor, meu doce, I love you, nunca te es-quecerei, etc. e tal. Um dia, às vésperas doNatal, eles assaltam uma cervejaria e vão bebercerveja à beira de um lago. O pileque é geral.Elaine, para sair do carro, teve que ser carrega-da por Johnny. Depois, Johnny acaba a festacom uma rajada de metralhadora que quase

mata seus cupincJias-e as namoradas deles, issoporque Johnny ficou zangado ao ouvir seunome no rádio.

Êsse aborrecimento é que é. fogo. Johnnynão quer mais saber de crimes, êle quer ir ]>ttruum lugar bem distante e viver casadinlio comElaine. Elaine também não quer outra coisa.O pior é que cia já está esperando um filiünlioe não fica bem o garoto nascer com o pai fu-gindo da policia. Eles então resolvem ir em-bora, mas aí chega a polícia e começa o tiroteiofinal. Elaine acaba machucada, os comparsasde Johnny morrem um por um, e Johnny acabalendo que fugir sozinho, li triste.

Eu sou Dillinger é belo. por mostrar êsseabsurdo amor perfeito, no meio das maiores vi-cissitúdes. Um amor acima do bem e do mal.Elaine ama Johnny c Johnny uma Elaine, seja

o que fôr que aconteça, São duas pessoas ino'rentes largadas num mundo feroz, nos temposda depressão — nos velhos bons tempos de Chi-cago.

Quando você sai do cinema, você concluique o mundo está um pouco atrapalhado. Nomeio da incompreensão, do tédio, do desencon-Iro — Fellini, Goddard, Antonioni — o verdwdeiro amor, sem problemas, sem hesitações, so»Iene como uma religião, floresce em, dois jovenscorações isentos de qualquer preocupação mo'ral. Você fica mais preocupado em saber seDillinger vai ou não casar com Elaine do quese êle vai ou não ser punido pelos seus crimes 'impiedosos.

Ah Hollywood! Tu, só lu, mas sem des-falecimento, continuas a nos ensinar que a hUpocrisia é uma virtude ocidental...

A GUERRA SEGUNDO OS TCHECOSPara Karel Kachina, diretor de Viva a Re-

pública!, a guerra interessa antes de tudo co-mo fenômeno moral. É contando a história dosúltimos dias da Segunda Guerra Mundial, dcponto-de-vista de um menino de 12 anos, queéle pretende anunciar o fim de uma época eo prenuncio de uma outra. Viva a República!,diz êle, não tem nenhuma tendência política:pretende apenas apresentar a verdade, tal qualela foi sentida pelo diretor e pelo seu roteiris-ta Jan Procházka, na época dois meninos de12 anos.

Sério, ialancio em intervalos regulares epensando muito antes de abrir a boca, Kachi-na afirmou que seu filme só foi possível naTcheco-Eslováquia de hoje, onde üm conceitode liberdade mais amplo do que o de outrospaises socialistas permite que artistas se ex-pressem sem nenhuma restrição. Èle e o ro-teirista Procházka, ajudados pelo ProfessorAntonin Mousil, contaram que a elaboração cfeitura de Viva a República! foi bastante difi-cil — "mas graças a Deus tudo saiu bem".RESPONSABILIDADE

Em Mar dei Plata, declararam os três, nãofoi só o júri que gostou da fita: foram muitocumprimentados por populares na rua. Pro-cházka está particularmente contente com is-so. Para êle. essa boa acolhida dá razão aosartistas tchecos que conseguiram formar umacomissão de censura "mais inteligente do queo normal". Como todos os filmes são pagospelo Govêmo, disse que era "quase um miia-gre" o resultado conseguido. Mas não se es-pantou com isso: acha que os artistas tchecossão-muito responsáveis em relação ao própriopais.

— Nenhum livro ou filme pode derrubarum Govêmo — disse Procházka. — Partimosdai para contornar os nossos problemas com acensura.

É por Isso, por serem tão responsáveis, queos cineastas tchecos se orgulham do fato deViva a República! estar passando no mundotodo enquanto os' filmes de guerra americanos,por exemplo, são proibidos de passar naTcheco-Eslováquia, porque são filmes que cri-ticam a vida americana. Viva a República!,acrescenta Mousil, critica certos aspectos hipó-critas da sociedade teheca, que durante a guer-ra pretendia salvar suas propriedades a qual-quer preço — inclusive entrando em colabora-ção com os alemães.

De qualquer forma, eles estão a par do que"3 faz no Ocidente em matéria de cinema.

Nem todos os filmes passam, mas quase todossão vistos em sessões especiais por cineastas ecríticos. Não entraram em detalhes sobre suaspreferências. O Professor Mousil teceu forteselogios ao cineasta tcheco Milos Forman, autorde dois filmes que são sucesso atua! na Europa

VAs áe Pique e As Aventuras de uma. Lourae se mostrou entusiasmado com o que viu do

cinema americano independente, feito emNova Iorque.

Para eles, Deus e o Diabo na Terra do Sole Vidas Secas — que viram em Praga numaSemana Brasileira organizada por Mousil —representaram "a descoberta de um mundo".

Notaram pontos de contactos entre o trabaihoque se faz lá e o que o cinema nôvo está fazen-do aqui. Parecem concordar que a época é, an-tes de tudo, dos jovens. Mas quanto à 7iO!ii;eZievague francesa, estão decepcionados pelo co-mercialismo em que caiu e pela sua crescenteincapacidade de apresentar uma visão domundo '''menos estreita". Kachina e Procházkaacharam muito ruim Viva Maria!, de LouisMalle, e O Ente Querido, de Tony Riehardson,que viram em Mar dei Plata.

Kachina e Procházka ficaram muito tris-tes quando souberam que Dr. Fantástico, queeles conhecem, será exibido amanhã. Estãocom viagem marcada para de manhã cedo, masprometeram pensar no assunto com muito ca-rinho.

O FILME

Viva a República!, que será exibido hoje,,s 22h30m com a presença dos cineastas tche-ííos, no Cine Paissandu, ganhou o Grande Prê-nio do Sétimo Festival Internacional de Mardei Plata e seu enredo se prende a aconteci-mentos passados numa aldeia da Morávia, nosúltimos dias da Segunda Guerra Mundial. Naspalavras de Procházka, o filme apenas lançaum olhar sobre o que se passa à frente de ummenino de 12 anos, Oldrich, que jamais chegaa entender perfeitamente as coisas que vê.Naquela época, as aldeias que colaboravam comos alemães 'eram poupadas da destruição e re-cebiam uma grande placa como certificado desua ajuda: "Nós cumprimos nosso dever".

— Narramos os problemas morais que ator-alentavam a Tcheco-Eslováquia em 19 3 9,quando fomos inválidos pelos alemães e traídospelo Ocidente. Criou-se no pais a idéia de quea guerra era a fim de tudo, e se não colaboras-semos com os nazistas sem dúvida Praga desarpareceria do mapa. O filme pretende mostrara hipocrisia desta época e ao mesmo tempo fi-

xar o tormento do jovem, que ao fim á surpre-endido com uma outra placa diferente daados colaboracionistas: "Viva a República!".

A infância de Oldrich foi marcada por trêscoisas: o medo ao pai, uma jumenta branca euma ninhada de cachorros. Tem apenas umamigo na cidade, Vltlich, que já foi um peque-no fazendeiro mas que perdeu tudo. Os acon-tecimentos decisivos da vida do menino revi-vem com força através de reminiscências, jus-tamente nos momentos mais críticos: quandoèle se aproxima da guerra, está acabando umafase e começando uma outra. At Zije Republikaé um cinesmascope, fotografado por JaromirSofr, e no elenco estão: Zdeneck . ListiburekGustav Valah, Iva Janzurova. Vlado Müller,Josef Karlik. A produção é de 1965.

OS AUTORESO diretor Karel Kachina começou traba-

lhando com Vojtech Jasny (autor de üm dia,um Gato, já conhecido no Brasil), com quemrodou quatro filmes: Nem Sempre há Escuridão,Por um Dia Feliz, Vm Povo um Coração e TudoTerminará Esta Noite. Seu primeiro filme éRastros Perdidos. Entre as principais obras deKachina estão Os Contrabandistas da Morte(prêmio da crítica teheca), Tormentos |Gôn-doía de Prata em Veneza), A Esperança (prê-mio de direção em Mar dei Plata) e O AltoMuro (Véu de Prata em Locarno). Jan Pro-cházka é escritor e chefe de dramaturgia dosEstúdios Barrandov. É um dos mais ativos ro-teiristas tchecos, e de 1957 para cá quinze fil-mes foram rodados com argumentos seus.

O professor Antonin Brousil, que acompa-nha os dois cineastas, é o Reitor da Academiade Belas-Artes de Praga, onde ocupa tambéma cadeira de Estética. Há quatro anos é Presi-ciente do Festival de Karlov-Vary Brousil or-ganizou várias Semanas do Cinema Brasileiro

. em Praga, a última delas no ano passado.

Cad. B, Jornal do Brasil, quarta-feira, 23-3-E6

FERNANDOSABINO

FLAGRANTESDE RUA 'ft

,u_

Londres, Via VARIG M

Em quem o «enhor vai vo-tar: nos conservadores, ou nos tra-balhistas ? — perguntou o locutor,no «eu inquérito pelas ruas.

Nos dois — respondeu

prontamente o eleitor.O locutor explicou-lhe pacien-

tamente que não era possível vo-tar bor dois:

;— O «enhor pode votar _óuma vez.

. — Pois então? Só uma veznos dois.

ISío havia jeito de fazer o hn-mem entender: ,u*

O senhor tem de votar ounum, ou noutro. ,!

Pois então não voto. *®O senhor não compreende

que lem de escolher aquele que osenhor quer que geja seu repre-sentante?

— E se èle perder? Fico semrepresentante? É a isso que cha-mam democracia?

Amenos que o senhor quei-ra votar no candidato liberal. .

Voto nele também — cn-cerrou o homem. ^

* *

A MOÇA foi descer do ônibus,falseou o passo, caiu, fraturou opé. O cobrador ajudou-a a ge cr-gtièr, recòlhendo-a de nõ\o aoônibus, e foi avisar ao chofer:

A moça quebrou o pé.O chofer tocou o ônibus, e

na primeira esquina saiu de seuitinerário, sem que nenhum pas-sageiro protestasse ou sequer semanifestasse, percorrendo diver-nas ruas alé, a porta do hospitalmais próximo. Ajudou a descera moça t voltou para o ônibus,regressando com êle ao seu per-curso normal, a partir exalamen*te do local do acidente.

* *

ALTA noite, ouço assobiosinsistentes lá na rua. Ocorre-meque seja algum amigo brasileirochegado de surpresa, vou alé ajanela. Vejo uma velha de ca-pote. vermelho chamando o seucachorro, que certamente levou àrua para o xixi costumeiro, eque escapuliu, já vai longe. Pas-*o a observá-los. A velha asso-Ma que. é uma beleza. O eachor-ro ameaça entrar no portão daesquina, depois de fuçar aqui cali. A velha se volta, me vê àjanela, faz um gesto desolado,deixando cair ou braços. Imito-a, solidário, e por um instanterepresentamos um pequeno diálo-go mudo, feito de mímicas: o se-nhor já viu só, mas esse eachor-ro! Pois é minha senhora, tercachorro dá é nisso. Ela devemorar numa dessas casas em fren-te. Desistiu de assobiar, encos-ta-se na amurada do jardim, à es-pera. Faço-lhe uma mesura eme afasto da janela.

Meia-hora depois fecho o li-vro, e antes de apagar a luz, dounova olhada: lá está ela, ainda âsvoltas com seu cachorro! Só queagora é outra velha, e outro ca-chorro. Descubro então, assom-brado, que enquanto a Inglater-ra dorme, as velhas saem à ruapara aliviar os seus cachorros.

..!'' ¦ PASSARELAGILDA OHATAIGNIER

SfjSSga^^íí-y-':*4.-.¦?>¦¦'¦¦ ¦•'y;:-:;::.•-¦;:: V--.v-X sv ¦-¦:•¦-¦ v. ^m;:¦*>>:¦..¦ •_.-.-¦¦

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P,ira o campeonato rio boliche, conjunto ile *ain e blusão emeias em orlou marrom o laranja, perjeita pnra a ocasião

/ IJv>0 MODELO QUE VOCÊ PEDIUDesenhos de DIANA

Elaine Ferreira — Tijuca: Parao seu vestido de noivado, este modelode Cardin, que ficará bem no tecidoazul. O corte é reto, com pequenosfranzidos junto à tira que forma o de-cote. Os losangos e o debrum de cima,são no mesmo tecido em marinho. Fe-licidades.

Georgiana Barbosa — Cosme Ve-lho: O crepe de lã, bem fino, é a me-Ihor solução para o vestido básico desua viagem ao Sul. Faça-o em begequeimado, com detalhes geométricosdo mesmo tecido em marrom. Repa-re que o lado esquerdo tem uma tiraque se prolonga no bolso e as mangassão bem modernas, raglans.

Maria Lúcia. Freitas — Copacaba-na: Ainda há tempo para aproveitara lonita maãfas para um vestido deco-

tado. Faça-o com corte quadrado nascostas, em lonita lisa, debruado demadras, com colerette no mesmo es-tilo.

Marísia Monteiro da Silva — BeloHorizonte: A reforma do tubinho an-tigo, pode ser feita desta forma: deco-te-o mais e coloque duas tiras no es-tilo militar nos ombros e um rolotê naaltura do busto. Deixe um pouco maisde évasé na saia, o que é obtido en-trando mais as costuras em cima, semno entanto marcar demais.

Se você tem algum problema demoda, escreva para Gilda Chataignier— O Modelo que Você Pediu — JOR-NAL DO BRASIL — Av. Rio Branco,110, 3.° anclar — que responderemoscom prazer às quartas e domingos.

ESTAMPADINHO

As listras, em tôdas as manei-ras possíveis e imagináveis, conti-nuam dominando, principalmen-te agora que vai ter início a meiaestação. E para acompanhá-las, amaior novidade são os pregadoresem plástico ou esmalte, nas mes-mas côres das listras do vestido.

Dener comunica a abertura desua boutique, na. Rua FranciscoOtaviano, 55-A e B, com. convitebranco e dourado, onde se escon-de um -par de meias com sua eti-quéta.

São umas graças os pantalonsque vestem Maria Pompeu. Shula-mith Yaari e Cléber Macedo, noshoto Receita de Vinícius, que temlotado sempre o Teatro MiguelLemos. As roupas sao da Cravo eCanela.

A maneira oriental, é o lençocheio de bossa e ar goiana, jeito

_t_\f^_\M_C **j_dfc**» i~ __¦ lil-FWZ5. SSW

ÂPregador com listra combina eom vestido

\-

Losangos Jazem lentes geométricas

Lenço de jérsei com. ttrgola, hasso oriental

com. jérsei, passando pelo queixo eenvolvendo toda a cabeça.

Você vai ver tudo através dedois bálõèzinhos coloridos. Como?Com os novos óculos que Paris lan'-çou. São losangos com armaçãoclara, no melhor estilo geomé-tricô.

A Agacê Modas vai abrir nos¦próximos dias, uma. boutique. re-quintada- perto áo Copacabana Pa-lace. Moda. jovem e esportiva vaiser o seu forte, orientada pelo bomgosto de Vera Lúcia e. Hugo de Cas-tro Júnior.

Três grandes costureiros domomento, vão abrir boutiques naRive Gaúche: Saint-Laurent. Car-din e Courrèges. Yves terá seu en-cleréço na Rue de Tournon, 21-e láterá um jardim romântico:' asclientes experimentarão suas rou-pas em caves e as vendeuses troca-rão de vestidos todos os dias. Car-din vai abrir a sua em dezembro, ea decoração ficará a cargo dos es-tudantes da Escola de Belas-Artes,tudo no mais períeito modernismo;haverá coleções para moças e ra-pazes e consta que os Beatles se-rão os primeiros clientes. Courrègesmantém grande segredo, pois foio costureiro mais copiado dos últi-mos tempos. Lançará coleção dealta costura e prêt-à-porter.

Agradecemos à G e r m nineMonteil os produtos enviados, e cn-tre eles. a novidade do momento oCreme Hand. Baliu, especial para.¦massagear os joelhos e as pernas.tão em evidência com as saiascurtas.

Por falar em joelhos, Mme.Campos lançou um serviço de ma-quilagem especial para pernas ejoelhos, com bases e pós apropria-dos, além de proporcionar uma sé-rie de modernos exercícios e. trata-mentos. As garotas são as maisempolgadas com a bossa.

O Boliche 300 vai ser o localescolhido para o I Campeonato.Ca-rioca de Boliche, com turmas deiodos os cantos da Cidade. Come-cará no próximo dia 28. Muitasmoças nos perguntam, qual a rou-pa indicada. Além da. calça-coin-prida. indicamos a saia-calça, a.bermuda e a saia-curta.

Apareceu nos Estados Unidos,a pedra-pomes elétrica, que permi-te num instante que os pés fiquemdoces como seda. De lá tambémvem a notícia de uma borrachapara embranquecer os dentes,,soba forma de batom; basta apagarum pouquinho, para os dentes fi-carem alvos imediatamente c ogosto é delicioso. 's

Luc Traineau. faz furor emParis vendendo cabelos a metro,como tecido! Basta, pedir a còr, otipo, o corte desejado. A cliente ar-ruma com alguma paciência os.fiosem casa e o preço é compensador.

A Peter Pan, conhecida íábri-ca de lingerie, lançou no mercadoeuropeu o mais leve soutien domundo: pesa apenas oito gramas,é côr de carne, transparente e 'ficaabsolutamente invisível.

De acordo com as informaçõesque recebemos de Celina Luz, d bi-quini estará completamente ultra-passado no próximo verão. A novafórmula, ãe bronzear e de despir,chama-se bilytis e cobre apenastrês centímetros de quadris..'.

Outra novidade: as sacolas depraia para o verão, serão imensas,gigantescas mesmo. A Maison Her-mès lançou um modelo, que é umaverdadeira cabina, capaz de escon-der sua dona dos olhares indíscre-tos!

Violeta. Gamerman comuni-ca que Fred Amaral está dando, au-Ias no Clube Central em Niterói,dentro ão esquema ãe Cursos âeAprimoramento Feminino. Infor-mações pelo telefone 2-8764.

Robert Piguet vai lançar maisum perfume. O nome ainda é se-grêdo e a notícia, que ainda deve-ria ser segredo, surgiu em Parisessa semana através de uma indis-creta colunista social.

O Sr. e Sr." Henri Duverney— êle Diretor áa Air France —¦convidam para. um chá no próxi-mo dia 28, às 17h30m, quandoirão mostrar a nova porcelana queserá utilizada na Primeira Classeãos aviões áaquela companhia,criação âe Picquart Le Doux.

No mercado nacional, um lan-çamento de colírio, que. está sen-do bastante procurado pelas visa-gistas, pelas elegantes e por quemusa lentes de contato: trata-se deColyrazul, que deixa os olhos des-cansados, com tom claro e azula-do no globo ocular.

> . ,ÍV1-W^V-V^:%^V;x~^:xi^v-i.x:^;-vVTv-.V

?ÍÜ..^??Cg-J--ttBÍ

.Torna! rio Brasil,'quarta-feira, 23-3-68, Cad. B — 5M.|iwi».ll!HHWtJ>'ia»4,,i',w.--'^!A^^

SERIADO VOLTADEPOIS DE

MUITAS SEMANAS

BATMAN: O MORCEGODOS OVOS DE OURO

GERALDO MATRINK "»»»«'^***W*W'-_^-AW^

t, preciso queimar oseriado? Estará defini--ivamenle perdido êstegênero que perseguiubandido ans tiros alé1930? Estaria concluídocnm Flash Gordon, omocinho da ora espa-rial, o único que nãodeixava sua mulheresperando em CaboKennedy enquanto fa-zia suas aventuras es-

¦ . paciais? A volta dc Bat-.,., man ao cartaz reacen-

de a velha polêmica sò-bre o assunto.

BVFMAN ESTÁ DE\ Or.TA. anunciara osjornais americanos^ Equanto pior o filme —acrescentam as revistasmais sucesso fará. O se-gredo nâo está no filme,mas nas estatísticas:

Depois de chegar a11 m volume rie 40 milhõesde dólares, a venda de.artigos James Bond de-cresceu, Todo mundopensava que fosse an-mentar. A ajuda do novoBond, Thunderball, foi¦insignificante.

,. — De janeiro para cá,a firma detentora dos di-reitos autorais de Bal-man já assinou 53 con-tratos comerciais comgrandes firmas america-nas. Mais 45 estão nafila.

A C.olgalc-Palmoli-ve está fabricando o sa-hão Batbath. A ilallmarkfabrica Batcartões. As fá-líricas d e brinquedoscriaram os Batbonècos.

Existem tambémBatmáscaras, Bal botões,Batcapas, Batrevólvetes,além de camisas, coberto-res, toalhas, lanternas,calções de banho, meren-deiras, carteiras de di-nheiro e caixas de lápis.A-,Macy's, de Nova lor-que, abriu uma vitrinaespecial para eles.

Uma só loja. em li-ladélfia, vendeu ,'.60 cá-misas num dia. ( 1)

Esta passagem de Bal-man para as necessidadesdò consumo é a sua gló-ria moderna. E é com elaque o seriado, tradicio-nal reduto do fantásticoe da magia 110 cinema,passa também a ganharum brilho suplementar:o do layonl publicitário.Praticamente enterradohá mais de dez anos, êleressurge agora não parapuxar as pernas dos me-ninos a quem deslum-brou muitos anos atrás,mas para justificar os bo-letins dc contabilidadeque estão fazendo a for-tuna das agências de pu-blicidade e da indústriaorganizada.

Ql EM SE LEMBRA?

Se não estivesse tãopreocupado em compraro que seus próprios Jic-

rói* recomendem, o es-peclador mais acIIio po-deria se admirar com es-tas coisas. O filme em sé-rie nasceu no meio de umritual que o tornou céle-bre. Duas vezes por ano.na época das grandes fes-tas muçulmanas, levanta-va-se uma feira num bos-que de pinheiros ao sulda capital. Ali havia unialenda na qual o operadorpassava os primeiros fil-mes mudos. A sessão va-lia por uma cerimôniacompleta. No Ocidente, ohábito de ver o- filmesem série formou-se jun-lamente com o culto dosgrandes astros. Se LilianGish e Theda Bara la-ziam furor nos cinemaselegantes, ornados comgrandes orquestras e umpúblico bem vestido, eranos subúrbios, nos bair-ros operários c nas cida-des do interior que o se-riado encontrava a sua.platéia. São conhecidasas centenas de históriasnarrando as aventuras deum ou outro menino po-bre que pretende ver oseu seriado e não tem di-nheiro. Contos de fadasrcescritos com cavalos - erevólveres, eles limitasvezes assumiam a signi.fi-cação grave de verdadei-ra festa de Natal.

INos anos que vão dt-1914 a 1920 o seriadoatingiu o mais alto pontode mania em todo o mun-do. Seu sucesso pode serinicialmente explicado"pelo fato de que, nes-

época, n j n g u é 111laconcebia uma sessão decinema com mais de umahora. Em seguida o seria-do opunha-se, eom seuhumor, energia, a ç ã o,aventura, mistério eamor, aos pesados melo-dramas sentimentais ehistóricos que ameaça-vam engolir a. produçãode cinema. Seus persona-gens eram absolutamentelivres. Faziam elogioaberto à juventude e aosmúsculos. Apesar de suasextravagâncias, o públi-co delirava. O seriado —diz o historiador LcwisJacobs — e o depositárioda emoção desinteressa-da. Não exige lógica, masabandono. E é, com seuspequenos mistérios inter-rompidos toda semana, ogerme do futuro grandefilme de suspense.

CARTAS MARCADAS

Em 1934. quando(. 1 a r k Gable apareceusem camiseta numa ce-na de tt Happened oiieNight (Aconteceu Na-quela Noite), dezenasde. cartas indignadaschegaram aa estúdio

da Columbia. Não eramprotestos morai s., ma.e x i gências financeiras:simplesmente a ven d ade camisetas caíra a io-I en I a m ente e os do-nos de lábrica reclama-vam. O filme seguintede Clark Gable mostra-va-ò de camiseta.

O espectador de hojeconhece uma infinidadede exemplos desse tipo.

poder de persuasão docinema sempre foi o cá-\ alo de batalha tle todosos teóricos tpie. já 110-começos do mudo, des-cobriam na f o togrnfinmovimentada um pode-roso estímulo psíquico.E verdade que ê^te es-límulo se tornou menorcom o passar do tempo.A enorme quantidade, defilmes produzidos a I éi030 e o domínio aindaprecário dos recursos docinema provocaram 11111desgaste que só seria re-cuperado muitos a 11 o sdepois, c o m o refina-mento das técnicas depropaganda. Mas grandeparte do velho charmese conservou, ainda as-sim. E nos anos 30,com a ascensão do fascis-mo. Hitler p ü 11 h a emprática um princípio de-

end ido anos antes porl.ênine. o de que

"o ci-nema é o nosso maioraliado na educação tiasmassas". O Fuberer sóse deixa va fotografarcom a câmara-baixa, dan-do à sua figura umaíôrça suplementar.

No caso do seriado, apro paganda ideológicaera mais difícil, geral-mente por causa dá pró-pria debilidade mentaldos enredos. E a nãoser pelas aventuras in-fantis de durante a guer-ra. nas quais espiões na-zistas se misturavam comdetectives. tigres, raiosmortais e rainhas da sei-\a. a propaganda pormeio do seriado jamaisteve força. O delírio deimaginação pre valecia,portanto, e assim a re-gra de ouro continuavaintata. A liberdade deação era ainda o grandemotivo para que o pú-blico acorresse ao cine-ina. O seriado pareciaimune às armas da pro-paganda.

A MENSAGEMREPETIDA

-\ agonia do seriado apartir de 3950, coincide

,oüt of the mmmi and inthiooeMgrtóp Seria! TJuitts $L &&M

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C0LÜMB1A'SSCIENCE-FICTIONSERIALSENSATO!

- Robert L0WERY -¦ George MACREAOY - Ralph MORGAN • Caroíe MATHEWS

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com a ascensão da T\ .Ele se transferiu para lác teve que esperar mui-lt>^ anos para chegar aopromotor de Vendas emque está se transformai.-<lo hoje ern dia.

A verdade é que a TVtem um apelo que não

pode ser desprezado. -\o

contrário do filme, umamensagem enviada p e I a'I \ repclc-se diàriamcn-lc. .--'in possibilidade • I«-uiga. E a função princi-pai desses programas évender coisas, não sendorazoável que os filmes- - já de baixa qualida:-dc -— sejam preservados:do contato dissolvonWtia necessidade c o iu e r-ciai, Era inevitável que.um nia tm 11 11 í r o. asagências descobrissem afórmula ideal para criarlia I'\ tt qué .1 a iu e sBond e os Bcâtles cria-ram im cinema.

Q 11 a n d tt se fala deBond, por exemplo, c

possível sacar tôda Cf-né-cie de argumentos. E is-so tem sidti feito: i» co-ínentários sôbre compile:xos, debilidade mental,frustrações sexuais, tudoe usath) paia explicar osucesso de Bond. Partrás dessas explicaçõesamáveis existe a verda-de tios ilenlilrícios Bond,das camisas Bond, doscalções Bond. do cremede barba, das maletas edas botinas .lanics Bond.O grande herói que ma-la espiões e defende ademocracia é. muito jus-lanlcnle, um vendedor,

possível hièii te um .se//-inatle-mtm: se cobrassecomissões, seria o maisrico caixéiro-viajante detodos os tempos. JamesBond criou a indústria

que o explora ou é a in-dústria que m a n té mBond em pé? O herói eo publicista tiMii natural-niente um pacto. Lmnão age sem o oulro.

TBANSEORMAB-SE

O velho charme do ci-nema aparece a#»im sus-

tentado por um podem,so mecanismo que ri ex?piora até a última gola;Bond tem o t o q u e tle.Miilas. e esse toque sqaparece fora dos filmes,nas grandes lojas e nas.grandes massas consumi-;doras. E um poderosoaliado para a criação deuni consumo r a ti. n vezmais artificial, que porsua v ez revela-uma ou-tra coisa: o espectadorque hoje compra o loçãoBond oil a capa Biilmané certamente mais desc-ijiiilibrado do tpie o de30 anos atrás. A emoçãoda aventura não o satisí:1a'-., porque- a emoção foieliminada para dar lu-

,gar ao rólulo publieii.i-rio: assim, êle não qivei;ver, mas ser o próprioherói que admira.

Batmim p seu inseíia-rável amigo J{ o b i 11. <_)Biipaz Maravilhoso, sãoos mais novos arautosdessa técnica moderna.Há trinta anos ninguémdiria que pudessem t e r,unia íunção econômica!tão importante. Mas háoutros motivos para mi-

por que certo.- heróis deseriado por sira*vez res-surjam anunciando ou-tros produtos? .0' seria-(lo, repelido diãriamen-te. é uma distração ouúm perigo? Se é um pe-rigo, porque o "Governo

não toma providencias?Ou isto arruinaria as fá-líricas? O seriado mí [io-de viver como propagan-dista de artigos de con-sumo? Tem c h a r m e?\ ale alguma coisa? Jávaleu? E se é geralmon-.te olhado como fenôme-no infantil ou b u r r o,

porque é que Aragon!

proclamava, ainda notempo do mundo:

¦— Eis aí o espeta-culo que. melhor convém,a êste século?

* * *

ll) — Time. 11 de mar-

ço.-Continua no próximo

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Miísiea e informação

CampanhaDARCI MAGALHÃES —

Anchieta. — "Os objetos üeouro e prata doados nacampanha Ouro Para oBem do Brasil após junái-dos pesaram muito me-nos?"

Sim. Muitas peças eramapenas capeadas oom ouro,tendo pedaços de arame eoutros materiais. — A ar-recadação da CampanhaOuro Para o Bem do Brasilfoi encaminhada ao Bancodo Brasil (dinheiro, che-quês, titulos) e à CaixaEconômica Federal o re-sultante de doações emjóias e outros objetos va-iiosos cujo total geral so-mou: 3 bilhões, 822 mi-lhões, 387 mil, 370 cruzei-ros e 95 centavos.

Taubalé

VÁLTER CORREIA —Nilópolis. — "A cidadepaulista de Taubaté ondenasceu Monteiro Lobatoteve sua denominação ori-ginada de que jorma?"

Iiaboatê era como sechamava a aldeia de in-dios no local onde surgiuTaubaté, e o nome indíge-na significava "lugar ondemora o chefe" indicando adenominação um aldea-mento principal. O nomeItaboatè alterou-se paraTaubaté. — O escritorMonteiro Lobato nasceu aliem 1882.

sicais por ocasião de suamorte?"

Sim: A SBACEM conce-deu pòstumamcnte a AriBarroso e, depois, a Mari-no Pinto, o título de Gran-de Benemérito, sabendo-se<_ue êsse título anterior-mente só fora concedidoao Presidente Getúlio Var-gas e a Benedito Lacerda.

Desfrute

RVTE MENDES — Esta-ção de Colégio. — "Podeser usada a palavra des-frute sem o sentido dezombaria?"

Sim, porque desfrute .amesmo que desfruto) è osimples ato de desfrutar:colher os frutos, usufruir,apreciar, deliciar-se. Osubstantivo pode ter aindao sentido de zombaria ouchacota e ação ridícula.Mas a palavra no empregologo denota o significado.

Roosevelt

1 iii ¦« -ili

LEO FONSECA — NovaIguaçu — "O PresidenteFranklin Delano Roose-velt no seu Govêmo tevejudeus como colaborado-res?" .

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Sim: mencionando-se lo-go o seu Secretário do Te-souro Henry MorgenthauJr., nascido em Nova lor-que, ocupante do cargo pormais de dez anos. Eramtambém judeus e colabo-radores de Roosevelt os es-tadistas Félix Frankfurtere Bernard Baruch.

Post-mortemSÍLVIO CUNHA — Ita-

juba — "Ari Barroso, João.chegou a receber algumtitulo especial da Associa-ção dos Compositores Mu-

FelizSILVINO BRAGA — Ni-

terói — "Entre os gêniosda Música houve algumque, tendo vivido menosde 40 anos, tivesse aprovei-tado Intensamente a vida,com filhos, fortuna e va-riada produção musical?"

Isto se deu com Men-delssohn, nos seus 38 anosde vida, falecido em 1847.Felix Mendelssohn-B a r-tlioldy, um dos gênios pre-coces da Música, nascidona Cidade alemã de Ham-burgo, teve na vida tudoo que desejou. Pai de qua-tro filhos êsse alemão quevisitou dez vezes a Ingla-terra, possuía fortuna, só-lida cultura, dotes físicosetc.

SuezPAULO ABREU — La-

ranjelras ¦— "Ê o Brasil ouqual pais que tem maissoldados lá em Sue. naForça ãa ONU?"

É a índia, leitor. Aindahá, pouco, uma autoridadede nosso Exército iníor-mava que a ONU pediuum reforço de mais 136homens ao contingentebrasileiro que já dispõe de630 soldados, acrescentan-do que se fôr aumentadonosso Batalhão Suez para766 homens, ficaria aindaassim numericamente in-ferior ao efetivo da Índia,que é o maior em Gaza.

SalNELSON AVELAR — Pa-

ti do Alferes — "O consu-mo brasileiro de sal é dequantas toneladas? E nos-sa produção de sal, dquanto monta?"

Segundo cálculos ofi-ciais, o consumo brasilei-ro de sal é de cerca dedois milhões de toneladasanuais — e a produção de1 milhão e' 200 mil tone-ladas —, suprindo-ss o de-íicit com a importação.

da civilização universal"—, recebendo Rondon, noano seguinte, o Prêmio Li-vingstone, da Sociedade deGeografia, de Nova Iorqueapós a expedição cientifi-ca Roosevelt- Rondon.

Àpassioi-ataARLETE GOMES PRA-

DO — Humaitá — "João,o filme brasileiro Apassio-nata . de que época? An-terior à Segunda GuerraMundial?"

Não. íisse filme brasilei-ro da Vera Cruz (São Pau-lo) — Apássloriata — é de1952. Apassionata com osdiálogos escritos por Gui-lherme de Atmeida e pelaSr.a Leandro Dupré. reu-nia no seu elenco TôniaCarrero, Anselmo Duarte,Ziembinsky, Alberto Rus-chel, Paulo Autran e ou-tros valores da arte cèni-ca no Brasil.

Biblioteca

RondouALEX MOURA — Pie-

dade — "Foi na Europa ouonde que um Congressodas Raças aplaudiu hámuitos aitos a obra de nos-so patrício Rondon, amigodos indios?"

Foi em Londres no anode 1913 que o Congressodas Raças, ali reunido,aplaudiu com entusiasmoa obra de Rondon, apon-tando-a como exemplo aser imitado: "para honra

ESTÊVÃO JESUS MO-REIRA — Flamengo —"No Rio o Patrimônio His-tórico e Artístico Nacionaltem biblioteca para con-sulta dos estudiosos e pes-quisado-res?"

Sim — funcionando desegunda a sexta-feira naparte da tarde e instaladano Palácio da Cultura, 8.°andar. Fundada em 1936,a Biblioteca do PatrimônioHistórico e Artístico Nacio-nal conta com milhares delivros e numerosos jornaise revistas, para consultados estudiosos.

DesidrataçãoIVANILDA ROCHA —

Campinho — "João, a Me-dicina explica a ratão pe-la qual. as crianças —mais do que os adultos —são as maiores vítimas tiadesidratação?"

O Diretor do Centro deReidrataçào Sales Neto —Dr. Paulo Torres Filho —.após explicar tudo sobredesidratação aos leitoresdo JORNAL DO BRASIL,esclareceu que a criança éa principal vítima da desi-dratação por seu aparelhotêrmo-regulador sofrermuito maiores alteraçõesdo que o do adulto já in-teiramente formado.

DinossauroMARCELO FREIRE —

Volta Redonda — "João,aqueles animais gigantes-cos da Pré-História, os di-nossauros, eram assimchamados por que? Dlnos-sauro é palavra de queorigem?"

Êsse réptil pré-histórico— o dinossauro — recebeuseu nome do idioma gregocom o significado etimoló-glco de terrível lagarto,íormando-se a palavra dl-nossauro dos elementosgregos âelnós, terrível, esaúra, lagarto.

SupennecanimaçãoANÍBAL MOURA — Flu-

mengo. — "..".a técnica tio/Ume na TV ê superméca-nimação . não supermecá-nização..."

De fato: e superniecanl-mação, neologismo, parece-nos vocábulo de boa for-inação, embora um tantodifícil cie ser... memoriza-do. Na resposta aqui on-tem publicada, saiu... su-..permecanização. em ve_ de(correto no caso): super-mecanimação.

MultasSÉ RG I O GADELHA

BARBOSA — Teresópolis "Na Constituição dos

Estados Unidos existe al-guina emenda sóbre proi-bicão dos excessos de mui-tas?"

Sim: Refere-se aos ex-cessos de multas a Emen-da n.° 8 aprovada __a Car-ta Magna dos EstadosUnidos. Textuabnente:"Emenda VIII — Proibidosos excessos de fiança,multas e penas. — Náopoderão ser exigidas fian-ças exageradas, nem im-postas multas excessivasou penas cruéis ou anor-mais."

sim mesmo: refém e pa-jem. Refém veio do áraberahéa, plural de rahn, pe-nhor —, e pajem do ita-liano puggio. este derivadado grego paidion, menino-zinho.

AnimaisPAULO MOREIRA —

Engenho Nõvo. — "Qual èo animal que corre mais, equai o ãe faro mais apura-do?"

O recorde da velocidadeentre os animais pertenceà gazela, gênero de anti-lope, que corre 96 km porhora —, sendo o rinoc.s-ronte o animal que tem aprimazia do faro, podendopressentir um homem a 3km de distância.

RegiaJACKSON CORDEIRO

Abolição. — "Por que ra-_áo a Vitória-Régia ãoAmazonas é também cha-mada ãe Milho-d'Agua?Por que Milho-d'Agua?"

CINEMAESTRÉIAS

PatriotaOTÁVIO FIGUEIREDO

— Catumbi — "Evaristo

da Veiga que tem o nomedado a uma rua no Cen-tro do Rio, era carioca?"

Era. — Jornalista e vá-rias vezes deputado noBrasil Império patriota dosmais exemplares —, Eva-risto da Veiga, que morreuprematuramente aos 38anos de idade, era cariocade nascimento. Rui Bar-bosa escolheu Evaristo daVeiga para Patrono de suaCadeira na Academia Bra-sileira de Letras.

PredileçãoMILTON PACHECO

SOARES — Cachambi —"No Brasil qual o Presiden-te que sempre tinha con-sigo, juntamente, a Bíblia,e o Dom Quixote de Cer-vantes?"

O fato se associa não aum Presidente do Brasilmas da Argentina. Sar-miento. o grande educa-dor e estadista argentino,Presidente da Repúblicade 1868 a 1874, é que nun-ca abandonava a Biblia eo Dom Quixote, bem comoas obras de alguns romãn-ticos espanhóis e diversosfilósofos. Sarmiento mor-reu em 1888, no Paraguai.

PronúnciaLISANDRO CASTELLA-

NI — Penha. — "João, aspalavras... refém, pajem...sempre tiveram tal pro-núncia? E... pajem escre-ve-se mesmo com g ou comj?"

Com j, sendo os dois vo-càbulos pronunciados as-

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Os espanhóis á que cha-maram Milho-d'Água àssementes da Vitória-Ré-gia, tornando-se Milho-d'Agua um dos nomes po-pulares da rainha dasplantas aquáticas. E os es-panhóis chamavam às se-mentes da Vitória-Régiade Milho-ã'Água porquetais sementes já eram co-midas bem torradas, comomilho.

LobaÊRICO MENESES —

Gamboa. — *'C07u alusãoao mito da loba de Roma

que teria amamentado Rô-mulo e Remo, pode o Joãodizer quantos filhotes umaloba tem ãe cada vez?"

A pergunta é curiosa,leitor. A loba tem, em mé-dia, seis filhotes cm cadaninhada, podendo o nume-ro variar de 3 a 13. Nasci-dos os lobinhos, a mãe osesconde até que possamsair para caçar.

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Âs visuaisSALAO DE ABRIL — Informam do

Museu de Arte Moderna que os trabalhosnão aceitos na seleção para o Salão deAbril estão à disposição dos interessados,de 14 às 19 horas, com o gravador JoséLima.

AULA PRATICA — O pintor indoné-sio Affandi dará uma aula prática de piti-tura no Museu de Arte Moderna no pró-ximo dia 30. No dia seguinte será abertauma exposição de sua obra no MAM.

FARNESE NA CANTU — No próximodia 29 inaugura-se na Galeria Cantil (RuaBarão de Ipanema, 110-A) uma exposiçãode desenhos de Farnese de Andrade. Emnova fase, apresentará êle uma série degrandes desenhos de figuras em coressombrias, a nanquim com pincel e bico depena combinados. Podemos desde já ga-rantir sucesso para esta mostra.

NORHA BELTRAN — Hoje em SãoPaulo, ria Galeria Chelsea (Rua Augusta,esquina com Luis Coelho) uma exposiçãoáe pintura de Norka Beltràn, conhecidado público carioca por suas exposições rea-lizadas na antiga galeria Pegüln.

ATELLIER LIVRE — Acham-se aber-tas, de 14 às 18 horas, as matrículas paraos diversos cursos de arte do Atellier Livrede Artes Plásticas (Av. Copacabana, 690,10° andar). Trata-se do quinto ano leti-vo dos cursos de desenho, pintura e xilo-gravura para crianças e adultos, dirigidospor Maria de Lourdes Novais.

FORMA 1 — Apareceu o primeiro nú-mero da revista ãe cultura Forma, editadaem Curitiba. Apresentação gráfica muitobem cuidada e matérias de real interessepara leitura, além de ilustrações de Poti eoutros artistas.

AINDA O SALÃO DE ABRIL - Havia ¦';

a previsão de ura Grande Prêmio Interna-cional, no valor de 3 milhões de cruzeiros,para o melhor artista da exposição. Ojúri, com muita sabedoria, transformou aterça parte dele em prêmios de aquisição:: ...Avatar Moraes, CrS 500 mil, com pintura.!.'e colagem no gênero Max Válter Svanberg(que expõe atualmente no MAM); Antô-nio Dias, desenho, CrS 250 mil e MaríliaRodrigues, com a mesma gravura que con-correu ao Salão de Brasília, prêmio igualao de Dias. Os Cr$ 2 milhões restantesficaram acumulados para o próximo ano.Com a galopante desvalorização de nossamoeda, possivelmente êste será o valor doprêmio normal em 1967. A iniciativa daPetite Galerie, em que pese a atuação flu-tuante do júri, cobriu-se do maior sucessoe veio demonstrar que o prêmio em di-nheiro ainda é o maior incentivo paracompetições deste gênero.

Nos bastidoresDIA MUNDIAL DO TEATRO — No

próximo domingo, dia 27, será comemora-âo no mundo inteiro, sob os auspícios doInstituto Internacional de Teatro, o V via

Desenho nanquim a pincel, e biro-de-pena deFarnese de Andrade, expondo na Galeria Canlu

FAUSTO WOLFF (Tclevlflo) — HAKRY LAUS (Artes P"Ãírtlc!i3. — UCO BUHNETT (Literatura)MAURÍCIO GOMES LEIXE (IntomncKmalH) MÍRIAM ALENCAR (Clnuma)RENZO MASSARANI (Mímica) — SIMAO DE MONTA1.VERNE (SllOWS)IAN ftílCHALSKl (Teatro) — JUVENAL PORTELA (Discos Populares)

Mundial do Teatro. No Rio, ás comemora-ções incluirão um debate na televisão só-bre assuntos teatrais, e uma mtznsagenique será lida cm cena aberta, atueis do e.-petáculo, em todos os teatros cariocas.

O EXEMPLO VEM DE CIMA (I) —Tendo chegado ao fim o antigo contratode locação do Teatro do Rio, de ainco anoscie duração, o IAPETC, que é o proprietáriodo imóvel, resolveu aumentar o aluguel de30 500 para 1450 000 cruzeiros mensais, ouseja, um aumento de quase 5 000%!!! Nãosabemos qual é o amparo legal que unital aumento encontra na nova lei sobrealuguéis não residenciais; mas como exem-pio dado por um órgão paraestatal decomo se deve proceder paxá prestigiar oprograma governamental de contenção docusto de vida, é evidente que a exigência

¦ do Instituto dispensa comentários... OPresidente da SBAT, Sr. Joraci Camargo,já telegrafou ao Presidente do IAPETC, so-licitando uma audiência para procurarcontornar o impasse surgido. ,

O EXEMPLO VEM DE CIMA (II) —Um excelente teatrinlic de fantoches joirecentemente inaugurado no Aterro ão Fia-mengo: Esse teairinho, único no gêneroexistente na Guanabara (e possivelmenteno Brasil), /ot concebido especificamenteem função de espetáculos de fantoches, epara o seu desenho e as suas instalaçõestécnicas foram cotisultados alguns espe-cialistas desse gênero teatral. Uns doisou três espetáculos áe fantoches — tim dosquais, pelo menos, de alta categoria — fo-ram promovidos no local; mas já no do-mingo passado a Fundação Parque áo Fia-mengo promoveu ali — c07n a presença doSr. Governador — a estréia de uma peçainfantil com atores vivos. Para isto foramnecessárias, evidentemente, algumas adap-tações que devem ter deturpado, não sabe-7IWS se provisória ou definitivamente, ascaracterísticas específicas que faziam áoTeatrinho âe Fantoches uma casa única noseu gênero. Enquanto isso, o Estado man-tem fechadas várias casas ãe espetáculosáe sua proprieâade; mas em vez áe usarteatros normais para espetáculos normaise o teatrinho ãe fantoches para espetácu-los de fantoche, o Governo prefere vistu-rar alhos com bugalhos. E onde está oacéfalo Serviço de Teatros da Guanabara.ao qual cabe o dever de zelar pela corretautilização dos teatros pertencentes ao Es-tado?

SVOBODA EM LONDRES — O extraor-dlnário cenógrafo tcheco Josef Svoboda,chefe do departamento de cenografia doTeatro Nacional de Praga, encontra-se emLondres, a convite do Teatro Nacional Bri-tãnico, colaborando com Sir Lawrence Oli-vier na encenação de A Morte de Danton,de Buchner. Há cerca de dois ou trêsanos atrás, Svoboda passou várias semanasno Brasil; mas, graças à proverbial lu-cidez que caracteriza a nossa burocracia,(e particularmente a do Teatro Munici-pai, onde êle deveria ter executado umcenário), não soubemos aproveitar a suapresença, que tantos ensinamentos pode-

„ ria ter trazido ao teatro brasileiro.

I Gaveta de letras

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Lilian Lcmmertz, uma das duas agradáveisdescobertas de Quem Tem Mêilo de

Virgiuia Woolf? Ela e um outro joveminterprete, Fálvio Stcjanini, sustentam com

firmeza e inteligência o diálogocom o notável casal de protagonistas

Cacilda Bccker e Vai mor Chagas

» UMA EXPOSIÇÃO, — Todas as primeiras(' edições de Eça áe Queirós, velhas revistas

brasileiras e portuguesas com caricaturasdo grande escritor, -manuscritas de traba-lhos seus, traduções cm muitas línguas,contrafações de algumas das suas obras, es-tatuetas de barro, bronze e até de pano —integram a Exposição Brasileira cometno-rativa do Centenário. Literário de Eça. Ocertame è promovido pela Fundação In-fante Dom Henrique, em colaboração como Real Gabinete Português de Leitura eoutras entidades culturais, e será hojeinaugurado às 20 horas, quanão transcorreo centenário, no Pavilhão ãe Portugal, naAvenida Chile. As IS horas, o acadêmicoAurélio Buarque de Holanda proferirá, noauditório âo mesmo Pavilhão, uma confe-rência sóbre o Estilo de Eça e, às 21 horas,no restaurante, realizar-se-á um jantaronáe serão servidos alguns ãos pratos, do-ces e vinhos descritos na obra literária dogrande escritor.

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Bonifácio vai ii Igreja é um dos quadros doespetáculo linifil em Três Atos, que o

mímico Ricardo Bandeira está apresentando noArena Clube de Arte, Rua Barata Ribeiro, 810

UM LACERDISTA — Paulo Siqueira, re-pórtor da RADIO JORNAL DO BRASIL,faz uma análise do Governo Carlos Lacer-da no livro O Coruo e a Rosa, que a Edito-ra HB lançará brevemente. Nesse livro, ojornalista reúne depoimentos de antigoscolaboradores do ex-Governador da Gua-nabara (Gustavo Borges, Américo Fonte-nele, MacDowell Leite de Castro, EnaldoCravo Peixoto, Teresinha Saraiva, RaulBrunini, Rafael de Almeida Magalhães ePaulo Amora, que faz um paralelo, no li-vro, entre Lacerda e Rui Barbosa) e iníiluitambém palavras de carinho de Dona OlgaLacerda, mãe cie Carlos.

» 4 9

UM KAFKIANO — Procedente de Praga,encontra-se no Rio o Professor EduardoGolâstucker, catedrático áa Faculdade deLetras da Universidade Carolina âe Praga,que pronunciará conferências e concederáentrevista coletiva sóbre Franz Kafka,abordando aspectos inéditos da vida e daobra do escritor praguense.

UM EUCLIDIANO — Umberto Peregrinofalou ontem sóbre o Valor Moral e o Na-cionalismo de Euclides da Cunha — Refle-xos de sua Obra, dando prosseguimentoao ciclo de palestras que o PEN Clube es-tá promovendo sóbre o autor de Os Ser-toes.

UMA COLEÇÃO — A Biblioteca Nacional,através áa sua Divisão de Publicações eDivulgação, vai lançar êste ano, além áosAnais, publicação oficial áo órgão, e outrostrabalhos avulsos, uma nova série áe volu-mes intitulada Coleção Rodolfo Garcia. A7iova coleção, que se âestina a acolher tex-tos históricos, literários etc, além áe umasérie âeâicada a catálogos e bibliografias,é também justa homenagem ao notávelhistoriador que foi Rodolfo Garcia, Diretorda Biblioteca Nacional âe 1932 a 1945. Oprimeiro lançamento da Coleção anuncia-do para êste ano, com prefácio de José Ho-nório Rodriyues, deverá ser a obra inti-tulada Jornada dos Vassalos da Coroa dePortugal, do padre Bartolomeu Guerreiro,cuja prhmira edição apareceu em Lisboaem 1625, historiando a reconquista daBahia por espanhóis e portugueses, depoisdo assalto holandês de maio de 1624.

Teclado de notasREINICIO — A Escolinha de RecreaçãoSõcio-Cultural (Av. Copacabana, 583), abriuas inscrições para cursos de Iniciação Mu-sical, Recreação e Teoria. Os professoressão: Maria R. Pinto, Sula Jafé, Daisl de Lu-ca, Messodi Baruel, Alberto Jafé e Jeanned'Arc Sampaio. A Escolhinha de Arte dasLaranjeiras também Iniciou seu ano letivo(Mário Portela, 89), com aulas de dançasfolclóricas, Bandinha c Teatro.ESTÚDIO RAQUEL LEVI — O Estúdio(Av. Copaajbana, 928) deu inicio aos cursosde 1966 áe dança moderna e expressão docorpo, sob a guia dos 'profesôres FauziArap, Raquel Levi e Lili Pereira.ESCOLHINHA DE ARTE DO BRASIL, —Ampliando suas atividades no setor arte eeducaçãp, programou para abril próximoo início do Curso de Teatro de Fantoches,confiado aos professores Pedro Touron e

lio Krugll. A Escolinha fica na Av. Maré-chal Câmara, 314.SCHOENBERG — O jovem maestro Chrís-toph von Dohnany dirigiu cm Sluttgurl oConcerto para Plano op. 42 de ArnoldSchoenberg, raramente ouvido, brilhante-mente executado pelo pianista vlenenseAlfred Brendl e a Orquestra Estadual.NOSSA MÚSICA — Os ouvltes da RádioMinistério da Educação e Cultura poderãoouvir hoje às 14h30m composições de Guer-ra Peixe, Vila-Lôbos, Guido Santorsola,Nicanor Teixeira e Valtel Blanco, inter-pretadas por êste último ao violão, com acolaboração de Jodacil Damasceno.

Câmara e açãoO CHAMADO DE CANES — Robert FavreLe Brei, delegado geral áo Festival de Ca-nes já forneceu os nomes dos primeirosinscritos no famoso certame: Es, de UlrichSchamoni (Alemanha); Con ei Viento So-lano, de Afano Camus (Espanha); Alfie,âe Louis Gilbert (Inglaterra). No momen-to, Le Bret está em Londres, para con-vidar mais um ou dois filmes, entre eles,Mademoisclle, de. Tony Richardson, comJeanne Moreau. Também já é certa a par-tícipação de Les Carillons de Minuit, deOrson Welles.MENINO QUE DÁ TRABALHO — Meninoâe Engenho, filme de Válter Lima Jr.. re-petindo o íelto do Nordeste, está batendotodos os recordes de bilheteria em BeloHorizonte. Domingo o cinema Metrópoleteve que fechar as portas mais cedo. Ojuiz de menores resolveu proibir o filmeaté 18 anos, apesar de a censura federal terliberado para menores até 10 anos. Meninoâe Engenho será lançado em São Pauloem abril e no Rio, em juino.SEXO DE NORTE A SUL — O Doce Espor-te do Sexo será um filme em episódios sà-bre o problema do sexo nas diversas re-glões do Brasil. Serão cinco episódios, ca-da um dirigido por um jovem cineasta es-treante, da novíssima geração: Episódiodo Rio — Lembrete — dirigido por JúlioBressane; Episódio de São Paulo — aindasem título — dirigido por Rogério Sgan-zerla; Episódio de Minas — A Família —dirigido por Eduardo Escorei; Episódio doRio Grande do Sul — O Duelo — dirigidopor Antônio Calmon; Episódio do Nordes-te — ainda sem titulo — dir. por PauloMelo. As filmagens dos episódios mineiroe carioca serão iniciadas dentro de dezdias.A VOLTA — Glauber Rocha vai iniciaras filmagens de Terra em Transe no dia1 de maio. Neste filme estará de volta Ro-berto Batalin fazendo um dos principaispapéis masculinos e também como co-pro-dutor.DIEGUES EM JUNHO — A Grande Cidade,de Carlos Diegues, está com lançamentoprevisto para junho. A programação vi-suai do filme está entregue a. RogérioDuarte, considerado o melhor gráfico doBrasil. Nos principais papéis estão Leo-naráo Vilar, Aneci Rocha, Antônio Pitan-ga, Joel Barcelos.PRÊMIO EM FLORENÇA — O Grande Prê-mio do VII Festival Internacional do fil-me etnográfico e sociológico, que acaba dese realizar em Florença, foi concedido aofilme francês, Demaín VAfrique, de Jean-Luc Magneron.

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Copacabana — 14 h — 16 h18 h - 20 h - 22 horai -

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NOITE VAZIA, de Walter HugoKhouri. Excelente. — Drama: umquadro de alienação existencial,social e moral. Com Norma Ban-gell, Mário Bcnvenulti, OdeteLara, Gabriele Tintl. — Alvoradt

(18 anos).

ESPECIAISVIVA A REPÚBLICA (At Zit» t£publika) — de Karel Knchina.Grande prêmio do último Festi-vai tíe Mar dei Plata. Apresenta*cão da Cinemateca do MAN. Ho-je il 22h 30m. Paissandu.

TEATROEM CARTAZMULHER ZERO QUOLÒMETRO -Corn. de Edgard G. Awes. Dir.de floriano Faiisal. Com AndriVillon, Daísy Lucidi c outrot ¦—M.ibla - R. Passeio, 42-54 ....(42-4620), ar (elrig. — 21 hoiasuáb., 20h e 22h; vesp.: 5.» •dom., líh — Preços: Crí 2 500,vesp.i 1 500.

ÕS FANTASTIKOS - Musical loiiiíexto de Tom Jones e música deHarvey Schmidt, com sete anosde carreira em No"a Iorque.Amável, alegre, colorida e suavesátira dos musicais convencionaisda Broadway. Dir. dc Antôniode Cabo, com: Sueli Franco, Ru-bens de Faleo, Grncind j Júnior,Peri Sales e outros. -- Carioca —R. >. Veroueiro, 238 (2Í-6&09),ar refrig. — 21h30m; sáb., 20h- 22h30m; vesp., 5.a, lóh adom., 17h; folga: 3.a. Preços:CrS 4 mil; vesp.: _;!> 3 rril.

QUEM TEM MIDÕ .. VIRGÍNIAWOOLF, — Uma das mais impor-«antes obras da novíssima dra-maturgia mundial, de autoria deEdward Albee, num espetáculoque honra o teatro brasileiro —Dir. de Maurice Vaneau. ComCacilda Becker, Valmor Chagas,Lilian Lemmertz e Fúlvio Steta-nini — Maison. Av. Pres. Antò-nio Carlos, 58 (52-345*!, ar re-frig. - de 4." a dom., 2!h;síb., 21h30m; vesp.; 5.a, ióh• dom. 17h.

À MULHER DE TODOS N6S -Adaptação de Milor Fernandes -JcA Parisiense, de Henri Becque: oeterno feminino de 1890 irans-posto par* 1964. Dir. de Fernan-do Torres. Com Fernanda MoVe-negro, Sérgio Brito, -ralo Rcist« outros. Santa Roía, Rua Visc.Pirai*, 22 (47-6441), ar refrig. -

21li30m; síb., 20h31m e 2Jh30m; vesp.: 5.», 17h, >áfa. cdom., \8 horas.

TÃRTUFO - Com. de Molièto sô-bre a hipocrisia ; sobre comouma família pode se deixar cn-volver por ela. Espet. antírrn*vencional, discutível sob certeaaspectos, mas respeitável. Dire-ção de Antônio Abuiamra, ComJardcl Filho, Jaime Barcelos, Glau-ce Rocha e outros. Miguellemos — R. Míguil Lemos, 5í- (47-7453); ar refrig. - 21 h30m; vesp.: 5.», 17h; dom. 18b,20h30m e 22 horas; séb. 2Ch30m e 22h30m — Prcvo: G$5 mil, em grupo ce dez Ct% .,2 500.

UMA MULHER DO OUTRO MUN.DO — Com. de Noel Coward.Dir. de Luís Osvaldo. Com Cá-lia Azevedo, Míriam Roíh, Nál-son Mariani e oulros. Pax —Visc. de Piraiá, 351; 21 h; síb.2úh e 22h.

AS INOCENTES DO LEBLON -Remontagem da comedia deBarillet & Grédy, bem sucedi-da por ocasião do seu lança*mento no Teatro Carioca, no anopassado. Adaptação e direção deSérgio Vioiti. Com Leina Kres-pi, Betty Faria, Paulo Lima noutros. Bolsa. Rua Jangadoirot

28 (27-3122). Ar refrig.

Gonçalves, José Damasceno, Su-Bana Morais e Vera Lúcia Coutodos Santos. — Jovem — Pr. daBotafogo, 522 (46-3164); ar re-frig. — 21 h 30m; síb. 20h o22h SOm; vesp. 5.», léh 30m;dom. ISh. — Preços: Cr$ 3 500;sáb. Cr$ 4 mtl; vesp,: Cr$ 3mil; est. Cr$ 2 mil, exceto sáb.22h SOm.

Olr. de Oscar Felipe. Copacaba-na — Av. Copncabana, 327 —

(57-1818. R. leatro); sáb. 17 h •dom., 15 h.

PÍNÕCCHÍÓ - Adapt. dc AlceuNunes, segundo Collodi. Dir. dsLuís Maria Olmedo. Miguel lo-mos. R. Miguel Lemos n.° 51Diariamente, exceto às quintas,16h., sáb. 17h.

ASCbNSAO E QUEDA DE UMPAOUERA — De Paulo Siivino.Produção de Brigitte Blair. Dire-ção de Jorge Dória. Com Bri-çítta Blair, Jorge Dória, Reia-marie Sulquer, Henriqueta Brie-ba e Paulo Siivino — Serrador —Rua Sen. Dantas (32-8531). 21h30m, sáb., lóh 20h t 22h; vesp.£.a e dom., lóh. Preços: à noi-te, depend. da colocação; vesp.;Crí 2 mil.

ÕS FÍSICOS - Comédia trágkide Friedrich Durrenmatt: trétfísicos internados num asilo Haloucos debatem o problema oaresponsabilidade do cientista pa*Ias suas descobertas. Prod. daOscar Ornstein. Dir. dc Ziem-binski. Com Raul Cortez, LultLinhares, Sebastião Vasconcelos,Cláudio Correia e Castro, Mar-garida Rey, lona Magalhães o cu*Iros — Copacabana — (AvenidaCopacabana n.° 327 (57-1818. r.Teatro); ar refrig. 21h30m; sáb.,20h e 22hl5m; vesp.; S.a, 16',e dom., 17h. Preço: CrS S mü,vesp.: Cr$ 4 mil.

AMÉRICA INJUSTA - Peça-do.cumento do sociólogo Martin B.Duberman: o negro nos EstadosUnidos e a verdade histórica. —Dir. de Nelson Xavier * SérgioSanr. Com Cecil Thiré, Milton

A PROSTITUTA RESPEITOSA. -de J. Paul Sartre. Direção de Os-car Felipe e assistência de Pau-lo Nolasco. Com Oscar Felipe,Darlcne Glória, Delorges Cami-nha, Jorge Coutinho e outros.RIO - Catele, 338 (45-9051) -ar refrig. — 21h30mj sáb. 20h. «22h30m; vesp.: dom. 18h. Preços:Cr$ 3 mil; est. Cr$ 2 mil; vesp.:CrS 2 500.

BRASIL EM 3 ATOS - Comédiasatírica de Ricardo Bandeira, como autor. Panorama do Brasilatual visto pelo ângulo do Tea-tro de Mímica, assinalando avolta de Ricardo Bandeira ao Rio,Arena Clube de Arto — BarataRibeiro n.o 810. 21h30m. Dom.vesp. 18h. Preços: 3.«, 4.» 5.»e dom. Cr$ 3 500; 6.» e sáb. Cr$5 mil; est. dia de semana Cr$ 2mit.

RECEITA DE VINÍCIUS - Espeti-culo variado sóbre a vida e aobra de Vinícius de Morais. Tex-fo de Paulo Mendes Campos. Dir.de Amir Haddad. Com CléberMacedo, Marta Pompeu, ShulamithYaari, Antero de Oliveira, PautoPorto e Taiguara. Miguel íamos.Rua Miguel Lemos n.° 51 —(47-7453); ar refrig.; 2.», 21 h30 m; 3.» a 6.», 23 h 30 m; -sáb., 18 h • 24 h. - Folgadomingo.

ALõ, DOLlYI — Famoso musicalde grande sucesso na Broadway,baseado na comédia A Caaamen*teira, da Thornton Wilder. Espe*táculo movimentado, colorido, •com raras qualidades de bomacabamento na produção. Prod.de Vítor Berbara. Dir. de lo-well Purviss, baseada na dir.orig. de Gower Champion. —Com Bibi Ferreira, Paulo Fortes,LI sia Demoro, Marli Tavares, Kit-ton Prado, Augusto César, Míl*ton Carneiro e outros. — JoãoCaetano — Praça Tirdentes, (tel.43-4276); 21 h; vesp.: 5.a, sáb.• dom., 16 hors.

PARA CRIANÇASDONA PATINHA VAI SER MISS.— Peça de Artur Maia; dir. doautor — Mesbla. R. Passeio n.«42-54 (424860), léb., lóh.

* P1RLIPATINHA E O QUEBRA NO.ZES — Peça d» Genl Marcondes,

A MENINA E O MÁGICO - Pe-ça de Cláudio Ferreira, dir. doautor. Com Cloryj Daly, palha-ço Mat-rne-quer e o mágico Mr.Wátttman — Toatro de Marionetesdo Atê,ro - Altura do n.° 300da Praia do Flamengo. — Sáb.e dom., 17 horas.

REVISTASOUE TUDO MAIS VÁ PRO IN.ÍERNO — revista musical de Go-mea Leal. — Rival, Rua ÁlvaroAlvim, 23|27 (22-2721); 20 h e22 h; vesp.: quinta, sáb., e do-mingo, ló h.

MUSICAIS

O AMANTE E O COLETOR -Peças em um auto de Harold Pin-ter. Dir. de Flávio Rangel. ComRosita Tomás Lopes, Célia Biar,Napoleão Monir Freire e ítaloRossi. — TNC — Estréia emabril.

CEMINI-V - Show musical d.Miele e BòicoÜ; com Perl Ribei»ro, Leni Andrade, Bossa 3 —Princesa Isabol — Av. PrincesaIsabel n.o 186 (37-3537), 3.» -4,a, 5.», 6.» e dom. 21 h !0m;vesp.: 5.» 17 h; dom. 18 h' sáb.20h 30m e 22h 30m. Preços: 3.»,4.a, 5,a e vesp. 5.», Cri 3 500:6> e dom. Cri 4 mil; sáb. Cri5 mil.

sãlmõFdõ mõrrcTFdõ MARShow de Ismar Porto t Joel

Var, pelo Grupo Inovação. Dir.Gilberto Brea. Com Jó Lopes,Deborah Brand e outros — Ara-na da Guanabara — Largo daCarioca (52-3550).ÍE OIRLS - (Show) de trãvTstlT.

Texto de Meira Guimarães. —Música de João Roberto Kelly.

Prod. e dir. de Luís HaroldoDulcin», Rua Alcindo Guana-

bara, 17)21 (32-5817); 21 h; sáb.20 c 22 horas; vesp.: 5.» e do-ming, ló h.

EM ENSÃÍÕS~SE CORRER O BICHO PEGA, SEFICAR O BICHO COME - Textode Oduvaldo Viana Filho e Fer-reira Guiar, música da GenlMarcondes e Denoy de Oliveira.Dir. dc Gianni Ratto. Com Frego-lente, Helena Inês, Oduvaldo Via-na Fifho, Salvador Loureiro, Ode-te Lara e outros. Opinião. Es-tréia 9 de abril.

MÚSICACARNAVAL, MÚSICA POPULARE TRADIÇÕES DO RIO ANTIGO

Museu da Imagem e do SemPraça Marechal Âncora, diária-

mente, das 12 às 20 h. menos òs5egs,

BALLET, AFRICANO ~:'T ca t r oMunicipal, dia 30 às 21 heras.

EXPOSIÇÃO DE. SESSENTA;;ANOSDE TEATRO - Salão Assírio, dià-riamente das 10 às 18 horas. —

Fechada aos domingos.

VERDE OUE TE OUERO VERDE -Espetáculo baseado em seleçãode textos de Garcia Lorca. Dir.de Amir Haddad. Com MariaFernanda e outros — l*ra$a, •—Estréia cm abril.

TELEVISÃOO PROGRAMADE HOJE

As 22h no canol 13, mais um fil-me dn série Impacto.

SUGESTÕESUNI DUNI TE (4) às 12h - in-

fanlil.TÊLEGLOBO (4) às 13h - tele-

jornalismo.

O ÚLTIMO DOS MOICANOS (4)às 15h 50m — filme de aven-turas.

AVENTURA: SUBMARINA (4) às14h 25m - filme.

BANG-BÃNG-SHOW (13) às 14h50m — filmes de faroeste.

CAPITÃO FURACÃO (4) às 17h -

infantil.

DlSÃFIÕ"AÕ~HOMFlM2) ãs 18h05m — filme de aventuras.

OS TRES PATETAS (4) às 18h 45m— filme cômico.

SHERLOCk HOLMES (9) às 22h -filme de detetive.

HOMENS EM CRISE (2) às 22h10ni — filme-documentário.

BOLSA DE VALORES (9) às 22h30m — noticiário econômico.

PAGINA 13 (13) às 18h 50m -horóscopo.ARTIGO 99 (9)~às~19h - didá"-tico.JORNAl FEMININO (4) àT"Í9h05m — teleiornalismo.

Ã" FAMÍLIA BUSCAPi (4) às 19h15m — comédia.BATE-PRONTO (13) às 19h 40m— João Saldanha comenta fute-boi.

REPÓRTER ESSO (4) às 20h - Tt-lejornalísmo.

PRIMEIRÃ/lÕiçÃÕ (13) às 20h -teleiornalismo.

TRIBUNAL DOS DEUSES (4) às20h 20m — teatro.

MESAS-REDONDAS (9) às 22h40m — cultural.

JORNAL; DE VANGUARDA (4), às23h — teleiornalismo.

INFORME CIENTIFICO (6) às 23h30m — didático.

SHOWMARIA JOSÉ VILAR - Lisboaà Noite, — Rua Cinco de Ju-lho — Shuws, c| Maria José Vilare Armando Nunes — Dir. de Joa-quim Saraiva, às 21h30m e 22h30m — Couvert Cri 1 500.

ANTÔNIO MESTRE - No Fado -Show — Rua Barão de Ipanema— Couvert: Crí 1 500.

HELENA i CIA. - No Canja-ceiro — Helena de Lima. Con-sumação de Cr$ 8 mit — RuaFernando Mendes, às 11 h.

HUMOR & MÚSICA - Show, comAraci de Almeida, Sérgio Porto,Billy Blanco a Roberto Menescal.No Zunxum, diariamente à lh.Rua Barata Ribeiro n.° 190-B —Couvert: Cr$ 10 mil.

AVANT-PREMURE-66 - Showde Carlos Machado. Com PenhaMaria, Gaguinho e Bateria daEscola Mocidade Independente —A 1 hora, diariamente, no Fred's— Avenida Atlântica n.° 1 020.Couvert: Cr$ 10 mil. '

ELIANA t BOOKER PITTMAN -Porão 73 — Avenida Copacabanan. ° 73 (Lido) — Acompanha-mento de Salvador Trio. Direçãode Guilherme Araújo. — Curtatemporada. Couvert: Cr$ 6 mil amais Crí 6 mil de consumaçãopor pessoa. — Diariamente à 1hora.

ARTESPLÁSTICAS

dos e domingos de 15 âs IIhoras.

MURAIS-FÊ SAÚDE - Exposiçãodos trabalhos concorrentes eo

prêmio de Mural para o Auditó-rio da Escola Nacional de SaúdaPública. Rua Leopoldo Bulhões,n.° 1 480, Manguinhos. Diária-mente de 12 às 17 horas, me-nos sábados e domingos.

ANTÔNIO MAIA, Ben|amim Sil-va, Ivã Serpa, Maria Polo omais oito artistas na coletiva deinauguração da Galeríi d» ArtoMtrra, Avenida Copacabana n.°1 043, sobreloja 205 - Horáriocomercial. *

NORBERTO NICOLA - Tapeça-rias recentes realizadas no atelierdeste artista em São Paulo.

Galeria Morada, na Rua Ataulfode Paiva n.° 23-B — leblon. Ho-rário comercial.

GENARO DE CARVALHO - Oitonovas tapeçarias deste artistabaiano fazem parte da coletivacom a Palito GaUríe abra suatemporada de 1944. Di Cavalcàn-ti, Portinari, Djanira, Dacosta,Graismnnn e Kraicbsrg são ou-tros artistas presentes. — PraçaGeneral Osório, 53, tel.: ....27-4204. Diariamente, de 14 às22 horas. Fechada aos domin-gos.

FLÃVÍO MARINHO RIGO - De-senhos t pintura. — O alertaGoetdi — Praça Gen. Osório —

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jYa província tl» Yehbày, ltm jardim da infância destruído pelos aviões norte-americanos

OUTRO

Fotos TASS

Brigadas de jovens emmarcha pelas r u a s dcHanói, mulheres no tra-balho de consertar es-t r a d a s, milicianas emguarda n a s fábricas ebaterias antiaéreas sem-pre alerta — eis a visãocotidiana, r a r a ni enteconhecida uo Ocidente,de mn país mobilizadopara a guerra.

Sob as bombas diáriasdos norte-americanos,espre m itl o entre u tuVietname tio Sul emíogo e uma China Pu-pular sempre atenta, oVietname do Norte,além de uni certo mis-tério acentuado por suacondição de país quaseproibido, revela a espe-ra de um povo cujotempo quase parou;

Pois o tempo, agora,é o de — no campo dearroz ou na escola ru-ral — olhar sempre parao céu, e mesmo traba-Ihar, no Vieüyime doNorte, tornou-se umamissão cie perigo.

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%? "^&- ••"' '' ^^^^^^^^W '^'^' ¦¦¦ '**

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>' ,«w^_»w,,..._.. ____J$____mi__l_ffl_m.__ —Destacamentos dc defesa, formados nàs empresas e granjas coletivas,

esperam, diariamente a chegada dos bombardeiros norte-americanos

\;n*é-I;Miilker.es dè Yenbay — como vários habitantes ãe cidades e aldeia., do pr»-"— consertam por iniciativa própria, us estradas atingidas pelos ataques aéreos

mÈÊÊÈ_imMSm,_^_%____W^__i3g_-ÍÈ*í*rfei*'.i.-i-:'_

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A« /ábrica dc cimento de Haiphong, as milicianas fazem guarda permanente A colheita dc arroz, em fazenda coletiva no delta do Rio Vermelho: o fuzil é obrigatont

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JORNALDOBRASIL Rio de Janeiro — Quarta-feira, 23-3-66 Parte inseparável do JornaS

O JB HÁ 74 ANOS

O JORNAL DO DRASIL do 23-3-1892 noliciava:

Ouro Prelo — Benedito dn Campos Valadares no-meado Secretário do Interior,

La Prensa, dc Buenos Aires, acha provável um n6-vo levante no Rio Grande do Sul.

Berlim — Co nele nados a 3 anos de prisão os so*cia listas envolvidos nos nconlccimenlos do dia 9,

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Aquário (211 a 20-2> — Se. tiver que introduziralgumas alterações em sua vida no dia de hojeprocure ver se as probabilidades são firmes, pôr-que depois será tarde.

Peixes i21.'2 a 20 31 — O dia pede realiza q&o e cie-dlcuçáo no ambiente do trabalho. Para o setor sen-thnental cuidado com o bem-estar alheio.

Aries (21'3 a 20/4) — Poderá ocorrer bons idéiasoriginais com perspectivas felizes. Sonhos agrada-veis durante n noite.

Touro (21 4 a 20/5) — Sua sensibilidade poderáajudá-lo a resolver seus casos, na vida cotidiana.

Gêmeos (21/5 a 20,61 — Cuidado com as pessoasque sc apresentarem em sua volta usando dü di-j/lomacia. Como diz o dito, nem sempre cara bo-

, nlta é querer bem.

Câncer (21/6 a 20/7! — A sua personalidade muitoo ajudará em suas ambições no dia cie hoje, poisxá influencias sáo ótimas.

Leão '21/7 a 20/81 — Durante êste dia você estarádotado de tal desconfiança que será capaz de In-dispor-se com os colegas c com os familiares. Pro-cure evitar isto, para o seu bem.

Virgem (21/8 a 20 91 — Atenção c calma, porquesó assim poderá evitar certas aborrecimentos quesurjam hoje.

Libra (21/fl a 20/10) — Não espere felicidade alémdo que- já tem. isto com relação ao seu caso amo-roso. Para a vida profissional tudo está firme, porenquanto.

Escorpião (21/10 a 20/11> — Procure distrair-se omáximo, assim poderá achar a calma necessáriapara enfrentar as discórdias que surgirem duranteêste periodo.

Sagitário (21/11 a 20/121 — Seja prático nos ti.-suntos de ordem geral e nos casas sentimentais.A prática, muitas vezes, é a maior amiga para asrealizações da vida.

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HISTÓRIA — No dia 23 de março de1338 era estabelecida a Inquisição emPortugal.

TRENS — Continua ainda hoje. a in-terrupeão de 18 horas, no tráfego dostrens para Minas.

Í3IÓVEIS — A venda das imóveis doIAPI, segundo informa êste Instituto,deverá ser iniciada dentro de um mês.Os moradores atuais serão procuradosaos sábados e domingos cm suas resi-dências. O financiamento será de 30anos e as parcelas mensais serão cal-culadas pela tabela Price, com jurosria base do salário mínimo e mais ta-xas de administração e seguro contraincêndio.

TARIFAS — Passou a ser a seguintea tabela determinada pela Secretáriade Serviços Públicos, para os táxis noEstado da Guanabara: bandeiradainicial CrS 240; 1." Zona, tarifa 1 (das(i às 23 horasl a CrS 200 por ciuiló-metro 1." Zona, tarifa 2 idas 23 às

... horas) CrS 260 por quilômetro; 2."Zona, tarifa 2 fa qualquer horat CrS2(i0 por quilômetro; retomo (das 23 às6 horas) Crs 240; hora de espera CrS1 200: subidas íngremes: tariía 2 —CrS 2C0; volumes transportados, me-dindo mais de 60 por 31) centímetros,CrS 120 cada.MUSICA — O programa MomentoMusical apresentado diariamente naRádio Ministério de Educação e Cultu-ra, ás 16 horas e 5 minutos, focaliza-rá, na. sua audição de hoje, cançõesrussas, tchecas e húngaras, todas deautores anônimos. Hoje também, às 14horas e 30 minutos, a Rádio Ministé-rio de Educação e Cultura apresentamais uma audição do programa. Nos-sa Música... Nossa, Alma. produzidopor Guerra Peixe c que focalizará oscompositores: Vila-Lóbos. Gúido San-tórsolã, Guerra Peixe, Nlcanor Teixei-ra e Válter Branco. O programa apre-sentará os solistas Válter Branco e Jo-dacil Damasceno.METEI.EOI.OGIA - Comemora-schoje o Dia. da. Metereologia c o Servi-ço de Metereologia realizará diversascomemorações em várias escolas esta-duais do Estado, alusivas ao dia.NAVIOS — Chegam hoje ao porto doRio de Janeiro os seguintes carguei-res: Rio <le Janeiro. Aiau.o, Sumia eLóide Haiti, procedentes do Norte eThai, Colorado, Nopal Traclor. I)rc_-nica c Bandeirantes, do Sul. Nenhumno vio de passageiros tem sua chegadamarcada pnra hoje.CURSOS — Jà se encontram abertas,na União dos Prpílssion.ais de Impren-sa, as inscrições para o Curso de Jor-nalismos, a ínlcinr-se' no começo domés de abril. Serão ministrados aulasteóricas e práticas, abrangendo nove.meses, todas as segundas, quartas esextas-feiras, das 18 ás 20 horas. A.sinscrições poderá j ser feitas na sededa entidade, na Rua Sacadura Cabral,43 — 3." andar. — Iniciam-se no dia4 de abril, os cursos de Psicologia Pe-minina, Charme e Pevnalidade. Psico-Pedagogia e Curso de Cinema, no Cen-tro de Estudos ASA, na Rua Francis-eo Otaviano, 17. — Somente em abrilcomeçarão a.s aulas para o.s mil e du-zentos excedentes matriculados na pri-meira série do curso ginasial. — ARádio Ministério de Educação e Cultu-ra iniciou as aulas do seu curso depreparação de candidatos aos examesdo Art. 99 da Lei de Diretrizes e Ba-ses. As inscrições podem serem feitasna própria Rádio e as aulas serão mi-ilustradas às segundas, terças, quintase sextas-feiras das 20 ás 20h30m. —Na Associação Brasileira de Ocionto-logia, Av. 13 de Maio, 13, estão aber-

tas as. inscrições para o Curso dc for-mação de Protéticos.

CONGII ESSO — Será realizado emmaio próximo, no Rio dc Janeiro, oI Congresso Pan-americano de En-genharla Naval e Transportes Mari-tlmos, que reunirá na Guanabara céi'-ca de 600 delegados de todo o Con-tineate.

MISSA — A Cúria Metropolitana dis-tribulii aviso, sóbre o privilégio agoraconcedido de antecipar para o sábadoo cumprimento do preceito da Missadominical, que só deve usar esta fa-cuidado a pessoa que saiba não pode-rá realmente assistir à Missa no do-mingo.

SEMINÁRIO — No dia 25. às 17 ho-ras, no Hotel Glória, o Conselho Na-cional de Turismo do México e Aero-líneas Peruanas, realizarão um Semi-nário Incluindo a exibição de filme eslides sóbre o Turismo no México.

MEDICINA — Comunica a Casa deSaúde São Miguel que fará realizara reunião de seu Centro de Estudos,no dia 24, às 19 lioras. com o seguinteprograma: Tiroidite de Quervain,Abcesso sub-írènico e Insuficiência,respiratória aguda — O Centro de Es-tudos e Ensino do Instituto Nacionaldo Câncer, realizará sessão cientifica,no dia 25, na qual o Dr. Felicio Fal-ci falará sóbre a "Prótese Metálicanas Hérnias Incisionais". O programaserá iniciado ás 11 horas — O Centrode Estudos do Instituto de Tisiologia,e Pneumologia da Universidade Fe-deral do Rio de Janeiro, sob a presi-riència do Dr. Henri Eugène Jouvel,realizará reunião com a participaçãode médicos e estudantes, no próximodia 25. às 9h30m. — A Sociedade Bra-sileira de Cardiologia promove, a par-tir do dia 28 de março, um Curso de.Fisiologia Cardíaca, ministrado peloProfessor Alberto Benchimol. Diretordo Instituto cie Doenças Cardiovascu-lares do Hospital Good Samaritan dosEstados Unidos. As aulas serão inicia-das às 20h30m dos dias 28, e 31 demarço e 1 de abril, no anfiteatro da22." enfermaria da Santa Casa. Asinscrições podem ser feitas na secre-taria da SBC — Foi constituído peloMinistro da Saúde um grupo de tra-balho para estudar e planejar o siste-ma de alimentação das unidades ad-ministrativas do Ministério — Promo-vido pela Escola de Pós-Graduação daF. B. H., será inaugurado em abrilpróximo. 16.° curso de Pós-Graduçãoem Homeopatia. As saulas serão dadassomente ás terças-feiras, das 20 ás 22horas, na Escola de Medicina e Cirur-pia. — Será realizada no dia 4 de abril,às 15 horas, a Prova do Curso Anualda Sociedade Brasileira de Oftalmo-logia, na Rua México, 111. — O Secre-tário de Saúde de Santa Catarina,cumprimentou o Ministro da Saúde,pelas rápidas providências tomadaspela autoridade, para socorrer as vi-tinias das recentes enchentes naqueleEstado.

HOMENAGENS — Em comemoraçãodo Centenário Literário de Eça deQueirós, o Gabinete Português de Lei-tura e a Fundação Infante Dom Hen-rique, promovem, hoje. às 18 horas,no Pavilhão da Exposição Portugal deHeje, uma conferência do AcadêmicoAurélio Buarque de Holanda, sóbre oEstilo de Eça. — Será realizado ho-je, às 20 horas, no Hotel Glória, jan-tar em homenagem ao Secretário deSaúde do Estado, Dr. HildebrandoMonteiro Marinho, por motivo da suanomeação para a Secretária.

TEMPO — O Serviço de Metereologia,do Ministério da Agricultura comuni-cá a previsão do tempo para o perlo-do de 22 a 25 de março: Região Sali-neira Fluminense, tempo nublado, comnebulosidade variável. No fim do pe-riodo a nebulosidade aumentará e soba ação prefrontal há condições parn,instabilidade do tempo com chuvas.Na Região Salienira Nordestina, tem-po nublado, com nebulosidade varia-vel. Há condições para formação dechuvas na área. entre Fortaleza e Ma-cáu, nas próximas 24 a 43 horas.

AULA INAUGURAL — Na Pontifícia,Universidade Católica (PUC), será da-da, no próximo dia 30. às 19h30m. aaula inaugural do curso de CirurgiaPlástica, que já conta com lã alunosinscritos.

O TEMPO E O VENTO TEMPERATURA

BOM NOtTI

FRACO

O SOL E A LUA

CRESC.

V__r CNASC. - 6h04mOCASO - 17h44m

29.3

MAPA DO TEMPO - JB

-*-*A_t.. íttote frtt : ''vV__á$i V -'

MÁXIMA - 36,4mínima - 21,0

NOS ESTADOSMaranhão, Piauí: Témpòt Bom.Temp.; Estável. Ventos: Quad.Leste fracos. Visib.: Bon.

Rio G. Norte, Paraíba, Pernam-buco, Alagoas: Tempo: Instável,chuvas fracas esparsas. Temp.:Eüável. Ventos: Sut _ teste fr_-coz. Visibilidade: Boa.

Se.cjips, Bahia: Tempo: Bom comnebul. Temp.: Estável. Ventos:Quad. Leste fracos a moderados.Visib.: Boa.

Minas Gorais, Goiás: Tempo: Nu*blado instobiliznndo no período.Trovoadas. Temp.: Em evelnção.Ventos: De Norie moderados. Vi-sibilidade: Boa a moderada.

Mato Grosso: Tempo: Instávelcem chuvas. Temp.: Em declínio.Ventos: De Sul fracoô. Visibilida-de: Moderada.

Rio da J.lnciro, Gii.ln.ill.ltJ. Espi.rito Santo, São Paulo: Tempo:Bom com nebulosidade. Temp.:Estivei. Ventos: Qt-ad. Norte fra-Cos a moderados. Visib.: Boa.

Paraná: Tempo: Instável, comchuvas, melhorando no periodo.Temp.: Estável. Ventos: Variáveisfracos a moderados. Visib,: Mo-derada a bon.

S. Catarina, Rio G. 5ul: Tempo:Instável com chuvas. Temp.: Es-lá vel. Ventos: Variáveis fracos.Visib.: Bo3.

ANÀUSE SIN6IICA DO MAPA - FREN1E FRIA - Entmquc-cendo :ôbre Santa Catarina. Ao N:rte do Paralelo 26°S, per-manecc o absoluto domínio da MASSA TROPICAL.

Há indícios de que esta frente fria entrará rapidamenteam dissolução, na área cm que se encontra.

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DECLARAÇÃO À PRAÇA

COMÉRCIO ELTDA., Serviço Autorizado Volkswagen,

vem comunicar à praça em geral e em particular aos seus amigose clientes, que o Sr. José Jovane Ferreira, não mais pertenceao seu quadro de funcionários, tendo deixado esta Firma nodia 18 de fevereiro do corrente ano não estando, portanto,mais autorizado a tratar de quaisquer assuntos referentes àmesma.

a.) ARNALDO, RODRIGUES FIGUEIRADiretor-Gerente (P

Miia F. SaiãoComunica aos seus amigos

que sua rifa que iria correr

membros — Efetivos e Suplen-jclia 26-3-1966 foi transferidate» do Conselho Fiscal, fixando- pára o dia 22-6-1966lhes os honorários para o exerciclo de 1966.

Rio de Janeiro, 18 de mar-ço do 1966Fernando José Pimentel Duarte

Diretor Presidente

Sociedade de Auxíliose Beneficências Estrela

aracaoRecuperadora de Metais Com. e Ind.

Ltda., estabelecida na Rua Matapi, 36, nes-ta Cidade, inscrição no D.R.M. n.° 277 172,leva ao conhecimento do público em ge-ral, que seus talões de notas fiscais de ns.001 a 150, devidamente autenticados, fo-ram levados pelas fortes chuvas de janei-

o seu esta-Gratifica-se quem os encon-

CONVOCAÇÃOConvoco os Representantes da Assem-

Ass. Moysés Braitt - Patro- bléia Deliberativa para reunião ordináriaà realizar-se no dia 28 do corrente, às17,30 horas para deliberar sobre o Balançogeral e Relatório tudo de 1965 e parecerdo CF.

Rio de Janeiro, 18 de março de 1966.a) OTHON DE CARVALHO MENEZES

Presidente

1948 Dn praça.

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Os acionistas da COMPANHIA BRASILEIRA DE PRODUTOS!dol; troco e f«cíüto. Rua BarãoQUÍMICOS são convocados n *e reunirem cm Assembléia Ge-ral Extraordinária, nã iec\e social, na Cidade cio Rio de Janeiro,Estado da Guanabara, k Av. Presidente Vargas, 509 — 20.°

andar, no próximo dia 4 de abril do corrente ano, às 16 horas6 fim de deliberar sobre a seguinte ordem do dia:

a) — Apreciação e aprovação dos Atos da atual Diretoria;b) ~ Tomar conhecimento e deliberar sóbre a renúncia

ao mandato a ser apresentada pela atual Diretoria;c) — Apreciar e discutir proposta de liquidação da socie-

ôac\e e nomear liquidante;d) — Outros assuntos de interesse social.

Rio de Janeiro, 18 de março de 1966Muciue Clock da Süva Cotti Ney Eaptisti Brandão

Direlor-Prcsidente Diretor-Superintendente

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FAZ SABERrie.Aos que o presente edital virem ou dele conhecimento tiveremze-j que por êste juíro e cartório do escrivão que este subscreve,

foi requerido por parte de URAQUITAN BEZERRA LEITE ocancelamento da procuração lavrada no Cartório de OFÍCIOSDE NOTAS E REGISTROS DE CONTRATOS MARÍTIMOS — FER-NANDO ROCHA LASSANCE, no livro 3, folhas 35, em 11 defevereiro de 1966, cm favor de SOCIEDADE NAVEGAÇÃOLAGUNENSE LTDA. a qual intimada, ficou ciente do referido

cancelamento. Pelo que, chamo e cito os terceiros interessadospara ciência do cancelamento de procuração. E, para que

chegue ao conhecimento de todos e tíe quem interessar possa,presente edita!

ser publicado na imprensa e afixado no lugar de costumeDado e passado nesta cidade do Rio de Janeiro aos dezoitodias do mès de março do ano de mll novecentos e sessenta eseis. Eu, Carlos Renato Rebello Horta, escrevente juramentado,datilografei. E, eu, Raul Obino, escrivão, subscrevo.

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ANTÔNIO PEREIRA PINTOJUIZ DE DIREITO

S.A. JORNAL DO BRASILASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA

São convidados os senhores acionistas a sereunirem em Assembléia Geral Ordinária, a rea-lizar-se às 10 horas do dia 29 de março de 1966,na sede social, à Av. Rio Branco, 110/112, nestaCidade, a fim de deliberarem sobre o seguinte:a) — Relatório da Diretoria, parecer do Conselho

Fiscal e prestação de contas, referentes aoexercício findo em 31 de dezembro de19Ó5;

b) — Eleição dos novos membros do ConselhoFiscal e respectivos suplentes e fixaçãodos seus honorários;

— Assuntos gerais.Rio de Janeiro, 17 de março de 1966.

Manoel Francisco do Nascimento BritoDiretor (p

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reunirem em Assembléia Geral Ordinária, a rea-;q„e m,ihor lhe, convier. Troca-.elizar-se as 14 horas do dia 29 de março de 1966 píl° e,",'0 e ius'° valor' "• Ms"na sede social, à Av. Rio Branco, 110/112, nesta v.ntèVjff^S Trei/ «mlcom-Cidade, a fim de deliberarem sobre o seguinte:a) — Relatório da Diretoria, parecer do Conselho

Fiscal e prestação de contas, referentes aoexercício findo em 31 de dezembro de1965;

b) — Eleição da Diretoria;:) — Eleição dos novos membros do Conselho

Fiscal e respectivos suplentes;d) — Assunlos gerais.

Rio de Janeiro, 17 de março de 1966.Manoel Francisco do Nascimento Brito

Diretor (P

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MISSÃO HOLANDESA VISITOU A WILLYS —A Missão Holandesa (le Oricntnr-ãn (jue está per-correndo diversos países da América Latina apro-veitou sua estada em São Paulo para conhecer oparque fabril automobilístico brasileiro, visitandoas instalações da Willys-Ovcrlatitl, cm São Ber-nardo do Campo. A Missão Holandesa está inte-grada pelos Srs. L.A..1.M. Van Heijst, Presidenteda Diretoria do Instituto Holando-Ilicro-Ameri-cano, T.L. Rcitsma, Delegado da Diretoria domesmo IrisÜtütó, P.H. Noordwal, Secretário-Geralsubstituto da Federação dos Kmpresário* Holan-desen. Sr. A.G. Aultcs. Diretor do Conselho Ho-landes para Promoção do Comércio Exterior,J.B.H. Span, representante do Serviço Econômic»ile Informação, E..T. Van der Hagcn, Secretáriodo Conselho Holandês para Promoção do Comer-cio Exterior e foi acompanhada pelo Sr. J.B. Vers-teeg, Presidente da Câmara dc Comercio Holanda-Brasileira cm São Paulo. Os visitantes, que foramrecebidos pelos Diretores da, Willys, Srs. Lloyd K.Covellc c Lawrence West Wyman, conheceramtodas as dependências da Fábrica de Sáo Ber-nardo do Campo, demonstrando grande interesseem acompanhar os diversos estágios da produção

de veiculos da linha Willys.

RODAS CROMADAS DKW — Muitos automobt-listres passaram a equipar seus veículos com rodascromadas, proporcionando maior beleza a seuscarros. Sendo as rodas fator essencial à segu-rança cio veículo, decidiu a Vemag incorporá-lasentre seus acessórios genuínos, dc forma que osusuários agora podem encontrá-las nos revende-dores e oficinas autorizadas DKW-Vemag. JSssenovo acessório é construído dentro do maior ri-gor técnico e mantém inalteradas as condiçõesoriginais dos veículos DKW-Vemag, com a ma-nufenção da bitola 4.1/2J x 15 das rodas nor-mais. Sendo genuínas, as rodas cromadas damesma garanlia concedida ao produto nòvo, umavez que, a exemplo dêste, têm de passar portodas as fases do Controle de Qualidade antesde serem oferecidas ao público.UM MOTORIZADO A CADA 43 SEGUNDOS —Considerando-se o horário comercial do Pais em1905, a cada 43 segundos um brasileiro, em algu-ma parte do território nacional, tornou-se pro-prietário cie um veículo zero km, saído das Unhasde montagem das 11 indústrias automobilisticaõinstaladas no Brasil. A comercialização de vei-culos, em 1905, atingiu uma média de 84 unida-des negociadas por hora. Somente a Volkôwagc»proporcionou, através de sua rede de 412 reven-dedores autorizados em todo o Pais. a motoriza-ção de 33,6 brasileiros a cada 60 minutos. Mvendas desta empresa, naquele ano, subiram n.75.440 veiculos representando 40,1'': da comer-cializaeão total de veículos nacionais.CARROÇARIAS FEITAS A MAO — A Rolls-Royce anunciou que os dois novos modelos daslimousines Silver Shadow e Bentley T terão car-roçarias fabricadas à mão.

Os referidos modelos, dotados de alto graudc conforto e eficiência mecânica, substituírSoo Silver Cloud e o Bentley S.3, de duas portas.A carroçaria será do tipo monocoque, de aço eliga leve, com acomodações para quatro passa-geiros. Os assentos serão forrados com material.de alto luxo e bom gosto. Os dianteiros serãoajustáveis por mecanismo elétrico, assim comoas janelas. Nas versões com volante à direita es-tão previstas caixas de mudança automática de.quatro velocidades, e nas cie volante à esquerdauma transmissão de três velocidades com con-versor. Os modelos terão todos os progressos me-cánicos lançados em outubro de 1965, destacan-do-se os seguintes: suspensão independente comcontrole automático de altura, freios da discosnas quatro rodas, novo tipo de volante servo-assistido, e motor de alumínio de oito cilindros.O PLÁSTICO NO VW — Das 5 060 peças quocompõem um Volkswagen, 196 delas são de piás-tico ou se utilizam dêste material. Cada veiculoproduzido pela Volkswagen do Brasil, tem 13,145quilos de material plástico, incluindo os fios dosistema elétrico. Entre as peças de plástico seincluem a válvula de bomba cie combustível, a.bóia do carburador, arrúelas de pressão da sus-pensão das rodas dianteiras e o eixo flexível dovelocímetro.

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