Biblioteca e Arquivo Histórico Municipais – Ponte de Sor

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Ex.mo Sr. João Marques Calado NUMERO 252 Ponte (io Sôr, 18 de Abril de 3 Í) >7 12/ ano DIRECTOR E EDITOR QaxiÈaídíM) de. Oíiirevia. da. Ccrnceíção oindha.de. Secretario da Redação FUNDADO RES RE D A Ç/AO E ADM 1 N 1 i KAÇAu Amiicar de Oliveira da Conceição Andrade Primo Pedro da Con ceiçâo Rua Vaz Monteiro-Ircnte cLo Sor ADMINISTRADOR Composto e impresso na Primo Pedro da Conceição José Viegas Facada Minerva Alentejana — PONTE DO SOR OVO DIRECTOR Assume hoje a direcção deste jornal, meu filho Garibaldino de Oliveira da Conceição Andrade, moço já experimentado nas lides jornalísticas, e que desde os seus 14 anos nele tem colaborado assiduamente. Forçado a abandonar a sua direcção, em virtude do novo Código Administrativo tornar incompatível o cargo de funcionário administrativo com o de direc- tor de qualquer periodico, eu tinha de escolher entre o terminar com a publicação do jornal ou entregar a outrem a sua direcção. Optei pela ultima solução. Achei que a Ponte do Sôr, sendo uma terra bastante florescente entre as da sua categoria, precisava continuar mantendo o porta -voz das suas aspirações, como pode orgulhar-se de o ter sido ”A Mocidade”, nos seus já longas anos de existencia. Acabar com o jornal, isso seria dar um passo para o retrocesso e corresponder pouco airosa- mente ao acolhimento que lhe tem sido dispensado. Prescrutei onde poderia encontrar quem com a mes- ma dedicação podesse continuar a minha modesta obra, e pensei que só a um filho desta terra cumpria sacrifi- car algo por amor a ela. Certamente que a pessoa melhor indicada não poderia deixar de ser quem á terra e ao jornal conserve verdadeiro culto, e assim confiado, entreguei a meu filho os destinos do periódico. Ele é moço, estudioso, competente, e melhor do que eu,— porque a sua ilustração a isso lhe dá direito— o pode fazer triunfar. Escudado nisso, não tive duvida em a- b-mdonar o posto que ocupei durante 11 anos, sem brilho é certo, mas com o entusiasmo da primeira hora-, embora com prejuiso da minha abalada saude, e onde colhi alegrias e dissabores. Não é sem mágua que me afasto do posto que ocupei, onde fui apagada figura, mas no qual dispen- di o melhor da minha energia e entusiasmo. Mão fica porem a minha pena inactiva, porque continuarei a dar a ”A Mocidade” a minha humilde colaboração. Nesta hora em que deixo de presidir ao seus destinos, eu agradeço reconhecido a todos os meus amigos que por qualquer forma se dignaram por tantos anos auxiliar-me nesta inglória cruzada. Primo Pedro da C onceição Conselho Municipal Postos escolares Foram nomeados para consti- tuírem o Conselho Vlunicipal, tendo já tomado posse dos seus cargos, os Srs. Jose' Nogueira Vaz Monteiro (presidente), Joa- quim Antonio Crespo, José Julio Lopes Martins, Daniel da Silva, Dr. Antonio Maria de Santana Maia, Antonio Pais Branco, Raul Pais Freire de Andrade, Mano- el Nunes Marques Adegas, Paulo Valadares Marques Couceiro. Foi nomeada regente do posto escolar de Fóros do Arrão, fre- guesia de Montargil, a Snr.a D. Lucilia Nogueira Leitão, fifha do nosso presado amigo 5r. Angelo Curado Leitão, ds Niza. — Por abandono de lugar, foi demitido o regente do posto es- colar da Tramtga, na freguesia sé- de do concelho, Sr. José Alves Basilio. Agradecimento Artur Franco Capitão, extrema- mente agradecido para com todas as pessoas que se dignaram acom- panhar á sua ultima morada sua mulher Rosalina Francisca Alvega, vem por esta forma apresentar- lhes os protestos do seu maior re conhecimento. Escola do Vale do flrco Esta escola que esteve en- cerrada durante mais de 2 anos, com bastante prejuiso para a instrução, voltou ha pouco a funcionar, estando a sua regencia confiada à professora Sr.a D. Georgina Carneiro. X,<2$ià9 Começou no di-i 5 do corrente a receber instrucção, o nucleu lo- cal da Legião Portuguesa, tendo no acto inaugural usado da pa!a- vra os Snrs. Djutor Mmoel Ro- drigues de Matos e Silva e tenen- te Mourato Chambel, instructor, que proferiram discursos de pro- paganda a esta patriótica institui- ção, e de repulsa pelas ideias su- bversivas. O Nucleo conta cerca de 80 inscritos e é seu comandante o Snr. João Leal de Matos e Silva, chefe da Secretaria da Camara Municipal, A reorganisação desta antiga e afamada Banda, porque já ha bas- tante tempo vimos pugnando, vai em breve ser um facto. Já se rea- lizaram na antiga séde algumas reuniõ;s preparatórias, tendo sido encarregados de angariar socios os Snrs. tenente José Mourato Cham- bel, Raul Pais Freire de Andrade e José Coelho Junior, os quais se estão desempenhando da sua mis- são, tendo sido muito bem acolhi- dos por parte de muitas pessoas a quem se tem dirigido. O instru- mental que carecia de reparsções, já seguiu para uma casa da espe cialiJade, no Porto. Foram convi- dados os antigos executantes, que deram a sua adesão a esta simpa- tica ideia, e foi contratado para reger a Banda o Sr. Angelo Silva, regente da Filarmónica de Veiros, que nos dizem ser de uma grande competencia. Fazemos votos por que se torne uma realidade esta aspiração local, e que em breve vejamos a nossa filarmónica, (que fica separada da corporação dos bombeiros a que estava 1 igaJa), e- xibir-se no novo coreto que a Camara Municipal vai mandar construir no Campo da Restaura- ção, junto ao Jardim Publico. Vaciqa de càes Vai muito brevemente proce- der-se, no nosso concelho, á va- cinação dos canideos. ILv£Í3sa. d.e s-u.íra,g-io Sufragando a alma da Sra. D. Natividade de Matos e Silva Feli- cissimo, foi resada ua igreja ma- triz desta vila, uo dia 16 do cor- rente uma missa, a qae assistiu alem da familia, grande numero de pessoas. RCMAMTECA Não prendas mais o teu olhar sereno No firmamento azul! Deixa-o errar Pelas florestas virgens, ou beijar Quanto de belo há no campo ameno! Prender os olhos lindos num aceno Onde se prendem vagas de luar, E’ querer subir demais e aspirar A derrubar do trono o Nazareno Sedus-te o firmamento e quanto existe No seu azul sem fim?! Tu és amante Da palidez funérea que subsiste Aonde a morte paira agonisante!... Dessa luz que se arrasta sempre triste, Em noites de luar predominante! Ponte do Sôr, Abril de 1937 João M. Calado 0 Banco de Portugal vai emitir brevemente notas de varios valores, de formato e sistema americano. finiusrsario de fl Mocidade Ccm o prcscr.tc numero entra este jornal num novo ano da sua existencia. Mais doze longos me- ses vamos percorrer nesta 1 uta in- glória, mas a nossa vontade de bem servir, no desejo de contri- buir para o engrandecimento da nossa terra, anima-nos a que prossigamos A Mocidade, enceta hoje o seu 120 ano. Parece que foi ontem ainda que num gabinete do Matu- sarense e duma conversa de ami- gos surgiu a ideia da sua funda- ção. Ninguém, certamente, então, ousaria, proguosticar-lhe uma tão longa existencia. Mas ela, ampara- da no favor do publico e acarinhada especialmente por muitos dos nos- sos conterrâneos que labutam por longes terras, tem singrado, em- bora por entre escolhos, mas con- seguido manter-se incólume. Se esse amparo e carinho con- tinuarem a animar-nos como até aqui, não vacilaremos e sab‘remos manter-nos firmes atravez dos tempos, animados com o entusi- asmo da primeira hora. Festividades —Nos dias 2 e 3 de Maio, proximo, realisam-se ua visinha al- deia do Vale do Açor os tradici- onais festejos em honra de Nossa Senhora dos Prazeres, que todos os anos levam aquela aldeia gran- de numero de forasteiros, e cujo programa daremos oportunamen- te. —Tambem nos mesmos dias se realisam nos Kóros do Arrão, fes- tividades em honra do Senhor da Fonte Santa, que será conduzido da sua capela para aquela povoa- ção, depois do que se realisará uma procissão. A‘ tarde, nos dois dias, haveiá vários números desportivos, ar- raiais Je concertos musicais pela afamada Filarmónica Montargilen- se. ('onselliu Paroquial Ficaram constituindo o Con selho Paroquial da Freguesia de Ponte do Sôr, tendo já toma- do posse dos respectivos cargos, os Srs José da Cruz Bucho, Ca- simiro dos Reis Delicado, Fran- cisco da Silva Lobato, José Rol- dão Pimenta, Maximiano Do- mingues, Manoel Francisco Pires e João Manoel Lino. Bem fazer O Sr. Doutor Manoel Rodri- gues de Matos e Silva e sua espo- sa Sra. D. Margarida Vaz Montei- ro Matos Silva, que todos os anos costumam soltnisar as festas do Na- tal e Pascoa, vestindo varias crian- ças pobres, cumpriram no ultimo Domingo de Pascoa a sua beue- merita missão, distribuindo fatos e vestidos a 110 crianças. Feira ds A lter do C hão Realisa-se em Alter áo Chão, no dia 25 do corrente a feira anual de gados, qae é uma das miis importantes e concorridas feiras do pais Creança afogada numa repreza Na tarde do dia 13, uma criança de cerca de 2 anos, filha de Maria Mtndes, quando andava a brincar junto de uma repreza, no Porto de Santarém, caiu a esta sem que seus avós que se encon- travam proximo vissem, morrendo a fogada. Assinai A Diário da Manhã Vende-se na Minerva Alenteja- na este importante perióiico da capital. Chapelaria J. A. Silva Esta casa apresenta as ul- timas novidades em calçado de lona para Homem, Senho- ra e criança, para a presente época a preços muito aces- síveis. 11117770

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E x . m o Sr .João M arq u es C alado

N U M E R O 252P o n t e (io S ô r , 18 d e A b r il d e 3 Í) >71 2 / a n o

D I R E C T O R E E D I T O R

QaxiÈaídíM) de. Oíiirevia. da. Ccrnceíção oindha.de.

Secretario da R edação F U N D A D O R E S RE D A Ç/AO E A D M 1 N 1 i KAÇAuAmiicar de Oliveira da Conceição Andrade Pri mo Pedro da C o n c e i ç â o Rua Vaz Monteiro-Ircnte cLo Sor

A D M I N I S T R A D O R Composto e impresso naPrimo Pedro da Conceição José Vi egas F a c a d a Minerva Alentejana — PONTE DO SOR

O V O D I R E C T O RAssume hoje a direcção deste jornal, meu filho

Garibaldino de Oliveira da Conceição Andrade, moço já experimentado nas lides jornalísticas, e que desde os seus 14 anos nele tem colaborado assiduamente.

Forçado a abandonar a sua direcção, em virtude do novo Código Administrativo tornar incompatível o cargo de funcionário administrativo com o de direc­tor de qualquer periodico, eu tinha de escolher entre o terminar com a publicação do jornal ou entregar a outrem a sua direcção.

Optei pela ultima solução. Achei que a Ponte do Sôr, sendo uma terra bastante florescente entre as da sua categoria, precisava continuar mantendo o porta -v o z das suas aspirações, como pode orgulhar-se de o ter sido ” A Mocidade” , nos seus já longas anos de existencia. Acabar com o jornal, isso seria dar um passo para o retrocesso e corresponder pouco airosa­mente ao acolhimento que lhe tem sido dispensado. Prescrutei onde poderia encontrar quem com a m es ­ma dedicação podesse continuar a minha modesta obra, e pensei que só a um filho desta terra cumpria sacrifi­car algo por amor a ela. Certamente que a pessoa melhor indicada não poderia deixar de ser quem á terra e ao jornal conserve verdadeiro culto, e assim confiado, entreguei a meu filho os destinos do periódico. Ele é moço, estudioso, competente, e melhor do que eu,— porque a sua ilustração a isso lhe dá direito— o pode fazer triunfar. Escudado nisso, não tive duvida em a- b-mdonar o posto que ocupei durante 11 anos, sem brilho é certo, mas com o entusiasmo da primeira hora-, embora com prejuiso da minha abalada saude, e onde colhi alegrias e dissabores.

Não é sem mágua que me afasto do posto que ocupei, onde fui apagada figura, mas no qual dispen- di o melhor da minha energia e entusiasmo. Mão fica porem a minha pena inactiva, porque continuarei a dar a ” A Mocidade” a minha humilde colaboração.

Nesta hora em que deixo de presidir ao seus destinos, eu agradeço reconhecido a todos os meus amigos que por qualquer forma se dignaram por tantos anos auxiliar-me nesta inglória cruzada.

Primo Pedro da Conceição

Conselho Municipal Postos escolaresForam nomeados para consti­

tuírem o Conselho Vlunicipal, tendo já tomado posse dos seus cargos, os Srs. Jose' Nogueira Vaz Monteiro (presidente), Joa­quim Antonio Crespo, José Julio Lopes Martins, Daniel da Silva, Dr. Antonio Maria de Santana Maia, Antonio Pais Branco, Raul Pais Freire de Andrade, Mano­el Nunes Marques Adegas, Paulo Valadares Marques Couceiro.

Foi nomeada regente do posto escolar de Fóros do Arrão, fre­guesia de Montargil, a Snr.a D. Lucilia Nogueira Leitão, fifha do nosso presado amigo 5r. Angelo Curado Leitão, ds Niza.

— Por abandono de lugar, foi demitido o regente do posto es­colar da Tramtga, na freguesia sé­de do concelho, Sr. José Alves Basilio.

AgradecimentoA rtu r Franco Capitão, extrema­

mente agradecido para com todas as pessoas que se dignaram acom­panhar á sua ultima morada sua mulher Rosalina Francisca Alvega, vem por esta forma apresentar- lhes os protestos do seu maior re conhecimento.

Escola do Vale do flrcoEsta escola que esteve en­

cerrada durante mais de 2 anos, com bastante prejuiso para a instrução, voltou ha pouco a funcionar, estando a sua regencia confiada à professora Sr.a D. Georgina Carneiro.

X ,<2$ ià9

Começou no di-i 5 do corrente a receber instrucção, o nucleu lo­cal da Legião Portuguesa, tendo no acto inaugural usado da pa!a- vra os Snrs. D ju to r M m oel Ro­drigues de Matos e Silva e tenen­te Mourato Chambel, instructor, que proferiram discursos de p ro ­paganda a esta patriótica institu i­ção, e de repulsa pelas ideias su­bversivas.

O Nucleo conta cerca de 80 inscritos e é seu comandante o Snr. João Leal de Matos e Silva, chefe da Secretaria da Camara Municipal,

A reorganisação desta antiga e afamada Banda, porque já ha bas­tante tempo vimos pugnando, vai em breve ser um facto. Já se rea­lizaram na antiga séde algumas reuniõ;s preparatórias, tendo sido encarregados de angariar socios os Snrs. tenente José Mourato Cham­bel, Raul Pais Freire de Andrade e José Coelho Junior, os quais se estão desempenhando da sua mis­são, tendo sido muito bem acolhi­dos por parte de muitas pessoas a quem se tem dirigido. O instru­mental que carecia de reparsções, já seguiu para uma casa da espe cialiJade, no Porto. Foram convi­dados os antigos executantes, que deram a sua adesão a esta simpa­tica ideia, e foi contratado para reger a Banda o Sr. Angelo Silva, regente da Filarmónica de Veiros, que nos dizem ser de uma grande competencia. Fazemos votos por que se torne uma realidade esta aspiração local, e que em breve vejamos a nossa filarmónica, (que fica separada da corporação dos bombeiros a que estava 1 igaJa), e- xibir-se no novo coreto que a Camara Municipal vai mandar construir no Campo da Restaura­ção, junto ao Jardim Publico.

V a c i q a d e c à e sVai muito brevemente proce­

der-se, no nosso concelho, á va­cinação dos canideos.

IL v £ Í 3 s a . d . e s - u . í r a , g - i o

Sufragando a alma da Sra. D. Natividade de Matos e Silva Feli­cissimo, foi resada ua igreja ma­triz desta vila, uo dia 16 do cor­rente uma missa, a qae assistiu alem da familia, grande numero de pessoas.

R C M A M T E C ANão prendas m a i s o teu olhar sereno No firmamento azul! Deixa-o errar Pelas florestas virgens, ou beijar Quanto de belo há no campo ameno!

P r e n d e r os olhos lindos n u m aceno Onde se p r e n d e m vagas de luar,E ’ querer subir demais e aspirar A derrubar do trono o Naza r e n o

Sedus-te o firmam e n t o e quanto existe No seu azul sem fim?! Tu és amante Da p a l id ez f u nérea que subsiste

Aonde a morte p a ira agonisante!... Des s a luz que se a r r a s t a sempre triste, Em noites de luar p r edominante!

Ponte do Sôr, Abril de 1937João M. Calado

0 Banco de Portugal vai emitir brevemente notas de varios valores, de formato e sistema americano.

finiusrsario de fl MocidadeCcm o prcscr.tc numero entra

este jornal num novo ano da sua existencia. Mais doze longos me­ses vamos percorrer nesta 1 uta in ­glória, mas a nossa vontade de bem servir, no desejo de con tri­buir para o engrandecimento da nossa terra, anima-nos a que prossigamos

A Mocidade, enceta hoje o seu 120 ano. Parece que foi ontem ainda que num gabinete do Matu- sarense e duma conversa de ami­gos surgiu a ideia da sua funda­ção. Ninguém, certamente, então, ousaria, proguosticar-lhe uma tão longa existencia. Mas ela, ampara­da no favor do publico e acarinhada especialmente por muitos dos nos­sos conterrâneos que labutam por longes terras, tem singrado, em­bora por entre escolhos, mas con­seguido manter-se incólume.

Se esse amparo e carinho con­tinuarem a animar-nos como até aqui, não vacilaremos e sab‘remos manter-nos firmes atravez dos tempos, animados com o entusi­asmo da primeira hora.

Festividades— Nos dias 2 e 3 de Maio,

proximo, realisam-se ua visinha al­deia do Vale do A ço r os tradici­onais festejos em honra de Nossa Senhora dos Prazeres, que todos os anos levam aquela aldeia gran­de numero de forasteiros, e cujo programa daremos oportunamen­te.

—Tambem nos mesmos dias se realisam nos Kóros do Arrão, fes­tividades em honra do Senhor da Fonte Santa, que será conduzido da sua capela para aquela povoa­ção, depois do que se realisará uma procissão.

A ‘ tarde, nos dois dias, haveiá vários números desportivos, ar­raiais Je concertos musicais pela afamada Filarmónica Montargilen- se.

('onselliu ParoquialFicaram constituindo o Con

selho Paroquial da Freguesia de Ponte do Sôr, tendo já toma­do posse dos respectivos cargos, os Srs José da Cruz Bucho, Ca­simiro dos Reis Delicado, Fran­cisco da Silva Lobato, José Rol­dão Pimenta, Maximiano Do­mingues, Manoel Francisco Pires e João Manoel Lino.

B e m f a z e rO Sr. Doutor Manoel Rodri­

gues de Matos e Silva e sua espo­sa Sra. D. Margarida Vaz Montei­ro Matos Silva, que todos os anos costumam soltnisar as festas do Na­tal e Pascoa, vestindo varias crian­ças pobres, cumpriram no ultim o Domingo de Pascoa a sua beue- merita missão, distribuindo fatos e vestidos a 110 crianças.

Feira ds Alter do Chão

Realisa-se em Alter áo Chão, no dia25 do corrente a feira anual de gados, qae é uma das miis importantes e concorridas feiras do pais

Creança afogada numa reprezaNa tarde do dia 13, uma criança de

cerca de 2 anos, filha de Maria Mtndes, quando andava a brincar junto de uma repreza, no Porto de Santarém, caiu a esta sem que seus avós que se encon­travam proximo vissem, morrendo a fogada.

Assinai ADiário da Manhã

Vende-se na Minerva Alenteja- na este importante perió iico da capital.

Chapelaria J. A. SilvaEsta casa apresenta as ul­

timas novidades em calçado de lona para Homem, Senho­ra e criança, para a presente época a preços muito aces­síveis.

11117770

2 A M O C I D A D E

Iluminação publica TRECHOS DOS BONS AUTORES u,na çxplíeaçãoA leluia!... A laiuial...

Foi no sabado de Aleluia, que, graças a Deus e ao uosso amigo Delicado, tivemos o grato prazer de ver restabelecida a iluminação publica na nossa terra.

A substituição do motor, que era insuficiente para as necessida­des do consumo, privaram-nos da luz durante mais de um mês, pa­recendo á noite a nossa florescen­te vila uma aldeia sertaneja dos confins da Africa.

Ainda bem, que podemos res­pirar fundo e sair já á noite sem o risco de atropelar qualquer des­preocupado transeunte. "O lha lá êsse candieiro” , são palavras que os trocistas vão certamente deixar de pronunciar por uns bons pares de sabados, a não ser que o motor nos pregue partida e comece para ahi a fazer "p irilam ­pos" como o seu substituído.

Veremos, como dizia o cego, e até lá, só temos de nos felicitar, felicitando tambem o ncsso amigo Delicado, pela luz muito rasoavel que nos está fornecendo.

CÃÍMIOL© C Â S T F IL ® I K A i N i e ®

j V b u n d a n c i a d e l a m p r e i a s

Os pescadores Germano Si­mões, José Simões, Manoel Ca­tarro e Marçal Simões, desta vila, apanharam a semana passada, em tres dias, 110 rio Sor, 330 lam­preias. Esta abundancia que pou­cas vezes se regista, fez baixar 0 preço deste apreciadíssimo peixe, tendo-se já vendido algumas lam­preias a 2$50.

rniainon fla nnnjjj

A carreira de camionetes entre esta vila e Fronteira, ha pouco concedida á Empreza Viação M ur­ta, teve o seu inicio na passada quinta-feira, e nela está a referida empreza empregado uma luxuosa camionete,

O horário é o seguinte.Cheg. Part.

Fronteira . . . . . . — 7,40E r v e d i l ..................... 8,15 8,20A v iz ............................ 8,35 8,20Galveias . . . . . . 9,20 9,25Ponte de Sor . . . . 10,00 10,10Ponte de Sor (est.) . 10,15 —

Cheg. Part. Ponte de Sor (est.) . . — 17,35Ponte de Sor . . . . 17,40 17,45Galveias . . . . 18,20 18,25A v i z ............................ 19,00 10,10Ervedal . . . . . . . 19,25 19,30F ro n te ira ...................... 20 05 —

E’ um importante melhoramen­to que passa a servir um rasoa­vel numero de terras, Com a van­tagem dos habitantes das povoa­ções por ela servidas poderem fa­zer transportar rapidamente as suas mercadorias, pois a carreira é mixta.

— Ao Snr. Inacio Capucho foi adjudicada ha pouco a carreira de camionetes para passageiros entre Montargil e esta vila.

Consta-nos que a carreira se i- nic a muito brevemente.

V i d a O f i c i a l— Foi nomeado chefe da Secre­

taria Judicial da comarca de V i­nhais, o nosso particular amigo Sr. Dr. José Marccs Freitas M or­na, a quem por tal motivo, ende­reçamos afectuosos parabéns.

LONQIVIDADE

Faleceu ha dias, no Hospital de Montargil, Joaquim Curado, sol­teiro, mendigo, natural de Erve­dal, com a bonita idade de 111 anos.

O visconde de Correia Botelho, mais conhecido nas letras portu­guesas pelo nome glorioso de Ca­milo Castelo Branco, nasceu em Lisboa em 16 de Março de 1825.

Outros há, porém, como Men­des dos Remédios que o dão como nascido em 182Ò. No entanto o seu discípulo e amigo Alberto Pi­mentel, na sua obra " 0 romance do romancista” apresenta-nos uma certidão de baptismo, por meio da qual se desfaz este equívoco.Era filho de Manuel Joaquim Bo­telho Castelo Branco e de D. Ja­cinta Rosa de Almeida do Espírito Santo. Cêdo ficou orfão de mãi e ainda não contava 9 anos comple­tos quando perdeu o pai. Este íac- to trouxe como consequência a sua partida para Vila Real de Trás-os-Montes, onde foi acolhido por sua tia D. Ri*a Emilia da Vei­ga Castelo Branco.

Os anos seguintes passou-os na vida saudável dos campos, nome­adamente na Samardã, de que tan­to fala nas suas obras.

O seu feitio rebelde e tristonho levava-o a procurar a solidão nas serranias transmontanas. Fugia pa­ra lá de manhã, com um rebanho que apascentava e reflectia na má sina que perseguia a sua família. Sua tia dizia-lhe que tinha de ser infeliz para seguir a tradição fami­liar.

Abandonado a si próprio, sem os afagos de uma mãi que o con­solasse nas suas máguas, cêdo se tornou concentrado, com 0 pen­sar de homem experimentado pelo revés do infortúnio.

Aos ló anos casa com Maria Joaquina, uma môça de Friume que se sentira atraída pelo seu gé­nio que se manifestava em com­posições que 0 povo representava em dias de festa rija.

O pai da môça, com o fim de ter um doutor 11a familia subven­ciona-lhe os estudos. Camilo vai para o Porto e em seguida para Lisboa. A família, entretanto, cha- ma-o por falia de meios.

Volta ao Porto em 1843 e ma­tricula-se na Escola Médica. Em 1845 parte para Coimbra publi­cando O Juizo Universal e O Sonho do Inferno, No ano seguin­te dirige-se a Coimbra, sendo prê- so no Porto, por ordem da famí­lia, em virtude duma aventura de amor que tivera com Patrícia Emilia. São ambos encarcerados na cadeia da Relação.

Os horísontes politicos, nesta ocasião achavam-se muito turvos. As prisões eram frequentes. Cami­lo conhece no cárcere grande nu­mero de presos políticos.

E’ finalmente sôlto, e segue pa­ra Coimbra a frequentar as aulas. Em breve volta a Vila Real por­que rebentara 0 movimento co­nhecido por "Maria da Fonte", 0 que obrigou ao encerramento das aulas. Escreve nessa altura o seu prim eiro drama—Agostinho de Ceuta (1847).

Sua esposa falece-lhe em 25 de Set mbro dêsse mesmo ano. A in­da nesse mesmo ano segue para o Porto e publica o poema heroí- cómico A Murraça, em que con­ta uma cena de pugilato havida entre dois padres. Não resistimos à tentação de inserir aqui a intro­dução do poema:Os cónegos, e os sôcos bem puxados Que da Sé episcopal na sacristia, tm queixos nunca dantes soqueados Ferveram com rev'renda valentia E aqueles que deveram ser cantados Quais filhos de sagaz patifaria Cantando espalharei por todo o Porto Qual se espalha 0 fedor do cão já morto

É desnecessário acrescentar que a edição se esgotou.

Colabora em O Nacional e Re­

vista do Porto.E’ agora que começa verdadei­

ramente a sua actividade como es­critor. O seu estilo fôra-se forman­do nos diferentes ensaios que pu­blicara, Além disso a sua convi­vência nos meios cultos desenvol­vera-lhe a facilidade e a forin^ de se exprim ir. O grande escritor ia agora começar a revelar-se. Oseu génio fulgurante ia elevar 0 ro ­mance português, criar 0 verda- de;ro romance português. E tão alto subiria que Heiculano, que tempos antes quási que o alcunha­ra de principiante, é 0 primeiro a propô-lo como sócio da Academia Real das Ciências de Lisboa.

O seu estilo ia adquirindo ma­leabilidade, o seu vocabulário au­mentava e enriquecia a língua pátria com novas expressões. As obras sucediam-se e o escritor ca­minha a passos largos para a g ló­ria.

E assim aparecem no mercado:Mistérios de Lisboa (1853);

Livro negro do padre Diniz, e Filha do Arcediago (1855).

Em 185Ò e 1857 permanece em Viana do Castelo e produz Car­lota Angela, Cenas contempora- neas e Onde está a felicidade.

Em 1857 dá-se o acontecimento que mais havia de influ ir tia sua vida—o amor de D. Ana Plácida. Foi um amor cego que os desvai­rou e que a levou a abandonar o lar conjugal. A esposa adultera é presa; Camilo perseguido. Deam­bula pelo norte do país, procuran­do o refúgio na casa dos amigos até que, não podendo viver sem ela, naquele inferno em que se acha­va, se vai entregar à prisão. Achar- se-ia assim mais próximo do seu amor, debaixo do mesmo tecto. Sofre uma vez mais 0 horror do encarceramento. A conducta dos dois amantes é posta a nu, esvur- mada por toda a cidade tripeira.

São finalmente julgados em pro­cesso e absolvidos em 17 de Ou­tubro de 1861.

Camilo, agora, tem de procurar a subsistência do casal por inter­médio da pena. Escreve Amor de prosa, O romance de um homem rico e Amor de perdição, o seu romance mais popular, escrito em 15 dias de febre.

Em 1862 dá a lume: Memórias do cárcerf, Coração, cabeça e es­tomago, Coisas espantosas, Es­trelas funestas, Três irmãs.

Em 1863 apresenta ao público: Aventuras de Basilio Fernandes Enxertado, O Bem e o Mal, Es­trelas propicias, A bruxa do monte Cordova, Memórias de Guilherme do Amaral, Noites

de Lamego, Cenas inocentes da comédia humana e Vingança.Em 1864: Amor de salvação, Agu­lha em Palheiro e Coisas leves e pesadas

Em 1865: O Esqueleto, Luta de gihantes, A Sereia.

Em 1866: — A engeitada, O Ju­deu, A queda de um anjo, O san­to da montanha e A doida do Candal, etc., etc.

Vai depois para S. Miguel de Seide mas nâo consegue perma­necer ali. Viaja por todo o Minho.

Uma vez que se dirigia para o Porto, de comboio, sofre um des- carrilamento. Foi dêste choque que lhe havia de resultar a enfermida­de que 0 cegou.

Os seus últimos a tios sâo ator­mentados pelo infortúnio. Morre-lhe uma nétinha de 3 anos, que adorava. Seu filho Jorge, em que depositava o seu orgulho e as suas maiores esperanças pela sua elevada inteligencia, enlouquece.

Nutio, o seu outro filho, é um boémio, sempre embriagado. E

para completar a sua obra a Pro­vidência rouba-lhe a vista.

O romancista vê ru ir com fra­gor tôdas as suas ilusões mais que­ridas. Mantinha o trágico destino da família. E. cansado de viver, sofrendo física e moralmente pôs termo à existência no dia 1 de Ju­nho de 1890, fazendo saltar os miolos.

Camilo, mercê da sua obra i- mensa— os seus livros ascendem a cêrca de 262-— pela finura da sua execução, foi cognominado, com tôda a razão, o maior ro­mancista português.

A sua vida atribulada, notoria­mente no que diz respeito aos últimos anos da sua existência, im­pediu que nos brindasse com obras que excederiam as anteriores, a- chando-se o escritor, à data da sua morte em plena posse dos seus re­cursos.

A sua obra nem sempre é har­mónica. Tem, como todas as coi­sas, as suas deficiências. A par do sublime achamos páginas que es­tão longe de atingir o mesmo ní­vel.

A sua obra, tôda ela com um fundo amoroso, é das mais pro­curadas, especialmente pela moci­dade que ali vê retratarem-se com fidelidade, os seus estados de altna.Coimbra, 16-11 936

Amiicar Andrade

% morte do loboUma noite de novembro caía

neve, os aspectos do céu profun­damente frio tinham uma estrelas tremulas, lucilantes, e um luar ál- gido que dava ás concavidades nevadas a claridade nítida duns lagos de prata fundida. O padre vestia polainas de saragoça asser­toadas, tamancos ferrados e sus­pensos nas fortes presilhas das polainas, jaqueta de peles e uma carapuça alentejana escarlate, que lhe abafava as orelhas. Debaixo da lapela da véstia resguardava a escorva da clavina e caminhava curvado com as màos nas a lg i­beiras e os olhos vigilantes nas gargantas dos sêrros. Uivos lon­gínquos do lobo ouviam-se e punham-lhe vibrações na espinha, e um terror grande naquela imen­sa corda de serras, onde ele, áquela hora, se considerava o unico ente exposto a ser comido pelas feras esfomeadas. Pulava-lhe 0 coração. Ao trepar a uin outei­ro, entaliscado de rochedos que pareciam resvalar de encontro a ele, ouviu 0 uivo ali perto, para lá da espinha do sêrro. T irou a cla­vina do sovaco, e lívido, com a sensação estranha do fígado des­pegado, meteu 0 dedo tremente, automatico 110 gatilho. Fez um acto de contricção; provava quanto as religiões são importan­tes, urgentes, nas crises, nos con- conflitos sérios do homem com o lobo. Esperou. A féra assomara na lomba do outeiro, recortando- se esbatida 110 horisonte branco com uma negrura imovel, sinistra: parecia utn bronze, um emblema de sepulcro. Ela quedou-se por iatgo espaço num espído de admi­ração, de surpreza. Depois, des­caiu sobre as patas trazeira=, com ares comtemplativos, de utna po- catez fleugmatica. Mediam trinta passos entre a fera e 0 frade. Es­tava ao alcance da bala 0 lobo; mas 0 frade, caçador astuto, ma­nhoso, receava perder um dos t i­ros Pôs-lhe a pontaria com um gesto de espalhaf >to; dava gritos como quem açula câis: "Bôca! pe­go! Aí vai lobo!".

Ecos respondiam; e a fera, me­nos versada na fisica dos sons re-

Esteve suspensa a publicação do jornal durante cerca de quatro meses. A prova de que ele é aca­rinhado pelas suas centenas de leitores, é 0 facto de nesse decur­so, termos recebido imensas cartas e postais inquirindo da demora na expedição, ou perguntando se ti­nha deixado de publicar-se. Devo informar que 0 ultimo numero a sair, foi surpreendido pela publi­cação do Código Administrativo, não podendo a partir dahi eu con­tinuar como director do jornal. Sendo necessário tratar de arran­jar varios documentos para habi­litarem a assumir as suas funções o novo direector, isso levou seu tempo, até que, quando se aguar­dava a auettorisão competente, cahi doente, tendo de me internar nos Hospitais de Coimbra onde me submeti a uma intervenção cirúrgica, e em cuja cidade me demorei um mês. Tudo isto deu origem a que A Mocidade se não publicasse durante aquele lapso de tempo, que bastante arreliou todos os que por ela se interessam.

'phuno. 'pí.dho da. CowtàJ&o.

GUARDA NACIONAL REPUBLICANA

Foi transferido de Lisboa para esta vila, paia a vaga dada pela promoção a sar- geuto, do furriel Sr. fosé Nu­nes de Sousa Jvnior, 0 furriel Sr. Antonio Ribeiro, que jà assumiu 0 comando do Posto.

ílexos, olhava crespa, espavorida para o lado etn que repercutiam os brados. Ergueu-se, e desceu mui de passo, com vagares irón i­cos, com a cauda de rojo e o dor­so erriçado, a la leira da colina. O padre via-a negrejar tia linha fle- xuosa do declive. Pensou retroceder, mas 0 logarejo de Felicia estiva mais perto que a sua aldeia, e para aquele lado latiam cãis dum faro que advinhava o lobo antes de lhe ouvir o uivo, e o fariscam pela inquietação das rezes nos currais. Trepou afoito ao teso de outeiro; ganhara animo; bebera uns tragos cie aguardente duma cabaça, ata­da por utn polvorinho 110 correão. Sentia-se capaz de afrontar o re­belde, se ele 0 não respeitasse como rei da criação segundo afir­mativas de teologos que nuuca vi- ratn lobos. Do topo olhou para baixo: não 0 avistou. Carcava-se utn algar emmaranhado de bravio espesso onde se embrenhara Estu­gando 0 passo, ganhou uma chã ladeada de extensas leiras de feno alvejantes como um estendal de lençóis: e, quando olhava pata trás receoso, viu a alimaria, a grandes passos, com a cabeça alta atraves­sar a leira da esquerda, parecendo querer cortar-lhe o passo na ex­trema do caminho que entestava com a aldeia. O padre agachou se, coseu-se com o valo de urzes e giestas que formavam o tapume das terras cultivadas, e muito der­reado, arquejando com o dedo 110 gatilho, e a fecharia rente da bar­ba, caminhou paralelo com 0 iobo que o farejava de focinho anhelan- te e as orelhas fitas; e assim que a fera passou de perfil etn frente do tapigo, 0 rei da criação, que 0 era pelo direito do bacamarte, despe­diu-lhe a primeira bala com a des­tra pontaria de quem havia já ma­tado aguias cotn zagdlotes. O lobo, varado pela espadua até ao cora­ção decaiu sobre um dos quadris, escabujou, em roncos frementes, espargindo flocos de tieve, ergueu- se ainda inteiriçado numa graude agonia, e morreu.

Camilo Castelo Branco

Euzébio Macário

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A N U N C I OPelo Juizo de Direito da

comarca de Ponte de Sor, Chefe da 2.a secção Silva Leal, se faz saber que no dia 9 de Maio proximo, por 12 horas, á porta do Tribunal Judicial desta comarca, se ha-de pro­ceder á arrematação em has­ta publica do predio a seguir designado e pelo maior lanço oferecido acima do indicado:

PREDIO. Uma terra de s e ­meadura com oliveiras, par­reiras e figueiras, situada no logar do Vale de Açôr, desta comarca, avaliada em 1.500$00.

Penhorado nos autos de e- xecução hipotecaria em que é exequente João Pais Bran­co, casado, do Gavião, e e- xecutados Manuel Ludovico e mulher.

São por este citados quais­quer credores incertos.

Verifiquei a exactidão

O Juiz de Direito,Dias Loução

O Chefe da 2.® secção,

Humberto da Silva Leal

j & . nm . " u l 3 n . c i o

No dia 9 do proximo mez de Maio, por 12 horas, á porta do Tribunal Judicial desta comarca, se ha-de pro­ceder á arrematação em has­ta publica, pelo maior preço fôr oferecido, acima do valor da aval iação, do predio abai­xo descrito penhorada na e- xecução hipotecaria que João Paes Branco, casado, comer­ciante, morador no Gavião, comarca de N'za, move con­

tra Rosendo Marçalo de Abreu e mulher Maximina Maria Rosa, moradores no lugar do Vale do Bispo Ftin- deiro, desta comarca, ficando a cargo do arrematante o pa­gamento da sisa por inteiro e as despezas da praça.

Predio a arrematarSorte de terra de sem ea­

dura com oliveiras, arvoredo de sobro e de fruto, sita no lugar do Casal inho, freguesia de Ponte de Sor, foi avaliada e vai á praça por nnS escudos. ( 1 . 3 0 0 S 0 0 ) .

São citados quaesquer cre­dores incertos para assistirem à praça e usarem oportuna­mente de todos os seus di­reitos.

Ponte de Sor, 13 de Abril de 1937.

O chefe da 1.* secção,

Antonio do Amaral SemblanoVerifiquei a exactidão

O Juiz de Direito,

Dias Loução

ZtHL “ C L 2T L C I O

No dia 25 do corrente, por 12 horas, á porta do Tribu­nal Judicial desta comarca, e na execução fiscal adminis­trativa que o Ministério Pu­blico, como representante da Fazenda Nacional, move con­tra Luiz Mendonça Prates, morador em Montargil, vai pela segunda vez á praça, visto nâo ter obtido lançador na primeira que se realisou no dia 4 do corrente, para ser arrematado e entregue a quem maior lanço oferecer

acima de metade da sua ava ­liação o seguinte:

P R E D I O

A terça parte de um predio urbano de habitação, sito na rua Largo do Rocio, fregue­sia de Montargil, inscrito na matriz sob o artigo 304 (um terço) e descrito na Conser­vatoria desta comarca sob o n.° 3 . 1 1 9 a lolhas 126 do li­vro— B— seis , avaliada em mil seiscentos e setenta e três escudos e quarenta centavos e vai á praça .no valor de 836170.

Para a praça sâo citados quaisquer credores incertos a fim de deduzirem os seus di­reitos, ficando a cargo do ar­rematante o pagamento da sisa por inteiro e as despe ­sas da praça.

Ponte de Sor, 13 de Abril de 1937.

O Chefe d a . l . a secção,

Antonio do Amaral SemblanoVerifiquei a exactidão.

O Juiz de Direito,

Dias Loução

A N U N C I OPelo Juizo de Direito da c o ­

marca de Ponte de Sor, C h e ­fe da 2.a secção Silva Leal, se faz saber que no dia 9 de Maio, por !2 horas, á porta do Tribunal Judicial desta c o ­marca, se ha-de proceder á arrematação em hasta publi­ca do predio a seguir des i ­gnado e pelo maior lanço o- ferecido acima do indicado:

PREDIO. 4 /5 de uma tapa­da que se compõe de terra de semeadura, azinheiras, olivei­ras e figueiras, situada em S. Saturnino, freguezia de Gal ­veias, desta comarca, aval ia­do em Esc: 1 0 .4 0 0 $ 0 0 .

Penhorado nos autos de carta precatória, vinda da 8 .3 Vara da comarca de Lisboa em que é exequente o Minis­tério Publico e executada Maria Teol inda da Silva Fer­reira.

São por este citados quais­quer credores incertos.

Verifiquei a exactidão

O Juiz de Direito,

Dias LouçãoO Chefe da 2.a secção,

H um be rto da S ilva Le a l

A M O C I D A D E

Carteira Elegante C G ^ L S in ç a , P e lo s D e s p o r to sFazem anos as Ex.mas Srns.as e Snrs.

A bril

18—Francisco Martins Cardigos, em Co­imbra, Antonio David Cunha em Al­ter do Chão e D. Maria da Piedade.

19—Menino Armando Rui de Carvalho Nazaré, em Lisuoa e D. Lucinda da Conceição Serra.

i'0—D. Luiza Gloria de Magalhães, em Pombal, menina Margarida Leonardo Rosado e Silva, em Souzel e Alfredo da Silva.

•-1—Augusto Dordio Ramiro de Carva­lho, em Loanda e menina Maria Angé­lica Abadesso Calado.

22—José Agostinho Vieira Gonçalves, em Barquinha, hngracio Pais da Cu­nha, em Bemposta e Raul Miguel Ro­drigues.

â3—D. Maria Cita Lino.25—Antonio Gil de Sousa jnnior, em

Montargil, Dr. José Marcos de Freitas Morna e José Sabino de Carvalho Fontes.

56—D. Margarida Gonçalves de Oliveira, em Santarém e menina Maria Helena Baptista Freitas Morna.

27—Menina Joaquina Fontes Manta e me nino Constando Pereira Bernardino.

28—D. Julia de Carvalho Rasquilho, na Amieira.

iv£a,io] —D. Maria da Soledade Felgueira Lo­

pes e D. Maria José ■..unha e Costa, em Lisboa, Manoel Compiido Fernan­des, em Azambuja.

Partida»

Acompanhado de sua esposa e filhas regressou á sua casa do Porto, o nos­so amigo Sr. João Baptista de Carva­lho.

-•P ara Vinhais, partin ante ontem o nosso particular amigo Sr. Dr. José Marco-> FreiUs Morna.

Doente

Tem estado incomodado de saude o nos­so particular amigo Sr. José Baptista de O rvalho, a quem deseja­mos rapidas melhoras.

Em Ponte do Sor

Esteve nesta vila, de visita aos seus ami­gos, o nosso asai nante Sr. julio Rodri- guee Teks, de Pombal.

Fsileèi mentosDurante o tempo de suspensão deste

jornal, faleceram alguns conterrâneos ou assinantes nossos, cujos passamen­tos noticiamos, embora tardiamente.

Cândido Pimenta Jacinto, casado, proprietário, de 76 anos, natural des­ta vila, pai dos nossos presados ami­gos ònrs. Dr. rancisco Pais Pimen­ta jacinto, Jose Pais Pimenta Jacinto e D. Ana Marques Pimenta.

—D. Branca Pais Baptista de Car­valho, de 46 anos, natural desta vila e falecida em Lisboa, esposa do nosso presado assinante òr. Artur da Costa ttarros Cardoso, e irmã dos Snrs. Dr. Horacio Baptista ae Carvalho, [oão Puis Baptista de Carvalho, D Maria dos Prazeres Baptista de Car­valho e D. Maria do Rosário Pais do Carvalho.

—fosé Pinto, de 71 anos, funcioná­rio aposentado da Camara de /íví* e pai do nosso estimado assinante Snr. tilisiario de carvalho Pinto

—D. Maria da Natividade Matos e Silva Felicissimo, de 8J anos, viuva do Dr. Felicissimo, irmã do Sr Dr. Manoel Rodrigues de Matos e Silva, e tia dos Snrs. João Leal de Matos e Sil­va e Abilio Leal de Matos e silva.

—D Damazia Maria da Rosa, natu­ral desta vila e falecido no Rossio dt Abrantes, esposa do nosso assinante Sr. Manoel da Hosa.

—Francisco dn Silva Catela, de 57 anos, natural de Galveais, pai do nosso estimado assinante Sr. Joâo da Silva Catela.

—José Pirmino Lopes, casado, de 75 anos, natural desta vila, iimão do nos­so amigo e assinante Sr. Manoel Fir­mino Lopes, do Porto,

— Rosalina Francisca Alvega de 33 anos, esposa do nosso assinante br. Artur Franco Capitão, das Barreiras.

—Antonio Laurentino da Cunha, vi­uvo, de 71 anos, de Ponte do Sor, pai dos nossos assinantes Srs. Engracio e Antonio Pais di Cunha.

—Manoel Fernandes, de 47 anos, da Torre das Vargens, irmão do nosso assinante Sr. João Fernandes, do En­troncamento.

—A todas as familias enlutadas en­via A Mocidade a expressão mais sen­tida do seu profundo pesar.

Com o fim de proceder a inau­guração oficial da Casa do Povo, no passado dia 28 veio a esta lo­calidade o Ex.m0 Sr. Capitão Cala do Branco, digno governador c i­v il do nosso distrito, acompanha­do pelos srs. dr. Afonso Leite de Sampaio, delegado do I. N. T. e P. e Dr. Carlos Caldeira, adminis­trador do concelho, que à entrada do edificio escolar, aonde a respec­tiva sessão solene se realizou, eram aguardados pelas crianças das es­colas locais e seus professores, combatentes da Grande Ouerra, autoridades, dirigentes da institu i­ção a íuaugurar e enorme quanti­dade de povo.

Pouco depois chegaram tambem os srs. Dr. Alvim , presidente da Câmara de Alter e Antonio Bara­ta, director do distrito escolar, que com aqueles senhores e sob a pre­sidência do chefe do distrito cons­tituíram a mesa da sessão, na a- bertura da qual e como presiden­te da assembleia geral, o profes­sor Angelo Alberto Monteiro saú dou os ilustres visitantes e encarou os fins da Casa do Povo.

No úso da palavra seguiram-se

Y U T E B O &Hoje, pelas

16,30 horas, no Estádio do Ma­tusarense, desta vila, realisa-se um encontro a- migavel de fute­bol entre os teams de honra do Eléctrico Foot-Ball Club, e Dragões de Al­ferrarede.

E’ de c espe­rar uma grande assistência a este

encontro, não só pela fama do team vi­sitante, como por já ha bastante tempo a “ aficion" local nâo presenciar uma parti da do popular desporto.O Matusurense triunfa em Alferrarede

No domingo passado, o club local Grupo Desportivo Matusarense, deslocou a Alferrarede a sua categoria de honra, onde se defrontou com igual categoria dos ‘‘Leões” locais.

A partida decorreu com basfante en­tusiasmo, tendo havido jogadas de valor, especialmente do Matusaiense, que fez melhor exibição, pertencendo lhe quasi sempre o comando do jogo. Acusou o team a falta de habito de jogar em cam­pos relvados e de dimensões acanhadas como é o campo de Alferrarede. O Ma­tusarense tentou poucas vezes o goal,

AgradecimentoAntonio Branquinho S. Ben­

to e sua mulher Custodia Branquinho Vilela S. Bento, vem, Ipenhoradissimos, agra­decer ao distinto medico das Galveias , Snr. Doutor Fran­cisco Pais Pimenta Jacinto, a maneira gentil e carinhosa como tratou a sua inesquecí­vel mãi e sogra Antonia Lo- P‘.'S Branquinho, confessan­do-se extremamente gratos para com o ilustre clinico por todas as atenções e cuidados dispensados . A Sua Ex.*, pois a expressão do seu maior reconhecimento.

E D I T A LVirgilio Salvador Ricardo

da Costa, E n gen he iro -C hefe da 4 . ‘ Circunscrição Indus­trial.

Faz sabe rque Francisco Velez Griloos senhores Caetano Cardigos, em preocupando se cõm jogar para a gale- pretende licenca para intãlar

^ D „..„ AU„. ^ ^ ^ ' b ^ f s a i ^ ^ o ^ f e ^ uma oficina de preparação dedireito. A victoria coube ao Matusarense, C ãm eS flim a d O S , S a lgadãS ,

nome da Casa do Povo de Alter, presidente da Câmara, administra­dor do concelho, Dr. Afonso Sam­paio e, finalmente, o senhor go­vernador civil, tendo tôdos êstes oradores sido entusiasticamente aplaudidos.

A seguir e sob uma chuva de flores que das janelas lindamente decoradas com colchas, algumas das quais bem ricas, continuamen­te caia, dirigiram-se todos á séde provisória da Casa do Povo, etn cuja entrada o sr. cap. Calado Branco cortou a simbólica fita ver- de-rubra, por entre tima salva de palmas da numerosa assistência, que, em seguida e a-pesar-do a- diantado da hora, acompanhou aquele senhor numa rápida pas­sagem pelas ruas da povoação, cujos habitantes não cessaram de o aplaudir

pelo score de 4 bolas a 2. A arbitragem nrnrinc p cnlcirhnrin nn a cargo de nm desportista de Alferraie- CnSacaãaS e SUlSlCnana, nade, foi imparcial, embor?. tivesse cm al- freguesia do Ervedal (Rllã guus laixes prejudicado os visitantes, não , ■ Cmrrin) rnnrplhnassinalando algumas penalidades, que J^se OtlUS (Jlli LIUJ, LOIlLtlllUcertamente não viu. de AVÍZ, distrito de Poitale-

Sport Lisboa e Ponte do Sor g ^ ^ y Confrontando 30 IlOtteFiliou se no popular club lisboeta te irC H O S d e José DÓrdio

Sport Lisboa e Benfica, passando a deno- ~ minai-se Sport Lisboa e Ponte do Sor, o novel agrupamento futebolístico local,Grupo Desportivo Corticeiro, ao quaí desejamos as maiores prosperidades.

O Eléctrico em Alferrarede

A retribuir a visita que hoje lhe faz o team ’’Os Leõ-s", deve ileslocar-se a Alferrarede, no proximo domingo, a pri­meira categoria de futebol do Eléctrico, onde jogará um desafio amigavel com aqueles.

Pais, sul, nascente e poente com a via publica.

E como o referido estabe­lecimento industrial se acha compreendido na classe 3.* das tabelas 1.* e 2 .a anexas ao Regulamento das Indus­trias Insalubres, Incómodas, Perigosas ou Tóxicas , apro­vado pelo decreto n.° 8 .364, de 25 de Agosto de 1922,

Depois dirigiram-se as entidades 5ÍIldÍCatO flQríCOla (IC PoIlÍG de COm OS inconvenientes de fu-mo, cheiro e alteração das aguas; são, por isso e em conformidade com as di spo­sições do mesmo decreto, convidadas todas as pessoas interessadas a apresentar, por escrito, na 4.® Circuns- cricão Industrial, com sé ie em Evora, na Praça do Ge­raldo, n.° 69, as reclamações que julguem dever fazer con­tra a concessão da licença

30 da

oficiais à estação de Chança aonde se procedeu à inauguração do pôs- to escolar e do interessante bairro em que êle está situado, uma e outra coisa mandada edificar pelo sr. Dr. Jorge de Bastos, que nêsse dia ofereceu um lauto jantar a to­dos quantos nessas obras trabalha­ram.

Após a partida para Eivas do chefe do distrito houve na Socie­dade União um copioso copo de

5orCrnvocaçâo

E convocada a Assembleia Ceral deste Sindicato para reunir na sua sede pelas 14 horas do dia 25 de Abril cor­rente.

Assuntos a tratar: Julgamento das contas da

Se á reunião não compa-áffua oferecido pelos respectivos aerencia de 1936. socios aos ilustres visitantes, para - o que as salas da mesma haviam sido lindamente decoradas por u- ma comissão constituida pelas sr as D. Alice Pires Qalveias Mendes,D. Fernanda Pires Mendes, D H^dviges Severo, D Deodata Pi­nheiro e D. Jacinta Smtns auxi­liadas pelos srs. Joaquim Galveias Mendes, Francisco Antunes dos R :is e Alfredo Alves Mourisco, acto êste que. assim como todos os outros, foi abrilhantado pela magnifica Tuna 1.° de Dezembro da Casa do Povo, sob a direcção do seu digno regente sr. josé Ri- b jiro .

recer numero suficiente de requerida, no prazo de sócios, fica desde já marcada dias, contados da data segunda convocação para o publicação deste edital, po- dia 2 de Maio à mesma horae no mesmo local, em que a assembleia deliberará com qualquer numero de sócios presentes.Ponte de Sor, 14 de Abril

de 1937.O Presidente,

Manuel Rodrigues de Matos Sil/a

dendo na mesma Repartição ser examinados os documen­tos juntos ao processo.Evora, Secretaria da 4 / Cir­cunscrição Industrial, 15 de

Outubro de 1936.O Engenheiro-Chefe da Cir­

cunscrição,Virgilio Salvador Ricardo da Costa

Visado pela censura

Criança presíes a afogar se

Ante-ontem á tarde um rapaz de nome José Maria Lobato, de 8 anos, filho de Manoel Lobato da Slva, do Labaixo, su- burbios desta vila, tentou atr.ivessar a pé^ o rio Sór. A certa altura, a corrente mais forte fê-lo cair, arrastando o numa extensão de cerca ue duzentos metros. Aos gritos de duas ii más que presencia­ram o ocorrido, acudiu Francisco Pedru co, casado, jornaleiro, desta vila, que se lançou ao rio, conseguindo depois de al­guns esforços arrancar a criança a lima morte certa. Trazido para a margem, o José Maria teve de ser reanimado.

Agradecimento

Artur da Costa Barros Cardozo, Maria do Rosário Pais de Carva­lho, Eurico Pais de Carvalho e seus Filhos, veem por este meio agradecer a todas as pessoas, que assistiram á missa por alma da sua muito querida espoza, irmã, e cu­nhada, e que a acompanharam á sua ultima morada, cumprindo um dever de gralídão, para com todas as pessoas.

f l G R f l D E e i í n s r Z T OPrimo Pedro da Conceição, restabe­

lecido da doença que o obrigou a sujei­tar-se a uma intervenção cirúrgica nos Hospitais da Universidade de Coimbra, vem, por esta forma, manifestar o seu sincero reconhecimento ao grande ope­rador conimbricense Ex."13 Sr. Dou­tor Rissaia Barreto e aos Ex mos Srs. Doutores José Bacalhau e Francisco Pimentel, médicos assistentes, pela maneira carinhosa e proficiente como operaram e trataram.

\este agradecimento envolve lambem com o maior reconhecimento os distin­tas enfermeiros Snres. José Braz, A- nibal Rodrigues, Carlos de Oliveira,

Bailes de CaridadeUltimamente tem-se realisado

nesta vila alguns bailes, reverien- do o seu produeto para as casas de caridade.

No dia 3 teve lugar no Teatro- Cinema, lindamente decorado pelo pintor Snr. Abilio Matos Silva, o Baile da Fantasia. Baile de elite, ele reuniu o escol da nossa p ri­meira sociedade, tendo Viiido tam­bem muitas senhoras e cavalheiros de Abrantes que lhe emprestaram a sua alegria esfusiante. Foi leiloa­do um primoroso soneto da dis­tinta poetisa Sra. Doutora Jovita de Carvalho, dedicado ao Sr. José Nogueira Vaz Monteiro, que foi arrematado peio Snr. Major Matos Raimundo, de Abrantes, que a cer­ta altura usou da palavra home­nageando aquele benemerito pon- tessorense. Darçou-se animada­mente até de manhã.

— No di? seguinte um grupo de rapazes promoveu tambem um in ­teressante baile, a que deram o nome de Baile da Primavera, o qual teve lugar num salão cedido pelo Snr. Antonio Fernandes com a condição de que metade do pro­dueto reverteria a favor da Assis­tência local. Este baile que foi a- brilhantado pela Orquestra Chan- cense, sob a inteligente direcção do Snr. José Ribeiro, esteve ex­traordinariamente animado, tendo- se dançado até de madrugada.

E sempre com um grande e va­riado sortido a preços modí- cos que a chapelaria J. A. Silva, serve os seus estimados clientes.

Não confundir— Chapela­ria f. A. Silva — Rua Vaz Monteiro—Ponte do Sôr

-araawww» • ♦. «mnww ■ ■ —

X I . “CL JC1. C I oPelo juizo de Direito de

Ponte de Sor, Chefe da Se ­gunda Secção, Silva Leal. se faz saber qut' no dia 25 tie Abril proximo futuro, por doze horas à porta do Tribu­nal Judicial desta comarca se ha-de proceder à arrematação em hasta publica do predio a seguir designado e pelo maior lance oferecido.

P R E D I OUma propriedade situ?da

no lugar da Pontinha, fregue­sia de Galveias , e q u e foi vinha e que vai à terceira praça sem valor e foi penho­rada nos autos de execução fiscal administrativa que a Fazenda Nacional move ao executado José Martins Vile­la (herdeiros). São por este citados quaisquer credores incertos para assist irem à ar­rematação neste edital anun­ciada.

O Chefe da 2.a Secção,Humberto da Silva Leal

Verifiquei a exatidão O Juiz de Direito,

Dias Loução

Deseja V. Ex.a adquirir um chapeu uns sapatos ou qual­quer outro objecto por 3%00? Inscreva-se nos sorteios se­manais com bonus da

Chapelaria J. A. Silva Rua Vaz Monteiro=P . SôrAgostinho de Oliveira, e Silvestre, que foram inexccdiveis de zelo e carinho para consigo, e ainda todas as pesso­as que se interessaram pelas saas me­lhoras. A todos, pois, a expressão [ma­xima do seu melhor reconhecimento.

1 2 a n o P o n te do S ò r , 2 d e M a io d e 1 9 3 7

É x .tr,o S ( ' Calaao

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N U M E R O 253irswna . .tSísissaasOTEOTiXTwrEwmaBJsraraa*»

P U B L I C A C Â O Q U I N Z E N A L^i^/^?aar»^tKaaig»aarznyg3S a

D I R E C T O R E E D I T O R

C/LhiâaÈdim dc. Oíiwxa. da C&n&ição. odndhade.

S e c re t a r io d a R e d a ç ã o Amiicar de Oliveira da Conceição Andrade

ADMI NI STRADOR Primo Pedro da Conceição

F U N D A D O R E S P r i m o P e d r o d a C o n c e i ç ã o

J o s é V i e g a s F a c a d a

R E D A Ç Ã O E A D M I N I S T R A Ç Ã O B u a V a z M o n t e i r o - S P c u t e d .o S o r

Composto e impresso na Minerva Alentejana — PONTE DO SOR

p a l a v r a s n < s e ç 5 5 á r í a 5 E x i ' o s iç i5 e s t l eP l á s t i c a s Z V d a

Devo declarar que assumo a direcção de UA Mocidade”, cm circunstâncias particular­mente difíceis. ] ornai jà feito, a caminho dos doze anos de existência, “ A Mocidade” não pode, por isso mesmo, deixar de corresponderão que os seus leitores esperam dela. O jor­nal tem de honrar em tudo e por tudo as tradições do pas­sado e 0 carinho amigo de meia dúzia de conterrâneos que nunca lhe faltou nos mo­mentos de maior desânimo.

Batalhando pelo regiona­lismo, a mais santa das polí­ticas, não poderá, já agora, desviar-se do caminho percor­rido, ao qual deve alguns tri­unfas e a grande satisfação do dever cumprido. Numa ler ra como a nossa, em que as iniciativas escasseiam, e são, por via de regra mal compre­endidas, ê realmente um gran­de tour de force lançar e am­parar um jornal, levá-lo a tri­unfar úe todos os obstáculos, derrotando o desinterêsse de muitos e 0 obstrucionismo de alguns.

"A Mocidade” cimentou-se à custa de grandes dedica- cõcs.J tsé Viegas Facada e Primo Pedro da Conceição fizeram-na surgir num mo­mento de sonho, acarinha­ram-na como se acarinham as nossas obras mais felizes e através de todas as vicissitu­des, nunca o seu entusiasmo môço lhe faltou, tão forte e tão sincero como no arranco

inicial. Viegas Facada mor­reu cêdo, quando a vida lii<? desbobinava largas perspecti­vas. “A Mocidade”, então ain­da em condições precárias, f i­cou entregue a meu pai. Em bôas mãos foi entregue. Só, incompreendido, numa lu a porfiada, inenarravel, deu ao jornal, no largo período de doze anos, todo o melhor do seu esforço. Ao fim de tarefa tâo exhaustiva, circunstâ­ncias já tornadas públi­cas, inibiram-no depross> guir. O seu amôr de pai encontrou em mim predicados, que aliás não possuo, que garantiam a vida do jornal. Cabe-me, pois, o dever de seguir em tudo e por tudo 0 grande exemplo de meu pai. Tarefa rude de mais para mim a que, se é certo nao escassear o entusiasmo, me não sobeja a competência.

A direcção de “ 4 Mocida­de” cabe-me, pois, em circuns­tâncias particularmente difí­ceis. Sôbre os meus ombros assenta a grave responsabili dade de não deslustrar o pre­térito honrado do jornal. For­cejarei jà que me minguam dotes de competência, por se­guir o caminho por meu pai traçado. Norteado pelo seu exemplo de mais de d oh lus­tros de exaustinado esforço, e com a ajuda que certamente cs meus conterrâneos não me regatearão, a minha tarefa ficará, assim, de-veras facili­tada.

Garibaldino Andrade

P r a i a a r i i f i e i a !

A Comissão que o ano passado levou a efeito a cons­trucção da praia artificial, no Sôr, junto á ponte desta vila, está animada do melhor pro­posito de fazer vingar a sua iniciativa, construindo nova­mente a praia para gaudio da população da vila. Já foi a- berta a subscrição para esse fim, tendo obtido já donati­vos importantes

Fesía dos aoenlaes

l i C g i a o P o r í n g i i e s í i

Amanhã, segunda-feira, não se realisa o costumado exer­cicio do Nucleo desta vila.

Na quinta-feira de Ascen­são, realisa-se na Quinta da Saude, em Portalegre, a já tradicional festa dos aventais, uma das mais alegres e rui­dosas diversões, que ali leva muitos milhares de pessoas.

Festas em Bemposta

Na pitoresca aldeia de Bem­posta, nossa visinha, realisa- se na quinta feira de Ascen­são a festa em honra de Nos­sa Senhora do Rosário, que é uma das mais concorridas ro­marias do conceiho de Abran­tes e onde costuma ir granae numero de romeiros desta vila e arredores.

O Orémio Alentejano vai pro­mover na sua sede a primeira ex­posição de arte.

Assunto de alta magnitude p^ra bom nome cultural da Provincia e conhecimento de seus interessan­tes aspectos, é êle objecto do se­guinte regulamento:

Artigo I o— A primeira expo­sição realisar-se-á na sede do Gré­mio Alentejano de 1 a 10 de Ju­nho do ano corrente.

Artigo 2.“ —Os trabalhos a ex­por devem estar compreendidos na? seguintes especialidades:

1.* P intura— i* -Escultura—3.a Aguarela, tempera, guache, paste!, desenho e gravura.

Artigo 3 E’ permitido a cada expositor enviar até cinco traba­lhos.

§ único—O expositor de duas ou mais especialidades não pode­rá enviar mais de seis trabalhos, na sua totalidade.

Artigo 4 ° - Todos os artistas na­cionais ou estrangeires residentes em Portugal, podem concorrer,

Artigo 5 °—Só se admitem obras respeitantes a assuntos do Alente­jo.

A rtigo 6. — A Comissão Orga­nisadora faculta a exposição de o- bras em poder de particulares ou entidades oficiais, compreendidas nos art.°* 2.° e 5.° dêste regulamen­to, tomando a seu cargo os encar­gos resultantes desde que se não declare que sejam destinadas á ven­da.

A rtigo 7.° -O s expositores de­verão enviar, até 5 de Maio p, f., um boletim para o O étnio Alen­tejano à Comissão Organisadora da Exposição, com as indicações seguintes:

l . ° —Nome, naturalidade e resi- dencia do expositor.

2 ° -T itu lo das obras, autor, di­mensões.

3.° Especialidades a que per­tencem as obras.

4.°—Indicações dos preços, quan­do as obras se destinem à venda.

Artigo 8.°—Os trabalhos com­preendidos nas especial;dades l . a e3.* a que se refere o art.0 2.°, de­vem ser entregues tia sede do Orémio até 15 de Maio, e os da2.* especialí lade até 25 do mesmo mês. em troca de um recibo ind i­cando o número e a qualidade da obra.

§ único—Só com a apresenta­ção deste recibo se podem retirar as respectivas obras.

Artigo 9.°— Finda a exposição e num prazo de 8 dias devem ser retiradas todas as obras com ex- cepçáo das que forem vendidas.

Artigo 10.°— A liquidação das importancias das obras vendidas será feita por intermédio do te­soureiro do Orémio, que cobrará de percentagem 10%. para fundo de despesa da exposição.

§ único — Esta percentagem in ­cide sôbre os preços indicados no catálogo.

Artigo 11.°—Tôda a despesa de transporte, encaixotamento, des­pacho sssim como seguros contra

A l c u n h a s t e de loucura O meu riso contrafeito!.-.Só te desejo a v e n t u r a De não sentires a amargura Que trago dentro do peito!

Tu não sabes, quando rio, Porque olho para o chão;E alcunhas de d e s v a r i o Este estado doentio Do m e u pobre coração .

Não alcunhes de demente Quem tem remorsos na vida!Eu resvalei na corrente...Não posso viver contente, C on s i d e r o - m e vencida!

Eu ta m b e m já fui feliz E gosei dôces carinhos!Lá por ser um a infeliz,Já tive tudo o que quiz,Quando andei noutros caminhos!

Quando tinha a tua idade Sempre a vida me sorriu!P a r t i u co m ela a saudade Da triste leviandade Que de luto me vestiu.

Toma cautela contigo,Que és m ôç a e seduetora!...Podes ter um sonho amigo.-.0 sonho que andou comigo N a q u e l a maldi ta hora!...

Ponte uo Sôr, Abril de 1937 João M. Calado

incêndio ou acidente que possa sofrer qualquer obra enviada á exposição além doutros encargos eventuais, são por conta do expo­sitor excepto o previsto no art.0 õ.°.

A rtigo 12.° — A ’ Comissão O r- ganisadora compete fornecer to­dos os esclarecimentos em casos e permenores omissos neste progra­ma e, tambem, por circunstancias imprevistas reconhecidas de força maior, pode demorar a abertura da exposição, ainda prolongá la ou reduzi-la no periodo estabele­cido.

Artigo 13—Constituir-se á um ju ri para a admissão e colocação das obras a expôr.

A rtigo 14.°— A entrada na ex­posição será gratuita.

f e s te jo s em Vale de JtçSr

Como noticiámos no nosso u lti­mo numero realisam-se hoje e a- mauhã em Vale de Açôr, ridente povoação do nosso concelho, os tradicionais festejos em honra de Nossa Senhora dos Prazeres, que todos os anos ali levam muitas centenas Je forasteiros. O progra­ma é. o seguinte:

H O J EA's ó horas—Subirá ao ar uma

grande girandola de morteiros. A's

7 horas—Chegada da afamada Ban­da Municipal Alterense que per­correrá as ruas desta aldeia cum­primentando os seus habitantes. A's 12 horas —Reunião de fogaças que depois seguirão processionai- mente para a capela de Nossa Se­nhora dos Prazeres. A's 14 horas— Missa e sermão por um dos me­lhores oradores sagrados. A's 16 horas—Procissão em volta da Er­mida e venda de fogaças. A's 18 horas—Suda da Ermida em direc­ção a Vale de Açôr, e entrada da procissão nesta aldeia, sendo en­tregue nessa ocasião as bandeiras a quem desejar ser os novos fes­teiros. A's 21 horas—Abertura da quermesse e arraial, concerto pela mesma afamada Banda em que ae- rão executados alguns dos melho­res números do seu vasto repor- torio, bailes e descantes populares, queima mio-se nesta ocasião um vistoso fogo de artificio coufecio- nado pelos habeis pirotécnicos dos Valhascos Srs. Henrique Alves Ameixoeira & Filhos.Amanhã—A'* 9 horas— Reabertu­ra da quermesse e leilão das res­tantes prendas, bailes e descantes populares.

Fogão de cosinhaVende-se o do antigo h os ­

pital.

2 A M O C I D A D E

A n io r tfsa to AnimaisSabemos muito bem que o

ser analfabeto não é motivo por si só para ser-se bruto, mas tambem não ignoramos que nos meios onde esse pro­duto da indiferença humana viceja, como entre nós, e por­tanto corno em Lisboa, a bru­talidade peculiar a uns se propaga e avoluma com maior facilidade e rapidez que nos outros onde o analfabeto é cousa rara, e e s sa é uma das razões, talvez a principal por­que neste paiz se assiste a tanta cena de brutalidade que deixa indiferentes, pelo habi­to, a maior paite das pessoas ou revolta ou constrange a outros conforme o tempera­mento de cada um.

Por outro lado, se o homem de poucas letras mas de mui­tas tretas não hesita em se mostrar estulto e petencioso em face de outros homens que reputa inferiores a si pro­prio, como ha-de ele hesitar em proceder semelhantemen­te em relação aos animais que por via de regra despreza e repele de si com indignação?

Está nisto uma das muitas provas de ignorancia que ele se apressa a dar, sem lhe o- correr que assim exclue toda a possibil idade, que antes ti­nha, de o tomarem por crea­tura asisada e instruida.

De facto, é - s e tanto mais inimigo ou indiferente aos a- nimais quanto menos merito intelectual e moral se tem.

Veja-se o boçal condnctor de animais, batendo-lhes a proposito de tudo, e veja-se a indiferença da maioria dos transeuntes ante e sse escan­dalo sem precedentes e obser­v e - s e o constrangimento que e s se s maus tratos ocasionam em as pessoas instruídas e principalmente sensiveis que teem a desdita de se encon­trar em face dum tão inaudito mas tão portuguez procedi­mento.

Sabemos qu^ o bem que­rer aos animais é ou deve ser uma das resultantes de ser- se bondoso, quer dizer— e- ducado. Sabemos porem e- gualmente, que um dos pro­c e s s o s de educar os desedu­cados, aqueles que por via de regra a sociedade abandona a si mesmos, consiste em de­monstrar aos brutos de todas as edades, estados e sexos, que são realmente brutos e que prevaricam im perdoavJ- mente em ser desamoraveis e agress ivos para com os me­lhores instrumentos de traba­lho que a natureza proporcio­nou a todos os homens indis­tintamente.

S e a piedade humana é, como disse Armando S i lves­tre, a mtlhor defesa dos ani­mais, porque havemos de cu­rar tão pouco da educação a- fectiva ou sentimental das creanças, e havemos, pelo contrario de aplicar tanto e s ­forço ao castigo daqueles que

TRECHOS

Decidi apresentar-vos hoje um escritor do nosso querido Alente­jo (sim, porque eu, apesar de tu­do, considero-me alentejano). O nome de Fialho de Almeida fica aqui bem ao lado dos grandes va­lores da literatura nacional. Om­breia com eles em tudo e por tu­do.

José Valentim Fialho de Almei­da nasceu em Vila de Frades, no dia 7 de Maio de 1857. Faleceu em Cuba, em 4 de Março de 1911.

Era filho de Valentim Pereira de Almeida e de D. Mariana da Conceição Fialho.

Filho de um modesto professor primário, e após ter aprendido as "primeiras letras", parte para Lis­boa, no intuito de frequentar o liceu.

A infelicidade, porém, acom- panhava-o. Perde, subitamente, o pai e, consequentemente, a magra mesada que lhe era remetida.

Nao desanima, contudo, e lança- se ao trabalho com ânsia de ven­cer. Vê-se na triste necessidade de servir de ajudante de farmácia. No entanto, à custa d» muito es­forço, consegue terminar o curso dos liceus. Frequenta, a seguir, a Escola Médico-Cirúrgica, alcan­çando o respectivo diploma de médico ciruigião.

Obtido o curso desejado, dedica- se então à sua mais ardente aspi­ração—escrever. E a sua obra, delineada calmamente no ramerrão da vida passada anos antes na far­mácia, vai aparecendo pouco a pouco. Publica, em 1881, o seu primeiro livro Contos O escritor es­tava lançado. I á, agora à procu­ra do triunfo, que se lhe furtar;* até ali. Vai produzir, desde então com regularidade. A sua obra vai-se desenhando pouco a pouco. E assim v em á luz do dia: A ci­dade do vicio (1882); Os gatos (1889 1893); Pasquinadas (1890); Vida irónica (1892); O país das

uvas (1893); Madona do campo santo (189ÓI; A esquina (1903); Barbear, pentear (1910) e os li- vi os póstu ios buibarn quantos (1912); Estâncias de Arte e de saudade (1921); Figuras de des­taque (1924)

Fialho é considerado como um dos melhores criticos nacionais. A atestá-lo aí estào os seus livros fquási todos de critica) e em espe­cial a sua colecção — Os gatos — f itos á imi'ação das Farpas. Pu­blicação mensal, breve passa a se­manário atendendo ao seu suces­so retumbante. A sua pena pro­duziu páginas brilhantíssimas, de uma rara beleza, que poucos es­critores igualaram.

A sua obra mais equilibrada é, sem contestação. O país das uvas.

O seu estilo é colorido, vibran­te.

Lida uma obra sua ficam-nos ua retina quadros de rara beleza, quadros que não mais esquecem

Amante extremoso da sua pro­vincia natal, observador agudo, ele viu e transplantou para o papel cenas de sabor genuinamen­te alentejano. Tôda a vida aldeã, os costumes prim itivos, a lhaneza do íncola charnequenho, palpitam em algumas páginas. Contudo, onde se nota mais especialmente o seu poder de observação, é no que diz respeito à faina campestre. A i a sua p;ua pruduziu trechos i- uigualáveis. iQ .ie in há em Portu­gal, que descouheç; essas páginas imorredoiras de O s Ceifeiros?

Para poder apreciar o que há de verdade nestas páginas é neces­sário ir lá abaixo ao alentejo, lá onde o sol cáustica, á tegíão sem água, quási sem arvoredo e ver, sentir a angústia daquelas gentes em combate perene com a Natureza,

DOS BONS

num inferno de fôgo. Então, e ao lermos Os Ceifeiros, insensivel­mente, murmuraremos.

— Isto que aqui está é a verda­de. E’ a verdade nua e crua. Eu sei-o porque o senti. Eu sei-o por­que vi sofrer, porque sofri o hor­ro r da sêde, nas charnecas escal­dantes e sem sombras, onde so­pram os ventos quentes e sêcos, vindos dos areais africanos.

Coimbra, 2 6 - 4 —937

Amilcar Andrade

(EiFEIRCS. . .E m linha à borda do trige,

distanciando seis metros uns dos outros, começaram em silêncio a faina de ceifar. Trazem as per­nas apolainadas de trapos, atados estes por cordas que se lhes en- trecruzam, desde o sapato até às coxas, por defesa aos abrolhos do restolho; trazem nos braços e mãos piúgas velhas, de que fizeram mi- ténes contra as escoriações da pa­lha ardente; e a cara tra i se lhes vê sob as abas do chapeirão de feltro ou de palmeira, e o mover dos seus rins trai o derreamento de miseráveis envilteidos pelas moedeiras da fome e do trabalho. Com a mão direita lançam a foice ao rés da terra; com a esquerda agarram nos caules e vão deixando atrás de si o trigo, em pequenos molhos pararelos. Aqui, além, in- da os mais novos cantam, mas nas respirações opressas, cantiga e palestra entrecortam se-lhes de pragas, quando o suor, trespas­sando a s'.ragc ça das calças e o pano c iú das camisas começa de se lhes pegar á carne, salgado e chamuscando-lhes as sardas como fogo As primeiras horas té ao almoço, são suaves, poi que os 38 graus lo sol, pouco fazem nessas indoles de salamandra, afeitos a torrar. Apenas alguma sêde. um ou outio as-ôpro aos moscardos qua os pei s guem, e olhadelas ao sol para i idagar se a meia hora de descanço do almôco, estará longe. Esse plácido interregno, porém, por pouco aicauça, que a lornalh solar refila e brazidos, gra duando o m aniiio ua propor- çàodamais atroz pei veisidade. A oriente o sol vem caminhando, sa­indo da fumarada do horizonte, passando da côr de sangue, ao bronze liquido: e os seus raios, à medida que se aprumam, trazem na escaudencia, nauseas de vene­no, e a angustia horrorosa do metal derretido sôbre a carne: ra­reia o ar, a aragem matinal cessa de todo, os cãis arquejam, de lin­gua caída, as calvalgaduras cessam de rilhar: e calando-se os pássaros, e os vôos mais lentos, os ares mais turvos, a somb a maia efé­mera—a nora do tormento diabó­lico da sêde, não sêde do paladar, tendo por centro de rtfr igé rio a gorja íêca, mas sêJe, do sangue espessado nas artérias, extremado- ra rêde dos tecidos, colossal, ge­ral, que estanca, e sob cujo ester­tor o cérebro zumbe nos aluci­nantes delirios da insolação! ju l­gareis que a temperatura, marca­da ao sol por 44 mortais riscos do termómetro, tocado êite acu- me, regresse lentamente ás vira­ções mais frigidas da tarde.

Mas qual regressar! são nove hor; s apenas da manhã, e dai até às tiês, o termometro não fará se­não subir. Começa então o pavo­roso espectáculo da natureza e do homt m, torturados a fogo para expiar o crime duma ter dado fructo. e do outro insistir em v i­ver dtle. O almoço dos ceifeiros é

AUTORESFialho de Almeida

pouco e sem vontade: pão sêco, azeitonas, algum queijo de cabra ou laranjazita mirrada, e agua! agua! agua! bebida pela bôca dos cântaros, a plena gorja, ou de bruços nas poças cheias de limos, onde batráquios estagnam, côr de lama, d’olhos extacticos no sol como fakirs. Impaiudismo; disen­teria, tifo, o que rles bebem? Dei­xá-lo: a sêde não reflecte; cada gota daquela podridão vale mil vidas; e são goladas e goladas, a cada instante o cantaro despeja-se, e o rapaz sai a mergulhá lo no charco próximo, que os cãis tu r­varam, banhando se-lhes dentro, e donde bandos de passaredo fo­gem, regalados. Meia hora de re­pouso, após o almoço. Mas re­pouso adonde? os arvoredos são raros, a terra escalda, e na rara sombra os insectos clncinam, fu r i­osos. Ao mesmo tempo comera a fazer-se um inquietante silê icio na charneca, um silencio oprimido, um silencio irrespirável.

Cessaram os vôos, as c ig fra s começam, e o grasnar dos corvos nos vales de milho, f iz pelo ma­to como um eco de disputa rouca entre uma canalha malcreada,

Dentro do vaso, na seara seca, mar de paveias sem marés, crepi­tante lençol de messes loiras, opres sos, congestionados, sorvendo o ar rarefeito com medonh >s esfor­ços de clavículas, a haustos agó- incos, e verdadeiros rios d* suor no torso latejante, os cond-nados ceifeiros lançam a foice, e a palha estala, os molhos vão caindo nos regos, em fitas regulares e parale­las, que o manageiro acama e iun- ta, formando molhos inaio es, a- tando-os coma mesma p jlh i num gesto violento de torsão, e atiran­do-os para outro, que os e i f - i xi afinal em rolheiros de doze a dezas­seis, de espigas para o ar como cornucópias de abundancia. Eles não falam, toda a energia animal consumida uo tumulto Je abrir e fechar o torax ao oxigénio a- tmosférico; -assopram!—e alguma palavra a dizer, da b ca se lhes seca, apenas solto num gemido, o monossílabo primeiro.

Dez. onze horas.. .o termome­tro subiu a 48 e a 50, e o zaugar- reio das cigirras, prenuncio do terrivel meio-dia, a principio disperso, agora multiplica-se num unisono de milhões e milhõ_*s de gritos roucos.

Aqueles ruidos fazem um ma­rulho agudo pelo campo, parecen­do, não voz de insecto, mas urna suplica geral, da terra devorada, ao sol feroz. Eles veem de todos os pontos do horizonte, e pelo ca­minho somam se aos que topam, incham no ar, trepidam, centu­plicam de furia e ressonância, vão, veem, ondulam, generalizam-se, ensurdecedores, constantes, aluci­nantes. ora em chôro, ora em zumbaia, ora em chacota; e de cada ver que o suão abre a guela para extinguir a vida e encoxar- rar as folhas das arvores, mais teimoso, intenso, aquela marulho maldito desagregava sua pulsação de loucura isocrona com o delirio do cérebro, a febre do pulso, e o arfar desesperado do peito, à cata d ’ar.

Desde esse instante a vida nor­mal fish lógica, do ceifeiro, é im­possível, e eutra-se numa flagela­ção, denoe a poder de teimas a resistencia vital produz, no meio do trabalho, alucinações de senti­do» e delíquios. . .

Fialho de Almeida

A’ Esquina

Filarmónica Pontessorense

A Comissão encarregada de re- organisar esta antiga e apreciada Banda, pede-nos para ilucidarmos o publico de que estão em boa marcha os trabalhos de reorgani- sação, tendo já enviado para o Porto, para uma das melhores ca­sas da especialidade, todo o instru­mental que carecia de concerto e afinação.

Pensa a Comissão adquirir um novo fardamento para os filarme- nicos, por já nada, ou quasi nada existir do antigo; conta, porem, para isso, com a boa vontade e auxilio de todos os pontessorenses.

Tendo verificado que ha muitas pessoas que desejam auxiliar a f i­larmónica, mas cujas posses não podem comportar a importancia da quota, resolveu estabelecer um preço minimo de 1$50 mensais, aproveitando este ensejo para in ­formar todas as que queirarn ins­crever-se e a quem por lapso ain­da não foi pedido o seu auxilio, que o podem fazer, dirgindo-se ao Sr. José Coelho Junior, secre­tario da comissão.

T E A T R O - C I N E M A

O espectáculo cinematografico que hoje se realisa neste salão, é daqueles que não necessitam re­clame Bista saber que a pelicula principal é o grandioso fonofilme português, d i Paramount. Minha Noite de Núpcias, com Beatriz Costa, Leopoldo Froes, Amelia Pereira, Alberto Reis e outros no­táveis artistas portugueses, para termos a certesa de. que é um es­pectáculo monumental de graça e alegria, com riquíssimo guarda roupa e excelentes cenários Se outros atrativos não tivesse este interessante fonofilme bistaria, a boa musica e o ser uesempeuln io por artistas p o rtu g u ê s p»ra fa­zer registar hoje no Teatro-Ciue- ma uma boa enchente.

—No p« oxuno domingo exibe- se “ Corações Ardentes’ ’ maravi­lhoso films dramatico espanhol, cujo enredo gira á volta de desis enamorados apaixonados. Cora­ções Ardentes pelo seu emedo, pelo d sempenho, pela musica cas­tiça e pelas lindas mulheres que apresenta, é considerado uma das melhores peliculas produzidas na­quele ideoma.

C0ini)f!rtÍCÍp3ÇQ35 (lo Eshio

-Concedida a comparticipação do Estado á Camara Mu licipat deste concelho, de 6.399$Ô6, para reparaçàj da Estrada do Domm- gão.

— A Camara M un ic ip il do Cra- to a comparticiptçâo de 22.532$8S para construção de calça la á p ir- tuguesa e brita para tapar varias covas na estrada de Aldeia da Ma­ta,

— A’ Camara Municipal de N i­za, refoiço, de 2.825$63 para construção de calçadas á portugue­sa em Montalvão.

A ’ Camara Municipal de Avis, comparticipação de 6 402$55, pa­ra construção de calçadas em Avis.

A ’ Camara Municipal do Crato, comparticipação de 3.113$00, pa­ra reparação da fonte do aalto em Aldeia da Mata.

— A' mesma Camara Municipal, comparticipação de 17.912$32 pa­ra reparação de calçadas no Crato.

por ignorarem o que é pieda­de maltratam o s animais ccm que lidam e tanto nos inco­modam a nós com esse e o u ­tros procedimentos analogos?

Luiz Leitão

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A N U N Ç I 0Pelo Juizo de Direito da

comarca de Ponte de Sor, Chefe da 2.a secção Silva Leal, se faz saber que no dia 9 de Maio proximo, por 12 horas, á porta do Tribunal Ju iiciai desta comarca, se ha-de pro­ceder á arrematação em has­ta publica do predio a seguir designado e pelo maior h n ç > oferecido acima do in iicado:

PREDIO. Unia terra de se ­meadura com oliv iras, par­reiras e figueiras, situada no logar do Vale de Açôr, desta comarca, aval iada e:ti 1.500$00.

Penhorado nos autos de e- xecuçào hipotecaria em que é exequente Joâo Pais Bran­co, casado, do Gtv ião , e e- xecutados Matiud Ludovico e mulher.

São por este citados quais­quer credores incertos.

Verifiquei a exactidão

0 Juiz de Direito,

Dias Loução0 Chefe da 2.* secção,

Humberto da ilva Leal

m&m n - a n c l o

No dia 9 do proximo mez de Maio, por 12 horas, á porta do Tribunal Judicial desta comarca, se ha-de pro­ceder á arrematação em has­ta publica, pelo maior preço fôr oferecido, acima do valor da aval iação, do predio abai­xo descrito penhorada na e- xecução hipotecaria que João Paes Branco, casado, comer­ciante, morador no Gavião, comarca de N>za, move con-

A N U N C I 0Pelo Juizode Direito da c o ­

marca de Ponte de Sor, C h e ­fe da 2.® secção Silva Leal, se fazsaber q ue no dia 9 de Maio, por !2 horas, á porta do Tribunal Judicial desta co­marca, se ha-de proceder á arrematação em hasta publi­ca do predio a seguir des i ­gnado e pelo maior lanço o - ferecido acima do indicado:

PREDIO. 4 /5 de uma tapa­da que se compõe de terra de semeadura, azinheiras, olivei­ras e figueiras, situada em S.

Saturnino, freguezia de Gal­veias, desta comarca, aval ia­do em Esc: 1 0 .4 0 0 S 0 0 .

Penhorado nos autos de caita precatória, vinda da 8.* Vara da comarca de Lisboa em que é exequente o Minis­tério Publico e executada Maria Teol inda da Silva Fer­reira.

São por este citados quais­quer credores incertos.

Verifiquei a exactidão0 Juiz de Direito,

Dias Loução0 Chefe da 2.a secção,

Humberto da Silva Leal

tra Rosendo Marçalo de Abreu e mulher Maximina Maria R i a, moradores no lugar do Vale do Bi^po Fun- deiro, desta comarca, ficando a cargo do arrematante o pa­gamento da sisa por inteiro e as despezas da praça.

Predio a arrematarSorte de terra de semea­

dura com oliveiras, arvoredo de sobro e de fruto, sita no iugar do Casal inho, freguesia de Ponte de Sor, foi avaliada e vai á Draça por ni>1 escudos. (1 .OOOSOO).

São citados quaesquer cre­dores incertos para assistirem à praça e usarem oportuna­mente de todos o s seus di­reitos.

Ponte de Sor, 13 de Abril de 1937.

O chefe da 1 / secção,

Antonio do Amaral SemblanoVerifiquei a exactidão

0 Juiz de Direito,

Dias Loução

E D I T A Z L i

A Comissão Administ iati - va da Câm-.ra Municipal do concelho de Ponte de Sôr.

Faz sab-.r que a aferição de todos os instrumentos de pesar e medir, se realisa du­rante o próximo mês de Maio, devendo os proprietarios de estabelecimentos onde ex is ­tam e s ses instrumentos, apre- sentá-ios á aferição na ofici­na de afiiamentos, desde as 11 ás 17 horas, acompanha­dos do talão da contiibuição industrial, sob pena de não o fazendo ficarem sujeitos á multa.

Mais se faz saber que to­dos os estabelecimentos de mercearia, vinho, ou de ven­da de quaisquer outros líqui­dos, são obrigados nos ter­mos da Portaiia N.° 8150 , da 26 de Junho de 1933, a adqui­rir funis para medição, bem como um jogo de cópos de vidro, aferidos, desde o centi- litro ao litro.

Para constar se passou e s ­te e outros de igual teor, que vão ser af ixados nos lugares do costume.Ponte de Sôr, 26 de A bril de 1937

O Presidente,a) José Nogueira Vaz Monteiro

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( ' a r t e i r a Elegante•Fazem anos as Ex.mas Srns.as e Snrs.

Maio

2 —João Lino Velez, em Lisbôa.3—João Antonio de Sousa, em Evora

■ e menina Maria dos Prazeres deCastro da Silva.

4—Francisco Rosado e Silva, em Sou­zel.

5 —D. Ester Augusia Peixeira Casaca.6—Menino João Alves Pimentu.8 —D. Maria da Assumpção Baptista

de Carvalho.1 0 -D. Maria Gama Reis de Almeida

e D. Lucinda da Conceição Serra.12 - Menina Maria lereza Palha, no

Crato, Manoel Marques Moreira, em Lisboa e menina Maria Antonia Gonçalves.

14—D. Alice da Conceição Silva, em Pombal, D. Gilberta Resende Lina­res e Alberto de Mendonça Pais

15—Antonio Figueira e menina Lu­cinda da Conceição Serras Pires.

Doen teTem experimentado algumas melhoras

o nosso amigo Snr. Manoel Lino, que ha tempos se encontrava bastan­te doente.

Em Ponte do SôrEstiveram ultimamente nesta vila os

nossos assinantes e amigos Snrs. Abel Garcia Farinha, Matias de Sousa Silverio, < rancisco dos San­tos Pequeno e Antonio Rasilio da Silva, de Galveias e Manoel Godi­nho Prates, de Montargil.

A s s i s t ê n c ia Nac ional a o s T u b e r c u l o s o s

Em beneficio deste prestante organismo de assistência, a quemo pais deve serviços relevantissi- ir.os, realisa-se 11a quarta-feira, 12 do corrente, no Teatro-Cinema, um espectáculo cinematografico com as peliculas ” A Honra da Fa­m ilia" interessante comédia-dra- ma falada em inglez, versão cine- nematografica dum emocionante romance de H. de Balzac, onde os artistas Béí>éL Dar,í?!?. Alan Monw bray e outros teem papeis im por­tantes, e «O Diabo dos Ceus», grande filme de aventuras e emo­ção, do popular acrobata Richard Talmadge ( R IC A R D 1T O ). Es­te interessante espectáculo é com­pletado com as peliculas, Jornal Sonoro e Norma de Cabo Verde. E’ um coujunto de bons filmes que certamente, não só pelo fim a que se destina 0 produeto do espectáculo, como pelo seu real valor, vão levar ao Teatro-Cme- ma uma grande enchente.

IE T o o t - 3 3 a l iRealisa-se nesta vila, no proximo do­

mingo, dia 9 , um desafio amigavel de futebol entre as categorias de honra do Orupo Desportivo Alterense, de Alter do Chão e Orupo Desportivo Matusa­rense. ,

O encontro terá inicio ás 17 noras.

fllfleia Velha (fluís) E D í T Jí L

P e l a ImprensaJornal de Arganil

Entrou no 12.° ano ds publicação, o nosso presado colega jornal de Arganil, intemerato defensor do regionalismo que se publica naquela ridenie vila sob a in- telig-ntc dir- o.ào do Sr. f rancisco Cas­tanheiro de Carvalho.

Desejamos-lhe longa vida e prosperi­dades.

Correio do SulTambem este nosso estinihdo colega,

da linda capita) algarvia festejou ha pou­co o seu 17.° aniversario.

Ao seu director e proprietário Sr. Al­varo de Lttnos enviamos afectuosos pa­rabéns e desejos paia que 'C oireio do publicd SC 111Sul" tenha uma longa e desafogada vida. • ’ >, . •s que isso lhes e proibido por

d ç i i m p ^ a

Voltamos a referir-nos ii falta de limpesa que se nota por vezes nas ruas da vila, algumas das quais até parece que estão esquecidas, amonto ando-se 0 esterco nas valetas, Nós concordamos que tres varredores è pouco para uma vila com a área da nossa, mas com um pouco mais de esforço e a fiscalisação da Guarda, por essas ruas, mui­to se poderia f<zer.

E certo que ha pessoas que deitam 0 lixo para a via

se lembraremO M oitense

Festejou o primeiro ano da sua existencia este nosso confrade que se publica em Moita do Norte—Barquinha— e da qual ê director o Sr João dos Santos Oil.

Desejamos-lhe um futuro bnlhante e ionga vida.

um postura carnararia. Era para as meter na ordem que achavamos de grande utilida­de a intervenção da Guarda.

..................... A g r a d e c i m e n t oI c ^ s i r a , d . e Car ina Pais da Cunha e sua

A feira de S. Marcos, em filha Joana Pais da Cunha, Alter do C hão, que se reali- extremamente sensibilisadas sou em 25 de Abril, este- para com todas as pessoas ve muito frequentada de mar- qne se dignaram acompanhar diante. , e forasteiros, tendo- à sua ultima morada, seu pai

Como noticiámos, deslocou-sea esta vi­la no penúltimo domingo, a fim de se de­frontar em desafio amigavel com •> team do Eléctrico, a ptimeira categoria do '•Dragões" de Alferrarede. O vento agres­te que soprou em toda a tarde, prejudicou imenso a factura do jogo. O Eléctrico que jogou noprimeiio meio tempo com vento a favot, não soube aproveitar a vantagem, teimando no jogo alto, o que devéras o prejudicou. Marcou dois goals nesta par­te, contra 11111 do adversario, que melhor combinado pôz varias vezes a sua rede em perigo. Na segunda parte o "Dra­gões’, favorecido pela mesma circunstan­cia, dominou intensamente, “engarrafan­do” o Eléctrico. O goal do empate que maicou aos 20 minutos e 3 té aqui contra a con ente do jogo, e precedido de pena­lidade, mas que o arbitro não assinalou, deu-lhe alento paia procurara victoria, o que não conseguiu.

Na verdade, pela sua actuação merecia um melhor resultado, que não logrou obter por o apito do arbitro dar por fin­da a peleja. Fez por vezes um jogo vio­lento, que não está nas boas regras, mo­lestando os a iversarios.O Eléctrico em Alferrarede

Em retribuição de visita que no do­mingo anteiior lhe havia feito o team dos "Dragões", deslocou-se 110 ultimo domin­go a Alferrarede o team de honra do E- tectrico, que se encontrou com aquele em partida amigavel.

O “Eléctrico”, embora desfalcado, re- habilitou-se da má exibição que aqui ha­via feito, e fez 11111 jogo senão brilhante, pelo menos vistoso e pioficuo, especial­mente a sua linha dianteira que feidum:1. grande eficacia. A defesa tambem soube portar-se á altura das circunstancias, de­sarmando com facilidade e aliviando o perigo. Embora o ‘‘Dragõeí" estivesse reforçado com varios elementos extra- nhos ao team, o "Uectrico” conseguiu dominar e marcar 3 bolas a 0.

Isco do futebol, meus senhores, tem as suas tardes.

Penalty--- ■ ■ i'^—EMW1 • f ■ flBBWfr

0 Coreto do 3arílim PublicoPor lopso, na noticia que

no nosso ultimo numero pu­bl icámos rt respeito do Jardim MunicipJ, ha pouco coiistrui- do nesta vila, dissemos que o coreto que ali vai edificar- se era feito a t x p e n s a s da Camara Municipal, quando devíamos ter dito que a sua construção era levada a efei­to pelo benemerito ponteso- rense Snr. José Nogueira Vaz Monteiro.

Excursão a Lisbôa

Promovida por um grupo de desportistas desta aldeia, realisou- se uma excursão a Lisboa, com­posta de 32 persoas de ambos r.s sexos, que foram expressamente para visitar a capital e assistir ao encontro de futebol entre o Belenen- ses e Sport Lisboa e Benfica, que se realisou no Campo José Ma­noel Soares. Os excursionistas que percorreram varias terras do tra­jecto, tiveram paragem em Santa­rém, onde almoçaram, tendo admi­rado as belezas da cidade scalabi- tana e colhido as mais agradaveis impressões.

já regressaram á sua aldeia na­tal, cheios de contentamento pelo belo passeio que os promotores lhes proporcionaram, onde reinou sempre a mais bela alegria e a mais franca camaradagemE’ bom que estas iniciativas se

repitam para que o laborioso po­vo dos campos que também tem direito à vida, possa em repetidos passeios apreciar os lindos recan­tos que tem a terra portuguesa.

Aos iniciadores da excursão, os nossos parabéns.

C.

Aos a pr ec i a d o r e sda boa P i n ga

Recomendamos uma visita á Adega Firme, para se cer­tificarem pesssoalmente que é esta casa a que vende vi­nhos das melhores e mais a- famadas procedencias. Exce­lentes, e de paladares supe­riores. longe do alcance da concorrência, o s vinhos des ­ta casa rivalisam com o que de melhor existe 110 género.

Ver para crer.Lourenço Pereira FirmeRua Gomes Freire de Andrade

Ponte do Sor

se realisado importantes tran­sações.

e avô Antonio Laurentino da Cunha, e ainda àquelas que se interessaram pelas suas me­lhoras durnnte 0 longo perio­do da doença, vêm, por esta forma apresentar-lhes muito

V id a O f i c i a l

Foi agracisdo com a me dalha de assiduidade de ser- agradecidas a expressão do viço, o Snr. Tenente José seu melhor reconhecimento.Mourato Chambel, coman- ----------- -------------------------dante da Secção da G. N. R. nesía vila e nosso presado assinante, a quem por tal motivo enviamos afectuosos parabéns.

0 edital que

Carre ira de c a m i o n e t e s

entre P o n t e do S ô r e E ivas

O Snr. Luiz da Trindade Mar­tins Murta, de Portalegre, con­cessionário da carreira de camio- uetes entre Ponte do Sor e Fron­teira, requereu agora tambem a concessão de uma carreira entre Ponte do Sor e Eivas, com passa­gem por Bemposta, estação de A- brantes, Rossio, Pego, Alvega, Gavião, Tolosa, Gáfete, Alpalhão, Fortios, Portalegre, Arroliches, Santa Eulalia e Eivas.

V a e i n a d zConforme

noutro lugar publicamos, ini­cia-se no nosso concelho, no dia 16 de Maio, corrente, a vacina dos canideos, conti­nuando aos domingo, até s e ­rem percorridos os varios postos.

Fesías nos Fóros do flrrãoH je e amanhã, realisam-se em

honra do Senhor da Fonte Santa, nos Foros do Arrão, interessantes f-stejos que são abrilhantados pelo Grupo Musicai Montargilense e qué constam 110 primeiro dia de procissão, arraial, concerto musi­cal, quermesse, venda de fogaçase bailes e descantes populares, re-

E’ um melhoramento de grande alisando-se amanhã pela manhã al- importancia, por cuja iniciativa vorada, e ás 12 horas, cavalhadas felicitamos 0 Sr. Murta, com os e corridas de bicicletas, nas quais desejos de bastantes prosperidades. se disputam valiosos prémios.

U m p a n t a n o

Ali, ao pé da ponte, está um pantano cujas aguas e s ­tagnadas criam milhões de mosquitos que nos atormen­tam.

O remédio para evitar e s ­te mal, afinal, é bem facil. Não há por ahi um cantonei- neiro que vá encaminhar a- quelas águas para 0 rio?

A tartfa não é grande, e em pouco tempo nos livrariam de tão importunos insectos.

p a s i a g e r q p a r a p o r c o s

Vende-se na herdade das Barreiras de Cima, da fregue­zia de Montargil, composta de restolhos de todas as pra­ganas, milharaes, feijoaes, arrozaes, etc. etc. Compreen­de os m t z e s de Junho, julho, Agosto e Setembro; tem mui­ta agua e não ha mais gado na herdade.

Quem pretender dirija-se ao Ex.m“ Dr. Joaquim de Sou­sa Prates, Regm ngos de Mon- saraz.

M l i o aos Pobres no Inaerno

O peditorio nesta vila, fei­to por uma comissão de se ­nhoras pela Semana Santa rendeu 3 0 0 $ 0 0 que foram en­tregues á Sôpa dos Pobres para continuação do auxilio aos pobres.

E R C A D O U N I C I P A L

Os trabalhos de construcção do Mercado Municipal, com que a actual Comissão Administrativa da Câmara está dotando esta vila, vão muito adiantados, devendo estar cmicluidos dentro de dois meses.

Na parte superior do edificio estão a construir-se casas para ins­talação de repartições publicas, 0 que de certo modo vem facilitar a execução de alguns serviços públi­cos, que se encontravam em aca­nhadas instalações.

C o n f o r t á v e lV. Ex.a deseja o s.-u lar moder-

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j Ç d r i a n o p s d r o p e r e i r ada Avenida General CarmonaNesta casa executam-se desde as

mais modestas ás mais luxuosas mobilias, seguindo-se rigorosamen­te os estilos indicados.

Fazer uma encomenda a titulo de experiencia é íicar fregutz des­ta casa.

Fazem-se reparações em mobi-i. s antigas ou modernas.

A nossa divisa é:Solidez e perfeito acabamento

José Nogueira Vaz Monteiro, Presidente tia Comissão Adminis­trativa da Camara Municipal do Conselho de Ponte de Sor.

Faço saber qne, por delibera­ção desta Comissão, em sua ses­são de 7 de Abril de 1937 se re­solveu mandar proceder á vacina­ção de animais da raça canina e- xisteutes no concelho, a qual terá lugar nos postos e dias abai­xo indicados.

Posto das Almoinhas Dia ló de Maio ás 10 horas

Posto da Pernancha de Baixo Dia 16 de Maio ás 12 horas

Posto de Rasquete Dia 23 de Maio ás 10 horas

Posto de M ontargil A's 12 horas do mesmo dia

Posto de Vale de Açôr Dia 30 de Maio ás 10 horas Posto dà Torre das Vargens A's 12 horas do mesmo dia

Posto de Galveias Dia 6 de Junho ás 11 horas

Posto de Longomel Dia 13 de Junho á^ 10 horas

Posto de Ponte de Sor na Casa da Balança

Dias 19 a 21 das 11 ás 14 horasO i transgressores serão punidos

com as multas legais.Para constar se passou o pre­

sente e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares do costumePonte do Sor, 28 de A bril de 1937

O Presidente,José Nogueira Vaz Monteiro

5anía casa da Misericórdia de Ponte de 5or

Ofertas de Outubro a Dezembro de 19365 litios de azeite, 7 e meio litros

de feijão e 20 óvos pelo Sr. Anto­nio Ue Matos Coelho e esposa;

20 litios de azeite pelos Sr ’ D r.5 Camossa Vaz Pinto e J sé Pequito Rebêlo;

50$00 de um anónimo por 111- terméd o jo Sr . Tenente Chambel;

12$00 duma rifa 110 Grupu D espntivo Matusarense;

50$00, um saco de arioz e um aco d tarmha aa Sr.a D. Perpe- ua Bairadas de Carvalho;

20 litros de azeite do Sr. Dr. Camossa Vaz Pinto e nm saco de arioz da Sociedad Industriai, L.ci.a

Movimento do Hospital Vaz Monteiro em 1936.

Doentes internados 84 sendo 53 póbres 12 sinistrados e 19 pensio­nistas.

Curativos 110 Banco 5809 Operações de pequena cirurgia

165Inj^cçõ-s a póbres 1560. Análises a « 2600Consultas « 5229Receitas « 365Subsidios a 44 doentes externos.

B a r b e i r o aprendiz

Precisa-se na Barbearia de Antonio José Eusebio, em Va­le de Açôr.

Feira d a s G a lv e ia s

Na visinha vila [de Galvei­as, real isa-se hoje a sua fei­ra anual, a que concorrem alem de grande numero de barraqueiros e marchantes, inúmeros forasteiros, reali - sando-se importantes tran­sações.

I

E x . m o Sr,João Marques Calado

1 2 .’ a n o P o n te o o S ô r , I ' le M a io <le 1 9 3 7 i N U M E R O 2 5 4f iKBiiiiwiwiiii i i iiiiiiWiiriiiiriJWWfe

P U B L I C A C Ã O Q U I N Z E N A L

D I R E C T O R E E D I T O R

Çtvú&z&dítia dz Odwuha. da. Conc&ição odacUa.de.

iw:?iwggyS e c r e t a r i o d a R e d a ç l o

Amiicar de Oliveira da Conceição Andrade ADMI NI STRADOR

Primo Pedro da Conceição

!T«3222iBJlEECSB2F U N D A D O R E S

P r i m o P e d r o d a C o n c e i ç ã o

J o s é V i e g a s F a c a d a

R E D A Ç Ã O E A D M 1 N I S T R A Ç A O R u a V az M o n t e i r o - 3 ? o n t e d .o S o r

Composto e impresso na Minerva Alentejana — PONTE DO SOR

O o l s a s d . a , n e s s a t e r r a ,

Á fal ta de inst rucçãoÉ incontestável que a nossa

terra tem progredido imenso nestes últimos anos. 0 seu comércio, a sua indústria, teem evolucionado num ritmo b a s ­tante acelerado. Podem hoje npreciar-se, em Ponte do Sôr, estabelecimentos com todas as condiçõe:, higiénicas re­queridas. A vila progride, moderniza-se. A própria e s ­tética tem melhorado também— haja em vista a nova ave­nida no Campo da Restaura­ção. Actualmente a construc­ção simultânea do mercado coberto e do jardim munici­pal, muito vem valorizara sé ­de do concelho

Se o que aqui fica aponta­do são verdades incontestá­veis, não é menos certo que h á , para vergonha nossa, cer­tos aspectos que é necessário eliminar quanto antes.

A ’ frente de todos êles, e como o mais grave, está o fac­to de um grande número de crianças— cêrca de umas 200 segundo nos afirmaram— não poder frequentar a escola pri­mária.

Ponte do Sôr possui um único edifício escolar em fun­cionamento, edifício êste que apenas tem quatro salas de aula.

0 edifício foi bom— talvez dos melhores do districto— mas a sua deficiente cons ­trucção originou a abertura de fendas no estuque por on­de a água corre em abundân­cia tornando, num futuro mui­to próximo, a escola impra­ticável para o fim a que se destina.

Os professores que ixam-se de que não podem dar aulas no inverno pelas razões há pouco apontadas. A vila está, portanto, na iminência de fi­car sem escola.

Além disso, como vimos atrás, o edifício escolar é in- suficientíssimo para a nume­rosa população escolar.

Impõem-se rápidas medi­das tendentes a melhorar este estado de coisas que não de­ve nem pode maníer-se por mais tempo.

A instrucção é considera­da como uma das maiores ri­quezas que se podem dar ao homem. Já Danton o declara­va na sua frase lapidar: “D e ­

pois do pão a educação é a ptimeira necessidade do po­vo.”

Nestes últimos anos á cau­sa do ensino em Portugal tem- se dado um vigoroso impul­so no sentido de acabar, tan­to quanto possível, com o a- nslfabetismo, mal de que en­fermava grande parle da po­pulação nacional.

A campanha levada a efei­to pelo ”Diário de Notícias, , veio despertar a Nação do pesado sorio em que estava mergulhada, havia tanto tem­po.

Construíram-se inúmeras escolas . Indivíduos generosos doavam outras. 0 govêrno leva a cabo a organização dos Pos tos Escolares “desti ­nados à propagação cios co­nhecimentos que constituem o 1.° grau do ensino primário elementar”. Por tôda a parte se luta na ânsia de se extin­guir o inimigo odiado— o a- nalfabetismo.

Ponte do Sôr, também a- companhou êsse movimento. Construiu um edifício esco­lar, suficiente para a ocasião. Edificou-se então para o pre­sente, sem se p e n s a r no fu­turo. Os factos aí estão a a- pontar o êrro cometido— a construcção dum edifício a- canhado em relação ao pro­gresso constante da vila. Era êste um dos elementos a pon­derar no momento da cons­trucção.

Não se deve , no entanto, estar agora a pensar nos er­ros passados . Deve, antes, pretender-se remediar o mal feito. De que maneira? Peia reparação do edifício actual. Mas o caso assim não ficaria resolvido. Para isso aqui dei­xam os uin alvitre: Como a Estação dos Correios e T e lé ­grafos vai abandonar a casa onde se acha instalada, por­que não a transforma a Câ­mara numa escola?

Se atendermos a que o e- difício em questão já a isso se prestou num passado não muito distante, não nos pare­ce descabida a nossa suges ­tão.Coimbra, 13 -4 -937

Amiicar AndradeNO TA—Após a feitura do

artigo supra, soubemos que a

Queima das FilasApelo a todos os estudantes de Coimbra

A Comissão Centra! que orien­ta a realização das Festas do «IV Centenário» da Queima das Fitas, que se efectuam de 22 a 28 de Maio, faz um apelo a todos os antigos estudantes de Coimbra; a todos quantos têm no passado a marca indeleve! da saudade des­ta Cidade Misteriosa que nós ama­mos, que Detestamos, que Odia­mos, mas que nos Prende; a to­dos quantos conservam sempre viva a recordação da vida descui­dada, das «cólicas», dos prémios... e das «rapozas»; a todos quantos sentem vibrar na Alma a saudade imorredoura da Mocidade, para que venham até nós nos dias Grandes que se aproximam, can­tar comnosco, rir, foigar e beber comnosco enquanto se desenrola a Festa e chorar comnosco quan- se aproximar o f i m. . .

Rapazss de Coimbra, a Comis­são Central chama-vos.

Vinde!Seja qual for a vossa idade,

v inde—sei eis Moços logo que chegardes!

Vinde, Rapazes- que vestiste uma capa e batina! Os estudantes de hoje querem saudar-vos, feste­jar-vos e demopstrar-vos que a Academia d? Coimbra é a A C A ­D E M IA de sempre.

Escrevei-nos, dizei-nos se pre­tendeis algum esclarecimento rela­tivo á vossa vinda. Nós respon­der vos-emos com Alegria e com Alegria vos receberemos e home­nagear mos numa Festa a Vós dedicada.

Vinde, Estudantes de Coimbra!Nós esperamos anciosos a vossa

visita.(a) A Comissão Central

Filarmónica P on tessoren se Ilda Stichilli

SINDICATO AGRICOLA DE P O N T E DE SOR

Em segunda convocação, reuniu a Assembleia Geral do Sindicato Agricola deste Con­celho, para exame e julgamen­to das contas da gerencia de1936, sendo apruvado o res ­pectivo relatorio da Direcção com um voto de louvor a esta, proposto pelo Conselho Fiscal, pela forma como de­sempenhou o seu mandato.

Continua a comissão reorgani- sadora deste antigo agrupamento artistico loca!, a trabalhar afanosa­mente, para que em breve a fila r­mónica possa voltar a fazer-se ou­v ir. Tem já recebido a inscrição de muitos socios protectores e exe­cutantes, aguardando apenas o re­gresso dos instrumentos, do Por­to, onde foram a repaiar, para se iniciarem os ensaios da Banda.

O regente contratado Sr. Ange­lo Silva, que ultimamente regia uma das Bandas de Veiros, e que vem precedido da fama de ser uma competencia no assunto, já se en­contra entre nós, e teve a gentilesa que muito agradecemos, de v ir aié à nossa redacção apresentar os seus cumprimentos.

Falta de limpesa

Continuam as ruas da vila em lamentavel estado de por­caria. A vagarosa vassoura municipal não as percorre com aquela frequencia que seria para desejar, resultando dahi o encontrarem-se estas sem­pre num estado de aceio pou­co recomendável. Três varre­dores apenas paia uma vila com uma área enorme, como a nossa, temos de concordar que é pouco, jámais quando os seus préstimos são como muitas vezes sucede, aprovei­tados para outros serviços. Lembramos a conveniencia de se empregarem durante certos dias alguns jornaleiros no ser­viço de limpesa, atendendo-se assim, a uma higiénica medi­da que se impõe.

Sport IMfia o Poule d# SorEsta f lorescente agremia

ção desportiva local, acaba de transferir a séde para a antiga Rua Cândido dos Reis, onde durante muito tempo esteve instalada a sua con­génere Eléctrico F. Club.

Câmara Municipal de hà mui­to pensava em instalar, na ca­sa ora ocupada pelos correios, uma nova escola. Para isso espera, apenas, que o edifício seja evacuado. Sendo de lou­var a atitude do Município desejamos, contudo, que o assunto seja resolvido com a maior brevidade possivel, de maneira a que a referida es­cota possa funcionar já no próximo anc> lectivo.

A. A.

VACINA DE CAES

Começa hoje o serviço de vacinação de animais da ra­ça canina, pelos pos tos dc Pernancha de Ba ixo e Al- inoinhas, prosseguindo nos domingos seguintes . No pro­ximo domingo real isa-se no Rasquete e em Montargil , sendo no domingo seguinte, no posto do Vale de Açôr.

Esta talentosa actriz, visi­ta-nos na próxima quinta feira, dia 20, brindando-nos com um espectáculo de arte no Teatro-Cinema, em que apresenta um escolhido pro­grama, cujos principais nú­meros "Há-de dizer mamã” ” Provas Publicas” e ” A fala foi dada ao homem”, alem de outros que apresentará, são assombrosas criações da genial aitista.

Vai certamente a nossa sala de espectáculos contar uma formidável enchente na­quele noite, para ouvir e a- plaudir este astro de primei­ra grandeza que nessa noite põe mais uma vjz á prova as suas extraordinarias fa ­culdades de artista.

TEATRO-CINEMANas aza? da Canção

E' o título da interessante filme que hoje se exibe no Teatro-Cinema, em que Gra- ce Moore desempenha um papel importantíssimo. Esta extraordinária artista que possui a niais bela voz do ci­nema, e soube cativar o mun­do inteiro em <Uma noite de amor*, continua neste filme a arrebatar as plateias com os encantos da sua voz.

No proximo domingo ex i ­bição do filma dramatico u i s s o a ’'Grã-Duqueza Ale­xandra'’, com a grande can­tora Maria Jeritza e os notá­veis artistas Paul Hartmann, Leo Slezak e outros.

ia N.Na noite de quarta-feira

ultima realisou-se no Teatro Cinema, promovido pelo Snr. Administrador do Concelho, um espectáculo cinematogra­fico com os interessantes fil­mes «A Honra da Familia e o Diabo dos Céus», que deu uma apreciavel receita. Pena foi que nesse dia se encon­trassem ausentes por motivo da peregrinação á Fatima, muitas das familias que c o s ­tumam frequentar o Cine­ma.

Diário da lYlanliã

EWOCIDADVende-se na Minerva Alenteja-

- na este importante periódico da „ capita!.

A M O C I L) A D E

J t i r j a u g u r a ç ã o d a

tdsfl de Sauíle fe toanteNo passado domingo 2, a vi­

zinha cidade de Abrantes vestiu-se de galas para receber condigna- mente os inúmeros e ilustres con­vidados que ali foram patentear a sua admiração pela obra grandio­sa qne se ia inaugurar e que era devida à muita tenacidade d’um homem de vontade firme e de qualidades sublimes, que alia à sua muita competência de médico ci­rurgião, a bondade de coração. Esse homem que poucos desco­nhecem, é o snr. Dr. Manuel Fer­nandes.

Alem dos muitos melhoramen­tos que Abrantes já lhe devia, fi ca-Ihe devendo mais um, e êste, é uma obra de grande vulto sob to­dos os aspectos e que honra qual­quer terra, por mais exigente que seja.

Pouco passava das onzes horas quando chegamos ao modelar e- dificio, onde já se encontravam grande numero de oonvidados, na sua maioria médicos e alguns dos mais distintos nomes da cirurgia portugueza.

iJelo snr. Bispo de Portalegre foi rezada uma missa para inau­guração da capela privativa, assis­tindo graude numero de fieis, de­pois do que, o mesmo prelado procedeu à benção do edificio.

Em seguida todos os visitantes percorreram as suas instalações que se podem chamar modelares, pois deve ser 110 seu genero um cos mais bem montados 110 pais, deixando uma agradavel impressão em quantos o visitaram.

Foi um edificio construído pro- positamente para aquele fim, de linhas simples mas elegantes, obe­decendo em tudo ao bom gosto e aos mais cuidadosos preceitos da higiene.

Fica situado num ponto alto dum dos extremos da cidade, d'onde se disfructa uma surpreen­dente paisagem, e é composto de três pavimentos. No primeiro fica o vestíbulo de e n t r a d a a sala de consultas, duas enferma­rias com quatro camas cada, far­mácia, três quartos particulares a- legres e cheios de luz, montados com um certo luxo e duas salas de cirurgia aseptica com toda a apare’hagem cirúrgica, Raio X, bisturi electrico etc, sendo os seus pavimentos em mármores brancos.

No segundo pavimento ficam mais três quartos particulares, de2.a classe, mas tambem confortá­veis e 0 magnifico solário donde se disfructa uin horizonte vastíssi­mo.

No réz-do-chão estão instalados a capela com duas entradas, a co­zinha, casa de jantar, dispensa, quartos das enfermeiras, que são Itmãs Franciscanas Hospitaleiras, casa de banho, retretes etc.

Tem «chauffage» central, fichas para telefone em todos os quar­tos, sinalização electrica, sendo os pavimentos em corticite.

Possui ainda um alegre jardim e horta.

Tem capacidade para 14 doentes,8 em duas enfermarias e Ò nos quartos particulares.

Depois da visita dirigiram-se os convidados à Assembleia de Abran­tes onde lhes foi oferecido u n al­moço frio, tendo aos brindes fala­do varios oradores que puseram em relêvo as altas qualidades d'homem e de scientista do snr. Dr. Manuel Fernandes e 0 graude alcance social da obra que acaba­va de se inaugurar.

Por fim falou 0 fundador da Casa de Saude que agradeceu a presença do snr. Bispo de Porta­legre, dos seus ilustres colegas e dos jornalistas, assim como as re­ferencias elogiosas que lhe tinham sido feitas e que em tudo tinha si­do norteado por um grande amôr

V 5 C E IN TA fa rs a de In ê s P e re ira

Antes do aparecimento de Oil Vicente—o génio tutelar da dra­maturgia lusitana, — 0 teatro por­tuguês estava escassamente repre­sentado por momos ou entreme­zes postos em cena por ocasião de festividades religiosas e profa­nas. E' provável contudo que du­rante a primeira dinastia já apare­cessem tentativas de representa­ções cénicas ao gôsto dos mistérios e milagres medievais, então muito em voga e representados nas cor­tes, nos átrios das igrejas ou ou­tros recintos, porquanto nas cons­tituições dos bispados portugueses se encontram medidas proibitivas, e repressivas de escândalos a que tais espectáculos por vezes davam lugar. Das representações efectua­das nas igrejas por ocasião de fes­tas religiosas ainda hoje se encon­tram algumas sobrevivências, ves­tígios e tradições que se paten­teiam uas janeiras, cantadas pelos Reis, nos cantos do Natal, etc. A Igreja ainda, até certo ponto, con­serva essas mesmas tradições, em­bora modificadas no seu aspecto externo. Em algumas regiões de Portugal a Semana Santa assume por vezes as proporções de autên­tica representação dramática, pois na 5 * feira santa se arma o Calvá­rio, se procede à descensão de Cristo e na ô.a feira se efectua 0 seu enterramento, com um apara­to cénico apropriado e desenvol­vido. Isto sucede também em ou­tros países da Europa, por exem­plo na Alemanha, onde, em Ohera- mergau, se põe em cena, com grau­de magnificência e riqueza de por­menores, a paixão do Redentor.

Na côrte de D. João U repre- sentou-se um Entremez do Anjo, composto pelo conde de Vimioso, e 110 Cancioneiro Oeral, de Re­sende (1516) figura, entre outras mais, uma composição com aspec­to de entremez, que foi escrito por Henrique da Mota. São estes, se­gundo parece, os mais antigos ves­tigios do nosso Teatro, que, pode d z?r-se, tem a sua origem con­creta e palpavel nos autos de Oil Vicente, poeta e ourives, que du­rante muitos anos divertiu a côrte e o povo português com as pro­duções artísticas do seu fecundo génio dramático. Mestre Oil con­seguiu fundir e congregar os ele­mentos dispersos imprimindo ao seu teatro um cunho individual e inconfundível, 110 seu eclectismo satírico, patriótico, sentimental e moralista.

Da vida do fundador da drama­turgia nacional pouco se sabe. Pa­rece que nasceu em Guimarães, em data que nào se conhece ao certo, e frequentou a Universidade, onde não chegou a concluir ne­nhum curso. Desempenhou qual­quer cargo na côrte, dizendo-se mesmo que foi mestre do duque de Beja, depois rei D. Manuel. A veia dramática e poética de Gil Vicente revelou-se por ocasião de unia doença natural e ocasional deD. Maria, mulher de D. Manuel, em cuja presença êle recitou o Mo­nologo do Vaqueiro, e, desde en­tão, durante uns trinta anos, o dra­maturgo, poeta, ourives e músico deleitou a côrte portuguesa e as multidões com seus autos e comé­dias em que a sua pena cáustica e severa fustiga audaciosamente os vicios, os crimes, os defeitos, o a- viltamento da nobreza, do clero, da burguesia e do povo, pugnan­do pela justiça, pela equidade e pe­la moral, tão maltratados naquela época de delírio, grandeza e cor­rupção. O seu desassombro trou- xe-lhe inimigos que pretenderam até menoscabar os seus dotes de dramaturgo, 0 que fez que êle so­

licitasse de "certos homens de bom saber", que duvidassem que o au­tor "fazia de si mesmo ’ os autos que representava, um tema para desenvolver, 0 que êle fez com­pondo h farsa de costumes Intitu­lada Inês Pereira, na qual se ana­lisou com penetração e funda iro­nia algumas facetas da psicologia do matrimónio, com base no dita­do tópico "antes quero asno que me leve, que cavalo que me der­rube’’ o poeta saiu triunfante de uma espécie de exame e a farsa re­presentou-se em Tomar, em pre­sença de D. João III, a quem Oil Vicente se queixara do agravo que lhe fizeram.

As suas peças, escritas em cas­telhano e português, tratam de vários assuntos que se podem di­vidir em très grupos: religiosos (obras de devoção ou apologia cristã), aristocráticos (tragicomé- dias etc.) e populares (farsas e co­médias). Dentre elas mencionarei o Auto de Fé, Comédia de Ru- bena, Floresta de enganos, Auto da festa, O Juiz da Beira, Auto da Alma, Auto da Feira, Quem tem farelos, etc. Na dramaturgia vicentina, a par com a feição satí­rica e moralista que aponta e caus- tica o vício e 0 crime desassom- bradamente, campeia 0 sentido de­mocrático e nacional, sobressai a- qui e além o vislumbre de uma intuição psicológica e predomina a análise dos costumes e da vida social de 500.

** *

Na farsa de Inês Pereira, de e n - rêdo muito simples, como o dita­do que a inspirou, o poeta apre­senta o tema da conquista do ma­rido, tantas vezes explorado com mais ou menos felicidade por dra­maturgos e romancistas. Inês, ra­pariga de baixa condição, dada à fantasia e à preguiça, procura es­capar-se ao trabalho de bordar, que a mãe lhe confia, e diz:Renego deste lavrar E do primeiro que o usou;O' diabo qu’eu o dou,Que tão mau é de aturar.Oh [esus! que enfadamento,E que raiva e que tormento,Que cegueira e que canceira!Eu hei-de buscar maneira D'algum outro aviamento.

Uma certa Leonor Vaz propor­cionou a Inês Per»ira ocasião de alcançar a liberdade ambicionada e de pôr de parte as canseiras e trabalhos domésticos, inculcando- lhe um marido provinciano, um Pero Marques, lavrador rico e a- bastado, que a estimaria. Inês, porém, ao ve-lo rude, ingénuo, um tanto ridiculo, mas honesto nos seus propósitos, diz não que­re casar com êle, pois prefere homem discreto, de boas prendas, tocador de viola:

Va-se muitieramá;Que sempre disse e direi,Mãe, eu me não casarei Senão com homem discreto,E assi vo-lo prometo,Ou antes 0 deixarei.

Que seja homem mal ftito,Feio, pobre, sem feição,Como tiver descrição,Não lhe quero mais proveito.E saiba tanger viola,E coma eu pão e cebola.Siquer hua canteguinha Discreto, feito em farinha,Porque isto me degola.

Aparecem então uns judeus ca­samenteiros que inculcam como mardo um Bráz da Mata, escudei­ro pelintra, mas donairoso, de

boas falas e grandes manhas, lou- vaminheiro, bom jogador de bola e tangedor de viola, como êle próprio se apresenta a Inês, di­zendo:Eu não tenho mais de meu. Somente ser comprador Do Marichal meu senhor,E sam escudeiro seu,Sei bem ler,E muito bem escrever,E bom jogador de bola,E quanto a tanger viola,Logo me vereis tanger.

Faz-se o casamento e logo 0 escudeiro se mostra um marido tirano, que encerra a mulher em casa, cerceando-lhe toda a liber­dade, forçando-a ao trabalho. Sa­indo êle para a guerra de Africa, fica Inês fechada e encarregada dos serviços caseiros, pelo que já se lamenta do casamento feito a seu gosto, prometendo arranjar marido d e outra feição, s e s e vir novamente solteira:

Quem bem tem e mal escolhe,Por mal que lhe venha não sanoje.

Renego da discrição,Comendo ó demo o aviso,Que sempre cuidei que nisso btava a boa condição:Cuidei que fossem cavaleiros Fidalgos e escudeiros,Não cheios de desvarios,E em suas casas macios,E na guerra lastiineiros.Vède que cavalarias,Vêde já que mouros mata Quem sua mulher matrata,Sem lhe dar de paz íiuin dia. Sempre eu ouvi dizer Quem o homem que isto fizer Numca mata drago em vale,Nem mouro que chamem Ale;E assi deve de ser.Juro em todo meu sentido Que se solteira me vejo,Assi como eu desejo,Que eu saiba escolher marido,A' boa fé sem mao engano, Pacifico todo 0 ano,E que ande a meu mandar: Havia-m'eu de vingar Deste mal e deste dano.

Novas enviadas a respeito do marido dão-no com morto por um Mouro, quando ia a fugir de um combate; e Inês logo rejubila por se ver livre de tal tirano e por poder casar com homem mais pacifico e menos sabido, como ela diz:

Oh que nova tão suave!Desatado é o nó.S’eu por êle ponho dó,O diabo m’arrebente:Pera mim era valente,E matou-o um mouro só.

Guardar de cavaleirão Barbudo, repetenado,Que em figura d’avisado He maiino e sotrancão.Agora quero tomar Pera boa vida gozar Hum muito manso marido;Não no quero já sabido,Pois tão caro há de custar.

Aparece noí/amente Leonor Vaz a visitar Inês Pereira, a quem acon­selha outra vez o casamento com o repudiado Pero Marques, tste casa com Inês, dando-lhe^as liber­dades por ela amb cionadas, dizendo-lhe mesmo:

Ide onde quizerdes ir,Vinde quando quizerdes vir,'Stae quando quizerdes 'star:Com que podeis vós folgar Qu’eu não deva consentir?

Avista-se a protagonista com um ermitão, seu antigo namorado, que se lamenta do desprezo a que por ela fora notado, e pro­mete-lhe então Inês encontrar- se com ele. E’ 0 próprio marido que a leva, atravessando um rio com ela às costas e ainda carre­gado com duas lousas. Assim se cumpriram os desejos manifesta­dos por Inês, depois da amargu­rada experiência do seu primeiro casamento, quando ela dizia:

Quero tomar por esposo Quem se tenha por ditoso De cada vez que me veja.Por usar de siso mero,Asno que me leve quero E não cavalo polão;Antes lebre que leão,Antes lavrador que Nero.

Através da exposição feita e dos passos transcritos é fácil com­preender o enrêdo vulgar e sim­ples desta tarsa, uma das mais notáveis peças do grande poeta. O assunto quási sempre palpitante, 0 delineamento e a diposição das cenas, o desenho psicológico dos caracteres das personagens, a aná­lise da vida social em seus reces­sos pouco edificantes, fazem avul­tar a Farsa de Inês Pereira como uma obra prima do teatro de costumes, como um reflexo a- nimado da comédia burguesa, e- ternamente viva. O autor, obser­vador e conhecedor profundo da sociedade coeva, transplanta para a cena a realidade, a triste e bur­lesca realidade da sua e de todas as épocas, enquadrando-a numa ironia subtil, sem apresentar con­tudo a lição moral em toda a sua palpável flag.ância, tão necessária à multidão vária e heterogénea dos espectadores. Contudo, em­bora, essa lição transpareça ape­nas através dos caracteres dos per­sonagens e das cenas ridículas, a Farsa de Inês Pereira, por apre- sent r uma teição cómica e real da vi Ja social, é um titulo de gló­ria,. .para Gil Vicente, sem du­vida o maior oramaturgo portu- guê-< de todos os tempos.

Coimbra, 25 de Abril de 1937

Luiz Saavredra Machado

Falecimentos

—Em Longomel, onde resi­dia, faleceu ha dias 0 Sr. An- tonio Dias Bicho, de 64 anos, viuvo, sapateiro, pai do nosso amigo e assinante Sr. Julio Dias Bicho.

—Tambem faleceu ha dias, no Hospital de Santa Marta, em Lisboa, onde dias antes havia dado entrada, o Snr. João da Siiva Anjos, de 40 anos de idade, mecânico, na- ural da freguesia de S. Ni- colau, de Santarém, e residen­te nesta vila.

— A's familias enlutadas enviamos os nossos sentidos pesames.

pela sua profissão, e de quem não sendo egoista sempre e atravez de tudo, tem procurado ser util à co- munididade e à terra que conside­ra sua.

No final 0 snr. Dr. Manuel Fernandes foi muito cumpri­mentado por todos os presentes.

Durante 0 resto do dia foi a Casa de saude franqueada ao pu blico, que acorreu em massa a prestar tambem a sua justa e sin­cera homenagem ao médico distin­to que não esquece nunca os po­bres.

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Não se restituem autografos quer sejam ou não publicados

A s s i n a i â M o c i d a d e

Aos a p r e c i ad or esd a b o a P i n g a

Recomendamos uma visita á Adéga Firme, para se cer­tificarem pesssoalmente que é esta casa a que vende vi­nhos das melhores e mais a- famadas procedencias. Exce­lentes, e de paladares supe­riores. longe do alcance da concorrência, o s vinhos des­ta casa rivalisam com o que de melhor existe no género.

Ver para crer.

Lourenço Pereira Firme Rua Gomes Freire de Andrade

Ponte do Sor

Duas hortas uma na Fríal-

va com oliveiras e arvores de fruto, e outra nos covis, tam­bem com oliveiras e arvores de fructo,agua nativa e nóra.

Começando o arrendamen­to em l de Outubro do ano corrente e terminando em 29 de Setembro do ano seguinte. Quem pretender dirija-se a

José Batista de ea rua lítonesta vila.

'a

Não confundir. A casa que V. Ex.a deve preferir, para a compra de chapéus ou calça­do, é sem duvida a

Chapelaria J. A. Silva

4 A M O C I i ) A D EKMMMMmuM

Carteira ElefanteOFazem anos as Ex.mas Srns.as e Snrs.

Maio

16—D. Fiorinda Cita Matias, em Bena­vila e Menina Maria Senhorinha S. Bento.

17—D. Olinda de Oliveira Oaacia, em Galveias.

18—D. Filipa Joaquina Pais, em Qal­veias, D. Fiorinda Cesar e José Mendes Martins.

19—D. Emilia de Matos Pires, na Chança, D. Maria Branquinho dos San­tos Pequeno, em Qalveias e Jacinto Lo­pes, em Portalegre.

20—0 . Margarida do Espirito Santo Coutinho, D. Ilda do Andrade Ribeiro, Augusto Maximo Prates, em Lisboa, Pe­dro Pereira dos Santos, em Leiria e D. Kosa Tereza Paiha, no Crato.

21—Lonrença da Conceição.22—Menino Antonio Rosa Pereira, em

Qalveias e Mariano Alves Pereira em La Plata (Argentina).

23—Antonio Rodrigues de Oliveira, tm Celorico da Beira, menino Joaninho Mario Sequeira e menma filipa Kosa Ca­nhão.

24—Cuítodio Emidio da Oraça.25—D. julieta Amelia Pimenta de Oli­

veira, no Vimieiro e menina lida da Sil­va Raimundo, em Torre das Vargens.

26—D. Trindade da Conceição Deme- trio Leonardo e Dr. Antonio Maria de Santana Maia.

28—0. Maria Constança Pimenta de Oliveira e Margarida Josefa Dias.

29—João Rodrigues Guiomar, na Tra- maga.

Varias—Esteve em Galveias, durante alguns

dias, de visita ao nosso assinante sr. Abel Oarcia Faiinha, o Sr. Padre João anoel Vicente, nosso estimado assinante de G á­fete, que durante alguns anos paroquiou a freguesia de Ponte do Sòr.

— Do Algarve, onde esteve durante algum tempo, regressou á sua casa desta viia o nosso presado assinante Sr. M a­noel de Sousa Eusebio

—Tem estado entre nós de visita á fa­milia Vaz Mon eíro, os nossos estimados assinantes do Carregado, Srs. Damiào Goes du Bocage e antonio Rodrigues Vaz Monteiro.

-E ncontra-se já lia dias na sua casa ro Vale de Salteiros, o nosso presa.io assinanute Sr. Joaquim Tavares Valente, Uo Porto.

—De visita aos seus, tem estado em Galveias o nosso particular amigo e assi­nante de Lisboa, Sr. Francisco Antonio Bragança

Etn Ponte do Sôr

—Estiveram ultimamente nesta vila os noísos presados assinantes, Ex “los Srs.

José Godinho de Abreu e Dr. Cosme de lam pos Calado, dc Benavila, Dr Ranl de Carvalho, Dr. Pimenta Jacinto, Anto­nio S Bento, Anselmo dos Santos Peque­no e José Velez Pimenta, de Oalveias, joào Vieente Marques Mocho, de Aldeia da Mata, José Eloi da Costa, de Santo Lristo e Albertino F. Pimenta, de Mon­targil. Luiz Branquinho Braga, de Galvei­as.

2 T ^ L t e " b c lDesloca-se hoje a esta vila,

onde Vfrn encontrar-se como o team do Eléctrico Foot-Ball Club, em partida amigavel de futebol, a primeira categoria do Sport Lisboa e Santarém, Club de gloriosas tradições, que pela primeira vez nos visita e que a- presenta os seus melhores joga­dores. O grupo visitante é um dos mais bem classiificados no futebol scalabitano, tendo já na presente época batido alguns dos mel'lores teans daquela cida­de, incluindo o team campeão. O Eléctrico tem por isso hoje, tal­vez, o encontro de maior respon­sabilidade da época, motivo por­que alinhará o seu melhor con­junto. Vai para a lueta cheio de vontade, com aquela alma que lhe conhecemos, esperançado em que obterá um resultado honro­so para o futebol pontessoren­se. O desafio começa ás 17 horas- No próximo domingo vão en- co:itrar-se em desafio amigavel as categorias de honra do Qru­po Desportivo Matusarense e Eléctrico Foot-Bali Club.

Atendendo ao fim a que se des­tina a receita desce encontro — a reorganização da f ilarmónica Pontessorense, - as direcções dos clubes não tiveram duvida em aceder ao pedido da comissão reorganizadora, pondo frente a frente os dois eternos rivais.

Vai ser certamente um jogo a- nimado e emotivo, em que os contendores tratarão de pôr á prova todos os seus recursos.

OUou

Quereis um relogio, qualquer objecto de ouro prata, por pouco dinheiro ?

Inscrevei-vos nos sorteios semanais com bonus, na relo­joaria e ourivesaria de

Hlisiãrio de Ceruaifio PinioRua Vaz Monteiro

Ponte de Sôr

fingelo SiíuaEx-professor de musica e

canto coral dos Liceus. Lecio- na rudimentos, solfejo, Pia­no, orgão, violino, este por métodos adoptados no Con- servatorio Nacional.

Como noticiámos, deslou-se até nós no domingo passado, a p r i­meira categoria do Orupo Despor­tivo Alterense, de Aiter do Chão, que se encontrou com igual cate­goria do Matusarense. O encontro, longe do que se esperava decorreu iusipido, falho de técnica e tnono- tono, pois o te;im visitante, que desta ver não vei reforçado com elementos extranhiss. nada fez nem mostrou possibilidades que seria capaz de praticar futebol. Apenas um ou dois componentes da equi­pa deixaram perceber que conhe­ciam algum coisa do popular des­porto. tx is tiu só utn team em campo, o do Matusarense, que em­bora jogasse pouco, dispoz á von­tade do adversário, brindando-o com 1 1 balas a 0, seis na primeira parte e cinco na segunda, como poderia ter enfiada mais. A- inda julgámos a meio da partida, aue mudando de campo, aliviado da pressão que o adversário so­bre si exerceu na primeira parte favorecido pelo vento, o Alterense seria capaz de marcar o ponto de honra, ou ir mais alem, Mas tal nãa sucedeu e foram ainda a os lo­cais que com vento contrario con­tinuaram a batè-lo copiosamente. Por isso a partida decorreu sem emoção nem interesse, saindo a a assistência aborrecida do campo.

Catçado, chapéus ou cami- zas, por medida. Executarn-se na

Chapelaria J. A. Silva

Pensão Sorense

Fonte de Sor

O l i a . p e i o . s

Aveludados, Angorá, pêlo alto, pêlo rapado, gran Je sor­tido de côres, em formatos de moda, s ó na

Chapelaria J. A. Silva

/ ^ r a d ç e i í T R r U Q

Maria Fiorinda, Antonio Simão Amaro e seus irmãos, de Galveias, impossibilitaaos de pessoalmente o fazerem veem por este meio agradecer penhoradamente a todas as oessôas amigas que tiveram a gentileza de enviar cartões de pesames e aos que os acom­panharam nas horas aflitivas da morte de sua est remo sa mãe.

C r ó n ic a c in em atográ f ic a

pM u mi

Decididamente o cinema cami­nha, a passos gigantescos, em bus­ca da perfeição. A sua técnica hoje já muitíssima apurada, pretende, no entanto, atingir uma melhoria constante em todos os aspectos. jQue distancia não foi necessário percorrer desde os passos indeci­sos da arte de Lumière até à ac­tualidade, em que impera o som e o colori Jo! jQue de esforços g i­gantescos não representa esta o- bra imensa realizada à custa de um esíôrço sobrehumano e persis­tente!

No entanto estes esforços teem sido compensados pela enorme a- fluêiicia de público—de todas as idades—que em massa acorrem a combater o spleen nas salas de projecção.

Hoje podemos afirmar que o ci­nema atingiu já um desenvolvi­mento e perfeição verdadeiramen­te notáveis. A producção média é, em geral, bôa, quando não exce­lente.

E depois o cinema desempenha um papel importantíssimo na vida actual—o de transmissor da cultu­ra, Todos, velhos e novos, estudio­sos ou não, ao mesmo tempo que se deliciam ua contemplação do filme, insensivelmente vão adqui­rindo uma cultura que, mais ou menos, é perdurável.

E essa cultura é tanto mais vas­ta quanto mais vezes se frequen­tar o cinema, porque as películas tratam de assuntos os mais dispa- res.

Ora um dos aspectos mais inte­ressantes focados no cinema, é o que diz respeito às biografias de homenscélebres, quando feitas com cuidado e verdade.

Este género foi pela primeira vez tratado por Alexandre Korda na sua inesquecível "V ida privada de Meurique VIU. O público viu e gostou. O í produetores reincidi­ram e após outras "vidas privadas” apresentam-nos, agora, a de Luiz Pasteur.

O filme

O filme pretende, antes de mais nada, glorificar o homem ilustre e sábio a quem a Humanidade tanto deve. Pasteur vive, com a familia, por assim dizer, isolado do resto da sociedade. Impressionado pelo elevado número de vítimas entre as parturientes, êle procura a cau­sa que produz tantas mortes. Des­cobre, finalmente, que é devido à falta de cuidados havidos com os utensílios médicos, utensílíos êsses que, quando utilizados, levavam em si os micróbios originadores da morte. E então, descoberta a causa do mal, começa a indicar o remédio—desinfecção de todos os instrumentos utilizados nas opera­ções. Incompreendido, escarnecido de todos, é, por fim, exilado de Paris, porque se as suas palavras não calavam no espírito dos mé­dicos, influenciavam, contudo, o povo humilde, que passou a temer aqueles. Vem a guerra de 1870.A Alemanha triunfa e exige um imposto de guerra pesadíssimo. O paiz está exausto. As indústrias e o comércio arruinados. Os gados, grande riqueza da Nação, morriam por tôda a parte. Apenas em A r- bois isto não sucedia. Qual a razão? E’ enviada uma comissão a estu­dar o caso. E então deparam cotn Pasteur vacinando os carneiros.

A sua obra não consegue, po­rém, convencer os membros da comissão. Os rebanhos afluem à região privilegiada —no dizrr dos médicos.

Pasteur diz que os campos estão contaminados, que a mortandade vai ser terrível. E então fazem-lhe uma proposta— encerrar animais vacinados e por vacinar em redis isolados. Que sucede? Os animais

vacinados salvam-se. Os outros perecem. Pasteur começa a ter co­laboradores na sua obra. Estuda agora o micróbio da raiva. E, fi­nalmente. consegue descobrir o antídoto contra êste terrivel flage­lo, Os seus tratamentos operam curas maravilhosas. E o filme ter­mina pela consagração, feita pela Academia das Ciências, ao homem humilde e sábio, incompreendido até ali.

A interpretação

Eu tinha para mim, desde a sua actuação estupenda em Scarface, que Paul Muni era utn dos valo­res marcantes no cinema mundial. Esta minha opinião mais se me radicou no espírito ao apreciar o trabalho perfeito, completo, sem um deslize, nesta sua nova p ro ­ducção. De facto só utn artista co­mo Paul Muni poderia des-mpe- nhar tão acertadamente a figura de Pasteur. Esta sua interpretação é simplesmente magistral, inim itá­vel. E' uma interpretação que fica­rá na história do cinema.

A sua máscara exterioriza per­feitamente os sentimentos que lhe vão na alma.

Como cenas marcantes da pelí­cula destacam-se entre outras a- quela em que Pasteur. comovido até às lágrimas, vê triunfar, em experiência pública a sua vacina imunisadora do carbúnculo. O artista alcança dar tios a sensação da alegria sentida pelo homem que consegue, por fim, vêr vencer os trabalhes de tôda a sua vida, E' uma cena cheia de grandeza. Sen­timo-nos como que empolgados.

Destacam-se ainda as cenas da visita de Pasteur ao hospital dos doentes atacados de raiva. Estes, finalmente curados, beijam-lhe as mãos, reconhecidos ao seu benfei­tor.

Na cena final é, enfim, consa­grado todo o trabalho de Pasteur. Mé !icos e sábios ilustres exalçam- lhe a obra e, quando o homena­geado aparece, para agradecer a homenagem prestada, uma ova­ção rompe, frenética, irreprimível. E é com lágrima^ — lágrimas de alegria—que Pasteur se dirige aos estudantes de medicina, médicos do futuro, aconselhando-os a nun­ca desistirem, dos seus trabalhos, a nunca desanimarem, a trabalha­rem não para o seu pais mas para utn f in tnais elevado— a Huma­nidade.Coimbra, 10 5-937

Amiicar Andrade

dos Pobres «le g*onte de Sòr

Por virtude da suspensão temporaria de “ A Mocidade”, atrazou-se uastante a publicação de notas sobre esta util ins­tituição que vem distribuindo os seus benefícios desde o dia 15 de Fevereiro de 1936.

A sua Direcção aDroveita esta opor­tunidade para agradecer à “A Mocidade” todo o auxilio que lhe tem prestado e continua prestando e apresenta ao anti­go Di ector dêste quinzenario as suas melhores feliciiações pela inteligente es­colha do seu filho Garibaldino, um novo de ideias claras e precisas de quem ha mu to a esperar, para seu sucessor na Direcção deste jornal.

Alem dos donativos insertos nos n.os 231 e 238 de 9 de Março e 21 de Junho de “ A Mocidade" foram recebidos até fins de Outubro mais os seguintes:

Do Sr. Antonio Fernandes o jantar do dia de S. João na importancia de 118$40; do sr. Joaquim Teles de Carvalho 5 litros de azeiie, 7,5 de feijão branco e 50 quei­jos comemorando o aniversario natalicio de sua Ex.ma Sogra; do sr. Artur Capi­tão, 10 litros de leite; da sra. D. Rosaria Alves Paes, 2,400 de fatinheiras e morce­las; Da Comissão promotora da Comu­nhão ás creanças 26 merendas de pão de trigo; da Comissão promotora da recep­ção ao Oifeon Abrantino, 80 croquetes de batata e carne; da sr.a D. Maria da Assumpção Santana Maia, 3 quilos de vagens; do Sr. Simplicio João Alves, t quilo de massa e 1,850 de bacalhau; da sr. dr. Mano:l Rodrigues de Vlatos e Sil va, 50 quilos de batatas; do sr. Antonio Gonçalves Moreira, t,k250 de toucinho; da sr.a D. Rosaria Alves Pais, 2,kõ00 de vagens; da Comissão das Festas de Ponte de Sôr, 37 peixes, 1 quilo de figado e 230 gr. de lombo de porco; da f rma Almei­da & C-bedal proveniente duma divida que esta instituição cobrou 160$00, do sr. Ramiro Pires Filipe. 50$00, do sr Eurico Paes de Carvalho 1 carrada de le­nha; do sr. José Gil de Sousa, 33 quilos de cebolas; de dois anónimos respectiva­mente 8$00 e 20|00; do snr. Dr. Vlanoel Rodrigues de Matos e Silva, 30 quilos de arroz; de um anonímo, 10$0 0 ; do sr. Rozendo Marçal o seu trabalho no feitio de um taboleiro, e do sr. Rimiro Pires Filipe, couves para dia e meio.

A Direcção da Sopa dos Pobres insiste por que os seus socios e mais benfeito­res se interessem por esta sua obra con­tinuando a protege-la e indo visitar a sua sede e n qualquer dia às 13 horas. Deve notar-se-lhes desde já que tio mez de Abril ultimo foram distribuídas 1 621 so­pas, sendo 655 a adultos e 966 a ctean- ças e 340$i)0 a 32 subsidiados.

E' pouco e é muito E’ pouco pelo muito que ha a fazer e é muito porque nada havia feito. Que todos nos conven­çamos, pois, da necessidade de manter tal obra de assistência publica contribuin­do para ela com o que pudermos.

A Direcção

Chapéus, camizas e calça­do em todos os generos, só na

Chapelaria J. A. SilvaConsultem o nosso sortido,

vejam os nossos preços.

Visailo pela censura

Quereis as ultimas no­vidades literárias? vá à Minerva Alentejana que lá as encontrará.

GORRESPONOENílIASBarquinha

A inauguração do monumento aos Mortos da Grande Ouerra do concelho da Birquinha ha pouco realisada, fez-se com grande b ri­lhantismo e teve um alto signifi­cado moral.

Esse padrão que fica a atestar ás gerações vindouras o esforço e heroicidade dos filhos do concelho, tem ao cimo do quarto degrau, uma pedra assente sobre o coval onde se encontra a urna conten­do os restos mortais de Antonio Qonçalves Curado, filho desta lin ­da terra ribatejana, o primeiro soldado português que tombou nas trincheiras de Klandres.

O monumento que íoi construí­do por operários da Barquinha, é projecto do Sr. tenente de enge­nharia Alfredo de Sousa Chira, E’ rodeado por um friso de cru­

zes de guerra, flores, e um maciço de verdura, tendo no espelho de um dos degraus gravada a dedi­catória. Sobre cada uma das ban­quetas ha dois lampiões, e nas pa­redes daquelas, as datas da campa­nha e os nemes das localidades onde os combates se efectuaram.

Felicitamos a Comissão deste belo monumento, assim como a Comissão dos Padrões da Grande Guerra a quem se deve a trasla­dação para a Barquinha dos res­tos mortais de Curado.

--Realisou-se ha pouco nesta vila o enlace matrimonial do nos­so presado amigo e assinante de ” A Mocidade” , Sr. Manoel Bata- guas Fazenda, com a Sr.a D. Ma­ria da Conceição Feixeira.

Foram padrinhos por parte do noivo a Sr.a D. Maria Faria e o Sr. José Leonardo Marques e por parte da noiva a Sr.a D. Marial Duarte e o Sr. Julio Vieira Dias.

Os nossos sinceros parabéns com os desejos de muitas felici­dades.

Correspondente

E x . 010 S r ' jo io M a r ^ eS

1 2 : a n o P o n t e tio S ô r , 3 0 d e M a io d e *1937 N U M E R O 2 5 5

P U B L I C A Ç Ã O Q U I N Z E N A L

D I R E C T O R E E D I T O R

\*à\iAóAdino de. Oíàreòia. da. ( anroir/in odndxa.de.

Secretario da Redaçio F U N D A D O RESAmiicar de Oliveira da Conceição Andrade Pri mo Pedro da Concei çào

A D M I N I S T R A D O RPrimo Pedro da Conceição José Vi e g as Facada

R E D A Ç Ã O E A D M I N I S T R A Ç Ã O R u a V a z M o n t e i r o - 3 ? c m . t e d .o S o r

' Composto e impresso na Minerva Alentejana — PONTE DO SOR

M a artificial ® C G I I C I D A I E S I IE IP EA Comissão que se propõe

construir novamente, este fi­no, a praia artificial junto á ponte da vila, está, como já dissemos, animada do melhor propósito de fazer vingar es­ta interessante iniciativa. Co­mo se aproxima a época do ca- íor e a construcção da praia veja uma necessidade de que a população da vila jà não pode prescindir, a Comissão vai muito brevemente iniciar os preparativos de tal cons­trucção. Na próxima semana, talvez, depois da reunião que vai ter, devem ser removidas as ultimas dificuldades, e ■luito possivelmente nos fins de Junho será um facto a construcção da praia.

Filarmónica P o n tessoren se

Já chegou a esta vila o instru­mental desta antiga e afamada Ban­da. que havia sido enviado ao Por­to, para reparar. Na passada quin­ta feira 27, iniciaram-se os ensaios, esperando-se que muito breve­mente voltemos a ter o prazer de de voltar a vê-la exibir-se em pu­blico. A Comissão organisadora continua a colher a inscrição de socios, e vai promover algumas íestas cujo produeto se destina à compra do novo fardamento para os executantes.

Pede por nosso intermedio a to­das as pessoas residentes fóra da terra a quem se d irig iu pedindo para se inscreverem como sócios, a finesa de enviarem as suas res­postas.

Carnes Verdes

Varias vezes temos reparado que ultimamente os vendedores de car­nes verdes fazem o seu negocio em plena via publica, junto da praça diaria, expondo ali as car­nes que destinam ao consumo.

Tal medida que representa um atropelo à saude publica e a maior falta de respeito ao proprio regu­lamento, precisa ser reprimida quanto antes, pois não pode a- dmitir-se por mais tempo este inacreditavel abuso. Ha um fis­cal das carnes que faz vista gros­sa, ou então não conhece os deve­res do seu cargo.

Chamamos para o caso a aten­ção das auctoridades sanitarias.

Regedor de MontargilFoi nomeado regedor da

freguesia de Montargil , o Sr. Antonio Lopes Prates, que substitui neste cargo o Sr. Antonio Julio Lopes Martins que havia pedido a exonera­ção deste cargo.

A fatalidade geográfica fez do russo um ser estranho, uma raça áparte, onde se reflecte o fatalismo e a indolência asiáticas e o espíri­to contemplativo e concentrado do homem das estepes.

Para compreender o russo é preciso mergulhar na História, e, como num ^otiho irreal de Dos- toewsky. ver desfilar o grosso dos bárbaros na sua marcha sôbre o mundo romano. Dos planaltos cen­trais da Asia, acossada pela fome, essa avalanche rola imponente, gal­ga os Montes Urais, e espraia-se, como onda que tudo subverte, pe­la estepe negra. O solo arfa sob os pés dêsses milhões de seres er­rantes, fugidos à pobreza das ter­ras e à ferocidade do clima. Povos inteiros, loucos de terror, fogem em frente da horda. E essa mar­cha inenarrável, êsse medonho desfile da fome, dura anos, Suevos, vândalos, alanos, germanos, liunos, visigodos, ostrogodos e hértilos, esfacelam a Europa e rompem as fronteiras do Império Romano, lançando o mundo na barbárie mais caótica. E a luta ciclópica, inenarrável—o choque da horda faminta, com todos os seus instin­tos sanguinários e materialismo animal com a avançada civilização do Império do Ocidente, é tremen- da. A sociedade romana e bárbara, vivem divorciadas, com instituições e costumes pióprios. A assimila­ção mútua foi lenta e difícil e só foi levada a cabo passados quatro séculos. Só em pleno sécub IX começa a aparecer nitidamente a sociedade medieval com a sua or­ganização própria e característica.

País de trânsito entre a Europa e a A'sia, a Rússia sofre o duro jugo dos bárbaros que por ali rolaram nos acasos do seu longo errar. Visigodos e ostrogodos, hu- nos, vândalos e hérulos, pisaram sucessivamente o solo russo, dei­xando a sua passagem bem vinca­da. Do século IX ao século X V I, sem interrupção, a Rússia, vive debaixo da dependência dos reis mougois. Ao terminar a Idade Mé­dia, em 1453, Ivan, o Terrivel, duque de Moscóvia, revolta-se, bate os mongois e toma o título de Tzar.

Entretanto, na Europa ocidental, haviam-se desenrolado notáveis acontecimentos. Com a aquietação dos bárbaros lançam-se os primei­ros esboços de nações. Um sôpro de fé galvaniza a sociedade medie­val. Constroem-se templos sumptu­osos, espallia-se a educação pelo pr.vo, dignifica-se a mulher, trans­forma-se o escravo em servo da gleba.

Por outro lado, o Feudalismo,

com todos os seus defeitos, lança os grandes vassalos uns contra os outros em intermináveis guerras intestinas. E os saques, os roubos, os assassinatos multiplicam-se nês- ses "séculos de ferro” . A Igreja, no apogeu da sua grandeza, intervem nas discórdias e, conquanto ven­cida às vezes, formula normas de conduta geral, dogmáticamente impostas aos povos. No campo educativo realiza uma obra a to ­dos os íítulos grandiosa, se aten­dermos à épcca. E, se os resulta­dos não foram melhores, para isso contribuiu certamente a eferves­cência social. As cruzadas que le­vantaram todo o mundo em trans­portes de fé, atestam a influência espantosa da Igreja naqueles recua­dos tempos.

A Rússia permanece estranha a êstes notáveis acontecimentos da época. Dir-se-ia que, para lá da Polónia e da Dácia, as fronteiras se negavam a acolher a civiliza­ção e as icAias dos povos do oci­dente. As frequentes lutas internas, a barbárie em que tudo se encon­trava mergulhado explicam, êste desinterêsse Os russos, não se en­contravam aptos a compreender êstes grandes movimentos, que tão grandes repercussões tiveram.

Crenças grosseiras, costumes bárbaros, guerras continuas, a in­clemência do clima, a fusão de ra­ças tão heterogéneas, haviam cria­do no russo uma psicologia espe­cial. O próprio movimento histó­rico da independência foi mais a rebelião dum senhor ambicioso que a ância de um povo sôfrego por traçar os seus destinos. A men­talidade prim itiva do íncola da es­tepe desconhecia êase grande ideal de pátria, no elevado sentido em que o devemos tomar. A iiidepen- dêneia nasceu, assim, por circuns­tâncias meramente secundárias e fortuitas. Ivan, não tinha a segui- lo um povo crente nos seus desti­nos, mas um rebanho de escravos qne simplesmente mudavam de se­nhor. O Knut do Grão Mongol não era, de-certo, mais pesado que o do sinistro Ivan. Sem unidade étnica, babel onde se cruzava o sangue de diferentes raças da Eu­ropa e da A’sia com tôdas as suas taras e os seus defeitos, não havia no povo aquela consciência colec­tiva que justifica ?. existência das naçõas.

A Ivan, o Terrivel, sucede seu sobrinho, Miguel Romanoff, que funda a dinastia que governou até 1917. Os Romanoffs, maus gover­nantes, não tiveram o valor neces­sário para elevar a Rússia ao lo­gar que lhe competia entre as na­ções. Excepção feita de Pedro 1, o

Graude, a quem coube a honra de formar a moderna Rússia, os Ro­manoffs mostraram-se falhos de predicadoã para conduzir o povo a altos destinos.

E* já em plena Idade Moderna, 110 século X V III, que a Rússia, sob o govêrno de Pedro, o Grande, se aproxima dc ocidente e ocupa lugar de destaque entre as maiores nações. Os seus sucessores, porém, mostraram-se incapazes de conti­nuar íi sua obra. Catarina I ainda se esforça, e consegue-o em parte, por lhe seguir as pisadas. Mas o trono, dali em diante em mãos de tzares crueis e déspotas, em que a crueldade dava as mãos à loucura, mostra-se impotente por dar à Rússia o logar que legitimamente lhe competia 110 concerto das na­ções. Reina a maior anarquia, im ­pera a crueldade e o despotismo de sangrentos ukases. E, enquanto a aristocracia e o alto clero osten­tam um luxo desregrado, o povo delira de fome e o analfabetismo atinge proporções inacreditáveis.

Em 1917, a familia imperial é chacinada. Sôbre os destroços car­comidos do trono ergue-se um outro poder que prêga ideias no­vas, aparentemente revestidas de amor e justiça para todos. As con­dições sociais, não mudam, porém. O homem da estepe não vê d im i­nuir as agruras da sua vida de grilheta. Só o Knut, o Hagelante chicote de cinco pontas, era agora de outro senhor, menos dado à piedade que o sinistro Ivan e o sangrento Grão Mongol.

A estepe, continua escrava. Só a escravatura é que mudou de rótulo, mas permanece invariavelmente a mesma. Fatalistas, ingénuos, con­templativos, os russos continuam a amar a terra e a viver só para a terra. A estepe não tem segredos para êles, e, bebendo a longos haustos 0 ar fino da interminável planura, enchendo os olhos do infin ito dos largos horizontes, de­corre-lhes a vida entre dois copos de vodka e o santo mister de ar­rancar do solo os productos de que necessitam.

Os vagabundos filósofos de Gor- ki, os mujikes de Tolstoi, a pobre gente de Dostoewsky, os caçado­res e beberrões de vodka de Pu- chkin, são instantâneos do russo focados por russos que souberam exprim ir tôdas as suas mazelas e o seu ar cançado e velho de venci­dos. Nêsses vultos sombrios, otide perpassa a fatalidade lácica, o es­curo do pessimismo, o veneno do clirna hostil, é que se sente, alto e bem alto, o grito penetrante da es­tepe escrava.Coimbra - G a r ib a l d i n o A n d r a d e

Fitando o sol Naquele dia,Vim encantado Na luz bendita Do arrebol.Essa agonia Do sol doirado E' tâo bonita, Tâo esquisita E encantadora, Que me esquecia De que vivia... Naquela hora!

Assistência Nacional aos Tubarculosos

Conforme informámos no ultimo número, realizou-se 110 dia 12 o es­pectáculo em b iiie fic io daquela As­sistência que rendeu a importan­cia liquida de Ô40$Õ0.

WAs de MariaCom grande concorrência

de fieis, tem-se realisado du­rante este mês, na igreja ma­triz desta vila as cerimonias religiosas do M ê s de Maria.

Taça “ Paz

E, caso extranhof Tu, meu amôr,Que és a mais linda Desse rebanho Que me seduz De noite e dia. Perdes a côr E a graça infinda\ Ante a magia Daquela luz!

0 rosicler Do astro rei Leva-te a palma,Não tem rival.

Tu és mulher;E eu bem sei Que. à tua alma. Muito lhe custa A confissão Deste ideal.

0 que te assusta E fa z pensar,—No dôce enleio Dessa paixão Que dizes ter— f 0 receio De eu me encantar Noutra mulher!...

Pobre iludida!Pois bem: Descança!... Folga, sorri!...Deixa criança,Que eu nesta vida Só penso em ti!

Ponte do Sôr. Maio de 1937

'jãàjx iMaxquzs CaiaJa

Para desempate do jôgo do pas­sado domingo, encontram-se hoje novamente, pelas 18 horas, as ca­tegorias d’honra do G rupo Des­portivo Matusarense e Eléctrico Foot-Ball Club, em disputa daque-

Dia de Corpo de D eusRealizou-se no passado dia 27

11a igreja matriz, a festa do Corpo de Deus, que constou de comu­nhão geral, missa, procissão em volta do templo, em que se incor­poraram grande número de fieis e todas as crianças das escolas p r i­marias oficiais.

Para encerramento das festas, fez uma pequena prática alusiva ao dia, 0 pároco da freguesia, re­verendo Joaquim José de Freitas.

Ia taç:t.

2 A M O C I D A D E

Coisas ila missa terra

© S [iOHl HiDIE©Um dia, nesta nossa queri­

da terra, surgiu uma idea ar­rojada — a organisação de uma corporação de bombei­ros,. Imediatamente foi e sco ­lhida uma comissão para tra­tar do assunto. Aproveitan­do habilmente o entusiasmo da ocasião houve reuniões em que oradores inflamados bo­tavam fala ás massas , enalte­cendo a grande importância do empreendimento. Segui ­ram-se s e s s õ e s cinematográ­ficas em que se apreciaram documentários apropriados. O s incitamentos choviam de toda a paite.

De facto não estava certo— diz ia-se— que Ponte do Sor não t ivesse uma corporação de bombeiros.

O caso é que a "coisa” fez- se.

jE que festa rija, santo Deus, , no dia em que se fez a estreia dos fardamentos e dum carro, laboriosamente puxado à fôrça de braço, com prosápias a pronto socorro!

Recordo-me, còmo se fôs­se ontem, dos exercios então executados pelos bombeiros e entre o s quais avultava um sa l to de espia dado da jane­la dum primeiro aiidar. A po­pulação da vila palmeou lon­gamente tôdas as fases dos exercícios , acarinhando os seus bombeiros Andava tu­do radiante, o contentamento estampado no rosto. O s bom­beiros ê s se s então, de farpe- la npva, de machadinha ao lado, de capacetes brilhando à luz radiante do sol, calcur- riavam as ruas, em todos os tíeritidos.

N ào havia dúvidas— a cor­poração dos bombeiros era

um facto..

Hoje, passados alguns a- nos, o que resta de tudo is­so? Nada ou quási nada. A cor­poração desfez-se , o material como não podia deixar de ser, inutilizou-se. O s farda­mentos sumiram-se. Apenas ao domingos, à noite, no ci­nema, se costumam ,yer dois ilustres bombeiros fazendo, pomposamente a guarda às portas da sala de espectácu­lo. ____

> * >Pois , senhores, é tempo de

se pensar a sério na reorga­nização dos bombeiros. Quan­do por t ô l a a parte.se traba­lha act ivamente com o fim de se engrandecer a terra natal — e em Ponte do Sôr alguma coisa se tem feito nestes úl­timos tem pos— não seria mau encaminharem-se as coisas no sentido de se es tabe lece ­rem na nossa terra os s impá­t icos "soldados da paz". Bôa vontade é de crer que não faltaria. Preci,$a-se agora é de quem meta ombros a esta tarefa. E depois o s bombei­ros são necessários— mais do que i s s o — indispensáveis em tôda a parte.N ão se fazendo assim, e no caso de haver um incêndio, ju lgar-nos-emos conduzidos aos tempos recuados da Ida­de Média assistindo ao es - pectácalo imprevisto dos ha­bitantes duma povoação, com pretensões a adiantada, de baldes e cântaros em piinho, em luta impotente contra o fôgo destruidor.

Coimbra, 26 -6 -9 3 7Amiicar Andrade

Ilda St.ich.ini " Teat ro- Çí n emaO espectáculo realisado

por esta talei)tosa actriz no Teatro-Cinema, desta vila, na noite de 22 do corrente, e não 20, como por errada informação noticiámos, pode verdadeiramente classificar se como uma noite de arte, em que a grande actriz poz à prova as suas excepcionais faculdades artísticas, entusi­asmando a assistência. T o ­d o s os números foram de uma correção impecável, so ­bressa indo o trabalho estu­p e ndo que a artista tem nas comédias "Há-de dizer mamã e Provas publicas” .

E’ pena que só umas e x - c a s s a s dezenas de p e ssoas acorressem ao Teatro a pre­senciar o genio fulgurante desta grande artista, que a critica já classificou “ a maior de todas” .

Calçado, chapéus ou cami- zas, por medida. Executam-se na

Chapelaria J. A. Silva

O -espectáculo cinematografico que hoje se realisa nesta casa de espectáculos local, é dos tnais completos, Perigosa Aventura, a interessantíssima comédia inter­pretada pelo grande actor W illy Fcrst, secundado por outros con­sagrados artistas, tem um argu­mento cheio de graça e beleza. O desempenho é primoroso, a acção iecorre no coração da Suissa, a-

presemando nos por isso cenários encantadores. Este filme só por si vale bem o espectáculo, mas a Empreza quiz completá-lo com outras peliculas tais como: "A Ga­ta namoradeira” , Encanto da Na­tureza e Uma Aldeia Duriense. O publico vai ficar satisfeito com es­te progrma que é dos mais com­pletos.

Casa de 5aude de Abrantes

Do ilustre médico-cirurgião sr. Dr. Manuel Fernandes, recebemos uma amavel carta, em que nos manifesta o seu reconhecido agra­decimento, pelo justo relato que publicamos da cerimonia da inau­guração da Casa de Saude, à pou­co levada a efeito, e de que aque­le ilustre clinico é Director.

Anal i sandoRecortamos de O Seculo de

8 de junho de 1934: EM- MA- TOZ1NHOS, um acto louvá­vel dum menor. No dia 25 de maio, um cão, que era perse­guido por um rapaz, arremes­sou-se ao rio Leça e refugiou- se sob um predio que está em parte, construído na agua. Devido á corrente, o animal não logrou regressar a terra, e ali ficou, durante algumas

' horas, a uivar e prestes a a- fogar-se. Passou perto Jorge de Oliveira Magalhães, de 14 anos, que se lançou á agua e salvou o cão com perigo de sua vida. O acto foi partici­pado á Sociedade Protectora dos Animais e esta premiou o gesto do Jorge com a quan­tia de 100 escudos e vai, ain­da, ga lardoal-o com uma me­dalha de prata. O valoroso rapaz já em tempos salvou dois condiscípulos que cor­riam grave risco de afogar-se.

Qus a beleza do acto d e s ­sa creança nos compense um pouco das amarguras de tan­tas má acções que por esse paiz fóra se praticam em pre­juiso moral dele e de todos n ó s . . :

** *

Como se obedecesse a uma combinação surgem varios colaboradores da imprensa provinciana (que os grandes orgãos não> teem tempo nem espaço para bagatelas de. se q u i l a t e . . ) a 'advogar o que eles chamam o culto da arvo­re, e, como consequencia ló­gica, a repetição da antiga festa da arvore.

Agora é o sr. Antonio Car­do quem ventila o assunto na Democracia do Sul, de 7 de fevereiro de 1934. Termina com estas palavras bem di- grias de ponderação:

“ D evem os amar a arvore porque é uma das melhores amigas do homem, que o a- briga, que o aquece, que lhe dá frescura, lar, comodidades, alegrias, beleza e até inteli­gencia. Quem não as amar, quem desapiedadamente as devastar, nem com os se lva­gens se compara, porque e s ­tes respeitam a natureza, e nenhuma qualificação ha que se lhes dê ” .

* **

Ha um outro elemento da natureza digno, como a arvo­re, de protecção e simpatia. E’ a ave. Tambem nos pare­ce serem aplicaveis aos ini­migos delas as palavras queo sr. Cardo endereça aos' perseguidores da arvore, v Quando se tem uma aima

bem formada, nela existe com­paixão e amor por tudo que vive e sofríe. D is so é. que e s ­tamos cada vez mais careci­dos.

Catorze dias depois do au­tor tornar publico o artigo a- cima reterido, noticiava a De-

4S> E S T E R B T O R f l ^

0 Barão de OrjaisM uito novo ainda, partiu para

o Brasil, a tentar fortuna, António Faria de Mendoça, filho de lavra­dores pouco abastados, „residente em Orjais’. > ..,

Uma vez no Brasil, dedicou-se f à, carreira comerciaf em estabele­cimento de secos e molhados, o.n- de, pouco a pouco, foi. amontoan­do uma fortuna regular. ■.

Passados alguns anos, regressou a Portugal, onde—noL tempo da monarguia -conseguiu see nome­ado Barão de Orjais, em duas v i­das ou gerações.

De uma cultura escassa, mas com fundo de benemérito, gran- geou simpatias na terra da sua naturalidade, onde constitui um solar para lhe dourar o brazão heráldico.

Para consolidar a fortuna ad­quirida no Brasil, contaiu niatri-, mónio com a filha de um lavrador abastado dos arredores de Orjais.

Do matrimónio teve dois filhos, os quais mandou educar cuidado­samente!

Devemos fazer aqui uma rápi­da digressão àcerca da formação ou origem da aristocracia em Por­tugal, que, como o adventp das modernas instituições políticas, se encontra abolida de direito, em­bora o nãd seja de facto.

Os condes, ■ duques e marque­ses, de veille roche.--à autêntica aristocracia provinham dos filhos bastardos dos reis, das suas liga­ções amorosas com as mancebas de todas as condições sociais.

Assim, a aristocracia era o produto de ilegitimos amores, não confessáveis à face da Iigreja e da Lei! do Estado!

Com a implantação do regime liberal, a aristocracia originária de bastardias reais foi acrescentada coiií a nobreza de cordel: os co­merciantes enriquecidos com tran­sacções escuras e pouco licitas; banqueiros rte reputação mais que duvidosa; políticos sem escrú­pulos; traficantes de tôda a ordem, que em Africa se destacaram na exploração dos negros nas roças; e, finalmente, os terra-tenentes, os grandes proprietários, detentores das terras,' onde agonizavam e morriam de fome os trabalhadores rurais!

Tudo isso foi abolido, posto à margem pela República, apenas aparentemente, porque, embora se não concedam mais titulos no- bliárquicos, os que existiam conti­nuam em vigor.

A verdadeira, a autêntica aris­tocracia é a que provém da inte­ligência, do trabalho honesto, da ciência e de todos os progressos da Humanidade!

Cada época tem as suas caracte­rísticas, como os seus brazões de nobreza, cada vez mais justos e humanos, que provêm da pró- p ia essência das coisas, trazidas pi la evolução dos tempos!

I

i Como dissemos, o barão de O r­jais teve dois filhos do matrimó­nio,. os quáis rhandou educar em Lisboa, sem conseguir o filho p r i­mogénito quaiquer curso profissi­onal. ,

A sua educação era mais super­ficial que sólida, feita na recepção dos salões mundanos, onde há mais verbalisnVo e falta . de com­postura, que ciência.

Numa dessas reuniões munda­nas, o filho mais <velho do Barão de Orjais, o primogenitor, travou relações com a familia de um opulentissimo lavrador alentejano.

Dessas relações resultou o casa­mento do herdeiro do baronato de Orjais com uma filha do lavrador

alentejano, que possuia bastantes herdaaes no Alentejo.

Morreram o primeiro Barão de de O rjais—o que havia fejto for­tuna no Brasil—e o lavrador o- pulentissimo do Aleutejor j ,

Uma vez de posse do titu lo e fortuna do Barão de Orjais, o Fer­nando Garcia de Mendonça (que assim se chamava « filho maiiS ve­lho do Barão tíe Orjais), depositou numa casa bancária parte da sua fortuna, e as herdades do Alente­jo en|regou-as a feitores e rendei­ros pouco escrupulosos.

A catástrofe era inevitável:—O Banco faliu, os rendeiros não fa­ziam senão explorar as terras sem as beneficiar, o que desvalorizou as herdades, que foram vendidas ao desbarato, ficando o Barão de Orjais, de segunda vida ou gera­ção, completamente arruinado.

O segundo filho do Barão de O r­jais ,estudou medicina, tendo-se doutorado', ííldó para Orjais exer­cer1 clinica, onde se notabilizou.

Alvaro Garcez de Mendonça, espirito atilado, compreendeu quç as propriedades que lhe foram deixadas por seu pai, deviam ser administradas com o maior cuida- dado, conforme os mais aperfeiço­ados métodos agricolas, conseguin­do assim aumentar os seus bens ou riquezas!

’ • ♦ • • • • 'A ciência, aliada ao trabalho,

produz milagres, o que só rara­mente conseguem pessoas incultas,, a não ser que sejam bafejadas pela mais insólita das fortunas.

Há ignorantes ricos, como há talentòs privilegiados que morrem de fome.

Na natureza, ou irH hor, na sociedade, há contrastes siugulares. aberrações que não> se compreen­dem nem se justificam, apenas se registam como factos anormais.

Camões morreu de fome, e um João Fernandes qualquer morre de fartura.

E segredos são estes da Natura; que os digam os sábios da Escr - tura. ’ ' ,

MATEUS RUIVO

mocracia do Sul esta enormi­dade: que em Redondo se re- alisariam breve as festas da Primavera e que entre os grandes números do progra­ma figuraria um torneio de-ti- ro aos pombosi.

Calcule-se! Festejar a Pri­ma vèra abatendo — melhor, assass inando-um dos maiores atrativos d e l a ! . . .

Vacina de cãesProssegue hoje o serviçc de va­

cina de canideos em Vale de Açôr e Torre das Vargens.

No próximo domingo, 6 de Ju­nho, continua êste serviço ern Galveias, continuando no domin­go seguinte em Longomel.

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Maio30—Menina Arminda Augusta de

Mendonça Pais, em Lisboa, Marçal Sarciso Dordio, em Sintra e rneniua Maria Lucia Comprido Farrusca, na Salgueirinha.

31—Meninos Joaquim Albino Rodri­gues e Cesar Rosa Possante, em Gal­veias, D. Maria Eulalia Matono Mo­reira, em Lisboa e Carlos Travassos Correia, em Montargil.

Junho1—D. Arcangela de Oliveira Esteves.2 —Menino Armando Pais da Cunha

em Abrantes, D. Elisa Rosa Carneiro, no Enti oncamaito, menina Domicilia Maria Ouiomar, da Tramaga.

3 —D. fsaltina Varela Possante Bu­ga e Francisco Buga, em Pombal, me­nina Maria da Alegria Valentim Cas­telo, em Sacavem e Joaquim Ferreira da Rosa.

4—Menina Emilia Rosa Possante, em Galveias.

5 —D. Posa Braga da Graça Laure- ano, em Lisboa.

6 —F.utiquio Gonçalves Moreira, em Portalegre, Dr. José de Castro Freire de Andrade, em Alpiarça, D. Maria V'a- rela, em Lisboa e D. Maria Josê Batis- te de Carvalho.

8 - Mário Linares Berenguel, em Lis­boa, Dr. Sebastião Mendes hereira, em Africa e Joaquim Mendes Martins.

9—Menina Maria dc Lourdes de Castro da Silva.

10—Josè Pereira Mota, em Lisboa.11—D. Maria Gertrudes Marques

Dordio. em Castelo de Vide e D. Isa­bel dos Santos Galinha, em Lisboa.

12—Menina Irene da Conceição An­drade, em Coimbra, Antonio Narciso Valha, no Crato e Dr. João Pais Vires Miguens.

De v i s i t aEsteve nesta vila acompanhado de

sua esposa, o nosso estimado assinan­te Sr. Francisco de Magalhães, Ins­pector dos Caminhos de Ferro aposen-

, tado, residente na , igueira da Foz.Em Poute do Sdr

Estiveram nesta vila os nossos pre­sados assinantes Ex.m°s Senhores.

João Pedro Pais e esposa, Artur Lo- pss Varela, Alfredo Vais, José Diogo1 'ais, Dr. Jaime Prezado e Ildefonso Garcia Junior, de Avis. Licinio do A- tnaral Semblano, de Tomar. Vranctsco Castelo, de Sacavem. José Godinho de Abreu, de Benavila Joao Alexandre Pais, de Seda Antonio de Sousa Fer­reira, de Margem

Urna receita que se perdeO mercado que todos os domin­

gos se realisa em Montargil, é já bastante importante. A li são expos­tos à venda entre as mais variadas -frutas muitos ourros artigos que dão uma certa importância ao local.

Porem, não faz sentido que en­quanto nas outras terras do con­celho, os vendedores que concor­rem aos mercados ou os transpor­tam à venda pelas ruas, tenham de pagar a respectiva taxa cama- r a r i a , e i n M o n t a r g i l a Camara nada receba pelas mer­cadorias expostas à venda. E' uma .•ipreciavel receita que se está a perder e que muito conviria fosse engrossar o eraiio do municipio.

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Antonio Simão Amaro e seus irmãos, de Galveias, im­possibilitados de pessoalmen­te o jazerem veem por este meio agradecer penhorada ■ mente a todas as pessoas a- migas qae tiveram a gentile­za de enviar cartões de pesa- mes e aos que os acompa­nhara' nas horas aflitivas da morte de sua estremosa mãe.

cie h e s ite &e S c rDe Novemçro a Dezembro cie 1936

foram recebidos os seguintes donativos:Dos Senhores, Joaquim Roque Teixei­

ra Marques, 1 carrada de Ienba, Joaquim Teles de Carvalho, 10 K. de vagens, Dr. .Manuel Rodrigues de Matos e Silva, 5 K. de batatas, e 4 K. e meio de vagens, de um anonímo por intermedio do snr. Te­nente Chambel, 50$' 0, Ramiro Pires Fi­lipe, 10 K. de massa, Dr. Manuel Rodri­gues de Matos e Silva, couve para 1 dia e 30 K. de batatas, Manuel Augusto Correia Machado, 10 k. de carne de vaca, Custodio Delfim Rainha, 10|0tí, D. Joa­na Dordio Adegas, nabos para 1 dia e5 L. de feijão branco, D. Perpetua de Carvalho 45 I- de feijão frade 43 L de grão e 15 L. de arroz, D. Carlota Ma­chado Lobato, 10 L. de azeite e meio alqueire defarinlia de tiigo para filhoses, Manoel Agostinho Espadinha, la L. de feijão frade, Dr. Rafael de Figueiredo, 4!$00, Francisco Mota lunior,— Lisboa— 100$<;Ò, Sociedade Industrial, L.da, 48 k. de arroz, Oovernador Civil de Porta­legre, subsidio do Natal 300(01), menino jorge Paula Delicado, í$10 que ganhou ao jogo de cartas, Simplicio Joào Alves,6 U de ma^sa, Antonio Fernandps o jan­tar do Natal.

Receita e despesa do ano de 1936 Donativos em dinheiro e gen ros 3 .966$95i_otas de socios em dinhei­ro e generos 1 1 á4o$50Receiias diversas (dinheiro) 2 .8-r)-'$25

i i

18 064$70Total Despesa

Pessoal (cre. da e cobrador) 1 .0 i9$ í5Conservação do edificio 11 $75Subsidios 3 245$50Aquisição de moveis e u- tensilios 40S$23Beneficencia externa 10.492$35

Total Saldo para 1937

15 207$30 2 8.57149

18.064Í70Rações fornecidas a 252 pobres, durante o ano 1 2 914Dinheiro distribuído a 121 pobres 3 245$50

Em virtude dos resultados acima ex­posto torna-se necessário, pelo menos, mantel-os; por isso continuamos a pe­dir a todos os socios e não socios, que continuem a auxilar esta instituição que já vae caminhando regclarmente no seu segundo ano de existencia. Awparemol-a pois, por todos os meios e siviterr.o-la ás )3 horas de qualquer dia.

A Direcçeo

ZE"la - l e c i r n . e r i t QNo Hospital do Salvador, em

Abrantes, onde foi sujeitar-se à o- peração de uma herma, faleceu ha dias o Snr. Cândido Pimenta Ja­cinto Junior, de 39 anos de idade, casado, guarda-fios, natural desta vila onde residia. Ò cadaver en­cerrado em caixão de chumbo, veio para Ponte do Sor em cujo cemiterio foi sepultado. O falecido que era utn excelente rapaz, deixa viuva e três filhos de tenra idade.

No seu.funeral incorporaram-se bastantes pessoas de todas as clas­ses sociais.

A familia do extincto requereu a autopsia.

Os nossos sentidos pêsames.

Final do campionato da Promoção

Deve realizar-se num próximo domingo, na cidade de Eivas, nara disputa da final do campionato da Ptomcçào, um desafio de futebol entre um grupo daquela cidade e o Eléctrico Foot-Ball Club.

Para que os adeptos deste club o possam acompanhar à histórica cidade, anda a tratar da organisa çâo duro comboio especial, o uos­so particular amigo sr. Joaquim

Virgilio Salvador Ricardo da Costa, Engenheiro Chefe da 4.a Circunscrição Indas-, trial.

Faz saber que:João Alvega, pretende li­

cença para instalar um forno de cozer tijolo e telha no sitio da Pagada do Justo, herdade dos Montes Juntos, freguesia de Galveias, concelho de Ponte de Sor, distrito de Por­talegre, incluida na classe III, tabela /." com os inconveni­entes de fumos.

Auto-Re par adora Ld.u pre­tende licença para instalar uma oficina de serralharia mecanica, na avenida Gene­ral Carmona, freguesia de S. Francisco de Assis, concelho de Ponte de Sor, distrito de Portalegre, incluida na clas­se 2 .a tabela l.a com os in­convenientes de barulho e fu­mo.

Josè Henriques, pretende li­cença para instalar uma fa ­brica de preparação de cor­tiça (com caldeira), Estrada NaciancA n.° 83-2.a (ramal), junto à estação do caminho de ferro que serve Ponte de Sor, freguesia de S. Francis­co de Assis, concelho de Pon ie de Sor, distrito de Porta­legre, incluida na classe II da tabela l .3 com os inconveni­entes de fumos, cheiros e pe­rigo de incêndio.

Nos t e r m o s do re­gulamento das industrias in­salubres, incomodas, perigo­sas ou toxicas, aprovado pe­lo decreto n° 8.364, de 25 de Agosto de 1932. e dentro do praso de 30 dias contados da data da publicação deste edi­tal, podem todas as pessoas interessadas, apresentar re­clamações, por escrito, contra a concessão da licença reque­rida e examinar o respectivo processo nesta Circunscrição, com sède em Evora, na Pra­ça do Geraldo n.° 69.Evora e Secretaria da 4* Circunscri­

ção Industrial, 5 de Maio de 1937.O Engenheiro Chefe da Circunscrição Virgilio Salvador Ricardo da Costa

F U T E B O LKei do Petroleo,,

Visado peia censuraFigueira, a quem devem ser d ir i­gidos os pedidos d<“ inscrição.

Os adeptos do Eléctrico F. C. teem portanto, uma bôa ocasião de por um preço módico — 17$85 ida e volta em 3.* classe —apro­veitar um explendido passeio, cum­prindo ao mesmo tempo o dever de bom «pontessorense».

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O Eléctrico F. Club bat* o Sport Lisboa e Santarém por 2 —1

Como noticiámos, deslocou-se no pe- nult mo domingo a esta vila, o team de honra do Spott Lisboa e Santarém, que aqui veio a convite do Electrico F. Club, tendo jogado um desafio de futebol com a primeira cateeoria do club local. O team visitante vinha precedido da fama de um dos irHhori s daquela cidade, pe­lo que ao campo de jogos acorreu uma regular assistência. Veio reforçado com alguns elementos de valor de outros clubs que ceriamente lhe emprestaram maior consistência.

O encontro decorreu com lealdade, sendo os primeiros momentos dos visi tantes O ' ‘team” local porem soube so­frear-lhe os impetos e estabelecer um certo equilibrio, pondo em perigo aos 10 minutos a rede ' dversaria, andando a bola varias vezes à boca das redes pres­tes a anichar-se. Santos perde pouco de­pois à boca das redes um bom centro de Nunes. Embora o adversario jogue com vento e s1 1 a favor, e tenha me­lhor compleição fisica, os locais conse­guem estabelecer nm cprto dominio du­rante este primeiro tempo de jogo. Num outro centio de Nunes Godinho apanha de cabeça e manda a rasar a trave.O ti ab ilho dos Iccais n erecia ser coroa­do de melhor ex'to, mas estes não con­seguem marcar apesar de ternn algumas oportunidades para isso, de forma que chegaram ao intervalo sem qualquer dos grupos ter aberto o activo.

Na segunda parte do jogo o dominio pertenceu quasi sempre aos visitantes. Estrs que parece t' rem rese> vado as for­ças para o final, fizerarn uma boa exibi­ção. Logo de principio os locais marca­ram o primeiro goal, o que os animou, ajudados pela sua ' claque", a forçarem o ataque, en b n a um d: uco desordenado. E assim ch' garam pouco depois a mar­car novo goal, sem que o adversario ti­vesse posto em perigo a sua rede Este, porem, esforçava-se por melhor r a si­tuação e conseguiu dominar intensamen­te, pondo à prova o valor de violeiro, que mais uma vez mostrou ser um guar­da-rede seguro.

Poiem, o dominio dos visitantes cada vez se fazia sei tir mais, e em passes pre­cisos e bem combinados conseguiram marcar o ponto de honra. E’ justo sali­entar o seu trabalho nesta segunda par­te do jogo, que satisfez em absoluto. Me­reciam melhor exito, poi* o resultado não traduz fielmente o decorrer da partida.

O team adversario deixou uma agra- dav 1 impressão, não só pela sua correc­ção como pelo jogo que desenvolveu.

O trabalho do arbitro Sr. J sé iJontes, merece os ma>ores elogi“S, pois toi a melhor arbiti agem que aqui temos visto na presente época.Electrico e M atusarense empatam 1-1

—No domingo passado, realisou se nesta vila, n.> Estádio do Matusarense, o anunciado encontro de futebol entre as equipas reprtsentativas dos clubs locais Orupo Desporlivo Matusarense e Elec­trico Foot Bali Club, cujo produeto era destinado á reorganisação da filarmónica local. Não só por esta circunsiancia, co­mo tambem por se encontrarem fiente a frenie os dois eternos rivais, disputando uma linda taça de prata gentilmente ofe­recida pelo Sr. J isé Nogueira Vaz Mon­teiro, acorreram a presenciar o desafio muitos desportistas e grande numero de senhoras.

O jogo iniciou-se sob a direcção do Sr. A. Farinha, arbitro da Associação de Foot-Ball de Santarém, que se desempe­nhou bem da sua missão.

Sai o Matusarense que perdeu logo a bola, seguindo-se uma serie de jogadas que deixam antever o nervosismo de que as equipas estão possuídas. Aos 4 minu­tos o Matusarense é punido com um ‘'free". Apontado por Bernardino, a bo­la vai ás mãos de Caetano que a deixa escapar e anichar-se nas redes. Um fré­mito de aiegria prepassa pela “claque" do Electrico. Porem, o arbitro invalida o goal por deslocação, de Godinho, segun­do ouvimos. O tlectrico anima e os pri­meiros dés minutos cie jogo são de ligei­ro dominio seu. A defesa do Matusaren­se segura as arremetidas do adversario e o team começa a estabelecer ligeiro do­minio. Aos 21 minutos, por uma indeci­são da defeza do Electrico, a bola vai a Canhão, que centra, e Pinto apanha á boca da rede e marca. O Electrico co­meça a entender-se melhor e cauca pâni­co nas hostes adversas. Ha um canto originado por Caetano na defe-a de nma bola alta, que nada resulta. O Matusa- rense tem uma boa oportunidade em se­guida, mas a bola sai fóra. Entretanto o Electrico acerca-se por vezes da rede de Caetano, e perde algumas oportunidades, mas a defesa atenta inutilisa-lhe as ar­remetidas. E com um goal a zero a fa­vor do Matusarense termina a primeira parte.

Novamente em campo os teams, ha lo­go de entrada uma apertada defesa de Caetano. Aos 20 minutos regista-se um canto contra o Matusarense. A bola vai ao centro e é repelida paia perto, e de-

Os jornais de segunda-feira no­ticiaram o falecimento com a bo­nita idade de 97 anos, em Dayto- na Beach, na America do Norte, de Jonh Rockefeller, o famoso "Rei do Petroleo, como era conhecido. Este m uiti-m ilionario americano a quem a sorte bafejou atravez de uma longa existencia, era possuidor de uma fabulosa fortuna, talvez a maior do mundo, avaliada etn cin­quenta milhões de contos, da nos­sa moeda, ou seja mais de vinte e cinco vezes o dinheiro que circula em Portugal Filho de pais hum il­des o Rei do Petroleo manifestou desde tenra idade a mais extraor- dinaria propensão para o negocio, e depois de ter sido sucessivamen­te moço de recados, vaqueiro, em­pregado de escritorio, entrou em varias emprezas sempre com exito absoluto.

A descoberta do petroleo veio trazer lhe a prodigiosa fortuna. Sempre com o seu extraordinario tacto comei cialista, e depois de ter visto destruirem-se as muitas refi­narias de petroleo ameticanas que se guerreiavam numa luta feroz. Rock M ler foi empregando todos os seus capitais ua compra dessas arrumadas emprezas, fundando de­pois a mais poderosa companhia de p troleo. Os lucros fabulosos que auferia levaram-no a outros importantes ramos de negocio de que sempre triunfou.

Dedicou os últimos anos da sua existencia à pratica do bem, distri­buindo somas enormes em obras de filantropia por quasi todos os paizes, Assim, o Palacio de Ver- sailhes foi restaurado á sua custa, onde gastou quarenta milhões de francos. O sumptuoso edificio da faculdade de Medicina de Lyon, a Cidade Universitaria de Paris e muitos outros importantes estabe­lecimentos de ensino devem-lhe a sua existencia. Na America, então, é impossivel enumerar as im por­tantes quantias que distribuía por centenas de colégios, azilos, mu­seus, creches e outras casas de ca­ridade. Até Portugal figura na lis­ta dos países por ele contempla­dos, e os estabelecimentos sauita- rios portugueses ficaram-lhe de­vendo o favor da sua protecção.

Aqui está um homem que sou­be viver e ser generoso para com a humanidade. Quantos fabulosa­mente ricos e egoistas ha espalha­dos por esse mundo que só pensam em si, insensíveis á dôr e miséria alheias? Infelizmente são tantos!

pois de ter sido tocada por varios joga­do es é apanhada por Godinho, que es­tabelece o empa*e. O Matusarense pouco depois faz go .l, que o arbitio invalida por ''of-siae". Daqui por diante o domi­nio é seu, dando azo a que a d fesa do Electrico especialmente o trio defensivo e Artur, brilhassem. Moleiro embora des­treinado, mostra ser um guarda-redes se­guro, desfazendo varios perigas. Henri­que e Godinho teem uma questão e são expulsos pelo arbitro.

O Matusarense fez melhor exibição que o Electrico. As suas avançadas foram sempre melhor combinadas, e bem apoia­das pelos "lialfes". Na sua linha avança da oestacaram-se Pontes Morais e Ca­nhão.

O Electrico acusou falta de treino e combinação Adoptou o jogo de passes largos, que foram quasi sempre ntal a- pruveitados As suas arremetidas, porem, foram sempre perigosas

—A equipe portuguesa de hockey em patins que ultimamente se deslocou a In­glaterra como concorrente ao campiona­to da Europa, classificou-se em 3.c lugar atraz da Inglaterra e da Suiça e á frente da Bélgica, Italia, Alemanha e França.

— O popular corredor ciclista Alfredo Trindade, qne se deslocou ao Brazil para tomar parte em trez importantes corridas, obteve o maior exito, alcançando os très primeiros prémios.

E’ uma gloria para si e para o nosso país esta façanha do pequeno corredor.

flssinai fl Mocidade

£ x -n?o Sr.Jc'So Marq"es Calado

1 2 ; a no P o n t e do S ô r , 13 d e J u n h o d e 11)37 N U M E R O 25(5^a o sugflgmfl ASsij ^ gzraEzra ^ ^ « ca: wcagMnugV' s s ti KFgagWMBBCaga

P U B L I C A C Ã O Q U I N Z E N A L

D I R E C T O R E D I T O R

-rr- yj.~ . : - .n mS e c r e t a r io d a R e d a ç ã o

Qoxi&íÂdiyio. de. Oújipebux. da. Cjynitdção odyiJxaAs.

Amiicar ds Oliveira da Concsição Andrade ADMINISTRADOR

Primo Pedro da Conceição

gascnMiau^gttfciu.iMiuijg j mCT-Aai. jsa-rrs.- F U N D A D O R E S

P r i m o P e d r o d a C o n c e i ç ã o

J . o s é V i e g a s F a c a d a

nggytqffr-ry ',R E D A Ç Ã O E A D M I N I S T R A Ç Ã O

R u a V az M o n te iro -S T cz ite dLo S o r Composto e impresso ua

Minerva Aieiitejana — PONTE OO SOR

Ua. a.d&fyúcL de. ulif.dk

A vida é naturalmente alegre. N ão a tornemos triste. 0 in lhor dom de D eus é a alegria e a maior virtude d > h<>m m é saber cultivar ê s se dom, para encontrar a altgri i de ViVer.

Viver é fácil. Saber viver é um pouco mais difí- cil, mas não tanto que á grande maioria dos seres humanos não seja relativamente fácil cultivar a ciência ou a arte, de bem viver.

O primeiro capitulo da filosofia do p ovo principia a s ­sim: Tristezas não pagam dividasl Po is digamos todo? com a filosofia popular: í i is tezas não pagam dividas! Isto nâó quer dizer que se não paguem as dividas feitas e as que venham a contrair-se: Quere dizer que ao mai da divida se não deve s .m ar a tristeza de ela não estar paga. Isto quere dizer que no seio da familia deve haver alegria, muita ale­gria e que o pai e a mãi devem fazer tudo para que, em sua casa, não entrem os productos das ” fábricas de triste­za” , as lamentações dos «profetas da desgraça», o s ácidos e azedos dos péssimistas e os exp los ivos dos derrotistas, iodos grandes inimigos da felicidade do povo.

Na escola deve continuar-se a obra iniciada no seio da familia, cu!tivando-se a alegria.

«A escola era risonha e f ranca» . , . di z o estudante al- sasiano. A escola é risonna e franca, devemos dizer todos nós.

Uma escola triste quere dizer juventude triste, e é um crime tornar triste o que é naturalmente aiegre. O dever da alegria e a alegria do dever! Que ua escola se não esqueça nunca o dever da alegria e de lá se tr;iga a n r e p i - ração necessária para sentir e cultivar a alegria do viver. A consciência do dever cumprido é a alegria por e x c e l e n ­cia. Dizia Franklim: o dinheiro não torna o homem feliz. Mas fazer bem com o dinheiro torna a vida deliciosa,

Tambem no trabalho se encontra a alegria. E', sem duvida, a sua fonte mais pura, e mais abu '.dante.

Para se ter gosto pelo trabalho e para êle ser fonte de alegria, antes de tudo é necessário que cada qual ame a sua profissão.

Desde que o género do trabalho o permita, é de muita boa higiéne trabalhar cantarolando ou ao som da musica, porque o trabalho dá mais renJiinento e fatiga menos. Até os amimais gostam de trabalhar ao som da musica.

Nas diversas esferas da vida social, desde as mais baixas ás mais altas, nota-se hoje muito êste facto: Nem aos domingos nos aparecem caras domingueiras, lavadas, alegres, frescas! O que se nos depára, com muita regulari­dade são as ”caras de c aso” , franzidas e t abisbaixas! E lucra alguém com isso? Ninguém. Antes pelo contrário p e r ­dem os bem humorados e os mal humorados; aqueles per­dem o bom humor e o ten/po; e êste perdem o tempo, por­que trocam o s momentos de alegria, por tristes horas de discussões azedas e de aborrecimento.

Uma boa gargalhada sacode os pulmões, presenteia o figado com uma boa descarga de bilis, activa a circulação e facilita a digestão.

O riso dá calor e brilho aos olhos. Ouviram, minhas senhoras? Em vaz da caixinha da saúde uma boa garga­lhada, seguida de outra.

/ in íon io

V C ol» !">” ” 1A cobrança das assinaturas da

A M ocidade, vai fazar-se por estas dias. Estão a p reparar-se os recibos para S8rem enviados ao c o rre io . C o ­mo esta cobrança sa encontra bas­tante atrasada, pedim os aos nossos estimados assinantes o favor de sa­tisfazerem 03 racibos lo io que lhes sejam apresentados, a fim de nos e - v itara n m aiores dem oras e despesas.

O s recibos são contados por sé ­ries de núm eros de jornais, de ma­neira qua não ficam prejudicados os nossos assinantes pe!o tem po que o jorna l esteva forçadam ente suspen­so .

Esperam os o bom acolhim ento de todos.

P r a i a -A -r t ix ia isL l"

Está, já, a Comissão que se pro­põe construir a praia fluvial no rio Sôr, junto a esta vila, auctori- sada pela Divisão Hidraulica do Tejo, a proceder á sua construção. Os trabalhos segundo cremos, vão ser iniciados já na próxima sema­na.

Filarmónica P on tessoren se

Prosseguem com todo o entu­siasmo os ensaios deste grupo ar­tistico local, sendo muito prova- vel que a filarmónica faça a sua estreia já uo proximo dia 29 do corrente, abrilhantando a festivi­dade em honra de S. Pedro, tio visinho lugar da Ervideira. Por essa ocasião devem ser estreados tambem os novos fardamentos.

h.LLStÍC.0.

Grupo D. Matusarense

Para eleição dos novos cor­pos gerentes qus hão de ser­vir no proximo ano economi­co, reune amanhã, pelas 22 horas, a assembleia gerul des­te Club

MyyiCio »*ort.ngaes?i

Devendo comparecer ama­nhã nest i vila, á instrucção, os legionários de Montargil, avisam se <<s componentes do Nucleo desta vila, qae a ins­trucção se realisa pelas 18 horas.

(Manga qq? nwrre afoír:‘;iEsmeralda Maria Isabel

Biscaia, de 20 meses, filha de Manoel Marques Biscaia, brincava ha dias proximo de sua casa no bairro do Relvão, quando se aproximou de uma vala que ali corre, e caindo a esta, sem qae tivesse sido pre­senciado o caso por qualquer pessoa, morreu afogada.

L o uv ad a seja a Terra, nobre dama por quem se bate a frossa devoção! L o uv ad a seja a Fé/que nos inflama no peito o génio rude d.e pagão!

L o u v ad o seja o H o m e m que reclama do forte arado o tino dum irmão! L o u v a d o seja.o Trigo que derrama á luz do dia a luta pelo pão!

L o u v a d o seja o pr é m i o que dis f r u t a s e présas no final'de tantas lutas — ó santo sem altar, reféns do "monte"!

L o u va da seja a gleba, teu amor! L o uvado sejas T u - õ Cavador!-Louvado sejas T u ! B e i j o - t e a fronte!

Américo Paiva

fiif^iftu P o r l u g u c s a T a u T o r n a q . - q i aA Comissão Pró Legionário, so-,

licita por nosso intermedio a todas as pessoas que receberam circula­res e queirain contribuir com qual­quer donativo para o Nucleo da Legião nesta vila, a finesa de en­tregarem ao respectivo comandan­te.

Aumento de franquiasA Camara Corporativa aprovou

o aumento das franquias postais no Continente.

As cartas passam a pagar $50; bilhetes postais $30; registos $00; jornais txpedidos p ias redacções, $05.

H je, na Praça de Touros da Barquinha, realisa-se a tradicional tourada de Santo Anti nio, que to ­dos os anos ali chuma grande nu­mero de aficiona.ios. O cartel reu­ne os nossos melhores azes do toureio, toureando a c.ivalo Simão da Veiga Junior e João Branco Nuncio e a pé Agostinho Coelho. Francisco Qonçalves, Manoel Rai­mundo, Cai los dos bantos e Alfa- rerd. O grupo de forcados é capi­taneado pelo destemido Manoel Burrico.

Abrilhanta o espectáculo a Ban­da dos Bomb.*iros Voluntários da Barquinha.

■\7"id.a, Oflcia.1— Foi exonerado de ajudante de

Notário em Avis, o Snr. Dr. Ma­ria Manoel Fernandes Nogueira.

— A seu pedido foi transferida do Gavião para a séde do conce­lho de Castelo de Vide, a profes­sora Sr.a D. Maria da Alegria Lo ­pes, nossa estimada assinante.

Manifesto de lã

Os possuidores de gado ovino são obrigados a manifestar a pro­dução de lã, até ao dia 15 de Ju­lho, sob pena de, não o fazendo, pagarem a muita de 1$00 por ca­da quilo não manifestado. Os im ­pressos estão em poder dos rege­dores que os fornecerão gratuita­mente.

Manifesto de produção

Até ao dia 30 do coi rente, os produetores de milhó de sequeiro, e regadio, arroz e batata de rega­dio, devem manifestar as suas pro­duções. Os que não manifestarem ou fizerem falsas declarações, serão punidos com pesadas multas.

Excursão cr Slvas

Em virtude da Associação de Foot-Bal! dt> Distrito, ter delibe­rado realisar no domingo passado, em Eivas, c desafio de futebol en­tre o Sporting Elvense e o Elec­trico F. Club, para apuramento do campião da Promoção, noticia que só foi conhecida 48 horas an­tes, não houve tempo para promo­ver a anunciada excursão que áquela cidade se devia realisar na ocasião do encontro, e na qua! já se haviam inscrito 110 excursio­nistas, pelo que o seu promotoi teve de desistir.

lluião fltletico Coimbra €IubConsta-nos que muito brevemen­

te visita esta vila, onde vem de­frontar-se em desafio amigavel com o "team" de futebol do Electrico, a categoria de honra do União Atietico Coimbra Club, que o ano passado nos visitou e que tão agra­davel impressão deixou entre nós.

Visado pela Geia

2 A M O C l D A D E

Crítica LiteráriaRecebi há dias. com uma amá­

vel dedicatória, que muito me desvanece, dois opusculos do grande erudito medieval, que é o Dr. Saavedra Machado.

Escritos numa linguagem sim­ples, mas clara, num português de lei, hoje tão obliterado, são duas obras que veem contribuir poderosamente para o conheci­mento da época tão remota, cha­mada Idade —Media

Um, intitulado ” Quem eram os capitães estrangeiros no cerco de Silves?" é a refutação dum pas­so da História do grande Hercu lano. Demonstra-se nêle que o coritéu da nossa historiografia la­bora num êrro ao julKar que os condes de Breu e o de Bar, junla- mente com o laudgrávio da 7u- ringia, foram os capitães dos cru­zados que ajudaram o nosso rei na conquista de Silve?. Com uma vasta documentação, que só poue ser recolhida e interpretada por quem é profundo 110 latim medi­eval e na interpretação de códices antiquíssimos, é duma leitura a- gradável, pois, s»puindo de prin­cipio o raciocinio do autor, che­gamos ao fim a ver tudo clara­mente, porque tudo se demonstra com lógica e com clareza.

Outro, ''O pensamento Inglts em Portugal na Idade Média” é o resumo de um trabalho maior, onde aparecetá o desenvolvimen­to, o aparato de erudição e a docu­mentação” do que nele se diz.

Fazt ndo um breve e sucinto bosquejo da cullura filosófica do Portugal de então, o ilustre medi- evalista dá-nos a conhecer, em írases claras, as várias influências que os escritores e filósofos ingle- zes exerceram naquele lempo íôbre os nossos. Toda' as suas afirma­ções são acompanhadas de trans­crições de códices remotíssimos, onde se patentea claramente a grande erudição que o Dr. Saa­vedra Machado tem sôbre assuntos medievais.

Aos leitores da Mocidade, que Se dedicam a este ramo da nossa historiografia, e àqueles que dese­jam adquirir uma cultura geral completa, recomendamos as obras do ilustre professor, que além dos seus encargos profissionais conse­gue contribuir para o alargamento dos nossos conhecimentos.

N o ta - A edição de ” 0 Pensa­mento Inglês em Portugal” , é da Bibliotécá da Universidade de Coimbra e a de «Quem foram os capitães estrangeiros no cêrco de Silves» é do Instituto alemão da Universidade de Coimbra.

Coimbra

Francisco Calado Barrocas

Uma reclamação atendida

Tendo o Conselho Regional do Orémio Alentejano solicitado pro­videncias das entidades competen­tes ácêrca dos transtornos que cau­sa á circulação ordinária o demo­rado encerramento da passagem de «ivel próximo da estação de ca­minho de ferro de Aguas de Mou­ra á hora do comboio de merca­dorias N.° 2-402, a Companhia dos Caminhos de Ferro informou o Conselho Regional de que tais inconvenientes vão ser removidos com a montagem de campainhas na aludida passagem de nível.

" V a c l u a , c i e c a n i d e o s

Continua hoje em Longomel, a vacinação de animais da raça ca­nina, prosseguindo nos dias 19 a 21 nesta vila, na Casa da Balança.

Peio Concelho< 3 - a . lT 7 - e ia . s

A camionete da carreira

Reina grande descontentamento entre a população local, por mo­tivo de a camionete da carreira entre Ponte do Sôr e Fronteira, que 110 seu trajecto atravessava esta vila, ter deixado de o fazer, seguindo pela estrada nova que a circunda, medida esta que preju­dica o publico que assim tem de ir tomar a camionete fóra da po­voação. Segundo nos informam, 0 concessionário da carreira resolveu proceder neste sentido, em virtu­de do lamentavel estado de con­servação de algumas ruas do tra­jecto, cujo atrito á passagem do vfteulo muito 0 prejudicava. Ora, sendo Galveias a povoação que maior rendimento dá á carreira, pelo seu numero sempre elevado de passageiros que diariamente vão á séde do concelho, achava- mos que, com um bocadinho de boa vontade tudo se poderia re­mediar, desde que a camionete se­guisse em velocidade moderada.

Entretanto, aproveitamos a 0 - portunidade que se nos oferece, para pedirmos providencias a quem de direito, de forma a serem re­paradas as ruas quanto antes, ptlo menos nos locais onde essa repa­ração é mais necessaria, para evi­tar tão grande inconveniente.

Estação Telegrafo Postal

Chegou até nós a dolorosa no­ticia de que a Administração Ge­ral dos Correios e Telegrafos pen­sa extinguir a estação telegrafo- postal de Galveias, que ha mais de30 anos se encontra a funcionar e que é um dos poucos melhora­mentos que a esta vila teem sido concedidos.

A conf rmar-se tal informação, vai esta laboriosa vila, cuja popu­lação orça por cerca de 3.000 ha­bitantes, ficar extraordinaiimente prejuoicada, pois para emitir um vale do correio ou expedir um te­legrama, terá de percorrer uns 26 quilometros na ida e volta á séde do eoncelho, com a agravante de, ou apanhar uma estupenda mas- sada, ou ter de esportular uns 10 escudos para se transportar na camionete. Agora qne aquela A- dministração vai elevar as taxas postais para melhorar os seus ser­viços, nào faz sentido que se ex­tinga uma estação que funciona há tantos anos, prejudicando uma po­pulação tão numerosa, A ser assim, ficaremos tão bem servidos como a aldeia mais recôndita dos sertões fricanos.

Futebol

No dia 30 de Maio, re?lisou-se nesta vila um encontro amigavel de futebol entre socios casados e solteiros do Sporting Club Gal­veense, para disputa dum trofeu, oferta gentil do Sr. Antonio Ma­tias Canas. A partida decorreu muito animada e em boa camara­dagem, tendo-se verificado o re­sultado de 8—6, favoravel ao gru­po de jogadores solteiros. A Ban­da de musica local abrilhantou o encontro com alguns trechos do seu reportorio, e á noitf* na séde da Banda, realisou-se um interes­sante baile, tendo ali sido entre­gue pelo Sr. Anselmo dos Santos Pequeno, que arbitrou o desafio, o trofeu ao capitão do team vence­dor.

CorrespondenteI v d o n t a x g - i l

Legião Portuguêsa

Com bastante entusiasmo conti­nuam nesta vila 03 exercicios do Nucleo da Legião Portuguesa, que já conta um rasoavel numero de inscritos.

Consta-nos que muito breve­

mente vão ser inaugurados os res­pectivos fardamentos, 0 que traz muito satisfeitos todos quantos ao Estado Novo querem prestar o seu concurso. Todas as semanas se teem registado novas inscrições, cir­cunstancia que nos faz prever que muito em breve o Nucleo da Le­gião Portuguesa, de Montargil, conte um elevado numero de le­gionários. O digno comandante Sr. Evaristo Vieira, tem sido in- causavel a ministrar instrução, não se poupando a esforços para que o Nucleo do seu comando se apresente irrepreensivelmente ins­truido. Vão para ele os nossos me lhores parabéns.

AGUAS

Parte dos habitantes da vila que teem agua canalisada, encontram- se descontentes com a forma como a Lâmara Municipal estabeleceu as taxas de consumo, pois que ha habitações com a taxa de consumo minimo de cinco metros cúbicos que consomem vinte metros, abas tecendo-se dos marcos públicos da que vai alem da taxa minima, e outras que pagam a mesma taxa, mas cujo consumo não excede um ou dois me*ros. Isto representa uma grande desigualdade que re­dunda em prejuiso dos que con­somem menos agua, o que os traz, como acima dizemos, muito des­contentes. E' um caso para 0 qual chamamos a atenção das entidades competentes, solicitando-líie uma solução rapida que vá ao encon­tro dos desejos da população con­sumidora.

Correspondente

N. R —O regulamento para o abastecimento de aguas a Montar­gil, que já compulsámos, está ela­borado nas mesmas bases qu^ ser viram ao regulamento de abaste­cimento das outras povoações. Pa­ra poder produzir os seus efeitos, teve de ser refe-rendado p lo Go­verno que Ci rtamente nào daiia a sua aprovHção se ele nâo eeti­vesse dentro Oas normas no bom critério. Para o estabelecei, teve necessariamente de se procurar um ponto de partida. Foi o que se fez. Encontrou-se essa base 110 r<*n- dimeuto colectável de cada predio. Na verdade, ha habitações com rendimentos colectáveis iguais on­de o numero de pessoas é mais e- levado do que noutras, e dalii re­sulta a circunstancia de 11 'tas ser maior o consmno. Mas amanhã pode d?r-se a inversa, e então, assim daria em resultado uma re­clamação daquelas.

Para obviar a estes inconvenien­tes é que teve de se assentar nes­ta base, medida que vai usar-se na séde do concelho, logo que o abas­tecimento de aguas seja um facto. Devemos concordar porem, que sempre é incomparavelmente mais barato hoje o abastecimento de a- guas a Montargil, do que anterior­mente, onde, 110 dizer dos proprios montargileuses, cada metro cubi­co de agua custava cerca de vinte escudos. E acresce ainda a circuns­tancia de a terem ali á mão. A ti­tulo de infonnação, dizemos que o rendimento produzido por toda a agua consumida em Montargil 110

ultimo mês. foi apenas cerca de 800 escudos.

Depois de pago ao pessoal e o combustível, resulta daqui um dé­ficit nào pequeno.

Recenseamento (le transitoNo proximo domingo, vai pro­

ceder-se á contagem do transito nas estradas nacionais, em todo o país.

A Junta Autonoma das Estradas recomenda a maior atenção aos usuários das estradas para os si­nais de afrouxamento que lhes pos­sam ser feitos pelo pessoal encar­regado de tal serviço.

Peli© tlentejoComissão Vanotoria de Alter do Chão

Tomou ha dias posse a nova Comissão Venatoria do visinho concelho de Alter do Chão, que ficou constituída pelos Snrs. José da Cruz Quinha Calado, Francis­co Caldeira Cary, Francisco An­tonio Palmeiro Mota, José Piinci- pe Quina Anacleto e José Lopes Casqueiro.

Por Belver

— Pela firma Martins & Irmão, de Evora, foi pedida ao Conselho Superior de Viação, a concessão de uma carreira de camionetes entre Gáfete e a estação do cami­nho de ferro de Belver

— Pediu a sua exoneração a Junta desta freguesia, constituida pelos Snrs. José Maria Mendes, joão Baptista da Silva e João José Mendes, a auem se deve a cons­trucção do novo cemitério desta vila.

Camara Municipal do Gavião

Foi retrodelada a Comissão Adminstrativa d3 Camara Muni­cipal do Gavião, que ficou cons­tituida pelos Snrs. Dr. Joaquim Maria de Mendonça Lino Neto, Antonio Manoel da Costa Pinto e Abreu e Joào Pedro de Ascensão.

F a l e c i m e n t o sFaleceu ha dias, subitamente, na

sua casa ue Vila Velha de Ródão, o Sur. Francisco de Sousa riguei- redo, viuvo, de 62 anos de idade, benquisto cidadão e abastado pro­prietário naquela vila, onde, p.j las excelentes qualidades do Seu ca­racter gosava de gerais simpatias. O extincto era pai do nosso esti­mado assinante e amigo Snr. Dr. Rafael Estevas de Figueiredo, me­dico veterinário nesta vila.

— Tambem ha dias faleceu, em Lisbôa, após uma melind:osa ope- raçao 110 Hospital de S. José, o sr, Ernesto Durão natural de Eivas, iimào do nosso particular amigo sr. Naiciso Teofilo Pereira Durão, conceituado comerciante da nossa praça.

** *A's familias enlutadas enviamos

a expressão do nosso profuiuio pe­sar.

Festividades no concelho

S, Pedro ua Ervideira

— No proximo dia 29 do cor­rente, realisa-se na Ervideira, a costumada festa religiosa em lou­vor de S. Pedro, a qual consta de missa solene, sermão, procissão pelas principais ruas da aldeia, qurrmesse e fogo de artificio.

Estes festejos são abrilhantados por uma afamada Banda de musici.

Festa em Vale do Arco

Um grupo de rapazes do Vale do Arco vai promover uma {festa, este ano, naquela povoação, que se realisa 110 dia 11 de julho pro­ximo.

E' uma testa civica que consta de distribuição de pequenos pães ás crianças, arraial, concerto por uma Banda de musica, cavalhadas e outros interessantes números des­portivos, e á noite fogo de artifi­cio, descantes populares e concer­to musical. Vai ser certamente um dia de alegria para a população do lugarejo e arredores, que pela primeira vez vê um festejo na sua povoação.

V isado peia c e n su r a

Uma excursão á FátimaPromovida pelo Sr. Padre Mo­

reira, de Cabeção, passou ontem por esta vila uma peregrinação de 160 pessoas de ambos os sexos, que se dirigia a Fátima. Os pere­grinos faziam-se transportar em cinco luxuosas camionetes d* fir­ma Inacio Capucho, de Evora, e contam aproveitar a ocasião para visitarem outras terras do nosso país, desconhecidas para muitos deles. Iam todos eles muito anima­dos e alegres por se lhes ter pro­porcionado tão belo passeio.

Aqui está um exemplo que nós pontessorenses deviamos seguir. Promover uma grande excuisão para conhecermos as belezas do uosso país que são muitas.

Vamos pensar nisso? Valeu?

Tida de CristoSegundo os evangelhos e as re­

velações de Catanna Euimeiich.Eucontia-se em di-tribuição o

Fase. X desta ilucidaiiva publica­ção (Kua do Loreto, 34 s/ lo]«— Lisboa).

Com o presente mim ro, encer­ra o autor a éiie dos fascículos tefei entes ao I 0 ano do Vida apos­tólica do Salvador. N;. xempiar recebido, além das 1 1 fe ências a Judite, rainha da Abissínia, »ão descritas as couvei ões emocionan­tes ur ■ atia, Sufiinta, uma víc- tima do fatisaismo do tempo, e de Abigaíl qu fôra mulher de Filipe, tetraica, e por êle d ada n.ia uma cidade dt aiém-Jordão. Ocu­pa-se também, do aparecimento de Judas Iscariote, inicialmente veu- dedoi de ptles.

Agradecemos o exemplar rece­bido

iviso a credoresTendo falecido João da Sil­

va Anjos, residente que foi em Ponte de Sôr, sâo convidados quaisquer presumíveis credo­res a apresentarem a nota dos seus créditos atè ao próximo dia 20. Igualmente são convi­dados quaisquer devedores a satisfazerem os seus débitos áquela extincta firmaDirigir a Elisa da Silva Anjos

Ponte de Sôr

Uma Noite em Monte Cario

E o titulo do interessantíssimo filme que se exibe 110 Teatro-Ci- nerna, em que a actriz Lilian Har- vey, a formosa estrela de tantos filmes célebres, interpreta delicio- sament- o primeiro papel femini­no. e Tulio Carminati que se 110- tabilisou 110 filme "Uma noite de Amôr", interpreta com arte e sen­timento o papel de NICKY.

No próximo domingo, o estu­pendo filme «MASCARADA», a melhor realisação de 1935.

Nos domingos seguintes, "repri­se” dos grandiosos Jfilmes portu­gueses, A Severa, Canção de Lis­boa e Gado Bravo.

Sorteio da Chapelaria J. A. Silva

Em virtude desta casa não ter presentemente cobrador para ir receber as prestações do referido sorteio, pede-se a fineza aos Ex.mos Clientes ins­critos, mandarem liquidar as suas prestações ao estabele­cimento.

O Proprietário agradece

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fl n u n e i oITalêzioi s

Por senteça dc 8 do cor­rente mês foi declarado em estado de falência Avelino Godinho Braga, casado, in­dustrial com fábrica de Moa­gem e comerciante, residente em Galveias, desta comarca, tendo sido fixado o praso de 90 dias para reclamação de créditos, e pertencendo o car­go de administrador da mas­sa a Américo Soares Correia, casado, guarda livros, resi­dente nesta vila.

Ponte de Sôr, 9 de Junho de1937.

Verifiquei.

O Juiz de Direito,

Joaquim Dias Louç3o

O chefe da l.a secção,

Antonio do Amaral Semblano

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pital.

Arrendam-seíva com oliveiras e arvores de fruto, e outra nos covis, tam­bem com oliveiras e arvores de fructo,agua nativa e nóra.

Começando o arrendamen­to em l de Outubro do ano corrente e terminando em 29 de Setembro do ano seguinte. Quem pretender dirija-se a

3osé Batista de earcalto nesta vila.

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Junho

33— D- Maria Augusta Bailão, em Portalegre.

14— D. Alice Emilia Pires Men­des, no Monte Novo e Manoel S il­verio de Sousa Eusebio.

15—Menino V ictor Miguel V i­eira de Sousa, em Albuíeira, Nar­ciso de Sousa Rosado, no Entronca­mento, Rosaria Maria, em Longo­mel, Rafael Duarte Lino e João Duarte Mendes.

16—Joào Nóbrega. em Moura, menino Julio Eurico de Carvalho Nazaré, em Lisboa, e menino An­tonio Canavilhas S. Bento.

17—José Nunes Marques Ade­gas.

18 - José Lopes Junior, no En­troncamento e Cesar Maria de Carvalho.

19 —D . Maria do Rosário M o­rais, no Entroncamento.

20—José Marçal de Abreu, no Domingão.

21—Cesar d’Assunção Salvadcr.2 2—José da Ponte Guerreiro,

em Tucuman (Argentina) e Manoel Marques Calado.

23— D. Antonia Branquinho Alves Carreiras, em Galveias.

24— D. Laura Pais de Carvalho Cambraia, no Porto, D. Antonia Dionisio de Magalhães, em Pom­bal e menina Maria Lucia MarquesFigueira.

Veraneando

Encontra-se em veraneio 110 Ge- rez, o nosso estimado conterrâneo Snr. Francisco Mota Junior, socio da importante firma da Capital, O ld England.

Em Ponte <10 Sôr

Estiveram ultimamente nesta v i­la os nossos presados assinantes Exmos. Srs. José de Sousa Gago, de Santa Barbara de Nexe, Eva­risto Vieira, Antonio Correia Pi­na e Joaquim Manoel Fernandes, de Montargil, Matias de Sousa Sil­verio, Dr. Pimenta jancinto e es­posa, Antonio S. Bento e Antonio B is ilio da Silva, de Galveias e Manoel P iis Monteiro, de Avis.

DoentesCom bastante felicidade foi ope­

rado de uma hérnia, na Casa de Saude de Abrantes, de que é direc­tor o abaíisado clinico Sr, Doutor Vlanoel Fernandes, o nosso parti­cular amigo e presado assinante Sr. João Ferreira da Costa, desta vila.

— Foi acometida de um ataque cerebral, encontrando-se grave­mente doente, a Sr.* Elisa Pita, sogra do nosso amigo e assinante snr. Manoel Francisco Pires.

-Encontra-se tambem doente,o nosso presado assinante Sr. Ma­noel Vinagre.

Desejamos-lhes rapidas melho­ras.

Consorcio

Realisou-se na passada terça fei­ra o enlace matrimonial do Sr. loaquim Antonio Bernardino, com a menina Rosaria Maria dos San­tos. Apadrinharam o acto por par­te do noivo os srs. João Lopes Fernandes, proprietário em Evora e Antonio José Bernardino, pai do noivo e por parte da noiva o sr. Francisco Fontes Manta, emprega­do publico e sua irmã snr.“ D. Angelina Fontes Manta, desta vila.

Os nossos parabéns aos noivos, com os desejos de muitas vçiituras.

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VIDA D E S P O R T I V AIF ^ - U - te T o o l

O Grupo Desportivo M atusarense, ga­nha a Taça «Paz», batendo o Eíectrí-

co F. Club por 2-1.Como noticiámos no nosso uitimo nu­

mero, encontraiam-se novamente em de­safio amigável, para desempate do jogo anteriormente realisaoo e disputa da taça "Paz" gentilmente oferecida pelo Snr. José Nogueira Va/ Monteiro, 110 domin­go passado, os teans dos clubs locais, Grupo D. Matusarense e Electrico F. Club. O jogo principiou ás 18,30 horas, tendo os capitáes convidado o Snr. Vaz Monteiro a iniciar a partida, dando o pontapé de lionra.

Os primeii os momentos são do Electri­co que logo na segunda avançada põe em perigo a rede adversa, 111 s Santos, só, em frente da re 'e, tem um shot para fóra. Regisla-:-e a seguir um perigo para a rede do h.leeti ico, mas este pas^a sem novidade. Daqui em diante o Electric:) assenta jogo e domina com ceita intensi­dade, pondo á pr-va a defesa adversaria que vai ripostando como pode. Na mar­cação de um canto contra 0 Matusarense, Bernardino faz goal, de cabeça, que in­valida, num pei tenso of-sicl, qne não e- xistiu, pois nessa ocasião Bernardino ti­nha très adversarios na sua frente, um dos quais rep lira a bola que aquele apa­nhou de cabeça, isto deu lugar a que os adeptos do Electrico assobiassem o arbi­tro e o invectivassem. Regista se pouco depois uma avançada que põe novamen­te em perigo a rede de Cattsno. Este ao entrar em acção cai e Bernardino p rde oportunidade d- fizer goal, mandando a bola por alto. Pouco depois termina a primeira p; rte do j >g >.

Novamen e em conpo, o Matusarense tem uma de cida rapida. Pontes, a 5 mi- nntos do micio, apanha o esferic'), e com pontapé sesgado marca o primeiro go.il do seu club.

O Electrico tem nlgtimas avanvadas que vão morrer nos pés d* defesa con­traria. Numa outra descida perigosa, Canhão inutilisa a jogada, ma 1 'ando a bola por Ito. Morais pouco depois, só, em frente da rede, tem um pontapé cer­teiro que Moleiro detem. Caetano, aper­tado, tem uma defesa a soco. O Electrico domina agora por alguns miiiut"s e B. r- uardino 1 siabelece o empate. Decido a uma colisão com um espectador, Henri­que aban ona o recta guio do jogo. O Matusarense tem nma descida in lo a bo­ta aos pés de Morais, que corr : para a rede acompanhado de Sanganha. liste e- xita em tirar-lha e Moleiro nào intervem quando 0 podt ria ter feito, dando origem a qtie Morais marque 0 goal da victoria.

Anibal é expulso do campo, e logo a seguir Ferreira, por incorrecção, segue- lhe o mesmo caminho finca do o hlec- trico em campo com 9 jogadores. A f.lta de Ferreira torna-se notada e o vlatuss- rense aproveita, dando iugar a que Mo­leiro intervenha virias vezes. E com o resultado cie 2-1 a favor do Maiusarense, terminou este encontro, que náo deixou saudades, pelas cenas des gradáveis que se registaram entre a assistencia, a que a própria auctoridade não soube pôr côbro com aquela cordura que é de aconselhar em casos semelhantes.

Ao contrario do que havia sucedido no encontro anterior, o Matusarense fez uma fraca exibição, especialmente oa pri­meira parte em que foi quasi sempre do­minado pelo adversario, ao passo que este deve ter tido talvez a melhor exibição desta época. Por isso achamos i.ijusto o resultado com que terminou a partida.

Campionato da PromoçãoPara apuramento do vencedor no

campionato da Promoção, do Distiito, em futebol, deslocou se a Eivas no do­mingo passado o primeiro «t am» do Electrico F. Club, que no Estádio Muni­cipal daquela cidade se defrontou com o Sporting Club Elvense. A Associação de Foot-Ball, deixou q lási no esquecimento este campionato e só agora, a 48 horas da da partida, avisou os res ectivos clubs, não mandando ao desafio qual­quer arbitro, aconselhando os clubs a es­colherem quem a isso se podesse pres­tar. Escolheu o Spoiting à sua vontade utn arbitro amigo, certamente já prepa­rado, pois que a forma coiuo se condu­ziu patece demonstrar que houve certos entend?mentos.

O Electrico teve uma tarde verdadei­ramente desastrosa, pois logo nas duas primeiras avançadas que se registaram e que íoram dos locais, se marcaram ou­tros tantos "goals”, por má intercepção de Sanganha, que ajuda a introduzir o esferico na própria rede. Com esta ines­perada vantagem os locais começam a usar um jogo violentíssimo, marcando a terceira bola de seguida. Este resultado de trez bolas, em cinco minutos, desmo- ralisa o trio defensivo do Electrico, que nào consegue entender-se. E assim a jo­gar desastradamente, se chega ao fim da primeira parte com os locais a ganhir por 4 bolasa 0. E ’ um resultado demasi­ado pesado para um «team» vis’tante, cujos poucos adeptos que 0 acompanha­vam nem sequer podem encorajar o • team».

No inicio da segunda parte, Sanganha, de colaboração com Aurélio metem no­vamente a bola nas suas redes, ‘colocan­do o marcador cm 5-0. A linha dianteira do Electrico tem jogado regularmente e alvejado com certa frequencia a rede sportinguista, que parece invulnerável. Bernardino srlvou a "honra do conven­to” mateando dois goals 11a segunda parte e entretanto Eivas põe o marcador em 7-2. resultado com que terminou 0 encontro.

O Electrico registou com este desafio a maior derrota da sua vida desportiva, resultante não só da má actuação da sua defesa, como do jogo violento exercido pelos locais, a quem o arbitro voltava costas para não intervir. Varios jogado­re s do Electrico foram socados duran­te a partida, e outros mimoscados com fortes pontapés nas canelas. Cometeram- -se abosos inacreditáveis por parte dos ”leões", verdadeiros leões com os pro­prios conterrâneos os apelid?.ram.

O Spoiting mereceu, de facto, a victó- ria, por ter feito uma boa exibição faci­litada, é claro, pelo arbitro amigo, mas nunca teria obtiho um resultado tão ex­pressivo, se tem jogado dentro das nor­mas desportivas e regulamentares.

Assim, habilita-nos a dizer 0 que ou­tros teem dito da actuação dos «teans» daquela cidade, e a imprensa tem egista- do. O Electrico protestou o jogo.

H Maratona de LondresManoel Dias, o grande pedestrianístra

português a quem a má fortuna não dei­xou triunfar o ano passado em Berlim, devido ao calçado com que correu na Maratona Olimpica, foi a Lou res tomar parte na urande prova da 24.a Maratona do Sporting Life. As perfumances que havia realizado em bem orientados trei­nos, deixaram aquilatar do seu real va­lor, e depositar nele grandes esperança.

Dias, fazia "tempos” que só os dez melhores corredores de todo mundo eram cipazrs. Psperançado nestes resultados Raul d-Oliveira obieve a inscrição na grand» prova in?l?sa, em que tomaram paite 10? corredores cie vários paises. Ma­noel Dias soube brilhantemente conduzir a partipa dr-s(‘e o inicio, isolando-se dos seus competidores ao decimo quilometro tendo s - d stanciado cerca de dois quilo­metros do ni^is proximo e corrido isolado, a maior pai te do percurso. Só ao 3‘i.° quil >111 t o foi alcançado pelo inglês Noi- risi cumpiào desta Mai at un em tres é pocas consecutiva^, qne 0 bateu e triun­fou na corrida. Conseguiu porem alcan­çar a meta muit > di-■ ’ 11 í ido do tercei­ro concorrente, ganhando brilhantemen­te o segundo lugir.

E-ta estupenda prova veio colocar o nosso campião 110 iugar a que realmen­te tinha jus, e alimentar a esperança da que o valoroso pedestrionista s»b ri ho­nrar Portugal em futuras competições internacionais.

Glóua pois, a Manoel Dias e os nossos efusivos parabéns a Raui de Oliveira»

iingeio SilvaEx professor de musica e

canto coral dos Liceus. Lecio- na rudimentos, solfejo, Pia­no, orgão, violino, este por métodos adoptados no Con- servatorio Nacional.

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A T E N Ç Ã OVai abrir em Abrantes uma nova casa comercial que se

denomina CENTRO DA M ODA, da firma Montes, Velez & Bruno, Ld a. (estes últimos ex-empregados da Filial dos Arma­zéns do Chiado naque cidade), a inaugurar 110 dia 1 de Julho proximo. 110 Largo Avelar Machado, N ° 20 r/c e 1.° andar, em frente do local onde estacionam as camionetes da carreira para a Estação. Esta casa que vai ser incontestavelmente 0 me­lhor e mais sortido estabelecimento do genero, nesta região, expõe á venda utn colossal sortido de Lãs, Sedas, Lanifícios, Fato Feito, Roiiparia, ehapelaria, Fanqueiro, Tapeçaria. Cami- saria, Luvaria, Retrozeiro, Pei fumarias, Atoalhados, etc.

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S o p a d o s P o b re s

d e P o n te d e fc ò r

Começamos hoje a publicar os donati­vos oferecidos a esta instituição referentes ao ano corrente. Dos senhores: José da Cruz Bucno a quilos d ’ossos de vaca e 3 quilos de carne de carneno; D Marial-osa de Sousa 3 quilos de touci iho e morcela; Comissão dos bailes de Natal e Ano Bom num salão do sr. Antonio Fer- n ndes 127$30; Antonio Paes Br nco couves para utn dia; Adminisirad >r do Concelho, do Cofre deB n ficencia, Ío i, M<ria Ro^a Sou3a, couves para 1 dia; Doutor vtatos e Silva couves para 3 d>as; Dr. R f iel Esteves de Figueiredo 50$J0; Dr. M tos e Silva mais couves pira três dias e meio; Felizardo da Silva Piezado 4 quilos de carneiro, 5 quilos de batata, e meio quilo de to cinho d r i melhorar o jantar do dia de carnaval; Cotni';são de senhoras promotora da Matmée na S. R. Pontessoi ense no dia 9 de Fev.° 6iR)$00 e nm púcaro de ferro esmal ad >; Admi­nistrador do Concelho 26^60, produeto da ve ida de regulamentos da Legião Portuguesa e mais 1 ex. d ste; J. Cruz Bucho 20$00 para serem distribuídos pe­los pobres que levam sopa, comemoran­do o aniversaro da Sopa dos Pobies, em15 de Fev.°; Dr. R faei Esteves de Figuei­redo 60$00; Com ssào de S 'nhoi as pro­motora da matiuée na S. R. Pontessoien- se 36$50; D. Joaquim Durão couves pa­ra 1 dia; D. M-iria Rosa de Sousa couves para á dias; Eurico Paes de Carvalho ÍOJOO; Manoel Dias Povoa cou.es p ira 2 dias; Comissão promotora da Matiuée na S. R P. 30$()t> e D. Maria Rosa de Sousa couves paia 1 dia.

Lavradores segurae as v o s ­sas ceares na «A PATRIA*

Sociedade Alentejana de SegurosSobejamente conhecida, trata todos o s seguros o seu Sub-

Agimte nesta localidade,

M igue / d i Graça Casaca

A g r a d e c i m s n t D

A Familia de Cândido Pi­menta Jacinto Junior, bastan­te grati para com todas as pessoas que o acompaharam á sua ultima morada, ou por qualquer forma se interessa­ram pela sua saude, temendo cometer alguma falta invo* luntaria, vem por esta forma manifestar-lhes todo o seu reconhecimento.

T ip r ig r a foAprendiz ou meio ofici l pteci-

sa-se na Minerva Alentejana.

Aquele estendal de miséria que nós viamos diariamente em Ponte de Sôr de­sapareceu desde 15 de Fevereiro de 1936 com o funcionamento da Sopa dos Po­bres.

Ou nâo?E’ certo que um ou outro pobre que

não é daqui se d rige ás nossas casas e pedindo-nos esmota, nós sócios, damos- ihe ou não, mas tambem é certo que se algum dos pobres beneficiado-; pela Sopa nol-a pedir, nós sócios, podemos recu sar-lha ficando bem com a nossa cons­ciência.

E’ pais de boa logica: quem contribue para a manutenção desta Sopa, parece- uos que a mais não é obrigado e se por outro meio dá outras esmolas ou dona­tivos, é porque quere.

E iixemo-nos nesta verdade: reforçan­do com donativos a acção desta insti­tuição e urn Bem; desviar aqueles por quaiquer razão é um Mal que recairá sobre todos nós.

Que todos os po itessirenses tenham presente: A Sopa dos Pobres distribue todos os dias 22 a 2 i sopas a pobres adultos e 30 e tal a creanças e aos sa­bados, 85S»t) a 32 pobres

E se mais nào faz e porque mais nâo pode

Continuemos, pois, a amparal-a com donativos e boa vontade.

a DIRECÇÃO

PoQQ Vende-se com 5 di-udba visões no La baixo.

Trata—Inacia d.'Oliveira.

Aos a p r e c i a d o r e sda boa Pinga

Recom endamos uma visita á Adega Firme, para se cer­tificarem pesssoa lm ente que é esta casa a que vende vi­nhos das melhores e m a i s a - íamadas procedencias . Exce­lentes, e de paladares supe­riores, longe do alcance da concorrência, o s vinhos d e s ­ta casa rivalisam com o que de melhor existe no género.

Ver para crer. Lourenço Pereira FirmeRua Comes Freire de Andrade

Ponte do Sor

E x . mo Sr • j , * „ C * * >

12.* a n o P o n t e (io S ô r , 4 d e J u lh o d e 1 9 3 7 N U M E R O 2 5 7

M O C I D A D EI k P U B L I C A Ç Ã O Q U I N Z E N A L

D I R E C T O R £ B D I T O R• • ■ • a

(jaM&iIldwa de. OSiveóiú. da. Conceição o4*dxa.de.

Secretario da Redação Amiloar de Oliveira da Conceiçio Andrade

A D M I N I S T R A D O R Primo Pedro da Conceição

F U N D A D O R E S Pri mo Pedro da Conceiç&o

Jose Vi e g as Facada

R E D A Ç Ã O E A D M I N I S T R A Ç A O Rua Va* Montelro- oxste do Soí

. Composto e impresso na Minerva Alentejana — PONTE DO SOR

A I I E S I / | D € P A ©ti )-

Já aqui nos referimos á testa vindimaria realisada em algumas povoações do Norte do Paiz, alvitrando que, se ­guindo ê s se exemplo, em Iodos os concelhos do Alentejo produtores de trigo, se realizasse a festa das colheitas, ou mais expressivamente— a festa do pão.

Os portuenses realizaram ha tempo, sob o pratrocinio do «Jornal de Noticias», a Festa do Vinho do Porto.

Com mais razão do que a festa do vinho poderia e d e ­veria realizar-se a do pão, porque êste é e lemento indispen­sável á vida e o vinho é licor, ambrusia, nectar del icioso privativo dos felizes da terra.

E’ um elemento de grande vajor, para a economia na­cional; é um produeto que é orgulho dos portugueses e de­licia dos felizes de todo o mundo que o podem saborear.

Achamos, portanto, justificada a consagração do Vi­nho do Porto. M as entendemos que, se ê s se delic ioso nectar é consagrado, com.mais razão o deveria ser o pão, comum a todos, riquezas extraordinária, e lemento indispensável á vida. - ,

Simplesmente o vinho do Porto é produzido por uma região intensamente activa, extraordinária, trabalhadora e empreendedora.! í. ; u n

E e o pão, cria-se por todo ê s se Alentejo ardente . . e dormente; sonolento e apático, incapaz de glorificar as suas riquezas, pprque estas lhes são iudífeientes, ou, por ,outra, Ihe ié indiferente essa glorificação. - i

0 Alentejo é a terra do .p ào . Dois terços do trigo pro­duzido tm Portugal, é arrancado á sua terra fértil mas, quantas vezes , ingrata. . •

De trigo vive a sua gente: a maioria da sua gente.n . , E’ êste, portanto, um motivo forte para que o pão fôs­

se glorificado, porqueié a vida da vida alentejana; o seu s a n g u t ; o produto do seu maior esforço.

Poi que não faremos nós, alentejanos, a glorificação do trigo, festejando anualmente as colheitas, criando a canção do pão, como o s nortenhos, criando a caução.do vinho? t , -i

Porque não acordamos duma vez para sempre, de ­monstrando que vivemos; que nos corre nas veias o san­gue de trabalhadores activos e deligentes; que para a Nação contribuímos com o maior quinhão de riquezas; que somos, enfim, dignos de sermos considerados e respeitados como o s melhores po ituguêses?

Porque não havemos nós de realizar festas , e xp os i ­ções, e certaniens, demonstrativos das nossas extraordiná­rias condições de vida e do muito com que contribuímos para o desafogo da balança económica nacional?

Porque não fazemos progagando dos nossos valores e das nossas actividades, como o fazem as outras províncias?

Porque continuamos dormindo á sombra das nossas passadas glórias, do nosso tradicionalismo e do nosso im­penitente comodismo, s ilencioso e indiferente. . .

Mas torna-se necessário mudar de rumo, se queremos que nos passem a considerar com justiça; se desejamos que nos coloquem no plano qua devemos ocupar.

Istotsó se conseguirá no dia em que nos lançarmos em propaganda activa-da nossa terra. E essa propaganda tem de ser feita por meio de feiras regionais( e x p os iç õe s e por todos os meios que dêem a conhecer as nossas riquezas, toda a nossa, actividade, todo o nosso valor.

A Festa do Pão despertaria a curiosidade dos que nos olham de longe, desconfiados e ignorantes do que somos.

E talvez que, por meio dela, se conseguisse que tomas­sem o Aleníejo pelo seu devido valor.

Mais uma vez,aí fica o alvitre.i . i

J o â o d o Monta

F i m in PobI w b kFez a sua reaparição como dizemos

noutro lugar, no dia de S. Pedro, esta antiga e afamada Banda, que foi a- brilhantar os festejos reatisados na Ervideira. Antes de partir, preorreu as ruas desta vila executando lindas marchas e cuvprimentando a Direcção e Sociedades de recreio locais. Apre­sentou se com um lindo e novo farda­mento de verão. Agradecemos os cum­primentos qut nos apresentou na nos­sa redacção, com os desejos de que a sua vida seja bastante longa e próspe- la.

A' Comissão reorganlzadora e ao digno maestro Sr. Angelo Silva, apre­sentamos as nossas sinceras felicita­ções.

P r a h artificiaiPodemos dar já os parabéns á popula­

ção da vila por mais este intereasinte e util melhoramento— a praia artificial— , pois já foram iniciados os trabalhos de construcção que devem terminar, talvez, na próxima semana. A avaliar pelo entu­siasmo e carinho com qu-? o ano passado foi acolhida esta nossa feliz iniciativa, é de esperar que a praia tenha nó corren­te ano uma afluência grande.

Pede-nos a respectiva Comissão para tornarmos publico de que recebe propos­tas até ao proximo domingo para arre­matação do se viço de bufete, o aual se prolongará até ao f ir . d i Setembro.

C ar r e i r a s dec a m i o n e t e s

— Foi requerida pelo sr. Luiz da T rin ­dade Martins M urta, de Portalegre, o es­tabelecimento d ; uma carreira de caraio- nete para passageiros entre Fronteira e Bemposta e vice versa, em substituição da.carreira já existente entre aquela vila e Ponte do Sòr (O n e ).■ ■ — Tambem o mesmo Sr. requereu o estabelecimento de nma outra carreira para mercadorias entre Fronteira e P. do Sôr (Q. r t )

Festas a S. Pedro— N o lugar da Ervideira, suburbios

d s ta v ila , realisou-se 110 dia 29 de Ju­nho ultimo, a festa a S. Pedro, orago desta extincta freguesia, que constou de mista cantada, procissão, quermesse, a r­raial, fogo de artificio e descantes po­pulares. Os festejos foram abrilhanta­dos pela Filarmónica Pontessorense, ha pouco reorganisida, e que naquele dia fazia a su i reaparição. Registaram-se a l­gumas desordens.

Festa ao Sagrado Coração de 3esus

Realisa-se no próximo domingo, nes­ta vila, a festa ao Coração de Jesus, com o programa que segue: A's 8 horas, reunião das crianças da Comunhão na capela de S. Pedro, donde devem sair em procissão para a igreja Matriz. A’s9 horas. Cerimonia da Renovação das promessas do Baptismo. A’s 9,30 horas. Missa e Comunhão geral. A's 12 horas. Missa solene cantada por um grupo de senhoras e acompa­nhada a orgão e violino. Das 15 ds 17 horas, lantar ds crianças da Comunhão A's 18,30 horas. Procissão que. termi­nará com exposição e benção do San­tíssimo Sacramento.

Nos dias 8, 9 e 10, ds 21 horas ha­verá tridiw de prepiração. No triduo t festa falará um dos mais Ilustres o- radores sagrados.

Um grupo de senhoras organisard uma quermesse que abrirá no dia 10 ás 22 horas. Estes festejes são abri­lhantados pela Filarmónica Potitesso- rense. ha pouco reorganisada. Espera- se a vinda do grupo de escoteiros de A- brantes que na festa fará a guarda de ■ honra e dará, ao ar livre, unia origi­nal recita, no Adro da igreja, antes da procissão.

Em Vale do flreo Rancho de CantadoresNo proximo domingo realisa-se neste

aprazivel lug ir, com 1 já iioticiá nos, uma interessante festa ctvica, que consta de distribuição de pequenos paes ás crian­ças, arraial, cavalhadas, pontaria á pedra ao galo, e outros números, tistes feste­jos são abrilhantados pelo Jazz Baud “ Os Fixes", de Niza.

Canção de LisboaBem faz a empreza do Teatro-

Cinema em trazer nesta tempora­da utna série de bons filmes por­tugueses. £* que a exibição desses filmes, alein de ser extremamente agradavel para o publico que a- corre em massa a preseuciá-los, reune o util ao agradável, produ­zindo excelente receita para o Hos­pital Vaz Monteiro. Hoje exibe-se em "reprise*' o graude fonofilme Canção de Lisboa, em que Beatriz Costa, Vasco Santana e Antonio Silva teem papeis de grande ex- plendor. A Caução de Lisboa, não precisa reclamos, pois é uin des mais interessantes e agradaveis fo- nofiltnes que a cinematografia tem produzido em portuguê».

Com o fim de abrilhantar os proxi­mos festejos em honra de Nossa Senho­ra dos Prazeres, que se realisam nesta vila em meados de Agosto, organisou-se um ''Kaucho", que exibirá os bstlados e cantares naqueles dias, no Teatro-Cine­ma e no recinto das festa Os ensaios estão se a realis r-se com todo o entu­siasmos sob a Direcção do uosso admi­nistrador, com verãos da ilustre poetisa Sr.a Doutora D. Jovita de Carvalho e do distinto poeta Sr. joão Marques Calado e musica do insigne nnestro Sr. Angelo Silva.

Jnspecçào militarNos 7 e 8 do corrente, terão lugar

no edificio dos Paços do concelho as inspecções aos mancebos recenseados no corrente ano, sendo no primeiro dia para os de Qalveias e Montargil e no segundo paru os mancebos naturais da freguesia sêde do concelho.

Grupo D. MatusarenseForam eleitos em Assembleia Geral

de 14 de Junho ulmo para conslituirem os corpos gerentes deste club desporti­vo local, os seguintes cidadãos que foram investidos no dia 1 do corrente nos cargos para que foram eleitos.

Assembleia OeralPresidente— Américo Soares Correia Secretario - Francisco Nunes Moura f .or Relator— Francisco X Bailim Bar utn

DIRECÇÃOPresidente — Mário da Assuniçâo Go

mes de Almeida Secretario—José Mendes Martins

Vogais— Manoel da SilvaAdriano Pedro Pereira

Conselho TécnicoJoâo l.eal de Matos e Silva Manoel Nunes Marques Adegas Manoel Silvèrio de Sousa Eusebio João Marques Calada Manoel dos SantosAgradecendo os cumprimentos que

nos foram dirigidos, desejamos ao florescente club e aos componentes dos novos corpos directivos as maiores prosperidades.

Os teus cactos brancos

Vieste para cá Um anjo, um querubim!Tu nâo te lembras já De quando eras a s s i m ! . . .

Eu via-te passar,T à o meiga, tão rosada, O s lábios a rezar Em prece i m a c u la d a . . .

Dizia para mim Baixinho, ao coração:” Por uma fíòr assim, Qualquer se faz ladrão".

Ai! Lembra-me tambem 0 mimo que tu eras!A flôr que se mantem Por longas pr imaveras! . . .

Passaram muitos anos Sobre essa tez mimoss.Hoje, nào tens enganos .Nem sonhos côr de rosa!

0 tempo passou breve E veiu, de mansinho, Deitar f lócos de neve Ao longo do caminho.

Alguns, cortando o espaço, Esvoaçando, inquietos, Caíram tio regaço D o s teus cabe los pretos.

Assim, agasalhados N o seio do amôr, Tornaram prateados O s outros d'outra côr.

E eu vejo-te passar, T ão meiga como dantes;D e olhos a chorar O s tempos já distantes!. .

Cabelos brancos!.. .Prata P e r d i d a . . . o u saudade Daquela luz que mata O s velhos dessa idade!

Ponte do Sòr, Junho de 1937

Júãa vK,. Caiada

T k a n s f s r b n c i a

Poi transferido a stu pedido de Tomai para Abrantes, o nosso presado assinante Sr. Licittio do Amaral Senablano, digno Aspirante de finanças.

F U N D O

ti’ do «osso estimada confrade Dtarto do Alentejo, o artigo que com a devida vénta publicamos em fundo.

Reoisía de znspeçãoRealisa-se hoje a revista de inspecção

ás praças licenciadas do exercito act><r* com domicilio na freguesia da séoe dõ coticdbo,

2 A M O C 1 D A D E

U m p a s s e i o á L a p a d o s E s t e i o s

Rapaz amigo, dado a estudos de iinguas vivas e mortas, falava com inglez alto e seco como um p i­nheiro, cabelo raro, côr Je trigo, a dansar ao vento, um dêsses "beefs" loiros e ingénuos que ar­rastam o seu "spleen" e a sua cu riosidade pelos quatro cantos do mundo. Falava-se de turismo E. em dada altura, amigo meu, madeiren­se dos quatro costados, louvou os encantos imarcescíveis da sua Ilha. E logo o inglez, com naturalida­de, como quem bebe um copo de água, acode pressuroso:

— Oh! very beautiful, the pear! of tiie Atlantic!

Amigo meu, dando palmada a- mável nas costas rijas do nosso aliado, murmurou também, embe­vecido:

—Oh! very beautiful!O inglez. (soube mais tarde), não

sabia ao certo onde ficava essa Pé­rola do Atlântico tão celebrada por turistas loiros e ingénuos co­mo êle. Mas, por um fatal hábito adquirido, a? suas impressões de basbaque errante e insatisfeito ha­viam- se reduzido à singela for­mula uHlitária;

—Oh! very beautifu l!.. .Em cada urn de nós, afinal, e-

xiste um poucochinho do utilaris- mo do inglez da história.

As nossas impressões são cata­logadas, colecionadas aos poucos como se colecionam borboletas ou bolões de cuecas, e, por natural ten; é icia para a simplificação, re­duzidas a uma fórmula breve e se­ca, onde o próprio calor dos adjec­tivos soa lamentávelmente a falso.

Nunca me foi dado, confesso, o ensejo de me prommciar sôbre a Madeira. Mas, (vá lá uma confissão sicera), essa vaga petulância que todos nós temos em maior ou me­nor grau, levar-nie-ia, de certo, a afirmar com uma convicção imen­sa:

Ah! a M ade ira ... Terra linda, encantadora.. .

Ei era mesmo possivel que me alongasse em considerações sôbre a beleza famigerada da liha, o seu clima sádio e êsse vago escótico dos costumes e usos dos íncolas. Ealaria, talvez, com o calor que nos dá o conhecimento de causa, e a minha imaginação, pródiga, espalharia tintas estranhas sôbre os esplendores e galas com que a Natureza dotou a Pérola do Atlân­tico.

Mas com pezar o confesso, fu­giu-me sempre o ensejo de falar sôbre essa te. ra de sonho. E, dado que conhecesse a Madeira, talvez que as minhas impressões fôssem vagas, nebulosas. E' tão difícil, ás veze ., exprim ir o que sentimos.. . Apreciar o belo é, essencialmente, sentir. Inútil tentar descrevê-lo, re­duzi-lo a uma fórmula: uma obra- prima de arte, um esplendente es­pectáculo da Natureza, não se po­dem descrever com aquele realis­mo que dá o verdadeiro colorido e a fôrça da verdade—gozam-se. E que a linguagem, ainda a mais rica e colorida, e sempre desbota­da, hirta, Iria, quando pretende exprim ir os inefáveis gozos de al­ma que o belo nos provoca.

Senti essa impotência ao visitar a Lapa dos Esteios. Nunca lá tinha ido. Mas, (há-de haver um ano), preguntando-me senhora amiga as minhas impressões sobre esse logar

ún ico não tive duvidas em lhe a- íirm ar que sim, que era um local encantador. Creio que as minhas palavras impressionaram fortemen­te a minha amiga. Foi lá. Gostou. V inha radiante, dizia ela. E, çolo- rista exi nia, abriu deante dos seus olhos virgens de tal espectáculo, largos horizontes cheios de pers­pectiva. sítios umbrosos onde se sonha e traquina o passaredo, fios de água cantante que rolam sôbre

seixos e nos arrastam a doces re­cordações que nos tornam in fin i­tamente bons e felizes.

Só mais tarde, muito mais tar­de vim a.saber que a minha ami­ga conhecera na Lapa o sargento Galhardo, olimpico, marcial, im ­pecável na sua farda, que lhe sou­be roubar o seu coração tão arre­dio a comoções fortes. E a minha amiga, grata para com a Lapa dos Esteios, reconhecida para com Nos­sa Senhora dos Caminhantes, que soube encaminhai o apolíneo Ga­lhardo para seu lado, não se can­sa, quando adrega topar-me, de e- naltecer "as belezas peregrinas da- quêle locai ameno e fragrante” , no seu dizer pitoresco. E acaba sempre por rematar:

— Volta lá, não?E, ao despedir-se, ainda os seus

lábios murmuram palavras gratas, mais débeis que um suspiro:

— Que beleza! Que beleza!Fui á Lapa. E, á volta, caíam as

sombras sôbre as coisas, vogava o meu espírito sôbre a romaria densa de robles pensativos, os ca­minhos solitários de buxo, os can­teiros onde rescendem as verbe­nas, os cravos, as sardinheiras e os malmequeres, e surpreendia-me a murmurar:

— Que beleza! Que beleza!De manhã o céu mostrou se ta­

citurno e uma débil claridade coa­va-se a custo através as gordas nuvens côr de chumbo. Soprava um vento fresco, irritante, que le­vantava a poeira das ruas em tor­velinhos. E, seriam umas dez ho­ras, abriram-se as cataratas do céu, grossas bátegas de água molharam as pedras da calçada e os telhados e vidraças do casario. Brilhava o asfalto das ruas e das goteiras sa­lientes dos prédios, como baba lenta, escorriam fios de água. Só pelo meio dia, finalmente, surgiu o sol. As nuvens fugiam em tro ­pel, negns, ameaçadoras para su­doeste. Uma viraçao débil, amável, acariciava-nos a p.le. Pairava no ar um aroma denso a terra molha­da, o que nos tiazia imagens do campo, as lavouras verdes gote­jando, a terra ensopada cheirando a húmus e a ervas frescas. Apete­cia respjtar o ar fino dos pinhais, graves na sua tristeza, correr por montes e vales em busca de luz e aromas penetrantes de flores e fru ­tos silves'res,

Q uu ido descemos à Baixa, o sol ostentava-se em todo o explendor da sua glória. O céu era um infi­nito mar azul sem a mancha de uma nuvem. Os eléctricos, vazios, deslizavam num torpor. As ruas estavam desertas, mortas, e até o businar dos autos que passavam era doce, velado, como que lon­gínquo. U n b irco á vela subia mansamente o rio. Mais para o fun­do, encostados à margem rente aos salgueirais, deslizam pequenas em­barcações à vara, Biilhavam peda­ços de mica nos areeis que aper­tam as águas minguadas do rio. E, estrada fora. calcando 0 asfalto, perpassavam camponezas dos ar­redores, as arrecadas a brilhar nas orelhas, grossos cordões baloiçan­do-se sôbre o seio fecundo. Teem tôJas um aspecto sádio e ingénuo, e suas largas saias de côres vivas, São paleta de tinta onde a vista se prende e se demora. No alto de Santa Clara, refulgem as vidraças do convento homónimo, derradei­ra jazida de Santa Isabel. E, para baixo, tresmalha-se o casario bran­co, as ruas tortuosas e Íngremes a abarrotar de gente dos arrredores Há mercado uo Rocio. E passam os campónios com suas hortaliças, suas frutas, seus bois mansarrões de olhos nostálgicos e tristes de máquinas de trabalho. Há 110 ar um vago cheiro a arraial. Rapari­gas aos grupos riem e palram. Far­

ta chusma de garotada pasma ante os cartazes dum circo. Um letreiro berrante, de grandes letras verme­lhas, a tôda a largura da porta de entrada, levanta bem alto o valor do elenco. Mais abaixo, a sobre­pujar as bilheteiras, o convite: — Entrar! Entrar! E a garotada, a- perta-se, comprime-se, empurram- se uns aos outros na ânsia de ver nem êles sabem o quê. '

Mas já a estrada nos acena e empreendemos a marcha. Rareiam cada vez mais as casas. Campos bem cultivados avançam até ao ne­gro luzidio do asfalto. Arvores tristes e enfezadas, de um e outro lado da estrada, acenam nos com a sua sombra amável e promete­dora de frescura. Adiante avista-se a Quinta das Lágrimas, nimbada da lenda dos amores de Pedro e Inez. O portão gradeado, feroz­mente corrido, inibe-nos de pene­trar naquelas áleas sombrias de ro ­bles centenários, descer á Fonte das Lágrimas—lágrimas da linda Inez—pisar o chão fofo e averme- melhado do sangue da infeliz a- maute do C r u . . . Mas já, para a esquerda, a paisagem muda M u­ros acinzentados correm ao longo das valetas, como muralha sem fim. Um ou outro punhado de árvores bisonhas, ergue as franças timidas do meio de largos taboleiros es­verdeados. E, mais para o fundo, silenciosas récuas de oliveiras < s- Cálam a altura fácil de um outeiro. Um pinheiro manso, no alto, pa­rece um imenso guarda so! abei to O sol chicoteia-nos como um azor- rague e o ar. cada vez mais abafa­diço, oprime-nos estranhamente, e um torpor, misto de esgotam nto físico e letargia cerebral, m< rgu- lha-nos numa atroz modorrra. Mas já da direita se levanta o vu l­to imponente e macisso do colé­gio das freiras espanholas com suas largas janelas, seu portão alto e gradeado e sua la rg r porta aberta numa promessa de frescura e de paz. E de súbito, como numa má gica, ergue-se o som 'plangente do orgão. Vozes fracas, como que hesitantes, entoam preces à Virgem. As vozes descem, ganham coloti- do, ora parecem arroio sorridente deslisando por entre caniçais, ora sobem, graves, soturnas, numa la­mentação que subjuga. Nada vem perturbar a beleza inenariável do momento. Os sons penetram em nós e em nós ficam, banhando nos com uma paz e uma doçura indefiníveis, E, quando o câ utico, grave e solene, se elevava num crescendo infin ito que buscava as alturas, a nossa alma, suspensa, acompanhava-o na ascese, pairava alto, muito alto. Durou um quar­to de hora, t3lvez, aquêle cântico estranho. Caminhámos, grades e pensativos, por momentos. Quan­do voltámos a nós estava a Lapa á vista, com o grande portão a- berto de par em par, o seu to r­reão vermelho a acenar-nos de lon­ge.

E’ grata a nossa primeira im ­pressão. Copadas tílias, rescenden- tes, oferecem-nos as suas sombras densas e frescas. Mas já os nossos olhos se deixam deslisar pela ala­meda que diante de nós se desen­rola e que remata no colar. Um pavilhão todo afestoado a baunilha, á esquerda, desaparece mergulha­do em sombras. Grossas taízes de hera, coleantes, marinham pelas paredes, ganham o telhado verme- lhusco e abraçam a chaminé estrei­ta e breve num amplexo fresco de folhas e lianas.

— Por aqui! Por aqui!—diz-nos o guia.

bôbre altos muros, crestados pe­las liambas, debruçam-se as fran­ças pensativas de árvores nédias, cujos ramos nos roçam alegremen­te a cara e os ombros. Cachos a­

veludados de nêsperas dão-se em promessas de frescura. E, mais pa­ra o fundo, abre-se a goela esver­deada de um tunel, onde os olhos se perdem em reconcavos miste­riosas, tosados por lu? amarelada que escorre do alto. Bancos de a- zulejo, meio escondidos por ren­ques de buxo, convidam ao des­canso. Mas o guia adianta-se já e a nossos olhos maravilhados, de­senrola-se o mais maravilhoso es­pectáculo que se possa imaginar: O Mondego surge-nos de chófre em toda a sua glória. Renques se­quiosos de salgueiros, faias altas e solitárias, tufos de caniços e espa­danas, ligados por fios emaranha­dos sôbre que correm a hera e li­anas vorazes, debruçam-se sôbre as águas azuladas da corrente,* ta­ludes ii ttiros são alfombras lisas e macias de veludo Casais longín­quos espreitam por entre a frança das áivores. Alfozes, pequenas co- iiuas e montes afastados sobem lentamente até aos confins do ho­rizonte. Rebanhos de arvoredo descem nor tôdas as encostas, de socalco em socalco, até morrer junto á corrente. Para nascente, a d iiíâ icÍ3 aglutina-se o casario es­branquiçado d. Coimbra, com sua floresta de chaminés ponteagudas, longos tubos de suas fábricas vo­mitando fumo p a Tori e da U ni­versidade no aito Uma penum- bta suave vai invadindo lentamen­te íô ias as coisas. As água? do rio ganham sombras misteriosas, tons glaucos e prateados ;ôbre que se reflectem os peifis suaves das taias. U .ii bucu obeso, carregado de fo­liões, desce pachorrentamente o rio. Há grites, ovações, cantigas que cortam o ar e arrar.ctnn es­tranhos icos que se repercutem e perdem por entre a folhagem.

>scemos ao ■ ortinho. Cantei­ros alegres de sardinheiras, tôdas rubras ou lévemente desbotadas, são sorrisos. E, nos recoucavos mi-teriosos da folhagem, escou- dem-se bancos e mais bancos de azulejos ingénuos, linhas simples, onde ap tece dorm ir. Dois degraus suaves de escada e eis-nos própri- atnent na Lapa. Lápides com ver­sos. U n rochedo enorme, colossal mole de pedra bojuda, sustenta-se no ar por misterioso feitiço. Em volta correm mais b ticos, rescen­dem cravos e glicínias, gritam sar- dinh iras, inclinam-se nnlmeque- res, escondem-se baunilhas. Pano­rama sôbre o r io . Em frente fica o Calhabé. Da Fábrica de Porce­lanas sobem lentos rolos de futno que se esgarçam aos poucos.

Depois vem o Portinho. As á- guas rumorejam junto ao pequeno cais. Hastes flexíveis Je heras en­roscam se em amieiros sombrios e abanuonam-se à corrente como cobras mortas. A tarde agonisa suavemente. Um rebanho de nu­vens esbranquiçadas, a ocidente, tinge-se a puuco e pouco de lai­vos avermelhados. Uma luz suave, discreta, cai serenamente do alto, envolvendo as coisas numa atmos­fera de sonho. Abandonamos o Portinho, talvez para nunca mais, e regressamos. Palmeiras copadas, olham para renques amáveis de li­moeiros. Um punhado de noguei­ras encosta-se a robles gigantes que nos fitam tristemente. M il a- romas penetrantes, débeis sussur­ros, gemidos da folhagem por to­dos os lados.. .

Garibaldino Andrade

A M O C I D A D EPor aplomeraçâo de serviço na tipo­

grafia, nâo poude publicar-se este jor­nal no domingo passado pelo que pedi­mos desculpa aos nossos presados as­sinantes.

Carreira de camionetes entre Montargil e Ponte do SorA carreira de camionete para

passageiros ha pouco inaugurada entre estas duas vil is, e de que é concessionário o Sr. Inacio Gon­çalves Capucho, de Evora, im por­tante melhoramento cuja falta se fazia senti , tem o seguinte horá­rio.

Cheg. Part.Montargil . . 9,30Montalvo. ■ . 9,45 9,45Agua T. Ano. 10,15 10,15Ponte do Sôr. 10,25

Cheg. Part.Ponte do Sôr. 17,30Agua T. Ano. 18,UO 18,00Montalvo. * . 18,30 18,30Montargil . . 18,45

f a i < e i m ç n í G >

Na sua casa desta vila, faleceu no dia16 de Jtinhc uliimo, a Sr.» D. Carlota Correia Machado Lobito, de 04 .m. - de idade, uatuial de Fonte do Sòr. A ex­tincta era v.uva do escrivão notai io, Sr. João António Barreio da Silva L bato, rr.ãi do Sr. Dr. José Machado Lobato e das Sras. Donas Eva Macnado Lobato e Flavia Mach ado L ‘b to, e soga dos Srs. José da Criu Bucho e Dr. Joaquim Pires dos Santos.

Doiada de uin coração extremam nte generoso, esta bondou senhora ^sten- déu a sua acção de bem faz r a muitas pessos, recolhendo e educ.ndo cnait- ças órfãs e socorrendo os pob e-. que em si tnhani uma d svelada protectoia.

Por b '0 a sua morte foi muito pra- r teada nao só por aqueles que se co- cóthiam á sua p otecção, como por to­dos os que conheciam. s seus excelentes c.otes ee coiaçâo.

— Viiimado por uma pneumonia, fa­leceu 110 dia 17 de Junho, ultimo, na Casa de Saude, de Amantes, onde ti­nha si io submetido a operação ; nma lie-ma. «> Sr. J<-ào Ferreira da li,' de 46 anos de idade, natural de Aldeia da Mata e íe idente nesta vila on le era um conceituado comerciante, socio da importante firma A. B. Carvalho &

João Ferreira da Costa que veio para Poute do Sôr, com )3 anos de idade, empregou-se como caixeiro na casa de que ch gou a ser um dos socios, tendo desde io^o revelado excepcionais facul­dades paia a sua ptofissão, o que, aliado ao seu excelente caracter fez com que a breve trecho tives-e conqaistado a c m- fiança e amisade dos seus camarad ,s e patricios, a ponto de o falecido Sr. An­tonio Baptista de Carvalho o ter interes­sada na sua casa comei c,al. Fos-uiuor de nm coração diamantino, o extincto era estimado e co isid rado po, odos que o conheciam Era casado com a Sr.“ L» Maria da Gr .ça de Matos Espadinha da Costa e cuuhano dos nossos Mnigos Srs. joão, Manoel, Adriano e Joaquim de Maios Espadinha.

O seu funeral que se realisou nest i vi­la, constituiu uina importante manifesta­ção de p.sar. Foram organisados turnos de amigos e colegas do exiiucto e ofere­cidas varias coroas de flores aitificiais. Dirigiu o préstito o Sr. José Sabino Fon tes.

—Tambem se finou nesta vila, ha dias, a S r.a D Maria Kodrigues, de 72 anos de idade, natural de S. Roque, da Covi­lhã e ha muitos anos aqui residente.

A extincta que contava gerais simpa­tias, era ca-ada com o Sr B rnardino de Almeida, aposentado da C . P. e mãi do nosso presado amigo e assinante Sr. Jo­sé de Almeida Rodiigues, funcionário de Via e Obras da C F.

—Faleceu ha dias nesti vila a menina Domicilia da Silva Lob >to, de 6 anos de idade, filha do nosso particular amigo e assinaute Se. Joã > Looato e de su* es­posa Sr.a D. Rosalina da Silva.

A’s familias enlutadas envia “ A Moci­dade” as suas mais sentidas condolências.

A g r a d e c i m e n t o

João Lobato, sua esposa e de­mais familia, muito reconhecidos para com todas as pessoas que se dignaram acompanhar á sua u lti­ma morada a sua muito querida filha Domicilia da Silva Lobato, veem por esta forma manifestar- lhes todo o seu reconhecimento. Neste agradecimento envolvem to­das as pessoas que durante a mar­cha da doença que a victimou, mandaram saber do seu estado, ou por qualquer forma se interes­saram pelas suas melhoras. A todos poi?, os seus melhores agradeci­mentos.

A M O C I D A K K 3

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A N U N C I O^ a lé r io ia ,

Por senleça de 8 do cor­re n/e mês foi declarado em estado de falência Avelino Godinho Braga, casado, in­dustrial com fábrica de Moa­gem e comerciante, residente em Galveias, desta comarca, tendo sido fixado o praso de 90 dias pura reclamação de créditos, e pertencendo o car­go de administrador da mas­sa a Américo Soares Correia, casado, guarda livros, resi­dente nesta vila.

Ponte do Sor, !) de Junho de 1037Verifiquei.

O Juiz de Direito, Joaquim Dias Loução O chefe da l.a secção,

Antonio do Amaral Semblano

4 A M O C l D A I) i :mmÊtmaÊmsmmÊmaamÊÊÊÊÊm

Carteira EleganteFazem anosas fcx.roas Srns.a* e Snrs.

Julho

4 —Josè Antonio Taveira e Antonio de Oliveira da Conceição Andrade.

5 — D. Maria /osefa Valentim, em Sacavem.

6 —D. Laurinda Ameha Dordio A- degas.

7 —Menina Custodia áa Oraça Lau- reano em Lisboa, menino Ricardo Fran­cisco dos Santos Monteiro, em Chança e D. Maria Mendes Martins

9—Eduardo Figuelro e menino Fran­cisco Marques Figueira.

10 —Fernando C. Braga, em Galvei­as, Joaquim Lourenço Falcão da Luz, em Montargil, joâo Antunes, em Coim­bra e José Prates Estoura. ,,

11—D. Cecilia Louro Namorado,em Fronteira, Menino André Inacio de Oliveira, em Vimieiro. ■ '■

12—D Maria Posa Lopes, em Lisboa, D. Fiorinda Corória Linares, em Setubal, D. Rosaria da As,sunipção Cesar e menino Mario Rodrigues M Calado. ■_ '

13—Dr Rimenta Jacinto, em Gal­veias \

16~T}. I.-udovina, Fouto Velez Li- berio, etn Benavila.

17 —Menino Adol/o Filipe de Sousa.i.

í Delivrance•; ' , * * *'

Tci) ha dias n stia •detltrance dan­do á luz uma criança do sexo feme- nino, a Sr " D Ester de Simas Abreu,, esposa do nosso presado assinante "sr. Elisiario Pinto Os nossos parabéns

':t • *■Em Ponte do Sôr

Estiveram ultimamente nesta vila vs nossos presados assinantes, Ex . ",oS Srs.

Rodrigo L. Martins,, de Seda, Anto­nio Martins fyinganha, de Lisboa, Joseí Delfim Cacho, do Rossio do Te jo , Joaquim Paulino, de Abrantes e Antonio de Sousa terreiro,^'de iv,ar- gem.

C r ó n i c a c i n . e r r i a . t c g r r o . i i c a

A N U N CI 0No dia 11 do proximo mez

de julho, por 12 hqrâs á por­ta do Tribunal Judicial desta comarca, se há-de. proceder á arrematação em hasta pu­blica do predio a seguir desi.-> gnado e p i lo maior .lanço sq - ferecido acima do indicado.

Predio

Uma morada de casas com quintal, situada na Rua M a ­ga lhães Lima, freguesia de Galveias , desta comarca, que confronta do norte com e s ­trada publica, sul com Belar- mino Btaga, nascente e po­ente com José Pereira Fari­nha. Penhorado nes auíos de carta precatória extraída rta execução sumária quê Francisco Antonio do Corti­ço , casado, residente em Gal­veias , move contra José A n­tonio, casado, residente em Aviz. Foi avaliado e vai á praça por 1.000100

Para a praça são citados quaisquer credores incertos a fim de deduzirem os seus di­reito , ficando toda a sisa e us despesas da arrematação por conta do arrematante.

Ponte de Sor, 22 de Junho

de 1937. '

Verifiquei a exactidão,

O Juiz de Direito,Dias Loução

0 Chefe da 2.a secção,

interino,

Antonio do Amaral

Semblano

Ainda n io há muito' aqui,, dis­semos, que o cinema atingiu, de há uns tempos para cá, uma té­cnica _e uma perfeição verdadeira­mente impressionantes, fc’ esta uma afirmação que ninguém po­de contestar. Os factos aí estão, diáriamente, a apontá-lo, Ve­rificada a produção anual nota- mos logo à primeira vista, um avanço, fácilmente perceptível, «m, todos os sectores cinematográficos. Se de tacto a produção derta épo- ea fo.: superioi à do ano passado não é menos certo que, filmes houve em 1936, que impressio­naram fortemente o publico. A ’ cabeça de Iodos êies, ç como. a pelicula mais perfeita e que ao

*mesmo tempo mais nos fez vibrar, acha-se e>sa obra-prima de John Ford - O denunciante.

Estas considerações ocorrem- nos em virtude da sua reexibição, há pouco, num dos cinemas co- im bitks.

O filme:

. O filme é iio fundo, um pro­blema psicológico. Explora-se aqui um caso íle consciência. Um in- divíduodeilm icia outro, seu ami­go Qual a sua maneira de rea­g i;? Foi baseando-se nisto que John Ford produziu o filme a- dmirável caju ?rgumeuto, a lar­gos traços, passamos a descrever;

Estamos fia Irlanda. As ideas de libei tsção estavam mais acesas do qué Viuuca.;0 exéi cito real im- põe-se pt la fôrça, sufocando as tentativas separatistas.O ComaijdaNte das forças lepubli- catias, que actuam na sombra, ex­pulsa do grupo' uin t al . Gypo \V ic lo r Mac Laglan)- por è te se ter eximido a jurna ordem que lhe havia sidó dada. Este vê-se então- numa posição ciitic-t' se não es­tava nas bôis graças dos n publi- canòs era ao avefemo tempo sus­peito acs partidários do rei. A - Bandónado, desprezado por todos, if.V.á lJrifa vidá' sei|i, conforto; • de­ambula pelas ruâs nevoentas; pas- sa fome. A sua amada (MaVgot Gráhame) vê-se na tiiste con tin ­gência de vèndec/. o corpo para acfqíiirir sustèíito E no iia em que 'uni homem de^t se acercava OypQ> agride-o. tia exptoba-1,he a sem-fÃzão do seu acio. •'Mostra- lhe que não l áou tro .caminho a seguir, após ter tenta ao o • Impos- sivel, que m o' pode rebentar dè fome,' a uin catíto, como qualquer cão vadio!

— Para que servem êsses derra­deiros restos.de orgulho?'pregun- ta-lhe ela*. -Porque mé prejudicas a Vidá em.* ve? de .mç p;o,curaresSAlSténtO? • f - ,

.*fc:Gypo, esmagado pei£ verdaf- ' de ç,;UrI das suas palavras afasta- se, tremendo de fi io. De repente estaça^O que será? fc’ um cartaz, em Caracteres garrafais, convidan­do a população a entregai Frau- ckie, pertencente ao partido repu­blicano, (Wallace Ford) procurado - por assassinato dum soldado rea­lista. O prémio é dç 20 libras CJy- po, indignado, esfarrapa o cartaz porque IÇcatJckié ’ é seu amigo. Entra nuijia taberna e pede de co­mer. Qual não é o seu espanto, ao ver, de surpreza, na sua frente,o tão procurado Franckie. O ines­perado do facto deixa-o atujdidò.E Franckie, que‘andava . foragido havia ó meses, há mUitô que não via sua mãi. E ali, a dois passos, e sem lhe poder fa lar!' . (jypo, pausadamente, declara-lhe que desde o Natal a casa . deixou de ser v ig ;ada Aquele-, clirige-s? para lá e é recebido co rif lágrimas de alegria e de saudade.

Qypo deambula pelas ruas. A obsessão do dinheiro não o aban­dona. Vinte libras! Que fortuna para quem não possui nada. E a- cabaria a fome para si e para a

sua amada. Trava-se-lhe uma lutaintima. O que de bom nele resta­va opõe uma barreira tenaz ao: génio do mal. Mas ai! infelizmen­te, êste. acaba por triunfar. Gypo torna-se um denunciante. E Fran- ckie é abatido a tiro quando ten­tava fugir, vendendo cara a vida., As hostes republicanas admitem

a. hipótese de haver um delactor. E’ preciso encòntrá-lo. Chamam Gypo, atendendo à sua amisade pelo moi to.-Oypo será readmitido no-partido se descobrir quem in ­formou os realistas da estadia de Franckie ua cidade. E êle, então não hesiía—acusa um velho alfaia­te. Mas as suas maneiras tornan- se suspeitas. P^ssa a ser vigiado. E descobrem que êle, possui d i­nheiro, muito dinheiro.

Faz-se o julgamento do alfaiate, que prova a sua inocê c;a. Gypo, por sua vez, é acusado. A provas da sua culpabil dade acumulam se. Ele não pode desfa^ê las. E’ con- dfcnado á morte. Encerrado num 'compartimento lúgObre consegue evadir-sr. E’ procurado activar mente por todos os homens do partido. Fie agora é uma ameaça porque pode contar todos os se­gredos dos republicanos aos rea­listas. E’. uma questão de vida ou de moi te. Gypo acolhera-se à casa da sua amada e, quando fugia, é ferido. E combaieante, a vida a fugir-lhe, penetra, aos tropeções, numa igreja Qnde se encontrava a mãi do denunciado e expira aos seus pés, após ter obtido o -seu perdão.

A Interpretação

Como se depreende do que aci­ma fica dito o elnêdo do filme g i­ra tódo à volta duma f g u ia —O denunciante. O filme, poi tanto, só seria bem aceite pelo publico se o intei preíe principal se desempe­nhasse a contento do seu pape l. O fracasso dêste enredo arrastaria consigo todo o f |me'. Victor Mac Lagi n saiu-se airosamente dessa tarefa. D iurnos mesmo- que o seu desempenho é insupetávtI.' Ç>eve ser--é coin,certeza —a melhor in­terpretação de Ioda a súa carreira. O que'nos impresMona, acima de tudo. é a maneira, a facilidade com que o artista nos transmite as suas einoçõjs. A sua máscara maleável presta se à.maravilha para papéis dêste, género.

O i restantes intérpretes defen-, dem-se, airosamente, nos paptis que lhes foram confiados mas a, sua inte rpretaçãe» éeçlipsad^1, cotno nQo ’ podia.-deixar de ser pela; íCtu-ação verdadeiramente extraor­dinária de.Victoi'.--Mac Laglen.

K ; A . Realização

A '4 realização Constitui, parâ John Fui d, iiiais . u iii magnifico triunfo a juntar,a tantos outros já alcançados--eiii anteriores produ­ções. O filmê constitui uma se- quencia de quadros maravilhosos que vão gradualmente, interessan­do 'o publico até ao desfêcTiò final o- niSis lógico e embèiuiiante.

A forte personalidade do 'rea li­zador ficou bem vincada através de todo o filme. ' ' ", ,

O maior elogio .que . se podia dar-.à -sua obrax-obra admiráv-èl eirt. todos os aspectos —foi a con­sagração de «O denunciante» ven­cendo ,to<k>s os concursos organfr zados pelos jornais da especialida­de a qu.audo da sua. aparição, sen­do enrequecido êsse palmarés corno •«Premio do Kei da Bélgi­ca». Coucedida ua Exposição oe Bruxelas.

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Falecimento

Faleceu uo cjia 18 de Junho ul timo no casal de Pernancha de Cima, onde residia, o abastado proprietário Sr. Antonio Fi-nriques Prates, viuvo, de 76 ano sde id;.- de.Dotado de um generoso coração a

sui morte foi muito sentida p.-lo bem que o extinto f izia á pobresa. Era pai do sr. Antero H-niiques Prates e sogro dos senhores josé Pratas Nunes e Agostinho Lizardo,, O seu funeral foi muito concorri do, tendo-se deslocado a esta vda afim de acompanharem o préstito fúnebre mintas pessoas de Ponte de Sôr. Apresentamos os nossos senti dos pesames a toda a familia enlutada.

Carreira de camionetesPelo coi cessioi ái io d e

•carreiras d.j camionetes sr. I- nacio Qonçalves Capucho, de E- vora, foi uo pas^aJo dia 19 de junho inaugurada a carreira de camionetes para passageiros entr» esta. vila e Poute de Sôr, com vol­ta íío mes no cíia p.ittjudo de Montargil á> 9 e 30 e chegando aqui ás 18 e 45. E* um melhora­mento impoi tautHsimo que nós Montargileuses temos o dever de auxiliar.

Festejos a São Pedro- Organizados p; lo Q. upo Musi­

cal Moi targilense iealizaiain-se no dia 29 elr Junho os costuma­dos fesU jos a s*. Pedro. O p ro ­grama constou de qu rmesSe. fo­go de artificio e concerto peto me mo g u p ). O produeto destes, festejos destinava-se’ ao cof e desta çinipática iiistitu çãO que tão ga* l}wrdámçnté tem .sabido h^hrar a nossa terra.

Correspondente

Na noite de São }qão, f ii a população desta‘vila alarniada com répçtidos loaues do sino da aut'ga Caiui fa. 'Tratava-se de uni jiiceneHo'’ quç se havia manifestado

.numa casa com f ujio,'fia Rua do Snir- lo Aniçnio, e que é propiVd^do do Sr. João dá'Silva 'Cilela, resultancto dahi pr juisos ei • alguns niilhaies‘de escudos. A promidâo com q e unia yr-inde q.um- tidade iA> povo ocorreji ao"1oe;al do sinis­tro e o atacou, fez com qtk ò fogo fosse debelado' ao fim de duas lioras.

Supõe se’ que o sinistro t;vé' origem numa qua.rrtitíade de folhelho,.q-ué’se e i- cnntrava no chão; . C.T c r r e d a s V a r g e n 3

Quando o comboio correio qne daqui s aia para Lisboa, de 22 de Junho, inicia-, va a sua ma-chi, foi colhido por este nm. individuo que depois se averiguou, pelo bilhete de entidade, de qne era portador, ser Joaquim Vtaria Alves de. 58 a.voe de idade, natiir 1 de Portal gre, e que ali exercia o lugar de continuo dá Camara. O corpo ficou horrivelmente trucidado, sup rido se que foi a cafruagem da cau­da que o colheu, ou as duas u timas rocias, poi» a vitima quando se deu o sinistro estava do lado oposto á estação. Já ha dois que este individuo por aqui andava tornando-se s irp ã ta a sua presença. As auctoridades de Poate de Sôr ordenaram a autopsia fazendo remover o cadaver para o cemitério publico dessa vila.—A exemplo dos anos anteriores, reali- sam-se aqui festejos ern honra de S. João que foram abrilhantados pela Orquestra Chancense de que é digno legente o Sr. José Ribeiro Durante as noites de 28 e 29 de Junho, tambem se realisaram interes­santes festejos que foram abrilhantados pelo Jazz do Eutrocamento. E’ digna de elogio a Comissão promotora destes fes­tejos, que nos proporcionou duas noites bein passadas. Correspondente

Reg?níes de Postos HscoloresForam submelid is a exmie tia séde d»>

distrito, tendo fjcido aprovadas, as re­gente*!‘dos postos escolares, Sr.a d gara da Assumpção Smtos, do p 'S!o das Bar- reir s, D. Joana Pais da e.iinha, do Pos to de Ervideira e D. Lucilia Ribeiro da Costa, do posto do Domingão.

A todas, os no?sos par. bens

Terminou o campionato d i Piomoção em ue f ratn finalistas o Electrico e o Sporting Club tlvense.

Nos dois últimos enconíros ganhou o Electrico em P do Sòr o primeiro deles por 5—3 e o Elvense o ultimo, em Por­talegre, por 3—1, conquistando o titu­lo de camp ào.

Encontro amigavelO Qrupo Ai iigos do Matusarense,

bateu em Móra, em 20 de Junho, o team do Ce rdceiro, dal , por 3 — 1.

ULIcj/o-i laçãoCharretes e cadeiras de rep ouso estofadas, 1'qji-

dam -se por baixo preço. Vêr e tratar na oficina de estofador de

Fernando Antonio de Assis^cate d.o Sor

ANUNCIONo dia 25 do proximo mez

de Julho, por 12 horas Já porta do Tribunal Judicial desta comarca, se ha-de p o- ceder á arrematação do p r é ­dio seguinte:

Uma, casa de construção antiga, re z do chão, qué ser­ve de habitação, com duas divisões, sita no lugar de S. Bartolomeu, (Monte Ja Ribeira) freguesia de M ir- gem, que confronta p d o nor­te com rua publica, sul e po­ente com Francisco Louren­ço Espadinha e nascentecom Vital Car mélò, inscrito na matriz sob o artigo 389 e descrito na ' conservatoria sob ii;10 3 . 1 3 0 , predio este penhorado na execução fis­cal administrativa que a Fa­zenda Nacional move.a Adri­ano Gonçalves» solteiro, ma­ior. de S. Bartolomeu, da freguesia de Margem e vai á praça por setecentos e vin- escudos: (720SOO).

Para a praça são citados quaisquer credores incertos a fim de deduzirem os seus direitos, ficando a cargo do arrematante as despezas da arrematação e toda a si­sa.

Ponte de Sor, 25 de Junho de 1937.

Verifiquei a exactidão.O Juiz de Direito,

Dias Loução O Chefe da 2.a secção,

interino,Antonio do Amaral Semblano

E x . m o Sr.jo io M arq u es C alado

1 2 / a no P o n t e (io S ò r , 18 d e J u lh o d e 1 9 3 7 N U M E R O 258

M O C I D A D EP U B L I C A Ç Ã O Q U I N Z E N A L

i- '

D I R E C T O R E E D I T O R

QatiiAaíxlitw de. OíiueiKo. da. Cwnei£ãa o4*A)uida.

Secretario da Redação Amiicar de Oliveira da Conceição Andrade

ADMINISTRADOR Primo Pedro da Conceição

F U N D A D O B E S Pri mo Pedro da Concei ção

Jose V í a g a s Facada

R E D A Ç Ã O E A D M I N I S T R A Ç Ã O Rua Vaz Monteiro- Pon te cl© Sor

Composto e impresso na Minerva Alentejana — PONTE DO SOR

T R A G É D I AEm Agosto de 36, neste mesmo lugar, referindo-nos

á espantosa hecatombe que esfacela a Espanha, púnhamos em foco a dolorosa, inenarravel tragédia daqueles que e n ­fileiraram nas hos tes da Desordem, enganados com falsos mitos ou opiados pela miragem do lucro. Vai para perto de um ano que se trava essa luta sanguinolenta. Luta sem tré­guas e sem quartel. Dum lado, as ho s te s da Desordem, com todos os seus instintos animais e sanguinarios. Do outro, a Civilização, a Espanha de sempre.

Permitimo-nos não apontar aqui as causas próxi­mas e remotas dessa luta desastrosa. Quanto ás cunse- quencias, es tão por demais ao alcance de todos para que seja necessário fazer aqui o seu relato sucinto.

0 que, sobretudo, nos esmaga nesta dolorosa heca­tombe, é a tragédia moral dos que defendem a desordem e o crime, sem se julgarem criminosos, daqueles que se ba­tem por um ideal de que são incapazes de atingir a finali­dade.

No fundo, e les não são culpados. Enganaram-nos. Ante os seus olhos famintos, os seus ouvidos atoniíos, fi­zeram desfilar, numa louca cavalgada, as delicias incom- paraveis do novo Eden. Aquilo foi como numa magica: d e s ­lumbrou-os. Afinal, pensavam, o mundo pode, se nós qui- zermos, ser bem melhor. E os seus cerebros rudes, batra- quios, incapazes de atingir a finalidade do regimen odioso que se propunham defender, arfavam com ideias novas que prometiam fel icidades e goz os imarcescíveis.

E uma palavra, sobretudo, o s seduziu— Pão.-Teriam pão. E uma miragem, sobretudo, o s converteu— Felicidade. Seriam lelizes.

F. ei-los que lutam, que se batem, que queimam as suas mais generosas energias. As suas mãos calosas, acos­tumadas a esventrar a terra, enpunham, resolutas, enge­nhos de morte e de ruina. E’ preciso matar? E eles, cegos, loucos, vendados, matam. Chachinam. 0 sangue cega-lhes a vista, o homem não sente mais o dominio de si proprio. T o ­dos os seus mais vis instintos, as paixões desregradas, as mazelas e as taras escondidas por um superficial verniz de civilização explodem de chofre e fica fica só o animal com todos os seus requintes de besta-fera.

Dolorosa, inenarravel, a tragédia dessa massa ano - nima, inculta, batraquia. Uma cerebração mefistofelica, co­mo num pesadelo, tirou-lhe aos poucos todos o s dotes de dignidade, cegou-os com as trevas do crime, preverteu-os com as chamas da pi lhagem e do massacre.

Mas e le s , no fundo, não são culpados. S ã o irres­ponsáveis . São o braço que obedece. A' sua frente, acober- tando-se cora as sombras, adejando como abutres gigantes­c os de ambições, estão os que especulam com a miséria e a ignorancia, fantasmas do odio e das baixezas sem nome, tripudiando sobre o direito, a justiça e a moral. São eles o cérebro maquiavel ico que comanda. 0 seu clima natural é a sombra. Sombra densa, espectralf que encobre todas as suas mazelas e aleijões de tarados.’

Estes o s criminosos. Arquejando temores, nausea­bundos de chagas e podridões, rastejam pelos desvãos sombrios da cabala, da hipocrisia, das alfuijas onde se res­pira o crime. Sobre os destroços carcomidos de ruinas e de existencias ceifadas numa luta cobarde, pelas costas , erguem o alto, magnifico, explendoroso Paraizo, chamariz que atrai os ingénuos, empalma o s papalvos, s e ­duz os apaches de baixo estofo.

Estes o s criminosos os oradores inflamados de prosa esteril e oca, o s bonzos prudentes que se acobertam nas horas incertas da derrota.

Fasta de IgostoPrometem ser brilhantes as

festas que êste ano, como nos anteriores, se realizam em honra de Nossa Senhora dos Prazeres, nos dias 14, 15 e 16 do próximo mez. A comis­são dos festejos está empe­nhada em organizar um pro­grama a capricho. Como nota sensacional, temos êste ano a primeira exibição do rancho recentemente organizado nes­ta vila e que, estamos disso convencidos, vai causar gran­de impressão e agrado.

Alem da imponente festa religiosa, há diversos núme­ros de sensação, tais como: Desafio de futebol entre a se­lecção local e a primeira ca- tegoria de um dos mais cate- gorisados clubs lisboetas, pos­sivelmente o Sporting ou o Benfica, torneio de tiro aos p o m b o s , apresentação do Rancho de Cantadeiras des­ta vila, arraial, fogo de arti­ficio e outros números bas­tante interessantes.

i e s i l u s a oAi doces ilusões a r qu it ec ta da s ■ ao b e n é f i c o sol da juventude...Ansias febris de Amor e de V i rtude como tombais por t e r r a e s f a c e l a d a s !E s tâ nc ia s de mo i r a s e n c a n t a d a s , onde um risonho canto a vida ilude, ai como tão d e p r e s s a sób o alude da m i n h a dôr ficastes s e p u l t a d a s ! ...Se volto os olhos tristes ao p a s s a d o em que a v id a r i s onha me co r r i a como água de u m ribeiro remansado,eu tombo no m a r a s m o da atoniapor ver que u m sonho lindo é p e r f u m a d onão dura mais do que um ligeiro dia.

* " <4 rj:,r •. M. -Gonçalves Martins

Teatro-CinemaNesta explêndida sala de

espectáculos local exibe-se, hoje, o interessante filme es­panhol “La Verbena de La Paloma", que reúne excepcio­nais condições de agrado.

A Espanha castiça, com o pitoresco dos seus costumes, surge-nos em todo o seu ex- plendorna mais conhecida das suas zarzuelas, que correu mundo e tem foros de celebri­dade.

Para o próximo domingo anuncia-se a animada comé­dia UA Noiva que volta”, em que os célebres artistas Fred Mac Murray e Claudette Col- bert teem uma das suas me­lhores interpretações.

Do mesmo programa fa ­zem parte explendidos com­plementos.

Deoeres dos SenhoriosNos termos do artigo 18.° do

decreto 25.3338, de 5 de Feverei­ro de 1936, os proprietários, usu­frutuários ou possuidores, por qualquer título, de prédios, urba­nos, são obrigados a entregar no presente mês de Julho nas repar­tições de finanças dos concelho ou bairros onde estejam situados uma relação, em duplicado por cada prédio organizada nos termos do artigo 3ô.° dêste diploma, quando nos últimos 12 meses tènha havi­do alteração de proprietário, usu­frutuário ou inquilino, aumento ou diminuição de reiidas, sob pena de multa de 2*/0 sobre o valor lo- cativo do prédio.

Na Minerva Alentejana ven­dem-se os impressos proprios.

E' tambem durante o corrente mês que devem ser entregues as declarações respeitantes a prédios novos, reconstruídos, modificados ou melhorados.

Entre o .continente" e as ilhas e entre .çla$, a ,tabela é de 5$00 até2 quilos,,: de $50 por cada ou fracção a mais. até. 8 quilos, e de 8$50, de 8 a ÍO quilos.

Jí Praia artificial' > • *' ; ‘ - . 1 -

Têrrftiha ftim há dias os tra­balhos de barragem do Sôr, junto a èsta vila, para esta­belecimento da 'praia artifi­cial, êheontraneto-se esta já em plena actividade.

Visado pela censura

Encomendas postais

O decreto N.° 27.817, nu- blicado no Diário do Governo de 3 do corrente modifica o regu­lamento para o serviço de enco­mendas postais que podem de fu­turo, transitar até ao peso maximo de 10 quilogramas.

A tabela de tarifas no interior do continente e das ilhas é de 2$5Q até 2 quilos e por cada qui­lo ou fracção a tnais, até 8 quilos, «50.

De 8 a 10 quilos, 6$00.

E, quando a multidão, desiludida, faminta, num tropel de manada, avança a gritar a sua fome e a sua miséria num estertor, encontra-se, só, em face do irremedi­ável e dos destroços de urn mundo que ruiu. E, mortos de i lusões, hipnotisados pela desgraça, parvos, deixam cair os braços ao longo do corpo, numa renuncia tragica a todos os imperativos da vida, que se fechou implacavelmente pa­ra eles.

Garibaldino Andrade

Inspecções at)s mancebos

Realisaram-se ern'7 e 8 do co r­rente as inspecções aos mancebos das freguesias deste concelho, re­censeados para o serviço m ilitar no corrente ano, que deram o se­guinte resultado.

Freguesia de Gaíveias

Apurados para infantaria. 8Para artilharia ................. . 5Para a companhia de Saude 1Apurados pelo art. 79 . . 2Adiados ............... 1I s e n t o s .............................. 7

24Freguesia d» Bfoutargtl

I n f a n t a r i a ............................ 14Artilharia ............... ............ I IComp.* de Subsistencias. 1A rtigo 79 ........................... 5Voluntários........................ 1I s e n t o s . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . lt>

48Fregua sia do Poata do Sôr

I n f a n t a r i a ................... .. 18A rtilha ria ......................^ . . 29C o m p . * d e S a u d e . . . . . . . . . . . . 1

« de Subsistencias.. 2Apurados pelo art. 7 9 . . . IEngenharia........................ 4I s e n t o s .............................. 28-A d i a d o s .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2

85

A M 0 C 1 D A 1) E

D. 3ú!ia Pereira do Vale

Dá-nos hoje a honra da sua co­laboração, com o interessante arti­go Métodos do ensino da leitura e da escrita a Ex.ma Sr.* D. Júlia Pereira do Vale, inteligente pro­fessora da Escola de Aplicação, a- nexa à do Magistério Primário de Coimbra.

A Mocidade sente-se honrada em inserir tão brilhante trabalho e faz votos por que, para nosso regalo espiritual e dos nossos lei­tores, a nossa novel colaboradora nos continui a visitar com a sua apreciada colaboração.

\M,éto.do.s do- e.n.sLn.0

da. (Uiíjudul a da. esodta.Por Ju tia Pereira do Vaie professora da Escola de Apli­

cação, anexa à Fscola do Magistério Primário ds Coimbra.

As ultimas conferencias pedagó­gicas revelaram-nos a existencia dum grande interesse em prol do desenvolvimento e aperfeiçoamen­to do ensino na I a classe da es­cola primaria, principalmente no que diz respeito ao inicio da leitu­ra e da escrita.

Muitos compêndios há publica­dos para esse ensino; 110 entanto é de toda a conveniencia, para de­senvolvimento fácil e progressivo do aluno, que esse compendio se­ja escrupulosamente escolhido, pois que, embora todos sejam organi­zados sob uma certa ordem que conduz aquele ao fim desejado, não pode negar-se que uns atin­gem esse fim muito mais fácil e rapidamente, devido não só à or­dem de sucessão das letras e dos sons pela sua dificuldade crescente como tambem à complexidade ne­cessaria a um compendio desta na­tureza.

Quando o metodo de inicio da leitura é perfeito, a criança não encontra 11a ortografia aquelas di­ficuldades que se notam a cada

-----------momento num aluno cujo ensinon • , „ . f o i feito por metodo deficiente.Ser/iço dos Corr i os Do»resuiudosobt»dosda ^________ I____________ u * u u cação ao metodo de imcio da lei­

tura e da escrita se ressente todo o ensino primário e muitas vezes até o secundário.

Sagrado Coraçào de Jesus

Decorreram muito anima­das as festas que nos dias 10 e 11 se realizaram em louvor do Sagrado Coração de Jesus. v4s cerimónias estiveram mui­to concorridas. A procissão, que percorreu algumas ruas da vila, reuniu avultado núme­ro de fieis.

Os concertos da Filarmóni­ca Pontessorense, a que nou­tro local fazemos referencia, foram presenciados por nume­roso público que aplaudiu al­guns des melhores números.

Por ord^m auperior, começou ha dias a fazer-se pelas 7 -horas a distribuição da correspondencia nesta vila.

Tal serviço que muito estava a prejudicar, principalmente 0 co­mercio, que abre ás 9 horas, deu origem a que grande numero de firmas representasse ao Sr. Direc­tor dos Correios do Distrito, no sentido de ser modificado, visto que, não podendo o carteiro dei­xar a correspondencia em outra qualquer parte, seria forçoso cada estabelecimento comercial ter ali antes da hora inicial do serviço um empregado para a receber, o que é contra a letra do proprio horário de trabaiho.

De contrario teria que ecperar- -se pela segunda distribuição cerca do meio dia, hora esta bastante tardia para quem tenha necessida­de de tomar o comboio descen­dente, a não ser que preferisse mandar procurar a correspondên­cia.

Felismente a reclamação foi a- teudida pela Administração Oeral dos Correios e Telegrafos, que reconheceu não haver convenien­cia para o publico nem 0 serviço dos correios com a distribuição aquela hora matutina.

1Ianiíesta?âo

Em sinal de protesto contra o miserável atentado que pretendeu vitimar o sr Presidente do Minis­tério, Dr. Oliveira Salazar, reali­zou-se nesta vila uma grande ma­nifestação em frente dos Paços do concelho. Compareceu o núcleo local da Legião, a Filarmónica Pontessorense e muito povo. Usa­ram da palavra os srs. Tenente Mourato Chambel e Antonio Mon- tez que produziram interessantes afirmações de fé nos destinos de Portugal, apontando quanto de 0- dioso encerrava 0 vil atentado.

Ergueram-se vivas à Pátria, Esta­do Novo e Presidente da Repúbli­ca e do Conselho, dispersando de­pois a multidão 11a melhor ordein.

Analisemos agora cada um dos métodos gerais existentes—o sin­tético e o global (cito-os pela or­dem cronologica da sua existencia).

O metodo sintético apresenta, em primeiro lugar, o nome da le­tra, sem que a criança tenha ouvi­do o som desta em qualquer pala­vra ou frase que lho torne mais intuitivo. E’ pois, árida para a criança a apreensão da letra nestas condições, e as confusões são ine­vitáveis O ensino, assim, é minis­trado duma maneira propositada, quando feito a proposito seria muito mais vantajoso.

O metodo global apresenta à criança uma frase e sobre esta de­corre o ensino nesse dia. A frase é decomposta e recomposta pelas crianças até que decorem as pa­lavras componentes e no outro dia terão de fazer um esfôrçj enorme de memória para reconhecer, nou tra frase, qualquer das palavras dadas 110 dia anterior. Nesse caso, a criança aprendeu muito bem o sentido da frase e 0 significado das palavras, pois foi principal­mente neste seniido que aplicou as suas faculdades mentais, mas não aprendeu de forma nenhuma o desenho de toda a frase e, cons­cientemente. 0 som que lhe cor­responde— muito mais complexo que o de uma só letra — , porque tuste sentido só empregou as suas faculdades visuais e a leitura foi mecanicamente feita. E' certo que, depois de muitos exercicios desta natureza a criança, com grande esforço da sua parte, conseguirá ler, mas quantas canseiras não te­rá tido o professor para 0 conse­guir e quanto tempo precioso não terá perdido!

Se 0 ensino deve ser feito com o minimo de esforço do professor e o maximo aproveitamento para o aluno, não me parece recomen­dável este metodo. ,

Pelas razões expostas parece-me que 0 metodo sintético e global puros não atingem 0 fim desejado — 0 aprendizado da leitura duma

maneira interessante, consciente e rapida—, havendo portanto a ne­cessidade, para 0 conseguir, de re­correr ao emprego dos dois méto­dos—o global e o sintético, que geralmente é chamado 0 metodo analitico-sintetico.

Como na apreensão do sentido a frase interessa mais a criança do que a palavra ou letra (esta ultima sem significado, mas apenas com um som que a criança necessita conhecer para bem ler,) entendo que, para despertar e reter a aten­ção do aluno e conduzi-h insen­sivelmente ao conhecimento dessa letra ou dos seus diversos sons* segundo o lugar que ocupa, deve apresentar-se à criança uma frase escrita, ainda não conhecida, onde se encontrem todos os casos que se pretendam encontrar nesse dia e que sintetiza qualquer cena grá­fica observada pela primeira vez nesse momento (só 0 compendio de leitura e o album de O pri­meiro degrau estão nestas condi­ções).

Nessa frase a criança pronunciou e ouviu 0 som que nós pretende­mos que ela apreenda, e, proeeden- do o professor a uma decompo­sição inversamente progressiva dos seus elementos, consegue que o proprio aluno descubra o som da letra em estudo ou os diversos sons da mesma, facto que o anima e entusiasma por ter, por si só, adquirido um conhecimento que o instinto da criança reconhece ser um avanço para a sua cultura.

Depois de o aluno ter desco­berto, alegremente e sem confu­sões, 0 som da letra e de Ihe ter ensinado o seu desenho, parece-me absolutamente desnecessário apre­sentar-lhe novas frases, pois nessa altura não pretendemos o sentido delas mas sim a sua leitura, que a criança, ainda mal segura nos seus aprendizados e em vista da sua complexidade, não sabe fazer. Li­mita-se apenas a repetir mecanica­mente 0 que 0 professor lê, e isso desgosta-a, desprezando assim êste a melhor ocasião de treinar o alu­no 11a adaptação dos sons aos seus respectivos sinais gráficos por meio da leitura consciente de pa­lavras de significação conhecida que o estimule e desenvolva. Não é necessário apresentar á criança uma frase para lhe dar conheci­mento do que é um copo, uma cadeira, um relogio, etc.

A criança, quando lê conscien­temente, fá-lo por sílabas e com muita hesitação, e só a palavra consegue entusiasmá-la, porque, sem ajudas, chega ao fim que de­seja—a leitura dessa palavra. Na leitura da frase a criança perde-se, pois na segunda palavra esquece a primeira e, uas seguintes, esquece as anteriores. Ou 0 professor lhe vai lendo e ela repetindo, o que a vexa e desanima, ou, só, não con­segue lê-la. A minha pratica de muitos anos permite-me afirmar que uma criança no principio da sua aprendizagem lê consciente­mente melhor uma palavra do que uma frase e escreve com mais fa­cilidade uma letra do que uma pa­lavra. Só para a apreensão do sen­tido e do som. cujo sinal gráfico ainda lhe é desconhecido, a frase deverá ser empregada.

Concluindo; para, duma manei­ra aprazivel e atraente, proporcio­nar à criança a audição dum de­

terminado som e a retenção do respectivo sinal (letra), que se lhe pretende ensinar por meio duma cena real ou grafica—a frase; para exercicios duma leitura consciente e rapida—a letra, a palavra e, só mais tarde, a frase.

Eis, pois, a reunião dos dois métodos constituindo um outro-- o analitico-sintetico, que nos for­nece resultados maravilhosos, com­provados por muitos pequeninos alunos que, 110 primeiro ano da sna aprendizagem, conseguem fi­car a ler correntemente, alguns até com expressão!

O aprendizado da escrita anda tambem ligado ao da leitura. Pe- dagogistas há que aconselham que a criança reproduza, logo de prin­cipio, uma frase, e que 0 faça em papel sem linhas. Mas há regras pedagógicas fundamentais e razões poderosas que contrariam esta 0 - pinião, tais como:

1* Não deve impor-se à criança um trabalho que ela não compreen­da, e, neste caso, ela desconhece o mais simples elemento daquela emaranhada combinação de linhas rectas, quebradas e curvas que for­mam a frase;

2 8 Um desenho desta natureza é dificil e não interessa a criança;

3 .a O desenho do mais simples elemento—a letra — torna-se-lhe muito mais acessivel;

4.a Deverá haver, da parte do professor, o maximo cuidado em evitar que a criança caia no erro, para que não surjam confusÔ?s ou vicios, sempre dificeis de des­fazer;

5.2 Da imitação dum trabalho perfeito resultará, lógicamente, ou­tro aproximado, igual ou até su­perior. Em vista do exposto, pare­ce-me de toda a conveniencia que a criança imite, em papel pautado duplo, a letra ensinada na lição de leitura desse dia e copie, de mo­delos apresentados em boa cali­grafia, frases constituídas por letras já conhecidas.

Nesta orientação é igualmente aplicado 0 metodo analitico-sin­tetico (pois anda concomitante- mente ligado ao da leitura) e tam­bem o legografico, para o qual existem os modelos de escrita de O primeiro degrau.

No entanto, para que 0 metodo atinja o fim desejado 0 mais rapi­damente possivel, necessário se torna que dentro da escola exista aquela ordem absolutamente indis­pensável a toda a colectividade, isto é, que ali as crianças sejam dirijidas 110 sentido de obedecer a um chefe, e que as ordens dadas por este não sejam imediatamente esquecidas.

Da excessiva liberdade que se apregoa, concedendo ao educando a liberdade de fazer tudo o que lhe apetece e o professor ir ao encon­tro dos seus caprichos, resulta o que já se vai observando 11a actual geração infantil: desrespeito aos pais, aos professores, aos velhos, emfim, ao superior, que, pela sua idade, pela sua cultura ou pelas circunstancias em que se encontra 11a vida colectiva, tem direitos in­superáveis.

Dentro do ambiente afectivo e alegre que a psicologia da criança exige deve existir o trabalho me- todico, a ordem e a obediencia.

V I T Ó R I AO que, sobretudo, n/ais

admiramos em Salazar não é o politico eminente, construc- tor de uma doutrina fecunda, cujos al icerces assentam na tradição e na experiência; não é 0 financeiro milagroso, o salvador iluminado de um país que dormia mal, que passava as noites em claro e acordava mal disposto, com dores de cabeça, por via de mal considerado incurável. O que, sobreudo, admiramos em Salazar é a sua fecurida, admirável obra de educador. ” Portugal poderá ser, se to­dos nós quizermos, uma grande e próspera Nação”— proferia êle num momento feliz. E numa palavra incisi­va, que não admitia duvidas, apagou-nos a incerteza, ilu­minou-nos com a fé: ” sê - lo -á” .

Salazar é, acima de tudo, educador. Educa pelo opti­mismo. E, se melhor quizes- semos caracterizar a sua ac­ção benéfica e constructiva sôbre a consciência da N a ­ção, chamar-lhe-iamos a p ó s ­tolo. E'-o há 10 anos. Há 10 anos que lançou a grande cruzada contra 0 derrotismo. E sente-se, já, por tôda a parte, alto e bem alto, a sua vitória. A Nação, remoçada com sangue novo, ganhou gradualmenie, a firme, inaba­lável certeza de que, de facto, ainda som os gente, aca­bou por se convencer de que ainda não morremos.

E os eternos derrotistas, os descrentes do nosso pró­prio valor minguam cada vez mais, e os coitados que ainda teimam coçar-se pelos mentideros sentem 0 publico fugir-lhes, escapar-lhes das mãos, escorregar-lhes por entre os dedos. E daqui a anos, como curiosidade, po- der-se-á, talvez, ouvir ainda falar nessa fauna desapareci­da, fauna sanguessuga, que se agarrava às abas do nosso casaco e nos implorava, com tremuras na voz: ”O i ç a . . . ”.

Esta uma das grandes vi­tórias de Salazar. E quando após 0 atentado, uma multi­dão plena de entusiasmo fais­cante, aclamou 0 Chefe em frente da sua residencia; quando, por todo 0 país, c o ­mo avalanche, rolou a indi­gnação, 0 nojo pela nefandí proeza dos agitadores; quan­do, de tôdas as parcelas do Império, do Minho a Timor, todos afirmaram a sua adesão ao chefe, Salazar, revendo-se na sua própria obra, sentiu que, de facto, a Revolução continua.

Festas em GalveiasNos dias 7 e 8 de Agosto pro­

ximo, realisam-se em Qalveias, em beneficio da Sociedade Filarmóni­ca Galveense, importantes ftstejos, cujo programa será opouui.amen- te anunciado.

C E N T R O D A \\M o n ta s , VsA qJí & fâ h im & J í.cL x

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19—José Marques Calado e menino Adolfo Filipe de Sousa.

20—Raul Pais Freire de Andra­de.

21 —José dos Santos Serra, no Porto e menino Arm indo Louren­ço Cunha.

22—Joào Manoel Falca. na Fonte Branca e Manoel Guiomar na Tramaga.

23—Menina Maria josé Dias Andrade.

24—Manoel da Costa Domin­gues, no Entroncamento e Jcsé Pita Pire«, em Lisboa.

2 Ó -D . Maria D. Quintela, em Sintra e Valentim Berenguel, em Setubal.

2 7 - D . Clotilde da Silva Ma­cas Bernardino, menina Elmina Oliveira Morgado, e Cândido Marques Roldão.

28 —D. Laura Candida Aires da Silva, em Oeiras e M iguel da Graça Casaca.

3 0 - D . Bemardiua de Castro Freire de Andrade, em Alpiarça e menino Manoel Marqnes Figueira.

31—D. Maria Julia Alvega de Matos Pires, em Niza, D. Filipa Augusta Onça e menina Amelia U írlrudes Marques.

Agosto

i — Francisco Laureano, em Lis­boa, menina Maria V irginia de Castro da Silva e Manoel Inez.

F estejos na Barquinha

Nesta ridente viia ribatejana rea- tisam-se nos dias 17 a 26 do cor- i ente, imponentes festejos em be­neficio da Santa Casa da Miseri-

-cordi?, com espectáculos tauroma- quicòs, concertos musicais, baila­dos, arraiais e outros interessantes números constantes dos progra­mas que estào sendo profusamen­te distribuídos.

Filarmónica Pontesso r e n se

Exibiu-se, com muito agra­do, nas festas ao Sagrado Coração de Jesus, esta antiga banda, recentemente organi­zada. Sob a hábil regência do maestro Angelo Silva, a Fi­larmónica Pontessorense deli­ciou os inúmeros ouvintes com algumas peças do seu esplên­dido reportorio. A continuar assim, em breve veremos o nosso único agrupamento mu­sical entre os melhores do districto.

O Sr. Silva é digno de pa­rabéns pelos esforços que tem dispendido a favor da banda.

E xam es de Instrucção Primária

Estão realisando nesta vila os exames da 4 0 classe de instrucção primaria dos alunos apresentados pelos professores do concelho, tendo já concluido as provas os seguintes:

Alunos do professor de Mon­targil, Sr. Evaristo Vieira.

Antonio Francisco Ferreira, An­tonio José Ferreira Martins, A n­tonio Lu!z Godinho e Joaquim Lopes Vieira, aprovados.

Alunos do professor de Galvei­as, Sr. joaquim Antonio Crespo.

Antonio José Prates. Antonio Neves Isidro, Ernesto Soeiro C«»u- tinho Francisco Amaro Padre Santo, aprovados.

Alunas da professora de Pon­te do Sôr, S ra D. Domicilia de Castro Fernandes Pires.

Joaquina Dias e Maria José Pais de Carvalho, aprovadas.

Alunas da professora de Mon­targil, Sr.a D. Maria Augusta Soares Pinto.

Maria Elisa Nogueira Lopes e Maria Nogueira Silvestre, aprova­das.

Alunas da professora da Gal­veias, Sr.° D. Francisca Bene- dicta Costa.

Floripa Rodrigues Bento, dis­tinta. Amalia Nunes André, Joa­quina Navalha Pego e Joana da Silva Frango, aprovadas.

Ensino Secundário

Já se encontram entre nós al­guns estudantes nossos conterrâ­neos que transitaram de classe e que são.-

Curso dos LiceusAo 3 .° ano

João de Matos Fernandes.Ao 5 ° ano

Manoel Machado de Cruz Bucho,Ao 6 ° ano

Antonio de Oliveira da Concei­ção Andrade, Cândido Paula Lo­pes e João Lobato da Cruz Bucho.

Curso do Magistério Primário

Concluíram este Curso os alunosAmiicar de Oliveira da Concei­

ção Andrade e Garibaldino de O liveira da Conceição Andrade.

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Pelo ConceihoI M I o n t a r g l l(

D esastre

No Monte do Rasquete, desta freguesia, uma criança de tenra idade, de nome Joaquim da Silva, quando brincava junto da repreza de um moinho, caiu a esta, e submergindo-se foi arrastada para dentro dos cubos, onde encontrou a morte.

Exames

Realisaram-se nesta vila os exa­mes de instrucção primaria sendo admitidos a eles muitas crianças dos dois sexos que obtiveram boas classificações. Veio presidir a estes exames o digno professor oficial de Galveias, Snr. Joaquim Anto­nio Crespo.

Estudantes

A gosar as férias já se encon­tram entre nós os estudantes Srs. Antonio José de Sousa Falcão, do Liceu de Evora e menina Ana Travassos Pina, do Liceu Filipa de Lencastre, em Lisbôa, esperando- se a chegada por estes dias dos es­tudantes montargileuses que fre­quentam os varios estabelecimen­tos de ensiuo

Correspondente

A P E S A U P I © i à H I R A I M T I S

tontas referentes á Sesta

do Sagrado Coração de Jesus

A Comissão promotora destes festejos, agradece reconhecida a todas as pessoas que por qualquer form 3 contribuíram para o seu bom exito. e informa que amanhã, pelas 10 horas, se celebrará na igreja matriz, uma missa por todas as pessoas que para ela contribuí­ram .

Receita

Produeto da quermesse 1 • 055SOO « da subscrição e

diversas ofertas 232S00Venda de Chouriço e tou­

cinho que cresceu do jantar 19SOO Vencia de uma lata 5$u0Oferta da Ex.raa D. Mar­

garida Silva para pão 50$00

SOMA 1.361 $00Despeza

Pago a Eduardo Dias dos Reis (pão)

P. go a João Albertino Pais de Andrade (Pão)

Pago a Ramiro Pires Filipe Gratificação a diversas pes­

soas (serviço prestado) CosinheiraCompra de vinho a Anto­

nio Terrandes Para a Musica, preço esti­

puladoOferta da Comissão para a

Caixa da Filarmónica Oferta da Comissão para

aquisição do Estandarte dos Legionários de Ponte de Sòr

Compra de madeira, mesas, quermesse, serviço e circulares

Carvão, papel, selos etc. Ovos, assnear e arroz FoguetesLavagem de vestidos da

Comunhão Lavagem de toalhas Compras diversas

23$40

19J806$0(>

60$ )0 20$ )0

16$50

260$00

40$00

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Dos senhores Dr. Rafael de Figueire­do vinte pratinhos de arroz doce para as creanças, f-stejmdo o aniversario nata­lício de sua filhinha; José Qil de Sousa, 39 litros de feijão frade e 11 quilos de cebolas; Joâo da Silva Carvalho, dez es­cudos, comemorando o aniversario da morte de seu tio Francisco; José Nunes Marques Adegas, duas carradas de le­nha; Felizardo da Silva Ptezaio, 5 qui­los de carneiro, 5 quilos de batatas e meio quilo de toucinho para melhorar o jantar dia de Festa da Pascoa; Ramiro Pires Fi­lipe, dois quilos e meio de massa; Comis­são das Fe>tas da Tramaga, 20$00; Dr. Augusto Paes d'Azevedo, 73 litros de feijão frade, J. Cruz Bucho, 8$00; Co­missão do Baile Fantasia, 44 pãesinhos, 70 bombons e 14 bolinhos; Manoel Dias Povoa, couves para 2 dias; Nascizo Teo­filo Pereira Durão, j?.ntar no dia do ani­versario natalício de sua Ex.ma Esposa, na importancia de 177$05; Felizardo da Silva Prezado, dez escudos; Administra­dor do Concelho, 300$00 proveniente do peditorio pela Semana Santa em favor da C. A. P. I. e Conde da Torre, 5 quilos de carne de vaca com ossos.

a n u n c i oNo dia 25 do proximo mez

de Julho, por 12 horas á porta do Tribunal Judicial desta comarca, se ha-de pro­ceder á arrematação do pré­dio seguinte:

Uma casa de construção antiga, rez do chão, que ser­ve de habitação, com duas divisões, sita no lugar de S. Bartolomeu, (Monte da Ribeira) freguesia de Mar­gem, que confronta pelo nor­te com rua publica, sul e po­ente com Francisco Louren­ço Espadinha e nascente com Vital Caramélo, inscrito na matriz sob o artige 389 e descrito na conservatoria sob n.° 3 . 1 3 0 , predio este penhorado na execução fis­cal administrativa que a Fa­zenda Nacional move a Adri­ano Gonçalves , solteiro, ma­ior. de S. Bartolomeu, da freguesia de Margem e vai á praça por setecentos e vin- escudos. (720$00) .

Para a praça são citados quaisquer credores incertos a fim de deduzirem os seus direitos, ficando a cargo do arrematante as despezas da arrematação e toda a si­sa.

Ponte de Sor, 25 de Junho

de 1937.

Verifiquei a exactidão.

O juiz de Direito,

Dias Loução

O Chefe da 2.a secção,

interino,

Antonio do Amaral Semblano

Novos socios e novas ofertas teem en­trado. Muito e muito obrigado a todos. Isto nos estimula a que prossiguernos e que continuemos a pedir para os pobres, mantendo assim esta instituição.

—Lembremo-nos sempre de que a So­pa dos Pobres de Ponte de Sôr está dis­tribuindo todos os dias 22 a 24; sopas a pobres adultos e 30 e tal a creanças e aos sabados 85$00 a 32 pobres e mais fará, se puder.

Visitem-na em qualquer dia ás 13 horas.

A DIRECÇÃO

Cumprimento de despedida

Perpetua de Jesus Barradas de Carvalho, não lhe tendo >ido pos­sivel agradecer em devido tempo a todas as pessoas que por qual­quer modo manifestaram o seu pesar pelo falecimento de seu que­rido e chorado marido, e tendo recentemente retirado para Lisbôa, por motivos de saude, e fixado re­sidencia na rua Tomaz Ribeiro n.° 93 r/c, por este motivo não Ihe foi tambem facil apresentar os seus cumprimentos de despedida pes­soalmente ás pessoas das suas re­lações, o que hoje faz, por este meio agradecendo a tô las, as pro­vas de estima e consideração que lhe dispensaram, oferecendo-lhe os seus [imitados préstimos e a sua casa em Lisbôa.

ios a

SOMA 723170 ^ x o í © S S O I T S SS A L D O : — 6 3 7 J3 0

Esta quantia foi entregue para aquisi­ção de coisas para o Altar do Sagrado Coração de Jesus.

Demos de comer a 136 pessoas.

A COMISSÃO

PREQIO Vende-se um de 1.° andar, com 14

divisões, 2 palheiros, 2 fornos de coser pão, poço e uma en­trada de portão.

Informa Manoel João Pon­tinha—Ponte do Sôr.

Abrem um curso de expli­cações, nesta vila, no próximo mês de Outubro, onde será ministrado o seguinte ensino:

Ampliação dos conhecimen­tos adquiridos na escola pri­mária;

Preparação para exame de aptidão para regentes dos postos escolares;

Preparação para exame dos primeiros anos dos liceus.

Recebem-se alunos em casa Esta redacção informa

semanais ou mensais s e m fi a d o r

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P U 8 L I C A C Ã 0 Q U I N Z E N A L

D I R E C T O R E E D I T O R

Ça.Ki&aÉdino de. Oúlu<uKa. d a Cwceição c4Kdha.de.

fl moríe (ie JYiarconlEstá de luto a Itália, por via c’o

falecimento de Guilherme Marconi, o grande sábio inventor da telegra­fia sem fios. Uma sincope brutal arrancou da terra um dos mais bri­lhantes espíritos que a teem habi­tado.

Era membro de diversas Acade­mias estrangeiras e o rei de Itália, querendo significar lhe a admiração que todo o pais sentia pelo seu alto valor, nomeou-o Senador, lugar que exercia há anos. Os seus valiosos trabalhos rádio-eléctricos e as suas descobertas foram condignamente premiadas pelo Prémio Nobel, a mais alta consagração que um sá­bio pode receber.

Com a morte de Marconi perde a Itália o mais ilustre dos seus filhos e o mundo uma das suas mais altas cerebrações.

%w

1 3 0 m u l h e r e s

Acaba de ser preso pela polícia de Salónica um escroc de grande categoria, Péter Sakis , qtie tinha nada menus de 130 noivas.

A tôdas tinha prometido casa­mento e de tôdas recebia diversas quantias, destinadas a pôr a casa para o matrimónio.

No quarto onde foi preso, tinha um ficheiro na melhore ordem, com um processo relativo a cada noiva: retrato, idade, modo de vida, famí ­lia a que pertencia, bens que devia herdar ou possuía já, etc., etc.

Enfim: um catálogo meticulosa­mente organizado.

O diabo foi uma delas dar pela existência de outra.

O que as mulheres não de sc o ­brem, com os ciúmes, nem o diabo o descobriria.

E, assiiu, esta noiva, armada em detective, acabou por deslindar tôda a meada e entregar o terrível D. juan à polícia, reclamando as quan­tias que já lhe tinha confiado.

Foi o fim do mundo!Se a policia o não protege, de

carabina em punho, as 130 noivas tinham-no feito em postas.

Realmente, custa aturar urna mu­lher e n g a n a d a . . .Quanto mais 130!

Deus fale na alma ao pobre P é ­ter Sakis .

H 9r ^ e s t a d .e A g o s t o

C om eçaram os tra b a lh o s de o r n a m e n ­tação d o rec in to o n d e te rã o lu g a r as festas de A gosto , o ferecendo já o lucal um bo­ni to aspec to .

A com issão trab a lh a ac tivam en te no s tn t id o de, este ano , as festas su p e ra re m as qu e se teem rea lizado a n t e r i o r me n t e .

S e c r e t a r i o d a R e d a ç ã o Amtlcar de Oliveira da Conceição APdrade

ADMI NI STRADOR Primo Pedro da Conceição

iiiiim um íim ll ■inmurrw.■ ■■'" i xariiM i imnii' i-i in iimi—m mu I—I—F U N D A D O R E S

P r i m oJ o s é

P e d r o d a V í e s a s

Con cei ção

F a c a d a

Não se cança a imprensa europeia de todos os matizes de por em relêvo o espiêndido triunfo que Portuga! vem de alcançar na Expos ição de Artes e Técnicas Modernas, que actualmente se rea­liza em Paris. O caso é profundamente significativo, pelas profun­das l ições que dêle se colhem.

Não queremos referirmo-nos, no íundo, ao aspecto de consagração, que reveste ê sse côro monumental, à obra a todos os títulos brilhante que, vai para 12 anos, a Revolução Nacional reali­za através de todos os obstáculos e derroti snos mais ou menos ne­gativistas e doentios .

Não, no fundo não se trata disso. De há muito, já, que a Europa se acostumou a contar conosco. A princípio, é certo, oihou- nos com comiseração e dó, descrente de que nos t ivéssemos , de facto, emendado, não acreditando no milagre da nossa ressurreição. Mas, a pouco e pouco, através das chãs desmesuradas do velho continente, por sôbre suas altas montanhas coroadas de gêlo, rola­ram, incertos, vagos rumores de que alguma coisa de novo se es ta ­va passando á lá-bas, nêsse estranho país dos motins sanguino­lentos e dos epi sódicos ministérios de 24 horas. E os primeiros cu­riosos, isolados, aos pequenos grupos depois, en/ gordas caravanas por último, vieram, timidamente, sem entusiasmo, verificar o mila­gre. Vinham de fugida, as malas prontas para rápido regresso e ficaram!

E’ que o que viam era, de facto, qualquer coisa de novo, de desusado . Era um espectáculo único, um povo moribundo a er- guer-se lentamente das ruínas de uma aventura sem nome, a lançar sôbre as fecundas tradições de um passado de glória os alicerces de uma casa nova, garrida, profunda e eminentemente portuguesa.

O que se passou, depois , tô ia a gente o sabe. Êsses d e s ­crentes, que tinham vindo até nós com um vago sorriso de troça nos lábios, abalaram um dia. E, por sôbre o velho arcabuiço do mais velho continente( correu a nova do prodígio mi r ac u l os o . . .

Não, a Europa não nos ignora. Sabe o que somos e o que valemos. E os aplausos unânimes à participação portuguesa na im­portante Exposição de Paris não mereceriam de nós nenhum c o ­mentário, se êles, no fundo, quizessem apenas significar a admiração pei j ” caso português” .

Trata-se, mais do que isso, do triunfo da Ordem. E, numa Europa há tanto corroída por bastos e estranhos males, pro­vindos da Grande Guerra e da crise que se lhe seguiu, não deixa de ser consolador verificar os primeiros s intomas de cura.

Isto nos leva a afirmar que, decididamente, apesar-da con­fusão caótica em que está mergulhada, a Europa, por muito que al­guns o queiram, não está, ainda, condenada a perecer. Através os séculos , sempre perturbações e convulsões mais ou menos profun­das assoberbaram o nosso velho continente. E a Europa soube triun­far de todos os obstáculos, criando remédios adequados ao m o ­mento, violentos às ve zes , mas que a conduziram à p a z . . .

E, porque se esboçaram os primeiros s intomas de cura ua já agora célebre Exposição de Paris, tudo nos leva a crer que, após as breves perturbações próprias de todo o período transitório, a Ordem entre, definitivamente, no espírito das nações. O que é inegável é que na Exposição se travou, renhida, brutal— a batalha do futuro. Lá estavam a Itália e a Alemanha com seus pavi lhões teatrais, imponentes, numa demonstração dominadora de fôrça. Lá estava, garrido, políeromo, o nosso pavilhão, a afirmar que as nações não se medem aos p a l m o s . . . E, agressivo, a querer empalmar as aten­ções, lá estava o s ímbolo ameaçador da foice e do mart e l o . . O bloco enorme do pavilhão, hirto, terso, despertava por minutos a curiosida­de, seduzia por momentos, mas nào c o n v e n c i a . . .

Apraz-nos registar aqui o autêntico, insofismável triunfo da Expos ição parisiense. Triunfo de organização, triunfo de P o rtu g a l, triunfo significativo da ordem e do bom senso.

QcOiijrhxÃdLtv) od dyaÁí

R E D A Ç Ã O E A D M I N I S T R A Ç Ã O ■ Rua Vaz Mofiteirto-IPoiite áLo Sor

Composto e impresso na Minerva Alentejana — PONTE DO SOR

HomenagemO coreto que o benquisto pro­

prietário pontessorense Sr. José Nogueira Vaz Monteiro mandou construir no Campo dà Restaura­ção será, ao que nos consía, inau­gurado na próxima quinta-feira.

Projecta-se , por essa ocasião, prestar uma breve mas significativa homenagem ao grande homem de bem.

Assoc iamo-nos do fundo do c o ­ração a ê sse acto com que a popu­lação de Ponte uo Sôr quere d e ­monstrar a alta simpatia qua d is ­pensa a Vaz Monteiro.

O coreto será inaugurado pela Filarmónica Pontessorense, que apresentará uni esplêndido progra­ma.

Legião PortuguesaO núcleo local da Legião deslocou-

se, segunda-feira ultima, a Montargil. No Pintadiuho, onde se encontra­ram os legionários das duas vilas, travou-se um simulacro de combate.

A ’ entrada de Montargil e s ta ­va muito povo, crianças da e s c o ­la, etc., que receberam festivamente o s visitantes. Das janelas , pejadas de senhoras, pendiam lindas colga- duras.

Inaugurou-se ” A Casa do Legio­nário’', onde foi servido um esp lên­dido cópo de água.

— O Comando do núcleo local a> visa os legionários de que os exe r ­cicios de sexta-feira leem lugar às 7 horas e o s de segunda às 6 horas e meia.

Teatro-CinemaExibe-se hoje o filme português

” G / \ D O BRAVO”, que tão grande êxito obteve a primeira vez que cor­reu entre nós. Em complemento apresenta-se o explendido docu­mentário «Douro-Faina fluvial».

O programa que se anuncia para o próximo dia 8 é de molde a sat is­fazer Os mais exigentes . Em fundo apresenta-se «A Rosa do Rancho», em que os grandes artistas John Boles e Gladys Swarthout têm uma excelente interpretação. A acção decorre ha Califórnia e explora um interessante caso de amor que, como é da praxe, vem a terminar em bem.

Complementos interessantes.éOik

A «A Mocidade• defende os inte­resses do concelho; por isso, merece

o vosso auxilio.

2 A M O C I D A D E

HJM €& §© 1E!M1©IU)LÃIR Fesía de flgosto Reciificaçao Verde * ftubro' “Detesto-te, nào sinto nada por

li. Um corcunda não pode amar... nào pode, nào deve. E’ ridiculo. Não é bem aceite pelas conveniên­cias de uma socirdade hipócrita, mentirosa, abominável.

. . .Mas e» gesto de ti. Para que negá-lo? 15’ um amor diferente de todos os outics. E' amor espirito, amor pensamento. Difere sobretu­do na posse. Nào desejo o teu corpo, pois que s-ó te dou a minha alma. Como poderia eu, com tô ­da esta sombra detestável,-sim , poi que o corpo é sombra — querer a fragilidade -graciosa do teu corpo?

Em ti vejo tomar incremento uma alma, que a minha em vào deseja amoldar. O meu tsp irito ausenta-se para junto de ti. Nào desejo o teu corpo, precisamente porque te amo. Poderia eu acaso tocar-le, se tu para mim és incor- porea?.. .

Amo, não desejo possuir, só quero sentir.

E’ este o amor que um corcun­da, um ser exaciável, diz ter. Amor cerebro, amor ausência, amor in fi­nito.

Já me repudiaste. Acredito que não soubeste compreender-me. Achavas dtmasiada ironia no facto de um corpo como o meu, di­zendo amar-te, desejasse o teu. Era bem ridículo. Quero a um unico corpo na vida, ao meu. Pois se é êle que concentra a minha alma, que excita o meu e sp ir ito .. . Deves agora compreender-me. Nas outras cartas fui muito exitante, para que le pudesse dizer o que 11a verda­de sentia, para que te deixasse transparecer claramente o que é na verdade o amôr. Essas concupis- cências, esses amores carnais, são o amor no seu sentido abjecto, vicioso. O amor espirito, o amor alma, êsse sim, é que traduz o amor rial, verdadeiro e, é esse 0 que eu sinto por ti.

E’s bonita, eu sou feio; és apa­rentemente boa, eu mau; és corte­jada, eu rejielido; adoram-te, a mim *boirinam -me; invejam-te, a mim desprezam-me. Só semos numa coisa comuns—na vaidade. Tu, és vaidosa do teu corpo, eu, tenho vaidade do meu espirito. Em resu­mo, eu, espiritualmente, adoro-te; eles, materialmente, desejam-te.

Éu sim, é que te amo. Compreen­derás agora?.. . ”

"Senhor juiz. Para que insistem em chamar-me doido? Ou, para vós, o pensar-se simbolisa nervo­sismo desesperado.r,.. desarranjo mental? " . . . .*•'

Todos veem em mim o corcun­da, terrivelmente feio, que, dese­jando doidamente uma bonita ra­pariga, fatidicamente bela, a matou por despeito.

idiotas!Sim, matei-a por um despeito

de incompreensão de alma. Por uma não concordância entre as nossas duas naturezas. Amava-a só no inconcebível, porque nos cor­pos só se deve apreciar a flor do espirito.

O corpo em nós nSo vive. E eu queria amá-la para a v ija j

Fiz-lhe ver tudo isto, e ela, por generosidade, não me chamou doi­

do, nem idiota,— ocrque não era como essa gente— lastimou-me, o que foi talvez pior. Compreendia- me, mas a sua alma estava pouco emancipada do corpo, era uma mulher demasiado fútil. O espirito e a matéria davam-se mui recipro­camente e eu queria a ausência da alma, queria a alma dela só para mim. Condoi-me dela, escrevi-lhe imensas vezes e, o que de terreno havia nela, stbrepunha-se ao in fi­nito, ao transcendente. A libeiía- ção era quási impossivel. Mas, eu queria que o espirito vencesse, era necessário que fosse meu.

Conheci-a desde criança. Quan­do pequenos, ela era a única que, 11a sua bondade, me chamava para brincar. Agradecia-lhe sempre com um sorriso frio e detestável, 0 fa­vor que tanto me irritava. Apesar- de tudo, vi nela uma criança dife­rente das outras Crescemos. De garota graciosa e simples, trans- lormou-se numa mulher bela, de uma beleza banal, admirada. Eu, de rapaz feio, tornei-me ainda mais corporalmente abominável. Deixei de ter amigos. Detestava-os por­que se riam do meu ridiculo cor­po. Comecei de muito novo a v i ­ver só para mim. Adorava-me, sen­tia a minha vida em interiores es­pasmos de alma. Oizei a emanci­pação, libertei a minha espirituali­dade do reles materialismo. Detes­tei ainda mais os meus amigos, porque me chamavam “ a bruxa das bexigas doidas” . Isolei-me.

Ma«. achei-me insuficiente na vida Pensava de mais só para mim. Foi então que me recordei dela. Fui vê-la. Assustou-se. T a l éo que o meu coipo produz: susto. E que­rem que eu ame os corpos! Idiotas!

A alma dela conservava-se como a de outrora; 0 corpo, inferior demais para mim, não deixo de 0 dizer, acho que era aquilo a que se chama interessante.

Escrevi-lhe. Não me respondeu. Continuei a pensar nela, e a es­crever-lhe.

Respondeu-me então, lastiman­do-me. Dizia que eu era inteligen­te, que "tinha uma alma superior,” que devia estudar e, como uma desdenhora esmola, dava-me a sua amizade. Analizei bem as suas car­tas. Vislumbrei um pouco daquilo que desejava— uma alma de mu­lher que pederia compreender a minha.

Resolvi então libertá-la. Mas como? Escrevendo-lhe mais? Nào, não era ai que estava a emanci­pação. Matá-la? era uma estupidez, porque ela afinal era bonita. E, não era por ser bonita que se dei­xava avassalar assim pelo corpo? N30, eu seria incapaz de matar a l­guem. Mas, assim, a liberdade nunca existiria.

Esta ideia tornou se absoluta­mente fixa, no meu pensamento.

Era preciso fazer desaparecer o corpo, para que a alma viesse para junto de m im .. .

Nào estou doido, não, senhor juiz . . Mascal-m se . . Sinto a alma dela esvoaçar ein torno da minha. . . Sim, seuhtr juiz se a nào tivesse morto, nunca ela me teria amado.’

.CoimbraDuarte Pites de Lima

Praia artificial ,. .. * ;

Deve encontrar-se satisfei­ta a comissão que levou a ca­bo a còpstrucção da Praia. Situada■ num\ Local. esplêndi­do, junto à Ponte, tôdas as tardes se reúnçm ali muitos banhistas 'que dão ao tocál uma animação desusada. P e­

na è qúe a Praia não tenha alguns >divertimentos que a- traiam para ali, á noite, a população da vila.

Urge que a Comissão adida a esta lamentável lacu­na. ■ ,

Em complemento da noticia que publi­camos noutro lugar, damos aqui o programa dus festas que nós dias 14, 15 e 16 se rtulizam em honra de Mossa Senhora dos Prazeres.

Sabado, 14

A ’s 13 horas—Grande torneio de tiro aos pombos no campo do costume, junto 30 hospital, com valiosos prémios aos vencedores.

A ’s 21 horas—Procissão com a veneranda imagem de Nossa Se­nhora dos Prazes trazida da sua capela para a igreja matriz.

A ’s 22 horas— Abertura do ar­raial no recinto próprio junto do Jardim e do Hospital, com funcio­namento das barracas de Chá, Iscas, Quermesse, Flôres, Agrico­la e Jardim Zoológico, concerto musical pela excelente Filarmóni­ca Pontessorense, recentemente reorganisada, sob a direcção do habil regente Sr. Angelo Silva.

A ’s 2 3 -Q ue im a de fôgo de fan­tasia do afamado pirotécnico das Mouriscas, Francisco Marques Amante fV Filhos, subindo um vis­toso balão.

Domingo, 15

A ’s t> horas— Alvorada pela Filarmónica Pontessorense.

A ’s 10 horas -Peditorio com a mesma filarmónica

A ’s 12 horas—Missa solene can­tada por um grupo de senhoras acompanhadas a orgão e sermão por um distinto orador sagrado.

A ’s 15 horas—Matinée 110 Tea­tro-Cinema, com um filme esco­lhido e estreia do— Rancho de Pon­te de S ôr— que desempenhará va­riadas marcas sob o canto de boni­tas marchas e cauções, escritas pelos poétas da região, com musica do insigne maestro Sr. Angelo Silva, executada por ele­mentos da Orquestra-Jazz do O ru ­po Desportivo Matuzarense, que gentilmente se prestou a cooperar neste número do programa.

A ’s 19 horas— Procissão que percorrerá as ruas principais da vila, e, a Siguir, leilào das fogaças e queima de fôgo estilo Japonez, novidade em Ponte do Sôr.

A ’s 22 horas— Reabertura do arraial como na noite anterior.

A ’s 23 horas —Lmdo fogo pre­so e do ar e subida dum mages- toso balão.

Segunda-feira, 16

A ’s 15 horas—Matinée no Tea­tro-Cinema com 0 grandioso fil­me portuguez *As Pupilas do Senhor Reitor».

A ’a 22 horas—Continuação do arraial com as mesmas diversões das noites anteriores.

A ’s 23 horas— Apresentação, no recinto das festas, do Rancho de Ponte do Sor e queima de fogo preso e do a r .

O recinto das festas, que abra if ge o novo jardim municipal, p ro ­ximo do hospital, estará, por essa ocasião, cuidadosamente orna­mentado e profusamente ilumina­do a luz e ltc trica .

i NCÊNDI ONuma proj>riedade do nosso es­

timado assinante desta vila, Snr. Raul Pais Freire de Andrade, nos Covis, manifestou-se há dias 11111 incêndio que não teve outras con- sequencias alem de pequenos pre- jrnzos, por terem imediatamente acorrido muitas pessoas que pron­tamente extinguiram 0 fogo.

Do nosso estimado amigo e co­laborador sr. João Marques Cala­do recebemos uma carta em que amàvelmente nos chama a atenção para um deslize da local "F ila r­mónica Pontessorense” , publicada no ultimo numero de "A Mocida­de", e que nos apressamos já aqui a rectificar.

D?pcis de nos referirmos & es­plêndida exibição com que a F i­larmónica nos deliciou por ocasi­ão das recentes festas ao Sagrado Coração de Jesus e de felicitarmos o seu regente, maestro sr. Angelo Silva, dizíamos que, a continuar assim, em breve veriamos 0 nesso unico agrupamento musical cota­do entre os melhores do distrito.

Díz-nos 0 nosso amável re d ifi­cador que a Filarmónica Pontes­sorense não é tal o unico agrupa­mento musical da nossa terra por isso que, de há seis anos a esta parte, existe, e tem dado grande numero de concertos, a O: questra- Jazz do Orupo Desportivo Matu­zarense.

Da melhor boa vontade fazemos aqui a rectificação e somus os primeiros a lamentar a gaffe co­metida. Carolas como somos por todas as cois?s da nossa terra, não ignorávamos a existencia da Orquestra, que várias vezes tive­mos ocasião de apreciar e que sempre consideiámos uma inicia­tiva feliz e a tooos os titulos di­gna de aplauso.Com 0 interregno da Filarmónica

Pontessorense, interregno de al­guns anos, o nosso unico agrupa­mento musical foi, de facto, a O r­questra- Jazz do Matuzarense.

Afastados como temos estado da terra, por via dos nossos estudos, nem por isso nos deixou de inte­ressar tudo 0 que nela ocorria. E, em «A Mocidade», que é o ú n ico jornal que se publica 11a região, não viamos, há muito, qualquer refe­rência à Orquestra. E, chegados que fomos, acolheu-nos 0 silêncio próprio das fatalidades irremediá­veis ao inteirarmo-nos dos destinos dessa assáz brilhante iniciativa do Matuzarense. Daí o crermos que ela, lamentávelmente, tivesse dei­xado de existir.

A todos os que se magoaram com esta nossa involuntária omissão apresentamos as nossas desculpas e fazemos votos por que, breve­mente, a Orquestra se exiba de novo. E ao nosso amigo Joào M. Calado agradecemos o favor da sua caita, que nos dá o ensejo de pôr a verdade nos seus justos ter­mos.

físsine fl MocidadeBA R­BEI­RO

Precisa-se tprendiz' na Barbearia Centra' de José Mendes Martins; nesta vila.

Emes ííe Imlrtip PiiiiiwiaTerminaram já os exames da 4.”

classe que se estavam realisando no edificio das Escolas Primarias desta vila, a que já 110 nosso ulti­mo numero nos referimos. Donos hoje os nomes e notas dos restan­tes alunos que completaram as suas provas.

Alunos do professor de Gal­veias Sr. Joaquim Antonio Cres­po:

Joào Gabriel Nunes Severino. João Pimenta Velez, loão da Silva Carvalho Branquinho, José Mar­ques Coelho e Manoel Canejo Fe- lix, aprovados.

Alunos da professora de Vale de Açor, D. Addina Maria Pires;

Antonio Falcão Mendes, Anto­nio Guerra de ^breu, José Bexiga Rosendo, Manoel Rosendo Lopes Calado, aprovados.

Alunos do professor de Ponte do Sôr Sr. Casimiro Alves Ber­nardino:

Henrique Crespo Lopes e José Ventura, distintos. Antonio Maria

Uma jóvem costureira,Airosa, gentil, ladina,Chegou-se um dia ao balcão Daquela loja da esquina E falou desta maneira:— 'Oiça lá. S nr. Joào:Faz favor de me aviar.Deixe-me ver um novelo De linha para bordar.”

No mesmo instante, o caixeiro, Que tinha o bico amarelo Como o melro do rifão,Correu logo, prazenteiro,E num aperto de mão Muito terno e demorado,Sem tirar os olhos dela.Foi-lhe lançando um so rriso .. . Que deixou a nossa bela Em ponto de rebuçado.

Davam-lhe volta ao juiso Os formosos madrigais Que ás vezes, de improviso,O Caixeiro lhe dizia.Suplicava, apaixonado,Caricias especiais.. .

Deixemos, porem, agora,A paixão que os devora E vamos á vaca-fria:— "Diga lá o meu amôr;De que côr quere o novêlo?" —"Verde rubro, faz favor.”E ageitava o cabelo,Que se tinha desmanchado.

O João, todo labor,Volta logo, diligente,E apresenta á cliente Um novelo matizado.—" Verde-rubro é que eu pedi; Este é verde e encarnado!.. .

O nosso homem sorri;E, sem se dar por vencido,Foi buscar o mostruário.— "A qu i tem todo o sortido, Onde encontia o necessário."— "E ' esta côr que eu pretendo,- E’ desta que eu procuro."— "Sim, menina, compreendo." E sorria a fazer troça lira, afinal, verde-escuro,O verde-rubro da m oça !-..

Ponte do Sôr, Julho de 1937João M. Calado

Angelo, Antonio do Rosário Hen- riques, Antouio Rodrigues Car­neiro, Germano da Conceição V i­nagre, Fernando Boavida Simão, Fernando Vicente Correia, Joào Augusto Teixeira Casaca, Joào Baptista Miguel, Joào Rodrigues Guiomar, João de Sousa da Ros;>, Joaquim Liborio Bastos, Joaquim José Baptista, Joaquim Ventura, Jeremias de Matos Jeremias, Jose Almeida Duarte, José Dias Incha­do de Almeida Loução, José Nu­nes Aleluia, José Maria de Jesus, José da Silva Cordeiro, Manoel Alves Pinto, Manoel t^padinha Ramos, V irg ilio José Pimenta Rai­mundo e Vital Maria Ramos, a- provados.

Alunos do f rofessor particu­lar da Torre das Vargens, Sr. João Guilherme Correia dc Silva:

Antonio Amaro da Luz, Carlos Rodrigues da Costa, Diamantino Manoel Rufmo, Joaquim Bernardo Estanislau, Silvano B ilo Senhori- nho, aprovados.

Tambem fez exame da 4. * classe, em Pombal, o menino Valentim Varela Buga, filho do nosso amigo e assinante Sr. Francisco Buga, tendo obtidò uma distinção.

Parabéns ?. Iodos.Faculdade de Direito

Concluiu brilhantemente o 4.” ano de Direito na Universidade de Lisboa, mademoiselíe Maria Narcisa Aires, gentil afilhada do nosso particular amigo Sr. Alfredo Moura, conceituado comerciante da praça de Lisboa, aos quais apresentamos afectuosos cumpri­mentos de parabeiis.

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Vende-se na herdade das Barreiras de Cima, da fregue­zia de Montargil, composta de restolhos de todas as pra­ganas, milharaes, fei joaes, arrozaes, etc. etc. Compreen­de os mezes de Junho, julho, ' — —— —Agosto e Setembro; tem mui­ta agua e não ha mais gado P i|í[| |{ ] Vende-se um fana herdade. ™ UllJ ‘ « f 14

rx . , v t- divisões, 2 palheiros, 2 fornosQuem pretender d inja-se d e c o ítr pSo, poçoe uma tA-

ao Ex.n,a Dr. Joaquim de Sou - trada de p0rtã0tsa Prates, Reguengos de Mon- Informa Manoel João Pon- saraz. tinha—Ponte do Sôr.

4 A M O C 1 D A D E

Carteira EleganteOFazem anos as Ex.mas Srns . a5 e Snrs.

Agasto

I—Francisco Laureano, em Lisbôa, menina Maria Virginia de Castro da Silva e Manuel Inez.

2 -D. Josefa Dionisio de Carvalho, no Porto.

3— D. Maria Amalia Emilia Moura Antunes, em Coimbra.

4 —D. Ilidia Gonçalves de Oliveira, em Santarém, D. Joaquina de Jesus Pais, em Galveias e Luciano Bento Rodrigues, na Figueira da Fóz.

5 D. Virginia Gonçalves Mendes Moreira, em Vale de Açôr e Manoel de Sousa Eusebio.

7,— D. Rosaria Maria do Sacramen­to Pais, em Galveias.

8 —José Antonio Coutinho, em Lis- bôa e João Alves Cinhâo.

9—Menino Jose Gonçalves Martins Moreira

10 Dr. Ramiro Augusto Ferreira, em Lisboa, D Maria José Pires dos Santos, na Chança, Menino Mano Aires da Silva Domingues, no Cacem, Antonio Matias Canas, em Galveias, e menina Rosaria Maria Alves Pimen­ta.

II—D Olga A. Casqueiro, ern Evora, Luiz Braga, em Galveius, Manuela da Silva Alves e menina Palmira Pires Zezere

12—Menina Maria Luiza Abadessa Calado, Manoel João Pontinha e Bea­triz da Silva Alves.

13—D. Maria dos Anjos Rosado.no Entroncamento e D. Ester de Simas Abreu.

Doente

Tem estado gravemente doente o nos­so particular amigo e assinante Sr. Antonio Gonçalves Moreira, desta vila. Desejamos lhe um pronto restabeleci­mento.

Em Ponte do Sôr

Fsliveram ultimamente nesta vila os nossos amigos e assinantes Ex.mos Srs.

Manoel Falcão de Sousa, de Móra.Partidas

Por ter pedido a sua transferencia para Lisbôa, vai residir naquela cida­de o nosso presado assinante e amigo Sr. Manoel Antonio Mendes Leonar­do; digno 2 ° sargento da G N R. que servia ultimamente em Montemor- o Novo e esteve entre nós durante al­guns anos.

— Retirou de Avis, para Carcavelos com sua familia o nosso presado ami­go e assinante Sr. Ildefonso Garcia junior.

B o n d a d e Pelo Concelhotíalvcias

N A Z A R É

P e l o T r i b u n a lEm audiência geral presidida pelo me-

rttiSsnno juiz de Direito desta comarca Snr. Dr. Dias Loução, e com a assistên­cia dos Snrs Drs. josé Godinho Neves e Manoel Ribeiro, Juizes de Direito, res­pectivamente das comarcas de Castelo de Vide e Niza, responderam os reus Fran­cisco Martins Simões solteiro, jornaleiro, natural de Loúlé, Tiago Rosado, casado, jornaleiro, do Cano, concelho de Souzel e Joaquim Cruz, casado, de Casas Novas, concelho de Alandroal, acusados, o pri­meiro de ter arrombado no noite de 19 de Dezembro ultimo, por meio de uma alavanca, a porta da ourivesaria do Sr. Elisiario de Carvalho Pinto, na Rua Vaz Monteiro, desta vila, donde subtraiu va­rios cartões com objectoo de ouro, tres relogios de algibeira e algum dinheiro, e os restantes como auxiliares, tendo esta­do de atalj ia enquanto o primeiro con­sumava o arrombamento e furto. Aos reus que haviam sido presos por uns popula­res num "monte’’ proximo de Casa Bran­ca, por e^tes se terem intrometido com umas mulheres, foi apreendido parte do roubo que se encontra já em poder do queixoso.

Foram condenados cada um na pena de quatro anos de prisão maior celular, ou em alternativa na pena de 6 anos de degredo em possessão de l.a classe, seu- do o reu Tiago Rosado, depois de cum­prida a pena, entregue ao Ooverno. Foi patrono dos reus o advogado de Lisboa, Si. Dr. Armando Martins Guerreiro,

—No dia 27 de Julho respondeu em audiência de tribunal colectivo pelo crime de estupro praticado na pessoa de Dia mantina da Conceicâo Vicencia, do Vale de Açor, Eip ico Mendes Tomaz, daquela aldeia, que foi condenado na pena de 2 anos de prisão maior celular, ou em alter­nativa de :t anos de degredo, tendo a pena sido suspensa por 5 anos, por o reu ier casado com a queixosa. Foi defensor oficioso o Sr. Dr. José Machado Lobato.

—Tambem respondeu nesta comarca em tribunal, colectivo, çom a mesma cons­tituição, no dia 28 do corrente, pelo_cri- ine de estupro na pessoa de Isabel LÕP;S Dias, filha de Anibal DiasBelvtr, já fa le­cido e Maiia Saramago, o reu M aria"° Joào Saramago, solteiro, jornáleiro, des,a vila. O tribunal deu o crime como n®0 provado, absolvendo o reu. Foi d e fe n s o r oficioso o Sr. Dr. José Machado Lobato.

Pestalozzi foi uma vez con­vidado pelo governo do seu país para dirigir uma escola normal. Recusou, declarando que toda a sua vocacão (po­dia ter dito com verdade to­da a sua razão de ser, toda a essencia da sua personali­dade) era lidar com crianças, educar crianças.

Quem lêr o que o pedago- gista francês Gabriel Com- paité diz de Pestalozzi não deve estranhar as palavras deste, porque forçosamente fica-lhe a impressão de que Pestalozi tambem era criança quando não pela edade, pela estatura e pelas faculdades, com certeza pela ingenuida­de e portanto pela santidada dos seus designios .

O facto é que Pestalozzi não quiz fazer professores; l idando e educando crian­ças estava habilitado a fazer meis que professores: fazia homens. Nào deixou o cer ­to pelo d u v i d o s o , por­que, se das crianças fazia homens, a es tes seria facil e de certa maneira Iogico trans­formar-se em bons professo­res, enquanto que dos pro­fessores a cuja formação êle presidisse teoricamente, sai­riam ou não educadores.

Som os dos que pensam que iodo o professor que não é educador é um ente nulo ou quasi nulo na sociedade. En­sinar é nada( relativamente ao tudo que é educar. Edu­cação é a suprema instrucção,o supremo ensino. Contendo- se nela o conhecimento das verdades morais, que estão escritas nos livros mas foram transferidas para êles do c o ­ração humano repleto de b o n ­dade, a pessoa assim favore­cida sobrepuja o chamado sabio na mesma proporção em que o cedro ou o sobie sobrepuja a beldroega que lhe nasce á beirinha do tron­co.

O sabio na sua sua cate- dra, no seu pulpito, no seu hospital, à cabeceira dos seus doentes, no seio do seu labo­ratorio pode ser e é muitas vezes um ente admiravel, e nessa qualidade havemos de admirá-lo. No meio social porem, quantas vezes se tor­na prejudicial! É-se empurra­do, pisado, maguado por sa ­bios Parece que a falta de Bondade os torna mais agres­s ivos ainda que aos pobresi­nhos de s a b e r . . .

Luiz Leitão

^ g r a d e c i m e n t o

Raul Pais Freire de Andrade, ignorando o nome de todas as pessoas que ajudaram a extinguir o incêndio que se manifestou na sua propriedade no dia 17 do cor­rente, vetn por este meio mani­festar-lhes todo o seu profundo reconhecimento.Ponte do Sor, 28 de Julho de 1937

Raul Pais Freire de Andrade

A Comissão organisadora dos festejos que vão realisar-se nesta vila, nos dias 7 e 8 de Agosto corrente, a beneficio da Socieda­de Filarmónica Galveense, está empregando os seus melhores es­forços para que os festejos resul­tem brilhantes e produzam a maior receita possivel, para acudir á si­tuação pouco desafogada em que este organismo artistico se encon­tra. Espera que todos os galveen­ses bairristas que tenham amor á sua terra natal e por consequen- cia ao seu progresso, a auxiliem na sua cruzada.

De todos que por longes terras labutam e que são os que sentem a nostalgia deste lindo rincão, es­pera igualmente a comissão o seu valioso auxilio.

O programa dos festejos é o seguinte:

Dia 7 —A's 12 horas - In ic io dos festejos, que será anunciado com uma girandola de foguetes. A's 18 horas —Trasladação da imagem deS. Sebastião da sua capela para a igreja matriz, que será conduzida processionalmente. A s 22 horas--- Abertura da quermesse onde pres­tará o seu valioso concurso um grupo de gentis senhoras, e con­certo musical pela afamada Banda da Sociedade Filarmónica de Gal­veias sob a habil regência do maes­tro D. begundo Salvador. A's 24 horas— Vistoso fogo preso e do ar, do afamado pirotécnico das Mouriscas Sr. Francisco Marques Amante.

DIA 8 —A ‘s 6 horas—Alvorada pela mesma Banda. A ’s 9 horas— Peditorio que percorrerá as ruas da vila abrilhantado pela Banda. A's12 horas- Missa cantada a grande instrumental e sermão por um dis­tinto orador sagrado. A's 14 horas — Procissão pelas principais ruas da vila. A ‘s 22 horas--Reabertura da quermesse, concerto pela Ban­da e arraial. A ‘s 24 horas— Visto­so fogo preso e do ar do mesmo afamado pirotécnico.

liesastre de viação

Quando na noite de 21 de Julho, se dirigiam em automovel do Monte do Pereiro, Bemposta, para esta vila, os srs. Dr. |oão Pais Pires Miguens, Adolfo Gustavo de Mendonça, D . Herculana e D . Raquel de Mendonça, a menina Leonor Costa e uma criada, ao chegarem proximo do Domingão, deu-se uma “ derrapage,, de que resultou o veiculo ser cuspido para fóra da estrada. Proximo havia um poste telegráfico em cuja es­pia o automovel bateu, estilhaçan­do-se o "pare brize,,. O Sr. Dr. Pires Miguens que ia ao volante, medindo a grandeza do perigo, aguentou quanto poude a "der- rapage,, e, apesar de estar bastan­te ferido numa das mãos, tentou evitar que os seus companheiros de viagem o fossem tambem. Po­rem, a Sr.a D. Raquel de Mendon­ça e a menina Leonor Costa ha­viam já recebido alguns ferimen­tos, a primeira numa das mãos e a segunda na cabeça, não tendo as outras pessoas sofrido mais do que o choque produzido e a como­ção. Os feridos foram pensados no Hospital Vaz Monteiro, reco­lhendo em seguida a suas casas por felizmente, não ser grave o seu estado.

João Glapa <& G.a (Jrmãos0a a a s a a a e i a s

Carreiras diárias de auto-carros entre Abrantes e Nazaré, e entre Entroncamento e Nazaré

Abrantes, partida 7,15 Nazaré partida 16,00Tomar 8,15 Batalha 17,05

17,40Fátima 9 ,2 0 FátimaBatalha 9,55 Tomar 18,40Nazaré, chegada 11,25 Abrantes 19,45

Entroncamento, partida 13,00 Nazaré, partida 12,15T orres Novas 14,25

17,15Torres Novas 15,30

Nazarô, chegada Entrocamento, cheg. 15,50

VALE 0 0 ARCOOs festejos que se realisaram

neste pitoresco Iugar nos dias 10,11 e 12 do corrente, resultaram brilhantes como tinhamos previs­to, trazendo a esta povoação mui­tas pessoas de todas as classes so­ciais, não só dos arredores como de terras distantes. O Jazz-Baud Nizense ‘'Os Fixes,, que abrilhan­tou os festejos agradou por com­pleto, tendu deliciado a enorme assistência com o seu belo repor­to rio . Alem deste agrupamento musical, o arraial foi ainda abri­lhantado por um concertinista de Avis e aparelhos de telefonia da casa Manoel Cordeiro Paula, de Ponte do Sôr, que foi incansável. A iluminação electrica que foi ex­plendida, muito contribuiu para dar uma nota alegre a estes feste­jos. Queimou-se interessante fogo preso e japonez. Foi, enfim, um festejo que muito divertiu os po­vos destas redondesas arrancados nestes dias á labuta do trabalho insano.

Costureiras £23*:te, precisam-se na alfaiataria de

íllbino Marííns de 5ouzaPoníe do Sôr

«SiREMIO A LÊ tiT E JA U OLiceu de Beja

Aò Sr. M inistro da Educação Nacional foi, pelo Conselho Re­gional do Grémio Alentejano, expe­dido o seguinte ofício:

O Conselho Regional do Gré­mio Alentejano, tomou conheci­mento de que o Liceu de Beja deixou ou vai deixar de se chamar “ Liceu Fialho de Almeida para se chamar "Liceu Diogo de Gouveia,,.

Julgando interpretar os senti­mentos de todos os sócios do “ Grémio” , que serão certamente os mesmos de muitos outros alen­tejanos, aquêle Conselho resolveu na sua ultima sessão d irig ir a V. Ex.a o seu apêlo para obter as o r­dens ou indicações necessárias a- fim-de que na denominação dá- quêle Liceu continue figurando, como até aqui, o nome do gran­de escritor alentejano que descre­veu como poucos, em páginas admiráveis e imorredoiras, os en­cantos e segtêdos da linda provin­cia do Alentejo.

A homenagem prestada ao Es­crito r e ao distrito onde nasceu foi geralmente aplaudida pela sua oportunidade e justeza, e por isso se pensa que deve hoje ser geral­mente sentida a decisão, cuja re­vogação se pede, que retira ou apouca essa homenagem sem qual­quer facto novo ocorrido na vida dêsse Escritor que hoje, como en­tão, já tinha deixado de existir.

O Conselho Regional do Gcé- mio Alentejano não desconhece nem desdoura da homenagem que se pretendeu prestar á memória de D iogc de Gouveia e á intenção dessa homenagem se associa com entusiástico aplauso, só não po­dendo concordar que ela se con- cretise e efective pela forma esco­lhida.

E assim, Excelentíssimo Sr. M i­nistro, sem se alongar em consi­derações sôbre a obra de Fialho e o vinculo que prendeu a sua vida

á Terra onde nasceu, o Conselho Regional do Grémio Alentejano julga, com esta petição, cumprir um dever de gratidão e lealdade do povo do Alentejo para com um dos maiores “ pintores" da sua Terra que teem ilustrado em to­dos os tempos as galerias das le­tras portuguesas, e espera ver a- tendida a mesma petição, confian­te no espirito justo e benévolo deV. Ex.a

D e c l a r a ç a oAntonio Pires Ferreira, solteiro,

maior, proprietário, morador na herdade da Sanguinheira, da vila e freguesia de Montargil, deste concelho de Ponte do Sôr, vem publicamente declarar que é re­dondamente falso ter difamado a honestidade bem como haver man­tido relações [intimas com Maria Joaquina Emidia Batboz vulgar­mente conhecida por Maria Fadis­ta, de 18 anos de idade, filha de José Barboz ou José Fadista e de Joaquina Emidia, moradora com seus pais 110 Casal de S. Pedro, suburbios da freguesia de Montar­gil-

Em devido tempo declara ainda que nunca em tempo algum de­clarou aos senhores João Marques Brites, proprietário e Manoel Lo­pes, ferreiro ambos casados, mo­radores em Montargil, ou a ou­tras quaisquer pessoas ser verda­de o que acima se encontra des­criminado, declarando ainda que só pessoas sem sentimentos e de mau indole se podiam lembrar de vulgarizar boatos sem fundamento desta natureza.

E por ser verdade mandei pas­sar a presente declaração que vou assinar.

Antonio Pires Correia Segue 0 reconhecimento

A g r a d e c i m e n d o

O lim pio Varela Martins, muito grato para com todas as pessoas que directa ou indirectamente se interessaram pelo seu estado de saude pela doença que ultimamen­te o reteve 110 leito por algum tempo, vem por esta forma apre­sentar-lhes os seus melhores agra­decimentos. Penhorado em extre­mo para com o ilustre medico Sr. Dr. Pires Miguens pela maneira a- certada e cuidadosa como o tra­tou, apresenta tambem a sua Ex.£ a expressão do seu melhor reco­nhecimento.

- i £ . g - r a . c l e c i r * i e : n . t o

Maria da Graça de Matos Espa­dinha da Costa, e sua familia, ex­tremamente sensibilisada para com todas as pessoas que se dignaram acompanhar á sua ultima morada o seu querido e chorado marido João Ferreira da Costa, e ainda àquelas que se interessaram pelas suas melhoras ou por qualquer forma lhe manifestaram o seu pe­sar pelo seu passamento, vem, cumprindo um dever de gratidão, apresentar-lhes a expressão tnaxi- ma do seu reconhecimento.

1 2 / a n o P o n t e do S ô r , 1 5 cie A g o s t o d e 19.37 N U M E R O 2 6 0

D I R E C T O R E E D I T O R

Qa>áAúILdwo. cLe. Oíwiòta. da. Conceição o4ncUa.de.

Secretario da Redação Amiicar de Oliveira da Conceição Andrade

A D M I N I S T R A D O RPrimo Pedro da Conceição

R E D A Ç Ã O E A D M I N I S T R A Ç Ã O Rua Vaz Monteiro-UPoiite d.o Sor

Composto e impresso na Minerva Alentejana — PONTE DO SOR

As festas que ora se rea­lizam, e cntem começadas, teem decorrido com grande brilhantismo. A Comissão de­ve sentir-se satisfeita, por motivo dos seus esforços ha­verem sido coroados de bom êxito. Realmente, podemo-lo afirmar, o s festejos dêste a- no não desmerecem dos qne anteriormente se teem reali­zado e que justamente dis- frutain larga fama na região.

A terra al indou-se, rebo­cou as suas mazelas dando- lhe um aspecto doirado, para receber os numerosos foras­teiros que, por esta época, aqui costumam acorrer. O re­

cinto onde se realizam os ar­raiais, junto do novo Jardim Público, em frente do Teatro- Cinema, oferece um lindo a s ­pecto. Andou ali, inquestio­navelmente, mão de artista. As ornamentações teem um aspecto simples, atraente e cativante. Barracas de chá, iscas, flores, quermesse, jar­dim zoológico, s imetricamen­te dispostas , saltam à vista com o seu branco leitoso. A s entradas para o recinto são, também, muito interessantes , frágeis arcos muito brancos sôbre que se destaca o ver­melho gritante de pequenas cruzes de Cristo. Luz a jorros,

Dando à estampa a p r i m e i r a fotogravra do «Rancho do Sôr», a «A Mo­cidade» saúda essa dúzia de rapazes galhardos e essa dú­zia de raparigas insinuantes que, desinteressadamente, qui- zeram, com os seus esforços, contribuir para que as Festas à Senhora dos Prazeres tives­sem, êste ano, mais brilho—o brilho que lhe dá a alegria dos

seus versos e o dinamismo dos seus bailados.

A sua primeira exi­bição vai ser um triunfo. E as outras, as que se lhe seguirem hão-de ser, também e sempre, verdadeiramente t r i u nfais. Edificado sôbre grandes de­dicações—José Nogueirr Vaz Monteiro. Primo Pedro da Conceição, Angelo Silva e Joõo Marque Calado, que são pe­

nhor de segnros destinos—o Rancho, para honra da nossa terra, pode e deve ir, Po Au - gal em fora, esbanjar sua ale­gria cantante e sua graça in­confundível, tipicamente alen- janas. Seus versos, reflectindo a luz e o colorido das « Ter­ras de Fogo-», devem ir, Por­tugal em fora, para que todos sintam a grande batalha do homem contra a natureza hos­

til, os combates inenarráveis dos ceifeiros, os trabalhos ru­des do arroteamento da terra —todo o verdadeiro Alentejo com seus combates desausti- nados, suas descrenças deses- peradoras—sua tragédia e sua glória!

O «Rancho do Sôr» —vinte e quatro mocidades ir­requietas, estuantes de vida— nasceu em Coimbra, numa lin­da noite de verão. Noite de ar­

raial, com capas de estudan- tas a arfar, cardumes de luzes e de sorrisos de lindas mulhe­res. Sôbre estrado lusidio exi­bia-se rancho famoso; e o di­namismo das cantigas enchia o espaço de frementes palpita­ções de vida.

Foi então que surgiu o sonho: fazer brotar das bô- cas rubras das nossas cacho­pas o colorido dêsses versos simples, ingénuos, que cantam a Saudade, a Terra, o Amor;

f azer vibrar os nossos rapazes galhardos com a vivacidade dos bailados, ora irrequietos, ora cheios de atitudes solenes, quási hieráticas. . .

Quiz meu pai trans­formar o sonho numa grande certeza. E o «Rancho do Sôr» —vinte e quatro mocidadesjr- requietas, estuantes de vida — há de surgir, a nossos olhos famintos, numa linda noite de verão. . .

QaM&ciSLdwú odyiAhaAe.

O O S S f l S f lU f ã O R f l

escorrida dos candieiros do jardim e de centenas de lâm­padas multicolores. E mago­tes de p e ssoas cirandam de um local para o outro numa barulheira alegre, gaiata e que nos dispõe bem

No Teatro-C im ma, exibe- - se , hoje, e amanhã no recin­to das festas, o “ <’ancho do Sôr”, propositad; m< nte or-

D O S P R A Z E R E S

ganizado para as abrilhantar e que vai alcançar, es tamos disso convencidos, um grande sucesso. Está inda na mem ó­ria de todos o que foi a ex i­bição memorável com que o Rancho das Tricaninnas de Aveiro nos deliciou o ano pas ­sado, também por ocasião das festas, e, mais tarde, num espectáculo de beneficência.

P o d e m o s afirmar que o nos ­so rancho, pela alegria das suas canções, o dinamismo da sua música, a graça dos sorrisos das suas raparigas, se há-de impôr a ponto de, se não exceder, p d o menos igualar os aplausos que aquê­le agrupamento coral arrancou entre nós.

A “ A Mocidade” quere, pu­blicando êste número e sp e ­cial, manifestar o seu regozi­jo por mais esta grande ini­ciativa, que não pode, não deve morrer, para honra e

glória da nossa terra.A ’ Comissão das Festas ,

os nossos parabéns pelo seu triunfo. E aos componentes do Rancho, desejamos as maiores felicidades na sua estreia.----- --- -- innwrr.»-'iwrn niwnw--------

Mocidade Portuguêsa

Do Sub-D elegado Regio­nal da Organisação Nacional “ Mocidade Portuguêsa", re­cebemos o f .lheto Algumas palauras sobre a “Mocidade portuguêsa", discurso profe­

rido pelo Comissário Nacio ­nal na se s s ã o soléne de ho­menagem às fôrças armadas realizada em 28 de Maio de 1937 .

E’ um folheto muito in te ­ressante com bom aspecto gráfico.

Neste momento calamitoso em que se encontram em jô- go os destinos da Civi lização. Portugal ressurgido afirma a todo o transe a sua vitalidade

Este numero de "A Mocidade" custa $ 5 0

Quem dá na terra aos pobres Empresta a Oeus no Ceu

O Homem — José Nogue i ­ra Vaz Monteiro— é sobeja ­mente conhecido para n e c e s ­sitar de apresentação. TôJa Aquêle mesmo Homem quea Ponte do Sôr, todo o Con- protege a pobreza de tudo celho lhe rende a mais alta um concelho, tem a sua casa consideração pelos seus do- e o seu coração sempre aber- tes invulgares de homem e tos para os que necessitam, de benemérito. E’ êste o Homem. Vós co-

José Nogueira Vaz Montei- nhecei-lo. Conhecemo-lo nós ro é aquêle mesmo Homem todos, conhece-o uma grande que mereceu do govêrno a parte do país pelos seus ras- Comenda da Ordem da Bene- g o s de benemerência, pela inerência, por via da sua lar- saa obra eminentemente cons- ga obra de assistência social, trutiva e replecta de bondade.

Aquêle mesmo Homem que, Quizemos, nêste númeronuma terra de comodistas, de especial de “ A Mocidade” , indiferentes, de criticastros, nêste dia de festa para a P 011- lealiza uma obra a todos os te do Sôr, dizer algumas pa- íítulos digna de elogio e de lavras sôbre o Homem e a aplauso— um hospital mode- sua Obra. Tarefa inútil, esta lar, uin Teatro-Cinema e s - a que nos abalançámos. Por- plêndido, um bairro de casas que, decididamente, êste no- alegres, atraente, para mora- me— José Nogueira Vaz M 011-

I n a . - u . g - - u . r a . ç sLo d . o C o r e t o

Como tinhamos noticiado, brantes da Filarmónica. Esta- inaugurou-se no dia 5 o corê- va inaugurado o corêto. O sr. to que o ilustre pontessorense Vaz Mi nteiro, visivelmente sr, José Nogueira Vaz Mon- emocionado, agradeceu a o teiro mandou construir no no- orador, que soltou um viva ao vo Jardim Público, no Campo grande , sorense, vivamente da Restauração. Usou da pa- correspondido pela farta as. lavra o maestro sr. Angelo sistência que pejava o local. Silva, que felicitou o povo de A Filarmónica Pontesso- Ponte do Sôr pelo grande me- rense houve-se de forma a me- lhoramento que ia inaugurar, recer todos os elogios. O pro­pondo em destaque os servi- grama com que deliciou os ços que a Biinda de que è re- inúmeros ouvintes era esplên- gente deve ao grande bene- dido No intervalo fo i servido mérito. A Filarmónica Pon- à Banda, no Teatro-Cinema, tessorense, agradecida, não um farto e variado copo de tinha encontrado melhor for- água. ma de expressar todo o seu O Jardim Público oferecia reconhecimento do que execu- um bonito aspecto. Acende- tando a marcha « Vaz Montei- ram-se, pela primeira vez, os

lampiões que a Câmara Mu­nicipal ali mandou colocar.

dia de funcionários públicos, teiro— anda no corrção de um hotel moderno, confoitá- vós todos— homens e mulhe- v e *‘ res da minna terra.

ron.j o s é n . Vaz Monteiro Ecoaram os acordes vi-

o m e m

«A Mocidade» presta esta modesta mas merecida homenagem a um filho desta

terra, protector dos pobres e representante de uma familia de filantropos. Hospital Vaz Monteiro

T*:.** - - -:••• V a á

Inaug

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em

8<Lsf i l i s í i í M S S o s e m - pre muito

curiosos os trab ilh js de e s ­tatística q u i nos oferecem certos países . No da pequena H Manda, por exemplo, veri­f ica-se , p i lo último censo d ) govêrno, existirem ali vinte e oito religiões diferentes. Por êle se sabe ainda que o nú­mero dos que não pertencem a igreja alguma vai visivel­mente aumentando. Em 1879 só havia 3 ateus por cada milhar de habitantes. E n 1920, a percentagem em tô da a população era de sete e três quartos. Em 1931, a per­centagem subiu a catorze e meio por cento. Em 1932,

Fevereir0

de1936

g a r d d & i dV P

f2 7 e & t r o = C i n e

setenta por cento dos casn- B*sjen dc automovel mentos foramcivilmente efec- “ tuados.

de «A Rabeca»

S ô r

Em alguns livros dá-se a êste rio o nome de Sôro. Os romanos lhe chamavam Su- bur.

Diz-se que o s fenícios lhe puzeram o nome deSour, em memória da sua cidade de Tyro.

Os portuguêses do sul do reino não pronunciam ou— dizem ô — assim, fácilmente de Sour fizeram Sôr.

(Portugal antigo e moder­no IX vol. pag. 425)

Na estrada do Vale de Açor, en­controu ha dias um pneu de au­tomovel, o nosso amigo Sr. Jjsé Q rilo, que o entregará a quem provar pertencer-lhe. Supõe ele ser pertença de u:n automovd vernirlho qne por ali passou mo­mentos antes, não sabendo ao cer­to o seu numero que era da serie 24.000

llectificação Na deda-------------------------------- ração q iepublicámos no nosso ultimo nu­mero em nome do Si. Antonio Pires Ferreira, de M ontargil, pu- zemos no lugar da assinatura, em vez de Antonio Pires Ferreira, Antonio Pires Correia, hpso que nos apressamos a rectificar.

"Poesia publicada nas pastinhas vendidas por ocasião dos festejos da Queima da^ Fitas em Coimbra, em benefício do Asilo de Infância Desv.ilida do Ex.m° Sr. Dr. Elísio de Moura.

Ela c a m inha subtil, sempre alegre e sorridente, m ui t o br a n c a e transparente, bonita, airosa, gentil!

E. de passo ligeirinho,Entra no casebre imundo p 1 ra cuidar dum moribundo, ou p ro t e g e r um velhinho.

E lá segue em seu labor:Aqui susta um d e s e s p ’rado; além, cobre o alienado com seu m a nto protector.

Neste c o n stante v a i - v e m descobre a orfã criança:Dá-lhe c o n f o r t o e e s p ’rança e dá-lhe os m i m o s de mãi!ure em grande a c t i v i d a d e aqui vem a passar.

Sempre ela aqi_.— Segui, segui, sem parar Avante, pois, Caridade!

'Júíia. 'Pe\eòi& da Va&ILi

F i o í e s s o r e s

Abrem um curso de expli­cações, nesta vila, no próximo mês de Outubro, onde será ministrado o seguinte ensino:

Ampliação dos conhecimen - tos adquiridos na escola pri­mária;

Preparação para exame de admissão aos liceus.

Preparação para exame de aptidão para regentes dos postos escolares;

Preparação para exame dos primeiros anos dos liceus.

Recebem-se alunos em casa Esta redacção informa.

A M O C 1 D A D E :}

Ponte do Sôr .S E U P A S S A D O

Perde-se na noite dos tempos a data da sua fundação, ignorando- se quem foram os primeiros po- voadores. Sabe-se no entanto por um marco m iliário existente 110 Museu Arqueologico dos Jeróni- tnos, e encontrado 11a estrada 11a direcção a Alter, que a povoação existia nc tempo do imperador ro­mano Marco Aurélio Probo, que fôro aciamado pelas suas tropas 110 ano de 27ó (era de Cristo) e por elas morto em 282.

Aqui existiu a povoação de Matuzarum, que alguns escrito­res dizem ter sido uma cidade im ­portante, e fôra uma das estações do percurso da 3.® via m ilitar ro ­mana de Lisboa a Mérida, entre as estações de Benavente (A ritium Pretorium) e Alter do Chão (Abe 1- •erium).

Da dominação romana resta apenas como vestígio uma mura­lha, hoje equadrada em vários prédios que sôbre ela assentam.

O seu território pertenceu à or­dem dos Templários, que 0 perdeu, talvez 110 ano de 1194, quando entrou em Portugal um poderoso exército mouro comandado peio espanhol Pedro Fernandes de Castro, ao serviço do imperador de Marrocos, que reduziu a cin­zas muitas povoações dos conce­lhos de Abrantes e Tomar. Recha­çados os inimigos, as terras foram tomadas pela Ordem, de E'vora, o que deu em resultado suscitar- s uma questão entre as duas O r­dens, vindo afinal a conciliar-se, e sendo, o te rritó rio atribuído ao bispo de E’vora.

Talvez desvastada pelas frequen­tes incursões dos sarracenos no

tinham invadido Portugal pela Beira, partiu para Abrantes a jun ­tar-se a D. João 1 que já ali se encontrava com as suas tropas.

No meado do ano de 1438, uma epidemia de peste assolou o país.D. Duarte combinou com os in­fantes e senhores que a côrte se dis­persasse, pois lhes seria mais fácil evitar o contágio. O infante D. Pedro seguiu para Coimbra; o in­fante D. João foi para Alcácer do Sal, e el-rei, 110 fim de Agosto dêsse ano, partiu para E’vora onde a côrte estava, com sua mu­lher e filhos, para Aviz, e daqui para Ponte do Sor, onde tinha mandado construir uma cerca fo r­tificada, como diz Ruy de Pi na, ” para repairo dos caminhantes e alguma segurança do re ino", a qual não se chegou a concluir por­que 0 rei partiu para Tomar, on­de logo adoeceu de peste, fale­cendo a 13 de Setembro.

Após a morte desastrosa, nas margens do Tejo, do principe D. Afonso, filho de D. joão II, a princesa viuva, D. Leonor, em cumprimento de uma cláusuta do contracto de casamento, voltou para Castela, vindo o rei acom­panhá-la « esta vila, onde se des­pediram, apartando-se o monarca por entre um sobreiral, dando mostras da sua profunda tristeza.

O fotal de vila foi dada à Ponte do Sôr por el-rei D. Manuel I, em Lisboa, a 29 de Agosto de 1514, que lhe concedeu muitos priv ilé­gios. Segundo refere Damião de Qois na Crónica de El-rei D. Manuel, êste monarca foi ao Cra­to esperar a rainha D. Leonor (vi­úva do ptíucipe D. Aíonso), que

nUI

Ponte sobra o Rio Sor eAlentejo, estava a povoação a~ bandouada nos primeiros tempos da monarquia.

Aproveitando as gentes que v i­nham nas armadas de Cruzados, e outras que entraram em Portugal atraídas pela amenidade do clima e das regalias que os monarcas lhes ofereciam, fundou D. SanchoI várias colónias de francos, e en­tre elas uma em Ponte do Sor, ordenando aos Municipios de quem as terras dependiam que dessem aos colonos territórios bastantes, que êstes pudessem cultivar e ne­les viver á sua vontade.E’ fóra de duvida que o primeiro foral foi dado a Ponte do Sôr no reinado dêste monarca, pela Sé de Évora, no ano de 1199 ( l l ó l da era de Cristo).

Mais tarde, D. Afonso IV, que­rendo. a exemplo de seu pai, en­grandecer a vila de Abrantes pas­sou aos seus moradores jurisdição sobre os das vilas de Amêndoa, Mação, Ponte do Sôr e da aldeia de Longomel, nesta freguesia, de­clarando por sentença todo o seu termo sujeito á Ordem de Malta.

Voltando D. Nuno Alvares Pe­reira de recrutar no Alentejo, parte da hoste que havia de co­brir-se de glória na memorável batalha de Aljubarrota, ferida a 14 de Agosto de 1385. por aqui passou acompanhado ds 3.000alen- lejanos, vindos de Aviz, sendo de presumir que alguns pontessoren­ses o acompanhassem. E sendo informado aqui que os castelhanos

lhe fôra dada em casamento, e que entrara em Portugal por Cas­telo de Vide, tendo amboj. pernoi­tado em Ponte do Sor, partindo 110 dia seguinte para Coruche.

A vila teve um pelourinho com4 degrau e suas armas em ferro, no pequeno largo em frente à porta de entrada dos Paços do Concelho. O camartelo do pro­gresso fez destruir êsse padrão, relíquia das iiberdades municipais, do qual não restam vestigios.

Não tem brazão próprio, e se o teve, desconhecem-se ^uais os emblemas heráldicos que o com­punham. Há nos Paços do Con­celho um brazão que tem por ar­mas uma ponte sôbre o rio, e dois choupos, com coroa mural de tiês castelos, em razão talvez da ponte que dá 0 nome á vila, mas êsse brazão é de constituição recente e julgamos não ser oficial.

Depois do desmoronamento da ponte romana, 0 tráfego entre as duas margens do Sôr foi, durante alguns séculos, feito por uma bar­ca. Porém, 110 reinado de D. JoãoVI, nos anos de 1822 e 1823, foi construída a actual ponte, junto do local da prim itiva, para cujas obras a Camara e o povo oferece­ram 272$914 réis, 600 dias de car­ros para transporte de materiais, toda a madeira que fôsse preciso cortar nos seus pinhais e a sexta parte dos jornais dos trabalhado­res da vila.

O Tribunal da Mesa da Cons­ciência e Ordem apresentava 0

J. A. SILVAChapelaria, camisaria, calçado

e maínasA C E IM IE B â lC A IR l©

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- V . A Z ; z l ^ o ^ t i e i i r o

P O N T E D ©

R l l l l i l m u 2 SEIII3 pastagert] para porcos

Iluminação publica e particular,

pirolitos e laranjadas ao natural

\P€>mi D© §©i?tfjC à m a cL a . C jw ji Í^ uj õ .

tspeeialidades /'íaeionais e £sfran$siras

R U A V A Z M O N T E I R O

Vende-se na herdade das Barreiras de Cima, da fregue­zia de Montargil, composta de restolhos de todas as pra­ganas, milharaes, fei joaes, arrozaes, etc. etc. Compreen­de os mezes de Junho, julho, Agosto e Setembro; tem mui­ta agua e nào ha mais gado na herdade.

Quem pretender dirija-se ao Ex.mo Dr. Joaquim de S ou ­sa Prates, Reguengos de Mon- saraz.

prior, que tinha 40$00 rêis e o pé de altar. Teve até 1854 uma companhia de ordenanças perten­centes á Capitania-mór de Abran­tes.

Nesta vila são muito antigas as igrejas de S. Pedro e Santo A nto­nio, mas não teem beieza arquitec­tónica. O seu prim eiro oragc foi, segundo alguns escritores,

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ti*ês grandes melhoramentos que se devem à generosida­de dum filho desta terra, o Sr José Nogueira Vaz M on­teiro, e que, se não fôra êle, seriam de difícil realização.

A Câmara Municipal que se encontra animada da me­lhor boa vontade de acudir a algumas necess idades instan­tes da vila e do concelho, anda empenhada em duas grandes obras— o Mercado Municipal, a inaugurar muito brevemente, e o Jardim Pú­blico, já esboçado e a com­pletar num futuro proximo.

Outros melhoramentos o- btivémos no decorrer dêstes últimos anos que, embora de meno’r monta, vale a pena aqui recordar, tais como a criação dos clubs Grupo Desportivo Matuzarense, E- léctrico Foot-Bal! Club e Grupo Desportivo Corticeiro, (hoje filial do Sport Lisboa e Benfica), o Stádium Matu­zarense, grandioso campo de jogos sem dúvida o melhor do districto, a reorganização

cte Filarmónica Pontessoren­se, interessaiste agrupamento music: 1 que está em plena actividade, a construcção da Praia Fluvial e, ultimamente, a criação d o !>Rancho do S ô r ” , que se estreará hoje ho T e a ­tro-Cinema.

No Campo da assistência social a obra realizada é di­gna de se pôr em relevo. Da acção la Misericórcia é des- necessá i io falar, pois que é bem sabido de t:>dos os inú-

presta aos rés dc todo o Câmara Manici- por ano a qtian-

aproxima- d tm :iitè, em auxílio a doentes e c:ianç. r;„ E, por ultimo, te­m os a regi rar a fundação da simpática i.iv.iíniçâo de cari- df.de ”Sopa do.s Pobres'", que veio acabar com essa negra onda de miséria que se arras­tava po! cií, faminta, andrajosa.

Eis a traços largos o que tem sido o progresso cons­tante de Ponte de Sôr nos últimos a n o s F/ quási impossivel fazer mais em tão pouco tempo.

E’ necessário, porém, ir mais longe. 0 muito que aí está é ainda pouco para as necess idades da terra. Outros melhoramentos de capital im­portancia, ainda em embrião, precisam desenvolver-se , to­mar corpo, reali /ar-se. T e ­m os como principais a cons­trucção da rede de e sgo tos e o problema das águas. Urge que se encarem estas duas lacunas bem de frente, por­que, assim, corremos o risco de nos est iolarmos, arrisca­m o-nos a marcar passo.

Outro problema que tam­bem urge resolver para h on ­ra da nossa terra, o das c a ­deias comarcãs. Aquele e s ­tendal, em pleno coração da vila é uma nota degradante que urge fazer desaparecer.

Decididamente, é- preciso trabalhar muito aii da. Há problemas importantíss imos que ainda es tão em projecto ou na fase do sonho e que urge resolver no mais curto espaço de tempo. Temos , em primeiro lugar, o problema da habitação. Impõe-se a construção de um bairro po­pular, onde as c la sses pobres possam viver à luz clara do dia. Causa pena e horror ao mesmo fempo, o que por aí se verifica: familias numero­sas vivendo em antros aca­nhados, sem ar, sem luz, num estendal pavoroso de miséria e de falta de limpeza. Tinha, antigamente, a terra, a fama de aceada. Pois é ne­cessário que não a perca. E para o.conseguir, basta que se resolvam ês te s 3 magnos problemas que vimos de apontar— águas, esgotos , e a construcção de um bairro.

E falta tanto, tanto aindá: a criação de outros lugares, professores e a consequente construcção dos edifícios ne­cessár ios , organização de u- ma creche ou refúgio onde possam acolher-se as crianças cujuo mãis teem neces de àS abandoii3f di % dia para procura- Wíque lhes escasse trueçao de um Dispensário ou Preventorio Anti-Tuber- culoso, a criação de um me­lhor serviço de limpeza que supra as deficiências do actu­al, a reorganização da Cor­poração dos Bom beiros .

Roma e Pavia não se fize­ram num dia, diz o vulgo . Mas, nesta marcha vertigi­nosa do progresso, é preciso acompanhar-lhe a evolução natural. Parar é morrer E como a terra tem valores que muito a podem servir, nós apelam os para o bairrismo de todos.

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ter- sejam a da cortiçn e a da moa- mte gem. E’ Ponte do Sôr o maior

a- entreposto de cortiços de to- pe- do g Alentejo e possui , ao to-

e do, se is fábricas: Mundet & ■\ ‘o C *, L.da, José de Matos, Lo-

s L ato & Henriques, Carrusca, os Pinto & Jeronimo, L.da (Bar-

on- reiras), Sociedade Alentejana de Cortiças, L.da e Mcuiuel

<'!* de Sousa Euséi)iov quási tô - ’ Q; d e s l )ni larga exportação pa- ân~ i j o estrangeiro. Na Exposi -

e çâo de Sevilha, em 1929, a e r jè concorreu, foi es. . . ú tima

n~ í. iv. premiada com Diploma A? de Honra.

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ríieeria Sport■■íreiro de senfioras

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pr Ol IKsVO > ;.;.í.O ! íll' de criação cV «a do “Feira dos Por .oa’ cie Jan • ' que se realiza nos |dias 14, 15' 16 d; quêle mês, ?' acorre tudo êste gado. E a \ feira é oe tal importância que j s'erve para fixar os preços da j- carne de porco.

Ag?íeolamente, como aliás | cm todos os demais ramos, | tem a terra progredido muito nos últimos tempos. Estamos longe daquela época em que, falando dos recursos da noSr- sa terra, dizia Manuel Pinhei­ro Chagas no seu Dicionário f i —t t >.........nPopular: "O último concelho ^ ;na ordem da producção do V:trigo, desprovido de estra- r;?v^f, o - o. ^ ■■■d a s . . . ” Hoje, felizmente, iá * . . . . 1L

_____i u- \ • i - J T ra jo d# trabalhoo grande h ■ *o o r n a o po-dl'£i cJÉfc ■ , ti- Transcrevemos de a “ A

t ú l ç ã o d e m é * . iros Expansão Portuguesa”: E’n.: í»m -:h terras, genuínamente .interessante a

____ _ o la-go tm p r lg o de adubos’ indlJstria corticeira. Desde o, o melhor aproveitamento dos descasque da árvore até fi-

"hi l i i iOOiiOri; terrenos, permite-nos arran- na — à exportação— merecem‘'**w car do solo maior copia de atenção todos o s detalhes.

JiHUUcI cie 8 l u p 'r produtos. A reparação das E’ deveras curiosa esta m o-estradas e caminhos exís ten- dal idade da agricultura alen-

u j àiuidas a qualquer hora t e s e algumas que foram cons- tejana, o que representa mes-(' > dia ou da noite. truíJas cie novo, influiu tam- mo uma notável característi-

bém imeoso no acréscimo da ca desta região, valendo, porprodução. isso, como importante factor

No que respeita à indús- económico na sua vida. tria, encontram-se algumas Em Ponte do Sôr à indús- bastante desenvolvidas, como tria corticeira leva também

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como um dos principais e le ­mentos de vitalidade e pro­gresso .

As colheitas constitiiem volume de operações muito considerável .

Da noslsa visita ás princi­pais fábricas desta indústria f icou-nos uma grata impres­são provada pelo aspecto co­lossal das instalações e ma­quinaria aperfeiçoada e mo­derna” .

Afora a indústria corticeira possue ainda Ponte do Sôr gra ide número de fábricas que sobremaneira concorrem para a economia da região— um s mais industriais do distrito de Portalegre. Quere­mos r* erir-nos às de con.s-

ueção civil, moagem, refri­gerantes, serralharia, mecâ­nica, etc., etc. que ocupam grande número de braços.

O comércio encontra-se s o ­bremaneira desenvolvido, a ponto de Ponte du Sôr se po­der cotar entre os maiores centros comerciais do Alto Alentejo. Destacaremos aqui as principais casas, que e x ­ploram os mais diferentes ra­mos: A. B. Carvalho á C .\ Ramiro Pires Filipe, Chapela­ria Si lva, António Pires Pais Miguens, Almeida & Cabedal, Jose Coelho Junior, etc., etc..

Com uma agricultura prós ­pera, sua indústria f lorescen­te e seu comércio cada vez mais activo, Ponte d© Sôr v ê abrir-se diante de si a larga perspectiva de um futuro bri­lhante.

Ao comércio e à indústria locais que gentilmente acor­reram ao nosso apêlo para que êste número de “ A M o ­cidade” fôsse uma síntese ua actividade de Ponte do Sôr, apresentamos aqui os nossos agradecimentos.

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Q U A R T (

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f> A M O C 1 D A I) E

Quadros Alentejanos Album Hlentejano Crónica da flldeiaE I F A

Madrugada quasi asfixiante de Junho.

O sol, mal despontado ainda, pica já no pescoço, no rosto, nas mãos.

Pela estrada fóra, ranchos de raparigas, vestidas de côres bizar­ras, lenço por baixo do chapéu de grandes abas, saias atadas pelos joelhos, dirigem-se da vila para os campos, onde vai começar a faina do dia e da época: a ceifa.

Vão galhofeiras, como sempre, as môças, de alcôfa e marmita, o sorriso nos lábios a pedirem bei­jos. d? frescos, de apetitosos.

O calor da caminhada, por pe­quena que seja, dá-lhes tonalida­de* especiais ao rosto, já de si a- cobreado e moreno, deixando ver, por entre seus lábios de moura, fieiras de dentes, cuja brancura preocuparia muitos vendedores de pastas e elixires.

Cruzatn-se grupos pelo cami­nho, salvam-se, e discutem e cus- cuvílham a vida dos que passam, dos que ficam, de todos.

A ’s vezes largam piada grossa umas ás outras, zangam-se e dizem coisas de fazer corar um galucho; para elas, porém, é aquele quási o seu falar corrente, não dizendo parte das coisas por mal.

Chegam.O serviço começa, toma cada

uma conta de dois ou três rêgos, empunham a foice, colocam nos dedos as caninhas, e enregam,

f:' um trabalho extenuante, su­perior muitas vezes à fôrça dum homem, quanto mais de uma mu­lher!

Sôb aquele sol escaldante e a- bafadiço do Alentejo, a mulher, r i­diculamente paga, arranca do cor­po energias que não pode nem deve despender.

Quantos casos de insolação!Quantas doenças e febres!O e xcesso de trabalho, o enor­

me calor e a deficiente alimentação, devem ser outros tantos factores a contribuírem para êsse quadro tris­te que é a ceifa, mas que as mu­lheres e os homens, deitando tris­tezas para trás das costas, pensan­do só em tira r da terra o pão, transformam em quadro alegre, passando os dias a tír, a suar, a cantar:

S’o mê amor me auer bêimE’ só com êPe e cõmigo;Nã se mêta na conversaQuê nã me meto consigo.

A ’ ta' d<>, quási ao pôr sol, ajun- tam a foices marcadas num mo­lho, tiram os canudos que guar­dam nas alzibeiras, dessedentatn- se e lá vão a caminho da v i l , , tratar da ceia do home e tratar do avio para o dia seguinte.

Victor Santos

P ed em -se providencias

Contam-nos c chamam a nossa atenção para pedirmos as neces­sarias providencias, que no cami­nho do Vale de Açôr se encontra há bastantes dias um burro morto, em adeantadn estado de putrefa- ção, que exala um cheiro pestilen­cial.

Como este caso é grave pelo que de prejudicial traz para a sau­de publica, chamamos para o caso a atenção das autoridades.

V í l C í U l f t Em Setembro, em------------------ data a anunciar o-portunamente, tenciona um grupo de estudantes desta vila levar a efeito, 110 Pátio do Pechirra, uma vacada.

O produeto destina-se aô Hospi­tal e à ‘ Sopa dos Pobres” .

Está a sair do prelo o 3.° Tomo desta monumental obra

Estão a imprim ir-se as ultimas paginas dó Tomo de Portalegre (3.°) do Album Alentejano, obra monumental sob a direcção de Pe­dro Muralha.

Este tomo que levou cêrca de três anos a fazer devido a demo­ras de algumas Câmaras na entre­ga de elementos dos seus respec­tivos concelhos, fica com 475 pa­ginas ilustradas com 1:100 gravu­ras.

E:te trabalho, que foca todos os valores alriitejanos, tem na totali­dade 1:200 paginas, graude for­mato, e insére cerca de 3.000 gra­vuras algumas das quaes em tr i- crcmia.

Estão tambem já sendo confec­cionadas as paginas relativas ao Apendice do Baixo-Alentejo, in­cluindo os 4 concelhos do Vale do Sado que ficaram pertencendo a essa provincia agora com a re­forma do Codigo Administrativo.

Numa recente viagem que o d i­rector do Album fez pelos conce­lhos de Aicacer do Sal, Grandola,S. Tiago do Cacem e Sines, viu o enorme entusiasmo de todos esses concelhos em entrarem para o Alentejo, contribuindo largamente para o Album, o que ocasionará que o Apendice à provincia do Baixo-Alentejo, patrocinado pela respectiva Junta de Provincia, fi­que um trabalho muito interessan­te.

O preço do Tomo de Portale­gre é de esc. 35$00, tendo os srs. anunciantes nesse tomo direito ao desconto de 50°/o-

O preço do Album Alentejano completo encadernado em perca- lina com baixos relevos, é de 110$00 esc., havendo um? tiragem em papel especial encadernado em carneira para 200$00 escudos.

Avisa-se os interessados de que, devido à tiragem do tomo de Be­ja ter sido deminuta (2.000 exem­plares) existem muitos poucos des­ses tomos, razão porque a Adm i­nistração deste trabalho só pode conseguir mandar encadernar pou­co mais de 200 exemplares. Os pe­didos dos mesmos Doderão ser fei­tos para a Rua da Rosa, 105, Lis­boa.

Vida de Cristo, segun--------------------------------------- do osEvangelhos e as revelações de Ca­tarina Emmerich.

Encontra-se em distribuição o Fase. II, do 3 o volume desta ilu - cidativa e interessante publicação (R. do Loreto, 34, s/ loja—Lisbôa).

O facto mais cheio Ue interêsse do presente volume é, certamente, a ressurreição do filho da viúva de Naim Chamava-s >• êle Marçal, um dos mártires da Igreja.

A condenação do divórcio foi lindamente confirmada pela mistu­ra da água com leite, que os pro­ponentes não puderam separar.

Assim, respondeu Jesus, não queiram os homens desunir o que Deus uniu.

Agradecemos o exemplar envia­do.

Manifesto de aruores Foi pror----------------------------------- rogado a-té ao dia 30 do corrente, o praso para os proprietarios de oliveiras e arvores de fruto quer as explo­rem por conta própria ou não, as manifestarem nas regedorias das freguesias em que possuirem essas arvores. Chamamos por isso a a- tenção dos interessados para este assumpto, cuja falta é punida por lei.

(Impressões anotadas durante as fénas por quem não tem na­da que fazer).

iEu conheço-o. Diz-se professor

e afinal não é nada. Verdadeiro vádio, que vive ainda à custa do pai, velho carpinteiro e pequeno proprietário lntitula-se sucialista devido um livro mal digerido pelo seu cerebro de solerte. Discute com todos e a todos enrola porque, à noite, consegue decorar dois ou tiês termos difíceis, vistos à pressa, num velho dicionário e que impin­ge, a torto e a direito, na barbea­ria do Braz ou no Clube Tem ares de filosofo Banana e atira um pouco ao La Palisse francês e es- coicinha Je verdade quando se vê encurralado por qualquer argu­mento' de pêso oo adversário. Emprega gaudio com o significa­do de maravilha, acédia com o de inteligente, anexim com o de alcu­nha e assim por diante, conse­guindo impressionar o alfagem, que o ouve de boca aberta, e o resto do auditório, que julga ver nele um novo Messias dos tempos modernos. Mete o nariz em toda parte: dá-se com a metafísica que nem cão com gaio, a psicologia é- -Ihe bastante familiar e na teologia é profundo.

A ’s vezes vou dar com êle a passear dum lado para o outro, de mãos nos bolsos a falar para um personagem imaginário. Sua então por todos os poros, porque é gordo e porque faz inúmeros gestos com os braços, as pernas e o tronco, como que a querer con­vencer o seu fictício adversário. Acolhe-me com ares superiores, tira do bolso o Século e diz-me para lhe ler em francês, inglês ou alemão certas marcas de motores, certos anúncios e pede-tne que os traduza para avaliar os meus co­nhecimentos. E’ escusado dizer que, quando os compreendo, os verto sempre errados para a nossa lingua e ainda nunca o ouvi dizer que estavam mal traduzidos.

Escreveu uma vez para um jo r­nal. Copiou uuas frases.dum livro sôbre a guerra, separou o com­plemento directo e o sujeito do verbo por virgulas e começou o artigo com letra pequena. Foi o suficiente para se intitular escritor, pensador e filólogo? (não se a- dmirem porque êle confunde filó­logo com filosofo. Como primeiro termo lhe soa melhor, e como o segundo é mais corriqueiro, em- prega-o com significação errada, nos seus laudatorios palanfrórios.

Ha tipos interessantes nas al­deias. Este pertence àquela classe de sabichões-ignorautes, infeliz­mente espalhada por tôdas elas, E o qué tem graça é que, com meia duzia de patacoadas ô:as conse­guem impressionar os desgraçados, que os ouvem, e chegam mesmo a convencê-los e a fazê-los concor­dar com as suas ideas se ideas se podem chamar aos seus lerdos ra­ciocínios.

Ervedal, férias grandes, 1937

, F. Barrocas

Assinai A Moei

f ln s t r n c ç í l» — Foi nomea-------------------------- da regente doposto escolar da Tramaga a Sr.aD. Ilda Pataca Eusébio.

-—Foi transferida do posto esco­lar de Torie das Vargens para o de Senhor dos Aflitos, freguezia dos Fortios, a Sr.a D. Antóuia Ro­sa Madeira.-Encontra-se a funcionar nas ca­deias desta vila uma escola regida pelo sr. Brigo Mendes Pita, a quem, por tal facto, felicitamos. E* uma medida de grande alcance ãocial que honra quem a promulgou.

D E S I L U S Õ E SEras pequenina. A l m a p u r a e sã,Tôda ingen u i d a d e e inocência.Não d es pe r t a r a ainda a consciência,Que se e m b a l a v a ao sono da manha-..

Assim, traquina, alegre e louçã,Eu vi em ti sòmente aquela, e ss ê n c i a Que dá razáo e ser à e x i s t ê n c i a D u m ente que se adora com afã.

Quando te vi crescida, entristeci! Fitavas com f r e q u ê n c i a o olhar terno Dos moços que p a s s a v a m junto a ti . . .

Mais tarde deu-me pena o teu inferno! Casaste...e desde então n u n c a mais vi Esse sorriso que euj u lg a v a eterno!...

Ponte do S ô r - 1 9 3 7

'joào. IM., Cm-ÍcuLo.

Gremio AlentejanoEstrada de Mértola à

Mina de São Domingos

Correspondendo aos esforços do Conselho Regional do Qrémio Alentejano em favôr da reparação da estrada de Mértola á Mina de São Domingos, de uma grande importancia não só para a mina como para a agricultura, o Sr. V i­ce Presidente da Junta Autónoma de Estradas vem de informar que não foi possivel inclu ir no plano de este ano a reparação total do trôço de estrada a que o Conselho se referia, mas que foi reforçada a verba para a sua conservação de forma a assegurar-se o transito em regulares condições, mesmo du­rante a quadra invernosa.

O Conselho Regional do Oré­mio Alentejano continuará a ocu­par-se do assunto, satisfazendo uma justa aspiração do concelho de Mértola.

^ o í i e í a s d ç £ a b ç ç ã o

FO O T-BALL—Segundo infor­mações do sector desportivo des­ta vila desloca-se aqui 110 dia 21 de Setembro, por ocasião da Feira Franca anual, a-fim de efectuar um encontro amigável de Foot- Bal com o —Grupo Desportivo ” Os Encarnados de Cabeção’’ —o Club Foot-Bali "Os Galveenses-’ — de Galveias, grupo de ciasse confirmada.

Devido à categoria do grupo visitante, estamos em crer que «Os Encarnados» terão tarefa di­ficil.

Damos a seguir os resultados obtidos até hoje pelo Desportivo de Cabeção.

Couço 3 Cabeção 1 em CabeçãoCabeção 6 Pavia 0 em PaviaCabeção 2 Móra 0 ent CabeçãoCabeção 1 Móra 0 em MóraCabeção 2 Montargil 0 em Montargil Cabeção 2 0 ”Cabeção 5 Arraiolos 1 em Cabeção Cabeção 1 S. Qalveias 1 em ” Cabeção 2 Mixto de Évora 2 " ”

Pelos resultados obtidos, obser­va-se que o Desportivo apenas re­gista uma derrota em nove en­contros, marcando 24 bolas contra 5

Oxalá que próximo encontro sirva para os nossos representan­tes do Foot-Ball, continuarem na sua marcha triunfal, para bom prestigio do desporto local.

Assim o esperamos.

INCÊNDIO —Numa eira da herdade das A'guias, CBrotaO registou-se no dia 2 do corrente um incêndio que queimou algu­mas almeadas de trigo pertencen­tes a ceareiros desta vila, que cansou avultados prejuizos.

Por se supor que se trata de

fogo posto, as autoridades parece que vão proceder a um inquérito.

EXAMES—Em E‘vora foi su­bmetido a exame de admissão aos liceu, ficando aprovado o menino José Ferreira Prates Canelas, f i­lho do Sr. Manuel Prates Caneias, considerado proprietário e comer­ciante na praça desta vila.

EXCURSÃO AO NORTE DO PAlS—Está em organisação nesta vila, uma excursão ao Norte do País, que terá lugar em Agosto do próximo ano, sendo o paga­mento do transporte feito em quotas semanais.

Segundo o itenerário marcado o passeio será magnifico. Os ex­cursionistas são 5ò, que corres­ponde os preeuchementc de duas. camionetes.

PEREGRINAÇÃO A FATIM A — Pelo Sr. Padre Moreira, desta vila, está sendo aqui organisada uma peregrinação a Fátima que terá também lugar em Agosto do próxim o ano.

As inscrições elevam-se já a 60 e encontram-se abertas em casa do Sr. Autou o Marques Serrão.

3 - - 8 -9 3 7 Correspondente

Por Jlontarffil n a-------------------------------Acade­mia de Corte Geometrico, em Lis­boa, concluiu ha dias as suas pro­vas, obtendo a alta classificação de lô valores, (distinto), o nosso par­ticular amigo e assinaute de “ A Mocidade” , snr. Simão Vasco Fer­nandes, natural desta vila, a quem por esse motivo apresentamos as nossas sinceras felicitações. O sr. Fernandes que se encontra esta­belecido com alfaiataria em Mon­targil, t ve um excelente aprovei­ta > tanto mais para louvar, quanto é certo ter tirado o res­pectivo curso por corresponden­cia.

Por esse motivo podemos dizer que não será necessário hoje sair- se de Montargil para mandar con- fecionar um fato, sobretudo ou qualquer outro artigo de vestuário, pois temos aqui um artista distin­to que sabe desempenhar-se da espinhosa profissão que escolheu.

V . a de

Lourenço Firmino LopesVinhos, mercearias e outros artigos

Cervejaria e refrigerantes.

Tôdas as noites concertos

pela T. S. F .

Rua da Fonte

C Â M A R A

M U N I C I P A L

DE

P O N T E

CE

S € P

»o

P O N T E I ) E SOR, uma das vilas mais•. lindas eférteis do Alentejo. Gentio comercial e industrial imfvor-' $ tantissimo. Ubérrima região, abundantíssima em cereais, cortiça e azeites. Bem situada e servida por boas estra- 1das com carreiras de camionetes entre o caminho de fer- ro e a vila, Galveias, Fronteira e Montargil. Rede de ilu- minação eléctrica. Magnifico Hospital e Teatro — Reali- z a m - s e n e s t a v i l a as s e g u i n t e s f e i r a s :

i!e 14 a 16 de Janeiro, de gado suino e outras mercadorias, tsflr feira pelasua importâacia é a reguladora dos preços da carne de porco. 0o 4 a fi”deOutubro, de ourivesaria, gados, quinpelharias, capotes, calçado, algibeiiO; mádèi- ras„ louças, ferragens, frutas, e um sem numero de outros artigos. E’ justa-

mente considerada uma das primeiras feiras do País : :Estação do caminho de ferro à distância de 2 quilóme­tros da vila e servida por comboios frequentes e pelo '

r á p i d o d e M a d r i d .

a

T E L E F O N E :Câmara Municipal, número 10

EM GHLUEIHS: - de 7 a 8 de Maio, feira franca de gados, ourivesaria, calçado, fazen­

das e muitos outros artigos

O F I C I N A S M E C A N Í C A S

í^ua ^ lou^inho dç /U buqu^rquç ? ^onfç d 3 ^ ô r

earros alentejanos, carrosserias para camionetes, rodados, utensílios agricolas, repara­

ções em automóveis e todo o género de máquinas.

E S T A N C I A D E M A D E I R A S ,

C A R P I N T A R I A , E T C .

Lourenço Pereira Firme O p r o p r i e t á r i o d a A L E G -A '.

i ' ; ; p a r t i c i p a , a o s s e u sa . r r x l g p o s o c l i s u t s s c j _ U L e a c a T o a g _ © r e c e T o e r o s i n n o l l i o t s s v r u l i o s

tlELto© e Toxaoa-oos <5Lo Caxtaszo-TlÉS OS 9tB0S ?ÍÉS SÁ!) KlIÊR ÍMtMlê Í1 íaíraflOL SEÉia É a esta Ato w dsin is o fazer m m aproyeila leu a saa taiapo. W IE I P I P A\ I P A\ C I P IE I P

TJ

A M O C I D A D E 8

"Sociedade Alentejana de Cortiças, Ld.'”

Faz-se publico que por escritura de 10 de Agosto Oe 1937. lavrada a folhas 88 do liv ro n. 144, das notas no Notário da Comarca de Abrantes, Bacharel José Sebastião Serra da Motta, foi constituida en­tre José Henriques e Manuel Au­gusto Luiz Ferreira, uma socieda­de por quotas de responsabilidade limitada, nos termos dos artigos seguintes:

1.°A sociedade adopta para todos

os seus actos e contractos a firma "Sociedade Alentejana de Cortiças, Limitada.

2 °A sede desta sociedade é em

Ponte de Sôr, podendo por delbe- ração de ambos os socios estabe­lecer quaisquer sucursais.

3.°O objecto da Sociedade é a

compra e venda de cortiças, b .in como o seu fabrico, podendo ex piorar qualquer outro, excepto o bancario, desde que ambos us so­cios assim o entendam.

4.-A sociedade tem comêço em

um de Agosto corrente, pudendo durar tempo ilim itado. Os anos sociais são de Janeiro a Janeiio.

5.°O capital social é de cem mil

escudos, egual á soma das quotas de cincoenta mil escudos de cada um dos socios, quotas estas que já deram inti-gralmente entrada na Caixa Social.

6.°Não haverá quotas suplementa­

res, mas os socios poderão fazer á sociedade quaisquer empréstimos nas condições a estipular.

7.°

A cessão e divisão de quotas fi­ca dependente do expresso con­sentimento do outro socio, exce­pto se ela se fizer a fiv o r da pró­pria sociedade ou no caso de se tornar necessaria para partilhas entre herdeiros ou legatarios de qualquer socio.§ unico —Quando qualquer socio be oposer á cessão, ou divisão de qualquer quota a favor de extra­nhos será ele obrigado a paga-la pelo preço do ultimo balanço, po­dendo tal pagamento ser feito em duas prestações semestrais.

ANUNCIO Agradecimento

Por este Juizo de Direito correm editos notificando o indiciado João Simões Maru­jo, solteiro, de 24 anos, na­tural desta vila, e residente que foi no lugar da Tramaga, mas actualmente ausente em parte incerta, para no praso de 60 dias, nos termos e pa­ra os efeitos do artigo 567 e § § do Codigo do Processo Penal, se apresentar neste juizo a fim de assistir a todos os demais termos do proces­so e ser julgado no processo de querela que contra ele lhe move o Magistrado do M." P.°, pelo crime de estupro, previsto e punido pelo artigo 392 do Código Penal, com a cominação de que nào se a- presentando no praso que termina depj is da segunda publicação deste anuncio, o piocesso seguirá á sua revr- lia e o reu pode ser preso por qual pessoa do p ovo e o deverá ser por qualquer autoridade.

Ponte ue Sor, 26 de Julho de 1937 Verifiquei a exactidão

O Juiz de Direito,Joaquim Dias Loução

O chefe da 2 * secção, interino, Antonio do Amaral Semblano

Moreira, um pouco restabelecido da doença que ultimamente o tem retido no leito, vem por este meio agradecer a todas us pes­soas que directa ou indirecta­mente se teem interessado pelas suas melhoras. Igualmente agra­dece á E x T S ra Dr.a Jovita de Carvalho que prontamente se prestou a ir vê lo e ao Ex.ma Sr. Dr. João Pires Pais Miguens, que o tem tratado.

A todos o seu melhor reconhe­cimento.

Vendo 4 de 3 pi­pas cada um, em

8,"

A administração da sociedade e devida representação em juiso e fo­ra dêle serão exercidos por ambos os socios sem caução, nem remu­neração, sendo necessarias as assi­naturas de ambos para a socieda­de ficar obrigada ou responsabili- sada.§ - l . ° —Os socios poderão retirar á conta dos lucros, qualquer im por­tancia que de comum acordo en­tendam.§-2.°— Ambos os socios se obri­gam a nào dedicar a sua activida­de a qualquer industria ou comér­cio idêntico ou similar ao explora­do pela sociedade § 3.°— Fica absolutamente proibido o uso da firma em fianças, abona- ções, cauções sob pena de o in tra­ctor perder a favor da Sociedade tudo que nela tiver.§ 4 ° —Compete espeeialmente ao socio Manuel Augusto Luiz Fer­reira, orientar e d irig ir como té­cnico a exploração industrial, e ao socio José Henriques a parte co­mercial. devendo contudo todos os negocios serem efectuados, tendo em vista o preceituado no corpo do pt ese .te art go.

Toneisbom estado.

José de Matos Neves Ponte do Sôr

9.°A morte ou interdição de qual­

quer socio, não importa a disso­lução da sociedade.

10°Em qualquer caso de dissolução

da sociedade excepto a falência se­rão liquidatarios os socios, mas o socifc José Henriques terá sempre o direito de ficar ccm o estabele­cimento social, pagando-o pelo va­lor do balanço a efectuar.

11.°A escrita da sociedade andará

competentemenie arrumada e por ela será dado pelo inenos um ba­lanço anual.

12.°Em tudo omisso, digo, tudo o

mais não expressamente previsto por lei valerão como disposições estatutárias as deliberações dos so­cios tomadas na devida forma.

O ajudante do notário Dr. Serra da Motta

Leopoldo Fernandes Nazaré

C ó r t e d e v e s t i d o sEnsina-se em lições individuais

ou em curso, a abrir brevemente, nesta vila com duração apenas de um mês. Para inscrição e condições tratar com

Hercilia Antunes Martins Crato

A«radecimentoEmidio do Nascimento, Rosaria

Sanganha, e sua familia, extrema­mente agradecidos para com to­das as pessoas que acompanharam á sua ultima morada seu chorado filho e marido Joaquim Emidio do Nascimento, e ainda àquelas que durante a sua prolongada doença se interessaram pelas suas melho­ras, veem por esta forma apresen­ta r lhes a expressão do seu melhor reconhecimento. Neste agradeci­mento envolve igualmente o Sr. Doutor João Andrade Lobo Va­rela que foi duma desinteressada dedicação e carinho para com o doente, não o abandonando até á ultima hora, e ainda á Santa Casa da Misericórdia e á Casa Vaz Monteiro, pelo valioso auxilio que durante a doença prestaram ao enfermo

A todos, pois, o seu eterno re­conhecimento.

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1 2 / a no P o n t e d o S ó r , 2!) <le Air os to d e 19:57 N U M E R O 2 6 1

P U B L I C A Ç Ã O Q U I N Z E N A L

D I R E C T O R E E D I T O R

CfQM&aíldma de. Oíiveixa. dja. Cjmceicãa o 4*iebuuii

Secretario da Redaçào Amiicar da Oliveira da Conceição Andrad»

ADMINISTRADOR Primo Padro da Conceição

F U N D A D O R E S

Pri mo Pedro da ConcaiÉçáí)

José V i e g a s F a c a J *

R E D A Ç Ã O E A D M I N I S T R A Ç Ã O B u a V a z M o n t e i r o - I P o n í e c L o S o r

Composto e impresso na Minerva Alentejana — PONTE DO SOR

P o n t e d o S ò r i á fó raO nosso colega "Brados do

Alentejo", que se publica na riso­nha cidade de Estremoz e tem desenvolvido uma notável acção na defessa e propaganda do Alen­tejo, publica, no seu último núme­ro, uma interessante notícia em que se põem em relêvo os pro­gressos inegáveis de Ponte do Sôr.

Transcrevemo-la na integra:PONTE DO SOR PR 3GRESSIVA

Filarmónicas, Ranchos A C.*"Tinha-se-me metido na cabeça

que "os de Ponte do Sôr" não eram capazes de fazer coisa de geito desde que para isso fôsse necessária alguma arte.

Como se me meteu tal conceito na cabeça, como se enraizou, não sei! Certamente para isso contri­buíram algumas audições da sua filarmónica que me não agradaram absolutamente nada!

E quando via as ruas cada vez mais compridas, a vila a estender o seu casario branco por êsses campos em fora, o movimento dos seus estabelecimentos comerciais e fabris, especialmente uo que res­peita à indústria da cortiça, que movimenta uma verba considerá­vel, dizia com os meus botões:— Pois sim, mas tudo is so ... é prosa! Há tempos surpreendeu-me— fez agora um ano—o apareci­mento de uma praia artificial! E não me contive que não resmun­gasse cá para dentro!

Uma noite destas cheguei à Pon­te do Sôr e "no Campo da Feira", grande ajuntamento, indicava a- contecimento de monta. E vá de chegarl

Nova surprêsa. A estreia, semi- oficial, do coiêto. Não contive um sorriso! Lá ia martirizar os ouvi­dos com mais uma "charangada"! Ora porque é que êstes diabos não desistem! Entretanto fui reparan­do. Instrumental novo, (para que dá o Zé Vaz nozes a quem não tem dentes!) fardamento novo e limpo, o regente de cabeça desco­berta! E reconheci que aquilo ia melhor. Começa o cuncêrto e tive que reconhecer que aquela filar­mónica "já não era a mesma", já se ouvia com muito agrado, progredia. Os rapazes tinham desa­marrado o barco e marchavam a todo o pano.

Para ontem, 15, marcada a es­treia do "Rancho do Sôr". Pouco mais de um mês de ensaios... gente não afeita a estas coisas... daqui sai alguma bodéga.

Qual bodéga!Doze pares, todos geitosos; as

raparigas, sem favor, tôdas formo­sas. Elas, de branco e vermelho, chapéu de palha. Eles de branco, vermelho e azul e tôdas estas côres, sob a luz dos projectores, produ­zem um belo efeito. Iniciam-se os bailados e notamos marcações tô­das bem feitas, conjunto de vozes afinado, agradável.. .

Mas, a fina l.. .O carro do correio, com aquêle

homem de barbaças brancas.. .A estalagem da Maria Izabel. ; .

O H osp ita l... o palhe;rão que servia de tea tro .. .

Decididamente tenho estado a do rm ir".

E'-nos agradável verificar que

Volta e meia agitam-se as colunas dos co lo s s o s da capital, indignadas com a profunda ignorância geográfica daqueles que teimam em considerar-nos uma p o ­bre província da Espanha. Grilam, barafustam, tecem um certo número de comentários mais ou menos indignados, e, impando patriotismo por todos os poros, destilam c ó ­moda ciência de compêndio, falam dos Gamas, dos Magalhães , dos novos mundos dados ao mundo, da grande aventura do mar, dos p ovos que emancipámos das tre­vas, etc., etc..

Sem dúvida que aplaudimos» que es tamos de acôrdo com ê s s e s brados mais ou menos enérgicos. F,’ estranho que certos estrangeiros desconheçam os prodí­gios que obrámos através os séculos e a nossa contribuição fecunda no arrotea­mento das terras misteriosas e no desventrar dos segredos dos m a r e s nebulosos.

Mas não deixa de ser interessante recordar aqui que ê s se s mesmos c o l o s ­sos mostram um desconhecimento a todos os títulos lamentável de certas coisas que não devem, n3o podem ignorar-se. Assim, por exemplo, continua na moda a designação de charneca aplicada ao Alentejo.

0 Alentejo, para ê s s e s iluminados, não passa de uma charneca inhóspita, agressiva, árida, onde os homens e as coisas vivem uma estranha tragédia, sob um sol implacável, que desvaira e leva à loucura. O Alentejo é uma charneca sem fim, grande como um mar, cheio de f lorestas cerradas de matos agress ivos , h o s t i s . . .

Ignorância comovedora, que desconhece a tarefa heróica dos desbravado­res ignorados que inataram a charneca!: Por sôbre a planície escaldante, de sol a sol, e ao longo das noites misteriosas, correram bandos de sombras na tarefa e x a u s ­tiva de arrancar à terra raízes vorazes, que a sugavam insaciávelmente e lhe tira­vam aos poucos as suas energias poderosas. E a lamber os céus, ergueu-se longa, incomensurável fogueira da mais ingente queimada que olhos humanos jámais viram. Tinha desaparecido a charneca e a planície forte espa lm ava-se de horizonte a ho­rizonte. E e s s a s sombras, em legião, inclinaram-se a amar a terra, debruçaram-se sôbre o seu seio fecundo e as suas largas costas ganharam corcovas, suas mãos cobriram-se de calos, seus joelhos encheram-se de tremuras ao fim e ao cabo de adoração tão duradoura.

A charneca é uma imagem gerada por certas imaginações delirantes e sedentas de ineditismo. A literatura agarrou nessa imagem, torctu-a, retorccu-a. a- garrou-se a ela como sanguesuga para criar páginas vibrantes de côr e bêbedas de luz.

Bem diz Brito Camacho: "Actualmente só fala dos incultos do Alentejo ' quem não conhece a província, o alfacinha que em tempos ouviu falar das charne­cas alentejanas e se aferrou à ideia, inteiramente falsa, de que elas ainda hoje co-‘ brem, para regalo das cabras, dos coelhos, raposas e lobos, regiões sem fim” .

Qaà&aíáirio jA.nícaAe.

O R a n c h o e m A b ra n te s

Depois do triunfo na sua terra natal, triunfo em terra estranha. O nosso Rancho deslocou-se à visinha cidade de Abrantes no passado do­mingo, ex ibindo-se de tal ma­neira que conquistou todos os que tiveram o prazer de o ouvir.

Numa terra acostumada a exibições dêstes agrupamen­tos, o triunfo do nosso Ran­cho é desvanecedor e dá-nos a indicação de que, onde quer que se exiba, há-de a r ­rancar os mesmos aplausos, arrebatar a assistência como arrebatou a de Ponte do Sôr e a de Abrantes

F e s t a s Ponte do Sôr di v e r t i u - s e du­

rante 3 dias, por via das Festas dedicadas a N ossa Senhora dos Prazezes. O número principal, a apresen­tação do "Rancho do Sôr’\ constifu u,, como havíamos previsto, um auíêntico triunfo.

Os arraiais estiveram mui­to concorridos, fazendo-se ouvir a Filarmónica Pontes ­sorense, que merece louvo­res pela esp lê id ída forma como se apre se ítou, delici­ando a farta assistência com animados números de músi­ca. A kermesse, barraca a- grícola, jardim zoológico, etc., fizeram esplêndido ne­gócio.

Umas festas animadas, em suma. A Co.mis.são i ieve e n ­contrar-se satisfeita pelo e s ­plêndido resultado dos seus esforços. - - - j '

a nossa terra se vai tornando co- K i o S Ò Í'nhecida. E sê-lo-a cada vez m a is -------------------se não dormirmos à sombra dos benefícios e dos louros colhidos.

Para a frente é que é o cami­nho!

O leitor deve re­cordar-se dos cé-

Fílarmóniea Exibiu-se-------------------- -------— • com ; muitoagrado, durante os dias--da Festa, a Filarmónica • Pontessorense, re­centemente reorganizada. ■ Os ra­pazes fizeram um.figurão,^mostran­do trabalho perseverantec e pro-, gressos dignos de registo. Sim se­nhor! Assim é que é!

lebres trabalhos de desobstrucçào e rectificação do ri.o, junto á Ponte. O que talvez nem todos saibam é que se gastou ali a linda quantia de,7ó.õò7$60. Com tanto dinhei­ro, era para sair obra asseiada. Pois não senhor. Quem se der ao trabalho de dar um passeiozinho para aquêles sitios já agora céle­bres, verificará, com surpreza, que os tais ricos 76 contos e pico fo­ram gastos em pura perda. O rio ficou pior, coitadinho. Os culpa­

dos? Não sabemoS; Talvez a Câ:na-: ra Municipal em não impedir 'que, na margem esquerda, para pasmo dos que nos visiíâm, s.e amontoas­sem respeitáveis deposifos, de en-’ tu llio. Talvez;, a etnprêsa arremata- dora da ob,ra ^u e - 'le v o u aquilo para a brincadeica-; cuidando que o rio era -um mísero, va lado .. .

E' caso para preguntar, como ., numa récita qqui realizada há tem- , pos: "Para que-foi tanto tnabalho? Para que foi,- sim,-para que fo i” ?

Tanto trabalho, tanto barulho e tanto dinheiro.

Tealro -Cinema Exi-— ----------- ------------------- ^ be - se.■hoje, nesta casa., de .espectáculos local, o esmagador drama "O H o­mem que reclamou a çabeça", pe­licula de êxito segiiró fque explora um tema q u í dá que . pensar ua hora crítica dp mò^àeiitq - político actaal, E’ umà ojar^forte-, violen tá, escalpeliiadora, «efiVíjUe sobres­sai oJrabalJio assrtltbrasó^e Clau- dç Rains’; brithantémeyte acompa­nhado pór LiouelAtteffl. ’ ...

I ii g i & t e r r a . e ; ;dó nos- ’’ presado

colega «O Montemorense», que se publica.- XMiv^Monte- -móivo-Nov-a, 'o' íh íèressante artigo «Inglater/a^.^iie- hoje tranScfèvVfnosV 4 , \

«A'‘Mocidade» é o único jor­nal da região; merece, por

isso, todo o teu auxilio.

A M O C I D A D E

I R Ã N C H ©

Tarde memorável, inesquecível, aquela em que o "Rancho do £ôr” se apresentou ao público da sua terra. Em volta do jóvem agrupa­mento coral havia-se criadó'"um grande ambiente de simpatia. Espe- rava-se anciosamente pela sua es­treia. E, no dia 15 de Agosto, des­de cêdo que uma multidão rumo­rosa enchia o "hall ’ e as cercanias do Teatro-Cinema, esperando que soasse a hora de poder aplaudir o simpático grupo de rapazes e ra­parigas que, num esforço a todos títulos digno de legisto, em me­nos de mês e meio, haviam edificado a esplêndida realidade que a muitos se afigurava quime­ra—o “Rancho do Sôr’’.

Muito antes da hora de se ini­ciar o espectáculo, já o Teatro- Cinema registava uma assistência colossal, a maior que até hoje pe­jou esta sala. Deu-se início ao programa pela exibição do fono­filme "O Grande Nicolau”, dobra- gem portuguesa da célebre comé­dia francesa "Monsieur Antonin” , que não deixou saudades 110 pú­blico, por via do -mau funciona­mento da aparelhagem sonora. No intervalo que se seguiu, intervalo longo, que impacientou o público, tôdas as conversas gravitavam à volta do Rancho e preguntas es­tranhas, algumas cheias de inge­nuidade, choviam sôbre os felizar­dos que haviam acompanhado os ensaios.

Quando, finalmente, 0 pano su­biu, e 0 friso garrido das rapari­gas e rapazes do Rancho se paten­teou à vista do público, tôda a sa­la irrompeu numa ovação fremen­te de entusiasmo. As saias rodadas das raparigas, bairadas a verme­lho, seus lenços também verme­lhos, meio escondidos por largos chapéus de palha, enfeitados de papoilas e espigas dc trigo, pro­duziam uma agradável impressão à vista. E 0 vestuário dos rapazes, mais sóbrio, calça branca, cinta azul a cair para 0 iado esquerdo em laço e camisa branca de manga arregaçada, sôbre que se refletia o vermelho gritante de lenços cor­ridos diagonalmente sôbre o peito e amarrados 110 ombro direito, harmonizava-se perfeitamente com a alacridade do das raparigas.

Os rapazes ostentavam o escudo da vila no peito e as raparigas exi­biam-nos no breve aventalinho vermelho.

A apresentação do Rancho foi feita pelo seu ensaiador, Sr. Primo Pedro da Conceição, que pronun­ciou as seguintes palavras:

"Tenho a honra de apresentar a V. Ex.a’ 0 Rancho da nossa terra.

Estes agrupamentos artísticos que são a alma das romarias do Norte, escasseiam tanto na terra transtagana, que são quasi desco­nhecidos entre nós. Pensti, por isso, trazer até ao' Alentejo êsse interessante costume das popula­ções nortenhas, transmitindo-lhe u m p o u c o da a l m a esfusiante desse p o v o sempre alegre de forma a p o d e r a l e g r a r melhor os costumes d a n o s s a região e amenisar o nos­so e t e r n o nostalgismo. Tentei criar o R a n c h o . F a l t a v a - m e p o r é m a m a t é r i a p r i m a — um g r u p o de r a ­p a r i g a s e r a p a z e s que quizesse a j u d a r - m e a pô-lo e m prática. N o t e i q u e a o c a s i ã o mais propicia para o f a z e r s e r i a a p r e s e n t e q u a d r a , p o r s e r u e l a q u e s e r e a l i s a a m a i s i m ­p o r t a n t e r o m a r i a d a n o s s a t e r r a , a f e s t a d a S e n h o r a d o s P r a z e r e s .

E x p u z a i d e i a a o S n r . V a z M o n ­t e i r o c o m o p a t r o n o d o H o s p i t a l e P ro v e d o r d a M i s e r i c ó r d i a , e f o i e l a a c o l h i d a c o m t a n t o e n t u s i a s m o p o r S u a E x . * , q u e n ã o t e v e d ú v i d a e m m e a u x i l i a r n a o r g a n i s a ç ã o , c o n v i d a n d o a s r a p a r i g a s , s o l i c i t a n ­d o d o s p a i s a n e c e s s á r i a a u t o r i s a ç ã o

e comprando até a índumentaria para todos.

O sr. Vaz Monteiro teve ainda a gentilesa de pôr à nossa dispo­sição êste Teatro, onde se realisa­ram os ensaios.

Pelo seu generoso auxilio e em sinal de reconhecimento, quizemos que fôsse Sua Ex a o padrinho do nascente agrupamento, a que Sua Ex.a se dignou dar o nome de “Rancho do Sôr".

Na hora da nossa estreia, todos nós os que aqui estamos, já na qualidade de componentes do ■Rancho”, já como 0 núcleo artís­

tico pontessorense que primeiro pisa êste tablado, saúdamos essa grande figura, orgulho da nossa terra, agradecidos pelo auxilio que nos prestou, pelos actos de bene­merência para com os pobres., e por êste inagestoso edificio que a sua generosidade f z construir. (Vibrantes aclamações ao Sr. Vaz Monteiro)

Que Sua Ex.a nos perdôe se com estas palavras vamos ferir a sua modéstia, mas elas represen­tam o verdadeiro sentir do povo da nossa terra.

Comprometi-me a apresentar o "Rancho” nos festejos que se estão realisando, e aqui estou, como sol­dado fiel á causa, a trazer-vos o produeto do meu modesto traba­lho. Ele porém nada seria sem o auxílio valoroso do graude maes­tro Sr. Ang lo Silva, da Sr.a Dou­tora D. jovita ae Carvalho, de João Marques Calado, Francisco Vaz Monteiro du Bocage, João Pedro Freire de Andrade e Oari- baldino Andrade, a quem se deve

jÇbasíecimeqto de águas a ponte do $ôr

fPelo Ministètio das Obras

Públicas e Comunicações foi concedida a comparticipação do Estado da quantia de 221.939800 à Câmara Mu­nicipal dêste concelho, para 0 serviço de abastecimento de águas à vila séde do conce­lho.

E’ mais um importante me­lhoramento que esta progres­siva vila vai possuir, cujo ini­cio, segundo nos consta, deve ter lugar dentro em breve.

Referir nos emos mais de espaço a êste palpitante as- sumto.

E S P E R A N Ç AO M É B Í T © 5

Eu já senti no pei t o as emoções do grande vendaval da desventura.M i n h a alma foi r a sgada p 'la amargura, triste fim de eruéis desilusões!

Mas, tôdas essas grandes comoções que 0 nosso ser e s m a g a m de tortura também findam. 0 ne m mal sempre dura. e 0 tempo reanima os corações-

A densa.névoa da de s i l u s ã oque a n os s a alma envolveu, d es fa z - s e entáo,e ao longe uma e s pe ra nç a nos r e l u z !

ser de grande utilidade.

P r a i a a r t i f i c i i lA praia que o ano passado

se construiu pela primeira vez no Sôr, junto a esta vila, e que foi imensamente concorrida, está em risco de perder-se, pois êste ano è tão pouca a frequência e tão escassos os rendimentos que a Comis­são está desanimada, a pon to de pensar em destru-la, pois nâo pode arcar com 0 déficit que ela lhe acarreta.

A ser assim, é mais um be­lo melhoramento que se perde e que todos deviam auxiliar.

Apelamos para 0 bairris­mo dos nossos conterrâneos, no sentido de evitarem que se

a música e os versos cantados pelo perca êste agradável passa-nosso •‘Rancho”. tempo que todos reconhecem

Este novel agrupamento é com­posto por raparigas e rapazes inex­perientes ainda, que nunca pisa­ram utn palco nem conhecem a sensação de uma exibição em pú blico. E’ natural que o seu nervo­sismo e o pouco tempo (pouco mais de um mês que tilemos para ensaiar), prejudiquem a sua exibi­ção. Se assim suceder, eu espero a benevolência de V. Ex.as para êles, que tão prontamente se pres­taram a dar 0 seu concurso, abri­lhantando êstes festejos em bene­fício da Misericórdia da nossa ter­ra.”

Fartas palmas coroaram as últi­mas palavras do orador. As rapa­rigas do Rancho agitaram as suas pandeiretas, enfeitadas de fitas de côres garridas e, s.-guidamente, deu-se inicio ao espectáculo do jóvem agrupamento folclórico.Músicas nuoíssnnas, marcaçõs perfeitas, canções que prendem e ficam nos ouvidos. "A nossa ter­ra'-, "Moinhos,,, D.^folhida,,,"Canção das Lavadeiras,, e “ Fonte da Vila,, preencheram a primeira parte to espectáculo. A assistência delirava. Entusiasmo louco, trans- bordante, significativo. Um triun­fo, triunfo integral, triunfo tutal.O entusiasmo a todos avassalava, as palmas sucediam-se ininter­ruptas a coroar cada núinero. E, quando chegou o intervalo, já o Rancho havia conquistado tôda a plateia. O Sr. Vaz Monteiro, re­clamado pela assistência, apareceu no palco, receb;udo uma quente ovação que muito deve ter seusi- bilisado sua Ex,â E, 110 meio de entusiasmo apoteótico, foram cha­mados o ensaiador, Sr. Piiino Pe­dro da Conceição, presado Admi­nistrador do nosso jornal, o Maes­tro Sr. Angelo Silva, que musicou todos os números, a Sr.a Dr.* D.Jovita de Carvalho, João Marques Calado, Francisco Vaz Monteiro de O o e s du Bocage e Garibaldino A n d r a d e , a u t o r e s d a s l e t r a s das c a n ç õ e s .

N o i n t e r v a l o d e s c e r a m o s c o m ­p o n e n t e s d o R a n c h o à p l a t e i a a

N ov am e n t e tornamos pois é sempre a esp que pela vida fora

a sorrir, ’ rança no porvi r nos conduz 1

'Júíia. 'P&ioóia. do. VóMe.

Festa em Longomel

Nos dias 19 e 20 de Setembro realizam-se nesta aldeia visinha interessantes festejos, cujo produ­eto se destina à compra de um relógio para a Igreja há pouco ali construi Ja. Do programa, que é interessante, fazem parte dois concertos pela Filarmónica de Galveias, arraiais, peditório, bodo a crianças pobres, quermesse e festa da flôr.

vender os livrinhos da? suas can- çõjs, que se esgotaram num ins­tante.

Recomeçou o espectáculo pelo ‘ Arraial,, seguindo-se o "Amor Alentejano,, "Alentejo,, e rematan­do com a esplêndida marcha apo­teótica “Adeus,, que, como os de­mais números arrancou fartos a- plausos à assistência. Um encanto todo o espectáculo. Os componen­tes do Rancho são dignos de a- plauso pela maneira como se hou­veram. Em pouco mais de um mês não se podia fazer melhor. Sem sombra de bairrismo, afirmamos que 0 nosso Rancho é um dos melhores de Portugal. Temos vis to já muitos dêstes agrupamentos folclóricos e nunca nenhum nos de’xou impressão tão avassaladora como o nosso. Parabéns a todos: ensaiador, maestro e componentes do Rancho, todos incansáveis, e aos poetas que deram o colorido dos seus versos. O escudo da vila que os rapazes e as raparigas os­tentavam, foi desenhado e pintado pelos nossos amigos Srs. António Maria Rib-iro e Carlos Ribeiro, pontessorenses pelo coração, que gentilmente se pozeram ao dispor da direcção do Rancho.

Visado pela Censura

A I n g l a t e r r aHá uns tantos portugueses que,

nestes últimos tempos, ávidos de sensações novas, perturbados por um sadismo doentio, andam a maldizer da Inglaterra.

Seguem errado caminho.A aliança inglesa, à qual nos

amparamos sempre, não pode ser substituída por nenhuma outra. A velha amizade que nos une à po­derosa Nação não pode ser que­brada, nem sequer diminuída. To­do o nosso inteiêsse nacional co­manda essa ligação histórica, quási tão velha como Portugal.

E’ preciso não esquecer que a Inglaterra é a Nação com que é preciso coutar sempre, que a In­glaterra nunca perdeu uma parti­da e que desde que é 0 que é foi sempre a sua palavra a última a ser escutada.

O sr. Urbano Rodrigues, que em representação do Diário de Notícias assistiu às festas da co­roação do rei Jorge VI, definiu magistralmente a fôrça da grande Nação.

Essa fô'ça não dimana somente do seu poderio —imenso império de 500 milhões de habitantes, es­palhados por todo o mundo. E’ uma extraordinária fôrça moral que encontra em cada crise novas fontes de triunfo e novas causas de grandeza.

Ninguém como o inglês respei­ta o direito e ninguém como êle, sem fanfarronadas, sabe oportuna­mente intervir.

A «Ilha da Liberdade», como lhe chamaram, é também a ilha da fôrça, duma fôrça consciente e se­rena que através da história domi­na e age quando é necessário E’ preciso contar sempre com ela. repito.

E tôdas as vezes que alguém se esquece disso, ainda que momen- tâueainrnte pareça triunfar, sabe que não pode adormecer tranqui­lamente sôbre a vitória.

O ilustre jornalista Homem Cris­to, mestre incontestado, respondia no último número do Povo de Aveiro a um germanófilo que lhe lembrava, a propósito da aliança inglesa, 0 ultimatum.

Sim, 0 ultimatum .. Não sou dêsse tempo, mas a geração a que pertenço foi educada 11a vergonha dessa afronta.

Mas. 0 q u e a m o t i v o u ? Exacta­m e n t e a a c ç ã o d u m g o v ê r n o , a e r r a d a v i s ã o d o s q u e j u l g a r a m po­d e r a c o l h e r - s e à s o m b r a d a A l e ­m a n h a q u e a v i t ó r i a d e 7 0 e l e v a ­r a a u m a s i t u a ç ã o d e p r e d o m í n i o n o c o n t i n e n t e .

H o j e , a A l e m a n h a p o d e , n a t u ­r a l m e n t e , m e r e c e r a s s i m p a t i a s d e u n s t a n t o s . M a s , n ã o p o d e d e m a -

E S P A N T O S O !Ein Ponte do Sôr há coisas ver­

dadeiramente espantosas. Ima­ginem: ali em plena Rua Mousi­nho de Albuquerque, uma das mais importantes artérias da vila, existe, já há anos, um tremendo foco de infecção Cheiro pestilen­cial que se espalha por quási tô­da a artéria.

Pois fique 0 leitor sabendo que já há anos andamos a gritar aos quatro ventos que aquilo nào pode continuar assim, pelo des­crédito que acarreta para a terra e pelos incómodos que traz a quem vive próximo da veneranda fábri­ca de perfumes.

Os moradores da rua mártir bem barafustam, coitados, a pedir providências. Volta e meia, um ou outro vem ter conosco, a pedir- -nos por todos os santos do Uni­verso que lhes acudamos, que agi­temos a questão 110 jornal, que gri­temos alto e bem alto que aquilo tem que desaparecer. E nós, já roucos de tanto gritar, desolados, fatalistas, encolhemos miseiàvel- mente os embros e vamos dizendo aos pob es que tenham pacência e vào rezando umas oraçõezinhas, a ver se se dá um milagre. . .

Mas, desgraçadamente, o mila­gre não se dá. E por iaso cá v o l ­tamos a gritar que tenham pena dos homenzinhos. Não há na terra Delegação de Saúde? Há, sim se­nhor, dizem-nos Pois se há, peji- mos ao sr. Delegado que dê por ali um passeio para verificar a ra­zão das nossas palavras.

Festas em Chança

Em honra de Nossa Senhora da Conceição realizam-se na populo­sa vila de Chança, nos dias 11 e1 2 de Setembro, imponentes feste­jos. A Comissão, que é composta por um grupo de gentis meninas, caprichou em organisar um pro­grama atraente, de molde a arrastar à ridente vila numerosos forastei­ros Há tourada à vara larga, ar­raial, peditório, quermesse e con­certo por uma conceituada banda de música.

neira alguma influir na rota da Nação Portuguesa.

Para terminar, diremos com o sr. Honiem Cristo:

«Conservemos a aliança inglesa e deixemos os germanófilos deli­rar. Juizinho!

Mal p o r mal, antes Pombal.»

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Professores

ANUNCIOPor este Juizo de Direito

correm editos notificando o indiciado João Simões Alaru- jo, solteiro, de 24 anos, na­tural desta vila, e residente que foi no lugar da Tramaga, mas actualmente ausente em parte incerta, para no praso

, de 60 dias, nos termos e pa-Abrem um curso de exph- ra os efeitos do artigo 567 e

cações, nesta vila, no próximo §§ do C o digo do Processo mês de Outubro, onde será p e nal, se apresentar neste ministrado o seguinte ensino: j uizo a f i mde assis(jr a tod()S

Ampliação dos conheeimen uS demais termos do proces- tos adquiridos na escola pri- so e ser julgado no processomarj a’ _ de querela que contra ele ihe

I reparaçao para exame move o Magistrado do M “ de admissão aos liceus. p.°, pe|0 crime de estupro

Preparação para exame de previsto e punido peio artigo’ aplidao para regentes dos 392 do Código Penal, com a postos escolares; cominação de que não se a-

Preparaçãopara exame dos presentando no praso que primeiros anos dos liceus. termina depuis da segunda

Recebem-se alunos em casa Publicação deste anuncio, o

Esta redacção informa. ?nSS°r/ egu ir .á á sua reve“y J lia e 0 reu pode ser preso______________________________ ^ por qual pessoa do povo e

o deverá ser por qualquerE nsina-se em lições ind iv idua is Propriedade em Ervideira autoridade.

ou em curso, a abrir brevemente. (próximo de Ponta do Sõr)

pasiagarq para porcos* * ÀX * 1 r X

C O M

Vende-se na herdade das |Barreiras de Cima, da fregue- *zia de Montargil, composta * ^de restolhos de todas as pra- f. ereaes e legumesganas, milharaes, feijoaes, | a(Jubos s imples e comarrozaes, etc. etc. Compreen- * postosde os mezes de Junho, Julho, | sulfato de amonioAgosto e Setembro; tem mui- * e potássiota agua e não ha mais gado ^ , „„„ r , nna herdade. I A v e "' Ge,,eri" Ca™ ° " a

Quem pretender dirija-se I PON 1 E DO SOR

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CIMEHTD SECllExpcriiaicaatcaia ;i no­va eieih:il;tg4>aii 4 111

sacos dc psípcl

ao E x .” 4 Dr. Joaquim de Sou-sa Prates, Reguengos de Mon- — — . . ------------saraz. Ass ina i A M o c i d a d e

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Ponte do S ô r-G flR E

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Hercilia Antunes Martins

Crato

Vende-se a courela de EmiJia Maria Dias com cortiça de oito anos. Quem pretender dirija a sua proposta à Farmacia Cruz Bucíio —em Ponte do Sôr.

Ponte de Sor, 26 de Julho de 1937 Verifiquei a exactidão

O juiz de Direito,

Joaquim Dias Loução O chefe da 2 * secção, interino,

António do Amaral Semblano

t a d e - s e nóra Mourisca, com abundar-

Uma propriedade rústica ‘ Z a iT ^ “que se compoe de terras desemeadura, arvores de fruto, Dirigir 1 Famando Matias oliveiras, arrozal e poço com Barre,™* Poate * *

A M O C I B A D E

Carteira EleganteFizeram anos as Ex.mas Srns/* e Snrs.

Agosto

16—D. Beatriz d’01iveira Esteves.17—D. Isabel Fires da Silva Ventura,

em Fronteira, D. Albertina Mamede Eu­sebio e D. Maria Fiorinda da Silv?.

18—Antonio Maria Ribeiro, em Lisbôa.19—D. Flavia Machado Lobato.20—D. Catai ina Branquinho dos San­

tos, em Galveias, Menina Viária Rosa Casqueiro, em Evora e D. Joana Maria Duarte Lino Mendes.

22—Antonio Rufo Freire de Andrade, em Estn moz e Ramiro Pires Filipe.

23—Joaquim Carrilho Raposo, no Cra­to.

24—João Baptista da Rosa.26—D. Joaquina Casqueiro de Sonsa,

em Evora.27—Dr. Horacio Baptista de Carvalho,

em Loanda, José Frango, em Lisbôa, menina Leonor Rocha Costa e Jose de Oliveira Esteves, Menina Maria Luiza Ouiomar, na Tramaga e menino Jacinto Serras Pires, em Africa.

2í)—Anselmo dos Santos Pequeno, nas Qalveias.

Setem bro1—Antonio Jordão Falcão Ferreira, em

Montargil.2—D. Aurora Adegas Freire de Andra­

de, em Estremoz e D. Joana Mariana Lopes.

3 — Antonio Correia Pina, em Montar­gil e José Tomaz Mendes Leonardo, em Lisbôa.

4 —D. Maria Laura de Carvalho Cam­braia. no Porto, D. Maiia Angélica Fon­tes Manta e D. Maria Antonia Prates d« Conceição.

5—rAmerico da Silva Prates, em Lisbôa, menino Valentim Varela Bug*, em Pom­bal e Dr. José Machado Lobato.

6 — Antonio Pina Alves, em Lisbôa, Floriberto Rosendo Linares, em Setubai e menino Armando Leilão Ferreira, em Margem.

7 —D. Angelina Fontes Manta, Fran­cisco Fontes Mania e Silvestre Sanches Hercatidez.

8 —Menina Maria Alice de Carvaiho Cambraia, no Porto;

9 Menina Laurinda Canavilhas S. Bento.

10—Menina Adelaide Caetano Correia, em Montargil.

VeraneandoCom suas familias encontram-se na

Nazaré, os nossos presados assinantes Srs. Matias de Sousa Silverio, de Gal­veias, e Francisco Barata, desta vila.

—Das Caldas da Rainha, onde esteve a fazer uso das aguas termais, regressou á sua casa de Benavila o noss“ particu­lar amigo e assinante Sr. Mario Bonito Fonseca.

— A passar uns dias junto dos seus, esteve em Montargil o nosso estimado assinante de Lisboa, Snr. Manoel Mar­ques Moreira, acompanhado de snaespo-Sj .

— Durante os dias de festa estiveram entre nós os nossos presados assinantes e amigos Srs. Francisco Moia Junior e esposa, Antonio Maria Ribeiro, esposa, nora e filhos, de Lisboa, e Francisco da Conceição D nningues, de Santarém

—Para o Qerez, partiu ha dias o nos­so estimado assinante, de Veiros, Sr. Antonio da Silva Lobato.

—Para Vidago, a fazer uma curi de aguas, partiu na passada quarta feira o nosso estimado assinante desla vila, Sr. Jocé Nogueira Vaz Monteiro.

—Tambem partiu para a mesma es­tancia termal o nosso amigo e assinante Sr. Marçal da Silva.

-P ara as Caldas da Rainlia, partiram há dias as Sras. D. Herculana de Men­donça e D. Raquel de Mendonça, desta vila.

Doentes

Vai se' submetida a uma operação nos olhos, no Hospital dos Capuchos, em Lisboa, a Sr.a D Maria Luclana Lino.

Desejamos que a operação decorra com felicidade e fazemos os nossos me­lhores votos pelo lápido restabelecimen­to da doente.

Correspondências Um artigo E E I T A L O cemitério

Ramiro Prezado Pimenta

Esteve frequentando o curso de Moni­tor de Equitação na Escola Prática dc Cavalaria de Torres Novas, o iios?o conterrâneo Rimiro Lopes Prezado Pi­menta, que se destinguia com ótimas classificações. Foram-lhe conferidos dois prém ios—um lindo Stic e uma taça de prata, es'a pelas provas finais do con­curso hipico e aquele pela brilhante clas­sificação obtida naquele curso

Fste prémios foram-lhe conferidos pelo Sr. Dr. Oliveira Salazar, qu* foi as- s s tk" ás provas finais.

Os nossos parabéns.

C a b e ç ã o

E s tra d a A v ís-P a v ia

Segundo informações, encontra-se na vila de Avis um engenheiro da Junta Antonoma das Estradas, a-fim-de proceder ao estudo da Estrada que tem por objectivo li­gar aquelas duas povoações.

Era de toda a justiça que a estra­da passasse também por Cabeção, terra que paga anualmente ao Es­tado pesadas contribuições, e que ainda não recebeu dos Governos que teem presidido aos destinos do Pais, melhoramento algum, nem possivelmente serão atendidas as suas muito justas reclamações, sen­do sempre desprezados como se tratasse duma terra que não fizesse parte da Nação Portuguesa, po­dendo assim considerar-se Cabeção como uma «ilha continental». Che­ga o inverno e Cabeção imediata­mente de todo isolado, sem pon­tes sem vias de oomunicação, o que bastantes prejuízos acarreta aos interesses regionais.

Observa-se que todas as povoa­ções circunvizinhas, se encontram dotadas de boas estradas, belas pontes, etc, e todas as comodida­des precisas, e só Cabeção fica a- limenlando a esperança que vem conservando desde os primeiros tempos da sua fundação.

Não compreendemos nem po­demos compreender, que sendo Cabeção uma povoação com 3 000 habitantes, considerada hoje à maior e mais populosa vila de to­do o seu coiKelho, se encontre completamente votada ao ostra­cismo.

Fizeram-se estradas entre Pavia - Móra, Couço-Móra, Brotas-Món Montargil-Móra, ficando assim o concelho dotado com uma bôa rê­de de estradas, sendo Cabeção a única que não foi benefeciada fi­cando completamente incomunicá­vel como um prêso uo calabouço.

Agora está-se procedendo ao estudo da estrada Avís-Pavia. Não seria mais justo que esta estrada passasse tambem a Cabeção, em vez de passar pisr charneca inhós- pida sem beneficios para ninguém?

Melhor, certamente melhor, por­que beneficiaria assim uma labo­riosa povoação que precisa de pro ­gredir e desenvolver-se, desejando ao mesmo tempo ter ligação com a progressiva e sorridente vila de Avis, terra histórica e de nobres tradições.

Estamos em crer que todos sa­berão compreender a justiça desta pet'çào, e por isso deixaremos d i­zer o resto ás entidades oficiais, para quem apelamos.

C.

PERDEU-SEUma PULSEIRA de ouro. Gratifica-se quem a entre­

gar nesta redação.

Falia de trabalho

Tem-se verificado neste meio que a falta de trab ilho se tem agravado dia a dia Há muitos braços it-iergicos sem pão, não sa­bendo «onde empregar a sua actividade pata assim honrada­mente salvar-se a si e os seus da miséria. E" deveras confrangedo­ra esta situação. Não há ideia de se registar em Qalveias um íão grande numero de trabalhadores sem afazeres, pois orça já por 150 o número dos que pedem tra­balho. Alvitramos a conveniencia que há em pôr em prática a construcção da estrada de Qalvei­as a Montargil cujo obstáculo con­sistia na falta do alinhamento por um engenheiro competente o qual está já concluído definitivamente peto nosso ilustre patricio Snr, Capitào Engenheiro Vergiio Q. Qodinho Braga, sendo esta a altu­ra melhor para fe seguirem os trabalhos em face da grave crise que assola este meio. Não se ex­plica que um meio riquissimo

mal interpretadoSou aluno do Curso Superior

de Letras, e para me treinar nas lides literárias habitualmente publico artigos sob o titu lo de Crónicas da aldeia em ” A M o­cidade” .

Quási tôias as pessoas ao lerem êstes artiguelhos teem um sorriso de ironia e de desdem, çonside- rando-os autênticos abortos literá­rios, o quê me tem penalizado. Mas com o artigo inserido nas colunas dêste jornal, em 15 de Agosto do ano corrente, confesso tristemente que fui bastante de­sastrado, produzindo o artigo mais infeliz da minha carreira de jornalista (?), e por isso mesmo venho publicamente prestar uma reparação àqueles possam v ir a julgar que directa ou indirecta­mente são atingidos pela minha linguagem virulenta.

Nego teaminantemente que a minha prosa queria atingir qual­quer pessoa do Ervedal e de aqui aviso os amantes do escândalo e os críticos de meia tigela, que teimam em ver pessoas que nun­ca pretendi focar, de que desta vez lhe falta matéria para mes­quinhos comentários.

Fiquem, pois, todos sabendo que eu quis focar um personagem i- tnaginario, um dêstes tipos que abundam por tôda a parte e nun- c t abocanhar a dignidade e a honra ue alguém.

O meu artigo começa assim: *Eu conheci-o. Diz-se professor e afinal não é nada. Verdadeiro vá- dio» etc. - .Ora êste diz-se profes­sor é escrito com ironia e nunca de forma alguma pode atingir qualquer proíessor diplomado de Ervedal, ou de qualquer outra lo- calidad e. E crc v i diz-se professor, como poderia escrever julga-se doutor, e só os estúpidos e os mal intencionados podem a estas fra­ses dar outro sentido.

A personagem que entra na barbearia do Braz e no Clube e que mete o nariz em tôda a parte, discutindo e gesticulando não, pode ser senão imaginária, porque a dar-lhe realidade teria de ser a minha pessoa, pois ninguém no Ervedal discute tanto como eu em qualquer lugar.

Depois desta declaração confes­so mais uma vez que fni manifes­tamente infeliz neste ensaio de li­teratura e compreendo que os lei­tores podem julgar mal da minha inteligencia; mas Iprefiro isso, por­que pelo menos êste gosto afigu­ra-se-me honesto e a minha cons- ciê icia fica tranquila.

Ervedal, ló de Agosto de 1937

Francisco Calado Godinho Barrocas

como êste e aonde há tantas terras por cultivar se observe esta ne­cessidade agravante. Pede-se ás autoridades superiores para re­mediarem urgentemente esta situa­ção, impondo até mesmo a quem de direito, já que poi in i­ciativa própria se recusam a fazê-lo, as obrigações determinadas pelos sentimentos da humanidade.

Pest.is Decorreram com muito brilhantismo os festejos aqui rea- lisados nos pretéritos dias 7 e 8 os qua is constarem de festa re li­giosa. quermesse, tombola, barra­ca de chá e concerto musical pela Filarmó iica local tendo esta exe­cutado b los trechos do seu vasto reportorio.

C.

V irg ilio Salvador Ricardo da Costa, Engenheiro-Chefe da 4,a Circunscrição Industrial.

Faz saber que:Augusto Silveira Araújo, pre­

tende licença para instalar uma oficina de ferreiraria, sita na Rua do Freixo, freguezia de N .a S.a da Oraça, concelho de Souzel, d istri­to de Portalegre, que se acha in ­cluída na classe 2.a da tabela l . a com os inconvenientes de barulho, abalo e fumo.

Angelo Penedo Dordio, preten­de licença para instalar um tôrno de cozer telha e tijclo, no sitio da Lagoa, freguezia do Cano, conce­lho de Souzel, distrito de Portale­gre, que se acha incluido na classe3.a da tabela I a com os inconve­nientes de fumos.

João Fernandes Cravo, preten­de licença para instalar uma ofici­na de carpinteiro de carros, com forja, na Rua do Poço, freguezia de Casa Branca, concelho de Sou­zel, distrito de Portalegre, incluída na classe 2,a da tabela I a. com os inconvenientes de barulho e fumo.

José Orowdll Camossa Pinto, pretende licença para instalar dois fornos de cozer telha e tijo lo, no sítio das Casas Brancas, freguezia de S. Francisco de Assis, concelho de Ponte de Sôr, distrito de Por­talegre, incluídas na classe 3 a da tabela 1.* com os inconvenientes de fumos.

Joaquim Francisco David, pre­tende licença para instalar uma fábrica de preparação de cortiça (com caldeira), na Herdade do Tor­neiro, freguezia de Aldeia Velha, concelho de Aviz, distrito de Por­talegre. incluida na classe 2.a da tabela l . a com os inconvenientes de fumo, cheiro e perigo de incên­dio.

João Pires Metelo, pretende licença para instalar uma oficina de Ferreiraria, ua Estrada Nacio­nal, freguezia de N.a S.a da Assun­ção, concelho de Alter do Chão, distrito de Portalegre, incluida na classe 2.a da tabela 1.* com os iu ­convenientes de barulho, abalo e fumo.

Nos termos do regulamento das industrias insalubres, incómodas, perigosas ou tóxicas, aprovado pelo decreto n.° 8304 de 25 de Agosto de 1922, e dentro do pra­zo de 30 dias contados da data da publicação dêste edital, podem tô­das as pessoas interessadas apre­sentar reclamaçõ's, por escrito, contra a concessão da licença re­querida e examinar o respectivo processo nesta Circunscrição com séde em Evora, na Praça do Ge­raldo, n.° 69.Evora, Secretaria da 4 * Circu is- crição Industrial, ò de Julho de 1937 O Engenheito-Chefeaa Circunscrição, Virgilio Salvador Ricardo da Costa

Visado pela Censura

A G R f l d k e i m e r? t oRaquel de Mendonça, vem por

este meio testemunhar os seus a- gradecimentos a todas as pessôas das suas relações a quem enviou circulares no sentido de angariar donativos para este hospital, e a forma gentil como aquiesceram ao seu pedido em beneficio da pobresa e da invalidez.

Não pode porem, nem deve deixar de salientar a solicitude t a forma cavalheiresca e generosa como o importante industrial e proprietário Snr. José da Silva Barreira e sua ilustre familia cor­respondei am ao seu apêlo envian­do muitas centenas de escudos para o mesmo fim humanitario, afir- mamío-se deste modo dos melho­res colaboradores de Vaz Montei­ro, na sua grande e vasta obra de

O cemitério da nossa terra era, nos tempos saudosos em que o Doutor João Felicissimo nele exercia a sua fiscalisação o que pode chamar-se um mimo de a- ceio e higiene. O fiscal ia ali diariamente exercer a sua acção, e dahí resultava a ordem em que tudo se encontrava

Varias vezes temos constatado neste jornal que o cemitério deixou de ser aquele exemplo de aceio e ordem que era em passados tempos Há dias porem acompanhámos ali um funeral, e foi tal a desagradavel impressão que nós e quási todas as pessoas recebemos, que não deixamos esta oportunidade sein cha­marmos a atenção de quem no caso su- .perintende.

Montes de folhas cobrem algumas se­pulturas. Ramos secos estão atirados para os cantos e é tal a falta de aceio, que nós não podemos conter o nosso protesto.

Quem havia de dizer que o cemitério de Ponte do Sor modelo de aceio ainda não ha muitos anos, estaria a estas horas quasi transformado numa verdadeira es- trumeira?

Sabemos haver um fiscal que nunca visita o cemitério Chamamos aqui a- gora a sua atenção, para o caso, e pedi­mos lhe que vá até lá fazer dar umas vassouradas Haja mais respeito pela mansão dos mortos.

Pedras ^ ^ata construcção da pnnte sobre o Sôr, que

q U e muitos julgavam ser anti—^ quissima por ter ali havido

falam urna 0lltra de construcçãoromana, que o camartelo do

tempo destruiu, foi ignorada durante bastantes anos. Numa das nossas pere­grinações pelos arquivos do Municipio descobrimo-la há anos, e transcrevemos para um pequeno trabalho das dadivas do povo e o auxilio que a Câmara então prestou para essa monumental obra

Oí antigos usavam deixar esculpidos os f;<cto> importantes que registavam e dai o nosso convencimento de que a ponte deveria ter possuído qualquer ins­crição que atestasse o feito. Descobri­mo-la há tempos. Mãos vandálicas certa­mente, arrancaram à ponte um padrão que deveria ter existido á entrada para o reduzirem à servil condição de suporte de um candieiro de iluminação pública Este candieiro foi arrancado há pouco ainda, encontrando-se agora o padrão, ao qual falta o capitel, juntamente com outros blocos de pedra, próximo da Casa da Balança. Nâo seria interessante fazê-lo repor no primitivo lugar? A' Câmara Municipal e à Junta Autónoma das Estra­das lembramos êste interessante caso.

A inscrição diz assim:Reinando o muito alto e muito po­

deroso rei e Senhor D. / oão VI, se lan­çou esta ponte em 1823.

F A L E C I M E N T O S

Na avançada idade de 83 anos, faleceu na madrugada de 26 do corrente, a Sr.a D. Maria Francisca Filipe, viuva, natural do Vale de Açor e ha muitos anos aqui residente.

A extinta era mãi da Sr.a D. Cecilia Maria Filipe, sogra do Sr. João Pires Miguens e avó dos nossos amigos Snres. Ramiro, Manoel, João e Antonio Pires Filipe e da Sr.a D. Carmelinda Pires Fili­pe. Foram oferecidas três coroas de flores artificiais, pela familia e emprega­dos da casa Ramiro Pires Filipe, tendo-se encorporado no préstito bastantes pes­soas

—Tambem faleceu nesta vila, no pas­sado domingo, a Sr.» Ricudina Joana, solteira de 60 anos de idade, natural de S. Miguei do Rio Torto e residente nesta vila há muitos anos, irmã da Sra. Benvin­da Joana Antunes e tia dos nossos ami­gos e assinantes Sines. Augusto Antu­nes, João Antunes e Joaquun Antunes, residentes em Co mbra e das Snras. D. Esperança, D. Angelina e D. Alzira Antunes

—Com 48 anos de idade, tambem fa­leceu nesta vila, ha dias, o Sr. Rodrigo- Alves, viuvo, proprietário, daqui natural.

A’s familias enlutadas envia "A Moci­dade" o seu cartão de sentidos pesames.

Offieiina de ffcrrcirt

Com todas as ferramentas ne­cessárias, arrenda-se. Dirigir a Ramiro Pires Filipe em Ponte do Sôr■

bem fazer.Este agradecimento e extensivo

também aos simpáticos emprega­dos de escritorio da importante fir­ma Barreira, C * e Irmãos, que mandaram tambem muitíssimas prendas para a kermesse

1 2 / a n o P o n t e d o S ô r , 1 2 d e S e te m b r o d e 1 9 3 7 N U M E R O 2 6 2

QUI NZENARI O REGI ONALI S TA

D I R E C T O R E E D I T O R

ÇúM&úAdúux de. Oíimixa. dutx. Gwiceiçãa OáncUacU

Secretario da Redação Amiicar d« Olivairs da Concaicáo Andrada

A D M I N I S T R A D O R Primo P«dro da Conceição

F U N D A D O Pri mo Pedro da

José Vi e gas

R E S C o n e < a i ç & »

Facada

Redacção, Administração e Oficinas gráfica*

odlentej& ui - fc * t£e Sok

A instrução e a riqueza Ponte do Sòr lá foraO u o s c o c o l e g a " C o r r e i o d e

A b r a n t e s ” r e f e r e - s e n o s s e g u i n t e sA instrução é Ião necessária ao espírito como o pão o ^ rmos a e x i b i ç ã o d o n o s s o R a u -

0 ' ' H O corpo cho naquela cidade:> i n o c o r p o ' * c n o n a q u e l a c i d a d e : A o v e r o t e u o l h a r , c a n ç a d o e t r i s t e .T od o o hõmem, rico ou pobre, nobre ou plebeu, deve c o m S ° L t " o a s S i u í m õ - ®a v o l t ° em s o m b r a s n e g r a s d ’ a m a r g u r a .

idar a sério na educação de seus filhos; pelo menos até m o v i d a s e m a u x i l i o d o b e n e m é r i t o S o m b r a s d e d o r e f e l q u e a s o r t e d u r a ide o permitirem os seus meios. H o s p i t a l d o S a l v a d o r . Di f a c t o , a L a n ç o u n o i r i o l e i t o o n d e c a í s t e ;

Ao v e r a p l a c i d e z c o m q u e p a r t i s t e N e s s e i s n t a n t 9 c r u e l d e d e s v e n t u r a , I r r o m p e u n a m i n h ’ a l r a a a n o i t e e s c u r a . S e v e r a n o i t e q u e a i n d a h o j e e x i s t e l

E e u c h o r o s e m p r e , s e m p r e , a t u a m o r t e l — 0 p r a n t o g e l a n e s t a f r i a e s t r a d a

N e s s e s i l e n c i o a t r o z q u e e n v o l v e o N a d a . R e s i d e n c i a f a t a l d a n e g r a s o r t e , D o r m e t r a n q u i l a , t r i s t e f l ô r f a n a d a l

Ponte do Sor, Setembro de 1937

cuidaonde o permitirem

Para o D o b r e será a instrução como que a Fada do no'te d o m i n g o p a r a s e g u n d a Bt in que lhe abrirá as portas da Fortuna, e da admissãoDOS tt mplos da sociedade distinta. f a m i l i a s , a o r e t i r a r , já n à o v i r a m

Peta o rico será, como que o baluarte dos maus pen- e s t r e l a s n o c é u : e r a m p = i t o d a s ò samentos, das más obras, abri lhantando-lhe todos os dotes h o r a s d a m a d r u g a d a ,que possua; servindo também a um e a outro para os afds- N o i t e d e e n t u s i a s m o i n v u l g a r ,<ar da inferioridade en, que a ignorância o s colocaria. ? ? . ° “uâe n ito \g " u |> ™ ê n ío «■ _______________ ________________________________

A tiqueza da apenas, como é sabido, todos o s como- t í - > t i c o o r g a n i z a d o r e c e n t e m e n t e Q u e D e u s i n d i c a c o m o um f r á g i l n o r t e I dos, todas as satisfações da vida em P o n t e d o S ô r , p o i s e s t r e o u - s e

E’ certo que, muitas vezes , a sociedade distingue e pres- II0S f e s t e j o s p r o m o v i d o s h á d u a sta toda a sua consideração a qualquer recem-chegado só Se|na,las a f a v o r d o H o s p i t a l d e s t apela sua aparência, al iás separada do individuo; e olha com indiferença um homem instrui lo, adornado das melho- rjt0 V a z M o n t e i r o ! res qualidades, porque é pobie e nào chama a atenção com O " R a n c h o " é b o m , v e r d a d e i -o lliXu da sua indumentária. r a m e n t e b o m : m e r e c e p a r a b é n s

Embora a riqueza ofereça todas as vantagens poss ive is *'"c ro* e ca,t>ros°? o e n s a i a d o r ,e imaginarias, quem nos assegura, todavia, que d a há-de nó', a ap“"c“a f m a Sser eternamente du-adoura, visto que esta sujeita a tantas ^ e s o r i g i n a l í s s i m a s e d e b o m Tuberculosose v e n t u a l i d a d e s m o n e i ã r i a s ? g o s t o , e m e r e c e t a m b é m a s m a i s - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Sofrer a pobreza a quem não está acostu nado, deve rasgada» felicitações o maesteo,ser o mais duro dos sactitícios. Que fazer, pois? Sr- Silva, ",jm" ia consa-

D e que meio há de lançar mão, pa,» fugi, à mi éria “ n o í Tque o espera, se nao tiver habil taçoes com que ihe possa bjtorfa/er fact? O s p o e t a s P o n t e s s o r e n s e s e a Tuberculose. Estão represen- C r a c k e n e s c r e v e u a r e p o r t a g e m d;i

Há de sujeitar-se a profissões ignóbeis? Ha d e deses - p r e t i s a D r . * j o v i t a d e C a r v a l h o tadas nada menos de 25 na- p ' ó p r i a m o r t e . P a r a i s s o n à o s ep r ao sentir-se d e s g r a ç a d o ? c o m p u z e r a m d e z i n t e r e s s a n t e s c a u - cõ . in te iê ís e al'«u a o e s p i r i t i s m o , n â o p a s s o u

A insíniPâo á — i v i i m «se w A n n n i c s á t i r a r v a t r i m n - Ç ^ e s d e t i p o r e g i o n a l q n e o " K a n - w q u e p r o v d o m ie ie s s e a n t e s à o u t r a v i d a , n à o b u s c o u oÇ ' S p 0 c f j 0 " s o u l i e i n t e i p e t a r d e m a n e i r a todo O mundo tem tio a s t r a l . O c a s o p a s s o u - s e , s i m p l e s -

quando aliada a uin bom p r o c e d i m e n t o . a s e r p r e m i a d o , c o m i n t e i r a ju s - debelar do terrivel f l a g e l o , m e n t e d a s e g u i n t e f o r m a :A riqueza garante o presente; a instrução garante o pre- t i ç a , p o r e n t u s i á s t i c a s s a l v a s d e Desnecessário se torna enca- M a c C r a c k e n , e d i t o r do "Medoc

D a i I M a i l ” , r e c e b e r a a v i s i t a d e F i e n c h , e d i t o r d o ' P l a i n D e a l e r ” . D e p o i s d e v i o l e n t a a l t e r c a ç ã o F r e n c h d i s p a r a d o i s t i r o s c o n t r a

propa- M a c C r a c k e n q u e , t r a n s p o r t a d o g r a v e m e n t e f e r i d o p a r a u m h o s p i -

Está-se realizando em Lis­boa, na Faculdade de Me di ­cina, a X Conferência dã

Última reportagemO a m o r p r o f i s s i o n a l n à o t e m

l i m i t e s . C o m e o d o m . t a m b é m m o r r e c o m o h o m e m . V e j a - s e o q u e a c a b a d e a c o n t e c e r e m N o v a

União Internacional contra a Y o i k : o j o r n a l i s t a C l a u d e M a c

nu

sente e o futuro; sendo esta a in l h o r vantagem da segunda p a l m a s . T o l o s o s nú n e r o s f i r a m recer a im p o rtâ icia do acon-sôbre a piillieira. b i s a J o s , a l g u n s t r i s a d o s , e a a s s i s - tecj.n e n a u e r S0K 0 D()I1t0

Homem iico sem instrução nunca poderá notab:iizar-se g r ip i v1Sta?it|a"S° U dC aplaud,r ° de vista científico, quer sobsenão como Creso ou como Lúculo pelo dinheiro, pelos ban- - T a m b é m o p r e s a d o c o n f r a d e o ponto de vista de propa-quttes . " B r a d o s d o A l e n t e j o " , d e E s t r e - ganda do UOSSO paíà.

O que fôr sabio, embera pobre, ha de i m p ô - . e pelos moz, em correspoucê icia de Aviz, Portugal possui uma orga- tal< di,ou à c?P0Sa. empregada co-dot( s do seu engenho, pi la centelha do seu espíiito, pela s e r « f e r e a o n o s s o " R a n c h o " : nizacão modelar de ass is tên - 1110 e n f e n n e l r a , l ê s s e e s t a b e l e c i -

H A . i M h . U t , « T i v e m o s u o d i a 1 do p r a z e r d e 1 'iioueiar ue dssisieil meilto, a s u a ú l t i i n a r e p o r t a g e munidade do s tu talento.Por es sas terras de Cristo, mundo além, quantos ho­

mens humildes tm seus princípios, ou mesmo de origem oDscura, que, pela sua rara iutt ligencia, pela sua modelar

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ,- - - - - - - - — . . . . , , - - - - - - - , - — - . . . . . . - r e p o r t a g e mo u v i r , e m P o u t e d o S ô r , o R a n c h o c,a ailtl uioerculosa que OS s ô b r e a p r ó p r i a m o r t e , q u e 2 p a r e - d o S ô r . r e c e n t e m e n t e c r i a d o n a - estrangeiros ainda ignoram, c e u e m e d i ç ã o e s p e c i a l d o s e u q u e i a v i l a . O s UOSSOS ilustres Visitantes j o r n a l , q u a t U o j á h a v i a e x p i r a d o ,

t r a u o s s o c o n v e n c i m e n t o q u e hão-de ver admirar e lá fo- es,á* N â 0 f a l t u u 3 0 j u r n a l i s -aplicaçao, pelo seu grande sabe i , se t evara n às mais altas se tra tav i de mais um como há ra nuando a nós se referi"'— ainer,can()< l,em 1,0 momentor r b ’ muitos mas a sminles aores-ti^- 1 Hudl i uu £‘ re ie r iposições muitos, m a s a s i m p l e s a p r e s e n t a ­

ç ã o d e s f e z ê s s e c o n v e n c i m e n t o eirem,

fá- lo-ão em termos entusiás-Dsntre os muitos que poderia citar, destacarei apenas a p 6 5 a e x b ç ã o d o s p r i m e i r o s n ú - ticos. Farão propaganda, em p r o f i s s i o n a l .

m a i s s é r i o d a s u a v i d a , o u m e l h o r , n o m o m e n t o d a m o r t e , a n o ç ã o

o do grande papa Pio X e o de Abraão Lincoln, instruí los m e r o s c o n s t a t á m o s , c o m s u r p r e z a , suma. E é com propagandaambos à < usta de enormes sacrifícios, em razão da sua po- que e s t á v a m o s e m f r e n t e d e uin g l)e se „era 0 p , eS(jCTj0 _b u z a ; chegando o piimeiro ao Supremo Lugar de Chefe d o s m e l h o r e s « R a n c h o s » q u e t e -

m o s v i s t o e o u v i d o e n ã o d i z e m o sA acçáo da A. N. T.

" A t é 1 9 3 0 ( d i z o D r . L o p o d e C a r v a l h o ) a A . N T . l i m i t o u - s e a s u s t e n t a r o m e l h o r q u e p ô d e , o s

Propagandada

agricultura

da Cristandade, e o srgumlo ao de Presidente da grande „ meiho, porqut lhe f»l,a uma so. robra„ crr Republica Americana;— incontestável excelencia da mstru- |jstaçáo £Ôbre a riqueza. Claro que este empreendimento ouE uUac,t i j , *, , , o it i ' t Estamos enviando para o correio os . . . ■ . r1 1 . • .Do 'Jornal de Arganil» M. N. S. (f.«-se lá alguma coisa em prol de recibos referentes ds assinaturas ao estabelecimentos criados antes de

Ponte de Sôr que assim não acon- nosso jornal. Como ”A Mocidide" vi- 1910. De 1930 em diante os pro-- -------------------------------------------------------------------------------------------------------- teça!) foi patrocinado pelo Ex.m“ ve apenas do produeto dessas assi- gressos da obra são verdadeira-

Sr. José Vaz Monteiro que ofere- nnturas e dos poucos anúncios que in- me„ t e notáveis. Com o auxílio. r,- . ^ _ , . . .. J ■ • t sere, atravessando uma vida de dlftcul- . .A Direcção Oe- Estatística ceu, segundo nos informam, tôJa dades, pedimo* aos nossos estimados valioso do governo e da geuero-

ral dos S e rv iç o s -------------- a indumentária necessária para os assinantes que, logo qui lhes sejam sidade dos particulares, a “ Assis-Agi icolas, pela sua Segundo uma estatística ultima- figurantes. apresentados os recibos pelo correio, têucia", dirigida e animada por ho-Repartição de Es- mente publicada, os exércitos ter- Auguramos um bom futuro ao f ,^ tis ( m’ „ecvi ancto. nosn9v a .r.e' mens de boa vontade, tem aumeu , ! . j . • • j c n u j ca . ' i messaep.tr consequencia maior dis- . , ,tudos, Informação restres de varios paises da Europa «Rancho do bôr» que ssuJamos p ndio de dinheiro. tado os seus meios de acção e es-

e Prcpaganda, continua a dar à têm aumentado bastante nos últi- na pessoa do seu Director, Sr. Algumas assinaturas nao vão liqui- tendido os seus benefícios à maiorestampa interessaiues brochuras mos anos. Primo Pedro da Conceição, e es- dadas até ao ultimo numero suido. ha- parte do pais Basta comparar osde propaganda da agricultura. A Rússia terá 1.3Ó0.000 ho- peramos que em breve visitará zemos assim, para facilitar ”ielnor dados estatísticos para se ver a. , . ° t .. . , , *. • n aos assinantes que teem dificuldades

Acabamos de receber "Os Len- mens uo efectivo, a Alemanha Aviz.» em puRarem importancias maiores, que distancia se esta de 1931. Nes-teiros dos airedores de V is tu ", 800.000, a Itália 550.000 e a — — ■« — --------- So proximo trimestre enviaremos os te smo, as consultas nos estabd -"Subsidios para o estudo químico Fiança 400.000. A Inglaterra pe- Os Esticadinhos Para Estremoz e na recibos de todos os números em debi- cimentos da A. N. T. foram em-biológicu do mel nacional" e lo seu velho sistema, não ultrapas- , stia re- to. número de 24 933, e, em 1935,"i i . . n . : i, . i .u 1 1o «n/. l-, • 1 gresso, esteve nesta vila o ‘'Kancho Re- Os assinantes que residam nas po- , t lo «00 ' ' 'C »It ui a das I e! eiras trabalhos sa 113.000. h preciso admitir que gjonal Os Esticadinhos” , de Cantanhede, voações que não teem estação telegra- )33

que, como os anteriores se apre- a França e a Inglaterra estão I011- qtie foi áquela cidade alentejma abri- fo postal, e onde por consequencia n ã o _________S tu tam ccm Ótimo aspecto grá- ge de ter esgotado as suas pos- lhant tr os festejos da Exaltação de San- podem fazer a cobrança, pedimos o fa-f,co vihilirlartpc Há 11a F u ro n a 10 nOO ta Cruz. vot de mandarem satisfazer d Redac- mente aos Srs. Manoel de Oliveira e

, ‘ . 1 • o co n Todos os componentes do “ Ranclio’' çâo as suas assinaturas. Os assinan- José de Bastos Moreira, em poderAgradecemos OS exemplares en- carros de assalto, dos quais 3.500 se mostraram sattfeitos com a forma co- tes de Longomel e Vale de Açor, fa - dos quais jd se encontram os res-

viados. cabem à Rússia. mc> ali foram recebidos. rão (1 finesa de pugarem respectiva- pectivos recibos.

2 A 3 1 O C I D A D E

Pedrasque

falam

Em boa hora trouxe­mos a lume a locai em que nos r t fe riamos ao padrão que outro ia existiu à entrada da

ponte, e que, como dissemos, de­pois de ter sofrido tratos de polé. foi parar com out ros blocos de pedra junto do páteo da Casa da Balança.

O Snr. Bartolomeu de Sousa Tapadas, nosso presado assinante e d igno Chf fe de Conservação de estradas, nesta vila, leu a nossa local e mostrou-a ao Snr. Enge­nheiro adjunío da Direcção de Estradas, em Portalegre. Eduar Jo Amor im, que prometeu interes­sar-se pelo assunto. De facto, Sua Ex.a esieve ha dias nesta vila, e teve a gentilesa de nos procu­rar para colher alguns informes. Fazia-se acompanhar do processo de reparação da ponte, isto é, da par te nova da ponte, donde respi­gamo s que ela com tçou a cons- truir-se no ano de 1821 e termi­nou em 1823, que uma enorme cheia na madrugada de 24 de De­zembro de 1800 destruiu parte de­la, que nessa altura tinha 10 a r ­cos mais ou menos iguais aos da parte antiga, lendo a altura da cheia excedido o fecho dos arcos. Visitámos a ponte e depois fomos em busca do padrão que encon­t rámos no local que tinhamos in­dicado. Aqu' , com o auxilio de varias pessoas, conseguimos vol­tar o bloco e depois de feita uma limpesa sr bte a parte da inscrição coberta de argamassa, foram pos­tos à vista todos os caracteres que dizem: N o ano de 18 23 reinando o m uito a lto e m uito poderoso r e i e senhor D . João VI, se cons­tru iu para u tilia a d e publica esta po n te.

O Sr. Engenhei ro Eduardo Amorim que foi duma gentilesa a toda a p rova, vai levar o caso ás instancias que nele teem superiu- tendencia e espera que esta inte­ressante idea de repôr no seu lu­gar o antigo padrão a atestar a construcção da ponte, em breve seiá um facto. Conservadores co­m o somos e amigos das velharias da nossa terra, que infelizmente são bem poucas, ficamos esperan­do com todo o interesse porque isso venha a suceder e muito g r a ­tos ficamos para com o Sr. Enge­nhe iro Amor im pelo interesse que mos trou na solução deste as­sunto.

L i m a . p á g i n a . d e . Í L t e h . a . t u . h . 0.

Q Pondendo depreender-se da local que éscreve-

Cemitério mos no nosso u ltim o n u ­mero sobie a fa l ta de

aceio em que se encontra o cem itério desta vila, que o Snr. D r. João Pires P ais M iguens, D elegado de Saude, neste concelho, stiperltenda por qua l­quer fa rm a na sua fisca lisução , por nessa local nos ter moe referido ao seu antecessor D r . /oão Felicissim o, que estava particu larm ente encarregado p ila Câmara M unicipal de d ir ig ir o serviço de ja rd inagem , incumbência qae estendia também à fisca tiso çã » da lim pesa do loeul, pede-nos Sua t x . a p ir a fa ze rm o s esta rectificação, nâo v4 supôr-se que a sua pessoa exerce a li qua isquer fu n ç õ is .

A qu i f ic a a rectificação, com a de­claração de que não qu izem os fe r ir n inguém e apenas cham ar a ahução de quem temia por dever ze la r por estas coisas, nomeadamente do f i s c a l S r . B rigo Mendes P ita , qae nos d i­zem só m u ito raram ente v is ita r o ce- m iteèrio, circunstancia que certam en­te con tr ibu iu paru o desm azelo que notdm os. Chamamos por ccnseguinte pura a caso tôda a sua atenção.

Oliveira Martins disse que o Alentejano não sabia cantar!

Afirmação gratuita, bem sabe­mos, mas que mal fica, por sai.la de tal bôca. Por certo êste autor nunca ouvki um cantar alentejano; indubitavelmente o historiador nunca sen tiu o transporte, o êx­tase, o dôce e dolente mistério dum cantar das gentes de Além- 1 ejo!

De cont rár io a harmonia ascen- cional, a musicalidade perturbado­ra dessas cantigas, quási todas cla­ras sugestões da Terra, tê-lo-iam afectado vivamente, deixando-lhe indelével, no ouvido e no coração, um ressoar misterioso vivo ccmo o lume, per turbador como a carne.

Conhecesse ele a Fialho, a Bei­rão, Florbela ou Monsaraz— para não citar mais —e verificaríamos que embora não tivesse contacto com as gentes do sul o suficiente para as estudar e á sua paisagem, a sua opiniã > se modificaria de tal maneira, que. de ignorante de tal bel-sa, se tornaria fervoroso apai­xonado dessa planicie imensa, pintada, cantada e exaltada pelos maiores Altistas de Portugal .

Falta de sensibiliJade, ou não conhecia Oliveira Martins essa be­leza de magia que o Alentejo tem e a sua extraordinária riquêsa fol­clórica. Não nos devemos de tal admirar; pois hoje ainda, há m u i ­tos portugueses, viajados pela Es­panha ou pela França, pela Itália ou pela Alemanha, que desconhe­cem o que de melhor e mais belo possuímos, no norte ou no sul, em belesa de paisagem, em rique­za folclórica, em monumentos his­t ó r i c o s . . . em tudo que constitua alimento espiritual, ciba intelectual, com o que possuímos, que é mui­to e bom.

E não se conclua destas minhas palavras, nacionalismo estreito ou exagerado, que nunca fui dado a êle, com a silhueta quichotesca- mente ridícula que em alguns n o ­to; não, o nacionalismo só me in- teressa no que tem d e . . . geral, e desde que não conduza como tan­tas vezes sucede, a bê:os sem sai­da, q; e não raro redundam em tragédia.

Mas tudo tem um limite; e as­sim, muito embora goste de falar com pessoas viaj idas e cultas, cau­sa-me impressão o facto de ouvir um snob filar tu-cá. tu lá, dos Pi- rinéus, e não ter visitado a Serra da Estrela. Enfastia-me um por tu­guês falando de Sevilha, Bircelo- na ou de Métida, se souber que

não conhece Evcra, Coimbra ou Tomar. E abor reço-me se êle dis­creteia àcêrca das b-lesas da pai­sagem italiana, se não visitou ain­da o Minho, se não conhece o Alentejo ou se ignora o Algarve.

Mas não vou, evidentemente, falar-vos daquilo que eu gos to e os outros não; não valeria a pena escrever estas linhas para as resu­mir a critica ao snobismo dos outros.

O trabalho perderia, e perder- se-ia, porque nein eu conseguia modificar os homens, nem os ho­mens ligariam parcela de impor­tância à minha caturrice.

O que mais me interessa é falar de algumas figuras coutempoiâ- neas de especial relêvo que tam­bém sentiram, embora cid.i utni seu modo, essas belesas a que me referi: Florbela Espanca, MárioBeiião e o Conde de Monsaraz, que não se limitaram a cantá-las em versos. Com unicaram com elas, viveram com elas, sentiram a Terra, a N a tu reza , deram-lhe o coração c r tceberam em troca, por via espiritual, inesgotáveis e estupendos motivos para as suas compos çõ ‘S.

Qualquer dêstes autores, conhe cid * a sua obra, |ustificr absoluta­mente o que acabo de afirmar, dan­do assim ens. j > a qne, nos aspec­tos sob que se nos mostram se­jam cottsi lerados: uma como «So­ror S ú hde» , ou tro como o «Poe­ta da Au êicia» que nos fornece na sua obra uma Etuografn lírica, e por fun Monsaraz, parnasiano como Ccsário Verde.

Foi o Alentejo o bê çu dêstes mimosos artistas; Florbela, que vai ter a sua memória e o ^eu valor consagrados t m um busto,da au to­ria de Diogo de Macedo, c j m pe­destal segundo desenho de J >rge Segurado, nasceu em \AI i Viçosa, aos 8 de Dezembro de 1894, ten­do frequentado o Liceu de Evora, aquele mesmo Liceu em que a sua patrícia P ú b lu H «rtê icia de Cas­tro tanio havia br il lndo uo séc. XVI.

Floibela. filha de An tó i ia da Conceição Lobo e de pai incógni­to muito embora se lhe atribua a paternidade de Jo i o Miria Espan­ca, que lhe deu o apí l id >, inatri- culou-se no 1 ° ano do liceu etn 1905 teudj -o frequentado com re­

de 14 v3lores.Durante o tempo que frequen­

tou aquele estabelecimento de en­sino nada fazia adivinhar nela o valôr literário que depois se reve­lou através de maravilhosos e for­mosíssimos versos.

Entanto, factos há da sua vida, atestados por contempoiâneos seus, que justificam mais de um passo das suas composições, mais de uma atitude do seu ser, todas as inconstâ icias do seu coração e do seu espirito, os fracassos amo­rosos, desde os anseios de rapa­riga namoradei ra até ao lar des­feito por mais de um casamento infeliz.

A sua estreia literária foi em 1919, com o «Livro de Máguas» que imediatamente a fez triunfar; frequentava então a Faculdade de de Direito, onde se distinguia, como seu irmão Apeles na de Engenharia, e Aviação, e tão cêJo igu lmente roubado à vida em tiágicas condições.

Publicou Florbela seguidamente o «Livro de 5óror Saúlade», «Charneca em Flô » e «Relíquias», em verso, e «As Mascaras do Des-

iDominó Negro», em

Curso Intensivo de Vinifícação no Posto Vitivinícola da Régua

A exemplo dos anos anteriores, o Ministério da Agricultura, no intuito de desenvolver a assistên­cia técnica à viticultura nacional, p romove a realização de um cur­so intensivo de vinifícação, que terá lugar nos dias 12 a 19 do corrente mês, na séde do Posto Vitivinícola da Régua

O curso será dirigido pelo En­genheiro - ag ró n o m o Mário dos Santos Pato, director da E 4 ação Vitivinícola da Beira Litoral, Anadia, com a coaojuvação dos Engenhei ros - agrónomos Tomaz Tavares de Sousa da Estação Vi- tivinícola da B ita Litoral e Aiva- ro Moreira da Fonseca lo Posto Vitivinícola d i Régua.

No ano corrente, é ê-te o ú ú- co cu so para vinicultores p ro ­movido pelo Ministério da A p i­cultura, project unJo-se, para 1933, organisar cursos com orient .çao semelhante em Anadia, Régua Dois Portos, B a g i e S m t a i é n.

Todos os miei rssados dev.-rão enviar q.ianto antes a sua iuseti- ção para a s-de do Posto Vitivi- n í : la da Régui , onde se forne­cem (iS programas e demais in­formações necessárias.

gulari ia le até 1912, ano em que passou pata o ensino doméstico, tendo feito ex ime do 7.° ano de L°tras, como externa, em 24 de Julho de 1917, cotn a classificação

tino» eDrosa.

Co mo se revelou, e tão fecun- dameute se afirmou depois a poe- sa calipoleust?

Ignoramos, como o ignoram os que com ela mais intimamente conviveram, desde os companhei ­ros de liceu até ao seu pr imHro marido o professor Aloerto Mou- tinlio.

O que de concreto se sabe, é q u j , muito nova ainda, adorava ler verso-, recitá-los, e, mais ainda, ouvi los ler.

Nesses momentos como se alhe­ava da vida, e chorava, chorava escutando em êxtase, um fiémito nervoso a percorrer-lhe o corpo todo, inspirada e intimamente ilu­minada por qualquer luz desco­nhecida, que a íeduzia a longas horas de silêncio, de alheamento, de p r o s t r a ç ã o . . .

E surgip-nos um dia poetisa e prosadora, tão brilhante e tão fe- cun I », qae depressa a sua obra foi consagrada, merecendo grande pa te dos seus sonetos a tradução p i r a italiano, feita pelo Dr Quido Bateiii.

Florbela Lobo d'Al:na Espanca, morreu em Matosinhos no ano de 1930 v

Victor Santos(Da “0 Boletim da Griaiio Alentejano")

Um c a s o a

cons iderar

t ' a p 'palação d

E S I M N rr 0 § 0 ! Síspa dos Pobres

T e a t r o Esta sala de es- Cinema pectaculcslocal ho­je apresenta um formidável programa duplo, precedido das melhores referências da crítica: «O Corvo», traba­lho assombroso de Boris Ktrloff e o «Rapaz da g a ­ragem», divertidíssima co­média musical onde brilha a graça inconfundível de Fran- ziska Gaal.

A propós i to da local com êste nml o publicada no ultimo i útr.ero do nosso joinal, informa-nos o Sur . Dr. João lares Pais Miguens, d iguo Delegado de Saude dêste concelho, que a Delegação a seu cargo nada tem que ver com o estado de pouco asseio em que se encontra a Rua Mousinho ue Al­buquerque . Existe uma postura municipal que diz respeito ao as- su m lo — é air.da Sua Ex.a que nos infoi m a —, estando o caso, por conseguinte, dt baixo da alçada da O. N R. e dos zeladores da Câ mara Municipal.

Nada perdem poiém as consi­derações que então traçámos, c uma vez que nos são inuicadás as entidades que teem super intendên­cia no assunto, para elas apela­mos, convencidos de que final­mente os moradores daquela arté- lia vão ver satisfeitas as suas re ­clamações de há tantes anos. Na verdade, não é justo qne esta ma­nifesta falta de asseio, que pre ju­dica náo só a saúde pública como o bom nome da terra, continui a protelai -se infefinidamente.

Vi­si tá­

mos há pouco a bopa dos Pobres. E viémos de lá encantados. Sim senhor, g rande ebra aquela!

Um punhado de crianças ale­gres, palradoras. e alguns adultos íc c o r r tm diai iamente à Sopa. Comiam, quando nós entrámos. Tudo respira aceio Os pequenitos, de caras lavadas, atacavam alegre­mente uma sopa suculenta, de que se serviam até faitar. Nada de dis­ciplina ligida. Estào todos ali à vontade, a al gr ia reina em to- i‘os os rostos, há risos francos, há barulho em suma, mas tudo den ­tro do» limit s do razt ável.

Muilo btm! E’ assim, assim mes­mo que se pratica a caridade .

E X P B D IE H T EA tccias as pessoas a quem pela

prim eira vez enviamos o nosso jo r ­nal e nao qu-^rsm (;z s r o obsé­quio de nos honrarem com a sua as’ sinalura, pedim os a finesa da sua devolução, a fim de nos evitarem maiores despesas.

t â m l n o ggj;> $ ô r. . . L e m b r a m - s e ainda, não é

ve rd ad t? Gastaram se 7Ó.667$Ô0 uas té l ibres obras de desobstruc- ção do rio. E vai dai, como já fize­mos notar, ficou tudo pior. Assim, por exemplo, um pouco abaixo da ponte, renques de salgueiros e úinieiros inclinavam as suas fran­ças pensativas para as águas azu- lineas do já agora malfadado S Local ameno, cheio de sombras aliciantes que convidavam à medi­tação.

Pois, não se sabe bem porquê, a empreza encarregada das obras embir rou com o poético do local. E vai dai, zás, deu um piparote uo leito do rio, e as águas, estio­lam-se agora entre estúpidos m o n ­tões de calhaus.

Porque fariam aquilo não nos saberão dizei?

O clnm adi ribeiro d is Onias qae pa->sa a poente da vila e qae durante o inverno tem em con st mt • sobre -sal-

B irro q te lhe fica pt ÓKitn >, é a ui rib ir i onde se te m feito vários trabalho- de des >b truç ro, p ra ev/1 r ms saas i.iun.11 ,ôe> fre^ne les.

Porém, como ja twem >s p>rmii< de urni v ' í oc stao de dzer, tais s rviç >s, pela formi cunu são exeeutado-, são simples paliativo-, p is q le tu pr.meir» ocasiào o rib i< o eitclle, i.iiiidaitd) náo só as pn p:iedad s c miígnas cnjis á ju.is

ali fi ea n durante mes s, cotn ) veem pôr em perigo a v.ua da população daqaele bairro.

O caso tetn-se repeti ’o por vári s ve­zes s iini tos pro.ii ictários teem ftculo sem o mdlior dos s uí ar/ redos, poisa acumu'açào das ágms apodrece-lhes as raíze-, matati.i '-os.

O u ico remé ii >, s gundo afir.tnm pes'«as cnUiutid s, set i.t ribaix tr o r b i- io desde o brejo de Joaquitn H >rtelào a é à chamada Horta do Silva, onde nào existe iiesnrv. I, p >rque assim, as asju ts na sua impetuosid de anstarrim as areias p ira longe, luraujo as proprie lades cultivada^, t'as suas inundações tsteve tiá di is aqui um engenheiro que ve o estu- d ir a Ci instrução de utn pontão sòb e nb iro, e_, alguns des interessa los que coai êle conversaram, levaram no ao lon?o do ribeiro p ua dizer a s-ua opi­nião a re-p.-ito de-te momentoso ass.m- t ). Su i £<.■* emeord ni tambén co.u esta op niào que seri t a única ras"á/el. Proceile ido-se a e'te trabalho, que nào é de gr n le monta, obrig mdo em se; ú- dialgu s proprietários a alugar o ú- be r> on le o ua i fizeram, procurando dar Ine u na direcção quanto possivel em linha recta para as ág.its, ua sua m ireh i não enco:itr trem maiores obaá- culo-, julgamos que esairi.t o cas . resol­vido. O fid o de ci la itoi ster ob iga io a limpar o ribeiro m s saas t stadas e que por mais Ue u na ve/ se tem verificado, nao dá re-u!tados práticos, po s se1 ve para gistar dinhe ro e acnmu'ar areias. O que é necessário é procurar dar uma vazà > ma's rápida ao ribeiro, pira ey it >r a acumulação das arei is, e isto só se con­segue dando-ilie u n desnível ir.ai >r.

o

VIDA DECRI STO

Clficiuii «ie ferreiroCotn todas as ferram en ta s ne­

cessárias, ar renda-se. D ir ig ir a R am iro P ir e s F ilip e em P on te do Sôr.

seguudo o s Evan­gelhos e as revela­ções ds Catarina

Emmerich.Encontra-se em distribuição o

F.isc. 111 (3 ° volume) desta iluci- dativa publicação (R, do Loreto. 34, s/loji — Lisboi).

O presente nú mero consagrado a tiês facto? dominantes da \/iJa de Jesri': —A expesiçãe da nova doutrina por meio das grandes paiáool.as, prégadas do alto da batea de Pedro, vocação de Ma­teus e. finalmente, o domí lio dos mares, acalmando a tempestade.

Dão par ticular relêvo ao texto dout i inár io os lindas gravuras que o i lustram, especialmente a de Jesus, p régando do alto da barca, e o inajaa, fixando o lugar do telónio de Mateus e posição do navio uo período violento da tempestade, qne Jesus acalmou.

Agradecemos o exemplar ofere­cido.

A M O C i D A I ) E

Manoel k Matos Henes tANDiOO K s t e v e s

eompra g senda:

O r e a Ise legamos

Praça da Republica

P O N T E D O S O R

*5 :r a V n v

M o n t e i r o

TIPOGRAFIA /

- I O S O f í O J t l < > J

<P!d '3 oiJB|Sfiedp vuDofojd^j vu 3S-wdpu3j[

j o p b j | u T e s

sitísuoui no simiuiuas

M 1 ftl l R W A/u e n i e i a n a P A P E L A K lA I

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Vende-se a conrela de Emidia

Vendo 4 de 3 p r caçar;, nesta vila, na próximo bo„s quartos. Oarage própria em mes de Outubro, onde ser a n . . t K

/ ' i m t Mruoc ministrado o seguinte ensino: amione es p^ra transpor-6 Ponte do Sôr Ampliação dos conhecimen tes de mercadorias. Telefone

tos adquiridos na escola pri- caki| le3. Serviço permanente.maria;

Preparação para exame

Ensina-se em lições indiviiuais ou em curso, a abrir brevemente. nestn vila, com duração apenas de um mês. Para inscrição e Maria Dias com cortiça de oitocondições tratar com anos. Quem pretender dirija a sua

Hercilia Antunes Martins proposta à Farmacia Cruz BuchoCrato —em Ponte do Sôr.

PUííllíl Vende-se um de de admissão aos liceus. I ]iili] íhU-bh IBLUiu J.o andar, com 14 Preparação para exame de n mr, p r n o p r D M

divisões, 2 palheiros, 2 fornos aptidão para regentes dos PULSEIRA de ouro. de coser pão, poço e uma en- postos escolares; Gratifica-se quem a entre-trada de portão. Preparação para exame dos g a r nesta redação .

primeiros anos dos liceus. L ___Informa Manoel João Pon- Recebem-se alunos em casa

tinha—Ponte do Sôr. Esta redacção informa. Visado pela Censura

A M O C I D A D E

Luminares tia Teia F U T E B O L

E’ nosso intuilo, ao iniciarmos hoje esta secção, fazer desfilar ante os olhos dos nossos leitores as f guras primaciais do cinema, 'principalmente no que res­peita a ínierpretes. S& possivel fôr spre- sentaiemos ainda aqui, a traços largos, os principais realizadores cinematográfi­cos, de maneira a çjue a mocidade da nossa terra fique com uma idea aproxi­mada do movimento cinematográfico actual.

Q u u i í i d s o P r e s i d e n t e d o

Q r u p o D e s p o r t i v o

C o n s e l h o T é c n i c o

M a t u z a r e n s e

do

contemporâneo é justo destacar a figura gigante de

l*stnl .13 uni

combinados maior

Europeu, de origem checa, cêdo partiu para a América, acompanhado da fami­lia. Seu pai, actor ambulante, empregava a famili i no seu me tér, levando-a a inter­pretar um s m numero de peçis. A sua grande a-piração era fazer de Paul um violinista de fama, ter um Paganíni na familia e para isso nâo ss poupava a es­forços, economizanJo avaramente, : té COmbatiVO, ta p ai ld o OS roillquási passar fome para poder pagar ao h 0 S m a is e ill evÍdêl1C<a professor de musica. Mas se o seu enlu- ev iU c lIU d .siasmo era grande o do filh > era quási Interessava-I10S Sabernulo. liste sentia-se atraído por uma fôr-ça irresistível para o t a b l a d o , paiaa arte paterna. Peejava antes ser umactor de nomeada, ti tanto se encheude corag m que um dia o declarou ao

Carteira EleganteFizeram anos as Ex.mas Srns.as e Snrs.,

Setembro13— D. Maria R ibeiro de C astro e

Manoel G odinho Prates, em M ontar­g i l , D. M argarida de M atos A lexan­dre, João Lourenço Lopes e D am azia de jesus

14 — Prancisco P ig u iira Jun ior, em Vate de Açôr.

I8 = v lcn ia u A rm inda Vareta B uga, em Pom bal e A ntonio M artins Sanga­nha, em Lisbôa.

17 —/osé Alves da Silva.18— D. rlo rinda da Rosa, em C aste­

lo de Vide, D . Ana do Rosário Morais e Vicente Vieira Morgado.

19— Pernundo Gonçalo Paria Preire de Andrade, em A lpiarça.

2 0 - Dr. R u i de C arvalho, em Lis- arela Taveira ,

t p , , , , • , . "inti, mi/i., 'f fr íi/ ít /—as botas e as equipes arruma- va, enefe da Secretaria e pre- docluu o permitam, inaugura- m enta, em \ im tu r g i i e A streg iid o jo sé

das a um canto, as sédes de- sidente do Conselho Técnico remos no nosso campo de jo- ^ i ^ t r t u r Lopes dos Santos nossertas, trabalharam as :.ecre- do Grupo Desportivo Matu- gos, ainda esta época, um o iív u ís e jo sé Parrusco, nu sa ig u e ir i-íarias afim-de dar aos seus zarense, recebe-nos amàvel- “court” de ténis e uma pista nh“-. , - i i - j . a 2 j —A rtu r da Silva Bacalhau, empoder mente, pondo-se a nossa m- de patinagem, despoitos es- A f r i a .

teira diSDOSicãO. t e s q u e e s t à o a criar m u i t o s 24 - loão Inacio de O liveira, no Vi^ J . ' , , c- ■ í m tetro.— O Matuzarense, diz-nos adeptos na aficion pontes-

os logo de início, tratou de re- sorense.

Com a abertura da época com alguns categorizados Resposta do nosso entre- de futebol e o próximo início membros das direcções dos vistado: dos campionatos, o popi.lar clubs locais, auscultámos as Por enquanto, dedicaremos desporto da.bola volta a mo- suas aspirações, suas neces- mais atenção ao futebol, vis-

E ntreos grandes valores do c inem a1 nopolizar as atenções de to- sidadçs i in pera ti va s e seus tu ser êste o desporto prefe-dos. Durante o breve inter- projectos para o futuro. lido peies sócios do club. Te-regno do defeso, suspensa Na Câmara Municipal. O mos esperança, porém, que, tôda a actividade desportiva, Sr. João Leal tie Matos e Sil- logo que as disponibilidades AWenino

projectos dos clubes locais foiçar convenientemente o seupara a época que ora começa, team. Aproveitámos os me-Ponte do Sôr tem já o seu lhores elementos da época

pãi.'FÕiVdes."b;r pua o p bre''homem, lugar maicado eníre todos os passada, e alguns novos queQ ásfamaidiçifouoUfi?ho.Quá io abtnf- centros desportivos do dis- se revelaram. Alguns rapa-don u. Paul, porém lan ou se corajosa- trito. O Matuzarense, o Elé- zes, cheios de qualidades, dela de a uies**1 esforço” "de sacitfidos trico e 0 Cotticeiro, na época alguns clubs categorizados sem conto, consegue ir criando nome a finda, representaram a terra daião à nossa linha a homo-* us papeissáo mtimXu®"d'nn^o:- nos campeonatos da Divisão geneidade que no final da

2 5 —/osé de O liveira em A lferrare- d i e m enino Manoel de O liveira P ires’ em N iza .

DoenteTem estado b is tan te doente a S r . '

D G ertruJes iw g a d o fig u e ir a , es­posa do nosso assinante e am ig > Sr A ntonio P igu ira .

— Encontra se m uito doente a nossa estim ad i assinan te de G alveias, ■ r . a D . U oiária Maria do Lacram enio P ais

— Tambem tem estado m uito doente a f> lhinha do nosso antigo S r . / oão Cubi ta l, socio d i f irm a Alm eida &

ma e pantosi, são vividos pelo artista, li os emprezários começam de ui- putá lo á custa de dinheiro.

O cinema, entretanto, começa atraindo a si os grandes ac.orès de teatro. E Paul Muni é convidado a ingressar numa fir­ma produetora. Recusa, porém, a oferta.Di/ia êle que a sua personalidade artís­tica não esiava tulhad i para o claro-es- curo. Além disso os f i l m e s fei­tos cot;) sentido comercial, dando largos proventos aos produetores, iam cot,ira a sua maneira de pensar. Segu ido o seu modo de ver o qi e s ■ deve procurar atin­gir acima de ludo deve s r beleza artis- t c a. Ao artista era exigi;'o utn traba­lho duro, sem quási' lhe dar possibilida­de de conhecer a fundo o seu papel, de estudar meticulosamente o «tipo» que ia interpretar.

Mas os emprezário" perseveram, acham que Paul daria um graude actor cinema- tog áfico e sugeilam-se a todas as con­dições aue lhe sã > impostas, levando-o a a.fsinar o contracto ardentrme te de- s jado. Mis l’aul Muni, ante a surpreza «leles, nào pr tende desempenhar papeis de primeiro plano,-Quere começar pelo P r o m o Ç à l ) , t le Va t a 111 t a m b e m prin.ípio. Pretende, a todo o momento, e nendar passagens d > lil ne, repetir ce­nas Fnuil nente interpreta um grande

de Honra e da Promoção, passada época lhe faltava. Está na ir.euiói ia de todos o Falamos d e p o ’S do Cam- que fui o comportamento dos pionato, a realizar no p i ó x i -nossos combinados. Na pri­meira volta da Divisão de Honra o Matuzarense lutou com galhardia, de modo a merecer justas pdavras de elogio p io seu esplênJido comportamento. E, na segun­da volta, circunsiâncias espe­ciais, que não viem para o caso enumerar, reduziram o

mo mês de Outubro. E o Sr. Silva diz-nos:

— Temos o dever de con­correr a ess i prova. Vamos 1.1 ma:s uma vez, e esperamos aLançir um Iugar honroso, nào í-ó para desfazer a má impressão que causou 110 pú­blico as más exibições do nos­so team, o ano passado, na

poder da eqtrpe, a ponto de 2 .3 volta, como também por- guntamos ainda.terminar a prova iium lugar que êste ano o team deve es- __disputar 0 cam-que nào estava de acô.do lar mais homogéneo e com- pjonato, como ainda trazercom 0 seu vtidadeiro valor, posto por meihores jogido- até nós alguns dos melhores 0 Elátrico e 0 Corticeiro, na res. E’ certo que por enquan- teams tj0 n ^ especialmente

papel, oseu piimero grande papel, o seu primei o triuiífo. Foi utn d llrio. Pattl Muni á custa de muito trabalho, de mui­tos e~t idos, vencera mais uma vez. A sua carreira e.-tava começada. 0 público esp.ra imp eient 'mente os seus filmes, c n e em mi^sa ás biiheturas, toma os bilhetes quáai de assalto. Os s. us trabalhos todos absolutan ei t - distintos, iodos di­versos, criando para cada filme um tipo que em nada 4e parece com os a itcces- sor.:s, eran-lhea categoria de nm actor de pri.nei o pl 110, um dos 1 íaiores se não o maior actor do mu ido.

O ccu pritneiro «rande trabalho exibi­do em Portugal foi, ao que supomos, «O hom tn a cicatriz» (Scaifa e). E tào extraordinária foi a sua tateipretaçào que o pú ilico portuguê* fieou iiiieJiata- ineute c inq nstido. Apesar de trrem de­corrido i lguns anos dep >is do apartei- 111 nto dèss - filme monunie tal e do as­sunto t r sido muitís imo expio: ado depois di s 1 o que é certo é que anula nào foi exce. ido ti.m sequer igua­lado,

S guiu se lhe «Eu so:i utn evadido», qu: iii-inteve i.s crélítos do grande artí - ta poi q ie era impossivel superá-los. Ma:s moder i iifiente ix biratns: «Furia ne>>ra», Uin veac-do da vida» e e?se ines­quecível « V d r d e Luiz Pasteur». Paul ivitini ganJtou, pe’o sen trabalho neste filme, o pre t io da melhor ime pretaçào

0 nome da terra que repre­sentavam e 11101 mente o pri­meiro merece os mais entu­siásticos elogios p la brilhan-

-------- p.ns esptllro. no o team ua Associação Acaeié-

lugar ele guarda-redes, visto mica de Coimbra. Estascom-to temos um grande

Abordamos depois o pro­blema magno do Matuzaren- se— a conclusão do seu cam­po de jogos.

E o nosso entrevistado:— Ao certo, não lhe posso

dizer quando terminarão as obras. E’ uin assunto da com­petência da Direcção. No en- Cabidat, d is ta v iia .

. 1 , , . -D e se ia m o s - lh is um rapido resta-tanto sei que esta esta am- betecim ento.mada das melhores intenções ------— , —de levar a tfeito êsse melho- ramento, pois couta não sócom as disponibilidades do Nti 11 (1 stes dias manifeslOii-seClub, como ainda com o au- llin violeiro incêndio ua h.*rdade

dx StigueiKi, pertencente ho íb t s ta do prop i láiio dest i vila Sar . Wanotl Marqu s Rttào, teu- ardi to graude qtianti Jade de so­breiros e nina grande área de pastagem para g idos. Valeram po 'é m os ciiados dos m u d e s próximos e alguns trab tlhadores, que lutaram afuiosaments p i r a extinguir o incê idiii, o qae con- seguiram.

Já p >r m tis de u na vez se teem manifestado incêadios na- q íeia lierd td

- • T e m e-ta io entre nós de vi­sita a sua f inilia, o nosso ptesa-

xílio tios sócios e a importân­cia proveniente da colocação do resto das acções do cam­po.

— Quais os projectos do Ciub para esta época?, pre-

espanhel, e temos por en­te figura que demonstrou de quanto dificuldade na esco- princípio a fim. lha du seu substituto, embo-

Os teams locais, teem, pois, ra tenhamos já várias ofer- pergaminhos a honrar. Por tas. Possivelmente vamos

, • j ----- ---------- - ----- d ) c on t - r iâ teo e atuigo S' ' . Joãoque Caetano vai, segundo nos petições com teams categori- Alves S-lvi . d g uo sa ig iu to de consta, alinhar por um team zaj os cj ã o sempre os melho- engenharia,

res resultados, porque apren­demos muito e porque o pú­blico sabe corresponder gen­tilmente ao nosso sacrifício,

correndo ele maneira a sem-isso, todos, na medida tias treinar.t;m jogador do nosso pre sclvarmos as nossas des- celho de

— A B . n t a da Sociedade Fil ir- tnó lica Q I veeiise. qu < t' a uá' bil re^es ica do ma- t o R- Se c u n d o Sa lvador fai abri lhtntar os f -stejos i-m honra da < M.ira Mãi dos H nnens, do visinho con-

suas posses, se prepararam para, na época que ora vai decorrer, marcar a sua posi­ção, honrando simultanea­mente o nome da lerra.

team infintil, uma autentica pezas> esperança.

Desft chamos a 3 / pregunta: ^ a rcina— Tenciona o Matuzaren- Pensamos filiar êste ano

se dedicar-se a alguma outra o nosso Club 110 Sporting Club

Avis, deu ali um excelen­te con ce ito com um reportório de primeira esc1 Ih t, pelo qu* rece- b u i f it tas ov ç õ ís das pessoas qne o pres^nc ar;.in e que ficaram a g a J á v e ineti e impi espionadas.

No desejo de esclarecer os modalitiatle desportiva além de Portugal, aspiração danossos leitores, avistámo-nos do futebol? época transacta.

f a r a l l i u s Apesar-de tò- da a nossa b ja

vontade, ainJa às v.zes uma revoada dêsses antipáticos animalejos logra invadir as nossas; colunas.

Assim, no esplêndido so-uiasciilin . do an Isto dispensa todos os net(J “ Esperauça” da HOSSa

,Muni vai dei ciar-nos estimada colaboradora Ex.n,aadjectivos.

t;de ano Paulcom a apresentação dos seus mais receu- . , , . ,tes triunfos: *Dr. Soaates», «viataiam», Sr. D. Júl.a Pereira d o Vale,«Z ’l i •», «Viagens 'O Orient » (Visages d Orieut) qi e em Londres e Paris aca­bam de ob er uni êxito veidadeiramente retumbante.

E é è-te art st t ex r ordinário, grande ti OS OS ItlgareS daSentre os grandes, qne o público da nos-s i terra, vai, pos ivilme le, ter o inefável tlClTl e 11 IQi 0 q u e eieitprazer de apreciar 11a próxima tempo- ra.la. Arr.llcar Andrada

110 3.° verso da 2.* quadra estão lamentávelmente troca-

palaíras origem

a qae ficasse estragado todo o verso.

Que todos colabòradora einaú Jx J H o e id a d s leitores, nos desculpem.

Arren lamentode Propriedades

Herdade de Cavaleiros de Cima, freguesia ele Vidigão, concelho de Arraiolos— Her­dade elo Romacho e Noguei­ra e do Mota, a primeira na freguesia de Assumar e a se­gunda na de Vaiamonte, do concelho de Monforte— Cou­relas. do Outeiro do Barrete e do Pardieiro, sitas na fre­guesia de Casa Branca, con­celho de Sousel — Herdade de S. Martinho e Escola, sita em Fíguciió, conceiho de Avis

^ s > ç gr<g p^ p>u p .«1 E>S! sr* rI! P

Cfvipelaría 1 fl. SiluaNo sortido desta casa V. Ex.aS en­contram sampre

Artigos modernosp s r T o a i s c o s p r e ç e s

TB? & V9 V «er « v a V

F A L E C I M E N T O S

— Herdade da Panasqjeira, sita em Galveias, concelho de Ptmte de Sôr.

Faz-se público que na D i­recção Geral da Fazenda Pú­blica— Ministério elas Finan- ______________________ças— se aceitam propostas Apó> bastantes dias de sofri-em carta registatla e lacrada, mento, fileceu ln dias, nesta vila, alé 20 do corrente mês de o nosso assinaute e amigo Snr. Setembro, para o arrenda- Mano. I Custodio Verissimo, casa-

, , , do. de 57 anos de idade, naturalmento, em s e p a ^ o, destas de gj|Ves e luujjos a,,os reS),.propriedades ctijas condições dente nesta vila. estão patentes ua séde das — Tambem faleceu ha poucosrespectivas Juntas de Fregue- dias, no Cadaval, o nosso estima- s ja do assinante Sr. Antonio Braz

Branco, casado, natural de Mon-----------------------------targil e ha muitos anos residente

Q n n n f n n Para homem tnode- naquela vila, onde cxercia a pro- uapaius los recentes. fissão de farmacêutico.

desde 4 5 $ 0 0 A's familias enlutadas enviamosChapelaria J. A Silva os nossos sentidos pêsames.

Ex.m o Sr.joão Marques Calado

1 2 : a n o P o n t e t i o S ô r , 2 5 d e S e t e m b r o d e 1 9 3 7 N U M E R O 2 6 3

QUI NZENARI O REGI ONALI STA— ——*—■«wi| nmmn

D I R E C T O R E D I T O R

(ja\i&a.l!ditw. ds. OÍlíxúMl da. Ciynczição oãndMi.de

Secretario da Redação F U N D A D O R E SAmiicar ds Oliveira da Conceição Andrade P r i m o P e d r o d a C o n o « í ç 4 «'

A D M I N I S T R A D O RPrimo Pedro da Conceição J o s é V i e g a s F a c a d a

Redacjão, Administração e Oficinas gráficas

iMinexua. odlentejam. - fonte. do. Sox

Campo de AviaçãoFoi em 1 de Setembro de

1919, portanto há bons 18 anos, que uma esquadrilha de 3 aviões, comandada pelo malogrado oficial C astilho Nobre, inaugurou o Campo de Aviação de Ponte do Sôr. Foi um dia de festa, um dia em cheio. Pelo meio da tarde dêsse dia ttiunfal, do lado do poente, surgiram as tiês águias de aço, e, ronronando, em vôo baixo, voltearam sô­bre o casario branco da vila, em saú lação.

No Campo de aterragem estava um mar de gente. E, quando os aparelhos, depois de algumas evoluções, desli­zaram sôbre a pista, estrale- jaram festivamente foguetes e morteiros, e, rubra de en­tusiasmo, tôda aquela multi­dão correu ao encontro da- qiirias estranhas bizarmas que quási todos ou todos des­conheciam ainda. E o entu­siasmo faiscante nào abran­dava, antes subia, cada vez mais quente. Em volta dos aparelhos era um formigar de gentinha curiosa. E todos olhavam com respeito, eivado de um certo temor, aqueias estranhas máquinas que esca­lavam as alturas e se preci­pitavam de mergulho ou re- volteavam sôbre si próprias.

Há dezoito anos . Belos tempos!.. .

Outros aparelhos, outros aviadores vieram mais tarde, em grupos ou isolados E de­pois, só de longe e m longe, quási por engano, é que um ou outro aparelho, a medo, saudava a vila com o seu rom-rom triunfal e pisava a n ssa espaçosa pista.

E depois., mais nada. Aos

vas caripcucos foram desaparecendo os nossos primeiros desbra­vadores do ar, que tanta sim­patia mostravam pelo nosso Campo. O Comandante Cas­tilho Nobre baqueia na Ba­talha. Era sua intenção, pare­ce, fundar aqui uma Escola Militar de Aeronáutica, que, afinal, o seu sucessor no co­mando daquela arma veio a estabelecer na Granja do Marquês (Sintra).

Outros aviadores ilustres, de que a memória infiel já nào con. erva os nomes, queriam muito ao nosso campo de aterragem e o con­sideravam como o melhor d > País

Hoje, quem fala no Cam­po de Ponte do Sô ?

Muitos dos nossos aviado­res nunca o pisaram, e bas­tantes ignoram o real valor que ele representa.

Não queremos referir-nos apenas ás condições do ter­reno, que são excelentes. Há que ter também em conla a sua ótima posição estratégi­ca, a poucos minutos de vô ) da fronteira, e junto do caminho de ferro. Agora que tanto se fala em rearmamen­to, e que o Govêrno se mos­tra tão interessado em asse­gurar a defeza da Nação, não seria oportuno chamar a sua atenção para o nosso Campo?

Parece-nos que sim. A ocasião é azada e única. Se, como parece, se pensa em transferir o Grupo de Aviação de Tancos para um campo que reúna meihores condi­ções, porque nâo há-de ser para o nosso?

Mais de espaço nos referi­remos a êste assunto.

A empreza Viação Mm ta, de Por ta ltgre, de que é proprietário o nosso anvgo Snr. Luiz da Trin­dade Martins Murta, mantérn com geral agrado a carreira de camionetes entre Fronteira e a Estação do Caminho de Ferro, desta vila, prestando assim um assinalado serviço a esta região alentejana, Ião falha d ' quaisquer meios de transporte. O que o n ­tem seria um problema de difícl solução, a viagem de qualquer moi tal daqui para Aviz, Ervedal

Fronteira, pela absoluta falta de meio de transporte e em que só o ca i ro de molas de azinho se empregiva , levando um dia intei­ro ao solavancos por essas estra­das esburacadas, é ag'>ra, pode­mos afirmá-lo, uma viag m que se faz com todo o prazer num li­mitado numero de horas

Para melhor co m od ;d id e do publico, vai esta Empreza inaugu­rar no próximo dia 1 de O u t u ­bro, uma nova carreira de camio­netes para passageiros, entre Fron ­teira e Bemposta, passando pc-Ias terras que já percorria, e uma ou­tra para mercadorias em sentido contrai io. Não podemos deixar de reconhecer, um melhoramento de grande importâiicia para a re­gião, que só um homem empreen­dedor e arrojado como é o Snr. Murta, poderia conceber. Tambem no mesmo dia, seião inauguradas pela mesma Empreza, carreiras de camioiietes entre Gj v iã o e Alve- g i e de Concivada ao Rossio de Abrantes.

Rancho do S ór

Desloca-se hoje a Casa Branca, conceiho de Souzel, o já afamado "Rancho do Sôr” , que ali vai dar dois espectáculos.

A pouco e pouco vai o nosso "Rancho” tri lhando o caminho da consagração. Etn Outubro , segun­do nos informam, desloca-se o nosso brilhante agrupamento fol­clórico a Lisboa, onde realizará um espectáculii,no Orémio Alente­jano e. possivelmente, um out ro numa das melhores casas de es­pectáculo daquela cidade.

Fest?s em Valongo S o l J fa s c e n ts

Decorreram muito animadas as Grande quinzenario de li- íestas que se realizaram no passa- teratura e crítica - l$00 do dia 1Q na aldeia de Valongo. Minerva Alentejana. Abrilhantou o arraia! a apreciadaFilarmónica Pontessorense, que se ------ ■— "íe^ ouvir com muito agrado. q ^

Propaganda da NazaréTemos presente íôbre a nossa mesa de trabalho uma esplêndida b ro ­chura em português, francês e in­glês de propaganda da Nazaré. E’ um trabalho muito interessante, que honra a Comissão de Iniciati­va e Turismo daquela linda praia e a arte cada vez mais segura do conhecido artista Abílio Leal de Matos e Silva.

fl “Grande” e a Pequena Imprensa

A imprensa diária aumentou o pieço dos jornais, de $30 para $40 por justificad? defesa contra o yuinento desmedido do cuslo dos materiais que lhe são índispeisa- veis para a sua confecção.

Um dos aumentos mais justifi­cativos da medida tomada pelos cotidianos é, sein duvida o do pa­pel, matéria prima imprescindivel à publicidade.

Ora êsse aumento, do custo do papel, de há um ano que se tem feito sentir, entre nós e desde en­tão vem fazendo uina progressão assustadora, a ponto dos fornece­dores não poderem dar preços, tendo de ser adquirido o papel por aquilo que «êles detem» tio praso, uão da encomenda, mas sim da sua entrega. E’ o que nos tem topado cá por casa.

Por aqui se pode aquilatar um pouco das contingências em que os jornais se vêm colh idos . . . •

A imprensa diária tem consigo as maiores defezas possíveis . „

Um jornal diário, diáriamente pode acumular lucros do «grão a grão com que a galinha enche o serrão», proverbial sentença que 110 Alentejo faz fôros de recomen­dação a forretas juntadores.

Mas que assim, não fôsse ainda, vamos. Em seu socorro viria, de espaço a espaço—em curtos espa­ços de tempo sempre,—um ou outro filão de reportagem onde se estende a massa, á vontade do fre­guês, de colunas e colunas do jor­nal para satisfazer a curiosidade de um publico doentio, ávido de pormenorizaçÕ;s dos crimes mais hediondos que a bem da educação moral dos leitores nunca deviam sair dos caixotins.

Mas o jornal gasta-se então como manteiga em focinho de cão, a sua venda triplicou, quadruplicou sem que ninguém se leinbre mais do tostão, nem da falta que dizia fa­zer lhe, e todos voltarão à primei­ra forma de leitores.

São sem conto as defêsas finan­ciais qne nos jornais de grande informação se conjugam para que ás suas emptêws jámais falte aque­la prosperidade em que nadam sempre cótno. peixe n'água.

Tem os anuucios que não lhes faltam. Tem,.ora se tem, muitas fon­tes de fundos sem fim, que não po ­

demos enumerar na totalidade, por desconhecidas tantas tambem, va­lendo a pena referir uma das de maiores resultados financeiros—a das páginas regionaió, que são uin graude maná.

E’ mesinò um cjos filões mais rendosos, êsse filão Cêsse «regio- naJismo», donde se extrai a fina flôr da rendosa mina. Uma carta de recomendação é tudo paia con­seguir aquilo que se nega aos jor ­nais da localidade: — «subsíJios» a titulo de anuncio e anunciantes sempre generosos è amigos, em barda. Duas palavras, de prosa transcrita, dos semanários modes­tos ou solicitada de' colaboradores que vê n azádo ensejo para d a r . . . com luva branca nos parceiros da ilharga patricia.

A’ imprensa da provincia—a «Pequena Imprensa» tudo falta, até mesmo por vezes o carinho, o conforto dos magnates da sua ter­ra; que valha a verdadj , podería­mos ter bastantes ra /õ is para quei xas pelo nosso lado do que temos.

Essa imprensa que vive por um heroico esforço de devotados ami­gos da sua terra; que vive só para a sua t t r r á e se bate pelo ideal máximo das suas benfeitorias matérias; que luta denodadamente com aprumo moral inexcedivel e respeito por todas as conquistas morais, e só por elas em st; que se debate no meiò dos mais pre ­mentes sacrifícios, de toda a hora da sua existê icia, que muitos de­sejam vê-la em precárias circuns­tâncias, esvaindo-lhe os poucos e dificultosos recursos; que nâo am­biciona situações nem sonha g ló ­rias, que é injuriada se reclama honestamente por uma causa jus­ta, increpada porque disse e incri­minada porque não disse; que é para todos e não é de ninguém; que tem carácter e não se cor rom­pe; que não foge nem se entrega, —a imprensa da provinc ia—a Pe­quena Imprensa— diziamos,os mo­destos semanários que não sobem ao olimpo do supro sumo jorna­lístico de oficio que não recebe, antes dispende alguns viutens para que a «lamparina» -não falte ao leitor amigo, não dispõe de faceis meios para sua defeza financeira, e vive atribulada com os espectros de toda a ordem».

Na noite de 20 realizou u n esplendido concerto no Jardim Plantação d© arvores Público a Filarmónica Pontesso-

é a base essencial de todos rense- Foi uma ,,oite bem Pesada ,

A Propaganda

os negócios. Porque não faz re, irando todos os °l"e tiveram o P , ^ _ prazer de ouvir a nossa afamada

<> reclame da sua casa. Banda muito bem impressiona-Anuncie em "A Mocidade” , dos.

Foi ha dias publ icado u m de creio que proibe a p lantação de eucal iptos e acacias a menos de vinte metros de terrenos cul t iva­dos,

Ainda o Rio Sôr

Continuam a deposítar-se entulhos na margem esquerda do rio, junto à Ponte. Engra­çado, não è? Vendo isto, a gente pregunta: mas então porque é que se gastou tanto dinheiro na desobstrução do rio? Setenta e seis contos e pico (76.667$60), è muito d i­nheiro. Com mais uns pozes construía se um ótimo edifi­

cio escolar, de que a terra an­da tão precisada. Mas prefe­riu-se gastar aquêle rico di- nheirinho em obras no rio. Muito bem, muitíssimo bem. O que não se compreende è que se permita que se estra­gue o que está feito. E os cé­lebres depósitos ds entulho, cada. vez mais volumosos, nu­tra coisa não fazem que anu­lar o que tanto trabalho deu.

E n g ra ç a d o , não ê?

A M O C I D A D E

i Moralidades I « » ■ I W W W B Í W W W I

Porque o sr. Júlio Marlins se indignou na extinta Van­guarda contra o preconceito que è votar à indiferença, quando nâo ao desprezo, a- queies q*ie unem por laços que não sejam o casamento católico, escrevemos nós:

”De tal modo as cousa es­tão desorganizadas que a so­ciedade cumula de interminá­veis provas de consideração o casamento desde que êle se faça consoante o ritual, não se importando para na­da que os cônjuges se amem ou se aborreçam e odeiem o mais possivel .

Agora n/esmo encontra­mos num livro de mérito, o do dr. Jaime d’ Almeida, uma passagem que legitima a nos­sa observação: ” E’ forçoso dizer-se que o concubinato é uma união sexual atentató­ria da moral; a imoralidade está na vida volúvel e dissol­vente, de efémera duração, com o objectivo único da sa­tisfação de um instinto ani­mal” . E em refôrço o autor estampa as seguintes pala­vras de Mannington Caffyn:

”0 que é a vergonha da mulher que tem um filho fóra do casamento, em presença da mulher casada que dá á luz sem amar o seu marido? Aquelas teem, contudo, a es­cusa do amor, mas nós outras, mulheres casadas, comete­mos contra a Natureza o mais vil e o mais cruel dos pecados’\

Mais remotamente, em abril de 1906, como quer que um colega filiasse a des­moralização pública na irre­gularidade das uniões, e fa­lasse num colégio onde os directores estavam amance­bados em logar de casados, nós escrevemos noutro lo­gar: ” Parece-nos que circuns- tâ ícia de esíar alguém ou não eshr nessas condições, seria a última a levar em conta no balanço da mora­lidade pública e privada. São as creaturas correctas? Que nos impo ta que est jam como o jornal diz? Sâo, pelo con- tráiio, pessoas de pouca ou nenhuma decência? Que tem ou que se lucra em serem elas casadas?

É t^i a força dos precon­ceitos que a sinceridade nào entra em nada ou entra em pouco nas nossas acções. 0 que é indispensável é obedi­ência ás formulas, submissão ao hábito, o qual hábito adquire invariàvtlmente a fôrça de um dogma.

E somos nós, creaturas dotadas de Razão esclareci­da c ampla! Pois, em mais de um ensejo a nossa con­duta é a de quem não goza de semelhante prerogativa.

L u iz Leitão

A\IÁ\K' 1 1 Correspondências c u r i o s i d a d e s o nosso jomai

Morreu Mazarik, antigo presi­dente da República Checo-Eslo- vaca.

De origem humilde, filho de um cocheiro, Mazarik impoz-se à sua custa. Aprendiz de ferreiro, em­pregava as poucas horas vagas que lhe deixava o seu mester, 110 estudo. E, à custa de esforços sobrehumanos, lutando muitas ve­zes com a fume, devorado por uma grande sêde de saber, frequentou vários colégios e por últ imo a Universidade de Praga, de que chegou a ser lente.

Patriota estrénuo, desde cedo que pugnou pela emancipação do seu piíã do jugo da A'ustria Expa­triado por várias vezes, mesmo de longe a imagem querida da pá­tria lhe ditava os maiores sacrifí­cios Poliglota exímio, falava cor ­rentemente o russo e vários dos seus dialectos, o francês, o inglês, o alemão, o tcheco e um sem nú­mero de dialectos da Europa Cen­tral.

Eleito presidente da República, logo depois da independência da Ch<co-Eslováquia, foi sucessiva­mente reeleito até que a idade, que não perdoa, lhe não permitiu cont inuar à testa dos negócios do S"U país. Má 3 anos que a sua grande obra de patriota e de ci­dadão exemplar é continuada por Benés, mas o povo checo, queren­do significar-lhe a grande admira­ção que lhe tiieieciam as suas grandes virtudes, por intermédio do Pai lamento, nomeou-o Presi- d 1 ite honorário da República.

Mazarik mo i re com 88 anos, deixando a sua pátria, de que foi o maior servidor, mergulhada 11a maior consternação.

Festa simpática

Organizada por um g r u p o de estudantes, realizou-se 11a passada segunda-feira um animado festival 110 Stadium do O rupo Desport ivo Matuzarense, cujo produeto rever ­teu a favor da «Sopa dos Pobres». Foi uma pequena mas animada festa.

Houve desafio de foot bali en­tre a categoria de honra do• Onze Académico Pontessorense * e as segundas categorias do O r u ­po Despoit ivo Matuzarense, refor­çada por a lguns elementos do team de honra. Terminou o encontro pelo resultado de 5 bolas a 1, a favor do Matuzarense.

Deu-se depois início à segunda parte do festival, uma animada g inkoia de bicicletas, que sobre­maneira entusiasmou a farta assis­tência.

A Comissão pede-nos para a- gradecer senhoras que genti l­mente se prontificaram a confeccio­nar as fitas que f guravam num dos obstáculos, e bem assim a tô­das as pessoas que por qualquer f rma a auxiliou 11a sua missão Dêsse encargo nos desempenha­mos gostosamente, e apresentamos as nossas felicitaçO.s aos estudan­tes pela sua ideia simpática e a todos os títulos digna ue elogio.

Festas em S. Facundo

Em benefício da Caixa escolar da freguezia realizaram-se em S. Facundo (Abrantes), nos passados dias 19 e 20. interessantes festejos. Do prog rama fazim parte u n u Exposição Agricola, que esteve muito concorrida, quermesse, pe­ditório, arraial pela filarmónica de Meia-via, Entroncamento, corridas de bicicle*as, torneio de tiro aos p r a ­tos e ou t ros números desportivos.

C a s a m e n t o

Realizou-se no passado dia 30 0 enlace matrimonial do Sr. Car­los Travassos Correia, comercian­te nesta praça, com a menina Ma­ria Angélica Soeiro. Paraninfaram o acto os Ex.mos Snres. Antonio Travassos Correia júnior , irmão do noivo e sua esposa Sr.“ D. Ana Torcato Salvado Travassos, e os snrs. Manuel Tenente, dig.mo sócio da firma Pedrozo Ferreira & Castro, do Por to e o abastado propr ietár io Sr, David Nogueira.

Foram damas de honor as me­ninas Albertína e Ana Travassos Pina, sobrinhas e primas respecti­vamente do noivo e da noiva. A cerimónia religiosa foi celtbrada pelo pároco da freguesia, Sr. P a ­dre Acácio, que fez uma bri lhan­te alocução aos noivos. Na cor- beille, viam-se muitas e valiosas prendas.

Aos noivos desejamos uma prolongada lua de mel.

I P e d . i d .0 d .e c a s a m e n t o

No passado dia 29 foi pedida em casamento pelo Sr. Joaquim Manuel Fernandes, comerciante, a mão da menina Lidia Pimenta Matono, prendada filha do Sr. Manoel Vasco Matono, para seu cunhado Sr. Manoel Batista Lopes, conceituado comerciante nesta vi­la. O enlace deve realizar-se para o proximo ano.

I S i ^ r e r s a sA fazer uso de águas, e m u ­

danças de ares teem retirado des­ta vila as principais famílias abas­tadas desta freguesia, tendo já re­gressado as famílias Jordão, Mar­tins. Oodinho, Oil Sousa e Lopes Prates

— Fez exame do 3 0 ano (1.° ci­clo), 110 Liceu de D. Filipa de Lencastre de Lisboa a menina Al- bertiua Travassos Pina, obtendo a classificação de 14 valores.

— Tambem fez exame do 6 ° a- no (2.° ciclo), em Portalegre, 110 Liceu Mousinho da Silveira, a menina Maria do Rosário Alves do Carmo, obteudo a classificação de 12 valores.

Aos pais das aplicadas estudan­tes enviamos os nossos sinceros parabéns.

— Em Lisboa fez exame para policia de 2 .a classe ob tendo a classificação de 18 valores, 0 Sr. Ar tur Antonio Caetano, policia auxiliar 11a esquadra de Cainpoli- de, e nosso presado con tenâueo .

Parabéns.

Peia Imp^en^a

Entrou 110 34 0 ano de publica­ção o nosso presado colega «O Nauta», que se publica na vila de llhav') sob a preficiente direcção do vigoroso jornalista sr. Procó- pio de Oliveira.

Apresentamos-lhe os nos?os sin­ceros cumpr imentos.

Gazeta du Sul

Co memor ou há pouco mais um aniversário, o sétimo, o nosso impor tante colega «A Gazeta do Sul» que sob a superior direcção do Sr. Alves Gago se publica 11a vila de Monti jo Apresentamos os nossos cumpr imentos ao colega em festa, com os desejos de lon­ga e próspera vida.

Os casamentos na China

Na China, os rapazes e r apar i ­gas casam-se muito novos. O Ma­tr imónio é combinado com muita antecipação, quando, os futuros cônjuges são ainda crianças, pe­los chefes das duas familias. Os noivos não são consultados para a união, nem mesmo se conhe­cem.

O marido verá o rosto da mu ­lher pela primeira vez, quando esta descer do palanquim verme­lho á porta da sua nova habitação.

A's vezes, porém, 0 esposo, se não pode escolher á sua vontade, consegup, pelo menos, averiguar por terceiro, os merecimentos da donzela.

Para a mulher china, cujj exis­tencia decorre tão monotona e triste, é um minuto de glória o instante em que toma parte pr in­cipal 11a marcha de núpcias.

Então ela é o sob -rano, o i iolo. A cadeira da noiva vai 11a frente do cortejo, precedendo mesmo as dos mandarins mais graduados, mandarins civis e militares

Qualquer elevado personagem chim e a sua escolta suspenderão a marcha, ou tomarão por outra rua para dar passagem á liteira velada que transpor ta para casa de seu marido a humilde rapariga do povo. Esta hora triunfal apenas soa uma vez na vida da mulher chiueza.

A viuva que torna a contrair núpcias já nào tem direito a essas homenagens, ao estofos de p u r p u ­ra, ao pomposo cortejo em que se houvem os sons dos pifanos e atabales.

Essa realeza de um dia, a fuga rapida das felicidades humanas, e da mocidade tào depressa gasta, são descritos com melancolia, pelo provérbio popular «só uma vez na vida se sobe á cadeira verme­lha».

Um argumento de valor

Miss Josefina Sica, uma gentil americana, requereu uma inde­mnização de 50 contos contra uma companhia de automoveis, pelo facto de, num acidente, ter ficado com uma cicatriz numa perna. A causa deste litígio foi o der rama­mento da bateria dum «autobis», que lançou ácido corrossivo sobre a perna da queixosa, causando-lhe uma cicatriz do tamanho duma moeda de cinquenta centavos.

Entre os considerados do juiz que proferiu a sentença há um que merece transcrição:

«Afirmou-se que uma cicatriz em lugar invesivel da perna não tem importancia alguma. No caso presente, porém, ti ata-se de uma cicatriz na barr iga da perna, e com a moda oas saias curtas e das meias transparentes, não pode afirmar-se que ela esteja em cm lugar invesivel, nem que não prejudique a reclamante. . .»

E, por este motivo, recebeu miss Josefina Sica os 50 coutos pedidos.

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Festas em Longomel

As festas que se realizaram na visinha aldeia de Longomel tive­ram grande luzimento.

Ha a salientar o brilhantismo com que se houve a Filarmó iica Galveense, que, sob a hábil regên­cia do apreciado maestro D. Se­gundo Salvador confirmou os c r é ­ditos de que vinha precedida.

não ê rico. Vive apenas das assinaturas e dos poucos a- núncios que insere. Há 12 anos que, infatigávelmente, vem lu­tando pelos interêsses do con­celho. De certo modo 0 nosso esforço tem si.io compreendi­do. ” A Mocidade'’ tem já hoje uma tiragem relativamente elevada.Mas 0 jornal é pobre, muito pobre. Temo-lo sustentado à custa de canseiras e de pro ­dígios exausdnados. Ultima­mente, todos o sabem, 0 pa ­pel subiu de preço. O tipo subiu também. Por isso, a vida de ”A Mocidade”, que tem sido semp~e tão precária, agravou- se ainda mais. Está nas mãos dos nossos assinantes, anun­ciantes, amigos e todos os que se interessam pelos pro­gressos desta terra, 0 aju 1a- rem nos. Não pedimos muito. Desejamos, simplesmente, que os pontessorenses que ainda não recebem 0 nosso jornal, 0 assinem

Só aumentando a sua tira­gem é que ” A Mocidade” po­derá viver.

Por U is

U m grupo de avisenses c o m ­posto de 28 pessoas acaba de r e a ­l isar u m a excursão e m camione - te ao norte e centro do país, t e n ­do percorrido Castelo Branco, V i ­zeu, Viana do Castelo. Braga. Porto, Aveiro, F igue i ra da Foz, Nazaré, Leiria, Ba talha, Alcoba ça, Caldas da Rainha e mui tas outras impor tantes terras. Todos eles v eem agradàvelmente i m p re s ­sionados pelo excelente passeio e m que dem ora ra m alguns dias, e encantados com os l indíssimos panoramas que lhes foi dado go sar. Reinou se mp re ent re 0 grupo excursionista a maior harmonia e animação. Fe l ic i tamo lo pela sua be la iniciativa e fazemos vo­tos por que o grupo nos anos seguin­tes cont inue organisando estas ex­cursões. levando a todos os r e ­cantos do país 0 n om e des ta terra de tão ga lhardas tradições histó­ricas.

Praia artificialCom a chegada do inverno

vai desaparecer a Praia arti­ficial. Para o ano, segundo nos consta, a população de Ponte do Sôr vai ficar priva da dêsse útil melhoramento. E pena, mas aplaudimos a atitude da Comissão. De fa ­cto, não fa z sentido que se estragasse ali tanto dinheiro e tanta somade esforços para, ao fim e ao cabo, numa ati­tude incompreensível, a po­pulação de Ponte do Sôr a- bandonar um melhoramento que por todos os motivos de­via merecer 0 seu carinho.

O facto não nos surpreen­de, porém. Em Ponte do Sôr é tudo assim: muita música, muitos foguetes e, por fim , o silencio profundo e próprio das fatalidades irremediáveis.

A M O C I I) A I) ErmimrmmmnmimmÊÊaaÊatÊmmimaÊmHmmamímmÊmm

3

de DilDtO* À á A A A A A A A A A A A A A A v

R elo joeiro e Õ u r iv e s

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cações, nesta vila, no próximo mês de Outubro, onde será ministrado o seguinte ensino:

Ampliação dos conhecimen ■ tos adquiridos na escola pri­mária;

Preparação para exame de admissão aos liceus.

Preparação para exame de aptidão para regentes dos postos escolares;

Preparação para exame dos

primeiros'anos dos liceus. Recebem-se alunos em casa Esta redacção informa.

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Dirigir a Fernando Matias \Bavreiras Ponte do Sor

N V E R N A D O U R 0

Vendem-se durante os me­ses de Outubro, Novembro e Dezembro, ou p jr qualquer tempo a combinar.

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4 A M O C I D A D E

Iluminares da Tela

Qheta QúJiê&Muito se tem dito e escrito sôbre a fi­

gura esflngica de Greta Garbo. Pode mes- cn> afirmar se, sem receio du errar, que tem sido esta, até á data, a estrela cine- inatngiífica mais discutida em todo o mundo. Pois apesar de tudo is!o suigem ainda muitas discussõese desinteiigências a propósito da vida da grande estrêla sueca.

A sua vida, ate ao seu ingresso na arte do claro-escuro é, talvez, um pouco des­conhecida. A artista tem-se mantido, a este respeito, num silêncio cerrado. Nun­ca os seus lábios se entreabriram para deixar escapar qualquer confidência sô­bre a sua infância. E a imaginação jorna­lística tem arquitectado mintas e variadas histórias, a maior parte delas piimando pela inexactidão. De concreto sabe-se que, a piincípio, a que mais tarde havia de ser a grande artista cinematográfica, teve uma vida humilde. Diz-se que foi aju­dante de barbi iro Mais tarde entrou pa­ra a secção de venda de chapéus de um estabelecimento comercial, frequentava, nas horas vagas, um curso de arte ara mática. No fim do ano costumava se le­var à cena uma peça teatral, desempe­nhada pelos alunos do curso. E Greta Garbo desempenhou, nutna dessas fastas de fim-de-ano, um papel tâo perfeito que o realizador cinematografico MauriceStil- ler, que casualmente se encontrava entre a assisiência, ficon estupefacto perame o talento revelado pela novel actriz. Sliller procurava entào a heroina para o seu fil­me «A Lenda da Costa B rling», baseado numa lenda popular. L então nào hesi tou- d ta o principal papel feminino à sua nova descoberta. A artista saiti-se menos mal da t ref i que lhe havia sido confiada. Stiller guiou-a 11a difícil arte, amparando-lhe os passos. Mais tarde in­terpretou «Rua sem Sol». Q iiz o aca o que este f.lmc fôsse visto na Europa por um dos agentes 11a Meíro Gol :wyn Mayer qtie . cabou por contractar Gr. ta

Garbo, ii ei-la, a tímida sueca, a cami­nho da Meca do cinema. E triunfou por cumpleto. O seu nome passou a figurar em tôda a p.rte. Os prelos gemeram, grandes rotativas vomitaram m lliares e tnilliares de jornais, todos celebrando a nova estrel Os seus trabalhos avass. la ram os 1 inéfilos por completo. Copiavam- -se os traios de Greta Garbo, os p -mea­dos revoltos d ' Greta Ca bo. o olhar lan­goroso de Greta Garbo. É então aue ; pa­rece John Gilbert. E os produetores for­niam a parelha Greta Gilbert que somou uiuuíos sòbie triunfos. Todos os <-fans» se recordam dos trabalhos formidáveis, inesquecíveis desses dois astroi então no seu máximo fulgor. Todos se recordun, porexemplo.de «Ana Karenine» e des­se estupendo f lme, graude entre os gran­des, «0 demónio e a carne».

As cenas de amor, dum realismo im­

pressionante, pareciam vividas a sério. A sua maneira de trabalhar, o próprio en­redo de todos os seus filmes—tendo co­mo base fundamental o amor, mas o amor cego, dumi loucura sem extre­mos conquistaram o público, elevavam as plateias ao rubro do entusiasmo, fa­ziam sonhar as meninas casatioiras e os rapazes solteiros com o seu John e com a sua Garbo. Daí a onda de entusiasmo que sempre provocavam os seus filmes. Ao chamariz irresistível destes dois 110- m^s—Greta Garbo John Gilbert despo­voavam se as casas, tuna onda imensa de gente era atraída irresistivelmente pelo cinema.

Murmurou-se, af.rmou-se mesmo que os dois artistas se amavam. Era impossí­vel—dizia-se—simular o amor tal como eles o faziam.

Os anos passaram. Veio 0 sonoro e o par ideal do cinema acabou por desfazer- -se. Greta falava mal o inglês; John viu-• se relegado para um plano que não es­tava de acôrdo com as suas faculdades arusticas

Ela isola-se então. Para muitos, paia a maioria, a diva morrera, artisticamente falando.

Mas ela, pacientemente, foi corrigindo a sua pronúncia e finalmente pôde falar. E veio «Ana Christie» e foi novamente- o triunfo. Seguiram-se muitos outros fil­mes, sempre ansiosamente esperados. Apareceu depois «Rainha Cristmi® em que ( reta contracenava novamente com John Gilbeit Mas o par ideal—apesar do sucesso do filme—já nâo inflamava os corações como nos tempos do mudo. E John foi definitivamente po to à margem. «Rainha Cristina» representou para ele o seu «canto do cisne».

M s a estrêln de Greta Garbo não em­palidecera ainda. Ela continuou triunfan­do. E ainda relativamente há pouco tem­po eia nos deTumbrou p*lo seu trabalho em «*\na Karenine», reedição sonora dum dos seus triunfos no timpo do mu- d 1. O filme ganhou a laça Mussolini 11a Bienal de Veneza—a maior consagração que pode dar-se a um filme.

Esta época vê-la-emos em <A Dama das Camélias» ao lado de R >bert Taylor, o novo ídolo das mulheris americanas. Anuncia-se ainda, para esta temporada,o extraordinário filme « Vlaria Valewsk i», que foca os amores de N'P 1 ão com a fidalga po'ac<: do mesmo nome que. para salvar a sua pátria se entr gou ao célebre corso. N ste seu nevo tiabalho actua ao lado de Charles Boyer. O st u desempe­nho representará -temosd sso a certeza— uma nova vitória para si. E Grela Garbo continuará sendo, como até aqui, a gran­de ariista, a Única artista no céu estrela­do de Hollywood,

A m iicar Andrade

Evasão de presosNa madrugada de 19 para

20 do corrente, evadiram-se das cadeias desta vila, onde estavam aguardando a sua remoção para Lisboa, a-fim de.ingressarem 11a Penitenciá-1 ia, os presos Francisco Martins Smões, solteiro, e Tiago Rosado, casado, am­bos implicados no crime de arrcmbimento e furto da outivesatia do Sr. Elisiario de Carvalho Pinto, nesta vi­la, ciso que oportunamente noticiamos. Para levarem a efeito u st ti intento, os presos serraram um dos grossos va- rô s.da g^ade que dá para a via publica, fazendo uma pe- quen.t abertura por onde con­seguiram furar. Pressentidos por um companheiro ameaça­ram-uo tie morte com uma nàvalh* de ponta e mola, mant ndo este em respeito. Feita a serragem que levou cerca dr duas horas, os pre­sos saiiam para a rua onde desapar- ceram. As autori- . dades tomaram conta do 0- corrido, tendo telegrafado paia vatias terras a pedir a

capt in I >s f.ig itivos.

Poucos dias antes, o Si­mões de parceria com um outro companheiro de prisão, aproveitando um descuido do individuo que estava a servir de carcereiro, havia-se evadido, saindo ambos para a rua com a maior das tran- quil'dades, atravessando al­gumas artérias da vila, che­gando a sua audácia a dar- lhes tempo para se despedi­rem de algumas pessoas que encontravam no caminho. Dois dias depois o Simões e o companheiro eram captura­dos em Casa Branca, conce­lho de Souzel, por uma pa­trulha da Guarda Republica­na, onde tinham ido, certa­mente com 0 intuito de tra­zer alguns objectos proveni­entes do furto, que possivel­mente 0 Simões teria enter­rado, visto que foi naquela terra que foi levada a efeito a sua captura após 0 arrom­bamento.

Trartfcriç&o

Sopa dos p.ibres tie Ponte de SorContinuação de ofertas do corrente ano

Dos senhores Joaquim Galveias Men­des 1 carrada de lenha. Emico Baptista <te Carvalho 27 litros de feijão frade. José Dias Duque, dos Telheiros, 2C$00; jan­tar no dia 1 de Junho. Joaquim Galveias Mendes 15 litros de feijão frade. João Marques Calado e outros 10 quilos de p ixes da tibeira. Dr. Manoel Rodrigues de Matos e Silva 9 quilos de toucinho e1 cesto com 500 nesperas. Dr. Rafael de Figueiredo 108$0i). D. Maria do Rosário Baptista de Carvalho ja 1 tar 110 dia 18 de Junho. Joaquim Roque Teixeira Marques t carrada de lenha. D. Arminda Pais Branco, 2 quilos de morcela. Camara Municipal 2 carrada de pedaços de ma­deira. Anónimo lo$00 para compra de páo. D. Luiza Semblano 2 quilos de vagens. Comissão das Festas da Co­munhão ás creanças 10 pãesinhos e um pão grande e 1 550 gramas de tou­cinho. D. Maria da Graça de Matos Es­padinha da Costa o jantar do dia 18 de Julho, dia do aniversario naialicio do seu falecido marido. Antonio Pita d’Oli- veira Serra 5 alqueires de feijão de côr. Marçal Nunes Marques Adegas 10 litros de azeite, urico Paes de Carvalho 5 alqueires de farinha de trigo José No­gueira Vaz Monteiro 80 litros de feijão frade. Joaquim Figueira 9 quilos de car­ne de vaca. Antonio F> mandes 5 litros de azeite. Felizardo da Silva Prezado me­lhoramento do jant. rdo dia 15 d’Agosto. D. Laurinda Adegas Pais 1 ce^to de fruetu. Francisco Marcelino |8 quilos de carne de vaca Damião Goes du Bocage 100S00. Joaquim Figueira mais 4 quiios de carne de vaca. conde da Tori e 23 quilos de carne de vaca. Joaquim Roque Teixeira Marques 20$00 proveniente uu- ma multa de furto de pasto.

Os actos aí patentes exprimem melhor os sentimentos numanitarios ua gente da nossa P n e de Sor. du que as palavras laudatorias que lhes possamos d rigir. A todos, pois, os que nos ajudam, aju iando os pobres a repetição dos nossos melho­res agradecimentos.

Presentemente fornecem-se todos os dias 20 a 22 sopas a adultos e 35 a 38 a creanças e aos sabados distribuem-se 77$50 a 29 pessoas.

A Direcção

Transcrevemos , com a devida vénia, do 'nosso bri lhante colega "Brados do Alentejo”, de Es t re moz, o esplêndido artigo "A G r a n ­d e e a P e q a e n a Imprensa ”.

p a l ç e i m ç n í o

Faleceu nesta vila, na tarde de teiça feira pjssada, o Sr. D mtor Manoel Rodrigues de Matos e Silva, de 75 anos de idade, Juiz de Direito aposentado e abastado pro­prietário. Era natural da f i tgucsia do Souto, concelho de Abrantes, e residia nesta vila há ceica de cin­quenta anos, para onde viera exer­cer o ca igo de sub delegado do Procurador Regio no extincto Ju lg tdo Municipal O Sr. Doutor Matos e bilva que fez quasi ioda a sua carrei ia nesta coniaica, con­traiu matr imonio nesta vila com a Sr.a D. Maig. tr ida Vaz Monteiro de Matos e bilv^, de cujo enlace houve dois filhos, o br. Manoel Vaz Monte iio de Matos e Silva e a Sr.a D. Maigarida Vaz Montei­ro de Mi tos e Silva Camossa ^al- daniia, casada com o Sr. Doutor Augusto Camossa Saldanha.

O Sr. Dr. Matos e Silva era bastante esmoler, pois na ocasião do Natal e Pascoa vestia g ranue quantidade de mulheres p ib re s e crianças com os proventus da sua aposentação. i'.ra cunhado da Sr. D. Ana Ncgueira Va* Monteiro e do Sr. José Nogueira Vaz Muiitei- ro e tio dos Srs. Abilio de Matos e Silva e João Leal de Matos e Sil­va e dos nossos estwnados assinan­tes Srs Antonio Rodrigues Vaz Monteiro e Damião ( Joesdu Boca­ge, do Carregado. O seu funeral coustituiu uma grande manifesta­ção de pesar, teudo-se incorpora­do grande numero de pessoas de todas as classes sociais.

A urna ficou depositada no jt- zigo da familia Vaz Monteiro. Fo­ram otganízados vários turnos.

A’ familia enlutada enviamos o nosso cartão de sentidas c o n d o ­lências.

Conselho Iflnnicipal

Na Sala das sessões da Câ­mara Municipal dêste conce­lho, reuniu o Conselho Muni­cipal, na passada quinta-feira, sendo deliberado aprovar as bases do oiçamento ordinário para 0 próximo ano de 1938 e votado as percentagens adi­cionais às contribuições do Estado.

Manifesto de producção

T e rm in a no fím do corrente mês , o praso para o mani festo na Administ ração do Concelho do trigo, centeio, aveia cevada, fava, grão de bico, ba ta ta de sequeiro, alfarroba, amêndoa , avelã, noz e uva de mesa . Os impressos são fornecidos nas respect ivas rege- dorias.

Manipuladores tfilegrafo-postais

Nos ex am es que u l t imamente se real izaram na séde do distri to para es tes funcionários, f i caram aprovados os Snres . João Moreira da Costa e D. Arminda P i ta Pires, residsntes nes ta vila, os qua is muito brevemente vão ser admi t i ­dos à prática.

Os nossos parabéns.

A V I SEu abaixo assinado, deixando

de residir nesta vila em virtu te de ter assumido a direcção técnica da Sociedade de Moagem Carca- velos, L da, da qual sou sócio, venho por este meio, reconheci­damente, agradecer a todos os Amigos e Clientes, a forma p e nh o­rante por que sempre me distin­guiram e muito especialmente aos avisenses dos quais guardo gratas recordaçõ s. Ig.ialmente participo que fico pei tei cendo á firma Cou- ceito Braga & Oaicia, L d a onde íg uar do a cont inuação das presa­das ordens de todos os Amigos e Clientes e aprovei to a opo r tun i ­dade para Ih s oferecer a minha casa em Carcavelos para onde vou residir.

Avis, 7 de Setembro de 1937

Ildefonso Oarcia Junior

Agradecimento

João Luiz Fangm a, grato para com todas as pessoas que o auxi­liaram no p gamento da multa que ha dias lhe foi imposta, vem por esla forma, apresentai-lhes a expressão do seu r tconhecimento.

João L u iz Fangana

LinhagemPrópria para panos de azei­

tona ou conf çâo de sacos, vmde Manoel da Silva.

Ponte do Sor

Visado pela Censura

Seja bairrista: mande execu­tar as suas encomendas na

Minerva AlenUjana

Carteira EleganteFizeram anos as Ex.inas Srns.*9 e Snrs.

Setembro

2 S —D. A ntonia G lória de Magalhães em Pombal e D. O linda Romão G on­çalves.

27— D. Maria de Castro Freire de Andrade, em A lpiarça, Fernando Mar­tin s Coutinho, em Lisboa, Rosalina Florencio e Marçal da Silva.

2 8 —l)r. Arm ando de Mendonça Pais, em S in fã e s , joaqu im D ias S u b til, em do Peso, D. N atividade Tavares da Silva, em Torre das Vargens, A itonio P io Catado, em Gavião, D. R osaria da Silva Lobato e Maria Mariana Lopes.

3 0 --D . Crernilde G raziela Pereira Bernardino, D Maria Ana Campos Dordio, etn Lisboa e m enino Manoel Joaquim erreira, em M ontargil.

Outubro

1— D. Flora da Conceição Silva Dordio, em S in tra e Manoel José M ar­ques

2 —josé B ap tista de Carvalho. D. Josefina Lourenço Morais e menina Maria de Lourdes Vlartins Moreira.

3 —Manoel Lopes B ranquinho, em Santarém , Bernardo A ntonio Bacalhau, em Galveias.

4 —Menino José joaqu im D ias Mar­ques, Açores, Vila Franca do Campo e Florencio D ias.

5 —D Joana Roças de C astro da S ilva .

7 —D. Maria A ntonia M arques G iio .8 —D. Ana Alves Lopes, nos O livais.

Chegadas

— De Louvain (B élg ica ) regressou à pouco a esta vila o nosso estim ado am igo Sr. Manoel S ilverio de Sousa Eusébio, sua esp >sa D E lisabet K >le- com de Sousa E usébio e seu fi lh in h o

Veraneando

— Tem estado entre nós a passar uma tem porada, o nosso particu lar am igo e conterrâneo Sr. hrancisco M ota Junior, residente e.n Lisboa, que veio a-

companhado de sua esposa— Estiveram em goso de licença, de

v is ita a suas fa m iu o s , em G alveias, os nossos estim ados assinantes Snres João Alves da ò ilva Costa, residente em Lisboa e Joâo A ntonio de òousa, residente em Evora.

— Com sua esposa, encontra se ern goso de fe r ia s , em M ontarg il, o nosso p articu lar am igo e assinante or Dr Joaquim de Sousa Prates. D igno D e­legado do Procurador da Republica em Reguengos de M o n sa rd z.

— t umbem se encontra a li, com sua fa m ilia , o nosso am igo Sr. José P ina de Castro, actualm ente residente na ca p ita l.

N a nossa redacção

De regresso a Lisboa, vindo de G al­veias onde esteve veraneando, esteve na n >ssa redacção a apresentar cum priiuentos, qae m u ito agraaecemus, o nosso estim ado assinante S r . F ernan­do 'Aartins C outinho, d igno pro fessor o fic ia l naquela cidade.

Enlace m atrim onial

N o Vate de Açôr, realisou se em casa do sr Joaquim G a lveia s M en tes, no dia 16 do corrente,o enlace m atrim onial da sr.“ D . Fernanda A lice P ir e s M endes, g e n til e prendada f i lh a deste nosso presado am igo e de sua esposa sr .a D . A lice E m ilia P i ­res dos Santos, com o sr. José M aria P ititã o Junior, natural de A lter do Chão, f i lh o do sr. José M aria P in tã o e da sr.a D . Rosa P a u la Candeias, proprietário* naquela v ila ■ P araninfaram o acto por parte da noiva, o s r . M anoel José Torres P ereira de Alm eida B eja e sua esposa a sr .“ D . V irg in ia Am elia de A lm eida B e ja de c a s tr o e A taide, de Abrantes e por parte do noivo o sr. M anoel B ra z Lança Q uina e sua esposa a sr .* D M aria L u iza Pintão Lança Q uina, de A lte r do C h ã o.

Com o nosso cartão de a fec­tuosos parabéns, desejam os aos noivos um fu tu r o próspero e uma prolongada lua de m e l.

LEIA, NO PRÓXIMO NÚMERO DE ”A MOCIDADE" — ENTREVISTA CDM C PRESIDENTE DO ELÉCTRICO FOOT-BALL CLUB

Ex.m o Sr,João Marques Calado

1 2 / a n o P o n t e d o S ô r , 1 0 <1^ f i e 1 9 3 7 N U M E R O 2 6 4

QUI NZENA' RI O REGI ONALI STA

D I R E C T O R E E D I T O R

QahiAaídiiW. cU Oúlumxo. da. Cxrticeiçáa O&ndjuide.

Secretario da Redação Amiicar d e Oliveira da Conceição Andrade

A D M I N I S T R A D O R Primo Pedro da Conceição

F U N D A D O R E S

P r i m o P e d r o d a C o n c e i ç ã o

J o s é V i e g a s F a c a d a

Redacção, Administração e Oficinas gráficas

JAitmua. oáHetxtíjam. - fonte do. So\

C a m p o d e A v i a ç ã o

Nas importantes manobras vereações que teem passado militares que de 10 a 20 se pelas cadeiras do Município vão realizar no Alto Alentejo, ouvessem insistido junto do tomam parte, ao que dizem os Govêrno para aqui se estabe- jornais, fôrças de aviação, lecer uma base de Aviação, num total de 14 aparelhos. A já Ponte do Sôr contai ia há base é em Souzel, num cam- muito com êsse importante po espaçoso, de 1 .000 me- melhoramento, que traria para tros de comprimento por 600 a terra benefícios fáceis de de largo, e fica a cêrca prever, dois quilómetros da vila. Jà aqui dissemos, e repeti-

E? esplêndido aquêle cam- mo-lo hoje, que muitos avia- po de aviação, Sfgundo nos dores o consideravam o me- dizem. E nao será de estra- lhor do Pois. nhar que o govêrno aciual- Quais as razões porque o mente interessado no proble- Campo não é hoje frtquen- ma do rearmamento, dedique tado como antigamente? Não tô ia a sua atenção para aquê- sabemos, ie C:;mpo, estabelecendo ali á anos, quando a A j ro- uma base. E’ sabido que Por- Portuguesa mantinha liga- tugalconta com pouquíssimos iões com Madrid e Sevilha,

Encomendas PostaisA Administração Geral dos Cor

reios e Telégrafos estabeleceu no­vas taxas para as encomendas pos­tais, para o Continente, que muito veem beneficiar o público, as quais já entraram em vigôr. São as se­guintes: Até 2 quilos, 2$50; até 3 quilos, 3$03; alé 4 quilos, 3$50; até 5 quilos, 4$00; alé 6 quilos, 4$50; até 7 quilos, 5$00; até 8 quilos, 5$50; até 10 quilos, ó$00.

Teatro-Cinema

campos de aterragem. O Alen­tejo, que reúne condições ex­cepcionais para isso, possui segundo cremos, apenas tiês: — o de Ponte do Sôr, o de Souzd e o de Amareleja, lá p a r a os c o n f i n s do Dist.icto de Beja. E’ pouco se atendermos a que, o Alen* 11 jo é uma região de plainos

um dos seus trimotores poi­sou no n isso Campo de ater­ragem. Opinião do piloto: o campo é muito bom, mas pre­cisa de ser ampliado.

Tartfa fácil. Expropriando as poucas hortas que margi­nam a pista do lado norte, derrubando as poucas dúzias de pinheiros e sobreiros que

!Jor ocasião da feira de S. Fran­ci sco— f-eira da Ponte, como mais vulgarmente é conhecida —a e m ­preza do Teatro-Cinema abalan­çou-se a trazer até nós um esplên­dido gr u p o de artistas, que fize­ram as delicias de um publico sempre numeroso e entusiasta.

Além dos artistas Julmar's, já conhecidos do nosso público e que sempre se teem exibido com muito agrado, quiz a empreza trazer ate nós, pela primeira vez, a parelha de baile Alex e Marlice e o inimitável e Jincoisfundivel ar­tista Ocíávio de Matos, que, além de outros números de sensação, apresentou a sua coroa de glória — C h a t lo t no M u s ic -H a ll— imita- ção do célebre cómico norte-ame- rícano, que consagrou Ociávio de Matos como p r i m d r o imitador.

Foram quat ro esplêndidos es­pectáculos, qua tro casas à cunha. Além dos actos de variedades,

quási intérminos, cujos ter- lhe estao contíguos o Campo em que tomaram parte aquêlesrenos, na sua maior parte, se de Aviação de Ponte do Sôr artistas> rx-biram-se no écran pro-prestam muito bem para cam- passaria a ter mais de um g ia >’las variados e interessantes.

i i e• a g f e g r\ L.fn|D l" Ç ZH» qLiç se dCVC Cll*pos de aterragem. quilometro de comprimento cont rar sati,fejta peio êxito da sua

O Campo de Ponte do Sôr por 500 a 600 metros de lar- arrojada iniciativa, os nossost e m , por assim dizer, peiga- go. E, querendo, estas dimen- cumprimentos,minhos, visto que desde 1 de í-ões poderiam saltar para ° distÍ!,t0 artista Octávio de Setembro de 1919 se encon- 2 quilómetros de terreno a- Matos teve a gentileza deapresen

bsolutamente igual no piso, fácilmente permeável.

Numa palavra: o Campo de

tra nas cartas aeronáuticas. Nào sabemos quais as ra­zões por que, de há uns tem-

tar os seus cumprimentos na nos­sa redacçã >, amabilidade que pe- nhoradamente agradecemos.

f l P a z U n i u e r s a l

O Diario de Noticias escre­ve sobre o Congresso da Paz ha pouco realisado em Lile: “ Infelizmente a paz universal não passa dum sonho, duma utopia. “ Emquanto os papeis que dão leis á opinião forem da estofa dos jornais portu­gueses, o estado de pa z ha-de custar a implantar, lá isso é verdade. Mas não ha-de vir um tempo em que os jorna­listas possuam todos senso comum?

O Correio de Mafra comen­tando os dizeres do grande papel, escreve: “Ora quando um dos jornais de maior cir­culação de Portugal escreve destas cousas em artigo de fundo, o que pensarão da guerra os nossos oitenta por cento de analfabetos?

O que vem de ler-se tem 31 anos de data, o que não quere dizer que nâo pudes­se ter sido escrito hoje mes­mo.

Foi publicado no Jornal de Penafiel de 2 de Junho de 1905, ou seja ha, repetimos, 31 anos!

Por esse mesmo tempo, como quer que fossemos co­laborador de A Vanguarda, de que era director M aga­lhães Lima, reproduzíamos ali as seguintes linhas dum contemporâneo muito ilustre, Costa Oodolfim:

Alvtvs da CnnhaO grande actor Alves da Cunha,

que é incontestávelmeute a pri ­meira figura do tablado por tuguês , e que já t ivemos ocasião de ap lau­dir este ano no Tea tro-Cinema, volta novamente a visitar-nos nos dias 29 e 30 deste mês, represen­tando as peças " O Salt imbanco" e “ Taberna", etn que tem es tupen­das criações.

Vamos, pois, nesses dias ter o prazer de aplaudir essa grande fi­gura e de sua companhia, e a p r e ­ciar a verdadeira arte.

Gouarnador Ciuil do DistritoEm missão oficial, esteve nesta

vila no penúlt imo domingo o Ex.‘“° Governador Civil do nosso Dis­trito, Sr. Capitão Domingos Cala­do Branco, que foi rectbido na Câmara Municipal pelo Ex.rao Pre­sidente da Comissão Administrat i­va, Sr. José Nogueira Vaz M o n ­teiro, e demais entidades oficiais.

pos para cá, foi posto de par- Aviação de Ponte do Sôr po­te. O Campo é esplêndido, de de vir a ser, se quem supe-lerrenos fácilmente permeá­veis, e reúne ainda condições de ordem estratégica, situa­do como está junto do cami­nho de ferro e a poucos mi­nutos da fronteira. Estamos em crer que, se as diferentes

rintende n ê s t e s assuntos quizer, não só o melhor de Portugal, mas, também, um dos melhores do mundo.

Porque não se interessa a Câmara Municipal por êste assunte?

Arrombamento e rouboNa noite de sexta-feira para sá­

bado, os g i tu n o s en tra ram na ca­sa de residência e estabelecimento do Sr. Mateus Gonçalves, no Bair­ro 29 de Agosto, desta vila, for­çando uma das portas, e dali rou ­baram várias roupas para homem, cobertores, outras roupas miudas e ainda a quantia de 500$00 que encontraram. O sr. Mateus Gon-

Jíoua carreira de camionetes

Como noticiámos no nosso ulti­mo numero, a Empreza de Viação Murta, de Portalegre, de que é proprietário o nosso amigo Sr. Luiz da Trindade Martins Murta, inau­gurou no dia primei ro dêste mês. uma nova carreira de camionetes entre Fronteira e Bemposta, com p ssagem por Ervedal, Avis, Gal­veias, Ponte do Sôr, Estação e Brnposta , ern substituição da car ­reira que já anter iormente havia requerido, mas cujo términus era na Estação do caminho de ferro

desta vila.Esta carreira que muito veio

favorecer os habitantes da zona por ela atravessada, tem alem des­sa grande vantagem a de ser feita em camionetes luxuosas, op t ima­mente apetrechadas, comodas e de grande conforto, pelo que ao in­teligente concessionário não rega­teamos louvores, felicitando o pelo seu arrojado empreendimento , o que mais uma vez vem demons­trar o interesse que o Sr. Muita

tem em bem servir o publico.

exornar os que aspiram a verdadeira civilisação. E será somente no dia em que todos os povos não tenham armas nem metralhadoras que a hu­manidade poderá jubilosa­mente dizer: chegamos a ser homens!”

çalves qne se encontrava em casa, ^ a ilustre escritora D. Ali- esta»i dormindo num compart ímen- ce Pestana, hoje infelizmente to contiguo, não dando noticia do morta, garantia no mesmo

C inema N acional

Noticiam os jornais da especia­lidade que se estão ult imando dois novos filmes nacionais—Canção da Ter ra e Rosa do Adro. Ao que consta aquêle está já t erminado devendo exibir-se em breve num dos principais cinemas da Capital.

E’ consolador ver a movi men­tação que vai pelos estúJ ios . No espaço de um ano prodúziram-se nada menos de 5 filmes —Bocage, Revolução de Maio, Maria Papoila e os dois acima indicados. Quer isto dizer que os capitalistas p o r ­tugueses perderam a timidez que os caracteriza empregando fundos na feitura de novos tilmes o que apesar de tudo o que se diga em contrário, é ainda um dos ue-

“ Procurar por meio da paz góeios mais rendosos, dirimir todas as queixas e a- Circulam agora rumores sôbre ao r a i / r t í r ln« n n v . i c d p f n r m a possivel realização de novos filmes g a OS ci( S povos, de^ torilia nacjona jSi Assim, fala-se em filmarque SO impere a razao e a A vizinha do lado. Amor de Per- justiça, é o pensamento mais dição, Rainha Santa, Fidalgos da belo e simpático que pode Ca^a Mourisca, Mistério da Est ra ­

da de Sintra, etc.Quanto a Leitão de Barros sa­

be-se que ainda não pôs de parte a idea de realizar uma pelicula cu ­ja ação decorreria no Castelo de Almourol.

que se passava. Parece que há ves­tigios de os ga tunos terem passa- de na herdada da Amieira, cerca das 4 horas da madrugada e na Ervideira, t ambem de madrugada, o que faz supôr que se tratava de uma quadri lha que após a pratica do roubo se dividiu, seguindo ca­da grup o em sua direcção. O c a s o foi comunicado á Guarda Repu­blicana, que está tomando as p r o ­vidências que o caso requer. O roubo é calculado em cêrca de i .5 00$00 .

jornal e pela mesma epoca; “ A perspectiva da pacifica­ção geral não é uma conce­ção de origem recente.”

E não era nem é. Os que vierem depois de nós vel-o- -âo. E se nesse tempo ainda forem possiveis os diários de noticias, verão que nós, os maduros, tínhamos ra zã o .. .Junho, 1936 Luiz Leitão

Comparticipações do EstadoForam ultimamente concedidas

para o nosso distrito mais as se­guintes comparticipações do Es­tado.

A ’ Câmara Municipal de Alter do Chão, 31 595$00, para repa­ração da Estrada municipal de Alter do Chão, á estrada nacional n.° 17 — 1.*. A’ Câmara Municipal de Arronches, 5 2 . 130$00 para reparação da estrada muni ­cipal n.° 1 , que liga os concelhos de Monforte e Arronches, A’ C â ­mara Municipal de Niza, 30.461$ para reparação da estrada munic i­pal entre as freguesias de Arez e Amieira.

A M O C I D A D E

0»o «adis, Europa? Q « 2 ^ ^ Sôa» e n Casa fáhoM c,Anpçar nr»c nrnÍActAc oc^n/loli.Apesar dos protestos escandali­

zados dos anti—militaristas; dos can­tos de sereia dos enamorados de Genebra; do tartufismo revoltante das chamadas potências democrá­ticas que aos olhos do mundo pre­tendem prssar por «timidas gaze­las», «pombas sem fele» e nào sei que mais; apesar de tudo isto, o célebre si v i s p a c e m . . . continua a ser a g rande fórmula da Paz.

Não é impunemente que ao paiz das estepes, dos escravos e da re­volução mundial, se dão focos de cidade; e se a lguns paizes da Eu­ropa, menos hipócritas e mais rea­listas, viram ;t tempo o perigo e a tempo o querem exconjurar, não só não devemos censurá-los, mas, pelo conteário, estar-lhes gratos por terem sufrido, com a sua po ­litica de verdade, desasombrada e leal, as tibiezas, as hesitações, a covardia e mesmo a má-fé das po­tências democraticas c h a m a d a s tambem, não sei poi quê, «potên­cias pacificas».

Um povo existe, a Rihsia Sovié­tica, que jurou espalhar no m u n ­do o germen da discórdia, da des­confiança mútua, da luta de clas­se de que surgirá, primeiro, a gue r r a civii, e depois a gue r r a in­ternacional.

Prega o Amor, semeando o O dio; prega a Paz e formenta a Guer ra, para a qual está formida­velmente apetrechada; combate a tirania em Iodas as hatitudes e es­quece-se de que dá ao mun do ci­vilizado o espectáculo triste do mais feroz despotismo.

ii o tal mundo «civilizado», ce- g o a toda a t vidência, deixa-se em­balar 110 cô^e enlêvo das frazes feitas, dos discursos vlr ios , das conferê cias inúteis, e lá vai ar- nistado ua cauda dos verdadeiros inimigos da Sociedade, dos verda­deiros provocadores iuternacio- rais, dos ver-ladeíros formeutado- res da Guer ra !

Por ou tro lado, êsse mesmo inundo «civilizado» não reconhe­ce aos paizes da Ordem, chama­dos «Lscistas», o direito de legi­tima defeza contr? as manobras perturbadoras da Russia que os ameaça, internamente, com a Re- v o l u ç à ) social, e, externamente, com a guer ra diplomática, cheia de bc:c.)j, de duplicidade* e de in­fâmias. h. mais ainda: No enten­der dos democratas, e cor respon­dendo ao sen mais int imo desejo, cumpre à i «potências pacificas» assaltar e desconjuntar êsses pai­zes au to r i tá r io s . . . para salvar a paz ameaçada ! E assim procede­r iam certamente as «timidas gaze­las», se os autoritários, os «fascis- t is» não estivessem em condições de contra o seu pacifismo armado até aos dentes.

Peio que, afinal de contas, a salvagu rda da Paz pertence hoje aos tais «fascistas» e a melhor ga­rantia da mesma Paz, queiram ou não queiram os «avançados» de todos os nntizes. está exactamen­te nos canhões da Alemanha e nos submar inos da Itália.

E ainda bem. porque se a má- -fé se e rgue assim tão despudora- damente em regra de vida das na­ções, é fora de d ú / i J a que a Fu- ropa afundar-se-ia no momento em que os «fascistas» estivessem à mercê do pacifismo internacional.

C o m o haviamos noticiado, des­locou-se à próspera e risonha vila de Casa Branca (concelho de Sou­zel), o já afamado "Rancho do Sôr” , que ali foi dar dois espectáculos 110 dia 26, por ocasião das Festas a Nossa Senhora da Graça. Foi mais uma jornada triunfal para o nosso esplêndido agrupamento folclórico, que deixou naquela ter­ra, como deixará aliás em tôdas as outras a que se deslocar, a mais agradável das impressões.

O "Rancho ' 1 era aguardado, à sua chegada à laboriosa e hospita- ltira vila, pela Comissão das Fes­tas, Filarmónica do Vimieiro e muito povo. Estralejaram festiva­mente foguetes, a Banda atacou uma marcha de saúdação, a que a caravana cor respondeu com uma quente salva de palmas, agitando as raparigas do " Rancho as suas pandeiretas. Organizou-se depois um longo cortejo, indo à Frente a Filarmónica, seguida dos compo ­nentes do “ Rancho” e por espes­sa mancha negra de povo. O cor­tejo percor reu quási tôda a vila. Das janelas acolhiam-nos sorrisos gentis das simpáticas senhoras de Casa Branca e por tôda a par-

seus conterrâneos, os esforços dis- pendidos para que a vinda do simpático agrupamento folclórico ali presente fôsse um facto. Aos componentes do "Rancho” pedia desculpa de alguma involuntária falta cometida.

Referiu-se depois o orador à simpática figura de José Nogueira Vaz Monteiro, protcctor dós po­bres e de tudo que é para bem da sua terra. Ponte do bôr deve-lhe mujto (vivas ao Sr. Vaz Monteiro e a Ponte do Sôr), e o •Rancho” , a que o grande beneméri to soren­se dedica muito car inho, não exis­tiria sem a sua ajuda protectora.

Fartas palmas coroaram as últi­mas palavras do o rado r . I r rom­peram vivas a Ponte do Sôr, a que o ‘ Rancho” respondeu com entusiásticos vivas a Casa Branca e ao seu bom povo.

Em nome do "Rancho do S ô r” , na impossibilidade do seu ensaia- dor e organizador s r . Primo Pe­dro da Conceição o poder fazer, falou o Sr. Angelo Silva, regente da Orquest ra privativa do "Ran­cho” . Eram breves as suas pala­vras—disse. Queria apenas apre­sentar ao simpático povo de Casa,

com a lhaneza que é t imbre do Alentejo e de que Casa Branca faz gala.

Estavam marcados dois espectá­culos a realizar pelo «Rancho» nos dias 25 e 26. A Comissão das Festas, porém, no desejo louvável de não prejudicar a nascente Fei- rr Franca, e atendendo tambem a que os componentes do nosso bri­lhante agrupamento folclórico vi­nham fatigados, por via da longa distância percorrida e das estradas mal andamosas, resolveu adiar o espectáculo do dia 25 para 26, às 5 horas da tarde, realizando-se o outro espectáculo às 9 horas da noite.

Ambiente de grande espectativa. Muito antes de se iniciar o espec­táculo já o recinto oferecia um b o ­nito aspecto. E, quando pelas de­zoito horas o «Rancho» subiu ac estrado, soaram entusiásticas pal­ma s e vivas.

Iniciou-se o espectáculo pela ex- plêndida marcha «A nossa terra», que surpreendeu agradàvelmente a numerosa assistência. Fartas pal­mas. Numero bisado. E, depois, à

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0 " Rancho do Sôr” , que alcançou em Casa Branca um notável sucesso

Feira franca e Festa a Nossa Senhora da Graça

Casa Branca- (Souse l ) 2 8 - A feira franca em gados, madeiras, quinquilherias. etc., que teve lu- g i r nos dias 25 e 26 do corrente, esteve bastante concorrida, tendo havido bastantes transacções, para o que muito cont ribuíram os fes­tejos que simultaneamente se rea­lizaram em honra de Nossa Senho­ra da Graça, padroeira desta vila, e t rouxeram inúmeros forasteiros.

Um dos belos nú neros da festa foi o Rancho folclórico do Sôr que. recebido à entrada da vila por uma girândola de morteiros, ban ­da de música e centenares de pes­soas, aqui veio exibir os seus can­tos e bailados, deixando a todos as melhores e mais yiatas recorda­ções pelo seu aprumo. Este ran­cho, composto de un b lo grupo de rapazes e de graciosas e jovens raparigas de Ponte do Sôr, é coa­djuvado pelo benemérito e rico proprietário, Sr. José Vaz Mon­teiro, que, depois de recolher os doentes pobres no seu hospital e O il a>»> u im » u p i a o U idailte,cuida em dar-lhes tambfin alegria. Q i * o H s tHn r roporc io ne a tão digno beneméri to longa vida para continuidade da sua obra caritati­va e modelar são as expressões sinceras de todos os albidomenses.

C.

te, palmas, vivas, sorrisos fogue- tes estoirando com esttépido, os acordes triunfais da Banda, nos rodeavam da mais quente, mais entusiástica, mais apoteótica recep­ção que é possivel imaginar-se.

O “ Rancho” entrou em Casa Branca com o pé direito. Impos­sível relatar aqui, t m breves linhas, tôdas as gentilezas recebidas. Im­possível descrever, ainda que pá- iidamente, o carinho, as manifes­tações amigas com que fomos re­cebidos em tôda a parte. Casa Branca recebeu-nos, pode dizer-se, com o coração nas mãos, deu-se, foi tôda nossa. E êsses momentos felizes, inolvidáveis, ali passados, perduram ainda, perdurarão sem­pre ua nossa memória e no nosso coração, como dos mais ditosos da nossa existênci i.

Recebidos na Sociedade Recrea-

18-9 937.

António Pinheiro Marques

Eleições das Juntas de Freguesia

No próximo domingo, 17 do corrente, realisam-se nas sédes das t rês freguesias do concelho, as elei­ções para constituição das Juntas dc Freguesia.

tiva de 1 .° ds VUrç >. foram ali os componentes do "Rancho” obse­quiados com um delicado e copio­so copo de água. O Sr. Arl indo Varela Simõ s, em nome da C o ­missão das Festas, apresentou as boas-viudas ao "Rancho” . Pontes­sorense pelo coração—proferiu o o r a d o r - t i n h a o maior prazer em ver na sua terra o "Rancho do Sôr” , a quem agradecia o brilho que certamente iria dar às Festas em honra de Noçsa Senhora da Graça. Ao Senhor Joi-é Velez, fi­lho querido de Casa Branca e que, mesmo longe da sua terra, nunca a esquece, e a quem se deve em grande parte a vinda do "Rincho'* agradecia, por si e por todos os

Branca os seus agradecimentos pe­la maneira carinhosa e impossivel de superar como havia sido rece­bida a caravana pontessorense. O "Rancho” esperava cor responder àquilo que todos esperavam dêle — e daria o melhor da sua vonta­de e esforço para que os dois es­pectáculos a realizar fôssem bri ­lhantes. Apesar-de novo ainda, o ‘‘Rancho do Sôr” juntava a cada exição um triunfo. A vontade de cumpr ir , o desejo de honrarem a sua terra, norteavam os rapazes do "R an c h o ” . Todos hão-de c u m p r i r—terminou o orador . Pal­mas, vivas, entusiasmo louco, trans- bordante, comunicativo, ganhou tudo e todos.

Reorganizou-se o cortejo pouco depois, dirigindo-se, pelas ruas mais centrais da vila, para o local onde se estava realizando a Feira Franca de gados, madeiras, quin- quelherías, etc , — feira que se rea- zou pela primeira vez, e que, por coincidir com as Festas anuais, es­teve muito concor rida. Por tôda a pa te era o "Rancho” recebido com aclamações, que ameaçavam não findar. Em frenfe da residên­cia do Sr . Dr . Andrade Lobo Varela, ilustre albidomense que exerce clíuica em Ponte do Sôr e que se interessou pela vinda do “ Rancho” , ti ibutoi -lhe êste uma gran.le manifestação de simpatia.

Era já noite quando o cortejo se Jisp. rsou Os i omponentes d o «Rmcho» ficaram hospedados em casa das ttmiljas mais grades da terra, onde tod»s foram recebidos

medida que os números se iam su­cedendo, o entusiasmo crescia em todos em maré alta que a todos ganhava, Nú neros todos bisados. Ambiente de entusiasmo faiscante, indescritível. Os componentes do «Rancho» haviam ganho mais uma batalha, alcançado mais um suces­so.

O espectáculo que se realizou à noite, embora prejudicado pelo a r ­raial, tinha, ainda assim, grande numero de pessoas a presenciá-lo. E, como de tarde, as marcações perfeitas, vivas, animadas, as can­ções saltitantes, que se prendem a nós e ficam a bailar nos ouvidos, — conquistaram a assistência. Em­polgaram-na. Números bisados e trisados. Palmas quentes, ininter­ruptas, que ameaçavam não findar acompanharam o «Rancho» ao ter­minar a exíb;ção.

O sr. Pr imo Pedro da Concei­ção prezado Administrador do nosso jornal, agradeceu, em bre­ves palavras, o acolhimento feito ao «Rancho» e os aplausos que premiaram a exibição do mesmo. O «Rancho do S ô r » —disse—leva de Casa Branca as melhores re­cordações.

E assim terminou a segunda saida do «Rancho do Sôr», o r g u ­lho da nossa terra. Felicitamos a sua direcção e os seus c o m p o n e n ­tes pelo esplêndido triunfo obtido. Triunfo integral, triunfo total, que os deve ter compensado do imen­so esforço dispendido. Triunfo e propaganda de Ponte do Sôr, da nossa terra.

A Feira de Outubro

Realisou-se de 4 a 6 do cor ren­te, a importantíssima feira anual de S. Francisco, nesta vila, que este ano teve menor concorrência de barraqueiros e negociantes do que costume. Cer tamente devido a crise de trabalho que se tem feito sentir nalguns pontos desta região, segundo ouvimos a muitos feiran­tes, os negócios foram bastante reduzidos.

Como esta feira é considerada tambem uma quasi romaria, con ­correndo a ela imensa gente com o fim exclusivo de se divertir, as casas de espectáculos e nomeada­mente o Teatro-Cinema, o Circo Cardinali, o Cine-Souoro Irmãos Araújo e as barracas de fantoches, fizeram excelente negocio.

Visado pela Censura

Os Ex.mos Srs. Dr. Andrade Lobo Varela e José Velez, ilustres filhos de Casa Branca, são c redo­res da nossa simpatia pelo interès- se que demonst ra ram pela ida dt, «Rancho» ali e pela? facilidades de que nos consegui ram cercar d u ­rante a nossa breve estadia naque­la Vil i

Telegrama racsbido no dia 27:

R cho do SôrPonte do Sôr

Sensação geral muito agrado. Salvé Rancho e Povo

Professor Carranca

A Direcção do Rancho respon­deu agradecendo.

Telegrama enviado pelo Ex.mo Snr. José Velez ao Sur. Arlindo Simões, da Comissão das Festas:

Profundamente sensibilizado ma neira apoteótica foi recebido Ran­cho pelo povo Casa Branca ma ­nifesto reeonhecimento eterno, de­sejo prosperidade-.

Ao grande b e n e m é r i t o V 3 z Monteiro transmiti homenagens recebidas.

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Pelo ConcelhoMontargil

Fjst*— Decorreram com bri lhan­t i smo os festejos a Nosso Senhor Jesus das Almas que nesta vila se real izaram nos dias 26 e 27 de Se tembro . Abri lhantou os festejos o Grupo Musical Montargilense que foi muito aplaudido, continu­ando a ss im a man ter a fama de s e r o melhor agrupamento m u s i ­cal do concelho de Ponte do Sôr.

Melhoramentos —S ig un do as tnfor- mações que temos vão começar os trabalhos para a construcção cia nova ponte no rio Sôr, o que nos permite ficarmos ligados com a vizinha povo; ção de Móra e já na época inVernosa não será o mo­vimento desta vila prejudicado co-

Vno até esta data, pois já temos es­tado isolados de todos os povos, para além da im rg em esquerda, 3 e 4 mêses seguidos. Reina pois g rande entusiasmo entre os habi­tantes desta vila por irem ver reali­zada uma das suas maiores aspira­ções.

— Grupo Musical —No corrente mês vai deslocar-se à vila de Móra, afim de abrilhantar os festejos que ali se realizam o já afamado grupo Musical Montargilense.

— Instruçção — Breve estão a abrir as escolas de Instrução Primária e é mais um ano que vamos ver funcionar a instrução num edilí- cio velho e que não tem aulas su­ficientes para as crianças que há em idade de receberem a tão útil instrução. Montargil que póuco a pouco vai caminhando na marcha do progresso e gue já viu realisa- dos melhoramentos que se julga­vam írrealisáveis, falta-lhe ^gora o que a mais pequenina aldeia do visinho concelho de Aviz já pos- mií , para não citarmos muitas ou­tras, que é um edificio moderna­mente construido. Para êsse fim já a Câmara Municipal há anos comprou o rejptc t ivo terreno, mas nunca mais deu seguimento à

O E U C I R I C Cvai eu ídar d a £ d u e a ç ã o f í s i e a ç ínfçleelxial

d © 5 f i l h o s d © 5 3 Q U 5 a s s o c i a d o s

—diz-nos o seu PresideníeO Sr. Joaquim Figueira,

activo e inteligente Presiden­te do Eléctrico Foot-Bail Club é sobejamente conhecido du público local. Ponte do Sôr deve-lhe muito do que vale no campo desportivo. Funda­dor do extinto Sport Lisboa e Ponte do Sôr, que durante duas épocas movimentou a aficioti pontessorense, e socio

do— Qual a constituição team? começámos

— O Eléctrico apesentará esta época sensivelmente a mesma linha. Alguns rapazes novos, auíênticas esperanças e que veem das nossas cate­gorias inferiores reforçarão o nosso primeiro team, que tem ainda a coadjuvá-lo a expe­riência e os profundos conhe-

fundador do Grupo Despur- cimentos do Sr. José da Silva, tivo Matuzarense, o Sr. Joa­quim Figueira, desde então, passou a contar no número restrito dos nossos técnicos do desporto da bola redonda.O Eléctrico Fcot-Ball Club, de que actualmente ocupa o cargo de Presidente deve-lhe muito. Várias vezes o Sr. Joa­quim Figueira tem ocupado cargos directivos neste impor­tante club local, e mesmo quando afastado, dá-ihe o melhor do seu esforço e da sua experiência autorizada.

Impunha-se-nos ouvi-lo, pois, agora que, com a apro­ximação dos campeonatos os clubs, se movimentam no in­tento de marcar a sua posição.Uma ligação telefónica para a Federação Nacional dos Pro­duetores de Arroz, de que o

< bra, assim como se não nomea- u m dois ou tiês professores para evitar de ficarem muitas crianças sem instrução.

Os senhores professores fazem o maximo esfôrço para receberem crianças a mais, mas não conse- gui.m que ent rem tôdas as crian­ças que anualmente aparecem a matricularem-se na escola.—C.

nosso entrevistado de hoje é funcionário e, poucos minu­tos depois, conhecíamos tô­das as aspirações do Elétrico e os seus projectos para a época que decorre.

antigo elemento da Entronca mento Foot-Ball Ciub, que servirá ao mesmo tempo de treinador.

Desfechamos a seguir:— O Eléctrico vai ao cam­

peonato?Sim, não podia faltar. Está

inscrito na 1.a Divisão e é nossa aspiração ascendermos êste ano à Divisão de Honra, a que já o ano passado tí­nhamos incontestável direito, mas que a nossa má estrela nâo quiz.

No que respeita a outras modalidades de desporto sô­bre que se interessará o Eléc­trico, diz-nos o Sr. Joaquim Figueira:

— Iniciamos êste ano os treinos de atletismo. Conta­mos com um bom grupo de pedestrianistas, de que se destaca o nosso trein jdor Jo­sé da Silva, excelente corre­dor, que certamente conse­guirá f tzer alguma coisa dos nossos rapazes.

Novidade sensacional:— O Eléctrico vai abrir au­

las de gimnásíica para os fi­lhos dos sócios. O Eléctrico quere formar verdadeiros des­portistas e por isso não se vai poupar a esforços. Como complemento da Educação Física, vamos abrir na nossa séde um curso nocturno de instrucção primária, para os f lhos dos nossos associados que não tenham possibilida­de de ingresso na Escola.

Diz-nos ainda o nosso en­trevistado:

— Outros projectos não te­mos em vista. Vai em breve terminar o nosso mandato. Queremos, no entanto, antes de abandonar a Direcção do Eléctrico, deixar já em plena laboração os cursos de Edu­cação Física e Instrucção Pri­mária.

— Qual a situação financei­ra do club? desfechamos ain­da:

— Club pobre como é, o Eléctrico está a viver com grandes dificuldades. E’ la­mentável que parte dos só­cios não tenham ainda a com­preensão de que, para que0 club possa viver, é neces­sário trazer as suas cotas em dia.

Com a ajuda de todos, o Eléctrico saberá manter-se, termina o nosso entrevis-1 i o.

G f l C U E I f l SGovernador Civil

Esteve de visita a esta vila, ha dias, o Ex.mo Sr. Oovernador Ci­vil deste distrito Sr. Capitão Do­mingos Calado Branco, que aqui veio em missão oficial. Sua Ex." visitou, em companhia do Sr. te­nente Mourato Chambel, coman­dante da Secção da Ouarda N a ­cional Republicana, deste conse­lho e do Presidente da Junta des­ta freguesia e professor, Sr. Joa­quim Antonio Crespo, o edificio escolar desta vila que ha bastante tempo se encont ra em construcção. Julgamos saber que Sua Ex.a vol- taiá aqui uo dia 9 ou 10 do co r ­rente.

Crise de trabalho

Voltou novamente a agravar-se a crise de trabalho entre a ciasse rural desta vila, por, ao que pare­ce, se haver esgotado a verba que que o Estado havia concedido para reparação de estradas entre Avis e Bemposta. Impõe-se que se tomem medidas tendentes a debelar esta crise que já ha meses se vem arrastando e que tem lan­çado na miséria muitos laies. En ­quanto não começa a apanha da azeitona, que este ano deve ser

perará esta laboriosa classe.Consorcio

Realisou-se ha dias nesta vila o enlace matrimonial do Sr. João Pais Mousinho, filho do Sr. Ma­noel Rodrigues Mftusinho e da Sr.a D. Ana Carlos Pais Mousi­nho, com a Sr.J D. Antonia Bran ­quinho Alves, filha do Sr. Lean­dro Alves Correia, já falecido e da 5r.a D. Rosaria Maria Branqui­nha. Os noivos que são naturais desta vila, fixaram aqui residen­cia. Os nossos parabéns.

e publicados na imprensa lo­cal.

Ponte do Sôr, 30 de Setem­bro de 1937. E tu João Leal de Matos e Silva, chefe da Secretaria da Câmara Muni­cipal, o subscrevi.

O Presidente da Comissão Administrativa

a) José Nogueira Vaz Monteiro

Carteira EleganteFazem anos as Ex.mas Srns.as e Snrs.

Outubro10—P. Maria Lopes Antunes, na

Chança, Julio Nunes ue Carvalho, em Lisboa e João de Jtsns Florencio.

12—D. Isabel Rita Franco e D. Auro­ra da Silva Prates, em Lisboa, Manoel de Castro Freire de Andrade, em Al- piarçi. Antonio hlias e menino Artur da Silva Vicente, em Af ica, menina Bebiana Gertrudes Marques e menina Maria dos Remédios Matilde Espadinha Duart- Lino.13—Dr. José Mendonça Braga, em Lis­boa, D. Maria Fiorinda da Rosa, em Longomel e D. Loimicinda dos Samos Mai qnes.

14 Martinho dos Santos Qilinhi, e n Lisbôa, D. Gracinda Pina Alves, em Galveias, João da Silva Prudencio, em Coruche, Antonio do Amaral Semblano e Antonio Ferreira G to

15 —D. Margarida d i Silva B calhau, em Galveias, Carlos de Andrade Ribeiro, em Lisboa e menino Antonio Alves Ca­nhão.

16 - D . Josefa Dionisio Cardigos e Ana G rtrudes Marques.

18— D. Maria José Pimenta Prezado, em Leiiia, Dr. Jaime Prezado, em Avts e D. Joans da Silva Zez.re.

19 D. Flora da Conceição Silva Dordio, em Smira

/'O Manoel Lucrecio, no Domingão e D. Isaura Capelo Tapadas

21—D. M íria da conceição Demetrio Leonardo, em Lisbôa, Adolfo de Sousa Zezere, em Setubal e D. Laurinda de Oliveira Morgdo.

22 —D. Ana Sanganha Moreira, D. Joaq úna Marques Calado e menina Da- mazia Barreiras.

A ssinantes nossosNos dias de feira estiveram em P. Sôr

muitos assinanti-s nossos, cujos nomes nâo indicamos com receio de alguma omissão.

■■ -«-. 4XBMKflmwM.~_.~~.....

Manobras lYliiitares do OutonoVao realisar-se de 10 a 20 do

corrente grandes manobras mili­tares no Alentejo com 12 .000 ho­mens que, além de uma brigada de cavalaria compreendei ão todas as outras armas e serviços, to­mando parte 4 generaes, 5 bri­gadeiros, cerca de noventa of ciais superiores, 550 capitãis e mais de Ó00 sargentos, ao todo 1 .500 ofi­ciais. Eítes exercicios constituirão um ensaio de mobilização e permiti ■ rão avaliar da capacidade dos trans­portes ferroviários do Alentejo.

De um dos r tgimentos de in­fantaria da Divisão fará parte um batalhão da «Legião Poituguesa» que será comandado p d o sr. ma­jor Dias Costa, de Santarém, e Constituído por uma companhia de Lisboa e tres de Evora.

Na distribuição do tempo, osMontemor-o-Novo, Reguen­gos e Portei;— EmPortalegre dias 15, 10 e 17 iiZ Pai te

— ■ manobras a ocupação de uma po-.sição defensiva na região de Vila Viçosa— Estremoz —Veiros

Na zona das manobias ficam situados os campos do Ameixial e de Montes Claros e na primeira desta3 planícies desfilarão as t r o­pas em exercicios e ser-lhss á ex­plicada a relação histórica dê>tes famosos locais onde se t ravaram batalhjs du ran tea guerra da Inde­pendência.

para os postos de: Portalegre, Niza, Ponte de Sôr, Eivas e Campo Maior;—Em Faro.pa­ra os postos de: Faro, Loulé, Portimão, Silves e Tavira.

propostas indicando o minimo preço oferecido por cada genero , em cada locali­dade, obedecerão ao modelo

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constante do caderno de en- 2Sr 0 X 0 cargos e serão entregues na

O Conselho Administrati- sède das companhias a que vo do Batalhão n.° 3 da Guor- disser respeito o fornecimen-

José Nogueira Vaz Mon- da Nacional Republicana, fa z to, até ás 14 horas e 30 mi- teiro, Presidente da Comissão publico que no dia 25 do cor- nutos do referido dia, de-Administrativa da Câmara rente, pelas 15 hot as se proce- vidamente lacradas e acom- t arem” , um dos melhores agrupa- Municipal de Ponte do Sôr. derá, nos quartéis sédes de. punhadas da respectiva cau- mentos do Ribatejo, e a l.a cate-

Faço saber em cumprimen- companhia, á arrematação de ção provisória. to do § 1.° do artigo 196 do forragens a seco, para os so- O caderno de encargos e o Codigo Administrativo e § lipedes deste Batalhão . pelo Regulamento para a form a - 1.° do artigo 34.* da Lei Elei- periodo a decorrer de 1 de Ja- ção de contratos em mate- toral dos Chefes de familia, neiro a 31 de Dezembro de rial de Administração Mili-

1938. tar de 16 de Novembro deA arrematação terá lu gar: 1935, podem ser consultados

— Em Setubal para os postos no Conselho Administrativo de: Setubal, Grandola, San- deste Batalhão, onde serão tiago do Cacem, Torrão, Bar- prestados os esclarecimentos

que a eleição das Juntas de Freguesia deste concelho, pa­ra o triénio de 1938 a 1940, realisar -se-há no terceiro do­mingo, 17 de Outubro proxi-

F Q O T - B A L LEm abertura do época, encon ­

traram-se uo "Stadium Matuza­rense, no passado dia 3 , os co m ­binados do "Spor t Lisboa e San-

goria do team local O r u p o Des­port ivo Matuzarense.

O tncout ro , que decorreu sem­pre na maior correcção, terminou com o resultado de 5 bolas a 2, a favor do Matuzarense.

A salientar a esp.ê idiJa exibi­ção de Caetano, guarda- redes do team local, que fazia a sua despe­dida.

dicados.m o . reiro e Almada;—Em Beja, pedidos, todos os dias uteis Quartel em E vora, 6 de Ou-

E pa ra c o n s t a r m a n d e i p a s - para os postos de: Beja, Al- das 12 ás 17 horas, achan- turo de 1937.par o [ p r e s e n t e e o u t r o s d e justrel, Mertola, Moura e Ode- do-se o caderno de encargos O Tesoureiro do Batalhão

abundante! se não se tomam quais- >guaI teor Que v â o ser a f i x a - mira; — Em Evora, para os tambem patente nas sédes dos Jo sé M a r ia M ira da Costaquer medidas, negra miséria es- d o s nos l u g a r e s d o COStume fO SÍO S de; Evora, Estremoz, postos da G. N, R. acima in- Tenente

E x . n 10 ^ r 'j o * N\arques Calado

1 2 / a n o P o n t e d o S ô r , 2 4 i l e O u l u b r o d e 1 9 3 ? N U M E R O 265

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QU I N ZEN A’ RI0 REGI ONALI STA

D I R E C T O R E E D I T O R

( oM&aJldmo. de Oiiveiha. da. C&fueição oánJbiode.

Secretario da Hedaçào F U N D A D O R E SAmiicar de Oliveira da Conceição Andrade P r i m o P e d r o d a C o n c e i ç ã o

A D M I N I S T R A D O RPrimo Pedro da Conceição J o s é T i e g a s F a c a d a

Onde. está c l íqaaÊÁa.djsI-

Redacção, Administração e Oficinas gráficas

iM x p s n u x . o d íe n te j a n a . - 'P o n te , d o S c h

Falar em igualdade é uma tolice ou uma ingenuidade. Aqueles que nela acreditam são insensatos. Mas os que a prometem são criminosos.

Tudo, neste mundo, é desi­gual. A des-semelhsnça é a lei da vida. Não nascem, nun­ca, duas pessoas iguais, nem física, nem moralmente. Os próprios filhos gémeos dife­rem entre si. A desigualdade começa logo a verificar-se na família. Os pais não podem tratar os fiihos da mesma maneira, por qtie cada um tem feitios diferentes. Uai filho doente merece cuidados es­peciais, desnecessários ou até contraproducentes, quando se trata de crianças saudáveis; os filhos rebeldes e indiscipli­nados têm de ser castigados; os bons filhos tornam os seus progenitores felizes e devem ser, por êles, premiados «;Não constituiria uma injustiça tra­tá-los a todos da mesma ma­neira?

A desigualdade existe e manifesta-se flagrantemente, í<té onde pareceria ser mais susceptível de realização.

Numa repartição, onde to­dos os funcionai ios sejam de igual cahgoria, as diferenças são também notórias, porque nela há funcionários bons e maus, preguiçosos e diligen­tes, honestos e deshonestos, delicados e grosseiros. ^Po- derá o chefe tratá-los a todos do mesmo modo?

Em qu?lquer curso elemen­tar, secundáíio ou umversitá- i í o , dá-se facto idêntico. Os alunos estudam todos pelos mesmos Pvros. O professor ensina a todos as mesmas li­ções. jE no entanto que diver­sidade se nota em qualquer aula! Há estudantes péssimos, maus, regulares, bons e óti- mos; há alunos estudiosos e cábulas. ^Onde está a tam dt cantada igualdade? Asclas sificações têm de variar de aluno para aluno. E ás vezes até 0 método de ensino e o modo de explicar, tem de se modificar, tomando em linha de conta o temperamento, a inteligência e o desenvolvi­mento intelectual de alguns dos estudantes.

Acontece um fenómeno se­melhante com as diversas profissões. Os médicos, os

advogados, os engenheiros e os professores, todos têm o mesmo diploma. Mas uns sa­bem mais do que outros. Uns especializam-se numa matéria outros noutra. Há bons mé­dicos e maus médicos; bons advogados e maus advoga­dos; bons engenheiros e maus engenheiros; bons professores e maus professores.

A igualdade continua, pois, a ser impossível. O próprio público esforça-se sempre por estabelecer uma selecção au­tomática, dando preferência aos profissionais mais com­petentes, mais sabedores e mais honestos. Fazendo isto reconhece implicitamente a desigualdade entre êles.

Com 0 operariado sucede coisa idêntica. Dentro de ca­da ramo de trabalho, as dife­renças são sensíveis.

Elm dez pedreiros, em dez estucadores, ou em dez car­pinteiros, não há dois que se­jam igualmente hábeis. Uns são mais perfeitos do que outros; uns são mais vagaro­sos do que outros; uns têm mais jeito para uns serviços do que para cutros; uns são mais activos do que outros. Ora manda a boa lógica que o mais hábil nào poJe rece­ber 0 mesmo que o menos hábil, exactamente, como o mais preguiçoso não pode ser equiparado ao mais diligente.

Da observação criteriosa dos factos e da vida social, conclui-se que a des-seme- lhança é uma realidade inso­fismável e que a famigerada igualdade, que certos espíri­tos insensatos ou malévolos tanto apregoam, nâo passa de uma grosseira mistifica­ção, a qual, a electivar-se— o que, aliás, não é possível — constituiria uma monstruosa e abominável iniquidade.(Da Ordem Nova).

Mário Gonçalves Viana

Footiiall

i l i Bería He Bifar • ALf ES DÂ CUNHA

Como ultimamente noticia­mos, deve visitar-nos na próxima sexta-feira e sabado a Companhia dramatica Ber- ta de Bivar-Alves da Cunha, que 110 Teatio-Cinema dará duas récitas. Na sexta-feira sobe á cena a emocionante peças em 5 actos e 8 qua­dros, A Taberna, extraída do célebre romance de Emilio Zola, em que o ilustre actor Alves da Cunha tem uma as­sombrosa inteipetaçâo, com explendido desempenho de toda a Companhia.

O espectáculo de sabado, dia 30, é composto pela peça em 4 actos ” 0 Saltimbanco” , original de Antonio Ennes, em que Alves da Cunha temoi.tra soberba criação no pa­pel de Fala-só.

Completam a Companhia, alem da eminente artista Ber- ta de Bivar, da novel artista Maria do Pilar Alves da C u ­nha, uma das maiores espe­ranças na arte dramática, as distintas artistas Emilia de Oliveira, Maria Pinto, Evan- gelina Correia, Maria de 0 - liveira, e Olga França e os actores Henrique Campos, Jorge Gentil, Penha Coutinho, Alfredo Pereira, Eduardo de Matos, Manoel Bessa e M a­neei Correia.

A nossa sala de espectá­culos vai, certamente, ser pe­quena naquelas noites para conter os muitos admirado­res que Alves da Cunha tem no publico desta viia, ansi­osos por presenciarem teatro de verdade.

Segundo nos informa a sua Direcção, o Electrico Foot- Ball Club, desta vila, deve i- naugurar a epoca de foot-ball no proximo domingo, trazen­do atè nós um bom team, cu­jo nome não nos poude indi­car por não ter ultimado ain­da as respectivas negociações.

Praia artificialVai começar a demolir-se,

por estes dias, a barragem da praia artificial, junto à ponte, que, digamos de pas­sagem, este ano apenas foi frequentada por um reduzido numero de individuos, dando em resultado um apreciavel déficit.

A Comissão orgar.isadora deste interessante e util me­lhoramento, parece não estar disposta a construir a praia no proximo ano, em virtude da população da vila nào ter correspondido á sua inici­ativa, frequentando-a.

E’ mais um belo melhora­mento que se perde.

Durante os dias das ulti­mas manobras militares, so­brevoaram esta vila diversos aparelhos da nossa aviação, não tendo porèm nenhum de­les aterrado no belo Campo que possuimos, o que nos fez convencer ainda mais de que este fo i votado ao abandono. E’ pena, pois que o nosso Campo de Aviação, situado junto do caminho de ferro, e num terreno privilegi ido pela sua constituição, pode supor­tar as maiores invernias sem encharcar, sendo por isso to­dos os pilotos que o conhe­cem, unanimes em afirmar que ele é um dos melhores de Por­tugal.

RMES BE PfliíOS [SCOMES

Na Direcção Escolar de Portalegre, realisaram-se na penúltima semana exames para regentes de Postos Es­colares, a que concorreram os Snres. Custodio Delfim Rainho, Mário da Assumpção Gomes de Almeida, D. Arle­te da Silva Santos e D. Ar­minda Pita de Oliveira Pires, todos desta vila, que ficaram aprovados. Os nossos para­béns.

IflatalônsAli, no passeio da Camara

Municipal, junto da cadeia, costuma juntar-se ás vezes, á noite, um grupo de matulões que para passarem os seus ocios se enireteem a jogar a luta, agredindo-se á casaca- da e fazendo por zunir as pe­dras. A’s vezes de permeio com os seus ditos grosseiros, saem de mistura varias obs­cenidades, a que é preciso pôr cobro. Não haverá por ahi um guarda disponive! que visite de vez em quando o local fa­zendo dispersar estes figu­rões?

P a s i o s p s c o l a r f f s

A Câmara Municipal des­te concelho, solicitou a cria- ação de postos escolares nos lugares do Rasquete e Foros do Mocho, da freguesia de Montargil.- - - - - - — — — > ■ ♦ ■ — «m

D e s a t r e em Av i zQuando ha dias montava a sua moto-

ciciete, foi atropelado por uma carcio- nete, recebendo graves ferimentos, o Sr. Luiz da Mota Casqueito, habil electricis­ta de Aviz, tendo rectbido graves feri­mentos. Recolheu a casa, en.contrando-se felizmente livre de perigo.

II qae st*rão os jo r 3i a is ih? ai :oO «Daily Mai'» publ con um

p i r i ó d i c o d e 24 páginas que s* supõe esciito e impresso no pi i- meiro de Janeiro Uo ano 2. OCO, consti tuindo uma interessante prt suução do que seião os acoutec - mentos no principio da p ióxima cenUt tria.

A televisão, os raios de morte, os autobuzes super velozes, os a ero­planos que voam a 15 qui lome­tros por minuto, as vestes aéreas que impedirão as quedas através do esp3ço, e tantas outras coisas dignas da imaginação de Julio Ver n e —eis o texio dêsse «Daily Mail» do pr imeiro dia do século XXI aa era cristã,

Houve um incêndio em Regent Street na ta: de do dia 31 de De­zembro de 1999, e o redactor en­carregado da lespectiva noticia exprime-se assim:

«A brigada de bombei ros aéreos numero 2 B eltvou-se dos seus q u a r M s de Hyd Pa ik e der ramou sôbre as chamas extintores qu ími­cos. Os prejuizos foram insignifi­cantes.»

Um dos «reporters» visitou um Colégio de «grande velocidade» em Stuherlandshire e verificou o seguinte.

Durante as horas de aula, os alunos br incavam e, cmquautu dormiam, aprendiam as lições. Durante o sono, uma silenciosa bateria de impressores de m em ó ­ria enchia-lhes as células cerebrais de conhecimentos concentrados cu • ja aquisição era tão dificil nos p r i ­meiros anos do seculo passado.

Ha ai nda noticias de guer ra ua China. O mesmo sucede com os crimes. Estão processados 22 s u ­postos bandidos aviadores por uma série de assaltos a bancos.

Quan to a assassinatos, agita a opinião publica o casc d.ima m u ­lher alemã que matou o marido disparando-líie um raio, de lugar que não p ô i e precisar-se.

Na praça de Trafalgar de L o n ­dres reuniram-se seis mil pessoas a presenciar, pela televisão, um «match» de «crickét» que se joga­va ua Australia.

A noticia mais interessante do dia é o vôo à volta do mundo rea­lizado pelo capitão Ralp Girdles- ton em 24 horas, sempre á luz da lua.

Quem viver verá se a realidade não excederá em muito a fantasia.

Feiras no AlentejoRealisou-se em 10 do corrente, em Ni­

za, a sua importante feira anual de mer­cadorias e gados, tendo-se realisado im­portantes trans i^ões.

—Em 18 e 19 do corrente realisou-se no Ervedal, concelho de Aviz, a sua feira anual, que apesar de ser uma feira ainda bastante nova é já uma das mais importantes do Alto-Alentejo. Kealtsa- ram-se bons negocios.

—Tambem no Gavião se realisou lia dias a feira anual de mercadorias e ga­dos, a que concorreram muitos feirantes e compradores. As transações, porem, fo­ram menos importantes que nos anr s anteriores.

Visado pela Com issão deCensura de Portafegre

2 A M O C I D A D E

||IIIIIHIItll«IIIIIIHit»IBTOIIIIIIIII||||||i!l|Ulllrt!IIIIItlllllllllllH)lltfe p ^ ^

I B O N D A D E I ------------------

C O N C E L H O11 ontargil

Ponte no rio Sôr

Começaram já lia dia; os traba­lhos de construcção da ponte de madeira sobre o rio Sôr, na Tojei- rinha. E‘ um grande melhoramento

"'Htl llltHIIIIIIIIIIIIHIIIIIIIIHIIIIIIIilllllllllllllllilllllllllllllllííilllllllill

Plinio exclama com desa­lento, ou pelo menos com mágua: "Todos os animaesconhecem o que lhes é sa- q 1]e | )0S permite ficarmos ligados lutar, exceto O homem!” . com a visinha vila de Móra, com

Afirmações destas só se quem Montargil tem bastantes aceitam com restrições, nos , r ans?ções, e que é de uni Erai,_? i n d a a s s i m f i ra lhf>s t a n t n de interesse para os montargilen- asstm, íica lhes tanto sçs e çm eSpecla| para 0 comer-de verdade, sempre em lou­vor dos animais e em detri­mento dos homens!

Dos animais se ocupa Be- noit Malon na sua Morale Sociale, escrevendo entre outras cousas:

cio local, pois que durante o in­verno chegamos a estar isolados de todos os povos da margem esquerda durante três e quat ro meses seguidos, circunstancia es­ta que prejudica imensamente o movimento comercial na vila.

A ponte é construída á cus tado” Qttem é que nàa teve Estddo, o que nos habilita a dizer

ainda ensejo de se revoltar ^ i re m o s opt imamente ser- „ . . .. vidos, pois que, embora se trate

contra os inaus tiatos ptodi- ^ construcção de uma ponte degaltsados a estes Uteis cola- madeira, em virtude de não po-boradores dos homens, por der ser construída outra de alve-grosseiros e malvados indi- naria devido á projectada barra-viduos contra quem as meri- g em ' a , sua const rucção ficaríit o r i a s s o c i e d a d e s n r n t e r f n r a s C0:n poder para suPortar 0 Pes0 torias sociedades protectoras de 12 toneladas. E’ mais um me-são impotentes? Se Beuoit lhoramento e de bastante impor-Malon jtllga oportuno falar tancia que Montargil fica deven-assim num pais de tanta cul- do à ac,ual situação politica.tura e de apreciavel educação 0 temP°como é a França, quanto mais Nestes últimos dias teem paira-diieito não temos nós de fa- do snbr/ a l10ssa frJ g uesia fort(,s i ^ trovoadas, acompanhadas de gran-larcgualmente,oriundoscomo des báteg;S) queH muit0 tem% re. SomoS duma terra onde a e- judicado os produetores de ar roz ducação verdadeira, e par- que não podem proceder ás suas tanto os sentimentos são colheitas. c l usa quasi completamente Manobras militares

desconhecida. De passagem para as grandesa ........ .. „ a -, ‘ i manobras militares do Outono,Ar J g a m o - n o s O direito, passou nesta vila, no dia 12 do

escreve ainda Malon, de vi- corrente, um O ru p o de Cavala- ver da moite dos animais ria composto pelo efectivo da por nós domesticados, por Escola E s t i c a de Cavalaria, deisso, quando mais não fosse, J,orTe.s N o ya s , e do Regimento de

„ , ., ’ Cavalaria 4, de Santarém. O po-ht mos o dever de lhes Vo que foi assistir á sua passagem,

uar morte isenta de sofri- víctoriou entusiasticamente estas mentos. O que sucede nâo unidades do nosso exercito, taro é O matador sentir pra- l ambem no mesmo dia e 110 zer em OS torturai’' d'a ^ alguns aviões sobrevoaram

Ki- . j a vila, fazendo varias evoluçõesNao sabemos sea degra- q Ue foram muito admiradas pelo

dação do homem vai até es- povo da vila que procurou os se ponto; 0 que podemos a - pontos mais altos para melhor firmar é haver países que presenciar os apareihos. desconhecem existir proces- Casament0sos de dar morte aos aminais , Re:i,isouse 1,0 d ' a 2 do corren-„ „ „ „ ____ „ , . , te, o casamento do Snr. Antoniopaia consumo, ao abrigo de pjres perreira, considerado pro- sofrimeiltos físicos. E’ pelo prietario nesta freguesia, com a menos 0 que acontece entre menina Maria Santa. A cerimonia r.ós, onde as mostras de ÍI1 - c' v:l realisou-se em Ponte do Sor, teresse pelo semelhante nos- te| ,do os noivos vindo a esta vilaso ainda são esrassas sã„ cuja igreja matriz se reansou

d i n a a s a o e s c a s s a s , Seio a cerimonia rel 'giosa. Desejamosptlo menos insuficientes, não lhe um futuro próspero e feliz.admirando portanto que as de interesse pJos animais sijam ainda mais escassas. Dia virá, conclue Malon, em que os poderes públicos es- tipulaiào leis nào apenas

Correspondente

GalveiasGovernador Civil do Distrito

Em visita oficial, veio a esta v i­la na íegunda leira penúltima, o Ex.mD Oovernador Civil do Dis-

p?ia beneficio dos homens Ir ito Capitão Domingos Calado poreill sim tambem para be- Branco, que vinha acom pa nh ad o 'neficio dos animais” . rfo presidente da t â m a r a Munici­

pal de Ponte do Sôr, o conhecido Luiz Leitão bene» érito Ex.” '’ Sr. José Noguei­

ra Vaz Monteiro, do adininistra- -------- . . . — ... ------- --------------------- [jor do concelho br. Manoel Mar­

tins Cardigos e do Sr. tenente losé Mourato Chambel, comandante da Secção da O N. R.

Aguardavam a sua chegada á m,s Srs.

R&IDIC m i IMT©Joào Leal de Matos e Silva, ex­

tremamente agrad eido para com ent.ad7 ' d a ' ^ Í . “ os“ t xtodas as pessoas que o acompa­nharam na sua doi por ocasião do falecimento dc seu qtte>idu tio, o Doutor Manoel Rodi íg ius de Ma­tos e Silva, e ainda para com rqtielas que se eucorporaram uo h n e i a l , vem, temendo alguma falta invo­luntária, apresentar-lhes, muito recoh eido, os seus melhores a gradeei mentos.

Jo<quim Antonio Cre?po, Presi­dente da Junta de Freguesia, Joa­

quim de Abreu Calado, vereador da Câmara Municipal e outras individualidades em destaque no meio, Filarmónica local e respec­tiva Direcção, Club de Foot-Bal! "Os Galveenses” e sua Direcção, com os respectivos estandartes.

Organisado o cortejo, seguiu este para a escola do sexo mas­culino, onde o Presidente da Jun ­ta de Freguesia apresentou as boas-vindas aos visitantes, afirman­do ao digno chefe do Distrito que esta terra de tradições republicanas tinha o maior prazer em receber sua E x a. Seguiu-se uma sessão so­lene presidida pelo Sr. Ooverna ­dor Civil, secretariado pelos Sis. Vaz Monteiro e Assis Roda, p r e ­sidente do nucleo local da União Nacional. O Ex.mo Chefe do Dis­trito expoz demoradamente as di­rectrizes do Ooverno , o sig lifica- do das eleiçõ s das Juntas de Fre­guesia e a nova reforma, aconse­lhando o povo a votar nesta elei­ção, afirmando t3mbem que a di­rigir a freguesia devem estar pesso­as inteligentes e conscienciosas O auditorio sublinhou as ultimas pa­lavras do ora lor com fartos aplau­sos, tendo, tambem por iniciativa própria, ovacionado delirantemen­te o grande benemerito Vaz M o n ­teiro, exemplar espirito de huma­nidade, a quem o povo de Gal ­veias venera No final da sessão foram entregues por uma criança aos Srs. Governador Civil e Vaz Monteiro, dois lindos ramos de flores, em memória da visita de Suas Ex.as a esta vila. Depois, a Filarmónica local e muito povo, acompanharam os ilustres visitan­tes até á Misericórdia, onde, na sua secretaria lhes foi oferecido um delicado copo de agua que decorreu muito animado, enquan­to cá fóra o povo, continuava a vicioriar os Srs. Governador Civil e benemérito Vaz Monteiro. Findo o copo de agua retiraram Suas E x 88 para Ponte do Sôr, sendo acompanhados até à saída da vila pela filarmónica e muito povo que não se cançava de os victoriar.

N ova Junta de Freguesia de G alveias

Nas eleições do passado domin­go, 17, foi eleita a nova Junta de Freguesia desta vila, que ficou constituída pelos srs. Matias de Sousa Silverio, Joào da Silva Ca­tela e Antonio dos Santos Peque­no, como if ctivos e João Lopes dos Santos, Francisco dos Santos Pequeuo e Antonio Raminhos, como substitutos. O povo da vila que rectbeu com satisfação a indi­cação destes individuo® para cons­tituírem a nova Junta de Fregue­sia, espera confiado que ela, a quem compete um p a p -1 im por­tante na vida publica, que a nova reforma administrativa lhe confe­re, saberá defender os interesses IocíÍí envidando os seus esforços para que sejam levados a efeito muitos melhoramentos que lhe compete promover e que são de absoluta necessidade

filarm ón ica local

Realisa hoje, na praça publica o seu habitual concerto, esta presti­mosa agremiação musical que, g r a ­ças à sua boa administração ao bi io dos seus associados e à com­petencia superior do Síii maestro D. Segundo Salvador, tem sabido impôr-se desde longos anos como a melhor do concelho.

Anselmo dos Santos Pequeno

Missa de sufrágio

S e a r a a l h e i a

Conto Relampago, la já um tanto adiantada a ins­

trução dos recrutas. Após um pe­riodo intensivo de preparação, os instrutores estavam animados com a proficúidade dos resultados das suas canseiras, desde a alvorada até o recolher.

Naquele dia, no quartel, a teoria versava sobre a espingarda. A no­menclatura da arma é sempre uma instrução dificil. Palaviões arreve- zados que a ignorancia dos recru­tas mal pode fixar. !’or isso é fei­ta com certa miuuciosidade esta parte do programa.

— Isto chama-se culatra--disse o sargento. E* uma culatra móvel com extractor. Este extractor tem g i r ra . O extractor serve, como o nome diz, para extrair o cartucho.

E dirigindo-se a uma praça;— Tu sabes o que é extrair:— Não, meu primeiro,— E tu?— Também não sei.— Quem sabe o que é extrair,

ber rou o saigento?— Sei eu, gri tou lá da ponta, o

326.— Então que é, anda cá dizer?— Extraii é a gente, quando es­

tá aborrecido depois do jantar, ir assim dar um passeio, assirn para ex tr a ir .

Todo poi* interesse...Quando Mariano de Carvalho

dirigia o «Popular», no tou em certo dia que estavam na gaveta dois bilhetes para o teatro. Pe n ­sou o estadista que era pena não os aproveitar e chamou o galego que costumava fazer os recados do jornal e pregunta-lhe:

— Queres ir ao teatro?— Sim, senhor.— Tens aqui dois bilhetes. Leva

tambem um a tua mulher. Mas como são dois bons lugares de plateia, convem que ambos vos apresenteis decentes.

— Esteja o pat tão descansado. Levaremos a farpela de ver a Deus.

Não pensou mais no caso, até que no sabado seguinte, dia em que o galego costumava apresen­tar as contas dos serviços prestados durante a semana, leu, entre ou­tras verbas, a seguinte:

«Por ir ao teatro, eu e minha mulher—5$000 réis.»

Chamou o homem e barafustou:— Então r ã o houvera de levar?

Uma maçada de 4 horas, metido dent ro duma camisa engomada que me ia dando cabo do pescoço! Tenha paciência, patrão. Sào cinco milreisinhos, não posso faze-lo por menos.

Sufragando a a lma do Sr. Doutor Manoel Rodrigues de Matos e Sil va, 'm a n d o u a sua familia rezar

João Leal de M atos e bilva um a missa na Igreja Mairiz, des

ta vila, na passada quinta íeira, a qt_e assi st iu gr a rde numero de pesseas de todas as c l r sses s o ­ciais. A' porta da casa do extincto foram distr ibuída? esmolas aos pobres.

Maridos sem mulherNa Jugoeslavia, numa povoação

chamada Paracin, fundou-se agora uma associação que é a primeira do oi be no seu genero: a dos ma­ridos sem mulher. Como acontece que lá por aqueles sítios as mulhe­res casadas costumam viajar sem os respectivos consortes, os ho­mens enquanto as caras metades não voltam juntam-se na tal asso­ciação que lhes dá cama, mesa e roupa lavada e lhes passa, no fim do estagio, atestado de bom compor tamento para garantia de fidelidade cm ju g a l .

Assim como ha creches onde as mãis depositam os filhos enquan­to vão ao trabalho assim se inven­tou rgora a associação jugoeslava onde as mulheres arrecodam os maridos enquanto vão á pandega.

E o mais curioso ainda segundo rezam as noticias, é que os depo­sitados comem a crédito, porque as esposas para os terem mais se­guros não l lus deixam dinheiro algum nem para a mais inocente extravagancia.

Ou as mulheres da Jugoeslavia são tão más e Ião f, ias que os ma-

Ele ições das Juntas de Freguesia

Real i sa ram se no passado d o ­mingo, nas t rês freguesias do cod- celho, as eleiçõas de vogais das Juntas de Fregues ia que hão de gerir os negocios administrat ivos de cada u m a delas. E m todas as t rês vilas foi grande o movi men­to de eleitores, começando estes a afluir ás respect ivas sédes desde mui to cedo. E m nossa opi­nião, na verdade, os nomes esco­lhidos para const i tuírem as Jun­tas de Freguesia, represen tam u aia segura garant ia de que todos os futuros componentes dessas Jun tas que hão de gerir os seus n e ­gocios no triénio de 1933 1940, são pessoas capazes de tomarem a peito esse penoso cargo, inte ressando-se por tudo quanto á freguesia d isser respeito, e en­fim, trabalhando denodadamenfe para se desempenha rem desta di­ficil missão para que foram es ­colhidos.

De facto, os organismos ad m i ­nistrat ivos necessi tavam em mui­tas ter ras se r renovados, pois que e m muitas de las os e lementos que compunham as Comissões Administ rat ivas das Juntas não podiam sem grande sacrificio manter -se por mais tempo á t e s ­ta desses organismos.

D am o s a seguir os nomes dos vogais que foram eleitos.

Gulveias — Efectivos — Matias de Sousa Siiverio, /oão da Silva Catela, Antonio dos Santos Pequeno junior, Substitutos:—Joâo Lopes dos Santos, Francisco dos Santos Pequeno, Anto­nio Raminhos.

Entraram na urna 255 votos. Montargil—Efectivos — José Julio

L. Martins, Manoel Máximo Prates, An­tonio Gil dt Sousa / unior. Substitutos Manoel Augusto Courinha, Manoel da Silva Godinho, Joaquim Manoel Fer nandes. Entraram na urna 738 listas

Ponte do Sor— fosé da Cruz Bucho, Casimiro dos Reis Delicado, Antonio Pires Pais Miguens.-Substitutos— Manoel Francisco Pires, Marçal Men­des e Marçal da Silva.

Entraram na urna 703 listas.

O P reço do A zeite

Baixou o preço do az ‘ite 2S')0 em li- tio. com tendência para baixar ma.s por estes dias.

E 1 que as oliveiras, carregadas como esiào este ano, vào inundar o mercado do precioso oleo

Vem tarde esla baixa de preço que não havia razão para manter-se até a- gora, mas, mais vale tarde do que nun­ca, como lá du o rifão.

Alegremo-nos pois, nós, alentejanos, porque vamos poder temperai melhor a nossa açorda, onde o azeite entra como primeiro condimento

Illanobras militaresCom desiino ás manobras

militares que se realisaram na região de Estremoz, pas­sou por esta vila na ida e na volta, uma bataria de Arti­lharia 24, do Grupo Mixto Independente de Artilharia Montada, aquartelado em Abrantes, que se compunha de 110 homens. No regresso bivacou no Campo da Res­tauração desta vila, onde pernoitou.

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Câmara Municipal de Ponte do ir Ôr.

Faz sí.bír que durante 0 p roxi ­mo niêi de Novembro se procede­rá neste .concelho à contei ição das medida? de secos s líquidos, de­vendo todos os vendedores de generòs e artigos em q;ie se deva fítzer uso de medidas, apresentá- los à çonferição na oficina de ati­lamentos, d . sde as 11 á; 17 horas, acompanhados do talão da contr i ­buição industrial, sob pejra de não o fazendo ficarem suj ifos a mulla

Mais se fiz saber que todos os est^b I ciinèntos do m;rcearids vi­nhos, on de quaisquer outros lí­quidos, são obr igados nos ferinos da Portariq N.o,§r50, a adquirir fu n i s ' para urediçãd, b' ;m ce tn j

um jogo de copos aferidos, d t s d : o ceuti I it ro ao litro.

Para constar se passou 0 p re ­sente e outros de igual teor, q 12, vão set a ikados nos lugares dd costume.Ponte dc» Sô , 23 de Outubro de

1937.O Presidente,

José N o g u eira Vaz M onteiro

I N V E R N A D O U R OVendem-se durante os me­

ses de Outubro, Novembro e Dezembro, ou p jr qualquer tempo a combinar.

Quem pretender dirija cor­respondência ao Dr. Joaquim de Sousa Prates em —

Reguengos de flflonsaráz

4 A M O C I D A I ) E'T-W.rv . V-■ JWWViWWBTaS ffi JMfflagsgg/WK ipqigJUw aigsffJt aaejK gae swgng manKaaama aMKagMarz^rv^:

Carteira EleganteFazem anos as Ex.mas Srns.*8 e Snrs.

Outubro24 —D.Berta Emilia Ztzere, em

Lisboa, Menina Domicilia de Cas­tro Fernandes, em Monlargil e menina Rosalia Maninha.

2 5 —Jaime de Castro Fernandes em Montargil , José Pedro de Ca r ­valho, Antonio de Sousa Zezere e D. Rosaria Lourenço Morais.

2 Ò - D Claudina Mendes Ca r ­digos, em Portalegre, Alpino José Vicente, ein inhainbane, Simão Vasco Fernandes em Montargil e Alíredo da Silva Z azere.

27 — D. Maria dos Mártires Eusebio, em S. Braz de Alportel.

28 —D. Gracinda de Andrade Ribeiro, em Lisboa. D. Margarida de Carvalho Valente, no Porto, D. Rosa Maria Alves Pimenta e Joaquim da Silva Lobato.

2 9 — Francisco Espadinha Rodr i­gues.

3 0 —Dr. Riifl Oarcia Marques de Carvalho, em Qalveias e D. Arlete da Silva Saníos.

3 1 —Primei ro- tenente Jcão Pais Baptista d í Carvalho, em Lisboa, D. Ana da Conceição Domingues, D. Filipa do Rosário Morais e Fernando de Carvalho Fontes.

Novembro1 —D. Maria Travassos Pina, em

Lisboa, Joaquim Pires dos Santos, t m Chança, menina Joana Bra­gança de Oliveira Zezere, em Qalveias, D. Maria Luciana Lino (: Menina Ofelia dos Santos Se­queira.2 — Antonio da Piedade Pires, em Niza, D. Serapia Rodrigues Reino e jacinto da Silva.

3 —Joaquim Galveias Mendes e Alfredo Pais de Andrade.

4 —Fernando Rosendo Linares, Setubal.

5 — David Lopes dos Santos e menino Fernando José Martins Cout inho, em Lisboa.

6 - D. Sidia Prazeres de Sousa,i in Evora.

Partida— Para Sacavém, p a rtia hoje o nos­

so presado am igo e assinante Sr. Car­los Bernardino onde vai exercer o car­go de em pregado, na im portante fa b r i­ca de cortiças, do Sr. José V iegas, da­quela vila.

A Mocidade deseja-lhe inúm eras f e ­licidades.

—Foi passar uns dias a Fronteira, o nosco ' assi nante Sr. Manoel de Jesus Dias Florencio.

Em Ponte do Sor

Estiveram ultima mente nesta vila, os nossos presados assinantes Ex.1"08 Srs. Artn.i Gonçalves de 0!ive:ra, de Santa­rém. Dr. Antonio Rodrigues de Azeve­do, Dr. Amândio Lourenço Falcão da Luz, Antonio Gil de Sousa Junior, Joa­quim-Lourenço Falcão da Luz, josé Gar­cia Godinho, e Manoel Godinho Prates, de Montargil. Assis Roda, Anselmo dos Santos Pequeno e Jo-é Sobral Lindiriho, de Galveias.

«t V % EBP gj g

E’ o titulo do assombroso film s que hoje se exibe no Teatro- Cinema, em que se de­senrolam os mais emocionan­tes episodios da vida do céle­bre LiVentureiro que Ponsondu Terrail tão bem soube des­crever.

A completar o programa e- xibe-s.e tambem o filme “O Preço dum am >r” , interessan­te pelicula cujo enredo gira em roda de uma estrela de Music-hall. E' una interes­sante criaçã > de Ana Neagle e James Rennie.

_________ * <s

Çol J f tscsnle

o s t a d eSwii ilos P.ibres de Poule de SorContinuação de ofertas do corrente ano

Tinham começado as férias no Inferno. Satanaz, aborrecido da pacatez que reinava em seus do­mínios, e para fingir de pessoa activa e estudiosa decidiu-se a pas­sar uma temporada entre os ho­mens. Mas, para não sofrer qual­quer dissabor, caso o vissem no seu traje habitual, pregou cuida­dosamente as asas as quais desa­pareceram por completo debaixo dum casaco de inverno, barbeou- se, a fim de que nada o pudesse denunciar, calçou umas botas, co r ­tou as unhas das mãos, e come­çou a sua excursão sob a figura dum burguês, algo aciganado, em seus andares e suas feiçòjs.

C o m o naquela época tião traba­lhava por obrigação, não se apres­sava em procurar clientes para os seus Estados.

De quando em quando descan­sava uns dias; e ninguém, ao ver o seu aspecto bonacheirão, acre­ditaria que dentro da pela daque­le homem estivesse o mesmíssimo Diabo em carne e osso.

II

Numa estalagem que habitual­mente só frequentavam os contra­bandistas e os carabineiros, p r o ­ximo da fronteira francesa, um esbelto rapaz matava o seu tempo namoriscando uma moçoila, fresca e roliça, nada esquiva, e bebendo copo a copo meio cangirão de bom tinto que lhe serviram de­pois de ceiar.

Quando muito entretidos esta­vam aqut las duas pessoas uo seu dialogo naturalista, soou uma for­te at golada na porta.

A moça correu a abri la e apa­receu a figura de Satanás em tra­je de gente.

Saúdou com desembaraço, sen­tou-se a uma mesa próxima que ocupava o unico freguês, e de­pois de pedir que lhe servissem uma ceia abundante, e o melhor vinho da adega, travou conversa amena cotn o seti viziuho.

De certo que o Diabo sabe muito e que quando quer tornar-se agra­davel o cons tgue facilmente Meia hora decorrida de boa cavaqueira, Satanás e o estudante por que era o rapazote — tornaram-se bons amigos. Como eram apenas seis horas da tarde e nenhum dos dois viajantes tinha sono, Satanás pro- pÔ3 ao seu interlocutor jogar a bisca.

/cei fe a proposta ambos puse­ram o mt lhor da sua atenção no jogo.

A magestade incógnita estava naquele dia de bom humor , e c o ­mo o dinheiro não lhe custava a ganhar, pois que cra f .bricado por tie, resolveu j gar com toda a se­riedade.

O estudante estava cotn iorte, e ás duas horas todo o dinh iro do Diabo lhe pertencia, valendo-se este das joias que levava para não ía^ zer Iraca figura. Mas, como ta m ­bem as perdesse disse ao estudante:

— Q a a n d o entrei aqui estavas falando com a cozinheira, que, sem duvida, é uma rapariga muito in­

teressante.— E’ verdade—replicou o outro

rindo; porém, sob as aparências um tanto desconcertadas, parece que é uma virtude digna de admi­ração.

•—Que me dizes?!— E’ isto mesmo. Informou me

muito seriamente que estava com­prometida com um arrieiro, e que por nada lhe faria uma partida

— Pois digo-te que essa rapari ­ga é igual à 5 outras!

— E eu afirmo o contrário.— Bem; nào nos bateremos por

tão futil motivo; todavia, como perdi quanto dinheiro e joias t ra ­zia, podetiamos fazt r uma aposta.

— Qual?— Jogo a virtude dessa rapariga

contra as joias que me ganhaste. Se a sorte te favorecer a rapariga é tua; ?e ela se decidir por mim, então dás-me as joias.

O estudante olhou com assom­bro o seu interlocutor que falava com grande convicção.

- P a r e c e - m e que esqueces uma condição importante.

— Dize lá, meu amigo.— E’ que essa moça talvez não

esteja disposta a obedecer-te.Satanás sorriu-se.— Não me obedecer uma m u-

lhei! Teria graça!O aprumo, o gesto, o olhar de

Sua Magestade Infernal foram tão abominadores, tão mentirosos, e expressavam com tanta nitidez o grande poder que aquele cavalhei­ro julgava ter sobre as mulheres, que o estudante olhou-o absorto e um tanto atordoado.

— Para que não haja nenhuma duvida —disse a infernal persona­gem vou chamar a rapariga. E gr i ­tou com força;

— Rosa!A criada apareceu imediatamen­

te muito gentil e alegre.Então Satanaz fez sinal para se

aproximar .A rapariga obedeceu, e entre os

dois. numa lingua para o estudan­te desconhecida, mas que as mu ­lheres e o diabo falavam correta- mente, se cruzou um breve diálogo

— Posa consente em ser o preço da aposta, exclamou o Diabo. E agora vais gozar um espectáculo que não tornai ás a ver durante a tua vida, ainda que vivas a idade das pedras.

- Q u a l ?— Não te posso dizer agora.Julga e ob .erva, e quand ) nos

despedirmos te revelarei o seg -e- do, se a tua penetração natural não o tiver explicado.

E dizendo islo, Sataná baralhou as cartas e o estudante cortou, c o ­meçando o jogo.

O desaf.O era a cinco partidas? As duas p imeiras g m h o u as o es­tudante cwn a mesma sorte com que com çara I id.-cisa se in mte- ve a terceira até ao fim. O e s t u ­dante imaginou já seu o triu fo, e olhava com olhos enamorados a moça que, impass ivJ , presenciava o jogo, como nada se fosse cotn ela.

De repente Satanás sorriu. E g a ­

nhou, pela primeira vez, a partida!Um tanto contrariado p . lo re-

vez, o estudante baralhou as car­tas com violência.

In util o seu gesto, A sorte mu ­dara de pouso.

Os dois inimigos t inham igual numero de partidas. A quinta era a decisão.

Rosa sorria satisfeita. Satanás parecia mais tranquilo do que nunca, e mais sereno.

Aquela ultima oarlida foi uma derrota completa, rapida e decisi­va, para o estudante. Em menos de dez minutos e apezar de toda a sua perspicacia, foi vencido.

Satanás sorriu novamente, com um sorriso que causava frio.

A» joias voltaram para a posse do seu dono. Restava o dinheiro ganho, nas mãos do rapaz, o qual, revoltado acrescentou;

— Vai contra a aposta anterior tudo quanto ganhei até agora, e quanto possuo de meu.

— Aceito!Tornaram a baralhar as cartas

e o estudante começou de ganhar as primeiras partidas. Mas como sucedera antes, perdeu as três ulti­mas!

Rosa, ao ver o resultado final, saiu da sala entristecida, enquanto Satanás, radiante, comentava:

— Com a breca. Perdeste todo o dinheiro e ainda em cima estás de mau humor!

Mas, como o meu é dos. melho­res não quero dar tnotivo a que um dia possas dizer mal de mim.

Aqui tens todo o dinheiro que ganhei!

Ao dizer isto, atirou todas as peças de prata para a frente do rapaz, que estava pasmado da au- dacia e da generosidade do seu parceiro.

— Toma, repetiu, vendo que o seu adversário vacilava.

«Toma e que a l:ção te a p r o ­veite.

— A lição? E’s acaso um mestre? pregmitou o estudante atrevida­mente.

— Se o r ã o fosse não desafiava, como viste, a própria sorte, ani­quilando por completo a tua.

E ao pronunciar estas palavras, Satanás Icvanton-se Subitamente, como por arte mag'ca, a figura que tinha q aasi se evaporou e ex- tinguiu, aparecendo a sua, a auten­tica, perante o olhar surpreendido do estudante.

— Podes gabar-te —disse—de te­res jogado e b bido com Satau em pessoa. Podias ter ganho sempre porque eu, em j gando de baa fé. perco sempre tambem Mas tives­te a infeliz ideia de ji!gar contra a virtude d '1 uma mulher, coisa que nenhum mortal d-ve fizer, e, por ­ta- to, a gloria foi minha.

Rosa, que estava naquele m o ­mento, ao v pr a cara de tão repu- guaut - inimigo, soltou um gri to de te r ror e foi refugiar-se nos braç is do abior to manc bo.

S itanás sorriu de novo . . . e desapareceu da penumbra.

Grande quinzenário de li­teratura e crítica - I SOO Mine va Alentejana.

erres flo Alentejo€ a st o

Vila do concelho de Souzel. Pcrtciiceu a êste mesmo con­celho até 1855 de onde foi iksnu m brada pela extinção daquele, voltando mais tarde a pertencer-lhe quando da sita lestuUíaç.^o Chama-se Cano, como diz Prnh > Leal,

pelos muitos canos de ágiu qne por ela correm. Outros atribuem-lhe o nome a urn célebre cano que ali existiu em épocas remotas. E' povoa­ção muito antiga, pois j á c xis- tia à data da fundação do castelo le Avis. Foi em tem­pos recuados muito tnais im- poitante do que hoje é, se- g • 1 1 Jo yt_sta-m muitos alicer- c.-'. que se teem enco;:trado

Dos Senhores: D. Joam Doidio Ade­gas, 60 peras e maçãs, Francisco Mota Junior, residente Lisboa, 50$00, Mario da Assumpção Gomes d’AImeida, uma capa muito bem trabalhada para as quotas, produeto da sua oficina de encadernador, José Gd de Sousa, í btaços de cebolas, Sebastião Parreira e outros caçadores, 5 coelhos, J. Cruz Bucho, 8J00, emolumen­tos como sub delegado do P. R. Duma comissão de estudantes promotora da ginkana de bicicletes realisada nos d'«s20 e 27 de Setembro, 364$'>0, D. Perpe­tua de Carvalho, 10 litros de grão e dois quilos e meio de toucinho e f irinheins e Dr. João Pelouro Coelho, cinco coelhos.

A todos os benfeitores que nào esque­cem a Sopa dos Pobres de Ponte ae Sor, instituição qne está qu isi no termo do seu segundo ano d -existencia, a conti nuaçào dos nossos melhores agradeci­mentos.

Estamos no periodo das colheit s de feijão e arroz e quasi na de azeite. Não seria possivel aos senhores produe­tores de tai - generos fornecerem nos como demonstração dos s.’us bons co a- ÇÕes, quaesquer quantidades? Ahi fica o nos o apelo.

Começamos hoje a publicar os nomes d >s nossos pobres contemplados pela So­pa. Adultos a quem é fornecida todos os d:as uma sopa relativamente abundante: Joaquim Calalòa, Mariana Bemviuda Mari i Liboria, Matima Diogo Luiza d > Belver, Mano.l Pégicho, Efusina Ro sa, Amalia Maria (muda),, Ludovina Crespo, Mariana Arsenio, kabel do O- laia, M iria Lucrecia, Ma: ia do Rosai io da Pontinha, Josefa do Guardo, M ria do Rosario Barreiros, Custodia Senhori­nha Patusca, Joaquim Bran:o, Vicente Barreiros, Rosalina Moreira, Antonio da Póvoa, Josefa Rosa Castelo e Libania Boi reg i.

—Qae todos os socios e não socics ve­nham ass stir á d stribu çã > da sopa ás 12 horas (meio dia), são < s votos da Di­recção dj Sopa dos Pobres. Só assim poderão apieciar o que ln feito e o que se poderia fazer ainda.

A Direcção

F a l e c i m e n t o sNa avançada idade de 87 anos, fale­

ceu no dia 9 d > corrente, nesta vila, donde era natural a Sr.a Luiza Engra­cia, viuva, mãe do uosso amigo e as­sinante Sr Marça! Mendes e avó dos S'S. Joaquim, José e Antonio Mendes Mart us e das Sras. D. Ana Mendes Mar­tins Moreira, D.as Amelia, Maria An.o- nia e Margarida Menaes Marlins e dos nossos assinan es Srs. Arlindo Mendes Pita Dionisio e Brigo M°ndes Pita.

No Hospital Vaz Monteiro, tambem faleceu ha dias a Sr a Victoria Elias, de 63 anos, natural das Qalveias, mãi do nosso amigo e assinante Sr- Antonio Elias, sargento de infantaria na Prodii- c a de Angola e do Sr. Mariano Elias Correia, desta vih.

—Faleceu in dias, em Lisboa, a Sr.’ D. Emilia Victoria Zezere, esposa do nosso conterrâneo e assinante Sr. José da Costa Zezere, conductor principal daC. P

» * *A’s familias enlutadas enviamos os nos­

sos sentidos pesames.

B E t t S p c d i d st

José Baptista de Carvalho, retirando por uma temporada desta vila para Barca de A - mieira, onde vai em procura de alivio para a sua abalada saude, não podendo como de - sejava, despedir-se de todos os seus amigos e pessous de suas relações, vem fazê-lo por este meio, oferecendo-lhes o seu limitado préstimo na­quela vila.

fora da vila. Pertenceu à Or­dem de Avis. El-rei D. M a ­noel lhe deu foral em Santa­rém. em 1 de Novembro de 1512. Tem duasgrandes nas- (.entes, além de muitas outras ni mores. A Fonte Grande é um grande depósito de ótima água e dela sai um grande cano, que, segundo alguns, deu o nome à Vila. Pata o lado do Oeste tem uma nas­

cente de água chamada Fonte dos Olhos, de onde sai um cano que faz moer várias azenhas. Dizem alguns que a água dela se petrifica. Igno­ra-se a data e quais os fun­dadores desta vila. O Canoé uma terra aceada, muito lim­pa e os seus naturais são em gcicd boii losos c muito cor­teses.

1 2 : a n * P o n t e d o S ô r , 7 d e N o v e m b r o d e I í ) 3 7E % - « ' ° S ' ' £5 C»'»ao

v ^ ^ L i v l E R O 2 6 6

QUI NZENA’ RIO REGI ONALI STAii* y

D I R E C T O R E E D I T O R

Qmú&oÍAíiw. de. OÍwcíxol da. Co-Kceição O^ndfuxde

Secretario da Redaçào Amiicar de Oliveira da Conceição Andrade

A D M I N I S T R A D O R Primo Pedro da Conceição

F U N D A D O R E S P r i m o P e d r o d a C o n é e i ç â o

J o s é V i e g a s F a c a d a

Redacção, Administração e Oficinas gráfica*

iMinexitA. cA êm te j/m a - 'Ponte, do Sem

A E d 0 “ i l a m 1!!) do S i í "IIíV FS SH CIJAII \ Crianya qucimadi

U C d Ç â O vai a Lis aComo já temos noticiado,

o apreciado “ Rancho do Sôr” , novel agrupamento folciórico que em boa hora se fundou na nussa terra, e que na sua embora curta carreira conta tantos triunfos como exibi­ções, vai des!ocar-se a Lis­bôa no dia 27 do corrente, a fim de se exibir nos salões do Gremio Alentejano. Ami­gos e conterrâneos nossos que não esquecem o torrão qne os viu nascer, teem en­vidado os seus esforços para que o "Rancho” possa mos-

Diz o adágio mui velho e mui popular:— ninguém nasce ensinado; e ainda êste outro:— o que o bêrço dá, a sepultu­ra o tira. Estas duas sentenças encerram grandes verdades e uma sã filosofia.

A criança, nasça ela em bêrço doiro, com todos os con- chêgos da vida, com sangue azul domais puro a girar-lhe nas veias, filha talvez dum privilegiado da sorte, filha do maior sábio do murido.. .essa criança aparece no berço, ignorante como a filha do mais pobre e ignorante dos seus visinhos; aparece com os olhos fechados para o mundo ma­terial e morai; precisa de todo o amparo na sua vida física e psíquica. E assim, ao passo que vai crescendo em idade, vai progredindo em conhecimentos, mais ou menos úteis, aproveitáveis ou nocivos, conforme os sentimentos e orien­tação de quem a cria, de quem a educa.

E são êstes os primeiras conhecimentos, sâo êstes pri­meiros passos na senda da vida, os que mais gravados fi- trHr na capital que no Alen- cam na sua alma, e tão indelévelmente, que jámais. dela se tejo, esta ubérrima e tão mal apagam. Daí o cuidado, o escrúpulo que as mãis, os educa- apreciada região do país, dores da juventude, deveriam ter com a formação da crian- tambem ha vida, tambem ha ça, formação da inteligência, da vontade, da memória, do mocidade capaz de entusias- coração, da consciência, porque o que o berço dá a sepultu- niar as multidões com os seus ra o tira. bailados e cantares.

Que responsabilidade tremenda, pois, a dêsses pais que O “Rancho do Sô ”, o úni- desprezam, não cuidam devidamente da educação dos filhos, carne da sua carne, sangue do seu sangue, uma parte de si mesmos!

Quantas dessas crianças, mal sabem engatinhar, logo vão para a rua, a sujar o corpo e sobretudo a sua angélica a lm a !.. .Cêdo ouvem e vão aprendendo palavras e frases, do mais requintado impudôr, cuja malícia em breve conhe­cerão.

Há p;iis, sim h í pais, que não têm escrúpulo de serem êles os primeiros mestres de seus filhinhos, pelo que bem alto, em cada dia e a cada momento, dizem na sua presen­ça, não os afastando das más companhias,de lugares peri­gosos, de más leituras, enfim dêsses canais por onde o ve­neno do êrro e do vício entra na alma inocente dos filhos, a prejudicar bem cêdo a própria vida do corpo!

Ladrões, carrascos, assassinos dos próprios filhos são êsses pais, sem escrúpulo; assassinos de si próprios, por­que um dia hão-de sofrer também as consequências da per­niciosa educação que ministram aos seus filhos.

Ah! A educação!.. . Como ela é tão mal compreendida do Rancho possa ser radio- pelos educadores!. . . fundida.

Silvio

Ácaba de exibir-se, no Teatro- Cinema desta vila, êste g tande actor, glória do teatro por tuguê ;.

A sua companhia deu dois es­pectáculos nos dias 29 e 30, apre­sentando, respectivamente, as pe­ças "A Taberna” e “O Saltimban­co".

Em ambas as noites o desem­penho foi perfeito, inexcedivel. Alves da Cunha chamou a si, co­mo sempre, as honras da noite. Todo o resto da companhia o se­cundou com brilhantismo. Merece, porém, especial menção o assom­broso trabalho de Maria do Pilar Alves da Cunha , filha do insigne artista, e que em “ O Salt imbanco" se desempenhou a pri inôr do difí­cil papel que lhe havia sido con­fiado.

A continuar assim teremos, de n­tro em breve, mais uma granJ e artista de teatro.

B*ela instruirão— A Camara Municipal des ■

te concelho solicitou do Ex.m° Ministro da Educação Nacio­nal a criação de um posto es-

co agrupamento folclórico eolar ria vila de Montargil, desta parte do Alentejo, par- atendendo a que e enorme o te confiado no seu valor e nan} ero de crianças que não convencido de que não fará P°dem rec?ber instrucção nas má figura na capital, onde esc oficiais. tantos agrupamentos desta — Tambem solicitou o des- naturez i se teem exibido. Pe- debramento do posto escolar na foi que nào tivesse podido ,a Tramaga, na freguesia sé- compartilhar da Festa Vindi- de do concelho com o pedido maria ha pouco ali realisada, e mostrar que no Alentejo não existe só a Triste Can­ção do Sul. Isso estava-lhe vedado por não ser esta uma região vinhateira.

Estamos informados que conterrâieos nossos estão tratando junto da Emissora Nacional para que a exibição

No Rosmàhinhil , desta fregup- sia, deu se ha dias um lamenta­vel desastre que custou a vida a uma pobre criança.

Senhorinha Isabel, casada com Angelo Duarte, estava junto da lareira oirde fervia urn caldeiro com agua. Proximo estava um seu filho, Antonio"Miguel Duarte, de 3 anos de idade, que brincava des­cuidado. A mãi ouvindo o pregão do sardinheiro que passava na es­trada, veio até junto da porta pa­ra comprar algum peixe, não r e ­parando talvez o grande perigo que poderia ameaçar o filho. As crianças são sempre t raquinas e o pequenito Antonio, supõí-se que, aprovei tando a ausência da mãi.' se aproximou mais do lume, fa­zendo fombar o caldeiro, ou pe r qualquer outra circunstancia este se entornou, que imando hor rive lmen­te a pobre criança que ainda veio cor rendo à porta até junto da mãi, gri tando. Foi conduzido ao Hos­pital Vaz Monteiro onde ficou recebendo tratamento, e, embora todos os esforços empregados p i ­ra a salvar veio a falecer alguns dias depois no meio de horriveis dôres.

P£lo Tribunal

Em audiência de policia correcional, pelo crime de ofensas corporais, respon­deram ua passada quinta feira, Francisco Manoel Nunes,, casado, jornaleiro, resi­dente nesta vila e Jesuina Marques, tam­bém casada, domestica e aqui residente, acusados de se terem agredido mutua­mente. O Tribunal que era constituído

. > . pelo mereiissiino Juiz d ? Direito Sr Drde nomeaçao para esse lugar Joaquim Dias Loução. Delegado da Co- do Sr. Mario da Assumpção ™arca Dr;.l0'é d 1 Carmo, escrivãosem-

. , • . Ç , blano e oficial Castro, deu os crimes co-Uomes ae Almeida, desta mo provados, pelo que condenou os reus.o primeiro em 7 dias de multa a 1U$0(Í por dia, 5 dias a 1$11 e a segunda em 4 dias a 10^00 de multa e ,1 dias a 1$00, e cada um deles em 200$00 de impdsto.de justiça e respectivos adicionais.

vila.— Igualmente pediu a cria­

ção de um curso nocturno masculino, na escola da séde do concelho.

— ■■——— »•♦» H - II

Manifesto de arvoresTeatro-Cinema

Esta casa de espectáculos Foi prorrogado até ao dia local apresenta hoje e no dia

16 do corrente, neste conce- 11 do corrente, o extraordiná-

C aminhos de FerroSegundo lemos nos jornais, foi

adjudicada ao Sr. Francisco José Morgadinho, a empreitada para fornecimento de 3 3 .0 0 0 metros cúbicos de pedra britada para o lanço n.° 18 do caminho de ferro de Portalegre, compreendido entre a estação de Cabeço de Vide alé entroncar na linha do Leste. Este caminho de ferro cuja constiucçào se tem arrastado por tantos ano=, com grande prejuiso da região por ele servida, tem ultimamente tido um grande impulso, razão porque estamos em crer que muilo em breve a cidade capital do distiito vai ver realisada a penúltima eta pe do seu maior sonho. Oxalá que depois desta parte se siga a outra, a de levar até á linda cidade o ca­minho de ferro.

Caminho intransitavel

A Comissão Administrati­va da Câmara Municipal des­te concelho, soli< itou do Ex.rao Sr. Governador Civil do Dis­trito, para que se interesse porque seja reparado o cami­nho que vai da vila de Mon­targil à nova ponte de madei­ra no rio Sôr, que se encon­tra intransitavel.

Comparticipação do EsfadoFoi reduzida para 19 727$36,

a comparticipação que o Esta­do havia concedido á Câmara Municipal de Avis para repa­ração da estrada do Alto de Frei Henrique e ramal da Quinta do Pinheiro.

lho, o praso para o manifes­to de arvores de fruto, cujo praso tinha já terminado.

E’ a unica oportunidade que se oferece aos retardatarios de fazerem os seus manifes­tos, evitando as pesadas mul­tas em qi.e incorrem se as­sim não procederem.

^ . . . . ‘ _ Homem fulminadoCrise de trabalho

Uma medonha trovoada que ha dias pairou sobre Alter do Chão, causou um desastre irremediável, a perda de um chefe de familia, Antonio Gonçalves Azinheira, da­quela vila, que se empregava co­mo jornaleiro ao serviço da Câ-

so liquido. Já se vende, nesta lhos de Castelo de Vide, Alter mara Municipal. O infeliz que foi

.Izeitc Está baixando o prêço dêste precio-

Com o fim de

atenuar a crise de trabalho que se tem feito sentir, o Sr. Governador Civil deste D is­trito pediu ao Governo a aber­tura de trabalho nos conce­

rto filme de aventuras ‘M sombra misteriosa”. Trata se­de um filme de grande movi­mento, com inventos curiosis- simos que surpreenderão a- gradávelmerite o público ama­dor de film es dêste género. E ’ uma pelicula com todas as condições para agradar.

— Domingo passado deu-se um caso inédito na nossa ter ra—quando terminou a exibi­ção do filme uPrecísa-se dum criminoso” a assistência pror­rompeu em aplausos, mostran­do assim o interesse que o mesmo lhe havia causado.

vila, a 5$00 cada litro, com tendência a baixar ainda mais.

Ainda bem.

do Chão, Crato, Fronteira, Gavião, Eivas, Marvão, Por­talegre e Ponte do Sôr.

Seria interessante que istoatingido por uma descarga electri- sempre q ie u n fil-ca, deixa viuva gravemente enfer- ^ agradasse. A empreza te­ma e alguns filhinhos de tenra ida- r ia , assim, possibilidade de de, na miséria. conhecer o gôsto do público.

2 A M O C I D A D E

f l I g r e j a e a E s c o l a

por Amiicar Andrade

A’ cobrança

A Igreja representou sempre, etn todas as idades, um poder so­beranamente forte. Rigidamente organizada, concor rendo todas as snas células, na medida do pos­sível, para uma perfeição cada vez maior, depressa se achou senhora de importantes fôrças, arrastando a uma voz do seu chefe, milhares e milhares de creníes. A atestar isto aí está o grande movimento das cruzadas. Famílias inteiras to­mam a cruz por bandeira, vendem tudo ao desbarato, e passam à Terra Santa 11a bela missão de a r ­rancar aos infiéis os lugares que Cristo havia regado com o seu suor, com 0 seu sangue. Multidões enormes marcham, assolando tudo na sua passagem, talando os cam­pos, devastando tudo 0 que se lhe deparava para saciar a fome, gue r ­readas pelos naturais dos países que atravessavam, até chfgar à A'sia. O deserto fica cheio de des­pojos humanos. Milhares de entes vào ficando estendidos pelo cami­nho esperando, pacientemente, a mor te libertadora. E à chegada dos sobreviventes aos Lugares San­to s —multidão enorme a inda—as­siste-se a uma das maiores carnifi­cinas que regista a história —o massacre, em massa, de milhares de cristãos pelos turcos. Os areais en b bem-se de sangue generoso, sangue de homens que combatiam por ideal nobre, por um idtal ale- vantado.

Mas surge depois a multidão disciplinada dos cavaleiros que re­presentavam, verdadeiramente, a fôrça armada cristã. E conseguem o que desejavam —a posse dos Lugares Santos.

para combater as heresias.E’ então que aparece a C o m p a ­

nhia de Jesus e a Inquisição. Aquela desempenhou papel impo r­tantíssimo 11a educação da juven­tude, moldando a alma infantil à sua vontade, inclinando-a para o amor a Deus, 0 amor à C om ­panhia.

A Inquisição representa um ver­dadeiro papel de censura. A pr in­cípio orientada sob uma norma de justiça torna-se, depois, um instrumento politico.

E 110 centro da Europa assiste- se, então, a uma carnificina sem n o m e —as guerras religiosas. Am­bos os par tidos—católicos e pro­testantes - se empenham em ven­cer. E a guerra vai-se desenrolan­do, intérmina, com vantagem pa­ra um e out ro lado.

Mas a cisão mantém-se. E a Igreja de Roma vê enormemente cerceada a sua influência, E deixa de influir terror. As suas ordens, as suas bulas já não são obedeci­das como dantes.

E os séculos vão rolando, com mais ou menos fé da parte dos homens.

Co m a Revolução Francêsa a Igreja é duramente atingida. Mas, passada essa época de descrença a Igreja, de eutão para cá, vai conquistando dia a dia, hora a ho­ra, a posição, 0 poder perdido. E atrai a si os fieis. E chama si os pequenitos e vai-os orientando uo sentido de se tornarem, mais tar ­de, bons cristãos,

Assim, pouco a pouco, perse­verando, t i a vai adqui rindo 0 an­tigo poderio, a perdida fô;ça.

Muitos dos recibos que envia­mos referentes às assinaturas do nosso jornal, vieram devolvidos. Uns, por não serem encontrados os destinatarios, outros com a de­claração de "avisado não pagou ” .

O serviço de cobrança requer grande dispêndio de tempo e di­nheiro, pois que por cada tiiulo a Administração tem de pagar cer­ca de setenta centavos. Como esta­mos procedendo à organização da segunda remessa dos recibos que vieram devolvidos, avisamos os nossos presados assinantes que os não satisfazeram, que os vamos enviar novamente, esperando fi­car-lhes devendo a fineza de os liquidarem. Prestam-nos assim um grande obséquio.

o 4 p h jó y ím a éjp o ú x d o -

J .e.a.th.o—C.ín.e.m.a.Oportuna entrevista com 0 gerente desta casa ds espectáculos

Naquelas idades remotas a fôrça da Igreja era imensa. ^Que voz — a não ser a do Papa —conseguiria juntar, assim, o exército imenso que formou a primeira cruzada? E a Igreja vê, bem u t idamente, quão grande era o seu poder. E pensa que era necessário educar, cultivar essas massas imensas no estudo e 110 amor a Deus para que a sua fé não abrandasse, para que mais um laço houvesse que as li­gasse à Igreja.

E abre muitas escolas que fun­cionavam, de prefeiê icia, junto e dentro dos mosteiros. E ministra­va-se aos crentes um ensino as­sente em mol les rígidos, orienta­dos pelo sistema conhecido p-lo nome de Escolástica, E a classe sacerdotal —a mais culta da época- vai derramando luz nos cére­

bros escurecidos pelas trevas da ignorâ icia. E novos espi itos se formam, quási todos êles se ena- r raudo ua vida contemplativa dos conventos, no estudo dos manus­critos antigos.

E a Igreji segue, durante sécu­los, orient i inlo as almas. Ela era a soberana indiscutível. As suas ordens eram acatadas e r igorosa­mente resp itadas.

Mas veio 0 pr imeiro cisma. E permitem se discussõ 'S teológicas, de pontos vitais da dout i ina cristã. E a fé diminui. E dá-se o g ra n d e cisma do ocidente—e separação dos crentes em dois grandes gru pos —católicos e protestantes.

E a unidade q tnbra , rompe-se.E a Igreja luta, empenha todas

as suas fò ças nessa questão, para ela, de vida ou de morte. E lança mão de todos os meios possíveis

Ainda está na memória de todos 0 que foi a Grande Ouerra. As gerações nascidas durante 0 tem­po que durou êsse flagelo sabem perfei tamente- porque têm 0 exem­plo em si —qual a acção pernicio­sa que ela exerceu sôbre a juven­tude actual. A raça humana sentiu perfeitamente o desastre, o enfra­quecimento das gerações. Homens sábios lutaram e lutam por uma maior perfeição do organismo. Combateram por uma aproxima­ção graduai dos povos, pela for­mação de laços de amisade tão Ín­timos que tornassem a guerra im­possível E pensaram que a me­lhor maneira de 0 conseguir se­ria fazer a educação da juventude assentando em princípios de res­peito e amor p i r a com os nossos semelhantes.

E c o m açou a fazer-se, 11a maio­ria dos países, a educação da crian­ça tendo por base os princípios da doutrina cristã, a adoração a Deus, o amor ao próximo. E a Escola passa a ser influenciada por esta ordem de ideas. Ministra-se, aos pequenos, uma educação em que se tem sempre em vista a sua perfeição moral, E é na doutrina cristã que os educadores se baseiam para 0 conseguir. E' por meios dos seus princípios humaníssimos que a consciência dos jovens se irá formando. A criança será o q te nó> quizerinos que ela seja. A acção educativa da Escola é as­sim completada pela Igreja e vice- versa.

E daqui por alguns anos, qu an ­do germinar a semente agora lan­çada à terra a Igreja tornará a adquirir graude parte, se não todo 0 an t :go prestígio.

BS a n c h o t i o S ô r E s t ejà afa­

mado agrupamento folclórico leva a efeito, nos dias 14 e 25 do corrente, dois espectáculos no Teatro-Cinema desta vila. Segundo nos consta serão a- presentados novos números que, pela sua beleza, alcan­çarão ruidoso sucesso.

Estes espectáculos servem de preparação para a ida a Lisbôa, aos salões do Grémio Alentejano, onde 0 nosso Rancho se vai exibir.

F a l t a d o . lu a s

T e m o s constatado que por ve­zes a luz da i luminação publica acende um pouco tarde, circuns­tancia que se verifica especial mente nos dias nublados. E s ta fal­ta prejudica o t rabalho nas ofici­nas e no comercio, que se veem impossibil i tados de laborar depois de certa hora por lhes faltar a luz. Por nos te rem já sido feitas v a ­rias reclamações, nesse sentido, solici tamos aqui da empreza con­cessionaria toda a sua boa vonta­de para a solução deste assunto, que, 11a verdade mui to prejudica.

fl industria militar na mobilização

E’ 0 título duma interes­sante publicação que temos presente 11a nossa mesa de trabalho. E’ seu autor 0 nos­so ilustre conterrâ;ieo Ex.mo Sr. Tenente-Coronel Antonio Baptista de Carvalho e re­presenta a impressão da no­tável lição proferida por aquêle oficial na Escola Mili­tar, no ano de 1936.

Uma selecta assistêicia, ni qual se destacavam os vultos do Sr. Presidente da Rèpú- blica e Dr. Oliveira Salazar, aplaudiu com entusiasmo 0 belo trabalho do nosso patrí­cio, que assim se honra e à terra que Ihe serviu de bêrço.

Agradecemos 0 exemplar enviado.

Q u a r t o s

É do nosso colega «O Jornal de a 5 0 $00 por mês alugam-se Arganil» o artigo que hoje publ i- na Pensão Aliança camos em fundo. Ponte do Sôr

Para os cancerosos pobres

O peditorio realisado nesta vila por um gtupo de gentis raparigas, no dia 1 do cor­rente, a favor da luta contra 0 cancro, rendeu a quantia de 154S70.

O sr. Casimiro dos Reis Delica­do é uma figura bem conhecida do público da nossa terra. Não necessita, portanto, de apresenta­ção. A êle deve Ponte do Sôr, em grande parte, a introdução da ar­te cinematográfica. Já lá vai um botn par de anos que a empreza Cândido Paula & Genros, de que aquêle sr. fazia parte, resolveu fun­dar aqui utn cinema—o Cinema Ideal. O público interessou-se pela iniciativa. Acorreu a presenciar, a aplaudir os filmes, de aventuras na sua maioria.

E os nomes dos artistas ficavam e ganhavam popularidade. Bons fil­mes aqui foram proj ctados. Re­cordamo-nos, de repente, entre outros, dos seguintes: Hora Su­prema, Ramona, Últimos dias de Pompeia, A batalha, O poder da Glória, O barquei ro do Volga, etc., etc.

A certa altura 0 público come­çou a faltar. E a empreza tentou ainda, por atnôr à arte, manter o cinema, sofrendo, duran te meses, prejuízos sérios. Finalmente deu-se 0 i r remediáve l— 0 encerramento do cinema.

E Ponte do Sôr ficou, durant? largo tempo, sem uma casa de es­pectáculos onde a mocidade fôíse divertir-se. Só relativamente há pouco tempo o grande beneméri­to Vaz Monteiro teve o arrôjo de construir uma casa de espectáculos que é, sem dúvida, a melhor do distrito. Para orientar a tnesma um notne estava naturalmente inoicado — 0 do nosso entrevistado de hoje.

Agora que vai iniciar-se, verda­deiramente. a época de inverno quizémos ouvir, da bôca daquêle sr., quais os projectos para a pió- xima temporada .

Uma saltada à sua casa na A- veuida General Carmona e 0 sr. Delicado, amàvelmente, pôs-se á nossa inteira disposição.

Antes de entrar p tópriamente110 assunto da entrevista conver­sámos durante um bom bocado sobre assuntos cinematográficos. Do que ( uvimos depreendemos que é da vontade da gerência do Cine-Teat ro apresentar filmes que satisfaçam absolutamente os fre­quentadores da casa. A nossa ter­ra vai ter, finalmente, o ensejo de apreciar bom cinema. A lista de filmes contratados permite-nos es­perar boas sessões cinematográfi­cas. Mas para isso, é necessário que o publico saiba corresponder à b ô i vontade da empreza.

- D i g a - n o s o nome de alguns filmes que tenha mateados —foi a nossa primeira pregunta.

O sr Delicado, depois de ter meditado um pouco, diz-nos:

— E' da vontade da Empreza do Teatro-Cinema facultar ao nosso público bons filmes, peliculas de agrado Síguro. Por isso, ao f zer- mos a marcação dos filmes para a nova temporada, t ivémos em vis­ta apresentar fitas que fôsse de en­contro ao gôsto da assistência. Es­colhemos, portanto, produçõ s de

géneros diversos, tendo em vista 0 objetivo acima exposto.

E 0 sr. Delicado, a seguir, a- presenta-nos uma lista recheada de autê iticas surprezas.

— Mas pelo que vemos, o sr. tem contratos com as melhores ca­sas da especial idade!. . .

— E’ verdade, responde-nos o nosso entrevistado. Resolvemos, ain fa que á custa de grandes sa­crifícios, entrar em negociações com a Aliança-Filmes. do Porto e Continental , de Lisboa. Co mo de­ve saber estas duas casas têm uma produção seleta, composta apenas de bons programas.

- D i g a - n o s o nome de alguns filmes da Aliança

— Desta casa temos uma lista completíssima. Por agora a p n a s lhe digo os nomes dos seguintes: Os últ imosdias de Pompeia, Quatro irmãs, O denunciante, A alegre di­vorciada e Chapeu alto. Todos ê!es filmes de graude classe. Estes dois últimos vão apresentar, entre nós, os uois maiores bailarinos do mundo; —Fred Astaire e Ginger Rogers.

— Mas então o Cine-Teatro vai ter uma época de grande sucesso.

— Pode dizê lo. E ainda não é tudo. Temos mais ou menos asse­gurada a marcação dum grande filme c o l o r i d o - O pirata bailarino.

— Positivamente o sr., hoje, só nos dá surprezas, E da Cont i nen­tal?

— Dessa casa resolvemos apre­sentar, entre outros, os filmes se ­guintes: Fúria negra, com 0 g ran­de Paul Muni, Império do crime, R; í iha sem t rono, Anjo branco, etc.

— Tudo filmes de sucesso g a ra n ­tido, afirmámos. Tenciona a p e - sentar-nos alguma s u p e r - p r o d u ­ção?

— Essa era uma das grandes sur­prezas que qu e r í u n o s dar ao p ú ­blico pontessorense. Em breve 0 Teat ro-Cinema terá a honra de proj-ctar A vida de Luiz Pasteur c Capitão Blood.

— E sôbre teatro, 0 que nos tem a dizer?

— Deve visitar-nos, no mês de Dezembro, em data ainda a desi­gnar , a aplaudida companhia de Adelina e Aura Abranches.

— E a respeito de filmes por tu­gueses? Tem algum contratado?

— Negociamos, actualmente, a vinda até nós de Revolução de Maio e Maria Papoila. Temos, além disso, quási assegurada a marcação de Rosa do Adro.

A entrevista findara. E, já ao des­pedir-nos, dissémos:

— Vamos eutão ter uma época brilhantíssima.

— Pelo menos assim o espera- mos, disse-nos, sorridente, o nosso entrevistado. O que acabo de lhe dizer é apenas parte da prog ra m a­ção Ua p óxima época. A parte res­tante será ainda mais sensacional se o público nos auxiliar.

Amiicar Andrade

Pela MisericórdiaNo dia 14 do corrente, pe­

las 14 horas, na secretaria da Santa Casa da Misericórdia, desta vila, sita no Hospital Vaz Monteiro, serão vendi­dos em praça 900 litros de milho pertencentes áquela ins­tituição de caridade.

A f i l a m e n t o s

Durante o corrente mês proceder-se-á à conferição das medidas de secos a lí­quidos, devendo todos os vendedores de generos e artigos eni que se deva fazer uso de medidas, apresentá-las 11a oficina de afilamentos no Mercado Municipal» das 11 ás 17 horas, acompanhadas do talão da contribuição industrial.

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Dirigir a Fernando Matias

Barreiras Ponte do Sor

A Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Ponte do Sôr.

Faz saber que durante o proxi­mo t rê í de Novembro se procede­rá neste concelho à conferição das medida? de secos s líquidos, de­vendo todos os vendedores de generos e ai t igos em qtie se deva fazer uso de medidas, apresentá- los à conferição ua oficina de ati­lamentos, desde as 11 ás 17 horas, acompanhados do talão da contr i­buição industrial, sob pena de não o fazendo ficarem sujeitos a multa.

Mais se faz saber que todos os estabelecimentos do mercearias vi­nhos, ou de quaisquer outros li- quidos, são obrigados nos termos da Portaria N.o 8150, a adquirir funis para medição, b : m como

utn jogo de copos aferidos, desde o centilitro ao litro.

Para constar se passou o pre­sente e outros de igual teor, que vão set afixados nos lugares do costume.Ponte do Sôr, 23 de O utu bro de

1937.O Presidente,

jo s é N ogueira Vaz M onteiro

I N V E R N A D O U R OVendem-se durante os me­

ses de Outubro, Novembro e Dezembro, ou por qualquer tempo a combinar.

Quem pretender dirija cor­respondência ao Dr. Joaquim de Sousa Prates em —

Reguengos de Monsaraz

4 A M O C I D A D E

^ AIMIOIEES N " 8 4 2

Manhã na gare de San Bento. Personagens:Ele: alto, gentilman, traços d'alma sombria.Ela: loira caloira; escultural esguia,Emoldurada na janela da carruagem.

Olha-o com comoção. O “sud” silva arrancando. Lágrimas. . . um sorriso, um beijo e uma ro sa .. . Jà no tunel, o fumo, em ténue caprichosa,Lembra um rasto de pomba errante esvoaçando. . .

Gáia. . Espinho.. . Aveiro. A loira conformando-se Extasia o olhar na paisagem riscada Pela marcha; no mar, na vertigem da estrada Correndo a par do monstro e sob el'suicidando-se.

Coimbra! . . Um estudante, entra, e toma lugar Nêsse compartimento.. . Alva nódoa de cal Retrata no Mondêgo a cidade. . . Triunfal,O combóio, veloz, continua a marchar.

Um sorriso, um olhar, a ternura, o desejo,— Coisas que amôr tem,— E nenhum dêles córa Parám os. Santarém. Volta a marchar, agora . . . Encaminham-se a par o “rápido” e o Tejo.

Entre-Campos . . Rossio. Em reverentes modos O jovem estudante ajuda-a a descer

Vendo-a desaparecer eu fico-me a pensarNo seu «amôr da noite • . . o mais negro de todos.

Declaração de amor de um P e l o I H s t u l t o

chauffeur a uma sopeira

Barreiro 1937 Antonio Augusto Santos

Os R n i m a i sSabemos perfeitamente ha­

ver crianças tão hostis rela­tivamente aos animais que se diria terem nascido com uma indole alheia a tôda a idéa de bondade e compai­xão por tudo que bondade e compaixão reclama. Essas mesmas porém, serão insen­síveis ao influxo dos bons sentimentos só por culpa de­las, só por invencíveis influ­encias ancestrais, ou tambem por desleixo nosso, desleixo daqueles inadvertidos ho- iii'. n5 que de tudo se ocupam de tudo tratam menos de procurar a inutilisação do mal nas suas origens por mais remotas que sejam ou possun parecer?

O que não oferece duvida nenhuma é q u e muitas out a ; crianças existem cuja má vontade em relação aos nossos companheiros e ami­gos de quatro patas provém unicamente de nunca lhes haverem dito E M O S T R A D O a verdade a respeito deles, abundando pelo contrário, os ensejos em qua elas viram o homem cometer vilanias e verdadeiras indignidades em detrimento dos mesmos ani­mais.

Ha quem pugne por que a escola piímaria procure tra­zer a infancia à estima e a- preço pelos animais.

Dificil será conseguir al­guma cousa de util em tal sentido emquanto as crianças, tanto as das escolas prínari- as oficiais como as dos co­légios, particulares forem le­vadas pelas familias ás ses­sões de tiro aos pombos,

ZE -q.teTpol

— A convite do Eléctrico Foot- Bali Club deve visitar-nos, no dia 28 do corrente, o onze d a Trama- gal Spor t União, afim de realizar um encont ro de futebol com aque­le clube.

- -Anuncia-se , para breve, a convite do mesmo club, a vinda até nós do onze da Associação Académica de Santarém, campião do respectivo distrito.São, portanto, dois bons encon.tros

de futebol em perspectiva.—Os clubes de Portalegre, à fal­

ta de matéria prima, voltaram os olhos para esta vila, donde, segun­do nos consta, levaram já os me­lhores e l e m e n t o s do Ma­tuzarense. Para alguma coisa ser­viu o facto dêste clube ter ent ra­do, a época passada, no campio­nato. Ponte do Sôr está, portanto, desport ivamente conhecida no dis­trito.

—O Electrico continua com os treinos de futebol, com vista ao campionato da 1 Divisão.

A Direcção acha se um pouco desapontada com a falta de com­parência de certos elementos que revelam, assim, desinterêsse abso­luto com os sacrifícios que o clube está fazendo, mantendo aqui um treinador .

Menina:

Desde que tive a fatalidade de lhe pô" em cima os faróis dos meus olhos, quando ontem pacsou na praça, o conta-quilómetros do meu coração deu para cima de 100 à hora.

A menina desculps eu dirigir- me a si sem o livrete da sua au­torização, mas eu não posso fazer marcha atraz desde que resolvi atirar a caita à sua pessoa.

Não imagine que eu seja tão bur r inho que me atrevesse a des­travar a minha franqueza se não tivesse o meu furo segurado.

Tenho car ro na praça e além disso não me faz diferencial que a menina seja pobre. O que eu que­ro é arranjar uma mulher que não me dê água pelo radiador nem comece a dar descargas quando eu estiver com o gaz aberto

Tenho muita simpatia por si porque o para-brises do seu rosto é encantador e os setni-eixos são atestados.

Estou ansioso por lhe carregar no acelerador até o motor dar o máximo.

Se a menina não fôr 110 pneu «balon», creia que golpilha o ma~ guete do meu coração e eu abri­rei o escape do meu desespê o e darei uma descarga 11a caixa das velocidades.

Peço, pois, que meta óleo na consciência e os travões às 4 ro ­das do seu desdém para não ter de levar uma biela.

Com os 6 cilindros da minha p a c ê ícia espero o código da sua resposta.

Não tenho pressa, porque de «Packard» se vai ao longe.

Seu amador profissional.

G avião

O Sport Club Gavionense, des­locou-se 110 penúlt imo domingo à florescente aldeia das Mouriscas onde se defrontou com o team de foot-ball daquela localidade. O en­cont ro decor reu com entusiasmo, tendo 0 Gavionense feito uma re­gular exibição e batido o grupo local pelo score de 3 bolas a 1.

B ko tas

Ciclismo

RESPOSTA

Cavalheiro:

A g u ia r M ota

DA SOPEIRA

etc., emquanto lerem as par- voiçadas do Noticias a elas dedicadas e á noite frequen­tarem os leatros e aniniató- grafos onde todas as cousas reles e pouca dignas se exi­bem e dizem com aprazimen- to da elite intelectual, que tu­do acha bom, senão divino que a grande imprensa lhe faça rec lam e...

Luiz Leitão

Visado pela C om issão de

Censura de Portalegre

Você quiz fazer-me de fel e vi­nagre e com falinhas de quem não quebra um prato, entendeu que eu era pau p i ra toda a colher. Enganou-se, porque eu não tenho papas 11a lingua e vou pôr tuJo em pratos limpos.

Fica você sabendo que eu sou grossa para palito, não sou ne­nhum pau de virar tripas que es­teja a morrer por um papa assôr- da como você que não vale 10 réis de cascas de alhos.

Se você tem carro na praça, eu tenho trem 11a cosiuha; não pre ­ciso de comer as sobras da sua terrina.

O que você precisava era levar com um esfregão 11a cafeteira que era para não querer comer-me as papas 11a cabeça.

Agora já vê que não adubou as suas sôpas porque eu estraguei-lhe o estrugido.

Ora limpe-se a ê;te guardana ­po e para a outra vez não se fa- ça esperto como um alho senão temos 0 caldo entornado.

Esta sua criada

Justina P im en ta V inagre

(Di " O N ot :cias de O u r e m ” )

Realisou-se em Brotas 110 penúl­timo domingo, uma corrida ciclis­ta 110 percurso de 103 quilome­tros a que concor reram muitos ci­clistas e em que foram disputados valiosos prémios. Ganhou a cor ­rida o cor redor brotense Antonio Solidó, que gastou no percurso 3 horas e 25, circunstância que deu lugar a grandes manifestações de alegria por parte dos seus conter­râneos. Seguiram-se a este cor re ­dor os corredores Reguengos em 3 horas e 30 e Manoel Inez, em 3 horas e 35 ambos de Cabeção. Nalgumas terras do percurso que eram Cuborro , Montemor-o-Novo, Arraiolos, Pavia, estação de Cabe­ção, Venda do Coelho, Mora e Brotas, ofereceram prémios aos corredores que primeiro ali che ­gassem. O premio de Brotas foi ganho pelo corredor Tito, natural de Cabeção

Realisou-se um banquete ofere­cido a Antonio Solidó, em que t o ­maram parte varios amigos, ten­do-se trocado discursos. Foi uma bela prova ciclista que marcou pe­la organisação que se deve ao Sr. Francisco Ptgacho, de Móra e em que se at ingi ram velocidades pou ­cas vezes excedidas.

ChançaNos termos dos respectivos es­

tatutos, reuniu-se no dia 1 de N o ­vembro a Assembleia Geral da Caixa Escolar de Chança, com o fim de não só tomar conhecimen­to de tôJas as contas da receita e despesa referente a 1936-1937, co­mo tambem para eleger a futura direccão para o ano lectivo de 1937-1938.

Apresentadas aquelas verificou- se uma receita total de 3 .462$ 90 e lima despesa de 3.365$30, da qual 2 .94 0 $ 8 0 gasta com os alu­nos e 424$50 dispendida com as escolas.

Procedendo-se em seguida à eleição dos corpos gerentes, deu ela como resultado o ficarem neles a anterior direcção, constituída pelos senhores Manuel Nunes Branco, Roque Antunes e Manuel Joaquim Lopes.

Carteira EleganteFazem anos as Ex.mas Srns.” e Snrs.

Novembro7 —D Argel ina Joana Antunes.8 - D. Maria da Alegria Lop-s

Rosa Mendes, 110 Giv iâo, D. Maiia Albina Rodrigues, nas Galveias, José Marqu?s Tiago, em Longo­mel e Garibaldino de Oliveira da Conceição Andrade, nosso presa­do Director.

9 -Leonardo Estrela Ferro, em Sintra e Joaq.iim Sanches Ro­drigues.

1 0 —Cesar Diniz Bistos dos Reis, em Marvão, D. Jacinta Maria dos Santos, em Chança e Silvestre Constant ino Alexandre, 11a Cha­musca.

1 1 —D. Maria Joaquina Pais, em Galveias e Joaquim Rocha Costa.

12—Angelo Alberto Monteiro, em Chança e Ar tur de Sousa Rap- quete, em Portalegre.

1 4 —José Julio Lopes Martins, em Montargil .

1 5 —Manoel Capitão Almeida.1 6 — Menina Maria Guilhermina

Silva Dordio, em Sintra, D. Gai - Ihermiua Roldão Pimenta, Antonio Pires Pais Miguens e menina Ame­lia Martins Moreira.

17 - D. Conceição Cardoso, em Lisbôa.

1 8 —D. Esperança Antunes Do­mingues e Joaquim da Conceição Rosado, 110 Entroncamento, Raul Carrilho, no Barreiro, menina Al- dina da Silva Vicente, em Massin- ga (Africa Oriental), José Caetano em Montijo, D. Carmen de Sousa Ferreira, em Lisbôa, e Sebastião Fernandes Inez.

1 9 —Menino Miguel João de Freitas Morna, no Porto, D. Maria José Leitão Ferreira, em Margem, D. Carolina Ferreira Marques Paula Pita.

2 0 —D. Genoveva Rangel de Oliveira Zezere, nas Galveias, Jesuino Dias Florencio e Maria Felicia.

Doente

Acometido ha dias por uma congestão cerebral encontra-se gravemente doente 11a sua casa desta vila o nosso estimado amigo Sr. José Baptista de Carvalho, a quein sinceramente desejamos rá ­pidas melhoras.

Minerva AlentejanaP o a t e c i© S ô r

Chegaram as seguintes novidades

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Após o acto civil, realizou-se o casamento do nosso estimado ami­go e senhor João Marques Pequi ­to, propr ietár io da farmácia Cen­tral. de Mossâmedes, com a sr.* D. Hi rmi n ia Lopes Antunes, filha do nosso falecido amigo sr. Joa­quim Antunes.

O noivo foi no acto civil e re­ligioso representado por seu pai o sr. António Marques Pequito, tendo por padrinhos os srs. Joa­quim António Mendes e a sr.a D. Joaquina Belo Antunes, enquanto que da noiva foram padrinhos os srs. José Nunes Branco e D. DeO' data Pinheiro Mendes.

Aos nubentes—a quem foram oferecidas muitas e valiosas pren­d as—desejamos tôdas as feliuda- d-s de que são bem dignos.

O Preço do PãoO M in isté rio da A g ricu ltu ra

forn eceu à Imprensa a seguinte nota:

«O novo regime cerealífero não modificou os preços do pão, esta­belecidos pelo decreto-lei n.° 26 889, de 14 de Agosto de 1936.

Os nreços máximos são, pois, os seguintes: 1 .°— De 3$10 por qui lograma para o pão fino de pequeno formato e de pêsos cor ­respondentes a 1 $00, $45, $20 e $15; 2 ° — De 1 $70 para o pão de 2.a, nos distritos de Viana do Cas­telo, Braga, Vila Real, Bragança, Por to, Aveiro. Coimbra, Viseu e Guarda; 3.°— De 1 $90 para o pão de «tipo único» e de 1 $60 para o de 2.“ na cidade de Lisboa e nos con­celhos de Oeiras e Cascais; 4o— De 1 $80 para o de «tipo único», nos outros concelhos do distrito de Lisboa e nos restantes conce­lhos do País.

O pão fino de 500 gramas será vendido ao preço de 1$40».

Trabalha-se com actividade na Casa do Pc vo para ser nela insti­tuída uma Caixa de Previdência, com fundo de assistência para os sócios que, pela sua avançada ida­de, já nela não possam ingressar-

Correspondente

Rapazta redacção.

Precisa-se para distri­buir e fazer a cobrança deste jornal. Dirigir a es-

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A D M I N I S T R A D O RPrimo Pedro da Conceição

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J o s é V i e g a s

R E SC o n c e i ç & o

F a c a d a

Redacção, Administração e Oficinas gráficas

iMinawa. oMtnte,yma - 'pMite da -Sa*

Rancho do SôrÊste apreciado agrupamen­

to folclórico da nossa terra, deu do passado domingo, mais um espectáculo, cujo produe­to reverteu a favor do Hospi­tal Vaz Monteiro, no Teatro- Cinema, onde exibiu os seus lindos bailados e canções. A casa estava cheia como era de prever e o “Rancho” fo i viva­mente victoriado. Num dos intervalos fo i rifada uma aguarela, oferta do nóvel a- guarelista Sr. Carlos de A n- draae Ribeiro, que rendeu 391 SOO.

N a próxima quarta-feira realisa-se no mesmo salão um espectáculo com a exibição do film e H ip . . . H ip .. hurtah!, apresentando-se novamente em pú bico o “Rancho do Sôrn, que nesse dia exibe o seu reportorio completo, com alguns números novos de gran­de sensação. Êste espectáculo realisa-se a favor da Filar­mónica Pontessorense, que executará uma linda marcha, composição do seu maestro Sr. Angelo Silva, com acom- oanhamento de tôdas as figu ­ras do “Rancho”.

Espera-se, devido ao entu­siasmo que reina no público em presenciar esta nova exi­bição e ao fim a que se des­tina o produeto do espectácu­lo, uma nova enchente.

O “Rancho” continua os seus ensaios com todo o en­tusiasmo, a preparar se para as exibições que vai fa zer no Grémio Alentejano, em Lis­boa, nos dias 27 e 28 do cor­rente.

eomraríicipação do EstadoFoi concedida à Câmara

Municipal do concelho de Gs- vião, a comparticipação do Estado da quantia de — 56.090554, para a construc­ção de um caminho vicinal da estrada nacional, n.° 872.a á Degracia Fundeiro, cu­ja obra està orçada em

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Vila Franca de Xira, fe z há dias exame, ficando aprova­do, o nosso assinante e ami­go Sr. Antonio Joaquim Na­bais Nascimento.

Os nossos parabéns.

A Muralha da China é u m das maravilhas do esforço humano. Seus robustos mem­bros nascem nas costas do Mar da China Setentrional, serpenteiam pelas cristasí»- peras das montanhas, esprei­tam pelas goelas de abismos sepulcrais, debruçam-se sô­bre a frescura de vales som­brios, progridem decidida­mente através de planícies ubérrimas até as paragens re­motas e misteriosas do Tur- questão.

Por detrás dêsse monu­mento único, portentoso, es­tendendo-se até a Indo-China, a India, o Turquestão, está a milenária China, essa China longínqua, misteriosa, com seus dragões dantescos, san­guinários, seus pagodes es­tranhos, recheados de misté­rio e poesia, seus costumes originais e característicos.

País estranho, êste, a Chi­na. Seus r i o s caudalosos transbordam periodicamente, e, por sôbre suas terras far­tas, espraia-se infindável mar de águas barrentas, que cei­fa milhares de vidas, este- reliza fazendas sem conto, esmaga porfiados esforços Suas costas extensas, chico­teadas frequentemente por fu­racões formidandos, oferecem um aspecto desolador, lamen­tável. E, por sôbre as águas revoltas do Pacífico, seus pesqueiros minúsculos gemem sob tempestades inenarráveis, o vento dilacera suas pobres velas de esteira, e seus cas­cos robustos embebem-se nas penedias da costa, ou são es­magados p o r formidáveis montanhas de água.

Estas desgraças frequen­tes, a fome, as epidemias, as intermináveis lutas intestinas fazem do chinês uma raça à- parte, diferenciada de tôdas as outras por ties próprios e característicos. Activos, fata­listas, sanguinários às vezes, pacíficos por índole, os ínco­las da China não se deixam esmagar inglòriamente pela desgraça,— e seus campos voltam a reverdecer, suas ca­sas erguem-se de novo, seus juncos fazem-se mais uma vez ao mar.

A tôJas as suas desgraças cotidianas tem a China a so­

mar, de quando em vez, a maior de tôJas as desgraças — a invasão do seu território. País de terras fartas, ricas, que se desentranham em pro­dígios, com nm sub-solo ple­tórico de riquezas inexplora­das ou mal exploradas ainda, — a China é uma terra de promissão sôbre que, desde tempos imemoriais, tem inci­dido a cubiça de visinhos am­biciosos.

Invadida em tempos remo­tos pelos tártaros, e depois pelos mongois e mandehus, a China continuou a viver a sua vida, a proliferar, e es­magou o adversário com a sua cultura superior até o i- munizar, o englobar no seu todo, o digerir. Mais moder­namente, dá-se a invasão dos europeus. Avançam até Pe- qu!m, a velha capital do Ce­leste Império, e, com a voz esmagadora da fô ça, fazem exigências sem nome, reta­lham o pobre corpo da China, fremente de angústia. Pelo norte, a Rússia estenJe os seus tentáculos sôbre a Man- chúria, constroe o Transman- churiano e estabelece-se em Porto Artur. Englobar a Man- chúria, a Mongólia e o Tur- qi.estão— eis o sonho do úl­timo dos Tz ires. Firmada nes­tes três pontos de apoio, por uma infiltração lenta, gradual, a Rússia estenderia em breve o seu domínio p ira lá da Grande Muralha— a impo­nente mole de pedra que dete­ve as cjrrerias dos bárbaros.

Mas eis senão quando aparece em cena um novo protagonista, o Japão, nação moça, ambiciosa. Seu primei­ro assalto esmaga a esqua­dra russa surta em Porto Ar­tur. E os pequenos soldados do Império do Sol Nascente, valorosos, intrépidos, desde^ nhosos da morte, lançam-se na fumarada das bataihas e levam o inimigo diante de si. Em Mtikdem findam as aspi­rações moscovitas, e animam- se as dos vencedores. Siste- màticamente, desde então, que os nipónicos se vão imiscuin­do nos negócios internos da China, criando uma vasta re­de de interêsses, de conspi­rações, de alianças com os diversos chefes de provincia,

sempre rebeldes e insubmis- sos às ordens emanadas de Pequim. E o primeiro ch >que brutal entre as duas nações da mesma raça dá-se em 1930. A China perde a Man- dchúda, que passa a gravi­tar na órbita do imperialismo nipónico.

E agora o Oriente miste­rioso encontra-se novamente em foco, por via do conflito sangrento entre os dois rivais amarelos. Impossível prever quando terminará a contenda e o presumível vencedor. O Japão, por isso que sc encon­tra melhor preparado para a luta, deve, talvez, triunfar e exigir da China mais uns pe­daços do seu já tão retalha­do território. A China, no en­tretanto, resiste. E ninguém poderá dizer até onde irá esta resistência porf a Ja. Pela pri­meira vez na sua história mo­derna o velho império se en­contra unido sob a voz de um só homem-Chang-Kay-Check — figura eminente de patriota e de soldado que merece tô­da a nossa admiração. Isto nos leva a crer que, finalmen­te, a China vai encontrar aquela est ibilidade interna que lhe faltava para fazer fa­ce aos perigosos intuitos de visinhos bdicosos e ávidos de suas riquezas.

O Japão joga, não há dú­vida, uma cartada difícil. A sua população cada vez mais numerosa e a sua indústria sem encontrar mercados que deem escoante aos seus pro­ductos fabricados ém série, teem absoluta necessidade de encontr r um largo campo aberto à sua actividade. Os EstaJos Unidos, ea Inglater­ra nas suas colónias, estão opondo sérios entraves à ex- pansã) nipónica. Restava, pois, um só recurso— a Chi­na. Mas, poraue a resistên­cia chinesa ultrapassa tuJo o que estava previsto, o Japão vive horas difíceis, bem mais difíceis do que muita gente julga. De facto, um malogro na sua política expansionista, seria o descalabro do Império do Sol Nascente. E êsse po­deroso país que fez tremer a Rússia, qne amedronta o leo­pardo inglês, que conté n em respeito os Estados U,lidos,

Indiferença inqujlificáJ3lAlberto Bessa, escritor de nomeada,

com m iis de oitenta anos, encontra se na miséria. Durante muitas décadas deu o melhor do seu cérebro à causa das letras, esbanjou o seu espirito brilhante pelo jornal, pelo livro, pela revista. E agora, que se encontra im­possibilitado de continuar a produzir, no último quartel da vida, doente, a passar fom », nenhum jornal onde a sua prosa tantas vezes brilhou se aba­lança a minorar a triste sorte do indi­toso colega.

Diz A. Garibaldi na Democracia do Sul:

"Alberto Bessa — do Instituto de Coimbra-, da Associação dos Jornalis­tas e Homens de Letras do Porto; d i Associação dos Escritores e Jornalistas de Ltsbou-, da Real Academia Galega t da Real Academia de Buenas Letras —è urn camarada ilustre que sucum­biu na luta—e que ao fim de tantos a- nos de trub ilho está condenado a mor­rer na miséria. E’ duro dizerem-se es­tas coisas—mas ê assim mesmo.

Não há solidaridade, não hd nada. O egoismo ensombrou todos os espiri­tos negros, pervertendo-os” .

A. Garibaldi apela para os iornais onde o ilustre jornalista trabalhou. Resposta: mutismo, silêncio, indiferen ça glacial.

Triste este caso, não é? Triste, in ­qualificável, esta ingratidão, esta in­diferença.

A caça á p«rdiss

Foi proibida a caça á per­diz em toda a área da Co­missão Venatoria Regional do Sul, a paitir do dia 15 de Jan dro proximo. Estn medi­da é tomada com o fim de evitar o despovoamento des­ta especie cinegética, cuja escassez é cada vez maior.

Exportaçãa da azeite

Foi auctorisada a exporta­ção de azeite para os mer­cados estrangeiros, estando esta exportação sujeila a li­cença do Ministério do Co­mercia, com excepçãu do a- zeite destinado ás colonias portuguesas e ao Brasil.

encontrar-se-ia, ern breve, condenado a morrer de fome nas suas ilhas.

Vistos de longe, êstes a- contecimeritos perdem muito da sua luz própria, desvirtu­am-se. Para muitos, o Japão é uma Alemanha de antes da Guerra, megalómano, seden­to de glórias e dos loiros que se ganham nos campos de batalha. Mas a verdade é queo Japão luta por satisfazer uma necessidade enorme, a- flitiva, sempre latente, que o não deixa dormir em paz — arranjar, custe o que custar, pão para os seu filhos.

G a rib a ld in o Andrade

2 A M O C I D A D E

Armist íc io 0 Damião sem fós fo rosDecididamente os ares europeus

estavam nublados. Há muito já que se sentia um rumor que anun ­ciava forte tempestade. Percebia-se, em tôda a parte, que se nào pisa­va terreno firme. A convulsão, a dar-se, seria terrível.Ja em 1913 estivera para rebentar o conflito há tanto esperado quan ­do o Kaiser desembarcara em Tân­ger em atitude ameaçadora. Então, o mundo tremeu. E fêz-se a cor ­rida aos armamentos. Todos os paises se a rmaram até aos dentes.

E passou a viver-se, dali para o futuro, em regime de completo sobressalto.

Até que, em 1914, um inciden­te for tui to—o duplo assassinato de Serajevo —fêz desencadear a bor ­rasca. E foi pavoroso o que suce­deu. Milhares e milhares de ho­mens partem, para as fronteiras, cantando hinos de vitória.

A Europa fragmeutara-se em dois vastos campos antagónicos. E a luta, luta tremenda, principiou.

Ainda estão bem próximos os hor rores passados para estar a re­cordá-los. Milhares de vidas foram ceifadas nesta luta inglória. Noite e dia, 110 fro n t, em quási todo o mundo, se combatia sem descan­ço. Chovesse ou nevasse, houves­se névoa ou brilhasse o Sol radio­so, a guerra prosseguia. Parecia que a loucura se havia apoderado de tudo e de todos.

p >©e L1E1ITI

Na retaguarda, então, a luta r ão era menos pavorosa. Era aqui que tinha de fazer-se o aprovis iona­mento dos exércitos, l t g õ e s imen­sas que se batiam, lá longe, na de­fesa das fronteiras.

E a fome grassou. Mâis a r repe ­lavam-se por lhes faltar o leite. Crianças morr iam à míngua. A ca- íência dos géneros alimentícios era quási absoluta para a p o p u ­lação.

Quantos dramas anónimos se não teriam desenrolado!?

E durou qua t ro anos êste in­ferno. . .

Mas, subitamente, quási sem tal coisa se esperar, rebentou, como uma bomba, a bôa nova de que a gue r ra acabara. E foi o deliiio. E o luto, nesse dia, desapareceu. T o­dos se sentiam irmanizados pela mesma alegria. Desconhecidos abraçavam se, na rua, como ami­gos.

Soara, finalmente, a hora da Paz E os solJados, enfraquecidos, derreados p tlo enorme esfô ço dis- peudido, voltavam às suas ocupa­ções de antes da guerra . Ontem combatentes, matadores de h o ­mens, h.iji, pacíficos agricultores.

E a calma começou, pouco a a tomar posse dos espiri-pouco,

tos.Mas

Santo v.úvas,

quanta dôr, quanto luto, Deus! Lares destroçados, ó fãos. E, lá adiante, nas

frentes dos combates, vastos cemi­térios atestavam o que provocara essa onda de loucura que acome­tera os homens.

Mas a Paz, a dôce Paz. foi, m a n ­samente, cicatrizando tôJas as fe­ridas, aplacando todos os óJios, fazendo esquecer tod?.s as dôres.

E hoje, volvidos apenas 19 anos sôbre essa carnificina, o Dia do Armistício, infelizmente, pouco ou quási nada representa, a custo sai da vulgaridade dos restantes dias semanais.

Amiicar Andrade

^ ■ u- te t ío l

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IjEra um fumador incorrigível, o

diabo do homem! Assim, a boca do Damião fartava-se de expelir, dia e noite, rôlos de fumo, qual chaminé de fábrica em laboração permanentissima.E para ele o cigarro não era um vicio, mas uma parte do seu cor ­po, como os olhos, as orelhas ou o nariz. Isto é: Se lhe arrancassem o cigarro de entre os dentes en- carvoiçados pelo fumo, ficaria ir­reconhecível, porque o mesmo se­ria que sair a passeio, num do­mingo, com a esposa, com os fi­lhos, e com a c e a d a —mas sem cabeça.

Os poucos recursos de que dis­punha queimavam-se em cigarros e esbrazeavam-se em fósforos. Quando, no ultimo do mês

regressava ao lar, depois de paga a conta uo quiosque do Sebastião, as caixas vazias de fósforos servi­am á esposa para acender o fogão e cosinhar croquetes de cêra de luxo, com a respectiva guarnição de mortalhas L auritas.

Im tginem, portanto, o que se­ria para o Damião a fdita de taba­co. Mal despontava o sol, ele aí ia, calcurreaitdo as ruas da amar­gura da Invicta, até se enfileirar ua bicha do primeiro quiosque afortunado que resolvera distri­buir tacaco, —quarenta e sete ci­garros para seiscentas e tantas pes­soas de ambos os sexos.

Ficava, então, horas esquecidas, aguardando com a mais bovínica das paciencias a vez de solicitar humildemente do lojista a supre­ma fineza dum m arechal, o obsé­quio dum antonino ou a esmola de uma turqueza.

Um dia até, na consoladora es­perança de obter t iês cigarros fo r tes, tão fortes pizadelas e enta- lõ s sofreu, que voltou para casa com o vazio cheio de côres e uma bota voltada do avêsso.

jAo que o Damião descia, por causa do seu unico e irrevogável vicio! - (Assaltava os amigos, da­va-se ao sp ort de apanhar pontas em flagrante delito nos passeios, chegando por vezes, a suplicar a ilustres desconhecidos o favor de lhe deixarem tirar uma fumaça! — Esta formidavtl quebra de digni­dade num homem como ele, que, apezar de vivit modestamente da manga de alpaca que o bacharela­to lhe dera, tinha fu m aç as . . .de as não pedir a viv’alma era de ater­rar os D anr õ s do oi be íeri áqueo. Por isso, o pobre rapaz definhava, dia a dia, —e a cara-metade, ao ver-lhe a cara já em menos de me­tade, e cada vez mais chupado por não ter onde chupar, tinha v ô j s audaciosos de inventiva. Fa­

bricava-lhe cigarros de talos de couve moidos, de cascas de cara­cóis, de papel de forraç casas, de caroços de azeitonas, de carqueja, de algodão hidrofilo e de mor iões de candeia. Mas, a verdade é que nada disso consolava o mala- venturado do Damião, a quem a nostalgia do tabaco autentico a r­remessava inevitalmente para a c o v a . . .

I I IHa oito dias,

ia estoirando entrar em casa,

porém, o Damião de felicidade. Ao a esposa deslum­

brara o com dez pacotes de lisboe­ta s,—tambem conhecidos, entre os que fumam, pela alcunha de anloninos.

— Quem fui a alma generosa q u e . . . ?

A alma era a criada, que a P ro­videncia casara com o pai do pa­drasto do tio dum guarda-fiscal, pr imo c o i r m ã o dum servente da Companhia dos Tabacos Por aca­so a humilde serva dera-se em holocausto—em 1918 e na espec- tativa de arranjar cigarros para o pa t rã o—ao tal servente que era pr imo co-írmão do guarda-fiscal sobr inho do padrasto do pai do marido que usava de vez em q u a n ­do desde casada. Em troca do rápido sacrificio. os cigarros requisitados em 1918, t inham surgido rapida­mente. . .quati o anos depois.

— Finalmente:!- urrou o Damião, depositando um inocente osculo fraternal na face esquerda da cria­da.

E dispunha-se já a sorver, com a conh cida volúpia dos fumado­res incorrigíveis, um delicioso paivante, quando viu que não ti­nha fó f ros.

—O fogão está a p a g a d o . . . — explicou a esposa.

Paciência! Vatros lá pre curar fósforos.

E o Damião resoiveu espoitular os necessários centavos na aquisi­ção da caixa de fósforos que o ci- g a r io não prescindia para passar ao estado de cinza.

O primeiro quiosque que en­controu, acolheu o com uma ga r ­galhada:

— Lum°s? Pois sim! Só ha dos de dez c e n t a v o s - q u a n d o a C. P. F. os m a n d a r . . .

Dez centavos —por uma caixa de misérr imos e acéfalos fó foro>?

— Por essa quantia comprava eu. em melhores tempos, uma caixi de charutos! E, depois de vasculhar nas algibeiras, arriscou timidamente: - E dos out ret?

Quais outros?— Daqueles mais baratos, que . . .— Viva anvgo! —E o quiosque

disse-lh<; adeus, deixando-o para ali, petrificado em estatua de de­sespero entre um policia mal hu-

£>iveÀaiL

Nesla florescente povonção do corre- lho de Aví? reuniu no dia 5 do coi rente a Junta de Freguesia ul im ‘mente eleita, para verificação de podirese distribuirão de cargos ficando as-im constituida: Francisco V-Iez Grilo, pr siden e, Ma noei João Fouto, secretário, Guilherme Rosado Varela, tesoureiro. Joaquim Va­rela do Nascimento, Mario Antunes Va­rela e Jo é Varela da Silva Pais, suplen­tes.

Nesta ocasião usaram da palavra o Sr. José Francisco de Moura, | residente da Camara Municipal de Avis que disse esperar a melhor boa vontade da parte da nova Junta para servir o seu cargo ao que o presidente da mesma rtspondtu estarem todos os membros da mesma animados da melhor vontade de bem ser­vir. Soli. itou do Sr. Presidente da Ca­mara e reparação da F( nte Nova que se encontra em pessi no es ado, repara­ção que a Câmara atenderá.

o d lm t e j n .N I S A

— Reabriu o curso nocturno, na Escola Dr. 0 eçi, o qual eslá funcionando sob a r rgê icia do d ;gnissimo professor senhor José Francisco Figueiredo.

— Durante os últimos dias tem chovido bastante, o que está pre­judicando as sementeiras e a colhei­ta da azeitona, que 110 presente ano é abundante. O azeite tem por ê,te ficto baixado de preço, pois de 10$00 (o litre) como ainda se vendeu, já se transaciona a 5$00

— A Empresa Hidro Eléctrica Alto Alentejo esiá a iniciar a construcção de uma 4 .8 central

morado, e um engraxador bem disposto.

Não havia fosforos baratos! Raio de vida! Mas, afinal, o que seria feito dos popularissimos espéra -g a leg o ? Forçosamente tinha de os encontrar . A tal C. P. F., se­gundo lêra. era obrigada a forne­cer o mercado desses encantado­res palitos que tão generosamente nos enxofravam as narinas, dei­xando-nos 11a alma e 11a garganta uma saudade enorme e um formi­dável pigarro.

E depois de ter calcurreado 0 Por to de cima abaixo, o Damião veio para casa, lacrimejar 110 seio da familia a sua infinita mágua.

IV

No dia seguinte, farto de olhar para os lisboetas apagados, teve uma ideia que se lhe afigurou ge­nial.

Mandou chamar um g d e g o de esquina, e, á queima-roupa, fu lmi­nou o com estas palavras:

— Meu caro cidadão de Tuy. Vou encarregar-te duma missão importante. Considera-te hoje por minha o n t a . Percorre toda a ci­dade, p rocura em todas as tabaca­rias, e traz-me seja como fôr e cus­tem 0 que custar, caixas de fosfo­ros de enxofre daqueles de espé­ra galego, sabe.1?

O moço de esquina safra e par ­tiu, para só regressar, ai por vol­ta das onze da noite, cob 1 to de suor e com as mãos a abanar.

— Frosfes, num hay. Nim de xêra, canto más de enxôfrt! E ^ão xinco duros pelo ti aba jo, cum dé mo, que 0 pan estay caro!

A esposa do Damião veio-lhe notificar a trágica resposta do g a ­lego, dissolvida em pranto,

— Desgraças se bre desgraças! Sem fumar, e cinco escudos para o galego: Cinco escudos! Quasi 0 ordena lo dum mê !

— Diz ao homenzinho que espe- re lá em baixo. Vamos vêr se me lampej t alguma ideia. . .

O meço de fretes esperou, espe­r o u —as horas passaram, os dias cor re ram, as semanas foram-se, a ideia não lampejava e 0 galego já não queiia espetar mais.

A pobre senhora, apavorada pelos ber ros do cidadão de Tuy, veio ter com o marido, cada vez tnais lacrimosa:

-- O ’ homem E’ melhor pagar ao g a l e g o . . . O desgraçado tstá farto de esperai!

E 0 Damião, com um repent i­no e mefistofélico sorriso que 0 transf gurava:

— Deixa-o estar. E' a minha vin­gança! Já que não a r ran j j i lumes de espéra-galego, resta me, ao menos, a consolação dc t e r . . - um galego á eipera!

FA L E O I ME N T O SVitimado por uma congestão

cerebral, faleceu nesta vila, no dia7 do corrente, de onde era na tu ­ral, o Sr. José Baptista de Carva­lho, de 72 anos de idade, proprie­tário. O seu falecimento causou grande consternação entre os seus inúmeros amigos, e especial­mente nas classes mais humildes, onde o Sr. José Baptista de Car ­valho contava gerais simpatias.

Com o seu desaparecimento perde a Ponte do Sor uma das suas figuras mais consideradas e populares. Muito amigo dos po­bres, o Sr. José Baptista estava sempre pronto a aconselhá-los para a prática do bem, evitando desordens e animosidade e harmo- nisando-os nas suas questões.

Esta particularidade do seu ca­racter graugeou-lhe a aureola de prestigio de que gosava. Muito amigo de acompanhar os funerais, ao cemitério, quer fossem de ami­gos ou simples desconhecidos, uas raras vezes que o não fazia (e isso só sucedia quando estava doente ou se encontrava ausente), era logo notada a sua falta. Ul ­timamente já mal esta missão a que vido à doença de frendo.

O seu funeral g raude manifestação de pesar, teudo-se eucorporado 110 préstito muitas pessoas de todas as classes sociais. O seu corpo, encerrado numa urna de mogno, ficou de­positado em jazigo de familia, teudo-se organizado varios turnos110 trajecto para o cemiterio.

O extincto era pai das Sras. Donas Maigarida Machado de Carvalho, Julia, Laura, Carlota, Maria da Assumpção Pais de Carvalho, do Sr. Eurico Pais de Carvalho e sogro dos nossos es­t imados assinantes Snres. Joaquim Tavares Valente, Antonio G o n ­çalves Rasquilho, Antonio da Co s­ta Izidro, Dr. Antonio Maria San­tana Maia.

— Tambem ha dias faleceu nes­ta vila a Sr.* D. Honoriua de Oliveira Cunha, solteira, de 56 anos de idade, costureira, que ha muitos anos residia em Lisboa. Era irmã da Sr.a D. Beatriz de O- liveíra Esteves, desta vila e da Sr.a D. Maria Cunha , residente em Lisboa.

podia cumpr i r se impuzera de- que vinha so-

coustituiu uma

A's familias enlutadas envia ” A Mocidade" o seu cartão de- sentidas condolências.

odif-is

As senhoras que compõem a Lrga de Beneficenca teem andado azafamidas com a confecção de vestuário aue vão distribuir pelus crianças e velhos necessi­tados. E’ tsk um g ande exemplo de soHdaridade humana, que muito honra Avis e especialmente estas bondosas se- nh ras que não esquecem os despi otegi- dos da soi te. Honra lhes seja. E' justo que todos os aviseuses auxiliem esta sim­patica instituição, co- tribuindo para qtie os seus conterrâneos a quem a sorte não bu.eja, se preservem contra o frio.

TeiUro-riiicmaNesta explêndida c sa de e ;pectáculos

local exibe-se hoje o extraordinário filme "Os dois Garotos”. Com 11111 etirêdo conduzido ao gôslo do público, com fai tos lances de emoção, é de esperar que obtenha um retunibante sucesso.

—Na próxima quarta feita vai haver uma autêntica noite de festa para o pú­blico da nossa terra. E seião vejamos:‘ Hip! hip! hurrahl", comédia cinemato- gráf.ca com os apreciados Banana e Cha­ruto, tão do agrado do nosso público; “Rancho do Sòi”, com novos númeios; apresentação de dois dançadores de fan dango, especialistas no assunto; e, final­mente, concerto musical, 110 palco, p 11 apreciada banda desta vila, sob a profi­ciente regência do maestro sr. Angelo S;lva.

Vai ser, a todos os titulos, uma noite de alegria.

junto à foz da Ribeira de Nisa. E’ mais uma vez aproveitado um caudal que, há poucos anos, era, por muitos, considerada de nula imporlâ ícia.

Falta de espaço

Por absoluta falta de espaço somos hoje forçados a retirar bastante original entre o qual uma carta do sr. Jacinto Lo­pes, em que êste sr. faz alguns comen- tá> ios a propósito da entrevista inserta 110 nosso último número subordinada ao título— “ A pióxima época do Teatro- Cinema”.

Visado pela Censura

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Novembro22—Antonio Julio Lopes Martins,

em Montargil, Menina Maria Isabel Pais Branco Pereira Mota, em Lisboa, D. Ju­dite Garcia Marques de Carvalho, em Galveias, Menino José Joanuim Guerra Facada, eni Sintra, D. Lucilia Dionisio Cardigos, D. Maria Mariana Sequeira, Menina Luciana Fernandes Inez, Menina Maria Fernanda País Ramos e Francisco Cesar Salvadi r.

23—D. Benvinda Faria Freire de An­drade, em Alpiarça e menino Adelino Serras Pires, em Téte (Africa-Oriental).2o—D Maria Angusta LcpeS, no Porto.

26—D. Victoiia Pimenta Vilela Catela, em Galveias, D. Maria de Lourdes Sam­paio da Silva Lobato, em Veiros e meni­na Isaura de Matos Tavares da Rosa.

27—José Roldão.?8 - D . Augusta Gloria Magalhães, em

Pombal, e D. Miquelina de Jesus Teixi- nha Casaca.

29=D . Margarida Sampaio da Silva Lobato, em Veiros, D. Mariana Fouto Velez, etn Be"a'ila, Manoel Pires Filipe e menino Francisco A de Castro da Silva.

3<)—José Gonçalves de Oliveira, em Santarém.

Dezembro<—Merina Juliá Rosa Leonardo da

Silva, em Souzel, Manoel Firmino Lopes, no Porto e D. Virginia da Conceição Silva.

2—D. Aida da Silva Vicente (Massin- ga Jnhambane.)

3—D. Elisanda Subtil, em Vale de Peso, José Caetano de Almeida, «m Sou­zelas, Mario Diniz P. dos Reis, em Lisbôa.

Partida—Partiu para Lisboa, onde foi passar

uns dias a Sr.a D. Maria Cita Lino, es­posa do nosso presado assinante e ami­go Sr. João Manoel Lino.

D E L I C E N Ç AA passar 30 dias de licença en­

contra-se na sua terra natal, M o n ­targil, o nosso presado assinante e amigo Sr. Doutor Joaquim de Sousa Prates, digno Delegado do Procutador da Republica na co­marca de Reguengos de Monsaráz,

NOVA MISERICÓRDIA - Foi destituído de Provedor da Miseri­córdia desta vila o Ex .m0 Sr. Ave­lino Godinho Braga que durante muitos anos dirigiu esta instituição com reconhecida competencia, m o ­tivo porque tôJa a Irmandade e p^vo desta vila lastimam a sua sai­da. Renunciaram tambem ao cargo os Srs Luiz Lopes Branquinho, tesoureiro, e Fernando Lira, se­cretário, ê>te por motivo de se ausentar desta vila.

Foi por isso forçada a I rmanda­de a proceder a novas eieiçôas, ficando a nova mesa assim cons­tituída: Provedor —Joaquim Abreu Calado, Secretário —H,-liodoro Ba­calhau, T e s o u r e i r o - A u g u s t o Del­gadinho, Vogais — Mai ccl ino S. Pequeno e Bartolomeu A. Anastá­cio.

FA LECIM ENTOS—Depois de longo estágio na Guarda, onde se encontrava procurando alívio pa­ra a sua doença, transitou para Lisboa, para casa de seus pais, onde faleceu no passado dia ò após doloroso sofrimento, a Sr.a D. Maria Rosa Branquinho da Costa Braga. A extinta era filha estre- mosa da Sr.* D. Filipa Branqui ­nho da Costa Braga e do Sr. Jo­sé Joaquim da Costa Braga, con­siderado comerciante em Lisboa e industrial de moagem em Galveias, era irmã das Ex.m'* Sr .a* D. Ana Branquinho da Costa Braga, Ar­cangela Branquinho da Costa Bra­ga e do Sr. J< ão Joaquim da Cos­ta Braga e prima do nosso con- ter iâneo e amigo Sr, José Men­donça Braga. A morte arrebatou-a do convívio dos seus quando da sita inteligência muito havia a es­perar e a sua mocidade mais di­reito lhe dava à vida. Cursava o3.u ano de MeJicina e era dos es-

& L t X S

tudantes mais brilhantes do seu curso, contando um amigo em ca ­da colega, porque o seu bondo­síssimo coração e excelsas virtu­des lhe impunham merecida e p r o ­funda consideração. O seu cadá­ver transitou para esta vila, onde contava numerosíssima familia e é terra de sua mãi O seu funeral teve desusada concorrência tendo- se encorporado nele tô.las as fi­guras de maior representação so­cial desta vila, a Filarmónica locaI e sua Direcção, Club de Foot-Ball Os Galveenses e respectiva Direc­ção e muito povo. Pegaram na urna e nas fitas algumas pessoas da família e outras de grande inti­midade da extinta. A urna foi de­positada em jazigo de família.

Acompanhamos tão ilustre famí­lia na sua grande dor.

- Tambétr. faleceu no passado dia 2 em Lisboa a Sr.a D. Antó* nia Canejo Mendes, esposa do conceituado comerciante naquela cidade, Sr. Francisco Mendes, ir­mã do Sr. Luiz Canejo e cunhada do Sr. An tó i io Martins Vilela, desta vila. Era uma bondosa se­nhora e por isso gozava da maior estima e respeito de quantos a conheciam. Era mãi da Sr.* D. Maria Canejo Mendes, licenciada em letras pela Universidade de Lisboa.

A tôda a família enlutada os nossos sentimentos.

PEDIDO DE CA SA MENTO — Foi há dias pedida em casamento para o nosso amigo e conceitua­do comerciante nesta vila, Sr. António Velez Pimenta, filho do Sr. José Velez de Carvalho e da

Sr.“ Maria Pimenta Velez a Sr.aD. Filipa des Santos Pinto, gentil filha do Sr. David Amaro, actual­mente nos Estados Unidos da Amé­rica do Norte e da Sr.* Rosa Pin­to. O enlace realiza-se brevemente.

BO D O DO NATAL —Por ini­ciativa do Sr. Matias de Sousa Sil- vér io esfá-se organizando em Gal­veias o BôJo do Natal às crianças pobres, pelo que apelou para to­dos os galveenses verdade iramen­te amigos da sua terra no sentido de o secundarem nesta medida de protecção à pobreza. E' uma ini­ciativa simpática, a que augura­mos um grande triunfo.

TORNEIO DE T I R O A O S P O M B O S —No Torneio do Outft- no, realizado no passado mez de Outubro, em Lisboa, obtiveram boas classificações os nossos con- ter iâneos e abalizados atiradores Srs. Drs. Manuel Barradas de Carvalho e Raúl de Carvalho, que conquistaram valiosos prémios, pelo que os felicitamos.

DE REGRESSO—Acompanha­do de sua esposa regressou a esta vila o Sr. Matias de Sousa Silvé- rio que há quási três meses se en­contrava na Nazaré.

DE VISITA—Esteve entre nós durante algum tempo o nosso ami­go e conter iâneo Sr. António José Namorado Mira Crespo, brilhante estudante do 2 o ano de Medicina da Universidade de Lisboa.

F O O T -B A L L —Com o p r o p ó ­sito de ingressar no 1 .° team do popular g rupo de futebol de Lis- . boa Carcavelinhos Foot-Ball Club deslocou-se desta vila no passado dia T l o conhecido jogador natu­ral e resiliente até esta data nesta freguezia Sr. Luiz Laima, tendo vindo aqui expressamente convi ­dá-lo o conhecido jogador daque*

O s vinhos novos

Foi publicada a seguinte portaria que auctorisa a ven­da dos novos vinhos de. con­sumo desde 15 do coerente.

“ Vista a proposta da Junta Nacional do Vinho e atenden­do a que procedem as razões nela invocadas relativas à con­veniencia de modificar, este ano, a data a partir da qual se podem vender os vinhos de consumo, ao abrigo do dis­posto no artigo 3.° do decreto- lei n.° 2 6 .0 7 8 , de 21 de N o­vembro de 1935.

Manda o Governo da Repu ■ blica Portuguesa pelo Minis­tro do Comercio e Industria, alterar para 15 do corrente mês a data fixada no artigo 1.° do referido decreto-lei.

Vende-se uma morada de ca­sas de rez do chão e quintal,

situadas na Rua Luiz Camões, desta vila. Quem pretender dirija-se a Joaquim Antonio Tempera, tambem nesta vila.

le club sr. Joaquim Leitão Qu i r ino . Desejamos-lhe as maiores felicida­des.

Anselmo dos S. Pequeno

C E N T R O D A M O D AM O N T E S , V E L E Z & B R U N O , L .

o4.ite.da.fi \M.CLC&.a.d.& h. ° 2 0

DA

A B R A I M I E * I E I E F O N E N : 1 & 1

Esta importante casa abre hoje a estação de inverno com um ex­plendido sortido de artigos da época.

F l a n e l a s a m a s o n a s , m e s c l a s e s t a m p a d a s e e s c o c e s a s p a r a r o b e s , p i j a m a s , c a m i ­

s a s , v e s t i d o s , e t c , e t c . . . L ã s p a r a v e s t i d o s e c a s a c o s , t e m o s u m c o l o s s a l s o r t i d o .

Ú l PARA TRICOT EM MEADA E NOVELO, GRANDE l i RIEDADE DE CORES E QUALIDADES.Luvas de pele de cão, cavalo, suede, etc, com e sem f o r r o .Camisolas, coletes e pulovers em malha para homem, senhora e criança. Blusas de camurça para homem e creança, Édredons, cobertores de lã e algodão. Chapéus de feltro para homem e senhora. Temos muitos mais

artigos que nos não e possivel mencionar.

V i s i t e m , p o i s , e s t e m o d e l a r e s t a b e l e c i m e n t o , o m e l h o r , o m a i s b e m s i t u a d o , o q u e

m a i o r s o r t i d o t e m e m a i s b a r a t o v e n d e ! ! !

Ex.m o S r .Severino Marques Calado

1 2 : a n o P o n t e c io S ô r , "» D e z e m b r o d e 1 9 3 7 N U M E R O 2 6 8

D 1 K E C.T OK E E D I T O R

Qax&oâdwo. de. Oíwiixa. da. C&rxeíção oánd\ade

gancho do %ôr

Por motivo dos últimos tem­porais que fortemente se f ize ­ram sentir nesta região, tendo de st ruido estradas e a via fe r ­rea entre Ponte do Sor e Abrantes, não poude este agrupamento folclorico deslo­car-se a Lisbôa no passado dia 27 de Novembro, onde ia exibir-se, no Gremio Alente­jano. Ficou transferida para o proximo sabado, 11 do cor­rente a sua partida, exibin­do-se o “Rancho” às 22 ho­ras desse dia, e na Tarde Alentejana que se realisa na­quele Gremio, com a colabo­ração de outros elementos alentejanos. A Emissora Na­cional radiofundirà as can­ções do “Rancho” na noite de11 e no dia seguinte o ‘ Ran­cho” exibir-se-há à noite, em duas sessões no Teatro Ma­ria Victoria.

A Sociedade Importadora de Filmes fará filmar o “Ran­cho” e gravar as suas can­ções. Será uma grande hon­ra para nós pontessorenses a film agem do “ Rancho” da nossa terra , um dos primeiros no seu genero que até hoje gosa desse privilegio.

QUI NZENA’ RIO REGI ONALI STA

Secretario da Redação Amiicar de Oliveira da Conceição Andrade

A D M I N I S T R A D O RPrimo Pedro da Conceição

F U N D A D O R E S P r i m o P e d r o d a C o n c e i ç ã o

J o s é V i e g a s F a c a d a

Redacção, Administração e Oficinas gráficas

JAíjwmjx oddeHteja.no. - 'Ponte do. Soh

1 . ° D E D E Z E M B R O

T E M P O It U S

Em 20 e 21 do passado mês de No­vembro foi esta região assoiada por um violento temporal, qtie ocasionou enor­mes prejuisos à agricultura. Às comuni­cações prlo caminlio de ferro, com a vi­zinha cidade de Abrantes ficatam inter­rompidas próximo de Bemposta, pois as águas na sua fúria destruidora, minaram os alicerces da Ponte do Baralho, que se inclinou fortemente de lado, arrasiando consigo a via. Mais para diante, o pon­tão em frente do SalvadorinV) sofreu um rombo numa extensào de 200 metros, tendo a linha ficado tôda torcida e sus­pensa à altura de 5 metros A aldeia de Bemposta sofi eu, t mbém, imensos pre­juízos. A ponte de cimento armado, jun­to à escola Dr. Manuel Rodrigues, foi projectada a grande distância e as águas, invadindo as ruas da aldeia, transforma­ram-na numa nova Veneza. A desolação estendeu-se sôbre os campos. Um mar imenso de água, depois de destroçado o pontão das Areias, ganhou o dique for­mado pelo aterro da estrada para Bem­posta, rompeu o numa extensão de 40 metros e espraiou se num lençol de cerca de 800 metros de largura, desde S. Macá­rio até Areias. Linhas telefónicas, telegrá­ficas, estradas—tudo inundado tudo des­troçado.

Em Ponte do Sôr (vila), o Ribeiro das Onias, como eia de calcular, fez mais uma das suas. A água, espessa e barren­ta, saiu do leito, inundou os campos mar­ginais e as ruas do populcso bairro do Relvão, onde a população, apavorada, passou transes de angústia fáceis de cal­cular. Uma parte do caudal precipitou-se depois pela Rua Vaz Montiro, que inun­dou quá i totalmente, e lançou se no rio Sôr. O aspecto que êste oferecia era sim­plesmente pavoroso. Mil riachos cauda­losos vasavam continuamente no rio, que enchm desmesuradamente, inundou os campos marginais, chegando até próxi-

Há quási três séculos, numa manhã luminosa, tôda azul, nossos antepassados se er­gueram num “élan” heroioo, e, pletóricos de energia, jogue­tes do mais puro e mais ar­dente patriotismo, sacudiram um pesado jugo de 60 anos de opressão. Portugal revivia após um colapso doloroso em que a nação, adormecida, pa­recia haver esquecido todo um brilhante passado de gió- rias, e a sua armadura moral, entibiada pela corrupção, o desalento, o pèssimismo nega­tivo, parecia fechada aos grandes movimentos que ge­ram os heroísmos os mais alevantados e as epopeias as mais grandiosas

Afinal, nessa primaveril manhã de Dezembro, um pu­nhado de heroic, cons ibstan- ciando a velha alma nacional, poz em evidência que ainda nãu se haviam corrompido as grandes qualidades rácicas. A Guerra da Restauração, longa, plena de incertezas, provou decisivamente que as energias mais puras da na­ção não se haviam obliterado nosdurosanos de escravidão, antes se haviam conservado fundamentalmente as mesmas. Como um só homem, durante várias décadas, os portugue­ses desceram aos campos de batalha, regaram-no com o seu sangue generoso, assom­

braram o mundo com a sua audácia, e, sôbre os alicerces de um passado dos mais glo­riosos, levantaram o edifício novo de um Portugal novo, a quem estavam ainda reser­vados muitos dias de triunfos e de glórias imarcescíveis.

Findava assim o velho so­nho dos Hasburgos, que mais tarde os Bourbons haviam também de acalentar. Nos nossos dias já, Afonso XIII, dementado por um vasto so­nho imperial que devia resti­tuir à Espanha uma grande parte da sua antiga grandeza, agitou uma vasta rêde de in­trigas, embrenhou-se em con­luios mais ou menos obscu­ros, que tendiam a realizar o velho sonho icárico da Alian­ça Ibérica. Afinal os seus so­nhos foram vãos, porque, a combater os seus nefastos desígnios, se levantou uma grande figura de patriota e de português dos melhores que foi D. Manuel II, que, mesmo nas agruras do exílio, não dei­xava de acompanhar os negó­cios de Portugal e o servia co­mo o melhor dos diplomatas.

O velho sonho da Aliança Ibérica não passa, e ainda bem, de uma utopia sem pos­sibilidades de realização. Uni­dade geográfica, a Peninsula encontra-se dividida em duas partes nitidamente distintas, inconciliáveis, diferenciadas

mo da chamada Fonte ua Vila. No Moi nho do Caldeira, as ágcas da Ribeira de Longomel, volumosas, náo podendo es­coar se pelo arco da Ponte do Moinho, ganhou as guardas escavou a estrada até à profundidade de 2 metros tornando o caminho completamente intransitável.

Horas trágicas acaba de pas ar esta região. De todos os lados nos chegam informaçõe-que ão conta dos imensos prejuízos sofiidos, que assumem as pro­porções de catástrofe As oliveiras, car- regadinhas até mais não, ficaram despo­jadas da maior parte dos seus frutos As sementeiras perderam-se. O prazo para a colheita do arroz foi prorrogado por mais 15 dias, por ser impos íve‘, de mo­mento, proceder a essa operação. Os campos oferecem um aspecio desolador, cheios de destroços, corroídos pelas águas. As comunicações, cortadas Mui­tos caminhos ficaram intransitáveis e só Deus sabe quando serão arranjados de novo. As comunicações ferroviáras com Abrantes encontram-se já restabelecidas. Nos pontos onde a linha foi coriada, o trânsito dos comboio; f.tz-se com a maior prudência. Só daqui a um mês é que as comunicações se farâo com regularidade.

T e a t r o

F.xibe-se hoje, nesta casa de es­pectáculos local, o extraordinário filme de aventuras "Rícardito en­tre chamas e bandidos’’. Com um e m ê i o emocionante, com fartos lançes em que o a r tô jo chega à temeridade, eis o filme que o Tea­tro-Cinema oferece hoje aos seus frequentadores habituais. Co mo principal protagonista do filme destaca-se o nome cons; g r a d o de Richard Ta Ima dg» (Ricmlito) tào do agrado do público da nossa terra. Em complemento exibe-se ainda "U m caso policial".

pela língua, tradições, aspira­ções e costumes. A própria Espanha encontra-se longe de constituir um todo harmó­nico, e tem tendido, através os tempos, para o fracciona­mento, do qual se tem podido livrar graças ao talento de alguns dos seus chefes e aos meios violentos que outros empregaram para sufocar a sêde de independência que algumas províncias mais au­daciosas não tentavam escuii- der.

Passa agora mais um ani­versário do 1.° de Dezembro- essa data gloriosa que to­dos os portuguêses dignos de tal nome não deixam de comemorar com o mais pa­triótico dos júbilos. A tantos anos de distância dessa ar­rancada memorável, não a comemoramos hoje com a mesma mentalidade que nos iluminava em tempos já pas­sados. Irmãos ua mesma casa, na frase feliz de 11111 escritor em voga, Portugal e Espanha vivem a sua vida em perfei­to e n t e n d i m e n t o , como b o n s a m i g o s que s ã o . Nenhum ódio nos separa já dos nossos irmãos 11a Penín­sula. O tempo, que tudo sára, se encarregou de dissipar an­tigas inimizades, limou as a- restas de discórdias que nun­ca mais voltarão.

Garibaldino Andrade

FOOT-BALL

No "Stadium do Matuzarense' ' realizou-se 110 pissado dia 28 um encontro de foot b • 11 entre as ca­tegorias de honra do Eléctrico Foot-Ball C l u b e do Club de Foot-3all «Os Elvenses», sain­do 0 Eléctrico vencedor por 9 b o ­las a 0 . O resultado diz tudo. O team local, que nos deu a novida­de de José da Silva a avançado centro, dominou durante os n o ­venta minutos do encontro. G a ­nhou por 9 como podia ter ganho por duas dúzias.

Hoje, no mesmo campo, encontram se os teams doG. D. M, e do C. F. Os Tomarenses.

Visado pela C om issão de

Censura de Portalegre

Manifesto de arroz

Foi prorrogado até 0 dia 15 de Dezembro 0 prazo para 0 manifesto do arroz, em virtude das últimas chu­vas terem prejudicado os trabalhos de colheita.

Nomeação

Foi nomeada ajudante da Conservatória do Registo Ci­vil desta vila a Sr.a D. Ca- cilda Moreira da Costa.

As nossas felicitações.

Conselho MunicipalNa sala das sessões da Câmara

Municipal, deste ^concelho, reuni­ram-se 110 dia 25 de Novembro ultimo, os vogais eleitos para o Conselho Municipal, cujo orga­nismo ficou constituido pelos Srs. Matias de Sousa Silverio, Dr. An­tonio Rodrigues de Azevedo e Antonio Pires Pais Miguens, como representantes das Juntas das Fre­guesias respectivamente da G a l ­veias, Montargil e Ponte do Sôr, Dr. Antonio Maria de Santana Maia como representante das M i ­sericórdias, Felizardo da Silva P r e ­zado e Eurico Pais de Carva lho, como representantes dos maiores contr ibuintes da Contr ibuição Pre­dial, Ramiro Pires Filipe e Manoel de Sousa Eusebio como represen­tantes dos maiores contribuintes da Contribuição Industrial. Depois de verificados os poderes pelo Sr. José Nogueira Vaz Monteiro, pre­sidente da Comissão Administ ra­tiva da Câ m ara , procedeu-se à eleição dos vogais da futura verea­ção que hi -de servir 110 trieui j de 1938 1940 tendo sido eleitos os Srs. Manoel Godinho Prates e Assis da Silva Gonçalves Roda, para vogais e efectivos Marçal Nu­nes Adrgas e Antonio Pais Bran­co para vogais substitutos, tendo ainda sido eleitos para secretaiios do Conselho Municipal os Srs. Antonio Pires Pais Miguens e Ra­miro Pires Filipe.

------«TTTWW t f f f !■—■. _D esastre de automóvel

Quando 0 Sr. António de Oliveira, de Abrantes, acom­panhado de sua esposa Sr.a D. Albina de Oliveira, regres­sou no seu automóvel de Galveias, no passado dia 20, ao chegar à Ponte Nova, quási à entrada desta vila, o carro derrapou, precipitan­do-se de encontro a uma ár­vore. Do embate, que feliz­mente não teve cotisequenci- as graves, resultou 0 Sr. Oli­veira ficar ferido 11a cabeça e sua esposa com ligeiras es­coriações, sendo ambos so­corridos no Hospital Vaz Monteiro. O carro sofreu pequenas avarias.

—--- m * w —— 1 1 ---Rancho da Nazaré

Consta-nos que brevemente teremos 0 prazer de apreciar no Teatro-Cine­ma 0 afamado "Rancho da Nazaré". Oriundo de uma das regiões de Por­tugal mais fadadas pela beleza, o “ Rancho da Nazaré" deslumbra-nos com a beleza estranha das suas rapa­rigas, 0 pitoresco do seu traje incon­fundível e tipico, a vivacidade dos seus cantares e a sua música alician­te que nos fica nos ouvidos.

Não está ainda fixada a data da visita dêste brilhante agrupamento folclórico, que tanto sucesso tem obti­do e que ainda recentemente conquis­tou a cidade de Abrantes, por ocasião dos festejos a favor da Misericórdia. Cremos, porém, que já no próximo número poderemos anunciar a próxima vinda do simpático “ Rancho” , que certamente alcançará um sucesso rui­doso na nossa terra.

2 A M O C I D A D E

Diversidade de s is temas e x istentes nos métodos para o ensino da leitura e da escrita

Tenho observado que existe uma certa confusão 11a forma de aplicar alguns métodos do ensino da leitura e da escrita, isto é, de aplicar, duma maneira absoluta­mente nítida e definida os diver­sos sistemas que existem adentro dêsses métodos, chegando a classi- ficar-se de iguais sistemas eviden­temente diferentes.

Duma maneira geral, existem apenas os métodos seguintes:

Método fono-sintético Método global

Método global - analítico - sintéticoO método fon o-sin tético , isto

é o método em que letra é apr e ­sentada destacadamente, sem qual­quer preparação que desperte o interêise ou a curiosidade, está hoje condenado pela pedagogia hodierna, por não se encontrar de harmonia com a psicologia in­fantil que todos os professores te­órica e prática conhecem.

O método g lo b a l tem a vanta­gem de prender a atenção da cri- niça uo pricípio da lição e de a interessar durante alguns momen­tos, mas, logo q u : se pretende a- valiar o seu po ler de memória visual na retenção de quaisquer trases ou palavras anteriormente empregadas (facto muito mais c o m ­plexo que a retenção apenas du­ma letra) a criança mostra abor re ­cimento e cansaço, e o professor apenas obterá um pequeníssimo rendimento escolar

Resta-nos apreciar com mais minuciosidade.

M étodo g lo b il-a n a lít ic o s in té­tico que, segundo as minhas ob- servaç5:s, me parece ter obtido as simpatias do professorado, embo­ra seja adentro dêste método que se dão as tais confusões de siste­mas.

Há autores que apresentam 110 i ' !í - i0 das suas Iíçõjs, para des­pertar o interesse, a g ravura e a f ase que se encontram no livro que a criança possue, apesar de já serem conhecidos pela classe. E’ essa frase decomposta e recom­posta, proc*dendo-se de igual m o ­do co .11 mais uma ou duas frases até ao fim da lição. Este sistema, embora se enco itre incluído 110 método gbbal-analít ico-sintético, aproxima-se muito do método global.

Outros autores apresentam igual­

mente uma gravura e uma fra­se, mas que nunca foram vistas pela classe (pois só assim a p o ­derão interessar, e, portanto, p ren­der-lhe a atenção) contendo a fra­se todos os casos que nesse dia se pretendem ensinar e que a crian­ça deduz espontaneamente depois de ter ouvido essa tn estria frase e de Ih: ter sido despertada a curio­sidade.

Mas depois da decomposição dessa frase até c lvgar à letra ou som desconhecido, nenhuma frase m.tis lhe setá apresentadi para decompor, visto a criança já estar de posse do que se pretendia —som e grafia duma letra.

Após isto, apenas interessa 0 autor, treinar a criança na ligação dessa letra com os outras ante ri ­ormente aprendidas e adestrá-la na grafia dessa mesma letra, e is­so só o consegui iá com muitos exercicios de le itu ra e escrita de palavras, afim de ficar bem nitido110 cérebro da criança, não só o som da letra, como também a di­ferença entre a sua grafia manus­crita e impressa.

U n exercício de leitura é, p a r a a criança, muito mais fácil d ° que um exercício de composiçã? de palavras, e, portanto, deverá ser aplicado, de princípio, o pri" meiro e, mais tarde, 0 último.

Com a orientação seguida, far- se-à primeiramente uma p rep a ra ­ção interessante que forneceiá aos alunos os necessários elementos, para depois se passar a utn exer­cício de verificação e fixação.

Não será êste último sistema empregado 11a obra ” 0 pr imeiro deg rau ’ muito diferente do siste­ma anteriormente citado?

Ainda poderia mencionar o u ­tras diferenças bastantes notórias, como a ordem da sucessão das letras, para evitar cuidadosamente a confusão de sons e de grafia, a apresentação de sons referentes à mesma letra em ocasião de assimi­

lação e descrimiuação, etc, etc.Devemos, pois, reconhecer que

são diferentes os sistemas imagi­nados pelos diversos autores, e, portanto, lógicamente, uns melho­res que os outros, embora se e n ­cont rem todos eles adentro do método global-analííico-sintético.

Ju lia P e re ira do V a lle

Uvros"O Correspondente Comercial”

Do nosso estimado colaborador Sr. ]. Fontana da Silveira, acabamos de receber ” 0 Correspondente Comerciai", livro utilíssimo e que interessa a to­dos os profissionais e estudantes do comércio,

Noticiando 0 aparecimento daquele volume, escreve o diário DEMOCRA- ClA DO $UL, de Evora:

• /I Livraria Escolar Progredior, do Porto, acaba de editar O CORRES­PONDENTE COMERCIAL, de / . Fontana da Silveira, valioso volume sobre noções de comércio, onde è fo­cada, com profundos conhecimentos, mas com clareza, a mecânica da cor­respondencia comercial usadas petas mais bem organizadas casas comerci­ais que seguem os modernos tratadis­tas do género.

Além dos mais completos modêlos e fórmulas usadas para abertura, pros­seguimento e ficho de corresponden­cia, insere 0 volume em questão ele­mentos de tecnologia comercial de grande interésse para os estudantes que pretendem dedicar se á vida co­mercial».

Ao nosso amigo e colaborador J. Fon tuna da Silveira agradecemos a oferta do «Correspondente Comercial», livro esplêndido no género e que nâo hesita­mos em recomendar àqueles dos nossos leitores que pelo assunto se interessam

O referido volume fez parte da Ex­posição de Bibliografia Comercial Portuguesa, ultimamente realizada em Lisboa, obtendo grande êxito.

Pela InstrucçãoA Camara Municipal deste con­

celho solicitou do Sr. Ministro da Eiucação N.cional a criação dos seguintes lugares:

Desdob-amento dos 4 lugares de piofessor ua séde do concelho, sendo 2 de cada sexo.

Desdobramento dos 2 lugares de professor de Montargil (1 de cada sex )

Criação dum Posto Escolar 110 Vale do Arco, freguesia de Ponte do Sôr.

Desdobramento dos postos es­colares le Carvalhoso e P e rna n ­cha de Bjíxo, da freguesia de M o n ­targil, com o pedido para que se- jam nomeadas para reger o sexo femenino desses desdobramentos, respectivamente, Maria Gi rc ia P , - d ro e Isabel Nogueira Leitão.

A ti!...N.° 1474

Tens, querido Anjo venusto,No teu s ingular perfil,Formoso, terno e subtil,Um q u ê . , .Não sei explicá-lo Encont ro em ti 0 ideal,Mas não acerto e m c'lori-la.Se bem viva p ’ra senti-lo,E morra por real isá lo.

Olha me, ass im, meigamente, Talvez nêste meu olhar T u saibas adivinhar A vida cruel que vivo,Talvez nos meus olhos tristes Saibas, mulher , definir A dòr, a mágua, 0 sentir Que m e traz apreensivo.

Nes ta amargu ra sem fie Pelo mui to conceber 0 que nos prende mulher,Não sei, não sei, f r ancamente . . Nada mais t r iste no mundo Que viver, amar, sentir E não saber expr imir A ventura que se sente.

Barreiro 1937 Antonio Augus to Santos

A próxima época do Teatro - Cinema

VUDA 0>1 C1RDST©,segundo os Evangelhos e as re­

velações de Catarina Emmerich.Encontra-se em distribuição 0

Fase. IV ( 3 o volume) desta iluci- dativa publicação (R. do Loreto, 34, s/loja — Lisbôi).

O presente fascículo é consagra­do, na máxima parte, ao Sermão da Montanha, síntese das prèga- ções do Salvador, nos tiês anos da sua vida pública.

No espírito de todos os que se interessam pelas ciê icias bíblicas, surgiu, em todos os tempos, uma dificuldade, nunca até hoje resol ­vida.

Trata-se de saber o lccal onde o Mestre p iè ^ou 0 maior de to­dos os sermões.

Nem os evangelistas, porém, nem os comentadores, nos escla­recem sôbre ê->te ponto de alto i n ­teresse, para o estudo da vida de Jesus.

Se estas duas fontes de conhe­cimentos não resolvem a dificul­dade, encont ramos em Catarina Emmerich todos os elementos, que nos permitem não só fixar 0 local onde o Sermão foi prègado, como examinar as viagens e mais factos, que prepararam o grande aconte­cimento.

E’, pois, 0 fascículo, agora pu- bl cado, um dos mais cheios de111 vidade e interesse. Agradece­mos 0 exemplar oferecido.

Electrico Foot-Ball ClubPara eleição dos corpos geren­

tes desta conhecida sociedade des­portiva local, reúne a sua assem­bleia Oeral 110 próximo dia 28.

Filarmónica Pontessorense

Realisou se 110 dia 29 de N o ­vembro uliimo, a eleição dos co r ­pos gerentes da Filarmónica P 011- tessorense, tendo sido eleitos os Srs. José Nogueira Vaz Monteiro, Manoel Pires Filipe, João Manso Leote e José Coelho Junior,

% I I I I IS O N

d . e £ v £ a . t o s I T s v e s

Previne todos os seus fre ­gueses que lhe gastaram adu­bos na presente campanha a virem imediatamente receber instruções, a seguir para e- feito ae recebtrem da Fede­ração Nacional dos Produto­res de Trigo 0 bonus de adu­bos a que tenham direito.

Do sr. Jacinto Lopes recebemos, há dias, a seguinte carta:

. . . S n r . Director do jornal "A M O C I D A D E " —PONTE DO SOR

Li com muita atenção 0 art igo publicado 110 seu conceituado jo r ­nal n.° 2Ô6 de 7 do corrente, in­titulado «A próxima época do Teat ro-Cmema», subscrito por Amiicar Andrade, que julgo ser o vosso Secretário de Redacção, em refeiência a uma entrevista com o g- ren te daquela casa de espectá­culos, Sr. Casimiro dos Reis Deli­cado, meu cunhado.

Começa o refeiido artigo por dizer, que, o Sr. Casimiro dos Reis Delicado é uma figura bem conhecida do público da nossa terra, e que não necessita por tan­to, de apresentação. Até aqui está certo e é verdade.

A seguir diz: A êle deve Ponte do Sôr, em grande parte, a intro­dução da arte cinematográfica. Aqui já não está certo nem é ver­dade. E continua:

Já lá vai um bom par de anos que a empresa Cândido Paula & Genros , de que aquele Sr. fazia parte, resolveu fundar aqui um c inema—o Cinema Ideal — Tam­bém aqui não está certo nem é verdade.

Co mo fundador que sou do re­ferido «Cinema Ideal», não posso deixar sem reparo, e de lamentar profundamente, a ig iorancia do autor, sôbre os verdadeiros fun­dadores da arte cinematografica em Ponte do Sôr, nossa terra na­tal.

Para rectificação do caso, tomo a liberdade de esclarecer V. Ex.* da sua veracidade.

Io A arte cinematografica foi introduzida em Ponte do Sôr, por mim e por meu sogro Cândido Paula, unicos fundadores do Ci­nema Ideal, inaugurado em Se­tembro de 1925, e não pela em­presa Cândido Paula & Genros, como por ê rro 0 autor diz, visto que nesta data ainda não existia esta firma.

2 .°— A firma Cândido Paula & Genros, da qual cont inúo a ser sócio gerente, foi constituída em Ou tu b ro de 1928, data esta muito posterior á da inauguração do ci­nema, e só desde quando, meu cunhado ficou fazendo parte da referida firma.

Contudo, em virtude da nossa sociedade na fábrica de moagem, em Abril de 1926, resolvemos dar tambem sociedade a meu cunhado nos nossos n.gócios, incluido o cinema, a partir de Janeiro de 1927.

Portanto, desde a sua inaugu­ração até esta data, não teve, meu cunhado interferencia alguma 110 cinema, visto que só a meu sogro e a mim pertencia.

Assim, parece-me, Sr. Director, que Poute do Sôr, nada deve a meu cunhado Casimiro dos Reis Delicado, nem etn grande nem em pequena parte, a introdução do Cinema.

A iniciativa somente de meu sogro e de mim partiu, e a sua funda­ção igualmente só a nós pertence.

Conhece-me V. Ex.a muito bem, e decerto não desconhece que é verdade o que digo, pois estou certo que pensando utn pouco se lembrará destes factos, assitn como tambéin não lhe será desconhecido, que fui eu quem esteve à frente daquela casa de Espectáculos, tan­to como gerente como operador, alé Setembro de 1934, data etn que por motivos retirei para aqui, ficando eutão meu cunhado 11a sua gerência, apenas alguns meses, até fechar definitivamente.

Não ambiciono louros pela ini­ciativa que embora fôsse um pro­gresso para a nossa terra, não

deixou de ser um negócio com intuitos lucrativos, como todas as empresas; mas 0 seu a seu dono.

Entretanto, não posso deixar de lamentar, que o autor do citado artigo tenha sido informado erra ­damente, ou se não procurou in- formar-se, vá para um jornal, já com uma circulação apreciavel, dizer coisas aeriamente, imagina­das de momento.

Peço, .pois, Sr. Director, que, para esclarecimento do caso, inter­ceda junto do autor do artigo, que já disse julgo ser seu irmão, para que seja feita a devida recti­ficação no próximo nú;nero do seu conceituado jornal.

Não me oponho á pulicação desta, se assim o entender.

Muito agradece, 0 que é

De V. Ex.a, etc.

'\adjfltD JLopes

Ao publicarmos, no número 26f) do nosso jornal, a entrevista que suscitou esta gaffe não tivémos em vista melindrar ou ofender fôsse quem fôsse. Tudo quanto então escrevemos foi feito apenas por nós. Não pedimos in­formações a ninguém. Por tanto não fomos informados e rradamen­te. O êr ro cometido partiu do facto de supormos que as coisas se haviam passado tal como as re­latámos. Sabemos agora que e r ­rámos.

O sr. Jacinto Lopes, sentindo-se melindrado veio aclarar a questão.

Ii formámo-nos junto de quetn melhor o poderia fazer e foi-nos respondido que, de facto, se de­via aquêle sr. a introdução da ar­te cinematográfica na nossa terra. Mais nos disseram ainda que a iniciativa se d-ve também ao fale­cido sr. Cândido Paula que foi, diga-se de passagem, o verdadeiro instigador e quem mais influiu pata que a fundação do "Cinema Ideal” fôsse uma certeza.

O facto de termos assim detur­pado as coisas deve-se, em g r a u ­de parte, à nossa pouca idade a quando dos acontecimentos que relatámos. Recordamo-nos de ter visto, desde logo, o sr. Delicado no cinema. Daí o ê r ro que come­temos e que profundamente la­mentamos.

Uma coisa, porém, fica assente: O sr. Casimiro dos Reis Delicado teve interferência 110 "Cinema Ide­al" muito antes da partida do s r ’ Jacinto Lopes para Portal gre. E isto todas as pessoas da nossa terra 0 sabem perteitamente.

No entanto, e para finalizar, di­remos que os introdutores da a r ­te cinematogi áfica, em Ponte do Sôr, foram os srs. Cândido Paula e Jacinto Lopes. Fica assim desfei­to 0 ê rro que haviamos cometido.

Amiicar Andrade

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A seu pedido foi transferido pa­ra a 9 a Companhia Indigena de Infantaria, c cm séde em Benguela, o nosso assinante e conterrâneo Sr. Antonio Elias, 2.° sargento de infantaria, que já ali se encontra com sua fatnilia.

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Por sua Ex.a 0 Ministro das Co­lonias foi deferido o requerimento em que 0 2." sargento Sr. Anto­nio Elias pedia nova comissão de setviço militar por mais um ano que começou a contar e m 12 ds Agosto ultimo.

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RmÉis Fosl-EscGlaresPor um amigo nosso, que sabe

o muito que estes assuntos nos in­teressam, fomos informado lia dias da existencia entre n ó J, de uma instituição verdadeiramente profí­cua. Rtferimo-nos aos recreatorios post-escolares.

Destinam-se eles ás creanças p o ­bres que, ao sair da escola defini­t ivamente, (esclarece o programa) terminam os seus estudos e que, privadas não só de uma direcção capás de consolidar e desenvolver os conhecimentos adquiridos na escola, mas tambem de um guia seguro que lhes aponte o caminho perto que as conduzirá ao seu des­tino, bem precisam de alguem que devotadamente se lhes dedique, acompauhando-as e esclarecendo- as na iniciação pratica da vida.

A instituição encontra-se a car­g o de zelozos professores pr imá­rios, e foi sua iniciadora a i lustra­da professora que dirige a escola paroquial n.° 27, D. Aurelia de Miranda que, se viajou, como se nos afigura, em alguns poises es­trangeiros, nomeadamente 11a Bél­gica, de lá traria a idéa e aqui fa­na que frutificasse, não sem custo, como é de uso quando se trata de obras simultaneamente uteis e m o ­destas.

O primeiro desses recreatorios foi inaugurado em 12 de maio do ano passado e funciona todos os domingos das 13 ás 17 e meia, 11a escola central n.° 1 , sita à rua da Inveja.

A reunião assidua de creanças pertencentes a classes pouco ilus­tradas com pessoas de cultura mais elevada e, alem disso, animadas de um santo empenho de as aperfei­çoar a elas tambem, não pode ser senão util para as primeiras, que assim continuarão, j á na vida, a aprendizagem que teoricamente iniciaram 11a escola.

Mas quando mesmo esse convi ­vio frequente não produzisse tais lesultados, bastava ele furtar as creanças a distracções e passatem­pos improprios, para os recreato­rios serem uma cousa merecedora de todo 0 auxilio.

As raparigas deles, alem de va­rias distracções adequadas, apren ­dem a ser boas donas de casa, não apenas como administradoras ido- nias senão tambem sob um ponto de vista mais elevado ainda.

Para fazermos esta ultima afir­mação, guiamo-nos pelo progra ­ma da instituição que pela crença em que estamos de que as pessoas que superintendem nos recreato­rios estarão compenetradas deque assim deve suceder.

Vamos terminar fazendo os se­guintes votos: Que os recreatorios não demorem a admissão de rapa­zes que muito convem não isolar completamente das suas compa­nheiras, e a quem se fará, em ter­mos de serem ouvidos por elas adequadas prelecções sobre os de­veres que mutuamente ligam os sexos, sobre 0 verdadeiro pé em que devem ser consideradas as re­lações entre homens e mulheres, de fórma a contrariar quanto pos­sivel a anacrónica maneiia por que ainda se encaram essas relações, maneira não só absurda como tambem geradora de preconceitos e disparates de que quasi é exclusi­vamente urdida a moral social. Q u e os recreatorios se mantenham e desenvolvam obtendo para isso os indispensáveis auxilios.

F % IiK C ItlE \T O SFaleceu ha dias 11a C^sa Branca

(Souzel), de oude era natural, 0 Sr. An­tonio de Andrade Vfrela, de 77 anos de idade, viuvo, proprietário. O extincto que naquela vila gosava de gerais sim­patias devido ás excelentes qualidades do seu caracter era pai dos Srs. Dr. João Andrade Lobo Varela, facultativo municipal nesta vila, Antonio de Andra­de Varela, comerciante em Estremoz, D. Maria Andrade Varela Simões, D. Li- dia Varela Palmeia, e D. Ana Andrade Varela Nunes, e sogro dos Srs João Augusto Simões, José Palmeia e João Valentim Nunes.

—Nesta vila, de onde era natural, tambem faleceu há dias o Sr. Manoel Lourenço Casimiro, de 78 anos de ida­de, pai dos nossos assinantes e amigos Srs. Antonio Lourenço Casim ro e He- liodoro Lourenço Casimiro.

—Tambem faleceu nesta vila em 2 do corrente, a Sr.a Elisa de Jesus Pita, de 77 anos de idade, natural do Sardoal e ha muiios anos aqui residente. Era viu­va do Snr. Manoel Pita de Oliveira Ser­ra, sogra do nosso assinante e amigo Sr. Manoel Francisco Pires e avó do tambem nosso assinante Sr. José Pita Pires, fu' cionario da C. P., residente em Lisboa.

—Em Faro onde residia há alguns anos, faleceu o Sr Francisco José Rosa, C hefe de escritorio da Secção de Via e Obras da C. P., naquela cidade, e que durante alguns anos residiu nesta vila.

Eis 0 que sobre uma instituição de tanta oportunidade, escrevemos no infelismente extinto Com ercio do Lim a de 6 de Julho de 1912. Nos 20 anos decorridos, nem uma palavra sequer ouvimos ou lemos sobre 0 caso, 0 que nos leva a crer que 0 recreatorio acabou, e

A’s familias enlutadas, envia "A Mo­cidade" o seu cartão de sentidas con­dolências.

Junta Nacional do Vinho

O manifesto da produção da colheita de 1037 e existência das colheitas ante­riores efectua íe na Administração do Concelho e Regedorias até 13 de Dezem­bro.

— Meu amigo, vou dar-te uma grande novidade.

— Então 0 que é?— Vou casar.— E quem é a tua noiva? — Ainda não arranjei.— ? ? ? !!!— Primeiro vou ao Adria­

no comprar a mobília. De­pois do comprar a mobilia, a noiva aparece! Tu já viste como sâo lindas as mobílias do Adriano? O bom gôsto, 0 esmero de acabamento de tô ­das elas? Não? Pois vai ver os lindos modelos que estão expostos todos os dias na montra do Sr. Antonio Pires. Vai, que hás-de concordar comigo: Com uma mobilia assim, não há mulher que re­sista.

Vargas

S i i f r a g - i o

Na igreja da Ordem Terceira, de S. Jaliâo, da Figueira da Poz, fo i re- sndo uma missa sufragando a alma do Sr. fosé Luiz Casqueiro, natural de Galveias, falecido na America do Norte, mandada resar por seu genro0 nosso assinante e amigo Sr. I.ucia- no Bento RodrigUís e suas filhas Sr.as D. Belmira Rosa Casqueiro e Rosa Casqueiro, a que assistiram muitas pessoas das relações desta familia

nenhum outro lhe sucedeu, talvez por não encontrar a instituição o auxilio de que necessitava para se manter , embora sem aperfeiçoa­mentos e sem melhoramentos.

Pois é pena, porque os recrea­torios eram susceptíveis de pres­tar bons serviços, tanto mais apre- ciaveis quanto é certo que a res­peito de educação propr iamente dita, continuamos num pé de a tra­so verdadeiramente lamentavel

Luiz Leitão

fiiilyeiasO seu a seu dono __ £m COrreS”

pondência diziamos que 0 Sr. Ave­lino Godinho Braga havia sido destituí Jo de Pro vt do r da Miseri­córdia de Qalveias, quando a ver­dade é que o mesmo senhor saiu voluntàriamente por um excesso de esc úpulo, contra a vontade de tôda a corporação. A demissão foi- lhe concedida mais tarde, i(1epois de se terem malogrado todos os esforços dos seus colegas de direc­ção no sentido de demoverem 0 Sr. Avelino da sua atitude. Foi com mágua de todos que o Sr. Avelino Godinho Braga se afastou da Mi­sericórdia de Galveias, à qual, du­rante mmtos anos, emprestou o melhor do seu esforço. Sua exce- !ê ici i o Sr. Oovernador Civil, em oficio que se acha arquivado na Misericórdia, deplora, também, 0 a? 'Stamento daquêle nosso amigo da Direcção da Misericó. dia gal­veense.

Escola em mau estad o__ A C3Saque serve presentemente de esco­la do sexo masculino encontra se há muito tempo já em mau esta­do, i tnpondo-se a sua reparação imediata. Chove ali ininterrupta­mente, a ponto das crianças e res­pectiva professora terem de mudar frequentemente de lugar para evi­tar a água. O telhado e 0 pavi­mento oferecem um perigo grave. A madeira apodreceu e encoutra-se veigada ao peso dos anos. Não é justo nem agradável que as crian­ças que ali vão receber a sua pre­ciosa instrucção estejam sujeitas a um perigo iminente e brutal, que pode não perdoar-lhes a vida.

Impõe se a reparação imediata do edifício. A continuar assim é pro longar uma situação de perigo e inquietação que não é justo, não é humano que se prolongue Para a ( âípara Municipal solicitamos a atenção dêste caso.

P iu g-P on g- Em lugar de honra vimos há p ju cos dias 11a revista desport iva "Stadium” a fotografia do nosso particular amigo e con­terrâneo Sr. Joaquim Godinho Barradas de Carvalhho, aplicado estudante do 7 0 ano do Liceu de Coimbra, filno do Sr. Dr. Manuel Barradas de Carvalho e da Sr.a D. Lubélia G. Braga de Carvalho, por fazer parte da equipe de ping- pong da Associação Académica de Coimbra, (reservas), vencedora do campionato regional 11a última é- poca,

Os estragos da ch u va—A chuva que tem caído nos últimos dias tem prejudicado constderàvelmen- te esta região. Muitos campos en­contram-se submersos, tornando impossível as sementeiras. A co­lheita da azeitona também se não faz pelo mesmo motivo, tendo a água arrastado alguns milhares de quilos que 0 vento derrubou dasoliveiras. Os prejuízos são muito grartdes. A miséria estende o seu manto sôbre alguns lares.

Foot-Baii —E’ indiscritível a sa- tisíaçao que reina nesta vila entre os aficionados da bola pelo resul­tado do último encontro de foot- ball entre Portugal e a Espanha, disputado em Vigo, 110 Stadium de BalaiJos, no passado dia 28, onde a valorosa selecção nacional soube, com energia e manifesta superioridade, derrotar pela pri­meira vez a poderosa selecção de Ei panha.

1.° de Dezembro

Cometnorou se festivamente nes­ta vila o dia da iudependencia. tendo a filarmónica percorrido as principais ruas- la v la. No salão da mrsma Filarmó n a falou-se a propósito da data q e se come- morave, pondo-se em destaque o heroismo e. 0 espirito de sacrificio dos herois da indep ndência.

Anselmo dos Santos Pequeno

d e

Conta da receita e despesa da festa em beneficio da Misericórdia de Ponte de Sor, realisada de 14 a 16 de Agosto

de 1937.

R e c e i t a ,Quermesse (donativos e apuros) Donativos e peditoria da festa . . . . . Jardim Zoológico. .Sessões 110 Cinema .Rancho do Sòr .Barraca de Flôres. . .

« » Chá . .« « Iscas.<• « Agricola.

Torneio de Tiro aos Pombos Anúncios nos programas

4 937$60

1.648$50 714100

3.52i$50 1 045J451 12.P&202 50ò$50 3.909$00

11-IS151 .6i)6$00

140$00Soma 21 335J00

I D e s p ê s a ,

Generos e bebidas para a barraca de iscas . . . 3.17 3$ 15Generos e bebidas para a barraca de chá . . . 1 620$ 15Despesas da barraca de flores 100153

« do Racho do Sôr 37i$O0« do torneio aos pombos 28ó$40

Com ornamentação e diversas 1 8I1$93Material electrico 924$20Com pessoal 1 908J75Despesas do cinema 1 314$20Pago à filarmónica 8 KI$00Despendido com o fôgo 1 689$30Festa religiosa 1 187$<>0Pago de déficit da festa de 1936 1.133$80 SALDO 5 0I9S53SOMA 21 355$O0

l íesTa.na.o

ReceitaDespesa

?1.355$0016 333J43

Saldo . . . . 5.019$35

E E I T A LJosé “Nogueira Vaz Monteiro,

Presidente da Comissão Adminis­trativa da Camara Municipal do concelho de Ponte de Sor.

Faço saber que durante 0 mês de |am-iro de 1938, se procederá, nos termos da lei em vigôr, ao registo de matricula dos animais da raça canina,

O custo do registo e matricula são os seguintes:Por cada cão de g u a r d a ......... 2$50

» cada cão de caça (até 3 ) . . . 10$00 » » » > » a m a i s . . . 5$00» » » » lu xo ............ 50$00

A ’s importancias acima indica­das acrescem as seguintes verbas:Impress o ......................................5$00C h a p a .............................................$50

Para constar se passou o presen­te e out ror de igual teor, que vão ser afixados.

Paços do Concelho de Ponte de Sor, 3 de Dezembro de 1937.

O Presidente da Comissão Administrativa

a) José Nogueira Vaz Monteiro

E D I T A L

José Nogueira Vaz Monteiro, Presidente da Comissão Adminis­trativa da Câtnara Municipal de Ponte do Sôr.

Faço saber a todos os possuí lo­res de automoveis, camionetes, ca­minhões e motocicletes, domicilia­dos na área deste concelho, que por virtude dos Decretos N.cs 17 .613 e 20 Õ78. são obrigados a declarar na Secietaria da Câmara desde o dia 1 a 15 de Janeiro do proximo ano de 1938, o numero e as características dos veículos que possuem, com indicação de estarem ou não nas condições de circular, sob pena de multa de5 $00 por cada veiculo não de­clarado ou falsamente descrito.

Para facilitar este serviço serão fornecidos ua mesma secretaria impressos com as indicações ne­cessárias, devendo os possuidores daqueles veículos f.zer-se acom­panhar do respectivo livrete.

Para constar se passou este e out tos de igual teor, a que vai

Carteira EleganteFazem anos as Ex.mas Srns.” e Snrs.

Dezembro

6—D. Maria Albina Pacifico dos Reis em Marvão e D. Mariana Varela Possan­te, em Galveias.

7—Antonio Pais da Cunha, em Caci- Ihas e D. Isaura Vieira Gonçalves Da- másio, no Entroncamento.

8—D. Virgínia da Assumpção de Oli­veira e Valentim Lourenço Mourão.

10—Gonçalo Joaquim, D. Felisbela de Oliveira Velez, em Lisboa e D. Albina Campos de Carvalho, também em Lisboa.

11—D. Leolimla da Conceição Domin­gues Rosa, D. Joana Amélia Dordio Ade­gas, Ambrózio Ferreira Gato, D. Augusta Fiorinda, em Montargil e Antonio Afon­so Rosado e Silva, em Souzel.

12—João Manoel Lino e menina Ma­ria Isabel Tenente Capelo.

13—José Pimenta Vilela e António de de Carvalho Fontes.

16 Joaquim António Caetano, em Pias, Vale de Vargo.

17—D. Maria Júlia Raposo Cunha, na Bemposta e José Sabino Fontes.

18—D. Alice Oarcia Marques de Car­valho, em Galveias, Joaquim Alves Lo­pes, nos Olivais- Joaquim Pina, em Tan­cos, Francisco Dias Florêncio e Felizar­do Lopes, em Abrantes.

Doen*e

Tem estado bastante doente, o Sr. Francisco Rodrigues Gato, pai do nosso assinante e amigo Sr. Antonio Ferreira Gato, desta vila.

Desejatnos-lne um pronto restabeleci­mento.

Enlace matrimonial

Realisou-se há dias o enlace matri­monial do Sr João Leal de Matos e Silva, chefe da secretaria da Câmara Municipal deste concelho, com made- moiselle Maria José Prates Nunes, gen­til filha do nosso particular amigo Sr. José Pratas Nunes, proprietário na Per- nancha de B ixo, e de sua esposa Sr.a D! Beatriz Prates

A cerimonia civil teve lugar nas Ara­nhas de Baixo em casa da tia da noiva Sr .a D Marisna Prates Nunes e a ceri­monia religiosa na capela da herdade do Tamazim, freguesia de Bemposta Para­ninfaram o acto por parte do noivo o Sr. José Nunes Marques Adegas, pro­prietário nesta vila e D- Maria Judite Matos e Silva, mãi do noivo, residente em Obidos e por parte da noiva o uos­so estimado assinante de Ponte do Sôr, Sr. / ntonio Pais branco e sua esposa Sr.a D. Arminda de Castro Pita Pais Branco Foi servido um auundante copo de agua e um opiparo jantar aos convi­vas. Os noivos seyuiram em viagem de núpcias para o Norte.

Sinccraménte lhes desejamos um t pro­longada lua de mel e um futuro muito próspero

P e n s ã o A l i a n ç aServiço de mesa esmerado

Bons quartos, de 40500 a 90$. Rua Gomes Freire

(junto ao antigo hospital) Ponte do Sor

L O B A T O & H E N R I Q U E S------------- COO vi ------------Armazém de azeites

Compram e vendem carvão e Coitiças

j à . v e a . G e n e r a l C a r m o n a

(em frente da moagem)Ponte do Sôr

Cauteleiro felizO nosso amigo Sr. Vtanoel Marques,

cauteleiro residente no Vale d'Açôr, iniciou este mister em 1931 Um ano depois vendeu o n ° 7335 com 100 contos, tim 1933 vendeu parte do 3.° premio no n.° 6708 tm 1935 vendeu fracções do n 0 99 com 3 OOOsOO.1 m 1936 vendeu fracções do n:1 9830 c m 3 000&00. Em 1937 vendeu frac- çí es do n." 8358 ccm 3 000$00.

E' este um feliz cauteleiro e por isso aconselhamos aos nossos amigos a que comprem 0 seu jogo.

dar-se a maior publicidade.

Ponte do Sôr, 3 de Dezembro de 1937.

O Presidente da Comissão Administrat iva,

a) José Nogueira Vaz Monteiro

£x.n?o Sr.

J< ao A^ r q lles Calado

1 2 : a n o P o n t e d o S ò r , 1 9 d e D e z e m b r o d e 1 9 3 7 N U M E R O 2 6 9

M O C I D A D EQUI NZENA' RI O REGI ONALI STA

D I R E Ctf’T O R E E D I T O R

ÇaMÚaÉditw. de. OíwevuL do. (j>ncei(do odncU&cU

S e c re ta rio d a R ed ação F U N D A D O R E SAmiicar de Oliveira da Conceição Andrade P r i m o P e d r o d a C o n c e i ç & o

A D M I N I S T R A D O R V i e g a s F a c a d aPrimo Pedro da Conceição

Redacção, Administração e Oficinas gráficas

i/K úwmo. oM wtejana - 'ponte. do. So\

A nova divisão admi-

1 istrativa

Pelo novo Código Administra­tivo ficou o Alentejo dividido em2 províncias: Alto-AIentejo, com a capital em Evora e Baixo Alen­tejo, cotn a capital em Beja.

Foi assim posta de parte a pos­sibilidade que tinha Portalegre de v>r a ser a capital do Alto-Alen- tejo.

Uma outra disposição do mesmo Código estabeleceu que o concelho de Ponte do Sôr ficaria a fazer parte da nova provincia do Riba­tejo.

A cidade de Portalegre, srntin- do-se ferida nas suas mais legiti­mas aspiraçÕ?s, resolveu organiz.ir uma representação numerosa e es­colhida que levasse, até junto do Govêrno , o sentir do laborioso povo dèste distrito. E à numerosa caravana que em comboio especial foi de longrda alé à capital, na pretérita 5 a feira, se juntaramjtam- bém os delegados dos diferentes corcelhos do d is t r to , a que, na nossa estação, se agregaram os re­presentantes da Câmara Municipii de Poute do Sôr.

Uma comissão especial apresen­tou, a S. Ex.a c sr. Ministro do Interior, uma longa expusição mui­to bem docuineutad i, em que se pede que Por talegie st ja elevada a capital do A Ito-Alentejo e a en- glob^ção do nosso concelho no seu termo, de que indevida e incom­preensivelmente foi desmembrado.

Adelina-Aura Abranches

Vamos ter o prazer de apre­ciar nos próximos dias 25 e 26 a grande companhia dramática Ade­lina-Aura Abranches que, na tou - née que vem efectuando por ter­ras da provincia, tem < btido os maiores triunfos Em 25 sobe á cena a interessante peça de Suarez Deza "A Milionária’’ e, em 2ó, " A Severa” , original de |úlio Dan­tas e obra pr ima do teatro por tu­guês.

Dois belos espectáculos, duas esp êndidas noites de arte, certa­mente, se a te ndt rm os á grande categoria da companhia, onde re­fulgem os talentos invulgares de A d e l i n a Abranches e de sua filha Aura, glórias das maiores do nosso teatro.

0 cLo S ôa» q.m cCLs&o.cl

Teatro-Cinema

O Teat ro-Cinema desta vila, em obediencia aos desejos de bem ser­vir os seus habituais frequentado­res, vai, finalmente, deliciar-nos com um lote de bons filmes, de que êste, «O Capilão Blood» é u m dos melhores. Espectáculo movi­mentado, pleno de lances lieiroi- cos, de rasgos de audácia, «Capi­tão Blood» é um filme de grande categoria que vai agradar imenso na nossa terra, como tem agrada­do em toda a parte em que se tem exibido.

No mesmo programa exibem-se complementos interessantes.

Como temos noticiado nos últimos números, deslocou-se a Lisboa, onde foi exibir-se nos salões do Grémio Alen­tejano e no Teatro Maria Victoria, o “ Rancho do Sôi” , interessante agrupamento fol­clórico da nossa terra. No sa­bado, dia 11, logo de manhã, já grande numero de pessoas, se encontravam junto do Tea- tro-Cinema de onde o “ Ran­cho" devia partir, e muitas delas o acompanharam até à estação do caminho de ferro.

A viagem fez-se, como era de prever, sempre no meio da maior alegria, pois a maioria dos componentes do “ Ran­cho” não tinham visitado a capital. Na estação do Rossio, grande numero de alenteja­nos, dentre os quais muitos conterrâneos nossos e a D i­recção do Grémio, esperavôiii o “ Rancho” ; e depois de tro­cados os primeiros cumpri­mentos e de tiradas fotogra­fias para os jornais, a cara­vana dirigiu se ao Grémio.

Ali se procedeu a uma ses­são de boas vindas, sendo es­colhido pa a o lugar de hon­ra o Sr. Josá Nogueira Vaz Monteiro, pontessorense ilus­tre e grande benemérito, ao qual no decorrer desta sessão foram prestadas entusiásti­cas ovações.

Em brilhantes improvisos foram dadas as boas vindas aos visitantes pelo nosso pre­sado conterrâneo Snr. tenen­te-coronel Antonio Baptista de Carvalho, presidente do Conselho Regional, Doutor Victor Santos, da Direcção do Gremio e Francisco Mota Junior, também nosso esti­mado conterrâneo e um dos promotores desta interessan­te jornada. A Sr.a Doutora D. Jovita de Carvalho, num interessante discurso vibran­te de entusiasmo pelo Alen­tejo, agradeceu em nome do “ Rancho” a manifestação de que êste estava sendo alvo e saudou afectuosamente essa casa do Alentejo na capital, que honra sobremaneira a nossa Província. Em seguida aos discursos, por proposta do Snr. Mota Junior proce­deu se à eleição da rainha do “ Rancho” . Cada rapariga era

chamada por sua vez à pre­sença do juri que se havia constituído; e depois de lhe ser tributada uma ovação, consoante a sua beleza, um cronometrista verificava o tempo que essa ovação havia tomado. Foi escolhida assim a menina Custódia Maria da Conceição, na verdade uma das mais belas raparigas que compõem o “ Rancho” , e a quem foi tributada uma vi­brante manifestação de cari­nho. Ein seguida foi cada um dos componentes do “ Ran­cho” e orquestra, chamado por sua ve/, e colocado ao peito um laço de fitas de seda azul e branca, oferta do G é - mio Alentejano, tendo tam­bém sido colocado no seu es­tandarte um grande laço de fitas das mesmas côres.

A ’ noite os vastos salões do Grémio continham uma e- norme quantidade de associa­dos e senhoras de suas fami­lias, que aguardavam a exi­bição do “ Rancho do Sôr” ; e quando êste entrou na sala com os seus trajos garridos tôda aquela multidão vibrou de entusiasmo. Então, o Snr. engenheiro José Custódio Nu­nes, presidente da Direcção do Grémio, pronunciou um entusiástico discurso enalte­cendo a grande obra de fi­lantropia realisada pelo Snr. Vaz Monteiro e as qualidades do povo alentejano. Começou a exibição do "Rancho” e a cada numero executado cor­respondia uma estrondosa salva de palmas. «Ponte do Sôr em Marcha», «Desfolha­da», «Casinha Alentejana», «Forite da Vila», «Cantares», e «A Nossa Terra», são os números que compõem a pri­meira parte do programa, to­dos êles frenéticamente aplau­didos. Dá-se depois um inter­valo para descanço do “ Ran­cho” , que as raparigas apro­veitam para venderem exem­plares das suas canções, de que fizeram "boa colheita. En­tretanto a Senhora D. Amelia Trajano, alentejana quási nos­sa conterrânea, e a quem o “ Rancho” ficou devendo mui­tas gentilesas, recitou uns lin­dos versos de saudação aos visitantes, da autoria do dis­

tinto poeta Sr. José de Almei­da. 0 actor Sr. João Lopes contou duas anedoctas inte­ressantíssimas. A Sr.a Douto­ra D. Jovita de Carvalho, agradeceu novamente num in­teressante discurso, que la­mentamos não poder trans­crever, a maneira gentil como o “ Rancho do Sôr” havia si­do recebido no Grémio Alen­tejano, tendo todos sido imen­samente aplaudidos.

O “ Rancho” voltou nova­mente a ex'bir-se, encetando esta parte do program com a marcha “ Arraial” , seguindo- se -Moinhos», «Canção das Lavadeiras*, «Amôr Alente­jano», «Alentejo» e «Adeus».

No final da exibição foram chamados o Snr. Vaz Mon­teiro, Maestro Angelo Silva, ensaiador Primo Pedro da Conceição, Doutora D. Jovita de Carvalho e João Marques Calado, êstes últimos auto­res presentes da letra de al­gumas das canções. A nume­rosa assistência tributou-lhes uma extraordinária ovação, premiando assim o esforço que todos dispenderam para a organisação do ‘ Rancho do Sôr'* que, digamos, soube optimamente desempenhar-se da sua missão.

Após a exibição, foi servi­do ao “ Rancho" e a todos os que o acompanhavam, na sa­la da Direcção, um opíparo copo d’água, servido por gen­tis senhoras, tendo-se ali trocado alguns brindes. Se­guiu-se depois um interessan­te baile, que decorreu anima­damente até de madrugada. No atrio de entrada do Gré­mio ostentava-se um lindo cartaz pintado pelos distintos artistas Srs. Antonio Maria Ribeiro e seu filho Carlos de Andrade Ribeiro, grandes a- migos do “ Rancho do Sôr”, que tambem já haviam con­tribuído com trabalhos da sua especialidade para este agru­pamento folclórico.

Fez-se uma fotografia do “ Rancho’r, seus dirigentes e Direcção do Grémio Alente­jano, que nos recordará atra­vez dos anos esta interessan­te jornada artistica.

No domingo, dia 12, reali­sou-se uma matinée no Gré-

C o r p o s j T d m i n i s f r c r f i v o s

O Diario do Governo, de há dias, publicou a nomeaçã ) de vá­rios presidentes das Câ naras Mu- nicipjís deste Distrito, cuja uota damos a seguir:

Alter do Chão, João Frade Cal­deira de Castelo Branco. Ar rom- ches, Francisco Romão Tenório. Campo Maior, João Rodrigues Lavadinho Jú iior Castelo de Vi­de, Manoel Rolo t a Gama Lobo Salema. Eivas. Manuel R ^ r i g u e s CarpUtei ro . Fronteira, Dr. José da Graça Porto. G iv iã ) , Dr. Jo.iquim Maria de Mendonça Lino Neto. Marvão, p jdr e For tunato da Cruz Diniz Pequito. Niza, Dr. José Au ­gusto Fraú>to Bisso e Ponte do Sôr , José Nogueira Vaz Montei ro.

Manifesto de produção

Todos os p .odutores de milho, arroz, feijão, batata, vinho, f g > seco, castanha, azeituna para c o n ­serva e cortiça teem de fazer até ao dia 31 do cor rente o mani fes ­to da sementeira e plantação. Nas regedorias fornecem-se os im p res ­sos precisos.

mio Alentejano, onde o “ Ran­cho” novamente exibiu parte do seu repo to»io. As salas estavam repletas de senhoras e cavalheiros que aplaudiram freneticamente todos os nú­meros executados. A aglome­ração de pessoas e o encera­do das salas, que as torna­va escorregadias, prejudica­ram um pouco a exibição, que embora não tivesse o bri­lho da primeira, foi uma exi­bição à altura.

0 “ Rancho do Sôr” exibiu- se à noite no Teatro Maria Victoria, em duas sessões em que tomaram parte varios cantadores e cantadeiras de de fddos. A m isica, distante do “ Rancho” , prejudic^ u um pouco a primeira parte da e- xibição. 0 caso foi remedia­do com a colocação da o r ­questra entre os bastidores, e assim o espectáculo pros­seguiu com brilho, tendo o “ Rancho” arrancado à assis­tência fartos aplausos.

Foi uma gloriosa jornada, esta, para o “ Rancho do Sôr'' e para a nossa terra, que nê­le tem a melhor embaixada para a tornar conhecida. H o ­nra, pois, aos seus organisa­dores.

Por absoluta falta de es­paço nào publicamos as cri­ticas dos jornais e o discur­so proferido pela Sr.a Douto­ra D. Jovita de Carvalho, no Grémio Alentejano, o que fa­remos no próximo numero.

k M O C I D A D E

F A N T A S I A C I N E M A. . -Ora conta a lenda que o ri­

co Obed se encontrou, manhã já alta, com mendigo chaguento, ge­mebundo, que lhe estendeu a ma­gra mão implorando esmola.

— Infeliz, disse Obed, a tua sor­te me comove. Mas como poderei cu acudir á tua fome se, desde que o sol nasceu, ainda não ga­nhei um único maravedi?

— Qrande Obed, to rnou o po­bre, tu és grande e poderoso. Ailah se dignou encher a tua ai- ca de farturas e a tua bolsa de ri­quezas sem par. Que importa, pois, que hoje não tivesses sido feliz, se podes remediar a minha sorte?

Obed seguiu seu caminho, sem se condoer do misero. E, de ali a horas, cem dos seus mais robustos camelos faziam-se ao deserto, le­vando no seu dorso grande cópia de especiarias que lhe renderiam b tm bem dinheiro. Muito cautt- loso, não íô-se algum dos seus homens desviar-lhe utna parte da carga, metera se à testa da carava­na, e sius olhos vigiavam o sé­quito e varriam o horizonte, teme- toso do assalto de a lgum bando de b e r b a e s que lhe tomariam a fazenda e lhe cerceariam a vida. Os dias sucederam-se, as noites passaram, e, quando h( mens e a- niinais se encontravam já exaustos, ch igaram a uma grande cidade de elevados minaretes, onde as espe­ciarias se venderam num instante.

Obed sentia-se feliz. Suas mãos acariciavam as moedas tão íàcil- inente ganhas. Regressaria depres­sa a seu palácio faustoso, com­praria mais escravas e passaria dias inteiros em adoração aos seus montes de dinheiro.

—Obed, suplicou uma voz fa­minta por detraz cêle— vejo que és feliz e que me poderás valer. Dá- me um misero maravedi para sfcciar minha feme.

— Tu ainda, desgraçado?—ex­clamou o comerciante colérico, c o m o podes tu implorar de mim uma esmola, se Ião poucos são os meus ganhos e tão grandes as minhas despezas? Que a sorte se condoa de ti. Allah seja contigo!

E, novamente à testa dos seus cem camelos, reentrou no deserto. Os animais estugavam o passo incitados pelos gritos dos guias e a caravana depressa findaria a sua jornada. Uma noite, acampados na base de uma gtaride duna, uma sc i rbra curvada se encaminhou para Obed que, envolvido 110 seu longo arbornoz, se aquecia a uma fogueira quási exausta

— Obed, suspirou uma voz fraca, condoi-te de m i m . . .— Mais uma vez tu, perro maldito! Qu ando me deixarás em socêgo c o m a s tuas l a m ú r i a s ? - E Obed ergueu-se, enorme, colérico, e a- pontou ao mísero a vastidão im­ponente do deserto:

— Vai, miserável e ascoroso pe­dinte, vai! E que nunca mais a tua sombra desprezível se se en­contre 110 meu caminho!

— Ah, Obed, como eu tenho pena de ti!—segredou o pobre. Acabas de perder um grande bem. Tiveste a fortuna nas mãos e dei­xaste-a fugir! . . .

Os olhos do comerciante, à luz exangue da fogueira, se animaram.— Disseste fortuna?, p regunt ou êle ancioso.

—Sim, respondeu o mendigo. Há anos sem conta que procuro sôbre a terra um homem piedoso a quem entregar os mais fabulo­sos tesouros do mundo, e jámais o encontrei! Meus cabelos em b ra n ­queceram, meu corpo mirrou, minha voz enrouqueceu nessa busca sem destino, mas a impieda­de humana é grande 0 desespero

de encontrar c homem que procu­ro. E despedindo-se do comerci­ante:

Q ua Allah te proteja, infJiz Obíd!

— Meu amigo, choramingou 0 mercador acercando-se dêle, não queiras fazer a minha d e s g r a ç a . . . Allah é testemunha de que sou piedoso e justo. Minha bolsa se abre vezes sem conto a socorrer os pobres e os fracos. Porque liás- de tu negar-me aquilo de que sou merecedoi? Repara que, se não vali à tua misé ia, é porque há tempos sem conta que a desgraça me persegue e não alcanço lucrar um punhado de m a r a v e d i s . . .

E arrojando-se aos pés do men­digo:

— Atenta em mim! Sou eu, de certo, o homem que há tanto p ro ­curas. Lcva-me a êsse lugar mis­terioso, onde dizes haver fortuna das fortunas!

— Obed, disse o mendigo, co m ­padeço-me de ti. Segue-me, que alcançarás 0 que pretendes.

As fogueiras, ao longe, morr i ­am. Um silêncio calmo e solene caia sôbre tô ias as coisas. EO bed, 0 rico comerciante e o misero mendigo caminhavam apressada­mente, estugando 0 passo.

— Minhas pernas fraquejam — suspirou Obed. E’ ainda longe o nosso destine?

— Não, estamos a chegar.E o mendigo, num riso estra­

nho, estendeu um biaço:— E’ além o termo da nossa

jornada.Depois, Obed não sabe como

aquilo foi. Muitas sombras, deze­nas de sombras diabólicas caíram de chôfre sôbre êle e o amorda­çaram e amarraram. Um deses­pero imenso se aposseu dêle. Ti­nha medo, muito medo, e os seus olhos inquietos rolavam espanto­samente pelas caras sinistras dos salteadores. Mas 0 b m d o não se interessava por êle. A um sinal do chtfe, curvados, sem um ruído, afastaram-se lentos. E de aii a p o u ­co, de longe, vinha um ru i i o mis­terioso, murmur ios mal perceptí­veis, gritos desgarrados que de­pressa morriam. E, depois, as mes­mas sombras, dezenas de sombras enormes, de pesadelo, se acerca­ram novamente de Obed, fazendo ruído ensurdecedor. O comerciante sentia-se mal. O sangue afluia-lhe ao crâneo. Seus olhos, inenados, a custo distinguiam seus cem came­los, que estavam ali, junto dêle! E o mísero sufocava, contorcia-se de desespe ro, gemia, retalhava as carnes nas duras cordas que o ma- n i e t a v a m . . .

— Obed, chasqueou o falso mendigo, curta foi a tua jornada e grande a tua desgraça. Aí te deixo, só, no meio dêste deserto, a meditar no que fôste e no que és. A ambição te guiou, e a a m ­bição te perdeu!

E os bandidos montaram nos cem camelos e se fizeram rumo ao norte. O sol nasceu, e, sôbre os areais do deserto, não aparecia sombra humana que pudesse valer a Obed. As horas decorriam lentas, o sol queimava, a poeira cegava- lhe os olhos e a areia supliciava- lhe a carne. Um frio imenso, um frio de pesadêlo, lhe enchia todo 0 corpo. Não v h , seus ouvidos recebiam mil sous estranhos, c o n ­fusos, que se entrechocavam b r u ­talmente. E Obed tinha frio, muito frio, via-se no meio de uma noite densa, onde s í agitavam sombras misteriosas que rugiam sinistra­mente. . .

U m a caravana 0 encont rou, de­lirante, semi-morto, num estado miserável. E Obed acordou de um grande pesadelo, 0 sol do deserto

Uma tragédiaErrol Flynn, o simpático galã

de " O Capitão Blood", conquis­tou, com êste filme, uma popula­ridade tremenda. O que deu em resultado que muitas meninas olhei- rentas e bexigosas, dessas que gr i ­tam a torto e a direito 0 seu ciriefi- lism o, se apaixonassem doidamente pelo famoso sucessor de Rodolfo Valentino.

Ora um belo dia, amigo Errol Flynn filmou “ A Carga da Briga­da Ligeira” , filme espectaculoso, movimentado, pleno de lances de heroismo e de epopeia tão do agrado de tôdas as plateias O êxi­to foi simplesmente estupendo, tanto mais que Errol Flynn, para variar, ostentava um simpático bi- godinho, um bigodinho diabólico, revolucionário, que incendiou mais uns milhares de coraçõjs. M a s . . . vão lá compreender as m u l h e r e s . . . eis que a " W arn e r -F i r s t” , a firma onde trabalha o discutido galã, co­meça a receber cartas sôbre cartas, telegramas sôbre telt gramas, tele­fonemas em barda, a gritar o vee­mente protesto de milhares de ci­néfilas que não concordavam com 0 bigode do Errol. Os directores da grande empreza de Hollywood, coitados, arrancavam os cabelos da cabeça, atrapalhados, quando, de repente, comtçam a chover sô­bre o estúdio montes e montes de correspoiiLència de outras milha­res de cinéfilas que rebolavam de satisfação com os bigodes Erroles- cos Que fazer em face dos dois campos ant ígónicos das admira­doras do novo Apoio? C o m o re­solver ê>te intrincado problerm? Os directores da Warner pensa­ram maduramente no caso. Até Que um, batendo coin a mão na testa, p ronunciou o clássico eure- ki e apresentou a chave do pro­blema: um simples plebiscito, lan­çar através do mundo esta inter­rogação anciosa—com bigode ou sem bigod ?

E o Errol Flynn espera confia- damente pelo desfecho jêste inqué­rito para filmar de nov o . Uma tragédia, uma autêntica tragédia, a dos bigodes do Errol.

ilesastreEm frente da sua residência, na

Rua Vaz Monteiro, foi há dias a- tropelada por uma "m oto ” , con­duzida pelo Sr. Manuel Rodr gues Oaio, a menina Maria Ana de Carvalho Fontes, filha do nosso presado assinante Sr. José Sabino Fontes e de aua esposa D. Sára de Carvalho Fontes. Do embate resultou ficar a pequenita bastante magoada e com escoriações 110 rosto e nas pernas, felizmente sem gravidade. O motociclista não te­ve culpa do desastre.

Í T 0T7-0 c o l a / t o © r a 5 . © r

Colabora hoje em “A Mocidade” , pela primeira vez, o nosso estimado amigo e distinto professor em Casa Branca, Sr. Joaquim Carranca, que modestamente, se esconde sob as iniciais “ J. C ."

Apresentamos «o nóvel colaborador as saudações do estiio, e fazemos votos por que continue a honrar 0 nosso jornal com a sua inleie;-:ante colaboração.

Yamos ter foot-ball!E' com a maior satisfação que anun­

ciamos aos nossos leitores que, fin al­mente, Ponte do Sôr vai ver jogar foot-ball de verdade! Desloca se a Ponte do Sôr, con v ld a d 0 p e l o Eléctrico Poot-ball Club, no próximo dia 4, o famoso team da Associação Académica de Coimbra. Combinado português dos mais categorizados, 0 team da Académica tem este ano urn poder realizador que jámais atingiu. Jogadores sobejamente conhecidos dos aficionaúos da bola, como Tibêrio, um dos maiores arqueiros portugueses, a grande parelha de "backs" Cristovão e José M a ria Antunes, uma meia defesa sólida, onde Fuustino, Portugal e Ar­naldo Carneiro brilham a grande al­tura, e uma linha avançada das mais perigosas e das mais homogéneas que pisam os nossos campos de jogos—Ma­nuel da Costa, Peseta, Gomes. Concei­ção ( Nini) e Octaviano—eis a poderosa linha dos estudantes que vai maravi­lhar o público da nossa terra com o seu jogo emocionante, de[passes curtos, desconcertantes, de grande beleza e e- feito .

Impõe se agora que Ponte do Sdr saiba receber os simpáticos estudantes. Sabemos que se projecta uma grande recepção aos doutores da Lus i-Meiias, assim como sabemos também que os mesmos serão homenageados, na sua breve estadia na nossa terra, con1 uma pequena festa que vai deixar recorda­ções. Muito bem. E agora esperemos pelo dia 4, em que Ponte do Sdr em pêsovai assistir, pela primeira vez, a um desafio de foot-ball!

A Direcção do Eléctrico Foot Bali Club é crédora dos nossos elogios em se abalançar a trazer até nós um dos melhores "teams" portuguêses, não olhanpo a despezas que certamente serão muitas, nem poupando esforços para que a deslocação daquele team fôsse um fa:to

— No próximo dia 23 encontram se no «Stadium Matuzarense• os teams de honra do Eléctrico Poot-Ball Club e do Sport Lisboa e Portalegre, um dos melhores grupos do distrito.

— No passado dia 5 encontraram-se no •Stadium Matuzarense» os "teams" de honra do Grupo Desportivo bAatu- zarense, desta vila, e o C lub de Foot- Ball os Tomarenses Grapo heterogé­neo, de fraco valor, o grupo de Tomar fo i vencido com relativa facilidide pelo Matuzarense, que terminou o en­contro a ganhar por 6 —1.

batia-lhe nas faces, os camt los da­vam grandes passadas, planavam abutres nos longes do horizonte. Renascia. . .

. . . E , segundo diz a lenda, de ali em diante, não havia em ter­ras do Islam varão mais piedoso, mais rico, mais feliz do que Obed, 0 comerciante.

Qa.\i&aJLdmo od<clhcuU

GalveiasFoot-Ball—Está despertando extraor­

dinário interêsse ne;ta vila o desafio que hoje, 19, se vai travar entre os dois clubs locais, Sporting Club Galveen-e e Club de Foot-Ball os Galveenses, para reatame ito das suas boas relações cuji realização se deve em especial aos d i l i ­gentes de ambos os clubs Srs. Anselmo dos Santos 1-Vqueno e Heliod>ro \. Ba­calhau, que ao caso dispensaram o m ;- llior do seu int-rêsse. Nenhuma opinião div rge de ta feliz iniciativa e sâo unâ­nimes os sócios a querer a ttniâo dos dois clubs, observando-se 0 mesmo de­sejo da parte dos antigos promotores da discórdia entre os dois clubs. Natu­ral é que um público num roso e entu­siasta compareça em campo a animar os seus favoritos. O produeto do en­contro destina-se a auxiliar os infelizes pobres desia vila, proporcionando-lhes desta forma um natal alegre e feliz que os liberte, por momentos, d ' S suas agru­ras. Desta forma, comparecer ao certa­mente animado prélio, é um dever que se impõe a todos os que desejam o be 11 da sua terra e a felicidade alheia.

Com o entendimento dos dois clubs — a união faz a fOiça— o foot-ball galveense vai dar uni grandt passo em frente, fazendo reviver as suas glorio­sas tradições.

O estado das ru a s — As ruas desta vila encontram-se num estado lastimo­so, especialmente as da Libertação, M a­chado Santos e Magalhães Lim a. Os bu­racos que ali se encontram são a ver­gonha da nossa terra, e as ruas, intran- siiáveis, dão, a quem nos visita, uma péssima impressão de abindouo e de desleixo que é necessário desfazer. Ter­ras de somenos imporiância teem as suas ruas ua melhor ordem. Ora Qalveias, terra progressiva que é, não pode de maneira alguma, continuar a ostentar êsse estendal de miséria que sâo as nos­sas ruas. Não se trata aqui simplesmen­te, do nosso brio ferido pelos comentá­rios acres dos que nos visitam. Muitos sâo os transtornos de tôda a ordem que o mau estado das ruas provocam. G I- veias é, ninguém o contesta, uma das freguesias mais importantes do concelho. Porque não se ha-de olhar com um pou­co mais de carinho paia as suas ruas, a escola, etc., etc., uma infinidade de coi­sas para que ninguém oliia.

Consta-nos que o nosso conterrâneo Sr. Assis Roda, futuro vereador da Câ­mara Municipal, tem em ra -nte vários melhoramentos para a nossa terra, entre os quais a reparação das nossas malfada­das ruas.

- IM . a . h . L C L -

Maria: H á neste mundo Muito nome igual ao teu.0 seu sabôr tão profundo, Foi emanado do céu.

É pequenino, mas belo,Como é bela a luz do dia!Com cinco letras, singelo.T e u nome encanta. Maria!

Maria, vive canntando Nos lábios de tôda a gent í ; Morre sorrindo e brincando. Qual borboleta inocente!

Se Jesus, quando expirou,Disse 0 teu nome, Maria.Decerto não encontrou Outro com tan ta harmonia.

Maria! Até dá gôsto A gente cham ar por t i ! . . ,E fica então tão bem pôsto Num rôsto que nos s a r r i ! . , ,

Se tu morresses, Maria,Durante mil gerações 0 t eu nome ficaria E m todos os corações.

Trago se mp re na m i n h ’a lma A suave melodia D ’essa canção, t erna e calma, Q u e é 0 nome de Maria.

Tin ham es sa graça santa Minha i rmã e minha mãe!Já sabes porque me encanta Chamar Maria a alguem!

Ponte do Sôr, Dezembro de 1937

j o ã o m . c A k A o o

C Y U o

Realisou-se 110 dia 28 nesta vi­la a inauguração do monumento erigido à memória do ilustre p r o ­fessor Carlos B-lo Morais, profes­sor da Faculdad- de Medicina da U.iiversidadt* de Lisbôi e uma das primeiras sumidades médicas do nosso p ís.

A ’ cerimonia que teve a ilustrá- -la g rande numero de professores e homens de ciência, comparece­ram milhares de pessoas desta r e ­gião que assim qtiizeram testemu­nhar ao grande medico filho do Crato e ha pouco falecido o teste­mun ho da sua admiração.

— Nos últimos concursos para* aspirante Je Finanças prestaram provas os nossos amigos Srs. José Manoel Marques Leilão, José C a ­tivo e Julio Bacho, que se acham esperançados em obter boas clas­sificações. Oxalá assim suceda e que as suas colocaçõís não se fa­çam esperar.

C.

Oxalá que assim seja.A quem de d ir e ito —O caminho do

Matadouro, em direcção à Ramalheira e que dá acesso a muitas piopriedades, encontra-se, desde bá mêses, num pés­simo estado de conservação, tendo piora­do considerávelmente com os últimos temporais Os veículos já não podem cir­cular neste trôço de estrada, tais são os buracos que ali se encontram. Tratando- se dum caminho muito concorrido, urge providenciar quanto antes.

O te m p o — IJepois de uns dias de sol caricioso e enganador o mau tempo vol­tou a alarmar-r.os com consideráveis pre­juízos materiais Os pobres trabalhadores são os mais prejudicados, por êste tem­po os privar de angariar o pão de q ie necessitam para si e para os seus. R -ina grande miséria, visto que muitos dêles lutam há muito tempo com falta de tra­balho.

D e v is i t a —Por motivos que a sua vida lhe impôs, esteve entre nós durante alguns mêses o nosso conterrâneo e ami­go Sr. António Ventura Simão, reforma­do da Guarda Republicana, tendo regres­sado já a Lisboa, onde reside.

Anselmo dos Santos Pequeno

A M O C I D A D E 3

Sopn dos Pobres k Ponte k Sor ^ ^ | v ç ! 1 # d 2 d ç 1 G ^ QTendo o presidente desta Sopa

pedido a demissão do seu cargo e sendo os restantes membros da Direcção de opinião que deve ser eleita uma outra para o proximo ou proximos anos, convoca-se por este meio uma reunião dos socios d ’esta Sopa para as 13 horas do dia 25, para o fim exposto. Se a esta hora não estiver a maioria de sdcios, uma hora depois resolverá com qualquer numero.

Que nenhum socio falte a emitir o seu parecer, são os votos do

Secretario e Tezoureiro

da Direcção da Sopa dos Pobres

(Continuação de of rias do corrente ano)

Dos senhores: D. Maria da Oraça Es­padinha Ferreira da Costa, 8 quilos de batat s e 1 chispe com 1 8> 0 gr . Doutor Augusto Camossa Saldanha e D. Matg i- rida Vaz Monteiro e Silva, de caçadas feitas uo seu couto, entregas feitas por Manuel Domingues 1 lebre e 4 coelhos, por Antonio Baptista 7 coelhos, por Matioel Cordeiro Paula 12$90, percenta­gem sobre coelhos vendidos, por Alfredo Paes d’Andrade 3 coelhos, por Antonio Ftrreira Oato 7$00. por Paul David Cunha 5$2a e, finalmeme per Paul de Zezere 15$00, tambem da percentagem de coelhos vendidos; J O u z Bucho, !o litros de feijão frade, joâo da Silva Car­valho 2 pães de milho, Ramiro Pires Fili­pe 4 quilos de massa, Comandante do Posto da O. N R. de Ponte Sor, 24$00, Joaquim Figueira, um alguidar grande de ossos de vfca com re tos de carne e Inacio V; z e e?posa, um quilo de cacau e 2 quilos de assucar.

—Repetimos: que todos os fó ios e nâo sógos venham assistir á distribuição da sopa ás". 12 horas de qualquer dia, sâo os votos da Diiecção di Sopa dos Pobrt s. Só ascim poderão apreciar o que há feito e o que se poJeria lazer ainda.

A DIRECÇÃO

Entre amigos

- - B o m dia, anvgo Anastácio José Salgado.

—Olá! meu amigo. Não há quem o veja.

- E.' verdade, com este frio, não se pode sair de casa

— Faça como eu, apenas me le­vanto, vou matar o bicho à Adega Firme: Olhe que tem bons vinhos, os melhores cá da Urra e é seu proprietário, o nosso amigo Lo u­renço Pereira Firme,

( R E T A R D A D O )

Há coisas que estão ditas e reditas mas que n u n ­ca é de mais lembrá-las. Pelo contrário, é de abso­luta necessidade e de incontestáveis vantagens avi­vá-las na memória das gentes,

Nêste caso está para nós, portugueses, a data gloriosa do 1.° de Dezembro de 1640!

Lembrar esta data é trazer à memória da gente lusitana todo o passado de glória; é reacender nos corações o culto das grandes virtudes e dos grandes homens; é incensar no altar da Pátria o idolo da Independência nacional; é esquecer, por momentos, a pequenez do Presente para nos sentirmos gi an ­des na grandeza do Passado, é despertar energias e alimentar esperanças; é ser por tuguês como portu- guêses que o saibam ser; é cantar hosanas e entoar tniset ères.

Envolta em farrapos de ambições criminosas e traições aviltantes que êr ros de traz haviam fomenta­do, jazia uma Pátria imersa numa profunda Ietaigia de indiferentistno disposta a todas as afrontas, p ro­pensa ás maiores baixezas.

Um sono que parecia o dormir da morte esten­dera seu manto de trevas íôbre as cousciências en­torpecidas dos portuguêses.

Na marcha natural dos acontecimentos que de­termina as leis inflexíveis da Htstóiia veio suceder o que mentes obsecadas não quiseram ver, e que al­mas de agouro vinham preparando.

Portugal viu um dia banhar as campinas de flores e graça, o Soi que doirava a coiôa do Demó­nio do Meio-dia e que num sorriso irónico nos man­dava seus raios! - * .-frios como as orvalhadas do O u ­tono, cortantes como as neves do inverno. Pelo céu de Portugal voou afrontosa a bandeira castelhana que, em remotos tempos e bem mais felizes, vestira luto nos campos de Atoleiros, Aljubarrota e Valverde.

Alcácer-Quibir estava ali ccmo espectro horií- vel; quáíi pedra tumular debaixo da qual desapare­cem todas as esperanças e se evola o último sôpro da vida Ficára lá sepultado todo o passado de gló- lia envolto num lençól de ignomínias!!!

Agonizava a Pátria! e tudo parecia perdido!Mas, nos escombros da derrocada nacional, fi­

cára alguma coisa que decretos de legisladores não puderam derrogar, e a rmas de guer rei ros eram im­

potentes para destruir.Ficára um livro, monumento grandioso; faról

redentor, a desviar dos escólhos a barca periclitante da autonomia da Pátria. Ficára num livro que o po­vo já tinha lido e guardado no santuário do seu co­ração, resando com devoção as estrofes inspiradas do poéta.

F.ra os ” Lusiadas” , Biblia sagrada da Pátria P or ­tuguêsa.

Livro santo que havia de sôbre viver á heca- tombe da Pátria para acender no peito português com as labaredas dos se” s eni tos, a i n d ^ u a ç ã o san­ta contra a opressão aviltante do? govêrnos caste­lhanos.

Cheia a medida das baixezas e aviltameníos e quanto mais cheia, niais forte e grandiosa esplodiu a revolta da Nação, sacudindo o pesadêlo de 00 anos.

Alvorecia o dia 1.° de Dezembro de 1Ó40 e o Sol da Liberdade banhou novamente os vales e as serras do nosso abençoado Paí> cuja história é uma epopeia de heroismos, um alevantado pregão de de amôr á Liberdade.

A Nacão, num acto de revolta que dignifica, sacudira para longe as gargalheiras de escravo, dando um pontapé brutal no Dominio dos Filipes.

Na marcha natural dos acontecimentos chegou Por tugal a uma verdadeira crise de sentimentos pa­triotas, que urge debelar para a honra da Nação.

Promover o levantamento da raça, restaurar as suas nobres tradições, avigdrá-la e prepará la para marchar decidida e resoluta uas pégáJas da civiliza­ção é obra que se impõ* a todos que teem amor á terra em que nasceram.

Notemos, pois, que tem sido, principalmente, o nosso nunca desmentido amôr á Pátria, o culto da l iberdade e da iudependencia que nos tem trazido pelos séculos fóra até hoje, como Nação independên- te, quando tantas outras, mais fortes e poderosas teem desaparecieo da cena política da Europa.

Não deixemos, pois, esmorecer na alma do po­vo essa qualidade que o torna um penhor seguro da integr í Jade nacional e da Iudependencia da Pátria,

Carteira EleganleFazem anos as Ex.mas Srns.as e Snrs.

Dezembro

Hoje—Severino Marques Calado e D. Alexandrina Vlaria Lourenço.

Amanhã—D. Ofélia Rovisco de Car­valho, em Galveias, Manuel Josè de Matos Espadinha. D. Etelvina Alves Lopes, nos Olivais e Luiz Rosa Sara- mago,.em Galveias

22--Marçal : 1 1 C; i> ! Adão Mendes Raimundo, em Torre das Vargens.

23— D. Alzira Benvinda Antunes e menina Narcisa Oliveira Morgado.

24 —Menino Manuel Rocha Costo, em Galveias, /oão Filipe Rires, D. CUstódia do Nascimento Velez, enfuBe navlla e Francisco Pinto Alves," em Benguela.

25 -Artur Duarte Lino e Elias Viei­ra Morgado Mu ta, em Galveias.

28 — António G. Martins Moreira, em Portalegre.

29 —António tAcndes Martins e D Aida Augusta de Mendonça Pais, em Lisboa.

33 -D. Ierónirna Baptista Algarvio, Joâo Baptista de Carvalho, no Pôrto, tAaniiel António da 'iilva, em Castelo de Vide e D L uizi Josefa Marques, no Domingão.

31—D. Ana Pina, em Galveias.

Consorcio

Realisou-se ha pouco, em Lisbô.i, o enlace matrimonial do nosso estimado correspondente na Barqu nhr, Sr. /osé Agostinho Vieira Gonçalves, empre gado de escritório di C. P., com ma- demoiselle Laura Vieira da Silva, gentil filha da snr.a D. Adelaide Vi­eira da SUv j e do Sr. /oaauim da Sil­va, jâ fãlec d >s. Paraninfaram o actr, por parte da noiva a òr - D. Alice Go­mes Ferreira e seu marido . r. josé Ferreira e por pirtè do noivo a Sr a D. Maria do Ceu Vieira Pirão Alves da Costa e seu marido or. a c u c í o A l ­ves da Costa.

Os noivos fixaram residencia em BarquinhaDesejamos lhes um futuro muito prós­

pero e uma prolongada lua de mel.

C B. I - X I I - 9 3 7 J . C.

AnuncioPor este Juizo de Direito e car-

ter ío da l . a secção, correm éditos de dez dias, a contar da segunda publicação deste anuncio, citando os credores do falido Avelino Oo dinho Braga, casado, residente em Galveias, desta comarca, nos ter­mos do artigo Q1 do Codigo de Falências, para impugnarem, que­rendo, seb a .cominação legal, na acção de processo sumário que por apenso ao prccesso de falência do referido Avelino Godinho Braga lhe move o Doutor Delegado do Procurador da Republica, nesta comarca, na qualidade de repre­sentante da Federação Nacional de Produtores de Trigo, com séde em Lisboa, para pagamento da quan ­tia de 2 3Ó9$65, proveniente de multas aplicadas àquêle falido por não ter p?go no praso legal di­versas facturas relativas a trigos que lhe foram distribuídos.

Ponte de Sor, 13 de Dezembro de 1937.

Verifiquei a exactidão O Juiz de Direito,

Dias Loução

O chefe da I a secção, Antonio do Amaral Semblano

Assinai A Mocidade

E D I T A LJu sé Nogueira Vaz Mon-

teru, Presidente da Comissão do Recenseamento Militar do concelho de Ponte do Sôr.

Faço saber que de harmo­nia com o Regulamento dos Serviços do Recrutamento Militar, de 23 de Agosto de 1911, todos os mancebos que completarem 19 anos de idade durante o corrente ano são obrigados a participa­rem durante o próximo mês de Janeiro á Comissão do Recenseamento Militar, na Se­cretaria da Câmara Munici­pal, que chegaram á idade de serem inscritos no recen­seamento militar.

Teem tambem obrigação de fazer esta participação a respeito de seus filhos, tu­telados, ou mancebos sobre quem tenham acção directa, os pais, tutores ou pessoas de quem dependam os man­cebos.

Aos que não cumprirem esta obrigação, será imposta em processo de policia cor­recional a multa do artigo 251.° do mesmo Regulamen­to.

Para constar se passou o presente e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares do costume.

O Presidente da Comissão do Recenseamento Militar.

padecimentoManuel Domingues e sua m u ­

lher Josefa Lourenço Dias, muito gratos para com todas as pessoas que se dignaram acompanhar á sua ultima morada a sua muito chorada filhinha Claudiiia -Dias Domingues, ha pouco f decida, veem por esta forma testemunhar- lhes toda a sua gratidão.

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padecimentoNa impossibilidade de directa­

mente agradtcer a toJos aqueles que se tê n interessado pelo esta­do de SíúJe da menina Maria Ana de Carvalho Fontes, e rece­ando cometer alguma falta invo- luntatia, a sua fundia vem por es­te meio manifestar-lhes todo o seu reconhecimento e gratidão.

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situadas na Rua Luiz Camões, desta vila. Quem pretender dirija-se a Joaquim Antonio Temper?, tambem nesta vila.

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E D T A LP r i m o P e d r o d a C o n c e i ç ã o , s e r v i n d o d e

C h e f e d a S e c r e t a r i a d a C â m a r a M u n i c i p a l e R e c e n s e a d o r E l e i t o r a l d o C o n c e l h o d e

P O N T E I D O S O I R ,

F A CO SA B E H, nos termos e para os efeitos do n° 1.° do art.° 8,° do Decreto-lei n.° 23.406, de27 de Dezembro de 1033, que no próximo, dia 2 de Janeiro teem início as operações para organização dorecenseamento político do próximo ano

.Assim, pelo presente, convido os indivíduos de ambos os sexos com capacidade eleitoral nos termosdo referido Decreto, a inscreverem^se como eleitores, desde 2 de Janeiro a 15 de Março.

Z E P a r a a I : n s c r I ç a , o d e v s - s a t ê r e r a v i s t a , c s s e g r ^ L l x a / t e s p r e c e i t o s

l .° —Sâo eleitores da 4s’- semblea Nacional e do Pre­sidente da República:

I— Os cidadãos por tuguêses do sexo mascul ino, maiores ou e m a n ­cipados, que sa ibam ler e e s c r e ­ver, domicil iados no concelho há mais de seis mezes ou nele exer­cendo funçõ2s públ icas no dia 2 de Janeiro anterior á eleição;

I I— Os c idadãos por tuguêses do sexo masculino, maiores ou e m an­cipados, domiciliados no conce­lho há mais de seis meses , que, embora sa ibam ler e escrever, paguem ao Es tado e corpos ad m i­nistrativos, a um ou a outros, quant ia não inferior a 10 0 $ por todos, por algum ou alguns dos seguin tes impostos : contribuição predial, contribuição indus tr ia l , im­posto profissional, imposto sobre aplicação de capitais.

NOT A — A qualidade de contri­buinte pr , ,va-:e p la inclusão no mapa enviado das Repartições de Finanças ou pela exibição dos co­nhecimentos que a comissão elei­toral da f egueMa ave ibará no processo ou verbete do interes­sado.

I I I— Os cidadãos por tugueses do sexo feminino, maiores ou

emancipados, com curso especial , secundár io ou superior, co m p ro ­vado com o diploma respectivo, domiciliados no concelho há mais de seis meses ou nele exercendo funções publ icas no dia 2 de J a ­neiro anterior à eleição,

N OTA —Estas l n b lita^ões p r o ­vam se pela exibição do diploma do curso, da certidão ou da pú- blica-forma respectiva perante a comissão referida.

A prova de saber ler e escrever faz se:

a ) —Pela exibição do diploma de qua lquer exam e público, feita peran te a ci tada comissão;

b ) —Por requerimento escri to e ass inado pelo próprio, com reco­nhecimento notarial da letra e a s ­sinatura;

c )—Por requerimento escrito, lido e assinado pelo próprio pe­ran te a comissão a ludida ou a l ­gum dos seus membros , desde que ass im seja atestado no reque r imento e autent icado com o selo em branco ou a t inta de óleo da Junta;

N O T A —A inclusão dos indivi duos nas relações dos chefes das repart ições ou serviços públicos civis, mil i tares ou mili tarisados,

com indicação de saberem ler e escrever, é prova bas tan te para efeitos de recenseamento.

individuos devem fazer a sua tendo requerido a sua inscrição i s r n r n n ou devendo ser inscritos oficiosa-inscnçao. mente , de ixa rem de o ser.

2.°— Não podem critos:

ser ins-

I— Os que receberem a lgum subs ídio da assi stência públ ica ou da beneficência part icular e e s p e ­c ialmente os que es tenderem a mão à caridade;

I I— Os pronunciados por qua l ­quer c rime com trânsito em jul gado;

I I I— Os interditos da a d m i n i s ­tração de sua pessoa e bens, por sentença com trânsito e m ju lga­do, os falidos não rehabil i tados e, e m geral, todos os que não esti verem no gôzo dos seus direitos civis e políticos;

IV— Os notoriamente reconhe­cidos como dementes, embora não es te jam interditos por sentença.

3.°— j4s relações dos elei­tores •a inscrever são organi­zadas pelas comissões eleito- raes das freguezias, compos­tas pelo Regedor, Presidente da Junta e por um delegado do Administrador do Conce­lho, e é perante elas que os

4.°— M è 10 de Abril, os cidadãos podem verificar em cada concelho ou bairro se vão incluidos nas relações re­feridas no número anterior e reclamar, perante a respecti­va comissão do concelho do recenseamento, a sua inscri­ção como eleitores.

N O T A — Para efeitos de r ec la ­mação, os interessados, de 1 1 a15 de Maio, podem examinar as cópias dos recenseamentos origi nais afixados à porta da Sec re ta ­r ia da Câmara Municipal,

As reclamações, que não p o ­d e m dizer respeito a mais do que u m c idadão áterão interpostas pa ­r a os auditores administrat ivos a té ao dia 20 de Maio e terão por o b j e c t o :

a E l iminação no r< censeamen- to dos cidadãos í c ev idamente inscritos;

b) Inscrição dos cidadãos que,

5 .°— Os diplomas, certi­dões e públicas-formas e de­mais documentos necessários à inscrição dos cidadãos nos cadernos eleitorais e á ins­trução das reclamações, serão obrigatória e gratuitamente passados papel sem selo, dentro dos prasos marcados no citado Decreto-lei, median­te pedido verbal dos próprios interessados, incorrendo as entidades que demorarem ou não entregarem tais documen - tos nas penalidades corres­pondentes ao crime de deso­bediência qualificada.

6 °— Em tudo cue não fôr expressamente regulado no citado Decreto lei, vigorará, na parte aplicável, a legisla­ção vigente.

Na Secretaria da Câmara Municipal e nas st des das Juntas de Freguesia, onde funcionam as Comis­sões Eleitorais, dão-se os esclarecimentos necessários e, para geral conhecimento, publico o presente edital, que vai ser afixado nos lugares públicos do costume.

P A Ç O S D O C O N C E L H O , 1 8 D E D E Z E M B R O D E 1 9 3 7 .

(a) rirmo edro da 0 oqceição

Jtlontargril

Falecim ento — Faleceu no passado dia i7 de Novemb o com a avançada i- dade de 95 anos, a Sra D. Maria Rita Bernardo Nogueira. O seu funeral, que foi religioso, foi muito concorrido, tendo- se encorporado nele o núcleo local Le­gião Portugue;a e muito povo represen­tando todas as categorias sociais.

A extinta era mâi dos Snrs. Gauriel Nogueira Leitão e Antonio Nogueira Leitão, conceituados comerciantes 110 Couço, e sogra, do Sr. José Baptista Lo­pes, comerciante nesta vila.

Estrada das A fonsas-Encontra-se em péssimo estado de conservação a es­trada que principia na Escola e termina nas Afonsas. Sem valetas, por ocasião das chuvas, a estrada transforma-se num enorme lamaçal e são incalculáveis os transtornos que êste estado de coisas produz à laboriosa população da bairro das Afonsas. A quem de direito se solici­tam providencias para remediar esta ver­

gonha, que, além de desacreditar Mon­targil. tantos aborrecimentos causa a quem se tem de servir da dita estrada.

O tem poral —Esta vila tem sido asso­lada por grandes trovoadas, tendo o Rio Sòr, no passado dia 21, atingido a maior das cheias dos últimos anos, o que ori­ginou consideráveis prejuizos nas propri­edades mat ginais. A cheia levou a pe­quena ponte de madeira que nos ligava com a margem esquerda, ficando, por tal motivo, o transito corlado por esse caminno. Os agricultores d sta região es­tão bastante desanimados, em virtude do futuro ano cerealífero' prometer fraca co­lheita.

A ze ite—Com a abertura, dos lagares êste precioso liquido desceu de 9$00 para 5$00 o litro. Bom era que p<ra bem dos pobres este preço se mantivesse por muito tempo.

Carlos Travassos Correia

V i s a d o p e l a C e n s u r a

G U I ! * r,Manuel M a r t i n s Cardigos,

Administrador do Concelho d e Ponte do Sôr.

Faço saber que todos os est ran­geiros teem que legalisar a sua situação etn Portugal durante o mê? de Janeiro de 1938.

P a ra sú bd itos espanhoes: E' unicamente o Certificado de Na­cionalidade passado pelos respecti­vos Consulados e valido até 31 de Dezembro de 1938.

P a ra súbditos de outras na cio­na lida des são:

a) O bilhete de identidade pas­sado pelo Arquivo de Identifica­ção. c u r a validade leKal.

b) Auctorisação de Residencia, passada pelas Auctoridades Admi­

nistrativas,com validade de 180 dias Todos estes documentos, excep

to a A uctorisação de R esidencia estão sujeitos ao visto das Aucto­ridades Administrativas, durante o referido mês de janeiro.

Para constar se passou o pr e­sente e idênticos que vão ser afi­xados nos lugares do costume.

Serviços Administrativos da Câ­mara Municipal de Ponte do Sôr,16 de Dezembro de 1937.

O Administrador do Concelho,

M anuel M artin s C a rdig os

A s s i n a i

“ f i M o c i d a d e ”

Professores habilitados com o Curso do Magistério P ri­mário abrem brevemente, nes­ta vila, um curso de explica­ções. Habilitam se alunos para exame de admissão aos liceus.

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