Banqueiro operava conta secreta de Cunha na Suíça - MPPA

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www.oliberal.com.br PRESIDENTE: LUCIDÉA MAIORANA PRESIDENTE EXECUTIVO: ROMULO MAIORANA JR. BELÉM PARÁ BRASIL OLIBERAL - Fiéis carregaram imagens de Jesus e Santa Faustina até a Catedral Metropolitana ARY SOUZA / O LIBERAL EM CASTANHAL CACAU E MUNIK ESTÃO NA FINAL Após a saída de Ronan, final do BBB 16 será disputada pela potiguar Maria Claudia e pela goiana Munik. Página 4. DOMINGOS: R$ 5,00 DIAS ÚTEIS: R$ 2,00 BELÉM, SEGUNDA-FEIRA, 4 DE ABRIL DE 2016 ANO LXX Nº 34.967 FALE COM O LIBERAL SIGA-NOS Portal ORM orm.com.br Twitter @OLiberal Facebook www.facebook.com/ jornal.oliberal Instagram @oliberal CLASSIFICADOS 6 PÁGINAS 601 OPORTUNIDADES ORM NEWS 66 PÁGINAS EM 6 CADERNOS Atualidades .................... 8 Poder .............................. 8 Magazine ....................... 6 Polícia ............................. 6 Lance! ........................... 32 NESTA EDIÇÃO CLASSIFICADOS 3277-9200 REPORTAGEM 3216-1138 ASSINATURAS 3204-6000 ATENDIMENTO AO ASSINANTE 3216-1011 COMERCIAL 3216-1163 OU 3216-1176 Governo pretende cobrar mais impostos em 2017 Ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, vai encaminhar propostas de aumento de impostos ao Congresso ainda neste semestre Poder, 5. Milhares de fiéis participaram, ontem, da XXI Festa da Divina Misericórdia. Missa foi celebrada na Catedral da Sé. Página 7. CATÓLICOS Procissão louva a misericórdia divina AKIRA ONUMA / O LIBERAL 11 REMO PAYSANDU LESÃO CORPORAL GRAVE, abuso de poder, invasão de do- micílio e peculato por extravio de arma são os principais crimes cometidos por policiais durante o serviço. O extravio de armas é o problema que mais preocupa a Justiça Militar. Em 2016, já são 15 registros. No ano passado, foi o cri- me mais denunciado. Justiça Militar move 86 ações contra PMs EM 2016 Polícia, 1. Dilma reage a editorial: “Jamais renunciarei” PRESIDENTE REAGIU AO EDI- torial “Nem Dilma, nem Temer”, em que o jornal Folha de S.Paulo pede a renúncia dela e do vice-pre- sidente, Michel Temer. Poder, 4. Investigação revela empresas e contas em paraísos fiscais ligadas a citados na Lava Jato, entre eles o deputado Edu- ardo Cunha (PMDB). Banqueiro intermediou abertura de offshore atribuída ao presidente da Câmara. Banqueiro operava conta secreta de Cunha na Suíça Contas no exterior seriam de Cunha, mas não citam o nome do deputado Poder, 1. FOLHA DE S.PAULO EMPATE ELIMINA O LEÃO AZUL Clássico Re-Pa termina com placar de 1 a 1, mas teve direito a herói bicolor e vilão azulino. Be- tinho salvou o Papão da derrota. No Remo, Fernando Henrique voltou a falhar. Lance!, 6 a 13. O São Francisco venceu o Tapajós por 2 a 0, ontem, no Colosso do Tapajós. Com a derrota, Boto é o primeiro rebaixado no Parazão. Lance!, 9. TAPAJÓS É REBAIXADO APÓS REVÉS Goleiro do Palmeiras de- fendeu pênalti de Lucca e ajudou a selar vitória sobre o Timão por 1 a 0. Lance!, 22 a 25. PRASS FAZ DEFESA E VIRA HERÓI Yago Pikachu deu passe em profundidade para gol de Madson sobre o Volta Redonda. Placar: 1 a 1. Lance!, 14 e 15. PIKACHU SE DESTACA NO VASCO As primeiras estações atendem os bairros da Cidade Velha, Ju- runas, Umarizal, Batista Cam- pos e Campina. Página 8. “BIKE BELÉM” Sistema de bicicletas começa a funcionar Clássico - Betinho (alto) voou, cabeceou e deixou tudo igual no Mangueirão

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www.oliberal.com.brPRESIDENTE: LUCIDÉA MAIORANA PRESIDENTE EXECUTIVO: ROMULO MAIORANA JR.

BELÉM PARÁ BRASIL

O LIBERAL

Fé - Fiéis carregaram imagens de Jesus e Santa Faustina até a Catedral Metropolitana

ARY

SOU

ZA

/ O

LIB

ERAL

EM CASTANHAL

CACAU E MUNIK ESTÃO NA FINAL

Após a saída de Ronan, final do BBB 16 será disputada pela potiguar Maria Claudia e pela

goiana Munik. Página 4.

DOMINGOS: R$ 5,00 DIAS ÚTEIS: R$ 2,00 BELÉM, SEGUNDA-FEIRA, 4 DE ABRIL DE 2016ANO LXX Nº 34.967

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601OPORTUNIDADES

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NESTA EDIÇÃOCLASSIFICADOS

3277-9200REPORTAGEM

3216-1138ASSINATURAS

3204-6000ATENDIMENTOAO ASSINANTE

3216-1011

COMERCIAL3216-1163

OU3216-1176

Governo pretende cobrar mais impostos em 2017Ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, vai encaminhar propostas de aumento de impostos ao Congresso ainda neste semestre Poder, 5.

Milhares de fiéis participaram, ontem, da XXI Festa da Divina Misericórdia. Missa foi celebrada na Catedral da Sé. Página 7.

CATÓLICOSProcissão louva amisericórdia divina

AKIR

A O

NU

MA

/ O

LIB

ERAL

1 1REMOPAYSANDU

LESÃO CORPORAL GRAVE, abuso de poder, invasão de do-micílio e peculato por extravio de arma são os principais crimes cometidos por policiais durante

o serviço. O extravio de armas é o problema que mais preocupa a Justiça Militar. Em 2016, já são 15 registros. No ano passado, foi o cri-me mais denunciado.

Justiça Militar move86 ações contra PMs

EM 2016

Polícia, 1.

Dilma reage a editorial: “Jamaisrenunciarei”PRESIDENTE REAGIU AO EDI-torial “Nem Dilma, nem Temer”, em que o jornal Folha de S.Paulo pede a renúncia dela e do vice-pre-sidente, Michel Temer. Poder, 4.

Investigação revela empresas e contas em paraísos fiscais ligadas a citados na Lava Jato, entre eles o deputado Edu-ardo Cunha (PMDB). Banqueiro intermediou abertura de offshore atribuída ao presidente da Câmara.

Banqueiro operava conta secreta de Cunha na SuíçaContas no exterior seriam de Cunha, mas não citam o nome do deputado

Poder, 1.

FOLHA DE S.PAULO

EMPATE ELIMINA O LEÃO AZULClássico Re-Pa termina com placar de 1 a 1, mas teve direito a herói bicolor e vilão azulino. Be-tinho salvou o Papão da derrota. No Remo, Fernando Henrique voltou a falhar. Lance!, 6 a 13.

O São Francisco venceu o Tapajós por 2 a 0, ontem, no Colosso do Tapajós. Com a derrota, Boto é o primeiro rebaixado no Parazão. Lance!, 9.

TAPAJÓS ÉREBAIXADOAPÓS REVÉS

Goleiro do Palmeiras de-fendeu pênalti de Lucca e ajudou a selar vitória sobre o Timão por 1 a 0. Lance!, 22 a 25.

PRASS FAZ DEFESA EVIRA HERÓI

Yago Pikachu deu passe em profundidade para gol de Madson sobre o Volta Redonda. Placar: 1 a 1. Lance!, 14 e 15.

PIKACHU SE DESTACANO VASCO

As primeiras estações atendem os bairros da Cidade Velha, Ju-runas, Umarizal, Batista Cam-pos e Campina. Página 8.

“BIKE BELÉM”Sistema de bicicletas começa a funcionar

Clássico - Betinho (alto) voou, cabeceou e deixou tudo igual no Mangueirão

Em time que está ganhando não se mexe. Essa regra não é oficial no mundo do futebol, porém en-

cerra uma lógica tão fantástica que torna insensato qualquer um que queira contrariá-la, arriscando colo-car tudo a perder se mudar algum aspecto da estrutura montada para se conseguir o êxito final, que é a conquista de um título.

Na cerimônia em que concedeu tí-tulos de posse definitiva a algumas fa-mílias do MST, no Palácio do Planalto nesta semana, a presidente Dilma, na tentativa de convencer que está sen-do vítima de um processo ilegítimo, afirmou que não é possível mudar as regras do jogo durante a disputa sem comprometer o próprio jogo.

A metáfora utilizada alude à con-vicção da presidente de estar sendo vitimada pela violação das regras de-mocráticas por parte dos que a que-rem fora do Planalto. Pelos discursos reiterados nas últimas semanas, é possível concluir que a regra que estaria sendo violada pelos oposi-tores de Dilma é a que estabelece a necessidade de um crime de respon-sabilidade como causa e fundamento para o pedido de impeachment. Um processo de afastamento sem causa compromete a democracia brasileira. Esse é o discurso oficial do PT.

Dilma tem reiterado que, sem a tipificação de um crime de respon-sabilidade, o seu impedimento seria um “golpe”. E tal afirmação rever-bera em todas as manifestações de rua a favor da presidente, organiza-das por centrais sindicais, entida-des estudantis historicamente do-minadas pelo PCdoB, movimentos sociais cujos objetivos jamais serão

atingidos, porque não sonham com a reforma agrária (MST) nem com a construção de habitações dignas pa-ra os miseráveis (MTST), e sim com o fim das propriedades privadas em uma edênica pátria proletária, além dos milhares de servidores federais que perderão os cargos caso Dilma saia da presidência.

É essa “torcida” que não quer mu-dar o time que está há 14 anos no po-der. E se não quer a mudança, àquela lógica fantástica do “em time que está ganhando não se mexe” impõe con-cluir que o time petista é um grande vencedor. A pergunta é: que vitórias esse partido deu ao Brasil nesse perí-odo? A situação atual do país indica que somos um povo vencedor? Que grandes conquistas nosso país conse-guiu para suspirar pela permanência do PT no poder?

Não há dúvidas que, excetuando a torcida organizada fanático-militan-te cujas camisas são vermelhas e o escudo uma estrela, a imensa maio-ria dos brasileiros está se sentindo derrotada, ao ver “nossa pátria mãe tão distraída, sem perceber que era subtraída em tenebrosas transações”, nos termos usados por Chico Buar-que em sua “Vai passar”. A razão des-se compositor talvez aplicasse a bela frase à atual quadra da vida nacional caso seu coração o deixasse livre pra trocar de time!

Em termos mais concretos, a corrupção no governo petista, cujo ápice parece ter ocorrido na gestão de Dilma Rousseff, porém com total supervisão do ex-presidente Lula, já “subtraiu” dos brasileiros algumas dezenas de bilhões de reais, derreteu o prestígio da Petrobrás, aparelhou o

Estado com representantes em suas diversas esferas, os quais, sob o man-to da “normalidade” democrática e da relação “harmônica” entre os po-deres, agem como verdadeiros torce-dores, falando e agindo com evidente parcialidade em favor do governo, motivados por razões que, à luz alta e transparente do sol, talvez jamais confessem.

A economia está em recessão com ares de tragédia, fechando empresas e desempregando milhares. A infla-ção oficial e fictícia é de 10% no papel, porém é de 20% nos supermercados e feiras no dia a dia. A credibilidade do Brasil está a um passo do abismo, tornando o país um anti-imã para investimentos estrangeiros. E tantos e tantos “gols contra” feitos por esse governo que o senso comum é de estarmos assistindo a uma partida perdida para a corrupção.

Ainda bem que, como cristãos, cremos na justiça de Deus: ela po-de até tardar, porém não falha. E mesmo que em terras brasileiras a partida contra a corrupção tenha como árbitros seres humanos, na hora de analisar os lances capitais esperamos que eles atentem para a esperança de vitória dos que vestem camisas verde-amarelo.

Apesar de ser imensamente maior que qualquer outra, fato que poderia motivá-la a partir “para cima” dos juízes, essa torcida crê na isenção e parcialidade de “suas excelências” para punir com extremo rigor todos os que, hoje, são do time da corrup-ção que joga contra o Brasil!

Clóvis Luz é professor.E-mail: [email protected]

OPINIÃOO LIBERAL BELÉM, SEGUNDA-FEIRA, 4 DE ABRIL DE 20162 ATUALIDADES

clóvisluz

J.BO

SCO

[email protected]

luizcarlosrodriguezA responsabilidade não é da Lava Jato

A avalancha de lama de Mariana é pinto diante do tsunami de podridão sob o qual nos que-

damos soterrados. Tudo nos faz crer que muito mais lama haverá de rolar sobre nossas cabeças até que se faça um rescaldo e nosso queri-do Brasil possa ser reerguido como Fênix da escandalosa corrupção que aqui está.

Lula já vituperou contra o pobre do Sergio Moro, promotores e delegados, alegando que, antes de fazer o que fi-zeram, deveriam ter pensado nas con-sequências para o Brasil. Amanhã, ca-so volte a ser presidente do Brasil, com certeza fará o mundo desabar sobre esses “agentes do mal”, que teriam de-molido o país que ele construiu para o deleite dos desassistidos.

Ocorre que Lula, por maior que seja a Sua Sapiência, jamais terá condições de entender a verdadeira causa dos males que nos afligem. Lamentavelmente, faltam-lhe as ferramentas culturais básicas. As origens do mal, detectamos após atenta leitura da entrevista, nas pá-ginas amarelas da revista Veja, edi-ção 30/03, de Donatella Della Porta, socióloga e estudiosa da operação Mãos Limpa, deflagrada, em 1992, na Itália. Ao final, a arguta senho-rinha aconselha a Moro não deixar que nele se crie a imagem de um juiz partidário e comunista, como ocorreu com seus colegas italianos, por “tentar prender” a elite de nos-sos empresários capitalistas, homó-logos de Sílvio Berlusconi, que se fez primeiro-ministro na Itália.

Donatella nos transmitiu a ideia de que, se a nossa Lava Jato não usar o máximo de sua pressão hidráulica para limpar nossos quadros políti-cos dos “fichas-sujas”, correremos sérios riscos de, após o judicioso trabalho de Moro, termos que acei-tar Marcelo Odebrecht como “pri-meiro-ministro” de Michel Temer. Notem que assinalamos “tentar prender”. Sim, porque nada nos tran-quiliza, diante da alta probabilidade de, mesmo condenado em primeira instância, o processo de Marcelo Odebrecht venha a sucumbir por prescrição e ele, imaculado, venha a reger nossos destinos, como ocorreu com Sílvio Berlusconi na Itália.

As manifestações do último dia 13 de março, pedindo cabeças de políticos corruptos (Cunha, Renan, Lula, Dilma, etc.) foram considera-das as maiores já vistas no Brasil. Te-riam suplantado as da “Diretas Já”, em 1983/1984. Gozado! Será que o povo, como um todo, arrependeu-se de haver clamado por “Diretas Já”? Da nossa parte, esse negócio de “Di-retas Já” foi mesmo um astronômico negócio para os políticos. Quem não concordar com essa prosaica opi-nião que atire a primeira pedra...

Os tempos mudaram a índole do povo? Jamais nos esqueceremos do bafafá ocorrido com a pobre da Regi-na Duarte que, em 2002, ao declarar seu voto em José Serra (PSDB), por “ter medo de o Brasil perder toda a estabilidade conquistada” se con-sumada eleição de Lula. Houve ru-mores que seria demitida da Globo.

Acreditamos ter sido exagero espe-rar esse tipo de retaliação da Globo. Afinal de contas, o nosso conterrâ-neo e ator José de Abreu mostrou a cara num programa político do PT e está aí com seu Ibope a pleno. Acre-ditamos no apartidarismo da Globo. Mas que foi estranho o longo desa-parecimento das novelas da “namo-radinha do Brasil”, ah isso foi!

Bom, se a culpa dessa nossa des-graceira toda não é do Moro, nem da Lava Jato, de quem seria entonces? Pressupomos que os culpados fo-ram os Generais do “Golpe” de 64. Quedaram-se duas décadas a fio, perseguindo comunistas, tidos co-mo os causadores de nossos males, e olvidaram-se do básico, que seria educar politicamente o povo, para dar-lhe condições de entender o por-quê não se deve acreditar em políti-cos que prometem mundos e fundos antes de o país produzir riquezas a serem distribuídas.

O tamanho da nossa desgracei-ra é maior diante da impostura do nosso sistema político, quando nos oferece a “cesta de candidatos”, den-tre os quais seremos obrigados a “escolher” nossos representantes, previamente indicados a dedo pelos caciques que comandam esta nossa imensa tribo de ingênuos silvícolas.

Heureca! Eis a causa das causas do nosso infortúnio: políticos, a he-rança maldita do “Golpe” de 64!

Luiz Carlos Rodriguez é engenheiro civil e jornalista.

As regras do jogo e a corrupçãoEntusiasmoe prazer da boa leituraSERGIO BARRA

Desde a mais tenra idade, tinha - ou achava que tinha - uma ideia bas-tante clara acerca das façanhas do

que algumas pessoas tinham produ-zido. Aqueles heróis que conduziam nosso raciocínio em direção a uma vitória, contra tudo e contra todos. Es-sas pessoas eram os autores de livros, esses mesmos impressos, que muitos acreditam estar com os dias contados. Esses guerreiros dominam com maes-tria a arte da escrita, brindam-nos com ensaios, contos, reflexões, experiên-cias de vida e escrita e alguns poemas que ilustram sua visão sobre o que somos e o que deveríamos ser. Ler e escrever nos faz lembrar de que esta-mos vivos e de que isso é uma dádiva e um privilégio. E mais, é sobreviver. Qualquer arte, qualquer bom trabalho naturalmente é isso.

Quem escreve tem entusiasmo, prazer, curiosidade. Essas são as qua-lidades que todo escritor deve cultivar, assim como o espirito de aventura. No livro exuberante, “O Zen e a arte da es-crita”, o incomparável Ray Bradbury compartilha sua sabedoria, experiên-cia e estímulo de uma vida de escritor. São dicas sobre a arte da escrita dadas por um mestre do ofício. Um livro que reúne tudo. Bradbury é um autor fe-cundo de romances, contos, roteiros de filmes e peças de teatro. Esse livro é mais do que um simples manual para o aspirante a escritor, é uma celebração do ato da escrita, que vai encantar, exaltar e inspirar o escritor em você. O romance “Fahrenheit 451”, que o consagrou mundialmente, foi lançado em 1953 e filmado em 1966 por François Truffaut.

Segundo um profeta profissional, um fenômeno para breve é o desapa-recimento do livro. Portanto, a questão é saber se a evaporação definitiva do livro, se ele de fato vier a desaparecer, pode ter consequências, para a hu-manidade, análogas às da escassez prevista da água, por exemplo, ou de um petróleo inacessível. Umberto Eco disse: O livro irá desaparecer em virtude do surgimento da internet? Escrevi sobre o assunto na época, no momento em que a questão parecia pertinente. Agora, sempre que me pedem para eu me pronunciar, não faço senão reescrever o mesmo texto. A propósito, o computador depende de eletricidade e não pode ser lido em uma banheira, tampouco deitado na cama. Logo, o livro se apresenta como uma ferramenta mais flexível.

Criado numa tradicional família judaica no bairro do Bom Fim, Porto Alegre, Moacyr Scliar parecia destina-do ao ofício de escrever, consequência direta de ter sido educado em um ambiente povoado por histórias na infância. Influenciado pela mãe, Sara, que lhe trazia livros de bibliotecas pú-blicas, “mico”, como era chamado por amigos e familiares, cresceu cercado de narrativas orais e escritas. É de se perguntar: Como nasce um artista (neste caso, da palavra)? Fazendo um paralelo a esse nascimento, ele tam-bém abraça a ciência de Hipócrates, a mais vital e humana das ciências? Pois este homem, escritor e médico, que pergunta e responde - com imen-sa curiosidade, com frequente humor, com tocante generosidade sobre os destinos da arte e do mundo que ele retrata no livro “O texto, ou: a Vida”. É autor de uma fecunda obra - mais de 70 livros - e de uma trajetória como poucos no Brasil. Um dos primeiros contos que Scliar escreveu foi “Joel Ia Voando”, texto inédito do escritor, pu-blicado com exclusividade por IstoÉ. Ele teria sido escrito por volta de 1970, segundo Marie-Hélène Parret Passos, responsável pelo acervo de Scliar. Tinha grande preocupação política, aliada a uma intensa pesquisa, que sempre permeou sua obra.

Alguns dos meus livros foram indi-cação de um grande amigo, o jornalis-ta e professor Antonio Carlos Pimentel Junior, o Tonga. Recentemente, lançou seu primeiro livro: “Papo de jornalis-mo. Os quês e o porquê”. Talentoso, escreveu o livro pensando nos seus alunos e nos estudantes das Comu-nicações. Não se trata de um manual, mas é uma contribuição importante para pensar o momento atual, quando os clarins anunciam o fim do jorna-lismo. O livro, além de lembrar suas andanças, mostra sua experiência de 28 anos na profissão. Uma leitura agradável que nos proporciona bons momentos.

Sergio Barra é médico e professorE-mail: [email protected]

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EDITORIAL repórter70MOEDA

De trocaSegundo o jornalista Ricardo No-blat, a nomeação do paraense Luiz Otávio Campos (PMDB) para o cargo de diretor-geral da Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq) tem o dedo de Jader Barbalho, que oferece dois votos contra o impeach-ment - o dele e o da ex-mulher, depu-tada Elcione Barbalho. Em publicação no Blog do Noblat, no site de “O Globo”, o jornalista acrescenta que Campos, acusado de corrupção, chegou a ser preso no início dos anos 90 por or-dem do próprio Jader, então governador do Estado...

VingançaLuiz Otávio, continua Ricar-do Noblat, vingou-se de Jader quando senador pelo PP. Em 1998, em discurso da tribuna, chamou Barbalho de “corrup-to”, “bígamo” e “incestuoso”. Na postagem, o jornalista contextu-aliza as acusações: “Incestuoso porque Ja-der traiu sua então mulher, Elcione, com a sobrinha dela, Marcia Centeno, com quem se casou mais tarde. Ainda criança, Márcia fora “dama de honra” do casamento de Ja-der com Elcione”. Após reconciliação com Jader, Campos filiou-se ao PMDB.

Objetivo

Ricardo Noblat destaca que a nomeação de Luiz Otávio Campos a pedido de Jader é apenas parte do “pagamento” da fidelidade da família Barbalho a Dilma Rousseff, que trabalha para reverter o quadro desfavorá-vel no placar do impeachment. Mas o se-nador paraense tem outros objetivos nesta relação de troca, aponta o jornalista de “O Globo”: “Jader quer que o filho permaneça no governo como ministro dos Portos”, dis-se, referindo-se a Helder Barbalho, que não aceitou desembarcar da base aliada junto com parte do PMDB.

GRUPOArmado O delegado de Jacundá, Sérgio Máximo, aplicou flagrante por porte ilegal de armas e formação de quadrilha aos 30 homens fortemente armados que estavam sendo transportados em caminhão na PA-150 rumo a uma fazenda em Marabá. A coluna publicou a informação na semana passada e agora a Polícia suspeita que a propriedade seria invadida. Mas O promotor público de Jacundá, Sávio Ra-mon da Silva, acatou a denúncia e remeteu-a ao juiz Arielson Lima, da Comarca de Tucuruí, para decretar a prisão preventiva dos suspeitos. Mas, alegando tratar-se de “trabalhadores sem terra”, o magistrado simplesmente relaxou a prisão dos envol-vidos. O fato revoltou a Faepa, que deve pu-blicar nota de repúdio esta semana.

PROMOTORHomenagem O promotor de Justiça César Mattar Jr., presidente da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público por dois períodos, foi homenageado, recentemen-te, em Brasília. Agraciado com o Colar do Mérito da Conamp, que congrega os 16 mil membros dos MPEs, DF e do ramo Mi-litar, Mattar foi o primeiro paraense e o primeiro membro do MP da região Norte a ocupar o cargo.

TURISMOÉ duro Turistas que chegam a Soure, cidade mais visitada da Ilha do Marajó, ficam assus-tados com as condições das ruas ditas planejadas. Em muitas delas o asfalto pra-ticamente desapareceu. Em outras, são tantos buracos que é melhor andar pelas ruas de terra. No inverno, a situação se complica mais ainda. A favor do turismo só mesmo o transporte, com as lanchas que fazem o percurso de Belém a Soure em duas horas. Aliás Quem visita Juruti, oeste do Estado, encon-tra uma cidade bem mais urbanizada, mas apenas nas áreas centrais. O crescimento desordenado cria novos bairros longe da modernização, fora as invasões, na perife-ria. Outro problema é a falta do tratamento do lixo, despejado a céu aberto às margens das estradas e preferencialmente a caminho dos balneários. Os moradores não sabem se isso tem relação com a infestação de moscas na cidade de uns tempos para cá.

BALCÃONegócios Dirigentes de ins-tituições como a Justiça do Trabalho e universidades fe-

derais, que tiveram cortes de proporções alarmantes no orça-

mento, espicham os olhos em direção a Brasí-

lia ante o balcão de negócios e a liberação desenfreada de emendas parlamentares pa-ra compra de votos de apoio

contra o impedimento da presidente Dilma. Para muitos deles, ou o gover-no perdeu o senso da re-alidade ou está próximo disso. A Nação toda assis-te a isso estarrecida.

GREVEDelegadosAlheio à crise política e

econômica que engolfa o País, o Sindicato dos Delegados começa a semana em esta-do de greve por reajuste de salários. Para a categoria, tanto faz que em outros Estados governos estão parcelando salários e, em casos mais graves, sequer pagaram o 13º do ano passado. A título de ilustração do quadro: um delegado de carreira no Pará recebe R$ 12.250,00 por mês. Em 2010, a remuneração era de R$ 6.312, 19.

HOSPITAISFiscalização O Conselho Regional de Enfermagem fis-calizou hospitais de Santarém, Óbidos e Oriximiná e constatou, em Óbidos, que recomendações como a contratação de en-fermeiros continuam pendentes. Em Orixi-miná, nenhuma das notificações foi aten-dida. Em Santarém, o Hospital Regional do Baixo Amazonas apresentou adequações do serviço de diálise; mas o Hospital João XXII barrou a fiscalização e o Hospital Mu-nicipal fez pouco caso dos fiscais.

PACTOEducação Estudantes de 422 escolas distribuídas em mais de 120 municípios paraenses recebe-ram esta semana mais de 1,4 mil computa-dores interativos. Os equipamentos possi-bilitam um método de ensino-aprendiza-gem dinâmico, baseado na interatividade e contextualização em tempo real. A entre-ga é uma das ações do Pacto pela Educação do Pará, que oferece às escolas o uso de tecnologias de informação e comunicação para melhorar a prática educacional.

BELÉM, SEGUNDA-FEIRA, 4 DE ABRIL DE 2016 ATUALIDADES 3O LIBERAL

OPINIÃOLuís Fernando Veríssimo tem alta após implantar marcapasso. Página 4.

Dilma Rousseff, em resposta ao editorial da “Folha de S.Paulo” publicado neste domingo. O texto defende que a presidente renuncie ao cargo “já, para poupar o país do trauma do impeachment”.

Jamais renunciarei!”

Os movimentos nacionais contra o governo da presidente Dilma Rousseff começaram a organizar, em todos os es-tados, manifestações pró-impeachment para este mês.

A crise bateu forte nos municípios. Mais de 35% das 144 prefeituras do Es-tado já apresentam dificuldades para o pagamento de seus funcionários, apesar nos cortes em investimentos.

O Pronto-Socorro da 14 de Março já funciona com sua lotação completa. O do Guamá apresenta pouco movimento. A prefeitura começou a reformá-lo sem a suspensão dos atendimentos.

Os grandes ganhadores da mudança de partidos na Câmara foram os nani-cos. PTN, PSDC, PRP e PTdoB aumenta-rem suas bancadas com o troca-troca.

O Estado não vai mais assumir o setor de oncologia do Barros Barreto. O Mi-nistério da Saúde não achou necessário. Porém, os 90 funcionários continuarão cedidos ao hospital. O empresariado foi o grande ganhador

com as medidas de restrições do TSE de financiamento de campanhas políticas. Livrou-se do assédio dos candidatos nas próximas eleições.

Esta será a eleição mais difícil para os candidatos. Além da falta de dinheiro, o TSE restringiu a propaganda. Por exem-plo, pintar muro é proibido. A partir de maio, o PSDB começará as

pesquisas nos municípios do interior para aferir as chances de seus virtuais candidatos às prefeituras.

A promoção que o SPC da CDL realiza no segundo semestre, tirando encargos para os consumidores inadimplentes pa-garem o que devem e voltar a comprar, este ano será antecipada. Um total de 407 federações e associações

do setor produtivo de vários estados assi-naram o manifesto defendendo o afasta-mento da presidente Dilma Rousseff.

Entre os signatários do documento, publicado na imprensa nacional, está o Fórum das Entidades Empresariais do Estado do Pará.

EMPOUCASLINHAS

Punições pedagógicas

Obolso é o órgão mais sensível de qualquer corrupto.

Se fosse permitido a cor-ruptos escolherem, como pena, entre permanecer na cadeia e devolver a dinhei-rama amealhada desones-tamente, ninguém duvide que muitos deles haveriam de preferir uma cela a ter que abrir mão do dinheiro que pilharam em malfeito-rias sem fim.

São pedagógicas e exemplares, nesse sen-tido, punições como a que acaba de sofrer o presidente Jacob Zuma, da África do Sul, compelido pelo Tribunal Constitucional do país a devolver parte das somas estratosfé-ricas que gastou para melhorar sua residên-cia particular, um escândalo que abalou seu governo.

“O presidente deve pagar ele mesmo o valor fixado pelo Tesouro Nacional”, disse o presidente do Tribunal, Mogoeng Mogoeng, antes de destacar que Zuma “não respeitou, nem defendeu, nem seguiu a Constituição”.

A presidência justificou como obras desti-nadas a garantir a segurança do líder - e por-tanto a cargo do contribuinte - a construção em sua residência de Nkandla de um estábu-lo para vacas, um curral para frangos, uma piscina e um anfiteatro, segundo o relatório da Defensora do Povo, concluído em 2014.

Jacob Zuma é personagem conhecido nessa área, digamos, enevoada em que prin-cípios éticos são pisoteados mais do que es-trume em estrebarias. Ele chegou em 2009

à presidência da África do Sul, depois que a Justiça retirou mais de 700 acusa-ções - sim, nada menos do que 700 - por corrupção que o comprometiam. Em 2014, foi reconduzido para mais um mandato com maioria

absoluta, apesar das várias acusações de corrupção contra sua administração.

O fato de ser obrigado a meter a mão no próprio bolso para reparar, ainda que par-cialmente, os danos que causou ao erário de seu país já representa notável avanço, num país sem tradição de punir corruptos de al-tos e baixos escalões, como a África do Sul.

O mesmo bom exemplo tem sido segui-do por aqui. Em meados de março passado, a Justiça da Suíça informou que planeja re-patriar nada menos de US$ 70 milhões aos cofres públicos brasileiros dentro da nova estratégia de criar um grupo de trabalho conjunto com o Brasil para acelerar os pro-cessos e a identificação de contas relaciona-das à Lava Jato.

Desde março de 2014, a Suíça já bloqueou US$ 800 milhões (R$ 2,9 bilhões) em ativos de mais de mil contas secretas relativas à corrupção envolvendo suspeitos investigados pela Lava Jato. No ano passado, o Ministério Público da Justiça suíça autorizou que fossem repatriados para o Brasil US$ 120 milhões.

Também foram ampliadas as investiga-ções para alcançar construtoras e persona-gens da política envolvidos com a pilhagem da Petrobras. É assim que se faz!

VIDA SAUDÁVELAmérico Simões diz que equilíbrio o ajudou a se manter ativo por décadas

Um século de vida será co-memorado na sexta, 8, pe-lo aposentado Américo Si-

mões, que faz parte dos cerca de 190 milhões de brasileiros acima de 65 anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geogra-fia e Estatística (IBGE), e chega bem aos 100 anos, feito que atribui à alimentação saudá-vel e trabalho, livre de vícios. O bom humor é uma das marcas de seu Américo, que vai passar o mês em Portugal para come-morar o aniversário com parte da família.

Nascido em Belém, filho de pais portugueses, Américo morou em Coimbra dos 4 aos 17 anos, até voltar a Belém. Acompanhou-o o sotaque português, a cultura lusitana e a vocação ao comércio, que exerceu até os 70 anos. “Ven-di milhares de cigarros, mas nunca fumei. Também nunca fui de me embebedar, mes-mo trabalhando em um bar”, conta. O primeiro emprego foi como leiteiro em uma vacaria, na Belém antiga. Ele comprou a vacaria, abriu um bar e res-taurante e investiu em uma fábrica de móveis.

A jornada de trabalho du-rava das 3h da manhã às 20h. “Trabalhava muito para pros-perar. Tudo o que consegui foi fruto do meu suor”, diz ele, que teve quatro filhos e lembra a juventude e a infân-cia na Europa, como quando acertava as tarefas da escola e era escolhido para bater com a palmatória nas mãos dos co-legas. Ou então os dias de tra-balho intenso em que vendia “mais de 80 kg de peixe frito nas refeições do bar ou preci-sava carregar os móveis em uma caminhonete azul para as entregas pela cidade”.

Américo tem dificuldade de memorizar fatos recentes por causa do Mal de Alzheimer, em grau leve, mas que a família, es-pecialmente a esposa, Maria de Lourdes, 71, acompanha com médicos de várias especialida-des. “Cuidamos dos remédios e da alimentação, além de não deixar ele sozinho em casa, nem ficar preso sem fazer na-

da. Vamos à missa todo domin-go e ele sai comigo de vez em quando”, assegura Maria.

Ele não tem medo de avião e as viagens a Portugal acon-tecem quase todo ano. Ele dirigiu até os 80 anos e era totalmente independente até os 90 anos, quando surgiram os primeiros sinais do Alzhei-mer. Segundo a filha Irineia Simões, 70, quando é questio-nado se está tudo bem, o pai sempre responde sorrindo que sim, pois está vivo e com saúde. Sobre a visita a Coim-bra, brinca que vai “para ver as portuguesas, mas quando ficar com saudade das more-nas, volto para Belém”.

Especialistas garantem que será cada vez mais comum chegar aos 100 anos, se se ado-tar um estilo de vida saudável: alimentos com pouca gordura, sem sal e açúcar em excesso, com atividades físicas e a men-te sempre em atividade. A te-rapeuta ocupacional Ludmilla Ferreira explica que é impor-tante a terapia ocupacional preventiva a partir dos 60 anos,

“Trabalhava muito para prosperar. Tudo o que consegui foi fruto do meu suor”

Aposentado vai celebrar os 100 anos em Coimbra

sem esperar uma complicação, pois o processo de envelheci-mento traz perdas de cognição e locomoção e a musculatura fica mais frágil”, observa.

Ela indica caminhadas e grupos de exercícios e atenção dos familiares para evitar o alto índice de quedas. “É preci-so ter consciência de que eles ainda tem muitas experiências para viver nessa nova fase”, diz ela. A nutricionista Tuanny Mourão destaca a relevância da alimentação desde a juventude. “Já a partir dos 30 anos, o orga-nismo começa a perder coláge-no, cálcio, o metabolismo fica mais lento. Uma dieta saudável faz muita diferença, uma vez que alimentos ricos em açúcar, conservantes e corantes libe-ram substâncias e toxinas que fazem mal”, ressalta.

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O aposentando Américo Simões com familiares

Punições que obrigam corruptos a devolver ao erário o que surrupiaram são pedagógicas

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O LIBERAL BELÉM, SEGUNDA-FEIRA, 4 DE ABRIL DE 20164 ATUALIDADES

CIDADES

ancelmogois

Final do BBB16 será entre Cacau e Munik

A 48 horas da final do BBB16, Ronan deixa a casa e a dis-puta pelo grande prêmio de

R$ 1,5 milhão, que será decidido amanhã entre Munik e Maria Claúdia, na grande final do rea l ity show. A des-pedida foi em tom de emoção, uma vez que durante quase todo o reality rolou sempre um clima de romance entre os dois bro-thers, que mantiveram sempre uma grande amizade. Ontem, durante o churrasco especial, os três finalistas da 16ª edição do “Big Brother Brasil” comentavam sobre posarem nus ao saírem do confinamento.

Após Munik elogiar os en-saios fotográficos das ex-BBBs Amanda Djehdian e Talita Araú-jo, Maria Claudia questionou: “Você acha que eu vou ser cha-mada para isso? Acho que não”. Ronan não gostou do comentário da sister, e logo rebateu: “Que in-coerência é essa Maria Claudia? Desde o começo do programa você fica falando que veio defen-der as ‘gordelícias’ aqui”.

Em contraponto, a youtuber falou que não colocam mulhe-res fora do “padrão” de beleza

DESPEDIDARonan deixa a casaapós semifinal de muita emoção, comMunik no paredão

para posarem nua. “Quando elas estamparam uma revista?”, questionou. “Mas se você está de-fendendo isso, eles vão colocar. Eu já vi a Preta Gil”, argumentou o brother.

Com isso, Maria Claudia afir-mou que seria um prazer fazer um ensaio sem roupa. “Se me chamarem, eu vou com certe-za”, afirmou. “Eu sempre tive vontade de fazer, eu acho um

máximo”, finalizou.

GORDELÍCIA

A youtuber Maria Claudia se auto-denomina de “gordelí-

cia” e é chamada assim por muitos de seus seguidores em seu canal no Youtube. Em seus vídeos, a potiguar defende a importância da autoaceitação de seu corpo, independente do peso.

Durante o churrasco do Al-moço Especial, a emparedada Munik faz um desabafo. “Nesses últimos dias, eu só tive perda! A cachorrinha vem, vai embora no mesmo dia. Você (Ronan) e Geralda no Paredão, eu, daquele jeito, sem saber quem que iria, quem ficava. De repente, sai dona Geralda, ontem a última festa...”, desabafa a sister. “Difícil hein, os últimos dias. Haja cora-ção!”, finaliza Munik.

Ronan resolve brincar com o desabafo da goiana, e diz que muitas pessoas apareceram na festa de ontem, mas que nenhu-ma quis conversar.

Escritor Luís Fernando Veríssimo já teve alta

O escritor Luis Fernando Verissimo, de 79 anos, teve al-ta hospitalar no início da tarde de ontem, após ser submetido a implante de marcapasso. Ve-rissimo estava internado no Hospital Pró-Cardíaco, em Bo-tafogo, no Rio de Janeiro, des-de o dia 25 de março, quando apresentou um quadro de in-fecção respiratória.

“O Hospital Pró-Cardíaco informa que o escritor Luis Fernando Veríssimo teve alta

Ronan saiu da casa na semifinal, disputando com Munik

GLO

BO-T

ATA

BARR

ETO

Agência BrasilBRASÍLIA

ancelmogois

‘Porta descurtida’O canal de humor “Porta dos fundos” colocou no ar uma sátira em que critica a Polícia Federal, que estaria perse-guindo Lula. Estrelada por Gregório Duvivier e Fabio Por-chat, a brincadeira, até ontem, tinha 321 mil “descurtidas”, contra 168 mil “curtidas”.

Pecado originalO ministro José Eduardo Car-dozo (AGU) diz que fará hoje, na Comissão do impeach-ment, defesa técnica do gover-no. Mas vai dar uma estocada política no que chama de “pe-cado original” do processo: “o acolhimento, por vingança, de Eduardo Cunha.”

Vento engarrafadoO programa “De wereld dra-ait door” (O mundo continua a girar), da TV holandesa, ao analisar a crise do governo, diz que a presidente troca as bolas. Lembrou que num encontro de empresários na CNI, ao explicar o preço do gás, Dilma tropeçou na mate-mática ao dizer que “13 me-nos 4 é 7.”

Aliás...Ao comparar, naquele encon-tro com artistas, a situação atual com o nazismo, Dilma magoou a comunidade ju-daica. A Confederação Israe-lita do Brasil manifestou em nota a sua insatisfação com a comparação entre “pedido de impeachment com o que sofreram os judeus durante o Holocausto.”

No maisPara o historiador José Murilo de Carvalho, a situação atual faz lembrar trecho de uma carta de 12/8/1901 de Quin-tino Bocaiuva ao general Me-na Barreto, dois participantes do 15 de novembro de 1889: “Como republicano e como patriota, sou hoje acessível a dois únicos sentimentos - o da tristeza e o da vergonha. Como creio em Deus, para ele apelo porque só dele es-pero a salvação da Pátria e da República”.

Dirigir bêbadoAmanhã, a sexta turma do

STJ vai decidir se o motorista, flagrado com concentração de álcool no sangue maior que a permitida, poderá ser responsabilizado criminal-mente mesmo não tendo cometido crimes contra a vida, ou seria apenas uma infração administrativa? No caso analisado, o condutor foi flagrado com concentração de álcool equivalente a 0,41 miligramas. O limite legal é de 0,3 miligramas.

É que..O MP do Rio decidiu recorrer das decisões das instâncias

VERA

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O

Priscila Steinman, essa lindeza de atriz, vai aparecer assim, com um corte novo de cabelo, para viver a próxima fase de sua personagem, Sofia, da novela “Totalmente Demais”.

Zona Franca Cristina Senna lança “Juda-

ísmo e Cristianismo, a reve-lação”, no dia 25, na Livraria Bolivar.

É hoje o “Brasil pela Demo-cracia”, no Teatro Casagrande, às 19h, com juristas, artistas, intelectuais e religiosos.

A Orchestre D ‘Auvergne se apresenta, hoje e amanhã, na série Missão Francesa, na Sala Cecília Meireles.

Antônio Luiz D’Araújo lan-ça, dia 6, o livro “O Estado No-vo” na Travessa Ipanema.

Legião estrangeiraEm Macaé, a base da Petro-bras para a Bacia de Campos chegou a abrigar nos áureos tempos cerca de 600 famílias de estrangeiros, quase todas de funcionários de empresas internacionais ligadas à ca-deia do petróleo. Quase todos foram embora.

A crise na culturaOs editores brasileiros que estão na Feira Internacional do Livro Infantil, que se rea-liza há mais de meio século na cidade italiana de Bologna, têm uma queixa em comum. Nada a ver com a feira lá, mas com os atrasos aqui dos pa-gamentos das encomendas governamentais de livros infantis e didáticos, alguns desde o final de 2014. Há dé-cadas estes livros têm sido a locomotiva do nosso merca-do editorial.

LampreiaUm almoço na Firjan presta, hoje, homenagem póstuma ao embaixador Luiz Felipe Lampreia, falecido em feve-reiro.

Surra no piveteUma tradutora carioca, 54 anos, deu um surra em um pi-vete, de uns 13 anos, na Lagoa, quarta passada. É que o mole-que saiu, repentinamente, de trás de uma árvore e a empur-rou no chão. Como o pé dela ficou preso na bicicleta, ela pe-gou a tranca de aço da bicicleta e conseguiu bater nele.- Prendi ele entre as minhas pernas e bati nele. Ele come-çou a gritar por socorro - dis-se a tradutora.

inferiores que absolveram criminalmente o réu.

SincericídioMesmo chateado com o vaza-mento de sua palestra para alunos da Fundação Lemann, o ministro Luís Roberto Bar-roso ficou impressionado com o número de mensagens mandadas para a Central do Cidadão do STF apoiando suas declarações sobre a “morte” da política brasileira. Segunda próxima, dia 11, o ministro enfrenta uma nova plateia, dessa vez em Nova York, na NYU Law School.

COM ANA CLÁUDIA GUIMARÃES, MARCEU VIEIRA, AYDANO ANDRÉ MOTTA E DANIEL BRUNET

da instituição, no início da tar-de de hoje [3], após passar por um implante de marcapasso definitivo bem-sucedido no dia 1° de abril”, informou a equipe médica.

Feita na última sexta-feira, 1º, a cirurgia para colocação do marcapasso foi bem-suce-dida, conforme informações do hospital.

Filho do escritor Érico Veris-simo, o gaúcho Luis Fernando Verissimo tem mais de 60 títu-los publicados. Entre eles estão O Clube dos Anjos e As Menti-ras que as Mulheres Contam, além de cartuns e quadrinhos.

Foram as crônicas e contos que o tornaram um dos escri-tores contemporâneos mais populares no país. O Analista de Bagé, lançado em 1981, teve a primeira edição esgotada em uma semana.

MARCAPASSOEle fez uma cirurgia para implantar o aparelho após ser internado no dia 25

Luís Fernando Veríssimo teve que implantar marcapasso

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Bragança

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Paragominas

Redenção

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Santarém

Marabá

Temperaturas máximas

Muitas nuvens se formam e há previsão de chuva a qualquer hora do dia, no oeste e norte do Amazonas, no Acre, em Roraima, no leste do Amapá e no norte do Pará. Nas demais áreas a chuva será isolada entre o final da tarde e o início da noite.A segunda-feira será de sol com algumas nuvens em Belém e região metropolitana. Chove rápido durante o dia e à noite.Máxima de 30o e mínima de 23o.

Tempo claro

Parcialmente nublado

Nublado Chuvoso Chuvoso com

trovoadas

PRAIAS TEMPO MÁX. MIN.

Bispo ..........................SatisfatóriaFarol ...........................SatisfatóriaChapéu Virado ...............SatisfatóriaMurubira ...................SatisfatóriaMarahú .....................SatisfatóriaBaía do Sol .................Satisfatória

Cruzeiro ................ SatisfatóriaBrasília ................... SatisfatóriaPraia Grande ......... SatisfatóriaSerenata ............... Satisfatória

Caripi ........................ImprópriaBarcarena

No Estado

Aurora Crepúsculo

06h14 18h19

Chove rápido durante o dia e à noite

Ajuruteua

Marudá

Joanes

otemponopará HOJE

Segunda-feira,4 de abril de 2016

CONDIÇÕES DE BANHO O TEMPO NAS PRAIAS

Mosqueiro Icoaraci /Outeiro

Santo Isidoro de Sevilha

Dia Nacional do Parkinsoniano

MARÉS 1ºBAIXA-MAR 1ºPREAMAR 2ºBAIXA-MAR 2ºPREAMAR Belém 03h43/0.6m 08h54/3.1m 16h04/0.6m 21h13/3.3mMosqueiro 02h43/0.8m 08h19/3.2m 14h47/0.7m 20h36/3.4mSalinas 04h47/4.6m 11h23/0.8m 17h09/4.9m 23h53/0.5mIlha dos Guarás 05h57/4.4m 12h08/0.9m 18h19/4.8m *********Vila do Conde 04h12/0.5m 09h16/2.9m 16h27/0.5m 21h34/3.1mBreves 03h13/1.2m 10h26/0.1m 15h49/1.2m 22h54/0.1m

LUA

TEMPERATURA

PRAIAS TEMPO MÁX. MIN.

Mosqueiro

Salvaterra

30°23°

30°23°

30°23°

Salinas

SANTO DO DIA

30°23°

30°23°

30°23°

CIDADE MÁX MIN

Altamira 31° 24°Belém 30° 23°Bragança 30° 22°Breves 32° 23°Castanhal 30° 23°Itaituba 34° 25°Oriximiná 32° 25°Paragominas 33° 26°Redenção 33° 23°Soure 31° 25°Santarém 31° 24°Marabá 33° 24°

Minguante30 de abril

Nova7 de abril

Crescente14 de abril

Cheia22 de abril

O LIBERALBELÉM, SEGUNDA-FEIRA, 4 DE ABRIL DE 2016 ATUALIDADES 5

Estudo mostra que transporte fluvial é saída ao trânsito de Belém. Página 6. CIDADES

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Marcha Azul saiu às ruas para pedir mais atenção ao diagnóstico e tratamento às pessoas que sofrem de autismo

Semana mundial debate prevenção às doenças causadas pela alergia

Estimativa é de 11 mil pessoas com autismo na região metropolitana

Autismo exige mais políticas públicas

Mais de mil pessoas partici-param da “Marcha Azul”, realizada ontem no entor-

no da praça Batista Campos, em alusão ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo. Com o tema “Autismo – Você precisa se envolver”, o evento reuniu entidades que esclare-ceram dúvidas sobre o assun-to. A programação foi organiza-da pela ONG Amora, em parce-ria com instituições governa-mentais e não governamentais. Hoje, haverá apresentação de vídeos e roda de conversa sobre o autismo, família e estimula-ção no Centro de Atendimento à Saúde da Mulher e da Criança, anexo ao Hospital Bettina Ferro, na UFPA.

“Este é o quinto ano da ca-minhada e um dos objetivos do evento é chamar a atenção para a necessidade de políti-cas públicas voltadas a quem sofre de autismo”, afirmou a coordenadora da ONG Amora, Cristina Serra. A estimativa é de que haja 11 mil pessoas com autismo na Região Me-tropolitana de Belém (RMB) e 300 mil na região Norte, ainda segundo ela, mas há muitas dificuldades de diagnóstico, tratamento terapêutico e in-

MARCHAPais de crianças diagnosticadasquerem proteção garantida em lei

clusão escolar.Ela destaca que é preciso

tirar do papel no Pará a Polí-tica Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Trans-torno do Espectro Autista e o Estatuto da Pessoa com Defi-ciência. “Em Belém, só temos

um centro de referência para o diagnóstico, que é o Serviço Caminhar, do Bettina Ferro. Centro de atendimento públi-co, não temos nenhum. Pode-ria ser implantado um cadas-tro nacional, por exemplo”, argumentou.

A funcionária pública Luciana Souza, 32, é mãe de três meninos. Lucas, o filho do meio, tem cinco anos e foi diagnosticado com autismo aos dois anos e meio. Para ter a confirmação, ela precisou ouvir muitos especialistas.

“Tivemos que ficar peregri-nando, indo a vários médicos, porque alguns tinham receio de dar o diagnóstico. Aí veio a dificuldade de encontrar servi-ços de atendimento adequado, tive que procurar o Ministério Público para conseguir uma

A interiorização da Saúde Pública no Pará é o tema da reunião marcada para hoje, no prédio do Conselho de Secre-tarias Municipais de Saúde do Pará (Cosems-PA), convocada pela Promotoria de Saúde do Ministério Público, por meio da promotora de Justiça Suely Regina Ferreira Aguiar Cate-te, que pretende remover os entraves de saúde na Região Metropolitana de Belém, em relação aos municípios que mais enviam pacientes à capi-tal. Devem participar também representantes da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) e prefeitos da RMB, entre eles Zenaldo Coutinho, de Belém, e seus respectivos secretários e reguladores de Saúde.

O encontro tratará do pro-cesso regulatório e da pactu-ação integrada entre a capital e municípios que mais têm usuários atendidos na capital. A intenção é criar o fluxo de re-gulação regional já previsto no decreto de lei da saúde. Além disso, serão tratados o fomen-to, a implementação e o cum-primento da política pública de Saúde no Pará.

No Pará, a regulação é difi-cultada pelo fato de os municí-pios não preencherem dados e relatórios. “Você tem o PSM superlotado todos os dias, mas quando é feito levantamento de dados é verificado que não é utilizado nem 50% do que esta-ria disponível. E pelas reporta-gens que vemos diariamente é uma realidade completamente contrastante. Isso faz com que se diminua o quantitativo de

recursos”, explica a promotora Suely Catete.

Ela atribui à falta de regu-lamento o problema de super-lotação nos hospitais. “Eu em-purro o paciente para o muni-cípio vizinho, só que isso não é garantia de vaga. Tem também a questão financeira, pois ape-sar de ser um Sistema Único de Saúde cada município recebe um valor para seus habitantes. Se Belém recebe uma verba pa-ra um número de pessoas, de acordo com sua população, e recebe um valor maior de pa-cientes, quem pagará esse défi-cit?”, questiona a promotora.

DEFINIÇÕES

O Ministério Público Esta-dual (MPE) e Federal (MPF) se reuniram, no último dia 29, com gestores de alguns mu-nicípios paraenses, que rece-beram prazo de 30 dias para fazer levantamento de dados, a fim de que, em 60 dias, se proponham ações judiciais em conjunto com o MPF con-tra o subfinanciamento das Unidades de Pronto Atendi-mento (UPAs). As UPAs são es-truturas de complexidade in-termediária entre as Unidades Básicas de Saúde e as portas de urgência hospitalares, onde, em conjunto com estas, com-põem uma rede organizada de Atenção às Urgências.

A Secretaria Estadual de Saúde (Sespa) deve a vários municípios valores do “Pabi-nho”, programa estadual de repasse de recursos de acordo com a população e indicadores

de qualidade dos gestores. A Secretaria pagaria esses valo-res através de fornecimentos de equipamento, mas o acor-do não foi cumprido. Após a reunião ficou acertado que a Sespa, no período de 60 dias, encaminhará a lista de equipamento por município, repassando o levantamento também para o MPE. O MPF se responsabilizou de cobrar do Ministério da Saúde o critério adotado, pois o Pará recebe a menor renda per capita dentre os estados brasileiros.

Ficou definido, ainda, que o Pará encaminhará, em 30 dias, um cronograma à realização de capacitação no atendimen-to de urgências e emergência para 40 municípios. Além da criação de uma Central Única de Regulação Metropolitana, que funcionará na Sespa, além da unificação do Sistema Regu-latório pelo Sistema Gratuito e Oficial do Ministério da Saúde (Sisreg), sistema on-line criado para o gerenciamento do Com-plexo Regulatório. O Sisreg abrange desde a rede básica à internação hospitalar, visando à humanização dos serviços, maior controle do fluxo e oti-mização na utilização dos re-cursos, principal assunto a ser debatido na reunião de hoje.

Também ficou proposto o estudo sobre a Formatação dos Contratos Organizativos da Ação Pública da Saúde (Coaps) e também do Consórcio, que de forma geral substitui a Pro-gramação Pactuada e Integrada (PPI). Esse é um processo insti-tuído no âmbito do Sistema

Único de Saúde (SUS) no qual são definidas e quantificadas as ações de saúde à população residente em cada território. O consórcio deverá dar maior clareza do que de fato acontece. A PPI não consta em nenhuma rede de computadores.

Foi solicitado também ao estado a revisão do protocolo de Urgência e Emergência e de Atenção Básica para valer em todo Pará. Outra questão debatida foi a implementa-ção da regionalização por parte do estado, em comple-mento à legislação, ou seja, o paciente deve ser atendido o máximo possível dentro de sua região. Cada região deve ter a oferta dos serviços, de tal modo que não se concen-trem apenas na capital.

“Foram criados 13 polos de saúde no Estado e esses ser-viços têm que ser fornecidos dentro da região. Temos que conscientizar a região de que a solução nem sempre está em Belém e queremos fomentar a atenção básica nesses municí-pios. Os gastos são bem maio-res que as verbas. Então, se vo-cê trabalhar a atenção básica, pode evitar uma série de pro-blemas à população”, pontua a promotora Suely Catete.

Ela questiona, ainda, que “quem faz saúde é o município e este é responsável ao mandar um paciente para Belém para ficar em uma maca no corredor do PSM da 14?. Isso não é trata-mento de saúde, precisamos da conscientização de que muitos casos podem ser tratados no município”, diz ela.

facilitadora para acompanhar ele na sala de aula”, contou.

Ela começou a investigar ao perceber que o filho se isolava muito e não gostava de inte-ragir, entre outros sinais de alerta. Para ela, conscientizar é fundamental, pois o precon-ceito ainda é grande. “Muita gente trata como se fosse toli-ce”, disse. A aceitação precisa começar dentro da família, ressalta a engenheira Gleici Alves, 39, mãe de Karin Alves, 5. Ela explicou que o diagnós-tico da filha não está fechado, pois a menina apresenta leve alterações no comportamento e no aprendizado.

“Notei algo diferente quan-do ela tinha três anos, mas ho-je em dia o diagnóstico já não é o mais importante pra gente. Os pais precisam acreditar na capacidade dos filhos autistas. Eles precisam de mais atenção, cuidado e carinho e podem se desenvolver muito bem”, co-mentou. Discutir a doença é importante para quebrar ta-bus, acrescentou Gleici, prin-cipalmente no interior do Esta-do, onde muitas famílias não sabem como tratar a criança autista e elas não frequentam escola, não socializam.

De que forma as fontes de poluição nas ruas, em casa e no ambiente de trabalho contribuem e desenvolvem as doenças alérgicas? Es-sas e outras questões serão discutidas a partir de hoje, 4, até o dia 10, na Semana Mundial da Alergia, cujo te-ma é ‘’Poluição, Mudanças Ambientais e Pólen: Impacto das Alergias’’, da Sociedade Brasileira de Alergia e Imu-nopatologia Regional Pará, hoje, das 8h às 17h, na sede do Tribunal de Contas do Município (TCM), no Telégra-fo, em Belém.

A presidente da Sociedade Brasileira de Alergia e Imu-nopatologia Regional Pará, médica Maria de Nazaré Cunha, informa que haverá palestras, distribuição de fol-ders, panfletos e orientação de prevenção e tratamento das alergias. Janelas fecha-das, cortinas e tapetes pesa-dos ajudam na proliferação das alergias respiratórias, por concentrar micro-orga-nismos, a exemplo de bacté-rias. “É importante observar a limpeza dos aparelhos de ar-condicionados, só para dar um exemplo, e arejar os

ambientes’’, observou a médi-ca, que atua como professora doutora no Serviço de Alergia e Imunologia da Universida-de Federal do Pará (UFPA).

Ela assegura que as doen-ças alérgicas mais comuns na Região Metropolitana de Belém são a sinusite, também chamada de rinossinusite, que envolve inflamação ou infecção em um ou mais seios paranasais - cavidades ocas nos ossos do crânio em torno do nariz e atrás dos olhos.

Na rinossinusite, a pessoa apresenta coriza nasal, espir-ros e dor ou coceira no nariz,

olhos ou na garganta. “É pre-ciso deixar o sol penetrar os ambientes, abrir janelas dia-riamente, arejar os espaços e mantê-los limpos, isso já é um bom começo contra as do-enças alérgicas respiratórias’’, ensina, ao frisar que o ácaro é um dos grandes vilões. Esses seres minúsculos pertencem à classe dos aracnídeos e fa-zem parte da mesma subclas-se dos carrapatos.

Os ácaros domésticos, enfatiza a doutora, causam diversas doenças alérgicas, como rinite e asma alérgica. ‘’Eles sobrevivem bem em

colchões, tapetes, almofadas, sofás, bonecos de pelúcia e roupas de camas e adoram lu-gares úmidos. Alimentam-se de escamas de pele humana e de animais e são verdadeiras pragas domésticas’’, adverte a doutora, alertando que o tra-tamento da alergia causada por ácaro começa com a pre-venção. Ela recomenda, como exemplo, a lavagem regular de colchões, cobertores e tra-vesseiros com água quente.

As doenças alérgicas re-sultam da interação entre a hereditariedade com o am-biente, ou seja, para que a ten-

dência genética se manifeste (hereditariedade), é grande a influência dos fatores am-bientais. “Há também as aler-gias alimentares, a exemplo de alergias ao leite de vaca, ovos, amendoim, soja, peixes e frutos do mar, nozes. Al-guns sintomas alérgicos são potencialmente graves e até mortais como, por exemplo, o edema de glote (que pode obs-truir a respiração). A resposta alérgica sistêmica é chamada de anafilaxia e dependendo da severidade pode causar reações graves e, inclusive a morte’’, concluiu a doutora.

Promotora convoca reunião sobre saúde pública Campanha estimulameninas à vacinação

Meninas de 9 a 13 anos já começam a ser orientadas a procurar uma das 36 mil sa-las de vacinação no país para receber a dose contra o HPV. A campanha nacional de mobili-zação, coordenada pelo Minis-tério da Saúde, segue até 15 de abril. A dose, entretanto, pode ser encontrada nos postos de saúde durante todo o ano.

A meta deste ano é va-cinar pelo menos 80% das meninas de 9 anos de idade, público-alvo da campanha, formado por um total de 1,7 milhão de garotas. A imuni-zação é feita em duas doses injetáveis - a primeira, de preferência, nos meses de março ou abril e a segunda, seis meses após a primeira.

A orientação da pasta é que meninas de 10 a 13 anos que ainda não receberam a dose ou que não completaram o esquema vacinal também sejam imunizadas durante a campanha de mobilização. A proteção, segundo o ministé-rio, só é conferida se todas as doses forem aplicadas.

Meninas e mulheres, na faixa etária de 9 a 26 anos, vi-vendo com HIV ou aids tam-bém devem ser vacinadas. Neste caso, o esquema vaci-nal consiste em três doses - a segunda é administrada dois meses depois e a tercei-ra, após seis meses. Dados do ministério apontam que cer-

ca de 59 mil mulheres de 15 a 26 anos vivem com HIV ou aids no país atualmente.

Ainda de acordo com a pasta, meninas de 9 a 13 anos poderão ser vacinadas contra o HPV em escolas públicas e par-ticulares. Para isso, o ministé-rio recomenda o envolvimento das secretarias estaduais e mu-nicipais de educação na opera-cionalização das ações.

O ministério informou que foram gastos R$ 1,1 bi-lhão para a compra de 32 mi-lhões de doses contra o HPV nos últimos três anos. A va-cina utilizada pelo governo brasileiro é a quadrivalente e confere proteção contra os subtipos 6, 11, 16 e 18, princi-pais responsáveis por casos de câncer de colo de útero e verrugas anogenotais.

A coordenadora-geral do Programa Nacional de Imu-nização, Carla Domingues, lembrou que o vírus é atu-almente muito disseminado e transmitido pelo contato direto com a pele ou muco-sas infectadas. A estimativa, segundo ela, é que o país re-gistre, este ano, 16 mil novos casos de câncer de colo de útero e cerca de 5,4 mil mor-tes provocadas pela doença.

“A vacina é segura e re-comenda pela Organização Mundial da Saúde. A dose já é utilizada em mais de 100 pa-íses”, disse, ao destacar que o câncer de colo de útero repre-senta a quarta causa de morte por câncer entre mulheres.

Agência BrasilBRASÍLIA

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Linha fluvial que ligava Belém a Icoaraci foi de-sativada. A especialista

Patrícia Bitencourtdiz é preciso revisar a

rede de transporte públi-ca da capital e integrar fortemente os modais

disponíveis

O porto de Icoaraci terá integração direta com o sistema BRT

Transporte fluvial desafoga o trânsito

Demorar horas para atraves-sar a cidade de uma ponta a outra, enfrentando len-

tidão dos congestionamentos nos horários de pico, se trans-formou em um tormento à po-pulação das áreas mais afas-tadas de Belém. Especialistas apontam que às margens da cidade está parte da solução para esse problema da mobi-lidade urbana da capital - os rios. O transporte de barcos e lanchas no perímetro urba-no, ainda mal aproveitado, é a alternativa que a população espera, se for aliada a outras modalidades, como ônibus e bicicletas. A capital paraense teria condições favoráveis para aproveitar o transporte fluvial, mas até ser uma alternativa concreta o transporte público fluvial precisará superar pro-blemas estruturais e atrair empresários.

Pesquisador da Superinten-dência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), Everaldo Martins há seis anos estuda o assunto e reclama da falta de interesse do poder público. Martins publicou um artigo na revista do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) sobre a possibilidade de expansão dessa modalidade de transporte. “A intenção foi levar uma alternativa capaz de minimizar os efeitos des-se fluxo de carros em Belém. Outra intenção é a potenciali-dade que a malha hidroviária permite”, diz ele. Ao se com-parar o fluvial com a moda-lidade de transporte público mais difundida - o rodoviário -se destacam alguns pontos positivos, como o baixo cus-to, menor impacto ambiental, ausência de engarrafamentos, possibilidade de maior inte-gração das populações ribeiri-nhas urbanas aos serviços pú-blicos do centro e a paisagem natural. O transporte fluvial também ajudaria a desafogar o trânsito da capital, reduziria a poluição ambiental dos car-ros, com a emissão de efeito

EM BELÉMExperiênciafoi desativada em Belém após poucos dias de uso

de gases, diminuiria o estresse de motoristas e passageiros e os custos de manutenção da malha viária.

A pesquisa aponta melhoria do transporte público em toda Região Metropolitana de Belém (RMB) com redução de 20% a 30% na quantidade de veículos no cen-tro da capital e possibilidade de utilização do transporte hidro-viário para o turismo. “Podemos fazer o contorno de Belém desde o rio Maguari, com acesso atrás do conjunto Maguari, na avenida Augusto Montenegro, até a Ufra [Universidade Federal Rural da Amazônia]. Tudo seria integrado com outros modais de transporte de nossa cidade. Só o BRT não vai conseguir resolver isso”, afian-ça Martins, que também indica a criação de um ônibus anfíbio utilizado em outras partes do mundo. O veículo é adaptado pa-ra andar tanto nas ruas, quanto em águas calmas.

ESTRESSE

Agente de portaria, Ernani Pi-nheiro, 27 anos, atesta que não há como andar no trânsito de Belém sem se estressar, seja motoris-ta ou passageiro de ônibus. “O trânsito está uma imundície. Os governantes não trabalham para melhorar isso. Eu venho pela BR, de Ananindeua, e gasto 2h30 pa-ra chegar ao Ver-o-Peso”. Para ele, seria ótimo escapar do trânsito. Se estivesse em Icoaraci, Erna-ni até pensaria em apanhar um barco para chegar ao trabalho. “Depende da necessidade. Se fos-se chegar atrasado pegaria a lan-cha com certeza. Creio que uma viagem dessas é como pegar um táxi, mas sem enfrentar o trânsi-to”, avalia.

A organização da rede hidro-viária poderia ajudar a salvar vi-das perdidas cada vez em maior quantidade nos acidentes de trân-sito. Consequentemente, a redu-ção dos acidentes diminuiria o número de internamentos da re-de pública de saúde e os gastos do Estado com pacientes lesionados. De acordo com dados levantados pelo Detran do Pará, foram regis-trados 10.554 acidentes em Belém e 29.784 em todo o Pará no ano de 2014. Em Belém, 3.907 pessoas sofreram lesões no trânsito; sen-do que 103 morreram. Em todo o Estado, 17.741 pessoas ficaram feridas em acidentes e 1.648 mor-reram, o que corresponde à 4,70% do total de óbitos do Estado.

Um dos trechos mais perigo-

FÚNEBRES

VITO GEMAQUEDa Redação

sos de todo o Estado está loca-lizado na saída de Belém até a entrada de Mosqueiro, que re-gistrou 932 acidentes, 74 dos quais graves, com sete mortes. O alto número de acidentes transformou o trecho no sex-to mais crítico de todo o Bra-sil. Os pedestres são as princi-pais vítimas do trânsito, pelos dados da Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Ses-pa) de 2011 a 2014. “A frota de Belém é de 500 mil carros, em Belém, não tem mais como expandir essa malha viária. A ideia é reduzir essa malha, o que reduziria os acidentes, os internamentos nos hospi-tais, diminuir o estresse com a população chegando com mais tempo no trabalho”, ga-rante Martins.

Para a engenheira civil, especialista em trânsito da Universidade Federal do Pará (UFPA), Patrícia Bittencourt, toda a rede de transporte público precisa ser revisada. “A gente precisa oferecer um sistema de transporte público mais eficiente e fazer com que as pessoas o utilizem”, desta-ca. Ela também concorda que o transporte fluvial somente funcionará se houverem vá-rias linhas hidroviárias com preços acessíveis, rápidas e re-gulares para atrair o interesse da população. “Esse sistema teria que ser ampliado para dar atendimento à população das ilhas”, argumenta.

Segundo ela, Belém já teve linhas do Ver-o-Peso à UFPA, Icoaraci e Mosqueiro, mas que não deram certo porque utili-zavam embarcações inadequa-das, muito grandes. “O ideal é que essas linhas tenham em-barcações menores e mais ve-lozes e com regularidade. Não adianta colocar uma viagem por dia, porque não dá flexi-bilidade ao usuário. Trapiches adequados para que realmen-

te essas linhas emplaquem”, defende. As embarcações de 400 lugares não seriam ide-ais para embarque e desem-barque rápido, diz ela.

Atualmente, a movimen-tação nos rios é principal-mente em viagens de longa distância, seja entre muni-cípios ou Estados da Ama-zônia. As viagens urbanas na Região Metropolitana de Belém (RMB) são quase ine-xistentes. Para implantar o sistema, vários obstáculos deverão ser superados, co-mo a falta de infraestrutura nos terminais, de organiza-ção entre os barqueiros, fro-tas de barcos obsoletas, alto custo para investir nas em-barcações, longa duração das

viagens e falta de integração entre os modais de transpor-te. “A gente precisa consertar essas coisas, ter um sistema hidroviário integrado ao sis-tema rodoviário, não adianta ter essa linha hidroviária se não chega ônibus. Precisa-mos integrar a rede ciclovi-ária, por exemplo”, destaca Bittencourt.

SUSPENSO

Um serviço de lancha en-tre Icoaraci e o Ver-o-Peso, com duração de 20 minutos, começou a ser operado em Belém, em janeiro passado, mas foi suspenso pela Pre-feitura para avaliação. Ainda não há prazo definido para

o retorno. A linha era operada pela empresa Tapajós Expres-so Hidroviário. A empresa BM Express teria mostrado interesse em operar a mes-ma linha em outro horário. O preço da viagem chegou a ser estipulado em R$ 10 para lan-cha, sem direito a gratuidades ou transporte de carga, exceto bicicletas.

A PMB informou que sub-sidiará parte da passagem de um barco para 300 passagei-ros, garantindo gratuidade. A terceira licitação para o serviço de transporte hidro-viário foi feita em março e de lá para cá não se tem nenhu-ma informação oficial sobre a retomada do serviço. A supe-rintendente da Semob, Maisa Tobias, chegou a anunciar que os barcos para os quais a licitação foi aberta seriam di-ferentes dos anteriores, com maior potência nos motores para tornar a viagem mais rá-pida. A Semob não fixou pra-zo para a implementação das linhas em Belém, mas garan-tiu que algumas estão em lici-tação com recursos próprios da Prefeitura e outras aguar-dam recursos federais apro-vados pelo Ministério das Ci-dades. Atualmente, estão em licitação os portos da praça Princesa Isabel e de Cotijuba. O porto de Mosqueiro já está com obras iniciadas, devido a uma parceria com o Depar-tamento Nacional de Infraes-trutura de Transportes (Dnit). Todos os portos terão bicicle-tários. No Ver-o-Peso já está contemplado um dos pontos de aluguéis de bicicleta com-partilhada. A ideia é expandir a bicicleta compartilhada em outros portos, especialmente em Icoaraci.

No caso da interligação com ônibus, o porto de Icoaraci terá integração direta com o BRT, que disporá de uma estação fi-nal bem em frente ao terminal hidroviário. Nos outros casos, os portos já são dotados de pa-radas de ônibus próximas. A Superintendência ainda espe-ra em breve implantar o Bilhete Único com o BRT e a integração total do sistema. “Toda a rede é intermodal. Pensamos em ônibus, barco, bicicleta, táxi e mototáxi para aproveitar ao máximo as modalidades exis-tentes”, declara Tobias. Apesar da duração da travessia com o barco ser de 40 minutos a mais que pela antiga lancha, Tobias assegura que as vanta-gens serão maiores. “Hoje, ir de ônibus de Icoaraci ao Ver-o-Peso é andar em pé, lotado, todo amassado e ainda demo-ra 1h40. Tem que enfrentar a Almirante Barroso e o trânsito. Pelo navio, você não tem trânsi-to e vai vendo a bela paisagem da nossa orla”, destaca.

TransporteVEJA OS PORTOS QUE RECEBERÃO AS LINHAS HIDROVIÁRIAS DE BELÉM

Ver-o-Peso Princesa Isabel Cotijuba Icoaraci Mosqueiro

Outeiro Ilha Grande Combu Porto da Palha UFPA

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Sistema de bicicletas compartilhadas começa a funcionar em Belém. Página 8. CIDADES

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Devotos da Divina Misericórdia durante procissão a caminho da Catedral

Escola do Panorama XXI não tem carteiras suficientes para os alunos

“Deus é amoroso, perdoa e cura aqueles que se submetem ao seu amor”

Procissão louva a divina misericórdia

M ilhares de fiéis participa-ram na manhã de ontem da XXI Festa da Divina

Misericórdia, cuja procissão seguiu por ruas do centro de Belém até a Igreja da Sé. A organização foi feita pelo Mo-vimento Apostólico da Divina Misericórdia e pela Casa da Misericórdia Santa Faustina. A programação começou com a procissão, que saiu às 8 horas da Casa da Misericórdia Faus-tina, na travessa Padre Pru-dêncio, entre a Aristides Lobo e a Riachuelo. Os fiéis segui-ram pela avenida Presidente Vargas, Assis de Vasconcelos, Boulevard Castilhos França, Ver-o-Peso, até a Catedral Me-tropolitana de Belém, onde, às 9h, foi celebrada missa.

“Nós temos o mesmo sen-

EM BELÉMDevotos saemàs ruas com quadros de Jesus e de Santa Faustina

timento que Cristo amoroso e misericordioso, que deu a vida para nós salvar. Esse é o

maior atributo de Deus, o que todos nós cristãos batizados apostólicos romanos e de to-

das as religiões somos convi-dados a viver essa realidade bonita e linda de Deus”, expli-

cou o padre Ulisses Campos, à frente da procissão. Para ele, o que leva cada vez mais pes-soas à procissão é o amor de Deus e o testemunho dos fiéis que são “chamados a resplan-decer no amor, na concórdia, na benevolência, em tudo o que são virtudes da realidade humana”.

A procissão chegou na Igreja da Sé por volta das 9h10. Os devotos entraram pela porta lateral da igreja, conhecida como a Porta da Misericórdia, onde foram re-cebidos por bênçãos de pa-dres com ramos e água benta. A igreja ficou lotada de fiéis. O advogado Eduardo Ciro, 51 anos, estava muito emocio-nado, segurando um quadro de Jesus Cristo e quase não

conseguiu falar. “Celebro a misericórdia de Cristo, que é um ato de reconhecimento de quem somos. Deus é amoro-so, perdoa e cura aqueles que se submetem ao seu amor”, disse. Já para Natalina Valen-te, 51 anos, que mora na Au-gusto Montenegro, a primeira participação na procissão foi inesquecível. “Foi muito bom. Trouxe o quadro de Santa Faustina para benzer e vene-rar lá em casa”, disse.

O aeroportuário Rafael Coelho, 35 anos, e a noiva Adriene Pimentel, que acom-panham a procissão há 20 anos, dizem que é a fé que leva várias pessoas à procis-são. “É a fé na misericórdia de Jesus, e as promessas a San-ta Faustina. Foi ela que disse que é a devoção e a miseri-córdia e amor que garantem o bem estar espiritual”, disse Rafael. “Eu me sinto muito emocionada, principalmente durante o terço, que é como se fosse a culminância das devoções”, disse.

Hoje se inicia o ano letivo na rede pública estadual de ensino e a Escola E.E.F.M. San-tana Marques, no conjunto Panorama XXI, não recebeu as adaptações necessárias para recepcionar dignamente seus alunos. No local, pais de alunos e professores denun-ciam que as salas têm em mé-dia 20 carteiras para mais de

40 alunos por turma, ou seja, metade dos estudantes ocupa o chão para assistir às aulas. As denúncias incluem ainda o telhado deteriorado, que res-pinga água da chuva nas salas de aula e de informática.

Na sexta-feira pela manhã, o corpo docente da escola fez uma reunião para estruturar o calendário pedagógico da ins-

tituição, mas foi obrigado a in-terromper o planejamento pa-ra tentar encontrar uma saída ao problema, porque não se sa-be se será possível iniciar o ano letivo nas condições em que a escola se encontra. O professor Gracio Paulo Serra diz que têm arcado, pessoalmente, com algumas melhorias na escola. “Eu estou pagando para faze-

rem a limpeza e capinação da área de entrada da escola. Temos um problema gravíssimo com o telhado, que está todo quebrado. Eu me propus a pagar o conserto do telhado, mas me cobraram R$ 3 mil só de mão-de-obra e mais R$ 5 mil de material, então não vai dar”, advertiu.

De acordo com o levantamen-to feito pela comunidade escolar,

são necessárias 271 carteiras, que já foram solicitadas à Secretaria de Estado de Educação (Seduc), mas que até agora não tomou ne-nhuma providência para resolver o problema. “É pior pela manhã, quando tem mais alunos. Tem carteiras que só tem onde sentar, não tem onde escrever. De tarde e de noite, tem menos alunos e aí eles ficam trazendo e levando

carteiras de uma sala para outra. Os alunos reclamam muito que, quando chove, não conseguem assistir aula, porque a água entra nas salas e até na sala de informá-tica”, reclamou a mãe de uma alu-na, que não quis ser identificada. O LIBERAL entrou em contato com a Seduc, mas não obteve ne-nhuma resposta até o fechamento desta edição.

Uepa faz matrículas hoje e amanhãHoje e amanhã, os candi-

datos aprovados na repesca-gem (4ª Chamada Subsequen-te) do Processo Seletivo 2016 (Prosel) da Universidade do Estado do Pará (Uepa) deverão matricular-se na instituição. O processo pode ser feito, das 8h às 12h ou das 14h às 18h, no campus para o qual foram admitidos.

Para matricular-se na Uepa, os aprovados preci-sam entregar as cópias dos seguintes documentos: RG; CPF; Certidão de Nascimento ou Casamento; Certificado de Alistamento Militar (candida-tos do sexo masculino); 1 foto 3x4 recente (colorida); Título de Eleitor, acompanhado do comprovante de votação na última eleição; Histórico Escolar do Ensino Médio; Certificado de Conclusão do Ensino Médio e Comprovan-te de Residência (recente que contenha CEP). Os candidatos

não podem esquecer de levar os registros originais para confirmação dos dados.

Os estudantes das esco-las da rede pública de ensino precisam apresentar uma de-claração de estar concluindo o Ensino Médio no ano leti-vo corrente, que deverá ser substituída pelo certificado em até 120 dias. A matrícula definitiva está condicionada à apresentação dos documen-tos obrigatórios. Caso não seja apresentada até o início do ano letivo, os aprovados perderão a vaga.

A universidade informou que, devido não existir mais candidatos classificados para preencher as vagas do Programa de Ingresso Se-riado (Prise) em algumas localidades e cursos, esses foram remanejadas para o Prosel, obedecendo à ordem de classificação do referido. O preenchimento de vagas para

Chamada Subsequente segue à ordem decrescente da nota final obtida pelos candidatos não classificados, de acordo com as modalidades: Vagas Reservadas (VR) ou Vagas Universais (VU).

Nos casos de aprovação si-multânea no Processo Seletivo (Prosel/2016) e no Prise para curso/turno/município dife-rentes, o candidato deverá as-sinar o Termo de Desistência de Vaga de um dos Processos Seletivos, sob a pena de não poder realizar sua matrícula. Se o mesmo acontecer nas du-as modalidades e em um mes-mo curso/turno/município, o pretendente terá sua matrícu-la autorizada na vaga do Prise Subprograma XVII-3ª etapa. A lista com resultado dos candi-datos convocados na repesca-gem foi divulgada na última quinta-feira e encontra-se dis-ponível no site www.paginas.uepa.br/priseeprosel.

UFPA convoca maior repescagemO Centro de Registro e

Indicadores Acadêmicos (Ciac) da Universidade Fede-ral do Pará (UFPA) publicou na última sexta-feira, 1º, a segunda chamada do Pro-cesso Seletivo 2016 (PS 2016), a “repescagem”, com 1.065 vagas, o maior da história da instituição. O diretor do órgão, Aluízio Barros, ex-plica que o alto número de vagas à repescagem se dá devido à aprovação dos can-didatos em outros processos seletivos. “Muitos já foram classificados em outras ins-tituições públicas e até mes-mo na UFPA, nos outros ves-tibulares, e como é proibido por lei ocupar duas vagas em universidades públicas, eles precisam escolher e desistir de uma delas”.

Aluízio Barros conta ain-da que o número de vagas na repescagem surpreendeu a UFPA. “Normalmente, as repescagens possuem al-gumas centenas de nomes, mas é a primeira vez que es-

se número é maior que mil. E ainda teremos mais vagas. Imaginamos que isso aconte-ça pelas especificidades des-te ano, como o prazo maior para início das aulas na ins-tituição e a possibilidade de os candidatos participarem e serem aprovados em vários vestibulares da universidade ao mesmo tempo”.

Aqueles cujos nomes esti-verem na lista de repescagem precisam se apressar, pois a entrega dos documentos se-rá nos dias 12 e 13 de abril, no Centro de Eventos Benedi-to Nunes (CEBN), no campus do Guamá, em Belém. Porém, cada curso tem horário e da-ta específica para o registro dos candidatos. Todas as orientações aos estudantes estão disponíveis no edital da 2ª chamada do PS 2016.

A lista divulgada na sexta se refere apenas aos faltosos e desistentes de Belém (996 vagas) e Ananindeua (69 va-gas), pois o Ciac/UFPA ainda está registrando os candida-

tos aprovados no PS 2016 pa-ra o interior do estado.

A habilitação ao vínculo institucional do PS 2016 ter-mina apenas em 8 de abril, com o recebimento dos do-cumentos dos estudantes aprovados para Limoeiro do Ajuru, no nordeste do Pará. Por isso, uma segunda repes-cagem será divulgada ao fim da habilitação, com as vagas disponíveis devido às inscri-ções indeferidas pela UFPA e ainda com as vagas de falto-sos e desistentes dos campi fora da Região Metropolitana de Belém.

Aluízio Barros também assegura que não há atrasos em relação ao calendário da repescagem do PS 2016. “Esse processo de registro dos clas-sificados do PS 2016 é o mais complexo entre os vestibula-res, porque envolve um nú-mero grande de candidatos e o deslocamento das equipes da UFPA a um número maior de municípios para o recebi-mento de documentos”.

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Ciclista usa bicicleta da rede Bike Belém, sistema inaugurado ontem pela Prefeitura

Ônibus rodoviários terão plataforma elevatória a partir de 1º de julho

Cada estação terá 10 bicicletas que poderão ser usadas pelos cadastrados

Belém já dispõe de sistema de bicicletas

Oprimeiro sistema de bici-cletas compartilhadas de Belém, com o projeto “Bike

Belém”, começou a funcionar no sábado. Fruto da parceria entre o Hapvida Saúde, Pre-feitura de Belém e a empresa concessionária Samba Trans-portes Sustentáveis, o “Bike Belém” objetiva tornar a ci-dade um espaço ainda mais saudável. “É uma marca do Hapvida trabalhar a saúde de forma construtiva e preventi-va. Entendemos que precisa-mos levar saúde à cidade como um todo”, disse a diretora de Comunicação e Marketing do Hapvida, Simone Varella.

O sistema de bicicletas compartilhadas faz da capital paraense a primeira cidade da Região Norte a receber a iniciativa promovida pelo Ha-pvida. A partir do sábado, as bicicletas estarão disponíveis à população. Ao todo serão 11 estações distribuídas em di-ferentes pontos da cidade - as dez primeiras ativas já foram definidas pela Superintendên-cia de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) e estão locali-zadas nos bairros da Cidade Velha, Jurunas, Umarizal, Ba-

COMPARTILHADASDiária custa R$ 5 euso mensal custaR$ 10. Sistema estáem cinco bairros.

tista Campos e Campina.Ao participar do evento,

na manhã de sábado, na Pra-ça Batista Campos, o prefeito Zenaldo Coutinho disse que a Prefeitura de Belém vai apoiar o projeto ampliando as ciclo-vias, dando mais garantias para os ciclistas na cidade e fazendo com que a alternativa de transporte de bicicleta, “que é saudável, não poluente e aju-da a diminuir o trânsito, possa ser cada vez mais respeitada. Vamos ver o comportamento

dessas 10 estações. Onze, na verdade, porque vamos inau-gurar uma em seguida. E, de acordo com o uso, com a de-manda, a gente pode ampliar”, afirmou. Ele disse que as gran-des cidades do mundo já dis-ponibilizam esse serviço. “E Belém é pioneira na Amazônia. Para nós, também é motivo de alegria e de orgulho termos to-mado a iniciativa de promover o processo licitatório, de bus-car a parceria da Hapvida para que a gente pudesse estar hoje

entregando esse serviço aos cidadãos de Belém, do Pará e aos nossos visitantes turistas”. Zenaldo falou da importância dos motoristas respeitarem os ciclistas, “e nós termos uma ci-dade em que cada um tenha o seu espaço resguardado para ser uma cidade que preserve a vida e respeite o direito de cada um”.

Cada estação contará com 10 bicicletas, que poderão ser utilizadas por qualquer pes-soa cadastrada no sistema. O

O trecho da avenida Au-gusto Montenegro, entre a rua da Marinha e o Entroncamen-to, fechado para o tráfego no sentido Icoaraci-Belém, desde setembro do ano passado, foi reaberto na manhã no último sábado, 2. Por volta das 10h da manhã, operários do Consór-cio BRT fizeram a retirada das barreiras de concreto que for-çavam a conversão à esquerda na Rua da Marinha, para aces-sar o centro de Belém. Os mo-radores do conjunto da Cohab ficaram aliviados com o fim da interdição que atrapalhou a rotina.

Para a estudante Vanessa Tavares, 20 anos, que mora atrás do conjunto da Cohab, a mudança das paradas de ôni-bus por causa da interdição e o desvio atrapalharam muito o dia-a-dia. “Quem mora lá no início do conjunto tinha que andar muito. Atrapalhou prin-cipalmente porque colocaram aquela parada provisória na rua da Marinha e nas noites e

O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tec-nologia (Inmetro) adiou esta semana a vigência da Portaria 269, que proíbe o uso de ca-deiras de transbordo para dar acesso a pessoas com proble-mas de mobilidade a ônibus rodoviários. No lugar desse equipamento, eles deverão ter uma plataforma de eleva-

ção veicular, uma espécie de elevador.

A cadeira de transbordo é um tipo de cadeira de rodas menor e mais leve que as tra-dicionais, onde a pessoa com mobilidade reduzida é colo-cada para ser transportada, geralmente o motorista, para dentro do ônibus.

Inicialmente, os fabricantes teriam que se adequar à nor-ma a partir do 31 de março de 2016. Com a publicação da Por-

taria 151 de 2016, os fabrican-tes só serão obrigados a pro-duzir ônibus rodoviários com elevador a partir do dia 1º de julho deste ano. Os ônibus ur-banos já são obrigados a virem de fábrica com o elevador.

Segundo Leonardo Rocha, chefe da Divisão de Regula-mentação Técnica e Progra-mas de Avaliação da Confor-midade do Inmetro, os ônibus que já estão em circulação não precisam ser alterados.

“Eles vão continuar circulan-do. O que acontece é que há uma renovação natural dessa frota, que é determinada pelo sistema de trânsito de cada município”.

“Em função da inexistência de laboratórios e organismos para conduzir a avaliação das plataformas para certifi-cação, em função da falta de infraestrutura para avaliação, em função de algumas neces-sidade de alguns reparos na

medida manifestadas pelo setor produtivo, a gente aca-bou sendo obrigado a adiar a vigência”, disse

Segundo Rocha, a deter-minação não leva em conta necessariamente o trecho percorrido pelo ônibus, mas o tipo. Os ônibus de dois an-dares, que têm uma espécie de rampa, por exemplo, estão dispensados de ter esses eleva-dores. Ônibus menores, como micro-ônibus, também não

são abrangidos por esta nor-ma. Porém, Rocha destaca que cerca de 90% dos ônibus que circulam em rodovias precisa-rão se adequar à norma.

O especialista ressaltou também que a medida é uma demanda vinda da Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Defici-ência e que tem como objetivo tornar esse tipo de acessibili-dade menos desconfortável para o cadeirante.

Agência BrasilBRASÍLIA

Moradores de Benevides fecham a rodovia BR-316 durante uma horaMoradores da rua Neó-

polis, em Benevides, inter-ditaram a rodovia BR-316 por aproximadamente uma hora, na manhã de ontem, para protestar contra as pes-símas condições de tráfego na via. Durante o protesto, eles disseram que precisam com urgência que a rua seja pavimentada, pois nesse pe-ríodo de chuva as crateras aumentaram e a população fica impossibilitada de tra-fegar pelo local, seja de veí-culo ou a pé.

O morador Evanildo Ma-ciel, que mora na localida-de há dois anos, disse que o tráfego onde mora é compli-cado por causa dos buracos que formam grandes poças de águas nesse período chuvoso e impossibilitam a passagem de veículos ou até mesmo o tráfego a pé. “Nós já fomos na prefeitura de Benevides diversas vezes e não tivemos uma solução, assim não dá. O prefeito alega que a via não perten-ce a Benevides”, reclamou o

morador.A pavimentação é a ur-

gência reclamada pelos ma-nifestantes, mas eles não deixaram de reclamar da falta de iluminação e segu-rança, uma vez que no local onde moram não há uma lâmpada nos postes e a polí-cia é ausente. “Além da lama, ainda ficamos na escuridão. A iluminação aqui é zero, por isso nem a polícia entra aqui”, reclama o morador.

A pista no sentido Be-nevides-Santa Izabel ficou

interditada por aproxima-damente uma hora, provo-cando um quilômetro de congestionamento. Uma equipe da Polícia Rodoviá-ria Federal foi até ao local do protesto e negociou com o grupo. Os manifestantes disseram que só liberariam a pista após a chegada da imprensa. “Nós sabemos do transtorno que é causado, mas nós tivemos que cha-mar atenção para que esse problema seja solucionado”, acrescentou Evanildo.

Patrulheiros negociaram a reabertura da rodovia

ASC

OM

PRF

Augusto Montenegro é liberada entre rua da Marinha e Entroncamento

nos finais de semana era mui-to soturno, junto com a falta de iluminação e segurança ficava muito inseguro”, relem-brou. Outro problema eram os

atrasos para chegar no curso. “Os engenheiros fazem esses projetos, mas não sei se eles sabem o que se passa aqui, na vida das pessoas dos bairros.

No meu horário de chegada no curso chegava atrasada”, disse.

A empregada doméstica Rosalina do Carmo, 58 anos,

também foi muito prejudica-da com o fechamento. “Atra-palhou muito quem trabalha para cá. Trabalho no início do conjunto e tinha que andar todo o conjunto para pegar o ônibus na rua da Marinha. Todo dia chegava tarde no tra-balho”, disse. Com a liberação do trecho, Rosalina se disse aliviada. “Para mim melhorou, mas ainda estou em dúvida sobre onde vai ser essa parada do BRT”, indagou.

O trecho foi reaberto antes do prazo previsto, para me-lhorar o acesso dos torcedores do clássico Remo e Paysandu, que ocorreu ontem no Estádio Olímpico Mangueirão. A rua da Marinha continuará com sentido único Augusto Mon-tenegro-Centro, porque em breve será fechada para obras, em mais uma etapa antes da conclusão total dos trabalhos na área.

A avenida Augusto Monte-negro continua em obras mais à frente, passando a rua da

Marinha, no sentido Entron-camento-Icoaraci, onde há desvios pela canaleta do BRT. Já em frente ao Detran até o Planetário do Pará, o desvio pela canaleta é no sentido Ico-araci-Entroncamento. Os mo-toristas ainda devem evitar a avenida. Em um dos trechos mais complicados, entre a en-trada do conjunto Sideral até o Bengui, há muitos buracos e o estreitamento da via no senti-do Icoaraci-Entroncamento, o que gera congestionamentos constantes e lentidão até nos finais de semana. O ciclista Alziro Monteiro, 75 anos, que levava as suas sacolas de com-pras do supermercado na bici-cleta, disse que trafegar pela via se transformou em um perigo constante. “Tem que ter muito cuidado, porque se não já era. Os buracos atrapa-lham muito. Às vezes a gen-te também passa aqui uma hora para atravessar, alguns param no sinal, mas outros não”, disse.

Liberação da Augusto Montenegro aliviou o sufoco de quem mora na Cohab

ARY

SOU

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/ O L

IBER

AL.

cadastro poderá ser feito pela internet, através do site www.bikebelem.com e o destrave das bicicletas para uso poderá ser feito via aplicativo para celula-res ANDROID e IOS ou ligação telefônica. Os preços ficarão entre R$ 5 para passes diários e R$ 10 para passes mensais. Ca-da passeio poderá ser feito em até 90 minutos com intervalos de pelo menos 15 minutos en-tre cada um deles.

Cada bicicleta possui um chip de identificação que serve para identificar com qual usu-ário a bicicleta está. Ele iden-tifica também quanto tempo ela está fora da estação e em qual estação ela se encontra. O sistema de gestão do proje-to é seguro e monitora todas as bicicletas 24h. As bicicle-tas, desenvolvidas pela Sam-ba Transportes Sustentáveis, têm fabricação 100% nacional, pesam em torno de 16 quilos, possuem quadro em alumínio com design diferenciado, três marchas, selins com altura re-gulável, guidão emborracha-do, acessórios de sinalização e sistema de identificação e trava eletrônica. As estações funcionam alimentadas por

energia solar e são interliga-das por sistema de comuni-cação sem fio, via rede 3G e 4G, permitindo que estejam conectadas com a Central de Controle Samba 24 horas por dia. A central monitora, em tempo real, toda a operação do sistema, garantindo a melhor distribuição das bicicletas. O projeto também conta com oficina de manutenção para montagem e recuperação dos equipamentos e veículos es-peciais para distribuição das bicicletas. “A prática de uma vida mais saudável evita do-enças. Não adianta conscien-tizar apenas o nosso usuário. Queremos que todos se tor-nem mais saudáveis, com um ambiente que promova saúde, porque indivíduo é fruto do ambiente. Se o entorno é mais saudável, as pessoas se torna-rão mais saudáveis”, afirmou Simone Varella.

Serviço:SITE PARA ACESSO DOS USUÁRIOS:bikebelem.com ou aplicati-vo para celulares ANDROID e IOS.

Central de Atendimento ao usuário: 4003-0374Retirada da bicicleta: apli-cativo do smartphone

• Diária - R$ 5,00• Mensal - R$ 10,00

FONTE: HAPVIDA