Volante Elias não descarta saída - MPPA

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BELÉM, DOMINGO, 17 DE JANEIRO DE 2016 [email protected] Tel.: 3216-1072 Técnico quer Ganso na seleção Edgardo Bauza promete trabalhar o psicológico do meia do São Paulo para devolvê-lo à seleção brasileira. Página 3. Repaginado, Corinthians estreia hoje no Torneio da Flórida, ao vivo, na Globo Timão enfrenta o Galo Livro contará história do basquete Obra escrita por historiador e editor de O LIBERAL mostrará os feitos de Remo e Paysandu no bola ao cesto. Página 8. O Corinthians estreia hoje no Torneio da Flórida contra o Atlético-MG, que vem de uma goleada de 3 a 0 sobre o Schalke 04. A partida, marca- da para as 16h (horário de Be- lém), terá transmissão ao vivo pela Rede Globo/TV Liberal. Na última sexta-feira, no segundo dia de treinamento do Corinthians em Orlan- do, nos EUA, o técnico Tite comandou um coletivo e de- finiu a escalação da equipe que começa a partida contra o Atlético-MG, na estreia da Florida Cup. Com Walter como titular do gol no lugar de Cássio, co- mo o treinador já havia infor- mado, o Timão irá a campo com: Walter, Fagner, Felipe, Gil e Uendel; Bruno Henrique, Danilo, Elias, Rodriguinho e Malcom; Romero. Houve, contudo, varia- ções. A principal delas foi o deslocamento de Danilo pa- E lias recusou proposta do Hebei China Fortune e se diz focado no Corinthians, mas ainda não descarta uma saída para o futebol chinês. O jogador ressaltou a vonta- de de permanecer no Timão para disputar a Libertadores e não perder espaço na Seleção Brasileira. “A gente não sabe o que pode acontecer, esses caras são meio malucos, então pode chegar uma proposta de uma hora para a outra. Mas minha intenção sempre foi ficar no Corinthians e disputar a Liber- tadores. Em junho tem a Copa América e quero estar tam- bém”, afirmou Elias, durante a Parada da Disney. Apesar de a proposta de ter sido muito boa tanto para ele quanto para o Corinthians, como o próprio volante admi- tiu, Elias listou os fatos que influenciaram na recusa. Du- rante a entrevista, o jogador falou diversas vezes sobre a importância da Libertadores, disse que a família e a Seleção Brasileira pesaram, e revelou que o técnico Tite teve uma conversa com ele e com Gil, que está na mira do Shandong Luneng (CHN). “O Tite conversou bastan- te comigo e está conversando com o Gil para que a gente possa ficar. Somos pilares na equipe, somos capitães, e isso tem muita influência nos demais jogadores. Ele é um treinador fantástico, e espero continuar trabalhando com ele e buscar outros objetivos, como a Libertadores”, disse Elias. Confira a seguir a en- trevista com o volante. Ainda há conversas com outros clubes? Não há nada, tenho con- trato para cumprir. Claro que estar em um grande clube, que foi campeão ano passado, a tendência é que apareça alguma coi- sa, mas minha cabeça está Lancepress! e Da Redação ORLANDO (EUA) E BELÉM 9 A partida Corinthians x Atlético-MG será transmitida ao vivo pela Rede Globo/TV Liberal , hoje, às 16h (horário de Belém). Assista Cássio, Edílson, Yago, Pedro Henrique e Guilherme Ara- na; Cristian, Gustavo Viera e Marciel; Marlone, Lucca e Mendoza. O zagueiro Vilson, recém- ra o comando de ataque, com Romero mais recuado, aberto pelas pontas. A equipe reserva, que de- ve disputar o segundo tempo contra o Galo, contou com: contratado da Chapecoense, não apareceu no campo. Já Alan Mineiro e Isaac fizeram um trabalho de condiciona- mento físico separadamente dos demais. ATLÉTICO-MG O técnico Diego Aguirre destacou que a atitude foi crucial para o Atlético-MG en- contrar o caminho da vitória sobre o Schalke 04. Em entre- vista após o triunfo por 3 a 0, na última quarta-feira, pela Florida Cup, o treinador aten- tou que o Galo teve um teste forte na Copa Libertadores. “Foi um bom teste por cau- sa da qualidade técnica, da in- tensidade do adversário. Nos ofereceu muita dificuldade. Vamos jogar algumas par- tidas fora (na Libertadores), com esta intensidade, com muitas bolas na área.Você po- de jogar bem ou mal, mas não pode deixar de ter atitude, concentração, como fizemos no jogo”. O uruguaio valorizou o bom desempenho do Atlético- MG em campo. Porém, pediu cautela após o primeiro jogo do ano. “Estamos no começo de trabalho, mas estamos vendo coisas que estamos fa- zendo bem. Temos que ir com calma, só está começando. Foi uma boa vitória”. Depois de perder jogadores importantes, o Corinthians testará uma nova formação no meio de campo e ataque 9 O Shandong Luneng (CHN) enviou uma nova proposta ao Corinthians para contratar o zagueiro Gil. O clube chinês deu o prazo de até o início da próxima semana para a resposta do Timão, que já recusou as primeiras investidas. Com uma oferta maior, o Shandong tem pressa para definir a situação. Isso porque o clube precisa inscrever os jogadores até o fim de janeiro para a Liga dos Campeões da Ásia e definir quais serão os estrangeiros em seu elenco para a temporada - o limite é de quatro, sendo que um tem de ser asiático. “Já entregamos uma nova proposta ao Corinthians e precisamos da resposta. Se não aceitarem novamente, vamos atrás de outro jogador. Já temos outras opções”, afirmou Joseph Lee, fundador da Kirin Soccer, que representa o Shandong Luneng, em entrevista ao Lance!. Gil é um pedido do técnico Mano Menezes, que comandou o zagueiro no Timão em 2014. A preferência do zagueiro corintiano era de uma transferência para algum clube europeu, sobretudo porque vem sendo convocado para a Seleção Brasileira e não quer ficar “esquecido” na China. Nesta semana, após o diretor adjunto de futebol Eduardo Ferreira dizer que o Corinthians havia recusado a proposta, o próprio zagueiro afirmou que a negociação continua e não descartou a saída. Ele está no Estados Unidos, onde o Timão disputa a Florida Cup e um amistoso com o Fort Lauderdale Strikers. Aos 28 anos, Gil tem contrato até o fim de 2019 com o Timão. Clube faz nova proposta por Gil SHANDONG Volante Elias não descarta saída: “Chineses são meio malucos” Lancepress! ORLANDO (EUA) no Corinthians e disputar a Libertadores. Por que resolveu recusar a proposta? Chegou proposta mui- to boa, tanto para mim quanto para o clube. Não sei o que aconteceu, sem- pre direciono para Deus resolver da melhor manei- ra possível. Essa não acon- teceu, então não era para eu ir para a China. A gente pensa em um todo... Sele- ção, família, no clube que abriu as portas de novo para mim, na grande com- petição (Libertadores) que vai dar visibilidade. Tudo isso pesa. Como foi recusar a pro- posta e depois ver outros companheiros indo para o futebol chinês? Ficamos tristes, porque perdemos grandes jogado- res e amigos. Era um time que já estava entrosado, mas sabemos da capaci- dade dos jogadores que fi- caram e do treinador, que, com certeza, vai montar um bom time com o tem- po e vamos mostrar um grande futebol que nem no ano passado. Como encara esse primei- ro jogo do ano, contra o Atlético-MG? Sabemos da pressão que é jogar no Corinthians. In- dependentemente do jogo tem que ganhar, mas que- remos jogar bem porque depois chegam os cam- peonatos. Não estamos em perfeitas condições e vamos melhorando a cada dia. Temos que readquirir ritmo de jogo, e não só a forma física. Se a proposta fosse após as saídas, aceitaria ir para a China? Passou um monte de coisa, mas em nenhum momento isso ia influenciar na minha decisão. Era uma decisão minha e do clube. Individu- al, não pensando no coleti- vo. Achei melhor ficar por causa da Seleção Brasileira, minha família e pela grande competição (Libertadores) que está por vir. Qual recado para a torcida corintiana? Para ter confiança no traba- lho que está sendo feito. No ano passado, mesmo com perda de jogadores impor- tantes, apresentamos bom futebol e fomos campeões. Tem que continuar apoian- do, porque a gente sabe que vai ser difícil, mas com o apoio deles pode se tornar um pouco mais fácil. Com as saídas, você virou o protagonista do time? Um dos protagonistas. A gente sabe que vai aparecer mais um ou dois durante esse início do ano. Mas, pela história que eu tenho aqui e por estar na Seleção, fico mais em evidência, mas di- vidindo a responsabilidade com os outros jogadores. Como está o Tite depois das saídas? Ele não esperava, perde- mos jogadores importan- tes, eu tive proposta, o Gil também. Ele fica meio cha- teado, porque esperava a manutenção do time. Ago- ra, o pessoal que ficou tem que trabalhar ao máximo e escutar o Tite, que, com certeza, vai remontar o ti- me igual ao ano passado. Elias recusou proposta do Hebei China Fortune DANIEL AUGUSTO JR/ AG CORINTHIANS DANIEL AUGUSTO JR/ AG CORINTHIANS OLIBERAL

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BELÉM, DOMINGO, 17 DE JANEIRO DE 2016 [email protected] Tel.: 3216-1072

Técnico quer Ganso na seleçãoEdgardo Bauza promete trabalhar o psicológico do meia do São Paulo para devolvê-lo à seleção brasileira. Página 3.

Repaginado, Corinthians estreia hoje no Torneio da Flórida, ao vivo, na Globo

Timão enfrenta o Galo

Livro contará história do basqueteObra escrita por historiador e editor de O LIBERAL mostrará os feitos de Remo e Paysandu no bola ao cesto. Página 8.

O Corinthians estreia hoje no Torneio da Flórida contra o Atlético-MG, que vem de

uma goleada de 3 a 0 sobre o Schalke 04. A partida, marca-da para as 16h (horário de Be-lém), terá transmissão ao vivo pela Rede Globo/TV Liberal.

Na última sexta-feira, no segundo dia de treinamento do Corinthians em Orlan-do, nos EUA, o técnico Tite comandou um coletivo e de-finiu a escalação da equipe que começa a partida contra o Atlético-MG, na estreia da Florida Cup.

Com Walter como titular do gol no lugar de Cássio, co-mo o treinador já havia infor-mado, o Timão irá a campo com: Walter, Fagner, Felipe, Gil e Uendel; Bruno Henrique, Danilo, Elias, Rodriguinho e Malcom; Romero.

Houve, contudo, varia-ções. A principal delas foi o deslocamento de Danilo pa-

E lias recusou proposta do Hebei China Fortune e se diz focado no Corinthians,

mas ainda não descarta uma saída para o futebol chinês. O jogador ressaltou a vonta-de de permanecer no Timão para disputar a Libertadores e não perder espaço na Seleção Brasileira.

“A gente não sabe o que pode acontecer, esses caras são meio malucos, então pode chegar uma proposta de uma hora para a outra. Mas minha intenção sempre foi ficar no Corinthians e disputar a Liber-tadores. Em junho tem a Copa América e quero estar tam-bém”, afirmou Elias, durante a Parada da Disney.

Apesar de a proposta de ter sido muito boa tanto para ele quanto para o Corinthians, como o próprio volante admi-tiu, Elias listou os fatos que influenciaram na recusa. Du-rante a entrevista, o jogador falou diversas vezes sobre a importância da Libertadores, disse que a família e a Seleção Brasileira pesaram, e revelou que o técnico Tite teve uma conversa com ele e com Gil, que está na mira do Shandong Luneng (CHN).

“O Tite conversou bastan-te comigo e está conversando com o Gil para que a gente possa ficar. Somos pilares na equipe, somos capitães, e isso tem muita influência nos demais jogadores. Ele é um treinador fantástico, e espero continuar trabalhando com ele e buscar outros objetivos, como a Libertadores”, disse Elias. Confira a seguir a en-trevista com o volante.

Ainda há conversas com outros clubes? Não há nada, tenho con-trato para cumprir. Claro que estar em um grande clube, que foi campeão ano passado, a tendência é que apareça alguma coi-sa, mas minha cabeça está

Lancepress! e Da RedaçãoORLANDO (EUA) E BELÉM

A partida Corinthians x Atlético-MG será transmitida ao vivo pela Rede Globo/TV Liberal, hoje, às 16h (horário de Belém).

Assista

Cássio, Edílson, Yago, Pedro Henrique e Guilherme Ara-na; Cristian, Gustavo Viera e Marciel; Marlone, Lucca e Mendoza.

O zagueiro Vilson, recém-

ra o comando de ataque, com Romero mais recuado, aberto pelas pontas.

A equipe reserva, que de-ve disputar o segundo tempo contra o Galo, contou com:

contratado da Chapecoense, não apareceu no campo. Já Alan Mineiro e Isaac fizeram um trabalho de condiciona-mento físico separadamente dos demais.

ATLÉTICO-MG

O técnico Diego Aguirre destacou que a atitude foi crucial para o Atlético-MG en-contrar o caminho da vitória

sobre o Schalke 04. Em entre-vista após o triunfo por 3 a 0, na última quarta-feira, pela Florida Cup, o treinador aten-tou que o Galo teve um teste forte na Copa Libertadores.

“Foi um bom teste por cau-sa da qualidade técnica, da in-tensidade do adversário. Nos ofereceu muita dificuldade. Vamos jogar algumas par-tidas fora (na Libertadores), com esta intensidade, com muitas bolas na área.Você po-de jogar bem ou mal, mas não pode deixar de ter atitude, concentração, como fizemos no jogo”.

O uruguaio valorizou o bom desempenho do Atlético-MG em campo. Porém, pediu cautela após o primeiro jogo do ano. “Estamos no começo de trabalho, mas estamos vendo coisas que estamos fa-zendo bem. Temos que ir com calma, só está começando. Foi uma boa vitória”.

Depois de perder jogadores importantes, o Corinthians testará uma nova formação no meio de campo e ataque

O Shandong Luneng (CHN) enviou uma nova proposta ao Corinthians para contratar o zagueiro Gil. O clube chinês deu o prazo de até o início da próxima semana para a resposta do Timão, que já recusou as primeiras investidas.Com uma oferta maior, o Shandong tem pressa para definir a situação. Isso porque o clube precisa inscrever os jogadores até o fim de janeiro para a Liga dos Campeões da Ásia e definir quais serão os estrangeiros em seu elenco para a temporada - o limite é de quatro, sendo que um tem de ser asiático.“Já entregamos uma nova proposta ao Corinthians e precisamos da resposta. Se não aceitarem novamente, vamos atrás de outro jogador. Já temos outras opções”, afirmou Joseph Lee, fundador da Kirin Soccer, que representa o Shandong Luneng, em entrevista ao Lance!.Gil é um pedido do técnico Mano Menezes, que comandou o zagueiro no Timão em 2014. A preferência do zagueiro corintiano era de uma transferência para algum clube europeu, sobretudo porque vem sendo convocado para a Seleção Brasileira e não quer ficar “esquecido” na China.Nesta semana, após o diretor adjunto de futebol Eduardo Ferreira dizer que o Corinthians havia recusado a proposta, o próprio zagueiro afirmou que a negociação continua e não descartou a saída. Ele está no Estados Unidos, onde o Timão disputa a Florida Cup e um amistoso com o Fort Lauderdale Strikers. Aos 28 anos, Gil tem contrato até o fim de 2019 com o Timão.

Clube faz novaproposta por Gil

SHANDONGVolante Elias não descarta saída: “Chineses são meio malucos”

Lancepress!ORLANDO (EUA)

no Corinthians e disputar a Libertadores.

Por que resolveu recusar a proposta? Chegou proposta mui-to boa, tanto para mim quanto para o clube. Não sei o que aconteceu, sem-pre direciono para Deus resolver da melhor manei-ra possível. Essa não acon-teceu, então não era para eu ir para a China. A gente pensa em um todo... Sele-ção, família, no clube que abriu as portas de novo para mim, na grande com-petição (Libertadores) que vai dar visibilidade. Tudo isso pesa.

Como foi recusar a pro-posta e depois ver outros companheiros indo para o futebol chinês? Ficamos tristes, porque

perdemos grandes jogado-res e amigos. Era um time que já estava entrosado, mas sabemos da capaci-dade dos jogadores que fi-caram e do treinador, que, com certeza, vai montar um bom time com o tem-po e vamos mostrar um grande futebol que nem no ano passado.

Como encara esse primei-ro jogo do ano, contra o Atlético-MG? Sabemos da pressão que é jogar no Corinthians. In-dependentemente do jogo tem que ganhar, mas que-remos jogar bem porque depois chegam os cam-peonatos. Não estamos em perfeitas condições e vamos melhorando a cada dia. Temos que readquirir ritmo de jogo, e não só a forma física.

Se a proposta fosse após as saídas, aceitaria ir para a China? Passou um monte de coisa, mas em nenhum momento isso ia influenciar na minha decisão. Era uma decisão minha e do clube. Individu-al, não pensando no coleti-vo. Achei melhor ficar por causa da Seleção Brasileira, minha família e pela grande competição (Libertadores) que está por vir.

Qual recado para a torcida corintiana? Para ter confiança no traba-lho que está sendo feito. No ano passado, mesmo com perda de jogadores impor-tantes, apresentamos bom futebol e fomos campeões. Tem que continuar apoian-do, porque a gente sabe que vai ser difícil, mas com o apoio deles pode se tornar

um pouco mais fácil.

Com as saídas, você virou o protagonista do time? Um dos protagonistas. A gente sabe que vai aparecer mais um ou dois durante esse início do ano. Mas, pela história que eu tenho aqui e por estar na Seleção, fico mais em evidência, mas di-vidindo a responsabilidade com os outros jogadores.

Como está o Tite depois das saídas? Ele não esperava, perde-mos jogadores importan-tes, eu tive proposta, o Gil também. Ele fica meio cha-teado, porque esperava a manutenção do time. Ago-ra, o pessoal que ficou tem que trabalhar ao máximo e escutar o Tite, que, com certeza, vai remontar o ti-me igual ao ano passado.

Elias recusou proposta do Hebei China Fortune

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O LIBERAL

O LIBERAL BELÉM, DOMINGO, 17 DE JANEIRO DE 20162 ESPORTE

Bauza quer ver Ganso na seleção. Página 3.FUTEBOL

1 DOIS TOQUES

Assisti dois jogos do atual campeão Corinthians na Taça São Paulo. Um deles na terrível goleada aplicada so-bre o Paysandu, eliminando o clube paraense da competição. Em ambos, atuando com destaque o meio cam-pista Ameixa, agora definitivamente transformado em Warian pela crôni-ca esportiva paulista. Tenho certeza que o futebol de Ameixa ou Warian crescerá bastante ainda, tornando bem provável a sua subida para o elenco principal do clube nos próxi-mos dois anos.

Falar em Taça São Paulo esperava bem mais do time da Desportiva, es-pecialmente após o magnífico triun-fo por 3 x 0 frente ao Atlético Mi-neiro. Pois o time paraense acabou goleado pelo Bahia por 4 x 1 num re-sultado inesperado para mim dian-te de sua excelente atuação anterior. Se serve de consolo, pelo menos os dois clubes paraenses alcançaram a segunda etapa da competição, fato que raramente acontece.

No almoço da sexta-feira fui apre-sentado pelo meu dileto amigo Evan-dro Watanabe ao candidato Miléo Júnior, aspirante à presidente do Clu-be do Remo e único candidato com quem nunca havia tido qualquer con-tato pessoal. Ao lado do seu pai, o ad-vogado Antônio Miléo, mostrou sua disposição em conquistar o comando do Leão Azul, acreditando que tem condições de realizar um excelente trabalho. Aliás, a partir desta semana os bastidores remistas estarão cada vez mais agitados. Não me pergun-tem sobre favoritismo desse ou da-quele porque não faço a mínima ideia do que poderá acontecer. Mais uma vez o fanático torcedor azulino, que já colocou Minowa no poder, será de-cisivo para eleger o novo presidente.

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Quem contrata mais, contrata melhor?

Tite tem de começar de novoAno passado, praticamente de ponta a ponta, o Corin-

thians conquistou brilhantemen-te o título de campeão brasileiro. Equipe sem um elenco tão rico quanto o de alguns adversários, mas atuando como um conjunto harmonioso e extremamente com-petente em suas exibições. Isso rendeu os maiores elogios ao técni-co Tite, tido até hoje como o maior treinador em atividade no futebol nacional. E quando o campeonato começava, nada indicava que o Co-rinthians teria tamanho sucesso. De uma só tacada o time perdeu

um dos seus pontos fortes, a dupla de ataque formada por Emerson Sheik e Paolo Guerrero. Este último, especificamente, quase considera-do como insubstituível no elenco corintiano. Quando os jogos come-çaram a acontecer o Corinthians apresentou um jovem atacante que prontamente fez Guerrero ser esquecido. Era Luciano, artilheiro da equipe em praticamente todos os jogos, mas que, lamentavelmen-te, sofreu grave contusão.Aí o destino foi generoso com Tite e com o Corinthians. Pois não é que Vagner Love, que apesar de toda a

sua experiência internacional não conseguia se destacar na equipe, aproveitou magnificamente a au-sência involuntária de Luciano e pouco a pouco tornou-se um ele-mento fundamental no onze do Corinthians. Danou-se a marcar gols, participando igualmente do jogo coletivo da equipe e conquis-tando a imensa torcida que chegou a vaiá-lo em algumas oportunida-des. Neste começo de ano, agrava-ram-se bastante os problemas de Tite no Corinthians. De uma só ta-cada o clube perdeu o seu esplêndi-do meio campo, formado pelo tripé

Ralf, Jadson e Renato Augusto, este eleito o craque do Brasileirão, Nin-guém queria ir para a China mas as milionárias propostas que rece-beram tornaram a saída do clube paulista verdadeiramente inevitá-vel. Para a sorte do Tite, o goleiro Cássio decidiu ficar, quando pa-recia certa sua transferência para o futebol turco. O clube também perdeu Vagner Love para o Môna-co, da França. Vejamos se Tite ope-ra um novo milagre, conseguindo manter o Corinthians como uma das mais poderosas equipes do fu-tebol brasileiro.

Aviões e helicópteros na agenda de Nunes

Nem sempre. Tudo vai de-pender da escolha dos atletas

contratados. Contratações feitas às pressas, muitas vezes dão errado. Em outros casos, apesar do vasto mercado brasileiro, fica difícil con-seguir jogadores de qualidade para certas posições. Vejam o drama so-frido ano passado pelo Paysandu. Tinha um bom elenco, pelo menos na grande maioria das posições, mas faltou aquele tal camisa 10 que completasse o ótimo tripé de meio campo que o Papão montou; os re-sultados não foram ruins, o Paysan-du fechou a Série B em sétimo lugar, mas um jogador decisivo provavel-mente teria feito o Paysandu ir mais

longe na competição. Quando bate o desespero, contratar de afogadilho, só faz piorar a situação. De novo o Paysandu serve de exemplo. Com o fracasso de Carlinhos Madureira e Carlos Alberto no meio campo, o clube acreditou em Valdívia, um jogador de pouco brilho surgido no futebol alagoano e que, por graça do destino, foi parar no poderoso Cru-zeiro. Pois foi baseado nessa trajetó-ria que o Paysandu arriscou e se deu mal. Na realidade, trouxe o “Valdivia do Cruzeiro” mas, do jeito como ele atuou em Belém não serviria nem para titular no CRB. Fui testemunha do esforço bicolor em contratar o tal camisa dez que desse um rumo ao

O coronel Nunes está com tudo e não está prosa, pelo

menos até agora, na presidência da CBF. Durante longos anos o atual comandante do futebol bra-sileiro teve que enfrentar longas e desgastantes viagens para Ca-metá e Bragança, acompanhan-

do, sempre que possível, jogos importantes no futebol paraen-se. Paragominas também estava nesse caso. Como vocês viram, não me referi a Tucuruí, Paraua-pebas, Marabá e Santarém, pois aí o transporte aéreo tornava as via-gens bem mais rápidas e confor-

táveis. Pois agora, Antônio Carlos Nunes de Lima tem à sua disposi-ção tanto um helicóptero quanto um jatinho para as suas viagens, agilizando o seu deslocamento de um ponto para outro. Viagens em trechos mais curtos, vai de helicóptero. Deslocamentos mais

longos, no jatinho da CBF. Justiça seja feita: quando na presidência da Federação Paraense de Futebol, nas condições que já citei, Nunes procurava estar sempre presente nos eventos mais importantes. Imaginem agora com tanta mor-domia.

[email protected] amaral

Flu encara o Shakhtar

Ronaldinho Gaúcho repre-sentou o Fluminense na sexta-feira na Parada da

Disney, em Orlando. Vestindo o casaco e a camisa tricolor, o craque participou do evento em Magic Kingdom, principal parque da Walt Disney World, ao lado do Mickey, de Ronaldo Fenômeno, do corintiano Elias e do colorado D’Alessandro. Se dizendo pronto para defender o Tricolor das Laranjeiras no Torneio da Flórida, o apoiador comentou a frase do capitão Fred. O camisa 9, Fred, disse ser contra a presença de R10 na preparação para a tempo-rada 2016.

“Não encontrei com eles (jogadores) ainda. Cada um tem sua opinião. Mas será um prazer rever meus antigos companheiros, diretores, fun-cionários. Fiz grandes amigos no Flu. É uma chance muito bacana. Sempre que entro em campo quero ser competitivo. Mesmo não fazendo parte do grupo, vou procurar fazer o meu melhor”, frisou Ronaldi-nho após o evento.

ATRAÇÃORonaldinho Gaúchoé atração nos EUAe joga amistoso queterá transmissão

R10 garantiu ainda que não existe a possibilidade de voltar a jogar pelo Fluminense de forma oficial. Sobre o futuro, disse que só vai ter novidades após o carnaval.

“Não (tem chance de voltar para o Flu). É fazer o combinado e está tudo certo. O combina-do é disputar esses dois jogos, levar o nome do Flu para outro lugar. A princípio, minha ideia é

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disputar os dois jogos e depois fazer uma série de viagens para divulgar minha escolinha de futebol pelo mundo. Só depois do carnaval é que vou começar a pensar no que vou fazer.”

O evento serviu também para marcar o reencontro de dois nomes que marcaram a história do futebol brasileiro. Ronaldinho e Ronaldo dispu-taram juntos as Copas de 2002 e 2006.

“Fazia tempo que não o en-contrava, muito bom, jogamos muitos anos juntos, histórias maravilhosas. Feliz de ter re-encontrado. Grande abraço aos tricolores, que todos que estão aqui possam se divertir”, encerrou.

Ronaldinho fará uma par-ticipação pontual no Torneio da Flórida. O jogador ficou 80 dias no Tricolor em 2015, de julho a setembro. Jogou pouco, não fez gol, não deu assistên-cia e saiu sem deixar saudade depois de pedir a rescisão de contrato. Mas um acordo entre o jogador e o clube estabelece a participação dele nas duas partidas que o time fará na competição, contra o Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, hoje, às 16 horas (horário de Belém) com transmissão ao vivo pelo Canal SporTV 2 e o Internacio-nal, de Porto Alegre, dia 20, quarta-feira.

PRIMEIRO MUNDO

CT americano dá inveja A ida do Fluminense aos

Estados Unidos é vista por muitas pessoas como mera ação de marketing, com o objetivo de internacionalizar a marca. Entretanto, a pré-temporada realizada na Flórida não é apenas isso. O centro de treinamento que abriga o Tricolor nesse início de janeiro é o IMG Academy, que conta com uma estrutura de dar inveja a muitos clubes brasileiros.Para se ter uma ideia, o centro de treinamento, na cidade de Bradenton, na Flórida, conta com um estádio para 5 mil torcedores e mais de 20 campos, que podem ser usados para jogar futebol ou treinamento de futebol americano, por exemplo. Além disso, o Fluminense está se aproveitando de uma moderna academia e um vestiário de primeiro mundo.Caso os jogadores do Fluminense queiram se divertir com outros esportes no período de folga, o IMG Academy não desaponta. Isso porque o terreno conta ainda com

mais de 50 quadras de tênis, sendo algumas delas cobertas; Quatro campos completos para a disputa de uma partida de beisebol Campo de golfe com dezoito buracos e quatro ginásios de basquete, além de um estádio de atletismo.Outra curiosidade é o fato de o local contar com um hospital próprio dentro de suas instalações. Como se não fosse suficiente, ele ainda é uma referência para tratamentos de lesões específicas de atletas.“É muito importante iniciar a preparação para o ano com uma estrutura de grande qualidade. Nos Estados Unidos, o time do Fluminense terá à disposição o que há de melhor em equipamentos no mundo. Uma pré-temporada de excelência”, disse o vice de futebol Mário Bittencourt ainda no ano passado.O Fluminense chegou no IMG Academy no dia 6 de janeiro e ficará usufruindo de todas essas qualidades até amanhã, 18 de janeiro, quando se mudará para Westin Fort Lauderdale.

PROGRAMAÇÃO DO FLU 17/01 – Jogo entre Fluminense x Shakhtar Donetsk –

Jantar com delegação no restaurante Boi Brazil com sorteio de brindes para sócios

18/01 – Mudança para Westin Ft. Lauderdale 20/01 – Jogo entre Fluminense x Internacional – 21/01 – Vôo da delegação para o Rio de Janeiro

pelo menos na maioria delas. Como se sabe, há reforços e reforços. Uma das apostas do Papão reside no meio Rafael Luz, cujo destaque maior, até hoje, foi ter marcado três gols no Remo, na decisão da Copa Verde. Embora uma coisa nada tenha a ver com outra, esses três gols marcados, penso eu, foram decisivos para a sua contratação. Muita gente, até mesmo eu, sem tanto entusiasmo, aposta nas qualidades de Rafael Luz. Mas, o que esperar desse John Cesar, um meia atacante que anos atrás an-dou jogando na Tuna sem alcançar destaque? Pelo menos, não tenho a menor lembrança dele vestindo a camisa cruzmaltina.

time no gramado. Ainda que não se-ja uma boa lembrança para os bicolo-res, seria um jogador como Eduardo Ramos (foto), um dos grandes res-ponsáveis pelo Remo ter subido para a Série C. Neste começo de ano o Pay-sandu repetiu o que fez em recentes temporadas. Um número muito gran-de de contratações tentando acertar,

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Ronaldinho reencontra Ronaldo (de costas) nos EUA

O LIBERALBELÉM, DOMINGO, 17 DE JANEIRO DE 2016 ESPORTE 3

Reforço do Fla, Mancuello diz não temer pressão. Página 4. FUTEBOL

Missão: voltar à seleção

Enquanto aguarda a chega-da de mais três reforços, o técnico argentino Edgardo

Bauza vai se adaptando ao elen-co atual do São Paulo e já tem seus principais eleitos. Entre eles está o meia paraense Pau-lo Henrique Ganso. O novo co-mandante do Tricolor Paulista desafiou seu camisa 10 a retor-nar à Seleção Brasileira e colo-cou o preço do meia no alto.

“O que propus é que ele vol-te ao Brasil. De nossa parte, ele pode esperar uma exigência máxima para elevar seu nível e ajudar a equipe a resolver situações que só ele pode fa-zer. É um desafio que temos. Estamos tratando de colocá-lo bem fisicamente, futebolistica-mente bem e melhor ainda da cabeça”, afirmou o técnico.

Bauza sabe que o nome de Ganso foi especulado no fute-bol chinês. Mesmo assim, não teme as propostas, garantindo

SÃO PAULOBauza promete trabalhar para devolver Ganso à Seleção Brasileira

Lancepress! SÃO PAULO (SP)

“A equipe que vier precisa ter o suficiente para pagar Ganso. E o valor dele é alto”

O técnico do São Paulo, Ed-gardo Bauza, ainda espera por mais três reforços no elenco para a temporada de 2016, um para cada setor do elen-co: zagueiro, meio-campista e atacante. À frente, inclusive, a expectativa é pela chegada do também argentino Jonathan Calleri, que está prestes a as-sinar com o Deportivo Maldo-nado, time administrado pelo empresário Juan Figer, por mais de U$ 10 milhões (cerca de R$ 40 milhões) para depois ser repassado à Internazionale (ITA). O acerto com o Tricolor é difícil, mas anima o técnico.

“É jovem, com grande pro-jeção, que foi adquirido por um grupo de empresários. Se existe a possibilidade, tomara que venha, vai ser um sustento a mais. Eu gosto de gerar uma

competição interna para que depois eu possa escolher o que melhor está. Não importa no-me, não importa nada. Se der, tomara que venha”, afirmou o comandante em entrevista co-letiva nesta sexta-feira, no CT da Barra Funda.

Calleri ainda estaria ‘dispu-tando as atenções’ da diretoria tricolor com mais dois atacan-tes. Para ‘cada linha’ de seu ti-me, Bauza afirmou estar estu-dando entre dois e três nomes e ajudando a escolher mais re-forços. Vale lembrar que o São Paulo já acertou com o lateral esquerdo Mena, com o zaguei-ro Diego Lugano e aguarda apenas detalhes burocráticos para anunciar o centroavante Kieza.

“Estamos buscando um jogador por linha, um zaguei-

ro, um meio-campo e um ata-cante. Independente dos que chegaram, não posso dizer nomes, mas estamos há uns dez dias buscando isso. Um para cada linha”, completou o argentino.

Confira mais trechos da en-trevistas de Edgardo Bauza:

Reforços podem vir da ba-se do São Paulo? Em todas as equipes que trabalhei, trabalhei com juvenis e também vamos fazer isso aqui. Já assisti a três partidas da sub-20, vou continuar assistindo e, quando pudermos, vamos trazer jogadores para traba-lhar com o restante da equi-pe. Vamos subir de quatro a cinco jogadores para ver quais poderão ser incor-

porados. Preciso aumentar a quantidade de jogadores no elenco.

Como foi o início do traba-lho? Até agora, estamos con-tentes com o trabalho que estamos realizando. Esta-mos em um processo pré competição e sabíamos que será muito duro e exigente. Os atletas estão doloridos, mas ainda não estão como ritmo adequado para iniciar o campeonato. Mas vamos chegar na hora dos jogos. Os dois testes de quinta-fei-ra foram muito bons e en-traremos na última etapa agora.

Você já sabe quem serão seus 11 titulares?

Não tenho condições de falar sobre uma possível escalação hoje, já que estou fazendo muitas alterações nos treinos e conhecendo todos os jogadores. Seria imprudente da minha par-te, injusto.

O que a liderança de Luga-no representa para o time? Todos sabemos de sua in-gerência na equipe, do que pode acrescentar. Quan-do tive a oportunidade de conversar com ele no Uru-guai, me interessava saber como estava ele, qual era a intenção dele. Depois de três horas de uma conver-sa, percebi que ele estava com muita gana, com mui-to desejo de vir a São Paulo, de ser campeão. Me deixou

muito contente. Todos os técnicos necessitamos que nossa palavra tenha conti-nuidade dentro de campo. E Lugano é um dos líderes positivos do plantel, fará a equipe crescer.

Como você está trabalhan-do o aspecto defensivo? Uma equipe que não sabe defender não pode ser cam-peã. Isso não quer dizer que os 11 devem estar dentro da área. A ideia é tratar que a equipe não perca todo o po-der ofensivo, mas não tome tantos gols como tomou no ano passado. No Brasilei-ro, foram 47 gols sofridos. Defender não depende do arqueiro ou dos zagueiros, depende dos 11. Quero uma equipe que possa competir.

NOVO REFORÇO

Kieza aguarda documentação Mesmo sem ter sido

oficialmente apresentado pelo São Paulo, o atacante Kieza já faz parte da rotina tricolor. Na última sexta-feira, correu no gramado do CT da Barra Funda ao lado dos jovens Luiz Eduardo e Éder Militão, sob os comandos do preparador físico Zé Mário Campeiz, e em seguida continuou a atividade no Reffis. O clube do Morumbi aguarda documentos do Shangai Shenxin, da China, para poder anunciar seu terceiro reforço na temporada. O centroavante chega ao clube depois da contratação do lateral esquerdo Eugenio Menia e do zagueiro e ídolo uruguaio Diego Lugano. A expectativa do Tricolor Paulista é por uma resolução até terça-feira,

assim poderia apresentar o centroavante de 29 anos antes da viagem ao Paraguai, onde o time encara o Cerro Porteño, às 21h, no Defensores del Chaco, no dia 20, quarta-feira, em amistoso. O clube do Morumbi vai desembolsar a quantia de U$$ 1 milhão (R$ 4 milhões) pelo jogador que estava no Bahia desde 2014. Em 2015, Kieza marcou 29 gols e terminou a temporada como vice-artilheiro do Brasil, atrás apenas de Ricardo Oliveira, com 36.

que liberaria o meia sem gran-des problemas caso um clube pagasse o real valor de seu fu-tebol. Exatamente onde está o entrave para o argentino.

“A equipe que vier preci-sa ter o suficiente para pagar Ganso. E o real valor dele é muito alto, veremos. Não sou de prender jogadores no clu-be, é preciso que o atleta tenha a liberdade”, disse para logo completar. “Ganso é um joga-dor importante. Seria injusto eu dizer não ao que for melhor para ele. Com uma quantia tão alta nos cofres do clube, é pos-sível adquirir novas peças”.

Ganso, por enquanto, per-manece. O meia, assim como os demais companheiros, fez apenas um treino físico na úl-tima sexta-feira, no CT da Bar-ra Funda. Mesmo repetindo seus titulares desde seus pri-meiros treinos táticos, Bauza garante que ainda não tem o time ideal formado. “Seria im-prudente da minha parte falar isso agora”, finalizou.

Edgardo Bauza torce por acerto com Calleri e quer “um reforço por linha”

29gols foram marcados

por Kieza em 2015. Ele terminou a temporada como vice-artilheiro.

A última passagem de Ganso pela seleção brasileira foi em 2012

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Santos recusa proposta por Geuvânio. Página 5. FUTEBOL

Mancuello, o polivalente

Principal investimento do Flamengo feito para a tem-porada de 2016 - R$ 12

milhões por 90% dos direitos econômicos -, o meia Federico Mancuello foi apresentado na sexta-feira, após o treino da manhã, em Mangaratiba. Se existia a dúvida sobre qual seria sua posição em campo, o argentino disse preferir atuar como segundo homem, mas que pode jogar em qualquer posição. “Já joguei em muitas posições. Na seleção fui quase atacante. Gosto de segundo homem do meio. Posso desen-volver o futebol em diversos setores do campo”, explicou Mancuello, que utilizará a ca-misa 23.

Aos 26 anos - faz 27 em março -, Mancu, como gosta de ser chamado, mostrou muito entusiasmo com o primeiro desafio fora de seu país natal.

“Perdão, nesta primeira vez vou falar em espanhol. Pro-meto aprender português ra-pidamente. Gosto de desafios grandes, penso que estava há muito tempo no Independien-te, clube do qual sou torce-dor, que toda minha família ama. Mas eu necessitava dar um grande passo na carreira. Quero agradecer à diretoria do Flamengo por todo o esforço, ao Uriel Pérez, meu represen-tante, ao Leo Rabello (empre-sário). O Flamengo é muito grande, tem a maior torcida do mundo. É um grande passo na minha carreira”, disse.

Mancuello, que assinou contrato de quatro anos com

FLAMENGOArgentino, de 26 anos, veste a camisa rubro-negra e dizque joga em todas

Mancuello afirmaque quer voltar à seleção de seupaís e o Mengovai ajudá-lo

Muitos argentinos não tive-ram sucesso recentemente no Flamengo. O que pensa disso? Estamos falando de um clu-be que tem a maior torcida do mundo, com 42 milhões de pessoas. O importante não sou eu, é o clube. Não sou estrela e vou viver in-tensamente o Flamengo.

Repercussão de sua chega-da e expectativa da torcida o assustam? Jogava numa time com se-te Libertadores (Indepen-diente), não me assusta. A torcida cobrava do mesmo jeito, mas sou uma pessoa simples e gosto dos desa-fios grandes.

Por que escolheu o número

23? Joguei com numero 23 no Independiente, foi o que usei quando saí campeão da Copa Sul-Americana em 2010, e esse número (de vitórias sobre o rival de Avellaneda) é a diferença de clássicos que temos contra o Racing.

Pretende estabelecer van-tagem parecida contra o Vasco, maior rival do Fla-mengo? Tenho objetivos muito lin-dos para frente, sabemos que o Flamengo é muito grande, pensaremos parti-da a partida. Temos muitas coisas lindas para jogar.

Quando o Flamengo vol-tará a conquistar grandes

títulos? (o Flamengo) Tem que saber ocupar o lugar que perten-ce. Estou chegando a uma instituição muito grande, com jogadores muito im-portantes. Espero ajudar, e o melhor que podemos fazer é ajudar dentro do campo, onde as palavras se terminam. Vim aqui para somar.

Ano de 2015: início exce-lente e fim complicado com lesão séria O ano de 2015 foi um ano muito lindo no início e no final mais ou menos. Tive a sorte de jogar na seleção, mas da metade do ano para frente sofri só uma lesão, porém que não podíamos resolver. A medicina não

o Rubro-Negro, ainda não participou de nenhuma ativi-dade técnica ou tática desde sua chegada à Gávea. Na sexta, enquanto o time trabalhava sob orientação de Muricy, ele trabalhava separadamente. Convidado a projetar uma possível estreia, acabou sain-do pela tangente.

“A ideia é passar a trabalhar progressivamente e ganhar tanto no muscular e no físico para poder estar bem. Estou vi-vendo dias muito felizes aqui, conhecendo companheiros, médicos e corpo técnico. Estou muito contente de participar do Flamengo”, disse o hermano. Informação do GE.

Confira outros tópicos da entrevista de Mancu:

encontrava solução, fiquei muito tempo até que solu-cionamos e pude jogar as últimas partidas de boa maneira. Não tenho mais dor, foi no tendão do pé (no calcanhar).

Seleção argentina Vivi momentos muito lin-dos na seleção, estive na lista de 30 jogadores pré-selecionados para a Copa América. Quero voltar à se-leção, mas primeiro tenho que fazer as coisas bem no Flamengo. Canteros, conhe-cido de longa data. Sempre fomos rivais, porque ele jo-gava no Vélez, e eu, no Inde-pendiente. Mas já jogamos juntos na seleção argentina sub-20.

Rivalidade hermana por vaga no meio. Não importa Mancuello ou Canteros, o importante é que estamos todos aqui pa-ra ajudar o Flamengo a che-gar o mais alto possível. O importante é o Flamengo.

Conhece Guerrero? Gosto muito de futebol, co-nheço Paolo há muito tem-po por vê-lo jogar. Não vou descobrir nada de novo, é um grande jogador, dos ata-cantes mais importantes do mundo e está acompanha-do de outro grande atacan-te, que é o Sheik. Esperamos ajudar Sheik e Paolo a fazer gols e para que seja um ano bom para todos.

Botafogo faz consulta para contratar Barcos

irmão e empresário do atacan-te, David Barcos.

Em um primeiro momento, a pedida do jogador assustou o Botafogo. O atacante gostaria de receber U$ 5 milhões (cer-ca de R$ 20 mi), entre luvas e salários, por um contrato de três anos. O valor, que invia-biliza a negociação, deixou o Botafogo pessimista. O clube, no entanto, estuda uma nova proposta.

Apesar da crise financei-ra, o Botafogo reserva verba

para contratação de um ata-cante. Com a saída de alguns jogadores, o clube conseguiu poupar dinheiro e sonha com contratação de um nome de peso para o ataque. A ideia, após reforços pouco conhe-cidos do torcedor, é contratar um jogador mais badalado com salário próximo ao do goleiro Jefferson, o maior do elenco.

Hernán Barcos jogou no futebol brasileiro entre 2012 e 2015 e teve passagens mar-

O Botafogo encerrou as ne-gociações com Pedro Larrea e abriu espaço para a contrata-ção de mais um estrangeiro. Antes mesmo da desistência em relação ao equatoriano, o clube já buscava um camisa 9 para Ricardo Gomes. Apesar de estrangeiro, o nome é bas-tante conhecido dos brasilei-ros: o departamento de futebol iniciou contatos pelo argentino Hernán Barcos, atualmente no Tianjin Teda, da China.

Barcos, de 31 anos, é a bola da vez no Botafogo. Conheci-do como “Pirata”, o argentino conta com a simpatia dos di-rigentes, que estão dispostos a fazer o investimento para ter um nome que contagie o torce-dor alvinegro. O negócio, tido como difícil, foi confirmado pelo agente do jogador.

“As conversas começaram na semana passada. Estamos falando com o Botafogo, mas não há nada concreto. Eles entraram em contato e averi-guaram as condições. A via-bilidade depende muito dos chineses, já que o Barcos tem mais um ano de contrato. Te-ríamos que ver de que forma ele poderia sair”, confirmou o

GLORIOSO NO ESPIRITO SANTO

Neilton e Airton deixam treino Após a manhã livre

em Domingos Martins, os jogadores do Botafogo voltaram a campo na tarde de sexta-feira. A atividade foi produtiva para o técnico Ricardo Gomes, mas não teve apenas boas notícias. Durante coletivo, Neilton e Airton sentiram dores e precisaram deixar a atividade mais cedo. Neilton, que vinha sendo um dos destaques do treino, com quatros gols, sentiu dores na coxa, recebeu atendimento e saiu andando. Por precaução o atacante não participou mais da atividade. O problema de Airton foi no joelho. Os dois serão reavaliados pelo departamento médico.“O Neilton sentiu um desconforto no músculo posterior da coxa esquerda. O caso do Airton foi no joelho direito, um problema antigo na patela”, disse o médico Sálvio Magalhães. Fora os problemas com a dupla, o treino desta sexta-feira foi uma boa oportunidade para Ricardo Gomes fazer testes.

Embora Rodrigo Lindoso tenha sido poupado, o treinador teve pela primeira vez à disposição no Espírito Santo o trio Damian Lizio, Joel Carli e Gervásio Nuñez. No entanto, os estrangeiros que chegaram a Domingos Martins na noite de quinta, treinaram entre os reservas.Os titulares iniciaram o coletivo com Jefferson, Diego, Renan Fonseca, Emerson e Diogo; Airton, Fernandes, Octávio e Gegê; Neilton e Luís Henrique. Já a equipe reserva teve Helton Leite, Luis Ricardo, Carli, Emerson Silva e Jean; Diérson, Bruno Silva, Lizio e Gervasio Núñez; Marcinho e Ribamar. Além de Neilton, outros dois jogadores se destacaram no treino. Enquanto o jovem Ribamar marcou quatro gols, Damian Lizio arrancou aplausos dos torcedores ao fintar Jefferson e marcar um bonito gol. O coletivo, em campo reduzido, teve uma dinâmica diferente: quando se passava de determinado ponto do campo, não havia marcação.

cantes por Palmeiras e Grê-mio. Neste período, Barcos foi constantemente convocado para a seleção argentina.

No início do ano passado, ele foi negociado pelo clube gaúcho com o Tianjin Teda. Na China, o atacante assinou contrato de dois anos no valor de US$ 7 milhões, entre salá-rios e luvas. Porém, após uma temporada na Ásia, o jogador vê com bons olhos a possibi-lidade de retornar ao futebol brasileiro.

Julio dos Santos pode ser volanteJorginho aproveitou o trei-

no da tarde desta sexta-feira para experimentar ideias no Vasco. Durante trabalho táti-co, o técnico colocou Julio dos Santos como primeiro volan-te, no lugar de Marcelo Mattos. Antes, mudou a equipe do 4-4-2 para o 4-2-3-1 e observou o paraguaio e Andrezinho mais recuados no meio de campo.

Julio dos Santos teve de-sempenho razoável na nova função. Apesar da boa capaci-dade de passe, errou algumas saídas de bola. Na marcação,

esteve correto. Ele foi a única novidade na equipe em relação ao último trabalho com bola. O time alinhou com Martín Silva, Madson, Luan, Rodrigo (Rafael Vaz) e Julio Cesar; Julio dos Santos, Mateus Pet, Andre-zinho e Nenê; Riascos e Jorge Henrique.

Durante a atividade, o za-gueiro Rodrigo deixou o trei-no e foi substituído por Vaz. Sua saída já estava prevista, e o defensor realizou uma ativi-dade específica prevista pelo Caprres.

O treinou terminou sem gols. O time titular esteve em campo todo o tempo e teve como adversários os reservas e outra equipe composta ma-joritariamente pelos garotos da base - Diguinho, liberado de trabalho físico específico, reforçou os jovens. Apesar do maior conjunto, o grupo prin-cipal criou poucas chances; Mateus Pet voltou a se desta-car e produziu a melhor opor-tunidade, num cruzamento que Nenê cabeceou para boa defesa de Jordi.

Mancuello não tem medo de pressão: “Vim de um clube com sete Libertadores”

Julio dos Santos entrou no time titular do Vasco e teve desempenho razoável

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Barcos, o “Pirata”, está na mira do Glorioso

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Ciro deve ficar de fora da estreia do Remo no Parazão. Página 6. FUTEBOL

Santos recusa proposta

O clube Tianjin Quanjian, da China, comandado pelo técnico brasileiro Vander-

lei Luxemburgo, fez uma nova investida pelo atacante Geu-vânio, do Santos. Depois de oferecer 8 milhões de euros (cerca de R$ 35 milhões), os chineses aumentaram a oferta na útlima quinta-feira, que foi recusada pelo Peixe.

Em uma reunião na tarde da última quinta-feira, em São Paulo, representantes da equipe chinesa ofereceram um valor que não agradou ao Peixe, que pretende receber 20 milhões de euros com a negociação, valor que gira em torno de R$ 100 milhões.

O Tianjin Quanjian, que chegou à casa dos 11 milhões de euros nesta última oferta apresentada, pode subir ain-da mais o valor, mas chegar, no máximo, a 15 milhões de euros. Do total oferecido pe-lo clube chinês, o Peixe teria direito a aproximadamente 4

NEGOCIAÇÃOTime de Luxa não desiste e aumenta oferta, que antes era de R$ 35 milhões

Lancepress!SANTOS

APITO FINAL

Em entrevista ao Agripino Furtado, da Rádio Liberal AM 900, o diretor de futebol Roger Agui-lera disse que o Paysandu pretende contratar mais dois jogadores e que as contratações não são feitas exclusivamente por ele.

Roger deixou claro que existe um profis-sional que estuda e recomenda contratações e inclusive já teve jogador contratado que foi recomendado por esse profissional que o trei-nador Dado Cavalcanti nem conhecia. Haja confiança.

Zico dia 23 de janeiro em Paragominas para um amistoso contra a seleção de máster do Pa-rá. Fará parte da festa que será o amistoso entre Paragominas x Águia no jogo principal. Charles Guerreiro preside o Jacaré.

Pelo visto, dinheiro para os jogadores do Re-mo só irá acontecer na semana da vende dos ingressos para o primeiro jogo, dia 31. Penso que diferente disso, só de o Pirão ou o Mileo ganharem a eleição. Os dois prometeram...

Das quatro chapas, só o Pirão e o Mileo falam em pagar de forma imediata os jogadores e fun-cionários. Agora, imagina os caras sendo exigi-dos em treinos físicos e ao mesmo tempo lisos. Futebol sem dinheiro é difícil.

Dois jornalistas estiveram em Belém procu-rando até a maternidade que o presidente em exercício da CBF nasceu. São de um jornal reco-nhecido no sudeste e virá materinha especial do presidente da CBF e FPF que é o mesmo senhor.

Um ginásio de 90 milhões de reais e uma es-trutura que obedece a todos os padrões olímpi-cos. Até cadeira à prova de fogo o ginásio possui. Todo climatizado e para 12 mil pessoas, o Man-gueirinho também abrigará shows.

Duas semanas para o início do Parazão e a ansiedade do torcedor é muito grande. Campe-onato esse que penso que vai ser cascudo, onde os grandes terão que ser grandes mesmo em campo. Um bom domingo.

Sete dias para a eleiçãoNo próximo sábado, a sede social do Clube do Remo deverá receber o maior número de só-cios, se comparado às últimas eleições no clu-be. Dessa vez, são quatro candidatos em busca dos votos para um mandato tampão. Por ser um mandato de 9 meses, alguns candidatos acabaram se perdendo, propondo planos pa-ra o clube que até são bons planos, mas vão precisar muito mais do que o tempo de uma gestação. Como perfil dos candidatos, tem pa-ra tudo: Até quem chegou ontem e já quer ir na janela do ônibus, como disse um dia o ex-jo-gador Romário. Mas é a chamada democracia azulina.

É preciso esperarAntes era o torcedor que criava a expectativa para saber quem o clube contrataria. Hoje, é o clube que cria essa expectativa, ao anunciar que a qualquer momento vai anunciar no seu site novas contratações. Estão, a expectativa criada acaba frustrando o torcedor que tem se deparado com jogadores sem a bagagem que a torcida gostaria. Mas é preciso entender primeiramente, que jogador de Série A custa caro e as próprias apostas feitas pela diretoria em anos anteriores foram um fracasso total. O Paysandu hoje trabalha com orçamento e o que restou no mercado para trazer.

Re-Pa de uma torcida só Durante a semana, foi anunciado que a PM passou a sugerir a possibilidade de ser acata-da pelo MP, a resolução de realizar o Re-Pa com uma torcida só. Claro que amparado na violên-cia que ronda o clássico, a PM deve defender tal ideia, porém, vai criar um grande entrave. É que só um Re-Pa é garantido de acontecer no campeonato paraense, mais de um, só se as equipes chegarem nas semi e finais dos tur-nos e do campeonato. No primeiro Re-Pa como definir quê torcida será contemplada de entrar e assistir ao jogo? Muito barulho.

Amadorismo que custa caroO tempo passa e parece que os dirigentes do

abnerluiz

Twitter: @abnerluiz37 - [email protected]

cisa reconhecer que passar pelo clube sem ganhar nada, vai influenciar inclusive na re-ceita de bilheteria e do próprio plano do sócio torcedor. Na Curuzu, os jogadores e o próprio treinador Dado Cavalcanti sabem que só será aceito o título. O treinador, na renovação de contrato, sugeriu contrato de 4 meses, já que condicionava a sua permanência no clube na temporada com um título ganho. Grana pare-ce que não vai faltar para ganhar a taça.

Chapa mostra imediatismoFoi a última chapa a ser anunciada e a última a reunir para mostrar proposta. Mas a chapa 40, de Zeca Pirão e Helder Cabral mostra um imediatismo para um mandato tampão de 9 meses. A conclusão imediata do Baenão, pa-gamento em dia de salários e investimentos na equipe para chegar à Série B, parece se enquadrar na necessidade urgente do clube. Acredito que isso, unido aos números valo-rosos da arrecadação do sócio torcedor e do que rendem as lojas que vendem os produtos do clube, podem preparar o clube para as elei-ções do final do ano, para um mandato de 2 anos. Na reunião que contou com 182 sócios e mais 40 apoiadores, foi surpreendente a pre-sença do Eduardo Ramos e Max, (foto acima) que em momento algum usaram da palavra em público e muito menos tiraram foto com o candidato. Mas em conversas paralelas, ad-mitiram que estavam ali pela credibilidade do candidato e por ter cumprido o que prometeu com o grupo.

Remo não aprendem. O fisiologista Érick Ca-valcante, que foi demitido do Remo no início do ano, até este momento não foi chamado para acertar sua saída. Érick, que em 2015 conseguiu o feito de ter feito um trabalho que alcançou o número mínimo de duas lesões em toda a temporada. O Paysandu, para se ter uma ideia, teve mais de 30 lesões. Além de ter feito trabalho em três períodos, com Eduardo Ramos fazendo do jogador a principal peça e garantia de título e acesso. O fisiologista tinha em seu contrato a obrigação de atender 3 dias na semana e ir aos jogos, ganhava 2 mil reais e mais mil como parcela de acordo por salá-rios atrasados. Como o executivo Fred Gomes o queria em tempo integral, o Remo não teria condições de pagar a pedida do profissional. Agora, deve-se o fisiologista e não é só do ano passado, desde 2011 há débitos com quem tra-balhou muito pelo clube. Inclusive, Eduardo Ramos já procurou o profissional, para, de for-ma particular continuar um trabalho de auto rendimento, como faz o próprio Neymar, em Barcelona.

O esporte perdeu mais umFoi anunciada a morte de um jovem de 17 anos de nome Arthur Vinicius que seria atle-ta do Paysandu no futsal. Na realidade, desde abril do ano passado que o garoto já não mais fazia parte do quadro de atletas do clube. Em entrevista à Rádio Liberal AM 900, o diretor do Paysandu, de nome Ivan Correa, afirmou que nesse caso, o esporte perdeu para a marginali-dade, mesmo o clube em vários momentos fa-zendo a tentativa de trazer o seu ex-atleta aos treinos. O diretor também admitiu que essa luta é constante, mas não conta com o apoio hoje de serviço social do próprio clube, a não ser aconselhamento de treinadores e do pró-prio diretor.

O título não terá preçoNão se pode confundir irresponsabilidade com o desejo de ganhar a qualquer preço o cam-peonato paraense. Refiro-me ao Paysandu e o investimento feito em contratações e na estru-tura dada ao departamento de futebol. Mesmo pregando que a administração do clube está acima de tudo, o próprio presidente Maia pre-

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milhões de euros, já que tem hoje apenas 35% dos direitos do atleta.

Até 2014, o Santos detinha

70% dos direitos econômicos do camisa 11. No entanto, em manobra realizada pelo ex-presidente Odílio Rodrigues, o

Peixe vendeu 35% de sua parte ao fundo Doyen Sports. A di-retoria atual não reconhece a venda feita por Odílio e tenta reaver estes 35% na Justiça.

Já o atacante Geuvânio, de 23 anos, ainda não aceitou ou recusou a oferta. Porém, se confirmado que o time co-mandado por Luxemburgo lhe pagará R$ 1 milhão mensais, o camisa 11 do Peixe deve sinali-zar positivamente após os clu-bes entrarem em um acordo. No momento, ele recebe me-nos de R$ 200 mil por mês.

“Esse assédio é desgastante. Muito ruim fazerem proposta ao jogador. Se pagarem a mul-ta rescisória, tudo bem, mas não chegou nenhuma propos-ta nem perto de 30 milhões de euros. Eles têm de resolver os problemas deles e quanto vão pagar ao Santos. Eles preci-sam chegar aos valores. Já há um acerto do time com o Geu-vânio”, disse o presidente do Santos, Modesto Roma Júnior, na última quinta feira. A mul-ta do jogador gira em torno de 50 milhões de euros (cerca de R$ 217 milhões).

A preocupação do Santos é que Geuvânio acabe forçando para deixar o clube. Por isso, admite nos bastidores que aceitaria uma proposta na ca-sa dos 20 milhões de euros (R$ 86 milhões).

DESDE CRIANCINHA

Régis se assume palmeirense Régis (foto) é o novo número

30 do Palmeiras. O meia de 23 anos recebeu a camisa do clube das mãos do vice-presidente Antonino Jesse Ribeiro, na tarde desta sexta-feira, no Spa Sport Resort, em Itu (SP). Em sua primeira entrevista, o jogador disse ser palmeirense desde criança. “Meu time de infância é o Palmeiras, desde pequeno sou palmeirense. A partir do momento que a gente é profissional, a gente defende o clube que joga. Mas minha família é palmeirense, está feliz, e vou trabalhar para dar alegrias para eles”, disse o reforço. O número 30 que será usado por Régis era de Fellype Gabriel, que se apresentou para a pré-temporada fora da forma física considerada ideal e ainda não foi trabalhar no campo com os colegas. Ele faz um trabalho de recondicionamento físico e tem boas chances de deixar o clube. Independentemente disso, Régis sabe que terá concorrência para ser titular. Robinho, Dudu, Moisés, Cleiton Xavier, Zé Roberto e Allione estão entre os que brigam por

um espaço nessa função. “O Palmeiras, hoje em dia, é o maior clube do Brasil. Por ter vencido a Copa do Brasil, pelo elenco e pela estrutura. Estou muito feliz. Com o que eles nos oferecem, a gente pode trabalhar sem preocupação. Minha família é palmeirense e isso ajudou bastante”, acrescentou o meia, mais um a citar o Mundial de Clubes em sua apresentação. “Eu estou muito motivado. É a primeira Libertadores que, se Deus quiser, vou disputar. A gente vai em busca do título e, se Deus quiser, em dezembro disputar o Mundial”.

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A multa rescisória de Geuvânio gira em torno de R$ 217 milhões

O LIBERAL BELÉM, DOMINGO, 17 DE JANEIRO DE 20166 ESPORTE

Celsinho busca recomeço no Papão. Página 7.FUTEBOL

O plano do Sistema de segurança pública de estabelecer o acesso de apenas uma torcida nos clássicos entre Remo e Paysandu, a exemplo do que vem ocorrendo em Porto Alegre e Belo Horizonte, não é recente. O problema foi ape-nas agravado com as dificuldades de acesso pela Augusto Montenegro.

Mas na quinta-feira a PM desmentiu qualquer decisão nesse sentido e afirmou que não definiu logística para clássicos na atual temporada.

O tema é polêmico e já mereceu contestações antes mes-mo de ser anunciado para o grande púbico. Será alvo de debates.

Obras do ginásio poliesportivo “Mangueirinho” estão concluídas, assegura o engenheiro Marcelo Castelo Bran-co, um dos responsáveis técnicos. Investimento de alto nível.

Recebi algumas contestações acerca de nomes aqui publicados que estariam apoiando a chapa do candidato Ze-ca Pirão à presidência do Remo. O apoio dos beneméritos João Santos e Paulo Sérgio Paiva Rego não foi confirmado. Em contrapartida, Afonso Montei-ro Junior declarou seu voto.

Grupo de peso que está com André Ca-valcante: Ubirajara Salgado, Paulo Mota, Ronaldo Passarinho, Dirson Neto, Délio Mutran Junior, Marcio Folha, Marcelo Fo-lha, Rodrigo Salim, Glauber Pontes, Hélio Leal, Igor Danin, Aline Porto, Jader Ga-derline, Mauro Passarinho, Raimundo Sodré Junior, Carlos Rezende, Edson Rezende, André Serrão, Fábio Salgado, Paulo Mota Filho, Jorge Mutran e Car-los Almeida. Todos associados com direito a voto.

Chapa Miléo Junior/Milton Campos fechou importante parceria com Mauro Bastos, profissional da área de tecnolo-gia, atualmente morando em Portugal. A idéia é firmar convênios com clu-bes e empresas sediadas na Europa para alavancar as divisões de base do Remo.

Apoiadores da chapa liderada por Miléo Junior: Domin-gos Sávio, Ramaiana Ribeiro, Angelo Carrascosa, família Tupinambá, João Mota, Odilardo Silva, Mauro Bastos, Ge-raldo Nascimento, além de vários grupos com destaque para o “Modernidade Azulina”.

Confiança é o que não falta à chapa liderada por Alce-bíades Maroja e Cláudio Pontes. Grupo liderado por Sílvio Garrido, que conta com Bráulio Uchoa, Saulo Aflalo, Sérgio Trindade, Amanda Fukuoka, Niltinho Miranda, entre ou-tros, realiza interessante corpo-a-corpo em busca do voto.

Fim do mistério e o empresário do volante Dadá de-nunciou descaso do Remo com o atleta, que foi dispensa-d o pelo telefone, e ainda afirmou que não entrou

na Justiça do Trabalho (causa superior a um milhão de reais) a pedido de um candidato à presidência.

Primeira convocação de time do treinador Dado Cavalcante: Emérson (foto), Roniery,

Gilvan, Pablo e Raí, Ricardo Capanema, Augusto Recife, Ilaílson e Marcelo Costa, Bruno Smith e Leandro Ce-arense. Ainda devem brigar Celsi-nho, Fabio Alves e Raphael Luz, além do zagueiro Flávio.

Nível técnico elevado mar-cou a rodada dos RPCs de quarta-feira. Gols espetacula-res de Prócion Klautau, Edu-

ardo Brasil e Gustavo Fonseca foram destaques. Aliás, a atuação

do Eduardo fez Amaro Klautau compa-rá-lo a um Cisne dos gramados.. Didimo e

Salame também se destacaram.

Time campeão formou com Magrão, Ito Mace-do, Orlando Morais, Wanderley Ladislau, Didimo

e Big Ediel. Ficou com o troféu de vice a equipe li-derada por Jorge Portugal, que contou com Hiroshi,

Nivaldo, Tasso, Antonio Jorge Junior e Prócion Klau-tau. Apenas Luiz Neto, JC Harada, Marcelo Nobre e

Paulinho Gomes continuam no departamento médico com retorno programado para sábado. Coordenador Guto Nobre aguarda Ronaldo Trindade e Beto Jatene pa-ra novas providências, com a devida aprovação do Gato Guerreiro.

Fico por aqui, até domingo. Com Deus no ir e vir.

PASSO A PASSO

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1 Eleições vão definir as prioridades do Leão

Meta é arrumar a casa sem desistir de títulos

Papão foca na formatação de seu novo elenco

Mesmo com evidentes li-mitações financeiras e

orçamentárias, o Remo fez sua transição de temporada com trei-nador e alguns novos jogadores, mantendo inclusive boa parte da base que trabalhou no ano passa-do. As grandes decisões, porém, dependem do resultado da eleição presidencial do próximo sábado, quando quatro candidatos estarão disputando a preferência do asso-ciado. Zeca Pirão, André Caval-cante, Miléo Junior e Alcebíades Maroja vão queimar seus últimos

cartuchos durante a semana para conquistar a confiança do colé-gio eleitoral do clube. Seja quem for o vencedor, os desafios que se apresentam são superlativos. Passivo elevadíssimo e desorgani-zação administrativa deverão ser enfrentadas de imediato. O mais importante, por enquanto, é que todos tenham a consciência de reconhecer que o Leão é maior do que qualquer interesse pessoal. Os derrotados precisam desarmar palanques e trabalhar ao lado de quem vencer.

Sem tantos problemas ad-ministrativos a enfrentar

e com objetivos mais ousados, o Paysandu começou a trabalhar seu novo elenco que já conta com 15 jogadores contratados. Gilvan e Flávio, zagueiros, Roniery, Cris-tian e Raí, laterais, Paulinho e Ila-ílson, volantes, Velber, Raphael Luz, Marcelo Costa, Celsinho e John César, meias, e finalmente Wanderson, Bruno Smith, Fábio

Alves, atacantes. É possível formar um time integrado totalmente por novatos, a exceção do goleiro. A margem de acertos em contrata-ções do futebol paraense não tem sido razoável, mesmo com algu-ma melhora no ano passado. Se emplacar 60 por cento de êxito no atual investimento seguramen-te estará no lucro para a Série B, competição mais importante da temporada.

Se dentro de campo o clu-be vive um bom momento,

restaurando o calendário cheio e motivado para buscar o tricam-peonato estadual, todos sabem que, administrativamente, o ce-nário é de terra arrasada. O novo presidente terá menos de um ano para arrumar a casa sem abrir mão de conquistas, até porque as duas metas estão ligadas. O tor-cedor é passional e só dará apoio se contar com resultados satisfa-tórios no segmento considerado

“carro-chefe”, que é o futebol. O pouco tempo que o novo gestor terá para enfrentar os desafios contrastam com a necessidade de bons resultados. Vejo a transição de temporada como satisfatória. O clube trouxe um treinador com bom perfil e segurou jogadores importantes, em especial Eduar-do Ramos. Na atual situação foi um avanço. Agora resta esperar o resultado da eleição para que os principais eixos de gestão sejam definidos.

pio [email protected]

AKIRA ONUMA/O ARQUIVO O LIBERAL

Transferência do exterior deve tirar Ciro do 1° jogo do Remo no Parazão

Ciro fora da estreia

O atacante Ciro, de 26 anos, não deverá participar do primeiro jogo do Remo

no Parazão, dia 31, contra o Águia, no Mangueirão. Mesmo já integrado ao elenco azulino, treinando com os companhei-ros, o jogador enfrenta o pro-blema de sua legalização e re-gistro na CBF. Seu nome ainda vai demorar a aparecer no BID, devido sua transferência vir do exterior. Ano passado, Ci-ro atuou no futebol da Coreia do Sul. Após cumprir contra-to formal com o time do Jeju United, o atacante retornou ao Brasil. Mesmo recebendo pro-postas de outras equipes, de divisões superiores do futebol brasileiro, Ciro preferiu apos-tar no desafio do Leão Azul, que pretende voltar à Série B do Brasileirão

“Tive proposta de vários clubes entre eles, o Coritiba. Contudo, Remo apresentou um projeto que se encaixa com o meu. Decidi apostar, afinal, quando duas cabeças

REMOAtacante está àespera de suatransferência da Coreia do Sul

pensam do mesmo modo, tu-do sai certo, pois uma comple-menta a outra. Joguei fora do Brasil e sei que isso não muda em fazer um bom contrato. O projeto é muito bom e sei que posso fazer parte para ajudar o Remo”, comentou.

Esta semana o atacante Ci-ro traz sua família para fixar residência na capital do Pará. Sua mulher está gestante e o filho (a) nascerá em solo bele-nense. Será paraense, fato que alegra ainda mais o atacante e o deixa otimista para a tempo-rada que se inicia.

Na semana passada, na apresentação oficial do elen-co azulino, Ciro ficou co-nhecendo a força da torcida do Leão. Ficou maravilhado com a demonstração de ca-rinho do torcedor. “Sabia da sua devoção pelo clube, mas não imaginava ser tão forte. Realmente, é muita ‘loucura’ pelo Remo. A torcida é muito apaixonada, por isso, a nossa responsabilidade é colocar to-dos eles (torcedores) na Série B. Será maravilhoso para todo mundo. Se Deus quiser, isso vai acontecer”, destaca Ciro.

Com passagem por Sport Recife, seleção brasileira sub-20, Fluminense, Bahia, Atléti-co-PR, Figueirense e Luverden-

se, Ciro espera ter uma boa passagem pelo Leão Azul, e repetir as boas atuações no Je-ju United, da Coreia do Sul, de onde aguarda a documentação internacional para ficar livre e poder estrear no campeonato paraense.

Segundo o diretor Dir-son Medeiros, a contratação de Ciro foi uma negociação difícil. “Os empresários que detém os direitos do Ciro são do Uruguai e queriam colocar o jogador novamente em um clube do exterior. Mas acaba-ram vendo o nosso projeto, a forma de trabalho, sério, e abraçaram a causa de levar o Remo à Série B”, analisa o diri-gente azulino.

Ciro Henrique Alves Fer-reira e Silva é pernambucano e tem 26 anos.

O atacante iniciou nas ca-tegorias de base do Salguei-ro, se transferindo ainda com 16 anos para o Sport, onde ficou de 2008 a 2011 e marcou 51 gols.

Nesse período, adquiriu experiência na seleção brasi-leira sub-20. O jogador ainda passou por Fluminense, Bahia, Atlético-PR, Figueirense e no ano passado jogou pelo Luver-dense, marcando oito gols.

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O LIBERALBELÉM, DOMINGO, 17 DE JANEIRO DE 2016 ESPORTE 7

Livro vai contar a história do basquete paraense. Página 8. FUTEBOL

Meia busca recomeço

O meia Celsinho surgiu na Portuguesa, de São Paulo, vendido por milhões para

o futebol da Russia. Também passou pelo futebol português. O meia teve o Figueirense co-mo seu último clube em 2015, pertence ao Londrina e chega no Paysandu para um contrato de um ano, como empréstimo. Por enquanto, é o jogador mais valorizado do elenco. “Venho para o Paysandu para fazer história. Em todos os momen-tos vou honrar essa camisa e essa torcida maravilhosa. Es-tou muito feliz de poder fazer parte deste clube”, afirmou.

O meia de 27 anos tem his-tória para contar no futebol. Em 2005, então, com 16 anos, “ex-plodiu” como o sósia de Ronal-dinho Gaúcho na Portuguesa, como grande revelação entre 2004 e 2005. Com participação em seleções de base (sub-15 e sub-17), o meia se destacou na Lusa, pela Série B, e chamou a atenção com belos gols marca-dos, com grandes arrancadas e ótima visão de jogo.

Foi neste período que pas-sou a ser comparado a Ronal-dinho Gaúcho, não somente pela semelhança física, mas também por conta da habili-dade apresentada ainda pre-cocemente - estreou no time paulista com 16 anos. Cobi-çado pelos principais times brasileiros, Celsinho foi pa-rar no Lokomotiv, da Rússia em uma transação milionária - R$ 7,5 milhões.

Em sua primeira passagem pelo futebol europeu, não vin-gou. Foram poucos jogos até ir

PAYSANDUSósia de R10, Celsinho tenta afastar a má fase que vive desde 2013

O jogador, que tem contrato com o Londrina, veio para o Paysandu por empréstimo

Na disputa de diversas com-petições na temporada de 2016 - Campeonato Paraense, Copa do Brasil, Copa Verde e Série B (esta, sem dúvida, a mais im-portante), o Paysandu segue se reforçando para formar um elenco forte e competitivo. Desde o início das atividades os bicolores têm novidades. Na semana passada, chega-ram novos jogadores, todos já incorporados ao plantel.

Se ano passado o clube im-portou um número elevado de jogadores, em 2016 não se-rá diferente. O Papão já conta com 15 “caras novas”. Eram 16, mas o lateral Rodrigo Bi-ro pediu dispensa depois de treinar por sete dias. Houve acordo e o jogador viajou pa-

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BRAZ CHUCREDa Redação

leza, onde disputou apenas um jogo na Série B.

No Londrina, em 2013, ti-me em que mais atuou, com cerca de 70 jogos, desem-barcou de uma forma nada modesta: de helicóptero no centro do gramado do novo clube. Se a chegada chamou a atenção, o meia também tem uma saída um tanto contro-versa. A diretoria do Londrina chegou a anunciar a dispensa por falta de rendimento técni-

co. O gestor do clube, Sergio Malucelli, acreditava que o jogador teria encerrado seu ciclo dentro do clube.

“O Celsinho nos ajudou bastante, foi um jogador im-portante desde que nós chega-mos aqui, mas o tempo dele já deu no Londrina. Infelizmente ele não estava rendendo o que nós esperávamos. A cobrança em cima dele sempre foi muito grande, mas não estava dando o resultado que esperávamos

dele. O ciclo dele passou no Londrina”, dizia Malucelli.

Entretanto, o jogador que já não integrava mais o grupo principal teve repentinamen-te o seu contrato renovado por mais um ano e meio para ser emprestado ao Figueirense. De retorno ao Tubarão, mes-mo com contrato até junho de 2017, acabou emprestado ao Paysandu, onde vai tentar reencontrar seu belo e majes-toso futebol.

ao Sporting, de Portugal. Em 2008, atuou em outra equipe portuguesa, o Estrela Ama-dora, por empréstimo. A volta ao Brasil aconteceu dois anos depois e novamente para São Paulo, na Portuguesa. Entre-tanto, o meia seguiu sem ter uma sequência de partidas e voltou para o Velho Continen-te, mas para o futebol da Ro-mênia. Lá, em 2011, defendeu as cores do Târgu Mures por pouco mais de um ano. Em

2013, acertou com o Londri-na, equipe paranaense, para a disputa do Campeonato Es-tadual. No segundo semestre daquele ano, acabou empres-tado por três meses ao Forta-

Diretoria quer dois ou três para fechar o elenco

Elenco atual mescla jogadores da temporada passada com novos contratados, como Ilaílson e Crystian

Celsinho (à esq.) é uma das apostas do Paysandu para a temporada

ra São Paulo. Abriu vaga para mais um lateral se revezar com Ray, ex-Sampaio Correa, por enquanto titular.

Mas não existe busca de-senfreada de jogadores, como explica o diretor de futebol Ro-ger Aguilera. “O clube possui profissionais no futebol que seguem várias linhas para for-malizar a contratação do atle-ta. Não é inchar o elenco, mas trazer jogador pra brigar pela titularidade”, diz o diretor.

Segundo ele, a tendência é contratar mais dois ou três jogadores. As contratações são indicação do técnico ou da diretoria executiva de fu-tebol, como foi a do meia Jo-hn César, recomendado pelo gerente de futebol Alex Brasil.

O meia jogou pela Tuna em 2013, na disputa da primeira fase do Parazão e em 2015 passou pelo Londrina. “O John César foi avaliado pelo Alex Brasil e ele está aqui pa-ra fazer parte do projeto por um período de 120 dias. Se for bem, terá contrato renovado”, avisa Aguilera.

Para Roger, a prioridade é mais um jogador de meio-cam-po (um segundo volante), além de um atacante. Sobre Bruno Veiga, o diretor de futebol diz que ele tem contrato com o Migi Mirim e que “a situação não depende só do Paysandu querer trazê-lo, mas do time paulista liberá-lo”, lembrou.

O dirigente faz suas apos-tas no meia Celsinho como

um das grandes atrações do Paysandu para este ano. “O Celsinho é um jogador bada-lado e vai ser um dos ídolos da torcida. O Marcelo Costa é um jogador muito conhecido. Temos o Paulinho, outra apos-ta. O Gilvan, por dois anos, foi titular lá em Recife, Raniery também. As contratações são feitas sempre com expectativa de darem certo. Às vezes não acontece e colocam a culpa no clube. Estamos trabalhando para fazer do Paysandu um time forte, equilibrado nas competições que disputará neste ano. Temos jogadores que estão acima da média e isso fortalece o Paysandu pa-ra se tornar super forte para ganhar os títulos”, destaca.

CLIMA QUENTE

Gilvan tenta se adaptar Vindo do Londrina, por

empréstimo para o Paysandu, o zagueiro Gilvan, 26 anos, está estranhando o clima quente paraense. Contudo, diz que que logo se adapta à temperatura da cidade. Com um irmão morando em Belém, o zagueiro é a mais nova aquisição para o setor defensivo do Papão, que conta com Pablo, Fernando Lombardi e Gualberto, ora em recuperação. Gilvan disputou a última temporada pelo Ceará, onde foi campeão da Copa do Nordeste e jogou a Série B do Brasileiro. Pelo Londrina, o zagueiro foi campeão Paranaense em 2014. O contrato do atleta com o Tubarão vai até novembro de

2017. Sua contratação pelo Paysandu se deu pelo fato de o executivo de futebol Alex Brasil manter boas relacões com o Londrina. Foi uma negociação amigável entre as partes e o jogador vai ficar na Curuzu até o fim de semana. Ele chegou no começo da semana e no treino de quinta-feira apareceu entre os titulares substituindo Lombardi. A briga por vaga na defesa vai deixar o técnico embaralhado para escolha do titular. São quatro zagueiros todos com futebol de primeiro nível técnico. Gilvan esteve na Ponte Preta no campeonato paulista de 2014 com a Macaca, na época, comandada pelo técnico Dado Cavalcanti.

Gilvan vai disputar um lugar na zaga bicolor

O LIBERAL BELÉM, DOMINGO, 17 DE JANEIRO DE 20168 ESPORTE

FUTEBOL

Após dezoito edições de livros que resgatam a me-mória do futebol paraense,

e em respostas a cobranças de desportistas que participaram ativamente de acirradas dispu-tas nas quadras paraenses, que envolveram Remo, Paysandu, a Recreativa Bancrevea, As-sembleia Paraense, Júlio Cé-sar, Tuna e o Centro Esporti-vo Universitário (CEU), decidi começar pesquisa destinada à coleta de informações que me possibilitem escrever sobre a empolgante história do bas-quete paraense, que a partir dos anos 50 galvanizou o in-teresse das torcidas, tornan-do-se o segundo esporte na preferência dos paraenses, só perdendo para o futebol.

O basquete, que nasceu nos Estados Unidos, criado pelo professor James Nais-mith, chegou ao Brasil pelo missionário norte-americano Auguste Shaw, para o Colégio Mackenzie, de São Paulo e As-sociação Cristã de Moços, no Rio de Janeiro, por volta de 1896. No Pará, o basquete teria chegado por volta de 1926, ou seja há 90 anos, segundo cons-ta em precárias informações, que apontam para esse ano quando surgiram os primei-

MEMÓRIAHistória vibrante do bola ao cesto paraense será narrada em livro

Basquete empolgouPaysandu detéma liderança nacontagem dos títulos: 35 contra28 do Remo

FERREIRA DA COSTADa Redação tam a disputa de 74 campeo-

natos paraenses de basquete, sendo que o Paysandu aparece na liderança da conquista dos títulos, com 35 campeonatos, contra 28 do Clube do Remo, 6 da Assembleia Paraense, 3 da Recreativa Bancrevea, 1 do Centro Esportivo Universitário e 1 da Tuna Luso Brasileira.

EMPOLGAÇÃO

Nas décadas de 50, 60, 70, 80 e até 90 do século XX, as quadras paraenses enchiam e viravam um caldeirão quan-do se enfrentavam Remo e Paysandu. As emissoras de rádio transmitiam as parti-das e quem não ia às quadras colava o radinho de pilha no ouvido, acompanhando com muita atenção os movimentos das partidas. Os jornais da-vam destaque aos ídolos das quadras e as emissoras de te-levisão registravam os duelos envolventes.

ASTROS

De 1959 a 1965, o Clube do Remo tornou-se o “rei das quadras” e não tinha para ninguém. O Leão Azul foi al-taneiro e conquistou o hepta-campeonato, maior sequência de títulos de todos os tempos

no Pará. Em 1965, quando chegou ao hepta-campeona-to, o Leão Azul possuía esta formação: Sérgio Paiva, Gui-lherme, Euclides Goes, Basi-nho, Tó, Nélson Maués, Bené II, Haroldo Maués, Cláudio, Dizé, Carvalinho. O técnico foi Roberto Bastos.

Ressalte-se que nos seis primeiros títulos dessa con-quista o técnico foi João Braga de Farias Júnior e Edir Góes, que teria sido, para muitos, o maior atleta de bas-quete do Pará, participou de cinco conquistas.

O Paysandu, em 1966, que-brou a hegemonia do Remo, sagrando-se campeão para-ense, em empolgante disputa e seu quadro possuía Nélson Maués, Pelé, Felinto, Afonso, Lula Chaves, Zamba, Noé, Ata-la, Façanha, Joélcio, Dionísio, Carneiro, Abnader, Afonso. Diretor, Adalberto Chady. Téc-nico: Chico Cunha.

A maior série de títulos do Paysandu foi de 1985 a 1990, um hexa-campeonato. No fe-cho dessa série, defenderam o Bicolor: Casseb, Márcio, Denis, Papi, Brazão, Padeiro, Mauro, Pepe, Guy Peixoto, Júnior, Joa-quim. Técnico: Jorge Seráfico.

Pretendo fazer o lançamen-to do livro (“A História Memo-rável do Basquete Paraense”) em outubro próximo, mês no qual se festeja a criação do basquete. Os desportistas que pretenderem enriquecer o trabalho que proponho fazer, podem fornecer informações e fotografias através do e-mail: [email protected]

ros movimentos nas quadras de Belém.

Todavia, nas minhas pes-quisas sobre futebol, con-segui anotar na coleção da Folha do Norte, edição de 16.12.1916, o anúncio de uma partida de basquete entre os quadros do Panther x Inde-pendência, que estava mar-cado pela Liga Paraense de Basquete para ser disputado quatro dias depois, ou seja, na data de 20.12.1916. Assim, somente após uma exaustiva pesquisa poderei afirmar ca-tegoricamente quando come-çou, realmente, o movimento de introdução do bola ao ces-to no Pará.

Os primeiros campeona-tos de basquete disputados no Pará tiveram a participa-ção de cinco equipes, já nes-ses primeiros anos constata-va-se a “importação” de atle-tas, principalmente oriundos das Forças Armadas, vindos do Sul. Os clubes paraenses foram estimulados à criação das escolinhas, que acaba-ram por produzir grandes atletas, sendo que alguns de-les alcançaram convocações para o escrete nacional.

Nos meus registros, cons-tam que a Tuna Luso teria sido o primeiro clube a conquistar o certame paraense de adul-tos na temporada em 1936, mas só a coleta de dados po-derá indicar se, na realidade, foi a Lusa a primeira campeã, ou se o certame foi disputado antes de 1936 e quais os clu-bes campeões.

Nos meus registros, cons-

ESPORTE COMEÇOU NO PARÁ EM 1926

Leão foi hepta; Papão, hexa

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Remo - Equipe que iniciou a campanha do hepta-campeonato: Bazinho, Galega, Farias, Manolo, Nélson Maués, Edir Góes; agachados - Maurício, Horta, Sérgio Paiva, Carvalho, Raulien, Dionísio.

Paysandu 1975 - Bicampeão de Adulto - Beto Gaúcho, Ohana, Marçal, Luiz Pires, Carlos Farah, Jorge Seráfico (técnico); agachados - Paulo Seráfico, Sérgio Solano, Paulo Magalhães, Gastão Solano, Leo Platon.