As mulheres do sector informal. Experiências da Guiné-Bissau
Avaliação e monitoramento das experiências de REDD+ no estado do Pará
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Transcript of Avaliação e monitoramento das experiências de REDD+ no estado do Pará
2012/2013
Diretoria de Pesquisas e Estudos
Ambientais
Instituto de Desenvolvimento Econômico,
Social e Ambiental do Pará - IDESP.
2012/2013
AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DAS EXPERIÊNCIAS DE REDD+
NO ESTADO DO PARÁ
DIRETORIA DE PESQUISA E ESTUDOS AMBIENTAIS - DEA
AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DAS EXPERIÊNCIAS
DE REDD+ NO ESTADO DO PARÁ
RELATÓRIO PARCIAL 2012_2013
2013
Belém – Pará
Governo do Estado do Pará
Simão Robison Oliveira Jatene
Governador
Helenilson Cunha Pontes
Vice-Governador / Secretário Especial De Estado De Gestão – Seges
Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará
Maria Adelina Guglioti Braglia
Presidente
Cassiano Figueiredo Ribeiro
Diretor de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural
Sérgio Castro Gomes
Diretor de Estatística, Tecnologia e Gestão da Informação
Andréa dos Santos Coelho
Diretora de Pesquisas e Estudos Ambientais
Gracyette Aguiar Ferreira da Silva
Diretora de Planejamento, Administração e Finanças
Expediente
Diretor de Pesquisas e Estudos Ambientais:
Andréa dos Santos Coelho
Elaboração Técnica:
Everaldo Nascimento de Almeida
Colaboração:
Jonas Bastos da Veiga
Priscilla Barreto
Revisão:
Fernanda Graim
Normalização:
Glauber Ribeiro
AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DAS EXPERIÊNCIAS
DE REDD+ NO ESTADO DO PARÁ: relatório parcial 2012/2013. /
Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do
Pará.- Belém, 2013.
32 p.
1. Recursos naturais. 2. Desmatamento. 3. Clima. 4. Pará
(Estado). 5. Instituto de Desenvolvimento Econômico Social e
Ambiental do Pará.
CDD 333.72098115
CDD
333.3357
SIGLAS
ADAFAX Associação para o Desenvolvimento da Agricultura Sustentável do Xingu
ADPML Avoided Deforestation Project (Manaus) Limited
BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
CEABIO Centro de Estudos Avançados da Biodiversidade
CEPLAC Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira
CI Conservação Internacional
COFA Comitê Orientador do Fundo Amazônia
EMATER Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural
EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
FADESP Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa
FASE Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional
FUNAI Fundação de Assistência ao Índio
FUNBIO Fundo Brasileiro para a Biodiversidade
FVPP Fundação Viver, Produzir e Preservar
ICMBio Instituto Chico Mendes
IFT Instituto Floresta Tropical
IMAZON Instituto do Homem e Meio Ambiente
IPAM Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia
FIP Programa de Investimento Florestal
REDD Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal
SEMA Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Pará
SPR Sindicato dos Produtores Rurais
STTR Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais
TNC The Nature Conservancy
UC Unidade de Conservação
UFPA Universidade Federal do Pará
Lista de quadros
Quadro 1 - Experiências de REDD+ documentadas no Estado do Pará - 2012................................. 16
Quadro 2 - Período de execução dos projetos de REDD+ no estado do Pará - 2012. ........................ 22
Quadro 3 - Principais motivos que levaram à implementação de REDD+ no estado do Pará - 2012. 24
Quadro 4 - Parceiros e colaboradores de algumas experiências de REDD+ no estado do Pará - 2012. ...................................................................................................................................................... 28
Quadro 5 - Limitantes encontradas para a implementação das atividades de REDD+ no Estado do
Pará - 2012. ................................................................................................................................... 29
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................... 8
1.1 JUSTIFICATIVA .......................................................................................................................... 8
1.2 OBJETIVOS ........................................................................................................................................... 10
GERAL ....................................................................................................................................................... 10
ESPECÍFICOS ........................................................................................................................................... 10
2 METODOLOGIA .................................................................................................................................... 11
2.1 IDENTIFICAÇÃO DAS EXPERIÊNCIAS .............................................................................................. 11
2.2 REGISTRO DAS CARACTERÍSTICAS ................................................................................................. 11
2.3 VISITA TÉCNICA ................................................................................................................................. 11
2.4 ACOMPANHAMENTO DO DESENVOLVIMENTO............................................................................. 12
3 ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO CONCLUSIVO ............................................................................. 13
4 PRODUTOS ESPERADOS ..................................................................................................................... 14
5 RESULTADOS ........................................................................................................................................ 15
5 PERÍODO DE EXECUÇÃO DOS PROJETOS ..................................................................................... 22
6 PÚBLICO BENEFICIÁRIO ................................................................................................................... 23
7 MOTIVOS QUE LEVARAM A IMPLEMENTAÇÃO DE REDD+ NO STADO DO PARÁ ............... 24
8 ESTÁGIO DAS EXPERIÊNCIAS PILOTOS ........................................................................................ 25
9 INICIATIVAS DE PRÁTICAS PRODUTIVAS SUSTENTÁVEIS ADOTADAS ................................. 26
10 DOAÇÕES ............................................................................................................................................. 27
11 PARCERIAS.......................................................................................................................................... 28
12 ENTRAVES ........................................................................................................................................... 29
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................... 30
8
1 INTRODUÇÃO
O desmatamento, no estado do Pará, aumentou em 20 anos. Em 1989, a taxa de
desmatamento em relação à área total do Estado era de aproximadamente 11%. Esse índice
subiu para 20% em 2009 (PEREIRA, et al., 2010). A sua principal causa é a conversão de
áreas de floresta em cultivos e pastagem, atividades responsáveis pela maior parte das
emissões de CO2 para a atmosfera, influenciando o clima local.
O papel da Amazônia nas mudanças climáticas tem sido objeto de interesse tanto da
comunidade científica como dos governantes. Em 2008, foi criada a Força Tarefa de
Governadores para o Clima e Florestas (GCF) com o objetivo de compartilhar experiências,
construir capacidades e desenvolver recomendações para autoridades e tomadores de
decisão. A iniciativa procurou integrar atividades de Redução de Emissões por
Desmatamento e Degradação Florestal e Conservação Florestal, Manejo Florestal e
manutenção de estoques de carbono florestais (REDD+) nos mercados emergentes de gases
de efeito estufa. A GCF é possivelmente a iniciativa mais expressiva no contexto
internacional voltada à criação de bases para o fortalecimento de estratégias de REDD+ nos
países em desenvolvimento. Nesse contexto, têm se desenvolvido discussões mais
específicas sobre procedimentos e metodologias para projetos REDD+ a serem utilizados
nos Estados/Províncias (ANDRADE, 2011).
As primeiras diretrizes nacionais de controle do desmatamento da Amazônia no
contexto das mudanças climáticas foram estabelecidas no Plano de Prevenção e Controle do
Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm), instituído pelo Decreto s/n de 3 de julho de
2003. A versão estadual desse plano ficou estabelecida no Plano de Prevenção, Controle e
Alternativas ao Desmatamento (PPCAD), instituído pelo Decreto n° 1697/2009, que foi
estruturado em três eixos principais. Suas ações estão organizadas em três eixos principais,
sendo um deles o fomento às atividades sustentáveis, onde define e elenca 55 ações que
devem incentivar a adoção de novos modelos econômicos, como o REDD+.
1.1 JUSTIFICATIVA
No PPCAD-PA, o IDESP é responsável por duas ações principais: 1) construir as
parcerias e implementar projetos piloto para implementação de mecanismos de REDD+; e,
2) estabelecer e instituir os parâmetros para a certificação de projetos de REDD+ no Estado.
Esse instituto, no intuito de garantir o cumprimento de seu objetivo no apoio ao
desenvolvimento do Estado, considerou prioritário estudar as iniciativas de REDD+ no Pará,
através do projeto “Acompanhamento e avaliação de projetos-piloto de REDD+: redução de
emissões por desmatamento, degradação e manejo florestal” para que consiga atender a
ação maior de “Avaliar e acompanhar o andamento dos projetos de REDD+ implantados e
em processo de implementação no Estado do Pará”.
Os primeiros passos do estudo iniciaram-se com o levantamento bibliográfico acerca
da temática em âmbito global, nacional e local, além de convergir às práticas apresentadas
pelos projetos de REDD+ em desenvolvimento do Estado.
O estado do Pará, diante do atual histórico de desmatamento e seus mecanismos de
prevenção contra o mesmo, necessitou criar ações que visassem estimular a troca de
informações a cerca de todos os projetos, em andamento ou que ainda estão em fase de
estudo relacionados a REDD+, na tentativa de efetiva mudança do paradigma produtivo e ao
desenvolvimento com conservação dos recursos naturais, sobretudo da cobertura florestal.
O IDESP, por ser uma instituição de pesquisa que visa o comprometimento das
questões socioeconômicas e ambientais, vem cumprindo a missão de oferecer à sociedade e
ao Governo, elementos para a solução dos problemas e desafios impostos ao
desenvolvimento regional e local.
Entretanto, ainda se faz necessário definir e implementar um arranjo institucional que
garanta a atores governamentais e não governamentais o acompanhamento e avaliação das
ações elencadas no PPCAD-PA.
ÁREA DE ABRANGÊNCIA
Estado do Pará
1.2 OBJETIVOS
Geral
Avaliar e acompanhar o andamento dos projetos de REDD implantados e em
processo de implementação no estado do Pará.
Específicos
I. Identificar no Estado quantos e quais são os projetos de REDD;
II. Realizar entrevistas e visitas de campo junto às instituições responsáveis;
III. Avaliar o mecanismo de implementação dos projetos de REDD;
IV. Identificar as potencialidades e gargalos dentro dos projetos de REDD e;
V. Divulgar os dados obtidos em uma plataforma virtual no site do IDESP.
2 METODOLOGIA
O estudo deste projeto consiste na coleta e análise de dados a cerca dos projetos de
REDD+ em andamento ou em execução realizados no estado do Pará. As etapas utilizadas
para realização do Estado são as seguintes:
i) Identificação dos projetos/iniciativas;
ii) Registro das características dos projetos/iniciativas;
iii) Visita ao local dos projetos;
iv) Acompanhamento do desenvolvimento dos projetos/iniciativas e
v) Elaboração do relatório conclusivo.
2.1 IDENTIFICAÇÃO DAS EXPERIÊNCIAS
Realizou-se uma busca, através da WEB, conversas formais e informais com
instituições e representantes técnicos conhecedores de projetos que possuem ações de REDD
e que estão sendo realizados no âmbito do estado do Pará. Após isso, identificou-se os
responsáveis e instituições envolvidas em tais projetos para a realização de “parcerias”, cuja
finalidade era acompanhar as ações que envolviam REDD.
2.2 REGISTRO DAS CARACTERÍSTICAS
Nesta etapa, foram utilizados dois questionários para avaliação e acompanhamento
dos projetos de REDD no estado do Pará. O primeiro questionário foi elaborado na
perspectiva de que os projetos com ações de REDD+ estivessem em estágios avançados de
implementação, ou seja, com ações de impactos já mensuráveis. Entretanto, através das
primeiras entrevistas aos coordenadores de tais projetos foi observado que ainda estavam,
em sua maioria, em suas atividades iniciais de implementação. Diante desse novo quadro,
optou-se por reformular o questionário para readequá-lo a essa nova realidade.
2.3 VISITA TÉCNICA
Foram programadas visitas técnicas às áreas onde estão sendo realizadas as
atividades de campo. O objetivo de tais visitas seria conhecer a dinâmica local e saber o
quanto as atividades de REDD vêm influenciando na qualidade de vida da população aonde
os projetos vem sendo realizados. Até o momento foi realizada visita técnica somente em
São Félix do Xingu, um dos municípios no qual a TNC vem realizando atividades de REDD.
Nas demais regiões, as visitas técnicas não foram realizadas por inviabilidade no
agendamento dos técnicos que iriam acompanhar as atividades de campo.
2.4 ACOMPANHAMENTO DO DESENVOLVIMENTO
Essa etapa pretende avaliar as atividades de REDD que vem sendo executados por
instituições de ensino e pesquisa no estado do Pará. As informações deverão ser
sistematizadas e analisadas em planilhas de Excel. Pretende-se analisar as potencialidades e
dificuldades de implementação e manutenção de tais experiências.
3 ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO CONCLUSIVO
No transcorrer das atividades de pesquisa, estão sendo elaborados relatórios de
acompanhamento do estudo apresentando resultados parciais das experiências. Pretende-se
apresentar em 2013 o relatório dos avanços de todo o estudo em 2012.
4 PRODUTOS ESPERADOS
Após o término da coleta das informações se apresentará parte dos resultados da
pesquisa através de uma plataforma virtual elaborada pelo IDESP com um banco de dados a
fim de divulgar informações obtidas dos projetos existentes no Estado para disseminação de
informações.
Relatórios técnicos e artigos serão produzidos, contendo a síntese dos dados e
análises, atualizados anualmente pela pesquisa.
5 RESULTADOS
Foram identificadas 24 experiências de REDD+ no estado do Pará, todas em estágio inicial
(Quadro 1). Entretanto, não há certeza se todas as experiências documentadas seguem a norma
clássica de uma proposta de REDD+ que constitui a capacitação, preparação e implementação de
políticas e medidas nacionais denominadas readiness.
16
Quadro 1 - Experiências de REDD+ documentadas no Estado do Pará - 2012.
PROJETO INSTITUIÇÃO
RESPONSÁVEL
PUBLICO A SER
BENEFICIADO
OBJETIVO ANO DE
INICIO ÁREA DE ATUAÇÃO
Programa Abelha Viva Instituto Peabiru Agricultores familiares / extrativistas
O projeto teve como objetivo geral promover
atividades sustentáveis, por meio do manejo de abelhas nativas das regiões onde as ações foram
implementadas.
2008
Região de Marajó, Barcarena, Santo
Antônio do Tauá, Castanhal, Acará,
Tomé-Açu, Paragominas, Ipixuna, Tailândia, Moju, Juruti, Monte Alegre,
Almerim e Curuça
REDD+ Calha Norte
at Pará CI / IMAZON / SEMA
Agricultores familiares
/ extrativistas
The project intends to contribute to the
conservation of 7.4 million hectares covering the
State Forests of Paru, Faro and Trombetas,
localized at the Calha Norte of Amazonas River, Para
State, Brazil.
Flota de Faro, Paru e Trombetas
Assentamentos
Sustentáveis na
Amazônia
IPAM
2.769 famílias de
assentados da reforma
agrária do Incra
Apoiar, em assentamentos do Instituto de Colonização
e Reforma Agrária (Incra) no oeste do Pará, o
desenvolvimento de uma experiência demonstrativa de
produção sustentável e a implementação de pagamento
pelos serviços ambientais para famílias
compromissadas com a redução do desmatamento
2012
Oeste do Pará, municípios de Anapu,
Pacajá, Senador José Profírio, Mojuí
dos Campos e Aveiros
GHGT Emission Reductions from
avoiding planned
deforestation
Cikel Brasil Verde Cikel Brasil Verde 2008 Municípios de Paragominas e Portel
Programa Piloto
REDD Xingu Central TNC
Agricultores familiares
/ povos indígenas
A expectativa de projeção evitada é de
aproximadamente 440 milhões toneladas de CO2 eq.
para o período 2009-2018
Unidades de Conservação,
assentamentos, Terras Indígenas e
áreas privadas
C-Trade Agricultores familiares
Alto Rio Guamá / Região dos Tembés /
Município de Curralinho / Região de
Trombetas
ADPML Portel – Pará
REDD Project
Ecosystem Services
LLC / Projeto Pará
REDD
Agricultores familiares
The Project’s main objective is to avoid and
prevent unplanned deforestation in native forests
thus avoiding the net emission of 35,213,972.7 tCO2e
through a period of 40 years of Project’s lifetime.
2012 Municípios de Portel e Melgaço
17
PROJETO INSTITUIÇÃO
RESPONSÁVEL
PUBLICO A SER
BENEFICIADO
OBJETIVO ANO DE
INICIO ÁREA DE ATUAÇÃO
Anapu rumo ao selo
verde Prefeitura de Anapu Agricultores familiares
Estruturar e modernizar a Secretaria Municipal de
Meio Ambiente e Turismo do Município de Anapu,
para que o município obtenha o selo de “Município
Verde”
2012 Município de Anapu
Biodiversidade UFPA / FADESP
UFPA, comunidade
científica, potenciais
fornecedores e empresas da região
amazônica que
trabalhem com
produtos oriundos da
biodiversidade, como
fármacos e herbicidas, e
seus potenciais
consumidores
Ampliar a infraestrutura de pesquisa da UFPA voltada
para o estudo da biodiversidade, compreendendo: (i) Construção e estruturação do Centro de Estudos
Avançados da Biodiversidade (CEABIO); e (ii)
Reforma do Laboratório de Planejamento de Fármacos
e do Laboratório de Neuroquímica Molecular e Celular
e aquisição e instalação de equipamentos em
laboratórios de pesquisa em biotecnologia.
2012 Município de Belém
Jacundá, município da
Economia Verde Prefeitura de Jacundá
Produtores rurais do
município
Apoiar o fortalecimento da gestão ambiental
municipal, por meio: i) da estruturação física e
operacional da Secretaria Municipal de Meio
Ambiente e Turismo; ii) da expansão da capacidade de produção do viveiro municipal e iii) da elaboração de
estudo para a caracterização do território municipal.
2012 Município de Jacundá
Desenvolvimento de
Novos Produtos e
Aplicações
Tecnológicas a partir
de Compostos
Bioativos extraídos de
Plantas e Frutas
Típicas da Amazônia
UFPA / FADESP
UFPA; pequenos
agricultores, potenciais
fornecedores de
matérias primas para a
produção de compostos
bioativos; e empresas
da região amazônica
que trabalhem com
produtos derivados de
compostos bioativos
i) Instalar uma planta piloto no laboratório de
alimentos da UFPA para produzir e caracterizar
extratos ricos em compostos bioativos;
ii) Desenvolver novos produtos e aplicações
tecnológicas a partir de compostos bioativos extraídos
de plantas e frutas típicas da Amazônia Oriental
2012 Estado do Pará
18
PROJETO INSTITUIÇÃO
RESPONSÁVEL
PUBLICO A SER
BENEFICIADO
OBJETIVO ANO DE
INICIO ÁREA DE ATUAÇÃO
Ilhas de Belém UFPA / FADESP
UFPA; população das ilhas
no entorno da cidade de
Belém; e executores de
políticas públicas em
gestão territorial
(i) Implementar metodologia para apoio à formulação
de zoneamento econômico e ambiental em escala local
de ilhas situadas no entorno da cidade de Belém; e (ii)
Ampliar a infraestrutura de pesquisa do Programa de
Pós-graduação de Ecologia Aquática e Pesca da UFPA
2012 Estado do Pará
Pará Combatendo os
Incêndios Florestais e
Queimadas Não
Autorizadas
Corpo de
Bombeiros Militar
do Estado do Pará
População do Estado do
Pará
Apoiar as ações de monitoramento, prevenção e combate ao desmatamento decorrente de incêndios
florestais e queimadas não autorizadas no Estado do
Pará, por meio da estruturação física e operacional de
unidades do Corpo de Bombeiros Militar localizadas
em dez municípios do Estado.
* Estado do Pará
Porto de Moz
Sustentável
Prefeitura de Porto
de Moz População de Porto de Moz
Apoiar o fortalecimento da gestão ambiental do
município de Porto de Moz, por meio: (i) da
estruturação física e operacional da Secretaria
Municipal de Meio Ambiente; e (ii) da elaboração de
estudo de caracterização - fase inicial (diagnóstico) do
Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE) – da parte
do território municipal localizada no entorno da
Reserva Extrativista Verde para Sempre.
* Município de Porto de Moz, Estado do
Pará
Áreas Protegidas da
Amazônia - ARPA FUNBIO
População e moradores do entorno; funcionários e
instituições responsáveis
pela gestão; conselhos
gestores; e municipalidades
envolvidas nos territórios
das UCs atendidas pelo
programa
Apoiar a criação e a consolidação de UCs no Bioma
Amazônia, de forma a assegurar a conservação da
biodiversidade e a manutenção dos processos e
serviços ecológicos da região.
2010 Estado do Pará e demais estados da
Amazônia brasileira
19
PROJETO INSTITUIÇÃO
RESPONSÁVEL
PUBLICO A SER
BENEFICIADO
OBJETIVO ANO DE
INICIO ÁREA DE ATUAÇÃO
Disseminação e
Aprimoramento das
Técnicas de Manejo
Florestal Sustentável
IFT
Trabalhadores do setor
madeireiro e florestal e
operadores de máquinas
pesadas, comunidades
florestais e pequenos
produtores, agentes do
governo, engenheiros,
auditores, administradores,
pesquisadores e estudantes florestais de nível médio e
superior
Apoiar a expansão da prática de manejo florestal
sustentável por meio de ações de capacitação técnica,
sensibilização dos atores-chave e dos trabalhadores e
da pesquisa aplicada.
2011 Estados do Pará, Amazonas e
Rondônia
Ecomapuá Amazon
REDD Project
Ecomapuá
Conservação LTDA
Companhia Ecomapuá
Conservação LTDA
The project’s objective is the conservation and
restoration of an Amazon forest area that belonged to a
timber company before the purchase of the property by
the project owners.
2009 Município de Breves
Florestas de Mangue UFPA / FADESP
Comunidades tradicionais
de Tamatateua e Taperaçu;
bem como outras
comunidades que vivem
sob influência da Reserva
Extrativista Marinha Caeté-Taperaçu, que se
beneficiam indiretamente
pelo projeto
i) Pesquisar e desenvolver conhecimentos e técnicas
relacionadas à recuperação de áreas degradadas de
mangue na Região Norte;
ii) Desenvolver modelos para estimativa da
biomassa, sequestro de carbono e avaliação do estoque
de carbono das florestas de mangue;
iii) Ampliar a infraestrutura do Laboratório de Ecologia de Manguezal da UFPA, mediante a
construção de prédio e aquisição de equipamentos para
o laboratório
2012 Município de Bragança
Incubadora de
Políticas Públicas da
Amazônia
UFPA / FADESP Universidade Federal do
Pará
Desenvolver projeto interdisciplinar de pesquisa sobre
os impactos socioeconômicos e ambientais decorrentes
da expansão da fronteira econômica da Amazônia, no
âmbito da Incubadora de Políticas Públicas da
Amazônia, vinculada ao Fórum de Pesquisa e Pós-
Graduação em Desenvolvimento Sustentável da
Amazônia.
2011 Todos os estados do Bioma Amazônia
20
PROJETO INSTITUIÇÃO
RESPONSÁVEL
PUBLICO A SER
BENEFICIADO
OBJETIVO ANO DE
INICIO ÁREA DE ATUAÇÃO
Fundo Dema FASE
Comunidades tradicionais
no estado do Pará, com
foco na área de influência
das rodovias
Transamazônica e BR-163
e na região do Baixo Amazonas
Apoiar projetos socioambientais de pequeno valor, por
meio de oito Chamadas Públicas a serem lançadas ao
longo de três anos.
2011
Comunidades tradicionais da
Amazônia: pequenos produtores,
quilombolas e indígenas
Fundo Kayapó FUNBIO Comunidades indígenas
Kayapó
Apoiar projetos das organizações Kayapó voltados
para atividades produtivas sustentáveis, fortalecimento
institucional, prevenção ao desmatamento,
conservação da biodiversidade e proteção territorial,
por meio da implementação de um mecanismo
financeiro e operacional de longo prazo, denominado
Fundo Kayapó
2011
Terras Indígenas Kayapó,
Menkragnoti, Baú e Badjonkôre, no sul
do Estado do Pará; e Terra Indígena
Capoto-Jarina, no norte do Estado do
Mato Grosso
IMAZON
População total dos 11
Municípios (482 mil
habitantes segundo Censo
2008, IBGE)
Mobilizar os governos estaduais e municipais, os
produtores rurais, sindicatos e associações objetivando
acelerar a adesão ao Cadastro Ambiental Rural
(CAR); monitorar o desmatamento por meio de
imagens de satélite; e auxiliar no planejamento da paisagem e restauração de áreas degradadas na bacia
do rio Uraim em Paragominas.
2011 11 municípios do estado do Pará
SEMA
População do estado do
Pará, em especial
produtores rurais
Apoiar o fortalecimento da gestão ambiental no estado
do Pará por meio do aprimoramento do processo de
emissão do Cadastro Ambiental Rural (CAR), da
descentralização e da desconcentração das atividades
da sua Secretaria Estadual de Meio Ambiente e do
aprimoramento do processo legal de licenciamento
ambiental
2011 Estado do Pará
Virada Verde TNC
Prefeituras municipais e
produtores rurais em geral
dos municípios abrangidos
pelo projeto
Contribuir para a mobilização dos atores locais em 12
municípios de Mato Grosso e do Pará, com vistas à
adesão ao CAR e monitorar o desmatamento na região
por meio de imagens de satélite
2010 12 municípios de Mato Grosso e do
Pará
Fonte: MMA, 2013. Ver site (http://www.mma.gov.br/redd/index.php/conheca-os-projetos-cadastrados)* Projetos aprovados, porém, ainda não foi repassado os recursos para o inicio das
atividades
21
Até o momento foram realizadas entrevistas a cinco experiências, cujos resultados são
apresentados a seguir.
Das experiências de REDD+ apresentadas, o IDESP realizou entrevistas com as
seguintes instituições: Instituto Peabiru, Imazon/CI/Sema, Ipam, Cikel Brasil Verde, TNC.
22
5 PERÍODO DE EXECUÇÃO DOS PROJETOS
Todos os projetos que vem sendo implementados na região possuem períodos de
execução relativamente longos (Quadro 02). Das cinco instituições avaliadas, apenas o IPAM
apresenta prazo de execução relativamente curto, cinco anos. Essa instituição, no entanto, já
vem trabalhando na região por mais de 10 anos. No caso específico sobre o REDD+, o IPAM,
juntamente com instituições locais (STTRs, secretarias locais, universidades, Embrapa, entre
outros atores sociais) trabalham com o mesmo público, desde 2002, e isso proporcionou uma
acessibilidade e aceitação por parte dos beneficiários. Além do mais, o IPAM possui outras
ações na região que serviram com alicerce para a implementação das atividades de REDD+.
O período de execução dos projetos depende dos objetivos a serem alcançados. Pelo
menos três instituições possuem atividades programadas para períodos superiores a 20 anos.
Nessas etapas estão inclusas atividades como discussões com atores locais institucionais e
sociedade civil, bem como, potencialização de atividades florestais que minimizem o impacto
sobre as florestas e façam funcionar as atividades de REDD+ propriamente ditas.
Quadro 2 - Período de execução dos projetos de REDD+ no estado do Pará - 2012.
Instituição / Projeto Período (anos) Inicio
Cikel Brasil Verde 20 2009
Imazon 38 2009
Ipam 05 2012
TNC 08 2009
Peabiru1 - -
Fonte/ elaboração: IDESP.
1 Até o momento da entrevista, ainda encontrava-se em discussão a proposta para os doadores.A ONG Peabiru,
apesar de ainda não ter efetuado propostas para buscar recursos junto a instituições doadoras, como as demais
instituições, vem realizando levantamentos sobre como as atividades que já vem sendo trabalhadas por seus projetos podem diminuir a emissão de gases de deletérios ao meio ambiente.
23
6 PÚBLICO BENEFICIÁRIO
Todos os projetos focam suas atividades na melhoria da qualidade de vida da
população de quem vive nas áreas onde estão previstas a execução das atividades de REDD+.
Nesse contexto, as populações tradicionais, agroextrativistas, ribeirinhas, assentados,
indígenas são os principais atores que deverão ser beneficiados. Entretanto, outros atores
“externos” as áreas abrangidas foram citados por algumas instituições, como os órgãos de
gestões municipais e federais.
24
7 MOTIVOS QUE LEVARAM A IMPLEMENTAÇÃO DE REDD+ NO STADO DO
PARÁ
O que idealiza a implementação de projetos com ações de REDD+ no estado do Pará é
a oportunidade que as instituições possuem de sanar ou minimizar problemáticas locais ou
regionais relativas ao desmatamento. O quadro 03 aponta as razões que levaram as empresas e
instituições de ensino e pesquisa a implementação de ações de REDD+ nas regiões paraenses.
Quadro 3 - Principais motivos que levaram à implementação de REDD+ no estado do Pará -
2012.
Motivos da implementação das propostas de REDD+
Agregação de valores à floresta
Obtenção da regularização fundiária de assentamentos rurais e unidades de conservação - UC
Retirada de municípios que estejam na lista de embargados pelo MMA
Contribuição com implementação de atividades ambientais produtivas realizadas por
agricultores/extrativistas que levem à conservação ambiental e ganhos socioeconômicos
Habilitação do acesso a programas de financiamentos a implementação de sistemas produtivos
Habilitação do acesso a programas de PSA e REDD+
Fortalecimento da fiscalização e controle ambiental
Fonte/ elaboração: IDESP.
25
8 ESTÁGIO DAS EXPERIÊNCIAS PILOTOS
De acordo com o relatório de painel técnico do MMA (2012) a implementação de
REDD+ dependerá de um conjunto de atividades que envolvem desde a elaboração de planos
e estratégias nacionais podendo chegar a sistemas de pagamentos por resultado de redução de
emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) originadas da perda de florestas. O relatório ainda
explica que para facilitar o planejamento dessa implementação, uma abordagem adotada pela
literatura (UNFCCC, 2010, ELIASCH, 2008; PARKER et al., 2010) e consolidada nos
acordos da COP 16 propõe considerar REDD+ em três fases: (1) capacitação, preparação e
implementação de políticas e medidas nacionais, denominada de readiness; (2)
aprofundamento da construção de capacidade e adoção de requisitos técnicos, bem como
atividades demonstrativas que possam ter resultados mensuráveis e (3) implementação plena
com resultados mensuráveis e verificáveis.
O relatório ainda aponta que o documento elaborado pelo Forum for the Future (Forest
Investment Review, 2009) apresentou a natureza e escala de financiamento para REDD+ no
decorrer das três fases apresentadas anteriormente, redistribuindo-a em cinco estágios. Sendo
eles: Preparação; Demonstração; Implementação; Difusão e Maturidade.
Nessa ótica, todas as experiências de REDD+ que estão sendo realizadas no Estado
paraense encontram-se nos estágios 01 e 02 (preparação e demonstração). Nesses estágios
prevalecem ações de capacitação, institucionalização e preparo, onde há o estabelecimento de
diálogos; criação de métodos de monitoramento, verificação e relato; desenvolvimento de
processos de participação; criação de instituições, entre outras ações. Tais atividades são
normalmente seguidas da implementação de projetos pilotos e da criação de medidas e
políticas de abrangência federal e nacional (MMA, 2012).
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9 INICIATIVAS DE PRÁTICAS PRODUTIVAS SUSTENTÁVEIS ADOTADAS
As iniciativas realizadas no âmbito de cada proposta apresentada aos doadores
envolvem uma série de atividades produtivas que devem ser potencializadas localmente para
que o REDD+ possa ser efetivado de fato. A seguir citam-se algumas delas:
- Sistemas agroflorestais
- Recuperação de áreas degradadas
- Agricultura sem fogo
- Plantio direto
- Intensificação de produção
- Recuperação e manejo de pastagem
- Integração lavoura-pecuária
- Manejo florestal
Todas essas atividades produtivas além de proporcionar um uso mais racional dos
recursos se comparado com as atividades tradicionais, minimizam impactos ambientais, entre
eles a emissão de CO2.
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10 DOAÇÕES
O principal agente financiador do REDD+ é o Fundo Amazônia2. Dados fornecidos
pelo site desse doador3 apontam que desde a sua criação em 2009 até o final de 2012, o fundo
Amazônia apoiou projetos no valor total de R$ 439,8 milhões, os desembolsos até o mês de
dezembro de 2012 corresponderam a R$ 142,1 milhões.
Entretanto, apesar da grande quantidade de propostas apresentadas, o processo que
leva a aprovação e liberação dos recursos para a implementação das propostas é
extremamente longo. Entretanto, outros órgãos nacionais e internacionais como a USAID
repassam recursos para atividades que possuem consonância com o REDD+. Outras fontes
financiadoras criadas para esse propósito, como o Programa de Investimento Florestal – FIP, e
vindas do orçamento público, como o Fundo Clima, ainda estão sendo pouco explorados.
2 Com recursos doados pelo Governo da Noruega, o Fundo Amazônia tem por finalidade captar doações para
investimentos não-reembolsáveis em ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, e de
promoção da conservação e do uso sustentável das florestas no Bioma Amazônia, nos termos do Decreto no
6.527, de 1º de agosto de 2008 (http://www.mma.gov.br/apoio-a-projetos/fundo-amazonia). Seu órgão gestor é o
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, que recebe recursos e seleciona projetos de
acordo com orientações temáticas pelo Comitê Orientador do Fundo Amazônia - COFA.
3 Site: www.fundoamazonia.com.br
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11 PARCERIAS
Todas as iniciativas de implementação das atividades de REDD+ no Estado estão
sendo realizadas através de parcerias com instituições de vários âmbitos, principalmente com
instituições com atividades socioambientais. O quadro 04 aponta as organizações/instituições
que são parceiras nas iniciativas estudadas.
Quadro 4 - Parceiros e colaboradores de algumas experiências de REDD+ no estado do Pará -
2012.
Local de abrangência Parceiros/colaboradores
Local/municipal Regional Federal Internacional
São Félix do Xingu ADAFAX FUNAI
ICMBio
Transamazônica
STTRs de Anapu, Pacajá,
Senador José Porfírio e Vitória do
Xingu
Prefeituras
FVPP
CEPLAC
EMBRAPA
EMATER
Flota de Faro Associações locais SEMA CI
Fonte/elaboração: IDESP
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12 ENTRAVES
Das quatro instituições entrevistadas, três obtiveram recursos específicos para a elaboração de
atividades de REDD+. Entretanto, o longo processo de avaliação das propostas é o principal entrave
inicial apontado pelas instituições que apresentaram as propostas de REDD+. O quadro 05 apresenta
outros gargalos que limitam a implementação das atividades de REDD+ no estado do Pará.
Quadro 5 - Limitantes encontradas para a implementação das atividades de REDD+ no Estado do Pará
- 2012.
Entraves registrados
Profissionais contratados para coordenar as atividades de REDD+ no âmbito local possuem
pouca afinidade com a realidade local
Fragilidade orçamentária
Ainda não existe um marco legal sobre o REDD+
Cobrança de resultados imediatos por parte dos beneficiários diretos
Pouco conhecimento e disseminação sobre o tema REDD+
Fonte/elaboração: IDESP.
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REFERÊNCIAS
ELIASCH, J. Climate Change: Financing Global Forests. The Eliasch Review. London: Office of
Climate Change, 2008.
PARKER, C.; BROWN, J.; PICKERING, J.; ROYNESTAD, E.; MARDAS, N.; MITCHELL, A. The
Little Climate Finance Book. Global Canopy Programme. UK: Oxford, 2009.
UNFCCC UNITED NATIONS FRAMEWORK CONVENTION FOR CLIMATE CHANGE. 2010.
Outcome of the work of the Ad Hoc Working Group on long-term Cooperative Action under
the Convention. Draft decision CP/16. Disponível em <http:// unfccc.int/fles/ meetings/ cop_16/
application/pdf/cop16_lca.pdf>