Avaliação do risco de extinção do graxaim-do-campo, Lycalopex gymnocercus

7
172 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade Avaliação do Estado de Conservação dos Carnívoros Justificativa Lycalopex gymnocercus ocorre no leste da Bolívia, oeste e centro do Paraguai, Uruguai, norte e centro da Argentina, e sul do Brasil. É tolerante a perturbações antrópicas, porém não à transformação do habitat em áreas agrícolas. É um carnívoro relativamente abundante e as populações não estão fragmentadas e ocorrem de forma contínua. Apesar das ameaças identificadas para a espécie, o estado da população é estável e estas ameaças não a colocam em risco de extinção no Brasil. Há conectividade com as populações dos países vizinhos, porém não existem informações sobre a dinâmica fonte-sumidouro. Por estas razões, a espécie foi categorizada como Menos Preocupante (LC). Notas taxonômicas É uma espécie que não apresenta problemas de identificação taxonômica, mas Zunino et al. (1995) fizeram um estudo com base em medidas cranianas das três espécies de canídeos do gênero Lycalopex presentes na Argentina e concluíram que L. griseus e L. gymnocercus são a Diego Queirolo 1 , Carlos Benhur Kasper 2 & Beatriz de Mello Beisiegel 3 Lycalopex gymnocercus (G. Fischer, 1814) no Brasil Xxxxxxx Xxxxxxxx Avaliação do risco de extinção do Graxaim-do-campo E-mails [email protected], [email protected], [email protected] Afiliação 1 Universidad de la República, Uruguay. 2 Universidade Caxias do Sul/UCS. 3 entro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade do Cerrado e da Caatinga – CECAT/ICMBio. Risco de Extinção Menos preocupante (LC) Submetido em: 22 / 09 / 2012 Aceito em: 21 / 06 / 2013 Ordem: Carnivora Família: Canidae Nome popular Graxaim-do-campo, raposa- do-campo (português); pampas fox, azara’s fox, azara’s zorro, renard d’azara (inglês); zorro de campo, zorro del país, zorro de patas amarillas, zorro pampa, zorro pampeano, zorro gris (espanhol).

Transcript of Avaliação do risco de extinção do graxaim-do-campo, Lycalopex gymnocercus

172

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

Avaliação do Estado de Conservação dos Carnívoros

Justificativa

Lycalopex gymnocercus ocorre no leste da Bolívia, oeste e centro do Paraguai, Uruguai, norte e centro da Argentina, e sul do Brasil. É tolerante a perturbações antrópicas, porém não à transformação do habitat em áreas agrícolas. É um carnívoro relativamente abundante e as populações não estão fragmentadas e ocorrem de forma contínua. Apesar das ameaças identificadas para a espécie, o estado da população é estável e estas ameaças não a colocam em risco de extinção no Brasil. Há conectividade com as populações dos países vizinhos, porém não existem informações sobre a dinâmica fonte-sumidouro. Por estas razões, a espécie foi categorizada como Menos Preocupante (LC).

Notas taxonômicas

É uma espécie que não apresenta problemas de identificação taxonômica, mas Zunino et al. (1995) fizeram um estudo com base em medidas cranianas das três espécies de canídeos do gênero Lycalopex presentes na Argentina e concluíram que L. griseus e L. gymnocercus são a

Diego Queirolo1, Carlos Benhur Kasper2 & Beatriz de Mello Beisiegel3

Lycalopex gymnocercus (G. Fischer, 1814) no Brasil

Xxx

xxxx

Xxx

xxxx

x

Avaliação do risco de extinção do Graxaim-do-campo

E-mails

[email protected], [email protected], [email protected]

Afiliação

1 Universidad de la República, Uruguay.2 Universidade Caxias do Sul/UCS.3 entro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade do Cerrado e da Caatinga – CECAT/ICMBio.

Risco de Extinção

Menos preocupante (LC)

Submetido em: 22 / 09 / 2012Aceito em: 21 / 06 / 2013

Ordem: CarnivoraFamília: Canidae

Nome popularGraxaim-do-campo, raposa-do-campo (português); pampas fox, azara’s fox, azara’s zorro, renard d’azara (inglês); zorro de campo, zorro del país, zorro de patas amarillas, zorro pampa, zorro pampeano, zorro gris (espanhol).

173Graxaim-do-campo – Lycalopex gymnocercus

Biodiversidade Brasileira, 3(1), 172-178, 2013

mesma espécie, aplicando-lhes o nome de L. gymnocercus. Isto não implica em uma mudança direta na taxonomia de L. gymnocercus do Brasil, mas esta espécie poderia ter uma distribuição muito mais ampla, incidindo sobre sua conservação global.

Histórico das avaliações nacionais

A espécie foi avaliada anteriormente e não se encontra na lista nacional de espécies ameaçadas publicada em 2003 (MMA 2003). Dentre as listas estaduais de espécies ameaçadas, L. gymnocercus aparece apenas no Livro vermelho da fauna ameaçada no estado do Paraná, como Dados Insuficientes (DD) (Mikich & Bérnils 2004).

Avaliações em outras escalas

Globalmente, a espécie é considerada Menos Preocupante (LC) pela IUCN (Jiménez et al. 2008).

Distribuição geográfica

Está presente no leste da Bolívia, oeste e centro do Paraguai, Uruguai, norte e centro da Argentina, e sul do Brasil (Lucherini et al. 2004, Lucherini & Vidal 2008). No Brasil, ocorre nos estados de São Paulo (Lemos & Azevedo, comunicação pessoal), Paraná (Mikich & Bérnils 2004), Santa Catarina (Cherem et al. 2004) e Rio Grande do Sul (Lucherini et al. 2004, Lucherini & Vidal 2008). Ocupa todo o bioma dos Pampas e se estende até o limite sul do Cerrado em São Paulo, pelas áreas de campo de Santa Catarina e Paraná (Queirolo, Casper & Lemos, comunicação pessoal). Os limites de sua distribuição com as das espécies congêneres L. culpaeus e L. griseus são incertos, mas estas duas não ocorrem no Brasil. Segundo Lucherini & Vidal (2008), suas distribuições geográficas presente e histórica são muito semelhantes. No entanto, acredita-se que a espécie esteja ampliando sua distribuição no Brasil devido, principalmente, ao desmatamento da Mata Atlântica, favorecendo sua presença nos campos de Santa Catarina e Paraná, ingressando recentemente ao estado de São Paulo (Queirolo, Casper & Lemos, comunicação pessoal). Como motivo desta expansão, no limite norte da distribuição, a espécie poderia começar a ocorrer em simpatria com L. vetulus.

A Tabela indica a presença de Lycalopex gymnocercus, de acordo com a literatura científica e informações não publicadas fornecidas por pesquisadores. Contudo, a listagem abaixo certamente está incompleta, considerando a falta de pesquisas voltadas para o táxon em muitas das unidades de conservação brasileiras.

Local UF Fonte

Parque Estadual do Itapuã RS Faria-Corrêa et al. (2009)

Estação Ecológica do Taim RS Gonçalves et al. (2007) Fabián et al. (2010)

Área de Proteção Ambiental Lagoa Verde RS Fabián et al. (2010)

Reserva Biológica do Ibirapuitã RS Queirolo, comunicação pessoal

Parque Nacional dos Aparados da Serra RS Santos et al. (2004), Vieira & Port (2007)

População

A espécie é abundante ou comum na maioria das áreas onde ocorre (Lucherini et al. 2004). Densidades populacionais foram estimadas em 1,04 ind/km2 na Argentina, 1,8 ind/km2 no Chaco Boliviano, 0,64 grupos/km2 no Chaco Paraguaio e 0,62-5,85 ind/km2 ou 0,47-2,94 ind/km2,

Figura 1 – Distribuição geográfica do Graxaim-do-campo, Lycalopex gymnocercus.

175Graxaim-do-campo – Lycalopex gymnocercus

Biodiversidade Brasileira, 3(1), 172-178, 2013

respectivamente, nas áreas com maior e menor densidade populacional, na província de Buenos Aires, Argentina (Crespo 1971, Brooks 1992, Luengos Vidal 2003). No Brasil, foi encontrada uma densidade de 0,2 ind/km2 na região dos Pampas (município de Arroio Grande, RS) e 1,1 ind/km2 na região dos Campos de Cima da Serra (município de Bom Jesus, RS) (Kasper, comunicação pessoal). A razão sexual é desviada em relação aos machos 1,4:1, na Província de Buenos Aires, Argentina (Luengos Vidal 2003), mas 1,03:1 na província de La Pampa (Crespo 1971). O estado populacional da espécie encontra-se estável e há conectividade com as populações dos países vizinhos, porém não existem informações sobre a dinâmica fonte-sumidouro.

Habitat e ecologia

Preferem habitats abertos, como as planícies dos Pampas, e habitats sub-úmidos a secos, mas utilizam também a Puna, campos limpos, florestas tropicais andinas, floresta semidecídua baixo-montana, Monte Argentino, floresta de Chaco, bosques secos, bosques abertos, brejos, pantanais, dunas costeiras, pastos e terras de agricultura (Brooks 1992, García & Kittlein 2005, Lucherini & Vidal 2008). Nas regiões onde ocorrem em simpatria com o cachorro-do-mato Cerdocyon thous, preferem ambientes mais abertos (Vieira & Port 2007, Faria-Corrêa et al. 2009, Di Bitetti et al. 2009). No Parque Nacional de Aparados da Serra, foi o carnívoro que ocupou a maior proporção de ambientes, ocorrendo em locais pobres em outras espécies de carnívoros como turfeiras, áreas arbustivas e campos limpos (Santos et al. 2004). São onívoros, e sua dieta varia geograficamente (Lucherini & Vidal 2008). Alimentam-se de espécies exóticas como a lebre, Lepus europaeus, pequenos roedores e até roedores do porte de preás (Cavia spp.), aves das ordens Tinamiformes, Passeriformes e Columbiformes, frutas nativas e exóticas, insetos, carniça e lixo (Lucherini et al. 2004, Lucherini & Vidal 2008). Podem também consumir presas de maior porte como tatus de várias espécies, gambás, bem como lagartos, peixes, moluscos, caranguejos e escorpiões (Lucherini & Vidal 2008). No Rio Grande do Sul, animais domésticos podem constituir até 48,6% de todas as presas (Dotto et al. 2001). Embora apresentem grande sobreposição de dieta com Cerdocyon thous no Brasil, esta última espécie é mais frugívora do que L. gymnocercus (Cravino et al. 1997, Vieira & Port 2007). Também podem apresentar sobreposição de nicho alimentar com o gato-do-mato-grande Leopardus geoffroyi e com o gato-palheiro Leopardus colocolo, mas a primeira espécie é mais carnívora do que o graxaim-do-campo, e provavelmente o mesmo acontece com o gato palheiro (Lucherini & Vidal 2008). São predados por onças-pardas Puma concolor e cães domésticos (Lucherini et al. 2004). No Brasil, são ativos durante o dia e a noite (Vieira & Port 2007). Faria-Corrêa et al. (2009) registraram principalmente atividade noturna e crepuscular no PES Itapuã, no Rio Grande do Sul. São monogâmicos, mas tipicamente forrageiam solitariamente, sendo que os pares são observados juntos desde o acasalamento até que os filhotes deixem a toca (Lucherini et al. 2004). Parecem se adaptar bem a alterações humanas como agricultura e pecuária (Jiménez et al. 2008). O período de gestação é de 55-60 dias, nascendo 1 a 8 filhotes (média 3,5, Crespo 1971). A cada estação reprodutiva, uma média de 85% das fêmeas engravida (Crespo 1971), os filhotes nascem na primavera, entre setembro e dezembro, e mamam durante cerca de dois meses. As fêmeas podem se acasalar com 8-12 meses (Crespo 1971, Redford & Eisenberg 1992). A longevidade em cativeiro atingiu quase 14 anos (Jones 1982 apud Lucherini & Vidal 2008), mas somente alguns indivíduos vivem mais do que poucos anos em vida livre (Lucherini et al. 2004). A mortalidade encontrada por Crespo (1971) foi altíssima, com taxas anuais de sobrevivência de 7% para adultos e 21,8% para jovens (Crespo 1971).

Ameaças e usos

A espécie parece adaptar-se bem a alterações induzidas pelo homem (Jiménez et al. 2008), porém a transformação do hábitat em áreas agrícolas é a principal ameaça a sua conservação (Lucherini & Vidal, 2008). São predados por cães domésticos (Lucherini et al. 2004) e suas

176

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

Avaliação do Estado de Conservação dos Carnívoros

populações podem diminuir devido à pressão de caça (Luengos Vidal 2003). São suscetíveis à parvovirose, cinomose, coronavírus (Hubner et al. 2010), brucelose e outras doenças. No Rio Grande do Sul, foi encontrado parasitismo da espécie por Babesia sp. (Ruas et al. 2003). São frequentemente atropelados em Santa Catarina (Cherem et al. 2007) e no Rio Grande do Sul (Rosa & Mauhs 2004). A caça em retaliação à predação suposta de animais domésticos é muito frequente, sendo utilizado o abate por tiro (Queirolo, comunicação pessoal) e o envenenamento (Queirolo & Tortato, comunicação pessoal).

Ações de conservação

A espécie está incluída no Apêndice II da CITES. No Paraná, foi considerada como DD em 2004 (Mikich & Bérnils 2004) e não foi avaliada em 2010. No estado de Santa Catarina não possui nenhuma ação concreta de conservação, o mesmo ocorrendo no estado do Rio Grande do Sul, onde não aparece listada entre as espécies ameaçadas da fauna daquele estado (Marques et al. 2002).

Pesquisas

Necessidade de obtenção de informação sobre:

a) a sobreposição da distribuição, área de vida e dieta com L. vetulus.

b) potencial hibridização com L. vetulus.

c) o impacto da perda de indivíduos por retaliação e atropelamento.

d) análise quantitativa e qualitativa sobre a predação sobre ovinos.

e) área de vida, período reprodutivo e uso de habitat.

f) interações interespecíficas com Cerdocyon thous.

Referências bibliográficasBarlow, J.C. 1965. Land Mammals from Uruguay. Ecology and Zoogeography. Tese (Doutorado). University of Kansas. 346p.

Berta, A. 1988. Quaternary evolution and biogeography of the large South American Canidae (Mammalia: Carnivora). University of California Publications in Geological Sciences, 132: 1-149.

Brooks, D.M. 1992. Notes on group size, density, and habitat association of the Pampas fox (Dusicyon gymnocercus) in the Paraguayan Chaco. Mammalia, 56(2): 314-316.

Brum-Zorrilla, N. & Langguth, A. 1980. Karyotipe of South American pampas fox Pseudalopex gymnocercus (Carnivora, Canidae). Experientia, 36: 1043-1044.

Cherem, J.J.; Simões-Lopes, P.C.; Althoff, S. & Graipel, M.E. 2004. Lista dos mamíferos de Santa Catarina, sul do Brasil. Mastozoología Neotropical, 11(2): 151-184.

Cherem, J.J.; Kammers, M.; Ghizoni-Jr., I.R. & Martins, A. 2007. Mamíferos de médio e grande porte atropelados em rodovias do Estado de Santa Catarina, Sul do Brasil. Biotemas, 20(2): 81-96.

Clutton-Brock, J.; Corbett, G.B. & Hills, M. 1976. A review of the family Canidae, with a classification by numerical methods. Bulletin of the American Museum of Natural History, 29:117-199.

Cravino, J.L.; Calvar, M.E.; Poetti, J.C.; Berrutti, M.A.; Fontana, N.A.; Brando, M.E. & Fernández, J.A. 1997. Análisis holístico de la predación en corderos: un estudio de caso, con énfasis en la acción de “zorros” (Mammalia: Canidae). Relatório Técnico. MGAP (Ministerio de Ganaderia Agricultura y Pesca, Uruguai). 39p.

Crespo, J.A. 1971. Ecologia del Zorro Gris Dusicyon gymnocercus antiquus (Ameghino) en la Provincia de La Pampa. Revista del Museo Argentino de Ciencias Naturales, 1: 147-205.

177Graxaim-do-campo – Lycalopex gymnocercus

Biodiversidade Brasileira, 3(1), 172-178, 2013

Di Bitetti, M.S.; Di Blanco, Y.E.; Pereira, J.A.; Paviolo, A. & Jiménez Pérez, I. 2009. Time partitioning favors the coexistence of sympatric crab-eating foxes (Cerdocyon thous) and Pampas foxes (Lycalopex gymnocercus). Journal of Mammalogy, 90(2): 479-490.

Dotto, J.C.; Fabian, M.E. & Menegheti, J.O. 2001. Atuação de Pseudalopex gymnocercus (Fischer, 1814) e de Cerdocyon thous (Linnaeus, 1766) (Mammalia, Canidae) como fator de mortalidade de cordeiros no sul do Brasil. Boletin de la Sociedad Biológica de Concepción, 72: 51-58.

Fabián, M.E.; Souza, D.A.S.; Carvalho, F. & Lima, C. 2010. Mamíferos de áreas de restinga no Rio Grande do Sul, p. 209-224. In: Pessoa, L.M.; Tavares, W.C. & Siciliano, S. (Orgs.). Mamíferos de restingas e manguezais do Brasil. Série Livros, Sociedade Brasileira de Mastozoologia, Museu Nacional. 284p.

Faria-Corrêa, M.; Balbueno, R.A.; Vieira, E.M. & Freitas, T.R.O. 2009. Activity, habitat use, density, and reproductive biology of the crab-eating fox (Cerdocyon thous) and comparison with the pampas fox (Lycalopex gymnocercus) in a Restinga area in the southern Brazilian Atlantic Forest. Mammalian Biology, 74: 220-229.

García, V.B. & Kittlein, M.J. 2005. Diet, habitat use, and relative abundance of pampas fox (Pseudalopex gymnocercus) in northern Patagonia. Mammalian Biology, 70(4): 218-226.

Goncalves, F.A.; Cechin, S.Z.; Bager, A. 2007. Predação de ninhos de Trachemys dorbigni (Duméril & Bibron) (Testudines, Emydidae) no extremo sul do Brasil. Revista Brasileira de Zoologia, 24: 1063-1070.

Hubner, S.O.; Pappen, F.G.; Ruas, J.L.; Vargas, G.D.; Fischer, G. & Vidor, T. 2010. Exposure of pampas fox (Pseudalopex gymnocercus) and crab-eating fox (Cerdocyon thous) from the Southern region of Brazil to Canine distemper virus (CDV), Canine parvovirus (CPV) and Canine coronavirus (CCoV). Brazilian Archives of Biology and Technology, 53(3): 593-597.

Jiménez, J.E., Lucherini, M. & Novaro, A.J. 2008. Pseudalopex gymnocercus. In: IUCN 2010. IUCN Red List of Threatened Species. Version 2010.4. www.iucnredlist.org. (Acesso em 17/12/2010).

Lucherini, M.; Pessino, M. & Farias, A.A. 2004. Pampas fox Pseudalopex gymnocercus (G. Fisher, 1814), p. 63-68. In: Sillero-Zubiri, C.; Hoffmann, M. & Macdonald, D.W. (eds.). Canids: foxes, wolves, jackals and dogs. Status survey and conservation action plan. IUCN/SSC Canid Specialist Group. 430p.

Lucherini. M. & Luengos Vidal, E. 2008. Lycalopex gymnocercus. Mammalian Species, 820: 1-9.

Luengos Vidal, E.M. 2003. Estudio comparado de metodologías de captura y de estimación de las poblaciones de zorro pampeano Pseudalopex gymnocercus. Dissertação (Mestrado), Univerisdad Nacional del Sur. 156p.

Marques, A.A.B.; Fontana, C.S.; Velez, E.; Bencke, G.A.; Schneider, M. & Reis, R.E. 2002. Lista de refêrencia da fauna ameaçada de extinção no Rio Grande do Sul. Decreto no 41.672, de 11 de junho de 2002. Publicações Avulsas da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, 11: 1-52.

Márquez, A. & Fariña, R.A. 2003. Dental morphology and diet in canids and procyonids from Uruguay. Mammalia, 67(4): 567-573.

Mikich, S.B. & R.S. Bérnils. 2004. Livro Vermelho da Fauna Ameaçada no Estado do Paraná. http://www.pr.gov.br/iap. (Acesso em 13/02/2012).

MMA (Ministério do Meio Ambiente do Brasil). 2003. Instrução Normativa no3 de 27 de maio de 2003. Diário Oficial da União, Seção 1, no101, 28/05/2003: 88-97.

Redford K.H. & Eisenberg, J.F.. 1992. Mammals of the Neotropics: the southern cone. The University of Chicago Press. 430p.

Rosa, A.O. & Mauhs, J. 2004. Atropelamento de animais silvestres na rodovia RS - 040. Caderno de Pesquisa, Série Biologia, 16(1): 35-42.

Ruas, J.L.; Farias, N.A.R.; Soares, M.P. & Brum, J.G.W. 2003. Babesia sp. in crab-eating fox (Lycalopex gymnocercus) in southern Brazil. Arquivos do Instituto Biológico, São Paulo, 70: 113-114.

Santos, M.F.M.; Pellanda, M.; Tomazzoni, A.C.; Hassenach, H. & Hartz, S.M. 2004. Mamíferos carnívoros e sua relação com a diversidade de hábitats no Parque Nacional dos Aparados da Serra, sul do Brasil. Iheringia, Série Zoologia, 94: 235-245.

Tchaicka, L. 2006. Abordagens filogenéticas, filogeográficas e populacionais em canídeos sul-americanos. Tese (doutorado em Ciências). Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 187p.

178

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

Avaliação do Estado de Conservação dos Carnívoros

Vieira, E.M. & Port, D. 2007. Niche overlap and resource partitioning between two sympatric fox species in southern Brazil. Journal of Zoology, 272(1): 57-63.

Zunino, G.E.; Vaccaro, O.B.; Canevari, M. & Gardner, A.L. 1995. Taxonomy of the genus Lycalopex (Carnivora: Canidae) in Argentina. Proceedings of the Biological Society of Washington, 108: 729–747.

Ficha Técnica

Oficina de Avaliação do Estado de Conservação dos Mamíferos Carnívoros do Brasil. Data de realização: 29 de novembro a 1 de dezembro de 2011. Local: Iperó, SP

Avaliadores: Antonio Rossano Mendes Pontes, Beatriz de Mello Beisiegel, Carlos Benhur Kasper, Caroline Leuchtenberger, Claudia Bueno de Campos, Emiliano Esterci Ramalho, Flávio Henrique Guimarães Rodrigues, Francisco Chen de Araújo Braga, Frederico Gemesio Lemos, Kátia M. P. M. B. Ferraz, Lilian Bonjorne de Almeida, Lívia de Almeida Rodrigues, Mara Marques, Marcos Adriano Tortato, Oldemar Carvalho Junior, Peter Gransden Crawshaw Jr., Renata Leite Pitman, Ricardo Sampaio, Rodrigo Jorge, Rogério Cunha de Paula, Ronaldo Gonçalves Morato, Tadeu Gomes de Oliveira, Vânia Fonseca.

Colaboradores: Elaine Marques Vieira (Bolsista PIBIC/ICMBio – compilação de dados); Lilian Bonjorne de Almeida e Francisco Chen de Araujo Braga (CENAP/ICMBio – elaboração do mapa); Estevão Carino Fernandes de Souza, Roberta Aguiar e Cláudia Cavalcanti Rocha-Campos (facilitação e relatoria da Oficina).

Mapa: Lilian Bonjorne de Almeida e Francisco Chen de Araujo Braga

Foto: