Aos calouros!!!!

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Calourinhos, eu sei que esse texto pode estar ENORME, mas leiam tudo, vai valer a pena!!! Pra quem não me conhece eu fui monitora de JMA em 2013 e vivi durante meus quatro últimos períodos rodeada por fichamentos, citações, provas de IED. Então, nada mais justo do que eu compartilhar um pouco da minha experiência de dois com a cadeira e com o meu grande mestre, porque largar a monitoria não implica largar IED. Bem, primeiramente eu gostaria de dar as boas-vindas a todas e a todos e dizer que vocês têm que aproveitar não somente a casa de Tobias para enriquecer seus conhecimentos, mas, também, para construir uma vida ali dentro, afinal, é a nossa casa. Hoje vocês se apresentam apreensivos, com aqueles olhares encabulados de dúvida e receio, sem saber se o que escolheram pra vida é o certo ou o errado, mas cada um tem um brilho, uma estrela jurídica dentro do coração e é isso que vocês precisam encontrar durante o curso; não somente na cadeira de IED, mas em casa passo dado na famosa FDR, encontrar aquele gostinho pelo Direito. Muitos irão odiar a cadeira de IED, muitos irão amar e outros irão apenas ser indiferentes quanto a ela, mas eu vos digo, não por ter sido monitora da cadeira, mas por amar a matéria, que a cadeira de Introdução é a porta para o mundo jurídico e aquela brechinha que abrirá o coração de vocês mais facilmente ao amor pelo Direito. Bem, e esse primeiro período? Vida amarga de fichas (famigerados fichamentos), provas de economia, aquela vontade de largar os livros e esquecer que citações

Transcript of Aos calouros!!!!

Calourinhos, eu sei que esse texto pode estar ENORME,

mas leiam tudo, vai valer a pena!!! Pra quem não me conhece

eu fui monitora de JMA em 2013 e vivi durante meus quatro

últimos períodos rodeada por fichamentos, citações, provas

de IED. Então, nada mais justo do que eu compartilhar um

pouco da minha experiência de dois com a cadeira e com o

meu grande mestre, porque largar a monitoria não implica

largar IED.

Bem, primeiramente eu gostaria de dar as boas-vindas a

todas e a todos e dizer que vocês têm que aproveitar não

somente a casa de Tobias para enriquecer seus

conhecimentos, mas, também, para construir uma vida ali

dentro, afinal, é a nossa casa. Hoje vocês se apresentam

apreensivos, com aqueles olhares encabulados de dúvida e

receio, sem saber se o que escolheram pra vida é o certo ou

o errado, mas cada um tem um brilho, uma estrela jurídica

dentro do coração e é isso que vocês precisam encontrar

durante o curso; não somente na cadeira de IED, mas em casa

passo dado na famosa FDR, encontrar aquele gostinho pelo

Direito. Muitos irão odiar a cadeira de IED, muitos irão

amar e outros irão apenas ser indiferentes quanto a ela,

mas eu vos digo, não por ter sido monitora da cadeira, mas

por amar a matéria, que a cadeira de Introdução é a porta

para o mundo jurídico e aquela brechinha que abrirá o

coração de vocês mais facilmente ao amor pelo Direito.

Bem, e esse primeiro período? Vida amarga de fichas

(famigerados fichamentos), provas de economia, aquela

vontade de largar os livros e esquecer que citações

existem, mas não se preocupem tudo passa, ah sim, tudo

passa e eu sou prova disso (amém haha). Eu sei que muitos

de vocês devem estar quase arrancando os cabelos com os

benditos fichamentos de Joao Mauricio Adeodato, que devem

estar desorientados sem nem ao menos saber por onde começar

a aventura de entender esses textos muitas vezes vistos

como incompreensíveis, que devem pensar: aiii meu deus, ai

vem meus Is. Mas gente, não acreditem nos boatos que

escutam por ai, IED é sim a cadeira que mais toma o tempo

precioso de vocês, com certeza é a cadeira para a qual

vocês mais vão estudar, mesmo que inconscientemente, mas

não é o monstro do Lago Ness. Eu diria, não por ter sido

monitora da matéria, mas por ter sentido isso no segundo e

no terceiro períodos, que essa é a matéria mais importante

que vocês pagam no primeiro período. Não, não estou de

maneira alguma dizendo que vocês devem esquecer as outras

cadeiras, até porque TGE será MUITO útil para

Constitucional, além de filosofia para IED2 e Hermenêutica

e tantas outras cadeiras, economia para Direito Comercial,

Sociologia para compreender um pouco mais o Direito Penal e

não apenas memorizar os inúmeros artigos que os professores

lerão em sala..., também, ao dizer que vocês não devem

acreditar nos boatos que fazem dos fichamentos a morte, não

digo que é fácil passar em IED ou tirar bons conceitos nos

fichas, não digo que você não precisa ligar pra eles ou não

tocar em livros, mas que não há necessidade de se

estressar, nem de virar noites fazendo os fichamentos (mas

você não será anormal se virar kk) tudo é questão de

organização e comprometimento.

Professores

Introdução ao Estudo do Direito:

João Maurício Adeodato:

Minha avaliação: É um professor de tirar o chapéu, eu

diria que o melhor professor que já tive na FDR até hoje.

Ele apresenta um domínio incrível do conteúdo e não apenas

o domina como o transmite de maneira exemplar, eu diria que

as aulas dele são ouro pra quem quer ter uma boa base para

o nosso belíssimo curso. Infelizmente ele apresenta alguns

pontos negativos, entre eles o fato de que ele, apesar de

não muito, falta as aulas para ir a congressos

internacionais. :/ O ponto que torna essas faltas menos

danosas ao curso é que ele coloca estagiários docentes para

ministrar as aulas no seu lugar, alguns são ótimos (Laila),

mas tudo é questão de sorte. Outro ponto que eu

consideraria negativo, mas que para quem estuda

regularmente, ou seja, pra quem se empenha nos fichamentos

acaba sendo um ponto que conta a favor, é a irregularidade

na pontuação das provas. JMA coloca as notas mais pelos

conceitos dos fichamentos do que pelo o que se encontra

escrito no exercício, uma pessoa que tirou 4 Es, por

exemplo, dificilmente conseguirá tirar menos de 7,0, embora

não seja impossível, assim como uma pessoa que tirou 4 Rs

também não tirará uma nota tão boa mesmo que tenha redigido

de forma exemplar a prova. Por isso que eu digo e ratifico:

SE ESFORCEM NOS FICHAMENTOS!!!! Eles vão ser MUITO

importantes pra vocês. Fora isso, JMA se porta como um

excelente professor, com uma ótima didática, atencioso às

duvidas e sempre disposto a ajudar todos seus alunos,

afinal de contas, JMA ama vocês, os calouros dele.

Avaliação do futuro monitor de vocês (espero haha),

Diego Lima: Excelente professor; passa o conteúdo de

maneira exemplar, contudo possui uma avaliação pesada

embora seja baseada na aula e seja relativamente fácil

passar com nota alta.

Teoria Geral do Estado:

Cláudio César: O considero um ótimo professor, há quem

diga que ele não sabe passar o conteúdo e que a aula dele é

um saco, mas isso é somente intriga da oposição! Sim,

admito que no começo eu viajava na maionese quando CC fazia

suas tão famosas digressões e que não conseguia prestar

atenção em nada e só queria dormir, mas depois, aprendendo

a viajar com ele, a tentar filosofar algo que nem filosofia

parecia, eu comecei a gostar da aula, então o segredo é:

viaje com ele e sempre pergunte algo do assunto quando ele

estiver distante do tópico inicial, não hesitem, levantem a

mão e tirem todas as duvidas, eles irá sempre responde-las,

ate mais do que deveria kkkk CC é um GÊNIO, ele domina

muito o conteúdo que ele ministra, mas vocês precisam ter

paciência para conseguir sobreviver todo período haha não é

difícil, isso eu tenho certeza!!! Um ponto positivo da

cadeira é o monitor dela: Jorge; as aulas dele são

excelentes e ele acaba sendo o professor de TGE de vocês,

explorem a inteligência de Jorge, ele é um gênio mesmo.

Breno: (opinião de Diego Lima)

O professor deixa a desejar, com aulas um tanto quanto

monótonas e que não abarcam de forma razoável o conteúdo. A

avaliação é fácil pra quem lê o livro de Dalari e quem foca

na questão aberta, disponibilizada anteriormente, não tira

menos de 8, sendo 5 páginas a media de paginas suficiente

para nota boa na prova aberta.

Economia:

Carlos Magno:

Cmg coloca medo em QUALQUER PESSOA!!! Eu mesma não

dormia direito pensando na prova de economia kkkkkk exagero

meu? Bem, até que foi, mas um exagero que valeu a pena. Cmg

não é nem de longe um professor que queira ser amigo dos

alunos, ele não vai medir esforços para agradar ninguém,

chegando a ser grosso e muito arrogante. Seu humor matinal

não é pra lá dos melhores e não acredito que ele fique

feliz de ir a noite também não.... masss ele é sim um ótimo

professor, consegue transmitir o conteúdo muito bem, apesar

da sua aula ser copia do livro indicado por ele (I

unidade). O que eu aconselharia: NÃO ACUMULEM ASSUNTO!!!!

Perguntem sempre que tiverem duvidas, porque ficar com

duvidas nessa cadeira se torna uma bola de neve e acredito

que ninguém queira se aventurar a fazer prova de Cmg sem

saber o assunto. Tentem tirar uma nota alta na primeira

prova, que é relativamente fácil, porque na segunda, bem,

brace yourselves...

Filosofia:

Anastácio -> Segundo fontes da M1 2013.1... “ótimo

professor, acabou de fazer um pos-doutorado na Itália sobre

Platão, bem humorado, aulas fluem bem..”

Thiago -> Não sei muito dele, mas sei que ele é bem

instável quanto as notas e que muita gente tirou 5 e 6 na I

unidade; mas ele passou boa parte da turma e a final foi um

trabalho sobre Wittgenstein.

Richard -> (opinião de Diego Lima) A correção da prova

é bem aleatória, ninguém entende a aula e nunca peçam

consulta na prova, porque ele tende a ficar com a mao mais

pesada na correção. Não entrega a prova e ninguém sabe o

que acertou ou o que errou, ele chuta as notas e pronto.

60% da antiga N1 foi pra final, mas todos passaram.

Provas

IED: Como eu já disse, o mais importante não é a prova

em si, mas a prova unida aos conceitos dos fichamentos. Uma

pessoa que consegue conceitos bons passa em IED sem

preocupações. Os conceitos variam entre I e E... I:

insuficiente; R: regular; B:bom; E:excelente. A prova

consiste em 3 questões, das quais duas devem ser

respondidas em uma folha de pautado e eu aconselho que

vocês escrevam todas as paginas porque JMA olha sim o

tamanho da resposta, responda tudo o que sabe e até o que

não sabe. Vocês receberão 3 questões e terão que escolher

2, geralmente uma é totalmente viajada e dá até medo de ler

mas as outras são tranquilas. Então o segredo é: usar todo

tempo e todo espaço ;) Para estudar pra prova têm vários

livros excelentes: Ética e Retórica abarca bem o conteúdo

da primeira avaliação, além do livro de Tercio (Introdução

ao Estudo do Direito) e de Hans Kelsen (Teoria Pura do

Direito)... Miguel Reale tem a parte de norma e acaba sendo

mais simples. Eu estudei pra primeira prova pelo resumão,

que esta na xerox, e pelo resumo de Silvia Lancastre, Ética

e Retorica e Miguel Reale e foi suficiente :D Pra segunda

avaliação o livro de Noberto Bobbio é perfeito!! Correm

boatos na FDR que JMA não lê a 2 prova, mas parece que ele

leu a de muitos da minha turma e leu a prova dos calouros

passados então não arrisquem, melhor estudar, vao por mim.

Eu também fiz um resumo de IED, melhor, dois: um pra

primeira unidade e um pra segunda unidade, espero que vocês

gostem ^^ (estão na Xerox e eu tenho o segundo no word,

posso mandar depois)

Somente uma última coisa que tenho pra alertar vocês.

Cuidado para não focar somente nos fichamentos, eles são

importantíssimos e ninguém passa sem eles, mas já vi

pessoas que tiraram EEEE e 6,5 na prova. Então, fichem bem,

mas não se esqueçam de estudar pra prova; os fichamentos

ajudam, mas não fazem milagre.

Então, retomando e resumindo; a avaliação consiste em

um acompanhamento constante dos alunos, não se restringindo

a uma prova, mas conta para a nota tanto os conceitos dos

fichamentos, corrigidos pelos monitores, quanto as provas

(uma para cada unidade). Desse modo, o aluno apresenta uma

avaliação constante, sendo privilegiado aquele que se

esforça durante todo curso e não apenas “decora o caderno”

na véspera da prova; a cadeira de IED I exige pesquisa,

esforço para além da sala de aula, buscando tornar os

alunos mais críticos e autônomos quanto ao seu estudo e não

bitolados ao que o professor leciona.

TGE: Cláudio César -> as provas estão na xerox,

inclusive coloquei a minha porque ele geralmente mantém as

questões mais recentes, apesar de já na minha prova terem

inúmeras questões repetidas de provas beeeeem antigas. Mas

ter a prova na xerox não é motivo pra não estudar, primeiro

porque é bom aprender neh? Kkk como eu já disse, as aulas

de TGE e os fichamentos serão SUPER uteis para

Constitucional, até porque antigamente Constitucional I era

TGE ;) tirem as próprias conclusões. Well, eu acho que

vocês devem sim estudar todo o assunto ate porque ele muda

as questões de vez em quando; as abertas, por exemplo, não

vieram idênticas na minha prova e as fechadas sofreram

modificações. Não, não é por ter a prova na xerox que todo

mundo se dá bem, vocês PRECISAM estudar, eu vi muita gente

que se confiou na xerox tirando notas razoáveis, mas não

boas, muita gente ficou com notas margeando a media... TGE

é fácil, mas não coloquem essa matéria de lado. A prova é

composta por 20 questoes de V ou F estilo segunda fase HAHA

ou seja.... Erre uma e leve outra errada de brinde, então,

às vezes, é melhor não chutar ;) e duas abertas. Na

primeira prova há 1 ponto “extra” que corresponde às notas

dos fichamentos e a prova vale 9 sendo 4 das questoes de V

ou F. Na segunda a prova vale 8,0 e é somada ao seminário

que vale 2 pontos.

Economia: Carlos Magno -> A prova não é ridícula, mas

não é o monstro. Uma nota boa na primeira prova, que é

sempre mais fácil, vai salvar muitos da final, não teve

ninguém que tirou 10 da minha turma, mas tiveram muitas

notas altas e a maioria não foi pra final, bem... nós nos

ajudamos, vocês sabem como ;) Mas saindo do mundo ilícito,

a primeira “confraternização “de Cmg, apelido carinhoso

dado ao seu exercício, é formada por 10 questões de

múltipla escolha, obviamente cada uma vale... UM :P não

queiram tirar menos de 7 nessa prova ou a vida de vocês

estará indo em direção à final... :// well, a segunda prova

é um pouco mais complicada, diria MUITO MAIS complicada,

tá.. é difícil kkkkk principalmente pelos livros indicados

serem mais chatos e não estarem relacionados com a aula

dele :/ triste!!! Copiem, copiem TUDO!! Eu deixei na Xerox

da FDR, na pasta de economia, a cópia do meu caderno e do

resumo dos capítulos do livro que eu fiz. Muitas pessoas

estudaram somente pelo meu caderno e resumos e foram bem,

mas não garanto NADA ate porque a única coisa que eu fiz

foi copiar o que Cmg falava.

Filosofia: Anastácio -> “Não fez prova com a minha

turma e sim um trabalho (pequeno, ele recomendou no máximo

2 ou 3 páginas). Agora foram menos de 2 meses com ele, não

sei o estilo de prova dele e se ele dá só Platão na cadeira

ou outros filósofos”

Thiago -> Não sei :/

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO I

Como exposto por Dimitri Dimolis, a Teoria Geral do

Direito, sendo denominada na Faculdade de Direito do Recife

como Introdução ao Estudo do Direito, tem por escopo a

análise dos conceitos jurídicos fundamentais que são comuns

aos diferentes sistemas jurídicos ou ramos do direito. É,

pois, por meio dessa disciplina que o horizonte jurídico se

abre aos olhos dos novos alunos do “Curso da Justiça.”

Munindo-se da metáfora realizada por Torquato de

Castro, o curso de Introdução ao Estudo do Direito seria

uma espécie de pantomima, na qual, fazendo aqui uma alusão

ao filme Blow up, há um jogo de tênis sem bola e sem

raquetes, no qual o professor de Introdução e até os

monitores, através das aulas extras e das dúvidas tiradas,

deixam os alunos maravilhados, sem realmente expor o

Direito de fato, o objeto de fato, mas realizando um jogo

sem bola permitido pela retórica.

A cadeira de Introdução ao Estudo do Direito busca,

pois, permitir que os alunos entrem em contato com diversas

questões relativas ao Direito, abarcando, aqui, não somente

as de caráter zetético, mas, também, dogmático, expondo

realmente uma Introdução àquilo que os acompanhará por toda

vida acadêmica e profissional, construindo uma espécie de

enciclopédia acadêmica, construindo conceitos comuns a todo

o Direito. A cadeira de IED I busca abordar os seguintes

temas:

» Primeira Unidade

Conceitos jurídicos fundamentais; normatização da vida

social e teoria da norma; teoria da norma jurídica e o

direito dogmaticamente organizado.

» Segunda Unidade

Teoria do ordenamento jurídico; o Direito como

expressão simbólica: a teoria das fontes do direito; as

fontes estatais do direito: a lei e a jurisprudência.

O curso de IED ministrado pelo mestre e doutor

João Maurício Leitão Adeodato busca trazer uma abordagem

mais zetética dos temas jurídicos de varias searas durante

as aulas, tentando, o professor, através da realização de

fichamentos acerca de temas que, em tese, não seriam

abordados pela cadeira, suprir um déficit da ementa

fornecida ao curso de Introdução. Posto isso, pode-se notar

que tanto assuntos claramente filosóficos quanto de caráter

eminentemente técnico são abordados, expondo alguns

assuntos de outros ramos do Direito de forma leve, como do

Direito Penal, Direito Civil e Direito Constitucional,

expondo uma didática que visa apresentar o Direito ao

alunado e não torna-los meros repetidores de regras e

citações.

Os temidos monitores de IED:

O monitor de Introdução ao Estudo do Direito seria uma

espécie de “orientador” de inicio de curso juntamente com o

professor, é uma espécie de liame entre o professor e o

aluno, mas não como único meio de se conectar o professor,

mas como uma espécie de auxilio tanto ao professor, para

que esse saiba como está o desenvolvimento continuo da

turma, quanto ao aluno, repassando informações importantes

a eles. Pelo fato do monitor ser menos atribulado do que o

professor, este pode esclarecer dúvidas e realizar um

“atendimento acadêmico” mais personalizado, buscando

acompanhar a turma em todos os aspectos relativos à

disciplina. Posto isso, os monitores de IED I possuem uma

função de facilitar o aprendizado dos alunos, indicando

textos complementares, expondo qual a melhor maneira de

proceder em uma pesquisa, elaborando resumos da matéria,

expondo qual a maneira adequada de se redigir um trabalho

cientifico, entre outros.

Pode-se notar que aqueles alunos que procuram os

monitores ao esclarecimento de suas dúvidas e buscam, de

alguma maneira, retificar aqueles aspectos expostos como

não adequados tendem a evoluir de maneira mais notável na

disciplina e a ter uma maior facilidade com esta. Logo, o

monitor é uma espécie de aluno-professor; que busca ensinar

o que tem domínio ao aprender, com o professor, aquilo que

ainda não o tem.

Uma dica: encham o inbox dos monis de vocês haha vocês

vao aprender muito mais perguntando do que tentando

descobrir tudo sozinhos.

Os fichamentos....

Bem, acho que chegou na hora de explicar o que são os

tão famosos fichamentos que tiram noites de sono dos

calouros :)

Os fichamentos da cadeira de Introdução ao Estudo do Direito

não são iguais àqueles definidos nos livros de metodologia,

apresentando características próprias, mas se aproxima mais

de uma resenha crítica, contudo com um pouco mais de

pesquisa, uma pesquisa para além do texto. O fichamento

busca forçar o aluno a estudar, a pesquisar e a aprender um

pouco mais do que o óbvio, é, mais ou menos, um resumo no

qual há a presença de comentários de relevância e criticas

ao pensamento externado no texto base (texto a ser

fichado), buscando tornar os alunos críticos frente ao

Direito e não meros receptores e reprodutores de

informação. Por isso, não é possível ver um fichamento como

uma coletânea de citações; não é suficiente ler muito e

expor o que leu, mas expor um entendimento daquilo que

escreve, logo, o fichamento não é um “mini TCC,” mas um

trabalho que procura uma criticidade acima do comum,

forçando a pesquisa de temas correlatos e não uma

reprodução de citações ou criação de teses brilhantes.

Desse modo, o texto base seria um ponto de referência, do

qual vocês irão elaborar toda uma defesa de um ponto de

vista de forma critica, concordando ou discordando com o

texto indicado.

Nessa cadeira vocês terão que fazer “alguns”

trabalhinhos já tradicionais, chamados fichamentos. Quem

corrige os fichamentos são os famigerados monitores de IED.

O fichamento NÃO é um “fichamento”, como se encontra

definido nos livros de metodologia, esqueçam isso. O

“nosso” fichamento é uma prática que se consolidou com o

tempo e ganhou características próprias, poderia ter

qualquer nome, mas é chamado de fichamento. Para aqueles

acostumados com as terminologias metodológicas, assemelha-

se mais, talvez, a uma resenha crítica; para a grande

maioria que não ouviu falar de uma coisa nem outra, um

fichamento é basicamente um resumo ao qual você acrescenta

comentários, criticando ou reiterando a opinião do autor.

Claro que toda nova informação que você incluir no texto

deve ser devidamente referenciada, a não ser que seja

realmente uma ideia sua. Para enriquecer o fichamento é

muito bom que você leia alguns textos sobre o mesmo assunto

e exponha com suas palavras a opinião de vários autores

sobre o tema do texto base, o que vai mostrar ao monitor

que você leu muita coisa antes de escrever, leu e soube

associar informações.

Um fichamento não é uma coleção de citações, não basta

ler muito e copiar o que leu, é preciso demonstrar

entendimento do texto base e da sua pesquisa. Existem duas

formas de citar, uma é diretamente que é quando você

simplesmente “copia e cola” as palavras de uma autor,

escreve da mesma forma que está escrito e entre aspas. Esse

tipo de citação é interessante quando você achar que as

palavras do autor são irretocáveis, ou contém algum

artificio literário, são poéticas, formam uma metáfora, uma

aliteração, etc. Elas não podem ser a regra, pois seu texto

vai parecer uma colcha de retalhos e você não vai

demonstrar muita compreensão do que se diz, por isso é

interessante que após, ou antes, de uma citação direta

tenha algum comentário que a ligue com o resto do texto.

(Não encha, POR FAVOR, o texto com citações diretas

enormes, nós estamos avaliando vocês e não Kelsen, ou

Reale, ou Luhmann..., então mostrem que entenderam!!). A

citação indireta é quando você introduz uma informação de

algum autor com as suas palavras, esse tipo de citação

demonstra sua capacidade de entendimento de outros autores,

mas mesmo assim, como é uma informação nova deve vir

devidamente referenciada.

As únicas informações no texto que NÃO PRECISAM (E NÃO

DEVEM SER REFERENCIADAS) de referencia são as concernentes

ao texto base e as suas próprias inferências, por exemplo,

se você achar que o autor do texto-base foi ambíguo em

algum momento e quiser explicitar essa ambiguidade no

texto, tal ideia é puramente sua, e não é necessário se

auto referenciar; afinal, supõe-se que tudo que está

escrito no fichamento, e não está referenciado vem da sua

cabeça, da sua interpretação do texto-base. Toda informação

não referenciada que constar na obra de outro autor pode

ser considerada plágio e ser punida; plágio configura I

automático, não importa se foi plagio de 1 linha ou de 15

páginas e acreditem, os monitores acham; eu já achei plagio

conceitual, o famoso “vamos mudar as palavras mas manter a

ideia,” então, cuidado.

Ao final da correção, o monitor dará uma “nota” a cada

fichamento, correspondente a um dos quatro conceitos:

Excelente, Bom, Regular e Insuficiente. Em geral, um

fichamento que consiga resumir bem o texto-base e

acrescenta informações interessantes demonstrando

compreensão do autor recebe B ou R, dependendo do mérito do

autor; E’s e I’s são situações excepcionais quando alguém

supera a “média” ou fica muito abaixo dela. É comum que a

“dificuldade” da correção aumente a cada novo fichamento,

acompanhando o “nível” da turma. Não existe um padrão

fixado de fichamento “Bom”, as notas sempre serão dadas

levando-se em conta a qualidade média da turma, não

esperamos que um aluno de primeiro período escreva teses

geniais, muito menos que em seu primeiro texto você já

domine toda a técnica de pesquisa e escrita. Caso não

concorde com alguma correção, ao fim de cada unidade você

pode “apelar” para João Mauricio, basta explicitar numa

nota em sua prova qual fichamento você quer que ele

recorrija e ele poderá mudar a nossa avaliação. Cada

fichamento terá, por convenção, um número máximo de quinze

páginas.

O domínio da “técnica” de fichar é primordial para o

decorrer de seu curso, então se esforce para aprendê-la

logo, para isso pode encher o saco dos seus monitores

pedindo orientação, aprendam com cada erro e questionem

seus monitores sobre o que está errado e como melhorar no

próximo fichamento, de modo que vocês evoluam a cada texto

escrito.

Agora, vamos entender alguns padrões básicos

utilizados nesses fichamentos, em geral o padrão formal do

texto é aquele das normas da ABNT, vou mostrar alguns

detalhes em especial às citações; antes de mais nada, peço

que leiam o ponto 6 desse texto de João Mauricio Adeodato:

http://www.planejamentotributario.ufc.br/

artigo_Bases_Metodologia_Pesquisa_em_Direito.pdf

O texto fala basicamente de tudo que precisam saber,

vou apenas acrescentar alguns detalhes técnicos. Bem, vocês

viram que podem citar de duas maneiras, eu prefiro o

“sistema completo” (e os monitores tendem a so aceitar essa

forma, perguntem a eles), que eu vou explicar aqui:

No sistema completo, após cada informação você coloca

a referencia inteira numa nota de rodapé, vejamos o

exemplo:

É importante destacar a diferença entre direito anglo-

saxão e Common Law, termos que são frequentemente

confundidos, este é gênero sendo aquele espécie, o direito

Inglês é uma parte do sistema do Common Law, com suas

devidas particularidades.1

Ora, o texto acima é uma citação indireta de um autor

chamado René David, observem que ao final da informação

existe um número “1” sobrescrito, e no rodapé existe uma

nota correspondente a esse número indicando a obra da qual

foi retirada a informação, explicitando na ordem: o nome do

autor (o último nome na frente em letras maiúsculas “,” e o

resto do nome na ordem normal; o nome René David tornou-se

1 DAVID, René. Os Grande Sistemas do Direito Contemporâneo. Trad.Hermínio A. Carvalho. 4ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2002, p. 358

DAVID, René; o nome Albus Percival Ulfric Brian Dumbledore

tornar-se-ia DUMBLEDORE, Albus Percival Ulfric Brian),

depois o título da obra em negrito, depois a nota de

tradução, em seguida a edição da obra, a cidade a editora,

o ano de publicação e a página.

(NÃO UTILIZAR O FORMATO DE REFERÊNCIA NO QUAL A

REFERÊNCIA VEM ENTRE PARÊNTESES – USE NOTAS DE RODAPÉ.)

Mostrarei agora como fazer isso no Word, pelo menos na

versão que tenho.

1. Deixe o marcador de escrita onde você quer

colocar o número sobreescrito

2. Aperte em “Referencias”

3. Clique em “Inserir nota de rodapé”

4. Automaticamente surgirá um número

sobrescrito que corresponderá à ordem de aparição de

citações no seu texto, e também um espaço correspondente no

rodapé, onde você deverá escrever a referencia.

Quanto a outros padrões, sugiro que siga o desse

texto, eu o envio em formato do Word para que observem

esses detalhes. Escrevi em Times New Roman 12, justificado,

com espaçamento automático entre parágrafos e de 1.5 entre

linhas o parágrafo eu deixei em 1,25 cm. No rodapé escrevi

com a mesma fonte mas com tamanho 10, sem parágrafo,

justificada e com espaçamento 0 entre parágrafos e simples

entre linhas. No caso de citação direta que supere 4 linhas

coloque deslocada em 4 cm, sem parágrafo e com fonte de

tamanho 10, por exemplo:

A Câmara dos lordes veio a admitir o caráter

vinculativo de suas decisões em 1861 em BeamishvsBeamish,

mas ganhou força em 1898 com London Street Tamways vs.

London CountyCouncil, quando o tribunal considerou devido

zelar pela segurança jurídica, como vê-se nas palavras do

LordChancellor, o LordHalsbury2:

I am of the opinion… that a decision of this House

once given upon a point of law is conclusive upon

this House afterwards, and that it is impossible to

raise that question again as if it was res integra

and could be reargued, and so the House be asked to

reverse its own decision. That is a principle which

has been, I believe, without any real decision to

the contrary, established now for some centuries,and I am therefore of opinion that in this case it

is not competent for us to rehear and for counsel

to reargue a question which has been recently

decided.(…)

Observe que minha citação direta do LordHalsburyera

superior a 4 linhas, então tive que deslocar a citação e

diminuir sua fonte. Observe também que como a citação

direta foi deslocada e teve sua fonte diminuída, não

precisei colocar aspas ou colocar em itálico. 2 HALSBURY, Hardinge Stanley Giffard .ApudWASSESTROM, Richard A..Thejudicial decision: toward a theory of legal justification. London:Oxford University Press, 1961, p. 82.

Bem, acho que já disse o básico. Não pretendo com esse

texto ter falado tudo o que se pode falar sobre

fichamentos, ademais leiam mesmo o ponto 6 do texto de João

Mauricio que eu falei acima, se possível leiam o texto

todo. Qualquer coisa, os monitores tem por dever estar a

sua disposição e sanar suas dúvidas com relação a isso,

então não hesitem em perguntar.

Uma parte do texto que fala dos fichamentos foi feito

pelo meu quase- monitor Vitor Galvão Fraga, como me ajudou

muito não podia deixar de compartilhar com vocês.

Modelo de Capa

Há um modelo básico de capa, que é o seguinte:

Deve ser I ao invés de 1º

Sumário e Bibliografia

O sumário e a bibliografia são obrigatórios. No caso

da bibliografia, não obstante vocês tenham citado os

autores ao longo do texto, é preciso fazer um apanhado dos

autores e obras que vocês utilizaram- o esquema é o mesmo

das notas de rodapé, mas não é preciso pôr a página. O

sumário deve anteceder o texto do fichamento, enquanto a

bibliografia deve vir no final do texto.

Obs: A subdivisão do fichamento em tópicos não é

obrigatória, mas é altamente indicada- até como uma forma

de tornar o texto mais organizado. Vocês não precisam

subdividir os tópicos da mesma forma que o autor (embora

seja preferível :D) e podem, inclusive, escolher dispor o

assunto de forma diversa, desde que os temas contemplados

ao longo do texto sejam os mesmos.

Obs2: a capa e a contracapa não devem vir no sumário.

Lembrem-se de colocar a pagina de inicio das Referências

Bibliográficas.

Fonte

A fonte a ser utilizada ao longo dos textos dos fichamentos

é arial ou times new roman 12. No caso das notas de rodapé

e das citações diretas, a fonte permanece a mesma, apenas o

tamanho muda (fonte tamanho 10).

Margens

As margens devem ser as seguintes:

Margem superior - 3 cm.

Margem inferior – 2 cm.

Margem direita – 2 cm.

Margem esquerda – 3 cm.

Notas de rodapé

Um dos objetivos do fichamento é que vocês tragam

ao texto novos autores, daí a necessidade de citações. O

modelo que deve ser utilizado na nota de rodapé é:

REALE, Miguel. Lições preliminares de Direito. São Paulo:

Saraiva, 2002, p. 35.

ou

FERRAZ JÚNIOR, Tércio Sampaio. Introdução ao Estudo do

Direito. 2ª Ed. P. 355. Editora Atlas.

Se vocês por acaso pegaram a citação não de um

livro, mas de um site, a indicação fica como a seguir:

CARVALHO, Paulo de Barros. Competência Tributária:

Fundamentos para uma teoria da nulidade. Disponível em:

http://www.editoranoeses.com.br/index.php?

option=com_content&view=article&id=125&Itemid=74. Acesso

dia 26 de abril de 2010.

A fonte permanece sendo arial ou times, desde que

em tamanho 10.

As citações podem ser diretas (com mais de três

linhas, o que torna obrigatório a abertura de um novo

parágrafo, a mudança no tamanho da fonte- de 12 para 10-, e

a utilização de aspas.) ou indiretas (com menos de três

linhas, vocês só precisam indicar as informações indicadas

no esquema das notas de rodapé).

Caso ao longo do texto vocês façam várias citações

de um determinado livro de algum autor, é desnecessário

ficar repetindo o nome da obra diversas vezes. Logo, a

citação deve ficar assim:

REALE, Miguel. Op cit. P. 42.

Por outro lado, se vocês fizerem citações

subsequentes de um mesmo autor, não é preciso colocar de

novo toda a indicação na nota de rodapé. Deve ficar assim:

¹ REALE, Miguel. Lições preliminares de Direito. São Paulo:Saraiva, 2002, p. 35. ² Idem, ibidem. P. 37.³ Idem, ibidem. P. 40.

Há também os casos em que vocês vão pegar citações

de um determinado autor através de outro autor. Quando isso

ocorrer, é obrigatória a indicação de ambos os autores

(primeiro o autor da citação, depois o autor que o citou)

no seguinte formato:

CHISTENSEN, Ralph. Teoria estruturante do direito. Apud:

MÜLLER, Friedrich. O novo paradigma do direito: introdução

à teoria e metódica estruturantes do direito. São Paulo:

Editora Revista dos Tribunais, 2007, p. 243.

Encadernação

A encadernação é obrigatória !!!

Algumas ultimas dicas quanto a prova, acho que o ponto

que vocês mais se preocupam (vou copiar um post antigo que

fiz para os meus ex-calouros):

“A prova de JMA é segunda e eu vim aqui dar umas dicas,que podem vir a ajudar vocês. Bem, a prova consiste em três

questões das quais duas deverão ser respondidas em 1 folha de

pautado; eu aconselho que vocês usem “todo tempo e todo espaço,”

como bem diz o nosso mestre, JM. Eu notei que tem muita gente

surtando com a prova de JMA, bem, isso é normal, eu quase

arranquei todos meus cabelos quando vi uma questão "do kindle."

Então, eu queria dar umas dicas pra tentar acalmar vocês:

1- procurem elaborar alguns esqueminhas de resposta, assim comoa prova de monitoria, a prova de JMA é "previsível". Um esquemado que você falaria se caísse dogmática, um caso caísse adicotomia direito subjetivoxobjetivo, uma pra norma jurídicafocando nos critérios que a diferenciam, um focando nadiferenciação NormaxMoral...coisas mais gerais que possam serutilizadas em qualquer tipo de questão

2- feitos os modelos, na hora da prova, vocês podem começar comuma introdução mais geral do tema da pergunta, ex. Expor oaspecto histórico quando for falar de dogmática; falar dasoutras dicotomias antes de expor a que foi questionada na prova.

3- depois de introduzir o tema de maneira mais geral, respondama questão, preferencialmente no "meio" da resposta e depoisconcluam com um pouco mais de enrolação (enrolação útil, pfvr)kkkk

4- escrevam as 4 laudas, usem "todo tempo e todo o espaço"

5- procurem memorizar alguns conceitos chaves de alguns juristasrenomados: o que seria norma juridica pra Kelsen, o que seriaDogmática pra Tercio..nao precisa MEMORIZAR a citacaoliteralmente, mas saber de quem foi a idéia.

6- quando colocarem o nome de alguém "importante" realcem onome, HAHA isso ajuda

7- busquem escrever de maneira clara e formal

8- antes de começar a responder a questão escolham aquelas 2perguntas que te deixarem mais confortável não somente praresponder, mas pra “enrolar” kkk

Passado isso, eu vou falar o que caiu na minha prova

-Uma questão falava pra diferenciar a moral e o direito

-a outra pedia para explanar qual o significado da"inegabilidade dos pontos de partida" e da "proibição do nonliquet"

- teve uma que ele colocou um artigo da constituição, se n meengano o 5º e pediu pra expor o que seria o direito objetivo esubjetivo do sujeito conectando com as teorias de tal dicotomia(do interesse,da vontade, eclética, monista)

- e outra que perguntava, claro q tudo de forma bem maisformulada, a diferença de legalidade e legitimidade

Isso é o que eu lembro, mas nao deixem de estudar:

Direito subjetivoxobjetivo

Direito positivoxnatural

Norma juridica, os criterios que a diferencia dos outrossistemas

Dogmática juridica

Claro que vocês tem que estudar TUDO, mas isso ai de cima nãopode faltar :)) no mais, peguem ética e retórica de JMA, tercio(cap2) e outros pra quem quiser aprofundar norma, Reale pra quemquiser entender norma pq ele é bem facil e o resumao: NAO DEIXEMDE LER O RESUMAO! Nao precisa ler tudo em todos os livros,escolham um livro para cada tópico> dogmática é melhor por jma,o resto perguntem pros outros monis pq so dogmática é minhapraia kkkk estudei norma por titio Reale!

Esquema de divisão dos assuntos (fiz pra um calouro da M1 doslivros que ele tinha, pode ser útil):

- Conceitos Jurídicos Fundamentais -> Ética e Retórica (cap. 11,cap. 5, cap. 9)

- Dicotomias -> Introdução ao Estudo do Direito/ Tércio (Cap. 4– 4.2.4; 4.2.5; 4.2.6)

- Norma -> Reale/ Liçoes Preliminares (cap.4, cap. 5, cap.7,cap.9) e Tércio (cap. 4.1 e 4.2.1/4.2.2)

Dogmática -> Ética e Retórica (cap. 7, cap. 8, cap. 9) e Tércio(cap. 2)

Qualquer duvida perguntem :D. Bem, espero ter ajudado e acalmadovocês!

PS1: segue minha prova digitada pra vocês ^^

PS2: vou mandar vários arquivos, sim, sou exagerada kkkkkk

PS3: beijinhoooosss e boa sorte ^^

PS4: mto caro, tem n XD.”

Minha prova da I Unidade digitada ->

2) Exponha, focando nos postulados dogmáticos do

direito, a acepção que se tem pela “inegabilidade dos

pontos de partida” e pela “proibição do non liquet”

O direito dogmático como visto hoje, como sendo uma

forma sistemática de estudar o direito baseando-se em

normas jurídicas válidas, isto é, dogmas, não ocorreu

durante toda a história do Direito.

Nos primórdios da civilização o direito não se

diferenciava dos outros subsistemas sociais. Havia uma fase

de indiferenciação, na qual o conteúdo visto como ilícito

era, também, considerado imoral. Foi com Sófocles, na sua

obra Antígona, que o Direito assistiu a uma primeira ideia

de separação entre o que seria o direito posto e o que

seriam preceitos religiosos. “A César o que é de César e a

Deus o que é de Deus”. Tal passagem da Bíblia expõe que o

Direito estava sim, paulatinamente, se dissociando da

religião. Foi o que se notou em Roma com o direito

prudencial romano, visto também, como a jurisprudência

romana, na qual a religião não ditaria a norma, mas haveria

uma abstração do fato concreto sendo a decisão não a

divina, mas a mais prudente segundo certos critérios

lógicos. Segundo Tércio Sampaio, os primórdios da dogmática

podem ser encontrados de certa maneira, na Idade Média,

período o qual teve a dominação da Igreja sobre todos os

patamares normativos. Foi nessa época que ocorreu a

didatização do Direito e que surgiu o conceito tão

utilizado de dogmática jurídica atual: o dogma. Os dogmas

religiosos eram tomados como incontestáveis, eles seriam a

base para qualquer fundamentação, tendo a vontade de Deus

que ser seguida à risca. Com o advento da reforma

protestante, Thomasius e Pufendorf buscaram discernir

definitivamente o direito dos outros subsistemas através do

critério da exterioridade e interioridade. O Direito

estaria, pois, preocupado com o fórum externo, com a

externização das condutas humanas, não mais levando em

consideração a consciência ou crenças do indivíduo. Tais

critérios, utilizados como um entre os critérios

distintivos da norma jurídica, foram fundamentais para

separar o direito da moral, por exemplo.

Com isso em mente que surgiu a dogmática jurídica que

pode ser compreendida como um estudo sistematizado das

normas jurídicas, operando-as segundo certos princípios

para aplicá-las num caso concreto. A dogmática tem por

critério de existência o monopólio do direito pelo Estado,

a supremacia das fontes estatais sobre as demais fontes,

sendo tal princípio recorrente à pirâmide de Adolf Merkel,

na qual as normas estatais estariam no topo e como ultima

característica: a autonomia do direito em relação às outras

ordens normativas, isso é, a dogmática preza a autopoiese,

a autoreferenciação do direito. A dogmática é um sistema

fechado a influencias externas, só considerando como fonte

de seus estudos os próprios dogmas, isto é, só considerando

válidos os argumentos que tomam por ponto de partida uma

fonte válida e pertinente do sistema. Tais pontos de

partida seriam inegáveis, sendo isso o atestado pela

“inegabilidade dos pontos de partida”. Eles não podem ser

criticados pelo jurista, só podendo ser postos em dúvida

por outras normas ou por não corresponder aos critérios

formais-ritual de elaboração, emitido por autoridade

competente – ou aos materiais – seu conteúdo encontrar-se

válido , isto é, respeitar a norma máxima de um ordenamento

jurídico válido. Caso tais normas sejam válidas, é, pois,

impossível para a dogmática jurídica as negar.

Não se pode, todavia, confundir a dogmática com o

legalismo, no qual o sistema seria hermeticamente fechado.

A dogmática não responde a uma autopoiese extremista, mas,

se aceito pelo sistema dogmático como válidos pode haver

uma influência externa, como encontrado, por exemplo na

etapa de argumentação da dogmática que não se restringe ao

logos mas abarca o ethos e o pathos. A autopoiese seria um

controle homeostático entre a alopoiese extrema e a

autopoiese extrema. Como expôs Luhmann, o sistema dogmático

seria uma célula, seu núcleo seria formado pelas normas

válidas e inegáveis, tidas como dogmas, mas não seria um

sistema totalmente fechado; apresentaria um acoplamento

estrutural que serviria mais como uma membrana seletiva que

selecionaria, de acordo com o determinado pelos dogmas, o

que poderia influir no sistema dogmático ou não. Destarte

pode-se notar que o sistema dogmático não é mero aplicador

de dogmas, de normas válidas, mas apresenta etapas para uma

construção do pensamento dogmático que permite ao jurista

ser mais que mera “bouche de la Loi.” Primeiramente haveria

a escolha de fontes do direito, fontes essas que deveriam

ser válidas dentro de um ordenamento jurídico positivo.

Tais fontes seriam interpretadas em relação ao caso

concreto, mas nunca negadas, postas em dúvida pelo jurista,

a partir da interpretação haveria a argumentação expondo

tal interpretação feita por diversos critérios (logos,

pathos, ethos), todos os quais embasados nos preceitos

aceitos pela dogmática. Após isso haveria a decisão sobre

as interpretações que deveria obrigatoriamente ocorrer,

haja vista ser o non liquet (dizer “não sei”) proibido e

por ultimo haveria a fundamentação da decisão.

Note-se que o dogma jurídico não era totalmente

fechado aos “outros mundos” como era o religioso, mas que

não poderiam de maneira alguma ser negados como válidos e

pertinentes ao fato.

3) Com base no artigo 5 º da constituição federal

exponha a dicotomia existente entre o direito subjetivo e

objetivo, bem como as fases de seu desenvolvimento.

Art. 5º. - Todos são iguais perante a lei, sem

distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos

brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a

inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à

igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos

seguintes.

- XV - é livre a locomoção no território nacional em

tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei,

nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;

O artigo 5º da Constituição Federal expõe o que se

conhece pela relação entre direito objetivo e direito

subjetivo. Tal artigo, sendo um direito objetivo,

relacionado a um direito posto, vigente, resguarda o

direito subjetivo, a faculdade do indivíduo de “locomover”,

não admitindo que tal faculdade seja desrespeitada.

O direito objetivo é o direito vigente, o direito

posto, o que estabelece os deveres jurídicos. Dado por uma

fonte do direito o indivíduo X deverá se comportar de uma

maneira y para que não sofra uma sanção w, tal princípio

expõe a coercitividade da norma jurídica, pela qual o

indivíduo tem que agir de determinada maneira, sobre pena

de que, caso não se porte de tal forma, uma violência

legítima e irresistível paire sobre ele. Tal indivíduo será

um “delinquente potencial”, tendo o dever jurídico, isto é,

implantado pela lei, de agir segundo uma forma prescrita

anteriormente para que não sofra as consequências de tal

ato.

O direito objetivo se relaciona com as normas agendi

Romana, expondo como alguém deve se portar segundo o

exposto na lei, no ordenamento jurídico. O direito

subjetivo seria a faculdade de agir, a possibilidade de

agir segundo tal maneira, seria o facultas agendi Romano,

que é legitimado pela normas agendis, pelo direito

objetivo.

A primeira ocorrência de uma relação entre o direito

objetivo e o subjetivo remonta aos contratualistas. Thomas

Hobbes expunha o direito objetivo como superior, dizendo

que os direitos do homem foram garantidos pelo Estado, pelo

ordenamento. Por outro lado, Jean Jacques Rousseau expunha

que o homem tinha direitos somente por ser humano, sendo o

direito subjetivo superior ao objetivo. Tais teses que

iriam causar o debate contemporâneo tão conhecido:

Juspositivistas X jusnaturalistas. Para os primeiros o

direito posto era a parte que deveria ser suprema, o

direito posto existiria de fato, o natural podendo

relacioná-lo subjetivo não existiria sem esse primeiro. Os

jusnaturalistas, todavia, viram nas leis naturais, “direito

subjetivo” uma prevalência sobre o positivo. Voltando a

dicotomia direito objetivo X subjetivo, vale salientar

algumas teorias de supremacia de um com relação ao outro

para fechar tal discussão

A primeira teoria foi elaborada por Savingny e

Windscheid e recebe o nome de teoria da vontade, para ela a

vontade seria o critério para a existência do direito

subjetivo, sendo o direito objetivo o responsável por

legitimar tal vontade, vontade essa sendo a vontade

individual de cada um. Tal critério apresenta falhas,

primeiramente pela dificuldade em mensurar tal vontade e

depois pelo fato do direito subjetivo não desaparecer nem

quando não há vontade, há a negação da vontade e o

desconhecimento de algo, por exemplo: Imagine um recém-

nascido que apesar de não ter vontade, tem direito

subjetivo, ou um parente de um milionário falecido que

embora não reconheça ou tenha vontade de adquirir tal

herança, ainda tenha direito subjetivo sobre ela. Isso

mostra tal teoria como falha. Jhering buscou consertar tal

teoria estabelecendo a teoria do interesse que levaria em

consideração a vontade de um ser ideal como o interesse de

todos, o direito subjetivo seria o interesse que cada

indivíduo teria se perguntado. Tal teoria que expõe o

direito objetivo como legitimador do interesse é ainda

falha, haja vista ser o interesse muito genérico e haver,

por exemplo, direito objetivo que não tenha relação com a

legitimação de interesses e direito subjetivo que persiste

mesmo com a negação do interesse. A terceira teoria, a

Eclética de Jellinek, expunha o direito subjetivo sendo a

legitimação do interesse levando em consideração a vontade

individual. Tal teoria uniria a parte negativa das duas

primeiras, herdando seus percalços. A teoria mais aceita é

a Monista de Hans Kelsen, na qual ele estabelece uma

ligação inextirpável entre o direito objetivo e o subjetivo

na qual o objetivo salvaguardaria o subjetivo de tal forma

que ao expor a norma jurídica como prescrição, estaria

expondo o direito subjetivo, tais direitos seriam, pois

coincidentes. Embora expostos tais critérios, vale

salientar que tal dicotomia ainda é discutida nos dias de

hoje.

Enfim, podem encher seus monitores e podem se sentir

livres pra me perguntar tudo também, estarei aberta pra

ajudar o máximo possível :D Nós, veteranos, estamos aqui

pra ajudar EM TUDO, então podem contar comigo, seja por

inbox, seja depois da aula, seja durante o turno da manhã,

podem se sentir livres pra me chamar e perguntar todas as

duvidas, eu terei o maior prazer de ajudá-los. Ah e não

precisam ter medo dos monitores, eles já foram alunos, já

ficharam e passaram por tudo isso e serão apenas justos ao

avaliar vocês.

Boa sorte, lindinhxs!!!