21 JULHO 2007 esp.pmd - Jornal Nippak

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ANO 10 – Nº 2329 / 2122 SÃO PAULO, 21 A 27 DE JULHO DE 2007 R$ 2,00 Remodelado, Festival do Japão já inicia ações para comemorações do Centenário www.jornalnippak.com.br MARCELO VITTORINO Exposição de junco é atração no Vale do Ribeira ————–—––––———–—––––——–———– | pág 3 O Sebrae-SP (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empre- sas de São Paulo) e a Aciar (Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Registro) realizam até hoje (21), em Regis- tro, exposição de novos produtos desenvolvidos a partir desta matéria-prima trazida ao Brasil há mais de 70 anos. A idéia dos organizadores é dar visibilidade a produção de junco e home- nagear a comunidade nipo-brasileira O maior evento relacionado à cultura japonesa no Brasil, o Festival do Japão, promete levar toda a riqueza da cultura japonesa neste fim de semana, em São Paulo. Em sua 10ª edição, a festa promete revigorar no formato e bater recor- de de público. Neste ano, são esperados nada menos que 150 mil pessoas em três dias de festa, nos dias 20, 21 e 22 de julho. Isso para os mais pessimistas. Para os otimistas, o público esperado é de nada menos do que 200 mil pessoas. No local, o Centro de Exposições Imigrantes, haverá um verdadeiro mix de atrações, desde as tradicionais apresen- tações culturais como música, até exposições de arte e cali- grafia japonesa. Como este ano antecede o Centenário, a organização prepara-se também para estudar o formato evento em 2008. ————–—–––—————–—–—– | págs. 10, 11 e 12 Os Jogos Pan-Americanos do Rio 2007 já terminaram para algumas modalidades. Motivo de alegrias para uns e tristezas para outros. Misto dos dois sentimentos viveu a nadadora Poliana Okimoto, que con- quistou a primeira medalha brasileira nos Jogos. Uma pra- ta que teve um gostinho de ouro. No beisebol, a Seleção bem que tentou, mas não con- seguiu passar da primeira fase. Na natação, Lucas Salatta bri- lhou no revezamento 4x200m livre e nos 200m costas. Já Mariana Ohata não levou a medalha para casa, mas foi a brasileira melhor colocada no triatlo. No badminton, a dupla Guilherme Pardo e Guilherme Kumasaka conquistou uma inédita medalha de bronze. —————— | págs. 4 e 5 Junji Abe faz balanço positivo de viagem oficial ao Japão ————–—––––———–—––––——–———– | pág 3 O prefeito de Mogi das Cruzes, Junji Abe, defendeu a impor- tância de se firmar novos acordos de cidades-irmãs com mu- nicípios japoneses, destacou a tecnologia avançada de inci- neração de lixo existente naquele país e comentou a situação vivida pelos dekasseguis. Junji fez um balanço positivo da vi- agem oficial ao Japão e frisou que ela poderá render bons frutos para Mogi. Atletas nikkeis brilham nos Jogos Pan-Americanos JORNAL NIPPAK No pior acidente aéreo do Brasil, 8 nikkeis estão entre os mortos do acidente com o Airbus da TAM, ocorrido na úl- tima terça-feira (17). Com 180 passageiros, a aeronave se chocou contra um galpão da própria empresa aérea, viti- mando não só os passageiros, como também grande os fun- cionários do prédio. Dentre as vítimas fatais, 8 nikkeis figu- ————–—–––————–—–—–––———————–—–––—————––—–—–––—––––——— | pág. 6 ram na lista: Akio Iwasaki, Ciro Numada, Enrico Shiohara, Heurico Tomita, Mirtes Suda, Ricardo Tazoe, Rogério Sato e Vanda Ueda. Emocionados, parentes e amigos demons- traram tristeza e indignação. “Até quando veremos pessoas morrendo e as autoridades não tomando nenhuma atitude?”, questiona Dulce Suda, cunhada de uma das vítimas. JORNAL NIPPAK Tragédia aérea: 8 nikkeis mortos Tragédia aérea: 8 nikkeis mortos Mesmo com o Pan, violência do Rio assusta nikkeis ————–—––––———–—––––——–———– | pág 3 Independente da segurança proporcionada pelos Jogos Pan- Americanos, com a presença maior de policias nas ruas, mo- radores nikkeis do Rio de Janeiro não deixam de transparecer que andam inseguros com as ruas cariocas. Para eles, o ritmo acelerado das grandes metrópoles contribui para o aumento da violência. “Sinto-me segura até certo ponto. O problema de assalto e balas perdidas acontece em grande cidades. Não é só no Rio de Janeiro. Não deixo de fazer minhas coisas por causa disso”, afirma a nikkei Megumi Kubota, moradora do bairro de Duque de Caxias mas que trabalha em uma das avenidas mais movimentadas do centro.

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ANO 10 – Nº 2329 / 2122 – SÃO PAULO, 21 A 27 DE JULHO DE 2007 – R$ 2 ,00

Remodelado, Festival do Japão já iniciaações para comemorações do Centenário

www.jornalnippak.com.br

MARCELO VITTORINO

Exposição de junco é atraçãono Vale do Ribeira

————–—––––———–—––––——–———– | pág 3

O Sebrae-SP (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empre-sas de São Paulo) e a Aciar (Associação Comercial, Industriale Agropecuária de Registro) realizam até hoje (21), em Regis-tro, exposição de novos produtos desenvolvidos a partir destamatéria-prima trazida ao Brasil há mais de 70 anos. A idéia dosorganizadores é dar visibilidade a produção de junco e home-nagear a comunidade nipo-brasileira

O maior evento relacionado à cultura japonesa no Brasil, oFestival do Japão, promete levar toda a riqueza da culturajaponesa neste fim de semana, em São Paulo. Em sua 10ªedição, a festa promete revigorar no formato e bater recor-de de público. Neste ano, são esperados nada menos que150 mil pessoas em três dias de festa, nos dias 20, 21 e 22de julho. Isso para os mais pessimistas. Para os otimistas, opúblico esperado é de nada menos do que 200 mil pessoas.No local, o Centro de Exposições Imigrantes, haverá umverdadeiro mix de atrações, desde as tradicionais apresen-tações culturais como música, até exposições de arte e cali-grafia japonesa. Como este ano antecede o Centenário, aorganização prepara-se também para estudar o formatoevento em 2008.

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Os Jogos Pan-Americanos doRio 2007 já terminaram paraalgumas modalidades. Motivode alegrias para uns e tristezaspara outros. Misto dos doissentimentos viveu a nadadoraPoliana Okimoto, que con-quistou a primeira medalhabrasileira nos Jogos. Uma pra-ta que teve um gostinho deouro. No beisebol, a Seleçãobem que tentou, mas não con-seguiu passar da primeira fase.Na natação, Lucas Salatta bri-lhou no revezamento 4x200mlivre e nos 200m costas. JáMariana Ohata não levou amedalha para casa, mas foi abrasileira melhor colocada notriatlo. No badminton, a duplaGuilherme Pardo e GuilhermeKumasaka conquistou umainédita medalha de bronze.

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Junji Abe faz balanço positivode viagem oficial ao Japão

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O prefeito de Mogi das Cruzes, Junji Abe, defendeu a impor-tância de se firmar novos acordos de cidades-irmãs com mu-nicípios japoneses, destacou a tecnologia avançada de inci-neração de lixo existente naquele país e comentou a situaçãovivida pelos dekasseguis. Junji fez um balanço positivo da vi-agem oficial ao Japão e frisou que ela poderá render bonsfrutos para Mogi.

Atletas nikkeis brilham nos Jogos Pan-AmericanosJORNAL NIPPAK

No pior acidente aéreo do Brasil, 8 nikkeis estão entre osmortos do acidente com o Airbus da TAM, ocorrido na úl-tima terça-feira (17). Com 180 passageiros, a aeronave sechocou contra um galpão da própria empresa aérea, viti-mando não só os passageiros, como também grande os fun-cionários do prédio. Dentre as vítimas fatais, 8 nikkeis figu-————–—–––————–—–—–––———————–—–––—————––—–—–––—––––——— | pág. 6

ram na lista: Akio Iwasaki, Ciro Numada, Enrico Shiohara,Heurico Tomita, Mirtes Suda, Ricardo Tazoe, Rogério Satoe Vanda Ueda. Emocionados, parentes e amigos demons-traram tristeza e indignação. “Até quando veremos pessoasmorrendo e as autoridades não tomando nenhuma atitude?”,questiona Dulce Suda, cunhada de uma das vítimas.

JORNAL NIPPAK

Tragédia aérea:8 nikkeis mortosTragédia aérea:

8 nikkeis mortos

Mesmo com o Pan, violênciado Rio assusta nikkeis

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Independente da segurança proporcionada pelos Jogos Pan-Americanos, com a presença maior de policias nas ruas, mo-radores nikkeis do Rio de Janeiro não deixam de transparecerque andam inseguros com as ruas cariocas. Para eles, o ritmoacelerado das grandes metrópoles contribui para o aumentoda violência. “Sinto-me segura até certo ponto. O problemade assalto e balas perdidas acontece em grande cidades. Nãoé só no Rio de Janeiro. Não deixo de fazer minhas coisas porcausa disso”, afirma a nikkei Megumi Kubota, moradora dobairro de Duque de Caxias mas que trabalha em uma dasavenidas mais movimentadas do centro.

2 JORNAL NIPPAK São Paulo, 21 de julho de 2007

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Mariana Arimori fica na torcida Detalhe do pingente de Kumasaka Maurício, do vôlei, conferiu a partida Oscar era um dos mais notados Yumi Sawasato, do grupo de árbritos

O mascote dos Jogos Pan-americanos 2007, Cauê Casada há dois meses com Guilherme Kumasaka, Patrícia (dir)... ... ganha um abraço do medalhista nikkei, herói do badminton

O pai de Mariana, Milton Ohata, abraça a filha após a prova de triatlo Guilherme Pardo e Guilherme Kumasaka recebem instruções

Uns são contra porque acham que o País deveria investir maisem outras áreas. Outros defendem a realização dos Jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro porque a competição pode renderdividendos. Mas quando “a bola rola”, não dá para torcer contra.Nesta edição, o Jornal Nippak faz um balanço da participaçãodos nikkeis na primeira semana dos Jogos. Confira as imagens:

MARCUS IIZUKA

Tanabata Matsuri – Foto da vista geral da praça da Liberdade sem a torre de ventilação dometrô. Por lá ocorreu também o 29º Tanabata Matsuri, evento que foi um sucesso e que contoucom a ajuda do tempo. O público aproveitou para fazer os tradicionais pedidos.

Yosakoi Soran – De olho no Concurso deYosakoi Soran, grupos estão dando firme nostreinos, caso da escola Heisei. Por lá, os alu-nos ensaiam todos os dias na Academia Runnerde Santana. Segundo a direção, a pedidos dospróprios integrantes, o grupo foi formado na úl-tima hora, com 42 membros, na faixa etária de11 a 42 anos, sob orientação da coreógrafa AyaOhara. O concurso Yosakoi Soran será no dia19 de julho. Info: www.yosakoisoran.org.br.

• O advogado Teiichi Haga, 91 anos, um dospersonagens de “Liberdade” tem uma histó-ria interessante. Passou a infância na rua con-de de Sarzedas, nasceu no nº 46, estudou nonº 48 na escola Taishô e jogou muito beisebole bocha na rua, suas duas paixões. No SãoFrancisco, fez amizade com o Kenro Shimo-

Ooops!moto, Teichi Suzuki, Yukishigue Tamura,Kiyoshi Shimomoto e Ulisses Guimarães.(fonte: site cultura japonesa)

• 3º Arraial da Ajuda, 21 de julho, na APCD(rua Voluntários da Pátria, 499 – Santana).Organização: voluntários Arita SIlva. Tel: 11/6950-2628 ou www.projetoabraco.com.br.

Os Caminhos da “Liberdade” – Dia 12, aconteceu na Fundação Japão a premiere da curtametragem “Liberdade”. Com a lotação máxima, o público ficou sensibilizado com a história dospersonagens. O filme faz parte do projeto “História dos Bairros”, das Secretarias de Cultura eEducação da Prefeitura de São Paulo, realizado pela primeira vez em 2006, com objetivo dedocumentar a história dos bairros da cidade.

José Roberto Sadek (Secretário Adjunto da Sec. da Cultura)

Ao final da apresentação do filme, Teiichi Haga,com a voz firme e impostada, fez um pequeno dis-curso. Depois dos aplausos, cantou uma músicaitaliana e um samba

Jô Takahashi (diretor cultural daFundação Japão)

Mauricio Osaki e Miriam Ou (diretores do filme)

CENAS DOS JOGOS-AMERICANOS (POR LUCIANA KULBA, ENVIADA ESPECIAL AO RIO)

São Paulo, 21de julho de 2007 JORNAL NIPPAK 3

CIDADES/RIO DE JANEIRO

Mesmo com o Pan, nikkeis doRio de Janeiro temem violência

Pela contagem japonesa,em que sempre é acrescen-tada mais uma unidade ao sis-tema ocidental, a imigração jácompleta o centenário. É oque se depreende ao ler oideograma relativo aos 99:hakuju. Haku: 100 e ju con-gratulações.

Recentemente esteve emSão Paulo, vindo do Japão, opatriarca do Honpa Hong-wanji celebrando missa emhomenagem ao centenário.Ele não estava antecipando oevento, não. Também em ce-lebração aos 100 anos, a ci-

ARTIGO

O Centenário é este anodade de Jonam Machi, na pro-víncia de Kumamoto, Japão,estará inaugurando o busto doconterrâneo e Pai da Imigra-ção, Shuhei Uetsuka, no dia 11de outubro. A associação doKumamoto está organizandocaravana para comparecer aoevento. De Promissão, deve-rá seguir o patriarca da Famí-lia Yasunaga, Tadakuni, 86anos, talvez o único sobrevi-vente que conviveu comUetsuka e ainda mora no lo-cal onde foi a Colônia Itacolo-my, fundada por Uetsuka.

(Shigueyuki Yoshikuni)

Exército nas ruas, assas-sinatos, balas perdidas eocupação de morros.

Para quem está fora do Rio deJaneiro, essa é a sensação quese tem da cidade quando se vêos noticiários. Para muitos, acidade está completamente in-segura, à mercê dos bandidos.Porém, essa é a confirmaçãoapenas de quem olha de longea situação, segundo algunsnikkeis moradores da capital.

Para eles, o fato de conhe-cer os lugares perigosos e sa-ber onde não se deve freqüen-tar após as 20 horas torna avida “mais segura”. Com aocupação de dezenas de poli-ciais nas principais avenidascariocas devido aos Jogos Pan-Americanos, a sensação é deque “a cidade está mais segu-ra do que nunca”.

“Vivo no Rio há mais de 30anos e só fui assaltada umaúnica vez, na década de 70.Depois disso, nunca sofri qual-quer tipo de violência. O que amídia retrata são apenas locaisisolados. Tanto é que aqui[apontando para av. FranklinRoosevelt, uma das principaisdo centro] não acontecem ca-sos de balas perdidas. Só al-gumas vezes que vemos gru-pos de rapazes que tentam as-saltar”, afirma MegumiKubota ao Jornal Nippak.

Moradora do bairro de Du-que de Caxias – que há algunsera uma das regiões mais vio-lentas da cidade – a nikkei ex-plica ainda que nem sabe ondefica o já conhecido Complexodo Alemão, local na qual as tro-pas de elite da polícia realiza-ram diversas operações paraprender traficantes. Para ela,o problema da violência aco-mete não só o estado, mas to-das as grandes metrópoles.“Sinto-me segura até certoponto. O problema de assaltoe balas perdidas acontece emgrande cidades. Não é só noRio de Janeiro. Não deixo defazer minhas coisas por causadisso. Às vezes bate uma in-segurança, mas nada fora donormal”, define.

Insegurança - Diferentemen-te de Megumi, o tradutor e au-xiliar administrativo Ricardo

contato direto com essa situa-ção. Agora, é diferente, porexemplo, das gangues de jovensque espancam as pessoas nasruas. Além de roubar, aindaagridem. Isso é o mais apavo-rante para mim. Agora com oPan, a situação está um poucomais controlada”, desabafa.

Por conta da experiênciapessoal traumática e da atualsituação de insegurança – porparte dele – nas ruas, uma mu-dança de ares já está planeja-da. Matsumoto escolheu SãoPaulo para levar a vida que, emsua visão, será mais tranqüila.“Mas já vou avisar que nãovou para a capital, que tambémé meio parecido com o Rio.Vou para uma cidade litorâneaque alguns familiares moram,pois lá já me asseguraram queé tranqüilo. Quero sair daquido Rio, mais pelo trauma quesofri do que da violência pro-priamente de hoje. Tomara queminha vida ganhe um outrorumo”, diz ele para logo emseguida se despedir da repor-tagem. Não sem antes verifi-car (por duas vezes) a carteirano bolso interno do paletó e secertificar de que os R$ 5,00 paraos garotos de rua estejam emum dos bolsos da calça.

(Rodrigo Meikaru)

Morros cariocas: o que se vê na mídia, segundo moradores nikkeis, são casos isolados

FOTOS: DIVULGAÇÃO E JORNAL NIPPAK

Avenida Franklin Roosevelt deve ser evitada após 20 horas

Matsumoto teme sair de casapara qualquer compromisso.Sempre com o dinheiro conta-do na carteira – inclusive comos “trocados” para os meninosde rua – o nikkei admite termedo de percorrer ruas cario-cas. Próximo ao AeroportoSantos Dumont então, “nemchego perto”.

“É terrível como um assal-to muda toda a sua vida. Sofricom uma quadrilha que inva-diu meu carro no ano passadoe levou todos os meus perten-ces. Um notebook que haviaacabado de comprar e um cris-tal que havia trazido dos Esta-dos Unidos para minha espo-sa. Fora que, no final, me de-

ram coronhadas gritando queeu era vagabundo”, relembraele. Hoje, já não anda mais decarro e vai ao psicólogo umavez por semana para tentaramenizar o trauma do fatídico5 de agosto de 2006.

Sobre a atual onda de vio-lência retratada pelos meios decomunicação, Matsumoto diznão acompanhar para não re-lembrar sempre do assalto so-frido. Contudo, faz uma afirma-ção categórica: o que mais opreocupa não são os morros,mas sim o dia-a-dia das ruas.

“Você vê tudo isso e diz: masé só lá nos morros. Nós, quemoramos no centro ou em bair-ros mais afastados, não temos

CIDADES/REGISTRO

Exposição de junco resgata força da tradição japonesaPara dar visibilidade a pro-

dução de junco e homenage-ar a comunidade nipo-brasilei-ra, além de mostrar o poten-cial do Vale do Ribeira emgerar riqueza e desenvolvi-mento, o Sebrae-SP (Serviçode Apoio às Micro e Peque-nas Empresas de São Paulo)e a Aciar (Associação Co-mercial, Industrial e Agrope-cuária de Registro) realizasomente até hoje (21), noComplexo ArquitetônicoKKKK, em Registro, exposi-ção de novos produtos desen-volvidos a partir desta maté-ria-prima trazida ao Brasil hámais de 70 anos.

Cinco pequenos empresá-rios, produtores da fibra ori-ginária do Japão e dos artigos,apresentam 40 novos objetos,de decoração, presentes,moda praia, artigos para a prá-tica de ioga e objetos pesso-ais criados a partir da incor-poração de técnicas de designe tecnologia, além de tatamis,esteiras e chinelos, confecci-onados há mais de 40 anos emRegistro.

“Acreditamos que a expo-sição irá resgatar a auto-es-tima dos produtores, já queeles são os únicos a trabalharo junco, da Patagônia aoAlasca. Além disso, aposta-mos no estímulo e dinamiza-

ção do mercado, fazendo oscolonos acreditarem em seupotencial”, afirmou PauloSergio Franzosi, coordenadorda área de design do Sebrae-SP.

Durante o evento, a cidadereceberá a visita de cerca de400 participantes da 14ª Con-venção Pan Americana Nikkeie a 48ª Convenção de Nikkeise Japoneses Residentes noExterior, vindos de 25 paísesdos cinco continentes, que vi-sitarão a exposição.

História – Entre os colonosque aportaram em Registro,um deles chegou em 1933,trazendo na bagagem umapequena muda de junco, tra-dição da agricultura do Japão.Shigeru Yoshimura se mudoucom a família para a cidadebuscando semelhança comsua terra natal no que se re-fere ao clima: verão quentee úmido e presença de vár-zeas, esperando com isso le-var adiante a tradição agrí-cola.

Yoshimura plantou o juncocuidou dele por três anos, atéque começasse a brotar. Quan-do conseguiu boa quantidadede produção, o imigrante dis-tribuiu mudas aos colonos daregião, para a multiplicação dotrabalho.

Desde então, e ao longodesses mais de 70 anos, o jun-co vem sendo cultivado noVale do Ribeira e, por muitosanos, os produtos derivadosdele eram valorizados e trazi-am prosperidade aos produto-res.

Entretanto, a abertura demercado no início dos anos 90trouxe forte concorrência àprodução, acarretando umdeclínio da atividade, e mui-tas famílias desistiram dosjuncais.

Em julho de 2005, apósacompanhar por anos essecenário e utilizando a metodo-logia de trabalho do ProjetoEmpreender, o Sebrae-SP, pormeio de seu Escritório Regio-nal Vale do Ribeira, e a Asso-ciação Comercial de Registrose reuniram com as famíliasque ainda produziam o junco econseguiram estimular o traba-lho associado e revitalizar aatividade.

Design e cultura – O Valedo Ribeira é o único produtorde junco das Américas, comprodução de 50 toneladas dafibra seca por ano. Para darvisibilidade e competitividadeà produção foi necessário ino-var a tecnologia e o design dosprodutos, com auxílio e con-sultoria do Centro São Paulo

Design.A partir de uma oficina de

aperfeiçoamento tecnológicoministrada pela designerFabíola Bergamo, criou-se osmais de 40 novos artigos, di-versificando a produção, an-teriormente atrelada somen-te às esteiras e chinelos, eabrindo mercados. Atualmen-te são confeccionados arti-gos como bolsas, mochilas,pastas, almofadas, tapetes,sandálias, chapéus, viseiras,jogos americanos, caixas,cestos, almofadas e pufes,além de esteiras de tatame,caneladas, com travesseiros,bolsos, dobráveis e para aprática de ioga.

A EXPOSIÇÃO PROSSEGUE ABERTA AO

PÚBLICO, COM VENDA DOS PRODUTOS, HOJE

(21), DAS 14 ÀS 22H.

CIDADES/MOGI DAS CRUZES

Junji faz balanço positivo deviagem oficial ao Japão

PMMC

O prefeito de Mogi das Cru-zes, Junji Abe, defendeu a im-portância de se firmar novosacordos de cidades-irmãs communicípios japoneses, destacoua tecnologia avançada de inci-neração de lixo existente na-quele país e comentou a situa-ção vivida pelos dekasseguisdurante entrevista coletivaconcedida no último dia 16.Junji fez um balanço positivoda viagem oficial ao Japão efrisou os vários pontos positi-vos que ela poderá trazer aMogi, tanto a curto como amédio e longo prazos.

“Nós sabemos que os japo-neses são cautelosos e costu-mam fazer muitos estudos an-tes de firmar qualquer tipo deacordo. Mesmo assim, nossavisita ao Japão foi muito provei-tosa, pois tratamos de assuntosque poderão trazer vários bene-fícios para Mogi. Um deles foitratado com o presidente daNGK, Norio Kato, que falousobre a disposição da empresade ampliar sua produção, o que,quando ocorrer, será muito im-portante não apenas para osmogianos como também para oBrasil”, comentou Junji.

O prefeito também desta-cou a aproximação feita comas cidades de Hamamatsu eToyohashi. A primeira contacom cerca de 35 mil dekasse-guis brasileiros, enquanto asegunda tem 20 mil trabalha-dores. Por causa disso, os doismunicípios acabam desenvol-vendo uma proximidade natu-ral com o Brasil. Além disso,

Junji também esteve em Sekie Toyama, que já são cidades-irmãs de Mogi. “Recebi do pre-feito de Toyama, MasashiMori, o título de cidadão da-quele município, o que muitome emocionou”, acrescentou.

Lixo – O processo de incine-ração do lixo foi outro tema quemereceu a atenção do prefei-to mogiano. Junji lembrou queNagoya, que possui 3 milhõesde habitantes, conta com usi-nas de incineração de lixo. Tra-ta-se de um processo ecologi-camente correto e moderno,mas que possui um custo ele-vado para instalação. Além dis-so, a queima do lixo gera ener-gia e dá origem à cinza, que éutilizada na fabricação de ci-mento e blocos, por exemplo.

Antes de se chegar a umprocesso avançado de destina-ção do lixo como este, porém,é necessário que a coleta se-letiva esteja implantada e empleno funcionamento. Nestesentido, Junji destacou queMogi está no caminho certo.“Nós já estamos fazendo aconscientização da populaçãosobre a importância da coletaseletiva para, posteriormente,ocorrer a implantação usina dereciclagem. Além disso, nossoobjetivo é também contar comuma usina de compostagem”,comentou, acrescentando queestes passos serão vitais paraum eventual processo de inci-neração do lixo, que deveriaser conduzido com o apoio deautoridades federais.

Na visita ao Japão, o prefeito Junji Abe conheceu algumas escolas

4 JORNAL NIPPAK São Paulo, 21 de julho de 2007

w w w . p r o d u t o s o r i e n t a i s . c o m . b r

BADMINTON 1

Após medalha inédita, duplaquer patrocínio para Mundial

Adupla GuilhermeKumasaka e Guilher-me Pardo realizou um

feito inédito para o badmintonbrasileiro: trazer uma medalhaem Jogos Pan-americanos. Aovencerem a Guatemala no úl-timo dia 16 por 2 a 1, elesconquitaram mais que o título,mas a visibilidade para o es-porte. “Eles deram entrevistaaté às 10 horas da noite portelefone. Nunca tivemos isso”,comenta o chefe da delegação,Gilberto Delamain Pupo No-gueira.

Além de divulgar a modali-dade e trazer mais praticantes,outro desejo é conseguir maisverbas, como o patrocínio parao campeonato mundial, a serrealizado na Malásia, em agos-to. A parte da dupla está feita.O passaporte, a vaga, já estágarantido. “Acho que teremosmais apoio com essa vitória.Espero conseguir uma forçapara ir disputar o mundial”, tor-ce Kumasaka. Os Jogos Olím-picos de Pequim, em 2008, nãodeixam de ser cogitados, masantes de buscar ajuda financei-ra é preciso que sejam defini-dos os critérios de classificação.

O técino, Luiz de França,também sinalizou a importânciada captação de recursos, tantode incentivos governamentais,

como da iniciativa privada, ealém do mérito da dupla, divi-diu a vitória com os demais jo-gadores da seleção. “Essa pri-meira vitória é de todo o públi-co e também do Paulo (Scala)e do Lucas (Araújo) que aju-daram muito. São todos heróise merecem essa vitória”.

Mochila de bronze – Kuma-saka e Pardo jogam juntos háseis anos. Fora das quadras, adupla divide outras semelhan-ças, entre elas a ansiedade.Dois dias antes da entrega demedalha o campineiro já tinhaa roupa que iria usar na oca-sião separada e pendurada naVila Pan-americana. Já o nik-kei, não dormia há três dias eesperava pela vitória desdeSanto Domingo. “Parece quetirei uma mochila das costasque pesava uns 200 quilos”.

E no que depender da von-tade de Kumasaka (29 anos),depois da marca histórica, no-vas medalhas virão em Pan-americanos. “Espero que a re-novação no badminton seja boa,mas não vou dar minha vaga,não”. Segundo o chefe da de-legação, existem cerca de 6 milpraticantes de badminton noBrasil.(Luciana Kulba, enviadaespecial ao Rio de Janeiro)

Eliminada dos Jogos Pan-americanos após perder nasmodalidades dupla femininapara os Estados Unidos e indi-vidual para a canadenseCharmaine Reid, MarianaArimori não deixou de compa-recer um dia ao pavilhão dosjogos. Com o uniforme da se-leção brasileira, a nikkei trocoua quadra pelas cadeiras nume-radas e reforçou a torcida aosamigos da delegação.

A estréia foi o mais fácilpossível. No momento de suaestréia, a adversária foi elimi-nada porque Cuba havia ins-

crito uma atleta a mais que opermitido. O dia seguinte, po-rém, não foi de sorte. Maria-na, ao lado da parceira FabianaSilva, perdeu de manhã paraas americanas Jamie Subhandie Kuei Ya Chen por 2 a 0 (8/21 e 9/21) e no início da noitefoi derrotada por uma das fa-voritas ao título por 2 a 0, numjogo difícil, com parcias de 3/21 e 15/21.

“Nunca joquei nesse ritmo.No Brasil não se joga com essapotência, mas saí satisfeita”,explica Mariana, em referên-cia as jogadas fortes e no final

da quadra da adversária.No último jogo, além do

nervosismo, a nikei teve de di-vidir a torcida com o amigoGuilherme Pardo, que jogavana quadra ao lado contra oamericano Eric Go. Mas ha-via um torcedor especial, onamorado e também atleta daseleção Paulo Scala, que du-rante os intervalos tambémfazia o papel de técnico e gri-tava algumas sugestões.”Eleentende do jogo e também co-nhece o meu jogo. Ele tem aju-dado muito, fica sempre domeu lado”. (LK)

BADMINTON 2

Mariana Arimori sofre com potência doCanadá e troca quadras pela torcida

Mariana Arimori não deu sorte

JORNAL NIPPAK

O atirador Stênio Yamamo-to não teve o mesmo desem-penho de Santo Domingo(2003) nestes Jogos Pan-ame-ricanos e passou longe de su-bir ao pódio. Na modalidadepistola livre 50m, o nikkei con-seguiu classificação para a fi-nal, mas acabou a disputa coma oitava colocação. Na ediçãoanterior do Jogos, o atleta qua-

TIRO ESPORTIVO

Stênio Yamamoto não traz medalha e tem desempenhoinferior aos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo

se trouxe o bronze ao termi-nar a prova em 4° lugar.

No dia seguinte, no últimodia 17, Yamamoto – que liderao ranking brasileiro na modali-dade - deu adeus aos Jogos aonão conseguir a pontuação paradisputar a final da prova de pis-tola de ar 10m. O norte-ameri-cano Jason Turner ficou com oouro, o brasileiro Almeida Julio

conquistou a prata e ThomasRose, também dos EstadosUnidos, levou o bronze.

Os Estados Unidos são opaís com mais tradição no es-porte na história dos Jogos. As203 medalhas de ouro conquis-tadas pelos americanos repre-sentam mais que o dobro dototal recebido pelas demaisconfederações. Desde o início

dos Jogos, a seleção norte-americana subiu ao pódio 367vezes. Em seguida vem Cuba,com 119 medalhas, e Argenti-na, com 88.

O Pan-americano no Riode Janeiro serviu de classifi-catória para os Jogos Olímpi-cos de Pequim. Garantiram avaga os vencedores de cadamodalidade. (LK)

TRIATLO

“Sinto por ter decepcionado atorcida”, lamenta Mariana Ohata

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Luciana Hira-ma, que foi cam-peã paulista emsua pimeira com-petição, terminouem quinto lugar nafinal de ciclismoBMX realizada nodomingo, dia 15. Aatleta concluiu opercurso com trêsminutos de dife-rença em relação aargentina Gabriela Diaz, cam-peã na competição.

Antes mesmo dos jogosPan-americanos terem come-çado, o técnico Paulo Peresjá havia adiantado que as atle-tas americanas e argentinasseriam as principais adver-sárias da equipe feminina deciclismo. Os Estados Unidosnão subiram ao pódio na ca-tegoria BMX. No lugar, apaulista Ana Flávia Sgobinconquistou a medalha de pra-ta e o bronze ficou com a ci-clista Kimmy Diquez, da Ve-

n e z u e l a .Tricampeã brasileira

Luciana, de 20 anos, que con-cilia o bicicross com a facul-dade de engenharia de alimen-tos, ingressou no esporte porinfluência do irmão mais velho.“Eu o acompanhava nas com-petições e me apaixonei pelobicicross. Há sete anos, come-cei e não parei mais. É muitolegal estar aqui e conviver commeus ídolos e cruzar com atle-tas conhecidos na Vila Pan-Americana. É uma mistura defelicidade e ansiedade”. (LK)

CICLISMO

“É legal cruzar com atletas naVila”, diz Luciana Hirama

Hirama (esq): “Ansiedade e felicidade”

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Mariana Ohata ficou em sexto na prova de triatlo

A triatleta Mariana Ohatalistou sete metas para seremalcançadas este ano. Entreelas, o pódio nos Jogos Pan-americanos e a vaga para osJogos Olímpicos em Pequim,que será realizado em 2008. Noúltimo dia 15, quando a Praiade Copacabana foi palco paraa prova de triatlo, a nikkei viuum de seus objetivos seremdistanciados por três posições.

Mariana terminou a dispu-ta em sexto lugar, tendo com-pletado 1.500 metros de nata-ção, 40 quilômetros de ciclis-mo e 10 quilômetros de corri-da em 2 horas e 51 segundos,pouco mais de três minutos dediferença em relação a cam-peã, a norte-americana JulieErtel.

Os pedais da triatleta che-garam a alcançar 38km/h, masa velocidade não foi bastantepara superar o trabalho emequipe realizado pelos EstadosUnidos, que tiveram três atle-tas na liderança em boa parteda competição. “Já esperáva-mos por isso, mas achei quefosse conseguir anular essetrabalho em equipe delas. Anatação foi decisiva para asamericanas”, avalia.

Mariana não escondeu adecepção por não levar paracasa nenuma das três meda-lhas. Chorou, procurou conso-lo nos braços de familiares eamigos, mas também soubevalorizar seu esforço. “Traba-lho muito duro para conseguirboas colocações e estoufrustada porque queria essamedalha, não posso negar. Masvou dormir tranqüila porque fiz

minha parte. Pedalei forte, na-dei forte e corri forte. Treinopara ser campeã e sinto por terdecepcionado a torcida”.

Espírito Campeão – Mal aprova tinha terminado e Mari-ana já pensava em Pequim.Vigésima quinta colocada noranking mundial, a triatleta quermanter a posição para estar nabriga por outra medalha. “Ago-ra tem o campeonato mundiale também vou buscar a meda-lha olímpica”, afirma confian-te.

Enquanto havia quem bus-casse culpados pela atleta nãoter feito os três melhores tem-pos, a nikkei fazia uma análisesimples e assumiu que não ti-nha nadado bem. Ela tambémdescartou o fato da tempera-tura de 29°C e o sol forte quebrilhava no Rio de Janeiro porvolta do meio-dia ter atrapa-lhado o desempenho. “Com oclima não teve problema al-gum. Isso é Brasil e já estouacostumada”, rebateu.

Mancando, a atleta recla-mou das dores que sentia pelocorpo, mas disse que era nor-mal ficar acabada nos finaisdas provas. Tempo para recu-peração? Menos de 24 horas.“Amanhã já estarei treinandode novo”.

Mariana não levou paracasa a medalha, mas ganhouum presente muito especial daatleta Fernanda Keller, que lhedeu uma cópia do documentá-rio “Espítido Campeão” com adedicação: “Mari, tenho muitoorgulho de vocë. Beijos daamiga Fernanda Keller”. (LK)

Há dois meses, Patrí-cia disse “sim” e mudouo status de namoradapara esposa de Guilher-me Kumasaka. O casa-mento aconteceu nasvésperas dos Jogos Pan-americanos, quando ostreinos foram intensifica-dos e a agenda do atletaestava repleta de via-gens. A lua-de-mel aindanão foi realizada e só nodia da primeira partida donikkei no Rio de Janeiroé que os dois se encon-traram depois que ele tro-

Recém-casada e sem lua-de-mel, Patrícia acompanha GuilhermeKumasaka no segundo Pan-Americano

cou a moradia em Campinas(SP) pela Vila Pan-americana.

Este foi o primeirocampeonado de Kumaska quePatrícia assistiu após o casa-mento. E pelo jeito ela deu sorteao marido. A dupla venceu por2 a 0 Virgil Soeroredjo eMitchel Wongsodikromo, doSuriname e por 2 a 1 a duplada Guatemala.

E mesmo depois de oitoanos acompanhando as dispu-tas de Kumasaka, Patrícia dizque ainda não aprendeu a con-trolar o nervosismo. “Fico ner-vosa, não tem como. Fico as-

sim em toda disputa”, contaa esposa, que também este-ve no Pan-americano de San-to Domingo.

Os pais do atleta tambémforam ao Rio de Janeiro paraacompanhar de perto o de-sempenho do filho. Além defamiliares, amigos engrossa-vam a torcida e tentavam in-centivar a dupla nas palmas ecom batidas sincronizadas depés. “Dedico essa medalhapara as pessoas que vieram delonge para torcer por nós”,declara o parceiro do nikkei,Guilherme Pardo. (LK)Patrícia sempre acompanha o marido

JORNAL NIPPAK

Guilherme Kumasaka, que conseguiu feito inédito no Pan

JORNAL NIPPAK

São Paulo, 21de julho de 2007 JORNAL NIPPAK 5

BEISEBOL

Presidente da CBBS pededesculpas aos torcedores

HISTÓRIA

Iosuke Shibuya: último nikkeique participou do primeiro Pan

17 anos. Essa era a idadede Iosuke Shibuya quando par-ticipou do primeiro Jogos Pan-Americanos da história, em1951. Realizado em BuenosAires, na Argentina, o campe-onato foi um dos pontos altosda carreira do nikkei, apesarde a equipe brasileira de bei-sebol ter conseguido apenas apenúltima colocação. Ao con-trário da maioria dos colegas,o então mais novo jogador daseleção não se intimidou coma situação ao substituir o titu-lar da posição. “Só queria sa-ber de jogar, não estava pen-sando na importância da com-petição.”

Numa época em que a co-munidade japonesa não era tãointegrada à sociedade do Paíscomo hoje, Shibuya afirma que“jogar pelo time nacional foiuma emoção e um orgulho”.“Sou filho caçula e o único quenasceu no Brasil, mas torçopara o Japão ganhar dos paí-ses em outros campeonatosmundiais. Sinto isso devido aosangue.” A convivência com acultura japonesa em Bastostambém foi responsável paraalimentar esse sentimento epela própria aproximação como beisebol.

Desde cedo, gostava de jo-gar o esporte com outras cri-anças. As condições não eramnada favoráveis: a quadra eracarpida pelas próprias crian-ças; os tacos eram feitos compedaços de madeira usadosnos fogões à lenha; as bolaseram meias velhas preenchi-das com panos velhos, substi-tuídos, depois, por bolas de tê-nis arrumadas nas quadras emque Shibuya trabalhava com oirmão “riscando as linhas”; asluvas eram feitas de “panocom enchimento”; e os bonéseram confeccionados pelamãe.

A aptidão do nikkei para oesporte foi rapidamenteidentificada. Observado pelotécnico da cidade, chegou àseleção de Bastos, que ofere-cia melhores chances de de-senvolver as habilidades dosjovens talentos. Ficou conhe-cido como o “quebrador de te-lhas” da igreja atrás do campoonde treinava, graças às for-tes tacadas que jogavam asbolas fora do alcance dos de-

fensores dos times adversári-os. Recebeu propostas parajogar em equipes de outras ci-dades, mas recusou todas por-que conhecia “pessoas que ti-nham se perdido” por conta dabebida e das noitadas.

Quando chegou à seleção,já tinha largado a escola paraarrumar um emprego. Come-çou como balconista de umarmazém, enquanto praticavao beisebol com seus parceirosantes do expediente e nos trei-namentos oficiais realizados nodomingo, em período integral.Apesar da paixão pelo espor-te que mantém até hoje, resol-veu se dedicar à formaçãocomo fotógrafo após a partici-pação no Pan Americano.

“Não tinha condições finan-ceiras. Vim de uma famíliahumilde, e tinha que cuidar daminha vida, aprender uma pro-fissão”, explica. Mas “não dei-xaram” ele parar. Mesmo mu-dando para o Paraná e depoispara São Paulo, ele sempre erarequisitado pelas equipes lo-cais. Assim, sempre conciliouo esporte com a profissão.

Atualmente, Shibuya fazparte do time Giants e praticaa atividade duas vezes por se-mana “para manter a formafísica”. Porém, ainda partici-pa de competições na catego-ria acima de 70 anos, apesarde uma cirurgia recente que ofez diminuir o ritmo dos trei-nos. Aposentado, ele afirmaque o beisebol foi responsáveltambém pela sua formaçãopessoal, tendo auxiliado na pro-fissão e até em um novo ta-lento descoberto: o karaokê.“Consigo enfrentar a platéia eos adversários quando cantopor causa da experiência ad-quirida no esporte”.

Dono de recordes expres-sivos no passado, o nikkei com-plementa que dedicou sua vidaao esporte e que, colhe os fru-tos dessa postura nos dias atu-ais também. “O beisebol influ-encia na maneira de viver, nadedicação, na garra que pode-mos ter. Eu não gostava deestudar, mas fui bem-sucedi-do na profissão graças a ele.Sinto que está faltando algu-ma coisa para mim se não es-tiver num campo de beisebolnos finais-de-semana.”

(Gílson Yoshioka)

Iosuke Shibuya: “Não pensava na importância da competição”

JORNAL NIPPAK

TÊNIS DE MESA

Nossas chances reaisde medalhas

MARCOS YAMADA

Tsuboi acredita ter 80% de chances de conquistar medalhas

POR MARCOS YAMADA

O tênis de mesa, que temseu início previsto para o dia22 de julho no ComplexoRiocentro, parte em busca desua 10ª medalha de ouro numadas quatro provas em dispu-ta por Equipes Masculina eFeminina, Individual Mascu-lino e Feminino.

A modalidade foi introdu-zida nos Jogos em 1983 –Caracas (VEM) e o Brasilcom Kano, Inokuchi eAristides ganharam o 1º ourona prova por equipes. Em1987 – Indianápolis (EUA),obtivemos o 2º ouro tambémem equipes com Kano, Ho-yama e Kawai, mas em 1991– Havana (CUB), conquista-

mos três medalhas; o 3º ouroveio com Kano, Hoyama eKawai em equipes, o 4º ouroem duplas com Kano e Hoya-ma; o 5º ouro em simples comHoyama.

Em 1995 – Mar del Plata(ARG), o Brasil trouxe maistrês; 6º ouro com Kano, Ho-yama e Kawai, 7º ouro emduplas com Kano e Hoyama e8º ouro em simples com Ho-yama.

1999 – Winnipeg (CAN),não conseguimos nenhumouro, em 2003, porém, em San-to Domingo (DOM), chega-mos ao 9º ouro em duplas comThiago e Hoyama.

Na ala feminina são pou-cas medalhas conquistadas até

hoje, duas de bronze nas equi-pes em 1991 – Havana (CUB)e 1999 – Winnipeg (CAN),mais duas em duplas mistas1983 –Caracas (VEN) e Mardel Plata 1995.

A equipe brasileira que re-presentará o País foi definidaapós uma conturbada série deseletivas, iniciada em maio de2006, com várias alterações

nos critérios para a escolha dosnomes, gerando muita polêmi-ca e revolta no meio mesa-tenístico.

Thiago Monteiro (26 anos- 89 World Ranking), HugoHoyama (38 anos -125 WR),Gustavo Tsuboi (22 anos - 186WR), Ligia Silva (26 anos -239 WR), Mariany Nonaka (19anos - 351WR) e Karin Sako(19 anos - 457WR).

Equipes – O Brasil tem mui-tas chances de conquistar seu10º ouro na prova de equipesmasculina, onde seu maior ri-val será a Argentina, sendo queos Estados Unidos pode sur-preender.

No feminino o favoritismo étotal para a equipe dos EstadosUnidos e da República Domi-nicana, devido as atletas chine-sas naturalizadas, mas o Brasilvai brigar pelo bronze com aVenezuela e Canadá.

Individual – No masculino osfavoritos são os chinesesnaturalizados: Lin Ju (WR 52)da República Dominicana, quetenta o b-campeonato, e LiuSong (WR 59) da Argentina,mas os brasileiros Thiago Mon-teiro e Hugo Hoyama já osvenceram em várias oportuni-dades, aliado ao fato de jogarem casa com o apoio da torci-da, podem trazer mais ouropara o Brasil.

A chinesa naturalizada

americana Chang Gao Jun(WR16) do mundo é a gran-de favorita a vencer pela 3ªvez o título individual, juntocom sua compatriota WangChen (WR 24) e duas chine-sas que jogam pela Repúbli-ca Dominicana, Wu Xue(WR 48) e Qian Lian (WR202), ficando assim muito di-fícil uma brasileira conseguiruma medalha no individual.

O mesa-tenista GustavoTsuboi (22), que atua profis-sionalmente na França, par-ticipa pela 2ª vez de um Pan(2003 - prata em duplas) econfia muito na equipe –acredita ter 80% de chancespara conquistar o 10º ouro aoBrasil e promete dar o seumáximo para alegrar a torci-da brasileira.

*Marcos Yamada, colaborador doJornal Nippak, acompanha a com-petição de tênis de mesa nos JogosPan-Americanos

Esqueça o glamour da na-tação, cujo ParqueAquático Maria Lenk

foi alvo de elogios da equipenorte-americana. Ou a bada-lada Arena Multiuso, conside-rado o mais moderno ginásiode esportes do País, palco daginástica artística e basquete.Se em algumas modalidades aorganização dos Jogos Pan-Americanos Rio 2007 conse-guiu superar a desconfiança emontou uma infra-estrutura dearrancar suspiros, em outrasdeixou a desejar. Que o diga obeisebol. “Esqueceram denós”, desabafou o presidenteda Confederação Brasileira deBeisebol e Softbol, JorgeOtsuka, em entrevista ao Jor-nal Nippak logo após a der-rota contra os Estados Unidosque acabou eliminando a Se-leção da competição [na fasede classificação o Brasil con-tabilizou uma vitória (contra aNicarágua) e duas derrotas(República Dominicana e Es-tados Unidos)].

O recado tem endereçocerto. “O próprio Comitê Or-ganizador deixou o beisebol delado”, disse um desoladoOtsuka. “Enviamos cinco car-tas ao Comitê Olímpico Brasi-leiro, mas não deram a devidaatenção”, reclama o dirigente.“Deixaram tudo para a últimahora e deu no que deu”, lamen-tou, lembrando que os proble-mas na Cidade do Rock come-çaram bem antes do início doPan.

“Cerca de 50 dias antes [daabertura dos Jogos] Cuba, um

dos principais interessados,enviou um especialista paraacompanhar a construção por-que o cronograma estava atra-sado. Na verdade, estávamostranqüilos porque tínhamoscerteza que o projeto ficaria acargo de um empresa especi-alizada, como aconteceu como Parque Aquático MariaLenk, mas acabou ficando comuma empresa nacional que se-quer conhece beisebol”, disseOtsuka, acrescentando que“as falhas foram constatadasno meio do caminho”.

“Ainda tentamos revertera situação levando, por contaprópria o Graciano [Yagura,diretor da Academia de Bei-sebol e do Centro de Treina-mento da Yakult/CBBS], aolocal por duas vezes. Mas de-

pois de locado e a grama plan-tada não tinha muito o que fa-zer”, explicou o dirigente, des-tacando que a organizaçãodos Jogos do Rio de Janeiroaproveitou as instalações uti-lizadas para abrigar os festi-vais Rock in Rio I e III, nosanos de 1985 e 2001, paraadaptar a Cidade do Rock aeventos esportivos.

Desculpas – “A área fica nomeio de um brejo e o campoestava desnivelado. Mesmocom as canaletas, a água en-trava e quanto mais tentáva-mos tirar mais ela entrava”.Segundo ele, a iluminação tam-bém foi alvo de reclamações.“Os postes estavam baixos e,alertado, o Co-Rio providen-ciou holofotes, que acabou

ofuscando os jogadores. Asequipes não aprovaram a im-provisação, o que impossibili-tou jogos noturnos, como pre-via a tabela inicial. Para pio-rar, onde o campo foi constru-ído escurece rápido”, esclare-ce, afirmando que “toda a com-petição foi afetada”.

“Peço desculpas publica-mente aos torcedores que nãomediram esforços para acom-panhar os jogos da Seleção,mas não puderam fazê-lo emfunção das alterações. Mesmonão fazendo parte da organi-zação e sendo um mero diri-gente, sei que vou ouvir muitareclamação dos países partici-pantes. Acho que dá para re-verter, mas a imagem do bei-sebol brasileiro e a minha pes-soa ficaram arranhadas. Afi-nal, nossa esperança era fazerdo Pan um marco e usar acompetição como um trampo-lim para a tão almejadamassificação”, desabafaOtsuka, explicando que o tironão saiu totalmente pela cula-tra.

“Não é a questão de pas-sar uma borracha e esquecertudo. É claro que quem conhe-ce o beisebol ficou decepcio-nado, mas o público cariocaacabou gostando e acho quevamos ganhar novos adeptos.Além disso, o beisebol foi umadas modalidades que mais tevetransmissão para outros países.Também foi positivo porqueaprendemos a não deixar aorganização nas mãos de ama-dores”, cutucou Otsuka.

(Aldo Shiguti)

O técnico da Seleção Brasileira de Beisebol, Mitsuyoshi Sato

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A nadadora PolianaOkimoto conquistou a primei-ra medalha para o Brasil nosJogos Pan-americanos ao ter-minar a prova de maratonaaquática na segunda coloca-ção, na manhã de sábado (14).A distância de 10 km foi reali-zada pela nikkei em 2h13m48s4, apenas 8 décimos atrásda campeã, a americanaChloe Sutton.

Emocionada após o final dacompetição na Praia de Copa-cabana, Poliana destacou oequilíbrio da competição. “Dis-putamos do início ao fim. Omar, muito mexido, e o sol for-te causaram um desgaste mai-or. Mas posso garantir que nãodeixei uma gota de suor nocorpo. A última ficou no mar.Dei 100% de mim, braçada a

braçada. Foi um pouco frus-trante, é verdade, perder naúltima braçada. Mas garantoque foi uma honra ganhar aprimeira medalha para o Bra-sil.”

Poliana lembrou que as pro-vas de maratona aquática nor-malmente são decididas nofim. “Uma braçada faz dife-rença. Errei na última, porqueentrou uma onda e não acerteia mão na placa”, analisa. AnaMarcela Cunha (2h17m12s2),que terminou a prova na séti-ma colocação, lamentou nãoter conseguido um resultadomelhor. “Tentei pegar o vácuodas outras competidoras, paradescansar e brigar no final. In-felizmente não consegui”. Anachegou em sétimo, num totalde 17 competidoras.

MARATONA AQUÁTICA

Poliana Okimoto perde ouro por 8 décimos, mas confirma que“foi uma honra ganhar primeira medalha para o Brasil”

Poliana exibe a medalha de prata: braçada que faz diferença

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6 JORNAL NIPPAK São Paulo, 21 de julho de 2007

TRAGÉDIA AÉREA

Moradores relembram detalhes;8 nikkeis estão entre as vítimas Todos sabem que tudo que

acontece no Japão acaba ten-do uma repercussão, aindaque tardia, na comunidadenikkei do Brasil, com os na-turais exageros daqueles quesão imigrantes, e procuramressaltar somente os aspec-tos que consideram positivos,esquecendo os negativos e,portanto, sem o equilíbrio in-dispensável para uma posiçãoisenta.

O Japão, por ser um paíscom uma população compouca mistura étnica, habitan-do um arquipélago, tende amanter um segmento, aindaque minoritário, que exaspe-ra nas exaltações de suasqualidades, resultando numforte nacionalismo. É públicoque, politicamente, a extremadireita daquele país é ativa,ainda que seja obrigada a su-portar uma forte aliança comos Estados Unidos, desde asua derrota na Segunda Guer-ra Mundial, quando teve quese submeter à ocupação dosAliados.

Quando se comemora oCentenário da Imigração Ja-ponesa no Brasil, surgem iso-ladas, mas preocupantes ma-nifestações de alguns líderes,que dão a impressão que seenquadram dentro da orien-tação de extremado naciona-lismo. A comunidade nikkei noBrasil passa por uma situa-ção muito diversa da popula-ção japonesa. Integra-se, na-turalmente, na sociedade bra-sileira oferecendo suas con-tribuições étnicas e culturais,ajudando a formar um com-plexo e multifacetário país,marcado de diversidade.

Os descendentes dos imi-grantes japoneses, ainda queorgulhosos de suas raízes,

sempre se afirmaram brasi-leiros. Já eram assim antesda Segunda Guerra Mundial,como na Liga EstudantinaNipo-Brasileira, e tiveram aoportunidade de confirmaremesta qualidade, quando parti-ciparam da FEB – Força Ex-pedicionária Brasileira, naCampanha da Itália, mesmocontrariando alguns conser-vadores japoneses.

Hoje temos resquícios nacomunidade nikkei, com al-guns que só ressaltam a qua-lidade dos japoneses, que sãomuitas, e esquecem das suasmazelas, que são poucas, fe-lizmente. Ao exagerarem os“valores” japoneses, colo-cam-se criticamente com anatural absorção das contri-buições de outras etnias eculturas por parte dos mem-bros mais jovens desta cole-tividade.

É preciso manter o equilí-brio. Observando as mais an-tigas comunidades nikkeis emoutros países, nota-se que ouso da língua japonesa já émínima, principalmente nasgerações mais novas. E istodeve ser encarado como fe-nômeno natural no tempo. Oestranho seria a cristalizaçãoda comunidade, preservando-se isolada e enquistada.

Espera-se que a grandemaioria da comunidade, mes-mo ciosa da importância desua bagagem étnica e cultu-ral, tenha plena consciência deque são bons brasileiros, e co-memorem o que seus antepas-sados contribuíram, mas comos olhos voltados para o futu-ro, servindo de importantespontes do Brasil com o Japão.

*Paulo Yokota é economista e pre-sidente do Hospital Santa Cruz

ARTIGO

Neonacionalismojaponês no Brasil?

O empresário japonêsKihachiro Arai, diretor do AraiGroup of Japan (Arai Shoji Co.Ltd.) e de Atlântico & Co.Ltd., faleceu no último dia 13no Japão aos 51 anos de ida-de. Atuante no trabalho de in-crementar o relacionamentocomercial entre o Brasil e oJapão –responsável pela intro-dução do Guaraná Antarcticano mercado japonês com gran-de sucesso, Arai deixa a espo-sa Maki, o filho Keita, e as fi-lhas Kaoru e Miho.

Arai viveu em São Paulodurante aproximadamente dezanos, na década de 70, deixan-do grande número de amigosno Brasil.

Juntamente com NelsonHirata e Gilberto Tachibana,contruíram as bases para aimplantação do Grupo Arai noBrasil, destacando-se o AraiResidence Hotel, além de em-preendimentos na AvenidaPaulista como o Edifício San-ta Catarina e a torre de escri-tórios com a grife do arquitetoRuy Ohtake.

Atuou em Portugal, ondeimplantou o projeto de capturae engorda de atuns na costado Algarve.

Participou ativamente coo-

perando no desenvolvimentodo intercâmbio Brasil-Japãoao lado de dirigentes da Com-panhia Antarctica, AlfainterTurismo, Diário Nippak/NikkeiShimbun e Banco América doSul, entre outros.

A Missa in Memorian foicelebrada nesta sexta-feira(19), no Arai Residence (RuaMartiniano de Carvalho, 1010,Paraíso)

FALECIMENTO

Kihachiro Arai falece aos 51anos no Japão

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No maior acidente aéreoda aviação brasileira,ocorrido na última ter-

ça-feira (17), o saldo parcial éde, pelo menos, 185 mortos atéo fechamento desta edição.De acordo com as primeirasinvestigações o número total devítimas deve ultrapassar 200,o que caracteriza tambémcomo uma das 30 maiores tra-gédias com aviões no mundo.Do total de mortos, sabe-seque 8 são descendentes de ja-poneses.

O acidente ocorre apósuma seqüência de problemasnos aeroportos brasileiros, quetiveram início com o acidentede 29 de setembro do ano pas-sado, envolvendo um avião daGol e uma aeronave daEmbraer, que deixou 154 víti-mas. Para os moradores daregião atingida, a sensação éde medo, além de ter de con-viver com o cheiro forte dafumaça provocada pelo incên-dio. Já para os familiares, oclima é de comoção e tristeza,principalmente com a notíciatrágica da morte reprentina deseus entes.

Assustada com o tamanhoda tragédia e moradora pró-xima ao galpão da TAM,Emilia Suguihara conta quehavia acabado de entrar emcasa quando ouviu um estron-do. Como já estava acostuma-da com os fortes barulhos dasturbinas de aviões, não deuatenção ao ruído. Somenteminutos depois que viu um cla-rão pela janela é que se deuconta da queda.

“Na hora, não havia perce-bido que um avião tinha caído.Só depois que senti um fortecheiro de queimado e uma fu-maça densa é que saí para vero que estava acontecendo. Efoi horrível”, afirma.

Ainda segundo ela, em umprimeiro momento não havianenhum tipo de viatura no lo-cal. Só depois de 10 minutos éque começaram a chegar osmilitares. “Nesse meio tempo,vi algumas pessoas desmaia-das na calçada da WashingtonLuis e outras com ferimentosleves. Porém, uma cena quenunca vou esquecer é de umcorpo todo queimado. Nãodava nem para reconhecer osexo”, relembra a nikkei. Via-jar de avião? Para ela, o gran-de mal não são as viagens,mas a infra-estrutura dos ae-

Uma carreira de mais decinqüenta anos do pintor e de-senhista João Suzuki, ainda ematividade, ganha mais um re-gistro em meio ao seu acervoespalhado por aí afora. JoséArmando Pereira da Silva lan-ça o livro “João Suzuki - Tra-vessia do Sonho”, pelaApharrabio Edições, juntamen-te com a exposição “Retros-pectiva de Pinturas e desenhosde João Suzuki”, que estaráaberta a visitações até o diaprimeiro de setembro no Sa-lão de Exposições do PaçoMunicipal, em Santo André,região metropolitana de SãoPaulo.

“Esse trabalho representao resgate cultural do primeironissei a conquistar o meio ar-tístico brasileiro para a histó-ria da arte”, define o autor etambém curador da exposiçãoJosé Armando Pereira da Sil-va. Já em uma visão pessoal,o escritor revela ser “uma ho-menagem a um amigo”.

Pereira da Silva acompa-nha a trajetória de Suzuki des-de a década de 1960. A quali-dade do artista e também suas

passagens de vida, atraíram ointeresse de retomar a históriado nikkei. Com a colaboraçãode amigos, admiradores e em-presas, de acordo com a LeiRouanet, o projeto se concre-tiza.

Ao longo das 120 páginas,está relatada a infância, a en-trada nas artes, as exposições,as polêmicas e a flexibilidadedo artista em trabalhar. Emordem cronológica, a narrati-va é combinada às imagensque simbolizam cada períododa vida. Uma saga dividida em“Sonho nascente”, “Sonho par-

tilhado”, “Sonho hostil”, “So-nho sublimado” e “Sonho pa-cificado”.

Segundo o autor, são ospassos em direção ao sonho eas fases que o mesmo atraves-sa, por isso a escolha destapalavra para carregar o nomeda obra e dos capítulos. E paraàqueles que quiserem conhe-cer mais sobre as pinturas deSuzuki, Pereira da Silva, reú-ne quase 200 obras nesta ex-posição, “Retrospectiva de Pin-turas e desenhos de JoãoSuzuki”, lançada junto com olivro. carreira

João Suzuki – Filho de imi-grantes, nascido em 1935 noNúcleo Colonial Aliança deMirandópolis, João Suzuki ini-ciou nos salões de arte da co-lônia japonesa, organizadospelo Grupo Seibi-kai nos anos1950 e 1960. Suas obras fo-ram destacadas pelo focohumanístico, que viria a serconfrontado pela repressãopolítica que o atingiu pessoal-mente, sendo preso em 1968.

O artista mergulhou, então,num estranho imaginário, cujos

ARTES

Livro sobre a vida de artista João Suzuki é lançadoprotótipos desafiam o observa-dor. Cada vez mais se afeiçoouao suporte de madeira, sobreo qual se debruça com o cari-nho e a paciência deiluminurista, combinando assugestões do material comimagens ou histórias guarda-das na memória.

Menos que o impulso, quedeterminou nos seus primeirostrabalhos um gestual de traçosfirmes – o grafismo de um sa-murai –, sua aplicação foi setornando calma, tentando har-monizar fragmentos de paisa-gens, retratos e signos, dosquais emana estranha beleza.

“Era uma pessoas simples,de bem com a vida e cheiade esperanças. Amava o quefazia”. É com essa frase queDulce Suda, cunhada de umadas nikkeis mortas no aciden-te, Mirtes Suda, define a per-sonalidade da então assesso-ra técnica da Abiquim (As-sociação Brasileira da Indús-tria Química).

Abalada com a perda, Dul-ce conta que os primeiros mo-mentos logo após a queda fo-ram preocupantes. Principal-mente para a mãe de Mirtes,que acompanhou desde o co-meço a queda do Airbus.“Minha sogra estava em casaassistindo televisão e viu queum avião havia caído emCongonhas. Logo ela se lem-brou que a Mirtes estava vin-do para São Paulo e começoua telefonar para os filhos. Nahora ela ficou muito preocu-pada”, conta a cunhada,acrescentando que a assesso-ra tinha ido ao Rio Grande doSul a trabalho. “Mirtes nuncademonstrou nenhum medo deandar de avião. Estava acos-tumada, pois seu serviço exi-

gia que ela viajasse para várioslugares do Brasil”.

Por volta das 21h30 veio aconfirmação de que a asses-sora estava mesmo a bordo doavião. Já em estado de cho-que, a mãe da vítima sucum-biu à dor e teve de ser acal-mada com medicamentos.

“Ela está desconsolada, to-mando calmantes para ficarmais tranqüila. Se para nós que

somos mais jovens já é duro,imagine para quem é maisidosa. E mãe também”, ates-ta Dulce, sem se esquecer decobrar providências das au-toridades. “200 pessoas mor-tas não é brincadeira. Atéquando vamos ter de agüen-tar isso?”

Assim como os Suda, osparentes do executivo AkioIwasaki também mostram in-dignação e dor. Ele tambémestava a bordo do avião pro-veniente da capital gaúcha.

“Não tem nem o que fa-lar. Era uma pessoa muito es-pecial”, foi o breve relato deum dos familiares – em lágri-mas – sobre Iwasaki.

Além de Mirtes Suda eAkio Iwasakai, outros seisnikkeis morreram. São eles:

*Ciro Numada (diretor deuma concessionária em SP), *Enrico Shiohara (consultor deinformática), *Heurico Tomita,*Ricardo Tazoe Suguiyama(peruano, funcionário de ban-co), *Rogério Sato (funcioná-rio de banco) e *Vanda Ueda(professora da UFRGS).

(RM)

Em meio a desolação e lágrimas, familiareslamentam perda de nikkeis em fatídico acidente

Mirtes Suda, uma das vítimas

DIVULGAÇÃO

roportos. “Viajar de avião énormal. O ruim é o aeroporto.Quero vender minha casa, masnão consigo, pois as pessoaschegam aqui e ouvem as ae-ronaves decolando ou pousan-do. Aí, desistem. Como eu jádesisti também.”

Opinião parecida tem oaposentado Kunio Hirahara.Aos 79 anos e morador doCampo Belo há mais de 15,ele diz estar triste e perplexodiante de mais um acidenteaéreo. E faz um paradoxo nomínimo interessante. “No Ja-

Galpão da TAM destroçado pelo avião: moradores estão indignados com descaso de autoridades

JORNAL NIPPAK

pão, isso nunca teria aconte-cido. E sabe o motivo? Lá aspessoas são tratadas comohumanos. Não precisa mor-rer centenas de pessoas parase fazer alguma coisa”, dizele.

(Rodrigo Meikaru)

Capa do livro dedicado ao artista

REPRODUÇÃO

São Paulo, 21de julho de 2007 JORNAL NIPPAK 7

NHK – PROGRAMAÇÃO – 23 A 29 DE JULHO

Programação da NHK23 – Segunda-Feira

06:00 Tanka Poetry06:30 News: Good Morning, Japan08:13 World Weather08:15 Drama Serial “Dondohare” Eps. 9708:30 News & Weather08:35 Have a Good Day!09:25 News: Good Morning, Japan (R)10:00 News & Weather10:05 Overseas Safety Information10:10 The Ultimate Cuisine10:30 Micro World (R)10:35 My Gardening11:00 News & Weather11:05 NHK Overseas Network11:40 Asian Word Traveller11:45 Drama Serial Encore “Sakura”

Eps. 9712:00 News12:20 Live from Your Hometown12:45 Drama Serial “Dondohare” Eps. 97

(R)13:00 News13:05 Fun with English13:15 PythagoraSwitch Mini13:20 Peek-a-boo13:35 With Mother14:00 News & Weather14:05 Good Afternoon Japan14:55 TV Exercise15:00 NHK News15:15 World Weather15:20 World Heritage 10015:25 Tokyo Market Information15:55 Overseas Safety Information16:00 News & Weather16:05 Hello from Studio Park16:59 World Weather17:00 NHK News17:15 World Strollers (R)17:59 World Weather18:00 News18:10 Whiz-Kids TV MAX18:45 Rail Travel in China18:55 Overseas Safety Information19:00 NHK News 7 (B)19:30 Today’s Close-up19:56 World Weather20:00 Weekly Book Review20:54 World Weather20:55 Japanese Traditional Music21:00 News Watch 9 (B)22:00 NHK Special22:50 Pa Pa Saurus23:00 The Mark of of Beauty (B)23:25 World Music Album23:30 News & Sports00:10 Shibuya Live Stage: That’s Enka!00:53 World Weather00:55 Business Frontline01:15 News Today 30 Minutes (E)01:45 Health for Today02:00 NHK News02:10 Forerunning Business Minds02:35 News Today Asia (E)02:50 Points at Issue03:00 NHK News03:15 Exploring World Heritage (R)03:58 World Weather04:00 NHK News04:15 Overseas Safety Information04:20 Kiddie Craft04:25 Fun with Japanese04:35 With Mother (R)

24 – Terça-Feira05:00 NHK News05:15 Hello from Studio Park (R)06:00 Haiku Poetry06:30 News: Good Morning, Japan08:13 World Weather08:15 Drama Serial “Dondohare” Eps. 9808:30 News & Weather08:35 Have a Good Day!09:25 News: Good Morning, Japan (R)10:00 News & Weather10:05 Overseas Safety Information10:10 Today’s Menu10:35 Fashionable Living11:00 News & Weather11:05 Living Well at 10011:15 Hobbies and Leisure11:40 Everyday Tips11:45 Drama Serial Encore “Sakura”

Eps. 9812:00 News12:20 Live from Your Hometown12:45 Drama Serial “Dondohare” Eps. 98

(R)13:00 News13:05 Fun with English13:15 PythagoraSwitch Mini13:20 Peek-a-boo13:35 With Mother14:00 News & Weather14:05 Good Afternoon Japan14:55 TV Exercise15:00 NHK News15:15 World Weather15:20 World Heritage 10015:25 Tokyo Market Information15:55 Overseas Safety Information16:00 News & Weather16:05 Hello from Studio Park16:59 World Weather17:00 NHK News17:15 Science for Everyone (R)17:59 World Weather18:00 News18:10 Whiz-Kids TV MAX18:45 Rail Travel in China18:55 Micro World19:00 NHK News 7 (B)19:30 Today’s Close-up19:56 World Weather20:00 Extracurricular Lesson (R)20:30 Japan on Site20:59 World Weather21:00 News Watch 9 (B)22:00 NHK Song Concert22:43 World Weather22:45 Tsurube’s Salute to Families

23:30 News & Sports00:10 Shibuya Live Stage: Japanese

Narrative00:53 World Weather00:55 Business Frontline01:15 News Today 30 Minutes (E)01:45 Health for Today02:00 NHK News02:10 Little Trips (R)02:35 News Today Asia (E)02:50 Points at Issue03:00 NHK News03:15 The Moment History Changed (R)03:58 World Weather04:00 NHK News04:15 Overseas Safety Information04:20 Kiddie Craft04:25 Fun with Japanese04:35 With Mother (R)

25 – Quarta-Feira05:00 NHK News05:15 Hello from Studio Park (R)06:00 Enjoy Learning: The Knowledge

Master06:25 Baby Care Tips06:30 News: Good Morning, Japan08:13 World Weather08:15 Drama Serial “Dondohare” Eps. 9908:30 News & Weather08:35 Have a Good Day!09:25 News: Good Morning, Japan (R)10:00 News & Weather10:05 Overseas Safety Information10:10 Today’s Menu10:35 Fashionable Living11:00 News & Weather11:05 Enjoying Hot Springs11:15 Hobbies and Leisure11:40 Everyday Tips11:45 Drama Serial Encore “Sakura”

Eps. 9912:00 News12:20 Live from Your Hometown12:45 Drama Serial “Dondohare” Eps. 99

(R)13:00 News13:05 Fun with English13:15 PythagoraSwitch Mini13:20 Peek-a-boo13:35 With Mother14:00 News & Weather14:05 Good Afternoon Japan14:55 TV Exercise15:00 NHK News15:15 World Weather15:20 World Heritage 10015:25 Tokyo Market Information15:55 Overseas Safety Information16:00 News & Weather16:05 Hello from Studio Park16:59 World Weather17:00 NHK News17:15 Digital Stadium17:55 World Music Album18:00 News18:10 Whiz-Kids TV MAX18:45 Rail Travel in China18:55 Mini Japanese Lessons19:00 NHK News 7 (B)19:30 Today’s Close-up19:56 World Weather20:00 Top Runners20:44 World Weather20:45 Micro World20:50 Meet the Legend21:00 News Watch 9 (B)22:00 Science for Everyone22:43 World Weather22:45 Professionals23:30 News & Sports00:10 Shibuya Live Stage: Music

Paradise00:53 World Weather00:55 Business Frontline01:05 Mini Program01:15 News Today 30 Minutes (E)01:45 Health for Today02:00 NHK News02:10 Law and Laughter (R)02:35 News Today Asia (E)02:50 Points at Issue03:00 NHK News03:15 Tsurube’s Salute to Families (R)03:58 World Weather04:00 NHK News04:15 Overseas Safety Information04:20 Kiddie Craft04:25 Fun with Japanese04:35 With Mother (R)

26 – Quinta-Feira05:00 NHK News05:15 Hello from Studio Park (R)06:00 Enjoy Learning: My Favorite Fi-

gures06:25 Baby Care Tips06:30 News: Good Morning, Japan08:13 World Weather08:15 Drama Serial “Dondohare” Eps.

10008:30 News & Weather08:35 Have a Good Day!09:25 News: Good Morning, Japan (R)10:00 News & Weather10:05 Overseas Safety Information10:10 Today’s Menu10:35 Fashionable Living11:00 News & Weather11:05 Pottery Dream Atelier11:15 Hobbies and Leisure11:40 Everyday Tips11:45 Drama Serial Encore “Sakura”

Eps. 10012:00 News12:20 Live from Your Hometown12:45 Drama Serial “Dondohare” Eps.

100 (R)13:00 News13:05 Fun with English13:15 PythagoraSwitch Mini13:20 Peek-a-boo

13:35 With Mother14:00 News & Weather14:05 Good Afternoon Japan14:55 TV Exercise15:00 NHK News15:15 World Weather15:20 World Heritage 10015:25 Tokyo Market Information15:55 Overseas Safety Information16:00 News & Weather16:05 Hello from Studio Park16:59 World Weather17:00 NHK News17:15 Professionals (R)17:59 World Weather18:00 News18:10 Whiz-Kids TV MAX18:45 Rail Travel in China18:55 Mini Japanese Lessons19:00 NHK News 7 (B)19:30 Today’s Close-up19:56 World Weather20:00 Songs of Our Generation20:30 Neo-Office Chuckles20:59 World Weather21:00 News Watch 9 (B)22:00 Thursday Samurai Drama

“Crossing of Heat Haze” Eps. 322:43 World Weather22:45 The Moment History Changed23:30 News & Sports00:10 Shibuya Live Stage: That’s

Comedy!00:53 World Weather00:55 Business Frontline01:15 News Today 30 Minutes (E)01:45 Health for Today02:00 NHK News02:10 Mythical Japan02:35 News Today Asia (E)02:50 Points at Issue03:00 NHK News03:15 NHK Song Concert (R)03:58 World Weather04:00 NHK News04:15 Overseas Safety Information04:20 Express Yourself! Mini04:25 Fun with Japanese04:35 With Mother (R)

27 – Sexta-Feira05:00 NHK News05:15 Hello from Studio Park (R)06:00 Enjoy Learning: Real Life Stories06:25 Baby Care Tips06:30 News: Good Morning, Japan08:13 World Weather08:15 Drama Serial “Dondohare” Eps.

10108:30 News & Weather08:35 Have a Good Day!09:25 News: Good Morning, Japan (R)10:00 News & Weather10:05 Overseas Safety Information10:10 Today’s Menu10:35 Fashionable Living11:00 News & Weather11:05 Meet the Legend (R)11:15 Hobbies and Leisure11:40 Everyday Tips11:45 Drama Serial Encore “Sakura”

Eps. 10112:00 News12:20 Friday Variety12:45 Drama Serial “Dondohare” Eps.

101 (R)13:00 News13:05 Fun with English13:15 PythagoraSwitch Mini13:20 Peek-a-boo13:35 With Mother14:00 News & Weather14:05 Good Afternoon Japan14:55 TV Exercise15:00 NHK News15:15 World Weather15:20 World Heritage 10015:25 Tokyo Market Information15:55 Overseas Safety Information16:00 News & Weather16:05 Hello from Studio Park16:59 World Weather17:00 NHK News17:15 Weekend Japanology (B)17:59 World Weather18:00 News18:10 Whiz-Kids TV MAX18:45 Rail Travel in China18:55 Mini Japanese Lessons19:00 NHK News 7 (B)19:30 Tokyo Metropolis19:55 World Weather20:00 The Quiz Monster20:30 Variety Show: The Human Body20:59 World Weather21:00 News Watch 9 (B)22:00 Premium 1023:30 News & Sports00:10 Cool Japan00:55 Business Frontline01:15 News Today 30 Minutes (E)01:45 World Heritage 100 Selection (R)02:00 NHK News02:10 Japan Fishing Travels02:35 News Today Asia (E)02:50 Points at Issue03:00 NHK News03:15 Thursday Samurai Drama

“Crossing of Heat Haze” Eps. 3(R)

03:58 World Weather04:00 NHK News04:15 Overseas Safety Information04:20 Express Yourself! Mini04:25 Fun with Japanese04:35 With Mother (R)

28 – Sábado05:00 NHK News05:10 Exercise for Everyone05:15 Hello from Studio Park (R)06:00 Enjoy Learning: History at Hand

06:25 Baby Care Tips06:30 News: Good Morning, Japan08:13 World Weather (E)08:15 Drama Serial “Dondohare” Eps.

10208:30 NHK Weekly News09:00 Check Your Life Budget09:30 Extracurricular Lesson10:00 News & Weather10:05 Songs for Everyone (R)10:10 Weekend Japanology (B, R)10:54 World Weather10:55 Overseas Safety Information11:00 NHK News11:10 Historical Routes to Kyoto11:35 Japanese Traditional Music (R)11:40 Our Favourite Songs (R)11:45 Drama Serial Encore “Sakura”

Eps. 10212:00 News12:15 Law and Laughter12:40 Micro World (R)12:45 Drama Serial “Dondohare” Eps.

102 (R)13:00 News13:05 Historical Drama “Furinkazan”

Eps. 29 (R)13:50 Enjoying Hot Springs (R)14:00 NHK News14:10 World Strollers14:55 World Music Album15:00 NHK News15:10 J-MELO (E)15:39 World Weather (E)15:40 Insight & Foresight (E)16:00 NHK News16:10 Asian Highways: From China to

Pakistan Part 118:00 News18:10 News for Kids Weekly18:42 Our Favorite Songs18:45 Pottery Dream Atelier (R)18:55 Overseas Safety Information19:00 NHK News 7 (B)19:30 Can You Speak English?19:59 World Weather20:00 Exploring World Heritage20:45 News & Weather21:00 Saturday Drama “The Street

Lawyers 2” Eps. 522:00 NHK News22:10 Tonight with Kiyoshi22:53 World Weather22:55 Asian Word Traveller23:00 News & Weather23:10 Nature Wonder Land23:40 Inspiring Lives: Europe00:00 Saturday Sports News00:25 MUSIC JAPAN00:55 Overseas Safety Information01:00 NHK News01:10 WHAT’S ON JAPAN (B)01:40 Getting into Nihongo02:00 NHK News02:10 Battle for Laughs02:40 The Ultimate Cuisine (R)03:00 NHK News03:10 Go & Shogi Journal04:30 Japanese Narrative Art

29 – Domingo05:00 NHK News05:10 Sunday Art Museum05:55 Asian Word Traveller06:00 News & Weather06:15 Vegetable Gardening Monthly06:45 Songs for Everyone (R)06:50 TV Exercise07:00 News: Good Morning, Japan07:45 Natural Grandeur of the East07:59 World Weather (E)08:00 Little Trips08:25 Business Compass08:57 World Weather09:00 Sunday Debate10:00 News & Weather10:05 Japan’s Potential10:50 World Heritage 10010:55 Overseas Safety Information11:00 WEST WIND11:45 World Music Album Selection12:00 News12:15 NHK Amateur Singing Contest13:00 News13:05 Comedy Hour13:35 With Mother14:00 NHK News14:10 Deciphering Science14:55 World Music Album15:00 Undecided18:00 News18:10 Beautiful Peaks of Japan18:30 Mini Program18:35 Mini Program18:40 World Heritage 100 Selection18:55 Overseas Safety Information19:00 NHK News 7 (B)19:30 Battle for Laughs (R)19:59 World Weather20:00 Historical Drama “Furinkazan”

Eps. 3020:45 News & Weather21:00 NHK Special22:00 Undecided23:00 This Week and You23:40 NY Streets00:00 Sunday Sports News01:00 NHK News01:10 NHK Amateur Singing Contest (R)01:55 Overseas Safety Information02:00 NHK News02:10 Songs of Our Generation (R)02:40 Three-month English Lessons03:00 NHK News03:10 Historical Drama “Furinkazan”

Eps. 30 (R)03:55 Our Favorite Songs (R)04:00 NHK News04:10 Undecided

***Programação sujeita a alteração semaviso prévio***

NOSSA CARREIRA,FAMÍLIA E AMIGOS

Sempre colocamos nossacarreira em primeiro lugar emuitas vezes esquecemos deapoiar nossa família, cobra-mos para que nos apóie, nosentenda, nos perdoe pela nos-sa omissão e pela falta detempo para com os filhos, emcontrapartida damos o que?

Apenas o sustento, ape-nas, você vai indagar, claroque é muito importante con-seguir o sustento de nossafamília, mas para nossos en-tes que habitam conosco, elesjá ficariam felizes somentecom nossa presença de cor-po e alma, para conversar oubrincar durante alguns pou-cos minutos por dia.

Uma palavra amiga valemuito mais do que se possaimaginar, isso é saber educaros filhos.Mostrar que nos im-portamos com eles.

Acredito ser esse um as-sunto de suma importânciapor isso voltei a escrever so-

bre o mesmo.Num mundo cada vez

mais impessoal, cada vezmais competitivo, vamos ten-tar nos tornar mais humanos,mais fraternos, olhando commais amor e carinho paracom os nossos parentes eamigos.

A vida passa muito maisrápido, muito mais rápido doque imaginamos, e não pode-mos nos lembrar dos outrosapenas quando precisamos,temos que saber nos doarpara podermos recebertambém.Que seja um e-mail,um telefonema, uma carta,qualquer sinal de que nos lem-bramos e nos importamoscom essa pessoa.

Temos que ser capazes desaber separar tempo, tantopara nossa carreira, comopara nossa família e tambémpara nosso tempo de reflexãoe lazer, afinal ninguém é deferro!

Ikemori & Kora Consultoria e AssessoriaRua. da Glória, 279, 8º and., cj. 84Tel. (11) 3275-1464 / [email protected]

CONTRIBUIÇÕES PARA SEGURO DESEMPREGO E SEUS BENEFÍCIOS

PARTE 1

O que é:

Seguro desemprego é umsistema que possibilita ao tra-balhador que venham por vá-rios motivos perder seu pos-to de trabalho e possa rece-ber assistência até que seconsiga um novo emprego.

Um dos principais objeti-vos é auxiliá-lo na busca deuma nova colocação, atravésorientações que sejam ade-quados para quem está de-sempregado.

Mesmos os estrangeirospoderão receber o subsídio doSeguro Desemprego. Para teracesso a este benefício é ne-cessário que o interessado ca-dastre-se no Seguro Desem-prego na Agência Pública deEmprego (Kookyoo Shoku-gyoo Anteisho), na mesma

região onde se encontra aempresa onde o trabalhadorestá empregado atualmente.

Dependendo da região, ascontribuições são em valoresdiferentes, e também por tipode trabalho que desempenhana empresa.

Os percentuais variam de1,15% a 1,45% do salário re-cebido mensalmente.

Importante: esta contribui-ção, entretanto, é dividida en-tre o trabalhador e o empre-gador na proporção de 0,4%a 0,5% (empregado) e 0,75%a 0,95% (empresa), aproxi-madamente.

Considerando a aplicaçãode tabela definida pelo Minis-tério do Trabalho, poderá ha-ver pequenas diferenças novalor efetivamente desconta-do mensalmente do salário.

O que é importante para quemestá no Japão a trabalho

Shinji Jorge NakaokaDiretor Executivo

Daiwa [email protected]

Tel (11) 5572-1717 / (11) 3105-2114

O novo cônsul-geral do Ja-pão, Soichi Sato, que assumiurecentemente o ConsuladoGeral de Curitiba, quer forta-lecer o intercâmbio entre Bra-sil e Japão, aproveitando queno ano de 2008 será comemo-rado o Centneário da Imigra-ção Japonesa. Segundo ele, oano que vem será uma das ra-ras oportunidades de poder es-treitar os laços de amizade ecooperação bilateral.

“Como já é do conhecimen-to, no próximo ano estaremoscomemorando os 100 anos daimigração japonesa no Brasil.Os governos dos dois países,tendo estabelecido o ano docentenário como o Ano do In-tercâmbio Japão-Brasil, plane-jam realizar um grande núme-ro de eventos em ambos ospaíses. A comunidade nipo-bra-sileira do Paraná e de SantaCatarina também está progra-mando inúmeros projetos eeventos para a grande festivi-dade. Desejo sinceramente queo centenário seja o ponto departida para o fortalecimentoainda maior das relações entre

o Japão e o Brasil para os pró-ximos 100 anos”, disse ele.

Animado com os trabalhosa serem desenvolvidos no Con-sulado, Sato confirma que aregião sul tem se tornado umadas mais fortes em termos derepresentatividade dos nikkeis.E, com um português capricha-do, acrescenta ainda que a re-gião tem potencial de sobrapara crescer.

“O Consulado Geral do Ja-pão em Curitiba tem sob a suajurisdição os três estados do sul,ou seja, além do Paraná, osEstados de Santa Catarina edo Rio Grande do Sul. Estoumuito contente por estar tra-balhando aqui, assim como es-tou disposto a fazer o melhorpara o estreitamento das rela-ções entre o Japão e os trêsEstados do Sul do Brasil”, afir-mou.

Para tanto, a idéia é estrei-tar o relacionamento com au-toridades locais das mais dife-rentes área, como política, so-cial e da comunidade, englo-bando entidades e associaçõesligadas à cultura japonesa.

DIPLOMACIA

Cônsul-geral de Curitiba querreforçar relações Brasil-Japão

8 JORNAL NIPPAK São Paulo, 21 de julho de 2007

ALOHA - DIÁRIO DE BORDO

Havaí: região paradisíaca erepleta de atrações aos turistas

Praias, ondas gigantescas, vulcões, climaagradavelmente quen-

te e um povo exótico que saú-da a todos com seu simpáti-co “Aloha” [Bem vindos]. Emviagem promovida pela agên-cia de turismo Alfainter, turis-tas nikkeis puderam conhecera beleza natural do Havaí, queinspira escritores e poetas.

Moças trajadas com rou-pas tipicamente havaianas re-cepcionaram as 25 pessoas,em sua maioria senhoras nafaixa de 70 anos e casais quecompõem o grupo, emHonolulu, capital do estado,e umas das 130 ilhas do ar-quipélago.

A turma embarcou no na-vio “Pride Of América”, cons-truído há dois anos com 80 miltoneladas. Sua capacidadeatinge 2.100 passageiros e900 tripulantes. Segundo ospróprios turistas, é necessáriocerca de dois dias para conhe-cer o conteúdo interior da em-barcação. Diversos restauran-tes, teatro, piscina e salões sãoalgumas atrações ao longo dos280 metros de navio.

A qualidade e conforto dosquartos agradaram bastanteos hóspedes, bem como a li-berdade em poder fazer asrefeições quando, onde ecomo quiser. A opção do gru-po foi almoçar próximo à pis-

cina e a noite em um local maistranqüilo e sofisticado.

Vale destacar o churrasco nachapa que o grupo degustoudurante a viagem. O jovem co-zinheiro fez uma demonstraçãodo preparo do prato igual a ummágico, o que levantou aplau-sos dos integrantes da mesa,sem falar da água na boca.

De acordo com os turistasque desfrutaram de mais umaviagem da agência, a experi-ência “foi extremamente agra-dável e única”, prometendovoltar à “terra” o quanto an-tes.

Na página, fotos do gruponikkei que embarcou aoHavaí.

Patagônia, um lugar surreal e inesquecívelLocalizada em uma área isolada que começa ao sul de

Buenos Aires, corta os Andes até o Pacífico e se estende atéa Terra do Fogo, a Patagônia é uma das regiões mais interes-santes do planeta.

Este lugar, que é o sonho de todos os viajantes, abrigaparques nacionais mais selvagens da América do Sul. Aosturistas, a região oferece lugares pouco tradicionais, feito sobmedida para pessoas que desejam mais do que uma viagem“para conhecer”.

A região do extremo sul do continente americano, conhe-cida pelo locais como Região de Magalhães, compreende o

sul da Argentina e o sul do Chile. A região mais meridional docontinente é conhecida como Terra do Fogo (Tierra del Fuego).

Os pontos mais altos dos Andes dividem as Patagônias Ar-gentina e Chilena. A Patagônia Argentina se divide em duassub-regiões: a primeira, constituída por cadeias montanhosaspermeadas por vales, bosques, lagos e geleiras; e a segunda,com extensas e áridas planícies litorâneas, cercadas por rica evariada fauna local: baleias, lobos e elefantes marinhos, pin-güins e milhares de aves, que se concentram, principalmente,na Península Valdés.

Para os amantes de esportes de aventura, as opções são

muitas: trekking, escalada, mountain bike, rafting, canoagem,cavalgada e ski. Para quem procura descanso e conforto, aPatagônia também é um ótimo destino, pois abriga cidades bemestruturadas e estações de inverno de nível internacional.

As principais atrações aos que vão para Patagônia são:- Cabo Horn- Porto Montt- Fiordes Chilenos- Talcahuano- Punta Arenas- Ushuaia

São Paulo, 21de julho de 2007 JORNAL NIPPAK 9

PRÊMIO

‘Oscar dos quadrinhos’, TroféuHQMix premia desenhistas nikkeis

Sorrisos, gargalhadas eum brilho de alegria es-tampado nos rostos da

platéia cercavam o palco doSesc Pompéia. No dia 11 dejulho, a Associação dos Car-tunistas do Brasil e o InstitutoMemorial de Artes Gráficas doBrasil realizaram a entrega do“Oscar dos quadrinhos”, o tro-féu HQMix. Uma festa co-mandada pelo apresentadorSerginho Groisman ao som dabanda Altas Horas.

Diversos profissionais daárea entre desenhistas, edito-res, jornalistas especializadose pesquisadores foram premi-ados em 50 categorias, sendotrês voltadas aos trabalhosacadêmicos (teses de doutora-do, mestrado e trabalho de con-clusão de curso) com a temá-tica história em quadrinhos ehumor gráfico.

Os vencedores receberamo prêmio, que este ano home-nageou o cartunista RenatoVinicius Canini. Um importantepersonagem deste autor, o“Kactus Kid”, publicado há 30anos na revista “Crás” da Edi-tora Abril, estampou aestatueta 2007.

Nikkei – Levar esse triunfopara casa é motivo de satisfa-ção e orgulho para o desenhistaSidnei Akiyoshi. “É o ‘brilho-zinho’ na estante que motiva aaprimorar. Ganhar esse troféué um incentivo de que vale apena”, definiu com um sorrisode “orelha a orelha”. O nikkeifaz parte da equipe de cartu-nistas e ainda da comissão edi-torial da revista “Front”, da ViaLetera, eleita a “Melhor Re-vista Mix”.

Há dois anos de volta aesse mercado, Akiyoshi con-tou que as origens nipônicas oinfluenciaram muito em seustrabalhos. “A caligrafia japo-nesa me ajudou muito a desen-volver os traços dos dese-nhos”, afirmou. Além disso, elerevela um projeto da revista“Front” sobre a imigração ja-ponesa que está em votaçãopara ser aprovada.

Outro plano é na área deartes plásticas, onde atua pa-

Com muita animação, a fes-tividade seguiu com o bom hu-mor e o sarcasmo tanto doapresentador como dos premi-ados, que em seus discursosarrancavam risos da platéia.Vale destacar o “Grande Mes-tre Homenageado” da noite,Sérgio Macedo, um dos primei-ros autores brasileiros a fazersucesso no exterior, que subiuao palco dançando para rece-ber o troféu. A ocasião abriuespaço também para sua espo-sa, dançarina de “hula-hula” noTahiti, que mostrou a sua per-formance para os espectadores.

E para agitar um pouquinhomais, show da banda AltasHoras. Um espetáculo comdireto a ouvir SerginhoGroisman cantar em dueto amúsica “Não se vá”, de Janee Herondy, arrancando aplau-sos e assobios do público.

“O evento é muito dinâmico.O Serginho Groisman consegueanimar e não deixar uma festaparada”, comentou a produtoracultural Celina Yano. Para ela,essa premiação é um incentivoao estudo e a evolução da técni-ca, bem como o reconhecimen-to dos profissionais da área.

“Achei muito interessantetambém essa parte acadêmi-ca. Com os quadrinhos é pos-sível ensinar diversas discipli-nas. A educação está tão ba-nalizada que é importante tra-zer outras ferramentas parainovar o ensino”, opina.

Yano conta ainda que foi apartir dos desenhos e das ilus-trações, onde tirou a inspiraçãopara o projeto “Olhar Nascen-te”, da qual reuniu 150grafiteiros para colorir o viadu-to da Av. Paulista como temáti-ca a imigração japonesa. Elaadianta que já está em anda-mento a segunda parte desteprojeto para produzir arte emgraffiti no bairro da Liberdade.

(Cibele Hasegawa)

Premiação foi marcada por descontração e discursos de diferentes personalidades presentes

FOTOS: JORNAL NIPPAK

ralelamente. Ele pretende pro-duzir uma arte que retrate aidentidade do nikkei, que é vistono Brasil como “japonês” e“brasileiro” no Japão.

E por falar na terra do Solnascente, o desenhista japonêsKazuo Koike foi o vencedor deduas premiações: “MelhorDesenhista Estrangeiro” e“Melhor Revista de Aventura2006”, com a série “Lobo So-litário”, da Panini. Infelizmen-te, ele não pôde vir ao país e

quem recebeu as honras foi orepresentante da editora quepublica suas histórias.

Evento – A abertura da pre-miação ficou por conta da exi-bição de um vídeo sobre o 1ºSalão Mackenzie de Humorem Quadrinhos realizada em1973. Um documentário queaborda a importância doscartoons e a dificuldade emdar início a uma exposiçãocomo essa em plena ditadura.

Premiados levaram troféu feito exclusivamente para evento

LITERATURA

Ricardo Ohtake lança livrosobre vida e obra de Niemeyer

DIVULGAÇÃO

Sintetizar a vida do arqui-teto Oscar Niemeyer não éuma tarefa das mais simples.Afinal, em 100 anos de vidarealizou obras como o conjun-to da Pampulha - projeto pio-neiro de novas faces da arqui-tetura no mundo -, o EdifícioCopan, o conjunto do ParqueIbirapuera e a criação de Bra-sília em 1960. Entre seus pro-jetos recentes estão o Sambó-dromo, o Memorial da Améri-ca Latina e o Museu de Nite-rói. Tudo isso aliado ao bomgosto e estilo próprio, que ren-derem a Niemeyer o título de“o maior” nome da arquitetu-ra nacional.

Por conta dessa trajetóriainquestionável e repleta de mar-cos, a Publifolha – já sabendoda dificuldade de traduzir emum livro toda a história de Nie-meyer – convocou o tambémreconhecido Ricardo Ohtakepara escrever o livro “OscarNiemeyer” (Publifolha, 112pgs, R$ 17,90), obra que fazparte da série “Folha Explica”.No livro, o nikkei detalha a vidae as obras mais importantes nacarreira do arquiteto.

Quando menciona o convi-te que lhe foi feito para escre-ver sobre um dos brasileirosmais reconhecidos no mundo,o designer gráfico nikkei – ar-quiteto de formação e filho daartista plástica Tomie Ohtake–, lembra que Oscar Nieme-yer foi uma pessoa extrema-mente atuante antes mesmo deseu nascimento.

Ele conta ainda que, na dé-cada de 30, o racionalismo se

implantava no mundo por meiodas linhas retas, uma expres-são da indústria. “Niemeyerentrou com as curvas. Na épo-ca tínhamos um país agrícola eum brasileiro abriu um novocaminho para o racionalismomundial. Não há como medir asua contribuição, era um avan-ço do modernismo.”

Para reunir um materialconsistente, a pesquisa foi ba-seada em livros lançados e arevista “Módulo”, fundada porNiemeyer em 1955. As decla-radas posições políticas do ar-quiteto é outra característicamarcante de sua trajetória.“Quando desenvolveu um pro-jeto como o do Ibirapuera, porexemplo, ficou clara a preocu-pação da criação de espaçosdemocráticos onde todo mun-do se mistura”, diz Ohtake.

Cerca de 22 países já lan-çaram materiais variados so-bre Niemeyer. Até 2005 forampublicados 53 livros e periódi-cos e 18 filmes de televisão.São 70 anos de atividade.“Basta conviver com Nieme-yer para enxergar nele tudo deinteressante que a gente vê emseu trabalho”, resume o autor.

OSCAR NIEMEYERAUTOR: RICARDO OHTAKE

EDIÇÃO: 1A. EDIÇÃO, 2007IDIOMA: PORTUGUÊS

NÚMERO DE PÁGINAS: 112 PÁGINAS

FORMATO: 11 CM X 18 CM (LARGURA XALTURA)ESPECIFICAÇÃO: OFFSET 90G, 1 COR,BROCHURA

PESO: 110 GRAMAS

PREÇO SUGERIDO: R$ 17,90

Autor fez pesquisas em diversas obras para conceber livro

TAIKÔ

Wadaiko Sho participa degravação de DVD no dia 28

No próximo sábado (28), aequipe profissional de taikô “Wa-daiko Sho” participará da gra-vação ao vivo do primeiro DVD,Tambores do Brasil, do grupo“Meninos do Morumbi”, que éreferência em programa socialno Brasil e no exterior, no Audi-tório do Ibirapuera, no Parquedo Ibirapuera, em São Paulo.

O Wadaiko Sho irá fazeruma apresentação mostrandoa arte da música tradicional emoderna dos tambores japone-ses e depois farão uma exibi-ção em conjunto com os pro-tagonistas da festa. A idéia éunir o samba com a cultura ja-ponesa.

“Tem muita gente que cri-tica essa mistura de taikô esamba, mas dessa maneira,conseguimos atrair o jovempara a própria cultura e conhe-ce as profundezas da arte ja-ponesa”, justifica o professore líder do Wadaiko Sho, SetsuoKinoshita. Ele revela que foidessa maneira que nasceu ointeresse pela percussão nipô-nica. “Fui atraído por essasapresentações e assim, com-preendi a essência por trás da

música”, conta.Ambos os grupos já com-

partilharam o mesmo palco inú-meras vezes. Nesta ocasião, aconvite do diretor da institui-ção, se encontrarão mais umavez. O dvd será gravado du-rante três dias e conta com aparticipação de convidadosilustres como Sandra de Sá,Fanta Kanaté, Mocidade Ale-gre, Nando Reis Falamansa eJorge Durian.

O nome “Tambores do Bra-sil” lembra a importância dapercussão na cultura brasilei-ra e ainda como ferramenta nahistória da entidade. Para eles,são instrumentos para constru-ção da cidadania e dos direi-tos humanos.

LOCAL: AUDITÓRIO DO IBIRAPUERA –PARQUE DO IBIRAPUERA

DIA 27: ÀS 21H – MENINOS DO MO-RUMBI, FANTA KANATÉ E SANDRA DE SÁ

DIA 28: ÀS 17H – MENINOS DO

MORUMBI, WADAIKO SHO, MOCIDADE

ALEGRE E JORGE DURIAN

DIA 29: ÀS 17H – MENINOS DO

MORUMBI, FALAMANSA E NANDO REIS

INGRESSOS: R$30,00 E R$15,00 (MEIA

ENTRADA)

DIVULGAÇÃO

Grupo mostrará diferentes números para gravação de DVD

10 JORNAL NIPPAK São Paulo, 21 de julho de 2007

ESPECIAL/FESTIVAL DO JAPÃO

Osamu Matsuo destaca força dejovens; para 2008, idéia é inovar

Prestes a se completar os100 anos de imigraçãojaponesa, a comissão or-

ganizadora do Festival do Japãojá pensa nas comemorações.Segundo o presidente doKenren, Osamu Matsuo, nesteano a diretoria estudará formasde se montar um evento maisque especial para o ano quevem. “Não se trata necessaria-mente de um laboratório, mas aedição deste ano servirá paramapear o que pode ser melho-rado e o que não deve fazer par-te em 2008”, diz. Um dos pila-res a ser mantido é, segundo opróprio Matsuo, a força dos jo-vens e, possivelmente, um novolocal. Empolgado com a segun-da edição do Festival a ser to-cado pela sua gestão, ele con-firma que organizar um eventode tal porte não é fácil. “Aindamais depois de assumir uma di-retoria que já estava comprome-tida com mais dois anos de even-to. Ou seja, não pudemos modi-ficar quase nada”.

Jornal Nippak – O Festivaldo Japão chega neste anoem sua 10ª edição. Ao longodo tempo, muitas pessoasnão acreditavam que o even-to tivesse tanto tempo devida. O que, então, o públi-co pode esperar nessa edi-ção? E por que fazer em trêsdias e não em quatro, comono ano passado?Osamu Matsuo – Provamosque, independentemente dascríticas, somos capazes de ino-var dentro do Festival do Ja-pão, mesmo com as dificulda-des encontradas e que vinhamde outras gestões. E como tudoque é novo, o público pode es-

perar muita diversidade, sejana área gastronômica, culturalou de expositores. Tenho cer-teza que a 10ª edição do Festi-val ficará marcado como maisum sucesso. Quanto à mudan-ça de dias de evento, decidi-mos que três dias eram ideais,até pelo fato de ser muito can-sativo para os voluntários, es-pecialmente as senhoras doskenjinkais que ajudam nosestandes. Pelas nossas estima-tivas, esperamos 150 mil pes-soas, um verdadeiro recorde depúblico. Isso é a prova de queestamos no caminho certo.

Jornal Nippak – Quais eramas dificuldades que vieramde diretorias antigas?Osamu Matsuo – Não eramnecessariamente problemas,mas sim acertos que fizeramno passado e que não pude-mos mexer. Caso, por exem-plo, do lugar. As pessoas atése acostumaram com o Cen-tro de Exposições Imigrantes,mas trata-se de um local de

HISTÓRIA

Para criar um elo de ligação da cultura japonesa com apopulação, surgia em 1998 a primeira edição do evento

difícil acesso. Por isso, tam-bém, que criamos uma comis-são especialmente para otransporte, com ônibus gratui-tos. Poderíamos pensar emmudar o local, mas como agestão antiga do Kenren jáhavia se compromissado coma realização por dois anos con-secutivos lá no espaço, nadapudemos fazer.

Jornal Nippak – Então, noano que vem o público podeesperar por um novo local...Osamu Matsuo – Vamosver. Terminando essa edição jáestruturaremos o próximo Fes-tival do Japão. Como é o anodo Centenário, temos de pen-sar em algo especial. Até exis-te a possibilidade de se fazerna Imigrantes, pois é um es-paço muito grande e agradá-vel. Mas temos de estudar tudoisso. Novos lugares sempredevem ser pensados. O quepodemos garantir é que seráum evento muito grandioso, aexemplo das próprias come-

morações dos 100 anos.

Jornal Nippak – A cada ano,o Festival tem se destacadopela forte presença de jo-vens como voluntários, al-guns até de outros estados.Em sua opinião, qual o mo-tivo de uma festa nesse for-mato atrair tantos descen-dentes das novas gerações?E por que esse interesse dosjovens não ocorre com ospróprios kenjinkais, sendoque tais entidades é que sãoos pilares do evento?Osamu Matsuo – Esse é umponto que muitos há de se des-tacar. Os jovens são, hoje, umdos que mais se destacam noFestival. Estamos perto de 500voluntários, alguns vindos deestados longes, como Mara-nhão, por exemplo. O motivodisso é que agora começamosa dar abertura a eles, não sãomais apenas “carregadores decaixas”. Eles estão em reuni-ões e ajudam a pensar na es-trutura. É desse tipo de aber-tura que as entidades necessi-tam. Por isso temos tantas pes-soas interessadas em contri-buir, em ser voluntário. Comtoda a certeza posso afirmarque sem os jovens o Festivaldo Japão não sairia do papel.Já os kenjinkais é um proces-so mais complicado. Comoeles não tem uma grandeabrangência nem a divulgaçãocomo o Festival do Japão, nãohá um retorno. Mas isso mudano instante que eles [os jovens]ajudam nos estandes dos ken-jinkais. Cria-se um elo de liga-ção. Assim como é hoje como pessoal mais velho, que sem-pre estão prontos para ajudar.

Matsuo quer Festival de 2008 com o Centenário como tema

DIVULGAÇÃO

A idéia era levar até a gran-de população as principais ca-racterísticas da cultura japone-sa, bem como aproximar os fi-lhos de descendentes. Com osmuitos eventos da comunida-de, era necessário que umaentidade tomasse à frente paramontar um grande festival,com proporções que atingissemnão só os nikkeis, como tam-bém os não descendentes. Naocasião, o Kenren (Federaçãodas Associações de Provínci-as do Japão no Brasil) ficouencarregado de levar adianteum projeto tão ousado.

Com um forte esquema depreparação, a primeira edição doFestival do Japão aconteceu em1998, por ocasião da comemo-ração dos 90 anos da ImigraçãoJaponesa no Brasil. Foi o come-ço de um evento que agradounão só a comunidade – que tra-zia até mesmo caravanas de ou-tros estados – como tambémaqueles que nunca tiveram con-tato com a cultura oriental. Até2001, o evento foi realizado noParque do Ibirapuera, já com oapoio da Prefeitura do Municí-pio de São Paulo, contando comforte repercussão na mídia eapoio do público.

Graças à participação detodos, a festa foi crescendocada vez mais, e a partir de2002, a nova sede do Festival

do Japão passou a ser o pátioda Assembléia, com o apoio daAssembléia Legislativa do Es-tado de São Paulo, tambémlocalizada na região do parquedo Ibirapuera.

Em todos esses anos de re-alização, o festival foi crescen-do e se desenvolvendo em ta-manho, público e abrangênciade atuação. Atualmente, alémde apresentar atividades cultu-rais, educacionais, gastronômi-cas, tecnológicas e que visamo bem estar e a saúde da popu-lação, o evento também contacom o forte apoio de empresase instituições governamentaisdo Brasil e do Japão.

A sétima edição do Festi-val do Japão superou todas asexpectativas, reunindo públi-co de 400 mil pessoas nos trêsdias de evento, com o tema“Espírito Samurai” e novida-des como o Espaço das Cri-anças, e a arrecadação dedoações para o programa“Padarias Artesanais” do Fun-do Social de Solidariedade doEstado de São Paulo.

Devido ao aumento do pú-blico, o Festival do Japão pas-sou a ser realizado no Centrode Exposições Imigrantes, es-trategicamente localizado nazona Sul de São Paulo. Por con-ta de um acordo de concessãofirmado entre o Kenren e a

Secretaria da Agricultura doEstado de São Paulo, o localfora cedido de forma especial.

O novo local oferece infra-estrutura completa, facilidadesno transporte e instalações denível internacional. O público

que prestigia o Festival do Ja-pão tem mais comodidade,conforto e tranqüilidade, epode participar ativamente dasmostras e exposições do even-to, que terá o tema principal“MatsuriI”.

MARCELO VITTORINO

Apresentações culturais chamam a atenção de público

PROGRAMAÇÃO DE SHOWSDO FESTIVAL DO JAPÃO

PROGRAMAÇÃO PALCO PRINCIPAL

SÁBADO 21 de julho de 2007

Apresentadores: Jorge Suzuki/Eliane Matsuda/Érika Murata

10h15 – Ass. Prov. Kagawa do Brasil - Dança Folclórica -Seto Ôhashi-Ondo

10h20 – Ass. Nipo-Bras. de Mimbu Saraodori de RibeirãoPires - Dança Folclórica - Nanchu Soran Taiko

10h40 – Karate Kyokushin Oyama - Artes Marciais - Karate11h00 – Ass. Yamanashi Kenjinkai do Brasil - Dança Fol-

clórica - Koshu Bom-Odori11h15 – Atração Internacional - Show cantora japonesa

Shizuka Uehara11h35 – Wadaiko Sho Setsuo Kinoshita Taiko Group - Taiko12h00 – Cerimônia de Abertura - Carlos Takahashi13h00 – Kagura / Hiroshima - Teatro13h55 – Atração Internacional - Show cantora japonesa

Mariko Nakahira14h20 – Soc. Beneficente Casa da Esperança - Kibô-No-Iê

- Musicoterapia dos internos15h00 – Requios Geinou Doukoukai - Okinawa Taiko15h30 – Atração Internacional - Show cantora japonesa Yumi

Inoue16h05 – Associação Kenko Taisso do Brasil - Dança/ginás-

tica Kenko Taisso16h20 – Associação Hokkaido de Cultura e Assistência -

Dança Folclórica - Sagamihara Ondo16h30 – Ryuku Koku Matsuri Daiko - Taikô Okinawa17h00 – Miss Festival do Japão - Kendi Yamai20h00 – Encerramento das atividades

DOMINGO - 22 de julho de 2007

Apresentadores: Jorge Suzuki/Eliane Matsuda/Érika Murata

10h10 – Associação Kyoto do Brasil - Música Instrumental- Koto e Shakuhachi (Uguisu)

10h20 – Nara Kenjinkai / Buyo Kyoshitsu - Dança Folclóri-ca - Shin Nara Ondo

10h30 – Associação Fukushima Kenjin do Brasil - DançaFolclórica - Shibu (dança com leque e espada)

11h00 – Fundação Japão - Qioguem - Teatro Cômico11h10 – Atração Internacional - Show cantora japonesa

Shizuka Uehara11h30 – Bujinkan Hattori Dojo - Artes Marciais - Bundoh

Taijutsu Ninjutsu12h00 – Tottori Kenjin do Brasil - Dança Folclórica - Kaiga-

ra Bushi Te Odori12h05 – Tottori Kenjin do Brasil - Dança Folclórica - Shan

Shan Kassa Odori12h25 – Atração Nacional - Show cantora Karen Ito12h45 – Ginken Shibu Iai - Dança Folclórica - Kayokai13h10 – Brasil Hyogo Kenjinkai - Dança Folclórica - Hyogo

Ondo13h20 – Grupo Awaodori Represa - Dança Folclórica - Awa

Odori13h45 – Atração Internacional - Show cantora japonesa

Mariko Nakahira14h05 – Associação Beneficente de Osaka Naniwakai -

Dança Folclórica - Canção do Imigrante14h40 – Atração Nacional - Show cantor Joe Hirata15h05 – Iwate Kenjinkai - Taikô Raijin15h40 – Atração Internacional - Show cantora japonesa Yumi

Inoue16h00 – Apresentação das Vencedoras do Miss Festival do

Japão - Kenji Yamai16h10 – Federação dos Clubes Nipo-Brasileiros de Anciões

- Dança Folclórica - Bon Odori16h30 – Yamagata Kenjin-Kai - Música Folclórica - Shami-

sen com banda16h50 – Associação Centro Social Tochigui do Brasil - Dança

Folclórica - Nikko Waraku Odori17h00 – Sekishikan Moriyama Dojô - Arte Marcial - Karatê17h20 – Miyazaki Kenjinkai - Dança Folclórica - Shin Roka

- Dankuzushi17h25 – Genbunkan Nenriki Dojo - Artes Marciais Ninjutsu

Genbunkan - Nenriki Dojo17h45 – Grupo Kyorakuza Harmonia Taiko - Taiko18h00 – Encerramento das atividades

*Programação sujeita a alterações

São Paulo, 21de julho de 2007 JORNAL NIPPAK 11

Provincia Prato Principal Pratos SecundáriosIbaraki Uzura No Yakitori Renkon Yakitori, Harumaki, Pasteis de RenkonTokio Kaminari Yakisoba Karaagê Seto (Frango a Passarinho)Hiroshima OkonomiyakiFukui Etizen Oroshi Soba PasteisMiyazaki Sono Manma Bentô Dorayaki, Tako Yaki, Gyoza, Tikin NambanNagano Moti feito na hora Nozawana-zuke, Nattou,Kaki SorveteEhime Ehime-Tarto Teriyaki, Kare RiceOkayama Kibidango Matsuri Zushi Hiruzen Okowa Kinoko YakiIwate Moti Udon, GyozaHokaido Yakinishin YakiikaChiba Yakisoba Sushi, GuiozaKagoshima Karukan Manju Satsuma Ague, Churrasquinho, Guru UdonYamanashi Houtou (Udon do Samurai)Saitama Yakitori Gyudonkare Rice, OshirukoNiigata Sassadango Moti, Itigo Udon, Kare UdonIkoi No Sono Yakisakana Teishoku Kakigori, Wataame, Sakepirinha, YakinikuKodomo No Sono Yakisoba Kaki Ague Tempura, SorveteFed. de Sakura Yakisoba Sakura Motie Ipê do BrasilKibo No Iê Pasteis de Sonho Salada de FrutasYassuragui Home Kaki Ague Tempura GyozaAichi Tempura Udon Zenzai, Tempurá, MotiSaga Tempura de Sorvete Curry Rice, PasteisFukuoka Hokata Okowa Tidori ManjuTochigi Yakisoba Tochigi Kampio, Norimakin Amazaki, GyozaIshikawa Hijiki Okowa Sakura Moti, Sanchoku Ohagui, SekihanKochi Yakisoba Katsuo Tataki, Udon c/ Moti, Muchi, Sakura MotiFukushima Tempura de Sorvete Kita Kato Lamen, Yakitori, Yassu TsukemonoOsaka Kansai Yakisoba Udon, Makizushi, TempuraOita Dangojiru Hoshigaki, TorimeshiTokushima Tokushima Lamen Kambutsu, Frutos do Mar Seco, Katsuo TatakiHiogo Tako Yaki Tai Yaki, Sake, SakepirinhaYamaguchi Bari Bari SobaKioto Mitarashi Dango Shibazuke Hanaume e de Ameixa, Tempura de Sorvete,

Rooru-keekiYamagata Shissomaki Hozonshoku Manju,Hashiziki, Kosushiruki Komnhaku, Missô, Kakigori,Okinawa Okinawa Soba Sata Andagui (Bol. Felic.) Misso, Doce Japones, Merengue,

Oniguiri e BentoWakayama Kansaifu OkonomiyakiAkita Kiritampo Sakê, Yasui Kassuzuki, Sakepirinha, AmazakeShimane Yakisoba Tempura de PeixeKumamoto Karashi Renkon (Raiz Taipien, Bentô, Ohagui, Manju, Shokuriimu

de Lotus Recheado)Gunma Tokoroten Tempura, Ebi Tempura, SushiShiga Risoto de Vongole Mabodoofu Domburi, Shiu Creen, GyozaNara Kaki no Hazushi Oshiruko, Rice Curry, Sanduiche de LinguiçaAomori Maçã Suco de Maçã, Produtos de MaçãMiyagui Taizen Yakisoba Gyutan BentoNagazaki Nagazaki Udon Ebi no KushiakiShizuoka Unagi Kaba Yaki, Shintia, Oden Kanzumi, Tempura

(Enguia Defumada)Mie Tekone Zushi Salada de Frutas c/ Cobertura de Chocolate, Itigo DaifukuTottori Tempura Daisem Okowa, UdonPL Tonkatsu (Milanesa de Anmitsu (Sorvete de Creme, Ankô, Frutas, Kanten

Carne de Porco), Bento e Calda de Açucar)Yuba Senmaizuke Tesukari Misso, Yuba no SambutsuAozora Enkio Oden Yakitori, Sake

10º FESTIVAL DO JAPÃO – GASTRONOMIA

FESTIVAL DO JAPÃO/CULINÁRIA

Gastronomia variada é destaqueà parte do Festival nos três dias

Em 2007, a comissão deGastronomia registraque o número de ken-

jinkais (associações de provín-cias japonesas) que aderiramà festa é o mesmo de 2006,com 42 estandes, oferecendomuitas opções de pratos típi-cos aos visitantes.

Durante o Festival do Ja-pão, pratos como o sasadango(doce embrulhado com bam-bu), o houtou (sopa dossamurais) e o okonomiyaki(pizza japonesa) serão ofere-cidos pelas associações dasprovíncias de Niigata, Yama-

nashi e Wakayama, respecti-vamente.

Além de atrair o público, amaioria dos pratos possui gran-de importância cultural e his-tórica para o Japão, como é ocaso do sasadango, um bolinhode arroz preparado com a erva“yomogi”, que é recheado comankô (pasta de feijão azukidoce) e embrulhado em folhade bambu (sassa).

As folhas de bambu preser-vam o alimento fresco e a erva“yomogi” facilita a digestão.No século XVI, época em queaconteceram várias batalhas

entre os feudos e a alimenta-ção era escassa, o sasadangofoi muito consumido pela po-pulação e pelos soldados.

O houtou, uma massa ca-seira com legumes, inhame etemperado com missô, tambémé um prato histórico. Conheci-do como “sopa dos samurais”,essa delícia foi difundida porTakeda Shinguen, líder samu-rai que tentou unificar o Japãona época das guerras internas.

Conhecido como “pizza ja-ponesa”, o okonomiyaki é umadas comidas mais popularesno Japão. Trata-se de uma

massa grelhada em forma depanqueca, recheada comiguarias finas como o peixekatsuo (bonito) seco, mini-ca-marões secos, ovos, bacon,maionese, batata-frita palha erepolho picado, entre outrosingredientes.

Segundo Celso Nagayassu,responsável pela comissão deGastronomia, “o Festival doJapão é uma das poucas opor-tunidades para o público pro-var pratos típicos e tambémconhecer a história e a impor-tância desses pratos para asprovíncias japonesas”, explica.

Pratos como o okonomiyaki e o sasadango serão preparados pelos 42 kenjinkais espalhados pelo Festival do Japão

FOTOS: DIVULGAÇÃO

O Espaço Gastronômico do 10º Festivaldo Japão traz a oportunidade de um contatodireto com a culinária japonesa, oferecendotodas as dicas e segredos para o preparo doarroz para sushi, temaki, tempurá e muitomais.

Nesta edição, a Sakura Nakaya e o Festi-val do Japão se unem novamente para uma

parceria em prol da divulgação da cultura e da culinária japo-nesa com um estande exclusivo de gastronomia e workshops(programação sujeita a alterações)

DIA 21 (SÁBADO)Das 11 às 12h – Okonomiyaki e sake Ever quente commaçã, canela e gengibreFabiana Bueno - Faculdade HotecDas 13 às 15h – Picanha grelhada ao tempero de missô,mochi gome, manju, wasabi, ankake e berinjela fritaShin Koike - Restaurante AizomêDas 16 às 18h – Yakissoba, yakitori, sunomono, missoshirue shiitake na manteigaLuis Fernando Perin - Universidade Anhembi MorumbiDas 19 às 20h – Tempurá e carne de soja xadrezEiko Kina - Escola de Culinária Eiko M. Kina

DIA 22 (DOMINGO)Das 11 às 12h – Costela com missô e fusilli ao molho deshiitake KenkoAndré Meana - Programa Receita Minuto (Rede Bandei-rantes)Das 13 às 15h – Namorado grelhado com molho de missô,tartar de salmão com creme de tofú, mangericão, Sakura,wasabi e gengibre, shimeji e shiitake batayakiAdriano Kanashiro - Restaurante KinuDas 16 às 17h – Rolinho primavera (doce e salgado) e sala-da orientalMarcos Hama - SenacDas 18 às 20h – Drinks com Sake Ever / Flayr (malabaris-mo com garrafas)Elvis Campello - Faculdade Hotec e Senac

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO DO ESPAÇOGASTRONÔMICO DO FESTIVAL

Aos pais que querem visi-tar o Pavilhão de ExposiçõesImigrantes mais sossegados oumesmo os que querem dar umdescanso para os filhos, o 10ºFestival do Japão contará no-vamente com um espaço ex-clusivo para as crianças. AÁrea da Criança atenderá opúblico gratuitamente nos trêsdias do evento, no Centro deExposições Imigrantes.

Para o coordenador Ale-xandre Tamanaha, o espaçoserá um sucesso. “Teremosmuitas novidades, e o públicoinfantil vai aprender um poucosobre a cultura japonesa deuma forma divertida e gosto-sa”, explica.

Contando com espaço de530 m², as atividades estarãodivididas em oito áreas: Nar-ração de Contos e Lendas ja-ponesas; Pintura & Arte; Ori-gamis; Mini Festival das Estre-las; Brinquedos Tradicionais

Beleza, elegância, desen-voltura, simpatia e envolvimen-to com a cultura japonesa sãoas cinco categorias pelas quaisas candidatas da 5ª edição doconcurso Miss Festival do Ja-pão serão avaliadas neste ano.

O concurso Miss Festivaldo Japão 2007 acontece nosábado, dia 21 de julho, no Pal-co Principal do 10º Festival doJapão, que traz diversas atra-ções culturais durante os trêsdias do evento.

Segundo o coordenador doMiss deste ano, Kendi Yamai,a intenção é promover um con-curso com garotas das mais di-ferentes regiões do Brasil.“Para comemorar o 99º aniver-sário da imigração japonesa,queremos realizar um grandeconcurso, com participantes devárias localidades, e para issoconvido todas as associaçõesnikkeis do Brasil a inscreverem

Área das Crianças é alternativa segura paraos pais e também para os pequenos

Japoneses; Labirinto do Jizô-Sama; Hanami; Pintura deRosto e Concurso de Sorriso.

O Mini Festival das Estre-las é uma atividade criada ex-clusivamente para a Área daCriança. O Tanabata Matsurié um dos festivais de origem

oriental mais conhecidos noBrasil. Seu grande reconheci-mento tem base na combina-ção da lenda do festival, soma-do à decoração colorida dosenfeites e da esperança dospedidos que são feitos duranteeste festival.

Crianças podem se divertir à vontade durante o Festival

DIVULGAÇÃO

Miss Festival leva beleza e simpatia ao evento

Concurso é uma das atrações mais esperadas pelo público

ARNE LEE

suas candidatas. Afinal, no anopassado, as primeiras coloca-das vieram de cidades distan-tes da capital de São Paulo,como Campo Grande, Londri-na e Oswaldo Cruz”, lembraYamai.

A divulgação do resultadodo concurso e a premiação

das finalistas acontecem nodia 21 de julho, logo após odesfile das 17 horas. No do-mingo, 22 de julho, asfinalistas do concurso MissFestival do Japão prestigiamas festividades cumprimen-tando o público presente aoevento.

Adriana M. do Nascimento TakeutiAlessandra Naomi OskataAline Hiromi Tanji TakahashiAline TakazoneAmanda Silveira OyamaAmanda Trovatto de AndradeAna Paula Litholdo OhamaBruna Cristine AmaralCamila Rabelo OgasawaraCaroline UenoCassia Tomie NakajimaDaniela Yuri B. Koshikumo AlbertoniDaniele Hayashi MonstansElys MarcondesÉrica Yumi Secco

Flavia Mayumi Lamera HigaIngrid OuchiJacqueline Hikari Santos SatoKelly Kiyomi MatsumuraLya Cristina SakumaMarcia TakaokaMichele Hayashi MonstansMina IsotaniNatassia Tamie Ferreira IwataNathalia Monteiro IkumaPaula OkumaPriscila OkumaTamiris De Abreu MommaTatiane Tamy KooroVanessa Fujihira

Classificadas - Miss Festival Do Japão 2007

12 JORNAL NIPPAK São Paulo, 21 de julho de 2007

FESTIVAL DO JAPÃO/GERAL

Festival do Japão espera por 150 mil pessoasneste fim de semana em São Paulo

Omaior evento relacio-nado à cultura japone-sa no Brasil, o Festival

do Japão, promete levar todaa riqueza da cultura japonesaneste fim de semana, em SãoPaulo. Em sua 10ª edição, afesta promete revigorar no for-mato e bater recorde de públi-co. Neste ano, são esperadosnada menos que 150 mil pes-soas em três dias de festa, nosdias 20, 21 e 22 de julho. Issopara os mais pessimistas. Paraos otimistas, o público espera-do é de nada menos do que200 mil pessoas. A organiza-ção, mais uma vez, é do Kenren(Federação das Associaçõesde Províncias do Japão no Bra-sil).

Diferente do ano passado,quando foi realizado em qua-tro dias, desta vez o Festivalvolta ao formato original de trêsdias. A mudança, segundo osorganizadores, deve-se a me-lhor dinamização, tanto de pú-blico quanto de participantes eexpositores.

Segundo o presidente doKenren, Osamu Matsuo, nas-cido na província de Fukuoka,o evento é uma oportunidadede união para a comunidadenipo-brasileira. “Estamos con-tando com a presença dos jo-vens e de colaboradores impor-tantes, na organização desseFestival. É emocionante verque esses jovens se dedicama servir à sociedade, de umamaneira que orgulha toda co-munidade”, afirma.

“Nosso principal objetivo éunir as nossas forças, acredi-tar nos colaboradores, estabe-lecer novos contatos, para re-

alizarmos um Festival cada vezmelhor, completo, com novida-des e transparência”, comple-ta Keiji Kato, presidente daComissão Executiva do 10ºFestival do Japão.

Todos os anos, é uma tra-dição do Festival do Japãoescolher um tema principal,que é utilizado para criar, ins-pirar e desenvolver todo oevento. Em 2007, o tema es-colhido é a “Beleza do Ja-pão”. Serão montados naárea cultural os estandes paraas 47 províncias japonesas,apresentando pôsteres e rico

material sobre cada região doJapão, com o objetivo de di-vulgar pontos turísticos e asbelas tradições culturais decada província.

Diferenciais – Como todos osanos um tema é escolhido, des-ta vez a “Beleza do Japão”será destacada pela presençade uma decoração mais mo-derna. Segundo OsamuMatsuo, com a ajuda de pro-dutores rurais, o Festival doJapão deste ano ganhará a pre-sença de plantas e flores.

“Todos os anos temos de

repensar no formato do Festi-val. Claro que não dá paramudar tudo de uma hora paraoutra, pois a estrutura básicajá está planejada. Mas, comidéias inovadoras, tentamossempre trazer alguma novida-de”, destaca o presidente doKenren.

Outra esperança é – comoem todos os anos – contar coma ajuda de São Pedro. “Toma-ra que o tempo ajude. Por issovamos rezar para que o tempofique bom, pois aí sim será umafesta perfeita. No ano passa-do tivemos um clima agradá-

vel e a presença de pessoasde variadas partes do Brasil.Em 2007 esperemos tudo issoe muito mais”, finaliza o otimis-ta presidente do Kenren.

10º FESTIVAL DO JAPÃODATA: 20, 21 E 22 DE JULHO DE 2007LOCAL: CENTRO DE EXPOSIÇÕES

IMIGRANTES

RODOVIA DOS IMIGRANTES, KM 1,5,SÃO PAULO

ÔNIBUS GRATUITO NO METRÔ JABAQUARA

SITE: WWW.FESTIVALDOJAPAO.COM

INGRESSOS: R$ 5,00 (ENTRADA

GRATUITA PARA IDOSOS ACIMA DE 65ANOS E CRIANÇAS ATÉ 8 ANOS)

Palestras voltadas paradekasseguis ganham

destaque

O 10º Festival do Japão temuma programação direcionadaaos dekasseguis. O Sebrae(Serviço Brasileiro de Apoio àsMicro e Pequenas Empresas)participa do evento como pa-trocinador e com um estandede 200 metros quadrados divi-dido em dois diferentes ambi-entes. Um deles será destina-do ao trabalho de atendimentoaos dekasseguis e conta com apresença de quatro consultoresdo Sebrae para esclarecer dú-vidas e dar orientações. O ou-tro espaço é um auditório ondeacontece hoje (21) e amanhã(22) um ciclo de palestrasgerenciais com temas voltadosa gestão de negócios.

Com apoio da JapanFoundation e da AssociaçãoKanagawa Kenjinkai do Bra-sil, a ABC Japão convidou pes-quisadores e especialistas resi-dentes no Japão para apresen-tarem uma série de palestrasintituladas “A outra face doCentenário – 20 anos de histó-ria dos brasileiros no Japão”.

Os palestrantes são o pro-fessor da Universidade deMusashi, Ângelo Ishii, que temacompanhado o fenômeno de-kassegui desde o início doboom, no final da década de80; Nanci Lissa Miyagasako,brasileira que se formou emuniversidade no Japão; e opedagogo Carlos Shinoda, umdos pioneiros na pesquisa so-bre a questão educacion al dascrianças brasileiras no Japão.