das
Divas & Lord’s FOREVER
Traduzido e Revisado do Inglês e Espanhol
por Fãs
Tradução e 1º Revisão:
*Lunna & *Helena
2º Revisão, Leitura Final e Formatação:
*Lunna & *Divas Rosa
Notas de Christine
Eu sempre tive a certeza de Vittorio e como seu
personagem seria e iria se desenvolver. Ele sempre
foi muito claro e forte em minha mente. Foi Grace
quem me surpreendeu. Ela cresceu em um orfanato
e teve dificuldade enquanto crescia. Ela é uma
sobrevivente. De muitas maneiras, ela cresceu forte
e independente. De certa forma, ela realmente só
não queria estar no comando de tudo o tempo todo.
Eu acho que muitos de nós são assim. Queremos
nossa independência e somos fortes na maioria das
áreas, mas às vezes queremos apenas uma ruptura
com a constante responsabilidade e estresse. A
mistura foi perfeita para Vittorio.
Eu realmente gostei de escrever os vilões neste
livro. Sim vilões. Como em mais de um. Um vilão, em particular, até me assustou! Este é um dos
Livro 4
Copyright©2019
O perigo inspira uma feroz paixão quando um serial killer ameaça a família do crimeFerraro de Chicago, neste romance da série best-seller do New York Times, de ChristineFeehan.
Vittorio Ferraro é um homem cuja lealdade familiar não conhece limites. Ele morreria por seusirmãos e as pessoas que eles amam, mas o que ele realmente quer é começar uma família própria.No fundo, Vittorio sempre soube que encontrar uma mulher que pudesse montar sombras seriaquase impossível—
quanto mais alguém que pudesse aceitar suas necessidades particulares—e ele nunca esperouencontrá-la no meio de um sequestro …
Grace Murphy sempre foi atraída por Vittorio Ferraro—ou pelo menos para a personalidadepública de bad boy do bilionário. Agora que ela está sob sua proteção e o único foco de seuintenso cuidado, ela não pode deixar de querer chegar o mais perto dele possível. Mas Gracesabe que sua presença está colocando toda a família Ferraro em perigo. Seu monstro de umirmão nunca a deixará ir, mas Vittorio não tem intenção de perder a mulher cuja sombra combinacom a sua.
Capítulo 01
Vittorio Ferraro estava parado nas sombras, a pele arrepiada pela necessidade de se mover. Algoestava errado. Não apenas errado. Fosse o que fosse que estava
deixando seu estômago revolto, ele nunca tinha sentido
essa urgência de encontrar a fonte do problema como ele
fez naquele momento.
Ele chegou em casa do trabalho exausto. O trabalho
tinha sido em Los Angeles desta vez. Ele tinha estado lá várias vezes, mas está em particulartinha sido um banho de sangue. Ele era um cavaleiro das sombras, um dos
poucos existentes em todo o mundo. Com isso vinham enormes responsabilidades e sigiloabsoluto. Ele tinha começado sua formação com a idade de dois e continuou
por todos os dias de sua vida desde então. Agora, depois de fazer justiça em Los Angeles, eleficara mais do que
feliz em voltar para casa. Sua casa era seu santuário, e, geralmente, uma vez lá dentro, sentia paz,não está terrível sensação de desgraça iminente.
Ele não tinha sido capaz de afastar a sensação, então se vestiu e seguiu o medo escuro que sefortalecia enquanto se aproximava da boate que sua família possuía. O Ferraro Club estava empleno andamento, a
música alta, o riso e a conversa misturando-se com a energia da música.
A discoteca era a mais popular de Chicago e as pessoas ficavam nas filas, às vezes por horas,pela chance de entrar. Celebridades frequentavam o Ferraro Club, e sempre havia a possibilidadede que se pudesse
pegar um vislumbre de um membro da famosa família Ferraro. Esta noite, o lugar estava lotado.
Como regra, a sua família não tinha por hábito interferir no funcionamento do clube—tinhamgerentes que dirigiam o lugar muito melhor do que qualquer um deles
poderia—mas eles apareciam quando precisavam ser visíveis. Os paparazzi sempre fervilhavamao seu redor
deles, dando a eles melhores álibis por seu trabalho do
que qualquer outra coisa poderia. Neste momento, a visibilidade era a última coisa que Vittorioqueria. O
sentido de urgência estava ficando mais forte, não mais
fraco, e isso significava que ele precisava encontrar o que
estava errado e corrigi-lo antes que fosse tarde demais.
Algo estava aqui. Em seu clube. Perto agora.
Ele se moveu de sombra em sombra sem ser visto.
Foi um processo lento e seu corpo já estava rasgado por
fazer exatamente isso em Los Angeles. Ainda assim, não
se tratava de trabalho. Não se tratava de trazer justiça aos criminosos que ninguém mais poderiaalcançar. Isto era
sobre os nós em seu intestino que enrolavam mais e mais, e parecia pessoal. Muito pessoal. Eisso por si só foi chocante.
Vittorio era o maior dos homens Ferraro. Ele era alto,
de ombros largos e muito em forma, como todos os cavaleiros tinham de ser. Ele também era umhomem que
se conhecia muito bem. Toda força. Cada falha. O que ele queria na vida, o que ele precisava—
ambos eram impossíveis, e ele aceitou que nunca teria esposa e família como seus irmãosStefano, Ricco e Giovanni.
Mesmo Taviano tinha uma chance muito melhor do que
ele jamais teria. Era apenas este sentimento crescente de que este presságio de problemas estavaconectado a ele
pessoalmente.
Ele era um homem à parte—mesmo dentro de sua família, ele permanecia distante. Talvez todoseles fizeram. Era possível que suas mulheres fortalecessem a
conexão entre eles de alguma forma. Certamente, Francesca, a esposa de Stefano, o fez. Vittorioa amava—
todos eles a amavam—mas, ao mesmo tempo, isso apenas enfatizava sua solidão.
Ele sabia que seria quase impossível encontrar uma
mulher que ele pudesse amar do jeito que ele precisava
amá-la. Encontrar uma mulher que pudesse montar nas
sombras era extremamente difícil, mas encontrar alguém
que se adequasse às suas peculiaridades, isso era pedir
demais. Ele sabia que as chances não estavam a seu favor.
Os cavaleiros das sombras eram obrigados a ter filhos, por isso, se eles não fossem casados comuma mulher adequada até uma certa idade—uma que ele estava se aproximando—um casamentoarranjado
seguiria. Para um homem como Vittorio, isso seria um desastre total.
Por um momento ele ficou nas sombras observando
as mulheres dançando, sabendo que nenhuma delas iria
tolerá-lo como um parceiro de vida jamais. Tinha que encontrar uma mulher que tivesse agenética para produzir crianças capazes de montar nas sombras e que
exercessem o seu trabalho. Essa era a sua obrigação. Ele nunca poderia simplesmente seapaixonar, ele tinha que
se apaixonar pela pessoa certa. As chances dessa descoberta eram tão pequenas, que a maioriados cavaleiros nunca acreditaram que isso poderia acontecer.
Para Vittorio, as chances eram ainda menores. Ele não queria uma parceria tradicional. Ele nãotinha esse
tipo de personalidade. Ele precisava que sua mulher confiasse nele implicitamente e lhepermitisse cuidar dela.
Em cada aspecto de sua vida. Onde, no mundo moderno,
uma mulher assim poderia ser encontrada? Isso seria impossível também. Duas impossibilidadessignificavam que não iria acontecer para ele. Ele estaria em um casamento arranjado e sem amorpelo resto da vida.
Ele suspirou e voltou sua atenção para o sussurro de
perigo iminente que o atraíra para o clube. O Club tinha três níveis. O nível superior eraextremamente caro, mas proporcionava mais privacidade. A maioria das
celebridades ficavam lá para festejar. Os guarda-costas eram predominantes e a segurançaaltamente treinada do
clube também era visível. O terceiro nível não era um lugar que Vittorio esperasse ter algumproblema real, mas todos os seus instintos o apontavam nessa direção.
Ele esperou a música mudar e o show de luzes começar. As cores dançantes projetam todos ostipos de
sombras por todo o grande clube, dando-lhe muitas opções. Ele escolheu uma sombra quecortava o bar no
patamar do segundo nível e ziguezagueou até o nível mais alto, onde os Ferraros mantinham umamesa reservada apenas para a família.
Ele entrou em uma faixa fina e escura e
instantaneamente seu corpo foi sugado para dentro do tubo, separado e arremessado através demesas e cadeiras até duas escadas em espiral até o nível superior.
De pé na boca do tubo, ele precisou de alguns segundos
para sentir seu corpo como se tivesse voltado a ficar juntos. Havia sempre a sensação de náuseaque vinha com viagens rápidas, de ser separado e montado de volta
juntos.
No momento em que Vittorio estava no último andar, a
sensação de conspiração, de perigo tornou-se
avassaladora. Ele se fechou ao barulho e se concentrou
no sentimento de angústia. De um destino condenado. Na terceira mesa depois da exclusiva dosFerraro estavam três homens. Ele reconheceu dois como executores da família Saldi. Apenas vê-los em seu clube fez com que os nós em seu intestino se apertassem.
Ninguém podia manter as drogas fora de um clube,
mas eles não permitiam vendas lá. Os Saldi, uma notória
família do crime, trouxeram drogas e as venderam nas ruas e becos e seus aliados nas festasparticulares dos
ricos. Qualquer tipo de droga que alguém pudesse possivelmente querer, eles forneciam. Masnão em um clube Ferraro. Era uma das poucas coisas que os Saldis
sabiam e por que os Ferraros acabariam em guerra com
eles.
Os Saldi eram reconhecidos como um ramo da maior
família do crime nos Estados Unidos. Giuseppi Saldi era o líder reconhecido e foi certamente omaior chefão do crime em Chicago. Esses homens, em particular, trabalhavam
para seu irmão, Miceli Saldi. A grande questão era: por que dois dos executores de Saldi estavamsentados na boate Ferraro fazendo um acordo com um viciado?
Claramente, eles estavam fazendo negócios de todos os
tipos. Os executores de Saldi se misturavam, com seus
ternos caros e relógios Rolex, mas o homem que estava sentado na frente deles estava, emcomparação, em roupas desgrenhadas que já tinha visto dias melhores.
Vittorio teria que revisar as fitas de segurança. Havia
certos protocolos no lugar. Cada porteiro, cada segurança e cada guarda de segurança deveriamestar familiarizados com os Saldis e seus funcionários. Se eles entrassem na
boate, a família Ferraro seria informada imediatamente.
Isso não tinha acontecido.
O fato de os dois executores de Saldi estarem na seção VIP do terceiro nível e ninguém ter ligadopara um membro da família para avisá-los acrescentou um pecado
adicional contra as medidas de segurança do clube—ou
os Saldis pagaram alguém alto o suficiente na gestão da
boate que eles foram capazes de esgueirar-se. Se fosse
esse o caso, a quem mais eles haviam permitido entrar?
Vittorio precisava se movimentar e ouvir as conversas.
A venda de drogas sempre seria um problema em clubes
de todo o mundo, mas os Saldi descaradamente vender
na boate Ferraro começariam uma guerra que ninguém
queria, e não fazia sentido.
Vittorio ficou nas sombras e aproximou-se o máximo possível para ouvir a conversa sobre oritmo acelerado da música. Ele reconheceu Ale Sarto e Lando Gori, os principais executores deMiceli Saldi. Se um ou ambos aparecerem à sua porta, as chances eram de que você
não sobreviveria ao encontro. Estavam vestidos de terno e pareciam elegantes e bonitos, masVittorio vira o trabalho deles. Não havia nada remotamente civilizado ou benevolente no que elesfaziam aos seres humanos. Eles
não seriam enviados em uma pequena missão. Nunca.
— Ela vale cada centavo do dinheiro, —o estranho em roupas desgrenhadas assegurava. Ele secontorceu algumas vezes, mas manteve contato visual direto.
Qualquer pessoa sentada com Sarto e Gori deveria
estar intimidado, especialmente um cafetão sem valor que parecia estar falando sobre suaprostituta.
Ale Sarto engatou a frente. — Você está empurrando
a sua sorte, Haydon. O serviço dela é para as suas dívidas passadas, e não para as novas.
Vittorio reprimiu um gemido de aborrecimento. Os Saldis haviam chegado ao ponto mais baixode todos os
tempos, negociando prostitutas no Clube Ferraro. Ele não
se afastou, seu intestino ainda gritando com ele. Nada fazia sentido na pequena conversa que eleouvira.
Executores de alto nível, como Sarto e Gori, não se envolviam em assuntos mundanos comoadquirir outra prostituta para os estábulos de Saldi.
— Eu posso levá-la a ver a razão e ir junto com você sem nenhum problema, —Haydonrespondeu. — Ela fará o que eu disser. —Ele despejou confiança em sua voz. —
Isso vale mais que duzentos e cinquenta mil.
Lando Gori recuou e prendeu Haydon com olhos frios
e mortos. — Você realmente está empurrando a sua sorte. Vamos levá-la hoje à noite, e essanova porcaria que você está tentando puxar vai matá-lo. Aceite o acordo eliminando sua dívidaanterior pelos serviços da mulher e vá embora. Nós não precisamos de você. Podemos pegá-
la a qualquer momento e simplesmente excluir você da transação por completo.
Haydon recostou-se imediatamente e jogou as mãos
para o ar como se estivesse se rendendo. — Tudo bem.
Tudo bem. Mas pelo menos fale com ele sobre a possibilidade de me dar um crédito de duzentose cinquenta mil dólares. Eu trouxe o acordo para ele.
Lando se levantou, terminando a conversa. — Você não trouxe o acordo para ele, Haydon. Elenão lhe deu escolha. A mulher, ou nós quebramos todos os ossos do seu corpo. Pessoalmente, euacho que deveria ser ambos, mas ele é um homem compassivo.
— Onde ela está? —Ale Sarto exigiu, em pé também.
Haydon deu um sorriso, revelando dentes escuros e
manchados. — Ela não era tão cooperativa quanto eu gostaria, e eu não acho que ela fosse sesentar na mesa para negociações, por isso a escondi em um lugar seguro.
— Você é um idiota mentiroso, Haydon. Você acabou
de nos dizer que ela faria qualquer coisa por você. Agora ela não está sendo cooperativa. Qualé? —Lando continuou.
Vittorio endureceu. Isso não soava como se a mulher
estivesse a par do que estes homens tinham dito. Pior,
não soava como se ela estivesse de alguma forma cooperando.
— É melhor você não estar jogando, Haydon, —Ale advertiu. — Vamos. Eu quero vê-la agora.
O sorriso arrogante de Haydon desapareceu quando
ele também se levantou. — Você não entende. Grace
faria qualquer coisa por mim, mas ela pode ser teimosa.
Às vezes ela precisa de um pouco de persuasão.
Lando Gori estendeu a mão e puxou Haydon para perto. — Pare de parar e comece a andar.Podemos ser muito persuasivos se a situação exigir.
Vittorio montou as sombras descendo pelas escadas
em caracol para a pista de dança principal, mantendo os
três homens à vista em todos os momentos. Eles claramente se dirigiam para a saída maispróxima. Ele teceu o seu caminho através das sombras, optando por
sair por uma porta privada que ele conhecia no canto mais escuro do estacionamento. Oestacionamento reservado a
família estava na frente dele, vazio, claro, e ele tinha montado as sombras lá, não querendo queninguém sabesse que ele estava por perto.
Os três homens que ele seguiu estavam no meio do
estacionamento à sua esquerda. Eles pararam ao lado de
um Honda velho1 e batido. Haydon se abaixou e destrancou o porta-malas.
A respiração de Vittorio vaiou entre os dentes. Ele não
era um homem de ficar com raiva. Não estava em sua
1
Honda antigo com porta malas fechado.
natureza. Normalmente, ele era o pacificador, o buscador de soluções. Ele viu Haydon recuar.Uma pequena bola de
fúria girou explodindo para fora do porta-malas, atingindo o homem diretamente no peito.
A luz do teto estava apagada, algo que não era tolerado em qualquer uma das garagens ou
estacionamentos da Ferraro, de modo que os homens não
eram mais que silhuetas escuras enquanto se aproximava
deles.
— O que há de errado com você, Haydon? Tire suas
mãos de mim.
A mulher empurrou o homem, mas ele pegou os pulsos dela e puxou com força. — Pare, Grace.Basta ouvir por um minuto. Estou com problemas.
— Você está sempre com problemas. Sempre, Haydon. Eu lhe disse a última vez que, se vocêcontinuasse jogando, estava por sua conta. Eu não posso pegar mais empréstimos. Não possotrabalhar mais horas.
Você errou, terá que consertar você mesmo.
A respiração de Vittorio deixou seus pulmões em uma
longa onda de choque. Algo apertado em seu peito afrouxou. Em algum lugar vulnerável. Emalgum lugar
guardado e protegido. Ele apertou a mão com força sobre o local, sentindo como se aquela voztivesse sido uma chave, encaixando-se perfeitamente na fechadura e girando-a antes que eletivesse a chance de reagir—e ele tinha reflexos muito rápidos.
— Eu terminei com você. Com o seus jogos e dívidas.
Estou fora disso, Haydon. Eu quero dizer isso. Você teve mais chances do que qualquer pessoana vida poderia esperar. —Grace jogou as mãos para o ar e se afastou dele.
Ela era pequena. Vittorio ficaria surpreso se ela tivesse muito mais de um metro e cinquenta oucinquenta
e cinco. Ela tinha um bom corpo, seios fartos e uma bunda interessante. Ele gostou disso. Elepodia ver porque esses homens estariam interessados nela. Sua pele era muito
pálida, e seu cabelo de um verdadeiro vermelho. Ela o
tinha puxado para trás em um longo rabo de cavalo. Havia algo naquele cabelo grosso quechegava até ele. A mulher, por menor que fosse, diante da ameaça apresentada pelos executoresde Saldi, enviou um calor
correndo por suas veias.
Lando bloqueou sua saída, pisando diretamente na frente dela, uma massa sólida de músculos. —Você terá que vir conosco. O carro está logo ali. —Ele apontou para um carro com vidrosescuros.
Ela balançou a cabeça. — Eu não vou a lugar nenhum
com você. Não tenho nada a ver com as dívidas dele.
Absolutamente nada.
— Você é irmã dele. A família paga as dívidas.
— Eu não sou irmã dele, —Grace negou, enviando um olhar furioso a Haydon. — Fomoscriados no mesmo lar adotivo. Essa é a nossa conexão. No que quer que ele esteja metido, eleestá sozinho.
— Sério? —Ale sacou uma arma, pressionando-a contra a testa de Haydon. — Você quer que euo mate
agora? Essa é a segunda opção.
— Gracie. —Haydon gritou seu nome.
Vittorio podia ver que Haydon não estava nem um pouco preocupado. Ele não acreditava queAle o mataria.
Vittorio sabia melhor.
Grace congelou quando viu a arma, virando-se lentamente em direção do Ale. — O que você está
fazendo? Você está louco? —Ela sussurrou. — Guarde isso.
Lando sorriu para Ale. — Eu acho que ela está começando a entender. Seu amigo Haydon fezum acordo. Você paga suas dívidas por ele. Você virá trabalhar para nós. Um amigo próximodo nosso chefe quer você como sua companheira por algumas semanas.
Talvez mais. Você o faz feliz e a dívida vai embora. É
simples assim.
O olhar de Grace se voltou para Haydon. — Você me
vendeu para prostituição? Para as suas dívidas?
Os dedos de Lando se fecharam em torno do braço de
Grace. — Entre no carro.
— Eu não sou uma prostituta. —Ela se recusou a andar.
— Eu não dou a mínima para o que você é. O chefe
diz para levá-la para ele, você vai para ele, —disse Lando.
Seus dedos se apertaram como um torno e ele a puxou
em direção ao carro.
Vittorio montou a sombra que o levaria diretamente a
Ale Sarto. Ele arrancou a arma da mão de Sarto e jogou-a para longe deles, de forma que eladeslizou pelo
estacionamento, parando sob um BMW a alguma distância. Ele bateu o cotovelo na mandíbulade Ale, quebrando-a, e varreu as pernas debaixo dele, batendo
em suas costelas para mantê-lo no chão.
Ele saltou para a sombra, deixando-a levá-lo direto para Lando, e foi tão rápido que Lando nãotinha tido tempo de reagir ao ver seu parceiro cair no chão. Vittorio arrancou Grace das garras deLando e a empurrou para
trás, fora de perigo, enquanto ele atacava. Vittorio, sempre o único a procurar soluçõesverbalmente, não tinha marcha intermediária. Ou ele estava falando logicamente, ou ele estavaagindo, e quando ele entrou em ação, ele
fez cada golpe valer a pena.
Ele não estava tentando matar Lando Gori, mas ele
queria que ele caísse. Cada soco, cada chute, cada golpe era um castigo. Vittorio era forte etreinava todos os dias, assim como os outros cavaleiros. Eles treinavam um contra o outro, e issosignificava velocidade e força, bem como técnica. Todos eles estudaram anatomia para que
soubessem exatamente onde atacar para fazer o maior dano. Ele quebrava ossos quando batia ouchutava, e Lando estava no chão, tentando alcançar sua arma dentro
de seu terno.
Grace tentou gritar um aviso, mas Vittorio já estava sobre ele, chutando a arma de sua mão.
— É melhor você parar enquanto pode, Lando, —
Vittorio advertiu, usando sua voz suave. Ele poderia acalmar com essa voz e ele fez isso agora.— Você sabe
que o Ferraro Club está fora dos limites. Você estava fora de linha, e nunca coloca as mãos emuma mulher em nossa propriedade. Você tem o seu rabo entregue a você
e você mereceu.
Grace gritou. — Haydon, não. Ele nos ajudou.
Vittorio virou-se para ver a mulher em movimento, correndo para ficar entre ele e Haydon. Aarma que tinha estado embaixo da BMW estava em sua mão e ele tinha
como objetivo Vittorio. Não qualquer um dos executores
Saldi, mas Vittorio. A bala bateu Grace de volta em Vittorio e ele a pegou, girando para que seucorpo a protegesse
contra outro tiro.
Haydon jogou a arma e correu. Vittorio caiu de joelhos, levando Grace ao asfalto. Ela estavacompletamente acordada e olhando para ele. Ela tinha olhos verdes, da cor de jóias, embora ochoque estivesse passando e a dor excruciante se instalando.
— Não se mexa. Apenas deixe-me lidar com isso. —
Ele deu o comando sem pensar, já enviando mensagens
em massa para sua família e chamando uma ambulância.
— Vou dar uma olhada na ferida. Continue olhando para
mim. No meu rosto. —Ele já podia ver que a bala causou
danos. Seu pior medo era que ela tivesse rompido uma
artéria e ela sangraria antes que a ajuda pudesse chegar lá.
Ela engoliu em seco. Seus cílios tremeram, mas ela
era definitivamente corajosa. Lágrimas nadaram.
Ele se inclinou mais perto, mantendo a mão sobre a
ferida. — Isso não é nada com o qual não possamos lidar.
Eu sou Vittorio Ferraro. Você é?
Seus lábios tremeram. Ela abriu a boca duas vezes
para tentar formar palavras. Ele teria dito a ela para ficar quieta, mas estava um poucoaterrorizado por ela perder a consciência. — Grace. Grace Murphy.
— Uma ambulância está a caminho. Vou dizer a eles
que você é minha noiva, apenas para facilitar as coisas no pronto-socorro. Dessa forma,obteremos resultados mais
rápidos. Deixe-me assumir o controle e fazer isso.
Vittorio olhou nos olhos dela, desejando que ela ficasse alerta, para permanecer viva. Eleprecisava que ela vivesse, mais do que ele precisava respirar. Muito gentilmente, ele afastou ocabelo dos olhos dela, do rosto dela, o polegar tão suave quanto a voz.
— Apenas fique comigo, gatinha. Eu vou tirar você disso. —Ela estava se contorcendo, seus pésempurrando
para cima no asfalto, tentando fugir da dor. Cada movimento só fazia piorar.
— Você tem que ficar parada, Grace. Você pode fazer
isso. Eu sei que é difícil, mas olhe para mim. Eu estou
aqui com você. Você pode fazê-lo porque eu estou pedindo para você. Basta ficar parada. Nãodeixe que seu corpo se mova.
Cada terminação nervosa tinha que estar gritando com ela. Havia ossos quebrados. Sua mãopressionando
a ferida não poderia estar ajudando. À distância, ele ouviu o grito da sirene, mas a ambulâncianão estava vindo rápido o suficiente.
O olhar dela saltou para o dele e ficou lá. Ela engoliu
em seco, mas ele podia vê-la fazer uma tentativa corajosa de parar a luta que seu corpo estavafazendo para correr.
Ele sorriu para ela. — Essa é minha garota. Continue respirando para mim. Eles estão a caminho.
Seu irmão mais velho, Stefano, emergiu das sombras
primeiro, observou a cena com um olhar rápido e depois
estava do outro lado de Grace, inclinando-se com seu sorriso Ferraro e do jeito que fazia com asmulheres.
— Esta é a Grace, —disse Vittorio. — Minha noiva. —
Isso deveria contar tudo ao irmão, e contou. Stefano olhou para ele bruscamente e depois para amulher deitada no
chão, tentando desesperadamente não se mexer, apesar
da dor agonizante, porque Vittorio havia lhe pedido que
não o fizesse.
— Que diabos os Saldi estão fazendo aqui? A polícia
vai estar aqui a qualquer momento.
Ricco e Taviano convergiram de dois locais diferentes
no estacionamento. Ambos olharam seu irmão primeiro para garantir que Vittorio estava livre deferidas e, em seguida, toda a cena.
— Eles fizeram isso? —Ricco exigiu.
Vittorio sacudiu a cabeça. — A arma dele. —Ele acenou para Ale Sarto. — Está ali. O irmãoadotivo dela, Haydon—ainda não sei o sobrenome dele—tentou vendê-
la por suas dívidas de jogo. A tinha presa no porta-malas do carro dele. Eles a levariam também.Haydon tentou me
matar depois que eu lidei com Ale e Lando. Ela se colocou entre nós. Seu sobrenome é Murphy.Ela foi criada em um
lar adotivo com este Haydon. Verifique o porta malas do
Honda por sua bolsa. Dê esta informação para Rosina imediatamente. Como seu noivo, éesperado que eu saiba
tudo sobre ela.
Taviano já estava de pé, em seu telefone e correndo
para o Honda, onde ele recuperou bolsa de Grace. Vittorio manteve os olhos trancados em Grace.Estremecimentos
atravessavam seu corpo. Lágrimas rastreavam seu rosto.
Várias vezes ela começou a se mover, mas no momento
em que ele murmurava baixinho para ela, ela lutava contra o desejo.
— Essa é minha garota. Fique comigo. Você está indo
bem. Eles estão chegando.
Ela parecia desesperada. Ele se sentia assim. Ele não
estava prestes a ser separado dela. — Não importa o que
aconteça, estarei com você, —ele prometeu. Ele olhou para o irmão. Stefano fazia as coisasacontecem, mesmo
as coisas impossíveis.
Seu irmão mais velho estava ao telefone com Giuseppi Saldi e a conversa não era agradável.Stefano
estava chateado como o inferno e o jeito frio e cortante de conversar com Giuseppi deixou ohomem saber que haveria repercussões.
— Dois de seus homens estão aqui em meu
estacionamento. A noiva de meu irmão foi baleada com
uma de suas armas e os policiais estão rastejando por
todo o meu clube. Que porra é essa, Giuseppi? Você está
fazendo um movimento na minha família?
Houve um silêncio. Vittorio continuou a murmurar para
Grace quando a ambulância gritou no estacionamento.
— Um idiota atirou-a no porta malas de seu carro, seu
irmão adotivo ou algo assim, e esses dois palhaços estavam aceitando-a como pagamento porsuas dívidas
de jogo. Desde quando isto está acontecendo? Só para
você saber, os dois estão indo para o hospital e depois
para a cadeia, e se eu os ver na porra da rua, eles estão mortos. Você me entendeu, Giuseppi?Você vem para a
minha família, vamos voltar para você e a sua. E
voltaremos com força.
Stefano terminou a chamada e caminhou de volta para Grace e Vittorio. Os paramédicos jáestavam colocando
linhas IV em Grace. Stefano estava de volta ao telefone, ligando para o cirurgião, exigindo queele preparasse sua equipe e estivesse esperando Grace quando a
trouxessem. Então ele estava desviando a polícia, enquanto Taviano e Ricco mantinham umabarreira solta
entre Vittorio e qualquer um entrando no estacionamento.
Guarda-costas apareceram. Três carros cheios, liderados
por Emilio e Enzo Gallo. Eles chegaram e tomaram conta
de tudo.
Dois detetives chegaram, e Stefano os chamou através da linha de segurança. Art Maverick eJason Bradshaw investigaram a família Ferraro em mais de uma
ocasião. Vittorio, como o resto de sua família, os considerava homens justos e decentes. Eles nãoeram egoístas e sempre permaneceram educados, mesmo quando frustrados. A família tentoucooperar com eles da melhor maneira possível. Quando os Ferraros tinham evidênciasenvolvendo um crime que eles podiam transmitir, eles sempre faziam com que as evidênciasterminassem com Maverick e Bradshaw.
— Quem bateu a merda fora de Gori e Sarto? —
Perguntou Art Maverick. Havia um traço de diversão em
sua voz que ele tentou esconder. Os paramédicos estavam trabalhando nos dois homens.
— Vittorio, —Stefano disse imediatamente. — Ele saiu
ao estacionamento e viu o irmão adotivo de Grace arrastando-a para fora do porta malas doHonda. —Ele
indicou o carro com o porta-malas aberto. —
Aparentemente, Haydon ia vendê-la aos dois idiotas em
troca de sua dívida de jogo. Em outras palavras, vendê-la para a prostituição.
Art e Jason trocaram um longo olhar de ardente ira. —
Você tem certeza sobre isso? —Perguntou Jason.
— Vittorio os ouviu, e Grace pode confirmar se ela
viver a isso.
— Quem atirou nela? —Art dirigiu a questão a Vittorio.
Vittorio estava de pé seguindo a maca até a ambulância, grato pela informação que chegava tãorápido ao telefone. — Haydon Phil ips, seu irmão adotivo. Ale colocou uma arma na cabeça deHaydon para assustar
Grace. Eu o derrubei, dei uma surra nele e depois fui atrás de Lando porque ele tinha as mãos emGrace. Enquanto
eu o derrubava, Haydon pegou a arma e tentou atirar em mim, e ela levou a bala. —Ele passoupelo detetive e entrou na ambulância. Ninguém tentou impedi-lo. Quando
a porta estava sendo fechada, ele viu sua irmã Emmanuelle correndo pelo estacionamento emdireção à
ambulância. Então a porta foi fechada com força e a ambulância se movia rapidamente pelas ruasde Chicago
em direção ao hospital. Seu telefone estava explodindo com informações sobre sua mulher. Elenão olhou para
baixo, ainda não. Os olhos dela estavam trancados nos
dele novamente e ele não a decepcionaria.
— Eu estou com você, baby, —ele disse suavemente.
— O centro cirúrgico está montado e nosso cirurgião está de prontidão. Ele é o melhor e suaequipe fazem milagres.
Você vai ficar bem.
Ela tentou formar palavras, mas ele se aproximou, ficando fora do caminho dos paramédicos nolocal apertado. — Não fale, Grace. Guarde sua força. Eu tenho
isto. Tudo que você tem a fazer é permanecer viva por
mim. Eu vou cuidar de todo o resto. Você vai fazer isso
por mim? Basta ficar viva.
Seu gesto foi quase imperceptível, mas estava lá. Ele era um completo estranho para ela, massabia que a conexão entre eles tinha começado no estacionamento, suas sombras se tocando,enrolando-se juntas, seus olhos se encontrando. Suas mãos enterradas no sangue e danosenormes em seu ombro. Sua voz os conectou.
Suas promessas convincentes. Ele quis dizer cada palavra que disse, e ela tinha que sentir isso.Era tudo o que ele podia lhe dar antes de ir sozinha para a sala de cirurgia fria.
Seu irmão adotivo a tinha traído. Não importava que
ela soubesse que ele era um jogador e um viciado em
drogas, ele ainda significava algo para ela. Isso tinha ficado claro. Ela pegou empréstimos parapagar suas dívidas. Assumiu trabalhos extras. Ele ouviu isso muito claramente. Essa era umamulher que sabia o que era ser
leal e, no entanto, alguém próximo a ela a teria vendido para prostituição. Ele queria rasgar ohomem ao meio.
A ambulância entrou no estacionamento e parou nas
portas duplas. A equipe esperava por ela, e então ele estava correndo com eles em direção a salade cirurgia,
onde um dos melhores cirurgiões ortopédicos da família
tinha acesso a esperava com sua equipe para consertar
seu ombro. Vittorio não tinha ideia se a artéria tinha sido cortada ou não, mas era possível. Eleaplicou pressão o
melhor que pôde até que os paramédicos assumiram o
controle.
— Você permanece viva, Grace. —Ele usou o
comando em sua voz, seu olhar agarrado ao dela.
Por um segundo, ela apenas olhou para ele, e então
concordou. Ou ele achou que ela o fez. As portas se fecharam e ele ficou de pé ali, o sangue delaem suas
mãos e camisa. Seu coração batendo muito rápido. Ele
sempre soube que não tinha chance de encontrar uma mulher para ele, alguém que pudesse sercapaz de amá-
lo, de viver com ele, e em um piscar olhos isso mudou.
Apenas tão rápido, ela estava sendo tirada dele.
— Sr. Ferraro? —A enfermeira indicou que ele a seguisse.
— Este é o sangue dela, não o meu, —explicou Vittorio. Ele queria ficar sozinho para olhar parao seu telefone. Ele ia encontrar Haydon Phil ips, o nome que a investigadora dos Ferraro, Rosina,tinha enviado para ele, e ele ia matá-lo. Ele levava justiça a todos os tipos de criminosos. A regrahavia sido perfurada nele
repetidamente: Nunca deixe nada ser pessoal. E isso era o mais pessoal possível.
A enfermeira indicou um pequeno banheiro privativo
em uma sala de espera que não era aberta ao público. A
família Ferraro havia contribuído com vários milhões de dólares para o hospital, uma ala eequipamentos. Eles eram mantidos longe dos olhos do público quando estavam lá. Na maioriadas vezes eles conseguiam voar
sob o radar dos paparazzi, a menos que uma enfermeira
ou um funcionário os vendesse. Uma foto costumava valer
milhares de dólares.
Quando saiu do banheiro privado, sua irmã,
Emmanuelle, estava esperando por ele. Ela correu para
ele, esperou até que ele tirasse a camisa ensangüentada
e a substituísse pela que ela havia trazido para ele, e então o abraçou com força. — Você poderiater sido baleado. Por que aquele sapo horrível iria querer atirar em você quando você salvou avida dele?
Ele apertou os braços em volta dela, sentindo conforto
na presença dela. — Eu estou bem, querida. Grace correu
entre nós quando eu estava me virando. Ela pegou a bala,
não eu. Phillips queria que ela pagasse suas dívidas de jogo e eu interferi. Essa é a versão curta.
— Mas você não pode lidar com homens como Sarto
ou Gori. Todo mundo sabe disso.
— Phil ips acreditava que Sarto não iria matá-lo, que
tudo estava arranjado, de modo que ela fosse com os homens de Saldi.
— Eu não posso acreditar que eles fariam uma coisa
dessas. Stefano me disse para que eles estavam lá. É
nojento.
Ele estava grato por ela não protestar. Ela se apaixonou por Valentino Saldi, o filho adotivo deGiuseppi, desde que ela tinha dezesseis anos de idade e eles tinham um relacionamento, de novoe de novo2 por algum tempo. Vittorio estava certo de que Emmanuelle realmente o amava, o queera muito ruim. O relacionamento estava
condenado desde o começo. Seus irmãos tentaram dizer
a ela, tentaram protegê-la, mas até recentemente ela não os escutava. Seu coração doía por ela.Ele podia ver a
genuína tristeza e angústia em seus olhos.
2 Um relacionamento on-again, off-again (também conhecido como um relacionamento on-off,on e off relationship, ou de novo e de novo, ou vai e volta) é uma forma de relacionamentopessoal entre duas pessoas. Eles podem querer manter um formal em curso relacionamento, mastêm dificuldade em fazê-lo por causa de conflitos contínuos.
— Sim. Era flagrante sobre estar no clube, Emme.
Como eles entraram sem que ninguém nos dizesse, ou
como Haydon escapou, eu não tenho ideia.
— Conte-me sobre ela, —convidou Emme. — Quando
você a conheceu? Stefano diz que você está reivindicando-a como sua noiva. Rosina está nosenviando informações o mais rápido possível para que possamos
responder a qualquer pergunta feita pela polícia ou por qualquer outra pessoa.
Vittorio esfregou seu peito. Ele ainda a sentia lá.
Profunda. Sua voz tinha libertado algo suave nele, que tinha estado trancado. — Esta noite foi aprimeira vez que eu coloquei os olhos nela. Ela foi ... inesperada.
— Você tem certeza de que ela é a única? —Emme
sussurrou. — Você sabe disso, Vittorio? Na sua alma, onde você mora, você simplesmente sabe?
Ele olhou para ela bruscamente, seu olhar movendo-
se sobre seu rosto. Ele balançou a cabeça lentamente,
porque ela merecia uma resposta, especialmente quando
as lágrimas nadavam em seus olhos e a família do homem
que ela amava estava envolvida no sequestro e forçando
uma mulher a se prostituir.
— Ela é a única. Eu nunca pensei que seria possível.
Eu estava pensando nisso, olhando em volta do clube para todas as mulheres, sabendo que nãohavia uma que
me servisse ... e talvez não exista. Talvez ela seja uma cavaleira e seria boa para alguém que nãoeu. Eu não sou tão ... adorável.
— Não diga isso. A defesa de Emme por ele era feroz.
— Nunca diga isso, Vittorio, porque não é verdade.
— Eu te amo, querida, —disse Vittorio. Ele se afastou
dela e olhou para a mulher esperando com tanta paciência que ele lhe desse detalhes sobre suanoiva. — Eu a reivindiquei, mas ela não tem a menor ideia de quem eu
sou. Se ela sabe sobre os Ferraro ...
— Todo mundo sabe sobre a nossa família ou eles
têm vivido fora do planeta, —Emmanuelle brincou. — Ela
sabe. Ela pode não se importar, mas ela sabe.
— Eu não sou nenhum negócio, Emme. Eu preciso de
coisas de uma mulher que a maioria dos homens não. Ela
enfrentou aqueles homens. —Ele se viu sorrindo com a
lembrança dela voando para fora do porta-malas do carro, direto para Haydon. — Aquele cabelovermelho dela é natural.
— Bom para ela.
— Sim. Bom para ela. —Ele adorou que ela lutou de
volta, que ela não era fácil. Não era isso que ele queria em uma mulher, mas talvez fosse o queele precisava.
Inferno, ele não sabia. Agora, tudo o que ele sabia era
que estava doente por dentro, suas entranhas retorcidas
em nós cruéis. Ele fez o possível para mantê-la viva, as mãos naquela bagunça que tinha sido oombro dela, tentando conter a onda de sangue.
— Ela vai viver, Vittorio, —assegurou Emmanuelle. —
Ela precisa, se é sua. Os Cavaleiros das Sombras lutam.
Ela pode não saber que é capaz de montar, mas essa
força está nela. Ela vai sair dessa e ela vai precisar de muita ajuda depois.
Ele era bom com isso. — Vou ter que preencher a
papelada para ela. Rosina me enviou todos os tipos de
informações, então a maior parte será fácil. —Ele esfregou sua bochecha com o polegar. — Evocê, querida? Isso
tem que doer.
Emmanuelle não fingiu que não sabia do que ele estava falando. — Eu terminei as coisas comVal algumas
semanas atrás. Eu penso nele a cada minuto de cada dia,
mas eu tenho disciplina. Eu o ouvi dizer—eu o ouvi, com meus próprios ouvidos—dizer que opai dele havia ordenado que ele me seduzisse. Ele disse a outra mulher
isso. Uma mulher com quem ele estava claramente indo
para a cama.
Vittorio passou o braço em volta dela novamente, puxando-a sob seu ombro, querendo tirar a dordela. —
Sinto muito, Emme. Realmente, realmente sinto muito.
— Foi melhor descobrir agora, antes que eu fizesse
uma tola de mim ainda maior do que já fiz. —Ela parou por um momento. — Eu teria desistidode montar as sombras
para ele. Eu teria desistido de tudo o que eu sou por ele e ele não vale a pena.
— Não, ele não vale. —Vittorio queria sacudir o homem até que cada osso de seu corpo setransformasse
em pó, mas ele se absteve de dizer isso. Emme ficaria
mais chateada se achasse que ele ameaçou Val com danos corporais. Ele não queria dar a elanenhuma desculpa para o campeão Valentino Saldi.
— Val era o meu ‘único' . A lição aqui é que podemos errar. Certifique-se de que esta mulhercombina com você,
Vittorio. Se não, não vai lá. Não se deixe cair muito. É um longo caminho de volta e cada passo édoloroso.
Vittorio queria envolver sua irmã em um casulo. Ela
não merecia o que Val a fizera passar. Ela terminou com
ele muitas vezes e ele sempre conseguia que ela voltasse para ele—até recentemente.
— Rosina está à procura de tudo o que ela possa
encontrar de Haydon Phillips. —Emmanuelle mudou de assunto. — Stefano convocou umareunião em sua casa,
no café da manhã. Felizmente, sua garota vai estar fora
da cirurgia até lá e você pode se juntar a nós.
— Eu disse a ela que ia estar lá quando ela acordasse.
— Pergunte ao cirurgião quando isso vai acontecer, —
Emme pediu. — Dessa forma, podemos ter a reunião, preparar um plano de batalha e então vocêpode voltar
aqui. Você precisa saber que, para os Saldis virem ao nosso clube, algo está acontecendo.
Ela estava certa sobre isso. — As filmagens precisam
ser revisadas. Alguém os deixou entrar. Eles os deixaram entrar no terceiro nível. Eles tinhamque ter pago para
isso, ou eles não poderiam ter chegado até lá, a menos que alguém em quem nós confiamos osesgueirassem.
— Nesse caso, saberemos de onde vêm todas as drogas, —disse Emmanuelle.
Ele assentiu. — Podemos acessar as gravações de
nossos telefones, se necessário. Os gerentes sabem que
geralmente não o fazemos, como regra geral, se eles puderem apagar as gravações, podemos tersorte e eles
ignoraram isso.
— Mas elas não vão por muito tempo. Com Grace sendo baleada, os dois funcionários do Saldisendo presos e todos nós envolvidos, eles farão o controle de danos.
— Vou tratar disso agora. —Emme afastou-se dele,
indo em direção à porta. — Tente ir à reunião, Vittorio.
Não vai fazer bem a qualquer um de vocês ficar sentado
ao lado dela quando ela sair da cirurgia e estiver inconsciente. Em qualquer caso, se vamos entrarem guerra com uma grande família do crime, temos que estar
preparados.
Era uma grande concessão para Emmanuelle
reconhecer que a família de Valentino era de criminosos.
— Eu estarei lá, se possível, prometeu. A reunião ia ser muito dolorosa para sua irmã e ele queriaestar lá para ela. Ele não deixaria Grace se ela estivesse acordada, mas se não, ele estavadeterminado a estar lá para Emme.
Capítulo 02
Vittorio subiu no elevador privativo que o levou para a suíte da cobertura no Hotel Ferraro. Acadeia de hotéis da família era conhecida pela sua opulência e atenção meticulosa a todos osconfortos e detalhes. A maioria era frequentada por celebridades e políticos. Atores e atrizes,cantores e bandas, os mais ricos dos ricos. O hotel os
atendia, mimava-os e dava-lhes todo o luxo.
Stefano Ferraro morava na suíte da cobertura, com sua esposa, Francesca. Francesca tinha sido amulher que deu esperança a toda a família Ferraro, e isso incluía os primos de Nova York, SãoFrancisco e Los Angeles.
Até que Stefano encontrasse Francesca, nenhum deles acreditava que encontraria uma mulhercapaz de carregar
cavaleiros de sombras que seriam uma combinação perfeita. Que ela e Stefano tivessem seapaixonado tão
profundamente um pelo outro era a cereja no topo do bolo.
Stefano era o líder dos Ferraro de Chicago, mas Francesca era o coração deles.
O elevador abriu diretamente no hall de Stefano. O
lugar era elegante, sempre fora, mas quando Stefano morava lá sozinho, era frio. Agora, eraquente, acolhedor e cheirava como o céu. Essa era Francesca. Ela poderia fazer de uma cavernauma casa. O café da manhã no Stefano não era comida do hotel, não importava que eles
tivessem chefs cinco estrelas. Francesca insistiu em cozinhar e, geralmente, seu irmão mais novo,Taviano, ajudava-a na cozinha. Havia algo de especial em suas misturas, provavelmente o amorque eles depositavam nelas.
— Ei, você, —Francesca cumprimentou, inclinando-se
para que ele pudesse roçar um beijo ao longo de sua bochecha. — Como Grace está indo?
Vittorio notou, alarmado, que ela parecia cansada. —
Ela esteve em cirurgia a maior parte da noite. O Doc diz que ela perdeu muito sangue. Vai levaralgum tempo para
curar todos os ossos quebrados, mas ele diz que tudo parece bem. Disse-me para dormir umpouco e voltar ao
meio-dia. Eles querem mantê-la apagada o maior tempo
possível, porque a dor dificilmente será administrável.
Ele deu o relatório para sua família porque todos eles
interromperam suas conversas barulhentas para ouvir o que ele tinha a dizer.
— O café da manhã está pronto, —disse Taviano. —
Nós estávamos apenas esperando por você.
Não havia repreensão, mas Vittorio não queria que Francesca pensasse que ele os segurou semmotivo. — O
médico tinha muito a dizer sobre os cuidados e eu precisava ouvi-lo. —Ele foi até a grande mesa,já arrumada com a porcelana branca bordada em ouro.
Cada um deles tendia a escolher o mesmo lugar quando comiam no Stefano, o que era frequente.Eles não
tinham permissão para frequentar escolas como outras crianças. Eles treinaram juntos. Elesestudaram com tutores e era esperado que aprendessem vários idiomas e
se destacassem em tudo que fosse necessário, especialmente quando se tratava de dominar armase transformar seus corpos em armas.
Sua família tinha que ser protegida em todos os momentos. Certa vez, cem anos antes, o Saldistinha tentado acabar com a família Ferraro.
Isso não permitia amizades fora da família. O que eles
faziam era feito em completo sigilo e sempre teria que ser.
Ninguém fora da família sabia o que eles eram capazes de fazer. Havia outros cavaleiros desombra no mundo, mas
muito poucos. Eles se policiavam e eram extremamente
cuidadosos em todos os momentos.
Cada cavaleiro tinha guarda-costas pessoal
quisessem ou não. Era um fato da vida com que eles aprenderam a viver. A maioria das pessoasachava que
eles eram uma família criminosa, assim como os Saldis
eram. Eles foram investigados muitas vezes, mas nunca
tinham sido indiciados por um crime. Eles não poderiam
ter amigos fora da família. Eles tinham que retratar um estilo de vida extravagante e pródigo parao público, para promover suas imagens como playboys com muito dinheiro.
Eles jogavam polo. Corriam com carros e apostavam.
Aqueles solteiros tinham uma mulher diferente em seu braço a cada noite em eventos de caridadee clubes. Eles voaram de um país para outro, aparentemente apenas para festas. Por outro lado,eles tinham muitos negócios legítimos, incluindo bancos internacionais e seus hotéis.
— Será que alguém reviu as fitas de segurança? —
Vittorio perguntou quando pegou vários doces caseiros da cesta que estava sendo passada aoredor.
— Mariko e eu fizemos, —disse Ricco, indicando sua
esposa. — Alguém definitivamente mexeu nelas, mas eu
as enviei a Rigina para ver o que podia recuperar. Ela está trabalhando nisso agora.
Eles empregavam apenas a família quando se tratava
dos cavaleiros das sombras. Rigina e Rosina Greco eram
primas e investigadoras dos Ferraro. Ambas as mulheres
eram gênias quando se tratava de qualquer coisa relacionada a computadores ou equipamentoseletrônicos.
— Falei com Giuseppi duas vezes, —disse Stefano.
Ele tomou um gole de café com leite. — Ele jura que não
está executando nenhuma operação em nosso clube. Ele
falou com seu irmão Miceli, e Miceli afirma que não tem
ideia do porquê Sarto ou Gori estarem no clube. Ele também alega total desconhecimento do fatode que seus
dois soldados muito leais estavam envolvidos em algo tão hediondo quanto tráfico humano,prostituição e sequestro.
Nenhum dos dois sabia da conexão entre Grace com a
nossa família, que é provavelmente a única declaração verdadeira feita.
— Leonardo Saldi era o chefe da família por anos, —
Giovanni explicou para atualizar Francesca, Mariko e Sasha, a nova noiva de Giovanni. — Eleteve três filhos: Giuseppi, Miceli e seu filho mais novo, Fons. Quando Leonardo morreu, o maisvelho, Giuseppi, assumiu o cargo de chefe da família Saldi. Eles têm toda a costa leste bloqueadacomo seu território e governam com um
punho de ferro e muito sangrento. —Ele espetou uma salsicha em seu prato.
Ricco assumiu. — Quando Valentino, o agora herdeiro
aparente, tinha oito anos, houve um carro-bomba.
Matando seu pai, Fons e mãe, deixando-o órfão. Giuseppi
e sua esposa, Greta, sempre tinham estado na vida de
Val. Supostamente, eles adoravam-no e eram a tia e o tio favoritos. Greta nunca teve filhos, e nãohá nem um sussurro de Giuseppi a traindo. Eles levaram Val e mais
tarde o adotaram legalmente. Ele tinha em torno de dez anos quando eles tornaram legal.
Giovanni assumiu a explicação. — Miceli tinha um filho, Dario, fora do casamento. Ele nunca secasou com
sua mãe, mas Dario veio morar com ele quando tinha quinze anos, depois que ela morreu. Micelitem dois filhos com sua atual esposa, Tommaso e Angelo. Porque Giuseppi adotou Vallegalmente, Val, que teria ficado na fila atrás de Miceli e seus três filhos, é agora o herdeirooficial do trono Saldi.
Vittorio deslizou a mão por baixo da mesa e cobriu a
mão de Emme. Ela estava pressionando a palma da mão
em sua coxa. Ele sentiu-a tremer e ele esperou até que
ela olhou para ele antes de sorrir para ela. — Não temos a menor pista do que está acontecendo,e como com qualquer investigação, não faremos um movimento até que saibamos com certeza.—Ele manteve sua voz suave.
Gentil. Ele armou seu tom para ser reconfortante e até mesmo pacífico.
Emmanuelle visivelmente relaxou. — Eu posso dizer-
lhe que Giuseppi trata Val como seu próprio filho e
claramente adora Greta. Ela tem câncer pancreático no estágio quatro3 e Giuseppi não estásaindo do lado dela.
Stefano levantou a cabeça em alerta, seus olhos escuros fixando em sua irmã. Vittorio sacudiu acabeça e imediatamente interveio. — Obrigado, Emme. Nós vamos
passar para Rosina e ver o que ela pode cavar e sobre a
saúde do Greta e onde ela está agora. É possível que
Giuseppi realmente não saiba sobre o que está acontecendo em seu território.
— Isso seria a primeira vez, —disse Taviano. —
Nicoletta foi agredida na floricultura pela escória de Saldi.
Eu cuidei disso, mas o bastardo realmente colocou as mãos sobre ela. E o guarda-costas de Val,Dario, você
sabe, o filho mais velho de Miceli, já ligou duas vezes para Nicoletta, para o caso de alguémestar interessado nessa informação.
Nicoletta era uma jovem que tinha sido resgatada quando era uma adolescente. Ela vivia comAmo e Lucia
Fausti como sua filha adotiva e recentemente completou
dezoito anos. Isso fazia as coisas difíceis para os cavaleiros enquanto eles a observavam. Ela eraum deles, 3 Nesta fase, em que o câncer invade órgãos vizinhos ao pâncreas ou órgãos distantes,como peritônio, pulmões e fígado, o tratamento de escolha é a quimioterapia. O objetivo dotratamento é reduzir a população de células malignas, prolongar e melhorar a qualidade de vida.
uma mulher rara que poderia produzir o tipo de criança que era capaz de montar nas sombras efazer justiça.
Emmanuelle endureceu. — Você está brincando
comigo? Quando isso aconteceu? Por que você não me
contou?
Taviano parou no ato de levantar um bolinho para a
boca. — O que há de errado, Emme?
Ela teve sua atenção completa.
— A família Saldi definitivamente disse a seus homens
mais jovens que tentassem seduzir as mulheres de nossa
família, inclusive eu. Se eles estão indo atrás de Nicoletta, eu preciso falar com ela. Ela vai meouvir. Taviano, você não passou pela casa dela e estabeleceu a lei, não é?
— Você quer saber se eu lhe disse para ficar longe
dos Saldis? Inferno, eu fiz. Eu disse a ela que se a pegasse com um deles, quebraria a porra dopescoço dele.
As quatro mulheres na mesa gemeram em uníssono.
Taviano olhou para elas. — O que? Eu faria. Ela tem que
ter ouvido a verdade disso. Eu não estou brincando com
ela. Eu terminei com as festas de merda dela. Ela é tão
malditamente selvagem que eu nen consigo pensar direito sobre isso.
Stefano sacudiu a cabeça. — Você é tão cabeça quente, Taviano. Você lida com essa garotaerrado. Se
você disser a ela para não fazer algo, o que você acha
que ela vai fazer? Você é mais esperto que isso. Pense
com o seu cérebro em vez do seu pau.
Vittorio riu suavemente, levando os outros que seguirem o exemplo. Até Taviano teve que sorrire dar de ombros, admitindo que seu irmão mais velho
provavelmente estava certo.
— Eu vou falar com ela, —disse Emmanuelle quando
o riso morreu. — Não se preocupe, ela não vai chegar
perto de Dario ou qualquer outro Saldi.
— A última coisa de que precisamos é ter Nicoletta
raptada e usada no tráfico de seres humanos, —disse Taviano, exasperação guerreando comirritação em sua voz. — E acredite em mim, isso poderia acontecer com
ela. Apenas sobre todo o resto. Alguém pensou em colocar um rastreador nela quando ela vempara as aulas?
— Não se atreva. —O suspiro de choque de Francesca teve a atenção imediata de todos. —Taviano,
estou falando sério. Isso é simplesmente errado.
— Nada é errado quando você está lidando com mulheres indisciplinadas, —Taviano afirmou,cutucando o
pé de Vittorio por baixo da mesa.
Vittorio tentou não sorrir enquanto Taviano se esforçava para esconder um sorriso. Agitar asmulheres
de sua família era um pouco como cutucar um ninho de
víboras, mas sempre era divertido.
Francesca olhou para o Ferraro mais novo. Mariko largou o garfo, seus exóticos amendoadosolhos castanhos estreitando enquanto ela se inclinou em direção a ele. Ricco riu e colocou umamão no ombro dela.
Sasha, a esposa de Giovanni, enrolou seu
guardanapo e jogou-o com precisão mortal. — Você tem
sorte que não é uma corda. —Ela estava se referindo à
arte de Shibari que tanto Ricco e Mariko praticada.
Taviano pegou o guardanapo no ar, rindo da reação
que recebeu. — Tão fácil, vocês três. Olhe para Emmanuelle. Ela está apenas sentada ali.
— Planejando a vingança, —ela disse docemente e tomou um gole de seu café com leite.
O sorriso deixou o rosto de Taviano. — Emme, porra,
você sabe muito bem que eu estava brincando.
— E observe sua língua, —disse Francesca. — Você
não vai falar assim ao redor do bebê. —Ela se inclinou
para Stefano.
Instantaneamente ele colocou a mão na pequena protuberância que mostrava na barriga dela. —
Nós vamos fazer isso neste momento, —disse ele. —
Francesca está descansando, assim como o médico quer.
Caminhamos várias vezes por dia, mas apenas por alguns
minutos. O resto do tempo, ela tem que manter os pés
para cima.
Taviano endireitou-se. — O que você estava fazendo
ajudando a fazer o café da manhã? Stefano, isso não é
descansar. Ela não deveria estar na cozinha.
— Eu amo a cozinha, —disse Francesca. — Eu não
estou em repouso na cama. Apenas coisas leves.
— O médico vem vê-la três vezes por semana, —
disse Stefano. — Eu concordei em respeitar suas regras.
Ele disse que ela não estava em repouso na cama, então ... —Ele encolheu os ombros.
Giovanni cutucou Sasha com o ombro e, em seguida,
sorriu para ela. — Ele pode ser subornado, Stefano, você já pensou nisso?
Sasha o chutou por baixo da mesa. — Tente fazer
isso, e eu vou me juntar a Emme para ajudar a planejar a vingança. Ela já está elaborando umplano para realizar
contra Taviano. Não demoraria muito para incluir você.
Outra rodada de riso subiu. Quando ela desapareceu,
Stefano voltou sua atenção para Vittorio. — Conte-nos o
que você sabe.
Vittorio sabia que Rosina tinha passado tudo para Stefano. Como chefe da família ele estava apar de tudo o que afetava um ou todos os membros da família. Sua palavra era lei. Ele ouvia osoutros, mas no final, era ele a tomar decisões. Eles estavam acostumados a Stefano como chefeda família. Tinha sido Stefano a prestar qualquer atenção positiva que eles tiveram quandocrianças.
— Seu nome é Grace Murphy. Ela tem vinte e três
anos. Foi criada no sistema de assistência social. Ela foi
uma das sortudas no começo. A família que estava com ela queria mantê-la, mas um acidentelevou o pai e a mãe virou-se para o álcool. A adoção não deu certo e Grace foi transferida parauma série de casas.
Ele manteve sua voz calma. Calma. Esse era o seu
caminho. Ele não reagia às coisas, nem mesmo quando
examinava o passado de sua mulher e as coisas que ela
tinha passado como uma criança.
— Quando ela tinha treze anos ela desembarcou na
mesma casa que Haydon Phillips. A casa particular era
dirigida por um casal muito abusivo, Owen e Becca Mueller. Eles tiveram um filho biológico,Dwayne. Eles fizeram de tudo, desde espancamentos ate retenção de
comida. Haydon tomou o peso das punições e tem as cicatrizes para provar isso, embora existamfotografias do corpo de Grace mostrando marcas de queimaduras sobre
ela.
Emme colocou a mão no braço de Vittorio. Ele ainda
estava concentrado, recusando-se a permitir que qualquer energia negativa surgisse. Vittoriopraticava disciplina em todos os momentos. Este era um daqueles momentos em
que ele precisava ficar muito calmo. No fundo, o vulcão
que poderia emergir estava em um ponto de ebulição.
Rosina enviara as fotografias que haviam usado para condenar o casal antes de mover Grace eHaydon, mas
era tarde demais na época em que a investigação foi levada a sério e coisas terríveis continuaramacontecendo.
— Os vizinhos haviam reclamado. Levou meses antes
que alguém agisse. Quatro visitas da polícia. Outras seis de um assistente social. A investigaçãochegou a um ponto insuportável quando Dwayne foi torturado e assassinado, seu corpoencontrado a vários quilômetros
de distância da casa em uma vala ao longo da estrada. A
investigação se transformou em uma investigação de assassinato, com Owen como principalsuspeito, mas ele
foi liberado.
— Eles foram pelo menos removidos? —Sasha
perguntou.
Vittorio sacudiu a cabeça. — Era quase como se todas
as alegações apresentadas contra o casal simplesmente
desaparecessem. Talvez o assistente social sentisse pena deles ou tivesse muito trabalho. Dequalquer forma, ficaram lá mais quatro meses e, uma noite, Owen ficou
bêbado. Essa era uma ocorrência comum, segundo os
vizinhos. Sua esposa o trancou para fora da casa, outra ocorrência comum. Ele foi dormir nagaragem e decidiu
trabalhar em seu carro. O carro caiu sobre ele e esmagou seus membros inferiores. Ele ficoudeitado no cimento frio com o carro em cima dele a noite toda antes que Becca o
descobrisse na manhã seguinte. Ele está em uma cadeira
de rodas e não pode funcionar muito bem.
— Às vezes a justiça pode ser encontrada de maneiras estranhas, —disse Taviano, e levantou seucopo
de suco de laranja fresco.
Os outros seguiram o exemplo, Sasha com um pouco
de relutância óbvia. Ela não estava acostumada com seus
modos. Vittorio notou que Giovanni colocou o braço ao redor dela, se inclinou para perto esussurrou algo que fez a mulher sorrir. Vittorio gostava que seu irmão estivesse sempre cientequando Sasha estava desconfortável com
qualquer coisa.
— Grace esteve naquela casa por quatro anos antes
que uma investigação real fosse realizada e o casal presos e acusado. —Suas mãos se fecharamem punhos
com tanta força que os nós dos dedos estalaram. —
Quatro anos de inferno antes de o casal finalmente ser
preso. O marido teve a sentença suspensa devido aos ferimentos do acidente e a esposa pegoudois anos, mas
nunca cumpriu pena. Desde então, ela se candidatou a
uma licença de adoção temporária várias vezes e foi recusada, mas Rosina descobriu que elesadministram uma creche sem licença.
— Você está brincando comigo? —Perguntou Ricco.
— Isso é loucura.
— Onde eles estão? —Perguntou Giovanni.
— Upstate New York4, —Vittorio disse com alguma satisfação. — Nosso território. Nóspodemos jogar a investigação para os primos de lá. Ver o que aparece. De jeito nenhum elespararam o que estavam fazendo, não
com esse tipo de tapa no pulso.
Stefano assentiu. — Está feito. O ramo da família de
Nova York está nisto.
— Isso é tão terrível, Vittorio, —disse Francesca. —
Eu não posso ir vê-la no hospital, mas quando você puder, por favor, traga-a aqui.
4
Upstate New York é a porção do estado norte-americano de Nova York localizada ao norte daárea metropolitana de Nova York. A região do norte do estado inclui a maior parte da área doestado de Nova York, mas uma minoria da população do estado; exclui Nova York e LongIsland, embora o limite preciso seja debatido.
— O Dr. Arnold explicou que queriam que ela fosse mantida em tratamento intensivo por umalonga estadia
com enfermeiras 24 horas por dia, —disse Stefano gentilmente, — mas nós a levaremos até láassim que eles nos disserem que está tudo bem.
— Ela está em nossa suíte privada, com olhos nela o
tempo todo. Uma artéria teve que ser reparada e o ombro
está em pedaços. Se você ver o estrago que foi feito, o
osso foi quebrado. O Dr. Arnold não quer movê-la. Nos
primeiros dias ele vai mantê-la tão sedada quanto ele puder. Então, uma vez que eles a acordem,eles não querem nenhum movimento até que esses ossos
comecem a cicatrizar. Ela tem placas e pinos suficientes em todos os lugares, tentando segurartudo junto. Ela vai ter uma longa reabilitação, querida, —explicou Vittorio a Francesca, — masdefinitivamente a trarei até você quando puder. Enquanto isso, tenho que convencê-la de
que sou a pessoa certa para ela.
— Não há dúvida de que ela achará você incrível, —
Emme disse firmemente.
As outras mulheres assentiram com a cabeça. — Ela
terá muita sorte em ter você, —disse Mariko.
Sasha permaneceu em silêncio, mas seus olhos encontraram os de Vittorio e ele pôde ver oconhecimento ali. Ela via dentro dele. Ela sabia que tipo de homem ele era. Do que ele precisavae iria insistir. Sua mulher tinha que ser muito corajosa—e muito confiante. Você não conseguiaessa última característica morando no tipo de
casa em que Grace morava e depois foi traída pela única
pessoa que provavelmente pensava como família. Ele tinha um longo caminho pela frente paraconquistar sua
dama.
— O que mais você tem sobre ela? —Perguntou Giovanni.
— Ela trabalha para uma organizadora de eventos, uma mulher chamada Katie Branscomb.
As quatro mulheres assentiram com a cabeça. —
Katie é proprietária da KB Events e é a principal organizadora de eventos do setor, —disseEmme. — Todo
mundo que conhecemos a usa.
— Grace é sua assistente pessoal e, de acordo com
Katie, ela é a força por trás do planejamento real. Ela faz as coisas acontecerem. Elas são muitopopulares entre os
clientes porque Grace sempre dá aos clientes exatamente o que eles querem.
— Por que os Saldi pensariam que poderiam
sequestrar uma mulher com essa reputação? —Perguntou
Taviano. — A chefe dela iria procurá-la. Ela tem clientes que têm todo o dinheiro do mundo àsua disposição.
Esses clientes provavelmente ajudariam Katie Branscomb
a encontrar sua assistente desaparecida.
— Você acha que eles estavam atrás dela
especificamente ou quem Phillips tinha a oferecer por suas dívidas de jogo?
— Parecia muito mais específico e eles iam levá-la,
independentemente do que os dois dissessem. Phil ips estava longe demais para lê-los comprecisão. Eles o matariam no momento em que a tivessem no carro, —
disse Vittorio com absoluta certeza. Ele passou a vida lendo os outros. Ele sabia que Sarto e Goriestavam lá
para matar Haydon Phillips. — Miceli nunca envia esses
dois sem um motivo. Receio que esse motivo seja Grace.
— Ela se destaca, —disse Stefano. — Mesmo com
sangue por toda parte, e seu rosto branco como um lençol, você ainda podia ver a beleza lá.Alguém a notou.
Talvez Miceli, mas se não ele, talvez alguém a quem devia um favor. Se Grace era esse favor, elaainda é?
Boa pergunta. Vittorio teve que considerar que, mesmo com Sarto e Gori no hospital, sobcustódia da polícia, Grace ainda poderia estar em perigo.
— Se ela desaparecesse, a última pessoa a vê-la teria
sido Haydon, e ele estaria morto. Ninguém teria idéia de que ela foi levada pelos Saldis, —disseEmme.
Vittorio sabia o que lhe custou afirmar isso. Ele baixou a mão para a nuca dela e massageousuavemente para
aliviar a tensão dela. Ele não podia lhe dar de volta seu coração, mas ele poderia deixá-la saberque ele estava
solidamente com ela.
— Eu sei que Grace é a pessoa certa para mim, mesmo que eu não tenha me conectado com asombra
dela primeiro. As luzes do estacionamento haviam sido deliberadamente quebradas,provavelmente por Sarto e Gori. Ou Phil ips. A filmagem da câmera nos dirá quando
Rigina recuperar o que precisamos.
— Temos um backup remoto para o qual o feed é direcionado, —apontou Stefano. — Que tal?
— Rigina tem acesso a ele, mesmo que o original tenha sido apagado, —disse Ricco. —Felizmente, ninguém além de nossa família sabe sobre o backup.
Quando ela encontrar a gravação certa, quem quer que
esteja nos vendendo para os Saldi não saberá que descobrimos o que eles estão fazendo, epodemos ter uma maneira de usá-los.
— Talvez, —disse Vittorio, sua voz suave. — Mas quem quer que seja, estava ajudando notráfico de pessoas, e a mulher que ele ajudou a tomar era minha.
Isso torna isso muito pessoal. —Ele ignorou o modo como
a cabeça de Stefano levantou, seu olhar repentinamente
afiado e avaliador. Vittorio continuou obstinadamente: —
O fato de poderem limpar o feed de segurança e colocar
os Saldi no clube junto com um viciado—deve ser alguém
no alto de gerenciamento em quem confiamos.
— Vamos lidar com isso, Vittorio, —assegurou Stefano. — Quando foi a vida de Francesca emperigo, ou
a de Mariko, ou Sasha, para esse assunto, nós cuidamos
do problema nós mesmos. Nós vamos descobrir quem está por trás disso sem tirar conclusõesprecipitadas. —
Seu olhar tocou o rosto de Emme por um momento. —
Não vamos cometer erros com este.
Os dedos de Emme se apertaram ao redor de Vittorio.
Ele sabia que ela amava Val Saldi e que não iria passar
tão cedo—mesmo sabendo que sua família era criminosa.
Quando os Ferraro amavam, eles o faziam
completamente, e faziam isso uma só vez. Este cenário
exato sempre foi a coisa que eles mais temiam para Emme—que as duas famílias acabariam emguerra.
— Quem esteve na noite passada, gerenciando o clube? Perguntou Ricco.
— Martin Shanks, —disse Stefano. — Ele está conosco como gerente há seis anos e trabalhoumais quatro no clube. Rosina está investigando suas finanças.
Shanks foi para casa em torno da meia noite muito doente. Houve testemunhas de que ele estava
extremamente doente. Seu assistente, Timothy Vane, assumiu seu lugar. Vane trabalhava para oclube há cerca de três anos, quando foi promovido a gerente assistente.
Isso foi há dois anos. Então, ele está no clube há cinco anos. Estes não são funcionários novos.Eles são extremamente bem pagos, recebem bônus e estão com a
nossa família há muitos anos, por isso também recebem
participação nos lucros.
— Quem estava na porta? —Perguntou Emme.
—Clay Pierson. Ele é um dos nossos seguranças há
dez anos, —disse Stefano. — Emilio e Enzo treinaram-no.
Mais uma vez, ele é empregado a muito tempo, faz um
bom dinheiro e recebe participação nos lucros.
— Eu vi Peter Franks, —disse Vittorio. — Ele é difícil
de perder. Ele estava na noite passada também. Não trabalhando na porta, mas dentro.
— Eu não sei quem é, —disse Francesca.
Sasha e Mariko indicaram que não o conheciam, também.
— Franks trabalha de segurança. Essencialmente, ele
é um segurança. Ele trabalha na porta quando está agendado, mas, como Clay Pierson, eletreinou com Emilio e Enzo, —Stefano disse.
Vittorio entregou sua xícara de café a Taviano, que
havia se levantado, e apontou para a cozinha onde estava a máquina de café expresso. Eleprecisava ouvir tudo que estava sendo dito, mas queria estar no hospital. Ele prometeu a Graceque estaria lá quando ela acordasse, e
ele estava determinado a fazer isso acontecer.
Ele estava a quase quarenta e oito horas sem dormir e precisava cair logo. Giovanni, Sasha,Taviano e Ricco foram para Los Angeles em seu jato particular. Ele tinha usado as sombras até oaeroporto, entrando secretamente
no avião bem debaixo dos narizes dos paparazzi. Uma vez em Los Angeles, seus irmãos ecunhada foram para a
boate mais próxima com seus primos de Los Angeles para
festejar a noite toda. Estarem a vista assim, serem fotografados dançando e bebendo, dava álibisa seus primos para o caso de alguém suspeitar de alguma coisa
errada. Ninguém sabia que Vittorio estava em Los Angeles. Tanto quanto eles sabiam, ele aindaestava em
casa em Chicago, nem perto da cidade na Califórnia.
— E a garçonete ou o barman? —Sasha perguntou.
Ela havia trabalhado no clube como garçonete do primeiro nível.
Giovanni sacudiu a cabeça. — Se alguém está nos
dois níveis superiores, ele já foi examinado. Nunca atribuímos esse tipo de responsabilidade aum barman ou
garçonete.
— Somente o gerenciamento e segurança têm esse
nível de autoridade, —disse Vittorio. Ele esfregou o peito
novamente. Seus músculos doíam, bem sobre o coração.
— Ainda assim, alguém pensaria que eles teriam questionado isso. Eu vou ter que voltar paraGrace em
breve. Eu não quero que ela acorde sem eu estar lá. —Ele pegou o café que Taviano trouxe paraele, grato pela cafeína quando sentia que estava correndo vazio.
Stefano assentiu com compreensão. — Vamos voltar
para Grace. Ela é a principal preocupação no momento.
Vittorio assentiu. — Rosina desenterrou um pouco sobre ela. Eu não sei como ela escapou donosso conhecimento até agora. Porque ela trabalhava para Katie Branscomb, e estava em nossoscírculos. Nós não a tínhamos em nosso radar, mas ela estava no de alguém.
Essa pessoa é parte ou está ligada à família Saldi, e Miceli ou Giuseppi devem a ele.
— Ela está segura no hospital? —Perguntou
Francesca. — Eu prefiro que ela esteja em uma de nossas
casas e que o médico venha a ela.
— Ele virá a ela, baby, —disse Stefano. — Só que
agora, eles não querem movê-la.
— Eu tenho guarda-costas sobre ela, —Vittorio assegurou. — E eu vou estar com ela na maiorparte das
vezes. Estou pensando em levá-la para casa comigo quando eles deixarem-na sair do hospital.Ela não iria receber qualquer cuidado no apartamento dela e comigo,
ela vai ter tudo o que precisa para a reabilitação.
Stefano enviou-lhe um sorriso rápido. — Boa jogada,
irmão. Ganhe-a enquanto ela estiver para baixo.
Francesca revirou os olhos. — Você é tão ruim, Stefano, embora, neste caso, eu tenha queconcordar, é
bom trazer Grace para casa com você, Vittorio. Pelo que
Stefano disse, não parece que ela tenha alguém para cuidar dela.
— Isso responde à pergunta se você acha que acabou
ou não para ela? Ou você acha que alguém fará outra
tentativa por ela? —Mariko perguntou. — Você realmente
acha que a família Saldi começaria uma guerra conosco
por ela?
Vittorio deu de ombros e tomou um gole do café quente para dar tempo a escolher suas palavrascom cuidado. Ele detestava magoar Emme, e qualquer menção
a uma guerra entre as famílias iria partir seu coração. —
Se Grace era o alvo específico, e parecia que ela era, então sim, acho que ela ainda está emperigo. Nós
simplesmente não sabemos de onde esse perigo virá, e como Stefano diz, vamos lidar com issocom cuidado. Do
jeito certo. Embora, tendo dito isso, quero caçar Haydon e descobrir o que ele tem a dizer antes... —Ele se interrompeu e deu de ombros novamente.
Stefano olhou para ele bruscamente, mas não disse
nada.
Ricco largou o café com leite e olhou diretamente nos
olhos de Vittorio. — Acho seguro dizer que todos estamos nos sentindo da mesma maneira,Vittorio. Não apenas porque ela é sua mulher, mas porque ela é uma mulher.
Ela poderia ter sido qualquer uma. Se você não tivesse ido ao clube, não teríamos sabido que eleso estavam usando
para conduzir seus negócios.
— Eles definitivamente estavam bem debaixo de nós,
—concordou Taviano.
— Talvez, —disse Stefano. — Mas todos
concordamos em não fazer nada estúpido. Nós trataremos
isso da maneira como faríamos qualquer trabalho. —Seu
olhar tocou o de Vittorio, fazendo o seu ponto. — Nós investigamos e chamamos nossos primosde Nova York
para dispensar a justiça. Os policiais estão por toda parte
aqui. Teremos que ter álibis o tempo todo e garantir que possamos contabilizar publicamentetodos os minutos do
dia. Quando os cadáveres começam a aparecer, não queremos estar associados a eles. Desde queisso começou em nosso clube, com a noiva de Vittorio, o segredo mais bem guardado de todosos tempos, seremos
examinados.
Vittorio sabia que Stefano estava certo, mas não lhe
convinha ter Grace em perigo, enquanto ele não fazia nada a respeito disso. Ele sabia que issoseria impossível para ele. Seus irmãos também sabiam disso. Apenas Sasha e Francesca, as duasnão-cavaleiras, acreditariam
no que Stefano estava dizendo, e acreditariam em sua declaração de que ninguém ali faria algoprecipitado—
como encontrar Haydon e matá-lo. Vittorio estava esperando que suas próprias intenções nãoestivessem estampadas em sua testa para o mundo ver—porque ele
definitivamente estava indo atrás daquele idiota e sumindo com ele permanentemente.
Talvez ele devesse sentir alguma simpatia por Haydon, porque para Grace o amar tanto, ele deveter sido um ser humano decente uma vez, mas Vittorio não
conseguia. Grace passara pelas mesmas coisas que
Haydon, embora, a partir do que Rigina descobrira até agora, Haydon tivesse tentado protegerGrace e assumido
o peso do abuso. Ainda assim, de tudo o que os investigadores haviam encontrado no curtoperíodo de tempo que tinham, ela continuou sendo um ser humano
decente, trabalhador e honrado. Alguém que deu muito amor e lealdade a um idiota que nãomerecia.
— Vamos ser examinados pela imprensa, —disse Ricco. — Ninguém viu Vittorio com Grace.Eles foram em
algum evento ao mesmo tempo? Precisamos começar a
construir uma história plausível para eles.
Emme assentiu. — Eu já estou nisso. Rigina me ajudou, enviando todos os eventos de caridadeque Vittorio fez no último ano e meio. —Ela olhou para ele. —
Você participou de treze eventos grandes e bem divulgados, além de três eventos menores.Quatro foram
para traumas cerebrais, seis para pesquisa de câncer, três para abrigos de mulheres e os trêsmenores foram para
arrecadar dinheiro para resgates de animais. Eloisa organizou a maioria dos grandes eventos.
— Animais? —Disse Giovanni. — Quando você fez isso, Vittorio? —Vittorio o ignorou.
Sasha olhou para o marido. — Giovanni, você está incomodando seu irmão quando me contouesta manhã
sobre o resgate de cavalos ...
Giovanni colocou a mão na boca de sua esposa, rindo, seus olhos brilhando. — Não é a hora,mulher. O
que você está pensando?
Vittorio viu-se rindo junto com os seus irmãos e as mulheres sentadas à mesa do café. Era assimque eles
ficavam juntos. Discutiam negócios em um minuto, e explodiam na risada juntos no próximo.Ele queria isso para Grace. De acordo com tudo o que Rosina estava enviando para ele, ela nuncateve uma família—bem, exceto o perdedor Haydon. Vittorio poderia, pelo menos,
fornecer isso para ela. Ele não tinha ideia se seria o suficiente para equilibrar a vida com ele.
Esse pensamento levou seu sorriso imediatamente.
Ele era solitário. Ele queria sua própria família. Uma esposa. Crianças. Alguém para voltar paracasa. Alguém
para cuidar, para cuidar dele. Ele precisava de um propósito. Seu estilo de vida não tinhaequilíbrio. Ele precisava de alguém que se tornasse seu centro, para ancorá-lo. Ele reconhecia eassumia todas as falhas que
tinha. Ele trabalhava para ser um homem melhor a cada dia. Ele descobriu que, ao longo dotempo, estava ficando cada vez mais difícil sustentar quem ele era quando não
tinha ninguém. Ninguém para compartilhar sua vida e fazê-lo perceber que havia um propósitopara seu trabalho.
— Grace esteve em algum dos eventos, Emme? —
Perguntou Stefano.
Emmanuelle assentiu. — A KB Events fez nove dos
eventos angariadores de fundos que ele participou. A reputação de Katie Branscomb éimpecável. Todo mundo
tenta primeiro ela, e ela está tão ocupada que você deve reservar com mais de um ano deantecedência. Grace trabalhou nos bastidores das nove, incluindo os jantares.
De acordo com Katie, ela não poderia fazer o que ela faz sem Grace.
Grace esteve em nove eventos no último ano e meio e
ele não a viu? Por que o sexto sentido dele não entrou em ação até a noite passada? O radar deledeveria ter disparado. No mínimo, a sombra dele deveria ter se conectado com a dela. Quandohavia um grupo, às vezes
era difícil separá-los, mas a sacudida sexual era tão forte
quando sua sombra se conectava com a de Grace que não havia nenhuma maneira dele não ternotado.
— Podemos partir daí, —disse Taviano. — Você a conheceu em um dos eventos e se apaixonoupor ela no
local. Ela era desconfiada—afinal de contas, você tem uma má reputação de playboy, mano,então a cortejou a
maneira antiga fora dos holofotes.
Francesca riu. — O que é antiga, Taviano? Levar uma
mulher para um encontro sem pular nela?
— Pular nela? —Stefano ecoou. Ele trouxe a mão de
Francesca à boca e chupou seus dedos por um longo momento. — Você não pode dizer coisasassim, baby.
Coloca ideias na minha cabeça.
— Como se você não tivesse essas ideias vinte e quatro por sete, —Francesca acusou, rindo,inclinando-se em direção a ele.
— Eu faço, —Stefano admitiu. — Vittorio mostrou muito mais moderação do que eu jamaispoderia ter. Ele é um santo.
Mais uma vez, seus irmãos e irmãs riram. O som deixou o coração de Vittorio um pouco maisleve. Ele sabia que tinha um longo caminho a percorrer com Grace,
mas uma vez que ele estivesse focado em uma tarefa, uma vez que ele fizesse sua mente, ele eraimplacável.
Ele queria Grace, queria dar a ela todas as coisas que ela nunca teve e protegê-la do pior que omundo tinha para
oferecer. Ele era durão e sabia que havia pouco que alguém pudesse fazer para machucá-lo, a nãoser aqueles
de sua família. Ele não queria que Grace tivesse que ser como ele. Ela poderia ser suave esensível. Ele forneceria a armadura para ela.
— Eu sou um santo para se sentar aqui ouvindo essa
porcaria quando eu poderia estar sentado com ela, —
Vittorio proclamou, sentando-se na cadeira. — Ela estava saindo com alguém? Se ela estivesse,Rosina não tinha
enviado provas ou o nome de um homem que pudesse
estar atrás dela porque ela o recusou.
— Não que Rosina pudesse encontrar, —disse Emme.
— Se estava, foi mantido muito quieto.
— E o relacionamento dela com Haydon Phil ips? —
Perguntou Taviano.
O estômago de Vittorio apertou. — O que tem isso?
Eles estavam juntos em um lar adotivo. Ela claramente
tentou afastá-lo das drogas e do jogo.
— Ela pagou suas dívidas de jogo duas vezes, Vittorio, —Taviano apontou. — É possível queeles tenham mais um relacionamento do que serem jogados
juntos em uma casa.
Vittorio balançou a cabeça. Ele sabia absolutamente
que os dois não tinham um relacionamento íntimo. — De
jeito nenhum. Não estava lá.
— Ele a trancou no porta-malas de um carro, —disse
Ricco. — Ele pegou a mulher, a emboscou de alguma forma—ela não o procurou—e ele a levouao clube com a
intenção de vendê-la como escrava para pagar suas dívidas.
— Ele dizia que merecia um crédito de duzentos e cinquenta mil dólares, —disse Vittorio. —Quem da família Saldi empresta dinheiro? —Ele balançou a cabeça. —
Vamos restringir isso à equipe de Miceli. Ale Sarto e Lando Gori trabalham para Miceli. Duvidoque Giuseppi
teria usado qualquer um deles para entregar mensagens
ou até mesmo pegar uma prostituta em potencial para eles.
— Estou chocado que Miceli os usou para entregar
sua mensagem, —disse Ricco.
— De jeito nenhum Phillips viveria á isso, —disse Vittorio. — Eles estavam lá para matá-lo. Seeles quisessem dinheiro dele, não teriam enviado Sarto e Gori.
Eles o queriam morto porque se importavam mais com Grace do que com o dinheiro.
— Então, quem emprestou o dinheiro teria que assinar
sobre isso, —concluiu Stefano. — Isso reduz as coisas,
não é?
Houve um momento de silêncio. — Vamos falar com
Rosina, —acrescentou Stefano.
— Alguém que empreste grandes quantias de
dinheiro, não porcarias de centavos. —Vittorio disse. —
Tem que ser alguém com quem Miceli está em dívida, deve um favor, algo dessa natureza.
Stefano já estava mandando uma mensagem para sua
prima. — Ela os encontrará, Vittorio. Você sabe que ela
nunca perdeu nada.
— Quem comanda as meninas? —Perguntou Emme.
— Essa é outra pista aqui. De alto nível, parece. Eles não vão negociar esse tipo de dívida ecolocar alguém como
Grace em um estábulo. Ela é especial e eles sabem disso.
— Esse seria Marco Simoncini, —disse Ricco. — Ele comanda todos os tipos de garotas desde o
nível da rua
até as acompanhantes muito altas. Se você quiser se divertir, ligue para Marco.
— Como você sabe disso? —Mariko perguntou
baixinho. Seus grandes olhos estavam fixos no rosto do
marido.
— Sim, Ricco, como é que você sabe disso? —
Perguntou Giovanni.
Ricco jogou uma massa amanteigada em seu irmão,
que a pegou antes de bater na cabeça dele. — Todo mundo sabe que Marco administra asmeninas para Miceli.
— Eu não sabia, —disse Mariko. Ela se virou para Sasha. — Você sabia?
— Não, eu não fui informada. E você, Francesca?
Você sabia?
— Não, mas eu estou apostando que Stefano sabia.
— Isso é porque quase todo mundo sabe, —Stefano
disse, inclinando-se para roubar o riso de sua esposa com o seu beijo.
— Você sabia, Emme? —Mariko persistiu.
— Receio que sim, —Emmanuelle admitiu, seus lábios
se contorcendo. — Marco é muito barulhento sobre suas
garotas. Mais, ele tentou me recrutar uma vez. Ricco, Stefano e Vittorio fizeram uma visita a ele.Ele desistiu de me assediar. Eu não precisava deles para me resgatar,
mas eles insistiram que levantaria muitas perguntas que
uma garota batesse em um dos Saldi. —Ela fungou um
pouco.
— Você poderia ter feito isso, também, —disse Vittorio, orgulho em sua voz. Ele deu um beijono topo de sua cabeça. — O ego de Marco teria insistido que ele tentasse retaliar. Nós teríamosentrado em guerra.
Emmanuelle sacudiu a cabeça. — Val teria tomado conta disso. —No momento em que aspalavras saíram de
sua boca, —ela pressionou dois dedos sobre os lábios como se ela pudesse se interromper.
— Alguém ouviu falar de Eloisa? —Perguntou Vittorio,
voltando a atenção para longe de sua irmã mais nova. Sua mãe era notória por seus comentáriosfrios e cortantes.
Ela tornara as coisas tão desconfortáveis para Francesca
que Stefano a proibira de ir a sua casa. — Ela sabe que Francesca está grávida?
— Não. —A voz de Stefano estava cortada. —
Francesca deve ser o mais livre de estresse possível, e
todos sabemos que sempre que Eloisa aparece, os níveis
de estresse passam pelo teto. Ela ainda está banida.
Receio que, uma vez que ela não possa vir a Francesca,
ela vai enlouquecer quando souber que você está noivo
de Grace Murphy—uma garota criada em lares adotivos.
Vittorio suspirou. — Eu deveria dizer a ela cara a cara, mas eu preciso voltar para o hospital.
— Você está cansado, Vittorio, —disse Stefano. —
Você precisa dormir. Em qualquer caso, a notícia provavelmente vazou.
— Eu vou contar a Eloisa, —ofereceu Emmanuelle. —
Você vai ver sua noiva e assim que der a palavra, eu irei encontrá-la. Todos nós precisamosparecer como se estivéssemos com ela com bastante frequência, para que
outros acreditem que você está namorando com ela.
Outros significam os Saldis.
Isso era tão parecido com Emme. Vittorio apertou a
mão dela. — Mantenha-me informado, do que quer que
qualquer um de vocês ou Rosina e Rigina descobrirem.
Os policiais vão querer ficar atrás de nós, então certifiquem-se de que vocês são vistos e tenhamálibis apenas no caso de Phillips, Gori e Sarto acabarem mortos.
Stefano lançou-lhe outro olhar aguçado, mas se absteve de falar. Vittorio enviou-lhe seu sorrisofrio, o que significava que ele tinha tudo sob controle. Ele tinha ficado mexido quando descobriuque Grace existia, mas estar com sua família o tinha aterrado. Sua família poderia vir a encontrarHaydon antes dos Saldi. Eles precisavam dele
vivo para dizer a eles quem queria Grace. Ninguém a estava levando de Vittorio, e Stefano etodos os seus irmãos e Emmanuelle sabiam que isso era um fato.
Capítulo 03
Era apenas sua sorte estar nas piores circunstâncias possíveis quando conheceu o homem maisquente do
mundo. Grace Murphy desejou que a terra se abrisse e a engolisse, na cama do hospital e tudo. Afamília Ferraro certamente tinha um forte senso de responsabilidade quando se tratava de alguémlevando um tiro no seu estacionamento. Mesmo isso era embaraçoso, ter seu próprio irmãoadotivo tentando vendê-la para a prostituição para pagar suas dívidas de jogo.
Ela era como todo mundo, seguindo a vida dos Ferraros em revistas compradas no supermercadoou folheando no salão de beleza. Ela sempre foi atraída por Vittorio, encontrando-se lendo todasas coisas sobre ele.
Agora, aqui estava ele pessoalmente, esparramado em uma cadeira, mais bonito do que asfotografias poderiam
capturar, tão grande quanto a vida. Maior ainda, a realidade dele ocupando uma enormequantidade de espaço, seus largos ombros e longas pernas mantendo
sua atenção presa a ele.
Ela gemeu alto e cobriu o rosto vermelho com uma
mão. Ele tinha estado lá todos os dias. Ali. Naquela cadeira. Andando pelo quarto. Falando nocelular dele.
Não importava o que ele estava fazendo, ele cuidava de
todas as suas necessidades. Ele percebia antes dela que
seu nível de dor estava aumentando, e ele cuidou dela.
Ele não gostou da comida que estavam servindo, e ela recebeu refeições muito nutritivas no caféda manhã, almoço e jantar. Ela não foi capaz de se alimentar sozinha naqueles primeiros dias eele foi quem sentou na beira da cama dela e a alimentou.
Na primeira semana depois que ela foi baleada e operada, havia tanta dor que ela mal conseguia
respirar, e ela não tinha sido capaz de compreender completamente
quem ele era. Principalmente, ela dormiu e pensou que
estava sonhando. Uma das enfermeiras se referiu a ele
como seu noivo e ela ficou confusa. Ela começou a corrigi-la, mas depois olhou além dela paraver Vittorio Ferraro pairando atrás da mulher.
Seus olhos estavam trancados nela. Olhos como os
dele existiam na vida real? Ela foi cativada. Encantada.
Incapaz de pensar. Aqueles olhos haviam transformado seu cérebro em mingau. Seu coraçãopulou para a garganta. Grace sentiu como se ele estivesse pedindo para ela não falar, nãocontradizer o que a enfermeira estava dizendo—e ela não tinha. Então a morfina entrou
em ação e a dor se foi o suficiente para ela adormecer.
— Grace?
A voz dele. Era linda. Baixa. Calmante, mas ao mesmo tempo, havia um comando absoluto,como se governasse o mundo e soubesse disso. Ela tinha ouvido
aquela voz no estacionamento, parando a todos, dando a
ele a chance de agir, e salvá-la dos dois homens a quem
Haydon a estava vendendo por suas dívidas.
Vittorio permaneceu calado depois de dizer o nome
dela. Ela não pôde deixar de olhá-lo, esse tom a levou a erguer o olhar para ele, por maisrelutante que ela estivesse. Levou alguns momentos para reunir coragem
para encontrar aqueles olhos. Azul profundo, como o mar
mais profundo e claro. Ela sentiu como se estivesse se
afogando quando olhou em seus olhos.
Ela tocou a língua nos lábios—os lábios nos quais ele
aplicou o protetor labial—e ergueu os cílios. De imediato, teve a estranha sensação de cair, decair naquelas profundezas sombrias, e não havia como salvar a si mesma. Seu coração batiadescontroladamente e, em suas veias, houve uma onda de calor que se espalhou por
seu corpo como um incêndio.
— Me diga o que está errado.
Ela não tinha ideia de como ele poderia fazê-la querer dizer a ele a verdade, não importava queela quisesse esconder isso dele. Ela não queria admitir que ele era o problema, que ele era afantasia com que ela ia para a
cama todas as noites, e agora ele estava lá, maior que a vida, e muito mais do que ela poderialidar. Ela o observou em todos os eventos de caridade, às vezes quase esquecendo seu trabalho,que era ficar nos bastidores e
garantir que tudo corresse bem.
— Grace.
Novamente com o nome. Parecia tão diferente quando
ele o dizia. Ela sempre pensou que seu nome era simples.
Antiquado. Quando Vittorio o dizia naquele tom cativante, ela gostava do jeito que soava.
— Eu estou muito confusa, —ela admitiu.
Ele permaneceu em silêncio, seu olhar a segurando
cativa. Como ela poderia não o responder mais plenamente quando ele a olhava tão diretamente?Quando
a maneira profunda e dominante de dizer o nome dela a
fazia sentir que se não dissesse a verdade, ele ficaria desapontado. O pensamento de decepcioná-lo era pior do
que qualquer coisa que ela pudesse conceber naquele momento.
— Eu sei que fui baleada no seu estacionamento, mas
você não precisa estar aqui. Você é um homem muito ocupado, mas você está aqui todos os diase as enfermeiras e os médicos discutem tudo com você e não
comigo. Eles pensam ... —ela parou, incapaz de dizer em
voz alta. Noivo. Apenas o pensamento da palavra em associação com ele enviava um calorvarrendo através dela novamente.
— Não há ninguém mais importante para mim do que
você, Grace, —Vittorio respondeu.
Mais calor. Ele parecia tão sincero. Ela não podia falar, sentindo como se tivesse acordado em
um universo
alternativo, talvez um dos seus sonhos.
Ele chegou mais perto, parecendo mais alto e ainda
mais musculoso quando se aproximou da cama. Seus ombros eram muito largos, o peito amplo e,por baixo daquela camisa bem esticada, os músculos continuavam
para sempre. Os paparazzi não tinham capturado a verdadeira presença dominante do homem e o
fotografaram milhares de vezes.
— Você se lembra de tudo o que aconteceu com você até este ponto?
Ela assentiu. — Acho que sim. Haydon veio à minha
casa e me pediu para ir ao clube com ele. Eu disse que
não. Ele foi legal, mas depois me disse que eu deixei meu suéter em seu carro e me pediu parasair com ele, o que
eu fiz.
Ela desviou o olhar, com medo de que ele visse que
ela o estava enganando—o que ela estava. — Quando
chegamos à rua, ele foi até a parte de trás do carro. Ele estava falando comigo e eu apenas osegui, pensando que meu suéter estava no porta-malas. Ele abriu, ainda
falando, agindo de maneira tão casual. A próxima coisa
que eu sei, ele me jogou no porta-malas e fechou, me prendendo. —Ela estava apavorada, masuma parte dela
tinha ficado calma, pensando que o reino de terror dela
estava finalmente acabado.
Ele pegou a mão dela como se soubesse que seu coração estava batendo fora de controle pelalembrança.
Seu polegar deslizou sobre os nós dos dedos e, em seguida, começou a deslizar para trás e parafrente levemente sobre as costas da mão dela. Cada golpe
parecia uma carícia e ela sentiu seu pulso vibrar descontroladamente. — Obrigado porcompartilhar isso comigo, Grace. Eu sei que não foi fácil. Você está segura agora.
Havia aquela estranha onda de calor percorrendo seu
corpo que ela estava associando a ele. Ele a fez se sentir extraordinária apenas por responder suapergunta. Era a
voz dele quando ele a elogiou, roçando suas terminações
nervosas como veludo negro.
Grace não podia deixá-lo pensar que estava tudo bem. Ela o estava enganando, e isso poderiafazê-lo pensar que não havia perigo. — Eu não estou. Você não está. Ele apontou aquela armapara você, a pessoa tentando salvar sua vida, não os dois homens que ele estava me negociando.Ele está tão longe. —Ela fechou a
boca abruptamente e apertou os lábios, sentindo-se quase desmaiando.
Isso foi mais do que ela já contou a alguém sobre Haydon, e ela apenas deixou escapar porqueele já sabia
que seu irmão adotivo queria matá-lo. Como ela explicaria Haydon a um homem como Vittorio?As diferenças entre
eles eram tão grandes que Vittorio não conseguia entender.
— O que é, gattina bella5? —Ele levou a mão à boca e mordiscou os nós dos dedos. Todo otempo seus olhos
azuis seguravam os dela. Ela amava seus olhos. A maneira como eles comandavam. Compeliam.Uma vez
que ele se fixava nela, ela estava totalmente cativada e não conseguia desviar o olhar. A conexãoera intensa, às vezes a ponto de ser desconfortável, mas era porque olhar em seus olhos a fazia sesentir como se ele visse tudo
sobre ela. Soubesse tudo sobre ela, pontos fortes e fracos.
Ela hesitou. Quando crianças, em um lar adotivo violento, Haydon e ela haviam se protegido.Então, tornou-se uma autopreservação muito real, nunca falar dele com
ninguém. Nunca. Por qualquer motivo. Um pequeno arrepio percorreu seu corpo. Ela desejouque a morfina
entrasse em ação, e, com sorte, adormecesse, mas eles
estavam diminuindo lentamente os analgésicos em um esforço para tirá-la do hospital. Eraextremamente difícil dormir quando a dor batia nela constantemente.
— Você tem que confiar em alguém, Grace.
5 Linda gatinha, em italiano
Grace estava desesperada para desviar o olhar dele.
Fechar os olhos e voltar a dormir onde se sentia segura.
Ela estava em um casulo há dias e ela queria permanecer
lá. A clareza trouxe realidade e isso foi demais para ela quando ela mal conseguia se mexer, malconseguia cuidar
de si mesma.
O silêncio encheu o quarto e ela detestou isso. O
desapontamento não apareceu no rosto dele, mas ela o
sentiu. Era como se as próprias sombras os conectassem
e ela pudesse sentir suas emoções. Ele ficou desapontado por ela não poder confiar nele. Outalvez ele não estivesse desapontado e ela estivesse projetando seus próprios sentimentos sobreele.
— Haydon não é como a maioria das pessoas. —Ela
não conseguia evitar o tremor de sua mão e tentou puxá-
la para longe dele, para que ele não a sentisse tremer.
Ela odiava estar parecendo tão fraca na frente dele.
Ela tinha um trabalho exigente, em que se destacava. Ela não teve problemas para ver todos osdetalhes e encontrar as pessoas certas para fazer as coisas, mas sua vida pessoal era exatamente ooposto. Ela era uma bagunça completa, fora de controle, incapaz de encontrar
uma maneira de consertar isso. Mesmo quando ela se posicionou, isso saía pela culatra.
Os dedos longos de Vittorio apertaram os dela e seu
polegar acariciou as costas da mão dela enquanto ele pressionava a palma da mão sobre ocoração. — Diga-me
por que você tem tanto medo desse homem.
Ninguém sabia que ela tinha medo de Haydon.
Ninguém. Sua chefe achava que eles eram próximos, como irmão e irmã. A maioria das pessoaspensava a mesma coisa. Ninguém mais havia visto sua máscara cuidadosa, nem os assistentessociais, pais adotivos ou
policiais.
Ela balançou a cabeça, mesmo enquanto tentava formar as palavras certas. Não havia comonegar a Vittorio quando ele olhava para ela daquele jeito. Ela não queria desapontá-lo, e eleprecisava saber que ainda estava em
perigo, provavelmente mais do que nunca, agora. Vittorio não falou, permitindo que o silêncio seprolongasse por
tanto tempo que ela teve medo de gritar. Ela não se importava com o silêncio, mas a maneiracomo aqueles
olhos azuis se moviam sobre seu rosto, a compulsão de
dizer tudo a ele era tão forte que ela quase deixou escapar toda a história, mas anos de silêncio amantiveram forte.
— Haydon não é como as outras pessoas. Ele não vai
parar. Você interferiu nos planos dele e ele não permitirá isso. —Grace mordeu o lábio comforça para se impedir
de falar. Ela não se atrevia. Ela avisou Vittorio porque ele merecia ser avisado, mas isso foi tantoquanto ela se aventurou a assumir um risco.
Seu dedo deslizou sobre seus lábios onde seus dentes haviam afundado. Requintadamente suave.Quase
inexistente. — Você também o impediu, —ele ressaltou.
Seus lábios formigaram. — Sim, eu estou bem ciente.
—Seu olhar deslizou para longe dele para olhar por cima
do ombro para a porta. Ela tentou não pensar em como
Haydon reagiria, mas o conhecia melhor do que qualquer
outra pessoa. Ela conhecia todas as compulsões sombrias
que se moviam em sua mente, engolindo-o.
Os longos dedos de Vittorio se fixaram suavemente
em seu queixo, virando o rosto para que seu olhar saltasse de volta para o dele. — Você estásegura comigo.
Há guarda-costas na porta e eles são muito experientes.
Ele era incrivelmente lindo. Tudo sobre ele. Seu rosto
era perfeitamente esculpido, em todos os ângulos e planos. Seus olhos eram lindos.Absolutamente lindos.
Azuis. Mas muito mais do que azul— índigo6 era a cor que vinha à mente. Com os cílios negrosemoldurando aquele
azul, ele tirava-lhe o fôlego. Ela não queria que ele morresse e Haydon estaria fixado nele agora.
— Nós vamos encontrá-lo. Os policiais estão
procurando. Meu pessoal o está procurando. Ele não tem
dinheiro e muito poucos amigos. Haydon será encontrado.
Grace balançou a cabeça. Ela tinha que contar a ele
coisas que nunca contou a ninguém se queria que ele continuasse vivo. Eles se entreolharam porum longo tempo.
Seu polegar varreu o queixo dela. — Eu sei que isso é
difícil para você, Grace. Você tem que confiar em alguém.
Você precisa falar comigo sobre esse homem. Você está
visivelmente tremendo. Você parece assustada e eu não
quero que fique.
6
azul indigo
— Eu não conheço você, —protestou ela, mas sabia que estava perdendo tempo, tentandodescobrir uma maneira de mantê-lo seguro sem revelar as coisas que
sabia sobre Haydon Phillips.
— Você me conhece, —ele respondeu.
Um leve sorriso tocou sua boca e seu coração reagiu
com uma agitação curiosa. — Afinal, eu sou seu noivo.
— Por que todo mundo pensa isso? —Ela se lançou
sobre isso.
— Eu te disse no estacionamento quando você levou
um tiro, mas você provavelmente não se lembra. A fim de
ter certeza de que os médicos iriam falar comigo, eu tinha que ser seu noivo. Nosso cirurgiãoortopédico removeu os fragmentos de osso e reparou o dano, mas você tem um
longo caminho pela frente. Eles estão dando-lhe antibióticos para prevenir qualquer infecção evocê vai ter que ficar aqui por algumas semanas. Você esteve dentro e fora por alguns dias, entãoestamos em contagem regressiva para acabar a primeira semana.
— Toda vez que eu acordo, você está aqui. —Grace
se acostumara a vê-lo ali, um acessório em seu quarto,
mesmo quando a medicação para a dor a mantinha
sonolenta. Ela olhava para ele primeiro agora, uma rápida varredura do quarto enquanto elaprendia a respiração.
Então ela a via e o terror nela se acalmavam.
— Eu não quero estar em nenhum outro lugar.
Quando você sair, precisará de cuidados. Eu tenho seu
quarto pronto e preparado para a fisioterapia, assim, quando o médico lhe der o Okay, teremosisso em prática.
— Quarto pronto para mim? —Ela ecoou fracamente.
Ele balançou a cabeça, seus olhos segurando a dela.
— Comigo. Na minha casa. Minha irmã Emmanuelle, e
minha cunhada Mariko podem ir ao seu apartamento e obter tudo o que você quiser. Você podefazer uma lista.
Ela balançou a cabeça. — Não. Absolutamente não.
Ele ficou com aquele olhar que ela detestava.
Desapontamento. Como se ela tivesse de alguma forma o
machucado apenas por dizer não a ele. Ela teve que esclarecer. — Você não entende. Ninguémpode ir ao meu
apartamento. Não é seguro, muito menos para qualquer
um que você ame ou se preocupe. Eles vão estar em perigo também.
Ele olhou para ela pelo que pareceu uma eternidade,
então ele moveu-a casualmente. Facilmente. Ele
simplesmente deslizou os braços sob o corpo dela, levantou-a e moveu-a para um lado da camapara que ele
pudesse se sentar completamente. Seu braço deslizou em
torno de seus quadris. Ela estava meio sentada, e havia
um lençol e cobertor fino sobre ela, mas o calor dele quase a queimava.
— Estamos de volta a Haydon, mia bellissima gattina.
Você não acha que é hora de me dizer por que tem tanto
medo dele? O pensamento de que ele poderia tentar prejudicar qualquer membro da minhafamília é ...
inquietante. Eu vou avisá-los, é claro, mas se todos nós somos alvos, eu preciso saber o porquê.
— Porque ele está gravemente doente. Ele não vai
parar e ninguém nunca vai pegá-lo. Você não vai. A polícia não vai. Ele pode encontrar ocaminho para a casa de alguém e morar no sótão e nunca saberão que ele está
lá. Ele os observa. Ele me observa. Ele sabe tudo o que
eu digo e faço. Se ele soubesse que eu estou falando com você sobre ele ... —ela se interrompeu,estremecendo. —
Ele faz coisas horríveis e ninguém sabe que foi ele.
— Você sabe.
Ela assentiu, desejando poder controlar os tremores que percorriam seu corpo. — Eu não sourealmente uma
covarde, mas ele me faz sentir como uma. —Ela não queria que Vittorio pensasse que ela erafraca, embora
estivesse deixando que ele assumisse sua vida. Ela disse a si mesma que não tinha muitas opções,ela certamente
não poderia voltar para seu apartamento até que Haydon
fosse encontrado—e sabia que ele não seria. Ela nunca
estaria segura de novo, mas ela não estava há anos.
— Eu o conheci em uma das casas para as quais fui
mandada. Eu não sou muito grande, então foi fácil para
outras crianças me empurrarem. —Ela não sabia se ela
prefaciava sua história com isso porque tinha vergonha de não ter sido capaz de revidar ouporque queria que ele
entendesse como ela ficou agradecida, a princípio, por Haydon.
Ele assentiu, aqueles olhos azuis escuros e fixos nela.
Seu polegar a acariciou ao longo de seu pulso interno,
exatamente sobre seu pulso, acalmando-a. Havia algo gentil inato nele e que chegava a ela. Eleirradiava calma, energia pacífica, em torno dela em um casulo de tranquilidade. Ele a fez sesentir segura, envolvida em seu
mundo juntos, mesmo que ela soubesse que nenhum deles estava.
— Grace, continue olhando para mim e respire. Uma
vez que você me diga, Haydon é problema meu, não seu
mais. Você o carrega por muito tempo sozinha.
Grace estudou seu rosto. Confiar nele era enorme. Ela
não confiava em ninguém, certamente não com o que sabia sobre Haydon. Uma parte dela queriaproteger Vittorio, mas outra parte queria compartilhar o fardo de seu conhecimento.
Se ela admitisse a verdade para si mesma, também
queria agradar Vittorio, ver aquele olhar no rosto dele quando aqueles olhos azuis se iluminaram.Ela queria lhe devolver algo quando ele já havia lhe dado tanto, vendo-a através do ferimento debala quando tantos outros a teriam deixado sozinha. Se ela estivesse sozinha, estaria vulnerável,e Haydon a teria atingido. Ela estava apavorada com o fato de Vittorio realmente tentar caçar
Haydon, e isso seria um erro. Ele tinha que saber a verdade.
Vittorio não disse outra palavra, não a incitando de um
jeito ou de outro. Ele era paciente, ainda acariciando seu
pulso com a ponta do polegar, esse movimento hipnótico, seu olhar fascinante. Ela decidiu eapenas deixou escapar a verdade.
— Haydon Phil ips é um monstro, tão assustador e invencível que ninguém jamais poderá detê-lo. —Ela declarou isso em voz alta. Dar a verdade a outro ser humano foi libertador. Ela sentiacomo se estivesse respirando superficialmente por toda a vida, mas que agora ela podia respirarfundo e encher os pulmões.
Vittorio, para sua surpresa, inclinou-se e deu um beijo em sua têmpora.
— Ele não vai ser capaz de te machucar novamente,
Grace.
— Você acredita em mim? —Ela desafiou. A maioria
das pessoas olhava para Haydon e via um viciado, alguém
fraco. Ele era magro e parecia esgotado. Ele era muito
mais.
— Você o conhece melhor do que ninguém. Eu fiz alguma investigação e parece que desde oprimeiro lar adotivo vocês dois foram amarrados juntos de uma forma
ou de outra. Então, sim, se você diz que o homem é um
monstro, eu estou inclinado a acreditar que ele é.
Alívio a invadiu. Da primeira vez que ela tentou dizer aos policiais, eles calmamenteinvestigaram Haydon e voltaram afirmando que não havia prova alguma e ele não
parecia nem um pouco violento. Depois que eles saíram,
ela teve que enfrentar a ira de Haydon. Ela nunca mais
tentou convencer ninguém.
— Ele te apavora. —Vittorio declarou-o como um fato.
— Porque eu sei o que ele faz, e pior, ele sabe que eu
sei.
Mais uma vez, ele esperou. Ele não tentou apressá-la.
Se ele se sentiu impaciente, não mostrou em seu rosto,
nem podia sentir a energia em torno dela. Ela só sentia
como se ele houvesse tecido uma espécie de casulo seguro ao seu redor. Isso tornava mais fácilcompartilhar as coisas que ela sabia sobre Haydon.
— Quando cheguei ao lar adotivo, Haydon já estava
lá. O casal, Owen e Becca Mueller, tinham um filho, Dwayne. Ele era um menino horrível eempurrava nossos
pratos para fora da mesa quando seus pais não estavam
olhando, embora soubessem que era ele. Imediatamente
éramos espancados por isso e forçados a limpar a bagunça com sua mãe ou pai chutando esocando-nos.
Ele fazia coisas desagradáveis, como fazer xixi em nossas camas, e isso nos levaria a uma visitaà sala de 'castigo' .
Os olhos de Vittorio se tornaram perigosos. Sua energia também. Ela sentiu a diferença nele
imediatamente, embora ela não pudesse ver no rosto dele.
— Continue, bella.
Havia aquele tom baixo e convincente novamente. Ela
estava certa de que ele poderia hipnotizar uma sala inteira de pessoas para fazerem qualquercoisa que ele quisesse.
— Eu estava apavorada, e todos os três, Becca, Owen
e Dwayne, nos batiam e chutavam repetidamente. Quanto
mais eu ficava lá, pior ficavam as surras. Haydon começou a entrar, distraí-los, quando elesestavam me punindo. Ele levou espancamentos horríveis, às vezes tão ruim que ele nãoconseguia levantar. Eu levava água e comida para
ele, mas eu tinha que dar uma espiada nele. Dwayne suspeitou, ficou à minha espera, e me bateuna frente de Haydon e o provocou. Era uma vida muito horrível.
Vittorio assentiu. — O assistente social não ia verificar vocês?
Ela balançou a cabeça. — Eu acho que ela estava
muito sobrecarregada, e pensou que eles eram boas
pessoas. Eles pareciam ser. Eu não sei se Haydon nasceu do jeito que ele é, ou se eles o criaram,mas ele é um
planejador e não se importa se alguém sabe que ele se
vingou, contanto que ele consiga.
O latejar no ombro dela aumentava para uma agonia.
Ela olhou para o relógio. Estava chegando perto da hora
que ela deveria tomar mais analgésicos, e ela não seria
capaz de esperar se a dor irradiando fosse algo para se
passar.
— Você está com dor? —Vittorio estava pegando a
máquina antes que ela sequer respondesse, mas ele não
entregou a dose de morfina, apenas manteve a mão ali.
— Eu estava tentando esticar o tempo entre as doses.
Por alguma razão, isso me faz sentir sonolenta e eu quero ficar alerta. —Mas ela não conseguiriamais do que meia hora no máximo.
— Não há necessidade para isso, —disse Vittorio, sua
voz gentil como sempre, mas com uma nota de comando
absoluto nela. — Não há necessidade de você estar alerta, porque estou aqui para cuidar de você.O cirurgião explicou que você tinha que ficar em cima dos analgésicos, Grace. Ele disse que nãohavia perigo de
você se tornar viciada, e eu sei que é sua maior preocupação. O médico sabe do que ele estáfalando. Eu
prometi a ele que você seguiria seu plano ao pé da letra.
Ele deu a ela um leve sorriso, o que virou a de dentro
para fora. — Você não gostaria de fazer de mim um mentiroso, não é?
Grace balançou a cabeça e observou-o liberar a dose
que iria tirar a dor e deixá-la flutuando em breve.
— Obrigado, gattina bella, eu aprecio que, embora você tenha um tempo difícil em tomar osanalgésicos, faça-o de qualquer maneira.
Ela estava tomando a medicação para a dor, porque
Vittorio lhe pediu. Se fosse qualquer outra pessoa, ela teria se recusado. — Eu vou adormecerem breve. Sei que
algumas pessoas têm clareza e não ficam, nem sonolentas, mas a morfina me deixa um poucomaluca.
— Está tudo bem. Quando você dorme, você cura.
Você quer que eu abaixe a cama para você?
Uma parte dela se perguntou como Vittorio Ferraro sabia como baixar uma cama de hospital. Elatinha visto
os Ferraro em inúmeros eventos e leu sobre eles em revistas. Pareciam playboys irresponsáveis.Ela podia
cobiçar um deles, mas sentia um pouco de pena das mulheres em suas vidas. Ali estava ela,desejando ser uma dessas mulheres.
— Eu não preciso de você para fazer isso ainda.
Quero que você entenda sobre Haydon, para que sua família perceba que está em perigo real.
Ele assentiu, mais uma vez tomando posse da mão
dela. Desta vez, ele trouxe para o peito, pressionando a palma da mão sobre o coração. Ela estavabem consciente do jogo de seus músculos sob o tecido fino de sua camisa. Ela assentiu com acabeça como um sinal de
ir em frente.
— Poucos dias depois de Dwayne me bater, eles encontraram o seu corpo em uma vala uma valaa cerca
de doze quilômetros da casa. Ele estava nu, e tinha sido torturado. Ouvi os policiais conversandocom seus pais e eles disseram que todos os ossos do seu corpo tinham
sido quebrados. Ele era apenas alguns meses mais velho
do que Haydon, um menino grande, como seu pai. Muito
rude e forte. Você viu Haydon. Quando ele era criança, ele era muito magro. Ele parecia quasefrágil.
— Ele nunca foi acusado?
— Não. Ele nunca disse uma palavra para mim. Tentei não ficar feliz de Dwayne não estar maislá, mas secretamente, e eu tenho vergonha de admitir, eu fiquei.
Eu não gosto da maneira como ele morreu, e os policiais
estavam sempre vindo investigar, mas eu tinha medo de
falar com eles e eles não vieram perto de nós. Primeiro, os espancamentos pararam e então umdia Becca foi atrás
de mim na cozinha, jogando pratos para mim e dizendo
que queria que eu estivesse morta da maneira que Dwayne estava morto. Acho que foi um sinalpara o marido, que estava tudo bem descarregar a sua frustração, tristeza e raiva em nós dois.
Ela estava tremendo, lembrando-se daqueles dias, ficar sem comer, ficar trancada em espaçospequenos e
confinados. Ela não era claustrofóbica, e nem Haydon, mas não era agradável ficar sem banheiro.Haydon fez uma pequena porta no chão de um lado e eles sorrateiramente escondiam alimento eágua quando podiam.
Vittorio trouxe os nós dos dedos à boca, dando um
beijo lá, o tempo todo com os olhos nos dela, segurando-a em cativeiro para que ela sentissecomo se estivesse caindo nele. Instantaneamente, ela se distraiu. Seu
estômago deu um rolo lento e um milhão de borboletas bateram asas. Ela deveria ter puxado amão, mas ninguém nunca tinha feito uma coisa dessas com ela antes. Ela não poderia a termovido mesmo que ela quisesse, não quando ele mais uma vez pressionava a palma da mão delasobre o seu coração com o polegar
esfregando carícias de uma forma suave, hipnotizante, em todo o dorso da mão. Ele tinha umjeito de obrigá-la a
querer deixá-lo fazer qualquer coisa para fazê-lo feliz, e ela gostava dele segurando a mão dela.Isso a fez sentir como se eles realmente se pertencessem e ele fosse mantê-la a salvo de qualquermal.
— Continue, gattina.
— Um dia, Owen chegou do trabalho muito bêbado, e
entrou em uma briga terrível com sua esposa. Ouvi Becca
gritando, e sabia que ele ia bater nela, e quando eu disse que estava indo para ver como elaestava, Haydon não
deixou. Nós dois ouvimos Owen vindo pelo corredor.
Haydon abriu a janela para mim, mas ele nos pegou antes
que escapássemos. Ele bateu muito em Haydon. Tentei
impedi-lo de bater-lhe com uma cadeira. Era a única coisa que eu poderia pensar em fazer. Elelargou Haydon e virou para mim.
— Este homem merece um inferno todo seu, —disse Vittorio no mesmo tom baixo que pareciacalmo e pacífico.
— Eu sinto muito que você teve que experimentar esse
tipo de mal, Grace.
Algo nos olhos de Vittorio disse a ela que havia muito
mais acontecendo abaixo da superfície que ela não podia
ver, mas ele continuou a emitir aquela energia suave que ela tinha vindo a associar com ele.
— Owen era um homem mau, mas não o mal. Eu vi o
verdadeiro mal. Esse é Haydon. Duas semanas depois,
nosso pai adotivo voltou para casa bêbado e Becca o trancou para fora de casa porque quando eleestava bêbado, ele batia em todos ao redor. Ele estava ficando
bêbado mais e mais desde que Dwayne morreu. Ele foi
para a garagem dormir em seu carro. Eles o encontraram
na manhã seguinte embaixo do carro. Ele ainda estava
vivo, mas o carro caiu sobre ele, esmagando sua perna e
virilha. Ele ficou lá a maior parte da noite sofrendo.
— Não foi um acidente?
Ela balançou a cabeça. — Os investigadores disseram
que alguém tinha colocado algo em sua bebida em casa
naquela noite pouco antes dele sair para a garagem. Eles
encontraram um vidro da cozinha caído e havia restos de um sonífero misturado com uísquenele. Becca tomou pílulas para dormir e eles pensaram que ela tinha feito isso, mas quando elesestavam falando, eu olhei para o
rosto de Haydon. O pavor percorreu sua espinha. Ela nunca esqueceria aquele olhar enquantovivesse. — Ele
fez isso, mas não havia como provar isso. Teria sido fácil para ele roubar as pílulas de Becca elevar uma bebida a Owen. O carro caiu com força para causar o maior dano.
— É difícil ter muita simpatia por Owen quando ele
estava batendo em duas crianças que estavam sob seus
cuidados.
— Eu poderia não ter tido simpatia se ele tivesse morrido abertamente, mas ele foi obrigado asofrer por horas. Não tenho certeza de que isso possa ser chamado
de justiça. Haydon não o matou de imediato, ele queria
que Owen sofresse. Ele escolheu uma maneira de fazer
isso acontecer e executou seu plano. Eu não tinha provas e a quem diria alguma coisa? Owen nosespancou o tempo todo. Haydon me defendeu. Eu estava com medo
de todos eles e não sabia o que fazer.
Vittorio assentiu. Ele colocou a mão dela, palma para baixo, na coxa dele. Que parecia ... íntimo.A morfina já havia chutado e ela podia sentir-se à deriva. Ela não entendia, quando ficava tãodesconfiada com todas as outras pessoas no mundo, por que ela se sentia tão ligada a Vittorio.Ele estava a caminho do mundo dela.
— Becca disse à assistente social que ela não podia
mais cuidar de nós. Ela não suspeitou de Haydon no começo, mas ele ficava sentado olhandopara ela, e uma
vez quando ela levantou a mão para ele, ele disse que
esperava que não acontecesse nada com ela, do jeito que
tinha acontecido com seu filho e marido. Ela começou a
nos observar. Eu acho que ela ficou com medo naquele
momento, e quis se livrar de nós. Antes de nos levarem da casa, eles terminaram a investigação eela foi presa e acusada de abuso. Ela foi condenada a dois anos com o
tempo cumprido, infelizmente para mim, outra mãe adotiva muito gentil, que informada de queéramos próximos, e
levou-nos a ambos.
— Acho que ele não parou aí.
Ela balançou a cabeça. Uma onda de cansaço tomou
conta dela. — Eu não dormi muito nos últimos anos, com
medo de fechar meus olhos, e acordar com Haydon de pé em cima de mim. Ele faz isso comfrequência. Eu sei que
é para me mostrar que ele pode entrar no meu apartamento, não importa quantas vezes eu mudeas fechaduras. Uma vez ele me enviou uma foto de Katie Branscomb, dormindo em seu quarto.Ele estava na foto,
parado em cima de Katie, com um sorriso no rosto. Ele
não a ameaçou com palavras, apenas me avisou de uma
maneira não tão sutil que Katie estaria em perigo se eu
parasse de fazer o que ele queria. Então, eu peguei mais empréstimos, endividei-me até ficar tãoesgotada que não havia como pagar tudo de volta. Eu disse a ele e você viu os resultados.
Vittorio esfregou o queixo com as pontas dos dedos
dela. A sombra em sua mandíbula era fraca, mas ela podia sentir as cerdas e por algum motivoque ela não
entendia, isso disparou em linha reta de seus dedos para seu núcleo. Ela nunca tinhaexperimentado nada parecido.
Ele era naturalmente sensual e nem parecia notar, enquanto ela, em seu estado de flutuação,estava com medo de deixar escapar o quão quente ele era. Como ela
poderia nem perceber quando estava lhe contando sobre
Haydon e as coisas que ela sabia que ele tinha feito, mas não podia provar?
— Além de ver o sorriso em seu rosto quando os detetives estavam investigando o acidente deOwen, houve mais alguma coisa que o ligou a isso?
— Isso não o prende, mas geralmente ele dormia no
meu quarto, em frente à porta. Nós tínhamos começado a
manter a janela aberta para nós dois podermos correr se
precisássemos. Sabíamos que Owen iria retaliar porque
eu bati nele com uma cadeira. Foi a primeira noite desde aquela terrível surra que Haydon nãodormiu lá.
— O que aconteceu quando você estava no novo lar
adotivo? Quem eram eles?
— O nome dela era Julie Vaughn. Seu marido era Kyle. Eles eram pessoas realmente boas. Elesnos deram
ótimos quartos. Cada um de nós tinha um laptop para usar, e quando Haydon pediu um iPod paraouvir música,
conseguiram um. Eu achava que eles eram incríveis.
Haydon costumava reclamar deles. Ele não gostava de fazer as tarefas e disse que éramosescravos. Eram tarefas leves e razoáveis. Coisas como arrumar nossos
próprios quartos e lavar nossas roupas. Ele recusou, e eu
fazia sua parte do trabalho porque temia que ele tentasse puni-los de alguma forma.
Vittorio escorregou para fora da cama. — Eu vou abaixar a cama para você, gattina bella.
Grace estava agradecida que ele percebesse que ela
estava ficando cansada. Ela não gostava de chamar a atenção para si mesma de forma alguma.Ela queria ter
certeza de que poderia desaparecer no fundo e não ser
notada. Ela descobriu que se ela se mantivesse nas sombras, a escuridão a ajudava a se esconder.Haydon
tinha colorido a sua vida de muitas maneiras.
— Na escola, Haydon não queria que eu tivesse outros amigos. Fiz uma amiga no primeiro diaem nossa
nova escola e ele ficou furioso quando estávamos voltando para casa, me dizendo que era umatraição e eu
queria ser popular, que, depois de tudo o que ele tinha
feito para mim, eu ia ser como todos os outros e o ignoraria. Eu me defendi, mas no dia seguinte,minha nova amiga não foi para a escola. Alguém tinha pendurado seu
gato em sua porta.
Ela puxou sua mão de Vittorio e pressionou os dedos
contra o lábio, asfixia por um momento, tentando não
pensar que ela era responsável. — Ele foi doce comigo por todo aquele dia, caminhando comigopara minhas aulas. Eu mantive minha cabeça baixa e deixei.
Vittorio ajeitou os travesseiros como se soubesse que
ela estava desconfortável. Puxou as cobertas. — Eu sei
que deve ser difícil para você reviver essas coisas. —Seus longos dedos deslizaram em seuscabelos, massageando
seu couro cabeludo. — Mia bella ragazza, sei cosi coraggiosa, ele murmurou
— O que significa isso?
— Só que você é muito corajosa.
Ela não se achava corajosa. — Eu não sabia como
parar Haydon, —ela se sentiu obrigada a confessar. — Ele era considerado um nerd e algunsmembros do time de
futebol o empurraram um dia na escola. Um por um, os
acidentes aconteceram com eles. Um quase quebrou o pescoço porque seu skate partiu ao meioem uma colina
perigosa que ele se gabava para todos que podia descer
de skate. Do jeito que foi, ele teve um fêmur e joelho quebrados. Foi o final de sua carreira nofutebol jogando porque a perna ficou muito estragada. Outro dos jogadores tinha um carro queele amava mais que tudo.
Ele tinha economizado para isso por anos, e o montou na garagem de seu pai. Então, um dia,depois que ele empurrou Haydon na escola, os freios foram desligados. O
carro teve perda total e ele sorte de ter sobrevivido.
— Poderiam esses acidentes ser coincidências?
Grace balançou a cabeça e, em seguida, fez uma careta quando seu ombro reagiu ao movimento
com uma
onda de dor. — Os policiais disseram que ele deve ter
cometido um erro quando instalou freios novos, mas esse
cara era um total gearhead7. Ele não teria feito esse tipo de erro. Tentei dizer a mim mesmo quesim, mas eu sabia
melhor.
— Você quer parar e dormir? Podemos conversar mais tarde.
Sua voz era tão suave, quase uma carícia aveludada
em sua pele. Carinhosa. Terna mesmo. Ela nunca tinha
ouvido uma voz como a dele. Ela deveria saber que ele
notaria a maneira como a cor se esvaiu de seu rosto quando a dor bateu. Ela odiava se mexer,mas precisava
terminar de contar a ele sobre Haydon. Se seu irmão adotivo conseguisse chegar até ela, alguémtinha que 7 Não há, em português, uma expressão equivalente para gearhead. Literalmente, atradução é “cabeça de engrenagem”, mas ela tem um significado bem mais amplo e serve paraidentificar pessoas fanáticas por automóveis, motores, corridas e máquinas de alto desempenho.
saber e acreditar nela. Vittorio Ferraro era um homem que todo mundo ouvia.
— Eu quero que você ouça isso antes que eu perca a
coragem, —disse ela. A mão dele apertou a dela na coxa
e mais uma vez, seu polegar começou aquele ritmo suave
que de alguma forma relaxava a tensão que atingia seus
músculos.
— Haydon ficou com raiva de Kyle por insistir que ele
fizesse suas próprias tarefas quando Julie lhe disse que eu estava lavando toda a roupa elimpando seu quarto.
Eles tinham um belo labrador que desapareceu. Kyle amava aquele cão. Eles procuraramsemanas por ele.
Alguém encontrou seus restos em um parque, ele tinha
sido torturado.
— Grace, é claro que este homem está fixado em você. É sobre o dinheiro? Ele tentou levar seurelacionamento a um nível romântico?
Sua voz permaneceu a mesma, suave e baixa, mas
algo fez seu olhar saltou para o dele quando ela estava
fechando os olhos porque suas pálpebras tinham subitamente ficado muito pesadas. Apenas dizerisso em
voz alta fez seu coração enlouquecer.
— Ele nunca tentou me beijar, mas ele não gosta de ninguém perto de mim de jeito nenhum. Eunão saio com
amigos, nem mesmo Katie. Ela suspeita que eu tenho um
perseguidor, mas eu sempre ajo como se Haydon fosse
meu amigo. Eu nunca deixo transparecer que tenho medo
dele para qualquer um. Isso seria desastroso para eles.
Ele estava com raiva de mim por não conseguir outro empréstimo, e tenho certeza de que oacordo que ele estava fazendo com esses homens era temporário. Ele provavelmente matariaalguém que estivesse comigo. Isso
seria como ele agiria.
— Existem outros corpos? Outros que você suspeita
que ele matou?
Ela fechou os olhos. — Eu suspeito, mas não tenho
provas. Nunca há qualquer coisa para conectá-lo. Ele deixa passar o tempo antes de agir. Quandoele retalia,
geralmente é horrível. Eu li sobre três pessoas mortas da mesma maneira que Dwayne, ou pelomenos semelhante
o suficiente para eu suspeitar. Um foi meu primeiro senhorio, que não me permitia ter visitas,incluindo Haydon. O homem desapareceu três meses depois de eu
sair. Eles encontraram seu corpo em um congelador do
outro lado da cidade. Foi horrível. Eles disseram que ele foi mantido vivo por horas.
— Os três que você suspeita que ele matou, todos se
conectam a você de alguma forma?
Ela assentiu com a cabeça. — Um deles era um policial que me deu uma multa. Haydon estavano carro e
com raiva de mim. Ele pisou sobre meu pé no pedal do
acelerador para me assustar. Ele disse que iria dirigir de frente para o tráfego que se aproximava.Quando o policial começou a perseguição, ele riu e desistiu, para que eu
pudesse parar. O policial me deu um sermão e disse que
se eu fi zesse a lgo assim de novo, e ele ouvi sse falar sobre isso, ele me levar ia para a cadeia. Opolicial morreu de maneira semelhante ao meu ex-senhorio. Ele não era
daqui de Chicago. Eu me mudei para outra cidade para
fugir de Haydon, mas ele me seguiu.
— E o terceiro?
Ela teve um pequeno estremecimento que ele viu, embora ela tentasse não deixar o que estavadizendo afetá-la. — Um dos meus vizinhos no apartamento em que
vivi em quando me mudei de volta para Chicago. Eu acidentalmente esbarrei nele no corredor.Ele pegou meus
braços e nós dois rimos. Depois disso, ele sempre dizia olá. Sério, foi só isso mesmo. MasHaydon ficou bravo comigo porque eu o deixei chegar em mim. O homem, Howard Bennet,desapareceu. As pessoas vieram bater na minha porta perguntando se eu o tinha visto. Haydon
estava no corredor, apenas descansando com aquele sorriso e eu sabia que Howard estava morto.Eles encontraram o corpo cerca de um mês mais tarde. —Foi
muito horrível. Ela não queria pensar em Haydon Phillips não mais. Não quando ela estavaprestes a ir dormir.
Seus dedos pareciam mágicos em seus cabelos.
Calmante. Ela só queria fechar os olhos e ceder à droga, ir embora. Ela virou o rosto no braçodele e respirou o perfume inebriante de sua pele. Era uma mistura sexy de
sândalo e vetiver8, mas tão fraco que era quase elusivo, fazendo-a querer perseguir o cheiro. Acombinação era masculina e poderosa, muito sensual para ela. — Seu cheiro é tão bom.
— Obrigado, Bella. Espero que você sempre me diga o que você gosta e o que não gosta. Vocêfoi 8 Vetiver recentemente reclassificado como é uma planta da Família das gramíneas,
herbácea, perene, cespitosa que chega a atingir cerca de 2 m de altura e com raízes que podempenetrar até 6 m de profundidade. É também o nome dado ao óleo essencial dela extraído.Sinônimos: capim-vetiver, falso-pachuli, raiz-de-cheiro. História da Planta: É conhecido como“óleo da tranquilidade”, por causa de sua ação calmante.
incrivelmente corajosa hoje. Eu aprecio sua confiança e eu sabia que era difícil para você.
Tinha sido difícil dizer a ele. Muito difícil. Ela tinha aprendido a não confiar em ninguém, mas omais importante, ela sabia que não devia ficar perto de ninguém. Vittorio já estava na mira deHaydon. Sua família provavelmente também, e ela devia isso a eles para avisá-
los.
— Ele é capaz de estar em qualquer lugar, Vittorio. —
Suas palavras arrastavam um pouco e ela sabia que estava apagando. — Pequenos espaços,sótãos.
Fechaduras não podem mantê-lo fora. Ele pode entrar nest e quarto através das aberturas. Elepode estar lá a gora, nos ouvindo.
Capítulo 04
— Eles o encontraram? —Perguntou Vittorio, passando a mão pelos cabelos. Ele estava ficandocansado de ouvir a mesma resposta.
— Haydon Phil ips é uma pequena doninha astuta, —
disse Ricco. — De tudo que reunimos, esse é o consenso
geral. Ele foi para algum pequeno buraco e está se escondendo. Ele sabe que está sendo caçado enós não
somos os únicos procurando por ele.
— Grace tem semanas de terapia naquele ombro. O
médico me disse que ela tem sorte de poder usar o braço.
—Ele não achava que ela usaria a mão, mas ela pode
mover os dedos e isso é um bom sinal. —Vou levá-la para
casa comigo, mas precisamos encontrá-lo.
— E a sua casa é segura?
Vittorio deu a seu irmão um olhar. — Você me conhece.
Ricco lhe deu um leve sorriso. — Ela vai?
— Ela está me conhecendo. Estamos aqui há pouco mais de duas semanas. Eu posso fazê-la rir,manter a mente dela longe do fato de que ela acha que Phillips vai matar um membro da minhafamília. Metade do tempo ela
está preocupada que ele esteja nas aberturas aqui. Eu sei que ela tenta ficar acordada. O pequenobastardo a impediu de dormir por muito tempo. O médico disse que
ela tem que dormir para se curar.
Ele não conseguia manter a raiva fora de sua voz, não
importava o quanto tentasse. Ele precisava estar lá fora caçando pela cidade, e ele tambémprecisava estar com
Grace, mas ele não poderia estar em dois lugares ao mesmo tempo.
Ricco colocou a mão em seu ombro. — Ele não vai
ser capaz de se esconder para sempre.
— Ela diz que ele é paciente, que vai esperar semanas ou meses antes de atacar alguém.
Stefano se virou para eles. Ele estava olhando pela
janela, e quem sabia o que ele estava pensando, mas Vittorio imediatamente deu a seu irmãomais velho toda a sua atenção, assim como Ricco.
— Nós não vamos encontrá-lo da maneira que costumamos encontrar alguém. Ele não tem umaconta bancária, então não há dinheiro. Ele não aluga ou possui uma casa. Ele não tem carro. Elepega dinheiro de outras pessoas, mora nos sótãos de casas ou apartamentos e
rouba carros quando quer uma carona. Ele pode se tornar
anônimo na multidão. Ele é pequeno o suficiente para caber nas aberturas e não tem problemaspara entrar e
sair de portas trancadas.
Vittorio massageou a nuca. Ele já estava ficando inquieto, tudo nele instando-o a voltar paraGrace. —
Temos que apressar essa reunião.
— Ela não está sozinha, —lembrou Stefano. — Ela
tem um guarda-costas no quarto com ela e dois do lado de fora. Mariko e Emmanuelle estarão láem alguns minutos.
Ter sua irmã e cunhada no quarto com Grace ajudava.
Ambas eram cavaleiras de sombras e tão capazes quanto
ele. Elas treinaram todos os dias de suas vidas desde os dois anos de idade, assim como ele, edispensavam a justiça quando a rotação delas surgia. Elas faziam isso com eficiência e semhesitação. Grace estava em boas
mãos, e ainda assim ele tinha um sentimento inquieto de urgência que simplesmente não iaembora.
— O que você acha sobre Phillips? —Vittorio respondeu, não querendo olhar muito de perto arazão pela qual ele estava se tornando tão nervoso. Ele estava sempre centrado. Ele treinou-separa ser assim. Para sentir sempre a calma absoluta.
Grace passou duas semanas no hospital ... sofrendo.
A bala tinha quebrado o ombro, felizmente, o cirurgião tinha sido capaz de remendá-lo de volta,mas ela sempre
teria problemas. A lesão foi particularmente dolorosa. O
cirurgião tinha salvado o braço, mas seria um longo caminho para a recuperação e ela sempreteria um pouco
de dor. Detestava isso para ela. Ela estava definitivamente ficando mais forte e que precisavalevá-la para casa antes que ela tivesse muito tempo para pensar. Ele estava evitando que suachefe, Katie Branscomb, fosse visitá-la, dizendo para esperar até que ela se estabelecesse, mas
ele estava com medo que Katie insistisse que Grace fosse para casa com ela.
— Eu acho que Phil ips não vai parar. Grace o conhece melhor do que ninguém e se ela diz queele é
susceptível a vir atrás de você e de cada membro de nossa família, eu acho que é melhor prestaratenção. Eu
também acho que Grace é a única âncora que ele tem
neste mundo. Ele pode puni-la por não fazer exatamente o que ele quer, mas ele não vai matá-la.Ele não pode perdê-la e é inteligente. Um assassino torcido, mas muito inteligente. Os Saldis nãotêm a menor ideia do que eles desencadearam, —Stefano deu sua opinião.
Ricco assentiu. — Rigina e Rosina mapearam uma trilha de assassinatos que parecemsemelhantes ao primeiro que Grace contou, Dwayne Mueller. Eles estão
espalhados por uma gama muito ampla e duas cidades
que conhecemos. As garotas estão trabalhando agora para colocar Phil ips na zona de morte no
momento das
mortes. É um processo tedioso, mas elas são tenazes. Se
ele deixou algum vestígio, elas vão encontrá-lo.
— Os primos de LA concluíram o problema de Owen e
Becca Mueller. Há alguns dias eles foram encontrados em
sua casa em Nova York mortos, ambos com pescoços quebrados, —disse Stefano.
O senso de urgência em Vittorio estava crescendo, em
vez de satisfação ou alívio. A pequena sala de
conferências que o hospital lhes emprestara ficava a dois andares da suíte particular de Grace.Ela iria para casa hoje e ele sabia que poderia protegê-la melhor em sua
casa. Ele queria levá-la para lá o mais rápido possível.
— Nós não podemos fazer nada sobre Phil ips até que
ele se mostre, e então nós podemos seguir o rastro dele.
Em qualquer lugar que ele pisar em uma sombra, ele deixará uma "impressão" que podemosseguir, mas até lá, deixe os investigadores fazerem o seu trabalho. Estamos
em alerta e temos guardas extras com a Grace. Sempre
havia uma trilha, células da pele, um cheiro, imagens térmicas, partes deixadas para trás que oscavaleiros chamavam de impressões. Às vezes, essas coisas se mostraram úteis ao rastrear umindivíduo, especialmente
se estivessem frescas.
— Você está protegendo nossas mulheres? —
Perguntou Vittorio.
Stefano deu-lhe um olhar que deveria murcha-lo. —
Claro. Emme é difícil porque ela já despreza ter guarda-
costas. Ela sabe que é obrigatório para um piloto, mas os guardas extras apenas a incomodam.
— Como ela está? —Vittorio odiava ver sua irmã sofrendo.
— Ela é apaixonada por Val, —Stefano respondeu honestamente. — Eu gostaria que ele não
fosse um Saldi.
Não importa para mim que ele não seja um cavaleiro. Eu
sei que Eloisa teria um ataque, e o Conselho Internacional também, mas a linha inferior paramim é a felicidade de
Emme. Se ele não fosse o herdeiro aparente da maior família do crime em Chicago, eu teriapermitido o casamento. Mas como chefe da família, não posso aceitar
aquilo que lutamos contra, em nossa casa, nem quero a
minha irmã em qualquer lugar perto desse negócio.
— Não vá com muita força, Stefano, —advertiu Vittorio. — Emme está sofrendo e isso a deixavolátil.
Agora, ela tomou a decisão por si mesma. Se dissermos
algo negativo para ela, isso pode mudar.
Ricco assentiu com a cabeça. — Eu tive que advertir
Taviano algumas vezes. Você pode ter uma palavra com
ele.
Stefano suspirou. — A culpa é minha. Eu sempre quero ser seu pai em vez de seu irmão.Giovanni está
mais próximo dela e ele está preocupado, também. Até
Francesca está preocupada com Emmanuelle. Mas você está certo, Vittorio. Terei cuidado elembrarei a Taviano que esta é uma situação que exige diplomacia, não nossas táticas habituais.
Houve uma onda de alívio que não aliviou o senso de
urgência crescente em Vittorio. — Sarto deixou o hospital?
Ouvi dizer que ele estava sendo liberado em breve. Eu sei que Gori foi liberado na semanapassada.
— Sarto deveria ter saído a mais de uma semana, —
Ricco disse, — mas você quebrou o fêmur e ele tem estado em suspensão e tem uma infecção.
Os três homens trocaram sorrisos.
— Eu estava muito chateado, —Vittorio admitiu. —
Ajuda saber exatamente onde bater ou chutá-los.
— É por isso que o braço de Gori esteve em suspensão por um tempo também. Os policiais olevaram
para a cadeia com o braço engessado. —Disse Ricco. —
Estamos verificando ambos. Sarto tem um guarda de plantão. Gori está na solitária e somente seuadvogado
tem permissão de ver qualquer um deles. Nem Miceli nem
seus filhos chegaram perto deles. Na verdade, Miceli
continua a negar que sabe alguma coisa sobre o que aconteceu.
— Os dois homens afirmam que estavam no clube se
divertindo e, quando saíram, você os agrediu no estacionamento, Vittorio, —disse Stefano.
Vittorio encolheu os ombros. — Eles achavam que não teríamos câmeras em todos os lugares?
— Acho que eles foram informados por quem está
ajudando-os no clube, e eu reduzi para três homens e uma mulher, que eles apagariam afilmagem. Felizmente,
nós a pegamos naquela noite antes que alguém pudesse
chegar lá. Giovanni pulou em cima disso no minuto em
que chegou lá.
— Estamos de olho nos Saldi, embora tanto Giuseppi
quanto Miceli afirmem que não tem nada a ver com isso.
Giuseppi quer um encontro conosco, —acrescentou Stefano.
— Quando? —Vittorio estaria indo para essa reunião.
— Semana que vem. Sua esposa está mal, e ele pediu mais tempo. Então, quarta-feira às cincohoras da
sala de conferências do hotel. Val vai estar lá. Miceli e
seus filhos também. Devemos ser capazes de ouvir mentiras, mas eles não sabem disso, —disseStefano.
— Tem certeza? —Perguntou Vittorio, mantendo a voz
baixa. Não era apenas Taviano que tinha um temperamento quente. — Eles são descendentesdiretos
da linha Saldi na Sicília. Você sabe que é dito que mais de uma de nossas mulheres caiu por umSaldi naquela época.
— Ou foi tomada, —disse Stefano. — Nunca um piloto.
— A possibilidade de outros presentes estarem lá, Stefano, —Vittorio insistiu. — Eu só estoudizendo que precisamos ser cautelosos. Talvez eles possam ouvir mentiras.
— E sobre Emme? —Perguntou Ricco. — Será que
ela vai estar na reunião?
— Eu queria que Emmanuelle se afastasse, mas ela
disse que é uma cavaleira, um membro da nossa família e
conhece os Saldi melhor do que qualquer um de nós. Eu
tive que concordar com a lógica dela, —Stefano respondeu.
— Se eles sorrirem para ela ... —Ricco parou.
Vittorio olhou para o irmão e balançou a cabeça. —
Temos que jogar. Eles podem tentar nos provocar usando
Emmanuelle. Se ela aguenta o calor, nós também podemos.
— Sempre a voz da razão, —disse Stefano. —
Esperamos ouvir você.
— Tenho que voltar para Grace. Eu só tenho esse sentimento ruim, —Vittorio admitiu. —Sempre que meu
instinto diz que algo está errado, geralmente está.
O olhar de Stefano se estreitou. — Você deveria ter
dito alguma coisa. Ele já estava se movendo em direção à porta.
— Eu pensei que era porque eu estava longe dela, —
declarou Vittorio, indiferente ao que essa admissão dizia aos seus irmãos. Tanto Ricco quanto
Stefano eram casados com mulheres pelas quais estavam apaixonados.
Eles provavelmente entendiam, mas Vittorio nunca esperou encontrar Grace, muito menos teruma chance real de mantê-la.
— Não é provável, —Ricco disse quando caminhavam
pelo corredor em direção ao elevador. — Eu mesmo estou
me sentindo um pouco desconfortável.
Ignorando os olhares e vários telefones celulares tirando fotografias deles, Stefano bateu na coxaimpaciente, enquanto esperavam que as portas se abrissem. — Eu mandei uma mensagem paraEmme e
Mariko, bem como para os guarda-costas. Eles estão em
alerta.
Quando entraram no elevador e as portas começaram
a fechar, os alarmes começaram a gritar por todo o andar.
Vittorio bateu a mão na porta, impedindo fisicamente que ela se fechasse. Os três homenssaíram, enviando mensagens de texto para Emme e Marikoto para se certificar de que estavambem.
Fique alerta
Vittorio ordenou.
Pode ser uma distração.
Uma enfermeira saiu correndo do quarto e vomitou no chão, um guarda de segurança não muitolonge atrás dela. Vittorio, Ricco e Stefano pararam abruptamente na
porta.
— Você está contaminando a cena, —disse Vittorio,
sua voz aguda baixa, mas carregando um comando firme.
— Não há nada que qualquer um de vocês possam fazer
por ele. Saiam agora. Vamos precisar de seus nomes para
a polícia.
Stefano já estava ligando para eles.
Vittorio olhou para a ventilação. Parecia estar no lugar, mas isso não significava que Phillips nãotivesse rastejado pelo sistema de ar condicionado. Ele poderia ter entrado na sala de váriasmaneiras, como um faxineiro, um flebotomista9, mesmo como enfermeiro ou médico. Se fosseesse o caso, o policial deveria ter checado sua identidade e depois segui-lo até o quarto. Vittoriopôde distinguir o policial. Ele estava morto, sua garganta cortada, mas seu corpo não tinha sidocortado do jeito que Ale Sarto tinha sido. O executor de Saldi parecia ter sido esfolado vivo. Umestudo superficial mostrou sua boca tapada e seus olhos abertos.
9 Flebotomista. Pessoa que colhe o sangue.
Vittorio olhou para Stefano, que assentiu.
Imediatamente, ele e Ricco correram para a escada, deixando seu irmão mais velho para protegera cena e
lidar com a polícia. Uma vez fora da vista de qualquer outra pessoa, eles escolheram sombrasque iriam levá-los pelas escadas para a ala privada onde suíte de Grace estava. A sombra queVittorio escolheu era considerada o proverbial relâmpago lubrificado.
Os três irmãos usavam sua assinatura, o terno de três
peças. Cinza, listrado, feito de um tecido especial que um dos muitos primos inventara, as listraspermitiam ao piloto desaparecer imediatamente nas sombras, tornando mais
difícil para qualquer um vê-los. Mais importante ainda, a roupa se desmanchava quando erampuxados, atraídos
para os tubos nas sombras.
Os tubos mais finos e menores eram duros para o corpo, mas levavam um piloto ao seu destinomuito mais
rápido. Ainda assim, o cavaleiro ficava desorientado quando chegava à boca do tubo. Estasombra atingia o
chão e deslizava ao longo da parede, conectando-se com
várias outras sombras que eram lançadas pela iluminação
e pelos objetos nos corredores.
Vittorio seguiu uma sombra até a entrada do quarto de Grace. Ele esperou na boca do tubo atéque seu corpo se
juntasse novamente e então, olhando ao redor para ter
certeza de que apenas seus guarda-costas seriam capazes de vê-lo emergir, ele saiu.
Emilio, seu primo e chefe de segurança para os pilotos
Ferraro, cumprimentou-o com um rosto sombrio. — Eu tenho Enzo lá dentro, Vittorio. —Eleolhou por cima do ombro de Vittorio e acenou para Ricco. — Elas estão seguras no momento.
— Cuidado com as aberturas, —Ricco advertiu. — O
bastardo veio direto para o hospital e fatiou Sarto em pedaços. A porta não estava trancada.Qualquer um poderia ter entrado, mas Phillips levou seu tempo. Ele não parecia estar preocupadoque ele fosse pego. Ele é um
pequeno filho da puta arrogante.
— Não confie em qualquer médico, enfermeira ou técnico. Ele pode ser um camaleão pelo quenós sabemos, se misturando com o pessoal do hospital, —
Vittorio acrescentou, uma mão na porta do quarto de Grace. Ele abriu os dedos, como se pudessetocá-la fisicamente. Ele não podia ver Emilio, mas ele olhou pela
pequena janela em direção a Grace. Ela parecia estar dormindo. Emmanuelle estava sentada aolado dela e sua
cabeça estava na cama como se ela também estivesse
cochilando.
Um alarme instantâneo passou pela espinha de Vittorio. Ele bateu com força a palma da mão naporta,
abrindo-a, empurrando-a até o batente. Mariko estava sentada em uma cadeira e mal olhou paracima quando
ele invadiu a sala, Ricco em seus calcanhares.
— Ele está ventilando algum tipo de gás no quarto, —
disse Vittorio. — Saia daqui, Enzo. Mariko. Você tem que ir agora.
Ricco já tinha sua esposa em pé e estava levantando-
a nos braços e correndo para fora da sala. Emilio apanhou Emme e levou-a para fora. Vittoriotirou o saco de fluidos do estande, jogou-o no colo de Grace e, em seguida, ela
estava aninhada contra ele, sua cabeça pendendo para
trás contra seu peito enquanto ele se apressou a sair do quarto. Foi então que ele percebeu queDrago e Demetrio
Palagonia tinham esperado ele pegar a sua mulher, a despeito do fato de que ambos tinham sidoexpostos ao
gás, antes de cair em passo atrás dele.
Ele olhou para trás, para eles. Seus rostos estavam cinza, mas suas mãos estavam firmes, armaspara fora,
enquanto se moviam com Vittorio, Ricco e Emilio, todos os três carregando as mulheres.
— Precisamos de oxigênio, —Vittorio chamou as duas
enfermeiras que cuidavam da suíte privada 24 horas por
dia. — Depressa.
As enfermeiras vieram correndo.
— Pequeno bastardo, —murmurou Vittorio. Ele
colocou Grace em outra cama em uma das suítes. —
Todos vocês precisam de oxigênio imediatamente. —Ele
olhou para a ventilação e, em seguida, para seu irmão.
— Eu vou cuidar disso, —disse Emilio. — Vá. Consiga
aquela fodida pequena doninha. —Vittorio já havia coberto a boca e o nariz de Grace com umamáscara de oxigênio.
Ela não estava inconsciente, mas definitivamente tonta. Ela continuava trazendo a mão boa parao rosto e
ele estava com medo que ela tentasse remover a máscara. Mariko estava segurando sua própriamáscara,
assim como os guarda-costas, mas Emilio estava ajudando Emme. Emmanuelle e Grace estavammais próximas da abertura de ventilação.
— Vamos, —disse Ricco.
Várias enfermeiras responderam ao pedido de ajuda e
Enzo, Drago e Demetrio estavam identificando-as, não permitindo que nenhuma enfermeiraentrasse na sala.
Quando Vittorio teve certeza de que todos estavam em
segurança, ele e Ricco voltaram correndo para a suíte do hospital de Grace. Tomas e CosimoAbatangelo os seguiram. Os dois eram primos e haviam sido baleados
alguns meses antes, ao mesmo tempo em que Giovanni
fora baleado. Ambos estavam de volta ao trabalho, e Vittorio não gostou que eles já estivessemse colocando
contra um louco.
Vittorio puxou as cortinas do quarto para escurecê-lo e
depois acendeu as luzes. Imediatamente as sombras se
arrastaram até a parede para se derramar no duto de ventilação. Ele entrou na mais próxima e foiinstantaneamente separado, seu corpo em fragmentos, moléculas correndo pela parede,derramando através das
fendas e aberturas no labirinto escuro dos dutos.
No momento em que ele estava dentro, ainda se movendo rapidamente, embora a luz jogandosombras estivesse diminuindo, sua velocidade diminuiu um pouco,
ele viu o cilindro. Monóxido de carbono. Isso explicava por que aqueles do outro lado do grandequarto do hospital
não foram tão afetados quanto Emme e Grace tinham sido. Ele tinha certeza de que os outrosteriam dores de cabeça, mas eles não haviam chegado perto da dose que
as duas mulheres sentadas sob o respiradouro tinham.
Haydon também deve ter conseguido desligar o alarme ou
teria sido estridente.
Permanecendo no tubo, para que não tivesse que engatinhar em suas mãos e joelhos, Vittorioexaminou o
eixo e o cilindro com a mangueira. Phillips tinha colocado vários metros dentro do respiradouro,provavelmente para que fizesse seu trabalho lentamente sem derrubar ninguém. Vittorio tinhacerteza de que, quando olhasse no respiradouro do quarto do hospital em que Sarto estivera,encontraria uma vasilha semelhante.
Não havia nenhuma maneira de Phil ips ainda estar
nos dutos. Ele teria entrado no quarto do Sarto através da porta, fingindo ser um enfermeiro outécnico. O policial o seguiu e Phillips tinha cortado sua garganta. Sarto estava grogue do gás e,provavelmente, não tinha gritado ou tentado pedir ajuda. Phillips calmamente cuidou de seus
negócios, torturando o executor e depois saiu. Teria
havido sangue. Muito. Ele pode ter ido ao banheiro e trocado de roupa se trouxe outra. Phil ipsera um planejador. Ele havia planejado para todas as possibilidades.
Só por segurança, Vittorio mostrou a luz
especialmente preparada que todos carregavam para lançar mais sombras e seguiu o duto até ofim. Phillips não se incomodou em enroscar a ventilação na outra extremidade, ele apenas aempurrou para fora, deixando-a entreaberta, segura por um parafuso. Vittorio voltou pelaabertura até o quarto e então emergiu bem na frente de
Tomas.
— Onde está o seu irmão? —Cosimo exigiu.
Ricco havia entrado no respiradouro assim como Vittorio, mas tinha ido para o segundo andarpara ter certeza de Phillips não estava escondido na ventilação alegremente assistindo a cena docrime e as pessoas processando sua matança horrível, ou pior, observando Grace e sua família nasala em frente à suíte.
— Ele está verificando as coisas. Ele estará de volta
em breve. —Vittorio olhou para o relógio. Ele daria seu
irmão um par de minutos e, em seguida iria procurá-lo.
Não era como se Phillips pudesse acertar Ricco, mas eles sempre preferiram olhar pelos outrosem todos os momentos.
Quando Vittorio estava prestes a reentrar no duto, Ricco emergiu. Ele balançou sua cabeça. —Ele está muito longe, Vittorio. Vamos tirar nossas mulheres daqui.
Eu gostaria de ver o bastardo entrar na minha casa, ou na sua. Ele não dará três passos em umduto ou no sótão
sem o nosso conhecimento.
Vittorio queria levar Grace para casa. Ela estava alerta agora, embora ainda estivesse tomandomedicamentos pesados. O cirurgião disse que ela precisaria ficar por uma ou duas semanas. Elaestava administrando, sempre tentando prolongar o tempo entre eles, mas Vittorio continuou aconvencê-la a fazer o que o médico aconselhara.
Grace estava sentada na cama do hospital, a máscara
de oxigênio ainda sobre o rosto, quando ele entrou no quarto. Instantaneamente, seu olhar saltoupara o rosto dele. Ela estava ansiosa, ele podia ver a preocupação, o alarme em seu rosto. Seusolhos se voltaram para Ricco,
verificando se ele estava ileso, e então ela se fixou em Vittorio.
Ele enviou-lhe um sorriso tranquilizador e foi até a cama, parando brevemente para dar um beijona testa de
sua irmã. Ela olhou para ele, ainda pálida, sacudindo a
cabeça.
— Eu não posso acreditar que cai nessa, —disse Emmanuelle. — Gás. Ela até mesmo nos avisouque ele
gostava de entrar nas casas e viver em sótãos. Ele viaja através dos tubos e dutos como um rato.Eu tive uma dor
de cabeça e não sou propensa a elas. Isso deveria ter me avisado. —Ela enviou um rápido sorrisona direção de Grace. — Eu estava gostando de conhecer sua noiva.
Grace deu um pequeno gemido quando tirou a máscara. — Pare de me chamar assim. É ruim osuficiente
que as enfermeiras façam. Elas me fazem sinais de polegares levantados e caras loucas pelascostas de Vittorio. Elas são todas loucamente apaixonadas por ele.
Vittorio inclinou-se e beijou-lhe o queixo e, em seguida, sua testa antes de tirar a máscara da mãodela e colocá-la no rosto. — Esse foi um susto que todos nós
poderíamos ter passado sem. Você levou alguns anos fora
de minha vida. —Ele a cutucou até que ela se moveu, e ele imediatamente se sentou ao lado dela,
tomando-lhe a
mão. — Você é minha noiva, então é claro que a minha
família vai se referir a você como tal.
Ela retirou a mão, tirou a máscara novamente, estreitando os olhos. — Ha. Ha. Ha. Você estácomeçando a acreditar em todas as mentiras que você contou a todos. —Ela olhou além dele paraseus familiares. Eles eram só sorrisos em troca. — Não é engraçado. Você sabe que a imprensaterá um dia de campo, relatando que Vittorio está envolvido. Suas amigas estão todas de lutoagora, ou conspirando junto com Haydon para me eliminar.
— Eu não tenho nenhum amigo do sexo feminino —
Vittorio negou, uma vez mais colocando a máscara. — Eu
só tenho você. E nós vamos ser muito mais que amigos,
uma vez que esteja curada, então se comporte. Eu estou
ansioso por isso.
Gostava de ver a varredura de cor em seu rosto. Ele
sorriu para ela, gostando que ela relaxasse, e que, mesmo agora, nestas circunstâncias, ela aindapudesse provocá-
lo. Ela nem sequer puxou a mão quando ele a tomou novamente, desta vez trazendo os dedos àboca.
— Detetives subindo, —Ricco advertiu em voz baixa,
olhando para o texto em seu telefone. — Stefano enviou
Vinci. Ele está a caminho.
Vittorio não puxou o seu telefone para ver o texto em
massa que Stefano enviou a todos eles. — Vinci é o nosso advogado, Grace. —Ele manteve suavoz suave, segurando seu olhar. — Deixe-me falar com eles, e apenas siga minha liderança. Seeles questionarem você
e você ficar desconfortável, olhe para mim e eu vou lidar com isso.
Ele odiava ver o sorriso deixar os olhos dela e seu
corpo ficar tenso. Ela se retirou, do jeito que fazia quando se sentia vulnerável.
Grace assentiu e ele se moveu para se posicionar entre ela e a porta. Ao fazê-lo, Art Maverick e
Jason Bradshaw entraram. Os dois detetives eram bem conhecidos dos Ferraro. Eles tinhamcomeçado certos que
os Ferraro eram uma família do crime, da mesma maneira
que os Saldi, mas agora, tendo os investigados em mais
de uma ocasião, eles não estavam tão certos.
Ricco cumprimentou os dois homens, seu corpo ligeiramente à frente de sua esposa. — Eu nãoesperava
vê-lo com todos os problemas no segundo andar. Ligamos
porque alguém tentou matar Grace e Emme com algum
tipo de gás, mas estamos todos seguros. Vocês têm uma
cena de crime lá em baixo.
A mão de Grace se sacudiu na dele. Vittorio imediatamente voltou sua atenção para ela. Seupolegar
deslizou sobre as costas da mão dela e ele pressionou a
palma da mão firmemente em sua coxa. Ele não teve a
chance de dizer a ela o que havia acontecido com Ale
Sarto. Ela era inteligente e sabia que o que quer que tivesse trazido os detetives de polícia aosegundo andar provavelmente não era uma coincidência com o ataque de
Haydon contra ela.
— Grace e Emme precisam de cuidados, —disse ele.
— Talvez devêssemos fazer isso em outra sala.
— Precisamos falar com a Srta. Murphy, —disse Art.
Vittorio franziu a testa. — Você está consciente de que
ela foi baleada e a cirurgia foi ... complicada. Ela está com dor e outra tentativa foi feita por suavida. Ela tem de usar
o oxigênio, a fim de neutralizar o gás. Este não é um bom momento.
— Vittorio. —Jason Bradshaw deu um pequeno
suspiro. — Nós não iriamos incomodá-la se não fosse importante. Eu acredito que você estavano segundo andar em uma reunião com seus irmãos quando os corpos
foram descobertos. Fomos informados que Stefano limpou
a cena do crime e afastou todos que tinham ido para o
quarto. Você e Ricco correram para o andar de cima para
ter certeza que a Srta. Murphy e sua irmã estavam bem.
Claramente, elas não estavam. Temos que fazer tudo o
que pudermos para apanhar este homem.
— Eu posso dizer que Haydon Phil ips é um serial killer e está matando há anos. Infelizmente,não há provas.
O olhar de Art saltou para o rosto de Grace. Ele parecia o que era, um homem esperto einteligente capaz
de juntar peças de um quebra-cabeça muito rápido. — Eu
preciso saber tudo o que você sabe. —Ele dirigiu sua declaração para Grace, ignorandodeliberadamente Vittorio, que ele sabia ser imutável. — Nós temos que
pará-lo, Sra. Murphy, e eu não acredito que podemos fazer isso sem a sua ajuda.
Vittorio sentiu tremores percorrendo o corpo de Grace
enquanto ela assentia. Seu olhar se agarrou quase desesperadamente ao dele. Agora ela sabia queHaydon
havia matado alguém no segundo andar do hospital. Não
só ele a atacou, mas também Emme, Mariko e seus guarda-costas. Ele fez isso em plena luz dodia. Muito gentilmente, Vittorio se aproximou mais dela, deslocando seu corpo para que pudessemanter seu ombro e braço
feridos longe de todos enquanto se posicionava entre ela e os detetives. Foi ele quem removeu amáscara para ela, mantendo a posse de sua mão.
— Ela vai precisar usar o oxigênio em cinco minutos,
disse Vittorio. — Eu mandei uma mensagem para o seu
médico para ver se isso ia ser problemático. Se for, ela estará de volta a ele. —Ele olhou para suairmã mais nova para ter certeza de que ela continuava a usar o oxigênio.
Emme piscou para ele, mas manteve a cabeça afastada dos dois detetives. Ela não queriaresponder a
perguntas ou falar com eles. Ambos os homens estavam
esperando Vittorio de lhes dar o ok para questionar Grace.
Grace realmente se moveu para perto dele. Ele sabia que ela não estava ciente disso, mas ostremores tinham aumentado.
— Alguém assassinou Ale Sarto, e o policial que o
guardava. Sarto foi torturado antes de ser morto. Foi muito feio.
Grace tentou puxar a mão, mas Vittorio manteve seus
dedos firmemente ao redor dela, pressionando a palma da
mão em sua coxa e acariciando seu polegar suavemente
através de sua mão. Ele virou a cabeça para olhá-la, deixando-a ver que ele estava com ela. Elanão ia passar por isso sozinha, do jeito que tinha feito toda a sua vida.
Ele estava lá para ajudá-la se ela precisasse, mas qualquer um, corajoso o suficiente para seenfiar na frente de uma arma por um estranho ajudaria a polícia quando
tivesse a chance.
Ele segurou seu olhar por um longo tempo. Ele não se
importava se os detetives estavam esperando. Ele se importava com Grace e seu estado deespírito. A polícia
não ia encontrar Haydon Phillips se os Ferraro não pudessem, não naquela noite. Os detetivespodiam esperar até que ela estivesse firme. Ele olhou nos olhos
dela. Ela tinha um começo de confiança nele. Ele precisava disso dela. Para ganhar o tipo de féabsoluta e confiança que precisava dela, ele tinha que mostrar em
todos os sentidos que ele sempre estaria lá para ela. Essa confiança nunca poderia ser de formanenhuma abusada
ou tida como garantida.
Ele assentiu com a cabeça em sinal de aprovação no
momento em que a viu vencer o medo que tinha sido tão
profundamente enraizado nela por Haydon. Seus dedos
inquietos pararam de cavar em sua coxa, mas ela pressionou a palma da mão com mais forçacontra seu
músculo, uma espécie puramente instintiva de reação que
ela não parecia ser ciente.
— Eu conheço Haydon Phillips desde os dez anos e
eu tenho medo dele na maior parte desse tempo. Eu acredito que ele é um serial killer e que, sealguém fica em seu caminho, os machuca. Ele vem fazendo isso desde
que era um menino. Eu tentei ficar longe dele. Quando
isso não funcionou, tentei fingir ser sua família, a fim de encontrar a prova. Não funcionou. Eusei que ele vive nos sótãos das casas que pertencem a famílias perfeitamente
agradáveis, aquelas com filhos, e ele as vigia dia e noite.
Ele nunca foi pego. Ele afirma que ninguém nunca
suspeitou dele e ele foi a seus quartos e segurou facas em suas gargantas, incluindo as criançaspequenas. Ele come sua comida e faz amizade com os animais de estimação
da família. Isso é sempre arriscado para os animais.
— De que maneira?
— Ele os tortura e mata e tende a deixá-los na porta
para a família o encontrar.
— Como você sabe disso?
— Ele me mostra fotografias quando eu não coopero e
pago suas dívidas de jogo.
Agora seus dedos se aprofundavam em sua coxa. Ele
manteve seu corpo pressionado contra o dela, levando um
pouco de seu peso. Grace estava tremendo o suficiente
para que os detetives não pudessem deixar de ver.
— Eu entendo isso deve ser difícil, Srta. Murphy, —Art
disse, gentileza em sua voz.
Isso surpreendeu Vittorio. Os detetives eram homens
justos, mas durões quando estavam atrás de respostas.
Grace parecia frágil, com o braço preso no pescoço e no
punho, bem como as ataduras acolchoadas ao redor do
ombro. Ela tinha placas e pinos no ombro. Mais de uma
enfermeira havia dito que era um milagre que o cirurgião tivesse conseguido recuperá-la. Elesestavam todos preocupados que um movimento errado pudesse desfazer
tudo o que ele fez.
— Estou com medo por cada pessoa nesta sala. Ele
se delicia com poder me fazer saber que pode ir atrás das pessoas que me interessam. Eu viviuma existência razoavelmente solitária, a fim de acalmá-lo. Estou preocupada com KatieBranscomb. Uma vez, quando eu
me recusei a tomar um empréstimo para pagar suas dívidas de jogo, ele me mostrou uma fotodela dormindo,
com ele de pé sobre ela.
Vittorio olhou para Emme. Ela estava obedientemente
usando sua máscara de oxigênio, desaparecendo no canto, permanecendo quieta. O telefone delaestava em
sua mão e ela estava ocupada enviando mensagens de
texto, usando a velocidade da luz e um polegar para não
chamar atenção. Se Haydon gostava de jogar, tanto que
estava disposto a usar sua única conexão real para pagar suas dívidas, ele não seria capaz de ficarlonge dela por muito tempo. Eles poderiam usar isso para encontrá-lo.
— Ele é um usuário de drogas, também, certo? —
Perguntou Ricco.
Ela balançou a cabeça. — Ele se parece com um usuário de drogas quando ele quer. As pessoas oignoram
quando ele faz isso. A maioria das pessoas descarta usuários e nem sequer olha para eles. Elemantém o olhar baixo com perfeição. Ele fuma maconha, mas não muitas
vezes. Ele não quer que o cheiro pegue nele. Ele me disse que iria arruinar suas condições devida se alguém realmente o sentisse em sua casa.
Vittorio teve que admitir que estava chocado. Ele acreditou absolutamente que Phillips era umviciado em
metanfetamina. Ele atirou um outro olhar rápido a sua irmã. Ela já estava espalhando a notíciaaos membros da
família. Que Phil ips não era usuário, seu vício era o jogo.
Jogos de azar e morte. Ele era provavelmente tão obcecado com torturar e matar, como era comjogos de
azar.
— Ele se faz passar por um usuário de
metanfetamina, —Jason murmurou, franzindo a testa. —
Isso é incomum. E inteligente. Combina. Ele pode estar
nas ruas ou nos abrigos e fazer amigos lá. Moradores de
rua não costumam falar livremente com a polícia e ele sabe disso. Que tal um carro?
— Ele principalmente anda a pé ou usa o transporte
público. Ele rouba carros quando quer ir mais longe, mas não é o seu método preferido, porquehá sempre a chance
de que o carro seja roubado. Ele normalmente os leva de
um estacionamento a longo prazo se ele vai fazê-lo.
— Como é que ele a levou para o carro, se você sabia
que era roubado? —Arte perguntou em sua voz enganosamente suave.
Vinci Sanchez entrou no quarto. Ele usava o terno de
três peças Ferraro, mas o dele era de um cinza azul-ardósia sem as finas riscas. Sua gravata eraapenas um
tom azul mais escuro. — Desculpem-me, estou atrasado,
senhores, mas eu tive que descobrir como Grace, Emme e
Mariko estavam passando. E o que elas deveriam estar
fazendo. —Seus astutos olhos castanhos escuros rodaram o quarto, descansando brevemente emEmme e
na máscara de oxigênio que ela estava usando. — Grace
não deveria estar usando oxigênio também? Esse foi o
meu entendimento.
Quando Grace franziu a testa, claramente querendo saber quem era Vinci e por que ele precisavasaber sua
condição médica, Vittorio apertou sua mão em advertência.
— Obrigado por ter vindo, primo, —ele cumprimentou.
— Eu sei que não devo precisar de um advogado, mas é
sempre bom ter um, só para estar seguro.
Grace fez eventos que custavam centenas de
milhares de dólares. Ela era inteligente e rápida, e não pôde deixar de perceber sua advertência.Ele queria que
ela fosse muito cautelosa no que ela dizia para os policiais. Cooperativa, mas cautelosa. Ele nãoqueria que Art e Jason considerassem por um momento que ela era
outra coisa senão vítima de Haydon.
— Grace estava nos dizendo como Phil ips a atraiu ao
seu carro, mesmo que ela soubesse que era roubado, —
Art disse amavelmente.
Vinci franziu a testa. — Isso soa como uma pergunta
projetada para enrolar minha cliente.
— Desde quando Grace Murphy se tornou sua cliente,
Sanchez? —Perguntou Jason.
— Ela é da família. Cada membro da família é meu cliente. Grace, talvez você deva usar essamáscara de oxigênio.
Ela balançou a cabeça. — Eu quero ajudá-los a pegá-
lo se for possível. Eu me recusara a fazer outro empréstimo. Eu tenho três dívidas importantes jápendentes e eu disse isso a ele. Ele agiu como se entendesse, mas eu sabia que ele faria algumacoisa. Eu
tentei explicar que era uma questão de economia, eu não
conseguiria outro empréstimo. Eu já estava acima do meu
limite. Ele me disse que eu deixei meu suéter em um local e ele o pegou. Meu suéter estavasumido há algumas semanas e só para me assustar, Haydon às vezes aparecia nos eventos da KB.Ele me pediu para ir até o
carro com ele.
— Ocorreu-lhe que você podia estar em perigo?
— Eu estava sempre em perigo. Sempre. Eu senti a
cada minuto do dia como se eu estivesse andando na corda bamba e a qualquer momento eufosse cair. Parte
de mim queria isso. —Ela olhou para Vittorio e havia um
pedido de compreensão, bem como vergonha definitiva.
— Gattina Il mia bellissima10. —Vittorio manteve sua voz baixa quando virou a mão e levou-a àboca, para que
ele pudesse pressionar um beijo no centro de sua palma.
— Você é muito corajosa. Muitas poucas pessoas poderiam ter aguentado todos esses anos deterror.
Seu olhar se agarrou ao dele por um momento como
se tirasse força dele e ele esperava que ela o fizesse. Ele queria ser sua força. Ele não podiaimaginar crescer sabendo que o menino que protegeu você era um serial
killer.
— Eu não vi uma saída. Certa vez, há muito tempo, eu
disse a um policial que tinha certeza de que Haydon tinha algo a ver com uma morte. O policialquase riu de mim e
insinuou que eu estava com ciúmes porque ele estava vendo outra garota. Isso não foi bom comHaydon. —Um
arrepio passou por ela. — Eu tinha que ter provas e nunca consegui. Ele nunca admitiu fazer
nada de errado.
Ela olhou Art diretamente nos olhos. — Eu pensei que
os assassinos gostassem de se gabar. É assim que eles
são retratados nos filmes. Ele nunca o fez. Ele jogava coisas assustadoras, como ‘seria terrível sealguma coisa acontecesse com você’, ou ‘com alguém’ ou ‘com seu 10 Minha linda gatinha, emitaliano
cachorro’, mas ele nunca disse nada que eu pudesse gravar ou admitiu qualquer coisa que meajudasse a convencer a polícia de que ele era culpado. Eu nem teria sido capaz de dizer a elesonde encontrá-lo.
Vittorio podia ver que ela estava quase acabada. Os
analgésicos estavam acabando e ela estava lutando um
pouco com a respiração, embora ele pensasse que era
mais emocional do que porque ela tinha sido exposta a
muito gás. Eles chegaram lá rapidamente. Phillips tinha
ligado o gás e, quando os alarmes dispararam, ele deve
ter saído e deixado o hospital. Vinci duas vezes dera a
Vittorio o sinal para impedir que Grace dissesse mais alguma coisa. Seu primo queria tempo parafalar com ela
primeiro e passar por tudo o que ela poderia dizer e a
advertir de como dizê-lo.
— Grace precisa descansar agora. —Ele ligou a máquina de oxigênio e colocou a máscara sobresua boca
e nariz. — Ela está indo para casa hoje.
A sobrancelha de Art disparou. — Para o apartamento
dela?
— Claro que não. Ela está indo para casa comigo, —
disse Vittorio. — Afinal estávamos planejando morar
juntos eventualmente. Isso só acelerou o processo.
Sabíamos que não poderíamos manter o nosso
relacionamento fora dos tabloides para sempre, mas nós
gostamos de ter privacidade. —Mais uma vez, ele fechou
os dedos em torno de seu pulso e trouxe os nós dos dedos à boca, distraindo os dois detetives. —O dr. Arnold está convencido de que ela não vai se movimentar muito,
embora mais tarde ela vá precisar de fisioterapia agressiva. Ele quer mais uma semana antes deela se mover, o que significa que será difícil para ela responder a mais perguntas na delegacia,mas vocês são bem-vindos
para vir a minha casa.
— Isso é uma coisa boa, Vittorio, porque o assassino
deixou para trás uma fotografia sua. Ele deixou cair bem no meio do que foi deixado do peito deAle Sarto.
Grace ofegou, um som muito parecido com o que um
animal machucado deixaria escapar. Vittorio levantou-se
e, quando o fez, Ricco também se levantou. Todos os guarda-costas já estavam de pé.
— Isso foi desnecessário, —disse Vittorio, — e perdeu
toda a sua cooperação. Você pode falar através de Vinci.
Gostaríamos que saísse agora. Essa conversa acabou.
Art hesitou, mas Vittorio se recusou a desviar o olhar.
Foi uma besteira e o detetive sabia disso. Jason passou
pela porta primeiro e Art o seguiu, deixando-o com uma
Grace muito perturbada.
Capítulo 05
— E
ssa conversa acabou.
Vittorio disse isso de forma decisiva, naquele mesmo
tom baixo, mas que carregava comando, tanto que os detetives foram embora, e Grace não se
atreveu a tocar
no assunto. Seu advogado havia seguido os detetives da
polícia e a próxima coisa que ela soube foi que o cirurgião, o Dr. Arnold, assinou seusdocumentos de liberação e conversou com Vittorio sobre seus cuidados. Então ela foi levadapara fora, cercada pela família Ferraro e guarda-costas. Ela ouviu flashes e as pessoas chamandoquando
foram para o carro que esperava, mas no meio do grupo
em movimento, protegida de tudo, ela não viu muito.
Grace olhou para Vittorio. Ela sentou-se exatamente onde ele a colocou, no banco de couro deum carro muito
caro e, de alguma forma, ela simplesmente deixou que ele resolvesse tudo. Ela sabia exatamenteo que a fotografia presa ao peito de um homem morto significava, era um
aviso para ela.
— Sr. Ferraro. —Ela começou com o seu nome. Ela
tinha que se encarregar da sua vida. Sua mente ainda se
sentia um pouco tonta, e seu ombro doía além de qualquer coisa que ela já tinha sentido antes. Amaneira como eles haviam imobilizado o ombro e braço a fazia se
sentir estranha e desajeitada, quase congelada e incapaz de se mover, o que tornava difícil pensarcorretamente. —
Temos que discutir o que eu vou fazer. —Ela colocou firmeza em seu tom, apesar de ter sido umesforço e ela
ter preferido deixar-se flutuar. — E nós temos que falar sobre Haydon e o que isso significa afotografia.
Grace se forçou a olhar para ele. Olhar em seus olhos
foi um erro e ela soube no momento em que olhou para
aquele profundo azul índigo. Calor líquido, de modo que
ela caiu e se afogou. Não havia como salvar a si mesma.
Ele sorriu, seus lábios se curvando, revelando seus perfeitos dentes brancos. Esse foco, fazendo-asentir
como se ela fosse a única mulher em todo o mundo, era inebriante, especialmente quando ela
parecia uma bagunça completa. Por um momento, sua mente ficou em
branco e ela só pôde olhar para ele.
Onde estava seu intelecto aguçado? Ela confiava em
seu cérebro. Ela podia pensar rápido e era boa em detalhes. Quando Vittorio estava por perto, osúnicos detalhes que ela podia lembrar eram como seu sorriso era bonito e como o som de sua vozera gentil e atraente. Ela ia ter que cuidar de sua vida e isso significava que seu cérebro passassedo colapso ao trabalho. Ela temia ter
que estar no comando novamente. Preferiria muito mais
deitar-se em lençóis frios, fechar os olhos e desejar que a dor em seu ombro diminuísse, mesmoque fosse por apenas alguns minutos.
— O que foi, Bella?
Sua voz tinha um jeito de sussurrar sobre ela que parecia uma carícia. Ela se envolveu no som ese obrigou a fazer a coisa certa, mesmo que fosse muito mais fácil
deixar alguém se importar com ela.
— Haydon ameaçou você.
— Sim, ele fez. —Ele sorriu para ela. — Nós esperávamos isso. Talvez não tão cedo, mas vocêdisse
que ele não gosta de alguém próximo a você. O nosso
compromisso tem sido uma grande notícia. O alvoroço não diminuiu nestas duas últimassemanas,
principalmente porque minha linda noiva estava no hospital. Imagino que eu ficar ao seu lado,não o deixou muito feliz.
— Por favor, leve-o a sério.
— Por que você acha que eu não faço?
— Você está sorrindo para mim. —Ele tinha um sorriso lindo e era perturbador, mesmo em facede tentar avisá-lo sobre Haydon. O que era ainda mais perturbador
era a forma como os dedos dele estavam novamente fechados em torno dos dela e esse polegardeslizando sobre seu pulso interno, causando estragos em sua capacidade de pensar com clareza.
— É quase impossível olhar para você e não sorrir,
Grace.
Ela suspirou e tentou se endireitar, embora não tenha
puxado a mão como deveria. No instante em que ela fez,
a dor atravessou seu corpo, irradiando de seu ombro. Ela deu um suspiro agudo e congelou.
Imediatamente seus olhos escureceram e cada toque
de seus dentes brancos desapareceram. — Você não ouviu o médico dizer que você não podefazer nenhum
movimento brusco? Ele quer que você fique o mais imóvel
possível até a próxima semana.
— Eu esqueci. —Foi uma desculpa esfarrapada como
as desculpas eram, mas era a verdade. Ela sabia que o
Dr. Arnold tinha insistido em um raio-x antes de sair do hospital. Ela tinha a sensação de que eleteria ficado feliz em trancá-la em um quarto minúsculo onde ela não pudesse se mover ou ver aluz do dia durante as próximas semanas. Felizmente, Vittorio tinha insistido que ela fosse paracasa com ele.
— Aqui está o que vamos fazer nos próximos dias,
gattina bella. Você vai me deixar cuidar de você enquanto você melhora e não vai se preocuparcom Haydon Phillips, a polícia ou qualquer outra coisa.
— Isso soa como você tomando conta da minha vida.
Eu não posso simplesmente deixá-lo tomar todas as decisões por mim.
— Por que não? Isso seria tão ruim? —Sua baixa, voz aveludada acariciou sua pele. — Eu tenhotomado as decisões nas últimas duas semanas.
Isso era verdade. Alguém tinha que ter tomado um monte de decisões para ela. Ela estava certade que não
teria um braço se não fosse por Vittorio. Seria tão terrível deixá-lo assumir mais uma semanaenquanto
descansava? A ideia era muito tentadora. Ainda assim, havia a questão de Haydon Phillips.
Ela se preparou para fazer a coisa certa. — Você sabe
que não é realmente meu noivo. Você não tem nenhuma
responsabilidade comigo. Na verdade, você fez mais do
que qualquer outra pessoa teria feito nas mesmas circunstâncias, e eu agradeço mais do que vocêpode imaginar. Eu não posso deixar isso continuar, não importa o quanto eu queira. Haydon Philips vai te matar se eu
ficar com você.
— Grace, você não está pensando direito. Eu estou
com você por duas semanas. Eu raramente saio do seu
lado. Ele vai vir atrás de mim de qualquer maneira, esteja você comigo ou não. Estou certo sobreisso?
Seus profundos olhos azuis olhavam diretamente nos dela e ela não conseguia desviar o olhar.Ela assentiu,
porque era a verdade. Seu coração começou a bater mais
rápido, sem motivo algum, a não ser que quando ela olhava para ele assim, sentia-se quase comose pertencesse a ele. Para uma mulher que esteve sozinha a
vida inteira, isolada e com medo, sentir-se assim era chocante, assustador e estimulante.
— Então, la mia ragazza molto coraggiosa11, seja corajosa um pouco mais e me dê suaconfiança. Minha
casa é uma fortaleza. Ele é bem-vindo para tentar vir por mim lá, mas ele não terá sucesso.Deixe-me ter o privilégio de cuidar de você até que você esteja bem o
suficiente para cuidar de si mesma.
— Eu não quero que nada aconteça com você. —Ela
deixou escapar o pavor que estava sentindo de deixar o
príncipe levá-la ao seu castelo como um conto de fadas
absurdo.
— Nada vai acontecer para mim. —Ele parecia absolutamente invencível.
— Eu não conheço você.
11 minha garota muito corajosa, em italiano
Ele abaixou a cabeça e gentilmente deu um beijo em sua testa. — Você me conhece, gattina,você está apenas condicionada a pensar que você não pode confiar em ninguém. Ele fez isso paravocê. Não deixe que ele interfira com a gente. Você tem o direito de viver a sua vida, Grace. Nãodeixe que ele tirar isso de você mais do que ele já fez. Você está segura comigo. Dou-lhe a
minha palavra, e um Ferraro nunca volta atrás em sua palavra.
Mantenha-se confiante. Eu juro que você não vai se arrepender.
Sua imaginação selvagem imediatamente interpretou
sua declaração como uma reclamação dele, fazê-la sua,
deixando-a saber, que não importava o que acontecesse,
ele ficaria com ela. Um milhão de borboletas tinham batido asas em seu estômago com o toquedos lábios dele em
sua pele, apesar da dor ameaçando inundá-la. Ele podia
fazer isso. Fazê-la esquecer, mesmo que fosse apenas por alguns segundos. Ela não pôde parar olento aceno de concordância. Alívio varreu através dela e ela colocou a cabeça para trás contra oassento e fechou os olhos. Ela não tinha mais que pensar.
A mão dele foi para o seu couro cabeludo, seus fortes
dedos fazendo uma massagem lenta que de alguma forma
manteve a dor latejante na baía o suficiente para que ela pudesse tolerar o resto da viagem, semquerer vomitar de dor. Não disse nada mais até que sentiu o carro desacelerar.
Abrindo os olhos, ela viu que o veículo estava descendo o que era obviamente uma entrada decarros
com bosques dos dois lados. Ela começou a se endireitar
para ter uma visão melhor. Ela tinha ouvido falar de lugares como este ao longo do LagoMichigan12, mas nunca tinha visto uma das belas propriedades arborizadas. No momento emque ela se moveu, uma dor
aguda irradiou de seu ombro por todo o corpo. Seu estômago reagiu com uma guinadaassustadora e ela não
conseguiu reprimir o som que foi arrancado de sua garganta, apesar de todos os seus esforçospara não gritar.
Vittorio imediatamente pegou seu corpo e firmou-a. —
Você não pode se mover ainda, Grace. O Dr. Arnold foi
muito claro que o passeio de carro tinha que ser suave.
12
O lago Michigan ou Michigan é um dos cinco Grandes Lagos da América do Norte. É o únicodos cinco Grandes Lagos completamente dentro das fronteiras dos Estados Unidos; os outrosquatro são partilhados com o Canadá.
Não balançar você. Isso significa que quando você muda de posição, você tem que ir muitodevagar. Avise-me com
antecedência para que eu possa ajudá-la.
Ela mordeu o lábio e lutou para não chorar. Ela recusou-se a ser um bebê na frente dele. Elaestava exausta e queria deitar. Mais, ela queria que a dor parasse, apenas por alguns minutos,apenas por tempo
suficiente para permitir que ela para recuperasse o fôlego.
— Parece tão bonito, Sr ... —Ela hesitou. Ela não sabia como chamá-lo. “Sr. Ferraro” pareciaum pouco formal para uma noiva, mesmo quando o noivado era pura
ficção.
— Vittorio, —ele ajudou, sua mão se movendo para a
nuca, massageando lentamente para ajudar a aliviar a tensão dela. — Não é tão difícil de dizer omeu nome, é, gattina? —Divertimento transbordou de seus olhos, riso de sua voz. — Eu estiveesperando ouvir a forma como o
meu nome soa quando você o diz.
Ela não entendia como ele podia parecer, soar e até
cheirar tão sexy e ainda assim, de alguma forma, fazê-la se sentir bonita. Desejável. Como elefazia isso quando
ela estava tão bagunçada?
— A propriedade parece tão bonita, Vittorio. Eu queria vê-la melhor.
Ele sorriu para ela e mais uma vez se inclinou para
roçar um beijo em sua testa. — Dizer meu nome não foi
tão difícil, foi?
O carro tinha parado, mas ela estava presa em seus
olhos, olhando para ele, sentindo como se o mundo ao
seu redor estivesse girando e ele fosse o centro calmo. —
Um pouco, ela admitiu com sinceridade. — Eu sinto que
conheço você, mas a realidade é ... —Mais uma vez ela
parou. A realidade era que ele era sua fantasia de homem por tanto tempo, que ela sentiu como setivesse sido pega em um sonho bizarro. Entre os analgésicos e sua imaginação hiperativa, elaestava com um pouco de medo
do que poderia deixar escapar.
Seu sorriso torceu seu interior em nós de antecipação.
Ela adorava ver aquele sorriso, o modo como transformava o rosto de beleza áspera, perigosa emuito
masculina em algo muito mais suave e acessível. Ela podia fingir que ele era só dela e esse olharestava reservado para ela. Ainda assim, ela sabia a diferença entre fantasia e realidade e não seriaridícula a ponto de
acreditar em algo que não era real. Enquanto isso, ela continuaria fingindo.
— Não se mova, Grace. Deixe-me dar a volta e pegá-
la. Vou descrever a casa e a propriedade para você, se
você quiser.
Ele deslizou sobre o assento, colocando distância entre eles quando um dos guarda-costas elareconheceu,
Emilio abriu a porta para ele. Ela estava familiarizada com alguns dos guarda-costas Ferraroporque eles
acompanharam cada um dos Ferraro aos eventos para angariar fundos que a KB fazia para seusclientes. Os nomes estavam sempre nas listas e os seus rostos tornaram-se familiares em caso denecessidade.
No momento em que Vittorio deslizou pelo banco para
a porta, ela se sentiu insegura e sozinha. Mais uma vez, a dor em seu ombro e braço eraesmagadora, como se de
alguma forma sua mera proximidade tivesse tomado um
pouco da agonia dela. Ela observou-o dar a volta no capô e, logo estava abrindo a porta e securvando, aqueles olhos incríveis movendo-se sobre o rosto dela, avaliando o quão ruim era ador só de se deslocar até sua casa.
— Eu sou muito grata por estar fora do hospital, —
assegurou ela, querendo tirar um pouco da preocupação
de seus olhos.
— Você não tem que fingir que está tudo bem comigo,
Grace.
Vittorio muito suavemente desabotoou o cinto de segurança. Ela tentou não se sentir como umacriança,
querendo que ele a visse como uma mulher, não uma coisa quebrada que ele tinha que cuidar.Ela inalou o cheiro dele, todas aquelas madeiras e especiarias sedutoras que gritavam puro podere perigo. Grace Grace
apertou os lábios para evitar soltar novamente o quanto
ele cheirava bem. Em vez disso, ela respirou fundo novamente, querendo se concentrar nele ecomo era bom
ser cuidada quando sabia que levantar do carro ia ser extremamente doloroso.
— Não fique tensa, bella. Deixe-me fazer o trabalho.
Basta deslizar o braço em volta de meu pescoço e eu vou
trazê-la para fora. Nós não queremos que seu ombro se
mexa. Doc disse que o estabilizou muito bem, mas você
não podia movê-lo ainda.
— Eu não posso acreditar que você o chama de Doc.
—Ela tinha que dizer alguma coisa. Qualquer coisa. Ela
não queria sentir o que estava por vir.
— Olhe para mim.
Ele esperou até que ela fez, com o braço em torno de
suas costas, o outro braço sob suas pernas, com o rosto
muito perto dela. Tão perto que parecia ... intimidante.
Tranquilizador.
— Respire, gattina. Eu não vou te machucar.
Era quase automático seguir sua ordem. Ela estava
acostumada a confiar nele quando não confiava em mais
ninguém, e nem sabia como ficou assim. No momento em
que ele disse a ela para respirar, relaxar, seu corpo já estava fazendo isso. A tensão diminuiu emcada músculo
e o ar enchia seus pulmões e saía. Seu sorriso enviou um calor familiar através de sua correntesanguínea. Como
recompensa, ela achou que era excelente.
Ele deslizou-a para fora do carro como se ela fosse a
peça mais delicada de porcelana que houvesse. Ela estava fora e piscando para o céu azul claroantes que
percebesse que ele a moveu. Ela estava perdida em seu
sorriso. Em seus olhos. A sombra em sua mandíbula,
aquela deliciosa barba escura que ela estava tentada a
tocar.
Grace não achava possível passar do carro para o lado de fora sem mover o ombro, mas, dealguma forma,
Vittorio conseguiu fazer isso. Ele embalou-a contra o peito, virando-a para que ela pudesse ver acasa. Ela sabia que sua boca estava aberta e não estava nem um pouco envergonhada.
O exterior da estrutura era de pedra azul-acinzentada.
Uma casa de dois andares ao estilo da Nova Inglaterra13, com uma torre arredondada que lhedava a sensação de
um castelo, pelo menos para ela. Era uma mansão enorme, com uma garagem para cinco carros.
— Você mora aqui? —Sua voz saiu um grito. —
Sozinho? —Alguém se perderia naquela casa.
— Eu faço. Eu gosto de privacidade e paz. Esta casa
tem ambos.
— É enorme.
— Eu tenho uma equipe.
13
A arquitetura colonial americana inclui vários estilos de design de edifícios associados aoperíodo colonial dos Estados Unidos, incluindo a inglesa do primeiro período (final da IdadeMédia), colonial francês, espanhol colonial, holandês colonial e georgiano. Esses estilos estãoassociados às casas, igrejas e edifícios governamentais do período de 1600 até o século XIX.
— Uma equipe? —Ela ecoou fracamente, seus dedos involuntariamente enrolando em torno danuca dele. Eles
estavam chegando perto da entrada da frente, onde uma
porta muito ornamentada chamava a atenção. O carro tinha subido o caminho circular na frenteda casa para permitir que Vittorio se aproximasse da porta. Ela podia vê-lo na frente deles e derepente ela teve o desejo de
saltar de seus braços e correr para ele.
— O que há de errado? —Ele parou de se mover instantaneamente. — Grace? Fale comigo.
A torre arredondada estava à sua esquerda e ele começou a andar para lá, levando-a para umpátio privado que era grande o suficiente para não ter uma, mas duas
portas duplas de vidro separadas por vários centímetros.
No centro daquele espaço, na pedra azul-acinzentada, havia um escudo muito grande, esculpidoem madeira.
Antes que ela pudesse dar uma boa olhada no escudo, ele
a levou para uma das cadeiras preparadas para uma conversa íntima. Ele afundou em outra defrente para a
floresta.
Sons de pássaros e água chegaram até ela. O vento
agitava as folhas das árvores e as movia em uma dança
prateada. Ela estava muito consciente de que estava fora de sua profundidade aqui, mas comodizer isso para alguém que estava sendo tão maravilhoso para ela?
— Grace, fale comigo. Algo está perturbando você. Se
você não me disser o que é, eu não posso corrigir. Olhe
para mim, gattina.
Ela amava e detestava esse comando. Não importava
que ele falasse em um tom baixo e suave, era definitivamente uma ordem e uma que ela nãoconseguia
resistir. Ela também sabia que uma vez que ela olhasse
em seus olhos, onde tudo era um líquido azul, ela estaria perdida.
— Se eu fizer isso, você vai ganhar o que quer. —Ela
fez uma pequena tentativa de salvar a si mesma. Ela poderia cair duro por Vittorio Ferraro e iriaquebrar seu coração. Provavelmente, sua alma também.
— É provável, mas é tão ruim? O que de pior pode
acontecer? Você olha para mim e me diz o que está perturbando você e eu o corrijo. Isso nãopode ser tão
ruim.
— Isso é que é ruim, Vittorio. Eu não pertenço a este lugar. Eu não saberia o que fazer em umacasa como está. É intimidante.
Houve um pequeno silêncio e seu olhar saltou para o
dele. Ele estudava seu rosto com olhos que pareciam ver
tudo, olhar direto dentro dela, cada medo que ela tinha. —
Casas são apenas isso, Grace. Um lugar para viver. Está
me atraiu e acho que, se você der uma chance, você vai
gostar.
Estava ela vendo dor em seus olhos? Essa era a última coisa que ela queria. — Não é umaquestão de gostar dela, Vittorio. É linda. Não era a casa e ambos sabiam disso. Ela estavaacostumada a trabalhar com clientes ricos e funcionários.
Ele estudou seu rosto e ela teve o desejo de enterrá-lo
em seu ombro, mas ela recusou-se a ser um covarde.
— Estou intimidando você? —Ele estava? Ela
assentiu devagar.
— Por causa de quem eu sou? Meu dinheiro? Esta
casa? O que é?
Essa era uma boa pergunta. Justa. Ela não ia responder rápido, ele merecia algo melhor do queisso.
Era difícil pensar quando seu ombro pulsava e ardia, irradiando dor por todo o corpo, mas elaestava determinada a pensar nas perguntas. Ela estava intimidada pelo dinheiro dele? Não. Elaestava acostumada a reunir arrecadadores de fundos, e os homens e mulheres que corriam noscírculos de Vittorio
eram os clientes alvo de sua companhia. Ela os tinha servido, projetado comida, bebida e temasem torno dos
seus gostos e desgostos particulares.
— Não é o seu dinheiro. —Ela foi decisiva. — Eu nem
sequer penso muito sobre isso. Quando ele entra na minha cabeça, eu simplesmente o descartoporque você
não pode evitar o que você tem e eu não estou nessa
categoria e nunca estarei. —Não importa. Seu mundo nunca seria o dinheiro. — Eu poderia ficarperdida na casa, mas é bonita.
— E intimidante. Você usou essa palavra. Então, sou
eu. Você me acha intimidante.
Ela assentiu com a cabeça. — Não o fazem todos?
Ele lhe deu um pequeno sorriso. — É tão ruim ficar um
pouco intimidada por mim?
— Eu me sinto fora de equilíbrio.
— Poderia ser apenas a placa em seu ombro.
Ela piscou. Demorou um minuto para registrar o que
ele disse, e não podia deixar de rir. Riso real. Em um minuto ela estava com medo de entrar, eagora a estranha tensão foi embora e ela estava ansiosa para ver o interior, embora honestamentesentia como se estivesse se dando
a ele.
— Como você faz isso? Você faz tudo tão
facilmente ... —Ela tropeçou em dizer seu nome.
— Vittorio, —ele disse com firmeza.
Ela fez uma careta para ele. — Você é sempre 'Sr.
Ferraro' na lista de convidados. —Levou esforço não estremecer quando seu ombro latejava.
Ele escovou sua boca contra sua têmpora. — Você é
minha convidada desta vez e eu me recuso a chamá-la de
Srta. Murphy.
Os toques dos lábios desencadearam a gagueira de
seu coração. — Eu espero que não. Eu prefiro muito mais
Grace. —Ou o que quer que ele a chamasse em italiano.
Que rolava de sua língua sexy. Como uma carícia.
Ele se levantou, exceto que era mais como fluiu para seus pés, sem um único movimento bruscoe com ela em
seus braços. Levantá-la com ele foi fácil. — Vamos entrar.
Você precisa descansar.
O interior da casa era tão deslumbrante quanto o exterior. Ela olhou para os tetos de catedral e ochão reluzente.
— Há uma grande suíte máster, —informou ele. — E
sete quartos, então muito espaço para uma família e convidados. Estou colocando você no quartode hóspedes
no andar de baixo para que não haja a necessidade de
subir e descer escadas, embora haja um elevador.
— É claro que existe, —disse ela fracamente, olhando
ao redor. Espaços abertos, uma lareira de pedra que era
enorme, mas se encaixava no tamanho da casa. Ela queria ver a casa, mas queria deitar edescansar. A dor
em seu ombro era difícil de ignorar.
— Oitocentos e quarenta metros quadrados de casa,
além de uma garagem com temperatura controlada. A piscina é aquecida, é claro, e as vistas dolago são excelentes. Eu comprei as propriedades em ambos os
lados desta, por isso temos total privacidade, e os funcionários têm casas em que podem morar.
Ela podia ter que engolir que seu dinheiro não a intimidava. Ele falou casualmente, como setodos pudessem ter recursos para comprar propriedades de milhões de dólares. O problema eraque ela estava no seu limite. Se ele não a levasse para algum lugar em que ela pudesse se deitar etomar mais remédios para dor, ela ia começar a vomitar tudo sobre a sua casa bonita.
— Vittorio. —Foi tudo que ela pôde dizer antes que de
apertar os lábios.
Ele deu uma olhada em seu rosto pálido, o suor brilhando, e acelerou o passo, usando passoslargos para levá-la por um corredor muito amplo até uma sala no final.
Ela conseguiu olhar em volta quando ele a colocou ao lado da cama.
O quarto era enorme, uma parede de vidro, dando-lhe
uma vista incrível do lago. Ela teve um vislumbre do azul deslumbrante quando sol dançou nasuperfície e Vittorio
baixou-a na cama. Tudo o que ela queria fazer era se deitar, mas ela percebeu mediatamente queestava com
problemas. Ela olhou para ele um pouco impotente, sua língua tocando o lábio superior.
— Eu realmente preciso ir ao banheiro. —Ela não tinha ideia de por que era tão embaraçosoadmitir isso.
Todos tinham que usar um banheiro, mas não era uma
função glamorosa. Admiti-lo para o homem mais sexy que
ela já conheceu apenas adicionava à sua miséria crescente.
— Eu deveria ter pensado nisso, —disse ele imediatamente e a ergueu novamente.
Grace deslizou o braço em volta de seu pescoço, sua
mente correndo freneticamente. Ela estava vestida com uma saia e um top com a manga cortada.Não havia sido
nada fácil entrar no top ou saia e ela não queria ter que tirá-las nunca. Ainda assim, ir aobanheiro não ia ser fácil, e ela não o tinha feito ainda por conta própria.
Vittorio a colocou bem na frente do banheiro e ela descobriu que não podia olhar para ele, seurosto transformando-se em um tom particularmente feio de vermelho. Ele ajeitou sua saia emuma mão e empurrou-a
no punho dela. — Fique quieta e espere por mim para
ajudar. Eu não quero que você mexa seu ombro. Você está quase boa.
— Você não pode me ajudar.
Ele já estava agachado na frente a ela, com as mãos
enganchando no cós da calcinha. Seus olhos se encontraram e, mais uma vez, seu estômago deuum salto
peculiar. — Alguém tem que fazer, e eu sou tudo que você tem. Eu gosto de ajudar você, Grace.É um privilégio. Isto é apenas parte da vida. Você não deve se sentir envergonhada.
— Não é muito sexy, —ela reclamou antes que pudesse se conter. Se ela tivesse alguma escolhateria
insistido em fazer isso sozinha, mas ela sabia que ia cair de cara. Ela tinha que se deitar maisrápido possível e só queria isso terminado.
Ele deslizou sua calcinha para baixo, e, em seguida,
levantou-se para ajudá-la a sentar-se. — Não há muito sobre você que não seja sexy, Bella, maseu entendo o que você está dizendo. —Ele se afastou dela, deixando-a
no banheiro, mas com a porta aberta. O restante do banheiro, era enorme, tanto que ela estava
bastante certa de seu apartamento inteiro poderia caber nele. Ela
vislumbrou uma pia dupla de mármore brilhando com torneiras de ouro.
Ela não tinha escolha. Se ela estivesse pensando sobre isso, ela teria protestado em vir para acasa dele, mas ela estava tão agradecida que outra pessoa tinha assumido e ela não precisarpensar muito em nada. Esta
era uma lição enorme. Ela tentou não chorar, porque sabia que tinha sido um dia longo e terrívelcom as revelações sobre Haydon e as coisas que ele tinha feito. O fato de
que ele esteve rastejando nas aberturas do hospital, o que ela sabia que poderia acontecer, adeixava desconfortável com a família de Vittorio. Se Haydon pôde entrar no hospital, por quenão poderia entrar em suas casas?
Ela conseguiu ficar de pé sem firmeza, balançando,
sentindo como se pudesse cair a qualquer momento, mas
a limpeza foi desastrosa, até que ela descobriu como dobrar a saia debaixo do braço, enquantocuidava de seus negócios. Como é que as pessoas fazem isso quando não
têm ajuda? Se ela tivesse ido para casa, para o apartamento dela, ela teria sido em umaverdadeira bagunça. Ela precisava ser grata, não ficar preocupada com a sua dignidade.
— Você está pronta, il gattina mia?
— Sim. Eu só tenho que lavar as mãos. Mão. Tanto
faz.
— Você parece exausta. Desculpe, foi uma viagem tão longa. Eu fiquei com medo, se eu tetrouxesse no helicóptero, fosse muito movimentado quando pousasse.
— Você tem um helicóptero?
— Sim, claro. Eu tenho que chegar a lugares rapidamente às vezes. Todos nós temos um porperto para transporte. —Ele a levantou e levou-a para as pias
duplas, para que ela pudesse lavar a mão. A outra foi colocada fora do caminho, mantendo obraço estável. Ela
sabia que ele não poderia deixar de sentir seu corpo tremendo. Cada movimento era dissonanteagora, não importava o quão cuidadoso e suave ele fosse. Ela cerrou os dentes para não fazerbarulho.
— Não faça isso, Grace. Quando está sofrendo, você
precisa me dizer. Eu gostaria que você fizesse um esforço para compartilhar o que está sentindo,
bom ou mau, comigo. Eu vou fazer o mesmo. Se formos honestos um
com o outro em nossa comunicação isso vai funcionar
para nós. —Ele a colocou na cama e caiu sobre um joelho para remover seus sapatos.
— Eu seria a maior chorona da história da humanidade.
— Por me dizer a verdade honesta sobre o que você
precisa? —Seus olhos se encontraram. — Acho que não.
Eu acho que é isso se chama comunicação. Eu estou pedindo para você tentar. Por mim. Isso é oque eu preciso de você. Honestidade.
— Eu pensei que você tivesse pessoal, uma
governanta, alguém que fosse fazer isso enquanto você
trabalha. —Esferas minúsculas de suor se formaram em
sua testa e escorriam pelo seu peito. Queria fechar os olhos e apenas dormir, mas a dor estavainundando-a ao
ponto de haver um rugido em seus ouvidos e caos começando em sua mente.
— Você os prefere a mim?
Lá estava de novo, aquela dor em seus olhos. Talvez
magoa. Alguma coisa. Tristeza. Era isso. Ela detestava aquele olhar. Ele nunca deveria se sentirinfeliz. Era mais do que infeliz. Desolado, como se estivesse
completamente sozinho e ela tivesse tirado a última
alegria dele. Não era a verdade de qualquer maneira. É
claro que ela preferiria que ele a ajudasse. Se isso significava muito para ele, quem se importavacom sua
dignidade? O que ela estava pensando? Que talvez ele a
achasse sexy e quisesse de passar o resto da vida com
ela? Agora ela estava acreditando que o noivado era de
verdade.
Ela respirou fundo e balançou a cabeça. — Não, Vittorio. Eu odeio ser um incômodo para você.
Tenho certeza que você tem coisas mais importantes a fazer do
que me levar ao banheiro. —Ela tentou fazer sua declaração soar um pouco engraçada, mas suavoz era
muito tensa.
— Acredite em mim, ajudar você é a coisa mais importante para mim agora.
Ele tirou uma pílula de um frasco e entregou a ela e,
em seguida, estendeu a garrafa de água fresca que já estava na mesa de cabeceira. Tinha gotas decondensação sobre ela, o que significava que alguém estava na casa. —Ela estremeceu e olhoupara cima para
olhar para as aberturas da tubulação do ar-condicionado.
— Ele não pode entrar aqui, —assegurou Vittorio. —
Temos todos tipos de alarmes que ele não teria a menor
ideia. Só por segurança, mandei meus homens passarem
por todos os respiradouros e acrescentar mais precauções. Você precisa se deitar. Vamos tiraressa saia.
Seu primeiro pensamento fugaz foi protestar, mas ela
estava muito cansada, e a saia era pesada. Tudo parecia
pesado. Ela só queria deitar-se. Quanto mais rápido ela
conseguisse fazer isso, melhores as chances de dormir.
Ela pressionou os pés no colchão e ergueu os quadris,
para que ele pudesse deslizar a saia de cima dela, deixando-a na pequena calcinha de seda pura erenda que a irmã dele tinha trazido para ela. Ela as tinha em
todas as cores. Eram as únicas calcinhas que tinha com
ela. A parte de trás levantavam-se para mostrar as bochechas de sua bunda e havia pequenoscordões enfiados através da costura, dando-lhes um efeito de espartilho e exibindo muito do seutraseiro.
Ela nem sequer corou. Ela não podia. Ele havia puxado para trás a colcha para revelar lençóis corde marfim. Ela deslizou ambas as pernas entre os lençóis frescos e deixou-o ajudá-la a se deitar.A mudança de seu corpo da vertical para a horizontal fez bordas pretas
derramarem ao redor da luz, até que ela teve medo de desmaiar. Parecia que sim. A tontura ainundou e, e sem
pensar ela chegou a ele para estabilizá-la. Uma âncora.
Ela já estava começando a pensar nele assim.
A mão dele se virou para pegar a dela, os dedos fortes
fechando ao longo de toda a mão dela, envolvendo-a, e
depois o polegar estava lá, de volta as carícias, deslizando sobre sua pele. Ela se concentrou noque o movimento a
fazia sentir, deixando-o acalmá-la, deixando-o afastar a tontura.
— Obrigado, Vittorio.
— Você é muito bem-vinda, Grace. Tem um interfone
instalado aqui. Basta pressionar este botão. —Ele colocou o que parecia ser um controle remotosobre o colchão ao
lado de sua mão. — Se precisar de mim por alguma razão, eu estarei aqui imediatamente.
Ela assentiu, mas não queria que ele fosse embora.
Seu corpo já estava se ajustando à posição, então a dor
brutal estava diminuindo o suficiente para que ela soubesse que poderia dormir se não estivesseprogramada para temer que Haydon pudesse encontrá-la
e machucá-la. Ela olhou de novo para as aberturas.
Estavam ao longo dos tetos altos e desciam pelo chão.
Em toda parte. Ele tinha muitas maneiras de entrar. Ela
disse a si mesma para não ser um bebê ou um incômodo,
mas ...
— Eu vou ficar aqui, Grace, —Vittorio assegurou de
repente. — Eu não vou sair enquanto você estiver dormindo. Ele não vai passar pelos meusguardas, e não
vai passar por mim. Ele não pode chegar a nós sem disparar alarmes, e os alarmes têm backupsde bateria,
então ele não pode desativar o sistema. Você está segura aqui. Eu não vou te deixar, Bella, entãofeche seus olhos para mim e vá dormir.
Ela sentiu o sussurro de seus dedos deslizarem sobre
seus olhos, e então ao longo de suas têmporas e de volta para seus olhos. Vittorio tornava fácil sesentir segura com ele. Ela não entendia completamente porque, quando não
permitia que ninguém se aproximasse dela desde que era
criança, ela confiava em Vittorio Ferraro. Era uma escolha estranha, mas ele a fazia se sentirsegura, quando ninguém mais tinha. Ela deixou os cílios descerem e se
afastou em um mar de dor, mas sonhando com um homem que estava na frente dela, serecusando a permitir que Haydon Phillips a aterrorizasse mais.
* * * * * * * *
Grace acordou engasgada no escuro, lutando, imobilizada, tentando se libertar. Suas pernasestavam emaranhadas nos lençóis. Seu corpo estava encharcado
de suor, tanto que seu cabelo estava agarrado à cabeça
em uma bagunça úmida. Seu coração batia
descontroladamente e seus pulmões se recusavam a funcionar adequadamente. Ela ouviu soluçose soube que
era ela quem estava chorando, mas ela estava tão desconectada que não conseguia encontrar umamaneira
de parar.
— Grace, você está bem. Eu estou bem aqui.
A voz saiu da escuridão. Baixa. Gentil. Calma. Ela mal
ouvia o rugido de seu sangue em seus ouvidos. Ainda assim, o som chegou a nela e ela seagarrou a ele como
uma âncora em uma tempestade.
— Abra seus olhos para mim, gattina. Eu estou aqui com você. Vou colocar a minha mão em seuombro. Eu
quero que você sinta o meu toque, saiba que sou eu.
Não havia como confundir a voz de Vittorio ou seu toque. Sua voz era como veludo, enxugandotodas as
lembranças ruins. O som enchia os lugares dentro dela que estavam vazios e assustados, umacriança encolhida
em seu quarto, esperando que o demônio a destruísse.
Parecia que Haydon sempre estivera ali, agachado como
uma entidade maligna, pronto para rasgá-la em pedaços.
Vittorio tinha encontrado uma maneira de empurrar o medo implacável que ela tinha sidocondicionada a sentir para segundo plano.
Sua mão moveu-se levemente por seu ombro bom, e
de repente ela sentiu sua calma se espalhar pelo pânico
que a agarrava. Ela lutou contra a sensação de asfixia e lutou para respirar, para permitir que acalma compostura dele a acalmasse. As pontas de seus dedos percorreram
suas bochechas e depois roçaram as lágrimas ali.
— Ele não está aqui, Grace. Eu estou. Ele não pode
chegar até você. —Ele acendeu uma luz baixa, que não
feriu os olhos, mas permitiu-lhe ver ao redor do quarto. —
Eu quero que você olhe para mim, bella. Realmente me veja. Não quero que você tenha ilusõessobre quem eu
sou.
Seu olhar se lançou com medo a todos os cantos, depois para as aberturas antes de pousar norosto de
Vittorio. Era um rosto forte e de beleza máscula, como se um escultor tivesse esculpido seumelhor trabalho.
Obrigou-se realmente estudar seu rosto, passar a beleza e ver quem era realmente Vittorio, ohomem. Havia a marca
da crueldade. Perigo. Poder. Ele parecia invencível.
Implacável. Tantas coisas que poderiam ser negativas. Ela também podia ver seu traço protetor.Seu carinho. Seu senso de responsabilidade. Vittorio Ferraro era um homem misterioso, masestava começando a pensar nele como
dela. Ela provavelmente deveria ter medo dele, mas ele
trazia-lhe uma sensação de bem-estar tão grande que temê-lo era impossível.
— Eu vou tirar esses lençóis de você e movê-la para a
cadeira.
Ele tinha um tom que indicava que estava
completamente no comando e poderia resolver qualquer
problema. Ela sabia, porque em seus negócios, esse era o papel que ela desempenhava, osolucionador de problemas, e ela era muito boa nisso. Ela achou que era
especialmente tentador ser capaz de simplesmente não pensar, deixar que ele fizesse isso por ela.Sua mente estava um caos e ela só queria estar envolvida em sua
proteção, só por um tempo, até que ela ganhasse força e vontade para revidar.
Vittorio puxou os lençóis de cima dela, desenrolando-
os de suas pernas e tirando-os de cima da cama. Ele deslizou-a fora do colchão, levantando-afacilmente assim ela ficou embalada contra seu peito.
— Eu preciso de um banho.
— Você está bem. Nós vamos cuidar disso amanhã
de manhã.
— Você não vai tomar banho comigo. —Ela estava um
pouco chocada com si mesma. A imagem dele nu no chuveiro com ela era ... intrigante.
A risada dele foi baixa e tinha tons sensuais que pareciam deslizar sob sua pele para causarestragos em
suas terminações nervosas.
— Por mais que o pensamento seja tentador, eu vou
esperar até que você esteja totalmente curada.
Ela deveria ter rido, mas ela encontrou seu olhar procurando o dele. — Nós vamos tomar banhojuntos?
— Sim, Grace. Nós definitivamente vamos tomar banho juntos. —Seu coração bateu.
— Nós não estamos realmente noivos, Vittorio.
— Sim, estamos realmente noivos, mas não teríamos
que estar para tomar banho juntos, minha pequena inocente. Uma vez que estamos, você não temque parecer tão chocada.
— Por que você insiste em dizer que estamos noivos?
— Porque eu pretendo me casar com você.
— Por quê?
Ele a colocou em uma cadeira muito confortável que
estava bem na frente da lareira a gás embutida na parede.
— Porque no momento em que te vi, eu soube que você
era a pessoa que eu estava procurando. Estive em todo o
mundo, reuniu-me com todos os tipos de mulheres, e eu
sei que você é a certa para mim.
Ela observou-o desfazer a cama e refazê-la com lençóis limpos. Ele fez isso com as mãos firmes,omo se
fizesse tal coisa há anos, quando ela sabia que ele tinha pessoas que devem ter feito a cama paraele a partir do
momento em que ele nasceu.
— Eu não conheço você.
— Você tem bons instintos, Grace. O que seus instintos lhe dizem?
— Que você é muito sexy e eu estou muito vulnerável
agora.
Ele olhou para cima ao mudar as fronhas. — Pelo menos você acha que eu sou sexy. Isso é umcomeço.
Basta dar-nos um pouco de tempo antes de você fazer a
sua mente.
Ela permaneceu em silêncio, com medo de dizer a coisa errada, medo de permitir que seucérebro tomasse
quaisquer decisões, certas ou erradas, quando ela estava dopada e uma bagunça.
Capítulo 06
— Entre, Vittorio, —convidou Grace, virando-se para encarar a batida na porta. O assento dajanela era tentador, mas ela se recusou a ceder a necessidade de se
sentar. Seu ombro parecia muito pesado. Depois de tomar banho e se esforçar para se vestir,mesmo com a ajuda de Emmanuelle, ela já estava exausta, mas determinou que
Vittorio não visse isso. Ainda assim, ela estava grata pela braçadeira que segurava seu pulso paraajudar a imobilizar o ombro machucado.
No momento em que a porta se abriu, seu estômago
deu uma cambalhota lenta, do jeito que sempre fazia quando Vittorio entrava em um quarto.Toda vez, ela encontrava-se olhando para seus ombros largos e peito
definido. Ele andava como ela imaginou que uma pantera
perseguisse suas presas, fluido e eficaz, dando a ilusão de perigo, embora soubesse que ele eragentil e amável.
Ele deu seu sorriso de parar o coração, os olhos índigo passando sobre ela, pegando-se em cadadetalhe.
Ela sabia que ele via tudo sobre ela, porque ele sempre
sabia o que ela queria ou precisava. Não importava que
ela tentasse esconder dele o quanto apenas vestir a desgastava, ele iria ver. O que era ao mesmotempo desconcertante e hilariante.
— Bom dia, gattina. Você parece melhor esta manhã.
Sua cor está boa.
— Bom dia, Vittorio. —Ela sabia que ele preferia que ela reconhecesse sua saudação. Era umacortesia suficientemente pequena para dar quando ele estava fazendo muito por ela. — Acho quereduzir ainda mais a
medicação para a dor ajudou. Sinto-me muito mais alerta
e capaz de lidar com as coisas. —Ela queria deixar isso
claro. Ela não queria ser um fardo para ele. Ela já tinha tomado três semanas de seu tempo.
— Isso é bom. Eu pensei que você podia preferir ter o
café da manhã na cozinha. Você realmente não tem tido
tempo para explorar, e eu quero que você se sinta em
casa aqui. —Ele estendeu a mão.
Grace fez o melhor que pôde para tentar ser aquela
mulher que ajudava a administrar um negócio de milhões
de dólares por ano, mas quando ele estava ao seu redor,
ela gostava daquele sentimento que ele lhe dava, de cuidar dela. Ela nunca teve ninguém quecuidasse dela.
Ele concentrava-se completamente nela e via cada necessidade sua. Ela disse a si mesma todosos dias que
não deveria querer isso, que era independente e poderia
fazer por si mesma, mas até agora, ela não tinha se convencido.
Em seu trabalho, ela via todos os detalhes nos bastidores de cada evento e tinha absolutaconfiança em
si mesma. Ela fazia o pedido e insistia em obter exatamente o que os clientes pediam, e no prazo.Ela ganhou a reputação de ser uma empresária forte e exigente que não deixava nada e ninguémficar no seu
caminho quando se tratava de garantir que os locais da
KB fossem os melhores e valessem cada centavo que eles cobrassem.
Mas ela não era aquela mulher em torno de Vittorio.
Ela era totalmente mulher, totalmente atraída, e mais, brilhava sob seus cuidados. O fato de queela gostava de ter um homem cuidando dela a chocou. Ela não queria se
acostumar com tanta atenção. Era muito viciante. Ele já a tinha arruinado para qualquer outrohomem. Ela sempre
compararia os homens que encontrasse com ele, e nenhum outro se daria muito bem.
Vittorio estava na porta, a mão estendida para ela, e
observou-a atravessar a sala para ele. Ele não tirou os
olhos de seu rosto, e sua expressão enviando ondas de
calor através de seu corpo encharcando-a. Seus dedos se
envolvendo em torno dela, o primeiro toque de sua mão
forte fazendo seu coração bater mais rápido. A maneira
como ele a puxou com tanta delicadeza e cuidado. Ele abaixou a cabeça lentamente para o dela,sempre lhe dando tempo para se retirar, o que ela sabia que deveria, mas nunca o fez.
Ela esperou. Antecipando. Seus lábios eram sensuais.
Perfeitos. Aqueles belos olhos estavam emoldurados por
longos cílios negros e grossos. Ele era lindo esse era o único adjetivo que lhe vinha à mente. Elaquase subiu na ponta dos pés. Ela tinha dignidade suficiente para não fazer isso, mas ergueu orosto para ele. Sua boca roçou a dela. O mais breve dos toques. Não importava que o beijo fossebreve, o efeito sobre ela foi instantâneo.
Fogos de artifício explodiram em suas veias, em seu
ventre. Eletricidade em curto-circuito, explodindo, deixando todas as terminações nervosasquentes e selvagens. Calor líquido correu por seu corpo, espalhando como um incêndio. A partirde um toque. Um toque. Ela
não conseguia olhar para ele quando ele levantou a cabeça. Ela baixou as pálpebras para velarsua expressão. A mão de Vittorio segurou seu queixo e levantou seu rosto para que, a despeito desuas intenções, seu olhar saltasse para o dele. Imediatamente, ela sentiu como se estivesse seafogando em um bonito
mar azul escuro. Não havia como se esconder dele. Ele nunca permitiria.
— O que foi, Grace?
Mesmo a voz baixa era sexy para ela. Como ela iria
explicar a ele? Ela teve que trabalhar para suprimir um
gemido, se sentindo um pouco tola. Ela tinha salvado sua vida e ele estava reembolsando-a,cuidando dela. Ela estava caindo rápido, provavelmente, se ela tivesse que
ser lógica, porque ninguém nunca a fez se sentir segura
ou cuidada. Ele fez as duas coisas e, além disso, a fez se sentir uma mulher bonita e desejável.
Um milhão de maneiras de enganá-lo passaram pela
cabeça dela, mas ela não gostou da ideia. Ele tinha sido bom para ela. Cuidadoso com ela. Até aoponto de desviar toda a conversa sobre a fotografia que Haydon tinha deixado para trás, amaneira como ele tinha feito isso, e o que significava. Ela decidiu sobre a verdade não importava
o quão embaraçoso fosse.
Ela se forçou a olhá-lo nos olhos enquanto confessava. — É muito fácil estar com você. Vocêestá
fazendo tudo, me dando tudo e pedindo nada em troca.
Não é certo. Estou me aproveitando de você e não gosto disso.
Ele estudou o rosto dela pelo que pareceu para sempre e, em seguida, seu polegar deslizou sobreo queixo. Essa breve carícia quase desfez sua resolução de lhe dizer que ela tinha que ir. Já eratempo. Se ela ficasse, ela nunca mais iria querer sair. Nunca. Ele havia dito que o noivado erareal para ele, mas isso não fazia sentido e que não tinham falado sobre isso novamente. Elaestava
se afogando aqui com ele. Quanto mais ela estava com
ele, mais ela queria estar.
— Grace, eu quero que seja fácil para você ficar comigo. Eu gosto de ter você aqui e fazer coisaspara você. Você está errada em dizer que eu não peço nada
em troca. Estou pedindo um pouco e vou pedir muito mais.
Eu estou pedindo para você colocar sua total confiança
em mim. Eu quero que você saiba, com cada fibra do seu
ser, que eu não vou te decepcionar. Nunca. Tudo o que eu faço é para você. Para sua saúde, suafelicidade e seu
bem-estar e seu prazer.
Calor correu por suas veias e se espalhou como fogo
em cada terminação nervosa em seu corpo, acendendo-
as. — Vittorio. —Grace estava derrubada. Ela queria interromper a medicação para a dor, paraessas conversas que ocasionalmente tinham. Ela tinha que saber o que era real e o que não era.
Vittorio Ferraro tinha mais dinheiro do que qualquer
um poderia imaginar. Ele era um playboy de alto perfil,
com brinquedos caros e um estilo de vida jet-setting14.
Mesmo assim, ele não parecia em nada com o que os
tabloides o faziam parecer. Ninguém de sua família o fazia, e ela estava tendo um momentodifícil em juntar esses dois homens completamente diferentes.
Ele estava em revistas glamorosas e tabloides desprezíveis, bem como jornais e reportagens detelevisão, geralmente com uma bela atriz ou uma modelo
famosa em seu braço. Ele era descrito como um tipo
‘ame-e-deixe’, descartando as mulheres depois de um ou dois encontros, mas ele tinha passadovinte e quatro horas por dia com ela nas últimas três semanas.
14
jet-setting e usado para descrever pessoas ricas e bem-sucedidas e com um estilo de vidaluxuoso.
— Eu não podia deixar Haydon atirar em você. Você me salvou daqueles homens terríveis, entãoestamos quites.
Ele esperou por ela. Ele não havia contratado outros
para cuidar dela, ele estava fazendo isso sozinho. Ele não era como alguém que ela já tivesseconhecido. Ele era
calmo, seguro, sempre confiante, dando a ela a sensação
de que poderia lidar com qualquer problema que aparecesse, que ele lidaria com qualquerproblema, com
sua total eficiência.
— Você quer que eu te carregue ou você quer tentar
andar? É uma pequena distância.
Seu braço já tinha deslizado em torno dela, fazendo-a
sentir-se segura. Às vezes, quando ela atravessava a sala, ela sentiu como se ela estivesse tortapara um lado com o peso das tiras segurando o ombro no lugar.
— Eu gostaria de andar.
Que mulher não gostaria de ser carregada por Vittorio? A sensação que ela tinha quando estavaaninhada perto de seu peito era indescritível. Quando se moviam, era como flutuar no ar. Aindaassim, ela tinha que ser racional e começar a fazer algumas coisas por si
mesma, como andar. Ela também queria dar uma olhada na casa e começar a prestar atenção emVittorio, realmente conhecer seus gostos e desgostos. Ela tinha a
sensação de que ele era muito particular nas coisas que
importavam para ele e ela queria saber cada coisa que
pudesse sobre ele. Era hora de ela começar a retribuir a ele, especialmente se ele quisesse dizer oque ele disse sobre um relacionamento entre eles. Às vezes ela achava
que poderia ter a lucinado aquela conversa.
Vittorio não protestou por sua decisão de andar, mas
ficou do lado de seu ombro bom, sua mão descansando
na parte inferior das costas dela. Isso era muito parecido com ele. Ela adorava que ele sempre afizesse sentir como se não estivesse sozinha. Apenas por estar perto
ele lhe dava a ilusão de segurança. Ela olhou para o chão, um belo piso de cerejeira em contrastecom os tetos altos, vidro e paredes brancas. Pela primeira vez ela percebeu
que ele estava descalço.
Sua respiração ficou presa na garganta. Vittorio Ferraro estava descalço. Ela nunca tinha vistoele em nada, que não seu terno de três peças e sapatos primorosamente polidos, a menos ela nãoachava que não. Teria ela sido egocêntrica demais para notar que ele
se vestia informalmente em sua própria casa? Ela olhou para os próprios pés. Ela tinha roupas noarmário, graças a ele, mas ela não tinha pensado em sapatos. Ela normalmente usava saltos notrabalho, mas em casa, ela
era muito mais casual, preferindo os pés descalços, mas
isso era porque depois de usar saltos o dia todo, ela não suportava nada nos pés.
Vittorio usava um jeans desbotado que parecia macio
e vintage, com alguns pontos surrados, como se ele tivesse o jeans há muito tempo. Eles eram debotão e o de cima estava aberto. Eles ficavam baixos em seu quadril e moldaram as poderosascolunas de suas coxas. Ela gostou do visual casual dele. Sua camisa estava apertada, esticadasobre o peito grosso, como se cada músculo estivesse se esforçando para se libertar.
Ela procurou por algo para dizer que fizesse sentido,
então ela não deixaria escapar o quanto ela gostava de
suas roupas casuais. — Eu preciso ligar para a minha chefe.
— Essa seria uma boa ideia. Katie ligou várias vezes,
principalmente para perguntar sobre o seu progresso, mas
eu pude ouvir um senso de urgência em sua voz nesta última vez.
Ela gostou que ele não protestasse contra ela precisar
fazer o check-in com sua chefe. Ela não queria pensar que ele estava tentando assumir e controlarsua vida. — Vou
ligar para ela depois do café da manhã.
Ela fez um esforço para prestar atenção para onde estava indo. A casa era tão grande, com tantasportas que ela estava realmente com medo de que se fosse deixada
sozinha, ela se perderia. Ela já podia sentir o cheiro de café fresco.
— Eu perdi metade dos quartos por onde passamos
porque eu estava olhando para os seus pés. —Se ele não
tivesse a mão dela pressionada contra as costelas dele,
ela teria batido na boca. Tanta coisa para não deixar escapar coisas ridículas.
— Estou olhando para os seus. Eu acho que meus
pés têm pelo menos duas vezes o tamanho dos seus.
Talvez mais. —Havia diversão em sua voz.
Sua capacidade de encontrar humor nas coisas era
um dos traços mais cativantes sobre ele. Ela lançou lhe
um sorriso e, em seguida, considerou seus pés enquanto
caminhavam pelo piso brilhante. Ele estava certo, o pé dela tinha provavelmente, metade dotamanho do dele. —
Quão alto é você?
— Pelo menos trinta centimetros mais alto do que você, —ele apontou.
Ela fez uma careta para ele. — Acho que vou ter que
admitir que você está certo sobre isso. Eu não posso discutir fatos.
— Você nunca discute comigo. —Vittorio virou a mão
e deu um beijo no centro da palma da mão. — Eu gosto
que você não escolha uma luta apenas por uma questão
de argumento.
— Seria um pouco difícil fazer isso com você. Você é
bem razoável, Vittorio.
Ele levou-a para uma cozinha muito grande. Havia uma pequena, intimista mesa já arrumadacom pratos e
aquecedores. Ele a levou direto para ela e puxou a cadeira para ela. — Há três áreas de refeições.Esta, que é perfeita para nós dois no período da manhã, —ele disse a ela, sentando-a. — As duassalas de jantar maiores têm diferentes pontos de vista. Uma delas é um pouco maior
do que a outra, em outras palavras, se vem mais gente da
minha família, usamos essa. —Ele deu um pequeno sorriso para ela.
Seu sorriso era quente, impossível de ignorar, e fez
algo em seu interior, fazendo-a sentir-se feliz. Felicidade não era algo que ela estava acostumadaa sentir, o que a chocou um pouco. — Você tem uma família muito grande.
As mulheres iam e vinham muito rapidamente na parte da
manhã, ajudando à tomar banho e se vestir e, em seguida, elas simplesmente iam embora,desaparecendo como se
nunca tivessem estado lá.
— Somos barulhentos e sempre nos metemos nos assuntos um do outro, —ressaltou. — Massempre temos
as costas um do outro.
Pela maneira como ele disse isso, ela se perguntou
por que eles precisariam se apoiar um ao outro, como se
tivessem problemas semelhantes aos dela. Ela duvidava
que eles tivessem um serial kil er atrás deles até que ela trouxesse um com ela.
Antes que ela pudesse lembrá-lo que Haydon
perseguia todos eles, ele voltou a conversa para seu assunto anterior. — Você realmente achaque eu sou razoável? Nem toda mulher pensaria que é razoável que
eu precise cuidar da minha dama. Na verdade, eu acho que a maioria não gostaria disso, Grace.
Ela olhou para o rosto dele. Havia uma sugestão de
preocupação e isso a chocou. Vittorio era o homem mais
confiante que já conhecera e, em sua profissão, conhecia rotineiramente CEO’s de empresaspoderosas. Esses homens não se preocupavam com o que outras pessoas
pensavam. Eles faziam o que achavam melhor e esperavam que todos os outros se adaptassem aoprograma. E, no entanto, o olhar nos olhos de Vittorio dizia que, pelo menos para ela, ele eravulnerável, que sua boa opinião importava para ele. Na esteira dessa constatação veio anecessidade imediata e irresistível de tranquilizá-lo, para apagar essa ponta de dúvida.
— Vittorio, eu amo o jeito que você é comigo. No meu
trabalho, eu tomo decisões durante todo o dia, discuto com fornecedores e empurro e empurropara obter o que
eu quero para os meus clientes. No momento que eu chego em casa, acho que meu cérebro estáfrito. Eu não
quero tomar uma outra decisão ou pensar em nada até eu
ir trabalhar na manhã seguinte. Imagino que a maioria das pessoas são assim. Você me deu aoportunidade de realmente relaxar e eu aprecio isso mais do que você
jamais saberá. Tem sido um alívio não ter de pensar muito sobre nada. Eu percebo que é irreal eque mais cedo ou
mais tarde eu tenho que tomar algumas decisões e retomar o comando da minha vida, mas poragora, tem
sido as mais surpreendentes três semanas apesar da dor
no meu ombro, então obrigado.
Vittorio abriu os aquecedores em cima da mesa e serviu café para Grace. Ele se endireitoulentamente e olhou para o rosto virado para cima. Ele queria enquadrar o rosto dela com as duasmãos e beijá-la sem sentido. Ela não tinha ideia do presente que ela tinha acabado de dar a ele.Ela era a pessoa que ele procurara. Ela era a pessoa que ele não tinha acreditado em poder existir.Ela tinha força, uma espinha dorsal de aço, e ainda assim podia se colocar nas mãos dele e dar aele o que ele precisava em seu relacionamento.
Ele não podia se ajudar. Ele se inclinou e tomou sua
boca, uma mão pousando em seu cabelo, envolvendo a
seda em seu punho. Ao primeiro toque de seus lábios, à
primeira exigência de sua língua, ela se abriu para ele e ele provou tudo o que ele precisava. Elejá tinha beijado muitas mulheres, mais do que jamais gostaria de admitir, mas ele nunca tinhasentido. Não assim. Não está fome
chocante que o consumia. Não uma necessidade que nunca seria saciada.
Seu gosto era único e o instigava em todos os níveis.
Ela não tinha muita experiência—se tinha alguma. Ele nunca considerou ficar com uma mulhersem experiência.
Suas demandas eram muito intensas, sua paixão consumia muito, mas ele não podia imaginarbeijar mais
ninguém nunca mais.
Ele foi cuidadoso com ela, mantendo os beijos leves
quando queria devorá-la. Muito relutantemente, ele soltou o cabelo dela, e então levantou a bocada dela. Seus cílios levantaram e ele estava olhando em seus olhos. Ela tinha lindos olhos.Grandes, um belo verde, emoldurado por longos cílios grossos que se enrolavam nas pontas. Ele
não resistiu a dar um beijo nos olhos dela.
Relutantemente, liberando-a, ele puxou as tampas dos aquecedores.
— Por que é irreal? —Ele indicou para ela fazer suas
escolhas alimentares. Ela olhou para ele, seus olhos ainda adoravelmente atordoado.
— Irreal? —Ela repetiu.
Tudo o que podia fazer era não sorrir. — Sim, gattina.
Você disse que era irreal não ter que pensar muito sobre tudo. Por que isso seria irreal? —Elafranziu a testa e indicou os ovos mexidos e torradas. Ele colocou uma pequena porção no prato.Ela não tinha comido muito, então ele não queria afogá-la com uma grande quantidade
de alimentos.
— Eu não posso continuar confiando em você para
tudo, Vittorio. Eu estou ficando mais forte e eu vou ter que começar a resolver as coisas.
Ele levantou o creme e ela balançou a cabeça.
Surpreendeu-lhe que ela não quisesse creme em seu café. — Por que não? Eu gosto de vocêconfiando em
mim.
— Ficaria velho muito rápido.
Ele tomou uma porção saudável de ovos, bacon e batatas fritas. — Não, não iria. Em nossa casa,eu quero que você sinta que você pode confiar em mim. Nós dois
sabemos que você é capaz de tomar suas próprias decisões, mas por que você deve, se vocêprefere que eu
faça?
Ela parecia como se pudesse protestar, mas então ela colocou um pouco de ovos em sua boca.Sua mão dominante claramente era aquela com o ombro quebrado.
Ela mastigou e engoliu antes de inclinar a cabeça e olhar para ele. — Para você, eu quis dizer.Isso envelheceria
para você.
— Alguns homens precisam cuidar de suas mulheres.
Não é politicamente correto para um homem mandar em
sua casa. Estou bem ciente disso, mas eu sou um desses
homens. Eu quero que minha mulher saiba que pode confiar no meu julgamento. Eu quero queela confie em
mim para tomar as decisões. —Ele mostrou-lhe suas preferências com cautela, sabendo que eraimpopular, mas ele não poderia mudar a maneira como ele era.
Ela lhe fez uma careta, mas parecia mais pensativa do
que condenatória. Ele gostou disso nela. — Vittorio, que você está procurando é fé cega?
— Claro que não. Isso seria tolice e você é inteligente
demais para ser tola. A confiança precisa ser conquistada.
Espero que isso aconteça entre nós ao longo do tempo.
Estou bem ciente de que estou pedindo demais em nosso
relacionamento, mas ainda espero que você pense nisso.
Eu tenho tomado as decisões nas últimas três semanas.
— Por necessidade, e estou muito, muito grata. Eu
não saberia o que fazer sem você ... —Ela parou e olhou para os ovos, como se a percepçãoestivesse surgindo.
Ele olhou para ela comendo seus ovos quase cautelosamente. Ela claramente se esforçava paraevitar
que eles caíssem do garfo e muitos caiam. Ele não podia
assistir sua luta. — Eu não acho que você não possa fazer as coisas por si mesma ou que vocêseja inepta, mas eu
gosto de fazer coisas para você. Ele pegou o garfo e puxou a cadeira para mais perto.
— Eu me sinto um pouco boba com você me alimentando.
Ele se inclinou e roçou um beijo em seus lábios para
impedi-los de tremer. — Grace, eu quero discutir isso com você, mas você vai precisar de umamente aberta. Quero
que o nosso noivado seja real e eu quero que você pense
nele dessa forma. Você precisa ficar aqui comigo não importa por quanto tempo e nós podemosusar esse tempo para realmente conhecer um ao outro. Você pode
conhecer a minha família.
— Eu acho que você está indo rápido demais, Vittorio.
Deve ter sido muito perturbador ter-me na frente de uma
arma quando é evidente que você é um homem muito protetor.
Ele poderia dizer que ela escolheu cada palavra com
cuidado, como se estivesse com medo de perturbá-lo.
— Mas acho que se você der um passo para trás, verá
que seu estilo de vida e o meu não combinam de forma
alguma. Eu amo meu trabalho e sou boa nisso. É a única
coisa que me manteve sã todos esses anos. Você teve
uma vida inteira de viagens, adrenalina e mulheres.
Ele sabia que voltaria para as mulheres. — Eu admito
que minha família jogou nossas vidas nos tabloides, mas é tudo para mostrar. Eu nunca mostreiquem sou a nenhuma dessas mulheres. Qual seria o ponto? Então elas poderiam vender o quesabiam para o tabloide mais
próximo? Pense nisso, Grace. Pense em quanto dano você poderia causar à minha reputação seas coisas que
vou compartilhar com você fossem espalhadas pelos jornais, manchetes, mídia. Eu sou umhomem de negócios. Minha família é dona de bancos internacionais.
Hotéis. Você nomeia, nós temos. Eu sou um homem muito
reservado e espero que o que compartilhamos entre nós permaneça privado.
Seu olhar percorreu o rosto dela, procurando por algo.
Ele lhe dera a verdade e esperava que ela visse, porque
ele sempre pretendia lhe dar a verdade. Haveria obstáculos, mas ele esperava poder guiá-la comsucesso
sobre todos. A cautela rastejou em seus olhos. Ela estava entendendo que ele não queria um
relacionamento normal.
— Você se opõe a tentar um compromisso comigo?
Seus olhos caíram, mas não antes que ele visse o medo. Ele não podia culpá-la. Ele estavapedindo muita
confiança da parte dela e não estava facilitando. Ela estava em sua casa e não podia sair. Não eracomo se ela fosse uma prisioneira, mas se ela fosse embora, daria a
Haydon Phil ips acesso a ela e ela não estaria em condições de lutar contra ele.
Ela visivelmente respirou e ele teve que resistir a puxá-la em seus braços para confortá-la. — O
pensamento me assusta, —ela admitiu.
— Grace. —Ele esperou, deixando o silêncio se estender entre eles. Finalmente, ela suspirou eergueu o
olhar mais uma vez para ele. Ele sorriu para ela, orgulhoso dela por mostrar sua corageminevitável. Ele sabia, ainda melhor do que ela, que ela era extremamente corajosa. — Diga-mepor que isso te assusta.
A ponta de sua língua tocou o lábio superior e, em
seguida, os dentes morderam o lábio inferior. Ela engoliu uma vez. — Você é tudo que eupoderia sonhar em um
homem, mas não é real. Homens como você não são reais. O homem nos tabloides tem existidohá anos, mas
este eu conheci apenas três semanas atrás sob circunstâncias extremas. Você iria quebrar meucoração, e eu não acho que sou forte o suficiente para lidar com isso.
Ele esperou pacientemente porque ele podia ver que
havia mais, ela estava relutante em admitir.
— Eu sei que soa ridículo, —ela acrescentou apressadamente. — Eu nunca tive uma casa ou umafamília. Eu sempre tive de trabalhar todos os problemas e descobrir como sobreviver. Eu semprefui sozinha.
Haydon é a única pessoa que foi uma constante na minha
vida e certamente não de forma positiva. Se eu me deixar cair de amor por você, o que seriamuito fácil de fazer, e então você acabar sendo o homem dos tabloides,
especialmente se eu depender completamente de você, eu acho que eu ficaria tão quebrada quenão haveria como juntar os pedaços.
Vittorio sentia tanto orgulho dela que sabia que isso
aparecia em seu rosto. Ela era magnífica. Isso tinha que ter sido muito difícil de admitir para ele,e ele sabia que a maioria das mulheres nunca teria feito isso. Sua admissão lhe disse que elaconfiava nele muito mais do que ela pensava.
— Grazie, a mia ragazza molto coraggiosa. Você está se tornando rapidamente mia vita15. Nãoconsigo imaginar que tipo de coragem foi necessária para me dizer a verdade e agradeço. Euquero ser capaz de ter uma comunicação honesta entre nós. Essa é a única maneira
em que um relacionamento como o que teríamos funcionaria. Eu preciso saber como você sesente e você
tem que saber como me sinto. Eu entendo que você está
nervosa e até com medo. Estou com um pouco de medo
de perder você por causa de quem eu sou e do que preciso. Eu espero que suas necessidadescoincidam com
as minhas.
15 Minha vida, em italiano
Ele a alimentou com vários pedaços de ovo, observando as expressões percorrerem seu rosto.
Quando ela terminou os ovos, ele voltou para a sua cadeira para lhe dar algum espaço pararespirar. Pelo menos ela não estava tentando correr pelas colinas. Ela
estava realmente pensando nas coisas que ele disse.
Grace tomou um gole do café e pegou o pedaço de
torrada. — Eu não gosto disso. Você está com medo de
me perder por causa de quem e do que você é. Você é um
bom homem, Vittorio. Não importa o que, você é um bom
homem.
— Eu sou? Eu sou um homem que quer que minha
mulher me deixe ser dominante em nossa casa. —Ele deliberadamente usou o adjetivo,esperando que ela começasse a fazer essa conexão.
A maioria das pessoas diria que seu irmão Ricco, porque praticava a arte do shibari, seriadominante em sua casa com sua mulher. Ele não era. Nem Stefano, que era
um comandante natural. Como chefe da família Ferraro,
ele era responsável por suas vidas. Vittorio tinha nascido dominante. Ele sempre soube que era asua cruz para carregar. Suas necessidades tornariam duplamente difícil
encontrar uma mulher que pudesse ter filhos cavaleiros de sombra e viver com um homem comoele.
— Não há nada de errado com isso, Vittorio. Nada há
de errado entre dois adultos.
Ele largou o garfo. — Olhe para mim. —Ele derramou
autoridade em sua voz e ela olhou para cima imediatamente. — Não faça isso. Não usechavões16. Eu quero que você entenda exatamente no que você estaria
se metendo se você ficasse comigo. Não é como se você
lesse histórias ou retratasse em filmes. Isso não é sobre chicotes em si. Mas é sobre bondage. Istoé sobre quem eu sou e como viveríamos juntos nesta casa. Esta é a
maneira que eu tenho que viver. Eu não quero apenas
estar no controle, Grace. Eu preciso estar. Eu preciso cuidar da minha mulher e saber que elaconfia em mim
para ter seus melhores interesses no coração. Preciso tomar as decisões, decidir o que é melhorpara nós dois. E
eu vou assumir o controle absoluto no quarto. Espero que você confie em mim para cuidar devocê lá também. Para
eu ser feliz em um relacionamento, Grace, você tem que
ser feliz. É assim que funciona.
16 Chavão é um substantivo masculino da língua portuguesa e significa uma ideia, frase oupensamento que já está desgastado, que foi muito utilizado e que é considerado "lugar-comum",clichê.
Seu coração acelerou e ele respirou fundo para encontrar seu centro, para manter o controle totalde suas emoções. Ele não queria perdê-la, mas não queria que ela ficasse com ele e depoisdescobrisse que detestava o estilo de vida deles. Ele mostrou tudo para ela. O que ele era. O queele precisava. O que ele esperaria dela.
Seria melhor desistir dela e deixar outro cavaleiro encontrar a felicidade. O pensamento, nomomento em que veio, encheu-o de uma espécie de agressão sombria.
Ele viu isso como uma nuvem turbulenta em sua mente
que correu através de seu sistema. Ele não podia ter isso, não com seus dons. Ele sabia melhor.Ele sabia que tinha que ter harmonia em sua casa em todos os momentos.
Ele tinha que ter um santuário onde, não importando os
horrores que ele visse, as coisas que ele tinha que fazer para trazer justiça àqueles queprejudicavam os outros, ele poderia encontrar a sua paz.
— Seria tão ruim continuar sua vida do jeito que estava?
Ela tomou outro gole de café, claramente tentando ganhar tempo enquanto pensava sobre ascoisas. O que
era muito parecido com ela. Pelo menos ela não tinha
corrido gritando da sala ou exigiu que ele chamasse de um táxi.
— Se você realmente quer honestidade, Vittorio, eu
não tenho a menor ideia. A ideia de bondage é ao mesmo tempo assustadora e intrigante.
— Nós trabalharíamos as coisas que eu gostaria de
fazer com você no quarto, construindo sua confiança em
mim. Não apenas pularíamos direto nisso, mas o que seus
instintos lhe dizem, gattina?
— Eu não tenho muita experiência, então não tenho
ideia se eu realmente gosto disso, mas o pensamento ...
—ela parou.
Ele não precisava que ela dissesse mais nada. Ele leu
o corpo dela. A elevada respiração. Seus mamilos empurrando contra sua blusa fina. Seusmovimentos inquietos em sua cadeira. — Desta vez, eu não vou pedir
que você continue porque esta é uma conversa difícil, mas comunicação e honestidade consigomesma e comigo será sempre importante. Seu corpo gosta da ideia, estou
correto?
Ela assentiu.
Ele esperou.
Grace apertou os lábios. — Sim, Vittorio.
Ele sorriu e esfregou o polegar sobre os nós dos dedos dela. — Obrigado, Grace. Eu sei que falarsobre
essas coisas agora não é fácil, mas vai se tornar automático. E quanto à eu tomar as decisões?Seria tão
ruim continuar no caminho que temos ido?
— Eu estou atraída por você? Absolutamente sim. Eu
gosto do jeito que você cuida de mim? Eu nunca fui cuidada antes e parece incrível ter alguémme tratando
como se eu fosse especial. Quando estou com você, eu
sinto como se você estivesse focado totalmente em mim.
Por outro lado, você teve que cuidar de mim. Eu não tenho estado forte o suficiente para cuidarde mim mesmo.
Quero continuar a trabalhar. Isso é importante para mim ...
— Bella, parte de ter você ao meu cuidado é saber o que é necessário em sua vida e ter certezaque você está feliz. Se algo é prioridade para você, então, obviamente, seria para mim.
Seu queixo levantou e ela o olhou diretamente nos olhos. — E se nós discordarmos?
— Nós nos comunicamos. Conversamos sobre isso.
Não é isso que a maioria dos casais fazem? Eu vi Stefano
e Francesca muito de perto. Ela nem sempre cede a ele.
Ela deixa as coisas que não importam para ela acontecerem, mas se ela realmente quer algo queele se
opõe, ela não tem escrúpulos em apresentar seu caso para ele. Ele sabe quando tem de ceder.
— E se você ainda não concordar depois que discutirmos? —Ela desafiou.
Ele suspirou. — Eu sugeriria nós dois engavetarmos a
discussão, dormir sobre o assunto e discuti-lo novamente.
No final, se ainda não conseguiu encontrar um compromisso, eu esperaria que minha mulher me
deixasse tomar a decisão final. Eu só posso lhe dar a minha palavra que eu levaria tudo que vocêdisser ou sentir ao coração e tomar a minha decisão com a sua felicidade e saúde em mente.
Grace não reagiu imediatamente e novamente, ele gostou dessa característica nela. Ela ficoupensativa, com os olhos no rosto dele. — Se eu não puder lhe dar estas
coisas?
— Eu entenderia. Eu nunca esperei encontrar uma mulher com quem eu quisesse passar minhavida, muito
menos achei que iria admitir a ninguém o que eu
realmente sou. Você disse que não tinha nada para me dar em troca das coisas que faço por você,mas pode ver
claramente que não seria o caso.
— Eu não posso estar em um relacionamento
unilateral, recebendo sempre e você sempre dando. —Ela
colocou a xícara de café para baixo e virou a cabeça para olhar pela janela. — Essa seria asensação para mim.
Seu coração reagiu de novo, desta vez com um salto
de esperança. Ela não tinha rejeitado a ele ou suas necessidades ainda. Ela estava considerandotudo o que
ele disse. Ele tinha pensado em dar-lhe mais tempo, deixá-la se acostumar com seus cuidados e,em seguida,
dizer-lhe sobre suas necessidades, mas ele sabia que não seria justo para ela, ou para ele. Ele játinha muito investido nela. Ele já amava conseguir seus sorrisos.
Observar o rosto dela se iluminar apesar da dor em que
ela estava atualmente. Ele particularmente gostava que ela estivesse relaxada em sua casa, omedo lentamente
retrocedendo em sua companhia.
— Grace, olhe para mim.
Ela se virou lentamente para ele, os olhos dela encontrando os dele até que ele sentiu o impactopor todo
o seu corpo, como se ela tivesse atirado uma flecha e ela tivesse se alojado nas proximidades de
seu coração. Ele
teve que resistir a colocar a mão sobre o peito e pressionar com força.
— É com você o que você quer do relacionamento
entre nós. O que você quer devolver? Espero que, enquanto cuido de você, faça o mesmo pormim.
Pela primeira vez, seu rosto se iluminou um pouco. —
Eu gosto dessa ideia, Vittorio.
Sua voz continha uma nota tímida, embora ele nunca
a considerasse tímida. Só porque ela era a força por trás KB Eventos e ficava em segundo planonão significa que
ela era tímida. Ele sabia que ela estava pensando nele
tomando total controle no quarto.
Ele deu um beijo no centro da palma da mão dela. —
Quando fizermos sexo, Bella, não tenho dúvidas de que você vai me dar tudo o que eu preciso ouquero.
Ela corou, mas não protestou. — Eu não sei nada sobre relacionamentos, famílias, ou ser a noivade alguém.
— Eu sei sobre as famílias, gattina, mas eu nunca estive em um relacionamento ou tive umanoiva.
O choque se registrou em seu rosto. — Você já esteve em toneladas de relacionamentos. Eu leioos tabloides, as notícias, tudo sobre você. Eu vi você em eventos. Você
sempre tem uma linda mulher em seu braço, a maioria
modelos muito altas e elegantes, o que eu com certeza
não sou.
Grace não tinha ideia do que tinha dado a ele. Ela
claramente o seguia nos tabloides, lendo tudo com que
sua família alimentava os paparazzi. Ela estava atraída por ele antes de conhecê-lo. Imensasatisfação o encheu.
Ele gostou disso, mais do que gostou.
— Quando assistimos a um evento de angariação de
fundos, a ideia é conseguir o máximo de dinheiro possível para a causa. Para fazer isso, geramospublicidade.
Trazer uma modelo ou uma atriz ajuda a fazer exatamente
isso. Algumas dessas mulheres são amigas, algumas foram simplesmente uma conexão única.Isso não é a mesma coisa que um relacionamento.
— É difícil acreditar que ao longo dos anos você não
encontrou uma mulher que você quisesse estar em um
relacionamento.
Ele não tinha o luxo de explicações. Ele era um cavaleiro das sombras o que significava queninguém, ninguém, além da família, e mesmo assim apenas próximo
da família, poderia saber a verdade sobre ele. Ela tinha que estar completamente comprometidacom ele. A atração, para ele, era instantânea e forte. Ele tentou manter suas sombras separadas,mas estar tão perto dela
nessas últimas três semanas, dormir em seu quarto com
ela, significava que suas sombras estavam se entrelaçando.
— No entanto, Grace, é a verdade.
Ela assentiu com a cabeça e, em seguida, fez uma
careta repentina. — Eu pensei que você tinha dito que não sabe cozinhar. Isso está delicioso.
Ela estava mudando de assunto para ter tempo de pensar. Ele não queria isso, mas ela precisavase sentir confortável e ele não estava prestes a empurrá-la mais do que já tinha. Ele estava gratopor sua resposta e pelo fato de que ela estava pensativa em vez de responder quando
não tinha tido tempo para considerar todas as coisas que ele tinha preparado para ela.
— Você mal comeu.
— Eu comi. Quem fez?
Ele sorriu para ela. — Merry Dubois. Ela é uma prima
também. Ela se casou com um homem com o nome de
Marcellus Dubois, enquanto ela estava na escola de culinária. Ele estava trabalhando no prédioonde as aulas eram realizadas. Marcelo é o zelador da propriedade, o
que é um trabalho enorme. Eles moram ao lado, nossos
vizinhos mais próximos.
Ele gostava do casal. Eles eram tranquilos e respeitavam sua necessidade de manter sua casa umsantuário. Se os reparos tinham que ser feitos, Marcellus sempre os marcava quando Vittorio nãoestava em casa.
Merry não só cozinhava, mas supervisionava a equipe de
limpeza também. Ela também os agendava quando Vittorio não estava em casa. O casalrealmente cuidava
dele, bem como de sua casa, e ele o apreciava mais do
que ele jamais poderia expressar-lhes.
— Eu tenho uma equipe de limpeza que entra e toma
conta da casa, mas Merry os supervisiona. —Ele lhe deu
outro sorriso, sabendo que ela estava atraída por ele.
Sabendo que ele estava desavergonhadamente
oferecendo-lhe sua casa, seu estilo de vida, em um esforço para atraí-la para ficar.
— Além do fato de que eu não posso usar o meu braço, isto parece um conto de fadas.
— A vida comigo não vai ser sempre ser um conto de
fadas, mas eu posso prometer-lhe eu vou sempre fazer o
meu melhor para fazer você feliz. Isso é importante para mim, Grace, fazer você feliz.
— Contanto que esteja tudo bem que eu torne uma
prioridade te fazer feliz.
Seu coração saltou, mas ele se recusou a deixar-se
acreditar que ela iria se dar a ele. Ele estava pedindo coisas que ela ainda não entendia, e ele serecusava a
deixá-la entrar cega em um relacionamento até que ela
soubesse exatamente no que estava se metendo e estivesse preparada para ser totalmentecomprometida.
Ela tinha que querer o mesmo relacionamento, ou ele não
servia para ela. Ele já sabia que era ela quem ele queria, e não tinha nada a ver com suas sombrasse unindo.
Ele gostava dela. Ele gostava do fato de que ela era
tão corajosa. Ele a admirava. Ela viveu aterrorizada e sob a ameaça de violência indescritível poranos, e ainda
assim todos os dias, ela havia funcionado, trabalhado, mantido sua integridade enquanto tentavaproteger aqueles ao seu redor.
— Seria bom se você fizesse isso.
Seus olhos escureceram em preocupação. — Vittorio,
você não é feliz? —Seu olhar girou ao redor da sala, observando os altos tetos e a incrível vistado lago e depois voltou a descansar em seu rosto.
Ele não ia dar a ela menos do que a verdade, não
quando ele estava pedindo muito dela. — Ter dinheiro não faz qualquer um feliz, bella. Isso éum mito. Eu apresento um rosto para o mundo e depois volto para uma casa vazia. É belo etranquilo aqui, mas ainda é muito vazio.
Estas últimas três semanas, você fez minha vida parecer
completa e rica e me deu uma razão para me levantar
todas as manhãs.
Grace tentou processar tudo o que Vittorio lhe contara,
tudo o que ele estava oferecendo. A única vez que ela
tinha sido feliz estava no trabalho, se colocando em Eventos da KB, cuidando de todos osdetalhes, como um
general orquestrando uma batalha perfeita. Ela não tinha amigos, não ousava. Ela não saiaporquê ... ela não se
atrevia. O único lugar em que se sentia relativamente segura era quando ela trabalhava e muitasvezes trabalhava em casa, fazendo negócios por telefone.
Haydon queria dinheiro, então ele geralmente não interferia. Ocasionalmente, ele aparecia em
um dos eventos apenas para assustá-la, e geralmente funcionava.
Quando Vittorio disse a ela que queria o controle completo no quarto, ela honestamente nãoachava que isso a incomodaria. Na verdade, quando ele disse isso,
seu corpo entrou em colapso. Ainda assim, ela gostou da
ideia de que ele levaria seu tempo para levá-la até lá. Ela estava disposta a gastar o tempo quefosse para ver se
eles eram compatíveis. Ele valia a pena.
Ela estava feliz com Vittorio e se sentia segura na maioria das vezes. Ele dava essa ilusão, comose ele fosse invencível e ninguém poderia mais que ele. — Você
me faz sentir segura, —ela admitiu. — E feliz. Eu não acho que eu realmente soubesse o que eraisso até agora.
Percebo que apenas conversar com você me faz feliz. Eu
até tenho uma noite inteira de sono, embora eu me sinta
mal que você não esteja dormindo em uma cama.
— Eu gosto de cuidar de você, Grace, —ele assegurou. Ele terminou o último gole de seu café eficou de pé. — Eu quero mostrar a você o resto da casa. Você
pode ligar para Katie e pedir para ela vir aqui para ver você. Eu acho que ela gostaria de ver porsi mesma que
você está viva e bem. Ela fez perguntas várias vezes ao
dia, todos os dias desde que você foi baleada.
Ela não deveria ter ficado surpresa, mas estava. Katie
frequentemente pedia para ela sair com ela, jantar ou dançar. Katie gostava de ir às boates, masGrace tinha
medo de passar muito tempo com ela fora do trabalho.
Depois que Haydon fez sua ameaça, ela ficou extremamente grata por não ter cometido o erro.Ele teria realmente focado sua atenção e ameaças em Katie
Agora, ele tinha um alvo real, Vittorio.
O pensamento fez seu coração acelerar e suas mãos
se apertarem em um medo súbito. Ela não podia ficar de
braços cruzados e deixar Vittorio se machucar por causa
dela. Ela o queria com cada respiração que dava. Ela queria o estilo de vida que ele estavaoferecendo a ela.
Ela o queria, Vittorio Ferraro. Mas havia Haydon e Haydon nunca perdia.
Grace respirou fundo. Forçou as mãos a se abrirem.
— Eu agradeço tudo o que você fez por mim, Vittorio e
tudo o que você está oferecendo. Mas sinceramente acho
melhor não mantermos esse compromisso.
— Nós já discutimos isso, gattina. Você está se assustando novamente. O anúncio foioficializado pela família e já é notícia. Não há como voltar atrás. Eu sei que você está pensandoque pode me proteger, mas não funciona assim. No meu mundo, sou eu quem faz a proteção. —Vittorio colocou a mão sob o braço bom dela e ajudou-a a sair da cadeira. — Merry vai pegar ospratos,
—acrescentou ele quando a viu olhando para eles como
se pudesse limpar a mesa.
Grace deveria ter feito seu protesto e se sentiu como
uma covarde quando não o fez. Ela não podia deixar de
se sentir cuidada. Era o tom dele. Sua postura. Tudo nele.
Era muito difícil resistir, e se ela fosse verdadeira consigo mesma, ela não estava tentando muito.
Capítulo 07
A casa se abriu de um cômodo diretamente para o outro, cada um com tetos altos e espaçosos. Ohall abria em
uma biblioteca e sala de estar que era um pouco mais
aconchegante do que alguns dos outros espaços para visitas e relaxamento com a família ouconvidados. A casa tinha várias salas de visitas e familiares, e Vittorio levou Grace pelabiblioteca direto para sua favorita.
A sala de estar dava para a piscina e tinha uma entrada grande e aberta que podia ser fechada, sedesejado, por portas de vidro e cortinas opacas. O
mobiliário consistia nas mais confortáveis e profundas cadeiras, enquanto a sala tinha piso frio eparedes com
textura de ervas marinhas. Um alpendre coberto percorreu toda a lateral da piscina ao ar livre,que podia ser vista das portas abertas, aumentando a sensação de paz que Vittorio sempreencontrava na água.
Na sombra proporcionada pela varanda coberta,
várias cadeiras e mesas estavam perto de uma combinação de cozinha e churrasqueira paracozinhar ao
ar livre. Antes de se sentar, Grace foi para as portas de vidro abertas, apreciar a vista. Ele estavaatrás dela olhando também. A piscina se estendia em um longo e
azul convite, e além disso havia um monte de grama, árvores ornamentais espalhadas e o lago. Osol brilhava
na superfície, transformando-o em uma joia azul-cristalina aninhada entre as árvores.
— Isso é lindo. Eu posso ver porque você ama este
lugar. Eu não posso evitar, me sentir relaxada e feliz só de olhar está vista e ouvir o som da água.
Ele gostava de ter adicionado a banheira de água quente acima da piscina para que a água caísseem uma
série de pequenas cascatas na piscina. O som era reconfortante, e quando ele estava trabalhandoem aprender a não queimar tudo o que ele grelhava, essa canção constante o mantinha centrado.
— Este é um dos meus lugares favoritos. Eu gasto um
pouco de tempo aqui. —Ele colocou os dedos na nuca
dela. Tocá-la e senti-la relaxar embaixo da mão dele o fazia feliz.
Ela inclinou a cabeça para cima, olhando para ele por
cima do ombro. — Você pode grelhar?
Ele se inclinou para roçar um beijo sobre o sorriso no
rosto dela. — Eu tenho alguma habilidade com a grelha,
mas eu tenho que admitir, cozinhar não é o meu forte. E
você?
— Eu tive muito tempo para me interessar por vários
assuntos quando estava com medo de sair de minha casa,
caso Haydon me seguisse ou a alguém com quem eu falasse. Cozinhar foi um deles. Eu sou boa?
Absolutamente não, mas posso assar.
— Então, você está me dizendo que vamos ter que
viver de cookies? —Ele nunca pensou que teria isto, provocar uma mulher, desnudando-se esendo aceito por
quem era. Ela não tinha aceitado totalmente, mas ele podia sentir que ela queria.
— Algo assim, sim.
O riso na voz dela aqueceu-o. Ele levou-a para fora, e
ela parou para admirar a empena17 e os pilares todos 17
Empena é a parte superior das paredes externas, acima do forro, fechando o vão formado pelasduas águas da cobertura. Cada uma das paredes laterais onde se apóia a cumeeira os telhados deduas águas. Nas fachadas principais, em alguns casos, a empena adquire a forma de frontão.
pintados de branco. — Vittorio, sua casa é realmente incrível.
Esse era outro ponto a seu favor, ela gostava da casa.
— É um só uma casa agora, Grace, mas tem o potencial
para ser um lar. —Ele queria que ela o tornasse um lar
para ele, para ambos.
Ela olhou para ele e, em seguida, ao pedido de sua
mão pressionando contra suas costas, foi para uma das
cadeiras muito largas e confortáveis. Ele ajudou-a a sentar e depois pegou o celular. — Eu penseique você poderia
querer ligar para sua chefe.
Grace pegou o telefone dele, mas seu olhar se desviou um pouco do dele. Instantaneamente, elesabia
que ela estava desconfortável com algo que ele tinha dito.
— Gattina, peguei seu telefone celular, porque eu não queria que a polícia o confiscasse. Comoninguém conseguiu encontrá-lo e eles não me perguntaram sobre
ele, eu não tive que mentir. Eu vi as notificações das mensagens de Katie Branscomb, mas eunão tentei lê-las.
—Ele queria dar-lhe privacidade. Era importante que ela
soubesse que ele poderia ser confiável. Ele não queria assumir sua vida, ele queria que ela aentregasse a ele.
Invadir a privacidade dela era muito diferente de ela dizer-lhe voluntariamente o que estavaacontecendo em sua vida.
— Katie é minha parceira, minha sócia, não minha chefe —Grace deixou escapar. — Nós duaspossuímos a
empresa igualmente.
Vittorio ficou em silêncio, estudando seu rosto virado.
Os dedos da mão boa torcendo o tecido de sua camisa
nervosamente. Ele queria cobrir a mão dela para tranquilizá-la. Ele também queria estrangularsua mãe. Ela teria sabido. Ela teria investigado as duas mulheres antes de usar a empresa. Elapodia fingir que não sabia, mas ela poderia ter dito a ele algumas coisas sobre Grace. Ela apenasescolheu não fazer isso.
— Eu não estava tentando mentir para você, é só que
quando entrei no negócio, eu sabia que se Haydon descobrisse, ele iria me forçar a tomarempréstimos em
nome da KB Eventos. Foi minha a ideia para o nome.
Katie é a cara do negócio. Ela é realmente boa com as
pessoas e eu não fico confortável em torno delas. Bem,
isso não é exatamente verdade, mas ... —ela parou de
falar, obviamente frustrada.
— Você não fica confortável, porque se preocupa que qualquer um com quem você sejaamigável possa se tornar um alvo, —ele interpretou para ela, e afundou-se na cadeira em frente adela. — Eu posso ver porque você iria querer proteger sua parceira. Como você a convenceu a
não contar a ninguém?
— Eu disse a ela que eu seria parceira dela, desde
que ela nunca dissesse uma palavra a ninguém. Ela queria a parceria, por isso funcionou bem.Haydon não é o tipo de olhar para licenças comerciais. Ele escuta conversas, mas não vai fazer apesquisa, nunca houve
necessidade. Ao longo dos anos, ele acreditou que ele me tinha completamente intimidada. —Elafez uma careta. —
O que, infelizmente, ele fez.
— Você é muito dura consigo mesmo, Bella. —Ele indicou o telefone. — Faça sua ligação.
Ela colocou seu código de acesso e instantaneamente
mensagens começaram a aparecer. — Eu tenho várias mensagens de voz.
Ele leu a preocupação subjacente em sua voz e imediatamente estendeu a mão para o telefone.Sem pensar, Grace colocou-o na palma da mão dele. Havia
cinco mensagens, todas do mesmo número. Ele olhou para o rosto dela. A expressão dela partiuseu coração.
Ela estava dura e com medo. Ela acreditava que as mensagens de voz eram de Haydon.
Colocando o telefone no ouvido, ele pegou sua mão
trêmula e começou a preguiçosamente brincar com os dedos. Ao mesmo tempo, seu toqueparecia ser calmante,
assim como ele esperava que fosse.
Sua cadela. Você acha que eu vou deixar você se safar dessa? Vou cortar o coração daquelebastardo e fazer você comê-lo porra. Mas, primeiro, eu vou matar a cadela da irmã dele edepois o resto das cadelas de sua família. Uma por uma. Vou tirar todos que ele ama. Você temuma chance, sua putinha. Volte para o seu apartamento.
Havia mais palavrões e ameaças, incluindo estripação
e mais tortura, em cada uma das outras mensagens de
voz. Ele suspirou, bateu o botão de desligar e embolsou o telefone. Ele entregou-lhe o seu e deu-lhe a senha. — Use o meu para chamá-la.
— Eu tinha razão. Era ele. O que ele disse?
— Provavelmente a mesma besteira que ele sempre diz para intimidá-la. Ele vai assassinaralguém que esteja perto de você. Esse tipo de diálogo encantador. —Ele enviou-lhe um pequeno,sorriso tranquilizador, seu polegar deslizando sobre a pulsação tão frenética em seu pulso.
— Esperávamos isso, certo?
— Vittorio. —Ela disse seu nome, inquieta. Havia um
medo gritante em seus olhos.
— Você está segura, bella. Ele não pode entrar aqui.
— Eu não estou preocupada comigo, Vittorio. Você tem uma família maravilhosa. Eu nãoconheci todos eles,
mas os que eu encontrei foram muito bons para mim. Eles
me trataram como se eu fosse parte de sua família ...
Ele trouxe a ponta dos dedos dela sobre seus lábios,
seu olhar segurando o dela. — Isso porque você é família para eles. Para mim, este compromissoé real. —Seu polegar deslizou pelo dedo anelar nu. — Acho que não vai ser real para você atéque isso não esteja tão nu. — Trazer à tona seu envolvimento fez duas coisas para ele. Ele tirou amente dela do medo por sua família e também a levou
um passo à frente para aceitar sua declaração de que ele a queria em sua vida permanentemente.
Um leve rubor subiu do pescoço para o rosto, transformando a pele pálida em um saudável rosa.Seus
olhos eram um verde-esmeralda brilhante. O desejo de beijá-la foi tão forte que ele teve quechamar em cada força de disciplina que possuía.
— Eu estou bem sem um anel.
— Minha noiva precisa de um anel. Eu tenho necessidade de declarar ao mundo que vocêpertence a
mim. —Ele beijou a ponta dos dedos, porque se não o
fizesse, ele estaria beijando os lábios dela. Seu pequeno lábio inferior o fez querer cravar osdentes nela. Ela era tentadora além de sua capacidade de resistir a ela. Ele
chupou o dedo em sua boca e acariciou-o com a língua.
Ela se encolheu na cadeira. Sua boca formou um pequeno
‘O’ perfeito, e seus olhos se arregalaram em choque, mas ela não se afastou dele.
— Eu acho que é melhor eu chamar Katie. O Midnight
Madness18, um evento para arrecadar fundos para os locais de ajuda aos idosos, é em trêssemanas. Temos
que ter os detalhes resolvidos antes do evento. Eu acredito que você está na lista de convidados.
— Estou?
18 oucura da Meia-noite, mas manteremos o nome em inglês.
Ela ergueu o queixo. — Você e uma atriz muito famosa, Anne Marquis. Você lembra dela, loira,bonita, esbelta, em todas as revistas. Acredito ela foi indicada para um Oscar no ano passado. Eunão vi o filme, mas foi dito que ela teve uma performance épica.
A vontade de sorrir era forte, mas ele manteve seu
rosto em uma máscara. Ele a queria, bem ali naquela cadeira com o ombro enfaixado e um braçoinútil para ela.
Ele a queria a cada respiração. Sua mão caiu na coxa
dela e fez uma carícia lá. Era difícil resistir ao impulso de despi-la e tomar o que era dele. —Você sabia o tempo
todo que eu estava na lista do grande evento de Eloisa.
Ela assentiu com a cabeça. A nota de acusação deu
lugar ao humor. — Sim.
— E você sabia que estava na lista de convidados com Anne, não é? —Ele manteve sua vozaguda baixa,
mas mudou o tom para um que prometeu retaliação.
Ela não foi tão rápida para reivindicar o conhecimento.
— Sim.
— Então, você estava apenas esperando o momento
perfeito para usar essa pequena informação contra mim,
não é?
Grace apertou os lábios para não rir, mas foi impossível evitar o riso de seus olhos. — Talvez, —
admitiu ela, fingindo relutância.
— Só por isso, eu vou te beijar.
Ele emoldurou seu rosto com as duas mãos e inclinou-
se para colocar sua boca na dela.
Calor explodiu em sua barriga e correu através de seu
corpo como uma bola de fogo. Sua língua varreu a boca
dela, reclamando-a, e então ele simplesmente a devorou,
querendo mais, silenciosamente exigindo que ela seguisse seu exemplo, que ela se entregasse aele, se entregasse
completamente a ele. Ele não pediu. Ele tomou.
Vittorio deu-lhe quem era, seu homem, dominante, assumindo, insistindo que ela seguisse sualiderança.
Beijou-a até que nenhum deles conseguia respirar. Até que seu corpo estava tão duro que elepensou que poderia quebrar. Até que ele sabia que se não parasse
seria tarde demais e todo o planejamento cuidadoso seria para nada. Ele forçou sua cabeça a seafastar apenas o
suficiente para pressionar sua testa contra a dela, olhando-a nos olhos enquanto prendia arespiração.
Sua respiração combinava com a dele, desigual e irregular. Seus olhos brilhavam com tantaintensidade que ele se sentiu um pouco deslumbrado com a cor. Ela parecia adoravelmenteatordoada, os lábios inchados e muito beijados, sua pele ligeiramente vermelha da sombra debarba em seu queixo.
— Você me faz sentir vivo, Grace. Cada célula do meu
corpo acorda ao seu redor. Meu coração. Quem sabia que
era mesmo possível? Eu quero que você seja minha completamente. Eu preciso que você se dê amim do jeito
que você me beija. Mais importante, eu preciso ser o seu homem. Aquele que te abriga, protege,dá-lhe tudo.
Ela não se afastou dele, e ele leu a aceitação em seus
olhos. Ele estava chegando mais perto de Grace, pelo menos, pensando que ela poderia gostar de
seu estilo de
vida. Ela gostou da ideia quisesse ela admitir ou não.
— Eu não tenho certeza de que é exatamente justo
você me beijar.
Ele correu a ponta de seu dedo sobre os lábios dela,
seu coração sentindo mais do que ele sabia ser capaz. Ela virou-o de dentro para fora, sem sequertentar. — Por que?
Suas pestanas se agitaram e depois velaram a esmeralda em seus olhos.
— Gattina, olhe para mim. — Ele manteve sua voz suave. Ela merecia suavidade. Ele sabia queela não iria querer que ele pensasse nela como um gatinho perdido,
mas não podia evitar. Ele a resgatou no estacionamento,
sibilando e brigando, cercada por lobos empenhados em
devorá-la, e agora ele tinha que ganhar sua confiança, a fim de mantê-la.
Ele usou sua voz desavergonhadamente. Ele sabia que era um dom que tinha sido dado a ele eagora, mais
do que nunca, quando os longos cílios dela levantaram,
ele estava grato pela forma como a sua voz podia obrigar os outros a fazer o que ele mandava.Ele esperou, desejando-lhe perguntar o que quer que fosse que ela tinha estado relutante emdizer.
— Eu não posso pensar quando você me beija.
A confissão causou estragos em seu coração. Ele encontrou-se querendo sorrir quando sua vidatinha sido
de dever e trabalho, de formação constante com poucas
coisas que o levavam ao verdadeiro prazer. Ele nem sabia que havia muito mais, não até que seuirmão mais velho
tinha encontrado Francesca. Ele tinha visto a diferença em Stefano imediatamente e queria issopara si mesmo.
Alguém para se preocupar com ele. Alguém para ser seu
centro. Alguém para fazê-lo se sentir vivo e apaixonado
pela vida.
Ele passou a mão sobre seu cabelo porque tinha que
tocá-la. — Eu não posso pensar muito bem quando estou
beijando você, também, mas eu gosto da sensação.
Seus lábios se curvaram em um leve sorriso. Ela estendeu a mão como se pudesse tocar a bocadele com
a ponta dos dedos, e ele percebeu que estava segurando
a respiração, esperando que ela realmente desse esse primeiro passo em direção a ele. No últimomomento, ela
deixou cair a mão em seu colo.
— Eu gosto disso também. Um pouco demais.
Ouvir a confissão foi quase tão bom quanto saber que
ela queria tocá-lo. Tocá-lo teria sido o início de sua reivindicação sobre ele, mas ele pegaria oque podia obter. Ele sabia que estava se movendo rápido demais.
Ele tinha que ser paciente, ir devagar para não a assustar.
Vittorio obrigou-se a sentar-se. — Só para você saber,
quando você estava no hospital e eu soube que você era
a mulher perfeita para mim, eu chamei Anne na primeira chance que eu tive. Eu disse a ela quetinha anunciado o meu noivado e não queria que ninguém pensasse que ela
era a 'outra mulher' tentando nos separar. Esse cenário poderia ajudar ou prejudicar sua carreira,dependendo.
Anne é uma amiga da família. Nós nos conhecemos desde que ela era uma criança, e acontecedela ainda estar muito apaixonada por seu ex-marido. Ele também
vai estar no evento e ela não queria enfrentá-lo sozinha.
Ele ficou satisfeito de ver a compaixão instantânea no
rosto de Grace. — Você não pode cancelar com ela, Vittorio. Estarei nos bastidores e não possoficar com você de qualquer maneira. Esta arrecadação de fundos é muito
importante. Podemos lidar com isso. Vou falar com Katie.
Estou certa de que podemos usar vocês dois juntos como
uma promoção. Deixe-me pensar sobre isso.
Ouvindo a confiança em sua voz, ele podia dizer que a
mente dela estava correndo a um milhão de quilômetros
por hora, trabalhando o problema e tentando descobrir a
melhor forma de lidar com isso. Ele sabia melhor. Não havia maneira de combater as históriasdos tabloides. Ele seria aniquilado em todas as revistas de fofocas, assim
como Anne. Grace não tinha visto qualquer um dos artigos
sobre os dois. Ele propositadamente os impediu de chegar a ela, mas os tabloides tinham tido umdia de campo com
a história sobre a jovem heroína que levou um tiro, e seu noivo recusando-se a sair do seu ladono hospital.
Adicione o envolvimento dos Saldi e sua reputação como
uma família do crime, e mais uma vez a mídia explodiu
com a especulação de que a família Ferraro era da máfia
também e que as duas famílias estavam em algum tipo de
guerra.
— Nós temos isso coberto, mas obrigado por se preocupar com ela, —disse ele e pegou a mãodela, beijando a ponta dos dedos, porque se não o fizesse, ele iria beijá-la novamente. — Tavianovai acompanhá-la ao
evento.
Em vez de parecer feliz, ela franziu a testa para ele. —
Você tem que ir, Vittorio. É muito importante. É um grande negócio para a sua mãe. Ela estásupervisionando os pequenos detalhes pessoalmente.
Ele suspirou. Eloisa lidava com os organizadores de
eventos quando o nome da família Ferraro estava envolvido em qualquer um dos fundos. Ela eramuito exata
no que queria e se ela não tivesse, havia um inferno para pagar.
— Eloisa pode ser difícil, —admitiu. — Sinto muito se
ela foi de alguma forma rude com você.
Grace não fingiu que não estava ciente da disposição
temperamental de Eloisa. — Nós lidamos com muitos clientes que esperam o impossível, e nósdamos a eles. É
por isso que a nossa empresa é considerada a liderança
dos organizadores de eventos nesta área. Katie é uma mulher incrível, e temos orgulho emoferecer aos nossos
clientes exatamente o que eles estão procurando.
— Isso quer dizer que Katie é a única a falar com os
clientes difíceis?
Ela apertou os lábios por um momento e então respondeu vagamente. — Na maioria das vezes.
— Bella. —Ele armou a sua voz baixa e suave, consciente de que estava pisando em terrenoperigoso. —
Eu preciso saber o quanto de interação você teve com
Eloisa. Minha família disse aos jornalistas que nós dois namoramos há meses, mas escondemos o
relacionamento. Durante esse tempo, eu fui a arrecadações de fundos com outras mulheres, mastodos
eles podem ser facilmente explicados. Eu trabalhei mais que de costume, cobrindo Giovannienquanto ele estava
ferido, então eu não estive no centro das atenções tanto quanto meus outros irmãos.
Ele escolheu suas palavras com cuidado. Ele não poderia dizer que ele estava voando de umacidade para
outra sob o radar, fazendo justiça aos que a lei não podia tocar. Como passar por cima? Umacoisa de cada vez, lembrou-se.
— Sua mãe se sente mais confortável falando com
Katie, —Grace disse, claramente tentando ser diplomática.
— Eu conheço Eloisa, —disse Vittorio. — Ela é muito
abrupta, abrasiva e rude, cortando pessoas em pedaços,
se ela não pode ter as coisas do seu jeito. Ela é um trator, se você não souber como lidar com ela.
— Katie lida muito bem com ela, —disse Grace.
Ele roçou uma carícia sobre o dorso de sua mão. —
Estamos falando de você, gattina, não de Katie. Quanta interação você teve com a minha mãe?Eu gostaria de
uma resposta direta.
O silêncio se estendeu entre eles por alguns momentos. Ele deixou, sem tirar seu olhar do dela.Ele
podia ver a relutância em seus olhos e soube que sua mãe tinha rasgado ela em mais de umaocasião. É claro
que ela teria. Ela tentaria intimidar para conseguir o que queria, e Grace era a pessoa dosdetalhes. Ela era a única a assumir a culpa se alguma coisa desse errado. E ela
não era de uma “boa” família como Katie Branscomb.
— Eu fico em segundo plano, tanto quanto possível,
admitiu ela. — Mas às vezes, em grandes eventos, os fornecedores têm alguma catástrofe quetem de ser resolvida e eu sou quem cuida dela. Naturalmente, o cliente está chateado, eu esperoisso.
— Grace. Decepção em sua voz. — Você está bem
ciente do o que eu estou pedindo.
Seus cílios desceram. — Eu não quero dizer nada que
possa colocar sua mãe em uma luz ruim, Vittorio. Estes
eventos são estressantes para aqueles que os fazem e ela é muito exigente, como deve ser. Elaestá pedindo para
seus amigos doarem grandes quantias de dinheiro para
uma causa em que ela acredita. Se ela fica com raiva e
grita, ela não é diferente de uma dúzia de outros que fazem a mesma coisa quando um pequenodetalhe da errado. É normal acontecer.
Ele permaneceu em silêncio, desejando que ela lhe desse o que ele lhe pediu.
Ela suspirou. — Eu tive vários encontros com a sua
mãe, e eu não posso dizer que algum deles foi agradável.
Ela deixou claro que ela pensa que eu sou incompetente.
Ela gosta de gritar comigo quando acha que não vai conseguir o que quer. Não importa o que eudigo quando
explico por que ela não pode ter o que quer. Uma vez a
pessoa que ela queria que cantasse faleceu um dia antes, mas de alguma forma isso se tornouminha culpa.
Ela puxou a mão, mas ele se recusou a permitir que
ela se retirasse. Aumentando seu aperto, ele virou a mão dela e colocou os lábios em seu pulsointerno. — Eu posso ver que vou ter que trabalhar horas extras para encantar você, miabellissima gattina, para compensar o fato de que Eloisa é tremendamente difícil. Eu só iriaadmitir para você, para ninguém de fora da nossa família.
Apenas lembre-se, quando você estiver fazendo uma lista
de prós e contras, que eu tive que lidar com ela desde que nasci, então alguma compaixão.
Seus dedos enrolaram em torno os dele. — Eu nunca
tive uma mãe.
— Nem eu, Grace, —admitiu. — Mas eu tive Stefano e ele foi, mesmo quando era um menino.Ele cuidou de nós
e nos fez ter certeza de que éramos amados.
— Stefano parece ser um homem muito bom. Nenhum
de vocês é muito acessível, mas cada encontro que Katie
teve com Stefano tem sido positiva.
— Como é que nenhum de nós jamais deparou com
você? Isso parece tão improvável, dado nós já assistimos muitos de seus eventos. Sua mãe tinha.Sua mãe tinha que saber que ela era uma cavaleira de sombra e deliberadamente manteve-alonge da família.
Suas pestanas se agitaram novamente, um sinal que
ele agora reconhecia significava que ela não queria lhe
dizer algo. Ele esperou, pressionando a mão no calor de
sua coxa.
Ela suspirou e capitulou. — Eu ficava em segundo plano. Não é tão difícil. Eu trabalho nosbastidores, e não quero ser como todo mundo. Assistindo todos vocês, eu
poderia dizer embora vocês estivessem escondendo, que
a constante competição por sua atenção e a bajulação em
cima de vocês quando nada disso era real estava cansando vocês.
De repente ele se sentou. Tanto quanto ele sabia, ninguém tinha notado que eles não estavam sedivertindo
em suas aparências altamente divulgadas. Eles
praticavam suas expressões, seus sorrisos, seu encanto.
Era extremamente importante ser crível, mas Grace tinha
ficado longe deles, não porque ficasse intimidada, mas porque ela se sentia mal por eles.
— Além disso, —ela continuou apressadamente,
como se ela tivesse medo de ferir seus sentimentos: — Eu não queria ser vista falando comninguém além do trabalho, por causa de Haydon. Se ele enfiasse uma ideia errada na cabeça,poderia ser muito ruim para alguém.
— Eu gosto que você tenha percebido que isso nem
sempre é fácil para a minha família. —Ele fazia. Ele queria que ela fosse incluída na sua família.— Sei que Eloisa vai dizer coisas muito feias para você. Até agora, ela tem feito isso comFrancesca, Mariko e Sasha. Ela fala para Emmanuelle o tempo todo, e quando ela sai, para oresto
de nós. Nunca é fácil lidar com ela e nunca será, mas
quando ela for por aí, eu vou lidar com isso.
Provavelmente, depois que ela tiver um encontro comigo,
ela vai em você no trabalho. Se for esse o caso ...
— Então eu vou lidar com isso, —ela disse decisivamente.
Ele pegou o queixo dela, seu sorriso genuíno. Feliz.
Porque era assim que ela o fazia sentir. — Maldição com
certeza você vai. —E então ele a beijou, saboreando seu
gosto. Saboreando o fogo que podia queimá-lo. Acima de
tudo enrolando-se em sua aceitação por ele. Quando levantou a cabeça, ele puxou a pequenacaixa de joias do bolso.
— Eu tenho um primo em Nova York que faz joias. Ele
tem o dom para a criação do conjunto perfeito de anéis
para cada um de nós. Ele faz os anéis mesmo sem conhecer as mulheres que vão nos aceitar.
— Vittorio.
Ele ouviu seus nervos. O aviso. Mesmo o temor. Ele
trouxe a ponta dos dedos a sua boca quando ela tentou
puxar a mão. — Você prometeu que iria considerar o que
eu estava oferecendo com a mente aberta. Nós já anunciamos o noivado para todo o mundo, emtodos os
países em que fazemos negócios. Não é como se nós pudéssemos apenas dizer que nóscometemos um erro.
— Poderíamos. Deveríamos.
Havia pânico em sua voz. Sua respiração imediatamente ficou presa, e ele percebeu que elaestava à beira de um ataque de pânico. Ela tentou puxar a mão
uma segunda vez e ele apertou o cerco, acarretando-lhe o pulso com os dedos longos.
— Grace, olhe para mim. Agora mesmo. Respire fundo e olhe para mim. —Ele despejouautoridade em sua
voz.
Seus olhos verdes voaram para os dele. Agarraram-
se, como se a uma âncora. Ele observou enquanto ela
tomava uma respiração profunda e deixava-a sair. O
pânico recuou o suficiente para que ele concordasse em
aprovação.
— Isso é bom. Continue respirando. Você está dizendo não para mim? Porque eu estou pedindopara você se casar comigo. Oficialmente. Eu quero o compromisso real.
— Há Haydon ... —ela disse fracamente, sua voz aguda tão baixa que mal se podia ouvir o fio desom.
— Ele é uma desculpa. Foda-se ele. O que você quer? Me diga o que você quer, Grace. Vocêquer pelo
menos me dar uma chance?
Ela engoliu em seco. Seu olhar começou a se desviar
dele, mas, em seguida, ela se forçou a continuar olhando em seus olhos. Seu gesto foi muitolento na vinda, mas
estava lá.
— Sim. Se eu pudesse escolher, então eu gostaria de
escolher você, mas ...
— Isso é tudo que importa. Haydon não dita a sua
vida nunca mais, Grace.
Ele abriu a caixa e esperou novamente, seu pulso acelerando, apesar de sua resolução empermanecer centrado.
O olhar dela se agarrou ao seu e, em seguida, caiu
para a caixa onde o anel estava aninhado. Damian Ferraro havia criado uma obra-prima, um aneldiferente de qualquer de um dos anéis de seus irmãos. Este era todo
sobre amor, coração aberto e paixão. O corte do centro
era um rubi birmanês19, um vermelho sangue de pombo20, 19
Um rubi birmanês de 25,59 quilates estabeleceu um novo recorde mundial ao ser vendido por30,3 milhões de dólares em um leilão organizado na terça-feira à noite em Genebra pelaSotheby's. ... A cor "sangue de pombo" da gema, que estava encaixada em um anel Cartier, é amais procurada nos rubis.
20 O termo “rubi sangue de pombo” é originário da Birmânia. O povo local referia-se aomelhor matiz de rubi como "Sangue de Pombo" (ko-twe), embora o termo possa ser de origemchinesa. É dito que a cor do Rubi que é Pombo Sangue Vermelho é comparável às duas primeirasgotas de sangue do nariz de um pombo morto.
com diamantes em forma de escudo21 incrustrados no anel de platina. Os diamantes em ambosos lados do anel combinavam com a forma do brasão da família.
Ele viu seu rosto, sua expressão. Seu primo era considerado um gênio quando ele elaborava oanel perfeito para seus clientes. E ele tinha feito esse para a Mulher de Vittorio, mesmo antes dequalquer um deles saber que ela existia. Ela deixou escapar a respiração lentamente.
— Vittorio, é lindo. É o mais belo anel que eu já vi.
Ele o deslizou em seu dedo. Ela se encaixou perfeitamente. Sem precisar de ajuste. Esse eraDamian.
De alguma forma, ele sabia exatamente o que fazer
muito antes de os cavaleiros encontrarem suas noivas.
Ela levantou a mão para olhar para o anel. — Sério,
eu nunca vi um anel tão lindo. Eu não uso muitas joias
como regra. Brincos, mas é tudo, e nenhuma das joias são reais.
O que estava prestes a mudar, mas ele não ia dizer
que em voz alta. Ela iria a lugares com ele que exigiriam que ela vestisse certas roupas, sapatos eacessórios.
21 Esta forma é um pouco triangular na parte inferior com um "nível" adicionado na partesuperior com bordas angulares que se afunilam para cima. Os lados da forma do escudo podemser retos ou arredondados.
Talvez não devesse ser assim, mas era. Ele não queria que ela se sentisse fora de lugar. As
mulheres de sua família iriam envolvê-la em sua proteção, mas ele sabia
que ela iria encontrar muitos outros como Eloisa que iriam apenas esperar por uma chance derasgar sua autoestima
em pedaços.
— Estou feliz que você goste, gattina. Ele combina com você.
Seus olhos brilhavam com tanta intensidade que ele
não podia deixar de se inclinar para outro beijo. Desta vez, ela o beijou de volta imediatamente,deixando-o levá-la.
Deixando-o aprofundar o beijo, aceitando passar de suave para um sem qualquer reserva. Comoantes, ela se entregou a ele, e desta vez ele sentiu sua tentativa de retorno, a incursão da línguaperseguindo a dele, deslizando ao longo da dele, enviando espirais de calor
por sua coluna, correndo através da corrente sanguínea e centrando-se em sua virilha. Ela era aúnica. Sua única.
Ele sabia com cada fibra do seu ser.
* * * * * * * *
Vittorio sentou distante das duas mulheres, dando espaço para Grace conduzir seus negócios eentreter sua amiga.
Ele precisava estar perto o suficiente para calcular o quão cansada Grace tornaria se durante aconversa, ou se ela
queria sair da reunião. Ela não percebeu o quanto tinha
feito apenas por levantar-se, tomar banho e se vestir. Ela já estava fora da cama há várias horas.
Este seria seu primeiro teste. Grace não tinha ideia do
que estava por vir, que teria que decidir se devia ou não permitir que ele desse ordens a ela pelobem da sua saúde. Ele escolheu algo grande direto, porque se ela pudesse encontrar em si mesmaforça para confiar nele
para cuidar dela quando ela precisava, ela confiaria nele em coisas muito menores.
Merry trouxe uma bandeja com limonada de morango
fresco e, em seguida, deixou-os com um sorriso breve e
amigável para Grace. Katie olhou para ele, mas ele se sentou perto das portas de vidro, dando-lhes a vista da
piscina e lago, enquanto ele tinha uma boa vista lateral de ambas as mulheres.
— Eu estava tão preocupada, Grace, —disse Katie. —
Recebi uma atualização todo dia, mas não a ver foi
assustador. Havia tanta informação falsa. —Ela olhou novamente para Vittorio. — Para todos oslugares que eu
olho eu estou vendo manchetes que vocês dois estão envolvidos. Ele passou duas semanasseguidas no hospital. Agora você está aqui. Como é que eu não sabia?
Grace olhou para ele um pouco impotente.
Imediatamente Vittorio levantou-se e foi até elas, distraindo Katie para que sua mulher nãotivesse que responder. Ele se empoleirou no braço da cadeira de Grace e levantou a mão,mostrando o anel. — Eu pedi a
Grace para não contar a ninguém em absoluto, nem mesmo a sua amiga mais próxima. Nósteríamos sido o
centro das atenções e você sabe quão gritante e perturbadora é uma nova relação. Eu não queriaarriscar
perdê-la.
Katie engasgou quando viu o anel, mas quando ela
ergueu o olhar para Vittorio, ele podia ver a cautela em seu rosto. — Eu sou parceira de Grace, enão apenas sua
amiga. Eu olho por ela. Não dizer nada por um ano, certamente, permitiu-lhe estar com quemvocê quis.
— Katie, —Grace advertiu.
— Não, Bella, ela tem um bom ponto. Os tabloides escrevem todos os tipos de coisas sobre aminha família.
Eles fazem dois conhecidos caminhando juntos pelo corredor de um hotel parecer desprezível.Almoçar com
uma amiga pode se transformar em um affair. Isso é o que você vai enfrentar ficando comigo.Cada momento do seu
dia, tudo que você fizer, será examinado. Eu queria mantê-la longe disso o maior tempo possível,e eu sou
grato que você tem uma amiga que olha por você.
Katie parecia considerá-lo com um pouco menos de
suspeita e Grace não tinha tido que mentir para ela. Ele beijou a ponta dos dedos dela. — Voudeixar vocês duas
conversando, eu tenho algum trabalho a fazer, mas eu vou estar bem ali, se qualquer uma devocês precisar de alguma coisa. —Ele passeou de volta ao seu lugar, pegou
seu telefone e olhou para ele como se estivesse completamente absorvido no que estava vendoem sua tela.
— Eu não queria me assustar muito cedo, mas eu não
tinha nenhuma das suas notas para o Midnight Madness,
—disse Katie.
— Nós temos três semanas e eu preciso saber se ainda temos espaço para mais um par depatrocinadores.
Fui contatada por três grandes restaurantes a alguns dias atrás. Todos os patrocinadoresapresentaram seus logos
para o programa do evento?
Grace assentiu. — Claro que temos espaço, mas precisaremos de seus logotipos imediatamente.O prazo
de impressão é depois de amanhã. Verifiquei de novo que
os patrocinadores mudaram os logótipos deles, isso foi resolvido. Peça à Audrey que peguepessoalmente os logotipos dos três restaurantes. Mantivemos o orçamento
baixo para permitir que mais fundos fossem direcionados
para a organização e não queremos falhas de último minuto, como impressão tardia.
Vittorio gostou da forma como a sua mulher falava,
com segurança completa. Ela tinha completa confiança em si mesma e estava lá em sua voz. Eleconseguiu manter a sua expressão vazia e continuou a fingir interesse em seu telefone.
— Quantos programas vamos imprimir?
— A Sra. Ferraro insistiu para isso ser mantido pequeno e íntimo, com quinhentos convitesenviados.
Cada pessoa pode levar um convidado, por isso estamos imprimindo mil e cinquenta programaspara ficarmos seguras. Poucas pessoas recusam um convite particular
dos Ferraro. Eu tenho segurança extra, mas isso foi orçado. Os programas são numerados, epodemos usar
esses números para o leilão ao vivo.
Katie digitava em seu bloco de notas. — E sobre o
leiloeiro? Ele foi contratado?
Grace assentiu. — Eu estou usando o mesmo do ano
passado. Ele foi um grande sucesso e não cobrou tanto
como o pomposo Fred Manson. Aquele homem passou
mais tempo olhando para as mulheres do que trabalhando.
Katie deu um sorriso. — Eu tenho que concordar.
Quanto mais bebia, mais mãos ele tinha. Quantos itens do leilão nós temos?
— Nós temos sete pacotes muito bons, um enorme,
muito atraente, que vai causar uma pequena licitação, e
dois menores que ainda vão trazer uma boa quantia. Nós
vamos ter os dois menores indo primeiro, construindo para o maior e último. Queremos que elesgastem seu dinheiro, Katie. É por isso que eles estão lá.
— Eles estão lá para esfregar ombros com os Ferraro, Katie sussurrou. — E agora, por causa deseu noivado,
eles vão querer ir apenas para vê-la com Vittorio.
— Bem, eles não vão. Eu vou estar trabalhando. No
dia do evento, eu tenho que estar pronta para cuidar de
todos os problemas.
Ele sabia que as duas mulheres estavam olhando, então Vittorio manteve seu olhar grudado a telade seu
telefone.
— Você já viu Eloisa? —A voz de Katie caiu ainda
mais.
Grace balançou a cabeça. — Não.
— Ela me chamou várias vezes e eu sei que não foi
sobre a arrecadação de fundos. Eu consegui evitar falar
com ela, mas não vou poder para sempre. Ela vai querer
uma confirmação de que você tem visto Vittorio.
— Se ela perguntar, apenas diga-lhe que mantivemos
em segredo para evitar os tabloides.
— Eu não invejo você ter que lidar com ela em uma
base diária. Eu tenho medo que ela vá ser muito feia com você no evento. Você sabe como elaadora rasgar alguém
em pedaços publicamente. Ela vai fazê-lo, Grace. Você sabe que ela vai.
— Vittorio não vai deixar isso acontecer, —disse Grace.
Vittorio gostou da confiança na voz dela, mas ela estava começando a soar cansada. Ele olhoupara cima.
Havia um pouco de brilho em sua pele. Ela estava suando.
O rosto dela tinha ido de pálido para um tom quase acinzentado.
— Eloisa é mãe dele. Os meninos sempre vão por
suas mães, —disse Katie, com absoluta convicção em sua
voz.
— Eu tive a certeza de falar com os vários doadores
sobre cada item, então eu tenho confiança de que há interesse nos itens e podemos obter umaanimada disputa, —Grace disse, tentando fazer com que Katie voltasse ao trabalho. — E todosos itens estão numerados e prontos para serem postos à vista.
— Nós temos que falar sobre a possibilidade de Eloisa
fazer uma cena no meio do nosso evento e como vamos
lidar com isso, —Katie insistiu. — Você não pode
simplesmente fingir que não vai acontecer. Ela pode ser cruel, e vai arruinar a nossa arrecadação
de fundos.
— É arrecadação de fundos dela. Se ela o arruinar ...
— Ela vai nos colocar na lista negra, Grace. Ninguém
vai se importar que não seja nossa culpa.
— Nós temos tantas coisas para discutir, Katie.
Vittorio se levantou e guardou o telefone no bolso. —
Katie, Grace está cansada e precisa descansar.
Lamentamos que tenhamos que cancelar um dia, mas você pode voltar amanhã, se quiser. Dêuma hora a Merry
e nós lhe serviremos.
— Estamos longe de terminar, —disse Grace.
— Eu sei disso , gattina, mas você terminou. —Ele circulou sua cintura. — Coloque sua mão nomeu ombro.
Quando você ficar de pé, vai doer como o inferno.
— Vittorio. —Havia protesto na voz dela, mas ela obedientemente colocou a mão em seu ombro.Perto dela,
ele podia ver gotas de suor escorrendo pela pele. Ela parecia à beira das lágrimas. Ele deveria terintervindo mais cedo. — Da próxima vez, bella, não vamos abusar tanto tempo antes de suareunião. Se você nos der
licença, Katie, eu vou pedir a Merry para mostrar-lhe a saída. Eu tenho que levar Grace para acama.
Katie estava realmente olhando para sua sócia pela
primeira vez. — Sim, claro. Vou lhe dar um dia antes de
eu voltar.
— Katie, —Grace protestou novamente, mas sua voz
era fraca.
Vittorio se manteve caminhando ao longo do pátio.
Dentro da casa, ele a tomou nos braços e levou-a de volta para seu quarto.
Capítulo 08
— Phillips enviou a Grace uma série de mensagens de texto, cada uma mais ameaçadora do que aanterior, —
Vittorio disse a sua família. Ele passou o telefone de Grace para Stefano, querendo que seusirmãos e irmãs
lessem os textos por si. Ele esperou pacientemente até que o telefone estava de volta em suasmãos.
— Ele está definitivamente se perdendo, —disse Stefano. — Eu não preciso que um psiquiatra asleia, a fim de avaliar a sua condição.
— Eu concordo. —Ricco passou o braço em volta dos
ombros de Mariko. — Ele está se perdendo, e isso significa que ele vai cometer erros.
— Mas também o torna mais perigoso, —Mariko apontou.
Emmanuelle pegou o copo de água na frente dela. —
Eu admiro muito Grace, Vittorio. Ela teve que viver com
este monstro todos esses anos. Ela deve ficar aterrorizada de fechar os olhos à noite.
Vittorio sorriu para a irmã. Ela era muito importante
para todos eles. Ela sempre foi seu raio de sol pessoal
quando eles estavam crescendo e Eloisa tinha feito as coisas tão difíceis para eles. Ela tinhacompaixão e empatia com os outros e todos eles amavam isso sobre
ela. — Eu tenho essa mesma admiração, Emme. Ela é
uma mulher incrível.
— Você convenceu-a que o noivado é real? —
Perguntou Giovanni.
— O anel está no dedo, mas vamos ver. Ela quer tempo para tomar sua decisão. Eu não a culpopor ter medo. Estou me movendo rápido demais, mas não vou
me arriscar. Phil ips não pode tocá Phil ips não pode tocá-
la aqui, então eu quero mantê-la, e eu não quero correr o risco de perdê-la, dando-lhe muitoespaço. Além disso, antes que me esqueça, Phillips colocou um dispositivo de rastreamento notelefone de Grace.
— Claro que ele fez, —disse Stefano. — Ele não pode
vê-la a cada minuto do dia e queria saber onde ela está, com quem está falando ou trocandomensagens de texto.
Ele provavelmente clonou seu telefone também.
— Nós podemos usar isso contra ele, —disse Vittorio.
— Tem havido qualquer sinal de que Phil ips visitou o
apartamento de Grace? —Taviano perguntou.
Vittorio assentiu. — Emilio encontrou o seu caminho.
O prédio tem uma garagem e uma das grades sobre a
abertura no nível mais baixo estava solto. Quando ele a
examinou, havia arranhões em torno dos parafusos de fixação da grelha. Ele era grande demaispara caber,
então ele mandou Leone. Ele é um dos meninos Palagonia, fazendo seu treinamento inicial comEmilio, mas ele tem apenas dezesseis anos. Alto, desengonçado,
não tem os ombros largos ainda. Ele encontrou todos os
tipos de evidências de que Phillips gasta tempo espionando os ocupantes do prédio. Ele deixouembalagens e outros itens atrás.
Stefano fez uma careta. — Leone é apenas uma criança. Por que diabos Emilio está usando-opara uma
atribuição perigosa como essa? Phillips poderia estar em qualquer lugar nesses dutos. Se acriança corresse para
ele, Phillips teria cortado ele em pedaços.
— Eu disse a mesma coisa para ele, —Vittorio concordou. — Ele alegou que estava certo quePhil ips não estava lá. Algo sobre a maneira como ele coloca a
grelha de volta para cobrir quando está dentro. Nós temos que confiar que Emilio sabe o que estáfazendo, ou não.
Ele nunca nos decepcionou. Nem uma única vez.
— Eu tenho mais uma má notícia, —disse Stefano. —
Nós descobrimos que Lando Gori foi encontrado morto,
cortado em pequenos pedaços, seus olhos e nariz removidos, mais provavelmente enquanto eleestava vivo.
Esse pequeno bastardo é um merda doente. Como sua Grace conseguiu sobreviver quando sabiasobre ele está
além de mim.
Houve um curto silêncio. Lando Gori era considerado
um executor superior. Brutal. Perigoso. Um homem muito
assustador. Phil ips superá-lo, mesmo chegar perto dele, e então torturá-lo antes de matá-lo, teriasido considerado impossível.
— Lando tinha guardas do lado de fora de seu apartamento. Ele tinha um dentro, em sua sala deestar,
pessoalmente indicado por Miceli Saldi, —continuou Stefano. — De alguma forma, Phillipsconseguiu entrar no apartamento e no quarto de Lando enquanto o guarda dentro assistia a suapornografia. Os detetives dizem que Phil ips tomou seu tempo, levou uma boa parte da noite eem nenhum momento o guarda ouviu uma coisa.
Bradshaw mencionou que os Saldi estavam nervosos como o inferno.
— Merda. —Giovanni estremeceu e esfregou os
braços. — Esse homem me dá arrepios. Ele é como um
pequeno rato, entrando e saindo de lugares sem som.
— Você já falou com Grace sobre ele?
— Não, mas ela me disse que muitas das fotografias que ele enviou eram de pessoas com asquais ele estava
hospedado. Enviei as fotos para nossos pesquisadores executarem o reconhecimento facial everificar se há alguma pista nas fotos que ajude a identificar onde ele está. Ou se os selos digitaisdão a localização. —Vittorio colocou o telefone de Grace de volta no bolso. — Se pudermosfazer isso, podemos ir atrás dele. Neste momento, estamos mortos na água.
— Eu dei uma olhada no apartamento de Lando, —
disse Ricco. — Mariko e eu passamos por todos os dutos.
Infelizmente para Lando, o maior duto de resfriamento levava diretamente ao seu apartamentoprimeiro. Phillips estava muito confortável lá e deixou evidências de ter passado o dia lá. Ele temvida vivendo nos espaços de
rastreamento, sótãos e dutos.
Emmanuelle levantou a mão, franzindo o nariz. — Aí
credo. Eu não quero ouvir mais nada. Eu sei o que você
vai dizer. Isso é nojento. Ele deve deixar isso para quando estiver indo embora, caso contrário, ofedor levaria a uma investigação imediatamente.
— O ponto é que ele é casual sobre suas mortes. Ele não está nervoso nas horas que levam a elas.Ele é paciente, —disse Ricco.
— Você avisou Eloisa? —Perguntou Vittorio.
Stefano assentiu. — Eu falei com ela em pessoa. Ela
estava lívida sobre o seu noivado e praticamente acusou
Grace de saber e abrigar um criminoso. Ela está ficando
pior, não melhor desde que me casei com Francesca.
Depois de seu último ataque contra Francesca, eu a bani
completamente. Eu não quero Francesca perturbada de
forma alguma, e Eloisa fez dela o alvo principal agora que estamos crescidos e não nosimportamos com sua porcaria. Ele olhou para Vittorio. — Eu sugiro que você
faça o mesmo, pelo menos, até Grace estar em pé.
— Elas já se conhecem. Eu ouvi a conversa com Katie
Branscomb. Como se vê, Grace e Katie são parceiras.
— Acabamos de receber essa informação, —Giovanni
revelou. — Está no seu telefone se você prestar atenção.
— Tenho recebido tantas atualizações, e tão rápido,
que eu não tive tempo para ler todos os relatórios cuidadosamente. No início, eu pensei quetalvez Eloisa chamasse Grace para vomitar sua raiva, porque caso
contrário ela saberia que ela era capaz de produzir os filhos que ela tanto quer desesperadamente.
Stefano sacudiu a cabeça. — Não, Vittorio. Ela não
teria dito a qualquer um de nós.
Uma mecha de algo vermelho passou através das cores tranquilas em sua mente. Vittorio sabia otempo todo. Ele estava esperando que seu irmão mais velho fosse tranquilizá-lo que nãoaconteceu. — Por que diabos Eloisa não nos informou que havia um cavaleiro inexperiente,capaz de nos dar filhos? Que porra ela tem a ganhar por não nos dizer? Não faz nenhum sentido.
Nenhum.
— Ela fez Francesca se sentir horrível por não produzir filhos, —Emmanuelle apontou.
— Eu poderia tê-la conhecido antes e protegido de tudo isso. —Vittorio tinha visto o sofrimentoGrace. Ela não tinha reclamado da dor em seu ombro quebrado, mas
ele podia ver a agonia gravada em seu rosto. Ela tinha
ficado tão branca que sua pele estava quase cinza. Ele
podia ver lágrimas silenciosas correrem às vezes. Ela não era capaz de dormir deitada, e dor aacordava de forma
intermitente. — Ela teria estado a salvo de Phillips e dos Saldi.
— Não sabemos ao certo se Eloisa sabia que ela é
um cavaleiro, Vittorio, —Emmanuelle advertiu. Ela colocou a mão em seu braço. — Ela está tãoperdida. Ela não
consegue aceitar a proibição de Stefano. É realmente um
grande negócio para ela.
— Sabia, —Vittorio disse com certeza absoluta. — Ela
a conheceu em pessoa. Ela sabia. O grande negócio para
ela é que ela não tem mais Francesca como seu poste de
chicotadas.
Mariko abaixou a cabeça por um momento e então a
levantou. — Sua mãe está sofrendo. Não apenas perdida,
mas sofrendo. Eu vejo nos olhos dela. Ela ataca todo mundo porque está sofrendo. É triste.
Ricco se inclinou e deu um beijo no alto de sua cabeça loira. — Você é tão indulgente, farfallinamia22 .
— Nós não somos, —disse Stefano
Vittorio ecoou o sentimento do irmão mais velho. Era
difícil esquecer sua infância e ainda mais difícil aceitar os ataques de Eloisa em suas mulheres.Emmanuelle era a
22 Minha borboleta, em italiano
única a sempre tentar acalmá-la, mas mais frequentemente do que não, Eloisa parecia deleitar-secom rasgando-a também. Ela encontrava todos os motivos
para reclamar, zombar e ridicularizá-la. Nada que Emmanuelle fizesse era certo ou bom osuficiente e ainda assim ela sempre ajudava sua mãe. Seus irmãos usavam
o tratamento de Eloisa à sua amada irmã mais nova contra Eloisa mais do que qualquer outracoisa.
— Vamos voltar a Phillips. Não há nenhuma
explicação para Eloisa ou seu tratamento a suas noras.
Sabemos que Phil ips não pode chegar a Francesca ou
Stefano, —disse Vittorio. — Ele não será capaz de chegar a Eloisa, todas as precauções estão nolugar enquanto
eles estão em suas casas. E sobre Lucia, Amo e Nicoletta? Ele não pode saber a nossa ligaçãocom eles,
mas não podemos correr nenhum risco.
— Enviei-os para a Itália, —disse Taviano. — Assim
que eu soube que a nossa família podia estar mais uma
vez sob ataque, achei melhor para tirá-los do perigo. Amo e Lucia só sabem que queríamos quelevassem Nicoletta
para a Itália e Sicília. Eles ficaram mais do que felizes em su rpreendê-la com longas férias.
— Eu tenho meu pessoal protegido, —disse Vittorio.
— E também, Katie Branscomb. Ele já esteve em sua casa. Eu mandei Tomas e Cosimo falaremcom ela na semana passada e explicar o perigo. Ofereci-me para colocá-la no hotel Ferraro e elaconcordou em se mudar
até que isso acabe. Eles estão com ela agora.
Vittorio olhou para sua irmã. Tomas e Cosimo Abatangelo eram guarda-costas regulares de
Emmanuelle, mas ultimamente eles tinham sido usados como guardas itinerantes, indo paraquem precisava mais
deles. Emmanuelle enviou-lhe um pequeno sorriso como
se estivesse coberta. Cada membro da família presente
em sua casa tinha montado sombras para chegar lá, o que
significava deixar seus guarda-costas para trás.
— Vamos manter alguém sobre ela, —disse Stefano.
— Obrigado. Grace ficará aliviada em saber que ela
está segura. Se ele não puder chegar até nós em nossas
casas, é provável que ele venha até nós de outra maneira,
—disse Vittorio.
— O apartamento de Grace está sendo vigiado, por
isso espero que saibamos quando ele estiver lá, —disse
Taviano. — Nesse meio tempo, faremos com que pareça
que Grace tem estado lá e saído. Vamos colocar o telefone em seu apartamento assim que asGrecos tiverem as fotografias que precisam.
— Faça isso, —disse Vittorio. — Você pode ficar com
o telefone.
Ricco deu a Vittorio um sorriso quando pegou o telefone celular. — Isso fará com que eleenlouqueça de
falta dela. Ele vai precisar acampar nos dutos, esperando-a entrar no apartamento.
— Talvez, —disse Vittorio. — Ele é astuto. Ele tem
iludido a lei por muito, muito tempo, o que significa que ele é extremamente inteligente.
— Verdade, —Stefano concordou, — mas essas
mensagens de texto provam que ele está se perdendo. O
que significa que ele vai cometer um erro. Temos que estar lá para pegá-lo se ele o fizer.
— E sobre o encontro com os Saldi? —Perguntou Vittorio. — Isso ainda está em pé?
Quase desejou que não, embora soubesse que tinha
que acabar com isso. Se a guerra entre as duas famílias
estava chegando, eles tinham que saber.
— Absolutamente. Esteja no hotel amanhã às quatro.
— Eu vou levar Grace comigo. Ela poderá conhecer
Francesca se Francesca estiver bem. Parece que as coisas mudaram nos últimos dias.
Stefano assentiu. — Doc quer que ela fique deitada,
tanto quanto possível. Ele diz que as coisas estão bem
com o bebê, mas ela teve um pouco de atividade demais,
ou seja, algumas contrações. Ele tem um quarto com todo
o equipamento que precisa em nossa casa. Se as contrações continuarem ou ficarem mais fortes,ele vai dar-lhe medicação para detê-las. Os remédios seriam difíceis para ela.
Vittorio podia ver por que Stefano tinha proibido Eloisa, com sua abrasiva personalidade, de verFrancesca. Ele levantou-se. — Agradeço a todos vocês
terem vindo aqui. Doc diz que Grace está quase pronta
para começar a fisioterapia, o que significa que não precisamos nos preocupar com ela perder seubraço.
— Ela provavelmente está perdendo a cabeça por estar tão indefesa, —disse Giovanni e selevantou também. — Eu sei que foi o pior para mim.
— Isso mesmo, Gee, —disse Vittorio. — Você não consegue usar as sombras como uma pessoanormal, você tem que dirigir.
— Pessoas normais não andam nas sombras. —Ricco
apontou o óbvio. — Eles dirigem. Adivinha o que isso faz de você, irmão?
— Não diga isso, —disse Giovanni, e deu a seu irmão
o dedo.
* * * * * * * *
Vittorio esperou até que sua família saísse e então foi encontrar Grace. Ela estava sentada em seulocal favorito no jardim, olhando para o lago. Ela olhou para cima quando a sombra dele caiusobre ela e depois se entrelaçou com a dela. O choque físico da consciência sexual atingiu-o comforça, assim como aconteceu com
ela.
Ela inclinou a cabeça para trás e sorriu para ele.
Apenas isso, ela sorriu e seu coração começou a tropeçar.
Suas sombras unidas já tinham enviado sangue quente
por suas veias. Ele tinha pensado em segurar uma parte
de si até que ela se decidisse. Ficar com o coração partido
não estava na lista de coisas que ele queria experimentar.
Mas o efeito do sorriso de boas-vindas lhe disse que era tarde demais. Ele já havia caído.
— Eu acho que foi o maior tempo que eu estive longe
de você em mais de quatro semanas, —ela
cumprimentou. — É estranho, porque eu passei uma vida
sozinha, mas eu me encontrei esperando por você. Eu até
pensei em ir procurar você. Não é estranho?
Ele balançou sua cabeça. — Eu não gostei muito de
estar longe de você, também. —Ele agachou-se ao lado
de sua cadeira e emoldurou seu rosto com as duas mãos.
— Eu sinto falta de você quando não estamos conectados.
Então ele a estava beijando. Seus lábios eram suaves,
sua boca uma faísca quente acendendo uma banana de
dinamite que parecia explodir, então o fogo dentro dele
rugiu fora de controle quando tudo nele foi sempre controlado. Ela o levava para outro reinoonde havia apenas puro sentimento. Eletricidade estalava e crepitava entre eles, o que provocousua pele, enquanto dentro de
seu corpo, o sangue voltou a um fluxo derretido, queimando com necessidade. Seus batimentoscardíacos
pulsavam em seu pênis, até que ele estava tão duro e cheio que duvidava que pudesse contê-lo secontinuasse.
Ele pressionou a testa contra a dela. — Temos que
parar.
— Eu particularmente não quero.
Ele sorriu apesar de seu corpo fazer demandas urgentes e dolorosas. — Nem eu, mas, no entanto,o Doc
não deu permissão para você fazer qualquer coisa, a não
ser se recuperar.
Os olhos dela se arregalaram, e ela se afastou. —
Você perguntou a ele? Discutiu com ele se podíamos ou
não fazer sexo?
— Naturalmente. Sexo oral, sexo físico, áspero, jogos,
brinquedos, posições, todos os tipos de sexo. Eu não quero que você se machuque.
— Eu nunca poderei olhar para ele de novo. —Sua
declaração foi acompanhada por uma delicada cor rosa
que varreu o pescoço para aumentar a cor em suas bochechas.
Ele riu suavemente, notando que ela não protestou que ele achasse que eles iriam ter relaçõessexuais e,
logo que possível. — Ele é um médico, gattina. Ele sabe que homens e mulheres têm relaçõessexuais.
Ela deixou escapar o fôlego. — O que ele disse?
Ele não pôde deixar de beijá-la novamente, embora
fosse perigoso para o seu fragmentado controle. Sua mulher estava se tornando uma sedutoraterrível. Ela estava aprendendo rápido, e cada golpe de sua língua enviava relâmpagos por suasveias direto para sua virilha.
Ainda assim, seu papel era proteger a saúde dela antes
de seu prazer. Ele teria visto o prazer dela se o cirurgião tivesse dado o sinal certo, mas mesmoisso foi proibido
por mais uma semana. Mesmo depois disso, ele teria que
ser cuidadoso.
— Ele ainda está dizendo não? —Ela perguntou, quando ele levantou a cabeça. Havia uma notade provocação juntamente com sedução deliberada.
— Eu posso ver que eu vou ter as mãos cheias com
você. —Ele amava que ela estava disposta a tentar a sedução, embora ele não pudesse permitirque ela tivesse sucesso. Isso estava tornando difícil estar com ela e não pensar em sexo.
Ele se levantou para se dar um pouco alívio, então imediatamente percebeu que foi uma máideia. Seu pênis
estava ao nível dos olhos dela e seu olhar foi direto para a protuberância espessa. A mão seguiu,os dedos deslizando sobre o tecido que cobria a pesada ereção.
— Eu poderia ...
— Não, você não poderia, —ele disse decisivamente.
Mas não se mexeu. A maneira como ela o acariciava era
eletrizante.
A língua dela tocou o lábio superior e, em seguida,
umedeceu o inferior até que seus lábios brilhavam convidativos. Ele suprimiu um gemido.
— Eu nunca realmente tive minha boca em um homem ...
— Pau, —ele ajudou. — Nunca?
— Sempre havia Haydon para me preocupar. Eu nunca tive a chance de ver se eu queria serintima de um homem.
Os dedos dela continuaram acariciando. Quando
parou de brincar com a guia na parte superior de seu zíper, começou a passar com os dedos noaço retorcido.
Ela levantou o olhar verde para ele tudo o que ele pôde fazer foi não gemer em voz alta.
— Eu quero ser íntima de você.
Sua Grace. Ela não era tímida. Quanto mais os dedos
hipnotizantes o acariciavam através de seu jeans, mais seu coração sentia como se uma mão oestivesse apertando firmemente. Sangue quente bateu em seu pênis. Fome queimou através delecom a confissão dela.
Disciplina era a única coisa que ele tinha que poderia salvá-los.
— Grace, mais do que qualquer coisa, eu quero você.
Agora mesmo. Neste minuto. Mas o médico disse que não, então não é não.
— O que teria de mal se você me ajudasse a descobrir como agradá-lo, Vittorio? Não é como seeu seria uma grande expert nisto. Você vai ter que me dar
instruções passo a passo.
O olhar verde se agarrou ao seu e um sorriso lento só
aumentou a sedução nos olhos dela. — Não é como se eu
pudesse ver no YouTube sobre como fazê-lo sem o meu
telefone.
Ela era bonita. Dele. — Eu não te mereço, il mia bellissima gattina. Você está rapidamente setornando vita mia. Eu não sei o que vai acontecer se você decidir que não pode viver comigo.
Seus cílios baixaram e ela balançou a cabeça. Muito
lentamente, com óbvia relutância, ela tirou a mão. Os cílios levantaram, então ele estava olhandoem seus olhos verdes inabaláveis. — Eu não vou fingir que sempre será
fácil, mas eu não posso imaginar não estar com você. Ela fez uma careta para ele. — É um poucochato dizer não,
quando realmente quero algo.
Alívio foi uma corrente rápida, correndo por ele como
um rio. — O que é que você quer, gattina? O olhar dela começou a desviar, e ele pegou seuqueixo. — Continue
me olhando quando você me disser, Grace. Agrada-me
ouvir você dizer o que quer, seja de natureza sexual ou
não. Quando você olha para mim enquanto me diz, o prazer é muito maior.
— Eu queria provar seu pau. Tê-lo na minha boca. —
Não houve hesitação. O queixo dela subiu e seus olhos
brilharam como gemas individuais, a fome neles fazendo-o
querer arrancar o brim de seus quadris e dar-lhe qualquer coisa que ela quisesse. — Eu quero lhedar prazer.
— Isso é exatamente o que eu quero neste momento,
Grace. —Ele correu a ponta do polegar sobre os lábios
dela. — Alguns dias mais, e nós dois vamos estar satisfeitos.
Ele se afundou na cadeira ao lado dela, muito mais
devagar do que teria normalmente. O querer Grace não ia
parar tão cedo. Ele esticou as pernas para a frente para aliviar a dor em seu pênis. — Há umprograma de rastreamento no seu telefone, Grace. Estamos colocando-o no seu apartamento.
Ela ficou horrorizada. — Não, Vittorio. Você deveria ter me perguntado. Eu preciso dele para
trabalhar. Você não
pode simplesmente decidir ... —ela parou, com a mão à
boca quando percebeu que ele tomaria arbitrariamente algumas decisões com base no que eleachava certo para
sua segurança ou saúde. Ele a alertou muitas vezes. Viver com ele não seria fácil. Ele avisoumuitas vezes. Viver com ele não ia ser fácil.
Ele esperou em silêncio.
Ela virou a cabeça para olhar sobre as flores coloridas para o lago além do jardim e da praia. —Minhas anotaçoes para o próximo evento, bem como vários outras
estão no meu telefone.
— Estou bem ciente disso, —disse Vittorio.
Grace virou de volta para ele tão rápido, que um pequeno grito escapou e ele a viu estremecer.Ele a agarrou pelo braço para estabilizá-la.
— Não, Grace. Você vai machucar seu ombro sem
motivo.
— Você o copiou para mim, não é?
— Além de seus contatos. Eu tinha que ter cuidado.
Mandei tudo para os meus gênios de computação para ter
certeza de que eu não copiasse qualquer coisa que poderia infectar um novo telefone. —Ele tirouo telefone do bolso e entregou a ela. — É configurado para você e todos os seus contatos e notasestão onde estavam em seu antigo telefone.
— Eu sinto muito. Eu deveria ter confiado que você
teria feito isso.
— Por quê? A confiança não é dada dá noite para o dia, e eu e não espero que você me dêcegamente, Grace.
As anotações eram importantes. Eu não encontrei o programa de rastreamento. Eu não souespecialista em
tecnologia, mas tenho primos que são. Eu levei o telefone para eles, e eles puderam pegar asfotografias de seu telefone, as que Haydon enviou de onde ele estava vivendo. Pensamos quepoderiam ser capazes de descobrir onde ele estava pelas várias fotografias. Foram eles que
descobriram o programa de rastreamento. De jeito nenhum eu o traria de volta para você, entãoeu arrumei um novo e pedi para que repassassem tudo relacionado ao seu trabalho e secertificassem de que estava limpo.
— Obrigado. Eu deveria saber. Mais de uma vez ele
pegou meu telefone e exigiu saber minha senha. Eu pensei que era para ver a minha agenda,então ele poderia me ameaçar por andar por aí.
— Ele não pode chegar até você agora, Grace, —
assegurou.
Ela olhou para o telefone celular em sua mão. — Ele fica muito irritado quando não sabe ondeestou. Eu me
acostumei com ele exigindo minha agenda.
Vittorio franziu a testa. — Eu quero que você realmente relembre, cara23 . Mesmo quando vocêera criança, ele estava sempre com você? Ele dependia de
você para fazer qualquer coisa por ele?
Ela não respondeu imediatamente. Sua pensativa Grace. Ele gostava desse traço nela. A quietudenela. Ela produzia uma sensação de paz ao seu redor. Ela vivia em
um mundo potencialmente violento todos os minutos do
dia desde que se deu conta do que Haydon realmente era.
A partir disso, possivelmente por causa disso, ela desenvolveu a tranquilidade interior, um lugardentro dela que ela poderia depender quando tudo ao seu redor se
transformasse em caos.
— Ele é mais velho do que eu alguns anos, mas não
falava muito. Quando eu cheguei ao primeiro lar adotivo, ele já estava lá. Ele era magro, e muitopequeno. Naquela época, eu era muita pequena, e eu acho que ele gostava
que eu fosse menor que ele. Isso o fazia se sentir grande.
Meu outro irmão adotivo, Dwayne, era um valentão. Ele
23 Querida, em italiano
gostava de nos empurrar. Levantei-me por Haydon quando Dwayne se pegou nele. E aí elecomeçou com a
gente.
— Provavelmente ninguém jamais se levantou para ele antes.
Ela colocou o telefone sobre a mesa e pegou a jarra
de limonada de morango gelada que Merry tinha colocado
sobre a mesinha de vidro ao lado dela. A mão de Vittorio chegou lá primeiro. Ele teria que falarcom Merry sobre
esperar que Grace pegasse um jarro cheio de gelo e suco.
Era muito pesado. Ele derramou um copo para ela e, foi
ao pequeno bar e independente pegar um copo para si
mesmo.
— Sr. Ferraro? —A voz de Merry parecia tensa, e ele
se virou. Ela ficou lá torcendo as mãos, parecendo nervosa. — A Sra. Ferraro está aqui.
Com o canto do olho, ele viu Grace endurecer. Ele se
perguntou se ela achava que ele era casado secretamente. O pensamento o fez sorrir. Nomomento em
que viu a mulher caindo sobre eles, sua expressão sombria, seu rosto uma máscara de raiva, osorriso
desapareceu. Instintivamente, ele colocou seu corpo entre sua mãe e Grace.
— É ridículo, me fazendo ficar esperando no hall como
se eu fosse um vendedor. Sua equipe precisa de lições
sobre protocolo. Eu estou falando com sua mãe, Merry,
sobre suas maneiras ediondas. Quando eu venho a casa
do meu filho, eu não espero que seja orientada a sentar e esperar, como se eu fosse algum plebeuvisitando o rei.
— Olá, Eloisa, —Vittorio interrompeu.
Deliberadamente, ele atravessou a sala, inclinou a cabeça e roçou o rosto de sua mãe com umfalso beijo. Ela saltou para trás, se recuperou e olhou para ele. A mão dela foi ao rosto e escovousua pele, como se ela pudesse retirar a
marca nela. — Pare com isso, Vittorio. Eu sei que você faz isso para me irritar.
— É um gesto de afeto, Eloisa, que a maioria das mães aprecia.
Ela olhou para ele, com as mãos nos quadris. — Bem,
eu não, então pare. —Ela olhou para Grace. — Não foi o
suficiente para você ter Teodosiu Giordano babando atrás de você, você tinha que ir atrás do meufilho. Vittorio tem
uma conta bancária maior, mas eu acho que Giordano irá atender uma garota como você muitomelhor.
Vittorio se virou. — Teodosiu Giordano manifestou interesse em você?
Grace fechou os dedos ao redor do copo de limonada
de morango. — Ele convidou-me várias vezes, sim. Eu me
recusei a sair com ele.
— Eu só aposto que você fez. Você está grávida?
Será que ele a usou e a jogou fora de modo que agora
você está indo atrás de meu filho?
— Giordano foi um executor de Miceli Saldi durante
anos. Ele ganhou uma grande quantidade de dinheiro e
acabou um agiota, —Vittorio informou sua mulher. — Isto
amarra tudo muito bem. Deliberadamente, ele ignorou sua
mãe.
— Ele tem que ser o homem a quem Haydon deve
dinheiro. —Grace tomou a sugestão dele, sem olhar para
Eloisa, recusando-se a ser intimidada por ela.
Orgulho explodiu através dele. Ela era magnífica. Ela
parecia uma rainha, mesmo com seu ombro
completamente imóvel e ataduras segurando seu braço no
lugar. A voz dela era suave, mas definitivamente, ela era
uma mulher no comando, falando com ele como uma igual.
— Eu deveria ter pensado em Giordano. Ele teria sido
o primeiro homem a quem Haydon iria para dinheiro. —Ele
virou a cabeça e lançou um sorriso para a mãe. —
Obrigado, Eloisa. Você resolveu parte do mistério.
Precisávamos saber quem estava fornecendo dinheiro a
Haydon.
Eloisa franziu a testa. — Vittorio. —Sua voz era de
advertência, de corte.
Vittorio a ignorou e virou de volta para Grace. — Nós
temos especulado por anos porque Miceli permitiria que
Giordano deixasse sua posição como executor principal e
começasse por sua conta como agiota.
— Não fale com ela sobre os negócios privados da
nossa família. —Eloisa quase gritou.
Vittorio indicou o copo de limonada de morango e quando Grace não o pegou imediatamente, eleo fez e
segurou-o nos lábios dela. Ele escovou o cabelo dela para trás enquanto ela bebia, as pontas dosdedos saboreando
a riqueza dos grossos fios sedosos.
— Isso tudo é de conhecimento público, —assegurou ele. — Qualquer um pode especular sobrea generosidade
de Miceli a um ex-funcionário. A linha inferior é, se você recusou um homem como Giordano,ele poderia pensar
que ele poderia tê-la através de uma dívida de jogo.
— Você sabia que ele estava na máfia?
Grace sacudiu a cabeça. — Não, eu pensei que a máfia estivesse mais ou menos desaparecida
ultimamente. Você não ouve muito sobre isso.
— Está viva e bem. Apenas não tão descarada como
costumava ser. Vamos pensar sobre isso, bella, coloque isso em uma linha do tempo.
— Vittorio, eu insisto que você fale comigo.
Ele olhou por cima do ombro e mandou um sorriso
para a mãe. — Por favor, sente-se, Eloisa. Vou pedir a
Merry que te traga o que você quiser comer, ou posso
servir uma bebida, se quiser, no bar. Eu posso fazer praticamente qualquer coisa. Me dê umminuto. Isso é importante.
— E eu não sou? —Eloisa retrucou. — Eu insisto que você fale comigo agora.
Vittorio suspirou e virou-se completamente. — Você tem toda a minha atenção, Eloisa.
— Pare de me chamar assim nesse tom horrível. Eu
desprezo o jeito que você diz meu nome.
— Você prefere senhora Ferraro? Ou senhorita Ferraro?
— Pare de ser sarcástico, Vittorio. —Eloisa quase rangeu os dentes. — Você está adiando oinevitável. Eu
tenho algumas coisas a dizer para esta pequena caçadora
de dinheiro. Ela trabalha para Katie Branscomb, apesar de Katie, vir de uma família tão boa, tê-laencontrado, eu nunca vou saber.
— Ela não é funcionária de Katie, Eloisa, ela é uma
sócia de plenos direitos, bem como amiga de Katie, o que você bem sabe. Você nunca usariauma empresa sem investigá-la totalmente primeiro. Você finge não saber por que é adequado avocê. Grace é minha noiva. Nós vamos
nos casar aprove você ou não. —Ele manteve sua voz
muito calma. Muito mesmo. Convincente. — Você pode
muito bem aceitar minha decisão porque ela não vai mudar.
— Isso é ridículo. Só porque ela satisfaz os critérios ...
Atrás dele, ele sentiu a súbita quietude de Grace. Ele sabia que ela exigiria algumas explicaçõesque ele não
poderia dar a ela. Ele quis que ela ficasse calada e não fizesse perguntas. — Você sabia. —Foiuma acusação suave. Qualquer um que o conhecesse, além de sua mãe,
teria pisado levemente a partir daquele momento.
— Claro que eu sabia. —Eloisa jogou a cabeça para
cima, os olhos brilhando de raiva.
— Mas você não disse nada.
— Porque eu sabia que um de vocês faria exatamente
isso. Fazer um tolo de si mesmo sobre ela. Convencer-se
que estava apaixonado. Não é real. Ela pode atender aos
critérios, mas ela não atende às nossas normas.
— Eu gostaria que você saísse, Eloisa. Ela é minha
noiva. Vou casar com ela e ter uma família com ela. Só
isso deve exigir um pouco de respeito a ela. Você está
insultando a mim e minha inteligência, dizendo que eu não sei a diferença entre o real e afantasia. Desde que eu tive que suportar a sua feiura toda a minha vida, eu sou imune a qualquerveneno que você escolha vomitar. No entanto,
e é melhor você me ouvir, Eloisa, eu não vou tolerar que você faça a mesma coisa para a minhamulher. Ela é
minha escolha. Ela sempre vai ser a minha escolha. Eu gostaria que você saísse agora.
— Isto é ridículo. Você não pode estar me expulsando.
— Estou educadamente pedindo-lhe para deixar a minha residência e não voltar até que vocêpossa ser agradável com Grace. A mesma Grace que salvou minha
vida.
Eloisa revirou os olhos. — Eu suponho que você esteja muito grato a ela. Faça um cheque, nãose case
com ela. E se você jogar isso na minha cara e implica que eu deveria ser grata a ela, também,gostaria de lembrar
que se não fosse por ela, ninguém estaria atirando em
você.
— E eu gostaria de lembrá-la que se tivesse nos dito
sobre ela, ela teria estado segura, e ninguém teria levado um tiro. —Ele nivelou seu olhar norosto da mãe. Ele terminou de falar.
Mesmo Eloisa o conhecia bem o suficiente para conhecer aquele olhar. Ela jogou as mãos para oar. —
Bem. Faça um tolo de si mesmo. Vocês meninos todos
parecem querer seguir os passos de Stefano. Eu não vi
sua preciosa Francesca. Ela não faz nada. Só gasta seu
tempo como uma princesa em uma torre. Me deixa doente.
Ele deu um passo em direção a ela. Ele não tinha nenhum problema pegá-la e colocá-la para fora,mas ela
deu uma olhada em seu rosto e virou-se e saiu, sem olhar para trás.
Vittorio virou-se lentamente de volta para Grace. Ela
tinha o vidro gelado pressionado na testa e seus olhos
estavam fechados. Isso era um mau sinal. Grace não era
fácil. Ela era inteligente. Ela não perderia as acusações de sua mãe.
Ela levantou os longos cílios e ele estava olhando em
seus olhos muito especulativos. Havia dor em seu rosto,
tristeza em seus olhos. Ela acreditava nele mais do que
ela percebia. Estava em seu rosto. Havia satisfação em
saber disso, mas ele realmente detestava a tristeza que as revelações de sua mãe tinham lhecausado.
— Grace ...
— Apenas me diga, Vittorio. Quais os critérios que eu
preencho?
— Minha mãe é uma mulher muito amarga, cáustica.
Não a deixe te machucar.
— Eloisa Ferraro não pode me machucar, Vittorio.
Você pode. Eu preciso que você me explique quais os critérios que eu me preencho.
— Se eu não puder explicar isso para você?
— Eu suponho que você queira que eu o siga cegamente sem qualquer explicação. Isso não vaiacontecer. Eu sugiro que você me diga o que ela quis dizer.
— Eu acho que, neste momento, não importa qual a
explicação eu te dê, sua mente está fechada.
Grace estava em silêncio. O olhar dela se desviou de
seu rosto para o lago. Ela parecia tão triste ele quis abraçá-la e apertar.
— Isso é verdade. Eu acho que estou sobrecarregada
com tudo, e estamos nos movendo muito, muito rápido. —
Seu olhar saltou de volta ao dele. — Eu não acredito em
contos de fadas, Vittorio. Eu me deixei acreditar por alguns minutos, porque eu queria muito quefosse real.
Você é ... extraordinário. Você realmente é. Uma mulher
vai ter muita sorte em tê-lo em sua vida.
Não havia jeito de ela tirar o anel e ele estava feliz
com isso. — Grace, não. Minha mãe é muito boa em dizer
coisas que ela sabe que vão magoar os outros. É o seu dom especial. Ela deliberadamente queriaque você sentisse que não é importante ou amada por mim. A nossa vida é nossa, não dequalquer outra pessoa. O que
nós optamos por fazer entre nós é só para nós. Eu estou
lhe dizendo, afirmando-o como um fato, que você é a minha escolha. Eu amo tudo em você.
Posso citar uma
dúzia de seus traços agora, se isso a convencer, mas você tem que acreditar em mim. Em nós. Eunão posso
lhe dar isso. Você tem que sentir isso.
Ela inclinou a cabeça e olhou para ele, seus olhos encontrando os dele. — Existe verdade no queela disse?
Atendo a alguns critérios importantes para você? Algo que fez você notar?
— O tiro não foi suficiente para eu te notar?
Ela não comprou a diversão dele. Ela esperou, seu
olhar firme.
Vittorio suspirou e se agachou na frente dela, no nível
dos olhos dela. — Sim, Grace, existem critérios que todas as nossas mulheres têm que preencher,e você o faz. Foi
a primeira coisa que notei em você? Nem mesmo perto.
Eu vi você explodir do porta-malas daquele carro. Você
quase acendeu o estacionamento com sua fúria. Havia dois homens grandes, ambos carregandoarmas,
executores de Miceli. Havia Haydon Phillips, tentando te vender em pagamento de suas dívidas.Nada disso importou para você. Você estava disposta a enfrentar todos eles nesse ponto. Foi acoisa mais sexy que eu já vi.
— Eu não vou deixar você me distrair.
— Eu não estou tentando distrair você. Eu estou te
dizendo a verdade. Eu me apaixonei naquele
estacionamento sem nunca ter sido apresentado a você.
Eu entendi que você tinha tomado empréstimos para ajudar Phillips. Na época, eu achei que eraporque ele era seu amigo, não porque você o temia, mas
independentemente disso, para mim, isso mostrava sua lealdade. Conhecendo você agora, eu seique você faria
algo assim por um amigo. Depois disso, tudo que eu soube ou vi sobre você me fez acreditar que
você era absolutamente a mulher para mim.
— E esses critérios tão importantes que me fazem estar apta para casar com um Ferraro?
Ele suspirou. — Você não está ouvindo nada do eu digo. Você não quer me ouvir, Grace. Vamoslevá-la para
dentro. Você parece cansada.
Ela não protestou, nem mesmo quando ele a embalou
nos braços, em vez de caminhar com ela. Ele precisava
sentir como se ele a prendesse a ele, ao invés de vê-la se afastar dele. Ele já podia senti-laescorregando por entre seus dedos.
Capítulo 09
— Estou esperando que Francesca possa trabalhar sua magia, —Vittorio confidenciou a Stefanoquando o elevador privado os levava da suite penthouse. — Caso
contrário, eu vou perder Grace.
— O que aconteceu?
— Eloisa. Ela deliberadamente disse algumas coisas
que sabia que eu não poderia explicar para Grace agora.
Eu não me importaria, poderia lidar com isso com o tempo, mas Grace está ferida o que faz oque Eloisa fez
repreensível.
— Ela tem que parar, —disse Stefano. — Sério, Vittorio, ela está ficando pior, não melhor. Senão encontrarmos uma maneira de parar o seu
comportamento, ela vai despedaçar nossa família. O que
ela disse a Grace?
— Ela disse para mim na frente dela. Ela se referiu a
Grace como se a única razão pela qual eu a notasse foi
porque ela satisfazia os critérios. Ela apontou que eu não teria olhado para Grace por qualqueroutro motivo. Eu não conseguiria explicar sobre sombras ou andar nelas, ou qualquer coisa sobreo que fazemos. Ela não se comprometeu comigo. Isso pode ser desastroso.
Stefano saiu do elevador. — Francesca é um grande
trunfo para todos nós. Vou mandar um texto para ela e a
deixar saber que há um problema. Esperemos que, Grace
fale com ela, para que ela possa ajudar a acalmar as coisas.
— Eloisa sabia que Grace era uma cavaleira de sombras destreinada com certeza. Eu não sei aquanto
tempo ela sabia, mas ela sabia. Eu pude vê-lo em seu rosto e ela admitiu isso. —Vittorioesfregou as mãos sobre sua mandíbula sombreada. — Às vezes eu quero estrangulá-la. Por queela quer tornar nossa vida tão miserável?
— Ela é miserável, —Stefano disse quando
atravessaram o saguão do hotel. Era bonito, um elegante
e bem cuidado espaço, com tetos altos e lustres de cristal.
Ambos ignoraram o silêncio súbito quando vários convidados deixaram de falar e olharam paraeles como
eles fizeram o seu caminho para o corredor que levava
para a sala de conferências. — Eloisa quer todos à sua
volta do mesmo jeito. Ela foi criada em um ambiente frio, insensível. Era tudo sobre o trabalho.Ela não conhece outro caminho e isso é o que ela acredita ser o caminho
certo. A única maneira de permanecer seguro.
— Nós temos que ter algo para viver, —Vittorio apontou.
O olhar aguçado de Stefano saltou para seu rosto. —
Você é minha única constante, irmão.
Vittorio encolheu os ombros. — Eu ainda tenho que ter uma casa e sem Grace, estou de volta aovazio. Paredes.
Silêncio. Você sabe como é.
Stefano parou de andar abruptamente, pouco antes de
chegarem à sala de reuniões, onde se encontrariam com a
família Saldi. — Você está absolutamente certo de que
Grace é sua? Ela não é apenas uma mulher que seria
adequada, porque ela carrega o código genético que precisamos? Francesca é meu mundo. Suamulher precisa ser o seu.
— A Grace é minha Francesca, —Vittorio assegurou.
— Se eu a perder, eu vou permitir que eles iniciem um
casamento arranjado. Não importa depois que ela se for,
porque eu nunca vou ter o que eu preciso, de ninguém. Eu sinto que o enlace entre nós está cadavez mais forte a
cada momento que eu passo em sua companhia. Quando
estou longe dela, tudo que faço é pensar nela. Eu a quero feliz e eu sei que o que for preciso paraconseguir isso, incluindo deixá-la ir, é o que eu vou fazer.
Stefano sacudiu a cabeça. — Você não a deixará ir,
Vittorio. Você encontra uma maneira de fazê-la feliz, para que ela querer ficar com você, nãoimporta o quê. O que
fazemos não é fácil de entender. Para alguém como Grace, uma mulher aterrorizada por umhomem que mata
qualquer um que o ofende, percebido ou não, nosso modo
de vida pode ser facilmente mal interpretado.
— Estou bem ciente, —admitiu Vittorio. — Eloisa empurrou meu cronograma rápido demais.Grace acabou
de iniciar a fisioterapia e eu planejei condicioná-la lentamente a aceitar nosso modo de vida, nãoapenas deixar escapar explicações e forçá-la a tentar aceitá-las.
Vittorio sabia que seria impossível explicar o que sua
família fazia. Ele nasceu um cavaleiro das sombras e treinou desde os dois anos. Não havia outrotrabalho ou
interesse para ele. Era considerado um dever sagrado e
nenhum cavaleiro, se pudesse, se afastaria disso, por mais difícil que fosse. A vida era solitária,arregimentada, perigosa e formidável. Agora que ele teve Grace em sua
vida, mesmo por algumas semanas, ele não estava disposto a voltar para aquela existência dura esolitária.
Stefano abriu a porta e os dois irmãos entraram na
enorme sala. — Você pode tentar explicar Eloisa. Grace
parece compassiva. Ela pode ser distraída por um dia ou
dois.
— Pelo menos tivemos uma mãe, —Vittorio reclamou.
— Se isso é assim que se chamaria Eloisa. Grace nunca
teve uma. Ela teve uma porcaria de infância. —Ele detestava que Grace tenha vividoaterrorizada. Que ela não tivesse ninguém para confortá-la quando ela era jovem. Que a únicapessoa que já tinha ido por ela fosse um serial killer que desde então fez sua vida um inferno.
— Você vai, sem dúvida, encontrar uma maneira de
compensar isso, —disse Stefano.
— Você falou com Teodosiu Giordano? Estou certo de
que ele está emprestando o dinheiro para Phillips.
Stefano parou logo depois da porta da sala de conferências. — Eu fiz. Pessoalmente. Ele é suavee misturou mentiras com a verdade. Ele admitiu que Phillips foi a ele e pediu dinheiroemprestado em várias ocasiões.
Ele admitiu ter convidado Grace várias vezes. Ele disse
que iria novamente se tivesse a oportunidade. Ele não tinha ideia de que ela era sua noiva, maspara ele isso
explicava por que ela não iria sair com ele. Phillips tinha chegado nele com um esquemadesmiolado de permitir
que Grace pagasse sua dívida com sexo. Ele explicou que
não era o que ele queria dela. Eu acreditei. Não tenho
tanta certeza que ele não tenha participado do sequestro.
Por outro lado, ele foi frio sob fogo e parecia um pouco irritado de alguém fazer isso com Grace.Isso veio como
real. Então, na linha de fundo, ele é um ponto de interrogação e alguém em quem vamos ficar deolho.
— Obrigado, Stefano. Eu não queria deixar Grace, não agora, quando ela está chateada comigo.
Ricco sentou-se à mesa, Mariko ao seu lado. O casal
olhou para cima quando eles entraram. — Está tudo bem?
Ricco perguntou a Vittorio. — Eu vi a sua dama. Ela não
parecia feliz.
— Eloisa.
— Claro. Eu deveria saber. Francesca vai corrigir isso,
—Ricco disse com absoluta confiança.
Vittorio esperava que seus irmãos estivessem certos.
Ela disse a ele, após a conversa desastrosa com Eloisa,
que ficaria bem agora dormindo sozinha no quarto dela, e ela se preocupava com ele sentado ànoite toda. Ele não
protestou, mas não gostou que ela os separasse. Ele sabia que ela tinha em mente que ficar forteo suficiente para sair. A palavra critério estava entre eles.
Stefano olhou para o relógio. — Mariko, você vai ficar nas sombras. Se alguma coisa der errado,você é nosso
ás na manga. Vamos lhe pedir para deixar seus guarda-
costas fora da sala, por isso vamos ter de fazer o mesmo.
Sasha, Francesca e Grace estão seguras na cobertura e
eu tenho quatro homens com elas. Giovanni é o nosso
mais vulnerável, cubra-o, Mariko. Ele é a sua primeira prioridade.
Ela assentiu solenemente. — Considere isso feito.
— Falando no diabo, —Ricco disse enquanto Giovanni
e Taviano entravam.
— Eu ouvi meu nome sendo usado de uma maneira
ruim? —Perguntou Giovanni.
— Sempre, —Stefano disse e bateu no ombro de seu
irmão. — Sasha disse a Francesca que os médicos vão
tirar a placa de sua perna em breve.
Giovanni assentiu. — Eu vou ter que passar por fisioterapia de novo antes que eu possa voltar atrabalhar, mas pelo menos há um fim nisso. Eu adiei a operação até
que estejamos certos que Grace está segura.
Vittorio enviou a seu irmão um sorriso de
agradecimento. Para todas as desvantagens de ser um
cavaleiro, havia a sua família. Sempre lá. Sempre prontos para ajudar e atender um ao outro. Suafamília era um dos maiores presentes que ele tinha para oferecer a Grace.
— Eu quero você perto desta porta. —Stefano indicou
a porta escondida na sala na parede do outro lado da cabeceira da mesa. Era difícil ver a porta eGiovanni teria que usar seu atletismo se algo desse errado para atravessar a curta distância emergulhar em segurança. —
Você está armado?
— Claro. —Giovanni parecia ofendido
Ficou sem dizer que todos eles estariam armados. Os
Saldi estariam também. Vittorio sabia que Stefano estava analisando o plano como um generalantes de uma batalha. Seu irmão mais velho sempre planejava tudo passo a passo, especialmentequestões de segurança de
sua família
— Eloisa também estará nas sombras no lado ocidental da sala. Mariko cobrirá o sul. Os primosde Nova York, Salvatore, Lucca e Geno, estão aqui, e eles vão tomar o leste e norte. Geno vaiencontrar o tubo mais rápido perto de Giuseppi e matá-lo primeiro se começar
qualquer coisa. —Stefano olhou para a porta.
— Se as coisas derem errado, Val é o meu alvo. Não importa o que, ele não chega perto deEmmanuelle.
Vittorio tinha pensado a mesma coisa. Val tinha feito o
suficiente para ferir sua irmã. As chances eram de ela nunca confiar em outro homem. Ele a tinhausado, chegando perto dela sob as ordens de seu pai e até se
gabou para outra mulher.
Emmanuelle não só estava de coração partido, mas
humilhada. Ainda assim, ela viria para a reunião. Cabeça erguida. Uma verdadeira Ferraro. Se osSaldi quisessem
sangue, as mesas seriam viradas e Val seria o primeiro a morrer.
Os primos de Nova York emergiram de três sombras
separadas, cada um usando o terno de risca de giz Ferraro. Eles apertaram as mãos e, mais umavez, Stefano olhou para o relógio.
— Salvatore, Emmanuelle estará sentada mais perto
de onde você estará. Se as coisas forem para o inferno,
ela é sua responsabilidade. Ela é mortal, e vai lutar para chegar a nós, para nos apoiar, mas leve-apara as sombras. Ela vai ser o alvo número dois depois de mim.
Eu estou contando com você para protegê-la.
— Com minha vida, —disse Salvatore.
Stefano mais uma vez posicionou todos os cavaleiros
e quem seriam seus alvos.
Emmanuelle entrou apressadamente na sala. —
Desculpem-me, estou atrasada, Stefano. Eu estava no andar de cima com Francesca e dandoinstruções de última hora para Sasha. Ela enviou um sorriso a Giovanni.
— Sua esposa é uma mulher para contar em um tiroteio.
Giovanni colocou a mão sobre o coração. Emmanuelle
se jogou nos braços de Salvatore, abraçando-o com força.
Ele beijou suas bochechas e então Geno seguiu o exemplo. Por fim, Lucca abraçou e beijou-a.
— Eu deveria saber que os três viriam, —ela cumprimentou. — Obrigado.
— Eu realmente não acho que Giuseppi seja estúpido
o suficiente para tentar nos eliminar, mas nunca se sabe,
—disse Stefano. — Algo está acontecendo. Nós só precisamos ter cuidado. Eu já dei aos nossosprimos tudo o que temos de Haydon Phillips também.
— Ele é um bastardo assustador, —disse Geno. —
Você trancou sua mulher, Vittorio?
— Ela está no andar de cima com Francesca e Sasha,
—disse Vittorio. — Ele não pode chegar lá. Os dutos foram protegidos e não há como usar oelevador ou o poço do elevador. Ele é inteligente, no entanto, quanto mais o tempo passar e elenão conseguir chegar até Grace, acho que ele vai tentar algo que ele normalmente
não tentaria.
— Parece que ele pode ser muito paciente, —
observou Lucca. — Eu li todos os dados que temos sobre
ele até agora e ele espera meses para se vingar.
— Mas antes, ele sempre teve acesso a Grace, —
salientou Salvatore. — Eu concordo com a avaliação de
Vittorio. Eu acho que de alguma forma ele confia em tê-la na vida dele. Ele parece precisar dela.Ele a aterroriza, ele a usa para pagar dívidas e ele claramente estava disposto a vendê-la, mas nãoa longo prazo, ou permanentemente.
Ele também esperava poder controlar o negócio.
Vittorio concordou sinceramente com as conclusões de Salvatore. — Grace tem sido a únicaconstante em sua
vida. Ele quer mantê-la isolada de qualquer outra pessoa.
Ele tem que ter certeza que ela não pode chegar perto de
ninguém. Ela é a única pessoa que ele não vai deixar. Isso significa que ele vai atrás dela comtudo o que ele tiver.
— E espero que cometa erros, —disse Ricco.
— Os fornecedores estão chegando, —disse Stefano,
olhando para o texto em seu telefone. — Essa é a nossa
deixa, —disse Geno. — As chances são que os Saldi têm
alguém na folha de pagamento.
Vittorio concordou. A empresa de catering24 era uma das melhores, uma que usavam com
frequência. Giuseppi
Saldi conheceria todas as empresas com as quais os Ferraro faziam negócios. Seria lógico que elecolocasse
alguém em sua folha de pagamento. Os Ferraro sempre
tinham pessoas no interior das empresas que a família Saldi usava.
Mariko e seus três primos de Nova York escorregaram
nas sombras nos lugares designados. Vittorio circulou os ombros de Emmanuelle com o braço,puxando-a para perto dele. — Emme, eu ficaria muito mais feliz se você se juntasse a eles. Vocêainda pode nos proteger.
24 A palavra inglesa catering (do inglês cater : 'comprar provisões, providenciar um suprimentode comida preparada') designa o serviço de fornecimento de refeições coletivas, incluindotambém itens correlatos (talheres, louça, toalhas, etc), para companhias de aviação, restaurantesempresariais, hospitais, eventos esportivos, festas etc., sendo que, na contratação do serviço, ocontratante define previamente o cardápio, o número de comensais, o local e a hora de entregados produtos. O catering pode incluir também o fornecimento de mão-de-obra, equipamentos,serviços de limpeza etc. As relações internacionais têm-se interessado por contratos de catering ecatering off shore (aquele feito em projeção xtraterritorial). Um exemplo histórico de catering foio serviço prestado durante a Segunda Guerra Mundial, quando milhares de pessoas escondidasem abrigos do Metrô de Londres foram alimentadas.
Ela ficou na ponta dos pés e deu um beijo na linha dura do queixo dele. — Eu te amo, Vittorio.Você é o melhor. Todos vocês. Você é bom para mim, mas cometi
esse erro. Eu me estabeleci como um alvo para a família
Saldi. Eu sabia que não deveria ter um relacionamento com Valentino, mas apesar de todos osavisos, eu fiz isso de qualquer maneira.
Ela esfregou o rosto contra o braço dele e depois endireitou os ombros. — Eu sou uma Ferraro.Eu admito
cometer erros, não importa o quão tolo eles sejam. Eu tinha dezesseis anos quando me apaixoneipor ele. Eu não tenho dezesseis anos agora. Se ele quer se vangloriar, deixe-o. Eu fico com aminha família e, em momento algum, dei a ele qualquer informação sobre um
de vocês ou minha família em geral. Ele pode ter ficado
com meu coração, mas ele não alcançou seu objetivo, então fodam-se ele e Giuseppi.
Não havia como seu pequeno foguete de irmã se esconder nas sombras enquanto seus irmãosenfrentavam
a família Saldi. Vittorio sabia que não fazia sentido tentar convencê-la a sair de sua posição. Dequalquer forma, ele teria feito o mesmo. — Estou orgulhoso de você, Emme.
Ela lançou lhe um sorriso e virou-se para a porta quando os fornecedores começaram a entrar umpor um.
Vittorio sabia que Emilio e Enzo estavam checando cada
funcionário enquanto se aproximavam da sala. Eles também tinham um cachorro que alertaria sehouvesse alguma evidência de material de bomba em qualquer um
dos carros ou nas pessoas. Os fornecedores eram revistados por armas. Seus rostos passavampelo software de reconhecimento facial, e comparados com o
rosto de Haydon Phillips. Vittorio não iria deixá-lo passar por ele.
As bebidas foram colocadas na mesa junto com pequenos pratos e copos. Vinho foi aberto. Obufê foi embora. Eloisa entrou na sala. Ela fez uma careta para o filho mais velho, as mãos nosquadris. — O que Giovanni
está fazendo nesta sala? Ele não pode escapar se houver
algum problema.
— Foi tratado, —disse Stefano.
— Ele não deveria estar aqui.
— Ele é um homem adulto, —Giovanni retrucou. —
Não comece a merda antes que isso desande.
— Não iria desandar se sua irmã não tivesse decidido jogar o ...
— Não, —ordenou Vittorio, com a voz baixa, mas carregada. Ele se aproximou, elevando-sesobre ela. —
Não diga uma palavra contra minha irmã. Você já causou
problemas suficientes. Deixe-nos, ou suma de nossas costas, mas pela primeira vez na sua vida,segure sua língua ou eu vou expulsá-la na frente da família Saldi. —
Ele estava no limite com Eloisa. Ela já havia comprometido seu relacionamento com Grace.Mais, ela
poderia ter evitado o que aconteceu com Grace, mas ela
arbitrariamente decidiu que não queria Grace como nora.
Ela era implacável em seu desejo de derrubar Emmanuelle. Ele tinha tido o suficiente e, naverdade, se ela não parasse, ele era mais do que capaz de pegá-la e
colocá-la fora da sala bem na frente de Giuseppi e sua
família. Nenhum de seus irmãos levantaria a mão para detê-lo.
Eloisa pareceu indignada. — Como você se atreve a
me ameaçar. Eu ainda sou sua mãe, tanto quanto Stefano
tente assumir esse papel. —Mesmo quando ela assobiou
as palavras para ele, ela recuou.
— Eloisa, você está no lado oeste da sala, —disse Stefano, indicando a posição em que ele aqueria. A sala de conferências foi projetada para os cavaleiros. Sombras caíam pelas paredes eportas, conduzindo em todas as
direções, jogadas das muitas luzes aéreas artisticamente colocadas. Sua mãe desapareceu nassombras e Vittorio
fechou os olhos por um momento para se concentrar. A
adrenalina recuou e ele foi mais uma vez ele mesmo.
Stefano pôs a mão no ombro dele quando a porta se
abriu e Emilio acenou para eles.
— Guarda-costas permanecem do lado de fora. Você
sabe o que fazer, —disse Stefano. — O problema poderia
começar por aí. Fique atento.
Emilio deu-lhes um olhar inexpressivo, como se quisesse dizer que tentassem. — Traga-os paradentro.
Valentino entrou na sala primeiro. Ele examinou, absorvendo tudo e todos, seu olhar voltando adescansar
em Emmanuelle. Ela não estava perto de nenhum de seus
irmãos, mas sim, ela estava ereta, o queixo alto, quase
nobre, e Vittorio estava orgulhoso dela. Ele notou a falha da respiração de Val, mas seu olhar foialém dela para
Stefano.
— Estou confiando meu pai a você, Stefano.
Taviano abriu a boca, mas Vittorio balançou a cabeça.
Todos eles queriam dizer a mesma coisa. Eles confiaram
em Val com a irmã deles. Eles deveriam ter parado o relacionamento. Eles protestaram, mas nãoo pararam e
ela foi quebrada por esse homem.
— Estou confiando em você com minha família, —
respondeu Stefano. Não dizendo nada e tudo.
Vittorio sempre admirava como Stefano podia
comandar uma sala com sua presença pura. Ele repetiu
para Val suas próprias palavras, mas sua inflexão significou algo completamente diferente.
Val ficou em silêncio por um momento, dando uma olhada cuidadosa ao redor, até mesmoolhando para cima,
mais uma vez examinando a sala em busca de qualquer
ameaça oculta. Ele estudou o rosto de Stefano e depois
olhou para Emmanuelle, como se ela pudesse lhe dar respostas.
— Não olhe para ela, —advertiu Vittorio. — Preocupe-
se consigo mesmo, não com sua família. —Ele manteve
seu tom baixo e suave, mas havia uma promessa ameaçadora em cada palavra.
Val continuou a estudar o rosto de Emmanuelle.
Vittorio olhou para a irmã. Ele estava orgulhoso dela. Ela não se curvou. Seus ombrospermaneceram retos, sem
expressão em seu rosto, e ela olhou através de Val.
O olhar de Val mudou para Vittorio e depois para cada
irmão. Ele não parecia intimidado, mas chateado. Ele balançou a cabeça e olhou por cima doombro. — Tudo
bem.
Era difícil não respeitar Valentino Saldi. No meio da
hostilidade que ele não podia deixar de sentir emanando
da família Ferraro, e ele ainda confiava o suficiente para chamar seu pai adotivo. Ficou claro queele amava Giuseppi e iria defendê-lo ferozmente, mas mesmo que a
guerra fosse ocorrer entre as duas famílias, ele não iria desistir de tentar impedi-la.
Giuseppi Saldi entrou. Ele era um homem de sessenta
e poucos anos, em boa forma. Seu cabelo preto estava
riscado de prata atraente. Ele parecia desgastado. Vittorio nunca o tinha visto tão espancado. Eleusava tristeza como um manto. Via de regra, Giuseppi podia ocupar uma
sala. Ele geralmente tinha um sorriso e seus olhos escuros estavam rindo. Não havia riso algumnele. Ele foi
direto para Stefano e estendeu a mão. Stefano imediatamente a sacudiu e indicou a mesa dereuniões.
— Eu aprecio você se encontrar com a gente, Giuseppi, especialmente sob as circunstâncias.
Lamentamos muito saber sobre Greta. Espero que ela esteja confortável?
Todos sabiam que Greta era o amor da vida de Giuseppi. Ela estava no estágio quatro do câncerde pâncreas, e Giuseppe passava todo o seu tempo com ela.
Para ele tirar um tempo de ir ao encontro significava que era extremamente importante para ele.
Giuseppi assentiu várias vezes. — Ela ficou feliz em
ver Emmanuelle. —O homem se virou para olhar para ela.
— Obrigado por ir vê-la. Significou muito para ela.
Emmanuelle inclinou a cabeça. — Greta é muito amada por todos que a conhecem.
Valentino se virou, olhando de seu pai adotivo para
Emme. Ela nem olhou para o lado dele.
Giuseppi sorriu para ela e se voltou para Stefano quando seu irmão entrou, os três filhos de seuirmão atrás dele. — Não ligue para Miceli. Ele é um cabeça quente, —
foi uma tentativa do humor que ele sempre mostrou.
Stefano aceitou o aperto de mão de Miceli. — Como Taviano. Nós vamos manter os doisseparados.
Miceli riu. — Ele vem dizendo isso desde que eu tinha
quatro anos. Agora eu tenho sessenta e ele acha que eu
não superei esse traço. —Ele se virou para Vittorio. —
Antes de começarmos esta reunião, tenho que me desculpar formalmente com você. Eu não faziaideia de
que Grace Murphy era sua noiva. Ninguém sabia do seu
noivado. Eu certamente não tenho ideia do que Ale e Lando estavam fazendo na sua boate.
Vittorio, como todos os cavaleiros das sombras, podia
ouvir mentiras. Miceli Saldi estava mentindo. O olhar de desculpas em seu rosto parecia sincero.Suas expressões
e inflexões eram perfeitas, mas ele estava mentindo.
Vittorio evitou cuidadosamente olhar para qualquer um dos seus irmãos ou Emmanuelle. Elesouviriam, a nota
que soava mal o suficiente para avisá-los que o homem
era um mentiroso descarado.
— Como ela está?
— Assim como pode ser esperado com um ombro quebrado.
— Eu entendo que ela trabalha para a organizadora de eventos. Martina usa a empresa para cadacaridade ou
festa que ela faz. Ela conheceu Grace.
— Como está sua esposa? —Isso era seguro o suficiente. Se os Saldi tivessem algum dompsíquico, e
isso era inteiramente possível, Vittorio não diria nada que pudesse ser ouvido como mentira.Martina Saldi era uma
boa mulher. Vittorio a conheceu em inúmeras funções e
ela sempre foi infalivelmente educada com todos. Até mesmo com Eloisa, que poderia serabrasiva.
— Bem. Bem. Ela lamenta todos os dias que nossos
filhos não se casaram e cumpriram seu dever de nos dar
netos. —Ele acenou com a mão para os filhos, que haviam entrado atrás dele.
Dario Bosco, o mais velho de Miceli, muitas vezes trabalhou como guarda-costas principal deseu primo, Valentino. Seus outros dois irmãos, Angelo e Tommaso,
se espalharam um pouco, assumindo posições que não
pareciam ameaçadoras, mas protegiam melhor seu pai e
seu tio se fosse necessário.
— Nossa mãe costuma dizer exatamente a mesma coisa, —disse Stefano. — Acredito queMartina e Eloisa
tiveram uma conversa sobre netos.
— Greta queria ver nossos netos, —lamentou
Giuseppi e afundou-se em uma cadeira à direita da cabeceira da mesa, exatamente onde Stefanoplanejara
que ele se sentasse.
O chefe da família Saldi parecia tão triste que Vittorio sentiu pena dele. Todos que sabiamalguma coisa sobre a
família Saldi sabiam que Giuseppi Saldi era apaixonado
por sua esposa.
Miceli pôs a mão no ombro do irmão e deu um tapinha
antes de se sentar ao lado dele, de frente para Taviano e Vittorio. Ricco assumiu a cadeiradiretamente em frente a Giuseppi. Giovanni pegou a cadeira em frente a Miceli.
Seu corpo estava quase recuperado, mas não
completamente, em uma das maiores sombras projetadas
pelo lustre no alto. Emmanuelle caminhou ao redor da mesa, cabeça erguida, a realeza sedignando a sentar com aqueles que estão embaixo dela, indo se sentar ao
lado de Taviano.
Valentino pegou a cadeira diretamente em frente a ela, deixando duas cadeiras abertas entre
Miceli e ele. Os dois filhos de Miceli, Angelo e Tommaso, imediatamente
se acomodaram entre o pai e o primo, deixando Dario de
pé. Vittorio não gostou que os primos de Val estivessem
sorrindo maliciosamente quando olhavam para
Emmanuelle, mas ela não parecia estar de forma alguma
incomodada com eles, então ele ficou em silêncio. Este
era o show de Stefano.
Giuseppi pegou vários itens de comida e serviu-se de
café forte. Os outros, nos dois lados da mesa, seguiram o exemplo. Vittorio não estava comvontade de comer.
Tristeza estava emanando de Giuseppi em ondas, mas outra coisa, alguma outra emoção forte seinfiltrou na sala.
A tensão em sua barriga enrolou, não em nós, mas como
uma cobra, esperando para atacar. Ele não podia dizer de onde vinha a fonte de perigo, masestava na sala, espalhando-se pela mesa e girando em torno de seus irmãos como um manto dedesgraça.
Stefano estava na cabeceira da mesa, a xícara de café perto. — Obrigado por tirar um tempo paravir à reunião, Giuseppi. Eu sei que cada minuto longe de Greta é difícil para você.
— Eu senti que isso era importante, Stefano, para esclarecer qualquer mal-entendido que tenhaocorrido entre as nossas duas famílias, —disse Giuseppi. —
Expliquei para Greta e ela concordou comigo. Podemos
ter pontos de vista diferentes, mas sempre fomos aliados um com o outro quando necessário. —Deliberadamente
ele se referiu a um terrível ataque à família Ferraro, enviara seus homens para ajudá-los. Claro,na época, seu filho estava na linha de fogo também.
— Chegou ao nosso conhecimento que um de nossos
funcionários da boate trabalha para a família Saldi. Temos vários homens e mulheres quetrabalham para nós há anos. Martin Shanks sempre foi um administrador de confiança econsiderado um amigo. Timothy Vane é seu
assistente, também um empregado de confiança.
Vittorio observou Miceli e Giuseppi de perto enquanto
Stefano falava. Giuseppi comia sua comida com calma,
mas ouvia atentamente. Miceli deixou cair a mão por baixo da mesa várias vezes e Vittorioimaginou-o disparando uma automática e pulverizando toda a família Ferraro com balas. Elesentiu a mesma tensão nos irmãos, mas nenhum deles mostrou, seus rostos inexpressivosenquanto comiam a abundância de comida e bebida.
— As câmeras foram apagadas tanto no estacionamento quanto dentro do clube, mas felizmente,
temos primos que são incríveis com tecnologia e, milagrosamente, ressuscitaram o vídeo paranós.
Vittorio sabia que a filmagem foi recuperada dos controles remotos de backup. — Ela mostraclaramente
Timothy Vane escoltando seus funcionários, Miceli, Ale Sarto e Lando Gori, para o meu clube,junto com Haydon
Phil ips, que agora sabemos que é um serial killer.
Miceli acenou com a mão. — Ale e Lando foram desonestos comigo. Eu os teria demitido sesoubesse que
eles estavam lidando com tráfico. Foi tão chocante quando descobri. Eu questionei Lando eumesmo. Ele pediu desculpas e pediu perdão, especialmente por usar seu clube para uma reuniãocomo essa. Seu raciocínio foi, era o último lugar em que eles seriam vistos por qualquer um dosseus colegas de trabalho. Eu não emprego esse seu
assistente desleal Vane. Claramente, Sarto e Gori estavam agindo por conta própria.
Era o maior pote de merda que Vittorio já ouvira. A voz
de Miceli soava sincera, mas a mentira era grande demais para ser coberta pela excelenteatuação. Vittorio observou
os filhos de Saldi de perto. Dario se sentou do lado de fora, ao lado de Val. Seu olhar estava emTaviano, como
se ele tivesse escolhido o jovem Ferraro como seu alvo
pessoal. Angelo estava observando Giovanni de perto.
Tommaso só tinha olhos para Vittorio. Isso significava que Val estava em Emmanuelle. Vittorionão gostou. Se chegasse a um tiroteio com a família Saldi, ele não sabia se sua irmã hesitariaantes de puxar o gatilho. Se ela fizesse, Val a mataria. Será que ele poderia dar um tiro em Val econseguir matar Tommaso imediatamente depois?
Mesmo sabendo que Stefano tinha planejado tal tiroteio,
ele ainda passou por cima do cenário em sua mente, repetidas vezes, praticando até que elesoubesse que ele seria suave e rápido.
— Timothy Vane foi detido e está sendo interrogado
pela polícia, —continuou Stefano, com seus olhos azuis
escuros e frios penetrando Miceli.
Giuseppi se virou em seu assento para olhar acusador
para seu irmão. Ele não tentou esconder sua expressão
ou seu ceticismo.
— Haydon Phil ips está à solta, e se os policiais puderem provar que Vane o ajudou de algumaforma, eles
o colocarão atrás das grades. Eu já questionei Vane e ele tinha muito a dizer. Segundo ele, ele foiabordado quando foi contratado. O contato inicial foi feito por um homem chamado HaroldJenson. Eu acredito que ele é seu empregado, Miceli.
Em vez de parecer indignado, Miceli riu baixinho. —
Stefano, vamos ser homens aqui. Você os tem nos que
estão à minha disposição, de Giuseppi e em nossos negócios. Nós os temos nos seus. Isso éapenas um negócio entre nós. Nós vigiamos um ao outro, mas isso é
tudo. Se Vane é um dos homens que Harold recrutou, então sim, ele ganhou dinheiro para nosdizer o que puder sobre os misteriosos irmãos Ferraro e sua adorável irmã.
Isso é tudo. Não há uma grande conspiração. —Ele acenou dramaticamente com as mãos e entãopegou um
cannoli e deu uma grande mordida.
Giuseppi assentiu como se seu irmão tivesse
consertado tudo entre as famílias.
Stefano suspirou. — Talvez o que você diz tenha algum mérito, Miceli, mas conduzir qualquernegócio em
nosso clube é estritamente proibido. Esse é o território Ferraro. As linhas estão marcadas comclareza e
estabelecemos as regras entre nossas famílias há muito tempo. Qualquer infração é um ato deguerra. Seus homens estão fazendo negócios em nosso clube há algum
tempo. Não apenas Ale e Lando, que Deus descanse suas
almas, mas vários outras. Na frente de vocês dois está
uma lista de nomes. Esses homens estão todos na sua
folha de pagamento, Miceli.
Antes que Giuseppi pudesse arrastar o papel até ele,
Miceli o pegou, amassou-o na mão e o jogou. O papel caiu na geleia de morango. — Eu disseque não faço negócios
em seu clube, Stefano, e minha palavra deveria ser suficiente! —Miceli gritou a acusação, seurosto ficando vermelho.
Stefano olhou para ele, seu olhar frio. Vittorio sentiu
que tudo nele se instalou. Ele sabia exatamente o que faria. Seu primeiro tiro tinha que ser umtiro de morte. A todo custo, mesmo com Stefano escolhendo Val, Vittorio
tiraria Val Saldi para proteger Emme. Tommaso era o próximo para não ser morto. Todo o tempoele tinha que
estar se movendo para as sombras. Proteger Giovanni era
o terceiro. Giovanni não conseguia entrar nas sombras,
não com a placa da perna. Ele ficaria exposto.
Esperançosamente, os que os cobriam destruiriam seus inimigos antes que disparassem um tiro.
O rosto de Miceli ficou ainda mais vermelho. — Eu
não me importo com o que você pensa, Stefano
Giuseppi se levantou devagar e seu irmão parou, ficando quieto sob o olhar frio. — Stefano,parece que minha família lhe deve desculpas. Meu filho me garantiu
que, se você estava fazendo uma acusação, não seria sem provas. A família Saldi mantém anossa palavra. —
Ele virou outro olhar frio para o irmão. — Realizar negócios em seu clube não é um movimentosancionado.
Eu vou chegar ao fundo disso e nós vamos pagar restituição à sua família.
— Giuseppi ... —Miceli tentou protestar, mas foi recebido com outro olhar frio e um balançar decabeça do irmão mais velho.
— Não. Quando dizemos que faremos algo, quando
negociamos e assinamos um tratado, o fazemos de boa-
fé. Nossa palavra nunca foi questionada pela família Ferraro, nem sua palavra foi questionadapela nossa.
Como chefe da minha família, em última análise, sou responsável por não saber o que estáacontecendo bem
debaixo do meu nariz. Só posso pedir desculpas, Stefano, e pagar a restituição.
Stefano inclinou a cabeça. — Você está cuidando de
Greta.
— Não há desculpa. Talvez eu precise renunciar e entregar o negócio para o meu filho. —Eleafundou em
seu assento, parecendo mais velho, seu belo rosto cheio
de dor. — Não há como parar o câncer, Stefano. Não importa o dinheiro ou o poder, nadaimpede.
Stefano colocou uma mão reconfortante em seu ombro. — Sinto muito, Giuseppi. Eu não possoimaginar
perder Francesca. Greta sempre foi uma estrela brilhante para todos que ela toca.
Miceli agarrou o outro ombro do irmão. Vittorio não comprou as palavras murmuradas desimpatia. Ele olhou
para Taviano. Seu irmão mais novo sabia que as condolências de Miceli eram falsas. Miceliestava com raiva porque Giuseppi se desculparia com os Ferraro. Ele tinha conscientementerealizado negócios em seu território, em um dos seus estabelecimentos, e fez isso de propósito.
— Sinto-me muito mal por ter que continuar com a lista de provas, —disse Stefano, — mas nãoposso deixar
que você pense que a boate foi o único lugar onde os
homens Saldi estavam fazendo negócios. Eu quero tudo
parado. Harold também recrutou Bruno Vitale para vender
drogas da loja de flores de sua família. Bruno estava usando a loja para enviar drogas através do
serviço postal, que é uma ofensa federal. Isso será resolvido por nós, mas, ao fazê-lo, dois doshomens que traziam para
ele vender começaram a assediar e ameaçar minha tutelada, Nicoletta.
Dario virou a cabeça para encarar Stefano. — Nomes,
ele retrucou abruptamente. — Você tem prova disso?
— Eu não faço acusações sem provas, —disse Stefano. — Nicoletta nos contou o que aconteceu.Ela foi ameaçada por esses homens porque os viu trazendo as
drogas para a loja e protestou. Um deles a empurrou contra a parede. Felizmente, ela foi ensinadaa se defender e foi capaz de fugir e pedir ajuda.
Vittorio deu uma olhada no rosto sombrio de Taviano.
Enquanto Grace estava no hospital, Vittorio ouvira falar de uma tentativa de agressão contraNicoletta na floricultura.
A família ficou exultante por ela ter tocado o alarme que ela tinha em seu relógio de pulso.Taviano foi o primeiro a chegar até ela e acabou com a perseguição do atacante.
Mais tarde, Taviano confirmou que havia retaliado.
— Imagino que os dois homens que foram estúpidos o
suficiente para colocar as mãos na sua tutelada são os
que desapareceram, —disse Giuseppi secamente.
— Eu não saberia dizer sobre isso, —disse Stefano.
— Eu estava fora da cidade na época.
— Nicoletta não é apenas a tutelada de Stefano, —
disse Taviano. — Ela também é, e mais importante, minha
noiva. Parece que não só a noiva de Vittorio foi um alvo, mas também a minha.
Dario balançou a cabeça. — Isso é impossível.
Nicoletta não está usando seu anel. Não houve anúncio.
— Nós não chamamos a atenção para nossas
mulheres se pudermos evitar, —disse Stefano. — A atenção da mídia é brutal como você bemsabe.
— O que eu sei é que você gasta metade da sua vida
se enroscando com mulheres nas páginas de um tabloide,
—Dario rosnou, seus olhos escuros desafiando Taviano.
— Isso é besteira.
— O que é besteira é a família Saldi conduzir negócios em nosso território, —retrucou Stefano.— E
ameaçar nossas mulheres. Eu quero que pare. Se não parar, só posso assumir que você estádeclarando guerra
entre nossas famílias.
— Parará, —disse Giuseppi. — Eu quero a lista de
nomes, todos que você tiver, junto com as provas. Eu preciso acabar com isso agora. Uma paradadura para isso. —Ele olhou para seu irmão mais novo. — Isso colocou nossa família em uma luzruim. Nossa palavra é
nosso vínculo. Nossa honra.
Stefano inclinou a cabeça. — Quero que todas as drogas sejam removidas do meu território.Também quero
sua palavra de honra de que nenhum tipo de tráfico, especialmente humano, jamais seráconduzido em nosso
território.
— Você tem a minha palavra, —disse Giuseppi solenemente. — Eu falo pela nossa família.
— Eu quero a palavra de todos os Saldi nesta sala, —
disse Stefano. — Especificamente, quero ouvi-los dizer em voz alta.
Vittorio sentiu o guerreiro se levantando. Ele sentiu que todos os seus irmãos estavam em alertacomo ele. A
demanda de Stefano beirava o insulto. Ele estava declarando que não acreditava que Giuseppifalasse por
sua família.
Val protestou imediatamente. — Meu pai deu sua palavra de honra.
— Talvez, mas não foram os homens de Giuseppi invadindo meu território, vendendo drogas ou
sequestrando mulheres para vendê-las ao maior lance, —
disse Stefano friamente.
Vittorio observou Val com o canto do olho, mas manteve o olhar fixo em Tommaso. Ao pedidode Stefano,
Tommaso lançou um rápido olhar para o pai. Miceli levantou-se com grande dignidade. Eleinclinou a cabeça
para Stefano.
— Assumo total responsabilidade pelo que é
claramente um motim nas fileiras dos meus homens.
Lando Gori e Ale Sarto sempre foram funcionários confiáveis. Mais como família. Eu lhes deimais e mais
deveres enquanto meus filhos frequentavam a faculdade.
Agora, meus garotos estão em casa novamente e passei
com eles um tempo que foi perdido enquanto eles estavam fora. É claro que houve algum tipo detentativa
equivocada de absorver mais território. Talvez eu não tenha deixado claro para esses homens queo território
Ferraro estava fora dos limites. Posso dar minha palavra como Saldi, por mim e por meus filhos,que não conduziremos negócios, drogas ou tráfico no território de Ferraro.
Ele parecia dramático. Ele parecia totalmente sincero.
Ele também tinha aquela nota em sua voz que dizia a Vittorio que ele estava mentindo. Vittoriolançou um olhar para Stefano, que inclinou a cabeça para Miceli, que afundou graciosamente emseu assento e cruzou os braços sobre o peito.
Val levantou-se. — Eu nunca irei, sob quaisquer circunstâncias, conduzir negócios familiares,incluindo a venda de drogas ou tráfico de qualquer tipo, incluindo mulheres, no territórioFerraro. —Ele manteve o olhar no rosto de Emmanuelle. Sua voz soou com sinceridade.
Ela empalideceu, mas nem sequer se dignou a levantar os cílios para olhar para ele. Os filhos deMiceli fizeram suas promessas. Dario parecia sincero, e Vittorio
não conseguiu ouvir nenhuma mentira, mas Angelo e Tommaso repetiam a nota estranha edesagradável do pai.
Stefano foi gracioso depois disso, todo sorrisos, embora um pouco sombrio.
Giuseppi levantou-se. — Obrigado por sua paciência,
Stefano. Mais uma vez, peço desculpas pelas indiscrições de minha família. Preciso voltar aGreta, por isso, se nos der licença, tenho muito o que fazer antes de poder ver
minha esposa. O último foi dito quase como uma acusação contra seu irmão. — Se você não seimporta,
Stefano, mais uma vez eu peço que você forneça outra
cópia da lista de nomes de qualquer um que tenha estado
envolvido nessa conspiração, bem como a prova.
— Eu tenho isso aqui para você, —disse Stefano e
entregou uma segunda cópia da lista. — Obrigado, Giuseppi. Estou muito feliz por você teresclarecido este assunto entre nós.
Val se levantou apressadamente e foi até a porta, com
a mão na maçaneta, impedindo o pai de sair da sala antes de abrir o outro lado.
Capítulo 10
— Você parece tão triste.
Francesca soou tão compassiva, que Grace teve medo de começar a chorar e derramar todo seutemor a
uma completa estranha. Stefano trouxera Francesca para
duas funções, e pairou tão perto dela, vigiando-a como um falcão, tanto que Grace ficarahipnotizada pelo casal.
Stefano raramente deixara o lado de sua esposa e, quando o fazia, ela estava cercada por seusirmãos e irmãs. Mariko e Emmanuelle estavam perto dela em todos
os momentos. Grace se perguntara como seria ser parte
daquela família e ser amada por todos eles.
Francesca ficou sentada em sua cama, parecendo incrivelmente linda para uma mulher emrepouso. O quarto era enorme e incluía uma área de estar. Antes de descer
para a sala de conferências, Stefano arrumara os móveis
para que houvesse cadeiras muito confortáveis para
Sasha e Grace se sentarem enquanto visitavam sua esposa.
— Isso é como um conto de fadas, —admitiu Grace.
As duas mulheres estavam olhando para ela
esperando uma explicação e ela sentiu como se tivesse
que dar algo a elas. Elas tinham dado boas-vindas a ela, claramente felizes em vê-la. Ela nãoesperava esse tipo
de recepção sem reservas. — Mas não é real.
Vittorio acompanhara Grace até a cobertura do Hotel
Ferraro, onde residiam Stefano e Francesca. Como sempre, ele tinha a mão na parte inferior dascostas, fazendo-a muito consciente dele. Às vezes seu toque era
tão quente que parecia que ele estava queimando uma
marca através de sua pele até seus ossos. Ela nunca se
afastou dele, e poderia ter. Ela simplesmente não o fez.
Ela disse a ele que não precisava que ele dormisse no
quarto dela, e ele não dormiu, mas isso significava que ela não pôde dormir e estava cansada.Seus olhos pareciam
arenosos e inchados por chorar a maior parte da noite.
Tudo por um sonho. Um conto de fadas.
— O que você quer dizer com 'isso' ? —Perguntou Sasha. — O que não é real?
Grace enviou-lhe um sorriso, lutando contra a vontade de chorar. Ela tinha se fechado em seuquarto, ficando lá, esperando que Vittorio fosse deixá-la sozinha para que ela pudesse seacostumar a ficar sem ele, mas, quando ele o
fez, ela ficou arrasada. Isso não fazia absolutamente nenhum sentido.
— Eu não sei como essa coisa aconteceu entre Vittorio e eu. Eu realmente não sei. Acordei nohospital noiva de um homem que eu realmente não conheço. E ele
não me conhece. Ele não pode pensar que está apaixonado por mim, e eu deveria saber mais queacreditar nisso.
Grace pressionou os dedos sobre a boca para se impedir de deixar escapar uma palavra. O quehavia de
errado com ela? Ela estava agindo completamente fora do
caráter dela. Ela tinha ficado em seu quarto, escondendo-se de um homem que só tinha mostradobondade, só porque ela tinha medo. O que ela estava achando? Que
um homem como Vittorio Ferraro estava pregando uma
peça elaborada nela? Isso era um absurdo. Ela só sabia
que não podia aceitar a rejeição dele, então era mais fácil usar o primeiro e legítimo motivo parafugir. Seus medos confusos não estavam fazendo nenhum sentido.
— Se eu falar sobre isso, vou me transformar em uma máquina de chorar e devo estar animandovocê, Francesca, —ela acrescentou.
— Vittorio é um homem honrado, —disse Francesca,
ignorando o esforço de Grace para mudar de assunto. —
Apesar do que você lê nos tabloides, ele é um homem de
palavra. Você pode acreditar em qualquer coisa que ele te disser. Se ele diz que quer casar comvocê ...
— Eloisa disse que preencho os critérios e é por isso
que ele quer se casar comigo, —Grace deixou escapar
antes que pudesse se conter. — Ela disse que ele não
teria olhado para mim de outra forma. Quando eu perguntei a ele, ele admitiu que existe umcritério e que eu o preencho. —Grace não conseguiu evitar o desafio fora
de sua voz.
Houve um pequeno silêncio enquanto Sasha e
Francesca trocaram um longo olhar.
Era óbvio que elas sabiam do que ela estava falando.
— Vittorio não explicou? —Francesca perguntou com cautela.
Grace balançou a cabeça. — Não, ele recusou-se a
explicar.
Houve outro longo olhar entre Francesca e Sasha.
Grace suspirou. — É claro que você sabe o que Eloisa
quis dizer.
— O que significa, Grace, a voz de Francesca era gentil, — é que por você atender a essescritérios, Vittorio é livre para se apaixonar por você. Eu sei que soa arcaico, mas pense emtermos da família real. Eles têm certos deveres que nascem para assumir e com isso vem uma
tremenda responsabilidade. Eles não estão autorizados a
se casar com qualquer um.
— Eu não sou da realeza, —Grace negou. — E eu
não quero que um homem me escolha simplesmente porque eu preencho um certo critério.
— Você realmente acredita que Vittorio Ferraro, que
poderia ter praticamente qualquer mulher que ele quisesse, escolheria você se ele não fosse capazde amar você? Você acha que ele quer um casamento sem amor?
Quando ela não respondeu, Sasha assumiu. — Você
acredita que Stefano ama Francesca?
— Isso é óbvio para qualquer um que os ver juntos.
— E sobre Ricco? Ele ama Mariko? —Sasha desafiou.
Grace pensou nas vezes em que os observou juntos.
Ricco tinha sido muito parecido com Stefano, raramente
deixando o lado de sua esposa e se concentrando completamente nela, da mesma forma queVittorio se concentrava em Grace. Borboletas começaram a voar em
seu estômago. No fundo, ela começou a ter uma dúvida
incômoda.
— Sim, eu acredito que ele faz.
— Você provavelmente não viu Giovanni comigo, —
disse Sasha. — Mas posso lhe assegurar que ele é muito
apaixonado por mim. Quando estamos juntos, sua atenção está totalmente focada em mim. Nãoimporta quantas mulheres bonitas se atirem para ele, ele nunca as vê. E adivinha? Nós atendemosa esses critérios que Eloisa tão rapidamente apontou para você.
— Não para mim, —Grace corrigiu distraída. — Para
Vittorio, onde eu podia ouvi-la. —Vittorio se concentrava completamente nela. Mesmo agora,depois de ela ter dito
para não dormir em seu quarto, tudo o que ele fazia era
para ela.
Ele tinha criado uma sala com o equipamento necessário para a sua fisioterapia e já estavafalando com
os fisioterapeutas. Ele levava seu café da manhã e tinha certeza de que ela tinha tudo que queria.Katie veio para trabalhar com ela. Acompanhou-a pessoalmente ao pátio,
então elas poderiam olhar a piscina e o lago.
Ele a tocava com frequência. Apenas um toque de seus dedos, mas cada vez que ele o fez, envioucalor em
espiral através de seu corpo e dedos secretos de desejo
dançando por sua espinha. Às vezes, ela o queria com
todo fôlego que tinha. Outras vezes ela ficava chateada
com a decepção e mágoa que ela via em seus olhos.
Cada célula do corpo dela a estimulava a acalmá-lo.
Tornar tudo bem entre eles, mas sabia que era a sua personalidade. Ela era uma cuidadora.Alguém que gostava de agradar.
Ela era boa com detalhes e observou tudo sobre Vittorio. Ela sabia que ele não gostava de usarsapatos em sua casa. Ela sabia como ele tomava o seu café e quando
ele preferia chá ou Scotch. Ela poderia dizer quando ele estava inquieto e necessitava se retirarpara seu quarto de treinamento particular, ou quando ele preferia meditar. Ela reconhecia ossinais de quando ele lutava para evitar beijá-la, ou talvez ainda mais seu relacionamento, mas
respeitava os limites que ela estabeleceu. Ela quase desejou que ele não o fizesse.
— Grace, um sem número de mulheres pode atender
a esses critérios. Nós não sabemos. Eu, pessoalmente,
não poderia me importar menos, —Francesca disse firmemente. — Eu vou admitir, como você,no começo eu
fiquei preocupada que ele não tinha me escolhido para mim, o que mudou muito rápido, masentão isso não importava, porque ele era tudo o que eu sempre quis em
um homem. Não me interpretem mal, os homens Ferraro
não são nenhum piquenique para se viver. Você tem que
estar comprometida com eles. Integralmente. Se você o
aceitar, Vittorio tem que ser o seu mundo, porque você vai ser dele. Isso nem sempre éconfortável.
Sasha assentiu. Havia uma pitada de preocupação em
seus olhos. — Vittorio é um homem maravilhoso e sempre
vai cuidar de sua esposa e filhos, mas não deixe que isto vá mais longe, se você realmente não oama. Ele precisa
disso. Uma mulher que vá amá-lo tão completamente que
vai querer ser seu universo. Como Francesca diz nem sempre é um lugar confortável para estar.
— Estou muito ciente disso, —reconheceu Grace. —
Eu odeio que ele tenha que cuidar de mim. Se eu não
estivesse tão necessitada ... —ela se interrompeu. O que ela estava dizendo? Ela o queria. Essaera a verdade. Ela queria o conto de fadas, mesmo que seu príncipe fosse
reconhecidamente um pouco sombrio. Um pequeno
arrepio percorreu sua espinha. Ele nunca mostrou esse
lado dele para ela, mas ele aludiu a isso e ela estava ciente, de que em algum nível, que estava lá.
— Ele insinuou de alguma forma que não quer você lá
ou não gosta de cuidar de você? —Francesca perguntou.
— Eu não posso imaginar isso. Eu acho que Vittorio iria
gostar de cuidar de você.
— Ele diz isso. Eu acho que, depois de ter Haydon na
minha vida por tanto tempo, estou com medo de confiar
em alguém. Além de Katie, que eu conheci por acidente
na faculdade, eu não acreditei em ninguém. Nunca.
Ela não tinha. Ela foi condicionada a não se aproximar
de mais ninguém. Ela conheceu Katie na escola e ambas
fizeram trabalhos sobre planejamento de eventos. Depois
que descobriram isso, se encontraram para um café e discutiram suas ideias. Quando Haydon fezobjeções e
evidentes ameaças a ela, Grace havia apontado que, se ela não tivesse um emprego que pagassebem, não teria
um lugar para morar. Ela tinha deixado implícito que ele também não iria, e ele a deixou sozinha.Katie acabara
dividindo seu dormitório na faculdade.
— Você ama Vittorio? —Perguntou Francesca.
Era muito cedo. Um mês? Cinco semanas? Parte disso ela estava fora de si. Foi o melhor mês desua vida, apesar da dor. Ela olhou para ele. Ela ouviu-o. Cada célula do corpo dela estavacompletamente ligada a ele.
Isso era amor ou obsessão? Estava apenas se voltando
para um homem que a ajudou em um momento terrível de
necessidade?
— Eu não tive tempo para descobrir. Ele me pediu
para lhe dar uma chance e eu estava. Eu disse que faria, mas, em seguida, Eloisa veio e eu perdi aminha confiança.
Francesca suspirou. — Não caia na armadilha que eu
caí. Eloisa tentou abrir uma brecha entre Stefano e eu. Ela faz um bom trabalho em minar minhaconfiança sempre
que me vê. Eu gostaria de ser mais como Mariko, que a
ignora, ou Sasha, que a coloca em seu lugar. Em vez
disso, deixei que suas palavras me machucassem e, em seguida, Stefano perdeu a cabeça.
— Vittorio ameaçou colocá-la para fora da casa, e eu
acho que ele teria.
— Ele teria, —Francesca e Sasha disseram em uníssono.
Grace se encontrou rindo. — Eu estou começando a
conhecê-lo o suficiente para acreditar que quando ele diz algo, ele quer dizer isso.
O sorriso desapareceu do rosto de Sasha. — Eu espero que você se lembre sempre disso. Oshomens Ferraro mostram suas cores verdadeiras para as mulheres
por quem se apaixonam. Eu não posso imaginar que Vittorio não vá deixar você vê-lo como elerealmente é, e o que ele precisa e espera de sua mulher.
Francesca olhou para sua cunhada acentuadamente,
mas, em seguida, tomou um gole de água de um canudo e
deitou em seu travesseiro. — Vocês têm alguma ideia de
quão exaustivo é fazer absolutamente nada? Tenho feito
tricô e é uma bagunça. Ouvi que crochê era mais fácil,
mas eu duvido. Eu realmente admiro e tenho um respeito
louco por mulheres que fazem malhas. —Ela indicou o saco que estava do lado da cama.
Sasha tirou o fio cor de marfim e ergueu a bolha disforme que deveria ser algum tipo de itemfeito à mão.
— O que é isso?
— Dê isso para mim, —Francesca disse e tentou arrancá-lo da mão de Sasha.
Sasha começou a rir. — Eu estou mostrando isso para
os meninos.
— Não se atreva. Aquele terrível Taviano fará com que seja emoldurado e pendurado no quartodo meu bebê
e depois me atormentará dia e noite.
Grace queria a camaradagem que os Ferraro
demonstravam infalivelmente uns aos outros, e agora estendiam a ela. Vittorio estava oferecendoisso a ela. Ela estava realmente com tanto medo que não iria nem mesmo dar-lhe uma chance,dar-lhes uma chance? Ela não queria ser aquela garota, aquela enrolada em uma
bolinha. Aquela sob as cobertas na posição fetal. Ela esteve lá centenas de vezes e todas as vezesdisse a si
mesma para se levantar. Desta vez, ganhando ou perdendo, se ela apenas se levantasse, teria a
oportunidade real, que nunca mais voltaria, de estar com o homem com quem sonhara.
Ela queria alguém para cuidar dela como Vittorio estava oferecendo. Alguém que iria mantê-lasegura e protegê-la do pior da vida. Ela teve o pior por muito tempo e ela queria um portoseguro. A ideia de uma vida sexual excitante e diferente a deixava quente e úmida de excitação.Ela não tinha vergonha de querer tudo o que
ele estava oferecendo e estava disposta a negociar um
pouco de sua liberdade por isso. Em sua mente, Vittorio
lhe deu suas asas. Ele a libertou para subir alto, mas em segurança.
— Sabem de alguma coisa? —Grace saltou da
cadeira, sacudindo o ombro, mas não se importou com a
dor. — A maior parte da minha vida, pensei em Haydon a
cada minuto. Eu tenho medo dele. Aterrorizada por alguém com quem falei naquele dia. Se eu riquando estava falando com um cliente. Ou com a empresa de catering. Qualquer um. O ponto éque ele estava sempre
em primeiro lugar na minha mente. Eu praticamente não
pensei em Haydon. Apenas nas últimas noites em que Vittorio não dormia no meu quarto.
Ela não se importava como isso soaria para elas, se elas acreditavam que ela e Vittorio jáestavam fazendo sexo. Que mulher sã não faria sexo com ele? Ela estava
exultante. Em seu caminho, pegando seu telefone, envolvendo-a em um casulo, tomando asdecisões sobre
quem poderia falar com ela e quem não podia, ele já lhe
dera liberdade. — Eu não pensei em Haydon. —Ela não
tinha medo. Ela já sentia falta da proximidade que tinha com Vittorio. — Vittorio está em minhamente. Eu penso
nele a cada minuto acordada.
Francesca praticamente sorriu para ela. — Isso é bom, Grace. Estou muito feliz que Vittoriopossa fazer isso para você.
— Eu também. —Ela tocou em seu braço e se encontrou rindo. — Ow. Eu não acho que estoupronta
para saltar de cadeiras.
— Vittorio não ficaria feliz com você, —disse Sasha.
— Só Deus sabe o que ele faria se ele visse você fazer
isso. Ela e Francesca trocaram um olhar compreensivo e
depois começaram a rir.
— Eu não tenho certeza se quero saber. —A suspeita
subiu em sua voz, mas também havia empolgação. Ela
não podia evitar. Vittorio era um homem muito sexual. Ele disse que não haveria punições comoas que ela tinha lido em livros, mas ela sabia que haveria algo que ele faria se não estivesse feliz,e por alguma razão insana, o pensamento a excitou.
Uma luz vermelha piscou através do quarto.
Imediatamente os sorrisos desapareceram de seus rostos.
Sasha levantou-se imediatamente e tirou as armas de debaixo da cama. — Está tudo bem,Francesca, Stefano
disse para esperar isso, lembra? Estamos bem. —Sua voz
passou de riso e diversão para negócios. — Grace, precisamos ficar nesta sala. A sala do pânicofica logo atrás da cama de Francesca. Vou precisar de você para
me ajudar a levá-la, se o alarme for dado uma segunda
vez. Vittorio quer você lá com Francesca se isso acontecer.
— E você? —Perguntou Grace. Ela tentou evitar que o
coração acelerasse. Era impossível, mas ela respirou profundamente, a fim de manter a calma.Como para Sasha, de repente era importante para ela cuidar de Francesca.
— Eu vou estar no interior com vocês duas.
— Entrando, —a voz de um homem chamou.
Sasha apontou a espingarda para a porta. — Fique
atrás de mim.
Grace não discutiu. Ela tinha acabado de se mudar
para a cama para se sentar ao lado de Francesca quando
a porta se abriu e um homem de terno entrou, seguido por outro. Os dois homens pareciamsombrios, mas de alguma forma reconfortantes.
— Esses são Drago e Demetrio Palagonia, —
Francesca sussurrou para Grace. — Irmãos. Parentes de
Stefano. Emilio os treinou, então você sabe que eles são muito bons. O rosto dela ficou pálido.
Grace não sabia sobre Emilio ou sua formação, mas
se Francesca e Sasha estavam convencidas, ela estava
disposta a ficar, desde que Haydon não estivesse deslizando através do sistema de dutos.
— Ninguém violou nossa segurança, senhoras, —
disse Demetrio. — Esta é apenas uma precaução. Ele olhou diretamente para Grace. — É umaimpossibilidade
para qualquer um rastejar através do sistema de ventilação. Se fossem para encontrar umamaneira de fazê-lo, iriam desencadear um sem número de alarmes.
Muito provavelmente, estariam mortos antes que pudéssemos chegar até eles.
Ele não entrou em detalhes sobre como o intruso morreria, e Grace não perguntou. Ela não podiadeixar de olhar ao redor da suíte master, observando cada saída de ventilação e a proximidadecom a cama. Ela já se sentia
muito protetora sobre Francesca, especialmente sabendo
que ela estava grávida e já tendo dificuldades.
Francesca não tinha tirado seu olhar do rosto de Demetrio. — Se esta é uma precaução, nadamais, então
por que o alarme disparou?
* * * * * * * *
Vittorio levantou-se da cadeira e foi para o lado da porta, pronto para fechá-la assim que oshomens Saldi passassem, para que Emme, Giovanni e Stefano estivessem seguros. Ele nãogostou do olhar que passou
entre Angelo e Tommaso. Dario parecia decidido a encarar Taviano, mas todos sabiam que Dario
tinha uma
queda por Nicoletta e o anúncio de Taviano sobre seu
"noivado" com Nicoletta tinha sido recebida com hostilidade.
Valentino passou pela porta primeiro, sinalizando para os guarda-costas de seu pai. Ele seafastou e acenou para Giuseppi. O homem entrou no amplo corredor que dava
diretamente para o saguão com confiança, ainda balançando a cabeça, irritado com o irmão.Vittorio viu uma sombra subir no segundo andar e os alarmes dispararam em sua cabeça. Elevislumbrou várias pessoas
inclinando-se sobre o corrimão para apontar para os candelabros. Alguns subiam a escadacircular.
A escada tinha sido construída reminiscente25 de eras passadas. Os Hotéis Ferraro eramconhecidos pelo compromisso com o luxo, mas também pela mistura de
elegância e tecnologia moderna. Um homem estava no canto à direita da escada, de onde tinhauma visão perfeita da entrada da sala de conferência. Ele estava levantando o braço e apontandoum objeto em direção a
porta e Giuseppi.
Sem pensar, Vittorio empurrou Miceli de volta para a
sala e mergulhou para Giuseppi, gritando uma advertência para Valentino ao fazê-lo. Vittorio eraum homem grande e extremamente forte. Ele bateu no homem mais forte, jogando-o ao chão erolando em direção a Emilio. Tiros
25 que recorda, lembra; que se assemelha.
soaram, mas o joelho de Emilio bateu em suas costas enquanto seu primo cobria os dois homens.Enzo havia
derrubado Val um segundo depois de Vittorio derrubar Giuseppi.
Gritos irromperam no átrio. Guarda-costas de ambos
os lados primeiro apontaram armas uns para os outros e
depois para cima em direção às escadas.
— Não atirem! —Stefano gritou. — Muitas pessoas!
O atirador agarrou uma mulher enquanto ela passava
por ele, tentando afastar o filho adolescente do caminho.
O menino desceu correndo a escada e se agachou, ainda
em perigo. Emilio tirou o joelho das costas de Vittorio e depois o ajudou. Vittorio gentilmenteajudou Giuseppi. O
ímpeto de Vittorio os levou pelo corredor largo e longe do saguão. Ele olhou através do arco parao saguão e subiu
as escadas.
— Você está bem? —Ele não estava olhando para o
homem mais velho, ele estudava as sombras que caiam
em torno do atirador.
— Sim. Sim. Graças a você. Onde está Valentino? Ele
foi baleado?
Stefano direcionou os guarda-costas: — Quando for seguro, levem Giuseppi, Miceli e seus filhosde volta para a sala de conferências. Certifiquem-se de que ninguém chegue perto deles. Ele deuum tapinha no ombro de Giuseppi enquanto passava por ele, mas não parou. Ele
entrou no saguão até o final da escada e olhou para cima.
Um estranho silêncio tomou conta do hotel. Todos os
olhos estavam em Stefano. — Por que você não a deixa
ir? —A distância estava o som das sirenes.
— Isso não vai acontecer, —o homem falou, seu sotaque muito pesado. — Se eu a deixar ir, elesvão me
abater imediatamente.
— Ninguém vai atirar em você.
— Eles vão. Eu sei demais. Eles estão atrás de mim e
eu não consegui fazer o trabalho.
Com todos os olhos em Stefano, Vittorio voltou para a
escuridão da esquina. Sua família estava no lugar, nas sombras dentro da sala de conferências.Taviano, Emme
e Giovanni estavam com os Saldi à vista, mas guardados
pela mãe e pelos primos. Ele não precisava se preocupar
com eles. Stefano estava deliberadamente colocando-se
em perigo para permitir que Vittorio se posicionasse para derrubar o atirador.
Vittorio viu a sombra que precisava. Era uma das mais
finas que se moviam como um relâmpago, tão rápido que
era como se o corpo se partisse e nunca mais pudesse
juntá-lo. A sombra, lançada por um pingente de cristal em gota, percorria todo o caminho até asescadas, além do
atirador, para desaparecer no canto mais escuro atrás dele.
Vittorio teria um momento em que ficaria exposto quando saísse do seu canto para a sombra,mas todos os
olhos pareciam estar no drama que se desenrolava entre
Stefano e o atirador. Emilio de repente deslizou entre Vittorio e os outros, dando-lhe aoportunidade de vir atrás dele. Um passo. O tubo chegou a ele, arrastou-o para dentro com tantaforça que ele se sentiu dilacerado, seu corpo aparentemente voando em pedaços.
O choque era sempre maior que o esperado, mesmo
com toda a sua experiência. Ele passou por seu irmão e
subiu as escadas. Um adolescente agachado a seis degraus do topo, quase à vista do atirador. Elese encolhia ali, tremendo, segurando o corrimão como se pudesse
pular a qualquer momento. Vittorio teve um vislumbre do escudo humano do atirador enquantopassava rápido. A
mulher tinha um profundo terror no rosto. Ela gemia, as
lágrimas escorrendo sua maquiagem até que ela corresse
por seu rosto, fazendo várias linhas escuras.
Ele parou bem atrás do atirador na boca do tubo, esperando que seu corpo se juntasse, que aterrível torção diminuísse e ele pudesse respirar novamente. Ele estudou o homem. Ele era maisvelho que o esperado. Em seus
quarenta e tantos anos ou início dos anos cinquenta. Seu sotaque era siciliano. O que ele disse?Ele sabia demais.
Eles atirariam nele. Eles precisavam desse homem vivo.
Eles precisavam ser capazes de questioná-lo.
Ele esperou, sabendo Stefano iria distrair o atirador
para dar-lhe tempo para entrar em posição para libertar a mulher e tirar a arma.
— Eu vou subir. Você a deixa ir e me toma como refém. Este é o meu hotel e eu não posso termeus convidados abordados. Eu não vou resistir de forma alguma. Eu acho que é um negóciojusto. —Stefano colocou um pé na escada.
Vittorio não podia deixar de admirar seu irmão. Em um breve momento ele tinha salvo areputação do hotel. Todo mundo iria querer vir onde os proprietários colocam sua
vida em risco por seus convidados.
Atrás dele, as portas do hotel se abriram e a polícia
invadiu o saguão, correndo atrás de Stefano. Stefano se
virou para encará-los, a mão erguida no ar. — Apenas parem aí mesmo.
Por um momento, o caos reinou quando a equipe da
SWAT se derramou no lobby, armas em punho. Houve
mais gritos e alguns gemidos. Vittorio saiu das sombras, atrás e ao lado do atirador. Quando tiroua arma do homem, dois tiros foram disparados, um após o outro, e a mulher caiu nos braços doatirador, sangue escorrendo de sua garganta e do meio de sua testa.
Imediatamente gritos rivalizaram com tiros quando a
polícia abriu fogo com suas armas, derrubando o atirador.
Vittorio virou e mergulhou para o tubo na hora que o atirador foi arremessado para trás. Oadolescente esperou que os policiais corressem pelas escadas. Um bateu-lhe
no ombro e ele se virou e desceu correndo as escadas,
parecendo estar chorando.
Stefano estava esperando no fim do corredor. O alívio foi palpável no momento que Vittorio saiudas sombras na frente dele. — Você está bem? Você foi atingido? —Ele
passou as mãos sobre o peito de seu irmão. — Isso foi
para o inferno rápido. Que porra aconteceu, Vittorio?
Quem atirou nela? O tiro não veio atrás de mim.
Vittorio sacudiu a cabeça. — Eu não sei. Eu estava
me concentrando em tentar tirar a arma sem ele puxar o
gatilho. Era de pequeno calibre. Eu mal o ouvi. Soou mais como um pop, pop para mim. O únicopróximo era um
garoto ... um adolescente. Eu acho que ele era filho da
mulher. Ela acenou quando o atirador a agarrou. Ele estava agachado nas escadas e aterrorizado.Devemos encontrar esse garoto e ter certeza de que ele está bem.
Stefano xingou suavemente. — Eu tive a certeza de
que você foi atingido também. Meu coração quase parou.
—Ele deu um suspiro. — Isto morde, Vittorio. Os policiais vão estar todos aqui, especialmentequando virem que nós tivemos uma reunião com os Saldi. Nós também podemos convidá-los anós investigar de novo.
— Eles não vão deixar qualquer um de nós sair.
— Coloque Val e Giuseppi de volta para a sala de conferência com os outros onde eles vão ficarmais confortáveis. Há comida. Bebida. Veja se eles precisam de mais alguma coisa. Vou mecertificar de que a polícia saiba que Giuseppi tem que voltar para sua esposa o mais rápidopossível.
— Eles vão ser desagradáveis sobre isso.
— Não se Art Maverick ou Jason Bradshaw estiverem
por aqui. Eles são homens decentes e bons detetives.
Nenhum dos dois vai prender Giuseppi aqui sem motivo
quando souberem que sua esposa está morrendo.
Vittorio sabia que era verdade. Ele queria ficar com
Grace, mas ele tinha sido visto atrás do atirador e a polícia iria mantê-lo lá embaixo também.Stefano ia pegar o peso da investigação. Como chefe da família e aquele tentando fazer o atiradordesistir de seu refém, ele seria o único a falar com a polícia e os jornalistas. Vittorio não oinvejava.
— Vamos fazê-lo. Falar com a polícia e repórteres era
apenas algo que os Ferraros tinham que fazer ocasionalmente. Vittorio colocou a mão no ombro
do irmão. — Eu vou mandar uma mensagem a Grace e
deixá-la saber que estamos todos bem. Ela vai ficar preocupada.
— Eu estou deixando Francesca saber, embora eu estivesse mantendo Demetrio e Dragoinformados da situação, —disse Stefano. — As coisas não parecem boas
entre você e Grace.
— Elas não estiveram esta última semana. Se ela não
vier logo para mim, eu vou ter que forçar a questão. Ela não está dormindo, o que irá impedir asua cura do ombro.
Eloisa, como de costume, conseguiu foder as coisas.
— Eu acho que ela faz o trabalho de sua vida em foder nossos relacionamentos. —Stefano estavaolhando
por cima do ombro de Vittorio e ele virou um pouco para
ver Art Maverick entrar no edifício com seu parceiro, Jason Bradshaw. Os dois detetives eramdesignados para o seu
bairro junto com Little Italy, então eles estavam muito familiarizados com ambos os Ferraro eSaldi.
— É melhor eu levar Giuseppi e Val para a sala de
conferências, se eles não tiverem sido levados até lá, —
disse Vittorio. Ele se apressou para a pequena alcova onde Val tinha levado seu pai para sesentar, seus guarda-costas cercando os dois homens. Vittorio ignorou a
postura dos guarda-costas. — Giuseppi, Maverick e Bradshaw estão no prédio. Vamos levá-lopara a sala de
conferências e Stefano fará com que eles questionem você e a Val primeiro, para que você possasair daqui.
— Você sabe quem foi o atirador? Ou por que ele tentou nos matar? —Val perguntou enquantoajudava seu
pai a se levantar.
Vittorio notou o homem mais velho tremendo.
Giuseppi não era tão velho nem frágil. Ele estava doente?
Se ele estivesse, nem Val nem Giuseppi admitiriam isso a um Ferraro. — Eu não tive tempo deolhar a carteira dele se é que ele tinha uma, —disse Vittorio. — Alguém atirou naquela mulher.Stefano acha que eles estavam atirando
em mim.
Eles foram da alcova para a sala de conferência. A
porta estava aberta e Miceli e seus filhos estavam de pé, tentando absorver tudo o que estavaacontecendo com seus guarda-costas tentando protegê-los.
— Não foi um de nós, —disse Val, quase beligerante.
— Trouxemos uma pequena contingência e seus homens
estavam assistindo os nossos o tempo todo.
Miceli recuou para permitir que seu irmão e sobrinho entrassem na sala. Ele pegou seu irmão emseus braços e
o abraçou. — A queda machucou você? —Ele conseguiu
encarar Vittorio. — Você o atingiu com muita força.
— Ele salvou minha vida, —disse Giuseppi. — Eu estou certo disso.
— Não há nenhuma maneira de dizer para onde o atirador estava apontando, —disse Miceli. —Poderia ter
sido em qualquer um.
Vittorio tinha que admitir que ele estava certo, embora
seu intestino dissesse a ele que Giuseppi tinha sido o alvo principal. — Eu concordo, Miceli.Você pode também fazer-se confortável. Ninguém vai ser capaz de sair até
que todos tenham sido questionados. Se alguém estiver
armado ou transportar qualquer coisa ilegal, agora é a hora de se livrar dela.
Emmanuelle abraçou-o com força. — Vittorio, isso foi
um pouco perto demais para ser confortável. Perto demais. Quem atirou naquela mulher poderiater tentado
matá-lo.
— Eles não conseguiram, querida, —ele tranquilizou-
a.
— O que Stefano estava pensando, oferecendo-se para trocar de lugar com aquela mulher? —Elaperguntou.
— Ele não pode fazer coisas assim. Eu poderia ter tomado o lugar dela. Não é como se euestivesse grávida.
Val fez um som que deixou ambos se voltando para
olhar para ele. Seus vívidos olhos verdes se estreitaram e grudaram em Emmanuelle. — Ébesteira pensar dessa maneira, Emme. Você não é dispensável porque não tem
filhos. Essa é a sua mãe falando.
Giovanni deslizou entre Val e Emmanuelle, um movimento fluido e fácil que não pareciaintrusivo, mas era. Ele ficou de costas para Val, enquanto olhava para
sua irmã. — Aquela pobre mulher inocente não tinha nada
a ver com o problema que aquele atirador tinha com um
de nós nesta sala. Ou todos nós. Como chefe de nossa
família, é claro que Stefano faria a oferta. Também deu a Vittorio o tempo para chegar aohomem por nossa escada
particular.
Vittorio sabia que mais cedo ou mais tarde, um dos
Saldi iria perguntar como Vittorio conseguiu chegar até o segundo andar sem ser visto. Giovannitinha facilmente
respondido à pergunta, bem como cortado o acesso de Val a Emmanuelle.
Ela nem sequer olhou para Val, tratando-o como se
ele não existisse. — Você está certo. Eu só entrei em pânico quando o ouvi. Francesca está tãofrágil agora. Ela não pensa de si mesma dessa maneira, mas ela tem que
ser muito cuidadosa. A droga que estão injetando a deixam agitada noite e dia. É uma loucura.
Serviu-se de uma xícara de café e voltou para Vittorio.
— Eu vou falar com Grace e explicar sobre Eloisa. —Ela
olhou na direção das sombras do outro lado da sala onde
sua mãe estava escondida e incapaz de revelar-se.
Felizmente, a sala era longa e Eloisa não era capaz de
ouvir a conversa.
Vittorio bagunçou o cabelo dela. — Não há explicação
para Eloisa, mas obrigada, querida. Eu decidi falar com
ela. O evento de caridade é no fim de semana que vem.
Temos que estar na mesma página até lá. Só me dá alguns dias para me preparar. Tenho asensação de que
Haydon Phillips tentará nos atingir lá. É a primeira vez que ele pode realmente chegar até ela.
Durante todo o tempo que conversava com seus irmãos, Vittorio estava ciente dos Saldi em umpequeno
grupo juntos, conversando tranquilamente na extremidade
oposta da sala. Val se manteve lançando olhares irritados para Emmanuelle, mas ficou ao lado deseu pai. Em algum lugar perto, Taviano pairava, misturando-se ao fundo, esquecido.
Nas sombras estavam os primos e Eloisa, ouvindo cada palavra que os Saldi tinham a dizer umao outro. Se, de alguma forma, eles eram responsáveis pelo ataque no
hotel Ferraro, e eles falassem sobre isso, os Ferraro saberiam. Se não, suas especulações podiamrevelar respostas.
— Está ficando um pouco arriscado, —disse Giovanni.
— Como se Phillips não fosse o suficiente para nos preocupar, nós temos este atirador e os Saldi.
— Miceli estava mentindo, —Emmanuelle sussurrou,
sua voz muito baixa. — Acho que Giuseppi foi muito sincero, mas sempre gostei dele e de Greta,então talvez eu tenha sido preconceituosa. Ele não tem prestado muita atenção ao que aconteceao seu redor desde que Greta
adoeceu.
— Val está assumindo? —Vittorio fez a pergunta difícil.
O queixo de Emmanuelle subiu e pela primeira vez ela
olhou para o outro lado da sala em Val. Seus olhos se
encontraram, mas ela não desviou o olhar. — Eu não saberia. Desde que eu o ouvi dizer a outramulher que
tinha ordens de me fazer apaixonar por ele, mas realmente, ela achava que ele queria um bebêmimado
que não conhecesse nada sobre sexo, eu não tive nada a
ver com ele.
Vittorio congelou. Muito lentamente, ele virou a cabeça
para olhar para o homem que havia quebrado o coração
de sua irmã. Os Ferraro notoriamente se apaixonavam uma só vez. Certa ou errada, Valentino eraa escolha de
Emmanuelle. Fazer uma coisa tão cruel nunca ocorreria a
nenhum deles.
— Ele realmente disse isso? Essas palavras?
— Vittorio, —Emmanuelle advertiu. Ela colocou uma
mão em seu braço. — Eu te disse isso antes.
Vittorio explodiu em ação, jogando o guarda-costas Saldi fora do seu caminho para chegar aValentino Saldi.
Ele foi como um tornado feroz, destrutivo. Treinado em
corpo-a-corpo, em cada estilo de luta, ele passou os guarda-costas com facilidade, pondo as mãossobre Val
em menos de um segundo, seus punhos e pés fazendo
dano antes que o outro homem tinha uma chance de levantar uma defesa. Ele tinha o seuadversário contra a parede, batendo com o punho várias vezes antes de Dario
chegasse a ele para tentar tirá-lo de Val. Dario voou, e Vittorio mal tinha olhado para ele.
— Pare. —Giuseppi levantou-se. Uma figura
imponente. Uma voz de autoridade absoluta. — Vittorio.
Val. Parem com isso agora. Não pode haver brigas entre
nós.
Vittorio sempre estava ciente de tudo ao seu redor,
mesmo quando estava no meio de aniquilar um inimigo,
mas nada o impediria, nem mesmo Giuseppi, por quem
ele tinha algum respeito. Ele queria esmagar Val no chão.
Batê-lo em uma polpa sangrenta. Ele não teria parado, mas Ricco pegou seu punho sangrento noar antes que
ele pudesse mais uma vez bater no rosto do herdeiro de
Giuseppi.
— Chega, Vittorio. Ele já teve o bastante.
— Nunca será suficiente, no que me diz respeito, —
disse Vittorio, com desprezo escorrendo de sua voz.
Segurando Val, ele bateu com o punho nas costelas.
— Vittorio, ele não vale a pena, —Emmanuelle disse
suavemente, colocando a mão no braço dele. — Por favor,
pare.
Vittorio instantaneamente recuou, permitindo que o corpo de Val deslizasse até o chão. Sem nemmesmo olhar para o homem caído, ele se virou, levando Emmanuelle com ele, para ir a Giuseppi.— Perdoe-me,
Giuseppi. É uma questão de honra de família.
Giuseppi tinha que ser quem ordenou a Val seduzir
Emmanuelle, mas ele ainda parecia confuso enquanto seu
olhar mudou-se de seu filho para Emme. Dario e Angelo
se agacharam ao lado de Valentino.
— Você precisa de uma ambulância? —Ricco
perguntou, a voz estritamente neutra. Giovanni entregou a Dario um balde de gelo e um pano.
— Não. Nós vamos cuidar disso, —Dario estalou, olhando para Vittorio por cima do ombro, apromessa de
retaliação no rosto.
— Veja, Giuseppi, —Miceli disse, em voz baixa, mas carregada. — Não há paz entre nossasfamílias. Não houve nenhuma razão para este ataque.
— Havia uma razão, —disse Val, sua voz rouca e afiada com dor. — Basta deixar para lá.
Vittorio não dava a mínima para o que os Saldi pensavam ou se Val agia como um homem eaceitava o
que estava vindo para ele. Ninguém ia tratar Emmanuelle
do jeito que Valentino tinha e fugir com isso. No que lhe dizia respeito, os Saldi eram o inimigoe sempre seriam.
Na sua opinião, uma guerra estava se formando entre as
duas famílias e não havia razão para fingir que não.
Capítulo 11
Grace olhou para as mãos de Vittorio enquanto ele pegava seu cotovelo para ajudá-la. Suarespiração ficou
presa na garganta. — Vittorio. —Ela respirou seu nome,
chocada com a pele e juntas esmagadas, bem como o inchaço.
— Não é nada, —disse ele, descartando o fato que
ficou claro de que ele tinha estado em uma luta.
Ela quase estremeceu com a rudeza em sua voz.
Vittorio nunca tinha sido brusco com ela. Nem uma única
vez. Ele sempre foi gentil em tudo o que fez e disse. Ela havia aberto uma brecha entre eles e nãosabia como melhorar as coisas. Ela queria, especialmente depois de
conversar com Francesca e Sasha.
A família Ferraro estava lá em peso, até mesmo seus
primos de Nova York. Eles eram homens
surpreendentemente bonitos, assim como aqueles de Chicago. Ela imaginou que a aparênciadeles vinha de uma longa linha de bons genes. Eloisa estava visivelmente desaparecida.
— Ele estava defendendo minha honra, —disse
Emmanuelle. — Eu acho que eles estavam todos loucos
por uma briga, e eu disse algo que eu não deveria ter ...
— Emme. Pare. —A voz de Vittorio era de comando.
Grace nunca tinha olvido-o usar esse tom particular. A maneira como ele falou acabou com todaa conversa na
sala.
— Eu tenho que levar Grace para casa, por isso, se
você me der licença, estamos decolando agora, —
acrescentou Vittorio.
— Você não vai ficar para o jantar? —Francesca protestou.
— Não, querida, eu sinto muito. —Vittorio suavizou instantaneamente e se inclinou para roçarum beijo na testa de Francesca.
— Vai você trazer Grace para me visitar? Eu realmente gostei de vê-la.
— Quando eu tiver a chance.
Ninguém além de Grace pareceu perceber a
hesitação. Foi uma coisa pequena, mas mais um golpe
que ela sentia profundamente. Ele parecia cansado e infeliz. Ela queria desesperadamenteencontrar uma maneira de fazê-lo dormir melhor e tirar aquele ar de melancolia de seu rosto. Elasabia que era responsável
por colocá-la lá em primeiro lugar. Ela só não esperava
sentir tanta falta dele, ou que seu desânimo fosse afetá-la
tão completamente. Ela realmente se machucava com a necessidade de tornar as coisas melhorespara ele.
Ela se despediu e entrou no elevador privado com Vittorio. No momento em que as portas sefecharam, ela
se virou para ele. — Assistimos a todo o evento passando pelas telas de segurança do hotel noquarto de Francesca.
Foi realmente assustador. Você se moveu tão rápido para
salvar Giuseppi Saldi. Eu não pude deixar de ter orgulho de você, mas fiquei apavorada por vocêao mesmo tempo.
Quando você cobriu o corpo dele com o seu, você ficou
completamente exposto ao atirador.
Ela não conseguia evitar que a voz tremesse ou a pequena mordida de acusação. Ela tinha ficadoaterrorizada por ele, assim como as outras mulheres, o
que não tinha aliviado sua mente. Demetrio e Drago queriam desligar as telas, mas Francescatinha recusado.
Vittorio olhou para ela de sua altura superior, fazendo-
a se sentir pequena e frágil. Ele era um homem todo grande, seu peito, braços e pernas pesadascom músculos. Ele era uns bons 30cms mais alto, facilmente
mais, e ela era pequena em comparação. Seus olhos
índigo passaram pelo rosto dela, fazendo-a querer se contorcer. Ela se contorceu sob seuescrutínio focado.
As portas do elevador deslizaram suavemente e foram
recebidos na entrada privativa do hotel Ferraro por Emilio e Enzo. O carro estava ali, Enzosegurando a porta aberta.
Vittorio e Emilio olharam com cuidado antes que Vittorio a ajudasse a deslizar sobre o couro friodo banco de trás.
Ele entrou ao lado dela e Emilio fechou a porta. Só então ela percebeu que Enzo não estavadirigindo. Ele estava no banco da frente e eles tinham um motorista que ela não
reconheceu.
Ela olhou para trás e viu Emilio entrando no lado do
passageiro de um segundo carro. Quando eles saíram do
estacionamento, Grace percebeu que eles estavam seguindo um carro da frente. Isso nuncaaconteceu antes.
Quando ela olhou para as feições definidas de Vittorio, decidiu não fazer perguntas até queestivessem em casa.
Talvez ele não respondesse. Talvez ela tivesse perdido a chance de ser uma parte dele, masestava determinada
que, quando chegassem a sua casa, ela iria tentar, e não porque sua família fosse incrível e dariaqualquer coisa para fazer parte disso, mas porque ela estava certa que
Vittorio Ferraro era o homem mais extraordinário que ela
já tinha conhecido e ela sempre se arrependeria de ser uma covarde se não desse uma chance aoque estava
crescendo entre eles.
Ela ficou em silêncio, olhando para a mão, aquela que
ela passava uma enorme quantidade de tempo mexendo
os dedos para celebrar o fato de que podia. A fisioterapia era dolorosa, mas ela se alegrava com acapacidade de
finalmente fazer algo no sentido de conseguir melhorar.
Mais, Vittorio sentava-se na sala com eles, vendo, e mais de uma vez, quando ela pensou quepoderia vomitar, porque a dor era demais, ele se levantou e simplesmente
decretou, — Chega. —Ninguém ousava contradizê-lo e seu ombro era imediatamenteimobilizado, e ela podia respirar seu caminho através da dor o suficiente para deixá-la retroceder.
Quanto mais ela se sentava calmamente no caminho
de volta para a casa, seu calor a envolvendo, sentindo-se segura e protegida porque ele cuidavadela quando ela
era incapaz de fazê-lo. Mais ela percebia o quanto queria aquilo. Quantos homens realmente lhedariam esse tipo
de relacionamento sem ser totalmente controlador?
Vittorio nunca a fez sentir como se a estivesse controlando. Ele a fez se sentir como se ela fossea
mulher mais preciosa e estimada do mundo e ele estivesse determinado a vigiá-la.
Sem pensar, ela se aproximou dele, encaixando-se em seu ombro. Seu corpo estava semprequente e no momento em que ela se aproximou, ele colocou o braço
ao longo do assento e depois o curvou ao redor de seus
ombros. Isso era bom. Ele não tinha feito isso no que parecia um longo tempo. Ela descansou acabeça contra o
peito dele sem olhar para ele. Ela estava com medo do
que ela poderia ver se ela o fizesse. Ela não queria a máscara que ele usava em torno de outros.Ela queria a
verdadeira intimidade que ele tinha dado a ela, o Vittorio real, o homem real. Ele tinha oferecidoa ela o homem e
ela estava com tanto medo que o rejeitou.
— O que está errado, gattina?
Seu inquérito macio quase parou seu coração. Ela não
tinha ouvido aquela voz em mais de uma semana, a que
era só para ela, a que enviava desejo dançando por sua
espinha ou aquecia seu sexo em um mel líquido acolhedor. Ele não tinha chamado por seuapelido especial, também. Ela não tinha percebido o quanto ela
queria, até aquele momento.
Ele tocou seu rosto e ela percebeu que estava molhado. Lágrimas rastreavam suas bochechas. Elavirou
o rosto em seu peito e ele encaixou a parte de trás de sua cabeça na palma da mão dele, nãodizendo nada mais até
que o carro diminuiu e depois parou. Esse simples gesto
tinha parecido íntimo e cuidadoso, como se ele lhe oferecesse conforto silencioso e não quisessechamar a
atenção para o fato de que ela estava chorando.
Detestava fazer um espetáculo de si mesma na frente de
seus guarda-costas, ou qualquer um. Ela gostava de ficar fora dos holofotes.
A casa era uma mistura de mais de um estilo de arquitetura. Seus nove mil metros quadradosestendiam-se em três seções claramente diferentes, mais ou menos
como braços acolhedores. No centro da casa havia uma
torre alta sustentada pela própria estrutura, pilares de pedra e quadrados brancos. Sob a torre altahavia um pátio aberto com piso de pedra e dois conjuntos de portas de vidro que davam para umasala de jantar, e uma sala
de estar. A torre era cercada por janelas compridas e estreitas, com várias janelas, que se abriampara fora.
Braços ou asas alongadas estendiam-se de ambos os
lados da elegante torre. O caminho permitia que o carro
da família circulasse para uma entrada abrigada que se estendia da ala direita. Era coberta, masmais importante, isolada, impedindo que alguém, mesmo alguém com um
par de binóculos poderosos ou uma luneta em um rifle,
visse os membros da família ou seus convidados saindo
do carro e entrando na casa.
Assim que Emilio abriu a porta do passageiro, Vittorio
saiu, e a alcançou para ajudá-la a deslizar do carro. Sair de um veículo ainda era difícil. Grace sesentia pesada
com o braço e o ombro ainda tão duros e doloridos, impedindo qualquer movimento real. Comosempre, quando andavam em qualquer lugar, Vittorio tinha a mão
sobre ela, neste caso, na parte baixa de suas costas. Ela sentiu o calor da palma de sua mãoqueimando através do
tecido fino de sua camisa
Mariko a ajudou a tomar banho e se vestir naquela
manhã, mas estava se adaptando. Ela ainda tinha o braço
em uma tipoia quando não estava fazendo fisioterapia, mas se vestir com uma mão estavaficando um pouco mais fácil. Havia mais movimento em seu ombro e quanto
mais ela trabalhava os dedos em sua mão, mais ela era
capaz de fazê-lo.
— Você parece cansada, Grace. Vou levá-la para a sua suíte e preparar um banho para você. Eumandei uma
mensagem a Merry e ela vai ter um jantar pronto para nós no momento em que você sair.
— Eu estava esperando uma oportunidade para falar
com você, —ela admitiu. Custou-lhe pedir, o que a surpreendeu quando ela era tão segura emseu trabalho.
Ela não queria dizer nada que pudesse afastar Vittorio dela.
— Eu gostaria disso, bella. Deixe-me preparar seu banho, colocar você nele e cuidar das minhasmãos. Eu
não quero que elas inchem demais. Podemos conversar
durante o jantar.
Ela assentiu, grata que havia um pouco mais de tempo para pensar sobre o que ela queria dizer.Ela estava tensa e, esperava que um banho permitisse que
ela relaxasse. Havia um invólucro de plástico especial que encaixava no ombro e no braço paraevitar que as ataduras e correias se molhassem. Tinham que ser colocados para ela, ela não podiafazer isso.
Ela sabia que Vittorio tinha sido o único a ajudá-la no
hospital, mas tê-lo ajudando quando ela não estava
mostrando o seu melhor era desconcertante. Ele não se ofereceu para ligar para uma dasmulheres de sua família ou para Merry vir ajudá-la. Ela sabia que, se protestasse contra a ajudadele, ele pararia instantaneamente, mas ela não queria que ele fosse embora, nem mesmo porcausa
de sua modéstia. Ela esperava que, dando-lhe isso, ele
entendesse que ela realmente queria consertar as coisas
entre eles.
Viu Vittorio atravessar a sala até o banheiro elegantemente mobiliado ao lado de seu quarto. Eleera
excepcionalmente grande com torneiras douradas no lavatório duplo, bem como na banheiraprofunda. Grace
ficou um pouco impotente observando-o, insegura de si
mesma. Sem saber o que dizer ou fazer. Ele jogou sais de lavanda e mel na água, seu pulsoverificando a temperatura. Ele fazia coisas assim para ela quase sem
pensar.
— Você sabe, Grace, que tem todo o direito de perguntar do que Eloisa estava falando. Você nãofez nada de errado. Eu não quero que você pense que você
fez.
Seu coração acelerou. Ele parecia tão casual ao lado da banheira, uma mão sob o jato de água,testando-a. —
Eu poderia ter lidado melhor com as coisas.
Ele enviou-lhe um leve sorriso, mas foi o primeiro que
ela teve dele em uma semana e ela queria comemorar.
— Nós dois poderíamos ter lidado melhor com as coisas. Deixe-me ajudá-la com suas roupas. Euvou te ajudar e depois cuidar das minhas mãos. No momento em
que eu acabar de tomar banho, você deve estar pronta
para sair. Eu tenho um botão instalado que você pode empurrar se houver uma emergência, aquimesmo ao lado
da banheira. Eu virei imediatamente.
— E também a segurança, sem dúvida.
Ela ganhou outro sorriso, e este fez as borboletas em
seu estômago levantarem voo.
— Sem dúvida, —ele concordou. Ele secou as mãos e
cruzou para ficar na frente dela. Seus dedos encontraram os botões da blusa dela. — Eu admitoque descobri que
posso ser um homem ciumento e não quero exatamente
que outros homens olhem para o seu corpo, mas se você
estiver com problemas, prefiro que nós dois tenhamos que
aturar isso, do que ter uma única chance em qualquer coisa prejudicando você.
Seu corpo inteiro ficou quente com cada roçar de suas
mãos sobre ela através do material fino. Ela nunca tinha considerado o ciúme uma boacaracterística, mas a maneira como ele disse, o suave tom baixo, que parecia
encontrar o seu caminho dentro dela, juntamente com seu
crescente conhecimento dele, ela não se importava, no mínimo. Vittorio não exibia ciúmesindevidamente. Ela teria que realmente fazer algo descarado, flertar escandalosamente ou mesmosair com outro homem antes que ele reagisse. Estava segura o suficiente para
que pudesse desfrutar de seu tom e da forma como ele
tão gentilmente empurrou a manga de seu braço bom e,
depois de desenganchar as correias e deslizou a blusa de seu ombro ferido.
Ela ficou na frente dele em apenas seu jeans e um
sutiã de renda. Ela estava mais magra ultimamente, e porque não estava comendo muito, suascostelas tendiam
a aparecer. Ela sabia que isso o incomodava, porque ele
traçou cada uma com seus dedos, uma pequena carranca
no rosto.
— O médico disse que você precisava comer mais, gattina. Eu acho que você comeu menos.Cada bandeja trazida a você, não importa o que Merry trouxe, voltou com a comida ainda sobreela. Existe algo que você prefira comer que eu não tenha pensado?
Seu pulso pulou e então começou a bater. As mãos
dele estavam no cós da calça jeans. Ela tentou ser casual, como se tivesse sido despida por umhomem todos os dias da sua vida. Ele estava olhando para baixo e a riqueza de cabelos pretosespessos e reluzentes, um pouco desgrenhados, era um convite. Tentando-a como o
diabo quando ela sabia que deveria ser boa. Ela não queria ser. Ela queria o toque dele. Seusbeijos. Ela queria que os dois fossem tão íntimos no quarto quanto quando
conversavam.
Ele olhou para cima e seu coração se contraiu. —
Gattina?
Grace impiedosamente afastou a necessidade de
afundar os dedos em seus cabelos e sacudiu a cabeça. —
A comida é maravilhosa. Verdadeiramente. Merry é uma
grande cozinheira. Eu só não tive muito apetite recentemente.
Seu olhar caiu novamente para a calça jeans e a tarefa em suas mãos. Ele enganchou seuspolegares na
cintura dela e deslizou sobre seus quadris, levando a pequena calcinha de renda com eles. Elasabia que elas
estavam úmidas, e seu rosto inflamou em um rosa selvagem. Não havia como parar e ela sabiaque estava
cobrindo cada polegada de seu corpo.
Ele colocou os jeans e calcinha de lado e chegou ao
seu redor para desenganchar o sutiã. — Grace, não seria
mais confortável para você não usar um sutiã até que seu ombro esteja curado?
Ela ficou completamente nua na frente dele e quando
ele baixou o olhar, ela viu seu peito subir com uma rápida respiração. Seus olhos se erguerampara o rosto dela.
Não havia como esconder o desejo cru gravado em sua
expressão. Seus olhos índigo escureceram até que o azul
ficou quase preto. Ele prendeu o cabelo dela em cima da
cabeça dela e deu um passo para trás.
— Você é tão bonita, mulher. Você tira meu fôlego. —
De repente, mas com cuidado, ele tirou a tipoia e a cinta que apoiavam seu braço entre suassessões de fisioterapia.
Grace queria abraçar para si mesma o conhecimento de que ele ainda a queria. Ela podia estarmagra demais, mas ele ainda a achava bonita e desejável. Ele colocou a proteção em seu ombro ebraço e, em seguida, inesperadamente segurou seu seio direito. Um polegar deslizou sobre omamilo, acariciando até que ela pensou
que poderia enlouquecer.
— Eu não estou acima de seduzir você para conseguir
o que eu quero, —ele confessou.
Ela não disse a ele, mas sua voz por si só poderia
seduzi-la. Ter suas mãos nela era além de excitante.
Emocionante. Ela queria mais. Ela queria sentir como se
pertencesse a ele.
— Eu não estou acima de deixar você me seduzir, —
ela admitiu, tirando o olhar da visão hipnotizante e bastante erótica da grande mão de posse deseu seio, acariciando seu mamilo em um pico apertado.
A expressão no rosto dele era extraordinária. Mais uma vez, ele estava completamente focadonela. Em seu
corpo. Ela reagiu a ele. Sua expressão estava marcada
em linhas sensuais e seu olhar enviou um arrepio de excitação por ela.
— Isto não é seguro. —Ele inclinou a cabeça lentamente, dando-lhe todas as oportunidades parase afastar.
Ela não podia se mover, nem que sua vida dependesse disso. Ela nunca quis algo tanto em suavida.
O cabelo dele roçou sua pele. Ela sentiu como se um milhão de fios de seda aumentassem cadaterminação nervosa. Então a boca estava em seu seio esquerdo, a
língua provocando seu mamilo. Ela engasgou com o fogo
que se espalhava por ela, correndo para baixo. Ela sentiu o aperto de seu sexo, a fluidez repentinaentre suas coxas. Ele chupou suavemente no início, mas depois os
dedos de sua outra mão começaram a rolar e puxar seu
mamilo direito. Sua boca trabalhou seu monte mais duro,
raspando os dentes e enviando pequenos golpes para baixo.
Em seguida, os dentes puxaram um mamilo e o polegar e o dedo fizeram o mesmo com o outro.Ela arqueou as costas, dando-lhe um melhor acesso. Seu braço deslizou ao redor da cabeça dele,tentando puxá-lo para ela. Seus joelhos ficaram fracos, as pernas virando borracha, ameaçandoceder. Seu corpo virou fogo.
Chamas corriam por suas veias, e uma bola de fogo
cresceu em seu núcleo, espalhando necessidade e fome através dela até que ela não conseguissepensar. Puro
sentimento, com toda terminação nervosa viva.
Ela ouviu o gemido que escapou. Parecia tão carente
como ela se sentia. Nada em sua vida jamais foi tão bom
e ainda, ao mesmo tempo, tão frustrante. Ela precisava ...
Mais. Seus dedos finalmente afundaram naquele cabelo
espesso e sedoso, se firmando lá, reivindicando-o.
A língua lambeu seu mamilo e ela fechou os olhos,
sabendo que ele pararia. — Eu não quero parar, —ela sussurrou, querendo dizer isso.
— Nem eu, —ele murmurou contra sua pele nua. — É
a última coisa que quero. Você tem que ter certeza, Grace. Eu sei que você é o que eu quero, masvocê tem
que chegar a um acordo com o seu medo e aceitar esse
relacionamento, porque quando você o fizer, você tem que saber que está se entregando a mim.Colocando-se em
minhas mãos, confiando em mim sempre para fazer a coisa certa para você. Para nós. Paranossos filhos. Tome banho e conversamos durante o jantar.
Ela relutantemente permitiu que seus dedos soltassem
o cabelo dele para que ele pudesse se levantar. Ele ficou
apenas o suficiente para escovar um beijo nos lábios dela.
Ela sabia que estava fazendo beicinho, mas seu corpo inteiro estava em chamas. A única coisaboa era que ele
tinha uma grande protuberância na frente de suas calças
risca de giz, o que disse que ela não estava sozinha em
sua frustração ou necessidade.
— Conte-me o que você precisa de mim, Vittorio. —
Ela caminhou com as pernas trêmulas para a borda da
banheira. Ele tinha o braço ao redor dela todo o caminho.
Olhando para baixo, ela podia ver as marcas de posse
dele em seus seios. Ela ainda podia sentir todas as terminações nervosas provocando pequenoschoques elétricos em seu corpo, precisando de mais. Seus mamilos eram picos rígidosindividuais, descaradamente dizendo o que ela queria.
— Eu preciso que você se comprometa totalmente comigo. Você tem que saber com certeza, semquaisquer
dúvidas, que eu sou o homem para você. —Ele a levantou
com força casual, cuidadoso com seu ombro enquanto a
colocava na banheira. Ele a segurou até que ela afundou
na água quente e calmante.
Ela adorava a banheira. Uma ducha ou banho sempre tinha sido rápido e eficiente. Ela sempre sesentia vulnerável, com medo de que a qualquer minuto Haydon
entrasse e a assediasse. Ela não gostava da sensação de
que ele a estava espionando em todos esses anos, mas
não havia nada que pudesse fazer sobre isso. Ele gostava de provocá-la com sua habilidade deentrar e sair de qualquer casa ou apartamento. Ou que ele pudesse encontrá-la onde quer que elaestivesse. Ele adorava segurar sobre a cabeça dela que poderia entrar na casa
de qualquer pessoa com quem ela falasse por muito tempo.
— Alguém pode fazer isso, Vittorio? Ninguém sabe o
futuro. Você poderia parar de me querer.
— Isso seria impossível para mim. Eu sei que este
relacionamento começou de forma extrema, mas é real. O
que eu sinto por você é real e só está crescendo. Espero que seja o mesmo para você, mas sóvocê pode determinar isso. Eu estou disposto a esperar. Eu estou disposto a deixá-la ter quantotempo você precisar, mas a verdade é que todos os obstáculos estão em sua mente.
Se você se deixar acreditar em mim, eu vou cuidar de nós.
Eu acredito absolutamente, sem sombra de dúvida, que você vai cuidar de nós também.
Ele colocou um travesseiro de gel atrás da cabeça e
um debaixo do braço dela. — Estou indo para o meu banho. Volto em pouco tempo. A água deveficar quente
para você. Ele passou a mão muito possessivamente por
cima do ombro, até o peito, acariciando a pele macia mais uma vez antes de abruptamente deixá-la.
Ela não tinha dúvidas de que ele voltaria antes que a
água tivesse tempo de esfriar. O que isso dizia? —Ela fechou os olhos, embora ele tivessediminuído as luzes no banheiro enquanto saía pela porta. Claro que ele tinha.
Ele via tudo. Ele pensava em tudo. Ela nunca sentiu que
tinha o luxo de deitar em uma banheira, a água quente
acalmando seu corpo, e não teria em nenhum outro lugar.
Ela relaxou por causa de Vittorio.
Grace tentou pensar em quais critérios possíveis ela
preenchia que outras mulheres não. Francesca e Sasha
tinham sido casuais sobre isso, como se não fosse grande coisa, mas haviam insinuado que,independente do que os
homens Ferraro exigissem, não havia muitas mulheres que atendiam às suas necessidades. Elestinham algum
radar embutido para uma mulher que pudesse acompanhá-los sexualmente? Apenas opensamento, bem
como a admissão a si mesma, causou-lhe um rubor total
no corpo. A partir do momento que ela tinha posto os olhos Vittorio Ferraro, tinha sidodespertada sexualmente.
Com isso, ela tinha que admitir, todo o corpo dela tinha ganhado vida. Cada terminação nervosa.Músculos que ela não conhecia.
Era estranho que ela não se sentia da mesma maneira
sobre os outros homens Ferraro. Desde o início, Vittorio foi o único que tinha capturado seuinteresse, e depois seu coração.
Tinha lido os tabloides, assim como qualquer notícia.
Ela procurou na internet por qualquer coisa sobre ele.
Algumas coisas ela tinha descartado como fofoca pura, mas não tinha importância. A compulsãode ler tudo tinha sido muito difícil de resistir. Ela teria mantido fotos como um perseguidor, masHaydon teria percebido seu interesse em Vittorio e ela não queria isso.
Ela sabia por todos os artigos que os homens Ferraro
tinham ferozes apetites sexuais. Isso não poderia ser inventado. Talvez o critério por uma noivapoderia
combiná-los para que eles nunca tivessem razão para se desviar. Ela não gostou dessepensamento. Francesca não podia fazer sexo, não com a gravidez. Stefano nunca
estava longe dela. Ela não podia imaginá-lo traindo Francesca. Então, não era sobre sexo. Elaquase desejou
que fosse, porque ela poderia ter verificado essa caixa.
Uma vez que a porta foi aberta, ela se viu pensando em
todos os tipos de sexo, e em toda fantasia erótica, Vittorio tinha sido seu parceiro.
Critérios de lado, o que ela precisava de um parceiro?
Se ela tirasse a fantasia e realmente tentasse olhar para o homem que Vittorio era, será que ela oqueria? Tirando o corpo quente e os olhos lindos. Sua voz, tão suave que
podia acariciar sua pele com cada nota. Tirando o fato de que ele era o homem mais rico queconhecia, o que havia
sobre ele que ela desejava? Necessitava?
Segurança era primordial. Ela sabia disso. Ela sabia
que sempre precisaria se sentir segura, porque ela nunca teve. A sensação de que seu parceiroqueria formar uma
unidade familiar com ela, ela nunca tinha tido isso, também. Ela queria liberdade para fazer seutrabalho e
seguir seus sonhos com total apoio de seu parceiro. Ao
mesmo tempo, ela não queria ter que ser o “cara mau” o
tempo todo. Ela era isso no trabalho. Ela não queria ter que enfrentar qualquer um em casa. Elagostava da ideia
de seu homem assumir o comando quando ela estava em
casa. Essa relação à atraía, juntamente com a maior parte do que vinha com ela. Tanto a excitoucomo a assustou
um pouco, o que ela gostou.
Desejava a sensação de ser o foco de um homem em
todos os aspectos de seu relacionamento. Alguns diriam
que não era saudável, mas era para ela. Era o que ela
sabia que precisava quando nunca tinha sido nada para
ninguém antes. Ela queria ser tudo para seu homem.
A grande questão era ... como ela ficasse mais velha,
ela ainda precisaria? Se Haydon Phillips estivesse fora de sua vida, ela iria querer as mesmascoisas em um relacionamento? Ela iria sexualmente, ela sabia que a ideia de Vittorio assumir ocontrole era mais do que excitante. Ela gostava de ser cuidada. Era porque ela nunca teve essecuidado quando criança? Talvez. Essa
era uma possibilidade real, mas importava o motivo? Ela
poderia ter nascido querendo o cuidado total de seu parceiro.
Ela sabia que era o tipo de mulher que sempre cuidaria de seu homem e seus filhos. Ela era umapessoa
detalhista. Meticulosa sobre os detalhes. Ela percebia tudo ao seu redor, o que deixava as pessoasconfortáveis e
quando eles não estavam. Isso era o que a fazia tão boa
em seu trabalho. Ela seria ainda mais em casa com as
pessoas que amava, se fosse lhe dada a chance.
Seus olhos se abriram. Ela queria a chance de cuidar
de Vittorio Ferraro da mesma forma que ele cuidava dela.
Isso não significava tomar decisões que ela não queria tomar. Ou forçar-se a fazer exigências noquarto.
Significava ver os detalhes que o faziam feliz. Dar-lhe tudo o que faria sua vida plena e contente.Se alguém era capaz de fazer exatamente isso, era Grace Murphy.
— Você está pronta para sair, Bella?
Sua voz cortou todas as dúvidas, se alguma persistia.
Ela queria ouvir aquela voz pelo resto de sua vida. Ela
sabia que ele só via a ela. Esse tom era reservado apenas para ela. Ela se esqueceu de ficarenvergonhada por estar nua. Ela sabia que ele gostava de olhar para o corpo dela e ela não seimportava em dar isso a ele ou tentá-lo.
— Estou pronta.
— Eu separei uma roupa. Nós vamos comer no pátio de trás. Eu montei uma pequena mesa e astelas estão no
lugar, então vamos estar livres de insetos. Ele deixou a água escorrer, se estendeu para ela, asmãos ao redor de sua cintura.
Ela colocou uma mão no ombro dele. Ele estava com
suas roupas casuais, desta vez calças de cordão macio e
uma camisa de abotoar que deixara desabotoada. Como
de costume em sua casa, ele estava descalço. Seu sexo
se contraiu e desta vez o calor se movendo através dela
parecia um melaço preguiçoso que se espalhava lentamente, tomando suas veias uma a uma atéchegar ao
seu núcleo, estabelecendo-se ali como um fogo fumegante esperando para explodir. — Eu amosentar lá e
olhar para a água. —Ela o fazia, era o seu lugar favorito à noite.
Ela ficou parada enquanto ele a secava. Ele tomou
seu tempo, deslizando a toalha sensualmente sobre os seios e depois parando para sugar seusmamilos em picos
duros antes de descer. Ele se agachou, então ela teve que se firmar com uma mão no ombro deleenquanto a toalha
deslizava para frente e para trás entre suas pernas, criando uma queimadura terrível quecontinuou
aumentando quando a língua dele desenhou uma linha em sua coxa e sacudiu seu clitóris. Oscabelos dele incendiaram suas terminações nervosas e então ele estava de pé.
— Você poderia continuar. Eu não me importaria.
Seus olhos vagaram sobre ela, observando sua cor,
sua respiração, os mamilos pontiagudos, com satisfação.
— Nós vamos conversar, Grace.
Ela sabia que não haveria como influenciá-lo, mas ela
também sabia que sua fome por ele ia continuar a crescer conforme a noite evoluísse. Ela nãopodia estar com ele e não o desejar. Agora que ela sentiu as mãos e boca dele
nela, esse desejo tinha crescido mais forte.
Na cama estava um transparente e muito curto vestido. Ela olhou para ele, mas não protestouquando ele puxou o buraco da manga sobre seu braço ferido até o
ombro. Com extrema delicadeza, ele passou o vestido por
cima da cabeça e depois pelo outro braço. Ele teve que
puxar a renda verde floresta sobre seus seios. Ele se agarrava como uma segunda pele, fazendo-ase sentir tão
sexy que seus mamilos espiavam pela renda aberta. Ele o
puxou para baixo sobre as costelas e quadris. A renda
terminava logo abaixo de seu traseiro, mal cobrindo seu monte ou seu traseiro.
— Mandei todo mundo da casa embora, —assegurou
ele enquanto pegava um manto diáfano já que caía na
parte de trás de suas coxas. — Você sente a necessidade
de usar isso? Eu preferiria que não, mas eu não quero que você fique desconfortável.
O manto não cobriria uma coisa, mas ela sabia psicologicamente, que poderia lhe dar maisconfiança.
Vittorio tinha deixado a decisão para ela, mas tinha deixado sua preferência explicita. Ela já tinharesolvido que ia saltar nesse relacionamento com ambos os pés.
Ela queria fazê-lo feliz, ver cada detalhe que pudesse, e este era um muito pequeno. Ela adoravaa sensação da
renda elástica do vestido em sua pele. Ele a fazia se sentir sexy. Principalmente, ela gostava damaneira como ele olhava para ela.
— Eu acho que não vou precisar.
Grace estava chocada com o tamanho do prazer que
ela viu em seu rosto. Ele ficou muito satisfeito e o desejo por ela escureceu em seus olhos a umaluxúria crua, com
uma fome que a fez pressionar suas coxas juntas. A queima entre as pernas aumentou.
— O jantar vai esfriar se não formos lá, e eu quero
que você coma hoje à noite. —Ele deu um passo atrás
para deixá-la andar na frente dele.
Ela nunca tinha considerado que apenas andar na frente de um homem pudesse fazê-la se sentirsensual a
cada passo. Não importava que o ombro ainda estivesse
um pouco pesado e desajeitado, ela nem estava ciente
disso, porque ela se via totalmente focada em Vittorio. A cada respiração que ela tomava, cadapasso que dava,
ela estava consciente dele perto dela. Sua mão no fundo
de suas costas, marcando-a lá com seu calor. A respiração escapou de seus pulmões em umacorrida animada.
Sua mão deslizou para baixo, moldando a curva de
sua bunda, descansando possessivamente, de modo que,
o fundo daquela fogueira fumegante, irrompeu em chamas. Ele fez uma carícia da curva de cimade seu traseiro a costura entre a bochecha e a coxa, traçando
essa linha brevemente, e trouxe a mão de volta para reivindicá-la novamente. Seu corpo ficouliso e quente.
Dentro da sala criada pela tela fina, as velas estavam acesas, de modo que a luz dançava pelapequena mesa.
Ele puxou uma cadeira de espaldar alto com um assento
largo e ajudou-a a sentar. A renda subiu quase até o topo de seus quadris, expondo sua metadeinferior. Ela olhou
para baixo para ver gotas de líquido brilhando nos cachos vermelhos na junção das pernas. Amão dele caiu em sua
coxa, quase casualmente. Ela ficou muito quieta, mas não se afastou, seu coração batendo rápido.
Os dedos dele deslizaram nos cachos, ainda mais baixo para acariciar seu clitóris e recolher asgotas. Ela não conseguia desviar o olhar, hipnotizada pelo olhar carnal no rosto dele. Seu coraçãoestava quase saindo do peito. Ela realmente podia sentir o sangue pulsando através de seuclitóris. Ele levou os dedos à boca.
— Eu queria prová-la desde o momento em que vi
você pular para fora do porta-malas. —Sua voz era aquele grunhido baixo e íntimo que aexcitava toda vez que ela
ouvia.
Ele lambeu os dedos lentamente. Saboreando o gosto. Sem tirar os olhos dela. Foi a coisa maissexy que
já tinha visto. Seu corpo inteiro reagiu. Ela mal podia respirar, quente, excitada, completamentesob seu feitiço.
Ele deslizou na cadeira em frente a ela, mas a mesa
era tão pequena que ele podia estender a mão e tocá-la.
— Eu espero que você esteja com fome. Merry se superou. Ela sabe que você não teve muitoapetite ultimamente, então ela se assegurou de que essa fosse
uma refeição muito leve.
De repente, ela tinha apetite, mas não
necessariamente por alimento. Vittorio ficou em silêncio, aqueles olhos índigo escuros fixos emseu rosto.
Esperando. Ela percebeu que ele estava esperando que
ela falasse. — Vou tentar.
Ele enviou-lhe um pequeno sorriso enquanto colocava
uma tostada em seu prato. — Este é feijão branco com
molho de amora, um dos favoritos de Merry. Dukkah26 de abóbora com fatias de abacate, quesão bons para você e
Merry diz que você é particularmente apaixonada. Tanto o 26
Duqqa, du'ah, do'a ou dukkah é uma especialidade egípcia consumida normalmente junto compão e azeite, onde você molha o pão no azeite e depois no Dukkah, que é uma farofa feita a basede castanhas, sementes e especiarias.
molho quanto o dukkah são caseiros. Eu acho que você
vai amá-los.
Ele pegou o embrulho fora de uma pequena tigela de
salada. — Este é salada tempeh27 com ameixa e corações de alcachofra torrados e bok choy28.Ela teve um monte de trabalho por nós esta noite.
Ela tocou a língua no lábio superior enquanto ele servia vinho tinto em copos. — Eu escolhi ovinho. Eu acho que você vai gostar. Se não, podemos escolher outra coisa. Há uma extensa adegaaqui e poderemos encontrar
alguma coisa para você.
Grace pegou o garfo. A comida parecia deliciosa e cheirava ainda melhor. Ela tomou um gostohesitante da
salada, ciente do olhar de Vittorio sobre ela. Ela enviou-lhe um pequeno sorriso envergonhado.— Você vai continuar
me observando?
— Sim. Por quê?
27
O tempeh é um alimento fermentado com um fungo do género Rhizopus, a partir de sementes desoja branca da Indonésia, com um aroma a nozes e uma textura densa e ligeiramente carnuda.Constitui um alimento forte, com um sabor mais intenso que outros derivados da soja.
28
Bok choy, pak choi ou pok choi é um tipo de couve chinesa. As variedades Chinensis nãoformam cabeças e têm lâminas de folhas verdes com fundos bulbosos mais claros, formando umaglomerado que lembra mostarda. As variedades chinensis são populares no sul da China e nosudeste da Ásia.
— É um pouco enervante. Ninguém nunca prestou tanta atenção em mim antes.
— Eu gosto de olhar para você, especialmente agora,
em sua lingerie. Eu sabia que a cor ficaria especialmente bonita em você. As velas brincamperfeitamente sobre os
seus seios e iluminam sua pele, além de jogarem chamas
em seu cabelo.
A maneira como ele falava, com tanta naturalidade,
como se estivesse discutindo o clima e não o corpo dela, a deixou excitada de novo. Ele soavacomo se estivesse afirmando fatos, admirando um belo objeto de arte em vez de uma pessoa decarne e osso.
— Você vai ter que se acostumar comigo olhando para você o tempo todo, gattina, porquepretendo me satisfazer com a maior frequência possível.
— Você pretende? —Ela mal pôde sussurrar a pergunta. Sua voz não soava como ela própria.
Ele balançou a cabeça lentamente. — Saber que você
está aqui na minha casa comigo me agrada, mas saber
que eu posso olhar para o seu corpo sempre que eu pedir, e você vai me satisfazer, me excita.Pensar nisso me dá
muito prazer. —Ele deu mais duas mordidas, enquanto ela
olhava para ele um pouco impotente. — Você iria me satisfazer, não é, Grace?
Ela sabia que faria. Ela sabia que ficaria igualmente
excitada, dando-lhe o que ele queria. Era uma coisa poderosa ser desejada com o tipo deintensidade que Vittorio despejava sobre ela. Ela assentiu com a cabeça.
— Sim. —Sua voz saiu muito baixa, mas para sua surpresa, parecia descaradamente sexual. Elase sentia
sexy como o inferno sentada na frente dele quando ela
nunca, nem uma vez, me sentiu assim em sua vida. Ela
sabia que ele a fazia se sentir assim porque ele a via dessa maneira.
— Eu gosto da ideia de entrar em uma sala e você
está lá, nua, esperando por mim. Apenas esperando em
silêncio. Ele olhou em volta. — Esta casa é toda sobre
paz. Eu gosto dessa quietude. Eu medito com frequência.
Você medita?
— Eu tentei. Eu pensei que isso poderia me ajudar a
lidar melhor com o estresse de Haydon. Eu tentei aprender nos livros.
— Eu levanto cedo como uma regra. —Seu olhar deslizou sobre ela, morando em seus seios e,em seguida,
deslizando para baixo. A mesa de vidro permitiu que ele olhasse para a renda verde puxada atéseus quadris.
Ela juntou suas coxas quase involuntariamente, seu
rosto queimando. Seu corpo estava escorregadio de necessidade e com a luz das velas brincandosobre ela,
seria impossível para ele não notar.
— Não faça isso. Abra suas coxas, Grace. —Ele falou no tom baixo, o único que usava com ela,mas também mais de um comando do que uma declaração.
Ela encontrou-se obedecendo e no momento em que
o fez, seu sexo apertou calorosamente, e mais líquido deslizou ao longo de suas coxas.
— Tão bonita. Eu poderia te comer no café da manhã,
almoço e jantar. Você criou um desejo que não está indo
embora. —Ele se inclinou sobre a pequena mesa. — Eu
gostaria muito de outro sabor, bella.
Ela congelou, sem saber o que ele queria que ela fizesse. Ele não a ajudou em nada, em vez dissolevou a
taça de vinho à boca fantástica com que ela agora estava fantasiando, e bebeu o líquidovermelho, os olhos em seu rosto.
Mais do que tudo, Grace queria conhecer todas as suas expectativas, porque cada olhar, cadagesto, cada
sugestão era tão sexual, tão íntima, que ela ficava mais excitada a cada momento. Ela queria sesentir bonita, desejável, mas era mais do que isso. Ele fazia sentir como se ela pertencia a ele.Que cada parte dela pertencia a
ele. Ela sempre quis algo diferente e mais complexo do
que ela sabia que a maioria das pessoas tinha em suas
relações, mas ela não sabia o que era. Agora ela o fazia.
Vittorio não pediu novamente. Ele permaneceu em silêncio, mas ele colocou o copo na mesa,com os olhos
em seu rosto. Muito lentamente, Grace largou o garfo, seu olhar travado com o dele. Sua mãomoveu-se para o pescoço, os dedos sentindo a pulsação freneticamente lá.
Seus dedos percorreram seu corpo, entre as curvas dos
seios, mais baixo ao longo de sua barriga, distraidamente traçaram seu umbigo.
O calor nos olhos dele aumentava. Ardia. A luxúria era
gritante e crua. Seu olhar seguiu o movimento da mão dela quando ela deslizou sobre a rendaverde e depois
nos cachos úmidos, impetuosamente. Ele esperou.
Imóvel. Ousadamente, só para agradá-lo, porque sabia que era o que ele queria, ela acariciou seuclitóris e em
seguida, colocou um dedo dentro do calor úmido de seu corpo.
Sua respiração falhou quando a eletricidade chiou através de cada terminação nervosa. Arespiração dele falhou também, e ela viu seu rosto escurecer, linhas de
luxúria profundas. Parecia o pecado em si, o diabo tentador quando ela estava fazendo o seumelhor para tentá-lo.
— Tudo para mim, Grace. —Sua voz estava um pouco
rouca, mas comandando como sempre.
Ela empurrou o dedo mais fundo e, em seguida, virou-
o, certificando-se de revesti-lo com seu calor líquido. Ela puxou-o lentamente e estendeu-o paraele. O líquido brilhava quando a luz de velas caía sobre ele.
— Mia bella ragazza, sei cosi coraggioso29. Eu nunca pensei que seria possível encontrá-la. Elecirculou seu pulso com a mão para firmar seu braço. — Com toda a
honestidade, eu não achava que havia no mundo uma mulher para mim. Você não poderia sermais perfeita. —
Ele se inclinou mais perto e tomou a ponta do seu dedo
entre os lábios, seus olhos nos dela quando lentamente
29 Mia linda garota, você é tão corajosa, em italiano
sugou mais profundamente na caverna quente de sua boca.
A parte inferior do estômago dela parecia cair no chão.
Ela realmente tinha medo que pudesse entrar em combustão espontânea.
Ele afundou em sua cadeira e mais uma vez pegou o
garfo. — Você tem que comer, gattina, e nós realmente precisamos conversar.
Capítulo 12
Vittorio observou a necessidade sexual frustrada se acumular nos olhos de Grace. Ele cruzou amesa para
pegar o garfo dela quando ela ficou sentada olhando para ele, um pouco confusa e tão adorávelquanto ela poderia
ser. Ele pegou uma garfada no prato dela e segurou-a nos lábios dela até que ela abriu. Elapoderia ter sido teimosa, mas essa não era sua mulher. Ela tentou por ele.
Ele havia decidido anos antes que nunca teria a vida
que queria ou precisava. Ele faria seu dever como
cavaleiro e seria fiel a um casamento sem amor. Isso era uma questão de honra. Ele tinha umcódigo pelo qual vivia e não iria quebrá-lo porque não estava feliz.
Agora havia Grace. Um presente inesperado. Ela era
muito mais do que ele já tinha fantasiado ou sonhado. Ela era corajosa e bonita. Inteligente e nãoinfluenciável. Ele queria uma mulher que pudesse estimulá-lo
intelectualmente. Alguém que administraria sua casa e cuidaria dos detalhes. Ele também queriauma mulher disposta a segui-lo e, em sua casa, dar o controle a ele.
Ele tinha pensado que tal mulher provavelmente não existia.
— Antes de levarmos nosso relacionamento adiante,
Grace, eu gostaria de esclarecer algumas coisas. Eu não
quero que você pense que eu estou apenas controlando
as coisas na minha casa porque eu posso. Há coisas que
eu descobri que eu preciso para funcionar. Isso não é sobre eu impor a minha vontade em você. Ésobre eu viver em um ambiente que possa cuidar, fazer meu trabalho e sobreviver intacto.
Apenas revelar isso poderia deixá-lo em apuros. Ele
esfregou a sombra fraca ao longo de sua mandíbula. Não
importa quantas vezes ele raspasse, estava sempre lá. O
olhar dela seguiu o movimento dos dedos, mas ela deu
outra mordida em sua comida. Ele não queria que ela o
questionasse muito sobre seu trabalho, mas como a maioria das pessoas, ela acreditava no fato deque a família possuía muitas empresas e essas empresas tinham que ser supervisionadas.
O fato era que ele praticamente era um assassino. Os
cavaleiros cumpriram a justiça, mas ao final do dia, eles ainda eram enviados para matar, e eles ofaziam. As salvaguardas estavam em vigor, várias delas, para garantir que nenhum erro fossecometido, mas, mesmo sabendo que para quem eles eram enviados tinham cometido crimeshorrendos e se safado, eles tinham que
viver com o fato de que elas matavam. De novo e, de novo. Eles tinham que estar à parte do restodo mundo.
Eles tinham que viver uma mentira.
— Eu preciso de um certo equilíbrio no meu mundo.
Minha preferência seria que minha mulher quisesse aderir ao meu estilo de vida. Eu quero ela ao
meu lado, tanto
quanto possível. Eu não sou um homem que se cansaria
da minha mulher porque ela ficaria muito comigo. Não há
um "muito" para mim. Quando eu me levanto de manhã
para meditar, eu precisaria que minha mulher também se levantasse para meditar comigo. Euquero que ela tome o
café da manhã comigo. Eu quero que ela se exercite quando eu o fizer.
A expressão de Grace não mudou para uma de alarme como ele temia. Ela estava ouvindo, e elepodia
ver que ela estava cuidadosamente pensando sobre tudo
o que ele estava dizendo a ela. Ele sentiu um pouco como se estivesse segurando a respiração.Ele já sabia que ela era compatível a ele sexualmente. Ela tinha acabado de
provar-lhe que era. Ela sentou-se usando o que ele pediu, dando-lhe tudo o que ele pediu semquestionar. Ela era
natural com ele, como se tivesse sido feita para ele. Agora ele estava pedindo ainda mais dela.Ele não podia imaginar que qualquer mulher gostasse de estar com um
homem com suas necessidades, mas ela não estava correndo.
— Em outras palavras, você prefere que façamos tudo
junto.
Ele deu uma mordida em sua comida antes de responder. — Tanto quanto possível, sim. —Elemal provou a comida, e a salsa e a amora era um dos seus
favoritos. Ele tinha anos de prática mantendo sua expressão em branco. Embora ele sentissecomo se não
pudesse respirar, nunca mostrou em seu corpo. Se alguém tivesse tomado seu pulso, teria sidofirme. Ele soava impassível, mas essa era uma das conversas mais
importantes que ele já teve em sua vida.
Ela assentiu. — Eu tenho que admitir, eu gostaria de
um relacionamento assim também. Eu honestamente não
achava que homens e mulheres quisessem passar todo o
tempo juntos quando estivessem comprometidos. As pessoas com quem conversei parecempensar que têm
mais a conversar se seguirem caminhos separados.
— Pode ser, mas não vai funcionar para mim. Espero
que não para você também.
— E se tivermos filhos e eu estiver exausta de ficar
acordada a noite toda?
— Estaremos exaustos. Você não vai cuidar de nossos filhos sozinha. Claramente as coisas vãomudar,
mas vamos conversar e gerenciar as diferenças à medida
que elas surgirem.
Ela sorriu e tentou a salada. — Merry é incrível.
— Ela é, —ele concordou. — Há mais, Grace, e é importante que você realmente pense sobre oque eu estou pedindo de você antes de se comprometer comigo.
Eu prefiro te perder agora do que mais tarde, depois que estarmos muito envolvidos, é umpesadelo separar. Eu não acredito em divórcio. Não é algo que minha família
faça facilmente. Se fizermos um voto, isso significa alguma coisa. As consequências seriam ...brutais. —Ele
sabia que ela pensaria, como a maioria das pessoas faria, que ele queria dizer dividir seus bens ese eles tivessem filhos, resolver isso.
— Eu nunca iria entrar em um relacionamento com a
ideia de que eu posso facilmente sair, —Grace disse a ele, colocando o garfo na mesa para pegarsua taça de vinho.
Sua mão estava um pouco instável quando ela levou o
copo aos lábios.
— Quando estivermos sozinhos nesta casa, e isso será a maior parte do tempo, eu esperaria queminha mulher fizesse o que eu pedir a ela. —Ele a observou de
perto.
Ela piscou. Olhou para ele. — De que maneira?
— Em todos os sentidos. Se eu pedisse para você me encontrar do lado de fora usando apenasaquele robe que
está deitado na sua cama agora, eu esperaria que você
fizesse isso.
Um leve rubor rosa deslizou sobre sua pele e ela pressionou suas coxas juntas. Foi uma reaçãosutil, mas
que ele esperava ver. Ela reagiu da melhor maneira possível. A ideia não a fazia querer falarsobre direitos e igualdade, mas era sedutora para ela. Ele resistiu ao impulso de pegá-la e beijá-laaté que nenhum deles pudesse respirar. Ele sabia que isso não seria justo para ela. Seu estilo devida não era para um momento ou dois.
Era o que ele poderia esperar para sua vida.
— A coisa em que pensar, Grace, não é se você precisa ou não desse estilo de vida também. Nofundo,
onde é importante, antes de você se comprometer comigo,
você tem que saber que isso é algo que irá satisfazê-la
sexualmente e de todas as outras formas. Pode parecer
excitante, mas envelhece muito rápido. Às vezes, parecerá unilateral. Você nem sempre vaiconcordar comigo. Ou vai querer fazer as coisas que eu peço.
Ela colocou seu copo de vinho na mesa. Ele observou que ela tinha bebido mais do que a metade.— Eu poderia
ter medo.
A voz dela tremeu, e Vittorio queria abraçá-la e segurá-la no colo para consolá-la, mas se forçoua permanecer onde estava. — Eu espero que você faça. Eu
também esperaria sua confiança e sua comunicação.
Você tem que me dizer que está com medo. Você tem que
dizer quando não gosta de algo que fazemos. Para um
relacionamento funcionar entre nós, preciso saber como
você está se sentindo o tempo todo.
Ela assentiu, seu olhar fixo no rosto dele. Ele gostava
que ela estivesse dando a ele toda a sua atenção quando
ele precisava dela.
— Dito isto, isso não significa que não vamos, só que
vamos discutir mais e vamos levar as coisas devagar até
chegar a um lugar que você não tenha mais medo.
— O que acontece se eu não fizer algo que você quer
que eu faça?
— Então eu ficaria muito desapontado.
Seus cílios levantaram e ela olhou diretamente de volta em seus olhos. O coração dele se agitoucom o que
viu lá. Ela não gostou da ideia dele ficar desapontado. Ele tinha que encontrar uma maneira deter certeza de que ela sempre olharia para ele desse jeito.
— Então, sem chicotes.
— Eu nunca iria, de qualquer forma, prejudicá-la.
Minha mulher é a pessoa que eu amo e respeito mais do
que qualquer outra e eu jamais iria querer vê-la ferida. —
Ele quis dizer isso, mas não concordou que não haveria
chicotes.
Vittorio não era um homem que gostasse de ver lágrimas nos olhos de sua mulher, nos olhos deGrace.
Ele já havia passado de se interessar por ela ou de se
apaixonar por ela, ele estava lá. Ele estava em sua companhia há quase seis semanas e sabia quequeria passar a vida inteira com ela. Ele estava dando a ela um motivo para sair enquanto podia,e não era fácil. Ouvir a si mesmo falar sobre suas necessidades o fizeram se sentir
egoísta, e ele temia que as coisas importantes para ele a afastassem, especialmente porque elenão conseguia explicar por que ele precisava de obediência precisa e controle total em sua casapara mantê-lo sadio.
— Isso é uma coisa boa. —Ela terminou o vinho e colocou o copo na mesa, mais uma vezpegando o garfo
para empurrar sua salada ao redor.
Claramente o tempeh não era o favorito dela e ele fez
uma nota mental para dizer a Merry para não servir a ela novamente.
— Tendo dito que não machucarei á minha mulher,
isso não significa necessariamente que não haverá chicotes. —Ele derramou uma nota debrincadeira em sua
voz, mas observou atentamente.
Ela sentou-se ereta. — Vittorio, eu não gosto de sentir
dor.
— Isso é uma coisa boa. Eu acabei de dizer que não
vou infligir isso à minha mulher. Eu quero te dar prazer, não te machucar. Às vezes, gattina,jogar pode ser muito sexy.
Ela ficou em silêncio por um momento e então visivelmente relaxou. — Eu vou ter que confiarem você
sobre isso.
Ele ficou muito satisfeito com a resposta dela. Ele tomou um gole de vinho, perguntando o queele tinha feito de certo para o universo lhe enviar tal presente.
— E quanto a você, Grace? Eu gostaria que você me dissesse as coisas que você sente queprecisa em um
relacionamento.
— Eu quero me sentir amada, —disse ela sem hesitação. — Eu quero saber que meu homem meama e
não está olhando para outras mulheres quando eu não estou com ele. Você é extremamente rico eacostumado
com as mulheres se jogando em você. Você namorou mulheres lindas e teve várias delas. Eu nãoestou certa de que posso me comparar. Eu não sou exatamente experiente.
Ele se recostou na cadeira e estudou o rosto dela. Ela
estava nervosa sobre fazer sexo com ele e ainda assim
ela se vestia do jeito que ele pedia e quando ele fez uma demanda muito sexual dela, uma que a
maioria das mulheres poderia hesitar em fazer, ela tinha sido corajosa o suficiente para fazer isso.Ela realmente pensara na menção deliberada de chicotes no quarto e depois confiara nele. Elequeria enquadrar seu belo rosto entre as palmas das mãos e beijá-la sem sentido comorecompensa.
— Você é naturalmente sensual, bella, você não precisa se preocupar com a inexperiência. Vocêouviu as
coisas que estou dizendo sobre mim? Eu quero as coisas
do meu jeito no quarto. Isso significa que a inexperiência de sua parte é uma vantagem. Isso mepermite ensinar o
que eu gosto e quero. Eu posso prometer a você que no
final do dia, eu posso te dar tudo o que você poderia querer.
Ela esfregou a tipoia que segurava seu braço, algo que ela fazia quando estava ficando cansadado peso em
seu ombro dolorido.
— Você quer sobremesa? Merry fez sua famosa torta
de limão com framboesa só para você. —Ele estava tentando-a de propósito, embora elaestivesse ficando cansada. Ele queria que ela ficasse mais forte e se curasse mais rápido. Omédico disse que precisaria de calorias adicionais para não perder mais peso com as rigorosasexigências da fisioterapia.
Ela assentiu. — E café?
Ele balançou sua cabeça. — Isso iria mantê-la acordada a noite toda. Você precisa dormir.
Ela abaixou a cabeça. — Eu não tenho dormido muito desde que eu lhe pedi para não ficar nomeu quarto.
Ele esperou, deliberadamente não respondendo a ela.
Ele sabia que ela não estava dormindo. Até o médico comentou sobre isso, preocupado que elaestivesse se desgastando. Houve um breve silêncio e finalmente ela levantou a cabeça.
— Por que você não me contou? —Ele manteve a voz
baixa, transmitindo sua decepção nela. — Sua saúde é
primordial, Grace. Você sabe disso.
— Sim, eu sei, me desculpe. Eu estava muito confusa
sobre o que sua mãe quis dizer quando ela disse que eu
preencho alguns critérios que você precisa em uma parceira. Fiquei magoada, —admitiu ela.
— Sinto muito que te machuquei, mas você deveria ter
me dito que precisava de mim no seu quarto para dormir.
—Ele pegou seus pratos e os colocou em um pequeno
recipiente que Merry lhe dera para os pratos. Ela havia
comido pouco da salada, mas metade da comida. — Só
para você saber, os critérios aos quais minha mãe se referiu não servem a todos os requisitos queacabei de
descrever para você. Quanto a ser fiel, eu já disse, isso é
algo que faz parte do meu código. Eu nunca faria uma promessa com uma mulher e a quebraria.Diga-me o que
mais você precisa para fazer você feliz.
— Eu quero o tipo de relacionamento onde meu homem é meu melhor amigo. Ele é a primeirapessoa com
quem eu quero compartilhar qualquer coisa, dizer qualquer coisa, estar acima de qualquer outrapessoa.
Ele deu um sorriso encorajador. — Eu estou a bordo
disso inteiramente.
— Eu quero filhos e quero que meu homem seja realmente um pai para esses filhos, realmenteparticipe da criação dos filhos. É imperativo para mim, já que eu nunca tive, saber que meusfilhos vão se sentir amados e importantes para nós o tempo todo.
Vittorio assentiu solenemente. — Eu concordo cem por cento. Eu não tenho pais brilhantes. Nemminha mãe
nem meu pai estavam interessados em nenhum de nós.
Ela parecia um pouco chocada. — Vittorio. Você é tão
próximo dos seus irmãos. Eu sabia que havia um problema com sua mãe, mas seu pai também?
Ele encolheu os ombros. — Tivemos Stefano.
— Mas ele é apenas alguns anos mais velho que o resto de vocês.
— Ele tomou o seu papel a sério. Continue, gattina. O
que mais você precisa? Você precisa ser capaz de me
dizer qualquer coisa.
Ela respirou fundo. A ação levantou os seios, chamando sua atenção. Ele tinha estadocuidadosamente
evitando olhar muito para ela sentada lá, parecendo vulnerável e sexy. Ele já a desejava comcada célula de
seu corpo, mas ela continuava causando estragos em seu
cérebro.
— Eu quero trabalhar. Eu amo o que eu faço, e eu sou
boa nisso.
Ela já havia indicado tanto para ele, então ele ficou em silêncio.
— Eu estou bem com a rotina que você já tem em
casa, porque é importante para você, e qualquer coisa que você precisa, claro, seria importantepara mim, ela acrescentou.
— Por quê? —Ele a empurrou. Ele sabia que estava
pedindo muito, ela revelar mais de si para ele, mas ele se colocou na linha por ela. Poucasmulheres teriam ficado
felizes com o que ele pediu a ela. — Eu sei que é preciso coragem para olhar para si mesmo edizer o que você
precisa, mas somos nós. Nosso relacionamento, não é da
conta de ninguém. Eu sempre cuidarei de você, Grace.
Sempre. Qualquer segredo que você tenha é meu.
Qualquer coisa que eu te disser, confio que fica com você.
Estamos nisso juntos. Eu já estou tão orgulhoso de você
por vir até aqui comigo.
Ele sabia que despir-se de armaduras e descobrir os
segredos mais sombrios era desconfortável e assustador.
Mesmo aterrorizante. Seu queixo subiu e seu coração se
sacudiu com força em seu peito. Seu pênis combinava a
ação contra o tecido de suas calças de cordão. Era uma
coisa boa que eles estavam soltos porque ele estava cheio e duro, sua ereção pulsando comdemandas urgentes.
— Eu gosto de agradar você e realmente, realmente
não gosto de desapontar você. É o pior sentimento possível, —ela confessou em voz baixa.
Seu coração pulou. Se nada mais tivesse acontecido
antes, ele saberia que ela era a mulher certa para ele só por essa admissão.
— Quando estou com você, descubro que quero te fazer feliz. Quando estou longe de você, estoupensando
em fazer você feliz e o que isso levaria. Eu tento ver todos os detalhes, como você gosta de suacasa, suas roupas,
seu café. Pequenas coisas. Só assim eu sei e posso ter
certeza que você os tem. Agora, você está fazendo tudo
por mim, mas eu quero a chance de fazer as coisas por
você.
O sorriso dele se soltou antes que ele tivesse a oportunidade de segurá-lo. Alta potência. A coisareal. Ele não pôde evitar. Ela era magnífica e boa demais para ser verdade.
— Eu gosto de fazer coisas para você, Grace. Eu continuarei fazendo essas coisas e muito mais.Isso te deixa desconfortável?
Ela balançou a cabeça e voltou sua atenção para a
criação de limão e framboesa que Merry havia feito para
eles.
— Eu gosto de respostas verbais, bella, ele lembrou.
— Não parece importante agora, mas será mais tarde quando fizermos sexo e eu precisar ouvirque você está
bem com o que estaremos fazendo.
Sua cabeça subiu, a cor varrendo seu corpo, tornando seus seios rosados. Seus mamilos espiaramatravés da
renda, chamando sua atenção. — O que estaremos fazendo? —Ela ecoou fracamente.
— Sim. Vamos fazer as coisas que eu quero fazer. As
coisas que eu exijo de você. Você não me disse o que
precisa de mim no quarto. Aqui, em nossa casa. Eu tenho
que saber quais são suas necessidades, a fim de cumpri-
las.
Sua cor se aprofundou ainda mais. Ela respirou fundo
e inclinou o queixo para ele. — Eu preciso que você me
diga o que fazer. O que você quer de mim. Por alguma
razão, quando você faz isso, fico mais excitada do que
jamais imaginei ser possível. Quando você me diz o que
quer dentro ou fora do quarto, isso me faz sentir mais controlada e mais poderosa. Eu sei o que épreciso para
agradar você e eu gosto de poder dar isso a você.
Ela não poderia ter lhe dado uma resposta mais perfeita. Vittorio mal conseguia respirar com anecessidade de segurá-la. Apenas para sentir seus braços ao redor dela e saber que ela queria queele pertencesse a ela da mesma forma que ele a queria.
Ela respirou fundo novamente. — E eu não quero apenas ser compatível. Eu quero ser amada.Realmente,
profundamente amada. Eu quero que o meu homem caia
com tanta força que nunca vá encontrar uma maneira de
se levantar. Quero amar esse homem com a mesma ferocidade e paixão. —Ela o olhou bem nosolhos. — Eu
quero tudo ou nada, porque eu não estou disposta a desistir.
Ele se inclinou para ela. — Grace, eu sei algumas coisas sobre você de viver com você nasúltimas semanas. Você tem alta autoestima e é muito autoconsciente. Eu confiei em você parasaber o que precisa e para me dizer quais eram essas necessidades
porque você está muito ciente de quem você é e quais são seus pontos fortes e fracos. Você medeu esperança quando eu não tinha nenhuma, ouvindo você falar com
Katie, eu sabia que você estava ciente das necessidades
de outras pessoas e trabalhou duro para garantir que essas necessidades fossem atendidas. Vocêtem um centro sólido no meio de uma situação horrível, e até conseguiu paz de espírito, apesarde Phillips, o que é um milagre.
Ele estendeu a mão sobre a mesa e pegou a mão dela, seu polegar deslizando sobre o anel que elehavia
colocado em seu dedo. — Eu quero me casar com você.
Eu não quero que você fuja.
Ela respirou fundo. — Só porque somos compatíveis
não significa que você vai sentir ...
— Pare. —Ele se sentou, deixando-a ir, seu comando
mais severo do que ele pretendia. Ele fez um esforço para suavizar seu tom. — Seria impossível
para um homem como eu saber essas coisas sobre você em tão pouco tempo, e ainda assim, tudoo que eu descrevi como suas
características está certo, não é?
Em seu aceno, ele continuou. — Se essas são as características que eu procurei em uma mulherpelo mundo todo, é lógico que eu iria me apaixonar por ela quando encontrasse uma mulher comesses atributos.
Ela piscou aqueles cílios longos e cheios para ele. —
Você está?
— Eu estou. Você acabou sua sobremesa?
Ela olhou para seu prato. Ela tinha comido a maior
parte da fatia. — Sim. Eu estou ficando cansada, e não
quero estar cansada. —Sua mão boa deslizou ao longo de sua coxa, esfregando-a para frente epara trás.
Ele levantou-se imediatamente e foi ao redor da mesa
para ajudá-la a sair de sua cadeira. Em tal proximidade, ele descobriu que não podia esperar maisum momento,
para fazer o que ele quis inúmeras vezes durante o jantar.
Ele emoldurou seu pequeno rosto com as mãos grandes e
inclinou-se para tomar posse de sua boca.
Foi uma conquista. Sua língua encontrou a boca e ele
entrou, tomando o controle, beijando-a do jeito que ele queria. Reivindicando-a como sua. Elefoi duro, exigente e possessivo. Ele queria que ela sentisse seu tipo de amor.
Completo. Abrangente. Reverente. Carnal. Todas essas coisas misturadas. O fogo se espalhouquente e líquido
em suas veias para se acumular em sua virilha. Seu pênis ansiava por liberação, fazia suaspróprias exigências imperativas, tão duras e grossas que ele não estava certo de que poderia darum passo. Ele se forçou a levantar a
cabeça e ficou feliz quando a boca dela perseguiu a dele.
Ele passou a mão pelo corpo dela para se acomodar entre
as pernas, ainda mais grato por sentir seu calor escorregadio e acolhedor. Ela precisaria delespara acomodá-lo.
— Estamos voltando para o seu quarto, Grace, mas só até o médico dizer que você não precisamais usar a
tipoia para apoiar seu braço. Você só tem mais uma semana, depois vamos levar suas coisas parao quarto
principal.
Grace assentiu. Ele podia ver que ainda havia um pouco de apreensão em seus olhos, mas ele nãopodia
culpá-la por isso. Ele estava pedindo muito dela e ainda não tinha falado com ela sobre o que elefazia como piloto e como isso poderia afetar os dois se algo desse errado
entre eles.
Ela se virou para a porta, mas, em seguida, olhou para
ele por cima do ombro. — Nós não podemos deixar os
pratos aqui fora.
Ele apagou as velas e, em seguida, deu-lhe toda a
sua atenção. — Eu tenho isso resolvido.
— Claro que sim. —Ela enviou-lhe um sorriso e caminhou à frente dele para a porta.
Ele chegou ao redor dela para colocar a mão na maçaneta. Abaixando a cabeça para o ombrodela, ele mordeu o ponto ideal entre ele e seu pescoço. — Você
deveria ter confiado que eu cuidaria desse detalhe, gattina.
Ela deu um pequeno grito na dor e depois estremeceu
quando ele acalmou a mordida com a língua. —
Normalmente sou a pessoa dos detalhes, e ainda estou
me acostumando com o fato de que você está disposto a
fazer isso para mim.
Ele pressionou um beijo sobre a marca em sua pele.
— Levará tempo para resolver as coisas entre nós, mas
chegaremos lá. A confiança é dada ao longo do tempo,
não imediatamente. Eu não espero isso.
Vittorio levara muito tempo para aceitar os traços dominantes em si mesmo e o que issosignificaria quando
se esperasse que uma parceira morasse com ele. Ele não
queria ser arrogante ou de alguma forma ferir sua esposa ou filhos. Ele teve tempo para encontraras coisas que precisava para manter sua vida equilibrada e pacífica, bem como para desenvolvera compaixão e humildade.
Ele podia ser dominante, mas ele se recusava a ser dominador.
Ele aprendeu a ser um comunicador claro e bom, alguém que ouvia atentamente com a menteaberta e
tentava encontrar todas as soluções antes de recorrer à imposição de sua vontade. Sua voz era umdom que ele
podia usar quando necessário e ajudava a persuadir e acalmar uma situação difícil. Ele esperavaque ajudasse
com seus filhos. Ele sabia que seria tão importante para ele ser honesto com Grace quanto elequeria que ela fosse com ele. Se ele não fosse, como ele poderia esperar isso dela?
Ele tinha orgulho em quem ele era, porque ele tinha
tomado o tempo para treinar sua mente assim como treinou seu corpo. Ele tinha um códigoestrito pelo qual vivia e lealdade estava no topo da lista. Se sua mulher
colocava a si mesma e seu bem-estar sob seus cuidados,
ele levava isso a sério e reconhecia o presente que ela lhe dava. Ele não ia decepcioná-la porautoindulgência.
Ele estava muito consciente de que seu domínio sobre
Grace era hesitante. Ela o queria e ao estilo de vida que ele lhe oferecia, mas ele sabia que haviauma parte dela que a estava segurando. Isso era esperado também. Ela
era uma mulher inteligente e não se entregaria a ele só
porque estava tentada. Ele amava isso nela, porque isso
significava quando ela se rendesse totalmente, ele ganharia e teria uma chance muito melhor demantê-la
quando lhe dissesse que era um piloto da sombra e o que isso significava para os dois.
Ele passou a mão de seu ombro para a curva de sua
bunda e descansou a mão lá, fazendo-a hiper-consciente
dele. Ele sentiu a reação dela quando ela caminhou de
volta para seu quarto, o leve tremor de seu corpo, o pequeno ofego em sua respiração.
— Você se opõe a andar pela casa com apenas uma
lingerie como esta? —Deliberadamente ele se aproximou
dela, deixando-a sentir seu calor.
Ela balançou a cabeça. Ele permaneceu em silêncio, e
ela lançou um olhar ansioso para ele. Ele encontrou seus olhos. Esperando.
— Não. Eu definitivamente teria que me acostumar com isso e não iria querer mais ninguém nacasa além de
nós dois.
Sua explicação saiu um pouco apressada. Ela
continuou andando, então seu rosto desviou, mas mais uma vez, ele viu aquele rubor lento decorpo inteiro. Ele achou o jeito que a cor dela subia quando ela olhou para ele sexy e carinhosa.Apenas aquela visão fez coisas
inesperadas em seu corpo. Ele soltou a mão e acariciou sua nádega esquerda.
Alcançando-a como se para abrir a porta, ele deixou
seu corpo apertar firmemente contra o dela, para que ela sentisse a espessura de seu pênis esoubesse que ele a
queria tanto, ou mais do que ela o queria. — Se eu pedir para você usar algo para mim, você vaiter que confiar que eu vou mantê-la segura, Grace, esteja alguém na casa ou
não.
Sua respiração falhou, e ela olhou para ele por cima
do ombro. Ele passou a mão da nuca à curva de seu traseiro, mas ela não protestou.
— Haverá muitas ocasiões que eu vou usar algo como
algemas ou cordas. Eu gosto da ideia de tê-la desamparada e eu lhe dando mais e mais orgasmos.Eu
fantasiei sobre isso. —Ele fez a confissão em seu ouvido, os lábios roçando sua pele, seu hálitoquente. — Será que isso a excita ou faz você ter medo?
Ele abriu a porta e usou seu corpo para instigá-la para
a frente. Seu tremor aumentou, sua cor indo do rosa a um belo tom de vermelho.
— Ambos. —Sua voz tremeu.
— Mia bella gattina, sei cosi coraggioso. —Ele murmurou sua admiração quando veio por trásdela e tirou sua mão suavemente da tipoia. — Eu sou um homem de
muita sorte. Poucas mulheres teriam a coragem de ser tão honestas comigo. Sem honestidadeentre nós, eu nunca
seria capaz de lhe dar tudo o que você quer ou precisa. —
Ele pegou a renda elástica, juntando o material na mão e, lentamente, subindo sobre seus quadrise costelas.
Sua respiração estava vindo rápida, ofegante de antecipação. Ele a queria assim, mas eleprecisava ainda mais. Aqueles suspiros ofegantes faziam seu pau pulsar e doer. Música paraacompanhar sua sedução a ela. Ela estava dando a ele mais do que ele possivelmente poderia terpedido para neste primeiro momento com ela. Ela estava focada totalmente nele, em cadamovimento seu,
na maneira como ele andava, seus pés descalços, a camisa aberta, sua própria respiração, o queaumentava
sua própria necessidade ainda mais.
— Fique relaxada para mim, —ele instruiu quando puxou o vestido sexy mais alto. — Estoutirando isso do
seu braço bom e depois cuidadosamente do ombro machucado antes de qualquer outra coisa.Quando eu o
tiver tirado, use o banheiro e se prepare para dormir, embora você não precise de roupas.
Grace ficou ali por um momento, quase levantando a
mão em uma tentativa de cobrir os cachos cor de fogo na
junção de suas pernas. Ela parou, e ele se inclinou para roçar um beijo em sua boca. Ela paroupor ele.
— Olhar para você me dá prazer imensurável. —Era
verdade. — Eu vou fazer um monte disso.
Ela sorriu, mas foi um pequeno sorriso, como se ela
não estivesse muito convencida, mas ele sabia que, ao
longo do tempo, ela seria.
Ele virou-a para o banheiro. — Adoro ver você andar.
—Sua palma segurou seu rosto e, em seguida, soltou. Ela
pegou a deixa e atravessou o quarto até o banheiro. Ele
não conseguia tirar os olhos dela. Ela era hipnotizante.
Sensual. Ela não sabia e isso era metade da tentação.
Ele manteve as luzes apagadas, embora tivesse as
cortinas abertas. A vista para o lago era incrível, e a superfície servia para aumentar o luar eenviá-lo através do longo banco de janelas. Ele queria ser capaz de ver
sua mulher e julgar como ela estava se sentindo em determinado momento.
Ele tinha as cobertas puxadas para trás expondo o lençol de baixo. Ele balançou os remédios emsua mão e
esperou pelo retorno dela. Quando ela voltou, ele colocou a mão de volta na tipoia e ofereceu aspílulas para ela. —
Eu bebi vinho hoje à noite.
Ele consultara seu médico, que lhe garantira que um
copo de vinho não a machucaria. Ela não estava tomando
analgésicos, mas sim anti-inflamatórios. A combinação não ia incomodá-la. Ele permaneceu emsilêncio, ainda estendendo a mão com as pílulas na palma da mão.
Grace os tirou dele. — Você já falou com o médico,
não é?
— Eu daria uma chance de prejudicá-la? —Ele respondeu.
Ela sorriu para ele. — Você me surpreende que esteja
disposto a ver cada detalhe. Quando eu saio do trabalho, eu estou tão exausta, eu sinceramenteme esqueço de pensar em mim mesmo. Estas últimas semanas eu estive
deixando tudo para você e você não me esqueceu nem
uma vez. Na verdade, você cuidou melhor de mim do que
eu faço. —Ela engoliu as pílulas com o copo de água que
ele tinha colocado em sua mesa de cabeceira.
Vittorio pegou o copo da mão dela e apontou para a cama. Ela fez uma careta para ele e hesitou.
— É estranho ir para a cama. Fazê-lo na sua frente é
realmente embaraçoso.
Ele franziu a testa, sem entender. — Você insistiu em
ir para sua cama sem ajuda todas as noites durante mais
de uma semana. Eu estava no quarto, sentado bem ali.
Perguntei-lhe todas as noites, se você precisava de ajuda e você disse muito claramente que não.
Para um homem como ele, observar sua luta tinha sido um inferno. Mais, ele tinha dito desde oinício o tipo de homem que ele era e o que ele precisava. Quando ela
recusou a ajuda dele, recusou-o como homem.
Ela parecia como se tivesse sido atingida. Seus olhos
brilhavam e seu rosto corava. Ela deu um passo mais perto dele. — Vittorio. —A mão dela foipara seu rosto. Foi a primeira vez que ela o tocou intimamente, cuidado em
seu toque. — Eu nunca quis te machucar. Parecia errado
pedir sua ajuda quando eu estava tão confusa e insegura
de por que você me escolheu.
— Por que eu não escolheria você, Grace? —Ele não
queria que ela se afastasse. As pontas de seus seios
estavam um pouco acima de seu pênis e ele queria que os dois centímetros entre eles fossemembora, para que ele
pudesse se pressionar contra ela.
— Você tem que se lembrar de onde eu trabalho, Vittorio. Eu sou uma planejadora de eventos.Eu sou contratada para trabalhar em eventos para a sua família.
Nós nos movemos em círculos completamente diferentes.
Você encontra estrelas de cinema e eu carrego um serial
killer.
Ela fez uma tentativa de humor, mas ele não gostou.
— Eu sei que você não acha que você está de alguma
forma abaixo de mim. —Ela baixou a mão para o lado e
abaixou a cabeça.
Ele pegou o queixo dela. — Você não consegue se
esconder de mim. Isso é parte de nossas regras. Nós somos honestos um com o outro, mesmobrutalmente.
Estou errado em pensar que você tem uma autoestima
elevada?
Ela apertou os lábios. Por um momento ele pegou um
flash de diversão em seus olhos. — Evidentemente alta
demais. Eu considerei que você era um playboy mimado
com muito dinheiro. Eu meio que coloquei você em uma categoria de super-bonito, mas umpouco inútil.
Sua sobrancelha subiu. Na verdade, ele queria rir. —
Inútil? —Ele repetiu.
— Não tão ruim quanto alguns de seus irmãos, —
acrescentou apressadamente.
Ele riu. Ela era inestimável. — Alguns? Quais dos meus irmãos eram mais úteis?
Ela riu então. — Eu posso ver, que não importa o que
eu diga, eu vou estar em apuros. Eu estou extremamente
grata por você não estar realmente com os chicotes.
— Minha mão, no entanto, está se perguntando como
sua bunda linda vai se sentir sob ela. E lembre-se, gattina, eu gosto quando você cora. Vermelhofica bem em você.
— Definitivamente não faz. Eu sou uma ruiva natural e
nunca usamos vermelho. Isso não iria combinar.
Ele pegou sua cintura com as mãos e levantou-a sobre a cama. — Sente-se ali por um minuto eme diga o
que é diferente sobre ir para cama ontem à noite, e hoje.
Ele tirou a camisa e com muito cuidado colocou-a sobre
as costas de uma das duas cadeiras em frente à longa lareira.
— Eu estou nua.
Deliberadamente, ele correu seu olhar sobre seu corpo. Seus seios subiam e desciam com cadarespiração.
Ela parecia vulnerável e excitada, tão perfeita que ele mal podia conter seu desejo, e ele era umhomem extremamente disciplinado e controlado. — Você está nua. Eu acabei de notar.
Ela riu, e o som de sua risada passando sobre o corpo
dele como toque de dedos. Seu pênis sentia como se pudesse quebrar em um milhão de pedaços.Ele não se
importava. Era a sensação mais maravilhosa do mundo,
quando ele nunca tinha sentido algo parecido com qualquer outra pessoa. Ela fez tudo novo ediferente. Ela valeu a longa espera e a preocupação de que ele nunca
tivesse alguém certo para ele.
— Você não está.
— Eu não estou, eu estou? —Ele tocou a frente de
suas calças, esfregou o comprimento grosso de seu pênis
queimando. O calor era tremendo, sua necessidade dela
crescendo a cada momento que ele estava com ela. Ainda
assim, ele tinha tempo para ser brincalhão com ela. Ele a queria na borda, escorregadia de fome,mas não queria
que ela tivesse medo. Às vezes, sentir um pouco de medo
aumentava o prazer, mas não dessa vez. Esta noite, ele
iria tomar seu tempo e fazer amor com ela. Ele quis dizer o que disse quando disse a ela que nãoqueria vê-la machucada ou com lágrimas nos olhos. Ele sabia que fazia muito tempo, mas eleainda faria o seu melhor para cumprir essa promessa.
Ela riu assim como ele sabia que ela faria. — Você
tem um corpo bonito, Vittorio. Notei você em todas os eventos que você assistiu. Não pudedeixar de te observar. Você provavelmente já teve várias
perseguidoras e estou bastante certa de que eu poderia
ser contada entre elas.
Ele gostava disso. Gostava um inferno de um lote. —
Você reparou em mim.
Ela revirou os olhos. — Sério? Toda mulher repara em
você. Eu acho que os homens fazem, também, mesmo os
mais discretos. Você é tão bonito.
— Mas você tomou muito cuidado para ficar fora do
meu caminho.
— Mimado menino rico, inútil, lembra? Eu tive fantasias. Centenas delas. Eu não podia correr orisco de que você arruinasse minhas ilusões.
Ele aproximou-se da cama. — Abra as pernas para
mim. Ela o fez, e ele se colocou entre suas coxas. — O
que mais se passou nestes eventos que eu não saiba em
referência a mim ou a minha família?
— Você quer que eu te conte segredos dos planejadores de eventos? —Havia risada em sua voz,mas
ele ouviu a relutância subjacente. Ela pensou que ele não gostaria do que ela poderia dizer.
Ele correu a ponta de seu dedo da sua clavícula ao
topo de seu peito, onde ele traçou para a frente e para
trás. — Não existem segredos entre nós.
— Você tem segredos.
Foi um desafio. Sua Grace era mais do que inteligente. Ela era muito rápida. — Sim, mas eupretendo contar cada um dos meus. Qual é o mal em me dizer sobre qualquer coisa a vercomigo?
Ele manteve os olhos no rosto dela. Desejando que
ela desse o próximo passo. Eles ainda estavam dançando
ao redor um do outro sob o disfarce de provocação, mas
ele precisava que ela desse o próximo passo para confiar nele com coisas que ela normalmentenão lhe contaria.
— Eu não quero você chateado com Katie. Eu sou a
única que vem com todos os apelidos irreverentes para
certos clientes.
Ele permaneceu em silêncio, decepção cortando
através dele. Eles não estavam naquele momento ainda, e
ele sabia, acima de tudo, que a paciência era a chave para conseguir que ela confiasse nelecompletamente. Ele balançou a cabeça, aborrecido consigo mesmo por tentar
empurrá-la além de onde ela estava pronta para ir.
— Vittorio. —Ela sussurrou seu nome e havia uma dor
em sua voz.
Ela não gostava de decepcioná-lo, e ela sabia que tinha. Ele se inclinou e apertou um breve beijoem sua
boca. Só isso já o fazia se sentir como se ela tivesse lhe dado um grande presente. Ela podia nãoconfiar nele completamente ainda, mas ela definitivamente se importava o suficiente para que,quando ele não estava
satisfeito, ou ficasse desapontado, ela estar chateada.
— Não importa, gattina, isso virá com o tempo. Nós vamos chegar lá. —Ele estava confiante deque seria.
— Isso importa. —Grace o surpreendeu com sua reação feroz. — Eu estou envergonhada quepossa ser
infantil sobre o trabalho. Eu quero que você entenda que eu sou uma profissional. Eu amo o quefaço e sou seriamente boa nisso.
— Eu escutei você e Katie todos os dias durante a
última semana. Estou muito consciente de que você é profissional.
Ela abaixou a cabeça novamente, e seu coração afundou. Ele não gostava dela decepcionadaconsigo mesma quando ela claramente estava tentando, realmente
tentando. Ele queria que ela continuasse. Este era um momento importante na sua relação,mesmo que ela não
o reconhecesse como tal. Ele foi paciente, permanecendo
em silêncio. Esperando. Ele concentrou-se na ascensão e
queda dos seios dela. A pele era suave, muito pálida, quase brilhando na luz do luar sobre o lagoque atravessava as janelas.
Ela passou a língua nos lábios e, em seguida, olhou
para ele, encontrando seus olhos. — Eu deveria confiar
em você o suficiente para saber que você não é mesquinho o suficiente para retaliar contra onosso
negócio, ou Katie, porque eu gosto de fazer brincadeiras bobas.
Vittorio estava exultante por ela ter feito sua confissão a ele. Ela não tinha certeza que ele nãousaria o que quer que o jogo dela fizesse a respeito dele, contra ela, mas ela queria estender-lheessa confiança. Seu trabalho era muito importante para ela. Era a única coisa que ela tinha queHaydon Phillips não tinha sido capaz de tirar dela, e ela fez dele um sucesso. Ela não queria queele o depreciasse, prejudicasse ou de alguma forma pensasse
menos sobre seus negócios.
— Quando os clientes são difíceis, eu dou nomes para
eles, e, em seguida, uso siglas, a fim de nos fazer rir.
Ele não pôde deixar de sorrir. Ela fez a confissão como se tivesse cometido algum pecadoterrível. —
Entendo. Eu tenho uma dessas siglas?
— SURB. 30
Ele pegou imediatamente. — Mimado menino rico inútil, —ele traduziu. Isso não era ruim osuficiente para ela ter esperado tanto tempo para contar a ele. Ele pensou sobre o que ela tinharevelado. Quando os clientes são
30 Em inglês Spoiled useless rich boy - Mimado menino rico inútil.
difíceis. Ele nunca tinha sido “difícil” em qualquer um dos eventos de caridade. Ela tinhainventado um jogo para aliviar a dor quando os clientes difíceis eram ‘feios’ para Katie ou ela. —Como você chama minha mãe?
Ela suspirou. Seus dedos torceram nos lençóis. Ele
não pôde ajudar a si mesmo. Ele pegou sua mão e apertou a palma da mão na coxa dele para lhedar coragem.
— Ela era conhecida como ‘QBSITDROH’. 31 —Ela desfiou as letras rápido como se as tivessefrequentemente utilizado.
Ele levantou uma sobrancelha. — Isso é bastante grande.
— Sua mãe não é uma pessoa fácil de se trabalhar.
Ela merecia um nome condizente com alguém que pudesse mostrar seu nível de desprezo,sarcasmo e veneno. Era preciso encontrar uma maneira de rir.
Ele podia ouvir o pedido de desculpas em sua voz.
Isso não era o que ele queria dela em tudo.
31 Em inglês Queen Bitch Spawned In The Deepest Recesses Of Hell – Rainha cadela geradanos recessos mais profundos do inferno.
— Você vai ter que ensinar o seu nome especial às minhas cunhadas. Elas ocasionalmenteprecisam de uma
forma humorística de lidar com ela. O que isso significa?
— Rainha cadela gerada nos recessos mais profundos
do inferno. —Ela olhou para ele rapidamente como se esperasse que ele ficasse com raiva.
Vittorio não se conteve. Ele começou a rir. — Eu tenho
uma relação muito saudável para a minha mãe, mas ninguém consegue atingir o nível particularde acidez que ela pode quando lida com qualquer pessoa em qualquer
situação. Muito imaginativo e perfeito.
Ele emoldurou seu rosto e beijou-a, tomando seu tempo, deixando-fogo consumi-lo.
Capítulo 13
Beijar Grace virou seu mundo de cabeça para baixo.
Depois que ele começou, Vittorio não queria parar. Ela tinha gosto de fogo, quente, picante eainda doce, uma
sensação de fuga que o levou para o caminho escuro que
ele desejava. Ninguém nunca tinha chegado perto de tirar a dura realidade de sua vida, não atéque ele achou Grace.
Ela ocupava seus pensamentos dia e noite. Ele a estudou com o mesmo foco completo com oqual treinava.
Ele aprendeu tudo que pôde aprender nas semanas que
ele esteve com ela. Toda a expressão. O jeito como ela se movia quando estava cansada. Oshábitos que diziam seu
humor. Ele sabia como ela gostava de seu café ou chá.
Havia uma certa expressão que aparecia em seu rosto quando ela não gostava de alguma coisa,mas estava determinada a ir até o fim.
Ele a beijou suavemente, sem demanda, determinado
a ir devagar, mas, apesar de sua determinação e toda a
sua disciplina, não havia maneira de evitar aprofundar o beijo. Ela criou um vício, um desejo queele nunca iria superar. A maneira como ela se rendia a ele era a mais
incrível sensação do mundo. Ela entregava-se
completamente a ele. Prazer corria através dele até que seu pulso trovejou em seus ouvidos ebatia em seu pênis.
Ele nunca se sentiu mais vivo, ou mais necessitado de sua mulher, nem mesmo depois de sair dassombras depois
de uma missão, quando a adrenalina derramava de seu
corpo.
Vittorio sabia, quase desde o primeiro vislumbre dela
quando saltou do porta-malas, toda fúria e o fogo, furiosa com seu irmão adotivo, que a paixãonela seria selvagem
e explosiva.
Ele a guiou até o colchão, então ela estava deitada de
costas, pernas sobre a borda, o tempo todo sua boca se
recusando a deixar a dela. Ele a beijou repetidamente, beijos longos e intoxicantes, querendoconsumi-la, devorá-
la, buscando mais de sua rendição. Exigindo mais. Todo o tempo suas mãos em uma lentaexploração de seu corpo.
Ela era primorosa. A sensação de sua pele, suave sob
as pontas de seus dedos.
Ele se espalhou para absorver o máximo dela quanto
possível. Ele foi devagar, recusando a se apressar, não
importando as exigências de seu corpo. Ele a saboreou,
deixando-se absorver a sensação de sua rendição a ele,
tudo sobre a experiência com ela. A ascensão e queda de seus seios. Como eles pareciam, montessedutores gêmeos, as curvas se desenhando em seu olho quando
ele levantou a cabeça para beber em seu corpo.
Ele gostava de tê-la sob ele, à sua mercê, seu corpo
aberto para ele, suas mãos movendo-se sobre ela possessivamente, deixando-a saber a quem elapertencia.
Grace era elegante, seu corpo de ossos finos, sua caixa
torácica delicada e pequena. Seus quadris se alargaram,
combinando com a linha doce de seus seios. Ele traçou
cada linha de seu corpo, cada curva, memorizando-a, gravando-a em seu cérebro, tomando seutempo, apreciando cada centímetro dela.
Grace era muito sensível a ele. Tremendo. Gemendo.
Cada som servia para aumentar seu prazer. Seus mamilos
atingiram o pico de forma que ele não pôde resistir à tentação e passou a língua sobre eles, puxoue rolou apenas para ouvir seus gritos suaves. Ele passou um tempo em seus seios, arquivandocada estremecimento
de seu corpo, cada centímetro de seus quadris. Ele queria saber o que ela gostava e o que nãogostava. Cada ponto
de gatilho que lhe trazia prazer. Não havia razão para se apressar e todos os motivos para não ofazer. Ele queria
que essa primeira vez fosse perfeita para ela. Isso era sobre amar a Grace e mostrar a ela comoele se sentia
sobre ela.
Grace olhou para o rosto brutalmente bonito de Vittorio. Não havia nada de suave ou femininonele, nem
mesmo a longa extensão de cílios que emolduravam seus
estranhos olhos azuis. Ele era totalmente masculino, mas conseguiu não ser brutalmente assim.Ela sabia que se
render a ele significava dar-lhe tudo. Ele expôs com muito cuidado o que ele queria em umrelacionamento e esperava que ela vivesse com suas regras.
Um milhão de borboletas levantavam voo quando ele
falava com ela naquele tom aveludado. Ela desejava a vida que ele oferecia a ela. Ela amava seutrabalho e sua mente captava detalhes. Planejar casamentos de sonho e
festas de conto de fadas para realizar fantasias das pessoas era o trabalho perfeito para ela. Elaprecisava fazer os outros felizes e era meticulosa em ter todos os detalhes perfeitos para eles.Eles lhe diziam o que queriam, e ela encontrava a melhor maneira de proporcionar esse evento desonho para eles.
Era sempre em casa, quando estava sozinha consigo mesma, da maneira como ela tinha sido todaa sua vida,
que ela ficava perdida. Ela não tinha propósito. Foco.
Nenhum centro para equilibrá-la. Agora, este homem, Vittorio Ferraro, um homem incrível,sensual e inteligente, oferecia essas coisas a ela. Ele era exatamente o que ela precisava, e queria.Grace afundou os dedos na massa
espessa de cabelos da testa dele.
Ela adorava poder tocar no cabelo dele. Ela fantasiava
em fazer exatamente isso. Quando ela inalava, havia aquele odor elusivo e masculino que aatraía. Era fraco, mas estava ali, todo tempero e madeiras, algo que ela achava difícil descrever,mas ela sabia que poderia encontrá-lo, vendada, com uma centena de outros homens na mesmasala.
A mão dele estava em sua barriga nua, os dedos abertos, as pontas tocando a parte de baixo deambos os
seios, fazendo com que a respiração dela ficasse ofegante. Não havia como se esconder dele. Elesabia o
que fazia com ela. Ele a beijava e isso era o suficiente para que seu corpo ficasse macio eflexível, derretendo no dele, desesperado para tê-lo dentro dela.
Os dedos se moviam e para trás sobre seu estômago, fazendo carícias hipnotizantes quesuavizavam o medo e
alimentavam sua excitação feroz ao mesmo tempo. Seus
dedos se enroscaram no cabelo dele enquanto ele deu um
beijo em seu umbigo e depois rodou sua língua lá. Ela
engasgou, e seus quadris empurraram involuntariamente
quando seus dentes rasparam sua pele e, em seguida,
beliscaram, causando uma pequena picada.
— Você está prestando atenção, gattina?
— Sim. —Ela estava, mas mal podia fazer a afirmativa
passar por sua garganta. As chamas lambiam sua pele ao
longo do caminho sua boca tomava. Ela estava ciente dele beijando, lambendo e mordendo seucaminho por seu corpo para o emaranhado de cachos de fogo cobrindo seu
montículo.
— Vittorio. —O nome dele saiu um gemido.
— Deite-se para mim, Bella. Temos que ter cuidado com seu ombro. Se você continuar secontorcendo assim,
eu posso ter que punir você.
Grace não conseguia parar de se contorcer, não quando a respiração dele era quente entre suaspernas.
Ele pegou cada perna por trás do joelho e puxou de volta,
segurando cada um com os braços, mas deixando as mãos livres. Ele saiu da cama de modo quesua cabeça
estava entre as pernas dela. Ele se virou e lambeu sua
coxa, fazendo-a ofegar com a sensação. Dedos de desejo
dançaram para cima e para baixo em suas coxas. Seus
quadris se contraíram novamente quando a respiração quente banhou seu sexo.
Era demais e ele nem tinha começado. — Você disse
que não há punições, —ela conseguiu ofegar, todo o seu
corpo estremecendo de necessidade.
— Eu poderia ter espressado errado. —Sua língua passou por sua entrada, coletando calorlíquido e levando-a até a parede.
Ela gritou e fechou os dedos com mais força no cabelo
dele. Nada, nada nunca se sentiu tão bem. — Então, algemas estão dentro ... ela mal conseguiapronunciar as palavras, o ar se recusando a se mover através de seus
pulmões.
— E cordas. Eu tenho estudado há vários anos e ultimamente tenho realmente aprendido a artedo shibari32
do meu irmão. Ele usa suas habilidades principalmente para a arte enquanto eu ... —implicandoque ele não.
Provocando-a.
Ela riu porque ele a fazia sentir como se ela fosse o
seu tudo. A boca dele. As mãos dele. Aqueles olhos se
movendo sobre o corpo dela e então se fixando em seu
rosto quando entregava sua declaração brincalhona, mas
verdadeira. Sua risada se transformou em um suspiro quando ele beijou seu caminho até a outracoxa, usando
lábios, dentes e língua. Cada beliscão enviando relâmpagos através de sua corrente sanguínea.
Ela não conseguia pensar. Em nada. Era impossível.
Seu mundo de repente se estreitara a Vittorio. As mãos
dele mantinham suas coxas afastadas facilmente, dando-
lhe acesso total a ela, e sua boca subitamente ficou voraz.
Ele estava fazendo o que disse, tendo-a como sobremesa.
Seu corpo respondeu de uma maneira que ela nunca 32
Shibari ( し ば り ?) é um verbo japonês que significa literalmente amarrar ou ligar. É umaexpressão que tomou um sentido diferente no século XX, quando o uso da corda (nawa emjaponês) começa a ser utilizada no contexto o uso no shibari para fim erótico.
experimentou, enrolando mais e mais, a pressão tremenda.
— Vittorio. —Ela respirou seu nome, sem saber se ela
queria que ele parasse ou continuasse, mas não havia risada nela. Um arrepio escuro se arrastoupor sua espinha. Ele disse que iria tê-la como sobremesa e ele
quis dizer isso. Ela sabia que ele quis dizer isso quando falou sobre cordas e algemas.
O corpo de Grace estremeceu, algo entre excitação e
medo do desconhecido. Pequenas chamas lambiam suas
coxas, em todos os lugares em que a pele dele tocou a
dela, como se ele tivesse desencadeado um inferno e ela
estivesse pegando fogo junto com ele. No fundo, ela sentia seu batimento cardíaco. Pulsando.
Dolorido. Calor se espalhou através dela de dentro para fora. O tempo
todo a pressão continuou aumentando. Os nós internos
apertando. Inchando.
Em todos os lugares em que Vittorio tocou em sua
pele, deixou pulsos de calor, minúsculas cintilações de eletricidade que estalaram e explodiam.Ela nunca se sentiu tão sensível. Ele não estava tocando seus seios,
mas ela sentiu o acúmulo se movendo através de todo o
seu corpo, de modo que seus mamilos estavam duros e doloridos. Seus seios latejavam comaquela batida do coração no fundo. As sensações estavam se tornando esmagadoras. Ela soluçouo nome dele. Ele rompeu com
ela como um amuleto que iria mantê-la segura.
— Deixe ir, Bella. Apenas relaxe e deixe ir.
Sua voz era suave como veludo. Baixa. Convincente.
Impossível não obedecer. Calor explodiu através dela. Ela sentiu a onda crescente começar emalgum lugar profundo
e se espalhar através dela como um incêndio, inundando-
a, envolvendo todo o seu corpo. A sensação a tomou, correndo como um trem de carga. Suascostas se arquearam. Seus dedos do pé enrolaram. Um grito escapou de sua garganta e não houvecomo reprimir o
som. Seu corpo pulsava, vivo, chocado, a sensação além
de sua imaginação mais selvagem.
Vittorio beijou suas coxas e esfregou o rosto, deixando
para trás a queimadura da barba em sua mandíbula. Ele
se levantou devagar, com o olhar fixo em seu rosto enquanto soltava o cordão de suas calças e asdeixava
cair. Uma mão circulou seu pênis, quando os cílios dela
levantaram. Seus olhos se arregalaram, e ela soltou a respiração em um pouco de pressa.
— Você está no controle de natalidade, Grace? —Ele
odiava perguntar a ela. Ele não dava a mínima se ela ficasse grávida, mas eles não tinhamdiscutido isso ainda.
Ele não tinha dito a ela que ele iria querer uma criança, mais cedo ou mais tarde. Ele não queriaque ela sentisse como se ele estivesse se casando com ela só porque ela
poderia lhe dar o piloto que o resto de seu mundo exigiu.
— Sim.
— Eu não quero usar um preservativo. Eu nunca tive
relações sexuais desprotegidas com ninguém. Eu faço exames regularmente de qualquer maneira,apenas para
ter certeza de que estou limpo. Eu tenho um atestado de
saúde de depois que eu conheci você. —Ele odiou ter que
trazer o fato de que ele tinha estado com outras mulheres.
— Diga-me se você fica desconfortável comigo sem preservativo.
— Eu não.
Ele mal podia respirar. Ele não esperava se sentir tão
diferente. Tudo era diferente com Grace. Sua absoluta confiança e fé nele. A sensação de suapele. O cheiro
dela. O som de seus gritos. Ele percebeu que sua necessidade por ela tinha crescido além dequalquer coisa que ele já tinha experimentado. Seu corpo estava quente, e no momento quepressionou a cabeça de seu pênis dentro dela, foi cercado por chamas quentes, líquidas,apertando-o, puxando-o mais profundo para o paraíso de
fogo e, ao mesmo tempo, lutando para mantê-lo fora.
— Gattina, relaxe para mim.
Ela estava tão apertada, que ele duvidava que pudesse se mover através daquele canal apertado.Ele podia sentir o batimento cardíaco dela através de seu pênis. Ou talvez fosse o seu, pulsando elatejando. A sensação de estar dentro dela era ao mesmo tempo o céu
e o inferno. Olhando para o rosto dela, aquele requintado e belo rosto, pela primeira vez em suavida, ele sentiu um amor imenso. Era abrangente e aumentava as sensações
derramando sobre ele quando incansavelmente
empurrava mais profundo, sentindo o apertado canal e a
ordenha de seu pênis. O sedoso calor envolveu-o apertado, estrangulando-o. Um milhão delínguas quentes
rasparam sobre ele.
Vittorio jogou a cabeça para trás, mas não tanto que não pudesse manter contato visual com ela.Suas mãos
se estabeleceram nos quadris dela, enquanto o corpo dela se abria lentamente, relutantementepara ele. Ela se encolheu um pouco e ele pegou o brilho fraco de lágrimas.
— Relaxe para mim, gattina. Fale. Eu preciso saber o que você está sentindo.
— Queima. Estica. —Ela engasgou a explicação.
Ele estava pressionando firmemente, mas com
cuidado para a frente. Ele parou imediatamente para lhe
dar corpo tempo para ajustar ao seu tamanho. — Vai diminuir. Vai ser um pouco desconfortávelno início, mas irá ficar mais fácil uma vez que você esteja acostumada a mim.
Foi difícil esperar. A sensação foi perfeita. Escaldante.
Apertada. Aquele pulso acelerado, enviando um milhão de
chamas cintilando como um raio através de seu corpo.
Respirou a necessidade de bater profundamente, mas seus dedos apertaram seus quadris,segurando-a lá quando ela continuou se movendo. Se contorcendo.
Fazendo crescer a necessidade nele.
— Eu estou bem.
Ele nunca quis tanto ouvir duas palavras. Ainda assim, ele estudou o rosto dela, esperando que atensão diminuísse.
— Essa é minha garota.
Ela nunca lhe pareceu mais bonita, a pele corada como uma rosa suave. Seus seios arfavam, cadamovimento enviando uma sacudida através deles, eles balançavam convidativamente, chamandosua atenção.
Ele podia ver seus músculos estomacais ondulando e as
coxas apertando com cada pressão para a frente.
Ele não prolongaria sua entrada. Ele esperou até que
ela estivesse exalando, e se enterrou profundamente, movendo-se através da fina barreira ereivindicando o corpo dela para o seu.
Grace gritou, a dor passando por ela. Instintivamente,
ela tentou se arrastar para longe, embora estivesse esperando por isso.
— Grace.
Aquela voz. Intensa. Convincente. Impossível ignorar.
Ela abriu os olhos e olhou para o rosto dele. Ele parecia um pecado carnal. O próprio diabo atentando. Havia um
desejo escuro em seus olhos, gravados nas linhas de seu
rosto, mas havia também outra coisa, outra emoção que fez seu corpo relaxar para ele. Quantomais relaxava, mais a dor diminuía.
— Apenas fique parada e respire comigo.
— Foi-se. Tudo bem. —Seu corpo já estava voltando
a responder ao dele. Era impossível não sentir o calor. O
batimento cardíaco que eles compartilharam. Ela queria que ele se movesse. Ela precisava queele se movesse. A
fome nela estava se formando de novo, a pressão se enrolando e se crescendo mais e mais, só deolhar para o rosto dele.
— Levante suas pernas. Envolva-as em meus quadris.
Ela gostava de ouvi-lo dizer a ela o que fazer. Era muito mais fácil do que tentar descobrir. Elaqueria sentir as sensações que ele estava oferecendo, e ela queria dar a ele algo igualmenteprazeroso ou ainda mais. Ela precisava dele lhe dando instruções quando realmente não tinhauma pista. Ele deslizou a mão de seu quadril,
para baixo por sua coxa à parte traseira de seu joelho esquerdo e puxou sua perna para cima. Elea ajudou a
envolvê-la em torno dele. Ela seguiu o exemplo com a
outra perna e enganchou seus tornozelos, então ela estava completamente em torno dele.
Ele empurrou para frente, enterrando-se ainda mais.
Ela não sabia que podia se sentir tão cheia. Tão perfeita.
Olhos nos dele, ela sentiu-o se retirar. Ela não queria, mas depois ele avançou, através de seusmúsculos tensos, o
atrito ao longo dos feixes de nervos sensíveis enviando
fogo por seu corpo. Ela gritou de novo, incapaz de permanecer em silêncio. Ele sorriu, parecendomais tentador do que nunca. Ela não se importava, queria tudo o que ele podia lhe dar.
Vittorio começou a se mover em Grace, uma onda após a outra, observando-a com cuidado,vendo o acúmulo, a tensão passando por ela enquanto cada golpe
duro a levava cada vez mais perto da borda.
Deliberadamente, ele não a alertou. Ele continuou se movendo nela. Deixando-se ir um pouco, osuficiente para que seu corpo sentisse que ela apertava com mais força,
como um torno, envolvendo-o com aquela seda quente,
envolvendo-o e apertando até que ele pensou que sua cabeça poderia explodir.
Pequenos sons escaparam de sua garganta, tornando-se mais e mais longos enquanto elebombeava
nela, testando-a um pouco mais a cada impulso duro. Os
sons se transformaram em soluços doloridos de necessidade. Suas unhas morderam o edredomenquanto
ela segurava. Ele desejou que aquelas unhas estivessem
em suas costas. Ele amava a visão dela, os seios sacudindo a cada onda. Seu pequeno corpoondulando enquanto ele entrava profundamente dentro dela. Seus olhos ficaram chocados.Atordoados. Escuros com seu próprio desejo. Sua boca aberta, a respiração escapando
ofegantes. Apenas a visão dela quase o levou ao limite.
Ele estava em cima dela, os quadris em suas mãos,
suas pernas aumentando a força de cada onda nela.
Raias do fogo dançaram até suas costas, vibraram em sua
barriga e correram por suas pernas. O corpo dela segurou seu pênis como um punho. Espremeu.Ordenhou.
Escaldante. Sua respiração explodiu e ele a levou ao limite.
O corpo dela parou por um momento a ordenha brutal
dele e então a bola de fogo bateu, uma onda gigante de
chamas púrpuras rugindo através dele, através dela, varrendo os dois em seu caminho. Seu pênisempurrou
duro, repetidamente, quando a bainha dela se contraiu estrangulando seu eixo, o calor quasedemais, mas apenas adicionando a incrível beleza feroz do momento.
— Fodido paraíso, —ele sussurrou e se deixou ir com
ela ao longo da borda. Ele foi arremessado a algum lugar em que nunca tinha ido antes. Haviaapenas Grace e a
paixão correndo através dele. Cada célula do seu corpo
estava viva. Cada terminação nervosa estava em chamas.
O som dos gritos dela era um tipo de música tocando em
sua cabeça, atingindo o crescendo quando sua semente
disparou profundamente nela.
O tempo todo, ele manteve seu olhar no dela, obrigando-a ficar com ele. Olhar para ele. Elequeria ver que a beleza em seu rosto. Ele queria que ela soubesse
que ele estava dando a ela aquela sensação de euforia
total. Ele precisava que ela soubesse quem ele era, o homem dela. Amante dela. O homem emquem ela confiava para sempre cuidar dela, tê-la de volta, dar-lhe tudo.
Os olhos dela se moveram sobre seu rosto. Um pouco
chocados. Muito atordoados. Incrivelmente sexy. Ela sabia. Ele viu o conhecimento lá. Ele eraseu tudo como
precisava ser. Havia muito mais, mas o deles era o tipo de relacionamento que tinha que seconstruir devagar e vir de um lugar de confiança. Pouco a pouco ele ia introduzir pequenascoisas para ela para ver o que ela gostava ou
não, o que ela poderia aceitar ou não. Ele saber que estava embarcando na aventura de uma vidae felicidade
elevou as endorfinas que bombeavam através de seu corpo.
Vittorio sentiu as pernas se transformando em borracha e lentamente permitiu que seu corporelutantemente começasse a se retirar da dela. Ele ainda estava semiduro e a ação desencadeououtro grande tremor nela, de modo que por um momento seu corpo agarrou o dele, recusando-sea desistir dele e apertando com força sua parte mais sensível. Parecia o paraíso de
novo.
Vittorio desabou sobre ela, deleitando-se com o modo
como o corpo dele estremecia e sacudia, dando a ela a
última gota de sua semente. O respingo quente desencadeou uma infinidade de tremoressecundários para que o corpo dela mordesse com força várias vezes,
estrangulando-o, prolongando a sensação de paraíso absoluto. Ele tinha sido cuidadoso, gentilaté, e ele ainda
tinha gozado mais, e mais duro do que já tinha em sua vida.
Ele pressionou seu corpo mais fundo no dela, dando-
lhe todo o seu peso, aquecendo-se na sensação do pequeno corpo sob o seu muito maior. Ossentimentos de
conquista e posse misturados ao amor eram uma combinação inebriante. Essas característicaseram profundas nele e ela o aceitou sem julgamento. Como ele
poderia não estar apaixonado por ela?
Ele beijou as pálpebras dela e arrastou mais beijos
pela bochecha até o canto da boca. Sua língua brincou
com a costura dos lábios até que ela abriu, e ele prendeu a respiração e engoliu. Seus seiosestavam arfando sob o peito dele, mas ela o beijou de volta, um braço deslizando ao redor de seupescoço, enquanto ela simplesmente colocava a outra mão em sua caixa torácica.
Tomou seu tempo, beijando-a por muito tempo.
Beijou-a com força. Moveu-se de suave a áspero. Ele deixou-a tomar o seu peso por mais tempo,esmagou os
seios macios com seu peito e descansou seus quadris no
berço dela. Ela não lutou com ele, não tentou sair de debaixo dele, embora seu ar fosse restrito.Ela relaxou
contra ele, seu corpo aparentemente fundindo-se dele. Ele levantou a cabeça para enquadrar orosto dela, vendo-a
lutar um pouco para respirar, mas puxando no ar com determinação. Ela tinha se dado a ele eainda estava fazendo isso. Relutantemente, ele tirou o corpo do dela, para que ela pudesserespirar corretamente.
Ele tinha sido extremamente cuidadoso com o ombro
dela, evitando o peso naquele braço, mas estreitou os olhos, atento, para ter certeza de que elanão estava com dor. Não encontrando sinal de desconforto, ele beijou seu pescoço, brincou comos dentes, raspando para frente e
para trás antes de morder. Ela gritou, e ele instantaneamente acalmou a marca com a língua. —Você
é perfeita, Grace.
Seus olhos brilharam para ele. Aquele olhar
atordoado, chocado estava recuando lentamente. — Isso
não teve nada a ver comigo e tudo a ver com você. Eu
não tinha ideia de que poderia me sentir assim.
Ele beijou seu caminho para a garganta e, em seguida, sobre a curva de seu seio direito. — Issofoi apenas o começo, Bella. Ele lambeu ao longo da curva
superior e, em seguida, deu um beijo lá. — Há muito mais que eu tenho que te mostrar.
Seus dentes rasparam para frente e para trás ao longo
daquela curva convidativa. Ele olhou para ela. Sentiu sua agitação quando seus seios se erguerame caíram em antecipação. Ela sabia. Ela estava esperando por isso.
Prendendo a respiração. Precisando. Ele enfiou a mão entre as pernas dela e mordeu o seiosuavemente. Suas
costas arquearam, empurrando seus seios como uma oferenda. Líquido quente escoou de seucorpo para os dedos dele. Seus quadris se contraíram. Ele lambeu a marca que deixou lá.
— Eu não posso acreditar que algo possa ser tão bom, —ela sussurrou.
— Há muito mais, reiterou. — Vamos entrar na banheira. Eu não quero você dolorida.
— Podemos ir para o ofurô33 depois de eu me limpar um pouco? —Ela olhou pesarosamentepara as manchas
de sangue e sêmen em suas coxas. — Eu tenho vontade
33
Ofurô ( 風 呂 ; banheira, em japonês), também chamado de furô é um tipo de banheiratradicional do Japão caracterizada pelo seu formato bem mais profundo e curto do que umabanheira ocidental, permitindo a seu usuário tomar banho com o corpo em posição fetal -suficiente para que a água cubra os ombros de uma pessoa sentada.
de entrar nele desde que eu o vi pela primeira vez. Eu amo a ideia de sair à noite e sentar sob asestrelas.
Ele considerou o quanto ela estava cansada. Não havia como ele conseguir manter as mãos longedela se
sentasse com ela no ofurô. Adverti-la era a melhor política.
— Querida, se sairmos para o ofurô, eu vou foder seus
miolos. Não há como eu ser capaz de manter minhas mãos longe de você.
Ela deu a ele um sorriso sedutor. — Eu espero que
não.
Ela nem sequer estremeceu com a linguagem dele.
Ele amava que ela o deixasse ser quem ele era, não importava o quê. Se qualquer coisa, suaescolha de palavras enviou outra onda de calor por seu corpo. Sua
respiração falhou novamente. Ele a amava além das palavras.
Vittorio saiu da cama. — Apenas fique aí.
— Eu estou meio bagunçada.
— Eu gosto de você deitada aí, pernas esparramadas,
uma mistura de nós dois correndo por suas pernas. Você
parece tão quente quanto o pecado. Eu gosto especialmente de ver que sou o único. Eu queromanter
dessa forma. Eu não tinha ideia de que poderia ser tão primitivo, mas de repente sou.
Ela colocou o braço ileso em seus olhos. — Eu não
posso acreditar nas coisas que você diz para mim.
Ele se voltou para ela, com uma mão no batente da
porta que conduzia ao banheiro.
Por um momento, seu coração parou.
— Ou a maneira como isso me faz sentir, —ela continuou, sem olhar para ele. — Eu quero vocêde novo
só porque você disse isso.
— Isso vai acontecer mais cedo do que você pensa.
—Ele molhou um pano com água morna, torceu, e levou o
pano para ela. — Fique quieta e me deixe fazer isso para você.
— Eu posso fazer isso. —Ela começou a se sentar.
Vittorio colocou a mão suavemente em seu peito. —
Eu quero limpar você. Mais tarde, eu vou te ensinar como eu gostaria que você me limpasse. —Mais uma vez, ele
manteve seu olhar firme no rosto dela. Seus olhos nunca
deixaram o dele. — Eu vou pedir muito de você, Grace. Eu tenho que sentir como se eu estivesselhe devolvendo
tanto ou mais. —Foi uma confissão, pura e simples. Ele tomou muito cuidado em ser gentilenquanto limpava a prova de sua inocência.
— Eu não vejo como você poderia pedir mais de mim
do que você já deu.
— Eu estou pedindo a sua confiança em todas as coisas. Só isso já vale qualquer preço. Voupedir coisas em nosso quarto que podem assustar você, mas é aí que
a confiança tem de entrar. Você tem que saber que eu vou te levar mais alto a cada vez, masnunca tão longe que
você não possa lidar com isto. Além disso, vou ter que
falar com você sobre coisas relativas às empresas Ferraro, e você vai ter que aceitá-las e nunca
falar delas para outra alma fora da nossa família imediata. —Ele olhou em seu rosto quando sereferiu a coisa que ele mais temia.
No quarto, ele poderia recompensá-la dez vezes por
sua confiança nele. Eram as revelações sobre o que ele
realmente fazia por sua família que ele temia que ela não fosse capaz de lidar. Sua sombra e adela se emaranharam apesar de seus esforços para mantê-las separadas. Embora, sinceramente,ele não tivesse tentado
muito. Ele sabia que se ela o rejeitasse, as consequências para ele seriam terríveis. Elasimplesmente esqueceria as coisas que ele lhe dissera, acreditando que ele a proclamou sua noivapara cuidar das contas e dela até
que ela se recuperasse e então eles terminariam. Ele perderia tudo, incluindo sua capacidade deandar nas sombras.
Ele pegou a mão dela e ajudou-a sentar-se.
Imediatamente ela passou a mão por sua barriga como se
estivesse esperando para tocá-lo o tempo todo. Seus dedos permaneceram baixos e seu pênisreagiu, empurrando duro, deixando-a ver como estava grato dela
tocá-lo.
— Eu gosto de ser sua, Vittorio. Estou muito consciente de que não será sempre fácil. Eu possover
isso em seu rosto, por vezes, que você irá insistir em sua maneira e às vezes, eu poderei nãogostar.
Ele assentiu, consciente do calor de sua respiração se
espalhando sobre a sensível cabeça de seu pênis. Ela se
sentou na cama, as coxas ainda abertas, e ele de pé dentro delas. Se ela inclinasse a cabeça paracima, sua
boca estaria exatamente onde precisava estar. Sem
pensamento consciente, ele se aproximou ainda mais, de modo que estava voltado diretamentepara ela.
Imediatamente seu olhar caiu para seu pênis, seus olhos
se arregalando.
As mãos dela subiram para segurar seu saco, expulsando o ar de seus pulmões. Primeiro opolegar acariciou e, em seguida, as pontas dos seus dedos com
deliciosa gentileza. — Eu não tinha ideia de que você era tão suave aqui.
— Eu gosto de ser o único homem que você já tocou
intimamente, Grace. —Ele descansou uma mão em cima
de sua cabeça, com cuidado para não colocar qualquer
pressão sobre ela, não importa o quanto ele quisesse.
Com o golpe de seus dedos em suas bolas, seu pênis
estava endurecendo novamente. — Se você continuar assim, não vamos chegar à banheira dehidromassagem.
— Mesmo?
A língua dela disparou para fora e umedeceu os lábios. Ele teve que reprimir um gemido. Ela erasexy sem tentar. Seu olhar se desviou de seu pênis crescendo para os olhos dele. — O queestaríamos fazendo em vez disso? Tem que ser algo muito impressionante para eu
desistir de uma noite na banheira de hidromassagem sob as estrelas com você.
Sua voz provocante e o olhar de crescente fome era
tão sensual como o rubor em sua pele e o afago de seus
dedos. Ele envolveu sua mão ao redor da dela e apertou
suavemente, mostrando-lhe como rolar e acariciar seu saco. Então ele pegou seus dedos eacariciou seu pênis
antes de envolvê-lo em um punho na base e bombear para cima e para baixo, enquanto apertavaforte.
— Eu gostaria de ficar aqui e ter você aprendendo a
chupar o meu pau do jeito que eu gosto. Sua boca seria
apertada e quente e sua língua iria atacar e dançar, até que eu estivesse tão quente que teria quesair e tomá-la novamente.
— Por que você teria que sair?
Sua mão tinha pego o ritmo que ele lhe mostrou e ele
soltou. Ela não hesitou ou vacilou. Seu olhar estava fixo no pênis enquanto ela trabalhava nele.
Ele cerrou seus cabelos, puxando um pouco até que
ela olhou para ele. — Você não está pronta para engolir
ainda, o que virá com o tempo. Eu quero que você aproveite cada coisa que fizermos juntos.Chupar meu pau
é fantástico para mim, mas só se você amar fazê-lo. Se você não receber nada com isso, Bella,leva para longe o meu prazer.
— Não importa o que, eu vou amar porque eu sei que
faz você se sentir fantástico.
Seu coração ameaçou pular do peito. Ela quis dizer
isso. Ele podia ouvir mentiras. Todos os cavaleiros podiam ouvir mentiras, e ela absolutamentequeria dizer o que estava dizendo.
— Eu tenho escolha sobre o que eu gostaria de fazer?
Sua garganta quase se fechou. — Sim.
— Então eu gostaria de ficar aqui e ver o quanto de
você vai caber na minha boca. Você é realmente muito
intimidante, mas por outro lado, você é lindo. Eu nunca
pensei que um homem fosse especialmente bonito até que eu te vi.
Seda vermelha se derramava de ambos os lados do
punho dele, uma cascata cor de fogo de seus longos cabelos, uma alça perfeita para ele guiá-la.
— Use sua língua. Não se preocupe em ir devagar ou
rápido ou fazer algo certo. Apenas explore. Eu considero
seu corpo meu. Eu quero brincar. Quero fazer amor com você. Eu quero te foder tanto quenenhum de nós possa
respirar. Espero que você chegue a um ponto em que você sinta o mesmo por mim. Meu corpopertence a você.
Tudo. É seu para explorar. Eu espero que você não possa
parar de me tocar mais do que eu posso parar de tocar em você.
Grace pareceu levá-lo à sua palavra. Ela soltou seu
eixo e pegou seus quadris, instigando-o mais perto dela.
No momento em que ele se encostou na cama, ela se
inclinou para beijar sua barriga. As mãos acariciaram sua caixa torácica, dedos se arrastandosobre os cumes de
seu abdômen. Ele encontrou-se prendendo a respiração.
Esperando. Antecipando. Ela era naturalmente sensual, embora ele pudesse ver que ela não tinhaa menor ideia
que era. Seus beijos de pluma acariciando sua barriga o
fizeram sugar o fôlego quando uma de suas mãos segurou
suas bolas novamente, os dedos trabalhando seu saco muito suavemente.
Ela se moveu mais para baixo, seu hálito aquecendo a
ponta do seu pênis. A cabeça dela mergulhou e tudo nele
se acalmou. Ela lambeu seu saco, dedos e língua trabalhando em conjunto, até que chupou umabola para o
calor de sua boca. O fogo subiu por sua espinha. Seu corpo inteiro se sacudiu. Os dedos deladeslizaram mais
ao redor dele, massageando seu períneo com um deslize
mais firme. Várias vezes ela lambeu os dedos enquanto
continuava trabalhando nas bolas dele.
Seu pênis empurrou avidamente, alongando,
engrossando até que a circunferência era ainda mais intimidante. Ele murmurou umencorajamento para ela, suas mãos mais uma vez fechadas em seu cabelo. Ele
tinha que se agarrar a alguma coisa, a fim de evitar explodir. Respirando profundamente, ele seconcentrou em evitar que as pernas se transformassem em geleia.
Ela acomodou o punho em torno da base de seu pênis. Firmemente. Ele esperou. Contando seus
batimentos cardíacos. Ele sentiu a respiração dela novamente. A língua dela saiu e provou a
pérola vazando.
Segurando o pau perto de sua boca, ela olhou para ele e
sorriu. Ela estava tão perto que seus lábios se moviam
contra o seu eixo, enviando um relâmpago direto em sua
virilha. Tudo o que pôde fazer foi não forçar a cabeça sobre seu pau. Ele nunca em sua vida quistanto um boquete quanto naquele momento e ela ainda não tinha
feito nada para seu pênis.
— Eu não acho que você precise se preocupar que eu vá me divertir. —Grace deu uma longalambida em seu
eixo, como se fosse um sorvete de casquinha. Sua língua
parando sobre o doce local logo abaixo da cabeça. Ela
sacudiu sua língua experimentalmente. — Eu gosto do seu gosto. É diferente. Salgado, mas bom.
Novamente, ela não estava brincando. Sua voz continha a nota que lhe disse que ela estavadando-lhe a verdade estrita. Ele não podia ajudar a si mesmo. Ele apertou o agarre em seu cabeloe guiou sua cabeça naquela distância escassa. — Então, comece a trabalhar
antes que eu me envergonhe.
Ela abriu a boca e colocou-a ao redor da cabeça sensível, sua risada vibrando através dele. Asensação era quase boa demais para ser verdade. Todo o seu corpo
tremeu e ele teve que se impor uma disciplina estrita para não forçar sua boca a envolve-lo mais.
A língua começou uma dança lenta, como se ela o
tivesse tomado ao pé da letra e estivesse explorando.
Experimentando. Ela chupava duro e, em seguida, voltava
a lamber de cima e para baixo o eixo e sob a cabeça. Uma mão se moveu de suas bolas paraacariciar suas coxas e,
em seguida, mais uma vez acariciou ao longo de seu períneo. O ataque a seus sentidos teve seucorpo ofegante e ela mal tinha feito algo para ele.
— Olhe para mim. —Seu comando saiu mais um grunhido do que seu habitual ditar macio. Seuslongos cílios levantaram e aqueles olhos verdes dela olharam para ele.
— Eu quero que você tome o máximo de mim que
puder encaixar em sua boca e chupe. Use sua língua. —
Ele falou com os dentes cerrados. Se ela não fizesse logo, ele realmente iria se perder.
Sua vida era sobre disciplina. Nada havia ameaçado
sua disciplina do jeito que ela fazia. Ela era completamente inexperiente e não tinha ideia do queestava fazendo, mas seus instintos eram perfeitos.
Pequenas gotas de suor surgiram em sua testa. Seus quadris se moviam inquietos. Seu corpogritava com uma
demanda urgente. — Continue olhando para mim. Eu quero ver seus lábios esticados ao redor domeu pau. É
tão fodidamente sexy. Era. Tudo nela era sexy.
Ela obedeceu, abrindo lentamente a boca e puxando-o
para dentro. Ele deixou que ela fizesse o trabalho,
sentindo a sucção, o aperto forte em torno dele. Os lábios tinham que se esticar para acomodarseu tamanho. De
jeito nenhum ela poderia aguentar muito, mas sua mão
trabalhava nele, cada escorregão apertado enviando chamas dançando em seu pênis. Então suaboca sugou
forte até que ele pensou que o topo de sua cabeça poderia explodir. Sua língua assumiu,sacudindo, dançando, girando para cima e sobre a cabeça e depois
sob ela. Então ela lambeu, deixando-o molhado e começando tudo de novo.
Não havia nenhuma maneira de durar. Não mesmo.
Ela tinha acabado com isso quase desde o momento em
que a mão dela tinha tocado seu corpo. Ela não era profissional em chupar seu pênis, mas nãoprecisava ser.
Ela era Grace. Sua Grace. Ele podia ver o prazer brilhando em seus olhos. Ela estava lhe dandoisto, dando-lhe a si mesma. Tudo o que ela fazia era para ele.
Cada golpe de sua língua. Sua sucção apertada e a arte
de sua língua.
Ele puxou seu cabelo, puxando-a para fora dele, com
mais pesar do que ela jamais saberia. — Nós vamos parar
por aqui, gattina.
— Não! —Ela lamentou, e ele pôde ver a rejeição instantânea de seu comando em seus olhos e obeicinho
repentino.
Vittorio nunca tinha visto aquela expressão em particular e queria tirá-la do rosto dela. — Sim.Quando digo o suficiente, Bella, digo por um motivo. Levante-se e vire-se. Normalmente, euquero você em suas mãos e joelhos, mas estamos sendo cuidadosos com esse ombro
e braço. Agora mesmo, deite de bruços, pernas sobre a
cama.
Ela obedeceu prontamente, e ele se inclinou sobre ela
para ter certeza de seu braço estava confortável. Seus pés não chegavam a atingir o chão, se seusquadris estavam na beira da cama. Ele gostava disso. Dava-lhe
muito mais controle. Colocando a mão na parte inferior das costas para impedi-la de se mover,ele guiou seu pênis muito molhado e quente para sua entrada escorregadia. Ele não foi tãocuidadoso ao entrar nela como tinha sido da primeira vez. Ele simplesmente atravessou suasdobras relutantes, uma invasão dura, as
chamas correndo sobre ele enquanto o corpo dela protestava, tentando mantê-lo fora aqueleparaíso escaldante.
Grace soluçou seu nome e ele não parou. O grito glorioso o levou adiante, a necessidadedesesperada nela quase igualando a sua própria. Ele colocou seus dedos
em torno dos quadris dela e, usando sua força, puxou corpo menor no seu e avançou com seusquadris. De novo e, de novo. Ele fechou os olhos e jogou a cabeça
para trás, saboreando o fato de que ele poderia ir mais
fundo, que ele a enchia, esticava-a, dava-lhe a queimadura que era tudo o que ela poderia querer.
O corpo dela apertou, agarrando seu pênis quase violentamente, de modo que quando ele entroue saiu dela, o atrito cresceu, enviando ambos para alturas surpreendentes. Ele não tinha ideia dequantas vezes ele levou os dois ao limite, mas quando finalmente os derrubou, os gemidos delase transformaram em gritos e
seu corpo o envolveu em algo próximo ao verdadeiro paraíso. Ele não podia acreditar nasensação de completa euforia. Por um momento ele flutuou lá, enquanto as chamas lambiam seucorpo e se centravam como uma tempestade em seu pênis.
Vittorio teve que lutar por ar, mas as sensações correndo através de seu corpo valiam a falta decapacidade de respirar. Deixou-se cair sobre ela, e
quando ele pôde beijou-lhe a nuca e depois para baixo por sua coluna vertebral. Ela não semoveu.
— Eu acho que acabamos por hoje à noite, gattina.
— Não há ofurô? —Sua voz foi abafada.
— Cama. Nada de ofurô. E vou dormir com você. —
Ele esperou sua resposta. Ele iria dormir com ela e iria encontrar energia para convencê-la, senecessário.
— Certo.
Seu consentimento suave lhe rendeu mais beijos e então ele os limpou e colocou-a na cama,enrolando seu
corpo ao redor dela. Ela adormeceu imediatamente e ele
não foi muito atrás dela.
Capítulo 14
— Você vai ter que me desculpar, Grace, —Vittorio disse, escovou um beijo em seus dedos. —Por favor, vá
em frente e continue sua fisioterapia, enquanto eu vejo em que tipo de crise minha família estáenvolvida neste momento. —Ele usou de diversão em sua voz, quando ele
não se sentia minimamente divertido
Grace piscou para ele, a suspeita em sua expressão.
Era um inferno não ser capaz de mentir para ela, especialmente quando cada Ferraro estava certode que
uma guerra estava se formando. Não fosse ruim o suficiente ter de lidar com um astuto assassinoem série, eles tinham que se preocupar com uma família cuja história estava mergulhada naviolência.
— Tudo vai ficar bem, assegurou, antes que ela pudesse protestar. Ele deliberadamente olhoupara o fisioterapeuta, sabendo que ela iria entender sua sugestão de silêncio e não fazer qualquerpergunta, quando eles
tinham um estranho no meio deles.
Ela assentiu com a cabeça, e ele a beijou só porque
ele amava que ela seguia seu exemplo, mesmo quando
não queria.
— Por favor, tome cuidado para não a cansar, —ele advertiu o terapeuta. — Não há necessidadede empurrá-
la com tanta força que ela fique com dor depois. —Ele
colocou um aviso em sua voz. Ninguém queria contrariá-
lo. Sua amada Grace poderia pensar que ele era o homem
mais doce do planeta, mas o resto do mundo era muito
mais cuidadoso em torno dele.
Vittorio fechou a porta e imediatamente correu pelo corredor até a sala que Merry tinhaarrumado para a sua
família se encontrar com ele. Giovanni teve que dirigir, mas os outros chegaram através dassombras, mesmo Eloisa, e isso não era um bom sinal.
Ele cumprimentou sua mãe primeiro, simplesmente por respeito a ela ter dado à luz a ele, massua saudação foi fria. Ele não podia evitar. Stefano tinha sido mais pai quando tinha dez anos doque ela nunca tinha sido.
Vittorio não estava muito feliz com ela depois dos problemas com Grace que ela causou a ele—
deliberadamente, ele estava certo. Ele agarrou a mão do
irmão e aceitou o abraço que Stefano sempre dava a ele.
— Obrigado por ter vindo aqui em vez de ter que me
arrastar para longe de Grace.
Eloisa revirou os olhos. — Eu acho que não existe mais uma mulher independente. Ela tem tantomedo de
perder você que não pode ficar sem você por um dia? Isso vai se tornar um problema, Vittorio.Você tem um trabalho sério para fazer e nada pode interferir.
— Eu não gosto da minha mulher longe de mim, Eloisa, —Vittorio respondeu. — É a minhapreferência e
ela entende e me dá isso. Felizmente, como um adulto, eu posso escolher o tipo de vida que eu
quero, e não preciso da aprovação de ninguém.
Ela estremeceu com o tom de voz. O “menos ainda
sua aprovação” estava implícita. A voz de Stefano era a autoridade absoluta, mas Vittorio tinhareconhecido desde cedo que tinha um dom. Sua voz podia ser atraente, ou
comandante, e aqueles em uma sala reagiriam a ela. Ele
poderia acalmar os outros, despertar ou enfurecer, só com seu tom. Ele usou uma reprimenda,escura e ameaçadora,
para que ela soubesse que melhor parar antes que ele
retaliasse de uma maneira que ela não gostaria.
— Você realmente vai se casar com ela, não é? —
Eloisa mudou de tática.
— Absolutamente vou.
— Mesmo com esse serial killer perseguindo sua família.
Stefano suspirou. — A implicação é que Phil ips é um
louco e se fixar em todos nós é culpa de Grace?
— Claro que não, —Eloisa estalou. — Mas ela o trouxe direto para nós.
— Isso é uma coisa boa, —Taviano pesou. — Quem
melhor para trazer um homem que para nós? Nós somos
cavaleiros das sombra e supostamente levamos justiça aos que a lei tem sido incapaz de alcançar.
Eloisa se virou para ele com um silvo de irritação. —
Você conseguiu fazer-se ausente. Chamei-lhe dezenas de
vezes nos últimos dias. Você nem sequer teve a cortesia
de retornar as minhas chamadas.
Taviano olhou para Stefano. Vittorio não o culpou pelo
olhar desconfortável que enviou a seu irmão mais velho.
Eloisa era uma dor na bunda, mas ela era mãe deles e
Stefano exigia que todos respeitassem isso. Ela também
era uma companheira de sombra e só por isso precisava
ser respeitada. Ela não estava, depois de todos esses anos, se tornando uma mãe de verdade, masnenhum deles teria aceitado isso de qualquer maneira. Ainda
assim, Stefano insistia que eles atendessem suas ligações e se apresentassem da melhor maneirapossível a suas
palestras.
Stefano enviou à Taviano um olhar duro, que prometia
que teriam uma conversa privada após a reunião. Taviano
reconheceu o olhar com um aceno de cabeça, porque nenhum deles jamais iria desrespeitarStefano.
— Sinto muito, Eloisa, —disse Taviano. — Eu voei para Los Angeles para cuidar dos negócioslá e então representei nossa família na reunião em Nova York com a
empresa de Internet que estamos considerando comprar.
No entanto, eu deveria ter arrumado tempo
imediatamente.
Vittorio sabia Taviano iria apontar o óbvio, não para
Eloisa, mas para Stefano. Eles todos, incluindo Taviano, sabiam que não seria considerado umadesculpa boa o
suficiente.
— Você anunciou a todos na reunião com a família
Saldi que estava noivo de Nicoletta. Isso é impossível. A menina é ... —Eloisa parou paraprocurar a palavra adequada.
— Tenha cuidado, —advertiu Taviano. — Ela pertence a mim. Você não tem que gostar ousancionar a minha
escolha, mas ela é minha e vou defendê-la com tudo em
mim.
Eloisa jogou as mãos para o ar. — Todos vocês enlouqueceram? Sei que existem muito poucasopções para vocês, mas é melhor um casamento arranjado de uma boa família que raspar o fundo
do barril. Pelo menos Sasha tem um pedigree adequado. Sua linhagem é de grande valor para oscavaleiros. E Mariko tem um enorme
valor. Seus antepassados, pelo menos no lado de seu pai, são alguns dos maiores cavaleiros dahistória. Mesmo Francesca é melhor do que as escolhas que você e seu
irmão estão fazendo. Eu me sinto como se vocês fossem
crianças, deliberadamente desafiando sua mãe, porque vocês não gostam dela. Basta lembrar,vocês estarão selados com estas mulheres por toda vida.
— Sinto muito que você não goste da minha escolha,
Eloisa, —disse Vittorio. — Mas ela vai ser minha esposa
e, portanto, um membro desta família. Eu espero que você a trate com respeito. Você não temque amá-la ou até mesmo ver os seus netos quando os tiver, se não quiser,
mas quando estiver em torno de Grace, eu quero que ela
sinta que você reconhece que ela é um membro da nossa família. Também espero que você dê aoseu negócio seu
total apoio.
— Seu negócio? —Eloisa cuspiu as palavras para ele.
— Eu acredito que se chama KB Eventos para uma razão.
Katie Branscomb é a cara do negócio. Grace é uma mera
parceira, muito substituível, e uma não muita bom nisso, como já apontado para Katie em muitasocasiões.
— Na realidade, Eloisa, —disse Vittorio, sua voz aguda baixa. Ultra calma. Ele sabia que cadamembro da
família podia ouvir a mentira na voz dela. Eloisa tinha que saber isso. — Grace é uma parceirade plenos direitos por uma razão, sim. Katie é a cara do negócio, falando e tratando com clienteladifícil, enquanto Grace vê cada detalhe. É Grace que lhe dá o evento perfeito o tempo
todo. Estou surpreso que você não descobriu isso. Grace, por causa de Haydon Phillips, protegeutodos ao ficar em segundo plano, e como você é normalmente tão boa em
perceber o que realmente está acontecendo, mas não o
fez, eu vou ter que dizer a Grace que ela é particularmente inteligente. —Foi um elogio e aindanão.
Eloisa fez uma careta. — Eu mal posso acreditar numa coisa dessas. —Sua voz era cáustica.
— Você sabe muito bem que ela é uma parceira de
pleno direito, por uma razão, Eloisa, —Stefano bateu. —
Você investiga todos. Não há nenhuma maneira que você
não saiba.
— Exatamente, —Vittorio confirmou.
Impenitente, mas claramente relutante em entrar em
suas razões para mentir, Eloisa sacudiu a cabeça e, em
seguida, voltou sua atenção para o filho mais novo. —
Quando você pediu a Nicoletta Gomez para se casar com
você? Ela é jovem demais para você.
— Ela é velha o bastante.
Vittorio notou que Taviano evitou a pergunta de sua
mãe e soube. Taviano não pediu a Nicoletta para se casar com ele. Ele proclamou que elesestavam envolvidos e
sua voz tinha a verdade só porque ele pretendia se casar com ela, não porque eles estivessemformalmente envolvidos. Ele interveio antes de sua mãe pudesse perceber.
— Stefano, o que aconteceu que todos nós
precisávamos estar aqui?
Stefano olhou para o relógio. — Giovanni está chegando agora e nós vamos começar assim queele chegar aqui. Tem havido alguns desenvolvimentos perturbadores entre a família Saldi e anossa.
Vittorio se aproximou de sua irmã. Emmanuelle estava
sentada em uma das poltronas maiores, com as pernas
esticadas, de um jeito que Eloisa detestava e muitas vezes repreendia a filha. Emmanuelleparecia jovem e indefesa. Triste e muito vulnerável. Seu coração foi para ela e todos os instintosde proteção aumentaram.
Com a revelação de Stefano, Eloisa imediatamente olhou para sua filha, seu rosto uma máscara
de acusações.
— Não. —Vittorio raramente usava autoridade absoluta na presença de Stefano. — Eu estouperdendo a
calma. Só não. —Era todo o aviso que ela ia receber.
Emilio abriu a porta para permitir que Giovanni entrasse no quarto. Ele fechou depois, semdúvida em pé
na frente dela para garantir que eles não fossem perturbados.
Giovanni cumprimentou a todos. — O que houve?
Stefano acenou-lhe uma cadeira. A sala tinha sido montada com o mobiliário confortável em umcírculo com
uma mesa cheia de refrescos no centro. Giovanni se jogou na única cadeira disponível.
— Como todos sabem, dei a Giuseppi os nomes dos
suspeitos de trabalhar com a família em nosso território.
Quando fomos questionar essas pessoas, elas
desapareceram. Bruno Vitali foi encontrado morto esta manhã, seu corpo enrolado em um tapetede seu apartamento e enfiado em uma lixeira não muito longe de
sua casa.
Um suspiro coletivo subiu. Eloisa meio rosa. — Eu deveria ir a Theresa. Ela deve estar fora desi. Ela foi informada?
Stefano assentiu. — Sim. Art Maverick e Jason Bradshaw pegaram o caso e me ligaram, embora,claro,
eu já tivesse sido informado assim que ele foi encontrado.
Eles sabem que nossa família cuida da Signora Vitale.
Emmanuelle, Sasha e eu fomos com eles para contar a
ela. Como esperado, ela se despedaçou. Sasha está com
ela agora. —Ele olhou para o irmão. — Sasha não sabia
até chegarmos lá o que estava acontecendo.
Giovanni assentiu. — Ela me disse que estava indo em uma missão com você. Eu sabia que ela
estava a salvo, então não perguntei mais nada.
— Deixei Tomas e Cosimo com elas. Eu não estou
tomando nenhum risco com Phillips à solta.
— Bruno era o último parente vivo de Theresa aqui, —
disse Eloisa. — Ela tem primos na Sicília, mas ninguém
nos Estados Unidos. Bruno era tão jovem.
— Ele concordou em trabalhar para os Saldi, Eloisa.
—A voz de Stefano era gentil. — Ele traiu a nossa família por dinheiro.
— Mas, matá-lo quando sua avó não tem mais ninguém ... —Eloisa parou, olhando para as mãos.— Não
importa o que fazemos, quanto tempo de nossas vidas dedicamos ao combate de assassinos eestupradores, há
sempre mais.
Vittorio voltou sua atenção para sua mãe. Ela parecia
tão cansada. Exausta era uma palavra melhor, como se
sua exaustão não fosse apenas física, mas mental e emocional também. Ele entendeu. Elesviviam nas sombras, dando suas vidas à formação, matando, e vivendo sozinhos, sem muitaesperança. Eles tinham todo
o dinheiro do mundo, e para o mundo apareciam como os playboys inúteis e mimados que Gracee sua parceira achavam. Na realidade, eles levavam uma vida de extrema disciplina.
A vida de Eloisa tinha sido dura. Não tinha havido amor em seu casamento, nem ninguém paracuidar dela e
agora ela não iria aceitar o cuidado, nem mesmo de seus
filhos. Se qualquer coisa, ela fazia tudo que podia para afastá-los mais. Nenhum delescompreendia, mas as duas
pessoas mais compassivas com ela, Emmanuelle e Francesca, eram as que eram piores tratadas.Ele podia
sentir compaixão, mas não da maneira que Grace faria.
Ele nunca permitiria que Grace se colocasse na posição
de Francesca, onde Eloisa a rasgava em pedaços. Ele já
era muito protetor sobre sua mulher. Ele podia sentir pena de Eloisa e até entender, mas Gracenão ficaria perto dela.
— A polícia tem alguma ideia de quem matou o garoto? —Perguntou Ricco.
— Não, e nem nós neste momento. Tio Alfeo e tia
Rachele estão investigando o assassinato de Bruno. —
Alfeo e Rachele Greco eram na verdade primos de sua
mãe, portanto, seu parentesco era remoto, mas a família nunca se importava como eles estavamrelacionados. Eles
se referiam ao casal mais velho como seu tio e tia. —
Vamos descobrir.
— Você sabe que os Saldi estão por trás disso, não
é? —Eloisa exigiu, olhando para Emmanuelle como se sua filha fosse de alguma formaresponsável.
— Não, Eloisa, eu não sei. —Foi Stefano quem respondeu. — Parece ruim, mas até que todas asevidências apareçam e eu tenha a chance de pesar, eu
não vou levar nossa família para a guerra, e você também não vai.
— Theresa virá até nós e tem todo o direito. Seu neto
estava sob nossa proteção. —Eloisa emitiu um som sufocante que fez todos se endireitarem. Elatossiu para encobrir o som chocante de emoção.
Emmanuelle agitou-se como se pudesse se levantar
para ir até sua mãe, mas Vittorio colocou uma mão em
seu ombro, impedindo-a de subir.
— Ele estava sob nossa proteção, sim, —Stefano concordou. — Tivemos várias conversas comele sobre a
venda de drogas em nosso território. Na verdade, a pedido
de Theresa, distribuímos algumas lições. Ele tentou atrair Nicoletta para o mesmo negócio, masisso não funcionou
a seu favor. Bruno, por sua livre vontade, escolheu entrar em um negócio com outra pessoa e foimorto para que
não falasse com a gente, ou porque ele os traiu. Ele era bem capaz de algo assim. Ele tinhapoucos escrúpulos.
— Isso não significa que ele não era nosso, —Eloisa
insistiu.
Stefano assentiu. — É por isso que estamos investigando, Eloisa.
— Ela vai precisar de cuidados. Por todos os seus pecados, Bruno cuidava dela, —disseEmmanuelle.
— Os Laconis são donos da loja de cozinha. A filha
deles, Angelina, é enfermeira e eu pedi a ela para supervisionar Theresa por enquanto. Nossafamília pagará por seus cuidados particulares. Eu pedi a Angelina para
encontrar uma segunda enfermeira disposta a ajudá-la com os cuidados 24 horas por dia. Alémdisso, os Laconis têm um filho, Pace, no ensino médio. Ele ajudará Anita
Laconi a manter o Fior A Bizzeffe aberto por enquanto.
Theresa precisa da renda e os Laconis podem usar a
renda extra. Vamos ver a venda da loja para a Theresa e adicionar a quantia que ela precisa à suaconta.
— Vamos nos revezar visitá-la, —disse Vittorio. —
Fazer todos os preparativos para o funeral para ela. Eu
posso falar com ela, se quiser, Stefano.
— Eu vou fazer isso, —disse Eloisa. — Ela tem sido
minha amiga há mais de quarenta anos. Ela foi uma das
primeiras pessoas que a minha mãe me levou para visitar.
Sua voz quebrou e ela balançou a cabeça.
— Infelizmente, Bruno não foi a única vítima, —
Stefano continuou cobrindo o show inesperado de emoção
de sua mãe. — Este foi, sem dúvida, um expurgo de funcionários. Não há nenhuma maneira de
ser uma coincidência que Bruno e outros três desaparecessem e,
em seguida, seus corpos fossem encontrados um dia depois.
— Quem? —Perguntou Ricco.
Eloisa virou os olhos ferozes sobre ele. — Onde está
Mariko? Ela é uma cavaleira e deveria estar aqui. Ela pode ser mulher, mas ela é muito boa emerece seu lugar
aqui. Eu acho que ela ganhou o direito de ser uma Ferraro.
Ricco inclinou-se para a mãe. — Concordo cem por cento, Eloisa. Obrigado por reconhecer queminha esposa
é um verdadeiro membro da nossa família. Todos nós acreditamos nisso. Ela está guardandoFrancesca.
— Claro. No meio de uma guerra, onde está sua esposa, Stefano? Eu achei que ela estaria aqui,em vez de descansar em casa ...
— Chega. —Stefano se levantou, seu rosto uma máscara de fúria. — Ela está em casaexatamente onde
ela precisa estar, lutando pela vida do nosso filho. Você não vai dizer mais uma palavra, nemuma, contra a mulher que eu amo e respeito com tudo em mim. Ela fez minha
vida valer a pena. Lamento se a sua não vale e se seus
filhos não compensam sua solidão, mas você se deixou se
tornar uma mulher amarga e desagradável, rasgando qualquer um que te mostra a menorcompaixão. Pela primeira vez na sua vida você ouça o que eu digo. Se eu
ouvir você proferir mais uma palavra contra a minha esposa, eu vou banir você desta família.Você vai deixar o nosso território e não vai ser nomeada de novo. Se você
acha que eu não vou fazer isso, me tente.
Emmanuelle ficou branca, balançando a cabeça, os olhos brilhantes, e novamente Vittorio teveque a impedir de saltar em seus pés.
A sala ficou completamente em silêncio por alguns segundos. Vittorio manteve os olhos em seuirmão mais
velho. Stefano tinha perdido mais de um filho e agora, com Francesca lutando para manter o queela carregava, ele
não estava para brincadeiras. A família era de cavaleiros e todos eles estavam exaustos, issonunca era uma coisa
boa para os cavaleiros e ele sabia disso. Ele estava enviando seus irmãos e irmãs para as sombraspara aplicar a justiça dura quando eles já estavam cansados.
Agora eles enfrentaram uma guerra com uma grande família do crime, uma com quem elestiveram uma trégua,
às vezes até mesmo uma aliança. Stefano era responsável por todos eles e a pressão sobre eleestava
explodindo.
— Sinto muito, Stefano. Eu não tinha ideia que Francesca estava grávida ou que ela estava tendoproblemas para segurar o bebê. Às vezes a minha ideia
de amor duro é ridícula. Eu não posso nem chamar isso
de amor. Eu rebati em cima disso porque eu estou muito
chateada em nome de Teresa, e eu não lidei com minhas
emoções também. Não haverá mais nada dito sobre Francesca.
Vittorio notou que ela não prometeu não falar sobre
qualquer uma das outras mulheres, mas as desculpas de
sua mãe eram tão chocantes que ele não chamaria atenção sobre isso. Mais uma vez, houve umsilêncio atordoado.
Stefano lentamente abaixou-se em uma cadeira. — Eu
aceito suas desculpas, Eloisa, e vou passá-las para Francesca. Enquanto isso, nós precisamosvoltar ao trabalho. Há mais três corpos, todos descobertos ao mesmo tempo em vários locais.Cada um deles foi enfiado
em uma caçamba de lixo atrás de um dos nossos prédios.
Bruno foi o primeiro a ser encontrado, atrás da Pizzeria Petrov. Benito descobriu o corpo e mechamou, bem como
alertou a polícia. O corpo de Bruno foi profanado.
— Você quer dizer que ele tinha sido torturado, —
Eloisa esclareceu.
— Isso também. Eles estavam fazendo um ponto. Foi
por isso que ele foi encontrado um dia depois que ele desapareceu. Eles levaram seu tempo comele. —A voz
de Stefano era sombria. — Eles removeram partes do
corpo e empurraram-nas em outros lugares. Teria sido uma visão terrível para Theresa ou umadas garçonetes
na pizzaria.
— Quem mais? —Perguntou Ricco.
— Timothy Vane. Nós o contratamos há alguns anos.
Ele foi promovido a gerente assistente de Martin Shanks.
O corpo de Vane foi encontrado em uma caçamba envolvido em um tapete. Ele havia sidotorturado e cortado em pedaços. Foi ele quem não teve problema em permitir
os executores dos Saldi em nosso clube, sem nos alertar.
Ele disse a qualquer um, garçonete, bartender ou de segurança que perguntou que tínhamos dadoa nossa aprovação. Ele colocou algo na bebida de Martin Shanks
para deixá-lo doente, então ele iria para casa naquela noite. Não foi a primeira vez.
— Quanto tempo ele trabalhou para os Saldi sem o
nosso conhecimento? Não temos qualquer tipo de cronograma ainda? —Perguntou Vittorio.
— Ele ainda está sob nossa investigação. Ele foi um
pouco descuidado em gastar seu dinheiro extra, por isso, devemos ter essa informação combastante rapidez.
Nossa, não compartilhada com a polícia. A nossa resposta
oficial é que não temos ideia do que está acontecendo, ou se, os três que trabalhavam no clube,podem estar relacionados com o sequestro de Grace.
— Os policiais sabem que tivemos uma reunião com
os Saldi no hotel, —Taviano apontou.
Stefano deu de ombros. — Velhos amigos se
juntando. Nada mais. O segundo homem que trabalhava
no clube que a família Saldi empregava era um guarda de
segurança chamado Ezra Banks. Foi ele quem limpou nossas câmeras de segurança. A presençade Vittorio assustou-o e para nossa sorte, ele não sabia nada sobre o backup remoto.
— Antecedentes conosco? —Perguntou Ricco.
— Ele trabalhou para nós por três anos. Foi apresentado a nós por Vane.
— Há quanto tempo ele trabalhava para os Saldi? —
Perguntou Taviano.
— Meu palpite? —Disse Stefano. — O tempo todo.
Rigina seguiu-o desde que os tempos das câmeras tinham
sido sabotados. Ela voltou dois anos em seus turnos. As
câmeras foram mexidas cerca de seis vezes no ano passado e mais quatro este ano. Nós vamosacreditar que
em cada uma dessas vezes, ele permitiu alguém conhecido da família Saldi em nosso clube. Elefoi encontrado no lixo diretamente atrás da Masci.
Felizmente, Pietro encontrou-o e me chamou antes chamar a polícia. Ezra estava da mesmamaneira, torturado e depois cortar em pedaços, partes de seu corpo colocadas em lugares errados.
Emmanuelle fez um pequeno som em sua garganta e
Vittorio mudou-se para o braço da sua cadeira, tornando-
se casual, soltando o braço em volta dos ombros, olhando para sua mãe, desafiando-a a dizeralgo pejorativo, mas
ela nem sequer olhou para cima.
— O tapete, a propósito, foi retirado da loja de design
de interiores de Luciu, Lola e Merci, da Puglia’s House of Design. Sua loja foi arrombada equatro tapetes foram roubados. O tapete de Bruno era de seu apartamento.
Vane e Banks cada um em um dos tapetes de Puglia.
— E o terceiro corpo que eles encontraram era alguém do clube? —Perguntou Vittorio.
Stefano suspirou. — Vittorio, foi você quem disse que
pelo menos três funcionários precisavam estar envolvidos para que eles passassem e parece que
você estava certo.
Vane, Banks e, infelizmente, Clay Pierson. Eu não sei por que parece traição.
— Porque foi, —disse Vittorio. Ele armou sua voz baixa e manteve-a calmante.
Stefano deu de ombros. — Foi oferecido a ele um monte de dinheiro. De acordo com Rigina,cada vez que
Banks sabotou as câmeras, Vane e Pierson estavam ambos no trabalho. A investigação ainda estáem curso, e eles estão examinando todos os funcionários, mas eles têm evidências que cada umdeles encontrou-se com Harold Jenson, conselheiro de Miceli. Quando
questionado, Jenson alegou que não foi mais que um encontro casual, mas nada que Jenson faz écasual.
— Onde foi que Pierson foi encontrado? —Perguntou
Giovanni.
— Berardo encontrou-o na caçamba atrás do açougue
Giordano. Fiquei grato que foi ele a colocar o lixo e não Claretta. Os corpos estavam em muitomau estado.
— Mas eles levaram um quarto tapete, —disse Vittorio. — Outro funcionário que não sabemos,ou um aviso para nós?
— Eu acho que os cadáveres colocados nas lixeiras atrás de nossos próprios edifícios podem serum aviso, —
disse Taviano. — Eu estou muito feliz de ter mandado Lucia, Amo e Nicoletta para a Itália. Seráque você teve a caçamba atrás da Tesoros de Lúcia vistoriada?
— Lucia e Amo estão na Itália? —Havia um evidente
alívio na voz de Eloisa.
Emmanuelle colocou a boca perto do ouvido de Vittorio. — Às vezes eu acho que ela se importamais com as pessoas do nosso território do que com seus próprios
filhos.
Vittorio beijou o topo de sua cabeça, sofrendo por ela.
Seu coração tinha que estar completamente quebrado.
Em algum lugar lá no fundo, ela tinha que estar esperando que os Saldi não estivessem sepreparando para uma guerra total com os Ferraro. — Às vezes parece assim,
querida. Sempre saiba que você é muito amada.
— Eu sei, —disse Emmanuelle.
— Ainda estão procurando em outras caçambas, bem
como por quaisquer funcionários ausentes em qualquer dos nossos estabelecimentos ou lojas emnosso território,
—Stefano continuou.
— Eles teriam dois revendedores naquela pequena área? —Perguntou Vittorio. — Um no clubecom certeza, e
Bruno.
— O outro objetivo, então? —Perguntou Ricco.
— Não venda de armas, —disse Giovanni. — Se eles
estivessem vendendo armas, estariam vendendo para outra pessoa que não a nossa família?
— Eles foram atrás de Grace, —disse Eloisa. —
Tráfico humano? Bem debaixo dos nossos narizes? Eles
ousariam?
Vittorio pensou sobre isso no silêncio que se seguiu.
— Eles estavam usando o clube para o trabalho sujo e
que tinha que ser deliberado. Talvez tráfico.
— Algumas de nossas meninas ou meninos
desapareceu? —Eloisa perguntou. — Se sim, quem está
investigando?
— Eu estava, —disse Emmanuelle. — Duas das meninas da escola secundária local. Elas eramamigas de
Nicoletta e viviam na loja de flores com ela.
Vittorio estava olhando para Taviano. Suas feições endureceram perceptivelmente. Ele passou dejovem a um
homem perigoso, letal e muito irritado.
— Duas amigas de Nicoletta desapareceram e você
não me contou? —Taviano estalou. — Que porra é essa,
Emme?
— Irmãs. Gêmeas. Eva e Marta Giboli, —Emmanuelle
admitiu. — Sua mãe, Rita, me pediu para investigar discretamente o seu desaparecimento. Elapensou que tinham fugido de casa. Seu pai vive na Toscana e elas
nunca o conheceram, mas sempre que ela insistia para
fazerem algo em casa, elas ameaçavam ir viver com ele.
Ela estava com medo que elas poderiam ter ido.
— E você não achou que valia a pena me dizer? —
Repetiu Taviano, olhando para ela. — Nicoletta é um diabinho. Se suas amigas estavam fugindo,não seria possível que ela pudesse ter considerado seguir seu exemplo?
Emmanuelle suspirou. — Sério, Taviano, eu só recebi
o telefonema ontem e comecei a investigação. Eu não podia falar com Nicoletta porque ela estána Itália. Rita não viu porque me chamar até ontem à noite. Ela temia
que seus amigos fossem pensar que ela era uma mãe ruim se soubessem que as meninas tinhamfugido para
ficar com seu pai.
— Oh, pelo amor de Deus, —Eloisa estalou. — Eu
sempre quis dar um tapa naquela mulher. Ela não tem um
cérebro em sua cabeça. Há quanto tempo as meninas foram embora?
— Quase duas semanas.
— Ela falou com o pai?
Emmanuelle sacudiu a cabeça. — Ela se recusa a falar com ele, mas ela está certa que asmeninas estão
com ele. Ela quer que eu entre em contato com ele. Eu
tentei, mas ninguém atendeu ao telefone.
Stefano fez uma careta sombria. — Isso é insano. Ela
espera quase duas semanas antes de contatar alguém e
não pergunta a seu ex-marido se as meninas estão com
ele? O que há de errado com ela?
— Eu não tenho ideia, —disse Emmanuelle.
— Coloque as Grecos sobre isso imediatamente.
Quero uma resposta na próxima hora. Se elas não estiverem com o pai, e tiverem sido tomadas,as chances
de consegui-las de volta são quase nulas após duas semanas.
Ricco xingou sob sua respiração. — Talvez ela precise
de aulas de parentalidade, ou melhor ainda, se as meninas estão seguras com o pai, apenas deixe-as lá.
— Acho que estamos todos de acordo com isso, —
disse Eloisa.
Vittorio não apontou como era irônico que Eloisa estivesse furiosa com Rita, embora ele tivesseque admitir, sua mãe poderia não ter sido amorosa, mas cuidou de seu
treinamento e teria ido procurá-los em um piscar de olhos se eles tivessem desaparecido.
— Eu mandei uma mensagem para os Grecos com
todas as informações, —disse Giovanni. — Eles estão nisso.
Vittorio se acomodou em sua própria cadeira, ignorando o modo como Eloisa rodou os olhos.Sua mãe
achava que todos eles estragaram Emmanuelle. Ele não
achava que Emmanuelle tivesse sido mimada em sua vida, embora os irmãos a amassem etentassem protegê-
la quando podiam. Certamente, ela precisaria de ajuda
para evitar Val Saldi. Ele não tinha dado a impressão de que ele ia desistir.
— Precisamos encontrar outro corpo embrulhado no
tapete faltante ou descobrir quem eles pretendem embrulhar em seguida.
— Eles poderiam apenas estar fodendo com a gente,
roubando outro tapete, —Taviano apontou.
— Ou eles iam usá-lo para o corpo de Bruno, mas era
mais conveniente levar o tapete para fora de seu apartamento, —disse Emmanuelle.
Stefano olhou ao redor da sala. — Merry preparou a
cafeteira?
— Atrás de você, —disse Vittorio, indicando a estação
de café.
— Eu vou buscá-la, —Emmanuelle ofereceu e pulou.
— Obrigado, querida, disse Stefano. — Eu tenho todas as lixeiras em nosso território sendovistoriadas.
Nenhum suspeito de outro contato Saldi em nosso território? Ele girou para encarar a irmã. —Você tem mais contato com todos, Emmanuelle.
— Francesca tinha assumido as visitas, bem como todas as comissões para representar nossafamília. Você
já perguntou a ela? —Emmanuelle colocou uma xícara de
café na frente de Stefano e, em seguida, na de sua mãe
antes de voltar para a estação para mais.
— Ainda não. Ela tem estado abatida nas últimas semanas, e sei que você e Sasha estiveramfazendo as
visitas, para Sasha assumir as funções de Francesca.
— Honestamente. —Emmanuelle colocou as canecas
na frente de Ricco e Giovanni, — Eu estava tão ocupada
tentando lembrar todos os detalhes de cada família para
Sasha que não estava prestando tanta atenção quanto deveria.
Eloisa soltou um suspiro exagerado e muito alto.
Emmanuelle cerrou os dentes enquanto ela entregou
a Vittorio seu café e colocou outro copo na frente de Taviano. Vittorio piscou para ela. Elaconseguiu um leve sorriso quando ela se virou para obter o seu próprio café.
— Vou perguntar a Francesca, —disse Stefano. —
Mas você pode tomar algum tempo para pensar em cada
visita. Mais do que provável, porque você os conhece tão bem, você notará um detalhe que iráimportuná-la sobre
alguém. Eu não me importo o quão ridículo pareça, você me diz.
— Eu vou, —disse ela imediatamente.
— Nós vamos ter que considerar que Miceli Saldi está
querendo o lugar de seu irmão. Giuseppi esteve muito envolvido com a doença de sua esposa nosúltimos meses
e se deixou aberto para uma traição.
— Ou é possível que seja o próprio filho dele e ele
esteja jogando a culpa em Miceli, —Eloisa apontou com
um olhar fixo para Emmanuelle. — Esse é o problema em
ter poder e responsabilidade e se apaixonar. É egoísta.
— Sempre há essa possibilidade, bem como, —
Vittorio disse antes Stefano pudesse repreender Eloisa. —
Temos que considerar qualquer possibilidade, não importa quão remota.
— Eu concordo, —disse Stefano. — Ou um terceiro
pode querer o lugar de ambos os irmãos. —Stefano voltou
sua atenção para Vittorio. — Onde você está em seu relacionamento com Grace? Onde ela estáem sua recuperação?
— Ela está fazendo fisioterapia em seu ombro e braço. O médico diz que ela está se recuperandomais
rápido do que ele esperava, então fisicamente, ela está muito melhor.
— E o seu relacionamento?
Vittorio sabia Stefano queria saber se havia o perigo
da Grace rejeitá-lo. — A referência que Eloisa inadvertidamente fez na frente dela de que todosnós precisamos de mulheres que atendam um determinado critério me preocupa um pouco. Elafez perguntas que eu não pude responder imediatamente. —Ele teve certeza de
manter suas feições inexpressivas quando ele queria sorrir. Eloisa cometeu erros e ela detestavaque em sua
necessidade de derrubar Grace, ela tinha sido descuidada com a sua escolha de farpas.
Stefano virou olhos frios em sua mãe. — Você realmente fez uma referência a alguém fora anossa família que poderia nos colocar em perigo?
Eloisa assentiu. — Sim. Peço desculpas a todos vocês
por tal engano.
Stefano tamborilou com os dedos sobre a mesa. —
Você já foi ao médico desde Phillip morreu?
Eloisa enviou-lhe sua mais negra carranca. — Eu não acredito que seja da sua conta, nem onegócio de alguém
sentado nessa mesa diferente de mim.
Stefano inclinou-se para ela, seus olhos perfurando os
dela. — Este é um assunto de negócios e quando você
começa a errar, quando qualquer um de nós começa a
cometer erros que possam comprometer todos os cavaleiros de sombra, tem de ser tratado e vocêsabe disso. Você seria o primeiro a procurá-lo, Eloisa. Você sofreu um trauma. Todos nós ofizemos. Vai haver repercussões para nós. Nós treinamos fisicamente e mentalmente, mas não hánenhuma maneira de levar em
consideração as emoções. Veja um médico. E eu quero
um relatório. Isso é essencial. Se você precisar de aconselhamento, obtenha-o. Temos umacavaleira aqui que é uma conselheira. Ela se estabeleceu há alguns meses, como você bem sabe.
Eloisa sustentou o olhar desafiadoramente por alguns
segundos. Vittorio sentiu pena dela. Ter um filho mandando depois de anos de ser o cavaleirochefe na família era provavelmente humilhante. Ainda assim, Eloisa sabia que ele estava certo e
balançou a cabeça.
— Continue, Vittorio.
— Eu não falei com ela sobre o que fazemos, mas vou
assim que eu achar que ela pode lidar com isso.
— Tem que ser em breve, —Stefano advertiu. —
Vocês passaram tanto tempo juntos, que já pode ser tarde demais.
Na rápida ingestão de ar de Eloisa, Vittorio olhou para
seu rosto. Pela primeira vez, ela parecia mais velha.
Eloisa era uma mulher bonita e parecia muito mais jovem
do que seus anos. Ele sabia que já era tarde demais. Ele tinha visto a forma como suas sombrasentrelaçadas.
— Uma última coisa, —Stefano continuou. — A vítima
no hotel, Sra. Lanie Kandar, estava viajando sozinha. Ela não tem filhos. Seu marido foi mortoem um acidente de
caça cerca de dez anos atrás e ela nunca se casou novamente. Nenhuma criança. Ela vive e viajacom o dinheiro que o seguro deu a ela como resultado da morte
de seu marido. Ela não tinha inimigos conhecidos.
Vittorio tinha certeza que nada seria encontrado no passado da mulher que pudesse explicar porque ela levou um tiro, mas ele ficou surpreso sobre o menino. —
Se o menino não era dela, a quem ele pertence?
— Essa é uma boa pergunta. O inquérito revelou que a bala que matou a Sra. Kandar não foidisparada por qualquer um dos policiais presentes. Nenhum de nós disparou o tiro. Os Saldiestavam dentro da sala, pelo menos nós pensamos que todos eles estavam. Se eles
tinham alguém escondido em torno do hotel, não foi visto pelas câmeras de segurança.
Vittorio tamborilou os dedos no braço da cadeira.
— Pare, Eloisa vaiou entre os dentes cerrados. —
Esse é um hábito terrível pego de seu irmão. Me dá nos
nervos e eu não posso pensar.
Vittorio imediatamente parou, mas atirou a seu irmão
um olhar preocupado. Eloisa sempre tinha sido nervosa,
mas parecia que ela estava ficando mais ainda nos últimos meses. — Será que a políciaquestionou a criança? Ele estava mais perto do atirador do que nós,
pode ter visto algo que nós não. Quando Stefano balançou a cabeça,
Vittorio soube imediatamente qual era a resposta. — A
polícia nunca encontrou o garoto, não é?
Stefano sacudiu a cabeça. — O que você está pensando?
— Ele era pequeno, mas de perto parecia mais velho.
Haydon Phil ips assume diferentes personalidades.
Poderia ter sido ele.
— Trabalhar para a família Saldi? De jeito nenhum, —
disse Eloisa. — Ele torturou seus executores. Ele os matou à vista.
— Trabalha para si mesmo, —disse Stefano. — Ele
não poderia saber sobre o encontro dos Saldi conosco.
Ninguém sabia sobre ele.
— A menos que ele os tivesse grampeado. Eu estou
começando a pensar que ele é capaz de qualquer coisa,
—disse Vittorio. — Por outro lado, é preocupante que ele estivesse a caminho do segundo andar,em vez de ficar do lado de fora da sala de reunião ou tentando chegar perto o suficiente de um denós para nos matar. O que ele estava fazendo lá? Especialmente se ele não soubesse sobre o
encontro entre nossas duas famílias.
Stefano entregou o telefone para Giovanni. — Eu estou indo para casa agora. Vittorio, faça o seumelhor
para encerrar isso com Grace. Leve-a a bordo.
Vittorio tentou não rir. Isso era tão parecido com Stefano.
Emmanuelle revirou os olhos. — Ela não é uma empresa, Stefano. Ela é uma pessoa.
— Exatamente. Uma mulher. Ele tem uma certa reputação.
— O que está trabalhando contra mim no momento.
— Eu tenho fé em você. Estou indo para casa. Ricco,
ligue para a segurança do hotel. Eu quero uma revisão
completa. Eu quero inspeções andar por andar. Vamos descobrir o que Haydon estava fazendo.
— Não sabemos se foi ele, —apontou Eloisa. — Não
queremos que ele nos tire do jogo nos faça cometer erros.
— Temos que partir da premissa de que era Haydon,
—disse Taviano. — Ele é um pequeno bastardo astuto, e
quer um de nós para que ele possa provar a Grace que
ele pode chegar até ela e a qualquer um com quem ela se
importe. Ele tem a aterrorizado desde que ela era uma
criança, mantendo-a sob o polegar dele. De jeito nenhum
ele vai deixá-la ir.
— É tudo um jogo para ele, —disse Giovanni. — Ele
acha que é o homem mais inteligente da sala.
— Talvez ele seja, —disse Vittorio. — Mas isso não significa que ele possa ganhar contra todosnós.
Capítulo 15
Grace deitou a cabeça para trás e olhou para a explosão de estrelas. Estavam espalhadas pelo céuclaro, parecendo diamantes cintilantes. Em torno dela, pequenas baforadas de vapor subiam doofurô para se deslocar preguiçosamente ao seu redor. Seu ombro doía das voltas
que ela tinha dado na piscina para fortalecê-lo, mas havia satisfação em saber que ela finalmenteera capaz de trabalhar ativamente na reparação do dano.
Vittorio pegou seu pé, colocou-o no colo e começou a
massagear a sola e os dedos dos pés, relaxando-a ainda
mais. Ele tinha um jeito de tocá-la que relaxava seu corpo imediatamente. Ele fez amor com ela
dezenas de vezes.
No momento em que podia, ele deixava sua equipe, e gostava de deixá-la nua, ou a ter vestidacom sua lingerie
muito bonita, elegante, mas transparente. Ela aprendeu muito rapidamente que ele gostava deolhar para o corpo
dela.
— Você sabe, que se eu ficar gravida, não ficaria do
mesmo jeito. —Saiu antes que ela pudesse censurar.
Seus dedos longos continuaram a massagem, e o silêncio se seguiu. Ela olhou com cautela eencontrou seus olhos. Havia sempre aquele momento quando ela fazia contato visual, onde elatinha a sensação de estar sendo mantida em cativeiro. Ela sabia, não importava quanto tempoestivessem juntos, quantos anos se passassem, que toda vez que ela olhava para ele, ela sentiria amesma emoção, teria a mesma sensação de uma lenta cambalhota no estômago.
— De onde veio isso?
Seu tom era estritamente neutro. Ela estava
começando a entender que Vittorio nunca se irritava. Ele estava sempre calmo. Sempre centrado.Ele falava naquele tom baixo e suave que carregava o comando absoluto, mas não levantava avoz.
Ela deu o que esperava ser um encolher de ombros
casual. — Eu só estava pensando em quanto você gosta
de olhar para o meu corpo. Depois que Merry sai, a primeira coisa que você gosta é que eu medispa, ou coloque uma roupa transparente, mas linda.
— Isso te incomoda?
Vittorio inclinou a cabeça para um lado e o cabelo caiu
sobre a testa. Sempre que ele fazia isso, ela tinha o desejo de empurrar os fios rebeldes para trás.Ela se entregou. Ele a tocava com frequência e em lugares íntimos. Quando eles andavam, elesempre tinha a mão
no quadril ou nas costas dela, às vezes nas bochechas da bunda dela. Ela ainda não tinha sidocorajosa o suficiente para reivindicá-lo, tocando-o voluntariamente a menos que estivessemfazendo sexo. Então ela satisfazia suas necessidades. Agora, ela se sentia muito corajosaestendendo a mão e roçando o cabelo dele com as pontas
dos dedos.
Ele levantou a cabeça e pegou o dedo na boca, puxando-o para chupá-lo. Seu estômagomergulhou.
Rolou. Calor explodiu profundamente. Seu sexo se apertou. Ela nunca se cansaria dele. Nunca.Ele era o homem mais sensual e lindo do mundo e ela ainda não
conseguia acreditar que ele era dela. Ela ficou esperando o sapato proverbial cair34.
A língua dele enrolou em torno de seu dedo, quando
ele tirou-o da sua boca. — A questão requer uma resposta, gattina.
Ela teve que espremer seu cérebro para lembrar a pergunta, era como ele pudesse facilmentefazer tudo sair da cabeça dela. — Eu gosto que você queira olhar para
mim, ela admitiu. Ela o fazia, mas demorou para se acostumar. — Eu nunca pensei em mimcomo bonita. Eu
acho que, como a maioria das mulheres, vejo cada falha
que eu tenho, então a princípio, eu estava um pouco desconfortável. Ela ainda estavadesconfortável, especialmente se ele escolhesse algo, como esta noite,
algo que ela considerava picante. Ainda assim, não 34 O sapato proverbial se torna sinônimode algo que é inevitável acontecer. Uma versão da história do sapato proverbial.
Um jovem funcionário que sempre voltava para casa tarde da noite, por volta da meia-noite,tinha o hábito de jogar as botas com força no chão antes de subir na cama. Exausto do trabalho, ofuncionário caia direto no sono. Mas o som das duas botas pesadas caindo no chão dava nosnervos de um velho que vivia em um quarto logo abaixo. Para o velho nervoso, os dois sapatoscaindo pareciam dois tiros de bomba. Estrondo! Estrondo! Depois de um tempo, chega um pontoem que, toda noite, o velho fica deitado na cama, acordado, esperando que o rapaz deixe cair osdois sapatos antes de tentar dormir um pouco, se puder.
Uma noite, no entanto, o segundo ruído estrondoso nunca chegou.
Na verdade, naquela noite, o jovem estava prestes a largar o segundo sapato antes derepentinamente perceber que o barulho que ele fazia podia ser demais para seus vizinhos. Em pé,ele coloca o segundo sapato gentilmente no chão, sem causar, um sussurro.
Cedo na manhã seguinte, mal tinha amanhecido, antes do nascer do sol, o jovem é acordado porfortes barulhos na porta. É o velho do andar de baixo. Quando o jovem abre a porta, o velhopergunta com bastante raiva: “O que deu errado? O que aconteceu com você na noite passada?“Todas as noites, eu ouço dois sons, mas na noite passada ouvi um som e nunca o segundo. Aoesperar que o outro sapato caísse, não consegui nem cochilar!
Existem versões diferentes, mas todas tem algo em comum, as pessoas esperam que o outrosapato caia.
Presumivelmente elas têm que esperar que o outro sapato caia antes que eles possam continuarcom suas vidas. O
sapato proverbial torna-se sinônimo de algo que é inevitável acontecer. Algo ruim,especialmente.
importava. Se ele quisesse que ela usasse, ela iria, porque ela amava ver o olhar no rosto delequando ela
cumpria seus desejos. Orgulho. Aprovação. Prazer.
Possessividade. Ele olhava para ela como se ela fosse a
mulher mais bonita do mundo.
— Você tem falhas?
Ela riu. — Eu não vou apontá-las para você, se você é
cego para elas. Ela não podia imaginar isso, uma vez que ele via cada pequeno detalhe.
— Eu gosto quando você usa o que eu compro para
você. E especialmente significou algo para mim esta noite.
Sei que estava um pouco relutante quando você o colocou
em primeiro lugar, mas você pareceu tão sexy, que me tira o fôlego. Obrigado por, pelo menos,tentar.
Ao ouvir o anel de sinceridade, ela abraçou o elogio a
ela. Sentia que não dava o suficiente em seu relacionamento. Ele estava sempre dando a ela. Eletinha sorrido muito menos depois da reunião com sua família
dias antes e ela fez o seu melhor, sem saber o que estava causando a ele a tensão indevida, masaté agora, ela não sentia como se tivesse conseguido aliviar seu humor. Usar
lingerie parecia uma coisa pequena para retribuir se isso lhe agradava.
Ela olhou para a pequena mesa onde a roupa de couro estava ordenadamente dobrada eesperando por ela
para recuperá-la depois que ela saísse da banheira. Ela
tinha nadado nua e ainda estava sem roupa na banheira
de hidromassagem. Ela estava bastante certa de Vittorio
teria ficado confortável em uma colônia nudista, e ele lentamente estava fazendo com que elafosse da mesma
maneira.
— Eu gosto de lhe dar as coisas que você pede, Grace —admitiu. — Embora você não peçamuito.
— Quanto a você ficar grávida, Grace, você sabe que
eu quero filhos. Ter uma família minha própria é importante para mim. Dito isto, se, comoFrancesca, você tiver problemas, ou você não puder ter filhos, eu ficaria muito melhor em passarminha vida com você e sem crianças do que sozinho ou com alguém com quem eu
não me sentia assim. Não se preocupe. Eu vou amar o
seu corpo de grávida, bem como quaisquer mudanças que
venham depois.
— E se eu ganhar uma tonelada de peso?
Ele encolheu os ombros. — Eu acho que nós dois vamos estar fazendo um monte de natação. Oque for preciso para te fazer feliz. Se você quiser perde-los, eu vou instruir Merry para fazerrefeições que vão ajudar e eu vou me exercitar com você.
Ela acreditou nele. — Eu acho que você é tão perfeito,
Vittorio, que não posso acreditar que você é real.
— Ninguém é perfeito, Grace, muito menos eu. Eu sou
um Ferraro, lembra? Nossas vidas não são como as pessoas acreditam que elas sejam. —Sua vozfoi baixa.
Convincente. Quase triste.
Grace sabia que era a verdade. Vittorio estava completamente atento a ela. Totalmente focadonela. Ela
nunca teria acreditado que ele fosse capaz de apenas estar com uma mulher, não quando ele tinhaa pior reputação possível. Ela tinha lido tantas histórias nos tabloides sobre ele que era ridículo,ele não era nada como as histórias que tinha lido sobre ele. Ele não era
selvagem, nem festeiro. Ele parecia sério na maioria das vezes e era totalmente dedicado a ela.
— Algo está errado, Vittorio. Por que você não me conta? —Ela convidou, esperando que eledissesse a ela
o que tinha acontecido na reunião de família que tinha o derrubado.
— Não aqui. Vamos nos secar e entrar. Eu posso tomar algo.
Isso a chocou. Alarmou. Vittorio bebia um uísque ocasionalmente, mas era raro. Ele tomava umcopo de vinho no jantar, mas não mais. Ele evitava o álcool.
Ela levantou-se no momento em que ele soltou seu
pé. O que quer que estivesse errado, ela estava determinada a ajudá-lo. Água escorreu de seucorpo, percorreu-lhe a pele em pequenos riachos. Gotas presas
nas pontas de seus seios se mantiveram ali por um momento, atraindo Vittorio. Ele se inclinou elambeu seu mamilo, enviando um choque de seu mamilo direto para
seu clitóris. Ele saiu da banheira de hidromassagem primeiro, em seguida, colocou as duas mãosna cintura
dela e levantou-a para fora. Quando ele a baixou para colocá-la em seus pés, ele lambeu o seioesquerdo e depois chupou por um momento, seus dentes e língua,
causando estragos e deixando marcas na sua pele clara.
Grace ficou parada enquanto ele secava seu corpo.
Ele sempre a secava depois de uma ducha ou da
banheira, as mãos gentis, mas excitantes, a toalha deslizando sobre suas curvas e inflamandocada célula e
terminação nervosa em seu corpo até que ela sentia como
se pudesse morrer se não o tivesse.
Ele entregou-lhe o pequeno triângulo que não era nada além de couro atado. O fio dentaldesapareceu entre suas nádegas e o pequeno triângulo estava parcialmente
aberto onde se entrelaçava, mostrando seus cachos de
fogo, em vez de escondê-los. O espartilho de couro preto era cupless35, apenas um cordão deamarrar na frente com tiras e fivelas nas costas e uma fivela em torno de
seu pescoço.
Vittorio colocou o espartilho no lugar e, em seguida, foi para seus seios quando eles empurrarampara fora. Ele
puxou e rolou seus mamilos até que eles estavam duros
para ele. Ela sentiu desossada e devassa, o corpo dela
necessitado do dele. Ela ficou instantaneamente lisa.
Sangue bateu em seu clitóris e se agrupou baixo. Sua pele estava corada e sua respiraçãoirregular.
35
Seios de fora.
Vittorio foi sempre sensual, e a fazia se sentir sensual.
A maneira como ele olhava para ela a fazia se sentir bonita. Era uma sensação estranha para ela,mas ela queria mantê-la. Ele a fazia consciente de seu corpo em
todos os momentos, ele era másculo, e ela feminina.
Eles caminharam para dentro e depois pelo amplo salão para a primeira sala de estar. A vistapara o lago era bonita. Havia paredes de vidro deslizantes em três lados da torre redonda, e elapodia olhar para fora em qualquer direção e ver uma grande extensão de água.
Vittorio usou o controle remoto para ligar a lareira e
indicou uma das cadeiras profundas e muito confortáveis.
Ela afundou no assento e suspirou. Ela tinha a sensação
de que poderia morar ali por meses sem saber o era cada
peça de mobília ou para que cada sala era usada. Ela
estava sempre descobrindo coisas novas, quase como se
estivesse em uma grande aventura.
— Esta casa é incrível, mas é realmente o que você
fez com ela que a torna tão especial. —A casa era intrincada e complexa com a misturaalastrando de estilos, a torre e pátio abaixo dela, o centro, e os braços indo em ambas as direções.No interior, Vittorio preferia designs
simplistas, às vezes quase bruta, mas sua decoração funcionava e sempre era a mais confortável,com cadeiras em que ela queria se afundar e apenas ficar.
— Estou feliz que você goste. Eu estava esperando
que você o fizesse.
— Como eu não poderia? —Ela afastou as mechas de
cabelo vermelho que caiam em volta do rosto. Ela amarrou-o em um coque, da forma como elafazia quando
ia tomar um banho ou sentar em uma banheira de água
quente, mas ele já estava tentando se soltar.
No momento em que ela levantou a mão para seu cabelo, seus seios subiram e desceram,chamando a atenção dele imediatamente. Grace prendeu a respiração,
observando os olhos, observando a forma como a luz do
fogo acariciava o rosto dele. Ele parecia assombrado. Ela se inclinou em direção a ele, sem seimportar que seus
seios foram para a frente, balançando com cada movimento dela.
— Vittorio, posso dizer que algo está errado. Só por
favor me diga. Se você mudou de ideia, eu não vou mentir, vai quebrar meu coração, mas dize-loé muito melhor do que eu ter que adivinhar.
Vittorio recostou-se na cadeira e juntou os dedos. —
Por que você acha isso, Grace? Mesmo por um minuto?
Você deve ter toda a confiança em si mesmo. Certamente
eu consegui transmitir o quanto você é importante para
mim.
A decepção em sua voz e em seu rosto trouxe a queimadura inesperada de lágrimas. Sua respostanão foi
exatamente uma reprimenda, mas ele estava certo, e ela
sentiu a picada como um chicote. É claro que ele ficaria desapontado quando ele tinha feito tudopara mostrar que ela significava o mundo para ele. Não houve um momento
em que eles estivessem juntos que ele não estivesse tocando-a, beijando-a ou dizendo que ela eraincrível.
Ele deixou bem claro que ele respeitava seu trabalho.
Ele era infalivelmente gentil com Katie e sempre as deixava com seu trabalho depois de tercerteza de que
tinham refrescos. Como o evento de caridade Midnight Madness estava chegando muito rápido,as coisas estavam ficando intensas. Grace tinha que ver uma infinidade de detalhes, como semprefazia antes de qualquer evento, grande ou pequeno. Vittorio, não importa o quão ocupado, e eletinha um escritório que ele
trabalhava, embora ela não soubesse o que ele fazia, sempre viu seu conforto, bem como o de suaconvidada.
— Grace? —Vittorio chamou. — Diga-me de onde essa insegurança está vindo. —Ele mereciauma resposta,
ela simplesmente não estava certa que tinha uma resposta clara para ele.
— Sinto muito, Vittorio. Você certamente não é a causa de minhas inseguranças. Eu estavapensando, quando saímos da banheira, que você me faz sentir muito
feminina e sexy.
— Você é feminina e sexy. —Sua voz era escura de
luxúria. — Você também é inteligente e esperta. Você é
forte. Você é o epítome de mulher, e eu sei que sou extremamente sortudo de ter você. Eu queroque você chegue a um lugar onde você saiba disso, também.
Ela assentiu, sabendo que ele não gostaria que ela
não lhe desse uma resposta verbal. Vittorio exigia uma resposta falada para que não houvessefalta de comunicação. Ele não perguntava muitas coisas e responder não deveria ser tão difícil,
mas ela nem sempre sabia por que ela se retirou e se enrolou em si mesma.
— Grace.
Uma palavra. O nome dela. Ele poderia dizer uma infinidade de coisas apenas por sua inflexão.Sempre macia. Sempre baixa, mas com muito significado. Este era um aviso claro.
— Eu me sinto forte e digna de você a maior parte do
tempo. Eu faço. Você me dá confiança o tempo todo e
você me mostra que eu sou importante para você.
— Eu mostro-lhe que você é o centro do meu mundo,
Grace, porque isso é exatamente o que você é. Eu não
gosto que você questione isso, porque isso significa que eu estou falhando com você de algumaforma.
Horrorizada, Grace balançou a cabeça. — Vittorio, não. Não é você. Você é incrível, realmentemaravilhoso.
Cada dia eu acordo surpresa que eu pude realmente cair
no sono. Você me deu essa capacidade. Não me lembro
de uma época em que eu me senti segura, e você deu
isso para mim também. Eu vivi minha vida em terror total agora é uma forma de paraíso.Acredite em mim, eu nunca vou tomá-lo ou como vivemos aqui como garantido.
Ela abaixou a cabeça por um momento, com medo
como ele entenderia o resto do que ela tinha a dizer. —
Sempre vai haver uma parte de mim que é aquela menina
que ninguém queria. Não meus pais, e não meus avós, não uma família de acolhimento.Ninguém se apresentou
para me adotar depois da primeira família, quando houve
um acidente que matou o pai e a mãe virou-se para a
bebida. Ela era jovem, mas ela se lembrou da dor de ser
retirada e colocada em outra casa. Tinha sido doloroso e assustador e ela sentiu como se algoestivesse errado com ela que ninguém a queria.
Ele se moveu então, ajoelhando-se entre as pernas
dela no tapete de lã grossa. Seus dedos se enrolaram ao
redor da nuca dela e ele a beijou tão suavemente que havia lágrimas nos olhos dela quando elelevantou a cabeça.
Ela o amava. Além de qualquer coisa, ela o amava.
Ela não sabia quando isso aconteceu, mas ela sabia como. Ele era tão bom para ela que eraimpossível não o
amar. Quando ele a tocava como fazia, as mãos dele em
seu corpo, os dedos acariciando sua pele, dando-lhe conforto e ainda deixando-a saber que elanão era apenas amada, mas também desejada, ela não podia deixar de se
apaixonar por ele.
Os braços deslizaram ao redor da cintura dela e ele deitou a cabeça em seu colo, como se elefosse quem
precisava de consolo, e ela estava chegando a pensar que ele o fazia. Seu coração derreteu, e seusdedos se enredaram no cabelo dele. Ele a estava assustando um
pouco. O que poderia ser tão ruim que ele estava relutante em dizer a ela? Ela fez carícias em seucabelo e testa,
esperando. Ela sabia que ele iria dizer a ela, eventualmente, de modo que ficou quieta,deleitando-se
em apenas tocá-lo do jeito que ela estava fazendo.
Demorou alguns minutos e, em seguida, ele sentou-se
para trás e olhou para ela. — Eu quero que você se lembre que eu te amo. Eu não só te amo,Grace, mas eu
preciso de você na minha vida. Eu sei que você ainda não percebe o quanto, ou até mesmocompreende que é a verdade, mas posso garantir a você, que eu preciso de
você muito mais do que você realmente precisa ou me
quer. Eu quero que você mantenha isso em mente.
Ela respirou fundo e soltou o ar, de repente preocupada. Ele estava sério. Levantou-se eatravessou a sala, seu corpo totalmente em forma. Totalmente nu. Ele
estava confiante em seu corpo e tinha todos os motivos
para estar. Ela poderia dizer que ele tinha quase
esquecido que não estava usando roupas. Ele não precisa delas, como ela usava-as comoarmadura.
Vittorio atravessou para o pequeno bar no lado oposto
da sala da lareira. — Você quer uma bebida?
Ele despejou o uísque direto em um copo de cristal.
Ela notou que ele não usava gelo. O líquido âmbar rodou
no vidro quando ele o colocou nos lábios. Ele chocou-a
um pouco quando bebeu o conteúdo
— Água seria bom. —Ela não achava que seria uma
boa ideia ambos estarem bebendo, pelo menos não se
Vittorio continuasse. Em seu interior, seu estomago começou mais e mais a se embrulhar, atensão fazendo-a
desejar estar usando algo diferente que sua sexy lingerie.
Ele entregou-lhe um copo e voltou para o bar. — O
que você ouviu sobre minha família?
Estavam entrando em território muito perigoso. Todos
conheciam a família Ferraro. Eles pareciam viver suas vidas nos tabloides. Suas façanhas eramlendárias. Sua
língua tocou seu lábio superior e ela esfregou as mãos
sobre as coxas. — Há rumores, —ela admitiu. — As pessoas inventam as coisas porque elasquerem derrubá-
lo ou viver através de você indiretamente.
— Você tem estado em torno de minha família algumas vezes.
Foi a primeira vez que ela ouviu uma pitada de amargura em sua voz. Ele acabou com o Scotchno copo
e serviu-se demais.
— Você deve ter opiniões formadas sobre os rumores.
— Você vai tem que ser mais específico. A qual dos
dez mil rumores está se referindo? —Ela não queria ter
essa conversa. Seu coração já estava acelerando. Ela desejou não ter concordado em entrar.Havia uma brisa
fresca saindo do lago. Ela umedeceu os lábios novamente. — Você pode abrir a porta?
Ele enviou-lhe um olhar abrangente, seu olhar se deteve sobre os seios nus. — Eu não quero quevocê fique fria, Grace. Não vai fazer nenhum bem ao seu ombro.
— Eu vou me manter ao lado da lareira, —prometeu.
— Eu gosto da brisa no meu corpo.
— Eu gosto do seu corpo, também. —Ele andou em
torno de sua cadeira para ir a parede de vidro. Quando o fez, ele estendeu a mão e acariciou seuseio esquerdo, os dedos puxando o mamilo quando passou por ela.
Grace sentiu o choque até os dedos dos pés. Um simples toque dele foi o suficiente, os dedosdele sacudindo seu mamilo. Os olhos caindo abaixo de sua cintura para se debruçarem sobre opequeno triângulo de
couro, seguro pelo laço, para que seus cachos de fogo
pudessem ser vistos. Instantaneamente, ela ficou úmida e necessitada.
Ele dobrou o vidro grosso da porta para trás para permitir que o ar da noite entrasse. Ela respiroufundo, puxando a noite em seus pulmões, esperando que o ar
limpasse sua cabeça o suficiente para deixá-la ouvir com a mente aberta o que quer que ele tinhaa dizer.
— Não vamos fazer esta dança, Bella. Todo mundo sabe que a família Saldi é uma família decriminosos. Eles passam o legado de pai para filho.
Ela observou enquanto ele andava inquieto pela sala
e, em seguida, voltava ao bar para servir-se outra bebida.
Ela abriu a boca para protestar, pensou melhor, e permaneceu em silêncio.
Vittorio pressionou o copo em sua testa. — Nossa família convivi com esses mesmos rumores.Na verdade,
somos investigados regularmente. Por causa do incidente
no hotel, nós provavelmente estamos sob escrutínio novamente.
Ela mal chamaria o que tinha acontecido, uma mulher
sendo morta, um incidente. Parecia um pouco
desrespeitoso, embora ela não soubesse como iria se referir à morte. Mais uma vez, elapermaneceu em silêncio, apenas olhando para ele. Ele era hipnotizante enquanto andava para tráse para frente, o cristal pressionado em sua testa, seu fluido corpo, rondando como um tigre feroz,enjaulado e inquieto.
— As pessoas vêm até nós, até minha família. Temos
por centenas de anos, lutado contra famílias como os Saldi. Quando elas não podem obter ajustiça, ou estão
sendo ameaçadas, elas buscam uma audiência com aqueles que nós chamamos de recepcionistas.
Ela franziu a testa. Isso não era o que ela esperava.
— Recepcionistas? —Ela repetiu o termo, sabendo que
era importante.
— As coisas que eu estou dizendo a você, Grace, não
podem sair da família. Estamos amarrados. Você é uma
de nós agora e você precisa saber, mas ninguém mais
pode saber, não seu amigo mais próximo, não sua
parceira de negócios. Ninguém. As coisas que eu disser a você não podem ir além desta sala.Quando eu digo que é
questão de vida ou de morte manter em segredo o legado
da nossa família, eu não estou sendo dramático.
Katie era a única amiga que ela tinha, e elas não eram
tão intimas. Grace não se atrevia, nem mesmo agora, mostrar a ela uma estreita amizade, emboraVittorio a tivesse guardada e a família tivesse colocando-a no Ferraro Hotel, e Haydon nãopudesse chegar até ela. Ela
sabia mais. Haydon era paciente e, eventualmente, suas
vítimas potenciais baixavam a guarda, então era apenas
uma questão de tempo.
Grace assentiu com a cabeça para mostrar a Vittorio
ela estava ouvindo. Ela estreitou os olhos quando ele tomou um pequeno gole de uísque. Ela nãosabia o suficiente sobre o álcool para saber se isso era muito, ou uma pequena quantidade, masde qualquer forma, era mais do que ela já tinha visto ele beber.
— Lembra-se dos 'critérios' que minha mãe falou e deixou você tão chateada?
— Claro. —Ela ainda estava um pouco chateada com
isso. Uma mulher não queria achar que um homem nem
sequer olharia para ela a menos que ela preenchesse algum padrão que a família tinha definido.
— Você já notou sua sombra?
Ela sentou-se muito reta. Claro que ela tinha notado
sua sombra. Era estranha. Sempre tinha sido estranha, e
quando cresceu, ela tinha chegado a um acordo com isso.
Ao contrário de outros, sua sombra tinha apêndices, como estranhos braços saindo dela paratodos os lugares.
Como tentáculos. Um polvo. Essas antenas iam em direção a outras sombras para conectá-las. Àsvezes, quando isso acontecia, ela quase podia sentir o que outra pessoa estava sentindo. Namaioria das vezes não era nada. Às vezes, ela podia ouvir mentiras. Com Vittorio, cada vez queisso aconteceu, ela recebeu uma reação muito física. Uma enorme reação física, uma onda denecessidade tão forte que poderia sacudi-la.
— Sim. —Ela respondeu em um sussurro, porque ele
esperava claramente uma resposta verbal e sua voz não
iria subir acima desse som baixo e rouco.
— Você notou que a minha sombra é igual a sua?
Assim como a de Stefano e todos os meus irmãos, bem
como Emmanuelle?
Ela só tinha notado a sombra de Vittorio. Ela não estava prestando atenção aos seus irmãos. Elaficou feliz que não era a única com uma sombra peculiar, mas ela
não tinha pensado muito sobre isso. Ela olhou para ele
agora, a partir da luz das chamas dançando na lareira.
Sua sombra e a Vittorio estavam conectadas. Mais que
conectadas. Os tubos tinham se entrelaçado ao ponto que
parecia ser uma sombra, não duas.
— Sim. —Ela desejou que ele acabasse de dizer o
que quer que fosse que ele precisava, mas não podia deixar de olhar para as suas sombras,jogadas na parede
em frente a ela.
— Se eu te contar uma mentira, ou que alguém fizer,
você pode ouvir essa mentira?
Grace franziu o cenho e esfregou a ponta do seu nariz. — A maior parte do tempo. Eu não contocom isso,
mas uma bandeira vermelha sobe se eu acho que ouvi
uma mentira.
— Eu posso ouvir mentiras. Membros da minha família
podem. Recepcionistas são membros da família
geralmente mais velhos que podem ouvir mentiras. No
momento em que eles te cumprimentam, eles estão aptos a dizer a diferença entre uma mentira ea verdade.
— Eu não entendo. —Ela franziu a testa, tentando descobrir onde ele estava indo com suarevelação. Ela meio que esperava que ele fosse dizer a ela que a família Ferraro era tão imersa nocrime como a família Saldi. Ou que ele viajava o mundo com os negócios da família, para osbancos ou hotéis, e ela teria que ficar em sua casa
sozinha. Ela estava preparada para quase qualquer coisa, na direção que ele fosse.
— Se você vem até nós e pede uma reunião para obter ajuda, você deve primeiro ver doisrecepcionistas.
Eles lhe servem chá ou café, seja qual for a sua preferência, e vão falar com você. Basta umaconversa
leve.
Ela soube imediatamente o porquê. Conversar sobre o
tempo, um serviço, coisas cotidianas, e quem estava escutando seria capaz de determinar o ritmode uma voz.
A maneira como uma pessoa respirava. Seu batimento cardíaco. Isso iria ajudar a indicar se elesde repente dissessem uma mentira.
— Quando eles estão prontos, perguntam por que você veio vê-los. Nesse ponto, quempeticionou a ajuda
coloca para fora seu problema. Pode ser qualquer coisa,
de muito trivial como uma bolsa perdida ao que você está lidando. Se você fosse a peticionária,você diria a eles sobre o seu primeiro encontro com Haydon Phillips e tudo o que aconteceudepois disso. Você poderia contar-lhes
sobre suas suspeitas, que ele é um serial killer, mas você não tem nenhuma prova real. Vocêpoderia fornecer o que
você tem, nomes, datas, cidades. E então diria a eles sobre como ele aterroriza você e como elevive em sótãos e espia famílias inocentes de outras pessoas.
Sua respiração ficou presa na garganta. Onde ele estava indo com isso? Ela encontrou-se muitotensa e não conseguia relaxar, não importa o quanto ela dissesse a si mesma para fazê-lo. Talvezfosse porque, pela primeira
vez em sua relação com ele, ela sabia que ele estava tenso. Ele não tirava os olhos dela enquantofalava, mas de vez em quando ele tomava um gole de uísque.
Ela tinha estado em torno da Little Italy por um tempo,
e às vezes até mesmo tinha entrado em território Ferraro, mas a única coisa que ela ouviu foi quehaviam poucos
crimes lá e era perigoso ir contra um Ferraro. Todo o resto tinha ouvido no noticiário ou lido nostabloides e revistas.
— No final da entrevista, sem lhe dizer se vão aceitar
ou não o trabalho, os recepcionistas levantam, indicando que a reunião acabou e eles entrarão emcontato com você. Pouco é dito porque sempre há o perigo de alguém
tentar gravar a entrevista, ou talvez um policial disfarçado tentar passar. Somos muitocuidadosos. Telefones celulares não são permitidos na sala de entrevista, embora o quarto pareçauma sala de estar muito acolhedora.
Ela ficou intrigada, apesar de tudo. — O que acontece
depois?
— Se os recepcionistas determinam que o requerente
está dizendo a verdade como ele ou ela a conhece, e eles acreditam que há um caso válido, apetição com todos os
detalhes é entregue a duas equipes de investigadores.
Uma irá investigar o crime ou crimes reais. Quando necessário eles chamam uma outra equipeque possa lidar com qualquer coisa na Internet. A segunda equipe de investigadores faz umestudo completo sobre o
peticionário. Até que ambas as equipes e os recepcionistas estejam satisfeitos, ninguém toca ocaso.
Detetives particulares? Eles auxiliavam os detetives da polícia? Ela não podia imaginar asofisticada família Ferraro se abaixando e sujando nas trincheiras. Ela franziu a testa, tentandonão ir adiante com sua imaginação.
— Investigadores também são membros da nossa família. Eles também podem ouvir mentiras.Essa é uma
exigência da nossa família se você quiser ser um recepcionista ou investigador, mas tambémpodem persuadir as pessoas a falar com suas vozes. Aqueles que falam sobre qualquer crimedescobrem que querem contar
aos investigadores o máximo possível. Ambas as equipes
levam seu tempo e investigam minuciosamente. Ninguém
quer cometer um erro. Às vezes, as coisas são lentas porque uma pessoa não tem absoluta certezae todas as
partes, tanto as equipes quanto os recepcionistas, precisam concordar que o crime ou os crimesforam cometidos e que alguém foi injustiçado.
— Você tem a capacidade de persuadir os outros a
fazer o que você quer, não é? —A voz dele. A bonita voz
convincente. Veludo negro. Mágica. Ele acalmava uma sala inteira. Ele poderia acalmar qualquerum.
— Eu tenho essa habilidade. É um pouco diferente da
dos investigadores, mas sim, se você quiser chamá-la de
persuasão, eu acho que você poderia usar essa descrição. Penso nisso como energia e eumantenho a
minha baixa e espero calmante em uma situação ruim, que esteja aumentando. Quero desarmá-la.
Grace se levantou e andou até a porta aberta para
ficar no meio da brisa para que ela esfriasse sua pele de repente aquecida. Ele a tinha convencidovestir o espartilho de couro. Casar-se com ele. Dar-se em sua guarda. Ela quis vestir a lingerieousada para ele, algo que ela nunca teria considerado sozinha.
Vittorio veio por trás dela, seu corpo apertado contra
suas costas, os braços ao seu redor. Ela estendeu a mão
e pegou o copo quase vazio de uísque da mão dele e
bebeu o conteúdo, quase se asfixiando quando a queimadura deslizou suavemente por suagarganta para
se estabelecer em sua barriga. Ele enterrou o rosto contra seu pescoço, seus dentes raspandosuavemente, seus
lábios deslizando sobre o pulsar enquanto suas mãos em concha estavam no suave peso de seusseios.
— O que você está pensando?
— Que você é muito bom em me convencer com sua
voz. Você fala e eu faço quase qualquer coisa para agradá-lo.
— Será que é a minha voz, ou por causa da maneira
como você se sente sobre mim?
Havia decepção em seu tom? Magoa? Seu estômago
deu um nó em protesto. Ela inclinou a cabeça para trás
contra seu peito, deixando-o levantar os seios, as pontas de seus polegares roçando carícias sobreos mamilos.
Parecia haver uma linha direta de seus mamilos para seu
sexo, porque cada roçar enviava dardos de fogo cruzando
seu corpo, escaldantes em suas veias para que o sangue
acumulado fervesse. Ele poderia fazer isso tão facilmente.
— Eu acredito que é por causa da maneira que eu me
sinto por você. Eu gosto de fazer você feliz. Você sempre consegue me fazer feliz e eu gosto dedar isso de volta
para você. Era mais do que isso. Ela adorava retribuir a ele. Ela sabia que era um prazer. Estavanela dar e ela
estava perfeitamente bem com quem ela era. Esse traço a
fez muito, muito boa em seu trabalho. Ela esperava que isso fizesse dela uma excelente parceiratambém. — Mas
sou suscetível à sua voz.
Ela virou-se em seus braços para olhar para ele. —
Diga-me o resto. É muito intrigante. —Ela não tinha ideia de onde ele estava indo com isso. Elaainda não acreditava, nem por um momento, que sua família ajudava
a polícia em suas investigações. Ela tinha visto interações entre os Ferraro e os detetives. Erauma aliança muito desconfortável.
Ele hesitou e então pressionou sua testa na dela, olhando em seus olhos. — Depois de saber estainformação, você está totalmente amarrada a mim. Nós
não temos divórcio. Nunca. Não é feito, não sem repercussões graves para nós dois. Entenda,Grace.
Ela não podia ver como conseguiria entender a menos
que ele dissesse a ela, mas não tinha planos de fugir dele, então ela concordou. Vittorio deixoucair os braços e se endireitou abruptamente. Ele saiu para o pátio e olhou para as estrelas como sepudesse encontrar uma resposta
para saber se queria ou não confiar mais nela.
Abruptamente, ele se virou e a perseguiu quando ela se
afastou dele. Ele parecia um tigre prestes a atacar sua presa.
Vittorio pegou a mão dela e puxou-a de volta para a
cadeira. Ela sentou-se ao seu comando em silêncio e olhou para ele com expectativa.
— Quando todos tiverem absolutamente de acordo e
não houver margem possível de erro, os relatórios são entregues ao que é conhecido em nossafamília como um
cavaleiro. Um cavaleiro da sombra.
O jeito como ele disse isso, ou talvez fosse o próprio
título fez seu coração afundar, mas o que quer que fosse, ela de repente estava com medo.
— Há portais nas sombras. Alguma vez você já entrou
em uma sombra e percebeu que ninguém a notou lá? Isso
já aconteceu com você?
Ela tinha. Várias vezes. Havia uma sensação
estranha, que ela não ligava, como se seu corpo tivesse
sido arrancado, o peito voasse para longe dela e seu corpo se espalhasse em moléculas ao longodas sombras.
Era apenas uma sensação estranha que ela não podia explicar, mas cada vez que isso acontecia,outros
passavam por ela e não percebiam que ela estava ali.
Uma vez, Haydon quase esbarrou nela.
Ela umedeceu os lábios e balançou a cabeça lentamente, porque ele estava esperando por umaresposta. Ela sempre lhe respondia com sinceridade. Esse era o acordo. Haveria honestidadeentre eles, mesmo que
fosse difícil. — Aconteceu. Mas eu não sei o que você
quer dizer com um portal.
— Referimo-nos aos tubos como portais porque a própria sombra pode nos transferir de umlugar para outro.
Automaticamente, Grace balançou a cabeça. — Isso
não é cientificamente possível.
— No entanto, nós fizemos isso. Eu posso entrar em
uma sombra e ir de uma extremidade da casa para a outra. Meu irmão Giovanni foi baleado e temuma placa,
pinos e parafusos, assim como você tem em seu ombro.
Por causa da placa, ele não pode andar nas sombras, por
isso ele dirige um carro quando ele vem aqui. Os outros
não querem que ninguém, especialmente Haydon, saiba
que eles deixaram suas casas, assim usam as sombras. É
necessário fazê-lo pensar, se ele estiver assistindo, que todos nós estamos vivendo normalmente.
Ela olhou para ele, tentando mudar o que ele disse, ou mudar sua compreensão. Ela só não podiater ouvido corretamente. — Você está me dizendo que você e sua
família são capazes de mover-se por esta casa, de um
lado para o outro, usando uma sombra? Não andando na
sombra, mas entrando, sem poder ser visto e sai em outra sala.
— Está correto. Fomos treinados a partir do momento
em que fizemos dois anos de idade. Não é fácil. A força da energia parece como um ímã fortepuxando o corpo. Você
realmente se sente como se você estivesse voando. Pele,
ossos, sangue, suas próprias células. Não é uma sensação agradável.
Ela sentia aquela sensação exata. — Você pode realmente fazer isso?
Ele balançou a cabeça lentamente. — Eu sei que parece loucura, mas eu faço isso o tempo todo.Eu posso
entrar nessa sombra junto à lareira. —Ele indicou a que
dançava na parede e ir para o outro lado da sala. — Uma
vez que eu faça, ela vai me levar pela porta onde se funde com a luz.
Ela sabia que ele ia demonstrar e ela não tinha certeza de como se sentia sobre isso. Se elerealmente
pudesse fazê-lo, era a coisa mais legal do mundo e ela
queria ser capaz de fazê-lo. — Se é verdade e você puder me ensinar, talvez eu possa realmenteobter evidências
sobre Haydon, o suficiente para a polícia prendê-lo e condená-lo.
— Um homem como Haydon Phillips não vai ficar na
prisão e você sabe disso, Grace, —Vittorio disse gentilmente. — Ele é bom demais no que faz. Ohomem
pode ser qualquer um e é escorregadio. Eu li os relatórios sobre ele, e nós temos praticamentetudo o que é possível sobre ele desde o momento em que ele foi colocado em
um lar adotivo até que ele atirou em você.
Ela olhou para ele, a luz do fogo dançando em seu
rosto. Quando ela olhou para baixo, ficou surpresa ao ver as sombras cintilando em seus seiosnus. Ela quase esqueceu que não estava usando muito roupas. — Ele disse que seus pais oamavam, mas eram pobres demais
para mantê-lo.
— Ele mentiu para você. Você sabe que ele mentiu
para você, porque você ouviu essas mentiras, Cara mia36.
36 minha querida, em italiano
Ela se encolheu com a gentileza em sua voz. Ela tinha ouvido as mentiras, mesmo quandocriança, mas algo sempre a impediu de desafiar Haydon, mesmo naquela época. Ela o defendeuna primeira vez que o pai adotivo o espancou.
Ele ficou chocado, mas depois disso, ele parecia genuinamente tentar protegê-la. Por um tempo,ela pensou nele como sua única família. Isso não durou muito tempo.
— Você nos investigou? Nós dois?
— É assim que funciona. Eu não dou a mínima para o
que foi encontrado de você, Grace. Você era minha, não
importa o que, eu deixei isso bem claro.
— Mesmo para sua mãe.
— Especialmente para Eloisa. Você é capaz de ter filhos que podem montar sombras. Isso é doque ela estava falando. Isso é o que é importante para ela. Quero as crianças, mas se nãopudermos tê-las, teremos uma
boa vida sem elas.
Sua voz soou com a verdade. Ela estudou seu rosto.
Ele ainda estava desconfiado. Ela podia ver isso em seus olhos. Ele não tinha dito nada paracolocar esse olhar em
seu rosto. Ele teve, por diversas vezes, reiterado que, se ela soubesse o que ele fazia, o que suafamília fazia, não havia como voltar atrás, as consequências para ambos seriam terríveis, pelomenos foi assim que ela interpretou o que ele disse.
— Você vai me mostrar? —Ela o convidou porquê de
repente estava certa de que ele estava dizendo a verdade absoluta, mas o que ele não tinharevelado ia sacudi-la.
Ela estava certa disso.
Sem esperar, Vittorio entrou na maior sombra. Porque
eles estavam conectados através de suas sombras, ela
sentiu o choque. A sensação de voar. Vittorio desapareceu completamente e reapareceu no pátio.
Grace encontrou-se sorrindo e, em seguida, rindo. —
Isso é tão legal, Vittorio. Eu gostaria de ter sabido como fazer isso. Eu poderia ter ficado longede Haydon e realmente vivido a minha vida. Eu amo que você possa
fazer isso. Que nossos filhos sejam capazes de fazê-lo.
Ele entrou, o olhar desconfiado ainda no rosto. — Esta
não é uma vida fácil, Bella.
Ela ouviu o aviso e se forçou a ouvir tudo. — Depois
de conseguir os relatórios dos investigadores, Vittorio, e
todos concluírem que o peticionário não está mentindo, por que eles mandam os resultados parao cavaleiro da
sombra?
— Um cavaleiro da sombra é considerado a pessoa
mais importante na família. Quando digo família, estou falando de família extensa. Todas asempresas, os bancos, os joalheiros, os hotéis e casinos são todos gerenciados por Ferraros.Temos família espalhada ao longo de vários estados. Há uma razão para isso.
Cavaleiros são considerados tão importantes que, embora
eles sejam treinados em todas as modalidades de autodefesa, eles devem ter guarda-costas comeles quando se movem em torno de uma cidade.
— E você é um cavaleiro. Stefano e Ricco, todos os
seus irmãos e Emmanuelle. É por isso que todos têm guarda-costas.
Ele balançou a cabeça e caiu no chão a seus pés,
empurrando suas pernas para se sentar entre elas. A mão
dele se moveu por sua perna direita lentamente, seu tornozelo, panturrilha, e depois acariciou aparte de trás do seu joelho para deslizar para cima sua coxa.
Ela engasgou com as sensações derramando dentro dela. Ela não queria perder o controle do queeles estavam discutindo, e ela sabia que ele podia facilmente desviar a atenção dela. — Você nãopode me distrair, Vittorio. Você ainda tem alguma revelação que você não
quer me dizer, e você precisa acabar com isso. —Ela olhou para seu rosto. Tão lindo. Não eraapenas suas belas feições, muito másculo, era a maneira como ele era por dentro. — Eu estouapaixonada por você. Não há nada que você possa me dizer que vá mudar isso.
Os olhos dele encontraram os dela em uma espécie
de desafio cauteloso. — E se eu lhe disser que um cavaleiro da sombra é essencialmente umassassino?
Capítulo 16
Vittorio amaldiçoou sob sua respiração, tanto em Italiano quanto em Inglês. Só um completoidiota para deixar escapar a porra da verdade quando, até agora, tinha sido
cuidadoso, escolhido cada palavra para que ela pudesse entender. Ele poderia ter dito que umcavaleiro de sombra administrava justiça, mas não, ele tinha que explodir e chamar-se do querealmente era. Ele matava pessoas.
Não havia como fugir disto. Os primos de Nova York ou
Los Angeles chamavam-no e ele fazia o seu dever. Ele
matava um criminoso que a lei não podia tocar.
Ele não tirou os olhos de seu rosto. Ela continuou olhando para ele sem pestanejar, seus olhosverdes arregalados, parecendo tão chocados que ele queria beijar seu rosto. Seu cabelo vermelhocaiu do nó confuso que
ela gostava de usar no banho ou na banheira de hidromassagem. Seus seios subiam e desciam,traindo sua agitação. Finalmente, ela balançou a cabeça.
— Isso não pode ser verdade, Vittorio. Eu não acredito
em você.
— Por que você não acredita em mim? Você acreditou
em tudo o que eu disse a você e você pode ouvir mentiras. Eu soo como se estivesse mentindo?—Ele fez o
seu melhor para não soar amargo.
Ele tinha aceitado sua vida. Ele nasceu um cavaleiro.
Ele era um maldito bom cavaleiro e mais, ele era bom em
seu trabalho. Ele era rápido, e dispensava justiça sem dor para o criminoso, mesmo que sentisseque ele merecia.
Ele sempre foi capaz de manter suas emoções sob controle. Às vezes, as coisas que ele lia nosrelatórios ou via em pessoa lhe davam pesadelos, mas o que ele fazia,
não faria a menos que ele estivesse absolutamente certo
o criminoso tinha cometido os crimes. Ainda assim, podia se sentir amargura quando sua vidainteira era de dever e a única coisa que já tinha pedido para si podia ir embora e levar tudo comela.
Ela respirou fundo e balançou a cabeça uma segunda
vez. — Querido, você precisa ir um pouco mais devagar.
Você pulou algo e eu não estou computando o que você
está dizendo. Eu conheço o seu coração e não estou errada. Eu não posso estar errada. Eu lhe deia minha
confiança absoluta. Eu me coloquei em suas mãos. Eu tenho que acreditar em você. —Ele aabalou. Abalou sua
fé em si mesma. Abalou sua fé nele, mas ela estava determinada a continuar, para ver atravésdisso.
Ele esfregou a perna dela porque ele tinha que tocá-
la. Tinha que ficar conectado. — Você está certa, vita mia.
Eu saltei para a frente. Eu estou arriscando tudo lhe contando sobre a minha família. Pelaprimeira vez que me
lembro, estou fodendo tudo quando preciso explicar com muito cuidado para você.
Ela se inclinou para ele. — Comece de novo com os
cavaleiros das sombras. Você recebe um relatório que diz que Haydon Phillips é absolutamenteum serial killer. O
que você faz?
— O relatório é dado a Stefano. Ele é o chefe da família.
— Não Eloisa?
Ele balançou sua cabeça. — Ela foi substituída por
Stefano a anos atrás. Ela é difícil. Como cavaleiro, você tem que ter fé absoluta no cabeça dafamília. Ele tem a
última palavra em tudo. Cada coisa. Todos nós nos reportamos a Stefano, o que significa que elecarrega um fardo enorme. Ele é responsável pela nossa segurança.
Pela nossa reputação. Ele tem que ter absoluta certeza
que esses relatórios estão corretos e, de fato, a investigação continua, mesmo depois que orelatório é dado aos cavaleiros de sombra.
Vittorio continuou acariciando sua perna. Sua pele era
suave. Ela nem uma vez afastou-se dele e ele precisava
dela naquele momento. Ele precisava de sua aceitação a
ele, apesar da verdade que ele deixou escapar como um louco. Seus dedos dançaram pela pernaaté a pequena
tira de couro cobrindo seu sexo. Ele acariciou os cachos vermelhos apertados entre o fio atadoque mantinha a pequena faixa no lugar enquanto sua mente procurava as
palavras certas.
— Eu amo você, Grace. —Ele havia mostrado a ela.
Ele insinuou. Ele não estava certo de ter dito as palavras para ela, mas sabia que quis dizer isso.Ele esperava que ela também soubesse disso. Ele tocava-a com amor. Ele
olhava para ela com amor, ele sabia por que cada vez que ele a via, seu coração derretia, ouapertava ou simplesmente doía de amor por ela.
Seus olhos verdes permaneceram absolutamente
firmes em seu rosto. — Eu também te amo. Eu o faço. Eu
sei que faço, mas temos que falar sobre isso. Eu quero
abrandar e voltar para Eloisa. Eu não sou uma feminista
extrema, mas eu acredito em igualdade, e se Eloisa é sua mãe, não importa quão difícil, ela aindaé a cabeça de sua família, não?
A reação instintiva era a negação instantânea, mas ele
estava acostumado a tomar seu tempo antes de reagir, e
ele percebeu que ela achou que Eloisa não estava no comando dos cavaleiros, porque era umamulher. Ele balançou a cabeça. — Uma mulher pode facilmente manter a posição de chefe deuma família de cavaleiros,
mas para estar nessa posição, tem que ter compaixão e
sabedoria. Eloisa é tudo dever. Nossas vidas são de dever. Não importa se estamos doentes oufracos, ou não
queremos. Ela espera que todos os cavaleiros aceitem seu peso não importa o que estáacontecendo em sua vida.
Vittorio continuou a acariciar sua coxa suavemente, percebendo que, pela primeira vez em suavida, ele precisava da conexão com uma mulher. Ele nunca tinha
sentido uma necessidade beirando o desespero até que
enfrentou a perda de Grace. Ele sempre teve sua família, seus irmãos e irmã, e eles tinhamformado uma unidade
forte, quando era mais jovem, ele não tinha pensado que
poderia precisar qualquer outra pessoa. A solidão ensinou-lhe o contrário. Grace tinhapreenchido todos os lugares solitários, substituindo-os com risos e conversa.
Ela tinha dado a ele o propósito de que precisava em sua casa para manter o equilíbrio em ummundo de dever gritante.
— Eu tinha um irmão mais novo, Ettore, nascido apenas onze meses após Emmanuelle. Ele teve
problemas respiratórios quando nasceu, e os problemas
pioraram à medida que crescia. Ele sempre foi mais fraco, embora ele tentasse duramente seguiros ditames de nosso regime de treinamento. Todos nós começamos a
instrução aos dois anos. Tudo é sobre o treinamento a partir desse ponto. Para Ettore, tornou-se
um pesadelo escutar gritos e ser incapaz de fazer algo tão simples como respirar. Quanto piorseus problemas respiratórios
tornavam-se, mais era exigido dele para torná-lo mais forte. Não importava o que o resto de nósdissesse, ou
fizesse, era esperado que ele conseguisse.
Ele não percebeu que seus dedos se fecharam em
torno da coxa dela como um torno. Ela não estremeceu,
nem mesmo quando ele apertou sua perna. Ele a soltou
no instante em que percebeu o que estava fazendo. —
Sinto muito, mio amore, eu tenho um tempo difícil quando se trata dessas memórias. Todos nóso fazemos.
Os dedos dela passaram através do cabelo dele, seu
suave toque. — Você não me machucou.
Ele era um homem muito forte. Ele esperava que ela dissesse era verdade e ele esfregou asmarcas deixadas
em sua pele. — A vida de Ettore era um pesadelo. Nada
do que ele fazia era bom o suficiente. Nós tentamos protegê-lo, mas ele tinha que ser perfeito emtodas as coisas. Sempre. Se você ficava abaixo dos elevados padrões de Eloisa, sua vida era uminferno. Ettore viveu no inferno.
— E quanto ao seu pai? Ele não poderia impedi-la?
— Phillip não poderia se importar menos sobre qualquer um de nós. Ele não era um cavaleiro,não no
sentido de quem dispensava justiça. Ele não foi treinado.
Foi um casamento arranjado e os dois mal se falavam. Ele certamente não se preocupava com agente, e nunca teria
ido contra Eloisa na nossa formação como cavaleiros.
Stefano cuidou de nós. Ele não era muito mais velho, mas ele ainda atuou como nosso pai e mãe.
— Isso explica muito sobre ele, —Grace murmurou.
— Stefano tentou dizer a Eloisa que Ettore não poderia ser um cavaleiro, que seu corpo não iria
aguentar o castigo. Você pode ser rasgado e pode ser muito difícil para um cavaleiro, mas Eloisainsistiu. Nenhuma criança
dela se atreveria a ser menos do que perfeito. Ela o enviou para as sombras quando ele tinhaacabado de completar dezesseis anos. Stefano não estava lá para detê-la.
Ele fechou os olhos, as memórias daquele dia terrível
sobre ele. Sufocando-o. Ele virou a cabeça longe dela, não querendo que ela visse que a perda deEttore ainda
era uma ferida aberta que nunca iria ser curada, não importa quanto tempo passasse. — Stefanotrouxe o corpo para fora e nós o enterramos, mas ele assumiu a
chefia da família de cavaleiros. Ele sempre foi um pai para nós, e todos nós perdemos a fé naliderança de Eloisa. Ela estava tão determinada a mostrar para as outras famílias de cavaleirosque éramos perfeitos que ela arriscou a vida de Ettore.
— Eu sinto muito, —Grace murmurou. — Eu
realmente sinto. Eu entendo a dinâmica de sua família muito melhor. Mesmo depois de ver vocêfazê-lo, é difícil acreditar que alguém possa usar as sombras para ir de
um lugar para outro. É mais fácil acreditar que não há realmente uma maneira de se moveratravés das sombras
quando eu o ouço falar. É claramente um modo de vida
para você e há obviamente outras famílias além de vocês que são capazes.
— Mariko é do Japão. Sua família, do lado de seu pai,
eram cavaleiros lendários. Todos eles se foram agora, mas ela é uma cavaleira forte.
A dor do aperto estava diminuindo e ele se virou para
ela. — Eu sei que Eloisa é dura e pode ser tão fria quanto gelo. Ela destrói as pessoas e deve tê-lo feito quando você tentou trabalhar com ela, mas ela salva seu melhor
trabalho para nós.
A mão dela segurou o rosto dele e ela se inclinou. Ele
a beijou. Sua boca era tudo que ele precisava. Quente e
selvagem. Tentadora. Aquele gosto indescritível e incrível em que ele era viciado. Ela otransportou
instantaneamente para um mundo de sensações, de sentimentos, cada célula de seu corpo viva.
Eletricidade correndo entre eles, pequenos estalos contra sua pele, espalhando chamas sobre ele.Imagens escuras e eróticas
encheram sua mente quando um gosto escuro encheu sua
boca. Calor se espalhou por todo o corpo, fogo queimando pela espinha e rugindo como uminferno em sua barriga.
Ela continuou com seu rosto delicadamente nas mãos.
Ele simplesmente puxou-a da cadeira para o chão com
ele, beijando-a mais e mais. Ela era ... salvação. Tudo bom. Ela acendia um quarto como elaacendeu sua vida.
Grace fez o que sempre fazia quando ele a beijava,
ela se entregou a ele. Rendeu-se completamente. As mãos dele se moviam sobre seu corpo,reivindicando todos os lugares em que ele tocava e ela arqueou as costas, dando-lhe pleno acessoa qualquer parte que ele
quisesse. Ela tirou a tristeza e raiva, substituindo-as por aceitação e amor.
Vittorio beijou o caminho de sua garganta até seu seio
antes de levantar a cabeça. — Eu não sei o que eu faria
sem você.
Grace abraçou-o como a gatinha que muitas vezes ele
a chamou. Ele adorava quando ela fazia isso, quando ela
ficava perto dele.
— Conte-me o que acontece quando Stefano recebe o
relatório sobre o criminoso e os peticionários, —ela insistiu.
Ele sabia que era importante ela saber todos os detalhes. Ela tinha que aceitar o seu modo devida, ou ele
teria que desistir dela. Suas sombras já estavam emaranhadas, tanto que ele sabia que se ela nãoo aceitasse e elas tivessem que se desembaraçar, ele nunca seria um cavaleiro de novo. Ela não selembraria
dele ou seu relacionamento. Este era o momento mais perigoso de todos para ele, mas Vittoriosabia que não
tinha escolha. Ele manteve os braços em volta dela, segurando-a com ele, como se ele pudessemantê-la fisicamente.
— Stefano iria mandar os relatórios para nossos primos em Nova York ou em Los Angeles. Nósnão trabalhamos em nossas próprias cidades como regra. Não
pode haver laços com nossa família. Isso é para a proteção de todos. Obviamente, nem semprefunciona dessa maneira, mas em sua maior parte, nós temos o cuidado de nunca ter nenhumtoque pessoal nosso.
— Eu ainda realmente não entendo.
— Se nós fomos chamados para ir a Nova York, dois
de nós embarcam publicamente em nosso avião
particular. Um terceiro vai montar as sombras para que
não haja evidência de que ele ou ela deixou a cidade. Os dois à vista terão a certeza de que ospaparazzi tiram
várias fotos. Primos os encontram no aeroporto e os levam a algum clube onde eles festejamduro na frente
dos meios de comunicação. Mais fotos. Fotos com os primos são tiradas.
— Vocês criam álibis. —Grace esfregou o rosto em
seu peito e, em seguida, pressionou o ouvido em seu coração. — É por isso que você está semprenos tabloides, você quer ter certeza de que você é visto.
— Exatamente. Ninguém jamais suspeita de nós e se
eles o fazem, estamos em plena vista. Nada a esconder.
Funciona muito bem.
Grace ficou em silêncio por um tempo muito longo, olhando para a lareira. Ela inclinou-se contrao peito dele, a cabeça apoiada sobre os músculos pesados lá, a seda
de seu cabelo deslizando sobre a pele dele. Era impossível para seu pênis não reagir a ela quandoele já estava nu, e ela estava em couro e rendas. Suas nádegas
estavam nuas e sua ereção imediatamente encontrou o
vinco entre suas bochechas, aninhando-se lá, enquanto seus braços a rodeavam, com as mãos sobos seios.
— Se eu tivesse vindo a você sobre Haydon, o que
aconteceria com ele?
— Uma vez que tivéssemos verificado que ele era na verdade um serial kil er, que a lei não podiatocá-lo e o encontrássemos, um cavaleiro de Nova York ou de Los
Angeles iria montar as sombras para onde ele estivesse.
Ele nunca iria ver o cavaleiro, ou mesmo saber que ele
esteve lá. Os cavaleiros usam uma técnica, quebram o pescoço de forma limpa, para que não hajasofrimento. É
por isso que é importante não permitir que seja pessoal, se possível. Você sempre quer que avisita seja sobre justiça, não vingança.
Seu coração batia forte. Este era o momento em que
ele poderia perdê-la. Ele estava muito consciente de sua imobilidade. Ela não se moveu. As mãosdele estavam em
concha em seus seios e ainda assim ele mal era capaz de
sentir a ascensão e queda do peso macio. Ele não disse
uma palavra. Ainda não. Ela precisava pensar sobre o que ele tinha dito. Pesá-lo em sua mente.Tomar sua decisão.
Se fosse contra ele, se ela o comparasse com Haydon, e
era muito possível, ele iria tentar se defender.
Ele fechou os olhos, apoiou o queixo no topo de seu
cabelo e respirou uniformemente para manter-se centrado.
Ele estava pedindo muito de Grace. Toda vez que ele se
virava, ele estava pedindo um pouco mais dela, quando
seu relacionamento era tão novo. Ele não tinha escolha, ou ele teria esperado, mas ela não podiase casar com ele e estar totalmente na família até que ela aceitasse o que ele era. Ele não poderiamudar o fato de que ele tinha
nascido um cavaleiro. Pior ainda, se ela o aceitasse e concordasse em se casar com ele, ele aindateria que lhe dizer que seus filhos seriam treinados como cavaleiros.
Ele não iria culpá-la se ela não quisesse essa vida para eles.
— Se eu soubesse sobre sua família e a possibilidade
de pará-lo, eu poderia ter sido capaz de salvar vidas.
A voz dela quebrou seu coração. Ele apertou os braços em volta dela, embora não pudesse evitara onda
de alívio fluindo dele. — Grace, você não sabia sobre nós e você não é de nenhuma maneiraresponsável por qualquer vida que Haydon Phillips tomou. Você fez o seu
melhor para proteger aqueles ao seu redor, tanto que você sacrificou sua própria qualidade devida. —Ele roçou beijos em seu cabelo e sobre sua têmpora.
— Eu não sei se é errado ou não, —ela meditou. —
Fazer a justiça com as próprias mãos é considerado um
trabalho de vigilante, mas ... —ela parou. — Eu
honestamente não sei se é errado. Mesmo que a polícia suspeite de Haydon, como elesencontrarão a prova? Ele
é tão inteligente e pode ser qualquer um. Ele joga seus
papéis muito bem. Para encontrá-lo, onde você começaria? Eu tentei questioná-lo sobre as partesda cidade ou lojas de café, ou apenas alguma coisa para me
dar uma ideia de onde ele pudesse estar, mas eu nunca
tinha sequer cheguei perto. Ele tem mais de uma casa
para viver, com mais de uma família. É assustador e eu
me preocupo com as crianças dessas casas o tempo todo.
— Será que ele sempre escolhe uma casa com crianças?
— Sim. Se há um adolescente, eu realmente me preocupo. Coisas simples podem desencadearsua raiva.
Dwayne Mueller, o filho biológico dos pais adotivos que
eram horríveis, foi usado para fazer coisas terríveis para nós. Se um menino lembrar Dwayne dequalquer forma,
eu sei que Haydon vai retaliar contra ele. O menino pode simplesmente entrar em uma briga comseu irmão como
fazem as crianças.
Vittorio sentiu o arrepio que a percorreu e ele a aninhou em seu pescoço e ombro em um esforço
para
confortá-la.
— Eu não ficaria horrorizada ao saber que Haydon está morto. Eu poderia ficar horrorizada aosaber que você foi a pessoa que o matou.
Ele fechou os olhos. — Por quê?
— Eu não gosto da ideia de você fazer coisas perigosas, e claramente montar sombras é muitoperigoso
e arriscado. E você tem que viver com o que faz. Matar
outro ser humano não pode ser fácil, seja pessoal ou não.
Ele poderia dizer por seu tom que ela ainda estava
analisando as coisas em sua mente. Tentando decidir se o que ele fazia era certo ou errado. Elepoderia dizer-lhe que não havia resposta para isso, mas ela teria que chegar a essa conclusão porconta própria. Ao menos ela não estava condenando-o totalmente. Ela não o tinha comparado aHaydon o que era o seu maior medo.
Ela estendeu a mão para trás dela para coloca-la ao
redor do pescoço dele. — Você me assusta um pouco,
Vittorio. Você leva uma vida dura que ninguém conhece.
As pessoas pensam coisas de você que não são verdadeiras e são um insulto.
— As opiniões das pessoas sobre mim não me incomodam. Nós fomos criados desde cedo parasaber que nossas vidas não eram inteiramente nossas. Nós pertencemos à família. Cem anosatrás, nossa família foi quase exterminada e os que restaram tiveram que se dispersar, deixar seupaís para sobreviver. Nós nunca temos todos os cavaleiros em um lugar abertamente.
Temos que ter certeza de que alguém será capaz de vingar nossas mortes se algum inimigodecidir tentar nos exterminar novamente. Somos ensinados que é nosso dever e aceitamos aresponsabilidade.
Ela virou a cabeça para olhar para ele por cima do
ombro. Seu rosto era suave de amor. Havia admiração e
respeito em seus olhos. Seu coração se apertou com força no peito e seu estômago deu um rololento. Seu pênis
empurrou duro, dolorido e gotejando de necessidade.
Cuidadoso com o ombro dela, ele saiu debaixo dela, colocando-a no tapete grosso em frente àlareira.
— Fique comigo, Grace. Seja minha. Meu tudo. Tudo.
—Ele deslizou a mão de sua garganta, entre os seios, por
sua barriga para seus cachos de fogo. — Eu não quero mais ficar sozinho e você é minha única.Meu tudo. Diga-me sim.
Ele abaixou a cabeça e tomou sua boca com força.
Ele jogou o suave ao vento. Ele não se sentia gentil. Ele sabia que tinha ganhado. Ele sabia.Grace era muito compassiva para não se dar a ele. Ela já estava amando
ele. Ela nunca iria abandoná-lo, não quando ela sabia que ele estava sozinho. Não quando elasabia que sua mãe e
seu pai tinham sido frios e insensíveis. Ou que ele tinha perdido um irmão amado muito maisjovem. Grace nunca
conseguiria deixá-lo.
Ele saboreou o triunfo de sua rendição. Calor correu
em suas veias e vibrou em uma bola de fogo em sua barriga. Ele tomou tudo o que ela ofereceu eexigiu mais.
Ela deu-lhe mais, sua língua duelou com a dele, suas chamas misturaram com as dele até que osdois ficaram
tão quentes que ele temia iniciar um incêndio ali mesmo
na sala de estar.
Ele beijou-a no queixo e, em seguida, estendeu a mão
para a fivela atrás de seu pescoço, desatando-a lentamente, seu olhar possessivamente sobre seurosto.
— Você é tão bonita, gattina, você é um maldito milagre.
—Ele se inclinou para beliscar o queixo com os dentes,
sua língua aliviando a dor quando seus olhos se arregalaram. — Você não me respondeu.
A língua dela umedeceu os lábios, deixando-os brilhando à luz do fogo enquanto ele puxava asalças de
seu pescoço.
— Eu não tenho certeza sobre o que pensar, Vittorio.
Ela tinha uma expressão adorável no rosto, então ele
a beijou do jeito que ele sempre quis. Quando ele a deixou pegar um ar, ela parecia confusa.Ligeiramente atordoada.
Totalmente sua. Ela podia não ter dito ainda, mas sua rendição completa estava em seu rosto. Elepuxou-a suavemente para uma posição sentada e estendeu a mão
para desafivelar o espartilho. Apenas duas fivelas o seguravam no lugar e ele não precisou olharpara soltá-
las, seus dedos se ajustando ao metal. Soltando a roupa
de couro, ele puxou até que se foi e então ele a colocou de volta no tapete.
— Diga que você vai ficar comigo, Grace. Dê-me sua
palavra. —Ele murmurou a demanda contra seu seio direito e então ele a estava devorandoenquanto sua mão
trabalhava em o seio esquerdo. Enquanto sua boca era áspera, usando dentes e língua, bem comosugando fortemente, seus dedos eram gentis. Quando seus dedos
rolavam, puxavam e beliscavam o mamilo ou
massageavam seu seio, sua boca ficava suave. Ele mudava o ritmo, então ela não conseguia seacostumar
com as sensações. Seus pés estavam no chão, os joelhos
para cima, os quadris balançando loucamente.
— Vittorio. —Só o seu nome. Um suspiro.
— Diga, bella. Diga que você pertence a mim e você sempre será. Torne-o um voto sagrado,então eu saberei
que você nunca vai quebrá-lo.
Ele beijou o vale entre os seios, a sombra pesada sobre sua mandíbula deixando um rastro devermelho como se irritasse a pele sensível. Ele virou a cabeça, beliscando e depois lambendocom a língua, seguindo as
curvas da parte inferior dos seus seios para aumentar suas marcas de posse.
— Eu não posso pensar quando você está fazendo
isso.
— Fazendo o quê? —Ele beijou seu caminho para seu
intrigante pequeno umbigo, girando a língua, e, em
seguida, afagando cada polegada de sua barriga e caixa torácica. Ele esfregou o maxilar inferior,marcando sua pele, e, em seguida, usou os dentes, pequenos beliscões
que a faziam lisa de necessidade. — Você não está falando comigo, e eu preciso ouvir palavras.
Sua respiração estava ofegante. Seu pênis estava no
auge. Levou apenas alguns momentos para abrir os cordões de sua tira de couro e arrastá-la parafora dela, deixando seu corpo completamente nu. Vittorio trouxe a
palma da mão mais uma vez de sua garganta até a junção
entre as pernas. — Você é quente como o inferno, mulher.
Tão bonita assim.
Vê-la necessitada e com tanta fome por ele era erótico
além de qualquer outra coisa. Quando seu pênis estava
na boca dela, ela tinha o mesmo olhar. Adoração. Amor.
Fome. Ela era pecaminosamente sensual. Moveu-se para
ela, pegou suas pernas por trás dos joelhos e empurrou
para a frente para que elas estivessem quase em seus
ouvidos, expondo-a inteiramente a ele.
— Eu gostaria que você pudesse ver a si mesma agora. —Ele abaixou a cabeça e passou a línguaatravés
de suas dobras molhadas, recolhendo o néctar em ele era tão viciado.
Seu corpo estremeceu, e ela engasgou. Ele levantou a
cabeça. — Eu não ouvi o que eu quero ouvir.
— Eu não consigo pensar direito. Você está tornando
difícil.
Ele sorriu maliciosamente para ela e inclinou a cabeça
novamente. Um gemido escapou dela, e ele sentiu os músculos de sua barriga ondularem sob amão espalmada. Sorrindo, ele atacou, sugando, tirando o que
ele desejava e então quando ela gritou, achatando sua língua e acariciando até que ela estavaquase chorando.
Ele mudou de tática e brincou com o clitóris duro com sua língua até que ela estava perto deexplodir. Ele se afastou, enxugando o rosto sobre o interior de suas coxas.
— Vittorio. —Ela gemeu seu nome.
— Eu estou ouvindo, mia vita. Ele soprou sobre seus cachos brilhantes e, em seguida, mais baixoainda.
— Você sabe que eu vou ficar.
— Você pode ter dito isso no passado, mas não havia nenhum voto. Eu não ouvi um voto. —Eleabaixou a cabeça e entregou-se de novo.
Ele amava o gosto dela, mas ele também adorava que
ela fosse tão sensível e receptiva a ele. Em poucos minutos ela estava ofegando o nome dele,seus dedos enrolando no cabelo dele, pedindo-lhe. Ele adorava a nota de desespero em sua voz.Ele nunca tinha brincado quando estava com uma mulher, mas Grace o fazia sentir
como se tivessem todo o tempo do mundo para se divertir.
Ela o fazia sentir como se desse-lhe liberdade para jogar.
Para provocá-la. Para desfrutar de cada polegada quadrada em seu corpo.
— Eu estou te amando, Grace. —Ele sussurrou para
ela contra sua barriga, incapaz de conter a verdade. O
sentimento era esmagador e tão grande que derramava
dele até que ele não tinha escolha a não ser dizer a ela. —
Eu nunca vou parar.
Ela ficou imóvel, seus quadris tranquilos, e seu olhar
aberto em seu rosto. — Eu não quero que você pare nunca, Vittorio. Não importa o quê, eu vouficar com você
durante o tempo que você me quiser. Vamos fazer isso juntos.
Ele se deixou olhar, enchendo-a e depois não conseguiu mais porque seus olhos estavamardendo. Ele
abaixou as pernas dela para o chão e se levantou sobre
ela para encontrar sua boca com a dele, compartilhando
seu gosto, meio esperando que ela se afastasse, mas ela
não o fez. Ela o beijou, aquela queimadura lenta que ele precisava dela, acendendo uma centenade explosões em
sua barriga, o tempo todo transmitindo amor absoluto.
— Eu quero você em suas mãos e joelhos, gattina.
Seus olhos procuraram os dele e, em seguida, moveu-
se, rolando obedientemente, o rosto para a lareira. Ele esfregou suas nádegas, amando aaparência dela. A mão
dele se estabeleceu na nuca dela, empurrando a cabeça
para o chão muito suavemente.
— Vou tomá-la duro e rápido. Vai ser duro. Você tem
que proteger o seu ombro, Grace, então abaixe-se e coloque o peso em seu ombro bom.
Ela virou a cabeça para olhar para ele, mas baixou a
parte superior do corpo mais até que ela estava descansando em seus cotovelos, seu ombro bom
tomando mais de seu peso. Ele esfregou sua bunda novamente, traçando o dedo ao longo dassuas bochechas e, em seguida, inclinando-se para beliscar com os dentes até que ela deu umpequeno grito e empurrou
de volta para sua mão.
Ajoelhou-se atrás dela, seu pesado pau na mão. Ele
não ia durar tanto quanto queria. Não com a luz do fogo
tocando seu corpo do jeito que estava. Não com ela ajoelhada, apresentando-se a ele do jeito queele queria.
Ele pressionou a cabeça grossa e larga de seu pênis no
calor escaldante que esperava por ele. Ela engasgou e ele olhou para o rosto dela.
Ela estava olhando para ele com seus olhos verdes,
os longos cílios enquadrando-os. Aquele olhar que ele nunca se cansaria, aquele que lhe diziaque ela definitivamente pertencia a ele. Observando o rosto dela, ele entrou em casa, através desuas dobras apertadas para enterrar-se o mais profundamente possível. Um raio
de fogo ameaçou engolir seu pau quando a vagina se fechou em torno dele, recebendo-o esegurando-o apertado o suficiente para estrangulá-lo.
O ar saiu apressado de seus pulmões. Ele ouviu um pequeno grito agudo, abruptamente cortadoquando ela engasgou ao respirar. Ele pegou seus quadris com as mãos e começou a se mover.Duro. Rápido. Assim como
tinha prometido a ela. Cada vez mais profundo. O calor
era escaldante. O canal dela estava tão apertado que ele não tinha certeza se estava sentindoprazer ou dor. Não
importava, porque a combinação era perfeita. Ele não podia parar. Ele queria viver ali, com ofogo queimando-o.
Era bom demais. Ele sabia disso enquanto resolveu
prolongar seu tempo dentro dela. Cada pedacinho de sua
disciplina pareceu voar pelas portas abertas para a noite enquanto ele batia nela repetidamente,montando-a com
força, não querendo que terminasse. Ele sentiu os músculos dela se apertarem e então a bainhadela estava
ondulando ao redor dele.
— Não. —Ele gemeu, sabendo que ela iria levá-lo com ela. Ele estava muito perto. Não haviacomo voltar.
A respiração escapou dela e a onda se tornou maior e
mais forte, varrendo-o, derramando ao redor dele até que seu corpo virou um torno. Elaqueimava em um punho de
seda que se recusava a deixá-lo apenas o apertava mais,
tanto que ele sentiu a cada batida do coração em seu pênis. O sangue trovejava em seus ouvidos.Rugia em suas veias. Rolava na barriga e se centrava em sua virilha para que a sua liberaçãocomeçasse em seus dedos do
pé e corresse para cima, consumindo-o. Destruindo-o.
Matando-o. Ele sentia cada empurrão selvagem de seu pênis em sintonia com a fixação rítmicado canal escaldante em torno dele. Mais e mais, jatos quentes espirravam, revestindo-a,provocando choques mais pesados.
A explosão consumiu tudo, envolvendo os dois, enviando-os alto. Ele segurou-a com força, seupênis estremecendo, seu corpo tremendo, enquanto ela ondulava e pulsava ao redor dele. Osgritos dela eram um contraponto suave ao seu gutural e muito ofegante suspiro. Grace. Suamulher.
Ele teve a presença de espírito de baixar as pernas
dela para que ela estivesse deitada de barriga para baixo enquanto ele desmoronava sobre ela,ainda pulsando, ainda enterrado nela. Ela pegou o peso dele, embora não
houvesse maciez no chão embaixo do tapete. Seus pulmões se recusaram a respirar enquanto ocorpo dela
continuava a ordenhar seu pau. Prazer o inundou.
Instalou-se. Seu coração bateu muito alto. Muito rápido. O
caos reinou em seu cérebro. Seu mundo se estreitou a
essa mulher, seu corpo e o dela conectados, assim como
suas sombras. Compartilhando. Montando aquela onda de
pura paixão juntos.
A brisa da noite saiu do lago, passando pela porta de
vidro aberta para se jogar sobre seus corpos. Provocando suas nádegas e costas. Passeando sobrea cabeça para
despentear o cabelo dele.
Ela estava imóvel, sua vagina apertada ao redor dele.
Muito lentamente, seus pequenos músculos começaram a
relaxar o aperto de morte em torno de seu pênis. Ele não conseguia encontrar força para mover.Cada pequeno movimento de seu corpo enviava ondulações através de
ambos.
— Se você não fosse tão pesado, eu poderia dormir
aqui. —A voz dela saiu abafada e um pouco sem fôlego.
— Se eu fosse um cavalheiro, eu tentava me mover,
mas eu não sou. E eu não posso. —Ele usou o pouco ar
que restava em seus pulmões para se separar dela rolando, quando ele fez isso, para tirar seu pesode cima dela. Ela não estava pedindo, e não era exatamente uma
queixa, ele sabia que Grace teria deixando-o deitar em cima dela até que ela realmente nãopudesse tomar um
fôlego.
Ele rolou ao seu lado, olhando para o teto. — Você é
uma porra de um milagre, gattina. Ele não podia lhe dizer o suficiente. Era a verdade.
— Isso fomos nós dois, então eu teria que dizer que
você é o milagre. Eu não sei o que estou fazendo, lembra?
—Ela rolou de costas e deitou perto dele, suas coxas se
tocando. Seu cabelo vermelho parecia seda reluzente à
luz do fogo. Seu corpo estava coberto de um brilho fino, e cada respiração que ela dava era umatentação.
Ele jogou um braço sobre os olhos. Estava escuro, a
única luz vinha das chamas dançantes da lareira sobre
eles e da lua refletindo na superfície do lago.
— Não foi isso que eu quis dizer, Grace. —Ele se forçou a rolar de lado e sustentar a cabeça emuma das
mãos. — Você disse que ia ficar comigo, mesmo depois
de eu lhe disse o que minha família faz.
O olhar dela desviou para o lado, encontrando seus
olhos, mas ela não virou a cabeça. — Eu te amo. Eu acho
que você sabia que antes de me dizer. Você não tinha que
contar. Você poderia ter mantido isso em segredo. Não é como se muitas pessoas acreditassemque você pode viajar através de sombras. Eu ainda não entendi como.
— Eu não tive escolha. Ele não podia deixar de tocá-
la. Ele colocou a mão em seu estômago, bem em cima do
umbigo, onde ele esperava que seu filho estivesse aninhado algum dia. — Há consequências seas nossas
sombras se emaranharem demais. Passamos muito
tempo juntos e eu não seguro meus sentimentos. Eu nem
sequer tento. Ele fez a confissão um pouco apressado.
— Que consequências?
— Se nós rasgarmos nossas sombras, eu não seria
mais capaz de ser um cavaleiro. Eu nasci um cavaleiro e
eu treinei para isso toda a minha vida, é o que sou, seria a pior coisa que poderia acontecer paramim além de te perder. Você não se lembraria de que estávamos em um
relacionamento. Você pensaria que estávamos juntos, a
fim de que eu pudesse ajudá-la, porque você foi baleada
no estacionamento do nosso clube.
Ela ficou em silêncio. Ele estava acostumado a ela tomar seu tempo antes de sua resposta, masele estava
muito sintonizado com ela e a tensão nela subiu vários
graus. Ele regulou a respiração. Permaneceu consciente do ar entrando e saindo de seus pulmões.Ele manteve
sua energia baixa, não ameaçadora. Sem medo. Sem raiva. Só respirando. Ele manteve o mantraem sua cabeça. Ela disse que ficaria e Grace Murphy não era o
tipo de mulher que voltava atrás em sua palavra.
— Você leva uma vida difícil, Vittorio.
— Eu suponho que isso é verdade. É a única que eu
realmente conheço, então para mim ela não parece difícil.
Grace. Ele virou a cabeça dela para ele, deliberadamente, forçando-a olhar para ele. — Eu juropara você, você vai ser feliz comigo. Eu sou o mesmo homem pelo qual você
se apaixonou. Nós conversamos, lembra? Eu sei o que
você gosta, e você sabe quais as minhas preferências.
Nós encaixamos. Você vai ser feliz com minha família.
Eles vão recebê-la. Eloisa vai recuar. Ela atira em todos nós, mas ela também é muito leal.
— Eu não estou preocupada com Eloisa, Vittorio.
Estou preocupada com você.
Ele inclinou a cabeça para roçar um beijo em sua boca
só porque detectou um ligeiro tremor de seus lábios. — Eu sou muito bom no que faço.
— Você vive a vida na borda todo o tempo. Você caça e mata criminosos.
— Eu levo justiça quando ninguém mais pode.
— Não importam as palavras, é o que você faz. Há
emoção nisso. É adrenalina alta, certo?
Ele estudou seu rosto, enquanto lhe deu um aceno de
confirmação. — Sim. É uma corrida. Demora um tempo
para a adrenalina recuar e, enquanto isso, eu vou avisá-la agora, a corrida vai direto para o meupau. Eu vou voltar para casa e querer um dia ou dois de sexo constante de
todas as maneiras que eu puder. Isso é um fato.
— Então, uma descarga de adrenalina e sexo quente
por dias depois. —Ela virou a cabeça, e voltou a olhar o teto.
— Fale, bella. Você precisa expressar suas preocupações. Nós prometemos isso um ao outro.
— Eu vi as coisas que você faz. Paraquedismo.
Carros de corrida. Pilota aviões. Escalar montanhas.
Velejar. Está tudo aí para ler, nos tabloides e revistas. Eu li todos eles, cada história sobre você, evi as fotos. Essa é a prova de que esses artigos não foram inventados.
Você realmente faz todos esses esportes radicais.
— Eu faço.
— Eu não.
— Você não fazia, —ele corrigiu. — Você irá.
— Eu não saberia como. Eu ficaria apavorada. Eu sou
uma pessoa chata, Vittorio, e dentro de um mês, você vai ficar entediado até a morte.
— Essa tem sido sua hesitação o tempo todo, não é?
—Ele esfregou a barriga dela, os músculos fluindo como
seda sob sua pele.
— Você tem que admitir, é uma razão verdadeira para
se preocupar.
— Você já concordou em tentar as coisas que eu quero no quarto. Algumas dessas coisas vãoassustá-la,
mas você vai confiar em mim para fazer coisas boas para
você, certo?
— Isso é diferente.
— Confiança é confiança, Grace. Se você confia em
mim para cuidar de seu corpo quando fazemos sexo, não
é um salto você confiar em mim para cuidar de você dentro da casa, certo? Você já está fazendoisso.
Ela assentiu com cautela, sentindo uma armadilha.
— Então não vai ser um salto enorme se você confiar em mim para cuidar de você fora da casa.Eu quero que
você aprenda a pilotar um avião. Escalar uma montanha.
Mergulhar. Quero compartilhar o meu mundo com você,
todo ele. Você tem que confiar que eu vou lento e cuidadosamente, apresentar-lhe coisas que eusei que você vai adorar.
Vittorio rolou por cima dela para cobrir seu corpo. Ele
emoldurou seu rosto com as duas mãos, para que pudesse olhar em seus olhos. — Você é meumundo.
Você. Você é minha vida. Você realmente acredita que por um minuto que eu iria colocá-la emuma situação perigosa que eu não possa controlar? Você será devidamente treinada antes quevocê seja autorizada a tentar qualquer coisa. Eu estarei sempre com você. Eu não darei chance
de te perder. Eu quero que compartilhemos aventuras juntos. Você vai aprender a confiar emmim o tempo todo, Grace, então você saberá que sempre estará segura comigo. Você pode fazerisso por mim?
Os olhos dela se moveram sobre seu rosto. Ela engoliu em seco. Duro. Seu coração se apertouem reação. Sua mulher. Ela ia lhe dar isso. Para agradá-lo.
Porque ele era dela para cuidar e ela sabia que ele
precisava de sua confiança mais do que qualquer coisa.
Confiança entrelaçada com amor. Quanto mais ele sentia
sua fé e crença nele, mais ele sabia que ela o amava.
Ela assentiu com a cabeça muito lentamente. — Eu
vou tentar o que você quer, porque eu sei que vai agradá-
lo e isso é importante para mim.
Ele a beijou suavemente. — Obrigado, Grace, —ele
murmurou quando finalmente levantou a cabeça. Ela o beijou de volta sem hesitar, embora elarespirasse superficialmente e ele soubesse que tinha que tirar seu
peso de cima dela.
— Estou muito cansada, Vittorio. Eu preciso ir para a
cama. Tenho a sensação de que eu vou precisar de uma
grande quantidade de sono para manter-me com você.
Ele sentiu a onda de felicidade e deixou-se sentir.
Felicidade não era comum em sua vida. Ele gostava de
sua família, mas não se sentia completo. Inteiro. E não
tinha sido feliz.
— Eu vou limpar você, gattina, e, em seguida, levá-la para a cama. —Ele amava realizar essepequeno ritual
depois do sexo para ela e sabia que quanto mais ele
fizesse isso, mais se tornaria normal para ela. Ele a beijou novamente e ficou de pé.
Capítulo 17
Vittorio recebeu o alerta de Stefano quando saiu da sala de fisioterapia, com Grace apertadacontra seu corpo. Eles tinham planejado ir nadar juntos, algo que o médico disse que seria muitobom para seu ombro e ela já estava viciada em fazer. O Midnight Madness estava chegando
rápido e ela estava empurrando-se, a fim de estar na melhor forma que podia, a fim de terminar oevento com
sucesso.
— O que foi? —Perguntou Grace, olhando para ele de
sob o véu de cílios.
Ele apertou o braço ao redor dela, trancando-a nele.
— Meu irmão. A família está a caminho para mais uma
reunião rápida. —Essa era a verdade, mas não toda ela.
Ele não tinha certeza de quanto ele deveria dizer a ela.
Ela tinha aceitado o que sua família fazia, ela até aceitou que ele era um cavaleiro da sombra,mas falar sobre ser
um assassino fosse por justiça ou não, e realmente levar a cabo a ordem eram duas coisas muitodiferentes.
Ela continuou a olhar para ele enquanto andavam pelo
corredor para o quarto dela. — Isto é sobre Haydon, não
é?
— Eu não sei ao certo. —Essa era verdade, mas ele
tinha um pressentimento e seus sentimentos, até agora,
nunca tinham estado errados. — Provavelmente, admitiu.
— Eu vou te dizer quando eu descobrir.
Uma vez em seu quarto, fechou a porta e virou-se para enquadrar o rosto. — Está quase no fim,Grace. Nós
vamos buscá-lo, e seu reinado de terror vai terminar. Você pode viver livre.
Seu olhar verde se moveu sobre o rosto dele pelo que
pareceu uma eternidade. Ele encontrou-se prendendo a
respiração. Ela estendeu a mão com o braço ferido, seus
dedos roçando a sombra de cinco horas, enviando dedos
de desejo por sua espinha, como se aquele toque íntimo
pudesse ser sentido por todo o corpo.
— Eu já estou vivendo livre, Vittorio. Você deu isso para mim. Eu respiro fácil quando estouaqui. Sinto-me
segura quando estou com você. Eu sei que ele está lá
fora, mas quanto mais eu estou com você, mais eu acredito que estou segura e me sinto assim.
Ele passou os braços em volta dela e a trouxe mais
apertada contra seu corpo. — Eu estou tendo suas roupas
levadas para o quarto principal hoje. Merry arranjou três mulheres em quem confiamos paraentrar e fazer isso para nós.
Alarme voltou aos olhos esmeralda escuro. — Espere.
Uma mão foi defensivamente para sua garganta.
Ele sorriu para ela. — Eu tenho dormido em sua cama
por um tempo agora, gattina. Por que você tem restrições?
A ponta da língua umedeceu os lábios. — É o meu
espaço.
Ele jogou a cabeça para trás e riu. — Você está pensando que, se você estiver aborrecida comigopoderia
me chutar para fora do quarto? —Vittorio nunca tirou seu olhar do dela. Sua bela mulher. Elailuminava seu mundo.
— Bem, —ela disse. Seu gesto de assentimento foi
lento. — Eu tinha isso em mente, sim.
— Bella, você é inestimável. O riso brotou e ele não tentou pará-lo. Felicidade era algo a que nãoestava acostumado, e era bom apenas relaxar sob ele. Ela ia ser a melhor mãe, a melhor parceira.Ela iria dar aos seus
filhos uma infância feliz, enchê-los de riso e diversão.
Ela olhou para ele. — Não é engraçado que eu precise de um quarto meu, para que eu possaexpulsá-lo
dele. —Ela deu um passo para longe dele para olhar em
volta para o grande espaço.
— O que é engraçado é você achar que vai me fazer
sair. Eu tenho duas vezes o seu tamanho. Tamanho conta
nestas situações, —ele foi obrigado a apontar.
Ela deu-lhe um olhar duro. — Vou lhe pedir para ser
um cavalheiro e sair.
— Gattina. —Sua voz era muito suave. — Nós conversamos sobre que tipo de homem eu sou.Não haverá me tirar do quarto. Se você estiver chateada, vamos conversar. Eu acho que isso ésobre você ter o seu próprio espaço, não o seu próprio quarto. Você não se
importa comigo ficando com você durante a noite, dormindo da forma como fazemos.
Seu corpo estava firmemente em torno dela, tanto que não havia como um pequeno pedaço depapel passar entre eles. Ele gostava que fosse assim. Ele queria sentir cada centímetro da pelemacia. Ele gostava de ser capaz
de acariciar os seios dela, ou mamar, sua boca faminta
por ela, seus dedos se enrolando nela para sentir sua recepção. Ele adorava acordar com a bocadela em seu
pênis e a sensação do cabelo dela deslizando sobre suas
coxas. Ele não ia desistir disso.
Ele não ia entrar no fato de que, se ele estava no quarto com ela, além de sua necessidade depassar tanto
tempo com sua mulher quanto possível, ele sabia que poderia protegê-la. Se Haydon encontrasseuma maneira
de penetrar sua segurança, ele ainda estaria lá para evitar que o homem chegasse a Grace. Eraimportante só por
isso que eles ficassem no mesmo quarto.
Ela envolveu a mão ao redor da cabeceira da cama.
— Eu acho que está parcialmente certo. Eu quero dormir
com você durante a noite e, no entanto, ao mesmo tempo,
eu gosto de saber que tenho meu próprio lugar.
Ele ouviu a relutância em levar a conversa adiante. —
Eu tenho um quarto separado para você. Você claramente
precisa de um escritório aqui em casa. Ele tem um banheiro privado, bem como uma sala deestar. Ter seu
próprio escritório permitirá que você e Katie tenham privacidade quando você precisar discutirdetalhes de futuros eventos. Os sistemas de telefonia e Internet são rápidos e confiáveis. E não se
preocupe, eu não o pintei de alguma cor estranha. Eu deveria ter esclarecido, mas
eu não tinha o sistema de telefone instalado, o resto é
com você. Eu pensei que você pode se divertir projetando exatamente o jeito que você quer que ointerior pareça.
Ela praticamente sorriu para ele. — Eu sempre quis
um escritório. Vai fazer as coisas muito mais fáceis, e saber que Haydon não pode entrar e olharqualquer coisa
que eu anote sobre clientes e fornecedores será um alívio.
Obrigado por pensar nisso.
Ele adorava fazê-la feliz. Ele teria dez escritórios na
propriedade se ele pudesse arrancar aquele sorriso especial dela. Ainda assim, havia algo aincomodando e
ela não queria dizer a ele, e ele não poderia aceitar isso.
Ele precisava saber quando ela estava chateada com alguma coisa.
— Eu quero saber por que você está relutante em dividir o quarto principal comigo. —Ele fezuma declaração. — Diga-me, Grace. —Ele fez disso uma ordem.
Ela fez uma pequena careta. — Isso muda o equilíbrio
de poder para você. —Ela fez a confissão em um pouco
de pressa. — Tudo naquele quarto grita você. Eu acho
que podem caber dois do meu quarto, este quarto é enorme. As cores todas você e é mais oumenos ...
intimidante. A cama parece como se você realmente pudesse me amarrar a ela, embora eu tenhaolhado por
toda a casa e não tenha visto nenhum tipo de masmorra,
por isso espero estar perfeitamente segura. —Ela terminou com uma risada nervosa.
Ele se aproximou, forçando-a olhar para cima. Um dedo foi sob o queixo para que ela tivesse queolhá-lo
diretamente nos olhos. — Só para você saber, você nunca
vai ser perfeitamente segura com qualquer coisa sexual
que eu exijir. Amarrar você ou não é minha opção, não
importa onde estamos. —Ele deu um beijo em seus lábios,
sorrindo enquanto fazia isso porque os olhos dela tinham se arregalado e ela parecia um poucochocada ainda, mas
cheios de uma luxúria escura e uma clara antecipação. —
Não importa em que quarto estejamos. Eu quero você no quarto principal comigo. Sempre.Estamos nos movendo
você hoje. Ele esperou. Observando sua expressão.
Ela balançou a cabeça lentamente. — É melhor eu
começar antes de colocar minha roupa de banho e nadar.
— Primeiro, você não vai levantar um dedo. Eu já instruí Merry a começar, logo que saiamosdaqui. Em segundo lugar, sem natação até que eu possa ir com você. Eu não vou dar chance deque algo aconteça enquanto você estiver na água.
Uma tempestade de protestos cruzou seu rosto e seus
olhos se tornaram sinistramente sombrios. — Primeiro, nada vai acontecer quando estounadando. Eu vou nadar
devagar, como o Doc ordenou. Eu não preciso de babá na
piscina. Antes de eu chegar, você não nadava sozinho em
sua piscina?
Seu queixo tinha subido e ele não pôde evitar, se inclinou para ela e mordeu suavemente até queela gritou com a pressão. — Não importa o que eu fiz ou não, gattina. Só importa o que eu queropara você e acima de tudo, sua segurança. Você não vai nadar sozinha. Isso é
uma regra que eu espero que você não vá quebrar.
Ela parecia positivamente rebelde. Ele colocou seu braço em volta da cintura e a trouxe contraele, presa, apertada lá. Sua boca desceu duro na dela. Ele foi áspero, entregando-se, beijando-aaté que ela não conseguia respirar. Até que ele não podia. Até que ele estava certo que ar não eraestritamente necessário. Ele adorava beijá-
la.
Em algum lugar ao longo da linha, ele se tornou viciado em seu gosto, no fogo que rugia em seu
ventre no momento em que sua boca estava na dela, às chamas
correndo como um inferno líquido em suas veias quando
ele a estava beijando. Sua mulher, beijá-lo de volta, era um milagre. Sentia-a como uma chamaviva em seus braços. Ele se perdeu lá, arrastado para a magia que era Grace.
Ele levantou a cabeça relutantemente quando o relógio vibrou, deixando-o saber que sua famíliaestava chegando. Eles tinham concordado em ir para sua casa
utilizando as sombras, assim Haydon não tinha ideia de
onde qualquer um deles iam, além de Giovanni, que não
tinha escolha, a não ser chegar em um carro. Mariko usou as sombras para chegar ao hotel, paraque pudesse ficar
com Francesca. Sua família sempre se reunia na mesma
sala de conferência com vista para o jardim de ervas. O
jardim estava fechado com cercas. Cordas de glicínias em roxo e branco ergueram-se de cadacentímetro da cerca
para esconder ainda mais a sala com sua parede de vidro
do mundo exterior.
— Eu gostaria que você se sentasse no pátio e imaginasse o casamento perfeito para nós. Qual éo seu
casamento dos sonhos? Você já imaginou isso na sua cabeça? Você sabe o que quer? Agora seriauma boa hora para anotar os detalhes.
Ele virou-se para a porta. Seu rosto empalideceu quando ela olhou para ele. Ele manteve-seandando para
o corredor. O assunto com sua família tinha que ser urgente para que todos terem dito para irimediatamente.
— Você está indo rápido demais, Vittorio. Você precisa desacelerar. Estamos apenas começandoa conhecer um ao outro. Nós não podemos nos casar tão
cedo.
Ela parecia sem fôlego. Chocado. Assustado. Ele escolheu abordar o medo. — Grace, você temque se acostumar a confiar em mim. Você está usando meu anel
em seu dedo. Você fez sua promessa. Nós temos vivido
juntos por um par de meses agora. Um pouco mais. Você sabe que está apaixonada por mim evocê sabe que eu te
amo. Eu não vou esperar para casar com você. Não há
nenhuma razão para não o fazer assim que puder.
Haydon Phillips a parte, vamos encontrá-lo e removê-lo de sua vida, que razão há para esperar?
— Haydon é um enorme motivo, Vittorio. Nós absolutamente não podemos ter uma cerimôniade casamento até depois que ele esteja sob custódia ou morto. Sério. Você não tem ideia de quãoperigoso ou quão doente ele é.
— Eu sei. Eu fiz meu negócio saber. Eu li todos os
relatórios que foram preparados em cada morte que você
suspeitou que ele estava envolvido. Estudei os relatórios.
Eu sei mais sobre ele neste momento do que ele sabe
sobre si mesmo. Meus investigadores juntaram
cronogramas e traçaram suas viagens, utilizando as imagens no seu telefone. Eles podem colocá-lo na cena
do assassinato de três das vítimas, ao mesmo tempo que
as vítimas foram mortas. Em algum lugar ao longo da linha, um ano ou mais atrás, ele começou abrincar com a câmera, tornando mais difícil rastreá-lo.
— Ele provavelmente descobriu que seu paradeiro podia ser rastreado usando as fotografias. Eleé assim.
Ele não precisa de uma educação formal. Ele sempre foi
inteligente, ele só não queria ninguém, incluindo professores, dizendo-lhe o que fazer.
Ele deslizou a palma pelo braço para pegar a mão dela. — Vamos lá. Quanto mais cedo acabar,mais cedo
nós podemos nadar. —Ele levou-a para fora. — Merry vai
lhe trazer bebidas. As três mulheres irão mover suas coisas para o quarto principal. Tudo quevocê tem a fazer é planejar o seu casamento dos sonhos perfeito.
Merry trouxe uma jarra de limonada de morango, um
balde de gelo e um copo alto. Ao lado, havia o iPad de
Grace. Ela escorregou na cadeira sem discutir mais com
ele.
— Eu não devo demorar. —Vittorio a beijou
novamente, tomando seu tempo. Ele poderia apressar tudo o mais em sua vida, mas ele nuncairia cometer o
erro de apressar seu tempo com Grace. Ela era muito importante, e tudo o mais poderia ter umassento traseiro.
O relógio vibrou com impaciência, dizendo-lhe que seu
irmão mais velho estava pronto para ele, mas ele ignorou a intimação.
Na terceira vez, ele levantou a cabeça. — Eu te amo
muito, Grace Murphy. Seu polegar deslizou sobre o pequeno recuo em seu queixo. — Case-secomigo em breve.
Ela balançou a cabeça lentamente, parecendo um pouco confusa. — Eu vou, mas só sei que vocêestá trapaceando por me beijar. Eu não consigo pensar direito.
Ele estava tendo um pouco do mesmo problema.
Principalmente, seu corpo estava fazendo demandas urgentes, que as circunstâncias o forçavam aignorar. O
relógio vibrou novamente e desta vez ele o imaginou tentando sacudir todo o seu braço.Giovanni deve ter chegado. Ele tinha estado tão distraído beijando sua mulher que tinha ignoradoo carro.
— Você é a especialista, bella. Planeje-nos um dia espetacular. Eu nunca pensei que ficariaansioso para o
meu casamento, por isso dê-nos o nosso dia de sonho.
— Os homens geralmente não ficam especialmente
entusiasmados para um casamento que é considerado espetacular por uma mulher.
Ele amava a diversão em sua voz, tanto que ele roçou beijos em suas pálpebras. — Este homemfica. Qualquer
coisa para a sua mulher. Ele queria “espetacular” para ela.
— Emilio e Enzo estão perto e enquanto eu estiver na
reunião, sua irmã, Enrica, estará aqui se você precisar de alguma coisa.
Ele preferia estar com ela ele mesmo, mas tinha três
dos melhores e mais experientes guarda-costas. A família tinha de cuidar dela enquanto eleestava em seu encontro.
Ele caminhou pelo corredor e entrou na sala de conferências designada. Sua família já estavasentada ao redor da mesa.
— Acho que aconteceu alguma coisa, —ele
cumprimentou.
Stefano indicou a cadeira restante. — Os Greco acham que encontraram a casa onde HaydonPhillips fica,
ele anunciou sem preâmbulos. — Nas últimas oito horas,
nós tivemos várias pistas. Estamos descobrindo o paradeiro da família, para que possamos iratrás de Phil ips com segurança. Será menos suspeito em plena
luz do dia.
O pulso de Vittorio saltou. O pensamento de libertar Grace depois de todos os anos de terror eraum inebriante.
— Antes de focarmos em Phil ips, as duas meninas
desaparecidas, Eva e Marta Giboli, estão de fato com seu pai. Ele se encontrou com elas noaeroporto quando o chamaram, e ele voou com elas de volta para Toscana.
Elas pretendem viver com ele. Eloisa, eu preferiria que você desse a notícia para sua mãe e faça-a entender que
seria melhor deixar as meninas lá. Elas são velhas o suficiente para escolher e se ela insistir emchamar o Departamento de Estado para tê-las de volta, diga a ela
que nossa família vai testemunhar que ela não se preocupou em pedir ajuda por mais de duassemanas.
— Eu ficarei mais do que feliz em entregar a mensagem, —Eloisa concordou.
Vittorio lançou um olhar para sua mãe. Ela parecia mais descansada do que tinha em semanas.Ela sempre
parecia jovem, muito jovem para ter tantos filhos. Stefano tinha tentado convencê-la a se retirarpor completo de montar as sombras. Ela ainda tinha um trabalho ocasional,
especialmente desde que a lesão de Giovanni os tinha deixado com um piloto a menos.
Stefano inclinou a cabeça e continuou. — John Balboni, como você sabe, é dono da loja deferragens local. Ele e Suzette têm se esforçado um pouco para manter o negócio funcionando enão ajudou o fato de ele
ter sido baleado durante o ataque à nossa família, apesar de termos pago todas as contas. Anatureza exata de quão ruim eles estavam lutando não foi trazida à minha
atenção até recentemente. Nós consideramos as opções
para eles, mas no final, não encontramos a resposta certa para o problema antes de emprestarmais dinheiro. Eles já estão devendo a família quase trezentos mil.
— A loja de John e Suzette está na comunidade há
mais de trinta anos, —disse Ricco. — Desde que eu nasci.
— É por isso que nós tentamos ajudá-los, —disse Stefano. — O corpo de John foi encontrado nolixo atrás
da Fior A Bizzeffe esta manhã.
— Não, —Eloisa sussurrou. — Não John. Pobre Suzette. —Ela meio que se levantou como sepudesse ir
para a mulher imediatamente.
— Sasha está com ela. Ela está tendo certamente um batismo de fogo, disse Giovanni,balançando a cabeça. —
Deixei dois guarda-costas com ela, mas tudo isso me deixa muito desconfortável. Algo ruim estávindo em nossa direção.
— Isso é loucura, —disse Ricco. — John? Porque John?
— Os Balboni têm práticas de negócios muito pobres,
—disse Taviano. — Eu fui ao longo dos livros duas vezes
com John e ele continuou pedindo o dobro da quantidade
de mercadoria necessária. Seu raciocínio era que ele não queria ficar sem nada, mas no final, eleliteralmente alugou outra instalação de armazenamento, a fim de colocar tudo nela e, em seguida,ele esquece que tinha.
Na minha opinião, ele tem um problema. Ele não pode
parar de encomendar itens que ele não precisa. É quase
uma situação de acumulação. Nada do que eu disse o dissuadiu. Suzette entendeu, mas Johnparecia alheio ao
fato de que ele era o único derrubando a loja.
— Isso é exatamente o que fez de John o alvo perfeito
para o Saldi, —disse Stefano. — É evidente que eles estão estudando o nosso povo porfraquezas.
— A menos que alguém esteja dizendo a eles, —disse Eloisa. — Dando-lhes detalhes emconversa casuais. —
Seu olhar desviou para sua filha.
— Se isso está acontecendo, —Vittorio disse
suavemente, como se ele não visse o olhar de sua mãe
para Emmanuelle, — mais do que provável, a informação
seria dada no açougue quando Val Saldi ou seus homens
estão entregando para Giordano. Berardo adora fofocar.
Ele com certeza gostaria de falar com os entregadores,
mas seria uma conversa inocente. Ele nunca daria informações deliberadamente, especialmentese fosse algo que poderia ter um amigo morto, e ele era muito amigo de John.
— Concordo. A informação foi provavelmente obtida
no açougue, —disse Stefano. — O ponto é, John foi encontrado enrolado em um tapete, seucorpo torturado
da mesma forma que os outros. O envio de uma mensagem para qualquer um que trabalha paraos Saldi
manterem a boca fechada. Ele não foi levado até depois
que os outros. Eles usaram o tapete, mas ele não estava
faltando. Ele e Suzette estavam na rua quando as lixeiras estavam sendo verificadas.
— Você falou com qualquer um que possa tê-los visto? —Perguntou Vittorio. Stefano sacudiu acabeça. —
Eu mandei a investigação para Renato e Romano.
Vittorio estava bem consciente de seus dois primos tinham as vozes consideradas mais poderosasna família
quando se tratava de persuadir os outros a se lembrar de detalhes, dizer a verdade e quer darqualquer informação para os irmãos.
— E sobre as câmeras? —Perguntou Giovanni.
— Rigina está olhando todos elas agora, —disse Taviano. — Nós temos a certeza de que todasas câmeras
nas ruas estão trabalhando em todos os momentos.
Poderemos ter sorte. Não parece haver qualquer adulteração feita naquelas sob os beirais dosnegócios.
A colocação de mais câmeras sob os beirais dos negócios ao longo da rua tinha sido ideia deTaviano. Ele era muito bom com a eletrônica.
— Que implica ... —Vittorio pediu uma resposta.
— As câmeras que cada dono de loja tinha que colocar e manter nas fachadas e costas dosprédios foram adulteradas nos prédios acima e abaixo do beco. Alguém
sabia que aquelas câmeras estavam lá, mas não sabiam sobre as nossas, —explicou Taviano.
— Eu não posso acreditar que Suzette não saberia o
que John estava fazendo, —disse Eloisa. — Ela e John
sempre diziam tudo um ao outro. Posso falar com ela. Nós somos amigas há muitos anos.
Vittorio não podia imaginar sua mãe ser amiga de ninguém, muito menos por anos. Ele nãoolhou para sua
irmã, que tinha permanecido em silêncio o tempo todo.
John tinha sido quem ajudou Emmanuelle a aprender a
usar um martelo e pregos quando queria colocar prateleiras em seu quarto sozinha. Claro, elatinha tido problemas. Seus pais não a tinham elogiado pelo bom trabalho que tinha feito, essestinham sido Stefano e o resto de seus irmãos.
Vittorio desejou estar sentado perto de Emmanuelle,
mas ele entrou na sala tarde e a única cadeira vazia era em frente a Stefano. Isso deixouEmmanuelle sentada entre Taviano e Giovanni, mas em frente a Eloisa. Eloisa sempre mirava afilha quando estava chateada.
— Eu pedi a Emme para falar com ela, —disse Stefano. — Ela foi capaz de obter algumasinformações,
mas Suzette nunca viu os homens que falaram com John.
Ela sabia que eles erravam e admitiu a tomar a decisão
com ele de entregar os pacotes.
Eloisa fez uma careta para Stefano. — Você enviou
Emmanuelle para falar com Suzette em vez de vir a mim
em primeiro lugar? John e Suzette têm sido os meus amigos há anos. Esse era o meu lugar.
— Não, não era. Você não está pensando claramente,
e é exatamente por isso que eu não lhe enviei, Eloisa, —
disse Stefano. — Emmanuelle tratou-a com sensibilidade,
embora, pessoalmente, eu quisesse sacudir Suzette. Ela
não achou que era traição trabalhar para os Saldi porque eles não pediam informações sobre nós.
— Onde os pacotes eram entregues? —Vittorio
perguntou antes que Eloisa pudesse atacar Emmanuelle,
o que ela claramente estava prestes a fazer.
— Suzette jurou que ela não sabia. Eles foram entregues a John depois de horas e ele os levou.Ela disse que podíamos seguir o GPS do carro. Estava sempre ligado. John gostava de gadgets. Oconteúdo foi
baixado por Rosina antes que o carro fosse entregue à
polícia, —disse Stefano.
— Ela não tinha ideia do que estava nos pacotes?
Perguntou Ricco.
— Não, John tratava de tudo, —Emmanuelle falou pela primeira vez. Sua voz era apertada, e elanão olhou para nenhum deles. — Suzette não queria saber. Ela queria o dinheiro, então fingiuque o que eles estavam fazendo era certo. Ela alegou que ela não acreditava que era ilegal ou queera uma traição. Ela não podia nem dizer com certeza que era alguém na organização Saldi quem
tinha abordado John. Ela não chegou a ver ou ouvir nada, porque ela não estava lá. John
compartilhou a informação, por isso é boato.
Eloisa fez um som na parte de trás de sua garganta.
Seus olhos se estreitaram em sua filha. — Você interrogou Suzette e é isso que você extraiudela?
— Sim, Eloisa, é o que eu tenho e essas são minhas
conclusões. Suzette admitiu que ela queria o dinheiro e
encorajou John para fazer o que lhe foi pedido. Ela não
queria saber o que era, mas ela queria que ele fizesse
isso.
— Isso é ridículo. Que mulher não gostaria de saber o
que seu homem estava fazendo? Oh, espere, essa seria
você, minha própria filha, tendo um caso com o inimigo. O
que você achou que Valentino Saldi queria, Emmanuelle?
Você realmente achou que ele te amava? —A voz de Eloisa tinha um sorriso de escárnio. —Você não percebeu todas as outras mulheres dentro e fora de sua vida?
Porque eu notei, e eu acredito que eu as apontei para você.
— Eloisa. —A voz de Stefano foi advertência pura.
— Não, deixe-a, —disse Emmanuelle. — Ela pode muito bem vomitar todo seu ódio e venenopara mim em
vez de qualquer outra pessoa. Talvez se ela fizer isso o suficiente ela vai encontrar uma maneirade ser um ser
humano decente. —Seu queixo subiu quando ela enfrentou sua mãe. — Você me fez notar todasas mulheres, obrigado, Eloisa, e sim, eu achei que Val me amava. Esse foi meu erro. Mas emnenhum momento eu
trai nossa família. Eu não estou preocupada se você acredita ou não em mim, eu só respondo aStefano.
Eloisa abriu a boca para retaliar, sua carranca de desaprovação junto com seu rubor no desafiorepentina de sua filha escurecendo sua pele.
Vittorio interveio. — É o suficiente, Eloisa.
Emmanuelle não fez nada de errado. Você sempre a reprova ...
— Porque todos vocês a amam, —Eloisa quase gritou.
Suas mãos eram dois punhos apertados na mesa. —
Como ela vai ser forte o suficiente para ter as ferramentas para sobreviver se vocês não a deixamcair agora?
— Não se preocupe, Eloisa, —Emmanuelle disse em
um tom muito baixo. — Eu caí denovo e novamente.
Levantei-me e farei isso o tempo todo. Eu sou primeiro
uma Ferraro. Eu sempre serei. Não me arrependo de amar Val. Eu não acredito que amar alguémseja errado.
Ele cometeu o erro, não eu. É sua perda. Eu vou lidar com isso. Mas eu não fiz nada ou dissequalquer coisa que
teria levado à morte de John. —Ela fez uma afirmação
absoluta.
Vittorio voltou a atenção de todos para outro lugar antes que Eloisa pudesse responder. — Atéque a investigação sobre o GPS no veículo de John esteja completa, estamos apenas supondo. Oque estamos fazendo sobre Haydon Phillips?
— Os Greco utilizaram as fotografias para identificar a localização de Phillips quando ele astirou. Há sempre latitude e longitude incorporadas as imagens, Stefano disse imediatamente. —Aparentemente, ele desativou o
localizador, mas não entrou nas propriedades do arquivo
para desativar o GPS.
Vittorio franziu a testa. — Isso não faz sentido. Ele
desligou o localizador para que ninguém pudesse ver onde a fotografia foi tirada, mas não entrounas propriedades para ter certeza que o GPS foi desativado?
Phil ips é completo. Eu não posso imaginá-lo perdendo isso.
— Nem todo mundo sabe tudo sobre câmeras digitais,
—Taviano apontou. — Temos que manter-nos com a mais
recente tecnologia e somos sempre obrigados a aprender
como funciona.
Isso era verdade. Isso parecia ser uma pausa de sorte. Por outro lado, Vittorio sabia que a maioriados assassinos em série apreendidos foram pegos em um golpe de sorte. Detetives poderiam sedebruçar sobre provas, mas era uma coisa que o assassino não contava
que o derrubava.
— A casa é de propriedade de um homem com o nome de Byron Fields. Ele é advogado da BetaCorporation, uma empresa com a qual trabalhamos. É
pequena, mas eles são muito bons. Eles coletam dados
sobre outras empresas e os vendem para qualquer pessoa interessada depois que seu clienteinicial tiver seu relatório por noventa dias.
— Ganhando duas vezes, —Eloisa disse com um fungar de desdém.
— Ou práticas comerciais inteligentes. Às vezes, uma
empresa, quando vê as informações em um bloco de leilão, as compra, —disse Giovanni. — ABeta Corporation fez um bom dinheiro nos últimos anos. Eles estão bem no
mercado de ações. Seus investigadores são muito bons
em descobrir segredos.
— Qual é o plano? —Perguntou Vittorio. Ele queria
sair naquele instante e se certificar de que poderia pôr fim a Haydon Phillips antes que a noiteterminasse.
— A esposa de Byron é professora e está no trabalho.
Ele também. Eles têm três filhos. Uma está no ensino médio e na sala de aula. O menino está noensino fundamental e na sala de aula. O mais novo tem três anos
e está na pré-escola. Ela está em casa com a babá, até o meio dia e depois será levada para aescola. A babá não
vai pegar nenhuma das crianças até as três e depois as
leva para vários programas depois da aula.
— Não importa se a família está em casa ou não, —
assinalou Vittorio. — Entramos em casas o tempo todo
com os outros nelas. Eu posso ir agora e acabar com isso.
— Isso é verdade, —disse Stefano, — mas
precisamos saber que ele está lá. Temos o Raimondo com
um carro quebrado a uma quadra da casa dos Fields. O
capô está levantado e ele está trabalhando nisso.
— Raimondo? —Eloisa perguntou
Vittorio suspirou. Os guarda-costas eram todos parentes. Relações estreitas. Era tão parecidocom Eloisa não os conhecer. — Raimondo Abatangelo. Ele é irmão
mais novo de Tomas e Cosimo. Bom garoto. Olha tudo.
Idade certa.
Ela enviou-lhe um olhar exasperado e colocou as mãos no ar como se isso não fosse suficienteinformação
para ela. Ele sabia melhor, mas ele raramente mordia a
isca de Eloisa.
— Raimondo mandou dizer que um homem que parece ser sem-teto entrou na casa depois deesperar até que a babá saísse. Raimondo ainda está lá, observando e
tendo a certeza de que ele não sai, mas aqui está a coisa.
O homem 'sem-teto' tinha uma chave. Ele entrou por um pátio lateral cercado onde os vizinhosestariam menos propensos a avistá-lo. O cachorro latiu, mas parecia estar amarrado.
— Isso é normal? Um cão mantido no quintal preso
quando se está cercado? —Perguntou Ricco.
— Os cães podem ser artistas de fuga, —disse Giovanni. — Eles cavam.
Eloisa deu um pequeno tremor. Ela nunca permitiu que seus filhos tivessem animais de qualquerespécie. —
Como você quer isto feito?
— Vittorio levará Phil ips para baixo, —disse Stefano.
— Nós vamos ter certeza que a família fica longe. Se por alguma razão parecer que eles estãoindo para casa, enquanto Vittorio está lá, vamos arrumar um atraso rapidamente. Taviano vaicom Vittorio apenas por razões
de segurança.
— Não podemos ter um homem morto fedendo na casa de alguém, —disse Eloisa.
— Vamos deixá-lo lá e enviar uma denúncia anônima
à polícia em um dia ou dois. Todos nós teremos que ser
vistos em toda parte. Vamos ter que aparecer porque estamos vinculados a Phil ips pela Grace,—disse Stefano.
Eloisa revirou os olhos, mas ela não soltou uma de
suas muitas farpas quando todos eles se levantaram para
ir. Ela viajou pelas sombras de volta para sua casa e, em seguida, Henry, seu motorista, juntocom dois guarda-costas, levaram-na ao centro para fazer compras.
Giovanni era o único com um veículo e ele passeou
com seu carro como se não tivesse nada para fazer.
Sasha estava com Suzette e ele seguiu direto até a casa
dos Balboni e, à vista de todo policial, saiu e subiu os três degraus de tijolos para entrar na casa.
Stefano fez o seu caminho para casa primeiro e depois entrou em um carro com seus guarda-costas para
ser conduzido ao centro da cidade. Ele teve a certeza de que a janela estava abaixada e seu rostopodia ser visto claramente em cada parada do tráfego. Ele entrou no edifício em frente a BetaCorporation.
Os outros, um por um fizeram o mesmo, cada um entrando em um veículo e indo para um lugarde negócios
perto de uma das escolas onde estavam crianças ou sua
mãe. Os membros da família Ferraro tinham de ser visto.
Vittorio foi até Grace. — Eu vou ficar fora por um curto período de tempo, mi amore. Eu vouvoltar o mais rápido possível. Eu preferiria que se qualquer pessoa perguntar fosse dito que nãoestou disponível porque estou em uma
conferência de vídeo, mas eu vou ficar feliz em falar com eles assim que eu sair.
Ela olhou para ele com seus olhos verdes, muito inteligentes. — Você espera companhia?
— Não que eu saiba, mas é possível. —Ele esperou.
Ela seria parte de seu mundo e isso significava sigilo em todos os momentos. Ela não podia dizera uma alma qualquer coisa que ele dissesse a ela. Confiança trabalhava em ambos os sentidos eele estava confiando
nela com sua vida e as vidas de seus familiares.
Grace sabia guardar segredos e balançou a cabeça
lentamente. — Basta ficar seguro, Vittorio.
— Sempre. —Ele se inclinou e beijou-a suavemente.
Grace beijou-o de volta, se entregando imediatamente, dando-lhe tudo o que ele poderia pedir.
Ele provou paixão, mas mais importante, ele provou amor.
Ele se afastou dela, voltou para seu quarto e trocou as
roupas casuais que ele usava em casa, embora as roupas
fossem feitas dos mesmos tecidos de seus ternos. Um Ferraro não seria pego em público emroupas casuais. Ele pegou a sombra mais próxima que o levaria, como uma
via, para a cidade. O tubo era rápido, e ele mal podia distinguir os vários ramos que ele tinha demergulhar, a fim de chegar ao seu destino.
Ele teve que usar sombras menores por um tempo,
passando de uma para a outra até que houvesse uma grande que ele pudesse ir para os subúrbios.O endereço
estava em uma parte mais agradável da cidade. Era um
condomínio fechado, que Vittorio achou bastante irônico, já que a família tinha um serial killervivendo em seu sótão.
Pelo que Rigina e Rosina tinham escrito no relatório
que Stefano tinha enviado a cada um dos seus telefones,
algumas das imagens foram tiradas em outras residências
dentro dessa mesma comunidade pequena. Os moradores
achavam-se mais seguros por trás desses portões, mas não estavam.
Ele viu Raimondo, na mesma rua. Como ele tinha conseguido passar por aquelas portas era umaincógnita,
mas ele foi treinado pelo melhor e teria sido muito fácil para qualquer um de seus guarda-costasencontrar uma
maneira que parecesse legítimo se a polícia fizesse qualquer pergunta.
Do outro lado da rua, Vittorio estudou cada sombra
que conduzia a casa. O cão tinha se acalmado e estava
muito tranquilo. Ele não queria se arriscar perturbá-lo. Às vezes, quando eles passavam, mesmoque um animal não
pudesse vê-los, a sensação era tão perturbadora que o
cachorro latia ferozmente, ou em alguns casos, com medo.
Havia várias sombras que conduziam à porta da frente. Ele não podia dar chance de ser visto, eleteria que garantir que qualquer sombra que tomasse o levaria para
a casa. As persianas estavam fechadas, então não havia
maneira de ver dentro. Do outro lado da rua, no interior da boca do tubo, ele não podia ouvir oque estava acontecendo na casa.
Decidindo-se, respirou fundo e entrou na sombra maior projetada de uma árvore no jardim dafrente.
Imediatamente o tubo o puxou o que pareciam pedaços,
seu corpo se desmanchando. A sensação do cilindro escuro girando em torno dele, acima de suacabeça e sob
seus pés enquanto ele passava, aumentava à sensação
doentia.
Ele disparou através do tubo, a velocidade
arremessando-o tão rápido que era difícil ver. Eles treinavam desde o momento em que erampequenos para
ver em condições estonteantes, um vislumbre era suficiente para que seus cérebros catalogasseme resolvessem onde eles estavam e o que eles realmente
viam. Agora, ele estava do outro lado da rua, do gramado, do lado da varanda até a porta dafrente e para dentro. De repente, a sombra terminou, e ele foi forçado a frear rápido demaisquando quase foi arremessado no chão da
sala da frente.
Vittorio esperou até que seu corpo se reajustasse à
posição imóvel após o passeio selvagem. Ele escutou por
um momento. A casa estava estranhamente silenciosa.
Uma vez que ele ouviu um rangido, mas não vinha de cima, como deveria ser. O barulho pareciavir da parte de
trás da casa. Era possível que Phillips estivesse se movendo ao redor, fazendo-se em casa, agoraque a família tinha saído.
Vittorio entrou em uma sombra que ligava a sala da
frente ao corredor. O tubo se estendia quase até a parte de trás da casa, jogado por uma luz àesquerda, iluminando o caminho. Montou a sombra na medida do
possível e tomou aquela que o levava para a cozinha. Ela estava vazia, mas ele podia ver uma dasentradas para o
sótão. Um alçapão foi construído no teto. Ele podia ver o quadro habilmente escondido pelodesenho pintado no teto.
Vittorio tomou seu tempo, assegurando que Phil ips estava no sótão e não em algum lugar daprópria casa.
Ele já tinha escolhido seu ponto de entrada para o sótão e não era dentro da casa. Ele recuou,voltando para a frente e, em seguida, viajou ao redor da casa por um pátio lateral, longe do cão edo jardim de ervas. Uma árvore
lançava uma sombra perfeita pelo lado da casa para uma
grande grelha que dava acesso ao sótão. Ele subiu direto para a grande área sem hesitação.
Phillips se fez em casa lá em cima. Havia móveis, cadeiras estofadas e um sofá baixo que tinhavisto dias
melhores. Invólucros de comida estavam espalhados no
chão, e um refrigerador entreaberto tinha itens de comida.
Garrafas de água cheias e vazias estavam perto do sofá.
Phil ips estava deitado no sofá de costas para Vittorio, enrolado quase na posição fetal.
Vittorio saiu da boca da sombra ele foi para uma menor que o levou até o serial killer dormindo.Este homem, envolto em panos, tinha matado várias pessoas,
os torturados primeiros. Ele havia impactado a vida de Grace severamente, aterrorizando-a
deliberadamente.
Vittorio estava nas sombras, ouvindo os sons do mundo
exterior, os carros que passam. Um cortador de grama.
Alguém dando uma saudação a alguém. O mundo continuou se movendo, mas aqui neste sótão, otempo tinha abrandado.
Ele estudou Phil ips. Ele não estava se movendo. Nem
um único músculo. Não havia reviravoltas inquietas.
Estranhamente, ele acabara de chegar, não mais do que
alguns minutos antes de Vittorio e ainda assim ele já estava dormindo. Profundamente. Vittoriocomeçou a se
mover para fora da sombra, mas um alarme escorregou
por suas costas e ele se trancou em posição, estudando cuidadosamente o corpo.
O corpo. Phillips estava morto. Não havia ascensão e
queda dos trapos em volta dele para indicar que ele estava respirando. Não havia nenhum som.Vittorio deu
um olhar cuidadoso ao redor do sótão. Não havia ninguém
lá, ele estava certo disso. Ele estava sozinho com o corpo.
Montou a sombra que iria levá-lo mais próximo de Phillips.
Por força do hábito, ele não saiu da boca da sombra, não querendo deixar qualquer vestígio desua existência lá trás.
Ele ficou muito perto, mas permaneceu escondido, tomando seu tempo, examinando o corpo. Elese inclinou
sobre ele. O rosto de Phillips estava grisalho, seu queixo coberto de barba cinza e preto. Linhasmarcavam sua pele. Rugas. Seu nariz era grande e malhado de muito
álcool. O coração de Vittorio saltou. Este homem definitivamente não era Haydon Phillips. Mais,ele tinha acabado de morrer.
Haydon Phil ips sabia que as fotografias que ele enviou à Grace levariam de volta ao seuesconderijo. Ele estava certo de que a polícia iria encontrar sua casa no
sótão dos Fields. Ele tinha deliberadamente atraído um homem sem-teto para a casa e depois
matou-o, deixando
o corpo para a polícia descobrir quando eles chegassem
lá. Ele não tinha ideia de que eram os Ferraro quem o
rastreavam.
Ele tinha estado lá minutos antes de Vittorio, esperando o morador de rua, levando-o até o sótãoe depois matando-o rapidamente. Vittorio cheirou sangue misturado com álcool. Ele se inclinoumais perto e imediatamente viu que o sangue tinha se agrupado sob a
vítima, na almofada do sofá. Sua garganta tinha sido cortada. Preso entre a manga direita e partede trás do
sofá havia algo que parecia um pedaço de papel, ou uma
fotografia. Vittorio se debatido, mas então, porque usava luvas, retirou o item.
Olhando-a, seu coração caiu. A fotografia foi tirada no
Ferraro Hotel. Ela foi tirada no hall de entrada do apartamento da cobertura de Stefano. HaydonPhillips tinha estado dentro da casa de Stefano.
Capítulo 18
— Não gosto disso, —disse Vittorio pela décima vez a Emilio. — Há muitas pessoas e não hámaneira de cobrir
todos.
Emilio olhou para ele com olhos frios. — Meu pior pesadelo, —ele admitiu. — Eu não gosto queStefano insistiu que eu viesse para ajudar a proteger a família aqui, quando ele é um pato sentadocom Francesca no
hotel. Ela não pode se mover rápido. Duvido que ela concordasse em fugir. E onde é seguro?Aquele pequeno
bastardo parece ser capaz de ir a qualquer lugar que quiser sem ser pego.
Vittorio deu uma olhada lenta ao redor dele. Midnight
Madness parecia como apropriadamente era chamado. O
enorme salão de baile estava decorado como o exterior, o teto coberto de estrelas, as pesadascortinas azuis meia noite cobrindo as paredes com estrelas espalhadas por elas como pedraspreciosas no céu noturno.
As portas estavam abertas, a fim de permitir que os
hóspedes se derramassem para o enorme pátio onde
comidas e bebidas tinham sido servidas. As áreas internas e externas se fundiam perfeitamente, ea música fluía para os dois espaços sem se intrometer. Vittorio sabia que era assim porque Gracetinha falado com a banda várias vezes até que ela conseguisse exatamente o que queria.
Casais dançavam sob as estrelas artificiais com suas
luzes brilhantes acenando. Ele não tinha certeza de como Katie e Grace haviam conseguido, masa decoração era
elegante e bonita, esculturas esculpidas em gelo e cachoeiras com as mesmas luzes luminosasque as estrelas jorravam nas fontes.
O evento estava em pleno andamento. Vittorio reconhecia a maioria dos convidados, decelebridades do
cinema e da televisão a figuras políticas poderosas. Os
Saldi marcaram presença. Claro que tinham sido convidados. O Midnight Madness era umevento anual de
caridade que levantava vários milhões de dólares a cada
ano. Teodosiu Giordano estava lá também, mas ele se limitou a dizer olá e se afastou com asenhora que ele
tinha trazido com ele. Eloisa não iria deixar de fora grandes contribuintes, embora Giuseppi eGreta não pudessem ter vindo devido a doença de Greta tomar um
pedágio tão grande dela.
Assistir o trabalho de sua mulher nos bastidores, para que tudo corresse bem para seus hóspedesfoi um abrir
de olhos. Grace não perdia uma batida. Ela sempre era
educada. Sempre. Ela começava com um sorriso, mas quando as coisas não saiam exatamentecomo ela tinha
especificado, as coisas rapidamente eram feitas sob o olhar atento dela. Ela orquestrava dezenasde coisas para os convidados, ter certeza que seus nomes estavam na
mesa certa e que se sentavam ao lado daqueles que particularmente gostavam. Ela deixou algunsinimigos em
mesas separadas. Ela tinha um olho para o
desenvolvimento de problemas e os parava antes que eles
saíssem de mão.
— Eu verifiquei Stefano inúmeras vezes, —Emilio continuou a conversa. — Ele diz que estábem. Ele afirma que não acredita que Phil ips esteve em sua casa. —Havia uma nota depreocupação em sua voz, algo incomum para
Emilio. — Eu, pessoalmente, repassei as medidas de segurança no hotel. Se ele queria chegar lá,e a fotografia era claramente do hall de Stefano, ele é muito mais inteligente do que eu. Eu nãoconsegui descobrir como ele fez isso.
— Eles estão sendo muito cuidadosos com qualquer coisa que Phillips possa colocar nasaberturas que poderiamos inspirar, —Vittorio respondeu. Seu olhar permaneceu em Graceenquanto falava animadamente com um fornecedor. Duas vezes ela bateu a mão em seu
ombro e riu, o som ainda mais bonito para ele do que a
música tocando. — Ele acha que Phillips subornou uma
das empregadas de hotel em tirar uma foto do hall.
Stefano ainda está investigando, mas soa plausível, dadas todas as medidas de segurança quecolocamos no lugar.
— Este é o lugar perfeito para Phillips atacar, muito
menos risco. Eu não iria duvidar que ele fosse a Stefano e Francesca na cobertura, mas é muitomais arriscado, especialmente agora que ele nos avisou. E por que ele
nos avisaria? —Perguntou Emilio. — Ele está inclinando a mão. Por quê? Só para poder colocaro dedo em nosso
nariz? Para nos mostrar o quão esperto ele é? Uh-uh, o
bastardo viscoso está tramando alguma coisa.
— Eu também acho que sim, —disse Vittorio, franzindo a testa quando Grace se aproximou dofornecedor. Era óbvio que ela o conhecia bem. Ele não
estava acostumado a compartilhar sua companhia com ninguém, muito menos com outroshomens. Ele nunca
tinha sido um homem ciumento. Ele não achava uma característica atraente. Para ele, o ciúme,dizia que alguém não confiava em seu parceiro. Ele também dizia
que a pessoa que sentia essa emoção tinha pouca confiança. Ele era um homem confiante, mas
honestamente? Ele não gostou da proximidade que sua
mulher partilhava com o homem que trouxe a comida e
bebidas.
Vittorio começou à andar em direção Grace e o fornecedor. — Haydon Phil ips é um homeminteligente.
Ele é astuto e calculista. Ele não quis nos insultar sem uma razão. Ele deixou aquela imagempara nós, não para
polícia.
— Como ele esperava que você visse a fotografia imediatamente? Os policiais poderiam terenfiado no bolso e nem mesmo a mostrado imediatamente, —Emilio apontou. — Por que elequis que você recebesse a mensagem, o que ele estava tentando lhe dizer?
— Ele denunciou o assassinato anonimamente. Ele mesmo relatou que havia um carro estranhona vizinhança
e deu a placa do caminhão de Raimondo. Felizmente, Raimondo tinha uma verdadeira razão paraestar lá. Sua
mãe conhecia uma das mulheres que vivem naquela comunidade fechada e ela ligou paraperguntar se a nossa família conhecia alguém disposto a fazer algum trabalho
no quintal. Ela não podia pagar o preço que o jardineiro estava pedindo e seu quintal precisavade trabalho.
Raimondo disse que o jardineiro aumenta os preços para
os idosos da comunidade.
Um músculo saltou no maxilar de Vittorio. Ele detestava quando alguém se aproveitava dosidosos. —
Eu vou ter certeza que o jardineiro não vai fazer isso de novo. —Ele pagaria ao homem umavisita pessoal e a conversa seria bastante agradável da primeira vez. Ele deixaria claro que setivesse que voltar, não seria tão agradável da segunda vez.
Ele estudou os dançarinos quando eles giravam por
ele. Ele conhecia todos eles e balançou a cabeça várias
vezes como ele fez o seu caminho para o lado de Grace.
No momento em que ele chegou lá, ele varreu um braço
em volta da cintura dela, puxando-a sob seu ombro, assim como ele tomou sua boca com a dele.Não importava que
ela tinha maquiagem perfeita e batom. Beijou-a como se
fosse dono dela. Duro. Quente. Possessivo. Ela não lutou
com ele. Ela se rendeu. No instante em que ela o fez, ele encontrou-se preso em seu feitiço esuavizou o beijo.
Quando ele finalmente levantou a cabeça, ele não sabia quem estava mais confuso, Grace ou ele.De qualquer maneira, o beijo tinha feito o truque. Aqueles que testemunharam que sabia que eleestava reclamando o
direito sobre ela. Ele não era o tipo de homem a agir de qualquer forma possessiva em direção auma mulher, não
do jeito que ele estava agindo com Grace.
— Vittorio, este é Rene Bisset. Ele é um dos melhores
chefs em Chicago.
Rene pegou sua mão e apertou os lábios sob ela. —
Um dos melhores? Eu sou o melhor. Não deixe ela te enganar. Ela está tentando evitar que meuego infle meu
preço.
— Isso é porque sua comida é incrível, você continua
dando preço para os meus eventos e você é sempre a
minha primeira escolha.
Vittorio estendeu a mão, tirou o pulso de Grace de René com delicada gentileza e pressionou apalma da mão sobre seu coração deliberadamente. — A comida
está deliciosa. Seria uma vergonha te perder. —Seu tom implicava ainda mais que suas palavras.
O francês chamou a atenção, com um sorriso no rosto. — Eu vejo esse anel. Ele me cegou. —Elepegou a
mão dela novamente e desta vez, apenas estudou o anel.
— Magnífico. Um anel condizente com a nossa garota.
Vittorio não pôde deixar de sorrir com a audácia de
Bisset. — Está tudo do jeito que você queria, Grace?
— Claro. René nunca decepciona. —Grace acariciou
o ego do Chef.
Bisset sorriu. Vittorio, sem uma boa razão que pudesse pensar, cerrou os dentes. Rene lembrou-ode um
tubarão escorregadio, rondando sua mulher. Em vez disso, Vittorio deu-lhe um sorrisoencantador e inclinou-se para olhar Grace em seus olhos.
— Você terminou aqui, mi vida? Talvez você tenha tempo para dançar com seu homem.
Grace esfregou o peito dele, bem acima do seu imaculado smoking. Aquele com as listras finas.Era um
design distinto que poucos usavam, principalmente os irmãos Ferraro e Emmanuelle. Hoje ànoite, sua irmã usava um lindo vestido de um dos principais designers.
Era feito de um tecido especial e tinha as mesmas listras finas correndo através do preto. Ovestido se agarrava a sua figura, e o tecido se movia a cada passo que ela dava, como se estivessevivo.
Vittorio podia ver Emmanuelle ao longe, fazendo as
rondas que ele precisava estar fazendo, fazendo questão
de conversar com aqueles com grandes contas bancárias
na esperança de que eles abrissem suas carteiras e apoiassem as causas Ferraro. Ele não esperoupela resposta de Grace, virou-a para a multidão ao redor suas mesas e se dirigiu para a área dedança.
Dentro do salão de baile, quase todos os casais estavam dançando. Alguns ficaram em voltaassistindo, mas a maioria aproveitou a oportunidade para dançar um
com o outro. A música era animada, mas deliberadamente
romântica, chamando todos que ouvissem a ficar de pé.
Vittorio pensou que Grace poderia ter colocado alguma forma de compulsão na decoração emúsica, porque a noite assumiu uma qualidade mágica quando ele andou
com ela através da multidão para o pátio para chegar ao
seu irmão Taviano.
Uma loira alta, e atriz notável, estava perto de Taviano. Ele tinha o braço em torno de sua cinturae se
inclinava para ouvir o que ela tinha a dizer. Os dois riam com frequência e naturalmente. Elespareciam um casal
que estava confortável um com o outro.
— Anne Marquis está deslumbrante hoje à noite, —
disse Grace. Ela acenou para vários outros casais, murmurando seus alôs e chamando-os pelonome.
Ele deveria saber que sua mulher saberia a identidade
de cada pessoa participando do evento. Era seu evento e
sua lista de convidados. Ela tinha que ter passado por ela mais de cem vezes. Para não mencionarque Eloisa tendia
a convidar a elite sempre, então a caridade arrecadava
muito dinheiro, mas estreitava a lista de convidados.
— Anne sempre foi uma das favoritas da nossa família, —disse Vittorio quando se aproximaramdo outro
casal. Eles foram parados inúmeras vezes, e ele sabia que era porque todo mundo queria ver seera verdade que
ele estava noivo da Grace Murphy — Uma amiga muito
boa.
— Estou feliz que Taviano a esteja acompanhando.
Eles parecem muito bem juntos.
Vittorio examinou o pátio em um esforço para vislumbrar o ex-marido de Anne.
— Ela estava tão apaixonada por ele que sua traição
quase a tinha destruído. Ela ligou para Emmanuelle, que
foi até a casa dela e removeu as pílulas que poderiam
tentá-la a fazer algo louco em sua dor. Então elas ficaram conversando por duas noites seguidas.Quando Anne adormeceu, Emmanuelle a guardou, recebendo
telefonemas e redirecionando-os para o agente de Anne.
Seu ex-marido, Moritz Mischer, dono de uma famosa
vinícola, tinha uma gostosa pendurada no braço. A menina não poderia segurar uma vela paraAnne. Ela estava vestindo um vestido cortado em um V na frente todo o até o umbigo. As costas
tinham um corte semelhante até o
meio de suas nádegas, mas a parte de trás tinha tiras finas de tecido, uma escada segurando ascostas no lugar.
Sua risada era excessivamente alta e ela se agarrava a
Mischer e enviava olhares venenosos a Anne.
Anne não olhou para eles. Ela parecia completamente
absorvida em sua conversa com Taviano. Emmanuelle fez
o seu caminho para o casal e as duas mulheres se abraçaram. Vittorio notou com satisfação queMischer não
podia tirar os olhos de sua ex-mulher, que parecia elegantemente deslumbrante como decostume.
Candy Chardonnay era a modelo que a adega de Mischer havia contratado para fazer comerciaise cartazes. Ela mudou legalmente seu nome para Candy Chardonnay quando começou suacarreira na indústria pornográfica. Moritz passou um bom tempo com ela e quando ela lheofereceu todos os tipos de favores, ele a aceitou. Infelizmente, para ele, Candy também tinhaorganizado um jeito muito público de Anne descobrir. Os
paparazzi estavam perto quando Anne abriu a porta, expondo Candy de joelhos, a cabeça no colode Mischer.
Ela olhou para cima e sorriu para as câmeras, um contraste muito distinto e icônico para a dor e ohorror de Anne e o choque de Mischer. Esse contraste garantiu que
a fotografia estivesse em todos os tabloides possíveis.
Mischer não sabia que Candy estava por trás da exposição, mas a família Ferraro a pedido deAnne, fizera uma investigação. Rigina e sua irmã descobriram os telefonemas que Candy tinhafeito aos paparazzi, prometendo-lhes uma história muito suculenta sobre Anne
e seu marido. Ela ligou para Anne anonimamente e disse
que ela tinha que se apressar para a vinícola, que Mischer estava ferido. Anne tinha corrido paralá.
Vittorio continuou movendo Grace habilmente por entre a multidão, fazendo o caminho emdireção a seu irmão e Anne, o tempo todo examinando cada possível
esconderijo e verificando os fornecedores em seus uniformes, equilibrando bandejas enquanto semoviam em
torno das pessoas, oferecendo canapés. Ninguém esbarrou em Graça. Vittorio protegia seu
ombro em todos
os momentos.
— Como está se sentindo, gattina? Eu vi você pegar algumas coisas que são mais pesados doque os dois quilos e meio que o médico permitiu a você.
Ela assentiu com a cabeça. — Eu percebi no último
minuto. Estou acostumada a simplesmente fazer as coisas
sem ficar constantemente pedindo ajuda.
Ele transferiu a mão à nuca, sorrindo
descuidadamente para um senador e sua esposa. Ele se
inclinou para se concentrar completamente em sua mulher, sua postura corporal em proteção,mostrando a
seus amigos e familiares que ela importava mais para ele.
— Eu não estou reclamar por não cumprir a ordem do
Doc, porque é evidente que você está tentando. Mas eu vi Eloisa puxá-la de lado e falar comvocê. Você não disse
uma palavra a ela, mas eu poderia dizer pela forma como
ela parecia, que ela estava rasgando você.
Grace olhou para ele, a expressão em seu rosto cautelosa. — Este é o meu negócio, Vittorio.
Você concordou que eu iria lidar com o meu negócio. Sua mãe
contratou minha empresa para este evento e nós nos orgulhamos de entregar exatamente o que ocliente quer.
Ela ordenou uma planta chamada Lotus bertheloti 37, mais comumente chamada de bico depapagaio, em cada mesa
e subindo pelas treliças. A planta é exuberante. A flor é conhecida por suas pétalas em forma degarras de lagosta que se assemelham a um bico de papagaio. A pedimos, é
claro, com muita antecedência, mas o avião que as transportava perdeu um motor e teve quefazer um pouso
de emergência. Não havia nenhuma maneira de tê-las aqui em tempo, por isso a substituímos poroutra flor muito rara de igual beleza.
37
Lotus Berthelotii é uma espécie de fanerógama leguminosa perene, endémica dos pinhais dailha de Tenerife. Encontra-se em perigo crítico de extinção no seu habitat natural, onde persistemapenas espécimes isolados.
Vittorio olhou em volta. Flores estavam em todos os
lugares. Elas eram bonitas e tinham um perfume fraco e
indescritível que era sutil, mas acrescentava ao romance da noite. Vittorio olhou em volta dele.Flores estavam por toda parte. Elas eram de uma cor azul-esverdeada, grandes trepadeiraspendiam de treliças e desciam dos tetos no salão de baile, adicionando uma sensação tropical.Cada mesa tinha uma única moita flutuando na
água com velas como peça central.
— A flor de jade38 é encontrada nas Filipinas e realmente é uma videira, mas a cor, quase
turquesa, é
rara e bonita. Foi extremamente difícil obtê-la, mas eu conheço algumas pessoas, e para esteevento fizemos acontecer. Katie sabe como falar doce. Em qualquer caso, as flores bico depapagaio são de uma cor diferente.
Aparentemente, era a cor e não a raridade que sua mãe
teria preferido. Tentamos ligar para perguntar a ela quando não conseguimos obter o bico dopapagaio, mas
38
Macrobotrys Strongylodon, também conhecidos como jade videira, esmeralda videira ou jadeturquesa videira, é um tipo de videira perene lenhosa das leguminosas, é as florestas tropicaisde nativo Filipinas, com hastes que podem atingir-se 18m de comprimento. Seu nome local é"tayabak". É um membro da família botânica Fabaceae, que está intimamente relacionada aofeijão e ao ayote. Macrobotrys Strongholdon é polinizado por morcegos.
ela não retornou nossas ligações mesmo quando dissemos que era uma emergência.
Ele passou os dedos por sua pele suave, porque era
impossível não a tocar. Ela usava o cabelo para cima, uma chama vermelha tão intrincada que eledesejava desfaze-la, um grampo de cada vez, e assistir os fios caírem em torno dela. Ele haviaescolhido seu vestido e
tinha havido um pequeno protesto, mas era bonito, e ela
sabia que ficaria incrível nele. O tecido fabricado na França pela família Archambault, primosdos famosos cavaleiros. O verde era uma combinação perfeita para os
olhos e realçavam sua cor e brilho. Como os ternos dos
cavaleiros, o tecido parecia vivo, respirando a cada passo se agarrando a cada curva, mas era levee elástico.
A sobreposição era translúcida com rosas brancas bordadas espalhadas pelo vestido rabo depeixe. O decote do vestido verde era baixo quase na curva de seus seios, mas a sobreposiçãotranslúcida tinha gola arredondada e
mangas compridas. A silhueta ajustada era linda, o contrastando com a renda bordada ...espalhados ao longo das rosas havia pequenos diamantes cintilantes, captando a luz paraadicionar lampejos de fogo ao vestido para combinar com o fogo em seu cabelo. Vittorio sabia
que Grace nunca teria tocado o vestido se ela soubesse o custo, mas ele sabia que era perfeitopara ela. Ele achava que ela era a mulher mais bonita na sala. Sexy e elegante, exatamente comoele a tinha imaginado quando tinha visto desenhos do vestido.
Ele segurou seu rosto, as mãos emoldurando a beleza
lá. — Eu aprecio que você ache que é seu trabalho aturar as besteiras de Eloisa, mas não é. Estenão é só o evento dela. A família Ferraro o faz em conjunto. Ela pode falar com os planejadores,mas ela não pode demiti-los sem o
voto de toda a família. Se você está preocupada com isso ... —seu polegar deslizou sobre opequeno recuo no
queixo dela.
Ela balançou a cabeça. — Eloisa vive para esses
eventos. Ela gosta deles, cada passo do planejamento, todo o caminho até a noite final. Ela temvisão e, geralmente, é uma que é bonita e bem-sucedida.
Podemos ajudá-la a ajustá-la um pouco, mas ela visualiza o que ela quer, melhor do que qualqueroutro cliente que temos. Cada evento tem sido melhor do que o anterior e
levanta mais dinheiro para suas causas. Se eu tiver que
aturar ela discursando sobre as flores que deveriam ter
estado aqui, eu estou bem com isso.
Ele se inclinou para roçar um beijo sobre sua boca virada para cima, seu coração apertando comforça no peito. — Eu sei que você está bem com isso, mas eu não.
Você é minha. Minha mulher. Você vai ser minha esposa
muito em breve. Ela não vai abusar de você mais do que
eu quero que ela abuse de minha irmã.
— Sua mãe desabafa. Ela expressa sua frustração com raiva. Ela não é boa recebendo golpes. Éclaro que
ela tem poucos amigos e ninguém para conversar quando
ela não entende o que está acontecendo ao seu redor.
Todos vocês são adultos agora ...
— Não pense nela como sendo um ninho vazio. —
Abruptamente ele deixou suas mãos deslizarem do rosto
dela quando ele se endireitou, sua boca dura, seus olhos a avisando que havia algumas coisas queele não toleraria. Eloisa abusando dela era uma delas.
— Ela nunca quis ter filhos e quando os teve, ela não
cuidou deles. Ela deixou isso para seu filho mais velho, que mal tinha idade escolar. Eloisa nãonos via como crianças.
— Talvez não, Vittorio, mas quando você era mais velho, ela interagiu com você. Ela tinhaalguém para conversar.
— Para criticar, —ele corrigiu.
Ela sorriu e colocou sua mão na dele. — Talvez seja à
sua maneira de falar. Em qualquer caso, contanto que se
refira a este negócio, vamos concordar em discordar.
Vittorio engoliu seu decreto. Ele não deveria ter feito
esse trato com ela. Ele devia ter anunciado que ele era o responsável e seguir daí. Agora ele nãotinha uma perna
para se sustentar, mesmo quando ele sabia o quão ruim
Eloisa poderia ser. Sasha não se importava com suas críticas contínuas, mas Emmanuelleprincipalmente sim, o que só encorajava Eloisa a saltar em sua filha e rasgá-la em pedaçosemocionalmente a cada chance que ela tem.
Ela fazia o mesmo com Francesca. Ela tentava com Mariko, mas não frequentemente,respeitando-a como uma cavaleira. Agora ela tinha Grace para chutar, mas Vittorio não iaadmitir isso.
— Eu vou avisá-la desta vez, Grace. Eu posso não ter
uma palavra a dizer quando se trata de seu negócio. Eu
não gosto disso, mas eu prometi a você, e eu mantenho
minhas promessas. Qualquer outra vez que ela saia da linha, eu vou ser o único a lidar com ela. Eeu espero que você me diga imediatamente cada vez que isso acontecer.
—Ele segurou o olhar dela até que ela relutantemente concordou.
Eles chegaram a Emmanuelle, Taviano e Anne.
Vittorio imediatamente apresentou Grace a Anne. Anne estendeu a mão e Grace a tomou. — Éum prazer conhecê-la. Vittorio me falou muito sobre você.
— Nada disso é verdade, —Anne proclamou com um
largo sorriso. — Você não pode acreditar em uma palavra
do que ele diga. —Ela se inclinou para escovar ambos os
lados do rosto de Vittorio com um beijo.
Vittorio podia ver a tristeza em seus olhos. — Você
não foi dançar ainda?
— Nós estávamos prestes, —disse Taviano. — Você
se importaria de se juntar a nós?
Um homem muito bonito pairou perto deles e sorriu
para Emmanuelle. — Dança comigo, Emme? —Ele era alto, com cabelo e olhos castanhos muitoescuros.
Vittorio tentou lembrar dele. Ele parecia ser mais velho do que Emme por alguns anos. — Vocêpode querer me
dizer quem é antes de levar minha irmã a qualquer lugar.
O homem virou-se para ele. — Sou Elie Archambault.
Eu estive nas forças armadas com Demetrio e Drago, mesma unidade. Meu pai é francês, minhamãe norte-americana. Ele morreu há alguns anos e ela me trouxe
para os Estados Unidos com ela.
Vittorio lembrou de um dos famosos cavaleiros Archambault morrendo de câncer, alguns anosantes.
— Meu pai era o mundo de minha mãe. Quando ele
foi embora, ela estava tão debilitada que eu vim com ela,
—Elie adicionou como se Vittorio precisasse de mais uma
explicação. — Ela morreu quando eu tinha dezoito anos.
Entrei para o exército e tive uma boa carreira, mas eu fui ferido e tive que sair. Eu precisava deum emprego quando saí, e Demetrio sugeriu que eu viesse treinar com Emilio como guarda-costas. —Ele soou quase entediado,
como se ele tivesse repetido a sua história várias vezes, e Vittorio estava certo de que ele tinha.
Elie tinha acompanhado sua mãe angustiada para casa, em vez de tê-la deixado sozinha depois da
morte de seu marido. Vittorio gostava mais dele por isso.
— Você poderia ter dito tudo isso a mim, não ao meu
irmão, —Emmanuelle apontou. Havia uma clara suspeita
em seu rosto, como se ela acreditasse que Elie tinha sido obrigado a lhe convidar para dançar.
Os olhos escuros, de Elie deslizaram sobre ela. —
Seu irmão perguntou. Você não. —Ele virou-se e deu um
passo para longe.
— Espere. —Emmanuelle teve que dar vários passos
para alcançá-lo. — Eu gostaria de dançar com você. Eu
deveria ter dito isso imediatamente, mas você me surpreendeu.
Elie se voltou para ela lentamente, aqueles olhos escuros flutuando sobre ela. — Você é bonita.Como uma
rainha. Eu não sei por que você ficaria surpresa que um
homem fosse querer dançar com você.
— Você está ciente da possível situação acontecendo
hoje à noite? —Perguntou Vittorio.
— Emilio informou a todos nós. Eu estou de folga. Eu
não a teria convidado enquanto eu estivesse trabalhando.
Com o canto do olho, ele viu Emmanuelle soltar a respiração. Ela visivelmente relaxou com adeclaração de Elie. Vittorio apertou os dedos em torno da mão de Grace e acenou para que Elie eEmmanuelle o precedessem para o salão de baile. A música tinha mudado para uma
mais lenta, sonhadora e no momento em que os três casais chegaram, Vittorio balançou Graceem seus braços. Ele estava doendo para segurá-la.
— Eu deveria estar trabalhando, —ela lembrou, a voz
abafada contra seu peito.
— Você deveria estar se certificando que seu homem
está feliz, o que, neste exato minuto, ele está. —Vittorio a trouxe ainda mais perto, soldando seus
corpos juntos para que eles corressem sobre a pista em perfeita harmonia.
Se ele pudesse se perder quando havia perigo potencial em torno dele, ou de qualquer um queamava,
teria sido bem ali, naquele momento. A música, as estrelas no céu, as flores turquesa perfumadasem cascata em treliças do teto ao chão, todos aumentando a
completa magia. Ele levantou a cabeça p or um momento
par a olhar em volta dele para os outros casais dançando.
As organizadoras haviam criado o momento perfeito para
todos, dando-lhes a chance de entrar em um interlúdio romântico com alguém que eles estavamesperando conhecer melhor, ou alguém que eles amavam.
Grace era perfeita contra ele. Seu corpo movia-se sob
o vestido, um fluxo sensual que construiu um fogo latente no centro de sua virilha e fez umapropagação preguiçosa de calor em suas veias. Seus passos combinavam com o
dele sem problemas, mas ele não queria quebrar o feitiço em volta deles para perguntar se ela jáhavia feito aulas de dança. Ela aprendeu em algum lugar.
Ele observou sua irmã conversando com Elie
enquanto seu parceiro a mantinha a salvo evitando que
qualquer um esbarrasse nela. Pela primeira vez em muito
tempo, Emmanuelle parecia relaxada e, se não feliz, definitivamente interessada no que Elietinha a dizer.
Aquilo era uma coisa boa. Ele se perguntou se deveria
sugerir a Grace que Elie se sentasse à mesa de Emmanuelle. Ele não olhou para a parte de umguarda-costas. Ele era alto e ágil, em vez de musculoso, mas Demetrio nunca teria sugerido queele procurasse um emprego na Gallo Segurança a menos que ele pensou que o homem era capazde trabalhar ao nível que Emilio
exigiria. Ele deve ter sido ensinado a ser um cavaleiro,
com seu pai um famoso membro da família Archambault.
Eles eram conhecidos como cavaleiros.
Vittorio moveu a mão pelas costas de Grace. Sua palma estava quente contra o material fino deseu vestido.
Ele queria tanto tocar sua pele que ele poderia provar o desejo em sua boca. Seu pênis empurroucom força contra seu corpo, tornando conhecido como ela o afetava.
Ela parecia derreter-se nele, seu corpo suave e fluido, rendendo-se a ele, do jeito que faziaquando ela o beijava, ou fazia amor com ele.
Ele girou em torno dela, então eles estavam no escuro
e sua mão podia deslizar sobre o traseiro tentador. Ele
segurou e apertou-a mais profunda nele. — Você me faz
feliz, Grace. Simples assim. Eu nunca me senti assim antes.
Ela inclinou a cabeça para olhar para ele. — Você me
faz muito feliz, também.
Um casal se aproximou e Vittorio girou Grace longe
deles, olhando para ver quem tinha chegado tão perto quando não precisam. Para seu espanto,Eloisa dançava
com um homem que tinha trabalhado para a sua família
há anos. Henry Watson tinha os braços em volta dela,
seus passos em absoluta sincronia, como se tivessem estado dançando juntos por anos. Ele nuncatinha visto
sua mãe dançar antes. Seu pai, Phillip, tinha dançado em numerosas festas de caridade, masnunca com sua mãe.
Vittorio olhou para Taviano para ver se ele estava testemunhando o que Vittorio considerava umevento histórico. Grace e Katie tinha realmente criado magia, a fim de levar Eloisa nos braços deum homem a dar uma
volta ao redor da pista de dança.
Taviano enviou-lhe um sorriso e depois acenou com a
cabeça ligeiramente para a esquerda. Vittorio coçou o queixo no topo da cabeça de Grace edesviou o olhar na
direção de seu irmão tinha indicado. Moritz Mischer dançava com Candy. Candy estava toda emMischer. Ela
esfregava seu corpo descaradamente sobre ele, suas mãos deslizando para cima e para baixoenquanto se moviam juntos ao redor da pista de dança. Ele parecia
muito desconfortável. Seu riso era alto e para os ouvidos de Vittorio soou sarcástico, como sesoubesse que Anne
estava perto.
Taviano virou Anne para que ela ficasse longe do casal. Sua mão torcia a dela suavemente paratrazê-la sobre o seu coração e enquanto executavam os passos
perfeitamente, elegantemente, ele inclinou a cabeça para a dela e sussurrou em seu ouvido. Elespareciam ser um
casal apaixonado.
— Vocês Ferraros definitivamente sabem como jogar
com o público, —disse Grace. — Anne é uma atriz e eu
esperava que ela agisse como se estivesse totalmente em
seu irmão, mas as habilidades de atuação dele são excelentes. —Ela olhou para ele como sepensasse que
ele estava agindo assim.
Vittorio inclinou a cabeça para beijá-la. — Seu ex é
aquele com a mulher alta, muito bêbada vestida de púrpura logo ali, mas se aproximando. —Elesussurrou as
informações contra o ouvido dela.
Grace virou a cabeça e girou em torno dela para que
ela pudesse ter uma visão melhor. Candy oscilou sobre os calcanhares e pegou nas lapelas docasaco de Mischer.
— Eu não posso acreditar que ele trocou Anne por
aquela mulher. —Grace ficou indignada em nome de Anne.
— Ele não parece feliz. Na verdade, ele está prestando mais atenção à Taviano e Anne que aoseu encontro.
— Ele é um homem ridículo por não saber o que tinha e valorizá-lo. Anne e Taviano estãosentados na mesa Ferraro. Espero que todos vocês olhem por ela.
Grace teria olhado para Candy e Mischer, mas Vittorio
girou em torno dela mais uma vez, tentando não rir. Ele
sabia que sua mulher era uma pequena banana de dinamite quando explodia. Ele a tinha vistofuriosa.
— Nós definitivamente vamos olhar por ela, —ele tranquilizou.
— O objetivo com Taviano não é fazer seu ex-marido
ciumento, é? Ela não quer recuperá-lo, certo?
Vittorio olhou para a ansiedade e ardor no rosto virado
para cima de Grace. Seu coração fez aquela coisa fusão
curiosa que ele estava se acostumando quando estava perto dela. — Você é uma coisinha tãoferoz quando precisa. Eu penso em você como minha linda gatinha, e
então você ruge, e eu tenho que mudar minha avaliação.
Você está dizendo que se eu cometesse tal erro e permitisse que outra mulher me tentasse ...
— Traição, Vittorio, basta usar a palavra certa.
Quebrar o seu voto. Nenhum autocontrole. Isso o deprecia como um homem. Sei que homens emposições como a
sua, homens com poder e dinheiro, tem mulheres se atirando para eles, mas se um homem tomouum voto e se
prometeu a mulher que ele deveria amar e respeitar acima de todos os outros, e depois a trai, elenão vale nada.
Nada mesmo. Isso mostra que tipo de homem ele é.
Então, não, eu não o aceitaria de volta. Eu não preciso de um homem para cuidar de mim. Eutenho me cuidado a
maior parte da minha vida, até mesmo de minhas próprias
necessidades emocionais. Eu iria embora porque sempre
pensaria menos de você.
Ele amava sua voz um pouco cortada. Ela quis dizer
cada palavra.
— Meu homem poderia fracassar nos negócios e eu
nunca sairia do seu lado. Mas isso? Traição? Apenas diz
que ele realmente não é nada e não respeita a mim ou a
ele mesmo. Eu prefiro viver sozinha. Eu posso me sustentar e ser feliz com o meu trabalho.
Ele inclinou a cabeça para pressionar seus lábios contra a orelha dela. — E sobre sexo? —Suavoz era deliberadamente sensual, e seus lábios roçaram aquela pequena concha com cadapalavra. Grace estremeceu em
seus braços.
— Há brinquedos realmente maravilhosos que resolvem um monte de coisas, Vittorio, então sevocê está pensando em ir pela estrada da traição, saiba que eu o
substituirei pelo melhor amigo de uma menina.
— Eu pensei que eram os diamantes. —Ele girou em
torno dela, mantendo seus corpos entre Taviano e Anne e
Moritz e Candy.
Moritz estava definitivamente tentando chegar ao lado
de Anne. Candy ficava mais alta quanto mais perto chegavam. Henry girou Eloisa entre oscasais, colocando
outro obstáculo no caminho, frustrando o plano de Mischer. Então Elie levou Emmanuelle entreeles também.
Todo o tempo, Taviano manteve a cabeça inclinada para
Anne como se eles estivessem tendo uma conversa íntima
e não sabiam nada sobre o drama rolando na pista de
dança.
Vittorio sentiu olhos nele e virou a cabeça para encontrar o olhar de raiva de Valentino Saldi. Ohomem
estava furioso. Ele olhou para Vittorio, e depois para Emmanuelle.
Val não tentou abordá-los, o que foi bom. Vittorio não
queria uma briga pública no registro, mas não havia
nenhuma dúvida em sua mente que o herdeiro Saldi estava muito irritado com a forma comoEmmanuelle e Elie dançavam juntos.
Elie fez questão de demonstrar seu interesse pela princesa da família Ferraro. Ela era inteligente,bonita, elegante, sensual e muito letal. Emmanuelle dançava em
arrecadações de fundos o tempo todo, mas ela nunca se
inclinava para um homem, ou olhava para o rosto dele como se não estivesse ciente dosdançarinos ao seu redor. Ela riu de algo que Elie disse, e Vittorio sabia que era genuíno.Emmanuelle não ria com frequência.
Nenhum deles o fazia, mas ele sabia quando ela estava
atuando, e não era isso. Pela primeira vez desde que conheceu Val aos dezesseis anos, ela pareciasinceramente interessada em outro homem.
— Eu não gosto do jeito que Val está olhando para
Emmanuelle, —Grace disse suavemente. — É tarde demais para mudar mesas. Emmanuellesempre solicitou
que os Saldi ficassem sentados à mesa a esquerda da
dos Ferraro. Val senta-se no final, mais próximo de onde Emme senta. Esses acordos nuncaforam alterados.
Vittorio amaldiçoou em voz baixa. — Tem certeza de que não pode mudar os lugares?
— Sinto muito, querido, as pessoas já estão se sentando. A comida está sendo servida e o leilãoserá iniciado. Eu gostaria de ter sabido.
— Minha mãe sabia. Droga Eloisa e seus jogos. Ela
pensou iria mostrar a Emmanuelle o que acontecia quando você se permitia amar a pessoaerrada. —Vittorio
sabia o risco era grande demais para dar chance de Val
falar com Emmanuelle. Val tinha dons. Talvez os outros
não os reconhecessem, mas Vittorio sabia que o herdeiro
Saldi tinha uma voz semelhante à sua. Ele poderia encantar e persuadir. Emmanuelle eraparticularmente suscetível a sua voz.
Vittorio sabia que eles poderiam perder Emme. Ela nunca trairia sua família, e tinha muitoorgulho para rastejar de volta para Val, mas se ela achasse que nunca seria livre para amar outrapessoa, ela podia tirar sua própria vida.
Eles viviam com violência todos os dias. Nunca era
fácil se levantar e enfrentar o que eles faziam quando estavam sozinhos. Todos eles tendiam aviver
selvagemente, a fim de combater o terrível vazio que sempre os corroía. Emmanuelle erasensível.
Compassiva. Ela era romântica. Se Valentino não a deixasse sozinha e permitisse que elaencontrasse outro
bom homem, Vittorio sabia que sua amada Emmanuelle
iria tomar o assunto em suas próprias mãos.
— Este é um cenário ruim. —Vittorio expressou sua
preocupação em voz alta.
— Eu poderia facilmente adicionar Elie na mistura.
Será que Emmanuelle ficaria chateada se eu fizesse isso?
—Perguntou Grace. — Eu acho que ele é o tipo de homem que se você o chamasse à parte eexplicasse que
seu ex está na ponta da mesa, ele tomaria o lugar habitual de Emmanuelle e nós a moveríamosum assento para o
lado. Seria difícil para Val falar sobre a cabeça de Elie.
Ele gostou do plano. Emmanuelle talvez não, mas Elie
iria fazê-lo. Ele era empregado dos Ferraro soubesse ou
não. Todas as empresas, eventualmente, estavam sob um
Ferraro.
— Vamos fazer isso, —ele concordou.
Grace começou a deslizar para fora de seus braços,
mas ele apertou-os ao redor dela. — Espere até o final da
canção. Vou nos levar para Emme e Elie e explicar o que você vai fazer. Você escapa nesseponto e faz.
Ela assentiu com a cabeça. — Não se preocupe. Eu
só tenho que ir à cozinha e imprimir uma placa de identificação em nosso extravagante papel
ouro e prata.
Dê-me cinco minutos.
Vittorio lançou outro olhar para Valentino. O homem
não tirou seu olhar furioso de Emmanuelle. Ele claramente estava disposto que ela olhasse paracima e o visse. Ao
lado de Val, seu primo e guarda-costas, Dario, também
estava olhando para o casal. Ficou claro que ele também
estava zangado, mas seu olhar estava em Taviano.
Grace também estava olhando. — O homem com ele
parece muito chateado com Taviano.
Vittorio não ficou surpreso ao notar. Ela tinha que estar alerta e atenta quando estavaconstantemente preocupada que Haydon Phil ips aparecesse em sua vida
a qualquer momento e levasse seu mundo para longe dela.
— Aquele é Dario Bosco, primo de Val. Ele é filho de
Miceli, embora Miceli nunca se casasse com sua mãe. Ele
muitas vezes serve de guarda-costas para Val, embora ele
também seja um herdeiro do império Saldi. Ele tem uma pequena coisa para Nicoletta. Tavianodisse-lhe para esquecer, que ele estava noivo de Nick.
Sua sobrancelha se elevou. — Ele está?
— Ainda não, mas ele vai estar.
— Eu amo esses eventos, —disse Grace. — Todos os
dramas dignos de uma peça de teatro ou um filme. Eu
deveria escrever livros.
— Uma exposição sobre a família Ferraro, —disse Vittorio, mas ele não realmente achava graça.Ele teve muitos anos de paparazzi invadindo sua vida e tentando
trazer à tona todos os segredos de sua família.
— Não sua família. Você não é tão maluco quanto
alguns.
A voz de Grace tocou com a verdade e ele ficou imediatamente intrigado, olhando ao redor dasala como
se ele pudesse achar o mais louco de seu círculo.
A risada dela deveria ter elevado seu humor, mas os
nós em seu estômago começaram a apertar. A se ampliar.
A música desapareceu e relutantemente ele permitiu que
Grace escapasse de seus braços. Ele preferia mantê-la ao
seu lado, mas quando era impossível, ele tinha vários de seus guardas com os olhos nela emtodos os momentos.
No entanto, ele mandou uma mensagem, para garantir que olhassem a mulher que ele amava.
Ele fez o seu caminho para Emmanuelle e Elie, que
estavam em pé na borda da pista de dança falando em um
tom baixo.
— Eu odeio interromper, —disse ele, pois ambos olharam para cima.
— Onde está Grace? —Emmanuelle perguntou
imediatamente, vasculhando o salão.
Vittorio soube o momento em que ela viu Val e Dario
na entrada do salão de baile. Ela lançou lhes um olhar
rápido e, em seguida, seu olhar foi direto para o rosto de seu irmão. — Você está aqui por causadeles.
— Grace e Katie não sabia como mudar os arranjos
de mesa. —Emmanuelle fez uma careta. — Eu lembrei
Eloisa.
— O lembrete não adiantou.
Emmanuelle olhou para seus pés. Vittorio quis que ela
arrumasse a solução por si mesma. Ele não pretendia
envergonhá-la, não se ela realmente estava interessada em Elie. Ele sabia se ela estava, e seVittorio forçasse Elie a se sentar com ela, ela seria afetada e distante.
— Sinto muito, —disse Elie. — Eu não sei o que está
acontecendo, mas se eu puder ajudar de alguma forma,
eu ficaria feliz em fazê-lo. E se vocês preferem conversar em particular ... Ele indicou que sairia.
Emmanuelle não tirou a mão de onde estava na dobra
do braço dele. Ela olhou para ele e respirou fundo. — Eu sei que estou agindo como umacovarde, mas eu gostaria
muito se pudesse sentar na nossa mesa comigo durante a
refeição. Tenho certeza que Emilio aprovaria. Vittorio pode perguntar a ele.
O olhar de Elie não deixou o rosto de Emmanuelle. —
O motivo?
Vittorio gostou que ele não simplesmente concordou.
Ele não era um homem para ser empurrado. Emmanuelle
definitivamente precisava de alguém forte.
— Eu tenho saído com Val Saldi por vários anos.
Recentemente, eu terminei com ele, depois de descobrir
algumas coisas muito perturbadoras. Eram fatos, eu não
ouvi fofocas. Em qualquer caso, ele está tentando explicar
as coisas para mim e eu não quero ouvir suas explicações. Se você preferir não se misturar naminha
bagunça, eu entendo completamente.
Elie ficou em silêncio um momento, estudando o rosto
de Emmanuelle. Vittorio sabia o que o guarda-costas via.
Sua irmã era linda. Agora, ela parecia vulnerável, quase frágil. Ele não podia imaginar qualquerhomem deixando
passar uma oportunidade de ajudá-la.
— Seria um prazer jantar com você, Emmanuelle, —
disse Elie. — Vamos encontrar nossos lugares.
Capítulo 19
Vittorio sentou-se com Grace ao lado dele na mesa elegante, com a peça central de florestatropical, que incluía as flores turquesa das Filipinas. Grace estava muito desconfortável e tinhatentado evitar se sentar com ele por várias vezes. Era sua primeira discussão real, e, no final, nãohavia como se comprometer, ele queria
Grace ao lado dele na mesa da família e ela atendeu aos seus desejos.
Ele entendeu. Ela estava trabalhando. Essa era uma
das maiores festas da KB Events. Grace não sentava e
comia com os clientes, ela trabalhava. Ela tinha certeza que tudo corria suavemente nosbastidores. Ele queria que ela e todos os outros entendessem que ela estava
com ele. Ela era uma Ferraro para todas as intenções e
propósitos e todos, especialmente sua mãe, precisavam
dar-lhe esse respeito em todos os momentos ou estariam
lidando com ele. Não importou o argumento que ela usou,
ele se recusou a ceder quando soube que ela estava em
perigo terrível. Ele sabia que ela não poderia ficar lá por muito tempo, mas até mesmo algunsminutos
estabeleceriam na mente de todos o que ele precisava.
Então, ele planejou estar ao lado dela quando ela trabalhava.
Ele baixou a mão para sua coxa sob a toalha de renda
fiada. Ela olhou para ele, tocando a ponta da língua nervosamente no lábio superior e, emseguida, mordendo
o lábio inferior. Ele se inclinou e deu um beijo reconfortante na boca dela. Ele amava sua boca eestava
tentado beijá-la do jeito que ele queria, mas tecnicamente,
com o seu trabalho, ele precisava mostrar alguma restrição.
Ele esfregou a coxa sobre a renda e deslizou a mão,
sentindo o calor de sua pele e a maneira como os músculos sob o tecido saltavam e estremeciam.— Boa
solução, gattina. Obrigado. Eu quero que Emmanuelle se divirta o máximo possível.
Ela tinha adicionado Elie Archambault para a mesa de
forma integrada, o seu nome no papel elegante como se
sempre tivesse estado lá. Havia cinco casais na mesa e
ela tinha trocado os cartões de Eloisa e Henry para o final da mesa mais próxima dos Saldi etinha dado a Emmanuelle e Elie os dois lugares ao lado de Vittorio e
Grace. Anne e Taviano estavam ao lado da Sasha e Giovanni.
— Bom arranjo. Eu aprovo de todo o coração.
— Eloisa é sempre muito específica sobre onde ela
quer se sentar, —Grace disse, parecendo a epítome da
inocência. — Dadas as circunstâncias, eu sabia que ela
iria querer ajudar a filha, por isso troquei seu lugar com Emmanuelle.
Como se ouvisse, sua irmã olhou para cima e soprou um beijo a Grace. Eloisa e Henry passaramatrás de Emmanuelle e Elie. Vittorio observou que sua mãe e Henry estavam de mãos dadas. Elafez uma careta quando olhou os nomes gravados nas placas douradas.
Sua carranca se aprofundou enquanto olhava por cima da
mesa para Grace. Vittorio revidou o olhar de sua mãe, desafiando a a fazer um comentário empúblico pela mudança. Henry disse algo e a puxou pela mão. Ela foi
com ele para as duas cadeiras vazias no final da mesa.
A conversa girava em torno deles. Giovanni e Sasha
envolvidos com Emmanuelle e Elie enquanto Taviano e
Anne começaram uma conversa animada com Eloisa e Henry.
— Eu sinto como se todo o evento fosse desmoronar
porque eu estou sentada aqui em vez de ver tudo de longe, —Grace murmurou um tanto rebelde.
— Seja paciente. Você contratou três pessoas extras
para ajudar Katie apenas por este momento. Você tem o
seu celular aqui mesmo. Em poucos minutos você vai ser
capaz de ir e verificar todos os detalhes para o leilão.
Ela olhou para o relógio e, em seguida, assentiu.
Ele tomou sua mão, notando que ela estava tremendo, e apertou-a na coxa, no alto, perto de seupênis rebelde que já estava reagindo à proximidade de qualquer parte
dela. Ele esfregou o polegar sobre a parte de trás da sua mão.
— Adoro ver você trabalhar, Grace. Eu acho que o
que você faz vale a pena e que você é muito boa nisso.
Ao mesmo tempo, você é minha mulher, e quando for a
qualquer evento, um dos seus ou de outra pessoa, você
vai estar ao meu lado ou eu estou ao seu lado. De qualquer maneira, estaremos juntos. Não meimporto de ir com você para verificar todos os detalhes que você precisa atender.
Ele não aumentou a demanda. Ele a avisou como ele
era. Ela sabia antes que concordasse em realmente dar
uma chance a eles. Ele ditava em certos assuntos. Este
era um grande problema. Ele disse que seu trabalho pertencia a ela, e era o que acontecia, masem qualquer
grande evento como este, ele estaria ao lado dela.
— Estou bem ciente de que isso é algo que realmente
importa para você, Vittorio, ou você não estaria empurrando tão duro. Estou dando estáconcessão para
você, porque eu quero você feliz. —Ela cobriu o lado do rosto dele. — Isso é importante paramim.
Seu polegar deslizou sobre seus lábios e ele chupou
em sua boca, sua língua girando em torno dele. Ela corou.
— Vittorio. —Sua mãe disse seu nome de uma forma
que podia significar uma repreensão, ou apenas uma maneira de obter a sua atenção.
Ele tomou outro momento para desfrutar, raspando os
dentes sobre a almofada do polegar de Grace e assistir
nascer da cor em seu rosto. Ele moveu a mão dela mais
para cima na coxa, de modo que a ponta dos dedos dela
tocou seu pênis latejante só porque ele amava a cor varrendo em seu rosto.
— Sim, Eloisa? Eu perdi o que estava dizendo, mas
se é sobre a decoração, eu concordo completamente, a
coisa toda é bonita. Mais que bonita. Parece uma terra de fantasia. Eu particularmente adoro asplantas jade. A cor é incrível e a forma como eles caem do teto é simplesmente genial. —Ele sevirou para Grace. — Você não acha, Bella?
— Eu amo essas flores também, —disse Emmanuelle.
— Eloisa, foi a sua escolha? Ela sempre escolhe as flores,
Vittorio. Suas ideias são tão boas que ela devia ser designer. —O elogio era genuíno.Emmanuelle não tinha
ideia de que houvesse algum problema com as flores.
— Eloisa sempre quis ser uma designer, —disse Henry. — Pelo que me lembro, ela era brilhanteno que
fazia. Claro, nunca foi autorizada.
— Henry. —O tom de Eloisa era diferente. Quase uma
admoestação, mas não completamente.
Garçons estavam colocando pratos de comida na frente dos convidados. Eloisa esperou até queeles se fossem. — Originalmente, eu tinha encomendado uma flor
chamada bico de papagaio, mas o avião perdeu um motor.
Grace a substituiu pelo jade e a cor é requintada. Eu não poderia ter encontrado uma melhorsegunda opção. Ela já
fez eventos o suficiente para nós para saber o meu gosto.
Grace corou de novo, mas Vittorio não tinha certeza
se foi pelo elogio inesperado de sua mãe ou pelo jeito que ele tinha pego a mão dela, mordiscadoos dedos por um
momento e, em seguida, mais uma vez, levou-a debaixo
da mesa para colocar a palma da mão sobre a espessura
quente de sua ereção. No momento em que Grace o tocou, seu pênis se sacudiu em resposta.
Ele pegou um garfo. A comida da KB Events sempre era de primeira classe, o que era um plus.— Existe alguma coisa nos lotes do leilão que você particularmente goste, Grace?
Ela enviou-lhe um ardente olhar de reprovação pura,
mas ela não puxou a mão. Ela pegou o garfo também. Ela
tinha um monte de prática de comer com a mão não-dominante e o fez sem problemas. Elacomeçou a lhe responder, mas abruptamente fechou a boca, apertando
os lábios. Ele riu. Ela retaliou acariciando seu pênis dolorido.
Com o canto do olho, ele viu o olhar de Emmanuelle ir
na direção da mesa Saldi. Imediatamente, sua irmã desviou o olhar, a cor subindo um pouco,como se ela não pudesse se controlar. Elie pegou a mão dela e começou
distraidamente a brincar com seus dedos.
Vittorio olhou diretamente para Val, na esperança de
avisá-lo com um olhar. Val estava olhando os dedos de
Elie movendo-se sobre Emme, com um olhar de algo próximo à dor. Ele começou a levantar, e amulher sentada ao lado dele colocou a mão em seu braço e se
inclinou, seu peito descansando no braço dele quando ela
sussurrou em seu ouvido. Val não se virou para olhar para ela, ele ficou observando Emmanuellee Elie e agora não
havia raiva.
Elie não estava exagerando sua parte. Ele não beijou
Emmanuelle ou agia como se fossem íntimos, em vez disso, ele agia como um homem
extremamente
interessado na mulher com quem estava. Val não estava
agindo assim com a mulher que ele tinha trazido. Ele estava agindo como um ciumento ex-amante que não estava disposto a deixar sua mulher ir embora sem uma
luta, e isso preocupou Vittorio.
Ele lançou um olhar para seus irmãos. Todos eles haviam notado a expressão de Val.Normalmente, Valentino Saldi usava uma máscara inexpressiva, ou ele
parecia frio sob fogo. Ele não era um homem de mostrar
emoção, mas deixou claro que ele não gostava de outro
homem perto de Emmanuelle e não ligava muito se estavam observando-o.
O problema estava chegando, e todos eles
precisavam estar prontos para isso. Grace levantou para
resolver todos os tipos de detalhes. Vittorio ficou ao seu lado, mas se manteve em silêncio,observando seu
trabalho, admirando suas habilidades na resolução de todos os problemas que surgiam.
Durante todo o jantar e leilão, onde Vittorio despejou
uma tonelada de dinheiro, relatórios vieram
continuamente. Ninguém tinha visto Haydon Phil ips. Ricco e Mariko estavam com Francesca eStefano na cobertura,
juntamente com seus primos. Lucca, Gino e Salvatore tinham vindo ao serem chamados, comosempre. Mesmo
que todos eles fossem treinados como cavaleiros de sombra e devessem ser capazes de proteger
adequadamente Francesca, Vittorio não gostava do fato
de que ele não estar lá também.
Haydon já deveria ter feito o seu movimento se estava
vindo atrás de Grace. Grace passou o primeiro par de horas indo da cozinha para o salão de bailee para o pátio, garantindo que tudo fosse perfeito. Ela caminhou sem escolta, em várias ocasiões,embora os guarda-costas estivessem por perto. Vittorio se juntou a ela somente depois que elasinalizou que tinha seu trabalho sob controle.
Durante o tempo em que Grace esteve trabalhando,
ninguém tinha visto qualquer um que parecesse com
Phil ips. Enquanto ele ficava feliz que Phillips tinha ficado longe de Grace, isso significava queas chances de ele
atacar Francesca tinham subido. Isso não significa que eles ficariam menos alerta no eventoMidnight Madness,
na verdade, Vittorio queria que sua força de segurança
dobrasse sua vigilância.
Com jantar e o leilão terminados, a dança começou
novamente. Grace olhou para seu telefone e sussurrou para Vittorio que ela precisava fazer ocheck-in com Katie.
Ela tinha que ter a certeza de que tudo estava funcionando corretamente na cozinha. Ele virou-separa ir com ela quando houve uma perturbação atrás dele.
Pegando o braço dela para impedi-la de sair, voltou-se.
Val Saldi veio por trás de Emmanuelle no momento
em que Elie se afastou dela para fazer o check-in com
Emilio para ver para onde deveria ficar. Grace era o alvo principal e Vittorio queria os guarda-costas posicionados ao redor dela, mas Phillips havia deixado claro que iria matar qualquerpessoa que a ajudasse ou fizesse amizade
com ela. Emilio, como chefe de segurança, tinha uma visão diferente. Cavaleiros eram sempre asua primeira prioridade. Vittorio e sua família eram os números um na lista.
Val pegou o braço de Emmanuelle, puxando-a. — Eu quero falar com você.
— Isso não vai acontecer. —O queixo de Emmanuelle
subiu e ela puxou delicadamente seu braço, mas se recusou a fazer uma cena arrancando-o. —Vamos lá, Val.
Eu acho que eu me fiz mais do que clara.
— Isto não é mais apenas sobre nós, —ele assobiou.
— Você não vê o que está acontecendo?
Vittorio deixou Grace escorregar para fora do seu alcance, mas olhou para Eloisa. Ela assentiu e
sombreou
Grace quando sua mulher correu para a cozinha. —
Valentino, deixe ela ir.
Taviano gentilmente colocou Anne de lado. Giovanni
fez o mesmo com Sasha. Sasha passou o braço em torno
da cintura de Anne. As duas mulheres recuaram por insistência de Sasha, para dar aos homensmais espaço
quando os guarda-costas de Val se moveram para a posição de defender seu chefe.
Val ignorou Vittorio, com os olhos no rosto de Emmanuelle. — Eu estou pedindo algunsminutos do seu
tempo, por uma chance de parar uma guerra entre nossas
famílias.
Emmanuelle levantou a mão para parar seus irmãos.
— Essa será a única coisa a falar, Val, —ela decretou.
Ela se moveu alguns centímetros longe de seus irmãos, mas enviou-lhes um olhar suplicante,certificando-se que eles estavam perto, caso ela pudesse precisar deles.
— Nós não tivemos nada a ver com essas mortes,
Emme. Nada. Giuseppi teria chegado a dizer-lhe ele mesmo, mas Mãe Greta piorou. Eu estouindo para lá assim que falar com você, mas era importante você saber, acreditar em nós, que nãoestamos começando uma guerra. Não sabemos quem está fazendo isso mais do que vocês.
— Estou muito triste sobre Greta. Eu sei que ela tem
sido uma mãe maravilhosa para você, Val, —Emmanuelle
disse sinceramente. — Quanto aos corpos mortos aparecendo em nossas lixeiras, cada um delesera um amigo. Bruno? Bruno Vitale? Sua avó não tem um neto
agora. Ele era um garoto.
— Meu ponto, Emme. Giuseppi não paga visitas a crianças. E eles não são torturados e envoltoem tapetes e
colocados em lixeiras. Eu não sei quem está fazendo isso, mas alguém quer uma guerra entrenossas famílias.
— Eles estavam todos trabalhando para a sua família,
—ela apontou discretamente. Ela fez um outro movimento
de olhos por cima do ombro dele para garantir seus irmãos estavam perto. Foi só nesse momentoque ela pareceu estar consciente de que ele não tinha soltado seu braço. Ela deu um passo paratrás. — Stefano deu ao seu
pai uma lista e provas.
Val puxou-a para mais perto dele. — Pare com isso.
Não me irrite mais do que já estou. Isso é importante. Sim, eles talvez trabalhassem para a minhafamília. Temos pessoas aqui, vocês têm pessoas lá, é uma prática aceita, razão pela qual, se elesforem pegos, ninguém os mata.
Eles não sabem nada. Essa é a forma como funciona.
Você sabe disso, Emme.
Ela ficou em silêncio por um momento e parou de lutar
com seu domínio sobre ela. Val conseguiu puxá-la quase
para seu corpo. Vittorio deu um passo mais perto. Seus
irmãos seguiram seu exemplo. Dario deu um passo na frente de Taviano, parando-o. Vittoriosinalizou para Taviano, que tinha um temperamento conhecido, parar.
Val estava certo. O assunto era importante demais para interromper a conversa antes que todospudessem
ouvir o que ele tinha a dizer. Ele tinha um bom argumento.
Nenhum dos homens empregados pelos Ferraro ou trabalhando na vizinhança que recebiadinheiro dos Saldi estaria a par de qualquer informação sobre o império do
crime dos Saldi. Nem um único. Então, por que foram mortos? E por que torturados? Se nãofossem os Saldi
iniciando uma guerra, quem era?
— Você tem um ponto válido, —Emmanuelle admitiu.
— Eu sei que você tem que voltar para Giuseppi e Greta
imediatamente. Vou levar o que você disse para Stefano e ele vai entrar em contato.
Ela se virou como se quisesse ir, mas Val apertou seus dedos ao redor de seu pulso. — Eu não
terminei,
princesa. Você ouviu algo que você não deveria ter, e você se recusa a me deixar explicar.
Emmanuelle ficou branca. — Me solte agora,
Valentino. Não conte com o fato de que eu não gosto de
cenas públicas. Eu não quero estar em qualquer lugar perto de você. Você teve sua diversão.Você seguiu suas
ordens, e você foi muito bom na sedução. Claro,
provavelmente não foi tão difícil. Eu tinha dezesseis anos.
Eu deveria ter deixado minha família te matar.
— Você se sente melhor agora? Nós não vamos chegar a lugar nenhum se você não ouvir. Ohomem que
estava com você não vai fazer nada para você e você sabe disso. Eu quero que você saia comigo,só nós dois ...
Emmanuelle olhou por cima do ombro, os olhos implorando para seus irmãos salvá-la. Vittorionunca esqueceria aquele olhar enquanto ele vivesse.
Emmanuelle era tão apaixonada por Valentino Saldi, que
temia que mesmo depois de tudo que ela tinha ouvido,
que ele não a amava, não a queria, que tinha seduzido
seguindo ordens de seu pai, ela não fosse ser capaz de
resistir à sua ordem.
Vittorio se moveu instantaneamente, derrubando o guarda-costas que pisou na frente dele. Nadao impediria de chegar a sua irmã.
* * * * * * * *
Grace entrou na cozinha e encontrou o caos total. Rene Bisset, o chefe de cozinha, estavagritando com dois dos garçons com todos os seus pulmões, mudando do Inglês
para o Francês periodicamente. Os dois garçons estavam claramente negando que tinhamquebrado todos os pratos. As janelas estavam quebradas, e a comida e pedaços quebrados decentenas de pratos estavam por
toda parte. Os balcões, as paredes e o chão não foram
poupados.
— Rene, acalme-se, —Grace disse, mantendo a voz
calma e baixa. — Parece uma zona de guerra aqui.
Duvido que esses dois sejam os culpados.
— Não há ninguém mais aqui, —Rene insistiu. — Eu
saí apenas por um momento. —Ele jogou as mãos para o ar e fez vários gestos impossível de ler.— Talvez cinco minutos. Eu recebi um telefonema importante. Cinco minutos e eu voltei paraver esta sala destruída e com ela todos os meus pratos. Tudo. —Ele apontou o dedo para
uma tigela quebrada e olhou para os garçons e, em seguida, olhou para ela. — A música está tãoalta que eu não podia me ouvir pensar, muito menos alguém quebrando tudo.
Ambos os ajudantes levantaram as mãos em sinal de
rendição, mas eles não estavam olhando para Rene ou
Grace, eles estavam olhando por cima do ombro para
Eloisa. Grace se virou um pouco e quando o fez, Eloisa gritou e caiu duro no chão, sangueempapando seu cabelo
e empoçando sob sua cabeça. Não havia guarda-costas à
vista. Tinha Emilio os chamados para proteger os cavaleiros, ou tinha Haydon Phil ips osacertados e machucado?
— Haydon? —Grace olhou para o rosto que ela estava tão familiarizada, e ainda assim pareciatão diferente que ela mal o reconheceu. Ele estava vestido em um terno e gravata, a uma curtabarba bem aparada e
bigode quase fazendo-o irreconhecível. Ele se encaixava
na multidão da elite de patrocinadores ricos e benfeitores da arrecadação de fundos Ferraro.
— Não Haydon. É Emerson Caldwell. A assistente de
Eloisa Ferraro me colocou na lista de convidados. Vindo
da Califórnia, eu não conhecia muitas pessoas aqui e ela foi a pessoa que arranjei para meencontrar amigos, o que eu fiz. Todos sentados na mesa para a qual fui designado foram muitolegais.
Casualmente, ele apontou a arma para um dos garçons e puxou o gatilho. Ele atirou no outro nomesmo
joelho que o primeiro. Apesar do silenciador, a arma soou
com um tiro duplo e ela esperava que um dos guarda-costas estivesse perto o suficiente paraouvir, apesar da música alta e das conversas acontecendo no salão de baile e no pátio externo.Ela estava apavorada por eles.
Ambos os homens caíram gritando, mas quando
Haydon balançou a cabeça, pararam, um com a mão sobre a boca para evitar mais um som.Grace olhou para
Eloisa. Ela moveu-se ligeiramente, mas Grace não queria
chamar atenção para ela, agachando-se para ver o quão
ruim o ferimento na cabeça era. Ela se moveu ligeiramente para colocar seu corpo entre Haydone os outros.
Haydon riu asperamente. — Sempre a heroína, não é,
Gracie? Vamos, estamos saindo deste lugar. Eu tenho um carro. Eles nunca vão nos encontrar.
Seu pior medo. — Eu não vou com você neste momento, Haydon. Você tentou me vender. —Elanão sabia o que dizer para parar ele, mas ela tinha que dar a Vittorio tempo para vir buscá-la. Elasabia que ele faria, e tinha fé de que ele seria capaz de usar seu treinamento
para assumir o controle.
Haydon, em sua declaração, virou-se e disparou em Rene. Desta vez, a bala entrou em seu peitoe ele caiu,
ofegante. Haydon sorriu para ela. — Eu não matei ninguém, Gracie. Isso deve fazer você feliz.Bem, com exceção da mãe de Ferraro. Ela vai morrer. Eu odeio aquele bastardo. Ele não podemantê-la longe de mim.
Ele deu um passo mais perto dela para obter um alvo
melhor em Eloisa. Grace podia ver que seus olhos estavam abertos e ela estava ouvindo tudo oque Haydon
dizia.
— Se você quer que eu vá com você, a única maneira
que eu vá fazer isso é se você não tocar em Eloisa. Você a deixa viva, aqui. Quero dizer isso,Haydon. Eu vou deixar você atirar em mim, mas eu não vou.
— Rene precisa de atenção médica agora, Gracie.
Você quer vê-lo morto? Porque eu posso fazer isso acontecer.
Grace cruzou os braços sobre o peito. Seu anel de
noivado era como um talismã em seu dedo. Ela apertou-o
perto de seu peito. Ela não foi treinada da maneira que
Vittorio ou os membros da sua família foram, mas ela era teimosa. Haydon também sabia disso.
— Você mata qualquer um deles, Haydon, e nós vamos ficar aqui mesmo. Eu com eles. —Elasabia que
em termos de tempo, ainda que parecessem horas para
ela, poucos minutos se passaram, talvez, no máximo, três.
Ela podia ouvir os gritos fora cada vez mais e seu coração afundou. Ninguém ia ouvir a arma seHaydon atirasse em
todos eles.
Ele amaldiçoou mais e mais, xingando-a, dando um
passo em direção a ela e levantando a arma como se fosse golpeá-la com ele do jeito que eletinha feito com Eloisa.
— Por que você não apenas vai embora? —Ela corria
o risco de tomar uma surra ou levar um tiro para pará-lo.
Vittorio viria. Ela sabia que ele viria. Ela tinha fé completa que ele faria. Ela repetiu o mantrapara si mesma mais e mais. Agora ela estava convencida que Haydon tinha como alvo os guardasvigiando-a e a Eloisa. Ela só não
sabia como.
Haydon parecia genuinamente perplexo. Ele indicou a
porta com o cano da arma. — Nós sempre estamos juntos. Nós somos uma equipe. Mexa-se.Apresse-se, Gracie.
Ela foi na direção que ele disse, e Haydon virou-se para segui-la. Eloisa levantou e foi para cimadele, atingindo o pescoço da maneira clássica Ferraro. Haydon
virou antes que ela pudesse matá-lo. Os olhos de Rene
tinham se arregalado e ele prendeu a respiração quando
tinha estado continuamente gemendo. Essa pequena diferença tinha alertado Phillips.
Ele bateu com a arma no rosto de Eloisa e deu um
passo atrás para puxar o gatilho. Grace saltou sobre suas costas, suas unhas rasgando seus olhos.Ele gritou, e a
arma disparou repetidamente, como se seu dedo estivesse preso no gatilho. Ele correu para trás ebateu Grace na parede. Sua cabeça bateu um armário e dor explodiu através dela.
Eloisa correu para Haydon quando ele deu a volta para pegar Grace em seu ombro ferido. Ela sejogou no
chão no último segundo, deslizando, prendendo as pernas
de Haydon nas dela e rolando para levá-lo para baixo.
Haydon se inclinou para frente, jogando Grace em cima de Eloisa quando ele tropeçou. Ele serecuperou o suficiente para chutar Eloisa com força nas costelas. Virando a arma para ela, elepuxou o gatilho várias vezes, mas nada aconteceu. Grace forçou-se para encará-lo. Quatro
minutos. Onde estavam os guarda-costas? Vittorio? Seus irmãos?
Haydon agarrou-a pelos cabelos e começou a arrastá-
la em direção à porta. Quando ele fez, ele pegou um pequeno controle remoto do bolso e apertouo botão verde. Instantaneamente uma onda de explosões
aconteceram na cozinha, e as chamas se arrastaram até a
parede e ao longo dos armários.
Usando o intricado penteado que ela usava para puxá-
la, Haydon puxou até não ter escolha a não ser tropeçar
atrás dele. Ambas as mãos foram para a cabeça dela para
tentar forçar a mão dele até o couro cabeludo dela, então ele não podia puxar, mas ele estava semovendo tão rápido que ela tropeçou e caiu. Ao fazê-lo, Eloisa surgiu do nada, emergindo deuma sombra atrás de Haydon. O
sangue escorria pelo rosto dela e nos olhos dela. Não parecia que ela pudesse ver, muito menosficar de pé.
— Corra, Grace! —Eloisa gritou quando se lançou em
Haydon. — Saia daqui.
Haydon ainda tinha a arma na mão e quando se virou
para ela, ele a usou como um morcego, balançando-a cegamente. Ele acertou Eloisa quase nomesmo lugar da
primeira vez. Ela caiu com força, seu corpo desfalecendo como uma boneca de pano. Ela nemsequer tentou amortecer a queda, dizendo a Grace que ela estava inconsciente ou morta.
Haydon voltou sua atenção para Grace. Ela já havia
colocado vários metros entre eles. Muito lentamente ela se agachou e, olhando-o o tempo todo,soltou as sandálias
dos calcanhares. Ela se descalçou.
— Você pode me perseguir, Haydon, e você
provavelmente vai me pegar, mas por agora, todo mundo
está naquela cozinha apagando incêndios. —Ganhar tempo, ganhar tempo, tempo. Vittorio viria.
— Primeiro eles têm que atender aos guardas que deixei no jardim. Então eles têm que quebrar aporta.
Depois disso, eles estarão tentando salvar o chef e os dois idiotas que trabalham para ele. Nãohavia riso em sua voz.
— Grace! —Era Vittorio, e alívio a invadiu. — Aqui fora. Ele está aqui e feriu Eloisa.
Haydon socou-a com força. Seu rosto pareceu
explodir, e ela caiu, com as pernas bambas. Ele pegou o
queixo dela. — Eu vou voltar, e vou matar todos eles. —
Então ele se foi.
A noite parecia engoli-lo, protegê-lo, dar-lhe uma maneira de se esconder quando ninguém maispodia.
Sirenes soaram a distância, mas já era tarde demais se é que os policiais estavam chegando.Haydon mais uma vez
estava livre.
* * * * * * * *
— Mi amore. Grace. —Vittorio agachou-se ao lado dela.
Coração acelerado, ele limpou o sangue e as lágrimas escorrendo pelo rosto dela. Havia quatrohomens com Grace e Eloisa. Todos estavam inconscientes ou quase.
Nenhum de seus guardas principais. Ele ia matar Emilio
pelo envio de seus guarda-costas mais experientes para
auxiliar os cavaleiros. Ele deveria saber que Emilio teria feito isso. Seu trabalho acima de tudoera proteger os cavaleiros. Eloisa não queria esse privilégio por mais tempo. Ela tinha aceitado otrabalho de recepcionista, abandonando seu trabalho como cavaleira, a menos que
houvesse necessidade, portanto, um guarda-costas não estaria muito preocupado com ela. — Elese foi.
Suas mãos se moveram sobre ela, observando cada
estremecimento. — Não necessariamente. Eu não quero
que você se mova. Não tente levantar-se. Eu vou verificar Eloisa.
— Eu preciso saber se ela está bem, Vittorio. Ela me
salvou mais de uma vez.
Essa seria sua mãe. Ela seria uma cadela sobre suas
escolhas, mas iria defender e lutar por cada uma delas.
Ela daria sua vida se fosse necessário. Agachou-se ao lado dela e gentilmente examinou oferimento na cabeça.
Era profundo, e jorrava sangue. Eles já tinham chamado
ambulâncias para os feridos na cozinha. Ele mandou uma
mensagem aos outros. Ele precisava ir caçar e não poderia fazê-lo até seus irmãos e irmã estaremlá para
Grace e Eloisa.
Taviano e Emmanuelle chegou quase que
instantaneamente. Emmanuelle correu para Eloisa com um pequeno grito. Taviano ficou paratrás esperando Vittorio dizer a ele o que queria que fosse feito, mas seu olhar estava no corpo desua mãe.
— Ela está viva?
— Mal. Ela precisa de chegar ao hospital. Eu mandei
uma mensagem para Stefano. Ele vai encontrá-los lá. Eu
quero você com Grace em todos os momentos. Eu não
ligo para que porcaria que eles lhe digam, não saia do seu lado.
Taviano assentiu. — Boa caça.
— Eu não vou falhar.
Ele se levantou e quando fez isso, deu um beijo na
bochecha de sua irmã. — Ela é forte, Emme. Ela vai sair
dessa.
Vittorio foi para Grace e se agachou. — Taviano estará com você. Vou atrás de Haydon.
— Ele é perigoso, Vittorio. Ele pode voltar e caçar você. Esse é o tipo de coisa que ele faz.
Vittorio a beijou gentilmente, ciente de seus ferimentos. Quando se levantou, olhou ao redor, viuEmilio e Enzo se aproximando. Ele deu um passo para a sombra
mais próxima. Ela o engoliu, separando seu corpo brutalmente, rasgando-o, mas ele controlou opasseio e
forçou os olhos a observar os sinais pelo caminho.
Haydon tinha que ter ido direto para o portão da frente. Uma cerca cercava a propriedade. Eraornamentada, feita de ferro forjado, os picos na direção do céu como lanças trançadas. Ele podiaver as raias fracas
de luz como se o homem tivesse deixado para trás impressões. Elas não apareciam comopegadas, eram meras fracas luzes azuladas, mais de uma linha de bolhas do que uma impressão,mas todos a deixavam para trás e
das sombras ele podia vê-las. Ele não conseguia identificar a imagem quando saia do tubo, masas sombras agiam como se ele estivesse vendo através de
uma lente térmica.
As impressões de Haydon, assim como de cada indivíduo, eram únicas. Vittorio sabia que elesempre seria capaz de identificá-las. As imagens de calor desapareciam rápido, então ele tinhaque garantir que estava perto do assassino. Às vezes, se tivessem sorte, uma pessoa deixaria paratrás células da pele, evidências de sua passagem que poderiam ser usados, mas elas eram muito
mais difíceis de detectar quando montava os tubos mais
rápidos.
Vittorio saiu de uma sombra para a próxima, seguindo
Haydon enquanto corria pela rua que conduzia à estrada
principal. Haydon tinha abrandado sua corrida, Vittorio poderia dizer pelo comprimento de seuspassos. Ele passava de um carro estacionado ao longo da rua para o
outro, claramente procurando um para roubar.
Vittorio deliberadamente escolheu uma sombra menor.
Elas eram muito mais rápidas e mais duras para o corpo,
rasgando-o e o arremessando em direção ao final da rua,
onde as raias azuis, linhas de bolhas pareciam desaparecer de repente. Ele podia ver imagensfracas indicando um corpo em movimento em torno de um veículo. Ele seguiu, saltando de umasombra para a outra, encontrando várias que o levavam quase ao lado do carro, para que elepudesse ter certeza que ele estava seguindo o homem certo.
Haydon Phil ips dirigia a uma velocidade imprudente,
claramente furioso, fora do seu habitual jogo frio e deliberado. Ele dependia de Grace. Ela era,em essência, a sua família. Ele precisava dela, e em sua fantasia doente, ela era parte de seumundo. Ela o apoiava, assim como haviam apoiado um ao outro quando eles eram crianças. Elepodia ficar zangado com ela, mas no final, em sua mente, eram os dois contra o mundo.
Ele dirigia muito rápido e sem cuidado, tecendo dentro
e fora do tráfego. Vittorio duas vezes tentou encontrar uma sombra que o levasse diretamentepara o veículo, mas mesmo indo sob os postes, e usando os tubos mais
rápidos, era impossível. Ele não podia fazer nada, a não ser manter-se com Haydon.
Com o coração apertado, Vittorio sabia que o inevitável aconteceria. A sirene soou fraca noinício, um barulho estranho, soando mais como um wap wap wap
abafado dentro da sombra rápida que ele montava. As luzes vermelhas e azuis atravessavam oescuro da noite
quando o veículo da polícia cortou os carros na estrada
para ir atrás do carro roubado de Haydon.
Não havia nenhuma maneira de alertar os policiais que o homem que eles estavam perseguindoera um serial
killer desesperado. Haydon olhou pelo espelho retrovisor, amaldiçoou e cuspiu, em seguida,bateu no volante várias vezes. Ele diminuiu a velocidade do carro e começou a
puxar para o lado da estrada. O carro da polícia atrás dele diminuiu também e puxou para a pistamais lenta a fim de parar diretamente atrás do carro de Haydon novamente.
De repente, Haydon acelerou e pegou a primeira saída disponível para ele. Seu carro derrapou edepois correu pela longa curva que levava de volta a uma área de tráfego pesado. Vittorio foiforçado a sair da pequena sombra e pegar outra para inverter sua direção. O carro
da polícia o seguiu, mas agora eles estavam mais distantes ...
Haydon dobrou a esquina e por alguns segundos, ficou fora de vista do carro patrulha. Ele pisouno freio, abriu a porta e pulou para uma seção gramada do aterro
inclinado. O carro continuou em alta velocidade, ganhando força quando descia a colina emdireção ao tráfego.
Ele estava deitado de bruços na grama quando o carro da polícia fez a curva, as sirenes tocando.Assim
que o veículo passou, Haydon levantou e correu para os
edifícios nos arredores do subúrbio. As casas eram menores com pátios limpos e cercascompartilhadas.
Haydon conseguiu saltar as cercas baixas e não quebrar o passo.
Vittorio teve que admirá-lo. Ele poderia assumir o papel de qualquer um que ele escolhesse, e eleestudava
essa pessoa ao máximo. Ele tinha participado de um jantar no evento de angariação de fundoscom muitos dos
empresários mais astutos do planeta, e não havia sido surpreendido em seu disfarce. Ele abordouquatro guarda-costas treinados, que claramente acreditaram em seu papel. Um por um, ele osretirou. Ele tinha enganado a
polícia e agora estava claramente indo para o seu buraco habitual, a casa de alguém.
Cães latiam por todo o bairro, tentando
desesperadamente alertar seus donos para o perigo rastejando em cima deles. Alguém gritou dasua varanda
de trás para um calar a boca. Um cão foi cortado abruptamente. Ele gritou uma vez e houve umsilêncio abrupto.
Vittorio entrou em uma sombra que o levou até a beira
do pátio cercado, onde o cão deixara de latir. Haydon estava debruçado sobre o animal e derepente deixou cair o corpo na grama e endireitou-se lentamente, olhando em
volta. A luz da lua se derramou em seu rosto, deixando-o um cinza pálido. Naquele momento, eleparecia pura maldade. Satisfeito de que ninguém estava por perto, ele evitou o carro que estavasubindo e descendo as ruas devagar e caminhou com confiança para a lateral da casa,examinando-a claramente como um ponto de entrada.
Vittorio podia ver que a casa tinha um sótão muito distinto. A estrutura embora fosse pequena ebaixa, ficava mais alta do que seus vizinhos, parecendo ter dois andares e meio. Haydon foipaciente, olhando as
aberturas, em vez de ao redor dele. Ele estava confiante agora, e ele encontrou uma casa, umlugar em que poderia ficar enquanto os policiais procuravam por ele e nunca pensariam emprocurar no lar agradável e seguro
de alguém.
Vittorio permitiu que Haydon subisse a meio caminho
da entrada de ventilação antes de escolher a sombra, jogada pela rua, que se atirava ao lado dacasa. Haydon
achava-se seguro, mesmo com as sombras das árvores
balançando-se macabramente, os galhos negros quando
se estendiam como braços à procura de vítimas. Uma dessas sombras tinha dedos alongados eaqueles dedos
tocaram Haydon enquanto ele subia.
Vittorio cavalgou a sombra lançada pela luz da rua e,
no último momento, antes que ela terminasse
abruptamente, saltou para a que era lançada pela árvore.
O vento aumentara, guinchando ao fazê-lo. Os galhos batiam esbarravam no telhado da casa.Haydon não viu a
morte chegando. Ela se esgueirou atrás dele, balançando
ao som sombrio de galhos contra a casa.
Vittorio nunca em sua vida quis ser um ceifador, um
homem buscando a morte de outro. Ele havia passado
uma vida empurrando para baixo o seu temperamento para substituí-lo por equilíbrio. Agora,inesperadamente a raiva brotou. A visão do rosto machucado e sangrento de
Grace com lágrimas correndo instalou-se como um câncer
no estômago dele. O corpo de sua mãe, amassado ali no
chão, levantou-se para realmente empurrá-lo sobre a borda.
Ele havia sido ensinado a não fazer nada pessoal.
Como poderia não ser pessoal? Mas esse não era o seu
jeito. Esse não era ele. Haydon Phil ips era uma anomalia, um homem nascido ou moldado emuma situação mais
grave e que estava recebendo justiça. Tinha que ser assim ou tudo que Vittorio era ficariacomprometido.
Vittorio respirou, empurrando para baixo todas as emoções pessoais. Ele não podia pensar sobreos estragos que este homem havia feito, quantas pessoas ele tinha torturado e matado. Ele nãopodia pensar em como
ele havia aterrorizado Grace.
Grace. Sua mulher amada. Vittorio amava com tudo
nela. Ele puxou esse sentimento, cercando-se dela. O
cheiro dela. O som de sua risada, o presente inesperado
que lhe trouxe felicidade. Ele exalou toda a raiva, todas as
emoções, disfarçando-se em Grace, e tudo nele se estabeleceu mais uma vez, permitindo ocontrole completo.
Mãos saíram das sombras, se estendendo para
Haydon Phil ips da mesma forma que os ramos em todo o
lado da casa. Houve um instante no tempo. Haydon alcançou a próxima rachadura, pousando aspontas dos
dedos nela. As sombras se moveram ao redor dele e com
o galho veio a sombra de um homem, o ceifeiro. Haydon
estremeceu e parou por um momento, enxugando o suor
da testa na manga.
Sua cabeça estava presa em um aperto inquebrável.
Sentia como se de repente tivesse sido espremido em um
torno implacável. Instintivamente, ele se jogou para trás, chutando para fora e para longe da casa.O torno apertado, os dois braços como aço enrolados em volta da
cabeça. Houve uma terrível torção, um lampejo de agonia
e depois tudo desapareceu.
Vittorio deixou o corpo cair para longe quando caiu em
pé agachado. Ele ficou por um momento olhando para o
homem que tinha destruído muitas vidas. Ele parecia pequeno e lamentável quando caiu ao ladodo cadáver do
cão. Vittorio não sentiu pena. Sentia-se cansado. Ele só queria voltar para Grace. E para suafamília.
— A justiça está servida, —disse ele baixinho, e entrou em uma longa sombra.
Capítulo 20
Vittorio ficou por um longo tempo olhando para a mulher que mudou completamente sua vida.Ela dormia enrolada
no meio da cama, em uma posição de cortar o coração
que a fazia um alvo muito menor. Ela tinha sido um alvo
muitas vezes e ele estava determinado a mudar isso. Em
sua infância, Owen e Becca Mueller tinham abusado e batido nela. Haydon tinha completado otrabalho, aterrorizando-a por anos.
Vittorio puxou o lençol para examinar seu corpo. As contusões estavam desaparecendo. Antes,elas haviam se
destacado dura e cruelmente em sua pele pálida. Agora
elas pareciam manchas. O tempo tinha cuidado das evidências físicas. Ele estava determinado acuidar do impacto emocional sobre ela.
O passar do ar frio sobre sua pele nua enviou um arrepio através dela e ele não ficou surpresoquando seus cílios levantaram, e ela piscou sonolenta para ele. Ele esperou, contando osbatimentos cardíacos. Seu sorriso
foi lento, mas se espalhou em seu rosto e em seus olhos, trazendo o sol. Ela parecia brilhar.
— Você está em casa. —Ela se sentou, alcançando o
lençol.
Ele juntou o tecido macio em seu punho, recusando-
se a cedê-lo, dizendo-lhe silenciosamente que ele queria que ela permanecesse descoberta, paraque ele pudesse
ver seu corpo nu. Levou um momento antes de ela deixar
ir, mas ela puxou as pernas para cima. Ele deixou-a fugir com ele por um momento.
— Stefano queria saber algumas coisas, para ter todos os detalhes. Art Maverick e JasonBradshaw
apareceram para falar com ele hoje. Eles não fizeram qualquer progresso em descobrir aidentidade do assassino ou assassinos dos corpos encontrados nas lixeiras. Eles dizem teratingido um beco sem saída em
todos os lugares para os quais eles se viraram e, a menos que algo de novo aconteça, eles nãoestão nem perto de
encontrar por que eles foram mortos ou quem os matou.
Vittorio gentilmente colocou a mão sobre a coxa dela e
pressionou para indicar para ela para colocar os joelhos para baixo. Olhando para ele, elaobedeceu. Seu pênis
reagiu com uma corrida quente de sangue pulsando direto
em sua virilha. Ela tinha um rosto tão bonito. Ele correu a ponta de seu dedo sobre os lábios delae, em seguida,
dedilhou por um momento, fascinado pela plenitude e curva.
— Stefano disse que os detetives acham que nossa
família sabe mais do que o que estamos dizendo a eles,
mas se o fizéssemos, estaríamos atrás dos assassinos nós mesmos. —Ele tirou o casaco e agravata, colocando-os na parte de trás uma cadeira. Ele cruzou de volta para a cama. Ela não semoveu, ele observou com satisfação.
Ela estava aprendendo suas preferências.
— Sua família tem alguma informação adicional?
Ele levantou o suave peso do seio dela na palma da
mão, seu polegar deslizando para trás e para frente em
seu mamilo sensível. Cada arrepio que visivelmente atravessava o corpo dela enviava calor porele. Ele manteve o olhar fixo no dela.
— Além de estar determinado que a família Saldi está
de alguma forma envolvida, não, infelizmente, nós não temos. —Relutantemente, ele teve quelevar a mão para
desabotoar a camisa. — Não temos qualquer prova de que eles estão envolvidos, nem sabemospor que eles iriam começar uma guerra. Nós apenas temos que estar
vigilantes.
— Valentino não convenceu a todos de que sua família não tinha nada a ver com osassassinatos?
Emmanuelle disse que ele parecia muito sincero, e ela pode ouvir mentiras.
— Emmanuelle é apaixonada por ele. Ela é
apaixonada por ele desde que tinha dezesseis anos.
Aquele desgraçado a seduziu quando ela não passava de
uma criança. Isso deve lhe dizer algo sobre seu caráter. —
Sua voz era suave quando ele transmitiu a informação.
Ele tinha há muito tempo aprendido a manter o infame temperamento Ferraro na baía, com suasmeditações e
trabalhando para encontrar um lugar dentro dele que era
calmo e em paz. Ter sua mulher ajudou mais do que qualquer outra coisa.
— O que aconteceu? Quando ele olha para ela, ele
olha para ela com amor.
Vittorio tirou os ombros da camisa, e cuidadosamente
colocou-a sobre a jaqueta antes de voltar a encará-la. Ela já estava ciente de suas preferências emcomo manter seu quarto e casa e ela sempre tinha a certeza de que
tudo estava organizado e ordenado. Grace estava olhando
para seu peito. Os músculos correndo por seu corpo. Ela
bebia-o avidamente. Claramente apreciando seu corpo.
Ela o fazia o tempo todo, como se estivesse chocada e
impressionada com o que via.
— Alguns homens não podem ser fiéis. Eles pensam
que luxúria é amor. De acordo com Emme, ela realmente
ouviu Val dizer a uma mulher que foi obrigado a seduzir
Emmanuelle e obter o máximo de informação possível dela, mas ela não significava nada paraele. Ela ficou arrasada.
— Isso é mais que horrível. Me destruiria se eu ouvisse você dizer algo assim. —Seu olhar verdese moveu sobre o rosto dele, como se estivesse olhando para a confiança restabelecida.
Ele colocou o telefone e uma caixa de joias plana na
mesa de cabeceira ao lado da lâmpada. — Você sabe que
nunca vai acontecer.
— Como está a sua mãe?
— Como você sabe, Eloisa tem estado em casa nas
últimas semanas. Aparentemente, Henry ainda está vivendo na casa e cuidando dela.Emmanuelle tentou entrar, mas Eloisa deixou claro que não queria que sua
filha ou um de nós a visse. Stefano insistiu em falar com seu médico. Ele diz que ela está securando bem, mas o
choque foi muito ruim e vai demorar algum tempo.
— Ela provavelmente não quer parecer vulnerável ou
frágil de qualquer forma, —Grace apontou. — É por isso
que ela não quer ajuda de seus filhos.
Ele não tinha pensado nisso. Suas mãos caíram para
a fivela do cinto. — Eu acho que eu sou um homem muito
inteligente por encontrá-la, Grace. Nenhum de nós teria
considerado isso, só que ela estava sendo teimosa,
embora nenhum de nós possa ser considerado criança.
Eu vou ter que passar isso para Emmanuelle, que sempre
se sente rejeitada por Eloisa.
— Você se sente assim? —O olhar de Grace estava
em suas mãos quando ele abriu o cinto e, em seguida,
abriu o zíper escondido nas calças feitas especialmente.
— Eu não poderia me importar menos se Eloisa me
rejeita ou não. —Era a triste verdade. Ele tinha há muito tempo aceitado que sua mãe nunca iaser o tipo de mãe
que recebia todos eles com biscoitos recém assados e perguntava como foi o seu dia. Ele nãoprecisava dela do jeito Emmanuelle parecia. Ele tinha Stefano, e seu irmão mais velho era o paique ele precisava. — Iria, no entanto, me importar muito se você me rejeitasse.
Ele escorregou para fora das calças e cuecas, olhando seu rosto, a ingestão rápida de suarespiração
quando ela olhou para seu pau, a ascensão e queda de
seus seios quando sua respiração ficou um pouco irregular de excitação. Ele amava a respostaque ela dava a ele. Nem sempre tinha que tocá-la para deixá-la escorregadia de necessidade. Elelevou seu tempo para
colocar suas roupas na cadeira e voltar para ela.
— Não tenho nenhuma intenção de rejeitá-lo nunca,
—Grace disse com firmeza.
— Como estão os planos de casamento? Você não
mencionou qualquer coisa que você e Katie têm discutido
na cobertura com Francesca e as outras. —Ele bateu no
lado da cama. — Deite-se sobre a cama, gattina, com a cabeça bem aqui.
Ela virou obedientemente, de costas para ele, esticando as pernas para fora e deitando para trásaté que ela estava olhando para ele. — É tudo que aconteceu junto. Pensei que poderia passar porcima de tudo no café da manhã e você poderia me dizer o que aprova e que
você gostaria que fosse mudado.
Vittorio fazia questão que eles conversassem sobre tudo o que fosse importante no café damanhã e mais uma
vez depois do jantar. Gostava de saber como ela estava e fazer uma leitura sobre a forma comoela estava se sentindo. Ela estava feliz? Será que ela precisa ou queria alguma coisa? Ele tinhanotado e tomado conta de tudo
para ela em casa? Ele gostava de ouvir sobre o seu dia e como as coisas estavam indo em seunegócio.
— Venha mais para a borda da cama para que sua cabeça esteja pendurada. —Ele tirou a tampada caixa de
joias e depois deixou cair a mão na massa sedosa de vermelho que caiu como uma cachoeira emdireção ao chão. Seus dedos massagearam o couro cabeludo, mas
seu olhar estava nos seios macios se projetando em direção a ele.
Ele se inclinou e sacudiu seu mamilo, em seguida, puxou e rolou. Ela se encolheu, seus quadrissacudindo
um pouco. — Você é sempre tão sensível para mim, Grace. Você está pronta para tentar algonovo? Diferente?
Algo muito sexy. —Ele manteve a voz baixa. Convincente.
Um tom que falava de pecado e prazer.
O olhar dela saltou para seu pênis, que estava a centimetros do rosto, dos olhos dela.
Pararam lá. Muito lentamente, ela balançou a cabeça.
Ele sorriu sua aprovação.
— Mia bella ragazza, sei sempre cosi corraggiosa per me39 —ele murmurou. Ela era valente, eele estava orgulhoso dela. — Eu vou empurrá-la um pouco mais fora
de sua zona de conforto, —alertou, assim como tinha 39 Minha linda garota, você é sempre tãocorajosa para mim, em italiano.
todas as outras noites em que ele achou que ela estava pronta para confiar nele que pouco mais.
Ela engoliu em seco, e ele observou o movimento de
sua garganta com satisfação. Parte de sua excitação era
de medo do desconhecido. Ele se inclinou sobre ela e lambeu seu mamilo, enquanto ele tocava e
brincava com o
outro com o polegar e o indicador, puxando e torcendo.
Sua boca era quente em torno do seio e usou seus dentes
e língua para apertar e suavemente morder até que o mamilo estivesse tenso. Ele tirou a correntebrilhante da cama de veludo da caixa de joias e ergueu-a para ela ver.
Era requintada. De tirar o fôlego. Os elos minúsculos
de platina pareciam prata e ouro. Em cada extremidade
havia clipes com diamantes escorrendo. Minúsculos diamantes incrustados nos clipes, mascrescendo em diâmetro quando caíam pelas correntes presas aos clipes.
A cadeia tripla de correntes balançado livremente.
Sua boca deixou o peito dela e ele deslizou o clipe
sobre o mamilo. Ela engasgou com a pitada de dor. Os
diamantes caíram sobre a curva dos seios e as cadeias
deslizaram sobre sua pele para sua garganta. Sua boca
foi para o outro seio e sua mão deslizou para baixo por
sua barriga até a junção das pernas dela. Ele acariciou seu clitóris. Acendeu. Seus dentesrasparam o mamilo e
ele prendeu o segundo grampo e endireitou, olhando-a com cuidado.
— Eu não acho que está apertado o suficiente.
— Eu acho que está, —disse ela apressadamente.
Ele poderia dizer que ela não estava certa, o aperto
não era tão forte quanto ela gostava de seus dedos em
seus seios. Ele queria levá-la após esse ponto. Ele se inclinou e apertou cada grampo umasegunda vez, observando-a com cuidado. Quando seus olhos se arregalaram, e suas narinasalargaram, ele recuou e sorriu para ela. Ele circulou seu clitóris, brincou, puxou e empurrou umdedo em seu calor escorregadio, enrolando-o para acariciar seu ponto G. Seu corpo se liberoupara
ele e mais líquido revestiu seu dedo.
— Perfeito, gattina. Você está bonita. Abra sua boca.
Olhos nos dele, ela obedeceu, e ele deslizou o dedo
dentro da boca dela. — Você tem um gosto tão bom, bella. Eu estou compartilhando isso umavez, mas não espere muitas vezes e apenas porque você parece tão sexy.
Retirando o dedo, ele se levantou e fez com que ela se virasse até que a cabeça e os ombrosestivessem fora
da cama. Seus seios sacudiram e balançaram quando ela
foi forçada a arquear as costas. A corrente tripla e os diamantes pingando tombaram para trás egiraram. Ela gritou quando o peso puxou seus mamilos e seios. Ele
não podia esperar para brincar com aquela corrente, mas
primeiro, ele queria aquela boca ao redor dele. Ela estava ficando melhor e melhor em acomodaro comprimento e a
grossura de seu pênis.
— Coloque os pés no colchão, joelhos para cima e
separados.
Ela obedeceu e quando ele não se moveu ou falou,
alargou suas coxas mais. Ele recompensou-a, inclinando-
se sobre ela e lambendo as gotas de fogo líquido nos cachos vermelhos apertados antes de ficarem pé novamente.
Na posição em que ela estava, ela não conseguia usar
as mãos. Ele envolveu seu punho ao redor da base de seu
pênis e guiou a coroa para a boca dela. Ele manteve uma
mão em punho em seu cabelo enquanto esfregava a cabeça sensível sobre os lábios e entãoesperou que ela
abrisse a boca. Ela lambeu suavemente e depois obedeceu.
Ele enfiou seu pênis naquele caldeirão quente e úmido. Sua respiração ficou presa na gargantaquando ela o engoliu, sua língua chicoteando e acariciando. Ela podia fazer coisas com a línguaque ele nunca experimentou.
Ele sempre a encorajava a tentar o que ela quisesse, e ela o fazia. Ela levou seu tempo
conhecendo cada centímetro
de seu pênis. As veias e o frênulo40, aquele pequeno ponto em forma de V que poderia deixá-lolouco quando
ela passava o tempo sacudindo e provocando com a língua.
Desta vez, ele pressionou mais fundo, enquanto o olhar dela se agarrava ao dele. A confiançatotal estava lá, e ela precisava disso nessa posição. — É isso, gattina.
Sinta como é mais fácil pegar o que você quer nessa posição?
Ela havia lhe feito, muito casualmente, durante o jantar, todo o tipo de perguntas sobre suaspreferências quando ela lhe dava um boquete. Nunca uma mulher tinha
40 O frênulo do pênis, também conhecido como “freio”, é uma prega de pele com formatotriangular que fica na parte inferior da glande, fazendo a ligação dela com o prepúcio (pele querecobre a glande). Essa prega é tão frágil que pode se romper durante a relação sexual ou namasturbação.
Como padrão, o frênulo deve ser longo e flexível, de maneira a garantir que o prepúcio se retraiatotalmente e que ele fique confortavelmente em volta do pênis quando este está ereto.
perguntado a ele. Nem uma única vez. Elas haviam lhe dado boquetes, mas tinha sido mais ummomento do tipo
"faça para acabar" do que um "eu quero lhe agradar" . Seu prazer importava para Grace. Elestiveram uma discussão
franca sobre como isso o fazia sentir quando ela estava de joelhos e olhando para ele. Como issoo fazia sentir se ela o engolia. Como era saber que ela queria aprender a levá-
lo a garganta, embora só falar sobre isso, quanto mais
fazê-lo, fosse intimidante.
Ele honestamente não se importava se eles nunca chegassem lá, era o fato de que seu prazer lheimportava tanto que o fez cair ainda mais fundo de amor por ela. No momento em que eleacordava, ele pensava nela, e ela
era a última coisa que ele pensava antes de adormecer.
Ele fazia tudo que podia para ter certeza de que ela estava feliz e saudável. Uma vez que elasoube as preferências dele em casa, ele passara a tarefa para ela.
Todas as manhãs ele acordava com a boca dela sobre
ele. A coisa que mais o emocionou foi que ela o acordava antes que seu alarme pudesse dispararpara lhe dizer que era hora de suas meditações. Eles tomavam banho juntos
e então se ajoelhavam juntos em sua sala de meditação.
Ela estava ficando muito boa em respirar e seguir os mandamentos da prática.
Desde a discussão sobre quais eram as preferências
dele, ela insistia em praticar todos os dias. Ela não era tímida sobre isso também. As lições sobreengoli-lo a assustavam, mas ela as queria, e ele sempre as dava. Ele teria parado se tivesse sido oúnico a ter prazer com elas, mas o corpo dela estava sempre escorregadio de necessidade depoisde um de seus esforços mais eróticos.
A joia deslizou sobre sua pele e pendeu para o lado,
puxando seus mamilos, enviando pequenas rajadas de fogo em seu clitóris. Ele sabia porquepodia ver o corpo dela se sacudir a cada movimento. Ele fez isso deliberadamente para distraí-lao suficiente para facilitar seu caminho mais fundo em sua boca. Seus lábios se estenderam aoredor dele, sexy como o inferno, e ele empurrou suavemente com seus quadris. Não havia como
ela respirar, embora tentasse tirar o ar pelo nariz para ele.
Ele a segurou lá e quando ela olhou como se pudesse
começar a lutar, ele se abaixou e puxou a corrente entre seus seios.
Outra sacudida atravessou seu corpo. Ela engasgou.
Ele deslizou mais fundo e parou por mais alguns instantes antes de se afastar para dar-lhe umarespiração. — Essa
é minha garota. Você está quase lá, —elogiou-a. Essa era outra coisa que ele descobriu que elagostava. Ela queria que ele falasse com ela. As vezes sujo, e ele nunca se
importou em fazer isso. Outras vezes gentilmente, e ele
encontrou tantas coisas que poderia dizer-lhe porque ele queria dizer cada palavra que dizia a ela.Principalmente, quando ela estava tentando coisas novas, ela gostava da
nota convincente em sua voz quando ele fornecia instruções ou encorajamento e ele dava-lhe issotambém.
Ele empurrou profundamente novamente. — Engula-
me, gattina. —Ele se inclinou sobre ela, empurrando mais fundo e, desta vez, ele abriu mais ascoxas dela. Ele lambeu o escorregadio calor no interior de suas coxas e
depois circulou e brincou com seu clitóris com a língua.
Dobrando sobre ela, seu pau empurrou mais fundo na boca dela, a garganta contraindo-o até queele pensou que sua cabeça fosse explodir de puro prazer. Ao mesmo
tempo, ele usou sua boca, dentes e língua devorá-la, comendo-a como sobremesa como elesempre a
chamava.
Ela se contorceu debaixo dele, com as mãos, de repente chegando ao seu peito, lembrando-lheque ela não conseguia respirar. Ele sabia mais. Ele sabia exatamente quanto tempo ela poderialevá-lo antes que
ela tivesse que respirar, então ele tomou o seu tempo brincando, antes de lentamente sair de suaboca.
Seu braço, uma barra atrás das costas dela, levantando-a em uma posição sentada. — De quatro,Grace. —Não havia nada mais sexy do que sua mulher
sobre a cama em suas mãos e joelhos, apresentando seu
traseiro bonito e muito sensual para ele. Seus seios caíram para o colchão e o peso das correntese diamantes deixando sua respiração sibilante e acelerada.
— Sente-se bem, gattina? —Ele esfregou seu traseiro, seus dedos amassando. — Diga-me o quesente.
— Em chamas. Estrias indo direto dos meus mamilos
para o meu clitóris. —Ela arqueou as costas e balançou os quadris para seduzi-lo.
Com uma mão ele acariciou seu clitóris, seus dedos
encontrando sua entrada escorregadia. Com a outra mão,
ele bateu no traseiro dela e então observou a impressão
vermelha surgir em sua pele clara. Ela pulou para a frente
e seus seios balançaram, os diamantes pesados junto com a corrente tripla balançando. Ela gritoue uma nova
onda de calor líquido cobriu seus dedos.
— Você gosta disso. —Ele fez uma declaração. Antes
que ela pudesse responder, ele colocou a boca onde seus
dedos estavam.
Grace gemeu e se afastou, pedindo mais. Ele afastou
a boca e, ajoelhando-se, apertou o pênis na entrada. Ele tomou seu tempo, indo devagar,
deixando o fogo consumir
os dois. Ela estava tão apertada, sua bainha quente o segurando no que parecia ser um punho depura seda.
— Vittorio. —Ela deu a ele seu nome em seu tom mais
exigente.
Ele riu. — Você é tão exigente.
Indo ao redor dela, ele pegou a corrente de prata e
ouro e puxou. O fôlego dela fez o pequeno assobio que
ele amava, e ele bateu nela quando avançou, forçando
seus músculos tensos a cederem. No momento em que
ele foi totalmente engolido, colidindo com o colo do útero, ele se retirou e começou a ganharvelocidade. Jogando a
cabeça para trás, ele cedeu à necessidade, deixando-se
perder o controle e dirigir duro e profundo mais e mais
enquanto as chamas pareciam estar subindo dos dedos dos pés para consumir completamentetodo o seu corpo.
Ele podia dizer pela respiração e a maneira como o
corpo dela apertava como um torno, que ela estava girando fora de controle junto com ele. —Você está perto, Bella?
Ela estava. Sua respiração vinha frenética. Seus quadris empurravam de volta para ele tão duroquanto ele batia dentro dela. O ritmo era perfeito. Ele não quer o fim para nenhum dos dois.
— Sim. Sim. —Ela sussurrou para ele, ofegando sua
rendição.
Ele pegou uma última vez a corrente e puxou. A batida, espalhando o fogo através de suasterminações nervosas, enviou-a sobre a borda. O corpo dela apertou
com tanta força que ele achou que seu pênis não iria sobreviver. Os músculos o agarravam comolençóis de fogo, amassando e ordenhando a última gota da semente
dele. Ele sentiu o lançamento como uma explosão cruel,
brutal, mas bela, a própria perfeição.
Ela desabou sobre os cotovelos, todo o corpo estremecendo de prazer. Ele se deixou cair emcima dela,
mas evitou que o peso a esmagasse no colchão. Quando ele pôde respirar novamente, acariciousuas nádegas. —
Role, gattina, deixe-me tirar esses grampos de você.
Ele a ajudou, com as mãos na cintura, rolando-a sob
ele. Ele inclinou a cabeça para capturar sua boca. — Ela vai sentir como o fogo, Grace, mas eutenho você. Muito
gentilmente ele tirou o grampo do mamilo direito e substituiu-o com a boca, acalmando aqueimadura com a
língua.
Ela grudou nele, seu pulso acelerado, seu olhar agarrado ao dele como se ele pudesse fazê-lapassar por
qualquer coisa. Sua bainha ondulou com um imenso tremor secundário, agarrando e ordenhandoseu pênis gasto. O sentimento era inacreditável.
— Ruim? —Perguntou ele, precisando saber. Não parecia assim. Um novo líquido quentebanhava seu pênis, escaldando-o.
Ela balançou a cabeça. — Uma vez que sua boca estava lá, combinada com os choques, eu teriaque dizer
não.
Ele não hesitou, removeu o outro grampo, usando a
boca para aliviar a dor ardente. A mesma coisa aconteceu,
a explosão quente em torno de seu pênis, seu corpo apertando em ondas, reagindo ao fogo emtorno de seus
mamilos.
Ele beijou todo o caminho até a boca e lá se estabeleceu. — Eu estou muito apaixonado porvocê, Grace. —A emoção, às vezes, era esmagadora. Toda vez
que ela o tocou, o beijou, deu-se a ele, ela o fez com rendição completa. Ela confiava nele osuficiente para falar com ele sobre qualquer coisa. Ele precisou que partisse dela e ela deu a ele.
Ele gostava de fazer as coisas para ela, mas ela não
apenas tirou dele. Ela viu a todas as suas necessidades, certificando-se de que tinha tudo o quequeria em sua casa. Ele não tinha certeza de como ela conseguia quando alguns dias elatrabalhava até tarde para planejar casamentos e festas de outras pessoas. Não eram pequenasfestas. A KB Events planejava as principais festas. Uma vez que se espalhou que Grace era suanoiva
e uma das sócias, elas foram inundadas com muito mais
trabalho do que podiam suportar.
Ele limpou a ambos com cuidado e colocou a joia de volta em sua caixa. Ela rolou para o lado,sustentando a cabeça. — Isso é real? Como diamantes e ouro?
— Eu te daria nada menos? —Ele colocou a caixa em
um armário onde ele tinha uma pequena seleção de brinquedos e joias que queria experimentarcom ela com o tempo.
— Eu usei-o por quinze minutos ou menos. Você não
pode gastar tanto dinheiro para algo que eu vou usar por um super curto período de tempo.
— Você vai usar por mais tempo.
A sobrancelha se elevou, mas ele foi recompensado
com um rubor de corpo inteiro que lhe disse que ela estava interessada.
— Você gosta da ideia?
— É uma sensação muito sexy. Gosto da maneira como seus olhos brilham, —ela admitiu.
Essa era a sua Grace, honesta todo o caminho. — É
sexy, —disse ele. — É sexy porque eu peço que você
tente algo para mim e você faz. Então você deita lá, diamantes e ouro pingando de você e euquero comê-la
viva. Ele lhe entregou uma garrafa de água fria. — Beba.
Você precisa se manter hidratada.
Ele dizia isso a ela muitas vezes. Ela meditava com
ele. Ela trabalhava fora. Ela corria agora, embora ela definitivamente não gostasse de correrainda, era a atividade que ela menos gostava. Eles nadavam juntos. E
muitas vezes faziam sexo várias vezes ao dia. Ela nunca
reclamava. Na maioria das vezes, ela parecia animada ou
ansiosa para ser sua parceira em seus treinos. Ele estava ensinando-a a dirigir ofensivamente edefensivamente. Ela gostava especialmente dessas lições, embora muitas vezes acabassem nobanco de trás juntos.
— Ficarei muito feliz em ouvir sobre nossos planos de
casamento pela manhã, bella. —Ele deslizou para a cama e ela rolou para colocar o peito e acabeça sobre o colo dele. Seu cabelo sedoso deslizou sobre as coxas nuas dele e ele acariciou aparte de trás de sua cabeça.
— Ficarei muito feliz em contar tudo sobre eles, Vittorio. Eu quero ter certeza de que você estáde acordo com tudo e ficará confortável. —Ela traçou pequenos círculos em sua barriga, oqueixo em seu colo enquanto
ela olhava para ele com seus olhos verdes.
Seu coração deu um salto quando ele tomou um longo gole, agradável de água e indicou para elafazer o mesmo.
Ela levantou-se um pouco e inclinou a cabeça para trás
para jogar a água em sua garganta. A ação levantou os
seios e ele não pôde deixar de tomar o peso nas palmas
das mãos e deslizar o polegar sobre seus mamilos. Ela
saltou, e ele pôde ver a onda de prazer correr seu corpo, sobre as nádegas para a parte de trás desuas coxas.
— Isso dói?
Ela balançou a cabeça. — Foi incrível. —Ela entregou-
lhe a garrafa de água e colocou a cabeça em seu colo.
Ambas as mãos deslizaram para cima e para baixo em
seu quadril esquerdo.
— Eu nunca pensei que iria me sentir assim, Vittorio.
Segura e cuidada.
— Amada, Grace. Completamente amada, —ele
corrigiu.
Suas mãos traçando aqueles círculos estavam o deixando louco, mas ele se entregou porque elaachava
calmante se estender nele e passar as mãos sobre ele.
Ela disse a ele que a fazia sentir como se realmente lhe pertencesse. Ela foi ficando mais ousadanas maneiras
que ela o tocava, sem ele pedir-lhe para fazê-lo. Como agora. Saltou quando a língua delalambeu sua coxa e,
em seguida, o eixo de seu pênis.
— O que sente?
— Como se um gatinho me lambesse com a língua
aveludada, —ele brincou.
— Bom?
— Muito bom. Mas se você continuar, é melhor estar
pronta para assumir as consequências.
— Mmm. —Ela cantarolava suas reflexões sobre o eixo, respirando o ar quente sobre a cabeça.— Qual seriam as consequências?
Ele esfregou as costas dela e varreu a mão para baixo
para massagear suas bochechas. Ela separou as pernas e
lambeu seu eixo novamente, desta vez enrolando a língua
e, em seguida, sacudindo o pequeno ‘v’ sob a cabeça larga.
— Se você insistir em despertar o monstro, vai ter que
apaziguá-lo. Vai ter de engolir cada gota. Tudo desta vez.
Ela se encolheu de novo, seus quadris sacudindo um pouco. — Eu não sei, Vittorio. Essa não éuma grande
ameaça já que eu realmente gostaria de tentar.
Ele tomou outro gole de água, com os olhos nos dela.
— Não, gattina. Eu disse que você vai fazer isso, não tentar. Se você não tiver sucesso, desta vezhaverá consequências.
Seus olhos se arregalaram, e ela apoiou-se no cotovelo. Sua ameaça de retaliação era nova. Elepodia
ver o interesse imediato e todo o seu corpo, apesar do
jeito que ele tinha acabado de gozar, reagiu. Seu membro se agitou. Ela gostava de jogos.
— O que seria?
— Eu iria devorá-la durante o tempo que eu quiser
sem lhe dar autorização de gozar. Cabe a mim se eu vou
lhe dar ou não. —Era uma boa ameaça. Ela não tinha ideia de que ele nunca faria isso com ela.Ele gastaria
tempo construindo, mas antes que ela fosse dormir, ela
teria uma explosão de acabar com todas as explosões.
Ela virou-se por cima dele, com a cabeça para baixo,
a boca já em seu eixo. — Eu acho que é um desafio justo.
Ele sentou-se, a garrafa de água aos lábios. Ela ia matá-lo, mas ele ia alegremente. Não era nemmesmo todo o sexo fantástico. Ou os jogos. Era toda a Grace. Ela deu a ele tudo o que elepoderia querer, e ele prometeu
ter certeza de que nunca tomaria qualquer coisa do que
ela fizesse por ele. Ela olhava para ele com amor puro em seus olhos, e ele queria que fosseassim para sempre.
Fim
Por enquanto ...