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REPÚBliCA FEDERATIVA DO BRASIL

DIÁRIO, ACIONAL

SEÇÃO I

ANO XXXIV - N9 164 CAPITAL FEDERAL QUINTA-FEIRA, 6 DE DEZEMBRO DE 1979

CONGRESSO NACIONAL(*) Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, nos termos do art. 44, 'inGiso r, da Constituição, e eu, Luiz

Viana, Presidente do Senado Federal, promulgo o seguinte

DECRETO LEGISLATIVO N9 76, DE 197:

Aprova o texto do Protocolo Adicional ao Acordo sobre Cooperação Cultural, de 16 de novembro de1912, concluído entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo Militar Federal da Repú­blica Federal da Nigéria, em Brasília, a 10 de janeiro de 1919.

Art. 19 É aprovado o texto do Protocolo AdicionaI ao Acordo sobre Cooperação Cultural, firmado entre o Go~

vemo da República Federativa do Brasil e o Governo Militar Federal da República Federal da Nigéria, em Brasília, a10 de janeiro de 1979. :

Art. 2Q Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

Senado Federal, 5 de dezembro de 19-79. - Senador Luiz Viana, Presidente.

(*) O texto do protocolo acompanha a publicação deste Decret-o Legislativo no DCN (Seção II) de 6-12-79.

(*) Faço saber~ue o Congresso Nacional aprovou, nos termos do art. 44, inciso l, da Constituição, e eu, LuizViana, Presidente do Senado Federal, promulgo o seguinte

DECRETO LEGISLATIVO NQ 77, DE 1979

Aprova o texto da Convenção Destinada a Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal emMatéria de Impostos sobre a Renda, firmada entre a República Federativa do Brasil e a República Ita-liana, em Roma, a 3 de outubro de 1978. '

Art. lI? É aprovado o texto! da -Convenção Destinada a Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscalem Matéria de Impostos sobre a Renda, firmada entre a República Federativa do Brasil e a República Italiana, emRoma, a 3 de outubro de 1978.

Art. 29 Este Decreto Legislativo entra e!U vigor na data de sua publicação.

Senado Federal, 5 de dezembro de 1979. - Senador Luiz Viana, Fresidente.

(*) o texto da convenção acompanha a publlcação deste Decreto Legislativo no DCN (Seção II) de 6-12-79.

(*) Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, nos termos do art. 44, inciso r, da Constituição, e eu, LuizViana, Presidente do Senado Federal, promulgo o seguinte '

DECRETO LEGISLATIVO NI1 78, DE 1979

Aprova I) texto da CQnvenção entre a República Federativa do Brasil e I) Grão-Ducado do Luxemburgopara Evitar a Dupla. Tributação em Matéria de Impostos sobre a Renda e o Capital, firmada na cidadedo Luxemburgo, a 8 de novembro de 1978.

Art. 1Q É aprovado o texto da Convenção entre a República Federativa do Brasil e o Grão-Ducado do Lu­xemburgo para Evitar a Dupla Tributação eIp. Matéria de Impostos sobre a Renda e o Capital, firmada na cidade doLuxemburgo, a 8 de novembro de 1978.

1484~ Quinta-feira 6 DlARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Dezembro de 1979

Art. 29 Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação.Senado Federal, 5 de dezembro de 1979. - Senador Luiz Viana, Presidente.

----(*) O texto da, convenção acompanha a publicação deste Decreto Legislativo no DCN (Seção II) de 6-12-79.

Faço saber ,que o Congresso Nacional aprovou, nos termos do art. 52, item 30, do Regimento Interno, e eu,Luiz Viana, Presidente do Senado Federal, promulgo o seguinte

DECRETO LEGISLATIVO N9 79, DE 1979

Dispõe sobre a designação do númera de ordem das Legislaturas.- ,.Art. 19 Passa a ser designada 46<1-· (quadragésima sexta) a legislatura iniciada em 19 de fevereiro de 1979.

Art. 29 As legislaturas anteriores à prevista no art. 1Q deste Decreto Legislativo, além da designação normal,passam'a ser contadas conform~ a ordem numérica estabelecida na tabela anexa.

Art. 39 Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação.Senado Federal, 5 de dezembro de 1979. - Senador Luiz Viana, Presidente.

TABELA A QUE SE REFERE O ART. 2.°

Constituição de 1-824

Constituição de 1891(numeração antiga)

5.a _6.a _

7." ­8.'" ­9."'-

_ 1O.a_- 11."­_ 12."'--13."­_ 14."'-

Constituição de 1934(numeração antiga)

- L'" e única ..L

Constituição de 1946(numeração antiga)

- 1."-_ 2.a _

- 3."--4."-- 5."'-_ 6,"'-

República

26." Legislatura: de 1903 a 190527." Legislatura: de 1906 a 190828.a Legislatura: de 1909 a 191129.a Legislatura: de 1912 a 19143fr.... Legislatura: de 1915 a 19173l.a Legislatura: de 1918 a 192032." Legislatura: de 1921 a 192333." Legislatura: de 1924 a 192634.'" Legislatura: de 1927 a 192935.'" Legislatura: 1930

38." Legislatura: de 1946 a 195039." Legislatura: de 1951 a 195440.'" Legislatura: de 1955 a 195841.a Legislatura: de 1959 a 196242.a Legislatura: de 1963 a 196643." Legislatura: de 1967 a 197044." Legislatura: de 1971 a 197445.'" Legislatura: de 1975 a 197646." Legislatura: fi partir de 1979

"36.'" Legislatuta: da promulgação daConstituição de 1934 a 1935

37." Legislatura: de 1935 à outorga daConstituição de 1937

1." ­2." ­3.'" ­4.'" -

COnstituicão de 1891(numeração antiga)

a novembro)1889 (de março

de 1891 a 1893de 1894 a 1896de 1397 a 1899de 1900 a 1902

Império

1." Legislatura: de 1826 a 18292." Legislatura: de 1830 a 18333." Legislatura: de 1834 a 18374." Legislatura: de 1838 a 18415.a Legislatura: de 1842 a 18446." Legislatura: de 1845 a 18477." Legislatura: 18483." Legislatura: de 1849 (l5 de dezembro) .a 18529.'" Legislatura: de 1853 a 1856

10." Legislatura: de 1857 a 186011." Legislatura: de 1861 a 186312.'" Legislatura: de 1864 a 186613.'" Legislatura: de 1867 a 186814.a Legislatura: de 1869 a 1872 (22 de maio)15." Legislatura: de 1872 (21 de dezembro) a 187516.a Legislatura: de 1876 (13 de dezembro) a 187717." Legislatura: de 1878 a 1881 (lO de janeiro)18.'" Legislatura: de 1881 (13 de dezembro) a 188419." Legislatura: 188520.a Legislatura: de 1886 a 1889

República

21." Legislatura:

22.a Legislatura:23.a Legislatura:24." Legislatura:25." Legislatura:

Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, nos termos do art. 2Q do Ato Complementar n Q 43, de 29 dejaneiro de 1969, e eu, Senador Luiz Viana, Presidente do Senado Federal, promulgo a seguinte

RESOLUÇÃO N? 1, DE 1979 (CN)

Aprova o 111 Plano Nacional de Desenvolvimento.

Artigo único. É aprovado o III Plano Nacional de Desel1Volvi­mento com as seguintes ressalvas:

RESSALVA N." 1

Capítulfr V - Seção 2Inclua-se, após o 2.0 periodo da pág. 79, o seguinte:

"Deverá proceder a União a profundo reexame da atualorganização politica e divisão territorial do País, com vis­tas ao pleno atendimento do objetivo de correção dasdisparidades regi.onais e sub-regionais."

RESSALVA N.o 2

Capítulo V - Seção 2Acrescente-se ao 3.0 parágrafo da pág. 81, após fi expressãoCapital Federal." o seguinte:

"alentando quanto possível, as verbas do POLOCENTRO edos outros programas em realização."

RESSALVA N,o 3

Capítulo V - Seçã(} 2

Substitua-se, na pág. 81, o 2.° parágrafo pelo seguinte:

"No Centro-Oeste, o esforço de desenvolvimento privilegia­rá as ações voltadas para a máxima mobilização possivelde seu vasto potencial agropecuário e agroindustrial, in­clusive nas áreas dos cerrados. Buscar-se-á oonjungar aatuação das diferentes esferas de Governo - particular­mente o dilargamento das fronteiras do POLOCENTROe dos outros programas existente... '- para o apoio diretoà diversificação e expansão das atividades produtivas epara a ampliação e consolidação da infra-estrutura eco­nômica e sodal, particularmente dos transportes, energia,comunicações e sistema de armazenagem e silos."

De2embJ:i) de 1979 DlARIO DO CONGRESSO NACIONA.L <Seção I) QuintR.-feiJ:a G 14843

RESSALVA N." 4,

Capitulo V - 'Seção 2

No 3.0 p'aJ:ágrfrfo da pág. 81, onde se lê: "Continuará prioritá­rio o apoio à implantação e consolidação do Esta:do do MatoGrosso do Sul".

Leia-se:"Em observância às disposições da Lei Complementarn.o 31, continuará prioritário o apoio do Governo Fe­deral à implantação do Estado do Mato Grosso do Sul eà Consolldação do E.,>tado do Mato Gros,so."

RESSALVA N." 5

Capítulo V - Seção 1 _ ii

Na pág. 57, 3.° parágrafo, onde se lê:"Conseqüentemente, as principais definições ... "Leia-se:

"Conseqüentemente, as principais indicações .. ,"RESSALVA N." 6

Capítulo V - Seção 1 _ ii

Na pág. 58, 1.0 parágrafo, substitua-se o periodo:" - conceder prioridade e apoio ... "

pelos seguintes:"- conceder priorLdade e apoio integral li substitul.ção douso de derivados do petróleo. Os respectivos programasdevem concentrar-se nas soluções já testadas e comprova­damente viáveis, a exep1plo do carvão como substituto danafta paragás, do óleo combustível para a indústria ci­menteira, aliado ao aleatrão oriundo do babaçu; do álcoolcomo substituto dos automotivos.""- os pi'ojeto devem contemplar, de preferência, regiõesadrede escolhidas, onde as condições ecológicas e sócio­econõmicas propiciem, maior rapidez de resposta ao pro~

blema, resguard'e aceitáveis niveia de eficiência privada.evite ponto de estrangulamento ou excessos não comercia­lizáveis de produtos energéticos e, acima de tudo faci­litem, a política de correção dos desníveis regionais."

RESSALVA N.o 7Capítulo V - Seção 1 _ iH

NJ final do último item do Setor Educação e Cultura, à pág. 60,acrescente-se o seguinte:

"- apoio ao desenvolvimento das pesquisas, notadamente'tecnológicas, com vistas às necessidades do País;- apoio à. valorização do' professor;- definição do papel da escola privada no desenvolvi-mento da educação e da cultura no Pais,"

RESSALVA N.o 8

Capítulo V - Seção 1 - lí

Ao final do 1.0 parágrafo da pág. 58, onde se lê:"os projetos devem contemplar 0.'> setores e localidadesque lhes proporcionem a máxima economicidadc, evitan­do-se pontos de estrangulamento ou excessos não comer­cializáveis de produtos energéticos;"

Leia-se:". . onde as condições ecológicas e sócio-econômica.", pro­piciem maior potencial de respostas em, termos de resulta~

dos flslco"" resguardem aceitãveis níveis de eficiência pri­vada, evitem pontos de estrangulamento ou excessos nãocomercializáveis de produtos energéticos e facilitem a po­lítica de correção dos desníveis regionais."

RESSALVA N.O 9

Capítulo V - Seção 1 - iíi

Após o 1.0 período do Setor "Habitação Popular", à pág. 65,a.crescente-se o lieguinte item:

"Criar condições para que haja possibilidade de obtençãode áreas urbanas onde se instalem aS populações de baixarenda."

RESsALVA N.o 10

Capítulo V - Seção 1 -'V

Acrescente-se ao Setor Transporte.'>, ao final da pág. 70, aseguinte -linha principal de ação:

"- aproveitamento das linhas naturais de circulação,pretcrencialménte, como c9rredores de transportes."

RESSALVA N." 11

Capítulo V - Seção 2

Acrescente-se às medldas que beneficiem o Nordeste, após o3.° parágrafo, à pág, 79, o seguinte:

"Estimulando-se, ainda, o aumento de atividades terciáriaspara oferecer novas oportunidades de trabalho, com in­dicação do "corredor de exportação" que propicie a inver­são do tráfego do Sul para o Nordeste."

RESSALVA N.o 12

Capítulo V - ,seção 1 - vAcrescente-se ao final do Setor Transportes, a pág. 70, o se-

guinte item:"O Governo deverá proceder à criação do Fundo Nacio­nal de Transportes, com vistas ao financiamento adequadoe tempestivo dos projetos especiais do Setor."

RESSALVA N.O '13

Capítulo V - Seçã.o 1 - iiAcrescente-se, no final do Setor Energético, à pág. 59, o se­

guinte item:"O Governo deverá patrocinar o estabelecimento de umapolítica nacional de recursos hídricos."

RESSALVA N." 14

Capítulo VI - Seção 2 - Forlfa.s AJ.jmada.s

Suprima-se no 2.0 parágrafo, à pág. 91, a expressão:" .. , coordenadas pelo Estado-Maior das Forças Arma­das ... H

RESSALVA N." 15

Capítulo ;lI

substitua-se o "Capitulo Ir - ObjetLvos" - págs. 5 a 9 peloseguinte:"CAPÍTULO II - OS GRANDES OBJETIVOS NACIONAIS

O objetivo-sintese deste Irl PND é a construção de umasociedaide desenvolvida, livre, equilibrada e estável embenefício de todos os braslleiro.,>, no menOr prazo possível.Para tanto, a ação governamental procurará realizar, prio­ritariamente. os seguintes objetivos nacionais:I - Acelerado crescimento da renda e do emprego:Dentro das limitações fixadas pela política de combate àinflação e de equilíbrio do balanço de pagamentos, bus­car-se-á alcançar uma elevada taxa de crescimento queaSllegure a criação de oportunidades de emprego em nívelsuficiente para ocüpar de forma produtiva os novos con­tíngentes de mão-de-obra que afluem ao mercado, e bem,assim para absorver progres,sivamente os contingentes dedesempregados e subempregados atualmente existentes.O acelerado crescimento que se pretende para a BociePade.brasileira deverá assentar-se, preferencial e prioritaria­mente, na empresa privada nacLonal, através- do seu .efe­tivo fortalecimento.II - Melhoria da distribuição de renda, com rednçã-o dosníveis de pobreza absoluta e elevação dos padrões de bem­estar das classes de menor poder aquisitivo:l!: fato reconhecido que a acelerada expansão econõmicada última déca<la beneficiou de form,a desigual as diferen­tes classes sociais do País, poís a renda média dá:; popula­ções de menor poder aquisitivo foi a que cresceu com me­nor rapidez.Não obstante, esta constatação não invalida a opção decrescer rápido. Uma das razÕES que fundamenta>m estaopção é exatamente a necessidade de criação de mais em­pregos, de modo a proporcionar a democratização das opor­tu"Ilidades de trabalho e a melhoria da qualidade de 'lidadas populações de baixa renda ou em regime de pobrezaabsoluta.O rápido crescimento da economia pode e deve, portanto,ser conjugado com o objetivo de melhor distribuir a rendagerada. Dentro deste principio, a política de distribuiçãoda renda será coerente com a m,anutenção das liberdadesdemocráticas, inclusive com respeito às negociações sala­riais. Praticará a legítima discriminação do uso dos ins­trumentos fiscais em benefício da justiça social, e seráorientada para a obtenção de crescente disponibilidadee acesso aos serviços de educação, saúde, saneamento ePrevidência SOcial, bem como de moradia, alimentação etransportes.

14844- Quinta.feira DIARIO -DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Det;cmbro de 1979

Assim, a política de distribuição de renda deverá apoiar.se não só na democratização das oportunidades de empre­go, como também na alteração do perfil de investimento!>nacionais, privilegiando setores de maior efeito redistri­butivo como a agricultura; na ampliação do esforço comvistas ao desenvolvimento do Nordeste, pois, ali se en­contra a maior parcela de pobreza absoluta do Pais; noapoio às pequenas e médias empresas; em uma eficientee justa política salarial; em uma agressiva política sociale eln uma adequada modificação da política tributária.

m - Redução das di8lpa.ridaJdes regionais:

Uma política adequada de distribuição de renda exige,ainda, que se privilegie o desenvolvimento das áreas den­samente habitadas e carentes de recursos - caso do Nor­deste; assim como as grandes áreas que exigem cautelae dlsciplina na sua efetiva incorporação à economia na­cion~l, a exemplo da desejada ocupação não predatóriada Amazônia.

IV - Contenção da Inflação:Desorganizando o sistema de preços, a inflação destróios mecanismos de mercado que garantem a gestão efid­ente de uma economia competitiva, ao mesmo tempo emque influencia, de forma perversa, o padrão de distrIbui­ção de renda, penalizando, as famillas de mais baixarenda_

Por isso, o controle da inflação é condição essencialpara .assegurar a eficiência, a estabilidade e o cresci­mento continuado da economia brafilleira e a melhoriados niveis de bem-estar de nossa população.

V - Equilíbrio do balanço de pagamentos ,e controle '110endividamento externo:As transformações de economia mundial, decorrentes dacrise do petróleo, a partir de 1973, impuseram pesado tri­buto à economia brasileira, fazendo ressurgir o el'ltrangula­menta externo como uma das restrições mais severas aodesenvolvimento do Pais. Crescentes déficits de transaçõescorrenteli exigiram-se o recurso cada vez mais intensoao endividamento externo.Por isso, a expansão das exportações continuará sendouma condü;ão fundamental para assegurar o crescimentodo Pais.VI - Desenvolvimento do setGr energético:A crise do petróleo pôs em relevo o papel estratégico dosetor de energia, como uma das restrições mais importan­tes aos objetivos de desenvolvimento do País. A politicarlo Governo, nesse campo, visa à definir um novo modeloenergético, com menor dependênoia externa, através dasubstituição de fonte;; importadas de energia por fontesnacionais. Dar-se-á prioridade à substituição dos deriva­dos de petróleo (por carvão e álcool, por exemplo I, à in·tensificação dos programas de pesquisas e exploração daPETROBRÁS, â aceleração do Programa NaCIonal do Al­cool, ao aumento da geração de energia hidroelétrica, à.incorporação da tecnologia da energia nuclear, à pesquisapara aproveitamento do xisto e de fontes não convenci.o­nais Ienergia solar, eólla. maremotriz ou oriunda do hidro­gênio e fontes ~egetail>~ e, de um modo geral, buscar-se-áalcançar maior economia e racionalização no uso de ener­gia de diferentes origens (através da pesquisa tecnológicae da substituição do transporte individual pelo transpor­te coletivo, por exemplo).

Vil - Aperfeiçoamento das Instituições Política.s:Além do progresso material, a execução deste plano visa àobtenção de padrões dignos de vida e convivência soéial,dentro de um verdadeiro estado de direito qu~ assegure amaior representatividade possivel às diversas correntes deopinião existentes no Pais.

Para o Governo, o objetivo democrático é indissociável da,idéia básica de melhorar a qualidade de vida de todos osbrasíleiros; de democratizar as oportunidades; e de eli­minar quaisquer discriminações ou preconceitos entre osbrasileiros."

Capii;uJ", "J - ~f) :{ .-- iií

Introduzir, :1::1 capítulo especW.,~o 'la Política Social, as se-guintes obsen'ações, onde couber;

a) a política social visará i redução das desIgualdadessociais, concretizada na oPwllção de um ritmo aceleradoe sustentado de diminuiçiio dn'! X11\reis d~ pobreza;

b) a responsabilidade pela formação de uma sociedadecom oportunidades democratizadas, particulal1nente comrelação à população de baixa renda, prtence à sociedadee ao Governo como um todo, comprometendo, de igual for­ma, a dimensão econômica, social e politica do desenvolvi­mento;c} para a superação das tendências assistencialistas, re­siduais e seletivas das políticas sociais, é preciso que nãose perca de vista a participação econômica e política dapopulação pobre;d) a harmonização e convergêncía dos setores sociais, paraa consecução de uma política de redistribuição de renda ede melhoria de emprego.

RiESSALVA oN.o 17

Capítulo V - Seção 1 - iii

Acrescentar, onde couber, ao Setor Educação e Cultura, pág. 60,() seguinte:

"A política de educação, cultura e desportos, como parte dapolítica social, se compromete a colaborar na redução dasdesiguldades sociais, voltando-se, preferentemente, para apopulação de baixa renda. Procura ser parceira do esforçode redistribuição dos benefícios do crescimento econômico,bem como !omentadora da participação política, para quese obtenha uma sociedade democrática, na qual o acessoàs oportunIdades não seja apenas função da posse econô­mica e do poder. 'Educação é direito fundamental e açãobasicamente mobillzadora, encontrando, especialmente em.sua dimensão cultura, o espaço adequado para a conquistada liberdade, da criatividade e da cidadania.Nas áreas da educação, cultura ·e desportos assim se des­cortinam cinco prioridades fun.clamentais:- educação no meio rural, buscando adequação maior à.snecessidades básicas da população carente ruricola;- educação nas periferias urbanas, procurando condi.yõesmais efetivas de democratízação das oportunidades, bemcomo visando à redução de tendências seletivas contráriasàs populações pobres urbanas, especialmente quando mi­.grantes;

- desenvolvimento cultura.l, inclusive como ambiente pró­prio da educação em sua dimensão permanente, privile­giando-se as manifestações da criatividade comunitáriade estilo não elitista;- planejamento participativo, também em sua dimensãotécnica e administrativa, bem como no que se refere à va­lorização dos recursos humanos, principalmente aquelesempenhados na educação fundamental;- aperfeiçoamento da captaç.ão e alocação de recursos.Sem desmerecer outras áreas componentes do setor de edu­cação, cultura e desportos, as prioridades se concentramna educação básica e na promoção cultural."

RESSALVA N.o 18Capítulo V _ Seção 1 - iii

Acrescentar, onde couber, ao Setor Saúde e Previdência So-cial, pág. 60, o seguinte:

"SAúDESão prioritárias as ações nas reglOes e áreas de maiordensidade de pobreza, especialmente as destinadas a su­peração de deficiências alimentares, combate às endemiase esforços de prevenção das enfermidades de maior sig­nificação sócio-sani tária.O esforço principal será dirigido ã reorientação e ao re­dimensionamento dos serviços de saúde, dentro de- umaconcepçáo integrada de sistema, através da cooperação in­terinstitucional -e intersetorial. Tal orientação implicaráem impor, através <lo Ministério da Saúde, um esquemacoordenado a nível nacional de todas as ações de saúde.Tal política, estabelecida através de uma concepção e umaorientação descentralizada no planejamento e de execu­ção da política. incorporando todo o potencial de ação daUnião, do Estado e do Municipio inclusive aproveitando opotencial de apoio das instituições privadas poderá resul­~ar em maior eficácia e eficiência das ações de saúde doPaís.

Além da postulação do aumento da cobertura. com aten­dimento hierarquizado, desde cuidados primários até ainternação hospitalar, a nova politica de saúde deveráajustar-se às condições nosológlcas e sócio-ecOnõmicas dasvárias regiões do Pais. Adicionalmente, três preocupações

Dezembro de 1979 DIÁRIO DO CONGRESSO NAOXONAL (Seção I) Quinta-feira 6 14845

deverão estar presentes na implem.entaçâo das ações do se-

a) prÇlgramação de atendimento a toda população brasi­leira, com projetos especiais para as megalõpoles, paraoutras áreas urbanas e para as populações rurais disper­sas;

b) garantia de adequadas dimensões, extensão e abran­gência ao Programa de Interiorizaçâp das Ações de Saúdee Saneamento (PIASSI, com vistas a levá-lo a todo o País;c) adequação da indústria farmacêutica ao perfil nosoló­gico brasileiro e às condições e exigências sócio-econômicasdo País.

PREVIDÉN'ClA SOCIAL

Quanto a área previdenciária deveriam ser agregados, pelomenos, quatro pontos adicionais:il equalização dos benefícios a serem prestados aos tra­balhadores urbanos e rurais, operando, tal providência,entre outros efeitos, o de assentar o rurícola ao seu am­biente natural de trabalho;

ii I incorporação ao regime geral da Previdência Social, dacategorias laboriais ainda não integradas;

li) incorporaçã,o ao regime geral da Previdência Social, dede saúde e da assistência médica, através da implantaçãode um sistema regionalizado, hierarquizado e integrado,contando com o apoio do Ministério da Saúde e dos Estadose Municipios;iv) fortaleCimento do progTama de apoio à execução dapolítica nacional rlo bem-estar do menor."

RESSALVA N.0 19

Capitulo V - Seção2

Que sejam incluidos nesta Seção, onde couber, à pág. 76, osseg'uintes pontos;

- o pleno aproveitamento do potencial de recursos rle cadaregião deve voltar-se para o uso de suas vantlj,gens comparativas;

- a adequada e explícita definição do papel de cada regiãobrasileira no contexto do. desenvolvimento nacional;

- a orie~tação do esforço e do apoio da União à cada região,segundo a dimensão de seu mais relevante e urgente problema.,Assim, se o mais dramático problema. do Nordeste é o desemprego.que a ênfase da política federal, para a área, seja orientada apat~ocinar tal p.rioridade;

-!' o sacrifício de parte do crescimento nacional, em favor debem mais acelerada expansâ<o das áreas econômicas e socialmentemais deprimidas, representa condições fundamental à estabilidadepolítica-social do País.

Assim, os instrumentos básicos de apoio ao desenvolvimentoregional poderão situar-se nas seguintes linhas:

a.) ,efetiva implementação de ampla revisão de estrutura tri­butária nacional, com vistas a diminuir a excessiva concentraçãode recursos na União, e melhor e mais justa distribuicão de ren­das públicas entre os Estados; "

b) implementação da regionalização dos orçamentos da ad­mInistração dIreta e indireta do Governo Federal, dando efetivosentido de eqüidade, pelo menos no que respeita aos orgamentossociais.

Tal implementação deve basear-se no principio de que a dis­tribuição regional dos gastos sociais deve tender a aproximar-seda distribuição regional da população brasileira;

c) definição, por parte da União, do crItério, segundo o qual,qualquer. projeto de iniciativa e responsabilidade do Governo Fe­deral, em uma Região, deve ser considerado como apoio da Uniãoao desenvolvimento daquela região. Assim, os projetos de carvão,ferrovia do aço, etc., são projetos que devem ser caracterizadoscomo apoIos da União ao desenvolvimento das respectivas regiões;

d) estabelecimento de incentiVOS efetivamente diferenciadorespor regiões, assim considerados os incentivos fiscais, financeiros,os subsidios, a política de preços de insumos básicos controladaspeio Governo, dentro do objetivo de proceder, efetivamente à des­centralização econômica, à descompressão urbana e à redução dedisparidades regionais; e

e) estabelecimento, pela União, do princípio de que toda vezque for instituido ou manipulado um instrumento de política eco­nômica, deverá ele conter, em seÍI bojo, mecanismos compensa­tórios dos possiveis -efeitos adversos ou prejudiciai-s que possam<Clausar aos objetivos regionais.

RESSALVA N.o 20

Capitulo IV - Seção ,2

Inclua-se onde e como couber:

"Arca. de Mercado de Valores Mobiliários

A política de mercado de valores mobiliários visará ao esti­mulo do mercado de capitais, permitindo-lhe assumir de­cisivo papel na capitalização da empresa privada nacional,na repartição social dos resultados de desenvolvimento ena dispersão <la propriedade.Com esses objetivos, procurar-se-á:- estimular o aumento do fluxo de poupança a. ser aloca­da através do mercado, em função da decisão de crescentenúmero de individuos e entidades, e criar condições deliquidez através de um ativo e ordenado mercado secun­dário;- promover um mercado eficiente, pelo aprimoramentoda intermediação, estimulo à competitividade e aumentoda confiabiJida.de e proteção ao público investidor, notada­mente o pequeno;

- utilizar a regulação como mecanismo auxiliar do de­senvolvimento, sem inibir as livres forças do mercado, pro­piciando a elevação do padrão ético e técnico de seus in­tervenientes.Area de Seguros e Previdência Privada

A política 'de seguros e previdência privada visa princi­palmente:- à expansão do mercado interno e suá crescente inte­gração no processo econômico e social;- a manutenção de fluxo favorável de receita ,em cJlvisas;- à preservação da líquidez e solvência. das sociedadesseguradoras;_ à coordenação da política de aplicação de recursos fi­nanceiros do sistema segurador com a política econômícae social do Governo.Nesse sentido. são projetos prioritários:- implantação de um sistema nacional de seguro rural,tendo em vista a ênfase assumida pela produção agrícolana atual política econõmica do Governo;

- criação de estímulos aoS seguros de pessoas.

à exportação, visando a aumentar o apoio do seguro aoincremento das exportações;- criação de estímulos aos segurados de pessoas.A regularização das entidades de previdência privada serágrande passo no sentido· de expandir os seguros de pes­soas, além de mantê-los na área de ação da iniciativaprivada.

POLÍTICA TRIBUTÁRIA

A política tributária será executada visando a:- simplificação do sistema de tributação dos pequenoséOJ;J.tribuintes;- aumento da racionalidade e eficácia da administraçãotributária, com a consolidação e simplificação das leis fis­cais, visando a promover maior eqüidade social do siste:..ma;- ampliação do uso de tributos como estimulo à produ­ção agricola, melho'r utilização da propriedade fundiáriae produtividade no campo;

- amparo às classes de baixa renda, pela tributação favo­recida dos bens de consumo considerados de primeira ne­cessidade;

- aplicação às regiões menos desenvolviüas, em particularo Norte e Nordeste, de política tributária estimulante aodesenvolvimento;

- cllscipllnamento e coordenação do uso de subsídios eisenções fiscais como elemento de promoção das ativida­des econômicas, em beneficio da melhor utilizacão dosfatores de produção, particularmente da mão-de-obra;

- aperfeiçoamento do Imposto sobre a Renda, de modoa melhorar sua funcionalidade e torná-lo mais equita­tivo;

~ realização de continuos esforQos para aumentar a efi­ciência da máquina de arrecadação dos impostos;

14846 Quinta-feira 6 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção I) DezembrO de 1D'l'9

- utilização da política tributária como instrumento daexpansão do comércio exterior;

- prosseguimento, na política de acordos internacionais,de eliminação de bitributação; e- aprimoramento das fórmulas de opção e mecanismosde coleta de incentivos fiscais da pessoa juridica, de modoa assegurar a promoção do maior crescimento relativo eo fortalecimento de empresas das Regiões Nordeste eAmazônica.No campo das relações com os contribuintes, serão inva­riavelmente promovidas pela Administração Federal a des­burocratização e o aperfeiçoamento das relações fisco­contribuinte, através de iniciativas como as seguintes:- simplificação das formalidades administrativas e dina­mização dos sistemas relacionados com a cobrança dostributos;- reformulação do regime de penalidades, visando a ade­quá-lo à realidade atual;- reciclagem periódicas do pessoal fazendário;- desenvolvimento de atividades voltadas para o melho-ramento e a sistematização dos métodos de arrecadaçãoe fiscalização; e

- modernização dos procedimentos referentes ao julga­mento de processos administrativo-fiscais.Por fim, promover-se-á o fortalecimento dos Estados eMunicipios, mediante o aperfeiçoamento da atual políticatributária, revertendo-se a tendência centralizadora, dan­do-lhes maior autonomia financeira."

RESSALVA N.O 21Onde couber:

"A lei que aprovar as diretrizes e prioridades do desen­volvimento nacional deverá conter dois artigos adicionaisque possibilitem ao Congresso Nacional cumprir o seu pa­pel de acompanhar e avaliar as ações do Executivo, notocante aos compromissos contidos no Plano.Assim, deverá ser incluido um artigo obrigando o Executi­vo a detalhar o seu planQ operativo anual, estabelecendoobjetivos, políticas, diretrizes e, especiaimente, metas aalcançar quanto aos vários objetivos do III PND naqueleano. Um outro artigo obrigaria o Executivo a, semestral­mente, apresentar uma avaliação dos resultados alcan­çados pelas várias políticas, permitindo o acompanhamen­to do desempenho nas várias áreas."

Senado Federal, 5 de dezembro de 1979. - Senador LuizViana, Presidente.

CÂMARA DOS DEPUTADOSSUMÁRIO

1 _ ATA DA 170." SESSAO DA P SESSAO LEGISLATIVADA 9." LEGISLATURA EM 5 DE DEZEMBRO DE 1979

SESSAO DE ENCERRAMENTOI - Abertura da Sessã.o

11 - Leitura e assinatura da ata da sessão anterior111 - Leitura do Expediente

l"ROrosTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO!)Q Sr. Fued Dib e outros.

OFíCIOSDQ Sr. Nelson Marchezan, Lider da ARENA.IV - Pequeno ExpedientePRESIDENTE - Encerramento da La se,ssão Legislativa da

9,S. Legislatura.'FREITAS NOBRE - Encerramento da L" Sessão Legislativa

da 9.S. Legislatura.

NELSON MARCHEZAN - Encerramento da 1." Sessão Le­gislativa da 9." Legislatura.

JOAO MENEZES - Atuação do Deputado Flávio Marciliona Presidência da Câmara dos Deputados.

ATA DA 170.a SESSÃODE ENCERRAMENTO

EM 5 DE DEZEMBRO DE 1979PRESID~NCIA DO SR.:

FLAVIO MARctLIO, Presidente.I - As 10:00 hor~ comparecem os Senhores:

Flá.vio MarcilioHomero SantosRenato Azeredo.Wilson BragaE:pitácio CafeteiraAri KffuriWalmor de LucaNosser AlmeidaDaso CoimbraJoe1 LimaNabor J,únioI

AcreAluízio Bezerra - MDB; Amilcar de Queiroz - ARENA; Geral­

do Fleming - MDB; Nabor Júnior - MDB; Nósser Almeida ­ARENA; Wíldy Vianna - ARENA.

PRESIDENTE - Comunicação sobre providências do Minis­tro Petrônio Portella, da Justiça, no sentido de apurár respon­sabilidades de servidor envolvido em incidente com o Deputado

Walter Silva no Aeroporto do Galeão.

V - Encerramento- Exposição do Ministro César Cals, das Minas e Energia,

sobre assuntos relacionados com a atividade do Ministério.- Discurso do Deputado Athiê Coury, no Pequeno Expedien­

te da sessão de 29-11-79: Necrológio do Prof. CléQbulo Amazo~

nas Duarte. .

- Discurso do Deputado Carlos Santos, em ComunicaçõesParlamentares da sessão de 30-11-79: Negrltude e inquietudesocial.

2 - ATA DA MESA3 - ATA DAS COMISSõES4 - MESA (Relação dos membros)

5 - LíDERES E VICE-LIDERES' DE PARTIDOS (Relaçãodos membro,s)

6 - COMISSõES (Relação dos membros das Comissões Per­manentes, Especiais, Mistas e de Inquérito)

Amazonas

Joel Ferreira - MDB; Josué de Sou~ - ARENA; Mário Frota- MDB; Rafael Faraco - ARENA; Ubaldino Meirelles - ARENA;Vivaldo Frota - ARENA.

Pará.

Antônio Amaral - ARENA; Brabo de Carvalho - ARENA;Jader Barbalho - MDB; João Menezes - MDB; Jorge Arbage ­ARENA; Lúcia Viveiros - MDB; Manoel Ribeiro - ARENA; Né­lio Lobato - MDB; Osvaldo Melo - ARENA; Sebastião Andrade- ARENA.

Maranhão

Edison Lobão - ARENA; Edson Vidigal - ARENA; EpitácioCafeteira - MDB; Freitas Diniz - MDB; João Alberto - ARENA;José Ribamar Machado - ARENA; Luiz Rocha - ARENA; MagnusBacelar - ARENA; Marão Filho - ARENA; Nagib Haickel ­ARENA; Victor Trovão - ARENA; Vieira da. Silva - ARENA.

·Piauí

Carlos Augusto - ARENA; Correi-a Lima - ARENA; Hugo Na­poleão - ARENA; Joel Ribeiro - ARENA; Ludgero Raulina ­ARENA; Milton Brandão - ARENA; Paulo Ferraz - ARENA; Pi­nheiro Machado - ARENA.

I)ezembro de 197!i DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção 1) Quinta-feira 6 14847

CearáAdauto Bezerra - ARENA; Antônio Moraís - MDB; Cesário

Barreto - ARENA; Claudino Sales - ARENA; Cláudio Philomeno- ARENA; Evandro Ayres de Moura - ARENA; Figueiredo Cor­reia - MDB; Flávio Marcílio - ARENA; Furtado Leite - ARENA;Gomes da Silva - ARENA; Haroldo Sanford - ARENA; IranildoPereira - MDB; Leorne Belém - ARENA; Manoel Gonçalves ­MDB; Marcelo Linhares - ARENA; Mauro sampaio - ARENA;Osslan Araripe - ARENA; Paes de Andrade - MDB; Paulo Lus­tosa - ARENA; Paulo Studart - ARENA.

Rio Grande do Norte

Antônio Florêncio - ARENA; Carlos Alberto - MDB; DjalmaMarinho - ARENA; Henrique Eduardo Alves - MDB; João Faus­tino - ARENA; Pedro Lucena - MDB; Vingt Rosado - ARENA;Wanderley Mariz - ARENA.

Paraíba

Adernai' Pereira - ARENA; Álvaro Gaudêncio - ARENA; An­tônio Gomes - ARENA; Antônio Mariz - ARENA: Carneiro Ar­naud - MDB; Ernani Satyro - ARENA; Joacil Pereira - ARENA;Marcondes, Gadelha MDB; octacilio Queiroz - MDB; WilsonBraga - ARENA.

Pernambuco

Airon Rios - ARENA; Augusto Lucena - ARENA; CarlosWilson _ ARENA; Cristina Tavares - MDB; Fernando Coelho ­MDB; Fernando Lyra - MDB; Geraldo Guedes - ARENA; Ino­cêncio Oliveira - ARENA; João CarJ!os de Carli - ARENA; JOa­quim Guerra - ARENA; José Carlos Vasconcelos - MDB; JoséMendonça Bezerra - ARENA; JoBias Leite - ARENA; MarcusCunha - MDB; Milvernes Lima - ARENA; Nilson Gibson ­ARENA; Oswaldo Coelho - ARENA; Pedro Corrêa - ARENA;Ricardo Fiuza - ARENA; Roberto Freire - MDB; Sérgio Murilo- MDB: Thales Ramalho - MDR

Alagoas

Albérico Cordeiro - ARENA; Antônio Ferreira - ARENA;Divaldo Suruagy - ARENA; Geraldo Bulhões - ARENA; JoséCosta - MDB; Mendonça Neto - MDB; Murilo Mendes - ARENA.

Sergipe

Adroaldo Campos - ARENA; celso Carvalho - ARENA; Fran­cisco Rollemberg - ARENA; Jackson Barreto - MDB; RaymundoDmlz - ARENA; Tertuliano Azevedo - MDB.

:BahiaAfrísío Vieira Lima - ARENA; Ângelo Magalhães - ARENA;

Carlos Sant'Anna - ARENA; Djalma Bessa _ ARENA; ElquissonSoares - MDB; Fernando Magalhães - ARENA; Francisco Ben­jamin - ARENA; Francisco Pinto - MDB; Henrique Brito ­ARENA; FIilderico Oliveira - MDB; Honorato Vianna - ARENA;Horácio Matos - ARENA; João Alves - ARENA; Jorge Vianna__ MDB; José AmorÍlll - ARENA; José Penedo - ARENA; LeurLomanto - ARENA; Manoel Novaes - ARENA; Marcelo Cor­deiro - MDB; Menandro Minahim - ARENA; Ney Ferreira ­MDB; Odulfo Domingues - ARENA; prisco Viana - ARENA;Raimundo Urbano - MDB; Rogério Rego - ARENA; RômuloGalvão - ARENA; Roque Aras - MDB; Ruy Bacelar - ARENA;Stoe),sel Dourado - ARENA; Ubaldo Dantas - ARENA; VascoNeto - ARENA; Wilson Falcão - ARENA.

Espírito Santo

Belmiro Teixeira - ARENA; Feu Rosa - ARENA; GersonCamata - ARENA; Luiz Baptista - MDB; Mário Moreira ­MDB; Max Mauro - MDB; Theodorico Ferraço - ARENA; Walterde prá - ARENA.

Rio de JaneiroAlair Ferreira - ARENA; Alcir Pimenta - MDB; Álvaro Valle

ARENA; Amâncio de Azevedo - MDB; Benjamim Farah ­MDB; Célio Borja - ARENA; Celso PeÇ>9.nha - MDB; DanielSilva - MDB; Darcílio AYres - ARENA; Daso Coimbra - ARENA;Délio dos Santos - MDB; Edison KhaIr - MDB; Felippe Penna­MDB; Florim Coutinho - MDB; Hydekel Freitas -. ARENA;Joel Lima - MOB; Joel Vivas - MDB; JG de Araújo Jorge ­II-IDB; Jorge Cury - MDB; Jorge Gama - MDB José Frejat ­MOB; José Maria de Carvalho - MDB; José Mauricio - MDB;José Torres _ MDB; LáZaro Carvalho - :MDB; Léo Simões ­MDB; Leônidas Sampaio - MDB; Lygla Lessa Bastos - ARENA;Mac Dowel Leite de Castro - MDB; Marcello Cerqueira - MDB;Marcelo Medeiros - MDB; MMcio Macedo - MDB; Miro Teixeira- :MDB; Modesto da Silveira - MDB; Osmar Leitão - ARENA;Oswaldo Lima - MDB; Paulo Rattes - MDB; Paulo Torres ­ARENA; Pedro Fllria - :MDB; Peixoto Filho - :MDB; périclesGonçalves - MDB; Rubem Dourado - MDB; RUDem Medina ­MDB; Saramago Pinheiro - ARENA; Simão Sessim - ARENA;Walter SilV'a - MDB.

Minas GeraisAécio Cunha - ARENA; Altair Chagas - ARENA; Antônia

Dias - ARENA; Batista Miranda - ARENA; Bento Gonçalves ­ARENA; Bias Fortes - ARENA; Bonifácio de Andradll - ARENA;Carlos Cotta - MDB; Castejon Branco - ARENA; ChristôvamChi'aradia - ARENA; Dario Tavares - ARENA; Delson Scarano- ARENA; Edgard AmorÍlll - MDB; Edilson Lamartine - ARENA;Fued Dib - MDB; Genival Tourinho - MDB; Hélio Garcia ­ARENA; Homero Santos - ARENA; Hugo Rodrigues da Cunha- ARENA; Humberto Souto - ARENA; Ibrahim Abi-Ackel ­ARENA; Jairo Magalhães - ARENA; João Herculino - MDB;Jorge Ferraz - MDB; Jorge Vargas - ARENA; José Carlos Fa­gundes - ARENA; Juarez Batista - MDB; Júnia Marise - MDB;Leopoldo Bessone - MDB; Luiz Baccarini - MDB; Luiz Leal ­MDB; Melo Freire - ARENA; Moacir Lopes - ARENA; NavarroVieira Filho - ARENA; Newton Cardoso - MDB; Nogueira deRezende - ARENA; Pimenta da Veiga - MDB; Raul Bernardo- ARENA; Renato Azeredo - MDB; Ronan Tito - MDB; Rosem­burgo Romano - MDB; Sérgio Fermra - MDB; Sílvio Abreu Jr.~ MDB; Telêmaco Pompei - ARENA; Vicente Guabirnba ­ARENA.

São Paulo

Adalberto Camargo - MDB; Adhemar de Barros Filho ­ARENA; Airton Sandoval - MDB; Aírton Soares - MDB; AlcidesFrancíscato - ARENA; Alberto Goldman - MDB; Antônio Russo- MDB; Antônio Zacharias - MDB; Athiê Coury - MDB; Audá­lia Dantas - MDB; Aurélio Peres - MDB; Benedito Marcílio ­MDB; Bezerra de Melo - ARENA; Caio Pompeu - ARENA; Can­tídio Sampaio - ARENA; Cardoso Alves - MDB; Cardoso de Al­meida - ARENA; Carlos Nelson - MDB; Del Bosco Amaral ­MDB; Diogo Nomura - ARENA; Erasmo Dias - ARENA; FlávioChaves - MDB; Francísco Leão - MDB; Francisco Rossi ­ARENA; Freitas Nobre - MDB; Gióia Júnior - ARENA; HenriqueTurner - ARENA; Herbert Levy - ARENA; Horácio Ortiz ­MDB; Israel Dias-Novaes - MDB; Jayro Maltoni - MDB; JoãoArruda - MDB; João Cunha - MDB; Jorge Paulo - MOB; JoséCamargo - MDB; José de Castro Coimbra - MDB; Maluly Netto- ARENA; Mário Hato -=- MDB; Natal Gale - MDB; OctacílioAlmeid'3. - MDB; Octávio Torrecilla - MDB; Pacheco Chaves ­MDB; Pedro Carolo - ARENA; Ralph Biasi - MDB; Roberto Car­

'valho - MDB; Ruy Côdo - MDB; Ruy Silva - ARENA; SalvadorJulianelli - ARENA; Samir Achoa - MDB; Santilli Sobrinho _MDB; Tidei de Lima -- MDB; Ulysses Guimarães - MDB; ValterGarcia - MDR

Goiás

Adhemar Sanbllo - MDB; Anísio de Som'la - ARENA; Fer­nando Cunha - MDB; Francisco Castro - ARENA; Genésio deBarros - ARENA; Guido Arantes -~ARENA; Hélio Levy - ARENA;Iturival Nascimento - MDB; José Freire - MDB; Paulo Borges- MDB; Rezende Monteiro - ARENA; Siqueira Campos - ARENA;Tobias Alves - MDR

Mato Grosso

Afro Stefanini - ARENA; Bento Lobo - ARENA; Carlos Be­zerra - MDB; Cristino Cortes - ARENA; Gilson de BarrosMDB; Júlio Campos - ARENA; Louremberg Nunes Rocha ­ARENA; Mílton Figueiredo - ARENA.

Mato GrOtlSo do Sul

Antônio Carlos de Oliveira - MDB; João Câmara - ARENA;Levy Dias - ARENA; Rubem Figueirô - ARENA; Ubaldo Barém .- ARENA; Valter Pereirl:\ - MDR

Paraná.Adolphn Franco - ARENA; Adriano Valente - ARENA; Ál­

varo Dias - MDB; Alí'pio Carvalho - ARENA; Amadeu Geare.- MDB; Antônio Annibelli - MDB; Antônio Mazurek - ARENA;Antônio Ueno - ARENA; Ari Kffuri - ARENA; Arnaldo Busato- ARENA; Borges da Silveira - ARENA; Braga Ramos - ARENA;Ernesto Dall'Oglio - MDB; Euclides Scalco - MDB; Heitor Alen­car Furtado - MDB; Hélio Duque - MDB; Hermes Macedo ­ARENA; Igo Losso - ARENA; ítalo Conti - ARENA; Lúcio Cioni- ARENA; Mário Stamm - ARENA; Mauricio Fruêt - :MDB;Nivaldo Krüger - MDB; Norton Macedo - ARENA; Olivir Gl:\­bardo - MDB; Osvaldo Macedo - MDB; Paulo Marques - MDB;Paulo Pimentel - ARENA; Pedro Sampaio - ARENA; RobertoGalvani - ARENA; Sebastião Rodrigues Júnior - :MDB; Vilelade Magalhães - ARENA; Walber Guimarães - :MDB; WaldmirBelinati - MDB.

.santa CatarinaAdhemar Ghisi - ARENA; Angelino Rosa - ARENA; Arnaldo

Schmitt - ARENA; Artenir Werner - ARENA; Ernesto de Marco- MDB; Evaldo Amaral - ARENA; Francisco Libardoni - MDB;Jóão Linhares - ARENA; Juarez Furtado - :MDB; Luís Cechinel- MDB; Mendes de Melo - MDB; Nelson Morro - ARENA; PedroCollin - ARENA; Pedro Ivo - MDB; Victor Fontana - ARENA;Walmor de Luca - MDB.

l4848 Quinta-feira 6 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Dezembro de 1979

Rio Grande do Sul

Alcebiades de Oliveira - ARENA; Alceu CoIlares - MDB;Aldo Fagundes - MDB; Alexandre Machado - ARENA; AluizioParaguassu - MDB; Cardoso Fregapani - MDB; Carlos Criarelli-- ARENA; Carlos Santos - MDB; Cid Furtado - ARENA; CláudioStrassburger - ARENA; Darcy Pozza - ARENA; Eloar Guazzelli- MDB; Eloy Lenzi - MDB; Emídio Perondi - ARENA; Fer­nando Gonçalves - ARENA; Getúlio Dias - MDB; Harry Sauel"- MDB; Hugo Mardini - ARENA; Jairo Brum - MDB; JoãoGilberto - MDB; Jorge Uequed - MDB; Júlio Costamilan - MDB;Lidovino Fanton - MDB; Magnus Guimarães - MDB; Nelson:Marchezan - ARENA; Odacir Klein - MDB; Pedro Germano ­ARENA; Rosa Flores - MDB; Telmo Kirst - ARENA; Túlio Bar­celos - ARENA; Waldir Walter - MDB.

Amapá

Antônio Pontes - MDB; Paulo Guerra - ARENA.Rondônia

Jerônimo Santana - MDB; Odacir Soares - ARENA.Roraima

Hélio Campos - ARENA; Júlio Martins - ARENA.O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcilio) - A lista de presença

acusa o comparecimento de 238 Senhores Deputados.Está aberta a sessão.Sob '9. proteção de Deus iniciamos nossos trabalhos.O Sr. Secretário procederá à leitura da ata da sessão anterior.

II - O SR. ARI KFFlJRI, 3.o-Secretário. servindo como 2.o-Se-cretário, procede à leitura da ata da ses,são antecedente, a qualé, sem observações. assinada.

O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) - Passa-se à leiturado expediente.

O SR. WILSON BRAGA, 1.°-Secretário, procede à leitura doReguinte

lU - EXPEDIENTE

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.O , DE 1979

Dá nova redação ao § 1.° do- art. 24 da ConstituiçãoFederal.

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nostermos do art. 49 da Constituição Federal, promulgam a seguinteEmenda ao texto constitucional:

Artigq único. O § Lo do art. 24 da Constituição Federal pas-.~a a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 24. .. " " " " .

§ LO Pertence aos municípios o produto da arrecadaçãodos impostos mencionados no ítem III do art. 21 e no itemI do art. 23, relativamente aos ímóveis situados em seu ter­ritório."

Justificação

É notória a crescente carência de recursos financeiros, a cons­trangedora insolvabilidade da maior parte dos Municípios brasilei­roS que, segunda dados divulgados par órgãos técnicos, participamde apenas 7% (sete por cento) da arrecadação tributária nacional.Igualmente notório é o fato de 80% (oitenta por cento) dos Muni­cipios brasileiros estarem em débito para com a Previdência Social.E, finalmente, de não menor conhecimento público é a circunstân­cia de grande número dessas unidades politicas não dispor de verbapara fazer face ao pagamento de seu funcionalismo e demais ser­viços, tampouco se encontrando em condições de prover à própriainfra-estrutura, até mesmo em termos de saneamento básico, estra­das vicinais, etc., sempre por absoluta penúria financeira.

2. Para fazer face às necessidades mais prementes, tais muni­cipalidades freqüentemente se vêem na contingência de levantarempréstimos extremamente onerosos, junto a instituições finan­ceiras, corroendo aínda mais os cofres públicos e comprometen­do, por antecipação, sua minguada receita, num processo de em­pobrecimento progressivo e irreversível daquelas unidades políti­cas.

3. Mister se faz sejam postos ao alCance dos Municípios con­dições básicas que, efetivamente, lhes assegurem a propalada au­tonomia municipal, hoje, verdadeira ficção juridica, no dizer deestudiosos da matéria.

4. A presente Emenda Constitucional visa, tão somente, aatenuar tal estado de coisas, garantindo aos Municipios uma re­ceita suplementar, decorrendo do imposto sobre a transmissão debens imóveis situados na seu território.

5. O imperativo de prover os MunIcípios Célula mater doEstado - dos meios necessários ao cumprimento dos programasessenciais ao bem-estar da coletividade, impõe irrestrita acolhidaà presente proposição, à vista do elevado alcance social da me­dida ora preconizada.

DEPUTADOS: Fued Dib - Luiz Leal - Edgard Amorim ­Wildy Vianna - Antônio .Morimoto - Rosemburgo Romano ­João Herculino - Ronan Tito - Marcelo Cordeiro - LeopoldoBessone - Renato Azeredo - Luiz Baccarini - Pimenta da Veiga- Telmo Kirst:...... Hugo Rodrigues da Cunha - Edilson Lamar­tine - Cristina TavarES - Gomes da Silva - Jorge CUry - Ra­fael Faraco - Cardoso Fregapani - Aldo Fagundes - ÁlvaroGaudêncio - Arnaldo Schmitt - Carlos Santos - Walter de Prá- Erasmo Dias - Josué de Souza - Péricles Gonçalves - ArtenirWerner - Eloar Guazzelli - Francisco Leão - Hugo Mardini ­Sebastião Andrade - Raymundo Urbano - Bonifácio de Andrada- Nabor Júnior - Celso Peçanha - Darcílio Ayres - Simão Ses­sim - Paulo Studart - Wilson Braga - Joacll Pereira - MárioHato - Tarcísio Delgado - Fernando Coelho - Iranildo Pereira ­Adalberto Camargo - Horácio Ortiz - José Mauricio - OctávioTorrecilla - Harry SaUel" - Jorge Gama - João Gilberto - IturivalNascimento - Juarez Baptista - Mário Frota - Túlio Marcelos ­Paulo Marques - Antônio Amaral - Cardoso Alves - Belmiro Tei­xeira -: Ademar Santillo - Aluizio Bezerra - Nosser Almeida ­Fernando Cunha - Cardoso de Almeida - Francisco Rossi - RuyCôdo - Jackson Barreto - Magalhães Pinto - Odacir Klein ­Vicente Guabiroba - Márcio Macedo - Benedito Marcílio - Au­dália Dantas - Júlio Campos - Geraldo Fleming - Ãlvaro Dias- Carlos Augusto - Vasco Neto - Ossían Araripe - AdautoBezerra - Gomes da Silva - Inocêncio Oliveira - Juarez Furta­do - Ernesto de Marco - Leopoldo Bessone - Walber Guima­rães - Celso Carvalho - Octacílio Queiroz - Cláudio Philomeno- Francisco Rollemberg - Paulo Ferraz - Paulo Torres - Leor­ne Belém - João Carlos de Caril - Antônio Morais - AntôníoGomes - Athiê Coury - Lsaac Newton - Nagib Haickel - JoeJRibeiro - Genival Tourinho - Carneiro Arnaud - Amâncio deAzevedo - Castejon Branco - Carlos Cotta - Antônio Pontes- Santilli Sobrinho - Lúcio Cioni - Mendes de Melo - Gilsonde Barros - Alcir Pimenta - Emídio Perondi - Alceu Coilares- Haroldo Carlos de Oliveira - Marcus Cunha - Antõnio Zaca­rias - Elquisson Soares - Jayro Maltoni - Francisco Libardoní _Joel Ferreira - Valter Garcia - Caio pompeu - Divaldo Suruagy- Antõnio Ferreira - Roberto Freire - Ludgero Raullno - EdisonKhair - Nélio Lobato - Hlêlio Duque - Paulo Lustosa - AmadeuGeara - Walmor de Lucca - Lázaro Carvalho - Heitor AlencarFurtado - Vivaldo Frota - Brabo de Carvalho - Alcebiadés deOliveira - Augusto Lucena - Magnus Guimarães - Jader Barba­lho - Carlos Wilson - Max Mauro - Hildérlco Oliveira - EvaldoAmai'aI - Moacir Lopes - Ubaldíno Meirelles - Odacir Soares.

SENADORES: Itamar Franco - Teotônio Vilela - RobertoSaturnino - Affonso Camargo - José Richa - Jaison Barreto- Henrique Santlllo - Adalberto sena - Gastão Müller - Hum­berto Lucena - Evandro Carreira - Passos Pârto - Nelson Car­neiro - Lázaro Barbosa - Arnon de Melo - Jorge Kalume ­Dirceu Cardoso - Jutahy Magalhães - Orestes Quércia - Fran­co Montoro - Moacir Dalla - Gilvan Rocha - Benedito Ca­nellas.

OFÍCIOSDo Si:. Líder da ARENA, nos seguintes termos:

Ofício n.O 272/79Brasília. 5 de dezembro de 1979.

Senhor Presidente:

Tenho a honra de indicar a Vossa Excelência o nome do Se­nhor Deputado Odacir Soares para integrar a Comissão do Inte­rior, como efetivo, em substituição ao Senhor Deputado IsaacNewton, que fica desligado daquele órgão.

Aproveito para renovar a V. Ex." protestos de apreço e eleva­da consideração. - Nelson Marchezan, Líder da ARENA.Oficio n.o 27317lf

Brasília, 5 de dezembro de 1979.

Senhor Presidente:Tenho a honra de indicar a Vossa Excelência o nome do Se­

nhor Deputado Odacir Soares para integrar. em substituição aoSenhor Deputado Isaac Newton, como suplente, a 'Comissão deFinanças.

Na oportunidade, renovo a Vossa Excelência a expressão domeu elevado apreço e estima. - Nelson Marchezan, Lider daARENA.

O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) - Está finda a leiturado expediente.

O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) - 81'S. Deputados. che­gamos, agora, ao fim da La. Sessão Legislativa, da 9." L<>~i~latura.

Dezembro de 1979 DIÁR.IO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção I) Quinta-feira 6 14849

Ao encerrar os nossos trabalhos, sejam as minhas primeiras pa­laVl"as de agradecimento aol'> Srs. Deputados -da ARENA e do MDB,indistintamente, pela ajuda que me deram no desempenho dasminhas funções neste primeiro periodo de Presidência.

Efetivamente, não pude realizar, por. circunstâncias adversase independent.es da minha vontade. tudo aquilo a que me propusao iniciar o mandato de que, pela vontade dos nobres colegas,fui investido. Procurei, no entanto, na medida dos meus esforçose das possibilidades que tinha, resolver alguns problemas maisprementes de ordem administrativa.

No camPo propriamente político-institucional, esta Casa viveugrandes momentos. Dentre estes, de,'ltaco como principal a Leida Anistia, que trouXe ao convivia da famma brasileira aquelesque, por motivo.s que agora não nos compete examinar, deles esti­veram afastados e que, felizmente para todos nós, agora retor­nam, podendo dar continuidade à nossa vid'a política num clima defra ternidade.

Ao lado desses problema atinentes à vida cotidiana da nossaCasa, da nossa institui(!ão, dei ênfase toda especial ao problemade uma possível reforma constitucional, notadamente no capituloreferente ao Poder Legislativo brasileiro. É fato Indiscutivel queo nosso Poder, maIS que qualquer outro, está na dependência daconjuntura política. E, na conjuntura política revolucionária queestá a terminar, havia, da parte do Ilistema governamental, mani­festa má vontade em relação ao Poder Legislativo, o que se refle­tiu, evidentemente, nas restrições que lhes foram impostas atrávésda Emenda Constitucional vigente.

No curso da hi<;tória universal, todas as revoluções, todos osgolpes de força se voltam, de logo, contra o Poder Leglslat.lvo,que é o' desaguadouro por excelência ,das manifestações popu­lares. É verdade que o movimento de 1964 foí uma revolução queconviveu com o Poder Legislativo, mantendo o processo eleitora:!,mas. de nossa parte, à custa de um grande sacrifício, num clim.ade rece,<;sos 'arbitrários e de cassações de mandatos, evidenciandonossa dependência na conjuntura política vivida.

Ao tempo da promulgação da Emenda Constitucional n.O 1,vigente Constituição, havia., inegavelmente, littn endurecimentodo processo revolucionário, o que veio refletir-se no trato do PoderLegislativo. Assim, ao lado de restl'ições inaceitáveis, muit.as ou­tras foram levantada§, de feições puramente regimental, impedi­tíva.o, do seu pleno fúncionamento e não condizentes com a cate­goria de Poder, o que demonstra o espírito preconcebido do mo­mento.

Vívemos, neste instante, um clima de renovação político-insti­tucional, de lançamel1to das bases fundamentais da sonhada de­mocracia, que todos esperamo,,; (Páhnas.l Não poderia, pois o Par­lamento brasileiro constituir-se isolado na modificação que se ope­ra, esperandt:l por sua estruturação ainda nessa nova ordem e naboa vontade de outro Poder. Compete-lhe a dinâmIca, compete-lhea ação. É o que estam.os _a fazer com a nossa projetada reforma,restrita agora ao Poder Legislativo brasileiro.

No instante em que os instrumentos de arbítrio são extintosde nossa legislação, o Poder Legislativo está, entre outros, a me­recer o cuidadoso exame para colocá-lo condignamente ao ladodos demais Poderes, funcionando nos limites que lhe são adequadose servmdo à efetividade do sistema democrático. É justamente oprestígío do Poder Legislativo que vai resguardar a força, a es­tabilidade do sistema democrático que implantarmos. Designeiuma Comissão, composta de Deputados do MDB e da ARENA, parao cxame da.s modificações a serem feitas, havendo recebido - eencaminho à Comissão - valiosa contribuicão da Mesa do SenadoFederal. A esta Comissão, presidida pelo nobre Deputado DjalmaMarinho, sendo seu Relator o nobre Depli'tado Célio Borja, ex-Pre­sidente desta Casa, os meus agradecimentos pelos serviços presta­dos, res,saltando que aquilo que recebemo,s sem nenhuma interfe­rência pessoal minha, no que foi acordado pela Comissão, cons­titui a manifestação unânime de todos os seus membros.

Consta da Exposição feita pelo' nobre Relator. Deputado CélioBorja, a Proposta de Emenda à Constituição que ora é submetida àapreciação da Câmara dos Deputados e do Senado Federal; naconformidade do art. 47 da Constituição, visa a modificar e su­primir dispositivos do Capítulo 6.°, Titulo T, da Lei FundamentalqU'e cuida dü Poder Legislativo, objetivando melhor desempenhodas atribuições constitucionais que lhe são deferidas e daquelasque defluem da natuI'eza do Governo representativo e do prin­cipio da divisão de Poderes.

A Nação reclama obra maís profunda e arrojada, qual sejaa adoção de um texto constitucional sintético, harmonioso, claro,que disponha sobre os principio fundamenta.is da ordem jurídicanacional, organize os podere,'; públicos, garanta os poderes polítl-'cos, civis e sociais do cidadão e confie à sabedoria das sucessivasgerações de brasileiros, através de seus representantes,' dispor so­bre outras leIs de menor hierarquia quanto à maneil"a de realizar,o bem comum. Constituições regulamentares como as que temos

tido são de curta duração, haja vista que em 50 anos vigoraramcinco textos e avultado número de em.endas, algumas das quais com,indisfarçável caráter emergencial de instrumentos de Govemo.

Reconhecemos com humildade qu!. as alterações propostastêm o escopo limitado de permitir que a representação nacionalparticipe mais ativamente da construção da ordem juridica e maisresponsavelmente se desincumba do mandato conferido pelo povoMas não significa, em absoluto. renúncia ao dever de dar à Naçãouma Lei Fundamental à altura de SUa dignidade, de sua culturajurídica dos foros de civilização de que ela tanto se orgulha.

A Emenda proposta pela Comissão está na Câmara dos Depu­tados devidamente formalizada, com o número suficiente de as­sinaturas, e aberta à assinatura dos demais Deputados que quise­rem honrá-la. Já Ise encontra assinada pelo Pre,.~dente do 8enadoFederal, Luis Viana Filho, bem como pelo Presidente desta Casae dos membro.s dq, comissão organizadora das emendas. Colhi assi­naturas dos Dep1!ttadol'l ontem presentes. Aqueles que aínda nãoassinaram e desej:am fazê-lo os nossos agradecimentos.

Com estas palavra.s, desejo a todos os 81'S. Deputados umbom Natal e um Feliz Ano Novo, estendendo esses votos aos fun­cionár~os da 'Casa e aos membros da impren,o,a falada e escrita.que cónosco trabalham.

Muito obrigado a todos. (FaUnas prolongadas.)

O SR. PRESlbENTE ('Flávio Marcílio) - Concedo a palavraao Sr, Freitas Nobre, Líder do Movimento Democrático Brasileiro.

O SR, FREI'EAS NOBRE (MDB - SP, Pronuncia o seguintediscurso.) _ Sr, !Presidente, 81'S. Deputados, nos nossos Estados,para onde retornamos após este período legislativo, serão muitasas vozes a mdagar do que fizemos e reclamar a prootação de con­tas das tarefas d~ste ano.

Se não valesJe a intensa atividade das Comissões e a açãopermanente em plenário, teria valido a resistência com que pro­curamos impedir as medidas de violência que o Governo transferíuao Congresso e d~ que se tem exemplo na extinção dos partidos,sem que se adotasse um amplo e democrático pluripartiarismo.

É verdade qu~ a divulgação desses trabalhos tem sido deficien­te e as colunas se abrem com mais apetite para os acertos ou asdIscórdias politicas do que para o exame das matérias críticas,envolvendo as qu~stões de profundidade.

O fato, no entanto, é que a superioridade do número tem sidoo grande argumento contra até mesmo as melhores razões jurídicase morais. '

A população 9ue não conhece, na sua intimidade. a estruturados ôoderes, nem· mesmo a do Legislativo para o que elege seusrepresentantes, n~o imagina os percalços da atívidade parlamentar.

Aqui, o assessoramento técnico é praticamente nulo.A máquina do Legislativo está defasada e as Comissões Téc­

nicas sequer contam com funcionários suficientes ou especializadospara as matérias dê sua específica atividade.

No geral, os Deputados não apena.s redigem seus discursos,mas também cUldam das pesqUlsas preliminares, inclusive paraos pareceres técnicos nos órgãos especializados da Câmara.

Mas, o que é mais sério, mais dramático, mais alarmante, ê alimitação da própria competência do Poder Legislativo, que aindaassim tem feito muito dentro' de suas limitadas possibilidades.

Não fosse a critica, às vezes contundente e ferina, mas sem­pre voltada para o interesse nacional, ou mesmo a análise fria dosfatos. na tribuna parlamentar, a Nação estaria simplesmente de­sinformada pelas sinopses oficiais.

Não reclamamos, simplesmente, que se devolva ao Legislativoa faculdade de apresentar projetos ou emendá-los, aumentando adespesa ou reduzindo a receita.

É a dignidade do Legislativo que está em jogo, em razão daforma coativa com que o E~ecutivo age, dando exemplos claros eindlsfarçâveis dessa ação autoritária, e algumas vezes corruptora,como constatamos na votação do projeto da chamada reformapartidária.

Mas essa coação não se faz apenas indiretamente, usando Go­vernadores c~:mvocados para Brasilla, demissão de servidores apa­rentados de parlamentares, contratações de favor no serviço público,distribuição de diretorias e chefias de serviços e departamentosfederais nos vários Estados a pessoas indicadas pelos Senadores eDeputados comprometidos com o Executivo.

Há uma coação também legal, embora ilegítima, que se fazatravés do texto constituclOnal modificado. seguidamente, confor­me as nece&sidades ocasionais do controle do poder.

A queda do quo:rom regimental para o efeito da apresentaçãoe da votação das emendas constltuciona!s ficou alterado, assim

14850 Quínta-ieíra e DiARiú DÚ CONGRESSO NACIONAL (Seção n Dezembro de 197!1

que obtendo o terço necessá~10 para ó:L;:.resent&.-l..s ou para impedi,a sua aprovação, o MDE se tll<:parava, para utHizar-b':; de::;se mo­desto instrumento colocarlo ~ seu serviço pela. dédsfuJ. (j:35 urnas,

O equilíbrio do SenaG0 na sua capacidade de Càm&f3 revisorafoi desestabilizado com a mrtl}uiavélica ma:'Üpulação dOE biônicol:que garantiram, sem voto popular. um terço a mais para o Go­verno.

A mecânica da votação dos dCllretos-lei!; os reveste de àee!l'e­tos reais pois só lhes resta uma alternativa: serem a.provados ouserem rejeitados. porém sem qualquer possibilidade de rejeição.pois o Governo, que tem a maioria nas duas CasM, nã:J preci3asequer votá-los, bastando retirar-se do plenário, negando-lhe oquorum.

São mais éditos l:'0ais que i!ecreta~-leis, pois náo se lhes poderetirar ou acrescentar uma vírgula e, decorrido o prazo que o pró­prio Executivo fixou, se níí.o tiverem sido objeto de votação, sãoconsiderados aprovados.

Mas, ainda que se admitisse para argumentar, já que a reali­dade não permite a hipótese, que o decreto-lei viesse a ser rejei­tado, ele já teria produzido efeitos, pois entra em vigor na dataem que é emitido e encaminhado ao Congresso e seus efeitos nãopodem ser retificados ou anulados.

Assim ocorreu com a Taxa. Rodoviária Única, majorada emalguns casos a até 250%, apesar de toda uma reação da opiniãopública, particularmente já alarmada com os aumentos seguidosda gasolina, das taxas de lacração e licenciamento e.a vorazarrecadação dos pedágios ...

Iriamos longe em enumerar os exemplos de inferioridade daatividade legislativa comparada com os recursos do Executivo ecom os garrotes impostos pelas leis autoritárias que ainda persis­tem e um Regimento Interno subordinado a essas disposições auto­cráticas.

Em todas as nações democráticas do mundo. as Comissões Par­lament~res de Inquérito existem para que as minorias oposicionis­tas possam investigar na área do Estado, cumprindo tarefa emi­nentemente popular e necessária.

Mas, entre noo, até as CPLs perderam sua fisionomia democrá-'tica e passaram a servir, dóceis e acomodadas, aos interesses doExecutivo.

O normal seria que as CPIs fossem requeridas pela Oposiçãop?-ra apurar as irregularidades, as denúncias, a corrupção.

No entanto. pelo poder da maioria numérica, o partido do Go­verno só nos permitia constituir duas das cinco CPIs previstaspara funcionamento concomitante, ou mais ,se a maioria decidisseacatar pelo voto a constituição de uma outra além desse llmite,

Quando as CPIs começaram a preocupar o Governo, seu par­tido rompeu o acordo e, por ser maioria, negou-se a aprovar qual­quer Comissão Parlamentar de Inquérito proposta pela bancadada Oposição.

Preencheu-as o Governo, mantendo a imposliibilídade da Opo­sição de promover a apuração das denúncias que r'ecebe e o es­'Clarecimento dos negócios irreg'ulares da. administração.

Seria fastidioso repisar exemplos dessa redução de capacidadee de competência legislativas.

Mas tudo )Eto deve ser exposto, claramente colocado peranteo povo, para que não se interprete como omissão, ou como ausên­cia, a impossibilidade de impedir as proposições impopulares queacabam aprovadas pela maioria ou pela ausência da maioria, oumesmo a impossibilidade de fazer aprovar medidas capazes deatender ao interesse da população no concernente aos três ele­mentos críticos deste período: a alimentação, a habitação e otransporte.

Assim, tem-nos restado clamar contra os aumentos extorsivosespecialmente das utilidades, a cavalgada impetuosa da inflaçãoque se retrata na carestia, com o duro contraste de um povo pobrevivendo sabre um território rico e poderoso.

. O Governo, que tem todos os poderes a.utocráticos e ilimitadosnestes 15 anos, para o ajuste da máq\Úna do Estado e a defesa

, dos interesses do povo, nos exibe uma Haçíi.o l;spoUaú" pelas muI­tinacionais, rateada nos ricos territórios da Amll.zón.ia entre cúpi­dos senhores de fazenda transformado;:, em proprietarios de Esta­dos, tais as enormes âreas que detêm ;:,in seu proveito.

O Govertlo, que .dispunha de tudo Lst.o, per'Op.pn~ peJo,,, várioscontinentes, prospef~tando petróleo até JIOfc: mau lO!lgÍ1~:I'lO" paí.,>€,s,enquanto abre o solo, o subsolo e até a pla.t&íOl·:n~ cc·ntinentalpara que as maiores empresas interllll.,~í,omÜ3 esqua(uinhem nOSSll,Sáreas territoriais e maritimas com a cupidez dos eJtploradores daépoca colonial.

Quem dispõe de tudo isto, durante tanto tempo, redLlziu osM,micípios a pedintes, subjugados pelo PQder central iuI injunc;õesda poli t.iquice. e à recusa do justo a tendimento aos que tenham acoragem de discordar e criticar.

O crescente centralismo financeiro da União é arma politicaque transforma o Municipio numa entidade marginai e o Estadonuma condição de dependência cada vez mais humilhante.

Enquanto isto, o povo é excluído do poder político, da decisãodo voto, com os colégios eleitorais biônicos e a ameaça, iuI vésperasde cada eleição, da prorrogação dos mandatos.

Tudo é feito para excluir o povo dessa participação.Ora, a democracia sem povo e povo sem voto é a negação do

princípio que a inspira.

Aliás, está muito em moda confundir democracia com popu­lismo, enquuxlto o povo sente o cinto que aperta, pois só engordamos que estão satisfeitos com o regime.

E os indices de majoração dos preços levam a população, dia.a dia, ao desalento e a uma sensação de insegurança que é ca­racterística deste período.

Os servidores, civis e militares, exceção feita aos que galgamgabinetes, postos de direção e companhias mistas, estão sufocadospela queda do poder aquisitivo de seus salários e soldos e o tra­balhador em geral rebaixado à condição de mendigo, ou afogadopelo drama do desemprego ou do subemprego, este tão vizinhodaquele. I

Impotente, o Legislativo assistiu ao fracasso do sucesso nocampo do ensino, com a comercialização intensiva dos cursos, aelltização crescente dos núcleos universitários e as faculdadestransformadas em mâquinas de moeda, enquanto os estabeleci­mentos oficiais de ensino escasseiam e se estiolam na falta derecursos ou no encerramento de suas atividades.

Os dirigentes que emergem dessa fase autocrática arquitetamsonhos faraônicos, copiando as transamazônicas e as perimetraisparalelas às duas margens do grande rio e no meio da crise queleva à paralisação ou à impossibilidade de funcionamento regularde um instituto como o Hospital das Clínicas de São Paulo, ima­ginam uma nova Capital com a economia que o Governo Centralclassifica como "economia de guerra" ..

Mas a oposição reagiu como pôde a toda e qualquer tentativade retrocesso democrático. na resistência em plenário contra ogolpe à autonomia universitária, afinal desferido com o projetodo Executivo que só veio a passar por decurso de prazo e segundoo qual a direção das fundações mantidas pela União será nomeadaem comissão pelo Presidente da República. Com essa medida, osReitores são nomeados pelo Presidente da República; e, exercendoo cargo em comissão, não terão mandato por prazo certo, sendomeros joguetes às mãos do Executivo, pois que demissiveis adnutum.

A grande imprensa que conquistou uma certa liberdade deinformar, no entanto, vê-se iuI voltas ora com um organismo comoo SECaM, ora com a ameaça do anteprojeto que cria o ConselhoNacional de Propaganda e que, a pretexto da defesa do vernáculo,investe-se de poderes para suspender as atividades de veículos decomunicação social ou agências de publicidade por infração a dis­positivos de um chamado Código "Brasileiro de l!:tica Publicitária.

~ o controle da publicidade privada através de órgão do Exe­cutivo, enquanto um outro instrumento, a SECaM, cuida do con­trole da chamada publicidade legal do Governo.

A oposição demorou-se, neste periodo Legislativo, no exameda inflação alçada aos 80% oficiais, e seguidamente examinouo grave problema do endividamento externo, tendo em conta quemais de 64 por cento do endividamento global vencem dentrodos próximos 5 anos, com um total de quase 50 bilhões de dólares,Somente as amortizações, acrescidas dos juros da dívida, ultra­passam os 10 bilhões de dólares de pagamento anual, enquanto odéficit comercial chegou a 2 bilhões de dólares em outubro, o maiSalto dos últimos anos.

O Congresso não poderia excluir-se das graves perspectivasque se desenham com o Brasil preparando-se para importar café,dentro em pouco, pois face à produção de apenas 18 milhões desacas, o mc este ano teve que utilizar parte do seu estoque de10 miLllóes de sacas para o abastecimento do próprio mercadointerno.

Ora, se a produção é de 18 milhões de sacas e o mercad<~

interno consome 20 milhões, acabamos importando em lugar deexportar. Essa, a informação do Sr. Reinold Stephanes, Secretárioda Agricultura do Paraná. (,vll)rnal de Brasília, 30-11-79.)

Para citar um outro produto caracteristico de eXpi.)l-.;açã\·que ê o nosso cacau, uma constatação se toma dolorosa, pois con­firmada pelos estudos da Fundação Getúlio Vargas: a -economia,brasileira paga duas vezes pela exportação de cacau induslriaU-

Dezembro de 1979 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 6 14851

zado - uma através dos custos sociais implícitos nos subsidios enas quotas de exportação -e outra pela venda a preços inferiores.E o pagamento através desses subsidios se faz porque a indústriado cacau, no pais que é o segundo produtor do mundo, não sepreparou para competir sem os SUbsídios no mercado interna­cional.

Pequena tem sido a repercussão dos debates da área econômi­ca realizados na Câmara dos Deputados, mas igualmente o proble­ma da carne tem sido apontado como exemplo da irresponsabili- .dade administrativa.

O Brasil tem, praticamente, um boi por habitante, mas o povonão come carne em razão do seu preço proibitivo que sobe demaneirà'descontrolada.

O debate político e social foi, no entanto, ainda predominante.ISS'O porque a política salarial do G\)verno não devolveu o que foiescamoteado ao trabalhador nos levantamentos de indices de custode 'vida e salário em 1973, porque a proposta de revisão salarialnão &e ateve à realidade dos preços, dos custos e da retribuiçãodo trabalho. Além disso, a greve continuou sendo tratada comoquestão de polícia, com operários mortos, preSos, espancados, sin­dicatos e associações de classe fechados por determinação do Mi­nistério do Trabalho ...

A maior dificuldade que enfrentou a oposição foi a falta desinceridade do Executivo, com ministros e intérpretes oficiais adizerem uma coisa hoje, outra amanhã.

E não foi apenas a oposição parlamentar e partidária queconstatou essa deformação perigosa e essa insegurança de comu-nicação do poder. .

A imprensa independente e responsável, ainda agora, dia 2 dqcorrente, observava em editorial do O Est",do de S. Paulo:

"De tudo o que vem acontecendo IJl) Pais, talvez o maisgrave sintoma seja a falta de sinceridade do Governo nodesempenho de suas funções, numa espécie de farsa bur-:lesca que, longe de divertir, preocupa e inquieta. Os Mi~'

nistros deixam de merecer crédito, confundindo-se em pro­messas, intenções, palavras e até atos conflitantes ... "

Mas, a falta de seriedade das declarações de ministros e outrasautoridades não podia deixar de ser objeto de constante análiseda Oposição no Parlamento, mesmo porque a pl'eocupação popu­lista ignorou uma verd",de: a de que a imagem popular somentese constrói com obra administrativa, com a execução de progra­mas sociais e o efetivo domínio da carestia, através de uma polí­tica anti-inflacionária real e sincera.

Quando muito, a publicidade enganosa faz um líder popula­resco, mas não constrói um líder popular, numa época em queas comunicações não podem mais ficar fechadas a um círculogeográfico e, dia mais dia, o impacto da informação até mesmoexterna dilui a falsa rllalidade imposta pela informação dirigida.

Outra matéria de debate constante neste plenário foi o dapolítica energética, especialmente porque começamos um progra­ma nuclear sem termos chegado sequer às proximidades do esgo­tamento das alternativas convencionais de energia.

E, nesse aspecto, sequer nos garantimos qe uma transferênciareal de tecnologia, pois as instituições científicas do País ficaramfora desse programa.

O dinheiro que havíamos acumulado com a reserva ouro, asmáquinas ,.sotisticadas que adquirimos para prospecção e lavra dopetróleo e os técnicos brasileiros formadoll no exterior foram intei­ramente deslocados para 12 paÍSes do mundo, inclusive do Extre­mo-Oriente, para a pesquisa de petróleo com contrato 9-e risco,enquanto abriamos nOllllo subllolo e nOllsa plataforma continentalàs grandes multinacionais do petróleo.

E até hoje a explicação não se fez suficiente para justificarque, em apena.s...nove meses de 1978, o Brasil tivesse vendído ao ex:­terior 528 milhões de litros de gasolina ao preço de Cr$ 1,68e que somente pelo porto de Santos, no ano passado, tivessemsido exportadas 335.265 toneladas de gasolina automotiva.

Mas este ano .ainda continua o Brasil vendendo gasolina aCr$ 4,25, como ocorreu até no mês passado nas exportações paravários paises.

E o mais estranho, 'ainda, é que para ereas vendas existamsacrificados intermediários, ou sej,a, vendedores, como aquele que,int€rmediário de tão dificil transação, em 100 guias de exporta­ção no ano passado, recebeu comissões no valor de 7 milhões dedólares ...

Sr. Presidente, Srs. Deputados.Estamoo na conclusão do período anual da atividade legis­

lativa de 1979 e náo podemos dizer que ela foi positiva em termosde povo.

A anistia, meamo parcial, é fruto da opinião pública, com acobertura da oposição parlamentar, mas é pouco.

Todo o esforço foi desenvolvido pelos que colocam a Pátria ea comunidade acima de todas as preocupações grupais ou parti­dárias, mas o impacto da violência das leis ainda em vigor, ea dependência em que ainda se encontra o Legislativo não per­mitiu a esta Casa que ela fosse mais precisa na defesa dos inte­resses populares.

A reforma partidária não permitiu a ampla e democrática es­truturação das várias tendências políticas e filosóficas em que sereparte o mundo contemporâneo e ainda pesa sobre essa estruturadeficiente a ameaça do veto relativamente à sublegenda. ,

Ora, se o Congresso retirou o instituto da sublegenda, impos­sibilitando um veto direto ao artigo porque ele foi excluido, oExecutivo não pode, através do artifício de um veto a outro dis­positivo, fa~er prevalecer, contra a vontade do Congresso, o ins­tituto que foi excluido 6xpressamente da propositura. E, menosainda, estender a suble~enda que o Congresso rejeitou para oâmbito municipal, também para a área estadual e fed·eral.

A reformulação partidária não teve o condão de reorganizardemocraticamente os partidos; no entant{}, separou parlamentarespara distribui-los em blocos ou em. partidos em organização.

Cabe-me, ainda como líder do MDB, destacar que esse períodode convivência nos deixa, em muitos casos, lembranças gratas erecordações' que conservaremos através dos tempos, na direçãopolítica desse extraordinário resistente da democracia que é Ulys­ses Guimarães.

Há amizades que se reforçaram, reconhecimentos que se gra­varam para o resto da vida ,e, mesmo agora, quando muitos nosapartamos, para ramificações diversas, mas não ainda suficientespara a estrutura partidária democrática, não poderíamos deixardll assinalar nossos votos de sucesso político e pessoal àqueles queacima dos detalhes do dia-a-dia e das conotações p.essoais, grupaisou regionais, souberam colocar o seu ideal.

Estes não &e apartam de nós e nós não nos apartamos deles,porque quando a senha for o interesse do Brasil estaremos juntos,unidos os coligad{]s, anulando as intenções maquiavélicas dos quepretendiam destruir a oposição, mas que não fizeram senão defi­ni-la melhor.

O povo é o nosso juiz. O melhor, senão o único.A ele devemos contas dos nossos atos e as teremos que pres­

tar, irrecusavelmente, senão agora, no julgamento das urnas.Como, no entanto, a economia só muda com a reforma polí­

tica, defendemos a transformação da estrutura social de tal ma­neira que os desníveill da injustiça, da exploração e da misérianão se solidifiquem como desníveis de uma soci·edade permanen­temente injusta.

Por isso mesmo, nossa bandeira é aquela que permite ao povo,escolhendo s>eus representantes especificamente para a redaçãode um texto constitucional democrático que veja o Brasil real enão apenas o Brasil formal, redigir a lei maior com a autorida~e

que vem de baixo para cima, do voto livre e secreto: a convocaçaode uma Ass,embléia Nacional Conlltituinte. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Flávio Mareílio) - Concedo a palavraao Sr. Nelson Marchezan, Líder da Aliança Renovadora Nacional,

O SR, NELSON MARCHEZAN (ARENA - RS. Sem revisão doorador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, quero que minhas pri­meiras palavras nesta tribuna sejam de profundo agradecimentoa V. Ex.a, Sr. Presidente, e aos ,demais Srs. Membros da Mesapela capacidade com que se houveram, pelo esforço que fizerempara atender a todos os Parlamentares, propiciando as condiçõesindispensáveis ao funcionamento desta Casa.

A Liderança da Maioria quer expressar aos Srs. Membros daMesa, indistintamente, na figura de V. Ex.a , Sr. Presidente, pro­fundos agradecimentos. Desejamos estendê-los aos Srs. Depu­tados, da ARENA e do MDB, pelo esforço comum, diuturno e can­sativo, mas edificante, neste ano de 1979. E nisso vai o meu agra­decimento, inclusive ao nobre Líder da Oposição, com quem sem­pre dialoguei, com quem sempre procurei entendimento; se porvezes não o alcançamos, tal fato não se devem a razões pessoaisde parte de S. Ex.a e da minha, mas a comprom,issos de bancada.

Registro, porém, nobre Líder da Oposição, que foi para mimmotivo de alegria manter contato e dialogar com V. Ex.a alémde discutir os problemas do Pais. Manifesta à bancada de V. Ex.a ,a todos os seus integrantes, a hom'a deste convivio, deste trabalho.

E não posso deixar, Sr. Presidente, de trazer também aosmeus companheiros da ARENA um sincero agradecimento pelaconfiança que depositaram em mim, pela capacidade de, compre­endendo as minhas deficiências, supri-las (Não apoiado.) com asua ajuda, com a sua compreensão, com as suas criticas.

14852 Quinta-feira 6 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Dezembro de 1979

Graças a esta bancada majorItária. graças a essa compre­ensão, graças a esse carinho com que tratamos os problemas doBrasil, podemos hoje chegar perante a Mesa da Câmara e pe­rante o Brasil de consciência tranqüila e dizer que cumprimosna condição de maioria, o papel que o Brasil esperava de nós,Deputados arenistas e Deputados do Governo. As vitórias aquiconseguidas, os embates aqui travados, os resultados que obtive·mos dizemos com humildade, em favor de leis mais justas, dereformas necessárias, quero reparti-las com cada colega, com ca­da companheiro e com cada Vice-Lider, que tanto trabalharam,individual e coletivamente, para que esses resultados fos&em con­seguidos.

Eu não poderia, Sr. Presidente, deixar de estender os meusagradecimentos ã imprensa que faz a cobertura dos trabalhoslegislativos. Graças às criticas, graças às considerações, graças àsnotícias que ela divulgou pelo Brasil inteiro, o povo pôde acom­panhar nosso trabalho, pode observar o. que aqui se fez de bompara o Brasil. E mesmo nos erros, Sr. P~sidente, tivemos semprea intenção de acertar de fazer o melhor possível.

Não posso esquecer, Sr. Presidente, os funcionários desta Casa,que tantas vezes nos auxiliaram suprindo nossas deficiências. Sede mais assessoria precisamos, certamente isso ocorre apenas,quanto ao número, porque a dedicação de muitos supriu a defi­ciência eventual de outros. Os servidores desta Casa, como ele­mento basilar da nossa atuação, possibilitaram a feliz coroaçãodos trabalhos a que nos propusemos. Estendo estes agradecimen­tos aos Assessores Parlamentares, aos que representam aqui osSrs. Ministros de Estado, que, com afã, dedicação e zelo, muitasvezes trouxeram subsidios importantes para a decisão dos Srs.Parlamentares

Sr. Presidente, minhas considerações iriam pouco além doagradecimento e do registro desta Sessão Legislativa não fossemas expressões do ilustre Lider da Oposição, que, neste encerra­mento, mais uma vez resolveu trazer a debate uma série de pro­blemas à tona. Pensava eu que as nossas palavras fossem de meraconfraternização. Mas S. Ex." não perdeu a oportunidade paradizer aquilo que durante o ano não pode fazer. (Palmas.) E agra­vou o Executivo, agravou a Maioria, agravou-as até por aquiloque não fizeram, como se lSSO pudesse representar a solução paraos problemas do Pais. A Liderança do Governo deseja. desde logo.dar o testemunho da sua lealdade e do seu apreço ao eminentePresidente João Baptista de Figueiredo. (Palmas.) A sua firIneza,a sua coragem, a sua decisão. a convicção com que defendeu osseus propósItos fo.ram .fatores importantes e decisivos para queo Brasil queimasse etapas no rumo da democratização. Mas nãofoi uma firmeza de propósitos que pudesse significar intransigên­cia. A sua transigência, a sua tolerância, a sua mão estendida àOposição e ã Nação Brasileira fizeram dessa firmeza a convicçãodemocrática que inspira e orienta a ação daquele eminente esta.·dÍllta - o Sr. Presidente João Baptista de Figueiredo. (Palmas.)

Sr. Presidente. as etapas que construímos estão aí e a His­tória há de registrá-las. Se cada um de nós examinar conscien­temente as convicções e esperanças que tinhamos há um ano,por maiores que fossem essas esperanças. por maior que fosse anossa imaginação, por maior que fossem a nossa fé e a nOSsaconvicção, não podemos deixar de dizer que as afirmações presi.denciais ressoavam para nós mais como frases de efeito do quepropriamente convicção. Afirmações como "lugar de brasileiro éno Brasil" e "hei de fazer deste PaÍll uma democracia". há umano, representavam talvez uma intenção dificil de ser efetivada.Mas, graças à ação do Presidente, com a tradução desses pensa­mentos em mensagens e em ação, pôde este Congresso, no de­curso do ano de 1979, analisar aquilo que se constituiu na maisgrata esperança de todos nós. Pudemos conciliar a família bra­sileira, pudemos trazer para o Brasil aqueles irmãos que, de nósdivergindo, haviam abandonado a Pátria ou viviam nos cárceres.Com a ação do Presidente João Figueiredo, representada pela açãode sua Maioria aqui em todos os momentos, foi possivel tornaruma feliz realidade a anistia, que, embora pregada pelo MDB,foi aprovada e traduzida 'em fatos pelo Governo e pela ARENA.(Muito bem! Palmas.)

Não pensava, Sr. Presidente, que precisasse eu fazer essasobservações neste encerramento. Mas permita-me também que des­taque a ação do Congresso Nacional perante a História do BrasilDurante este ano aprovamos emenda constitucional de autoriade um Congressista, quatro leis complementares, 66 propositurasdo EX\lcutivo, 39 do Legislativo e 3 do Judiciário, totalizando 108proposições. A aprovação de 39 projetos de origem do Legislativodemonstra um fato inquestionável: que, agora, se conseguiu quetamanho número de proposições oriundas do Legislativo fosseaprovado aqui e tivesse a decisão referendada pelo Poder Exe­cutivo. Nem se diga, Sr. Presidente, que, quanto às mensagensdo Executivo, o Legislativo esteve ausente, porque nos projetosmais significativos houve uma participação substancial deste Par-

lamento, não só através de emendas, muitas vezes importantes edecisivas, mas também com a elaboração de substitutivos. E eunão só realço a Lei do Inquilinato, a Lei Salarial, a Lei da Anistia,a Lei da Reforma Partidária, a Lei dos Loteamentos. a Lei daMagistratura, mas também outras leis que neste período aprova­mos. Mas quero destacar, em defesa da nossa Casa, que, em trêsleis importantes, a Lei da Anistia, a Lei Salarial e a ReformaPartidária, o Congresso apresentou substitutivos, introduzindo nasproposições do Executivo o pensamento da Maioria e da Minoria,o pensamento da coletividade brasileira. De forma que essas leissairam daqui enriquecidas e aprimoradas pelo funcionamento li­vre e democrático do Congresso brasileiro.

E mais do que isto, Sr. Presidente, o Executivo compreendeue aceitou as su.gestões, as observações, as modificações que me­lhoraram profundamente aquelas leis. Faço este depoimento paraque, perante a História, nesta fase transitória do pais, nesta faseimportante, não passe despercebido um fato: não fomos aqui ho­mens insensiveis, não fomos aqui homens que não compreende­ram, não fomos aqui Parlamentares da crítica fácil ou apenas dacrítica -oportuna, da divergência, mas aqueles que tiveram algu­ma coisa a dar em favor de nossa Pais.

Devo também, Sr. Presidente, Srs. Deputados, fazer umas rá­pidas observa-ções, porque a isto me levou o Líder da Oposição epeço a V. Ex." a devida tolerância, Sr. Presidente Toynbec jádizia que a Oposição deve ser criativa. E nós constatamos no dis­curso do ilustre Líder da Oposição que a atuação da bancada deS. Ex.", neste ana, foi tudo, menos criativa; foi t~do, menos cons­trutiva; foi apenas de oposição. Lembro, para responder a pro­pósito da nossa atuação, uma frase de um estadista do impérioinglês, Winst-on Churchill, quando dizia que "se o político de­fende o governo, todas as desgraças do mundo, tudo que falta àsociedade humana lhe é atirado no rosto, sendo ele intimado emaltos brados, a dizer o que pretende fazer para remediar a situa­ção".

Pois bem, Sr. Presidente, vimos que· a Oposição no seu afãde criticar, torce os números e confunde as estatisticas. Para oLíder da Oposição - e somente isto dá a demonstração da faci­lidade com que se critica - nós consumimos vinte milhões desacas de café no Brasil, quando, na verdade, consumimos apenassete. Nunca consumimos vinte milhões de sacas. Nem importa­mos, nos três últimos anos. E se importamos no passado, há al­guns anos, foi em função dos interesses nacionais e, sobretudo,dos interesses do consumidor, 'que precisava ver mantido o preço.

Sr. Presidente, falou-se da inflação como se fosse possível aca­bar com ela de um instante para outro. Mas é preciso que sediga que o Governo não ,quer o caminho fácil da estagnação,que gera o desemprego e a miséria. Resolveu não ser a palma­tória do mundo, porque lá fora viceja a inflação. Todos os povosdo mundo sofrem suas conseqüências, como se ela fosse uma epi­demia universal e não um mal brasileiro. Mas a Oposição com­bate o Governo e quer que o Presidente ponha um fim ao pro­cesso inflacionário. Entretanto, não lhe oferece nenhuma solução.A opção governamental é o controle da inflação enquanto ela nãoimpeça a geração de empregos para atender à demanda de mi­lhões de jovens brasileiros que aspiram justamente ao acessoao b:abalho.

Aqui se combateu o contrato de risco, forma hoje universal­mente adotada por todos os povos que vivem sufocados pelo preçodo petróleo. Paises democráticos, países socialistas de todas aspartes do mundo usam deste expediente e deste processo paraacelerar a busca e a descoberta desse ouro negro, tão importantepara a vida dos povos.

Aqui se combateu o acordo atõmico, como se faltasse ao Go­verno a visão que falta à Oposição; este acordo que há de colo­car-nos na era do átomo, em condições de igualdade com flS ou­tras nações. Eu não chego ao ponto de dizer que a Oposição fazcoro com os interesses das multinacionais, prejudIcadas com onosso acordo atômico. Mas chego a me indagar por que, no finalda noite da era do petróleo, quando precisaríamos estar unidospara buscar uma alternativa, para buscar a energia atômica quehá de dominar na era do amanhã, a era atômica, quando o Go­verno se esforça para fazer isto, a OpoSição persiste numa atitudenão criativa, como diria Toynbee, de critica fácil, como se esti­vesse a fazer um grande serviço ao País, quando na realidadeessa critica consulta mais a interesses econômicos contrários aopróprio PaÍll.

Adverte-me V. Ex.", Sr. Presidente, de que meu tempo está eS­gotado, e peço escusas por me haver excedido. Mas nos Anaisda Casa não poderia fícar sem resposta a critica fácil da Oposi­ção, sobretudo quando chegamos ao final de um ano legislativoaltamente produtivo, e, olhando para trás, vemos que superamostantas borrascas, enfrentamos tantos incidentes, contribuímos -

1>e~eD1bro de 1979 1>IARIO 1>0 CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 6 14853

Oposição e Situação - para que nada nos Impedisse de dialogare de nos entender.

Ainda há pouco, Sr. presidente, .. quando da votação da reformapartidária, viamos, na consciência de cada parlamentar, que elaera necessária ao Pais, que precisávamos quebrar o imobilismo dobipartidarismo, abrir novos caminhos ao pluripartidarismo, paraque, no dia de amanhã, se pudesse - como, ao final, reconheceuo próprio Líder da Oposição - definir mais as atribuições de cadapartido e pudéssemos nós, nesta época de transição, quando der­rogamos o AI-5, derrogamos o arbítrio, abrir caminho- para aalternância no poder, que é algo ainda desejado e perseguido pelamaioria, para que se institua verdadeiramente a democracia nes­te Pais.

Estas palavras finais, Sr. Presidente, representam a nGssa con­vicção, a nossa certeza de que, com a ajuda de Deus, abrimos al­guns caminhos, de que aprovamos algumas leis que podem não seras mais perfeitas, mas, certamente, contribuíram para o aperfei­çoamento das nossas instituições e o desenvolvimento do País. AHistória é feita passo a passo, a História dos povos é construidade avanças e de recuos, e temos a certeza de que o LegislatiVGbraei1eiro - sobretudo a Bancada da ARENA - contribuiu paraque no dia de amanhã tenhamos uma Pátria com um povo so­frendo menos, uma Pátria mais livre, uma Pátria pluralista, onde,independentemente de sexo, cor e religião, cada brasileiro possarealizar seWl anseios mais intImos, seus anseios de pessoa huma­na, a quem se dirige toda a nossa atuação. (Muito bem! Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Flávio M:u-cílio) - Concedo a palavraao Sr. João Menezes.

O SR. JOAO MENEZES (MDB - PA. SeD1 revisão do orador.)- Sr. presidente, esta é uma sessão especial, de término dos nossostrabalhos, uma sessão de congra~amento. Depois de ouvirmos Q

nobre Lider Nelson Marchezan fazer justas referências jio Pre­sidente da República, defendendo o seu partido, o seu programa cas suas idéias; depois de ouvirmos o nosso Líder Freitas Nobre fazerreferências, às mais elogiosas e as mais justas, ao nosso grandedefensor da democracia, o Deputado Ulysses Guimarães, que foia grande trincheira na lüta contra a extlnção dos partidos, que­remos manifestar a V. Ex.a , Sr. Presidente Flávio Mareílio, que foidirigente da Câmara num dos anos mais dificeis, num dos ands maiscomplieados da história politiaa, os nossos agradeaimentos. Sobos seus ombros, em 1980, estará a responsal;lÍlidade de dirigir estaCasa e de instaurar os novos partidos políticos. Portanto, deseja­mos expressar a nossa confiança na intelígênaia, na capacidade,Da integridade e na independência de V. Ex.a

Receba os nossos parabéns, a par da nossa confiança no futuro.(Palmas prolongadas.)

O SR. PRESI1>ENTE (Flávio Marcílio) - Quero comunicar àCasa que o Sr. Ministro da Justiça, imediatamente após o rece­bimento do oficio em que se relatava o incidente havido com o co­lfga Walter Silva, comunicou a esta Presidência haver tomadoll.I) devidas providências quanto ao caso, apurando a responsabili­dade dos funcionários implicados.

As 11:10 horas, o Sr, presidente suspende a sessã.opor 5 minutos, a fim de que seja lavrada a ata da Sessão,nos termos do que dispõe o § 2.° do art. 113 do RegimentoInterno.

O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) - Está suspensa aSessão.

As 11: 12 horas, o Sr. Flávio Marcilio, Presidente daCâmara dos Deputados, declara reaberta a Sessão.

O SR. PRESIDENTE (Flávio Mareilio) - Está reaberta aSessão.

O Sr. Ari Kffurl, S.o-Secretário, sel."Vindo como 2,o-Se-cretário, lê a -ata da Sessão.

O SR. PRESIDENTE (F1ávio MllJrcillo) - Em discussão a ata.Está encerrada a discussão.Em votação a ata.OS 81'S. que a aprovam queiram permanecer como se encontram,

(Pausa.) .

Aprovada.O SR. PRESIDENTE (Flávio Mareilio) - Nada maís havendo

a tratar, vou levantar a Sessão.IV - Levanta-se a Sessão às 11 horas e 15 minutos.

EXPOSIÇãO no SR. MINISTRO ~AR CALS, DAS MINASE ENER:'GIA, PROFERIDA NA SESSAO DO DIA 12 IiE NOVEMBRODE 1979.

O SR. MINISTRO Cl!lSAR CALS ~ Sr. Presidente da Câmarados Deputados, Srs. Deputados, tenho muita honra e satisfação

em comparecer a este plenário, para responder a algumas indaga­ções sobre a política que desenvolve o Ministério das Minas e Ener­gia nos setores da sua competêncía.

No dia 6 de março, antes de asumir o Ministério das Minas eEnergia, informei à Nação, através de pronunciamento no SenadoF'ederal, que iria desenvolver e procurar implantar um modeloenergético brasileiro tão novo e revolucionário, que modificariaprofundamente as estruturas do setor de energi'a no Brasil. Sabiaeu que para conseguir esse "desideratum" seria necessária a adesãoda Nação, e que viria às Casas do Povo, como o faço hoje à Câmarados Deputados, como teri-a de percorrer o Pais para levar à Na­ção mensagens desse modelo energético. Portanto, nada mais apro­priado para mim, nem mais oportuno, no momento em que acabode editar "O MOdelo Energético" do que apresentá-lo em primeiramão à Câmara dos Deputados distribuindo-o na quarta-feira, noSeminário que se írealiza em Brasília.

Por isso, pel'mito-me alterar um pOll{~O a ordem dos requeri­mentos e, inicialmente, atender às indagações do Deputado JoãoCunha. É o requerimento n,o 43, de 1979, nos seguintes terITlos:

"Solicito seja convocado o Sr. Ministro das Minas e Ener­gia para depor sobre a política energética e desvio de pe­tróleo."

Passo, então, a depor sobre a política energética. Como sa­bem V. Ex.as, ao assumir o Presidente João Figueiredo o Brasilmantinha, como ainda mantém, uma alta dependênct;" externade petróleo. A produção nacional, naquele momento, era de 170míl barris por dia e o consumo já ultrapassava a ordem de ....1.100.000 barris. O Presidente João Figueiredo determinou ao Mi­nistro das Minas e Energia que elaborasse um modelo 'energético,visando a redução da dependênci.a extern.a do' petróleo, apoiadoem três linhas principais; a primeira linha se refere ao aumentoda oferta nacional de petróleo, a segunda a medIdas de conserva­ção de energl,a e substituição de cada derivado de petróleo poroutro energético, e a terceíra, â. máxima utilização das fontes na­cionais de energia.

Na primeira 1iD.ha a PETROBRAS foi orientada para fazer amaior parte do seu investimento na busca, na prospecção e naprodução de petróleo. Nesse momento, já temos ,a maior concen­tração de sonadas "off shore" do mundo na plataforma brasileira,e podemos dizer que já no ano 78, quanto ao número de poços "of!shore", ocupávamos o segundo lugar no mundo. A PElTROBRASfoi dada a recomendação de multiplicar a nossa produção de petró­leo e a meta a ser atingida no ano de 1985 é de 500 mil barrisde petróleo por dia, ao invés dos 170 míl no começo do Governodo Presidente João Figueiredo.

Foram abertas as áreas de contratos de risco em terra e es­tabelecido o contrato de risco n.as áreas de atratividade, onde aPETROBRAS j á está operando, como é o caso do Ceará e piauí. Foidada também uma área de contrato de risco onde a PETROBRAsjá opera no Ceará e Rio Grande do Norte.

A PEI'ROBRAS que perfurou 527 mil metros no ano de 1~78já atingiu a 730 mil metros em 19'79 e chegará a um milhão demetros em 1980, para obtermos 500 míl barrhs de óleo nacional.Dentro do setor de combustiveis liquidos, pretendemos atingir (}minimo de 900 mil barris equivalentes de petróleo'âe fonte nacio­nal de energia, 500 mil de petróleo nacional, :1.55 mil a 170 mil bar­ris equivalentes de petróleo, a partir do álcool, 170 mil barris equi­v,alentes, a partir do carvão mineral, 120 mil barris equivalentesde petróleo, a partir do carvão vegetal e da madeira, 25 mil bartisequivalentes de petróleo, a pa,rtir do xisto pirobetuminoso e 15 milbarris equivalentes do petróleo, de outras fontes de energia, comoenergía solar, eólica e m.aremotriz.

A v·erdade é que, saindo dos 170 mil barris atuais para o mi­nimo de 900 mil barris, no ano de 1985, daremos um pa&so muitoavançado em busca da autonomia enerwética. Na segunda linhadesse modelo há medidas da conservação de e:q.e~gia e substituiçãode derivados de petróleo por outros energéticos. As medidas deconservação de enemia visam a gasolina e o óleo diesel, medidasmuito mais a cargo do Ministério dos Transportes com o a.poiodo Ministério das Minas ~ Ene~gia.

O Transporte é responsável por 100% do consumo da gaso­lina e por 75% do consumo de óleo diesel. Quanto ao óleo com­bustivel, as medidas ficam muito mais a cargo do Ministério daIndústríae do Domércio, com o apoio do Ministério das Minas eíEn%rgia, pois o setor industrial é responsável por 88% do, consumodo óleo combustível.

Na linha de substituição dos derivados de petrôréo por outrosenergéticos, a proposta do MÍ!nistlério, que já está sendo executada,é no sentido de substituir a gasolina pelo álcool, principalmente oetanol da cana-de-açúcar, par.acuja produção já temos balltantetecnologia, e substituir o óleo combustivel pela energia solar, peloearvão mineral e pelo carvão Vegetal, no pré aquecimento in­dustrial.

14854 Quinta-feira 6 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I> Dezembro de 1979

Ao mesmo tempo, desenvolvem-se pesquisas para encontvar-seum substituto para o óleo diesel. É o caso do metano, que está sen­do pesquisado pelo MinIstério das Minas e Energia, associado àOIDSP. Pretendemos adqui:rir tecnologia dos Estados Unidos e daAlemanha, inclusive de álcool com aditivos de óleo vegetais.

A verdade é que, neste momento, temos substituto para gaso­lina e para o óleo combustível. Há necessidade de modificação daestrutura de refino das refinarias de petróleo do Brasil. .rá auto­rizamos a mistura de 10% da nafta pesada com o óleo diesel, au­mentando a produção do óleo diesel e diminuindo a produção dagasolina.

A produção de óleo diesel já aumentou pava 40 mil barris pordia. Autorizamos também a PETROBRÁS a fazer a distribuiçãode óleo combustível de alta viscosidade, economizando 6% do óleodiesel que servia como diluente. Esses são os rumos da segundalinha do modelo energético.

Na terceiDa linha está a máxima utilização das fontes na­cionais de energia. A prioridade primeira é a hidroeletricidade.A orientação é dar o máximo aproveitamento 'à hidroeletricidade.

Todos sabem que o Brasil tem cerca de 209 milhões de "quilo­watts" de potencial energético. Mas todos sabem que cerca de 50%ou mais de 90 milhões desse's "quilowats" hidroelétricos estão naAmazônia e que na Região Sudeste já existe a perspectiva de es-cassez de energia hidrelétrica. -

O Ministério das Minas e Energia tem vecomendado e dadoprioridade à conquista de tecnologia da transmissão a longa dis­tância da alta voltagem e da corrente contínua. Mas, infeli=entepara nós, ou felizmente, porque é o sinal do desenvolvimento, ataxa de crescimento do consumo de energia hidrelétrica no Brasilmantém-se em 12,7% ao ano. Há regiões com 12% e outras com30%. A medida nacional é de 12,7% ao ano. Doze por cento aoano significa dobrar o potencial em cada seis anos.

A manter essa taxa de crescimento, já que contamos com 25milhões de "quilowats" em apevação, neste momento devemos 50milhões no ano de 1-985, 100 milhões se for mantida essa taxa, noano de 11)91, e uns 200 milhões, no ano 2000.

O Ministério das Minas e Energia estuda a proposta de cons­trução de 33 milhões de "quilowats" hidrelétricos, sendo que'o gros­so a atingirmos no ano de 1935 é de 50 milhões instalados. Emtoda a história da energia elétrica do Bvasil foram instalados 25milhões de quilowats e nós vamos instalar 25 milhões em seismeses.

O Ministério das Mtnas e Energia deseja que nenhuma usinade porte, a partir do ano de 1985, consuma derivado de petróleo.

O segundo aspecto ener~ético brasileiro que marcará presençana nossa balança energética, é o carvão mil1eraJ.

Os Srs. Deputados sabem que nós temos, só na Região Sui 21bilhões de toneladas de carvão mineral. As nossas reservas sesituam no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

Temos esperanças de possuir carvão no Nordeste e no Nortedo Brasil. - .

A proposição do Ministério das Minas e Energia é atingir oano de lS85 com a produ.ção de carvão mineral equivalente a 170mil barris de petróleo por dia.

Para isso será necessário multiplicar a prodlção atual, que éde 4 milhões de toneladas de carvão beneficiado por ano, para 22milhões de toneladas de ca'rvão pré-Iav,ados, no ano de 1985.

Atingir essa eta:pa será necessárioa a abertura de 42 novasunidades minel'ais, principalmente no Rio Grande do Sul e SantaCatarina, e adquirir tecnologia de Mineração subterrânea para ocarvão.

O terceiro energético, que terá uma presença importante noano de 1985, é o xisto pirobetuminoso. Sabem V. Ex.as que o Brasiltem uma grande reserva de xisto pirobetuminoso que vai desdeSão Paulo até à fronteira do 'Rio Grande do Sul com o Uruguai.O Ministério das Minas e Energia autorizou a PETROBRÁS a co­locar -em operação a primeira usina comercial de xIsto pirobetumi­noso, em São Mateus do Sul que no ano de 1984 deverá estarproduzindo 25 mil barris de óleo por dia.

Um outro exiel'gético de muita importância para nós é o urâ­nio. Nós sabemos que o Brasíl tem grandes reservas de urânio,estimada em 193 mil e 800 toneladas. Mias ·as prospecções conti­nuam e há grandes esperanças de aumento dessas reservas. Dessemodo, o Ministério das Minas e Ener,gia tem orientado que oacordo teuto-brasileiro deve ser mantido. conforme determinaçãodo Presidente João Figueiredo. Esse acordo visará a transferênciade tecnologia nuclear e, principalmente, do ciclo do combustível,de forma a que o ritmo de construção de novas usinas nuclearesse.rá conjugado com o ritmo de transferência de tecnologia. Paraisso estão sendo tomadas todas as providências, tais como treina­mento de pessoal, ·construção das várias etapas do ciclo do com-o

bustível nuclear, desde a concentração do uramo, a conversão dourânio em he:xiafloreto de urânio, o enriquecimento isotópico,. afabricação de elementos combustiveis e l'eprocessamento de urânio.

Outro energético de muita importância é a biomassa recente,da qual destaco, inicialmente, o álcool etílico a partir da cana-de­açúcar, cuja tecnologia já está aprovada. Sabem V. Ex."s que oPrograma Nacional do Ãlcool prevê chegar o ano de 1985 com10,7% bilhões de litros por ano, o que seria equivalente a 1.1&5 milbarris de petróleo por dia. Nós queremos chegar a 170 mil barrisequivalentes de petróleo por dia. O PROÁLCOOL se desenvolve emduas etapas. A primeira consiste na mistura do álcool com ·a ga­solina: vinte por cento de álcool e oitenta por cento de gasolina.Esta etapa está praticamente atingida no território brasil.eiro.onde temos produção de álcool. A segunda etapa é a do álcool etí­lico hídratado. Os motores devem ser convertidos ou fabricadosespecialmente para o álcool etílico hidratado. A nossa proposiçãoé no sentido de que no ano de 1985 o consumo de álcool sej,a emtorno de 10,7 bilhões de litros. Devemos ter, no ano de 1985, doismilhões e quatrocentos e sessenta mil veiculas movidos a álcool,isto é, fabricados para 'usar álcool ou convertidos para o uso deálcool. Ainda dentro da biomassa recente, vale destacar a presençada madeira. A nossa proposição é para que a utilização do c·arvãovegetal e da madeira atinja, no ano de 1985, a 120 mil barris equi­valentes de petróleo. Não se trata, Srs. Deputados, de devastar afloresta am·azônica, mas, sim, de plantar florestas energéticas, deutilizar os resíduos florestais ou das indústrias que empregam amadeira, ou pIantar florestas para esse fim. A nossa proposiçãopara 120 barris equivalentes de petroleo, ·a partir da madeira e docarvão vegetal. prevê, para o ano de 198&, que a taxa de reflores­tamento será de soa mil hectares por ano. Neste momento, temoscapacidade de 500 mil hectares por ano, mas os programas são de350, 400, esperando-se alcançar 450.000 hectares por ano. Preten­demos, em 1985, chegar à meta de SOO mil hectares, por ano, deflorestas energéticas, fora o reflorestamento destinado à obtençãode celulose e outros fins. Ainda na biomassa a proposição do Mi­nistério das Minas e Energia é estimular a utilização do gás me­tano, o biogás, a partir da digestão de residuos agrícolas· e ani­mais. O biogás deverá ser utilizado na energização rural e paracomunidades isóladas.

Além desses energéticos, deveremos partir para as pesquisasda. energia solar, cujo efeito de calor será utilizado para aqueci­mento industrial, secagem de grãos, resfriamento e bombeamento.O efeito da energia solar pelo foto, o quantum de luz, será pesqui­sado com o objetivo de obter energia elétrica através da célulafotovoltaica.

outra pesquisa que está em andamento, cuja finalidade é seuuso nas comunidades rurais 1soladas, é a da energia eólica, nãosó geradores eólicos de eixo horizontal, mas também os de eixovertical. Deveremos instalar também, e estamos em face de pro­jeto, uma primeira usina-piloto maremotriz. Sabem V. Ex."s quena região do Meio-Norte. entre São Luis e Belém, há grandes des­níveis de marés, que atingem de 7,40, a mais de 11 metros. Para láestá sendo projetada uma primeira usina-piloto maremotriz.

O Brasil, além desses energéticos presentes, está voltado paraos energéticos do ano 2000, que são a tecnologia do carvão e a dourânio, havendo já uma tecnologia de vanguarda para o ano 2020,através da fissão nuclear, que utiliza isótopos de hidrogênio.

V. Ex.'~s, Srs. Deputados, podem sentir que nào há uma pro­funda modlficaçào nesse modelo .energético, em relação ao quevinha fazendo o Brasil. qu.e ·se apoiava na hidreletricidade e nopetróleo. Claro que sei que esse modelo energético contraria pro­fundamente interesse de grupos nacionais e internacionais. Seí,ainda, que quando se procura fa:IJer autonomia energética comautonomia tecnológica não se pode abrir mão do acordo nuclearpara fins de tecnologia, nem do monópoIío da PETROBRAS, que éimportante para o Bmsil, e modifica, profundamente, o númerode usinas e a potência delas para reduzir a linha de transmissão,porque o Brasil é dependente de metais não ferrosos, cobre e alu­mínio. Sabemos que contrariamos muitos interesses, mas já sa­biamos disso .antes de entrar no Ministério. No dia 6- de março, eudisse que sabia que esse modelo só seria implantado se tivesse oapoio da Nação, porque modijica profundamente as estruturas,não só burocráticas, mas de planejamento, como as estruturasvigentes, nacionais e internacionais. Mas este é o modelo energé­tico que estamos disposto a implantar com todo a tenacidade ecom todo o sacrifício. Quanto à segunda parte da pergunta doDeputado João Cunha, eu passaria a ler um trecho do relatórioda PETROBRÁS, para que fique inserido .,nos Anais do Congresso.

No tocante ao desvio de petroleo, darei um resumo das ex­plicações, cujos detalhes se acham na "Nota da PETROBRÁS", querequeiro seja anexada à minha exposição.

Em 14 de julho de 1979, o navio minero-petroleiro "Brasília",afretado à PETROBRÁS", chegou ao Terminal Marítimo de SãoFrancisco do Sul, e, segundo os registl'os de bordo, teria trans­portado 76.449 metros cúbicos de petróleo Basrah e 73.729 metros

Dezembru de 1979 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL ISeçã9'0 Quinta-feira 6 14855

cúbicos de petróleo Khafjl, carregados nos portos de Khor-Ala­maya (em 24 de junho de 19791 c 'de Ras AI-Khafji lem 19 dejunho de 19791, respectivamente.

A descarta se processou com observância dos procedimentosno,rrnalmente prescritos para essa operação. No entanto, ao fi.na­llzar a descarga do primeiro tipo de petróleo, .() Basrah, o Terminalda PETROBRÁS infowlOu ao navio que havia uma falta de 2.300m3 em relação à quantidade a ser descarregada; em decorrênciadisso o Mestre de Manobras do Terminal, que permanece a bordodumnte a operação, fez uma inspeção rigorosa em todos os tan­ques laterais do navio, que haviam sido descarregados, assim comono tanque n.O 6 central, que viajaram em lastro, tendo constata­do que tais tanques se encontravam drenados os isentos de carg!ibombeáveJ..

Conforme deciar-.a,ção do Mestre de Manobars, não foi consta­tado, no transcorrer da descarga, vazamento de petróleo para omal', circunstância comprovada pelo não aparecimento, na região,de qualquer indiee de poluição, permitindo essas circunstânciasafastar a possibilidade de que tivesse ocorrido vazamento nas li­nhas submarInas de recebimento do Terminal, fato comprovadopelas posteriores de cargas de outros navios. .

A vista di8,'lo, foi autorizado pelo Terminal o !astreamento donavio admitln~o o pessoal envolvido na operação que aquela faltado petróleo :Basrah fosse decorrente de contaminação do petróleoKhafji.: foi decidido nessa ocasIão que seria apresentada ao navio,no final da descarga, Carta Protesto, conforme procedimento in­ternacionalmente consagrado como adequado para registros dequalquer anormalidade nas operações de carga e descarga de naviospetroleiros.

O navio continuou sem interrupção na sua operação de des­carga com o petróleo KHAFJI, porém, duas horas antes do térmi­no da descarga, informou que faltavam apenas ~l. 000 m" para.sel·em descarregados, informação contestada imediatamente peloTerminal, em face de sua telemedida indicar que faltavam, ainda,cerca de 20.000 m".

Em face dessa divergência, que redundaria numa falta anor­mal da ordem de 16 000 m". foi feita, ao final da descarga. umavistoria dos tanqu.es de carga, vazios e lastreados, assim comodos tanques de fundo duplo, não sendo encontrado petróleo emnenhum deles, a não ser uma película de óleo na superfície daágua contida nOS tanques lastreados.

Tendo em vista o ocolTido, o Terminal da PETROBRAS ex­pediu Carta Protesto responsabilizando o navIo pela falta ocorrI­da e ainda pela possibilidade de contamInação durante a descar­ga. Como era de se esperar, o Comandante do navio rejeitou ostermos da Carta Protesto, alegando os resultados das vistoriasfeitas pelo Terminal antes e após a descarga.

Considerando que o navio minero-petroleiro ":Brasília", ao dei­xar o Terminal Maritimo de São Francisco do Sul, iria carregarminério de ferro da Companhia Vale do RlO Doce, no Terminalde Tubarão, no Espírito santo. onde poderia ser submetido a umainspeção rigorosa, o mesmo seguiu viagem, considerando que suaretenção teria repercussões bastante prejudiciais sobre as opera'­ções já programadas em outros portos.

A Superintendência Geral do Departamento de Transporte de­terminou que, no 'porto de Tubarão, o navio fosse minuciosamen­te inspeclOnado por técnicos especializados da Companhia, demaneira a certificar-se de que não existia a bQrdo qualquer quan­tidade do petróleo que deveria ter SIdo descarregado no TerminalMaritimo de São Francisco do Sul, Dos trabalhos realizados emTubarão, inclusive após o carreg'amento do minério de ferro a sertransportado para o Japão, foi possivel concluir que não existiaa bordo aquele petróleo, confirmando-se assim as inspeções rea­lizadas no Terminal de Sáo Francisco do Sul.

Em face dos resultados obtidos com essas investigações pre­liminares. o SuperIntendente-Geral do Departamento de Trans­porte, em 26 de julho de 1979, determinou a constituição de umaComIssão para promover a apuração de responsabilidade dos fa­tos que conduziram à falta de petróleo constatada por ocasiãoda descarga do minero-petroleiro "Brasilia", no Terminal Mari­timo de São Francisco do Sul, em 25 de julho de 1979. Dessa Co­missão fizeram parte, além de dois técnicos do Departamento deTransporte, um engenheiro indicado pelo Departamento Comer­ciai e um advogado designado pelo Serviço Juridico.

A Comissão procedeu a um exaustivo levantamento de dadosrelativos 11 movimentação de petróleo no sistema Terminal Mari­timo de São Francisco do Sul/Refinaria Presidente Vargas (emAraucária - PUI, abrangendo integralmente () mês de julho de1979, com o Intuito de eliminar a influéncia de quaisquer falhaspor ocasião da descarga do navio, sejam erros em medidas feitasnos tanques ou manobra,s indevidas de válvulas, que pudessempermitir o escoamento de petróieo diretamente do navio para aRefinaria sem ser observado pelo 'rerminal.

A Oomissão designada, em 26 de julho de 1979, para promo­ver a apuração de responsabilidade dos fatos que conduziram itfalta de petróleo constatada por ocasião da descarga acima men­cionada, em seu Relatório, apresentou as seguIntes conclusões:

- "os 15.700 m:1 de petróleto não foram descarregados. pe:o navio para os tanques do TEFRAN;"

- "o navio só poderia ter chegado ao Terminal com par­te de sua carga de petróleo substituida por água;"

- "o navio teria então transferido toda aquela água paraos tanques de lastro aproveitando-se do lastreamento quese realizou durante a descarga KHAFJI."

O Superintendente-Geral do Departamento de Transporte, emface do Relatório apresentado pela Comissão, e tomando conhe­cimento de suas conclusões e sugestões, decidiu, em 28 de agostode 1979: .

- considerar que não foram descarreg'ados no Terminal Ma­rítimo de São Francisco do Sul, pelo navio minero-petroleiro"Brasília", 15.700 metros cúbicos de petróleo a ele destinados:

- determinar que a Divisão de Operações, coordenando asatividades dos técnicos da Companhia e de especialista de trans­porte de petróleo independente contratado pela PETROBRÁS, pro­cedesse com ã máxima brevidade à realização dos entendimentoscom o Almador visando a uma solução amigável, e mantendo oDepartamento Comercial e o Serviço Jurídico informados do an­damento das negOCiações:

- determinar às Divisões de Planejamento e de opemçõesque elaborem Normàs Operacionais incorporando as observaçõesregistradas na apuração do caso.

A inspeção do navio mínero-petroleiro "Brasília". no portode Hirohata, foi realizada do dia 30 de agosto ao dia 3 de setem­bro de 1979, dela participando o Sr. T. T. Rudson, da firma Ge­rald Geddes and partiners, um técnico da PErROBRAS, enviadoao Japão especialmente para esse fim, doIs representantes doArmador, e dois representantes do "Protectlon and IndemnityClub" ao qual pertence o Armador, tendo sido reunida ampla do­cumentação sobre as operações do navio e as caracteristicas qesuas instalações, a fim de servir como subsídio para as reuniõesque se realizariam no Rio de Janf1oro, entre a PETROBRÁS e re­presentantes do Amador.

O SR. PRESIDENTE IFlávio Marcilio) - Indago ao -Sr. Mi­nistro Se necessita de prorrogação do seu tempo, a fim de que eupossa propor ao Plenário.

O SR. MINISTRO CÉSAR CALS - Necessito, Sr. Presidente,pois tenho quatro requerimentos.

O SR. PRESIDENTE IF~ávio Marcílio) - Proponho ao Plenánoa prorrogação por mais 30 minutos. na forma regimental, do tem­po concedido a S. Ex.a , o Sr. Ministro, para sua exposição.

Em votação, os Srs. Deputados que a aprovam qUelram per­manecer como se cncon tra. (Pausa.l Aprovada.

O SR. NELSON MACHEZAN I ARENA - RS. Sem revisâo dooradol'.) - Sr. Presidente, nos termos dos H 1.0 e 2° do art. 270do Regimento Interno, na qualidade de Lider da Bancada daAREN'!\., peço a V. Ex.a que, durante esta meia hora, considereo tempo dos seguintes Deputados inscritos: Jorge Vargas, Presi­dente da Comissão de Minas e Energia; Djalma Bessa, Vice-Li­der; e Leorne Belém.

O SR. PRESIDENTE (Flávio Marciliol - Nos termos citados,V, Ex,lI. é atendido.

Com a palavra o Sr. Ministro César Cals.

O SR. MINISTRO CÉSAR CALS -Dos entendimentos man­tidos no Rio de Janeiro, entre os técnicos da PETROBRÁS e osrepresentantes de petróleo independentes, resultou ser reconhecidopelos representantes do Armador do navio minero-petroleiro "Bra­sília" que, efetivamente, não foram entregues ceroa de 15.700 me­tros cúbicos que esse navio deveria ter descarregado no TerminalMaritlmo de São Francisco do Sul, em 15 de julho de 1979.

O estágio em que se encontram, atualmente, as negociaçõesentre a PETROBRÁS e o Armador do "Brasília" pode ser assimsintetizado:

- o Armador, com base nO.--l'€latório a ser apresentado porGeraid G€ddes and Partiners, especialista em transporte de pe­tróleo independente, 'Contratado pela PETROBRÁS, que demons­trará que os 15.700 metros cúbicos de petróleo a serem descarre­gados em 15 de julho de 1979 não foram' entregues ao TerminalMaritimo de São Francisco do Sul, aceitará a responsabilidadefinanceira pela perda e concordará em Indenizar a PETROBRÁSda importância a eles correspondente.

A análise dos elementos constantes da presente infOl-maçãopermite constatar que a PETROBRÁS tomou as providências per-

14856 Quinta-feira 6 tllARlO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção l) Dezembro de 1979

tinentes ao assunto, da maneira mais recomendável e nas ocasiõesoportunas, bem como foi observada a ética imprescindível ao re­lacionamento de uma companhia estatal com aqueles que lhesprestam serviços, em âmbito nacional ou internacional, proce­dendo sempre na legitima defesa dos interesses do Brasil, sob suaresponsabilidade.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, está respondido o primeirorequerimento.

O segundo, é o de n.o 15, de 1979. que convoca o Senhor Mi­nistro das Minas e Energia, a fim de prestar esclarecimentos arespeito de suas declarações à impnmsa. quanto à privatizaçãodo setor mineral brasileiro.

Senhor Presidente, Senhores Deputados:

Pela Portaria n.o 1.569, de 3-8-79, o Ministro das Minas e Ener­gia criou um Grupo de Trabalho. com o encargo de, através deum diagnóstico do setor mineral, fornecer-lhe subsidios para for­mulação de uma política objetivando promover maior participaçãoda empresa privada na mineração.

Referida Portaria, nos seus "considerando". mostra que:a) no presente momento a maioria das atividades econõmicas,

ll.gadas â mineração, é desenvolvida por empresas estatais e es­trangeiras, cabendo apenas pequena parcela âs empresas priva­das nacionais;

b) que devido aos baixos retornos de capital, alcançados peloSetor no Brasil, quando comparados com os verificados pelos de­mais ramos de atividades da economia nacional, há um grandedesestimulo para a sobrevivência de empresas brasileiras no setorde mineração.

Referido Grupo de Trabalho elaborou em seu primeiro Rela­tório, onde mostra que o setor mineral se diferencia dos demaissetores econômicos por sua peculiaridade de aproveitamento derecursm; naturais não renováveis e de duração limitada, obrigan­do a empresa que dele participe, para garantir sua sobrevivência,a procurar continuamente novas reservas.

Cjlracteriza-se, alnda, por:a} apresentar alto risco, na fase de pesquisa das ocorrências

minerais;b} demandar elevados investimentos unitários para implanta­

ção da. lavra;e) exigir tecnologia complexa, especifica para cada jazida e

para cada. substância;d) depender de longo prazo para maturação e retorno dos in­

vestimentos;

e) depender, a localização do empreendimento, da efetiva exis­tência da substância mineral, geralmente localizada em regiõesdistantes dos centros de consumo, o que faz com que o empreen­dimento tenha de arcar com os ônus da implantação da infra-es­trutura (energia, transportes, habitação, etc.);

f) exigir escala adequada de produção, para garantia de custoscompetitivos;

g) depender de fatores exógenos à atividade, nos âmbitos na­cionai e internacional, quanto à política de preços e mercado.

Referido Grupo de Trabalho chegou às seguintes conclusões:

- especial atenção foi devotada à capitalização da empresanacional brasileira, visto ter sido verificado, pelo Grupo, a neces­sidade prioritária de dotar as empresas do setor de recursos in­dispensáveis ao desejado desenvolvimento na produção mineral doPalL .

Com esse propósito, foram examinadas providências relativasnão só aos aportes de capital, como também ao financiamento, à.pesquisa e à lavra, mediante aplicação de juros preferenciais,correção monetária pré-fixada e utilização de taxas diferenciadase seletivas, como, ainda, a 'POssibilidade de captação de recursos.através da aplicação inventivada de investidores voluntários.

Os incentivos fiscais cinglr-se-ão praticamente a benefícíosde imposto de renda, vez que o setor mineral não é contribuintEii

. além do imposto de renda, senão do ruM, cuja receita, por desti­nação legal, é repassa em 70% para os Estados e 20% para osmunicípim;.

Por outro lado, dada as peculiaridades do setor mineral, osincentivos financeiros, escolhidos, sugerem a adoção de créditosubsldiadm;, para a fase de pesquisa geológica, a exemplo da pes­quisa tecnológica, para bens minerais prioritários e a adoção doconceito de "moeda-mineral"; para a fase de lavra, loram admi­tidas, também, fórmulas de pagamento que consideram a evoluçãode preços do setor, podendo este ser em espécie ("moeda-mine­ral").

Evidentemente. não deixou de levar-se em conta, no caso. alei fundamentai que rege as atividades da iniciativa privada. qualseja, a de assumir riscos e mobilizar recursos próprios.

Aspecto de maior importância, segundo entendimento do GT,é a possibilidade de atração, para o setor mmeral. de novos em"presários, especialmente de outros setores, graças aos mecanis­mos de incentivos fiscais que foram examinados.

Espera-se. com isso, que a entrada desses novos empresáriose a continua geração de oportunidades, no setor mineral. sejam,por si só, os elementm; naturais restritivos à maior participaçãodo Estado nesse importante segmento econômico.

Da mesma forma, o GT I),ão se descuidou da importante par­ticipação das pequenas e rrtédias empresas de mineração.estabe­lecendo-se condições novas qUI< permitirão sensivel alteração nosprocedimentos ref.erentes tantos às exigências, algumas vezes ex­cessivas, de garantias reais para obtenção de recursos, como àprópria fórmula de amortização e correção dos financiamentosconcedidos.

Os incentivos fiscais recomendados no presente relatório seinserem em duas linhas de pensamento:

a) atração de novos investidores para o setor:

1. dedução do imposto de renda das pessoas juridicas parafins de aplicação em projet.os de mineração e conseQüente cria­ção do Fundo de Investimentos Setoriais - Mineração, com suascontas operadas pelo Banco do Brasil S/A., a exemplo dos seme­lhantes para os setores de reflorestamento, turismo e pesca, massob a supervisão do Departamento Nacional da Produção Mine­ral IDNPM);

2. abatimento da renda bruta da Declaração do Imposto deRenda, da pessoa fisica, das despesas realizadas com pesquisa mi­neral de projetos aprovados pelo DNPM;

3. abatimento no Impm;to de Renda devido por pessoa física,dos valores investidos na aquisição de cotas de empresas de mine­i'ação com mais de 51'1r de capital nacional, até Q limite de 10%·do imposto devido, sendo m; titulas correspondentes retidos emcustódia por 2 (dois) anos;

4. dedução do lucro real da empresa investidora, dos valorescapitalizados em empresas de mineração subsidiárias, controla­das ou coligadas, e que se dediquem exclusivamente às atividadesminerárias.

b) tornar mais atrativos'os empreendimentos do setor mineral:

1. ampliar o prazo de aplicação e tornar seletivo a cota deexaustão, criada pelo Decreto-lei n.O 1. 096, de 23-3-79.·11: recomen­dado que o prazo seja estendido para 30 anos e que a cota varieentre 20 e 30% da receita bruta, em função da prioridade dasubstância mineral lavrada, da complexidade .tecnológica da ex­tração mineral lavrada, da complexidade tecnológica da extraçãomineral, da utilização de minérios de baixo teor. da infra-estru­tura regional, da localização geográfica da jazida. em relação aomercado consumidor, e a escala de produção, cabendo ao DNPMa fixação periódica das prioridades;

2. isenção das Obrigações da ELETROBRA8 por um períodode lO anos às empresas que se instalarem ou voltarem a funcio­nar a partir desta data; e. por um periodo de 5 anos, para osempreendimentos minerais já implantados;

3. isenção da taxa de renovação da Marinha Mercante. porum período de 10 anos, na fixação dos fretes marítimos para otransporte de produtos minerais entre portos brasilairm;;

4. permitir que m; prejuízos de empresas de mineração, parafins de tributação do Imposto de Renda, sejam compensados comO lucro real de exercicios subseQüentes, até um máximo de 10anos;

5. permitir uma depreciação acelerada dos investimentm; eminfra-estrutura de transportes, energia, comunicações, social e ha­bitacional, feitas para um empreendimento exclusivamente mi­neral;

6. finalmente, como estimulo às pequenas empresas de mi­neração, que devido a sua frágil estrutura não se capacitam aqualquer sistema de crédito especiai e que na sua quase totalidadese acham em "débito" fiscal, o cancelamento das penalidades de­correntes de processos fiscais relativos â falta de recollúmentodo IUM.

Na área dos incentivos financeiros, concluiu o GT que os mes­mos devem ser concedidos, visando, principalmente:

1. atingir as pequenas e médias empresas, reservando-se par­te dos fundos, a serem criados ou existentes, para atender exclu­sivamente essas empresas;

2. viabilizar a reativar:áo de minas paralisadas;

J}e:llembro de 1979 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 6 14857

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Idêntico critério se estende para todas as outras empresasdo setor mineral do MME. O que se deseja, de fato, é limitar aação estatal e criar condições para ampliar a participação daempre.~a privada nacional.

Passarei a responder agora, Sr. Presidente, ao requerimenton. O 24 de 1979 do Deputado Osvaldo Melo:

"Solicita seja convocado o Sr. Ministro das Minas e Ener­gia a fim de prestar informações sobre a exploração dasjazidas de ferro da serra dos Carajás, no Estado do Pará."

Antes de ler o que está escrito, gostaria de dizer que Carajásrepresenta um,a província mineral da mais alta importâncía; éuma anomalia geológica única no mundo. Temos, em, Carajás,18 bilhões de toneladas de minério de ferro, 45 milhões de tone­ladas de m.anganê:>, 40 milhões de toneladas de bauxita, minériode alumínio, 45 milhões de toneladas de níquel, centenas de mi­lhões de toneladas de minério de cobre, além de cassiterita eoutro, de modo que Carajás passará a ser o grande projeto miné­rio-industrial do Brasil. Para escoar esse.~ minério estão sendoconstruídas duas vias: a ferrovia que liga Carajás a Ponta da Ma­deira, vizinha a Itaqui, e a aquavia do rio Tocantins, cujas eclusas,na hidrelétrica de Tucurui, estão em fase adiantada de projeto.

Mas eu deveria dizer que o Conselho de DesenvolvimentoEconômieo, órgãD de Assessoria da Presidência dá República, na89,a Sessão de 1-1-78, aprovou a exploração das jazidas de ferrodar Serra dos Caraj ás. bem como a solução da ferrovia Cara­jás-Itaqui, para escoamento do minério, visando a exportação.

De fato, Sr. Presidente, no conteõto macroeconômico pode-seressaltar as seguintes vantagens sócio-econômicas do projeto:

- operaçãD praticamente independente do consumo de deri­vados de petróleo, visto que o sistems. de transporte contemplauma ferrovia eletrificada e a mina operária com escavadeiras elé­tricas;

- géação de receita cambial estimada em U8$ 630 milhões aoano, em ,~ua primeira fase. atingirá cerca de cr$ I bilhão antesde 1979;

- acentuado grau de nacionalização do projeto, com os inves­timentos fixos apresentando uma parcela de apenas 9% (nove porcento) para os desembolsos em moeda estrangeira;

- criação de cerca de 6.000 empregos diretos e de 10.000 indi­retos, na fase operacional;

- elevação do nível de atividade econômica das firma.·, cons­trutoras e indústrias nacionais, propiciando a geraçãD de oportu­nidades de empl'ego para cerca de 30.000 pessoas, na fase de obras;

- implantação de infra-estrutura regional de transportes,incorporando extensas áreas férteis ao processo produtivo, comprofundos reflexos soeiais e econõmieos (corredor de Exportação).

- vi.abilização da exploração minero-metalúrgica nas áreasde influência do Projeto e da ferrovia Ponta da Madeira-Carajás,até o porto de Pacarena, no Pará, tendo-se em conta as ocorrên­cias já positivadan de cobre, manganês, bauxita, niquel e ouro, osquais face a disponibilidade energética, propiciando o estabéle­cimento de uma gama varia:da de unidades industriais: de sin­tetizac;ão de minério de ferro, gusa, mini-siderúrgicas integradas.ferro-ligaS, alumina, aluminio, beneficiamento de cobre etc.

- e por último, a exploraçãD de novos projetos agroindus­triais como a fabricação de "pellets" de mandioca, óleo de palma,arroz, grãos, carvão vegetal, ál<Xlol etc.

No tocante à ferrovia, ligando Carajás ao Porto da Ponta daMadeira (vizinho ao de Itaqui) as características são as seguintes:

- tração elétrica;- 890 km (sem túneis);

- 11 km de obras de arte (inclusive a ponte sobre o rioTocantins, com 2,4 kmJ;

- bitola de 1,60 m;- rampas de:0,490 sentido Mina-Porto;1,690 sentido Porto-Mina;Constitui-se numa ferrovia de fácil construção e que, compa­

rada à Ferrovia do Aço pode mostrar a economicidade de seutronco.

3. visar o fortalecimento das empresas privadas com maioriade capital nacional, em uma verdadeira ação de fomento e se­gundo diretrizes da área mineral do Governo.

Tendo em vista as características diferenciais do empreen­dimento mineral em suas duas fases principais lpesqUlsa e lavra);os estimulos financeiros devem ser diferentes para cada uma dasfases.

A pesquisa mineral deve contar com programas de assistén­cia e financiamentos e.~peciais, bastante flexiveis e adaptáveis àscondições de cada caso. Por isso, são recomendadas duas altera­ções na legislação do Programa de Assistência Financeira à Pes­quisa. visando a:

a) abolir a .obrigatoriedade de cobrança de juros reaí.'! (cor­reção monetária plena e juros) dos programas de pesquisam~neral. É recomendado que: 1 - a exemplo de pesquisa tecnoló­gica, a pesquisa geológica tenha créditos subsidiados em funçãoda priOlidade e i.nteresse do Pais, a serem fixados pelo DNPM,segundo critérios semelhantes àqueles propostos para a cota deexaustão; 2 - adoção de correção monetária em função da varia­ção dos preços dos produtos minerais (moeda-mineral), expur­gados do petróleo;

b) permitir qu'e a Assistência Financeira seja prestada, tam­bém, sob a forma de participação societária na empresa, cujoprograma de pesquisa seja objeto dessa assistência. Esse impedi­mento legal tem diminuido a flexibilidade do atual Programa ese abrirá uma nova possibilidade para o setor mineral.

Oli financiamentos ã lavra devem, ser confiados aos atuaisbancos de desenvolvimento, dentro das seguintes premissas:

a) os encargos financeiros devem ser compostos por juroslimitados de 3% a 8% ao ano e correção monetária pré-fixada,nunca superior ao índice de variação de preços do produto m~ne­

ral;b) deve ser prática normal a todos os BD'8 a aceitação dos

direitos minerários como garantia real dos empréstimos;c) D BNDE deverá manter-se solidário nD riseo, juntamente

com os BD'8 de segunda linha, quando do repasse de suas linhasde crédito.

O GT' recomenda, ainda, que a ação de financiamento daCPRM seja estendida à lavra, visando a:

a) permitir que um empreendimento por ela financiado, nafase de pesquisa, venha a ter os recursos necessários à implan­tação da lavra:

b) atender, pl'eferencialmente, lu; pequenas e médias empresas;c) possibilitar a retomada de trabalho em minas paralisadas.Oomo V. Ex.as podem verificar, o Ministério das Minas e Ener-

gia está preocupado em remover Ol! obstáculos que_ impedem auma maior participação da empresa privada nacional.

Mas queria dizer que, no tocante lu; várias empresas doMinistério das Minas e Energia, foi feito a delimitação da ação€statal, porque não haveria recursos para que essas empresaspudessem fazer todos Oli projetos e as pesquisas de todás as la­vras de que eram detentoras.

Assim, a DOCEGEO, não foi desativada. Continuará comosubsidiária da CVRD para a área de pesquisa mineral. Tem, po­rém, em condições de desenvolvimento, podendo passar adianteuma série de jazimentos que, se negociados, poderão render-lherecursos para continuar seus objetivos.

O que aconteceu foi eonseqüente da el',cassez de recursos mo­tivada pela críse econômica que atingiu as áreas. E sem recursospoderia chegar ao ponto de não ter meios de pagar nem mesmoo pessoaL Por isso, foram minimizados algumas atividades aindasem, definição e concentrados trabalhos em outras, eom possibili­dades de resultados mais urgentes.

Como a área de Carajás é sem dúvida a mais importante des­coberta dos últimos anos e que poderá gerar, a curto prazo, di­videndos à economia brasileira, foi ela classificada como priori­tária e para lá concentrada a atividade da Companhia. Outroprojeto como o projeto ouro, da Bahia, teve igual prioridade eatenção.

Oomo se vé, a DOCEGEO não vai ser privatizada como se diz,apenas está autorizada a negociar os resultados de suas pesquisasjá feitas com possibilidade de definição mais imediata.

CPRM - O mesmo acontece com a CPRM. Ela continuarácomo instrumento do governo na execução de seus objetivos játendo, como a DOCEGEO, um bom número de projetos defini­dos, que poderão ser negociados.

Convém deixar claro que a privatização, que a imprensa alegaser política adotada peio MME para ests.s empresas diz respeitoà negociação dos resultados de suas pesquisas com a iniciativaprivada e isso é fortalecimento para a empresa nacional

ExtensãoPontes e viadutosTúneisTerraplenagem

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Ferrovia do Aço

370 km37 km

69,2 km578,000 m,:J/km

Ferrovia Cata;jãs

890 km11 km

zero120.000 m:'/km

14858 Quinta-feira 6 DIáRIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção 1) Dezembro de 1979

A construção da ferrovia foi autorizada pelo Decreto n.o 77.608,de 13 de maio de 1978.

Do estudo comparativo efetuado pela AMZA resultou que parao nível de 35 milhões de toneladas/ano (mesmo com tração diesel­elétrica) a alternativa ferroviária proporcíonará uma economiasuperior a DSS 2,00/t de minério em relação à solução hidroviária.

O trem programado pela AMZA será formado por 3 locomo­tívas elétricas de 5.000 HP e 160 vagões de 86 toneladas cada.

A economia de combustivel. em função da tração elétrica,atinge 351.000 t/ano.

O que importa dizer. 81'S. Deputados, é que pretende o Governofazer a exploração, em Carajás, não só de todos os metais exi.'lten­tes na provincia, mas de projetos agricolas, para que seus produtospossam ser transportados por navios de grande tonelagem, paralongas distâncías, fazendo o equilíbrío entre o grande peso e opouco preço do minério de ferro e o pouco peso e melhor preçodos cereais, para que o transporte se torne muito mais econômico.De maneira que será implantado, entre o Pará e o Maranhão,um grande pólo minero-industrial e agl'icola, que poderá ser um dosgrandes itens de exportação para o Brasil.

Passarei, Sr. Presidente, a responder ao Requerimento n.O 31.

O SR. JADER BARBALHO - Sr. Minis~ro, permite V. Ex.a umaparte, ainda dentro do tema do requerimento do DeputadoOsvaldo Melo?

O SR. PRESIDENTE (FlávIo Marcílio) - V. Ex.a disporá detrês minutos para apartear. Deputado.

O 8R. JADER BARBALHO - Pois não, Sr. presidente. Gos­tariamos de :'laber, Sr. Ministro, se a Siderúrgica de Itaqui invia­biliza a implantação de um pólo siderúrgico-metalúrgico emMarabá e o que o seu Ministério realizou, até agora, para tentarcriar esse pólo. V. Ex.a fez referência, inclusive, à criação de umprojeto agro-mineral na serra dos Carajás. Gostaríamos de saberque tipo de atividades mineradoras adicionais ali seriam desen­volvidas. Tratar-se-ia de mera mineração 011' o projeto abrangeriatambém siderurgia e metalurgia? Apenas a Vale do Rio Doce par­ticiparia do empreendimento ou a ela se associariam outras em­presas que manifestassem interesse de participar dos demais pro­jetos? Que custo assumiria o ?rojeto Carajás com essa integraçãoe se a execução do projeto global começaria antes do Projeto Ca­rajás estar em execução.

O nosso interesse é o de saber se, além do Projeto Carajás,se criará um pólo siderúrgico e metalúrgico também em Marabá.Muito- obrigado a V. Ex.a pela sua resposta.

O SR. MINISTRO CÉSAR CALS - Devo informar a V. Ex.aque, neste momento, ai.nda não há definição sobre a localizaçãodos empreendimentos industriais, porque a verdade ê que, paratudo isso, tem de ser feito um estudo de viabilidade técnico-econô­micas. O Ministério das Minas e Energia orientou a CPRM sobre aprioridade da prospecção da jazida de carvão do rio Fresco, paraverificar a possibilidade de fazer o programa siderúrgico em Ma­rabá, ao invés de fazê-lo em São Luis. Gostaria, também, dedizer que há a idéia de agregar ao máximo a mão-de-obra. Então,a Vale do Rio Doce, sozinha, faria a exploração do minéri.o de

. terro, mas no tocante à sinterização do ferro, ao ferro guza, aindaem média siderurgia, com produtos semi-acabados de aço, haveráa associação com outra.'l empresas. Também, o manganês para oferro liga de manganês, ferro niquelou quartzito, será exploradona própria Marabá e tirado de lá o silício para o ferro .liga, o ferrosilício e tudo isso será feito em associação com outras empresas.A Vale do Rio Doce, sozinha, só fará a parte de minêrio de ferro,porque a verdade é que ela não tem recursos para tocar um projetodessa envergadura. Calculamos que um projeto dessa naturezadeve atingir cerca de 8 bilhões de dólares; só a ferrovia custará2,5 bilhões de dólares. Várias empresas nacionais e internacionaistêm demon.o.trado interesse em se associar à exploração do minêriode ferro e dos metais daquela região. Quando se fala em Marabá,no grande Projeto Carajás, estamos incluindo todo o grande dis­trito de minas de aluminio não só de Paragominas, Car.ajás, Almei­rim, na fronteira do Amapá com o Pará, ou até no rio Trombetas,mas o grande projeto metalúrgico ou mínero-industrial, a cargoda Vale do Rio Doce.

Se V. Ex.". me permitem, passo a responder ao Requerimenton.O 31, do Deputado Brabo de Carvalho, de esclarecimentos sobrea construção da Usina Hidrelétrica de Tucurní.

REQUERIMENTO N,o 31, DE 1979

"Solicitando seja convocado o Senhor Ministro daliMinas e Energia, a fim de prestar esclarecimentos sobrea construção da Hidrelétrica de Tucuruí."

Senhor Presidente, Senhores Deputados:Sabem V. Ex.as que a UHE de Tucurui é um dos aproveitamen­

tos do rio Tocantins e está sendo con,'ltruida de modo a que sua

primeira etapa possibilitará a geração de 2.090 Mw firmes, deven­do estar em operação em 1983.

A potência instalada final será de 8.000 Mw, constituindo-seno primeiro grande desenvolvimento na área de concessão daELETRONORTE.Situação Atual do Empreendimento

Os trabalhos de implantação da obra estão praticamente con­cluidos.

Já foram iniciados os serviços das barragens de terra, damargem direita. e da barragem de entroncamento do canal cen­tral das estruturas de concreto.

A obra se encontra na segunda fase do desvio, com as águas dorio passando estranguladas junto à margem direita.

Nas vilas residenciais, estão construidas e ocupadas 3.224moradias, em fase de construção 2.097 unidades:

A fabricação dos equipamentos eletromecânicos para os 8 pri­meiros grupos geradores, contratada em março de 1978, com em­presas franco-brasileiras, encontra-se em pleno andamento.

Já foram, também, ultimadas as negociações, no mercado na­cional, para a parte complementar desses equipamentos.

Os contratos para a' construção das subestações e das linhasde transmissão foram celebrados no último trimestre de 1978.Iniciou-se o desmatamento de grande parte das faixas de passa­gem e bem assim a execução das bases das torres e montagem dasnlesmas.

A primeira etapa do sistema de transmissão interligando osslstemas da CHESF e ELETRONORTE está prevista para entrarem operação em janeiro de 1981, visando a atender as regiões deImperatriz e Belém, atualmente supridas por usinas termelétticas.

Para o ano de 1980, estão previstos cr$ 14.881 milhões (re­ferência de junho de 1979).

REQUERIMENTO N.o 50, DE 1979

Deputado Fernando Coelho

"Solicita seja convocado o Sr. Ministro das Minas eEnergia para prestar esclarecimento sobre as providênciasdaquela Pasta relativamente a desocupação de áreas in­teressadas pela construção da Barragem de Itaparica no8nbmédio São Francisco."

Senhor Presidente, Senhores Deputados:

Em atenção ao Requerimento n.o 50 requeiro anexar a minhaexposição à Nota da CHESF, institulada "Plano de Ação", cujoresumo e providências apresento abaixo:

1. Para impiantação de acampamento, canteiro de obras hi­dreléticas e jazidas de materiais a CHESF realizou diversas desa­propriações nas áreas, liberando-a completamente. Quase todas astransações foram amigáveis, mas, em alguns casos, tornaram-senecessárias desapropriações judiciais, obedecendo os trâmites ie­gais, com o depósito do valor e aguardando-se que o mandado deimissão de posse fosse expedido pelo Juiz competente.

Em apenas 4 (quatro) imóveis, em que houve recusa dos mo­radores em obedecer à determinação judicial, se fez preciso a re­quisição de força policial, para cumprimento do Despacho.

Após a imíssão da posse, a CHESF de.struiu benfeitorias einiciou o lançamento dos cabos da Linha de Transmissão, que jáse acha em operação, possibilitando colocar a 1.a Unidade da lJHEde Sobradinho no Sistema.

No tocante ao reservatório, somente em janeiro a CHESF es­tará iniciando o cadastramento da população e partindo para equa­cionar o programa de relocação das pessoas que vivem na áreaa ser inundada.

A ação da CHESF concentrar-se-á basicamente na reposiçãode bens de natureza físiCa e transferência de pessoal.

A CHE8F relocará as cidades de Petrolandia, Rodelas e Ita­curuba, desenvolvendo todo o seu planejamento urbanístico emcolaboração com as lideranças locais e seus administradores.

Os possiveis locais para os novos sitios serão analisados pelaCHESF e submetidos aos Governos Estadual e Municipal.

A CHESF considera válidos, entre os aspectos favoráveis paralocalização das novas sedes:

- proximidade do futuro lago, pela tradicional e ·arraigadaconvivência com o rio e facilidade em abastecimento d'água;

- proximidade da atual posição, por facilitar a implantação.mudança e adaptação às novas condições;

- posição geográfica interna ao MUlllCipio, como possível cen­tro administrativo;

DelI:embro de 1979 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 6 14859

- proximidade de manchas agricultáveis;- possibilidade de interligação com a infra-estrutura regionaLSerá de responsabilidade da CHESF a reconstrução dos bens

de utilidade pública, cuja execução poderá ser transferida aos:respectivos proprietários, se assim, o desejarem. Incluir-se-io asescolas, postos de saúde, igrejas, prefeituras etc. O dimensiona­mento de tais instalações levará em {:onta o cadastramento rea­lizado.

Toda a parte de infra-estrutura urbana também será instalada.Assim, ocorrerá com calçamentos, praças, rede de abastecimentod'água e distribuição de energia elétrica, esgoto, águas pluviais etc.

Na Zona Rural, serão adotadas alternativas:a) borda do lago - (solução sempre almejada mas na sua

grande parcela os solos são cónsiderados impróprios para explo­ração agricola;

b) projetos de irrigação em fase de implantação nas áreasda CODEVASF e DNOCS, no Eixo Petrolina e Juazeiro e Vale RioMoxotó.

O SR. JORGE VARGAS - Sr. Ministro, dado que V. Ex."está chegando ao final dos esclarecimentos sobre potencial hídricoe vários aproveitamentos no pais, uma preocup'ação natural daNação, eu desejaria, a par de dar o depoimento de que V. Ex.", comoMinistro, nunca. deixou de responder a todas as indagações daOomissão de Minas e Energia, nunca deixou de dar todos os es­clarecimentos necessários para a nossa missão, nO Simpósio querealizamos sobre Fontes Alternativas de Energia, perguntar aV. Ex."-: já que o nosso' IJotencial hídrico até o final do século es­gotado, não seria aconselhável não a diminuição, ou, por assimdizer, a desativação de parte do programa nuclear, mas, ao con­trário, não seria necessário que o programa fosse cada vez maisincrementado, uma vez que o m~ndo inteiro está convencido deque é imprescindivel o uso da energia. nuclear nos países indus-triaLizados? .

O SR. MINISTRO CESAR CALS - Agradeço a V. Ex.", nobreDeputado Jorge Vargas, o seu depoimento sobre o meu profundocC permanente interesse em manter com esta Oasa. Gostaria de in­formar-lhe que, a rigor, para nós, brasileiro, o programa nucleardeve ser olhado como um programa de transferência de tecnologia.Parace ao Ministro das Minas e Energia que o que não deve atrasaré essa transferência. O cronograma. que o Ministro persegue é oda transferência das várias etapas do ciclo de combustível nu­clear para chegarmos a ess'll autonomia tecnológica. Naturalmente,a construção de usinas nucleares será limitada àquelas do pro­grama, ou seja, nove usinas nucleares em operação em 1995, umavez que temos soluções mais econômicas eom a energia. hidrelé- .trlca. O que importa para nós é conseguirmos dominar a tecno­logia -dos dois energéticos que o Brasil utilizará fatalmente no ano2000, que são o carvão e o urânio.

O SR. JORGE VARGAS - Muito obrigado a V. Ex.aO SR. MINISTRO CESAR CALS - 'Encerrando, Sr. Presi­

dente, gostaríamos de dizer -ainda, no tocante a Itaparica, que aCHmF, em 95% dos casos de desapropriação, o faz amigavel­mente, e tem o maior interesse em melhorar as condições de todasaquelas populações que vivem em áreas a serem inundadas. ACHESF tem um programa que' envolve a permanência de assis­tentes sociais na área, identiflcando-se com cada família a sertransferida, com os seus hábitos, e pr<lcurando que as construçõesestejam correlacionadas com esses hábitos.

Ao encerrar ,gostari'amos de dizer que no tocante â infra­estrutura regional, o reservatório de Itaparica atingirá obras rodo­'Viárias e de eletrificação, todas elas devendo ser construídas deacordo com as novas condições de distribuição da população eprodução econômica. As estradas de rodagem podem Ser objetode convênio com os DERs, enquanto as obras de eletrificação fica­riam com as concessionárias CELPE e COELBA.

Há casos especiais a serem ainda equacionados, por se tratard~ empreendimentos de grande interesse e respercussão regionalcomo sejam:

Núcleo Colonial de Petrolândia ICODEVASF);- Posto Agrícola do Rio São Francisco (DNOCS);~ Fa7knda Rio São Francisco ICINZANO).Estou certo de que procurei, dentro do breve espaço de tempo,

dar algumas informações essenciais.O SR. RUY CODO - Exm.o Sr. Ministro, antes que V. Ex." assO­masse à tribuna, comentei com V. Ex." estar com receio de não teroportunidade de :falar. Na qualida.de de membro da Comissão deFinanças, convidei o Dl'. Luís Marcelo, 'ex-Presidente da CE8P, deSão Paulo, para depor naquela Comissão. A CESP" que é uma com­panhia energética preocupada em ajudar a resolver o problemaenergético brasileiro, antecipou-se a esse problema, inclusive ins­tahmdo em Rio Claro uma usina para a transformação do etanol

proveniente do eucalipto. Dos depoimentos do Dl'. Luís Marcelo,tíramos conclusões valiosas e, infe lizmen,te, o Ministério das Mi­nas e Energia, até o presente momento, não tomou conhecimentodo assunto, principalmente daquilo que vem fazendo a CESP emRio Claro, com .uma extração de 2 toneladas/dia. 11: um equipa­mento muito pequeno, entretanto, pretendia S. S,a o ex-Presidenteda CESP, fazer uma instalação de alto porte na Ilha Solteira,a fIm de resolver o problema do combustível, principalmente noque se refere ao óleo diesel

V. Ex.", a priori, já deu algumas respostas, entretanto eu gos­talia de saber o porquê realmente de o Governo Federal não abra­çar este problema, que é justamente de solução, fazendo com queo metanol seja explorado do eucalipto, já' que temos esse manan­cíal de produção extraordinária, quase que por 15 anos não seprecisa plantar eucalipto, e, dando naturalmente um atendimen­to todo especial à indústria que necessita de combustível? Essaa pergunta que ia formular a V. Ex." e que, na oportunidade queo Sr. Pl'esidente me dá, fica consignado nos Anais. Se V.Ex.apuder ampliar mais a sua resposta eu gostaria.

O SR. MINISTRO CESAR CALS - Eu gostaria de informar aV. Ex." que o Ministro das Minas e Energia, pessoalmente, foi vi­sitar as instalações de metanol da CESP. Naturalmente, a nossaorientação é de não fazer aquela usina de grande porte, numa tec­nologia que ainda não dominamos, e sim, fazer usinas menores,usínas piloto, em três ramos de tecnologia: a tecnologia brasi­leira, que a CESI' desenvolve, a tecnologia que a CESP pretendecomprar de uma empresa americana e tecnologia de uma empresaalemã. Ainda a respeito do metanol, estamos estudando a. viabi­lidade de que a PETROBRÁS poss-a, através de uma aSSOciaçãocom FIRST ALPHIN, empresa austriaca, utilizar tecnologia parasua obtenção, a. partir do carvão mineral. Esse projeto teria comosubproduto o gás para a SIDERSUL, um projeto de siderurgiapara Santa Catarina. De maneira que o metanol faz parte dasnossas preocupações podendo tranqüilil1lar V. Ex.", que o Ministériodas Minas e Energia vai se associar às pesquísas da CESP.

O SR. RUY CôDO - Muito obrigado.

O SR. MARIO FROTA - Sr. Ministro, anos atrás a ,.PETROBRÁS adquiriu um terreno em Manaus por um preço bas­tante elevado, para ali instalar a segunda refinaria, pois, a pri­meira, segundo a própria PETROBRÁS, já não tinha condiçõesde suprir o mercado da Amazônia OcidentaL A PETROBRAS nãoceu mais nenhuma satisfação e os trabalhos de terraplanagem,que estavam sendo iniciados, foram completamente parados. 11:um anseio do povo amazonense essa nova refinaria, que virá pro­porcionar aproximadamente, uns 2 mil empregos. Gostalia queV. Ex." noS dissesse a razão pela qual a PETROBRÁS paralisouesses trabalhos.

O SR. MINISTRO CESAR CAL8 - Nobre Deputado, procureiinformar, não sobre o caso em si, porque não o conheço, mas sobrea política de refino da PETROBRÁS. Na verdade, sabe V. Ex." quehá uma modificação profunda no suprimento de petróleo aos paí­ses compradores. A PETROBRÁS, por ser estatal, por ter o mono­pólio do petróleo, consegue negociar com os palses produtores, detal maneira que o Brasil ainda não compra nenhum barril no"spot market". Isso é muito importante, porque nós adquirimospetróleo por contrato, ao preço de 18 a 23 dólares e cinqüenta obarril e no "spot market" será a mais de 40 dólares. 'Ainda hojeli noticias de que há tendência, de alguns palses de venderem 25'7<ào seu petróleo na base de 50 dólares o barril. É importante as­sinalar que a capacidade de refino é suficiente para as nossas11ecessidades de petróleo, não pretendendo a PETROBRÁS aumen­tar sua capacidade de refino, fato que penso ter sido o motívo queparalisou a refinaria a ser construída. Mas deveremos também es­tar atentos porque já há indícios, no mercado internacional, deque países produtores de petróleo estejam fazendo grandes inves­tinientos em refinarias. Parece que há tendência, na política des­ses paises de irem gradativamente diminuindo suas exportal)õesde petróleo cru para exportarem derivados de petróleo. Há poucosdias, li informações de que está em construção, no Irã, uma refi­naria de 500 mil barris por dia, construção essa que está sendoacelerada com financiamentos de outros países. A política de re­fino, agora, está sendo feita com muito cuidado porque neste mo­mento a tendência é no sentido de se estabilizar o refino nacio­nal, em função também de outras alternativas como é o caso do ál­cool e do carvão.

Sr. Presidente, 81's. Deputados, aqui encerro minha exposi­ção. Procurei mostrar, em rápidas pinceladas, que o Ministério dasMinas e Energia tem ampla consciência. das suas responsabílldades;desenvolve uma política nacionalista, política esta tendente à má­xima utilização das fontes nacionais de energia; sabe, COm cons­ciência, que esta é uma política que não interessa a outros paísesdo mundo, não interessa a grandes empresas internacionais por­que ela visa à autonomia energética, com autonomia tecnol'ógica.Poucos países do mundo tem, a médio prazo, a grande posslbili­àade brasileira. Este ê um Pais de grandes recursos energéticos ede larga dimensão continental. portanto, há vi-abilidade de se con-

14860 Quinta-feira 6 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Dezembro de 1979'

seguir autonomia energética. A autonomia energética é que garantea autonomia econômica. e as duas juntns é que dão a plenitudeda soberania nacional. Por isso, no Ministério das Minas e Energia,estamos dispostos a enfrentar qualquer campanha contra a açãodo Ministro, que, em nenhum momento, tomou uma atitude quenão fosse ética e legal, em instante nenhum se curvou a pressõese interesses subalternos, pois é um homem independente, que seorgulha de ser Senador, de estar na classe política e se sente hon­rado por fazer uma política independente, visando ao interesse na­donal. Este, Sr. Presidente e Srs. Deputados, o depoimento queachei por bem fazer nesta Casa, em nome do Ministério das Minase Energia, voltado, principalmente, para os interesses do Brasil.(Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcilio) - Encerrada a expo­sição do Sr. Ministro, poderão ser formuladas perguntas esclare­cedoras pelos Deputados devidamente inscritos, na forma regimen­tal. Em primeiro lugar, concedo a palavra ao nobre Deputado Fer­nando Coelho. Como autor de requerimento, S. Ex.a dispõe de 15minutos.

O SR. FERNANDO COELHO (MDB - PE. Sem revisão do'orador.) Sr. Presidente, 81'S. Deputados, Sr. Ministro das Minas eEnergia, possivelmente, não fosse a rigidez da norma regimental,assuntos mais atuais, ligados à Pasta que V. Ex.a dirige, poderiamcertamente ser trazidos ao debate, nesta hora. E certamente. gos­taria a Nação e gostaria certamente também V. Ex.a de esclare­cer fatos que têm sido objeto, nos últimos dias, do noticiário daimprensa. Mas a rigidez da norma regimental a que todos nós,aqui, estamos presos, impõe que a interpeláção seja centrada deacordo com o teor do requerimento aprovado pela Casa.

Sr. Ministro, a população da área abrangida pela construçãoda barragem de Itaparica vive, neste instante, momentos de totalintranqüilidade, mais do que de intranqüilidade, de tensão so­cial, que nada justifica, muito menos a ação do próprio Estado.Não é este um problema pequeno, 'apesar de dizer respeito àgente de uma esquecida região do sertão do Nordeste. É um pro­blema que atinge mais de 120 mil pessoas, na maioria pequenoslavradores, e a população de 2 cidades de Pernambuco, Petro­lândia e Itacuruba, e Rodelas, na Bahia, que vão ser dentro embreve riscadas do mapa.

Pela exposição de V. Ex.a • cujo teor chegou-me às mãos já notérmino do expediente da manhã, o que sentimos de iogo, Sr. Mi­nistro, é uma divergência na posição em que se coloca o Minis­tério das Minas e Energia, a partir do órgão que atua na região,que é a Companhia Hidrelétrica do São Francisco, e as comuni­dades locais. Parece-nos que o Ministério das Minas e Energia ea CHESF estão impregnados daquela .visão paternalista, do Es­tado que se propõe a decidir, a fazer - admito até pensandodecidir e fazer o melhor - sem qualquer consuita às comunida­des locais, sem assegurar qualquer participação nestas decisõesàqueles que são mais diretamente atingidos pelas mesmas.

Vive a população do submédio São Francisco esta situaçãode intranqüilidade, porque, de inicio, Sr. Ministro, desconhece in­teiramente qual o projeto que a CHESF intenta concretizar na­quela região. E mais, tem razões também reais para temer, à vis­ta de precedentes - embora não tenha sido na gestão de V. Ex.a

- que deixaram profundas marcas e feridas naquelas populações.Quando da construção da Barragem de Moxotá, em 1974, foramdesalojados de suas terras mais de mil pessoas, na maioria tra­balhadores rurais, que não receberam indenização justa fixadade acordo com os critérios da ,lei e que foram simplesmente tan­gidos para outras regiões como se tange gado, fato que só nãoveio ao conhecimento da Nação, naquela época, em virtude dehaver sido completamente abafado pela censura.

Mas o fato é que muitos moradores, tangidos com a constru­ção da Barragem do Moxotó, ainda se encontram lamentando aperda total de seu patrimônio, a perda total dos bens que tive­ram. E a esse ,preoodente, Sr. Ministro, repito, fazendo justiça,que não foi na gestão de V. Ex.a, se soma outro o da construçãoda Barragem de Sobradinho, inaugurada em fins do Governopassado com' o deslocamento de 10 mil pessoas, hoje praticamentecondenadas à marginalização nas cidades e à miséria. São 70 milbrasileiros, cujo exemplo está muito vivo e ainda presente na lem­brança de todos aqueles que se vêem na iminência de igual agres­são, com a construção da Barragem de Itaparica.

Sobre esse assunto, Sr. Ministro, pediria licença para ler tre­cho de um memorial que foi encaminhado por essas pessoas aoSr. Governador de Pernambuco, solicitando providências e no qualdizem eles textualmente:

"Em Sobradinho, ainda hoje sofrem 70 mil companheirosnossos, vivendo como animais dentro das caatingas. Quemquiser constatar essa miséria de situação é só ir lá paraver que tipo de trabalho a CRESF desenvolve na implan­tação de seus projetos. Em Moxotó, considerando somen­te o lado de pernambuco, a população das comunidadesde Riachão, Volta do Moxotó, Juá, Fazenda Grande, Ma-

lhada Grande, Santa Rita, Umburana, Martelo, Quixaba.Raposa, Areias, Porto do Quixaba. Varzinha, Riacho Sal­gado e Rio Grande, num total de 500 familia,s, perderamsuas roças, sem direitos a qualquer indenização com aconstrução da Barragem de Moxotó. em 1974. Os atuaismoradores da Vila Moxotó perderam a ponte de acessoàs suas roças do outro lado do rio. A estrada de roda­gem é muito longe e perigosa."

Esta a expressão simples das vitimas dessa agressão da CHESF,transmitida ao Sr. Governador do Estado de Pernambuco. Masnão é apenas 'o exemplo do passado recente. Sr. Ministro, queintranqüiliza essas populações. São as violências cometidas atual­mente, inclusive no mês de agosto deste ano, algumas das quaisreferidas por V. Ex.a, na sua exposição, embora. segundo umaversão que certamente lhe foi transmitida,. mas não é coincidentecom a dos moradores da região. Esses moradores que não aceita­ram a indenização amigável, que lhes era imposta como únicaalternativa para evitar um prejuízo maior, tiveram suas casas esuas benfeitorias destruidas pela CHESF, antes mesmo que fos­sem avaliadas e tão apenas após a concessão da medida judicialde imissão de posse. A essas violências, Sr. Ministro, somam-seoutras. Ainda há poucos dias, também noticiavam os jornais atentativa de prisão dos advogados da FETAPE - Federação dosTrabalhadores da Agricultura em Pernambuco - Armando Para­guaçu Filho e Luiz Romeu da Fonte, no dia 4 de agosto, pelo sim­ples fato de, no exercicio de suas atividades profissionais, lá es­tarem procurando assegurar algum amparo às populações atin­gidas. E mais recentemente. Sr Ministro, também noticiaramjornais do Brasil e inclusive alguns do exterior o espancamentoe até esfaqueamento dos jornalistas franceses Jacques Beaussarte Oberic Palmaert, que se encontravam em Petrolândia, em com­panhia do Pe. Francisco. da Pastoral da Terra da Arquidiocesede Salvador, examinando in loco, o problema. Este clima de vio­lência intranqüiliza aquelas populações e os precedentes - quaseque poderiamos dizer recentes - das construções das barragensde MQxotó e Sobradinho, fazem com que essas populações receiemque, sem qualquer contemplação de &eus direitos e sem respeitosequer à dignidade da pessoa humana sejam novamente tangi­dos. como já foram, há menos de dez anos, seus companheiros,Os trabalhadores e demais moradores da Região do SubmédioSão Francisco não são contrários à construção da Ban-agem deSobradinho, nem poderiam ser. Não obstante, querem - e têmeste direito - ser indenizados após uma Justa avaliação daquelesbens que, embora de valor pequeno, constituem seu único patri­mõnio. Sr. Ministro, eles têm o direito de conhecer os planosda CHESF naquilo que lhes diz respeito: querem conhecer a ex­tensão da área que vai ser desocupada para construção da barra­gem; querem saber que futuro lhes aguarda; e, sobretudo, de­sejam ser ouvidos a respeito das decisões que tão profundamentee tão de perto afetam suas vidas.

Sr. Ministro, parece-nos que há uma divergência na própríacolocação do problema. A CHESF se propõe a solucionar algumasdessas questões. mas de cima para baixo, impondo sua vontadesem qualquer eDl1sulta às comunidades interessadas. Assim, nadefesa dos interesses e dos direitos desses 120 mil habitantes daregião, requeremos. a convocação de V. Ex.a para prestar os es­clarecimentos que entender necessários.

Desejamos, sobretudo - este o objetivo maior da nossa in­quirição - que V. Ex.a tranqüilize aquela população, que lhedevolva o mínimo de segurança, que fora conquistado às custasde um trabalho insano na lavoura da terra. Com este objetivo,Sr. Ministro, concretamente, estimaria que V Ex.a respondesseàs perguntas:

1 - Qual a delimitação da área a ser inundada pela Barragemde Itaparica?

Há casos de lavradores que, aterrorizados, se mudam de umapara outra região e, só então, têm conhecimento de que aquelaregião para a qual se mudaram também será inundada. Eles des­conhecem inteiramente qual a delimitação da área a ser atin­gida.

2 - Qual a delimitação da área total a ser desocuparla pelosatuais moradores em decorrência da construção da mesma Bar­l'agem?

3 - Qual o cronograma da construção da aludida Barragem?

Este tema é da maior importância e sobre ele reina totaldesconhecimento.

4 - A CHESF pretende distribuir terras às margens da Bar­ragem, em lotes de dimensão familiar, para arrendamento dosatuais ocupantes da ârea? Quais as providências que estão sendoadotadas pela empresa, com esse objetivo?

5 - A CHESF tem programada a construção de núcleÓs resi­denciais, para relocação dos atuais ocupantes da área? Quais osbenefícios que terão esses núcleos residenciais?

Dezembro de 1979 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção l) Quinta-feira 6 14861

fi - Os atuais ocupantes da área pleiteiam que áS benfeito­rias ali existentes sejam indenizadas de acordo com tabela apro­vada por uma comissão da qual participem. Qual a pOSição daCEtESF relativamente a essa reivindicação?

Sr. Ministro, estas as perguntas que temos a honra de enca­minhar a V. Ex.a

Antes de concluir, porém dirijo um apelo a V. Ex.a no sentidode que, investido nas funções de Ministro das Minas e Energia.um minimo de colaboração para a solução de um problema, cujagravidade está pesando sobre tocta a população de Pernambuco:A greve dos eletricitários da CELPE, que' se arrasta há cerCa de15 dias e que até agora não teve solução. Tenho conhecimentoda solução que, com antorização de V. Ex.a, foi dada em relaçãoà greve dos eletricitários da CHESF. A greve dos eletricitários daCELPE, porém ainda perdura, e a interferência de V. Ex.a paraque ela seja solucionada é o pedido final que lhe faço nesta opor­tunidade.

Muito obrigado a V. Ex.'"O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) - Tem a palavra o

Sr. Minlstro;-'O SR. MINISTRO DAS MINAS E ENERGIA - Sr. Presidente,

Srs. Deputados; Deputado Fernando Coelho, também lamento terde me cingir a esse tema, pois estaria disposta a responder aqualquer tipo de indagação. Gostaria mesmo de aproveitar estaoportunidade para que não pairassem dúvidas sobre nenhum dosatos tomados na área do Ministério das Minas e Energia, mas,atendo-me ao Regimento, passarei a responder às perguntas deV. EX,a como homem do Nordeste, conheço profundamente oproblema de deslocamen~o de populações das áreas inundadas.

Foi na transferência das populações que viviam na regiãoque seria inundada pelo reservatório de Boa Esperança que apren­di, na carne, como é difícil modificar os hábitos centenários da­quelas familías. V. Ex.a tem razão quando diZ que há intranqüi­lidade, porque de fato há necessidade de muito maior comunica­ção entre os órgãos do Poder Público e as comunidades. Paratranqüilizar V. Eg." e através de V. Ex." aquelas comunidades,posso dizer-lhe que a CHESF fará toda a transferência da po­pulação da área de Itaparica dentro dos mesmos planos, con­sultando as lideranças comunitárias. Posso dizer ainda a V. Ex."que a mesma equipe que me auxiliou em Boa Esperança está,peste momento, operando em Itaparica.

A CHESF, como foi feit{l ~m Boa Esperança, vai identificar.caso a caso. aquelas :iamilias e procurar encontrar as soluçõesque ma~s lhe convenham. É óbvio qUe há sempre dificuldades,conforme aquela J,"eferida por V. Ex.", que teria ocorrido na Bar­ragem de Moxotó. Em geral aquelas populações preferem ficarna borda do lago, porque estão acostumadas com a borda do rio.Mas a borda do lago é muito diferente da borda do rio: Os terre­nos 'sâb de carrascos, não são agricultáveis. Mas o desejo de fica­rem próximos ao rio os faz pensar que, na bordado lago, terãoas mesmas condIções de vida.

Dificilmente consegue-se encontrar solução do que as que pre­vêem áreas irrigadas e pl'ojetos agricolas organizados. As pes­soas preferem ficar. sentimentalmente, na beira do rio, mas emterreno!> que já não são iguaill àqueles em que eles viv.iam emcondições minerávels. Portanto, é muito dificil convencer aquelapopulação, que não conhece nenhum outro tipo de agricultura.nenhum outro meio de vida, de mudar os seus hábitos,

V. Ex." tem razão, deve haver lntranqüilidade: mas garantoa V. EX,a que o Ministério das Minas -e Energia cuidará de pertodesse problema.

Se houve, em algum momento, excesso policial, posso garantira V. Ex.a. que não será repetido, porque estaremos atentos, paraque a retirada da população seja não somente amigáv~l, mastambém uma promoçáo para cada família.

Procurando responder às perguntas de V. Ex,", afirmo queserá de responsabilidade da CFrESF a reconstrução dos bens deutilidade pública, cuja execução poderá ser transferida aos res­pectivos proprietários, :se assim desejarem. Incluir-se-ão escolas,postos de saúde, igrejas, prefeituras, etc., nos núcleos residenciais.O dimensionamento de tais instalações levará em conta o cadas­tramento realizado. Toda a infra-estrutura urbana será instala­da.

Assim ocorrerá com o calçamento com as praças, com as re­des de abaster.lmento de água, de distribuição de energia elétrica,de esgoto, de àguas pluviais etc. A construção de habitações vaidepender de reuniões, de discussões do problema. Fica, desde jâ,prevista a pOBSlb1l1daàe de a CHES~~ construir imóveis para per­muta com os atuais proprietários. Digo possibilidade, porque.mui­tos dos proprietários preferirão, talvez, a indenização em moeda,e náo a troca por outros imóveis. A experiência indica que paraessa solução satisfaz normalmente a residência do tipo regular.e de baixo padrão, ficando as demais J,lara execução pelos pró~

prios interessados - as residências de mais alto padrão - comos recursos das indenizações, sendo-lhes facultados o mode~o eas dimensões da nova morada.

Na zona: rural, conforme disse, vão ser oferecidas - a pala­vra aqui é "oferecidas" - duas soluções: a permanência na bor­da do lago - a CHESF vai procurar identificar manchas de ter­ras férteis na borda do lago, para aqueles proprietários que pre­ferirem ficar lá - ou a implementação de projetos de irrigação.para oferecer-lhes melhores condições de assistência técnica.Esses projetos já existem e estão em fase de implantação pelaCODEVASF e pelo DNOCS. Eu gostaria. entretanto, de dizer aV. Ex.a que, em todo aquele episódio ocorrido na taixa da linhade transmissão, a Federação' de Trabalhadores da Agriculturaesteve presente. Ela não foi ignorada. O que pode ter havido ­e não estou pondo em dúvida a palavra de V. Ex.a é o excessopolicial. Mas a CHESF, ela própria, não tomou' nenhuma dessasatitudes. Foi requerida a ação policial para o despejo, em fun­ção de uma liminar concedida pelo Juiz, porque era necessário,para que a linha de transmissão passasse ali, retirar os imóveisque estavam naquela faixa.

Passo. agora, a responder à pergunta de V. Ex.'" objetivandoaspectos puramente sociais - muito mais sociais do que econô­nilcos - foi mandado baixar a Barragem de Itaparica, para queinundasse uma área menor daquela região. Havia uma solução,em Itaparica. para inundar mais terras, mas, em função dessescritérios, adotou-se o projeto atual.

A área a ser inundada é o de 884 km2. Eu não poderia, nestemomento, entregar a V. Ex.'" o mapa de delimitação, mas não sóme comprometo. a remetê-lo a esta Casa, como também a distri­bui-Ia para as lideranças comunitárias, para que se conheçamexatamente a área que será atIngida pelas águas da Barragemde Itaparica.

O Cronograma previsto depende ainda de um acerto de re­cursos, que se está fazendo entre o Ministério das Minas e Ener­gia e a Secretaria de Planejamento da Presidência da República.Esse cronograma está previsto para entrar em operação em 1984.

Comprometo-me, também, com V. Ex.'" que instruIrei a CHESFno sentido de colocar na Comissão que vai arbitrar os critérios deindenização, um representante da comunidade local.

No tocante ao último assunto de que V. Ex.'" falou, lamentoque ainda haja, neste momento, greves atingindo o fornecimentode eletricidade da CELPE, 'porque, de fato, já foram atendidastodas as reivindicações salariais. Já contactei com o GovernadorMarco Antõnio Maciel, colocando-me à disposição de S. Ex.a para,juntos, encontrarmos a melhor solução para o problema, dentrode manutenção da autoridade, que é necessária, a fim de se nor­malizarem todos os serviços da CELPE.

Eram essas, Si'. Presidente e Srs. Deputados, as respostas quepoderia oferecer ao Deputado Fernando Coelho.

O aR. FERNANDO COELHO - Muito obrigado a V. Ex.a.O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcilio) - Tem a palavra o

Deputado Osvaldo Melo.

O SR. OSVALPO MELO (ARENA - PA. Sem revisão do ora­dor,) - Sr. Ministro Cesar Cals, a exposição de V. Ex."', 110 queconcerne ao eSCOamento e â. exploração do minério dos Carajás,no Estado do Pará, não nos convenc~u, embora saibamos que adecisão foi tomada, como bem acentuou V. Ex."', no Governo pas­sado. Portanto, V. Ex.'" não era o titular da Pasta das Minas eEnergia.

Todavia, como o Ministério das Minas e Energia, é impessoal,e V. Ex.a o está defendendo, vamos agora proceder a várias obje­ções à sua exposição, mostrando a improcedência dos argumentos.

Iniciaremos fazendo um pequeno retrospecto dessa - em nos­sa opinião - infeliz e precipitada declsãó, que foi tomada nagestão do Ministro Shigeaki Uekl, da solução ferroviária para esseescoamento.

O assunto, todavia, em termos de tomada de decisões por partedo Governo Federal, nunca foi discutido amplamente, dai a nossainsatisfação e inconformismo pela alternativa ferroviária, propostaexclusivamente pela Amazônia Mineração S.A. subsidiária da Com­panhia Vale do Rio Doce. Face mesmo ao regime autolritário em

, que viviamos, os dirigentes dessas empresas estatais, tecnocratas,como sempre todo-poderosos e infaliveis, se aproveitaram dessacircunstância, e decidiram construir uma ferrovia de 900 quilô­metros de Itaqui para Carajás, com a finalidade de promover oescoamento do minério, in natura, para, exportação, através degrandes navios. Várias entidades técnicas brasileiras, dois Simpó­sios Nacionais promovidos pelo Clube de Engenharia, trabalhosrealizados por Comissões de Alto Nivel, todos recomendado a al­ternativa hidroviária.

Não foram levados em consideráifâo, e o que .se vê é o pros­seguimento de uma solução que foi tomada em círculo techado,

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sem ser ouvida sequer a Marinha. de Guerra Brasileira, que tinhae tem estudos importantes sobre o escoamento do minério dosCarajás.

Agora, com a abertura política, observa-se uma tomada geralde consciência mostrando que o problema desse vulto e dessa im­portância para o Pais, não pode ser equacionado contra os inte­resses nacionais, ouvindo-se apenas as razões e os argumentos deuma empresa, a AMZA, a qual, quando fez essa opção, encontra­va-se sob o controle técnico de uma Companhia estrangeira, aU8. 8teel, sem qualquer interesse na industrialização e siderur­gia nacional.

Sabemos que o Ministério das Forças Armadas está atento,realizando estudos e desejando um minucioso debate da questão,tendo em vista ângulos novos que surgiram como os atos que ga­rantem a operação das eclusas de Tucuruí, dando navegabilidadetotal ao Rio Tocantins, conjuntura externa e interna desfavorávelfi projetos vultosos que impliquem em granp.es riscos econômicos,existência de dispositivo estabelecido pelo próprio Governo, proi­bindo o inicio de projetos, sem recursos alocados e garantidos erevelação de nova alternativa ferro-hldroviária, no sentido Cara­jás----Ipixuna-Itaqui, estudo da PORTOBRAS feito pelo IPT.e, finalmente, estágio de execuçâo do projeto ,em fase inicial,permitindo repasse de poucas obras e material ao DNER ou RedeFerroviária Federal

O que nós desejamos, Senhor Ministro, não é pugnar por in­teresse regionalista, em termos de Pará ou Maranhão, eis queessa divergência está inteiramente superada. A nossa grave preo­cupação é que se esteja insistindo em uma solução que viola, agri­de. é nociva aos interesses nacionais.

As vantagens para uma alternativa hidroviária ou hidrofer­roviária, são as seguintes: é a que mais favorece a siderurgia, aindustrialização e Q desenvolvimento do nosso País; necessidadede menores investimentos; solução de muito menos consumo ener­gético; bem menores recursos operativos de transporte em qual­quer escala de produção: integração, rateio de custos e mais rá­pido retorno de investimentos que decorreriam, em conjunto, paraos grandes projetos regionais de interesse nacional como [1( hidre­létrica de Tucurui, eclusas, navegabilidade dos tios Tocantins eAraguaia. Albrás, Alunorte e Siderurgia na Vila do Conde; soluçãointeiramente nacional. sem importações e dispensando investi­mentos em infra-estrutura de vias, que já são supridas, e bemmelhor. pela natureza; alternativa que importa em menores lis­cos econômicos çonseqüentes de projetos integrados e polivalentes;aiternativa ferrohidroviária que vai atender aos estudos do Paráe Maranhão.

Entendemos que deve prevalecer o bom senso, e sobretudo ointeresse nacional. nessa questão do escoamento e da exploraçãodo ferro e dos outros minerais que constituem {) complexo deCarajás.

Resta, linalmente. como formular algumas colocações em ter­mos de projetos brasileiros em que atuaram ou atuam as mui­tinacionais associadas às empresas brasileiras. Ao longo do tempoesses projetos vêm demonstrando que, ou as empresas nacionaissão totalmente dominadas e passam a ser testas-de-ferro ouquando as multinacionais não conseguem o domínio desejado, elasse retiram deixando as nacionais em situação de crise e insolvên­cia financeira, O exemplo mais patente desse fato é a retiradada U .S. Street do Projeto Carajás.

ESl!a estratégia tem sido usada com freqüência pelas mul­tlnacionais em muitos países para destruir as empresas flores­r-entes, sejam privadas ou estataIs. Em geral, quando essas mul­tinacionais se retiram. deixam as empresas dos paises onde atuatotalmente debilitadas e impossibilitadas de continuar os grandesprojetos sozinhas. Surge ai os propagandistas do descrédito dacapacidade nacional, os arautos dos "sócios multinacionais". Eassim as multinacionais voltam, todo-poderosas, para assumir ocontrole daquilo que lhes interessa.

Será, e ai vai uma reflexão que deixamos à consideração deVossa Excelência, Sr. Ministro, que esse não seja o objetivo daa .S. Steel, forçando a solução ferroviária, quanto tinha o con­trole técníco da AMZA, depoís retirou-se do Projeto, por motivosaté hoje não explicados convenientemente, e. agora. com o volume{le custos, não está se preparando para ficar como controladoradesse importante setor de mínério do Pais?

Será do interesse naclonal o controle do setor mineral pelasmultinacionais? Acho que todos nós devemos nos unh, sem dIS­tinção partidária, para reagir contra esse intuito que desloca com­pletamente o poder de decisão para fora do Pais. Sabemos queDf. enorme maioria dos casos os interesses nacionais não coincidemcom os interesses das empresas transnacionals. Estas têm seusobjetivos voltados para as conjunturas e variações do comércio'internacional, visando o máximo de lucros.

O Brasil tem interesses internos. tanto econômicos, como so­ciais, totalmente diversos daqueles. Dominado o setor mineral,fonte da matéria-prima para uma grande parte das indústrias,coloca-se o Pais a mercê ,dessas companhias e o preço que temosde pagar é a perda de nossa soberania, o que não é admissível, enão será procedido, nessa questão do minério dos Carajás, coma nossa omissão. -

A i~prensa publicou declarações do Ministro Delfim Neto re­comendando a reformulação do projeto Carajás para reduzir onível dos investimentos, ao mesmo tempo em que se divulgavapronunciamento de Vossa Excelência, segundo o qual aquelescustos serão ampliados. Rogo especificar:

a) está em estudo algmna reformulação substancial daqueleprojeto e. caso afirmativo, de que natureza?

b) quanto aó escoamento do minério é definitiva a opçãoferroviália, sem prejuízo' de escoamento menor e alternativo pelorio Tocantins e porto de Barbarena?

c) o frete de Carajás a Itaqui 1900 quilômetros, ferroviários).calculado atualmente em cerca de 15 dólares por toneladas nãocolocará o minério brasileiro em posição competitiva inferior. sa­bendo-se que a cotação internacional varia entre 14 e 17 dólarespor toneladas?

d) as estimatívas de custo, incluindo mina. fenovia e porto,bem assim o seu cotejo com a hipótese da hidrovia e do aparelha­mento portuário na foz do rio Amazonas constituem informaçõesreservadas? Caso contrário, porque não são oferecidas ao· debatepúblico?

São as indagações que eu queria formular a V, Ex.", lamen­tando que não tenhamos mais tempo. Ainda dispomos de inúme­ras perguntas ao Sr. Ministro. Nós as encaminharemos a V. Ex.....para que depois V. Ex.a tenha a gentileza de nos responder porescrito.

Muito obrigado a V. Ex."O aR. MINISTRO CESAR CALS - 8r. Presidente, Srs. Depu­

tados, tenho muita satisfação em poder oferecer aos Deputados,tenho muita satisfação em poder oferecer ao Deputado OsvaldoMelo alguns esclarecimentos sobre as questões aqui levantadas.

Como o Deputado Osvaldo Melo. nós entendemos que real­mente o projeto de mínério de ferro de Carajás deve ser essen­cialmente nacional.

Deputado Osvaldo Melo, V. Ex." deverIa estar muito feliz coma retirada da United State Steel, porque ela decorreu do nossodesejo. Nós não poderíamos concordar que 18 bilhões de tonela­das de minério de feITO - 'as maiores reservas de minério de fer­ro do mundo, de altíssimo teor, preferido pelo mercado interna­cional - fossem explorados com qualquer outro tipo de empresaque não a nacional.

Era preferivel encontrar outra solução. Mas o minério de fer­ro de Carajás deve ser exclusivamente nacional. dada a grandedimensão e o seu altissimo teor.

V. Ex." deve estar, como eu, satisfeito. porque o projeto de mí­nério de ferro de Caraj ás é da Cia. Vale do. RIo Doce.

Digo a V. Ex." que a retirada da United State Steel não dimi­nuiu mas, pelo contrário, aumentou a influência da Cia. Vale doRio Doce na mineração daquelas jazidas. Agora a declSão énossa.

V. Ex.a pode ficar tranqüilo que a Vale do Rio Doce, nestemomento, tem uma orientação firme e que o Ministério das Mi­nas e Energia está acompanhando passo a passo. a defesa c!essagrande riqueza que é nossa.

Desejo informar algo a V. Ex.a cometando alguns dados aquicolocados.

O IPT já admite o Porto de Itaqui como escoamento, DisseV. Ex." que o minério serIa escoado também pela alternativa fer­ro-hidroviária, no sentido Garajás----Ipixuna-Belém. de acordocom estudos da PETROBRAS, feito pelo 1FT e, em estágio deexecução do projeto com as eclusas da usina hidrelétrica de Tu­curul.

Mas desejo dizer a V Ex." que a solução adotada pela Ama­zônia Mineração contempla a construção de ferro com as melho­res condições de implantação. São oitocentos e noventa quilôme­tros praticamente sem curvas, das quais apenas onze de obrasde arte. Quer dizer, uma estrada de ferro fácil de ser construí­da. Pode-se dizer ainda que os trabalhos de terraplenagem apre­sentam uma média de cento e vinte mil metros cúbicos por qui­lõmetro, (} que corresponde a uma média muito pequena. BastaV. Ex.a lembrar que na Ferrovia do Aço essa terraplenagem é da'ordem de 578 mil metros cúbicos por quilômetro, cinco vezes maisque o volume da Estrada·de Ferro Marabá-Porto de Itaquí.

De:cembro d~ 1979 DIARIO DO CONQRESSO, NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 6 1486:>

Posso dizer tambêm que, do estudo comparativo efetuado naAMZA, resultou, para o nivel de 435 mil toneladas por ano, pra­ticamente o nível inicial daquele escoamento de minério de fer­ró, que a alternativa ferróviária, em relação à hidroviária, pro­porciona uma economia superior a 2 dólares por tonelada deminério de ferro. Não se consumirão aí óleo combustível e nemoutros derivado,s de petróleo, eís que a ferrovia será totalmenteeletrificada.

Eu diria ainda a V. Ex." que, de fato, o Governo resolveu re­formular o projeto. O minérío de ferro em ,!li não poderia justi­ficar economicamente uma ferrovia de 900 quilômetros. Na ver­dade, procura-se integrar não Só a provincia metalúrgica de Cu­l'ajás, mas até toda atividade grícola, que vai melhorar em mui­to as condiçõe,s daquela região. Como eu disse, o projeto visanão só ao minério de ferro, e tel'á um caráter nitidamente na­cional, pois a Vale do Rio Doce não tem sócio com relação aominério de ferro, mas procurará associações nas outras ativida­des dele decorrentes, ou seja na pelotização, na sinterização, noferro-gusa, na fabricação de placas de aço acabadas, no ferro­esponja, no ferro-liga. Em toda a nossa provincia de aluminio,que, como disse, não é só Carajás, mas também Paragominas, :Al­meirim e Rio Trombetas, a Vale do Rio Doce desenvolverá umprojeto voltado, principalmente, para a alumina, buscando ex­portllf não a bauxita, mas, ,sim, a alumina, fazendo associaçõescom outros paises, o que já estamos discutindo, Aproveitando ogás natural de outros países, há projetos de bauxita, alumínio ealumina, procurando dar a máxima partida a toda aquela rique­za mineral, ou são projetos, como falei, em que pretendemos uti­lizar o cobre existente na região de Carajás. Todos esses metais,Srs. Deputados, estão localizados muito próximo da ferrovia, a 10,20 ou 50 quilômetros, no máximo. Naturalmente, tudo isso seráescoado pelas duas vias: a aquavia - que ê o rio Tocantins - ea ferrovia. Perseguiremos a auto-suficiência do País no que dizrespeito ao cobre. É um projeto anojado, mal! já está sendo re­formulado.

Coube, por decisão do Governo, ao Ministro das Minas e Ener­gia coordenar todo o grande Projeto Carajás, de todos os me­tais existentes e também da parte agrícola, de que aqui já falei,onde temos possibilidades de exportar grãos e "pellets" de man­dioca. Estou certo de que este projeto integrará mais ainda o Nor­te-Nordeste, dado o grande número de empregos que será colo­cado na região. Além disso, sabem V. Ex."s que, por determinaçãopessoal do Ministro das Minas e Energia, foi orientada a Amazô­nia Mineracão no sentido de que em todas as outras contrata­ções use empresas locais, subcontrate empresas da área do Nor­te do País, para que se transfira tecnologia é se dê oportunidadeàs empresas da região. Este projeto integrará Norte e Nordeste.porque não só a mão-de-obra, mas também os insumos, serãooriundos dessas regiões, para implantar o maior projeto a serrealizado no Governo do Presidente João Figueiredo: um pro­jeto integrada mínero-industrial-agricola, que poderá gerar gran­de volume de divisas, da ordem de 2 bilhões de dólares por ano.São as reformulações que estão sendo feitas.

Gostaria de acrescentar que, neste momento, estamos pre­parando a primeiro prospecto desta idéia que acaba de surgir, comaquela nota que V. Ex.'" leu nos jornais. Dentro de 30 dias, es­taremos com o primeiro prospecto do grande projeto Carajás eteremos a satisfacão e a honra de encaminhá-lo a V. Ex." e aesta Casa, e a discuti-lo no detalhe, porque o que nos move é ointeresse de acertar e de desenvolver aquela região.

No tocante às perguntas de V. Ex.", posso dizer que fomosnós, como Ministro das Minas e Energia - sabe V. E~." disso,porque acompanha o assunto - que encontramos solução eco­nômica e financeira para a construção das eclusas de Tucuruí,antecipando recursos da ordem de 1 bilhão e ruela de cruzeiros,que não seriam necessários agora à construção da hidrelétrica.E já no programa de mobilização energética fizemos a previsãodesses recursos, tal o nosso interesse em que as duas soluções detransporte, ferroviário e aquaviário, possam ser realizadas, por­que amba3 serão para o Brasil.

O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) - Com a palavra onobre Deputado João Cunha.

O SR. JOA OGUNHA (MDB - SP. Sem revisão do orador.) ­Sr. Presidente, gostaria de suscitar uma questão de ordem antesde iniciar o percurso do meu tempo. Pelo Regimento, gostaria depropor ao Sr. Ministro questão por questão, utilizando do tempocomo requerente. Obtida a resposta, iria para a segunda questão,dependendo efetivamente da manifestação de S. Ex.", de estarhoje trazendo a sua palavra neste plenário.

O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) - Consulto o Sr. Mi­nistro se é de sua conveniência responder pergunta por pergun­ta, ou se' prefere que o i);l.terpelante faça de logo a sua indaga­ção, no tempo de que dispõe,

o SR. MINISTRO CESAR CALS ~ À vontade do DeputadoJoão Cunha.

O S'R. PREISlDENTE (Flávio Marcílio) - O Deputado JoãoCunha poderá inquirir na forma requerida, mas a Mesa se re­serva o direito de marcar o tempo de sua interpelação.

O SR. JOãO CUNHA - Sr. Presidente, Sr. Ministro, Senho­res Deputados, o modelo político vivido pelo Brasil sugere umaobservação: o modelo econômico brasileiro, fundado na dependên­cia do capital internacional, teve que se adequar ao compo'rta­menta desse capital, de sua orientação e seus interesses. Dai porque o Brasil galgou a trilha determinada pelo interesse das in­dústrias do petróleo a nivel internacional, e somos hOJe, Sr. Mi­nistro, um País dependente do petróleo até quase na sua estru­tura. Gostaria, Sr, Ministro, ante a afirmação de V. Ex." feitaaqui hoje, de que somos dependentes em larga escala do petró­leo, e esse o grande drama vivido pela Nação brasileira a respei­to do qual, a nivel de Governo, não temos obtido respostas, senãoaquelas que procuram jogar a culpa de nossa equivoca situaçãonacional de hoje nos países fornecedores de petróleo. V. Sx.a .Sr. Ministro, afirmou que a dependência do petróleo era de talsorte, que o Sr. General João Batista de Figueiredo determinou oestabelecimento de uma politica alternativa de energia para oPaís. V. Ex," traz à colação dessa afirmação três itens que estãosendp desenvolvidos pela política nova de alternativa energéti­ca. Na primeira delas, Sr. Ministro, V. Ex," diz que a linha mestraé a seguinte: aumento da oferta de petróleo interno, o que deve­rá ser conseguido através de uma ampliação do programa de pros­pecção e desenvolvimento da produção por parte da PETROBRÁS.

Sr. Ministro, estabelecendo a comparação com o quadro postona folha 2 do documento que me foi endereçado hoje em res­posta ao Requerimento n.o 43179, faz V, Ex.a uma projeção queindica, em termos de petróleo, que dentro de cinco anos, conta­do o ano de 1980, nós temos uma produção diária de 500 mil bar­ris por dia. Pois bem, Sr. Ministro, essa afirmação de V. Ex." écalcada - e ai vem a pergunta - em que dados técnicos, em ba­ses de quê ordem? Essa política, Sr. Presidente, sugere tambéma pergunta: o até então feito foí errado? .Os anos anteriores dí­rigidos pela política traçada pelo Sr. Ernesto Geisel, realmente,na afirmação de V. Ex.a, ou a projeção de V. Ex.a se anunciaCOttlO mais um milagre brasileiro ou é realista. Se é realista, poispropõe em cinco. anos um aumento de mais de 300 mil barris/diade petróleo, então a política do Sr, Ernesto Geis!;l, quer comoPresidffite da PETROBRÁS, a partir de 1969, quer como Presi­dente da República, a partir de 1974, foi irresponsável, criminosae antipatriótica, e certamente desserviu à Nação. Esta a primeiraquestão que formulo a V. Ex.a, reservando-me o tempo para aquestão seguinte.

O SR. MINISTRO CESAR CALS - Devo dizer ao DeputadoJoão Cunha que a politica desenvolvida pela PETROBRÁS, quan­do à ·frente o eminente Presidente Ernesto Geisel, era uma polí­tica adequada para aquele momento. De fato, era muito maisbarato ter petróleo adquirido do que o petróleo nacional. SabeV. Ex,", leitor e estudioso dos assuntos, que temos grande espe­rança na perfuração e na prospecção do petróleo em terra. Asnossas reservas de petróleo em terra não são animadoras e aprospecção na plataforma continental exige quantidade muitogrande de recursos. De modo que na conjuntura em que o ex-.Presidente Ernesto Geisel presidiu a PETROBRÁS a politica ade­quada era ampliar a capacidade de refino, porque não tínhamosa experiêncir- para plataformas continentais que hoje temos, enão dispúnhamos de recursos para enfrentar outros programas deprospecção. Mas saiba também V. Ex." que hoje a PETROBRÁSé respeitada em todo o mundo pela sua capacidade técnica, cos paises produtores, muitas vezes, só garantem o suprimento depetróleo ao Brasil condlcíonandô a participação da PETROBRÁSà exploração de campos naqueles países, tal a experiência e atecnologia que a nossa empresa adquiriu. Saiba ainda V. Ex."que os cáiculos que aí estão são em função de reservas já desco­bertas pela PETROBRÁS. Nesse cálculo poderíamos acentuar quedos 500 mil barris de petróleo por dia, que hoje esperamos colo­car no ano de 1985, cerca de 360 mil são de campos já desco­bertos, ou seja, temos neste momento 182 mil barris de produção- havia 170 mil no início <1.0 Governo do Presidente João Figuei­redo - e esperamos chegar em dezembro com mais de 190 milbarris. Neste momento, estuda-se a possibilidade de colocar emoperação e produção alguns poços que eram considerados antieco­nômicos, poços em terra. E ai estão, para compor esses 360 milbarris de ~servas já conhecidas, os poços da bacia de Campos,que poderao dar .-.: e esperamos que dêem - mais de 200 milbarris de petróleo por dia e ainda o Ceará e o Rio Grande doNorte, que podem atingir 30 a 4;0 mil barris por dia de petróleo.Os outros 140 míl serão produto de um ésforc;o que estamos fa­zendo na prospecção, porque, saiba V. li ...a, a primeira medidaque se tomou na atual gestã.o d:o Ministé. ia das Minas e Energia,no primeiro despacho do Minis.tro com o ... residente João Figuei-

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redo, foi dividir a Diretoria de Exploração e Produção da PETRO­BRÁS em duas Diretorias, a de Exploração - colocando pela pri­meira vez no mundo, um geólogo para chefiá-la - e a de Produ­ção, onde temos um engenheiro de campo. As Diretorias .de Explo­ração e de produção estão agora estimuladas para a descobertapamentos sísmicos. E se até aqui o índice de acerto da PETRO­BRÁS é dos melhores existentes no mundo, de 26%, temos funda­das rro::ões para, com o aumento da perfuração, sairmos de 500mil metros de perfuração para 1 mílhão de metros em 1980. SeV. Ex." compulsar o modelo energético que distribcunos, poderáverificar, nos gráficos finais, que a curva de perfuração está numaaltíssima inclinação, fato que demonstra o grande esforço de pra­ticamente dobrar o ritmo de perfuração, em dois anos. Por isso,dobrando o número de equipamentos sísmicos e dobrando o ritmonas perfurações, temos fundadas razões para achar petróleo ecompletar os 500 mil barris por dia. Não é milagre, é fruto deum esforço, porque somos daqueles que acreditam que só podemosachar petróleo perfurando. Sou' um Ministro muito pragmático,que entende que só perfurando se pode conseguir petróle'o e nósvamos achar ...

O SR. JOAO CUNHA - Sr. Ministro, data maxima venia, nãome convence V. Ex." quanto à irresponsabilidade que atribuo aoGoverno Geisel, porque em 5 anos, hoje V. Ex." estabelece a pos­sibilidade de chegarmos a 500 mil barris/dia. No entanto, a partirde 1973, quando houve a crise do Oriente Médio, que determinoua precipitação com, relação à política de petróleo no mundo, es­taya nas mãos do Sr. Emesto Geisel, sob a sua responsabilidade,aliás, autoritária, unilateral e solitária, a decisão de ·encaminha­mento da política de prospecção e pesquisa de petróleo. Talveztenha faltado V. Ex." lá para, com o pragmatismo anunciadose integrar à causa da pesquisa e da prospecção do petróleo ~não do desvio da PETROBRÁS das suas finalidades especificasdeterminadas pela Lei n.O 2.004. Mas, como disse V. Ex." que acapacidade técnica da PETROBRÁS é respeitada hoje em todomundo - eu acredito nisso - eu gostaria de formular a segundaques~ão: por que a BRASPETRO deixa de prospectar e pesquisarpetrQleo aqui no continente brasileiro e se aventura a milharesde ml1has, longe do território nacional assumindo contratos derisco a nív~1 internacional, mantendo soi:J.das e tecnologia da maisalta _capacIdade. e da mais alta sofisticação na pesquisa e pro,s­pecça,0 do petroleo? No mesmo passo, Sr. Ministro Cesar Cals,permIte o Governo atual que a irresponsabilidade do Governadordo. Estado de São Pal;1lo desmo!::alize a PETROBRÁS, quando aoaflrmar que tem petroleo em Sao Paulo, propõe um contrato derisco com a PETROBRÁS - e V. Ex." admite isso estabelecendojá o anteprojeto desse contrato de risco. Pergunto 'a V. Ex.", paraque a Nação possa ouvi-lo, neste breve espaço de tempo - quepretende ver mais dilatado na CPI da PETROBRÁS, em andamen­to nesta Casa: Por que a BRASPE'IRO e a PETROBRÁS não pros­pectam aqui no território brasileiro? Se há efetivamente indiciosde petróleo em .São pau!o, por que a PETROBRÁS não pesquisa lá,sem correr o tIpo de nsco proposto pelo Governo de São Paulo?

O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) - Tem a palavra oSr. Ministro.

O SR. MINISTRO CESAR CALS - Hoj e podemos dizer que,se tivemos possibilidade de chegar, neste curto espaço de tempo,a 500 mil barris dos quais 360 mil com reservas já conhecidas,foi no Governo do Presidente Geisel que se descobriram essasreservas. De modo que não há nenhuma irresponsabilidade, pelocontrário, é a seqüência natural de Governos que procuram darcontinuidade a uma política, ajustando os planos à conjunturade cada momento. (Palmas). Mas gostaria de dizer a V. Ex.aque a PETROBRÁS, neste momento, está com toda a sua capa­cidade de perfuração no território brasileiro, na plataforma con­tinental; e a BRASPETRO foi constituida para perfurar fora doBrasil. Saiba V. Ex." que uma das missões mais difíceis do Minis­tro das Minas e Energia é suprir o Brasil de energia, suprir oBrasil de petróleo. V. Ex." tem idéia do que seja comprar ummilhão de baJ;ris de petróleo por dia, num mercado difícil, emque a .of~r~a. e menor do que a demanda? Não imagina V. Ex."como e dIflCll, co~ a alta dos custos de petróleo, com a variaçãoconstante desses custos, manter suprido este País. Para isso énecessário não só que o Ministério das Minas e Energia faca polí­tica externa de mãos dadas com a PETROBRÁS e com o' Minis­tério d~ Relaçõe~ EXteriores, no sentido de procurar compreenderas razoes dos palses produtores de petróleo ainda em desenvol­vimento qu~ têm motivos para querer des~nvolver-se. Nós, quesomos tambem um pais de desenvolvimento devema.s ir ao encon­tro daqueles que estão fazendo esforços pa'ra se desenvolver. Sa­bemos dos efeitos danosos que a alta dos custos do petróleo repre­senta para a _nossa economia, mas não desconhecemos que sãoJustas as razoes desses paises em querer desenvolver-se. Paracomprar petróleo, saiba V. Ex.a, não basta ter dinheiro não bastater divisas. l1J preciso oferecer um pouco maís. 11: pre~iso que se

tenha um pouco de tecnologia para transferir a esses países. Ea PETROBRÁS tem sido um dos nossos grandes instrumentos,como também o é a nossa tecnologia das indústrias de hidroele­tricidade a nossa tecnologia nuclear. São, ainda grandes instru­mentos o fato de termos urânio, material energético do futuro.O minério de ferro. e o alumínio, metal da maior importância­para o futuro. Hoje, Sr. Deputado, conseguir comprar petróleonão é uma simples operação de compra e venda mas, sim, umaoperação que exige transferência de tecnologia, que exige pres­tação de serviços daqueles outros paises que querem desenvolver­se. Dessa forma, a BRASPETRO é o nosso instrumento. Quandoprecisamos aumentar ou garantir cotas e aqueles países preci­sam da cooperação da BRASPETRO, oferecemos a BRASPETROporque assim, garantimos o petróleo a preços mais baixo. SabeV. Ex." o que é comprar petróleo pela metade do preço spotmarket pela metade do preço do mercado de especulação? Poiscompramos um milhão de barris por dia, à média de 22 dólareso barril, quando, pelo menos 20% dos fornecimentos, estão a 40dólares. Quanto não vale isso ao Brasil. pelo serviço que prestaa BRASPETRO? De modo que a BRASPETRO, muito mais do queo desejo de comprar petróleo, presta um serviço de transferênciade tecnologia àqueles paises em de.senvolvimento. :É o na.sso ins­trumento de poder manter o P&ís suprido de petróleo.

Quanto ao Governo de São Paulo, não gostaria de d,(úxarpassar a indagação. De fato, no Ministério das Minas e Energia,achamos que há pouca possibilidade de se encontrar petróleo emterra, no Estado de São Paulo.

O SR. JOAO CUNHA - Gostaria que isso ficasse registrado.

O SR. MINISTRO CESAR CALS - Achamos inclusive - e eudisse, certa ocasião - um contrato de alto risco'. Mas o Governa­dor de São Paulo deseja ajudar o Brasil, dando um exemplode afinidade, procurando engajar-se na crise energética. Achamosque em São Paulo há muito mais possibilidade na plataformacontinental, na bacia de Santos. Sabemos também que se houverpossibilidade de encontrarmos petróleo em São paulo' estará hámais de 6.000 metros. Realmente, será uma empreitada difícil.Para atingirmos 6.000 metros, há lençois de 500 metros de basal­to~ Mas o Governador de São Paulo se ofereceu para nos ajudar.Nao poderr:os desestimular uma iniciativa como esta, de aiguémq~e que~ aJudar o Bra.sil. Nós, do Ministério das Minas e Energia,nao tenamos pestanejado em empreender ali o nosso m&ior es­forço.

O SR. JOAO CUNHA -. Sr. Presidente. nobre Ministro, hojedescubro que o Sr. Paulo SalIm Maluf tem um outro qualificativo:patriota. Nessa seqüência, gost~ria de pedir a V. Ex.a que respon­~esse. ao p~oblema da exportaçao ~e derivados de petróleo a preçoslD.fenores aqueles que foram ou sao oferecidos ao povo brasileiro.DIZ V. Ex." que compramos petróleo no mercado internacional pela~etade do prEiço do barril-unidade. Então, não se explica - e aív~i logo uma. questão a V. Ex." senão pelo engodo, pela mistifíca­çao, a neceSSIdade o Governo doe aumentar cinco vezes ao ano opreço dos derivados de petróleo. Não se justifica a imposicão dessetipo dt; sacriFício ao povo brasileiro, dado que a PETROBRAs, pelassuas SImpatIas no plano internacional, compra petróleo pela me-tade do preço que pagam os países todos do mundo. E a .PETROB~ÁS. como maior importadora de petróleo a nível de em­presa estatal do mundo, não pode, não deve ou não deveria colocarsobre os ombros do povo brasileiro o ônus de pagar preços aviltan­tes pa~a a eco~omia nacional. E vem a questão, muito bem postapelo VIce-PreSIdente da PETROBRÁS, Engenheiro Paulo Belotti:Por que a exportação de 528 milhões de litros de gasolina teriasido feita no período de janeiro a setembro de 78, somente peloPorto de San~os, ao preço de Cr$ 1,68. quando, na verdade, o cus­to da produçao na refinaria cifrava-se em Cr$ 391 sendo certoque ainda fiCa;ffi_por co~ta do Brasil o frete, o s~gu~o e o paga­ment~ é!e <lonussoes? A; t~tu~o de c~mparação apenas, quero aduzir,8,1'..Mimstro. que, em Identlco penado, em 78, o consumidOr bra­sl1eIro despendeu, em média Cr$ 8,00 para adquirir um litro da­quele combustivel. Contratos no valor total de 49 milhões de dóla­res. teriam s~d? assinados com a Colômbia, Peru, Nigéria, Congo eZ.alr~. O preJUlzo total para o País estaria orçado em cerca de umbl1hã~ de cruzeiros, pelos cálculos que fizemos. A pergunta é essa,Sr. Ministro. Por que foi feita a exportação de derivados de pe­tróleo; gasolina e óleo combustível a preços inferiores aqueles queo naclOnal pagou e paga?

O SR. MINISTRO CESAR CALS - Desejo, Sr..Presidente e Srs.D.eputados, em primeiro lugar, dizer a V. Ex."" que, realmente,mnguém no Govemo - nem o Presidente João Figueiredo, nem,) seu Ministério, nem o Ministro das Minas e Energia. nem a?ETROBRAS - fica feliz quando tem de aumentar o preco dosderivados de petróleo. .

O SR. JoAO CUNHA - Mas aumentam.O SR. MINISTRO CESAR CALS ~ Aumenta-se, mas V. Ex.... ia­

be que é necessário, porque saímos de um preço de 13 para 22 dó-

Desembro de 19"19 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (St!çáo I) Quinta-feira 6 .14865

lares, em média, e esses recursos têm que ser gerados aqui noBrasil. Não &eria licito fazer empréstimos internacionais parapagar produtos que utilizamos no consumo interno. Quando au­mentamos o preço àos derivados de petróleo é porque não há outrasolução para gerar recursos, senão através daqueles que os utilizam.·Mas. indo diretamente à pergunta de V. Ex.a, gostaria qu·e anotasseos seguintes números: em 1975, nosso consumo de gasolina foide 14 milhões e 600 mil metros cúbicos por ano; nosso consumo-de óléo diesel foi de 12 milhões de metros cúbicos por ano; nossotlonsumo de óleo combustivel foi de 14 milhões e 800 mil metroscúbicos por ano. Com as medidas de conservação de energia, noano de 1978, o consumo da gasolina cresceu de 14 milhões e 600mil para 15 milhões e 200 mil metros cúbicos; o de óleo diesel, de12 milhôes de metros cúbicos para 16 milhões de metros cúbicos

. e o de óleo combustivel, de 14 milhões e 800 mil para 18 milhõese 600 mil metros cúbicos. V. Ex.a pode verificar que houve umaestabilização no consumo de gasolina, enquanto o de óleo diesel eo de óleo combustível cresceu desmedidamente. 1l: ób.vio que o óleodiesel e o óleo combustivel são insumos da indústria, porque o óleo-diesel é que transporta, através dos caminhóes, nossas safras agri­colas e nossos produtos manufaturados e o óleo combustivel é dire­tamente ligado Íl, indústria. Para gu~ não houvesse racionamentodesses dois derivados de petróleo e desemprego, o Governo conti­nuou importando petróleo, não em relação à gasolina, que, ante- _rlormente comandava o proçesso, e, .sim,- para que não faltaSsemóleo combustível e óleo diesel. Sobrava gasolina, e a PETROBRASvendia eSSa gasolina a preço de mercado internacional. O preçoda gasolina vendida era de 1,7 barril de petróleo, ou &eja, comum barril de gasolina vendido compra-se quase dois barris depetróleo, Então, âiuda era negócio para o Brasil vender refinados.O que não pode é V. Ex.a, e V. Ex.a o fez, mas sabe que não pode~ comparar o preço de postos revendedores de derivados de pe­tróleo, onde se vende a gasolina a varejo de litro em litro, com opreço de um navio de gasolina, porque há diferença do preÇO devenda em varejo para o de venda por atacado e a venda foi feitaao mercàdo internacional. Posso dizer a V. Ex.a que a ;PETROBRASnão teve prejuízo. Havia excedente de gasolina porque havia me­nor eonsumo de gasolina do que o de óleo diesel e de óleo com­bustivel. Não havia como fll$er estocagem, aqui, da gasolina, por­que os custos se tornariam muito onerosos para o Brasil cons­truir tanques de armazenagem, Então. a medida mais correta eraa de vender ao mercado internacional, o que foi feito com lucro.

o aR. JOAO CUNHA - Sr. Presidente, pelo visto da exposi­ção do Ministro, que vamos aprofundar na CPI; o povo brasileiropagou o que não devia, porque vendia a metro, no navio ou nabomba, o fato é que o preço foi aviltante para a economia de cadacidadão brasileiro que se vale do combustível derivado do petróleo,a gasolina. O fato é que 'os aumentos de preços foram em número,muitó maior do que aquele que a própria OPEP determina, umavez por ano quanto ao próprio. Hf!. o fato de que pagamos a. meta- _de do preço de um barril de petroleo, anunciado pelo Sr. Ministro,e há o fato de o povo brasileiro efetivamente estã arcando coma miséria, as suas condições de vida, evidentemente qu.e falo acoisa em nivel da mesa de cada um para a gestão de lucros fabu­losos. E uma das perguntas que endereço a V. Ex." é a de quantofoi o lucro com a exportação e de quanto fOi o lucro eom a vendainterna, do petróleo. nos ano de 75 e 78. E mais, Sr. Ministro, nãoquero trazer aqui o problema, que foi levantado, do anunciadocomprometimento em que não quero acmditar - se V. Ex." comgrupos internacionais, face aos problemas das jazidas de Carajáse outras; não quero colocar, aqui, em causa os problemas-levanta­dos pela imprensa nos dias de hoje, como nos dias de hoje, le­vanta. Quero levantar, objetivamente, o seguinte: por que o Mi~is­

térlo das Minas: e Energia, lia invés de implantar o racionamento,se é que é sugestivo na anunciada crise energética brasileira, pre­feriu a racionalização, com o aumento constante de preço político,com o qual pretendia; segundo informações postas a nível de co­nhecimento público, determinar a redução do consumo da gasolinaf' outros derivados nesse setor do petróleo? A pergunta a V. Ex."é sobre em quanto teria diminuido o consuqlO de gasolina emfavor dos interesses da economia nacional nestes últimos doisanos, com a política de aumentos constantes do preço 'do produto.Em terceiro lugar, Sr. Ministro, gostariamos de ouvir uma afirma­ção sua com relação a quanto de petróleo consome o Pólo Petro­quimico de Camaçari, que é outra obra do Sr. Ernesto Geisel nasua administração. de uma década, na PETROBRAS. GOstaria queV. Ex." pudesse evidenciar à Casa essas rápidas questões que su­gerimos, que não são de profundidade suficiente para a elucidaçãototal da opinião pública brasileira, que representamos.

Sr. Presidente, encerrando nossa participação 'neste debate,gostaríamos de agradecer ao Sr. Ministro a sua presença aqui edizer que não nos conformamos com as. respostas dadas às questõesformuladas e que pretendemos aprofundá-las. Fíca "adiantado oconvite a S. Ex." para que compareÇa a CPI da PETROBRAS,neste ou no próximo ano, de tal sorte que possamos aprofundaresses fatos, na esperança de que até lá, V. Ei." esteja no exercício,do Ministério.

O SR. MINISTRO CESAR CALS - Sr. Presidente, 81'S. Depu­tados e Sr. Deputado João Cunha, também lamento que não pos­sa, aqui debatér com V. Ex.a as calúnias que vêm sendo objeto dedeterminado setor da imprensa do Rio de Janeiro, Desafio a quemquer que seja, à vista de dooumentos, se algum ato tenha sidopraticado no Ministério das M;inas e Energia fora da ética. damoral e da lei. Podem vasculhár minha vida inteira e não acharãonada. (Palmas.) V. Ex." pode ficar certo de que terei o maiorprazer em comparecer à CPI da PETROBRÃS, para esclarecer ospontos em que não puder ter convencido V. Ex.a O nobre Deputadotalvez não esteja bem informado quanto à OPEP, ao afirmar queo preço do petróleo aumenta apenas uma vez por ano., V. Ex.a sabeque, no início do segundo semestre, a OPEP se reuniu e modifi­cou completamente os .seus critérios, passando a não ter mais umpreço teto, mas um preço minimo. A OPEP decidiu naquele mo­mento que à vontade soberana de cada pais exportador poderia seradotada uma sobretaxa para o barlil de petróleo. V. Ex.a sabe quea OPEP, naquela reunião do início do segundo semestre. determi­nou que haveria um controle de estoque, para que, jamais, a pro­dução do petróleo superasse a demanda, mantendo os preços cons­tantemente sob pressão. V. Ex.a sabe que com aquela resoluçãoa OPEP decídiu fazer revisões no preço do petróleo, em cada tri­mestre. Então, cada trimestre não significa um preço por ano.De modo que V. Ex.a realmente não tem razão quando diz que aPETROBRAS aumenta o preço ...

O SR. JOAO CUNHA - Quanto a este ano.O SR. MINISTRO CESAR CALS - ... independentemente

dos reajustes da OPEP, Ao verdade é - como Jiisse - que se faz umesforço muito grande neste Pais. para podermos comprar o petró­leo a preço de mercado de contrato. Sabe V. Ex.a que o preço dopetróleo no mercado livre, que era de 1% no início da crise, eque no começo do ano chegou a 5%, atingiu, agora, 20% do totaldas compras mundiais. E o Brasil compra 100% até aqui, graças aDeus, no mercado de contrato. Este é um esforço que fazem a Mi­nistério das Minas e Energia e a PETROBRÁS,

Mas posso dizer a V. Ex.a que na estrutura de preÇos dos deri­vados de petróleo, e talvez Isso V. Ex." não saiba ...

O SR. JOAo CUNHA - Não sei muitas coisas.O SR. MINISTRO CESAR CALS - Eu sei, por Isso estou es­

clerecendo ...

Na estrutura de preços dos derivados de petróleo tambémhá recursos destinados para ali fontes alternativas nacionals. Érealmente o consumidor de gasolina que paga o Programa doA1cool, o Programa do Carvão Mineral, o Programa da Irrigação,da Substituição dos. Motores Diesel por linha de transmissão hi­drelétrica. Estamos, assim, tirando do consumidor de gasolina,recursos para financiar as 1'bntes nacionais de energia, li; umapolítica admirável, em todos os países do mundo. porque é a po­lítica pela qual o Pais procura uma solução nacional. Mas possodizer .a V. Ex.R que praticamente o consumo de gasolina tem­se mantIdo estável; em termos de aumento, tem-se mantido da or­dem de 1% a menos, graças a essa conjugação de política de pre­ços e contenção do consumo.

V. Ex.a disse que só se fez racionalização. Na verdade, nãofizemos só racionalização. Quando se fecharam os postos aos sá­bados e domingos, fizemos mais do que racionalização, fizemosracionamento, sim. É uma outra forma. Ninguém aqui está pro­curando fugir ao que se fez. Quanto se fecharam os postos aossábados. para os consumidores de gasolina, foi porque tinihamosaumentado a produção de óleo diesel em 40 mil barris por dia,com a mistura da nafta pesada no óleo diesel, e a redução dagasolina em igual quantidade. Então, haveria necessidade de se.fecharem os postos.

Quanto à última pergunta, não teria condições de informar aV. Ex." quanto se gasta de petróleo no Pólo Petroquímico de Ca­maçari ...

O SR. JOAo CUNHA - Eu imagino, realmente.O SR, MINISTRO CESAR CALS - ... mas nós prepararemos

a resposta, para encaminhá-la a V. Ex.a

O SR. JOAO CUNHA - Eu aguardo.O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcilio) - Com a palavra o

nobre Deputado Brabo de Carvalho.

O SR. BRABO DE CARVALHO (ARENA - PA. Sem revisão de>orador.) - Sr. Presidente, 81'S. Deputados, Sr. :Ministro Cesar

laIs' o Ministério de V. Ex.a é da maior importância para a Ama­

ônla, e essa conclusão se tira facilmente: basta diZier que trêsos Interpelantell são representantes da Amazônia. Infelizmen­e, a Amazônia tem sido objeto de muitas promoções, mas naealidade ela tem sido mais vítima da exploração. Muito se can­a e decanta a Amazônia, mas pouco se tem realizado para a Ama­ônia. Daí a nossa preocupação relacionada ao problema Tucuruí.

14866 Quinta-feira 6 mARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) DelEembro de 19'7&

porque Tucurui é uma das esperanças da Amazônia. principalmen­te do meu Estado. o Pará. E a nossa preocupação aumentou preci­samente quando o Presidente da ELETRONORTE Coronel GarciaLhano. em entrevista à imprensa paraense. manifestou a sua preo­cupáção com relação ao cumprimento do cronograma estabelecidopara a obra de Tucuruí, em virtude dos possiveis cortes das verbasdestinadas àquela obra. Como. lamentavelmente, as informaçõesque V. Ex." prest<Ju ao nosso requerimento só foram recebidas às 14horas, não pqdemos fazer um comentário mais profundo do mesmo.Mas, numa análise simples e rápida, elas nos parecem muito va­gas. Elas não trazem, vamos 'dizer, as respostas positivas e in­cisivas que assunto de tanta importância merece.

Daí por que, permita-me, Sr. ,Ministro, repetir a pergunta. aindagação que é a preocupação de todos nós da Amazônia, Aconstrução da hidrelétrica de Tucurui, como V. Ex." bem sabe,é a esperança dos paraenses, como de todos da Amazônia. No en­tanto. essa preocupação a cada dia, a cada momento se faz sentirpela dúvida no cumprimento do cronograma. A produção estimada.de 8 milhões de KW, deveria ter, em 1983. um funcionamento deaproximadamente 4 milhões. No entanto, existem dúvidas quandoa isso. porque até hoje não há uma certeza da verba, como ocorrecom Itaipu, cujo funcionamento ocorrerá, não deverá ocorrer, ocor­rerá. - em 1982.

Dai a nossa pergunta, Sr. Ministro: efetivamente. o problemarelacionado às verbas para a construção de Tucurui estão defini­tivas? E qual o montante desta verba decidida para 1980? Seria aprimeira pergunta que encaminharia a V. Ex."

A segunda: com a Barragem de Tucurui haverá uma grandeárea submersa. e o Governo tem sua preocupação voltada para oaproveitamento da madeira daquela área. Infelizmente, a imprensanos dá, diariamente, noticia da falta de entrosamento entre os ór­gãos da administração federal, prinicipalmente a ELETRONORTEe o e o IBDF, cada qual procurando dar soluções diferentes.O edital do IBDF exige. das empresas que se queiram habilitar à·exploração da madeira, capital de 50 milhões de cruzeiros. EstãV. Ex." naturalmente informado de que na área existem aproxima­damente trinta pequenas serrarias cujo capital não vai além de 4milhões de cruzeiros. Perguntamos a V. Ex." se já está definj.ti­vamente acertada a politica da exploração da madeira da áreasubmersa de Tucurui. Há alguma possibilidade dessas pequenasempresas, que há mais de cinco anos estão ali situadas, não seremmarginalizadas, ou terem possibilidade de também participar des­ta exploração?

A terceira pergunta que faremos a V. Ex.'" é qual a soluçãojá dada para o problema social da população daquela área a serinundad.a? A mesma inquietação existente para Itaparica, emPernambuco, exposta aqui pelo Deputado Fernando Coelho, existeem reiacão a Tucuruí. Perguntamos ao Sr. Ministro se o pro­blema BOcial daquela população já está devidamente soluciona­do; se o Ministério tem um órgão, ou se a ELETRONORTE tem umórgão específico talhado para dar uma solução adequada justa ehumana para aquele povo que ali vive há tanto.s e tantos anos eque vai ser despojado de suas propriedades?

Quarta pergunta. Sr. ~nistro: com a energia de Tucurui,teremos a implantação do complexo de bauxita - a ALUNORTEe a ALBRAS - em Vila do COnde. Município de Barcarena,

Estado do Pará. Estas obras já foram iniciadas. O volume de ma­terial existente nos canteiros das obras é bem significativo. OGoverno. preocupado com o problema da estrutura daquela área,criou a CODEBAR - Companhia de Desenvolvimento de Barcarena- com o objetivo de administração e execução das obras de infra­estrutura e saneamento. No entanto, Sr. Ministro, apesar de asobras já estarem iniciadas, tanto da ALBRAS como da ALUNORTE,a CODEBAR até hoje não foi instalada. o que representa que nãoestá em funcionamento. naturalmente acarretando problemas, co­mo ocorreu e está ocorrendo em Tucurui. Peguntamos: por quenão se instala em definitivo a CO:DEBAR' para que ela execute ainfra-estrutura tão necessária e importante para a região deBarcarena, para dar o '!lpdiamento e o suporte necessário àALUNüRTE e à ALBRAS?

Quinta pergunta, Sr. Ministro: o Governador Alacid Nunesapresentou ao Presidente João Baptista Figueiredo, como reivin­dicação do povo paraense, a constrUção de uma indústria meta­lúrgica em Marabá, objetivando o ferro e o manganês daquelaregião. Existe algum estudo a respeito deste assunto. principal­mente sabendo que poderia ser aproveitado o carvão da madeirada área a ser inundada de Tucuruí?

Finalmente: a respeito de Tucuruí, Sr. Ministro, pergunta­mos por que até esta data, as empresas, as .diretorias daELETRONORTE, da ALBRAS da ALUNORTE, da Mineração RioNorte e Amazônia Mineração têm suas sedes no Rio de Janeiro,com exceção da ELETRONORTE, que tem aqui em Brasília? Porque essas empresas não têm suas sede lá na Amazônia, em Belémdo Pará ou na região mais propicia às mesmas?

Por último, Sr. Ministro, fugindo do meu requerimento. masdentro do assunto que V. Ex." trata nesta Casa, perguntamos: comrelação à política do álcool. haverá liberação das minidestilariaspara 5 mil litros diários para o aproveitamento do álcool combus­tível da cana-de-açúcar, sem entraves burocráticos?

São as perguntas que faço a V. Ex.... já que o tempo ê curtoe outros oradores precisam interpelá-lo.

ü SR. PRESIDENTE (Flávio Marcilio) - Com a palavra o Sr.Ministro.

O SR. MINISTRO DAS MINAS E ENERGIA - Sr. Presidente.Srs. Deputados, naturalmente. devo, inicialmente. informar quecomo o Deputado Brabo de Carvalho sou um profundo admiradorda Amazônia. Entendo. inclusive, que chegou a vez da Amazônia;chegou a vez da desconcentração industrial através da Amazônia;chegou a vez de se ocupar a Amazônia com uma população pro­dutiva, com uma população economicamente ativa. E não ocupá-lapor ocupar. Fui criticado acerbamente pelos jornais do Sul quando,através de Portaria, estabeleci tarifas privilegiadas para as in­dústrias, altamente consumidoras de energia, que fossem loca­lizar-se na área de influência da usina de Tucuruí. Editoriaís emais editoriais não se cansaram de criticiar o Ministro Cesar Cals,porque procllrou levar indústrias para a Amazônia, evitando otransporte de energia através de cabos de linhas de transmissão;evitando levar energia da Amazônia para o Sudeste para im­plantação de indústrias de alto consumo de energia, num Paisque é dependente de metais não ferrosos. Tal é o meu interesseem realizar os projetos na Amazônia.

Mas, voltando às perguntas de V. Ex.", quando o Presidenteda ELETRONORTE, na ocasião em que se formulava um novoplanejamento setorial, disse em suas conferências que tenha ha­vido um dMlocamento de verbas, ele disse a verdade. A Verdade éque um Pais que compra 1 milhão de barris de petróleo POl." diatem uma dificuldade imensa para mante,r o equilIbrio de divisas,na sua balança comercial; é um País que não pode antecipar 1cruzeiro ou 1 dólar. As obras são feitas nem sempre porque sã<>as mais econômicas, mas porque os investimentos são menores,com menor especificação e temos de fazê-las entrar na ocasião pró­pria, porque nã<> temos recursos para anteciJ}ação de obras. E averdade é que o Ministério das Minas e Energia procurou olharo Norte e o Nordeste como uma única região elétrica, de maneiraque foi dada prioridade número um. em regime de operação deguerra. à construção da linha de transmissão que liga Sobradinho,Boa Esperança. Presidente Dutra, Imperatriz, Tucuruí e Belém,objetivando, Sr. Deputado. fazer parar as termoelétricas de Im­peratriz e Belém. ~ uma decisão do Ministro das Minas e Elnergia.que está acompanhando de perto a construção desta linha, porqueentende que ela não só vai beneficiar as cidades de Imperatriz eBelém. como vai antecipar e possibil1taa:-, CODl a enel'gía elétrica, ail'ldtlStrialização daquela região. Embora .eom muI,ta dificuldade,principalmente, na transposição das reservas indígenas, as linhasestão sendo construidas em ritmo de operação de guerra, repito,para fazer com que a energia elêtrica chegue, em 1981, naquelaregIão. Chegadá a energia elétrica é lógico que não haveria ne­cessidade da usina hidrelétrica de Tucurui continuar no mesmoritmo. porque a energia elétrica já estaria. transferida. de Sobra­dinho. Por isso adiou-se a usina hid!'el'éltrica de Tucuruí para oano de 1983. Esse deslocamento de ano de operação foI por nã<>necessitar daquele ritmo de obras. Mas não que se intencionasseparalisá-las. De maneira que V. Ex." pode ficar tranqüilo, que a'obra cte Tucuruii está sendo colocada nos prazos.

Quanto à verba de 1000, temos em mãos o programa minimooferecido ao Ministro do Planejamento. São obras que não podemsofrer cortes. Nesse programa mínimo à usina hidreLétrica de Tu­curui está destinada uma verba de 14.861.000,00 de cruzeiros. apreços de junho de 197,9.

Além disso, foram alocados ao programa de mobilização ener­gética, recursos para antecipação das obras de Tucuruí, a fim depropkiar a construção de eclusas.

Quanto ao IBDF, a verdade é que não há nenhum dMentendi­mento entre esse órgão e a EIETRONOR'I'E. Foi celebrado umconvênio em agosto de 1979, comprometendo-se a ELErRONORTEa promover o desmatamento de 10 mil ha e o IB'DF o restante dos206 mil ha. Nas áreas de desmatamento a seleção da madeira, oslocais de depósito e a comercialização serão de acordo com asnormas Mtabelecidas pelo IBDF. A rigor, não posso dar mais in­formações sobre o mo'F, pois o que conheço são as relações entreesse Instituto e a ELETRONORTtE. ~ que o IBDF é autarquia vin­culada ao Ministério da Agricultura, não tendo informações sobreos capitais exigidos e sobre a existência de empresas, naquela re­gião, 'que tenham esse 'capital.

Quanto ao problema social, desejo dizer a V. Ex." que aElLETRONORTE vai inundar uma área de aproximadamente 2.160quilômetros quadrados, na qual figuram as Joealidades seguintes:Altamira, Breu Branco, Ipixuna, Repartimento, Jacundá, Jacln­dazinho. Jatobal, Tucuruí, Remanso, Remansão de Centro, santa

De'llembro de 1919 DlARIO no CONGRESS NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 6 14867

5,021,273,8

1,2oiO,858,0

PatrimônioLÍgllÍdo

%

Capital

EstatalPrivada NacionalMultinacional

LucroVendas Líquido

'% %I.METAIS FERROSOS (Fe, Mn)

Estatal 72,1 65,2 78,5Privado Nacional 1,0 0,7 0,5Multinacional 20,9 34,1 21,0

11. METAIS NAO FERROSOS (AI, Cu, Pb, zn, etc)Estatal 0,9 0,7Privada Nacional 38,1, 23,7Multinacional 61,0 75,6

IIr. NAO METAIS (fosfato, clmento, hrita, etc.)3,oi 9,4

11,7, 13,584,9 77,1

Ponte: CNPq (1978) - Desempenho do setor miner..1 race "'OS pla.nos de paU.l:Jca. e tecnologl.. proPOSto no período 197411978. Inédito.(') E>:C<ltO petróleo e gás que oão lnonópollOjO estatais.

Verifica-se desta forma que o Estado com 80% da produçãobruta na realidade só controla o petróleo e o ferro, e nos setorescontrolados por multinaclonais somos tradicionais importadoresde bens minerais, seja de bens prlmártos (AI, Pb, Sn. fertilizan­tes, ~tc.) ou de produtos manufaturados (AI, Cu, Sn, Zn, Ni, Ag,P~~.) ,

, A busca. de uma maior eficiência no setor peca pela base 'dian­te da grande quantidade de jazidas descobertas pelas estatais demineração nos últimos anos, como já foi visto na avaliação, docomportamento das ,estatals de m1neração.

1f; possível portanto que tenha base a dec'iaração da APGAM:

"A nosso ver a Docegeo está caindo em desgraça ,jus­tamente por sua: eficiência em cumprir os objetivos paraos quais foi criada ( ... ) A Vale do Rio Doce, através dasd,escobertas de sua subsidiária, ameaça se tornar real··

. Ex." um ingênuo. Mas permita-me, nesta oportunidade, que eo­uque em dúvida as alegações quanto aos reais objetivos dos bene­leias que poderiam advir da privatização do setor mineral brasi­

leiro. V. Ex." fez a leitura de alguns d'8iios, e eu me permito fazercontestá-los. Os dados apresentados pela Associação dos Geólogosde Pernambuco e pela Associação dos Geólogos da Amazônia con­traáizem as alegações de V. Ex." quanto 'ao alcance dos reais obje­tivos de se desenvolver o setor mineral através de sua privatiza­ção. Na sua gestão, V. Ex." já concretizou o fechamento da RioDoce Engenharia. de Projetos -. RDEP - subsidiária da CVRDe responsável pelo 'assessoramento da empresa nos grandes proje­tos e pelo desenvolvimento <le uma tecnologia própria, indispen­sável ao país.

2.0) Concretizou o fechamento de dois distritos da DOCEGEO:o de Minas Gerais e o de São Paulo.

3.0 ) Iniciou a demissão dos geólogos da DOCEGEO, anunciandoque dos 89 geólogos da empresa, 45 seriam demitidos até o finaldo ano. de 1979.

4. Cortou o aval da CVRD para vários empréstimos nacio­nais e internacionais, indIspensáveis a sua politicà de expan­são.

5.0) Reduziu. o orçamento de praticamente todas as empre­saseslíatais.

6.0) Anunciou o propósito· de colocar em concorrência públi­ca, as jazidas já descobertas pelas empresas estatais de minera­ção.

Convém analisar cada item.O Conceito de que há uma excessiva participação das em­

presas estatais de mineração no setor advém de uma informaçãodivulgada por alguns setores do BNDE, de que 80% do fatura­mento líquido da mineração no país pertence as empresas esta­tais, contra 15% das multinacionais e apenas 5% da Empresa Pri­vada Nacional:

Este valor de 80% por si só é discutível, mas admitindo-se queseja verdadeiro ele resulta principalmente da estrutura do setormineral nacional onde o valor da produção de minério de ferroe de produtos energéticos (petróleo e pás, principalmente) re­sentaram em 1976 e 1977, 68% e 53% de toda a produção mineralbrasilei:ra, e são esses os dois únicos setores efetivamente domi­nados pelas empresas estatais de mineração. Nos outros setores a;,articipação das estatals é marginal, como mostra a tabela se­guinte:

TABELA 11

CONTROLE DOS CAPITAIS NO SETOR MINERALBRASILEIRO (*)

Teresa e Tauari. Além dessas aglomer.ações urbanas serão tambéminundadas propriedades rurais, onde vivem 7 mil pessoas. Então,pode-se ver que o problema de Tucuruí não ê tão grave quanto ode Itaparica, ,ou quanto foi o de Boa Esperança, porque em todoo reservatório, fora os núcleos habitacionais, só existem 7 milpessoas, uma área fracamente povoada. Mas posso dizer que apolítica adotada pela ELETRONORTE consiste não somente na'indenização das pessoas atingidas pela lnudação da área do re­servatório, mas, também, em transferi-las para locais preparadosantecipadamente, onde possam dispor de condições de ,;ida. semdúvida mais favorável do que as que desfrutam hoje. l1: um pro­cesso continuo, no decorrer do qual são tomadas, decisões commelhor conhec1mento da sua projeção no futuro. AllSim, não sepode fazer planejamento prévio. A medida que se vai fazendo arelocação das populações, vai-se ajustando o planejamento. Evi­dentemente, tal política engloba o necessário e insubstituivel com­prometimento de outros órgãos. 1f; importante dizer isso. Não é sóa ELETRONORTE, mas outros õr.gâos se,rão envolvidos, como oINCRA, a 'FUNAI, o DNIER, o ITERPA, o DERPA, a 8lJiDAM e aP>ETROBRAS. Sem dúvida, este trabalho precisa de uma cooroe­nação,muito grande, porque nem sempre as decisões ficam só acargo da ELETRONORTE. V. Ex." pode ficar tranqüilo, porque aELETRONORTE e todas as empresas do Ministério estão cuidandoprofundamente do problema ·social da á,rea que será inundadapela represa. Tenho experiência no lliSsunto, porque, <\urante 7anos, comándei, no local, a construção da Barragem de Boa Es­perança.

Quanto à bauxita, estamos certos de que o Brasil vai tergrande desenvolvimento no setor de alumínio, e este metal serámuito importante na próxima década. A necessidade de reduçãodo peso dos veícUlos, possibilitará à índústria automobilística usar,a máximo que possível, o aluminio, visando a economia de com­bustivel. O Brasíl tem a felicidade <\e possuir a terceíra reserva debauxita do mundo. Recebemos mtlitas propostas de empresas na­cionais e de internacionais dispostas a se instalarem naquela'área, para a produção da alumina, a partir da bauxita, e reduçãopara o aluminlo.

Quanto à CODEPAR, lamento dizer a V. Ex.a. que, sendouma empresa do Ministério do Interior, neste momento não tenhocondições de oferecer os dados que solicita.

Quanto à indústria. metalúrgica de Marabá, já dissemos aquique determinamos à CPRM que fizesse prospecções a fim de me­dir as reservas de carvão do rio Fresco, para que pudéssemos, apartir desse carvão, estudar a implantação de uma siderurgia. Éóbvio que o Ministério das Minas e Energia dará prioridade paratransportar não só o minério de fi~rro, mas, todos os produtossemi-acabados de aço. Mas isso depende das prospecções que estãosendo reaÚzadas.

Em relação às sedes da ALBRAS, da ALUNORTE, Mineraçãol1Jo Norte, também achamos como V. Ex..., que elas se devemdeslocar para a área. Já mandamos, inclusive, estudar o assunto.Ainda se justifica que elas estejam no Rio de Janeiro, porqueestão em fase de projeto. Mas, iniciada a construção, nossa ori­entação· é no sentido de viabilizar o âeslocamento da MineraçãoRio Norte, Amazônia Mineração, ALBRAS, e ALUNORTE paraR. área.

Quanto à ELETRONORTE, é óbvío que vai depender muito docentro de gravidade das inúmeras obras que a empresa vai realizar.

Finalmente, V. Ex." me pede indicação sobre as mini-usinasde álcool. Somos também favoráveis à imploantação de mini-usinasde ái<:ool. O Ministério das Minas e Energia já apresentou pro­posta neste sentido, que será estudada pela Comissão Nacional de'Energia. Desejamos que a produção do álcool seja liberada paratodos que queiram participar, e estimulando a implantação demini-usinas em pequenas comunidades, ou para frotistas, ou paraunidades, das Forças Armadas, ou para Governos Estaduais. Aidéia do Ministério é no sentido de que o CNP só controle a qua­lidade, a quantidade e o preço do álcool para suprimento público,deixando livre a comercialização do álcool, estimular os investido­res da iniciativa privada a implantar destilarias. De minha parte,ofereço todo o 'apoio e estimulo para implantação, ao máximo, demini-usinas de álcool. Estamos preparando projetos de mini-usi­nas para serem distribuídos, afim de que cada qual possa tê-lo,sem precisar contratar empresa de consultoria. Esta a definiçãodo Ministério,

O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcillo) - Com a palavra oDeputado Jáder Barbalho.

O SR. JADER BARBALHO (MDB ~ PA. Sem revisão do ora­dor.) - Sr. Presidente, 81", Ministro Cesar Cals, ouvi' atentamen­te os esclarecimentos que V, Ex.a. apr.esentou com relação ao nossorequerimento relativo à privatização do setor mineral. Eu' jáhavia lido, com muito interesse, os esclarecimentos, por escrito,que me haviam sido enviados pelo ilustre Llder da Maioria, Depu­tado Nelson Marchezan. Sr. Ministro, não tenho o direito de du­vidar do patriotismo de V. Ex.", nem muito menos de considerar

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•mente uma potência independente dos cartéis interna­cionais de ferro. A CVRD com o potencial de reservas quepossui hoje, dos bens minerais mais carentes do. nossomercado interno. está-se preparando definitivamentepara impor as condições do jogo de suprimento desse mer­cado no Pais. Sendo a Vale uma empresa do Governoisso é muito importante para a Nação. Por outro ladoisto não é interessante às multinacionais, que vêem nomercado brasileiro um ótimo negócio."

Resta portanto o último argumento: a privatização. forçadapela falta de recursos financeiros. Realmente o Pais atravessahoje uma das mais sérias crises de sua história e conseqüente­mente os recursos são escassos. Entretanto esta crise não se abateapenas sobre o setor estatal, e conseqüentemente o setor privadonacional encontra-se extremamente enfraquecido. É óbvio por­tanto que a privatização do setor mineral, acarretará a sua des­nacionalização. Por outro lado, a maioria das jazidas descobertasencontram-se em regiões interiores desprovidas de infra-estruturaque deverá ser construída pelo Estado. É o que acontece atual­mente com as jazidas de bauxita da. Amazônia, que para suaexploração necessitou que o Governo construisse a hidrelétrica deTucurui. É o que acontecerá com o Complexo de Carajás queterá de ser do~ado. entre outros. de umà estrada de ferro' commais. de 900 km de extensão. Por outro lado, a criação dospólos metalúrgicos de Itaqui e Marabá, deverão ser principal­mente financiados com empréstimos e incentivos Governamentais,isto é, com recursos do própri{) Governo. A falta de recursos por­tanto, não parece ser efetivamente o principal motivo da priva­tização do setor.

Pode-se agora concluir:

1.0) Os três argumentos principais favoráveis a privatização(excessiva participação atual das empresas estatais no setor, buscade uma maior eficiência e falta de recursos financeiros) nãoresistem sequer a uma análise superfíéial, como a que foi feitaagora.

2~0) Se ocorrer a privatização do setor, haverá uma forte des­nacionalização principalmente no setor de não. ferrosos. onde si­tuam-se os principais minerais estratégicos (PB, Zn, Cu, Ni, AI,etc.). Convém citar que é justamente neste setor onde há umamaior atuação das empresas multinacionais, que detém hoje:100% da produção de Pb, Ni e amianto; 80""; da produção deouro; quase 70'7< da produção de alumínio; destacada participaçãona produção de Nb, W. Cr. fosfato, etc.

3.°) Com exceção dos mi11erais nucleares. do petróleo e dogás, é exatamente no setor dominado pelas multinacionais queocorrem grandes importações. não havendo praticamente exporta­ção de qualquer bem mineral. A única exceção consiste em pro­dutos siderúrgicos (aços, chapas de ferro, barras de ferro ou deaço, lâminas) já que o ferro encontra-se em poder do capitalnacional. Nesse sentido convém citar que as importações de metale manufaturados I de semiacabados e de acabados) estão em niti­do declínio. passando de 3,1 milhões de tOl1el~das em 1975 para1.1 milhões de toneladas em 1977.

Desculpe, Sr. Ministro. essa leitura muito rápida, mas o Re­gimento a ela nos obriga: Mas indagaríamos de V. Ex.a conside­rando esses dados, considerando que, em verdade, quem concQrrecom as empresas estatais é o setor multinacional, como consegueV. Ex.a justificar a tese que esposa. com os elementos quc apre­senta? Eu gostaria até de me congratular com V. Ex.a porque oroteiro de inativos ao setor mineral, aqui apresentado, em verdadefaria dele um setor desenvolvido, um setor privilegiado. Mas ficoumuito preocupado. Sr. Ministro, porque, em verdade, vamos desa­tivar o setor estatal e oferecer um sem-número de medidas quefavorecerão inevitavelmente às empl'Clias niultinacionais. Eu gos­taria de indagar a V. Ex.a o seguinte: na hora em que esses gru­pos se habilitarem a esses benefícios, como o Ministério de V. Ex.",como o Governo vai conseguir optar entre os interesses multi­nacionais e o interesse da minguada. quase inexistente iniciativaprivada nacional, como há pouco demonstramos em dados? V. Ex.a ,mesmo antes de assumir Q Ministério das Minas e Energia, defen­dia a tese de privatização das empresas pertencentes ao GovernoFederaL Como justifica, então, que a medida não venha resultarna desnacionalização de nossas empresas, em favor _do capitalestrangeiro, já que sabemos ser insignificante a participação da

. empresa nacional no setor mineral? Pode V. Ex." informar quaisas empresas estrangeiras que recentemente halam, em seu tra­balho de prospecção, encontrado jazidas de grande significação?Caso contrário, essas empresas apenas estariam esperando que oGoverno brasileiro o encontre as jazidas, para que sua explora­ção, para que venha elas participar com menor risco, como hitpouco V. Ex." se referiu ao caso da DOCEGEO. Quer dizer. 1/,DOCEGEO vai ficar apenas na pesqUisa, nrt prospecção, e, depoi.sque a empresa estatal encontrar as jazidas, nessa oportunidadea pseudo empresa nacional iria habilitar-se em todos esses incen­tivos e no aproveitamento das jazida.s

Com referência à privatízação. como 'Vê V. Ex.a a exploraçãoda jazida de cassitelita do Xingu. de cobre e niquel dos Carajáse de ouro da Serra das Andorinhas? Falou V. Ex.a que o setormineral não só depende de grandes recursos, como também a suamaturação ê a médio e a longo prazo. V. Ex.a não aceita que ainfra-estrutura será, toda ela montada com dinheiro público efavorecerá as empreass multinacionais?

No roteiro de incentivos, V. Ex." fala em se criar um fundosetorial para a mineração, como existe com o FISETE. Consídero.Sr. Ministro - e gostaria de ouvi-lo a respeito - que, isso con­cretizado, será mais um prejuizo para a Amazônia e 'para o Nor­deste. A Amazônia, o Nordeste, o FINAM e o FINOR vêm sendodescapitalizado pelo FISETE, sabe V. Ex." muito bem. Com essefundo setoriai para a mineração, a Amazônia e o Nordeste pade­ceriam mais uma vez.

Gostaria ainda que V. Ex.a me falasse sobre a situação funcio­nal do Departamento Nacional da Produção Mineral, porque, peloque temos notícias, esse Departamento vem sendo desativado. me­lhor dizendo, não está aparelhado para, de fato, ser o órgão coorde­nador e fiscalizador da política mineral no Brasil.

Lamento profundamente, Sr. Ministro, que inúmeras pergun­tas devam deixar de ser feitas nesta oportunidade a V. Ex.~, emface do Regimento Interno da Casa, que, mesmo neste momentoque se diz de abertura, é antidemocrático e não me permite fazermais algumas perguntas e considerações a V. Ex."

Antecipadamente. agradeço a V. Ex." as respostas que possaoferecer.

O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) - Não concordo emque o Regimento seja antídemocrático. Regimento favorece a todos,dando oportunidade para que todos usemos da palavra. E foivotado por nós. (Palmas.)

O SR. HORÁCIO ORTIZ (MDB - SP. Sem revisão do orador. I- Sr. Presidente, tendo em vista li rigidez do Regimento, apesarde 19 Deputados estarem inscritos, somente 5 poderão interpelarS. Ex.", o Sr. Ministro. De forma que consulto o Sr. Ministro seS Ex." poderia nos responder. posteriormente, às perguntas queos demais Deputados redigirão, permitindo um maior esclareci­mento desta Casa.

O SR. PRESIDENTE (Flávio Mareíliol - Os Deputados quedesejarem poderão encaminhar perguntas à Mesa, que as enviaráao Sr. Mmistro. ficando a critério de S. Ex." respondê-las ou não.

Com a palavra o Sr. Ministro.O SR. MINISTRO CESAR CALS - Sr. Presidente. Srs. Depu­

tados, inicialmente devo dizel' ao Deputado Horácio Ortiz que tereio maior empenho em responder a todas as indagações, no menorespaço de tempo. Mas, devo dizer ao Deputado Jader Barbalho queconcorda com S. Ex.a quando faz a análise do setor mineral doBrasil. De fato, são os energéticos que dão prioridade no baianço àsestatais, registrando-se grande participação de empresas interna­cionais. Mas. V. Ex.a Sr. Deputado, sabe que os projetos gigantescoscolocados no Brasil eliminaram a participação da empresa privadanacional. O que o Ministério das Minas e Energia procura. nestemomento, é fazer com que se amplie essa participação. Criamos umgrupo de trabalho para elaboração do 2.° Plano Mestre Decenal ­sobre recursos minerais no BrasiL Para integrarem esse grupo detrabalho convocanl0S todos os ex-Diretores do Departamento Na­cional da Produção Mineral. a Coordenação Nacional de Ecólogos,a Associação Nordestina de Engenheiros de Minas, o Instituto Bra­sileiro de Mineracão, além de empresários nacionais. V. Ex.a podeficar certo de que a política mineral do Ministério que agora va­mos definir, pretende uma ampla participação dos setores da ini­ciativa privada ou das associações profissíonais de geólogos ou en­genheiros de minas, da mesma forma como fizemos com o modeloenergético.

Procuraremos também discutir, em todos os foros possíveis, apolítica mineral que será adotada pelo Brasil. Mas saiba V. Ex.a

que nosso empenho é muito grande pela participação da iniciativaprivada nacional. A primeira providência que tomou o Ministrodas Minas e Energia foi a de delimitar a ação das estatais, V. Ex.aouviu aqui referências sobre a adoção de medidas do Ministro dasMinas e Energia no sentido de evitar que a PETROBRAS saísse doseu objetivo principal, delimitando aquela política de permanecernas áreas que já estava atuando e não procurando ampliar a áreade fertilizantes, o que significa também a redução da participaçãoestatal no setor mineral. Quando definimos que a Vaie do Rio Docese dedicaria somente à Alumina é porque sabíamos que ela nãocontava com recursos para tocar os projetos dos vários metais quea DOCEGEO acabava de descobrir. Nenhum resultado trará ao Paisficar a Vale do Rio Doce, a PETROBRAS, a PETROQUISA ou aPETROMIN de posse de jazidas, sem condições de explorá-las. Porisso o Ministério resolveu delimitar firmemente a ação das estatais,dizendo o que dos nitrogenados deveria a PETROBRÁS, fazer, ouseja, quais eram as jazidas de fosfato em que ela deveria colocarprojetos em execução, quais as jazidas de potássio em Sergipe, en-

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fim, definindo claramente a ação da PETROBRÁS. Foi importantenáo deixar que a PETROBRÁS saísse alargando o seu leque deatuação.

Trata-se de uma ação corajosa e difícil do Ministro. A atitudenatural da empresf\, estatal é tentar resolver todOll os problemasque vão aparecendo. Mas, temos plena consciência de que os recur­sos devem ser colocados no seu escopo principal. Assim aconteceucom a Vale do Rio Doce.

Sabe V. Ex.", que entende e procura estudar setor mineral,que a Vale do Rio Doce vem enfrentando dificuldades na sua polí­tica, nas suas contas de lucrOll e perdas e, enfim, na sua vida eco­nômico-financeira. Mas a Vale do Rio Doce, já nesta gestão, en­trará firmemenae na auto-sustentação, até sair daquela Bituaçãodificil em que se encontrava graças a uma política firme de nãoPermitir sua participação em nenhum projeto que não fosse essen­cial.

A Vale do Rio Doce, já no Governo do Presidente João Figuei­redo, em dois meses seguidos, bateu o recorde de exportação e detransporte de minério de ferro pela Vitória-Minas, estando, real­mente, sob controle. Ela procurará fazer com que aquelas jazidassob sua posse passem à utilização, à produção ou à exploração deoutros capitais da empresa privada.

!ll uma política muito firme de reduzir a ação da estatal. As­sim, o que ela {izer será bem feito.

No tocante à DOCEGEO posso dizer a V. Ex.", para ser maisclaro, que somente quatro geólogos dispensados deixaram de seraproveitados em outras empresas, da área do Ministério, porquepreferiram outros empregos na iniciativa privada,

A CPRM está colocando, em exploração e em operação, toda acapacidade de prospecção nacional pa,ra fazer a mediçáo de novasreservas de carvão, tendo, por isso mesmo contratado, preferencial­mente, os geólogos dispensados da DOCEGEO. Talvez V. Ex.a nãotivesse conhecimento dessas informações. A verdade é que - parafalar com toda a franqueza que me caracteriza - o Brasil, nestemomento, terá que encontrar projetos minerais exportadores, semequilibrarmos a balança comercial com preços da conta de pe­tróleo.

Sabe V. Ex.a que os próprios técnicos do Governo anotam quea conta do petróleo importado, na melhor hipótese, deve ser daordem de 10,5 bilhões de dólares.' Então, é óbvio que o Pais precisaexportar. Os programas mínero-industriais, visando a exportação,têm que ser feitos, e especialmente em associação com empresasnacionais e multinacionaIs. Não há outra solução, porque nós real­mente precisamos exportar. Mas creia V. Ex.a que haverá umimenso lugar para a empresa nacionaL Basta dizer que tfJdo oNordeste não foi ainda explorado na sua vocação mineral. Estamos,agora, cuidando de pequenos e médios projetos próprios para aempresa privada.

O Ministério das Minas e Energia, através do Conselho Supe­rior de Minas, na sua última reunião, aprovou a "moeda minério".A CPRM se associará na pesquisa à pequena e média empresa na­cionais. Se houv·er risco ou insucesso, a CPRM arcará com esse ris­co ou com os recursos oriundos do risco e do insucesso, Mas, sehouver sucesso, haverá a correção, pelo indice de preços minénos,expurgado o petróleo, que passa a gerar juros de 3 a 8%. O paga­mento será feito em minério. Assim, a CPRM se associa no ri.,;codo mercado do minério, no acerto ou na deficiência desse mercado.Com esse instrumento pode V. Ex.a verificar que estão retirados osobstáculos para a pequena e média empresa porque não haverárisco na pesquisa. A produção servirá de pagament oe de acordocom o produto da venda do minério.

No tocante à cassiterita, cobre e ouro, esse assunto estarásendo objeto dos 'estudos que estão sendo englobados no grandeprojeto Carajás. O que posso adiantar é que já temos a dimensãode uma grande província cuprifera em Carajás. Não se trata deuma ou duas, mas de várias oco,rrências de cobre que existem na­quela província metalúrgica. Nestas condições, sem dúvida, o Bra­sil, que precisa de cobre, dará prioridade à sua exploração. Quantoàquele banco de cassiterita, nós achil-mos que vem desde Rondôniaaté Carajás e toda aquela cassiterita precisa ser explorada. VamOllfazer, no próximo mês, uma reunião em 'Manaus para definir umapolítica para o estanho. Quanto ao ouro, não temos neste momentoindicações melhores sobre sua exploração em Andorinhas, o quenos leva a afirmar que, a curto prazo, não teremos nenhum pro­grama de exploração de ouro.

No tocante ao FISET Reflorestamento, sabe V. Ex.a que o Pre­sidente João Figueiredo determinou ao Nordeste no ano de 1980,30%; ao ano de 1981, 40%; 'e no ano de 1982 em diante 50%.Isto significa um amplo apoio aO Nordeste nos altos projetOll dereflorestamento. Como neste momento, no Brasil, nOllsas melhoresocorrências de minerais e de metais são no Norte ou no' Nordeste,estamos certos de que o FISET não deixará de fora essas regiões.

Quanto ao DNPM, achamos que ele, de fato, precisa de melhorestrutura. !ll necessário que se fortaleça o DNPM. Isto está em to-

das as nossas declarações e entendemOll que não adianta um Códigode Mineração mais exigente se não dispusermos de estrutura con­veniente e de recursos humanos capacitados para melhor cumpri­lo. De modo que nossa idéia é propor, através dos Ministérios daárea econômica e do DAf3iP. uma reformulação do DNPM, um típode autarquia especial, para que se possa, num regime de contratos,recrutar pessoal que lhe permita cumprir sua missão.

E gostaria ainda de informar a V. Ex." - e isto não faz parteda sua indagação - que o Ministério das Minas e Energia tambémconstituiu um grupo de trabalho para elaborar um anteprojeto deprograma ou de política de metais, pedras preciosas e semiprecio­sas. Achamos que este é outro setor que precisa da atenção especialdo Ministério das Minas e Energia para evitar a evasão desses mi­nériOll e metais.' Era o que podia acrescentar.

POLíTICA ENERGÉTICA BRASILEIRAL Introdução

Em, 17 de outubro de 1973, quando os grandeli produtores depetróleo resolveram, suspender embarques de petróleo, foi que o

.problema da energia passou para o prim,eiro plano das cogitaçõesda comunidade internacional, aí permanecendo até hoje.

Foram elaborados, desde então, muitos estudos que abordamo proble1Wl- energético sob o ponto de vista econômico, dandoênfase ao impacto dOli recentes àumentos do preço do petróleo nocomportamento de várias economias nacionais, na criação de in­centivos para o desenvolvimento de formas de energia alternativase na formulação de acordos financeiros internacionais, Existem,também, muitos estudos que abordam o problema da energia doponto de vista tecnológico, analisando os custos e os beneficiosde uma variedade de novas tecnologias que estão ou deveriamestar sendo desenvolvidas para produzir, refinar, transportar, dis­tribuir e conservar energia.

Contudo, será o processo político operando dentro das nações,e entre elas, que determinará, em grande parte, até onde a eficiên­cia econômilla e as possibilidades tecnológicas controlarão a evo­lução futura do panorama energético mundial, e também em quemedida outros fatores, como segurança nacíonal e prestígio, serãolevados em conta.

O prazo requerido é necessariamente elástico. Em análiseeconômica, taxas adequadas de desconto são usadas a fim dereduzir todas as oportunidades ao seu valor atual. Em termos detecnologia," o que está pronto para demonstração comercial é dis­tinto de possibilidades de desenvolvimento e dos esforços paraestabelecer a exeqüibilidade de um novo método. A demonstraçãopode exigir de três a cinco anos, enquanto o desenvolvimentotalvez requeira mais de dez.

Durante três décadas após a II Guerra Mundial, as economiasdas nações se tornaram cada vez mais interdependentes. A inter­dependência econômica· foi causa e efeito da rápida recuperaçãodas destruições da guerra e de um longo periodo de desejadocrescimento econômico. Mas, em contrapartida, gerou insegurança,já que as nações deixaram de controlar o destino de suas própriaseconomias. O petróleo desempenhou papel destacado tanto napromoção do crescimento econômíco como na criação da insegu­rança econômica.

A crise de 1973/1974 representou, até hoje, o mais traumáticodesafio à interdependência econômica após 1945. O principal re­sultado visível desta crise foi a explicitação da vulnerabilidade dospaíses substancialmente dependentes do petróleo estrangeiro,tanto no que diz respeito à continuidade de slllprimento do petró­leo quanto ao arbitrio dos preços fixados unilateralmente. Ainterdependência em, matéria de petróleo levou a maioria dospaíses a uma, profunda insegurança econômica. .

Em 25 de março próximo passado, a OPEP, além de autorizaro aumento dos preçOll do petróleo, tomou três deci.sóes do maiorsignificado:

1. 'determinou que os preços fixados pela OPEP deveriam serconsiderados como preçOll mínimos, e autorizou, à vontade sobe­rana de cada pais membro, o acréscimo de sobretaxas;

2. determinou o controle da oferta de petróleo, de maneiraa evitar uma oferta maior do que a. demanda;

3. Determinou o reajuste trimestral do preço fixado pelaOPEP. '

Como primeiro resultado dessas medidaS, o mercado livre depetróleo, que detinha 1% das vendas globais, atingiu 10% das,vendaS, e o preço do barril de petróleo alcançou, em junho último,a cifra de US$ 44,00.II. Situação Energética Brasileira

Atualmente, cerca de 45% da energía primáría utilizada noBrasil é oriunda do petróleo - cuja dependência externa é daordem de' 85% -, 23% dos combustíveís sólidos, 30% dos aprovei­tamentos hidráulicos, 0,6% do gás natural e 1,4% do álcool.

14870 Quinta-feira 6 mARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Dezembro de 19'79

De nosso consumo de energia primana, que é da ordem de800 milhões de BEP, nossa dependência externa é da ordem de40%, sendo que os setores mais afetados são os de transporte eindustrial.

Uma ênfase permanente ao uso eficiente e criterioso da ener­gia constitui um elemento-chave da nossa politica energéticanacional. Hoje, temos que aceitar o fato de que será difícil, se nãoimpossível, eliminar a nossa dependência do petróleo externo, poralgum tempo.

No momento, ocupa lugar de destaque em nossa agenda abUl>ca pela autonomia energética.

Para tanto, foram definidas três linhas mestras:

1. O aumento da oferta de petróleo interno, o que deverá serconseguido através de uma ampliação do programa de prospecçãoe desenvolvimento da produção por parte da PETROBRáS;

2. implantação de um programa de conservação de energiaem todos os níveis;

3. diversificaçâo das fontes energética,'l internas, incenti­vando, sem,pre que possivel, a utilização dos recursos regionais,tais como a energia hidraulica, energia nuclear, o carvão nacional,o xisto pirobetuminoso, a biomassa recente, a energia solar dire­ta, etc., evitando, ao máximo, o transporte da energia, que deveráser cada vez mais dispendioso.!II. Aumento da. Oferta. de Petróleo Interno

Como resultado do esforço de ampliação do programa deprospecção, em 31-12-78 nossas reservas de pctróleo comprovadasforam calculadas em 1,150 bilhões de barris, contra 0,778 bilhõesde barris em 31-12-73. Considerando-se a produção de 0.307 bi­lhões de barri.'l no período 1974/1978, o aumento real de nossasreservas foi de 0,679 bilhões de barris. Para tanto, foram perfu­rados no periodo de 1974/1978 2.208.825 m, sendo que em 1978foram, perfurados 527.257 m contra 238.130 m perfurados em 1973.Para o ano de 1979 foi proposta a meta de 731.130 m, que até

.o presente momento vem sendo cumprida quase que integralmente,·e para 1980 estipulou-se a meta de 1.000.000 m.

A adoção dos denominados "contrato,,; de risco" representouuma das medidas que o Governo se valeu com o objetivo deaumentar a oferta de petróleo interno. Com este propósito, duran­te 1978 foram concretizados mais nove contratos exploratórioscom cláusula de risco, referentes a blocos na foz do Amazonas ena Bacia de Santos. Acrescidos aos anteriores, o número total decontratos já assinados eleva-se para 17, envolvendo 15 companhiasde renome internacional e compromissos de investimento superiora US$ 212 milhões de exploração.

Corno esforça adicional, na terceira licitação internacional,para a qual foram pré-qualificadas 32 empresas, tendo a .PETROBRAS recebino 15 propo...tas, foram abertas áreas terres­tres, bem como áreas na plataforma continental, próximas àsáreas de exploração da PETROBRAS.

Como resultado destes esforços, pretende-se, partindo de umaprodução diária média de 174.000 barris de petróleo em 1979,atingir uma produção diária média de 500.000 barris em 1985,conforme a seguir detalhado:

Ano1.000 barris/dia. 1979 198\) 1981 1982 1983 1984 1985

Campos em operação 174 195 200 199 260 249 231Campos a entrar em

operação (} 14 24 76 121 127~ovas descobertas 142

Totais 174 201 214 223 336 370 500

IV. Conservaçãu de Energia

O aumento dos preços do petróleo a partir de outubro de 1973criou, ao mesmo tempo, uma necessidade econômica para as in­dústrias, em função de um imperativo de caráter nacional, devidoao impacto caooado no balanço comercial: a racionalização eeconomia dos derivados de petróleo. Se antes os critérios básicospara otimização de um projeto ou equipamento industrial erambasicam,ente o investimento inicial e a produção, hoje a eficiênciaenergética passa a ser critério importante.

Com a elevação dos preços do petróleo, as alterações em pro­cessos, novos projetos de manutenção e instrumentação, modifi­cações em equipamentos, e mesmo análise de instalações comple­xas para avaliação da energia gerada, perdida ou recuperável emcada etapa, passam, a ser economicamente viáveis.

Já em 1974, com o aumento do preço do petróleo e de outrosprodutos que indiretamente sofreram aumentos, os gastos com a

importação de petróleo bruto e derivados foram de US$ 2.812,4mIlhões, ou seja, o equivalente a 22,4% do total das importaçõesbrasileiras flUS$ 12.530,5 milhões) ou o equivalente a 35,3% dototal de nossas exportações (US$ 7.962 milhões).

O aumento real no volume de importações de petróleo noano de 1974, referente a 1973, foi de 7,2%, enquanto que o aumentodos ga.'ltos com esta importação foi de 284,3 % .

Com estes resultados ficou evidente que deveriam ser tomadas,com a máxima urgência, medidas para minimizar o impacto nega­tivo do aumento do preço do petróleo na economia nacional.

Como resultado deste esforço inicial, em 1978 os gastos coma importação de petróleo bruto e derivados foram de US$ 4.219.6milhões, ou seja, o equivalente a 30,9% do total da.'l importaçõesbrasileiras (US$ 13.639 milhões) ou o equivalente a 33,4% do totalde nossas exportações (US$ 12.650 milhões).

O aumento real no volume de importações de petróleo noperiodo 1974/1978 foi de 35.6%, enquanto que o aumento dosgastos com esta importação foi de 52,9%.

Ainda que a situação energética brasileira seja potencialmentecontrolável, isto só será conseguido à custa de esforça e sacrifíciopor parte de todos os brasileiros.

Com passo inicial para a independência energética e conse­qüente independência económica, idealizou-se e está em fase deimplantação um programa de cOIll~ervação de energia.

Existem duas maneiras de encararmos a conservação. Umadelas é consumir menos; a outra é usar os recursos energéticoscom maior eficiência.

Idealmente, seria possível convencer cada individuo e cadaiÍldústria a contribuir voluntariamente num e,'lÍorço nacional deconservação. Na outra extremidade, as economias poderiam serconseguidas, sem dúvida, declarando ilegais certos usos de energia.

Um dos fatores que pode encorajar a uma maior ação de con­servação de energia é o custo da não conservação da energia.

Até o presente' momento, o Governo tem suportado uma si­tuação em que os preços de grande parte dos combustíveis con­sumidos estão ajustados em níveis bem diferentes dos preçosmundiais. Tentar conseguir simultaneamente a conservação ener­gética e preços baixos é inconsistente e uma violação das leis domercado e da natureza humana.

No setor de transportes, que é atualmente responsável pormais de 45% do consumo de derivados de petróleo. estão sendoadotadas medidas permanentes de racionalização de cada um dosmeios de transporte, de forma a assegurar padrões satisfatóriosmediante o consumo otimizado de combustível

Dentre estas medidas, destacam-se as destinadas a minimizara utilização ociosa e improdutiva dos veículos.

Sempre que possível, e em função da natureza das cargas edas distâncias a serem percorridas, dever-se-á promover a inte­gração dos diferentes meios de transportes, de forma a ser al­cançado o máximo de rendimento que todo o sistema seja capazde propiciar.

Algumas das principais medidas adotadas no S€tor de trans­portes foram as seguintes:

a) limitação do horário de funcionamento dos postos de ga­solina (das 6:00 às 21:00 horas, de segunda a sexta-feira); paraatendimento exclusivo aos táxis, alguns postos podem funcionaraos sábados das 6:00 às 19:00 horas; os postos de localidades tu­rísticas distantes dos grandes centros urbanos .podem funcionaraos domingos, das 12:00 às 21:00 horas;

b) fixação de taxas especiais incidentes sobre o preço da ga­solina, de forma a assegurar recursos para programas especiaisvisando redução de consumo do petróleo importado;

c) desestimular o transporte individual ne passageiros, bus­cando oferecer alternativas de transporte público;

d) revisar e reordenar as linhas intermunicipais nas regiõesmetropolitana~;

e) recomendar a restrição de horários de entrega e coleta demercadorias nos corredores urbanos de tráfego;

f) intensificar o controle de velocidade (80 km por hora);go) recomendar a conversão das frotas oficiais a gasolina dos

órgãos federais e estaduais para álcool.No setor industrial, que é atualmente responsável por mais

de 30% do consumo de derivados de petróleo, estão sendo ado­tadas medidas que permitirão a utilização energética dos deriva­dos de petróleo de maneira mais eficiente, bem como a de outrosinsumos energéticos não derivados do petróleo para certos usos(por exemplo, aquecimento industrial).

Dezembro de 1979 DlARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 6 14871

Algumas das principais medidas adotadas no setor industrialforam as seguintes:

a) corte de 10% nas cotas de óleo combustível, de todos osconsumidores, e de 5% nas cotas de óleo diesel;

b) programar,' no tempo, corte total nas cotas de óleo com­bustível dos consumidores que podem substituí-lo por outra fonteenergética tcomo é o 'caso da indústria de cimento, que, até 1984,substituirá, totalmente, o consumo de óleo combustível por car­vão) :

cl incentivar a substituição e adaptação de máquinas e equi­pamentos, visando à utilização de combustiveis alternativos, nãoderivados do petróleo.V. ReServas Energéticas Brasileiras

Considerando-se que o indíce de crescimento médio anual doconsumo de energia primária seja 6% no periodo 1979/2000, de­veremos dispor durante este período, de aproximadamente 36bilhóes de BEP.; em dezembro de 1978 as reservas energéticasbrasileiras não renováveis somavam 63,56 bilhões de BEP, dosquais 58,37 bilhões de BEP (91,8%) l'eferiam-se ao carvão mine­ral, 2,54 bilhões de BEP (40%) ao urânio, 1,50 bilhões de BEP(2,4%) ao xisto olígino e 1,15 bilhões de BEP (1,8%) ao petró­leo.

Tais informações nos ,indicam que, por ser o objetivo alme­jado o desenvolvimento harmônico de nosso Pais, devemos esta­belec-er uma políttca energética que ponha em ação a potencia­lidade de todos os recursos disponilveis, incluindo os que, até opresente, não tenham sido explorados. Devemos necessariamenteadotar um pluralismo teçnológico em matéria energética que' nospermita responder, de maneira adequada, a cada problemáticaespecifica.VI. Diversificação das Fontes Energéticas Nacionais

Estas reflexões nos levaram a iniciar um decidido esforçono sentido de definirmos um novo modelo enel'gético que nosconduza, no futuro, a uma substancial lnvulnerabUidade ener­gética.

No que diz respeito à energia hidráulica, teoricamente, o nos­so potencial poderá suprir nossas necessidadell de energia elétricaaté o inicio do próximo século. No a,DO 2005, estaremos consumin­do 925TWh/ano, con-ellpondentes à instalação de cerca de 210,000MW.

O poteneial hidrelétrico brasileiro estimado é de 209.631 MW,se referidos à cll-pacidade instalada, ou de 104.815 MW, se referi­dos à energia firme com um fator de carga de 50%.

Deve-se salientar que, em termos de hidrologia média. a pro­dução hidrelétrica deverá ser de 134,000 MW médios.

Por região, em dezembro de 1978, a situação do potencial hi­drelétrico bra>àleiro e capll-cidade térmica instalada (em MW) eraa seguinte:

REGIAO NORTE-CENTRO-OE8TE- em operação - 63 (H) e 4'70 (TI- em constt-ução - 2,640 (Ji)- em ampliação - 1.370 (H)- inventariado disponivel - 21.097 [Hi- estimado disponivel - 70.774 Gi)

- TOTAL - 95.944 IH)

REGIAO NORDESTE- em operação - 2.153 (li) e 411 IT)- em construção - 5.136 (H)- em ampliação - 1.000 (H)'- inventariado disponivel - 5.665 (H)- estimado disponivel - 490 (H)- TOTAL - 14.444 (H)

REGIAO SUDESTE-CENTRO-OESTE-:: em operação - 17.309 (H) e 1.'169 (T)- em construção - 5,124 (R)- em ampliação - 1.340 (11)- inventariado disponivel - 18.477 (B)- estimado disponivel - 13,397 (H)

- TOTAL - 55.647 (R)

REGIAO SUL- em operação - 2.050 (li) e 1.004 (T)-~ em construção - 9.908 IH)- em ampliação - 1.503 (H)- inventaliado disponivel - 16.495 (Il)- estimado disponível - 13.640 (H)- TOTAL - 43.5~6 (H)

BRASIL- em operação - 21.575 (H) e 3,654 (T)- em construcão' - 22,808 (H)

- em ampliaçã.o - 5.213 (R!- inventariado disponível - 61. 734 (H)- estimado disponível - 98,301 IH)- TOTAL - 209.631 (H)

Como podemo.s observar, precisaIDos dominar a tecnologiade transmissão a longa distância e efetuar a interligação dossistemas Norte-Centro-Oeste e Nordeste, Sudeste-Centro-Oeste eSul e, no futuro, Norte-Centro-Qeste e Sudeste-Centro-Qeste, umavez que a malor parte dos recursos hídricos ainda não aproveita­dos encontram-se nas 'Regiões Norte e Centro-Oeste, isto é, longedos centros consumidores.

Para tanto, em Ita.lpu a energia gerada já será transportadaem extra alta tensão e corrente contínua (CCI, 'sendo este o pri­meiro passo concreto para o dominio da técnica de transferênciade grandes blocos de energia da Região Amazónica para os cen­tros consumidores do Sul e Sudeste.

O "Plano de Atendimento de Energia Elétlica até 1995" foielaborado dentro das seguintes linhas gel'ais:

1. Atender o crescimento médio de energia elétrica nas se-guIntes médias:

1979 a 1985 - 12.7% ao ano1985 a 1990 - 8,2% ao ano1990 a 1995 - 7,4% ao ano

2. Promover a máxima utilização dos recursos hidrelétricos,de maneira a atender os mercados com o mínImo de transportede energia;

3, Eliminar, até 19l15, o consumo de derivados de petróieo nasusinas termelétricas ilé grande e médio portes;

.4, Im,plement,a!' as 9 unidades previstas no Programa Nu­clear Brasileiro;

5. Instalar termoelétricas a carvão na Região Sul do Brasil e,dependendo do Y'rsultado das pesquisas, na Região Norte;

6. Aproveitar outros recursos energéticos em usinas de pe­queno porte (energia solar, eólica, maremotriz, madeira, linhito,álcool) ;

7, Asse~urar o cumplimento dos cronogramas das interliga­ções, dos. diversos sistemas.

Dentro deste esforço, passaremos de uma capacidade hIdrelé­trica instalada de 2-1.575 MW em 1978 para 47.682 MW em 1985, e69.107 MW em 1990: nossa capacidade térmica instalada passaráde 3,654 MW em 1978 para 5,560 MW (dos quais 626 MW nuclear)em 1985. e 8,370 MW (dos quais 3,116 MW nuclear) em 1990.

No campo da energia nuclear, com os resultados do AcordoNuclear Brasil-Alemanha, estaremos dominando o processo defissão nuclear, utilizando ao tecnologia dos reatores a urânio enri­quecido.

A par da geração de eletricidade, o 'Programa nuclear oferece­nos a oportunidade de promover a modernização industrial dosmaí/:; diversos setores de atividade, inclusive da qualidade do pró­prio ensino universitário, por via da apropriação de novas e com­plexas tecnologias de ponta. Para isto é necessário que tenha umadimensão compatível com o envolvimento da indústria nacionale com a instalação de procedimentos-chave. como o enriqueci­mento e o reprocessamento do combustível. .

A absorção da tecnologia nuclear, principalmente do ciclocombustivel, representa o ponto mais importante do Acordo NuclearTeuto-Brasiléiro, razão pela qual o PRONUGLEAR deve ser o ele­mento definidor do ritmo de implantação do programa nuclear.

A transferência de tecnologia se processa a nivel de cada em­preendimento industrial mediante:

1. participação de técnicos brasileiros nos trabalhos em anda­mento na República Federal da Alemanha;

2. vinda de técnicos alemães para o Brasil;3, transferência completa de todas as especificações, códigos.

desenhos, programas de computação e manuais relativos a cadaprujeto;

4, disponibilidade das licenças e patentes em todas as áreastecnológicas envolvidas,

Para dar suporte à NUCLEBRAS e suas subsidiárias na fixaçãodessa tecnologia sofisticada e ,complexa, (} Instituto de PesquisasRadioativas foi reorganizado ,e transfonnado no Centro de Desen­volvimento de Tecnologia Nuclear, cujos principais objetivos são:

1. o domínio da tecnologia de rea,tores e combustiveis nuclea­res;

14872 Quinta-feira 6 DlARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) De2embro de 1979'

1985

120

2. o apoio às unidades industriais e de pesquisa mineral;3. o treinamento de pessoal técnico e científico para o pro­

grama;

• 4. o desenvolvimento da tecnologia de reatores e do cIcIo docombustível.

O nível de nossas reservas de urânio natural - 193.800 tone­ladas, em 1978 - nos obriga a ingressar na tecnologia do enrique­cimento do urânio,

O valor de nossas reservas de urânio natural é da ordem deUS$ 19,38 bilhões; estas mesmas reservas, se enriquecidas, têm umvalor da ordem de US$ 44,99 bilhões, já que 193.800 toneladas deurânio a 0,7% acarretam, após o processo de enriquecimento,159.193 toneladas de urânio a 0,2% (urânio empobrecido) e 34.607toneladas de urânio a 3% (urânio enriquecido).

A par do Acordo Nuclear Brasil-Alemanha, a Comissão Nacionalde E:nergia Nuclear e outras instituições estão permanentementeacompanhando o desenvolvimento internacional de tecnologias dev.anguarda, como a tecnologia dos reatores regeneradores e a tec­nologia da fusão nuclear.

O carvão nacional terá uma presença muito importante nomodelo energético, através de sua máxima utilização no aqueci­mento industrial, gaseificação de carvão substituindo gases denafta ou na geração de energia elétrica (turbinas e gás), bemcomo na produção de combustiveis líquidos.

Como parte ·deste esforço, já foi aprovado um programa queprevê a utilização do carvão mineral nacional ao nível de 170.000BEP/dia em 1985.

Este programa baseia-se principalmente nas seguintes tecno­logias de proceasamento e uso:

• queima direta - conversão máxima das caldeiras existentes.de todas as capacidades. para a queima direta de carvão;

• mistura óleo-carvão - emprego de mistura óleo/carvão emcaldeiras e fornos onde a queima direta do carvão demonstra-seinconveniente;

• gaseificadores atmosféricos de carvão de pequeno porte paraaplicação em secadores, fornos, no tratamento térmico, na indús­tria de cerâmica, de fertilizantes, siderúrgicas, e substituição deóleo diesel na geração de eletricidade;

• grandes irustalaçÕe5 de gaseificação de carvão para produçãode gás de médio .poder calorifico para uso geral industrial e do­méstico;

• emprego de ciclo-combinado de turbina a gás e turbina oucaldeira a vapor para geração elétrica e/ou aquecimento industrial;

• adição de finos <te carvão em altos fornos;

• transformação da gaseificação de óleo combustível na pro­dução de gás de síntese e gás redutor a partir da gaseificaçãodo carVão;

• emprego de carvão nas fornalhas de refinarias de petróleo;

• produção de metanol, amônia e outros derivados petroquí­micos a partir do gás de síntese obtido do carvão,

Por setores, a utilização prevista para o periodo 1980/1985 é aseguinte: '

-~---- ---------'.Ano ........... 1980 1981 1982 1983 1984 1985

Setor (1.000 BEP/dia)~-----_._--

Gaseificação ...... 11 47

Cimento ........... 2 7 14 22 28 34._-- ---'._~ .- ---- ~---_. ~ "------

81derurgia ......... 5 lO 15

Geração elétrica .. 5 5 13 13---'-

Petroquímica ...... 2 S. 6 16 16

Refinaria ......... 2 4 6_._--.

outros setoresindustriais 2 7 14 18 24- 29

._,-------TOTAL ........ 4- 16 36 õ8 106 170

.. ,---_•..-.~--_. - --"'_.~~ ~~-.'-.- ._-~~

Para se atingir este nível de substítuição programado, tere­mos que passar de uma produção de 4 milhões de toneladas decarvão aproveitável, em 1978, para uma produção de 25 milhõesde toneladas de carvão aproveitável, em 1985 .

No tocante à floresta plantada, objetiva-se a produção e oprocessamento, em larga escala, de biomassas vegetais para a gera­ção de energia e/ou produtos energéticos (etanol, metanol, óleosvegetais, carvão vegetal, lenha, etc,) de forma a assegurar:

* a manutenção e expansão das atividades econômicas con­correntes pela matéria-prima energética e por seus insumos;

* a utilização articulada dos fatores de produção, potencial ouefetivamente disponíveis, de modo a propiciar uma expansão mul­tiplicada da atividade econômica.

Basicamente, há dois conceitos para a utilização da floresttaplantada como fonte de energia:

1. O aproveitamento dos resíduos deixados nas florestas ou.gerados nas indústrias que utilizam madeira como matéria-prima;

2. A floresta plantada para gerar energia, quer seja por con­versão direta ou indireta.

Está merecendo especial atenção o aproveitamento global dafloresta plantada, de forma a obter-se carvão vegetal, coque deorigem vegetal, álcool, -etc.

Os critêrios gerais que conduzem e orientam este aproveita­mento são os seguintes:

1. preservação da cobertura florestal, natural, e prepara­cão de uma infra-estrutura sólida da produção e distribuição damadeira para fins energéticos;

2. desenvolvimento e difusão de tecnologias modernas detransformação de madeira em insumos energéticos eficientes eversáteis.

Pretende-se implantar projetos desta natUl'eza, principalmen­te, em regiões distantes das reservas carboníferas - ou onde otransporte de carvão mineral não seja econômico ou tecnica­mente aconselhável -, visando, inicialmente, a substituição dederivados de petróleo e a substituição de insumos energéticos im­portados, como é o caso do coque siderúrgico.

A utilização de insumos energéticos, provenientes da florestaplantada, prevista para o período 1980/1985 é a S€guinte:

Ano 1980 1981 1982 1983 1984

1 0000 BEP/dia 12 22 40 55 84

Na área do xisto pirobetuminoso, que já é usado, normalmen­te, em outros países para extração de petróleo, pretendemos am­pliar o programa de exploração comercial do. xisto, a exemplo daUsina Industrial de São Mateus, que dever[l estar produzindo, em1984, o equivalente a 25.000 barris de petróleo por dia, e em 1986,quando atingirá SUa plena capacidade, o equivalente a 50.000barris de petróleo por dia.

A utilização energética da biomassa recente, com a conseqüenteprodução de álcool combustível, óleo vegetais e O desenvolvimen­to da alcoolquímica, ainda que não venha a ser a soluçiío finalpara o problema que enfrentamos, pode ser a solução para as lo­calidades distantes dos grandes sistemas energéticos; pode solu­cionar significativa parcela do problema; pode ser uma solução detransição.

Em 1974, o consumo de derivados de petróleo foi da ordem de303 milhões de barris, assim distribuídos:

- gasolina - 14,3 bilhões de litros (29,6%);

- óleo diesel - 10,7 bilhões de litros /22,2%);

- óleo combustível - 13,9 bilhões de litros (28,8% í ;

- demais derivados - 9,3 bilhões de litros 119,4% J.

Como resultado da política de racionalização de combustiveis,principalmente da gasolina, em 1978 o consumo de derivados depetróleo foi da ordem de' 392 milhões de barris, distribuídos daseguinte forma:

- gasolina - 15,2 bilhões de litros (24,5%), representandoum aumento, relativo a 1974, da ordem de 6,3%;

- óleo diesel - 16,0 bilhões de litros (25,8%), representandoum aumento, relativo a 1974, da ordém de 49,5%;

- óleo combustível - 18,6 bilhões de lii;ros (30,0%). repre·sentandc um aumento, relativo a 1974, da otdem de 33,8 cf;

- demais derivados - 12,2 bilhões de litros 119,7 'í" I repre­sentando uma aumento, relativo a 1974, da ordem de ''!'''i .

Deeembro dt' 1979 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçiio II oQ!Jlínta-feira 6 14873!37 :,:-

r-\Jcool

x 101) litros 0,4 0,90 1,5 2,5 4,1 6,0

De acordo coro os dado.s l'~stentes, a média nacional de con­Sllmo de gasolina situa-se em torno de :LOOO litros/carro/ano.

Alcool

X 101• litros 0,3 0.6 0,8 1,0 1,2 1,5Quanto à parcela referente à mistura à gasolina, o nivel da

mistura poderá variar até um máximo de 20%. Esta variacão de­verá ser feita de maneira a ajustarem-se as variações anuals daprodução de álcool e o volume tota,) do COnBumo da gasoJJna, deforma a compatibilizar as necessidades de utilização do álcoolcomo combustivei automotivo e explorando as eventuais vanta­gens de exportação, tanto da matéria-prima como de qualquersubproduto (açúcar, álcool, etc.), proporcionadas pelo mercadointernacional.

Vale salientar que a variação da (Ilédia nacional do percen­tual de mistura do álcool à gasolina deverá ser obtida através daregionalização da llÚstura padrão de 20%.

Desta forma. o volume de álCoOl a ser alocado à mistura coma gasolina tem o seguinte limite superior:

Ano 1980 1981 1982 1!t83 1984 1985Alcool

x 1011 litros 3,1 3,2 3,2 3,2 3,2 3,2Conhecendo-se as necessidades desses dois setores consumi­

dores de álcool, podemos determinar os volumes de álcool etílicohidratado que estarão disponíveis para serem utilizados como com­bustível automotivo alternativo. que são os seguintes:

~n 1980 1981 1982 1983 1984 1985

Atualmente, a estrutura médIa do refino de petróleo é a se·g~linte:

gasolina "- 24,9';éóleo diesel - 27,1 %

óleo combustível - 29,4':;'demais derivados -- 18,60/.

O consumo percentual de derivados de petróleo, em 1978. obe­deceu à seguinte estrutura:, - para fins não energéticos "- 8,4°{;

-,gasolina automotiva - 24,5°{, sendo 59', nq transporteem rodovias e 41% no transporte urbano;

- óleo combustível - 30,O',~ . .:;(mdo 6<;, no transporte hidro­viário. 6"; na gemção de eletricidade e B8'", na indústria;

- óleo diesel -- 25,3 c/" sendo 41~; no transporte em rodo­vias, 34'1 no transpdrte urbano. 1:~c"" nas indústrias e 12 0 ; re­lativos a outms usos;

- outros fins enel'géticos -- 11 ,3'k.

O primeiro passo concl"!:to para a utlJlzação energética de re­cur,50S renováveis da biomassa recente fOI o Programa Nacionaldo AlcooL Iniciado em 1975, quando a proporção de álcool anidrona mistura com a gasolina era, em média, 1,!4~( 1162 milhõesde litros de álcool), já e,m 1978 tal proporção era de 11,08% (1,506bilhões de litros de álcool, reppesentando um aumento, relativo a1975, da ordem de 830':; L

Como primeira fase do programa. objetiva-se uma' misturaglobal de 20 partes de etanoi para 80 partes de gasolina, o quejá foi alcançado nas regiões produtoras.

N:; segunda fase, ora iniciada, objetIva-se o fornecimento co­mercial, a preços vantajosos. de álcool etilico hidratado para ser,usado como combustível automotivo substitutivo à gasolina. Nestesentido, foi definido c aprovado pelo Governo Federal um pro­grama que prevê a produção de álcool etilico, o ('tanol. ao nivelde 10,7 bilhões de litros em 1985,

Para este objetivo, foram alocado.s reCUl"SOS financeiros: hu­manos e tecnológicos. a niveis que assegurarão o pleno êxito doprograma, Para esse volume de 10,7 bilhões de litros de ctanol,prevê-se, prioritariamente. a utillzação da cana-de-acúcar- comomatéria-prima, uma vez que já há um per-feito dominio da téc­nica de obtenção do etanol a partir deste ínsumo básico.

Este volume total de álcool deverá cont.emplar três setores:a alcoolquÍlnica, a mistura à gasolina e o consumo exclusivo co­mo combustivel automotivo.

A parte referente à alcoolquimicl;\ é facilmente determinadaem função das previsõc§ de consumo de projetos industriais opera­cionals. em implantaç~o c/ou previstos, sendo os seguintes ostotais anuais de consumo:

De acordo com a resposta do usuário em utilizar veiculos àálcool, fabricados ou convertidos, poderão ser acionados outrosprogramas para a produção de etanol. não necesoSarlamente a par­til' da cana-de-açúcar; isto porque, ainda que exista uma certaflexibilidade quanto ao' 'Volume de álcool disponível E'm relação ao11úmero de veículos esperados para entrar em operação, faz-senecessÍlria não só a formação de estoque estratégico, bem como adiversificação do insumo básico e do tipo de solo, de forma amInimizar o transporte do álcool e a criar alternativas para absor­ção de eventuais excedentes e/ou falta.~ de álcool em função dcsuperproduções ou quedra de safra, ou, até mesmo, em funcãode varlaçõe.·r na cotação internacional dos diversos Insumos bá­sicos,

19852A61

19842.032

19831.598

19821.160

1981717

1980330

Veiculo

Deverá ser estimulada a implantação de mini-usinas de álcoolbidl'atado pnra consumü de regiões isoladas ou por proprietáriosdE' frotas de veiculas que desejem tornar-se autoprodutorE's,

A concepção, hoje, é de oferecel" alternativas energéticas paratodos os derivados de petróleo: não só a ga.'lOlina, ma~ também oóleo diesel, o óleo combustível, o GLP, os lubrificantes, o querose­ne. etc.

Para tanto, estamo.s pesquisando a produção do etano1 de ou­tras fontes que não apenas a cana-de-açúcar e a mandioca; aprodução do metanol; a produção de óleos vegetais; o aproveita­mento energético da madeira; o aproveitamento energético-ali­mentar dos residuos; a alcoolquimica, etc.

Tem sido demonstrado que, nos mais baixos niveis de consu­mO energético, incrementos relativamente pequenos refletem me­lhoras em proporção geométrica na qualidade da vida humana"Este fato se torna particularmente relevante no setor rural, ondea renúncia aí} pluralismo tecnológico para resolver as necessidadesenergéticas, tem, elD alguns casos, conduzido a situações de pre­cariedade e deterioração do meio ambiente. O dE'senvolvimento ea implantação de tecnologias de aproveitamento energético das fon­tes alternativas regionais, tais como energia solar direta, a ener­gia eólica, a energia das marés, "o proveitamento energético dasbaixas-quedas, o aproveltamento energético da biomassa recente--~ através da biodigestão dos resíduos e do aproveitamento dafloresta plantada, etc., evitando ao máximo o transporte d-a ener­gia, que deverá ser cada ve:;: mais dispendioso - poderão contri­buir significativamente para a solução destes problemas_

Com tal objetivo, {} Governo Federal tem alocado recursos Ií­Ilanceiros, humanos e de infra-estrutura' que nos permitirão al­cançar nível tecnológico que permita a utilização energética eco­nômica. dessas fontes alternativas regionais.

A energi'a solar direta que, devido às condições de isolaçãoexistentes, pode ser explorada praticamente em todo o Brasil, po­derá ser utilizada. a curto prazo, para as seguintes aplicações:

- aquecimento e refrigeração ambiental;- aqueclmento de água;- refrigeração de produtos perecíveis;- secagem de produtos agrícolas e outros;- produção de calor industrial de Qaixo nível térmico;- geração de eletricidade.

C<lnsldl?l'ando-se que Q .rrlOtür a akooi apr('se..,ta um consumo.aproximadamente, 20% superior uo seu ",ql1ivalente a gasolina. amédia nacIonal do C011sumo cstnría "ituada em :1 .400 litros deálcool/carro/ano.

Contudo, esta média foi feita cünsiderando-se veiculos debaixa utilização. compensando, nsslm, o elevado consumo de fro­tas especificas. Evidentemente, UIDl:l vez adotadas prioridades pa­m frotas especificas lórgãos governamentais, sociedades de eco­nomia mista, empresas públicas, pmprletário,s de táxis. empresasprivadas, etc.l, o consumo médio deverá SCI' superior. pelo menosnos primeiros anos. Desta maneira. acredita-se que seja bjl.stante

"reaiista uma média de consumo de álcool situada entre 2" 400 a3,601) lltros/carro/ano:

Em função do volume de álcool alocadü para consumo ex­dusivo como substitutivo à gasolina, do volume disponivel paraD1L~tura à gasolina, da média de consumo de álcool esperada. doprotocolo firmado entre o GovE'mo Federal e a Associação Nacio­nal dos Fabricantes de Veiculos Automotores 1250.000 veiculos em1980. 300"000 veiculas em 1981 e 350.000 veiculos em 1982), da ex­pectativa de conversão de veiculos a gasolina para álcool 130,000VE'iculos em 1980, 90.000 v'E'iculos em 1981, 100.000 veículos anuaisno periodo 1982/1985) e do índicE' de sucatamento de 1% a.a ..determinou-se o seguinte número E'sper-ado de veículo.s a operarexC;usivamente a álcool no pceriodo lll80!1985: -

Ano

198519'8419831982W81!!t80Ano

14874 Quinta-feira, ,1 mARIO DI!} CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Dezembro de Hl79

A energia eólica, que pode ser melhor explorada Da.~ RegiõesNordeste, Sudeste e Sul, ctiwerã ter um aprov~itamer-to parcial.em condições iimitadas e eST'J,,,cificas, na:

utilização direta da en~rgia mecânica;- geração de eletricidade;- produção de hidrogênio e amônia.A energia das marés que, devido a condições túpogeográficas

específicas, pode ser explorada economicamente n~ Cesta Norte denosso litoral, do trecho que 11ai do Maranhão ao Amapá, poderáfornecer energia elétrica para localidades costciJ'a.~, bem como ali­mentar sistemas maiores peia injeção da energia. gbrada na redede distribuição.

Neste sentido, o Governo está realizando um pr.ograma visan­do à determinação dos locais da Costa Norte que apre~entam con­dições topogeográficas adequadas ao aproveitamento da energiade.s marés. Através de contratos com firmas de consultoria espe­cializadas, vem desenvolvendo, paralelamente, um outro programaque visa à seleção, dentre os locais potencialmente favoráveis, dospontos de nosso litoral que serão adequados à construção de usi­nas maremotrlzes, levando-se em conta os. aspectos técnico-eco­nômicos.

Nesta área de aproveitamento, está em fase adiantada o es­tudo de viabilidade técnico-econômico e a elaboração de ante­projeto de uma usina maremotriz a ser construída no rio Bacanga(MA). Opotencial energético do local admite a construção deuma usina com capacidade instalada de 15 MW.

O aproveitamento energético das baixas-quedas para a gera­ção de eletricidade poderá atender, principalmente, às localidadesribeirinhas, cujo desenvolvimento tem sido contido devido ao ele­vado custo do transporte da energia, Neste item, foi autorizadapelo Governo Federal a construção, por parte de autoprodutores, deusinas hidroelétricas que deverão gerar energia para seu consumopróprio, podendo, quando for o caso, vender as sobras da geraçãoà concessionária local: a única obrigatol"iedade iixada foi o apro­'l'eitamento da totalidade do potencial hidroelétrico existente, deforma a não haver desperdicio energético.

O aproveitamento dos resíduos urbanos, agrícolas e rurais, dolodo de esgoto e de plantas aquáticas, para a produção de biogás,reciclagem de materiais, produção de carvão ativado e conformado,agregados leves e fertilizantes, além de contribuir para o controleecológico, será de grande importância para a regionalização ener­gética. '

A par disto, os programas de pesquisa, desenvolvimento e de­monstrado IP, D & Dl, nesta área, deverão nortear-se pelas se­guintes diretrizes:

- levantamento do potencial e de mapa energético de cadauma das chamadas fontes alternativas de energia;

- análise completa das necessidades energéticas em cada área,incluindo um completo levantamento das caracteristicas socioló­gícas e uma identificação geral de todas as condições-limite quequalquer aparelho ou sistema deverá atender para ser viável. Estelt:vantamento deverá incluir todas as formas de energia;

- utilização energética racional da biomassa vegetal. de ma­neira a conseguir atingir o ponto de equilibrio nas curvas de pro­d.utos alimentícios, beneficio energético e proteção ambiental;

- -adaptação de máquinas e equipamentos convencionais àutilização de combustíveis alternativos (álcool, óleos vegetais, bio­gás, etc'>;

- desenvolvimento de máquinas e equipamentos para a utili­zação de combustíveis alternativos (álcool, óleos vegetais, carvãol\acional, biogás, etc'>;

- esforços no sentido de padronização, normalização, produ­ção e controle de qualidade de componentes e sistemas destina­dos ao aproveitamento de formas alternativas de energia (porexemplo: coletores solares, sistemas eólicos, biodigestores, etc.):.

- program&s na área de estocagem de energia, objetivando odesenvolvimento de tecnologia e de técnicos nacionais. de formaa viabilizar a utilização de fontes intermitentes de energia, docarro elétrico e outros programas de conservação de energia, Estesprogramas deveriio contel;l1plar prioritariamente o desenvolvimentode baterias especiais e a utilização de usinas reversíveis.

Ainda que, devido à sua próprip. natureZll, ,se,j>}. \:lOUCO confiá­vel uma qUll.ntlficação da partlcipaçào energetíc:a ,ia.s jrJ!"í.tes' eJ"ternativa.'l dl.l energia. para o período lli,llO/i\JlIl:', estl.l.belec~)}-8E· co..mo meta os seguinte/! níveis de partJ~!fJação, expressos em l:larrisequivalentes de petróleu por dia lBE'i'/dial:

&'i!,@ »981l 19111 1!1§~ r;;,1J'5 M;}f?~ ~~er>

Fo-nte

(I} Estimativa de produçil.o lntldla doa campos '''''' operaçlo.(2) EatlmaLlva de produçiio médJ.. dOll ""mp"" .. entrar em operação.{3l Estimativa de produção méclla de novM cl...cobertaa.

Desta maneira, com os programas de substituição de derivados:de petróleo já definidos e em execução pelo Governo Federal, aprojeção do consumo nacional de petróleo e substitutiVOs. parao período de 1980/1985, tem a seguinte composição:

Ano 198fr 1981 1982 1983 1984 1985

1202ft15

231127142985518

1.503155170

712716

8425

5249121

1.423122106

55

326076

548804

1.3529658

40

19924

378905

22

20014

320900

12

1956

272892

1.164 1.220 1.28355 68 794 16 36

PETROBRÁS

Petróleo Brasiffiiro S.A.

Rio de J~neiro, 25 de outubro de 1979.Preso - 1,193179

Ex.mo Sr.Dr. Cesar Cals de Oliveira FilhoDD. Ministro doe Estado das Minas e Energia

Senhor Ministro:

Em atenção à sua solicitação constante do Oficio n.o 2.279/79,de 4 de outubro do corrente ano, temos a satisfação de encami­nhar-lhe em anexo a Nota preparada pelo Departamento de Trans­porte desta Companhía.

2. A referida Nota contém os esclarecimentos relativos afalta de cerca de 15.700 m:' de petróleo, constatada por ocasião dadescarga do navio minero-petroleiro "Brasília", no Terminal Ma­rítimo de São Francisco do Sul csm, nos dias 14 e 15 de julho de1979.

Aproveitamos a oportunidade para renovar a V. Ex."' protestosde estima e consideração. - Shigeaki Ueki, Presidente.

PETROBRÁS

Petróleo Brasileiro S.A.

(LOO@ BEP/dill)

TotalÁlcoolCarvão mineralCarvão vegetal e subpro-

dutosXistoFontes alternativasPetróleo nacional (1)Petróleo nacional (2)

Petróleo nacional (3)

~btotal

Petróleo importado

VII. ConclusãoA consciência universal de que a energia é um recurso de so­

brevivência da humanidade deve obrigar a que cada pais trate,individualmente, de realizar o máximo de esforço no sentido desua conservação. Não tem sentido o desperdicio de um bem fi­nito, cujo esgotamento já se apresenta num horizonte visível.

Se antes foi a lenha, na atualidade são os recursos fó~eis. De­vemos nos preparar para a fase de transição que vivemos, pois.com o esgotamento de nossas reservas, breve teremos que nosabastecer energeticamente a partir dos materiais fisseis e férteis:num futuro próximo, a partir da fissão nuclear; mais tarde. apartir da fusão nuclear e, finalmente, com a energia solar comasolução definitiva aO problema energético mundial.

O Brasil vive a realidade atual e caminha a passos largospara o futuro Por isto, o presidente João Baptista Figueiredocriou uma Comisão Nacional, colocando a energia como prioridademáxima de seu governo. Todos os demais programas setoriais serãoorientados com o propósito de buscar uma autonomia energétíca ou,a curto prazo, a redução da dependência do petróleo importado.

O que perseguimos é a autonomia energética com autonomiatecnológica. e, para consegui-lo, o Governo empreende um amplodebate do modelo energético brasileiro, nas várias capitais dosEstados, visando conseguir a adesão da Nação.

NOTA

Em 7 de agosto de 1979. o Sr. Deputado :Federàl João Cunhaapresentou à Mesa da Câmara dos Deputados o Requerimento.n.o 43, de 1979, no qual "solícita seja convocado o Sr. Ministro dasMina.;; e Energia para expor sobre politica energética e desvio depetróleo",

2. De seu requerimento consta o seguinte parágrafo:

"No mês de julho, ainda, conforme amplamente divulgadopela imprensa, particularmente o Jornal do Eruil, desapa­receram das mãos da PETROBRAS, entre o Terminal deSão Francisco e a refinaria de Araucária. 04. mii >: 35nbarris de petróleo, em valor calculado àe 3 ll.1ílhães, 396.---1.000

4.ilO(j10.0001" .')00

i. ')OU Z. 0002.000 3.000j,. 0::1J, ~,Ofiít

Fltnte

Solar direta e eólicaBiogásOutrosTotal

Dezembro de 1979 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 6 14875

mil e 600 dólares, com absoluto desconhecimento por par­te do Sr. Shigeaki Ueki, Presidente da PETROBRÁS e comreiterado desrespeito com este Poder, que deveria ter sidocientificado, assim como a Nação toda, do ocorrido, aoportuno tempora, pelos responsáveis."

3. Pelo Ofício n.O 2.279/79, de 4 de outubro de 1979, endere­çado ao Diretor Thelmo Dutra de Rezende, o Chefe do Gabinetedo Ex.mo Sr. Ministro das Minas e Energia solicitou "urgente pro­nunciamento da Petróleo Brasileiro S/A - PETROBRáS, a fimde que o Senhor Ministro tenha subsidias para ateIider à con­vocação da Câmara dos Deputados".

4. ?,ela sua complexidade e. de maneira especial, pela gran~de publicidade dada à falta de petróleo constatada por ocasião dadescarga do O/O "Brasília" no Terminal Marítimo de São Franéiscodo Sul,: publicidade esta orientada de maneira a' prejudicar a.imagem da Companhia, com seu caráter emocional e afastado dazrealidade, omitindo aspectos técnicos que deveriam ser conside­rados, de forma imprescindivel, na divulgação do assunto, é ne­cessário que as presentes informações considerem, com relativaamplitude e detalhe, todos os fatores intervenientes na apuraçãodo que realmente ocorreu em associação com a referida falta depetróleo, e isso de forma a permitir identificar o elevado grau desenso de responsabilidade com o qual agiu a PETROBRÁS na de­fesa dos interesses nacionais.

5. Em 14' de julho de 1979, o navio minero-petroleiro "Brasí­lia", afretado à PETROBRÁS, chegou ao Terminal Marítimo de SãoFrancisco do Sul e, segundo os registros de bordo, teria transpor­tado 76.449 metros cúbicos de petróleo BASRAH e 73.729 metroscúbicos de petróleo KHAFJI, carregados nos 'portos de KHOR­ALAMAYA (em 14 de junho de 1979) e de RAS AL-KHAFJI (em19 de junho de '1979), respectivamente.

6 A descarga se processou com observância dos proce,dirhen­tos normalmente prescritos para essa operação. No entanto, aofinalizar a descal'ga do primeiro tipo de petróleo, Q BASRAH, oTerminal da PETROBRÁS informou ao navio que havia uma falta'de 2.300 m3 em relação à quantidade a ser descarregada; em de­corrência disso o Mestre de Manobras do Terminal, que permanecea bordo durante a operação, fez uma inspeção rigorosa em todos'Os tanques laterais do navio, que haviam sido descarrel;fadíls, assimcomo. no Tanque n.o 6 central, que viajara em lastro, tendo cons­tatado que tais tanques encontravam-se drenados e isentos decal'ga bombeável. •

7. Conforme declaração do Mestre de Manobras, não foi cons­tatado, no transcorrer da descarga, vazamento de petróleo para omar. circunstância comprovada pelo não aparecimento, na região,de qualquer indício de poluição, permitindo essas circunstãnciasafastar a possibilidade de que tivesse oconido vazamento nas li­nhas submarinas de recebimento do Terminal, fato comprovadopelas posteriores descargas de outros navios.

8 Á vista disso foi autorizado pelo Terminal o lastreamentodo navio, admitindo o pessoal envolvido na operação que aquelafalta do petróleo BASRAH fosse decorrente de contammacão dopetróleo KHAoF'JI; foi decidido nessa ocasião que seria apreséntadaao navio, no final da d·escarga, Carta Protesto, conforme proce­

'dimento internacionalmente consagrado como adequado para re­gistros de qualquer anormalidade nas operações de carga e descar­ga de navios petroleiros.

9. O navio continuou sem interrupção sua operação d·e des­carga com o petróleo KHAFJI, porém, duas hqras antes do términoda descarga, informou que faltavam apenas 4 000 m 3 para seremdescarregados. informação contestada imediatamente pelo Termi­nal em face de sua telemedida indicar que faltavam, ainda, cer-ca de 20 000 m3. .

10. Face a essa divergência, que redundaria numa falta anor­mal da ordem de 16.000 m3 , foi feita, ao final da descarga, umavistoria dos tanques de carga. vazios e lastreados, assim como dostanques de fundo duplo, nã.o sendo encontrado petróleo em ne­nhum deles, a não ser uma película de óleo na superfície dàágua contida nos tanques lastreados.

11 , Em face do ocorrido, o Terminal da PETROBRAS expediuCarta Protesto responsabilizando o navio pela falta ocorrida eainda pela pOSSibilidade de contaminação durante a descarga.Como era de se esperar, o Comandante do navio rejeitou os ter­mos da Carta Protesto, alegando os resultados das vistorias feitaspelo Termínal antes e após a descarga.

12 Tendo em vista que o navio minero-brasileiro "Brasilia",ao deiJS;a,r o Terminal Marítimo de São Francisco do Sul, iria car­regar minério de ferro da Companhia Vale do Rio Doce no Ter­minal de Tubarão, no Espirito Santo, onde poderia ser submetidoa uma .inspeção rigorosa, o me.$J:11O seguiu viagem, considerandoqUe sua retençáo teria ,repercussões ba,stante prejudiciais sobreas operações já programadas em outros portos.

13, A Superintendência-Geral do Departamento de Trans­porte determinou que, no Porto de Tubarão, o navio fosse .minu­ciosamente inspecionado por técnicos especializados da Compa­nhia, de maneira a certificar-se de que não existia a bordo qual­quer quantidade do petróleo que deveria ter sido descarregado noTerminal Marítimo de São Francisco do Sul. Dos trabalhos reali­zados em Tubarão, inclusive após o carr>egamento do minério deferro a ser transportado para'O Japão, foi possível concluir que nãoexistia a bordo aquele petróleo, confirmando-se assim as inspe­ções realizadas no Terminal de São Francisco do Sul.

14. Em face dos resultados obtidos com essas inv.estigaçõespreliminares, o Superintendente-Geral do Departamento de Trans­porte, em 26 de julho de 1979, determinou a constituição de umaComissão para promover a apuração de responsabilidade dos fatosque conduziram à fálta de petróleo. constatada por ocasião dadescarga do minero-petroleiro "Brasília", no Terminal Maritimode São Francisco do Sul, em 15 de julho de 1979. Dessa Comíssãofizeram parte, além de dois técnicos do Departamento de Trans­porte, um engenheiro indicado pelo Departamento Comercial e umadvogado designado pelo Serviço Juridico.

15. A Comissão procedeu a um exaustivo levantamento dedados relativos à movimentaçã'o de petróleo no' sistema TerminalMaritimo de São Francisco do Sul/Refinaria Presidente Vargas(em Araucária - PR), abrangendo integralmente o mês de julhode 1979, com o intuito de eliminar a influência de quaisquer falhaspor ocasião da descarga do navio, sejam erros em medidas feitasnos tanques ou manobras indevidas de válvulas, que pudessem per­mitir o escoamento de petróleo diretamente do navio para a Re­finaria sem ser observado pelo Tribunal.

16. Foram levados em consideração os seguintes dados:~ quantidades manifestadas nos portos de embarque referen­

tes aos navios descarregados no Terminal Marítimo de São Fran­cisco do Sul durante o mês de juIbo de 1979;

- estoques existentes 'nos tanque e linlias do sistema TerminalMaritimo d,e São Francisco do Sul/Refinaria Presidente Vargasnos dias 1.0 de julho de 1979 e 1.0 de agosto de 1979;

- quantidades processadas pela Refinaria Presidente Vargasno periodo compreendido entr·e 1.0 de julho de 1979 e 1,° deagosto de 1979,

17 A análise dessas informações permitiu afastar a hipótesede terem ocorrido erros nas apurações de quantidades no Termi­nal Marítimo de São Francisco do Sul, bem como falhas operacio­nais que permitissem que o petróleo faltante passasse sem controlepara a Refinaria Presidente Varg·as. Essa análise foi complemen­tada pelo exame da movimentação de petróleo em cada tanque oTerminal abrangendo os dois dias em que se deu a descarga donavio, tendo sido possivel verificar que as medidas dos tanques doTerminal não apresentara.m qualquer irregularidade da qual pu­desse resultar a 'perda de cerca de 15,700 metros .cúbicos consta­tada na descarga do navio minero-petroleiro "Brasília" em 15 dejulho de 1979.

18, A Comissão designada em 26 de julho de 1979. para pro­mover a apuração de responsabilidade dos fatos que conduziram àfalta de petróleo constatada por ocasião da descarga acima men­cionada, em ,s,eu Relatório, apresentou as seguintes conclusões:

- "os 15.700 m3 die petróleo não foram descarregados pelonavio para os tanques do TEFRAN;"

- "o navio só poderia ter chegado ao Terminal com partede sua carga de petróleo substituída por água;"

- "o navio teria então transferido toda aquela água paraos tanques de lastro aproveitando-se do lastreamento quese realizou durante a descarga KHAFJI."

19. O Superintendente-Ger,al do Departamento de Transpor­te, em face do Relatório apresentado pela Comissão e tomandoconhecimento de suas conclusões e sugestões, decidi~, em 23 deagosto de 1979:

- considerar que não foram descarregados no Terminal Ma­ritimo de São Francisco do Sul, pelo navio mínero-petroleiro "Bra­sília", 15.700 metros cúbicos de petróleo a ele 'destinados;

- determinar que a Divisão de Operações, coordenando asatividades dos técnicos da Companhia e de especialista de trans­porte de petróleo independente contratado pela PETROBRÁS, pro­cedesse com a máxima brevidade à realização dos entendimentoscom o Armador visando a uma solução amigável, e mantendo oDepartamento Comercial e o serviço Juridiéo informados do an­damento das negociações;

- determinar às Divisões de Planejamento e de Operações queelaborem Normas Operacionais incorporando as observacões re-gistradas na apuração do caso. .

14876 Quinta-feira 6' DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Dezembro de 1~'19

20. A contratação da firma londrina Gerald Geddes andPartners, realizalla em 14 de agosto de 1979, visou proporcionar àPETROBRÁS assessoria a ser prestada por especialista indepen­dente, profissional de grande e ampla experiência internacionalem assunto da nature:l;a daquele que estava sendo investigado, eisso por juigar tai assessoria bastante necessária durante o prová­vel desdobramento dos diferentes aspectos que envolvem este caso.

21. Procedimento idêntico teve o Armador do navio minero­petroieiro "Brasília", Comendador Achiles Lauro, que, por telexde 22 de agosto de 1979, solicitou que, em face da complexidadee importância do assunto, a ele comunicado em 9 de agosto de1979 (falta de 15.000 m" em relação aos valores apresentadospelo navio, conforme Carta Protesto entregue ao seu Comandante)e objeto de diversos telexes entre a PETROBRÁS e o Armador, aPETROBRÁS permitisse a um especialista em transporte de pe­trólio independente vir ao Brasil a fim de examinar todos osdocumentos e registros disponiveis, relativos à descarga do"BRASíLIA" e inspecionar as instalações do Tribunal Maritimode São Francisco do Sul; esse especialista também teria aceSsoa todos os documentos do navio, e sua opinião seria valiosaquando dos entendimentos a serem realizados. O espelialistaescolhido pelo Armador foi a firma Moore, Barrett and Redwood,também de Londres.

22. O especialista em transporte de petróleo independenteGerald Geddes, em companhia de técnicos da PETROBRÁS, em

• reuniões realizadas no Rio de Janeiro, entre os dias 16 e 20 deagosto de 1979, inspecionou minuciosamente a documentação re­lativá às operações do Terminal Marítimo de São Francisco doSul e da Refinaria Presidente Vargas e concordou com o pontode vista da Companhia no sentido de que o navio minero-petro­leiro "Brasília" deveria ter sua documentação e suas instala­ções examinadas quando chegasse ao porto de Hirohata, noJapão, para descarregar o minerio de ferro que recebera no portode Tubarão, na escala' seguinte à-descarga de petróieo no TerminalMaritimo de São F'rancisco do Sul.

23. A inspeção no navio minero-petro~eiro "Brasílía", noporto de Hirohata, foi realizada do dia 30 de agosto ao dia 3de setembro de 1979, dela participando o Sr. T. T. Hudson, da ­:firma Gerald Geddes and Partners, um técnico da PETROBRÁS,enviado ao Japão especialmente para esse fim, dois represen­tantes do Armador, e dois represent:;mtes do "Protectlon andIndemnity Club" ao qual pertence o Armador, tendo sido reunidaampla documentação sobre as operações do navio e as caracteris­ticas de suas instalações, a fim de servir como subsidio para asreuniões que se realizariam no Rio de Janeiro, entre a PETROBRÁSe representantes do Armador.

24. O especialista em transporte de petróleo independente,Geraid Geddes, contratado pela PETROBRÁS, regressou ao Riode Janeiro em 17 de setembro de 1979, e, acompanhado por téc­nicos da PETROBRÁS, inspecionou as instalações do TerminalMaritimo de São Francísco do Sul nos dias 19 e 20. O especialistaem transporte de petróleo independente John Ridley, da firmaMoore, Barrett and Redwood, contratada pelo Armador, bemcomo representante do "Protection and Indemnity Club" aoqual pertence o Armador, permaneceram no Brasil entre os dias24 e 29 de setembro de 1979, tendo inspecionado a documentaçãoe as instalações do Terminal Maritimo de São Francisco do Sule da Refinaria Presidente Vargas entre os dias 25 e 27 de setem­bro de 1979.

25. Dos entendimentos mantidos no Rio de Janeiro, entre ostécnicos da PETROBRÁS e os representantes do Armador, com aassessoria dos dois ,especialista em transporte de petróleo inde­pendentes, resultou ser reconhecido pelos representantes do Ar­mador do navio minero-petroleiro "Brasilía" que, efetIvamente,não :foram entregues cerca de 15.700 metros cubicos que essenavio deveria ter descarregado no Terminal Maritimo de SãoFrancisco do Sul. em 15 de julho de 1979.

26. O estágio em que se encontram, atualmente, as negocia­1;)ões entre a PETROBRÁS e o Armador do "Brasília" pode seraSsim sintetizado:

- O Armador, com base no relatório a ser apresentado porGerald Geddes and Partners, especialista em transporte de pe­tróleo independente, contratado pela PETROBRÁS, que demons­trará que os 15.700 metros cubicos de petróleo a serem descar­regados em 15 de julho de 1979 não foram entregues ao Ter­minal Maritimo de São Francisco do Sul, aceitará a responsa­bilidade financeira pela perda e concordará, em indenizar aPETROBRÁS da importância a eles correspondente.

27 A análise dos elementos constantes da presente informa­ção permite constatar que a PETROBRÁS tomou todas as provi­dências pertinentes ao assunto, da maneira mais recomentávele nas ocasiões oportunas, bem CQmo foi observada a ética impres­cindível aQ relacionamento de uma companhia estatal com aque-

les que lhes prestam serviços, em âmbito 'nacional ou internacio­nal, procedendo sempre na legítima defesa dos interesses doBrasil. sob sua responsabilidade.

28. Acresce que, também na época oportuna, após concluí­dos QS trabalhos da Comissão designada pelo Superintendente­Geral do Departamento de Transporte para promover a apuraçãode responsabilidade dos fatos que conduziram à falta de petróleoconstatada por ocasião da descarga do minero-petroleiro ''Bra­ama" no Terminal Marítimo de São Francisco do Sul, em 15­de julho de 1979, isto é, em 31 de agosto de 1979, foi encami­nhado peio Serviço de Relações Publicas da Companhia, paradivulgação pela Imprensa, o Informativo n.O 103179, redigido nosseguintes termos:

"COMISSAO CONCLUI QUE PETRÓLEO QUE FALTOUNAO FOI DESCARREGADO NO TERMINAL DA .,." ..PETROBRÁS,

A Comissão designada pela PETROBRÁS para apurar afalta de petróleo, de cerca de 15.700 m'l, constatada porocasião da descarga do navio minero-petroleiro "Brasí­lia" no Terminal Maritimó de São Francisco do Sul, nosdias 14 e 15 de julho de 1979, apresentou seu relatório,através do qual se comprova que, efetivamente, aqueiaquantidade dê petróleo não foi descarregada pelo naviopara os tanques do Terminal, conforme já declarado nacarta protesto lavrada no próprio navio, no final da des­carga.

Vistorias realizadas no Terimnal de São Francisco do Sule quando o navio Qperou no Terminal de Tubarão (ES).para carre,gar minério da Companhia Vale do Rio Doce,comprovaram que não existia a bordo qualquer quantidadede petróleo.

Têm sido mantidos entendimentos com o Armador donavio, colocando-o a par do assunto e solicitando a pre­sença de seu representante no Rio de Janeiro, para prestaresclarecimentos. Desses entendimentos ficou estabelecidoque, após vistoria do navio no Japão, seu representanteviria obter elementos no Terminal de São Francisco daSul, de forma que o Armador tivesse amplos elementospara identificar as causas do ocorrido..No- presente momento o navio está sendo vistoriado porrepresentantes da PETROBRÁS e do Armador no porto deHirohata, no Japão, bem como por dois especialistas emtransporte de petróleo independentes, com grande e am­pla experiência internacionai em assuntos dessa natureza,urn pela PETROBRÁS e outro pelo Armador.

A responsabilidade pela carga não entregue é exclusiva­mente do Armador e a PETROBRÁS será ressarcida doseu valor pela Companhia Seguradora. Ainda deve ser con­siderada a possibilidade de cobertura pelo "Protection& Indemnity Club"."

ITAPARICA - PLANO DE AÇAOI - INDENIZAÇOES2 -RELOCAÇOES

2.1 - Cidades2.2 - Zona Rurai2.3 - Infra-estrutura regional2.4 - Casos especiais

A CHESF prevê atuar na área do reservatório para executara sua desocupação e posterior inundação, em duas frentes distin­tas: indenizações e relocações.1 - INDENI~AÇOES

Sem dúvida procurará a Empresa cumprir a sua obrigaçãoelementar, qual seja a desapropriacào dos terrenos e benfeitoriasexistentes, mediante obediência à> legislação específica.

Para tanto, aguarda a expedicão de decreto do Governo Fe­deral, onde deverá ser definida a éota 31O,m, como limite de utili­dade publica, exceção feita às proximidades da cidade de Belémdo São Francisco, na cota 305 m.

Nesta zona estariam inclusas a área realmente alagada,a área de segurança passivel de inundação em período de -cheiasexcepcionais e áreas destinadas à redistribuição com os atuaismoradores das margens do rio.

Como política geral, a CHESF procurará efetuar desapropria­ções amigaveImen,te, ressaivados os casas em que existam litigios,inventários etn andamento ou outros problemas de ordem legalque impeçam a negociação entre as partes.

Visando o êxito da tarefa, a CHESF elaborará tabela de pre­ços, à luz do conhecimento da realidade local e em consonânciacom Os valores atribuidos por peritos das diversas organizações

Dezembro de .1979 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira,6 14877

gov~rnamentais que atuam na reglao, bem como baseando-se emtransações efetuadas nos últimq,s anos. Será aceita a colaboraçãode qualquer entidade que pretenda participar do trabalho, inclu­sive oS Sindicatos, desde que manifestados os conceitos e critériosque a matéria exIge.

Os trabalhos de desapropriação não estarão dissociados dosdemais e, na medida em que estes sejam delineados, aqueles serãoadaptados às novas condições. Explicitariamos: se for jul,gadaviável a permuta por novas áreas agricultáveis, aquelas eviden­temente não seriam consideradas indenizáveis. Igualmente nascidades, são grandes as possibilidades de ser incluida a permutade imóveis como solução adequada, sobretudo para as classes'menos favorecidas. Da mesma forma, agueles não seriam inde­nizadOll.

Oll trabalhos de desapriação serão precedidos de um amplocadastramento das propriedades, oportunidade em que serão defi­nidos no campo os limites de ocupação. Aqui analisar-se-ão osdocumentos de propriedade, examinar-se-ão as -confrontações,medir-se-áo as áreas e benfeitorias, c1assificar-se-ão os solos:levantar-se-ão as culturas existentes. A aplicação da tabela ante­riormente mencionada conduzirá ao preço avaliado para fins denegociação e pagamento.

A efetiva desapropriação dos imóveis possivelmente deman­dará algum tempo e, salvo casos especiais, só será deflagrada apa.rtir de 1982.

2 - RELOTAçóESTra.ta-se de programa. complementaJ;", imposto pelo avanço

nas concepções de compJ;"o.missos soeiais entre governantes e- go­vernados. Não parece adequado proceder indenizações, por melho­rell que sejam seus preços, deixando que as populações se orga­nizem por Bua conta e rtBCO.

A CHESF pretende levar adiante uma série de atividades, cujosucesso é diretamente proporcional ao engajamento de entidadesespecificas, entre as quais toda a rede de SCcretarii\1l dos GovernosEstaduais (Pernambuco e Bahia), SUDENE, CODEVASF, órgãosdo Ministério da Agricultura, Ministério do Interior, Ministériodas Minas e Energia, Ministério da Saüde, etc.

.A ação da CHESF concentrar-se-is basicamente na reposiçãode bens de natureza física e transferêncià do pessoal. Sua perma­nência na. área é llmitada no tempo. O processo de relocação depopulações, sobretudo no meio rural, requer nm acompanhamentoprolongado e a integração com o sistema de incentivos e açõesgovernamentais para os quais a CHESF não tem competêncialegal.

Para facllitar a. expOSição, analisaremos separadamente osproblemas envolvidos nas cidades, zona rural, infra-estrutura re­gional e callOs especiais.2.1 - Cidades

A CHESF efetuará a relocação das cidades de Petrolãndia,Rodelas e Itacuruba, desenvolvendo todo o seu planejamento ur.banístico, em estreita cooperação com as lideranças locais e seusadministradores (Prefeito e Câmara dos Vereadores),

Os possiveis locais para os novos sitias serão analisados pelaCHESF e submetidOll aos Governos Estadual e Municipal,

A CHESF considera válidos, entre os aspectos favoráveis paralocalização das novas sedes:

-- proximidade do futuro lago, pela tradicional e arraigadaconvIvência com o rio e facilidade em abastecimento d'água.;

- proximidade da atual posição, por facilitar a implantação,mudança e adaptação às novas condições;

- posição geográfica interna ao Municiplo, como possivelcentro administrativo;

- proximidade de manchas ag:ricultáveis;- posslbilldad.e de interligação com a infra-estrutura regional,Será de responsabilidade da CHESF a reconstrução dos bens

de utilidade pública, cuja execução poderá ser transferida aos.respectIvos proprietários, lle as.sim desejarem. Incluir-se-áo asescolas, postos de saúde, igrejas, prefeituras etc. O dimensiona­mento àe tais instalações levará em conta o cadastramento realI­zado.

Toda a parte de infra-estrutura urbana também será instalada.Aasim, ocorl'erá com calçamentos, praças, rede de abastacimentod'água e distribuição de energia elétrica, esgoto, águas pluviaisetc.

Para as babitações, a depender de reuniões e discussão do pro­blema, fica desde já prevista a possibilidade da CHE8F construirImóveis para permuta com os atuais proprietários. .A experiência

indica que esta solução satisfaz normalmente as residências deregular e baixar padrão, ficando as demais para execução pelosinteressados, com o uso dos recursos da indenização, sendo-Ibesfacultado ° modelo e as dimensões da nova morada.

A participação do BNH poderá representar uma boa colabora­ção, llobretudo para a faixa de população que não dIspõe de imó­vel próprio na atuallda,de. A experiência e alternativas que aquelaentidade puder oferecer será buscada a todo custo.

2.2 _ Zona rural

As caracteristicas da população afetada, em que se destacauma razoável experiência com práticas de irrigação, nos permi­tem estabelecer, em carater preliminar, as seguintes alternativas:

a) borda do lago

11: uma solução sempre almejada pelos interessados, a qualpoderá ser aceita pela CHESF, valendo, todavia, delltacar váriasrestrições.

Restaria realizar um exame com profundidade, desde que asinformações disponiveis não nos conduzem a grandell expectati­vas. Na sua grande parcela, os solos são considerados imprópriosli exploração agrícola. MellIDO para os Municipios de Petrolândiae Floresta, os únicos que. apresentam áreas de ocorrência de soloaproveitável em dimensões aceitáveis, teriamos que contornar apobreza em fertilidade.

Quando por ocasião dos estudOll e pesquisas que a CHESF rea­lizará, espera-se que os moradores e entidades representativaspossam colaborar na indicação de locais e de suas atividades aserem desenvolvidas, de forma a melhor justificar a adoção destasolução.

Cumpre cbamar a atenção para o fato de que a execução deprojetos de colonização foge à alçada da CHESF. Igualmente, atitulação de terras é tarefa específica e exclusiva de outras orga­nizações no âmbito dos Governos Estadual e Federal.

b) projetos de irrigação

Neste caso, as possibilidades apresentar-se-iam nos projetosde irrigação que estão em fase de implantação nas áreas daCODEVASF e DNOCS, no Eixo Petrolina e Juazeiro, e Vale do RioMoxotó.

Entre os projetos em fase de implantação pela CODEVASF noeixo Petrollna e Juazeiro, foram considerados apenas Massanganoe Tourão, em virtude de disporem de' áreas irrigáveis em ex­tensão suficiente para receber a população rural atingida peloreservatório, e por estarem em fase inicial de construção da to­mada d'água e canal principal. Os demais projetos existentes nes­ta área já estão oeupadose/ou comprometidos em forma irre­versivel por empresl:\/> e colonos selecionados pela CODEVASF.

A seguir se apresentam hipóteses, com suas vantagens e deil­vantagens,

Hipótelle 1

Na hipótese 1 considera-se a relocação da população ruralatingida, de Petrolândia e Floresta, para dentro de seull própriosmunicipios. A população rural dos demais municípios poderia serrelocada para os projetos de irrigação de Massangano e Tourão,da CODEVASF, e Moxotó, do DNOCS.

Um aspecto favorável desta hipótese é que os municípios dePetrolândla e Floresta não sofreriam a perda dé sua parcela depopulação rural a ser atingida pelo reservatório.

Entretanto, assinala-se os seguintes aspectos desfavoráveis:- A área de Petrolândia não tem condições de suportar uma

agricultura estável em regime de sequeiro, exigindo a implanta­ção de um projeto de colonização irrigado, com altos investi­mentos, elevados custos de produção e com rendimentos mais bai­xos que os dos projetos irrigados em operação no NE, assim comodos projetos de irrigação nos solos aluviais do Rio São Franciscoe ilhas.

- A área de solo em Floresta está localizada bastante afasta­da do reservatório, não apresentando possibilidades econõmicas'de irrigação, o que implicaria um projeto de colonização em re­gime de sequeiro. Levando-se em consideração a ocorrência pe-,riódica de anos llecos, ou com déficit hidrico mais acentuado queo normal, avalia-se que a deficiência de água na área represen­taria um risco, inclusive para o abastecimento humano e animal,a' que desencorajaria qualquer esforço no sentido de colonizá-la.

- A relocação para os projetos de irrtgação mencionadosapresenta uma série de dificuldades a serem l!Q1.ucionadas me­diante negOciaçÕ€1l e convênios a lle realizarem entre CHESF.CODEVASF. DNOCS e SUDENE.

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- Tais dificuldades estão relacionadas tanto com as políti­cas de irrigação destes organismos, quanto com os cronogramasde implementação destes projétos.

- A política de irrigação que vem sendo adotada pela ....CODEVASF prevê a exploração mista de todos estes projetos.reservando cerca de 2/3 de sua área para exploração empresariale 1/3 para colonizaçáo.

Neste caso, a area reservada para a colonização em cada umdos projetos individualmente não seria suficiente para abrigar to­da a população rural dos 5 municípios restantes, o que obriga­ria o desdobramento da população de alguns deles entre os pro­jetos considerados.

Por outro ladQ, a CODEVASF e DNOCS utilizam, para a se­leção de colonos, critérios que levam em conta a idade do chefeda família, capacidade empresarial, etc., critérios estes que nãopodem ser aplicados no caso de uma relocação compulsória. Aconstatação da aplicação destes critérios baseia-se no fato de queestes órgãos somente conseguem aproveitar uma parcela bastan­te reduzida da população originária da área de desapropriaçã~

que satisfaz os requisitos exigidos.

- Outro fator desfavorável diz respeito ao cronograma delmplantação desses projetos, que somente seria válído se compa­tibilizado com o da relocaçáo.

- Finalmente, a adoção dessa hipótese levaria à cogitação de5 projetos de coloni:lação, o que demandaria custos bem mais ele­vados e maiores dificuldades operacionais do que no caso de re­locar toda a população para uma única área.

Hipótese 2

Nesta hipótese, considera-se a relocação da população de Pe­trolândia e de Floresta para áreas de solos no próprio município,tal como na Hipótese 1.

A população rural dos demais municípios atingidos pelo re­servatório J)eria relocada para o Projeto de Irrigação de Massan­gano, na área da CODEVASF.

Neste caso se admite que a área de Massangano destipada aexploração empresarial seria reduzida em beneficio da coloni:la­ção. Logicamente e'sta providência implicaria. neorienta{)âo dapolitica da CODEVASF para este projeto. Supõe-se que esta mu­dança não seja dificil, tendo em vista que a implantação do pro­jeto de Massangano encontra-se ainda em fase de construcão datomada d'água, sendo bastante provável que neste momento eleainda não esteja comprometido com ° sistema empresarial nomesmo nivel que o projeto Tourão, onde o grupo empresarial quevai explorá-lo com a cultura de cana-de-açúcar já concluiu amontagem de usina de açúcar e álcool. Pelo motivo acima ex­posto, não se poderia adotar esta mesma hipótese em relação aTourão. De igual forma, Moxotó também não poderia receber atotalidade da população relocada, em razão da insuficiência deárea irrigada prevista no projeto.

O aspecto positivo desta hipótese seria o fato de que a po­pulação rural atingida de Petrolândia e Floresta seria relocadadentro do próprio município, sendo que a dos demais municípiosteria uma solução conjunta em uma única área irrigada, emborafora dos limites municipais.

Quanto aos aspectos negativos, cabem as mesmas colocaçõesapresentadas na Hipótese 1, com uma única diferença: que nestecaso ter-se-ia apenas 3 projetos, ao invés de 5, a implantar eoperar.

- Projetoi'l Ei'lpeciais

Esta hipótese considera a relocação de toda a população ru­ral do reservatório para uma área única a ser i'lelecionada, ex­terna aQS limites dos municípios atingidos nos moldes propostospara a população rural de Sobradinho.

Neste caso, além de se implantar um único projeto de colo­nização, ter-se-ia melhores condições de garantir a recuperaçãoda economia familiar, através da seleção de uma área eco:ogica­mente apta para o desenvolvimento de uma agropecuária estável,em regime de irrigação, ou combinando a exploração de sequeirocom a irrigação de uma parcela menor que responda às necessi­dades da subsistência familiar.

Poder-se-ia considerar também como alternativa a relocaçãoda população rural destes municipios para o Projeto Especial deColonização da Serra do Ramalho; o qual foi projetado para abri­gar as 4.000 familias atingidas pelo reservatório de Sobradinho.

Neste projeto, em pleno funcionamento, existem atualmente2.081 colonos assentados e 1.600 casas vagas, prevendo-se para ofinal de 1979 a construção de mais 500 casas, aproximadamente.Ter-se-a, portanto, no início do próximo ano, cerca de 2,000 casasdisponíveis, que coincidem com o número de familia a serem des-locadas da área do reservatório de Itaparica. .

Convém registrar que no momento o INCRA tem a intençãode selecionar colonos para o preenchimento de 1.000 lotes e com­pletar o assentamento em um prazo que ainda não está definido.

Para a utilização do Projeto da Serra do Ramalho pela po­pulação do reservatório de Itaparica, existem duas possibilidadesa serem consideradas:

1. Iniciar desde já os trabalhos de motivação e relocaçãojunto às famílias rurais de Itaparica, e os contatos correspon­dentes com o INCRA no sentido de reservar todas as casas e lo­tes disponíveis para esta população, eis que o INCRA pretendeocupar uma parcela significativa destes lotes até fins de 1980,tendo em vista a intenção de selecionar colonos possivelmenteainda este ano.

2. Caso não seja possivel adotar as medidas preeoni:lada~

acima, resta a possibilidade de utilizar-se deste mesmo projeto,mediante a sua ampliação.2.3. - Infra-estrutura Regional

O reservatório de Itaparica atingirá obras rodoviárias e deeletrificação, todas elas devendo ser construidas de acordo comas novas condições de distribuição da população e produção eco­nômica. As estradas de rodagem podem ser objetos de convêniocom os DERs, enquanto as obras de eletrificação ficariam comas concessionárias CELPE e COELBA.2.4. - Casos Especiais

Na área do reservatório, 3 projetos merecem destaque espe­cial, por se tratar de empreendimentos de grande interesse e Fe-'percussão regional, conforme mencionados na caracterização daárea. São eles: o Núcleo Colonial de Petrolândia (CODEVASF),Posto Agricola do Rio São Francisco (DNOCS) e a Fazenda RioSão Francisco (CINZANO).

Por conseguinte, verifica-se que a política da CHE:SF seráorientada de forma a reduzir ao minimQ possivel o impacto cau­sado ,.pela formação do reservatório. As decisões dependerão emgrande parte das organizações responsáveis pelos projetos.

O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcilio) - Não há mais temporegimental para conceder a palavra. ao orador seguinte. Aquelesque estão inscritos, se desejarem, poderão encaminhar à Mesa asperguntas, que esta Presidência as enviará ao Sr. Ministro paraa resposta que julgar conveniente.

Congratulo-me com todos os Deputados pela oportunidadeque tivemos, de ouvir a exposição do Sr, Ministro das Minas eEnergia Senador Cesar Cals. Foi uma feliz iniciativa a dos Depu­tados que requereram a sua convocação. Em verdade, debatemosneste momento, em alto nível, os mais importantes problemas daatual conjuntura nacional. E parabenizo ° Sr. Ministro pela ma­neira corno respondeu às interpelações que lhe foram feitas. Ha­vendo anteriormente reali:lado uma brilhante explanação, o Sr.Ministro demonstrou, de maneira bem viva, a sua capacidade delevar a bom termo a missão que lhe confiou o Presidente JoãoBatista de oliveira Figueiredo. Por outro lado, S. Ex.", o Sr. Mi­.Distro, demonstrou, ainda, ao lado da sua inteligência e forçarealizadora, a capacidade que realmente possui para o desempe­nho da missão que lhe foi confiada. (Muito bem! Palmas.)

Concedo a palavra ao nobre Líder amigo, Deputado NelsonMarchezan.

O SR. NELSON MARCHEZAN (ARENA - RS. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, desejo solidarizar-me ,com as pala­vras oportunas de V. Ex." falando em meu nome, V. Ex." o fezmelhor que eu próprio. A minha presença é para dizer que abancada da ARENA se solidariza por inteiro com as palavrasproferidas por V. Ex.", no instante em que se encerra mais umato, mais um gesto democratico que prestigia o Parlamento e oExecutivo. Realmente, o Ministro Cesar Cals aqui veio para res­p{]nder democraticamente a tantos requerimentos e a tantos ora­dores, e se mais tempo houvesse, mais perguntas e mais respostashaveriam de enriquecer os Anais desta Casa sobre' o assunto domais palpitante interesse de todos os brasileiros. De forma quequeria felicitar o Sr. Ministro, que demonstrou aqui capacidade,conhecimento e suficiente gestáQ para dirigir esse importantesetor que o Presidente João Figueiredo lhe confiou. Queria dizerque a presença de S. Ex." aqui, não só honra esta Casa, como cer­tamente honra o próprio Executivo, pois traz, com sua presença,Q apreço que tem pelo Parlamento, que .se honra de tê-lo comoSenador da República. Muito obrigado a V. ,Ex." e parabéns aoSr. Ministro (Palmas.)

O SR. MARCONDES GADELHA - Sr. Presidente, peço a pa­lavra.

O SR. PRESIDENTE (Flávio Mardlio) - Tem a palavraV. Ex....

O SR. MARCONDES GADELHA CMDB - PB. Sem revisão do{]rador.) - Sr. Presidente, a Liderança da Minoria também agra­dece a pre.sença ao Sr, Ministro Cesar Cals, neste ato que, de certa

Dezembro de 1979 DIARIO DO CONGRESSO NAOIONAL (Seção Il Quinta-feira 6 14879

forma, ajuda no reatamento das relações entre o Poder Legisla­tivo e o Poder Executivo, relações que precisam ser harmônicasprecisamente para colaborar o estilo democrático a que todos nósnos propomos. Naturalmente o debate destil- tarde não esgota asnossas preocupações com esse problema da maior relevância pa­ra a vida do Pais. Naturalmen~ o otimismo, a boa vontade ­eu dirra até mesmo a boa fé de V. Ex.1I - não são suficientespar.ll sanar todos os erros acumulados neste campo ao longo deanos e anos de gestão autoritária da coisa pública. Esperamos, na­turalmente, com a devida vênia do Sr. Ministro, aProfundar estediálogo, este questionamento, já que o tempo não foi suficienteaqui, já que os condicionantes regimentais não permitem umaparticipação por Igual entre os Srs. Deputados e o Sr. Ministro.Esperamos, em outra oca.~ião mais oportuna, seguramente peran­te a CRI a que se referiu o nnbre Deputado João Cunha, ter umambiente para () deba.te mais aberto, mais amplo, que trará umaCQntribuição importantissima para este problema que está hojena crista àe todas as nossas preocupações.

Sr. Presidente, a crise energética que () Pais enfrenta não seresolverá com 2, 3 ou 4 horas de da.btes. Estamos em um dé'ficitterrivel na balança ~t:le pagamentos que nos obrigou a aceitar con­tratos de risco, que nos .obriga, talvez um dia, a ter que alienarativQs nossos em função dessa divida monstruosa.

Lamentavelmente, a tecnocracia, que tanto faz parte de seusconhecimentos acima das discu.ssões, e que procura, transformartudo rapidamente em vontade popular, nã<l consêguir uma solu­ção coerente que nol' dê margem a uma tranqüilidade, a aceitaraquela caracterização que se tem feito de que o Brasil é umailha de prosperidade e de tranqüílidade, absolutamente certo eseguro do seu futuro de potência emergente. (Palmas.)

DISCURSO DO SR. DEPUTADO CARLOS SANTOS NASESSAO VESPERTINA DE 30-11-79.

O SR. CARLOS SANTOS (MOR - RS. Pronuncia o seguintediscurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, antes que as portasvidrinas deste Plenário se fecham, anunciando o recesso segundoe último desta Sessão da Nona Legislatura; que na derradeiraintervenção dado me seja reavivar o cunho da negritude e dainquietude do Homem, das origens, da causa, do tema, do pensa­mento. dos anelos e da ideação de nacionalismo sem jaça doorador; tudo isso ao filtrar do tempo, com brasildade e pundonornacional, já esculpido nos Anais da Casa.

Nunca, tanto quanto agora, o ensejo propiciou-se para, forae acima das cogitações partidárias, ungidos de preferencial exegé­tica nos entreveros da casuística com o institucional, que serviude comprazimento ao Sistema de 6~, em pondo à prova a capaci­dade de reação ou o grau de complacência da representação po­pular nesta Casa; nunca, diziamos, conjuntura tão larga se abriuao trato predileto dos grandes problemas sociais ou sócio-econô­micos da nossa gente, presa de tamanha provação.

São feridas que sangram a alma das ruas, angustiam asmultidões anônimas, co~o a fome, a mortalidade infantil pelasubnutrição, os menores marginalizados ou carentes, (} batalhãosem ânimo dos excepeionars.

!l: o problema habitacional, a insegurança dos lares, a violênciae a criminalidade impunes à luz do sol; é a velhice sem arrimo esem o culto da veneração que as cãs sugerem; é, ainda, a reaUdadedolente da miséria extrema, dos salários minguados, do desern­'Prego que acábrunha, das gerações 'sem rumo, do "impelio" dostrombadinhas ou do "reinado" dos pivetes; é a corrupção arraigadae os privilégios nefandós; a hegemonia do ódio a par da violaçãoinfamante do respeito e veneração devidos à Mulher, porque nelatem a Maternidade e excelsitude maior. .

E !\ escalada horrenda deste Gólgota de todas as desgraçashumanas, que sempre foi e continua sendo o Povo; \Sofrendo aegolatria impenitente àos Pontentados ou a lncúria dos qJ.!.e lhetraem a outorga da representação; a gente vê espanejados os cami­nhos, até da sombra de um Cirineu qualquer, que sob a ,égide dafraternização humana se dignasse ajudar o Povo, aliviando-lhede sobre os ombros o fardo pesado e o fardo penoso das injustiçassociais.

E sobre a multidão sofrida é que desabam todas as agrurasdesta carência econômica decorrente da pobreza absoluta que jus~tifica.tiva não encontra, como, tentam, na suba decantada dascifras do petróleo que importamos.

Há no ar algo mais que não se explica, e se aJguém o tentarqulssesse, o Povo nã.o aceitaria; dai a inquietação das nIll.8.

Outros Pais.es com maior adversidade cllmát1ca, geológica ougeográfica do que o Brasil, conseguiram, na estreita e francasimbiose Povo-'Govllmo, superer 8l!U8 problemas mai'S grave«., na.órbIta llóc1o~l)oonóml,ca, como, por e,;:em.plo, 0& paiges do OrienteMédio, que apesar do areal excessivo atapeiando o solo tórrido (;desértica paisagem, desenvolveram com llueesso suas hortas, quealimentam o novo e verdel am a terra.

Com oito e meio mIlhões de quilômetros quadrados de extensãoterritorial, um litoral de mais de cinco mil quilômetros seguidos eo impulso braçal de cerca de cento e vinte a cento e trinta milhõesde brasileiros. o que nos falta para corrigir este a;specto de mosálcode esquálidos e esfarrapados sobreviventes, pifios debatentes nobrejo da nossa brasllidade desolada? Que caminhos nos reservam?

Não ):lá-de ser por certo' os do automóvel, objeto quase proibidoa partir desta semana; nem os das ferrovias, marcados pelo aná­tema governamental de anti-econômico.

Menos ainda cruzando mares e lagos interiores, subut1lizadospara os primores do transporte hi<lroviário. Resta-nos, então, ocaminho ingreme da via-crucls, aberto pelas vicissitudes da vidadas nossas populações.

Como ê criveI falar-se em crise, ou mais ainda comprová-laperante a nação, se aqui ressoa o ronco seco dos motores de auto­móveis e atravês das vidraças a .gente observa, lá fora, borbotão decarros e mais carros oficiais, exibindo chapas brancas e de outrascores clandestinas, para uso de titulares, suas famílias, seus empre­gados, seus amigos e até simples conhecidos, como que a disputarentre tantos, a glória do dispendio maior de .gasolina, tão cara etão dificil para os que dela dependem para viver?

Quem sabe se em meio toda essa barafunda jamais registradanesta Casa, conseqüência direta da reforma partidária; mescla deindecisões e nebulosidade, incertezas e desentendimentos; envol­vendo quatro centenas de Parlamentares que se acotoveiam no Ple­nário e pelos corredores à cata de orientação exata, de siglas par­tidárias e de lideranças; quem sabe, diziamos, não seria agora aideal e grande oportunidade do entroncamento positivo de todosos caminhos, rumos, atalhos e cruzamentos, num gigantesco e sim­bólico estradão, ligando os nossos interesses mais empenhados ea nossa predisposição incontida de lutar pela sorte do Povo diantedas angústias, dos sofrimentos, dos anelos, das necessidades, dasvicissltu<les e tormentos, misérias e frustrações, desespero e fomeque enfrenta na marcha desordenada pelas veredas da Vida ­que alegria alguma enseja de ser vivida -, na torturante indagaçãoque cada um faz a si mesmo: o que é democracia dignidade hu­mana? sobeJ;'ania do Povo? direito, enBm, de subsistir de formacompativel com a decência humana e o decoro de quem faz deseu trabalho as pilastras da riqueza nacional, progresso e grandezacrescente do Brasil?

Na palavra ln'suspeita de Roberto Campos, nosso eminente Em­baixador em Londl'es, é "'vergnnhoso que persistam no Brasil ta­manhas desigualdades na distribuição de renda, especialmente aexistência de bolsões de pobreza absoluta. Citando países menosafortunados de que o nosso, com "níveis técnicos de I'enda percapita. semelhante aos do Brasil, mas onde não existe vagatura nafunesta CQrte de vassalagem à miséria, para a prostração suprema'dos bolsões de pobreza absoluta". No último relatório sobre osnossos recursos humanos, o Banco Mundial ressalta que pari passuà marcante faixa de desenvolvl<mento econômico de 7% anuais,para a econômia em geral, e 9% para o setor industrial, registra-seo agravamento das desigualdades sociais com o alargamento dajá ampla margem de pobreza em grande parte da população. Dizmais: que a desnutrição do nosso povo vai além do que poderíamossupor, atíngindo a 21 % da população o contingente dos menoresde 18 anos que sofrem de de.snutrição de 2.0 e 3.0 grau, elevando-seno Nordeste a cerca de 31%. Encerra o nosso Embaixador suasdeclarações, ressaltando que a 6." parte da nossa população temum defícit alimentar da ordem de 400 calorias diárias.

O Papa João Paulo Ir, falando na Conferência das NaçõesUnidas Para a Alimentação, disse aos 146, 'Delegados presentes que"milhões de pessoas estão morrendo de fome em regiões férteis,por causa do terror e da prática desumana" das tiranias: "que detodos os problemas que prendem a sua atenção e a do mundointeiro, o mais grave, mais urgente é o' da Fome". Advertiu, porém,que o mal tem origem no próprio homem; nas deficiências de orga­nizações sociais que impedem as iniciativas pessoais, e se alimentatambém do terror e da opressão de certos sistemas ideologicamenteesdrúxulos.

Nesta mesma reunião na FAO, foi apresentado relatório pre­vendo o aumento da população mundial para seis bilhões, dentrode vinte anos; quando então um bilhão de seres humanos passa­rão fome; faz previsão do fim do século atual com duzentos ecinqüenta milhões de famintos. Rasga-nos () coração a idéia de que,de forma acentuada, o Brasil está presente na tragédia humanadàs previ:sões sinistras da FAO.

Um editortalista do Correio do Povo, de Porto Alegre, escreveque se "nos ativermos simplesmente às causas fisicas da deficiênciade alimentos, poderemos supor que paises como o Brasil, que dis­põem ainda de áreas imensas agricultáveis praticamente intactas,terão um grande papel na salvação da raça humana, no apocalipsecom tanta previsão e justeza indicado pelos técnicos das NaçõesUnidas. Entx;etanto, nossa indiscutível vocação de produtores dealimentos vem sendo frustrada nos últimos tempos". E ofereceo exemnlo aue a lmnrensa de São Paulo reltistra. de aue. há dez

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anos, não aumenta a produção de leite. que continua sendo ali deonze bilhões de litros por ano, forçando o Governo à periódicaimportação do precioso alimento. No meu Estado do Rio Grandedo Sul, "em 1900, importávamos arroz da Itália. Ao longo de meioséculo, nossa lavoura - diz o Jornal - se consolidou, transfor­mando-nos em grande exportador". Hoje, nosso papel no supri­mento mundial deste cereal é menos do que mediocre". Muíto maisantiga nossa tradição de exportadores de carne, diz o mesmoarticulista não explica hoje a anulação da nossa presença nestesetor." O próprio Chefe da Nação, Presidente João Figueiredo,falando em São Paulo, quando ali homenageado pelo GovernadorPaulo Maluf. ressaltava que "infelizmente, para nós, temos de re­conhecer que nosso povo tem mais ansiedade de saciar a sua fome- quem fala é o Presidente da República - ansiedade de saciar asua fome e de ter um teto. do que saber se os Partidos vão orga­nizar-se desta ou daquela maneira".

Tremenda e dolorosa realidade porém: o pão 'está cada- vezmais escasso e menos perto da mesa tosca do assalariado; a casapropria deixou de ser o grande sonho da gente operária para setransformar em tremendo pesadelo dos menos tavorecidos, apesarda publicidade ruidosa e oficial; e os Partidos, como que porencanto, evaporaram-se do cenário político da realidade. nacional.

Não vale, pois, a opção oferecida pelo Chefe da Nação, eis queembora de inspiração elitista da órbita militar responsável peloSistema de 64, foi o banho lustrai das urnas, pelo voto livre esoberano do Povo na escolha de Deputados, Vereadores, alguns Se­nadores e Prefeitos, que os Partidos agora extintos. depois de 15anos de atividade intensa e extensa, já encarnavam de fato asaspiraçõe~ mais sentidas das massas populares.

Este, o cllma embaciado dos nossos arraiais sócio-econômicos,Contrapondo-se, entretanto, à cegueira das visões perfeitas dosque de olhos esbugalhados não enxergam, simplesmente porquenão querem ver, ensambla-se entre os grandes problemas sociaisdo Brasil, a exigir atençãb, prevenção e previsão, estudo francodos responsáveis pela coisa pública, o da comunidade afro-brasi­leira; da antiga coorte cativa; o problema do Negro Brasileiro, emque pese o ufanismo dos que cantam e decantam as excelênciasda nossa democracia racial, ou por estranha precaução, alevantame constroem tabus, impondo ilêncio em torno do assunto.

Nem uns nem outros contribuem senão para agravar o mal,quando se escudam em clamoroso contra-senso.

Se há democracia racial, porque então resguardar tão deli­cada florzinha com os termos das sanções legais contra a práticaestúpida do racismo? Se não existe, porque afinal tamanho empe­nho no mutismo em torno do Inexistente?

Como fugir desta alternatura desoladora!

Porque tentar mascarar uma realidade que se vai tornandotanto mais perigosa, quanto mais dela se apel"cebe e sente-lhe aInjúria, quase a metade da gente brasileira? Vamos. pois, encará-lade ,frente e fronte erguida, e com a consciência engalanada comos floróes mais belos do Ideal de Pátria livre e una, oferecendofranca cooperação no combate patriótico que a <loentia predis­posições exige?

De insigne pensador é a lapidar sentença: "estamos vivendoum momento trágico, onde a histôria social vai assinalar maisuma etapa da sua evolução, Todos sentem, mas poucos o com­preendem".

"O tempo que aumenta o prestígio da Verdade, dá tambémmajestade ao erro." Se uma opinião falsa resiste tanto tempo àreaiidade bem diferente dos fatos, é porque inspira erroneamenteQ dom da resignação dos esbulhados, à sombra se todas as baixezase humilhações, sacrificando o ideal da fraternidade e melhor trato,também. não dando ao direito das liberdade.s tuteladas pela LeiMaior.

Arthur Ramos ,com toda sua autoridade, ressalta: dizer que"a Abolição foi um movimento de címa, é de.sconhecer as razõesprofundas da história social e econômica do BrasiL Jamais o negrofoi esse elemento dócil e resignado à condição da escravaria". Ea prova está nos protestos. nas reações. no suícidioe no banzo, nasfugas e rebeliões que estremeceram os Quílombos e, à frente detodos. a grandeza humana, o gesto estóico e o sacrifício supremodo "Deus Negro dos Palmarinos" o quase lendário Zumbi.

"A Abolição" - diz ainda Artur Ramos - "foi um' movimentoque se proceS40u de baixo para cima; qua,se se formou por ondassucessivas da fatalidade social e econômica."

Em data recente, passando pelo Rio de Janeiro, tive ensejo devisitar a Exposição do Museu do Ministêrio da Fazenda sobre ociclo do café.' Os termos desta promoção, realmente expressiva,valia por uma legenda! O E;scravo, Três séculos de Renda!

Foi entâQ que umà dúvida tremenda me assaltou o espirito,eis que embora discordando do gesto, sempre enalteci o espírito debrasilidade que o inspirou: Todo o arquívo na escravidão foi des-

truido para assim apagar, por decreto. a mancha do esclavagismonativo,

No Ministério da Fazenda exibia-se também, o texto da Lein.O 3 336. de 24-11-1888, determinando em seu artigo 5.°: "Ficamdesde já extintas as dividas provenientes das ex-propriedade ser~vil, devendo o Gov·erno restituir integralmente os impostos dessaorigem no exercício d·e 1888".

Lá estava, também, o texto da Circular n,o 211, de 13-5-1891."recomendando aos inspetores das tesourarias da Fazenda que pro­videnciem. com toda a urgência, para que seja incinerados semdemora, os livros de lançamento de declarações feita para cobrançada taxa de escravos"

E saí do Museu mergulhado na tremenda dúvi.da: Coracão ou~~? .

Prosseguindo, porém nas considerações sobre o racismo, é opor­tuno citar que Adalberto Camargo, Deputado pelo g.mnde Estadode São Paulo. meu irmão de sangue e coloração, como eu persuadi­do da inocuídade da L·ei Afonso Aríno. encanlinhou à Mesa, emdata recente, um projeto de iei buscando dar objetividade maioraos propósitos do velho diploma contra o racismo, levando seuprojeto à ementa: "Reprime o preconceito de raça e de cor."

É certo que lhe não faltarei com o meu irrecusável apoio, queno entanto não me identifica com o modo de ação pensar sobre amatéria, sobre a forma de enfrentar o problema. Racismo - dizMarcos Mangulies - é atitude tipicamente paranóide, como ofazem os desequilibrados neuropsiquicos. Pertence pois à esferamédica. Em seu Projeto de Lei. o Deputado Adalberto Camargo,justificando-o, formula terrivel libelo que tremendamente abala osalicerces da nossa democracia racial, e oferece provas irrefutáveisdo desacerto do tabu erguido em torno de um problema de nitida edolorosa realidade, e no próprio bojo do Projeto faz desfilar osnomes de vários patrícios que dele sofreram o agravo, desde umrapaz de 21 anos de idade, barbaramente espancado na 44.8 Dele­gacia de Policía de São Paulo, falecendo dois dias após a agressão;passando pelo triste episód.!o discriminatório do Clube de RegatasTietê, para chegar afinal às figuras de renomado destaque nosmeios esportivos e artísticos, como o consagrado Atleta AdernarFerreira da Silva, num Restaurante de LllXO. e Carmen Silva, fa­mosa artista patrícia, Que pela cor foi impedida de comprar umapartamento em zona chique Não é também de desprezar-se ousubestimar, o que vai ocorr·endo pelo Pais de conseqüência, e porforça da conscientização do problema e atividades de reação contra

.ele levantadas por várias entidades organizadas para combate aoracismo ou preconceito de cor, no Brasíl, e vigilâncIa continua so­bre a doentia manifestação atávica.

Já vai surgindo uma imprensa negra. que tem dado contaàessa reação, de rJ'wdo especial. Em São Paulo, imensa multidãoveio às ruas protestar contra uma destas manítestações raclstói­des que a Lei não pune, nem o GovernD toma conhecimento, anão ser em casos isola.dos, com finalidade do fundo político.

Aqui mesmo, na Casa do Povo, o nobre Deputado Edison Khair,da Bancada do MDB do Rio de Janeiro, foi além: pelo Projeto deLei n.O 2.206/79, dispõe-se a criar condições obrigatórias de admis­são de elementos afro-bras;leíros em determinados empregos, nota­damente no serviço público.

Embora discutívei, é plenamente compreensível a iniciativa donobre Parlamentar que, por certo, desiludido e decepcionado comtudo quanto se diz. se proclama, se prega e se assevera, mas nãose consagra pelo fato positivo em t·ermos de relacionamento pacifi­co e fraterno de grupos étnicos e vivênciã da tão :falada democra­cia e seu igualitarismo teórico; prefere o ferrão potestativo da leipara o plano de integração social, que por ser objeto de exclusivae requíntada subjetividade, está por isso mesmo, a exigir um pa­triótico movimento de conscientização popular partido do próprioGov·erno, sob a inspiração soberba da unidade espiritual da Pátria,incentivada pelos modernos e supereficientes meios de comunica­ção e vigorosa r·epercussão nos institutos de ensino ou outros deaprimoramento cultural.

Simpósios, Semanas de Estudos, Reuniões cívico-sociais, estãose realizando pelos quadrantes do Pais para tentar, com senti­mentos de profunda brasllidade, garantir, de fato, a unidade es­piritual da gente brasileira. No Rio Grande do Sul, num ciclo deestudos afro-brasileír-os, as conclusões foram, entre outras já trans­critas nos Anais do Congresso Nacional, de que há necessidade depromover maior integração do negro no processo de desenvolvi­mento sócio-económico, tendo em vista seu valor no contexto g·eraldo País. Que ele deve conscientizar-se de si mesmo, ter conheci­mento dos direitos e deveres como integrante valioso da Sociedadea qual pertence; deve também acelerar o processo intencionaí damudança da própria imagem no panorama sócio-cultural atravésde atividades de auto-formação, orientadas e que estruturadas pe­los agentes da educação na Escola ou nos órgãos Comunitáriospossam atuar como instrumento a serviço da valorização do Negroe sua integração como pessoa humana no contexto brasileiro. con~

Dezembro de 1979 lHÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1) Quinta-feira 1> 14881

siderando que seu acesso a niveis mais elevados deve ser embasadona Espiritualidade, na Cultura e na Política.

Os novos Partidos em organização, como se vê, não podemquedar-se alheios a esse movimento de renovação espiritual ;:loNegro Brasileiro, já em fase de corrigir os desvios de personalida­de que lhe provocaram os 400 anos de escravidão, na lição do Soció­logo ~dgar Sant~a. Afora a presença nas Universidades, a preo­cupaç!loO do apnmor!lomento mental, a consciência da formacãocívica e do direito que têm à plena integração social, querem e de­vem, como sugeriu o ciclo de Porto Alegre, cogitar, conquistar eaprimorar, também na Politica, os valores de que carecem. Dai porque devem os Partidos, no bojo de seus programas em formação.dedicar especial atenção à figura dos Negros irmãos, seu problemapois ele com sua atuação positiva na organizacão político-partidá­ria dá o colorido imprescindivel para autenticár o fundo realmentedemocrático dos programas dos nossos Partidos e de sua estruturarealmente liberal e popular. E assim surgirá naturalmente a ver­são nova do 13 de Maio de 88, de que nos fala Florestan F'en\ande.'l;o processo de acul.turação há-de completar-se natural e irmãmentecomo penhor da correção dos desajustamentos de ordem ,social eeconômica que restou da l.a Abolição.

E a ll!ma da negritude há-.d~ se iluminar em festa porque, denovo, sera convocada para ratiflcar sua formidanda contribulcãoem prol da formação da nacionalidade nascente. >

pátria é unidade de espírito e onde entre irmão ,subsistir res­trição tão-só pelo colorido da pele, há-de ser inexistente a identi­dade sentimental.

Pátria, na expressão do genial baiano, não é ninguém: são to­dos t: cada ~ua;I tem no seio dela o mesmo direito à idéia, à pala­vra, a assoClaçao.

E o esforço comum e herçúleo sob o impulso da exemplar pre­disposição das responsáveis pelos destinos do Pais, há-de comple­mentar e sublimar o nosso cortejamento afetivo à numerosa e dis­tinta comunidade africana aqui radicada nos primores da mais ati­va e fecunda cooperação e relacionamento diplomático, como provade que a História fez de novo cruzarem as fronteiras aquáticas quenos separam, para o reencontro de irmãos que um dia construí­ram juntos a Pátria que, para deslumbramento do Velho Conti­nente, é hoje facho de luz iluminando o Novo Mundo.

E assim, nesta comunhão cívica de anseios e orgulho pátrio,na amplitude do abraço perenal e brasílio de irmãos de qualquercoloração epidérmica, vamos bendizer o aquarelar da Pátria, tnms­formando, em comum esforço, a v8.liegada pigmentação da suagente predestinada em toada suave de legitima brasilidade.

Mas, não só buscar devemos no jogo colorido das tintas, a ple­nitude gloriosa da tela monumental do Porvir.

Vamos tentar o prodigio de degelar a morte e arrancar-lhedas garras aduncas um menestrel das ruas; cantor popular de so­noridade sem par; seresteiro da alma nacionaL

Que ele venha regel' com as maravilhas da sua lira quase di­vinatória, a melodia que criou num instante de sublime inspiraçãoe que a negritude quer cantar como a surdinar o próprio HinoPátrio, pois se este é a "alma do Povo retratada em cores", AriBarroso fez da "Aquarela do Brasil" o espirito das ruas traduzidoem sons e poesia:

"Brasil, meu Brasil brasileiro.""Mulato izoneiro - vou cantar-te em meus versos!"

Pouco importa que e,stes versos identifiquem nos dois Hinos, amesma harmoniosa beleza dos acordes ou as modulações de gran­diosidade da Pátria comum do amanhã.

"Brasil do meu amor - Terra de Nosso Senhor" - não só nocantar das vozes negras, mas Brasil p',ra mim, p'ra nós, p'ra todosos milhões de irmãos e patricios de todas as cores, sonhando osmesmos sonho,s de uma vida mais humana, em termos de solidaris­mo fraterno, a trinar ainda mais alto:

"Oi, abre a cortina do passado, tira mãe preta do cerrarlo",para que ela venha, não como símbolo de pieguismo e bondadeeontemplativa, retratando humildade, vocação p'ra babá, crioula decontiança p'ra cuidar da casa, da cozinha e dos filhos dos outros;que venha sim, mas com a imponência das grandes damas, Senho­ra de linhagem nobre, receber o tributo do respeito das gerações eo culto da gratidão nacional.

"Bota o Rei Canga no congado", que é a realidade sócio-econô­mica das multidões afro-brasileiras; no congado dos anelos de umlugar ao 801; na conquista da crença em si mesmas, isentas daque­le paternalismo que tanto desfigurou a vitória do PDVO que trouxep'ras ruas a bandeira da Liberdade e os lauréis da Abolição; quevenha "8. Majestade" e se adone do congadQ como penhor de al­forria do escravo em 88, que pelas ma.ravilhas do Livro e do Saber,não mais comporte cidadãos livres, eivados, porém de complexida­des mal sadias. •

"Brasil, deixa cantar de novo o trovador - a merancóríaluz da lua - toda a canção do meu amor."

E agora, quase cem anos depois da Abolição, em plena lutapela real consolidação dos grandes ideais da corte redentora.pela conceituação exata da cor da pele apenas como simples aci­dência, não podendo assim cavar abismos entre indivíduos de con­vivência na mesma SOciedade: agora, dizíamos, nem que seja parasimples avaliação do processo evolutivo da História; seria interes­sante uma espiadela no tempo, para ver como era "Sa Dona cami­nhando pelos salões arrastando - Seu Vestido rendado"_

O coro de vozes há-de intensificar-se tanto, a ponto de, porforça da nossa predestinação democrática, não mais distinguir, nocorrer dos ano,s, o timbre do canto de cada grupo, na uniformida­de dos intentos gerais.

"Brasil - Oi fontes mormurantes - onde eu mato a sede" - etodos o farão de igual forma - porque a sede é de Yiver livre, numasociedade de inspiração democrática que reconheça e consagre asoberana expressão do povo.

. "Esse Brasil lindo e trigueiro - Brasil brasileiro", por isso mes­mo, não tem e não quer ter dono aqui dentro e muito menos feito­res lá fora; montados nos capitais sem pátria que, com tentáculoscolonizadores, buscam envolver todas as pátrias.

Este- Brasil, por isso mesmo, terá como penhor da sua inde­pendência econômica os brios da nacionalidade, que surgiu do beijohistórico "das três raças".

"Brasil p'ra mim", p'ra nós, p'ra todos o,s irmãos brasileiros.negros e brancos; para individuos de todas as raças, pátrias, ori­gens e condições sociais, que aqui aportem angustiados em buscade uma vivência ou convivência livre e fraterna entreverados aocalor afetivo desta gleba abençoada por Deus, Supremo Regedordos Mundos - que tanto quanto o fez com o Povo Eleito, tambémprodigalizou ao Brasil - em meio a fúria das explosões, ódio, vio­lência e tiranias que proliferam sacudindo o,s qua;:lrantes do terres­tre Globo, a destinação benfazeja de legitima Terra da Promissão.

-Brasil, sim, Sr. Presidente, p'ra mim, p'ra nós e p'ra todos.

DISCURSO DO DEPUTADO ATH!Ê COURY, NASESSAO VESPERTINA DE 29-11-79.

O SR. ATHIÊ COURY (MOB - SP.) - Sr. Presidente, Sr,s.Deputados, não morrem aquele,s que deixaram no mundo traçosindeléveis da sua passagem, principalmente os grandes humanis­tas, os qUe colocaram os interesse,s da cultura acima da mesqui­nhez das reivindicações individuais; os que profligaram a violên­cia, condenaram o erro, não compactuaram com o crime; os quenão invejaram, mas souberam admirar os grandes vultos; os quenão se inclinaram à mesquinhez dos vôos rasteiros, mas sobrepai­raram às limitações contingentes, para realizar o vôo do condor.com a coragem_ das gaivotas.

Esses homens não morrem, mas realizam aquela promessade Vargas, em sua carta-testamento: saem da vida para entrarna História.

Foi o que aconteceu com o ProL Cleóbulo Amazonas Duarte,jurista notável e jornalista exemplar, um sergipano que dedicouà Cidade de Santos o melhor dos seus talentos e, por isso mesmo,sua memória viverá, perenemente, na lembrança da cidade quetanto amou, a retribuir-lhe tal dedicação com igual força do afe­to. Se as cidades tem alma, a de Santos está genuflexa, diantedo Panteon em que .se coloca a imagem de Cleóbulo AmazonasDuarte.

SíNTESE BIOGRÁFICACleódulo Amazonas Duarte nasceu em Aracaju, no dia 2 de

fevereiro de 1898. Formando-se em Direito, logo se domiciliouem Santos, casando-se com uma Andrada, D. Maria Augu,sta, queo antecedeu no caminho da eternidade, como perderia, depois.os filhos Célio Márcio e Caio Silvio, restando ainda, desse matri­mônio, Violeta Amazonas Duarte, Eleonora Amazonas Duarte eo Dr. Celso Augusto Amazonas Duarte.

Professor titular da Faculdade Católica de Direito de San­tos, exerceu também o magistério na Faculdade de Ciências Eco­nômicas e Sociais, onde era o decano, e a cátedra de História doBrasil na Escola Normal José Bonifácio, recebendo a láurea deProfessor Benemérito da Associação Instrutiva José Bonifácio.

Era Presidente de Honra e Benemérito do Clube dos 21 Ir­mãos Amigos, naquela cidade, onde exerceu a Promotoria Públi­ca; foi membro da Sociedade Visconde São Leopoldo; Presidenteda Associação Santista de Esportes Atléticos; diretor do "Jornalda Noite" e da "Gazeta Popular"; Vice-Presidente do InstitutoHistórico e Geográfico de Santos e presidente da Subseçao san­tista da Ordem dos Advogados do Brasil; do ConSelho Delibera­tivo do Clube XV e do Clube Internacional de Regatas; do Tirode Guerra 1L e da As,sociação Instrutiva José Bonifácío; mE'm-

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bro da sociedade Viscõnde São Leopoldo; do Circulo Militar deSantos; da Comissão Municipal de Cultura; diretor da Faculda­de de Ciências Econômicas de Santos e Consultor Jurídico da Ca­pitania dos Portos do Estado de São Paulo.

Esse belíssimo cartel, que ostentava aos oitenta anos, eraacompanhado das seguintes condecorações: Medalhas do MéritoTamandaré, do Mérito Cultural Ruy Barbosa, do Mérito CulturalImperatriz Leopoldina, do Patriarca, do Príncipe Alberto, de Mô­naco; ostentava, ainda, a medalha comemorativa do cinqüente­nário de Irmão da Irmandade da Santa Casa de MiserIcórdIa deSantos. .

Mas, de todos os títulos, ostentava com orgulho maior o de"Cidadão Santista", concedido pela Lei Municipal n.o 2.698, de3 de outubro de 1963.

Era sócio remido do Clube XV, benfeitor do Clube Interna­cional de Regatas, irmão remido da Santa Casa da Misericórdiade Santos, cuja Mordomia exerceu, ostentava o diploma de amigoda Marinha, pertencia ao, Instituto Histórico e Geográfico de Ser­gipe, à Academia Sergipana de Letras; à Sociedade de Medicinae Criminologia de São Paulo, sendo sócio-benfeitor da Casa dosArtistas do Brasil, memoro da Associação Brasileira de Imprensae da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra,onde fez curso sobre Segurança Nacional e Desenvolvimento.

O EscritorAlém de jornalista eminente, Cleóbulo Amazonas Duarte se

dedicou à llteratura, à história, à geografia, à iconografia e aodireito, escrevendo, dentre outros, os seguintes livros: "Torre deBabel", ensaio histórico e artistico da iconografia de Jesus Cris­to, publicado em 1919, no Rio; "D. Pedro U", biografia editadaem 1926, também no Rio de Janeiro; "Biografia de uma Cidade",Santos, em 1946, publicada em separata pelo Serviço de Documen­taçáo do Ministério da Educação e Cultura e transcrita nos Anaisda Câmara Municipal de Santos, pela Resoluçáo n.O 34, de 7 demaio de 1953; "A Atualldade de Ruy Barbosa", em 1949, publicadaem separata pela Casa de Ruy Barbosa, do Ministério da Educa­ção e Cultura; "Da Prisão Preventiva" e "Ave Judex", divulgadosem 1953; "Civis Santenses", publicada em 1963, além de váriasmonografias e artigos divulgados pela imprensa do Rio de Ja­neiro, Sergipe e Santos.

Também representou a Faculdade Católica de Direito de San­tos, com dest!l-cada atuação, no Congresso de Direito Penal Mi­litar, realizado no Rio de Janeiro, em junho de 1958.

Não era, apenas, um literato, mas, sobretudo, um pesquisa­dor, como revela em sua preocupação pela biografia e pela ico­nografia. Mas, com uma excelente formação humanistica, domi­nando o latim e conhecendo os clássicos, revelava um poderosoestilo, principalmente na tribuna forense e na cátedra universi­tária, que foram os melhores instrumentos de sua pregação cul­tural e cívica.

Um AmazonasEra uma personalidade singular, aliando a grande cultura e

a coragem civica a uma grande bonomia, com um permanentesorriso nos lábios, espargindo os bens e prodigalizando huma­nismo.

Falando a seu respeito, em maio último, dizia o ProfessorJoão Papa Sobrinho:

"Tudo grandioso, como o grande rio-mar, em CleóbuloAmazonas Duarte. Como a fluente massa que escorre ru­mo ao oceano, tudo nele era incomensurável: cultura, éti­ca, civismo e amor.Silencioso, calmo, em suas posturas normais, era, no exa­to momento, uma pororoca altiva, na defesa dos seusprincípios, seus ideais, suas responsabilidades. Tinha opoder fascinante de irradiar simpatias, adquirir amigos efazer o bem.A sua sombra brotaram e vicejaram vocações de cultura.Foi aqui, abandonando o Planalto, que tive a ventura deencontrar, frente a frente, esse rio-mar: Amazonas, Dl'.Cleóbulo Amazonas Duarte, a quem devo, como muitosdevem, vocações e incentivos. Foi ele quem me incentivoua prosseguir na árdua mas nobre carreira de professor.Isso, em 1936, quando eu engatinhava, procurando saberum rumo ao meu futuro. Ele foi meu guia, no magistério,no comércio, em todas as minhas iniciativas."

Uma HomenagemJustificando um projeto de lei à Assembléia. Legislativa, dan­

do à Escola Estadual do Conjunto Ana Costa o nome do ProfessorCleóbulo Amazonas Duarte, disse o Deputado Emílio Justo que es­sa homenagem visava a

"consignar o preito de reconhecimento do poder públicoao eminente intelectual, que, nos meios educacionais, ju-

rídicos e sociais, assinalou, de forma indelével, a sua pas­sagem, pelo fecundo trabalho que realizou nos mais di­versos campos da atividade humana"."No desempenho das múltiplas atividades que exerceuem toda sua vida" - prossegue aquele parlamentar ­"Amazonas Duarte acumulou, ainda, com as funções deprofessor a profissão de advogado, destacando-se comogrande criminalista junto ao Fórum de Santos.Amazonas Duarte desaparece aos 81 anos de idade, dei­xando os mais notáveis exemplos de probidade pessoal, decapacidade administrativa, exemplo, aliás, em que po­dem espelhar-se, de maneira a.ltiva, todos os seus des­cendentes. Desaparece com ele o homem respeitável, deatos verticais, que dedicou à causa do bem comum, emtodos os cargos que ocupou, os anos mais ativos de suaexistência. Desaparece com ele, assim, um paradigma delisura moral, que tanto dignificou a sociedade na qualviveu e para a qual trabalhou."

A Câmera de péNa sessão extraordinária especiai de 13 de fevereiro de 1979,

a Câmara Municipal de Santos prestou, de pé o Plenário inteiro,a homenagem de um minuto de silêncio à memória do inclitomestre, declarando, na oportunidade, o Vereador Fernando Dli­va, depois de apontá-lo como "uma das mais extraordinárias fi­guras da colônia sergipana em Santos" e relembrar o momentoem que aquela Casa lhe conferiu o titulo de "Cidadão Santista":

"D destino dita determinados acontecimentos, o destinomarca determinadas passagens e a vontade de Deus devee tem de ser respeitada. Esse homem não pôde ser assis­tido, no seu sepultamento, pela Câmara de Santos. Tenhocerteza de que, indiscutivelmente, 19 Vereadores que aquise encontram desejam tributar-lhe à beira do túmulo ahomenagem da cidade, através dos seus mais legítimosrepresentantes, os homens escolhidos peio povo que eletanto amou e ao qual tanto serviu. Santos perde um filhoapaixonado. E Amazonas Duarte deixa um nome, deixauma legenda,"

Concluindo, declarou aquele representante da ARENA:"Sou feliz porque o conheci quando ainda era jovem eel~, já um homem experiente,fazendo o que fez sempre,onentando aqueles que aqui chegavam de sua queridaMaruim, da qual ele falava com tanto' encantamento edo seu Estado, de quem dizia sempre: "Sergipe, Estadopequenino, porém decente, exportador de tantos brasi­leiros ilustres. Sergipe, que colaborou, através de sua co­lônia, para a grandeza desta terra. Santos é uma dasprincipais cidades sergipanas:'

Um éruditoA imprensa foi justa, não apenas generosa, 'il.O registrar o seu

passamento. Num suelto intitulado "Morre um erudito", A Tri­buna de Santos, de 25 de fevereiro, lembrando a referência deZebalhos a Ruy Barbosa, "uma excelsa mentalidade, salientou:

"Nós outros, humílimos, também definimos a figura imar­cessivel de Cleóbulo Amazonas Duarte em duas palavras:sublime mentalidade!Sua arte de discursar no Tribunal do Juri e em público;seu professorado, sobretudo universitário; sua biografia;sua unção civica; seu tradicionalismo nacionalista e seujornalismo '(ivaz e enxuto, representam valores positivose salientes de Educação, Inteligência e Cultura."

Mais adiante, salienta o articulista Dlao Rodrigues, na colu-na, "Nos Tempos de Nossos Avós":

"Admirávamo-lo desde o início da nossa carreira jorna­lística, na inesquecivel sala da redação do Jornal da NoIte,da qual ele era chefe, passando a acompanhar-lhe de per­to e de longe toda a sua caminhada de lutas, sacrifícios,vitórias e glórias."

Concluindo, diz o artigo:"Santos acaba de perder um cidadão de alta notoriedademoral, cívica e cultural. Cidadão que a enobreceu e en­grandeceu'com as luzes do Saber e da Educação."

Aristeu Bulhões, na sua seção do jornal A Cidade de Santos,"Cidade em Prosa e Verso", termina por expressar à família Ama­zonas Duarte os sinceros pêsames, "que resumem, por certo, o sen­timento de solidariedade espiritual de todos os confrades da Aca­demia Bantista de Letras",

O poetaQuando Celeóbulo Amazonas Duarte foi homenegeado no Clu­

be dos Irmãos Amigos, em 1976, o jornalista Nelson Ribeiro, ho-

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menageando "esse santista de Sergipe", teve oportunidade de di­vulgar um belo soneto, que revelava os dotes poéticos deSse gran­de humanist-a.

Eis o alexandrino impecável:'"FLORESTA

Na verde oscilação das folhas pequeninas,A floresta murmura estrofes de Alegria.Roto o cJlu}e -da seiva, o calor das resinas,do -arvoredo, feliz e sã perfumaria.

Quando o orvalho, de leve, as gotas diamantinasEspalha da charneca, a vida se irrádia!E a.s "atas orvalhando as flores peregrinasTêm vago cintilar de rara pedraria.

E tens, também, floresta, a música divina,A música feliz de triste passaredo,E as cambi-antes gentis de flores da ravina.,.

Teus beijos de perfume e o tristonho arvoredoReproduzindo a vida em fruto que sazonaBendirá de teu seio e bendirá Pomona.

Este soneto revela, em Amazona.s Duarte, o mestre da forma,o parnasiano exemplar, que dobraV'a a estrofe cristalina, produ­zindo o verso sem um defeito, como dizia Bilac. ao assinalar "queofício tal não há notícia de outro qualquer", pela, perícia que exí­ge no domínio da palavr-a.

Naquele dia 2 ne fevereiro não lhe faltou a homenagem de ou­tro poeta, Derosse José de Oliveira, concluindo com a seguinte es­trofe:

"Neste dois de fevereiro,tão claro e cheio de sol,talvez eu seja o primeirodos seus amigos no rola lhe mandar um abl'agoem redondilha maior:ao advogado-mor,ao respeitável decano,ao meu velho sergipanoa minha admiração.

Na festa de ;IemanjlÍ-,meu abraço comovidoa você, muito queridocolega de profissão,mais que colega, um amigo,na verdade, quase irmão."

O orador

Coube a Vicente Cascione, em A Tribuna de 11 de março de1973, seis anos -antes do desaparecimento de Amazonas Duarte, aoagradecer um livro do velho mestre, que lhe enviara um dos seusfilhos, Celso Augusto, relembrar uma das mais belas páginas Ora­tórill$ do insigne:sergipano, de discurso proferido em março de1926, quando o orador ainda não alcançara.. os trinta anos:

"l?or demais sabido é que o nosso século, solta como estáa matilha dos instintos humanos, se vem notabilizandopelo desmanchado dos costumes, pelo rebaixamento sensí­vel das boas virtudes. O ceticismo, a descrença, a sedeobstinada de ouro, a desconfiança müt\la, a vulgaridadedos valores artísticos, o definhamento da moral, a febreardente das conquistas ousadas, a epilepsia das coisas ra­ra.s e grandiosa.s, a falta de sensibilidade e de nobreza deatitudes, a esquisitice como Padrão de bom gosto e de be­leza, o preciosismo como quilate <ie estética, de moral ede ciência, tudo isto e mais esre atmosfera de mal-estarpqi.rando ,sobre o mundo, tudo isto faz da triSte numani­dade de nosso século uma legião de desiludidos, ansiosos eamargurados ...Temos a impressão de que tudo é falso em redor de nóS- o ouro das moedas, as palavras dos homens, o gesto dosheróis, o sorriso das mulheres e a inviolabilidade dasleiS. E falsa a própria alegria e a oa,rte. Também o sãoas promessas de paz universal que as nações discutem naoratória dourada e estéril de seus embai:x:adores, para, àsocultas, prepararem a guerra com os recursos e os precei­tos que a ciência vertiginosa cria no silêncio morno dosgabinetes."

Para Deus

U:rn'8. das mais expressivas homenagens prestadas ao ilustre,,"xtinto, na Rádio Universal de Santos, no dia 17 ne fevereiro de

1979, foi a página escrita por Edith Pires Gonçalves Dias, de quedestacamos os seguintes trechos:

"Cleóbulo Amazonas Duarte foi aquela criatura que nossospais amaram e respeitaram, que nós amamos e respeita­mos que ensinamos aos nossos filhos a amar e respeitar,e que será lembrado aos nossos netos como um simbolo dehonestidade e rigidez de caráter.Para Deus, porém, ele foi muito mais que isso. Foi o filhodireto que, ingressando na eseola que é a vida terrena,aproveitou ao máximo as lições que ela lhe ofereceu, con­cluindo o curso, vitoriosamente, vencendo com galhardiaos testes a que foi submetido.Para Dens, ele foi o servidor honesto e empreendedor que,recebendo os preciosos talentos da Sabedoria, Soube multi­plicá-los e distribui-los prOdigamente pelos seus inúme­ros alunos.Para Deus, Amazonas Duarte não foi apenas um estudiosoe defensor das leis humanas, mas foi, principalmente, umrigido cumpridor das leis divinas. Hoje, que a lembrançados nossos entes queridos repousa em algo concreto ereal: a certeza de um reencontro, num plano onde já nãoexistem temores, lutas, dores, e lágrimas, nós, que aquificamos, enviamos 'ao grande Professor a nossa mensagemde carinho e saudade ...Até um dia, Professor Amazonas Duarte! Que Deus ilu­mine o seu espirito com uma luz brilhante como foi asua inteligência e que possamos sentir em nossos cora­ções o reflexo dessa luz, 'ajudando-nos a vencer todas asnossas provas e chegar gloriosamente ao final do Cursoterreno como o Senhor, Professor querido, chegou."

O soldado

Quantas missões lhe confiaram, foram executadas por Ama­zonas Du-arte com a insubStituivel convicção' de que ctevia fazero melhor. Não era, na verdade, um perfeccionista, mas muito lhe!>ignificava o cumprimento do dever.

Assim foi, também, como soldado, realmente exemplar. Eis oque, a propósito dessa sua faceta, escrevia, no dia 13 de fevereirode 1979, em A Tribuna de .santos, Clóvis Pereira de Carvalho:

"Em 1920, Cleóbulo Amazonas Duarte era quintanista deDireito. Sorteado (convocado para o serviço militar), foiservir na 2." Companhia do 1.0 Batalhão do 3.0 Regimen­to de Infantaria, comandado pelo Coronel "'João de DeusMenna Barreto. Era Presidente da República Epitácio Pes­soa e MJ.nistro da Guerra. Pandiá Calógeras, que não eramilitar de carreira.O soldado Cleóbulo Am~nas Duarte foi elogiado .duas ve­zes pelo Presidente da Reopública, pelo Ministro da Guerrae pelo Comandante da Região. Motivo: o garbo CGm quese apresentou na parada de sete de setembro daquele anoe pelos esforços que fez pela instrução da tropa. Ainda ser­vindo no Exército, quando da visita no Rei Alberto, da Bél­gica, ao Brasil, foi o soldado Cleóbulo maís uma vez hon­rado pelo Presidente da República, S. M. o Rei Albertoe o Ministro da Guérra, pelo aspecto órilhante, garbo, inte­ligência e cultura (falava corretamente o francês) comque se apresentou nas homenagens a esse monarca."

O mestreO jornal santista O Advogado, de fevereiro/marçO de 1979, re­

lata o seguinte episódio, ocorrido na Faculdade Católica de Di­reito de Santos:

"Estava o ProfeSSOr Amazonas Duarte dando sua aula cteDireito Penal, quando a Polícia Política quis retirar daclasse um aluno considerado subversivo.

A reação do professor contr-a tal intromissão se fez pron­ta e enérgica, proibindo terminantemente a retirada doaluno da sala de aula e 'advertindo que a cátedra tinha queser respeitacta.

Terminada a aula, porém, o professor e, com ele, váriosestudantes, acompanharam o seu aluno até a presença daautoridade competente."

Finalizando, queremos lembrar as palavras de .ArquimedesBava, ao proferir o seu elogio fúnebre:

I"Calou-se o advogado e o professor perfeitos; o oradorfecundo cerrou para sempre os lábios; emudeceu o mes­tre; o poeta, que o era de verdade, silenciou o seu cantoheróico. Mas a sua obra subsiste, tal como a luz dessesastros monstros que ainda nos alumiam no infinito."

Ele ficará na memória de Santos, como (), melhor presente hu­mano que Sergipe enviou à terra de Brás Cubas.

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ATOS DA MESA

A Me."<n da Câmara dos Deputados. no uso das atribuições quelhe conferem o a~t. 14, inciso V, do Regimento Interno, e ü

art. 10~ da Resoll,ç.ao n,O 67, de 9 de maio de 1962, resolve proVer,a partrr de 20 de Junho de 1977, observado o disposto no art. 4.0do Ato da Mesa n,o 31. de 3 de outubro de 1979, mediante pro­gressão. nos termos da Resolução n." 8. de 27 de junho de 1975Antônia Gonçalves de Araújo em cargo da Classe "B", Referência:47. da CategOl'ia Funcional de Técnico Legislativo, CD-AL-Oll. 7,do Quadro Permanente da Câmara dos Deputado",", vago em vir­tude da progressão de Geraldo José de Sá.

Câmara dos Deputados, 29 de novembro de 1979 - Flávio~larcilio, Presidente da Cãmara dos Deputados. .

j Republ1cndo por ter saído com lncol reção no DC.x de 1 0-12 ... 1979)

A Me.'la da Câmara dos Deputados, no uso das atribuições quelhe conferem o a~'t. 14, inciso V, do Regimento Interno, e oart. 102 da Resoluçao n.O 67, de 9 de maio de 1962 resolve concederexoneração, de acordo com o art. 137, item I, '§ 1.0 item I dacita~a ~esolução, a Ant?nio Carlos Roque da Silva: TaquigrafoLegrslatLvo. Classe E:;pe-elal, do cargo de Assessor Técnico. IÚvelCD-DAS-I02.3, Que exerce no Gabinete do 1.°-Vice-Presidente.

Câmara dos Deputados, 5 de dezembro de 1979. - Flávio:\'IarcíliG, Presidente da Câmara dos Deputados.

A Me"""l da Câmara dos Deputados, no uso das atribuições quelhe confere o art. 14, inciso V, do Regimento Interno combinadocom o art. 102 da Resolução n.o 67, de 9 de maio de 1962, e obser­vado o disposto no art. 4.° da Lei n.O 5.901, de 9 de julho de 1973,resolve nomear, na forma do art. 103. alínea b, da Resolucüo n.O 67,de ~ de .maio de 1962, Antônió Carlos Roque da Silva, TaquígrafoL.eglSlatlvo, Classe Especial, para exercer, no Gabinete do Secre­tario-Geral da Mesa, o cargo de Assessor Técnico, nível CD-DAS­102.3, do Quadro Pennanente da Câmara dos Deputados, trans­formado pelo art. 1.0 da Resolução n.O 43, de 30 de junho de 1973.

Câmara dos Deputados, 5 de dezembro de 1979. - Flávioi\larcílio, Presidente da Câmara dos Deputados.

A Mesa da Câmara dos Deputados, no uso das atribuições quelhe confere o..art. 14, incíso V, do Regimento Interno, combinadocom o art. 102 da Resolução nY 67, de 9 de maio de 1962, e obser­vado o disposto no art. 4.0, da Lei n.O 5.901, de 9 de julho de 1973,resolve nomear, na fornla do art. 103, alínea b, da ResDlucâon.O ~7, de 9 de maio de 1962, Jeová Abrahão para exercer, 'noGabmete do 1.0_Vice-Presidente, o cargo de AsseSSDr Técnico,CD-DAS-I02.3, do Quadro Permanente da Cãmara dos Deputados,transformado pelo art. L" da Resolução n," 43, de 30 de junhode 1973.

Cãmara dOd Deputados. 5 de dezembro de 197:J. - FlávioMarcílio, Presidente da Câmara dos Deputadof.,

A Me,'\a da Câmara dos Deputados. no uso das atribuzções quelhe confere o § 2.0 do art 136 da Resolução n." 67, de 9 de maiode 1962, com a nova redação que lhe foi dada pelo art. 1.0 daResolução n.O 14, de 1.0 de dezembro de 1975. resolve designarMaria Gcralda Orrioo, Técnico Legislativo. Classe Especial, ponton.o 357, 2.a substituta da Diretora da Coordenação de Apoio Par­lamentar, CD-DAS-101.3, em sel1S impedimentos eventuais, a par­tir de 26 de novembro do corrente ano,

Câmara dos Deputados, 5 de dezembro de 1979. - FlávioéVlarcílio, Presidente da Câmara dos Deputado:'>,

A Mesa da Câmara d'os Deputados, no uso das atribuições queche conferem o art. 14, inciso V, do Regimento Interno, e o'art. 102, da Resolução n.O 67, de 9 de maio de 1962, resolve, nostermos dos arts. 101, item UI, parágrafo único, e 102, item I,alínea a, da Constituição da República Federativa do Brasil, com­binados com os arts. 183, item II, alínea a, 186, item I, alínea a, e193, item II, da Resolução n.O 67, de 9 de maio de 1962, e como art. 1 ° da Resolução n.O 45, de 30 de novembro de 1979, con­ceder aposentadolia a Maria Jamille Cuneo Danigno, no cargode Técnico Legislativo, CD-A~-Ol1, Classe Especial, Referênch 56,do Quadro Permanente da Camara do:'> Deputados.

Câmara dos Deputados, 5 de dezembro de 1979. - Flávio~1arcilio, Presiden te da Câmara dos Deputado,,;.

Á Me,'1a da Câmara dos Deputados, no uso das atribuü;õcs que:.te conferem o art. H, inciso V, do Regimento Inten10 e oart. 102, da Resolução n.O 67. de 9 de maio de 1962, resolve, no!>

termo.s dos arts. 101. item III, parágrafo único, e 102 item I,a~nea a, da Constituição da República Federativa do Brásil, com­bmados com os arts. 183, item lI. alínea a, 186, item I, alínea a, e193, item lI, da Resolução n.O 67, de 9 de maio de 1962 e como art. 1.0 da Resolucão n.o 45. de 30 de novembro de 1979 doncederaposentadoria a Ondina Pereira, Franco, no cargo de TaquígrafoLegislativo. CD-AL-013, Classe Especial, Referência 57, do QuadroPermanente da Câmara dos Deputados, observando-se o dispostono § 2.0, do citado art. 102 da Constituição.

Câmara dos Deputados, 5 de dezembro de 1979. - FlávioMareilio, Presidente da Câmara dos Deputado.'1.

A Mesa da Câmal'a dos Deputados, no uso das atribuições que'lhe conferem o art. 14, inciso V, do Regimento Interno, e oart. 102, da Resolução n.O 67. de 9 de maio de 1962. resolve, nootermos dos art,. 101, Item III, parágrafo único, e 102, item I,alínea a, da Cun,tHuição da República Federativa do Brasil, com­binados com 05 arts. 183, item lI, alínea a, 186, item I, alinea a, e193, item n. da Rl'~olução n.O 67, de 9 de maio de 1962, concederapol'lentadol'Ll a Gelcy Clemente Batista. no eargo de TécnicoLegislativo, CD-AL-O, I, Classe Especial, Referência 57, do QuadroPermanente da Câmara dos D",putados, observando-se o dispostono § 2.°, do citado art. 102, da Constituição.

Câmara dos Deputados, 5 de dezembro de 1979, - FlávioMarcílio, Presidente da Câmara dos Deputado.'1.

A Me.'1a da Câmara dos Deputados. no uso das atribuições quelhe conferem {) art. 14. inciso V, do Regimento Inten10, e oart. 102, da Resolução n.O 67, de 9 de maio de 1962, resolve con­siderar, de acordo com art. 189, § 2.0, da Resolução n.O 67, de 9 demaio de 1962, que a aposentadoria concedida a Maria LuizaMo\:.:snier, por Ato de 8 de março de 1978 e alterado pelo de 3 deoutubro de 1979, no cargo de Técnico Legí.'llativo. CD-AL-Oll.Classe Especial, Referência 55, com as vantagens da função deSecretário, CD-DAI-112.3-NM, da Diretoria Administrativa, nosLermos da alínea a do citado art. 189, passe a ser. a partIr de 16 deagosto de 1979, com a vantagem do art. 193, item lI, da mencionadaResolusão.

Câmara dos Deputados, 5 de dezembro de 1979. - FlávioMareilio, Pre5idente da Cãmara dos Deputado,';.

A Me~,a da Câmara dos Deputados. no uso das atribuições quelhe conferem o art. 14. inciso V, do Regimento Interno, e oart. 102, da Resolução n.o 67, de 9 de maio de 1962, resolve, no."termos dos arts. 101, item IH. parágrafo único, e 102, item 1,alinea a, da Constituição da República Federativa do Brasíl, com­binados com Os arts. 183, item rI, alínea a, 186. item 1. alinea a, e193. item rI, da Resolução n.o 67, de 9 de maio de 1962, concederaposentadoria a Mario Camilo de Oliveira, no cargo de TécIÚcoLegislativo, CD-AL-Ol1, Classe E:;pecial. Referência 57, do QuadroPermanente da Câmara dos Deput~dos.

Câmara dos Deputados. 5 de dezembro de 1979. - Flávio1'Ilarcilio, presidente da Câmarà dos Deputadc>'\.

A MeF,a da Câmara dos Deputados. no uso das atlibuições quelhe conferem o art. 14, inciso V, do Regimento Interno. e oart. 102 da Resolução D.o 67. de 9 de maio de 1962, resolve prover,a partir de 20 de junho de 1977, observado o disposto no art. 4.0do Ato da Mesa n.o 31, de 3 de outubro de 1979, mediante pro­gressão, nos termos da Resolução n.O 8, de 27 de junho de 1975,Antôma Gonçalves de Araújo em cargo da Classe "B". Referência47, da Ca~egoria Funcional de Técnico Legislativo, CD-AL-Oll.7,do Quadro Permanente da Câmara dos Deputados. vago em vir­tude da progressão de Geraldo José de Sá.

Câmara dos Deputados, 29 de novembro de 1979. - FlávioMareílio, Presidente da Câmara dos Deputados.

Republtcado por incorreção (DCN de 1.°-12..79)

MESA

Ata da 15.a Reunião da Mesa,' realizada em 29-11-'19

Aos vinte e nove dias do mês de novembro de mil novecentose setenta e nove, às 9 horas, reúne-se a Mesa da Câmara dosDeputados, sob a presidêncía do Senhor Deputado Flávio Mar­cílio, Presidente. Presentes os Senhores Homero Santos. RenatoAzeredo, Wilson Braga, Epitácio Cafeteira e Walmor de Luca, res­pectivamente, 1.0 e 2.0 Vice-PresIdentes, 1.0, 2.0 e 4.0-Secretários.Ausente, por motivo justificado, o Senhor Deputado Ari Kffuri3.0-Secretário. Havendo número legal, o Senhor Presidente decJar~abertos os trabalhos. I - Pauta do Senhor Presidente. A Mesaresolve: a) Aprovar as seguintes designações: 1) Luiz Carlos Bo­ros, Inspetor de Segurança Legislativa, ponto n.O 1.571,2.° substitu-

I)ezembro de 1979 DIARIO DO CONGIU;;SSO NACION,'\L (Seção II Quinta-feira 6 14885

to do Diretor da Coordenação de SegurançtL Legislativa. CD-DAS­101.3, da Diretoria-Geral, em seus impedimentos eventuais, apartir de 16 de novembro de 1979: 21 Aurora Gonçalves Barbosa.Técnico Leg'is;ativo, Classe Especial, ponto n.O 1.614, La substitu­ta da Diretora da Ooordenaç1io de Bihlioteca, CD-DAS-101.3, doCentro de Documentação e Informação, em seus impedimentoseVentuaL~, a partir de 25 de outuhro de 1979; 31 João Rodriguesde Cerqueim, Técnico Legislativo, Olasse Especial, 2.° substitutodo Diretor do Departamento de Finança.~, CD-DAS-I01.4, em seusimpedimentos eventuai.~, a partir de 29 de outuhro de 1979; 41.Mareus Vinieius Borges Gomes, Técnico Legislativo, Classe Espe­cial, ponto n." 1.592, e Zilda Neves de Carvalho, Técnico Legisla­tivo, Classe Especial, ponto n.O 1.133, para substituirem, sucessl­vam.pnte, o Diretor da Coordenação de Administração Financeira,CD-DAS-IOl.3, do Departam.ento de Finanças, em seus Impedi­mentos eventuais, a partir de 14 de novembro de 1979; 5) MariaSalomé Pereira da Silva, Enfermeira. Classe Especial, ponto n.O1.386, La substituta da Diretora da Coordenação de Enferma­gem, CD-DAS-101.3. do Depart-amento Médico. em ,~eus impedi­.Q.ll'mtos eventuais, a partir de 19 de novembro do corrente ano;61 Franciseo Antônio Pereira da Silva, Técnico Legislativo, ClasseEspecial, ponto n.o 944. 1.0 substituto do Chefe da Secretaria Ad­ministrativa no Rio de Janeiro, CD-DAS-Hl1.3. em seu,~ impedl­mel1to.~ eventuais, a partir de 16 de novembro de 1979; bl Nomea.rCar:Ds FlâvlO de Moraes MarcilJo para exercer, no Gabinete doPresidente da Câmara, o cargo em comissão de Assessor Técnico,CD-DAS-102.3. Cl Aprovlir a Reprogramação do Orçamento doFundo Rotativo; d) Aprovar a prorrogação do contrato da Ad­vogada Maria Lúcia de Figueiredo Goldszal. para que continuea prestar assistência técnica na área de Dinüto EmpresarIal aComissão de Economia, Indústria e Comércio, por mais 6 (seislmeses; e I Aprovar o pagamento ao Brasil Central de Hotéis e Tu­rismo S/A IEron Brasilia' Hotel. da importância de CrS 14.236,83(quatorze mil, duzentos e trinta e seis cruzeiros e oitenta e tI'êsccntavosl. referente il despesa de hospedagem do Deputado JoacilPereira; f) Ratificar os despachos favor~veis profelidos "ad re­ferendum" da Mesa, nos seguintes expedientes: 1) Requisição. aICélia Dini2; Gonçalves Rego, servidora do Tribunal Regional doTrabalho, sem preJuizo dos vencimentos e vantagens do cal'goque ocupa; bl Fernando N['to Safatle, Técnico de Planejamentoe Peeqíúsa do Instituto de Planejamento Econômico e SocialIIPEAI; C1 Heráclito de Souza Fortes. Assistente Técnico Adminis­trativo da PORTOBRÁS, nas condições solicitadas; d) Zild,ete Costa.Almeida, Farmacêutica do Instituto Nacional de Assistência Mé­dica da Previdência Social-- INAMPS. do Ministério da Previdên­cia e Assistência Social; e I Cilman Bahury Gerude, servidor daSociedade de Melhoro.mentos e UrbanJ.~mo da CapitH.I S.A. ­SURCAP, a partir de 2-12-79, sem prejuizo dos vencimentos evantag,cllS do cargo que ocupa; fi Marlene Moura Lattuca, TécnicaLegislatIva "C", pelo Governo do Estado dO Rio de Janeiro, sem~)rejuizo dos vencimentos e vantagens do cargo que ocupa. 2)Prol'l'Oga<:iio de Requisição. a 1 Muda Ivone Magalhães Soares, Te­rezinha Dragaud Ribeiro Bezerra fi Inocência Laura Aguiar Vas­concelos da Vila, da Assembléia Legislativa do Ceará; b) Zuleidede Siqueira Ferreira Leit!", Pesquisadora, matrícula n." 23.435,do Gov'C1'110 de Pernambuco. 3. !\latel:íai. Processo n.O 12.833179.Ass('ssoria Legislativa. Sistema de interc.omunicadores, Marca"El'icson" com eapacidade para 20 ramais. 4} Simpósio. ProclCSSOn.u 21,185179. Assessori:J. de On;:~.menta e Fiscalização Financeira.indicacão dos funcionários Jairo Terezinho Leal Vianna e WilsonRicardó Barbosa. Vianna, para partIciparem do Simpósio sobreModernas Técnicas de OrcamentD Público. €m Fortaleza - Oeará.5) Orçamento Analítico.' Processo n." 21. 840/79. Departamentode Finanças. 3." Reformulação do Orçamento Analítico de 1979.õi Retroaçáo de Pagamenw: aI Pt'ocesso n.o 19.416179. HeloisaPeixoto Pinheiro; bl processo n." 19.050/79. Júnia Belém TeixeiraPires; CI Processo n." 19.049179. Olga de Meio Martins Pinheiro;d) Processo 11," 19.261/79, Shirley Maria de Sant'Anna Souza; e}Processo n.O 19.327179. Gilda Moscoso Rubino; fi Processo n.o19.376179. Francisca Maria Torres. O Senhor Presidente dá clên­da aos seus pares do AviS(l n.O 240-SP179, do Presidente do Tri­bunal de Conta,s da União, 110 seguinLe teor: "Tenho a honra decomnnicar a Vossa Excelência que esta Corte de Contas, na Ses­são de 13 de outubro ultimo, julgou regulares as conta.~ da Cà­mara dos Deputados, referentes ao exercicio de 1978. com quita­ção ao Diretor-Geral, Dl'. José Ferreira de Aquino, e aos Almoxa­rifes, Srs. Car:os Alberto Rego Azevedo, José Gouveia Pereira, Jo­sé Esmenl.Ído da Silva, José Ataide da Silva, Asclepíades V. Abreu,Manoel Martins, F'rancisco de Assis Borges de Lima e José .Alde­mil' Borges de Matos. Na oportunIdade, o 8enhol' Ministro LucianoBrandão Alves de SOllza congratulou-se com os servidores dessaEgrégia Casa do Congresso Nacional. peias referências elogiosasfeibs em Plenário. por inicIativa do Relator, Ministro BaptistaRamos, cujo vaLo segue em anexo ao presente. Aproveito o ensejooal,i renovar a. Vossa Excelência meus protestos de e1evada con­iÜderação € apreço". Assinada. Edwald S. Pinheiro - Presidente",O S,cl1hor Presidente se congratula com o Senhor Diretor-Geral e,por ~"u intermédio, com os demais auxiliares da Casa pela decisão

do Egrégio Tribunal de Contas, cujo relator teceu louvores a ad­ministração da Casa pelo aprimoramento que vem executando noseu sistema de contabilização !illanceira e patrimonial. A Mesase solidariZa com as palavras do Senhor President-e. II - Pautado Senhor l.°-Vice-Presidente, A Mesa aprova os pareceres de SuaExcelência nos seguintes requerimentos de informações: 11 Depu­tado Peixoto Filho: a} ao Senhor Ministro da Saude, sobre o con­trole e fiscalização de medicamentos das empresas multinacionaisde produtos farmacêuticos - pelo indef-erimento; bl Ao SenhorChefe do Gabinete Civil da Presidência da Republica, sobre osdirigentes de órgãos da administração direta e indireta que par­ticipam de empresas multinacionais ou vice-versa - pelo indeferi­mento; C) ao Senhor Ministro do Trabalho. sobre alteração do art.482 da CLT para excluir a embriaguez habitual ou em serviço co­mo justa causa para rescisão de contrato de trabalho - pe:o in­deferimento; d) ao Senhor Ministro da Fazenda, sobre a conces­são de pensão especial à viúva e filhos de José Luiz Calazans (Ja­raraca) - pelo indeferimento; e) ao Senhor Ministro da Justiça,sabre a instItuição nas ôrgãos de Segurança Publica de cadastrodos moradores das respectivas jurisdições, c{)m vista à prevençãoda cI'iminalidade - pelo indeferimento; f) ao Senhor Ministroda Fazenda, sobre coneessão de pellSão especial ao atleta profis­sional Severino Ramos (Dudlnha), vítima de acidente futebolísti­co em Aracaju, Sergipe - pelo indeferimento; g) ao Senhor Mi­nistro do Trabalho, sobroe alteração da redação do art. 570 daCLT, para inciuir o aposentado J:).a categoria profissional - peloindeferimento; h) ao Senhor Milllstra da Justiça, sobre as medi­das adotadas para a instituição da Medalha do Mérito FlorianoPeixoto, que visa premiar os brasl:eiros dotados do maior espiritode brasilidade - pelo indefelimento; i) ao Senhor Diretor-Geraldo DASP, sobre punição de ocupantes de cargos de dir'eção deórgãos da administração pública federal direta ou indireta - pe­lo encaminhamento; j) ao Senhor Ministro da Justiça, sobre al­teração do Decreto-lei n.O 201/67, para incluir como crime de res­ponsabilidade dos Prefeitos Municipais obtenção de empréstimosexcedentes da capacidade da receita orçam.entária do município,durante o último ano de mandato - pelo indef,erimento; kl aoSenhor Ministro da Previdência e Assistência Social, sobre asmedidas adotadas para assegurar ao aposentado por invalidez ques~ recupera parcialmente para o trabaiho direto à manutençãodo benefício que recebia - pelo indef.erimento; 1) ao S~nhor Mi­nistro dos Transportes, sobre aplicacão dos recursos do FundoRodoviârlo Nacional, Taxa Rodoviária única e dos Pedâgios emestradas, viadutos, passarelas e pontes no Estado do Rio de Ja­neiro - pe;o indefel'imento; m) ao Senhot· Ministro dos Trans­portes sobre isenção de pédágio na Ponte Rio-Niterói para veí­culos de 'funcionários públicos a serviço de suas reparticões ­pelo indlCferimento; n) ao Sen110r Ministro do Trabalho. sobre al'egulamentação da profi's.são de e.stetieista. incluindo nesta cate­goria cabeleireiro. barbeiro, manicura. pedicuro, massagista e ma­qullador -- pelo indeferimento; OI ao Senhor Ministro da Educa­çào e Cultura sobre as providências ãdotadas para criação da Es­cola Técnica Federal no Municipio de Magé, RJ - pelo indeferi­mento; p) ao Senhor Diretor-Geral do DASP, sohre a criaçãonos quadros do Serviço Público da função de Psicólogo. 21 Depu­tado Fernando Coelho aos Senhores Ministros do Interior, da Fa­zenda, da Indústria c do Comércio e da Agricultura, sobre incenti­vos eoncedídos através do Fundo de Investimentos do Nordeste(FINOR) -- pelo encaminhamento. 3) Deputado Marcelo Oerquei­ra ao Senhor Ministro da Secretaria da Comunicação da PresI­dência da Repúb:ica, sobre o valor das verbas destinadas à pro­moção do ;Presidente do IBGE - pelo indeferimento, tendo os Se­nhores 2.0-Vice-Presidente, 1.0 e 2.0-Secretárlos ressalvado em seusvotos a necessidÇl.de de se incluir na legislação vigente dispositi­vos que permitam uma maior fiscaii2:ação do Poder Legislativo. OSenhor 4.o-Secretário vota contra o parecer. 4) Deputado GenivalTourinho ao Senhor Presidente do BNDE, sobre a fiscalização dosr,ecursos provenientes do Programa de Operações Conjuntas ­pelo indeferimento. 5) Deputado Álvaro Dias ao Senhor Ministroda Fazenda, sobre a Confederação Brasileira de Desportos que,embora entidade privada, recebe recursQs oficiais para subvencio­nar atividades esportivas - pelo indeferimento, reiterando o Se­nhor :l.°-Vice-Presidente a necessidade de se incluir na legislaçãovigente dispositivos que permitam uma maior fiscalização do Po­der Legislativo. 6) Deputado Adhemar Santillo ao SenhOr Ministrodas Comunicações sobre gastos da ECT com a rea"ização do Con­gresso da União Postal Universal - pelo indeferimento. Com re­lação ao requerimento de informações do Deputado Adhemar San­tillo ao Senhor Ministro da Justiça, sobre o paradeiro de cIncocidadãos brasileiros que, presos no decorrer de .19J1, mesmo apósa concessão da anistia estão desaparecidos, a Mesa; com os votosdos Senhores 2.°_Vice-Presidente, 2.0 e 4.o-Secretários, resolveudeferir o requerimento, contra 08 votos do Senhor l.°-Vice-Pre­sidente (relator) e do Senhor 1.°-Secretário. III - Pauta doSenhor 2.o-Vice-Presidente. A Mesa aprova os pareceres dê'SuaExcelência nos seguintes processos, referentes ao pagamento dedespesas médieo-hospitalares: a) Processo n.o 20.824179. DeputadoJoaquim Coutinho. "O Deputado Joaquim Coutinho solicita paga-

14886 Qllin ta· f eira 6 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) De~embrO de 1919

mento de despesas médico"hospitalares realizadas em função dotratamento a que se submeteu no Hospital Português de BenefI­cência, em Recife. O total das despesas importa em CrS 167.300,00(cento e sessenta e sete mil e trezentos cruzeiros), conforme severifica nos documentos. O Senhor Diretor do Departamento Mé­dICO da Câmara dos Deputados atesta que os serviços médicosreferidos no presente processo foram efetivamente prestados. OSenhor Diretor-Geral da Casa informa que, Se autorízada, a des­pesa deverá correr à conta do Fundo Rotativo. ASSIm sendo. ten­do em vista as informações e documentação apr,esentada, bem co­mo os antecedentes que indicam que a Mesa vem autorizando des­pesas semelhantes para outros Senhol'es Deputados, opino favora­velmente ao atendimento do pedido"; b) Processo n.o 21.157/79.Deputado Joaquim Coutinho. "Pelo presente requerimento firma­do por seu procurador, o Deputado Joaquim Coutinho solicita lheseja concedida, pela Mesa da Câmara, uma ajuda equivalente aUS$ 25.000 para fazer face a despesas médico-hospitalares. decor­rentes de tratamento a que se submeterá em Stockman-Delvílle,na Inglaterra. Como já é do conhecimento da Mesa, em razão deacidente automobilístico, o ilustre colega sofreu sérias fraturas,das quais resultaram, inclusive. paralisia de toda a parte inferiordo corpo, sendo aconselhado, pela equipe médica que o operou. asubmeter-se ao tratamento mencionado na esperança de encon­trar soiução para seu estado de saúde. No requerimento o Depu­tado Joaquim Coutinho compromete-se a posterior prestação decontas da importância solicitada. Tendo-se em vista a delicadezae gravidade do caso e mais precedentes semelhantes já autoriza­dos, opino favoravelmente à concessão do pedido, também combase na informação do Senhor Diretor-Geral. que indiCa o FundoRotativo como rubrica capaz de atender à despesa"; C) Processon,o 21.467/79. Deputado Nélio Lobato. "O Deputado Néllo Labato.juntando comprovantes. solicita o reembolso de despesas médico­hospitalal'es no valor de Cr$ 112.191,87 (cento e doze mil, cento enoventa e um cruzeiros e oitenta e sete centavos), decorrentes deacidente em que foi vitima, tendo internado-se no Hospital Gua­dalupe, cidade de Belém - PA. O Senhor Diretor do Departa­m"nto Médico da Câmara dos Deputados informa que a documen­tação apresentada realmente refere-se a serviços médico-hospita­lares prestados ao digno Deputado requerente. Por outro lado, oSenhor Diretor-Geral, referindO-se às autorizações análogas pelaMeSa da Casa, indica a conta "Fundo Rotativo" para atender àdespesa, se autorizada. Face os antecedentes e as informações,opino favoravelmente ao deferimento do pedido"; d I Processo nO21. 831/79. Deputado Joaquim Coutinho. "Q Deputado JoaquimCoutinho, através de seu procurador, solicita o reembolso de des­pesas médico-hospitalares, no valor de Cr$ 184.941,47 (cento eoitenta e quatro mil, novecentos e quarenta e um cruzeiros e qua­renta e sete centavos~, decorrentes de acidente em que foi vítima,tendo internado-se no Real Hospital de Beneficência de Pernam­buco, na cidade de Recife - PE. O senhor Diretor do Departa­mento Médico da Câmara dos Deputados informa que a documen­tação apresentada realmente refere-se a serviços médico-hospita­lares prestados ao digno deputado requerente. Por outro lado. oSnhor Diretor-Geral, l'eferindo a autorizações análogas pela Me­sa da Câmara, indica a conta "Fundo Rotativo" para atender àde,spesa, se autorizada. Face os antecedentes e as informações.opino favoravelmente ao deferido do pedido". Prosseguindo, a Me­sa aprova os pareceres do Senhor 2.°_Vice-Presidente nos seguin­tes Projetos de Resolução; ai n.O 65, de 1979, que "altera disposi­ções do Regimento Interno, instituindo a Comissão do Consumi­dor. e determina outras providências" - pela rejeição; b I n,O 47,de 1979, que "altera o Regimento Interno (Resolução n.O 30, de1972), dispondo sobre a permanência de proposições nas Comis­sões" - pela aprovação; C) n.O 84, d·e 1979, que "acrescenta pará­grafo ao art. 85 do Regimento Interno" - pela rejeição; di n."73, d·e 1979, que "dispõe sobre a criação da Comissão do DistritoJ!1ederal" - pela rejeição; e) n.O 74, de 1979. que "cria Comissãodos Municípios ICM I e altera dispositivos do Regimento Internoda Câmara dos Deputados" - pela rejeição; fi n.O 79/79, que "re­conheee o Grupo Parlamentar Brasil-Itália" - pela aprovação;g) n.O 25, de 1979, que "cria a Comissão Permanente de Ecologp.a eproteção ao Meio Ambiente" - pela rejeição. Em seguida. a Mesaresolve aprovar as Emendas do Senado Federal ao Projeto deDecreto Legislativo n.o 86-B, de 1972, que "dispõe sobre a designa·ção do número de ordem das Legislaturas". IV - Pauta do Senhor1.n -Secretário. A Mesa resolve baixar o Ato da Mesa ,1.0 34, de1979, que "estabelece no período de 10-12-79 a 23-2-80, o expedien­te administrativo ordinário dos servidores da Câmara dos Depu­tados", qUe vai publicado no final da ata. Pross'eguindo. a Mesaaprova os pareceres de Sua Excelência proferidos nos .,eguintesexpedientes: a) Gratificação. Processo n.o 21.393179. "A Diretoria­Geral encamInha à Mesa manifestação do Departamento de Fi­nanças, visando à concessão de uma gratificação extra à contado Elemento 3.1.1.1 - 02-04 - Gratificação por Serviço Extra­..,rdinário. Segundo o Diretor-Geral a referida gratificação justifi­ca-se como compensação pelo esforço dos funcionários durante oano legislativo e, principalmente, em virtude dos trabalhos de fi·nal de sessão, como muito bem afirmou o então Prime\ro~Vice-

Presidente, Deputado Daniel Faraco, ao oferecer parecer sobre amatéria, em 1970. Anexos encontram-se os processos referentes àsdecisões sobre a matéria nos exercícios anteriores, desde 1970. Ofundamento legal da concessão é o art. 169 da Resolução n.O67/62, segundo o qual a Gratificação por serviço extraordináriopode ser atribuida não só por hora de trabalho prorrogado ouantecipado linciso II), mas também por arbitramento (inciso 11.Assim sendo, nada obsta a que a Mesa autorize o pagamento daGratificação por serviço extraordinário, nas mesmas bases e cri­térios observados no exercício de 1977, uma vez constatado peloórgão de administração financeira que a dotação orçamentáriacomporta a despesa. A autorização prevalece para -os futuros exer­cicios em que as condições d·e disponibilidade orçamentária per­mitam a concessão, cujo pagamento deverá ser efetivado duranteo mês de dezembro"; bl Processamento Especial. Processo nP'20.594/79. "Cuidam estes autos do Processamento Especial parao preenchimento de 14 cargos vagos, transformados pelo Ato daMesa n.O 31, de 1979, na Categoria de Técnico Legislativo, a partirde 20 de junho de 1977. Previsto na Resolução n.o 8, de 1975i, di~­

ciplínado pelo Ato n.o 9, de 1975, do Prímeiro-Sccretário, e coma supervisão da Diretoria-Geral, esse Processamento Especial con­siste na aplicação de testes objetivos de avaliação por uma bancaexaminadora designada pelo Primeiro-Secretário e destina-se aopreenchimento de 14 (quatorze) vagas ocorridas em 20 de junhode 1977 (Ato da Mesa n.O 31, de 1979). ou seja, dentro do prazo.estipulado pela Resolução n.o 64. de 1977. Os test.es foram realizadose a Banca Examinadora fez publicar o resultado - relação doscandidatos habilitados - devidamente homologados pelo Dire­tor-Geral nos Boletins Administrativos 11.°& 88, de 21-8-78, e 208,de 5-11-79. Conforme se infere na informação do Departamentode Pessoal, tratam-se de 14 vagas na Categoria Funcional deTécnico Legislativo a serem preenchidas dentro do seguinte cri­tério: 14 originárias na Classe "C"; 14 para a Classe "B" decor­rentes das progressões para a Classe "C"; e 14 para a Classe "A"decorrentes das progressões para a Classe "B". Consta ainda namesma informação os nomes dos funcionários beneficiados comas progressões em apreço. Trata-se, agora, de proceder ao proyi­mento das vagas, matéria de compe.tência da Mesa. na forma dis­posta nos artigos 14, inciso V, do Regimento Interno e 102 da Re­solução n.O 67, de 1962, razão de ser do encaminhamento do pro­cesso à Mesa, com as minutas dos atos respectivos". A Me,sa re­solve prover, a partir de 20 de junho de 1977: 11 Em cargo vagoda Classe "C", Referência 49. da Categoria Funcional de TécnicoLegislativo, CD-AL-011.8: aI Francisco Elzir Irineu; bl José Wil­son Barbosa Júnior; Cl Maria de Lourdes Dângelo Valentim; diAlcides de Azevedo Vieira; el Geraldo da Silva; f) Paulo Leal deMeireJles; gl Gilka Moysés Santos; h) Selma DângeIo Ferreira; ilGeraldo José de Sá; jJ Iran dt' Oliveira Leporace; kl RaimundoFloriano de Albuquerque e Silva; I) Julieta Feitosa; m I SebastiãoCorrêa Cortes; n) Jair de Vasconcelos. 21 Em cargo da Classe "B",Referência 47. da Categoria Funcional de Técnico Legislativo,CD-AL-OI1.7: a) Regina Beatriz Ribas Mariz; bl Fernando Moiti­nho Neiva; c) Regina Maria Zaniolo de Carvalho; d) Lázaro Pe­dro Silvério; el Paulo Augusto Soares Bandeíra; f) Vladimir Mei­reles de Almeida; gl Maria Célia Martins de Souza Borges; hlTasmânia Maria de Brito Guerra; i) Antõnia Gonçalves de Araú­jo; j) Volmar René Alves Dornelles; k) Maurílio Vicentini; 1) Ma­ria da Consolação Costa Araújo; ml José Romero Pereira; nl Edi­son Furtado da Silva. 3) Em cargo da Classe "A", Referência 43,da Categoria Funcional de Técnico Legislativo, CD-AL-OIL6: aiMaria Helena Pinheiro Monteiro; b) Cleunice Gozzer de AlmeidaVlegas; Cl Rejane Maria. Araruna Filomeno; d) Mozart Vianna dePaiva; e I Antonieta de Jesus Carvalho; f) Dulcineide Rocha Dru­mon; g) Maria Therezinha Soares de Araújo; h) Ilda FerreiraMagalhães; II Rita Santa de Oliveira; j) Fernando Souza Sereno;k) Maria Aparecida de Lima,; I) Maximlliano Ferreira Borges;lU> Marco Antônio de Carvalho; nl Veraluce Barbosa Viegas. clProgressão Funcional e Aumento por Mérito. Processo n.o 17,223/79.Altera dispositivos do art. 24 do Ato da Mesa n.O 96, de 5-12-78."Propõe o Departam~nto de Pessoal alteração do art. 24 do Ato daMesa n.O 96, de 5 de dezembro de 1978, que regulamenta a aplicaçãona Câmara dos Deputados da Progressão Funcional e do Aumentopor Mérito, d,e que trata a Lei n.O 6.325, de 14-4-76. O referidoart. 24 trata, especificamente, do critério a ser adotado para efeitoile desempate na cla.ssificação resultante das avaliações periódicas.A primeira alteração consiste em estabelecer que o segundo crité­rio para o desempate seja a data em que o interessado ing,reJlSOl1na Casa; a segunda alteração daria redação diferente ao pará­grafo único, ajustando-a ao seu verdadeiro sentido, ou seja, aoinvés de ,se falar em "data da nomeação", d!ga-se "data do e=reI'­cicio". Manifesto-me favoravelmente pela alteração do ato, deaem-do com a proposta apresentada pelo Departamento de Pes­soal". A Mesa, em conseqüéncia, baixa o Ato da MeSa n.o 35, de1979, que vai publicado ao final da ata. dI Material. Processo 11.'"4.604/78. Aquisição de material importado. "A Sra. Diretora daCoordenação de Apoio Parlamentar, através do Ofício n.o 197/78,solicita a aquisição, com a urgência possive1, de um GrampeadorModelo SS-l-Pitney Bowes para ser acoplado à Alceadora Pitney

Dellembro de 11179 DIAlUO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 6 14887

de 30 escaninho,;;. Segundo constlJ. do processo o equipamento emapreço é de procedência dos DsR e tem o seu valor estimado emCr$ 480.000,00. Pela Informação n.o 325, há disponibilidade de do­tação orçamentária adequada que permite adquirir o referido ma­teriaJ. neste exerCÍcio. A Diretoria Administrativa em seu pro_onunclamento escls,rece que se trata de equipamento a ser adquiri­do no mercado interno, não e.stando, portanto, sujeito a consultaprévia à CACEX, cabendo essa medida somente quando ,se referirà aquisição de prodllto no mercado externo. Por essa razão, solicitaautorizaç'ão da Mesa para que seja pmvidcl1CÍada a compra, cum­pridas as disposições legais. Manifesto-me favoravelmente pelaaquisicão do equipamento, de acordo com as informações inseridasno pr-Ócesso". e) ltequisição. Ewandro Magalhães, Téç:nico Legis­lativo, Classe Especial. "Solicita o Ex.mo Senhor Presidente doSena-do Federal através do Ofíeio 11.0 159/79-GP, de 19 de ,se­tembro do corrente ano, seja verificada a possibilidade ele sercolocado à· disposição daquela Casa do Congresso Nacional, paraservi): 110 Gabinete do Senador Jaison Barreto, o funcionário daCâmara Ewandro Magalhães, Técnico Legislativo. Classe Es­pecial, atualmente lotado 110 Gabinete do.? Suplentes da Mesa,sem prejuizo dos vencimentos e vantagens >nerente~ ao cargo dofuncionário nesta Casa. Pronunciando-se a respeito da solici­tação, o Departamento de Pessoal infor:na que: a) a5 requl-<sições para o Senadú Federal, segundo o dIsposto no Ato da M~sa

n.O 5, de 1975, alínea d-2, serão apreciadas ísoladalll.ente. no inte­resse da Administração; e bl na presente data, prestam ,·erviço.s aoSenado Federal, como requisitados, com ônu.~ para a Câmara, istoé, sem prejuizo dos vencimentos e vantagens do cargo que exer­cem nesta Casa. os funcionários seguintes: Técnicos Legislativos:Glória Maria Ferrante Perez, José Alberto Gonçalves da Mota,Osmar Lima Ribeir.o e Viln1al' Barros Pinto; Inspetores de Segu­rança Legislativa: José Antônio Lica.K5alí, Oswaldo Soares e Ray­mundo 'Borges Guimarães. A administração não emite pareceI·sobre a matéria, significando o silêncio a existência de inconve­nientes de ordem administrativa quanto ao atendimento da pre­tensão manifestada, pela Mesa do Senado FederaL Pelo atendi­mento". Exoneracão. Proc. nO 19.533/79. Erles Janner CosI.a Gorini,asSistente de Técnica Legislativa, Classe "A". "Erles Janner Costa.Gorini, ocupante do cargo de Assistente de Técnica Legislativa,Classe "A", CD-AL-012.3, Referência 26, solicita sua exoneracãoa ap.artir de 2 de outubro de 1979. O Departamento do Pcssoal,referindo-se à informação prestada pelo Departamento -de Finan­ças - de que a funcionária nada deve à Fazenda Nacional --,faz juntar minuta de ato que consubstanciará a exoneração soli­citada, de âcordo com o art. 137, item I, ~ 1.0, item I, da Resolu­ção n.o 67, de 1962. Manifesto-me pelo deferimento, tC'ndo emvista as i.nformações". g) Aposentadoria. 1J Processo n.o 20 495/79.Sebastião Roberto do Carmo, Técnico Legislativo, Classe EspeciaL"Cuida o presente processo do pedido de aposentaãe.ria voluntá­ria fonnul.alta POI' Sebastião Roberto do Carmo, ocupante do cargode Técnico Legisiativo, CD-AL-Oll, Classe Especial, Referência55. Segundo informa o Departamento de Pessoal, o requerenteconta com o tempo de serviço necessálio à concessão, o que estádemonstrado por certidão, podendo ser aposentado nos termosdos artigos 101, item III e 102, item I, alínea a, da Constituiçãoda República Federativa do Brasil, combinados com os artigos183, item lI, alínea a, 186 item I, alínea a, e 193, item n, da Re­solução n.O 67, de' 9 de maio de 1962, observado o disposto no ~

2.° do citado artigo 102 da Constituição. Pelo deferimento, deacordo com as informações", 2) froc, D.o 20.150/79, Aurimar Ri­beiro de Almeida. Agente de Cinefotografia e Microfilmagem,

,.-'blasse Especial. "Cuida este processo da aposentadoria compui­sória de Aurimar· Ribeiro de Almeida, ocupante do cargo deAgente de Cinefotografia e Microflimagem, CD-NM-1033, ClasseEspecial, Referência 35, O Departamento de Pessoal informa queo referido funcionário completou 70 anos de idade em 21 de ou­t)lbro de 1979, razão pela qual deverá ser aposentado compulso­rlllll1ente no cargo que ocupa, de acordo com os artigos 101, itemII, e 102, item II, da Constituição da República Federativa doBrasil, combinados com os artigos 1~3, item I, 186, item n, e196 da Resolução 1).0 '67, de 9 de maio de 1962, a partir do dia 22de outubro de 1979, Manifesto-me favoravelment·e pela aposen­tadoria compulsória, de acordo com aI! informações", 3) Proc.nümeró 20,803/79, Malia de Lourdes de Macedo Ekhardt "Tratao pre,sente processo da aposentadoria compulsória de Maria deLourdes 'de Macedo Eckardt, ocupante do cargo de Técnico Le­gislativo, CD-~L~Ol1, Classe Especial, Referência 56. Segundo in-

. forma o Depártamento de Pes.soal, a referida funcionária comple­tou 70 anos de idade em 6 de novembro de 1979. razão pela qualdeverá ser apos-enta.d.a compuLsóriamente no cargu que ocupa,de acordo com os artigos 101, item n, e 102, ltem I, allneJ. a,da· Constituição da República Federativa do Brasil, combinadoscom os artigos 183, item I, 186, item I, alinea.' a, 193, Hem n, e19'5, da Resolução n,o 67, de 9 d,e mala de 1962, a partir do dia 7de novembro de 1979. Manifesto-me favoravelmcnte pela apo­sentadoria compulsória, de aco,l'do com as infonnações·'. 4) Proc.número 7,884/77. Heitor Duprat de Britto Pereira, Taquígrafo Le-

gislativo "C". "Cuida o presente processo da aposentadoria especialde Heítor Duprat de Britto Pereira, ocupante do cargo de Taquí­grafo Legi..~lativo "C". CD-AL-013. 8. Concedida pelo Ato da Mesadatado de 13 de janeiro de 1978 e publicado no DO de 2fi domC$mO mês e ano, a aposentadoria especial do citado funcio­nário foi considerada ilegal pelo Tribunal de Contas da União,que julgou descabida a sua concE'ssão, com base n.a Resoluçãonúmero 134/58 da Câmara dos Deputados, a quem não comple­tou os 25 anos de serviços legislativos e os 15 anos de taquigrafia,previstos no art 1.0 da citada Resolução, e, em conseq,liência, teveo seu registro recusado pela Egrégia Corte de Contas, conformedecidido. O Departamento de Pessoal ao analisaI' a decisão emtela, esclar,ece que o tempo de serviço em dobro foi computado em!'::izão da decisão do TCU dada no processo n.O TC-15.007/75 que,no entendimento do Departamento reformulara as decisões a quese refereiu o Subprocura-dor-Geral do TCU às fls. 65v, deste pro­ces.~o. Esclareee ainda o Departamento de Pessoal que o servidorp'Jr já contar com 35 anos de serviço, minimo tempo indispen­8ável para aposentadoria comum. esta deveria ser tratada atra­vés de outro processo mediante novo requerimento do interes­sado, quando desejar. Em face do exposto e com vistas a ser dadocumprimento à decisão proferida pelo TeU, foi elaborada a minu­ta -ele ato anexo que torna sem efeito a aposentado na concedidapelo Ato da Mesa datado de 13 de Janeiro de 1978, devendo. emconseqüência, o servidor reverter à atividad·e". h J Averbação deTempo de Serviço. li proc. n.O 20.511179. Antonieta de Jesus Car­valho, Assistente de Técnica Legislativa, Classe "C". "Antonieta deJesus Carvalho, Assistente de Técnica Legislativa, Classe "C", soli­cita averbação do tempo de serviço constante de certidão de fis. 3.Segundo informa o Departamento de Pessoai, a requerente faz jus- nos termos do art. 140, itens I e lU, da Resolução nO 67, de1962 ~ à averbação de 63 (sessenta e três> dias de efetivo exer­cicio, prestadO,i\ como Professora 1CLT!, ao Governo do DistritoFederal - Fundação Educacional do Distrito Federal, no periodode 18-8-54 a 19-10-64. Pelá deferimento, de acordo com as infor­macões"; Proc. n." 2.221179 "Wilma Heloi.sa Teixeira, Assistentede l'écnica Legislativa, CIa,5se "A". solicita averbação do tempode serviço cGnstante da certeidão de f1s, 3. Segundo informa oDer;artam,'nto de Pessoal, a requerente faz jUó3 - nos termos doart. 140. itens r e ITI. da Resolucão nO 67, de 1962 - à averbaçãode 1.246 'hum mil. duzentos quarenta (' seis> dias de efetivoexercício prestados, como Agentc Administrativo, Classe "A", Re­ferência 25. ao Ministério dos Transportes. no período de 26-3-76 a23-8-79. P·elo deferimento, de acordo com as informações". 3) Proc.n. o 21.417179. Eloy Ludolf Torelly. Técnico Legislativo, Classe Es­pecial. "Eloy Ludolf Torelly, Técnico Legislativo, Classe Especial,>solicita averbação de tempo de serviço constante de certidão. Se­gundo lntorma o Depal'tameno de Pessoal, o requerimento faz jus- nos ter1l1os do art. 140, item lU, da Resolução n. O 67, de 1962- à averbação de 89 (oitenta e nove) dias de efetivo exercícioprp.stados, como Escritl,lrário Datilógrafo (contmtado I, à CaixaEconilmica Federal. no período de 8-9 a 5-12/-60. Pelo deferi­mento, de acordo com as infol·mações". j) Averbação de tempo de.servico relativo filiacão INPS. 1) Proc. 11.0 20.785/79. Denise Fer­rez lÚves de Macedo' - no total de 821 (oitocentos e vinte e um)dias; 2) Proc. nO 20.232179. Iracema Di Beneditto Kemp Teixeira.Técnico Legislativo. Classe Especial - no total ele 750 (setecentose cinqüenta) dias; 3) Proc. n.o 19.885/79. Pedro Henrique da Silva,Agente de Serviços de Engenaria, Classe Especiai - no total de1.421 (hum mil, quatrocentos e vinte e um) dias; 4} Prac. núme­ro 22.321179. Mario Camilo de Oliveira, Técnico Legislativo, Clas­se Especial - no total de 30 (trinta) dlas, j) Averbação do tempode Serviço e gratificação adicional. 1) Prac. n.o 20.117/79. "EmiliaSilva Cardoso, Assistente de Técnico Legislativo, Classe "A", re­quer averbação do tempo dc serviço constante de certidão, bemcomo concessão da gratificação adicional. Segundo informa o De­partamento de Pessoal, a requerente faz jus - nos termos do art,140, inciso IV, da Resolução n.o fi7, de 1962 - à averbação de8.162 (oito mil l' cento e sessenta e dois) dias de efetivo exercíciopmstados ao Instituto de Administração Financeira da Previdên­cia Social '- lAPAS, no período de 1~11-55 a 11-2-79 e mais 342Itrezentas e quarenta e dois) dias relativos a licença para tra­tllll1ento de saúde concedida no mesmo periodo, estes computadosapenas, para efeito de aposentadoria e disponibUidade, com fun­(lamento no parágrafo único do art. 140 da mesma Resolul(ãonúmero 67, de 1962, introduzido peia Resolução 11.° 45, de 1973; e.consec;üentementc, tem direito à gratificação ,tdicion~ll de 20%(vinte por cento) a partir de 12-2-79, data clt, seu mgresso naCilmara., com base no art, 171 da suprac.itada R'~solucão e obser­vado o disposto no art 3.0 da Lei nO 5.902/7:'. Pelo deferimento,de acordo com as informações"; 21 Proc. n." HJ.606/79. ".JorgeAroucn Limeira, Assistente de Técnica Lcgisl.diva "A" solicitaaverbação do t·empo de serviço constante de' certIdão, bem comoeoncessilo de gratificação adicional. Seguudn In[lllm.1 o Departa­menlo de Pesso.al. u requerente faz jus - nos termos do art. 149,item I, da ResolucctO n.o 07, de 1962 - à IVcrbação de 493 Iqua­trocentos e noventa e três) dias de efetivu exerciclo prestados ao

14888 Quinta-feira 6 DlARIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Dezembro de 1979

Tribunal de Contas da União, no período de 17-11-72 a 24-3-74;e, conseqüentemente, à gratificação adicional de 5';'1; (cinco porcentol, a partir de 24-8-79, quando assumiu º cargo estatutárioque ora ocupa, com base no art. 171 da supracitada Resolução eobservado o disposto no art. 3.° da Lei n.O 5.902173. Pelo defe­rimento, de acordo com as informações"; 3) Proc. n.o 18,926179."Maximiliano Ferreira Borges, Assistente de Técnica Legislativa,"C", requer averbação do tempo de serviço constante de certidão,bem como concessão da gratificação adicional. Segundo Informao Departamento de Pessoal, o requerente faz jus - nos termosdo art. 140, inciso IV, da Resolução n.o 67, de 1962 - à averbaçãode 4.382 (quatro mil e trezentos e oitenta e dois) dias de efetivoexercício prestados ao INAMPS, no periodo de 6-8-63 a 27-9-76e 'mais 344 (trezentos e quarenta e quatro) dias relativos a licençapara tratamento de saúde concedida no mesmo período.. estescomputados apenas, para efeito de aposentadoria e disponibili­dade, com fundamento no parágrafo único introduzido pela Re­solução n.O 45, de 1973, ao artigo 140 da Resolução n.o 67, de 1962;e, conseqüentemente. tem direito à gratificação adicional de 150/<(quinze por cento) a partir de 26-9-79. com base no art. 171 dasupracitada Resolução e observado o disposto no art. 3." da Leinúmero 5.902173. Pelo deferimento. de acordo com as informa­ções"; 4J Proc. n,o 19.260/79. "Odete Garcia Guerra, Assistente deTécniCa LegislatiVa, Calsse "A", solicita averbação de tempo deserviço constante de certidão, bem como concessão de gratifica­ção adicional. Segundo ipfoI'ma o Departamento de Pessoal, arequerente faz jus - nos termos do art. 140, item I, da Resolu­ção n.o 67, de 1962 - à averbação de -178 (quatrocentos e setentae oito) dias de efetivo exercício prestados ao Tribunal Federalde Reeursos - DF, no período de 3-5-78 a 23-8-79, e, conseqüen­temente, tem direito à gratificação adicional de 15% '(quinze porcentol, a partir de 24-8-79, data do seu ingresso na Câmara, combase no art. 171 da supracitada Resolução e obServado o dispostono art. 3.° da Lei n.O 5.902/73. Pelo deferimento, de acordo comas informações". 5) Proc. n.O 13.034179. "Darcy Maria GasparettoCamargo, Técnico Legislativo, Classe Especial, solicita aprovaçãodo tempo de serviço constante de certidão, bem como concessãode gratificação adicional. Segundo informa o Departamento dePessoal, a requerente faz jus - nos termos do art. 140. item lII,da Resolução n.O 67, de 1962 - à averbação de 429 (quatrocentose vinte e nove) dias de efetivo exercício prestados como PTofes­sora de Ensino Elementar, ao Governo do Distrito Federal - Fun­dação Educacional do Distrito Federal - no periodo de 29-3-62a 31-5-63; e, conseqüentemente, tem direito à gratificação adi­cional de 105% a partir de 10-9-79, com base no art. 171 da mesmaResolução e obServado o disposto no art. 3.0 da Lei n.o 5.902/73.Quanto aos adicionais de 10%, que a requerente vinha recebendodesde 2-11-75, deverão retroagir a 16-9-75, data de seu ingressona Câmara. Pelo deferimento, de acordo com as informacões".k) Revisão de Proventos. Proc. n.O 16.700/79 (anexado ao den.0 4.552/73) NDejaldo Bandeira Goes Lopes, aposentado no cargo<le Técnico Legislativo "C" CD-AL-Oll.8 pelo Ato da Mesa de 8-de novembro de 1973, publicado no DCN de 13 subseqüente, requera concessão do aumento de 20% nos seus proventos, visto que asua -ltPQ.sentadoria OCOl'reu quando ocupava cargo de final decarreira e exercia a função gratificada de Assistente de Planos,programas e Orçamentos, símbolo FG-2. O Departamento de Pes­soal, ~m seu pronunciamento de fls. 33, informa que o pedidotem por fundamento a alínea c do item 3 da Instrução Normativan,o 107, de 26-7-79, do DASP, publicada 1'\0 DO de 27-7-79. Nomesmo pronunciamento, o órgão de Pessoal, entendendo que, nopresente caso, podem ser aplicadas as decisões prolatadas peloTribunal de Contas da União em situações semelhantes, opinapela alteração da aposentadoria em foco, fazendo apresentar mi­nuta de ato para ajustá-la, também ao disposto no item !l, doartigo 193, da Resolupão n.o 67, de 9 de maio de 1962. Quanto àremuneração, já foi estabelecida pela Mesa, ao apreciar o reque­rimento de interesse getal, em reunião de 24 de outubro de 1979.Manifesto-me favoravelmente pela alteração do ato de aposenta­doria tendo em vista as informações inseridas no processo, e, emconseqüência, pela aprovação da minuta apresentada pelo Depar­tamento de Pessoal". 1) Processamento Especial. 1) Processo núme­ro 20.626/79. "Tratam os presentes autos do Processamento Espe­cial para o preenchimento de 2 cargos vagos posicionados na Clas­se "D" da Categoria FunClOnal de Assistente de Plenários. As va­gas decorreram da Progressão Funcional dos Servidores AuzirLuiz de Souza e .lavael Dias da Silva para a Categoria Funcionalde Assistente Legislativo. Prev-isto na Resolução n.O 8, de 1975,disciplinado pelo Ato n." 9, de 1975, do Primeiro Secretário, ecom a supervisão do Diretor-Geral, o Processamento Especial con­siste na aplicação de testes objetivos de avaliação por uma banc:1­examinadora designado pelo Primeiro Secretário, e destina-se ae,preenchimento de vagas ocorridás até junho de 1977. Segundoinformação do Departamento de Pessoal, a progressão de quecuida este processo baseia-se no art. 2.0 da Resolução n.O 8, de19.75, no art. 3.0 do Ato da Mesa n.o 31, de 1979, e no edital publi~cado pela Banca Examinadora no Boletim Administrativo n,o 221.

de 1979. e beneficia os servidores José Ribamar Pereira e JoséFortes da Silva. ambos Assistentes de Plenário "C". O provimentode cargos é matéria de competência da Mesa, segundo o dispostono art. 14. inCiso V, do Regimento Interno e 102 da Resoluçãonúmero 67, de 1962, razão de ser do e~caminhamento do processoa este colegiado, com a minuta dos atos respectivos". A Mesaprovê, a partir de 20 de junho de 1977. mediante progressão, emcargo da Classe "D", Referência 31, da Categoria Funcional deAssistente de Plenário, CD-AL-014.4: José Ribamar Pereira e JoséFortes da Silva. 2) Processo n.O 20.627179, "Tratam os presentesautos do Processamento Especial para preenchimento de 6 f seis Icargos vagos posicionados na Classe "C" da Categoria Funcionalde Assistente Legislativo, área de téccina. As vagas decorreram datransformação de cargos vagos pelo Ato da Mesa n." 31, de 1979,e tendo em vista a progressão funcional de Maria Helena PinheiroMonteiro, Rita Santa de Oliveira, Fernando Souza Sereno, Maxi­miliano Ferreira Borges e as aposentadorias de Carmerlndo RaulConforte e José Augusto Alves. Previsto na Resolução n.O 8, de1975. disciplinado pelo Ato n,o 9, de 1975, do Primeiro Secretário.e com a supervisão do Diretor-Geral, o Processamento Especialconsiste na aplicação de testes objetivos de avaliação por umabanca examinadora designada pelo Primeiro-Secretário. e destina­se ao preenchimento de vagas ocorridas até junho de Ht77. Se­gundo informação do Departamento de Pessoal, a progressão deflue cuida este processo baseia-se no art. 2.0 da Resolução n.o 8, de1975, no art. 3.° do Ato da Mesa n.O 31, de 1979 e no edital publi­cado pela Banca Examinadora no Boletim Administrativo n.O 221.de 1979, e beneficia os servidores Auzir Luiz de Souza, Ana LúciaDias Castro, Angela Mancuso Attiê, JavaeI Dias da Silva, RacheIGiacomoni Osório e Helena Antonow Centeno. O provimento decargos é matéria de competência da Mesa, segundo o disposto noart. 14, inciso V, do Regimento Interno e 102 da Resolução núme­ro 67, de 1962, razão de ser do encaminhamento do processo aeste colegiado, com a minuta dos atos respectivos". A Mesa resolveprover, a partir de 20 de junho de 1977, mediante progressão, emcargo de Assistente de Técnica Legislativa. Classe "C", Ret. 35,da Categoria Funcional de Assistente Legislativo, CD-AL-012. 5:1 - Auzir Luiz de Souza; 2 - Ana Lúcia Dia.~ Castro; 3 - An­gela Mancnso Attiê; 4 - Javael Dias da Silva; 5 - RacheI Giaco­moni Osório: 6 - Helena Antonow Centena. ml Aprovação deTempo de Serviço e Gratificação Adicional. Processo n.o 8..194178."Maria Helena Pimentel dos Reis. Técnico Legislativo, requereaverbação do tempo de serviço constante de documentos de fls.3 a 10, bem como a concessão de gratificação adicional. Segundoinforma a Coordenação de Estudos e Aplicação de Normas Legais- é de ser atendido o pedido tal como formulado, com o queconcordou, inicialmente, o titular do Departamento de Pessoal.Entretanto, esta Secretaria objetivou quanto ao tempo de serviçoprestado à Câmara no periodo de 5 de agosto de 31 de dezembrode 1974 "considerando que a admissão no serviço pÚblico - aindaque a título precário - há de ser formal. a saber, por ato de au­toridade competente, não a configurando tão-só a atestação depagamento por serviços prestados. Baixados os autos, em dili­gência, 'voltou o Departamento de Pessoal a opinar. desta vez ou­vindo a Assessoria Juridica, que fulminou a pretensão do reque­rimento quanto ao penodo acima referido. Assim sendo, proponhoa Mesa seja autorizada, com base no art. 140, inciso I, da Resolu­ção n.O 67, de 1962, a averbação de 701 {setecentos e um) diasde efetivo serviço prestado à Câmara dos DeputadOS compreen­dendo os periodos de 21-1-1973 a 9-4-1974 e 2-1 a 15-9-75, confor­me informações de fls. 14 a 16, do Departamento de Pessoal ex­cluídos os 149 (cento e quarenta e nove) dias prestados à Câmarasem as formalidades exigidas; e, conseqüentemente, tem direito11 gratificação adicional de 5% (cinco por cento), a partir de28-10-78, tendo em vista o disposto no art. 171 da supracitadaResolução e observado o disposto no art. 3." da Lei n.o 5.902, de1973". Em seguida, a Mesa resolve: a) aprovar os pareceres doSenhor 1.0 Secretário aos seguintes projetos de Resolução: 1) que"dispõe sobre os direitos às vantagens do artigo 193 da Resoluçãonúmero 67, de 9 de maio de 19l>2" - pela aprovação; 2) que "al­tera a redação do art. 2.° e a do parágrafo único do art. 11 da Re­solução n.O 9, de 27 de junho de 1975, e dá outras providências"- pela aprovação; 3) n.OS 80 e 83. de 1979, que "dispõe sobre acriação de creche na Câmara dos Deputados e dá outras provi­dências" - pela rejeição; 4) n.O 42, de 1979, que "altera o art.16 da Resolução n.O 9, de 27 de junho de 1975, para o efeito· deestender aos servidores sob regime de CLT, da Câmara dos Depu··tados. os direitos assegurados aos servidores SUbordinados ao mes­mo regime, do Poder Executivo - pela rejeição. c1 Conceder vistaao Senhor 4.0 -Secretário dos seguintes processo,s: 1) n."" 10.014/78.3.918/79 e 13.061í79 - Maria Santana Pichard, Técnico Legisla­tIvo - pagamento· de gratificacão de fIm de ano· 2) Processonúmero 20.699/79 - Doracy Soares Conte, Técnicà Legislativa,Classe Especial - afastamento para curso no exterior I prorro­gaçãol. V - Pauta do Senhor 2.0 -Secretário. A Mesa aprova. osparecercs favoráveis de sua Excelência nos seguintes pedidos delicença para tratamento de saúde: 1) Deputado Jame1 Cecilio _.

~enibro de 1979 mARIO DO CONGRESSO NACION'AL <Seçio I) Quinta-feira 6 14889

no periodo de 30 de outubro â 5c de'dezembro de 1979; 2) Depu­tado Joaquim Coutinho - por 60' dias, a partir de 2 de outubrode 1979. Com relação aos pedidos de llcença para tratamento desaúde dos Deputados Joaquim Coutinho e Iram Saraiva, no totalde 120 (cento e vinte) dias, a Mesa aprova olf pareceres dos Se­nhor 2."-Secretário, ratificando os despachos favoráveis do SenhorPresidente. Em seguida, a Mesa aprova os seguintes Projetos deResolução: 1) que "autoriza os Senhores Deputados João Her­cullnó e Airton Soares a participarem de missão cultural no ex­terior"; 2) que "autoriza o Senhor Deputado Walter de Prá: aparticipar de missão cultural .po exterior'!; 3) que "autoriza osSenhores Deputados Divaldo Suruagy e Paulo Studart a 'partici­parem de missão cultural no exterior"; 4) que "autoriza o.SenhorDeputado Emidio Perondi a partiéipar de missão cultural noexterior"; 5) que "autoriza o Senhor Deputado Jorge Viana a par­ticipar de missão cultural no exterior"; 6) que "autoriza os Se­nhores D~putados Fernando Cunha, Jão Hercullno e Jorge Ue­q1.1.ed a participarem de missão no exterior"; 7) que "autoriza oSenhor Deputado Victor Fontana a participar de missão culturalno exterior" e 8) que "autoriza o Sr. Deputado Francisco Pinto aparticipar de missão cultural no exterior". Nada mais havendoa tratar, às 12 horas, o Senhor Presidente suspende a reuniãopor 15 minutos, a fim de .ser lavrada a presente ata. Reaberta areunião, é a ata lida e aprovada. Eu, Paulo Affonso Martins deOliveira, -Secretário-Geral da Mesa, lavrei a presente ata que vaià publicação. - Flávio Marcílio, Presidente da Câmara dos Depu­tados.

ATO DA MESA N.o 34, DE 1979

A Mesa da Câmara dos Deputados, no uso de suas atribuições,re.~olve: _

Art. 1.0 No periodo de 10-12-79 a 28-2-80 o expediente admi­nistrativo ordinário será das 12:00 às 19:30 horas.

Art. 2.° O Diretor-Geral estabe1ecerá. durante o mesmo :pe~ricxlo, os plantões considerados estritamente necessários para operiodo da manhã.

Art. 3.° Nos Gabinetes dos Membros da Mesa e das Lideran­ças os plantões matutinos que forem considerados necessáriosserão estabeiecidos pelos respectivos titulare.s.

Art. 4.° Este Ato entrará em vigor na data de sua publicação.Sala iilas Reuniões, 29 de novembro de 1979. - Flávio Marcilio

Presidente da Câmara dbs Deputados. , '

Ata da 16.a Reunião da IMesa., reaJi'l:ada elIl; 5-12-79Aos cinco dias do mês de dezembro de mil novecentos e setenta.

e nove, às 15 horas, reúne-se a Mesa da Câmara dOS, Deputado.s,sob a presidência do Senhor Deputado Flávio MarciJjo, Presidente.Presentes 08 Senhores Homero Santo.s Renato U\zeredo WilsonBraga, Ari Kffuri e Walmor de Luca, 'respectivamente, 1.0 e 2.0Vice-Presidentes, 1.0, 3.° e 4.0-Secretários. Ausente, por motivo jus­tIficado, o senhor Deputado Epitáeio Oafeteira, 2.°-8oofetário.Havendo número legal, o Senhor Presidente declaro abertos ostrabalhos. I - Pauta do Senhor Presidente. A Mesa resolve: a)aprovar a liberação em favor da Associação Interparlamentar deTurismo - Grupo Brasileiro, da importância de cr$ 192.250 00(Cimto e noventa e dois mil, duzento.s e cinqüenta cruzeiros), cór­l1e8pondente ao 4.° trimestre da dotação orçamentária a que fazjus; b) conceder exoneração, a ;pedido, a Antônio CarlOs Roque daSilva do cargu de A<l8essor Técnico, OD-DAB-102.3, do Gabinetedo 1.o-Vic.;:-Presidente e nomeá-lo, para exercer, no Gabinete doSecretário-Geral da Mesa, o cargo de A:ssesBor Técnico, CD-iDA6­102.3; c) nomear J,eová Abrahão para exercer, .no Gabinete dosenhor 1.° Vice-Presidente, o cargo de Assessor Técnico, OD-DAS­102.3. Em .seguida, a Mesa aprova o Projeto de Ato da Mesa que"diSpõe sobre a constituição e o funcionamento de 'blocoo parla­mentares, e dá outras providências", no seguinte teor: "A ,Mesa daCâmara doo Deputad08 resolve: Art. 1.0 013 Deputados Federaisreunir-se-8,o em Blocos, até o registro e funclonamentos dos par­tidos políticos, de acordo com o art. 3.0 da Lei n.o , de .§ 1.0 Os Blocos serão COIl6tituidos dos filiados a'um m-esmo par­tido .em or.ganização. § 2.0 Os BIOCOO terão l\ll mesmas atribuiçõesde partidos polítiC(JIS. Art. 2.0 Os Integrantes dos Blocos encami­nharão à Mesa documento por eles subscrito, cQllljunta ou separa­damente, indicando o nome do Bloco a que pertencem. Art. 3.0 ODeputado que deixar de se filiar a um Bloco não podérá fazerparte de qualquer Oomissão téeniea. !Art. 4.° será mantida a atualcomposição das Comi8Bões técnicas até a <lO:rultitulção do& Blocosparlamentares. § 1.° A desi~ação, substituição ou preenchimentode vaga nas Comissões técnicas só poderá ocorrer através de indi­cação de Líder do Bloco respectivo. § 2.0 .As elcl~ões para Pre$l­dente e Vic-e-Presidente das COmi&sôes técnicas eerão rea11za<l81Sapós a constituição dos Blooos Parlamentares. § 3.0 O ~rágrafoanterior não se ,aplica às Comi68Õe8 Parlamentares de Inquérito.Art. 5.0 Aplicam-ee aos Bloeoa Parlmuent8lres l\ll normas reJgimen­tais referentes aos· partidos políticos. Art. 6.0 :ElmI ClJ,SO de iconvo-

cação extraordinária do Oongresso Nacional, os parlamentares reu­nlr-re-ão obrigato!riamente em Blocos, de acordo com o parágrafoúnico do -art. 1:0 da Lei n.o , de , dentro de cinco dias,a partir da convocação. Art. 7.0 Ocorrendo vaga ou llcença, será,convocado o suplente da mesma legenda a que pertencia o titular.Art. 8.0 O prédio da Câmara dos Deputados e suas dependênciasnão poderão .ser utilizados para o funcionamento de p!lIrtídos polí­ticos ou representações dos mesmos, nem seus servidores nelestrabalharem, como requisitados ou postos à diJsposição. Art. 9.°Este ato' entrará enJ. vigor na data de sua publicação", e delegaao Senhor Presidente atribuição para que tão logo seja san.cionada'a lei da Reforma Partidária, baixe o respectivo ato. II - Pautado Senhor !."-Vice-Presidente. ,A Mesa aprova o parecer de SuaExcelência, pelo -encaminhamento do requerimento de informaçõesdo Deputado Nivaldo Kruger ao Senhor Ministro-Chef,e da Secre­taria de Planejamento, sobre os projetos a serem beneficiados como montante de nove bilhões de 'cruzeiros previstos no item: Pro-,jetos Especiais de \Desenvolvimento de Infra-Estrutura Econômica,e sobre a aplicação e distribuição do saldo de 18,029,.6 milhões decru2leiros. III - Pauta do Senhor 2.o-Vice-Presidente A Mesaaprova o parecer de Sua Excelência, tendo em vista as informaçõesdos órgãos competentes da Casa, pelo deferimento do pedido do·Deputado Joaquim Coutinho, de oossarcimento de despesas hospi­talares, no valor de Cr$ 402. 20lJ.,30· (qnatrocentos e dois mil, duzen­tos e nove cruzeiros e trinta centavos), à conta do Fundo Rotativo.IV - Pauta do Senhor l.°-Secretário. A Mesa aprova os pareceresde Sua Excelência nos seguintes expedientes: a) Dispensa de Ponto.Frac. n.O 20.310179. "No presente expediente, o senhor DiretorAdministràtivo aopresenta minuta de ato versllJndo sobl'e a dispensade ponto de 20 (vinte) dias a cada servidor no período de 10 dedezembro de 1979 a 28 de fevereiro de 1980, época do recesso par­lamentar, com vistas à apreciação da Mesa. O Senhor Díretor­Geral concoJ)dando com a proposta, .submete {I assunto à alta con­sideração do Senhor Presidente. Trata-se de medida que já setornou praxe na Câmara nas épocas dos recessos parlamentares,razão pela qual, manifesto-me favoravelmB'llte pela aprovação do :ato, segundo minuta apresentada pelo Senhor Diretor <Adminis­trativo". A Mesa, em conseqüência, baixa o Ato da Mesa n.o 36,de H}79, que vai publicado ao final da ata. b) Aposentadoria.1) Froc. n.O 2,1.741179. José de Oarvalho França, Diretor, simboloPL-1. "Cuida o presente processo do pedido de apo.sentadoria for­mulado por José de Oarvalho França, [)l.retor, simbolo PL-l.Segundo infol1l11a o :Departamento de Pessoal, o requerente conta{I tempo de serviço necessário à concessão, o que foi demonstradoatravés de certidão, podendo ser 3Ipüsentado nos termos dos arts.101, item m, e 102, item I, alínea "a", da Oonstituição da Repú­blica Federativa do Brasil, combinad08 com os arts. 183, item TI,alinea "a", 186, item l, alínea "ai" -e 1~3, item m, da Resoluçãon.O 67, de 1962, 5.0 da Lei n.O 5.901, de 9-7-7'3 e 2.0 do -Ato da :Mesa1ll.0 30, de 5-5-76, observado o disposto no § 2.0 do art. 102 daConstituição. Pelo deferimento, de acordo com as informações";2) Proc. n.O 20.895/79. Maria Jamille eunneo Danigmo. 'J1écnicoLegislativo, Ctasse Especial. "Trata este processo'do pedido deaposentadoria formulado por Maria Jamille Cunneo Danigno,ocupante do cargo de Técnico Legislativo, QD...AL-Oll, Colasse Espe­daI, Ref-erência 56, Seg1mdo infontia o 'DepaortamIento de Pe\!lsoal,a requerente conta o tempo de serviço neêessário à concessão, oque foi demonstrado atram de oorlidão, podendo ser aposentada.nos termos dos, arts. 101, item ITI, parágrafo único, e 102, item l,alinea "a" da COnstituição da República FJederativa do !Brasil, com­binados com os artigos 183 item II alínea "a" 186, item I, alínea "a"e '193, item TI, da Resolução n.O 67, de 1962, e com o art. 1.0 da:Resolução n.o 45, de 30-11-79, observado o disposto no § 2.0 docitado art. 102 da COIl6tituição. Pelo deferimento, de acordo com as,informações"; 3) Proc. n.O 19.882/79. Ondina Pereira Franco, T:a­quígrafo Legislativo, Classe J1lspec1al. "Trata e&te processo do pe­dido de aposentadoria formulado por Ondi.na Pereira Fro.nco,ocupante do cl\-rgo de Taquigrafo Legislativo, CD-AL-013, ClasseEspecial, Referência 57. Segundo informa o Departamento de Pes­soal, a requerente conta. o tempo de serviço necessário à concessão;o que foi demonstrado através de certidão, podendo ser aposentadanos termos dos arts. tol, item m, pll.rág:rafo único, e 100, item I,aliooa "a", da Constituição da República Fedemtiva. do Bm.sil,combinados com 08 Q.l'ts. 183-, item TI, alínea "a" I8(\., item I, alí­nea "a" e 198, item TI, da Resolução n.o 67, de 1962, e com o art. 1.°da Resolução n.o 45c, de 80-11-7i9, observado o disposto no § 2.0 docitado arti,go 102 da Constituição. Pelo dflferimento, de acordo com.as informações". 4) Proc. n.o 22.318/79. Mário Camilo de Ollvel:ra,'l1êcnico Legisllllli'o, Colasse Especial. "Trata-se - este processo dopedido de aPO&é:tiW.dorIa. formulado por Mário oamllo de Oliveira,ocupante do .cargo de Téonico Legislativo, OD-tAL-OH, Clásse Es- :pecial, Referenda fIl'. Segundo informa o Departamento de Pes­soal, o requerente conta o'tempo de serviço necessário à concessão,o que foi demonstrada·por meio da eertidão de fls. 3-a 6, podendoser aposentado nos termos dos artigos 101, item m, e 102, item I,alínea "a", da Constituição da República. Federativa do Brasil,combinados com os arts. 188, item II, alínea "aJ", 100, item I, allneaf'a", e 1'93, item lI, da :R.esolução n.o 67, de 9 de maio de 1002, ecom o art. 1.0 da Resolução n.O 45, de 30 de novembro de 1979,

14S9~ Quinta-feira 6 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Dezembro de 1979

observado o disposto no § 2.0 do citado art. 102 da Constituição.Pelo deferimento, d.e acordo com 3lS informações". 51 Proc. n.o20.659179. Gelcy Clemente Batista, Técnico Legislativo Classe Es­pecial. "Cuida o presente processo do pedido de aposentadoriaformulado por Gelcy Clemente Batista, 'I1écnic.o Legislativo, OD­AL-Oll, Classe Especial, Referência 57. segundo informa o Depar­tamento de· Pessoal, o requerente conta o tempo de serviçonecessário à concessão, o que foi demcmstrado por melo da certidãode fls. 3 a 6, podendo ser aposentado nos termos dos arts. 101,item III, e 102, item I, alínea "a", da Constituição da RepúblicaFederativa do Brasil, combinados com os arls. 183, item II, alínea"a", 186, item I, alínea "a", e 193, item II, da Resolução n.O 67,de 9 de malo de 1962, e com o art. 1.0 da Resolução n.O 45, de 30de novembro de 1979, observado o disposto no § 2.° do citadoart. 102 da Constituição. Pelo deferimento, de acordo com as infor­mações". c) Aposentadoria Alteracão. Proc. n.O 488178 (Anexos:Procs. n.OS 20.467179 e 16.676179). "Mâria Luiza Mousnier, funcionáriaaposentada, pelo expediente de fls. 51, faz opção pelas vantagensdo art. 193, item II, da Resolução n.O 6'7, de 9 de maio de 1962.Informa o Departamento de Pessoal que a pretensão da requerenteencontra amparo no § 2.° do art. Hl9 da Resolução supracitada, inverbis: "A aplicação do regime estabelecido neste artigo exclui asvantagens instituidas no art. 193, salvo o direito de opção" e noverbete sumulado do Tribunal de Contas da União, sob o n.O 31,que diz: "É permitido ao aposentado rever, a qualquer tempo, aopção ensejada pelo art. 180, § 2.°, da Lei n.O 1. 711, de 28-10-52".Pelo exposto, sou de opinião que seja a.provada a minuta de atoapresentada pelo Departamento de Pessoal que atribui à requerentea vanta.gem prBvista no art. 193, item II, ·da Resolução n.O 67, de196,2, a partir do dia 16 de agosto de 1979, data do requerimento dainteressada". d) Averbação do T~mpo de Serviço e GratificaçãoAdicionaI. 1) Proc. n.o 21.'964/79. 'Maria Tereza Soares Dulci, Téc­nico Legislativo, Classe EspeciaL "Ma.ria Tereza Soares Dul.ci,Técnico Legislativo, Classe Especial, requer av·erbação do tempode serviço constante da certiqão de fls. 3, expedida pela Secretariade Estado da Educação de Minas Gerais. Segundo informa o Depar­tamento de Pessoal, ·a requerente faz jus - nos termos -do art. 140,item I, da Resolução n.o 67, de 1'962 - à averbação de 872 (oito­centos e setenta e dois) dias de efetivo eXBreicio prestados aoórgão acima mencionado, como Auxiliar de Biblioteca, no períodode 4-3-72 a '4-8-74, e mais 12 (doze) dias relativos a licença paratratamento -de saúde concedida no mesmo período, estes compu­tados a.penas, para efeito de aposentadoria e disponibilidade, comfundamento no parágrafo único introduzido pela Resolução n.O 45,de 1973, ao art. 140 da Resolução n.O 67, de 1962; e, conseqüen.te­mente, tem -direito à gratificação ,adicional de.5% (cinco por cento)a partir de 2-5-78, com base no art. 171 da supracitada Resoluçãon.O 67, de 1962, e observado o disposto no art. 3.0 da Lei n.O5.902/73. Pelo deferimento, de acordo com as informações". 2)Proc. n.O 22.197/79. Josemira Ribeiro Alves, Assistente de TécnicoLegislativa, Classe "A". "Josemira Ribeiro Alves, Assistente de'Décnica Legislativa, Classe "A", requer averbação do tempo deserviço constante da certidão de fls. 3, bem como concessão dagratificação adicionaL Segundo informa o Departamento de Pes­soal, a requerente faz jus - nos termos do art. 140, inciso I, daRe.solução n.O 67, de 1962 - à averbação de 4.880 (quatro mil,oitocentos e oitenta) dias de efetivo exercicio prestados ao Governodo Distrito Federal, no período de 18-9-64 a 30-5-78, e mais 112dias relativos a licença para tratamBnto de saúde concedida nomesmo periodo, estes computados apenas, para efeito de aposenta­doria e disponibilidade, com fundamento no parágrafo único intro­duzido pela Resolução n.O 45, de 1973, ao artigo 140 da Resoluçãon.O 67, de 1-962; e, conseqüentemente, tem direito à gratificaçãoadicional de 10% (dez por cento), a partir de 30-1-79, data do seuingr-esso na Câmara. com base no art. 171 da supracitada Reso­lução e observado o disposto no art. 3.0 da Lei n.o 5.9{]2/73. Mani­festo-me pelo deferimento, de acordo com as infol'mações". e)Designação. Proc. n.O 22.078/79. Coordenação de Apoio Parlamen­tar. '''Pelo ofício n.O 535/79, de 26-11-79, a8enhora !Diretora daCoordenação de Apoio Parlamentar indica a servidora Maria Ge­mIda Orrico, ocupante do cargo de Técnico Legislativo, ClasseEspecial, para 2.a substituta do titular da Coordenação em Buasfaltas e impedimentos eventuais. TBndo em vista o disposto no§ 2.0 do art. 136 da. Resolução n." 67, de 1962, com a nova redaçãoque lhe foi dada pelo art. 1.0 da Resolução n.o 14, de 197,5, a desLg­nação do substituto indicado dBverá efetivar-se mediante ato ex­pedido pela Mesa, nos termos da minuta elaborada pelo l%parta­tamento de Pessoal". f) Criação de Empregos. Proc. n. 20.154/79.Coordenação de Apoio Parlamentar. "oA. Senhora Diretora da Coor­denação de Apoio Parlamentar alegando a carência de Operador deMáquinas no Setor de Meca.nografia d'a Coordenação, a fim deoferecer melhores condições para o atendimento aos SenhoresIDeputados, solicita providências no sentido de aumentar o quanti­tativo de pessoal para superar a deficiência apontada. Com o obje­Uvo de regu1ari= a situação no âmbito da Gâmara em decorrên­éia da necessidade do número de empregos da categoria indicada,a Diretoria Administra.tiva, após commltar outros órgãos da Casa,manifesta-se pelo acréscimo de 15 .profissionais na Tabela deEmpregos da mencionada Categoria Funcional, fazendo juntar

para a finalidade minuta de ato a ser submetido à Mesa. Esta. Secretaria concorda com a proposta formulada pela Diretoria A:d­

ministrativa, fazendo-se o recrutamento nos moldes e condiçõesestabelecidos nas autorizações a.nteriores da Mesa (atas de 15-5-79e 28-8-79)". Em segu~da, a Mesa resolve: a) Conceder vista aoSenhor. 2.o-Vice-Presidente dó Proc. n.o 10.452/78, referente aalteração na estrutura da Categoria Funcional de 'Assistente Legis-

. lativo. b) Aprovar o Projeto de Resolução que "dispõe sobre alotação de servidores nos Gabinetes de Lideres de Partido e dáoutras providências". c) Baixar os seguintes atos da Mesa: 1)n.O 37, de 1979, que "regulamenta os arts. 237 e 245 do RegimentoInterno", que vai publicado ao final da ata; 2) n.o 38, de 1979,que dispõe sobre a participação das comissões em conferências e·similares, e dá outras providências", que vai publicado ao finalda ata. Com relação ao Processo n.O 13.431/79, de interesse deAbelardo Barreto e outros, referente à progressão funcional, omesmo é avocado pelo Senhor Presidente. Em virtude da aproya­ção pela Mesa do parecer favorável' do 1.° Secretário a-o Processo20.154179, a Mesa baixa o .1H0 da Vesa n.O 39, de 1979, que vaipublicado ao final da ata. V - Pauta do Senhor 3.o-Secretário.A Mesa resolve' aprovar os pareceres favoráveis de Sua Ex­celência nos seguintes expedientes referentes à assínatura de pu­bUcações: 1) "A revista O Espelho, através de seu editor, Sr. JosélioGondim, apresentou proposta para aquisição, peLa Câmara de 500assinaturas anuais daquela publicação, ao preço unitário de Cr$480,00 (quatrocentos e oitenta cruzeiros). A Câmara dos Deputadostem procurado proporcionar aos Senhores 'Deputados ve~culos deinformações, sobre os mais diversos assuntos, a fim de facilitar asua atividade nesta Casa. Baseado nesse princípio, a Câmara temselecionado as publicações que realmente podem fornecer subsí­dios ao trabalho do deputado. Entre essas está O Espelho, con­forme opinião dos Senhores Parlamentares, razão pela qual opina­mos no sentido da tomada de 450 assinaturas, a partir de 1.0 demarço do próximo ano. É o parecer"; 2) "'Em agosto do correnteano, a Mesa da Câmara, atendendo a nosso parecer favorável,determinou a tomada de 450 assinaturas, pelo prazo de seis meses,da revista Textos e Documentos, lançada em janeiro último. Hoje.propõe Editor-Geral da revista a renovação das assinaturas, tendoem vista o término das mesmas no mês de dezembro em curso. Apublicação Textos e Documentos é, na opinião da maioria dos par­lamentares, uma das melhores que tem surgido ultimamellte, tra­tando-se de revista de alto nível, que informa sobre temas atuaise realmente importantes. Opinamos, pois, pela renovação das assi­naturas pelo prazo de um ano, a partir de 1.0 de janeiro do anode 1980. É o parecer"; 3) "A revista Parlamento atrav.és de cartaendereçada ao Senhor presidente, propõe à Câmara a tomada deassinaturas para distribuição ·entre os senhores deputados. Háalguns anos, quando foi fundada, a Casa tomou assínaturas daRevista tendo suspendido o pagamento mais tarde, por motivo decontenção de despesas. Apesar da suspensão do pagamento, a Em­presa continuou o fornecimento da publicação graciosamente, atéa presente data. Achamos justo que se retribua agora essa gen­tileza com a tomada de 450 assinaturas da Revista Parlamento,a partir de 1.0 de janeiro de 1980. É o parecer". VI - Pauta doSenhor 4.0 -Secretário. Sua Excelência dá conhecimento à Mesadas providências que estão sendo tomadas com ref·erência à cons­trução das 200 casas de Sobradinho, fazendo o seguinte relatório:"Sltuacão atual das 200 casas de Sobradinho: 1. Em 1.0-12-77,celebrâção de Convênio entre a Câmara dos Deputados e aTERRACAP, pelo qual a Câmara adquiria 200 lotes residencias emSobradinho, pam edificação de casas. Por este instrumento, aTERRACAP se propunha a vender os terrenos, com as devidascondições de infra-estrutura - águas pluviais, esgoto, luz; águapotável, e ruas pavimentadas. 2. Nessa mesma data, .1.0 -12-77,foi firmado Convênio com a Caixa Econômica Federal para aconstrução das 200 casas, na Quadra 18 de .Sobrrudinho:. 3. Pos­teriormente, venceu licitação para construção das 200 casas afirma ENCOL S/A - Engenharia, Comércio e Indústria. 4. O valortotal do convênio, Bstimado na época, foi de Cr$ 35.000.(}()(),00(trinta B cinco milhões de cruzeiros), posteriormente reajustadomediante Termo Aditivo, aumentando para a quantia de Cr$50.000.000,00 (cinqüenta milhões de cruzeiros). 5. A destinação dascasas de Sobradinho será para ocupação funcional e integrn.rão opatrimônio da Oâmara dos Deputados. 6. Ao iniciar a atual gestãoda 4.a Secretaria, as casas de Sobradinho estavam ainda em fase.de construção. 7. O prazo eontratual para a firma consrtrutoraentregar as casas venceu em junho, depois de constantes adia­mentos. 8. Ao final da obra, a Caix;a Econômica Federal, a quemcabe o recebimento da obra, recusou recebê-Ias tendo em vistairregularidades constatadas'na construção. 9. Ainda hoje a firmacoostrutora continua a proceder reparos nas ,casas. lO. Elntendeuesta gestão que, mesmo acabadas, as ca:sas não teriam ainda con­dições ideais de ocupação. Neeessitaria ainda de aIgumas obrascomplementares. Conseqüentemente, determinou a construção demuros, grade de ferro com portão na frentt; de cada casa, partede grama e colocação de placas de concreto na garagem. 11. Estes'serviços exigiram estudos. preliminares, inclusiv~ projetos, para quepudessem ser colocados em concorrêncIa -pública. 1,2,. Vencid!l.sessas dificuldades, ínclusive o prazo legal neeessário para correr o

Dezembro de 1979 DIARIO DO CONGRESSO NAéIONAL (Seção I) ,Quinta-feira 6 14891

edital, encontram-se as obras em fase de execução, prevendo-seo término para fins de fevereiro, 13. Paralelamente aos estudosque se procedeu para adotar as obras complementares, cuidou a4.a Secretaria de cobrar da TERRACAP o cumprimento das cláusu­las contratuais firmadas anteriormente. 14. Para isso inúmeras ges­tões foram realizadas junto ao órgão e 8ecreatria de Viação eObras do GDF, pois a TERRACAP se via com administração novae em fase de organização, por isso mesmo, desconhecendo o con­trato. 15. Finalmente, depois de marchas e contramarchas, en­tendeu a TERRACAP devesse cumprir as palavras ~contratuais econtratou firmas especializadas para se processar as obras de in­fra-estrutura necessárias. No momento estão as obras em anda­mento, prevendo-se a conclusão das mesmas por esses 60 dias.16. As 200 casas residenciais de Sobradinho estão praticamentedistribuídas, faltando apenas algumas que estão sobcons\deraçãodos membros da Mesa. 17. Espera-se que em março pmf;am serocupadas definitivamente. Nada mais havendo a tratar, às 17:30horas, o Senhor Presidente suspende a reunião por 15 minutos,a fim de ser lavrada a presente ata. Reaberta a reunião. é a atalida e aprovada. Eu, Paulo Affonso Martins de Oliveira, Secretário­Geral da Mesa, lavrei a presente ata que vai á publicação.Flávio Marcílio, Presidente da Câmara dos Deputados.

ATO DA MESA N." 35179

Altera dispositivos do art. 24 do Ato da Mesa n." 96,de 5 de dezembro de 1978.

A Mesa da Camara dos Deputados, no llSO das suas atribui­ções, resoive ;

Art. 1.0 O art, 24 do Ato da Mesa n.O 96. de 5 de dezembrode 1978, passa a vigorar com a seguin,te l'edáção:

I ~ o que tiver obtido maior número de pontos em cadauma das duas avaliações que imediatamente antecederam as 2I duas) últimas;

I! - o que ingressou há mais tempo na Câmara dos Depu­tados;

lI! - o que ingressou há mais tempo no Serviço Público Fe-deral;

IV - o que ingTeSsOu há mais tempo no serviço público;V - o mais idoso.Parágrafo único. Para a apuração do segundo, terceiro e

quarto critérios de desempate, será considerado o tempo em queo servidor se encontra vinculado à Câmara dos Deputados, aoServiço Público Federai e ao Serviço Público. desde a data doexercício no cargo ou emprego, sem qualquer dedução na respec­tiva contagem.

Art. 2.° Este Ato entra em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em' contrário.

Câmara dos Deputados, 29 de novembro de 1979. - Flávio,"arcílio, Presidente da Câmara dos Deputados.

ATO DA MESA N.o 36, DE 1979

Dispõe sobre dispensa de ponto aos servidores no pe­ríodo de 10 de dezembro de 1979 a 28 de fevel1eiro de1980.

A Mesa da Câmara dos Deputados, no uso das atribuiçõesque lhe confere o aJ;t. 14, inciso lI, do Regimento Interno, re­solve~

Art. 1.0 É facultado ao Diretor-Geral, ao Secretá.rio-Geral daMesa, aos titulares de Diretorias, de Departamentos, do Centrode Documentação e Informação, de Assessoria, de COordenaçãonão integrada a Departamfmto ou ao Centro, bem como aos Che­tes de Gabinete e de Secretaria, conceder dispensa de ponto aoaservidores lotados nos referidos órgãos. durante 20 (vinte) diasconsecutivos, no periodo de 10 de dezembro de 1979 a 28 de fe­vereiro de 1980, desde que sem prejuizo para o serviço.

§ 1." Os titulares mencionados neste artigo também poderãoutilizar, no mesmo pedodo, os 20 (vinte) dias ora concedidos.

§ 2.° São excluídos. deste benefício os servidores admitidoshá menos de 90 dias e os contratados para prestação de serviçospor prazo determinado.

Art. 2.° Observada a subordinação hierárquica, os diversossetores da Casa encaminharão ao Diretor-Geral as respectivasescalas de dispensa, de férias e de plantão.

Art. 3.° Fica proibida a prestação de serviços extraordiná­rios durante o período do recesso parlamentar, exceto para osserviços de plantão previstos em regulamentos.

Art. 4.° As férias deverão ser gozadas, preferencialmente, noperíodo referido neste ato.

Art. 5.° Este Ato entrará em vígor na data de sua. publica­ção, revogadas !IS uisposições em contrário.

Câmara dos Deputados, 5 de dezembro de 1979. - Flávil.tMareilio, Presidente da Câmara dos Deputados.

ATO DA MESA N.o 37, DE 1979

Regulamenta. os arts. 237 e 245 do Regimento Inter-no.

A Mes~ da Câmara dos Deputados resolve:

Art. 1.0 Ao Deputado que, por motivo de doença comprova­da, se encontre impossibilitado de comparecer às sessões da Câ­mara, ou de atender aos deveres do exercício do mandato, será,concedida licença para tratamento de saúde, com a percepçãointegral dos subsídios, com exclusão devida pelo comparecimentoàs sessões extraordinárias.

§ 1.0 Se a licença for de cento e vínte ou mais dias, com aconseqüente convocação do respectivo suplente, somente fará jusà percepção dos subsidlos.

§ 2.n O titular não poderá interromper a licença no caso doparágrafo anterior.

§ 3.° Os servidores lotados no Gabinete do tituiar não po­derão ser substituídas, salvo por motivo de força maior, durantea sua licença. A indicação será sempre do titular.

·Art. 2." Ao Deputado afastado do exercício do mandato afim de exercer as funções de Ministro de Estado, Secretário deEstado ou Prefeito de Capitai, e que tenha optado pelos subsi-dias. aplicar-s-e-á o disposto no § 1.0 do art. 1.0 '

11.rt. 3.° O Deputado, licenciado para tratar de interessesparticuiares, não fará jus ao pagamento integral dos subsídios,aplicando-se. no que couber, o disposto nos §§ 1.0, 2.° e 3° doart. '1.0

Art. 4.° As licenças previstas no § 1.0 do art. 1.0 e art. 2.°não serão concedidl1s, se faltarem menos de trinta dias para otérmino da sessão legislativa

Art. 5.° Este Ato entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Sala das Reuniões, 5 de dezembro de 1979. - Flavio Marcílio,Presidente da Câmara dos Deputados.

ATO DA MESA N.O 38, DE 1979

. Dispõe sobre a participação das Comissões em con­ferências e similares, e dá outras providências.

A Mesa da Câmara dos Deputados resolve:

art. 1.0 A participação de Comissão em conferências, ex­posições, palestras, seminários, simpásios. mesas-redondas., en­contros, painéis ou encontros afins, como promotora ou convída­da, fora do edifício sede, depende de autorízação prévia e ex­pressa do Presidente da Cãmara dos Deputados e desde que nãoacarrete despesa de qualquer natureza.

Art. 2.° Compete ao titular do órgão, promotor ou convidado,de qualquer das atividades de qUe trata o art. 1.0, solicitar au­torização ao Preside.p.te da Câmara dos Deputados, indi.cando:

I - o programa, o calendário, os horários, temas das reuniõese os loeais;

H - os expositores, mediante relação nominal, contendotambém seus endereços e principaís dados biográficos;

IH - os convidados especiais e respectivos endereços.

Art. 3." Compete ao Presidente da Câmara dos Deputadosaprovar o programa, a indicação dos nomes dos expositores, ocalendário, os horários, temas e locais.

Art. 4." Compete ao l.°-secretário da Câmara dos Deputados,quando for o caso, formular os convites aos expositores e convi­dados especiais.

Art. 5." Para secretariar os trabalhos, poderá ser designado1 (um) servidor dos Quadros da Câmara dos Deputados, sendoconsiderado como serviço externo o seu afastamento.

Art. 5." Fica vedada a saída de equipamento de qualquernatureza do edifício sede da Câmara. {los Deputados.

Art. 7.° Este ata entrará em vigor na data de sua publica­ção.

Art. 8.° Revogam-se as disposições em contrário.

Sala das. Reuniões, 5 de dezembro de 1979. - Flávio Mareilio,Presidente da Câmara dos Deputados.

14892 Quinta-feira l}

=DlARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção Il DezembrCt de 1979

ATO DA MESA N." 39, DE 1979A Mesa da Càmara dos Deputados. no uso de suas atri­

buic;ões legais resolve:

Art. 1.0 Ficam criadas 15 Iquinze I empregos na CategoriaFuncional de Agente de Mecanização de Apoio, Classe "A", daTabela Permanente da Câmara dos Deputados.

Art. 2.0 Este ato entra em vigor na data de sua publicação.

ArL 3.0 Revogam-se as disposições em contrário.Sala das Reuniões, 5 de dezembl'O' de 1979. - Flávio Marcilio,

Presidente da Câmara dos Deputados.

ATAS DASCOMISSAO DE COMUNICAÇAO

Ata da 36." Reunião Ordinária, realizada em 25-10-79

As dez horas e vinte minutos do dia vinte e cinco de outu­bro de míl novecentos e setenta e nove. reuniu-se, no Anexo IIe.ste óI'gão Técnico, presentes. dentre outros convidados. os Se­nhores Deputados: Israel Dias-Novaes (Presidente), Antonio Mo­rais e Vieira da Silva. Abertos os trabalhos, foi dispensada a lei­tura da Ata da sessão antel·ior. Ordem do Dia: A l'eunião foi con­vocada para ouvir o Senhor Victor Souccar. Presidente da As­sociacão Profissional dos Processadures de Dados de São PauloIAPPD). Este, com a palavra, fez ampla exposição sobre infor­mática, bem como respondeu às interpelações que lhe foram fei­tas. A seguir, sem que nenhum dos presentes quisesse fazer usoda palavra, o Senhor Presidente, congratulando-se pela palestrado Confel'encista, felecitou-o pela brilhante exposição, agradeceua presença dos Senhores Deputados, encerrando a reunião àsonze horas e trinta minutos. As notas gravadas, depois de tl'a­duzidas, serão publicadas e passal'ão a integrar esta Ata. E, paraconstar, eu Iole Lazzarini. Secretária, lavrei a presente Ata que,depois de lida e aprovada, será assinada pelo Senhor Presidente.

Ata da. 37." Reunião Ordinária, realizada em 28-11-79

ÀS dez horas e vinte e cinco minutos do dia vinte e oito denOvembro de mil novecentos e setenta e nove, reuniu-se. no AnexolI, este órgão Técnico, presentes os Senhores Deputados: IsraelDias-Novaes (Presidente1, Antonió Morais. Vieira da Silva, Getú­lio Dias, Gerson Camata, Antonio Amaral, João Gilberto, LúcioCioni, Roberto Galvani. Alccbiades de Oliveira, JG de Araújo .Jorge,Mário Stamm, Carlos Alberto, Cristina Tavares, Jorge paulo, Au­~Jálio Dantas e Oswaldo Lima. Abertos os trabalhos e dispensada;l leitura da Ata da sessão anterior, o Senhor Presidente passou àOrdem do Dia, que constou do seguinte: 1) Projeto de' Lei n.o

471/79, que "torna obrigatória a fixação dos preços nos animcios de[móveis destinados à venda e locação e dá outras providências."Autor: Deputado Carlos Alberto. Relator: Deputado Getúlio Dias.'Parecer: pela aprovação do projeto. Em discussão, usou da pala­vra o Relator. Em votação, o parecer foi aprovado por unanimi­,jade. 2) Pl'Ojeto de Lei n.O 962/79. que "dispõe sobre a operação do~lstema de radiocomunicações denominado FaIxa do Cidadão".,I\.utor: Deputado Antonio Zacharias. Relator: Deputado AntônioAmara,l. Parecer: pela l'ejeição do projeto. Em discussão usou dapalavra o Relatol'. Em votação, o parecer foi apl'ovado por unani­midade. 3) Projeto de Lei n. 436/7fJ, que "obriga as emissorasde rádio a divulgar o nome das músicas, dos autores e intérpre­tes." Autor: Deputado Jorge Paulo. Relator: Deputado Vieira daSilva. Parecer: pela aprovação do projeto. Em discussão usou dapalavra o Relator. Em votação, o parecer foi aprovado par una­nimidade. 4) Projeto de Lei n,O 368/79, que "estatui 'a obrigatorie­d'ade de as emissoras de radiIJdifusão apresentarem 51% de músi­ca nacional, e determina OII-1"/1S providências", Autor: DeputadoGerson Camata. Relator: Dep"ado Antonio Morais. Parecer: pélaaprovação do projeto, com emetlllia de redação. Em discussão, usa­ram da palavra os Senhores D.putados: Gerson Camata, CarlosAlberto, Cristina Tavares, Alcebiades de Oliveira, .João Gilberto,Audálio Dantas, Jorge Paulo e (} ~lator, Deputado AntonIo Mo­rais. Em votação, o parecer foi f\f.rovado por unanimidade. 5)Projeto de Ler n." 354/79, que "disjftie sobre a obrigatoriedade depublicação de histórias em quadrinhOlõ de autores nacionais, e dá;mtras providências." Autor: Deputa.do Jorge Paulo. Relator: Depu­!.ado João Gilberto. Parecer: pela apríWa"O 'do projeto, nos ter­mos do substitutivo da Comissão de ttlIição e Justiça. Emdiscussão, usou da palavra o Relator. llM. . ~ação~ o parecer foiaprovado por un-anlmidade. 6) Projeto de>'lI 'i/ii:il-.o 1.852/79, Q-m;"proibe gíria nos textos transmitidos atrav ''AA..~dio e da "I'-e­1evisão, e impõe correção de linguagem". A~~l~~utadoRosem­burgo Romano. Relator: Deputado Lúcio Ciol'lí. ~!f~r.l1cer, pela re­jeição do projeto. Em discussão, usaram da nl.·,. os SenhoresDeputados: Lúcio Cioni (Relator), Cristina'" ·)Gerson Ca·mata, Carlos Alberto e Jorge Paulo, Em vota . '& parecer roi

ERRATARepubllque-se por haver saido com incorreções no DCN de

29-6-79, pág. 6.932, coL 2:ATO DA MESA N.o 21, DE 1979

A Mesa da Câmara dos Deputados. no uso de suas atribuiçõeslegais. resolve:

Al't, 1.0 Ficam revogados o art. 2.0 e respectivo parágrafoúnico do Ato da Mesa n.o 75/78.

Art. 2.° Este ato entra em vigor em I de janeiro de 1980.

Sala das Reuniões. em 20 de junho de 1979. - Flávio Marcilio,Presidente da Câmara dos Deputados.

COMISSÕESüprovado por unanimidade. 7) Projeto de Lei n.o 131179, que "in­tloduz parágrafos ao artigo 6," da Lei n.o 5.070, de 7 de julho de1966, que cria o Fundo de Fiscalização das Telecomunicações, de­finindo o que seja estação para efeito de cobrança de taxa defiscalização." Autor: Deputado f:tJa.lo eont!. Relator: DeputadoRoberto Galvani. Parecer: pela aprovação do projetp. Vista: Depu­tado Gerson Camata, que apresentou parecer pela rejeição. Emdiscussão, usaram da palavra os senhores Deputados: Gerson Ca­mata e Roberto Galvan!. Em votação, foi apl'Ovado o parecer ·doDeputado Gerson Camata, com voto em separado do Senhor Ro­bel'to Galvan!. 8) Projeto de Lei n. 5.565/68, que "dispõe sobre apropaganda comercial de pl'Odutos de consumo público, estabeleceubrigátoriedade de descrição de qualidades nas respectivas emba­lagens e determina outras providências." Autor; Senado FederaliSenador José Lindoso). Relator: Deputado Gerson Camata. Pa­recer: pela rejeição 'do projeto. Em discussão, usou da palavra oRelator. Em votação, o parecer foi aprovado por unanimidade. 9)Proieto de Lei n.o 1.191/79, que "dispõe sobre a propaganda deg'êneros alimenticios." Autor: Deputado Newton Cardoso. Relator:Deputada Cristin-a Tavares, Parecer: pela l'ejeição do projeto. EmC\iscussão, usou da palavra a Relatora. Em votação, o parecer foiú.provado por unanimidade. 10) Projeto de Lei n.o 709/79, que "ins­titui o "Dia Nacional de Relações Públicas". Autor: Deputado Di­vaido Suruagy. Relator: Deputado Mário Stamm. Parecer: pelarprovação do projeto. Em diSC118'São, usou da palavra o Relator,Em votação, o parecer foi aprovado por unanimidade. Esgotada amatéria constante da Ordem do Dia, o Senhor Presidente teceuconsiderações a respeito do Simpósio sobre Censura e a apresenta­çd.O do relatório final para discussão e votação por esse órgãoTécnico. Justificada a ausência do Senhor Deputado Albérico Cor­deiro. a Deputada Cristina Tavares, também Relatora do referI­do Simpósio, procedeu a leitura do mesmo, ficando, desde logo,marcada para 'a próxima terça-feira a discussão e votação finaLA Presidência, por sua vez, l'egistrou a presença, neste órgão Téc­nico, do ex-Prefeito de São Paulo, Doutor Olavo Setubal, acom­panhado do Deputado Caio Pompeu de Toledo. Facultada a pala­vra, o Deputado Jorge Paulo cumprimentou o Presidente pelo tra­balho desenvolvido na Presidência da Comissão. O Presidente.após agradecer as elogiosas considerações. lembl"Ou aos SenhoresDeputados a presença amanhã do Presidente da Empresa Brasi­leira de Correios e Telégrafos, Coronel Adwaldo Cardoso Botto deBarros. Facultada ainda a palavra, e sem que nenhum dos pre­sentes quiessse fazer uso da mesma, o Senhor Presidente encer­rou a reunião às doze horas. E. para constar, eu (lole Lazzarluil,Secretária, lavrei a presente Ata que, depois de lida e aprovada.será assinada pelo Senhor Presidente.

Ata da 38." Reunião Ordinária, realizada em 29-11-'i9

As nO've homs e quarenta e cinco minutos do dia vinte e nove denovembro de mil novecentos e setenta e nove, reuniu-se, no Anexo IIeste órgão Técnico. presentes os senhores Deputados: Israel Dias­Novaes (Presidente), Antonio Morais, Vieira da Silva, Alcebiadesde Oliveira, Gerson Camata, JG de Araújo Jorge, Jorge Paulo,Paulo Studart. Edson Vidigal, Antonio Zacharias. Modesto da Sil­veira, Antonio Erasmo Dias, Aloou ColIares, HaroLdo Sanford,Adhemar de Barros Filho. Hugo Rodrigues da Cunha e FlorimCoutinho. Abertos os trabalhOiS, foi dispensada a leitura da Ata dasessão -anterior. A reunião foi convocada para ouvir o Senhor Co­ronel Adewaldo Cardoso Botto de Barros, Presidente da EmpresaBrasileira de Correios e Telégrafos. Este. co ma palavra, fez am­pla exposlcão sobre a empre.sa que preside. Interpelaram o SenhorConferencIsta os Senhores Deput-ados JG de Araúio JOrll;e. FlorimCoutinho, Antonio Morais. Adhemar de Barros Filho, Modesto daSilveira. Alcébíades de Oliveira e Hugo RodriRues da Cunha. Aseguir, já que nenhum dos presentes quisesse fazel' uso da pala­vra o Senhor Presidente, congratulando-se pela palestra do Se­nhor Conferencista. felicitou-o pela brIlha.nte exposição, agradeceua presença dos Senhores Deputados, encerrando a l'eunião às trezehoras e quinze minutos. As notas gravadas, depoi.s de traduzidas.serão publicadas e passarão a integrar esta Ata. E, para constar.

Dezembro de 1979 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 6 14893'

E'u. Iole Lazzarini, Secretária, lavrei a presente Ata que, depois dehda e aprovada, será assinada pelo Senhor Presidente.

COMISSAO DE TRANSPORTESAta da 19.'" Reunião Ordinária

Aa.s vinte e oIto dias do mês de novembro de mil novecentose setenta e nove, às dez horas, na sala número cinco do AnexoII da Câmara dos Deputados, reuniu-se a COlnissão de Transpor­tes sob a Presidência do Senhor Deputado Ruy Bacelar, com a~resença dos Senhores Deputados Raul Bernardo, Octacílio Quei­roz, AlaÍl' Ferreira, Alcides Fnmcí.scll.to, Bentp Gonçalves, DarcyPozza, Hélio Levy, Hermes Macedo, Hydekel Freitas, Joel Ribeiro,Manoel Ribeiro, Rezende Monteiro, Simão Sessim, Vilela de Ma­galhães, Mário Stamm, Fernando Coelho, Fernando Lyra, Fran­cisco Leão Fued Dib, Gilson de Barros, Jayro Maltoni, 0ctacíliode Almeid'a, Paulo Borges, Sérgio Ferrara, Tidei de Lima, Er­llesto de Marco. Havendo número regimental, o Senhor Presi­dente declara aberta a sessão, determinando a leitura da Ata dalcunião anterior. que, posta em discuS.'ião e votação, é aprovada.Distribuição de Projetos: Em 23-11-79: Ao senhor Deputado Gil­son de Barros o'projeto de Lei n.O 760/79; Em 27-11-79: ao Se­llhor Deputado Fued Dibo Projeto de Lei n,o 1. 617/79, ao SenhorDeputado Octacílio Queiroz o Projeto de Lei n.O 1.825/79, ao se­Ilhor Deputado Raul Bernardo o Projeto de Lei n.o 1.86-9170. Or­dem do Dia; Em regime de urgência: Projeto de Decreto Legis­lativo n.o 36179 (Mensagem n.o 374/79). da Comissão de RelaçõesExteriores, que "aprova o texto da Convenção Internacional paraa Salvaguarda da Vida Humana no 'Mar, eoneluida, em Londres,a 1.0 de novembro de 1974". O Relator, Senhor Deputado ~imão

Sessim, opina pela apl'ovação. Em votação: é aprovado, unanime-'mente. o parecer do Reiator. Projeto de Lei n.o 629/79, do SenhorJosé Carlos Fagundes; que "altel'a o Código Nacional de TrânsitoI Lei n.o 5.108. de 21 de setembro de 1966) ". O Relator, SenhorDeputado Octacilio de Almeida, opina pela rejeição. Em votação: é'aprovado, unanimemente, o parecer do Relat.or, pela rejeição:Projeto de Lei n.O 711/79, do Senhor Carlos Wilson, que "isenta da''baxa de transportes urbanos coletivos, em serviços públicos conce- .didos, os ocupantes de cargos de magistério e dá outras providên­cias. O Relator, Senhor Deputado Darcy Pozza, opina pela aprova­ção, nos termos do Substitutivo da Comissão de Constituição eJustiça, Discutem a matéria os Senhol"es Deputados Octacílio deAlmeida, Manoel Ribeiro e Mário Stllmm. O Senhor Deputado Má­'rio Stamm' pede vista do Projeto. Concedida. projeto de Lei n,o269/79, do Senhor Freitas Nobre, que "altera a redação do pará­grafo único do Decreto-lei n,o 1,242, de 30 de outubro de 1972.que -alterou a legislação da Taxa Rodoviária Única, tl'ansforman­do-o em § 1.0, e acrescenta os §§ 2. 0 e 3.°". O Relator, Senhor Depu­tado Alcides Franciscato, opina pela aprovação. O Senhol'-Deputado JoeI Ribeiro, que havia pedido vista na sessão de 17-10-79.devolve o processo opinando pelo seu arquivamento. Discutem amatéria os Senhores Deputados Raui BeInardo e Octacilio Al­meida. Em votação: é rejeitado o parecer do Sen.hor DeputadoAlcides Franciscato. Nos termos do § 12, do art. 49, do RegimentoInterno, o Senhor Presidente designa o Senhor Deputado Joel Ri­beiro para relatar o parecer da COmissão, que o apresenta em se­guida. Em votação: é aprovado o parecer do Senhor DeputadoJoel Ribeiro, pelo arquivamento do Projeto. O parecer do SenhorDeputado Alcides Franciscato passa a constituir-se Voto em Sepa­rado. Projeto de Lei n.o. 1.361/79, do Senhor José Camargo, que"dispõe sobre o salário-cohdução, e dá outras providências". OR·elator, Senhor Deputado Joel Ribeiro, opina pela aprovação, nostermos do Substitutivo da Comissão de Constituição e Justiça.Discutem a matéria os Senhores Deputados Octacilio de Almeidae Manoel Ribeiro. Em votação: é rejeitado o parecer do Relator.Nos termos do § 12, do ar~. 49" do Regimento Interno. o SenhorPresidente designa o Senhor Deputado Octacílio de Almeida paraI'elata;,r o parecer d?- Comissão, que o apresenta em seguida. Emvotaçao: e aprovado o parecer do Senhor Deputado Octacilio deAlmeida, pela rejeição do Projet.o. Q parecer do Senhor DeputadoJOel ~beiro passa a constiuir~se Voto em Separado. Projeto deLei n,o 1 501179, do SenhOr Deputado José camargo, que "deter"mina a callsação de licença de companhias de táxi que não cum­prir.em os dispositivos da CLT". O Reloator, Senhor Deputado JoeLRibeiro, opina pela rejeição. Discute a matéria o Senhor DeputadoSérgio .Ferrara, que pede vista do Projeto. Concedida. Projeto deLei n,o 994179, do Senhor Pacbeco Chaves, que '~a1tera dispositivodo Código Nacional de Trânsito, para o fim de. determinm' que asinfrações pendentes de julgamento não impeçam a renovação delicença de veíclllo". O Relator, SenhOr Deputado Mário Stamm, opi­na pela aprovação. apresentando Emend'a Discutem a matéria osSenhores Deputados OctacílIo de Almeida e Mário Stamm. Emvotação: é aprovado, unanimemente, o parecer do Relator" comEmenda. Projeto de Lei n.o 1.948/79 (Mensagem n.o 341/79), doPoder Executivo, que "dá llilya red-ação ao artigo 50 do Decreto­lei n,O 32, de 18 de novembro.de 1966, que institui o Código BrasileJ.­TO do Ar". O Relator, senhor Deplltado Raul Bernardo, opina pelaaprovação, com adoção da Emenda da Comissão de COnstituiçãoe Justiça. Discutem a matéria os Senhores Deputada.s Octacilio

Almei'da e Raul Bernardo. O Senhor Deputado Tidei de Lima pedevista do Projeto. ConcedIda. Projeto de Lei n.O 452/79, do SenhorCantídio Sampaio, que "modifica a redação do caput do art. 10 daLei n.o 5.108, de 21 de setembro de 1966 (Código Nacional de Trân­sito)". O Relator, Senhor Deputado Raul Bernardo, opina pelaaprovação. Discutem a matéria os Senhores Deputados Tidei deLima, Vilela de Magalhães, Il-aul Bernardo e Octacílio de Almei­da. Em votação: é aprovado o pllrecer do Relator, com voto contrá-'rio dos Senhores Deputados Tidei de Lima, 'Üctacílio de Almeida eSérgio Ferrara. O· Senhor Presidente apresenta o Requerimentodesta Comissão de Transportes, pedido de asfaltamento da Rodoviaque liga Bariri e Boracéia a São Paulo. O requerimento é epdere­çado ao Senhor Secretário de Transportes do Estado de São Paulo.Discutem a matéria os senhores Deputados Raul Bernardo, Vilelac.e Magalhães, Tidei de Lima e Mário Stamm. O Senhor DeputadoTidei de Lima parabeniza o Senhor Presidente pela isenção comque diJ:ige os trabalhos da Comissão. O Senhor Deputado OctacílioQueiroz elogia ° senhor Presidente pela sensibilidade com quecomanda este órgão técnico. O Senhor Deputado Tldei de Lima re­tira o .seu requerImento. Nada mais havendo a tratar, o Senhorpresidente declara encerrada a reunião às do:ó\e horas e dez minu­tos. E, para constar, eu Carlos Brasil de Araújo, Secretário, la­vrei a presente Ata que, depois de lida e aprovada, será assinadapelo Sr. Presidente.

COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO DESTINADA'A INVESTIGAR DISTORÇõES OCORRIDAS NA EXECUÇAO DOS

PLANOS DE DESENVOLVIMENTO DA AMAZôNIA

Ata da Segunda Reuniãa Ordinária, realizada em 18-9-79

As dez horas do dia dezoito de setembro de mil novecentose setenta e nove, no Plenário das CPls, no Anexo li da Câmarados Deputados, em Brasflia, reuniu-se a ÇPI destinada a investi­gar distorções oconidas' fia execução dos Planos de Desenvolvi­mento da Amazônia, criada pela Resolução número dezoito milnovecentos e setenta e nove, Compareceram os Senhores Depu­tados: Josué de Souza, :?,residente; Brabo de Carvalho, Vice-Pre­sidente; Jader Barbalho, Relator; AlllÍl\Ío Bezena, Jerônimo San-'tana, Manoel Ribeiro, Mário Frota, Rafael Faraco e Wildv Vian­na. membros efetivm; Freitas Diniz, Geraldo Fleming, Isaac New"ton e Nasser Almeida, membros suplentes e ainda o Senhor Depu­tado Milton Figueiredo. Verificada a existência de número regi­mental, o Senhor Vice-presidente, Brabo de Carvalh'o, no exerCÍ­cio da PreSIdência, declá;rou abertos os trabalhos, convidando oSenhor Deputado Josué ,de Souza, eleito Presidente. a tomar p'osse,ocupando Sua Excelência a Mesa Diretora. O Senhor DeputadoJosué de Souza declarou: ')Senhores Deputados. Ao assumir a Pre­sidência desta CPI, para o qual fui conduzIdo pela bondade dosmeus ilustres colegas de ambos os partidos, quero prometer es­forçar-me, dentro das minhas naturais limitações, para que che­guemos a conclusões honestas apoiadas no alto espÍ1;ito públicoque preside as nossas intenções, certos de que, agiremos todos, dis­tantes de propósitos outros que não ode servir aos nossos Estados,à Amazônia e ao Brasil. E, quero contar, para o desempenho des­se missão, não só com a colaboração e a boa vontade mas, comas luzes, a experiência e a inteligência moldurada,s por reconhe­cida cultura de quantos c·ompletam essa Comissão, honrando por

, todos os motivos a Amazônia." A seguir, o Senhor Presidente con­vidou o Senhor Deputado Jader Barbalho, Relator, para integrara Mesa, determinando a l~itura da Ata da reunião anterior que,posta em discussão e votação, foi, sem restrições, aprovada. O Se­nhor Presidente concedeu a palavra ao Senhor Relator, que in­formou aos Senhol'es Deputados ter preferido, inicialmente, co­lher sugestões de seus pares para a elaboração do roteiro para queele seja, de fato, 0- reflexo da preocupação de todos os integran"tes da CPT. Declarou também, que a preocupação inicial do Re­lator é que sejam ouvidas. em primeiro lugar, pessoas que já te':nham servido à região, que possam fazer questionamentos sobre0.5 programas lá desenYo1vicjos, apresentar distorções ocorridas naexecução dos mesmos para que a CPI, à base da colheita dessessubsídios, possa estabelecer um debate final, ouvindo as autori­dades responsáveis pelos diversa.s setores e pela execução do;;;programas de desenvolvimento da área. Sua Excelência apresen­tou à consideração da Comissão a relação dos nomes e temas se­guintes: Bento Porto (ex-Secretário de Planejamento de MatoGrosso e PresJ.deute da Cia. de. Mineração do Estado) - Tema:Efeitos da Política de IncÍl;ntivos Fiscais; no norte do Mato Gros".50, com a criação de fazendas que estão se transformando emfontes autônomas de pocjer;, Senhor Pedro Esteves Golnago (ex­Secretário de Fomento à. Produção do Estado do' Amazonas eatualmente Superintendente da Colonização de Andrade Gutierre,em Brasília) - Tema: O significado da Zona Franca de Manause o papel que desempenna ou venha desempenhar na economiaestartual, relacionado ao setor primário; Senhor Marcelino Mon­teiro da Costa (Diretor do Núcleo de Altos Estudos Amazônicosda Universidade Federal dó Pará) - Tema; O papel dos incenti­vos fiscais na internalização da riqu-eza e na promoção dodesenvolvimento econômico da Amazônia; Senhor João Batista

14894 Quinta-feira 6 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção I) Dezembro de 1979

Ramos (Superintendente-Adju~'toda 8UDAM) - Tema: Resul­tados da política de incentivos 11scais na Amazônia, desde a cria­cão da SPVEA até hoje, para a criação de riquezas, emprego, pro­dução agropecuária, auto-suficiência e desenvolvimento da região.Senhor AI'mando Mendes lex-Presidente do Banco da Amazônia I- Tema: A política dos incentivos fiscais está a serviço do ho­mem da Amazônia e do progressQ da região? ; Senhor Denis Ma­har (Instituto de Planejamento Econômico e Social - TPEAI ­Tema: Os incentivos fiscais têm permitido a capitalização daAmazônia e têm sido instrumento eficaz para o seu desenvolvi­mento econômico?; Senhor Roberto Santos f Juiz do Tribunal Re­gional do Trabalho e Professor do Núcleo de Altos Estudos daUniversidade Federal do Pará) - Tema: A política de incentivosfiscais é uma respósta adequada aos problemas da Amazônia, es­pecialmente a do desemprego?; Senhor Lúcio Flávio Pinto IPre­sidente do Sindicato dos Jornalistas do Pará I - Tema: Análisedo modelo econômico da Amazônia; Senhor Samuei Benchimol(Professor da Universidade Federal do Amazonas) - Tema: Aná­lise dos programas de desenvolvimento para Amazônia. O Se­nhor Relator declarou que o roteiro poderia ser alterado no cur­so dos trabalhos desde que a CPI julgasse necessário ou quandosurgissem fatos que isso justificassem, pois o roteiro não é uma di­reção fixa. A seguir, usaram da palavra os Senhores Deputados:Jerônimo Santana, que declarou estar de acordo com o Sr. Rela­tor com relação à organização do roteiro quanto ao aspecto dou­trinário e genérico, mas julga fundamental que a CPI apure oscasos concretos de distorções havidas, relacionados aDs incentivosfiscais, para onde foram eles desviados e quem os desviou. In­formou ainda que a CPI - Sistema Fundiário constatou, atra­vés dos orçamentos do BASA e da SUDAM, que firmas do Sul.com a denominação de Associação dos Empresários da Amazônia.

- vão à Amazônia apenas captar os incentivos e recursos para osempre.sários do Centro-Sul, que não os aplicam na área. Sua Ex."sugeriu que fosse feito um levantamento para saber se já houveCPI sobre SPEVEA-SUDAM e fossem solicitadas cópias dos depoi­mentos prestados pOr oca.~ião da realização das CPIs sDbre BASA- Politica da Borracha .,- Sistema Fundiário - IBRA - Miné­rios e no Simpósio da Amazônia, bem como Xerox do P.D.A. (Pla­no de Desenvolvimento Agricola da Amazônia). O Senhor Pre­sidente informou ao Sr. Deputado que todos esses' subsídios es­tão sendo recolhidos pela Secretária e. possivelmente, na próxi­ma reunião a Secretária terá condições de atendê-lo. PerguntouSe a Comissão vai apurar distorções havidas na execução dos Pla­nos de Desenvolvimento.com relação à SUDAM ou relacionados atodos os órgãos que atuam na Amazônia e se poderão ser ouvidoso IBGE. o INCRA. o PIN, etc. A Presidência informou que to­dos csses órgãos poderiam ser ouvidos, deBde que julgados impor­tantes para elucidaç.ão dos problemas que a Comi.ssão se propôeinvestigar. O Senhor Deputado Brabo de Carvalho manifestou­se de acordo com o Deputado Jerônimo Santana, julgando demaior importância que a CPI realize diligências no sentido deaveriguar a veracidade das denúncias e. como medida inicial, pro­pôs fosse solicitado à SUDAM o envio de relação dc todas as em­presas beneficiadas pelos incentivos fiscais, localização dos escri­tórios, onde funcionam, o valor inicial do projeto, se houve rea­justamento, enfim, que a SUDAM forneça à CPI um parecer sobrea situação real de cada projeto para que se tenha na CPI umespelho da distribuição dos incentivos fiscais. A seguir, S. Ex.apropôs o desdobramento da CPI em subcomissões agrupando-seos deputados das próprias áreas já que o Senhor Presidente in­formou ser vedada pela Constituição (art. 30, f) despesa.s comviagens para seus membros. Seria constituida por exemplo, umasubcomissão composta de deputados do Pará que, por ocasião desuas viagens ao Pará, procederiam, no seu Estado, as diligên­cias necessárias. Sua Ex." afirmou que há denúncias de que aVolkswagen levantou recursos e nada possui no Pará. No enten­der de S. Ex." essa denúncia deveria ser examinada "in loco". Omesmo se faria com relação aos demais territÓrios e Estados daRegião Amazônica. Sugeriu a seguir que fossem ouvidos pela CPlempresários considerados falidos e os que não obtiveram sucessonos seus empreendimentos para que Suas Senhorias expliquemas razões que os levaram ao fracasso. Manifestou-se de acordocom o pensamento do Sr. Relator, no sentido de serem ouvidos osgrandes teóricos ou doutrinadores dos incentivos fiscais, porquea Comissão, no final de seus trabalhos, terá que apontar os errose apresentar sugestões, não só no campo prático mas, também.no campo teôrico, razão pela qual indicou os nomes dos Senho­res Dr. Klautau, do economista Milton Brito e o do eX-Superin­tendente da SUDAM, Hugo de Almeida. Deputado Rafael Fara­co manifestou-se de acordo com o Relator e propôs fosse o ro­teiro dividido em três etapas: "A primeira etapa seria destinada,de acordo com a inteligente visão do nobre Relator, a ouvir osgrandes teóricos ou filósofos do Planejamento - Denis Mahar,que publicou uma obra interessantíssima, onde diz que o grándeerro da Amazônia foi adotar a opção industrial, quando sua vo­<cação é essencialmente agricola, c o Sr: Samuel Benchimol. A se­gunda etapa seria reservada para ouvir o empresariado privado:~sso~fa.çJiÚ'·~~~~,federação das Indústrias; Conselbo de Eco-

nomia dos Estados do Pará e do Amazonas, Comissão de- Altos Es­tudos Amazônicos e associações de empresários que existem noPará e no Amazonas. A terceira etapa seria destinada a ouvir osGovernadores dos Estados e os Secretários de Planejamento." In­dicou, a seguir, os nomes dos 8rs. Roberto Vieira, Sub-Reitor daUniversidade Federal do Amazonas; Flaviano Guimarães, exce­lente planejador e teórico da empresa privada, que se dedica acplantio, em larga escala, do guaraná, em Manaus; Francisco Ba­tista, Assessor da Associação Comercial, da área de Ciências Eco­nômicas e o Sr. Mário Garnero, Presidente da Associação Comer­CIal. Considerando S. Ex.a que o principal objetivo desta CPI éanalisar as distorçôes havidas na execução de seus planos. jul­gou da maior importância que fossem ouvidos os técnicos quesoubessem analisar um projeto, um plano. Por essa razão mani­festou-se contráIio a vinda dos Senhores Bispos para depor naComissão, embora reconhecesse naquelas "figuras excelsas a ex­traordinária obra de sensibilizar o poder para as questões sociais.Mas não são técnicos e já prestaram depoimentos valiosos nestaCasa que poderão ser relidos". Deputado Aluizio Bezerra -_ pro­pôs fossem ouvidas não só as empresas que obtiveram sucesso,mas também. as que faliram. Reconheceu a importância da re­quisição dos depoimentos prestados por ocasião do Simpósio daAmazônia sugerida pelo Sr. Deputado Jerônimo Santana e in­dicou os nomes do Dr. Mariano Klautau, membro do Comitê qaDefesa da Amazônia; de Dom Moacyr Grechi, do Acre, pela suaparticipação na Pastoral da Terra, por se tratar de pessoa damais alta sensibilidade, com relação aos problemas sociais daAmazônia; o do Senhor Presidente da CONTAG, em Rio Branco,uma vez que, por ocasião da realização do Simpósio da Amazônia,ao levantar o problema da distorção, afirmou que as distorçõesforam conseqüéncias da canalização dos recursos da SUDAM paraas grandes empresas não tendo aquele órgão previsto a possibili­dade de apoiar aqueles que não poàem se organizar nem emgrande. nem em média nem em pequena empresa e, cuja soluçãoseria a Cooperativa. O Sr. Superintendente da SUDAM confessouque realmente houve esta falha. Continuando o Sr. Deputadoafirmou que a CPI não poderá deixar de apreciar também, comouma das grandes distorções o caso da expulsão dos posseiros edos financiamentos de grande porte feitos aos grandes proprie­tários E, a CONTAG, no entender de Sua Excelência, é "quemmelhor poderá falar em nome daqueles que sofrem as conseqüên­cias dos projetos megalomaniacos da SUDAM". Concluindo, de­clarou que os empresários adquiriam dinheiro a oito por cento eos jogavam a setenta por cento no open market. Deputado Ge­raldo Fleming manifestou-se de acordo com os Srs. DeputadosJerônimo Santana e Rafael Faraco e, principalmente. com a acer­tada idéia do Deputado Brabo de Carvalho - no sentido de se­rem criadas subcomissões para averiguar os casos concretos dasfirmas falidas que existem no Acre, Amazonas, Parâ e nos Ter­rItórios e sugeriu que fossem ouvidos o BASA, banco criado paradar apoio à Amazônia e a COLDAMA, firma que recebeu recur­sos da SUDAM e, no entanto, S. Ex.a afirmou: lá estão a ca)rk:açada firma, o desmatamento, os grandes seringais desarticuladospor aquela firma, cujos membros residem em São Paulo, onde afirma tem sua sede. O Deputado Manoel Ribeiro manifestou-sede acordo com o roteiro inicial apresentado pelo Sr. Relator, de­clarando que as pes.soas relacionadas para depor na CPI, no en­tender de S. Ex.a, não são, apenas, teóricas, uma vez que parti­ciparam do processo de desenvolvimento da Amazônia e os sub­sídios por elas trazidos poderão ajudar a esclarecer as razões dofracasso de várias firmas. Se houve má-fé, ou se, em conseqüên­cia do próprio mOdelo, como disse o Sr. Deputado Rafael Faraco,citando o grande teórico Denis Mahar - o erro foi industriali­zar a Amazônia. A seguir, informou estar também de acordo comas sugestões apresentadas pelo Sr. Deputado Brabo de Carvalhoe sugeriu fosse ouvido o ex-Presidente do BASA - Francisco Pen­na. Deputado Isaac Newton de acordo com o Deputado JaderBarbalho, no sentido de serem ouvidos as grandes doutrinadores,porque a Comissão precisa conhecer os principios filOSóficos queserviram de base à elaboração dos planos de desenvolvimento daAmazônia. Afirmou que os fracassos das firmas foram devidos àcorrupção, pois o empresário ao conseguir um projeto, para ob­ter os recursos necessários à sua execução, era obrigado a darquarenta por cento dos mesmos para o Sul. Isso devido ao defeitodo art. 18 do Decreto-lei n.o 1. 376, de doze de dezembro de demil novecentos e setenta e quatro, razão pela qual estava apre­sentando projeto de lei modificando este artigo. Deputado WildyVianna manifestou-se de acordo com o Sr. Relator ·e aproveitoua oportunidade para indicar nomes ligados a órgão financiado eà empresa financiada. Pela iniciativa privada, como empresa fi­nanciada indicou a "Banal Borracha Natural", Sr. Antônio Cons­tantino, uma das poucas, ou talvez a única empresa com situaçãoefetiva no Estado do Acre. Apresentou o nome do magnífico Rei­tor da Universidade do Acre, Dr. Auleo Alves de Souza, um dosórgãos financiados pela SUDAM; Sr. Mário Gaia Nepumuceno,Presidente da EMATER, órgão que controla os projetes de to­dos os financiamentos no Estado; Prefeito Ulisses D'Avila Modes­to. de Sena Madureira, por ser o municipio do Acre beneficiado

Dezembro de 19'79 DlARIO DO,OONGRE850 NACIONAL (Seção 1) Quinta-feira 6 14895

pelo Pólo Amazónico, subsidiário da SUDAM, e indossou a. inicia­tiva do Deputado Fleming, indicando nome de Dom MoacyrGrechi. Deputado Mário Frota - Sua Excelência indicou o nomedo Sr. Bispo Dom Pedro Casaldagli$o por entender que os traba­lhos éla CPI estariam incompletos sem o seu depoimento, uma vezque 'Vive e S. Ex." numa regíão talvez a mais conflitada do Pais e,todos os grandes empreendimentos lá desenvolvidos são financia­dos pela SUDAM. Deputado Milton Figueiredo - Sua Excelênciafez veemente apelo para que a Liderança indicasse um represen­tante do Mato Grosso para integrar a CPI, uma vez que, atravésdos grandes eixos rodoviários mato-grossenses está sendo efetiva­da a conquista econômica e a ocupação dos espaços vazios daAmazônia. A seguir lembra que foi realizado um Simpósio sobrea Amazônia no Senado, e outro na Câmara, coordenado peia Depu­tada Lúcia Viveiros, e que, agora, criou-se a CPI para análise dosPlanos de Desenvolvimento da Amazônia e, em nenhuma cessasoportunidades o Mato Grosso teve participação. Levantou a Ques­tão de Ordem com relação à "inautenticidade da CPI pela ausên­cia da representação do Mato Grosso, já que ninguém poderá ava­liar os projetos, investigar as -distorções dos Planos da SUDAM, asua aplicação, o seu retorno, a sua maturação, sem estudar oMato Grosso que é a experiência maior e por ser na Amazôniamato-grossense que se desenvolvem os erros, as omIssôes de umapolítica feita no Planalto, nas praias de Copacabana, na Aveni­da Atlântica, para ,ãolução de problemas da Amazônia". O Senhor'Presidente e o Senhor Relator iembraram ao Senhor DeputadoMilton Figueiredo que as indicações são feitas pelas Liderançaspartidárias. Se houve um lapso a culpa não foi -da Presidêncianem dos integrantes da Comissão. O Senhor Presidente propôslevar o nome do Senhor Deputado Milton Figueiredo para -que. aLiderança o indicasse para integrar a CPI. O Senhor I;>eputadoMiltom Figueiredo declarou não desejar, mas, na qualidade decoordtmador da Bancada, sugeriu o nome do Deputado Bento Lo­bo. Continuando com a palavra, Sua Excelência declarou que osincentivos fiscais são usados não para promover o desenvolvimen­to da Amazônia, mas para o enriquecimento de empresários deSão Paulo e de outros Estados do Brasil. Propôs Sua Excelênciaa vinda de um representante da Associação dos 'Empresários daAmazônia e a criação de grandes painéis por assunto - Distor­ções políticas fundiárias - Distorções institucionaís - Distor­ções relacionadas à documentação - Distorções havidas por fàl­ta de conhecimento da terra - Distorções relacionadas à politi­ca de ocupação racional do universo amazônico - Distorçõesrelacionadas à política dos incentivos fiscais etc., para que a CPIpudesse ter uma visão macro do problema. Com a palavra o Se­nhor Relator informou já haver anotado as sugestões e compro­meteu-se a trazer na próxima reunião o roteiro para ser apre­ciado. Nada mais havendo a tratar, às doze horas e quarenta ecinco minutos o Sr. Presidente Josué de Souza agradeceu a pre­sença de quantos contr,muíram para o êxito da reunião, convo­cando nova reunião pal'a a próxima terça-feira, dia dois, paraapreciação do "foteiro dos trabalhos. E, para constar, eu, Maria daConceição Azevedo, Secretária, lavrei a presente Ata que, depoisde aprovada, será assinada pelo Sr. Presidente e irá à publicação.

Ata. da 3.a ReuniiW Ordinária, realizada em 25-9-79

As dez horas e trinta mLnutos do dia vinte e cinco do m,êsde setembro de mil novecento.'l e setenta e nove, no plenário dasCPIs, no Anexo 11 da Câmara do Deputados, em Brasília, reuniu­se, sob a Presidência do Senhor Deputll>do Brabo de Carvalho,Vice-Presidente, a CPI destinada a investigar distorções ocorridasna execução dos planos de desenvolvimento da Amazônia, criadapela Re,'lOlução número dezoito, de mil novecentos e setenta e nove.CompaJ)~ceram os Senhores Deputados: Jader Barbalho, Relator;Antônio Pontes, Júlio Martins, Manoel RibeiJ;o, Rafael Faraeo eWildy Vianna, membros efetivos; FI'citas Diniz e Isaac Newton,membros supientes. Havendo número regimental o Sr. presidentedeclarou abertos os trabalhos, propondo a dispensa da leitura daAta da reul'l,i~ anterior, que foi aprovada, por unaniniidade, pelaComissão. EXpediente - O Senhor Presidente deu ciência à Co­missão do Oficio de nÚmero 225 (duzentos e vinte e cinco), dedezoito de setembro de mil novecentos e setenta e nove, do Sr.Deputado Nelson Marchezan, Líder da ARENA, apiresentando oSr. Deputado Bento Lobo para integrar a Comissão, como membrosuplente. A sel\'uir, B. Ex." comunicou que a reunião fora convocadapara apreciação do roteiro dos trabalhos, razão pela q].i'lll concedeua palavra ao Sr. Relatar, que submeteu à apreciação de seus p:u'esos nomes das pessoas e entidades arrolada.o. para prestarem <Iepoi­mentas nesta CPI. Logo após, esclareceu que ficou estabelecidono Roteiro: a) ollvir em primeiro lugar os doutrinadores do modeioeconômico da Amazônia; b) convocar pessoa,« que pudessem fazer,!'elato sobre fatos concretos existentes na região; c) convocar pes­soas que pudessem oferecer sugestões à possível modificação dessemodelo; d) ouvir os órgãos dirigentp"S dos programas de desen­volvimento da regiao - Banco do Estado do Amazonas e SUDAM;e em última instância, o próprio Ministro do Interior. Em dis­cUssão o Roteiro, foram apresentaiÓas sugestões visando. \) seuaperfeiçoamento. O Senhor Deputado Rafael Faraco suogel'1U fos-

sem convocados para prestar esclarecimentos a e.«ta CPI: aJ oPresidente da CONTAG, tendo em vis.ta que a polit~ca do des.en­volvimento da Amazônia tem sido conduzida em termos de eco­nomia àe escala, portanto, o crédito tem sido dirigido às grandesempresas, havendo um ,<;Dfrimento muito grande em termos deacesso ao crédito relacionado a categoria dos trabaihadores rurais.E o Presidente da CONTAG, no entender de S. Ex.", poderia fazeruma análise sobre os projetos existentes na Amazônia; b) o Sr.Professor Samuei Benchimol para que Sua Senhoria faça umaanálise sobre os planos da SUDAM; C) Dr. Ruy Lins, economista,que dirige a Zona Franca de Manaus, dado que ele superintendeesse instrumento especial de desenvolvimento regional que é aSUFRAMA;. d~ a. Confederação Nacíonai da Agricultura, uma vezque, na opmiao de S. Ex.", o grande erro da Amazônia é enten­dê-la industrializada, quando sua vocação é essencialmente agrí­cola; e) apres'entou sugestão no sentido que em lugar de convocarOIS três bispos indicados no roteiro, fOlSse enviado ofício à CNB:ae ela indicll;ria um elemento da área, podendo mesmo ser até umtécnico: O Sr. Deputado Isaac Newton propôs que fosse feita umarevisão na lista das pessoas e entidades arroladas porque além demuita extensa se concentrava muito no Estado do pará. Sugeriuque em lugar de se ouvir todos os coordenadores regionais doINORA, fosse ouvido, apenas, o diretor funâiárlo nacional _ oresponsável pela política. Ratificou a indicacão do Prof SamuelBenchimol, para que Sua Senhoria falasse sobre as conséqüênciasda política fiscal, como concentração de renda, uma vez que aSTInAM vem_dando recursos a quem já os tem, favorecendo, assim,a concentraçao de renda. Julgou fundamental que se esclarecessema composição do capital acionário e a identificação dem gruposeconômicos, que atuam na área, porque parece a S. Ex." que exis­tem .até multinacionais se beneficiando dos incentivos fiscais.Propôs, também, que a SUDAM esclarecesse qual a repercussãodos projetos executado;; na área e quais os projetos aprovadospara os quais não foram destinados os recursos necessários àsua implantação. O Sr. Deputado Wildy Vianna sugeriu que fosseconvoc~do o Presidente da EMBRATER porque acredita que todosos projetos na Amazônia tenham passado por aquele órgão oupelas suas.representadas nos Estados. É através da EMBRATERafirmou S. Ex.", que a SUDAM aplica os recursos de.'ltinados ao~projeto.s realizados na região e que ela concetra em suas mãostodos os projetos agropecli'ários da Amazônia. Ratificou, a seguir.a convocação do Sr. Presidente da CONTAG. O Senhor DeputadoBrabo de Carvalho manifestou a sua preocupacão relacionada àexigüidade de tempo que dispunha a comissão para ouvir as enti­dades e pessoas arrolados para depor e Indicou o nome do SI', Dr.Hugo de Almeida, ex-SuperLntend,ente da SUDAM que, com aexperiência acumulada à frente do citado órgão, poderia prestarà comissão um depoimento elucidativo e valioso. A seguir propôsfDISse jeito ofício à SUDAM solicitando: a) relação de todos osprojeto,'l aprovados, valor, parcelas pagas, datas dos pagamentos;b) dos projetos cancelados; c) dos projetos reativados, que re­cursos foram. novamente injetlldos; d) cópias das cartas consultasaprovadas e qli'e estão aguardando aprovação; e) xerox das ata.'>das reuniões do chamado Conselhào, que são realizadas apenasuma vez por mês. Visando à redução do número dos depoentes aserem ouvidos, a Comissão aprovou a..'l convocações: a) do Sr.Presidente da CONTAG, para falar em nome dos trabaihadoresrurais da Amazônia; b) do Sr. Presidente da EMBRATER, parafalar sobre assistência técnica rural, podendo comparecer. naoportunidade, os coordenadores regíonais, em forma de assessoria,para os esclarecimentos relacionados aos probiemas localizados;c) de um representante da Conferência"Nacional dos Bispos doBrasil - CN'EB - para falar sobre a opinião da Igreja .'lObre osprogramas de desenvolvimento implantados na Amazônia e suaspossiveis modificaçôes. O Sr. Relator encam,pou as sugestões apre­sentadas, In.'lerindo-as no Roteiro, que foi aprovado, por unani­midade, e será anexado à Ata. A comissão manifestou-se de acordo.com o Sr, Deputado Isaac Newton no sentido de serem substituidosos membros faltosos, de acordo com o Regimento. A aeguir, o Sr.Relator solicitou à presidência providências no sentido de seremadquiridas cópias dos depoimentos prestados no Simpósio daAmazônia realizado pela Comis.'lào do Intedor. O Sr. PresidentecomunIcou que a Secretaria já os havia obtido e que a secretáriaestava tentando conseguir uma cabine, na biblioteca, para coiocartodo o material adquirido. Nada mais havendo a tratar, o SenhoriPresidete agradeceu a presença de todos os presentes e à, trezehoras encerrou a 'reunlão, convocando outra para o dia dois denovembro às 10 horas. E; para constar, eu, Maria da ConceiçãoE\.zeve{:\o, SecretáIia, lavrei a presente Ata que, depois de lida, eaprovada, será assinada pelo Senhor Presidente e irá à publi­cação. _ Deputado Brabo de Carvalho, Presidente.

14896 Quinta-feira B DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 11 Dez~mbro de 1979

Roteiro para: os trabalhos da Comissão Parlamentarde Inquérito destinada a investigar os programas dediesenvolvimento coordenados pela SUDAM.

Sr. Presidente.Srs. Membros da Comissão.Apresentamos a seguir o roteiro que norteará os nossos tra­

balhos nesta CPI.Devemos esclarecer, todavia, que o presente roteiro poderá

oofrer modificações se, no decorrer de nossas atividades. algumacontecimento a justificar.

Esclarecemos, outrossim, que anexamos a este uma relaçãocontendo interpelações à SUDAM.

Depoentes1 - Marcelino Monteiro da Costa (Diretor do Núcleo de Altos

Estudos Amazônicos da UFPaJ.Assunto: o papel dali incentivos fiscais na internalização da

riqueza e na promoção do desenvolvimento econômico da Ama­zônia.

2 - Denis Mahar (Instituto de Planejam.ento Econômico eSocial - IPEA I.

Assunto: os incentivos fiscais têm perm.itido a capitalizaçãoda Amazôni.a e têm sido instrumento eficaz para o desenvolvi­mento econômico?

3 - /Armando Mendes (ex-Pr€isidente do Banco da Ama­zônia).

Assunto: a política de incentivos fiscais está a serviçO dohomem da Amazônia e do progresso da região.

4 - José de Souza Martins (Sociólogo da Universidade deSão Paulo). .

Assunto: a política de incentivos fiscais e o problema da mão­de-obra na Amazônia.

5 - Sam,uel Benchimol IProfeswr da Universidade Federaldo Amazonas).

As.~unto: análise dos programas de desenvolvimento para aAmazônía.

6 - Roberto Santos (Juiz do Tribunal Regional do Trabalhoe Professor do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos <la Universi­dade Federal do Pará - UF'Pa).

Assunto: política de incentivos fiscais e o problema da mão­de-obra na Amazônia.

7 - Bento Porto (ex-Secretálio de Planejamento do MatoGrosso).

AHsun:to: efeitos da política de incentivos fiscais no norte doMato Grosso, com a criação de fazendas que estão se transfor­mando em fontes autônomas de poder.

8 - l!Jdson Roffe Borges (Presidente do Instituto dos Econo­ntistas do Pará).

As.~unto: os incentivos fiscais criaram ou estão criando umaempresa rural na Amazônia..

\} - Irapuan Sales (presidente do Centro das Indústrias do8stado do Pará.

Assunto: se os incentivos fiscais têm possibilitado a capitali-''zação das empresas da Amazônia e o financiamento das poupançasr~gionais.

10 - Wilton Brito (Economista, Empresário e Professar daUniversidade Federal do Pará).

Assunto: se os incentivos fiscais têm· sido instrumento dedemocratização oU! monopolização do capital e qual a participação,da pequena e méçlia empresas da Amazônia.

11 - Francisco de Assis Costa (Professor do Departamentode Economia do Centro de Estudos Superiores do Pará - CESEP).

As,sunto: qual o reflexo dos programas de desenvolvimento daAmazônia ,em sua macroeconomia.

12 - Gabriel Guerreiro (Presidente da Associação Profissionaldos Geólogos da Amazônia).

Assunto: OIS incefltlvos fiscais, a política mineral na Amazônia.e a privatização ou desnacionalização do setor mineral.

13 - Representante da Conferência Nacional dos Bispos doBrasil (CNBB).

Assunto: a opinião da Igreja sobre os programas de desenvol­vimento implanta4905 na Amazônia e suas possíveis mOdificações.

14 - Jean E;~»~tt IProfe!lSor do Núcleo de Estudos da Ama­zônia na UFPa). '"

Assunto: fluxos migratórios decorrentes da poiítica de desen­volvimento para a Amazônia.

15 - Romero Ximenes Pontes ! do Departamento de Antro­pologia da Universidade Federal do Pará}.

Assunto: os problemas das minorias I caboclo, índio e peão J

em face do programa de desenvolvimento para a Amazônia.16 - Procuradoria Jurídica da SUDAM. Assunto: as razões

dos cancelamentos de projetos financiados com incentivos fiscaisna Amazônia e as medidas tomadas pela SUDAM.

17 - Mutum Agropecuária IMato Grosso>. Assunto: experiên­cia empresarial na execução dos projetos em face da política dcincentivos fiscais da SUDAM.

18 - SIDERAMA (Amazonas). Assunto: experiência empre­sarial na execução dos projetos em face da política de incentivosfiscais da SUDAM.

19 - AGRISAL IPará" Assunto: experiência empresarial naexecução dos projetos em face da política de incentivos fiscaisda SUDAM.

20 -, Suiá Missu lMato Grosso!. Assunto: experiência em­presarial na execução dos projetos em face da política de incen­tivos fiscais da SUDAM,

21 - Cia. Melhoramcntoa de Ligação (Pará). Assunto: ex­periência empresarial na execução (ios projetos em face da polí­tica de incentivos fiscais da SUDAM.

22 - CAPAZ. Assunto: experiência empresalial na execuçãodos projetos em face da política de incentivos fiscais da SUDAM.

23 - BONAL - Borracha Natural lAcre). Assunto: experiên­cia empresarial na execução dos projetos em face da politica deIncentivos fiscais da SUDAM.

24 - COROAMA IAcre). Assunto: experiência empresarial naexecução dos projetos em face da política de incentivos fiscais daSUDAM.

25 - Pedro Esteves Colnago IEx-Secretárió de Fomento àPl"Odução do Estado do Amazonas). Assunto: o significado daZOna Franca de Manaus e o papel que desempenha ou venha de­sempenhar na economia estadual, principalmente no setor pri­mário.

26 - Dl'. Âuleo Alves de Souza IReitor da Universidade doAcre). Assunto: sugestões para os programas de desenvolvimentoda Amazônia, em geral. e do Estado do, Acre, em particular.

27 - Prof. Roberto Vieira (Sub-Reitor da Universidade doAmazonas:. Assunto: análise do modelo de desenvolvimento ama­zôníco. particularmente do Estado do Amazonas e contribuiçõesque o depoente possa oferecer ao desenvolvimento da. região.

28 - Lúcio Flávio Pinto (Presidente do Sindicato dos Jor­nalistas do Pará 1. Assunto: análise do modelo econômico daAmazônia.

29 - Confederação Nacional da Agricultura. Assunt.o: opiniãosobre o programa de desenvolvimento para a Ama6ôlüa.

30 - Confederação dos Trabalhadores na Agrícultura. Assun­to: opinião sobre o programa de desenvolvimento para a Ama­zônia.

31 - Presidente da EMBRATER. Assunto: assistência técnicarural ao homem da Amazônia.

32 - Diretor do Departamento Fundiário do INCRA. Assunto:as razões fundamentais do estrangulamento na regularizaçãofundiária da região.

33 - Dl'. Rui Lins (Superintendente da SUFRAMA). Assun­to: a Zona Franca de Manaus e o desenvolvimento do Estado doA,mazonas.

34 - João Batista Ramos (Superintendente-Adjunto daSU'DAM)' Assunto: resultados da política de incentivos fL~cais na'Amazônia, desde a criação da SPVEA até hoje, para a criaçãode riquezas, emprego, produção agropecuária, auto-suficiência edesenvolvimento da região.

35 Governador Alacid Nunes (Pará).36 - Governador José Lindoso (Amazonas).

37 - Governador Joaquim Macedo (Acre).38 - Governador Anibal Barcellos (Amapá).39 - GOVernador Jorge Teixeira (Rondônia).40 - Governador ottomar de Souza Pinto tRoraima).41 - Dl'. Oziel Carneiro (Presidente do Banco da A'>,?zônis.i

Assunto: concentração ou democratização do crédito .111 Amazô­nia?

[)ezcmblG de lU7U DIARlO DO CONGRESSO NACmNAL (Seção Il Quinta-feira 6 14897'

42 - Dl'. Hugo de Almeida f Ex-Superintendente da SU;.:lAMI.Assunto: poJitica de incentivos fIscaIs da SUDAM.

43 - Dl'. Elias Scffer I Superintendente da SUDAM1. Assunto:política de incentivos fiscaIs da 8UDAM.

44 - CeL Mário Andreazza (Ministro do Interiorl. Assunto:modelo de desenvolvimento amazônicó,

Interpelações à SUDA!\'!

11 Que montante de captação de recursos oriundos dos in­centlvos fiscais foi autorizado às empl'esas que tiveram seus pro­jetos aprovados pela SUDAM, desde a sua criação? Deste mon­tante qual o efetivamente liberado?

2) Qual o montante de l'ecursos próprios aplicados nos di­versos projetos, em contrapartida aos incentivos fiscais mencio­nados no item anterior?

3) Relacionar. por setor, todos os praj etos apl'ovados pelaSUDAM, discriminando:

a) a sede do empreendimento;

b) o objetivo dos mesmos, especifi~adamente;

c) o investimento total aprovado e o respectivo quadro defontes;

d) a composição âcionária da empreSa beneficiada;

c) o númer:o de empregos gerados e a serem gel'ados, de acor­do com a anii.lisc do projeto;

t) a.s parcelas de incentivos liberada.>.

4) Quais os cr-itérios que nOI·tearam o trabalho das equipesde análíse, com referência ao estudo de mercado dos pI"ojetosapl'Ovados?

5) Quais foram os critérios de prioridade originariamentefixados para a concessão de incentivOll fiscais c quais as altera­ções l'egistradas até a presente data'?

6) Quais as empresas que tiveram cancelados os beneficiosrecebidos em decorrência da aprovação de projeto pela SUDAM?Esclarecer os motivos que determinaram a medida e as providên­cia.s administrativas e j ~diciais adotadas em cada caso.

7) Com referência ao item anterior, há registro de empresaque tenha sido posteriormente reabilitada? Em caso afirmativo,quais os projetos e as razões que nortearam tal procedimento?

8) Quais os projetos que fizeram jus aos beneficios da refor­mulação financeira? DiscJ.iminá-los, fazendo referência ao in­vestimento original e ao atualizado, mencionando a data das re-feridas decisÓCs. -

9) Relacionar os pl'OietoS que tiveram controle acionâliotransferido, informando, em cada caso, o seguinte:

a) o grupo cedente;

b) o investimento to~al;

C) em que fase de implantação a transferência ocorreu;

d) o montante de ações ordinária.s integralizadas c a sub$­erever t a época da transferência);

e) qual o valor da transação?

10) Relacionar 0Il j3rojetos considerados caducos e as provi­dênciflS adotadas pela 8UDAM no sentido de que outros gruposexecutassem os refel"Ídos projetos, uma vez que através do Con­selho Deliberativo aprovou-os e considerou-os como de impor­tância para o desenvolvimento econômiCO e social da Amazônia.

11) F'ornece, relação das empresa.s, com projetos aprova.dospela SUDAM, que faliram, pediram concordata ou simplesmenteforam dcsativadas. Sobre os mesmos, informar:

a) em que etapa do cronograma de execução encontravam-seos projetos;

b~ se o' fato ocorreu após a aprovação de projeto de refol'mu­lação técnica ,ou financeira;

e) quantas fiscalizações foram feitas pela SUDAM em cadaP1'Ojeto (. quais os pareceres das equipes de fiscalização.,

12) Relacionar os projeto,9 que se beneficiaram ou estão be-nefi~iando-se do art. 18, identificando:

a) os detentores do controle acionário;

b) o investimento total e a particIpação dos incentivos fiscais;

c) qual o ,significado, em termos percentuais, desses 'projetosem relação ao montante' dos returSOl> carreados para a relPão.

13) Quais os grupos com controle acionârio de duas ou maisempresas beneficiadas com recursos dos incentivos fiscais?

14) Envio de todas as Atas do Conselho Deliberatlvo da8TJDAM, desde sua criação, bem assim todas as Resoluções doreferido Conselho.

Sala da Comissão, 25 de setembro de- 1979. -- Jader Barbalho,Relator,.'\ta da 4," Reunião Ordinária. reaJi~â!la em 2 de outubro de 1979

Às dez horas e trinta minutos do dia dois do mês de outubro demil novecentos e setenta e nove, no Plenário das CPIos, no Anexo IIda Câmara dos Deputados, ,em Brasília. reuniu-se a CPI destinadaa investigar a.s distorçõeil ocorJ.idas na ex;t"cução dos planos dedesenvolvimento da Amazôhia, criada pela Resolução número de­zoIto, de mil novecentos e setenta e nove, Compareceram os Senho­res Deputados: .:rosué de Souza. Presid€nte; Braba de Carvalho. Vi­ce-Presidente; Jader Barbalho, Rf'iatoc Geraldo Fleming, JerônimoSantana, Nasser de Almeida, Paulo Guerra e Rafael Faraco. VeJ.i­ficada a existênCIa de número regimental o Sr. Presidente declarouabertos os trabalhos da quarta reunião ordinâria. propondo a lei­tura da Ata da reunião anterior que foi acolhida pelo Plenário.Expediente ~ O Sr. Presidente comunicou aos senhores deputadosque o primeiro expediente que. no entender de Sua Ex." constituio cerne da questão, já foi en'Viado à SUDAM, com data de 26 desetembro próximo passado. A seguir concedeu a palavra ao Relatorque informou ter sido a reunião convocada para tratar de assun­to.s internos, considerando que a Comissão, apesar das medidas to­madas pela Presidência. até o momento não pôde montar a suainfra-estrutura administrativa pam corresponder à tentativa dcseu funcionamento imediato, Ressaltou que a presidência já haviasolicitado à direção da Casa funcionârios, porque até o momentoa Comissão sô conta com a secret.ária, trabalhando em condiçõesprecarissimas, já que atê a sala reservada' à Secretaria da Comis­são não oferece nem telefone para os contatos com pessoas quepod,eriam vir prestar oli seus depoimentos. Considerando o númeroelevado de pessoas a s,erem convocadas, Sua Excelência fez umapelo aos Senhores membl'Os da comissão no sentido de que facili­tassem o.s contatos com pessoas que deveriam vir à comissão, semfixar datas e que a Secretária confirmaria essa.s datas posterior­mente Usando a palavra o Deputado Geraldo Fleming informouqu,e, com relação ao Sr. Dl', José Ferraz, Presidente da AssociaçãoComercial do Acre, o contato jã fora feito e ele estava apenasaguardando o oficio de convocação, O Senhor DeputadO Brabo deCarvalho solicitando a palavra esclareceu que por ocasião da dis­cussão do Roteiro, na reunião do dia vinte e cinco próximo passa­do, a CPI evoluiu para o seguinte: "considerando~a exigi.üdade dotempo disponivel, que fosse oficiado à CNBB para que ela creden­ciasse um de seus representantes da região Amazônica, para virdepor na CPI - sobre. a opinião da Igreja relacionada ao progra­ma de desenvolvimento que se implantou na região, já que a Co­missão considera todos os Senhores bispos arrolados, perfeitamen­te iàentiftcados com 0Il problemas mencionados. Foi concedida apalavra ao Sr. Deputado Nasser de Almeida que parabenizou o Sr.DeputadO Rafael Faraco, para esta acertada, idéia e a Comissão porter acolhido a sugestão. A seguir. o SI', Relatol' ,esclareceu aos Se­nhores membros que não estiveram presentes à reunião anteriorque o mesmo critério fora adotado com reiação às Federações dasIndústrias e as Associações Comerciais, Assim, a Comissão irá ou­vir a Confederacão Nacional dos Trabalhadores (CONTAG) sobre orema: Opinião sobre o Programa de Desenvolvimento para Amazô­nia. O SI', Deputado Geraldo Fleming, solicitando a palavra, dis­cordou da orientação ~liegando ser o Estado do Acre um caso iso­lado e s·eu;; problemas ser,em totalmente diferentes dos problemasdo resto do Brasil. O Sr. Relator informou ao Sr. Deputado Geral­do Fleming que o Presidente da CONTAG podeJ.ia trazer o Presi­dente das Federacócs em farma de Assessoria e, no caso especificodo Estado do Acre, o seu Presidente, O SI"" Deputado Geraldo Fle­ming informou que, enquanto os Estados de Mato Grosso, Pará. eAmazonas têm conseguido grandes financiamentos. o Acre conse­guiu, apenas, trés ou quatro cqntrato.s assinados por empresá.riosdo Sul que já chegam no seu Estado com o financiamento pratica­m~mte liberado para inicillJ' os seus trabalhos e, passados dois, três,ou quatrp anos aplicam a maior parte do dinheiro no Sul e a firmafale no Acre. Esta a razão pela qual fez um apelo à Comissão parareexaminar a possibilidade da vinda do Presidente da AssociaçãoComercial do Acre para que essa distorção seja examinada em pro­fundidade. O Sr. Relator propôs que se enviassem oficiOS às diver­..as entidades. a exemplo do que foi feito em relação à SUDAM,,solicitando que os órgãos se manifestassem por escrito. As expo­sições escritas seJ.iam examinadas pela CPI e, posteriormente, sea Comissão julgasse conveniente, essas entidades seJ.iam convoca­das. Este foi o apelo feito pelo Senhor Relator ao SI', Deputado

. Geraldo Fleming na tentativa de concilia.r os interesses ela manu­tenção do Roteiro aprovado, prometendo, de acordo com as possi­bilidades do tempo, vir a ouvir o Sr. Dl'. José Flerraz. Presidente .daAssociação Comercial do Acre. O Sr. Deputado Gera'do Flemmgperguntou a ,'3oCguir se seriam criadas as subcomissócs. O Sr. Rela­tor respondeu que não. Uusando a palavra. o Sr, Deputado Brabode Carvalho informou que esta sugestão foi apresentada mas nãochegou a ser aprovada pelo Plenário, O Sr. Deputado Nosser deAlmeida solicitando a palavra declarou; a) que a SUDAM assinou

14898 Quintll.·feiJ:it C

c<.mvênio com a prefeitura de Sena Madureira; b) qUf> os MunicÍ­pIOS de Cruzeiro do Sul e Sen1l Madureira receberam verbas muitoelevadas através do Pólo hmazônia;, e que pos3'.â ~6pias dosdocumentos relativos às pr·csta.:;ães de contas aprovadM p.elo Trl·bunal de COntas da União; cl que a SUDAM deu verbã8 ao Estadodo Acre por ocasião do goveInO Eraldo Mesquita e vai dar agorano governo Joaquim Macedo; d) que os ter:rltórios de RoraimaRondônia, e os Estados do Pará, Amazonas e Acre I'e,clamam mas'na realidade, recebem as verbas necessárias para a execução d~suas obras; e) que o problema do Acre ê totalmente diferente dosoutros ElItados e Territórios amazônicos porque lá nác há titula.­ção de terras, razão pala qual não se consegue nnanciarnento doBanco do Brasil, do Banco da Amazônia. e da Caixa EconômicaFederal ou de qualquer órgão oficial, para aplicação na. f~griCUlt!l­

ra. Os titulos não são reconhecidos e os bancos não assumem osriscos. E, pela mesma razao, a SUDAM deixa de fazer aplícação ãegrande vulto na área de seu Estado. Manifestou-se de acordo como Deputado Geraldo Fleming quanto ao fato de se dar a grupos es­~anho.s à região, financiamen~'de projetos e gostaria que essesfmancIamentos fossem dados aqueles que vêm sofrendo e traba­lhando há trinta e quarenta anos pelo desenvolv!.mento do Acre.Foi concedid.a a palavra ao Sr. Deputado Brabo d,e Carvalho que.tecendo elOgIOS ao Sr. Relator, pela qualidade do oficio enviado àSUDAM, solicitou da Presidência providências no sentido de quefossem entregues a todos os deputados da ComL"São, cópias dosupracitado oficio para que, após o seu estudo, os Senhores Depu­tados pudessem apresentar, por escrito, ou oralmente, quesitossuplementares que seriam objeto de novos expedientes que a comis­são julgasse por bem enviar à SUDAM. O Sr. Presidente informouao Sr. Deputado que a secretária da Comissão estava acabando de~ntregar aos senhores deputados não só cópia do ofício endereçadoa SUDAM, mas, também do Roteiro aprovado pela Comissão emsua última reunião. O Sr. Deputado Jader Barbalho, com a palavraagradeceu as observações do Sr. Deputado Brabo de Carvalho ~acrescentou que a mesma orientação a comissão poderia tomar emrelação a qualquer outro órgão regional, fazendo indagações quepudessem elucidar os problemas relacionados ao desenvolvimentoda Amazônia, A seguir, o Sr. Deputado Jerônimo Santana. combase do parágrafo 1.0 do art. 9, da Lei n.o 5.117, que criou a SUDAM,solicitou que o órgão supracitado informasse porque ainda não foicrIado o seu escritório em Rondônia e quais os critérios regionaispor ela. adotadas em relação ao território que representa.. Informoua seguir que existem duas superintendências atuando na área:SUDAM e SUDECO, E, para se obter informações relacionadas aSUDAM é necessário ir a Belém que está há dois ou três mil quilô­metros diJStante; e, em se tratando da SUDECO, há que se deslocarpara Brasília. Continua.TJ,do informou que o' Sr. Deputado Josuéde Souza, em recente pronunciamento na Câmara dos Deputados,e a própria imprensa de Manaus, criticaram o escritório daSUDAM, em Manaus, considerando~o uma mera mordomia. O Sr.Deputado Jader Barbalho usando a palavra informou que a Co­missão podel'ia enviar ofício à SUDAM indagando onde estão ins~

talados os seus escritórios e quais as suas atribuições. e prometeuprovidenciar, com urgência. o expediente. O Sr. Deputado P!l.uloGuerra ratificando a providência proposta pelo Sr. Relator propôsfosse feito ·um documento fInal determinando uma visita "in loco".Concedida a palavra ao Sr. Deputado Geraldo Fieming. S. Ex."informou que durante o Simpósio da Amazônia, fez indagações aoSr. Superintendente da SUDAM relacionadas a uma firma que, noAcre, recebeu, talvez, um dos maiores financiamentos daquela re­gião. Em resposta, S. Ex." afirmou: recebi um telegrama do Supe­rintendente da SUDAM nos seguintes termos: "Referência ao Pro­jeto Cia. Colonização do Amazonas - COLOAMA, mencionadanossa palestra Simpósio Amazonas dia quatorze do corrente, Cá­mara dos Deputados, informamos não existir nenhum pleito naSUDAM em nome essa empresa. Solicitamos fornecer-nos maioresdetalhes. Cordialmente, (as.) Superintendente SUDAM - EliasSaff.er". Prosseguindo, declarou S. Ex." que o Sr. Presidente daAssociação COmercial encontrou, por acaso. um elemento dessaCompanhia e perguntou-lhe: A COLOAMA tem algum financia­mento da SUDAM? Ele informou na minha presença: Nós temosfinanciamento da SUDAM, portanto, vê-se que há um problema sé­rio, Daí a minha insistência em trazer à Comissão o Sr. Presidenteda Associação Comercial do Acre, porque alguém está enCObrindo oque está acontecendo no meu Estado. O Sr, Relatar informou ao Sr.Deputado que as ponderações de S. Ex."' seriam acolhidas. O Sr.Deputado Jerônimo Santana. informou que o' 8l!pelintendente daSUDAM forneceu à CPI - Fundiitri6. em mil n~~"'e<::e!1to" \" setenta'.e sete, uma relll.Ção de todos os enlpreend!mc:rt(!l: :1j:)ü{""t1CJ: ;l.e).aSUOAM a,u;, aquela data, mencionando O' nome df<. C'l1pl:rõS'\ C rrquantia a ela destinada. liJ só conferi.r, '~\JR,;;11u S l!:z" Naúa ma.ishavendo a tratil.r o 81', Pr:esldente agr.),de.:;;cu a I're,~cnçll dúll :se­nhores Deputados e 1:.s (i02:e hol:'as eneerLj;1U ':l\~ tr!ib2f.l.lLC,.i, I1tl.lHGil.i1Ü<lnova reunião para. a próxima ü,rça.-teira. (lí... nO'd, úl:; ôu\.ubl"O, p:t~.'l

tomada de depoimento do Sr. Dr. Annr,ficc!c ty,a.,. M"rttJe.>, ~.h'~I'1te8i­

dente do Banco da Amazônia. E. para con13tlll' CC'U Ma.,·l1i. dE:. Go('(::~i­

ção Azevedo, Secretária, lavrei a presen':e Ata que J"lpClS d.e :'l.pro­vada sel.'à. assinada pelo Sr. Presidente e irá a publicação. - Depu­tado .1~ (]e Sour~, Pre-.sidente.

Ata. da 5.a Reunião Ordinária, realizaila em 9 fie outubro de 197!i

As dez horas e trinta minutos do dia nove do mês de outubrode mil novecentos e setenta e nove, no Plenário da Comissão deFhtal1ças, no Anexo II da Câmara dos Deputados. em Brasília, reu­niu-se, sob a presidência do Sr. Deputado Josué de Souza. a CPIdestinada a investigar distorções ocorridas na Execução dos Pla­nos de Desenvolvimento <ia Amazõnia, criada pala Resolução núme­ro dezoito mil novecentos e setenta e nove. Compareceram os Se­nhores Deputados Brabo de Carvalho, Vice-Presidente; Jader Bar­balho, Relator; Amilcar de Queiroz, Geraldo Fleming. JerônimoSantana. Júlio Martins, Manoel RIbeiro, Mário Frota, Rafael Fa­raco e Wíldy Vianna. Esteve presente ainda o Sr. Deputado NaborJúnior. O Sr. Deputado Nél10 Lobato encontrando-se hospitaliza­do teve a sua ausência justificada. Havendo número regimental oSr. Presidente declarou abertos os trabalhos da quinta reuniãoordinária d,estinada a ouvir o depoimento do Sr. DI'. ArmandoDias Mendes. ex-Presidente do Banco da Amazônia, determinandoa leitura da· Ata da reunião anterior. Dado ao adiantado da horao Sr. Deputado Rafael Faraco solicitou fosse dispensada a leiturao que foi aprovad() pelo Plenário. O Sr. Presidente fez a apresen­tação do Sr. Depoente, que. após prestar compromisso na formada lei, discorreu sobre o tema para o qual foi convocado - "A Po­lítica de Incentivos Fiscais está a serviço do homem da Amazônia

'e do progresso da Região?", Tendo que se ausentar da reunião àsonze horas e cinqüenta minutos, na forma regimental, o Sr. Presi­dente PlU3SOU a presidência ao Sr. Vice-Presidente Brabo de Car­valho. Finda a exposição, o Sr. Depoente foi interpelado pelos Se­nhores Deputados: Jader Barbalho, ReLator; Manoel Ribeiro, Ra­fael Faraco. Wildy Vianna e pelo Sr. Presidente Brabo de Carva­lho, que passou a presidência ao Sr. Deputado Jader Barbalho.Depois de responder as indagações o Sr. Depoente agradeceu aatenção de que foi alvo durante os debates. Os depoimentos e asinquirições foram gravados e, depois de traduzidos e datilografa­dos, serão anexados aos autos do presente inquérito. Nada maishavendo a tratar, às quatorze horas, o Sr. Presidente agradeceu fi

presença do Sr. Depoente e dos senhores participantes, encerrandoa reunião, convocando outra para o dia dezesseis do mês em cursoàs dez horas. E, para constar, eu Maria da Conceição Azevedo, Se­cretária, lavrei a presente Ata que depois de aprovada será' assina­da pelo Sr. Presidente e irá a publicação.Ab da 6.a -Reunião Ordinária, realiJ:ada em 23 de outubrlt de 1979

As dez horas do dia vinte e três de outubro de mil novecentose setenta e nove. no Plenário da Comissão de Transportes, na Câ­mara dos Deputados, em Brasília, reuniu-se esta Comissão Parla­mentar de Inquérito sob a presidência do Sr. Deputado Josué deSouza. Estiveram presentes os Senhores Deputanos: Brabo de Car­valho, Vice-Presidente; Jader Barbalho, Relator; Geraldo Fle­ming, Jerônimo Santana, Júlio Martins, Nosser de Almeida. RafaelFamco, Vivaldo Frota e Wildy Vianna. Compareceram ainda osSenhores Assessores: Oldenei Carvalho, do Ministério da Justiça eRoberto Jansen do IPEA-SEPLAN.- PRo O Sr. Deputado Nélio Lo­bato encontrando-se hospitalizado teve sua ausência justificada.Verificada a existência de número regimental o Sr. Presidente de­clarou abertos os trabalhos da sexta reunião ordinária destInada àtomada de depoimento do Sr. DI'. Samuel Benchimol. Professor daUniversidade Federal do Estado do Amazonas. A seguir, o Sr. Pre­sidente determinou à Secretária que procedesse à leitura da Atada Reunião anterior. que foi dispensada, unanimemente, pelo Ple­nário, por solicitação do Sr. Deputado Jader Barbalho. Continuan­co o Sr. Relator propôs que a Comissão enviasse ofício ao Sr. Mi­nistro do Interior, solicitando de S. Ex."' providências no sentidod.e que. a~uele Ministério reme.tesse, com a maior brevidade pos­sIvel, copia do trabalho oferecldo pelo grupo lnterminlsterial quefoi constituido para formular uma proposta de politlca florestalpara Amazônia, considerando que àquele grupo, segundo decretoministerial, foram concedidos cento e vInte dias para concluir seustrabalhos. e esse prazo já havia se esgotado. A proposlcão foi aco­lhida, por unanimidade, pelo Plenário. Em seguida. o SI': Presidentefez apresentação do Sr. Depoente. o qual havendo prestado com­promisso na forma da lei, dIscorreu sobre o assunto para o qualfora convocado - "Análise dos Programas de Desenvolvimento pa­ra a Amazônia". Finda a exposição, o Sr. Depoente foi interrogadopelos Senhores Deputados: Jader Barbalho, Brabo de Carvalho eMário Frota. O Sr. Deputado Geraldo Fleming, tecendo elogios li.exposição feita pelo Sr. Depoente. deixou de fazer inquirições, dadoao adiantado da hora. O Sr. Depoente agradeceu a atenção M quefoi alvo durante os debates. O depoimento e as Inquirições foramgravados, e, depois de traduzidos e datilografados. serão anexadosaos autos do presente inquérito. Nada mais havendo a tratar, oSenhor Presidente agradeceu a presença do Sr. Depoente e d1'quantos abriTI:antaram. com suas presenças a reUIúão e. às quator­:oc horas e trmta minutos a encerrou, convocando nOVa reuniiiopal'a. o dia trinta próximo vindouro. às dez horas. qua!',io pr·" tarãrdl;;'poimento o Sr. Dl'. Bento de Souza Porto, ex-secretário d~ Pls:­n€~",mento de Mato Grossa, sobre o tema: "Efeitos da Politica deIncentivos Fisc~ no Norte do Ma.to Grosso, com a criação de fa­zendas que e,stão se trl!.nsformanda em fontes Il.utêl'lemu (1~ ):YJ'"

Dezllmbro l1e 1979 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 6 14899

der". E, para constar, eu Maria da' Conceição Azevedo, Secretária,lavrei a presente Ata que, depois de lida e aprovada, será assinadapelo Senhor P~'esidente e irá à publicação. - Deputado Josué deSouza, Presidente. '

Ata da 7.a Reunião Ordinária, realizada em 36 de outubro de 1979

As dez 'horas do dia trinta de outubro de mil novecentos esetenta e nove, no Plenário da Comissão do ServiçO Público, naCâmara dos Deputl'\ldos, em Brasília, reuniu-se esta Comissão Par­lamentar de Inquérito destinada a investigar distorções ocorridasna execução dos planos de desenvolvimento da Amazônia, sob apresidênc.1a do Sr. Deputado Brabo de Carvalho, Vice-Presidente,Compar~ceramos Srs. Deputados: Geraldo Fleming, Jerônimo SaTI..,.tana, Mário Frota, Nasser Alme~da e Wildy Vianna e mais os Se­nhores Dl'. Hugo Oliveira da Rocha, Procurador-Geral da SUDAM;Coronel José Torquato Caiado Jardim, Diretor do Escritório daSUDAM, em Brasília; e a S:enhora Dona Terezinha Soares de An­drade, esposa do Sr. Depoente. O Sr. Presidente tendo que ausen­tar-se de Brasília para atender a compromisso inadiável e o Sr.Deputado Nélio Lobato encontrando-se hospitalizado não pude­ram comparecer, razão pelas quais tiveram suas ausências justifi­cadas. Verificada a existência de número regimental o SI:. Presí­dente declarou S,bertos .os trabalhos da sétima reunião ordináriadestinada à tomada do depoimento do Dl'. Bento de SoUZa Porto,ex-Secretário de Planejamento do Estado de Mato Grosso. Ata·....::. OSr. Deputado Wilcty Vianna propôs a dispensa da leitura da atada reunião anterior, que foi acolhida por unanimidade, pela Co­missão. Expediente - Oficio ao Sr. Deputado Jader Barbalho, de­signando o Sr. Deputado Mário Frota para substituí-lo nas inter­pelações a serem feitas ao Depoente, Dl'. Bento de Souza. por estarimpossibilitado de comparecer à reunião no dia trinta, data emque Sua Senhoria deverá prestar depoimento nesta Comissão. Logo.após, {) Presidente fez a apresentação do Sr. Depoente, o qual, ha7vendo prestado compromisso na forma da lei, discorreu sobre oassunto para o qual fora convocado: "Efeitos da :Política de Incen­tivos Fiscais no Norte do Mato Grosso, com criação de fazendasque estão se transformando em fontes autônomas de poder". Fin-'da a exposição do Sr. Depoente foi interrogado pelos SenhoresDeputados: Mário Frota, Wildy Vianna, Milton Figueiredo e peloSr. Presidente Brabo de Carvalho, que passou a pres1dência ao Sr.Deputado :!iI"o.sser Almeida. Depois de responder às indagações oSenhor DePoente agradeceu a atenção de que foi alvo durante osdebates. O Sr. Deputado Mário Frota usando da palavra requereuà Comissão a convocação do Sr. FriUlcisco Marques. VasconcelosFilho. Superintendente do Banco 'do Brasil no Estado Ç10 Amazo­nas. O requerimento foi aprovado por unanimidade. Os depoimen­tos e as inquirIções foram gravados e, depois de traduzidos edatilografados, serão"anexados aos autos do presente inquérito.Nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente agradeceu apresença do Sr. Depoente e de todos os participantes e declarouencerrada a reunião às doze horas e quarenta e cinco minutos,convocando outra para o dia seis de novembro, às dez horas,quando será ouvido o Sr. Dl'. Wilton Santos Brito, Economista. em­presário e professor da Universidade Federal do Pará, sobre otema: "Os incentivos fiscais têm sido instrumento de democrati­zação ou monopolização do capital e qual a participação da pe­quena e média empresa da Amazônia". E, para constar, eu Mariada Conceição Azevedo, Secretário, lavrei a presente Ata que,depois de lida e aprovada. será assinada pelo Sr. Pr~~ilieni~'e iráà publicação. - Deputado Brabo de.. Carvalho, Presidente.

Ata da 8." ReuniiW Ordinária, realizada. e<m 13 de nj)vembro de 1979

As dez horas e trinta minutos do dia treze de novembro de milnovecentos e setenta e nove, no Plenário das CPIs, no Anexo II daCâmara dos Deputados, em Brasilía, reuniu-se esta Comissão Par­lamentar de Inquérito destinada a investigar distorções ocorridasna execução dos planos de desenvolvimento da Amazônia, sob apresidência do Sr. Deptuado Nasser Almeida. Compareceram os Se­hhores Deputados: Jader Barbalho, Relator; Aluizio Bezerra, Ge­~'aldo Fleming, Jerônimo Santana, Manoel Ribeiro, Mlirio Frota,Rafael Faraco e Wi]dy Vianna. Estiveram presentes ainda os Se-'nhores DeputadOl\ João Alves de Almeida e Nabor Júnior, HaroldoRio Negro Gomes e Acrimar Reis. respectivamente Assessor e Con­sultor da SIDERAMA; José Luciano Castelo Branco e Amaral Jú­nior, Assessores da SUDAM. O Sr. Deputado Nél10 Lobato, por mo~tivo de saúde deixou de comparecer, tendo sua falta justificada.Verificada a existência de número regimental o Sr. Presidente de~

clarou abertos os trabalhos da 8." reunião ordinária destinada àtomada de depoimento do Senhor Coronel Joaquim Pessoa IgrejasLopes, Dlretor-:Presidente da Companhia Siderúrgica do Amazo­nas (8IDERAMA). Ata - O Sr. ~putado Jader Barbalho pró­pôs a dispensa dá leitura da Ata da reunião anterior, que foiunanimemente aprovada pela Comissão. Em seguida, o Sr. Pre~

sidente fez a apresentação do Sr. Depoente, convidando-o a tomarassento à Mesa-Diretora. O Sr. Depoente havendo prestado com­promisso. na forma da lei, discorreu sobre o assunto para o qualfora convocado - "Experiência Empresarial na Execução dos Pro-

Jetos em Face da Política de Incentivos fiscais da SUDAM". Findaa exposição o 81'. Depoente foi interrogado pelos Senhores Depu­tados Jader Barbalho, Relator e João Alves de Almeida. ÀS dozehoras e quinze minutos o Sr. Deputado Nosser Almeida transmitiua presidência ao Sr. Deputado Brabo de Carvalho, Vice-Presidente.Continuando, o Sr. Depoente' foi inquirido pelos 81'S. DeputadosMário Frota e Nosser Almeida. A seguir, o Sr. Depoente agradeceua atenção que lhe foi dispensada durante os debates. Logo após,foi concedida a palavra ao Sr. Deputado Jader Barbalho q11'e re­quereu fossem enviado ofícios: 1) à Procuradoria-Geral da SUDAM,solicitando informações com relação às providências de naturezajudicial tomadas por aquela Procuradoria relacionadas aos Se­nhores Sócrates Bonfim e André Alves Miranda, gestores do em­preendim.ento 8IDERAMA. 2) A Procuradoria-Geral da República eao Ministério da Justiça solicitando informações relativas aostrabalhos da CGI a respeito do empreendimento SIDERAMA. OSr. Deputado Jader Barbalho propôs, ainda, o adiamento para odia vinte e dois do mês em curso, da reunião. marcada para oília vinte, data em que deveria ser oüvido o Sr. Dl'. Hugo de Oli­veira Rocha, Procurador-Geral da SUDAM, tendo em vista a realização de Sessão do Congresso para discussão do projeto de reformulação partidária convocada para o mesmo dia e mesmo horário. O Requerimento do Sr. Relator foi aprovado. Em conse·qüência, foi antecipada a reunião marcada para às dez horas dIdia vinte e dois, para o mesmo dia às nove horas, quando seri!ouvido o Sr. Francisco Marques de Vasconcelos Filho, Superin·tendente do. Banco do Brasil SIA, no Estado do Amazonas, (falará sobre 'os incentivos fiscais distribuídos pelo Banco do Esil SIA, como agente financeiro, particularizando o financiame,concedido às Fazendas Unidas. O Sr. Presidente Brabo de Canlho lamentou estar ausente aos trabalhos da reunião da CIpor ter que comparecer, no mesmo horária, à reunioo da Comiss~

Místa que aprecia o projeto de lei da reforma partidária, ocaoiáem que esteve presente S. Ex.a o Senhor Petrônio Portella, Míl j.tI'O da Justiça. Os depoimentos e as inquirições foram gravadcdepois de traduzidos e datilografados, serão anexados aos autos ,presente inquérito. Nada mais havendo a tratar, o Sr. Preside~) l,às treze horas e dez minutos encerrou os trabalhos agradecendo ~

presença do sr. Depoente e dos demais presentes, convocando novareunião para o dia vinte e dois às nove horas. E, para constar, euMaria da Conceição Azevedo, Secretária, lavrei a presente Ata, quedepois de lida e aprovada será assinada pelo Sr. Presidente e iria publicação. - peputado Brabo de Carvalho, Presidente.

Ata da 9." Reunião Ordinária, realizada e:m 27-11-79

As dez horas ,e trinta m,inutos do dia vinte e sete do mês dnovembro de mil novecentos e setenta e nove, no Plenário dComissão de Finanças, no Anexo II, da Câm,ara dos Deputados, erBrasília, reuniu-se esta Comissão Parlamentar de Inquérito dertinada a investigar dístorções ocorrida..'l na execução dos planede desenvolvimento da Amazônia, sob a Presidência do Sr. Der.vtado Josué de Souza, para tomada de depoimento de S. Ex." Rvma.Dom Moacyr Grechi, Bispo da Prelaziado Acre e Pu·rus e Pre­sidente da Comissão da Pastoral da Terra. C:om,pareceram mSenhores Deputadoo: Brabo de Carvalho, Vice-presidente; JadelBarbalho, Relator; Aluizio Bezerra, Geraldo Fleming, Isaac New­ton, Jerônimo Santan'a, Mário Frota, Nosser Almeida, RafB.lel Fa­raco e Wildy Vianna. Estiv,eram presentes ainda os Senhores NaborJunior, Deputado Federal; Fernando Bahia, Deputado Estaduaido pará; Victor Asselim e Carlos Cri<l1and, respectivamente Více­Presidente e Assessor da Comissão da Pastoral da Terra; BencionTiomny, Arquiteto do INCRA; Iracy Afonso de Moura, funcionáriodo Ministério da Agricultura; Michinoki T-amigachí, Mitsuku Ike­da, Hidehiko Fuk1hara, Gunji Tan'abe, Diretores da CooperativaAgricola Mista paraense, Município Çle Santa Izabel: YoshibícoNoguchi, funcionário da Secretaria da Agricultura do Estado doPará. O Sr. Deputado Né1io Lob'ato por encontrar-lSe aínda emrecuperação do acidente sofrido, teve sua ausência justificada.Havendo número regimental o Sr. Presidente declarou abertos .ostrabalhoa da nona reunião ordi,nária. Ata - O Sr. Deputado JaderBarbalho propôs a dispensa da leitura da ata da reunião anteriorqU!e foi aprovad'a por unanimidade, pela Comissão. Expediente ­O Sr. Pre&idente deu ,conhecimento à Comi>SSão do recebim,entodo Ofício as n,o 031!H179, de 1.°-11-79, do Sr. Súperintendente daSUDA'M, Elias Seffer, encaminhando as informações solicitadasatravés do Of. n.O 03/79, desta CPI. A seguir, o Sr. Presidentefez a apresentação do Sr. De'Poente que prestou com,promisso naform.a da lei e fez uma ligeira exposição sobre o MSunto pam oqual fora convocB.ldo. "A opinião da Igreja sobre os programas dedesenvolvimento implantados na Am,azônia e suas possíveis modi­ficações." Concluindo; o Sr. Depoente foi, interrogado pelos Senbo­res Deputado..... : Jader Barbalho, Relator; Brabo de Carvalho, WildyVianna, Geraldo Fleming, !Baac Newton e Aluízio Bezerra. S. Ex.'"Revma. Dom Moacyr Grechi entregou à Comissão um trabalhoà guisa de subsidio à sua exposição constando dos seguintes itens:I - Introdução: - A Igreja na CPI da Amazônia; II - O desen­volvimento da Amazônia e a &ituação das tribos indígenas; IH­CU'iltos sociais do desenvolvimento: Retrospecto - A BUDAM e os

14900 Quinta-1eim 6 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Dezembro de 1979

incentivos fiscais - As grandes empresas e o pequeno produtorda Amazônia - Algumas situações que comprovam o depaupera­m;ento da Amazônia; IV - Conclusão. O Sr. Presidente ofereceuao Sr. Depoente um, exemplar do Suplemento ao número 121 doDiário do Congresso Nacional, de vinte e oiro de setembro de milnovecentos e .setenta e nove, que publicou o Projeto de Resoluçãode n.o 85, de mil novecentos e setenta e nove (da CPI do SistemaFundiário) "Aprova o Relatório e as conclusões da Comissão Par­lamentar de Inquérito destinada a investigar as atividades ligadasao sistema fundiário em, todo o Território Nacional". O Sr. De­poente agradeceu a atenção de que foi alvo durante os debllites.O depoimento e as inquirições foram gravados e, depois de tradu­zidos e datilografados, serão anexados aOS autos do presente in­quérito, assim como o trabalho oferecido pelo Senhór Depoente.Nada mais havendo a tratar, o Sr. Presidente agradeceu a presençado Sr. Depoente e de quantos contribuíram, com suas -presenças,para o êxito da reunião e, às treze horas a encerrou, convocandooutra para o dia ,quatro de dezembro às dez horas para tratar deassuntos internos. E, para constar; eu, Maria da Conceição Aze­vedo, Secretária, lavrei a presente Ata que, depois ·de lida e apro­vada, será assinada pelo Sr. Presidente e irá a publicação.Deputado Josué de Souza, Pres~dente.

Ata da Primeira Reunião Extraordinária., realizadaem 8 de novembro de 1979

As dez horas e vinte m,inutos do dia oito do mês de novembrode mil novecentos e setenta e nove, no Plenário da Comireão deFinanças, no Anexo II da Câmara dos Deputados, reuniu-se estaCPI sob a Presidência do Senhor Deputado Josué de Souza, Pre­sidente. Compareceram os Senhores Deputados: Brabo de Car­valho, Vice-Presidente; Jader Barbalho, Relator; Aluizio Bezerra,Antônio Pontes, Isaac Newton, Jerônimo Santana, Manoel Ribeiro,Mário Frota, Nasser de Almeida, Rafael Faraco e Wildy Vianna.O Senhor Nélio Lobato deixou de comparecer por encontrar-sehos.pitalizado. Estiveram presentes ainda os Senhores: Efrain Ben­tes, Antônio Amaral, Marcos Evangelista Dias Klautau, João Ba­tista Ramos e José Luciano Castelo Branco, Assessores da SUDAM.Verificada a existência de número regimental o Sr. PresidentedeclaroU! abertos os trabalho.'l da primeira reunião extrlliOrdináriadestinada à tomada de depoimento do Senhor Dl'. Wilton SantosBrito, Economista, Empresário e Professor da Universidade Fe­deral do Pará. Ata. Foi dispensada a leitura da ata da reuniãoanterior. Expediente. O Senhor Presidente deu ciência à Comissãodos Ofícios: GSIPG/n.o 3.070/79, de vinte e seia de outubro doano em curso, do Sr. Dl'. Elias Sefer, Superintendente da SUDAM,comunicando que enviará, brevemente, todas as informações re­queridas por esta CPI; Oficio PG-n.o 238/79, do Senhor Dr. Hugode Oliveira Rocha, Procurador-Geral da SUDAM, comunicandoque comparecerá à CPI, no dia e hora detel'm,inadoo; Ofício núme­ro 17/79-P, da CPI - Amazônia, ao Sr. Ministro do Interior, soli­citando seja envIa;do à Comissão cópia do trabalho desenvolvidopelo grupo intermini.'lterial que foi constituído para formular umaproposta de política florestal para Am,azônia. A seguir, o senhorPresidente fez a apresentação do Sr. Depoente que havendo pres­tado compromisso na forma da lei, discorreu sobre o assunto parao qual fora convocado - "Os incentivos fiscais têm sido instru­~ento de democratização ou monopolização do capital e qual apartieipação da pequena e média empresa da Amazônia?". Asonze horas e cinqüenta minutos, o Senhor. Presidente necessitouausentar-se a fim de atender a um com,promisso urgente, razãopela qual, na forma do artigo setenta e seis, do Regim,ento Interno,passou a Presidência ao· Senhor Vice-Presidente. Terminada aexposição, o Sr. Depoente foi interrogado pelos Senhores JaderBarbalho, Relator; Mário Frota, Aluízio Bezerra e pelo SenhorPresidente, que passou a Presidência ao Senhor Deputado Nosserde Almeida. O Senhor Depoente agradeceu a atenção que lhe foidispensada durante os debates. Com a palavra o Senhor Depu­'tado Jader Barbalho solicitou à Presidência o envio de ofício àSUDAM, solicitando providências no sentido .de que fosse forne­cida à Com,hssão, cópia do projeto, do aproveitamento m!lldeireirorealizoado pela Volkswagen e lliO IBDF, solicitando cópia do pro­·cesso de multa pelo desmatamento efetuado pela Volk.'lwagen.Os depoimentos e ai inquirições foram gravados e, depois de tra­duzidos e datilogrltfados, serão anexados aos autos do presenteinquérito. Nad'a mais havendo a tratar, o Senhor Pre,'Jidente agra­deceu a pre5'ença do senhor Depoente e de todos 00 presentes e àsquatorze horas encerrou a reunião, convocando outra para o diatrere próximo vindouro, às dez horas, quando prestará depoimentoo Senhor Coronel Igrejas Lopes, Presidente da Companhia 'Side­rúrgica do Amazonas (SIDERAMA), sobre o Tern.a - "A, experiên­ela empresarial na execução dos projetos em face da politica de:incentivol! fiscais da. SUDAM". E, para constar, eu, Maria da Con­ceição Azevedo, secretária, Iavr.ei a presente Ata que, depois de.;&ta • e aprovada, será assinada pelo senhor Presidente e irá àpublicação.Ata. da. ,Segunda. 1J.eunião Erlraordinária, realizada em 22-11-79­

As dez horas'e trinta minutos do dia vinte e dois do mês denovembro de mil novecentos e aetenta e nove, no Plenário da Co-

mlssao de Finanças, no AnexQ II da Câmara dos Deputados, emBrasília, reuniu-se esta Comissão Parlamentar de Inquérito sob aPresidência do Sr. Deputado Josué ·de Souza. Compareceram osSenhores Deputados; Brabo de Carvalho, Vice-Pre&idente; JaderBarbalho, Relator; Mário Frota, designado Relator substItuto;Manoel Ribeiro, Nasser de Almeida, Rafael Faraco e Vivaldo Frota.Estiveram presentes ainda os Senhores: Hugo de Oliveira Rocha,Procurador-Geral da SUDAM; Coronel José Toquarto Caiado Jar­dim, Diretor do Escritório da SUDAM em Brasília; Antônio AmaralJunior, Sergio Darwich, Assessores da S'UDAM. O Deputado NélioLobato, por motivo de saúde, teve a sua ausência justificada. Ve­rificada a existência de número regimental o Sr. Presidente decla­roU! abertos os trabalhos da segunda reunião extraordinária, desti­nada à tomada dó depoimento do Sr. Dr.Francisco MarquesVasconcelos Filho, Superintendente Regional do Banco do Brasil,no Estado do Amazonas. Ata: Foi dispensada a leitura da Ata dar,eunião anterior proposta pelo Sr. Deputado Mário Frota. Expe­diente: O Sr. Presidente deu ciência à Comissão do Ofício denúmero 5.171 do Sr. Presidente da Assembléia de São Paulo,Deputado Robson Marinho, ao Sr. Deputado Flávio Marcílio, Pre­sidente da Câmara dos Deputado; dando conhecimento da Moçãod,e número 91, llJprovada por aquela Assembléia, solicitando que asduas Casas do Congresso Nacional prestigiem e acelerem os tra­balhos da CPI que vêm inv.estigando os problemas relativos aodesenvolvimento e a exploração da Amazônia, de modo a impedira sua devastação e a entrega de sua." reservas vegetais e mineraisàs multinacionais, empresas constituídas especialmente com taisfinalidades. A seguir, o Sr. Presidente fez a apresentação do SenhorDepoente que tomando assento à Mesa, a convite do Sr. Pre- .sidente, prestou; o compromisso na forma da lei e fez uma breveexposição sobre o assunto para o qual fora convDcado - "Incen­tivás fiscais distribuídos pelo Banco do Brasil S.A., comÇl agentefinanceiro, particularizando o financiamento concedido às Fazen­das Unidas". Concluída a explanação o Sr. Depo,ente foi interro­gado pelos Senhores Deputados Mário Frota designado Relatorsubstituto, Jruder Barbalho, Relator; Vivaldo Frota, Brabo de Car­valho e Rafael Faraco. Após responder as indagações o Sr. Dl'.Francisco Marques de Vasconcelos Filho agradeceu a distinçãoque lhe foi dÚlpensada durante os debates. O Depoimento e asinquirições foram gravados e depois de trlliduzidos, datilografadDs,serão anexados aos autos do presente inquérito. Nada mais ha­vendo a tratar o Senhor Presidente agradeceu a presença do De­poente, e, ao agradecer também a presença de todos, declarouencerrada a reunião à.'l doze horas e trinta minutos, convocandooll'tra para hoje, às dezesseis horas, quando será ouvido o Sr. Dl'.Hugo de Oliveira Rocha, procurador-Geral da SUDAM. E, paraconstar eu Maria da Conceição Azevedo, Secretária, lavrei a pre­sente Àt'l. que, depois de lida e aprovada, será assinada pelo Sr.Presidente e irá à publicação.

Ata da 3." Reunião Extraordinária. realizada em 22-11-79As dezesseis horas do dia vinte e dois do mês de novembro

de mil novecentos e setenta e nov~ no Plenário da Comissão deFinanças, no Anexo II da Câmara dO!! Dep?~ados, em Brasilia,reuniu-se esta Comissão Parlamentar. de Inquerlto destinada a in­vestigar distorções ocorridas na execução dos planos de desenvol­vimento da Amazônia, para to~adade depoimento. do Sr. Dl'. Hugode Oliveira Rocha, Procurador Geral da SUDAM. Compareceramos Senhores Deputados: Josué de Souza, Presidente; Brabo deCarvalho Vice-Presidente: Jader Barbalho, Relator; Manoel Ri­beiro, Mârio Frota, Nosser Almeida, Rafael Farac<? e Vivaldo Frota.Estiveram presentes, ainda, o Sr. Deputado Jose Torres, Dl'. An­tonio Cândido Monteiro de Brito, Procurador Autárquico e Diretorda Divisão de Estudos. Jurídicos da SUDAM; Coronel José Tor­quato Caiado Jardim, Diretor do escritório da SUDAM, em Bra­sília; Antonio Amaral Júnior, Assessor da SUDAM. O Sr. DeputadoNélio Lobato, pD)." encontrar-se impossibilitado de locomover-se.não pôde comparecer, tendo a sua ausência justificada. O Sr. Pre~sidente Josué de Souza comunicou à comissão que por motivode força maior chegaria com pequeno atraso. Havendo númeroregimental o Sr. Deputado Manoel Ribeiro, na forma do art. 78do Regimento, declarou abertos os trabalhos da 3." reunião extra­ordinária, determinando a leitura da Ata da reunião anterior, quefoi dispensada, por solicitação do Sr. Deputado Jáder Barbalho.A seguir o Sr. Presidente fez a apresentação do Sr. Depoente, queprestou o compromisso na fórma da lei e discorreu sobre o assun­to para o qual fora convocado - "As razões dos cancelamentosde projetos financiados com incentivos fiscais na Amazônia e lismedidas tomadas pela SUDAM". A dezesseis horas e trinta minu­tos o Sr. Presidente Josué de Souza assume a Presidência. Findaa e~osição do Sr. Depoente foi interrogado pelos Senhores Depu­tados: Jáder Barbalho, Relator, e BrabQ de Carvalho. Após respon­der às indagações, o Sr. Depoente agradeceu o trato lhano quelhe foi dispensado durante os debates. O depoimento e as inquiri­çpes foram gravados.e, depois de traduzidos, datilografados, serãoanexados aos autos do presente inquérito. Nada mais havendo atratar o Sr. Presidente agradeceu a maneira pronta pela qual oSr. Depoente atendeu à ,convocação ,e a todos que honraram a Co­missão com as suas presenças. As dezoito horas e trinta minutos

Dezembro de 1975 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1) Quinta-feira 6 14901

encerrou a reunião, convocando outra para o dia quatro de dezem­bro próximo vindouro, às dez horas, para tratar de assuntos in~ternos. E, para constar, eu, Maria dl\. Conceição Azevedo, Secre­tária, lavrei a presente Ata que, depois de lida e aprovada, seráassinada pelo Sr. Presidente e irá à publicação. - Del}utado Josuéde Souza, Presidente.

Termo de ReuniãoAs dez horas e quarenta e cinco minutos do dia dezesseis de

<lutubro de mil novecentos e setenta e nove, na Sala das CPIs, noAnexo II da Câmara dos Deputados, em Brasilia, esta Comissãodeixou de realizar a sua sexta reunião ordinária; de acordo com aconvocação previamente efetuada, por falta de número regimental.Compareceram os Senhores Deputados: .rosuá de SOuza, presiden­te; Jerônimo Santana e RafeI Faraco. E, para constar, eu, Mariada Conceição Azevedo, Secretária, lavrei o presente Termo deReunião que será assinado pelo Sr. Presidente, (a) Deputado Josuéde Souza, Pre&idente.

Termo de ReuniãoAs onze horas do dia quatro de dezembro de mil novecentos

e setenta e nove, na Sala das CPIs, no Anexo II da Câmara dosDeputados, em Brasília, esta Comissão deixou de realizar a suadécima reunião ordinária, de acordo com a convocação previa.::mente efetuada, por falta de número regimental. Compareceramos Senhores Deputados: .Tosué de SOuza, Presidente; Jader Bar-

balho, Relator; Jerônimo Santana, Rafael Faraco e Wildy Vianna.E. para contar, eu, Maria da Conceição Azevedo, secretária, lavre;o presente Termo de Reunião que será assinado pelo Sr. Presidente.(al Deputado Josué de Souza, Presidente.

COMISSAO DE REDAÇAO

ERRATA

Ata da 31," Reunião Ordinária, realizada. em23 de novembro de 1979

Onde se lê:" . " e projeto de Lei n.O 2,{)l8-A, de 1979, que "autorizaa doação, à Fundação Serviços de Saúde Pública, do domí­nio útil do terreno que menciona, situado na Cidade eEstado do Rio de Janeiro". As dez horas e quinze mi­nutos ... "

Leia-se:e Projeto de Lei n.o 2.018-A, de 1979, que "autoriza

a doação, à Fundação Serviços de Saúde Pública do domi­nio útil do terreno que menciona, situado na Cidade eEstado do Rio de .Taneiro", ambas relatadas pelo SenhorDeputado Alcir Pimenta. As dez horas e quinze minutoS ....,

Deputado Airon Rios, Presidente.

14902 Quinta-feira 6 DIARlO DO CONGRESSO NACIONAL (seçio I) De:zembro de 1979-

MESA LIDERANÇASl'residente:FláTÍo Marcílio - ARENA

1.0_Vice-Presidente:Homero Santos - ARENA

2.°_Vice-Presidente:Ren&to Azeredo - MDB

Lo-secretário:Wilson BJ:aga - ARENA

2.0 -Secretário:Epitácio Cafeteira. - MDB

3.0 -secretário:Ari Kffuri ~ ARENA

4.0 -Secretário:Walmor de Luca - MDB

, SUPLENTES

Nosser Almeida - ARENADuo Coimbra - ARENA.Joel Lima - MDBNabor .Junior - MDB

ARENA - MAIORIA

Líder:

Nelson Marchezan

Vice-Líderes:

Afrísio Vieira. LimaAlcides FranciscatoBonifácio de AndradaCantídio SampaioC1audino Sa.les \Divaldo SuruagyDjalmllo BessaEdison LobãoGerson CamllotlloBu&"O MudiniHugo NapoleãoIbra.b.im Abi-Ackel.João Linh~.Jo~ ArbageMarcelo LinharesNorion MacedoRica.rdo Fiuza

MDB - MINORIA

Líder:

Freitas Nobre

Vice-Lideres:

Marcondes GadelhaAdhemar SantílloAirton SoaresAlberto Goldma.n.'l1ceu CollaresAlvaro DiasCarlos CottaElquillllou SoaresFernando CoelhoFerna.ndo LyraHeitor Alencar Furtado

João GllbertoOdacir KleinPa.checo ChavesWa.lter Silva

DEPARTAMENTO DE COMISSOES

Aurélio PeresBenedito MarcllioCardoso AlvesDel Bosco AmaralJlloy LenziErnesto de MarcoFrancllSco Leão

Mendonça NetoModesto SilveiraNatal G&1eOsvaldo MacedoRoque ArasSérgio Murl!oTarcislo Delga.do

Suplentel

ARENA

JOIlé Mendonça BeIlm.Louremberg NuneI

RochaLuiz RochaMaluly NettoNil!lOI1 GlbllOlllOsmar LeltioPedro ColllnRaimundo DjnfsRicardo Fius

SuplentesARENA

Magno BacelarManoel RibeiroPaulo PimentelRômulo GalvãoTelmo José Kirst

MDB

Lúcia ViveirosOswaldo LimaSamir AchoaSérgio Ferrara

Adhemar de BarrOlSPilho

Bonitieio de AndradaCaio PompeuCantfdl0 BampaioCélio Borja •Darcllio AyreaGeraldo GuedelSHull'o Napolef.oIgo·LolIIoJorge Arbage

Alcir PimentaAntonio ZachariasAudálio DantasFreitas NobreJoão Arruda

Antônio RUSBOCardoso AlvesEdgard AmorimEloy Lenz1Jorge CuryJosé FrejatLuis cechínel

Alair FerreiraAntonio FerreiraEdison LobãoFrancisco RossiLevy Dias

MDB

REUNIOES

Quartas e quintas-feiras, às 10 :00 horasLo,al: Anexo Ir - Bala 6 - Ramais 653 e G5-lSecretária: Iole Lazzarini

4) (OMISSAO DE (ONSTlTUIÇAO E JUSTIÇAPresidente: Djalma Marinho - ARBNA

Vice-Presidente Francisco Rossi - ARENAVice-Presidente: Lidovlno Fanton - MDB

TitularesARENA

Atrisio Vieira Lima Francisco BenjaminAntonio Dias Gomes da SilvilAntonio Mariz Ibrahim Abi-AoItelAntOnio Morimoto Jairo MagalhãesBrabo de Carvalho JoacI! PereiraClaudino Sales Osvaldo MeloDjalma BeBoSa Paulo Pim~tel

Ernani Satyro Walter de PrâFeu Rosa

João Carlos De CarilLúcio CioniMário StammRoberto Galvani

MDB

JG de Araújo JorreJolio GilbertoJorge Paulo

MDB

Pedro FariaRonan TitoSamir Achoa

SuplentesARENA

Paulo LustosaPaulo TorresPedro SampaioPrisco Viana

Presidente: Fernando Cunha - MDBVice-Presidente: Mário Moreira - MDBVice-Presidente: Vingt Rosado - ARENA

TitularesARENA

Hugo MardinlJosé PenedoJulio MartinsPedro Collin

MDB

Jader BarbalhoJoão Arruda.José de Castro

CoimbraOIlvir Gabardo

REUNIOES

Quartas e quintas-feiras, às 10:00 horalSLocal: Anexo Ir - Sala 3 - Ramal llMSecretária: Maria Luzia Brandão

Albérico CordeiroAlcebiades de OliveiraAntonio AmaralGerson CamataGióia Júnior

Haroldo BanfordJosué de SouzaMagalhães PintoMoacyr LopesNelson Morro

3) COMISSAO DE (OMUNICAÇAO

2) COMISSÃO DE CII!NCIA E TECNOLOGIA

Aluízio Paragull.l!suCarlos AlbertoCristina TavaresGetúlio Dias

Presidente: Israel Diu-NovaCll -:MDBVice-Presidente: Antônio Morais - MDBVice-Presidente: Vieira da Silva - ARENA

TitularesARENA

Alvaro DiasBenjamim F'arahCarlos CottaCarlos Nelson

Adhemar SantilloJorge UequedMário Frota

Alexandre MachadoAnísio de SouzaAntonio FlorêncioEdison LobãoHugo Rodrigues

da Cunha

MDBJosé FreireMário HatoMendes de MelloPaulo MarquesPimenta da VeigaRoberto FreireRonan Tito

R.EUNIOESQuartll$ e quintaIS-feiras, às 10:00 horalSLocal: Anexo Ir - Sala n.O 11' - R. 6:11 e 8:1:1Seeretário: José Balomão Jacobina Aires

Presidente: Nivaldo Krüger - MDBVice-Presidente: Walber Guimarães - MOBVice-Presidente: Humberto Souto - ARENA

TitularesARENA

Joaquim GuerraJosé AmorimLevy DiasMelo FreirePedm GermanoSaramago PinheiroSebastião AndradeVictor Fontana

MDBIturival NascimentoJorge ViannaJuarez BatistaMarcus CunhaPacheco ChavesPaulo Rattes

SuplentesARENA

Afro Stefanini Evaldo AmaralAlberto Hoffmann Gerson CamataAntonio Amaral João Carlos De CarIlAntonio Dias Júlio MartinsAntOnio Ueno Lúcio CioniArnaldo 8chmitt Junior Btoessel DouradoCorreia Lima Télêmaco PompeiEdlUion Lamartlne Wlldy ViannaHenrique Brito

Diretor: Adelmar Silveira SabinoLocal: Anexo Ir - Ramal 661

Coordenação de Comissões PermanentesDiretora: Geny Xaviea: Marques

Local: Anexo Ir - Telefones: 224-5179 e225-4805 - Ramais 601 e 619

COMISsOES PERMANENTES1) COMISSAO DE AGRICULTURA E POUTICA

RURAL

Antonio AnnibelliCardoso FregapaniCarlOlS BezerraErnesto Dall'OgIlo!'rancisco LibardoniG.eraldo Fleming

Antonio GomesAntonio MazurekBento LoboCardoso de AlmeidaCelso Carvalho •Delson Scarano.Emldlo PerondlGeraldo Bulhões

Dezembro de lH79

• 22 ti

l>IÁaIO DO ÇO!'WB.ESSO l'iACIONAL (~ \;li ..

1 ~.'

6) COMfSSAO DE EDUCAÇÃO E (ULTimA

H\lmlJect" SoutoJono CàInara.Josc' AtnOrUl\J(J"I!\~, LeiteMará" l"llhpMauro $nmpttloMilton l"lgucll'e<!{><l{.trv .Bacehl.fVl';,lI<JQ r'~(jt ..

Lucta. Vtv("lrn~

LULZ Le-nlMendes dr Melonltro Tt'lxelnlNewton C'a.rôoJi,tP-nlph Bln,.[Robe-rto Freu-e

Newton Cnnlo.$PlPne. ele l,ndrade>PaUlo 13oftl"'"Ru)' CMoTardsiu Pe1llllc1pWallJer Gulmn.rli_

oswa.ldo ('oclhnr"nulo FerrazPaulo Oucrrr..RubeH l"1~gu("1f'6

:>toesse! [)CUI'I\(1<>TheodurlctJ Í'-""f'rrA\~Q

\'H"tnr l'rovâ.oWanderley M~l'lt

M"tcelo 1IJeclOll"l>llMUn.'lO M.(l<·odOlf'rn:.oto F'ühofto:;.u. 1''101'...·\Valter 511""

He'lJo Campos!{pllO GarclnMarcelo t.mh..n,;Melo IOrelreMurllo Mellde..1Jbaldo Bar...mWanderley Mar~

M.Pjt

JOéi rel'rt'tr~.

Jose FreireMooesLP Sllv"l.tIO'.Nl'Ho !..<Iba!q.N~) Ferf lr..P-uqu" AI ...'rldcl d" LUnoi

1>I1)B

sup~e-ntr~

Al'tENA

$uplcu'tes

ARlr.NA

M.o..u",e\ N,'I, ....· ÀR~A

AÚll.llJp tle;t;errll Ait~/J\Pedro Iv,> ;-'U') 11

TItl.lWel!I

ARlêNA

1....J: ~stdenteVlce-!"r'e$lC!enlcVice, !"resldem"

A\luJzm Bezerra,Antônlu AnnibemC'tll<Unllc 'l'a...".l'elió

EUclldeli ScnkoO<:taldt.l 1"lem11li:Ué 11<) tJuQUl'Horaclu on~trll'-1l11dQ P~r<!lrj,

<:n.rlO5- Nds.oll,Jl'!lo dos SUll to..Fljluel,edo <..'or'elfl.JI\Çk.son Bar.ret<>J<.>tÔlllUlO $nl1Ulnl'JOl'i~ Carlus Va5t.~CJH"

cdosLeopoldo aeS5(}Il"

RletrffiOlt."l;

Secrtlltll.no: r"lIo Rt;\Qul/' il.lvc$Q.u...r!1\$; ft qulm!l~-f!Hrall',. às 11} 110ru ,L<>cl\.l: AneXá Il .~ SI\lIl jj... Ramal. ~ll ••11>

Mt':>:) $"IH:lC"r..ll';lqui.>oO<H1 $o e.·Pel ';I.1'J)f: P.e-1.U~ ....J<>:'t i"r...I.tli'1.1.)\61'0 CW"'aUlP~llt&rc:~Uo t....erquett"..

Amllc..l ~UeU'''''"

"'.n~el" M!lllalh>ie..Al1tolliu MlJrIUlLlIr>Ualda,cl f;llh.v8Hmíro T"!l:elraSenw GOl1çalve..nel.I,Q {"lU"Clu'Í..to,-am Ghll'l'a<1\aEcI.son ~!dlg'al

}lug'o Mardinl

ftIl:UNIOli:S

Qllart"" c qumll''''-frltM·. às 10 00 11o.....LocIlL Allexo 1t - ,aala. 15 .. F-8111..1 nMl'Iecrelllrto Wall", O"ov"" Cos!!'

Afro ,sl('!!autn.tCOITela l,unaCrisl.lllu Cürtc"""llf1llue BrIto11'l,wênc\D OUVel,"banc NelHonJulio MarllllsMlit.oll 13randâoN1l.glb Haickel

9) COMISSAO DO INTERIOR

Adlllbe,~v C ..m ..rgc>Carneiro Arnallcll"l'n'aJldo Ctlf:Ul"J ...lro 8nu!lJoet J-'ll'l'I<:>lrilLlllovlno I''alllon

Adroaldo Campo.;Al"....o GnudN,clPAlvaro Vl\l'"AllllelUIO Rüsn

, BllU! Fone, Ern.smo V la",

I"ernRhdo OOl\çalve~

l''rl'nel,$co (.'ast.!'o

1I.1J)l;!­

MOSAlt~A

Tunna "8"

Jamel CecílioJosé C ...rlo.'l F"ICm,<;lo.o'JQsé ?>-1eI1Clo!lç/l a~...Jo$ll l<lbulnar M"C~l..d<JLeorl1<' 8el~mMaroo FUho\-'lcente Ou"blro!>...

MIJa

Marcondes Glldelh ...Nllbór JUlUorüd"c1J' KlrlnRobertc> CarvalhonuyeMa

5.uple..~

AHENA

I,udgerD HaulmoMe!landro M.lru.hHnNos",er Alnwld..OSSlIUl ,~ra.l'll'"

P·edro Genn,anCJoRalael F'ar..coTheo(lorlco hrraço\'letra d" Silva

"tnBJunla ~lanse

LUUl CechmelLUIZ L ....RINn'aldo KrugerOctncllio Alnleld..Rosemburgo Houu'!l<'

8) COMiSSÃO Df fISCAliZAÇÃO fINANCEIRAE TOMADA DE CONTAS

l'\.trtlltlO Leiti A.FlJ::NAJtl$Ll>.l> Lei,., , , NU'::.."''''F.m~i<l de Marco M.oa

'I'lt.uW...IlP.ENA

Jotíle A.l'blljf"Josu~ de· So~NClSlier AlIll..id",Ra.tul l"~"Telmo Jos~ ltÍl'II',Vasco NeLQWIl.-IQn 1"lo.kw

PreSIdenteVice-PresidenteVl<)..-l"residente

7) COMISSÃO DE fINANÇASPreSIdentE· JalÍar &rbaIho

'1lce-i'r<'>Slcleotc OHm O ..l.l"rdoVlc~-l'r...ldente MUton Fliluelredo

TUul&r.....

ARENA

!!l.tpl.nlw

,i\i1-l1~NA

Jorge Var!la6Pedro Gllr"l"Huy Síl""flararnago ?llllteirGSebasti~o A"drIUÍ<'Vicwr F'onLanl>\'lllgI HÓSllÓO

Walter de l'r"

MDB

J",ge G,,01"Jullo Costatmlll-ll.Lldovlno I''.anf.(in1'1,\1>0 Loba.wPedro P>arl..$l1utllH SObrlIU\OV~ller Pereira

nÉU'Nl0ESQuana/! e qUlIltnl'-'etrll". Ao 10.00 ll\J~'''''

L<:Jc«l. il..l"tex<> II - 5iü.. Hi - Hi<lnnl$!lU., I\~*

'Direto ;l:lõ-81171SeçretarlO Ruy Onu.r f'rudl!ltlClo d~ SUt.. <

À1Hi)tüO Cal'lo. d.·Olivelrn

I\lltólllo Ponte:>Antólllo it.UMOt"ellpp,> Penl1nl1élio Duque'.Ioll.o Hel'culiut>

Ad.hernar Ghl.stJ\tloipho !"rW1COAr.cLo Cuuha ~,

Al,LÓnlo F10rêndcC..rlo. WilsonCel.o Carvalhol~'iaaé N~wtou.

JoaquIm Çóutlnho

/ldhell1".r d.. e....ra$1"l1he

Albe.to Horrmlw.Jiml!Ca.r QuelJ'Cl:.ClI$lejon J:\ra.nçoCl...udlQ' t'hl1Quu,no0.-"> Coirnbrfl

Mhlt\ Col.I.I"Yf'Íôt'lln C()ut·lnlloJolio CUllhaJClel LUn"JOSé Tone"Lu1.z- Uacarlni

AmAdeu GearaAnlônlO Monus­Heltol' Alencar

furtadoIrum tla'-"I""Jaelc.<on. Barret!>Joel Viva"

Hl!:UNI6l':S

Quar~115-leJrIl$, 11.,< lo !lO hor.."1.ocl\l A!lexo I1 5 ..1.. 9 '2H-0769,

Raml\1639Secretaria MIO"" Chlhll Orncc>

l'..ruUl "A"

Adnano Valén~

;\Iro" !'tIO", AI1ll'l"lo Magali,~e$

ChnSlov"lll Cllllll aclu,l\:d!lSOI1 14l,marflltcl"ef!l&ncto Ml\.&!l.lhâ.e..Henrique TurnerHonurato Vh"nfH~

À1tlóllio MarlX1)1\$0 C'oimbrn

, Enmdrn !\Yl-es d ...Mour"

Herb",rl LevyHyrleckel -!"reit'"Jau-o Magf<llllíe..Joáa Fa.usut\o

ARE:NA.'\R.I!:!>1'I,. MO~

TUI"JIla ~·8·'

Il(lJ LOMOJoáo AlbertuNortan Z\.lncedo!'aulo LusW",.Pedro 5ampal{J'Hlcardo j>'IU"nRuS SI1\'a

M:!Jl'>

I...eo $UllQt."5Manoel OonçalvMRubem MedlllaSalllilll Sour!llh"SllvlCJ Abreu Jl.l.hlCJr·

M.UB

Mllreello Cerquelr...Marcelo CordeiroMarco!tde. (J "<J,ell,.."acheco ChaVe,'Huy Cô<:!t>Sebastláo Hodrl!lue~

JUluur

MrJa

LUIZ Le"lMarcl't1o CerquJ'ir"2\1ao 1~etX(-lr.a.

P("T!C les (}onc;alvt!:$Samir Achoo.Valler GarcH'Waldir Walt;er

Til \Üll.r""!J{l!:NA

l,eur Lomant.oL01ln-mhell5 NlUle..

Rod,u.Lygia Les.!<a Ba.sLo~

MunI" Me~lde"

IUlll1\llo QnlváPSalvaClól' Jullil.lt'1ll!

lIIDBJaae M;ltl.. ,fi,

CI'r1ililllOL\l17_ BapUl;\.A.Pllulo MIlrqU<>1llPImenta d.. VIli&f&RalluU.udo UrbilUQ

SUl'l<>nic5

hfn:NADarcy ['ou..l'~eu R.o.saHOl1oratn VUiU1I1"­NagltJ Ualc\, ..lPinheirO r"lach ..d"fiol(érla t~gl:>

Vlclor TrovÍ!.o

Pt"lildente Alv.. 'o V~!Ie

Vlce .. Pn"Slílente, ~fu.~'[if) Ba.cellarVlc ..-!"I'''Slctenle Hlld';ricó ()llvetm

:\celo ClUlhaBllldllccl J!'llha8e""rfll de MeloBUlia. Ram<)/!~I\I" PI>mpeuO.rlo,", Sam·An.na.t)lLt-clltQ Ayrélf,

Álclr Pllm:tltnAn1lAnclt> MeVeduCêlso ?eçll.llh&DAniel Sllv~

Getllval 'l'mu1.nho>Bíldélrltl) Ollveira.Jo~ },erculino

Aldo Fagundrsh,nttllih'l Carlos de-

OUvelraHHlo0uqueJ olo ArrudaJosé CIllIlargu

C...rlog Nel/lDllltucUd.es Scak"l""UPlJe ?elltlaJlJ~~ l"r..JntJUllI'ell. B-atlst..\JILC Uow<:ll Leite de

Ca:otro

Ate..u çol!"",,~

Jtlollt GU!\Z7.elhPl~v1O Chavesl'enul.lIdo CoelhoJoá.o Chlbert.oJ'ofllc UeqoodJos,; CostaJ Uare~ 1" urtado

Alro" RiOSAlcides !~l'nncl""IlL"

Ale1ttllctre MllchurJoÀ.l'Itonlo Mna;\lrel<.Á.nenlt Wért...rll!<\.l5lll MirandaC ..rt1"/lo d .. tdmdd ..CIlrl",", Augusto

RI;;\lN IO~-:S

qUa.n"" .. qUllItM.-t"Lr!U, á. lu:oo hora"t.tlClll. AneXá Il .--, &1" ~ n',lllll-i ilJtSecretaria: Pcl:"lllte .Macedo de AveIar 'Im.....

Bo"',

f{,J'ltJ'NIOF.:S,,",U8n'1$ I' qUIll tlls-letras, As 10.00 ho.a!'Lac... !. Anexo rI - $,,1.. 17 lw.tIll'l -(I$GI':!ecretárll' SHvI" n"rroso Martlllg

'fuNna "lI."Adolpho ITIH\CO

Arnllldo Sclunltl JUlIWl

C...tl.rlo BarretoC'tuidlo $t,raMl.lurgerl!:v..ldo Atuan,1i!:vlllldro Ayres de

Mouratieroert l'.,evy

5) COMISSAO DE ECONOMiA, IND05TRIA f;

COMtRClOI?reslden.t-e HI1.rry Sa.ue. ~U)).'l

'Vic..-l?resldellle H"nrlqUe Eduardo AlI'e... r.'t:lJl-lVlee-Ptl'sldent.. OIVilldo SUrtiR!!)' Al'tF.:1'tJl.

'l'ltubr"",

i\JtI>lN ...

14904 Quinta.felra 6 mARIO DO CONGRESSO NACIONAL <..... {) Dezembro de 1~79

REUNIOms

Quartas fi qUinw-t'elras, 1>.5 10:00 !lor",to'cal: Anexo 11 - Sala 7 - Ramal 660Secretária: AlIla Fellcio Tobias

REUNIõES

Quarta~ e qUin!as-teirll$, às 10:QO horlUlLocal: Anexo n - Sala. 14. - Ramal 872a.cretárlll: IAura. Perrela. Parlsi

10) COMISSAO DE MINAS E ENERGIAPresIdente: Jorge VArps - .t..RENA

Vice-PresIdente: HorácIo MMOS - AR1!lNAVIce-PresIdente: MAurício Fruet - MDB

Titular.ARENA

JlDS

Iranúda Pe.telrit.Joel Ferretnr.P~rícle$ O<:m'illlYHl

I\1OB

FlávIo Cl'll\VNJúlio CostarnUallOc~ávio TorrllC11Je.Tertuliano AZI'NdoVlllter G1\rcJaValter Pereira

guplcnte~

.uU!:NA

Oswllldo Ctlel!1uPaulo GuerrtlloTúlio BnreelQ<!Vicente Guablrotllll

MOB

Pedro LuceUllPeixoto FilhoSérgio FerIllr..Sêrgio Murlll>

MOBHeitor AltmclIf

FllTtadQJorge G1Lln ..JUl<rei: Furtad"

Suplent....ARENA

Hugo :Rodrlllue.da C"un1Ul

Hor-Iww Ma~Osvaldo Melop"ulo Ferra%;

?residenw. ?""'li d... I\.ndrl1d" ,- WDBVice-Presidente: .Josê Mauricio· - MDBVice-PresIdente. WJldy Vlnllna - ARENA

Tltul&re.si\,lU!:N A

F'rflnclSco de Cl\;llroJoão CámaJ"aMOll.cyr Lot;letllO$$ilUt Ar1l,l'iplí

.MOBOCt.aVIO Torrl'ClllaVagoVagoVago

REtJN10ES

Quart.a.s " quLnt""·Clltr..", às 10' 00 ÍloruLocal: Mexo 11- . &1>1 13·- Ramala W ••Secretoa.rio: Paulo l'.:rnnlü F'ollsecs AJ.rH

Antonio POllti!sAirton SolU'e.fCarlo.~ Cott...Elon Gu_m

Henrique Tu.m~r

nalo ContiJamel CeellioJosP Fllbamar MachadoMílton BraJldão

Presidente' Adhemar Ghísl .,. A.fUl:KAVlCe-'Prellideme: N1ll>on Gibson - ARlill'l'AVice-Presidente J(j$' COIltl\ - MDa

T'ftll.larto<ARENA

LW:l :l'tochll.MalUly NettQNel50n MorroOscar Lel~Ped:l"O ClI.roloTüllo BarcelQllVivaldo l"rOtló

l"Jorim Coutln.!J.)'i"relIM 01l11zGersldo Flemmg;:"'lárlo !"rota

Alceu Collar~

Benjamim FUllh:e'randsco PintoFreltas Nobre

Carlos AlbertoCelso Peçanll"Fernanda Coellio:>lranlldo PllreluPedro Ivo

AlVaro GaudêncloArtenir WernerSonlfâcio dI> Andf"d..CarlOll ChiArelliCarlos WIlJlonDiogo Noml,l.N.,João Alve$J1l1io Cllmpos

Amadeu Gear...Arnaldo 4ra.yeHll'Audállo DlUltuAuréllo PereaBl!nedlto MarcUlQDel BoMQ lUnar"lI:c1ton Ith~

l'tEUNrõESQua.rt*lI-felras, /l,,; 10:00 hDl"asU>cal: Anexo n ~ 51\-1" 12 - Rllm",1 .aliiS!ocretárío: Héllo A1"~lI Rll)tliro

16) COMiSSAO DE TRABALHO E LEGISLAÇAOSOCIAL

15) COMISSÃO DE SERViÇO POBUCO

Altair Chag....Al'I.gellno RosaArnaldo BusatoAugusto Lucena

I Fenumdo Gonçlllv~~

Adauto Bezeull.o\dern!lr P~rlllt"

Alb6rlc<> Cordelr!>Cid FurtadoClaudino Sales

I O)lllml< Mal"iUho

Paulo 8tudJa'tPaulo TorresTeletnaco Pomp.S

MOBM&gnWl Guim&riaSebastiáo Ro~ü

JúniorThal~ Rama.liICJmy:sses G11lmarMilllWaldir WaJterWaldmir Belinflt.!

MDBJOISo6 CamargoLeopoldo BessoneMarcWl Cun.haMendonça. NetoModesto SUvelmRobertD CarvalhoRosa. Fiares

Suplente.ARENA

Júlio campoilLeornll BelémLeur Lc>nllll'ltoNorton ~ed(lo

Paulo studartRaul BernardoRoberto Galvll,niRuben Figueiró

MDB

Mario HatoMalt MauroPedro Lucena.Rosemburllo Romllno

SuptMtoIi..mENA

João Alve:sManoel Novall:SSalndor JuUU\eUíVasco NetoWilson Fl!lch

MDB

Ernesto DaU'Oil!oJorge Vilum... "LUiz BapUsta.Waldmlr Belinl\t1Vago -

REUNIOES

Menandro Minahim.NaVaTrQ Vieira Fllil<pPedro CorreaUbaldo DflUta5

Arnaldo LafayetwFrancIsco PintoHlldérlco OUveirllIs.rael Dias-Novtle:$,lG de Araujo JOfie'João Cunha,JQrge Uequed

Ad&Jberto CamarwoAluizio BezerraCarlos Santos!:ram 8a.raiVI\Jaíro BrumJunla Mari.sé>Mac Dowelt Leite dI!'

Castro

Edaon VldlrA1ErumoDiuHaroldo BanfordOdulto Dom!.nlu..

Bn,,,.. RamosCarlos ChiarelHCaatejon BrancoGenésio de BM'l'o/lolnocênclo 01ivelr~

Atnilncio )\zevell<>At.hyê COIJ.l'YBenJti.lllím FarahCIlJ:IQ$ Bezerril.

Euclides Scl\l<:o.101:1 Viva!'LeõmdalS SampaiO

Adriano Valente, AnIsio de S01J.2Al,! Augusto .Luc;,n~

ClAudio PhllOO1enoDingo NPInuraErnani SatyroFenlando MagalhãesP.rancillco R.olemberlZ'Hermes Macedo

REUNIõES

QUlI.TtM e qumta$-f~m'lf. às 10:{){I horll.:llLocal. Anexo n - S$Jp, 7 - Ramal 671Secretário: Jos6 dI' Anchll.'tll So~a

13) COMISSAG DE 5AODEPresidente:--MOB

Vice-Presidente: CarneIro Amaral - MDBVice-Presidente: Fr...ncisco Rcllembera ~ J\.RJl:NA

TlttúlU''''ARENA

Ademlir PereirllBoraell dlõ SlIveir..Dario 1'1\Var~

Ludgero RaullnoI Mauro Sampaio

I QUa.rtllfl (! quin~-feirM,às lQ:oo hor....I LOCIloI: Anexo n~&lll lD~ Rl1mals G81 to llfl:P..I SecretárIa: lná P'emlUldell Costa

14) COMISSAO DE SEGURANÇA NACIONALf.

Presidente: Al1plo Carvldho - ARENAVlce-Preslden~: H6110 Cámp05 - ARENAVice-Presidente: Ney Fernlra - :MDB

Titll1.lr.reíl:.AR1!!lNA

Guido Al"antesHéllo Garcia.João FaUlltlnoPrIsco VianaSiqueira CamposUbaldino Melreles

MDB

Walter Silve.

SlIpl(!ntelliARENA

Hugo Na.polewPrillco Vlanll,

MOB

Joel VivilJl

Adroaldo CampoilAntonIo :F'errelrl\BelmIro TeIxeiraCantldlo SaJnpaloCarlos AugustoGenésio de Barr~

Alclr Pimenta,l'1ll;uelredo Correll\

12) COMISSAO DE RELAÇÕES EXTERIORESPreaidento: JOllquim Coutinho - A!\J:NA

Vice-Presidente: Blll$ Fories - .A.RENAvice-Presidente: JoAo Men~s _. :MOB

TitularesARENA

Maplhàe$ Pln.wMarcelo lJnhVIlINogueira de Reile.ndePinheiro MachadoRa.ymundo DinilRoiério BeIrOUbaldo Bal"lllJl,

CIUlUdlo SampaioCI&udino Sales

11) COMISSAO DE REDAÇAOPresidente: Jl.Iron:Rlo$ - ARSJNA

Vlce-PreJ!ldente: DJllJma BeMI\, - ARENAVlce-Prllllidenta: lranildo Pl!relra ~ MDB

TUuluesAR1!lNA

'UMa Coltnbrll, Furtado Léite

MDB

Jorge Fel'l'BZMarcelo CordeiroNélio LobatoOswaldo LilllBRubem DoUTlldo

SllplentesARENA

Afrlsio Vieira Lime. Joel RibeIroCarlos Sant'Anna José PenedoDelson acarano Nogueira de RezendeDjalma Bessa Odulfo DominguMGomell' da Silva Simão 8essimHéllo Levy Vilela de Ma"alhf.e"João Alberto Vago

MOB

Léo SimõesLe6nldas Sl1mPll,{oOctaclllo QuelrolllSantllll SobrinhoTidei dt!' Limll.

Cardoso FregapaniCristina TavaresElquisson SoarCII~dDlb

Jerônimo Santana.t6 Frejat

Alberto GoldmllmAlvaro DlasAntônio Zl\Charla:i1"reltas DlnlzHoriclo Ortl7i

An~nlo Veno:B&Us!llL Mirand..CIlUo Borjl\,Cid Furta.doGeraldo GuedesHueo Napoleão ­Ualo eontt.1olo LJnhve.

Dezembro de 1979 DLUUO DO CONGR:ESSO NAClOl'i.i\L r~ 1') Quinta-feira 6 1490:;

1'"

Punel1!" dito Velll'll

Walber (JulUlllr(t".\I

Cardoso de Almelá..

VlctQf Fonlflnll

Norton MRCedoOdulto Dolllhl@nêM

Rubell Fll/:Uelr<l

MDB

MD!>

'l'iiulLl"M!

ll.RJilNA

Camidlo SunpIL1Cl<Dario T __'"!f.!e

Hého DuqueMendes de Mele

Vago

REUNIOES

Ade.nlllJ;' Per~Ir..Borge$ dll. 8th'el ra;

Prazo: 8-8-79 a 26 -;'-8(1

,CPI'

REQUERIMENTO N.o 25, DE; 19711

?residente' 11ltX~nclO OliveIra· - ARJIlNAVlce-l?Tesidemé: Ubaldo Oanta", ,,-- ARll:KA-'*lator SebastIão Rodr1Sues JUlllm ,,- MOBRelator-Substituto: Max Mauro [,il);)

QU.ll1La,,-telrltS, b 9 ;00 horl\~

Local AneXo n _.. sala da$ ÇPb.Ramals: .(.97- 500 - 1147·· Anexo !lISecretâría: Mj'r~he! nooper 811n

3) COMISSAO PARLAMENTAR DE INQUmrrO DES,TINADA A PROCEDER À AVALIAÇÃO ClnTlCADA PROBLEMÁTtCA· DA AGROPECUÁfltA NOBRASIL

Anla1do SChmlttBentt1 Lobo

MOR

4) COMiSSAO PARLAMENTAR DE INQUtRfTODESTINADA A INVESTIGAR AS AtIVIDADESLIGADAS A INDOSTRIA FARMÁC!UTICA EMTODO O TERRITÓRIO NACIONAL

!cpr,

Prazo' 30-5-79 a 18-3-80

P1'ef.lcienl>e: Atl\.ónlc l>wrun<>t<:> .- Ji.lU:NÁ

Vice-Presidente Jol\.Q Ca.rl(l.l!; Pe> CarIl~· Al'l:I!NA

Rela!or Pe.ulo RalLes MDB

TltuIvl"'l'

T",rç"-,, e quhltll"-lelra." b 9.30 1101''''''LQcliJ AneXO Ir _. $I\,la <!llJi CPIsR&l:rllUS: 4;91 • ~\)~ l:' ~-(7 • "nexo DI

SecTetá.no det'&ldlx JaIr Banos

Edilson Lamartlne

O'Ome~ da SlIVll

Márl(} StMIlm

llLIrlvliJ Nl\.SclU1entoPlI,chcco Chaves

CardollO l"regapILIlICarl"" Bezerrll

AlulZlo 'l3oe<r.err.. Va.g'o

Cunelro AmlLud VagoFelip~ Peull'"Mendonçl\. Neto

Pedro SlI:mp"lo

Walter de Prã

,J PIICU Pe:rcó.rl<Leorne Bel4mMlIton 13nn~Murlío Mendu

José Carlos F'aIfUll<1ei<R.uben F1Ruelro

:M.DB

Juarez; FurtadoNiva.ldo K.ríl.g<>r

SUp>eJ1te1t:

AR'ENA

S..plonl....

AItl!JNA

Rafael F'ltl'll.CO

Siqueira Ca.rnp~

Vago

MOB

EnlidlO P<el'ondlnOllPf'&to VlaJl,l<,

:RUi\) R.odrilluell

dI< Cunh".

Fernando Ç""IJlo(}1!&ClI\ de ,Bllrros

CelSQ Carv..lho

Dlv(lld., SurUá!i'YO~n.ldo Melo

ll:n'<:'lI\o de Mal'CQ Vago

Euctld"" SC..lco V"io

Va"o

COMISSOES DE INQUÉRITO

R.EQUJrnIMEN'I'O N" 19. DE 1919:

'cPI)

Prazo. 23-5 -79 a 10-3-80

Presidente Salv ...dor Juhal1eili . ARt1;NAVlce-?resldente: Nelsofl Morro ,. MENA

RelaWr Newton Cardoso •. MD1'l

n<:,latcr-SubsU1Uto. Romw. T1tó - MDe

Ad.nanQ ValemePrRn~lscoRolemberll

REQtJEfUMEN'I'ü N' .11. DE: 19711

,O?!,

PrllXo H-!>-ill!\ ()'·03-1911Q

;Pr<:~idelltl' AdhelllllX' d<:< tlll.!TQIllí"ilhtl - ARENAViCt:-Pl'esldenl.c· Artl!nlr WI!'IT1er _ • .lU'IEN'A

Rl'lMor-Oerll-l. n6110 1)\1QUI" ~- MDBn.elMor-$ubsLituio: Carlos NelsOll - M'DB

REUNIO.ES

~U)nt"",,-rel.r"'~, 11$ lQ' U9 hQl'M

LOCIlI; .'lJ1exQ li ,- Sal.. d". CPI~

Rlllílll.!, 497 ~ I\OS • 5-1' -- Ml<lXO rII

Secret!lrlll. M~tl;l.. dê' Andrade PereIra.

2) COMISSAO PARLAMENTAR DE INQUtRrTODESTINADA A APURAR AS CAUSAS DO CItES­CENTt EMPOBRECIMENTO DOS ESTADOS EMUNIC1PIOS FACE AO SISTEMA TRIBUTARiONACIONAL EM VIGOR

Cardoso 'Fregap"nl l"ranc!sco 'l,<:'''e>

Culos Santos

1) COMISSAO PARLAMENTAR DE INQUeRITO DES·TINADA A APURAR A CONTAMIHAÇAO DIAUMENTOS POR EXCESSO DE ADITIVOS EA EFICACIA' DOS CONTROLES ATUALMENTEEXISTENTES

I Al001"l0 HoffmannBraga Ramos

01ogo Nomul'll.

Joacll PerelraJost> Cl1rlOll F'a.gUlldcllLyg UI LCSSl\ BA$kJsPeÚl1,l CorreaRezende Mont.eu'..SIqueira Cll.tn]X>irUbaldÍllo MerreHe~

Ubaldo D,m~as

Emldio PerondlFrancisco Beruaull.1lGuido ArantesJoâo Linhn,es,Joaquim GUerraMano StammNavarrQ Vlell"a F'Hh9

MDBIturivaJ NnsfImel1.tQMário' MoreiraNabor JúlllorOctávio TonecllJ...Paulo Ratles

Hydekel FreitasJoel RibelmManoel ItibelwRezende Monl~if(l

Simão 8essimVilela de Magalhli.elf

MDBJayro MallOlllOclacíllo de Alme.lcl ..Pllul<;l BorgesSérgio FerraraTidei de Um..

Suplente" ,

}\'RENA

MDBJoilo 0unhaJoão HerculilloJorge CouryMax MauroNatal GaleRosa FloresWaldIr WalLer

REUNIóES

quart8<l " qU!l1!IJ.>,-felr"s, às 10 '00 hOl"ULocal: Anexo Il- el;lll )5 Ramal M1Secretário: Aiassl" Nyl"nder Brito

Alcebiades ele OlIvNraAUplo Cltl'vallloCe~ãrlo BllrretoClt\.udto Sr,rl'lssburg:erCl'!lltlll.Q CortesDâ.rÍfl TavaresDivaldo Suruagy

l"ernlUldo Coelhol"enlando Lyrnl"ranclscQ LeãoFued DlbOllson Barros

17) CO",aSSAO DE TRANSPORTESPrellldente: Ru)' Bacelar ... AREM A

Vice-Presidente; Rlf<.ll BernilrdQ . - ARml',.\Vice-f'resld·ente: Octac!lio Quelro.. .. MDa

1'UUOOel!

ARENA

Alair FerreiraAlcIdes FranclScaLoBtnro GonçalvesOauc)' PozzaHélio LevyHermes Macedo

Antonio CkJme:;Mn.Jd" B\l.5AtoBererrp. de Mel9Bol'ie& da Silvelr,.Brabo dI!' Carva1l1Q:rt1rtlldo LeiteOerllld(} Bulhôell0161a Juniorlllrahlm Abl-Ackel

R,EONIOESQUl,;rtal$ li quintas-feiras, às 10;00 hora..Loolll: Anexo II - Sala li - as. 696, 691 e (l\l$Secretário: Cl'rlo-" :Brasil dllc Arau)o

Seção de Comissões Espeelai"

Chefe: SLella, Prat." da Silva. LopesLocal. Anexo'U ..- Sala 8-B - TeL 223-8289

'dn'etol Ramal 604

Seção de Comissões Parlamentaresde Inquérito

Chefe. Lucy Btump! Alves de SouzaLocal: Anexo rI - Telefone: 223-7289 'dlrl"to.

Ramal 61~

Carlos AlbertoDello dos santosEdll·ll.rd AmorJJllmpll.!' Q~l1iltlq].l.l.sson &ln;re<ll'enláll(J,Q Cunh..Já)'ro MII.IUml

COORDENAÇÃO DE COMISSÕESTEMPORÁRIAS

DH'et01: Abeguar Machado MassenLocal. Anexo II - Telefone; 226-2912 ',!lreto'

Ramal - 7..9

Adalberto CamArgoAlrwn Sandovf\lC...l06 NelsonErnelill-O de Marco1!'ranciJICo Llbn.rdoniHorà.clo Onl7.

14906 Quinta-feira 6 DIAIUO DO CONGRESSQ NACIONAL (seção I) Dezembro de 1979

5} COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUfRrro :DESTINADA A INVESTIGAR DISTORÇÕES iOCORRIDAS NA EXECUÇAO DOS PLANOS DEDESENVOLVIMENTO DA AMAZõNIA

RESOLUÇãO N,o 18;79

Pra:1lO: 13-09-79 a 04-06-00Presidente: JClSué de Souza - ARENAVice-Presidente; Braoo de Carvalho - ARENARelator: Deputado Jader Barbalho - -- MDB

MDB

Octavlo Torrecill...Roque ArasValler Garcia

Titular.,s

ARENA

Paulo Lust""",PriSCO VianaTheodorico Ferrr.ço

:'luplentes

ARENA

Genésio de BarrosJorge ArbageSimão SesslmStoessel Dourado

MDB

Jorge UequedJorge ViannaJos~ Costa,Tert ulíano Al\I!vedo

REUJ:I<"IOES

Antônio Dia.>Daso CoimbraErasmo DiasJoeJ Rlbelro

Terç",,-Celras, B5 9:30 horasLocaJ.. Anexo li __o Sal... das CPlsRam&l4l: i97 -- 599 .- 5~ -- Anexo UISecretário: Ma-nool AUIrUiIW c.mpelo ".\0

Antômo ZachanasFernando CunhaR{olio DuqueJackson Barreto

Freitas DmizHOráCIO .ortiz.1osé FrejatMarcelo Cerquelra

....droaldo CampClSI ....ntômo Florêncío

Cantidlo SampaIoCarlos ChiaremFernando Gonçalves

MDBGeraldo FlemingNélio Lobàto

Júlio MartinsManoel Ribeiro

Antônio CarlQ<;EpitãclO Ca.fewiraFreitas Diniz

REUNIOESTerças-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo fi - Plõnârio dM OpURamais: 4.'17, 509 e 547 (Anexo. illlSecretária: Maria da, CW!(lciçâb A1Ie?edo

6) COMISSAO PARLAMENTAR DE INQutRlTODESTINADA A IlVESTIGAR A AÇÃO DA.PETROBRÁs E SUAS SUBSIlIARIAS

RJ;fQUERIMENTO N.fi 20/79Prazo' 19-09-79 a 10-06-80

Pre..idente: Francisco Benjamin .- ~AVice-Presidente:· Paulo Studart - ARENA

Relator: .10&0 Cunha - MDB

Tittl1a.-rel:ARENA

Rafael F'araco'Wildy Viazma

MDB.Aluízio B=a. Jerónuno &mt.anaAntônio Pontes Mário Frol;a

Supk<ntes

Aro.lNAAmilcar de Queirw. Nasser AlmeidaBento Lobo Paulo Guerralsaac Newton Vivaldo .Frota

Nava.rro Vielrll, FIlhoPedro Corre&.'Wilson Falcão

MDB

'Waldmir BelinaUOarnelTo ArnlludMário Hllto

Benjamim FarllhCarl06 CClna

Ludgero RaullnoMauro SampaioMenandro Minahim

MDB

.José de Castro CoimbraRuy CMa

R.EUNlOES

Quartas e q\lint,a,~-feiras, às 9 :30 hora!;Locai: Anexo n - Sala da~ CPIsRamais: -t97 ~ 6(Il! - M7 - Anexo msecretário: Sebastião Augusto Machado

Dt'zt'llIbro de 1979 DIARIo DO CONGRESSO NACIONAL (Set;ia 1) Quinta-feira 6 14907

REVISTA DE INFORMAÇÃO LEÇISLATIVA N96Ôo.taItro • dezembro de 1978

SUMÁRIO

COLABORAÇAO

Matéria financeir. - seu conteúdo - Senador Wilson Gonçalves .... :.............................. 5

Novos métodos plr. a represlio penal- Senador Accio/y Filho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

Limites constitucionais do decreto-lei em matêria tributâria - Geraldo Ataliba 23

Estatismo e intervençlo do Estado no domínio econômico - Rubem de Oliveira Lima 31

O ICM e os desequilíbrios inter-regionais - Edgard Linc9'n de Proença Rosa '. . . . . 53

A empresa como centro de relações juridicas - Paulo Emflio Ribeiro de Vilhena 75

A intervenç~o e a "liquidaçlo extrajudicial" das "financeiras". Aspectos constitucionais e trabalhistas

da Lei n" 6.024, de 13~3-1974- José Martins Catharino 65

Os direitos humanos e a paz - João Baptista Herkenhoff 97

Os direitos da personalidade e o Projeto de Código Civil brasileiro - Carlos Alberto Bittar . . . . . . . . . . . . . 105

Filiação legitima. Conceito, elementos, importância - Ant6nio Chaves 129

Conseqüências da Lei n" 6.515, no direito sucessório - Arnaldo Wald . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 149

A emancipaç~o do india - Gervásio Leite 159

Democracia e reforma agrâria - Paulo de Figueiredo :............................. 173

Acordos e tratados internacionais de interesse da legislaç~o agrária - Igor Tenório 199

Da eqüidade - estudo de direito positivo comparado -Iduna Weinert Abreu 215

DOCUMENTAÇAO

Emenda Constitucional n" 11, de 13 de outubro de 1978 233

PUBLlCAÇOES

Obras publicadas pela Subsecretaria de Edições Técnicas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 319

Preço: Cr$ 30,00Pedidos pelo Reembolso Postal

parà.Subsecretaria de Edições TécnicasSenado Federal- Edif. Anexo I

70160 - BRASlLIA - DF

14908 Quinta-feira li DC'lcmbro de 1'979

CONSTITUI CÃO DA REPÚBLICA•

FEDERAT'IVA DO BRASIL

* QUADRO COMPARATIVO *

Foi lançada a 3Q edição revista e atualizada da

Constituição da República Federativa do Brasil - Quadro Com­

parativo, obra da SUBSECRETARIA DE EDIÇOES TÉCNICAS DO

SENADO FEDERAL.

A publicação apresenta a comparação, dispositi­

vo por dispositivo, do texto constitucional vigente à Constituição

do BrásH de 1967 e à Carta de 46, com 123 notas explicativas e

. índices sistemático e analítico-remissivo.

A obra, com 348 páginas, pode ser obtida pelo

reembolso postal ao preço de Cr$ 100,00 (cem cruzeiros), deven­

do o pedido ser dirigido à SUBSECRETARIA DE EDIÇOES TÉCNI­

CAS - SENADO FEDERAL - Brasília, DF - CEP: 70.160.

Dé7.embro de 1979 DIARIO DQ CONG8I:SSO NAOIONAL (8.0 n Quinta-feira fi 14909

REVISTA DE INFORMAÇÃO LEGISLATIVA N960~ro a dezembro de 1978

SUMÁRIO

COLAIOUÇAO

Matéria finánceirll- NU eonteódo - Senador Wilson Gonçalves 5

Novos m6todos par. ~ reprt!Hlo pen.l-Senador Accioly Filho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

limites constltuclonail do decreto-lei em mat~rja tributiria - Geraldo Ataliba 23

Estatismo e intervençlo do Estado no domfnio econOmlco - Rubem de Oliveira Lima 31

O IC~ e os desequilfbriO! inter-regionais - Edgard Linc9'n de Proença Rosa . . . . . . . . . . . . 53

A empresa como centro de relações jurfdicas - Paulo Emflio Ribeiro de Vilhena 75

A intervenç10 e a "liquidaç1o extrajudicial" das "fi,nanceiras". Aspectos. constitucionais e trabalhistas

da lei n' 6.024, de 13-3-1974 - José Martins Catharino 85

05 direitos humanos e a paz - Joio Baptista Herkenhoff 97

Os direitos da personalldllde e o Projeto de Código Civil brasileiro -.Carlos Alberto Bittar 105

Filiaçlo legftima. Conceito, elementos, import4ncia:- Ant6n;0 Chaves 129

Conseqüências da Lei'" 6.515, no direito sucessório - Amoldo Wald . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 149

Aemancipaçlo do fndio - Gervisio leite 159

Democracia e reforma agriria - Paúlo de Figueiredo 173

Acordos e tratados internacionais de interesse da legislaçlo agrária -Igor Tenório 199

Da eqüidade - estudo de direito positivo comparado -Iduna Weinert Abreu 215

DOCUMENTAÇÃO

Emenda Constitucional n' 11, de 13 de outubro de 1978 233

PUILlCAÇOES

Obras publicadas pela Subsecretaria de Edições Técnicas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 319

Preço: Cr$ 30,00Pedidos pelo Reembolso Postal

para Subsecretaria de Edições TécnicasSenado Federal- Edif. Anexo I

70160 - BRASILIA - DF

64910 Quinta-feira" OlARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçá.Q 1), Dezembro de 1979

REVISTA DE INFORMAÇÃOLEGISLATIVA

Está circulando o n<? 61 da REVISTA DE INFOR­

MAÇÃO LEGISLATIVA, periódico trimestral de pesquisa jurídica

e documentação legislativa editado pela SUBSECRETARIA DE

EDIÇOES TÉCNICAS DO SENADO FEDERAL

Este número contém as teses e conclusões do 1Q

Congresso Latino-Americano sobre Meios de Comunicação e Pre­

venção do Delito, realizado na Colômbia, extensa pesquisa sobre

a problemática do menor (Luiz Otávio de Oliveira Amaral), o his­

tórico da Emenda Constitu~ional ri Q 12/78 e trabalhos doutri­

nários sobre: a regulamentação do art. 106 da Constituição

(Paulo Emílio Ribeiro de Vilhena), a argüição de relevância da

questão federal (lduna W. Abreu), desenvolvimento do direito

autoral (Antônio Chaves), o orçamento-programa e suas impli­

cações (Janes França Martins), a recente evolução jurisprudencial

na interpretação da Lei n9 4.121 (Arno/do Wa/d), legislação pre­

videnciária (Sul/y Alves de Souza), tributação urbana (Fides An­

gélica Ommati), Lei das S.A. (Dfto Gil e José Reinaldo de Lima

Lopes), o princípio da probidade no Código de Processo Civil (Al­

cides de Mendonça Lima) e o "certiorari" americano e a avoca­

tória no STF (Igor Tenório).

A revista, contendo 330 páginas, pode ser obtida

ao preço de Cr$ 30,00, pelo sistema de reembolso postal, dirigi­

do o pedido à SUBSECRETARIA DE EDiÇÕES TÉCNICAS

SENADO FEDERAL - Brasília, DF. - CEP: 70.160.

Dezembro de: 1979,

.,...,.DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (&etio I).

o PODER LEGISLATIVOEA CRIAÇÃO DOS

CURSOS /URIDICOS

Quinta-feira 6 14911

Obra come'morativa do Sesqüicentenãrioda Lei de 11 de agosto de 1827, que criou os Cur­sos Jurídicos de São Paulo e Olinda.

Precedentes históricos, deb~tes da Assem­bléia Constituinte de 1823, Decreto de 1825 comos Estatutos do Visconde da Cachoeira, completatramitação legislativa da Lei de 11-8-1827, 'com aíntegra dos debates da Assem'bléia Geral Legislati­va (1826-1827), sanção imperial e inauguração dos·Cursos de São Paulo e Olinda.

índices onomástico e temático

410 páginas

PREÇO: Cr$ 70,00

Pedidos pelo reembolso postal à ., .SUBSECRETARIA DE EDIÇOES nCNICAS DO SENADO fEDERAL

(Anexo I) - Brasilia - DF- 70160.. I'

"' I I

Centro Grafico do Senado FederalCaixa Postal 1 200

BrasUta ~ DF

'-~DIÇÃO'-~E HOJE: ;;pÁ~~N~r_~ . J