Aracaju/SE 2012
MARIA LUANA ALVES DA SILVA
OS JOVENS ADULTOS: Tarefas evolutivas
Trabalho apresentado a disciplinade Psicologia, do Desenvolvimentosolicitado pela professora MariaJosé Camargo de Carvalho à turma do3º período do Curso de Psicologiacomo requisito de nota.
Aracaju/SE 2012
Os jovens adultos: tarefas evolutivas
Maria Luana Alves da Silva1
Maria José Camargo de Carvalho 2
RESUMO
O estudo traz a baila o processo de construção de identidadesdos jovens ao assumirem status de adultos compreendendo astarefas evolutivas na passagem para a maturidade, e osconflitos vivenciados durante o amadurecimento neuropsíquico.E tem por base uma pesquisa realizada com adolescentes quevivenciaram processos diferentes de maturidade e sãoconsiderados “jovens adultos”, por assumirem posturas adultas.Utilizou-se como instrumento da pesquisa uma entrevista semi-estruturada empregando como método, um estudo de casos onde sefez uma análise de conteúdo das informações. Os resultadosevidenciam uma evolução nas tarefas desenvolvidas pelosadolescentes ao se defrontarem com determinadas situaçõesconflituosas impelidas pela vida como morar sozinho, torna-semãe, dentre outras que os fazem adquirir maturidade deadultos.1 Aluna do 3º período do curso de Psicologia - UNIT2 Psicóloga e professora de Psicologia - UNIT
Palavras-chave: jovens adultos, maturidade, construção de
identidade.
INTRODUÇÃO
Esta pesquisa se circunscreve num campo conceitual e
empírico no qual abordaremos o tema “Os jovens adultos:
tarefas evolutivas”, sob o olhar da psicanálise, considerando
as fronteiras existentes entre a infância a adolescência e a
fase adulta, onde o desequilíbrio e as instabilidades extremas
constituem-se em fenômenos psicológicos e sociais compreendida
em diferentes peculiaridades físicas e psíquicas.
A pesquisa constitui-se num estudo de casos onde ouve as
vozes de 04 jovens sob diferentes perspectivas de forma de
tornar-se adulto, ao sair de casa para estudar fora, morando
sozinho; assumir as responsabilidades da família na ausência
do pai que falece/ou separa; responder pelo sustento de mulher
e filho ao casar-se ainda jovem adolescente; jovem que
experimenta status de adulto com independência familiar se
inserindo cedo no mercado de trabalho.
Pensar a questão dos jovens adultos em suas tarefas
evolutivas compreende-se refletir sobre os aspectos de
amadurecimento neurológico e condutas sociais de adolescentes
que se tornaram ou que se comportam como adultos. Partindo do
principio que atualmente a adolescência tem iniciado cada vez
mais cedo também se postergado cada vez mais, (OITERAL, 2008,
p.6). Partindo desses pressupostos se questiona: quem são os
jovens adultos de hoje? Como lidam com o seu amadurecimento e
suas relações com outros jovens e com a família? Quais os
conflitos vivenciados por eles na construção de suas
identidades?
A pesquisa tem como objetivos: analisar as manifestações
ocorridas no processo de construção de identidades durante o
amadurecimento neuropsíquico dos jovens ao tornarem-se
adultos; e de modo particular compreender as tarefas
evolutivas na transitoriedade da juventude a maturidade, e
identificar os conflitos não compartilhados (medos, dúvidas,
sentimentos de perda,) que levam a construção de uma nova
identidade.
SANTOS (2008) ao questionar quem é o adulto jovem? Em seu
texto relaciona o adulto jovem com a família e atenta para a
desproporcional atenção psicológica dada ao seu
desenvolvimento, ressaltando a grandeza na importância em se
lidar com essa questão, pela complexidade de um universo pouco
explorado para a produção cultural, assim como para pais e
cuidadores.
Diante do exposto evidenciam-se a relevância da pesquisa
em se trabalhar com o inverso os “jovens adultos” para o campo
da psicologia, uma vez que os fatores intrínsecos ao
comportamento dos adolescentes no contexto atual, se
subscrevem na passagem da adolescência para a fase adulta
cercada de novos conflitos familiares e psíquicos, resultados
de fatores culturais, econômicos, políticos e sociais que
precisam ser compreendidas.
1.BASE TEORICA
1.1 Os Processos Identificatórios da Adolescência
Diferentes perspectivas conceituais cercam a
adolescência, tendo em vista sua particularidade no rito de
passagem da infância a vida adulta. Como bem esclarece Oiteral
(2008), a adolescência invade a infância e espraia-se no
início da vida adulta podendo ser comparada a uma comédia
cinematográfica ou a um filme de suspense, uma etapa evolutiva
de crescimento físico e psíquico.
Segundo Papalia (et al., 2009, p. 379) o conceito de
adolescência se apresenta como transição no desenvolvimento
iniciada por volta dos dez ou doze anos, ou menos antes, indo
até os dezoito ou dezenove anos, ou até mesmo vinte e um anos.
Uma passagem marcada por alterações físicas, cognitivas e
psicossociais interrelacioandas, assinalando a maturidade com
a capacidade de reprodução, pelo início da vida profissional,
pela autonomia e competência cognitiva e social, mas também de
riscos e perigos.
Oiteral (2008) chama atenção ao debate no entorno da
adolescência definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS)
como período entre10 e 20 anos, do Estatuto da Criança e
Adolescente (ECA) entre 12 e 18 anos, e da Sociedade de
Medicina Adolescente, uma sociedade norte-americana, dos 12
aos 26 anos, e por fim, outra instituição norte-americana, a
Fundação MacArthur que apresenta resultados de pesquisas
recentes com o fim desta passagem do adolescer ao adultecer em
34 anos. Para Oiteral a adolescência compõe-se de três etapas
a seguir:1. A adolescência inicial (de 10 anos a 14 anos) écaracterizada pelas transformações corporais ealterações psíquicas derivadas destes acontecimentos.
2. A adolescência média (de 14 anos a 17 anos) temcomo seu elemento central as questões relacionadas àsexualidade, em especial, a passagem da bissexualidadeinfantil para a heterossexualidade.
3. A adolescência final (de 17 anos a 20 anos) temvários elementos importantes, dentre os quais oestabelecimento de novos vínculos com os pais, a escolhaprofissional e a aceitação do novo corpo e dos processospsíquicos do mundo adulto. (OITERAL, 2008, pp. 6-7).
Essas etapas segundo o autor passam por flutuações
progressivas e regressivas, de forma que, essa divisão é
artificial, considerando que os aspectos socioculturais de
cada sociedade, e de modo particular da contemporaneidade
determinam os elementos que caracterizam estas etapas.
Nos dias atuais, as estruturas e os papeis sociais
atribuídos e vividos pelas crianças e adolescentes determinam
cada vem mais a perda do corpo infantil e a aquisição do corpo
adulto, desde as características sexuais, aos vínculos sócio-
afetivos que se alternam e confundem-se. A maturidade sexual e
neuropsicológica de jovens adolescentes que assumem
responsabilidades sociais com condutas comportamentais de um
adulto perpassa a idéia clássica de adolescentes rebeldes e
sem responsabilidades.
A dependência simbiótica com os pais na infância; aos
lutos com as perdas tanto na infância como na adolescência; os
ritos de iniciação, condição para o ingresso ao status de
adultos; os papeis sociais e sexuais; e o estabelecimento da
escala de valores, ou seja, o código de ética próprio desta
fase. Estabelecido por estudiosos como Ronald Pagnoncelli de
Souza na década de 1980, e de Luiz Carlo Osório também na
mesma década são critérios cada vez divergentes nessa fase
transição conceituada de adolescência (OITERAL, 2008).
A adolescência definida por Papalia (et al., 2009, p.436)
“é um período tanto de oportunidades como de riscos. Os
adolescentes estão no limiar do amor, da escolha de uma
profissão e da participação da vida adulta. Contudo, a
adolescência também é um período em que alguns jovens assumem
um comportamento que estreita suas opções e limitam suas
possibilidades”. Evitar os riscos que impeçam a realização do
potencial dos jovens nessa fase para que eles possam adquirir
uma percepção de si mesmo e das suas possibilidades é
essencial para que os mesmos consigam lidar com seu ímpeto,
com sua energia, audácia e rebeldia.
A adolescência assim compreendida é concebida com os
jovens se dirigindo cada vez mais para uma vida adulta, se
pautado nas experiências do mundo externo que exigem
crescimento interior, o que muitas vezes causa o luto não
apenas pela perda da infância, mas também pelas frustrações do
que deixou de vivenciar de experimentar.
1.2 Construção da Identidade do Jovem Adulto
Os processos identificatórios de construção da identidade
na adolescência cercam-se de questões que perpassam pela busca
de si mesmo, cujos conflitos vão desde a sua disposição no
grupo, às fantasias, crises de religião, as necessidades de
torna-se intelectual, as frustrações amorosas, a diversidade
de manifestações de conduta social, as manifestações sexuais,
flutuações de humor, conduta de impor domínio. Essas dentre
outras manifestações na personalidade do adolescente
constituem o Knobel (1981, p. 9) chama de “síndrome normal da
adolescência” necessária para o mesmo, mas perturbadora para o
adulto.
Assumir as incertezas e os riscos é um processo que faz
parte da vida dos jovens como afirma Knobel (1981) em virtude
da crise existencial da adolescência, esta idade é a mais apta
para sofrer os impactos de uma realidade frustrante. O
adolescente apresenta uma vulnerabilidade especial para
assimilar os impactos projetivos de pais, irmãos, amigos e de
toda a sociedade.
A construção da identidade nesse sentido, consiste numa
concepção lógica do self (percepção de si mesmo) que se
compreende a partir das metas, dos valores e das crenças com
as quais se está “solidamente” envolvido. Na adolescência essa
busca de identidade torna-se o centro do seu desenvolvimento
cognitivo o que irá lhe ajudar a construir a percepção de si
mesmo (Papalia, et al., 2009).
De acordo com Erikson (1950) apud Papalia (et al., 2009,
p.437), o esforço de um adolescente para compreender o self não é
“uma espécie de enfermidade do amadurecimento”, pois faz parte
de um processo saudável essencial e que têm suas bases nas
etapas anteriores ainda na infância. Assim, os adolescentes ao
desenvolverem as suas capacidades como: a confiança, a
autonomia e produtividade estas servirá de base para que os
mesmos possam enfrentar os desafios da vida adulta.
Dessa forma, lidar com seu amadurecimento faz parte da
construção da identidade do adolescente, sendo, pois uma
conquista que requer lidar com as adaptações, com as dores e
os amores, com suas relações com outros jovens, a família, os
desejos e as necessidades impostos pela sociedade. Para uma
concepção coerente de si mesmo ele precisa estabelecer metas,
a partir dos seus valores, e crenças para compreender o papel
que deverá exercer na sociedade definindo sua personalidade e
sua ideologia.
Portanto, a maturidade biológica e o desenvolvimento
cognitivo do adolescente os tornam mais consistentes e com
nova capacidade de raciocínio, podendo os mesmos assimilar os
valores morais a partir das suas perspectiva e das interações
sociais, fazendo uso do seu próprio conceito. Nesse contexto
Rosa ressalta que:
O ponto chave, portanto, do conceito de identidade doadolescente é que ele representa o afastamento de umaposição em que ele se via apenas como espécie de reflexodos outros, para uma condição mais autônoma em que oadolescente procura integrar independência esingularidade com interdependência e solidariedade com oseu mundo significativo (ROSA, 1983, p.87).
A maturidade se revela pela autonomia, uma conquista do
adolescente que representa processo de amadurecimento
psicológico do mesmo. No entanto Rosa destaca a autonomia
integrada a interdependência, solidária e significativa. O que
Cardoso e Monteiro (2008, p. 162) chamam de senso de
“integridade e individualidade” na identidade desse jovem.
Considerando que a adolescente é uma construção social, e
que nem todos os adolescentes têm sua personalidade definida
pelo mesmo processo, assim como diversos fatores condicionam o
seu processo de construção de identidade do adolescente, além
do amadurecimento psíquico, seus princípios e ideais assim
como as suas necessidades.
É por meio do amadurecimento psíquico que o adolescente
vai redefinindo sua identidade resolvendo questões importantes
na sua vida como a escolha profissional, a adoção de valores a
partir dos quais desenvolverá sua identidade sexual,
enfrentando os desafios com base nos seus interesses e
desejos.
1.3 Tarefas Evolutivas de Transitoriedade do Jovem Adulto
Diversos questionamentos permeiam o início da vida
adulta, dentre os quais o amadurecimento psíquico, o casamento
e ingresso no mundo do trabalho, mas e quando se está ainda na
adolescência e é chamado a vida adulta? O que dizer do jovem
que se vê enquanto adolescente diante de perspectivas que o
colocam inseridos na esfera social da vida adulta,
participando do mundo do trabalho, morando sozinho com
responsabilidades diversas ou assumindo uma família encurtando
o processo de transição da adolescência para a vida adulta?
Segundo Hellen Bee & Mitchell (1984, p. 496), é difícil
demarcar com precisão a transição da juventude para a idade
adulta. Considerando que a época dessa passagem varia de
acordo com as seguintes circunstâncias: tendo alcançado algum
tipo de identidade profissional durante a adolescência; as
mudanças envolvidas em se viver separado da família; e o
casamento ou/a vida em comum. As mesmas autoras ressaltam que
a idade dessas mudanças ocorre entre os 17 ou 18 anos, outros
entre os 23 ou 24 anos.
Camarano; Kanso; Melo (2006), vêem esse processo de
transição para a vida adulta como um fenômeno complexo no qual
se inserem: a passagem da escola para o trabalho, a formação
escolar, a inserção profissional, a constituição de um novo
núcleo familiar, que pode ocorrer por meio do casamento,
nascimento do primeiro filho e/ou saída da casa dos pais.
Nesse viés tem-se como preocupação as perspectivas colocadas
para os jovens na esfera da vida adulta com a maturidade, não
com a ampliação ou diminuição da transição no caso a idade.
Nesse sentido convém destacar que:
O ingresso da adultez pode se dar marcado pelamaturidade ou não. Quando a sociedade frustra os desejosimaturos do adolescente, ele se sente impelido autilizar comportamento mais adulto. Inversamente, se ocomportamento adolescente revelar ser gratificante e seas pessoas importantes na vida do jovem reforçarem ocomportamento imaturo, haverá pouca motivação paraingressar na vida adulta (SANTOS, 2008, p.33).
Assim, ao fato de um adolescente apresentar maturidade
não indica que os mesmos irão ou poderão entrar na vida
adulta, ou seja, a maturidade não indica transitoriedade. No
entanto as expectativas sociais as relações familiares e as
circunstâncias da vida dos adolescentes podem revelar marcas
de transitoriedade a partir do que lhes são reservados como
uma gravidez, a entrada no mercado de trabalho e etc.
Assim, o jovem adulto assumirá as tarefas evolutivas
conquistando ainda na fase de adolescência a maturidade
psíquica conforme as circunstâncias da vida, dentre as quais:
o desenvolvimento de um sentido de self e do outro – separado
dos pais; desenvolvimento de amizades adultas – casam e nascem
os filhos; desenvolvimento da capacidade para a intimidade –
mudanças intrapsíquicas; separação psicológica dos pais e
desenvolvimento de relacionamento de mutualidade e igualdade;
formação de uma identidade profissional adulta,
desenvolvimentos de forma adulta de brincar (COLARUSSO, (2000)
apud SANTOS, (2008, p, 30).
Essas tarefas caracterizam para o jovem adulto um
amadurecimento precoce que segundo Oiteral (2008) implica num
processo de crescimento no qual o indivíduo constrói sua
própria história, o que não indicará que esse processo tenha
continuidade com uma vida de crescimento, amadurecimento e
realizações.
Nesse sentido reiteram-se algumas considerações acerca
dos caminhos na construção de identidade e de uma maturidade
de um jovem adulto. Conforme Oiteral há dois caminhos: o que o
indivíduo percorre para chegar ao que “se é”, consolidando sua
identidade através da capacidade para ao trabalho, a
possibilidade de amar de forma intima e de cuidar das novas
gerações, vivenciando seus conflitos internos e firmando
conquistas. E o percorrido em função do que “se tem” que segue
as regras da sociedade e da realidade já adulta, a partir das
conquistas materiais trabalham e casam sem, contudo lidarem
com conflitos próprios da fase.
2.SÍNTESE DOS RESULTADOS
Metodologia
O estudo se insere num estudo de caso que segundo LAVILLE
e DIONNE (1997, p. 156), “incide sobre um caso particular,
examinado em profundidade”, possibilitando dessa forma um
melhor esclarecimento, explorando cada caso de forma mais
profunda destacando as particularidades desse fenômeno.
Optou-se por uma metodologia qualitativa com técnicas de
grupos focais e entrevista com questões abertas e semi-
estruturadas, a cada jovem. O primeiro contato se deu por uma
chamada no facebook solicitando a quem apresentasse uma
daquelas características e tivesse interesse em participar da
pesquisa entrasse em contanto. O roteiro com as questões foi
enviado e retornaram por e-mail. Todos foram solícitos
aceitando participar da pesquisa considerando a relevância do
tema.
Estudo de Caso de 1 - Estuda fora e mora sozinho
JMAJ, solteiro advogado estuda fora e mora sozinho, teve
sua infância sadia e próspera. No processo de construção de
sua identidade de adolescente enfrentou diretamente os seus
conflitos, sem recorrer a ninguém, pois nunca soube
compartilhá-los. Dentre os seus medos estavam o de não crescer
(altura), medo de ficar adulto, medo de ficar em recuperação
na escola, medo de reprovar ano letivo, medo de falar em
público. Afirma que sem muitos medos recorria aos seus pais em
alguns deles.
Precisando morar sozinho as dúvidas surgiam quanto ao
como administrar as responsabilidades financeiras e pessoais,
e se questionado sempre, se ser adulto seria ruim. Essas, no
entanto eram dúvidas das quais dividia com seus pais e amigos.
Para JMAJ, nesse processo a principal perda foi a
liberdade que deu lugar a responsabilidade uma questão ainda
não superada, e que pouco a pouco está sendo suprida por
outras recompensas adquiridas.
Para ele o início da sua vida sexual não teve nenhuma
relevância, pois não vivenciou conflitos para iniciá-la. Nada
que o marcasse.
As grandes mudanças perceptíveis nas suas relações seus
pais e familiares foram a perda de confiança dos pais em
relação aos estudos e as dificuldades de diálogos. No entanto,
na relação com seus amigos houve um crescimento do número de
amigos, um melhor socialização, e maior popularidade entre
eles, enquanto isso nos estudos aumentava a queda de
rendimento, e a despreocupação.
Hoje, o jovem adulto, encontrando-se inserido no mercado
de trabalho apresenta relações consideradas positivas com boas
amizades e bom crescimento profissional. Contudo, perderam-se
os amigos em função da disponibilidade de tempo para com os
mesmos, fato “estressante”, afirma JMAJ.
A independência financeira e pessoal, para ele é a maior
das suas conquista, hoje estando muito bem financeiramente, a
independência pessoal também vai bem.
Seu processo de amadurecimento foi “conflitante, com a fuga de
responsabilidades, a não aceitação da vida adulta plena”. Apesar desse processo
doloroso ressalta o mesmo: vejo que o período de minha adolescência “foi ótimo,
mas poderia ser melhor”.
Hoje sua relação com seus pais e familiares está “muito
boa, na melhor forma até agora”. A relação com os amigos
também está ótima, sem o que reclamar da mesma forma que com
os estudos hoje o mesmo se diz se sentir mais responsável e
saber o que quer.
Neste caso específico, podemos nos voltar para o processo
adultez como “um período dinâmico onde os conflitos e crises
fazem parte do caminho dos indivíduos, requerendo uma
capacidade de liberdade e confiança internas que possibilite a
flexibilização e permeabilização do senso de identidade”
(Oiteral, 2008, p.210). Considera-se evidente e necessário os
conflitos para o processo de transitoriedade do adolescente
para o jovem Adulto.
Portanto, diversos conflitos foram vivenciados por JMAJ,
no seu processo de maturidade até que se construísse uma
identidade adulta responsável. Ao morar sozinho o mesmo
conviveu com falta de confiança seus pais, e o medo de
confirmar essa falta de confiança com a reprovação no ano
letivo, de falar em público, de crescer em tamanho, de
administrar as questões financeiras e pessoais, a dificuldade
de recorrer a alguém para dividir seus medos e suas dúvidas.
Para JMAJ, nesse processo a principal perda foi a
liberdade que deu lugar a responsabilidade uma questão ainda
não superada, e que pouco a pouco vai sendo construída. Como
afirma Oiteral (2008) o universo em expansão da adolescência
pode caracterizar-se numa situação de suspense ou de comédia.
Estudo de Caso de 2 - Tem status de adulto com
independência familiar e financeira
WC, com 18 anos, solteiro mora sozinho desde os 17 anos
quando conseguiu uma bolsa de estudos ingressando na
universidade em Ciências Contábeis e no mercado de trabalho
voltado pra mesma área de estudo. Tem status de adulto com
independência familiar e financeira. Viveu bem sua infância
cercada de amigos e de muita responsabilidade, pois estudava e
sempre procurou ajudar a mãe em casa, já que não tinha irmãs e
sim um irmão mais novo.
Quanto ao processo de construção de sua identidade de
adolescente seus conflitos foram muitos, desde cedo precisava
de ajuda financeira, pois sendo filho da outra união de seu
pai, que mantinha as duas famílias, suas necessidades nem
sempre eram supridas, a ausência do pai em casa, a outra
família. Fato o que levou a se virar ainda bem jovem.
- Meus conflitos eram divididos com os bons, e boas colegas que sempre tivedesde a infância, conversávamos sempre e muito, dividíamos tudo, os medos e asangústias, assim como as alegrias e as tristezas. Os nossos medos na verdade nãoeram medos eram anseios, sonhos principalmente de trabalhar, ter independênciafinanceira a ajudar os pais, assim como sair de casa, pois todos nos ansiávamosisso.
De acordo o mesmo nada foi perdido:
- não perdi nada na minha adolescência, sempre tive liberdade e aconfiança de meus pais. Como bom aluno fui apoiado pelos professores ecoordenadores da escola o que me levou a aprender ainda mais e o que me abriuportas. Assim como sempre estive cercado de bons amigos, com diversões é clarodentro dos princípios da minha religião (evangélica).
As maiores dúvidas de WC era mesmo quanto à profissão que
pretendia seguir e essas dúvidas foram divididas com seus pais
e amigos. O mesmo afirma que sua vida sexual ainda não é bem
resolvida e seus conflitos são vividos e divididos como ele
próprio.
No entanto quanto às relações familiares sempre foram
boas com diálogo aberto. Assim como sua infância a
adolescência foi vivida cercada boas relações.
Hoje, o adulto jovem, WC que obteve seu trabalho em
função dos seus estudos tem uma boa relação com o mudo deste,
e lida muito bem com sua sonhada independência financeira e
pessoal. Esses fatores tornam os seus sonhos quase que
realizados. O mesmo vive do seu sustento mais ainda não o
suficiente para ajudar financeiramente sua família.
Seus amigos de infância e adolescência ficam apenas para
conversas em redes sociais na Internet, ou quando retorna a
casa dos pais. Construiu novas amizades no local de trabalho
e estudo, conserva ainda um bom relacionamento familiar.
Sobre sua adolescência afirma: “acredito que vivi bem e passei
sem rebeldia, apesar das angústias próprias da fase”.
Neste caso destaca-se a maturidade do jovem adulto WC, em
seu percurso de vida, desde a infância onde afirma ter vivido
de forma prazerosa apesar dos conflitos que o mesmo vivencia e
diz ter sido muitos, construído no seio da sua família, ele
encontra nos amigos e nesta mesma família na figura da mãe a
quem ajuda, valores e crenças pessoais que compõem a sua
personalidade baseada nas suas ideologias.
Há um amadurecimento cognitivo consistente que não o
afasta das suas perspectivas a sua identidade vem determinada
não apenas pelos medos, mas pelos anseios de uma vida melhor,
na perspectiva de emprego, e ele busca e adquire pelos
estudos. Nesse sentido compreende-se o que diz Oiteral (2008,
p. 211) “o processo de construção de identidade tem seu início
nas relações primitivas com seus pais e cuidadores, sendo o
produto de experiências contínua que deixaram marcas durante a
vida do sujeito”.
Ainda há conflitos não resolvidos e nem divididos as
questões da sexualidade ainda encontra-se escondida para o
mesmo.
Estudo de Caso de 3 - Tem sobre si parte da
responsabilidade de cuidar da família
Autônoma, solteira, 19 anos com um filho MVP tem sobre si
parte da responsabilidade de cuidar da família, viveu bem sua
infância, e considera que na construção da sua identidade de
adolescente foi bastante complexa, seus conflitos a princípio
foram enfrentados ao lado dos pais com as melhores soluções.
Depois com a sua saída do pai de casa as coisas se complicaram
surgiram os medos e as dúvidas de como sobreviver.
- Eram tantas as dúvidas as inquietações que me perguntava quando tudoaquilo ia acabar, será que ia passar.
- Não tinha a quem recorrer, pois minha mãe também passava pormomentos piores que o meu.
- Queria poder ajudar e tinha medo de não conseguir um trabalho que eraurgente. Naquele momento, olhava pro lado e não encontrava onde me agarrar.
As perdas foram muitas para MVP, aos 15 anos com a saída
do pai que sustentava casa a mesma precisou e foi trabalhar
para contribuir ainda que arcando apenas com suas despesas
pessoais, mas, no entanto logo depois engravidou. E novos
medos e dúvidas se somaram. E assim MVB descreve as perdas no
processo de construção de uma nova identidade e como foram
superadas:
- Perdi praticamente minha adolescência, quando comecei a sonhar com
uma vida de baladas, com amor perfeito e um futuro feliz, cai, apesar de saber que
a vida continuava que podia curtir, os problema me chamavam a responsabilidade e
me vi com um filho pra gestar e criar sem ter a quem recorrer e colocando mais
problema em minha família. Hoje vejo assim.
-Tudo foi superado, como posso dizer, se arrumando aos poucos, com ajuda
do namorado, de amigos e da família.
A vida sexual para MVP veio junto com os problemas e com
as perdas sem orientação e como um uma fuga dos problemas que
vivenciada. A relação com sua mãe tornou-se mais forte uma
precisava da outra, os amigos também foram solícitos. Quanto
aos estudos eles estão sempre em segundo plano a mesma apenas
conclui o Ensino Médio. Hoje a jovem adulta se diz não
estabilizada financeiramente:
- Tenho meu próprio negócio, olho para a vida diferente,
mas ainda não estou realizada financeiramente, procuro
investir na vida profissional, mas tudo ainda parece difícil.
- Minha vida financeira é um problema que tento resolver
cada dia.
- Acho que ainda não amadureci olho pra trás e vejo a
batalha que venci, mas sinto falta do que não vivi e me cobro
por isso o tempo todo.
Quanto a sua adolescência ela ressalta:
- Sinto um vazio, uma dor enorme e procuro preencher essa
dor lembrando de bons momentos que tive e pensando em milha
filha, não quero a mesma vida para ela. Não sei o que é
adolescência.
A relação com a família parece boa assim como para os
amigos, com os estudos nenhuma relação, diz sentir vontade de
estudar, mas tem sempre outras prioridades.
A adulta jovem, ainda convive com seus impasses, em
funções das suas renúncias e da morte de alguns de seus
sonhos. Pois ao confrontasse com o dilema não esperado a jovem
testemunha as transformações de sua história de vida abrindo
as portas para uma nova história, na qual ela ainda não se
sente preparada para viver.
Conforme Oiteral adultecer é poder brincar, experimentar
de forma lúdica suas escolhas e renúncias e com as novas
aquisições. Esse fato parece não ser o de MVP, não há “um
cheiro e “sabor” do colo da mãe e das conversas forte do pai”.
Ela segue um caminho que não lhe é seu e sofre as privações de
sua adolescência não vivenciada.
Estudo de Caso de 4 - Casou-se ainda jovem e já responde
pelo sustento de sua família
Aos 21 anos com um filho de dois anos, casou-se, em
função da gravidez, autônoma, JSS ajuda o marido no sustento
da família, ambos não possuem emprego fixo. Teve uma infância
estável sem muitos conflitos com bons relacionamentos na
escola em casa, na família e na vizinhança onde brincava.
No entanto no processo de construção da sua identidade a
mesma vivenciou vários conflitos, pois queria liberdade pra
sair, namorar, dormir na casa das colegas e ter roupas novas
de forma relata:
- Foi difícil, pois achava que ninguém me entendia, que todos estavamcontra mim. Procurava está sempre perto das pessoas que geralmente entendia oque eu pensava, pessoas da mesma idade que eu, ou seja, meus amigos.
- Tinha medo de ficar sozinha, medo de ninguém gostar de mim. Medo denão conseguir independência financeira.
-Eu não contava pra ninguém, guardava comigo mesma.
Segundo a mesma as dúvidas surgiram desde as
transformações no seu próprio corpo, e não sabendo o que fazer
recorria aos amigos e a medida que ia se conhecendo novas
duvidas surgiam quando aos relacionamentos que também eram
guardados pra si mesma. A adolescência trouxe para ela:
- A perda da minha liberdade, sendo vigiada e controlada por minha avó e
minha mãe. Eram conflitos diretos que resultaram na minha gravidez aos dezoito
anos, tive um filho muito cedo perdendo também minha adolescência.
Compreende-se o inicio da vida sexual cercada de
conflitos uma vez que vigiada e não orientada a adolescente
inicia sua vida sexual e engravida. Levando a um casamento e a
uma vida a dois sem uma prévia organização e ela afirma:
- Sinceramente, as dúvidas aumentaram neste momento da minha vida, eume perguntava muito: “o que eu tô fazendo?” é estranho por que acontece muitorápido, de repente com tanta proibição isso confunde muito quando estamos naadolescência achava que ia resolver a minha vida.
- Minha mãe cobrava me vigiava e não procurava me entender - Tinha outros amigos além dos da infância era o da escola com conversa
sobre meus problemas.- Só conseguir concluir o Ensino Médio, pois até pra ir à escola eu era vigiada
pra não namorar.
As relações com o trabalho são consideradas boas, sendo
vistas como uma aprendizagem diária e de paciência. A jovem
adulta agora mãe aspira por sua entrada no mercado de trabalho
com um emprego fixo, para que possa ter independência
financeira que não se encontra ainda estabilizada.
Quanto ao seu amadurecimento ressalta que:
- Hoje me sinto madura, responsável, cuido do meu filho e da minha casa
com dedicação, me conheço melhor e posso me controlar. Tenho mais prudência
diante das dificuldades sei meus limites. Tenho liberdade pra comprar o que quero e
pra ir onde quero.
- Minha adolescência foi tão doida que nem gosto de lembrar, hoje eu
compreendo mais os jovens.
Diante das perdas e dos ganhos a relação familiar hoje é
considerada boa, pois segundo a mesma todos apóiam e ajudam
como podem, quanto aos amigos estes já não existem mais foram
perdendo-se, e adquirindo novos amigos agora pessoas adultas.
O estudo fica apenas no sonho de um dia poder fazer uma
faculdade.
Para Oiteral (2008), há prazeres que só a vida adulta é
capaz de proporcionar. Sem projeto de futuro na vida
adolescente tumultuada a jovem adulta hoje sonha e tem a
liberdade e a autonomia desejada na adolescência. As dores e
os medos, associados as responsabilidade com o adultecer após
um casamento e um filho JSS, não fantasia tem a liberdade
desejada.
3.CONSIDERAÇÕES FINAIS
Alguns aspectos são relevantes a título de considerações,
os jovens adultos de hoje lidam com seu amadurecimento e com
seus conflitos construindo suas identidades e maturidade
recorrendo a famílias e aos amigos, mas de forma particular,
consigo mesmo. É no seu intimo que as dúvidas, as angústias e
as inquietações são vividas o que as fazem parecer ser maiores
e o que dá ao mesmo a sensação de estarem sozinhos.
Enquanto adolescentes e ainda jovens adultos
experimentaram o conflito nas relações familiares, mas superam
os mesmos, mantendo boas relações com os pais. Ao sair de casa
vivenciam também as responsabilidades de cuidarem de si
próprio de corresponder às expectativas das famílias e da
sociedade, enfrentando dificuldades financeiras, a ausência da
família, conflitos que fazem parte da sua maturidade e que nas
perdas, nas dores o conhecimento de si próprio e da sua
capacidade de superação.
O processo de construção de identidades com a maturidade
neuropsíquica dos adolescentes ao tornarem-se adultos “os
jovens adultos”, compreendem-se através das tarefas evolutivas
na transitoriedade da adolescência para a maturidade adulta.
Quando estes vivenciados seus medos, suas dúvidas, suas perda
e conflitos internos, caminham rumo ao mercado de trabalho no
qual convivem com novos saberes; quando se mantêm longe dos
familiares morando sozinho, lidando com as responsabilidades
de si próprio; criando sua própria história de vida com
capacidade de manter relacionamentos íntimos gerando e
cuidando seus filhos, e assumindo junto a família as
dificuldades surgidas da adversidade da vida.
Portanto considera-se que maturidade dos jovens adultos é
adquirida por meio de situações da vida cotidiana dos mesmos
que impulsionaram a construção do self, em diversas situações
desde a entrada no mercado de trabalho, a capacidade de amar
intimamente.
Observou-se confirmando com os teóricos como Oiteral
(2008) que mesmo tornando-se jovens adultos, com valores
adquiridos, maturidade, diante das dificuldades, os conflitos
não desaparecem, pois fazem parte da vida do amadurecimento e
o conhecimento quer da vida dos jovens dos adultos e dos seres
humanos em geral.
REFERÊNCIAS
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CARDOSO, Luciana Sarmento; MONTEIRO, Thais Fernandes. Casa, dolatim, acasalamento – a casa como metáfora para a capacidadede intimidade. IN: OITERAL, José. (orgs). Adultecer: a dor e oprazer de torna-se adulto. 2. ed. Rio de Janeiro: Reinventer,2008.
CAMARANO, Ana Amélia. (organizadora) Transição para a vida adulta ou vida adulta em transição? – Rio de Janeiro: Ipea, 2006.
CAMARANO, Ana Amélia; KANSO, Solange; MELLO, Juliana Leitão.Transição para a vida adulta: mudanças por período e coorte.IN: CAMARANO, Ana Amélia. (organizadora) Transição para a vidaadulta ou vida adulta em transição? – Rio de Janeiro: Ipea,2006.
COLEMAN, James S.; HUSÉN, Torsten. Tornar-se adulto numasociedade em mutação. Porto: Afrontamento, 1985.
Hellen Bee, L. & Sandra Mitchell, K. A pessoa emdesenvolvimento. São Paulo: harba, 1984
OITERAL, José. (orgs). Adultecer: a dor e o prazer de torna-seadulto. 2. ed. Rio de Janeiro: Reinventer, 2008.
PAPALIA, Diane E.; OLDS, Selly Wendkos; FELDMAN, Ruth Duskin.Desenvolvimento humano. Tradução de Carla Filomena MarquesPinto Vercesi; Dulce Catunda; Jose Carlos Barbosa dos Santos;Mauro de Campos Silva. 10. ed. São Paulo: McGraw-Hill, 2009.
PEREIRA, Adriana Sylvia. A criança é o pai do adulto – umaperspectiva psicanalista. IN: OITERAL, José. (orgs).
Adultecer: a dor e o prazer de torna-se adulto. 2. ed. Rio deJaneiro: Reinventer, 2008.
ROSA. Merval. Psicologia evolutiva: psicologia daadolescência. Petrópolis: Vozes, 1983.
APÊNDICE
UNIVERSIDADE TIRADENTESRoteiro de entrevista
IDENTIFICAÇÃO
IDADE:SEXO:PROFISSÃO:ESTADO CÍVIL:
1. VOCÊ É CONSIDERADO UM JOVEM ADULTO POR QUÊ?
( ) Estuda fora e mora sozinho( ) Tem status de adulto com independência familiar efinanceira
( ) Tem sobre si parte da responsabilidade de cuidar dafamília ( ) Casou-se ainda jovem e já responde pelo sustento de suafamília
1.1 Você viveu bem sua infância?
2. NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DA SUA IDENTIDADE DE
ADOLESCENTE
2.1. Como vivenciou seus conflitos?
2.2. A quem recorreu quando eles surgiram?
2.3. Quais foram os seus medos? A quem recorreu quando
elas surgiram?
2.4. Quais foram as suas dúvidas? A quem recorreu quando
elas surgiram?
2.5. Quais foram as principais perdas identificadas por
você neste processo de construção de uma nova identidade?
Como foram superadas?
2.6. Quanto ao início da sua vida sexual quais os
conflitos vivenciados?
2.7. Quais foram às mudanças perceptíveis nas suas
relações com:
- Seus pais e familiares:
- Com seus amigos:
- Com seus estudos:
3. HOJE O JOVEM ADULTO
3.1. Quais as relações com o mundo do trabalho?
3.2. Como lida com a independência (financeira e pessoal)?
3.3 Como lida com seu amadurecimento?
3.4 O que pensa sobre o período de sua adolescência?
3.5 Como esta sendo a sua relação com:
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