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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA BACHARELADO EM CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS ANÁLISE DE SEGURANÇA EM FÁBRICAS DE ARTEFATOS DE CIMENTO DE CRUZ DAS ALMAS-BA Elivelton Lopes dos Anjos Cruz das Almas 2016

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA

BACHARELADO EM CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS

ANÁLISE DE SEGURANÇA EM FÁBRICAS DE ARTEFATOS DE

CIMENTO DE CRUZ DAS ALMAS-BA

Elivelton Lopes dos Anjos

Cruz das Almas 2016

Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016

Elivelton Lopes dos Anjos

ANÁLISE DE SEGURANÇA EM FÁBRICAS DE ARTEFATOS DE

CIMENTO DE CRUZ DAS ALMAS-BA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Federal do Recôncavo da Bahia como parte dos requisitos para obtenção do título de Bacharel em Ciências Exatas e Tecnológicas.

Orientadora: Prof. M.Sc. Fernanda Nepomuceno Costa

Cruz das Almas 2016

Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA

Elivelton Lopes dos Anjos

ANÁLISE DE SEGURANÇA EM FÁBRICAS DE ARTEFATOS DE

CIMENTO DE CRUZ DAS ALMAS-BA

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Centro de Ciências Exatas e

Tecnológicas da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, como parte dos

requisitos necessários para a obtenção do título de Bacharel em Ciências Exatas e

Tecnológicas.

Aprovado em: ____/____/____

Banca Examinadora:

______________________________________________________

Orientadora: M.Sc. Fernanda Nepomuceno Costa

Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

______________________________________________________

Examinador 1: Dr. Renê Medeiros de Souza

Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

______________________________________________________

Examinador 2: Eng. Diana Dayse Mariano de Albuquerque

Universidade Federal de Campina Grande

Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016

“A mente que se abre a uma nova ideia, jamais voltará ao seu tamanho original”.

Albert Einstein

Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA

Dedico a minha mãe, Maria Lucia, a melhor mãe do universo.

Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por me guiar em todos meus anos de estudo, me fortalecendo a cada

dia para que não desistisse e continuasse em busca de conhecimento.

Aos meus pais, Maria Lucia dos Santos Lopes dos Anjos e Julio Cesar Buri dos Anjos,

que desde minha infância me incentivaram a ler e estudar, e tornaram a minha educação

com prioridade em suas vidas.

À minha orientadora Fernanda Nepomuceno Costa, pela dedicação e empenho em

partilhar seu conhecimento comigo, possibilitando que eu pudesse avançar cada vez

mais no desenvolvimento da pesquisa.

Ao meu primo Lucas Buri, que me ajudou e apoiou durante minha pesquisa. Ao professor

Luiz Soares pela grande ajuda, e aos colegas do grupo de pesquisa Artefatos de

Cimento.

Aos meus amigos do Apenas Nós que durante seis semestres estivemos juntos na

UFRB, estudando e alcançando todas as metas almejadas, obrigado pela força.

Aos meus professores, aos membros da banca, e a todos que contribuíram para o meu

conhecimento.

Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA

ANJOS, Elivelton Lopes. Análise de segurança em fábricas de artefatos de cimento

de Cruz das Almas - BA. 2016. Monografia (Graduação). Universidade Federal do

Recôncavo da Bahia, UFRB, Cruz das Almas.

RESUMO

Atualmente o setor da construção civil está em ápice, nesse contexto, a indústria de

artefatos de cimento, característica por produzir aos mais diversos produtos, desde tubos

de concreto, blocos, telhas, pisos, postes entre outros, também evolui cada vez mais. As

fábricas de artefatos de cimento de Cruz das Almas – BA são de pequeno porte, não

ultrapassando a quantidade de dez operários trabalhando ativamente, dessa forma,

muitos empregadores não preconizam a segurança por ser uma indústria pequena, com

este trabalho foi possível avaliar as condições de seguridade dessas fábricas, a partir da

criação e aplicação de uma ferramenta de avaliação referente a segurança no trabalho,

com base nas Normas Regulamentadoras e boas práticas em segurança, identificando os

problemas e os riscos presentes nestas empresas. Ao fim da pesquisa percebeu-se que

as condições atuais de segurança das fábricas de artefatos de cimento de Cruz das

Almas quanto ao índice de cumprimento das Normas são insatisfatórias, nenhuma das

fábricas obteve nota maior que 3 numa escala de 0 a 10, havendo a necessidade de

algumas adaptações e investimentos em segurança a fim de reduzir os riscos que os

operários estão expostos.

Palavras-chaves: Artefatos de cimento, CIPA, SESMT, Normas Regulamentadoras,

Segurança.

Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016

ANJOS, Elivelton Lopes. Análise de segurança em fábricas de artefatos de cimento

de Cruz das Almas - BA. 2016. Monografia (Graduação). Universidade Federal do

Recôncavo da Bahia, UFRB, Cruz das Almas.

ABSTRACT

Currently the construction sector is at the apex, in this context, the cement products

industry, characteristic for producing the most diverse products, from concrete pipes,

blocks, tiles, floors, posts among others, also evolves more and more. The Cruz das

Almas cement artifacts plants - BA are small, not exceeding the amount of ten workers

actively working in this way, many employers do not prescribe safety as a small industry,

this work has been possible to assess the conditions security of these plants, from the

development and implementation of an assessment tool related to safety at work, based

on Regulatory Standards and good security practices, identifying the problems and risks

present in these companies. After research it was noticed that the current security

conditions in Cruz das Almas cement artifact factories as the Standards compliance index

are unsatisfactory, none of the plants had a higher score than 3 on a scale from 0 to 10,

with the need for some security improvements and investments in order to reduce the

risks that workers are exposed.

Keywords: Cement Artifacts , CIPA , SESMT , Regulatory Standards , Security.

Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA

LISTA DE FIGURAS

Figura 2.1 - Capacete de segurança .................................................................................................. 23

Figura 2.2 - Óculos de proteção .......................................................................................................... 23

Figura 2.3 - Máscara para proteção respiratória ............................................................................. 24

Figura 2.4 - Protetor auricular tipo plug.............................................................................................. 24

Figura 2.5 - Abafador de ruído tipo concha ....................................................................................... 24

Figura 2.6 - Luvas de segurança do tipo: Latex, PVC, Raspa e Borracha ................................... 24

Figura 2.7 - Bota de segurança de couro .......................................................................................... 25

Figura 2.8 - Bota de PVC cano longo 7 léguas ................................................................................ 26

Figura 2.9 - Exemplo de guarda-corpo .............................................................................................. 27

Figura 2.10 - Guarda-corpo isolando abertura no piso .................................................................... 27

Figura 2.11 - Guarda-Corpo isolando área energizada ................................................................... 28

Figura 3.1 - Sinalização no piso abaixo da localização do extintor ............................................... 36

Figura 3.2 - Sinalização da localização do extintor .......................................................................... 36

Figura 3.3 - Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente ......................................... 40

Figura 3.4 - Postura adequada do corpo ao levantar cargas ......................................................... 42

Figura 5.1 – Via de circulação inadequada ....................................................................................... 52

Figura 5.2 - Falta de proteção contra queda de altura .................................................................... 52

Figura 5.3 – Acúmulo de resíduos dentro das fábricas ................................................................... 52

Figura 5.4 – Ferramentas de trabalho sem armazenamento específico ...................................... 53

Figura 5.5 – Artefatos produzidos sem armazenamento específico ............................................. 54

Figura 5.6 – Painel elétrico das fábricas de artefatos de cimento ................................................. 56

Figura 5.7 – Fio condutor da prensa para blocos em contato com as intempéries (Fábrica A) 58

Figura 5.8 - Obstrução do acesso ao dispositivo parada/partida (Fábrica A) .............................. 58

Figura 5.9 – Sugestão de local para adequação à proteção contra incêndios ............................ 58

Figura 5.10 – Operários em contato com o cimento, sem uso de EPI’s adequado .................... 60

Figura 5.11 – Água parada armazenada sem cobertura ................................................................. 61

Figura 5.12 – Locais das medições do nível de ruído (Fábrica A) ................................................ 61

Figura 5.13 – Instalações sanitárias das fábricas de artefatos de cimento .................................. 64

Figura 5.14 – Utilização inadequada do capacete de segurança (Fábrica A) ............................. 66

Figura 5.15 – Operador da prensa para blocos utilizando protetor auricular (Fábrica A) .......... 66

Figura 5.16 – Falta do uso de EPI’s ................................................................................................... 67

Figura 5.17 – Setor de comercialização das fábricas de artefatos de cimento ........................... 69

Figura 5.18 – Postura das costas dos operários curvada durante os trabalhos executados .... 69

Figura 5.19 – Mapa de risco da Fábrica A ........................................................................................ 71

Figura 5.20 – Mapa de risco da Fábrica B ........................................................................................ 71

Figura 5.21 – Mapa de risco da Fábrica C ........................................................................................ 72

Figura 5.22 – Mapa de risco da Fábrica D ....................................................................................... 72

Figura 5.23 – Mapa de risco da Fábrica E ........................................................................................ 73

Figura 5.24 – Notas do índice de cumprimento da ferramenta de avaliação em segurança nas

fábricas de artefatos de cimento ......................................................................................................... 74

Figura 5.25 – Índice geral de cumprimento da ferramenta de avaliação nas fábricas de

artefatos de cimento por categorias ................................................................................................... 75

Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016

LISTA DE QUADROS

Quadro 3.1 - Efeitos causados pela corrente elétrica no organismo em intervalos de

intensidade ...................................................................................................................................... 32

Quadro 3.2 - Aspectos relevantes dos quadros de distribuição de uma fábrica ................. 33

Quadro 3.3 - Aspectos relevantes nas instalações elétricas de máquinas e equipamentos

numa fábrica ................................................................................................................................... 34

Quadro 3.4 - Aspectos relevantes referentes à proteção contra incêndios em fábricas e

empresas ......................................................................................................................................... 36

Quadro 5.1 - Características gerais das fábricas estudadas .................................................. 49

Quadro 5.2– Características do arranjo físico nas instalações das fábricas de artefatos de

cimento ............................................................................................................................................ 50

Quadro 5.3– Análise das instalações elétricas das fábricas de artefatos de cimento ........ 54

Quadro 5.4– Análise de máquinas e equipamentos nas fábricas de artefatos de cimento56

Quadro 5.5– Análise das condições insalubres nas fábricas de artefatos de cimento ....... 59

Quadro 5.6– Análise das instalações sanitárias das fábricas de artefatos de cimento ...... 62

Quadro 5.7– Análise das áreas de vivências das fábricas de artefatos de cimento ........... 65

Quadro 5.8– Análise do uso de equipamento de proteção individual nas fábricas de

artefatos de cimento ...................................................................................................................... 65

Quadro 5.9– Análise referente a ergonomia nas fábricas de artefatos de cimento ............ 67

Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 13

1.1 MOTIVAÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DA PESQUISA ................................................ 13

1.2 JUSTIFICATIVA .................................................................................................................... 13

1.3 OBJETIVOS ........................................................................................................................... 14

1.4 DELIMITAÇÕES DA PESQUISA ....................................................................................... 15

1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO ........................................................................................... 15

2 A SEGURANÇA NO TRABALHO E OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO ..................... 17

2.1 NORMAS REGULAMENTADORAS .................................................................................. 17

2.2 ACIDENTE E QUASE-ACIDENTE ..................................................................................... 17

2.3 RISCO E PERIGO ................................................................................................................ 18

2.4 ATO OU CONDIÇÃO INSEGURA ..................................................................................... 18

2.5 COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES – CIPA ............................ 19

2.6 SERVIÇO ESPECIALIZADO EM SEGURANÇA E MEDICINA NO TRABALHO –

SESMT ................................................................................................................................................ 19

2.7 O PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS – PPRA ..................... 20

2.8 PROGRAMA DE CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA

INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO - PCMAT................................................................................... 21

2.9 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL .............................................................. 22

2.10 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA ................................................................. 26

3 RISCOS DE ACIDENTES E CONDIÇÕES INSALUBRES DE TRABALHO EM

FÁBRICAS .............................................................................................................................................. 29

3.1 RISCO DE ACIDENTES COM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS ................................ 29

3.2 RISCO DE CHOQUE ELÉTRICO ...................................................................................... 30

3.3 RISCO DE INCÊNDIO ......................................................................................................... 34

3.4 RISCO QUÍMICO .................................................................................................................. 36

3.5 RISCO BIOLÓGICO ............................................................................................................. 38

3.6 RUÍDO .................................................................................................................................... 39

3.7 RISCOS ERGONÔMICOS .................................................................................................. 41

3.8 MAPA DE RISCO ................................................................................................................. 43

4 MÉTODO DE PESQUISA ............................................................................................................ 44

4.1 ESTRATÉGIA DE PESQUISA ............................................................................................ 44

4.2 DELINEAMENTO DA PESQUISA ..................................................................................... 44

4.3 DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DE PESQUISA ................................................................... 45

Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016

4.3.1 Revisão Bibliográfica ................................................................................................... 45

4.3.2 Seleção das fábricas a serem estudadas ................................................................. 45

4.3.3 Adaptação de ferramenta de avaliação do cumprimento de normas

regulamentadoras e boas práticas em segurança ................................................................... 46

4.3.4 Observação direta ........................................................................................................ 46

4.3.5 Registro fotográfico ...................................................................................................... 48

4.3.6 Estudos de Caso .......................................................................................................... 48

5 RESULTADOS .............................................................................................................................. 49

5.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS FÁBRICAS ESTUDADAS .................................... 49

5.2 ARRANJO FÍSICO ................................................................................................................ 49

5.3 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS .............................................................................................. 54

5.4 MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS ....................................................................................... 56

5.5 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS ................................................................................. 58

5.6 CONDIÇÕES INSALUBRES............................................................................................... 59

5.7 INSTALAÇÕES SANITÁRIAS ............................................................................................ 62

5.8 ÁREAS DE VIVÊNCIA ......................................................................................................... 64

5.9 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL .............................................................. 65

5.10 . ERGONOMIA ...................................................................................................................... 67

5.11 SINALIZAÇÃO ....................................................................................................................... 70

5.12 MAPA DE RISCO ................................................................................................................. 70

5.13 ANÁLISE GERAL.................................................................................................................. 73

5.14 POSSÍVEIS SOLUÇÕES AOS PROBLEMAS DETECTADOS ..................................... 76

5.14.1 Arranjo Físico ................................................................................................................ 76

5.14.2 Instalações Elétricas .................................................................................................... 76

5.14.3 Máquinas e Equipamentos.......................................................................................... 77

5.14.4 Proteções Contra Incêndios ........................................................................................ 77

5.14.5 Condições Insalubres .................................................................................................. 77

5.14.6 Instalações Sanitárias .................................................................................................. 77

5.14.7 Equipamento de Proteção Individual ......................................................................... 78

5.14.8 Ergonomia ..................................................................................................................... 78

5.14.9 Sinalizações .................................................................................................................. 78

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................ 79

6.1 CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 79

6.2 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS ............................................................... 80

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Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA

1 INTRODUÇÃO

São abordados neste capítulo as motivações para a realização da pesquisa, justificativa,

objetivos, delimitações da pesquisa e a estrutura do trabalho.

1.1 MOTIVAÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DA PESQUISA

Este trabalho de conclusão de curso baseia-se em um projeto de pesquisa desenvolvido por

um grupo de pesquisadores do Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas (CETEC)

intitulado “FÁBRICAS DE ARTEFATOS DE CIMENTO DA CIDADE DE CRUZ DAS ALMAS:

CARACTERIZAÇÃO, AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO, SEGURANÇA, CUSTOS E

SUGESTÕES PARA MELHORIAS”. Motivado em dar continuidade nessa pesquisa foi

desenvolvido este trabalho no quesito referente às condições de segurança dessas fábricas,

podendo a partir de análises identificar suas carências e propor recomendações que tragam

benefícios e melhorias para as empresas estudadas.

1.2 JUSTIFICATIVA

O setor da construção civil no Brasil nos últimos anos está em ápice, sendo o país que em

um intervalo de dois anos possuiu a oportunidade de sediar os dois maiores eventos

esportivos do mundo, a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016, eventos estes

que geraram a necessidade de melhorias na infraestrutura do Brasil, construindo e/ou

reformando, aeroportos, hotéis, shoppings centers, rodovias e diversos outros tipos de

edificações, e que utilizam em seu processo produtivo, os mais diversos tipos de artefatos

de cimento. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2014), a

indústria de artefatos de cimento, responsável por produzir blocos, telhas, lajotas, pisos,

dentre diversos outros produtos fabricados a partir do uso do cimento, no decorrer do

período de 2007 a 2013, obteve um aumento no faturamento de R$ 4,2 bilhões o que leva a

este mercado bastante competitivo a necessidade de priorizar a qualidade dos produtos e a

precaução com gastos que podem ser evitados, como multas e indenizações devido ao

descumprimento das normas relativas à segurança no trabalho de uma empresa, fator de

significativa importância para se destacar dentre os concorrentes.

Alguns exemplos de condições adversas à segurança do trabalho que estas empresas

podem conter em suas instalações são o calor ou frio exacerbado, ventilação inadequada,

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Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016

iluminação insuficiente, excesso de ruídos, posições de trabalho agressivas, máquinas

perigosas ou jornadas de trabalho muito longas (TEIXEIRA, 2013).

Nesse sentido, os impactos financeiros, provenientes de acidentes, doenças ocupacionais e

más condições ambientais, podem ser decisivos para competitividade da empresa e até

mesmo para sua sobrevivência no mercado. Isto se evidencia pelo fato de que as

instituições do ramo são, predominantemente, de micro e pequeno porte (OSTROVSKI,

2014).

Assim, entre os fatores de risco que provocam acidentes de trabalho nessas empresas,

destacam-se: eletricidade, máquinas e equipamentos, incêndios, armazenamento e

transporte de materiais, manuseio de produtos perigosos, e de ferramentas manuais, etc

(SALIBA, 2004).

Analisando em aspectos sociais, a devida precaução, com a segurança no trabalho pode

evitar a queda do Produto Interno Bruto (PIB) devido à perda de capacidade criativa do

trabalhador. Além disso, ainda evita gastos econômicos para a previdência social e para o

empregador que, comprovada a infração do mesmo perante o não fornecimento obrigatório

de Equipamento de Proteção Individual (EPI), pode receber multa de até R$ 2.548,27 para

empresas com menos de 10 operários, segundo a NR 28 (FIGUEIREDO, 2010).

Já os aspectos humanos referentes a um acidente de trabalho, como afirma Teixeira (2013),

são os mais importantes, podendo resultar em: redução da expectativa de vida do

trabalhador; fechamento do mercado de trabalho para o acidentado; condenação à pobreza

do trabalhador e familiares, além de sofrimento físico para ele e psíquico para ambos.

1.3 OBJETIVOS

Este trabalho possui como objetivo geral:

Analisar as condições de segurança no trabalho e os riscos nas fábricas de artefatos

de cimento de Cruz das Almas - BA.

Como objetivos específicos:

Criar ferramenta de avaliação da segurança nas fábricas de artefatos de cimento.

Analisar os riscos relacionados as instalações das fábricas, investigando as

ameaças, elétricas, sonoras, riscos de queda, lesão ou colisão no ambiente de

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Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA

trabalho e durante os desenvolvimentos dos trabalhos realizados pelos operários nas

fábricas

Analisar os riscos relacionados a condições insalubres de trabalho e os riscos

ergonômicos.

Analisar as condições de proteção contra incêndios.

Criar mapa de risco das instalações das fábricas.

A partir das avaliações realizadas e do diagnóstico efetuado, propor recomendações

a fim de minorar os riscos detectados.

1.4 DELIMITAÇÕES DA PESQUISA

Dentre as dez fábricas de artefatos de cimento encontradas no município de Cruz das

Almas, cinco foram selecionadas para serem estudadas nesta pesquisa, estas cinco fábricas

foram escolhidas por comprovarem que possuem o Cadastro Nacional de Pessoas

Jurídicas, o CNPJ da empresa.

1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO

Esta monografia está dividida da seguinte forma:

No capítulo um, está contida a introdução, as motivações para a realização da pesquisa,

assim como a sua justificativa, e também os objetivos gerais e específicos, além das

delimitações da pesquisa.

O segundo capítulo trata dos conceitos básicos de segurança no trabalho e os

equipamentos de proteção individual.

No terceiro capítulo, são apresentados os riscos de acidentes e as condições insalubres de

trabalho no setor da construção civil, expondo também os itens mais relevantes das normas

regulamentadoras relacionadas ao tema.

No quarto capítulo é discursado o método de pesquisa utilizado neste trabalho, a fim da

obtenção de dados e desenvolvimento do trabalho.

No capítulo quinto, encontra-se os resultados obtidos a partir das avaliações realizadas.

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Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016

E, por fim, no sexto capítulo, são apresentadas as considerações finais e sugestões para

trabalhos futuros.

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Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA

2 A SEGURANÇA NO TRABALHO E OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO

São apresentados neste capítulo as definições e conceitos de acidente e quase-acidente,

riscos e perigos, atos e condições inseguras, as normas regulamentadoras e os

equipamentos de proteção individual relacionados à produção de artefatos de cimento.

2.1 NORMAS REGULAMENTADORAS

Aprovadas em 8 de junho de 1978, através da Portaria nº 3.214, do Ministério do Trabalho,

as normas regulamentadoras (NRs) são de uso obrigatório para todas as empresas , uma

vez que foram criadas para garantir a segurança de todos seus trabalhadores, sendo

orientações obrigatórias para o funcionamento das organizações (KOSCHEK et al., 2012).

Atualmente existem trinta e duas Normas Regulamentadores segundo o Ministério do

Trabalho e Emprego, destas, algumas podem ser aplicadas à indústria de artefatos de

cimento, como a NR 6 – Equipamento de proteção individual, NR 10 – Serviços e

instalações elétricas, NR 12 - Máquinas e equipamentos, NR 15 – Atividades e operações

insalubres, NR 17 – Ergonomia, NR 18 – Condições e meio ambiente de trabalho na

indústria da construção e a NR 23 – Proteção contra incêndios.

A Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT,

relativo à segurança e medicina do trabalho, mais especificamente os Art. 157 impõe

algumas instruções cabendo às empresas.

I - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho;

II - instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a

tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais;

III - adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão regional competente;

IV - facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente.

2.2 ACIDENTE E QUASE-ACIDENTE

Segundo Cambraia et al. (2008), os quase-acidentes são um dos principais meios de

informação para a gestão de segurança, pois são eventos que acontecem mais

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Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016

frequentemente e que poderiam ter gerado acidentes. O “Manual de Segurança do Trabalho

e Saúde Ocupacional” da Eletrobrás define o quase-acidente como qualquer evento ocorrido

que apresenta sério potencial para ocasionar dano pessoal, mas não resulta em lesão, e

que é apresentado como uma experiência de aprendizado para sustentar a cultura de

acidentes zero, encontrando as causas do problema e solucionando-as, a fim de prevenir

que outro operário cometa erros similares. Assim, para Saurin (2002), os quase-acidentes

servem como um indicativo de probabilidade de acidentes.

Saurin e Formoso (2002), ainda, define o acidente como uma ocorrência não planejada,

instantânea ou não, decorrente da interação do ser humano com o ambiente de trabalho,

que resulta em lesões e/ou danos materiais. Nesse contexto, um quase-acidente pode ser

classificado como um evento instantâneo, não planejado, com potencial para gerar um

acidente que entretanto não chega a ocorrer, como consequência pode resultar em danos,

porém serão mínimos ou imperceptíveis. (CAMBRAIA et al., 2008).

2.3 RISCO E PERIGO

Zocchio 2002 apud CAMBRAIA, 2004 distingue os conceitos de risco e perigo relacionando

perigo à possibilidade e risco à probabilidade de ocorrência de acidentes. Assim, o perigo

denota que o acidente pode acontecer (que existe uma possibilidade em função de diversos

motivos) e o risco é traduzido através de um parâmetro que indica a maior ou menor

possibilidade probabilidade para ocorrência do acidente.

2.4 ATO OU CONDIÇÃO INSEGURA

Para Zocchio (2002), ato inseguro é o modo como as pessoas se expõem consciente ou

inconscientemente a riscos de acidentes, sendo estes atos responsáveis por muitos que

ocorrem no ambiente de trabalho, como: não usar equipamento de proteção individual (EPI);

improvisação e mau emprego de ferramentas manuais; fumar ou usar chamas em locais

inadequados; transporte e empilhamento inseguro. Geralmente estes atos são devidos ao

desconhecimento dos riscos de acidentes, treinamento inadequado ou falta de aptidão e

capacidade física para o trabalho.

Ainda, segundo Zocchio (2002), as condições inseguras nos locais de trabalho são as que

comprometem a segurança do trabalhador, como falhas, defeitos, irregularidades técnicas

ou carência de dispositivos de segurança, expondo não só a segurança dos operários como

das máquinas e equipamentos.

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Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA

As condições inseguras tem como resultado o tempo, a resistência de certos materiais se

desgasta, e a falta de organização do local aliado à falta de manutenção intensificam os

riscos para os operários (OLIVEIRA, 2014).

2.5 COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES – CIPA

A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, é um instrumento que os trabalhadores

dispõem para tratar da prevenção de acidentes de trabalho, das condições do ambiente de

trabalho e de todos os aspectos que afetam sua segurança (MATTOS e MASCULO, 2011).

A CIPA é obrigatória em todos estabelecimentos seja qual for, empresas privadas ou

públicas, órgãos da administração direta e indireta, instituições beneficentes, bem como

outras instituições que admitam trabalhadores como empregados (TEIXEIRA, 2013).

De acordo com a NR 5, empresas com quantidade de empregados a partir de vinte pessoas

devem possuir CIPA com pelo menos um membro, e, algumas atribuições da CIPA são:

Identificar e analisar os acidentes ocorridos na empresa.

Sugerir medidas de prevenção de acidentes julgadas necessárias.

Realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho

visando a identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e

saúde dos trabalhadores.

Divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho.

Divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras.

Colaborar no desenvolvimento e implementação do PPRA e de outros programas

relacionados à segurança e saúde no trabalho.

2.6 SERVIÇO ESPECIALIZADO EM SEGURANÇA E MEDICINA NO TRABALHO – SESMT

O SESMT possuí como objetivo, proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho e

deve ser implementado obrigatoriamente em todas as empresas privadas e públicas em

função do grau de risco da atividade principal e o número de trabalhadores (MATTOS e

MÁSCULO, 2011).

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Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016

Segundo Teixeira (2013), algumas funções do SESMT são:

Aplicar os conhecimentos de Engenharia de Segurança e de Medicina do Trabalho

ao ambiente de trabalho, inclusive máquinas e equipamentos, de modo a reduzir ou

até eliminar os riscos existentes à saúde do trabalhador;

Determinar todos os meios conhecidos para a eliminação do risco

Promover a realização de atividades de conscientização, educação e orientação dos

trabalhadores para a prevenção de acidentes e doenças ocupacionais;

Esclarecer e conscientizar os empregadores sobre acidentes do trabalho e doenças

ocupacionais, estimulando-os em favor da prevenção.

A composição e o dimensionamento de um SESMT dependem do grau de risco da atividade

principal da empresa conforme definido na Norma regulamentadora 4 para “Serviços

Especializados em Segurança e Medicina no Trabalho”, e o número de empregados que a

empresa possui (MATTOS e MÁSCULO, 2011).

De acordo com a NR 4 os profissionais que compõe o SESMT a depender no grau de risco

e a quantidade de empregados são:

Técnico em Segurança no Trabalho

Engenheiro de Segurança

Auxiliar Enfermeiro do Trabalho

Enfermeiro do Trabalho

Médico do Trabalho

2.7 O PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS – PPRA

O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, estabelecido pela NR 9 da Portaria

3.214/78, é considerado essencialmente um programa de higiene ocupacional que deve ser

implementado em todas as empresas, que independentemente do número de empregados

ou do grau de risco de suas atividades, são obrigadas a elaborar e implementar o PPRA

sendo seu cumprimento de responsabilidade do empregador (MIRANDA et al., 2004).

21

Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA

O PPRA tem como objetivos a antecipação, o reconhecimento, a avaliação e o controle dos

agentes físicos, químicos e biológicos nos ambientes de trabalho, considerando também a

proteção do meio ambiente de trabalho e dos recursos naturais (SESI, 2008).

Segundo Teixeira (2013), o PPRA deverá incluir as seguintes etapas: reconhecimento dos

riscos; estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle; avaliação dos riscos

e da exposição dos trabalhadores; implantação de medidas de controle e avaliação de sua

eficácia; monitoramento da exposição aos riscos; registro e divulgação dos dados.

A elaboração, implementação, acompanhamento e avaliação do Programa poderão ser

realizados por um Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do

Trabalho – SESMT, por pessoa ou equipe de pessoas que, a critério do empregador, sejam

capazes de desenvolver o PPRA (SESI, 2008).

Os benefícios na implantação deste programa podem ser observados numa análise geral,

atentando para o bem-estar dos trabalhadores e a redução dos riscos ambientais (SESI,

2008). E, deverá ser efetuada, sempre que necessário e pelo menos uma vez no ano, uma

análise global do PPRA para avaliação do seu desenvolvimento e realização dos ajustes

necessários e estabelecimento de novas metas e prioridades (TEIXEIRA, 2013).

2.8 PROGRAMA DE CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO - PCMAT

O PCMAT tem por objetivo a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos

de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na Indústria da

Construção em estabelecimentos com vinte ou mais trabalhadores (TEIXEIRA, 2013).

Este programa tem como objetivo, além da implantação de uma ferramenta que busca a

preservação da saúde e da integridade física dos trabalhadores, mantendo sob controle

todos os agentes ambientais, com monitoramentos periódicos, devendo ser elaborado por

profissional legalmente habilitado na área de segurança do trabalho, sendo sua

implementação nos estabelecimentos, responsabilidade do empregador (SAMPAIO, 1998).

Segundo a NR 18, alguns documentos devem dispor no PCMAT, como:

Memorial sobre condições e meio ambiente de trabalho nas atividades e operações,

levando-se em consideração riscos de acidentes e de doenças do trabalho e suas

respectivas medidas preventivas;

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Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016

Projeto de execução das proteções coletivas em conformidade com as etapas de

execução da obra;

Especificação técnica das proteções coletivas e individuais a serem utilizadas;

Cronograma de implantação das medidas preventivas definidas no PCMAT;

Layout inicial do canteiro de obras.

Assim, com a aplicação do Programa, é possível monitorar as não conformidades, minimizar

os riscos de acidentes e tornar o fluxo de produção mais eficiente (SESI, 2008). Como

afirma a NR 18, o PCMAT deve ser aplicado em obras de construção civil, e com mais de

vinte trabalhadores.

2.9 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Uma das alternativas previstas em lei para evitar o acidente de trabalho é o uso de

Equipamento de Proteção Individual - EPI. De acordo com Cunha (2006) e segundo a

Norma Regulamentadora 6, EPI é um equipamento de uso pessoal, destinado à proteção de

riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

O uso de EPI está previsto na legislação trabalhista onde a CLT prevê a obrigatoriedade da

empresa em fornecer aos empregados gratuitamente. Caso não sejam fornecidos os

equipamentos aos funcionários e ocorrendo acidentes de trabalho, a empresa é

responsabilizada perante a legislação. A NR 6 também prevê obrigações do empregador em

fornecer os EPI's e cabe aos empregados a responsabilidade pelo seu uso, guarda e

conservação (DOBROVOLSKI et al., 2008).

Segundo Ayres e Corrêa (2011) a seleção de um EPI envolve, basicamente, qualidade e

utilização. Quanto à qualidade, o equipamento deve oferecer proteção adequada contra o

risco para o qual foi fabricado, deve ser durável, levando-se em conta a agressividade das

condições ambientais em que está empregado e quanto à utilização, o equipamento deve

ser confortável quando usado nas condições para as quais foi produzido, e deve-se ajustar à

anatomia do usuário, ou seja, apresentar características de comodidade.

Os EPI’s de fabricação nacional ou importados só poderão ser utilizados com a indicação do

Certificado de Aprovação – CA, expedido pelo Ministério do Trabalho e do Emprego – TEM,

apresentando em caracteres indeléveis o nome comercial da empresa fabricante, o lote de

fabricação e o número do CA ou, no caso de EPI importado, o nome do importador, o lote de

fabricação e o número do CA (TEIXEIRA, 2013).

23

Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA

Entretanto, deve ser entendido por todos os empregados que um EPI destinado à

determinada atividade pode não ser indicado para outra diferente, pois, certamente, não

atuará com a mesma eficiência e, em consequência, não oferecerá a proteção necessária

(AYRES, 2011). O EPI deve ser usado quando não for possível eliminar o risco por outras

medidas ou equipamentos de proteção coletiva (EPC), que é toda medida ou dispositivo,

sinal, imagem, som, instrumento ou equipamento destinado à proteção de uma ou mais

pessoas, como medidas contra quedas de altura ou acesso a locais que possam oferecer

riscos mecânicos ou elétricos (GARDINALLI, 2012).

No “Manual de Segurança e Saúde no Trabalho” Rocha et al. (2012) apresentam os tipos de

EPI's mais utilizados e indicados para uso em fábricas de artefatos de cimento como

descrito a seguir.

Capacete de Segurança: Proteção da cabeça do usuário contra impactos, projeção

de objetos, choques elétricos e intempéries, conforme figura 2.1.

Figura 2.1 - Capacete de segurança

Fonte: Silva, 2011

Óculos de segurança: Utilizado para proteger os olhos dos operários contra

impactos de pequenos objetos projetados, partículas mecânicas volantes ou poeiras,

como o ilustrado na figura 2.2.

Figura 2.2 - Óculos de proteção

Fonte: Rocha et al., 2012

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Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016

Máscara respiratória: Indicada para o uso de proteção individual em ambientes

onde há presença de aerodispersóides, gases e poeira no ar. Um modelo é ilustrado

na figura 2.3.

Figura 2.3 - Máscara para proteção respiratória

Fonte: Rocha et al., 2012

Abafador de ruído – tipo plug e tipo concha: Protege o aparelho auditivo do operário

contra ruídos acima dos limites de tolerância. O protetor tipo concha pode ser utilizado

em associação com o protetor tipo plug para maior abafamento. As figuras 2.4 e 2.5

apresentam modelos de protetores auriculares.

Figura 2.4 - Protetor auricular tipo plug

Figura 2.5 - Abafador de ruído tipo concha

Fonte: Silva, 2011 Fonte: 3M, 2016

Luvas de segurança: Protegem as mãos contra ferimentos decorrentes de

arranhões, queimaduras, contusões, cortes, abrasões e quando da realização de

serviços pesados. Tipos de luva são ilustrados na figura 2.6.

Figura 2.6 - Luvas de segurança do tipo: Latex, PVC, Raspa e Borracha

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Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA

Botas de segurança: Deve ser escolhido um calçado que tenha solado adequado,

projetado de maneira que impeça que algum dano possa afetar os membros

inferiores do usuário.

a) Botas, sapados e botinas: Protegem os pés contra impactos com objetos e o

contato com substâncias corrosivas. Um modelo é ilustrado na figura 2.7.

Figura 2.7 - Bota de segurança de couro

Fonte: Rocha et al., 2012

b) Bota de PVC: Recomendado o uso quando os pés dos operários ficarem expostos

à umidade excessiva. A figura 2.8 apresenta este tipo de calçado de segurança.

Fonte: Rocha et al., 2012

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Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016

Figura 2.8 - Bota de PVC cano longo 7 léguas

Fonte: Epi-Tuiuti, 2016

2.10 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA

Segundo Gardinalli (2012), as fábricas devem aderir uma série de medidas para aumentar a

segurança nas empresas, como a instalação de equipamentos de proteção coletiva - EPC,

que visam, além proteger muitos trabalhadores ao mesmo tempo, à otimização dos

ambientes de trabalho, destacando-se por serem mais rentáveis e duráveis para a empresa.

Ainda, segundo Gardinalli (2012), um dos principais elementos de proteção coletiva são as

proteções contra queda de altura e isolamento de áreas perigosas.

A FUNDACENTRO (2011) recomenda alguns EPC’s mais indicados ao uso em fábricas de

artefatos de cimento, conforme apresentado a seguir.

Guarda-Corpo

Trata-se de uma proteção sólida podendo ser de madeira, metal ou composto por tela

metálica, convenientemente fixada e instalada nos lados expostos das áreas de trabalho, de

andaimes, passarelas, plataformas, escadarias e ao redor de aberturas em pisos ou paredes

para impedir a queda de pessoas.

Segundo a NR 18, os guardas-corpos devem atender aos seguintes requisitos: possuir

rodapé de 0,20 m e altura do travessão inferior e superior, 0,70 m e 1,20 m,

respectivamente, em que seus vão são cobertos por tela garantindo o fechamento seguro da

abertura.

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Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA

Figura 2.9 - Exemplo de guarda-corpo

Fonte: FUNDACENTRO, 2011

Proteção em aberturas nos pisos

As aberturas existentes em pisos de uma fábrica devem ser vedadas por guarda-corpo ou

fechadas por soalho provisório ou qualquer outro dispositivo equivalente.

Figura 2.10 - Guarda-corpo isolando abertura no piso

Fonte: FUNDACENTRO, 2011

Isolamento de áreas energizadas

Os guarda-corpos podem ser utilizados em locais de circuitos energizados aos quais só

podem ter acesso os profissionais qualificados, legalmente habilitados e autorizados.

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Figura 2.11 - Guarda-Corpo isolando área energizada

Fonte: ADAPTADA FUNDACENTRO, 2011

Além disso, placas de sinalizações e advertências, sistemas de alarmes, proteção contra

incêndios, cones, fitas de isolamento (zebrada) e iluminação adequada no ambiente de

trabalho também são classificados como equipamentos de proteção coletiva (YTHIA, 2014).

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Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA

3 RISCOS DE ACIDENTES E CONDIÇÕES INSALUBRES DE TRABALHO EM FÁBRICAS

Neste capítulo são discursados os riscos mais notáveis relacionados ao trabalho na indústria

de artefatos de cimento, como os riscos de acidentes com máquinas, equipamentos,

instalações elétricas, riscos de incêndio e condições insalubres de trabalho ao quais os

operários estão expostos, tais como, problemas ergonômicos, ruído excessivo e agentes

químicos.

3.1 RISCO DE ACIDENTES COM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

Segundo Gardinalli (2012), os riscos de acidentes são muito diversificados e estão

presentes no arranjo físico inadequado, pisos pouco resistentes ou irregulares, material ou

matéria-prima fora de especificação, máquina e equipamentos sem proteção, ferramentas

impróprias ou defeituosas, iluminação excessiva ou insuficiente, instalações elétricas

defeituosas, probabilidade de incêndio ou explosão, armazenamento inadequado e outras

situações de risco que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes.

De acordo com Saliba (2004), as máquinas e equipamentos operados pelos trabalhadores

podem instituir fontes de risco, caso não operem dentro das normas e com as devidas

proteções. A Norma Regulamentadora 12 é a que trata da segurança quanto ao uso de

máquinas e equipamentos nas empresas.

Os fabricantes e projetistas de máquinas tem um papel privilegiado, pois podem interferir

neste ciclo, assegurando que o equipamento seja fabricado com segurança desde seu

projeto inicial. A adaptação de proteções, com a máquina já em funcionamento, é muito

mais difícil e onerosa (VILELA, 2000).

Ainda, segundo Vilela (2000), além dos riscos mecânicos, as máquinas podem representar

outros riscos aos trabalhadores, tais como ruído, calor e vibração. As partes móveis

representam riscos mecânicos e envolvem os seguintes pontos: mecanismo de transmissão

de força e qualquer componente do sistema mecânico que transmite energia para as partes

da máquina que executam o trabalho. Estes componentes incluem polias, correias,

conexões de eixos, junções, engates, correntes, manivelas e engrenagens.

Os acidentes que ocorrem nos postos de trabalho com máquinas e equipamentos são

geralmente causados pelas más condições dos mesmos e pela falta de investimento em

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Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016

proteções e dispositivos de segurança e na preparação dos funcionários para a operação

dos mesmos (TORRES, 2007).

Almeida (2009) cita algumas garantias de segurança contra os riscos mecânicos:

Prevenir o contato: o sistema de proteção da máquina tem que impedir ou prevenir

que as mãos, braços ou qualquer parte do corpo de um trabalhador entrem em contato

com as partes móveis perigosas, eliminando a possibilidade de acidentes.

Proteger de queda de objetos: A proteção deve assegurar que nenhum objeto

possa cair nas partes móveis, danificando o equipamento ou se tornando um projétil,

que pode ser arremessado contra uma pessoa causando um ferimento.

Não criar interferência: Proteções que impedem ou dificultam os trabalhadores de

executar normalmente as suas atividades são rapidamente desconsideradas e

deixadas de lado.

Ter estabilidade no tempo: As proteções e dispositivos de segurança devem ser

feitos de material durável que suporte as condições de uso, sendo firmemente

afixados à máquina.

Não criar perigos novos: Uma proteção perde seu objetivo quando cria em si um

perigo adicional, tal como um ponto de cisalhamento, uma extremidade dentada ou

uma superfície inacabada.

Deste modo, para Almeida (2009), o ambiente de trabalho deve oferecer as condições

mínimas para a qualidade de vida no trabalho. As máquinas devem ter proteções para

resguardar a vida e a integridade do trabalhador, livrando-o de acidentes e possíveis lesões.

3.2 RISCO DE CHOQUE ELÉTRICO

A eletricidade é uma fonte de perigo, podendo causar acidentes graves e fatais se não

forem tomados cuidados especiais (FUNDACENTRO, 2011).

Segundo Ayres e Corrêa (2011), toda tensão acima de 50 v é perigosa porque poderá

provocar parada cardíaca, parada respiratória e resultar em morte da vítima, em

consequência do choque elétrico. Sendo um dos agentes de risco com maior poder de

causar danos porque sua presença não pode ser percebida a distância pelos sentidos (tato,

audição, olfato, visão). Por outro lado, ao observar um fio desencapado não se tem ideia da

presença da eletricidade naquele ponto, independentemente da voltagem do circuito.

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Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA

Ainda, segundo Ayres e Corrêa (2011), o choque elétrico é a perturbação, de natureza e

efeitos diversos, que se manifesta no organismo humano, quando este é percorrido por uma

corrente elétrica. Os efeitos do choque elétrico variam e dependem de certas circunstâncias,

como:

Percurso da corrente no corpo humano,

Intensidade e tempo de duração da corrente elétrica,

As condições orgânicas do indivíduo.

Com relação ao caminho percorrido pela corrente elétrica, percursos que passam por

órgãos internos como coração e pulmão, acarretam consequências mais sérias como

parada cardíaca. Já outros percursos, onde a corrente circula apenas de uma perna a outra,

por exemplo, lesionam com menor gravidade, ainda que com queimaduras (SALIBA, 2004).

Quando a corrente perfaz o caminho entre os braços, existe um risco maior, pois ela poderá

afetar diretamente o coração (BORTOLUZZI, 2009).

O que determina a intensidade não é exclusivamente o valor da tensão, mas também o

estado em que o corpo se encontra, se a pele está seca ou úmida. Quando seca, a pele

apresenta uma resistência de 100.000 ohms, ao passo que úmida essa resistência pode

chegar a 500 ohms, ficando mais suscetível ao choque elétrico (SAAD, 1981).

No quadro 3.1, encontra-se a relação entre a corrente elétrica e seus efeitos sobre o corpo

humano.

As sensações produzidas nas vítimas de choque elétrico variam desde uma ligeira

contração superficial até uma contração violenta que, quando atinge o músculo cardíaco,

pode paralisá-lo (AYRES et al., 2011). As perturbações mais importantes causadas no ser

humano pelo choque elétrico são:

Inibição dos centros nervosos, inclusive os que comandam a respiração, com

provável asfixia;

Alteração no ritmo cardíaco, podendo produzir tremulação (fibrilação) do músculo

cardíaco, com consequente parada cardíaca;

Queimaduras de vários graus;

Alteração no sangue, provocada por efeitos térmicos e eletrolíticos da corrente

elétrica.

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Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016

Quadro 3.1 - Efeitos causados pela corrente elétrica no organismo em intervalos de intensidade

INTENSIDADE DA CORRENTE (mA)

EFEITOS NO ORGANISMO

0,4 Não perceptíveis ao corpo humano

0,5 – 1,0 Leves sensações e formigamento

2,0 – 9,0 Choques dolorosos sem causar contração muscular

10 – 16 Aumento da tensão sanguínea e contrações musculares

17 – 24 Perturbações no ritmo cardíaco, contrações, parada temporária do coração e asfixia

25 – 100 Possível fibrilação ventricular dependendo do tempo de exposição

100 – 250 Atuação no sistema nervoso, gerando perturbações no ritmo cardíaco com possibilidade de paralisação respiratória

>250 Morte imediata, se o acidentado ficar exposto à corrente por pelo menos 3 segundos

Fonte: SALIBA, 2004

O manual de ‘Engenharia de Segurança do Trabalho na Indústria da Construção’ da

FUNDACENTRO (2011) caracteriza o contato com o choque elétrico em contatos diretos e

indiretos, em que:

Contato direto: é o que ocorre quando uma pessoa entra em contato com partes

energizadas. Pode-se ser evitado a partir de algumas medidas: afastamento do

trabalhador da rede elétrica, evitando que os equipamentos sejam instalados próximos

a elas; uso de barreiras ou invólucros evitando que o trabalhador entre em contato

com partes energizadas; utilização de obstáculos, garantindo apenas o acesso a

pessoas qualificadas; isolação dos objetos energizados, feito com fita isolante,

podendo ser duplamente reforçada.

Contato indireto: acontece quando uma pessoa entra em contato com partes

metálicas normalmente não energizadas, mas que podem tornar-se energizadas

devido a uma falha na instalação elétrica ou defeitos de isolação. Canalizações

metálicas e carcaças de equipamentos elétricos podem ser armadilhas para o

trabalhador se a rede elétrica ou os equipamentos não estiverem devidamente

aterrados

A FUNDACENTRO (2011) propõe também alguns cuidados a serem tomados para

amenizar os riscos contra choques elétricos.

33

Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA

Aterramento: medida de proteção em que se realiza uma ligação intencional com a

terra que pode ser considerado um condutor em que a corrente fluirá com menor

resistência do que ao corpo humano. Além da proteção contra choques elétricos, o

aterramento adere proteção contra incêndios, explosões e a danificação dos

equipamentos.

Ambientes Úmidos: a umidade minimiza a resistência elétrica, portanto deve-se

proceder com inspeções de fios, cabos e ligações elétricas em locais úmidos ou

molhados, antes do início das atividades.

Manutenção: a manutenção nas instalações deve ser realizada frequentemente e por

mão de obra qualificada mantendo-as em boas condições de uso, evitando a

exposição dos trabalhadores a riscos desconhecidos por eles. Uma manutenção bem

feita é uma das principais medidas para evitar riscos de acidentes, devendo ser

executada com o circuito desenergizado.

O quadro a seguir apresenta alguns itens que devem ser levados em consideração aos

componentes de um painel elétrico numa instalação de uma empresa.

Quadro 3.2 - Aspectos relevantes dos quadros de distribuição de uma fábrica

QUADROS DE DISTRIBUIÇÃO

Os quadros devem proteger componentes elétricos contra umidade, poeira e batidas.

São vedados quadros de distribuição constituídos por madeira devido ao risco de incêndio.

Devem ficar fechados e trancados para que os trabalhadores não se encostem nas partes energizadas e não guardem objetos dentro deles.

Os quadros de distribuição devem ficar em locais bem visíveis, devidamente sinalizados e de fácil acesso.

Devem ficar longe da passagem de pessoas, materiais e equipamentos, tais como: caminhões, escavadeiras, tratores, guindastes, dentre outros.

Devem ser instalados sobre superfícies que não transmitam eletricidade.

DISJUNTORES

Devem ser previstos disjuntores separadamente para:

a) alojamentos, sanitários, refeitórios etc.;

b) cada equipamento fixo;

c) circuitos de iluminação;

Disjuntores não devem ser usados para ligar diretamente equipamentos em canteiros de obras.

Fonte: FUNDACENTRO, 2011

A seguir, são descritas algumas recomendações referentes as instalações elétricas das

máquinas, equipamentos e os fios condutores que percorrem as fábricas.

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Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016

Quadro 3.3 - Aspectos relevantes nas instalações elétricas de máquinas e equipamentos

LIGAÇÕES ELÉTRICAS

A ligação dos equipamentos à rede elétrica sempre deve ser feita através do conjunto plugue-tomada.

Nunca se deve ligar mais de um equipamento na mesma tomada.

Os equipamentos elétricos devem ter o dispositivo liga-desliga, sendo proibido fazer ligação direta.

Nunca se deve desligar máquinas e equipamentos elétricos puxando pelo fio para não danificar fios e tomadas.

FIOS E CABOS

Fios e cabos devem ser protegidos contra riscos de desgaste mecânico provocado pelo

trânsito de pessoas, máquinas e equipamentos, pois podem sofrer avarias em caso de atrito

sobre superfícies cortantes ou abrasivas. Sua proteção dar-se-á através de invólucros

apropriados (eletrodutos, calhas e canaletas).

Fonte: (FUNDACENTRO, 2011).

3.3 RISCO DE INCÊNDIO

Os incêndios são comumente classificados de acordo com o tipo do material combustível.

De acordo Montini e Gomazako (2014), estabelecem-se em quatro grupos, A, B, C, D.

Classe A: incêndio em materiais sólidos, como madeira, papel, tecido, etc. Deixam

resíduos quando queimados e queimam em superfície e profundidade.

Classe B: incêndio em líquidos inflamáveis, como óleo, gasolina, etc. Quando

queimados não deixam resíduos e queimam somente na superfície.

Classe C: incêndio em equipamentos elétricos energizados, como máquinas

elétricas, quadro de força, etc, e, portanto, não se deve nunca combater esse tipo de

incêndio com água, pois ela é boa condutora de eletricidade, porém se desligado o

sistema elétrico, o incêndio passa a ser considerado de classe A.

Classe D: incêndio em metais inflamáveis, como alumínio em pó, magnésio, etc. Este

tipo de incêndio não pode ser apagado com água, pois na presença de água esses

metais reagem de forma violenta.

De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (2008), as

principais causas que iniciam um incêndio são desorganização no trabalho, pontas de

cigarros e instalações elétricas inadequadas.

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Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA

Conforme Montini e Gomazako (2014), os extintores podem ser classificados de acordo com

sua constituição química e o combustível a ser combatido:

Extintores constituídos por água pressurizada - extingue o fogo por resfriamento.

Utilizada em materiais sólidos como madeira, papel, tecidos e borracha (indicado para

incêndio classe A).

Extintores constituídos por pó químico BC (bicarbonato de sódio) - usado para

apagar incêndios de líquidos, gases e equipamentos elétricos, resfriando o

combustível e provocando o abafamento (indicado para incêndios classes B, e C por

não ser condutor de eletricidade).

Extintores constituídos por pó ABC (fosfato monoamônico) - extingue incêndios de

sólidos, líquidos, gases e equipamentos eletrizados (indicado para incêndios classes A

pois isola quimicamente os materiais combustíveis, B por abafar o incêndio e C por

não ser condutor de eletricidade).

Extintores constituídos por gás carbônico (CO2 – dióxido de carbono) - extingue o

fogo por retirar o oxigênio. Utilizado em líquidos e gases (como a gasolina, o álcool e o

GLP) e materiais condutores que estejam potencialmente conduzindo corrente elétrica

(indicado para incêndios B e C) .

Extintores constituídos por espuma - extingue o fogo por abafamento, possuem em

sua característica química 3 elementos que são eles: água, concentrado de espuma e

ar, estes elementos juntos e misturados na proporção correta, cria uma espuma

homogenia que no contato com o fogo de classe A e B separa o oxigênio

(comburente) do triangulo do fogo (combustível, comburente e calor) fazendo um

cobertor de espuma contendo o incêndio.

Extintores constituídos por pó químico especial - possuem como seu constituinte

substâncias como cloreto de sódio para abafar o fogo em metais inflamáveis (indicado

para incêndios de classe D).

A Norma Regulamentadora que estabelece as condições de segurança na prevenção de

incêndios é a NR 23. O quadro 3.4 expõe alguns itens relevantes que esta norma apresenta

a fim de reduzir os riscos de incêndio nas instalações de uma empresa/fábrica.

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Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016

Quadro 3.4 - Aspectos relevantes referentes à proteção contra incêndios em fábricas e empresas

LOCALIZAÇÃO

Os extintores devem estar em locais de fácil visualização e acesso, não localizados nas

paredes das escadas, nem obstruídos por pilhas de materiais.

Instalados em altura compatível (sua parte superior a não mais que 1,60 metros do piso) com a

população, facilitando assim seu manuseio e utilização.

Localizados onde haja menos probabilidade de o fogo bloquear o seu acesso.

Protegidos contra intempéries e/ou danos físicos potenciais.

SINALIZAÇÃO

Os locais destinados aos extintores devem estar assinalados por uma seta larga, vermelha, com

bordas amarelas (figura 3.2), e o piso deve estar indicado de vermelho abaixo da localização do

extintor numa área (1 m2) e desobstruído (figura 3.1).

Figura 3.1 - Sinalização no piso abaixo da localização do extintor

Figura 3.2 - Sinalização da localização do extintor

Fonte: Corpo de Bombeiros Militar do

Estado de São Paulo, 2015

Fonte: PREVENSISTEM, 2016

3.4 RISCO QUÍMICO

Segundo Gardinalli (2012), os riscos químicos são identificados pelo grande número de

substâncias que podem contaminar o ambiente de trabalho e provocar danos à integridade

física e mental dos trabalhadores, como, poeiras, névoas, neblinas, gases, vapores,

substâncias ou outros produtos químicos.

O agente ou contaminante químico é toda substância orgânica ou inorgânica, natural ou

sintética, que durante seu manuseio, transporte, armazenamento ou uso, pode-se integrar

ao ar ambiente em forma de pó, gás ou vapor, com efeitos irritantes, corrosivos ou

asfixiantes e que tenham probabilidade de lesionar a saúde das pessoas que entram em

contato com elas (MONTEIRO, 2006).

Segundo Monteiro (2006), as principais formas de apresentação destas substâncias são:

37

Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA

Sólidos: Existente na forma de pós ou poeiras. Adentram primordialmente pela via

respiratória, em outras partes do corpo, embora não sejam absorvidas, podem se

comportar como corpos estranhos, como quando em contato com os olhos.

Líquidos: Uma forma de apresentação dos líquidos é a neblina. As neblinas podem

ser absorvidas por via respiratória, digestiva ou cutânea.

Gases: O estado gasoso é o resultado de uma expansão das moléculas de um

elemento químico ou composto.

Na construção civil o que se tem notado é que a poeira é o principal agente químico

identificado dentro de um canteiro de obras. Essa poeira contendo sílica pode causar

doenças ocupacionais. A sílica (quartzo) é o principal constituinte da areia e, por essa razão,

a exposição a essa substância é comum entre os trabalhadores da construção civil,

podendo levar o indivíduo a contrair uma doença ocupacional, chamada silicose (COSTA,

2007).

A silicose, como afirmam Ayres e Corrêa (2011), é uma doença pulmonar, provocada pela

inalação da poeira, comumente encontrada em trabalhadores de minas e pedreiros, sendo

uma doença irreversível não havendo tratamento específico.

Normalmente, os sintomas manifestam-se somente após vinte a trinta anos de exposição ao

pó (COSTA, 2007).

Além da silicose, outra doença pulmonar pode ser contraída pelos trabalhadores da

construção civil. Como menciona Schlottfeldt (2012), a asbestose é outra patologia causada

pelo depósito de asbesto ou amianto nos pulmões, provocando câncer, também, a utilização

do cimento, sem o uso de equipamentos de proteção adequados (luvas, botas de

segurança, uniforme), pode acarretar sérios danos à saúde do trabalhador. O cimento reage

em contato com a epiderme devido à sua umidade (transpiração do corpo), após contato

prolongado. A liberação de calor, por reação da influência com a superfície líquida, provoca

lesões que variam desde queimaduras até dermatites de contato. É comum observar a ação

do cimento sobre a superfície da pele (principalmente mãos e pés) nos operários da

construção civil. As lesões são claramente visíveis: vermelhidão (eritema), inchaço (edema),

eczema, bolhas, fissuras e necrose do tecido.

38

Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016

3.5 RISCO BIOLÓGICO

Os riscos biológicos estão associados ao contato do homem com vírus, bactérias,

protozoários, fungos, parasitas, bacilos e outras espécies de microrganismos (GARDINALLI,

2012).

O Ministério da Saúde (2010) classifica a influência dos riscos biológicos em quatro classes:

Classe de risco 1 (baixo risco individual e para a comunidade): inclui os agentes

biológicos conhecidos por não causarem doenças no homem ou nos animais adultos

sadios, como a Lactobacillus (bactérias benignas ao organismo humano, auxiliando na

digestão dos alimentos).

Classe de risco 2 (moderado risco individual e limitado risco para a comunidade):

inclui os agentes biológicos que provocam infecções no homem ou nos animais, cujo

potencial de propagação na comunidade e de disseminação no meio ambiente é

limitado, e para os quais existem medidas profiláticas ou terapêuticas eficazes como o

Vírus da Rubéola.

Classe de risco 3 (alto risco individual e moderado risco para a comunidade): inclui

os agentes biológicos que possuem capacidade de transmissão também por via

respiratória e que causam patologias humanas ou animais, potencialmente letais, para

as quais existem medidas de prevenção e podem existir medidas de tratamento.

Representam risco se disseminados na comunidade e no meio ambiente, como o

Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e o Vírus da Dengue.

Classe de risco 4 (alto risco individual e para a comunidade): inclui os agentes

biológicos com grande poder de transmissibilidade por via respiratória ou de

transmissão desconhecida. Até o momento não há nenhuma medida profilática ou

terapêutica eficaz contra infecções ocasionadas por estes causando doenças

humanas de alta gravidade, com alta capacidade de disseminação na comunidade e

no meio ambiente como, Vírus Ebola e o Vírus Lassa.

No setor da construção civil, um dos itens mais evidentes de risco biológico é o vírus da

dengue (classe 3), devido a necessidade do uso de água na produção e execução de

argamassas, diversas vezes esta água encontra-se em condições inadequadas de

armazenamento, como depositada em tanques abertos. Segundo o Hospital Israelita Albert

Einstein (2016) a doença é transmitida por um mosquito Aedes aegypti, que ocorre em

regiões tropicais e subtropicais em que se reproduz em locais de água parada e as pessoas

39

Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA

infectadas pelo vírus pela segunda vez correm risco muito maior de desenvolver uma

doença grave.

De acordo com os dados da ‘Secretaria de Estado da Saúde’ (SES/SINAN) dos estados do

Brasil, entre 1990 a 2014 já ocorreram mais de 9 milhões de casos confirmados de pessoas

infectadas pelo vírus da dengue no país, sendo que destes, 700 mil apenas na Bahia.

3.6 RUÍDO

O ruído, subjetivamente, pode ser considerado como toda sensação de desconforto,

desagrado e ou intolerância advindos da exposição a uma fonte sonora (OSTROVSKI,

2014).

Para que o som seja percebido, é necessário que ele esteja dentro da faixa de frequência

captável pelo ouvido humano, que varia de 16 a 20.000Hz. (AYRES et al., 2011). O nível do

som, expresso em dB (decibel), é obtido pelo uso de um equipamento denominado

decibelímetro, sendo que as Normas Brasileiras o definem como Nível de Pressão Acústica

(NPS) (GREVEN, 2006).

Segundo Ayres e Corrêa (2011), entre os agentes nocivos à saúde, um dos mais frequentes

nos ambientes de trabalho é o ruído. Ele tem sido responsável por distúrbios auditivos

temporários e permanentes, contribuindo para o aumento do número de acidentes do

trabalho, que em níveis elevados pode causar a perda de audição da pessoa e em

intensidade muito elevada pode causar: distúrbios do sono, estresse, perda da capacidade

auditiva, dores de cabeça, alergias, distúrbios digestivos, incapacidade de concentração,

aumento da tensão muscular, hipertensão arterial, surdez, entre outros males à saúde do

ser humano.

No aparelho auditivo, o ruído pode causar a ruptura do tímpano, devido a um deslocamento

de ar muito intenso (ruídos de impactos violentos, como explosões). (OSTROVSKI, 2014).

A Norma Regulamentadora 15, para Atividades e Operações Insalubres, define os limites de

tolerância de exposição ao ruído e os separa em duas categorias: ruído de impacto e ruído

contínuo ou intermitente.

Apresenta-se como ruído de impacto aquele que possui picos de energia acústica de

duração inferior a 1 (um) segundo, a intervalos superiores a 1 (um) segundo. O limite de

tolerância para essa classe de ruído é de 130 dB. E o ruído contínuo ou intermitente é

40

Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016

considerado, de acordo com a NR 15, como o ruído que não seja ruído de impacto e seus

limites de tolerância estão apresentados no quadro abaixo. (BRASIL, 2016)

Figura 3.3 - Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente

Fonte: NR 15, 2016

A partir da tabela dos limites de tolerância apresentados pela NR 15 na figura 3.3 percebe-

se que não é permitido a exposição a níveis de ruído maiores que 115 dB sem a devida

proteção (uso de protetores auriculares, tipo plugue ou concha). A Organização Mundial de

Saúde (OMS) define o limite de 75 decibéis medidos no nível de compensação (A),

adequado para medição geral de nível de som, como o início do desconforto auditivo.

As medidas de controle para este agente de acordo com Ayres et al., (2011) podem ser

feitas:

Na fonte: substituindo o equipamento por outro, menos ruidoso; regular os motores;

reduzir os impactos e choques na medida do possível, substituir engrenagens

metálicas por outros materiais menos ruidosos.

No meio: aplicando um isolamento acústico, de forma que crie uma barreira entre a

fonte e o homem, maximizando as perdas de energia sonora por absorção.

41

Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA

No homem: limitação do tempo de exposição ou utilização de protetores

auriculares.

3.7 RISCOS ERGONÔMICOS

De acordo com Iida (1993), a ergonomia é o estudo da adaptação do trabalho ao homem.

Isso envolve não somente o ambiente físico, mas também os aspectos organizacionais de

como esse trabalho é programado e controlado para produzir os resultados desejados.

Os dados e conhecimentos ergonômicos podem apoiar e orientar o planejamento e a

execução de medidas preventivas de acidentes do trabalho e de doenças ocupacionais,

como também reduzir o desconforto físico do trabalhador, aumentando assim a eficiência do

trabalho (DARÉ, 2015). Como forma de normatizar a prevenção de doenças ocupacionais

relacionadas à ergonomia foi criada a NR 17, que é uma Norma Regulamentadora para

ergonomia (MEDEIROS, 2013).

Os riscos ergonômicos que o trabalhador pode estar sujeito são: trabalho físico pesado,

repetitividade, ritmo excessivo, manutenção da postura fixa por tempo prolongado ou

ambiente de trabalho desconfortável (NETO, 2012). Nas fábricas de artefatos de cimento,

são frequentes as atividades que exigem dos trabalhadores o levantamento e transporte

manual de cargas, tais como sacos de cimento, chapas de compensado, tábuas, blocos,

tijolos e vergalhões, etc (ARAÚJO, 2011).

Segundo Daré (2015), estes riscos podem gerar fadiga, problemas na coluna do operário,

perda de produtividade, incidência de erros na execução do trabalho, absenteísmo, doenças

ocupacionais e dores físicas. Com a continuação destas tarefas, o trabalhador, poderá

interromper suas atividades periodicamente ou definitivamente.

A FUNDACENTRO (2011) recomenda que, antes de qualquer ação, os trabalhadores que

desempenham as atividades de levantamento e transporte manual de cargas, devem

verificar:

O tamanho, a forma e o volume da carga, para estudar a maneira mais segura de

levantá-la.

O peso da carga, para verificar se o peso não ultrapassa sua capacidade individual

de levantamento de peso.

A existência de pontas ou rebarbas, para não se acidentar.

42

Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016

A necessidade de utilizar equipamento de proteção individual, como luvas,

máscaras, aventais, sapatos e óculos de segurança.

O caminho a ser percorrido, observando se o mesmo está desimpedido, limpo, não

escorregadio, e a distância a ser transportada.

Ainda de acordo com a FUNDACENTRO (2011), após tomar as precauções indicadas

anteriormente, o trabalhador deve, para executar a tarefa de levantamento e transporte de

cargas.

Posicionar-se junto à carga, mantendo os pés afastados, com um pé mais à frente

que o outro, para aumentar sua base de sustentação.

Abaixar-se dobrando os joelhos e mantendo a cabeça e as costas em linha reta.

Segurar firmemente a carga, usando a palma das mãos e todos os dedos.

Levantar-se usando somente o esforço das pernas, e mantendo os braços

estendidos.

Aproximar bem a carga do corpo.

Manter a carga centralizada em relação às pernas durante o percurso.

A figura 3.5 mostra como deve ser executado adequadamente o transporte manual de

cargas pelo operário.

Figura 3.4 - Postura adequada do corpo ao levantar cargas

Fonte: Daré, 2015.

Seguindo essas recomendações, ocorrerá uma pressão uniforme no disco intervertebral do

trabalhador, não causando problemas a sua coluna (ARAÚJO, 2011).

43

Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA

3.8 MAPA DE RISCO

Segundo o “Manual de Segurança e Saúde no Trabalho” da SESI (2008), o mapa de risco é

a representação gráfica da avaliação qualitativa dos riscos nos locais de trabalho e de suas

intensidades, representadas por círculos de diferentes cores e tamanhos. Na indústria da

construção civil – edificações, a elaboração e manutenção atualizada do mapa de riscos são

dificultadas pela constante alteração dos ambientes, das atividades e dos próprios

trabalhadores. Uma alternativa para superar essas dificuldades é a elaboração por etapas, a

partir da Análise Preliminar de Risco, das condições do canteiro de obras e da experiência

dos cipeiros.

44

Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016

4 MÉTODO DE PESQUISA

4.1 ESTRATÉGIA DE PESQUISA

Este estudo foi realizado através de uma pesquisa de campo, a fim de avaliar as condições

de segurança em fábricas de artefatos de cimento na cidade de Cruz das Almas – BA de

forma qualitativa, utilizando o estudo de caso, baseado em Yin (2001) permitindo uma

investigação mais completa e significativa.

Segundo Yin (2001), os estudos de caso representam a estratégia mais usada quando se

empregam questões do tipo “como” e “por que”, quando o pesquisador possui pouco

controle sobre os eventos e quando o foco se encontra em fenômenos contemporâneos

inseridos em algum contexto da vida real. O estudo de caso permite uma investigação a fim

de preservar a compreensão integral dos fenômenos e significativamente dos eventos da

vida real.

4.2 DELINEAMENTO DA PESQUISA

Este estudo foi dividido nas seguintes etapas conforme o fluxograma disposto na figura 4.1.

Inicialmente, foi feita uma revisão bibliográfica dos conceitos acerca da segurança no

trabalho, posteriormente, a seleção das fábricas a serem estudadas para aplicação da

ferramenta de avaliação que durante a pesquisa sofreu algumas adaptações em busca de

alcançar cada vez mais melhorias e abrangência dos itens a serem avaliados, em seguida a

ferramenta de avaliação foi executada nas fábricas realizando também registros fotográficos

e ao fim as informações obtidas com a ferramenta serviram de base para avaliação final das

fábricas permitindo ser sugeridas algumas melhorias a fim de trazer benefícios para as

mesmas.

45

Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA

Figura 4.1 – Fluxograma do delineamento da pesquisa

Fonte: Autor

4.3 DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DE PESQUISA

4.3.1 Revisão Bibliográfica

A fim de compreender o tema de pesquisa, foram realizados estudos a partir de artigos,

normas, dissertações, teses, livros e revistas científicas no intuito de obtenção dos conceitos

de segurança no trabalho, assim como, os riscos que os operários das fábricas de artefatos

de cimento podem estar expostos e as formas de prevenção a possíveis acidentes com

base nos termos das normas regulamentadoras e as boas práticas em segurança.

4.3.2 Seleção das fábricas a serem estudadas

Para seleção das fábricas a serem analisadas foi feito um levantamento da quantidade total

de fábricas de artefatos de cimento no município de Cruz das Almas – BA. Dentre essas, as

fábricas selecionadas foram as que possuíam o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica

(CNPJ).

46

Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016

4.3.3 Adaptação de ferramenta de avaliação do cumprimento de normas regulamentadoras e boas práticas em segurança

A ferramenta de avaliação do cumprimento das normas regulamentadoras e boas práticas

em segurança desenvolvida por Costa et al. (2016) foi criada com base nas normas

regulamentadoras, incrementando os itens mais relevantes das normas que podem ser

aplicadas a indústria de artefatos de cimento, como a NR 18 e NR 12, dentre outras. Essa

lista de verificação apresenta três alternativas que podem ser assinaladas: “sim (S)”,

representa um fator positivo relativo à segurança no trabalho para a fábrica; “não (N)” a

fábrica está descumprindo o indicado pela norma; e “não se aplica (NA)” indica que o

cumprimento de tal item não é necessário, a partir dos dados foi utilizado uma planilha

eletrônica para obtenção das porcentagens de cumprimento das normas em cada fábrica,

onde a razão dos itens recebidos com nota positiva pelo total de itens avaliados resulta na

nota da fábrica

A partir dos estudos da revisão bibliográfica e de visitas as fábricas de artefatos de cimento

a ferramenta de avaliação gradualmente foi sendo adaptada, agregando mais itens das

normas referentes para o caso, assim como itens de boas práticas em segurança no

trabalho.

Posteriormente, foram realizados dois estudos pilotos acompanhados da orientadora desta

obra cujo objetivo era de testar a verificação de todos os itens e revisar algumas análises

que não estivessem bem definidas, como também incluir mais requisitos a serem analisados

os quais seria útil no contexto da segurança. A versão final da ferramenta de avaliação

encontra-se no Apêndice A, contando com 279 itens de avaliação.

4.3.4 Observação direta

Segundo Yin (2001), as observações diretas podem ser classificadas como atividades

formais e atividades informais de coleta de dados. Nas observações formais pode-se

verificar a incidência de certos tipos de comportamento, como a observação dos trabalhos

na fábrica. De maneira informal pode-se realizar observações diretas, durante a coleta de

outras evidências, como entrevistas (YIN, 2001). Assim, durante essa pesquisa, exceto para

o item de medição do nível de ruído, as verificações foram realizadas por observação direta

das atividades nas fábricas de artefatos de cimento.

47

Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA

Os dados observacionais são úteis para fornecer informações acionais sobre o tópico que

está sendo estudado. Para aumentar a confiabilidade destas evidências observacionais é

comum ter mais de um observador no local de estudo (YIN, 2001).

A aplicação da ferramenta de avaliação foi realizada a partir de visitas nas cinco fábricas

selecionadas, verificando os itens de cada grupo da ferramenta de verificação (instalações

elétricas, arranjo físico, proteção contra incêndios, condições insalubres de trabalho, e

equipamentos de proteção individual) com as condições atuais das fábricas.

Para medir o nível de ruído nas fábricas foi utilizado o decibelímetro Minipa MSL-1350 de

posse da Universidade Federal da Bahia (UFBA), conforme ilustrado na figura 4.2.

Figura 4.2 – Decibelímetro Minipa MSL - 1350

Fonte: Autor

As medições foram feitas em duas fábricas (Fábrica 1 e Fábrica 2), as que possuíam

máquinas para a produção dos artefatos, e foi medido em locais onde haviam operários

manuseando estas máquinas ou trabalhando nas proximidades.

Para a fábrica 2 foi medido o nível de ruído nas proximidades da única máquina que

promovia som, a betoneira, e na Fábrica 1 foram feitas três medidas em locais diferentes o

escritório e os locais de operação da betoneira e da prensa, como representa a figura 4.3.

48

Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016

Figura 4.3 – Representação dos locais de medição de ruído na Fábrica 1

Fonte: Autor

4.3.5 Registro fotográfico

Segundo Yin (2001), as observações podem ser tão valiosas que se pode até mesmo

pensar em fotografar o local de estudo. No mínimo, essas fotografias ajudarão a transmitir

as características importantes a observadores externos.

Na sequência a aplicação da ferramenta de avaliação, foram realizados registros

fotográficos dos locais mais precários em segurança indicando os descumprimentos das

Normas Regulamentadoras e das boas práticas em segurança.

4.3.6 Estudos de Caso

Foram realizados cinco estudos de caso, sendo que vários dados obtidos a partir das

observações diretas foram inseridos numa planilha eletrônica para cálculo do índice de

verificação do cumprimento das Normas Regulamentadoras e boas práticas em segurança

no trabalho. A análise contemplou, além de avaliações individuais, a comparação entre as

fábricas, apontado os principais riscos sem a devida proteção e os descumprimentos das

Normas Regulamentadoras e das boas práticas em segurança para fábricas de artefatos de

cimento estudas na pesquisa.

49

Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA

5 RESULTADOS

Neste capítulo serão apresentados os resultados alcançados no desenvolvimento da

pesquisa, expondo uma análise de cada fábrica e uma análise geral das fábricas estudadas.

5.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS FÁBRICAS ESTUDADAS

O quadro a seguir apresenta algumas características das fábricas estudadas.

Quadro 5.1 - Características gerais das fábricas estudadas

Dias de

funcionamento

Jornada diária de trabalho

Ferramentas e equipamentos utilizados

Tempo de

atuação

Número de Funcionários

Fábrica A

De segunda a sábado

8 horas (seg a sex) / 4 horas

(sáb)

Carro-de-mão, formas, vassouras, enxadas, pás, colher de pedreiro, espátulas. Betoneira e Prensa para blocos

30 anos 8

Fábrica B

De segunda a sábado

8 horas (seg a sex) / 4 horas

(sáb)

Carro-de-mão, formas, vassouras, enxadas, pás, colher de pedreiro, espátulas.

25 anos 4

Fábrica C

De segunda a sábado

8 horas (seg a sex) / 4 horas

(sáb)

Carro-de-mão, formas, vassouras, enxadas, pás, colher de pedreiro, espátulas.

16 anos 2

Fábrica D

De segunda a sábado

8 horas (seg a sex) / 4 horas

(sáb)

Carro-de-mão, formas, vassouras, enxadas, pás, colher de pedreiro, espátulas. Betoneira

30 anos 4

Fábrica E

De segunda a sábado

8 horas (seg a sex) / 4 horas

(sáb)

Carro-de-mão, formas, vassouras, enxadas, pás, colher de pedreiro, espátulas.

62 anos 2

Fonte: Autor, 2016

5.2 ARRANJO FÍSICO

O quadro 5.2 apresenta informações acerca dos arranjos físicos do canteiro de serviço nas

fábricas de artefatos de cimento.

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Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016

Quadro 5.2– Características do arranjo físico nas instalações das fábricas de artefatos de cimento

FÁBRICA A

- Boas práticas

Não utiliza o ambiente externo ou espaço público para estocagem de

materiais ou qualquer outro serviço da empresa.

As vias de saída na fábrica são maiores que 1,20 m, em conformidade com a

NR 12.

- Oportunidade de melhorias

Como visto na figura 5.1 (a) na fábrica há via de circulação menor que o

recomendado (1,20 m segundo a NR 12), dificultando uma evacuação

imediata a partir de alguns lugares das fábricas e favorecendo o risco de

abrasão dos operários com os objetos adjacentes.

Não há sinalização das áreas de circulação.

O piso das instalações da fábrica não é nivelado, como exige a NR 12.

Os resíduos da produção, como pedaços de blocos, são encontrados

despojados junto aos artefatos produzidos, descumprindo a NR 12 ao

oferecer risco de acidentes aos operários (figura 5.3a).

As ferramentas utilizadas no processo de produção não são guardadas em

locais específicos de armazenamento (figura 5.4a).

Os artefatos produzidos não são guardados em locais específicos de

armazenamento (figura 5.5a).

No local onde está instalada a prensa para blocos, há um desnível do solo de

aproximadamente 0,5 m sem nenhuma proteção contra o risco de queda, que

caso ocorra à algum operário, este, pode chocar-se contra a máquina

agravando ainda mais a situação do acidente como pode ser visto na figura

5.2 (a).

FÁBRICA B

- Boas práticas

A via de saída e circulação na fábrica é maior que 1,20 m.

- Oportunidade de melhorias

Não há sinalização das áreas de circulação.

O piso das instalações da fábrica não é nivelado, como exige a NR 12.

Resíduos da produção são acumulados nas instalações da empresa (figura

5.3b).

Utilização de espaço público para armazenamento de materiais.

Ferramentas utilizadas no processo de produção e artefatos produzidos não

são guardados em locais específicos de armazenamento, como visto na

figura 5.4 (b).

51

Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA

FÁBRICA C

- Boas práticas

A via de saída na fábrica é maior que 1,20m.

- Oportunidade de melhorias

Via de circulação obstruída e sem sinalização de área de circulação.

A fábrica utiliza espaço público para armazenamento de materiais.

O piso das instalações da fábrica não é nivelado como exige a NR 12

Os resíduos da produção, como embalagens de cimento, são acumulados

dentro das instalações da empresa (figura 5.3c).

Ferramentas utilizadas no processo de produção e artefatos produzidos não

são guardados em locais específicos de armazenamento (figura 5.4c).

FÁBRICA D

- Boas práticas

A via de saída da fábrica é maior que 1,20 m, em conformidade com a NR 12.

- Oportunidade de melhorias

A fábrica possui área específica para armazenamento de artefatos

produzidos, porém ainda utiliza espaço público para armazenar materiais.

Os artefatos produzidos são encontrados em diversos locais da fábrica (figura

5.5b).

Via de circulação menor que o recomendado (figura 5.1b).

Não há sinalização das áreas de circulação e o piso das instalações da

fábrica apresenta alguns desnivelamentos contrapondo a NR 12.

Os resíduos da produção são encontrados dentro da fábrica no local de

produção dos artefatos (figura 5.3d).

Ferramentas utilizadas no processo de produção não são guardadas em

locais específicos de armazenamento, como exige a NR 12.

Há presença de animais e automóveis no ambiente de trabalho.

FÁBRICA E

- Oportunidade de melhorias

As vias de saída e circulação são menores que 1,20 m (figura 5.1c).

Utilização de espaço público para armazenamento de materiais.

Falta de proteção contra queda de altura (figura 5.2b).

Não há sinalização das áreas de circulação.

O piso das instalações da fábrica não é nivelado.

Como visto na figura 5.3e os resíduos da produção são acumulados nas

instalações da fábrica.

Ferramentas utilizadas no processo de produção e artefatos produzidos não

são guardados em locais específicos de armazenamento.

Fonte: Autor, 2016

52

Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016

As figuras a seguir registram através de ilustrações alguns dos itens citados no quadro 5.2

para as fábricas estudadas.

Figura 5.1 – Via de circulação inadequada

(a) Fábrica A (b) Fábrica D (c) Fábrica E

Fonte: Autor, 2016

Figura 5.2 - Falta de proteção contra queda de altura

(a) Fábrica A (b) Fábrica E

Fonte: Autor, 2016

Figura 5.3 – Acúmulo de resíduos dentro das fábricas

(a) Fábrica A (b) Fábrica B (c) Fábrica C

53

Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA

Figura 5.4 – Ferramentas de trabalho sem armazenamento específico

(d) Fábrica D (e) Fábrica E

Fonte: Autor, 2016

(a) Fábrica A (b) Fábrica B

(c) Fábrica C

Fonte: Autor, 2016

54

Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016

Figura 5.5 – Artefatos produzidos sem armazenamento específico

(a) Fábrica A (b) Fábrica D

Fonte: Autor, 2016

5.3 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

A seguir são apresentados os principais resultados e características referentes às

instalações elétricas das fábricas.

Quadro 5.3– Análise das instalações elétricas das fábricas de artefatos de cimento

FÁBRICA A

- Oportunidade de melhorias

O painel elétrico da fábrica não é provido de compartimento fechado para sua

isolação e proteção.

Não possui restrição de acesso a pessoas não autorizadas ao painel elétrico.

Os condutores no painel elétrico possuem emendas envoltas em fita isolante,

mas que não garantem a sua devida proteção e isolação devido à má

organização dos fios e as intempéries a que estão expostos.

Falta de proteção contra incêndios nas proximidades das instalações elétricas

como exigido na NR 10.

Localização do painel elétrico parcialmente obstruída.

Falta de sinalização quanto ao risco de choque elétrico.

FÁBRICA B - Oportunidade de Melhorias

A Fábrica B não possui instalações elétricas.

FÁBRICA C

- Boas práticas

O painel elétrico estava em boas condições de uso e mantido fechado.

Não há fios desencapados nem dispositivos quebrados no painel elétrico.

Os fios condutores encontravam-se suspensos, evitando que obstruísse a

passagem de pessoas e equipamentos conforme manda a NR 12.

- Oportunidade de melhorias

O acesso ao painel elétrico estava obstruído devido ao uso do espaço público

para armazenamento de materiais, impedindo o acesso rápido em caso de

55

Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA

emergência (figura 5.6b).

Falta de sinalização quanto ao risco de choque elétrico.

Falta de proteção contra incêndios nas proximidades das instalações elétricas

como exigido na NR 10.

A localização do painel elétrico não permite apenas o acesso de pessoas

autorizadas.

FÁBRICA D

- Boas práticas

O painel elétrico apresentava-se novo, em bom estado de conservação,

acoplando todos os circuitos como visto na figura 5.6c.

Não há fios desencapados nem dispositivos quebrados no painel elétrico.

Os fios condutores encontravam-se suspensos, evitando que obstruísse a

passagem de pessoas e equipamentos, conforme recomenda a NR 12.

- Oportunidade de melhorias

Falta de sinalização quanto ao risco de choque elétrico.

Falta de proteção contra incêndios nas proximidades das instalações

elétricas, como exigido na NR 10.

O painel elétrico encontrava-se aberto, sem sistema de trancamento.

A localização do painel elétrico não permite apenas o acesso de pessoas

autorizadas.

FÁBRICA E

- Oportunidade de melhorias

A fábrica é servida de eletricidade, porém o local destinado ao painel elétrico

encontrava-se vazio (figura 5.6d).

Os fios condutores dentro da fábrica apresentavam-se com emendas sem

proteção oferecendo risco de choque elétrico.

Falta de sinalização quanto ao risco de choque elétrico.

Na fábrica havia fios condutores pelo piso e nas áreas de circulação,

oferecendo risco de queda aos operários.

Fonte: Autor, 2016

Registrou-se na Fábrica A que na ocorrência de alguma emergência que leve a necessidade

do desligamento dos circuitos, a localização do painel elétrico tornava-se parcialmente

obstruída por situar-se logo atrás a uma porta e sendo próxima a via de circulação, o risco

de choque elétrico se torna maior para as pessoas que ali transitarem. Seria adequada a

substituição do painel elétrico e a mudança de localização para uma área menos acessada

da fábrica, visando o isolamento das instalações elétricas.

As figuras a seguir registram alguns dos itens citados no quadro 5.3 para as fábricas

estudadas.

56

Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016

Figura 5.6 – Painel elétrico das fábricas de artefatos de cimento

(a) Fábrica A (b) Fábrica C

(c) Fábrica D (d) Fábrica E

Fonte: Autor, 2016

A figura 5.6a ilustra os fios e circuitos a vista do painel elétrico da fábrica A, não estando em

condições seguras de uso.

5.4 MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

A seguir são apresentados os resultados referentes às máquinas e equipamentos das

fábricas.

Quadro 5.4– Análise de máquinas e equipamentos nas fábricas de artefatos de cimento

FÁBRICA A

- Boas práticas

As máquinas são fixas no chão, concretadas no solo, impedindo que se mova

ou mude de posição, em conformidade com a NR 12.

- Oportunidade de melhorias

Os fios condutores das máquinas e equipamentos são dispostos no solo e em

contato com cimento, areia e água, em desconformidade com a NR 12.

57

Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA

Possibilidade de corte ou ruptura dos fios condutores das máquinas levando

a ocorrência de choque elétrico no operário.

Os dispositivos de parada e partida das máquinas não possuem a opção de

parada de emergência, sendo operados apenas por comando liga e desliga.

A localização do dispositivo parada e partida da prensa para blocos

dificultava o acesso a outras pessoas senão o operador em caso de

emergência para um desligamento da máquina (figura 5.8).

Os equipamentos utilizados na fábrica não possuem áreas específicas de

guarda e conserva. Formas, pás, colheres e outros equipamentos são

encontrados em diversos locais das fábricas, aumentando o risco de choque,

queda e lesão dos operários contra esses objetos.

FÁBRICA B

- Oportunidade de melhorias

As ferramentas utilizadas na fábrica não possuem áreas específicas de

guarda e conserva. Formas, pás, colheres e outros equipamentos são

encontrados em diversos locais das fábricas, aumentando o risco de choque,

queda e lesão dos operários contra esses objetos.

FÁBRICA C

- Oportunidade de melhorias

As ferramentas utilizadas na fábrica não possuem áreas específicas de

guarda e conserva. Formas, pás, colheres e outros equipamentos são

encontrados em diversos locais das fábricas, aumentando o risco de choque,

queda e lesão dos operários contra esses objetos.

FÁBRICA D

- Boas práticas

A betoneira é concretada no solo, impedindo que a mesma se mova ou mude

de posição.

- Oportunidade de melhorias

Os dispositivos de parada e partida da betoneira não possuem a opção de

parada de emergência, sendo operado apenas por liga e desliga.

Os equipamentos e as ferramentas utilizadas nos processos de produção não

são guardados em locais específicos; estes equipamentos são encontrados

em diversos lugares da fábrica, aumentando o risco de choque, queda e

lesão dos operários contra esses objetos.

FÁBRICA E

- Oportunidade de melhorias

As ferramentas utilizadas na fábrica não possuem áreas específicas de

guarda e conserva. Formas, pás, colheres e outros equipamentos são

encontrados em diversos locais das fábricas, aumentando o risco de choque,

queda e lesão dos operários contra esses objetos.

Fonte: Autor, 2016

Na Fábrica A seria adequado que a fiação estivesse embutida adequadamente, utilizando

eletrodutos e abaixo do solo. A figura 5.7 ilustra que existe a possibilidade de corte ou

58

Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016

ruptura dos fios condutores das máquinas levando a ocorrência de choque elétrico no

operário.

Figura 5.7 – Fio condutor da prensa para blocos em contato com as intempéries (Fábrica A)

Figura 5.8 - Obstrução do acesso ao dispositivo parada/partida (Fábrica A)

Fonte: Autor, 2016 Fonte: Autor, 2016

5.5 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS

Nenhuma das cinco empresas apresentou boas práticas referentes às proteções contra

incêndios nas suas fábricas. Estas não possuem qualquer tipo de proteção e alarme contra

incêndios.

A figura 5.9 a seguir indica possíveis lugares que poderiam prover de proteção contra

incêndios (extintores) dentro dos setores de produção nas fábricas, representando área de

fácil visualização para os trabalhadores ou pessoas nas proximidades terem acesso ao

extintor em caso de emergência como recomenda a NR 23, e próximo a equipamentos

elétricos conforme exigido na NR 10.

Figura 5.9 – Sugestão de local para adequação à proteção contra incêndios

(a) Fábrica A (b) Fábrica B

59

Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA

(c) Fábrica C (d) Fábrica D (e) Fábrica E

Fonte: Autor, 2016

5.6 CONDIÇÕES INSALUBRES

As análises referentes das condições insalubres de trabalho que os operários estão

expostos nas cinco fábricas, incluindo os riscos químicos e biológicos, estão apresentadas

no quadro 5.5.

Quadro 5.5– Análise das condições insalubres nas fábricas de artefatos de cimento

FÁBRICA A

- Boas práticas

Os trabalhadores faziam a preparação dos artefatos protegidos da exposição

à radiação solar.

O operador da prensa para blocos utilizava protetor auricular protegendo-o

dos níveis excessivos de ruído.

- Oportunidade de Melhorias

Local contendo água parada sem proteção de cobertura.

Operários em contato com o cimento, sem o uso de EPI’s adequados (luvas e

botas de segurança, uniforme, máscara), podendo adquirir doenças

ocupacionais resultantes do contato diário com o cimento, como

queimaduras, eczema e até silicose.

Níveis de ruídos em desconformidade com a NR 15.

FÁBRICA B

- Oportunidade de Melhorias

Local contendo água parada sem proteção de cobertura.

Não utilização de equipamentos de proteção individual de segurança.

Falta de cobertura nos locais de produção da fábrica, mantendo os operários

trabalhando em exposição ao sol.

FÁBRICA C - Boas práticas

Os trabalhadores faziam a preparação dos artefatos protegidos da exposição

60

Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016

à radiação solar.

Local contendo água parada com proteção de cobertura.

- Oportunidade de Melhorias

Não utilização de equipamentos de proteção individual de segurança.

FÁBRICA D

- Boas práticas

O operador da betoneira trabalhava protegido da exposição à radiação solar.

O seu posto de trabalho possuía cobertura.

- Oportunidade de Melhorias

Não utilização de equipamentos de proteção individual de segurança.

Local contendo água parada sem proteção de cobertura.

Níveis de ruídos em desconformidade com a NR 15.

Falta de cobertura em alguns locais de produção da fábrica, mantendo os

operários trabalhando em exposição ao sol.

FÁBRICA E

- Boas Práticas

Os trabalhadores executam suas atividades protegidos da radiação solar.

- Oportunidade de Melhorias

Local contendo água parada sem proteção de cobertura.

Não utilização de equipamentos de proteção individual de segurança.

Fonte: Autor, 2016

Na fábrica C e na fábrica D os operários não utilizavam calçados de segurança, luvas ou

máscaras respiratórias, onde, o contato diário com o cimento pode levar os operários a

adquirir doenças ocupacionais como queimaduras, eczema e silicose. A figura 5.10 ilustra

alguns operários nessas condições.

Figura 5.10 – Operários em contato com o cimento, sem uso de EPI’s adequado

(a) Fábrica C (b) Fábrica D

Fonte: Autor, 2016

61

Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA

Figura 5.11 – Água parada armazenada sem cobertura

A figura 5.11 ilustra nas fábricas A, B, D e E locais de armazenamento de água não

possuindo cobertura, favorecendo a proliferação de mosquitos Aedes Aegypti e ao vírus da

dengue.

Figura 5.12 – Locais das medições do nível de ruído (Fábrica A)

Fonte: Autor, 2016

O nível de ruído foi medido na Fábrica A em três locais diferentes (Escritório, local de

operação da betoneira e local de operação da prensa para blocos) (figura 5.12) no local de

(a) Fábrica A (b) Fábrica B

(c) Fábrica D (d) Fábrica E

Fonte: Autor, 2016

62

Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016

trabalho do operador da prensa, do operador da betoneira e na entrada da fábrica, com as

máquinas (prensa e betoneira) ligadas simultaneamente.

Os níveis de ruídos captados foram 105.7 dB(A), 93.9 dB(A), 76.0 dB(A) para o local de

operação da prensa para blocos, o local de operação da betoneira, e o escritório,

respectivamente. Considerando que a jornada de trabalho é de 8 horas diárias (4 horas em

cada turno), e os termos da NR 15 para níveis de ruído, o operador da prensa não deveria

permanecer mais do que 30 minutos no posto de trabalho e o operador da betoneira 2 horas

e 15 minutos sem a utilização de protetor auricular, assim, está em desconformidade com a

NR 15 o operador da betoneira pela falta do uso de protetor auricular, e no escritório o nível

de ruído medido é considerado seguro.

Na Fábrica D, o nível de ruído foi medido diretamente no local de operação da única

máquina nas instalações da fábrica, a betoneira, que apresentou 85.6 dB(A), que de acordo

com a NR 15, a jornada de trabalho de oito horas é aproximadamente o máximo permitido

que os trabalhadores podem ficar exposto a esse nível de ruído, excedendo 0.6 db(A).

5.7 INSTALAÇÕES SANITÁRIAS

A seguir é descrito as análises referentes as instalações sanitárias das fábricas.

Quadro 5.6– Análise das instalações sanitárias das fábricas de artefatos de cimento

FÁBRICA A

- Oportunidade de melhorias

O vaso sanitário não possui válvula de descarga e a área destinada a ele é

menor que 1 m2 como especifica a NR 18

Não há pisos, porta, chuveiro, lavatório, mictório e instalações elétricas

contrapondo a NR 18.

O recipiente para descarte de papel não é dotado com tampa.

As paredes não são laváveis e o ambiente não possui iluminação adequada.

Ao lado do vaso sanitário, há uma abertura no piso, oferecendo risco de

acidentes a quem for fazer uso das instalações como visto na figura 5.13a.

FÁBRICA B - Oportunidade de Melhorias

Falta de instalações sanitárias na fábrica.

FÁBRICA C - Oportunidade de Melhorias

Falta de instalações sanitárias na fábrica.

FÁBRICA D - Boas práticas

Há chuveiro dispondo de água quente, na proporção de um para cada dez

63

Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA

trabalhadores, com suporte para sabonete (figura 5.13b).

A área referente ao vaso sanitário corresponde ao mínimo de 1m2.

Possui instalação elétrica e iluminação adequada com porta e sistema de

trancamento como exige a NR 18.

- Oportunidade de melhorias

Não há pisos, lavatório e mictório. Além disso, o recipiente para descarte de

papel não é dotado com tampa e as paredes não são laváveis.

O chuveiro não possui suporte para toalhas.

As paredes não são laváveis.

Não possui ventilação adequada (presença de basculante).

FÁBRICA E

- Boas práticas

O vaso sanitário possui válvula de descarga e a área destinada ao

compartimento sanitário abrange a condição mínima de 1 m2 como manda a

NR 18.

- Oportunidade de melhorias

Não há pisos, chuveiro, lavatório, mictório e instalações elétricas contrapondo

a NR 18.

A porta não possui sistema de trancamento.

O recipiente para descarte de papel não dotado com tampa e as paredes não

são laváveis.

O ambiente não possui iluminação adequada como notado na figura 5.13c.

Não possui ventilação adequada.

Fonte: Autor, 2016

64

Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016

Figura 5.13 – Instalações sanitárias das fábricas de artefatos de cimento

(a) Fábrica A (b) Fábrica D

(c) Fábrica E

Fonte: Autor, 2016

5.8 ÁREAS DE VIVÊNCIA

As fábricas não possuíam áreas de vivências adequadas, proporcionando aos operários

situações desconfortáveis e análogas ao trabalho escravo, sem qualquer cuidado com a

higiene local.

65

Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA

Quadro 5.7– Análise das áreas de vivências das fábricas de artefatos de cimento

FÁBRICA A

- Oportunidade de Melhorias

Na fábrica não há vestiários, refeitórios, ou qualquer área de lazer que

pudesse ser classificada como parte de área de vivência. Os operários que

almoçavam no local de trabalho, faziam suas refeições nos mesmos lugares

em que produziam os artefatos.

FÁBRICA B,

C, D e E

Na fábrica não há vestiários, refeitórios ou qualquer área de lazer que

pudesse ser classificada como parte de área de vivência.

Fonte: Autor, 2016

5.9 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

O quadro 5.8 mostra os resultados referentes ao uso de equipamento de proteção individual

dos operários das fábricas estudadas.

Quadro 5.8– Análise do uso de equipamento de proteção individual nas fábricas de artefatos de cimento

FÁBRICA A

- Boas práticas

O operador da prensa faz uso de protetor auricular como visto na figura 5.15.

- Oportunidade de Melhorias

O empregador não disponibiliza EPI’s suficientes para todos os

trabalhadores.

Não utilização de equipamentos de proteção individual.

FÁBRICA B

- Oportunidade de Melhorias

O empregador não disponibiliza EPI’s para todos os trabalhadores.

Não utilização de equipamentos de proteção individual.

FÁBRICA C

- Oportunidade de Melhorias

O empregador não disponibiliza todos os EPI’s para os trabalhadores.

Não utilização de equipamentos de proteção individual.

FÁBRICA D

- Oportunidade de Melhorias

O empregador não disponibiliza EPI’s suficientes para todos os

trabalhadores.

Não utilização de equipamentos de proteção individual.

FÁBRICA E

- Boas práticas

Todos os operários utilizavam calçados de segurança.

- Oportunidade de Melhorias

66

Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016

O empregador não disponibiliza EPI’s suficientes para todos os

trabalhadores.

Não utilização de todos os equipamentos de proteção individual.

Fonte: Autor, 2016

Na Fábrica A apenas o operador da prensa estava usando protetor auricular, pois a

quantidade de protetores não era suficiente para todos os trabalhadores no local, havia

apenas um protetor e que não possuía nenhum caractere legível aparente informando nome

do fabricante, número de CA e validade como especificado na NR 6. Durante os processos

de produção dos artefatos de cimento, uso das prensas e betoneiras na fábrica, nenhum

operário apresentava-se utilizando todos os EPI’s necessários (protetores auriculares,

máscaras, luvas, calçados, óculos e capacete de segurança) para o trabalho que estava

executando contrariando o que deve ser seguindo segundo a NR 6. Ainda, apenas dois dos

oito operários foram identificados usando calçados de segurança, sendo que apenas um

deles possuía o uniforme da empresa.

Como constatado pela figura 5.14 que na fábrica havia um capacete de segurança, porém,

não era usado por nenhum operário, servindo de uso para medição da quantidade de água

na preparação da massa.

Na Fábrica D, durante os processos de produção dos artefatos de cimento e uso de

betoneira na fábrica, nenhum dos operários apresentava-se utilizando todos os EPI’s

necessários para o trabalho que estava executando, contrariando o que deve ser seguindo

segundo a NR 6, os operários atuam sem nenhum EPI e com vestimentas próprias, sem

uniforme (figura 5.16b).

Figura 5.14 – Utilização inadequada do capacete de segurança (Fábrica A)

Figura 5.15 – Operador da prensa para blocos utilizando protetor auricular (Fábrica A)

Fonte: Autor, 2016 Fonte: Autor, 2016

Nas Fábricas B, C e E, durante a produção dos artefatos de cimento, nenhum operário

apresentava-se utilizando todos os EPI’s necessários para o trabalho que estava

67

Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA

executando contrariando o que deve ser seguindo segundo a NR 6. Na fábrica B, apenas

um operário foi observado usando algum EPI, apesar da falta de luvas, capacete, óculos,

uniforme e máscara respiratória, o trabalhador utilizava calçados de segurança.

Na Fábrica C apenas um operário utilizava uniforme da empresa, porém sem luvas,

capacetes, óculos, máscaras ou calçados de segurança como visto na figura 5.16 (a).

Figura 5.16 – Falta do uso de EPI’s

(a) Fábrica C (b) Fábrica D

Fonte: Autor, 2016

5.10 . ERGONOMIA

A seguir é descrito as análises referentes a ergonomia nas fábricas, para as áreas de

comercialização e também referente as operações que os operários executavam.

Quadro 5.9– Análise referente a ergonomia nas fábricas de artefatos de cimento

FÁBRICA A

- Boas práticas

As áreas dos setores de comercialização da fábrica apresentam assentos

acolchoados com recosto de bordas curvas.

As escrivaninhas possuem área ampla de trabalho, fácil alcance e

visualização pelo trabalhador e boas condições de higiene e organização

como manda a NR 17 (figura 5.17a).

O operador da prensa para blocos mantinha postura adequadamente ereta

durante a execução de seu posto de trabalho.

- Oportunidade de Melhorias

Os assentos da área de comercialização não possuem altura ajustável.

Os trabalhadores ao realizar os serviços de preparação da massa, ou

transporte de cargas e uso da betoneira, mantinham suas costas curvadas

68

Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016

como visto na figura 5.18a, podendo causar problemas à coluna, dores físicas

ou doenças ocupacionais.

Nenhum dos postos de trabalho do setor de produção havia assentos para

descanso, caso o operário sentisse a necessidade de se sentar, este se

apoiava em qualquer objeto ou no chão.

FÁBRICA B

- Boas práticas

As escrivaninhas possuem área ampla de trabalho, fácil alcance e

visualização pelo trabalhador.

- Oportunidade de melhorias

Todos os assentos dos setores de comercialização da fábrica não

apresentam superfície acolchoada com recosto de bordas curvas e altura

ajustável.

As ferramentas do processo produtivo são encontradas dispersas na área de

comercialização limitando a movimentação do trabalhador.

Os trabalhadores ao realizar a preparação da massa e transporte de carga,

mantinham suas costas curvadas, podendo causar problemas à coluna, dores

físicas e doenças ocupacionais (figura 5.18b).

Nenhum dos postos de trabalho do setor de produção havia assentos para

descanso

FÁBRICA C

- Boas práticas

As áreas dos setores de comercialização da fábrica apresentam assentos

acolchoados e de bordas curvas.

As escrivaninhas possuem área ampla de trabalho, fácil alcance e

visualização pelo trabalhador como manda a NR 17.

Durante a preparação da massa para produção dos artefatos, os operários

mantinham postura ereta das costas.

- Oportunidade de melhorias

Os assentos da área de comercialização não possuem altura ajustável.

Ferramentas do processo de produção são encontradas espalhadas pelo

setor de comercialização

Levantamento de carga de forma inadequada e postura das costas curvada

(figura 5.18c).

Nenhum dos postos de trabalho do setor de produção havia assentos para

descanso.

FÁBRICA D

- Boas práticas

As áreas dos setores de comercialização da fábrica apresentam assentos

acolchoados com recosto de bordas curvas, e o assento destinado ao

trabalhador possui altura ajustável.

As escrivaninhas disponibilizam área ampla de trabalho, fácil alcance e

visualização pelo trabalhador como manda a NR 17 (figura 5.17b).

69

Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA

- Oportunidade de melhorias

Os trabalhadores ao realizar os trabalhos na fábrica de preparação da massa,

uso da betoneira e transporte de cargas, mantinham suas costas curvadas

como visto na figura 5.18d, podendo causar problemas à coluna, dores

físicas, doenças ocupacionais e até perda da capacidade produtiva.

Nenhum dos postos de trabalho do setor de produção havia assentos para

descanso destinado aos trabalhadores.

FÁBRICA E

Oportunidade de melhorias

A fábrica não continha setor de comercialização para análise.

Os trabalhadores ao realizar a preparação da massa e transporte de carga,

mantinham suas costas curvadas, como visto na figura 5.18e, podendo

causar problemas à coluna, dores físicas ou doenças ocupacionais.

Nenhum dos postos de trabalho do setor de produção havia assentos para

descanso.

Fonte: Autor, 2016

As figuras a seguir registram alguns dos itens citados no quadro 5.9 para as fábricas

estudadas.

Figura 5.17 – Setor de comercialização das fábricas de artefatos de cimento

(a) Fábrica A (b) Fábrica D

Fonte: Autor, 2016

Figura 5.18 – Postura das costas dos operários curvada durante os trabalhos executados

(a) Fábrica A

70

Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016

(b) Fábrica B (c) Fábrica C

(d) Fábrica D (e) Fábrica E

Fonte: Autor, 2016

5.11 SINALIZAÇÃO

Em nenhuma das cinco fábricas estudadas havia qualquer sinalização contra risco de

acidentes com máquinas ou equipamentos, risco de choque elétrico, queda ou lesão no

ambiente de trabalho, ruído excessivo nem de incentivo ao uso de EPI.

5.12 MAPA DE RISCO

Para cada fábrica foi elaborado um mapa de risco, apontando os principais locais em que os

operários estão aos riscos detectados.

Na fábrica A, a maior diversidade de riscos a segurança foram encontrados nos locais de

produção de artefatos, apresentando nível de ruído consideravelmente alto como explicitado

anteriormente e, arranjo físico inadequado.

71

Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA

Figura 5.19 – Mapa de risco da Fábrica A

Fonte: Autor, 2016

Figura 5.20 – Mapa de risco da Fábrica B

Fonte: Autor, 2016

72

Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016

Na fábrica B, a maior dissemelhança dos riscos avaliados é encontrada nos setores de

produção e armazenamento, identificados principalmente riscos relacionados ao arranjo

físico inadequado das instalações da fábrica.

Figura 5.21 – Mapa de risco da Fábrica C

Fonte: Autor, (2016)

Na fábrica C, os riscos mais identificados foram os riscos de acidentes sendo localizados

nos setores de produção e armazenamento e em suas proximidades.

Figura 5.22 – Mapa de risco da Fábrica D

Fonte: Autor, 2016

73

Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA

Na fábrica D, os riscos mais identificados foram os riscos de acidentes, devido ao arranjo

físico inadequado, ferramentas e artefatos produzidos espalhados pelo piso, onde a maior

diversidade de riscos a segurança é encontrada no setor de operação da betoneira.

Figura 5.23 – Mapa de risco da Fábrica E

Fonte: Autor, (2016)

Na fábrica E, por toda a fábrica foram encontrados riscos de acidentes, e a maior

diversidade dos riscos a segurança é localizado nos setores de produção.

Enfim, percebe-se através dos mapas de risco que em todas as fábricas os locais onde

havia maior diversidade de riscos a segurança são os setores de produção, onde

comumente encontram-se ferramentas e artefatos espalhados pelo arranjo físico, além de

níveis de ruído excessivos, exposição ao calor, posturas inadequadas dos operários e a falta

de proteção contra incêndios e de uso equipamentos de proteção individual.

5.13 ANÁLISE GERAL

Das fábricas avaliadas, foram atendidas 21,7 % das exigências aplicáveis a partir da

ferramenta de avaliação. Alguns itens, como os referentes às instalações elétricas, proteção

contra incêndios, características dos EPI’s e ao manuseio da prensa ou betoneira, não

puderam ser avaliados em algumas fábricas devido à falta destas máquinas ou

equipamentos, assim como, também, áreas de vivência, que não foi encontra em nenhuma

74

Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016

das fábricas. Os itens não aplicáveis correspondem a 47,2 % dos itens da ferramenta de

avaliação.

A figura a seguir apresenta as notas de índice de cumprimento da ferramenta de avaliação

de segurança, de cada fábrica, numa escala de 0 a 10. Pode-se perceber que as notas não

ultrapassaram 3 pontos, indicando um baixo desempenho em todas as cinco empresas

estudadas.

Figura 5.24 – Notas do índice de cumprimento da ferramenta de avaliação em segurança nas fábricas de artefatos de cimento

Fonte: Autor, 2016

A fábrica que recebeu maior nota foi a Fábrica D (nota 2,6), que dentre todas as fábricas foi

a única que possuía chuveiro e energia elétrica nas instalações sanitárias, também, a única

a dispor de área para estocagem de materiais produzidos e um painel elétrico em boas

condições de uso, o setor de comercialização era dotado de condições mínimas de conforto

e boas condições de higiene representando boas práticas nesse quesito, porém apesar

destes fatores, não possuía áreas de vivência e proteção contra incêndios, a organização da

área de produção e armazenamento no que se refere as ferramentas utilizadas, resíduos da

produção e artefatos produzidos representava um fator de risco de acidentes para os

operários e, também, a empresa não disponibilizava EPI algum aos trabalhadores.

A menor nota dentre as fábricas foi a Fábrica B (nota 1,7) que atuava em situações muito

precárias, sem instalações sanitárias, áreas de vivência, proteção contra incêndios e

fornecimento de energia elétrica, durante a produção dos artefatos de cimento os operários

ficavam expostos à radiação solar sem utilizar nenhum EPI que o empregador também não

disponibilizava, o setor de comercialização da empresa encontrava-se desorganizado e em

meio as ferramentas de trabalho, e não atendiam a todas as condições mínimas que a

norma exige para um conforto ergonômico.

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

FÁBRICAA

FÁBRICAB

FÁBRICAC

FÁBRICAD

FÁBRICAE

2,41,7

2,12,6

1,8

75

Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA

A figura 5.25 expõe as notas gerais das fábricas de artefatos de cimento em Cruz das Almas

– BA por categorias, agrupadas em arranjo físico, instalações elétricas, proteção contra

incêndio, instalações sanitárias, áreas de vivência, EPI’s e ergonomia. Em nenhuma das

fábricas foi localizado refeitórios ou vestiários ou qualquer sistema de proteção contra

incêndios, sendo este último, a categoria mais precária nas condições de segurança,

recebendo nota ZERO. A distribuição e uso de EPI’s também possui nota muito baixa (nota

0,2), nenhum empregador disponibiliza a quantidade de EPI’s suficientes para todos os

trabalhadores e quando há algum EPI disponível, os operários não recebem instruções

quanto ao uso e conserva do equipamento, que muitas vezes não é utilizado ou é usado

para outros propósitos.

Figura 5.25 – Índice geral de cumprimento da ferramenta de avaliação nas fábricas de artefatos de cimento por categorias

Fonte: Autor, 2016

Quanto às instalações elétricas, sanitárias e as condições do arranjo físico das fábricas,

também receberam notas baixas não ultrapassando (4,1), em algumas empresas as

máquinas eram ligadas no mesmo circuito, e não possuindo dispositivos de parada de

emergência. As instalações sanitárias na maioria dos casos, não estavam em boas

condições de higiene, ou sendo muito apertadas (menores que 1 m2), sem instalações

elétricas, e havendo falta de vários requisitos da NR 18, como lavatórios, chuveiros e

mictórios, não havendo portas também.

O arranjo físico, que recebeu nota (2,2), em todas as fábricas possuíam ferramentas,

resíduos e artefatos produzidos expostos pelo piso, havendo o risco de choque ou queda

devido a má organização desses objetos, em alguns casos, os materiais utilizados na

produção dos artefatos e os produtos finalizados obstruíam as passagens e as vias de

circulação dentro das fábricas.

0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0% 90,0%100,0%

ERGONOMIA

EPI

ÁREAS DE VIVÊNCIA

INSTALAÇÕES SANITÁRIAS

PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

ARRANJO FÍSICO

54%

2%

0%

41%

0%

26%

22%

76

Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016

A categoria que recebeu maior nota foi ergonomia (5,4), das observações durante os

trabalhos nas fábricas, os operários mantinham suas costas curvadas durante os trabalhos

executados e postura inadequada no levantamento de cargas, entretanto algumas

instalações dos setores de comercialização possuíam boas condições, adequadas a um

conforto ergonômico.

5.14 POSSÍVEIS SOLUÇÕES AOS PROBLEMAS DETECTADOS

A partir da relação de oportunidade de melhorias apresentada, pode-se determinar algumas

possíveis soluções a serem implementadas pelos proprietários das fábricas. De forma geral,

essas sugestões podem ser realizadas a curto prazo, sem a necessidade de grandes

investimentos financeiros.

5.14.1 Arranjo Físico

Reorganização das áreas de armazenamento e produção, mantendo locais

específicos para cada finalidade.

Criação de área específica para armazenamento das ferramentas utilizadas.

Retirada de resíduos da produção de dentro das instalações da fábrica,

transportando-os para áreas específicas de despejo na cidade.

Retirada de materiais em frente à fábrica que possam estar obstruindo vias de

circulação e o acesso ao painel elétrico

Aumento da largura das vias de circulação inadequadas.

Nivelar o piso das fábricas.

Retirada de automóveis e animais das instalações das fábricas.

Instalação de EPC, tais como guarda-corpos em locais de desnível do solo e inserir

sinalizações visuais.

5.14.2 Instalações Elétricas

Instalação de painel elétrico fechado, com disjuntores para cada circuito.

77

Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA

Restrição do acesso ao painel elétrico a pessoas não autorizadas, mantendo sua

localização distanciada de vias de circulação, porém, de fácil visualização em caso

de emergência.

Manter emendas de fios condutores isoladas com fita isolante.

Manter os fios condutores em caneletas.

5.14.3 Máquinas e Equipamentos

Desobstrução do acesso ao dispositivo de parada/partida das máquinas.

Manter os fios condutores das máquinas fora do contato com as intempéries e de

materiais úmidos.

Manter as ferramentas dos processos de produção armazenadas em local

específico.

5.14.4 Proteções Contra Incêndios

Instalação de alarme de incêndio, e extintores nas áreas de produção e no setor de

comercialização das fábricas.

5.14.5 Condições Insalubres

Instalação de cobertura em áreas de exposição ao sol.

Manter recipientes que contém água parada cobertos.

Uso de EPI’s pelos operários evitando o contato do cimento com a pele.

5.14.6 Instalações Sanitárias

Instalação e manutenção das instalações sanitárias, mantendo-as em boas

condições de higiene, aderir iluminação elétrica e chuveiro, com porta, possuindo

sistema de fechamento, piso e paredes laváveis.

78

Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016

5.14.7 Equipamento de Proteção Individual

Compra e fornecimento de EPI’s a todos os operários, necessários para as

operações das fábricas, como capacetes, óculos, luvas e botas de segurança,

protetores auriculares, máscaras e uniformes, posteriormente instruindo-os sobre a

forma correta de uso, guarda e conservação destes equipamentos.

5.14.8 Ergonomia

Disponibilizar assentos para descanso nas áreas de produção das fábricas.

Trocar assentos das áreas de comercialização que não possuem superfície

acolchoada e altura ajustável.

Reorganização dos setores de comercialização, retirando ferramentas de produção

dos artefatos, no local.

Orientar os operários a manterem a postura adequada das costas durante os

processos de trabalho.

5.14.9 Sinalizações

Instalação de placas de sinalização e advertência quando ao uso de EPI.

Instalação de placas de sinalização e advertência quanto ao risco de choque elétrico.

Instalação de placas de sinalização e advertência quanto ao risco de ruído

excessivo.

Instalação de placas de sinalização e advertência quanto ao risco de queda e

acidentes.

Instalação de placas sinalizando as áreas de circulação.

Instalação de placas sinalizando a saída de emergência.

79

Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

6.1 CONCLUSÃO

Das fábricas de artefatos de cimento estudadas, todas obtiveram baixo índice de

cumprimento dos requisitos de segurança através da ferramenta de verificação,

apresentando valor correspondente menor que a metade dos itens verificados. A falta do

uso de EPI’s é o principal problema encontrado nessas empresas.

Além do não fornecimento dos EPI’s, outros problemas de segurança estão presentes nas

instalações das empresas, como a inexistência de proteção contra incêndios, exigido pela

NR 23 e que toda fábrica deve possuir, o arranjo físico inadequado que favorece o risco de

acidentes devido à quantidade e disposição de ferramentas, materiais e resíduos

depositados em diversos locais das fábricas, além das diferenças de altura do solo sem

proteção e o piso desnivelado que podem aderir problemas de ergonomia aos operários

durante o transporte de cargas.

De modo geral, os problemas mais comuns nas fábricas de artefatos de cimento de Cruz

das Almas – BA, relacionados à segurança do trabalho, são:

Falta de proteção contra incêndios;

Falta de distribuição de EPI pelas empresas e de uso pelos operários;

Arranjo físico da planta inadequado;

Uso de espaço público para armazenamento de materiais;

Postura de trabalho dos operários inadequada;

Instalações sanitárias precárias.

Pode atribuir que a grande deficiência dessas empresas é em parte devido à precária

atuação dos setores públicos de fiscalização nestes estabelecimentos, que não atuam

vigorosamente cobrando de seus proprietários os cuidados para com a segurança.

Além disso, mesmo com o grau de risco classificado pela Norma Regulamentadora 4 que

informa que fábricas de artefatos de cimento possuem grau de risco quatro, e sendo o maior

valor atribuído aos riscos de segurança segundo esta norma, não é necessário a aplicação

de um SESMT devido a baixa quantidade de operários nas fábricas de artefatos de cimento

estudadas, menos de cinquenta, mínimo necessário como é especificado na NR 4. Porém

80

Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016

pode ser aplicado um PPRA e um CIPA a estas empresas, ficando a critério do empregador,

enquanto um PCMAT é apenas aplicável a obras de construção civil.

Enfim, ao finalizar esta pesquisa infere-se que as fábricas de artefatos de cimento

estudadas de Cruz das Almas – BA possuem condições de segurança insatisfatórias, sendo

necessárias modificações no ambiente de trabalho e o incremento de sistemas de

segurança, conforme exige as Normas Regulamentadoras.

6.2 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS

Análise dos custos que as fábricas de artefatos de cimento de Cruz das Almas terão

para implementar todos os requisitos de segurança que as Normas

Regulamentadoras exigem.

Diagnóstico de gestão de resíduos em fábricas de artefatos de cimento do município

de Cruz das Almas e formas de reaproveitamento destes materiais.

Avaliação da qualidade dos artefatos de cimento produzidos nas fábricas de Cruz

das Almas.

Análise de custos nas fábricas de artefatos de cimento de Cruz das Almas,

identificando medidas de melhorias nessas empresas.

81

Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA

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Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA

APÊNDICE A – Ferramenta de Avaliação de Segurança em

Fábricas de Artefatos de Cimento

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Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS - CAMPUS DE CRUZ DAS ALMAS-BA

GRUPO DE PESQUISA: CARACTERIZAÇÃO DAS FÁBRICAS DE ARTEFATOS DE CIMENTO DE CRUZ DAS ALMAS-BA

Data:

Horário:

Preenchido por:

Empresa:

Orientador da Pesquisa:

Número de operários:

Equipamentos disponíveis:

Ferramentas disponíveis:

ÍNDICE DE CUMPRIMENTO DA NR 12 E NR 10 E BOAS PRÁTICAS EM SEGURANÇA DO TRABALHO

MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

A) DO ARRANJO FÍSICO

A.1) ÁREAS EXTERNAS S N NA

A.1.1) Há identificação do nome da fábrica

A.1.2) Há identificação do telefone para contato da fábrica

A.1.3) A fábrica possui registros de ocorrência de acidentes

A.1.4) Há placas informando ao público a quanto tempo a fábrica não possui ocorrência de acidentes

A.1.5) A calçada na frente da fábrica está desobstruída

A.1.6) A empresa não utiliza o espaço público para estoque de materiais

OBS:

A.2) ÁREAS INTERNAS S N NA

A.2.1) A área de produção é separada da área de comercialização

A.2.2) As áreas de circulação estão desobstruídas (NR 12)

A.2.3) Os pisos dos locais de trabalho das áreas de circulação estão limpos e livres de objetos, ferramentas e quaisquer materiais que ofereçam riscos de acidentes (NR 12)

A.2.4) As áreas de armazenamento de materiais estão projetadas, dimensionadas e mantidas de forma que os trabalhadores se movimentem com segurança (sem risco de sofrer cortes e quedas) (NR 12)

A.2.5) Os espaços em torno das máquinas estão projetados, dimensionados e mantidos de forma que os trabalhadores se movimentem com segurança (NR 12)

A.2.6) Os pisos dos locais de trabalho onde se instalam máquinas e equipamentos estão limpos e livres de objetos, ferramentas e quaisquer materiais que ofereçam riscos de acidentes (NR 12)

A.2.7) Os materiais utilizados no processo produtivo estão alocados em áreas específicas de armazenamento (NR 12)

87

Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA

A.2.8) Há placas de advertências quanto à existência de áreas perigosas

A.2.9) Há placas de advertências quanto ao uso obrigatório de EPI's

A.2.10) Os fios condutores estão em locais livres do trânsito de pessoas e equipamentos, de modo que está preservada sua isolação (NR 12)

A.2.11) As vias principais de circulação nos locais de trabalho e as que conduzem às saídas têm no mínimo, 1,20 m (um metro e vinte centímetros) de largura (NR 12)

A.2.12) Nos locais de instalação de máquinas e equipamentos, as áreas de circulação estão demarcadas

A.2.13) As máquinas estacionárias possuem medidas preventivas quanto à sua estabilidade de modo que não se movimentem (travas de segurança) (NR 12)

A.2.14) As máquinas e equipamentos possuem bloqueio que impeça o acionamento por pessoas não autorizadas (NR 12)

A.2.15) Existe local de estocagem específico para os produtos finalizados

OBS:

B) ELETRICIDADE

B.1) INSTALAÇÕES ELÉTRICAS S N NA

B.1.1) As instalações elétricas das máquinas e equipamentos que estejam ou possam estar em contato direto ou indireto com água ou agentes corrosivos estão projetadas com meios e dispositivos que garantem seu isolamento (NR 10)

B.1.2) As instalações elétricas das máquinas estão aterradas (NR 10)

B.1.3) Na fábrica há registro de inspeções das instalações elétricas

B.1.4) Os fios condutores estão em locais livres do trânsito de pessoas e equipamentos, de modo que está preservada sua isolação (NR 10)

B.1.5) As redes de alta tensão estão protegidas de modo a evitar contatos acidentais com veículos, equipamentos e trabalhadores (NR 10)

B.1.6) As emendas e derivações dos condutores são executadas de modo que assegurem a resistência mecânica e contato elétrico (NR 10)

B.1.7) Os plugs das tomadas estão em boas condições de uso

B.1.8) As áreas onde há instalações ou equipamentos elétricos estão dotadas de proteção contra incêndio e explosão

B.1.9) Os circuitos elétricos são protegidos contra impactos mecânicos (NR 10)

B.1.10) Os circuitos elétricos são protegidos contra umidade e agentes corrosivos (NR 10)

OBS:

B.2) OS CONDUTORES S N NA

B.2.1) Estão localizados de forma que não entrem em contato com cantos vivos ou partes móveis (NR 10)

B.2.2) Estão em boas condições de uso

B.2.3) Os condutores possuem isolamento

B.2.4) Os condutores elétricos oferecem resistência mecânica compatível com a sua utilização

B.2.5) São constituídos de materiais que não propagem o fogo

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Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016

B.2.6) Estão em local adequado

B.2.7) Estão em local que não impede a movimentação de pessoas

B.2.8) Estão em local que não impede a movimentação de materiais

B.2.9) Estão em local que não impede a operação de máquinas

OBS:

B.3) PAINÉIS ELÉTRICOS S N NA

B.3.1) A fábrica é dotada de painel elétrico fechado

B.3.1.1) Os painéis elétricos são mantidos trancados

B.3.2) A fábrica é dotada de painel elétrico de maneira a acoplar todos os circuitos

B.3.3) Junto a cada disjuntor há identificação do circuito/equipamento correspondente (NR 10)

B.3.4) Estão em bom estado de conservação

B.3.5) A localização dos painéis elétricos está desobstruída

B.3.6) Sua localização permite apenas o acesso de pessoas autorizadas

B.3.7) Estão sinalizados quanto ao perigo de choque elétrico

B.3.8) Os painéis elétricos estão sendo de uso exclusivo para serviços de eletricidade (não está sendo usado para guardar objetos ou demais usos diferentes de sua finalidade principal)

B.3.9) As condições atuais dos painéis elétricos estão aptas para funcionamento, não havendo fios desencapados ou dispositivos quebrados

OBS:

B.4) AS SINALIZAÇÕES S N NA

B.4.1) Há placas de advertências quanto ao risco de choque elétrico

B.4.2) As máquinas, equipamentos possuem sinalização de segurança sobre exposição de riscos

B.4.2.1) Estão destacadas na máquina ou equipamento

B.4.2.2) As sinalizações das máquinas e equipamentos estão em local visível

B.4.2.3) As sinalizações das instalações elétricas estão em local visível

B.4.2.4) As sinalizações das máquinas e equipamentos são de fácil compreensão

B.4.2.5) As sinalizações das instalações elétricas são de fácil compreensão

OBS:

B.5) SISTEMA DE SEGURANÇA S N NA

B.5.1) As zonas de perigos das máquinas e equipamentos possuem sistemas de segurança como proteções fixas ou móveis (NR 12)

B.5.2) As máquinas e equipamentos possuem comandos elétricos ou interfaces de segurança (Relé/CLP de segurança) (NR 12)

B.5.3) Possuem dispositivos de intertravamento (chaves de segurança) (NR 12)

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Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA

B.5.4) As máquinas e equipamentos possuem proteções fixas ou móveis de modo a promover segurança (NR 12)

B.5.4.1) As proteções das máquinas e equipamentos são constituídas de materiais resistentes (NR 12)

B.5.4.2) As proteções das máquinas e equipamentos possuem fixação firme e garantia de estabilidade (NR 12)

B.5.4.3) As proteções das máquinas e equipamentos impedem o acesso à zona de perigo (NR 12)

B.5.4.4) As proteções das máquinas e equipamentos não possuem arestas ou extremidades cortantes (NR 12)

OBS:

B.6) DISPOSITIVOS DE PARTIDA, ACIONAMENTO E PARADA S N NA

B.6.1) Estão projetados e instalados de modo que não se localizem em suas zonas perigosas (NR 12)

B.6.2) Estão projetados e instalados de modo que possam ser acionados ou desligados em caso de emergência por outra pessoa que não seja o operador (NR 12)

B.6.3) Estão projetados e instalados de modo que impeçam acionamento ou desligamento involuntário pelo operador ou por qualquer outra forma acidental (NR 12)

B.6.4) Estão projetados e instalados de modo que não acarretem riscos adicionais (NR 12)

OBS:

B.7) DISPOSITIVOS DE PARADA DE EMERGÊNCIA S N NA

B.7.1) As máquinas estão equipadas com um ou mais dispositivos de parada de emergência (NR 12)

B.7.1.1) Estão posicionados em locais de fácil acesso pelos operadores em seus postos de trabalho e por outras pessoas (NR 12)

B.7.1.2) Estão posicionados em locais de fácil visualização pelos operadores em seus postos de trabalho e por outras pessoas (NR 12)

B.7.1.3) Estão posicionados em locais permanentemente desobstruídos (NR 12)

B.7.1.4) Suportam as condições de operação previstas (NR 12)

B.7.1.5) Suportam as influências do meio (poeira, sujeira)

B.7.1.6) Possuem acionadores projetados para fácil atuação do operador ou outros que possam necessitar da sua utilização (NR 12)

B.7.1.7) Prevalecem sobre todos os outros comandos (NR 12)

B.7.1.8) Provocam a parada da operação ou processo perigoso imediatamente (NR 12)

B.7.1.9) São mantidos em perfeito estado de funcionamento (NR 12)

OBS:

ÍNDICE DE CUMPRIMENTO DA NR 23 E BOAS PRÁTICAS EM SEGURANÇA DO TRABALHO

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Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016

PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS

Não há na fábrica bitucas de cigarro descartadas em locais inadequados

Não há na fábrica papéis descartados em locais inadequados

Não há na fábrica materiais inflamáveis armazenados em locais inadequados (que oferecem risco de incêndio)

A) DO DEVER DA EMPRESA S N NA

A.1) A fábrica possui proteção contra incêndio (extintores) (NR 23)

A.2) A fábrica possui proteção contra incêndio (hidrantes) (NR 23)

A.3) A fábrica possui proteção contra incêndio (springlers) (NR 23)

A.4) A fábrica possui proteção contra incêndio (portas corta-fogo) (NR 23)

OBS:

B) DOS EXTINTORES

Há na fábrica registros das condições dos extintores

B.1) TIPOS S N NA

B.1.1) Quantidade de extintores _______________________________________

B.1.2) A fábrica possui extintores do tipo constituídos por água pressurizada(para incêndios de classe A, que possuem como combustível, madeira, papel, tecidos, borracha)

B.1.3) A fábrica possui extintores do tipo constituídos por pó químico BC (bicarbonato de sódio) (para incêndios de classe B e C, ocorridos a partir de líquidos inflamáveis ou equipamentos elétricos)

B.1.4) A fábrica possui extintores do tipo constituídos por pó ABC (fosfato monoamônico) (para incêndios de classe A, B e C)

B.1.5) A fábrica possui extintores do tipo constituídos por gás carbônico (CO2 – dióxido de carbono) (para incêndios de classe B e C)

B.1.6) A fábrica possui extintores do tipo constituídos por espuma (para incêndios classe A e B)

OBS:

B.1) LOCALIZAÇÃO S N NA

B.1.1) Os extintores estão em locais de fácil visualização (NR 23)

B.1.2) As unidades extintoras estão instaladas em altura compatível (sua parte superior a não mais que 1,60 metros do piso) com a população, facilitando assim seu manuseio e utilização (NR 23)

B.1.3) Os extintores estão em locais de fácil acesso (não localizados nas paredes das escadas, nem obstruídos por pilhas de materiais) (NR 23)

B.1.4) Os extintores estão em locais onde haja menos probabilidade de o fogo bloquear o seu acesso (NR 23)

B.1.5) As unidades extintoras estão protegidas contra intempéries e/ou danos físicos potenciais (NR 23)

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Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA

OBS:

B.2) SINALIZAÇÃO S N NA

B.2.1) Os locais destinados aos extintores estão assinalados por um círculo vermelho ou por uma seta larga, vermelha, com bordas amarelas (NR 23)

B.2.2) Há indicação pintada de vermelho no piso abaixo da localização do extintor indicando a área (1 metro quadrado) correspondente ao mesmo (NR 23)

B.2.3)A indicação no piso da área do extintor está desobstruída (NR 23)

B.2.4)Há alarmes de incêndio nas instalações da fábrica (NR 23)

B.2.5) Existem indicações e sinalização de advertência dos riscos nos locais identificados como potenciais iniciadores de um incêndio (NR 23)

B.2.5.1) A sinalização tem apelo visual e está disposta em locais que permitem a sua pronta identificação (NR 23)

OBS:

ÍNDICE DE CUMPRIMENTO DA NR 15 E NR 18 E BOAS PRÁTICAS EM SEGURANÇA DO TRABALHO

A)CONDIÇÕES INSALUBRES DE TRABALHO S N NA

Há iluminação suficiente para realização dos trabalhos dos operários

Os operários estão protegidos da radiação solar

A.1) RUÍDO S N NA

A.1.1) Não há presença de ruído contínuo ou intermitente (NR 15)

A.1.1.2) Caso houver: Nível de ruído _______________________________________

A.1.1.3) Período de exposição diário do operário ao ruído ____________________________________

A.1.2) Não há presença de ruído de impacto (NR 15)

A.1.2.1) Caso houver: Nível de ruído _______________________________________

A.1.2.2) Período de exposição diário do operário ao ruído ____________________________________

A.1.3) O nível de ruído contínuo não ultrapassa o limite máximo estabelecido pela norma, de 115 dB (NR 15)

A.1.4) O nível de ruído de impacto não ultrapassa o limite máximo estabelecido pela norma, de 130 dB (NR 15)

A.1.5) Há placas de advertências quanto ao risco de ruído excessivo

A.1.6) Há placas de advertência quando ao uso de EPI adequado (protetores auriculares) ao risco de ruído excessivo

OBS:

A.2) AGENTES QUÍMICOS/BIOLÓGICOS S N NA

92

Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016

A.2.1) Os operários estão protegidos da exposição a poeira (utilizando respiradores para proteção das vias respiratórias)

A.2.2) Os operários estão protegidos da exposição a partículas provenientes da serragem da madeira (utilizando respiradores para proteção das vias respiratórias)

A.2.3) Os operários estão protegidos do contato com o cimento utilizando EPI's adequado (luvas para proteção das mãos, botas de segurança, uniforme)

A.2.4) Os operários estão protegidos do contato com aditivos utilizando EPI's adequado (luvas para proteção das mãos, botas de segurança, uniforme)

A.2.5) Os operários estão protegidos do contato com desmoldantes utilizando EPI's adequado (luvas para proteção das mãos, botas de segurança, uniforme)

A.2.6) Os operários estão protegidos do contato com umidade excessiva utilizando EPI's adequado (luvas para proteção das mãos, botas de segurança, uniforme)

A.2.7) Não há presença de caixas d’águas descobertas

A.2.8) Não há presença de pneus, garrafas vazias, caixas, plásticos ou outros objetos contendo água parada

OBS:

B) DAS INSTALAÇÕES SANITÁRIAS

B.1) CONDIÇÕES S N NA

B.1.1) Existem instalações sanitárias para uso dos operários (NR 18)

B.1.3) Os pisos são impermeáveis(NR 18)

B.1.3) Os pisos são laváveis (NR 18)

B.1.3) Os pisos são de acabamento antiderrapante (NR 18)

B.1.4) As paredes são feitas de material resistente (NR 18)

B.1.4) As paredes são laváveis (NR 18)

B.1.6) Possui ventilação adequada (NR 18)

B.1.6) Possui iluminação adequadas (NR 18)

B.1.7) Situado em locais de fácil e seguro acesso, não sendo permitido um deslocamento superior a 150 (cento e cinquenta) metros do posto de trabalho aos gabinetes sanitários, mictórios e lavatórios (NR 18)

B.1.8) As instalações elétricas estão adequadamente protegidas (NR 18)

B.1.2) São mantidas em perfeito estado de conservação e higiene (NR 18)

OBS:

B.2) LAVATÓRIOS S N NA

B.2.1) Há disponível um lavatório individual ou coletivo, tipo calha, para uso dos operários, na proporção de 1 para 20 (NR 18)

B.2.1.2) Quantidade de lavatórios __________________________________________

B.2.1.3) Ficam a uma altura de 0,90m (noventa centímetros) do piso (NR 18)

B.2.1.4) Possuem espaçamento mínimo entre as torneiras de 0,60m (sessenta centímetros),

93

Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA

quando coletivos (NR 18)

B.2.1.5) Há torneira de metal ou de plástico (NR 18)

B.2.1.6) São ligados diretamente à rede de esgoto (NR 18)

B.2.1.7) Possuem espaçamento mínimo entre as torneiras de 0,60m (sessenta centímetros), quando coletivos (NR 18)

B.2.1.8) Dispõem de recipiente para coleta de papéis usados (NR 18)

OBS:

B.3) VASOS SANITÁRIOS S N NA

B.3.1) Há vaso sanitário individual ou coletivo para uso dos operários, na proporção de 1 para 20 (NR 18)

B.3.1.2) Quantidade de vasos sanitários ______________________________________________

B.3.1.3) Possui caixa de descarga ou válvula automática (NR 18)

B.3.1.4) O local destinado ao vaso sanitário (gabinete sanitário) tem área mínima de 1,00m² (um metro quadrado) (NR 18)

B.3.1.5) Os compartimentos dos gabinetes sanitários são individuais (NR 18)

B.3.1.6) Os compartimentos dos gabinetes sanitários são dotados de portas independentes com sistema de fechamento (NR 18)

B.3.1.7) Os compartimentos dos gabinetes sanitários são dotados de recipiente com tampa para descarte de papéis servidos (NR 18)

OBS:

B.4) MICTÓRIOS S N NA

B.4.1) Há mictório individual ou coletivo, tipo calha, para uso dos operários, na proporção de 1 para 20

B.4.1.2) Quantidade de mictórios ________________________________________

B.4.1.3) São providos de descarga provocada ou automática (NR 18)

B.4.1.4) Localizam-se a uma altura máxima de 0,50m (cinquenta centímetros) do piso (NR 18)

B.4.1.5) Tem revestimento interno de material liso, impermeável e lavável (NR 18)

B.4.1.6) É ligado diretamente à rede de esgoto ou à fossa séptica (NR 18)

OBS:

B.5) CHUVEIROS S N NA

B.5.1) Há chuveiro individual ou coletivo para uso dos operários, na proporção de 1 para 10 (NR 18)

B.5.1.2) Quantidade de chuveiros ______________________________________________

B.5.1.3) Há um suporte para sabonete, correspondente a cada chuveiro (NR 18)

94

Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016

B.5.1.4) Há um suporte para cabide para toalha, correspondente a cada chuveiro (NR 18)

B.5.1.5) Os chuveiros devem são de metal ou plástico (NR 18)

B.5.1.6) Os chuveiros dispõem de água quente (NR 18)

B.5.1.7) Os pisos dos locais onde estão instalados os chuveiros possuem caimento que assegure o escoamento da água para a rede de esgoto (NR 18)

B.5.1.8) Os pisos dos locais onde estão instalados os chuveiros são de materiais antiderrapante (NR 18)

B.5.1.9) A área mínima de cada chuveiro é de 0,80m² (NR 18)

B.5.1.10) Possuem altura 2,10 m do piso (NR 18)

OBS:

C) ÁREAS DE VIVÊNCIA S N NA

As áreas de vivência são mantidas em perfeito estado de conservação, higiene e limpeza (NR 18)

C.1) VESTIÁRIOS S N NA

C.1.1) Há na fábrica vestiários para troca de roupa dos trabalhadores (NR 18)

C.1.1.2) A localização do vestiário não tem ligação direta com o local destinado às refeições (NR 18)

C.1.1.3) Possui paredes de alvenaria, madeira ou material equivalente (NR 18)

C.1.1.4) Possui pisos de concreto, cimentado, madeira ou material equivalente (NR 18)

C.1.1.5) Possui cobertura que proteja contra as intempéries (NR 18)

C.1.1.6) Possui área de ventilação correspondente a 1/10 (um décimo) de área do piso (NR 18)

C.1.1.7) Possui iluminação natural e/ou artificial (NR 18)

C.1.1.8) Possui armários individuais dotados de fechadura ou dispositivo com cadeado (NR 18)

C.1.1.9) Possui pé-direito mínimo de 2,50m (NR 18)

C.1.1.10) São mantidos em perfeito estado de conservação, higiene e limpeza (NR 18)

C.1.1.11) Tem bancos em número para atender aos usuários, com largura mínima de 0,30m x 1,00m para cada chuveiro (NR 18)

OBS:

C.2) LOCAIS PARA REFEIÇÃO S N NA

C.2.1) Há refeitórios, de uso dos funcionários (NR 18)

C.2.1.2) Tem paredes que permitam o isolamento durante as refeições (NR 18)

C.2.1.3) Possui piso de concreto, cimentado ou de outro material lavável (NR 18)

C.2.1.4) Há cobertura que proteja das intempéries (NR 18)

C.2.1.5) Possui capacidade para garantir o atendimento de todos os trabalhadores no horário das refeições (NR 18)

C.2.1.6) Provém de ventilação e iluminação natural e/ou artificial (NR 18)

95

Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA

C.2.1.7) Há lavatório instalado em suas proximidades ou no seu interior (NR 18)

C.2.1.8) Tem assentos em número suficiente para atender aos usuários (NR 18)

C.2.1.9) As mesas possuem tampos lisos e laváveis (NR 18)

C.2.1.10) Há depósito, com tampa, para detritos (NR 18)

C.2.1.11) Não está situado em subsolos ou porões das edificações (NR 18)

C.2.1.12) Não ter comunicação direta com as instalações sanitárias (NR 18)

C.2.1.13) Tem pé-direito mínimo de 2,80m (NR 18)

OBS:

C.3) ÁREAS DE LAZER S N NA

C.3.1) Há área de lazer no canteiro de obras (NR 18)

C.3.2) O refeitório ou outro local é aproveitado como área de lazer, possuindo televisão ou jogos (NR 18)

OBS:

ÍNDICE DE CUMPRIMENTO DA NR 06 E BOAS PRÁTICAS EM SEGURANÇA DO TRABALHO

(EPI)EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

A) DO FORNECIMENTO DOS EQUIPAMENTOS S N NA

A.1) A empresa fornece a todos os visitantes, gratuitamente, capacetes de segurança

A.2) A empresa fornece a todos os visitantes, gratuitamente, óculos de segurança

A.3) A empresa fornece a todos os visitantes, gratuitamente, respiradores para proteção das vias

A.4) A empresa fornece a todos os visitantes, gratuitamente, protetores auriculares

A.5) A empresa fornece a todos os empregados, gratuitamente, capacetes de segurança (NR 06)

A.6) A empresa fornece a todos os empregados, gratuitamente, óculos de segurança (NR 06)

A.7) A empresa fornece a todos os empregados, gratuitamente, respiradores para proteção das vias respiratórias (NR 06)

A.8) A empresa fornece a todos os empregados, gratuitamente, protetores auriculares (NR 06)

A.9) A empresa fornece a todos os empregados, gratuitamente, luvas de segurança para as mãos (NR 06)

A.10) A empresa fornece a todos os empregados, gratuitamente, calçados de segurança (NR 06)

A.11) A empresa fornece a todos os empregados, gratuitamente, vestimentas(uniforme) (NR 06)

A.12) A empresa incentiva o uso do EPI através de placas de sinalização/advertência

A.13) A empresa possui registros de treinamento dos trabalhadores sobre o uso adequado dos EPI's (NR 06)

A.14) A empresa possui registros de substituição dos EPI's quando danificados ou extraviados (NR 06)

96

Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016

A.15) A empresa disponibiliza armários individuais aos operários, para guardar os EPI's fornecidos

OBS:

B) DAS CONDIÇÕES DOS EPI's

B.1) DO NOME DA EMPRESA FABRICANTE OU NOME DO IMPORTADOR

S N NA

B.1.1) O EPI capacete de segurança, apresenta em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome comercial da empresa fabricante, ou, no caso de EPI importado, o nome do importador (NR 06)

B.1.2) O EPI óculos de segurança, apresenta em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome comercial da empresa fabricante, ou, no caso de EPI importado, o nome do importador (NR 06)

B.1.3) O EPI respirador para proteção das vias respiratórias, apresenta em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome comercial da empresa fabricante, ou, no caso de EPI importado, o nome do importador (NR 06)

B.1.4) O EPI protetor auricular, apresenta em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome comercial da empresa fabricante, ou, no caso de EPI importado, o nome do importador (NR 06)

B.1.5) O EPI luvas de segurança para as mãos, apresenta em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome comercial da empresa fabricante, ou, no caso de EPI importado, o nome do importador (NR 06)

B.1.6) O EPI calçados de segurança, apresenta em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome comercial da empresa fabricante, ou, no caso de EPI importado, o nome do importador (NR 06)

OBS:

B.2) DO LOTE DE FABRICAÇÃO S N NA

B.2.1) O EPI capacete de segurança, apresenta em caracteres indeléveis e bem visíveis o número do lote de fabricação (NR 06)

B.2.2) O EPI óculos de segurança, apresenta em caracteres indeléveis e bem visíveis o número do lote de fabricação (NR 06)

B.2.3) O EPI respirador para proteção das vias respiratórias, apresenta em caracteres indeléveis e bem visíveis o número do lote de fabricação (NR 06)

B.2.4) O EPI protetor auricular, apresenta em caracteres indeléveis e bem visíveis o número do lote de fabricação (NR 06)

B.2.5) O EPI luvas de segurança para as mãos, apresenta em caracteres indeléveis e bem visíveis o número do lote de fabricação (NR 06)

B.2.6) O EPI calçados de segurança, apresenta em caracteres indeléveis e bem visíveis o número do lote de fabricação (NR 06)

OBS:

B.3) DO NÚMERO DO CA (CERTIFICADO DE AUTORIZAÇÃO) S N NA

B.3.0) A empresa fornece a todos os operários somente EPI's com CA (NR 06)

B.3.1) NÚMERO S N NA

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Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA

B.3.1.1) O EPI capacete de segurança apresenta em caracteres indeléveis e bem visíveis o número do lote de fabricação (NR 06)

B.3.1.2) O EPI óculos de segurança apresenta em caracteres indeléveis e bem visíveis o número do lote de fabricação (NR 06)

B.3.1.3) O EPI respirador para proteção das vias respiratórias apresenta em caracteres indeléveis e bem visíveis o número do lote de fabricação (NR 06)

B.3.1.4) O EPI protetor auricular apresenta em caracteres indeléveis e bem visíveis o número do lote de fabricação (NR 06)

B.3.1.5) O EPI luvas de segurança para as mãos apresenta em caracteres indeléveis e bem visíveis o número do lote de fabricação (NR 06)

B.3.1.6) O EPI calçados de segurança apresenta em caracteres indeléveis e bem visíveis o número do lote de fabricação (NR 06)

OBS:

B.3.2) VALIDADE S N NA

B.3.2.1) A validade do CA do EPI capacete de segurança encontra-se vigente (NR 06)

B.3.2.2) A validade do CA do EPI óculos de segurança encontra-se vigente (NR 06)

B.3.2.3) A validade do CA do EPI respirador para proteção das vias respiratórias encontra-se vigente (NR 06)

B.3.2.4) A validade do CA do EPI protetores auriculares encontra-se vigente (NR 06)

B.3.2.5) A validade do CA do EPI luvas de segurança para as mãos encontra-se vigente (NR 06)

B.3.2.6) A validade do CA do EPI calçados de segurança encontra-se vigente (NR 06)

OBS:

C) DO OPERÁRIO S N NA

C.1) O empregado utiliza o EPI apenas para a finalidade a que se destina (NR 06)

C.2) Os EPI’s estão sendo guardados em lugares adequados (armários para guarda dos EPI's) (NR 06)

OBS:

D) DO USO DOS EPI'S

D.1) DURANTE A PREPARAÇÃO DA MASSA (PROCESSO MANUAL) S N NA

D.1.1) Os operários utilizam capacetes de segurança (NR 06)

D.1.2) Os operários utilizam óculos de segurança (NR 06)

D.1.3) Os operários utilizam protetores auriculares (NR 06)

D.1.4) Os operários utilizam respiradores para proteção das vias respiratórias (NR 06)

D.1.5) Os operários utilizam vestimentas de segurança que oferecem proteção ao tronco contra riscos de origem mecânica (NR 06)

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Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016

D.1.6) Os operários utilizam vestimentas de segurança que oferecem proteção ao tronco contra riscos de origem meteorológica (NR 06)

D.1.7) Os operários utilizam luvas de segurança (NR 06)

D.1.8) Os operários utilizam calçados de segurança (NR 06)

D.1.9) Os operários utilizam calça de segurança para proteção das pernas (NR 06)

OBS:

D.2) DURANTE O USO DA BETONEIRA S N NA

D.2.1) Os operários utilizam capacetes de segurança (NR 06)

D.2.2) Os operários utilizam óculos de segurança (NR 06)

D.2.3) Os operários utilizam protetores auriculares (NR 06)

D.2.4) Os operários utilizam respiradores para proteção das vias respiratórias (NR 06)

D.2.6) Os operários utilizam vestimentas de segurança que oferecem proteção ao tronco contra riscos de origem mecânica (NR 06)

D.2.7) Os operários utilizam vestimentas de segurança que oferecem proteção ao tronco contra riscos de origem meteorológica (NR 06)

D.2.8) Os operários utilizam luvas de segurança (NR 06)

D.2.9) Os operários utilizam calçados de segurança (NR 06)

D.2.10) Os operários utilizam calça de segurança para proteção das pernas (NR 06)

OBS:

D.3) DURANTE O USO DA PRENSA S N NA

D.3.1) Os operários utilizam capacetes de segurança (NR 06)

D.3.2) Os operários utilizam óculos de segurança (NR 06)

D.3.4) Os operários utilizam protetores auriculares (NR 06)

D.3.5) Os operários utilizam respiradores para proteção das vias respiratórias (NR 06)

D.3.7) Os operários utilizam vestimentas de segurança que oferecem proteção ao tronco contra riscos de origem mecânica (NR 06)

D.3.8) Os operários utilizam vestimentas de segurança que oferecem proteção ao tronco contra riscos de origem meteorológica (NR 06)

D.3.9) Os operários utilizam luvas de segurança (NR 06)

D.3.10) Os operários utilizam calçados de segurança (NR 06)

D.3.11) Os operários utilizam calça de segurança para proteção das pernas (NR 06)

OBS:

D.4) DURANTE A PRODUÇÃO DOS ARTEFATOS DE CIMENTO S N NA

BLOCOS (QUANDO FEITOS MANUALMENTE), POSTES, PISOS, CANALETAS, COBOGÓS, LAJOTAS, MEIO-FIO, ETC

D.4.1) Os operários utilizam capacetes de segurança (NR 06)

D.4.2)Os operários utilizam óculos de segurança (NR 06)

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Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA

D.4.3) Os operários utilizam protetores auriculares (NR 06)

D.4.4) Os operários utilizam respiradores para proteção das vias respiratórias (NR 06)

D.4.6) Os operários utilizam vestimentas de segurança que oferecem proteção ao tronco contra riscos de origem mecânica (NR 06)

D.4.7) Os operários utilizam vestimentas de segurança que oferecem proteção ao tronco contra riscos de origem meteorológica (NR 06)

D.4.8) Os operários utilizam luvas de segurança (NR 06)

D.4.9) Os operários utilizam calçados de segurança (NR 06)

D.4.10) Os operários utilizam calça de segurança para proteção das pernas (NR 06)

OBS:

ÍNDICE DE CUMPRIMENTO DA NR 17 E BOAS PRÁTICAS EM SEGURANÇA DO TRABALHO

ERGONOMIA

A) TRABALHOS EM PÉ

A.1) DURANTE A PREPARAÇÃO DA MASSA (PROCESSO MANUAL) S N NA

A.1.1) Há assentos para descanso (NR 17)

A.1.2) A postura das costas encontra-se ereta durante a execução (NR 17)

A.1.3) Ha espaço suficiente para todas as partes do corpo do trabalhador se movimentar livremente (sem chocar-se com os objetos adjacentes) (NR 17)

OBS:

A.2) DURANTE O USO DA BETONEIRA S N NA

A.2.1) Há assentos para descanso (NR 17)

A.2.2) A postura das costas encontra-se ereta durante a execução (NR 17)

A.2.3) Ha espaço suficiente para todas as partes do corpo do trabalhador se movimentar livremente (sem chocar-se com os objetos adjacentes) (NR 17)

OBS:

A.3) DURANTE O USO DA PRENSA S N NA

A.3.1) Há assentos para descanso (NR 17)

A.3.2) A postura das costas encontra-se ereta durante a execução (NR 17)

A.3.3) Ha espaço suficiente para todas as partes do corpo do trabalhador se movimentar livremente (sem chocar-se com os objetos adjacentes) (NR 17)

OBS:

A.4) DURANTE A PRODUÇÃO DOS ARTEFATOS DE CIMENTO S N NA

BLOCOS (QUANDO FEITOS MANUALMENTE), POSTES, PISOS, CANALETAS, COBOGÓS, LAJOTAS, MEIO-FIO, ETC

A.4.1) Há assentos para descanso (NR 17)

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Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016

A.4.2) A postura das costas encontra-se ereta durante a execução (NR 17)

A.4.3) Há espaço suficiente para todas as partes do corpo do trabalhador se movimentar livremente(sem chocar-se com os objetos adjacentes, ou limitar seus movimentos) (NR 17)

OBS:

B) TRABALHOS SENTADOS S N NA

B) SETOR DE PRODUÇÃO

B.1) As escrivaninhas, mesas, bancadas e os painéis proporcionam ao trabalhador condições de boa postura, visualização e operação(mantendo suas costas eretas) (NR 17)

B.2) As escrivaninhas, mesas, bancadas e os painéis possuem boa área de trabalho de fácil alcance do trabalhador (NR 17)

B.3) As escrivaninhas, mesas, bancadas e os painéis possuem boa área de trabalho de fácil visualização do trabalhador (NR 17)

B.4) Os assentos utilizados nos postos de trabalho tem altura ajustável à estatura do trabalhador (NR 17)

B.5) Os assentos utilizados nos postos de trabalho tem borda frontal e arredondada (NR 17)

B.6) Há espaço suficiente para todas as partes do corpo do trabalhador se movimentar livremente(sem chocar-se com os objetos adjacentes, ou limitar seus movimentos) (NR 17)

OBS:

B) SETOR DE COMERCIALIZAÇÃO S N NA

B.1) Há me escrivaninhas, mesas, bancadas ou painéis, e assentos na área de comercialização

B.1.1) As escrivaninhas, mesas, bancadas e os painéis proporcionam ao trabalhador condições de boa postura, visualização e operação(mantendo suas costas eretas) (NR 17)

B.1.2) As escrivaninhas, mesas, bancadas e os painéis possuem boa área de trabalho de fácil alcance do trabalhador (NR 17)

B.1.3) As escrivaninhas, mesas, bancadas e os painéis possuem boa área de trabalho de fácil visualização do trabalhador (NR 17)

B.1.4) Os assentos utilizados nos postos de trabalho tem altura ajustável à estatura do trabalhador (NR 17)

B.1.5) Os assentos utilizados nos postos de trabalho tem borda frontal e arredondada (NR 17)

B.1.6) Há espaço suficiente para todas as partes do corpo do trabalhador se movimentar livremente(sem chocar-se com os objetos adjacentes, ou limitar seus movimentos) (NR 17)

OBS:

C) TRANSPORTE DE CARGAS S N NA

C.1) No transporte e descarga de materiais o esforço físico realizado pelo trabalhador é compatível com sua capacidade de força (NR 17)

C.2) O caminho executado pelo operário com a carga está desobstruído (NR 17)

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Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA

C.3) O piso do trajeto encontra-se em boa condições(sem buracos, declives ou deformações que possam implicar em queda do funcionário, ou tombamento da carga) (NR 17)

C.5) O trabalhador ao levantar a carga mantém a postura das costas ereta (NR 17)

C.4) Há espaço suficiente para todas as partes do corpo do trabalhador se movimentar livremente durante o transporte(sem chocar-se com os objetos adjacentes, ou limitar seus movimentos) (NR 17)

OBS: