UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA
BACHARELADO EM CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS
ANÁLISE DE SEGURANÇA EM FÁBRICAS DE ARTEFATOS DE
CIMENTO DE CRUZ DAS ALMAS-BA
Elivelton Lopes dos Anjos
Cruz das Almas 2016
Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016
Elivelton Lopes dos Anjos
ANÁLISE DE SEGURANÇA EM FÁBRICAS DE ARTEFATOS DE
CIMENTO DE CRUZ DAS ALMAS-BA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Federal do Recôncavo da Bahia como parte dos requisitos para obtenção do título de Bacharel em Ciências Exatas e Tecnológicas.
Orientadora: Prof. M.Sc. Fernanda Nepomuceno Costa
Cruz das Almas 2016
Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA
Elivelton Lopes dos Anjos
ANÁLISE DE SEGURANÇA EM FÁBRICAS DE ARTEFATOS DE
CIMENTO DE CRUZ DAS ALMAS-BA
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Centro de Ciências Exatas e
Tecnológicas da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, como parte dos
requisitos necessários para a obtenção do título de Bacharel em Ciências Exatas e
Tecnológicas.
Aprovado em: ____/____/____
Banca Examinadora:
______________________________________________________
Orientadora: M.Sc. Fernanda Nepomuceno Costa
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
______________________________________________________
Examinador 1: Dr. Renê Medeiros de Souza
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
______________________________________________________
Examinador 2: Eng. Diana Dayse Mariano de Albuquerque
Universidade Federal de Campina Grande
Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016
“A mente que se abre a uma nova ideia, jamais voltará ao seu tamanho original”.
Albert Einstein
Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA
Dedico a minha mãe, Maria Lucia, a melhor mãe do universo.
Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por me guiar em todos meus anos de estudo, me fortalecendo a cada
dia para que não desistisse e continuasse em busca de conhecimento.
Aos meus pais, Maria Lucia dos Santos Lopes dos Anjos e Julio Cesar Buri dos Anjos,
que desde minha infância me incentivaram a ler e estudar, e tornaram a minha educação
com prioridade em suas vidas.
À minha orientadora Fernanda Nepomuceno Costa, pela dedicação e empenho em
partilhar seu conhecimento comigo, possibilitando que eu pudesse avançar cada vez
mais no desenvolvimento da pesquisa.
Ao meu primo Lucas Buri, que me ajudou e apoiou durante minha pesquisa. Ao professor
Luiz Soares pela grande ajuda, e aos colegas do grupo de pesquisa Artefatos de
Cimento.
Aos meus amigos do Apenas Nós que durante seis semestres estivemos juntos na
UFRB, estudando e alcançando todas as metas almejadas, obrigado pela força.
Aos meus professores, aos membros da banca, e a todos que contribuíram para o meu
conhecimento.
Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA
ANJOS, Elivelton Lopes. Análise de segurança em fábricas de artefatos de cimento
de Cruz das Almas - BA. 2016. Monografia (Graduação). Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia, UFRB, Cruz das Almas.
RESUMO
Atualmente o setor da construção civil está em ápice, nesse contexto, a indústria de
artefatos de cimento, característica por produzir aos mais diversos produtos, desde tubos
de concreto, blocos, telhas, pisos, postes entre outros, também evolui cada vez mais. As
fábricas de artefatos de cimento de Cruz das Almas – BA são de pequeno porte, não
ultrapassando a quantidade de dez operários trabalhando ativamente, dessa forma,
muitos empregadores não preconizam a segurança por ser uma indústria pequena, com
este trabalho foi possível avaliar as condições de seguridade dessas fábricas, a partir da
criação e aplicação de uma ferramenta de avaliação referente a segurança no trabalho,
com base nas Normas Regulamentadoras e boas práticas em segurança, identificando os
problemas e os riscos presentes nestas empresas. Ao fim da pesquisa percebeu-se que
as condições atuais de segurança das fábricas de artefatos de cimento de Cruz das
Almas quanto ao índice de cumprimento das Normas são insatisfatórias, nenhuma das
fábricas obteve nota maior que 3 numa escala de 0 a 10, havendo a necessidade de
algumas adaptações e investimentos em segurança a fim de reduzir os riscos que os
operários estão expostos.
Palavras-chaves: Artefatos de cimento, CIPA, SESMT, Normas Regulamentadoras,
Segurança.
Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016
ANJOS, Elivelton Lopes. Análise de segurança em fábricas de artefatos de cimento
de Cruz das Almas - BA. 2016. Monografia (Graduação). Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia, UFRB, Cruz das Almas.
ABSTRACT
Currently the construction sector is at the apex, in this context, the cement products
industry, characteristic for producing the most diverse products, from concrete pipes,
blocks, tiles, floors, posts among others, also evolves more and more. The Cruz das
Almas cement artifacts plants - BA are small, not exceeding the amount of ten workers
actively working in this way, many employers do not prescribe safety as a small industry,
this work has been possible to assess the conditions security of these plants, from the
development and implementation of an assessment tool related to safety at work, based
on Regulatory Standards and good security practices, identifying the problems and risks
present in these companies. After research it was noticed that the current security
conditions in Cruz das Almas cement artifact factories as the Standards compliance index
are unsatisfactory, none of the plants had a higher score than 3 on a scale from 0 to 10,
with the need for some security improvements and investments in order to reduce the
risks that workers are exposed.
Keywords: Cement Artifacts , CIPA , SESMT , Regulatory Standards , Security.
Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA
LISTA DE FIGURAS
Figura 2.1 - Capacete de segurança .................................................................................................. 23
Figura 2.2 - Óculos de proteção .......................................................................................................... 23
Figura 2.3 - Máscara para proteção respiratória ............................................................................. 24
Figura 2.4 - Protetor auricular tipo plug.............................................................................................. 24
Figura 2.5 - Abafador de ruído tipo concha ....................................................................................... 24
Figura 2.6 - Luvas de segurança do tipo: Latex, PVC, Raspa e Borracha ................................... 24
Figura 2.7 - Bota de segurança de couro .......................................................................................... 25
Figura 2.8 - Bota de PVC cano longo 7 léguas ................................................................................ 26
Figura 2.9 - Exemplo de guarda-corpo .............................................................................................. 27
Figura 2.10 - Guarda-corpo isolando abertura no piso .................................................................... 27
Figura 2.11 - Guarda-Corpo isolando área energizada ................................................................... 28
Figura 3.1 - Sinalização no piso abaixo da localização do extintor ............................................... 36
Figura 3.2 - Sinalização da localização do extintor .......................................................................... 36
Figura 3.3 - Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente ......................................... 40
Figura 3.4 - Postura adequada do corpo ao levantar cargas ......................................................... 42
Figura 5.1 – Via de circulação inadequada ....................................................................................... 52
Figura 5.2 - Falta de proteção contra queda de altura .................................................................... 52
Figura 5.3 – Acúmulo de resíduos dentro das fábricas ................................................................... 52
Figura 5.4 – Ferramentas de trabalho sem armazenamento específico ...................................... 53
Figura 5.5 – Artefatos produzidos sem armazenamento específico ............................................. 54
Figura 5.6 – Painel elétrico das fábricas de artefatos de cimento ................................................. 56
Figura 5.7 – Fio condutor da prensa para blocos em contato com as intempéries (Fábrica A) 58
Figura 5.8 - Obstrução do acesso ao dispositivo parada/partida (Fábrica A) .............................. 58
Figura 5.9 – Sugestão de local para adequação à proteção contra incêndios ............................ 58
Figura 5.10 – Operários em contato com o cimento, sem uso de EPI’s adequado .................... 60
Figura 5.11 – Água parada armazenada sem cobertura ................................................................. 61
Figura 5.12 – Locais das medições do nível de ruído (Fábrica A) ................................................ 61
Figura 5.13 – Instalações sanitárias das fábricas de artefatos de cimento .................................. 64
Figura 5.14 – Utilização inadequada do capacete de segurança (Fábrica A) ............................. 66
Figura 5.15 – Operador da prensa para blocos utilizando protetor auricular (Fábrica A) .......... 66
Figura 5.16 – Falta do uso de EPI’s ................................................................................................... 67
Figura 5.17 – Setor de comercialização das fábricas de artefatos de cimento ........................... 69
Figura 5.18 – Postura das costas dos operários curvada durante os trabalhos executados .... 69
Figura 5.19 – Mapa de risco da Fábrica A ........................................................................................ 71
Figura 5.20 – Mapa de risco da Fábrica B ........................................................................................ 71
Figura 5.21 – Mapa de risco da Fábrica C ........................................................................................ 72
Figura 5.22 – Mapa de risco da Fábrica D ....................................................................................... 72
Figura 5.23 – Mapa de risco da Fábrica E ........................................................................................ 73
Figura 5.24 – Notas do índice de cumprimento da ferramenta de avaliação em segurança nas
fábricas de artefatos de cimento ......................................................................................................... 74
Figura 5.25 – Índice geral de cumprimento da ferramenta de avaliação nas fábricas de
artefatos de cimento por categorias ................................................................................................... 75
Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016
LISTA DE QUADROS
Quadro 3.1 - Efeitos causados pela corrente elétrica no organismo em intervalos de
intensidade ...................................................................................................................................... 32
Quadro 3.2 - Aspectos relevantes dos quadros de distribuição de uma fábrica ................. 33
Quadro 3.3 - Aspectos relevantes nas instalações elétricas de máquinas e equipamentos
numa fábrica ................................................................................................................................... 34
Quadro 3.4 - Aspectos relevantes referentes à proteção contra incêndios em fábricas e
empresas ......................................................................................................................................... 36
Quadro 5.1 - Características gerais das fábricas estudadas .................................................. 49
Quadro 5.2– Características do arranjo físico nas instalações das fábricas de artefatos de
cimento ............................................................................................................................................ 50
Quadro 5.3– Análise das instalações elétricas das fábricas de artefatos de cimento ........ 54
Quadro 5.4– Análise de máquinas e equipamentos nas fábricas de artefatos de cimento56
Quadro 5.5– Análise das condições insalubres nas fábricas de artefatos de cimento ....... 59
Quadro 5.6– Análise das instalações sanitárias das fábricas de artefatos de cimento ...... 62
Quadro 5.7– Análise das áreas de vivências das fábricas de artefatos de cimento ........... 65
Quadro 5.8– Análise do uso de equipamento de proteção individual nas fábricas de
artefatos de cimento ...................................................................................................................... 65
Quadro 5.9– Análise referente a ergonomia nas fábricas de artefatos de cimento ............ 67
Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 13
1.1 MOTIVAÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DA PESQUISA ................................................ 13
1.2 JUSTIFICATIVA .................................................................................................................... 13
1.3 OBJETIVOS ........................................................................................................................... 14
1.4 DELIMITAÇÕES DA PESQUISA ....................................................................................... 15
1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO ........................................................................................... 15
2 A SEGURANÇA NO TRABALHO E OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO ..................... 17
2.1 NORMAS REGULAMENTADORAS .................................................................................. 17
2.2 ACIDENTE E QUASE-ACIDENTE ..................................................................................... 17
2.3 RISCO E PERIGO ................................................................................................................ 18
2.4 ATO OU CONDIÇÃO INSEGURA ..................................................................................... 18
2.5 COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES – CIPA ............................ 19
2.6 SERVIÇO ESPECIALIZADO EM SEGURANÇA E MEDICINA NO TRABALHO –
SESMT ................................................................................................................................................ 19
2.7 O PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS – PPRA ..................... 20
2.8 PROGRAMA DE CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA
INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO - PCMAT................................................................................... 21
2.9 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL .............................................................. 22
2.10 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA ................................................................. 26
3 RISCOS DE ACIDENTES E CONDIÇÕES INSALUBRES DE TRABALHO EM
FÁBRICAS .............................................................................................................................................. 29
3.1 RISCO DE ACIDENTES COM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS ................................ 29
3.2 RISCO DE CHOQUE ELÉTRICO ...................................................................................... 30
3.3 RISCO DE INCÊNDIO ......................................................................................................... 34
3.4 RISCO QUÍMICO .................................................................................................................. 36
3.5 RISCO BIOLÓGICO ............................................................................................................. 38
3.6 RUÍDO .................................................................................................................................... 39
3.7 RISCOS ERGONÔMICOS .................................................................................................. 41
3.8 MAPA DE RISCO ................................................................................................................. 43
4 MÉTODO DE PESQUISA ............................................................................................................ 44
4.1 ESTRATÉGIA DE PESQUISA ............................................................................................ 44
4.2 DELINEAMENTO DA PESQUISA ..................................................................................... 44
4.3 DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DE PESQUISA ................................................................... 45
Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016
4.3.1 Revisão Bibliográfica ................................................................................................... 45
4.3.2 Seleção das fábricas a serem estudadas ................................................................. 45
4.3.3 Adaptação de ferramenta de avaliação do cumprimento de normas
regulamentadoras e boas práticas em segurança ................................................................... 46
4.3.4 Observação direta ........................................................................................................ 46
4.3.5 Registro fotográfico ...................................................................................................... 48
4.3.6 Estudos de Caso .......................................................................................................... 48
5 RESULTADOS .............................................................................................................................. 49
5.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS FÁBRICAS ESTUDADAS .................................... 49
5.2 ARRANJO FÍSICO ................................................................................................................ 49
5.3 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS .............................................................................................. 54
5.4 MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS ....................................................................................... 56
5.5 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS ................................................................................. 58
5.6 CONDIÇÕES INSALUBRES............................................................................................... 59
5.7 INSTALAÇÕES SANITÁRIAS ............................................................................................ 62
5.8 ÁREAS DE VIVÊNCIA ......................................................................................................... 64
5.9 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL .............................................................. 65
5.10 . ERGONOMIA ...................................................................................................................... 67
5.11 SINALIZAÇÃO ....................................................................................................................... 70
5.12 MAPA DE RISCO ................................................................................................................. 70
5.13 ANÁLISE GERAL.................................................................................................................. 73
5.14 POSSÍVEIS SOLUÇÕES AOS PROBLEMAS DETECTADOS ..................................... 76
5.14.1 Arranjo Físico ................................................................................................................ 76
5.14.2 Instalações Elétricas .................................................................................................... 76
5.14.3 Máquinas e Equipamentos.......................................................................................... 77
5.14.4 Proteções Contra Incêndios ........................................................................................ 77
5.14.5 Condições Insalubres .................................................................................................. 77
5.14.6 Instalações Sanitárias .................................................................................................. 77
5.14.7 Equipamento de Proteção Individual ......................................................................... 78
5.14.8 Ergonomia ..................................................................................................................... 78
5.14.9 Sinalizações .................................................................................................................. 78
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................ 79
6.1 CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 79
6.2 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS ............................................................... 80
13
Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA
1 INTRODUÇÃO
São abordados neste capítulo as motivações para a realização da pesquisa, justificativa,
objetivos, delimitações da pesquisa e a estrutura do trabalho.
1.1 MOTIVAÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DA PESQUISA
Este trabalho de conclusão de curso baseia-se em um projeto de pesquisa desenvolvido por
um grupo de pesquisadores do Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas (CETEC)
intitulado “FÁBRICAS DE ARTEFATOS DE CIMENTO DA CIDADE DE CRUZ DAS ALMAS:
CARACTERIZAÇÃO, AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO, SEGURANÇA, CUSTOS E
SUGESTÕES PARA MELHORIAS”. Motivado em dar continuidade nessa pesquisa foi
desenvolvido este trabalho no quesito referente às condições de segurança dessas fábricas,
podendo a partir de análises identificar suas carências e propor recomendações que tragam
benefícios e melhorias para as empresas estudadas.
1.2 JUSTIFICATIVA
O setor da construção civil no Brasil nos últimos anos está em ápice, sendo o país que em
um intervalo de dois anos possuiu a oportunidade de sediar os dois maiores eventos
esportivos do mundo, a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016, eventos estes
que geraram a necessidade de melhorias na infraestrutura do Brasil, construindo e/ou
reformando, aeroportos, hotéis, shoppings centers, rodovias e diversos outros tipos de
edificações, e que utilizam em seu processo produtivo, os mais diversos tipos de artefatos
de cimento. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2014), a
indústria de artefatos de cimento, responsável por produzir blocos, telhas, lajotas, pisos,
dentre diversos outros produtos fabricados a partir do uso do cimento, no decorrer do
período de 2007 a 2013, obteve um aumento no faturamento de R$ 4,2 bilhões o que leva a
este mercado bastante competitivo a necessidade de priorizar a qualidade dos produtos e a
precaução com gastos que podem ser evitados, como multas e indenizações devido ao
descumprimento das normas relativas à segurança no trabalho de uma empresa, fator de
significativa importância para se destacar dentre os concorrentes.
Alguns exemplos de condições adversas à segurança do trabalho que estas empresas
podem conter em suas instalações são o calor ou frio exacerbado, ventilação inadequada,
14
Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016
iluminação insuficiente, excesso de ruídos, posições de trabalho agressivas, máquinas
perigosas ou jornadas de trabalho muito longas (TEIXEIRA, 2013).
Nesse sentido, os impactos financeiros, provenientes de acidentes, doenças ocupacionais e
más condições ambientais, podem ser decisivos para competitividade da empresa e até
mesmo para sua sobrevivência no mercado. Isto se evidencia pelo fato de que as
instituições do ramo são, predominantemente, de micro e pequeno porte (OSTROVSKI,
2014).
Assim, entre os fatores de risco que provocam acidentes de trabalho nessas empresas,
destacam-se: eletricidade, máquinas e equipamentos, incêndios, armazenamento e
transporte de materiais, manuseio de produtos perigosos, e de ferramentas manuais, etc
(SALIBA, 2004).
Analisando em aspectos sociais, a devida precaução, com a segurança no trabalho pode
evitar a queda do Produto Interno Bruto (PIB) devido à perda de capacidade criativa do
trabalhador. Além disso, ainda evita gastos econômicos para a previdência social e para o
empregador que, comprovada a infração do mesmo perante o não fornecimento obrigatório
de Equipamento de Proteção Individual (EPI), pode receber multa de até R$ 2.548,27 para
empresas com menos de 10 operários, segundo a NR 28 (FIGUEIREDO, 2010).
Já os aspectos humanos referentes a um acidente de trabalho, como afirma Teixeira (2013),
são os mais importantes, podendo resultar em: redução da expectativa de vida do
trabalhador; fechamento do mercado de trabalho para o acidentado; condenação à pobreza
do trabalhador e familiares, além de sofrimento físico para ele e psíquico para ambos.
1.3 OBJETIVOS
Este trabalho possui como objetivo geral:
Analisar as condições de segurança no trabalho e os riscos nas fábricas de artefatos
de cimento de Cruz das Almas - BA.
Como objetivos específicos:
Criar ferramenta de avaliação da segurança nas fábricas de artefatos de cimento.
Analisar os riscos relacionados as instalações das fábricas, investigando as
ameaças, elétricas, sonoras, riscos de queda, lesão ou colisão no ambiente de
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Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA
trabalho e durante os desenvolvimentos dos trabalhos realizados pelos operários nas
fábricas
Analisar os riscos relacionados a condições insalubres de trabalho e os riscos
ergonômicos.
Analisar as condições de proteção contra incêndios.
Criar mapa de risco das instalações das fábricas.
A partir das avaliações realizadas e do diagnóstico efetuado, propor recomendações
a fim de minorar os riscos detectados.
1.4 DELIMITAÇÕES DA PESQUISA
Dentre as dez fábricas de artefatos de cimento encontradas no município de Cruz das
Almas, cinco foram selecionadas para serem estudadas nesta pesquisa, estas cinco fábricas
foram escolhidas por comprovarem que possuem o Cadastro Nacional de Pessoas
Jurídicas, o CNPJ da empresa.
1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO
Esta monografia está dividida da seguinte forma:
No capítulo um, está contida a introdução, as motivações para a realização da pesquisa,
assim como a sua justificativa, e também os objetivos gerais e específicos, além das
delimitações da pesquisa.
O segundo capítulo trata dos conceitos básicos de segurança no trabalho e os
equipamentos de proteção individual.
No terceiro capítulo, são apresentados os riscos de acidentes e as condições insalubres de
trabalho no setor da construção civil, expondo também os itens mais relevantes das normas
regulamentadoras relacionadas ao tema.
No quarto capítulo é discursado o método de pesquisa utilizado neste trabalho, a fim da
obtenção de dados e desenvolvimento do trabalho.
No capítulo quinto, encontra-se os resultados obtidos a partir das avaliações realizadas.
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Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016
E, por fim, no sexto capítulo, são apresentadas as considerações finais e sugestões para
trabalhos futuros.
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Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA
2 A SEGURANÇA NO TRABALHO E OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
São apresentados neste capítulo as definições e conceitos de acidente e quase-acidente,
riscos e perigos, atos e condições inseguras, as normas regulamentadoras e os
equipamentos de proteção individual relacionados à produção de artefatos de cimento.
2.1 NORMAS REGULAMENTADORAS
Aprovadas em 8 de junho de 1978, através da Portaria nº 3.214, do Ministério do Trabalho,
as normas regulamentadoras (NRs) são de uso obrigatório para todas as empresas , uma
vez que foram criadas para garantir a segurança de todos seus trabalhadores, sendo
orientações obrigatórias para o funcionamento das organizações (KOSCHEK et al., 2012).
Atualmente existem trinta e duas Normas Regulamentadores segundo o Ministério do
Trabalho e Emprego, destas, algumas podem ser aplicadas à indústria de artefatos de
cimento, como a NR 6 – Equipamento de proteção individual, NR 10 – Serviços e
instalações elétricas, NR 12 - Máquinas e equipamentos, NR 15 – Atividades e operações
insalubres, NR 17 – Ergonomia, NR 18 – Condições e meio ambiente de trabalho na
indústria da construção e a NR 23 – Proteção contra incêndios.
A Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT,
relativo à segurança e medicina do trabalho, mais especificamente os Art. 157 impõe
algumas instruções cabendo às empresas.
I - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho;
II - instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a
tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais;
III - adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão regional competente;
IV - facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente.
2.2 ACIDENTE E QUASE-ACIDENTE
Segundo Cambraia et al. (2008), os quase-acidentes são um dos principais meios de
informação para a gestão de segurança, pois são eventos que acontecem mais
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Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016
frequentemente e que poderiam ter gerado acidentes. O “Manual de Segurança do Trabalho
e Saúde Ocupacional” da Eletrobrás define o quase-acidente como qualquer evento ocorrido
que apresenta sério potencial para ocasionar dano pessoal, mas não resulta em lesão, e
que é apresentado como uma experiência de aprendizado para sustentar a cultura de
acidentes zero, encontrando as causas do problema e solucionando-as, a fim de prevenir
que outro operário cometa erros similares. Assim, para Saurin (2002), os quase-acidentes
servem como um indicativo de probabilidade de acidentes.
Saurin e Formoso (2002), ainda, define o acidente como uma ocorrência não planejada,
instantânea ou não, decorrente da interação do ser humano com o ambiente de trabalho,
que resulta em lesões e/ou danos materiais. Nesse contexto, um quase-acidente pode ser
classificado como um evento instantâneo, não planejado, com potencial para gerar um
acidente que entretanto não chega a ocorrer, como consequência pode resultar em danos,
porém serão mínimos ou imperceptíveis. (CAMBRAIA et al., 2008).
2.3 RISCO E PERIGO
Zocchio 2002 apud CAMBRAIA, 2004 distingue os conceitos de risco e perigo relacionando
perigo à possibilidade e risco à probabilidade de ocorrência de acidentes. Assim, o perigo
denota que o acidente pode acontecer (que existe uma possibilidade em função de diversos
motivos) e o risco é traduzido através de um parâmetro que indica a maior ou menor
possibilidade probabilidade para ocorrência do acidente.
2.4 ATO OU CONDIÇÃO INSEGURA
Para Zocchio (2002), ato inseguro é o modo como as pessoas se expõem consciente ou
inconscientemente a riscos de acidentes, sendo estes atos responsáveis por muitos que
ocorrem no ambiente de trabalho, como: não usar equipamento de proteção individual (EPI);
improvisação e mau emprego de ferramentas manuais; fumar ou usar chamas em locais
inadequados; transporte e empilhamento inseguro. Geralmente estes atos são devidos ao
desconhecimento dos riscos de acidentes, treinamento inadequado ou falta de aptidão e
capacidade física para o trabalho.
Ainda, segundo Zocchio (2002), as condições inseguras nos locais de trabalho são as que
comprometem a segurança do trabalhador, como falhas, defeitos, irregularidades técnicas
ou carência de dispositivos de segurança, expondo não só a segurança dos operários como
das máquinas e equipamentos.
19
Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA
As condições inseguras tem como resultado o tempo, a resistência de certos materiais se
desgasta, e a falta de organização do local aliado à falta de manutenção intensificam os
riscos para os operários (OLIVEIRA, 2014).
2.5 COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES – CIPA
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, é um instrumento que os trabalhadores
dispõem para tratar da prevenção de acidentes de trabalho, das condições do ambiente de
trabalho e de todos os aspectos que afetam sua segurança (MATTOS e MASCULO, 2011).
A CIPA é obrigatória em todos estabelecimentos seja qual for, empresas privadas ou
públicas, órgãos da administração direta e indireta, instituições beneficentes, bem como
outras instituições que admitam trabalhadores como empregados (TEIXEIRA, 2013).
De acordo com a NR 5, empresas com quantidade de empregados a partir de vinte pessoas
devem possuir CIPA com pelo menos um membro, e, algumas atribuições da CIPA são:
Identificar e analisar os acidentes ocorridos na empresa.
Sugerir medidas de prevenção de acidentes julgadas necessárias.
Realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho
visando a identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e
saúde dos trabalhadores.
Divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho.
Divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras.
Colaborar no desenvolvimento e implementação do PPRA e de outros programas
relacionados à segurança e saúde no trabalho.
2.6 SERVIÇO ESPECIALIZADO EM SEGURANÇA E MEDICINA NO TRABALHO – SESMT
O SESMT possuí como objetivo, proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho e
deve ser implementado obrigatoriamente em todas as empresas privadas e públicas em
função do grau de risco da atividade principal e o número de trabalhadores (MATTOS e
MÁSCULO, 2011).
20
Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016
Segundo Teixeira (2013), algumas funções do SESMT são:
Aplicar os conhecimentos de Engenharia de Segurança e de Medicina do Trabalho
ao ambiente de trabalho, inclusive máquinas e equipamentos, de modo a reduzir ou
até eliminar os riscos existentes à saúde do trabalhador;
Determinar todos os meios conhecidos para a eliminação do risco
Promover a realização de atividades de conscientização, educação e orientação dos
trabalhadores para a prevenção de acidentes e doenças ocupacionais;
Esclarecer e conscientizar os empregadores sobre acidentes do trabalho e doenças
ocupacionais, estimulando-os em favor da prevenção.
A composição e o dimensionamento de um SESMT dependem do grau de risco da atividade
principal da empresa conforme definido na Norma regulamentadora 4 para “Serviços
Especializados em Segurança e Medicina no Trabalho”, e o número de empregados que a
empresa possui (MATTOS e MÁSCULO, 2011).
De acordo com a NR 4 os profissionais que compõe o SESMT a depender no grau de risco
e a quantidade de empregados são:
Técnico em Segurança no Trabalho
Engenheiro de Segurança
Auxiliar Enfermeiro do Trabalho
Enfermeiro do Trabalho
Médico do Trabalho
2.7 O PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS – PPRA
O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, estabelecido pela NR 9 da Portaria
3.214/78, é considerado essencialmente um programa de higiene ocupacional que deve ser
implementado em todas as empresas, que independentemente do número de empregados
ou do grau de risco de suas atividades, são obrigadas a elaborar e implementar o PPRA
sendo seu cumprimento de responsabilidade do empregador (MIRANDA et al., 2004).
21
Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA
O PPRA tem como objetivos a antecipação, o reconhecimento, a avaliação e o controle dos
agentes físicos, químicos e biológicos nos ambientes de trabalho, considerando também a
proteção do meio ambiente de trabalho e dos recursos naturais (SESI, 2008).
Segundo Teixeira (2013), o PPRA deverá incluir as seguintes etapas: reconhecimento dos
riscos; estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle; avaliação dos riscos
e da exposição dos trabalhadores; implantação de medidas de controle e avaliação de sua
eficácia; monitoramento da exposição aos riscos; registro e divulgação dos dados.
A elaboração, implementação, acompanhamento e avaliação do Programa poderão ser
realizados por um Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho – SESMT, por pessoa ou equipe de pessoas que, a critério do empregador, sejam
capazes de desenvolver o PPRA (SESI, 2008).
Os benefícios na implantação deste programa podem ser observados numa análise geral,
atentando para o bem-estar dos trabalhadores e a redução dos riscos ambientais (SESI,
2008). E, deverá ser efetuada, sempre que necessário e pelo menos uma vez no ano, uma
análise global do PPRA para avaliação do seu desenvolvimento e realização dos ajustes
necessários e estabelecimento de novas metas e prioridades (TEIXEIRA, 2013).
2.8 PROGRAMA DE CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO - PCMAT
O PCMAT tem por objetivo a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos
de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na Indústria da
Construção em estabelecimentos com vinte ou mais trabalhadores (TEIXEIRA, 2013).
Este programa tem como objetivo, além da implantação de uma ferramenta que busca a
preservação da saúde e da integridade física dos trabalhadores, mantendo sob controle
todos os agentes ambientais, com monitoramentos periódicos, devendo ser elaborado por
profissional legalmente habilitado na área de segurança do trabalho, sendo sua
implementação nos estabelecimentos, responsabilidade do empregador (SAMPAIO, 1998).
Segundo a NR 18, alguns documentos devem dispor no PCMAT, como:
Memorial sobre condições e meio ambiente de trabalho nas atividades e operações,
levando-se em consideração riscos de acidentes e de doenças do trabalho e suas
respectivas medidas preventivas;
22
Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016
Projeto de execução das proteções coletivas em conformidade com as etapas de
execução da obra;
Especificação técnica das proteções coletivas e individuais a serem utilizadas;
Cronograma de implantação das medidas preventivas definidas no PCMAT;
Layout inicial do canteiro de obras.
Assim, com a aplicação do Programa, é possível monitorar as não conformidades, minimizar
os riscos de acidentes e tornar o fluxo de produção mais eficiente (SESI, 2008). Como
afirma a NR 18, o PCMAT deve ser aplicado em obras de construção civil, e com mais de
vinte trabalhadores.
2.9 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
Uma das alternativas previstas em lei para evitar o acidente de trabalho é o uso de
Equipamento de Proteção Individual - EPI. De acordo com Cunha (2006) e segundo a
Norma Regulamentadora 6, EPI é um equipamento de uso pessoal, destinado à proteção de
riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
O uso de EPI está previsto na legislação trabalhista onde a CLT prevê a obrigatoriedade da
empresa em fornecer aos empregados gratuitamente. Caso não sejam fornecidos os
equipamentos aos funcionários e ocorrendo acidentes de trabalho, a empresa é
responsabilizada perante a legislação. A NR 6 também prevê obrigações do empregador em
fornecer os EPI's e cabe aos empregados a responsabilidade pelo seu uso, guarda e
conservação (DOBROVOLSKI et al., 2008).
Segundo Ayres e Corrêa (2011) a seleção de um EPI envolve, basicamente, qualidade e
utilização. Quanto à qualidade, o equipamento deve oferecer proteção adequada contra o
risco para o qual foi fabricado, deve ser durável, levando-se em conta a agressividade das
condições ambientais em que está empregado e quanto à utilização, o equipamento deve
ser confortável quando usado nas condições para as quais foi produzido, e deve-se ajustar à
anatomia do usuário, ou seja, apresentar características de comodidade.
Os EPI’s de fabricação nacional ou importados só poderão ser utilizados com a indicação do
Certificado de Aprovação – CA, expedido pelo Ministério do Trabalho e do Emprego – TEM,
apresentando em caracteres indeléveis o nome comercial da empresa fabricante, o lote de
fabricação e o número do CA ou, no caso de EPI importado, o nome do importador, o lote de
fabricação e o número do CA (TEIXEIRA, 2013).
23
Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA
Entretanto, deve ser entendido por todos os empregados que um EPI destinado à
determinada atividade pode não ser indicado para outra diferente, pois, certamente, não
atuará com a mesma eficiência e, em consequência, não oferecerá a proteção necessária
(AYRES, 2011). O EPI deve ser usado quando não for possível eliminar o risco por outras
medidas ou equipamentos de proteção coletiva (EPC), que é toda medida ou dispositivo,
sinal, imagem, som, instrumento ou equipamento destinado à proteção de uma ou mais
pessoas, como medidas contra quedas de altura ou acesso a locais que possam oferecer
riscos mecânicos ou elétricos (GARDINALLI, 2012).
No “Manual de Segurança e Saúde no Trabalho” Rocha et al. (2012) apresentam os tipos de
EPI's mais utilizados e indicados para uso em fábricas de artefatos de cimento como
descrito a seguir.
Capacete de Segurança: Proteção da cabeça do usuário contra impactos, projeção
de objetos, choques elétricos e intempéries, conforme figura 2.1.
Figura 2.1 - Capacete de segurança
Fonte: Silva, 2011
Óculos de segurança: Utilizado para proteger os olhos dos operários contra
impactos de pequenos objetos projetados, partículas mecânicas volantes ou poeiras,
como o ilustrado na figura 2.2.
Figura 2.2 - Óculos de proteção
Fonte: Rocha et al., 2012
24
Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016
Máscara respiratória: Indicada para o uso de proteção individual em ambientes
onde há presença de aerodispersóides, gases e poeira no ar. Um modelo é ilustrado
na figura 2.3.
Figura 2.3 - Máscara para proteção respiratória
Fonte: Rocha et al., 2012
Abafador de ruído – tipo plug e tipo concha: Protege o aparelho auditivo do operário
contra ruídos acima dos limites de tolerância. O protetor tipo concha pode ser utilizado
em associação com o protetor tipo plug para maior abafamento. As figuras 2.4 e 2.5
apresentam modelos de protetores auriculares.
Figura 2.4 - Protetor auricular tipo plug
Figura 2.5 - Abafador de ruído tipo concha
Fonte: Silva, 2011 Fonte: 3M, 2016
Luvas de segurança: Protegem as mãos contra ferimentos decorrentes de
arranhões, queimaduras, contusões, cortes, abrasões e quando da realização de
serviços pesados. Tipos de luva são ilustrados na figura 2.6.
Figura 2.6 - Luvas de segurança do tipo: Latex, PVC, Raspa e Borracha
25
Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA
Botas de segurança: Deve ser escolhido um calçado que tenha solado adequado,
projetado de maneira que impeça que algum dano possa afetar os membros
inferiores do usuário.
a) Botas, sapados e botinas: Protegem os pés contra impactos com objetos e o
contato com substâncias corrosivas. Um modelo é ilustrado na figura 2.7.
Figura 2.7 - Bota de segurança de couro
Fonte: Rocha et al., 2012
b) Bota de PVC: Recomendado o uso quando os pés dos operários ficarem expostos
à umidade excessiva. A figura 2.8 apresenta este tipo de calçado de segurança.
Fonte: Rocha et al., 2012
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Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016
Figura 2.8 - Bota de PVC cano longo 7 léguas
Fonte: Epi-Tuiuti, 2016
2.10 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA
Segundo Gardinalli (2012), as fábricas devem aderir uma série de medidas para aumentar a
segurança nas empresas, como a instalação de equipamentos de proteção coletiva - EPC,
que visam, além proteger muitos trabalhadores ao mesmo tempo, à otimização dos
ambientes de trabalho, destacando-se por serem mais rentáveis e duráveis para a empresa.
Ainda, segundo Gardinalli (2012), um dos principais elementos de proteção coletiva são as
proteções contra queda de altura e isolamento de áreas perigosas.
A FUNDACENTRO (2011) recomenda alguns EPC’s mais indicados ao uso em fábricas de
artefatos de cimento, conforme apresentado a seguir.
Guarda-Corpo
Trata-se de uma proteção sólida podendo ser de madeira, metal ou composto por tela
metálica, convenientemente fixada e instalada nos lados expostos das áreas de trabalho, de
andaimes, passarelas, plataformas, escadarias e ao redor de aberturas em pisos ou paredes
para impedir a queda de pessoas.
Segundo a NR 18, os guardas-corpos devem atender aos seguintes requisitos: possuir
rodapé de 0,20 m e altura do travessão inferior e superior, 0,70 m e 1,20 m,
respectivamente, em que seus vão são cobertos por tela garantindo o fechamento seguro da
abertura.
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Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA
Figura 2.9 - Exemplo de guarda-corpo
Fonte: FUNDACENTRO, 2011
Proteção em aberturas nos pisos
As aberturas existentes em pisos de uma fábrica devem ser vedadas por guarda-corpo ou
fechadas por soalho provisório ou qualquer outro dispositivo equivalente.
Figura 2.10 - Guarda-corpo isolando abertura no piso
Fonte: FUNDACENTRO, 2011
Isolamento de áreas energizadas
Os guarda-corpos podem ser utilizados em locais de circuitos energizados aos quais só
podem ter acesso os profissionais qualificados, legalmente habilitados e autorizados.
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Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016
Figura 2.11 - Guarda-Corpo isolando área energizada
Fonte: ADAPTADA FUNDACENTRO, 2011
Além disso, placas de sinalizações e advertências, sistemas de alarmes, proteção contra
incêndios, cones, fitas de isolamento (zebrada) e iluminação adequada no ambiente de
trabalho também são classificados como equipamentos de proteção coletiva (YTHIA, 2014).
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Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA
3 RISCOS DE ACIDENTES E CONDIÇÕES INSALUBRES DE TRABALHO EM FÁBRICAS
Neste capítulo são discursados os riscos mais notáveis relacionados ao trabalho na indústria
de artefatos de cimento, como os riscos de acidentes com máquinas, equipamentos,
instalações elétricas, riscos de incêndio e condições insalubres de trabalho ao quais os
operários estão expostos, tais como, problemas ergonômicos, ruído excessivo e agentes
químicos.
3.1 RISCO DE ACIDENTES COM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
Segundo Gardinalli (2012), os riscos de acidentes são muito diversificados e estão
presentes no arranjo físico inadequado, pisos pouco resistentes ou irregulares, material ou
matéria-prima fora de especificação, máquina e equipamentos sem proteção, ferramentas
impróprias ou defeituosas, iluminação excessiva ou insuficiente, instalações elétricas
defeituosas, probabilidade de incêndio ou explosão, armazenamento inadequado e outras
situações de risco que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes.
De acordo com Saliba (2004), as máquinas e equipamentos operados pelos trabalhadores
podem instituir fontes de risco, caso não operem dentro das normas e com as devidas
proteções. A Norma Regulamentadora 12 é a que trata da segurança quanto ao uso de
máquinas e equipamentos nas empresas.
Os fabricantes e projetistas de máquinas tem um papel privilegiado, pois podem interferir
neste ciclo, assegurando que o equipamento seja fabricado com segurança desde seu
projeto inicial. A adaptação de proteções, com a máquina já em funcionamento, é muito
mais difícil e onerosa (VILELA, 2000).
Ainda, segundo Vilela (2000), além dos riscos mecânicos, as máquinas podem representar
outros riscos aos trabalhadores, tais como ruído, calor e vibração. As partes móveis
representam riscos mecânicos e envolvem os seguintes pontos: mecanismo de transmissão
de força e qualquer componente do sistema mecânico que transmite energia para as partes
da máquina que executam o trabalho. Estes componentes incluem polias, correias,
conexões de eixos, junções, engates, correntes, manivelas e engrenagens.
Os acidentes que ocorrem nos postos de trabalho com máquinas e equipamentos são
geralmente causados pelas más condições dos mesmos e pela falta de investimento em
30
Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016
proteções e dispositivos de segurança e na preparação dos funcionários para a operação
dos mesmos (TORRES, 2007).
Almeida (2009) cita algumas garantias de segurança contra os riscos mecânicos:
Prevenir o contato: o sistema de proteção da máquina tem que impedir ou prevenir
que as mãos, braços ou qualquer parte do corpo de um trabalhador entrem em contato
com as partes móveis perigosas, eliminando a possibilidade de acidentes.
Proteger de queda de objetos: A proteção deve assegurar que nenhum objeto
possa cair nas partes móveis, danificando o equipamento ou se tornando um projétil,
que pode ser arremessado contra uma pessoa causando um ferimento.
Não criar interferência: Proteções que impedem ou dificultam os trabalhadores de
executar normalmente as suas atividades são rapidamente desconsideradas e
deixadas de lado.
Ter estabilidade no tempo: As proteções e dispositivos de segurança devem ser
feitos de material durável que suporte as condições de uso, sendo firmemente
afixados à máquina.
Não criar perigos novos: Uma proteção perde seu objetivo quando cria em si um
perigo adicional, tal como um ponto de cisalhamento, uma extremidade dentada ou
uma superfície inacabada.
Deste modo, para Almeida (2009), o ambiente de trabalho deve oferecer as condições
mínimas para a qualidade de vida no trabalho. As máquinas devem ter proteções para
resguardar a vida e a integridade do trabalhador, livrando-o de acidentes e possíveis lesões.
3.2 RISCO DE CHOQUE ELÉTRICO
A eletricidade é uma fonte de perigo, podendo causar acidentes graves e fatais se não
forem tomados cuidados especiais (FUNDACENTRO, 2011).
Segundo Ayres e Corrêa (2011), toda tensão acima de 50 v é perigosa porque poderá
provocar parada cardíaca, parada respiratória e resultar em morte da vítima, em
consequência do choque elétrico. Sendo um dos agentes de risco com maior poder de
causar danos porque sua presença não pode ser percebida a distância pelos sentidos (tato,
audição, olfato, visão). Por outro lado, ao observar um fio desencapado não se tem ideia da
presença da eletricidade naquele ponto, independentemente da voltagem do circuito.
31
Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA
Ainda, segundo Ayres e Corrêa (2011), o choque elétrico é a perturbação, de natureza e
efeitos diversos, que se manifesta no organismo humano, quando este é percorrido por uma
corrente elétrica. Os efeitos do choque elétrico variam e dependem de certas circunstâncias,
como:
Percurso da corrente no corpo humano,
Intensidade e tempo de duração da corrente elétrica,
As condições orgânicas do indivíduo.
Com relação ao caminho percorrido pela corrente elétrica, percursos que passam por
órgãos internos como coração e pulmão, acarretam consequências mais sérias como
parada cardíaca. Já outros percursos, onde a corrente circula apenas de uma perna a outra,
por exemplo, lesionam com menor gravidade, ainda que com queimaduras (SALIBA, 2004).
Quando a corrente perfaz o caminho entre os braços, existe um risco maior, pois ela poderá
afetar diretamente o coração (BORTOLUZZI, 2009).
O que determina a intensidade não é exclusivamente o valor da tensão, mas também o
estado em que o corpo se encontra, se a pele está seca ou úmida. Quando seca, a pele
apresenta uma resistência de 100.000 ohms, ao passo que úmida essa resistência pode
chegar a 500 ohms, ficando mais suscetível ao choque elétrico (SAAD, 1981).
No quadro 3.1, encontra-se a relação entre a corrente elétrica e seus efeitos sobre o corpo
humano.
As sensações produzidas nas vítimas de choque elétrico variam desde uma ligeira
contração superficial até uma contração violenta que, quando atinge o músculo cardíaco,
pode paralisá-lo (AYRES et al., 2011). As perturbações mais importantes causadas no ser
humano pelo choque elétrico são:
Inibição dos centros nervosos, inclusive os que comandam a respiração, com
provável asfixia;
Alteração no ritmo cardíaco, podendo produzir tremulação (fibrilação) do músculo
cardíaco, com consequente parada cardíaca;
Queimaduras de vários graus;
Alteração no sangue, provocada por efeitos térmicos e eletrolíticos da corrente
elétrica.
32
Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016
Quadro 3.1 - Efeitos causados pela corrente elétrica no organismo em intervalos de intensidade
INTENSIDADE DA CORRENTE (mA)
EFEITOS NO ORGANISMO
0,4 Não perceptíveis ao corpo humano
0,5 – 1,0 Leves sensações e formigamento
2,0 – 9,0 Choques dolorosos sem causar contração muscular
10 – 16 Aumento da tensão sanguínea e contrações musculares
17 – 24 Perturbações no ritmo cardíaco, contrações, parada temporária do coração e asfixia
25 – 100 Possível fibrilação ventricular dependendo do tempo de exposição
100 – 250 Atuação no sistema nervoso, gerando perturbações no ritmo cardíaco com possibilidade de paralisação respiratória
>250 Morte imediata, se o acidentado ficar exposto à corrente por pelo menos 3 segundos
Fonte: SALIBA, 2004
O manual de ‘Engenharia de Segurança do Trabalho na Indústria da Construção’ da
FUNDACENTRO (2011) caracteriza o contato com o choque elétrico em contatos diretos e
indiretos, em que:
Contato direto: é o que ocorre quando uma pessoa entra em contato com partes
energizadas. Pode-se ser evitado a partir de algumas medidas: afastamento do
trabalhador da rede elétrica, evitando que os equipamentos sejam instalados próximos
a elas; uso de barreiras ou invólucros evitando que o trabalhador entre em contato
com partes energizadas; utilização de obstáculos, garantindo apenas o acesso a
pessoas qualificadas; isolação dos objetos energizados, feito com fita isolante,
podendo ser duplamente reforçada.
Contato indireto: acontece quando uma pessoa entra em contato com partes
metálicas normalmente não energizadas, mas que podem tornar-se energizadas
devido a uma falha na instalação elétrica ou defeitos de isolação. Canalizações
metálicas e carcaças de equipamentos elétricos podem ser armadilhas para o
trabalhador se a rede elétrica ou os equipamentos não estiverem devidamente
aterrados
A FUNDACENTRO (2011) propõe também alguns cuidados a serem tomados para
amenizar os riscos contra choques elétricos.
33
Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA
Aterramento: medida de proteção em que se realiza uma ligação intencional com a
terra que pode ser considerado um condutor em que a corrente fluirá com menor
resistência do que ao corpo humano. Além da proteção contra choques elétricos, o
aterramento adere proteção contra incêndios, explosões e a danificação dos
equipamentos.
Ambientes Úmidos: a umidade minimiza a resistência elétrica, portanto deve-se
proceder com inspeções de fios, cabos e ligações elétricas em locais úmidos ou
molhados, antes do início das atividades.
Manutenção: a manutenção nas instalações deve ser realizada frequentemente e por
mão de obra qualificada mantendo-as em boas condições de uso, evitando a
exposição dos trabalhadores a riscos desconhecidos por eles. Uma manutenção bem
feita é uma das principais medidas para evitar riscos de acidentes, devendo ser
executada com o circuito desenergizado.
O quadro a seguir apresenta alguns itens que devem ser levados em consideração aos
componentes de um painel elétrico numa instalação de uma empresa.
Quadro 3.2 - Aspectos relevantes dos quadros de distribuição de uma fábrica
QUADROS DE DISTRIBUIÇÃO
Os quadros devem proteger componentes elétricos contra umidade, poeira e batidas.
São vedados quadros de distribuição constituídos por madeira devido ao risco de incêndio.
Devem ficar fechados e trancados para que os trabalhadores não se encostem nas partes energizadas e não guardem objetos dentro deles.
Os quadros de distribuição devem ficar em locais bem visíveis, devidamente sinalizados e de fácil acesso.
Devem ficar longe da passagem de pessoas, materiais e equipamentos, tais como: caminhões, escavadeiras, tratores, guindastes, dentre outros.
Devem ser instalados sobre superfícies que não transmitam eletricidade.
DISJUNTORES
Devem ser previstos disjuntores separadamente para:
a) alojamentos, sanitários, refeitórios etc.;
b) cada equipamento fixo;
c) circuitos de iluminação;
Disjuntores não devem ser usados para ligar diretamente equipamentos em canteiros de obras.
Fonte: FUNDACENTRO, 2011
A seguir, são descritas algumas recomendações referentes as instalações elétricas das
máquinas, equipamentos e os fios condutores que percorrem as fábricas.
34
Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016
Quadro 3.3 - Aspectos relevantes nas instalações elétricas de máquinas e equipamentos
LIGAÇÕES ELÉTRICAS
A ligação dos equipamentos à rede elétrica sempre deve ser feita através do conjunto plugue-tomada.
Nunca se deve ligar mais de um equipamento na mesma tomada.
Os equipamentos elétricos devem ter o dispositivo liga-desliga, sendo proibido fazer ligação direta.
Nunca se deve desligar máquinas e equipamentos elétricos puxando pelo fio para não danificar fios e tomadas.
FIOS E CABOS
Fios e cabos devem ser protegidos contra riscos de desgaste mecânico provocado pelo
trânsito de pessoas, máquinas e equipamentos, pois podem sofrer avarias em caso de atrito
sobre superfícies cortantes ou abrasivas. Sua proteção dar-se-á através de invólucros
apropriados (eletrodutos, calhas e canaletas).
Fonte: (FUNDACENTRO, 2011).
3.3 RISCO DE INCÊNDIO
Os incêndios são comumente classificados de acordo com o tipo do material combustível.
De acordo Montini e Gomazako (2014), estabelecem-se em quatro grupos, A, B, C, D.
Classe A: incêndio em materiais sólidos, como madeira, papel, tecido, etc. Deixam
resíduos quando queimados e queimam em superfície e profundidade.
Classe B: incêndio em líquidos inflamáveis, como óleo, gasolina, etc. Quando
queimados não deixam resíduos e queimam somente na superfície.
Classe C: incêndio em equipamentos elétricos energizados, como máquinas
elétricas, quadro de força, etc, e, portanto, não se deve nunca combater esse tipo de
incêndio com água, pois ela é boa condutora de eletricidade, porém se desligado o
sistema elétrico, o incêndio passa a ser considerado de classe A.
Classe D: incêndio em metais inflamáveis, como alumínio em pó, magnésio, etc. Este
tipo de incêndio não pode ser apagado com água, pois na presença de água esses
metais reagem de forma violenta.
De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (2008), as
principais causas que iniciam um incêndio são desorganização no trabalho, pontas de
cigarros e instalações elétricas inadequadas.
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Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA
Conforme Montini e Gomazako (2014), os extintores podem ser classificados de acordo com
sua constituição química e o combustível a ser combatido:
Extintores constituídos por água pressurizada - extingue o fogo por resfriamento.
Utilizada em materiais sólidos como madeira, papel, tecidos e borracha (indicado para
incêndio classe A).
Extintores constituídos por pó químico BC (bicarbonato de sódio) - usado para
apagar incêndios de líquidos, gases e equipamentos elétricos, resfriando o
combustível e provocando o abafamento (indicado para incêndios classes B, e C por
não ser condutor de eletricidade).
Extintores constituídos por pó ABC (fosfato monoamônico) - extingue incêndios de
sólidos, líquidos, gases e equipamentos eletrizados (indicado para incêndios classes A
pois isola quimicamente os materiais combustíveis, B por abafar o incêndio e C por
não ser condutor de eletricidade).
Extintores constituídos por gás carbônico (CO2 – dióxido de carbono) - extingue o
fogo por retirar o oxigênio. Utilizado em líquidos e gases (como a gasolina, o álcool e o
GLP) e materiais condutores que estejam potencialmente conduzindo corrente elétrica
(indicado para incêndios B e C) .
Extintores constituídos por espuma - extingue o fogo por abafamento, possuem em
sua característica química 3 elementos que são eles: água, concentrado de espuma e
ar, estes elementos juntos e misturados na proporção correta, cria uma espuma
homogenia que no contato com o fogo de classe A e B separa o oxigênio
(comburente) do triangulo do fogo (combustível, comburente e calor) fazendo um
cobertor de espuma contendo o incêndio.
Extintores constituídos por pó químico especial - possuem como seu constituinte
substâncias como cloreto de sódio para abafar o fogo em metais inflamáveis (indicado
para incêndios de classe D).
A Norma Regulamentadora que estabelece as condições de segurança na prevenção de
incêndios é a NR 23. O quadro 3.4 expõe alguns itens relevantes que esta norma apresenta
a fim de reduzir os riscos de incêndio nas instalações de uma empresa/fábrica.
36
Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016
Quadro 3.4 - Aspectos relevantes referentes à proteção contra incêndios em fábricas e empresas
LOCALIZAÇÃO
Os extintores devem estar em locais de fácil visualização e acesso, não localizados nas
paredes das escadas, nem obstruídos por pilhas de materiais.
Instalados em altura compatível (sua parte superior a não mais que 1,60 metros do piso) com a
população, facilitando assim seu manuseio e utilização.
Localizados onde haja menos probabilidade de o fogo bloquear o seu acesso.
Protegidos contra intempéries e/ou danos físicos potenciais.
SINALIZAÇÃO
Os locais destinados aos extintores devem estar assinalados por uma seta larga, vermelha, com
bordas amarelas (figura 3.2), e o piso deve estar indicado de vermelho abaixo da localização do
extintor numa área (1 m2) e desobstruído (figura 3.1).
Figura 3.1 - Sinalização no piso abaixo da localização do extintor
Figura 3.2 - Sinalização da localização do extintor
Fonte: Corpo de Bombeiros Militar do
Estado de São Paulo, 2015
Fonte: PREVENSISTEM, 2016
3.4 RISCO QUÍMICO
Segundo Gardinalli (2012), os riscos químicos são identificados pelo grande número de
substâncias que podem contaminar o ambiente de trabalho e provocar danos à integridade
física e mental dos trabalhadores, como, poeiras, névoas, neblinas, gases, vapores,
substâncias ou outros produtos químicos.
O agente ou contaminante químico é toda substância orgânica ou inorgânica, natural ou
sintética, que durante seu manuseio, transporte, armazenamento ou uso, pode-se integrar
ao ar ambiente em forma de pó, gás ou vapor, com efeitos irritantes, corrosivos ou
asfixiantes e que tenham probabilidade de lesionar a saúde das pessoas que entram em
contato com elas (MONTEIRO, 2006).
Segundo Monteiro (2006), as principais formas de apresentação destas substâncias são:
37
Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA
Sólidos: Existente na forma de pós ou poeiras. Adentram primordialmente pela via
respiratória, em outras partes do corpo, embora não sejam absorvidas, podem se
comportar como corpos estranhos, como quando em contato com os olhos.
Líquidos: Uma forma de apresentação dos líquidos é a neblina. As neblinas podem
ser absorvidas por via respiratória, digestiva ou cutânea.
Gases: O estado gasoso é o resultado de uma expansão das moléculas de um
elemento químico ou composto.
Na construção civil o que se tem notado é que a poeira é o principal agente químico
identificado dentro de um canteiro de obras. Essa poeira contendo sílica pode causar
doenças ocupacionais. A sílica (quartzo) é o principal constituinte da areia e, por essa razão,
a exposição a essa substância é comum entre os trabalhadores da construção civil,
podendo levar o indivíduo a contrair uma doença ocupacional, chamada silicose (COSTA,
2007).
A silicose, como afirmam Ayres e Corrêa (2011), é uma doença pulmonar, provocada pela
inalação da poeira, comumente encontrada em trabalhadores de minas e pedreiros, sendo
uma doença irreversível não havendo tratamento específico.
Normalmente, os sintomas manifestam-se somente após vinte a trinta anos de exposição ao
pó (COSTA, 2007).
Além da silicose, outra doença pulmonar pode ser contraída pelos trabalhadores da
construção civil. Como menciona Schlottfeldt (2012), a asbestose é outra patologia causada
pelo depósito de asbesto ou amianto nos pulmões, provocando câncer, também, a utilização
do cimento, sem o uso de equipamentos de proteção adequados (luvas, botas de
segurança, uniforme), pode acarretar sérios danos à saúde do trabalhador. O cimento reage
em contato com a epiderme devido à sua umidade (transpiração do corpo), após contato
prolongado. A liberação de calor, por reação da influência com a superfície líquida, provoca
lesões que variam desde queimaduras até dermatites de contato. É comum observar a ação
do cimento sobre a superfície da pele (principalmente mãos e pés) nos operários da
construção civil. As lesões são claramente visíveis: vermelhidão (eritema), inchaço (edema),
eczema, bolhas, fissuras e necrose do tecido.
38
Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016
3.5 RISCO BIOLÓGICO
Os riscos biológicos estão associados ao contato do homem com vírus, bactérias,
protozoários, fungos, parasitas, bacilos e outras espécies de microrganismos (GARDINALLI,
2012).
O Ministério da Saúde (2010) classifica a influência dos riscos biológicos em quatro classes:
Classe de risco 1 (baixo risco individual e para a comunidade): inclui os agentes
biológicos conhecidos por não causarem doenças no homem ou nos animais adultos
sadios, como a Lactobacillus (bactérias benignas ao organismo humano, auxiliando na
digestão dos alimentos).
Classe de risco 2 (moderado risco individual e limitado risco para a comunidade):
inclui os agentes biológicos que provocam infecções no homem ou nos animais, cujo
potencial de propagação na comunidade e de disseminação no meio ambiente é
limitado, e para os quais existem medidas profiláticas ou terapêuticas eficazes como o
Vírus da Rubéola.
Classe de risco 3 (alto risco individual e moderado risco para a comunidade): inclui
os agentes biológicos que possuem capacidade de transmissão também por via
respiratória e que causam patologias humanas ou animais, potencialmente letais, para
as quais existem medidas de prevenção e podem existir medidas de tratamento.
Representam risco se disseminados na comunidade e no meio ambiente, como o
Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e o Vírus da Dengue.
Classe de risco 4 (alto risco individual e para a comunidade): inclui os agentes
biológicos com grande poder de transmissibilidade por via respiratória ou de
transmissão desconhecida. Até o momento não há nenhuma medida profilática ou
terapêutica eficaz contra infecções ocasionadas por estes causando doenças
humanas de alta gravidade, com alta capacidade de disseminação na comunidade e
no meio ambiente como, Vírus Ebola e o Vírus Lassa.
No setor da construção civil, um dos itens mais evidentes de risco biológico é o vírus da
dengue (classe 3), devido a necessidade do uso de água na produção e execução de
argamassas, diversas vezes esta água encontra-se em condições inadequadas de
armazenamento, como depositada em tanques abertos. Segundo o Hospital Israelita Albert
Einstein (2016) a doença é transmitida por um mosquito Aedes aegypti, que ocorre em
regiões tropicais e subtropicais em que se reproduz em locais de água parada e as pessoas
39
Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA
infectadas pelo vírus pela segunda vez correm risco muito maior de desenvolver uma
doença grave.
De acordo com os dados da ‘Secretaria de Estado da Saúde’ (SES/SINAN) dos estados do
Brasil, entre 1990 a 2014 já ocorreram mais de 9 milhões de casos confirmados de pessoas
infectadas pelo vírus da dengue no país, sendo que destes, 700 mil apenas na Bahia.
3.6 RUÍDO
O ruído, subjetivamente, pode ser considerado como toda sensação de desconforto,
desagrado e ou intolerância advindos da exposição a uma fonte sonora (OSTROVSKI,
2014).
Para que o som seja percebido, é necessário que ele esteja dentro da faixa de frequência
captável pelo ouvido humano, que varia de 16 a 20.000Hz. (AYRES et al., 2011). O nível do
som, expresso em dB (decibel), é obtido pelo uso de um equipamento denominado
decibelímetro, sendo que as Normas Brasileiras o definem como Nível de Pressão Acústica
(NPS) (GREVEN, 2006).
Segundo Ayres e Corrêa (2011), entre os agentes nocivos à saúde, um dos mais frequentes
nos ambientes de trabalho é o ruído. Ele tem sido responsável por distúrbios auditivos
temporários e permanentes, contribuindo para o aumento do número de acidentes do
trabalho, que em níveis elevados pode causar a perda de audição da pessoa e em
intensidade muito elevada pode causar: distúrbios do sono, estresse, perda da capacidade
auditiva, dores de cabeça, alergias, distúrbios digestivos, incapacidade de concentração,
aumento da tensão muscular, hipertensão arterial, surdez, entre outros males à saúde do
ser humano.
No aparelho auditivo, o ruído pode causar a ruptura do tímpano, devido a um deslocamento
de ar muito intenso (ruídos de impactos violentos, como explosões). (OSTROVSKI, 2014).
A Norma Regulamentadora 15, para Atividades e Operações Insalubres, define os limites de
tolerância de exposição ao ruído e os separa em duas categorias: ruído de impacto e ruído
contínuo ou intermitente.
Apresenta-se como ruído de impacto aquele que possui picos de energia acústica de
duração inferior a 1 (um) segundo, a intervalos superiores a 1 (um) segundo. O limite de
tolerância para essa classe de ruído é de 130 dB. E o ruído contínuo ou intermitente é
40
Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016
considerado, de acordo com a NR 15, como o ruído que não seja ruído de impacto e seus
limites de tolerância estão apresentados no quadro abaixo. (BRASIL, 2016)
Figura 3.3 - Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente
Fonte: NR 15, 2016
A partir da tabela dos limites de tolerância apresentados pela NR 15 na figura 3.3 percebe-
se que não é permitido a exposição a níveis de ruído maiores que 115 dB sem a devida
proteção (uso de protetores auriculares, tipo plugue ou concha). A Organização Mundial de
Saúde (OMS) define o limite de 75 decibéis medidos no nível de compensação (A),
adequado para medição geral de nível de som, como o início do desconforto auditivo.
As medidas de controle para este agente de acordo com Ayres et al., (2011) podem ser
feitas:
Na fonte: substituindo o equipamento por outro, menos ruidoso; regular os motores;
reduzir os impactos e choques na medida do possível, substituir engrenagens
metálicas por outros materiais menos ruidosos.
No meio: aplicando um isolamento acústico, de forma que crie uma barreira entre a
fonte e o homem, maximizando as perdas de energia sonora por absorção.
41
Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA
No homem: limitação do tempo de exposição ou utilização de protetores
auriculares.
3.7 RISCOS ERGONÔMICOS
De acordo com Iida (1993), a ergonomia é o estudo da adaptação do trabalho ao homem.
Isso envolve não somente o ambiente físico, mas também os aspectos organizacionais de
como esse trabalho é programado e controlado para produzir os resultados desejados.
Os dados e conhecimentos ergonômicos podem apoiar e orientar o planejamento e a
execução de medidas preventivas de acidentes do trabalho e de doenças ocupacionais,
como também reduzir o desconforto físico do trabalhador, aumentando assim a eficiência do
trabalho (DARÉ, 2015). Como forma de normatizar a prevenção de doenças ocupacionais
relacionadas à ergonomia foi criada a NR 17, que é uma Norma Regulamentadora para
ergonomia (MEDEIROS, 2013).
Os riscos ergonômicos que o trabalhador pode estar sujeito são: trabalho físico pesado,
repetitividade, ritmo excessivo, manutenção da postura fixa por tempo prolongado ou
ambiente de trabalho desconfortável (NETO, 2012). Nas fábricas de artefatos de cimento,
são frequentes as atividades que exigem dos trabalhadores o levantamento e transporte
manual de cargas, tais como sacos de cimento, chapas de compensado, tábuas, blocos,
tijolos e vergalhões, etc (ARAÚJO, 2011).
Segundo Daré (2015), estes riscos podem gerar fadiga, problemas na coluna do operário,
perda de produtividade, incidência de erros na execução do trabalho, absenteísmo, doenças
ocupacionais e dores físicas. Com a continuação destas tarefas, o trabalhador, poderá
interromper suas atividades periodicamente ou definitivamente.
A FUNDACENTRO (2011) recomenda que, antes de qualquer ação, os trabalhadores que
desempenham as atividades de levantamento e transporte manual de cargas, devem
verificar:
O tamanho, a forma e o volume da carga, para estudar a maneira mais segura de
levantá-la.
O peso da carga, para verificar se o peso não ultrapassa sua capacidade individual
de levantamento de peso.
A existência de pontas ou rebarbas, para não se acidentar.
42
Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016
A necessidade de utilizar equipamento de proteção individual, como luvas,
máscaras, aventais, sapatos e óculos de segurança.
O caminho a ser percorrido, observando se o mesmo está desimpedido, limpo, não
escorregadio, e a distância a ser transportada.
Ainda de acordo com a FUNDACENTRO (2011), após tomar as precauções indicadas
anteriormente, o trabalhador deve, para executar a tarefa de levantamento e transporte de
cargas.
Posicionar-se junto à carga, mantendo os pés afastados, com um pé mais à frente
que o outro, para aumentar sua base de sustentação.
Abaixar-se dobrando os joelhos e mantendo a cabeça e as costas em linha reta.
Segurar firmemente a carga, usando a palma das mãos e todos os dedos.
Levantar-se usando somente o esforço das pernas, e mantendo os braços
estendidos.
Aproximar bem a carga do corpo.
Manter a carga centralizada em relação às pernas durante o percurso.
A figura 3.5 mostra como deve ser executado adequadamente o transporte manual de
cargas pelo operário.
Figura 3.4 - Postura adequada do corpo ao levantar cargas
Fonte: Daré, 2015.
Seguindo essas recomendações, ocorrerá uma pressão uniforme no disco intervertebral do
trabalhador, não causando problemas a sua coluna (ARAÚJO, 2011).
43
Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA
3.8 MAPA DE RISCO
Segundo o “Manual de Segurança e Saúde no Trabalho” da SESI (2008), o mapa de risco é
a representação gráfica da avaliação qualitativa dos riscos nos locais de trabalho e de suas
intensidades, representadas por círculos de diferentes cores e tamanhos. Na indústria da
construção civil – edificações, a elaboração e manutenção atualizada do mapa de riscos são
dificultadas pela constante alteração dos ambientes, das atividades e dos próprios
trabalhadores. Uma alternativa para superar essas dificuldades é a elaboração por etapas, a
partir da Análise Preliminar de Risco, das condições do canteiro de obras e da experiência
dos cipeiros.
44
Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016
4 MÉTODO DE PESQUISA
4.1 ESTRATÉGIA DE PESQUISA
Este estudo foi realizado através de uma pesquisa de campo, a fim de avaliar as condições
de segurança em fábricas de artefatos de cimento na cidade de Cruz das Almas – BA de
forma qualitativa, utilizando o estudo de caso, baseado em Yin (2001) permitindo uma
investigação mais completa e significativa.
Segundo Yin (2001), os estudos de caso representam a estratégia mais usada quando se
empregam questões do tipo “como” e “por que”, quando o pesquisador possui pouco
controle sobre os eventos e quando o foco se encontra em fenômenos contemporâneos
inseridos em algum contexto da vida real. O estudo de caso permite uma investigação a fim
de preservar a compreensão integral dos fenômenos e significativamente dos eventos da
vida real.
4.2 DELINEAMENTO DA PESQUISA
Este estudo foi dividido nas seguintes etapas conforme o fluxograma disposto na figura 4.1.
Inicialmente, foi feita uma revisão bibliográfica dos conceitos acerca da segurança no
trabalho, posteriormente, a seleção das fábricas a serem estudadas para aplicação da
ferramenta de avaliação que durante a pesquisa sofreu algumas adaptações em busca de
alcançar cada vez mais melhorias e abrangência dos itens a serem avaliados, em seguida a
ferramenta de avaliação foi executada nas fábricas realizando também registros fotográficos
e ao fim as informações obtidas com a ferramenta serviram de base para avaliação final das
fábricas permitindo ser sugeridas algumas melhorias a fim de trazer benefícios para as
mesmas.
45
Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA
Figura 4.1 – Fluxograma do delineamento da pesquisa
Fonte: Autor
4.3 DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DE PESQUISA
4.3.1 Revisão Bibliográfica
A fim de compreender o tema de pesquisa, foram realizados estudos a partir de artigos,
normas, dissertações, teses, livros e revistas científicas no intuito de obtenção dos conceitos
de segurança no trabalho, assim como, os riscos que os operários das fábricas de artefatos
de cimento podem estar expostos e as formas de prevenção a possíveis acidentes com
base nos termos das normas regulamentadoras e as boas práticas em segurança.
4.3.2 Seleção das fábricas a serem estudadas
Para seleção das fábricas a serem analisadas foi feito um levantamento da quantidade total
de fábricas de artefatos de cimento no município de Cruz das Almas – BA. Dentre essas, as
fábricas selecionadas foram as que possuíam o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica
(CNPJ).
46
Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016
4.3.3 Adaptação de ferramenta de avaliação do cumprimento de normas regulamentadoras e boas práticas em segurança
A ferramenta de avaliação do cumprimento das normas regulamentadoras e boas práticas
em segurança desenvolvida por Costa et al. (2016) foi criada com base nas normas
regulamentadoras, incrementando os itens mais relevantes das normas que podem ser
aplicadas a indústria de artefatos de cimento, como a NR 18 e NR 12, dentre outras. Essa
lista de verificação apresenta três alternativas que podem ser assinaladas: “sim (S)”,
representa um fator positivo relativo à segurança no trabalho para a fábrica; “não (N)” a
fábrica está descumprindo o indicado pela norma; e “não se aplica (NA)” indica que o
cumprimento de tal item não é necessário, a partir dos dados foi utilizado uma planilha
eletrônica para obtenção das porcentagens de cumprimento das normas em cada fábrica,
onde a razão dos itens recebidos com nota positiva pelo total de itens avaliados resulta na
nota da fábrica
A partir dos estudos da revisão bibliográfica e de visitas as fábricas de artefatos de cimento
a ferramenta de avaliação gradualmente foi sendo adaptada, agregando mais itens das
normas referentes para o caso, assim como itens de boas práticas em segurança no
trabalho.
Posteriormente, foram realizados dois estudos pilotos acompanhados da orientadora desta
obra cujo objetivo era de testar a verificação de todos os itens e revisar algumas análises
que não estivessem bem definidas, como também incluir mais requisitos a serem analisados
os quais seria útil no contexto da segurança. A versão final da ferramenta de avaliação
encontra-se no Apêndice A, contando com 279 itens de avaliação.
4.3.4 Observação direta
Segundo Yin (2001), as observações diretas podem ser classificadas como atividades
formais e atividades informais de coleta de dados. Nas observações formais pode-se
verificar a incidência de certos tipos de comportamento, como a observação dos trabalhos
na fábrica. De maneira informal pode-se realizar observações diretas, durante a coleta de
outras evidências, como entrevistas (YIN, 2001). Assim, durante essa pesquisa, exceto para
o item de medição do nível de ruído, as verificações foram realizadas por observação direta
das atividades nas fábricas de artefatos de cimento.
47
Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA
Os dados observacionais são úteis para fornecer informações acionais sobre o tópico que
está sendo estudado. Para aumentar a confiabilidade destas evidências observacionais é
comum ter mais de um observador no local de estudo (YIN, 2001).
A aplicação da ferramenta de avaliação foi realizada a partir de visitas nas cinco fábricas
selecionadas, verificando os itens de cada grupo da ferramenta de verificação (instalações
elétricas, arranjo físico, proteção contra incêndios, condições insalubres de trabalho, e
equipamentos de proteção individual) com as condições atuais das fábricas.
Para medir o nível de ruído nas fábricas foi utilizado o decibelímetro Minipa MSL-1350 de
posse da Universidade Federal da Bahia (UFBA), conforme ilustrado na figura 4.2.
Figura 4.2 – Decibelímetro Minipa MSL - 1350
Fonte: Autor
As medições foram feitas em duas fábricas (Fábrica 1 e Fábrica 2), as que possuíam
máquinas para a produção dos artefatos, e foi medido em locais onde haviam operários
manuseando estas máquinas ou trabalhando nas proximidades.
Para a fábrica 2 foi medido o nível de ruído nas proximidades da única máquina que
promovia som, a betoneira, e na Fábrica 1 foram feitas três medidas em locais diferentes o
escritório e os locais de operação da betoneira e da prensa, como representa a figura 4.3.
48
Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016
Figura 4.3 – Representação dos locais de medição de ruído na Fábrica 1
Fonte: Autor
4.3.5 Registro fotográfico
Segundo Yin (2001), as observações podem ser tão valiosas que se pode até mesmo
pensar em fotografar o local de estudo. No mínimo, essas fotografias ajudarão a transmitir
as características importantes a observadores externos.
Na sequência a aplicação da ferramenta de avaliação, foram realizados registros
fotográficos dos locais mais precários em segurança indicando os descumprimentos das
Normas Regulamentadoras e das boas práticas em segurança.
4.3.6 Estudos de Caso
Foram realizados cinco estudos de caso, sendo que vários dados obtidos a partir das
observações diretas foram inseridos numa planilha eletrônica para cálculo do índice de
verificação do cumprimento das Normas Regulamentadoras e boas práticas em segurança
no trabalho. A análise contemplou, além de avaliações individuais, a comparação entre as
fábricas, apontado os principais riscos sem a devida proteção e os descumprimentos das
Normas Regulamentadoras e das boas práticas em segurança para fábricas de artefatos de
cimento estudas na pesquisa.
49
Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA
5 RESULTADOS
Neste capítulo serão apresentados os resultados alcançados no desenvolvimento da
pesquisa, expondo uma análise de cada fábrica e uma análise geral das fábricas estudadas.
5.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS FÁBRICAS ESTUDADAS
O quadro a seguir apresenta algumas características das fábricas estudadas.
Quadro 5.1 - Características gerais das fábricas estudadas
Dias de
funcionamento
Jornada diária de trabalho
Ferramentas e equipamentos utilizados
Tempo de
atuação
Número de Funcionários
Fábrica A
De segunda a sábado
8 horas (seg a sex) / 4 horas
(sáb)
Carro-de-mão, formas, vassouras, enxadas, pás, colher de pedreiro, espátulas. Betoneira e Prensa para blocos
30 anos 8
Fábrica B
De segunda a sábado
8 horas (seg a sex) / 4 horas
(sáb)
Carro-de-mão, formas, vassouras, enxadas, pás, colher de pedreiro, espátulas.
25 anos 4
Fábrica C
De segunda a sábado
8 horas (seg a sex) / 4 horas
(sáb)
Carro-de-mão, formas, vassouras, enxadas, pás, colher de pedreiro, espátulas.
16 anos 2
Fábrica D
De segunda a sábado
8 horas (seg a sex) / 4 horas
(sáb)
Carro-de-mão, formas, vassouras, enxadas, pás, colher de pedreiro, espátulas. Betoneira
30 anos 4
Fábrica E
De segunda a sábado
8 horas (seg a sex) / 4 horas
(sáb)
Carro-de-mão, formas, vassouras, enxadas, pás, colher de pedreiro, espátulas.
62 anos 2
Fonte: Autor, 2016
5.2 ARRANJO FÍSICO
O quadro 5.2 apresenta informações acerca dos arranjos físicos do canteiro de serviço nas
fábricas de artefatos de cimento.
50
Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016
Quadro 5.2– Características do arranjo físico nas instalações das fábricas de artefatos de cimento
FÁBRICA A
- Boas práticas
Não utiliza o ambiente externo ou espaço público para estocagem de
materiais ou qualquer outro serviço da empresa.
As vias de saída na fábrica são maiores que 1,20 m, em conformidade com a
NR 12.
- Oportunidade de melhorias
Como visto na figura 5.1 (a) na fábrica há via de circulação menor que o
recomendado (1,20 m segundo a NR 12), dificultando uma evacuação
imediata a partir de alguns lugares das fábricas e favorecendo o risco de
abrasão dos operários com os objetos adjacentes.
Não há sinalização das áreas de circulação.
O piso das instalações da fábrica não é nivelado, como exige a NR 12.
Os resíduos da produção, como pedaços de blocos, são encontrados
despojados junto aos artefatos produzidos, descumprindo a NR 12 ao
oferecer risco de acidentes aos operários (figura 5.3a).
As ferramentas utilizadas no processo de produção não são guardadas em
locais específicos de armazenamento (figura 5.4a).
Os artefatos produzidos não são guardados em locais específicos de
armazenamento (figura 5.5a).
No local onde está instalada a prensa para blocos, há um desnível do solo de
aproximadamente 0,5 m sem nenhuma proteção contra o risco de queda, que
caso ocorra à algum operário, este, pode chocar-se contra a máquina
agravando ainda mais a situação do acidente como pode ser visto na figura
5.2 (a).
FÁBRICA B
- Boas práticas
A via de saída e circulação na fábrica é maior que 1,20 m.
- Oportunidade de melhorias
Não há sinalização das áreas de circulação.
O piso das instalações da fábrica não é nivelado, como exige a NR 12.
Resíduos da produção são acumulados nas instalações da empresa (figura
5.3b).
Utilização de espaço público para armazenamento de materiais.
Ferramentas utilizadas no processo de produção e artefatos produzidos não
são guardados em locais específicos de armazenamento, como visto na
figura 5.4 (b).
51
Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA
FÁBRICA C
- Boas práticas
A via de saída na fábrica é maior que 1,20m.
- Oportunidade de melhorias
Via de circulação obstruída e sem sinalização de área de circulação.
A fábrica utiliza espaço público para armazenamento de materiais.
O piso das instalações da fábrica não é nivelado como exige a NR 12
Os resíduos da produção, como embalagens de cimento, são acumulados
dentro das instalações da empresa (figura 5.3c).
Ferramentas utilizadas no processo de produção e artefatos produzidos não
são guardados em locais específicos de armazenamento (figura 5.4c).
FÁBRICA D
- Boas práticas
A via de saída da fábrica é maior que 1,20 m, em conformidade com a NR 12.
- Oportunidade de melhorias
A fábrica possui área específica para armazenamento de artefatos
produzidos, porém ainda utiliza espaço público para armazenar materiais.
Os artefatos produzidos são encontrados em diversos locais da fábrica (figura
5.5b).
Via de circulação menor que o recomendado (figura 5.1b).
Não há sinalização das áreas de circulação e o piso das instalações da
fábrica apresenta alguns desnivelamentos contrapondo a NR 12.
Os resíduos da produção são encontrados dentro da fábrica no local de
produção dos artefatos (figura 5.3d).
Ferramentas utilizadas no processo de produção não são guardadas em
locais específicos de armazenamento, como exige a NR 12.
Há presença de animais e automóveis no ambiente de trabalho.
FÁBRICA E
- Oportunidade de melhorias
As vias de saída e circulação são menores que 1,20 m (figura 5.1c).
Utilização de espaço público para armazenamento de materiais.
Falta de proteção contra queda de altura (figura 5.2b).
Não há sinalização das áreas de circulação.
O piso das instalações da fábrica não é nivelado.
Como visto na figura 5.3e os resíduos da produção são acumulados nas
instalações da fábrica.
Ferramentas utilizadas no processo de produção e artefatos produzidos não
são guardados em locais específicos de armazenamento.
Fonte: Autor, 2016
52
Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016
As figuras a seguir registram através de ilustrações alguns dos itens citados no quadro 5.2
para as fábricas estudadas.
Figura 5.1 – Via de circulação inadequada
(a) Fábrica A (b) Fábrica D (c) Fábrica E
Fonte: Autor, 2016
Figura 5.2 - Falta de proteção contra queda de altura
(a) Fábrica A (b) Fábrica E
Fonte: Autor, 2016
Figura 5.3 – Acúmulo de resíduos dentro das fábricas
(a) Fábrica A (b) Fábrica B (c) Fábrica C
53
Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA
Figura 5.4 – Ferramentas de trabalho sem armazenamento específico
(d) Fábrica D (e) Fábrica E
Fonte: Autor, 2016
(a) Fábrica A (b) Fábrica B
(c) Fábrica C
Fonte: Autor, 2016
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Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016
Figura 5.5 – Artefatos produzidos sem armazenamento específico
(a) Fábrica A (b) Fábrica D
Fonte: Autor, 2016
5.3 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
A seguir são apresentados os principais resultados e características referentes às
instalações elétricas das fábricas.
Quadro 5.3– Análise das instalações elétricas das fábricas de artefatos de cimento
FÁBRICA A
- Oportunidade de melhorias
O painel elétrico da fábrica não é provido de compartimento fechado para sua
isolação e proteção.
Não possui restrição de acesso a pessoas não autorizadas ao painel elétrico.
Os condutores no painel elétrico possuem emendas envoltas em fita isolante,
mas que não garantem a sua devida proteção e isolação devido à má
organização dos fios e as intempéries a que estão expostos.
Falta de proteção contra incêndios nas proximidades das instalações elétricas
como exigido na NR 10.
Localização do painel elétrico parcialmente obstruída.
Falta de sinalização quanto ao risco de choque elétrico.
FÁBRICA B - Oportunidade de Melhorias
A Fábrica B não possui instalações elétricas.
FÁBRICA C
- Boas práticas
O painel elétrico estava em boas condições de uso e mantido fechado.
Não há fios desencapados nem dispositivos quebrados no painel elétrico.
Os fios condutores encontravam-se suspensos, evitando que obstruísse a
passagem de pessoas e equipamentos conforme manda a NR 12.
- Oportunidade de melhorias
O acesso ao painel elétrico estava obstruído devido ao uso do espaço público
para armazenamento de materiais, impedindo o acesso rápido em caso de
55
Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA
emergência (figura 5.6b).
Falta de sinalização quanto ao risco de choque elétrico.
Falta de proteção contra incêndios nas proximidades das instalações elétricas
como exigido na NR 10.
A localização do painel elétrico não permite apenas o acesso de pessoas
autorizadas.
FÁBRICA D
- Boas práticas
O painel elétrico apresentava-se novo, em bom estado de conservação,
acoplando todos os circuitos como visto na figura 5.6c.
Não há fios desencapados nem dispositivos quebrados no painel elétrico.
Os fios condutores encontravam-se suspensos, evitando que obstruísse a
passagem de pessoas e equipamentos, conforme recomenda a NR 12.
- Oportunidade de melhorias
Falta de sinalização quanto ao risco de choque elétrico.
Falta de proteção contra incêndios nas proximidades das instalações
elétricas, como exigido na NR 10.
O painel elétrico encontrava-se aberto, sem sistema de trancamento.
A localização do painel elétrico não permite apenas o acesso de pessoas
autorizadas.
FÁBRICA E
- Oportunidade de melhorias
A fábrica é servida de eletricidade, porém o local destinado ao painel elétrico
encontrava-se vazio (figura 5.6d).
Os fios condutores dentro da fábrica apresentavam-se com emendas sem
proteção oferecendo risco de choque elétrico.
Falta de sinalização quanto ao risco de choque elétrico.
Na fábrica havia fios condutores pelo piso e nas áreas de circulação,
oferecendo risco de queda aos operários.
Fonte: Autor, 2016
Registrou-se na Fábrica A que na ocorrência de alguma emergência que leve a necessidade
do desligamento dos circuitos, a localização do painel elétrico tornava-se parcialmente
obstruída por situar-se logo atrás a uma porta e sendo próxima a via de circulação, o risco
de choque elétrico se torna maior para as pessoas que ali transitarem. Seria adequada a
substituição do painel elétrico e a mudança de localização para uma área menos acessada
da fábrica, visando o isolamento das instalações elétricas.
As figuras a seguir registram alguns dos itens citados no quadro 5.3 para as fábricas
estudadas.
56
Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016
Figura 5.6 – Painel elétrico das fábricas de artefatos de cimento
(a) Fábrica A (b) Fábrica C
(c) Fábrica D (d) Fábrica E
Fonte: Autor, 2016
A figura 5.6a ilustra os fios e circuitos a vista do painel elétrico da fábrica A, não estando em
condições seguras de uso.
5.4 MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
A seguir são apresentados os resultados referentes às máquinas e equipamentos das
fábricas.
Quadro 5.4– Análise de máquinas e equipamentos nas fábricas de artefatos de cimento
FÁBRICA A
- Boas práticas
As máquinas são fixas no chão, concretadas no solo, impedindo que se mova
ou mude de posição, em conformidade com a NR 12.
- Oportunidade de melhorias
Os fios condutores das máquinas e equipamentos são dispostos no solo e em
contato com cimento, areia e água, em desconformidade com a NR 12.
57
Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA
Possibilidade de corte ou ruptura dos fios condutores das máquinas levando
a ocorrência de choque elétrico no operário.
Os dispositivos de parada e partida das máquinas não possuem a opção de
parada de emergência, sendo operados apenas por comando liga e desliga.
A localização do dispositivo parada e partida da prensa para blocos
dificultava o acesso a outras pessoas senão o operador em caso de
emergência para um desligamento da máquina (figura 5.8).
Os equipamentos utilizados na fábrica não possuem áreas específicas de
guarda e conserva. Formas, pás, colheres e outros equipamentos são
encontrados em diversos locais das fábricas, aumentando o risco de choque,
queda e lesão dos operários contra esses objetos.
FÁBRICA B
- Oportunidade de melhorias
As ferramentas utilizadas na fábrica não possuem áreas específicas de
guarda e conserva. Formas, pás, colheres e outros equipamentos são
encontrados em diversos locais das fábricas, aumentando o risco de choque,
queda e lesão dos operários contra esses objetos.
FÁBRICA C
- Oportunidade de melhorias
As ferramentas utilizadas na fábrica não possuem áreas específicas de
guarda e conserva. Formas, pás, colheres e outros equipamentos são
encontrados em diversos locais das fábricas, aumentando o risco de choque,
queda e lesão dos operários contra esses objetos.
FÁBRICA D
- Boas práticas
A betoneira é concretada no solo, impedindo que a mesma se mova ou mude
de posição.
- Oportunidade de melhorias
Os dispositivos de parada e partida da betoneira não possuem a opção de
parada de emergência, sendo operado apenas por liga e desliga.
Os equipamentos e as ferramentas utilizadas nos processos de produção não
são guardados em locais específicos; estes equipamentos são encontrados
em diversos lugares da fábrica, aumentando o risco de choque, queda e
lesão dos operários contra esses objetos.
FÁBRICA E
- Oportunidade de melhorias
As ferramentas utilizadas na fábrica não possuem áreas específicas de
guarda e conserva. Formas, pás, colheres e outros equipamentos são
encontrados em diversos locais das fábricas, aumentando o risco de choque,
queda e lesão dos operários contra esses objetos.
Fonte: Autor, 2016
Na Fábrica A seria adequado que a fiação estivesse embutida adequadamente, utilizando
eletrodutos e abaixo do solo. A figura 5.7 ilustra que existe a possibilidade de corte ou
58
Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016
ruptura dos fios condutores das máquinas levando a ocorrência de choque elétrico no
operário.
Figura 5.7 – Fio condutor da prensa para blocos em contato com as intempéries (Fábrica A)
Figura 5.8 - Obstrução do acesso ao dispositivo parada/partida (Fábrica A)
Fonte: Autor, 2016 Fonte: Autor, 2016
5.5 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS
Nenhuma das cinco empresas apresentou boas práticas referentes às proteções contra
incêndios nas suas fábricas. Estas não possuem qualquer tipo de proteção e alarme contra
incêndios.
A figura 5.9 a seguir indica possíveis lugares que poderiam prover de proteção contra
incêndios (extintores) dentro dos setores de produção nas fábricas, representando área de
fácil visualização para os trabalhadores ou pessoas nas proximidades terem acesso ao
extintor em caso de emergência como recomenda a NR 23, e próximo a equipamentos
elétricos conforme exigido na NR 10.
Figura 5.9 – Sugestão de local para adequação à proteção contra incêndios
(a) Fábrica A (b) Fábrica B
59
Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA
(c) Fábrica C (d) Fábrica D (e) Fábrica E
Fonte: Autor, 2016
5.6 CONDIÇÕES INSALUBRES
As análises referentes das condições insalubres de trabalho que os operários estão
expostos nas cinco fábricas, incluindo os riscos químicos e biológicos, estão apresentadas
no quadro 5.5.
Quadro 5.5– Análise das condições insalubres nas fábricas de artefatos de cimento
FÁBRICA A
- Boas práticas
Os trabalhadores faziam a preparação dos artefatos protegidos da exposição
à radiação solar.
O operador da prensa para blocos utilizava protetor auricular protegendo-o
dos níveis excessivos de ruído.
- Oportunidade de Melhorias
Local contendo água parada sem proteção de cobertura.
Operários em contato com o cimento, sem o uso de EPI’s adequados (luvas e
botas de segurança, uniforme, máscara), podendo adquirir doenças
ocupacionais resultantes do contato diário com o cimento, como
queimaduras, eczema e até silicose.
Níveis de ruídos em desconformidade com a NR 15.
FÁBRICA B
- Oportunidade de Melhorias
Local contendo água parada sem proteção de cobertura.
Não utilização de equipamentos de proteção individual de segurança.
Falta de cobertura nos locais de produção da fábrica, mantendo os operários
trabalhando em exposição ao sol.
FÁBRICA C - Boas práticas
Os trabalhadores faziam a preparação dos artefatos protegidos da exposição
60
Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016
à radiação solar.
Local contendo água parada com proteção de cobertura.
- Oportunidade de Melhorias
Não utilização de equipamentos de proteção individual de segurança.
FÁBRICA D
- Boas práticas
O operador da betoneira trabalhava protegido da exposição à radiação solar.
O seu posto de trabalho possuía cobertura.
- Oportunidade de Melhorias
Não utilização de equipamentos de proteção individual de segurança.
Local contendo água parada sem proteção de cobertura.
Níveis de ruídos em desconformidade com a NR 15.
Falta de cobertura em alguns locais de produção da fábrica, mantendo os
operários trabalhando em exposição ao sol.
FÁBRICA E
- Boas Práticas
Os trabalhadores executam suas atividades protegidos da radiação solar.
- Oportunidade de Melhorias
Local contendo água parada sem proteção de cobertura.
Não utilização de equipamentos de proteção individual de segurança.
Fonte: Autor, 2016
Na fábrica C e na fábrica D os operários não utilizavam calçados de segurança, luvas ou
máscaras respiratórias, onde, o contato diário com o cimento pode levar os operários a
adquirir doenças ocupacionais como queimaduras, eczema e silicose. A figura 5.10 ilustra
alguns operários nessas condições.
Figura 5.10 – Operários em contato com o cimento, sem uso de EPI’s adequado
(a) Fábrica C (b) Fábrica D
Fonte: Autor, 2016
61
Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA
Figura 5.11 – Água parada armazenada sem cobertura
A figura 5.11 ilustra nas fábricas A, B, D e E locais de armazenamento de água não
possuindo cobertura, favorecendo a proliferação de mosquitos Aedes Aegypti e ao vírus da
dengue.
Figura 5.12 – Locais das medições do nível de ruído (Fábrica A)
Fonte: Autor, 2016
O nível de ruído foi medido na Fábrica A em três locais diferentes (Escritório, local de
operação da betoneira e local de operação da prensa para blocos) (figura 5.12) no local de
(a) Fábrica A (b) Fábrica B
(c) Fábrica D (d) Fábrica E
Fonte: Autor, 2016
62
Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016
trabalho do operador da prensa, do operador da betoneira e na entrada da fábrica, com as
máquinas (prensa e betoneira) ligadas simultaneamente.
Os níveis de ruídos captados foram 105.7 dB(A), 93.9 dB(A), 76.0 dB(A) para o local de
operação da prensa para blocos, o local de operação da betoneira, e o escritório,
respectivamente. Considerando que a jornada de trabalho é de 8 horas diárias (4 horas em
cada turno), e os termos da NR 15 para níveis de ruído, o operador da prensa não deveria
permanecer mais do que 30 minutos no posto de trabalho e o operador da betoneira 2 horas
e 15 minutos sem a utilização de protetor auricular, assim, está em desconformidade com a
NR 15 o operador da betoneira pela falta do uso de protetor auricular, e no escritório o nível
de ruído medido é considerado seguro.
Na Fábrica D, o nível de ruído foi medido diretamente no local de operação da única
máquina nas instalações da fábrica, a betoneira, que apresentou 85.6 dB(A), que de acordo
com a NR 15, a jornada de trabalho de oito horas é aproximadamente o máximo permitido
que os trabalhadores podem ficar exposto a esse nível de ruído, excedendo 0.6 db(A).
5.7 INSTALAÇÕES SANITÁRIAS
A seguir é descrito as análises referentes as instalações sanitárias das fábricas.
Quadro 5.6– Análise das instalações sanitárias das fábricas de artefatos de cimento
FÁBRICA A
- Oportunidade de melhorias
O vaso sanitário não possui válvula de descarga e a área destinada a ele é
menor que 1 m2 como especifica a NR 18
Não há pisos, porta, chuveiro, lavatório, mictório e instalações elétricas
contrapondo a NR 18.
O recipiente para descarte de papel não é dotado com tampa.
As paredes não são laváveis e o ambiente não possui iluminação adequada.
Ao lado do vaso sanitário, há uma abertura no piso, oferecendo risco de
acidentes a quem for fazer uso das instalações como visto na figura 5.13a.
FÁBRICA B - Oportunidade de Melhorias
Falta de instalações sanitárias na fábrica.
FÁBRICA C - Oportunidade de Melhorias
Falta de instalações sanitárias na fábrica.
FÁBRICA D - Boas práticas
Há chuveiro dispondo de água quente, na proporção de um para cada dez
63
Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA
trabalhadores, com suporte para sabonete (figura 5.13b).
A área referente ao vaso sanitário corresponde ao mínimo de 1m2.
Possui instalação elétrica e iluminação adequada com porta e sistema de
trancamento como exige a NR 18.
- Oportunidade de melhorias
Não há pisos, lavatório e mictório. Além disso, o recipiente para descarte de
papel não é dotado com tampa e as paredes não são laváveis.
O chuveiro não possui suporte para toalhas.
As paredes não são laváveis.
Não possui ventilação adequada (presença de basculante).
FÁBRICA E
- Boas práticas
O vaso sanitário possui válvula de descarga e a área destinada ao
compartimento sanitário abrange a condição mínima de 1 m2 como manda a
NR 18.
- Oportunidade de melhorias
Não há pisos, chuveiro, lavatório, mictório e instalações elétricas contrapondo
a NR 18.
A porta não possui sistema de trancamento.
O recipiente para descarte de papel não dotado com tampa e as paredes não
são laváveis.
O ambiente não possui iluminação adequada como notado na figura 5.13c.
Não possui ventilação adequada.
Fonte: Autor, 2016
64
Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016
Figura 5.13 – Instalações sanitárias das fábricas de artefatos de cimento
(a) Fábrica A (b) Fábrica D
(c) Fábrica E
Fonte: Autor, 2016
5.8 ÁREAS DE VIVÊNCIA
As fábricas não possuíam áreas de vivências adequadas, proporcionando aos operários
situações desconfortáveis e análogas ao trabalho escravo, sem qualquer cuidado com a
higiene local.
65
Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA
Quadro 5.7– Análise das áreas de vivências das fábricas de artefatos de cimento
FÁBRICA A
- Oportunidade de Melhorias
Na fábrica não há vestiários, refeitórios, ou qualquer área de lazer que
pudesse ser classificada como parte de área de vivência. Os operários que
almoçavam no local de trabalho, faziam suas refeições nos mesmos lugares
em que produziam os artefatos.
FÁBRICA B,
C, D e E
Na fábrica não há vestiários, refeitórios ou qualquer área de lazer que
pudesse ser classificada como parte de área de vivência.
Fonte: Autor, 2016
5.9 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
O quadro 5.8 mostra os resultados referentes ao uso de equipamento de proteção individual
dos operários das fábricas estudadas.
Quadro 5.8– Análise do uso de equipamento de proteção individual nas fábricas de artefatos de cimento
FÁBRICA A
- Boas práticas
O operador da prensa faz uso de protetor auricular como visto na figura 5.15.
- Oportunidade de Melhorias
O empregador não disponibiliza EPI’s suficientes para todos os
trabalhadores.
Não utilização de equipamentos de proteção individual.
FÁBRICA B
- Oportunidade de Melhorias
O empregador não disponibiliza EPI’s para todos os trabalhadores.
Não utilização de equipamentos de proteção individual.
FÁBRICA C
- Oportunidade de Melhorias
O empregador não disponibiliza todos os EPI’s para os trabalhadores.
Não utilização de equipamentos de proteção individual.
FÁBRICA D
- Oportunidade de Melhorias
O empregador não disponibiliza EPI’s suficientes para todos os
trabalhadores.
Não utilização de equipamentos de proteção individual.
FÁBRICA E
- Boas práticas
Todos os operários utilizavam calçados de segurança.
- Oportunidade de Melhorias
66
Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016
O empregador não disponibiliza EPI’s suficientes para todos os
trabalhadores.
Não utilização de todos os equipamentos de proteção individual.
Fonte: Autor, 2016
Na Fábrica A apenas o operador da prensa estava usando protetor auricular, pois a
quantidade de protetores não era suficiente para todos os trabalhadores no local, havia
apenas um protetor e que não possuía nenhum caractere legível aparente informando nome
do fabricante, número de CA e validade como especificado na NR 6. Durante os processos
de produção dos artefatos de cimento, uso das prensas e betoneiras na fábrica, nenhum
operário apresentava-se utilizando todos os EPI’s necessários (protetores auriculares,
máscaras, luvas, calçados, óculos e capacete de segurança) para o trabalho que estava
executando contrariando o que deve ser seguindo segundo a NR 6. Ainda, apenas dois dos
oito operários foram identificados usando calçados de segurança, sendo que apenas um
deles possuía o uniforme da empresa.
Como constatado pela figura 5.14 que na fábrica havia um capacete de segurança, porém,
não era usado por nenhum operário, servindo de uso para medição da quantidade de água
na preparação da massa.
Na Fábrica D, durante os processos de produção dos artefatos de cimento e uso de
betoneira na fábrica, nenhum dos operários apresentava-se utilizando todos os EPI’s
necessários para o trabalho que estava executando, contrariando o que deve ser seguindo
segundo a NR 6, os operários atuam sem nenhum EPI e com vestimentas próprias, sem
uniforme (figura 5.16b).
Figura 5.14 – Utilização inadequada do capacete de segurança (Fábrica A)
Figura 5.15 – Operador da prensa para blocos utilizando protetor auricular (Fábrica A)
Fonte: Autor, 2016 Fonte: Autor, 2016
Nas Fábricas B, C e E, durante a produção dos artefatos de cimento, nenhum operário
apresentava-se utilizando todos os EPI’s necessários para o trabalho que estava
67
Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA
executando contrariando o que deve ser seguindo segundo a NR 6. Na fábrica B, apenas
um operário foi observado usando algum EPI, apesar da falta de luvas, capacete, óculos,
uniforme e máscara respiratória, o trabalhador utilizava calçados de segurança.
Na Fábrica C apenas um operário utilizava uniforme da empresa, porém sem luvas,
capacetes, óculos, máscaras ou calçados de segurança como visto na figura 5.16 (a).
Figura 5.16 – Falta do uso de EPI’s
(a) Fábrica C (b) Fábrica D
Fonte: Autor, 2016
5.10 . ERGONOMIA
A seguir é descrito as análises referentes a ergonomia nas fábricas, para as áreas de
comercialização e também referente as operações que os operários executavam.
Quadro 5.9– Análise referente a ergonomia nas fábricas de artefatos de cimento
FÁBRICA A
- Boas práticas
As áreas dos setores de comercialização da fábrica apresentam assentos
acolchoados com recosto de bordas curvas.
As escrivaninhas possuem área ampla de trabalho, fácil alcance e
visualização pelo trabalhador e boas condições de higiene e organização
como manda a NR 17 (figura 5.17a).
O operador da prensa para blocos mantinha postura adequadamente ereta
durante a execução de seu posto de trabalho.
- Oportunidade de Melhorias
Os assentos da área de comercialização não possuem altura ajustável.
Os trabalhadores ao realizar os serviços de preparação da massa, ou
transporte de cargas e uso da betoneira, mantinham suas costas curvadas
68
Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016
como visto na figura 5.18a, podendo causar problemas à coluna, dores físicas
ou doenças ocupacionais.
Nenhum dos postos de trabalho do setor de produção havia assentos para
descanso, caso o operário sentisse a necessidade de se sentar, este se
apoiava em qualquer objeto ou no chão.
FÁBRICA B
- Boas práticas
As escrivaninhas possuem área ampla de trabalho, fácil alcance e
visualização pelo trabalhador.
- Oportunidade de melhorias
Todos os assentos dos setores de comercialização da fábrica não
apresentam superfície acolchoada com recosto de bordas curvas e altura
ajustável.
As ferramentas do processo produtivo são encontradas dispersas na área de
comercialização limitando a movimentação do trabalhador.
Os trabalhadores ao realizar a preparação da massa e transporte de carga,
mantinham suas costas curvadas, podendo causar problemas à coluna, dores
físicas e doenças ocupacionais (figura 5.18b).
Nenhum dos postos de trabalho do setor de produção havia assentos para
descanso
FÁBRICA C
- Boas práticas
As áreas dos setores de comercialização da fábrica apresentam assentos
acolchoados e de bordas curvas.
As escrivaninhas possuem área ampla de trabalho, fácil alcance e
visualização pelo trabalhador como manda a NR 17.
Durante a preparação da massa para produção dos artefatos, os operários
mantinham postura ereta das costas.
- Oportunidade de melhorias
Os assentos da área de comercialização não possuem altura ajustável.
Ferramentas do processo de produção são encontradas espalhadas pelo
setor de comercialização
Levantamento de carga de forma inadequada e postura das costas curvada
(figura 5.18c).
Nenhum dos postos de trabalho do setor de produção havia assentos para
descanso.
FÁBRICA D
- Boas práticas
As áreas dos setores de comercialização da fábrica apresentam assentos
acolchoados com recosto de bordas curvas, e o assento destinado ao
trabalhador possui altura ajustável.
As escrivaninhas disponibilizam área ampla de trabalho, fácil alcance e
visualização pelo trabalhador como manda a NR 17 (figura 5.17b).
69
Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA
- Oportunidade de melhorias
Os trabalhadores ao realizar os trabalhos na fábrica de preparação da massa,
uso da betoneira e transporte de cargas, mantinham suas costas curvadas
como visto na figura 5.18d, podendo causar problemas à coluna, dores
físicas, doenças ocupacionais e até perda da capacidade produtiva.
Nenhum dos postos de trabalho do setor de produção havia assentos para
descanso destinado aos trabalhadores.
FÁBRICA E
Oportunidade de melhorias
A fábrica não continha setor de comercialização para análise.
Os trabalhadores ao realizar a preparação da massa e transporte de carga,
mantinham suas costas curvadas, como visto na figura 5.18e, podendo
causar problemas à coluna, dores físicas ou doenças ocupacionais.
Nenhum dos postos de trabalho do setor de produção havia assentos para
descanso.
Fonte: Autor, 2016
As figuras a seguir registram alguns dos itens citados no quadro 5.9 para as fábricas
estudadas.
Figura 5.17 – Setor de comercialização das fábricas de artefatos de cimento
(a) Fábrica A (b) Fábrica D
Fonte: Autor, 2016
Figura 5.18 – Postura das costas dos operários curvada durante os trabalhos executados
(a) Fábrica A
70
Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016
(b) Fábrica B (c) Fábrica C
(d) Fábrica D (e) Fábrica E
Fonte: Autor, 2016
5.11 SINALIZAÇÃO
Em nenhuma das cinco fábricas estudadas havia qualquer sinalização contra risco de
acidentes com máquinas ou equipamentos, risco de choque elétrico, queda ou lesão no
ambiente de trabalho, ruído excessivo nem de incentivo ao uso de EPI.
5.12 MAPA DE RISCO
Para cada fábrica foi elaborado um mapa de risco, apontando os principais locais em que os
operários estão aos riscos detectados.
Na fábrica A, a maior diversidade de riscos a segurança foram encontrados nos locais de
produção de artefatos, apresentando nível de ruído consideravelmente alto como explicitado
anteriormente e, arranjo físico inadequado.
71
Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA
Figura 5.19 – Mapa de risco da Fábrica A
Fonte: Autor, 2016
Figura 5.20 – Mapa de risco da Fábrica B
Fonte: Autor, 2016
72
Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016
Na fábrica B, a maior dissemelhança dos riscos avaliados é encontrada nos setores de
produção e armazenamento, identificados principalmente riscos relacionados ao arranjo
físico inadequado das instalações da fábrica.
Figura 5.21 – Mapa de risco da Fábrica C
Fonte: Autor, (2016)
Na fábrica C, os riscos mais identificados foram os riscos de acidentes sendo localizados
nos setores de produção e armazenamento e em suas proximidades.
Figura 5.22 – Mapa de risco da Fábrica D
Fonte: Autor, 2016
73
Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA
Na fábrica D, os riscos mais identificados foram os riscos de acidentes, devido ao arranjo
físico inadequado, ferramentas e artefatos produzidos espalhados pelo piso, onde a maior
diversidade de riscos a segurança é encontrada no setor de operação da betoneira.
Figura 5.23 – Mapa de risco da Fábrica E
Fonte: Autor, (2016)
Na fábrica E, por toda a fábrica foram encontrados riscos de acidentes, e a maior
diversidade dos riscos a segurança é localizado nos setores de produção.
Enfim, percebe-se através dos mapas de risco que em todas as fábricas os locais onde
havia maior diversidade de riscos a segurança são os setores de produção, onde
comumente encontram-se ferramentas e artefatos espalhados pelo arranjo físico, além de
níveis de ruído excessivos, exposição ao calor, posturas inadequadas dos operários e a falta
de proteção contra incêndios e de uso equipamentos de proteção individual.
5.13 ANÁLISE GERAL
Das fábricas avaliadas, foram atendidas 21,7 % das exigências aplicáveis a partir da
ferramenta de avaliação. Alguns itens, como os referentes às instalações elétricas, proteção
contra incêndios, características dos EPI’s e ao manuseio da prensa ou betoneira, não
puderam ser avaliados em algumas fábricas devido à falta destas máquinas ou
equipamentos, assim como, também, áreas de vivência, que não foi encontra em nenhuma
74
Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016
das fábricas. Os itens não aplicáveis correspondem a 47,2 % dos itens da ferramenta de
avaliação.
A figura a seguir apresenta as notas de índice de cumprimento da ferramenta de avaliação
de segurança, de cada fábrica, numa escala de 0 a 10. Pode-se perceber que as notas não
ultrapassaram 3 pontos, indicando um baixo desempenho em todas as cinco empresas
estudadas.
Figura 5.24 – Notas do índice de cumprimento da ferramenta de avaliação em segurança nas fábricas de artefatos de cimento
Fonte: Autor, 2016
A fábrica que recebeu maior nota foi a Fábrica D (nota 2,6), que dentre todas as fábricas foi
a única que possuía chuveiro e energia elétrica nas instalações sanitárias, também, a única
a dispor de área para estocagem de materiais produzidos e um painel elétrico em boas
condições de uso, o setor de comercialização era dotado de condições mínimas de conforto
e boas condições de higiene representando boas práticas nesse quesito, porém apesar
destes fatores, não possuía áreas de vivência e proteção contra incêndios, a organização da
área de produção e armazenamento no que se refere as ferramentas utilizadas, resíduos da
produção e artefatos produzidos representava um fator de risco de acidentes para os
operários e, também, a empresa não disponibilizava EPI algum aos trabalhadores.
A menor nota dentre as fábricas foi a Fábrica B (nota 1,7) que atuava em situações muito
precárias, sem instalações sanitárias, áreas de vivência, proteção contra incêndios e
fornecimento de energia elétrica, durante a produção dos artefatos de cimento os operários
ficavam expostos à radiação solar sem utilizar nenhum EPI que o empregador também não
disponibilizava, o setor de comercialização da empresa encontrava-se desorganizado e em
meio as ferramentas de trabalho, e não atendiam a todas as condições mínimas que a
norma exige para um conforto ergonômico.
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
FÁBRICAA
FÁBRICAB
FÁBRICAC
FÁBRICAD
FÁBRICAE
2,41,7
2,12,6
1,8
75
Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA
A figura 5.25 expõe as notas gerais das fábricas de artefatos de cimento em Cruz das Almas
– BA por categorias, agrupadas em arranjo físico, instalações elétricas, proteção contra
incêndio, instalações sanitárias, áreas de vivência, EPI’s e ergonomia. Em nenhuma das
fábricas foi localizado refeitórios ou vestiários ou qualquer sistema de proteção contra
incêndios, sendo este último, a categoria mais precária nas condições de segurança,
recebendo nota ZERO. A distribuição e uso de EPI’s também possui nota muito baixa (nota
0,2), nenhum empregador disponibiliza a quantidade de EPI’s suficientes para todos os
trabalhadores e quando há algum EPI disponível, os operários não recebem instruções
quanto ao uso e conserva do equipamento, que muitas vezes não é utilizado ou é usado
para outros propósitos.
Figura 5.25 – Índice geral de cumprimento da ferramenta de avaliação nas fábricas de artefatos de cimento por categorias
Fonte: Autor, 2016
Quanto às instalações elétricas, sanitárias e as condições do arranjo físico das fábricas,
também receberam notas baixas não ultrapassando (4,1), em algumas empresas as
máquinas eram ligadas no mesmo circuito, e não possuindo dispositivos de parada de
emergência. As instalações sanitárias na maioria dos casos, não estavam em boas
condições de higiene, ou sendo muito apertadas (menores que 1 m2), sem instalações
elétricas, e havendo falta de vários requisitos da NR 18, como lavatórios, chuveiros e
mictórios, não havendo portas também.
O arranjo físico, que recebeu nota (2,2), em todas as fábricas possuíam ferramentas,
resíduos e artefatos produzidos expostos pelo piso, havendo o risco de choque ou queda
devido a má organização desses objetos, em alguns casos, os materiais utilizados na
produção dos artefatos e os produtos finalizados obstruíam as passagens e as vias de
circulação dentro das fábricas.
0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0% 90,0%100,0%
ERGONOMIA
EPI
ÁREAS DE VIVÊNCIA
INSTALAÇÕES SANITÁRIAS
PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
ARRANJO FÍSICO
54%
2%
0%
41%
0%
26%
22%
76
Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016
A categoria que recebeu maior nota foi ergonomia (5,4), das observações durante os
trabalhos nas fábricas, os operários mantinham suas costas curvadas durante os trabalhos
executados e postura inadequada no levantamento de cargas, entretanto algumas
instalações dos setores de comercialização possuíam boas condições, adequadas a um
conforto ergonômico.
5.14 POSSÍVEIS SOLUÇÕES AOS PROBLEMAS DETECTADOS
A partir da relação de oportunidade de melhorias apresentada, pode-se determinar algumas
possíveis soluções a serem implementadas pelos proprietários das fábricas. De forma geral,
essas sugestões podem ser realizadas a curto prazo, sem a necessidade de grandes
investimentos financeiros.
5.14.1 Arranjo Físico
Reorganização das áreas de armazenamento e produção, mantendo locais
específicos para cada finalidade.
Criação de área específica para armazenamento das ferramentas utilizadas.
Retirada de resíduos da produção de dentro das instalações da fábrica,
transportando-os para áreas específicas de despejo na cidade.
Retirada de materiais em frente à fábrica que possam estar obstruindo vias de
circulação e o acesso ao painel elétrico
Aumento da largura das vias de circulação inadequadas.
Nivelar o piso das fábricas.
Retirada de automóveis e animais das instalações das fábricas.
Instalação de EPC, tais como guarda-corpos em locais de desnível do solo e inserir
sinalizações visuais.
5.14.2 Instalações Elétricas
Instalação de painel elétrico fechado, com disjuntores para cada circuito.
77
Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA
Restrição do acesso ao painel elétrico a pessoas não autorizadas, mantendo sua
localização distanciada de vias de circulação, porém, de fácil visualização em caso
de emergência.
Manter emendas de fios condutores isoladas com fita isolante.
Manter os fios condutores em caneletas.
5.14.3 Máquinas e Equipamentos
Desobstrução do acesso ao dispositivo de parada/partida das máquinas.
Manter os fios condutores das máquinas fora do contato com as intempéries e de
materiais úmidos.
Manter as ferramentas dos processos de produção armazenadas em local
específico.
5.14.4 Proteções Contra Incêndios
Instalação de alarme de incêndio, e extintores nas áreas de produção e no setor de
comercialização das fábricas.
5.14.5 Condições Insalubres
Instalação de cobertura em áreas de exposição ao sol.
Manter recipientes que contém água parada cobertos.
Uso de EPI’s pelos operários evitando o contato do cimento com a pele.
5.14.6 Instalações Sanitárias
Instalação e manutenção das instalações sanitárias, mantendo-as em boas
condições de higiene, aderir iluminação elétrica e chuveiro, com porta, possuindo
sistema de fechamento, piso e paredes laváveis.
78
Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016
5.14.7 Equipamento de Proteção Individual
Compra e fornecimento de EPI’s a todos os operários, necessários para as
operações das fábricas, como capacetes, óculos, luvas e botas de segurança,
protetores auriculares, máscaras e uniformes, posteriormente instruindo-os sobre a
forma correta de uso, guarda e conservação destes equipamentos.
5.14.8 Ergonomia
Disponibilizar assentos para descanso nas áreas de produção das fábricas.
Trocar assentos das áreas de comercialização que não possuem superfície
acolchoada e altura ajustável.
Reorganização dos setores de comercialização, retirando ferramentas de produção
dos artefatos, no local.
Orientar os operários a manterem a postura adequada das costas durante os
processos de trabalho.
5.14.9 Sinalizações
Instalação de placas de sinalização e advertência quando ao uso de EPI.
Instalação de placas de sinalização e advertência quanto ao risco de choque elétrico.
Instalação de placas de sinalização e advertência quanto ao risco de ruído
excessivo.
Instalação de placas de sinalização e advertência quanto ao risco de queda e
acidentes.
Instalação de placas sinalizando as áreas de circulação.
Instalação de placas sinalizando a saída de emergência.
79
Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
6.1 CONCLUSÃO
Das fábricas de artefatos de cimento estudadas, todas obtiveram baixo índice de
cumprimento dos requisitos de segurança através da ferramenta de verificação,
apresentando valor correspondente menor que a metade dos itens verificados. A falta do
uso de EPI’s é o principal problema encontrado nessas empresas.
Além do não fornecimento dos EPI’s, outros problemas de segurança estão presentes nas
instalações das empresas, como a inexistência de proteção contra incêndios, exigido pela
NR 23 e que toda fábrica deve possuir, o arranjo físico inadequado que favorece o risco de
acidentes devido à quantidade e disposição de ferramentas, materiais e resíduos
depositados em diversos locais das fábricas, além das diferenças de altura do solo sem
proteção e o piso desnivelado que podem aderir problemas de ergonomia aos operários
durante o transporte de cargas.
De modo geral, os problemas mais comuns nas fábricas de artefatos de cimento de Cruz
das Almas – BA, relacionados à segurança do trabalho, são:
Falta de proteção contra incêndios;
Falta de distribuição de EPI pelas empresas e de uso pelos operários;
Arranjo físico da planta inadequado;
Uso de espaço público para armazenamento de materiais;
Postura de trabalho dos operários inadequada;
Instalações sanitárias precárias.
Pode atribuir que a grande deficiência dessas empresas é em parte devido à precária
atuação dos setores públicos de fiscalização nestes estabelecimentos, que não atuam
vigorosamente cobrando de seus proprietários os cuidados para com a segurança.
Além disso, mesmo com o grau de risco classificado pela Norma Regulamentadora 4 que
informa que fábricas de artefatos de cimento possuem grau de risco quatro, e sendo o maior
valor atribuído aos riscos de segurança segundo esta norma, não é necessário a aplicação
de um SESMT devido a baixa quantidade de operários nas fábricas de artefatos de cimento
estudadas, menos de cinquenta, mínimo necessário como é especificado na NR 4. Porém
80
Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016
pode ser aplicado um PPRA e um CIPA a estas empresas, ficando a critério do empregador,
enquanto um PCMAT é apenas aplicável a obras de construção civil.
Enfim, ao finalizar esta pesquisa infere-se que as fábricas de artefatos de cimento
estudadas de Cruz das Almas – BA possuem condições de segurança insatisfatórias, sendo
necessárias modificações no ambiente de trabalho e o incremento de sistemas de
segurança, conforme exige as Normas Regulamentadoras.
6.2 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS
Análise dos custos que as fábricas de artefatos de cimento de Cruz das Almas terão
para implementar todos os requisitos de segurança que as Normas
Regulamentadoras exigem.
Diagnóstico de gestão de resíduos em fábricas de artefatos de cimento do município
de Cruz das Almas e formas de reaproveitamento destes materiais.
Avaliação da qualidade dos artefatos de cimento produzidos nas fábricas de Cruz
das Almas.
Análise de custos nas fábricas de artefatos de cimento de Cruz das Almas,
identificando medidas de melhorias nessas empresas.
81
Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA
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Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA
APÊNDICE A – Ferramenta de Avaliação de Segurança em
Fábricas de Artefatos de Cimento
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Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS - CAMPUS DE CRUZ DAS ALMAS-BA
GRUPO DE PESQUISA: CARACTERIZAÇÃO DAS FÁBRICAS DE ARTEFATOS DE CIMENTO DE CRUZ DAS ALMAS-BA
Data:
Horário:
Preenchido por:
Empresa:
Orientador da Pesquisa:
Número de operários:
Equipamentos disponíveis:
Ferramentas disponíveis:
ÍNDICE DE CUMPRIMENTO DA NR 12 E NR 10 E BOAS PRÁTICAS EM SEGURANÇA DO TRABALHO
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
A) DO ARRANJO FÍSICO
A.1) ÁREAS EXTERNAS S N NA
A.1.1) Há identificação do nome da fábrica
A.1.2) Há identificação do telefone para contato da fábrica
A.1.3) A fábrica possui registros de ocorrência de acidentes
A.1.4) Há placas informando ao público a quanto tempo a fábrica não possui ocorrência de acidentes
A.1.5) A calçada na frente da fábrica está desobstruída
A.1.6) A empresa não utiliza o espaço público para estoque de materiais
OBS:
A.2) ÁREAS INTERNAS S N NA
A.2.1) A área de produção é separada da área de comercialização
A.2.2) As áreas de circulação estão desobstruídas (NR 12)
A.2.3) Os pisos dos locais de trabalho das áreas de circulação estão limpos e livres de objetos, ferramentas e quaisquer materiais que ofereçam riscos de acidentes (NR 12)
A.2.4) As áreas de armazenamento de materiais estão projetadas, dimensionadas e mantidas de forma que os trabalhadores se movimentem com segurança (sem risco de sofrer cortes e quedas) (NR 12)
A.2.5) Os espaços em torno das máquinas estão projetados, dimensionados e mantidos de forma que os trabalhadores se movimentem com segurança (NR 12)
A.2.6) Os pisos dos locais de trabalho onde se instalam máquinas e equipamentos estão limpos e livres de objetos, ferramentas e quaisquer materiais que ofereçam riscos de acidentes (NR 12)
A.2.7) Os materiais utilizados no processo produtivo estão alocados em áreas específicas de armazenamento (NR 12)
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Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA
A.2.8) Há placas de advertências quanto à existência de áreas perigosas
A.2.9) Há placas de advertências quanto ao uso obrigatório de EPI's
A.2.10) Os fios condutores estão em locais livres do trânsito de pessoas e equipamentos, de modo que está preservada sua isolação (NR 12)
A.2.11) As vias principais de circulação nos locais de trabalho e as que conduzem às saídas têm no mínimo, 1,20 m (um metro e vinte centímetros) de largura (NR 12)
A.2.12) Nos locais de instalação de máquinas e equipamentos, as áreas de circulação estão demarcadas
A.2.13) As máquinas estacionárias possuem medidas preventivas quanto à sua estabilidade de modo que não se movimentem (travas de segurança) (NR 12)
A.2.14) As máquinas e equipamentos possuem bloqueio que impeça o acionamento por pessoas não autorizadas (NR 12)
A.2.15) Existe local de estocagem específico para os produtos finalizados
OBS:
B) ELETRICIDADE
B.1) INSTALAÇÕES ELÉTRICAS S N NA
B.1.1) As instalações elétricas das máquinas e equipamentos que estejam ou possam estar em contato direto ou indireto com água ou agentes corrosivos estão projetadas com meios e dispositivos que garantem seu isolamento (NR 10)
B.1.2) As instalações elétricas das máquinas estão aterradas (NR 10)
B.1.3) Na fábrica há registro de inspeções das instalações elétricas
B.1.4) Os fios condutores estão em locais livres do trânsito de pessoas e equipamentos, de modo que está preservada sua isolação (NR 10)
B.1.5) As redes de alta tensão estão protegidas de modo a evitar contatos acidentais com veículos, equipamentos e trabalhadores (NR 10)
B.1.6) As emendas e derivações dos condutores são executadas de modo que assegurem a resistência mecânica e contato elétrico (NR 10)
B.1.7) Os plugs das tomadas estão em boas condições de uso
B.1.8) As áreas onde há instalações ou equipamentos elétricos estão dotadas de proteção contra incêndio e explosão
B.1.9) Os circuitos elétricos são protegidos contra impactos mecânicos (NR 10)
B.1.10) Os circuitos elétricos são protegidos contra umidade e agentes corrosivos (NR 10)
OBS:
B.2) OS CONDUTORES S N NA
B.2.1) Estão localizados de forma que não entrem em contato com cantos vivos ou partes móveis (NR 10)
B.2.2) Estão em boas condições de uso
B.2.3) Os condutores possuem isolamento
B.2.4) Os condutores elétricos oferecem resistência mecânica compatível com a sua utilização
B.2.5) São constituídos de materiais que não propagem o fogo
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Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016
B.2.6) Estão em local adequado
B.2.7) Estão em local que não impede a movimentação de pessoas
B.2.8) Estão em local que não impede a movimentação de materiais
B.2.9) Estão em local que não impede a operação de máquinas
OBS:
B.3) PAINÉIS ELÉTRICOS S N NA
B.3.1) A fábrica é dotada de painel elétrico fechado
B.3.1.1) Os painéis elétricos são mantidos trancados
B.3.2) A fábrica é dotada de painel elétrico de maneira a acoplar todos os circuitos
B.3.3) Junto a cada disjuntor há identificação do circuito/equipamento correspondente (NR 10)
B.3.4) Estão em bom estado de conservação
B.3.5) A localização dos painéis elétricos está desobstruída
B.3.6) Sua localização permite apenas o acesso de pessoas autorizadas
B.3.7) Estão sinalizados quanto ao perigo de choque elétrico
B.3.8) Os painéis elétricos estão sendo de uso exclusivo para serviços de eletricidade (não está sendo usado para guardar objetos ou demais usos diferentes de sua finalidade principal)
B.3.9) As condições atuais dos painéis elétricos estão aptas para funcionamento, não havendo fios desencapados ou dispositivos quebrados
OBS:
B.4) AS SINALIZAÇÕES S N NA
B.4.1) Há placas de advertências quanto ao risco de choque elétrico
B.4.2) As máquinas, equipamentos possuem sinalização de segurança sobre exposição de riscos
B.4.2.1) Estão destacadas na máquina ou equipamento
B.4.2.2) As sinalizações das máquinas e equipamentos estão em local visível
B.4.2.3) As sinalizações das instalações elétricas estão em local visível
B.4.2.4) As sinalizações das máquinas e equipamentos são de fácil compreensão
B.4.2.5) As sinalizações das instalações elétricas são de fácil compreensão
OBS:
B.5) SISTEMA DE SEGURANÇA S N NA
B.5.1) As zonas de perigos das máquinas e equipamentos possuem sistemas de segurança como proteções fixas ou móveis (NR 12)
B.5.2) As máquinas e equipamentos possuem comandos elétricos ou interfaces de segurança (Relé/CLP de segurança) (NR 12)
B.5.3) Possuem dispositivos de intertravamento (chaves de segurança) (NR 12)
89
Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA
B.5.4) As máquinas e equipamentos possuem proteções fixas ou móveis de modo a promover segurança (NR 12)
B.5.4.1) As proteções das máquinas e equipamentos são constituídas de materiais resistentes (NR 12)
B.5.4.2) As proteções das máquinas e equipamentos possuem fixação firme e garantia de estabilidade (NR 12)
B.5.4.3) As proteções das máquinas e equipamentos impedem o acesso à zona de perigo (NR 12)
B.5.4.4) As proteções das máquinas e equipamentos não possuem arestas ou extremidades cortantes (NR 12)
OBS:
B.6) DISPOSITIVOS DE PARTIDA, ACIONAMENTO E PARADA S N NA
B.6.1) Estão projetados e instalados de modo que não se localizem em suas zonas perigosas (NR 12)
B.6.2) Estão projetados e instalados de modo que possam ser acionados ou desligados em caso de emergência por outra pessoa que não seja o operador (NR 12)
B.6.3) Estão projetados e instalados de modo que impeçam acionamento ou desligamento involuntário pelo operador ou por qualquer outra forma acidental (NR 12)
B.6.4) Estão projetados e instalados de modo que não acarretem riscos adicionais (NR 12)
OBS:
B.7) DISPOSITIVOS DE PARADA DE EMERGÊNCIA S N NA
B.7.1) As máquinas estão equipadas com um ou mais dispositivos de parada de emergência (NR 12)
B.7.1.1) Estão posicionados em locais de fácil acesso pelos operadores em seus postos de trabalho e por outras pessoas (NR 12)
B.7.1.2) Estão posicionados em locais de fácil visualização pelos operadores em seus postos de trabalho e por outras pessoas (NR 12)
B.7.1.3) Estão posicionados em locais permanentemente desobstruídos (NR 12)
B.7.1.4) Suportam as condições de operação previstas (NR 12)
B.7.1.5) Suportam as influências do meio (poeira, sujeira)
B.7.1.6) Possuem acionadores projetados para fácil atuação do operador ou outros que possam necessitar da sua utilização (NR 12)
B.7.1.7) Prevalecem sobre todos os outros comandos (NR 12)
B.7.1.8) Provocam a parada da operação ou processo perigoso imediatamente (NR 12)
B.7.1.9) São mantidos em perfeito estado de funcionamento (NR 12)
OBS:
ÍNDICE DE CUMPRIMENTO DA NR 23 E BOAS PRÁTICAS EM SEGURANÇA DO TRABALHO
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Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016
PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS
Não há na fábrica bitucas de cigarro descartadas em locais inadequados
Não há na fábrica papéis descartados em locais inadequados
Não há na fábrica materiais inflamáveis armazenados em locais inadequados (que oferecem risco de incêndio)
A) DO DEVER DA EMPRESA S N NA
A.1) A fábrica possui proteção contra incêndio (extintores) (NR 23)
A.2) A fábrica possui proteção contra incêndio (hidrantes) (NR 23)
A.3) A fábrica possui proteção contra incêndio (springlers) (NR 23)
A.4) A fábrica possui proteção contra incêndio (portas corta-fogo) (NR 23)
OBS:
B) DOS EXTINTORES
Há na fábrica registros das condições dos extintores
B.1) TIPOS S N NA
B.1.1) Quantidade de extintores _______________________________________
B.1.2) A fábrica possui extintores do tipo constituídos por água pressurizada(para incêndios de classe A, que possuem como combustível, madeira, papel, tecidos, borracha)
B.1.3) A fábrica possui extintores do tipo constituídos por pó químico BC (bicarbonato de sódio) (para incêndios de classe B e C, ocorridos a partir de líquidos inflamáveis ou equipamentos elétricos)
B.1.4) A fábrica possui extintores do tipo constituídos por pó ABC (fosfato monoamônico) (para incêndios de classe A, B e C)
B.1.5) A fábrica possui extintores do tipo constituídos por gás carbônico (CO2 – dióxido de carbono) (para incêndios de classe B e C)
B.1.6) A fábrica possui extintores do tipo constituídos por espuma (para incêndios classe A e B)
OBS:
B.1) LOCALIZAÇÃO S N NA
B.1.1) Os extintores estão em locais de fácil visualização (NR 23)
B.1.2) As unidades extintoras estão instaladas em altura compatível (sua parte superior a não mais que 1,60 metros do piso) com a população, facilitando assim seu manuseio e utilização (NR 23)
B.1.3) Os extintores estão em locais de fácil acesso (não localizados nas paredes das escadas, nem obstruídos por pilhas de materiais) (NR 23)
B.1.4) Os extintores estão em locais onde haja menos probabilidade de o fogo bloquear o seu acesso (NR 23)
B.1.5) As unidades extintoras estão protegidas contra intempéries e/ou danos físicos potenciais (NR 23)
91
Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA
OBS:
B.2) SINALIZAÇÃO S N NA
B.2.1) Os locais destinados aos extintores estão assinalados por um círculo vermelho ou por uma seta larga, vermelha, com bordas amarelas (NR 23)
B.2.2) Há indicação pintada de vermelho no piso abaixo da localização do extintor indicando a área (1 metro quadrado) correspondente ao mesmo (NR 23)
B.2.3)A indicação no piso da área do extintor está desobstruída (NR 23)
B.2.4)Há alarmes de incêndio nas instalações da fábrica (NR 23)
B.2.5) Existem indicações e sinalização de advertência dos riscos nos locais identificados como potenciais iniciadores de um incêndio (NR 23)
B.2.5.1) A sinalização tem apelo visual e está disposta em locais que permitem a sua pronta identificação (NR 23)
OBS:
ÍNDICE DE CUMPRIMENTO DA NR 15 E NR 18 E BOAS PRÁTICAS EM SEGURANÇA DO TRABALHO
A)CONDIÇÕES INSALUBRES DE TRABALHO S N NA
Há iluminação suficiente para realização dos trabalhos dos operários
Os operários estão protegidos da radiação solar
A.1) RUÍDO S N NA
A.1.1) Não há presença de ruído contínuo ou intermitente (NR 15)
A.1.1.2) Caso houver: Nível de ruído _______________________________________
A.1.1.3) Período de exposição diário do operário ao ruído ____________________________________
A.1.2) Não há presença de ruído de impacto (NR 15)
A.1.2.1) Caso houver: Nível de ruído _______________________________________
A.1.2.2) Período de exposição diário do operário ao ruído ____________________________________
A.1.3) O nível de ruído contínuo não ultrapassa o limite máximo estabelecido pela norma, de 115 dB (NR 15)
A.1.4) O nível de ruído de impacto não ultrapassa o limite máximo estabelecido pela norma, de 130 dB (NR 15)
A.1.5) Há placas de advertências quanto ao risco de ruído excessivo
A.1.6) Há placas de advertência quando ao uso de EPI adequado (protetores auriculares) ao risco de ruído excessivo
OBS:
A.2) AGENTES QUÍMICOS/BIOLÓGICOS S N NA
92
Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016
A.2.1) Os operários estão protegidos da exposição a poeira (utilizando respiradores para proteção das vias respiratórias)
A.2.2) Os operários estão protegidos da exposição a partículas provenientes da serragem da madeira (utilizando respiradores para proteção das vias respiratórias)
A.2.3) Os operários estão protegidos do contato com o cimento utilizando EPI's adequado (luvas para proteção das mãos, botas de segurança, uniforme)
A.2.4) Os operários estão protegidos do contato com aditivos utilizando EPI's adequado (luvas para proteção das mãos, botas de segurança, uniforme)
A.2.5) Os operários estão protegidos do contato com desmoldantes utilizando EPI's adequado (luvas para proteção das mãos, botas de segurança, uniforme)
A.2.6) Os operários estão protegidos do contato com umidade excessiva utilizando EPI's adequado (luvas para proteção das mãos, botas de segurança, uniforme)
A.2.7) Não há presença de caixas d’águas descobertas
A.2.8) Não há presença de pneus, garrafas vazias, caixas, plásticos ou outros objetos contendo água parada
OBS:
B) DAS INSTALAÇÕES SANITÁRIAS
B.1) CONDIÇÕES S N NA
B.1.1) Existem instalações sanitárias para uso dos operários (NR 18)
B.1.3) Os pisos são impermeáveis(NR 18)
B.1.3) Os pisos são laváveis (NR 18)
B.1.3) Os pisos são de acabamento antiderrapante (NR 18)
B.1.4) As paredes são feitas de material resistente (NR 18)
B.1.4) As paredes são laváveis (NR 18)
B.1.6) Possui ventilação adequada (NR 18)
B.1.6) Possui iluminação adequadas (NR 18)
B.1.7) Situado em locais de fácil e seguro acesso, não sendo permitido um deslocamento superior a 150 (cento e cinquenta) metros do posto de trabalho aos gabinetes sanitários, mictórios e lavatórios (NR 18)
B.1.8) As instalações elétricas estão adequadamente protegidas (NR 18)
B.1.2) São mantidas em perfeito estado de conservação e higiene (NR 18)
OBS:
B.2) LAVATÓRIOS S N NA
B.2.1) Há disponível um lavatório individual ou coletivo, tipo calha, para uso dos operários, na proporção de 1 para 20 (NR 18)
B.2.1.2) Quantidade de lavatórios __________________________________________
B.2.1.3) Ficam a uma altura de 0,90m (noventa centímetros) do piso (NR 18)
B.2.1.4) Possuem espaçamento mínimo entre as torneiras de 0,60m (sessenta centímetros),
93
Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA
quando coletivos (NR 18)
B.2.1.5) Há torneira de metal ou de plástico (NR 18)
B.2.1.6) São ligados diretamente à rede de esgoto (NR 18)
B.2.1.7) Possuem espaçamento mínimo entre as torneiras de 0,60m (sessenta centímetros), quando coletivos (NR 18)
B.2.1.8) Dispõem de recipiente para coleta de papéis usados (NR 18)
OBS:
B.3) VASOS SANITÁRIOS S N NA
B.3.1) Há vaso sanitário individual ou coletivo para uso dos operários, na proporção de 1 para 20 (NR 18)
B.3.1.2) Quantidade de vasos sanitários ______________________________________________
B.3.1.3) Possui caixa de descarga ou válvula automática (NR 18)
B.3.1.4) O local destinado ao vaso sanitário (gabinete sanitário) tem área mínima de 1,00m² (um metro quadrado) (NR 18)
B.3.1.5) Os compartimentos dos gabinetes sanitários são individuais (NR 18)
B.3.1.6) Os compartimentos dos gabinetes sanitários são dotados de portas independentes com sistema de fechamento (NR 18)
B.3.1.7) Os compartimentos dos gabinetes sanitários são dotados de recipiente com tampa para descarte de papéis servidos (NR 18)
OBS:
B.4) MICTÓRIOS S N NA
B.4.1) Há mictório individual ou coletivo, tipo calha, para uso dos operários, na proporção de 1 para 20
B.4.1.2) Quantidade de mictórios ________________________________________
B.4.1.3) São providos de descarga provocada ou automática (NR 18)
B.4.1.4) Localizam-se a uma altura máxima de 0,50m (cinquenta centímetros) do piso (NR 18)
B.4.1.5) Tem revestimento interno de material liso, impermeável e lavável (NR 18)
B.4.1.6) É ligado diretamente à rede de esgoto ou à fossa séptica (NR 18)
OBS:
B.5) CHUVEIROS S N NA
B.5.1) Há chuveiro individual ou coletivo para uso dos operários, na proporção de 1 para 10 (NR 18)
B.5.1.2) Quantidade de chuveiros ______________________________________________
B.5.1.3) Há um suporte para sabonete, correspondente a cada chuveiro (NR 18)
94
Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016
B.5.1.4) Há um suporte para cabide para toalha, correspondente a cada chuveiro (NR 18)
B.5.1.5) Os chuveiros devem são de metal ou plástico (NR 18)
B.5.1.6) Os chuveiros dispõem de água quente (NR 18)
B.5.1.7) Os pisos dos locais onde estão instalados os chuveiros possuem caimento que assegure o escoamento da água para a rede de esgoto (NR 18)
B.5.1.8) Os pisos dos locais onde estão instalados os chuveiros são de materiais antiderrapante (NR 18)
B.5.1.9) A área mínima de cada chuveiro é de 0,80m² (NR 18)
B.5.1.10) Possuem altura 2,10 m do piso (NR 18)
OBS:
C) ÁREAS DE VIVÊNCIA S N NA
As áreas de vivência são mantidas em perfeito estado de conservação, higiene e limpeza (NR 18)
C.1) VESTIÁRIOS S N NA
C.1.1) Há na fábrica vestiários para troca de roupa dos trabalhadores (NR 18)
C.1.1.2) A localização do vestiário não tem ligação direta com o local destinado às refeições (NR 18)
C.1.1.3) Possui paredes de alvenaria, madeira ou material equivalente (NR 18)
C.1.1.4) Possui pisos de concreto, cimentado, madeira ou material equivalente (NR 18)
C.1.1.5) Possui cobertura que proteja contra as intempéries (NR 18)
C.1.1.6) Possui área de ventilação correspondente a 1/10 (um décimo) de área do piso (NR 18)
C.1.1.7) Possui iluminação natural e/ou artificial (NR 18)
C.1.1.8) Possui armários individuais dotados de fechadura ou dispositivo com cadeado (NR 18)
C.1.1.9) Possui pé-direito mínimo de 2,50m (NR 18)
C.1.1.10) São mantidos em perfeito estado de conservação, higiene e limpeza (NR 18)
C.1.1.11) Tem bancos em número para atender aos usuários, com largura mínima de 0,30m x 1,00m para cada chuveiro (NR 18)
OBS:
C.2) LOCAIS PARA REFEIÇÃO S N NA
C.2.1) Há refeitórios, de uso dos funcionários (NR 18)
C.2.1.2) Tem paredes que permitam o isolamento durante as refeições (NR 18)
C.2.1.3) Possui piso de concreto, cimentado ou de outro material lavável (NR 18)
C.2.1.4) Há cobertura que proteja das intempéries (NR 18)
C.2.1.5) Possui capacidade para garantir o atendimento de todos os trabalhadores no horário das refeições (NR 18)
C.2.1.6) Provém de ventilação e iluminação natural e/ou artificial (NR 18)
95
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C.2.1.7) Há lavatório instalado em suas proximidades ou no seu interior (NR 18)
C.2.1.8) Tem assentos em número suficiente para atender aos usuários (NR 18)
C.2.1.9) As mesas possuem tampos lisos e laváveis (NR 18)
C.2.1.10) Há depósito, com tampa, para detritos (NR 18)
C.2.1.11) Não está situado em subsolos ou porões das edificações (NR 18)
C.2.1.12) Não ter comunicação direta com as instalações sanitárias (NR 18)
C.2.1.13) Tem pé-direito mínimo de 2,80m (NR 18)
OBS:
C.3) ÁREAS DE LAZER S N NA
C.3.1) Há área de lazer no canteiro de obras (NR 18)
C.3.2) O refeitório ou outro local é aproveitado como área de lazer, possuindo televisão ou jogos (NR 18)
OBS:
ÍNDICE DE CUMPRIMENTO DA NR 06 E BOAS PRÁTICAS EM SEGURANÇA DO TRABALHO
(EPI)EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
A) DO FORNECIMENTO DOS EQUIPAMENTOS S N NA
A.1) A empresa fornece a todos os visitantes, gratuitamente, capacetes de segurança
A.2) A empresa fornece a todos os visitantes, gratuitamente, óculos de segurança
A.3) A empresa fornece a todos os visitantes, gratuitamente, respiradores para proteção das vias
A.4) A empresa fornece a todos os visitantes, gratuitamente, protetores auriculares
A.5) A empresa fornece a todos os empregados, gratuitamente, capacetes de segurança (NR 06)
A.6) A empresa fornece a todos os empregados, gratuitamente, óculos de segurança (NR 06)
A.7) A empresa fornece a todos os empregados, gratuitamente, respiradores para proteção das vias respiratórias (NR 06)
A.8) A empresa fornece a todos os empregados, gratuitamente, protetores auriculares (NR 06)
A.9) A empresa fornece a todos os empregados, gratuitamente, luvas de segurança para as mãos (NR 06)
A.10) A empresa fornece a todos os empregados, gratuitamente, calçados de segurança (NR 06)
A.11) A empresa fornece a todos os empregados, gratuitamente, vestimentas(uniforme) (NR 06)
A.12) A empresa incentiva o uso do EPI através de placas de sinalização/advertência
A.13) A empresa possui registros de treinamento dos trabalhadores sobre o uso adequado dos EPI's (NR 06)
A.14) A empresa possui registros de substituição dos EPI's quando danificados ou extraviados (NR 06)
96
Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016
A.15) A empresa disponibiliza armários individuais aos operários, para guardar os EPI's fornecidos
OBS:
B) DAS CONDIÇÕES DOS EPI's
B.1) DO NOME DA EMPRESA FABRICANTE OU NOME DO IMPORTADOR
S N NA
B.1.1) O EPI capacete de segurança, apresenta em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome comercial da empresa fabricante, ou, no caso de EPI importado, o nome do importador (NR 06)
B.1.2) O EPI óculos de segurança, apresenta em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome comercial da empresa fabricante, ou, no caso de EPI importado, o nome do importador (NR 06)
B.1.3) O EPI respirador para proteção das vias respiratórias, apresenta em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome comercial da empresa fabricante, ou, no caso de EPI importado, o nome do importador (NR 06)
B.1.4) O EPI protetor auricular, apresenta em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome comercial da empresa fabricante, ou, no caso de EPI importado, o nome do importador (NR 06)
B.1.5) O EPI luvas de segurança para as mãos, apresenta em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome comercial da empresa fabricante, ou, no caso de EPI importado, o nome do importador (NR 06)
B.1.6) O EPI calçados de segurança, apresenta em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome comercial da empresa fabricante, ou, no caso de EPI importado, o nome do importador (NR 06)
OBS:
B.2) DO LOTE DE FABRICAÇÃO S N NA
B.2.1) O EPI capacete de segurança, apresenta em caracteres indeléveis e bem visíveis o número do lote de fabricação (NR 06)
B.2.2) O EPI óculos de segurança, apresenta em caracteres indeléveis e bem visíveis o número do lote de fabricação (NR 06)
B.2.3) O EPI respirador para proteção das vias respiratórias, apresenta em caracteres indeléveis e bem visíveis o número do lote de fabricação (NR 06)
B.2.4) O EPI protetor auricular, apresenta em caracteres indeléveis e bem visíveis o número do lote de fabricação (NR 06)
B.2.5) O EPI luvas de segurança para as mãos, apresenta em caracteres indeléveis e bem visíveis o número do lote de fabricação (NR 06)
B.2.6) O EPI calçados de segurança, apresenta em caracteres indeléveis e bem visíveis o número do lote de fabricação (NR 06)
OBS:
B.3) DO NÚMERO DO CA (CERTIFICADO DE AUTORIZAÇÃO) S N NA
B.3.0) A empresa fornece a todos os operários somente EPI's com CA (NR 06)
B.3.1) NÚMERO S N NA
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Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA
B.3.1.1) O EPI capacete de segurança apresenta em caracteres indeléveis e bem visíveis o número do lote de fabricação (NR 06)
B.3.1.2) O EPI óculos de segurança apresenta em caracteres indeléveis e bem visíveis o número do lote de fabricação (NR 06)
B.3.1.3) O EPI respirador para proteção das vias respiratórias apresenta em caracteres indeléveis e bem visíveis o número do lote de fabricação (NR 06)
B.3.1.4) O EPI protetor auricular apresenta em caracteres indeléveis e bem visíveis o número do lote de fabricação (NR 06)
B.3.1.5) O EPI luvas de segurança para as mãos apresenta em caracteres indeléveis e bem visíveis o número do lote de fabricação (NR 06)
B.3.1.6) O EPI calçados de segurança apresenta em caracteres indeléveis e bem visíveis o número do lote de fabricação (NR 06)
OBS:
B.3.2) VALIDADE S N NA
B.3.2.1) A validade do CA do EPI capacete de segurança encontra-se vigente (NR 06)
B.3.2.2) A validade do CA do EPI óculos de segurança encontra-se vigente (NR 06)
B.3.2.3) A validade do CA do EPI respirador para proteção das vias respiratórias encontra-se vigente (NR 06)
B.3.2.4) A validade do CA do EPI protetores auriculares encontra-se vigente (NR 06)
B.3.2.5) A validade do CA do EPI luvas de segurança para as mãos encontra-se vigente (NR 06)
B.3.2.6) A validade do CA do EPI calçados de segurança encontra-se vigente (NR 06)
OBS:
C) DO OPERÁRIO S N NA
C.1) O empregado utiliza o EPI apenas para a finalidade a que se destina (NR 06)
C.2) Os EPI’s estão sendo guardados em lugares adequados (armários para guarda dos EPI's) (NR 06)
OBS:
D) DO USO DOS EPI'S
D.1) DURANTE A PREPARAÇÃO DA MASSA (PROCESSO MANUAL) S N NA
D.1.1) Os operários utilizam capacetes de segurança (NR 06)
D.1.2) Os operários utilizam óculos de segurança (NR 06)
D.1.3) Os operários utilizam protetores auriculares (NR 06)
D.1.4) Os operários utilizam respiradores para proteção das vias respiratórias (NR 06)
D.1.5) Os operários utilizam vestimentas de segurança que oferecem proteção ao tronco contra riscos de origem mecânica (NR 06)
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Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016
D.1.6) Os operários utilizam vestimentas de segurança que oferecem proteção ao tronco contra riscos de origem meteorológica (NR 06)
D.1.7) Os operários utilizam luvas de segurança (NR 06)
D.1.8) Os operários utilizam calçados de segurança (NR 06)
D.1.9) Os operários utilizam calça de segurança para proteção das pernas (NR 06)
OBS:
D.2) DURANTE O USO DA BETONEIRA S N NA
D.2.1) Os operários utilizam capacetes de segurança (NR 06)
D.2.2) Os operários utilizam óculos de segurança (NR 06)
D.2.3) Os operários utilizam protetores auriculares (NR 06)
D.2.4) Os operários utilizam respiradores para proteção das vias respiratórias (NR 06)
D.2.6) Os operários utilizam vestimentas de segurança que oferecem proteção ao tronco contra riscos de origem mecânica (NR 06)
D.2.7) Os operários utilizam vestimentas de segurança que oferecem proteção ao tronco contra riscos de origem meteorológica (NR 06)
D.2.8) Os operários utilizam luvas de segurança (NR 06)
D.2.9) Os operários utilizam calçados de segurança (NR 06)
D.2.10) Os operários utilizam calça de segurança para proteção das pernas (NR 06)
OBS:
D.3) DURANTE O USO DA PRENSA S N NA
D.3.1) Os operários utilizam capacetes de segurança (NR 06)
D.3.2) Os operários utilizam óculos de segurança (NR 06)
D.3.4) Os operários utilizam protetores auriculares (NR 06)
D.3.5) Os operários utilizam respiradores para proteção das vias respiratórias (NR 06)
D.3.7) Os operários utilizam vestimentas de segurança que oferecem proteção ao tronco contra riscos de origem mecânica (NR 06)
D.3.8) Os operários utilizam vestimentas de segurança que oferecem proteção ao tronco contra riscos de origem meteorológica (NR 06)
D.3.9) Os operários utilizam luvas de segurança (NR 06)
D.3.10) Os operários utilizam calçados de segurança (NR 06)
D.3.11) Os operários utilizam calça de segurança para proteção das pernas (NR 06)
OBS:
D.4) DURANTE A PRODUÇÃO DOS ARTEFATOS DE CIMENTO S N NA
BLOCOS (QUANDO FEITOS MANUALMENTE), POSTES, PISOS, CANALETAS, COBOGÓS, LAJOTAS, MEIO-FIO, ETC
D.4.1) Os operários utilizam capacetes de segurança (NR 06)
D.4.2)Os operários utilizam óculos de segurança (NR 06)
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Análise da Segurança em Fábricas de Artefatos de Cimento de Cruz das Almas - BA
D.4.3) Os operários utilizam protetores auriculares (NR 06)
D.4.4) Os operários utilizam respiradores para proteção das vias respiratórias (NR 06)
D.4.6) Os operários utilizam vestimentas de segurança que oferecem proteção ao tronco contra riscos de origem mecânica (NR 06)
D.4.7) Os operários utilizam vestimentas de segurança que oferecem proteção ao tronco contra riscos de origem meteorológica (NR 06)
D.4.8) Os operários utilizam luvas de segurança (NR 06)
D.4.9) Os operários utilizam calçados de segurança (NR 06)
D.4.10) Os operários utilizam calça de segurança para proteção das pernas (NR 06)
OBS:
ÍNDICE DE CUMPRIMENTO DA NR 17 E BOAS PRÁTICAS EM SEGURANÇA DO TRABALHO
ERGONOMIA
A) TRABALHOS EM PÉ
A.1) DURANTE A PREPARAÇÃO DA MASSA (PROCESSO MANUAL) S N NA
A.1.1) Há assentos para descanso (NR 17)
A.1.2) A postura das costas encontra-se ereta durante a execução (NR 17)
A.1.3) Ha espaço suficiente para todas as partes do corpo do trabalhador se movimentar livremente (sem chocar-se com os objetos adjacentes) (NR 17)
OBS:
A.2) DURANTE O USO DA BETONEIRA S N NA
A.2.1) Há assentos para descanso (NR 17)
A.2.2) A postura das costas encontra-se ereta durante a execução (NR 17)
A.2.3) Ha espaço suficiente para todas as partes do corpo do trabalhador se movimentar livremente (sem chocar-se com os objetos adjacentes) (NR 17)
OBS:
A.3) DURANTE O USO DA PRENSA S N NA
A.3.1) Há assentos para descanso (NR 17)
A.3.2) A postura das costas encontra-se ereta durante a execução (NR 17)
A.3.3) Ha espaço suficiente para todas as partes do corpo do trabalhador se movimentar livremente (sem chocar-se com os objetos adjacentes) (NR 17)
OBS:
A.4) DURANTE A PRODUÇÃO DOS ARTEFATOS DE CIMENTO S N NA
BLOCOS (QUANDO FEITOS MANUALMENTE), POSTES, PISOS, CANALETAS, COBOGÓS, LAJOTAS, MEIO-FIO, ETC
A.4.1) Há assentos para descanso (NR 17)
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Elivelton Lopes dos Anjos. CETEC/UFRB, 2016
A.4.2) A postura das costas encontra-se ereta durante a execução (NR 17)
A.4.3) Há espaço suficiente para todas as partes do corpo do trabalhador se movimentar livremente(sem chocar-se com os objetos adjacentes, ou limitar seus movimentos) (NR 17)
OBS:
B) TRABALHOS SENTADOS S N NA
B) SETOR DE PRODUÇÃO
B.1) As escrivaninhas, mesas, bancadas e os painéis proporcionam ao trabalhador condições de boa postura, visualização e operação(mantendo suas costas eretas) (NR 17)
B.2) As escrivaninhas, mesas, bancadas e os painéis possuem boa área de trabalho de fácil alcance do trabalhador (NR 17)
B.3) As escrivaninhas, mesas, bancadas e os painéis possuem boa área de trabalho de fácil visualização do trabalhador (NR 17)
B.4) Os assentos utilizados nos postos de trabalho tem altura ajustável à estatura do trabalhador (NR 17)
B.5) Os assentos utilizados nos postos de trabalho tem borda frontal e arredondada (NR 17)
B.6) Há espaço suficiente para todas as partes do corpo do trabalhador se movimentar livremente(sem chocar-se com os objetos adjacentes, ou limitar seus movimentos) (NR 17)
OBS:
B) SETOR DE COMERCIALIZAÇÃO S N NA
B.1) Há me escrivaninhas, mesas, bancadas ou painéis, e assentos na área de comercialização
B.1.1) As escrivaninhas, mesas, bancadas e os painéis proporcionam ao trabalhador condições de boa postura, visualização e operação(mantendo suas costas eretas) (NR 17)
B.1.2) As escrivaninhas, mesas, bancadas e os painéis possuem boa área de trabalho de fácil alcance do trabalhador (NR 17)
B.1.3) As escrivaninhas, mesas, bancadas e os painéis possuem boa área de trabalho de fácil visualização do trabalhador (NR 17)
B.1.4) Os assentos utilizados nos postos de trabalho tem altura ajustável à estatura do trabalhador (NR 17)
B.1.5) Os assentos utilizados nos postos de trabalho tem borda frontal e arredondada (NR 17)
B.1.6) Há espaço suficiente para todas as partes do corpo do trabalhador se movimentar livremente(sem chocar-se com os objetos adjacentes, ou limitar seus movimentos) (NR 17)
OBS:
C) TRANSPORTE DE CARGAS S N NA
C.1) No transporte e descarga de materiais o esforço físico realizado pelo trabalhador é compatível com sua capacidade de força (NR 17)
C.2) O caminho executado pelo operário com a carga está desobstruído (NR 17)
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C.3) O piso do trajeto encontra-se em boa condições(sem buracos, declives ou deformações que possam implicar em queda do funcionário, ou tombamento da carga) (NR 17)
C.5) O trabalhador ao levantar a carga mantém a postura das costas ereta (NR 17)
C.4) Há espaço suficiente para todas as partes do corpo do trabalhador se movimentar livremente durante o transporte(sem chocar-se com os objetos adjacentes, ou limitar seus movimentos) (NR 17)
OBS:
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