UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA PROGRAMA...

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM TEMPO FIXO EM BOVINOS DE CORTE JOSÉ HENRIQUE ECHENIQUE DOMINGUEZ Revisão de literatura apresentada como parte das exigências da disciplina Seminário I do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal. CAMPO GRANDE - MS MAIO - 2009

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL

INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM TEMPO FIXO EM BOVINOS DE CORTE

JOSÉ HENRIQUE ECHENIQUE DOMINGUEZ

Revisão de literatura apresentada como parte das exigências da disciplina Seminário I do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal.

CAMPO GRANDE - MS MAIO - 2009

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL

INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM TEMPO FIXO EM BOVINOS DE CORTE

JOSÉ HENRIQUE ECHENIQUE DOMINGUEZ

Médico Veterinário

Orientador: Prof. Dr. DEILER

SAMPAIO COSTA

Revisão de literatura apresentada como parte das exigências da disciplina Seminário I do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal.

CAMPO GRANDE - MS MAIO – 2009

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Inseminação artificial em tempo fixo em bovinos de corte

Fixed-time artificial insemination in catlle

Resumo – Essa revisão tem por objetivo realizar uma breve explanação sobre o ciclo

estral bovino e sua dinâmica folicular, bem como alguns dos hormônios utilizados em

protocolos de inseminação artificial em tempo fixo, além de alguns fatores que afetam

os resultados dos programas. Os protocolos mais utilizados combinam

progesterona/progestágenos, prostaglandina, gonadotrofina coriônica eqüina e

estrógenos (Benzoato, Cipionato ou Valerato de estradiol). Esses protocolos, utilizados

em vacas em anestro, resultaram em bons índices de prenhez. O estado corporal das

vacas influi de maneira significativa no resultado da IATF, pois vacas que pariram seus

bezerros mais magros demoram mais tempo para retomar seu padrão hormonal normal,

aumentando o intervalo parto-concepção, comparadas com vacas que pariram em

melhor estado corporal. A IATF é uma ferramenta que pode ser utilizada pelos

produtores como forma de aumentar o número de ventres inseminados em cada estação

de serviço, possibilitando um melhor resultado em sua eficiência reprodutiva.

Palavras-chave: dinâmica folicular, estro, prenhez

SUMARY – This revision has for objective to carry through one brief communication

on the bovine estrous cycle and its follicular dynamics, as well as some of hormones

used in protocols of artificial insemination in fixed time, beyond some factors that affect

the results of the programs. The prostaglandin, equine corionic gonadotropins and

estradiol (Benzoate, Cipionato or Valerato of estradiol) used protocols more combine

progesterone/progestins. These protocols, used in cows in anestrous, make possible

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good indices of pregnancy. The corporal state of the cows influences in significant way

in the result of the IATF, therefore cows that had give birth its leaner year-old calves

delay more time to retake its hormonal standard normal, increasing the interval birth-

conception, compared with cows that had give birth in better been corporal. The IATF

is a tool that can be used by the producers as form to increase the number of wombs

inseminated in each station of service, making possible the one best one resulted in its

reproductive performance.

Key words: estrous, follicular dynamics, pregnancy

1-INTRODUÇÃO

O Brasil é um país em que, o agronegócio tem um importante papel dentro da

economia nacional. O rebanho bovino brasileiro é um dos maiores do mundo, contando

com um efetivo de aproximadamente 170.000.000 de cabeças, segundo o Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2006). Por causa disso torno-se o maior

exportador de carne bovina do mundo. Apesar da importância da pecuária para o

Produto Interno Bruto (PIB) do país, o mesmo precisa passar por adequações no setor

produtivo. No Mato Grosso do Sul o rebanho bovino é de aproximadamente 17.000.000

de cabeças (IBGE, 2006), salientando a importância da pecuária para o estado.

Segundo dados da literatura nacional a idade a puberdade em novilhas Nelore

está em torno de 22 a 36 meses e a idade ao primeiro parto de 44 a 48 meses, uma vez

que os zebuínos são mais tardios que os bovinos de raças européias (Santos & Sá Filho,

2006).

Nos sistemas extensivos de criação de bovinos de corte, observa-se que 50% das

vacas encontram-se em anestro no início da estação reprodutiva. A duração do anestro

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pós-parto em gado de corte é afetada por vários fatores. Os principais são: a nutrição, a

baixa condição corporal ao parto, a amamentação e incidências de ciclos curtos

Madureira et al.,2006)

Nesse panorama existem propriedades que conseguem ter resultados muito

superiores a média nacional com a utilização de técnicas como suplementação de

bezerros na fase de cria, inseminação artificial em tempo fixo, dietas balanceadas em

confinamentos. O uso da inseminação artificial é uma das técnicas para se acelerar o

progresso genético de um rebanho de cria, ainda continua sendo baixa a sua utilização

nos rodeios bovinos comerciais.

O entendimento da fisiologia do ciclo estral bovino possibilitou a melhora da

eficiência reprodutiva das fêmeas bovinas, por meio de alterações ou modificações no

ciclo estral pela interferência na sequência cronológica natural das ondas dentro de um

ciclo e por alterações nas fases dentro de cada onda de crescimento folicular (Binelli,

2006).

A inseminação artificial em tempo fixo possibilitou que vacas com cria ao pé,

muitas vezes em anestro pós-parto, pudessem ser inseminadas e emprenhadas, por meio

de um protocolo hormonal, que estimula o retorno a atividade cíclica normal dos

ovários.

Essa revisão visa salientar alguns pontos dentro de um programa de inseminação

artificial em tempo fixo, como principais hormônios utilizados nos protocolos de

sincronização de cio e alguns fatores que podem interferir nos resultados esperados.

2. CICLO ESTRAL

O ciclo estral é o período correspondido entre dois estros consecutivos. As

fêmeas bovinas são consideras poliéstricas, ou seja, apresentam cio em intervalos

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regulares, desde que não estejam prenhas ou as condições ambientais sejam favoráveis.

O intervalo médio é de 21 dias. Nas fêmeas bovinas o processo de foliculogênese

(crescimento/maturação folicular) tem início com a formação dos folículos durante o

estágio final da vida fetal (Souza e Moraes, 1998).

Admite-se que o início da foliculogênese em fêmeas de mamíferos ocorra na

fase fetal, quando as células germinativas primordiais migram do saco vitelino para a

gônada em formação, originando as oogônias. Estas se diferenciam em oócitos, que vão

originar os folículos primordiais. Uma vez recrutado, o folículo primordial passa a

folículo primário. Uma característica desta fase é o surgimento da zona pelúcida,

estrutura ao redor do oócito. O folículo secundário é caracterizado pelo aumento do

oócito, surgimento das primeiras células da teca e pelo menos duas camadas da

granulosa. No folículo terciário ocorre a multiplicação das camadas da granulosa, além

da organização completa da das células da teca. Nesta fase ocorre a formação do antro,

que é precursor dos processos de desvio e dominância folicular (Seneda et al., 2008).

Com o advento da ultrasonografia, foi possível avaliar em tempo real, o

desenvolvimento folicular, o que permitiu grandes avanços nas técnicas de

sincronização de cio.

Os estudos que utilizaram a ultrasonografia para monitorar a população folicular,

possibilitaram a identificação de duas ou três ondas de desenvolvimento foliculares,

com o crescimento de um folículo dominante e atresia dos demais, mas apenas a última

onda é ovulatória. Cada onda folicular apresenta três fases distintas de desenvolvimento:

crescimento, estática e regressão (Bó et al., 2000).

Demonstrou-se que uma onda de crescimento folicular é constituída pelo

crescimento de vários folículos antrais (4-5 mm de diâmetro), seguido da seleção de um

folículo dominante e a regressão dos folículos subordinados. Na ausência do Hormônio

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Luteinizante (LH), ou em baixas concentrações plasmáticas, o folículo dominante

regride e surge uma nova onda de crescimento folicular (Mapletoft et al., 2008). Em

geral a primeira onda folicular começa seu desenvolvimento, ao mesmo tempo em que a

ovulação. Já a seleção do folículo dominante fica evidente três dias após a emergência

da onda (Martinez et al., 2004).

Dia 20Dia 0

emergência

desvio

atresia ovulação

Figura 1 Representação dos estádios de crescimento de uma onda de desenvolvimento

folicular

O mecanismo que regula a dinâmica folicular está baseado em respostas

diferenciadas ao Hormônio Folículo Estimulantes (FSH) e do Hormônio Luteinizante

(LH). Os aumentos periódicos da concentração de FSH circulante são responsáveis

pelas emergências das ondas foliculares. O FSH circulante é suprimido pelo feed-back

negativo dos produtos dos folículos em crescimento (inibina e estradiol), prevenindo a

emergência de uma nova onda. O aumento do FSH permite o crescimento folicular

suficiente de alguns folículos que adquirem capacidade de responder ao LH. Ao mesmo

tempo em que os perfis de crescimento do folículo dominante e dos subordinados

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começam a diferenciar-se (momento da seleção) os níveis de FSH declinam

rapidamente (Bó et al., 2000)

O folículo dominante tem mais receptores para o LH do que os folículos

subordinados, o que permite a ele sobreviver sem o FSH, apenas na presença de LH.

Com a supressão do LH, o folículo dominante detém seu crescimento e funções

metabólicas e começa a regredir (fase de regressão). Devido à parada da secreção de

estrogênio e inibina, provocada pela atresia dos folículos, vai ser estimulada a produção

de FSH, que será o responsável pelo surgimento de uma nova onda de desenvolvimento

e crescimento folicular, repetindo-se o ciclo. Por último, com aumento da freqüência

dos pulsos de LH, vai ocorrer um maior crescimento do folículo dominante e com

concentrações altas de estradiol, acabam induzindo o pico de LH e a ovulação (Bó et al.,

2000).

O corpo lúteo começa a se organizar em seguida da ovulação e de acordo com a

variação da concentração de progesterona nessa fase, identificam-se os sucessivos

estágios do corpo lúteo: crescimento, manutenção e regressão.

A regressão do corpo lúteo é provocada pela presença de prostaglandina F2α

(PGF2α), que é produzida pelo endométrio durante todo o ciclo estral. Ela age de duas

formas para promover a regressão do corpo lúteo: reduz o fluxo sanguíneo para o corpo

lúteo e agindo diretamente nas células luteínicas pela redução da síntese de adenosina

mono fosfato ciclase (cAMP) (Souza e Moraes, 1998).

3. DETECÇÃO DE CIO

Uma das limitações para o aumento do número de ventres inseminados é o

problema da detecção do cio das vacas. Há a limitação devido à carência de mão-de-

obra especializada nas fazendas, tamanho dos potreiros e número de indivíduos dentro

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de um lote e também fatores inerentes as próprias matrizes como duração do cio,

exteriorização do cio, período em que ocorre o cio, raça, entre outros.

Em trabalho realizado por Mizuta (2003), (Tabela1) podem-se observar as

diferenças na duração do estro e o intervalo estro-ovulação entre animais Nelore (Bos

indicus), Angus (Bos taurus) e cruzados Nelore x Angus.

Tabela 1 Características do estro avaliadas por radio telemetria e intervalo estro-ovulação em vacas Nelore (Bos indicus), Angus (Bos taurus) e Nelore x Angus (Bos indicus x Bos taurus)

________________Grupo Genético____________________ Características Nelore Nelore x Angus Angus Duração do estro (horas) 12,9±2,9 (n=25) 12,4±3,3 (n=35) 16,3±4,8( n= 26) Intervalo estro-ovulação 27,1±3,3 (n=8) 25,7±7,6 (n=10) 26,1±6,3 (n=7) (horas)________________________________________________________________

Mizuta(2003)

Pinheiro et al. (1998), estudando a distribuição da ocorrência do cio durante o

dia com vacas Nelore, verificaram que 53,8% dos cios começam durante a noite e que

30,7% começam e terminam durante o período da noite (Tabela 2).

Tabela 2 Porcentagem de vacas Nelore que começaram(C),terminaram (T), ou que começaram e terminaram o estro durante a noite (CT)

C T CT Noite 53,8% 46,1% 30,7% Dia 46,1% 53,8% 23,0%

Pinheiro et al. (1998)

4. PRINCIPAIS HORMÔNIOS UTILIZADOS EM PROTOCOLOS DE IATF

4.1 PROGESTÁGENOS

Nos anos 50 começaram a ser desenvolvidos progestágenos por via oral e a

partir dos anos 60, começaram a serem utilizados na sincronização do cio de bovinos.

Tratamentos com progestágenos por períodos prolongados (até 20 dias) sincronizavam

o estro com precisão, porém as inseminações artificiais, após o estro sincronizado

resultaram em baixa taxa de prenhez (Madureira et al.,2006).

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Acredita-se que após o parto, as vacas necessitem de um primeiro contato com a

progesterona para desenvolver um corpo lúteo com vida funcional normal (Barros,

2004).

Mann et al. (2006), propuseram que a vida curta do primeiro corpo lúteo pós

parto está relacionada ao fato do folículo dominante não se desenvolver suficiente para

produzir elevadas concentrações de estradiol, que seriam responsáveis pela diminuição

dos receptores do próprio estradiol no endométrio uterino (“down regulation”). Se

houver disponibilidade de receptores no endométrio uterino, a interação do estradiol

com os mesmos desencadeará eventos que resultarão na síntese de prostaglandina

(PGF2α) no endométrio e lise prematura do corpo lúteo.

A exposição à progesterona, por períodos de cinco a nove dias, pode induzir

ciclicidade em vacas em anestro. O tratamento com progesterona aumenta a secreção de

LH durante o período de exposição a este hormônio em vacas de corte em anestro no

pós-parto. Alguns pesquisadores relataram que a secreção de LH aumenta durante as

72h que se seguem a suspensão do tratamento com progesterona em vacas em anestro.

Day & Anderson (1998) propuseram que a exposição aos progestágenos reduz a

concentração de receptores de estrogênio (E2) no hipotálamo, diminuindo o feed back

negativo sobre a liberação do Hormônio Liberador de Gonadotrofinas (GnRH),

possibilitando aumento na secreção de LH.

Rhodes et al.(2003) registraram a hipótese que o tratamento com progestágenos

estimula o desenvolvimento e maturação de folículos dominantes, em vacas em anestro,

por aumentar a secreção de LH, estimular o desenvolvimento de receptores de LH e a

síntese de estradiol.

Existem no mercado, dois tipos de implantes de progesterona e/ou progestágenos

para sincronização de cio e ovulação: implantes vaginais e via auricular subcutânea.

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Hoje em dia, os progestágenos estão sempre associados a outros hormônios nos

protocolos de sincronização de cio, como por exemplo, valerato de estradiol, benzoato

de estradiol, PGF2α, GnRH e Gonadotrofina Coriônica Eqüina (eCG).

4.2 ESTRÓGENOS

Os estrógenos são indutores da ovulação. Existem várias moléculas de

estrógenos disponíveis no mercado para utilização em protocolos de sincronização de

cio. Os principais são: 17β estradiol, benzoato de estradiol (BE), valerato de estradiol

(VE) e o cipionato de estradiol (CE). Cada um deles tem um metabolismo diferente,

alterando sua meia vida.

Normalmente os estrógenos estão sempre associados aos progestágenos nos

protocolos de sincronização de cio. Sua ação é independente do estágio do ciclo estral

ou da onda de desenvolvimento folicular. A aplicação de estrógeno causa inicialmente

uma supressão na secreção tanto de FSH como LH, levando a atresia dos folículos. Em

conseqüência disso, segue um pico de FSH e o recrutamento de uma nova onda (Binelli,

2006).

A associação de estrógenos aos tratamentos com progestágenos e/ou

progesterona, provoca atresia do folículo dominante e induz a emergência de uma nova

onda de crescimento folicular 4,3 dias após sua aplicação (Bó et al., 2005). Também

impede a formação de folículos persistentes, que interferem na eficiência do tratamento

(Baruselli et al., 2004).

Nos protocolos de IATF, normalmente o Benzoato de Estradiol é aplicado junto

com a colocação do implante de progesterona e outra sete a oito dias após, quando é

feita a retirada. Normalmente induz a ovulação 24 a 32 horas após sua aplicação

(Mapletoft et al., 2008). Ayres et al.(2008), trabalhando com vacas Nelore multíparas,

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testaram diferentes dias de aplicação de BE (dias oito e nove) com dois intervalos de

inseminação em tempo fixo (48h e 54 h após a retirada dos implantes de progesterona).

Não encontraram diferenças significativas entre os tratamentos, exceto o tratamento

BE8-IATF 54h, conforme a Tabela 3 abaixo. O protocolo para sincronização de cio

utilizado nesse experimento foi: colocação de implante intravaginal de P4 por oito dias,

juntamente com uma aplicação de BE de 2mg intramuscular; no dia da retirada dos

implantes, aplicação de 150µg dePGF e de 400 UI de eCG.

Tabela 3 Efeito do tempo de administração de benzoato de estradiol e momento da IATF na taxa de concepção de vacas Nelores (Bos indicus) com cria ao pé tratadas com dispositivos intravaginais de progesterona

Aplicação BE IATF n Concepção (%) Dia 8a 48h (manhã.) 119 58,8 (70/119)a 54h (tarde) 134 34,3 (46/134)b Dia 9 48h (manhã.) 126 58,7 (74/126)a 54h (tarde) 125 63,2(79/125)a a dia da remoção do implante, a≠b, P<0,05 Ayres et al, (2008)

Apesar do Cipionato de estradiol não ser tão efetivo para sincronizar a

emergência de uma nova onda de crescimento folicular, pode ser utilizado para reduzir

o número de manejos que tem que serem feitos com as vacas numa sincronização de cio

para IATF ou transferência de embriões. Colazo et al. (2003), obtiveram uma taxa de

prenhez de 52,5% em novilhas, aplicando CE (ECP®, Pfiser) no momento da retirada

dos implantes de progesterona.

Outros trabalhos foram feitos, conforme a Tabela 4, comparando o uso de BE e

CE, em diferentes momentos de aplicação, dentro de um protocolo para IATF em

novilhas.

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Tabela 4 Efeito da aplicação de BE ou ECP no momento da remoção de um dispositivo de progesterona ou 24 horas mais tarde, sobre os percentuais de prenhez em

vacas e novilhas tratadas com um protocolo de sincronização para IATF Referência BE BE ECP ECP P 0h 24h 0h 24h Colazo et al., 2002 65/103 62/98 64/99 <0,7 (Novilhas Bos Taurus) (63,1%) (63,3%) (64,6%) Colazo et al., 2003 168/320a 216/331b <0,01 (Novilhas Bos Taurus) (52,5%) (65,3%) Cutaia et al., 2005 42/98ª 45/98ª 46/95ª 62/98b <0,05 (Novilhas cruza zebu) (42,8%) (45,9%) (48,2%) (63,2%)

Adaptado de Bó et al., (2005)

4.3 PROSTAGLANDINAS

As prostaglandinas foram inicialmente detectadas no líquido seminal de

carneiros, possivelmente secretadas pela próstata. São sintetizadas em inúmeras células,

quando requisitadas, não são armazenadas e tem meia vida biológica muito curta. Os

análogos sintéticos são mais potentes que as prostaglandinas naturais e funcionam como

agentes luteolíticos em vacas que estão ciclando normalmente, determinando a queda

dos níveis de progesterona, o desenvolvimento do folículo terminal e o pico de LH

dentro de três dias (Souza e Moraes, 1998).

A prostaglandina F2α (PGF2α) é um hormônio muito utilizado para controle do

ciclo estral, atuando por meio da regressão do corpo lúteo. É aplicada por via

intramuscular entre os dias 6 a 17 do ciclo estral, entretanto a PGF2α controla somente a

regressão do corpo lúteo, sem alteração do o crescimento folicular (Vasconcelos, 2000).

Quando a luteólise é induzida por tratamento com PGF2α, o começo do cio é

distribuído por um período de seis dias. Essa variação é devida ao status folicular dos

ovários na hora do tratamento (Mapletoft et al., 2009).

Kastelic et al. (1990), com o auxílio da ultrasonografia, verificaram que

novilhas tratadas com PGF2α, ovulavam o folículo dominante da onda de crescimento

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folicular que estava ocorrendo. As novilhas que não ovulavam, apresentavam nova onda

de crescimento folicular, no dia ou um dia após a aplicação da PGF2α. O folículo

dominante dessa onda ovulava, mas tinha um intervalo de dias maior até a ovulação do

que o das primeiras novilhas. Esses dados confirmam que o estro decorrente da

aplicação de PGF2α depende da fase de desenvolvimento do folículo no momento da

aplicação, como pode ser observado na Figura 2.

PGF2αααα

2

4

6

8

0

P4,

ng

/ ml P4

Dia 2 Dia 6Dia 0

Figura 2 Representação da variação da ovulação de acordo com o momento da

aplicação de PGF2α

4.4 eCG

O eCG é um fármaco de meia vida longa (até três dias), produzido nos cálices

endometriais da égua prenha e se liga a receptores de LH do corpo lúteo. O eCG cria

condições de crescimento folicular e de ovulação. Seu uso tem se mostrado

compensador em rebanhos de baixa taxa de ciclicidade, animais recém paridos (período

pós-parto menor que 60 dias) e animais com condição corporal comprometida (Baruselli

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et al., 2004). Na Tabela 5 estão os dados de um trabalho realizado por Baruselli et al.

(2003) com 215 vacas paridas, com 75 ± 19 dias pós-parto e mantidas a pasto em Mato

Grosso do Sul. O grupo que recebeu eCG no momento da retirada do dispositivo

apresentou maior taxa de prenhez após a IATF (55,1% versus 38,91%).

Tabela 5 Taxa de prenhez à inseminação artificial em tempo fixo de vacas Nelore lactantes tratadas com dispositivo intravaginal de progesterona (DP4) associado ou não ao tratamento com eCG na retirada do dispositivo (dia 8)

______________________________________________________________________ Tratamento Taxa de prenhez DP4 38,9% (42/108)a

DP4 + eCG ( 400UI) 55,1% (59/107)b a, b na mesma coluna (P<0,05) Baruselli et al.(2003)

Posteriormente Silva et al. (2004) também confirmaram esses resultados,

verificando um aumento significativo na taxa de prenhez de vacas Nelore tratadas com

eCG e submetidas à IATF de 50,9% (56/110) contra 37,8% (37/98) de vacas não

tratadas.

Ereno et al. (2007) trabalharam com vacas Nelore com 50-64 dias de paridas e

compararam o efeito da aplicação de eCG com a remoção temporária de bezerros (RTB)

e a IATF normal, como testemunha. A aplicação de eCG aumentou a taxa de prenhez,

do mesmo modo que a RTB, porém, entre os dois não houve diferença significativa,

conforme a Tabela 6.

Tabela 6 Taxa de prenhez de vacas Nelore aos 50 a 64 dias pós-parto submetidas a três tratamentos hormonais

Tratamento IATF IATF/RTB IATF/eCG Prenhez (%)* 44/87 (50,6) 45/84 (53,6) 46/84(54,8)__ * Não houve diferença significativa entre os três tratamentos (P>0,05) Ereno et al.(2007

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5. OUTROS HORMÔNIOS UTILIZADOS NA IATF

Existem disponíveis no mercado brasileiro, outros hormônios como oGnRH, LH,FSH

que também são utilizados nos protocolos para sincronização de cios em bovinos,

porém não serão abordados nessa revisão.

6. INFLUÊNCIA DO ESTADO CORPORAL DAS MATRIZES NA IA TF

O estado corporal das matrizes é um fator que pode resultar no fracasso ou

sucesso de um programa de inseminação artificial em tempo fixo. Após o parto, a fêmea

bovina tem que criar um bezerro saudável e também conseguir estabelecer uma nova

gestação.

A condição corporal é um fator fundamental para se obter bons resultados em

programas de inseminação artificial em tempo fixo. Segundo Bó et al. (2002),

trabalhando com uma escala de escore de condição corporal que varia de 1 a 5, sendo

escore 1 muito magras e 5 obesas, a prenhez pode variar de cerca de 30% em vacas com

escore corporal < 2,5 até 65% em vacas com escore corporal < 3,0.

Vacas com moderada condição corporal tem um curto intervalo entre parto

primeiro cio e também com o retorno a atividade luteal normal mais cedo do que vacas

com condição corporal inferior. Isso também vai afetar o intervalo parto concepção

desses animais na próxima estação de reprodução, conforme demonstrado por Looper et

al., (2003) que avaliaram vacas com estado corporal moderado e magras, dentro de uma

escala de condição corporal (ECC) de 1-9, sendo 1 muito magras e 9 obesas e o

intervalo entre parto - primeiro cio e parto- concepção, conforme demonstra a Tabela 7.

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Tabela 7 Influência do escore de condição corporal (ECC) ao parto, no intervalo

do primeiro cio e concepção em vacas paridas

ECC no parto Critérios Moderado Magras ECC ao parto 4,7 ± 0,1(39)c 3,6 ±0,1(38)d Parto – primeiro cio, dias 53 ± 4 (30)e 89 ± 6 (32)f Parto- concepção, dias 74 ± 5 (30)c 98 ± 6 ( 33)d

Numero de observações em parênteses Looper et al.(2003) Letras diferentes na mesma linha diferença significativas (P< 0,05). c,d

Letras diferentes na mesma linha diferença significativas (P< 0,001).e,f

7. IATF EM NOVILHAS

Todos os protocolos para sincronização de ovulação apresentam resultados

satisfatórios para serem utilizados em rebanhos de vacas de cria, tanto com raças

européias como zebuínas. Já no caso de se trabalhar com novilhas, estas requerem

alguns cuidados diferenciados com relação à progesterona. Novilhas Bos indicus

submetidas a tratamentos com dispositivos intravaginais de progesterona tem baixa taxa

de ovulação, o que não acontece com novilhas Bos taurus. Diferenças na fisiologia

reprodutiva entre ambas podem explicar essas respostas frente à sincronização.

Mantovani et al. (2004), avaliaram a dinâmica folicular e as concentrações

plasmáticas de progesterona durante o tratamento com dispositivos intravaginais de

progesterona novos ou reutilizados. As novilhas expostas a menores concentrações de

progesterona apresentaram aumento no diâmetro do folículo dominante e taxa de

ovulação, apesar da taxa de ovulação não ter apresentado diferença estatística

significativa. Esses resultados são sugestivos de que é possível aumentar a eficiência

dos protocolos de sincronização da ovulação em novilhas empregando técnicas que

diminuam a concentração de progesterona durante a fase de crescimento do folículo

ovulatório.

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Marques et al. (2005), avaliaram o efeito da administração de PGF2α no dia do

começo do tratamento (dia zero- DO) e da aplicação de eCG no momento da retirada

dos dispositivos intravaginais de P4 (CIDR-B®) com o objetivo de aumentar a

eficiência no tratamento de sincronização da ovulação para IATF de novilhas Nelore

(Bos indicus). Os resultados estão apresentados na Tabela 8.

Tabela 8 Taxa de prenhez a IATF em novilhas tratadas com PGF2α no início do tratamento (D0) e com eCG (400 UI) na retirada do dispositivo intravaginal de progesterona (CIDR-B®, D8)

Número Taxa de Prenhez (%) Sem PGF/ Sem eCG 100 14,0 b (17/100) Com PGF/ Sem eCG 97 17,5 b (17/97) Sem PGF/ Com eCG 98 35,7 a (35/98) Com PGF/ Com eCG 97 35,0 a (33/97)

Marques et al.(2005)

Verificou-se que com a aplicação de eCG melhorou a prenhez das novilhas

Nelore, porém, ainda foi considerado um índice muito baixo. Já o uso de PGF não

apresentou efeito na resposta ao tratamento das sincronizações.

Outro fator que deve ser levado em consideração, quando se trabalha com

novilhas é seu estado corporal. Sá Filho et al. (2008), observaram o efeito significativo

da condição corporal ao início do tratamento da sincronização com a taxa de prenhez na

IATF, trabalhando com 620 novilhas nelore. As novilhas com escore de condição

corporal (ECC) ≥ 3,25, numa escala que varia de 1 a 5, apresentaram maior taxa de

prenhez, conforme pode ser observado na Tabela 9.

Tabela 9 Efeito do escore de condição corporal na taxa de prenhez de novilhas Nelore (Bos indicus) em IATF

≤2,75 3 ≥3,25 Taxa de prenhez (%) 41,5b(105/253) 43,1b( 84/195) 54,1ª (93/172) a≠b P(0,03) Sá Filho et al.,(2008)

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8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A inseminação artificial em tempo fixo permite que se insemine um número

maior de vacas por dia, em um horário pré-determinado, mesmo essas vacas estando

com cria ao pé, sem a necessidade de se fazer a observação de cio. A IATF em bovinos

é uma ferramenta viável para produtores rurais brasileiros aplicarem em seus rebanhos,

como forma de aumentar o número de ventres inseminados. Existe um grande número

de protocolos para sincronização do estro, disponíveis no mercado, cabendo a um

técnico, fazer as ponderações necessárias e indicar o mais viável para ser aplicado em

cada propriedade. Como a cada ano, entram novos produtos comerciais e novas

empresas no mercado, naturalmente ocorre uma redução de preços nos protocolos, além

do avanço das pesquisas na área de reprodução animal, colaborando para um uso mais

intensivo desta técnica.

9. REFERÊRENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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