universidade federal de alagoas – ufal

51
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS UFAL CAMPUS ARAPIRACA CURSO DE BACHARELADO EM ZOOTECNIA JOSÉ RAFAEL SILVA DE ALMEIDA RESÍDUO DO EXTRATO DE PRÓPOLIS VERMELHA EM DIETAS PARA CODORNAS NA FASE DE CRIA E RECRIA CRIADAS EM GAIOLAS Arapiraca 2019

Transcript of universidade federal de alagoas – ufal

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS – UFAL CAMPUS ARAPIRACA

CURSO DE BACHARELADO EM ZOOTECNIA

JOSÉ RAFAEL SILVA DE ALMEIDA

RESÍDUO DO EXTRATO DE PRÓPOLIS VERMELHA EM DIETAS PARA

CODORNAS NA FASE DE CRIA E RECRIA CRIADAS EM GAIOLAS

Arapiraca 2019

José Rafael Silva De Almeida

Resíduo do extrato de própolis vermelha em dietas para codornas na fase de cria e

recria criadas em gaiolas

Arapiraca 2019

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao

Curso de Bacharelado em Zootecnia, da

Universidade Federal de Alagoas, Campus

Arapiraca, como parte das exigências para a

obtenção do diploma de Zootecnista.

Orientadora: Profa Dra Adriana Aparecida Pereira

À minha bisavó Luciana Rosa de Oliveira (in memorian).

À minha avó Josefa Rosa de Oliveira Silva.

Ao meu avô afetivo José Manuel da Cruz.

À minha mãe Maria Aparecida da Silva.

DEDICO.

AGRADECIMENTOS

À minha avó Josefa Rosa de Oliveira Silva, por ser a base da minha formação como

pessoa e por ter se dedicado à minha criação.

À minha mãe Maria Aparecida da Silva, que sempre acreditou / acredita em mim e por

ser a pessoa que mais me incentivou a cursar uma graduação.

Ao meu irmão Rodrigo Felício, por ser meu melhor amigo e parceiro de todas as horas.

À minha irmã Camila, por todos os momentos de alegria, aos quais acabam com o

qualquer estresse.

Aos meus tios, primos, padrasto e demais familiares pelo apoio e confiança.

À professora Adriana, pelo imenso conhecimento repassado, pela confiança,

paciência, motivação, incentivo, e por todas as oportunidades.

Aos professores da UFAL, principalmente os do curso de Zootecnia, que transmitiram

conhecimento para minha formação.

Ao professor Vítor, pelo conhecimento repassado e pela doação do resíduo de

própolis utilizado na pesquisa.

Aos participantes do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Avicultura (NEPA), em

especial, Rosa, Wilson, Edlaine, Samila, Socorro, Gisele, Érika, Grazi e Jéssica, pela

amizade, companheirismo e união.

Aos amigos e colegas de turma, em especial aos que restaram, João Paulo, Paloma,

Ysacely, Anderson Rodrigo, Ana Maria, Cinthya Mércia e Ranialef, pelo

compartilhamento dos mais variados momentos ao longo do curso.

Aos membros da CONSULTIZOO do ano de 2018, Alycia, Lucas, Rayane, Cryslaine,

Neila e Cynthia Mikaely.

Aos caros Dirceu e Waldonys, pelas oportunidades e por todo o conhecimento

repassado.

Ao técnico Wanderson, pelo apoio.

À Universidade Federal de Alagoas, Campus Arapiraca.

Aos demais contribuintes para minha formação.

MUITO OBRIGADO!

“Não é o mais forte que sobrevive,

nem o mais inteligente, mas o que melhor

se adapta às mudanças.”

(Charles Darwin)

RESUMO

Objetivou-se avaliar a adição do resíduo do extrato etanólico de própolis vermelha em dietas para codornas na fase de cria e recria (1 a 35 dias de idade), sobre o desempenho zootécnico e características de carcaça e órgãos. Foram utilizadas 540 codornas, de linhagem japonesa, com um dia de idade, distribuídas em delineamento inteiramente casualizado em dois tratamentos com seis repetições de 45 aves por parcela. Os tratamentos foram: T1 – ração sem adição de resíduo de própolis vermelha e T2 – ração com adição de 1% de resíduo de extrato etanólico de própolis vermelha. Semanalmente, foram verificados o consumo de ração, ganho de peso e conversão alimentar. Aos 35 dias de idade, as aves foram pesadas e logo após foi selecionada uma codorna por parcela para o abate, para avaliar o peso vivo, rendimento de carcaça e órgãos. Não foi verificado diferença para consumo de ração, ganho de peso e conversão alimentar na fase de cria (1 a 21 dias de idade), fase de recria (22 a 35 dias de idade) e período total de criação (1 a 35 dias de idade) com a adição do resíduo de extrato etanólico de própolis vermelha na dieta das codornas. A adição de resíduo do extrato etanólico de própolis vermelha na dieta das codornas não influenciou o rendimento de carcaça e a percentagem de gordura abdominal, fígado e intestino. A adição de 1% do resíduo do extrato etanólico de própolis vermelha na dieta de codornas na fase de cria e recria (1 a 35 dias de idade) não interfere no desempenho zootécnico e rendimento de carcaça e órgãos. Palavras-chave: Carcaça. Desempenho zootécnico. Fitoterápico. Órgãos. Subproduto.

ABSTRACT

The objective of this study was to evaluate the addition of the residue of the red propolis ethanolic extract in diets for broiler and rearing quails (1 to 35 days old), on the zootechnical performance and carcass and organ characteristics. A total of 540 one day old Japanese quails were distributed in a completely randomized design in two treatments with six replications of 45 birds per plot. The treatments were: T1 - diet without addition of red propolis residue and T2 - diet with addition of 1% residue of red propolis ethanolic extract. Weekly feed intake, weight gain and feed conversion were verified. At 35 days of age, the birds were weighed and shortly after one quail per plot was selected for slaughter to evaluate live weight, carcass yield and organs. No differences were found for feed intake, weight gain and feed conversion in the rearing phase (1 to 21 days old), rearing phase (22 to 35 days old) and total rearing period (1 to 35 days old) with the addition of the red propolis ethanol extract residue in the quail diet. The addition of residue of the red propolis ethanol extract in the quail diet did not influence the carcass yield and the percentage of abdominal fat, liver and intestine. The addition of 1% of the residue of the red propolis ethanolic extract in the quail diet in the rearing and rearing phase (1 to 35 days old) does not affect the zootechnical performance and carcass and organ yield Keywords: Carcass. Zootechnical performance. Herbal medicine. Organs. Byproduct.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Variação no número de codornas de 2014 a 2017 no Brasil.................. 13

Figura 2 - Produção anual de ovos de codornas entre 2014 a 2017 no Brasil....... 14

Figura 3 - Planta D. ecastophyllum (A). Exsudato avermelhado no caule da D. ecastophyllum (B). Abelhas Apis mellifera usando própolis para fechar as rachaduras e buracos da colmeia (C)..................................... 17

Figura 4 - Estrutura base de formação dos flavonoides.......................................... 20

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Distribuição geográfica, origem vegetal e substâncias relevantes

dos tipos de própolis............................................................................... 15

Tabela 2 - Principais substâncias da própolis vermelha brasileira e seus

efeitos farmacológicos............................................................................ 18

Tabela 3 - Composição centesimal dos ingredientes e dos nutrientes das

rações experimentais............................................................................. 31

Tabela 4 - Desempenho de codornas de postura alimentadas com dieta

aditivada com ou sem resíduo do extrato de própolis de 1 a 21

dias......................................................................................................... 34

Tabela 5 - Desempenho de codornas de postura alimentadas com dieta

aditivada com ou sem resíduo do extrato de própolis de 22 a 35

dias......................................................................................................... 35

Tabela 6 - Desempenho de codornas de postura alimentadas com dieta

aditivada com ou sem resíduo do extrato de própolis de 1 a 35

dias......................................................................................................... 35

Tabela 7 - Característica de carcaça de codornas japonesas aos 35 dias

de idade alimentadas com dieta aditivada com ou sem resíduo

do extrato de própolis............................................................................. 37

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................... 11 2 REVISÃO DE LITERATURA................................................................... 12

2.1 Cenário da coturnicultura brasileira.......................................................... 12

2.2 A Própolis ................................................................................................ 14

2.2.1 Propriedades da própolis vermelha.......................................................... 21

2.2.1.1 Antioxidante.............................................................................................. 21

2.2.1.2 Anti-inflamatória........................................................................................ 22

2.2.1.3 Antimicrobiana.......................................................................................... 22

2.3 Efeito da própolis no desempenho dos animais....................................... 26

2.4 Resíduo do extrato de própolis na dieta de animais................................ 28

3 MATERIAL E MÉTODOS........................................................................ 30 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................... 34 5 CONCLUSÃO ......................................................................................... 40 REFERÊNCIAS........................................................................................ 41

11

1 INTRODUÇÃO

A produção de codornas de postura no cenário nacional vem crescendo ao

longo dos anos e demonstra ser um importante seguimento da cadeia produtiva da

avicultura. Este aumento de produção está relacionado com o rápido desenvolvimento

das aves na fase inicial e o bom desempenho produtivo, proporcionado pelo

melhoramento genético e pelas tecnologias nutricionais utilizadas nas rações

(PESSÔA et al., 2012).

O uso de aditivos melhoradores de desempenho (antibióticos e anticoccidianos)

na produção avícola brasileira é uma prática comum. No entanto, a pressão popular

pelo banimento desses aditivos na alimentação animal vem se tornando cada vez

mais forte. Com isso, os avicultores buscam alternativas naturais, como fitoterápicos,

probióticos, ácidos orgânicos, entre outras, que possam substituir os antimicrobianos

e não provoquem perda de desempenho zootécnico nos sistemas de produção.

A própolis é uma substância resinosa, de origem vegetal, produzida pelas

abelhas (Apis mellifera) para o fechamento da colmeia contra insetos invasores, e

pode ser classificada como um fitoterápico, pois apresenta propriedades

antimicrobianas, decorrentes de compostos como os flavonoides e isoflavonoides.

Estes compostos estão presentes em maior quantidade na própolis vermelha, oriunda

da planta Dalbergia ecastophyllum, vulgarmente conhecida como “rabo-de-bugio”

(PONTES et al., 2018).

No beneficiamento da própolis bruta, o extrato representa apenas 10% da

quantidade total, os outros 90% são de resíduo, que tem potencial de uso na

alimentação animal (SANTOS et al., 2003). No entanto, existem poucos trabalhos com

a utilização do resíduo de própolis na alimentação animal (PETROLLI et al., 2014),

principalmente com o uso do resíduo de extrato etanólico de própolis vermelha para

codornas.

Diante do exposto, objetivou-se avaliar a adição do resíduo do extrato etanólico

de própolis vermelha em dietas para codornas na fase de cria e recria (1 a 35 dias de

idade), sobre o desempenho zootécnico e rendimento de carcaça e órgãos.

12

2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 Cenário da Coturnicultura Brasileira

A coturnicultura industrial no atual cenário, possibilita aos produtores três tipos

de codornas para a exploração: a codorna europeia (Coturnix coturnix), a codorna

japonesa (Coturnix japonica) e a codorna americana conhecida como bobwhite quail

(Colinus virginianus). Essas linhagens possuem diferentes características de

tamanho, peso, precocidade, coloração de casca de ovo, taxa de postura e coloração

das penas. Essa distinção de características direciona cada uma dessas linhagens

para uma determinada aptidão, seja para carne ou para ovos (ALBINO e BARRETO,

2003).

As linhagens europeia e americana possuem aptidão para corte, pois são

maiores que as da subespécie japonesa e chegam a pesar de 280 a 300 g quando

adultas, sendo 80 a 100% mais pesadas, o que resulta em maior consumo de ração

(BARRETO et al., 2007). Enquanto que a linhagem japonesa é mundialmente

difundida para produção de ovos.

A codorna japonesa surgiu no Japão, em 1910, pelo cruzamento entre as

codornas europeias e espécies selvagens (UMIGI et al., 2007) e foi introduzida no

Brasil na década de 50 (PINTO et al., 2002). Possui características peculiares com

relação a postura, o que a torna referência em produção de ovos, como: maturidade

sexual precoce (35 a 40 dias); alta taxa de postura (em média 300 ovos/ave/ano); e

elevada vida produtiva (média de dois anos) (ALBINO e BARRETO, 2003).

Segundo Oliveira (2003), a espécie europeia consome na fase de produção

aproximadamente 36 g/dia, enquanto que a japonesa tem um consumo médio de

ração diário de 23 gramas (UMIGI et al., 2007). A codorna produz ovos com alto valor

biológico, com peso em média de 11 gramas. Segundo Torres et al. (2000), em 100

gramas de conteúdo de ovo de codorna, a composição nutricional é: 75 g de umidade;

0,9 g de cinzas; 9,5 g de lipídeos e 12,5 g de proteína.

Com relação a implantação da criação, a linhagem japonesa também se

destaca pelo fato de exigir baixo investimento, rápido retorno do capital investido e

perspectiva de aumento de produção em curto espaço de tempo. Todos esses fatores

se transformam em atrativo para pequenos produtores que buscam uma segunda

13

renda e utilizam a criação de codornas de postura para isso (SILVA et al., 2018),

refletindo no aumento do crescimento da coturnicultura de modo geral.

Segundo o IBGE, até 2015 houve um crescimento anual no efetivo de codornas

no Brasil, com aproximadamente 22 milhões de aves. No entanto, no ano de 2016, a

produção de codornas no país sofreu uma grande queda, chegando a 15,1 milhões

de codornas e em 2017 não conseguiu esboçar uma reação de crescimento tão

expressiva, finalizando o ano com 15,5 milhões de cabeças (Figura 1).

Figura 1 - Variação no número de codornas de 2014 a 2017 no Brasil

Fonte: Pesquisa da pecuária municipal – IBGE (2014 – 2017).

Assim como o número de aves, o total de ovos produzidos por ano em 2015

teve aumento expressivo, mas também caiu no ano de 2016 e voltou a crescer pouco

em 2017 (Figura 2). De acordo com o IBGE (2016), o que causou essa queda tanto

no efetivo de codornas, quanto na produção de ovos, foi a perda do poder aquisitivo

da população. Com isso, ocorreu uma menor procura por carne e ovos e obrigou os

criadores a retraírem seus plantéis.

A região Sudeste é historicamente a maior produtora de codornas do Brasil

(PASTORE et al., 2012). Em média, todos os anos essa região produz mais da metade

da produção nacional. Em 2016, o Sudeste respondeu por 67% do efetivo de codornas

e 68,3% da produção de ovos, onde a maior parte desses números é oriunda do

20,34

22

15,1 15,5

0

5

10

15

20

25

2014 2015 2016 2017

Milh

ões

de

Cab

eças

14

estado de São Paulo, que produziu nesse mesmo ano 30,4% do total de ovos do país.

(IBGE, 2016).

Figura 2 - Produção anual de ovos de codornas entre 2014 a 2017 no Brasil

Fonte: Pesquisa da pecuária municipal – IBGE (2014 – 2017).

O Nordeste vem ao longo dos anos disputando com a região Sul a segunda

posição no ranking das regiões mais produtoras do país. Do efetivo de codornas total

em 2017, a região Nordeste responde por mais de 2 milhões de cabeças,

representando 13,0% do total, e com relação a produção de ovos contribui com 30.852

mil dúzias, equivalente a 10,6% da produção nacional (IBGE, 2017).

2.2 A Própolis

A própolis é um conjunto de substâncias de origem botânica que formam uma

resina, na qual é coletada pelas abelhas que a utilizam para fechar as aberturas

indesejáveis da colmeia, promovendo proteção contra microrganismos, além de ser

utilizada para embalsamar insetos. Possui cor e consistência variadas, de acordo com

a flora de cada região (GHISALBERTI, 1979).

A variação da flora brasileira possibilitou que 12 tipos de própolis fossem

agrupados, de acordo com a composição química e atividade biológica das mesmas

(PARK et al., 2000). Contudo, esse número subiu para 13, com a descoberta de outra

variedade, denominada de própolis vermelha (SILVA et al., 2008).

392,73

447,47

273,3290,8

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

Mil

zias

2014 2015 2016 2017

15

A classificação se dá de acordo com a espécie de planta na qual as abelhas

fazem uso para a coleta da resina, e também pelos compostos químicos bioativos que

podem se apresentar em maior, ou menor quantidade, ou em exclusividade (SOUZA,

2014, Tabela 1).

Tabela 1 - Distribuição geográfica, origem vegetal e substâncias relevantes dos tipos de própolis

Própolis Cor Origem Geográfica

Origem Botânica

Principais Componentes

Grupo 1 Amarelo Sul (RS) Flora variada Depende da flora

Grupo 2 Castanho

claro

Sul (RS) Flora variada Depende da flora

Grupo 3 Castanho

escuro

Sul (PR) Populos alba Éster de ácido dimetil

dialil caféico;

flavonoides (crisina e

galangenina)

Grupo 4 Castanho

claro

Sul (PR) Flora variada Depende da flora

Grupo 5 Marrom

esverdeado

Sul (PR) Flora variada Depende da flora

Grupo 6 Marrom

avermelhado

Nordeste

(BA)

Hyptis

divaricata

Ésteres de ácidos

graxos; compostos

aromáticos, terpenos,

flavonóides

Grupo 7 Marrom

esverdeado

Nordeste

(BA)

Flora variada Depende da flora

Grupo 8 Castanho

escuro

Nordeste

(PE)

Flora variada Depende da flora

Grupo 9 Amarelo Nordeste

(PE)

Flora variada Depende da flora

Grupo 10 Amarelo

escuro

Nordeste

(CE)

Flora variada Depende da flora

Grupo 11 Amarelo Nordeste

(PI)

Flora variada Depende da flora

16

Grupo 12 Verde ou

Marrom

esverdeado

Sudeste

(SP, MG)

Baccharis

dracunculifolia

Flavonóides, ácidos

fenólicos, cetonas,

aldeídos aromáticos,

álcoois, terpenos

Grupo 13 Vermelha Nordeste Dalbergia

ecastophillum

Flavonóides (pinocem-

brina, formononetina,

rutina, quercetina, dal-

bergina); ácidos

fenólicos

Fonte: Adaptado de SOUSA (2014).

A própolis de forma geral, varia a sua composição de acordo com a

sazonalidade e a composição botânica da região (BURIOL et al., 2009). Diante disso,

a composição de cada categoria de própolis apresenta uma complexidade diferente.

Mas, segundo Górecka et al. (2014), a própolis apresenta uma composição básica

constituída de: resinas (50%), cera (30%), óleos essenciais (10%), pólen (5%) e outros

componentes orgânicos (5%).

Dentre os compostos orgânicos e óleos essenciais são conhecidos: ácidos e

ésteres alifáticos, ácidos e ésteres aromáticos, açúcares, álcoois, aldeídos, ácidos

graxos, aminoácidos, esteroides, cetonas, charconas e di-hidrocharconas,

terpenoides, proteínas, vitaminas B1, B2, B6, C, E, além de alguns minerais

(MENEZES, 2005).

A própolis vermelha tem origem na costa da região Nordeste do Brasil, mais

especificamente nas regiões de mangue, onde se desenvolve a Dalbergia

ecastophyllum, vulgarmente conhecida como “rabo-de-bugio”, que é a principal planta

utilizada pelas abelhas do gênero Apis para a produção da própolis (Figura 1). Logo,

a manutenção da abundância de D. ecastophyllum nos manguezais nordestinos é de

fundamental importância para sua produção (DAUGSCH et al., 2006).

17

Figura 3 -Planta D. ecastophyllum (A). Exsudato avermelhado no caule da D. ecastophyllum (B). Abelhas Apis mellifera usando própolis para fechar as rachaduras e buracos da colmeia (C).

FONTE: Adaptado de PONTES et al., (2018).

A própolis vermelha apresenta substâncias que jamais foram encontradas em

outro tipo de própolis, como medicarpina, quercetina, daidzein, vestitol, neovestitol,

formononetina, biochanin A, ácido felúrico e liquiritijenina, que fazem parte de grupos

de substâncias como flavona e isoflavonóides e alcóois triterpênicos, derivados de

fenilpropeno; chalconas e benzofenonas polipreniladas, (Tabela 2) tornando-a distinta

dos demais grupos de própolis (TRUSHEVA et al., 2006; PICCINELLI et al., 2011;

LÓPEZ et al., 2014).

18

Tabela 2 - Principais substâncias da própolis vermelha brasileira e seus efeitos farmacológicos

Componente Químico

Extrato/ Fração

Origem Ação Referência

Medicarpina

Extrato

Etanólico

Maceió

(AL)

Antibacteriano/

Antifúngico

TRUSHEVA et al.

(2006); ALENCAR

et al. (2007);

PICCINELLI et al.

(2011); FROZZA et

al. (2013)

Quercetina

Extrato

Etanólico/

Fração de

clorofórmio

Maceió

(AL)

Anti-inflamatório

ALENCAR et al.

(2007)

Daidzein

Extrato

Etanólico/

Fração de

clorofórmio

Maceió

(AL)

Antioxidante

ALENCAR et al.

(2007)

Vestitol

Extrato

Etanólico/

Fração de

clorofórmio

Marechal

Deodoro

(AL)

Antibacteriano,

Anti-inflamatório

e Antioxidante

OLDONI et al.

(2011); PICCINELLI

et al. (2011);

BUENO-SILVA et al.

(2013b)

Neovestitol

Extrato

Etanólico/

Extrato

Metanólico/

Fração de

clorofórmio

Marechal

Deodoro

(AL)

Antibacteriano,

Anti-Inflamatório

e Antioxidante

LOTTI et al. (2010);

OLDONI et al.

(2011); PICCINELLI

et al. (2011);

BUENO-SILVA et al.

(2013b)

Formononetina

Extrato

Etanólico

Maceió

(AL)

Antiproliferativo

LOTTI et al. (2010);

PICCINELLI et al.

(2011); FROZZA et

al. (2013)

19

Biochanin A

Extrato

Etanólico

Maceió

(AL)

Antiproliferativo

LOTTI et al. (2010);

PICCINELLI et al.

(2011); FROZZA et

al. (2013)

Ácido Felúrico

Extrato

Etanólico/

Fração de

clorofórmio

Maceió

(AL)

Antioxidante

ALENCAR et al.

(2007)

Liquiritijenina

Extrato

Etanólico

Maceió

(AL)

Antioxidante

PICCINELLI et al.

(2011); FROZZA et

al. (2013)

Fonte: Adaptado de PONTES et al., (2018).

Parte da composição das própolis de forma geral, é de flavonoides, que variam

de quantidade entre os diferentes tipos de própolis (CABRAL et al., 2009). Fonseca

(2017) encontrou o valor de 3,49% de flavonoides totais no extrato etanólico de

própolis vermelha, enquanto Batista et al. (2012) encontraram valores de 5,92% para

a própolis vermelha e 4,5% para a própolis verde.

De acordo com Mann (1987), os flavonoides são oriundos das plantas e são

compostos polifenólicos biossintetizados a partir da via dos fenilpropanóides e do

acetato, precursores de vários grupos de substâncias como aminoácidos alifáticos,

terpenóides, ácidos graxos, dentre outros. Nos vegetais, eles participam ativamente

de atividades de crescimento, desenvolvimento, antioxidação e defesa contra

microorganismos maléficos (NIJVELDT et al., 2001).

Estruturalmente os flavonoides são definidos como substâncias compostas por

um núcleo, o qual é constituído por três anéis fenólicos (TAPAS et al., 2008). O

primeiro anel benzeno (Anel A) é condensado com o sexto carbono do terceiro anel

(Anel C), que na posição 2 carrega um grupo fenil como substituinte (Anel B)

(BEECHER, 2003). O terceiro anel apresentar-se na forma de um anel pirona, e essa

característica faz com que seja possível a formação da maioria das diferentes classes

destes compostos, recebendo a denominação de núcleo 4 – oxo – flavonoide (Figura

4, SANDHAR et al., 2011).

20

Figura 4 - Estrutura base de formação dos flavonoides

Fonte: Adaptado de FLAMBÓ (2013).

Já foram descritos mais de 8.000 diferentes flavonoides, sendo as suas

principais classes os flavonóis, flavonas, flavanonas, flavanas, isoflavonoides e

antocianinas (YANG et al., 2001).

Para identificar quais flavonoides estão presentes na própolis, normalmente

utilizam-se técnicas cromatográficas e espectrofotométricas (SOUZA, 2014). Mas

para isso, a própolis bruta precisa passar pelo processo de extração, no qual as

substâncias presentes na própolis serão solubilizadas por meio de solventes

específicos.

Geralmente utiliza-se o etanol, o metanol e o propileno glicol como solventes

utilizados na extração da própolis, resultando nos extratos etanólico, metanólico e

glicólico, respectivamente. A metodologia de extração varia entre autores, pois,

Stradiotti et al. (2004), solubilizaram a própolis bruta no solvente etanol por um período

de 10 dias, obtendo o extrato por meio de filtração com papel-filtro. Já Lotti et al.

(2010), obteveram o extrato metanólico de própolis por maceração da amostra de

própolis com metanol e armazenada a 5 °C no escuro.

Ainda, para estudos mais avançados, pode-se dividir o extrato (etanólico,

metanólico ou glicólico) em frações. Para essa divisão também utiliza solventes, como

o hexano e clorofórmio, resultando nas frações de hexano e de clorofórmio (ALENCAR

et al., 2007).

21

2.2.1 Propriedades da própolis vermelha 2.2.1.1 Antioxidante

A atividade antioxidante da própolis vermelha vem sendo comprovada nos

últimos anos por variados autores, tanto em estudos relacionados com a conservação

de alimentos de origem vegetal e animal, quanto à ação de combate a radicais livres,

que são envelhecedores celulares no organismo vivo.

Analisando os compostos bioativos da própolis vermelha, Oldoni et al. (2011)

isolaram dois isoflavonóides (vestitol e neovestitol) e verificaram que os mesmos

apresentam alta atividade antioxidante. Contudo, o vestitol se mostrou mais eficiente

no teste de inibição do consumo de caroteno quando comparado ao neovestitol. O

consumo de caroteno está relacionado com a formação de hidroperóxidos de ácido

linoleico, e é um método utilizado para verificar o poder de antioxidação de uma

substância.

O efeito da própolis vermelha como antioxidante, e a ação sobre células

cancerígenas foi investigado por Mendonça et al. (2015), no qual analisaram a

atividade antioxidante por método de DPPH e utilizou o cultivo de células para avaliar

a atividade citotóxica. Como resultados, os autores observaram que a própolis

vermelha apresenta boa capacidade antioxidante e uma maior atividade no combate

as células tumorais, sendo recomendada para a utilização em medicamentos contra

o câncer.

Estudando o efeito do extrato de própolis na dieta de codornas japonesas sobre

a ação oxidante que ocorre no ovo, Zeweil et al. (2016), observaram que o marcador

de estresse oxidativo, malondialdeído, diminuiu 23,6% e 25,8% para os tratamentos

que continham própolis a 250 e 500 mg/kg, respectivamente. A capacidade

antioxidante total aumentou 9% para o tratamento com 250 mg/kg, e 21% para o

tratamento com 500 mg/kg de própolis em comparação ao controle.

Um componente da própolis vermelha, a quercetina, foi incluída na dieta de

frangos de corte e respondeu positivamente em relação a vida útil da carne. A inclusão

de 1g de quercetina por kg de ração possibilitou que a estabilidade oxidativa da carne

(sob resfriamento) das aves fosse melhorada, através da redução da taxa de oxidação

lipídica (GOLIOMYTIS et al., 2014).

22

2.2.1.2 Anti-inflamatória

A bioatividade da própolis vermelha como ação contra os processos

inflamatórios, decorre dos compostos como vestitol, neovestitol e formononetina que

fazem parte do grupo de isoflavonóides.

Esses isoflavonóides agem na redução da via do óxido nitroso, redução da

adesão de leucócitos (BUENO-SILVA et al., 2013a). Entretanto, os mecanismos

específicos de ação ainda não foram bem compreendidos.

Trabalhando com o extrato etanólico de própolis vermelha, Bueno-Silva et al.

(2016) observaram que quando administrado por via subcutânea em camundongos

(10 mg/kg), reduziu a quimiotaxia de neutrófilos pelo bloqueio dos canais de cálcio e

mediadores químicos inflamatórios foram significativamente reduzidos. Assim como

Franchin et al. (2016), que verificaram que o neovestitol diminuiu a inflamação aguda

e crônica em camundongos quando administrados por via subcutânea na dose de 3 e

10 mg/kg.

O efeito do extrato de própolis verde sobre a produção de anticorpos em

poedeiras foi estudado por Freitas et al. (2011), no qual constataram que houve

aumento nos níveis de imunoglobulinas G (IgG) específicas e aumento dos níveis de

anticorpos naturais nas aves que receberam 50 mg de própolis administrado

intraperitonealmente. Çetin et al. (2010) também relataram que o extrato de própolis

aumentou os níveis de imunoglobulinas (IgG e IgM) em poedeiras suplementadas com

3 g/kg de ração, além de diminuir a porcentagem de linfócitos T.

2.2.1.3 Antimicrobiana

Com relação a atividade antifúngica da própolis vermelha, os relatos vêm se

mostrando promissores. Estudos mostram que as substâncias formononetina

medicarpina, metilvestitol, vestitol e biochanin A, conseguem combater estirpes de

fungos de variadas espécies, além de apresentarem efeito mais eficaz que outros

tipos de própolis.

Os efeitos da própolis sobre os fungos podem estar associados a alteração da

permeabilidade da membrana do ergosterol, que é um componente da membrana

celular nos fungos. Foi esse tipo de alteração que Pippi et al. (2015) observaram ao

estudar o efeito da ação do extrato etanólico de própolis vermelha (EEP) e a

23

associação do EEP com drogas antifúngicas comerciais sobre cepas de Candida spp,

onde os resultados mostraram que a própolis consegue combater o microrganismo, e

além disso, impossibilita a Candida spp de adquirir resistência.

Ainda de acordo com os autores, o fungicida comercial Fluconazol utilizado na

pesquisa possibilita ao fungo a característica de resistência, mas quando o fármaco é

associado a própolis isso não é mais possível, pois aumentou em 16 vezes o poder

de susceptibilidade da droga. Isso indica que o EEP pode ser usado em associação

com fungicidas no combate a infecções persistentes ocasionadas por Candida

parapsilosis e Candida glabrata.

Pesquisando a ação da própolis vermelha originária de Alagoas sobre a enzima

ATPase Pdr5p (que atua como um dos principais componentes no processo de

obtenção de resistência contra drogas no Saccharomyces cerevisiae), Lotti et al.

(2011) constataram que a ATPase Pdr5p age como uma bomba que retira as

substâncias das drogas de combate à célula da levedura, e os compostos da própolis

conseguiram suprimir a ação dessa enzima.

Outra atividade da própolis relatada em alguns trabalhos, trata-se da ação

contra os vírus (organismos acelulares que possuem alta capacidade de mutação e

por isso são muitos resistentes), pois provoca uma desorganização do envelope viral,

evidenciado por uma ação sobre as proteínas do mesmo e o ácido nucléico dos vírus,

transformando-o em uma massa disforme. Contudo, os mecanismos de ação da

própolis sobre os vírus ainda não estão bem esclarecidos (NUNES, 2011).

Vários extratos alcoólicos de própolis de diferentes origens (Bulgária, Albânia,

Mongólia, Egito, Ilhas Canárias e três regiões do Brasil: São Paulo, Ceará e Paraná)

foram testados por Kujumgiev et al. (1999) contra o vírus da influenza aviária (H7N7).

Os testes apresentaram efeito antiviral e porcentagens significativas de ácidos

fenólicos e flavonoides em sua composição química, analisada por cromatografia

gasosa e espectrometria de massa. Porém, os extratos de própolis provenientes do

Brasil não apresentaram ou apresentaram somente traços destes constituintes,

havendo uma maior porcentagem de ácidos aromáticos. No entanto, apresentaram

atividade semelhante aos demais extratos.

Estudando a atividade virucida de um extrato etanólico de própolis verde na

concentração de 4.000, 400, 40 e 4 μg/dose contra o vírus da doença de Newcastle

in vitro, Nunes (2011) observou que este extrato apresentou atividade virucida

dependente de concentração e do tempo de incubação, ocorrendo inibição total do

24

vírus nas concentrações de 4.000μg/dose, 400μg/dose, a partir de duas horas de

incubação.

A própolis também possui atividade contra protozoários, associado à presença

do ácido 3,5-diprenil-4-hidroxicinâmico e do 2,2-dimetil-6-carboxietenil-2H-1-

benzopiran (SOEIRO et al., 2009), no qual os principais alvos da própolis na célula de

organismos parasitários são a mitocôndria e os reservossomos, o efeito incluiu a

rarefação da matriz e o aumento de volume da organela. Ainda, afeta o complexo

cinetoplasto-mitocôndria em organismos na fase mastigota, sugerindo que essas

organelas sejam o principal local de ação da própolis (DANTAS et al., 2006).

Pesquisa realizada por Biavatti et al. (2003), avaliaram o efeito do extrato de

própolis verde (1,1 ml/kg de ração) sobre o consumo de ração e ganho de peso de

frangos de corte até 28 dias, infectados com Eimeria acervulina (0,23 mL por ave) aos

sete dias de idade, em comparação aos controles negativo (sem melhorador de

desempenho) e positivo (com 40 ppm de avilamicina e 120 ppm de monensina) e

verificaram que não houve diferença no consumo de ração para todos os tratamentos.

A propriedade bactericida da própolis vermelha é a mais visada em estudos

utilizando esse fitoterápico. A cada ano que se apresenta o número de artigos vem

aumentando e evidenciando a eficácia da própolis vermelha no combate a diversas

espécies de bactérias, como: Staphylococcus aureus, Streptococcus mutans,

Actinomyces naeslundii, Shigella flexneri, Proteus vulgaris, Klebsiella pneumoniae,

Proteus mirabilis, Pseudomonas aeruginosa, Escherichia coli e Bacillus subtilis.

O mecanismo de atividade antibacteriana dos flavonoides da própolis vermelha

pode ser atribuído principalmente ao dano na membrana citoplasmática causado pela

menor fluidez da membrana, inibição da síntese de ácidos nucleicos causada pela

topoisomerase, inibição do metabolismo no citocromo c-redutase NADH ou inibição

da formação do biofilme, através da porina na membrana celular, alteração da

permeabilidade da membrana, e atenuação da patogenicidade (XIE et al., 2015).

Geralmente, na metodologia dos trabalhos com própolis no combate a

microrganismos, utiliza-se o fracionamento do extrato etanólico da própolis (EEP) com

os compostos clorofórmio, hexano e/ou metila. Diante disso, alguns trabalhos

(ALENCAR et al., 2007; BURIOL et al., 2009) comprovaram que as frações podem

mostrar maior potencial de ação bactericida do que o EEP.

De acordo com Bispo Júnior et al. (2012), ao avaliar as frações hexânica,

clorofórmica e acetanólica da própolis vermelha, sobre a atividade antimicrobiana,

25

verificou-se que a fração acetanólica foi a que apresentou melhor ação antibacteriana.

Para os autores, isso é explicado devido à grande quantidade de compostos fenólicos

ativos, os quais migraram para esta fração de alta polaridade, e devido a reduzida

quantidade de interferentes apolares (ceras), que estariam presentes na fração

hexânica, e não na acetanólica.

De forma geral, a própolis apresenta um eficiente poder de ação contra

bactérias. Contudo, alguns autores têm relatado que o efeito da própolis vermelha é

mais contundente em bactérias gram-positivas de que em gram-negativas (LOPEZ et

al., 2015). Para Pinto et al. (2001) isso pode ser explicado devido às grandes

diferenças na constituição química da parede celular destes dois grupos de bactérias.

Enquanto na parede celular dos gêneros gram-negativos a quantidade de

peptideoglicanos se encontra numa fração menor quando comparado ao que ocorre

nas bactérias gram-positivas, o conteúdo lipídico e a complexidade química da parede

celular das bactérias gram-negativas são consideravelmente maiores que nas gram-

positivas, o que dificulta a ação dos compostos.

Em virtude dos diferentes valores de pH ao longo do trato gastrointestinal, os

grupos de bactérias variam de atuação de acordo com as porções do trato. Na parte

superior do trato, onde encontra-se o papo, proventrículo e moela estão presentes

basicamente bactérias gram-positivas do gênero Lactobacillus, das espécies L.

salivarius e L. aviarius (GONG et al., 2007).

Já no intestino delgado, na porção duodeno, atuam Lactobacillus, alguns

Clostridiales (gram-positivas) e em menor número enterobactérias (gram-negativas).

No jejuno, estão presentes em sua maioria bactérias gram-positivas como

Lactobacillus, Enterococcus, Streptococcus além de alguns Clostridiales e

Bacteroidetes. No íleo, as bactérias gram-positivas ainda são maioria, principalmente

de Lactobacillus, todavia pode apresentar Clostridium e enterobactérias (gram-

negativas) em menor número (VIVEROS et al., 2011).

No intestino grosso, a grande variedade de bactérias se destaca nos cecos,

onde atuam tanto bactérias gram-positivas (Clostridium, Lactobacillus, Ruminococcus,

Firmicutes e actinobactérias) como as gram-negativas (bacteroides e enterobactérias)

(GONG et al., 2007).

Para avaliar a ação sobre as bactérias, Abdel–Mohsein et al. (2014) estudaram

a influência do extrato etanólico de própolis (0; 250; 500 e 750 mg/kg) na alimentação

de frangos de corte criados sob alta temperatura (38 °C), do 15° ao 42° dia, sobre a

26

microflora bacteriana (Lactobacilli spp., bifidobactérias, e contagem bacteriana

aeróbia e coliforme total). Os resultados indicaram que a própolis pode aliviar a

resposta do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal induzida pelo estresse calórico através

do aumento de lactobacilos e bifidobactérias, além da redução de bactérias aeróbicas

total e coliformes no intestino de frangos de corte.

A infestação por bactérias indesejáveis no intestino de aves leva a efeitos

negativos no funcionamento do organismo animal como: disputa por nutrientes e

ocupação dos sítios de aderência nas vilosidades intestinais, e danos às

microvilosidades. Contudo, a manutenção de bactérias benéficas no intestino das

aves pode reduzir a carga de patógenos e como consequência, a diminuição de efeitos

negativos (SILVA et al., 2008).

Nos estudos de Belloni et al. (2012) com poedeiras Isa Brown® foi observado

que a adição de própolis in natura na dieta fez com que a altura das vilosidades

aumentasse nos seguimentos duodeno e íleo, e a largura das vilosidades aumentou

no jejuno, quando o consumo da dieta continha 3% de própolis. De acordo com os

autores, a inclusão de própolis na dieta das poedeiras melhora a integridade do trato

gastrintestinal, que pode estar relacionado com a diminuição de bactérias indesejáveis

no intestino.

2.3 Efeito da Própolis no Desempenho dos Animais

A inclusão da própolis em dietas de animais, a fim de melhorar a saúde

intestinal, promover a substituição dos antibióticos e como consequência a melhora

nos índices produtivos, além de uma menor resistência da população no consumo de

produtos de origem animal, é o que pesquisadores de todo o mundo vêm estudando

em variadas espécies animais.

Pesquisa realizada por Valero et al. (2015) avaliaram a substituição da

monensina por extrato de própolis sobre o desempenho, eficiência alimentar e

características de carcaça de bovinos em confinamento e verificaram que os animais

que receberam dieta contendo própolis não tiveram prejuízo nas variáveis estudadas.

Ainda, o tratamento com própolis foi superior na digestibilidade de extrato etéreo e no

consumo alimentar.

Por outro lado, em um estudo avaliando o desempenho e parâmetros

bioquímicos sanguíneos de cordeiros alimentados com dietas contendo extrato de

27

própolis vermelha em diferentes níveis (1,5 g e 1 g/kg), em substituição ao aditivo

monensina sódica (0,03 g/kg), foi verificado que tanto as dietas com monesina, como

as dietas com própolis não apresentaram melhorias no desempenho e nem nos

parâmetros sanguíneos (BARACHO, 2016).

Estudo de Petruška et al. (2012) analisaram o perfil de minerais (cálcio, fósforo,

magnésio, potássio, sódio, cloro) em frangos de corte alimentados com dietas

contendo diferentes níveis de extrato de própolis (150 mg/kg; 450 mg/kg; 600 mg/kg

e 800 mg/kg) em relação ao controle (sem própolis), e observaram que as aves que

consumiram própolis não apresentaram diferença na concentração sérica de cálcio,

potássio, sódio e cloro em relação ao controle. Já o nível de magnésio diminuiu em

média 40% para todos os tratamentos e o nível de fósforo foi reduzido em 50% para

o tratamento com 450 mg/kg de extrato de própolis, quando comparado ao grupo

controle.

Frangos de corte consumindo dietas com 0; 1; 2 e 3 mg de extrato de

própolis/kg de ração, foram avaliados quanto ao desempenho e parâmetros

sanguíneos. As aves que consumiram própolis aumentaram o ganho de peso em

média de 13%, diminuíram em 17% o consumo de ração e melhoraram em 26% a

eficiência alimentar. Com relação os parâmetros sanguíneos, houve aumento de 10%

nas proteínas totais e 44% nas globulinas no soro. Os níveis de colesterol e

triglicerídeos foram significativamente reduzidos em 18% e 37%, respectivamente,

nos frangos alimentados com própolis (HASSAN et al., 2018).

Achados de Abdel-Kareem et al. (2015) que estudaram o efeito da própolis na

dieta de galinhas poedeiras em níveis de 250, 500 e 1.000 mg/kg e observaram que

houve aumento na massa de ovos e taxa de postura, para os tratamentos com 250 e

1.000 mg de própolis/kg. As características de qualidade interna dos ovos foram

melhores com o aumento dos níveis de própolis, e as características externas do ovo

não foram influenciadas. Ainda, Ozkok et al. (2013), verificaram que a suplementação

de 400 mg/kg de extrato de própolis para poedeiras resultou em aumento de peso

corporal. Para as variáveis de qualidade de ovo, desempenho de postura e eficiência

alimentar a suplementação não causou efeito.

Por outro lado, um estudo com poedeiras suplementadas com níveis de 0, 1, 2

e 3% de própolis in natura verificou que a própolis não influenciou na gravidade

específica, porcentagem de casca e peso dos ovos. Também não promoveu melhora

28

no desempenho e não afetou a temperatura de superfície das aves (BELLONI et al.,

2015).

Ao estudarem o efeito do extrato de própolis (250 e 500 mg/kg) na dieta de

codornas japonesas, Zeweil et al. (2016) observaram que a inclusão da própolis não

influenciou no desempenho (peso corporal, taxa de postura, peso de ovos e massa

de ovos). A qualidade dos ovos (peso do ovo, porcentagem de gema e albúmen, altura

de albúmen, porcentagem e espessura de casca, gravidade específica e cor da gema)

não sofreu influência dos tratamentos, porém, o nível de colesterol na gema diminuiu

em 5% com a suplementação de 500 mg/kg e os lipídeos totais diminuíram em 23%

para o nível de inclusão de 250 mg/kg e 10% para o nível de 500mg/kg de própolis.

Contudo, a limitação do uso da própolis na alimentação animal está relacionada

ao seu alto custo, que pode ultrapassar os 1.000 reais/kg. Porém, o resíduo do extrato

de própolis possui potencial de uso na alimentação animal e tem um baixo custo

quando comparado a própolis bruta.

2.4 Resíduo do Extrato de Própolis na Dieta de Animais

Geralmente, para se obter o extrato de própolis existem dois métodos de

extração, sendo que a própolis bruta pode ser adicionada a uma solução hidro-

alcoólica e o produto obtido é o extrato alcoólico ou a própolis bruta pode ser

adicionada a uma solução de propileno glicol e obtém-se o extrato glicólico. Ambos os

métodos, após o processo de filtragem geram resíduo, que é resultado do processo

de extração (STRADIOTTI et al., 2004). Segundo Santos et al. (2003), o extrato

corresponde apenas 10% da própolis bruta e o restante é resíduo, que pode ser

potencialmente usado na alimentação animal.

Desta forma, Petrolli et al. (2014), estudaram o efeito do resíduo do extrato de

própolis verde, em níveis de 1, 2 e 3%, em substituição a antibióticos em frangos de

corte e observaram que as aves que foram alimentados com dieta contendo 1% de

própolis tiveram maior consumo de ração no intervalo de 1 a 7 dias e maior ganho de

peso de 1 a 42 dias.

Concomitantemente, Santos et al. (2003) observaram que a suplementação de

2,86% de resíduo do extrato de própolis para frangos de corte aumentou em 9,9% o

ganho de peso na fase de 1 a 21 dias de idade. Entretanto, na fase de 1 a 42 dias o

uso de própolis na dieta reduziu o ganho de peso e apresentou comportamento linear

29

crescente para a conversão alimentar a medida que os níveis (0; 3; 6; 9 e 12%)

aumentavam. Segundo o autor, esta piora no ganho de peso e na conversão

alimentar, ocorreu, provavelmente, devido ao alto teor de fibra (14,41%) e ceras

(26,76%), presente no resíduo, pois, os altos teores de fibras presentes no alimento

dificultam a digestão, impedindo que as enzimas digestivas cheguem até os

nutrientes, diminuindo a disponibilidade e absorção dos aminoácidos (BEDFORD,

1995). Já as ceras são ácidos graxos de cadeia longa (25 a 30 carbonos), com

características altamente hidrofóbicas, e não são quebradas por enzimas animais

(NUNES, 1995).

Contudo, a busca por aditivos naturais que possam ser usados na alimentação

de animais e a literatura escassa com relação a trabalhos utilizando resíduo do extrato

de própolis na dieta de codornas, são fatores que mostram a importância da realização

de mais trabalhos com o uso da própolis na alimentação animal.

30

3 MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido na Universidade Federal de Alagoas – Campus

Arapiraca - AL, localizada nas coordenadas 9°42'05.4"S e 36°41'14.1"O, no período

de maio a junho de 2019.

As codornas foram alojadas em galpão de alvenaria com laterais teladas,

sistema de cortinas e telhado do tipo colonial, distribuídas em 12 gaiolas de aço

galvanizado de dimensões de 0,60 m de largura x 0,90 m de comprimento x 0,30 m

de altura, proporcionando uma densidade de 83,3 aves/m². Utilizou-se comedouros

do tipo bandeja até os 14 dias de idade e a partir daí, foram utilizados comedouros de

metal do tipo calha. Foram utilizados bebedouros de plástico, do tipo copo de pressão

com capacidade de um litro.

A água e a ração foram fornecidas à vontade durante todo o período do

experimento. O aquecimento das aves foi realizado através de duas lâmpadas

incandescentes de 100W por gaiola, até o 21º dia. O programa de iluminação

estabelecido foi de 24 horas de luz por dia de 1 a 21 dias e 15 horas de 22 a 35 dias

de idade. Para a luz artificial foi utilizado controlador “timer”, e o controle da ventilação

foi realizado através do manejo de cortinas.

Utilizou-se codornas de postura da linhagem japonesa (Coturnix japonica),

adquiridas com um dia de idade da granja Codorgran, localizada no estado de São

Paulo. Foi utilizado o delineamento inteiramente casualizado (DIC), distribuídos em

dois tratamentos com seis repetições de 45 aves cada, resultando um total de 540

codornas para o experimento. Os tratamentos foram: T1 – dieta sem adição de resíduo

de própolis vermelha e T2 – dieta com adição de 1% de resíduo de extrato etanólico

de própolis vermelha.

A própolis vermelha foi proveniente de regiões produtoras de colmeias de

abelhas Apis melifera, localizadas do município de Marechal Deodoro – AL. Da

própolis bruta, obteve-se o extrato etanólico pelo método de Stradiotti et al. (2004) e

por diferença o resíduo do extrato da própolis vermelha. Esse resíduo foi previamente

diluído em óleo de soja, na proporção de 20% de resíduo, em chapa aquecedora com

temperatura de 50°C e mistura manual, intermitente, durante 40 minutos. Em seguida,

a mistura de resíduo e óleo de soja foi incorporada ao farelo de soja e posteriormente

aos outros ingredientes da ração.

31

Foi utilizado um plano nutricional com duas rações, formuladas para codornas

de postura na fase de cria (1 a 21 dias de idade) e na fase de recria (22 a 35 dias de

idade), conforme estabelecidas por Rostagno et al. (2017). Foram elaborados dois

tipos de rações similares, diferenciando-se somente que uma foi aditivada com 1% de

resíduo de própolis e outra sem adição de própolis, em substituição ao inerte. Assim,

todos os valores nutricionais mantiveram-se idênticos entre os tratamentos (Tabela 3).

Utilizou-se termohigrômetro digital para o acompanhamento da temperatura e

umidade relativa do ar, localizado na altura média do galpão e com sensor na altura

das aves. As médias das temperaturas ambientais dentro da gaiola, dentro do galpão

e umidade relativa do ar, mínimas e máximas, foram registradas diariamente durante

todo o período experimental, cujas médias foram 25,85 e 33,14°C; 25,85 e 31,17°C;

e 55,75 e 79,34%, respectivamente.

Tabela 3 - Composição centesimal dos ingredientes e dos nutrientes das rações experimentais

Ingredientes 1 a 21 dias de idade 22 a 35 dias de idade

Controle Própolis Controle Própolis

Soja farelo (45%) 45,000 45,000 40,857 40,857

Milho (7,88%) 38,876 38,876 40,069 40,069

Trigo farelo 6,000 6,000 8,000 8,000

Óleo de soja 5,000 5,000 5,000 5,000

Núcleo cria/recria 4,000 4,000 3,000 3,000

Inerte 1,000 - 2,000 1,000

REP - 1,000 - 1,000

DL-metionina 0,124 0,124 0,200 0,200

Fosfato bicálcico - - 0,874 0,874

Total 100,000 100,000 100,000 100,000

Composição Nutricional Calculada

Energia met. (Kcal/Kg) 3.022,070 3.022,070 2.995,858 2.995,858

Proteína bruta (%) 24,422 24,422 23,000 23,000

Lipídeos (%) 7,370 7,370 7,413 7,413

32

Fibra bruta (%) 3,628 3,628 3,619 3,619

Fósforo disponível (%) 0,166 0,166 0,428 0,428

Cálcio (%) 1,288 1,288 1,205 1,205

Lisina dig. (%) 1,259 1,259 1,634 1,634

Metionina dig. (%) 0,438 0,438 0,495 0,495

Met. + cist. dig. (%) 0,768 0,768 0,808 0,808

Triptofano dig. (%) 0,292 0,292 0,272 0,272

Arginina dig. (%) 1,615 1,615 1,506 1,506

Fenilalanina dig. (%) 1,141 1,141 - -

Fenil. + tir. dig. (%) 1,950 1,950 - -

Histidina dig. (%) 0,606 0,606 0,569 0,569

Isoleucina dig. (%) 0,980 0,980 0,910 0,910

Leucina dig. (%) 1,829 1,829 1,722 1,722

Treonina dig. (%) 0,834 0,834 0,779 0,779

Valina dig. (%) 1,046 1,046 - -

1Núcleo cria/recria: Acido fólico (mín.) – 12 mg/kg, Acido pantotênico (mín.) – 215 mg/kg, Bacitracina de zinco – 700 mg/kg, B.H.T. (mín.) – 100 mg/kg, Biotina (mín.) - 1,5 mg/kg, Cálcio (mín.) - 270 g/kg, Cálcio (máx.) - 300 g/kg, Cobre (mín.) – 335 mg/kg, Colina (mín.) - 7.000 mg/kg, Ferro (min.) – 1.335 mg/kg, Fitase (mín.) - 12,5 FTU/kg, Flúor (máx.) – 386 mg/kg, Fósforo (mín.) – 42 g/kg, Iodo (mín.) – 25 mg/kg, Manganes (mín.) – 2.200 mg/kg, Metionina (mín.) – 20 g/kg, Niacina (mín) – 1000 mg/kg, Salinomicina - 1.650 mg/kg, Selênio (mín) - 6 mg/kg, Sódio (mín) – 39 g/kg, Vitamina A (mín) – 210.000 UI/kg, Vitamina B1 (mín) – 25 mg/kg, Vitamina B12 (mín) – 220 mg/kg, Vitamina B2 (mín) – 115 mg/kg, Vitamina B6(mín) – 40 mg/kg, Vitamina D3 (mín) – 65.000 UI/kg, Vitamina E (mín) – 300 UI/kg, Vitamina K3 (mín) – 50 mg/kg, Zinco (mín) 2.200 mg/kg.

Fonte: Dados da pesquisa (2019).

A ração fornecida foi armazenada em baldes plásticos, identificados por

tratamento e repetição para controle do consumo de ração. Semanalmente, as aves

e as sobras nos comedouros e nos baldes foram pesadas e registradas para

posteriores cálculos de consumo de ração, ganho de peso e conversão alimentar. A

mortalidade foi registrada diariamente para correção da conversão alimentar,

conforme recomendado por Sakomura e Rostagno (2016).

Com 17 dias de idade, as aves foram vacinadas, via ocular, contra a doença de

Newcastle e com 30 dias passaram por manejo de debicagem, no qual foi realizado a

retirada de aproximadamente 1/3 do bico e imediatamente cauterizado com um

debicador manual.

33

Aos 35 dias de idade, as aves foram contabilizadas e pesadas, obtendo assim

seus respectivos pesos médios. Para o abate foi selecionada uma ave de cada

unidade experimental, com variação de peso máxima de 5%, em relação ao peso

médio de cada parcela.

Para a identificação das aves para o abate, foram utilizadas etiquetas com o

número correspondente à gaiola, e fixadas em uma das patas de cada ave com fita

adesiva. As 12 aves selecionadas, foram insensibilizadas e abatidas por meio de

degola completa com tesoura, entre os ossos occipital e atlas. Após a sangria a pele

foi retirada com as penas e as carcaças foram evisceradas manualmente e pesadas.

As pesagens da ave viva foram realizadas em balança com precisão de 0,005

kg. Os rendimentos em porcentagem da carcaça eviscerada, sem cabeça e pés e

pele, foram calculados com base no peso vivo ao abate.

O fígado, gordura visceral e intestino (delgado e grosso) de cada ave foram

separadamente pesados e os valores foram calculados com base no peso da carcaça

eviscerada e sem pele. Para essa pesagem foi utilizada uma balança analítica com

precisão de 0,001g.

As variáveis avaliadas foram tabuladas e submetidas à análise de variância

através do software estatístico SAEG, a 5% de probabilidade.

34

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

As variáveis consumo de ração total, consumo de ração por ave por dia, peso

vivo inicial, ganho de peso e conversão alimentar, não diferiram com a adição de 1%

de resíduo de própolis na ração das aves na fase de cria (Tabela 4).

Tabela 4 - Desempenho de codornas de postura alimentadas com dieta aditivada com ou sem resíduo do extrato de própolis de 1 a 21 dias de idade

Resíduo do Extrato de Própolis

Variáveis Sem Com Valor de P CV (%)

Cons. ração total¹ 221,475 220,738 0,813 2,378

Cons. ração² 10,546 10,511 0,813 2,378

Peso vivi inicial (g) 7,248 7,370 0,329 2,828

Ganho de peso (g) 88,165 88,581 0,676 1,893

Conversão

alimentar

2,513 2,493 0,704 3,566

Cons. ração total 1 = consumo de ração total (grama/ave/1 a 21 dias); Cons. ração2 = Consumo de

ração (grama/ave/dia).

Fonte: Dados da pesquisa (2019).

Em concordância com esses resultados, Petrolli et al. (2014) utilizando resíduo

do extrato de própolis verde, ao nível de 1%, para frangos de corte, também não

observaram diferença (P>0,05) para o consumo de ração e conversão alimentar no

período de 1 a 21 dias de idade.

Santos et al. (2003) estudando a inclusão de níveis de resíduo de própolis (0;

3; 6; 9; 12%) na alimentação de frangos de corte de 1 a 21 dias de idade, também não

verificaram significância (P>0,05) para consumo de ração. Com relação ao ganho de

peso, o mesmo se manteve igual entre os tratamentos até o nível de 2% de inclusão

de resíduo, e para níveis superiores a 3% apresentou redução. A variável conversão

alimentar mostrou piora com a inclusão do resíduo, confrontando os resultados

obtidos neste experimento, uma vez que não apresentou diferença na conversão

alimentar com a adição do resíduo.

O efeito negativo sobre a conversão alimentar e ganho de peso, para níveis

superiores a 3% de adição na dieta, pode ter sido causado pelo alto teor de ceras

35

(14,41%) e fibras (26,76%) presente no resíduo, que consequentemente influencia na

digestão e aproveitamento dos nutrientes (BEDFORD, 1995; NUNES, 1995).

Na fase de recria (22 a 35 dias de idade), também não houve diferença entre

os tratamentos para as variáveis estudadas (Tabela 5).

Tabela 5 - Desempenho de codornas de postura alimentadas com dieta aditivada com ou sem resíduo do extrato de própolis de 22 a 35 dias de idade

Resíduo do Extrato de Própolis

Variáveis Sem Com Valor de P CV (%)

Cons. ração total¹ 249,605 250,628 0,204 2,662

Cons. ração² 17,829 17,902 0,204 2,663

Peso vivi inicial (g) 95,722 96,025 0,235 1,774

Ganho de peso (g) 49,205 49,662 0,245 5,001

Conversão

alimentar

5,088 5,049 0,207 4,879

Cons. ração total 1 = consumo de ração total (grama/ave/22 a 35 dias); Cons. ração2 = Consumo de

ração (grama/ave/dia).

Fonte: Dados da pesquisa (2019).

A conversão alimentar do período de 22 a 35 dias, apresentou média geral de

5,069, dobrando a média geral da mesma variável na fase de cria (1 a 21 dias), que

foi de 2,503. Esse fato é explicado pelo maior consumo de ração e menor ganho de

peso característicos de codornas na fase de recria, enquanto na fase de cria ocorre o

efeito contrário (MARQUES et al., 2010).

A inclusão de 1% de resíduo do extrato de própolis no período total

experimental (1 a 35 dias) não promoveu diferença quando comparado com a dieta

sem resíduo de extrato de própolis, em todas as variáveis de desempenho estudadas

(Tabela 6).

Tabela 6 - Desempenho de codornas de postura alimentadas com dieta aditivada com ou sem resíduo do extrato de própolis de 1 a 35 dias de idade

Resíduo do Extrato de Própolis

Variáveis Sem Com Valor de P CV (%)

Cons. ração total¹ 471,081 471,367 0,957 2,034

36

Cons. ração² 13,460 13,478 0,957 2,033

Peso vivi inicial (g) 7,248 7,370 0,329 2,828

Ganho de peso (g) 137,370 138,244 0,599 2,024

Conversão

alimentar

3,430 3,411 0,708 2,535

Cons. ração total 1 = consumo de ração total (grama/ave/1 a 35 dias); Cons. ração2 = Consumo de

ração (grama/ave/dia).

Fonte: Dados da pesquisa (2019).

As dietas experimentais dessa pesquisa continham como aditivos

melhoradores de desempenho, a bacitracina de zinco (antimicrobiano) e a

salinomicina sódica (anticoccidiano) presentes no núcleo (Tabela 3), que

provavelmente tenham conseguido manter a saúde intestinal das codornas, diluindo

a ação da própolis. Da mesma forma, Santos et al. (2003) também utilizaram

melhorador de desempenho (avilamicina) nas dietas experimentais e verificaram que

a própolis não causou diferença no desempenho de frangos de corte.

Ainda, Tekeli et al. (2011), utilizaram dietas experimentais livres de melhorador

de desempenho e verificaram que o extrato da própolis aumentou em 17% o consumo

de ração e o ganho de peso, com a adição de 1.000 ppm/kg do extrato de própolis

turca na alimentação de frangos de corte criados até 42 dias. Assim como Hassan et

al. (2018) também constataram que a adição do extrato de própolis de 1, 2 e 3 g/kg

de ração na dieta de frangos de corte aumentou o ganho de peso em média de 13%

e melhorou em 26% a eficiência alimentar.

Essa melhora pode ser ocasionada pelo aumento da microbiota benéfica e

controle das bactérias patogênicas pela própolis (KACÁNIOVÁ et al., 2012). A

mudança da dinâmica da microbiota intestinal é geralmente atribuída aos flavonoides,

que têm atividade antibacteriana, e estão presentes no extrato etanólico de própolis

(OLDONI et al., 2011; BUENO-SILVA et al., 2013a; FROZZA et al., 2013).

Um agravante para a divergência entre os estudos realizados com própolis ou

seu resíduo é a variabilidade e complexidade da composição da própolis, que muda

de acordo com a flora de cada localidade, genética das abelhas rainhas e até mesmo

com a época do ano em que é feita a coleta (BURIOL et al., 2009).

37

O peso vivo, rendimento de carcaça, rendimento de gordura abdominal, de

fígado e de intestino, não apresentaram diferença com a adição do resíduo do extrato

de própolis na dieta de codornas aos 35 dias de idade (Tabela 7).

Tabela 7 - Rendimento de carcaça e órgãos de codornas japonesas aos 35 dias de idade alimentadas com dieta aditivada com ou sem resíduo do extrato de própolis

REP*

Variáveis Sem Com Valor de P CV (%)

Peso vivo (g) 150,833 148,833 0,560 3,844

Carcaça (%) 53,475 56,546 0,098 5,301

Gordura (%) 2,359 1,937 0,450 43,331

Fígado (%) 4,474 4,719 0,484 12,692

Intestino (%) 9,603 9,380 0,802 15,832

REP* = Resíduo de extrato de própolis.

Fonte: Dados da pesquisa (2019).

Contrariando Duarte et al. (2014), que observaram aumento linear no ganho de

peso e rendimento de carcaça de frangos de corte de acordo com os níveis de 100,

200, 300, 400 e 500 ppm de própolis verde na dieta, em comparação ao grupo

controle.

Por outro lado, o uso do extrato de própolis turca, na concentração de 1.000

ppm/kg de ração foi estudado por Tekeli et al. (2011), e o extrato de própolis eslovaca,

em níveis de 200, 400 e 600 mg/kg foi avaliado por Haščík et al. (2015) em frangos

de corte até 42 dias, não demonstrando efeito no rendimento de carcaça, estando de

acordo com os resultados deste trabalho.

Com relação a gordura abdominal, Seven et al. (2008) perceberam que a

porcentagem de gordura aumentou com o consumo da própolis. Haščík et al. (2015),

por sua vez, observaram que a própolis diminuiu seu percentual na carcaça de frangos

de corte, ambos os estudos são contrários aos resultados deste trabalho.

Segundo Haščík et al. (2015), a própolis reduziu a gordura abdominal da

carcaça de frangos de corte, porque contém flavonoides que diminuem os níveis

plasmáticos de lipídeos, melhoram a tolerância à glicose e atenuam a obesidade. Um,

possível mecanismo subjacente desses efeitos fisiológicos é a redução do nível do

38

mRNA para estearoil-CoA dessaturase-1 (SCD1), uma vez que a repressão desta

enzima reduz hiperlipidemia e adiposidade (LA NITA et al., 2011).

O rendimento de fígado não foi afetado pela adição da própolis na alimentação

de frangos de corte no estudo de Hassan et al. (2018), assim como, a própolis também

não influenciou no peso do fígado de acordo com os achados de Haščík et al. (2015).

Esses resultados corroboram com os encontrados neste trabalho.

Analisando o efeito da própolis verde, em níveis de 100, 200, 300, 400 e 500

ppm/kg sobre o rendimento de intestino de frangos de corte, Duarte et al. (2014)

observaram que houve redução no peso do intestino quando as aves foram

alimentadas com própolis. Provavelmente ocorreu em consequência do efeito

modulatório da própolis sobre a microbiota, que por sua vez poderia diminuir as

bactérias patogênicas e consequentemente o processo inflamatório causado por

patógenos e toxinas produzidos por essas bactérias, reduzindo a espessura e o peso

do intestino (ABDEL–MOHSEIN et al., 2014).

Diferente desse resultado, não houve diferença no peso de intestino das

codornas e consequentemente o rendimento de intestino não diferiu entre os

tratamentos.

A ausência de diferença entre os tratamentos para as características de

desempenho, carcaça e órgãos, pode ser avaliada com base em diferentes

perspectivas. A utilização do resíduo do extrato de própolis em vez de extrato

concentrado de própolis é um ponto a ser considerado, pois, os compostos bioativos

da própolis, como os flavonoides, que possuem propriedades antimicrobiana,

antioxidante, antifúngica e outras, frequentemente se complexam com compostos

insolúveis (ceras, grãos de pólen, fibra vegetal e matéria orgânica), no entanto, são

facilmente solubilizados com o uso de solventes e agregados ao extrato (MELLO et

al., 2010). Desta forma, os flavonoides contidos no resíduo do extrato de própolis

podem não ter ficado totalmente disponíveis paras aves.

Outra hipótese para a adição do resíduo do extrato de própolis não ter

apresentando diferença nas variáveis analisadas pode ter sido pelo fato do ambiente

de criação não ter proposto um desafio sanitário que possibilitasse uma resposta mais

expressiva com o uso do resíduo. Uma vez que as aves não tiveram contato direto

com as fezes, pois foram criadas em gaiolas com bandejas coletoras de fezes, foram

criadas em densidade ideal para as fases de cria e recria (ALBINO e BARRETO,

2003), o ambiente de criação passou por adequado vazio sanitário e as condições de

39

manejo diárias estavam de acordo com as normas de biosseguridade. Com isso, os

antimicrobianos presentes no núcleo possivelmente foram suficientes para manter o

equilíbrio da microbiota intestinal.

A própolis (fitoterápico), os probióticos, os simbióticos e os ácidos orgânicos

são classificados como aditivos melhoradores de desempenho (MAPA, 2004) e é

notório como esses aditivos não conseguem expressar resultados positivos em virtude

da falta de desafio sanitário em estudos com aves, em diferentes variáveis

experimentais (OTOTUMI et al., 2009; SILVA et al., 2012; BUENO et al., 2012;

BASTOS-LEITE et al., 2016). Pois, boas condições profiláticas para a criação de

animais e um mínimo de estresse (que normalmente está associado a fatores

nutricionais, ambientais ou comportamentais), não apresentam aumento de bactérias

suficiente para causar desequilíbrio na saúde intestinal (FUKAYAMA et al., 2005) e

refletir no desempenho e/ou características de carcaça e órgãos.

Outro ponto a ser avaliado, é a quantidade que foi incorporada à ração. Pois,

como o resíduo é produto da extração dos compostos biologicamente ativos da

própolis bruta (STRADIOTTI et al., 2004), o mesmo pode apresentar concentração de

substâncias, como flavonoides e compostos fenólicos, insuficientes para promover

resultado positivo nas características avaliadas das codornas, cujo consumo do

resíduo seja de apenas 1% na dieta total.

Todavia, o resíduo de extrato de própolis vermelha tem bastante potencial para

ser usado como aditivo fitoterápico na alimentação de aves, pois a própolis vermelha

possui compostos biologicamente ativos (vestitol e neovestitol e biochanin A,

liquiritigenina, formononetina e medicarpina) nunca antes encontrados em outro tipo

de própolis. Além disso, como pode ser observado nesse experimento, a inclusão do

resíduo na dieta das codornas não causou nenhum efeito negativo para as variáveis

estudadas e poderia ser avaliado em diferentes concentrações e com dietas isentas

de antimicrobianos sintéticos.

40

5 CONCLUSÃO

A adição de 1% do resíduo do extrato etanólico de própolis vermelha em dietas

para codornas na fase de cria e recria (1 a 35 dias de idade) não interfere no

desempenho zootécnico e rendimento de carcaça e órgãos.

41

REFERÊNCIAS

ABDEL-KAREEM, A. A. A.; EL-SHEIKH, T. M. Impact of supplementing diets with propolis on productive performance, egg quality traits and some haematological variables of laying hens. Journal of Animal Physiology and Animal Nutrition, v. 101, p. 441-448, 2015. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26614568. Acesso em: 10 jan. 2019. ABDEL–MOHSEIN, H. S.; MAHMOUD, M. A. M.; MAHMOUD, U. T. Influence of propolis on intestinal microflora of ross broilers exposed to hot environment. Advances in Animal and Veterinary Sciences, v. 2, n. 4, p. 204 – 211, 2014. Disponível em: https://www.researchgate.net/profile/Usama_Mahmoud/publication/265552656_Influence_of_Propolis_on_Intestinal_Microflora_of_Ross_Broilers_Exposed_to_Hot_Environment/links/54184abd0cf2218008bf340c/Influence-of-Propolis-on-Intestinal-Microflora-of-Ross-Broilers-Exposed-to-Hot-Environment.pdf. Acesso em: 10 jan. 2019. ALBINO, L. F. T.; BARRETO, S. L. T. Codornas: criação de codornas para produção de ovos e carne. Viçosa, MG: Aprenda Fácil, 2003. 268p. ALENCAR, S. M. et al. Chemical composition and biological activity of a new type of Brazilian propolis: red própolis. Journal of Ethnopharmacology, p. 1-6, 2007. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17656055. Acesso em: 10 jan. 2019. BARACHO, F. A. O. Própolis vermelha de alagoas como alternativa à monensina em dietas de ovinos em crescimento. 2016. 42p. Dissertação (Mestrado em Ciência Agrárias) – Universidade Federal de Alagoas, Rio Largo, 2016. Disponível em: http://www.ufal.edu.br/unidadeacademica/ceca/pt-br/pos-graduacao/zootecnia/dissertacoes/flavio-baracho. Acesso em: 05 ago. 2019. BARRETO, S. L. T. et al. Efeitos de níveis nutricionais de energia sobre o desempenho e a qualidade de ovos de codornas europeias na fase inicial de postura. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 36, n. 1, p. 86-93, 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-35982007000100011&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em: 10 jan. 2019. BASTOS-LEITE, S. C. et al. Ácidos orgânicos e óleos essenciais sobre o desempenho, biometria de órgãos digestivos e reprodutivos de frangas de reposição. Acta Veterinaria Brasilica, v. 10, n. 3, p. 201-207, 2016. Disponível em: https://www.bvs-vet.org.br/vetindex/periodicos/acta-veterinaria-brasilica/10-(2016)-3/acidos-organicos-e-oleos-essenciais-sobre-o-desempenho-biometria-de-or/. Acesso em: 10 jan. 2019. BATISTA, L. L. V. et al. Estudo comparativo do uso tópico de própolis verde e vermelha na reparação de feridas em ratos. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, v. 39, n. 6, p. 515-520, 2012. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-69912012000600012. Acesso em: 10 jan. 2019.

42

BEDFORD, M. R. Mechanism of action and potential environmental benefits from the use of feed enzymes. Animal Feed science Technology, Amsterdam, v. 53, n. 2, p. 145-155, 1995. BEECHER, G. R. Overview of dietary flavonoids: nomenclature, occurrence and Intake. The Journal of Nutrition, p. 3248– 3254, 2003. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/14519822. Acesso em: 10 jan. 2019. BELLONI, M. et al. Morfometria intestinal de poedeiras suplementadas com própolis. Revista Agrarian, v. 5, n. 16, p. 174-180, 2012. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/258406068_Morfometria_intestinal_de_poedeiras_suplementadas_com_propolis. Acesso em: 11 jan. 2019. BELLONI, M. et al. Productive, Qualitative, and Physiological Aspects of Layer Hens Fed with Propolis. Brazilian Journal of Poultry Science, v. 17, n. 4, p. 467-472, 2015. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbca/v17n4/1516-635X-rbca-17-04-00467.pdf. Acesso em: 11 jan. 2019. BIAVATTI, M. W. et al. Preliminary studies of alternative feed additives for broilers: Alternanthera brasiliana extract, propolis extract and linseed oil. Revista Brasileira de Ciência Avícola, v. 5, n. 2, p. 147-151, 2003. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-635X2003000200009&script=sci_abstract. Acesso em: 11 jan. 2019. BISPO JÚNIOR, W. et al. Atividade antimicrobiana de frações da própolis vermelha de Alagoas, Brasil. Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, v. 33, n. 1, p. 03-10, 2012. Disponível em: http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/seminabio/article/view/4589. Acesso em: 11 jan. 2019. BUENO, R. et al. Efeito da influência de probiótico sobre a morfologia intestinal de codornas japonesas. Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science, v. 49, n. 2, p. 111-115, 2012. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/bjvras/article/view/40266. Acesso em: 12 jan. 2019. BUENO-SILVA, B. et al. Anti-inflammatory and antimicrobial evaluation of neovestitol and vestitol isolated from Brazilian red propolis. Journal of agricultural and food chemistry, v. 61, n. 19, p. 4546-4550, 2013a. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23607483. Acesso em: 12 jan. 2019. BUENO-SILVA, B. et al. Effect of neovestitol-vestitol containing Brazilian red propolis on biofilm accumulation in vitro and dental caries development in vivo. Biofouling, v. 29, n. 10, p. 1233-1242, 2013b. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24099330. Acesso em: 12 jan. 2019. BUENO-SILVA, B. et al. Main pathways of action of Brazilian red propolis on the modulation of neutrophils migration in the inflammatory process. Phytomedicine, v. 23, p. 1583-1590, 2016. Disponível em:

43

https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0944711316301660. Acesso em: 12 jan. 2019. BURIOL, L. et al. Composição química e atividade biológica de extrato oleoso de própolis: uma alternativa ao extrato etanólico. Química Nova, v. 32, n. 2, p. 296-302, 2009. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-40422009000200006&script=sci_abstract&tlng=es. Acesso em: 12 jan. 2019. CABRAL, I. S. R. et al. Composição fenólica, atividade antibacteriana e antioxidante da própolis vermelha brasileira. Química Nova, v. 32, n. 6, p. 1523-1527, 2009. Disponível em: http://quimicanova.sbq.org.br/detalhe_artigo.asp?id=583. Acesso em: 12 jan. 2019. ÇETIN, E. et al. Effects of diets containing different concentrations of própolis on hematological and immunological variables in laying hens. Poultry Science, v. 89, p.1703–1708, 2010. Disponível em: https://academic.oup.com/ps/article/89/8/1703/1564234. Acesso em: 13 jan. 2019. DANTAS, A. P. et al The effect of Bulgarian propolis against Trypanosoma cruzi and during its interaction with host cells. Memorias do Instituto Oswaldo Cruz, v. 101, p. 207-211, 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0074-02762006000200013. Acesso em: 13 jan. 2019. DAUGSCH, A. et al. Própolis Vermelha e sua origem botânica. Apacame, n. 89, 2006. Disponível em: https://www.apacame.org.br/mensagemdoce/89/artigo.htm. Acesso em: 13 jan. 2019. DUARTE, C. R. A. et al. Intestinal morphology and activity of digestive enzymes in broilers fed crude própolis. Canadian Journal Of Animal Science, v. 94, p. 105-114, 2014. Disponível em: https://www.nrcresearchpress.com/doi/full/10.4141/cjas2013-059. Acesso em: 20 jul. 2019. FLAMBÓ, D. F. A. L. P. Atividades biológicas dos flavonoides: ctividade antimicrobiana. 2013. 31p. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) – Universidade Fernando Pessoa, Porto, 2013. Disponível em: https://bdigital.ufp.pt/handle/10284/3672. Acesso em: 13 jan. 2019. FONSECA, R. S. Comportamento ingestivo de ovinos alimentados com própolis vermelha. 2017. 34p. Dissertação (Mestrado em Ciências Agrárias) – Universidade Federal de Alagoas, Rio largo, 2017. Disponível em: http://www.ufal.edu.br/unidadeacademica/ceca/pt-br/pos-graduacao/zootecnia/dissertacoes/rodrigo-souza-fonseca. Acesso em: 13 jan. 2019. FRANCHIN, M. et al. Neovestitol, an isoflavonoid isolated from Brazilian red propolis, reduces acute and chronic inflammation: involvement of nitric oxide and IL-6. Scientific Reports, v. 6, n. 1, p. 1-12, 2016. Disponível em: https://www.nature.com/articles/srep36401. Acesso em: 14 jan. 2019.

44

FREITAS, J. A. et al. The effects of propolis on antibody production by laying hens. Poultry Science, v. 90, p.1227–1233, 2011. Disponível em: https://academic.oup.com/ps/article/90/6/1227/1583525. Acesso em: 14 jan. 2019. FROZZA, C. D. S. et al. Chemical characterization, antioxidant and cytotoxic activities of Brazilian red propolis. Food and Chemical Toxicology, v. 52, p. 137-142, 2013. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23174518. Acesso em: 14 jan. 2019. FUKAYAMA, E. H. et al. Extrato de orégano como aditivo em rações para frangos de corte. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 34, n. 6, p. 2316-2326, 2005. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbz/v34n6s0/a18v3460.pdf. Acesso em: 14 jan. 2019. GHISALBERTI, E. L. Propolis: a review. Bee World, v. 60, p. 59-84, 1979. Disponível em: https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/0005772X.1979.11097738. Acesso em: 14 jan. 2019. GOLIOMYTIS, M. et al. The effects of quercetin dietary supplementation on broiler growth performance, meat quality, and oxidative stability. Poultry Science, v. 93, p. 1957–1962, 2014. Disponível em: http://citeseerx.ist.psu.edu/viewdoc/download?doi=10.1.1.866.4999&rep=rep1&type=pdf. Acesso em: 14 jan. 2019. GONG, J. et al. 16S rRNA gene-based analysis of mucosa-associated bacterial community and phylogeny in the chicken gastrointestinal tracts:from crops to ceca. FEMS Microbiological Ecology, v. 59, p. 147–157, 2007. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17233749. Acesso em: 14 jan. 2019. GÓRECKA, A. K. et al. Structure and antioxidant activity of polyphenols derived from propolis. Molecules, v. 19, n. 1, p. 78-101, 2014. Disponível em: https://www.mdpi.com/1420-3049/19/1/78. Acesso em: 14 jan. 2019. HAŠČÍK, P. et al. The influence of propolis as supplement diet on broiler meat growth performance, carcass body weight, chemical composition and lipid oxidation stability. Acta Universitatis Agriculturae et Silviculturae Mendelianae Brunensis, v. 63, n. 2, p. 411-418, 2015. Disponível em: https://acta.mendelu.cz/63/2/0411/references/. Acesso em: 20 jul. 2019. HASSAN, R. I. M.; MOSAAD, G. M. M.; EL-WAHAB, H. Y. A. Effect of feeding propolis on growth performance of broilers. Journal of Advanced Veterinary Research, v. 8, n. 3, p. 66-72, 2018. Disponível em: https://advetresearch.com/index.php/AVR/article/download/308/269/. Acesso em: 21 jul. 2019. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2014. Produção da Pecuária Municipal 2014 - 2017. Disponível em: http://www.ibge.gov.br. Acesso em: 19 dez. 2018.

45

KACÁNIOVÁ, M. et al. In vitro and in vivo antimicrobial activity of propolis on the microbiota from gastrointestinal tract of chickens. Journal of Environmental Science and Health, v. 47, p. 1665-1671, 2012. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/227161856_In_vitro_and_In_vivo_antimicrobial_activity_of_propolis_on_the_microbiota_from_gastrointestinal_tract_of_chickens. Acesso em: 22 jul. 2019. KUJUMGIEV, A. et al. Antibacterial, antifungal and antiviral activity of propolis of different geographic origin. Journal Ethnopharmacol, v. 64, p. 235-240, 1999. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10363838. Acesso em: 15 jan. 2019. LA NITA, A. N. et al. Citrus flavonoids repress the mRNA for stearoyl-CoA desaturase, a key enzyme in lipid synthesis and obesity control, in rat primary hepatocytes. Lipids in Health and Disease, v. 10, p. 10–36, 2011. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3056818/. Acesso em: 22 jul. 2019. LOPEZ, B. G. C. et al. Antimicrobial and cytotoxic activity of red propolis: na alert for its safe use. Journal of Applied Microbiology, v. 119, p. 677-687, 2015. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26086953. Acesso em: 15 jan. 2019. LÓPEZ, B. G. et al. Phytochemical markers of different types of red propolis. Food Chemistry, v. 146, p. 174-80, 2014. Disponível em: http://www.ask-force.org/web/Bees/Lopez-Phytochemical-Markers-Propolis-2014.pdf. Acesso em: 15 jan. 2019. LOTTI, C. et al Chemical constituents of red Mexican propolis. Journal of Agricultural and Food Chemistry, v. 58, n. 4, p. 2209-2213, 2010. Disponível em: https://pubs.acs.org/doi/abs/10.1021/jf100070w. Acesso em: 15 jan. 2019. LOTTI, C. et al. Inhibition of Saccharomyces cerevisiae Pdr5p by a natural compound extracted from Brazilian red propolis. Brazilian Journal of Pharmacognosy, v. 21, p. 901-907, 2011. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-695X2011005000142&script=sci_abstract. Acesso em: 15 jan. 2019. MANN, J. Secondary metabolism. Oxford: Clarendon Press, 1987. 374p. MAPA. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa 13/2004: Regulamento técnico sobre aditivos para produtos destinados à alimentação animal. 2004. Disponível em: http://sistemasweb.agricultura.gov.br/sislegis/action/detalhaAto.do?method=visualizarAtoPortalMapa&chave=133040692. Acesso em: 22 jul. 2019. MARQUES, R. H. et al. Inclusão da camomila no desempenho, comportamento e estresse em codornas durante a fase de recria. Ciência Rural, v. 40, n. 2, p. 415-420, 2010. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0103-84782010000200025&lng=en&nrm=iso&tlng=pt. Acesso em: 15 jan. 2019.

46

MELLO, B. C. B. S.; PETRUS, J. C. C.; HUBINGER, M. D. Concentration of flavonoids and phenolic compounds in aqueous and ethanolic propolis extracts through nanofiltration. Journal of Food Engineering, v. 96, p. 533-539, 2010. Disponível em: https://www.cabdirect.org/cabdirect/abstract/20093361382. Acesso em: 16 jan. 2019. MENDONÇA, I. C. G. et al. Brazilian red propolis: phytochemical screening, antioxidant activity and effect against cancer cells. BMC Complementary and Alternative Medicine, v. 15, n. 357, p. 1-12, 2015. Disponível em: http://repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/18920/1/2015_art_icgmendon%C3%A7a.pdf. Acesso em: 16 jan. 2019. MENEZES, H. Própolis: uma revisão dos recentes estudos de suas propriedades farmacológicas. Arquivos do Instituto Biológico, v. 72, n. 3, p. 405-411, 2005. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_nlinks&ref=000106&pid=S1516-0572201400020000100014&lng=pt. Acesso em: 16 jan. 2019. NIJVELDT, R. J. et al. Flavonoids: a review of probable mechanisms of action and potential applications. American Journal of Clinical Nutrition, v. 74, p. 418 – 425, 2001. Disponível em: https://pdfs.semanticscholar.org/b765/3a1472f7ee1f7712bfb484a73099cfed51ee.pdf. Acesso em: 16 jan. 2019. NUNES, C. F. Atividade virucida de um extrato etanólico de própolis verde contra o vírus da doença de Newcastle. 2011. 82p. Dissertação (Mestrado em Sanidade Animal) - Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2011. Disponível em: http://repositorio.ufpel.edu.br:8080/bitstream/123456789/2567/1/dissertacao_cristina_nunes.pdf. Acesso em: 16 jan. 2019. NUNES, I. J. Nutrição animal básica. 2. ed. Belo Horizonte: FEP-MVZ, 1995. 388p. OLDONI, T. L. C. et al. Isolation and analysis of bioactive isoflavonoids and chalcone from a new type of Brazilian propolis, Separation and Purification Technology, v. 77, p. 208-213, 2011. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_nlinks&ref=000123&pid=S0101-2061201300040002700025&lng=pt. Acesso em: 17 jan. 2019. OLIVEIRA, L. Q. M. Parâmetros produtivos e níveis nutricionais de cálcio para codorna europeia na fase de postura. 2003. 55p. Dissertação (Mestrado em Ciências Agrárias) - Universidade de Brasília, Brasília, 2003. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-35982007000100011. Acesso em: 17 jan. 2019. OTUTUMI, L. K. et al. Efeito do probiótico sobre o desempenho, rendimento de carcaça e exigências nutricionais de proteína bruta de codornas de corte. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 38, n. 2, p. 299-306, 2009. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1516-35982009000200012&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 23 jul. 2019.

47

OZKOK, D.; ISCAN, K. M.; SILICI, S. Effects of dietary propolis supplementation on performance and egg quality in laying hens. Journal of Animal and Veterinary Advances, v. 12, p. 269-275, 2013. Disponível em: https://medwelljournals.com/abstract/?doi=javaa.2013.269.275. Acesso em: 17 jan. 2019. PARK, Y. K. et al. Evaluation of Brazilian propolis by both physicochemical methods and biological activity. Honeybee Science, v. 21, n. 2, p. 85-90, 2000. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_nlinks&ref=000068&pid=S0103-8478200200060001300012&lng=pt. Acesso em: 17 jan. 2019. PASTORE, S. M.; OLIVEIRA, W. P.; MUNIZ, J. C. L. Panorama da coturnicultura no Brasil. Revista Eletrônica Nutritime, v. 9, n. 6, p. 2041–2049, 2012. Disponível em: http://www.nutritime.com.br/arquivos_internos/artigos/180%20-Panorama%20da%20coturnicultura_.pdf . Acesso em: 17 jan. 2019. PESSÔA, G. B. S. et al. Novos conceitos em nutrição de aves. Revista Brasileira de Saúde e Produção Animal, v. 13, n. 3, p. 755-774, 2012. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbspa/v13n3/15.pdf. Acesso em: 23 jul. 2019. PETROLLI, T. G. et al. Utilização do resíduo do extrato de própolis verde como promotor de crescimento para frangos de corte. Enciclopédia biosfera, v. 10, n. 19, p. 1859-1868, 2014. Disponível em: http://www.conhecer.org.br/enciclop/2014b/AGRARIAS/utilizacao%20do%20residuo.pdf. Acesso em: 18 jan. 2019. PETRUŠKA, P. et al. Effect of propolis in chicken diet on selected parameters of mineral profile. Journal of Microbiology, Biotechnology and Food Sciences, v. 1, n. 4, p. 593-600, 2012. Disponível em: https://pdfs.semanticscholar.org/954d/eaacb8a7bdea180caa553444bb40108b0e20.pdf. Acesso em: 18 jan. 2019. PICCINELLI, A. L. et al. Cuban and Brazilian red propolis: botanical origin and comparative analysis by highperformance liquid chromatography-photodiode array detection/electrospray ionization tandem mass spectrometry. Journal of Agricultural and Food Chemistry, v. 59, n. 12, p. 6484-6491, 2011. Disponível em: https://pubs.acs.org/doi/abs/10.1021/jf201280z. Acesso em: 18 jan. 2019. PINTO, M. S. et al. Efeito de extratos de própolis verde sobre bactérias patogênicas isoladas do leite de vacas com mastite. Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science, v. 38, n. 6, p. 278-283, 2001. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-95962001000600006&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em: 18 jan. 2019. PINTO, R. et al. Níveis de proteína e energia para codornas japonesas em postura. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 31, n. 4, p. 1761-1770, 2002. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbz/v31n4/13738.pdf. Acesso em: 18 jan. 2019. PIPPI, B. et al. In vitro evaluation of the acquisition of resistance, antifungal activity and synergism of Brazilian red propolis with antifungal drugs on Candida spp.

48

Journal of Applied Microbiology, v. 118, p. 839-850, 2015. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25565139. Acesso em: 18 jan. 2019. PONTES, M. L. C. et al. Chemical characterization and pharmacological action of Brazilian red propolis. Acta Brasiliensis, v. 1, n. 1, p. 34-39, 2018. Disponível em: http://revistas.ufcg.edu.br/ActaBra/index.php/actabra/article/download/68/36/. Acesso em: 18 jan. 2019. ROSTAGNO, H.S. et al. Tabelas brasileiras para aves e suínos: composição de alimentos e exigências nutricionais. 4. ed., Viçosa, MG: Universidade Federal de Viçosa, 2017, 488p. SAKOMURA, N. K.; ROSTAGNO, H. S. Métodos de pesquisa em nutrição de monogástricos. 2. ed. Jaboticabal, SP: Funep, 2016. 262p. SANDHAR, H. K. et al. A Review of phytochemistry and pharmacology of flavonoids. Internationale Pharmaceutica Sciencia, v. 1, n. 1, p. 25 – 41, 2011. Disponível em: https://www.researchgate.net/profile/Bhavesh_Tiwari2/post/What_compound_is_responsible_for_the_antipyretic_or_analgesic_activites_in_medicinal_plants/attachment/59d61dcf79197b807797a130/AS%3A273558134034442%401442232749917/download/FLAVONOIDS+ANALGESIC+AGENT.pdf. Acesso em: 18 jan. 2019. SANTOS, A. V. et al. Valor nutritivo do resíduo de própolis para frangos de corte. Ciência e Agrotecnologia, v. 27, n. 5, p. 1152-1159, 2003. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-70542003000500025&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em: 19 jan. 2019. SEVEN, T. P. et al. The eff ects of Turkish propolis on growth and carcass characteristics in broilers under heat stress. Animal Feed Science and Technology, v. 146, p. 137–148, 2008. Disponível em: https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09712119.2008.9706970. Acesso em: 25 jul. 2019. SILVA, A. F. et al. Coturnicultura como alternativa para aumento de renda do pequeno produtor. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, v. 70, n. 3, p. 913-920, 2018. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/abmvz/v70n3/0102-0935-abmvz-70-03-00913.pdf. Acesso em: 19 jan. 2019. SILVA, B. B. et al. Chemical composition and botanical origin of red propolis, a new type of Brazilian propolis. Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine, v. 5, n. 3, p. 313–316, 2008. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2529384/. Acesso em: 19 jan. 2019. SILVA, C. R.; PINHEIRO, A. L. B. C. Utilização de probióticos como melhoradores de desempenho em aves. Revista Eletrônica Nutritime, v. 5, n. 6, p. 690-706, 2008. Disponível em: https://www.nutritime.com.br/arquivos_internos/artigos/061V5N4P599_606_JUL2008_.pdf. Acesso em: 19 jan. 2019.

49

SILVA, J. D. T. et al. Simbiótico e extratos naturais na dieta de codornas japonesas na fase de postura. Ciência Animal Brasileira, v. 13, n. 1, p. 1-7, 2012. Disponível em: https://www.revistas.ufg.br/vet/article/view/5547/10547. Acesso em: 19 jan. 2019. SOEIRO, M. N. C. et al. Experimental chemotherapy for Chagas disease: 15 years of research contributions from in vivo and in vitro studies. Memorias do Instituto Oswaldo Cruz, v. 104, p. 301-310, 2009. Disponível em: https://memorias.ioc.fiocruz.br/article/1096/experimental-chemotherapy-for-chagas-disease-15-years-of-research-contributions-from-in-vivo-and-in-vitro-studies. Acesso em: 20 jan. 2019. SOUZA, N. S. Determinação do perfil de compostos fenólicos na própolis vermelha de Alagoas usando técnicas de fingerprinting (impressão digital) com LC-Orbitrap-FTMS e o software MZmine. 2014. 144p. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) – Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 2014. Disponível em: http://www.repositorio.ufal.br/bitstream/riufal/1517/4/Determina%C3%A7%C3%A3o%20do%20perfil%20de%20compostos%20fen%C3%B3licos%20na%20pr%C3%B3polis%20vermelha%20de%20Alagoas%20usando%20t%C3%A9cnicas%20de%20fingerprinting....pdf. Acesso em: 20 jan. 2019. STRADIOTTI, D. J. et al. Ação da própolis sobre a desaminação de aminoácidos e a fermentação ruminal. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 33, n. 4, p. 1086-1092, 2004. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbz/v33n4/22105.pdf. Acesso em: 20 jan. 2019. TAPAS, A. R.; SAKARKAR, D. M.; KAKDE, R. B. Flavonoids as nutraceuticals: a review. Tropical Journal of Pharmaceutical Research, v. 7, n. 3, p. 1089 – 1099, 2008. Disponível em: http://www.bioline.org.br/pdf?pr08030. Acesso em: 20 jan. 2019. TEKELI, A.; KUTLU, H. R.; CELIK, L. Effects of Z. officinale and propolis extracts on the performance, carcass and some blood parameters of broiler chicks. Current Research in Poultry Science, v.1, n. 1, p. 12-23, 2011. Disponível em: https://scialert.net/fulltextmobile/?doi=crpsaj.2011.12.23. Acesso em: 25 jul. 2019. TORRES, E. A. F. S. et al. Composição centesimal e valor calórico de alimentos de origem animal. Ciência e Tecnologia de Alimentos, v. 20, n. 2, 2000. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-20612000000200003&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em: 20 jan. 2019. TRUSHEVA, B. et al. Bioactive constituents of brazilian red própolis. Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine, v. 3, n. 2, p. 249–254, 2006. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/6998077_Bioactive_Constituents_of_Brazilian_Red_Propolis. Acesso em: 20 jan. 2019. UMIGI, R. T. et al. Níveis de treonina digestível em dietas para codorna japonesa em postura. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 36, n. 6, p. 1868-1874, 2007.

50

Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-35982007000800021&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em: 20 jan. 2019. VALERO, M. V. et al. Propolis extract in the diet of crossbred (½ Angus vs. ½ Nellore) bulls finished in feedlot: animal performance, feed efficiency and carcass characteristics. Semina: Ciências Agrárias, v. 36, n. 2, p. 1067-1078, 2015. Disponível em: http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/semagrarias/article/download/16079/16169. Acesso em: 21 jan. 2019. VIVEROS, A. et al. Effects of dietary polyphenol-rich grape products on intestinal microflora and gut morphology in broiler chicks. Poultry Science, v. 90, p. 566-578, 2011. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/49839891_Effects_of_dietary_polyphenol-rich_grape_products_on_intestinal_microflora_and_gut_morphology_in_broiler_chicks. Acesso em: 21 jan. 2019. XIE, Y. et al. Antibacterial activities of flavonoids: structure-activity relationship and mechanism. Current Medicinal Chemistry, v. 22, n. 1, p. 132-149, 2015. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/266029486_Antibacterial_Activities_of_Flavonoids_Structure-Activity_Relationship_and_Mechanism. Acesso em: 21 jan. 2019. YANG, C. S. et al. Inhibition of carcinogenesis by dietary polyphenolic compounds. Annual Review of Nutrition, v. 21, p. 381 – 406, 2001. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11375442. Acesso em: 21 jan. 2019. ZEWEIL, H. S. et al. Effect of using bee propolis as natural supplement on productive and physiological performance of japanese quail. Egyptian Poultry Science Journal, v. 36, n. 1, p. 161-175, 2016. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/312213895_EFFECT_OF_USING_BEE_PROPOLIS_AS_NATURAL_SUPPLEMENT_ON_PRODUCTIVE_AND_PHYSIOLOGICAL_PERFORMANCE_OF_JAPANESE_QUAIL. Acesso em: 21 jan. 2019.