UDN e PSD articulam fortalecimento de Castelo

TEMPO -— bom, oom nebu-losidnde variável. Revoaseca, TEMPERATURA —CMtávrl. VENTOS -- .*ttí_-vek, fracos. MÁXIMA —¦31.2. MÍNIMA — 17.D.(Mais detalhe* nu AgendaJB, pá,. 13)

JORNAL DORio de Janeiro — Sábado, 29 de agosto de 1964

BRASILAno LXXIV — N.° 204

Hoje temCaderno deAutomóveis

UDN e PSD articulam fortalecimento de CasteloS. A. JORNAL DO BRASIL

End.Tel.JORURASIL —Av. Rio lirttnco, 110/112

(GR) - Tel. RedeInterna 22-1B18. Sucursais:Rua Barão tie ltapeflninga,151 — conj. 21/22 (SP) —Tel. 02*8703. Av. W-3, Qua-dra 1(>, cl 82 (Brasília),Tel, 2-81166. Rita dos Ta-motos, 200, 22.° nnd. — Tel.2.51118 (ü. Horizonte) —Correspondentes: P. Ale*grc, Curitiba. Salvador, Re-cifc, Natal, Estado do Rio,Washington, Nova Iorque,Paris. PREÇOS — VENDAAVULSA: Est. da Güana*hara e Estado do Rio:Vias úteis, CrS 50,00 —Domingos, Cr$ 100,00. De-mais Estados da Federa-rão: Dias úteis, Cr$ 100,00~ Domingos. Crf 200,00.Entrega domiciliar: Ano

Cr$ 12 500.00; Semes-tre — CrS 6 500,00; Tri-mestre — CrS 3 500,00;Mês — CrS 1 300,00. Assina-tura Postal: Ano — Cr$8000,00. Sem. CrS 4 000,00

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PffÇEU-SE • uma-.carteirâTããCREA n.o 1 482. 3.» Região í_Entregar na Av. Salvador de&li„-!-_Est- da-Guanabara,PERDEU-SE "no

lra"ièt"o~d"eRamos a Bonsucesso, o livrode Registro dc Pagamentopor Vertoa n. 1, da firma Ci-pel Industria de Pecas Ltdaestabelecida na Rua TeixeiraRibeiro n. 80. fundos, emBonsucesso. Favor devoH-erno enderço acima, trratlíi-ca-st.PERDEU-SE, na Rua da Qui-landa ou imediações, recibo.?.', !1Só.na Importância deiCr* 6 600,00 emitido por Bel-tra S. a. em favor de Dario'-Matos Pimentel. Solicita-seentregar na Av. Rio Branco109, grupo 903, ou avisar te-lefone 42-0334.

O SAMBA DE LUTO

perdeu-se a placa-,traseiran. 7-9oa7-GB GratiIlca-.--e aquem devolver. Tel. 2701 — ICaxias, !¦PERDEU-SE — -A carteira:doEngenheiro C.R..E.A. 10011-D]~ Pode-se a quem encontrou.devolver í portaria deste IJornal, som o n.o 02602.

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Saltrueiro < horou Calça Larga como o povo costuma chorar seus mais legítimos representantes

Todo mundo/manda noVietname

Uma comissão de unifi-cação, constituída de re-presentantes budistas, ca-tólicos e estudantes, alémdos três generais, que In-tegravam o triunvirato —Nguyen Khan, DuongVan Minh e Tran ThienKhien — foi formada on-tem para atender aos pro-testos dos estudantes, queexigem a volta do país ànormalidade com um go-vérno civil.

O Governo íechou on-tem tôdas as escolas deSaigon, apôs uma série demanifestações estudantis,em que morreram trêspessoas, e organizou umacomissão de três coronéisdo Exército, Incumbidosde assegurar a ordem e atranqüilidade em Saigon.(Página 2)

Aumento chcarne saiu

Vno varejaA SUNAB íixou, ontem,

pela tabela rígida, os novospreços da carne bovina, novarejo, para a Guanabara.S. Paulo e Estado do Rio:íilé micjnon, Cr$ 1200; filésem aba, CrS 800: chã-de-dentro, coxão mole, lagar-to duro, patinho e alcatra,CrS 750; pá, Cr$. 550; acém,peito, músculo, capa de filee aba de- alcatra, Crs 500 ecostela ou agulha, Cr$ 300.

Em outras determinações.o órgão tabelou a CrS 40 oquilo do sebo e a CrS 80 oquilo do osso, mandando,ainda, que a carne sejamoida na hora e no balcão.Todos os produtos deriva-dos e industrializados terãoque exibir em sua embala-gem, obrigatoriamente, opreço e a data dos respectl-vos lotes postos à venda novarejo. (Página 13)

"Calça Larga"pede samba"aoíBaorrer

Depois de cantar o sambamais animado de sua vida,num ensaio da Escola do«Salgueiro, que êle ajudou afundar, o compositor CalçaLarga morreu, ontem, aos53 anos, despedindo-se dosamigos com um pedido paraque os tamborins não silen-ciem por èle e que não seesqueçam do baile da vito-ria, que organizou para odia 5.

Com a morte de CalçaLarsa, que faz samba desdemenino, a Cidade perde unide seus tipos populares, os.sambistas o seu professor eas cabrochas, que choraramdurante o velório, um con-selheiro que consideravamcomo a um pai. Apesar dasrecomendações, os amigosde Calça Larga interrompe-ram a batucada no Salguei-ro e viveram uma quarta-feira de cinzas, a seis mesesdo carnaval. (Pág. 13)

Governoquer baixaros impostos

O projeto de ReformaTributária que o Governoenviará ao Congresso até odia 15 de setembro, englo-bando cinco itens princi-pais — Imposto de Consu-mo, Imposto do Selo, Taxade Serviços Federais, Códigode Processo Tributário e Leide Isenções Aduaneiras —não apresenta qualquer ca-racterística destinada a pro-mover aumento de impostos,mas uma tendência a dimi-nuir alguns deles com a ra-cionalização do sistema tri-butárlo.

Juntamente com a Refor-ma Tributária, deverá serenviada ao Congresso a novaLei Orgânica do Ministérioda Fazenda, que, entre ou-trás coisas, prevê a criaçãoda Empresa Federal de Pro-cessamento de Dados, com asigla de CONTASA, destina-da a promover a automaçãodos serviços de contabilida-de. (Pág. 10)

Costa e Sdva insinua àCâmara cassação deDoutel

O Ministro da Guerra, General Ar-

tur da Costa e Silva, afirmou ontem

para o JORNAL DO BRASIL que "se oCongresso Nacional quiser limpar-se, po-dera cassar o mandato do Deputado

Doutel de Andrade", mas desmentiu quehaja qualquer movimento no seio do

Governo nesse sentido.

O General Artur da Costa e Silva

afirmou que o mandato do Deputado

Doutel de Andrade deveria ter sido cas-

sado, no devido tempo, polo PresidenteCastelo Branco, informando haverenviado, ao Conselho de Segurança Na-cional, um processo a respeito, mas não

soube dizer por que o mandato do liderdo PTB não íoi cassado.

O Ministro da Marinha, AlmiranteErnesto Batista, afirmou ontem, emnota distribuída à imprensa, que "a nor-malização da vida politica brasileira temsido maliciosamente perturbada por de-magogos como João Goulart, que visama manipular em proveito próprio o po-der político e o poder econômico".

Afirmou o Ministro Ernesto Batistaque "o comentário, critica, digna oposi-ção politica são aceitos e são de dese-jar, mas tentativas de sabotagem e desubversão trazem outra marca, que nãoserão toleradas". (Pág. 3)

IV Exército divulga cartaenvolvendo Mar. Taurino

O Comando do IV Exército divulgouo texto de uma carta do Marechal Es-têvão Taurino de Resende ao seu filhoSérgio, economista da SUDENE, aconse-lhando-o a não se declarar comunista,se fosse preso, e chamando sua atençãopara a inconveniência de — como Pre-sidente do IPM — pressionar os encar-regados dos IPMs no Recife "para quenão desconfiem que tu é que estás ainsistir".

Outro documento, cuja reproduçãofotográfica foi enviada aos jornais, é umoficio reservado, dirigido pelo CoronelEncarregado de um IPM ao Chefe doEstado-Maior do IV Exército, pedindo-lhe que confirme ter, o Marechal, na suapresença, dito que Sérgio de Resende fa-zia parte do Socorro Vermelho. O Ge-

neral Isaac Nahon confirmou e aindachamou para testemunhar o fato o Co-ronel Bandeira, também do Estado-Maior do rv Exército.

No Rio, o Marechal Estêvão Tauri-no classificou as acusações que o envol-"em de "a maior infâmia que recebi emtoda a minha vida" ê prometeu convo-car a imprensa para lazer uma denún-cia grave sobre a situação.

Em Brasília, o Presidente do Supre-mo Tribunal Federal, Ministro Ribeiroda Costa, afirmou que não há nenhumacrise entre os Podêres Judiciário e Exe-cutivo, que funcionam independentes eharmônicamente, como manda a Cons-tituição. Referia-se ao não cumprimen-to da ordem de habeas-corpus concedi-da pelo STF ao filho do Marechal Tau-rino. (Pág. 4).

O PSD está sendoconvocado pela UDNa colaborar de umamaneira mais eieli-va com o GovernoCastelo Branco, afim de iortaJecê-Jo osuficiente para quepossa enircntàr, comvigor e certeza de vi-tória, certas reaçõesno seio das ForçasArmadas, onde a au-loridade do Presi-dente da Repúblicaé s t si condicionada,principalmente de-pois <Io episódio domanifesto do ex-Pre-sidente João Gou-lart, à sua capacida-de tlc coordenação ede comando das cor-rentes políticas civis.

Na medida emfjuc o PresidenteCastelo Branco con-seguir agrupar ospartidos e as lide-ranças civis em tôr-no dos objetivos re-volucionários do seuGoverno, estará íor-taiecido no sen es-

Trânsitomuda hoje naZoM Noite-

Comandados pelo CoronelFontenele, 450 soldados daPolicia Militar e colabora-dores voluntários, 15 carrose 12 motocicletas, iniciarãoás 14 horas de hoje as ma-nobras do novo sistema detrânsito na Zona Norte, queatingirá diretamente a Ti-jucá, Grajaú, Rio Comprido,Andarai, Vila Isabel, SãoCristóvão, Engenho Novo eCidade Nova.

A operação será Iniciadajunto ao portão 18 do Es-tãdio do Maracanã, de ondese desenvolverá, gradativa-mente, até atingir todos osprincipais, bairros: as prin-cipais alterações serão in-versão de mão de direção eadaptação das novas linhasde coletivos. (Página 5)

Políciacerca "Carade Cavalo'55

Duzentos policiais cer-cavam aos primeiros ml-nutos de hoje os Morrosda Mangueira, Babilôniae Esqueleto, à procura dobandido Manuel Moreira,o Cara de Cavalo, assassi-no do detective Milton LeCocq de Oliveira, ontemsepultado no Cemitério doCaju.

Participam das diligèn-cias equipes da Delegaciade Vigilância, dois poli-ciais de cada distrito enumerosos detectives op-tantes amigos de Le Cocq,que se apresentaram comovoluntários para a perse-guição a Cara de Cavalo.Todos os policiais em açãoestão armados com me-tralhadoras. (Pág. 13)

forço de recompora disciplina militar,impondo às diversascorrentes a pre.va-lência dos compro-missos assumidos pc-Ia revolução de 31de março com o re-gime democrático ecom as liberdadespopulares.

Não lendo o PSDobjetivos anli-revo-lücionáriòs a defen-dei*, na linha dc umacomposição com ojangiíismo — eiiten-dem os líderes lide-nistas, q u e tratamde atrair a colabora-ção pessedista — suaposição terá de serao lado do Governo,o que seria, hoje, aúnica maneira de es-tar ao lado do re<n*me, lutando, ai iva-mente, por sua so-brevivêncià e por seu .fortalecimento. (Co-lana do Castello, pá-gina 4)

Decreto dánormas para

O, P r e s i d e n t e CasteloBranco assinou ontem de-creto facultando podêres aoConselho Nacional de' Poli-tica Salarial para modificaros acordos salariais das ca-tegorias dos empregados emtôdas as empresas que man-tenham, direta ou indireta-mente, qualquer vinculo como Governo.

Preparado pelo próprioConselho, o decreto estabe-lece critérios para a apro-vação dos aumentos de sa-lá ri os dos trabalhadoresem empresas concessionâ-rias igás, telefone, energiaelétrica, serviços portuáriose marítimos), subvenciona-das (companhias aéreas,Lóide Brasileiro, Costeira eRede Ferroviária) e de ad-ministração direta do Go-vèrno (Volta Redonda, poiexemplo). (Pág. 9)

í. .

Elisete vaiinterpretar1Vila-LôbosElisete Cardoso será a

solista de Bachiana n.°5,de Vilas-Lòbos, no con-certo que o Maestro Dio-go Pacheco dirigirá nopróximo dia 12, no Tea-tro Municipal de SãoPaulo, depois de passarpelos testes de extensãovocal, nas proporçõesexigidas pela obra" docompositor brasileiro.

O Maestro Diogo Pa-checo disse que a idéiade convidar Elisete paracantar música eruditanão é nova, mas só tevecerteza de que a cantoraseria capaz de adaptar-se ao gênero quando aouviu cantar Canção doAmor Demais e Modi-nha, de Vinícius deMorais. (Página 5)

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.1.° Oad-, Jornal cio Brasil,-..

Sabaflo, ao-B-u.

JiDHNSON PREVÊ CONQUISTA DE 1/3 DOS REPUBLICANOSSegundo a AP, Allendetem fortes fc chances ?de triunfar no Chile

Bob Kennedy aclamado AntiPCaPitaldeHueproclama a cisão

na reunião democrata no Vietname do Sul.Si|iili»8- "lo Chile (AP-JB.

— O candidato dos socialistas_ dos còmuh islãs, Salvador Al-lendo, que concorre pela tercei-rá ve:_ ã Pre.iid_ncia do Chile,t/eni'firmes possibilidades de vi-toi-isv lias eleições do dia, quatrode setembro.

últiii-0 colocado no pleito de1952. perdeu para o atual Pre-.sidente Jorge Alessandrl porapenas 33 mil votos, em 1958.cont; o- ¦ apoio dos socialistas edos. comunistas, mas agora Al-lende conta, ainda, com o apoiode outros três partido,, esquer-diste e das dissidências de ou-tros; que vieram a constituir aFrente de Ação Popular.REVOLUÇÃO

Conquanto sou amigo l?idelCastiço, — a quem visitou porcinco vezes em Havana — te-nha ..chegado oo poder através<ie uma revolução armada, Al-Jentíe. diz que "nossa, revoluçãoganhava sem violência, através

Silenciadaemissoraem Caracas

__i„___ (FP-UPi-JB. — APolicia anunciou haver desço-b-Ttó uma emissora de rádioclandestina, no porão de umatinha de gaios, na localidadede Cabudareu, no Estado cen-irai de Lai-a.

Foram presos um homem eunia' mulher, pertencentes aum partido ilegal. Os aparelhosp.preeíididns valem cerca dc 20mil dólares e operavam com dezquilowatts de potência; cm on-das" curtas c médias, com umaantena de 35 metros hábilnien-1« camuflada em um pinheiro.•..iOLl-NCIA

•-A luta armada é afcualmeh-(e a principal íorma dc açãoíia Venezuela, pais escravizadopflo"imperialismo dos Estado..IJiiifJtts" — afirmou cm Pequimo lider • do Partido Comunistav.Fnézuelauo. Eduardo GalíegosM.;<ncera, em entrevista, divul-Píidá ontem pela agência oficia!Kova, china.'Mancéra salientou, que o seuparüiçltj escolheu defiriitivamen-le ocaminho da violência, sempossibilidades d_ triunfar -üc-n-tro da legalidade, e criticoufortemente o.s Estados Unido:,por apoiarem o Presidente Leo-ni "cm sua cruel c criminosarepressão ao povo da Vcneraiie-Ia"'. Oficiais norte-americanostreinam as torças venezuelanase as dirigem durante as opera-ções contra os guerrilheiros,disse Mancera.

O líder comunista Venezuela-no acrescentou quo dois terçosdos lucros das companhiasnorte-americanas que operamna América Latina provêm daVenezuela e que os norte-americanos se aliaram à oli-t.nrquia latifundiária local,mie representa apenas 1,75%«ia população e possui 15<_ dasi erras cultiváveis do pais.

O.padre Germán González,assessor do Governo na reivhi-dicaçao. venezuelana de 139 milquilômetros quadrados da Guia-na Britânica, qualificou o Pri-meiro-Ministro Cheddi Jugàride mais perigoso do que FidelCastro para a Venezuela, dooutro lado de "uma fronteiralouca e impraticável".

Guerrilhasresistemno Haiti

SâÓ A/ocio. Porto Rico CAP--,B. - Um dos 60 guerrlllieiroshaitianos que desembarcaramom 29 dc junho na costa su-ílestft'-do Haiti saiu deste paispaia., informar que o grupo durebeldes está entrincheiradouns m_ntanl_-.is de La Selle, asudeste ide Porto Príncipe.

O informe do jovem guerri-Uiciro, dado ontem na Capitai[jârto-riquci-ha. contradiz onnúncio do Governo haitiano,Selt» público em princípios dês-ie mês, polo pi-óprio PresidentefSra_lçolS Duvalier. de que osreteeldcs haviam sido captura-d<H oti mortos.

RELATO . "

''Nos não temos nenhum -pro-tilema. real nas montanhas comta forças -governamentais hai-tianas",-.declarou o jovem-guer-rilheiroÂÊlas deixaram as co-Unas c permanecem nos povoa-?.__. E os Ton Ton Macotttesi milícias particulares do dita-Sor haitiano) largam tudo eregem tão logo ouvem dizer quesetamos perto."

As montanhas de La Selle se:f!van.aiu. a sudeste da Capital.'Mútianà,, Porto Príncipe, c sc«tendem pelo leste até a Re->_blt_a. Dominicana, cuja fron-eira está á 80 quilômetros daposição das rebeldes, segundoevelou.o Jovem.Disse, .ainda que éle e ,seus'Onip'a.nhciras estiveram oculto.-

>or diias semanas, em fins deuII.oAfs . iuit-o <ie agosto, semlenhuin.contato com as tropasio Gpvènio tie DuvalUav

Expressou que o grupo iuyíf-or desembarcou próximo cie'.altrou, i a uns 32 quilômetros_ frpntoira dominicana, dan-o morte a um tenente oo>.éroitp haitiano que tcnto.u-Nliii-.?.se_flvãid paia. dar o alar-• ia.. ..--.:¦-. .

Uo uma, vitória constitucionalnas eleições".

O candidato do FRAP elogiasem reservas a revolução cas-para. todas as nações da Ame-rica Latina" e jã disse que farátristo, como sendo "um exemplodo Chile "a segunda repúblicasocialista da América".

Se ganhar esta clçição, Al-lende será o primeiro marxistaa conquistar o governo naAmérica Latina em eleições li-vi*es e legais, O Chile é a na-ção nlals estável e democrática•cia América Latina e desde l.tllnão,sc registra, no pais um gol-pe ou revolta.

Allende prometeu nacionali-zar as propriedades norte-ame-ricimas no Chile, num valoraproximado de dois bilhões dcdólares, incluindo as eompa-ninas Anacpnda e .Kennecoit.que se dedicam à extração décobre o representam a. metadedêsse total. Estas duas firmasproduzem efirça de 90 por centotio cobre do Chile, terceiro pro-dutò- mundial.

SOCIALISTAAllende, que já foi descrito

ironicamente como "o comuhis-la mais elegante dn mundo" eprovem de uma família abas-tuda e de prestigio social, negairadamente que seja um comú-nista.•'Sou soci.alitstã. — afirma cie.— O Partido Comunista e ápe-nas uma das forcas que apoiamminha candidatura. Meu Go-vêrno não será socialista nemcomunista. Será um Governopluripartidário que incluirámarxistas, não marxistas e a.scentenas dc milhares de inde-pendentes que me apoiam."

Allende di/, que, sc fôr eleitoPresidente, fortalecerá imedia-lamente a cambaleante tituii-ção financeira do pais, aumen-tara os ordenados, melhorará osserviços públicos e dará a todosos oito milhões de chilenos ah-mentos, produtos dc consumo,casas e educação barata."Oferecemos o que podemoscumprir; náo promessas que lc-variam anenas a desilusões",declarou éle, embora náo revo-Uif.se onde obterá o dinheiro ne-cc-.-'.sário para financiar o pro-grania. |EXTREMADOS

O.s socialistas dc Allende têm¦uma .posição politica .tão extre-mada que ás vezes é difícil aos-observadores difercneiá-lc<_ dos

. uoniiínisteá mais acirrados, En-,quanto- o Partido Comunistachileno apoia- sòlidainc-nte Mo.-;-'cou na. luta com Pequim, os so-«alistas estão divididos inter-name-nte em grupos pró-soviétl-cos e pró-ehihesès. Allende éconsiderado favorável a Mo..-cou.

Dirigente esquerdista desdeos tempos de estudante, ajudoua criar o Partido Socialista em1933 e foi Ministro da SaúdePública em 1938, no Governodo Presidente Aguirre Cerdá,esquerdista. Foi Deputado edepois Senador durante 22 anose continua sendo o dirigentemáximo do socialismo chileno.

Casado, com três filhas, seupassatempo predileto — alémdás campanhas eleitorais embusca da Presidência — é ve-lejar em seu pequeno barco, na,Praia de Àlgarrobo, perro ú>;Santiago.

Atlantic Oity (QPI-FP-JBl- - Uma, ovíiçáo dc 1G minutosna Convenção Nacional Demo-crata lançou Robert Kennedyom direção a um caminho po-líticò próprio que poderá cul-minar, segundo alguns obser-vadores, na Casa Branca.

Dentro do seu conceito deNova Fronteira, o falecido Pre-sidente Kennedy — a quem sedirigiu, principalmente, a acla-mação dos convencionais de-mocratas — considerava que areligião estava á mercê do co-munisnio e nas próprias raízesdo conflito mundial, segundoum trecho inédito de um dis-curso revelado ontem.

TRIBUTO

A ovação foi consideradapor muitos mais como um tri-buto ao Presidente desapareci-do do que ao próprio Secreta-rio dc Justiça, mas demons-trou que o .sobrenome Kcnne-dy. é uma palavra mágica paramilhões de norte-americanos.Robert Kennedy pediu aos de-legados democratas, na sessãonoturna dc quinta-feira, quedoem a Lyiiclon Johnson e Hu-bcn Humphrey o mesmo apoioque deram ao seu irmão.

Kennedy, cuja presença naConvenção não havia sido mui-lo notada mé então, foi aco-lliitlo com um clamor de aplau-sos quando .subiu ít tribuna pa-ra. apresentar o filme Mil Dias,que relata a carreira político,do Presidente assassinado.

Muito emocionado, RobertKennedy tentou por duas vê-zes falar, mas os aplausos fo-ram tão prolongados que porfim o Presidente da Convençãofoi forçado a pedir silêncio.

O.s políticos práticos viramtambém na aclamação a con-

íirmação do ponto-de-vista doPresidente Lyndon Johnson deque, pura deixar Robert Ken-nccly fora da chapa presiden-ciai. isso deveria ser feito nosmomentos iniciais da campa-nha.

O • objetivo imediato do Se-cretário de Justiça é a semi-tória pelo Estado de Nova Ior-que, atualmente ocupada porKenueth Keatlng. republicanoliberal, mas a aclamação dosconvencionais pouco significa,uma vez que são quase todoseleitores de outros Estados.Keating é um político populare dos maLs hábeis e, por issomesmo, um adversário perigoso.

SURPREENDENTE

A ovação a Robert Kennedysurpreendeu os funcionários daConvenção. Dc acordo com oprograma, estava calculado queo Secretário dc Justiça falariadurante dois minutos para apre-sentar o filme sóbre a vida doirmão, mas muitos minutos scpassaram antes que pudessepronunciar a primeira, palavra.

Os organizadores, aparente-mente, não tinham noção doimpacto que o nome de Ken-neciy ainda provoca no seio doPartido Democrata.

Vários delegados, interroga-dos sobre o significado da ova-ção. disseram que a homens-gem se dirigia realmente me-nos para o Secretário de Jus-tiça do que para a íamilia üofalecido Presidente.

O Governador do Texas,John Connaly, que foi grave-mente ferido no mesmo aten-tado que matou Kennedy, dis-sc que "os lü minutos de cons-tantes aplausos foram uma ior»ma de expressão do sentimen-to c da emoção provocados pela

DE NÔFÒ SORRI*DOV^&^-3$r^ '¦-,%».. *T*',i^__Í_Í! '_¦ ?*|M*Hj«A|jteMMMM0|«g||M|MH|^

WlP^'-- '%t_^Ê^^fSÊÊÊÊÊ^^¦'¦¦>^sÉ__á_;___fc'í _____!!

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littht* ri Keime.ây fotografado durante os -aplausos democratas a èle(Radiiifoto UPI)

Quanto custa um Presidente

Quando, em junho de 1943,a jovem Laily Bird Johnsonassinou um cheque de 17 000dólares para comprar umaestação de rádio regional emAttstin tno Texas), nem sc-quer podia imaginar que vin-lc anos mais tarde ela e suaestação de rádio estariam nocentro do ciclone de umacampanha presidencial e naencruzilhada histórica do ca-pitalismo americano.

Antes mesmo de começarem Atlantic City a Conven-ção do Partido Democrata,encarregada de confirmar oPresidente em exercício comocandidato de seu partido pa-ra a eleição de novembro, afortuna da família Johnsonconverteu-se no argumentoeleitoral n,*. 1.

Ela está avaliada pela re-vista. 'Ufe

em 14 milhões dedólares. Os adversários re.publicanos do Presidente cal-culam-na. em muito mais. Eós peritos fiscais, que o. pró-lírio Presidente encarregoutle proceder á avaliação com"absoluta imparcialidade" ede tomar pública, a sua con-clusão, fixaram a sua esti-mativa em 4 milhões de dó-lares.

Quer sejam quatro, quator-ze ou vinte, o fato é que setra'la de vários milhões e aimprensa pergunta: comopôde um deputado, que foidepois senador, depois vice-presidente, depois presidentee que só recebeu como salárioom cada uma de suas fun-çqes o exato necessário parasustentar a familia, comopode fazer uma fortuna queo torna hoje "um dos ho-mens mai.s ricos na históriada Presidência'".1

Como foi que a pequenaestação de rádio do Texas setransformou em uma pode-rosa empresa de televisáo quedetém — falo excepcional -—o monopólio das transmis-soes sóbre uma região hulus-(rial considerável?

Resposta dos republica-nos: o Deputado, o SenadorJohnson fèz tráfico dc in-

fluência política cm proveitodos negócios de sua mulher.Resposta tio serviço de im-prensa da Casa Branca: oSr. Johnson jamais interveiojunto a qualquer ministérioliara obter derrogações emfavor da KTBC (a, antenade I.àdy Bird Johnson).

A verdade se situa entroambas, como acontece em ;ó-das as sociedades industriais,capitalistas ou náo: o fato deser a mulher dc um homeminfluente não terá cértáirien-te prejudicado as interessesde L.B.J. Um funcionário doMinistério das Comunicações,indagado sóbre um eventualtráfico de influências, res-pondeu: "Jamais L.B.J. fêza menor pressão sobre nossosserviços. A única pressão queporventura se haja. exercido— e. em verdade, não é mi-núscula — foi psicológica.Quando você trata com umaempresa que se chama L.B.J.Company, seria mentirá pre-tender que isto não quer di-zer nada... "

O Sr. Goldwater está nofirme propósito de não dei-xar que nenhum americanose esqueça de que seu adver-sárici féz fortuna "por meiosde pressão indireta. Èle aca-lia de declarar na Feira- deIllinois que desafiará o Pre-sidente John.son a. "duelos te-levisionados" como os famo-sos debates entre Kennedy eNixon em 10fÍ0 e acrescentou:."Sc fôr preciso, pagarei oque custar o programa a ló-das as estações de televisãoquo o transmitirem. Náo ineesquecendo, é claro, do pedirao Sr. John.son que arranjeo.s abatimentos .que êle estáacostumado a conseguir semdificuldade."

O Sr. Goldwater é pobre?Náo — também éle é mil ia-nário em dólares. Essa íortu-na lhe vem do pai. que en-riqueceu no comércio a vare-jo em Phocnix (Arizona), file.não faz mistério disso. Ma.sos chefes do Partido Demo-crata, ao abrir a. Convenção,exigiram que as mesmos pc-fitas fiscais examinem de mais

perto • as contas da familiaGoldwater para informar aopinião pública americana.

Esta batalha em termos demilhões que inaugura a cam-panhã presidencial tem algotie insólito. Pois já houvemuitos outros homcr.s ricos na,política americana e mesmo,muitas vézss, na disputa su-cessória. Roosevelt era milio-nário. Kennedy também; EEisenhower; com três confor-táveis residências secundárias,não depende de sua pensãode aposentado para viver.

Nas Estados Unidos, hãmuito tempo que é difícil fa-zer política .sendo pobre —o que. aliás, cada dia, se tor-na mais 'verdade em quasetodos as países industriais. Ométicr político exige um ni-vel do vida considerável iclu-pia, residência, secretariados,viagens e campanhas eleito-rais •freqüentes) que é im-possível de ser mantido como mero salário oficial. A prin-eipal diferença é que nos Es-tados Unidos esta verdade édita com maior franqueza.

Por outro lado. quando opais tem as dimensões dc umcontinente, tudo fica maiscaro. Para alugar um aviãode tipo médio que possa lc-var um candidato e sua equi-lie dc Nova Iorque a SãoFrancisco, tem-se que pagar10 000 dólares. Um táxi aé-reo na França, para ir de Pa-ris a Toulou.se, custa o equi-valente a 300 dólares. Umahora de debate televisionadotransmitido para. os EUA in-teiro, como o propõe o Sr.Goldwater, sai por meio mi-Ihão de dólares.

Diante de semelhantes abis-mo.s. as contas pessoais doscandidatos, que por enquan-to ainda absorvem a atençãoda opinião pública, não tar-darão a revelar-se lilipulia-nas. Fazem-se necessárias, detun e outro lado, apoios fi-nanceiros consideráveis e des-ta, vez, justamente, a distri-buição habitual, histórica, dastorças de dinheiro por trástios candidatos sofreu uma

tragédia que foi o assassínlodc) Kennedy. Creio que a acla-mação foi a maneira de exprl-mir esse sentimento".

DISCURSO

O padre Owen SícGrath, doSeminário dos Padres Colom-binos, divulgou ontem pelaprimeira vez um discurso pro-nunicado por John Kennedy,então Senador, três anos antesde se lançar à dbputa da Pre-sidência, em uma cerimônia dodia dos benfeitores do Seminá-rio."Os governantes comunistasnâo temem a fraseologia da re-liglão, mas sim a resposta dohomem ante estímulos que sãoespirituais e éticos", afirmouKennedy, acrescentando adiaii-te: "Creio que a religião figu-ra na raiz da luta, não em têr-mos de organizações cristãsopostas ao ateismo, mas emtermos do bem oposto ao mar.""Os comunistas — afirmouKennedy — temem o cristia-nismo mais corno um modo devida do que corno uina arma."

Albertvillecom

os rebeldesLeopoldville (AP-JB) — Met-

cenários brancos que atacarama cidade rebelde de Albertville,à beira do Lago Tanganlca, ío-ram rechaçados pelo fogo demetralhadoras depois de have-rem penetrado quase até o aero-porto da cidade, segundo fontesdignas de crédito.

O combate, ocorrido na quin-ta-felrá enquanto o Governo deLeopoldvllle anunciava que osseus soldados haviam tomado amaior parte de Albertville, foi aprimeira ação de infantaria dosmercenários de Tshombe contraos rebeldes íilocomunistas doCongo Oriental.

Antoine Gizer.ga. que se intí-tulã herdeiro espiritual do lidei-assassinado Patriçò Lumumba.anunciou ontem a criação doPartido Lumumbista Unificado.O novo partido, disse Cíizenga,reprova a ajuda militar estran-geira e se associara ao pedidocie intervenção da Organizaçãocia Unidade Africana, desde que_sta não seja transformada cm"um instrumento nas mãos cioimperialismo norte-americano".

Prisões; uaíndia vãoa onze mil

Xora Deli '__•) — Cé!-_ deonze mll pessoaa forem doticl-..:m índia durante ss merilfesta-ções organizadas pela direção tioPartido Comunista, que tiveramInicio __ta _emnna. A3 demonstra-ções tinham por objetivo pro-testar coníva a ea.-c_;i.ia © *a e_-cassó_ de viverea. Viria., eente-na:i de manliestantes, que se ti-nham feito deter voluntariamente,foram postos èm liberdade, in-íoi-moii-.sc de -Vova Deli.

Saison, TVashinírton (UPI-PP-AP-JB) — A ex-Capitalimperial do Vietname do Sul,Hue, proclamou ontem sua au-fco nom ia, não reconhecendomais a autoridade do Governode Saigon. Esta notícia, toda-via, não tere confirmação, em-bora tenha se dado à mesmacerto crédito na Capital sul-vietnamita.

Uma turba de adolescentesbudistas seqüestrou um jovemcatólico no centro de Saigon e,após arrastá-lo pelas ruas agolpes de paus e barras de fer-ro, apunhalou-o, por fim, nasproximidades do mercado cen-trai da Cidade. O primeiro aapunhalá-lo foi um menino bu-dista dc apenas 10 anos doi_ade.

Enquanto isso, o Departa-.mento norte-americano de Es-tado anunciou em Washingtonque o General Maxwell Taylor,Embaixador dos Estados Uni-dos em Saigon, decidiu adiarpor tempo indefinido a viagem,que se dispunha, a íazer ã Ca-pitai estadunidense, marcadapara, esse fim de semana, devi-cio ã incerte_a que existe quan-to ao que possa ocorrer nopais.

SITUAÇÃO

A dissidência át Hue-foi or-ganizada pelo Decano da Fa-culdade de Medicina da Uni-versidade local, Professor LeQuac Quyen, que, segundo ru-mores propagados em Saigon,contaria com o apoio dos outrosprofessores.

Estas personalidades haviamentregue anteontem ao Cônsuldos Estados Unidos uma cartadestinada ao Presidente Lyn-don Johnson, solicitando-lheque deixe de conceder sua aju-da ao atual Governo sul-vlet-namita, cuja destituição recla-maram.

A execução do jovem católi-co foi apenas parte dos selva-Sens distúrbios de fanatismoreligioso que se desencadearamcm Saigon e outras cidades doVietname do Sul, ao desmorc-nar-se a autoridade cio Go-vèrno.

Os hospitais do pais estão lo-tacios de vitimas de- distúrbiossemelhantes, que em Saigonmataram ontem peio menosduas outras pessoas, acreditan-do-se, no entanto, que o mime-ro de assassinatos tenda a au-mentar.

Nom a Polícia, nem os sol-ciados, nem os agentes especial-contra distúrbios fi_eram a me-nor tentativa, para intervir,quando a turba de jovens bu-d:'stas levou o rapazinho catóü-co para a praça do mercadocentral, a fim de executá-lopublicamente.

Em meio à sua agonia, emesmo depois de morto, a in-fortunada vítima foi alvo dasanguinolência dos budistas,que lhe profanaram o cadáver,golpeando-o com paus e pi-sando-o.

Em seguida, quatro adoles-centes arrastaram o corpo des-pedaçado através do, praça, en-quanto os assistentes a tudoviam silenciosamente.

OUTROS DISTÚRBIOS

Em outros locais de Saigon,católicos e budistas chocaram-

Robert BoldCopyrig-ht **r/Kxpr___" — JORTÍAL DO BRASIL

m u d a n ça radical, violenta,que perturba o jogo de influ-ências políticas no cenárioamericano e impressiona, bas-tante á imaginação dos elei-torc-s.

Tradicionalm-nte, o candi-dato do Partido Republicanotem a apoiá-lo os setores cieimportância dentro do capi-talisino americano, em par.-:ticular toda a. gTande indús-tria. O candidato democrataconta essencialmente com oapoio financeiro dos sindica-tos (valiosíssihió, graças à sua.dezena de milhões de aderen-tes e à sua disciplina de aço)e, nas Estudos do Sul — ondeo Partido Democrata repre-senta, desde a Guerra de Se-cessão o elemento mais con-servador e mais antinegro —algumas fortunas individuais.

Desde vez, tudo está muda-do. O grande patronato ame-ricano, sobretudo o mais mo-ck-vno. sente-se em plena, con-f ian ç a com o Presidente-Johnson numa economia emexpansão contínua, há quatroanos. A última lei do Presi-dente sóbre 0. redução dosimpostos, para acelerar o in-vestimento dos industriais ea. expansão, atraiu o que por-ventura ainda lhe faltasse dasimpatia ativa dos homens denegócios. O mais célebredeles, Henry Ford, que nuncaem _6da a sua vida votouhum democrata, anuncioupublicamente seu apoio e suaparticipação na camp anhaeleitoral do Presidente John-son. Sua filha mais velha êa organizadora das Juventu-des Pró-Johnson.

Ford e todos os seus co'.e-gas temem a impulsividade ea ignorância de Golówater.fJles põem sua confiança napolítica de Johnson, para as-segurar o desen volvimentoconstante da movimentaçãode seus negócios.

O Partido Republicano atéhoje ainda não havia jamaisrecebido, financeiramente, umgolpe tão duro. Mas o Sr.Goldwater, convertido emcampeão da supremacia

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Te->i_á-

branca nos Estados do Sul,conseguiu trazer para as suasfileiras alguns aliados pode-rosos. O mais conhecido êo homem mais rico do mun-do- O Sr. Harold L. Hunt,magnata do petróleo, noxas. e não apenas milloírio em dólares mas bilionâ-rio. Sua fortuna está avalia-da em três ou quatro bilhõese sua renda anual em 70 ml-lhões cie dólares.

O Sr. Hunt, inscrito no Par-Ucio Democrata, fez-se íntl-mo do Sr. Goldwater e fi-ua.ncia todas as organizaçõesconservadoras que fizeram dohomem do Arizona o seu pa-ladino. Êle paga diáriamen-te um programa de propa-ganda de 15 minutos em 313.estações de rádio e TV nos46 Estados da América.

Ford contra Hunt — é ocapitalismo moderno, que senpóia sóbre os órgãos do Es-tado, contra o capitalismofeudal, que detesta tudo oque è governamental e, porpaixão tanto quanto par in-terè.sse. quer impor o retor-110 à vel lia livre empresa.Com Johnson e Goldwater,eles encontraram os seus can-diclatos. Não hã no pá reo umhomem de esquerda, no sen-tido clássico, contra um ho-mem de direita; é uma formade capitalismo contra outra.

A batalha já começou e afortuna que vai custar é semprecedentes.

_ Em 1952, a campanha pre-stderícial, de acordo com umrelatório que acaba de serpublicado nos Estados Unidos,custou cerca de 100 milhõesde dólares- Em 195S: 120 mi-lhões. Em 1900: 175 milhões.Este ano deverá passar dos250 milhões.

Mas, uma vez no Poder, ca-cia decisão de um Presidentesóbre uma lei social, fiscal,de política externa ou invés-timento militar mexe, na-turalmente, com tantos bi-lhões, num ou noutro senti-do, que o preço da campa-nha quase desaparece-

.se novamente, tendo-se Infòl*-mado que se elevou a nove otolal de mortos em dois diasde choques religiosos, de que rc-sultaram ainda muitas pessoasferidas. Soube-se também queos estudantes budistas da capi-tal sul-vietnamita organizaramum campo de concentração, pa-ra onde levam os estudantescatólicos.

Por outro lado, estudantesbudistas, usando coquetéis Mo-lotov, tentaram, por duas vezes,queimar o jornal católico XaiDung. O jornal está localizadoperto da escola católica NguyenBa Tong, cenário, pouco de-pois, de novas lutas estudan-tis, que só terminaram com aintervenção de pára-quedistascom baioneta calada.

Os estudantes budistas mar-charam rua abaixo, rumo áentrada principal do jornal, aoqual atacaram repetidas vezes.Alguns levavam machados,paus, baras de ferro e pedras.

Advertidos de que não de-viam saltar a.s grades de ferrodefronte ao edificio do jornalpoi* estarem elas eletrificadas,os estudantes budistas enche-ram garrafas com gasolina queobtiveram de um posto próximo_ as lançaram contra, o ècllfí-cio. O fogo incendiou a frentedo jornal, mas a intervençãodos bombeiros conseguiu apa-gá-lo.

O Ministro da Educaçãoanunciou o fechamento de tô-das as escolas públicas e par-ticulares em Saigon e subúrbiosda cidade, até nova ordem. Amedida visa a manter os dis-túrblos estudantis sob controle.

O Epbaixador dos EUA.Maxwell Taylor, realizou umareunião de emergência, com ostrês líderes militares recém-desigiiadcs para integrar aJunta de Governo, enquanto seintensificavam os rumores deque a violação da lei e da or-dem pública em Saigon c emalgumas localidades do interiordo país dificultará seriamentea guerra centra os comunistasdo Vietcong.

ADVERTÊNCIA

O Departamento de Estado,através dc seu poiia-v... tieimprensa, Rcbert McCioskey,disse que cs norte-amei-canosresidentes no Vietname do Sul,particularmente nes três pomesda nação onde exí.tem proble-mas mais graves, a sabor, Sai-gon. Da. Nimg e Hue, "recebe-ram advertência da Embaixada(dos EUA) no sentido de que seabste-nham de fazer ou efe;.-algo que possa ser interpretadocomo orovocação".

Até o momento, segundo d:s-se MoCloskey, nenhum cidadãoamericano foi molestado, desdetnie se iniciaram os distúrbiosreligiosos no Vietname do Sul.Expressou, no entanto, que osEUA sempre têm planos prepa-rados para a. remoção de seuscidadãos de qualquer p;, í_s ©inque se encontrem, t-e tal fôr ne-cessário.

Atlantic City (AP-FP-UPIi — O Presidente John-son previu que o número derepublicanos que votarãonéie .será três vezes .superiorao de democratas que vota-rão em Goldwater. Antes dt»deixar a convenção, John-son discutiu demora damen-lc a estratégia, eleitoral doPartido com o Comitê Na-cional, tendo afirmado que

-aos democratas se apresen-tam dois problemas essen-ciais:

1. Atrair o maior númerode votos brancos, especial-mente sulistas, preocupadoscom a integração racial;

2. Atrair o maior númeropossível de republicanos li-berais e ínoderirlos, avessosao extremismo cie Gokl-water.

SONDAGENS

Segundo os últimos lnqué-ritos de opinião pública,analisados detidamente peloComitê Nacional, os demo-cratas correm o perigo depurder 13 por cento de seuseleitores no que é chamadocie contragolpe provocadopor conflitos raciais. Jã acandidatura Goldwater podefazer com que o Partido Rcpublicano perca 30 por cen-to cie seus eleitores traeli-Cionais.

Disse Johnson que perdade votos, do problema racial,será particularmente sensi-vel no Sul. F.xponclo suaspróprias sondagens, feitassob encomenda por pessoalespecializado, disse o Presi-dente que 26 por cento doseleitores sulistas não vota-rão, este ano. no candidatodemocrata. Analisando, a se-gui_, as perdas republicanas,afirmou que Goldwater temcertos somente 60 por centodos votos do Partido Repu-blicano.

EXPANSÃO

Acentuou Johnson que o.shomens de negócios traeli-ciohalmente favoráveis aosrepublicanos estão, hoje,bastante satisfeitos com x.prosperidade econômica con-seguida em quatro anos den d ta i nistração democrata."Kles não parecem disposto.,a apoiar a, aventura deGoldwater", completou.

Para o Presidente e can-dido.to democrata o atualeleitorado ti o r te-americano<¦ o mais bem informado emai.s independente de toda.,a.s épocas.

EXORTAÇÃO

Exortando os membros doComitê Nacional a redobrarseus esforços, antes, duran-te e depois das eleições, de-clarou Johnson, enfática-mente: Devemos não só con-tinuar o programa de JohnKennedy. como lançar nossopróprio programa".

John Bailey. há quatroanos nomeado por KennedyPresidente do Comitê Nacio-nal. foi mantido no carg*.em atenção à recomenda-cão de John.son.

A crise cipriota podedegenerar em guerraentre Grécia e Turquia

Nicósia. Washington, Ancara(UPI-AP-JB) — Ò conflito ci-priota poderá generalizar emguerra nas próximas 48 horasem i-irtude da decisão do Pré-sidente Makáriòs cie impedirijiela força o desembarque emChipre, segunda-feira, do 350.solciados turcos que deverãosubstituir o contingente que aTurquia mantém na Ilha.

Dez mil pessoas, inclusivesoldados e oficiais do Exército,realizaram ontem violenta ma-rilfestação ahtüiórtò-americanaem Ancara enquanto, emWashington, o Secretário deImprensa, do Departamento deEstácio reconheceu o direito dcsubstituir .sua guarnição emChipre e manifestou preocupa-cão com a atitude dc Chipre.

FORCA

O Governo turco anunciouque seus solciados clèsembãr-carão em Chipre segunda-feirae_ .preveniu que empregará a¦íô.çã. se o Governo cipriotatentar impedir a operação.

O Presidente Makariós che-gou ontem a Alexandria acom-panhado de seu Ministro doExterior Spyros K.vprlanou, pa-ra discutir com o PresidenteNasser sóbre a ajuda militarda RAU a Chipre, devendovoltar a Nicósia segunda-feira.

O Departamento de Estadonurtle-americano aíirmoti oa-tegòricamente que os Estadostinidos náo admitirão a viola-ção do Tratado de 1900. quegarante a independência deChipre e permite à Turquia eâ Grécia manterem na ilha

guarnições. respectivamente, cie650 a 900 soldados.ARMAS

O Presidente Makarios decla-rou que explicará a Nasser osacontecimentos em Chipre ediscutirá com êle a melhor for-ma de cooperação entre Chi-pre e a RAU em face dos pe-rigos que ameaçam a paz noMediterrâneo.

Afirmam os observadores queo principal motivo da visita deMakarios à RAU é discutir oenvio de armas egípcias a Chi-pre, prometido por Nasser aoresponder ao pedido de ajuda,que o Governo cipriota enviouá RAU. União Soviética, Síria'eoutros países dia. 9 de agosto,após o bombardeio da'ilha poraviões turcos.

Diplomatas ocidentais em Ni--cosia afirmaram ontem que operigo de guerra em Chipre émuito grande porque nem a.Turquia nem o Governo ciprio-ta se mostram dispostos a fa-z.er qualquer concessão.PROTESTO

Durante as manifestações emAncara, os estudantes apedreja-ram a Embaixada grega, dani-ficaram vários automóveis esta-cionados em frente ao edifí-cio e, em seguida, colocaram vá-rios cartazes com slogans anti-americanos em frente à Embai-xada dos Estados Unidos.

A pressão dos Estados Unidospara evitar uma ofensiva tur-ca, que poderia levar a uma,guerra entre dois países mem-bros da OTAN — Grécia e Tur-quiá — provocou um sentimen-to antinorte-americano exácer-bado em Ancara,

GRUMEY GUARDATUDOde 3 a 8 decimos% sobre o valor da mercadoria

Praiq de SâoCriilovão, 24 ^;iJM^'^|,*^í^1 #;;S^>

Jornal do Brasil, Sábado, 29-8-64, 1.9 Cad,

Ministro da Guerra acha que a Câmara deve cassar DoutekO Ministro da Guerra Gene-

ral Artur da Costa e Silva, de-durou ontem ao JORNAL DOBRASIL, na Confederação Na-cional ria Indústria, que "se oCongresso quiser limpar-se po-dera cassar o mandato doDeputado Doutel de Andrade",mas desmentiu qualquer movi-mento no selo do Governo nes-se sentido.

Agradecendo ã homenagemda Confederação Nacional daIndústria, que o condecoroucom a insígnia do Mérito In-dustrial, e as termos da sau-dacão do Presidente dn JuntaGovernativa, Sr. Hiaty Leal,o Ministro Costa e Silva pro-meteu transmitir a comendano filho e aos netos c disse in-terpretá-la como mais umahomenagem ao Exército.

DOUTEL

O General Costa e Silva dis-se que o mandato do líder doPTB deveria ter sido cassadono período das cassações, ton-do êle mesmo enviado um. pro-cesso, a respeito, ao Conselhode Segurança Nacional.

E por que o processo nãodeu na cassação?

Eu não sei, pois isto é como Conselho de Segurança Na-cional — respondeu.

Mas se o Congresso qui-ser se limpar — disse — po-dera cassar o mandato dele edc mais alguns que ainda es-tão lá.

O Ministro considerou in-sígnificante o manifesto do ex-Presidente João Goulart, di-zendo que "os cães ladram,enquanto a caravana passa".

Assinalou que o Exército, co-mo todas a.s Forças Armadas ea. opinião pública nacional es-tão unidas em torno do Presl-dente da República e confiamem sua obra e na consolida-çáo do regime democrático.

TRABALHADOR

Cercado de generais e de ln-dustriais, o Ministro da Guer-ra fêz o elogio do trabalhadorbrasileiro, dizendo que "èle cs-tá imunizado contra o vírus dasubversão, pois já está cansa-do de ouvir e de conhecer osdemagogos".

Afirmou que existem "muitosincautos e iludidos, diante danção pertinaz è sub-repticia. do.uma minoria atrevida, que pró-curava desorientar o operaria-do nacional".

Sobre a possibilidade dc eclo-são de greves no fim do ano.suscitada por uma pergunta, oMinistro respondeu que "há umGoverno forte e democrático noPais, capaz de levar a bom ter-mo a tarefa de reconstruçãonacional".

CRESCIMENTODepois de referir-se à. gran-

de capacidade do País de re-sistir ao trabalho contra êlefeito por seus inimigos, o Ml-nistro Costa e Silva disse quetinha "uma noticia boa paravocês" e adiantou que, numarecepção anteontem, à noite,um estatístico de uma emprê-sa americana lhe informaraque o custo de vida, no mêsde agosto, só subiu 2,5.., con-tra 7.3.. em julho.

Acrescentou que o Ministroda Fazenda já lhe informaraque em outubro a situaçãomelhor ará considerãvelmen-te ("mas eu adisse a êle quedeixasse o cálculo mesmo parao fim do ano, o que já eragrande coisa").

Frisou que "estamos entrnn-do num período de estabiliza-ção" e que a opinião públicaconhecerá, em breve, os efei-tos de uma administração or-ganizada e honesta.

O Ministro da Guerra negouque as ordens de habeas-corpus

da Justiça do País estejnin sen-do desrespeitadas e assinalouquo a nova prisão do filho doMarechal Estêvão Taurino deResende, o engenheiro SérgioCidade Resende, ocorrida cmRecife depois do habeas-corpusdo STF, "é ditada por disposi-tivos da Let Militar, pois êleestá respondendo a vários pro-cessas".

O Seixas Dória vai ser sói-to novamente depois dc um ve-raneio em Salvador, onde êle seencontra — anunciou.

Negou também fundamento á.versão cio jurista Nelson Hun-gria, segundo à qunl o ato ciaAssembléia de Sergipe, decre-tando o irripeaclimént do Sr.Seixas Dória. seria nulo de pie-no direito e acrescentou:

Assim, os atos que decre-taram os impeachmenl dos Srs,Vlrgildiisio' Sena, Prefeito deSalvador, e Badger Silveira, doEstado do Rio, também seriamnulos de pleno direito, comotodos os atos do Comando Rc-volucionário. Nós fizemos umarevolução de fato.

Depois de referir-se ás difi-cuidados encontradas, o Minis-tro Costa e Silva declarou que"vamos botar ésse grande Paísno caminho certo" e, mais adi-ante, quando já se preparavapara tomar o elevador, disse:

Êste Pais precisa menosde ajuda externa, do que deajuda interna. Se cada umtrabalhar, pegar a sua pedra.i-nha e cuidar de sua vidn, nãoprecisaremos nem m esmo deajuda. Acontece que muitos nãoquerem trabalhar e há muitosque só pensam em ser Presi-dente da República!

O Ministro íêz uma compa-ração do que se fazia no País:

Ésse Pais era uma lata fu-rada, pois saía dinheiro por to-dos os buracos. Agora, os bu-racos estão tampados e a latavai encher, mas demora umpouco. £ como diz o mineiro: ésó engrossar o caldo...

Referiu-se aos pagamentosmaciços da divida do Lóide,que "era dc bilhões de cruzei-ros", para demonstrar o quan-to tem melhorado a situação doPais.

Depois de desmentir que ha-ja linha dura. ou linha. mole.o Ministro disse não acreditarque o ex-Ministro AbelardoJurema, tenha coragem decumprir .sua promessa, feitaaos jornais, de que poderia virao Brasil defender-se dasacusações que sobre éle pesam.

ále está multo comprome-tido.

Logo em seguida, acrescen-tou, despedindo-se;

Vocês estão me exploran-do. Mas eu gosto dos jornalis-tas, que trabalham mesmo, in-sistem e até empurram a gen-te, mas se esforçam para cum-prir seu dever. 1_ disto que oBrasil precisa.

O Ministro negou qualquermovimento para a. prorrogaçãodo Ato Institucional.

O BEM HUMORADO

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UDNpedeimpedimentode Ademar

0 Ministro Costa e Silva esteve jovial durante a homenagemIndústria lhe prestou

que a Confederarão

Ministro da Marinha dizque Goulart perturba

O Ministro da Marinha, Al-mirante Ernesto Bntista, afir-mou ontem, em nota divulga-da à imprensa, que "o co-mentário, crítica, digna opo-sição política, são aceitos e sáode desejar, mas tentativas desabotagem e de subversão tra-zem outra marca e não serãotoleradas", referindo-se aomanifesto do ex-PresidenteJoão Goulart.

Disse o Ministro da Marinhaque "a normalização da vidapolítica brasileira t e m si-do maliciosamente perturba-da por demagogos como JoãoGoulart, que visam a mariipü-lar em proveito próprio o po-der poliiico e o poder eco-nômico nacional".

A NOTA

l_ a seguinte, na. Íntegra, anom do Ministro da Marinha:"A normalização da vida po-litica brasileira tem sido ma-liciosamente perturbada pordemagogos como João Goulart,que visam manipular em pro-veito próprio o poder políticoe o poder econômico nacionais.

A HOMENAGEM

A solenidade da Confedera-ção Nacional da Indústria con-tou com a presença de váriosoficiais-generais. c a Mesa,presidida .pelo Sr. Hiaty Leal.contava com a presença doMinistro da Agricultura, Sr.Almeida Leme e do Coman-ciante do I Exército, OtacilioTerra Ururai.

O Sr. Hiaty Leal saudou oMinistro, destacando o movi-mento revolucionáiro de 1 deabril, "que acabou com a greve.política que estrangulava a. li-vre empresa". O industrialpaulista Orlando Ferraiolo co-locou a comenda no Ministro,que designou o General Azeve-do Ponde para agradecer • emseu nome.

Ademar dá seu apoio anota de Costa e Silva

Brasília (Sucursal) — O Go-vernador Ademar de Barrospassou um telegrama de apoioao Ministro da Guerra. Gene-ral Artur da Costa o Silva, pe-Ia sua declaração cm relaçãoao manifesto lançado pelo ex-Presidente João Goulart.

Disse o Governador Ademardc Barros que "está ao lado doMinistro da. Guerra na defesada. manutenção da autoridadedo Presidente da República,que encarna o Comando Revo-lucionário".O TELEGRAMA

t\ a seguinte a mensagem doSr. Ademar de Barros ao Ml-nis.ro Costa, e Silva:

"Estou inteiramente solida-rio com a advertência de V.Ex.a àqueles que tentam preju-dicar ou enfraquecer a ação doGoverno revolucionário. Consi-

dero. desde a primeira hora.ser imperioso que a revoluçãose complete. Estou, portanto,ao seu lado na defesa da ma-nutençâo da autoridade doPresidente da República, quaencarna o Comando Revolucio-nárlo. Devem- ter respostaexemplar as provocações de quea subversão tenta lançar mãopara obter os seus propósitosantinacionais. Não podemospermitir que após o triunfo domovimento de 31 de março con-tinuem a agir os fazedores decrise, em benefício próprio oupara favorecer a subversãocomunizante. V. Ex.1 tem ain-da meu pleno apoio òs mani-íestações de respeito ao Podercivil, que considero uma dascondições indispensáveis àcon-solidação e à, conquista dos ob-jetivos da revolução democrá-tica vitoriosa".

O Ministro da Guerra, Gene-ral Costa e Silva, após despa-char no Palácio das Laranjel-ras com o Presidente da Repü-blica, recebeu ontem, cm seugabinete, cumprimentos doDeputado Anísio Rocha e dosGenerais Otacilio Terra Ururaie Azevedo Ponde, "pela firmezae energia com que respondeu ãsprovocações contidas no man;-festo do ex-Presidente JoáoGoulart" e iniciou a leitura de.115 telegramas de comandantes

O Vice-Líder da bancada cioPTB na Câmara Federal, Depu-tado Zaire Nunes, e o DeputadoSan Tiago Dantas, negaram on-tem que haja no seio do Parti-do qualquer movimento parasubstituir o Deputado Doiuelde Andrade na liderança parla-mentar do Partido.

A luta pela substituição doDeputado Doutel de Andradevem sendo liderada pelo Depu-tado Osvaldo Lima Filho, que

A incompetência e a corrup-ção transitaram de mãos da-das, no seu Governo, veiculan-do o comunismo internacionalcomo ameaça às Forças Arma-das, à segurança nacional, eà própria Nação, por via deartificial conflito social empreparo. A destemida declara-ção do meu ilustre colega, Ge-neral Artur da Costa e Silva,Ministro da Guerra, merece omeu respeito e a minha soli-clariedade, porque levanta ovéu da afronta proferida porum homem que perdeu — poríúrça de uma revolução res-tauradora da ordem pública cda dignidade na vida cívicabrasileira —. com o.s direiiospolíticos, também o direito dcse pronunciar, seja de ondefòr, sóbre a vida nacional, quetanto deslustrou, por sua pri-mária e caudilhesca arte po-litica, por sua notória incom-potência, por patente falta decompostura pessoal e oficial, cpor improbidade no exercíciodo Governo da República,asou o Sr. João Goulart, ago-ra, uma tribuna que antes nãousara, e abusou de uma data

Costa e Silva recebeo apoio de militares

de unidades, oficiais superiores ENERGIAe civis, .solidários com os termosda nota oficial divulgada on-tenr.

Oficiais do Gabinete infor-riiárám ao JORNAL DO BRA-SIL que o Ministro Casta c Sil-va, "cuja atitude visou à ma-nutenção da unidade revolucio-nária", vém recebendo maniíes.tações de apoio de todos cs Es-tados. incluindo telegramas oecomandantes de unidades.

PTB não quer substituirDoutel na sua liderança

desde o tempo do Governo JoãoGoulart sc esforça por liderar abancada trabalhista na Câ-mara.O DIFÍCIL

A idéia de substituição do Sr.Doutel de Andrade, no entanto,dificilmente se concretizara,pois a maioria da bancada jul-ga que isso seria uma grandeperda, capaz-de aniquilar oPartido Trabalhista como gre-mio de liderança popular.

Zorrilla chega ao Brasilentre 4 e 5 de setembro

que não era sua. Recordem-se, êle e os demais deslembra-dos. que êle teve o poder paraexecutar o que ora falsamen-te preconiza, e nada íêz, Foi-lhe dada oportunidade, multoalém da que merecia, e o queíêz íoi tumultuar e conspur-car a vida pública nacional.Não julguem seus porta-vozesque a moderação e a dignida-de das Forças Armadas pos-sam ser confundidas com ti-bieza ou incompreensãoda missão que desempenha-ram, em 31 de março último,por demanda da própria Na-ção. O momento é de restai!-ração financeira e de deseri-volvimento ecoiiònreo do Pais,de normalização de sua. vidapolítica; e de respeito à suamoral, sob a égide do eminen-te Presidente Castelo Branco.Comem ário. crítica c dignaoposição política, são aceitose são de se desejar, no livreintercurso do sistema republi-cano c democrático que vive-mas. Tentativas de sabotageme de subversão trazem outramarca e náo serão toleradas".

— A atitude do Ministro Cos-ta e Silva respondendo ao mani-festo em termos enérgice-s —cii.se um oficial — mostra afirmeza e a energia com que a»Forças Armadas agirão antequalquer tentativa de abalar aordem pública. O Ministro nãopretende mais responder a má-nifestos lançados por políticosrepudiados pelo próprio povobrasileiro.

O Deputado Clemens Sam-paio, do PTB baiano, disse queo Deputado Doutel de Andradeapenas consultou um pequenogrupo de trabalhistas antes dedivulgar o manifesto do Sr.Joáo Goulart. Disse que o Pre-sidente da Comissão Executivado PTB, Sr. Baeta Neves, mos-trou-se decididamente contra-rio à divulgação, mas não foiatendido pelo Depui»do Doutelde Andrade.

SSo Paulo (Mauro Guima-rães, da Sucursal) — Dois fa-tos, aparantemente isolados,ambos da. maior importância,registraram-se ontem em SáoPaulo. De um lado, o Depu-tado Paulo de Castro Prado,estimulado pela. Ala Radicalda UDN. ainda que sem oapoio da direção de seu parti-do, formalizou na Assembléiao pedido de Inipeachinent doGovernador Ademar de Barros.

A primeira, interpretação quese sucedeu ao gesto do parla-mentar udenista identifica naação o propósito claro de ten-tar reabrir a crise política, cmS. Paulo, para que, em extensão,seja tentada, na área- nacio-nal, a criação de condições só-bre as quais possam atuar òsinteressados na radicalizaçãocie posições e no comprometi-mento dos objetivos democrá-ticos da revolução.

IMPOSSÍVELNenhuma liderança da As-

sembléia Legislativa, inclusivea da UDN, acredita na possibi-lidade, mesmo remota, cio pro-cesso de impeachnient ser aco-lhido pelo plenário.

A tendência da maioria é su-por que o processo sequer che-gará a ser objeto de delibera-çáo. Mas, é óbvio, todos con-cordain com que o simples re-querimento. formalizando ope-dido, funcionará como Instru-mento útil para a reaberturada crise política em São Pau-lo ou, quando menos, comofator de agitação publicitária,que certamente voltará a ln-tranqüilizar o já tenso om-biente político neste Estado-

Por outro lado, o Governa-dor Ademar de Barros, ini-ciando um vigoroso movimen-to dc apoio, na área civil, aoGoverno Federa!, enviou men-sagem ao Ministro da Guerra,coiidarizando-sc cem a "suasevera advertência formuladaàqueles que buscam, medianteatos subversivos, prejudicar _aação do Governo revoluciona-rio".

A mensagem do Governadornão foi interpretada como umgesto isolado de aplauso ao Mi-nistro da Guerra. Significamuito mais. Afirma-se que elamarca a contra-ofensiva do Sr.Ademar de Barros, que se mos-tra novamente disposto a ulili-zar todos os recursos do Go-vêrno de São Paulo na defesada sua posição e no do presti-gio do Presidente CasteloBranco; entende o Governadorque os democratas precisamIniciar a contra-ofensiva, dan-do ressonância às palavras doPresidente da República, pro-feridas no Dia do Soldado, de-fendendo a necessidade de sefortalecer o Poder Civil e, ain-da, ao pronunciamento do Ge-neral Costa e Silva apontandoa provocação.

Gordon afirma que os EUA ?rfsó esperam entendimentos *:* ¦ $para programar sua ajuda •

São Paulo (Sucursal. — O Embaixador Lincoln Gor- .;oon declarou, ontem, no Rotary Clube — numa alusão ao"editorial do JORNAL DO BRASIL, intitulado Que esperaWashington? — que o Governo dos Estados Unidos não •está de braços cruzados, em relação ao plano de ajuda, aoBrasil e que somente espera a oportunidade de discutircom o Presidente Castelo Branco a quantidade t espéciede recursos que deseja.

— Isto é que íoi leito no Plano Marshall — acentuouo Sr. Lincoln Gordon — e se os que escrevem editoriaissupõem que o Plano Marshall foi somente um processo "de expedição de cheques à disposição da Europa Ocidental^ •não conhecem os processos empregados na experiência, daqual tanto aprendemos.O QUE ÍI UMA ALIANÇA

Brasília (Sucursal) — OChanceler uruguaio. AlejandroZorilla dc San Martin ,estásendo esperado no Brasil nosdias 4 e 5 de setembro próxi-mo e, nessa ocasião, examina-rá com o Chanceler Vasco Lei-tão da .Cunha a situação dosasilados brasileiros em Monte-vidéu.

O Chanceler Zorilla vem aconvite do Brasil não apenaspara cuidar do problema rela-cionado com os que já se en-contraiu asilados em territóriouruguaio como, principalmen-te, para resolver com o Govêr-no brasileiro um esquema parao caso do Almirante Aragão.Pela técnica do asilo, o Ita-maratl somente se pronuncia

após ouvir o Ministério da Jus-tiça e o Ministério a que per-tehce o asilado, no caso o daMarinha. Não há, porém, pra-zos para a respasta do pedidode informações do Ministériodo Exterior, podendo, assim —t- dentro dessa técnica — o Mi-nistérlo da Marinha retardarindefinidamente a resposta aoItamarati.

Moura Andrade desmente quevenha o estado de sítio

Guedes apoia a posiçãodo Ministro da Guerra

n

Belo Horizonte (Sucursal) —O Comandante da IV RegiãoMilitar, General Carlos LuisGuedes, disse ontem ao JOR-NAL DO BRASIL que concor-da com a posição do Ministroda Guerra, General Costa eSilva, no ca.so do manifesto doex-Presidente João Goulart,que não leu por considerarinexpressivo, mas "que tem osentido de provocação, que oGoverno íêz bem em evitar,para não fazer o jogo dos ini-migos da Revolução".

Para o General Carlos LuisGuedes, o Deputado Doutel deAndrade não passa, de uma"vivandeira", que foi inadver-tidamente poupada pela Re-volução feita no Pais. Acen-tuou que se fosse uma revo-lução "pra valer" o deputadonão teria oportunidade de lero manifesto que o Sr. JoáoGoulart mandou do exílio, paru.onde íoi com uma quantidadede dinheiro só comparável àsque levaram Batista e Pwón,ao serem, enxotados de seuspaíses".

INOPERANTE

Sem saber ainda quando en-tregará o comando da IV Re-gião Mülitar para assumir o

Comando- da II RM, em SSoPaulo, o General voltou ontemrie Juiz de Fora, dizendo con-siderar inoperante qualquerbriga com o Governo uruguaio,por causa do manifesto do Sr.João • Goulart.

Afirmou que o ex-Presidenteconstitui perigo até certo ponto,como sob o aspecto econômicodo País que continua prejudi-cando, pois o Governo desco-briu sua participação num es-cândalo do IBC, logo após aRevolução. Considerou perigo-sa. a fase em que o Sr. JoãoGoulart esteve no Podei-:"Quando tinha tudo nas mãosnada féz. Agora é que não po-dera prejudicar mesmo os ru-mos da' Revolução.""VIVANDEIRA"

Mesmo reconhecendo que oSr. João Goulart quebrou o

•direito de asilo,o General Guc-des acha que a questão nãotem maior importância, poi-séle não se pronunciou do Uru-guai, e sim no Brasil, atravésdo Deputado Doutel de Andrá-de. Comparou o papel do depu-tado petebista ao das "vivan-deiras", da época em que oExército não tinlia setor deaprovipionamento.

O Presidente do Senado, Sr,Atiro de Moura Andrade, que íoi

recebido ontem pelo Presiden-to Castelo Branco, desmentiuas noticias de que o Governoesteja cogitando de pedir ao

Brasília (SUouraal) — No exe.-- ¦cicio da Presidência da Câmara,na ausência do titular RtinleriMazzilli, o Deputado Alonso Ce'.-so Informou ontem no JO.RNA1.DO BRASIL, que "neii-iunia pro-vklèncla seni tomada em relaçioao manifesto do ex-PresidenteJoão Ooiüart, para retirá-lo dosanais da Casa, pois nenhum pc-elido nesse sentido foi formal-mente encaminhado a Mesa".

Esclareceu o Sr. Afonso Celioque nem mesmo o requerimentoanunciado pelo Presidente cia AçãoDemocrática Parlamentar, Depu-tado João Mendes, para retiradacios anais, do documento lido pelolidei- peteUlsta Doutel de Andia-de, chegou as suas mãos.

DIREITO DE FALAR

Ainda na sessão de ontem,deputados dr. UDN insistiram nanece-.ldade da retirada do textodo manifesto do ex-PresidenteJoáo Goulart dos anais. O Sr. Bra-ga Ramos (UDN Paraná) lembrouque "como asilado político, nftotem o direito o Sr. João Goulartde divulgar manl-estos dessa cs-pécie e. o que é mais grave ain-da, tê-lo reproduzido nos anaisda Câmara".

O Deputado Adolfo de OliveiraÍUDN Estado do Rio), ocup-an-do, em seguida, a tribuna, g.v

Congresso a decretação do es-tado de sítio,

Uma fonte do Palácio dasLaranjeiras disse que há nia-infestações em favor da cie-

Manifesto não sai dosanais, diz Aíonso Celsoran.iu que dificilmente um lio-mem de bem "veconl_e<.i_nv ao tar-túfo e p«vrlapat-io J-cüo Goulart cn-lendimento e conhecimento de umestadista, já que outra coisa nãodemonstrou senão ser uni des-preparado para o desempenho defunção de alta magnitude como 6a Presidência da República".

Keícriu-se o doputa-do às alu-soes do ex-Presldento quanto ásrestrições ao direito de deiesadizendo que o grande pavor doSr. João Goulart e dos junguis-tas que ainda não abriram osolhos é quo se consolide a de-mocracía brasileira, "com o ciueo Brasil só tom a ganhar".

— Os próprios trabalhistas re-encomrar-sè-fto com as tradiçõesbrasileiras, o isso apavora o exila-do tio Uruguai.

Sobro as afirmações do ex-Pre-sidonte dc que, no momento, haquebra de respeito k iuvlolabllt-ciado do domicilio, lembrou uDeputado Adolfo de Oliveira ter6ldo êle próprio, João Goulart,ciucm propôs recentemente noCongresso a censura à, Imprensa,a quebra do sigilo da correspon-dénclo, a suspensão da liberdadede associação para fins lícitos, asuspeu6fto da Inviolabilidade dolar, a susponsão da garantia deque a prlsáo só bc dá em flagran-te delito, do habeaB-corpus, do

cretação do estado de sitio,afirmando que isso é muitonatural, "pois há liberdadepara que se diga o que bom seentende".

mandado do segurança c até mes-mo do direito elementar de repre-sentar perante os podêres públl-cos contra ato ele autoridade.

— E propôs tudo isso — cxplt-cou o deputado — com o simplesenvio ao Congresso de um pedidode Implantação do estado de sitio

HERCUL1NO JUSTIFICA'

Para o Deputado João Hercull-no, do PTB, a atitude do líderDoutel de Andrade ao ler o ma-nlfesto do Presidente deposto loi"atitude de um homem dc bem,atitude que qualquer outro depu-tado tomaria ante um pedido dítim seu ciiefe".

— Creio que ate memo O Gfi*neral Costa o Silva, era.lugar; cieDoutel, teria asido da mesma íor-ma — observou, ainda, o Sr. JoanHoroUlJno, dizendo, em seguida,que o manifesto do St. Joáo Gou-lart Irã mesmo para os anais, "elíl deverá permanecei'", para qu»,amanha, qualquer estudioso possaconsultá-lo como documento hls-tórlco que é, "queiram ou nSoqueiram"»

A MENSAGEM

A mensagem enviada peloGovernador ao General Costae Silva, tem o seguinte teor: —"Solidarizo-mc com V. Ex.» pe-Ia severa advertência formula-da. àqueles que buscam, me-diante atos subversivos, preju-dlcar a ação do Governo Re-volucionário." Insiste o Chefedo Executivo paulista na ne-cessidade de que a Revoluçãosc complete, dando exemplarresposta às provocações de quea subversão tenta lançar mãopara obter os seus propósitosantinacionais. Os aplausos d;Governo paulista estendem-seá po-içã'o firme de todo o Go-vêrno Federal, reiterada peloMinistro da Guerra, de respei-to ao Poder Civil como umadas condições indispensáveis ãconsolidação da revolução de31 de março."

O "IMPEACHMENT"

O Deputado Paulo de CastroPrado, depois de anunciar vá-rias vezes o pedido de ImpeacU-meiit, encaminhou a documen-tação que recolhera ao Gene-ral Mena Barreto, quando êstemilitar ainda presidia os IPMem São Paulo. Ontem, porém,decidiu formalizar o pedido deimpedimento à própria Assem-bléia Legislativa, recorrendo aoArtigo 77 do Decreto Federaln.° 1 079, que regula e disci-plina os crimes de responsa-bilidade do Presidente da Re-pública, dos Ministros, dos Go-vernadores e dos Secretáriosde Estado.

O Presidente da AssembléiaLegislativa. Deputado Ciro Al-buquerque, apesar de lamentara "atitude inoportuna que vi-ria. incranqüili-ar o Estado li-der da. Federação, no momen-to histórico em que devemostrabalhar pela coletividade epela consolidação do movimen-to revolucionário dc março",decidiu entregar o requerimen-to e a documentação do par-lamentar üdènistã à Assesso-ria Jurídica da Mesa da As-sembléia, para que seja dadoparecer sóbre a pertinência ounão da matéria. Em caso afir-matlvo, uma comissão especialcom representação de todas asbancadas terá ainda, que jul-gar esses documentos para opi-nar sobre se deve ou não opedido dc Impeaclmieiit serobjeto de exame por parte doplenário. >

ADEMAR GLOSA

Interrogado nos Campos Eli-sios sobre 0 pedido de inipea-cliiiient, o.Sr. Ademar de Bar-ros respondeu ironicamente:"O avião só sobe contra o ven-to. Foi uma falha minha dei-xar esses homens falarem. Eutenho subido, entretanto, naminha vida. graças a, essaspessoas. Essa gente quer des-cansar de pé. Sô procura agi-tar a situação»"

A Aliança.' é um esforçoconjunto — revelou o Embaixa-dor — para» promover o desen-volvimento acelerado da Amé-rica. Latina, um esforço que es-peramos que continue pelo me-nos uma. década. Há três anos.em Punta dei Este, os Go-vemos das nações livres desteHemisfério prometeram plenoapoio a tal programa.

Em termos monetários, ovolume de assistência, fornecidapelos fundos públicos dos Esta-dos Unidos ao Brasil, em trêsanos, monta a mais de US* 1bilhão, dos quais US* 600 ml-lhóes representam empréstimosa longo prazo, USS 50 milhõesíoram doações e os restantesUSA 330 milhóes foram supri-mentos agrícolas, dos quais acontrapartida em cruzeiros éusada para empréstimos e doa-cões destinados a íinanciamen-tos de projetos de desenvolvi-*mento brasileiros.

DEPOIS DA REVOLUÇÃO__ evidente — prossegue o

Sr. Lincoln Gordon — que, en-tre seus muitos resultados deprofunda significação para ofuturo da nação e do Hernls-ferio, a Revolução brasileira,criou condições que tornam pos-sivel, pela primeira vez, desdeagosto' de 61. uma. verdadeiraparticipação efetiva neste es-forço inuítllateral de desenvol-pimento.

O tríplice objetivo de es-íabilização, desenvolvimento ereformas que o Presidente Cas-telo Branco estabeleceu para oatual Governo está'dirétàmén-,;te alinhado com a Carta, dePunta dei Este. Tenho todosos motivos para estar coníian-te em que esses programas con-.seguirão amplo apoio do meuGoverno, das instituições fi-nanceiras internacionais, tantode âmbito mundial quanto he-misférico. Nessas novas condi-cões, deve-se esperar um in-fluxo grandemente ampliado decapital privado estrangeiro,contribuindo para a expansãoa longo prazo e a moderniza-çáo da economia brasileira.

— Mas por que. perguntamos críticos, isto já não aeonte-ceu? Há duas respostas paraesta pergunta. Primeiro, jãaconteceu bem mais do que.aparentemente, é reconhecidopor alguns dos críticos. E se-gundo. o programa, nacional in-dispensável para o apoio ex-terior a prazo mais longo e emmaior escala só agora está nasfases finais de preparação epublicação.

Explicando que, durante «período intermediário, deci-

diu-3e avançar, imediatamen- ;•'le, com uma série de medidasde ajuda de transição, o Em- 2bàixador Lincoln Gordon citouas formas que o auxílio tomou:- -

— A primeira foi a. amplia-iiáo Imediata do suprimento de "'¦trigo e nova provisão de gor-duras, óleos e outros comesti-,veis, seg-undo nossa Lei 480,ajudando a garantir ao Brasil.--o suprimento do gêneros âli-mentíciòs necessárias e assis-lindo no programa dc contro-lar o custo de vida. O suprir >mento dessas mercadorias nãorepresenta despesas de divisaspara o Brasil. Segundo o acôr- .,do suplementar de 15 de maio, >os suprimentos para 64 foramaumentados de um montante .de US* 93,1 milhões. -,

— O processamento de pro-jetas de empréstimos de dóla- .res foi acelerado. Estes incluem .itens importantes como o em- ,préstimo de USS 15 milhõespara a expansão de importaçãode adubos; de Cr* 5,5 milhões .para uma nova linha de pro-ducáo de chapa de estanho em ,Volta Redonda: melhoramentosdo força elétrica no Ceará,Maio Grasso e regiões do Cen-tro-Sul, inclusive do Estado de ,São Paulo; USS 25 milhõespara construção de manuten-çáo de estradas e muitas outrosprojetas menores.

— Ajs negociações em Paris •para o reescalonamento das di- ,vidas externas do Brasil foram .levadas a uma conclusão bemsucedida, em fins de junho,proporcionando um desafogosubstancial para o balanço

'de . ¦.pagamento em 64 e 65. Naqualidade de maior credor in- ,dlvlclual do Brasil, a participa-çáo dos Estados Unidos nestereencalonamento foi, natural- .mente, de maior vulto. v

EM NOME DE . \KENNEDY

O Embaixador norte-ameri-cano íoi a São Paulo receberas condecorações póstumas ofe-reciclas ao Presidente Kennedy.Ao receber as medalhas, o Sr.Lincoln Gordon afirmou que"cada uma delas faria qual-quer pessoa sentir-se orgu-Ihòsa".

— Estou certo de falar pelafamília de nosso pranteadoPresidente quando digo que êle ;se sentiria, honrado de recebertais distinções.

O Sr. Lincoln Gordon íol re-cebido, às 17 horas, nos Cam-pos Elísios, pelo GovernadorAdemar de Barros e, íinalmen-te, às 18 horas, nos salões doNacional Clube, recebeu as me-dalhas conferidas ao Presiden-te Kennedy.

Edson Guimarães garanteque tese da prorrogaçãode Laeerda vai muito bem

O Presidente do Diretório Regional da UDN, DeputadoÉcison Guimarães, garantiu ontem que "vai de vento empopa" a tese da prorrogação do mandato do GovernadorCarlos Lacerda, informando que os udenistas cariocas v&tí |constituir comissão segunda-feira, para entrar em contatocom a cúpula partidária, no momento em que o Congressodebater o problema sucessório nos Estados.

O Movimento Trabalhista Renovador (MTR) decidiuontem também reunir-se na segunda-feira, para apreciara sucessão na Guanabara, tendo o seu lider na Assembléia,Deputado João Machado, afirmado que o mandato-tam-pão é a melhor fórmula para a solução do problema.

Magalhães ignora aconvenção udenista

Belo Horizonte (Sucursal) —O Governador Magalhães Pin-lo informou ontem que foi con-sultado sóbre a anunciada, con-venção nacional extraordináriada ÚDN, desmentindo, ao mes-mo tempo, a existência de crisena UDN mineira, revelada poralguns jornais.

Sóbre as noticias de que iriameditar sobre a renovação do

seu Secretariado, afirmou o Sr. -Magalhães Pinto que não temqualquer compromisso para co- --locar três udenistas, pois assu-ruiu o Governo de Minas comindependência de todos os par-tidos. FMsou, porém, que serásempre um prazer recrutar os •'seus auxiliares dentro dos par-tidos que o apoiam. -•

UDN fluminense debatesucessão na segunda-feira

Niterói (Sucursal) — O Pre-sidente da UDN fluminense. Sr.César Gulnle, expediu circula-res aos Diretórios Municipais,convecando-os para. a reuniãona qual se decidirá sobre aconveniência, ou não da reall-ração de uma convenção extra-ordinária para lançamento ducandidato udenista à Presiden-cia da República-

A tese do Sr, César Gulnle 4a de que a convenção deve serconvocada ainda em selem-bro, a fim de que o Governa-dor Carlos Lacerda seja oficial-mente candidato à Presidênciae possa sair cm campanha. ODeputado Federal Adolfo deOliveira é contrário, no entan-to, defendendo antes de tudo* reestruturação dí. todas as

Diretórios Regionais da UDN .,*;)no País e, principalmente, 9.^Xydo Estado do Rio. ,.~YY

TEMPO "¦ 1^

Os sete integrantes da Ban- "["''¦.

cada da UDN na Assembléia ';

Legislativa, embora adeptos da 'candidatura Carlos Lacerda,

"n vjacham que a reestruturação dos . {';Diretórios Regionais deve tam-bém anteceder a convocação daconvenção nacional extra ordl- 'nária- O lider da bancada,Deputado Paulo Hervê, susten-ta a tese de que as Diretórios '¦Regionais udenistas, em todo oPais, estão desarticulados e nãopodem, por isso, escolher sere-namente o candidato do Par-tido. ?.

4 — 1.9 Cad, Jornal do Brasil, Sábado, 29-8-04

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Coluna <lo Càslello

PSD convocado adefender regimeBrasília — O PSD está sendo convocado

a dar uma contribuição mais efetiva à con-solidação do Poder Civil, oferecendo ao Pre-sidente Castelo Branco e à revolução nãoapenas a colaboração representada pelo votoaos projetos de emenda constitucional e deleis da iniciativa do Governo, mas tambémuma sustentação política, tida, agora, como' indispensável. O Sr. Martins Rodrigues de-bateu ontem o assunto, novamente, com oSr. Adauto Cardoso e com o líder Ernáni Sá-tiro, num almoço a três, destinado a um exa-me da situação, sem preconceitos partidários.

A iniciativa udenista, âe convocar o PSDa uma colaboração mais íntima com o Presi-dente, na medida em que possa identificar,no fortalecimento do Governo, uma condiçãosine qua nem da permanência das institui-ções democráticas, ocorreu em seguida ao epi-sódio do manifesto do Sr. João Goulart, lidoãa tribuna da Câmara, ainda que a contra-gosto, pelo líder do PTB,

As reações provocadas'pelo manifesto dei-xaràm mais uma vez definido com clarezaque o poder do Marechal Castelo Branco naárea militar está, cada vez mais, condiciona-ão ao seu poder âe coordenação e ãe coman-do das correntes políticas civis. Na medida emque o Presiáente conseguir agrupar os par-tidos e as lideranças civis, em torno dos obje-iivos do seu* Governo, que são, no funáq^ osobjetivos autênticos áa revolução, estará for-taleciâo no seu esforço áe recompor a disci-plina militar, impondo às diversas correntesa prevalência dos compromissos com o regi-me democrático e as liberdaáes populares.Entenáe-se, assim, que, não tenâo o PSDobjetivos anti-revolucionários a defender, nalinha ãe uma composição com o janguismo,sua posição será ao lado do Governo, que se-ria, hoje, a única maneira, no entender dosdirigentes udenistas, de estar ao lado ão re-gime, lutanto, ativamente, por sua sobrevi-vencia e por seu fortalecimento.

O Sr. Bilac Pinto dará seguimento à ini-ciativa âos líderes parlamentares do seu par-lido, dispondo-se a procurar o Sr. AmaralPeixoto, Presidente do PSD, na próxima se-mana, para um exame comum da situaçãopolítica e dos deveres que se impõem aos par-tidos.

O Sr. Martins Rodrigues deixou, ontem,Brasília rumo ao Rio, onde iria, num progra-ma de televisão, pôr em relevo a participaçãodo Congresso na obra revolucionária e a co-laboração que o PSD tem dado ao Governo,através áas votações no Congresso. Nas suasconversas com os Srs. Aâauto Cardoso e Emâ-

. ni Sátiro, o líder pessedista mostrou-se sen-sível às realidades políticas ressaltadas pelaUDN, embora, novamente, tenha lembradoque partem ãa UDN e não do PSD as mani-festações mais restritivas ou agressivas con-tra o Governo e contra a própria revolução.¦ Está consciente o Sr. Martins Rodrigues ão> papel que desempenha no momento o Presi-dente Castelo Branco c da importância queterá a cooperação política mais volumosa ãoPSD e da UDN à Chefia do Poder Civil.

Essa procura da colaboração pessedista,¦por parte de próceres destacaâos âo princi-¦pai partiâo do Governo, não áeixa áe estarrelacionada com as dificuldades que uãenis-tas, como os Srs. Carlos Lacerâa, Herbert Le-vi, João Agripino e outros, vêm criando àafirmação de uma sólida frente politica deapoio nao apenas passivo, mas agressivo aoGoverno Castelo Branco. Convocando o PSD,a direção da UDN como que se dispõe a en-frentar, fora da sua área, os problemas quedentro dela lhes vêm criando correligionáriosmais afoitos ou menos atentos aos seus ãe-veres para com as instituições oriundas domovimento revolucionário.

Habeas-corpusNas suas conversas com dirigentes da

UDN, o Sr. Martins Rodrigues lembrou que o. Governo poderia dar, a esta altura, uma con-tribuição efetiva à consolidação da ordem ci-.vil, impedindo o sucessivo desrespeito às ãe-cisões da Justiça.

Sucessão na VD'NA UDN, à margem do problema de con-

vocação ou não da convenção extraordinária;pedida pelo Sr. Carlos Lacerda, já está cogi-tando das providências a tomar para a con-venção ordinária de março do próximo ano,quando será eleito o nôvo presidente do par-tido. '

A necessidade de se reunirem, dentro dedois ou três meses, as convenções estaduaispara indicarem seus delegaâos à conveiiçãoorâinária, poderá deslocar o centro de inte-rêsse na crise que abala o partido. O presi-dente da UDN, a ser eleito em marco próxi-mo, será o chefe âo partiâo por dois'anos. ouseja, por todo o período durante o qual searmará a batalha da sucessão presidencial daRepública.

A* sucessão do Sr. Bilac Pinto será, pro-vàvelmente, disputada pelas principais cor-rentes e secções do partido, apontando-secandidatos em Minas, ua Guanabara, emSão Paulo e na Bahia. Tudo indica que o cen-tro da luto. se deslocará da linha Minas ver-sus Guanabara para a linha Guanabara ver-•' sus Bahia, que seriam as duas seccões que se'âispõem a comandar a sucessão presidencialãe 196G. Na Bahia, os nomes mais em evi-dência são os dos Srs. Rui Santos e AntônioCarlos Magalhães e na Guanabara aponta-seo Sr, Adauto Cardoso, o qual, todavia, condi-

. cionaria sua candidatura a uma tomada âeposição unânime ãa secção estaãual a quepertence. São Paulo, toãâvia, como a secçãomais tipicamente lacerâista, poderá reivindi-car para o Sr. Abreu Soáré o comando ão par-tião, pelo período em que âeverão os uãenis-tas se concentrar na campanha em favor âoSr. Carlos Lacerâa.

Rumores desmentidosO Sr. Bilac Pinto, áepois de necessárias

averiguações, desmentia, ontem, os rumoresalarmistas, circulantes na véspera, a respeitodas repercussões ão manifesto do Sr. JoãoGoulart. ¦,..-, Carlos Castello Branco

IV Exército divulga documentos queenvolvem o próprio Marechal Taurino

Recife (Sucursal) — Já não é Recife, 26 agosto 19(H Segundo

o Exército. A. m«m>Tt.ci.c (Sucursal) — Já não ésó o economista Sérgio Cidadede Resende o envolvido pelosIPM.1; do Recife, mas o próprioMarechal Estevão Taurino deResende, que escreveu ao filhounia caria que cniu nas mãosdn.s autoridades militares, acon-selhando-o a não fe declararcomunista caso fosse proso.Essa carta é datada de 9 ciejulho.

Ontem, o Comando do IVExercito distribuiu uma sériede reproduções fotográfica'?, dedocumentos, bem como duasfotografias de muros do Reci-fe pichados com as frases Tau-rino contra ns Ourila e TodosSomos filho de Taurino. A re-produção fotográfica de umacédula de CrS 10 com a inseri-ção "Arrais voltará com Tau-rino", também foi distribuiria.CONFIRMAÇÃO

O oficio n.° 3-IPM Reservado,datado dé 26 de agosto de 1964tem o seguinte teor:"Do Tcn-Col. Manoel yCostaCavalcanti, Ene. de um IPM

Ao Exm.° Sr. Gen'. I.aacNnhon, Chefe do ÈM/IV Exér-cito

Assumo: Confirmação de (so-licita)

A fim de instruir o InquéritoPolicial Militar cie que mo achoencarregado e, tendo em vistaconstar nas diligências até ago-ra efetuadas que o Exin,6 Sr.Mal. Estevão Taurindo de Re-sende declarou na presença doExm.° Sr. Gen. Antônio Car-Ics Murici e na de V. Ex.°.que seu filho, Sérgio Cidade deResende era o encarregado deorganizar fundo para o "Socor-ro Vermelho" e que fazia Istopor razões humanitárias, dc vezque era muito sensível ao sofri-mérito alheio, solicito a V.Ex.a, confirmar, se for o caso,as aludidas declarações. (A)Manoel Costa Cavalcanti —Tan.-Cei. Ene. de um IPM".-

General Isaac Nahon, depróprio punho, deu o seguintedespacho:"Reservado. Do Gen.-Bda.Isaac Nahon

Ao Sr. Ccl. Manuel CostaCavalcanti, Ene. IPM

— Restituição, informandopositivamente.

Recife, 26 agosto 1964(a) Gen.-Bda. Isaac Nahon,

Ch EM/IV Ex."Em tempo: presenciou asdeclarações contidas neste ofi-cio. também o Sr. Cei. AntônioBandeira, Chefe dn 2." Seçãodo EM/IV Ex.

Data supra — Isaac Nahon,Ch EM/IV Ex."

O Coronel Antônio Bandei-ra, por sua vez, escreveu aoalto do oficio a seguinte In-formação:

"Confirmo as d e c 1 a raçõesatribuídas ao Exm.° Sr. Mar.Taurino de Resende e contidasneste ofício. Recife, 27 doagosto 64 — Antônio Bandei-ra. Cei.".

AGITAVA NO INTERIOR

O Professor Sérgio de Resen-de, interrogado quinta-feira ánoite pelo Serviço Secreto doExército, reafirmou o teor dosuas acusações ao atual Go-vêrno, contidas no manifestoque distribuiu aos seus alunose que provocou sua primeiraprisão. Foi reconhecido, naocasião, por um policial daDOPS pernambucana comosendo o estudante que com 300camponeses tentava invadir oForo Serinliaem. ainda no Go-vèrno Anais, cm março desteano.

O policial reconheceu o íl-Iho da Marechal Taurino aover uma fotografia sua publi-cada no Diário de Pernambucoe confirmou o reconhecimentocm depoimento perante o Ten-Cei. Hélio Ibiapina Lima, quepreside o inquérito, e do Ca-pitão Noaldo Alves Silva, queserviu dc escrivão. Cópia doTermo dc Inquirição de Tes-temunha foi distribuída á im-prensa.

Durante seu depoimento,prestado quinta-feira. Sérgio deResende diferenciou gòrlla deuorilismo, classificando de go-i-;ia o General Moürão Filho.PANFLETOS

O Exército distribuiu à im-prensa, reprodução fotográficade cédulas de CrS 10. queestavam circulando no Recifecom a inscrição Arracs voltarácom Taurino, escrita a tinta.

Segundo o Exército, à. mesmahora em que Sérgio estavasendo libertado do Quartel doDerby — onde foi preso aindanas escadarias — do alto dealguns edifícios da AvenidaGuararapes estavam sondo ati-nulos panfletos mlmeografados,constntando-se que o sentidoe a linguagem empregada nomaterial .subversivo são ldên-ticos aos do manifesto deSérgio.

O.s panfletos, segundo dos-eriçáo de um .tornai do Reel-íe são "confeccionados em mi-meógrafo a álcool, letras azuise de pequeno tamanho",.

O QUE DIZEM

Um dos panfletos é dirigi-rto "Ao Povo de Pernambuco"e diz: "Protelamos Sérgio Re-sende, o gaúcho valente e con-victo. Os gorllas vão argu-mentar que éle, sendo indicia-do, o pai náo tem condiçõespara ser encarregado do IPM!Isto é absurdo, Marechal! Sér-gio era a nossa garantia, anossa segurança! Vista suafarda. Marechal! Nós sempretivemos seu apoio! Não nosdesamparei"

O outro panfleto, distribui-do aos jornais pelo Comandodo IV Exército, diz:

"Medite e conclua. O Po-fler legitimo estava com Gou-lart, Arrais, Seixas Dória.Bad-ger Silveira e Pelópidas. OPoder legitimo desses patriotasfoi usurpado por Castelo Bran-co. comandando as forças re»volucionárias e divorciadas dopovo. Um mandado de segu-rança é a reforma do Poder-A decisão da Justiça é inrils-cucível. Abaixo o Ato Insti-racional! Viva a Constituição!Viva o verdadeiro PCB! Lutepor Sérgio cie Resende e Sei-;:„s_ Dória; a luta pela liber-tação deles é a nossa vitória!Viva o PCB imortal e inven-cível! Fora os usurpadores! Opoder de Castelo Branco é ile-gítinio e ilegal! Marchemospara a libertação dos patno-tas e para o mandado de se-gurança! A Justiça resolveráo problema! Viva o PCB!"

Amigo de Sérgio depõesobre carta de Taurino

A carta do Marechal Taurinode Resende ao seu filho, cujacópia foi divulgada pelo Co-mando do IV Exército, foi apre-endida na residência de LuisGuilherme Vassalo. Na repro-dução fotográfica de fls. 2 680do IPM presidido pelo Tenen-ts-Coronei Hélio Ibiapina, re-lerente ao depoimento di- LuisVassalo há o seguinte trecho:

."Perguntado para que tiroufotocópias da carta do. Maré-chal Taurino a seu filho Sér-gio, com data de 9 de julho de1964 e que foram encontradasna residência do depoente, pelaPolicia Civil, conforme auto deapreensão, res]>ondeu que émentira, nunca viu isso e nem

ésse envelope. Perguntado senão acha justo fazer a respeitodas fotocópias as mais diversashipóteses, inclusive a de chan-tagem. respondeu que a imagl-ilação de cada um e fertilíssi-ma, podendo imaginar milhõesdc idéias. Perguntado se nãoacha que cometeu um gravedeslize, respondeu que sim, notocante a ter aberto a carta,quanto a fotocópias, insiste quenão a.s tirou e que não foramencontradas em sua residência."

Mais adiante, ainda no quese refere á carta:"Perguntado porque foi dire-tamente. digo, por que não foidiretamente procurar Sérgiopara lhe entregar a carta, res-

pondeu que não sabendo ondeestava Sérgio, em virtude desua prisão, procurou o GeneralMurici e fêz entrega da carta.Perguntado se não tinha emmente embaraçar o GeneralMurici, fazendo-o portador deuma carta ja violada, respon-apu que absolutamente não."

Nesse depoimento, Luís Glll-lherme dos Santos Vassalo con-firma a autoria do manifesto,cie Sérgio de Resende, bem co-mo afirma ter sido o filho doMarechal Taurino o autor dafrase Viva o PCB. escrita numpapel em recinto da Universl-dade Católica do Recife.

O Marechal Estêvão Taurinods Resende, na carta que es-creveu ao filho no dia 9 do mèspassado, convida-o a vir parao Rio, dizendo que conseguiriasua transferência "tudo de for-ma discreta, sem que alguémpudesse pensar que fugias dofogo". Diz, ainda, que a mnlada SUDENE "é uma beleza"para transportar correspondeu-cia particular.

Dcclarando-se anticomunistae assegurando que não renun-ciaria nem abandonaria- asmissões que o Governo e a Re-volução lhe confiarem, o Ma-rechal diz que, passou um rádioao Cei. Ibiapina Indagando sô-bre determinados presos e ad-verte que não convém "porenquanto", pressionar os en-carregados de inquéritos noRecife.

A CARTA

í: a seguinte a corta, cuja có-pia foi distribuída pelo IVExército:

"Rio, 9-7-64.Querido filhoRecebemos ontem tua carta

datada de ontem mesmo, 8! Amala da SUDENE c uma be-leza. De lá avisam para casapelo telefone, dc onde me trans-mitem. Não sei se daqui para aíé rápido assim. Com essa fa-cilidade e rapidez peço-te quenos escrevas seguidamente,principalmente nesta "confusaterra".

3.a-feira. depois que recebiteu telegrama, passei um rádiourgente ao Cei. Ibiapina, ilida-gando se os presos Já haviamsido soltos e restituída a cn-miorieta. Em resposta, recebi oque segue junto.

Meu .filho, náo convém, porenquanto, diante da situaçãoque se criou com a tua "bom-ba". estar eu a pressionar osencarregados de inquéritos aiem Recife, para que não des-confiem que tu é que estás ainsistir, permitindo que dêemuma interpretação diferente aosteus e aos meus também pro-pósitos nobres.

É possível que algum jornaldaqui venha a publicar o ma-nifesto tão logo alguém dai lheforneça. Que venha... Não rou-bamos.nada!... Admiro, meu fi-Iho, c me orgulho multo, mes-

íntegra da cartado pai ao filhomo, de tua coragem moral, tuapersonalidade. Só não concordocom o radicalismo, com os ex-treinos, com aquilo que parecefanatismo, com o culto aos ho-meus etc... Náo quero discutir,principalmente quando houverainda paixões. Quero que meuquerido filho observe, ouça, me-dite sobre o que seu velho paipensa, faz e diz.

No fundo, sabes p-rfeitnmen-te que o nosso idealismo é omesmo, isto é, o nosso senti-mento, o nosso solidarismo pe-los que sofrem e são explora-dos. Eu, sem dúvida, não táoculto quanto tu (refiro-me àquantidade de livros lidos sô-bre determinada filosofia, teo-ria ou doutrinai, mas, maisvivido, mais amadurecido emuito mais sofrido du vida.

Ando abafadíssimo de servi-ço. Chego no MG às 8 hs. Ho-je. mesmo, já sáo 9.30 e nãoconsigo terminar esta.

Falas em prisão, como con-seqüência da "bomba". Nãocreio, náo vejo motivo.

Uma coisa to afirmo: sabereiagir, com energia, exigindo jus-tiça, decência, impedindo bus-cas, perseguições, apreensões,atos desnecessários, enfim. Semdúvida, que em se tratando deti, de um filho meu, minhaação, minha atitude será dife-rente, agirei diferentemente doque com os estranhos, não paracometer injustiças com crité-rios diferentes, mas, há o im-perativo normalíssimo da con-dição humana, o e g oi s m opaterna], nobre, justo. Esperoque me compreendas e me con-sideres justo.

Amanhã chegam Lino (nomequase initeligível) e familia, emférias. Bom seria se aqui pu-desses estar. Náo gostarias devir? Virias trabalhar uma tem-porada aqui na SUDENE. Pen-so que eu conseguiria, Tudo deforma discreta, sem que ai-guém pudesse pensar que fu-gias do fogo. Manda dizer oque pensas e como devo agir.

Admitindo que te chamempara prestar depoimento, pedi-rás oportunidade para dizeresalgo em tua defesa, fora dasclássicas perguntas que o en-carregado do IPM formula. Es-sa oportunidade não pode sernegada a qualquer indiciado.Dirás o que tu és: um homem

Taurino classifica aacusação de "infâmia"

honrado, moderado, pondera-do, valoroso, honesto, decente.Que pensas livremente, pensan-do no bem da coletividade, danossa gente simples o boa, eque é digna de melhor sorte,mas que não és comunista.

Sim, meu filho. A revoluçãohouve, e no momento se empo-nha, para combater o comunls-mo e a corrupção. É o que oshomens'; nós, procuramos apu-rar, Comunismo é ésse apátrl-da, materialista, sanguinário,corrupto também, tipo Fidel,China c Rússia mesmo, que an-da por aí c que os nossos sen-timentos tém que repudiar.

É um comunismo monstruo-so. falso, fingido, mentiroso doque se promete e se devia real-mente fazer pela massa. O cu-munlsmo que nos escraviza, quenos subordina também, dc fato,ao Internacionalismo. Portanto,querido filho, tu, filho de umEstêvão, de uma Tiulnha (no-me ininteligível), irmão de umaBlba, Enio e Toco, não és co-munista desse tipo. Então, éuma questão de inteligência,mesmo porque não trairás tuaconsciência, o afirmares quonão és comunista.

Não quero que íujas parapoupares a minha saúde, paraque eu dure mais tempo. Que-ro, meu filho, que raciocinesmuito, muito, muito mesmo,mas não esquecendo o lado cs-piritual, cientifico, o moral.Não raciocinas com o pensa-mento voltado só para os co-nhecimentos da literatura ma-terialista.

Estás me compreendendo,querido filho. Não sejas obsti-nacio porque te comprometes,negarãs a razão, a verdade!...

Escreve diariamente um Jor-nalzirihò noticioso, para que euacompanhe a solução do "casobomba" e possa agir com efi-ciência e com tempo.

Fiques certo que não renun-ciarei, não abandonarei as mis-soes que o Governo e a revo-lução me confiaram,

Quero te ver alegre, feliz econtente: quero que me vejasalegre, feliz e contente. Abraçoe beijo do

Pai— Náo repares os garran-chos. A cabeça anda braba..."

O Marechal Taurino deResende disse que "esta e amaior infâmia que recebiem toda a minha vida" eque convocará a imprensapara uma denúncia gravesobre a situação. Emociona-do e exaltado, o Marechal

declarou que se fêz uma re-volução para combater acorrupção, o comunismo e aIndústria do anticomunismo.

A um vespertino que o en-trevistou ontem pela ma-nhã, tão logo chegaram aoRio as informações distri-

buidas pelo IV Exército, dis-se o Marechal que o Gene-ral Murici achou muito na-tural a explicação que êlelhe transmitiu sobre ___ aju-da aos presos e seus fami-liares.

Presidente do Supremo Tribunal negacrise entre Judiciário e Executivo

Brasília (Sucursal) — OPresidente do Supremo Tri-bunal Federal, Ministro Ri-beiro da Costa, num encon-tro informal com os jorna-listas, disse que não há ne-nhuma crise entre Judicia-rio e Executivo, que estãofuncionando independentese harmônicamente, comoquer a Constituição.

Sublinhou que em todasas revoluções há sempre —e inevitavelmente — os des-contentes, os exaltados e atémesmo os desesperados, masos de bom-senso, os pruden-tes e os sensatos são emmaior número e sempre pre-valecem.

CASO DO RECIFE

Disse o Presidente do Su-premo que o descumprimen-

to de um habeas-corpus con-cedido ao professor SérgioCidade de Resende, se con-firmado, já que não recebeunenhuma informação oficial,e apenas um caso isolado,que não reflete o pensamen-to e a ação do Presidente daRepública, que tem dado rei-teradas demo nstrações deseu apreço ao Judiciário-

Na conversa, deixou claroque, para o STF, tal é a nor-malidade da vida constitu-cional do Pais que, se ai-guém não cumprir suas de-cisões — "seja lá quem fòr"— será regularmente proces-sado e punido, nos termosde nossas leis, já que "ai dopaís em que sua Justiça fôrlevada ao descrédito cia opi-nião pública, o que repre-sentaria a falência comple-ta das próprias instituições".

Guedes manda levantarintervenções em Minas

Concurso no Judiciárioexpurga antes do exame

Belo Horizonte (Sucursal)— O Comandante da 4.1V Re-gião Militar, General LuisGuedes, já determinou àsautoridades militares sob seucomando que levantem asintervenções nos órgãos fe-dèrais e sindicais, mas disseque os IPMs já instauradosirão até o final, para que osque se envolveram em sub-versão e corrupção recebamas penas previstas na Lei deSegurança.

O general disse que en-viou circulares aos interven-tores militares da União Na-cional dos Servidores Públi-cos de Minas, da SUPRA, daACESITA, ficando a extin-

ção das intervenções nossindicatos a cargo da Dele-

gacia Regional do Trabalho,cujo Delegado já recebeu,também, circular a respeito.

Para as provas do Concursode Juizes, que se iniciam hojena Pontifícia Universidade Ca-tólica, estão sendo chamadossomente 211 dos 350 candidatosinscritos, já que a Comissão doConcurso, aplicando os disposi-tivos do Ato Institucional, eli-minou 139 candidatos conside-rados "sem codições para pres-tação de exames".

O concurso visa a preenchervagas de Juiz do TrabalhoSubstituto e Juiz do TrabalhoPresidente de Junta de Conci-liaçáo e Julgamento. As provas

serão realizadas aos sábados.apartir de hoje, devendo termi-nar a 19 de setembro.EXAMINADORES

A Comissão Julgadora, sob apresidência do DesembargadorPresidente do Tribunal Regio-nal do Trabalho, será compostados deguintes membros: De-sembargadores Amaro Barretoda Silva, José de Morais Rat-tes, Prof. Leonel de AndradeVeloso, Catedrático da PUC eAlfredo da Rocha Leão, da Or-dem dos Advogados do Brasil.

PTB parecer aosCrS 70 milhões à CGI

nega Demitidos 36 servidoresda Petrobrás nà Bahia

l.a cer d a aplica o Ato ea posenta desembargador

O Governador Carlos Lacei'-da, aplicando o Art. 7.° do AtoInstitucional, aposentou, on-tem, o Desembargador RizzioBarandier. do Tribunal de Jus-tiça da Guanabara, em virtudede haver sido acusado de im-probidade e falta de exação nocumprimento do dever pela co-missão presidida pelo Secreta-rio de Justiça, Professor Alei-no Salazar.

A noticia da aposentadoriado Desembargador'Rizzio Ba-randier repercutiu no Foro.agravada pela informação defonte fidedigna de que na pró-xima semana um nôvo Dosem-bargador será atingido pelo ex-purgo no Estado da Guanaba-ra, pelas mesmas razões.

CONTRA-ACUSAÇÃO

O Desembargador Rizzio Ba-randier exercia suas funções na1(* Câmara eive], sob a presi-

dência do Desembargador El-mano Cruz. Na última semana omagistrado deixou de compa-recer às sessões da Câmaraporque fora intimado pela co-missão que apura a subversãoou a improbidade administra-tiva no Estado a apresentardefesa, no prazo de oito dias,sondo-lhe facultado o acessoaos autos do inquérito para ve-rificaçáo das provas coligidas.

Na defesa que apresentou, oDesembargador Rizzio Baran-dier disse que estava sendo vi-tinia de uma vingança do Pro-fessòr Alcino Salazar, a quemcontrariou interesses ao julgaruma ação em que o Secretáriode Justiça era advogado deuma das partes. Negou asacusações de improbidade ejustificou o atraso nos proces-sos em virtude do acúmulo deserviço existente na Justiça emgeral.

Brasilia (Sucursal) — O Vi-ce-Lider do PTB, DeputadoJoão Hereulino. recusou-se arelator, na Comissão de Fisca-lização Financeira da Cama-ra. o projeto que pede CrS 70milhões para custear os tra-balhos da Comissão Geral dcInvestigações, embora achan-oo •'muito bonito" o númeroque tomou o projeto, isto é2 2Ü2.

O Sr. Joáo Hereulino dcvol-veu a proposição dizendo quese a relatasse daria parecer fa-vorável, pois quer que "todosos ângulos dos acontecimentosdo Governo anterior, da vidapública do Pais, tenham a maisampla e geral investigação, omais amplo e geral estudo".

NEGATIVA

— Todavia, â sombra dessaCGI fatos gravíssimos têmacontecido, ferindo o.s direitosindividuais, as franquias de-mocráticas e o.s direitos do Ho-mem. Eu não poderia, de ma-neira alguma, emprestar mi-nha colaboração nesse pro.ie-to. pois êle tem por objetivodar recursos para que a CGIpossa continuar os seus tra-balhos.

Referiu-se ao requerimento

pedindo criação de CPI puraapurar denúncias contra o Co-roncl Ornaldo Raposo, que pre-side o IPM da Caixa Económi-ca:

— Tremeram os alicerces daRepública, por um simples re-querimetíto pedindo uma CPI.Tu-Jo deixou entrever que. ro-o nte, havia culpa no cartó-ri . que realmente eram come-tidas arbitrariedades pelo ml-litar.

PANASCO

No Rio. ontem, logo após oalmoço, o Presidente da Re-pública recebeu o General HugoPanasco Alvim, que preside oIPM nacional. O Chefe daCasa Militar, General ErnestoGeisel, explicou que o Gene-ral Panasco Alvim tratara ex-efusivamente do andamentocios IPMs.

Desmentiu, mais uma vez. anoticia que loi publicada naGuanabara, do que o Presl-dente interferira junto às au-toridades do IV Exército paraque fosse cumprida sentençado Supremo Tribunal e postoem liberdade ò filho do Ma-rechal Taurino «le Resende,

Salvador (do Correspondeu-te• — Cemo resultado dos in-qúérltos realizados na Petro-Ir.';..., 38 funcionários .serão de-mitidos, estando entre elos ocx-Deputàdo Federal Mário Li-ma, que ainda está preso, em-bora com ordem de habeas-eor.ms já concedida polo STM,e o ex-Deputado Estadual Wll-ton Valença. O primeiro íoienquadrado em crime de sub-versão, o segundo, de corrup-ção.

O ex-diretor do ISEB, Prof.Álvaro Vieira Pinto, a cami-nho do exílio na Iugoslávia,

passou por Salvador no car-gueiro KRK. dizendo levarsaudades de sua mãe de 84anos que náo espera encontrarviva se acontecer cie voltar àPátria.

O Professor Álvaro VieiraPinto, que viaja nç cargueiroiugoslavo acompanhado de suamulher, D. Maria Aparecida,lamentou não poder descer naterra baiana. Admite que en-contrará trabalho facilmentena Iugoslávia em virtude desaber falar e escrever correta-mente várias línguas.

STM deu três habeas erejeitou um de militar

O Superior Tribunal Militaiconcedeu ontem três ordens dehabeas-corpus — por incompe-tên.cia cia Justiça Militar — jul-gou prejudicado um pedido enf-gou o pedido do ho boas-cor-pus ao subtentnte Gelei Ro-drigues Correia, o pá"n-que-nista que pronunciou discursono auditório do IAPC, numahomenagem ao Marechal Osvi-no Ferreira Alves — sem o com-ivvecimento do Marechal.

Foram concedidos habeas-corpus aos civis Benedito RegoMonteiro, Cláudio Palha' Mo-

raís Bittencourt e Osvaldo An-Umes Chavos de Resende. FoiJulgado prejudicado o podidocm favor do 2.°-sargçnto José_:lcon Gomes, cujos autos ti-nham sido encaminhados à, Jus-ti-a comum. Na rejeição ciopedido dc habeas-corpus emíavor do subtenante Gelei, queeslá preso desde 10.de julho,.sob acusação tíe "atividadessubversivas de natureza grave",só quem votou pela concessãofoi o Ministro-Relator Murgelde Resende,

Jornal do Brasil, Sábado, 29-8-04, i.° Cad. — 5

Salazar acha que deputadosno Supremo podem causarintervenção na Guanabara

O Secretário de Justiça cia Guanabara, Professor Al-cino Salazar, disse ontem, ao JORNAL DO BRASIL, que arepresentação feita pela Assembléia Legislativa ao Supre-mo Tribunal Federal, visando a anulação do ato do Gover-nador Carlos Lacerda, que sancionou leis com base 110 AtoInstitucional, poderá redundar em intervenção federal naGuanabara.

— E o mesmo objetivo — afirmou — partindo, com ai-sumas exceções, daqueles mesmos que ao tempo do Sr. JoãoGoulart não se conformavam com a resistência do Goverinador da Guanabara aos desígnios subversivos do Presi-dente que a Revolução depôs. É mais uma tentativa re-vanchista, entre outras.

COMEÇA NO PORTÃO

ÍMPEACHMENT

Entre os "fins de direito"com que a Assembléia Legisla-tlva, termina sua representa-ção ao Supremo Tribunal Fe-deral, encontram-se a inter-vonção federal, a ser decretadapor lei federal, ou o impeaçh-

mcnt, ou seja, a alegação doque a violação do texto cons-tltucional, a usurpação de iun-ções e o abuso de poder, casoreconhecidos na decisão do Su-premo, constituiriam infraçõesfuncionais previstas na lei cs-pecííica ou na Constituição es-ladual.

Deputados terão maissessões para projetos

O Presidente da Assembléia,Deputado Vitorino J a m e s,anunciou, ontem, ao plenário,que os líderes, reunidos, coma Mesa decidiram realizar ses-.soes extraordinárias para de-sobstrulr a pauta da ordemdo dia, onde figuram 300 pro-jetos de lei, aguardando deci-são.

Ao encerrar a reunião deontem, o Sr. Vitorino Jamesconvocou outra, extraordinária,para hoje, às lOh, a íim do

desobstruir os trabalhos. Emquestão de ordem, o Sr. PauloRibeiro, (PTB) criticou a deci-pão, dizendo-a onerosa para o.scofres públicos e inteiramenteinútil, porque a Assembléia nãodeveria aprovar qualquer pro-jeto, enquanto o Supremo Tri-bunal Federal não decidir só-bre o ato do Governador queoutorgou leis não aprovadaspelo Legislativo, afrontando aautoridade legislativa.

Ato aplicado reduz odéficit em 30 milhões

• O Secretário de Governo,Deputado Célio Borja, seráportador, segunda-feira próxi-ma, da mensagem tio Governa-dor Carlos Lacerda ao Legis-lativo, encaminhando a propôs-Ta orçamentária para 1965, aqual consigna uma receita decerca de CrS 400 bilhões c umdéficit reduzido de CrS t!0 pavaCrS 30 bilhões, em virtude daInclusão da taxa de obras eempreendimentos, conseqüentede mensagem já promulgada,com base no Ato Institucional;

A mensagem chegará ã As-sembléia no último dia do pra-

-/.o fixado (pela Constituição doEstado para sua remessa, E aComissão de Orçamento e Fi-hanças, nos primeiros contatosestabelecidos para tratar doassunto, deliberou, em princi-rpio, não tomar conhecimentodaquelas taxas quando da apre-ciáção da matéria, em virtudede estarem elas pendentes dejulgamento do Judicia rio.

Ontem a Comissão de Finan-ças apreciou vários créditos daAssembléia, englobadas numasó proposta e destinados a di-íerentes setores, inclusive a rc-formas no plenário.

Elisete vai interpretarVila-Lôbos no TeatroMunicipal de São Paulo

São Paulo (Sucursal) — Elisete Cardoso InterpretaráVila-Lôbos, em concerto no Teatro Municipal de São Pau-lo, dia 12. Foi convidada pelo maestro Diogo Pacheco, eapresentará a Bdchiana n.° 5, para orquestra de violon-celos e voz.

A idéia do maestro Diogo Pacheco não é nova e, se-gundo êle, foi depois de ouvir o disco Canção do AmorDemais e, particularmente, de ouvi-la cantar Modinha, deVinícius, que teve certeza da capacidade de Elisete de adap-tar-se, perfeitamente, ao gênero da música de câmara.

TESTE E EXPERIÊNCIA

A única dificuldade seriaElisete não possuir extensãovocal necessária para interpre-tar a obra de Vila-Lóbos. Noentanto, tim teste feito com acantora mostrou que sua vozse adapta perfeitamente ítobra.

Diogo Pacheco falou que estaé a primeira experiência comcantoras de. música populardentro da música erudita. De-pois. o maestro realizará con-certos com outros cantores po-pulares interpretando músicasmedievais. Esta Idéia velo dofato de que as músicas medle-

vais, de caráter popular, sãointerpretadas por cantores ul-tra-eruditos, fazendo com queelas percam sua originalidade.Assim, nada mais certo, diz omaestro, que cantores popularessejam os intérpretes de músicaspopulares da Idade Média.

Além de diversos argumentosfavoráveis a Elisete Cardosopara a interpretação da mú-sicá erudita, Diogo Pachecoacredita que sua atuação comocantora popular levará muitagente ao Teatro Municipal. Eassim — finaliza —¦; tomarãoconhecimento da obra de umdos maiores compositores daatualidade.

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Fontenele com 450 homense 27 máquinas muda hojeo trânsito na Zona Norte

Alceu dirá hoje que maiorvirtude de Gilberto Amadoê ter mantido a liberdade

O acadêmico Alceu Amoroso Lima dirá hoje. ao sau-dar o escritor Gilberto Amado eiii seu ingresso na Acade-mia Brasileira de Letras, que a glória maior do novo imor-tal é ter-se mantido um homem livre "ao atravessar asvicissitudes déste século de repintadas e rebocadas servi-does", mantendo-se fiel ao verdadeiro espírito da culturahumana.

Ao rememorar a vida do escritor pernambucano, atra-ves de suas obras e vivência diplomática, afirmará o Sr.Alceu Amoroso Lima que Gilberto Amado "não se deixoulevar pelos sofismas reacionários da pseudocultura to-talharia das Direitas, nem pelos apelos revolucionários dapseudocultura eolctivista das Esquerdas".

Políticos japoneses queintegram a Dieta visitama Câmara dos Deputados

Brasília (Sucursal) — A Câmara dos Deputados rece-beu ontem à tarde a visita de cinco membros da Dieta —Câmara de Representantes do Japão — liderados pelo Depu-tado Shinzo Tsubokama, da bancada do Partido LiberalDemocrático Japonês, que realizam uma excursão pela Amé-rica do Sul.

Ao JORNAL DO BRASIL, numa entrevista exclusiva, oDeputado Rokusuke Tanaka, também representante doPartido Democrático, informou ser a conveniência ou nãoda adesão do Japão a um convênio coletivo, com 87 ou-trás nações, na Organização Internacional do Trabalho, oprincipal tema de debates legislativos na Dieta nos últimosmeses.

COMUNISMO

— Nós nfio nos ocupamosjá tanto com o problema docomunismo, pois a ameaça étão antiga e tão constante,que, talvez por isso mesmo, jáestejamos habituados a ela —informou o deputado.

Sóbre problemas internos ja-ponèses. disse o Deputado Ta-naka que é a agricultura quemais preocupa os legisladoresde sua terra. Revelou que oJapão cuida de organizar umplanejamento de. produção alongo prazo, até dez anos, sopossível, pretendendo ao finaldesse tempo, ter dobrado orendimento individual de. seuscidadãos.

ORÇAMENTO

— Além da. elaboração doorçamento, que sempre tomagrande parte de nosso tcr..po,cuidamos, seriamente de incre-menta/r os. empreendimentosagrícolas que se têm reveladoInsuficientes nos últimos anos— explicou ainda o deputado.

O Poder Legislativo japonêsque entrou em recesso, há pou-cas semanas, só retomará seus

trabalhos normais após a rea-lização dos jogos olímpicos, ase realizarem em Tóquio.

Da delegação que ontem vi-sitou a Câmara e que foi sau-dada e aplaudida pelos depu-tados brasileiros, participaramos Srs. Shinzo Tsubokama(Chefe), do Partido Liberal De-mocrático, do Governo; Shl-gemtsu Aknegakubo, do Parti-do Socialista. (Oposição); Hl-deo Nakaslma, do Partido So-cialista (Oposição); RokusukeTanaka, do Partido Liberal De-mocrático, Reiichi Takendii, doPartido Liberal Democrático eKeiichi Ogiu, que funciona co-mo Secretário da comitiva.

BRASÍLIA

No encontro com o Prefeitodo Distrito Federal, os mem-bros da Dieta, falando sóbreBrasília, acentuaram que a suaconstrução em curto esparçode tempo revelou pnra o mun-do a potencialidade do Brasil-

Antes da visita à Câmara eSenado, as parlamentares fo-ram homenageados, as 12h30m,com um almoço no Clube doCongresso, retornando ao Riode Janeiro às 191_30m,

"UM AVENTUREIROPOR NATUREZA

Lembrará o Sr. Alceu Amo-roso Lima que. em 1922. no pró-prio ano da. rutura entre osmodernos e os. antigos, Gilber-to Amado chamou a Academiade "conselho municipal de lite-ratura".

E não havia, nesses idospassados, maior insulto parauma assembléia qualquer, deletras ou sem elas, do que com-pará-las ao nosso velho Con-selho Municipal, antes mesmode marcado com o estigma deGaiola dc Ouro. Fóstes,, tam-bém, daqueles que escarnece-ram desta Academia, onde há'meio século vos aguarda umlugar de honra.

E continuando:Sois por natureza um

aventureiro, um descobridor,um poeta, como todo bom ser-tanejò, .sempre impelido pelovento capiíoso da indepen-dência.

Em seu discurso, dirá ainda.o acadêmico Alceu AmorasoLima que Gilberto Amado íi-cou fiel ao .verdadeiro espíritoda cultura humana, "cujamaior tarefa, em'nossos dias. éimpedir que se confunda omeio-termo com a mediocrida-de, o equilíbrio com o ecletis-mo, a. moderação com a covar-dia, o diálogo com a conversafiada, o perdão com a fraque-za moral.

A verdadeira cultura —frisará — é animada pelo espi-rito analítico: isto é, o que co-loca cada, coisa no seu lugar esustenta que a independênciade valores é a base fundamen-tal da sua independência, aopasso que a falsa cultura émarcada pelo espírito dialético,que prega a supremacia dasadversativas, sóbre os da copu-lativas.

E mais adiante:Vossa sutileza de espirl-

to, Senhor Gilberto Amado,compreende perfeitamente quenáo estou jogando com pala-vras, por simples barroquismolingüístico, mas com os maisexpressivos conceitos dos maispatéticos fenômenos sociais denosso tempo. Sabeis perfeita-mente que um abismo nos se-para dessa bellè epoque do dl-lentatismo cultural, durante aqual decorreram a nossa ado-lescêncla e a nossa mocidade.

OS DOIS PÓLOS

Vivestes sempre — con-tinuará o acadêmico AlceuAmoraso Lima na saudação aGilberto Amado — solicitadopor ês.ses dois pólos: o da açãoo o do pensamento, o dos fatose o das palavras. Obedecclsbem demais àquele imperativopreceito da preparação poética,de que os bons poetas não sãoaqueles que procuram a inspira-ção, mas os que dela fogem esó se entregam às implacáveisMénades do verso, quando nãoconseguem delas escapar. Soisum deles. E dos mais fiéis àregra. Embora toda a vossa vi-da encontrasse na poesia ovasso ambiente natural.

Em seguida, citará um fechodas memórias de infância deGilberto Amado, no qual oimortal diz que "o menino con-tlnuou dentro de si e é à suapresença militante e buliçosano espírito do homem feito,que atribui haver encontradono fato de viver a plenitudeque a criança encontra nobrinquedo".

CONTRADIÇÕES

Dirá ainda o Sr. Alceu deAmoroso Lima em .seu discurso:

— Não sois vós mesmo, Se-nhor Gilberto Amado, um mun-do também de contradições?.Náo há, simultaneamente, em

vosso espirito a saudade do Ita-porariga e o espirito rie Gene-bra? Não cantam, em vossa me-mórla, ao mesmo tempo, a vozde Dona na e o eco das sereias?Nâo dialogam dentro de vós oágnosticismo dos positivistasque embalaram a vossa moci-dade e as ladainhas de vossainfância? Como sois o opostodo romântico ou do liberal, náopermànecestes no dilaceramen-d», a que se referia Nabuco,nem vivestes angustiado comas vossas contradições. Ven-ceste-as com a maior riàtúrall-dade, como clássico, imbuído doespírito goethiano, e como pri-mitivo, apegado sempre aosguaiamuns do Vaza-Barris.

Sóbre o estilo do poeta, fri-sara o Sr. Alceu de AmorosoLima que é, ao mesmo tem-po. singularísslmo e comunica-tlvo, "a harmoniosa fusão deelementos aparentemente anti-téticos é um segredo da magiaincompnrável de sua expres-são".A POESIA

Poesia, para vôs — con-tinuará a saudação — não écomo o vulgo pensa, a fuga àrealidade, mas pelo contrário,a mais aguda penetração noâmago do ser. Poesia, como di-zeis vós, como critico e comoo praticais como operário, pre-guiçoso mas adestrado, do ver-so, é concretitude. Um poetavê — porque vê, sente, ouve,cheira, palpa — mais concre-ta mente do que os outros In-divíduos, isto 6, as coisas, ossons, os perfumes, as formasse lhe manifestam com maisintensidade do que ao comumdos mortais, Essa profissão, defé realista, na vossa filosofiado verso, que é precisamente ada poesia mais moderna, noBrasil e alhures, correspondetambém, em nossa vida, à pro-fissão de fé realista da vossaparticipação na política e, acl-ma de tudo, do vosso humanls-mo brasileiro.A BONDADE

E prossegulndo:Deslaco, de modo especial,essa vossa apologia da bonda-de como um traço fundamen-tal do humanismo brasileiro,

e procuro aproximá-lo da vossadenúncia de 1913 contra o fa-natismq de que profèticameri-te então nos advertieis, porqueésse fanatismo é o desprezopela bondade e constituiu atéhoje o mais premente perigoque nos ameaça.

Ninguém, entre os nossosescritores, escreveu com tantoconhecimento 'de causa c tantobrilho sóbre coisas estrangeirascomo vós. Nem Eduardo Prado,nem Nnbuco. Nem os moder-nos, a partir desse magníficoAntônio de Alcântara Macha-do. Mas ninguém, por outro la-do, permaneceu tão fielmenteligado á sua, terra e à sua gen-te como vós. Senhor GilbertoAmado, que nos momentos maissolenes de vossa vida de Em-baixador, Unheis o pensamen-to preso âs vossas reminiscên*cias de itaporanguense.

Passastes, em pouco tempo,de Paris a Nova Iorque, dodeslumbramento cultural davelha Europa, aos mistériosprofissionais de representantepermanente do Brasil, desde1948, na Comissão de DireitoInternacional das Nações Uni-das. Começou então o vossotrabalho silencioso por ésseideal de intercomunicaçâo in-ternacional e de paz univer-sal que havíeis delineado nosescritos proféticos de vossa ju-ventude.

Terminando a saudação, afir-mnrá o acadêmico Alceu deAmoroso Lima: — Sede bem-vindo, Senhor Gilberto Ama-do, a esta Casa do mais uni-versai dos nossos escritores.Aqui vos sentireis perfeita-mente à vontade, porque soistambém vós um mapa-múndi.

O Departamento de Transito mobilizará, um efetivo de450 homens entre soldados da Polícia Militar e colabora-dores, 12 motocicletas e 15 carros comandados pelo Coro-nei Fontenele, para dar inicio hoje, ãs 14 horas, ao novo.sistema. de tráfego na Zona Norte, que atingirá direta-mente a Tiiuca. Graiaú, Rio Comprido, Andarai. Vila Isa-bel, São Cristóvão, Engenho Novo e Cidade Nova.

O Diretor da Divisão de Engenharia do Departamentodc Trânsito, engenheiro Faria Júnior, disso ao JORNALDO BRASIL que a operação se iniciará junto ao portão 18cio Estádio do Maracanã, que será o ponto de base. cami-nhando aos poucos até atingir todos os bairros. As prin-cipais alterações serão de inversão de mão de direção eadaptação das novas linhas de coletivos.

ALTERAÇÃO

Além da proibição do tráíe-go de caminhões na AvenidaPresidente Vargas,, que terásua pista externa reservadaaos coletivos e a interna aoscarros particulares e de praça,a Operação-Zona Norte alte-rara a mão de direção cm (31ruas.

O.s lotações deixarão, dentroem pouco tempo, de trafegarnos bairros atingidos pelaOperação, e os bondes perma-necerão apenas na Rua Marize Burros o enire a Muda e oAlio da Boa Vista.

Quanto aos ônibus que vêmdos subúrbios ria Central nãopassarão mais pelas Ruas Con-de de Bonfim e Haddock Lobo,

COLABORAÇÃO

A colaboração do Clube deEngenharia cum o Governoserá baseada em estudos daatual conjuntura econômica doPaís tendo em vista, principal-mente, a repercussão das me-didas antiinílacionárias sóbreo campo específico da Enge-nharia, O resultado dos estu-dos será posto à disposição doExecutivo brasileiro, acompa-nhacio de sugestões.

Outros pontos do programade ação da Diretoria e dos no-vas membros do Conselho-Di-retor do Clube são: (D estimu-lar a especialização profissionaldos engenheiros através rie ból-sas de estudos e estágios deaperfeiçoamento no interiorcomo no exterior do Pais: (2)defender os níveis de honora-rios para os engenheiros, ar-quitetos e engenheiros-agrôno-mos; (3) incrementar o inter-câmbio com as indústrias maisdiretamente Hgacia.s à Enge-nharia: (4) colaborar para oaperfeiçoamento do ensino riaEngenharia e para o estímulo

Juana Castro defende ainvasão de Cuba ao falarna Assembléia paulista

São Paulo (Sucursal) — Na palestra de 70 minutosque fêz ontem na Assembléia Legislativa, a Srta. JuanaCastro recomendou a Invasão de Cuba, "cujo povo vol-tara as suas armas contra o Governo, apoiando as forçasinvasoras, para livrar-se do terror comunista que dominao País".

Depois de indicar que uma ação militar bem organizadapode vencer Fidel Castro — seu irmão — e os 10 mil sol-dados soviéticos existentes na ilha, a Srta. Juana Castrodisse que o povo cubano recebeu com alegria as sançõesvotadas pela Organização dos Estados Americanos e re-novou suas esperanças com a Revolução brasileira.

sendo desviados pelas Ruas 24de Maio e Visconde de SantaIsabel.

ORDEM

O Coronel Américo Fonte-nele, em ordem de serviço bai-xada ontem, resolveu permitiras operações de carga e des-carga em geral — que haviamsido proibidas — no lado es-querdo da mão de direção daAvenida Nossa Senhora de Co-pacabana, no horário das 21às 10 horas.

Ficarão excetuados desia me-diria, as metades dos quartei-rões imediatamente anterioresaos logradouros onde entramos coletivos à esquerda.

CALMAPARARECEBER

A Irmã de Fidel Castro che-gou à Assembléia Legislativapouco depois de encerrado otumulto causado pela apresen-tação do requerimento no qualo Deputado Paulo úc CastroPrado, da, UDN, propõe o im-peachineiildo Governador Ade-mor de Barros.

Quando Juana Castro che-gou, o Plenário estava aparou-temente calmo. A pedido daDeputaria Conceição da Costa,Neves, o Presidente rio Legisla-tívo, Deputado Ciro Albuquer-que, transformou a sessão emespecial, solicitando aos parla-mentores que se acalmassem cpreparassem para receber a vi-sitarité.

O Deputado Paulo de Castroapoiou o pedido da DeputadaCosta Neves, afirmando que"era bom que todos ouvissemum relato de como a. corrupçãopode conduzir ao comunismo".A|->ó.. a saudação da DeputadaConceição da Costa Neves, querecordou a presença da mulherpaulista nas diversas ¦ marchasque precederam o dia 31 demarço. Juana Castro iniciou asua palestra.

A FALTA DELIBERDADE

Disserlou longamente sóbre oterror cubano, dizendo que emseu pais os cidadãos não tèmdireitos esão transformados emmáquinas, "com ausência abso-luta de liberdades, direitos evalores espirituais". Falou cmdelações, afirmando qta; 1,5 ml-lhão dè pessoas poinpõem o Co-mitè de. Vigilância.

A convidada descreveu, da-pois, os cárceres cubanos, "ondemilhares de pessoas se amon-toam em promiscuída de". De-Clarou que os sindicatos já nâorepresentam os operários, "sãoa p e n a s agências por onde o

Nova Diretoria do Clubede Engenharia prometecolaborar eom o Governo

A chapa vitoriosa no último pleito cio Clube de Enge-nharia, encabeçada pelo Professor Saturnino de Brito, pro-mete colaborar com o atual Governo da República no sen-tido de combater o desemprego e solucionar vários outrosproblemas nacionais.

Segundo as palavras do Sr. Saturnino de Brito ao JOR-NAL DÓ BRASIL, a nova Diretoria do Clube de Engenhariacomeçará os seus trabalhos imediatamente após a sua pos-se solene, no próximo dia 1, âs 18 horas, no auditório dasociedade.

Governo exerce sua opressãosobro os trabalhadores, expio-rados em Jornadas exaustivas,c ainda têm de prestar serviçonas milícias e freqüentar cur-sos rie doutrinação".

Sóbre os estudantes, disseJuana Castro, que Já não tèmdireito de eleger seus dirigen-tes, e que, se não se comporta-rem como comunistas, jamaisingressarão nas Universidades.Descreveu a educação comoprocesso de enquadramento noregime e de esmagamento daindividualidade e reclamou oon-tra a extinção das escolas par-tlculares e a falta, de liberdadereligiosa.

POVOCONTRAFIDEL

Depois da conferência, JuantiCastro respondeu a várias per-ytmtas. Contou que os traba-lha.lores, inconformados com oregime, sabotam a produçãodas fábricas, que há fuzilamen-tos diários em Cuba, chegandoa haver, certo dia, 32 execuções.

Disse também que Fidel ja-mais pretendeu, realmente, pe-dir ajuda, aos Estados Unidos,pois que se voltara, desde o ini-cio para a União Soviética. Arecusa, de ajuda, por parte dosnorte-americanos, segundo de-clarou, foi apenas um argu-menlo, "um golpe de propa-¦/anda".

Disse que todo o P o v o soírecom racionamento do alimen-los, roupas e remédios, c quepara, oí- dirigentes do PartidoComunista nada falta.

Segundo Juana Castro, hámais de 10 mil soldados sovié-ticos em Cuba, além de cente-nas de oficiais. Os tribunaissão totalmente injustos e ne-nhuma oportunidade se conce-rie aos réus. Os advogados nãotêm função e as Faculdades deDireito perderam a razão dcexistir.

Jornal inglês publicaas memórias tle Juana

Londres fDo Correspondeu-te) — O Jornal Daily Telegraphiniciará domingo a publicaçãodas memórias de Juana Castro.Trata-se dc depoimento mos-trando como o idealismo aca-bou em tirania, sob o regimedc Fidel Castro,

Juana confessa ter ajudado *escolher membros do movlmen-lo subterrâneo desde 1961, mes-mo antes que a Invasão da Baiados Porcos trouxesse medida»repressivas por parte do Go-vêrno cubano,

SIP premiará jornais quedefenderam liberdade noGoverno de João Goulart

Nova Iorque (AP-UPI-JB) — A Sociedade Interame-ricana de Imprensa concederá menções especiais aos jor-nais e revistas do Brasil que lutaram pela preservação daliberdade, durante o Governo do Sr. João Goulart, e, se-•¦unclo o presidente da entidade. Sr. John R. Reitemeyer,as distinções caberão, também, âs empresas não registra-das na SIP.

As publicações que se fizerem representar na Assem-bléia-Geral da SIP, na capital do México, de 20 a 22 de-outubro, receberão as menções ali, enquanto os outros jor-nais e revistas terão as suas enviadas pelo correio. Qual-quer periódico pode comparecer à reunião, como observa-dor.

â, fundação dos cursos de graumédio necessários ao exercíciomais eficaz da Engenharia edas operações industriais; e(5) prestar cooperação especialao Governo da Guanabara nosestudas e realização das co-memorações do IV Centenáriode fundação da'Cidade do Riode Janeiro.A DIRErORIA

Foram eleitos como mem-bros da nova Diretoria do Clu-be de Engenharia, além doProfessor Francisco Saturninode Brito, os professores LuísSantos Reis e Adilson Couti-nho Sereia da Mota, Vice-Pre-sidentes; Srs. Geraldo Bastosda Costa Reis, Nearch Joaquim,da. Silveira e Azevedo e Vas-co Gomes Moreira, Secretários.

Integram ainda a nova Di-retoria do Clube de Engenha-ria os Srs. João AristidesWiltgen e Atílio Geraldo Viva-qua, Tesoureiros; Flávio Hen-rique Lira da Silva, DiretorCultural; Félix vou Rankc, Di-retor-Técnico; e José de SousaBatista, Diretor Social.

"HERÓIS"

A menção terá o seguintetexto:"Menção do mérito aos jor-nais e revistas livres, indepen-dentes e responsáveis do Bra-sil, como heróis dentro das me-Ihores tradições de uma im-prensa livre, por corajosissimaluta na preservação da liber-dade em seu País."

O.s diplomas terão a assina-tura do Sr. John R. Reite-meyer e do Presidente da Co-missão Executiva da AH, Sr.Robert TJ. Brown, da Editor& rublisher, de Nova Iorque.A decisão de premiar Jornaise revistas brasileiros foi ado-tada cm abril do corrente ano,durante reunião da ComissãoExecutiva.

Governador do Amazonasdiz que Presidente vaia Manaus em setembro

O Governador do Amazonas, Sr, Artur Reis, após serrecebido ontem pelo Presidente da República, no Paláciodas Laranjeiras, revelou que o Marechal Castelo Brancoaceitou seu convite e deverá ir a Manaus, no dia 30 desetembro, para enoerrar um Encontro de Governadores doNorte do País.

Informou o Governador Artur Reis que o Encontro reu-nirá os governadores do Amazonas. Pará. Acre e territóriosdo Amapá. Rondônia e Roraima, durante três dias, quan-do serão debatidos, sem discursos, os problemas comunsdaquela região.

Aprovada reestruturaçãodo Itamarati suprimindoos Ministros Econômicos

O Presidente da Comissão de Relações Exteriores daCâmara dos Deputados. Sr. Raimundo Padilha. disse on-tem ao JORNAL DO BRASIL, após almoçar com o Minis-tro Vasco Leitão da Cunha, que "o Chanceler aprovou areestruturação do Itamarati, inclusive a supressão doscargos de Ministros de Assuntos Econômicos, sem prejuízoda diplomacia comercial".

A Comissão de Relações Exteriores deverá reunir-se napróxima semana, informalmente, para debater a reper-cussão e os principais reflexos do manifesto do ex-Presi-dente João Goulart. O Deputado Raimundo Padilha infor-mou que a Comissão não opinará sobre a violação das nor-mas de asilo, "pois Governo e povo uruguaios foram osmais atingidos neio manifesto".

TRANQÜILIDADEInformou o Governador do

Amazonas que durante a au-diência que lhe concedera oPresidente da República tra-tou, exclusivamente, da libe-ração rie verbas orçamentáriasdevidas àquele Estado.

Quanto aos problemas po-líricos, já estão superados e asituação no Estado é de ab-soluta tranqüilidade. Náo quisfazer comentários ao seu pe-dido cie renúncia, que não cite-gou a ser consumado.

REESTRUTURAÇÃO

Por enquanto a reestrutu-ração do Itamarati não estádelineada — disse o DeputadoRaimundo Padilha, ressaltai*.-do que a matéria, será breve-mente apreciada pelo Govêr-no. Disse mais que o projetodo Governo propunha apenasmedidas administrativas, comoa antecipação dos prazos doaposentadorias voluntárias ocompulsórias, mas a Câmaraalterou parcialmente o projetogovernamental e o Senadoaprovou a maioria das suges-toes apresentadas em plena-rio.

Quanto à supressão doscargos de Ministros de Assun-tos Econômicos, não pode seruma medida isolada. O Govêr-no incluirá esta providênciana reestruturação geral quan-do fõr executá-la. A Câmara,ao discordar do Itamarati comrelação à supressão destes car-gos, considerou não ser possí-vel a supressão da diplomacia

comercial. Isto, implicaria naeliminação de uma classe in-teira sem haver um processoregular, o que seria uma con-tradição à. politica desenvolvi-da pelo Itamarati.

Disse ainda o Deputado Rai-mundo Padilha que a reorga-nizaçáo do Ministério das Re-lações Exteriores poderá intro-rduzir modificações sensíveis nossetores econômico, administra-tivo e político do Itamarati,inovando ainda alguns crltê-rios de representação segundoáreas' geográficas e distribui-cão de funções, e que. duranteo almoço, o Chanceler mos-trou-se receptivo a reestrutu-ração do Ministério e ressaltoua cooperação do Congresso.

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DB. AUGUSIO BLUIQUES (1.

A propósito cieum romancistaportuguês

Josué Montello

No curso do conferências queJotio Gaspar Simões, Luis For-jáz Trigueiros e Joel Serrüo mi-nlstrnnim na Faculdade Nacio-nal de Filosofia, sobre o mo-demo romance português, napenúltima semana, gostei deouvir algumas referencias aFrancisco Costa.

A obra romanesca de Francis.co Costa, constituída de unidiptico c duas trilogias, 6 escos-samente conhecida no Brasil.Em: Portugal, mesmo, ao quopresumo, a sua difusão é po-quena, não gozando o seu au-lor daquela nomeada que avolu-ma as edições, levando-lho oslivros ã- travessia das frontel-

No entanto, posto em con-Xronto com alguns de seus com-panheiros de geração, pode-seafirmar, sem receio dc trro, queé ôle um dos mestres áe seuoficio do narrador, com aquelavocação de criar enredos e per-sonngens que o colocam na am-pla-iamília literária, de que Eçade Queirós é o patriarca.

Foi o padre Serafim Leite,na sala de Rodolfo Garcia, naBiblioteca Nacional, há uns bonsvinte anos, quem me chamou aatenção para. Francisco Costa,sugerindo-me a leitura de AGarça c a Serpente, volume ini-cin 1 da trilogia que iria com-pletar-se com Primavera Cin*senta o Revolta do Sangue.

Desde esse tempo, ncompa-nho-lhe a obra de romancistacom "particular interesse. Se cverdade, como queria Stendhal,que, de confrade a confrade, oslouvores constituem indícios deidentidade, nela encontrei, cmparte, algo do que eu gostariade tei* escrito, na urdidura dcumromance. E dal os meus elo-gios : aos seus livros, e ainda aponta

"de curiosidade para co-nhecer o escritor, quando mo-rei em Portugal.

João Gaspar Simões, que sõ-bre éle escreveu um pequeno cs-tudo, reunido ao volume Liber-dade do Espírito, tomou a ini-ciativn- dc me aproximar deFrancisco Costa, uma noite, cmLisboa, na fidalga acolhida desita' cnsa, em maio de 1957.

Guardei a impressão desse en--contro, no registro que lhe fizno meu diário, logo no dia se-guiiite: "Conheci ontem, em ca-sa de João Gaspar Simões, oromancista Francisco Costa, doquem tenho quase toda a obra,lida no Brasil. 32 um senhormagro, ar de sacerdote que dei-xou a batina, mas não perdeua fé. Deve ter estudado em se-minário. Fala pouco, e baixo.medindo as palavras, não rarotorturando as mãos, como quem,habituado a confessar-se de joe-lhos .na igreja, trouxesse paraa vida diária, aqui fora, o tomde voz de seu diálogo com opadre, antes da comunhão. Deu-me dois livros seus, que eu nãoconhecia: Valor Poético do Ro-mance (edição Brotéria, 1957)e Essêneiae Existência do Ro-mance (Coimbra, 1954) . Comoli, na manhã de hoje, esses doistrabalhos, deixo aqui' registra-do que ambos me deram, pelavivncidade polemica das idéiase pela íluência da língua lite-ráriá, uma impressão bem dife-rente

'da figura ca.ada e retrai-da com que ontem conversei."

Más em vão procurareis, naslivrarias do Rio de Janeiro, umromance desse romancista. Nãoque para nós a literatura portu-guèsa seja propriamente umacoisa póstuma, conforme acen-tuou, com um travo de melan-eólia, falando a um jornalistabrasileiro, o meu amigo JoãoGaspar Simões: é que ¦ falta,simultaneamente a um bommercado do livro português, oindispensável contacto -publici-tário, sem o qual não sabemoso que se escreve em Portugal,como não se sabe por lá o quese está publicando no Brasil.

A prova é o próprio João Gas-par Simões, trazido até o nossopúblico pela admiração comumda obra de Eça de Queirós, eidentificado conosco pela cons-tância de sua presença num denossos suplementos literários.

Andei relendo, a propósito domoderno romance português, osdois estudos de Francisco Cos-ta sobre o romance, e lastimoque eles não tenham no Brasila necessária audiência. Culpade nosso público? Descaso doBrasil pelo que se publica emPortugal? De modo algum.

Trago ao problema a minhaexperiência pessoal. Se nãodestino mn dia no mês paracorrer as livrarias que recebemno Rio as novidades portuguê-sas, delas não tenho noticia.Quero: crer que a família lite-ráriá luso-br asile ira está-sedeixando intimidar, no séculodos aviões a jato, pela distãn-cia imposta pelo Oceano Atlân-tico, mais do que os nossos ante-passados, ao tempo das estiradasviagens marítimas, que nos se-paravam, mas não nos alheia-vam, na ordem dos contadosculturais.

Francisco Costa esiá entre osromancistas portugueses que re-clamam as nossas atenções. Co-mo Fernanda Botelho. ComoAugusto Abelaira. Como Agus-tina Bessa Luis. Como o Vi to-rino Nemésio de Mau Tempono Canal. Como o Vergilio Fer-reira de Aparição. Como o JoséCardoso Pires de O Hóspede deJob:: "¦"

JORNAL DO BRASIL COISAS BA POLÍTICAi

Dlretor-rrosldonto *.C. Pereira Carneiro

Ilio, 29 ile agô.to de l.ii-VDiretores :

M. F. do Nascimento Brito e Celso de Souza e SilvaU-Iltor-Che.c :

Alberto Dlncs

Partido da RevoluçãoPara usar da franqueza necessária, não há Enquanto não se decide, o Governo vai vi-

exceções a fazer no deformado quadro partidário vendo no desamparo político, inteiramente sujei-

que sobreviveu à Revolução c que constitui hoje to aos azares circunstanciais e à simpatia doso grande desafio à capacidade política do Govêr- franco-atiradores que se distribuem, sem qualquerno Castelo Branco. Estamos assistindo a uma controle, nos diversos partidos. Começa por nãonova explosão interna no PTB, deflagrada pelos tomar a iniciativa de definir as forças que devemmesmos motivos que sempre caracterizaram êsse apoiá-lo no Congresso. O Ministro da Justiça éPartido como um aglomerado de interesses rivais, quem menos interfere para estabelecer o entro-sem autenticidade de liderança ou dc ideologia, samento entre a liderança do Presidente da Re.associando-se apenas para explorar os proveitos pública c o bloco parlamentar dc tendências sida presa trabalhista. Mas nem por isso esquece- tuacionistas. E na. Câmara dos Deputados, poi

que a paisagem também não mudou na exemplo, o líder do Governo tem plena liberdac*m no PSD, para citarmos somente os par- para discordar da linha presidencial, quando es

porladeesta

remosUDN ou _. - • , • itidos de maior envergadura e responsabilidade lhe fere certas convicções mais udemstas do queno nosso sistema representativo. Se entre udenis-tas e pessedistás existe mais compostura íntima, averdade é que conservam, diante da realidade po-litica implantada pela Revolução, a mesma men-talidade e os luesmíssimos métodos da fase ultra-

passada.Infelizmente, o quadro de imutabilidade não

se restringe aos partidos, rigorosamente fiéis aosseus velhos vícios e erros. Do outro lado, o Go-vêrno, que optou pela solução democrática deconviver com eles, também aparece estático. Querdizer, o Governo se vê conduzido a aceitar as re-gras de uni jogo que não convém aos seus objeti-vos de atuação política e administrativa e muitomenos convém a um regime democrático que sedeseja revigorar, através da melhor adequaçãodos seus instrumentos e da sua dinâmica.

O dilema que se oferece à decisão do Go-vêrno deixa-o paralisado no meio do caminho.Repugna-lhc, por um lado, adotar os critérios, osartifícios e as artimanhas da política tradicional:repugna-lhe unia liderança à base de conchavospartidários, do comércio de votos parlamentares,do tráfico de influência entre o Poder Executivoe o Legislativo. Mas lhe íalta a audácia, por outrolado, de romper as barreiras que ficaram incólu

Cartas(l«ãsleitores

revolucionárias.

Quem pode dizer até que ponto a UDN éum partido de sustentação do Governo? As rela-ções entre o udenisino e a Revolução não saíramdo terreno acadêmico, onde é ponderável a par-ticipação diletante ou quixotesca. E que dizer dofluido e escorregadio PSD? Pode a Revoluçãoconfiar nas suas amabilidades eventuais? Claro

que também a receita pessedista não serve paraos objetivos essencialmente reformadores da re-volução democrática.

A UDN e o PSD, tal como os confrades pe-tebistas, podem querer tudo do Governo, mas não

querem nada com a impopularidade. Vale dizer,não querem nada com o sacrifício, com a desam-bicão, com a severidade e outros elementos ima-nentes a uma obra revolucionária. Êsse ônus édeixado exclusivamente sobre os ombros do Go-vêrno e lhe agrava a solidão.

A solidão política do Governo entretantoestá longe de ser inevitável. O que lhe cabo éíasgar as barreiras do tradicionalismo e construiro seu próprio caminho, definindo com precisãoas alianças e lealdades do seu programa renova-dor. O Governo pode íixar-se, inclusive, na es-

mes, para instaurar, no terreno saneado da Re- truturação de um partido próprio, o partido da

volução, o nôvo estilo de comportamento político Revolução. Cabe-lhe. enfim, vencer o dilema e

que o País reclama. afirmar-se nesse campo vital.

Decisão políticaSó a decisão em nível político será capaz de

remover a Cordilheira dos Andes, que atravancaas relações comerciais entre os países latino-ame-ricanos. Enquanto a decisão ficar condicionadaa estudos técnicos e ao encaminhamento buro-crático, o problema da integração econômica da dc de cada \un.

cado comum representa para a Europa. Melhor se-ria que fôsse possível planejar o desenvolvimentoeconômico da América Latina e integrar o seu

forço industrial na soma do trabalho dc todos,estorço mausiriai na .unia ™ __._iwu___-u m. _-...•_¦_-,

para que os rendimentos acelerassem a capacida-

América Latina será um sonho sujeito a contro-vérsia. Quanto mais os técnicos c os burocratasexaminam as dificuldades, mais difícil e compli-cada se torna a tarefa. Chega a parecer impossi-vel. O círculo de ferro exige decisão cm grau po-lítico para ser rompido.

A integração econômica da Europa no Mer-cado Comum se fêz como etapa de coroação deprocessos de desenvolvimento que tiveram umaduração maior no tempo. Foi a última etapa deuni entendimento que precede uma unidade po-litica, anunciando o contorno dc uma Europa queparecia utópica e inatingível. Na América Lati-ha há pressa em realizar o desenvolvimento in-dustrial: esta é a forma de resolver problemaspoliticos e sociais que herdamos das sociedadesdesenvolvidas, sem que os países continentais co-nheçam ainda o desenvolvimento pleno de seupotencial econômico.

Portanto, o esforço para ajustar as economias,umas já em fase mais adiantada do que outras,na América Latina, tem o sentido de apressar oprocesso, ao contrário do coroamenlo que o mer-

Quinta-coluna

Mandato de cincoanos para Castelo

A margem áa tese da É isto, em síntese, oreeleição do Presidente que sustenta o Sr. Pauloda República, com quem Guerra, com a ressalva,havia conversado naves- de que não exprime umpera sobre problemas do pensamento part idáríoNordeste, o Governador mas apenas reflete umade Pernambuco susten- necessidade que a seutou ontem perante a ivi- . ver se encontra, por as-prensa a necessidade de sim dizer, à vista da Na-se dar ao Marechal Cas- ção, e deve ser urgente-telo Branco todo um mente reconhecida pormandato presidencial de quantos desejem sincera-cinco anos, dentro do mente preservar o essen-qual seria realizada dal do sistema democrá-obra político-aáministra- tico no País.

Mas, já está provado que pela via técnica e

pelo entendimento burocrático ninguém chega a.elementos de convicção definitiva. A decisão po-litica deve preceder as negociações em nível téc-nico, essas com o poder de realizar o ajustamentodefinitivo das possibilidades de uns às necessida-des de outros.

Se o espírito de competição procura ser ajus-tado mesmo entre os países que produzem comtradição e recursos definidos, nas economias emdesenvolvimento essa adequação de recursos deuns à carência de outros é ato de legítima defesa.A concorrência, em termos capitalistas de des-

perdício, é assunto do século passado e que a ra-cionalização de nossa época suprime. A ALALCnão pode deixar as economias nacionais lançarem-se à produção em choque, numa concorrência semmercado. Aproxima-se a hora de tomar essa de-cisão, que requer a presença dos Ministros do Ex-terior dos 8 membros da ALALC em torno damesa que selará o pacto continental de progressointegrado. Talvez nesse nível seja possível rompero círculo das decisões políticas mais altas queestão à espera de iniciativa e execução.

Uma televisão como é atualmente a brasi- e imposição severa de um Código de Ética para aleira, descambando para o vulgar e caindo fre- TV brasileira. Não estaremos inovando em nada

qüentemente no obsceno, é o pior agente de dis- Todo país civilizado controla seus prograisolução moral que se possa imaginar. Porque televisão. Durante o Governo Kennedy for

tiva da Revolução.Para o Sr. Paulo Guer-

ra, os militares cometi'*-ram em abril um errobásico, resultante da cir-cunstância de ter sidofeita uma Revohtção semfilosofia ou espírito revo-lucionário: a vinculaçãodo mandato de um Pre-sidente eleito pela Revo-lução (através do Con-gresso) ao mandato ãeum Presidente que acaba-va ãe ser deposto. Daí de-correriam, mais cedo oumais tarde, muitos ou-tros erros capazes ãecomprometer essencial-mente o movimento demarço, apesar de sua vi-tória fulminante e indis-cutivel.

Revelou o Governadorpernambucano que o Sr.Francisco Campos, con-versando rece ntementecom um amigo comum,reconheceu êsse erro epenitenciou-se do fato ãenão lhe ter ocorrido ocontra-senso ãa vincula-cão, quando colaboravana redação ão Ato Insti-tucional. O mandato ãoSr. João Goulart, cujoscolaboraãores chegarama cogitar ãe fixar-lhe oinício na data ãa pro-clamação do resultado do

$¦ Q Sr. Antônio Barone For-zano comunica que na exposl-ção do Cais Brasil, no KennelClube, sedo da Barra da Tiju-ca 'Country Club. íoi entreguea tãçá JORNAL DO BRASIL.

¦__: ¦ 'O Secretário cio SindicatoNacional dos Garimpeiros, Sr.Alfredo Batista, comunica queo Diretor do Sindicato "agra-dece a publicação da reporta-gem sóbre o assunto, e cujaveracidade dos íatos íoi beminterpretada".

televisão dessa espécie transforma-se numa quin-ta-coluna. É um inimigo que vive na sala dejantar.

Não é necessário dizer que há exceções. Sem-pre há. Mas a tendência atual da nossa televisãoc levar para dentro das casas, é instalar no seioda família brasileira um teatro que praticamentejá morreu no seu habitat, que é a Praça Tiraden-tes. E emigra para a televisão o pior teatro daPraça Tiradentes, que tem sua respeitável listade peças que eram maliciosas mas freqüentemen-te muito boas. Além disto, há toda a diferençaentre um teatro burlesco para adultos e o teatroexibido no recesso dos lares.

São, freqüentemente, hnperscrutáveis os cri-térios da censura cinematográfica, interditandoalé, o» 18 anos de idade filmes que às vezes amaioria dos pais de família aprovariam para seuspróprios filhos. E no entanto o cinema, como òteatro, é uni fenômeno externo à casa.

A televisão, relativamente tão nova no mun-do e no Brasil, foi uma revolução na arte de en-treter, e, não esqueçamos, de educar. Transferiu faça. O que não pode continuar é essa paulatinao apelo imediato do cinema para o âmbito domes- entrega de lixo a domicílio, pelos canais conce-tico. É tarefa absolutamente urgenie a da criação didos pelo Governo da República.

amas demou-se

nos Estados Unidos a Comissão dirigida por New-ton Minnow para formular êsse Código de Ética.E note-se: nunca houve no vídeo americano êssetipo mais repugnante da novela que inunda asnossas telas.

Somos, aliás, de opinião que os responsáveispelas próprias estações de televisão se deveriamreunir e discutir êsse problema antes que o Go-vêrno tome a iniciativa. É ,um problema de ho-nestidade profissional. Eles próprios devem sentirque a situação presente é insustentável. A recentedeterminação do Serviço de Censura da Guana-bara. de que as novelas televisionadas não come-cem antes das 21 horas, indica em que direçãosopra o vento. Outras medidas, bem mais coerci-tivas, sem dúvida virão. Por que não resolver aprópria televisão brasileira controlar a enxurra-da de obscenidades que entra pelas casas nos pro-gramas de humorisino indescritível e nas torpesnovelas que se sucedem, cada dia piores?

Façam sua limpeza, antes que o Governo a

Objetivo daRevolução

Dentro do mandato ãecinco anos a ser fixaãopara o Marechal CasteloBranco, segundo o Go-vernador Paulo Guerra,poáeria a Revolução atin-gir os seguintes obje-tivos:

1 — Colher os frutosda politica econômico-fi-nanceira, corrigindo osexcessos da inflação e ga-rantinâo um ritmo con-veniente ao âesenvolvi-mento ão País;

2" — Renovar os qua-dros da vida política, comalgumas medidas ãe al-cance profundo, entre asquais se incluiria a re-formulação dos partidos,que seriam reduzidos atrês: um ãe centro pro-gressista, um mais con-servador e outro de na-tureza populista;

3 — Realização de umprograma mínimo ãe re-formas estruturais, in-cluida a agrária, para asuperação definitiva ãapregação ãos represen-tantes da situação ãe-posta."Somente a realização

plebiscito, foi extinto pe- dessas reformas", áiz ola Revolução áe 31 áe Governador áe Pernam-março, não havenâo lógl- buco, "poãe constituirca em atribuir ao Presi- combate eficiente ao Sr.dente Castelo a simples João Goulart, e nunca atarefa constitucional áe repressão pela força, pelacompletá-lo. A prorroga- pata de cavalo ou pelação de um ano, de inicia- baioneta."tiva do próprio Congres-so, representou ãe certomoáo o reconhecimentodesse ilogismo, porémnão basta como esforçopara corrigi-lo e âar aoGoverno nascião ãa Re-volução as condições in-dispensáveis à implanta-

Caminho daditadura

Mantido o quadro po-lítico-partidárió atual,segundo ainãa o Sr. Pau-lo Guerra, a eleição pre- ,'qãoâoprogramarevolu- siáencial será convertida expiraria o manáato do

cionário. em porta para a áitadu- Marechal Castelo.

ra, quer se realize em1965 ou 1966. O estadode espírito ãa oficialida-ãe jovem, inconformadacom a idéia de um retôr-no à situação depostaem marco, indicaria aomenos avisado dos obser-vadores que nenhummandato emergente ãsuma eleição processadanas conüições atuais te-¦ria condições ãe se fazerrespeitar pelas ForçasArmaáas.

Daqui a. quatro anosseria possível, entretan-to, modificadas essas con*ãições, preparar a suces-são do Poder como umato de consoliáação dademocracia no País.

Até lá, pela previsão ãoSr. Paulo Guerra, a Re-volução teria completadoa sua obra, renovando oCongresso e os Tribunais,e promulgando leis capa-ses de garantir o funcia-namento tranqüilo ão re-gime ãemocrático-repre-sentativo.

Juscelino e Lacerda

O Governaáor PauloGuerra, que se prepara-va para um segunáo en-contro com o Presiáenleda República, comparoua posição atual áo Sr.Carlos Lacerãa com a doSr. Juscelino Kubitschek.para concluir com a pre-visão áe que o Goverr*-:1-dor ãa Guanabara, nãoaceitando a realiáade re-volucionária como agentemoâijicaáor do jogo po-lítico-eleitoral, acabarácorrenáo riscos seme-lhantes àqueles a que seexpôs o Sen a. dor porGoiás, quando repeliu aidéia áe âevolver ao PSDsiLa candidatura à Presi-dência.

Integrado na realidaderevolucionária, coisa queo Sr. Paulo Guerra prevêcomo inevitável dentroáe algum tempo, o Sr.Carlos Lacerãa poderápreservar-se como canal-üato e ressurgir, fortale-ciáo politicamente, lá pa-ra 1968 ou 1969, quando

Apontamentos de um caderno de políticaLuiz Alberto Bahia

Uma reforma eleitoral- cão cio poder de partici- Quanto ao número departidária que mereça pacão do dinheiro, e (lo- partidos, nao ha comotal nome deve partir de go se tornaria viável) evitar a solução radicalpremissa nova: a da Jus- voto do analfabeto. que obrigue a redução dotica Eleitoral atuante, A escolha da lista de número, pela elevação dodesempenhando papel candidatos em ordem q.u.orum partidário, boativo e não simples pa- preferencial se faria em deve merecer o nome depel passivo, na expecta- eleição primária, realiza- partido nacional aqueletiva de ser provocada. A da no círculo dos colégios partido que con t e com

eleitorais partidários, sob vinte e emeo por centoa presidência e fiscaliza- dos votos apurados em,cão da Justiça Eleitoral, pelo menos, doze EstadosOs resultados da eleição da Federação. A lei per-

tiva de ser provocadaJustiça Eleitoral não de-verá existir apenas parapresidir; existe para par-ticipar do processo elei-toral e da vida partidária,de forma a assegurar, aaplicação dos dispositivosdo Código.

Essa premissa, porém,torna inevitável e impe-rativo legal a exigênciade filiação partidária detoão eleitor. Porque sóassim a Justiça poderáorganizar a vida partida-ria-eleitoral de baixo pa-ra cima, presidindo e fis-calizando as eleições dosdiretórios desde as de ni-vel municipal até as denível federal, em conven-ções partidárias."

A Justiça Eleitoral atu-ante e a exigência de fi-liação partidária torna-rão possível e eficiente, aterceira providência re'

primária so seriam apu-rados ãepois. de apuradosos votos de legenda co-Ihidos na eleição geralcorrespondente, de modoa manter todos os candi-datos inscritos igua 1-mente interessados navitória de suas legendaspartidárias.

A adoção do voto de le-

mitiria que os atuais par-tidos pequenos ou parti-dos embrionários existis-sem na forma de socieda-des de propaganda poli-tica com fins eleitorais,com direito a tentar re-.gistro como partido na-cional, em pleitos esta-duais, em duas oportu-nidades sucessivas. Esses

genda é exigência funda- partidos abrigariam na-mental para o fiel e cor- turalmente dissidências

de caráter estadual, tor-nando dispensável a idéiada sublegenda ou de par-tidos estaduais. Se umaou mais sociedades depropaganda com finseleitorais atingissem oquorum referido, auto-màticamente teriam re-gistradas as suas legen-

reto funcionamento dosistema proporcional, pornós adotado. O sistematem operado deformada-mente. A competição defato tornou-se majoritá-ria e individual (porexemplo: Brizola versusAmaral Neto), em con-

v^...._._ v._ _ seqüência do voto de le-formista básica — o voto genda conjugado ao voto das como partidoáe legenáa. O mecanis- preferencial: na cédula, No _ que se referemo do voto de legenda é a legenda partidária eo seguinte: nas eleições um nome.gerais: o eleitor vota ape- Para o bom funciona-nas em uma legenda — mento do sistema pro-a de sua escolha. O voto porcional, devera seré computado em favor proibida toda e qualquerdos candidatos registra- aliança interpartidaria,

incompatível com o de-sejo de obter registroexato das tendências doeleitorado. As aliançasembaralham as tendeu-cias partidárias, tumul-tuam o discernimento doseleitores e desfiguram amelhor vantagem do sis-tema.

dos naquela legenda,tanto nos pleitos majpri-tários como nos pleitosproporcionais. As conse-qüências imediatas do vo-to de legenda, assim to-mado, seriam a generali-zação da cédula oficial, aredução das despesas depropaganda, a diminui-

questão dos restos, o sis-tema proporcional temde realizar um compro-misso com o sistema ma-j ori tário em favor da es-tabilidade de governo. Osrestos eleitorais deverãoser distribuídos em favordo partido majoritário,de modo a assegurar-lhesólida posição parlamen-tar. Na verdade, as elei-ções visam a duas coisas:escolher os governantese tornar possível o govêr-no democrático, estável eeficiente.

¦Tomai do Brasil, Sábado, 29-8-64, 1.° Oad. — 7

MaoOcidente pede acordocontra a disseminaçãodas armas nucleares

Moscou (AP-UPI-FP-JB)— Os Kstados Unidos eGrã-Bretanha propuseram,ontem, à União Soviética,o estabelecimento imediatode um acordo internado-nal para a não dissemina-ção das armas nucleares,repelindo as acusações, ícl-tas em nota soviética da-tada de 11 de julho, de quea criação de uma í ó r ç aatômica cia OTAN teria co-mo objetivo dar à Alemã-nha Ocidental acesso aêsse armamento.

Na resposta, em notasseparadas, os Governos deWashington e Londres dls-seram não poder aceitar osargumentos da nota sovie-tica. Os Estados Unidosobservaram que a força "ê

para ílns exclusivamentedefensivos", e a Grã-Bre-tanha íêz ver que participa,sem compromisso, das ne-gociacões que se realizarásobre a questão.

GARANTIA

Semelhantes em seuspontos de maior importân-cia, as notas norte-ameri-cana e britânica se referemà exigência soviética de quea força atômica multllate-ral deva ser organizada se-gundo o principio da nãodisseminação desse tipo dearmamento. — O Governosoviético poderia obter estagarantia, firmando, agora,um acordo a respeito —¦dizem.

E o documento britânicoconclui: — Enquanto isso,o Governo de Sua Majesta-de espera que a União So-viética não continue a pòrem dúvida, publicamente, aboa-fé dos membros da

aliança ocidental, que com-partilham da convicção deque o objetivo último ciesua politica deve ser a pre-venção da guerra e o refôr-ço da paz e da segurançainternacionais.

DEFESA

Já os Estados Unidos cha-mam "inconcebível" o fatode os Estados membros daOTAN se privarem do arma-mento necessário para "en-

íi-entar os perigos que repre-sentam as armas soviéticas,armas que o Governo deMoscou ameaçou utilizar".

Recordam também a cartadirigida. pelo PresidenteLyndon Johnson, a líl dejaneiro, ao Premier NikitaKruschek; manifestando odesejo de negociar um pac-to dc não disseminação dasarmas nucleares, "sempre

que as conversações não ve-nham a enfraquecer osacordos de segurança paraa defesa dos Estados Unidose de seus aliados".

Roma (UPI-JB) — O nô-vo Secretário-Gcral do Par-tido Comunista italiano,Luigi Longo, manifestou-secontrário à expulsão daChina do Movimento Comu-nista Internacional.

Anunciou-se que Longoressaltou a posição do PCitaliano, cm conversaçõesmantidas com o Vicc-Pri-mciro-M i n i s t r o soviético,Lconid Brezhnev, que seencontrava em Roma paruos funerais de Togliatti.Círculos políticos afirmamque Longo entrevistou-secom Brezhnev logo após oenterro e na quinta-feira,antes do regresso do .Minis-tro à Moscou.

Segundo comunicado ofi-ciai do Partido Comunista,foram abordados lemas doInteresse comum duranteas negociações, enquanto

¦ fontes oficiosas afirmamque Longo expôs a posiçãoitaliana diante da disputasinó-so.viéticá; baseado norelatório preparado pelopróprio Togliatti, nara serentregue, pessoalmente aKruschev.

Togliatti propunha umasérie de conferências exe-cutivas dos partidos comu-nistas para o debate dasdivergências ideológicas en-

i tre Pequim e Moscou, emsubstituição à AssembléiaInternacional conv ocada

por Kruschev para dezem-bro. Observadores políticoscrêem que Togliatti pro-curava dar tempo ao tempoe conseguir a mediação, aoinvés do isolamento de Pe-quim.

Longo explicou detalha-damer.tc a posição italianaaos dirigentes das vinte euma delegações comunistasque assistiram aos funeraisdo ex-chefe italiano. Nestaocasião, o Secretário-Geralreiterou seu apoio a Mos-cou, porém resistiu ao pe-dido de Kruschev para le-var os italianos a procla-

s niarem-se publicamentecontra Mao Tsé-tung.

Frondizinão era

DEPOIS DO FURACÃO

ALEMANHA

A conclusão da nota cons-tituí uma reafirmação doapoio norte-americano ã po-iitica do Governo de Bonnquanto ao problema da reu-nificação alemã, bem comoa rejeição categóftca dosataques "desmedidos e semfundamento" lançados peloKremlin contra a RepúblicaFederal Alemã.

— O desejo de garantir areunificação pacifica da Ale-manha, com base na auto-determinação — diz o do-cumento — não é uma ati-tude revanchista. mas umaaspiração legítima, que osEstados Unidos apoiam pie-namenle.

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Em Uianii, Cl.-o destruída dezenas dr aviões abandonados cm um depósito tle ferro velho(Iladiofoto VPÜ

Segnium poucomelhor

Furacão "Cleo"5 provoca

prejuízos de milhõese perde forças no mar

Bonn diz que Alemanhacomunista libertoupresos sem fazer pacto

Bonn — Limburg, Alemanha (AP-JB) — O Ministério de

Assuntos Alemães em Bonnconfirmou, ontem, que muitosprisioneiros políticos foram li-bertados na Alemanha Orien-tnl, mas desmentiu que isso sefizesse em conseqüência cie umpacto entre as duas Alemanhas.

Um porta-voz do Ministério— que se encarrega des proble-mas ligados à reunificação —disse não saber qual o total deprisioneiros libertados até ago-ra, exclusivamente berlinensese alemães ocidentais.MEDIDA

Em 1960. o Governo da Ale-manha Oriental libertou maisde mil prisioneiros políticos qua

ainda náo haviam cumpridosuas penas.

Segundo o porta-voz, o& me-didas atuais parecem atingirnúmero ainda maior de detidos.

— Muitos já íoram liberta-dos, disse, e confiamos em quemais o sejam dentro em breve.Recebemos com prazer essa de-cisão, acrescentou.

Em Limburg, íoi suspenso on-tem, temporariamente, o pro-cesso do Dr. Hans Hefelmann.Diretor do programa de euta-násia levado a efeito pelos na-zistas, durante a II Guerra, noqual morreram 200 mil pessoas.O acusado, segundo relatóriomédico, não se acha física ementalmente apto para compa-recer ao julgamento.

Roma (FP-JB) — O bole-tim médico de ontem, sobre oPresidente Antônio Segni, pu- ¦blicado ontem, no Quirinal,afirma que o estado de saúdedo Presidente da Repúblicaapresentou leves modificações.A porcentagem de uréia conti-nua alta. Observou-se um rei-nício da febre, com aumentoda freqüência das pulsações edo ritmo da respiração".

O adido de imprensa doQuirinal, Ettore Brusuo, acres-centou que a porcentagem dauréia é, atualmente, de umagrania por litro de sangue, quea temperatura oscilou entre 38e 38.5 graus, enquanto a pres-são arterial ia de um máximode 110 a um minimo de 00.

Ettore Drusco precisou tam-bém que o sensório é aproxi-madamente o mesmo que davéspera e que o Presidente tem"talvez lucidez maior". Porúltimo, declarou que o doêu-te pudera ninda alimentar-se"espontaneamente", isto é, nãose tratava de alimentação ar-tificial.

Tos

.TacUsonville. Cabo Kennedy(FP-UPI-AP-JBi — Após pro-vocar prejuízos de milhões dedólares e ferimentos cm 132pessoas em Miami, o furacãoCleo atravessou a Cidade deJacksonville. e dirige-se parao mar, já sem forças.

A passagem do CIco nãoatingiu as instalações nuclea-res do Cabo Kennedy, por.émoblrgou a que os técnicos adias-sem por vários dias o primeirolançamento de um foguete mi-litar Titan. que deveria serefetuado ontem. Seis foguetesque se encontravam na pistaíoram deslocados e como me-dida de segurança o Titan íoidesmontado e transportadopara o hangar.ZONA DANIFICADA

A região costeira da Flórida,atingida pelo furacão, fei de-clárada zona danificada, po-rém não ;;e registrou nenhu-

ma morte. A Cidade de Jack-sònvlUe, atravessada ontem pe-lo Cleo não sofreu danos con-siderãveis. além de cabos der-rubados e janelas quebradas.Anuncia-se que os comercian-tes. instituições e pequenosproprietários, cujos bens ío-ram atingidos, poderão obterempréstimos a longo prazo.

Na costa da Geórgia a passa-gem do Cleo encapelou o mar,sendo que, ao meio-dia, de on-tem. as ondas assumiram pro-porções acima do normal, atin-'gindo metros de altura. _ Asembarcações buscam refúgionos portos e segundo o servi-ço meteorológico há possibili-dades de uma inundação naszonas mais baixas.

A aproximação do furacãodc Cabo Kennedy também tor-nou impossível, ontem, o lan-gamento da cabina Gemini.que levará os astronautas Vir-gil e J.ohn Young.

o aivBuenos Aires (AP-UPI-FP-

jB) _ O Ministro do Interior,Juan Palmero, declarou na.Câmara dos Deputados, que oatentado do dia 13 de agosto,num restaurante em BuenosAires, nâo íoi dirigido contrao ex-Presidente Arturo Fron-dizi, mas sim o resultado dasviolências políticas que vêmimperando no pais.

DEBATE

Afirmou Palmero que as au-toridades estão na pista doschefes do grupo, que deverãoser presos a qualquer momen-to. O atentado, a tiros, ocor-reu no momento em que Fron-dizi ceiava com vários amigos.Quatro deles ficaram feridos.

O Ministro insistiu em queos ferimentos íoram provoca-dos por balas que, disparadaspara o teto. ricochetearam. —

' Isto confirma o fato de quenão houve intenção de assas-sinato — acrescentou.

Hector Gomez Machado,proeminente deputado írondi-zista, reiterou as acusaçõesformuladas pelo ex-Prcsiden-te, de que foi o próprio Govêr-no do Presidente Arturo Illíaque incentivou o ataque, "pro-movendo um clima de ódio nopaís".

O debate, na Câmara, se es-tendeu pela madrugada.

Choque comestudantesem Tóquio

Tóquio — (FP) — Centenascie estudantes japoneses filia-dos â organização esquerdistaZengakuren, entraram em cho-que, ontem, com a Policia,quando pretendiam rcalizr.rmanifestações defronte a Em-baixada dos Estados Unidos emTóquio, a fim de protestar cen-tra a aceitação, por parte doGovèmo nipónico, de submer-síveis norte-americanos de pro-puléão nuclear entrarem emportos japoneses.

A manifestação e cs inciden-tes a que deu margem se pro-duziram depois que o Governojaponês informou aos EstadosUnidos que consentia em queos submarinos efetuassem esca-Ias técnicas nos portos do Ja-pão.

Os manifestantes . queriamprotestar, também, contra aeventual contaminação daságuas nipónicas, por resíduosradiativos, e contra a "submis-

são do Japão ao imperialismonuclear norte-americano".

EUA lançam primeirosatélite de novacadeia meteorológica

Base de Vandcnhcrp, Wnsh-ington e Moscou (AP-UPI-FP-JB) — A ANAE lançou, ontem,o Nimbus-A, primeiro satéli-te de uma nova cadeia mete-reológica espacial, dotado decâmaras de televisão que foto-grafarão, principalmente, a cn-mada nebulosa que rodela oglobo terrestre.

Cientistas Inglléses que acom-panharam na base da ForçaAérea de Vandenberg o lança-monto do Nimbus-A afirma-ram que foi o melhor já efe-tuado pelos Estados Unidos nosúltimos meses, devido, princi-palmente. ao peso do satélitee sua colocação em uma órbi-ta circular. '

FALHA

Segundo o correspondente daFP em Washington, houve umafalha inicial no segundo está-gio do lançamento, um fogue-to Thor, que demorou três mi-nutos para entrar em funcio-namento, retardando a coloca-çáo do satélite na órbita deter-minada.

Para que o Nimbus-A fun-clone em condição ideais e fo-tografe o globo terrestre du-rante as 24 horas é necessárioque voe a uma altura' de 920quilômetros, tendo a ANAE in-formado, entretanto, que nãose pode afirmar, no momento,se essa altitude será atingida.Em nota à imprensa expllcan-do o lançamento do satélite, aANAE afirma que os pequenosdefeitos iniciais não provoca-ram qualquer alteração impor-tante nos planos para a colo-cação do Nimbus em órbita.FOTOS

As primeiras fotografias ti-radas pelas câmaras do Nim-bus-A íoram recebidas algu-ras horns a,;>ós o lançamento esáo todas excelentes, segundoum porta-voz da ANAE. Fo-ram fotografadas a Flórida, o

Estado dc Lulslánà e o Golfodo México, permitindo [pelaprimeira vez através dc um.satélite, a observação das con-ciições meteorológicas do glo-bo terrestre em conjunto, du-rance 24 horas seguidas.

O novo satélite norte-ame-ricano mede mais de tres me-tros de diâmetro, tem 400 qui-los e um sistema de televisãorevolucionário com olho tri-pliec. de 40 mil coniponen-tes. Gira cm uma órbita elitl-ca com uma inclinação de só-mente 10 graus dos pólos, aíim dc conseguir as melhoresfotos possíveis.

A NOITE

Outra informação pela quala ANAE dá a maior importãn-cia é o funcionamento cie um •aparelho infravermelho degrande sensibilidade, que per-mitirá ao Nimbus-A operardurante a noite, medindo a di-íerença de intensidade das ra-diações emitidas pelas nuvensc as procedentes da superfícieterrestre.

As fotos transmitidas pelosatélite serão recebidas nassessenta estações especiais lo-calizadas em todo o mundo. Se-rão enviadas mais tarde aoCentro Especial do Departa-mento de Meteorologia, que asentregará ao Departamento deDefesa e às organizações ci-entíficas internacionais.

RANGER-7

As últimas fotografias daLua tomadas no dia 31 de ju-lho pelo satélite Ranger-7têm um grau de precisão duasmil vezes melhor que os me-lhores telescópios terrestres,segundo a ANAE.

Oficiosamente, afirma-se quens fotos podem distinguir ob-jetos na superfície lunar a uma,distância cie vinte e cinco atrinta e sete centímetros.

Em órbita o 44°satélite Cosmos

ilíOSCOlí (AP-UPI-FP-JB) -A União Soviética lançou, on-tem, o 44.° satélite da sérieCosmos para testar equipa-mentos a serem usados emvôos tripulados.

O anúncio íoi íeito pela Rá-dio de Moscou, poucas horas:depois de os EUA terem dadfiInformações sóbre a colocaçãocm órbita do Nimbus-A.

NORMAL

Os aparelhos do Cosmos es-tão funcionando períeitamen-te e já iniciaram a transmis-sáo de informações aos postosde informações soviéticas.

O novo satélite faz seu apo-geu a 860 quilômetros e o pe-rigeu a B18 quilômetros, cominclinação angular em relação

ao Equador de 63 graus. Astransmissões radiofônicas sãona freqüência de 90,023 me-gaciclos.

Novasmanifestaçõesna Guiana

Londres (FP) — Uma manifes-tacfto silenciosa, para protestarcontra a prolongada detem.i&o do

¦ vice-Prlmelro-MInlstro da Guiana-Britânica, B. Benn, t out.-os 34membros do partido do VremlerJagan, foi levada a efeito ontem,defronte da residência oficial doPrimelro-Minlstro Britânico, SirAlce Douglas Home.

"Daily Maü" afirma queconservadores podem é cidadesurpreender e vencer soviética

Governo uruguaio vaiestudar rompimento comGubanapróxima semana

Londres t UPI-JB) — Um?pesquisa nacional da opiniãopública, feita pelo Daily Mail,revelou que o:Partido Conser-vador poderá surpreender a to-dos nas próximas eleições, ederrotar o Partido Trabalhista,até agora o favorito. O pleitodeverá realizar-se até 8 de "no-vembro.

Há 11 anos no Poder, os con-servadores começaram a per-der prestígio em começos de1962. No ano seguinte, o Go-vêrno não conseguiu o ingres-so da Grã-Bretanha no Mer-cado Comum Europeu e, em.julho de 1903, a crise chegavaao auge, com o escândalo Pro-fumo.

As informações de Londressão de que o povo está fazen-

do fortes apostas, indicando osconservadores como os vitorio-sos. Mas pesquisas realizadaspor outro jornal dizem que ostrabalhistas ainda mantêmuma vantagem de seis porcento, o que, a seu ver, consti-tui tendência firme de vitória.

Outro fator que contribuiupara o desprestígio do PartidoConservador foi o cancelamen-to, pelos Estados Unidos, doprojeto de entrega do projétilteleguiado Skybolt, no qual aGrã-Bretanha depositava suasesperanças de poderio nuclear.

Ao atingir seu ponto culmi-nante o escândalo Profumo. osinquéritos de opinião públicajá davam aos trabalhistas umavantagem que oscilava entreos 9 c 20 por cento.

União Interparlamentarquer aumentar número,efetivo do CS da ONU

Copcnague (AP-JB) — Aoencerramento de seus 10 diasde trabalhos, a 53.a Assembléiada União Interparlamentaraprovou ontem, por maioriaesmagadora, moção que pede"um aumento efetivo" nas re-prçsentações do Conselho dcSegurança e do Conselho Eco-nômico c Social da ONU.

Diz o projeto que o ingres-so dc novos membros na or-ganiznção. desde que esta seconstituiu há 20 anos, justifi-ca a medida. Pede. ainda, acriação de uma força de pazpermanente da ONU, "passoprévio ao estabelecimento deuma força mundial", que virácom o desarmamento.

Na mesma moção, a Assem-bléia, integrada por paises.

opinava que a Corte Interna-cional de. Justiça deveria sermais consultada, "se o critériode independência, como esta-belece o Artigo 2 dos estatutos,fosse plenamente respeitadona eleição dos juizes".

Mais dois projetos de reso-lução foram aprovados. O pri-meiro, por unanimidade, sóbrea luta contra o analfabetismo.Faz um apelo aos membros ciaUnião para que ajudem a com-bater "todas as formas de dis-crlminação no ensino". O se-gundo, sóbre "divergências naeconomia mundial", solicitaque as Nações industrializadasauxiliem as demais a acelerarseu processo de desenvolvi-mento, quer industrial ou agri-cola.

Moscou — (FPi — A cidadesoviética de Stavrcpol, situadano Volga, terá doravante o no-me de Palmiro Togliatti, anun-ciou ontem a Agência Tass.

A decisão de mudar de nomea cidade de Stavropol íoi to-mada pelo Presidente do So-viete Supremo da Federaçãoda Rússia, a pedido de seushabitantes — indica a Agência•soviética.

Stavropol festejou, no anopassado, o 225.° aniversário desua fundação e, ao mesmo tem-po, o décimo aniversário de suareconstrução, no e n s e j o dainauguração cia Central Hidre-lélrica da Kuibichev, já que ávelha cidade foi cobsrta pelaságuas cio mar artificial criadopela represa.

Agrava-secrise naRodésia

liiisaca, Rodésia do Norte —(FP-JB) — Kenneth Kaunda,Primelro-Minlstro da 'Rodésiado Norte, revelou ontem, quetinha cm seu poder a cópiade um documento secreto doGoverno cia Rodésia do Sul noqual se prevê a conclusão deum pneto com Portugal se-guido dc uma declaração uni-lateral de independência.

Kaunda acrescentou, em umaentrevista que concedeu ã ini-prensa, em Lusaca, que a visi-ta que o Primeiro-Minislro ciaRodésia do Sul, lan Smith, de-ve fazer a Portugal, por oca-sião de sua viagem & Londres,no próximo mês, demonstraque "os documentos secretosque circularam nâo estão ba-seados apenas em rumores".

Montevidéu, Nova Iorque —OJPI-AP-JB) í— O Governouruguaio anunciou que estuda-rá na próxima semana o rom-pimento com Cuba, em obedi-éncia à decisão tomada pelareunião de consulta da OEA,realizada em Washington.

O Ministro do Exterior. Ale-janeiro Zorrllla de San Mar-tín, declarou que o assunto se-rá estudado pela Comissão cieRelações Exteriores do Conse-lho Nacional do Governo, queciará seu parecer baseado noexame dos antecedentes doproblema cubano. Zorrilla re-velou que dos cinco Conselhei-ros do Ministério, três sáo afavor do rompimento e cloispreferem o não acatamentoimediato.

Aviso aos Consumidores de EnergiaPara expansão e melhoramento da rede de distribuição de energia elétrica, e segurança

do pessoal que realiza êsse serviço, torna-se indispensável interromper o fornecimento de cie-

tricidade nos seguintes logradouros:

AMANHÃ

Manuel Urrutia, êx-Prèsiden-te Provisório de Cuba, enviouuma carta ao candidato chile-no Salvador Allende, advertiu-cio-o sóbre os perigos que cor-re o povo chileno, se os comu-nistas tomarem o Poder.

Urrutia. atualmente exiladonos Estados Unidos, afirmouque a ndvertência fundamen-ta-se na sua experiência comoprimeiro Presidente, logo apósa Revolução Cubana, quando"os verdadeiros revolucionáriosdemocratas subiram ao Podercom os comunistas". Acrescen-tou que não desejava assumira responsabilidade histórica decalar-se diante do perigo gra-víssimo que paira sobre oChile".

Impasse poderá adiarpor tempo indefinidoreunião sobre o Laus

Paris (PI-JB) — Anun-ciou-se, ontem, oficiosamen-te, a possibilidade de a con-ferência de cúpula entre osrepresentantes das facçõesiausianas ser adiada portempo indeterminado, emconseqüência do fracassodas tentativas para um acôr-do prévio.

O Primelro-Minlstro rtèti-tralista, Príncipe SouvaivnaPhouma, amigo intimo doPresidente De Gaulle, anun-ciou em entrevista coletivaque a conferência somentese realizará se forem supe-radas as divergências entreas três facções políticas queprovocaram a guerra civil noLaus.ESPERANÇA

Fora programado para on-tem o inicio das conversa-

ções entre Souvanna Phou-ma, o Príncipe pró-comunis-ta Souphannavong e o Pre-sidente direitista Boun Oum.O Governo francês, que pôsum castelo à disposição doapríncipes para que realizas-sem ali suas deliberaçõestinha a esperança de que dareunião surgisse um apelopara uma conferência de 14nações em Genebra.

Os franceses também es-péravam que essa conferén-cia sóbre o Laus preparasseo caminho para outra siml-lar sobre o Vietname, a serrealizada também em Gene-bra. O Presidente De Gaullecontempla suas negociaçõescomo a melhor esperança deobter a neutralização doSudeste da Ásia, que vempedindo há um ano.

30-8-1M4 (DOMINGO)

CENTRALPeríodo aproximadamente das 7 ãs 16 horas'

CENTRORUAS: Visconde da Gávea. Baráo de São Fé-

lix, Costa Pereira, Dona Lúcia.

ZONA NORTEreríodo aproximadamente das 7h 30m às lõh

RIO COMPRIDORUAS: Caetano Martins, Itapiru, Baráo de

Petrópolis, da Estrela,

Teríodo aproximadamente das 6h 30m as 16h

ANDARAlRUAS: Almirante Cândido Brasil, Ribeiro Gui-

marães, Santa Luzia, Costa Pereira.

Período aproximada mente das 7 às Í6 horas

PEDREGULHORUAS: General Cordeiro de Farias, Senador

Bernardo Monteiro, Itapoa, Fausto Bar-reto, Dr. Rodrigues Santana.

Período aproximadamente das 7 às 1G horas

VILA ISABELRUAS: Araújo Lima, Pereira Soares, Antônio

Salerma, Senador Munia Aragão, DonaMaria, Ambrosina, Gonzaga Bastos, Pe-reira Nunes.

SUBÚRBIOS DA CENTRALPeríodo aproximadamente das 7 às 15 horas

MÉIER (CACHAMBI)RUAS: Aristides Caire. Marilia de Dirceu, Te-

nente Costa, Mossoró.

Período aproximadamente das 9 às 12 horas

MARECHAL HERMESRUAS: Piraí, Aurélio Valporto. igaratá, Pira-

caia, Dr. Gonçalves Lima, Corurlpé,Acapu. Iatu, Aracoiba, Jurubaiba. Amé-rico Rocha, Quatiará, Taracatu, Jatiná,Piracaia — Faixa da Linha Cascavel.


SENADOR CÂMARARUAS: Marmiari, Egípcia da Silva, Albino Pe-

na, Marinho Rego, Sílvio Fontes, Ma-catuba. Sobreiro, Francisco Pereira,Raul Azevedo, Coroados, Vítor Guizard,Dez, Três, Nove, Doze, Mandauba, Ar-lindo Cardoso. Rodrigues de Freitas.ESTRADA: do Viegas. AVENIDA: San-ta Cruz.


OSVALDO CRUZ ",.RUAS: Abacaí. Nascimento Gurgel, Jabaira,

Cardoso de Melo. Cataguases, São Lou-renço, Coelho Lisboa.. TRAVESSAS:Vitalina, Japuh.

SUBÚRBIOS DA LEOPOLDINATeríodo aproximadamente das 7 às 16 horas

PARADA DE LUCASRUAS: Ministro Carlos Maximiniano, Q, Cari

Levi, M, N. General Correia e Castro,Ministro Artur Costa, Atílio Parim, L.Jorge Lacerda, Plínio Barreto, RichardStrauss, Frederico Chopin, Franz Schu-bert, Jornalista Geraldo Rocha, Oito,I, J. Nove, C, E, A. Costa Ribeiro. Seis,H, Mo-.isenhor Castelo Branco, D, F,Prof.-dor França. General MagalhãesBarata. CAMINHO: dos Cachorros. RO-DOVXA: Presidente Dutra.

ESTADO DO RIOPeríodo aproximadamente das 7 às 16 horas

NOVA IGUAÇURUAS: Ministro Lira Castro, Pari, Paranapia-

caba, Jaú, Pindamonhangaba, Mococa,Pinto Duarte, Presidente Duarte, Beni-cui Capitão Deodoro de Alvarenga, Ge-neral Rondon. Tupis, Ocaí, José AlvaresPereira, do Encanamento, Damas Ba-tisfa. Dr. Lassance Cunha, Maria daGlória, Teresinha, Clara de Araújo,Dona Clara. Nelson de Araújo, JúlioConde, Freitas Braga. Fernandes, Ou-viuor. Augusto de Araújo, Genoveva,Santo Antônio, da Glória, Tenório Ca-valcánti, Maria Leopoldina. Nunes Sam-paio. Freitas Braga. Rio da Prata, Ita-bapoan; Tabira. Tatuoca, Tubira, dosPatriotas, dos Congregados, da Pátria,Americana, dos Voluntários. AVENI-DAS: Araguaia, Heliópolis. ESTRA-DAS: da Posse, Plínio Casado, Dr.Parrula.

RIO LIGHT S. A.

SERVIÇOS DE ELETRICIDADE CP

[ &— _." Cad. Jornal do Brasil, Sábado, 20-8-64

Segunda WILSON FIGUEIREDO

SeçãoMarcondes Ferrazrompe com UDNem sinal de protesto

Os ataques feitos em discursospor representantes da UDN na Câ-mara e no Senado levaram o eng.0Marcondes Ferraz a deixar o partidocie que íoi o fundador em 45 e aoqual sempre foi fiel; A decisão che-gou em carta ao Deputado Abreu So-dré, presidente da UDN paulista e.seção à qual o presidente da Ele-trobrás era filiado.

Os ataques de udenistas naCâmara e no Senado, no caso dasnegociações para a compra dasações das empresas concessio-nárias de energia elétrica, envol-veram o Presidente da Eletrobráse, magoado com o tom que o atin-giü, o Sr. Marcondes Ferraz deci-diu romper o vínculo político como partido que o deixa ser vítima dospróprios correligionários.

Embriaguez do sucesso

À véspera de edificar seu exi-to em plano nacional, Sandra Ca-valcânti é apontada por dedos ex-perientes como à beira de dois abis-vws. É que o sucesso perturba ossentidos e se Sandra não conseguiremancipar-se da contingência ca-rioca na superintendência do Ban-co Nacional de Habitação acabarásob a suspeita de ser parte de umplano de sucessão e não do planoãe habitação: nos dois casos pode-rá decepcionar o povo que tantoconfia na sua capacidade ei ou po-dera perder o lugar.

Preço paulistaO bom exemplo vem do maior

centro industrial da América La-Una: o comércio atacadista de S.Paulo já acusa uma queda anima-dora para o consumidor nos preçosde alguns gêneros. Batata, feijão,arroz e açúcar estão na vanguardada dieta da economia que S. Pauloreceita para o Brasil inteiro.

Diante da informação, o ape-tite antiinflacionário do Governodá os primeiros sinais de que estásatisfeito.

Campeão de volta

De novo sob a direção ãe Her-culano Carneiro, o Teatro Rural ãoEstudante, em Campo Grande, rei-nicia agora suas atividades prepa-rando-se para o IV Centenário,quando apresentará uma retrospec-tiva da comédia brasileira, come-çanão em Martins Pena e chegandoaté Milor Fernandes. Serão selecio-nadas peças, que tenham suas açõespassadas no Rio. Sábado agora, JoãoBethencouvt, Diretor ão Serviço deTeatros do Estado, desloca-se na di-reção de Campo Grande, para inte-girar o grupo do Teatro Rural ão Es-tudante no espírito e no programado IV Centenário. O TRE foi o ven-cedor no Festival de Teatro de Es-tudante, realizado no Recife em1958.

Anáguas na guerra

A Campanha ãa Mulher pela De-mocracia vai-se mobilizar para acausa do desarmamento no mundodos brinque d os. A iniciativa doDeputado Noronha Filho, trabalhis-ta carioca que ascendeu com a re-volução de abril, terá o apoio ãaCAMDE, que também acha umabsurdo criança, brincar com instru-mentos de guerra, quando há tempode sobra para aprender a maneja-los mais tarde. O projeto apresenta-do agora à Câmara é a quarta ten-tativa de pacificar o mundo infan-UI. A CAMDE resolveu áeclararguerra: é fogo. Da última vez que asmulheres se mobilizaram, quem me-Ihor pode dizer dos resultaáos é o Sr.João Goulart ou, em nome dele, oSr. Leonel Brizola.

Ato gratuitoCom ioda a aparência ãe quemrealiza um ato áe força, cumprindo

ordens duras, policiais apreenderamontem ao meio-dia em Niterói todaa edição de Pif-Paf destinada aoconsumo dos moradores do lado delá da Baía. 'Terão de adquirir no Rioo exemplar e, para ser coerente, alinha dura deve mandar apreenderâ revista de humor nus barcas, re-vistanão os passageiros no désem-que. Sem essa providência, como dizPif-Paf, mim editorial ãe últimapágina, còm boa dose de profecia,acabaremos mesmo caindo numademocracia. Os homens da DOPS dolado ãe lá declaram apenas quecumprem ordem superior, mas nãoespecificam o grau de responsabill-dade. O mistério é inócuo, porqueestá na cara o estertor àe uma li-nha inutilmente dura a esta alturados acontecimentos. Vamos cairrealmente numa democracia. MilorFernandes foi informado pelo tele-fone e entrevistado por uma esta-ção ãe rádio, pelo mesmo processo.Repetiu os lugares comuns, que, emmatéria áe atentado à imprensa evelório, têm ãe ser convencionais.No momento em que o Brasil pre-cisa de bom humor, até mesmo pormotivo âe custo ãe viâa, âeploraVão Gôgo, procuram impedir a cir-culação âa revista. O lugar comumadquire realmente uma força im-prevista: a apreensão de Pif-Paf éum atentado à liberdade de impren-sa, tão desnecessário como o mani-festo ãe exílio lançado por JoãoGoulart.Fala o SAM

Informa o Diretor do SAM, Sr.Giesi Medeiros, que foram "toma-das providências para a punição ãoservidor": está suspenso o inspetorapanhado em flagrante, quanãocastigava com palmatória um me-nor internado no SAM. Quem viu acena, atrasada de quase meio sé-culo, foi o filho e secretário parti-cular do Ministro da Justiça. O es-clarecimento do Diretor do SAM,sôbrc o episódio testemunhaão porJoão Cláudio Campos, lembra, "abem ãa verdade, que não se verifi-cou a gravidade apontada, pois narealidade o que sucedeu foi um des-Use cometião por menor internaâonum. dos estabelecimentos ão SAMe que reãunáou na ação âo inspe-tor encarregado âa disciplina, queteria procedido com rigor exce&-sivo".Gorilismo

Todas as unidades mecanizadasáo Exército vão ter daqui por dianleum símbolo, já aprovado pelo Mi-nistro da Guerra. A idéia partiu doCoronel Pitaluga, Comandante doRECMEC, que propôs a adoção dafigura de um gor ila como distintivoãa tropa motorizada. Agora será fei-to o concurso para o desenho quecada unidade adotará, bordado nobraço ãa tropa e dos oficiais e pin-tado nos carros áe combate. Os ml-litares resolveram enfrentar combom humor a falta de imaginaçãodos que importaram o conceito âegorilismo âa Argentina. Vão nacio-nalizar a figura âo gor ila e retirar-lhe todo sentido pejorativo. A faunaé nossa.

Petróleo comumInformações da Argentina,. edi-

tado pelo SÈPRO de Buenos Aires,publica a opinião âo Presiáente âaYacimientos Petrolíferos Fiscalesfavorável à criação áe um mercaâocomum latino-americano exclusiva-mente para produtos petrolíferos. Oobjetivo ãa idéia patrocinada peloSr. Facunâo Suárez, Presiáente áaempresa estatal argentina, é favo-recer os paises membros a mantero intercâmbio âe produtos sem queprecisem áespenãer áivisas. Os en-tendimentos já foram iniciados,principalmente com o Peru e o Chi-le. Parecem promissores os primei-ros contatos, segundo a publicaçãodo escritório comercial brasileiro

'emBuenos Aires.

Lance livre* Está na moda elogiar o colunista

Álvaro Americano: Swan vive um mo-mento de plenitude na sua carreira. Ain-da no jantar de quinta-feira oferecidopelo Ministro Roberto Campos ao Pre-sidente Castelo Branco, o assunto domi-nante no apartamento da Rua Francis-co Otaviano foi a coluna onde Álvaromostra apenas uma face, pois a maissevera fisionomia do jornalista está noseditoriais de O Giobo. O toque de per-sonagem de Stendhal — sombra dcAmericano — foi motivo de conversa emvárias rodas, por onde se distribuíamhomens integrados em assuntos de atua-lidade, Nada de politica nas salas emque se repartiam o Presidente da Repú-blica, os Embaixadores Gilberto Ama-do e Augusto Frederico Schmidt, Embãi-xador Lincoln Gordon, Ministro Leitãoda Cunha, Sr. Amaral Peixoto. Depu-tado Aliomar Baleeiro. Sr. W. W Ros-tow, General Golberi do Couto e SilvaConselheiros Harold Polland e Glycoi.de Paiva, Ministro Otávio Gouveia deBulhões, Deputado João Calmon, Sr. Ro-berto Marinho, Deputado Raimundo Pa-dilha, Sr. Vitor da Silva. Sr. SebastiãoSantana (Chefe da Secretaria do Pia-neiamento). sem contar presenças de

grande mobilidade nos assuntos e noagrupos.* Entre 2 e 15 de setembro, por con-vocação do Instituto Interamericano deEstatística, reúne-se no Panamá a VIIISessão da Comissão de Aperfeiçoamentodas Estatísticas Nacionais. O Brasil es-tara presente, representado pelo Tenen-te-Coronel Germano Seidl Vldal, Secre-tário-Geral do Conselho Nacional de Es-tatistica (IBGE) e membro nato da co-missão internacional. Em companhia doDiretor do Serviço de Estatística Eco-nõmica e Financeira, Sr. Cori LoureiroAcioli, o Coronel Germano Vidal viajasegunda-feira para a cidade do Panamá,A reunião foi convocada para tratar daelaboração de um Programa Interame-ricano de Estatísticas Básicas. Serão co-bertos de forma preferencial os seguin-tes campos de pesquisas: 1) Popula-ção: 2) Habitação; 3) Ensino; 4) Saú-de: 5) Agricultura e Pecuária: 6) Silvi-cultura; 7) Pesca; 3) Indústria; 9) Co-mercio; 10) Comércio Exterior; 11)Transporte; 12) Trabalho, preços umgeral e condições de vida: 13) Moedae banco; 141 Finanças públicas. A de-legaçâo brasileira está preparada paraapresentar um trabalho documentadosôbre os itens que serão debatidos.

Correspondente regressaà URSS achando Castelo"simpático como Molotov"

O jornalista e escritor soviético Oleg Ignaticv, que on-tem regressou a seu pais, depois de permanecer dois unosno Brasil como correspondente, disse no Galeão que achouo Presidente Castelo Branco "simpático e comparável aAíolotov, pelo temperamento comedido o pela firmeza daatitudes, em tudo transpirando au.stcridade'\ •Oleg Ignaticv escreveu Brasil, Gigante Tropical, com250 paginas e farta ilustração, narrando a vida, os costu-mes e o.s hábitos brasileiros, que está na terceira ediçãonas livrarias da URSS, num total de 500 mll exemplares,

que já lhe renderam o equivalente a Cr$ 33 milhões de.direitos autorais (30 mil rublos).

ExiladosfestejamJuanita

JORNALISTA

Como corres ponclentc daasèncla noticiosa Novosti e <loIvonisoiiiíiisl-alii Pravilsi, órgãoda juventude comunista, OIcg;Xgnatlev não costuma escrever.sóbre politica, mas foi obriga-do a fazè-lo loiio na. primeiravoz cm que visitou a Américatio Sul, em 1054, acompanha»-do o bnllct da Geórgia. Issoporque sua passngcm pelo Riocoincidiu com o suicídio deVargas. Em 19(il voltou aoBrasil para entrevistar o ex-Presidente Jânio Quadros e,em abril de 1902, veio para sofixar como correspondente.

A agência Novosti serve aoito mil jornais c a três milrevistas da União Soviética, eOleg remetia, semanalmente,entrevistos, artigos e reporta-gens sôbre nosso País. Visitouquase todos os Estados, e vi-veu com os Irmão. Vllasboasdurante seis meses, às maVgens

do Xingu, no Alto Araguaia,recolhendo material para. umtrabalho sôbre os índias Kala-pagos, no Coluene. Disse queo Brasil como assunto intères-sa especialmente aos Jovens cs-tudante.. soviéticas, conformoatestam as milhares de cartasdo.s leitores de seu jornal e desua agencia, bem como o meiomilhão de exemplares dc seulivro.

O ESCRITOR

Oleg Ignaticv leva material,para fazer mais dois livros, umsóbre a vida de Tiradentes eoutro sôbre a Amazônia.

Informou que Brasil, GifrantcTropical estava sendo vertidopara o'português por uma edi-tora dé São Paulo, que o pu-bllcnria com prefácio de JorgeAmado. Com os acontecimen-tas de abril, o trabalho foi in-terrompido porque a editora foiproibida de editá-lo.

Ainda desaparecido desenhode Portinari roubado èstemès num dos salões do MAM

Continua desaparecido o desenho do pintor brasileiroCândido Portinari, recentemente furtado da exposição dosquadros da coleção do Sr. Ernesto Wolf, inaugurada no dia6 do corrente no Museu de Arte Moderna e que apresen-ta 135 trabalhos de 70 pintores famosos,

O 3.° Distrito Policial destacou um detetive para efe-tuar investigações, que, apesar da queixa ter sido efetuadano dia 10 passado, somente hoje iniciará seus trabalhos,porque aquela dependência policial conla com apenas doishomens na Seção de Roubos e Furtos.

sóbre o furto de seu quadro edeterminou à direção cio MAMque tomasse ns providênciasnecessárias à sua recuperação.

O FURTO

Informou o Sr. Luis VieiraPereira, zelador do MAM, que

o desenho de Portínnri mede27 por 15 centímetros, represen-ta cavaleiro num fundo de ca-naviais, aparecendo outro ho-mem no primeiro plano e a as-imatura do artista embaixo, aesquerda. A obra desapareceuno dia 9 deste mês, tendo osladrões retirado o passe j.aríoa.que a protegia. O desenho esta-va exposto no último stand deuni dos salões do Museu.

Disse o Sr. Luis Pereira queo ladrão se aproveitou do gran-de número de pessoas que vlst-tam a exposição no sábado edomingo, dias em que a entra-da é franca e atraem sempremais público. Acrescentou queessa íoi a primeira vez que con-seguiram furtar uma obra emexposição no MAM.

PROPRIETÁRIO

O proprietário do desenhofurtado. Sr. Ernesto Júlio Wolf,que atuaJmente se encontra cmexcursão na Argentina, é umdos maiores Colecionadores dequadros da América Latina. Écasado com a escultora LiubaWolf c .sócio da Sra. Ana Ma-ria Fioca na Galeria de ArteSão Lui.s, em São Paulo.

O Sr. Wolf. que promoveu hátempos a exposição Quatro MilAnos ãe Vidro, instalada noIbirapuera e, posteriormente noRio dc Janeiro, já íoi avisado

As Sras. Sílvia Lawton deNiinez c Silia Duthll de Blnn-co prestarão, hoje, na Ave-nida Atlântica. 4 0'.V2. aparta-mento 201, uma homenagem áSr.'1 Juanita Castro.

A manifestação de apreçoterá inicio ás 9 horas e repre-sentará a homenagem dos exi-lados, cubanos no Rio dc Ja-neiro.

Fogo põe fimà FavelaJoão Cândido

A Favela João Cândido,derrubada c evacuada ante-ontem, quando as autorida-dos estaduais removeram asfamílias restantes para VilaAliança e Vila Kennedy, foiqueimada ontem pela Secre-taria de Serviços Sociais e aCOHAB.

A João Cândido foi a quar-ta favela saneada pelo Go-vêrno carioca, através ¦ daSecretaria de Serviços So-ciais, que estuda agora apróxima mudança-

Tribunal deAlçada nãofoi adiado

O Tribunal de. Justiça da'Guanabara não decidiu, nasessão plenária de anteon-tem, adiar a Instalação doTribunal de Alçada para 1de janeiro de 19G5, prorro-gando a discussão do assun-to para a próxima sessão.

A transferência do debatedeu-se em virtude de reqi.e-rimento do Desembargador'Bulhões de Carvalho, apro-vado pelo voto de minervado Presidente do Tribunalde Justiça, DesembargadorFaria Coelho.

ROTEIROestréias

CAVANDO MARIDO — Hli-llnuo, cm coros, Dir. MarlhoCUrolni-it, Com Wivlter Clilnn.l_.oio.la dc Luca, — Franco-Brás. — Proibido; 18 anos. —scala. — Horário: i.n, líh,1811, 2011 e 2211.

VIVEU A vida — PrarioSs.Dir.: Jonn-Luo Goclard, — ComAnna Karina. — Frruico-Brns.Proibido: 13 mios. — CORAL,Horário: Hh, ísi. .Om. I7h20m,lDli, 20h .0m o 22h 20m.

O ABISMO — Al.mi.o. Dir.Paul May, — Com Ger. Frobc.Olirlstliie' Kaufmiin, — UCD.Proibido: 18 anos. — PALA-CIO. — Horário: Mll, lOh, 13h,20li o 221). .

Proibido: ib anos. -. olT.UAlloinrlo: l.h.Om, 17Íi_0m _omo a2h40m.

•MOSCOU C O N T lt A 007 Produção Inglôsa _m -óres. Dl_reç&o dn Toronoo young, comScan Oonnory c p.odro Arm.ii-dilrlí. — un-.tcd Artlst, — pr0i.Iildo: is nrios. — BRUNI Fl \„MENGO. -- Horário: I3h"30ml.lli 40m, 17h _0m, 201i e 22h •lOm.

FESTIVAL DE nANcTíuNaAMERICANO — Rcaprcscma-çao do íllmes dc far-wo.t, comum filmo por dln. _ Metro —METKO PASSEIO — COPACA.BANA c TUUCA — ASTECA— PAX — PALÁCIO IIIGIE--fóPOI.IS. — Horário: Hh, 161-1811, 20h c 22il.

DON JUAN EUA APRENDIZ— Amcrlcnno cm cores — Dir.David Swl.t — Com Jack Lc-mon o Carol Lynley — Colum-bia — Prolb.: 10 anos — SAOLUÍS — Hor.: 13h_0m — 15b30m — 17h 40m — líib _0m e22 b.

AS MASSAGISTAS — Fran-co-ltallano, — Dir.: Lucl o Fui-cl. — Com Silvia Kosclna, Nl-no Taranto. — Art. — Proibi-do: 18 anos. — Alt.' palácioCOPACABANA — AUT TIJi:-CA — AUT MfilER — IMPE-RIO — PRESIDENTE — CEN-TltAL. — Horário: 1411, 10b,18b. 20h e 22h.

A LENDA DE ENÉIAS — Ita-liano. cm córes. — Dir.: Glor-Ijlò Itivolta; Com Stcve Roovos,Carla M.irller. — Conclor. Pro-bldo: 10 anos. — PI.AS.A —OLINDA — MASCOTE. — Ho-rário: 14b, 16h, 18b, 20b o 22b.

MAFIOSO — Italiano. — Dl-reção: Alberto Lattuada. ComAlberto Sorcll, Norma Bengell,Polmex. — Proibido: 18 anos.VITÓRIA — RIAN — CARIO-CA. — Horário: 14h, 16h, 18b,20h e 22h.

A ILHA DOS AMORES PROI-DIDOS — Italiano. Dir.: Da-mlnno Damlanl. — Com Re-giuald Kernan, Vanní cie Mai-Krct. — Metro. — Prolb.: 18anos. — ALVORADA. — Hora-rio: 14b, 16b, 18b, 20 e 22h.

CONTINUAÇÕES

IRMÃ LA OOUCE — Amrr:-cano cm córes. Dl:. Bllly Wil-der. — Com sblrlcy MacLalr.ac Jack Lemmon. — United Ar.

ESSE MUNDO fi MEU _«acionai. Dir. Sérgio Ricardo.Com Sérgio Ricardo, AntônioSampaio, Léla Bulcilo. Copa-cabana, — Proibido is ano..— CAPITÓLIO — LB1ÍLON —COPACABANA — AMÉRICA -IMPEIIATOR — Hor.: Mh _151V40m — I7h20m — IBh —20b 40m c 22h 20m.

O BEM-AMADO — Produçãoamericana cm córes. — Dlrcçil.icie Bud Yorkln. — Com FrankSinatra e Barbar,. Rusb. — Pa-ramoünt. — Proibido: 14 anosIIRUNI COPACABANA — BRI-TÂNIA — IIUS — RAMOS. —Horário: 14h, 1Gb, 18h, 20 •22b,

AS AVENTURAS DE TOM.TONES — Produçáo Inglesa emcóres. — Direção de Tony Ri-c-inrdson. — Com Albert Fineyc Susannoli, York. — UnitedArtlsts. — Proibido 18 anos. —KELLY — FESTIVAL — BRU-NI IPANEMA — BRUNI GltA-JAÚ. — Hor.: Klh _0m, l_h-10m17b _0m, 20b c 22h lOm.

LAWRENCE DA ARÁBIA -Produção anglo-americana emcóres. Direção de David Lean.Com Peter 0'Toolc, Alec Gul-ness e Anthony Quinn. — Co-lumbla. — Proibido: 10 ano.-REX — MIRAMAR — MADRI— ESKYE — STA. ALICE, Ho-rárlo: I3h, 16b 40m, 22b 20m.

A VIDA P E C A DORA DECIIRISTINE KISELER — InglêJDir. Robert Stafford. — ComIvonne Bucklughan c JohnDrow Bnrrymore. — Allicd. —Proibido 18 anos. — PATIIB,Horário: 13h 40m, lãh 20m, 17b,18h 40m c 20b 20m.

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DE

MURIEL RESNIKDIREÇÃO DE

MAURICE VANEAU

TEATRO

COPACtelefone: 57-1818 (ramal teatro)

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TONiA CARREROJARDEL FILHO

UMA PRODUÇÁO DE

OSCAR0RNSTEIN

NA COMÉDIA

QUALQUERQUARTA-FEIRA

COMMARGARIDA REYSÉRGIO VIOTTI

Jornal do Brasil, Sábado, 20-8-64, 1.° Cad.

Empregados no comércio'dão a Milton sugestão paraMudanças na previdência

O Secretário cia Associação dos Empregados do Comer-cio do Rio do Janeiro, Sr. Bernardes Gomes da Silva, emnome dos 25 mil associados da AEC, fêz*eri.regá ontem aoMinistro da Justiça, Sr. Milton Campos, dc ofício no qualforam apresentadas sugestões para o encaminhamento deum anteprojeto à Câmara Federal a respeito da rcestru-turação da previdência social.

As sugestões foram solicitadas pelo próprio Ministro daJustiça, que estendeu o apelo a várias entidades classlstas,no sentido de expressarem seus pontos-de-vista sobre oproblema previdenciário, considerado pelo Governo de gran-de Importância.BENEFÍCIOSREAJUSTADOS

— Nos últimosreajustnmentos. verificados na? IAPs — escla-receu o Sr. Gomes da Silva —Injustiças notórias foram co-metidas no ponto que determi-na que nenhum beneficio re-ajustado poderá ultrapassar olimite do valor correspondentea dois salários mínimos da rc-gião, com exceção dos segura-das do IAPFESP, que tém leiespecial.

Ora — observou — o contri-buinte que tem nivel d* vidamais elevado contribui comdesconto maior, podendo pagaraté cinco vezes o salário. Suavida situa-se, portanto, em ni-vel próprio.

Explicou o Secretário da A.s-soclação dos Empregados noComércio que a Lei Orgânica,cm seu Artigo 67, § 4.°, limitaabsurdamente o reajustamentodos beneficias a um valor cqul-valente a dois salários mini-mos, o que, dada a inflaçãoatual, não significa mais nada.

— O documento que entre-gnmos ao Ministro MiltonCampos — concluiu — frisouque nosso intuito . o de cola-borar com a administração deS. Ex* e atender aos reclamosde nossos associados. Nossaprincipal reivindicação é nosentido de que seja expurgadaa cláusula absurda que nãopermite um reajustamento dosbenefícios da previdência oci-ma do teto de duas vezes o sa-lário mínimo.

Torres recebe sugestõespara túnel mas prefereponte entre Rio-Niterói

Niterói (Sucursal) — O Governador Paulo Torres re-cebeu do Ministério da Viação cópias de projetos e proces-sos referentes à travessia da Baia de Guanabara, todos elessugerindo a construção de um túnel, tese que não adota,por considerar a ponte mais prática, mais barata e de maisfácil execução.

Num encontro que manterá com a Marechal JuarczTávora, nos próximos dias, o Governador fluminense pre-tende convencê-lo a aderir à tese da ponte, usando, entrevários argumentos — segundo revelaram seus assessores deimprensa — recortes do JORNAL DO BRASIL, com pro-nunciamentos de dirigentes políticos, do comércio e daindústria, defendendo seu ponto-de-vista.PARA DEBATER

O Deputado Kiffci* Neto .so-licitou tuna audiência ao Go-vernador, para os dias 4 ou 5dc setembro, quando lhe en-.regará o requerimento apro-vado por unanimidade na A.s-sembléia, sugerindo um Forode Debates, em Niterói, em tór-

vo do problema da ligação ma-ritima.

Visito ndo a Sucursal doJORNAL DO BRASIL, ontem,o Deputado Kiffcr convidou umrepresentante do jornal aacompanhá-lo ao Palácio doJngá. no dia da audiência, "por-que ést.e grande jornal cariocao o pai da idéia".

Juiz de Rio Casca* adia ojulgamento da velhaacusada de matar delegado

o *

Belo Horizonte fSucursal) — O Juiz de Direito de RioCasca, Sr. Èriéias Ribeiro Alevato, atendendo a solicitaçãoao Promotor de Justiça, Sr. José Barcelos de èousa — quoalegou estar doente e sem condições para atuar — adioupara o dia 15 de outubro o julgamento da velha CeciliaMaria de Jesus, acusada de ter matado, em dezembro doano passado, o Delegado de Polícia Colatino Miguel Ar-canjo e o soldado Mário Mazilao.

Baseada nos laudos médicos, feitos* em seus quatro fi-lhos mortos, nas provas conseguidas pelos advogados de de-íesa e num álibi, a ré Cecília Maria de Jesus esperava aabsolvição, ã qual os jurados também eram favoráveis. Se-gundo os jurados, o adiamento foi provocado pelo noticiáriodos jornais, pois o Promotor achou que suas declaraçõessóbre a sentença poderiam influenciar a decisão.

ADIAMENTO

Depois de assistir a dez' jú-ris menos sensacionais, na se-mana passada, a população deRio Casca discordou da deci-sào do Juiz Enéias Ribeiro Ale-vato, achando que a medidaprotelou a libertação da velha,que é considerada inocente.

Os advogadas da acusada,Srs. Osvaldo Lopes Rio, Laude-

lino Marques da Silva e o quin-tanista de Direito Custódio Ar-canjo Vieira, conseguiram pro-vas contra a acusação de co-autoria no crime, alegando queno dia do tiroteio a velha esta-va em sua casa e que seusquatro filhos e seu marido fo-ram mortas depois pelos sol-dados da Policia Militar, comovingança pela morte do dele-gado e do soldado;

Adiado encontro de Torrese Magalhães Pinto queseria hoje em Cabo Frio

Niterói (Sucursal) — O Secretário da Comissão deCoordenação e Planejamento do Estado do Rio, Sr. J-aciMagalhães, informou ao JORNAL DO BRASIL que o en-contro entre os Governadores Paulo Torres e MagalhãesPinto não será realizado hoje, em Cabo Frio, como a im-prensa divulgou, "mas no momento oportuno".

Acrescentou que o Chefe do Executivo de Minas Ge-rais encontrava-se, até ontem, em Angra dos Reis, repou-sando, motivo pelo qual o seu-encontro com o Governadoriluminense, que deveria ter se realizado esta semana, foitransferido para uma outra oportunidade.

SenadoresvisitaramBrigadeiro

Uma delegação de senadoresconstituída dos Srs. BeneditoValadares, Eugênio Ramos, Vi-torlno Freire, Antônio CarlosKondcr, Melo Braga e AluisioCarvalho visitou, ontem, o Bri-gadelro Eduardo Gomes, queacaba de so submeter auma intervenção cirúrgica, pa-ra apresentar-The votos dopronto restabelecimento.

A proposta para. constituiçãoda Comissão, aprovada pelo Se-nado Federal, foi apresenta-da pelo Senador Vitorino Freire.

Mulherespedemauxílio

Os leitores e ouvintes do JOR-NAL e RADIO JORNAL DOBRASIL que quiserem ajudara duas mulheres, ambns mãe.de famílias, poderão fazê-lo do-nndo a uma, que ó costureira,uma máquina usada, e a outra,que já tem máquina, um motor,pois não tem forca nas pernaspara utilizá-la. O Serviço deUtilidade Pública, na AvenidaRio Branco. 110, 3.°, telefono22-1519. deve ser procurado pa-ra as doações.

REMÉDIOS

A médica Maria dn GlóriaWatzl ofereceu ao SUP 60amostras de vários remédiosque recebera dos laboratórios,resolvendo assim repetidos pro-blemas de pessoas que não po-dem despachar as receitas. As-sim sendo, o SUP faz um apé-lo aos médicos em gernl paraque lhe enviem amostras.

Lão projetaEstado deS. Francisco

A resião do Sõo Francisco,que produz !!0 por cento do ai-godão da Bahia, é rica masmnl aproveitada, devendo, por-tanto, ser transformada em Es-tudo, segundo o autor dc pro-jet.o nesse sentido, o Deputadoestadual Adão de Sousa. A pro-posição já íoi enviada à. Mesaria Assembléia Legislativa, quevai estudá-la para posterioraprovação pelo Congersso.

Informou o Sr. Adão de Sou-sa, falando ao JORNAL DOBRASIL, que o novo Estado te-ria uma população de um ml-lhão o 200 mil habitantes, quejá elegeu nas últimas eleições23 dos atuais CO deputados es-taduais. Acrescentou que a for-mação do Estado do São Fran-cisco vem sendo a preocupaçãodes habitantes da região.TENTATIVAS

Informou o Deputado Adãode Sousa que várias tentativasjá foram feitas para a criaçãodo novo Estado. Todas, porém,fracassaram. Mas espera que aidéia agora se concretize, "poiso atual Governo da Bahia sóse faz presente para cobrar im-postos". As escolas, hospitais ecentros de assistência aos tra-balhadores são mantidos pelaComissão do Vale do Sáo Fran-cisco.

Cochilocusta caroa corretor

Niterói (Sucursal) — Trêsmilhões de cruzeiros foi quan-to custou um pequeno cochi-lo ao corretor Válter Rodriguesdos Santas, durante a viagemque fêz, ontem, ãs 4 horas damadrugada, numa das barcasque ligam o Rio a Niterói.

Na Delegacia de Plantão ocorretor afirmou que estava"cansado de tanto trabalhar"e decidiu aproveitar os vinteminutos da viagem para "umasoneca". Ao ser acordado einNiterói, pelos marinheiros dabarca, Válter Rodrigues verifi-cou que lhe haviam roubado orelógio de ouro, os óculos degrau', e uma pasta de courocontendo diversos documen-tos, titulos, cheques, uma pas-sagem aérea c seus ordenadosem' notas novas, tudo avaliadoem Ci*5 3 milhões.

Tarifa cara

NA PAUTA

stâf&$_*?iê_wmS _%*:-í***z -ÇíES-fS-^* ¦ _,.- ¦ ...^-^í.

Castelo estabelece normaspara revisíão salarial nasempresas ligadas ao Governo

O Ministro do Trabalho informou ontem que o Presi-dente Castelo Branco assinou decreto preparado pelo Con-sèlho Nacional dc Política Salarial para estabelecer nor-mas para a revisão dc salários dos trabathdores em em-presas concessionárias (gás, telefone, energia elétrica, ser-viços portuários e marítimos), subvencionadas (empresasaéreas, Lólde Brasileiro, Costeira e Rede Ferroviária) e deadministração direta do Governo.

O decreto faculta ao Conselho de Política Salarial mo-dlíicar as taxas de aumento estabelecidas em acordos co-letivos de trabalho, em função do aumento da produtlvlda-de das empresas, das repercussões do aumento no preçodos bens ou das tarifas e da eqüidade social no copjuntodas categorias.

TELEFONEMAS

Os Governadores Magalhães Pin-io « Paulo Torres, mantlvoVam,;no decorrer de.ta semana, várioscontatos telefônicos, mas cias con-,vcrsíiç.es nada se soube, O Pa-lí.nio do Ingá confirma que 03dois tém pontos-de-vista ldéiiti-cos em relaçíio aos principais pro-bl.maa políticos e admlnistratl-vos enfrentado, pelo PresidentaCastelo Branco,

Num dõ.s.s contatos o Sr. Ma-(jallifies Pinto chegou a marcaro encontro com o General PauloTorres para hoje. em Cabo Frio,quando aproveitariam a inaugura-ção da O Am ara .Júnior para con-versar. O Governador mineiroteve, no entanto, dc retornar kspressas ao seu Estado, partindoontem tle Angra dos Heis, a fimde contornar problemas poli..coareiilonais. segundo explicou ao seucolega do .Estado do Rio.

prejras:

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Firma da Alemanha doaao Brasil 150 mil dosesde vacina contra pólio

Chegaram ontem ao Aeroporto Internacional do Ga-leão 150 mil doses de vacina Sabin, doadas ao Ministériode Saúde pela firma alemã Behring Werke A. G. e reme-tidas à sua representante no Brasil.

A empresa Hoechst do Brasil Química e FarmacêuticaS. A., que representa no País a Behring Werke, encarai-nhou o carregamento de vacinas antipólio ao Deparla-mento Nacional da Criança.Sò. EM SETEMBRO rfficos para transportar as

Niterói (Sucursal) — O So- 300 mtI doses clt vacina Sabincretário de Saúde, Sr. Luis Bo- da Guanabara,telho, informou ontem que não Acrescentou que a campanhaserá iniciada segunda-feira deverá ser iniciada no dia 3 dccampanha de vacinação em setembro, abrangendo Niterói,massa contra n poliomielite no São Gonçalo, Itaguaí, NovaEstado do Rio, pois o Estndo Iguaçu, Caxias, Meriti e Nllú-não dispõe de caminhões-frigo- polis.

A Voz do Violão joi executada sóbre a sua própria pauta,

7ila Isabel já eslácalcada com a "Voz doViolão" de Chico Viola

Foi Iniciada, ontem em frente à Escola Argentina, coma música A Voz do Violão, dc Francisco Alves, a constru-ção da.s calçadas musicais, em toda extensão da Avenida 28de Setembro, com o comparecimento da Escola de Sambade Vila Isabel, do Vice-Governador Rafael de Almeida Ma-galhães, do Administra dor-Regional e do Presidente duLions Club de Vila Isabel.

A iniciativa do Lions Club de Vila Isabel, numa promo-ção do JORNAL DO BRASIL, foi bem recebida pelos mora-dores de Vila Isabel, que se comprometeram, inclusive, aconstruir suas próprias calçadas musicais, que serão pro-.egidas pelo decreto do Executivo, que obriga obediênciaàquela medida.

reproduzida na calçada

O DECRJETO

fi o seguinte o texto do de-creto:"Dispõe sobre n ação do Con-selho Nacional de Política Sa-larial na aplicação do Decreton.° 5-1 018, de 14 de julho de1964. Usando da atribuição quelhe confere o Art. 87, Inciso I,da Constituição, decreta:

Art. l.° Ao Conselho Nacio-¦nal de Política Salarial é facul-tado, no exame dos reajusta-mentos, revisões ou acordos sa-larials de caráter coletivo, deque trata o Decreto n.° 54 018,de 14 de julho de 1964, tomandopor base o indice resultante daaplicação do disposto no seuAvt. 7.°, adaptar as taxas cn-con.radas a situações configu-radas pela ocorrência, conjuntaou separadamente, dos seguln-tes fatores: I) — aumento daprodutividade, na categoria ouempresa Interessada, comprova-damente superior à taxa geralestimada na forma do estatuídono artigo acima mencionado;H) — melhores condições pro-postas à categoria profissional,cu contratadas com a corres-pondente entidade sindical, porparte das empresas não abran-gidas pelo Decreto n.° 54 018,de 14 de julho de 1964,' inte-

grantes da respectiva categoriaeconômica, desde que não acar-retém repercussões prejudiciaisponderáveis no preço dos bensou tarifas de serviços: UI) —Necessidade de considerar dis-torsões de s a 1 á r 1 o porventuraocorridas, na categoria ou em-presa interessada, para o íimde compensá-la na íixaçSo denovos salários, visando a atln-gir condições de equidade socialno conjunto das categorias.

Art. 2." Para aplicação dafórmula de reajustamento de' que trata o Art. 7.°, do Decreton.° 54 018, de 14 de julho de1934, poderão ser consideradas.Indistintamente, a folha de sa-lário da empresa, ou o seu sa-lário-médio, ou, ainda, a faixade salário mais representativa,em face de organização da em-presa ou o salário da categoriaprofissional.

Parágrafo único: Poderão,outrossim, ser consideradas aadistoj-sões produzidas na folhade pagamento das empresaspelo aumento do salário mini-mo da região, visando a corrigirsua influência no conjunto dossalários.

Art. 3.° O presente decretoentrará em vigor na data dasua publicação, revogadas asdisposições em contrário."

FESTA DO POVO

Segundo Informou o Presi-dente do Lions Club de VilaIsabel, Sr. Paulo Magalhães,as calçadas musicais, serãoconstruídas em pedra portu-guésa preta e branca, que vãocompor ns pautas, os símbolose as notas musicais de 20 rmi-sicas populares de destacadosautores nacionais, selecionadaspelo compositor Almirante eque são as seguintes: Samba:Na Pavuna, O que c que aBaiana Tem, Pelo Telefone;aSamba-cnnção: L1 n tl a Flor,•Tura, Feitiço tia Vila; SambaE.tlllzado: Aquarela do Brasil;Polca; Apanhei-te, Cavaqul-

nho; Marcha de Carnaval: Pri-mavera no Rio, Linda More-na. Florlsbcla, Mal-mc-quer, OAbre-Alas; Marcha-Hino: AConquista do Ar; Choro: Ca-rlnhoso; Valsa: Chão dc Ks-trêlas, A ve-Maria; CançãoBrasileira: A Vo. do Violão;Toada: Luar do Sertão.

O Presidente do Lions Clubde Vila Isabel agradeceu à re-ceptividr.de que a iniciativaencontrou e o Vice-Govema-dor Rafael de Almeida Maga-Ihãcs disse que "a festa par-tira da comunidade e nâo doGoverno, e que se todos cola-..orarem teremos uma grandefesta, incentivada com a ale-gria do povo carioca".

Restaurantes entram nacampanha de Copacabana

A Comissão de Melhoramen-tos de Copacabana reuniu on-tem à tarde, na sede da Admi-nistração Regional, a maioriados proprietários de restauran-tes tio bairro para lhes expli-car os objetivos da campanhade preparação de Copacabanapara o IV Centenário da Ci-dade e solicitar-lhes uma con-tribuição mensal para cobriras despesas.

O Administrador Regional,Sr. José Dias Lopes, fêz umaexposição sóbre os serviços quoa COMEÇO está realizando,como a recomposição e conser-tos de todas as calçadas dobairro, e anunciou o início, napróxima semana, da pinturadas paredes e inchadas de pré-dios. Disse também que doiscaminhões da COMEÇO já es-tão executando o serviço de re-colhimento do lixo.

Bancário teve seu dia noRio comemorado com entregade conjunto residencial

Brasília fSucursal. — Depu-tados membros da CPI da Cá-mara que apura as causas tianão consolidação de Brasília,vão estudar uma fórmula dereduzir os preços das tarifasaéreas de outros pontos doPais para o Distrito Federal,como uma das maneiras de in-centivar o turismo interno noBrasil.

Na reunião de ontem, pre-sentes representantes de em-presas aéreas, os parlamenta-res reconheceram que o pre-ço "quase proibitivo dessastarifas é o principal obstáculon que milhares de pessoas pos-sam conhecer a nova Capital".

HOSPEDAGEM

Os membro., da CPI vão su-gerir aos diretores das emprê-sas aéreas que. se não for pos-sívcl reduzir as tarifas, que se-ja incluída, no preço, a esta-da dc três dias num dos ho-téis dc Brasília.

Sóbre o assunto, existe umprojeto reduzindo em 50 porcento as passagens aéreas deSão Paulo c do Rio paraBrasília, ainda não examina-do pelas comissões técnicas.

O Ministro do Trabalho e Previdência Social, Sr. Ar-naldo Sussel.lnd. acompanhado do Sr. Wilson Ferreira, in-te.ventor do IAPB, inaugurou ontem pela manhã, em co-memoração ao Dia do Bancário, o novo conjunto residen-ciai dos bancários em Jacarepaguá. que è o maior con-junto residencial já construído pelo Instituto na Gua-nabara.

Durante a solenidade, o Sr. Arnaldo Sussekind hasteoua Bandeira brasileira ao som do Hino Nacional executadopela banda da Policia da Guanabara, pronunciou um dis-curso e entregou a chave simbólica do novo conjunto aobancário selecionado pela Comissão de Classificação duIAPB, e que tem 18 filhos c somou 800 pontos dentro doplano de habitação.

CAMDE vaidar Curso deDemocracia

A Campanha da Mulher pelaDemocracia, Núcleo da Tijuca,vai promover um Curso sóbreDemocracia, no auditório daMatriz dos Sagrados Corações,na Rua Conde de Bonfim, 474,na Tijuca.

O curso será ministrado peloDeputado Danilo Nunes, nosdias 2, 9, 16, 23 e 30, a partirdas 15 horas.

São Pauloveta filmede golpe

São Paulo (Sucursal) — ODepartamento Federal de Se-gurança Pública mandou sus-pender a exibição do filme Se-te Dias de Maio, que o CineIpiranga vinha apresentandodesde segunda-feira.

Segundo os exibideres, aproibição veio numa "nota la-çòniça".

O filme, que não pode serapresentado também na Gua-nabara está baseado num best-seller norte-americano oondenarra um golpe de estado con-tra um Presidente dos EstadosUnidos.

Ivete contratráficode escravas

Brasília (Sucursal) — A Depu-tada Ivete Vargas (PTB pau-listai. Vlce-Presidente da Co-missão de Relações Exteriores,pediu que este órgão técnicoda Câmara solicite ao Itama-rati e ao Ministro da Justiçamedidas que assegurem o cum-prlmento do acordo recente-mente, ratificado pela Comis-são, que estabelece medidas ca-pazes de reprimir o tráfico deescravas brancas.

A Sra. Ivete Vargas disseque vários jornais do País vêmdivulgando anúncios paracontratação de empregadas do-mestiças no exterior, o que jámereceu, inclusive reclamação

.do Governo colombiano à ONU,pois as moças que se apresen-tam "são desviadas, depois, pa-ra a prostituição". A solicita-ção foi feita durante a dis-cussão e aprovação do acôr-do que reprime o tráfico deescravas brancas, assinado pe-lo Brasil e outras nações emLake Sucess, em 1949.

Presidente do IB AI diz quenão é ilegal taxa cobradapara exposição de inventos

O Presidente do Instituto Brasileiro de Assistência aoInventor, Sr. Otávio Francisco Pinheiro, desmentiu asacusações do inventor Belline de Faria, segundo as quaisé ilegal a taxa de CrS 5 mil cobrada pelo Instituto aosparticipantes da Exposição Preparatória de Inventos Bra-silelros, inaugurada esta semana no saguão do Ministério'da Educação.

Esclareceu o Presidente do IBAI que a idéia da co-branca da cota íoi bem acolhida por todos e que, segundodecisão da Diretoria do Instituto, estão dispensados dopagamento da taxa os inventores sem recurso.PROPAGANDA

— Até o momento — afir-mou o Sr. Otávio Pinheiro —o total das despesas já ultra-passou toda a arrecadação íei-ta entre os inventores que po-diani pagar e o dinheiro foiempregado na compra de cincomil envelopes timbrados, cincomil planos da Exposição, cincomil convites, mil cartazes, ílá-mulas c pagamento do funcio-nário que toma conta do stand.Os inventores receberam comindignação as acusações do Sr.

Belline de Faria, pois com-preenderam que a medida vi-sou exclusivamente ao sucessoda mostra, através da propa-ganda.

— O Sr. Belline de Faria, bõ-cio afastado do IBAI por tercometido várias irregularidadesna sociedade, é um homem do80 anos, gasto pelas vlctssitu-des da vida no setor dos In-ventos e está necessitando, ur-gentemente, de um bom repou-so em alguma clinica de trata-mento mental — acrescentou.

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O conjunto 28 de Agosto pos-sui também 11 edifícios com-plementares para serviços ge-rais, incluindo ambulatório cominstalações de todas as clíni-cas, Centro Social, com biblio-teca, arte culinária, corte e

costura, trabalhos manuais, es-cotismo, jardim de infância eescola de arte, Ginásio, Clube,Cooperativa de Consumo, loja,escola com cinco salas de aula,prédio da administração doconjunto, casa do administro-dor, prédio de serviços gerais(estações transformadoras de

abastecimento dc energia elé-trica, reservatórios de ágtía,central de incineração de lixo,dependências para pequenasoficinas de carpintarin, cletri-cista e bombeiro e estaciona-niento de automóveis), rede ge-rais de água, luz, íôrça, tele-fones, águas pluviais, esgotos,iluminação pública, todas n.s

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Política do café em unidade de açãomás sem inflexibilidade, diz Faraco

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BRASIL EM HAMBURGO

>W' : •¦ ¦¦ -:'¦'¦¦:' .A.M'*è¥^^M^^:wmmm4kCum um pavilhão que reuniu o SF.PRO dc fíomi e o Escritório tio IIIC na República Federa! duAlcminiln. o Brasil esteve representado pela pri meira vc: na Feira do Produtos Alimentarei (LEFA)da Uaniburgo, entre. 14 c 23 tia agosto. O Pini- Ihão brasileiro ofereceu aos seus visitantes café,

sucos dc frutas, mate, aguardente, c rum

Demandade cohrerefinado

Washington (UPl — JB. —O Departamento de Comércioinformou ontem que a deman-da nacional de cobre refinadocontinuou superando a produ-ção durante o primeiro semes-tre de 1964. embora tenha seinvertido um pouco a tendei.-cia. ao acelerar-se a produçãoc diminuir o consumo.

O informe trimestral do ci-tado departamento sóbre a in-dústria do cobre diz que as ci-iras preliminares correspon-dentes ao segundo trimestre deií)-4 indicam quç a produçãototal combinada, cie cobre deprimeira e de segunda qualida-de, seguiu registrando aumen-to, quase ao mesmo alto nivel.de cinco por cento aproxima-damente, observado durante oprimeiro trimestre.

NÍVEIS MÉDIOS

— Isto pressagia, diz o in-forme, a regularização duranteo terceiro trimestre, isto se nãoocorrerem grandes greves. En-quanto isso, o excesso de de-mandas foi novamente cobertopelos estoques, embora eles te-nham descido ao mais baixonível de que se tem memóriarm muitos anos fexecto duran-te a prolongada greve de 1959).

O informe continua:Os estoques em fins do mês

de março último ascendiam a141 000 toneladas — cifra sufi-ciente para umas três semanas— contra 146 000 toneladas nostrês meses anteriores e 193 000toneladas no mesmo periodo cioano anterior.

As exportações dos EUA ciecobre refinado, até abril de1964. seguiram acusando apro-ximadámènte o mesmo nivelmédio mensal de 1963, ou seja,entre 25 000 e 30 000 tonela- -das. A índia foi o principalconsumidor, por haver adqui-rido umas 5 500 toneladas men-sais.

Rostow diz que interesse dosEUA é construir umacomunidade mundial ordeira

Em conferência pronunciada no Instituto Rio Branco,ontem, sôbrc a politica externa norte-americana, o Conse-ilieiro do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Sr.Walter W. Rostow, afirmou que "o interesse dos EstadosUnidos não é o de construir um império, mas sim dc cum-prir a sua parte na construção de uma comunidade mun-diai ordeira".

Assinalou o Sr. Walter Rostow que "o interesse dos Es-tados Unidos cm programas como o da Aliança para oProgresso é proporcionar desenvolvimento econômico eJustiça Social a outros povos, c, desta forma expandir eassegurar o sistema de vida democrática em nosso plariSta''.ANALISE

O Sr. Rostow aproveitou aoportunidade para uma análi-se dos problemas mundiais ecias estratégias empregadaspelos Estados Unidos para en-frentá-los. EstaV. estratégias,conformo afirmou o represen-tante norte-americano, in-chiem o fortalecimento dos la-ços de associação entre a.s na-ções mais desenvolvidas'"...

O segundo aspecto das estra-tégias norte-americanas sesnín-do informou o Sr. Rostow, éa atitude dos Estados Unidosem face. da revolução dn mocicr--lização que está se processandona América Latina, África,Ásia. e no Oriente Médio. Aquio Conselheiro do Dcpartamen-to de Estudo garantiu integraiapoio de seu pais aos esforço?,cie "homens e mulheres que es-tão determinados a utilizar oque a ciência e a técnica mo-d e r n a s podem proporcionarpara a elevação dos padrõesde vicia cie seus povos e a darbase .sólida para atitudes dedignidade nacional e indepen-dência no cenário mundial".

O Si*. Walter Rostow definiuo terceiro aspecto da estrato-gia norte-americana como ocias relações Oriente-Ocidente.

Salientou que os Es t a d o sUnidos, nessa área, estão exe-cutando uma politica de doispontos. í; cia baseada, confor-

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me explicou, "na manutençãode um completo dispositivo dcpo ci e r i o militar destinado atornar o lançamento da agres-tão centra o Mundo Livre tãoindesejável quando passível ea permitir-nos enfren tar aagressão, quando ocorrer, demaneira, não somente a pro-tegèi* os interesses vitais cioMundo Livre, como também ciereduzir ao minimo as pessibi-lidndes cie guerra nuclear".

O segundo ponto da estra..-gia norte-americana nas rela-ções Oriente-Ocidente tem co-mo objetivo "ganhar a guerrafria no processo histórico'.';

Esclarecendo essa parte, oSr. Rostow declarou que osEstadas Unidos fomentarão,por todos os meios "aquelastendências dentro do mundocomunista, para a independeu-cia nacional e para a adoçãocie políticas de maior seiitimen-to de humanidade, para atrairos paises da Europa Oriental —e por certo, a própria Rússia,a relações mais estreitas e maisnormais com a Europa e como mundo".

BENEFÍCIO'.

Em seu contato com os lide-res sindicais, o Sr. Rostow sa-lieníou que a Aliança vem be-noticiando os trabalhadores la-tino-americanos, de vez queproporciona meios para o de-senvolvimento industrial doHemisfério, a modernização domercado agrícola, a construçãode estradas e outros enipi-eeiidi-mentos que geram maior mime-ro de empregos. Lembrou', tam-bém, que grande parte dos ii-nanciamentos da Aliança —que só. no caso do Brasil, nostres anos a partir de sua fun-dação, já atingiu mais de umbilhão de dólares '¦— consiste emfornecimentos de gêneros ali-nientíoios, o que evita que ocusto de vida nos paises bene-ficiados aumente ainda maisem virtude do problema infla-cionário no Hemisfério.

O Sr. Rostow deu destaQueaos programas de financiamen-to para habitações populares,saneamento e saúde, que bene-ficiam diretamente as classespopulares.

Finalmente, lembrou que aAliança para o Progresso não òuma iniciativa bilateral de cadapaís da América Latina com osEUA, e sim. um esforço con-junto e de auto-ajuda, no qualos Estados Unidos participam,bem corno outras fontes de fi-nahciamento externo — taiscomo o Banco Interamericanoe o Banco Mundial-— com umaparcela de colaboração.

Estiveram presentes ã reu-nião os .seguintes repre.entan-tes trabalhistas: Srs. Juarez cieOliveira, da Federação Nacionalcios Marítimos; Mincrvino. Li-ma, da Confederação Nacionaldos Trabalhadores no Comer-cio; Floriano Maciel, da Fe-deração dos Traballiadores naIndústria Química e Farma-cèutica; Inaldo Lima Rocha,da Federação dos Trabalhado-res na Indústria de Alimenta-ção; Leônidas Muzuris, da Fe-deração dos Trabalhadores emDifusão Cultural; Mário Catai-di e Gef-erson Lourenço Soares,cio Sindicato dos OperadoresCinematográficos, e José Assis,do Sindicato dos Radialistas-'A posição atual do Brasil noprocesso cie desenvolvimento ea direção que êste P-.-.is deve to-mar para atingir o nivel de altoconsumo, foi o tema da pales-tra realizada^ ontem','pelo SrWalter Rostow na Universidadedo Brasil.

O economista norte-america-no falou perante uni auditó-no de cerca de 250 alunos noencerramento da Semana daEconomia promovida pela Fa-culdade de Ciências Econònii-cas.

Em palestra, pronunciada naJunta Administrativa do Ins-titulo Brasileiro do Café on-tem, o Ministro da Indústria edo Comércio, Sr. Daniel Faraco,afirmou que "em matéria decafé a preocupação do Govér-no é a firmeza e unidade deação, sem que isso signifiqueinflexibilidade e esquemàtis-mo".

Salientou o Sr. Daniel Fa-raco que "a politica do Gover-no em relação ao café é deinteresse nacional, levando-seem conta que esta deve seruna e que só pode ser mudada,não em função dc criticas se-tortas, mas diante de aiter-nativas válidas".

BÔRIO EXPÕE

O Presidente do IBC, Sr.Leônidas Lopes Bório, expôs aoMinistro Daniel Faraco a atua-ção da delegação brasileira cmLondres, afirmando que noscontatos mantidos, em Wash-ington, ficou convencido de queo executivo americano está an-sioso na aprovação, pelo Con-grosso, das medidas de imple-mentação ao Acordo.

Informou, ainda, que de •acordo com os contatos quemanteve na capital norte-ame-rirfia, os governos da Ais-manha Ocidental e do Japão

estão dispostos a adotar ascixlgéncias do certificado deorigem, tão logo o Congressodos B.tados Unidos -se pro-nuncie sôbrc o Acordo Inter-nacional.

CONTATOSO Presidente Leônidas Lopes

Bório viajou, ontem com des-tino a Curitiba, onde nestefim de semana manterá con-tatos sóbre assuntos da caiei-cultura.

Na segunda-feira, o Presi-dente do instituto Brasileirodo Café, atendendo a um con-vite do Governador, estará emSão Paulo a fim de almoçarcom o Sr. Ademar de Barros.No mesmo dia, à tarde, o Sr.Leônidas Bório regressará aoRio.

MEDIDASInformações (procedentes dc

Washington informam que oGoverno dos Estados Unidosjá e.stá tomando medidas bu-rooráticas para a adoção da,exigência do certificado de ori-gem dos cafés importados eprontos para colocá-la em vi-gôr a partir de setembro docorrente ano, uma vez que es-.pera, até lá. já estar aprovadopelo Congresso o correspondeu-te diploma legislativo.

Comércio condena naCPI política do IBC

O Presidente do Centro doComércio de Café, Sr. PauloRodrigues Alves, depondo on-tem, perante a Comissão Par-lamentar de Inquérito que in-vestiga as causas das quedasdas cotações do café no mer-cado internacional, qualificoude "desastrosa" a politica de-senvolvida pelo IBC, "qüe estáfazendo concorrência ao co-mércio regular, exportando ca-fés de seu estoque a preços in-feriores àqueles pelos quais ocomércio é obrigado a ven-der".

Segundo o Sr. Paulo Rodri-gues Alves, "a operação devenda de café ã Amélia, quecaracteriza um clima de auto-rizações especiais, os privilé-gios concedidos às falsas co-operativas c a política de sus-tentação dos preços no merca-do mundial são as causas fun-clamentai.. para a decadênciada posição do Brasil no mer-cado internacional".

PRESSÃO

Durante a reunião da CPI.¦que durou várias horas, foramouvidos também os exportado-res Otávio Tirso, da Associa-ção dos Exportadores de Caféda Guanabara, Paulo Francoe Jorge Jabour. que pressiona-ram contra a política do IBC,acusando-a de responsável pe-la paralisação das exportaçõesbrasileiras.

O Sr. Paulo Rodrigues Alves,que foi o primeiro a prestardepoimento, féz uma exposiçãosobre os motivos dns freqüen-tes baixas nas cotações do caféno mercado mundial, e dissoque, enquanto o IBC tentamanter preços altos para oproduto, os outros produtoresoferecem o café a preços maisbaixos. Lembrou que o próprioIBC, oferecendo café de seusestoques, a- preços - inferioresaos que estabelece para asvendas do comércio regular,ínz, ao mesmo tempo, concor-rência ao comércio exportadorc concorre para as baixas doscotações no mercado interna-cional.

O Sr. Paulo Rodrigues Alvesafirmou, ainda, que a opera-ção de venda de café à. Arge-lia é "um caso tipico dessa po-litica errada", acrescentandoque "nesse episódio, a questãodo preço é o aspecto principal,pela sua influência baixista nomercado internacional".

EXPORTAÇÃO

Segundo o Presidente do Cen-tro do Comércio do Café, "oBrasil vai chegar ao fim' doano cafeeiro, em setembro, compelo menos três milhões de sa-

cas a. menos no volume cie ex-portação que lhe foi atribuídopelo Convênio Internacional doCafé".

A culpa — afirmou — do queestá acontecendo nem é doConvênio do Café, nem decorrecie que os comerciantes tenhamdeliberado náo exportar. O Sr.Paulo Rodrigues Alves chamoua atenção dos deputados parao fato de que, enquanto caemas exportações do Brasil, au-mentam as vendas dos outrospaises produtores, principal-.mente da África. A decadênciacio Brasil é resultado — disse— cia política, desastrosa quevem sendo mantida pelo Brrsi!desde alguns anos. com um ss-quema financeiro c regulamen-to cie embarques, imposto., àcomercialização, que criam tô-das ns dificuldades pnra os ex-portadores, c que não dá cond'-ções ao Brasil para competir nomercado internacional.

TERCEIRO

O Sr. Otávio Tlrso tambémcriticou a politica cafeeira man-tida pelo Governo, e alertou osparlamentares para uma dasúltimas decisões do IBC, "que,determinando a exportação de300 mil sacas de seus estoques,cada mês, provocou o apareci-mento de um terceiro grandeexportador mundial — o prú-prlo IBC — que passará a co-locar 3.6 milhões de sacas porano, no mercado internacional;em concorrência com o comer-cio brasileiro, e provocando aqueda das colações do produtono mercado mundial, pois oscafés vendidos pelo IBC sãosempre oferecidos a preços in-feriores ao da Bolsa de NovaIorque".

Participaram da reunião daCPI, que se realizou na .'-.ede cioCentro do Comércio do Café doRio de Janeiro, os DeputadosJ o á o Ribeiro (Presidente daComi.ssãoi, Fernando Gama,Ferraz Igreja, Hugo Borghl,Ítalo Fitipaldi, Maia Neto, JoséRichat e Jorge Cúri.

MEMORIAL

Bogotá (AP-JBl — A Cama-ra dc Comércio Latino-Amerl-cana enviará memoriais ao De-parlamento de Estaci*» norte-americano e ao Presidente daCâmara de Representantes da-quele pais, solicitando a recon-sideração do veto ao AcordoInternacional do Café.

Em resolução aprovada, porunanimidade, pelos represen-tantes de 12 nações, os Estado,Unidos seráo advertidos sóbre agrave incidência que determinanas relações dos paises do Con-tinente a recente atitude daCâmara cie Representantes dosEstados Unidos.

Quilo de café moídovai de 160 para 200

Em comunicado de número54, a ser divulgado neste fimde semana, o instituto Brasi-loiro do Café elevará, a partirde setembro, os preços cio cafétorrado e moído de Cri 100pnra CrS _00 o quilo, sendoque os cafés em grão, destina-dos às indústrias rie torrefa-çào e moagém, custarão preçosque variam entre Cr$ 2000 i;CrS 2 200 por saca cie C0.5 qui-los-

Explica a autarquia cafeeiraque há oito meses os preços docafé não sáo reajustados, quetendo em vista a alta do custode vida e das utilidades indis-pensàveis à industrialização doproduto, além dos apelos feitospelas próprias indústrias, se

viu obrigada a aumentar, em25%, o preço do café.

A TABELA

fi a seguinte a tabeia do caféem grão destinado às indús-trias dc torfefação e móagoin,por saca de 60,5 quilos; SàoPaulo e Guanabara — CrS2 000,00. Rio Grande do Sul,Santa Catarina, Paraná, Rio deJaneiro. Minas Gerais, Espiri-to Santo, Goiás, Mato Grosso.Pernambuco e Distrito Federal

Crs 2 100,00. Maranhão. Cea-rã, Bahia, Piauí, Rio Grandedo Norte, Paraiba, Alagoas,Sergipe, Pará, Amazonas, Acre,Roraima, Rondônia e Amapá

Cr$ 2 200,00.

oiü!7ii//T bví^ info 'f77a'"*

H de segunda d -abaüo, ãs 7,5512 -Ü * 18.50 e 21,55 - domingo.e feriado., as 12,30 e 18.50 horas,quando o tato acontecer.a rádio |ornal do brasil informará.

RADIOJORNAL DO BRASIL

Reforma tributária engloba5 itens e não pede aumento

- ¦_

O projeto de reforma trlbu-'ária, que será enviado ao Con-gresso até o dia 15 de setem-bro, englobando cinco itensprincipais — Imposto de Con-sumo, Imposto do Selo, Taxade Serviços Federais, Código deProcesso Tributário e Lei dcIsenções Aduaneiras — tem co-mo tônica a racionalização dosistema tributário cm todo oBrasil e não apresenta qual-quer característica destinada apromover o aumento de impôs-tos, os quais, segundo informouao JORNAL DO BRASIL umafonte da Comissão encarregadade elaborar o documento, teu-dem a diminuir cm alguns ca-sos.

Paralelamente ao envio aoCongresso da, reforma trlbu-tária, o Ministro da Fazenda,Professor Otávio Gouveia deBulhões, deverá encaminhar,também, a nova Lei Orgânicado Ministério que, entre outrascoisas, prevê a criação da Em-presa Federal de Processamentodc Dados, com a sigla de CON-TASA, destinada a promover a

Produçãoindustrialinglesa

Londres (BNS-JB. — O nt-vel da produção industrial daGrá-Bretanha conthiua eleva-do, embora não tenha havidomudança substancial em seuaspecto geral, ou no da maiorparte das indústrias que englo-ba, durante a primeira metadedeste ano.

Esta conclusão dqpreende-sedo último indico de produçãoindustrial correspondente a Ju-nho, c publicado esta semana,em Londres, pelo Ministério daFazenda.

O índice de produção corres-pondente a todas as indústrias,corrigida a variação normal datemporada, e.stá provlsòriamcn-te calculado em 126 para o mésde junho, tendo-se mantiao aesta altura desde janeiro.

Esta pausa no desenvolvi-mento da produção industrialseguiu-se a um período de rá-pido incremento na segundametade de 1963, e no trimes-tre abril-junho a produção su-perou cm 7 por cento a domesmo periodo do ano ante-rir.

automação dos serviços dc con-tabilldade.

As modificações previstas nosImpostos dc Consumo o de Reu-da, segundo o projeto, são des-tímidas a racionalizar as co-brancas c a facilitar o trabalhodo Ministério da Fazeda, náoimplicando, de maneira algu-ma, em aumentos. A tendênciado projeto, cm alguns casos, édiminuir os tributos em cón-seqüência de sua melhor dis-tribuiçáo.

Com relação às Taxas de Ser-viços Federais, o documentoprevê a extinção de algumasjulgadas impróprias por teremcustos de trabalho superiores aoseu valor, enquanto reajustaoutras sóbre quantias que nãomats corres-Dondem à realidade,mas continua sendo necessáriaspara cobrir os gastas com aprestação dos serviços.

O Código de Processo Tribu-tárlo, destinado a regular os 11-tíglos entre os contribuintes e aFazenda Nacional, apresentacomo característica a necessi-dade de ser totalmente refor-mulada a prática das discussões

entre os litigantes, prevendo acriação de um novo sistema ca-paz. de diminuir o prazo de tra-mitação dos processos, com ainstituição de espécies de Cór-tes Tributárias.CONTASA

Dentro do projeto de reformaadministrativa do Ministérioda Fazenda, a Lei Orgânica es-tabeleee a criação da Empre-sa Federal de Processamento deDados, que funcionará comocentro nevrálgico dos organismosde contabilidade, com uma es-trutura de sociedade anônima,cia qual deverão participar, tam- .bém. os governos estaduais.

A CONTASA atuará, segundoseu projeto, com pessoal espe-cializado do Serviço dc Meca-nização do próprio Ministério,economizando cerca de CrS 3bilhões em 1965, quantia pre-vista para o pagamento à.s fir-mas contratadas para fazercontabilidade de vários órgãosda Fazenda Nacional. Os de-mais funcionário., serão admi-tidos através de concurso deprovas.

Anteprojeto cie reformaagrária terá conclusãopronta na outra semana

O Ministro da Agricultura. Sr. Hugo de Almeida Lemedisse ontem ao JORNAL DO BRASIL, durante a homen.i-gem da CNI ao Ministro da Guerra, que por toda a pró-xima semana deverá estar concluído o anteprojeto sobre areforma agrária com emendas constitucionais do Governo,devendo o documento ser apresentado ao Presidente da Re-pública e aos Ministros em próxima reunião do Ministério.

Explicou o Ministro que a comissão ministerial queexamina o anteprojeto já está concluindo o seu trabalhoesclarecendo que as modificações já feitas não são fun-damentais ao projeto, mas apenas limitadas à substituição,de expressões que davam ou podiam dar lugar a dúvidasou discussões.

PREÇOS MÍNIMOS

O Sr. Hugo dc Almeida Lemeanunciou ainda para os próximescll-s a dlvuLg-ção <ia deliberaçãotomnfla pela comissão de seu Ml-hlstérl-Ò -inc estuda o estntwlocl-monto cie nova política de preçosrainiinc- pura cs produtos agrico-Ias. Acrescentcu quo o estabeci-mento dc=.a política vai ser reitoíi3*ora v_£;.r_<_o ..obrt-ii.cio atenderdiretamente ás nece-.irir.-_cs doverdadeiro pnxhitor rural*.

CONTRARIEDADE

Brasília (Sucu._al) — O Mtnis-tro da Agricultura, Sr. Hugo ceA.me.d.% Leme. manifestou a ati-.•ciliares diretos a sua contrarie-tí-.-.c. eeni setores do Palácio doPlanalto por sugerirem ao Pre-sidente da República que tornes.m efeito a crlaçfto, no Mlii-láté-

rio <;a Agricultura, cm cumpri-mento a leis dele.radns da épocpido p^.iamontarl_mo. de SCO car-•.cs de veterinário, 2C0 dc erige-nheiros agrônomos e outros cem.dc técnicos.

Está. inclusive, o Ministro oaAgricultura no propósito de im-pi*:..? a medida em a-udiència cemo Presidente _a Repbllca, a quemargumentara, que a extinção du-queles caríros, além de ser um atoinjustificado, vem de encontro asua política de prestigiar o téc-'nico agrícola, anunciada em re-cento encontro com a Imprensa.

Nessa ocasião, o Ministro da'Agricultura dl_.se que "era chega-da a hora do engenheiro agrôno,-mo" c, ao que parece — pelo me-nos se não forem vencidas a.,resistências que se observam noPalácio do Planalto — o objeti-vo nno será alcançado.

GÊNEROS E MATÉRIAS-PRIMASCAFK

Nova Iorque (AP-UPl-JB) — Ocafé tipo Santos número . foicotado, ontem, no disponível a43.00 centavos de dólar a libra-peso nas operações de fechamen-to da Bolsa de Nova Iorque. En-tre os tipos que incluem custoe frete, o Santos Bourbon nume-ro 3 foi cotado a 45,75 centavosde dólar a libra-péso.

Nas operações realizada* nomercado a termo, o contrato Bassinalou uma alta do 4 e umabaixa de 51 pontos, sendo ne„o-ciados 117 contratos. O contratoM por sua vez fechou tranqüilo,sem realização de vendas.

MERCADO A TERMO

Cotações cm centavos de dólarpor llbra-pêso, entregas futuras:CONTRATO B:

Setembro 44. ioDezembro 44.56-60Jf arco 43.95Maio 43.59Julho 43.-4

Janeiro ..Março ...Maio Julho ...SetembroOutubro

METAIS

35....34.9034.5234.2534.1033.95

DÓLAR

CompraVenda

CrS 1 215,00CrS 1 255,00

COBRE

O cobre para entregas futurasfot cotado, ontem, com uma altadc 32 e uma baixa de 5 pomos,í?endo negociados 398 contratos:Setembro -.0.70-30Outubro 39.50-70Dc_embro 37.22-27

MOEDASa Cr$ 1. 430.OO « a libra a CrS4* 000,00 c compravam a CrS ..l 390.00 e a CrS 3 880,00 respec-tlvamente. Fechou Inalterado.

MANUAL

Foi a seguinte a cotaçeo tmcentavos de dólar por libra-pésodos diversos metais, no disponi-vel, durante as operações de fe-cha mento da Bolsa de NovaIorque:Antimcmio 45.75Cobre 32.00Chumbo 13. MZinco 13.00Estanlio 1__.30Prata 129.30

sou a vigorar com compradoresa Crs 1 465,00 e vendedores aCrs 1 665.00. Também fechou,fraco, com o dólar vigorando aCrS 1 650,00 para compra « aCrS 1 6SO.O0 para venda.

LIBRACompra CrSVenda Cr$

3 332,503 500,20

Câmbioeiu

Abriu ontem, o mercado decâmbio livre eín condições cai-mas. com o Banco do Brasilvendendo o dólar Importação aCrS I 2J5.00 e a libra a Crs ..3 500.20. Aquele banco compra-va o dólar exportação a Crs ..1 215.00 e a libra a C_$ 3 332,50.O dólar convênio foi cotado aCrS 1 154,20 para compra e aCrs 1 194,20 para venda. Os ban-cos particulares na abertura domercado livre veidlam o dólar

Xa abertura, do mercado decambio manual, o dólar pa.pelera cotado a Crs 1 630.00 paracompra e a CrS 1 640.00 paravenda. Em seguida o dólar subiuc foi colado a CrS t 650,00 para ¦» T Tcomp:-a e a CrS 1 670.00 para J^. I O]venda. Fechou fraco, com o dó-lar colado •_, CrS 1 tí.íõ.OO paracompra _ a Crs 1 665.00 paruvenda.

'que

PARALELO

No mercado paralelo o dólarpapel .regulou na abertura aCrS 1 620.00 para compra e aCrs 1 630,00 para venda. A se-guir o dólar acusou alta e pas-

títulos

Nova Iorque ÍUPI-JBl — Co.tações de moedas estrangeirasent relação com o dólar norte-americano:Cruzeiro (mercado livre) 0.0073Libra esterlina ,' 2,7842Marco alemão ocidental 0,2515Peso argentino 0,0070

A Eói.a de Títulos-não funcionou ontem.

FUNDOS MÜTUOS DE INVESTIMENTOS

Data Valor flii CotaCr?

Vlt. llist.Cr?

Valor do FundoCr?

FUNDO CHF-SCINCO ..CONDOMÍNIO DFLTECFUNDO ATLÂNTICO ..FUNDO OFXTCA FUNDO BRASIL FUNDO HALLES

CAFÉ

Funcionou ontem, o mercadode café disponível calmo e comos preços inalterados. Cotou-seo tipo 7. safra 1964/65. contri-bulçào de 22,50 dólares ao proçoanterior de Crs 4 300,00 por 10quilos. Náo houve vendas conhe-cidas sóbre o disponível, nemcafé despachado para embar-ques. Fechou inalterado.Cot.*»rÕos por 10 <(Uilos:

Safra 1954/65 — Contribuí-

l''l 424,93 10.00 Junho 23 175 116.,I*° 2íl'2'';0 8.00 Junho 2 083 79S,"T 255,;S S.CO Junho 1 133 713,Jj-S ]3i,CG 4,00 Junho 323 746-'"8 510.61 30.00 Junho 87 591'2"6 106,90 1,50 Mulo 45 7__"

C*\o de 22,50 dólares.Tipo 2 CtíTipo 3 CrSTi; 10 CrsTipo 5 CrSTipo 6 CtSTipo 7 CrSTipo S CrSESTADO DE MINAS:Idem. safra 64/65 CríESTADO DO mo:Café comum safra 64/65

¦ 300.00ICú.OOÍJO0.0O7l'0,0fl500.003C0.0O1C0.00

430,00

430,00Liberação» cm 27 de agosto:

MERCADORIASE. de Rodagem:

Minas 750SSo Paulo 971Paraná 910Est. do Elo 200

Total 2 D31

Desde 1 do mês 366 133Desde 1 do mes 533 904Idem, ano passado .... 496 321

Embarque em 27 de agosto:

Europa 1 435

Dor-de 1 do friès 1J-.7 33'_!Desde 1 de julho .. 506 058Idem, ano passado 597 939

AÇÜCAR

O meirado de açúcar esteveontem, firme e com os preçosinalterados. Entradas 1 383 sacosdo Estado do Rio. Saitlas 10 000,Existência 594 000 sacos,

Cotações por 60 quilos:

Resoluçíio n.o 1 846. de 29/6/64— PVU — CrS 8 200.00.

ALGODÃO

O mercado de algodão emrama. regulou ontem, firme _com ns cotações Inalteradas. En-iradas 33 fardos dc São Paulo.Saídas 250. Existência 5 652fardos.

(Entrega em 120 dias)Sc rido Tipo 2 9 303.00 9 400 COSerkió Tipo 4 9 JOO.OO 9 3C0.CO

Fibra Curta:

Sertões Tipo 3Sertões Tipo 4Cenrâ Tipo 3Ceara Tipo 4

Fibra Media:

3 UIO.OO 200.008 000.00 100,008 SOO.0O 9O0.007 700.00 800,00

Matas Tipos 3-4 6 800 —Paulista Tipo 6 6 900 7 000

Jornal do Brasil, Sibaclo, 23- l.o C

Por dentro

\.\

o negocioJoão Muniz de Souza

Segundo estatísticas queacabam de ser divulgadaspelo Departamento de Es-Utdo norte-americano, o to-tâl. dos investimentos pri-vados dos Estados Unidosultrapassava, no final doano passado, a soma de 66bilhões de dólares. Em 1963joram investidos fora dopais, por agentes privados,cerca de 6 bilhões de dó-lares.

.Aqueles investimentosconsistiram em transjercn-cia- de capital, reinvesti-mentos de lucros e valorl-zação dc titulos. A maiorproporção desses investi-mentos continua coneen-irada no Canadá (USS 21bilhões) e na Europa. (USS17*-bilhões), cabendo à Amé-rica Latina apenas 12,4 bi-lhões. Em 1963, o retornodesses capitais foi da or-dem de 4,6 bilhões de ãóla-rqs,. O Departamento de Co-mércio dos EUA estima opatrimônio total norte-americano no exterior, pú-blico e privado, em maisde 88 bilhões de dólares,computados ao fim de 1963.BULHÕES NO FMI

O Ministro da Fazenda,Professor Otávio Gouveia daBulhões, seguirá quarta-fei-ra. próxima para Tóquio, afim de representar o Brasilna reunião anual do FundoMonetário Internacional eda, .Banco Mundial, quandoserão analisados os últimosrelatórios das duas organl-zações e o equilíbrio no ba-IcihÇo de pagamentos.

Õ Sr. Otávio Gouveia deBulhões viajará acompa-nhádo do Sr. José Luis Sil-veira Miranda, assessor doDepartam ent o Econômicoda SUMOC, devendo serdesignado o Ministro Ro-berto Campos para respon-der pela Pasta da Fazendadurante a sua ausência.

DIVERSAS

i£: O Departamento de As-slstênçia Econômica à La-vottra, órgão da Secretariade Agricultura do Estadoda Rio, anunciou ontempossuir 100 milhões de cru-zelros para financiamentosãè máquinas rodoviárias eagrícolas, e 147 milhões pa-ra.' pequenos implementos,sementes e artigos de re-venda.

¦-£ Dando prosseguimento ãsua política de expansãod*e agências e serviços portodo o território nacional,o' Banco Nacional do Nortevai inaugurar, ainda esteano, suas filiais de Manaus,Teresina, Belo Horizonte,São Luis e Porto Alegre.

t'j( _ O Banco Mundial con-cedeu dois empréstimos &Venezuela, no motitante de44 milhões de dólares, paraprogramas de estradas eenergia elétrica.

Observadores acham quetimidez impede o avançode integração da ALALC

México, Washington (AP-JB) — O movimento de inte-gração econômica promovido pela Aliança Latino-Amerl-cana de Livre' Comércio parece não avançar, o que é atri-buido nas esferas financeiras interamericanas à "timideze limitação" com que se estabeleceu êsse movimento, poriniciativa do Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Equador,México, Paraguai e Peru, em 1060.

Em análise particular da situação, essas esferas eco-nômicas disseram que a providência que poderia tirar aALALC do estancamento seria uma conferência dos chan-céleres das nações membros do organismo internacional, afim de introduzir necessárias reformas ao Convênio. Háquem ache que o Mercado Comu m Centro-americano(MCC) figura como ponto de contraste com o marasmoda ALALC.

larsofre

Torres falou a Bulhõessobre obras rodoviárias,eletricidade e educação

Niterói (Sucursal) — O Ministro da Fazenda, Sr. Otõ-vio Gouveia de Bulhões, conferenciou ontem, durante 20minutos, com o Governador Paulo Torres e o seu estafe deadministração e planejamento, para conhecer, em linhasgerais, os planos do Governo fluminense nos setores deobras rodoviárias, energéticas, de educação e saúde.

No encontro, o Ministro limitou-se a ouvir explanações,sem emitir nenhuma opinião sobre os planos que foramapresentados e que dependem de financiamentos federais.Falou apenas uma vez para pedir a um auxiliar que lhepassasse uma pasta de couro preto, na qual guardou os pia-nos, a fim de examiná-los com calma em seu gabinete doRio.

TARIFA COMUM

AssiníQa-so que os paises daAmérica. Central não se Mini-taram, como na ALALC, à.adoção do medidos destinadasa facilitar o comércio entreeles, nem. estabeleceram as ba-ses de um verdadeiro mercadocomum.

Nesse sentido, o.s paises cen-tro-americanos partiram paraa adoção de uma tarifa comumpaia suas relações com o ex-terior; çoordehaium auas po-líticas monetárias, até o pon-to de que na prática se con-sidera que a América Centraltem Já um sistema monetáriocomum; e.stâo de acordo coma escala regional de seus pin-nos de desenvolvimentos na-cionais; e igualmente estãoempenhados na coordenação desuas políticas sociais e seusprogramas educacionais.PROGRESSO

Para o ano que vem, CostaRica, Salvador, Guatemala,Honduras .e Nicarágua terãoeliminado as barreiras comer-ciais entre eles mesmos, como estabelecimento simultâneode uma tarifa aduaneira co-mum para os paises íora dazona.

Um funcionário que acabade regressar da zona afirmouque "quem recorra hoje àAmérica. Central não necessitaácudir aos estadistas para ad-vr o progresso da região",

estatísticas disponíveisir . m de todos os modos queo comercio entre os paises cen-tro-americanos é atualmente

altai -fO dólar, durante o fecha-

njento do expediente de on-tém, sofreu um aumento deCVS 30 em relação às cota-ççies do dia anterior, sendocotado a CrS 1 655 para com-prà e CrS 1665 para venda.No mercado paralelo a moe-da norte-americana foi co-tada a CrS 1650 para com-pra e CrS 1660 para venda.

i Observadores econômico-financeiros ouvidos peloJORNAL DO BRASIL infor-maram que a principal ra-zao da alta e da instabilida-dè das cotações do dólar éa| Lei de Remessa de Lucrosque foi aprovada pelo Con-gresso, porém ainda não foipublicada.

Instituto do Açú-car e do Álcool

Aviso n.° 15/64O I.A.A. comunica que

| colocará à venda, em 31,i de agosto próximo, ãs 15< horas, na Divisão de Ex-

í pprtação, na Praça 15 deI Novembro n.° 42, 4.° an-¦ dar, 10 000 t.m. de açúcar| demerara. para. embarque! pelos portos de Maceió e/

ou Recife, no periodo deI 15 tle setembro até 31 de

JI outubro de 19(14, destinadoao merendo norte-ameri-cano fquota estatutária).

Òs interessados podemprocurar a referida Divi-S'nri para melhores escla-rçcimentos.

Rio de Janeiro, 28 eleagosto dc 1DG4.

a.) Francisco WatsonDiretor da Divisão de

Exportação(P

C a s l e 1 o quer i n cl ií s t r i ade automóveis ua ALALC

O Presidente Castelo Bran-co assinou, ontem, na Pastada Indústria e do Comércio,decreto que "reorganiza a Co-missão Brasileira para Assun-tos da Indústria Automobilis-tica na ALALC", tendo em vis-ta a necessidade de prosseguirnos estudos que visam à reali-zação de acordo de comple-mentação industrial, no cam-

po da indústria automobilisti-.'ca. no âmbito dos paises sig-natarios do Tratado de Mon-tevidéu.

A medida, sugerida pelo Ml-nistro Daniel Paraco, enton-tra respaldo no Decreto n.°52 788, de 30 de julho de 1963— que criou a referida Comis-são — e leva em conta a con-veniéncia de que tal comple-mentação se realize com o mi-nimo de efeitos eventualmen-te desfavoráveis às indústriasde veículos e autopeças jáexistentes no País. em conju-gnção com a máxima dlnami-zação do intercâmbio entre ospaíses membros da ALALC.

A Comissão, que terá a atri-buição de realizar todos os es-tutlos relativos ao desenvolvi-mento da indústria automobi-lística na área ALALC, bemcomo manter entendimentosnesse sentido com representan-tes dos demais países sigaatá-rios do Tratado de Montevi-déu, formulando ao Governo asrecomendações necessárias pa-ra a realização de um acordode complementação industrialno setor automobilístico, tem,no decreto, a seguinte compo-sição: Presidente — MinistroDaniel Faraco; Membros: Che-íe da Divisão da ALALC doMinistério das Relações Exte-riores. Secretário do Comérciodo Ministério da Indústria edo Comércio. Secretário Exe-cutivo das Indústrias Mecâni-

em Goiás

Comentário Econômico

quase sete vezes superior a quetinham há uma década, apesardas inversões nacionais e es-trangelras haverem multipli-cado.

— Não devemos cair no errode acreditar que estamos fa-

. zendo integração quando noslimitamos a criar facilidadescomerciais reciprocas, disse umtécnico em economia .

O Presidente da ALALC, Ra-món Chamorro declarou nfioconsidera que a'revisão do es-tntuto básico da organização.seja a questão primordial aser realizada no momento. Emsua opinião, melhor seria área-lização de uma reunião deChanceleres americanos, "quealcançaria melhores frutos".Disse que essa reunião permi-tiria alcançar alguns outrosdos objetivos fundamentais doTratado de Montevidéu, taiscomo o convênio de transpor-te aquático, o de transporteterrestre e o aéreo, bem comolograr também novas metasno que se refere à tarifa extracomum.

.Ao responder a uma indaga-ção, Ramón Chamoi-ro mani-íestou que é indispensável con-tinuar a harmonização das di-íerentes politicas econômicas ecomerciais e, também, a coor-dennçáo dessas políticas.

Chamorro indicou que à luzdos problemas que enfrenta aALALC é natural que surjamatitudes e pontos-de-vista di-íerentes, porém é inegável oprogresso alcançado no terrenoda colaboração entre os povosda América.

AUMENTO DE CAPITAL

O Presidente do Banco doEstado do Rio de Janeiro (ofi-ciai), Sr. Oto de MagalhãesBastos, participou também doencontro, tendo entregue aoMinistro Gouveia de Bulhõesum plano que prevê a abertu-ra de novas agências do esta-belecimento, no interior, quepara ser executado depende deautorização prévia da SUMOC,com a elevação do seu capitalde CrS 140 milhões para CrS2 bilhões.

Após o encontro, o Governa-dor Paulo Torres estabeleceuque o Secretárlo-Geral da Co-missão de Coordenação e Pia-nejamento do Estado, Sr. JaciMagalhães, manterá contatospreliminares, no Rio, com oMinistro da Fazenda, para tra-tar da liberação das verbas ne-cessárias aos planas que lhe fo-ram apresentados ontem, numtotal aproximado de CrS 8 bi-lhões.

O Palácio do Ingá começoua preparar ontem programa derecepção ao Ministro das Minase Energia, Sr. Mauro Thibau,que visitará Niterói, segunda-feira, para conferenciar com oGovernador Paulo Torres e as-slnar a primeira ordem de ser-viço, visando a interligação, daUsina de Furnas (MG) comMacabu, no Norte do Estado doRio. Um número aproximadode 40 Prefeitos da região a serbeneficiada pela interligação,participará do encontro, a serealizar também no Palácio doIngá.

Em sua primeira distribuiçãode verbas, a nova Diretoria daEletrobrás, presidida pelo Sr.Otávio Ferraz, destinou CrS 300milhões às Centrais ElétricasFluminenses (CELF)—consór-cio que rege a política energéti-ca do Estado do Rio — segun-do informou ontem o Secreta-rio de Energia do RJ, Sr. He-leno Nunes.

•aosrassinados par

ais doserão

'a semanaTodos os acordos bilaterais de reescalonamento das di-

vidas brasileiras correspondentes à execução do protocolomultilateral aprovado em Paris pelos paises membros doClube de Haia deverão ser assinados na próxima semana,na Guanabara, segundo informou ontem fonte do Minis-tério da Fazenda.

A redação final dos documentos, que prevêem o reesca-lonamento de dívidas no montante aproximado de USS 200milhões, está sendo acelerada, estabelecendo que os paga-mentos serão feitos até 1972 na base de 70 % com venci-mentos iniciais a partir do biênio 1964/65.

cas (GEIMEC), Representan-te da Carteira de Comércio Ex-terior (CACEX), representantedo Sindicato Nacional da In-dústria de Tratores, Cami-nhões, Automóveis e VeiculosSimilares e representante doSindicato da Indústria de Pe-ças para Automóveis e Slmi-iares do Estado de São Paulo.

Exploraçãode níquel

DÍVIDAS

Segundo os acordos a seremassinados, o total da dividaconsolidada, é de cêrca de USS200 milhões, distribuída entre:Alemanha — USS 45 milhões;França — USS 40 milhões; Itá-lia — USS 28 milhões; Ingla-terra — USS 20 milhões; Suiça— USS 5 milhões e Holanda —USS 1.8 milhão, além do Japão.

Ós documentos jà estão, prà-

ticamente, concluídos para as-sinatura dos acordos, depen-dendo somente da confirmaçãode algumas Embaixadas. Casoas redações finais não estejamconcluídas até quart a-feirapróxima, quando o Ministro daFazenda deverá embarcar paraTóquio, a confirmação do re-escalonamento, por parte doBrasil, deverá ser firmada peloChanceler Vasco Leitão daCunha.

Jiüita do Fundo Nacionalde Refinanciamento Rural

sara ur$ oesGoiânia (Do correspondente)

— Foram interrompidas aquias conversações entre o grupodo Senador Ermírio de Moraiscom o Governo goiano, ficandoresolvido que no próximo mès,após nova série de conferén-cias, serão tomadas as provi-dências finais para a constitui-ção da Níquel do Brasil S. A.,cujo capital inicial será de umbilhão de cruzeiros, a. ser subs-crito pelo Estado de Goiás (40por cento), pelo grupo do se-nador pernambucano (60 porcento).

Fonte do Governo informouque as negociações, interrom-pidas ontem, lograram solucio-nar vários problemas constan-tes da agenda, ficando pendeu-te apenas a questão da locali-zação do escritório adminis-trativo da empresa .da pró-pria usina, que a METAGOquer em Niquelàndia — ondeestão localizadas as jazidas deníquel a serem exploradas — enão em Corumbá, também nes-te Estado, como o Senador Er-mirio de Morais deseja, por lájá manter uma fábrica de ci-mento.

O Ministro da Agricultura, Sr. Hugo de Almeida Leme.deu posse ontem à Junta de Coordenação Nacional de Crê-dito Rural (CNCR) e do Fundo Nacional de Refinancia-mento Rural que utilizará a parcela de CrS 20 bilhões pro-veniente do empréstimo de USS 50 milhões celebrado en-tre os Governos brasileiro e norte-americano.

O ato ocorreu no Gabinete do Ministro da Agricultura,na Guanabara, numa reunião que teve a duração de qua-tro horas, com as portas fechadas, enquanto a imprensaaguardava na ante-sala entrevista coletiva do MinistroHugo de Almeida Leme e que, após a solenidade, ficouadiada sine-die.MOTIVAÇÃO

Segundo esclarecimentos do De-creto 54 019, de 14-7-61, que crioua Coordenação Nacional de Cré-dito Rural e Fundo Nacional deRefinanciamento Rural, o crédl-to rural constitui instrumento in-dispensável ao desenvolvimento deuma politlca agrícola que objeti-va, precipuamente, expandir aprodução de alimentos em esca-la compatível com o crescimentoe a estrutura potencial da de-manda.

— Além disso, esclarece o do-cumento, aquele instrumento,quando utilizado racionalmentena distribuição de Incentivos cor-

retamente orientados, contribui deforma decisiva para corrigir asdistorções e deficiências obser-vadas no setor especializado deprodutos agrícolas de exportaçfio,aumentando a produção e qua-lidado das muiérlas-pvlmas deorigem rural e permitindo obter,simultaneamente, a melhoria dohomem do camno.

O decreto considerou, lsualmcn-te, a necessidade de amparar-sede modo mais efetivo o pequeno eo médio agricultor. Incentivando-os a reunir-se em cooperativas ru-rais, meio mais eficaz ele parti-ciparem da assistência financei-ra e técnica às suas atividades.

Companhia Gera! da C rédito, Financiamento @ InvestímaníosCARTA DE AUTORIZAÇÃO N.° 143, de 14-12-1962

CAPITAL E RESERVAS — Cr$ 258 198402,00Sede: BELO HORIZONTE — RUA DO ESPÍRITO SANTO, 605 — 17.° andar

RESUMO DO BALANCETE EM 05 DE ACOSTO DE 1964

Te!.: 2-3455

ATIVO PASSIVO

DISPONÍVEL: Caixa e Bancos .. 104 283 358,40REALIZÁVEL: Dev. p/Resp. Cam-

biais, Descontos e OutrasOperações 2 559 284 302,10Capital a Realizar 50 000 000,00Depósito à Ordem da SUMOC 3 354 450,00

IMOBILIZADO: Móveis e Utensi-• lios, Instalações 15 034 562,70

RESULTADOS PENDENTES:Saldo 8 237 919,30

C O N T A S DE COMPENSAÇÃO:Saldo 8 296 880 368,30

Total do Ativo 11 037 074 960,80

NÃO EXIGIVEL: Capital e Re-servas 258 198 402,00

EXIGIVEL: Aceites Cambiais eOutras Contas 2 431 050 201,70

RESULTADOS PENDENTES:Saldo 50 945 988,80

C O N T A S DE COMPENSAÇÃO:Saldo 8 296 880 368,30

Total do Passivo 11 037 074 960,80

Belo Horizonte, 5 de agosto de 1964

João Ewerton Quadros, Presidente — Sílvio Granãinetti, Diretor-Superintendente — PietrângeloVivacqua De Biase, Diretor de Operações — Manuel Gonçalves Pavão Jr., Diretor — Luis Carlos Leite.Guimarães, Diretor — Mário Lucas ãe Araújo Silva, Diretor — Cláuãio Manoel ãe Campos, Diretor — ArthurTibúrcio Sobrinho — Técnico em Contabilidade — C.R.C. — MG — 2 694. (P

Orçamento da União (ÍV)A despesa para o exercício ãe

1965 está fixada em CrS 3 775 bi-lhões. As despesas de capital estãoestâbeleciãas em CrS 1 081 bilhões,sendo CrS 482 bilhões correspon-dentes a investimentos diretos doGoverno Federal, Cr$ 22 bilhões àsinversões financeiras e Cr$ 577 bi-lhões a transferências feitas pelo T.ersouro e autarquias e empresas mis-tas para o financiamento de invés-timentos a cargo destas entidades.

Em termos nominais e reais —revela a proposta governamental —as despesas ãe capital previstas nopróximo exercício são superiores aototal consignado no' orçamento vi-gente (CrS 770 bilhões), não.existin-ão portanto redução, mas aumentono ano vindouro, no volume de in-vestimentos essenciais ao desenvol-vimento econômico e social do País.

Êsse nível áe investimentos de-verá sofrer o reforço dos fundos ex-tra-orçamentários, colocação ãe em-préstimos públicos e conseetição áeauxílio externo para programas se-toriais específicos.

Mostra a proposta orçamentáriapara, 1965 com a ãespesa âa União,nos últimos cinco anos, cresceu, emtermos reais, mais rapidamente quea receita, resgatando no agravamen-to ão ãeficit. Foram as ãespesas áetransferência as que mais cresceramno períoão, em conseqüência âo in-cessante aumento âas subvenções ãaUnião e autarquias e empresas go-vernamentais áeficitárias e pesocrescente ãas despesas com o pessoalinativo: aposentados, reformaãos e

pensionistas, em face de uma orien-tação estimulaãora âa inativiãaáeremunerada, inclusive assegurandoaos inativos aumentos salariaisidênticos aos concedidos ao pessoalem atividade. Os dispêndiçs âe capi-tal — afirma o úovêrno — tiveram,em termos reais, menor crescimentono último qüinqüênio, uma vez queos investimentos oficiais foram sa-crificaâos, em virtuáe âo constantee progressivo aumento âas ãespesascorrentes.

Revela a exposição governamen-tal que as propostas parciais recebi-âas e a estimativa ãa receita âaUnião no próximo exercício levaramo Executivo à perspectiva âe um ãe-ficit áa oráem ãe Cr$ 1 240 bilhões,o que poâeria conâuzir o País à hi-perinflação. Uma revisão âas esti-mativas parciais, foi, portanto, áe-terminaãa aos ãiversos órgãos feâe-rais, dentro âe tetos previamenteestabeleciãos e normas âe rigorosaeconomia nos gastos públicos. O to-tal âas despesas foi reduzião, permi-tinão assim chegar-se a um déficitâe CrS 775 bilhões, bem inferior aoanteriormente previsto.O ãeficit previsto resulta da im-possibiliãaãe ãe ser reâuziâa a des-pesa pública feãeral em 1965 a umtotal inferior ao consignado na pro-posta orçamentária que estabelecepara as Despesas ãe Custeio dota-ções âe Cr$ 1160 bilhões; Despesasáe Transferências, CrS 1 534 bilhõese Despesas áe Capital, CrS 1 081 bi-lhões, perfazenâo assim o total fi-xaão ãe CrS 3 775 bilhões.

Rio Doce Estudo revela danosajudará cansados à agricultura

ra no 1.° semestre de 64¦' A prolongada estiagem que se sucedeu às geadas de

julho e agosto de 1963 teve conseqüências extremamentegraves, tanto na atividade rural como na urbana, redu-zindo a produção de bens e serviços e a força de trabalhoocupada na agricultura e na indústria, no primeiro semes-tre do corrente ano, segundo revela estudo feito pela Fun-dação Getúlio Vargas.

Acrescenta o trabalho da FGV que, subseqüentemente,"o agravamento da crise política, cujo desfecho ocorreua 31 de março último, acentuou ainda mais os resultadosnegativos da primeira metade do ano". Diz que somentea partir de maio começaram a aparecer os primeiros sinaisde recuperação, "que se fazem sentir de maneira mais ine-quivoca na atividade urbana, principalmente no que res-peita à atividade industrial e ao nível do emprego".

O plano anual de obras e ser-viços da Companhia Vale doRio Doce na cidade mineira deItablra, para o corrente exerci-cio, comporta- iniciativas edu-cacionals, habitacionais, assis-tendais, religiosas, projetos deurbanização e ds fins sociais.

Na pauta da CVRD foramincluídas a construção de umnóvo hospital para a cidade, de133 casas, uma nova igreja, umgrupo escolar para 300 alunos,uma escola com alojamento pa-ra as professoras, redes de águae esgotes 'bairro do Pará), re-feitórícs para operários (próxi-mo à Usina de Dona Ritai,concluirão do prédio para oSENAI, destinado à aprendiza-gem e ao treinamento de pes-soai, reforma e ampliação domatadouro, organização de umlactário e de uma cantina paragrupo escolar, ambas no bairrocio Pará-

No âmbito da urbanização, aCompanhia Vale do Rio Doceestá contribuindo com a feitu-ra de passeios e calçamento devários lugares públicos. No se-ior social, a CVRD colaboracom a construção de um ginà-sio para o Valério Esporte Clu-bs e organiza a já tradicionalfesta de Natal na cidade, alémda construção da sede para re-creação de operários, obra queem muito facilitará as progra-mações de cursos de economiadoméstica.

CEMIGEstiveram reunidos, ontem,

no Banco Nacional do De-senvolvimento Econômico, oPresidente das Centrais Elé-tricas de Minas Gerais —CEMIG — Sr. Celso MeloAzevedo e o Presidente da-quele órgão, Sr. José Garri-do Torres.

Durante os entendimentosmantidos, o Presidente daCEMIG e ERMIG solicitouao Sr. Garrido Torres novosfinanciamentos para as suasempresas, a fim de que pos-sam adquirir equipamentospara as suas novas unidadesde operação.

NA AGRICULTURA

O estudo, a ser publicada; narevista Conjuntura Econômica, in-íorma que os resultados alcan-çados na atividade agrícola sâo,"provavelmente, os mais desía-voráveis desde o fim da guerra".— Tanto os produtos destinadosao merendo Interno como os quese exportam tiveram saíras ex-tremamente reduzidas, dlílcultan-do assim o abastecimento de gê-noras allmentfclos nos maiorescentros urbanos, ao mesmo tempoque se reduzia a receita cambialdo Pais. No que respeita ao cale,a safra que se iniciou no fim do1.° semestre é a menor do século.

Quanto à pecuária e ao extra-tívtsmo vegetal, tampouco foramdos melhores os resultados que soalcançaram. No que se refere à.primeira, também por força daprolongada estiagem, foram ex-tremamente reduzidos o desfrutoobtido nos matadouros e a produ-ção de leite e derivados, comimediatos reflexos sóbre os pre-ços da carne e do leite nos ceu-tros urbanos. Relativamente aosprodutos florestais, só a partirde março passaram a gozar detaxa cambial que estimulasse suaprodução. Os incêndios ocorri-dos em várias reservas florestaisdo Centro-Sul, especialmente noParaná, concorreram ainda parao ajravamento da situação.

A crise a que esteve sujeita aatividade rural do Pais se refle-te de maneira inequívoca no com-portamento dos preços nos centrosde maior densidade demográfica.De Julho de IB63 a Junho de 196á,os preços dos'gêneros allmentl-cios no mercado varejista do Riode Janeiro subiram 101%, dosquais 41% nos 6 primeiros mesesdo corrente ano.

Não foram menos negativos psresultados alcançados pela ati-vidade urbana nacional. A pro-duçâo Industrial que vinhaacusando quantitativos progres-slvamente menos favoráveis des-„de o 2.o semestre de 1963, cm vir-tudo da Instabilidade politlca quedia a dia se agravava — as ondasde greves nos maiores centros in-dustrlais do^.Pais e a descontl-unidade administrativa no Govêr-no federal .-íoram os principaisresponsáveis por Isso — enfren-tou problemas ainda mais adver-sos no Inicio de 1964. Com oprolongamento da estiagem, quedevia ter-se Interrompido em ou-

tubro, quando normalmente co-meça a estaçáo das chuvas na re-gláo Centro-Sul, mas que velo aligar-se com o inicio da novaestiagem em maio-Junho últimos,sofreu o Pafs uma das crises deenergia elétrica mais sérias doapós-guerra. Como é sabido, atémesmo o consumo residencial es-teve sujeito a severo raciona-mento, oom cortes de circuitos qua >chegaram a mais de 6 horas pordia, no Rio de Janeiro. Em SâoPaulo, na região servida pelo Sls-tema Llght, a situação foi de ex-trema gravidade. O consumo ln-dustrial de energia elétrica nos6 primeiros meses do ano náochegou a atingir 2 bilhões dekwh, contra cêrca do 2,2 bilhõesem igual periodo de 1963. O augeda crise ocorreu nos meses de fe-verelro, março e abril, quando oconsumo industrial se reduziu apouco mais de 950 milhões dakwh, contra mais de 1 100 ml-lhóes. no período correspondentede 1963.

As conseqüências náo se ílze-ram esperar. As freqüentes pa-rallsações forçadas por inter-rupçfto no fornecimento de ener-gia se refletiram imediatamentena queda de volume do produ-ção, na elevaç&o dos custos, nadispensa de mfto-de-obra e noatraso nas liquidações de íatu-ras e duplicatas. A oíerta doempregos reduziu-se ininterrupta-mente a partir de fevereiro emarço, somente se recuperandoem Junho, a despeito das cons-tantes alegações em contrário.

Do ponto-de-vista financeiro, osresultados do 1.° semestre, se-,gundo ainda Conjuntura Eco-nomica, íoram mais animadores,especialmente se comparados àsperspectivas que podiam ser ante-cipadas ao fim do l.o trimestredo ano. Como é sabido, raramen-te se fazem necessárias emissõesnesse periodo, sendo ao contráriofreqüente reduzir-se o montantedo papel-moeda em. circulaçãono l.o trimestre do ano. Nfio obs-tante. Já se haviam emitido 75bilhões de cruzeiros antes dosacontecimentos de 31 de março,contra 175 bilhões para todo osemestre. Essas emissões represen-tam, contudo, um acréscimo' in-ferlor a 20% sóbre o saldo emcirculação no fim de 1963, en-quanto os preços Já haviam au-mentado em mais de 40%, nomesmo período.

Isiiikawajima do Brasil Estaleiros S. Â.Comunica a mudança dos escritórios do Departa-

mento de Compras, da Av. Presidente Antônio Carlos,607 — 8.° e 9.° andares, para o seu Estaleiro Inhaúma,na Rua General Gurjão n,° 2, na Ponta do Caju (GB),hoje, dia 29/8/64.

Passará a atender os fornecedores no novo ende-rêço a partir de 31/8/64, e pelos telefones: 28-6545,34-6974 (Diretos), 34-8054, 54-2140, 34-0053, 28-1678,48-4282 (Mesa PBX), das 2.as às 6.0s-feiras, no horário de7h30m às llh30m, e de 12h30m às 16h30m." (P

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12 — 1.° Cad. Jornal do Brasil, Sábado, 20-8-04

JUIZ — O Juiz da 12.° Vnra Criminal estará de plantão bojo da»12 fts 16 horas, na Agôncltt Nnolonul para oòllUtíCÒr peclluófl uv-gentes do habQM-córpus contra autorlUntlos contorna. Local: Avenl-da Presidente Wilson, 104, ti.'1 andar, snla 002. ,

PAGAMENTOS — A Fagiulorlti do Tesouro Nacional pasia dia 31.8." dia Vitll ns BOgÜllítos lis. OOfiO ti 0001 — Pensões Bspoolnls Civisda Lei n.° 3 7311/00: 0001 a (1011 — Pnnsõus Especiais; 0020 — Pen-aôos da Guerra do Paraguai; 0040 o 0041 — Pensões Especiais ciaFEB; 0050 o 0054 — Pensões Especiais Civis; 7001 o 7002 — Monte-pio do Exterior; 0030 — Pensões Judiciárias 0070 —Pensões Es-pocials Militares da Loi n.° 3 738/60. Pagamentos externos — Minis-tório da Educnçflo o Cultura; Ministério da Saúdoj Ministério daAgricultura,

SEMINÁRIO — O Departamento Nacional do SENAC promovera. o«. 9 a 11 de setembro um I seminário sobro Técnicos do Selcçfio do

Pessoal,

EXPOSIÇÃO — A Galeria Gcnd, Run Siqueira Campos, 18-A, estápromovendo a cxposlçfto do Escultura cm metnl do Atelicr da Es-cola Nacional de Belas-Artes.

REUNIÕES — Os Serviços de Clinica Médica e dc Urologia do Hos-pitai dos Servidores do Estado tom reunido dia 2 cm seu Centrodo Estudos. * A Assocliiçüo Brasileira de Farmacêuticos marcoupara dia 1, ns 17 li 30 m, reunião para ouvir a palestra do Dr. Tar-quinlo José Barbosa dc Oliveira sóbre A Ingente Atuallznçílo da Le-gislação Farmacêutica.

CURSOS — Dia 4, Inicio das aulas do curso sobre Problomas Dlng-' nóstlcos dns Artrites ná Infância, da Sociedade Brasileira do Pe-dlatrliu * O Professor José Artur Rios está ministrando um cursodo SocloloRla do Desenvolvimento para alunos da Escola de So-ciologia e Política da PUC.

EXAMES — A Divisão de FiscaltançHo da Medicina abriu inscriçõespara exames de habilitação para ótico prático c pcdlcurc. Informa-ções lia Rua Santa Luzia, 700, l.o andar.

COMEMORAÇÃO — A Associação dos Servidores do Ministério daViação comemora segundn-felra seu aniversário de fundação, coma presença dò Ministro Juarez Távora c senhora. As 9 h 30 m ha-verá mlsas na Catedral Metropolitana e ás 17 h 30 m, no 5.° andardo Ministério da Vlaçfto, um coquetel.

CONFERÊNCIAS — Amanhã, ás 10 horas, no Templo da Humanidadeconferência publica sóbre Teoria da Inteligência e da Atividade. *A Familia e a Escola será o tema cia palestra que o Serviço Social oa, Associnçfto rie Pala e Professores do Grupo EscolnrSalgtido Fl-Iho .programaram para hoje, ús 15 horas.FEIRAS — A Prefeitura de Niterói autorizou a realização de feiraslivres, hoje, na Praça Gomes Carneiro (Centro) o Campo' de SãoCristóvão, em Icaraí.RECITAL — Comemorando o centenário de Alberto Ncpomuccno,a cantora lírica Alice Ribeiro, dará um recital, hoje, às 20 horas,no Conservatório de Música de Niterói,SAMBA — A União Fluminense dos Estudantes promove, hoje às3G horas um show de música popular brasileira, do qual participa-rão, entro outros, os compositores Ze Keti, Cartola c Nelson Cn-vnquinho.FESTAS — Bancários cariocas e fluminenses vão-so confraternizar,hoje, durante festa que será realizada cm Rio Bonito, noa salõesdo Esporte Clubo Fluminense. * A Associação dos Ex-Alunos doColégio Nllo Peçanha promove hoje, um churrasco de confratòrnl-zaçâo, na sede da entidade no Largo do Barradas, em Niterói.CHAMADA — O Instituto de Educação pede o compnrccimento, dia2, às 10 horas, no Gabinete tia Diretora do Curso Normal dos res-ponsAveis pelos alunos seguintes: Ana Vitória Bregman, AngelaMaria Zenaide. Cora de Oliveira Damice, Dalva Carneiro de Oliveira,Denisla dos Santos, Ednlr Fontes Falcão Moreira, Glsá Freitas Pôr-to. Ida Regina Ribeiro, .Isaac José Guimarães. Jucoll» dos Santos,Laura Toles Filha, Ligia Maria Cabral Lebrão, Márcia de MoraisVale, Lucla Cnstrloto, Maria do Carmo do Almeida Mala, Maria Es-têves de Amorim. Maria tia Glória Carvalho, Maria Inés Barcelos,M&riUa Curi, Miriam Bnrbeltas, Natêrcia Ribeiro Paiva, VJUdèressVieira da Silva, Vera Lúcia- Borbn, -Angela. M. F. Meneses e' Manada Glória Catarino.MATRÍCULAS — Acham-sa abertas na Escola de Horticultura Ven-ceslau Belo. Avenida Brasil, 10215, tel. 30-1433. Penha, as matrículaspara os seguintes Cursos Práticos Agrícolas: Hortas Domésticas,Contabilidade Agrícola, Enxertia, Preparo e Aplicação de Inseticidasc Fuugicidas, Solos o Adubação, Aplcúlturá, Cooperativismo Rural,Cltrlcultura, Práticas de Defesa Sanitária Vegetal, Reflorestamento.Avicultura e Suiuocultura. Os cursos inteiramente gratuitos serSIiministrados na sede da Escola mantida pela Sociedade Nacional deAgricultura e terão a colaboração da Comissão Brasileira, de Assis-tência Educativa às Populações Rurais (CBAR). Escritório Técnicode Agricultura (ETA). As aulas serão ministradas aos sábados das14 às 18 horas e aos domingos das 8 as 12 horas c terão iniciono dia 5 de setembro. Os referidos cursos são acessíveis á todos.Independentemente de idade, sexo, nível cultural, profissão etc,RODOVIAS — tiondições de trânsito nas principais rodovias federais:BR-2: Rio—São Paulo—Curitiba—Porto Alegro. Pista pavimentada.Trânsito regular até km 128, em face das obras de duplicação da pis-ta do trecho Rio—São Paulo, com abertura de valetas de drenagem •margeando a pista e transformação do acostamento em canteiro dl-visor das duas pistas. Devido no excepcional volume dc transito e aImprudência de alguns motoristas ao retornarem à pista após o abas-tecimento, verifica-se grande Incidência de colisões entre os km0/13 trecho em obrais de recuperação o reparos. Os acidentes ocor-rem, também, informa o Serviço de Segurança o Pesquisas doDNER, nos km 330 (fim da pista dupla) e 401. Recomenda-so re-duzlr a velocidade, obedecer rigorosamente a sinalização e a má-Klma prudência nesses locais.' Trânsito Normal no restante, atéPorto Alegre. BR-3: Rio—Belo Horizonte. Pista pavimentada. Ocontinuo deslocamento do maciço que margeia a pista, mantémImpedida a Rodovia do Contorno de Petrópolis, entro a FNM e oGrinfo, (km 22 ao 39). O tráfego na Rodovia Washington Luis.também, pavimentada, por onde íoi desviado o trânsito, vem soprocessando regularmente. Os demais trechos continuam cm condi-ções normais de trânsito. BR-4; Rio—Bahia (Via Areai). Pista pc-vimentada em toda extensão. Trânsito normal até Poções (km 1110)na Bahia. De Poções a Milagres (km 1324), trânsito regular. Des-lisameuto de aterro entro km 1170/1324. Trecho Milagres—Purnguaçu(km 1380) trânsito normal. Trecho Paragüaçu—Feira de Santana(km 1449), transito regular, em virtude de fortes chuvas. Rio—Teresópolis. Pista pavimentada em tócla extensão. Condições nor-mais de transito. BR-5: Elo—Campos—Vitória—Salvador. Pista pa-vimentada até Vitória, com exceção de dois trechos no Estado doRio. Na altura do km 40 (km "0" no entroncamento BR-3/BR-5)o trânsito é lento na ponte provisória sobre o Rio Mncacu, que ofe-rece passagem para um só veículo. Tráfego regular entre Campos aDivisa ES (km 41 no 58) em face das obras de pavimentação. Ti-iüe-go precário e desviado entre o entroncamento BR-28 a Porto Seguro,na Bahia. No Espirito Santo, no trecho Vitória—Divisa ES/RJ, trán-sito normal. BR-6: Rio—Santos (Pelo Litoral). Em construção. TrechoBarra da Tijuca—Santa Cruz (km 49), delegada ao DER-GB. con-cluidcs os 6 km iniciais. Trecho Santa Cruz—Itaguaí—Jacuecanga(70 km; serão aproveitadas as estradas estaduais existentes. TrechoJacuccanga—Angra dos Reis (11 km) à cargo do DNER, em torra-plenugcm. Trecho Mangaratibo—Jocuecango—Virgem. Trecho 4n-gra dos Reis—Parati (60 km), delegado ao DER-RJ. BR-7- Rio—Belo Horizonte—Brasília. Trânsito normal, cm toda extensão, pis-ta pavimentada.MAKfiS — Hoje: Preamar — 7 h 05 m/1,1 m e 19h30m; Baixa-mar— Ih 40 m/0,5 m o 14 h 45 m/0,5 m.LUA — Fases da lua:

Q. MINC.

Dias 1« 30/8

k NOVA

Dia 7

Q. CRESCcDi) 15

L. CHEIA

ODl» 23

TEMPO — Brasília — tempo bom; temperatura em elevação; ventosde nordeste fracos; visibilidade boa; máxima. 28.6; mínima, 16. Re-cife e Salvador — tempo bom com nebulosidade variável; tempera-tura estável; ventos de sueste fracos; visibilidade bon. Belo lluri-•zonte — tempo bom; temperatura em elevação; ventos de nordestefracos; visibilidade boa. São Paulo e Curitiba — tempo bom cnmnebulosidade variável, névoa seca; temperatura, estável, declinandono ílm do período; ventos variáveis fracos; visibilidade moderada.bspinto Santo, Kio de Janeira, Guanabara, São Paulo e Paraná —tempo bom com nebulosidade variável, tiévóà seca; temperatura' es-tável; ventos variáveis fracos; visibilidade moderada.Análise Sínôtlca do Mapa. — frente iria fraca no litoral paulistapodendo provocar nebulosidade mais forte nas próximas 24 horas

MAPA do TEMPOr.C.G. do dlB_áL ri. <o6sto

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Magalhães cliz que só iráaos EUA se viagem puderser proveitosa ao Brasil

Belo Horizonte (Sucursal) — O Governador MagalhãesPinto declarou ontem ao JORNAL DO BRASIL, ao desem-barca r no Aeroporto da Panipulha, de regresso de Angrados Reis, que só aceitará o convite da Embaixada norte-americana, para visitar oficialmente os Estados Unidos,"se a viagem puder ter um objetivo concreto em íavor doBrasil e da Revolução, pois não teria sentido o Governadorde Minas ir àquele país como simples turista".

Esclareceu que a viagem está condicionada a um en-contro com o Presidente Castelo Branco, que poderá ocor-rei- nos próximos dias, quando pretende acertar as bases desua visita aos Estados Unidos. As declarações do Sr. Ma-galháes Pinto vieram confirmar informações não oficiais dcque só aceitará o convite americano, se puder fazê-lo comoporta-voz oficial do Governo Brasileiro, e de que, para isso,não pretende alimentar qualquer ponto de divergência como Governo revolucionário, principalmente no campo eco-nômico.ESTAFA

Em companhia da. familia, oGovernador de Minas desom-bareou no Aeroporto desta Ca-pitai, às 18h 20m, depois depermanecer oito dias, em An-gra dos Reis, no Estado do Rio,para se recuperar de tuna es-tafa. Afirmou que interrompeuo repouso para nfto ultrapassaros oito dias permitidos por lei,para um Governador se ausen-tar do Estado, sem se licenciar,c disse que vai se submeter a

novo exame médico para verí-ficar se está. em condições dovoltar ao trabalho.

Demonstrando cansaço, o Sr.Magalhães Pinto não quis abor-dar outros assuntos, como a po-litica financeira do Governofederal; compra das concessio-nárias, a reeleição do Presi-ciente Castelo Branco, cuja te-se voltou a ser defendida peloGovernador de Pernambuco,Sr. Paulo Guerra, afirmandoque oportunamente c com cal-ma examinará esses problemas.

PSD ameaça denunciarperseguições em Minas

O PSD mineiro liquidou on-tem as tentativas do Governa-dor Magalhães Pinto de pro-mover a pacificação politica noEstado ao declarar guerra aoGoverno, ameaçando romperas conversações, e denunciarda tribuna da Asssmbléia Le-gislaliva, através do lider dabancada, Deputado Murilo Ba-daró, perseguições políticas nointerior, acabando assim, náosó com o diálogo com o Go-vêrno, mas a trégua existentedesde a eclosão do movimentorevolucionário.

As acusações do PSD ao Go-vêrno foram contestadas peloDeputado Ataliba Mendes, líderda Maioria na Assembléia Le-gislativa. que afirmou estar oGovernador Magalhães Pinto"proporcionando a Minas umclima de franquias Individuaisde tranqüilidade e se houve vio-léncias em alguns municípios,foi à revelia do Govêmo".ATAQUES

O Deputado Murilo Badardafirmou da tribuna da Assem-

bléia que, "na medida em quese distancia no tempo o mo-vimento revolucionário, temos a.contemplação de fatos compro-vadores de que a politica daMlnns volta ao leito em quacorria antigamente. Verifica-mos, por atos, por palavras, poratitudes, que nossa cooperação,que nossa posição de alta com-preensâo democrática, nestaCasa, não encontrou corres-pòndência, nem contrapartidapelos responsáveis pelos atosadministrativos no Estado".

E acrescentou que "interrom-pémos o diálogo com o Gover-no do Estado, que vínhamosmantendo com vistas aos altosInteresses de Minas, apesar dasmuitas incòmpreeiisões da par-tc daquele quo recebia de nôstu impressão mais nítida de quenosso desejo mais íntimo era oecooperar. Nossa oposição en-trará em ritmo mais forte. Abandeira dc paz, responderam-nos com a bandeira da hosílll-dade, da guerra. Se não que-rem a paz, se desejam a guer-ra, iremos a ela".

Castelo mordendo Lacerdaresulta em apreensão de"Pií-Paf " no Est. do Rio

Niterói <Sucursali — A revista Pif-Paf foi apreendida,ontem, por agentes da DOPS, por "atentar contra a honradas autoridades", ao inserir na sua última edição uma ío-tòmoritagem em que aparece o Presidente Castelo Brancomordendo uma perna do Governador Carlos Lacerda.

O humorista Miior Fernandes, diretor da revista, afir-.mou que "é uma arbitrariedade, legalizada ou não, cujoresponsável fundamental ê o Governador do Estado do Rio,General Paulo Torres".

SEM COMENTÁRIO

O Secretário de Segurançade Niterói, Major Paulo Biar.recusou-se a comentar o fato,mas seus auxiliares tomarama. iniciativa, de informar que"não houve apreensão mas.apenas, um pedido para que o.distribuidores recolhessem asrevistas de todas as bancas".

O Delegado da Ordem Poli-tica e Social. Sr. Paulo Pacie-lo, também se recusou a pres-tar qualquer declaração, en-quanto os policiais de plantãoafirmaram que a ação foi ge-ral e contou com a. participaçãode todos os investigadores ecomissários em serviço, sendoas revistas apreendidas condu-zidas ao gabiente do Delegado.

MILOR PROTESTA

No Rio, Milor Fernandesdisse ao JORNAL DO BRASILque "tem a impressão de que acoisa é ainda de âmbito pura-mente estadual. É uma arbi-trariedade, mas isto não mesurpreende; já vivi tempo de-mais neste Pais e não tenhomais esperanças em nenhumaespécie de Governo".

— Perdi o meu emprego —continuou — no Governo"JoãoGoulart apesar de pró-comu-nista e extremamente clerical;perdi meu emprego na TV-Tupi, durante o Governo doSr. Juscelino Kubitschek, de-vido a críticas minhas ao fatode ter D. Sara recebido a Or-dem do Mérito do Trabalhono mesmo dia em que chegava

ao Brasil depois de seis me-ses de passeio pela Europa.Tive que trocar o titulo da mi-nha peça Por Que me Ufanodo meu Pais. por uma arbitra-riedade do Prefeito Negrão deLima.

VIOLÊNCIAS

Tenho sofrido, em suma,toda espécie de violências con-tra meu pensamento e Cenlibreagido de todas as maneirasporque o que eu sempre de-ferido é a absoluta, a total, a.irrepartível liberdade do intU-ríduo. Mas, agora, que êste Go-vèrno, ou estes Governos es-tão se mostrando não menosdéspotas que seus anteriores,eu me declaro cansado. Souum homem que atinge os 43anos, com 27 da trabalhos jor-nalísticos.

Não tenho qualquer em-prego público ou particular —completou — não recebo ne-nhum tostão do entidade civilou militar. Vivo pura e sim-plesmente do meu trabalho detodo dia; mas, repito, agoraestou cansado; se conseguir ese os que têm poder deixarem,eu, também, vou embora. Que-ro que fique bem claro que estué uma mensagem de desalentopara a juventude. Finalizou di-zendo que "é impassível se tra-balhar com liberdade nestePaís."

A DOPS da Guanabara m-formou, ontem â noite, des-conhecer qualquer motivo paraa apreensão da revista, limitan-do-se a dizer que "essa ordemnão chegou aqui, náo".

Sindicato dos Produtoresaplaude decisão do TFRsobre censura cie es

O Presidente do Sindicato Nacional da Indústria Ci-nematográfica, Sr. José Alvarenga, disse ontem que a de-cisão do TFR restabelecendo a competência exclusiva daUnião para censurar filmes auxiliará o desenvolvimentoda produção brasileira, embora o Sindicato tenha semprecontado com a colaboração das censuras estaduais, espe-cialmetite a da Guanabara, chefiada pelo Sr. Asdrúbal So-dré Júnior.

Os produtores — continuou — sempre estiveram a fa-vor da centralização da censura, a fim de evitar-se, não sócortes e mutilações nos filmes em diversos Estados, comotambém as despesas elevadas para a realização de censiÜTem cada uma das unidades da Federação.LFI DE PROTEÇÃO

P:n relação à nyücaçõo d",legislação protecionista ao ci-ripiÈa brasileiro, a :lec>âo doTFR contribuiu também parac;k, de agora eni diante, sepossa estabelecer uma orienta-çãc única em todo o Pais —declarou.

— Apesar de vermes cem si -filiação a fcderalljr.ç^a cc-usura, antiga reivindicaçãodos produtores brasileiros, con-sideramos da maior importãri-c'.a . atuação das Censuras es-í 'duais, á; quais est? nos pro-fundamente agradecidos pelacompreensão e rigor com que.vêm agindo em favor do cine-ma brasileiro — concluiu.

Reforma que se impõe é ado próprio Congresso,afirma Afrânio de Oliveira

Brasília (Sucursal) — O Deputado Afrânio dc Oliveira,da bancada da UDN de São Paulo, sugeriu ontem, num dis-curso na Câmara, que o Congresso Nacional comece porreformar-se antes c}c cuidar de outras reformas.

A improvisação, as modificações de emergência, o afo-gadilho de mudanças cuidadas pelo Congresso sob o lm-pacto emocional das crises sociais e políticas foram cri-

Plano de Habitação aindanão está em vigor porqueministros não o assinaram

Brasil Ia (Sucursal) — Ainda não entrou em vigor oPlano Nacional de Habitação, cuja lei foi sancionada hámais de uma semana pelo Presidente da República, e queaguarda, na Diretoria de Expediente do Palácio do Pia-nalto, o referendo de numerosos Ministros de Estudo, paraser encaminhada â publicação no Diário Oficial.

O fato está causando estranheza na sede do Govêt-ticadas pelo Deputado udenista. que atribuiu a essas medi- no. de vez que, normalmente, as leis sancionadas são pu-das "os juízos temerários e tendenciosos que o expõem blicadas. imediatamente, independentemente do referendoclos Ministros, muitos dos quais passam mais de duas sema-nas ausentes da Capital.

ao risco do descrédito popular, transformando-o no bodeexpiatório de quantos pretendem combater o regime de-mocrático".

SUGESTÕES

Como sugestões para essareforma, apontou o Sr. Afrá-nio de Oliveira as seguintesmedidas: Impõe-se, no interês-se do Congresso, a exemplo doque acontece em todos os pai-ses democráticos bem organi-zudos, a restrição da iniciativaparlamentar em matéria dodespesa pública. Conseqüente-mente, é preciso que èle seabstenha da prática de que-rer. através de leis. praticaratos de administração: o bi-camerallsmo. ainda que man-tido nas suas bases estruturais,deverá sofrer atenuações atra-vés do disciplinamento dasreuniões conjuntas do Senadoe da Câmara, a fim de quehaja maior interpenetraçãodas atividades das duas Casas.

A função precípua do Par-lamento moderno, que se cc-loca à altura da sua represen-tação política e popular, é semdúvida a da fiscalização, namais ampla significação dotermo, haja vlsta o caso doorçamento, em cuja elabora-ção o Congresso deve partici-par como órgão de controle,de retificação e vigilância, aoinvés de transformá-lo emprograma de orientação legls-Ia tiva.

Enumerou ainda os seguin-tes Itens: impõe-se que o Con-

gresso se aparelhe de todos osmeios c recursos, para que pos-sa exercer, em todas as fasesda execução, o controle orça-mentário. Para isso, é neces-sário que o Governo lhe pro-porcione todos os dados de In-formação, para que o contro-le se torne efetivo, com vistas

'à salvaguarda da coisa pú-blica.

fi necessário que o Coíigres-so disponha de órgãos de as-sessoria. serviços de controle eassistência permanente, a fimde que não continue à minguado estritamente necessário aoexercício de suas atribuições;deve o Congresso ter sempreao seu alcance meias e Instru-mentos para a propagandadas suas atividades, especial-mente aquelas que se desen-volvem no seio das suas co-missõeós. Tal sistema de pro-paganda constitui um eficien-te recurso de autodefesa; re-estruturar o regime das comis-soes, quanto ao fundo e á for-ma; e, finalmente, promover aformulação de um conceito dehabilitação legislativa ou de-legação de podêres, que seajuste às condições brasileiras,tendo-se em vista, precipua-mente, a necessidade de umefetivo controle do poder co-responsável pela elaboraçãolegislativa.

Lojistas oferecem 25°fode aumento a comerciáriosque estão pedindo 35°/o

Os lojistas da Guanabara, em reunião com a Diretoriado Sindicato dos comerciários, ofereceram à classe, ontem,um reajustamento de 25 por cento sóbre os salários atuais,a ter início em 1 de setembro. Os empregados pleiteiamaumento de 35 %.'

O Presidente do Sindicato dos Comerciários, Sr, JaimeCorreia, afirma que os lojistas "compreendem as neces-sidades mais urgentes dos seus auxiliares" e estão dispôs-tos a realizarem uma nova reunião'na próxima semana,para debater o assunto mais amplamente.

Metalúrgicos aceitamaumento geral de 90%

A junta dirigente do Sindi-cato dos Metalúrgicos, reuni-da às últimas horas da. tardede ontem com os representai!-tes patronais, decidiu aceitara proposta de aumento geralde 90cr. a partir de 1 de agós-to, 70% findo o primeiro se-mestre do contrato, õOVo deaumento minimo e 65% tle sa-lário-teto, além de um des-conto de sete dias para o sin-dicato.

Os interventores Davi Bor-ses da Silva, Giovâni AméricoMaranhão e Joào Antônio Pe-reira. comunicavam o desfe-tho finai à Assembléia, reuni-ria na sede do Palácio dos Me-tálürgicos, e calculada em per-to de cinco mil pessoas.

DIALOGO

O Secretário da Junta, Sr.Giovâni Américo Maranhão,disse ao JORNAL DO BRA-SIL que os patrões se recusa-

ram a vários encontros, masna. tarde de ontem decidiram"o diálogo com a turma",quando uma. comissão de em-pregados foi recebida.

Adiantou, como opinião pes-soai, que a proposta "é muitointeressante", e que se não ti-vesse havido o encontro "osresultados seriam imprevisi-vei.?'*, uma vez que os pa-tróes "mantinham intrárisigên-cia". Frisou que as 70'ó de au-mento geral daqui a. seis me-ses "foi uma grande vitória",admitindo que os patrões secomprometeram a dar aumentomaior, caso o custo de vida ul-tra passe o previsto, de acôr-do com as estatísticas doSEPT.

Segunda ou terça-feira —disse por fim — patrões e em-pregados estarão assinando oíicòi-do no Departamento Na-eional do Trabalho, dependeu-do ainda de horário.

Bancários fluminensesterão aumento de 90%

Niterói (Sucursal! — Ban-queixos e bancários firmaramacordo, ontem. Dia dos Banca-rios, assegurando um aumentode 90% a todos os empregadosem estabelecimentos de crédito,a partir de primeiro de setem-bro, e estabelecendo a realiza-ção de nova revisão salarialno més cie março, com base nosíndices de aumento do custo devida que se registrar até lá.

O acordo estabelece tambémo direito de os bancárias perce-berem CrS 1 200 por ano de ser-viço e mais a gratificação men-sal de Cr? 12 mil àqueles quoocuparem cargos de chefia. Osbancários pleiteavam a majora-cão na base de 110%, mas acei-taram os 90% quando garanti-ram essas duas cláusulas.

HORÁRIO ÜNICO

Durante a reunião que possi-billlou a assinatura do acordo.os banqueiras decidiram adiara execução do horário único {lefuncionamento dos bancos, quo

deveria ser implantado a partirde 1 de setembro.

A decisão íoi adotada emface das objeções levantadaspelos representantes do Bancodo Brasil e da Caixa Econômi-ca. prevendo a necessidade defazerem dispensas em massacom a extinção do horário ma-tutino dos estabelecimentos decrédito.

Bancários e banqueiros daGuanabara. Minas Gerais e SãoPaulo vão reunir-se têrça-féiracom representantes do Ministé-rio do Trabalho, para discuti-rem o nôvo aumento salarialaos empregados em estabeleci-mentos bancários desses Es-tados.

Ontem, como parte dos íes-tejos do Dia do Bancário, o Mi-nistro Arnaldo Sussekind en-tregou o conjunto residencial28 de Agosto, cm Jacarepaguá.a 380 famílias de bancários. Atarde houve missa em ação degraças, na Candelária, e osbancos não abriram depois das12 horas.

DNT verá intervençãoem estivadores dia 8

Somente na segunda ou têr-ça-íeira. o Diretor do Departa-mento Nacional do Trabalho,Sr. Maíra Pilho, estudará o pe-dido de intervenção do Minis-tério do Trabalho no Sindicatodos Estivadores da Guanabara,cujo Presidente, Sr. E1 i é z e rCruz, vem sendo apontado co-mo responsável pela prática dovárias irregularidades.

O pedido de intervenção, for-mulado pele Diretor da Divisãode Orientação e ' AssistênciaSindical. Sr. Armando de Bri-to. encontra apoio no IPM doMinistério, que vem observandoo comportamento do Sr. EliézerCruz. desrle quo os bagrinhospassaram p.-.ra'o qua.iro de efe-tivos do Sindicato dos Estiva-dores..

PC3SE

Sáo Paulo fSucursal) — To-mou posse ontem a nova Dire-

torla tío Sindicato da IndústriaHidrelétrica do Estado de SãoPaulo, que dirigirá o órgão noperíodo 65/66.

O Presidente é o Sr. Nelsonde Godói Pereira e os diretoressáo os Srs. Acrício Vilas-Boa.s,Ubirajara Martins de Sousa.Ricardo Meio Peixoto Davids eHaroldo Ferreira.

RIO—PETRÓPOLIS

A fim de possibilitar a dupll-cação da rodovia Rio—-Petró-polis, o Chefe do Governo au-tõrlzou a. Superintendência dasEmpresas Incorporadas ao Pa-trlmônio da União a doar aoDepartamento Nacional de Es-tradas de Rodagem uma ároadc 16 mil metros quadrados si-tuada no quilômetro 19 daque-ia rodovia.

CONSTRUÇÃODE FERROVIA

Decreto presidencial atribuiu,ao 1.° Batalhão Ferroviário, amissão de realizar o projeto econstrução do trecho ferrovia-rio General Luz—Pelotas—RioGrande, no Estado do RioGrande do Sul.

NATURALIZAÇÕES

O Diário Oficial de ontempublica decretos do Presidenteda República concedendo natu-ralização a 588 pessoas, a maio-ria das quais de origem japo-nêsa, húngara e tcl\eca.

PETRÓLEO

Para as funções de Diretorda. Divisão Econômica do Con-selho Nacional de Petróleo foinomeado o Sr. Alberto dosSantos Abade.

ELETROBRÁS

A Eletrobrás foi autorizadapilo Presidente da República aelevar seu capital social de ISpara 50 bilhões cie cruzeiros.

ENERGIAATÔMICA

O Presidente da Repúblicadesignou o Professor Luís Cin-tra do Prado para chefiar asdelegações brasileiras à,III Con-ferencia, Internacional das Na-ções Unidas sóbre aplicaçõespacíficas de energia atômica, arealizar-se em Genebra, a par-tir dè terça-feira próxima, e àVIII Sessão Regular da Coníe-

rência Geral da Agência Inter-nacional de Energia Atômica.

O Presidente Castelo Brancoíoi solicitado, ontem, por carta,a conceder auxilio oficial paraa comercialização de uma de-sséna de inventos do Sr. AlipioPereira da Silva, residente emBelo Horizonte (Rua Sucuri,5(50 >, entre os quais os següiri-tes: niarmita-fogareiro, queaquece automaticamente, cm 4minutos; faca conjugada quecorta, abre garrafas e laias; egaveta acionada por pé, quetem dispositivo elétrico contraladrões.

SUPRA

O Chefe do Governo autori-zou o Presidente da SUPRA aelaborar o orçamento daquelaautarquia, para o corrente exer-eicio, tendo em vista o regimede intervenção a que está sub-metida.

Estabelece o decreto, em seuArtigo 8, que "os responsáveispor adiantamentos e valores daSUPRA ficam obrigados a pres-tar contas no prazo de 30 dias".

JOGOS UNIVERSITÁRIOS

Decreto presidencial consi-derou os jogos universitáriosbrasileiros como atividade uni-versitária regular, para efeitode cómputo de freqüência. Ca-berá à Confederação Brasileirade Desportos Universitários aresponsabilidade de atestar aparticipação dos atletas.

ENTORPECENTES

O Presidente cia, Repúblicaassinou ato promulgando aconvenção única sóbre entor-pecent.es, aprovada pelo Con-gresso Nacional e assinada emNova Iorque, a 30 de marçode 1961.

SÃO FRANCISCO

O Presidente da Repúblicaassinou decreto aprovando arevisão do quadro de pessoal daCompanhia de Navegação doSão Francisco.

EM SAO PAULO .

São Paulo (Sucursali — Aentidade recebeu, em São Pau-lo. na mesma ocasião, 50 má-quinas de costura, da Singer,

LBA encerra comemorações. **

do 22.° aniversário comlistórico de sua missão

A Legião Brasileira de Assistência encerrou onteni asemana comemorativa do seu 22.° aniversário, na sede daAvenida General Justo, quando a Presidente da entidade,Sra. Maria Luisa Moniz de Aragão. record"ou á atividadeda LBA desde 28 de agosto de 1942, lembrando que elamantém ou subvenciona grande número de instituições deamparo à maternidade e à infância, fazendo-se represen-tar por 984 unidades, em todo o Pais.

Após a explanação da Sra. Moniz de Aragão, os servi-dores com mais de 20 anos de serviço receberam diplomas edistintivos de ouro e o encerramento das comemorações in-cluiu, também, missa de ação de graças, na Igreja de Nos-sa Senhora de Bonsucesso e um coquetel aos legionários,às 18 horas, no Clube de Aeronáutica.

irnondefendenovelas

O Presidente do Sindicato dasEmissoras de Rádio e Televisão,Deputado João Calmon, almo-çou ontem com os Srs. Rafaelde Almeida Magalhães e Gus-tavo Borges, para debater acensura imposta aos programasde telenovela, tendo informadoo parlamentar que as einisso-ras de TV náo' aceitarão Jm-posições policiais, já que o pr*. -blema está regulamentado peloCódigo Brasileiro de Telecomu-hiçáções.

As emissoras de TV recebe-ram oficio do Diretor do Ser-viço de Diversões Públicas doEstado, ontem, com ordens paranâo exibir novelas, antes das21 horas, e a partir de 1 de se-tembro. Os diretores das cinis-soras do Rio de Janeiro se reu-nivão lioje. para estabelecer nor-mas de autocensura em suasprogramações, visando umafórmula de atender ãs autori-dades.PREJUÍZOS

O Diretor da TV ExcelsiorSr. Miguel Gustavo, declarouao JORNAL DO BRASIL quea mudança de horário nos pro-gramas de novela acarretarámuitos prejuízos às emissoras,as quais terão que fazer, empoucos dias, uma nova progra-maçáo.

as quais serão distribuídas en-tre famílias pobres do Nordes-te. O representante da firma,Sr. Leopoldo Von Heutz. en-tregou.. as máquinas ao Vice-Presidente da LBA em SáoPaulo, Sr. João Batista Mon-teiro.

As comemorações na Capitalpaulista terminaram com umamissa, oficiada no Clube .doBanco do Estado de São Pau-

lo com a presença do Presi-sidente local da LBA, Sra. Léo-nor Mendes de Barros, dando-se, depois, a cerimônia de en-trega de diplomas c distintivosaos funcionários veteranos.

Coronel punegaris quevendem papel

Salvador (Sucursal) — O D|_-reior.de Limpeza Pública . fieSalvador. Coronel Ulisses Pe-reira. mobilizou soldados doCorpo de Bombeiros, armadosdc fuzis, para impor a sua.ãu-toridade aos garis suspensospor vender o papel recolhidó^olixo. aa

O Prefeito Nelson Oliveirainterveio na crise resultantei.dasuspensão e reduziu a puniçãode cinco para dois dias impostaaos garis, que ganham todosmenos do que o salário minimo.O vereador Luis Leal denun-ciou. na Câmara Municipal, asviolências do Coronel, pedindoa sua imediata demissão. !

AVISOS RELIGIOSOS

ELVÍ RÂ TORRES DA COSIAA família dc ELVIRÀ TORRES DA COSTA,na impossibilidade de iazor pessoalmente,vem por este intenr.?dio agradecer a todot.aqueles que nos enviaram manifestações de

pesar, e convida os parentes e amigos para a missade 7.° dia, a realizar-se, na Igreja do Cristo Reden-tor (Laranjeiras), no dia L° de setembro, às 7 horas.

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SÃO JUDAS iTADEU

Agradeço duas graçasalcançadas.

OSWALDO _Alííias Santas;

JcSenditas/ gredeço graça rece-

birla.Lupè C. Silva J

SANTO PADKEjoão ixntl

Agradeço 6 graças alcança-c!:is por sua lntercessão —DULCE PENNA.

'

Jornal do Brasil, Sábado, 29-8-04, 1.° Cad. 13

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Sepultamento de Le Cocqmarcou início da busca aobandido "Cara de Cavalo"

O detective Milton Lc Cocq de Oliveira, abatido a tiros i•'de 45 pelo bandido Manuel Moreira, o Cara de Cavalo, fotfsepultado ontem, no Cemitério do Caju, presentes todosos policiais mobilizados pela Secretaria de Segurança para)a captura do assassino, que estava sendo procurado, aosprimeiros minutos de hoje, no Morro da Babilônia, ondea Policia supõe que esteja refugiado. i

Na ordem de serviço distribuída ontem a todas as re-'partições policiais do Estado, o Superintendente de PoliciaJudiciária, Sr. Sales Guerra, determinou a, prisão de to-dos os mulatos de 20 anos que tenham o.s cabelos corta-dos retos e raspados nos lados — o que caracteriza Carade Cavalo —, encontrados em atitude suspeita, frisandoque, se fôr necessário, "atirem para matar".

O FIM

O ENTER" *

Após tei* b.tlõ velado durantetócla a noite na Cnpoln do Instl-tulo Médlco-Legal, o corpo do tlc-

.^CCtlvc Milton Le Cocq foi conclu-,. ssldo, por seus colegas _ Policia

¦¦ Central, onde recebeu* as últimashomenagens dos que com ele tra-balharam durante 11 «nos.

. .'Acompanharam o enterro o Se-crètúrio cie Segurança, CoronelGustavo Borges; o Òx-Choíè do Po-liclamenta Ostensivo, Coronel Ar-clovlno Barbosa; policiais da Dc-legada de Vigilância, na qttal LeCocq estava lotado; c represen-tantes do Governo do Estado e dosdiversos órgãos do DepartamentoEstadual de Segurança Públit*...No Cemitério do Caju, mais de1.500 pessoas assistiram à enco-mendaeío do corpo. ínlta pelo Pa-dre Barbosa Lima. dtt Catedral Me-tropòlltana. Ressaltando a porsó-utilidades do detective morto, falouo Deputado (também policial) Fio-' ravante Praga, quo fêz apelo nosantigos c novos policiais para que.sc mirem na carreira de Le Cocq,"um homem que dedicou a suavida ao serviço da sociedade", des-.acaricio, a seguir, que 7." pollciniscariocas Já morreram no cumpri-mento do dever.

O advogado Nilton Sales, dequem Lc Cocq cru constituinte,disse, em breve oração, que "a leiõ. violada quando se mata ttm cl-dndflo, mns é destruída quando «mpolicial 6 assassinado". Declarou,

¦ 'em continuação, que "a lei foradestruída com a morte do Lo Cocq,nilo havendo razüo para que osbandidos nfio tenham o mesmoMm".

Ao final da cerimônia de sc-pultamento. "para que Le Cocqsaiba que estão presentes todosos que o acompanhavam", o advo-gado Nilton Sales fêz a chamada' nominal doa tíetectives que parti-...param cia diligência destinada aprender Cara de Cavalo.

QUEM ERA LE COCQ

Milton Le Cocq de Oliveira.considerado por seus colegas eo-mo um policial exemplar, Ingres-sou na Delegacia de Vigilância em1953, após b extinção da PoliciaEspecial, A qual servia. Seus su-pcrlores Informam que não tinha

! limites a sua dedicação â missão. .policial: diversas vezes, disfarça-

do em mendigo, permaneceu va-rios dias no Morro do Esqueleto.observando a chegada de margl-nais procurados pela, Policia."¦'-•¦¦'Em 1958, no responder aos seu*'Mios, eliminou o assaltante e ho-mlclda* Buck -fones, condenado pc-la Justiça, quo punha cm pfinlcoa população de Vila Isabel'. O tl-rotéto ocorreu no Morro dos Ma-cacos. Depois disso, Le Cocq. par-tlclpou dc todas as grandes dlll-gônclaa empreendidas pela Dele-gacla de Vigilância, distinguindo-

* se* pela bravura e espirito de sa-í crlíicio. intimamente. Le Cocq rea-

¦ Uaava Investigações parti prenderÇâra de Cavalo, o que pretendia___er até segunda-feira, quando• entraria em ícrlns.

. Nascido no Rio a 11 dc .unho"de 1920, Le Cocq deixa viúva ftSi>*. Amélia Le Cocq dc Oliveira.

SOLTO POR ENGANO

Manoel Moreira, o Cara de Ca-' valo, tem 20 anos e foi colocadoom liberdade por engano, no anopassado, quando cumpria pena na.Penitenciária de Bangu. O ban-dldo estava em tratamento de

saúde c foi confundido com ou-tro detento quo deveria ter sidolibertado ' na ocaslflo.

Além de outros crimes, Cara dcCavalo c apontado como cúmplt-cc na morte de uma mudana, naaImediações da Central do Brasil,e assassino do marginal Foquinh..,no Morro do Esqueleto. O bondl-do também usa o nome falso doVãlter Sacramento dc Castro ouma • do suas principais atlvlda-des é extorquir dinheiro dos ban-queiras de jogo do bicho, sob aalegação de dar-lhes proteção con-tra a ação de outros marginaisou de concorrente».

PROTEÇÃO

o Superintendente da PoliciaJudiciaria. Sr. Sales Guerra, ln-formou que a morte de Le Cocqconsternou a Policia e prometeuque tudo fará pnra proteger «, nuafami.la. Destacou, porém, «. nc-cessidade de que seja^ concedidasegurança de vitla aos policia?'

MANIFESTO

Ejn manifesto distribuído outem, os policiais do Dopnrtamen-to Estadual de Segurança Piibli-ca manlfcstam-se Inconforma-dos com as Injustiças sociais aque estão sujeitos, "embora sa-bendo que quando Ingressam naPolicia vão enfrentar todos osriscos, ainda que estejam em fé-rias ou no recesso do lar".

O documento afirma que o sa-crlffclo do repouso e a morte deum colega em serviço nem sem-pre é o mais Importante, "nãosendo Justo porém que, na Jus-tlça, delinqüentes e policiais me-roçam tratamentos diferentes,"pois enquanto os primeiros sãomuitas vezes absolvidos, os ou-tros nem sempre ganham o per-dão da Justiça".

O manifesto solicita dos Depu-tadas leis mais incisivas para osmarginais e mais compreensãodos Juizes para as mortes come-Tidas por policiais quando noexercício de suas missões.

NOTA OFICIAL

A Secretaria de Segurança dis-tribuhi nota oficial, informandoque a Policia continua empenha-da em capturar o bandido Caradc Cavalo, autor dos disparos quemataram o detective Lc Cocq.

A nota diz que a prisão dobandido só não ocorreu momen-tos após o crime e durante asbatidas na madrugada, cm facedo risco de serem atingidos po-pulares quo se encontravam nasimediações, frisando ser esta umadas desvantagens das missões po-licials.

MOBILIZAÇÃO TOTAL

A perseguição dc toda a Poli-cia carioca a Cara dc Cavalo co-meçou assim que o Hospital Sou-sa Aguiar Informou a morte deLe Cocq. Para as diligências, aDelegacia de Vigilância recebeuum reforço do material: seis rft-dios, quatro transmissores volan-tos, dois megafones, duas mil ba-Ias. metralhadoras c viaturas.

Após o tiroteio cm Vila Isabel,a Policia prendeu a mulher quealertou Cara de Cavalo para aperseguição policial e o motorls-ta José Ferreira da Silva Júnior,que conduziu o bandido cm soutaxi.

*%__ ^ < *'$f0"s%s^>$k$^ WÊÈè

Industrial assassinadona Mesa do

;.-r-0 industrial paulista Osval-do Jardi, de 44 anos, casado,hospedado no Hotel Guanaba-

¦¦rPSL, íol baleado ontem poi* umassaltante, na Mesa do Impe-vador, na Barra da Tijuca,

.íjjorrendo no Hospital Miguel

:;"SAM ajudamenoresera Niterói

Niterói (Sucursal) — A Pre- 'sidenta do Conselho de Obrase Serviços Assistenciais ao Me-nor, Sr.R Inala Morais, infor-mou oilé o Delegado Regionaldo S. í no Estado do Rio, Sr,Jaime Rodrigues, ofereceu oserviço médico-dentário da ins-tituição aos menores do Clubedo Pequeno Trabalhador, criada¦pelo COSAM e pelo Juizado de.Menores de Niterói.

ImperadorCouto, ao receber o.s primeirossocorros.

O industrial estava acompa-nhado de Brasília Stélio, que.ao prestar declarações no 15.°Distrito Policial, descreveu ocriminoso como um indivíduobaixinho e moreno, que na oca-sião tinha ò rosto encobertopor um lenço.SUSPEITA

As autoridades policiais do15.° Distrito acreditam que ocriminoso seja Paraibinha quehá muito tempo vem sendoprocurado pela Polícia, que jáassaltou dezenas de turistas naBarra da Tijuca.

Os policiais acreditam queParaibinha tenha-se aprovei-tado do fato da Polícia estarempenhada na captura do as-sassino do detective Le Cocq,para sair do esconderijo ondese refugiara quando a Policiapassou a fazer diligências nosmorras da Gávea para prendê-lo.

COFRES

BERNARDINIFLORADAS NA SERRA

,.; Em setembro vá ver os Ypês e Suinãs flori-dos, na FAZENDA HOTEL CLUB DOS 200.Entre em Resende. Apartamento para 2 pes-soas, com refeições a partir de CrS 8 500.00Reservas no Rio, tels.: 27-8656, 36-7857 (P

INSTITUTO BRASILEIRO DO CAFÉCOMUNICADO N.° 53/64

A Diretoria do Instituto Brasileiro do Cale. no âmbitode suas atribuições, comunica aos interessados que os ro-gistros de ¦_ declarações de vendas" para a exportação de. çafo poderão ser feitos, a partir desta data, nas condiçõesindicadas na Resolução n.° 48. de 13 de maio de 1954.; Rio de Janeiro, 27 de agosto de 19(14.

Filé a CrS 1200 é -o maiscaro da tabela no varejo>,que fixa costela a CrS 300

A SUNAB fixou ontem os novos preços de carne bo-vina, no varejo, para a Guanabara, São Paulo e Estado doRio, através do tabelamento rígido: filé mignon, Cr$ 1200;íilé sem aba, CrS 800; chã-de-dentro, coxão mole, lagar-to duro, patinho e alcatra, Cr$ 750; pá, CrS 550; acém,peito, músculo, capa dc filé e aba dc alcatra, Cr$ 500; ecostela ou agulha, CrS 300.

Esses preços terão vigência de 1 a 30 de setembro,quando sofrerão novos aumentos, em face da tabela noatacado. A SUNAB retificou, na mesma ocasião, os preçosdo dianteiro, para venda no atacado, flxando-os em CrS347 e Crs 350, respectivamente, a partir de 1 de setembroe depois de novembro.

Mais de 1500 pessoas assistiram, ontem, ao sepultamento do detective Lc Cocq, que durante 11 unos combateu, os bandidos no Rio

Calça Larga " morre depois/do ensaio pedindo quearriba continuasse sem ele

O sambista Calça Larga, fundador da Escola de Sam-a Acadêmicos do Salgueiro, morreu, ontem, a seis meses

do carnaval, após adoecer num ensaio, deixando a Cidadesem um dos seus tipos mais populares, dois mil sambis-tas sem seu professor e as cabrochas sem os conselhos doquem, aos 53 anos, as tratava como um pai.

No ensaio em que adoeceu, Calça Larga cantava umsamba com entusiasmo, parecendo, segundo os amigos, quecantava para se despedir, e, ao ser transportadopara ohospital, pediu apenas que a batucada não silenciasse porêle.

ENTERRO NO CAJU

O corpo de Calça Larçia,exposto em câmara ardente,lia sede do Salgueiro, seráenterrado ho.ie, ás 10 horas,no Cemitério do Caju. Osambista estava internado naCasa de Saúde Prontocor, .so-frendo, ontem, ás 7h ãOm umnôvo derrame cerebral,

' Assim que a notícia da mor-te de Calça Larga correu, tó-das as escolas de samba daGuanabara mandaram repre-

sentantes para levar a últi-ma homenagem ao sambista,que já pertencia, segundo da-clnraram, ao carnaval cr.-rioca.

A direção do Salgueiro tir*-ridiu suspender as atividadesda Escola um* sete dias, inclusl-vc cios ensaios gerais, marcado.;pnra domingo c quarta-feira.No dia 3 de setembro, será ce-lebrada uma missa em memó-ria de Calça Larga, its 9h 30m,na Igreja de São Jorge.

Leonldas Lopes Borio,Presidente. CP

Tristeza não terá fimcom morte do professor

Departamento dc Pesquisas do JBA seis meses do carnaval, quando o ritmo das

Escolas de Samba esconde a tristeza dos morros cario-cas, o Salgueiro viu silenciarem os seus tamborins,cuícas e pandeiros: Calça-Larga, seu mestre de har-monia, para quem o samba era o fundo musical deuma vida alegre, morreu após um ensaio geral, devol-vendo ã favela o ar triste das quartas-feiras de cinzas.

A morte de Joatjuihi Casimiro deixou oito filhossem pai. dois mil sambistas sem o velho professor e •o carnaval sem uma de suas figuras mais conhecidas,porque, dos 53 anos de sua vida. 36 foram dedicadosaos desfiles nas avenidas, onde êle recebia, torios osanos. em aplausos, o prêmio pelo trabalho de daralegria ao povo.

ULTIMO APITO DO SAMBA

Antes de se tornar conhecido nas rodas do samba.Joaquim Casimiro era apenas um menino desprea-cupado de Miracema (Estado do Rio). onde as peladase as brincadeiras de soltar papagaios tomavam todoo seu tempo. Somente aos 18 anos de idade, pôde ofuturo Calça-Larga pôr em prática os seus conheci-mentos de samba, pois quando a infância era apenasuma lembrança, êle morava no Rio, tendo trocado ofutebol de rua pelos ensaios das escolas. Apaixonou-sepelo ritmo dos morros cariocas, e, em breve, seria nãoapenas um sambista de primeira, mas o homem res-ponsável pela categoria das escolas de samba.

Em 1933, quando a União-Gcral das Escolas deSamba foi fundada, Casimiro, que levava o carnavalmuito a sério, teve a sua primeira e única briga,quando soube de uma notícia desagradável: o encar-regado de distribuir a verba de 200 mil réis que o Pre-feito Pedro Ernesto destinara à União de Jacaré-paguá — sua escola nessa época — não queria entre-gar o dinheiro. Joaquim Casimiro não gostou e seusamigos contam que éle esqueceu o sorriso, fechou acara e, armado de revólver, íêz o funcionário lhe daros 200 mil réis.

NASOE "CALÇA-LARGA"

Poi por êsse tempo que Joaquim Casimiro ganhouo apelido de Calça-Larga, pelo qual ficou conhecido.Vaidoso, gostando de andar rigorosamente dentro damoda, Casimiro exagerava um pouco. Nesse tempoera elegante o sujeito que andava com as calças bemfrouxas na boca, como sino, e Casimiro resolveuaderir. Um dia chegou em Jacarepaguâ pensando queiria fazer um sucesso enorme, mas recebeu uma vaiados companheiros e alguém gritou: "O defunto eramaior, hein calça-larga?". A gargalhada foi geral,Casimiro também achou graça e o apelido pegou.

A vida de Calça-Larga era do samba e para osamba. Dele não se afastava, esquecia até de almoçare jantar, quando ouvia um batuque de primeira.Estava mtm samba, quando seu pai morreu e deixouo salão para o velório; quando um de seus filhosmorreu, êle estava em outro sanvba. Anos mais tarde,•era sua mãe quem morria e não pôde ver o filho:Calça-Larga ensaiava numa escola de samba. Assim,de samba em samba, foi èle escrevendo o seu nome•na vida carioca, conhecido em toc:os os morros, dispu-lado pelas escolas.

ACADEMIA DO SALGUEIRO

Antes de 1950, existiam duas escolas de sambano Salgueiro: a Vermelho e Branco e a Azul e Branco.Eram boas. composições bonitas e tinham muito su-cesso em todos os carnavais. Mns, Calça-Larga, emmatéria de samba, queria sempre mais, desejava apre-sentar na Avenida um bloco homogêneo, que fizessebem aos olhos. Poi com êsse desejo que éle subiu oMorro do Salgueiro, para unir as duas escolas numasó, que pudesse ganhar o primeiro lugar no carnaval.Em 1953 êle viu orgulhoso o seu sonho tornar-se rea-lidade, pois o azul e o vermelho se uniram numacombinação de cores que passou a se chamar Aca-dêmicos do Salgueiro.

Era o mestre de harmonia do Salgueiro e 24horas por dia êle dedicava á sua esseola de samba,sempre procurando o sucesso nos carnavais. Noano . passado, depois de muitos ensaios, madrugadaadentro, Calça-Larga ¦ apresentou na avenida o en-rédo de Ckica da Silva e levou para o Salgueh'o oprimeiro prêmio do carnaval. Já era um homemdoente, proibido pelos médicos de sentir novas ale-grias. pois uma emoção maior poderia matá-lo. Hátrês dias, quando ensaiava mais uma vez com os Aca-dêmicos, Calça-Larga sentiu-se mal. Foi levado, àspressas, para o hospital, e o samba parou no morro,para saber como passava o seu mestre de harmonia.Calça-Larga estava morto e a tristeza subiu, pela pri-meira vez, desde 1953. o Morro do Salgueiro, ondevai morar por muito tempo.

Força conjunta da Unitaschega segunda-feira ao Rirpara prosseguir manobra

A força conjunta das Marinhas de Guerra dos Esta-dos Unidos- e do Brasil, em manobras da Operação-UnitasV, chegará segunda-feira à Guanabara, procedente deSalvador. Os navios atracarão no cais da Praça Mauá, às8h30m, onde se reunirão às unidades argentinas e uru-guaias, que vão participar das manobras.

A fôrça-tarèfa norte-americana, sob o comando doContra-Almirante Arthur R. Gralla, compõe-se dos con-tratorpedeiros USS Norfolk, navio capitânea, USS JohnWillis, contratorpedeiro de escolta, e do submarino USSOdax.

COMANDANTE

O Contra-Almirante ArthurRÒbert Gralla é o nôvo Co-mandante da Força do Átlânti-co-Sul da Esquadra dos Esta-rios Unidos, posto que assumiua 15 de agosto último. Promo-vido a Almirante cm 1961, foiVice-Comândante do Serviço dcTransporte Militar Naval e Vi-ce-Pre.sidcnte do Esiario-MaiorConjunto, encarregado do Gru-po de Estudos Especiais.

PROGRAMAApós a atracação, segunda-

feira, haverá um jogo de íute-boi, às 14 horas, no campo doBotafogo, entre a equipe daPôrça e uma brasileira. A noi-te. a banda da Pòrça-Tarefa seapresentará na televisão, ncprograma Noite dc Gala.

Dia 1 de setembro: chegadados navios argentinos, às fihoras; entrevista coletiva doContra-Almirante Gralla. às 11horas, a bordo do Norfolk; namesma hora, apresentação dabanda na Rádio Globo: das 14às 16 horas, visitação ao' sub-

marlno Odax; às 14 horas, jô-go de basebol, na Escola Na-vai; às 17 h 30 m, apresentaçãodo conjunto musical Five Piee.Combo, na TV Continental.

Dia 2: 'das 14 às 16 horas,visitação aos navios da Pôrça-Tarefa; às 9 horas, jogo debasquete ria equipe da Frotacom o time do Clube Suruí, emBrás de Pina: 19 h 30 m, i*e-cepção no Clube Naval aosoficiais da Frota.

Dia 3: chegada dos naviosuruguaios, às 8 horas; às 10horas, apresentação da bandano Centro de Estudos e Divul-gação de Cultura Americana;das 14 às 16 horas, visitaçãoao.s navios; às 14 horas, jogode softball, na Escola Naval.

Dia 4: às 13 horas, apresen-tação da banda em frente aoTeatro Municipal: recepção daFrota a todos o.s oficiais daForça Corijunta, participantesda Operação Unitas. no ClubePiraquê, às 19 h 30 m.

A força conjunta, partirá nosábado, às 8 horas, pnra darinicio à segunda fase das ma-nobras.

Decisão de Castelo sobre"Minas" ainda vai demorar

Após despacharem separaria-mente, ontem, com o Presiden-te Castelo Branco, os Minis-tros da Marinha e da Aero-náutica declararam aos jorna-listas que é de absoluta tran-qüilidade a situação em seu"respectivos Ministérios e dis-seram desconhecer a notícia d ¦que o Presidente da Republi-ca havia cancelado sua visitaao Guandu, hoje. para discutircom as partes interessadas aquestão da aviação embarcada.

Por outro lado, informou-seontem no Palácio das Laran-jeiras que o Presidente Cas-telo Branco .não está cuidando

dessa matéria com a urgênciacom que se acredita, porqueacha mais importante cuidarde outras questôos, como a doabastecimento, ciue se encon-tram na pauta do Governo, emregime rie prioridade.

Brasília (Sucursal) — Os Mi-nistérios militares estão íun-cionando em ambiente de com-pleta calma, com todas as suasseções em atividade normal,mas sem a presença das suascúpulas, transferidas para oRio de Janeiro nesta semana,em função da presença, ali, doPresidente da República e dosseus Ministros.

CONSPIRAÇÃO— Nenhuma razão, nenhum

motivo parece plausível parajustificar o que se passa e, por-isso, não posso me furtar dechamar à atenção do Presiden-te Castelo Branco e do Minis-tério da Educação para a res-ponsabilidade que assumem deprivar a Universidade de Bra-silia dos meios necessários pa-ra que prossiga seu trabalho —disse o lider do MTR. acres-centando que tal omissão fariaficar configurada, concreta-mente, "a existência de umaconspiração da mediocridadecontra a intelectualidade bra-sileira".

Explicou ainda o Sr. EvaldoPinto que a discriminação con-tra a Universidade de Brasíliareveste-se de gravidade já apartir da liberação das verbasorçamentárias do corrente anoporque "dos CrS 4,4 bilhõe_consignados no orçamento daUnião, a Universidade de Bra-sília teve liberados apenas Crs2,7 bilhões, significando umcorte de 40 por cento, quandoo Plano dc Contenção de Des-pesas previa que o.s cortes nãoultrapassariam a 30 por cento".

— A isso deve ser acresceu-tado que os vencimentos doscorpos docente — e administra-tivo da instituição não consti-tuem verbas de empenho auto-mático, pois não provêm dire-tamente dos cofres federais e,ao elevar o.s vencimentos dofuncionalismo público, civil e,

Agredidovereador

TV

SIMILARES

O órgão fixou cm Cr.? 40 oquilo do sebo e CrS B0 o quilodo osso, determinando, ainda,que a carne seja moída na ho-ra, no balcão. Todos os produ-tos derivados e industrializadosterão que ter em sua embala-gem, obrigatoriamente, o preçoe a data dos respectivos lotes,postos à venda no varejo.

Deputado adverte Castelosobre corte na verba daUniversidade de Brasília

Brasüia (Sucursal) — O lider do MTR na Câmara,Deputado Evaldo Pinto, dirigiu ontem uma advertênciaao Governo sôbíe a redução de mais de 40 por cento im-posta à verba orçamentária destinada à Universidade deBrasília, equivalente a dois terços da menor dotação pro-posta para qualquer outra Universidade brasileira de res-ponsabilidade federal.

Demonstrou o Sr. Evaldo Pinto que a Universidade deBrasília contará com dotação inferior às menores Uni-versidades federais, inclusive às de Alagoas, Espirito San-to, Rio Grande do Norte, Ceará, Pará, Paraiba, Juiz deFora, Santa Maria e Goiás.

portanto, também dos profes-sores das Universidades fe-derais não foi prevista qualquerverba para atender ao aumentosalarial do pessoal da Univer-sidadè de Brasília — disse mais.

Balo Horizonte (Sucursal) —O Vereador Meroveu Rosa eSilva foi agredido, ontem à noi-te, quando entrava na CâmaraMunicipal de Belo Horizonte,por dois rapazes morenos quesaíram de um carro preto, acer-tanclo-lhe um murro na testacom soco inglês. O vereador,que ia participar da sessão le-gislativa, caiu ao tentar subiras escadas da Câmara.

Cinco vereadores carregaramo Sr. Meroveu Rosa e Silva pa-ra o plenário e o Presidente riaCâmara, Vereador Camrl Ca-ram, depois de constituir umacomissão de inquérito para apu-rai* o atentado, encerrou os tra-bnlhos do Legislativo. O Verea-dor Meroveu Rosa e Silva foilevado para o Pronto-Socorro edepois de medicado dirigiu-separa sua residência. Os moti-vos da agressão ainda são igno-rados e <t polícia não conseguiuprender os agressores.

Alguns açougues, de nego-ciantes lnescrupulosos, estãovendendo carne no câmbio nc-gro, porém, com a tabela rígida,baixarão de Cr$ 100 a CrS 200por quilo- O Superintendenteda SUNAB, Sr. Arnaldo Tavti-ra, após reunião do Coleglado,declarou que os açougues serãofiscalizados rigorosamente, nosentido de ser respeitada a ta-bela.

Relatório de boi mortodará lucro de marchante

Niterói (Sucursal) — O De-legado de Economia Popular,Sr. Edalberto Garcia, informouque depoi. de amanhã enviaráao Secretário dc Segurança,Major Paulo Biar, o relatóriocontendo os resultados da expe-riéneia realizada ontem, noMatadouro de São Gonçalo,com um boi abatido, pnra de-terminar se o lucro cios mar-chantes, com os preços atuaisé satisfatório.

O Delegado, acompanhado devários marchantes, matou o boi,depois de pesá-lo, escarnou-oe pesou tudo novamente, com

excessáo de subprodutos, paraestabelecer a margem de lucrodos marchantes, que pretendemnôvo aumento.

GRANDES LUCROS

O Secretário de SegurançaInformou que logo após recebei*o relatório do Delegado de Ecu-nomia "que deve demonstrar csgrandes lucros dos marchan-tes", convocará o Delegado Re-gional da SUNAB no Estado doRio, Major Monteiro Filho, pa-ra uma reunião, a fim de de-terminar os novos preços nosaçougues.

SUNAB mineira proíbesaída de carne bovina

Belo Horizonte (Sucursal) —O General Astolfo FerreiraMendes, Delegado da SUNABem Minas, baixou portaria on-t-em, proibindo a saída de carnebovina para outros Estados,sem sua autorização, e a pro-viciència foi adotada "para de-fender o povo da ganância im-patriótica dos marchantes, quesó visam seu interesse, aindaque criminosamente".

A portaria da SUNAB foibaixada pelo General, poucashoras depois de sua chegada doRio de Janeiro, onde tomoupo.se no cargo de Delegado eentregou um relatório ao Con-selho da SUNAB, afirmandoque o aumento do preço da car-ne em Minas é desnecessário,

sendo mais absurdo .se seguir asbases do Rio de Janeiro e SãoPaulo.

FALTA CARNEO Delegado da SUNAB disse

que proibiu a saída de carnepara outros Estados para evitarque se agrave a escassez doproduto em Belo Horizonte, co-mo vem acontecendo nos lilti-mos dias.

Afirmou depois que serão to-marias todas as medidas pos-siveis para evitar qualquer es-peculação por parte dos mar-chantes. ao mesmo tempo queserá reiterado seu pedido aoConselho da SUNAB, para quenão aumente a carne neste Es-tado.

Ladrões desfalcaram Olindalevando Santo Elias emembros da Sagrada Família

Recife (Correspondente) — A Polícia de Recife estátentando localizar, com grande aparato, um bando de la-drões audaciosos que anda agindo na Capital e em Olinda,donde levaram as seguintes imagens da Sé: um apóstolo,Santo Elias, Menino Jesus, São José e um conjunto dastres personagens da Sagrada Família, objetos de grandeprocura entre colecionadores particulares e antiquários.

O Reitor do Seminário de Olinda, padre Marcelo Ca-valheiro, comunicou os furtos à Policia e ao Diretor doPatrimônio Histórico. Ontem, os -mesmos ladrões — pre-sume-se — roubaram o jipe chapa 2-62-83, que estavasendo utilizado pelo Comissário José Ramos, da Delega-cia Auxiliar, em diligência.CONTRA POLÍCIA

No princípio do corrente més.quando a onda de assaltas co-meçou, os ladrões penetraramna sede tia Guarda Noturna,levando dali uma máquina deescrever, enquanto uma viatu-ra da Radiopatrulha era ar-rombado, no Bairro dos Afo-gados.

'aldomironão estáno seguro

São Paulo lSucursal) — Qua-tro meses depois de ter feitoum seguro de vida do valor deCrS 10 milhões, tendo o paicomo beneficiário, ValdomiroSousa Santos foi dado comomorto em acidente automobi-listico, no Município de Ja-guapara, na. Bahia.

Três dias após a sua morte,seu pai, Leonardo Sousa San-tos, apresentou-se à Compa-nhia Seguradora Previdência doSul com os documentos parareceber o montante da apóli-ce. Depois de uma série de in-vestigações, a Companhia Se-guradora descobriu que Valdo-miro está vivo e mora em Cam-pinas, onde possui uma íarmá-cia. Ontem à tarde a Políciaouviu o pai do morto e hojeestá procurando o vivo Valdo-miro.

A Policia está mobilizada paracapturar os autores dessas fa-çanhas. cuja audácia preocupaas autoridades: o jipe, porexemplo, foi roubado da portada residência do policial JoséRamos, e a Sé de Olinda íoiarrombada habilmente, pelosmarginais. Quanto à visita àsede da GN, ninguém perce-beu nada.

Brasil já temcartazna Broadway

Nova Iorque (UPI-JB) — OEscritório Comercial do Govêr-no brasileiro nesta Capitalinaugurou ontem um grandecartaz luminoso na esquina daRua /SÇ com a Broadway, comos dizeres Come to Brazll, des-tinadó' a atrair turistas paraas festas do IV Centenário doRio de Janeiro, que serão co-memoradas em 1965 .

O cartaz foi inaugurado aoanoitecer de ontem e mostraa entrada da Baia da Guana-bara. Ao ligar a chave do gi-gantesco anúncio, o Chefe doEscritório Comercial do Brasil,Sr. Álvaro Vale, declarou que,"com éste cartaz, o Governobrasileiro inicia aqui a cam-panha destinada a atrair o tu-rista norte-americano".

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Scoubidou só tem problema na partida do 4^ páreoEnid corria/ fácil nos800 metros e assinalou48 " sempre com sobras

Enid íoi a sensação de ontem pela manhã naGávea, ao aprontar de forma espetacular os 800metros em 48" cravados, inteiramente contida pelobridão M. Silva, demonstrando que será realmenteuma rival de respeito no Grande Prêmio HenriquePossolo.

Edição, líder atualmente da sua geração, tam-bêm impressionou no seu floreio com 44" 3/4 para700" metros, sobrando visivelmente pelo meio da pis-ta. José Correia nunca se preocupou em exigir maisa fundo a tordilha treinada por Manuel de Sousa.DIXIELAND surpresa a sua partida de 37"

2/5 para a reta e de galopalargo. Escaleno (U. Cunha/,levou a melhor sobre seu com-panhelro. Tetl (I. Oliveira»em 43" para os .00. Styx (A.Barroso) a reta em 39" 2/S,nâo agradou.FANTASTIC

O cavalo Scoubidou reopa-rece, na tarde dc-hoje, no Hl-pódromo da Gãvea, no 6.° pá-reo do programa, na milha,defendendo novos interesses e.ob a responsabilidade deVál-ter Allnno, que ,1a lhe tiroumultas baldas, mns'está preo-cupado com a partida do íi-lho de Dernah. mesmo reco-nhecendo as possibilidades dograndalhão de 500 kg.

Válter tem orientado o trel-namento de Scoubidou na ba-pe de muita natação e galo-pes no pradinho da Gávea.Justificou essa cautela por náoter o parelheiro um boletoem bom estado, o que Impedeseja êle exigido a fundo, co-mo era do seu desejo. Ocastanho aprontou no quil.-metro, sem apurar, marcandoo tempo de 67", Justos.

Dixieland (S. Guedes) os700 em 44", á moda da casa.Yálta (P. Lima) depois de darum pique de 200 metros em15" 3/5 completou os 360 em25" 3/5, muito á vontade, semgrandes pretensões a tempo.Quebrada (A. Machado) inc-lhorou para 22*' 1/5, agr adan-do muito, e Tecali (J. Macha-do) finalizou os 360 vindo demais longe, em 23", algo con-tida pelo seu jóquei. ,

EPISÓDIO |

Eson CJ. Sousa) deu umpasseio na raia de 40" para areta. Protocolo (P. Estêves)"ao lado de Belo Príncipe (O.Cardoso) desceu a reta em 36",levando a melhor o primeiroque vinha sobrando. Estõjo(D. P. Silva) aumentou para38", com sobras. Al Jabar (J.Portilho) ao lado de Episódio(J. Jullão) melhorou para 36",livrando cabeça no final o se-gi indo.

ESCULTORA

Engra (J. Sousa) a reta em38" 2/5 muito contida. Urqui»za CU. Cunha) chegou agar-rada com run companheiro em38" para a reta. Escultora (J.Baffica) igualou a marca ochegou sobrando ao lado dcum sparring. Alate (J. Diniz)finalizou os 360 em 22" 2/5, umpouco solicitado. Coaranea¦(D. Neto) os 600 em 37" 1/5,com muito poucas reesrva..

EIDOTÈIA

Eidotéia (J. Sousa) a retaem 40", a vontade. Êfira (M.Silva) os 700 em 43", comcrande facilidade. Stink (A.Barroso) a reta em 38" 2/5,mas não agradou, Ondaguassu.(A. M. Caminha) igualou e

chegou correndo muito mais.Empenada (A. 'Machado) che-g-ou muito contida em 24" pa-ra os últimos 360 metros. Co-ibiçada (U. Cunha) passouos 600 metros em 39" 2/5.

FIN DE NUIT

El Entrevero CJ. Machado),reta em 39" 2/5, ã vontade.Espalha Brasas (A. Machado»,os 700 em 44", com sobras.Enseio (J. Correia) não* tra-balhou para relógio, assinalou40" para a reta. Exagero (P.Maia) os 700 cm 43". agra-dando qualquer coisa. Pin deNuit (J. Fagundes), demons-trando algumas melhoras, des-ceu a reta era 36", muito con-tido pelo jóquei. Enoch (M.Silva) os 700 em 43", com ai-guma facilidade. Ellicott (O.Moura) finalizou os 360 em22", correndo bem no final.Estacio (J. Santos) causou

Ramadan (P. Pereira F.°)deu um galope de. saúde de56" para os 700. Fantastic (H.Vasconcelos) chegou com boa

j ação em 38" para a reta. Darfej Legs (I. Oliveira) melhorou[ para 37", náo agradando. So-

nho de Ouro (D. Morenoainda náo mostrou progressoem 27" 2/5 para 360, multoapurado.

SCOTLAND YARD

Scotland Yard (J. Negrello)desceu a reta em 36" 3/5, comgrande facilidade. Baalbecl:(j. B. Paulielo) aumentoupara 39", com poucas reservas.Extend (J. Machado) baixoupara. 37", com algumas re-servas.

CAFUSO

Sério (L. Acuna) deu umpique de 360 cm 22". correu-do muito no final. Paiardo (D.Neto) chegou agarrado comMiss Vasco (A. Silva) cm53"2|5 para os 800. Cafuso (J.Portilho) numa raia seca.aprontou bem. trabendo 43"para os 700. com grande ia-cilidade. Cowbòy (P. Alves) areta em 37", a vontade. Bic-nhablado (A. Ramos) deu umpique dc 360 em 22" 2;5. comalgumas reservas. Insolente (I.Sousa) a reta em 41", muitoa vontade. Blue Quino (O.Cardoso) a reta em 39"2>5, comsobras. Calmo ÍM. Silva) nareta oposta, melhorou a mar-ca para 35", correndo firme.Purus (N. Lima) aumentoupara 37"3|5 na reta normal,agradando. El Rincón (J. Ne-grello) os 360 em 23"2|5, comalguma facilidade.

ENID

Edição fJ. Corrêa) não foiapurada muito nesta partidade 44"3'5 para os 700. fazendoo percurso sempre pelo mioloda raia. Ao contrário, sua com-¦ panheira Elora (P. Lima)ti-ouxe 42**215 para igual dis-tância, arrematando com so-bras visíveis. Égide (L. Acuna)procurando a cerca externa,aumentou para 45"4|5, de ga-lope largo. Enid (M. Silva) foia sensação de ontem pela ma-nhã, trazendo para os cronó-metros o excelente tempo de48" para os 800. Stella By (A.Azevedo) subindo a reta e de-pois descendo, assinalou 36"2!5,com sobras. Entica (D. Neto)os 800 em 50", agraciando qual-quer coisa.

Programa com chavespara a reunião dodia três de setembro

.." Páreo — As _0h30mmetros — Cr$ 400 000,00:

1200

Kg

1—I Culpa 9 56. Islldlnba 4 54

3—3 Rostrls 2 564 Montelê 1 56

3—5 Rlvabcla 7 56Christina S 56

4—7 América *. 5 568 Arabatashe 6 56O Mamy 3 52

2.» Páreo — As 21h 1000metros — Cr? 300 000,00:

Kg

1—i. Oretania * 562 Clog • 56

2—3 Felicia 2 54Novata 3 54Niclnha 1 54

3—6 Girouette . 52Nlght and Day • 56Engenhoca M 5ô

¦4—9 Bela Bruna 4 õò10 Pedra Preta * 541! Marqueza * 54

3.» Páreo — As 21h30m — 1 300metros — Cr$ 500 000,00:

Kg

1—1 Decllve 7 572 Apls 4 57

2—3 Hino 6 574 Viureggio 8 57

3—3 Conquistador 2 57Polvimbo 3 57

4—7 Aramaclio 1 57Tamborim, 5 57Gadanho 9 57

ADVERSÁRIOS

Em corrida normal, logran-do uma boa partida. Scoubl-dou tem multa chance de vi-tória. pois é de melhor classeque seus adversários.

O principal inimigo do pilo-tado de Francisco Estêves éBrevet. que deixou excelenteimpressão no apronto, com amarca de 44" nos 700 metros,podendo ganhar sem surprê-sa. Há multa fé em DonTho-maz, e Acaso e Mar Verdesão ainda perigosos.AEDENZA

No Io páreo de hoje, em1 300 metros, na pista de gra-ma, a potranca Ardcnza podeganhar com autoridade, embo-ra a presença de Raure, Cons-tantza e Escolha possam in-.

Escolha estréia noúltimo furo e develutar pela vitória

Escolha, filha de Alberico e Sica, treinada porPaulo Morgado e que pertence a Zélia Palhares So-lanes, surge como a melhor estreante de hoje, naGávea, estando bem situada na distância de 1 300metros, pois mostrou ser veloz nos floreios.

Para correr o primeiro páreo de logo mais, Es-colha passou os 1 300 metros em 87" cravados, sem-pre sobrando pelo meio da "pista. Aprontou um pou-co mais exigida, e mostrou boa forma com 38", ia-cil, nos 600 metros. Tem categoria para exigir mui-ta luta na competição.

íluir bastante no desenrolar dacompetição.

A dupla 13, Ardenza-Cons-tantza parece a mais certa,mesmo respeitando as demais,principalmente a estreante Es-colha.PAREO DURO

Tallsca e Sweetness vão lu-tar de igual para igual comas defensoras da chave um,Pretend e Dicaba. Tallsca vemfie grande atuação numa car-reira misturada com os mu-chos, c Pretend reaparece re-euperadai das tonteiras, quemotivaram o seu afastamentodas pistas. Qualquer dns do-bradinhns é bem apostada.TOGA DE PORTILHO

O jóquei José Portilho temposibilidadse de marcar umponto na estatística, por ln-termédio de Toga, que, naareia, é forte competidora,.

Foi poupada no apronto, 11-

Hullly Gully — é um filhode Sahid e Espantada, que estáaos cuidados de João Emíliode Sousa, e deve produzir umaboa carreira logo na sua es-tréia na Gávea. Em São Pau-lo, ganhou duas provas e mes-mo enfrentando rivais do nai-pe dc Tony e Corinto, servecomo placé alto. Seu melhortrabalho foi de 95" para os1 400 metros, com sobras vlsi-veis.

Derllnda — descende deBrigadeiro e Arlinda e apare-cc cuidada pelo Célio Touri-nho. Vem trabalhando há mui-to tempo para uma boa atua-ção, tendo para correr èstepáreo 66", cravados, com rarafacilidade na areia, úmida. Mos-trou progressos ainda maioresno apronto, e surge como azartentador do páreo.

Pinante — por Panther eFaxinha, está aos cuidados dotreinador Luis Tripodi que es-pera uma grande exibição des-ta sua pupila. O páreo não ó

Vale lembrar

I música e informação ]

..« Páreo — As 22h — 1500metros — Cr$ 300 000,00:

Kg

1—1 Falr Lancllord 542 Leonardo 56

2—3 Don Sérgio 54Marco Túlio 53Tenace 56

3—6 Roseclalr 54Papa Dagò • 58Furor * 52

4—9 Don Artigas 3 5410 Rat>to 2 54ill Meu Colega » 58

5.° Páreo — As 22h35m — 1 200metros — Cl? 400 000,00 (Bettinj):

Kg

3—t Zé Valente 56Batton 12 54Ginestoso 56

2—4 Batmaln 56TaJ-El-Amtr 3 5fiMatarlpe -6 56

3—7 Índio Jart 3 5«S Orei 1 54

Otasco 10 544-10 Condestável 11 5C

11 Dlábolo 5 5612 Vovô Maciel * 4 52

6.° P4reo — As 231»10m — 1 300metros — CrS 600 000,00 (Betting)— (Prova Especial):

Kg

1—1 Tônico 532 Confúcto .* 53

2—3 Hud .on .<¦ 55Sabo. 61Hedon 57

3—6 Decll 50Good Fellow » 53

C Retlllneo 1 534—9 Sno wman 4 53

10 Slnoco 5 53" Peonia Rubla 2 59

7.» Páreo — As 23hl5m — 1 500metros — CrS 300 000,00 (Betting):

Kg

1—<l Anavlon • 56Funny King 5 54

2—3 Guango 4 58¦í Mahomé 5S5 K!n_'s Row 52

3—6 Bellamour 587 Boa Vida 56

Dragão Branco ...... 564—9 Brutus 55

10 Beaujolala . 5811 Blueleans • 54

bocanadoi guichê

ARDENZA — surge comoforça destacada do páreo ini-ciai do programa, e dificilmen-te será derrotada. Basta lar-gai* junto.

PRETEND — reaparece comtrabalhos regulares. e tem me-lhor classe que suas adversa-rias. Anda firme novamente.

NEVALY — entrando cmforma aos poucos, c quandoatropela, passa de viagem pelassuas adversárias. Aprontouagora bem melhor.

TOGA — na pista de areiaseca sua chance aumenta mui-to, pois sofre rebate na areiapesada.

HEDRINHA — égua bastan-te irregular que as vezes apa-rece tinindo e não dá coníi-anca às rivais. Seu aspecto ébom, atualmente.

QUALOPA — aqui basta terum percurso favorável parachegar brigando no final. Sua{forma é boa.

TIMONEIRO — cavalo deboa categoria e com amplaspossibilidades, porque foi pre-judicado na última.

BABÃO — caiu bastante deturma, e tem 105" para os 1600metros sempre fácil, pelo cen-tro da pista, levado na cer-ta, agora.

IVICEMA — pelo peso plumaque vai deslocar, convém náodescuidar com ela no final. Ogaroto está animado.

TROVÃO — a distância pa-rece ser um pouco longa paraêle, mas não sendo perseguidona primeira parte, pode endu-recer no final.

CORINTO — difícil perderna, tarde de hoje, pois, atra-vessa um estado de treino ex-celente. Leva. uma boa ajudade Candomblé.

Nossospalpitespara lio jeArdcnza — Cons-

tantza — EscolhaTalisciu — Pretend

— Sweetness

Qualopa — Toga —

Lady HubertScoubidou — Bre-

vet — Don Tho-maz

Babáo — Timonei-ro — Provénçal

Quèlinè — RiricónBriijo — Trovão

Tony — Corinto —

Sucre D'OrgePocahontas — Cia-

rence — OguellaBrenha — Lady

Piava — Falamota

forte, estando bem preparadapara esta distância curta, poisfloreou os 1 000 metros em 67",justos, sobrando visivelmenteno percurso.

Oguella — está na Gávea hávários meses, e somente agoratem trabalho para estrear comalguma possibilidade de suces-so. i; uma descendente de Oge Carfu, treinada por NelsonGomes, com 68". algo apura-da, no quilômetro.

Bel-Th. is — é uma filha dcRoyal Game e Gardênia, enestes 1000 metros deve con-seguir uma boa colocação. OI-demar Lopes anda confiante emboa atuação, e tem 66", fácil,sem apurar no quilômetro. Empista normal, sua chance au-menta bastante. Uma das fór-ças da competição.

Armadilha — estreando naspistas, filha de Panther e Alu-siva. vem trabalhando no es-curo há muito tempo, e mes-mo assim náo deve pretendernada de útil, pois a carreirasaiu bastante forte para suasforças. Aprontou bem devagaros 600 metros de 39". cravados,sem animar os observadores.

Binóculo

mltando-sc a um galope largona reta.

Qualopa está bonita e üeveser respeitada como séria inl-mlga na turma e distância,Lady Hubert, fracassou na gra-ma, mas novamente na areia,tem muitas pretensões ã vi-tória. Depois, Hedrinha. queestá sempre no marcador.BABÃO

Babão volta às pistas, nasmãos de José Portilho, e oprofissional mineiro leva mui-ta fé numa grande atuação.Provénçal é autêntico retrós-pecto da competição, crederi-ciado por sucessivas atuaçõesde destaque.

• Timoneiro, depois, que foimulto prejudicado em sua úl-tlma apresentação e tem. mes-mo, um excelente exercício.QUELINE

Queline pelo que apresentouna apresentação passada, deve

ser encarado como um do.hiais fortes candidatos do 6."páreo do programa, em 1400metros. Le Gallón nfio che-gou a dar boa impressão fren-te a Jadil e Trovão, mas me-lhorou bastante. Rincón Bru-Jo ficou perdido na lama quan-do perdeu para El Emir, otem tudo para, chegar embola-do com os adversários na re-ta. Ponta de Queline, duplacom Rincón Brujo, respeitan-do os demais.TONY

Tony está em grande forma,tendo formado a dobradinha,com o companheiro Hlt Pa-rade na última- Nâo íoi cxl-gido apronto, limitando-se aum galope nos 800 metros. Co-rinto perdeu para Pandanus,quando reaparecia e só me-lhoros apresentou no seu trei-namento. Combativo parece terestranhado a luz artificial anão deve ser abandonado. Ain-

da. com chance Sucre DOrgee Lord Pingüim.

POCAHONTAS

No 8.» páreo da reunião dohoje, Pocahontas deve preva-lecer porque faltou algumacol-sa na última, quando era ar-tlgo de muita fé. é a forçainconteste da competição. Cia-rence descontava bastante, nofinal do páreo na semana pas- 'sada. e pode endurecer emcorrida normal. Há muita fé,em Jiçara e Santa Marguerlta - 'e Oguella, são, anida, perfWWgosas. <¦¦*¦BRENHA

Brenha no parco que encer- /ra o programa, está bem pre-parada e pode ganhar semsurpresa. Lady Piava estávmuito falada nos bastidores etanto Bagatela como Faln.mo-ta, tém, ainda, possibilidadesde sucesso. ,^8

"'K.Ü_.

MONTARIAS OFICIAIS, TREINADORES:E ÚLTIMAS PERFORMANCES PÁRA HOJE:

.;<¦ TÀREO — lí00 METROS — CRS 600 000,00 — AS 13H 30M — RECORDE: — OKAYAMA — 71" ,

Jó<iuels Kg. Última Performance

3—1 Ardcnza2 OJola

2—3 líaure4 Dolly

3—5 ConstanuaJazida,Odiosa

4—8 Escolha9 Eslovénlü,

10 Oplnda

A BarrosoI. NogueiraA. CaminhoJ. CorreiaJ. Machado0. CardosoS. Cruz;J. SilvaA. Ricardo1. Sousa

5656se58565656565656

P. LavarO. CoutinhoZ. GuedesM. Gl!V. Cosia

V. AlvesF. AbreuP. MorgadoO. M, FernandG. JL.. Ferreira

3.° Ethcl-La Françalse3.° Luctnéa-Raure ¦2." Luclnéa-Ojòla

U.° Ethel-La Françaiscâ.° Empenada-Urtézia4.° Luclnéa-Raure

U.o Kllroy-ArdenzaEstreante

5.o liiiclnéa. Raurc12." Eldotó.ia-La Françalse

Distancia 1'ista Tempo

1 3001 2001 2001 3001 2001 2001 200

12001 300

APALALAPAPALAP

-ALAU

| 3G"./

36".,'.7"!/77"95"

34'*

2." PAREO — 1400 METROS — CRS 500 000,00 — AS 141. 30M — RECORDE: — URE — 84"4/5

iitjS

3

¦1 Pretend" Dicaba

¦ Swcetnos-s" Tallsca

¦3 Samira•i o. milt5 Nabua

4—6 Ncvaly7 Dores*3 B. Real

I| J. Portilho

M. SilvaI C. Sousa

| .1. Bafica

| U. Cunhai A. Ham os| N. Lima

J. Corr melaj A. Machado1 C. Morgado

575757

53575759

P. MorgadoIdemF. AbreuTdemJi AtianeslG. L. FerreiraC. ¦ RibeiroN. P. GomesJ. L. PedrosaG. Morgado

2.n Deganha.P. Harbór6.o Decnnl-P. Harbor28.° Dharma-Quialí.4.° Jadll-Trovao

ll.o p. Rúbla-Banza7." Decant-P. Hárbòr3.o Decretal-Quluada5.° Decant-P. Harbor4.o Decant-P. Harbor6.o Jadtl-Trov. o

1 6001 5001 4001 2001 4001 5001 5001 5001 ÕOO1 200

GLAUAPALAUAUGMAUAUAL

95"!96"_!"174"3/.3."95"94"1 '96"90"74' 3/1

3." PÃREO 1500 METROS CR? 400 000,00 AS 14H 50M RECORDE: TIRAFOGO — 91"4/.

'1—1 Toga. j J. Portilho 1 56 M. Sousa. 3.° Clunch-Sotcia 1 400 GM 35"l/5

2 Marllina I. Nogueira 56 o. Coutinho . 5.° Ciuuch-Sotéia ¦ -. j 400 GN[ 35"i/5

2—3 Hedrinha F. Maia 56 A. V. Neves 4.° Criaállda-L. Hubert 1600 AU 105"Ofensa H. Vasconcelos 56 S. d*Amorc ¦ Estreante .

La Verité A. Costa 56 A. Correia 9.° Clnch-Sotéia 1 400 GM 85"l/53—6 Qualopa A. Ricardo 56 P.Morgàdo 3.° Clunch-Sotéla 1400 GM 85"l/5

7 L. Hubert 1 | J. Bafica 56 F. Abreu 7.° Glunch-Sotéia 1400 GM 35"l/5" Pinta Pura S. Silva 56 Tdem U.° H. Parade-Tons* 1600 NU 103"l/5

4—8 Chuva J. Sousa 56 L. Ferreira I 6.° Pandanus-Cortnto 1200 AP 75"9 B. Gardênia F. Filho 56 V. Alves [ 7.° L. Quica-Toga 1400 AP 92"l/5

10 Sprlnglight G. Sancho 56 C. Pereira | 4.° Jatal-Araeena 1500 AU 97"

l•l.° PAREO — 1 600 M ETROS — CRS 300 000,00 ÀS 13H _0M — RECORDE: PARINELL1 — 97"_/5

— Poi resolvida na manhãde ontem a situação de Pláci-do Campos, que. por intermé-dio da Associação de classe,mandou um memorando ao Di-retor do Hipódromo, prontifi-cando a afastar-se do studenquanto perdurar a suspensãoque lhe foi imposta pela Comis-são de Corridas. Plácido indl-cou Valdir Meireles para seusubstituto, que teve relevada apenalidade de trinta dias, quelhe fora imposta por não aten-der ordens da Superintendei!-cia. A solução agradou a gre-gos e troianos.

— A contraprova do ca-valo Hartim. vencedor do 3 °porco da reunião do dia 20,acusou a presença dc cafeína,devendo o treinador Renato dcOliveira ser suspenso por seismeses.

— Segundo se comentavanas matinais, Renato estavaaguardando uma oportunidadepara ganhar alguns milhões hámuito tempo. Seu lucro foiaproximadamente de Cr$ 5 mt-Ihões.

— Ernani de Freitas depoisdo excelente apronto da potran-ca Enid, dizia, confiante, que oclássico de amanhã irá apon-tar realmente qual é a lider dayeracão: se Edição, Enid ouÉgide.

A carreira está bonita e sãotrês as competidoras com chan-ce, expZico_ o veterano treina-dor.

— José Correia, jóquei deHartim, que nada sabia sobreo doping do animal, lamentavater feito tanto esforço para nãoganhar nem a comissão do pá-reo. Ao tomar conhecimentoque Renato de Oliveira estavade casamento marcado para ho-je. disse que compareceria pa-ra cobrar a percentagem, quan-do o Juiz perguntasse se alguémse opunha ao casório.

. — Vdiíer Aliano ainda está.indeciso sóbre o jerreçteameiUode Protocolo 7io programa deamanhã.

Ê um detalhe de suma im-portància, explicou. — Se Pro-tocolo fosse filho dc Elpenor,eu já teria resposta para o pro-blema. Mas, sendo um Projun-do, vou dormir e resolver no diada corrida.

7 — O Presidente do Vasco,Manuel Joaquim Lopes, adqui-riu o cavalo Que Dilemma, en-tregando-o ao treinador do seustud, Paulo Morgado.

3 — Gladston Santos home-nageou a imprensa especializa-da. num restaurante da Cidade,ontem, em reconhecimento aoapoio que tem recebido na cons-Iruvão do Jóquei Clube Ipiran-gu, cm Magé.

9 — O cavalo Gromar. con-duzido por Dendico Garcia,venceu o Grande Prêmio Cam-po Grande, em Mato Grosso,disputado na distância de 2 000metros, com dotação de CrS 1milhão. O segundo lugar per-tenceu a Urbain, J. Pereira, ePug, com João Carlindo, pa-gou o terceiro placé.

I i

-1—1 Scoubidou F-. Estêves 08 V. Aliano 4.0 Barquinho-L. Pingüim 2 100 NL ( 137"4/5

I. Whisky C. Sousa 56 C. Gomes ll.o Arguapo-Abril 1 500 AM 96l"l/âNavarono II. Sousa 54 E. M. Oliveira 9o Ostrlch-Brevet 1400 AP' 92"

3—4 Brevet | J. Correia 56 J. L. Pedrosa 3.° Pltlllnco-Provençal 1600 NP 103"2*'5N. Dourado J. Lima 58 H. Cunha 1.° Arguapo-M. Verde 1 500 AP 99"2/5

'

Montecatlnl A. P. 56 J. U. Freire 11° Arguapo-M. Verde 1500 AP 99"2.,'53—7 Mar Verde A. Barroso 56 A. Araújo | 2.0 Argimpo-Colo-Colo 1500 AP 99"2/ô

3 Galmrdo | N. Lima 58 "E. P. Coutinho | 7.° Aconcaguú-Roseclair 2 200 AU 147" ¦-¦¦ ¦*3T. Valcntim | A. C. I 52 B. Carvalho | 4.° Pa.vgo-GhaIlangc 1300 AL 83"2/5*-.*-.

¦1-10 D. Thomaz I J. Oraça | 52 O. Rosa | 3.° Rover-Provençal 1300 AU 82" j/^j11 Quottdlcn U. Cunha I 54 J. Morgado | 4.» Rover-Provençal | 1300 AU 82"

"T*.,,

12 Acaso J. Ramos 58 I. Pinheiro | 5.o Idomenée-Quantum 1 200 NL 3:i"

_j ;':.5.» PAREO — 1600 METROS — CRS 300 000.00 — ÃS 1511 SOM — RECORDE: FARINELLT 97.2/5

II | ..,

11—1 Provénçal 15 | A. Ricr.rdo I 58 A. Correia 2.° Rover-D. Thomaz 1 300 AU | 82"

2 Colo-Coio I " | _,. Santos 54 J. Floto 7.° Caiman-Pingolinho 1400 I AM | 39"2—3 Timoneiro | 4 | O. Cardoso | 54 J. C. Silva 4.» Arguapo-M. Verde 1500 AP I 99"2/5 >¦

4 Mogun l | M. Andrade i 54 Al. Rosa 7.° Rover-Provençal 1 300 AU 82"3—5 Abril •* | J. Sousa 5" J. L. Pedrosa 5.» Calmau-Pingollnho 1400 AM 98"

Ivlcema • L. Carlos 50 F. Abreu 7.° Baoelo-Blanchette 1300 NL Sl"3/.Adereço * | N. Lima 54 V. G. Oliveira 11.° Rover-Provençal 1300 AU 32"

•1—8 Babão | * | J. Portilho 54 M. Sousa 5.° El Esteroide-H. N'eggs 2 200 AU 141"3/59 Ostrich | 3 | I. Nogueira 56 H. Sousa 4.° Retlllneo-Provençal 1600 NP I 103"2/5

10 Palospavos I 3 I A. C. 54 B. Carvalho õ.o Pargo-Challenge 1300 AL I 83"2/5

L_J L_J I ¦ 6.° PAREO — 1 .00 METROS — CRS 500 000,00 — AS 16H 25M — RECORDE: — URGE — 84"./5

1—1 Le Galion O. Cardoso 57 V. Alves 3.° Jadil-Trov. 1 200 AL 74"3/5 -!2 Despacho P. Alves 57 Z. Guedes 6.° Estibordo-Zê Galion 1 500 AU 94"l/5

2—3 R. Brujo P. Silva 57 J. L. Pedrosa 3.° El Emir-Quellne 1600 AP 102"l/5 '•

4'Dag • *| P. Lima 57 A. Araújo 5.° Maritlmo-Preílx 1600 AP 101"3.õ"Seu Caetano I A. B. 57 Idem 1.° Alcio-Souámbulo 1300 AM 82"3/5

3—5 Queline | A. Portilho 57 R. Silva 2° El Emtr-R. Brujo 1600 AP Í02"l/5Etüreux | D. Moreno 57 J. Burioni 9.° Sinoco-El Piconero 1600 AP 105"l/5

B. Face | U. Cunha. 57 O. B. Lopes ...° Estlbordo-Le Galion 1600 AU 94"l/.5 . _4—8 Trov. J. Portilho 57 P. Morgado 2.° Jadll-LeGallon 1600 AL

74"3.S --

9 Escudol I J. Fagundes | 57 | R. Carraplto 5.° El Piconero-Jadll 1500 AM 95" .-..-,." Monteleone D. Silva I 57 I Idem 9.° El Piconéro-Jadll . . 1500 AM 95"

L_J .- .:•7.» PAREO — 1500 METROS — CRS 400 000,00 — ÀS 17H — RECORDE: — TIRAFOGO ,.1"4.5 (BETTING)

1—1 Tony A. Barroso 56 A. P. Silva 2.0 H. Parade-Palquerè 1600 NU 103"2/õ ¦' '"*.

L. Pingüim O. Cardoso 56 V. Aliano 3.o El Gustavo-Torneio 2100 NU | 133" '.y^.

Combativo J. Correia 58 M. Almeida 5.° H. Parade-Tony 1600 NU | 103"2/õ ...,.,.H. Gully J. T. 56 J. E. Souaa j Estreante I

3—5 Corinto M. Silva 56 E. Freitas . 2.° Pandanus-Miraqueta 1200 AP | 75" ,.--:H'* Candomblé 1. Sousa 58 Idem 7.o Piamado-Curaçau 1400 GM | 85"4/3. ' :'*?

El Tango L. Lins 56 A. V. Naves 4.° Chantllly-H. Parade 1500 AP 100" __^SPaçoca S. Silva 56 A. Araújo 5.° Chantllly-H. Parade 1500 AP 100"

'^'**g

3—8 S. d*Or_-c S. Portilho 58 N. P. Gomes 3.° Sabot-Cadmo 1400 AU 38" J5,j}%9 El Cacique A. Portilho I 56 R. Carraaito 3.° Chantllly-H. Parade 1500 AP 100" ^«S

10 Palquerê C. Sousa 58 G. Feiji 7.° Pandanus-Cortnto 1200 AP 75" «j§§jg"lago P. Alves I 56 Idem f,°S. Parade-Tony 1600 NU 103"2/*pj^.^

4-il Curaça.u . L. Santos | 5b J. Pioto 2.° Gramado-Pandanus 1400 GM 85"4/S;.-._,}-„•12 Torneio A. Machado I 58 P. Mo.vga.do 3.o Hudson-Nihul! 1 400 AU 88" ¦¦¦¦-*•*!#

13 Cardticct J. Bafica ' 56 C. Gomes 9.° Gramado-Cüràçàu 1400 GM 85"4/5 í"*:-'!14 Satchmo A. Ricardo j 56 J. Morgado l.o Vallaurls-Paarantsta 1 500 | AU | 95"?/5*Sjíf15 G. Negro P. Lima | 58 E. M. Oliveira 8.° Pandanus-Cortnto | 1 200 : AP | 75" "•«-'«'l'

|*l -..;. ¦ $8.o PAREO — 10011 METROS — CR§ 500 000,00 — AS 1711 35M — RECORDE: BLAMELESS 60"3/5 (BETTING)

1—1 PocanhontasDerllndaAzurraPlnanto

2—5 ClarenccT. LllaAngolcsaCamélla

3—9 Ventlmiglta" Oguella

10 Jiçara11 Bel-Ttmts

4-12 S. Marguerlta13 M. CunhS.14 Armadilha

" Mlrva

J. SousaJ. Santos .N. Limalt. Santos0. CardosoJ. PaulieloN. CorreG. Sancho1. OliveiraJ. PortilhoD. NetoF. Menesesu. c.A. CunhaM. OliveiraJ. Graça

58585858585859585858•585853585')59

L. FerreiraC. TourtnhoJ. BurioniL. TrtpodlV. AlianoD. CassasE. CardosoA. V. NevesN. P. GomesIdemG. L. FerreiraO. B . LopesA. AraújoJ. V. VianaO. RosaIdem

4.o I. Bonoca-QuebradaEstreante

U.o Demora-QuebradaEstreante

3.° 1. Boncca-QuebradaU.o Tallsca-Toyakava7.o Harmòn-L. Corrutra7.° Harmòn-Moutardc5.o I; Boneca-Quebrada

Estreante6.° Tulsa-I. Boneca

Estreante7.° Dlcabá-TrevlzíinaTJ.° I. Boneca-Quebrada

EstreanteG.° Jatal-Ana Bata

1 200

1200

14001 20014001 2001 3001 200

14001 5001 200

1 200

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76"l/5

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...» PAREO — 1000 METROS — CRS 300 000,00 — AS 1SH JOiM — RFXORDE: BLAMELESS 60"3/5 (BETTING)

1—1 Fahfmota I M. Andrade 58 R. Costa | n.o Tic Mlna-Judy" F. Linda ' O. Moura 56 j O. J. M. Diai ; 14.o Tia Mlna-Judy

2—2 Bagatela f J. Ramos 5+ idem l 5" Blandle-Tla MinaBelacap . 2 L. Carvalho 58 I. Pinheiro | 10.o Tia Mlna-JudyBtjuja • I. Oliveira 56 J. O. Lourenço i U.° Blanchette-Solrée

3—5 L. Piava * D. P. Silva 53 | V. Peders=_i | 4.° Tta Mlna-JudyFelicia 7 N. Lima 52 J. Araújo | 2.o Belaoàp-Girout

Roseleo 3 E. Oliveira 54 | L. Benitez | 10.° Tia Mlna-Judy4—S Brenha l G. Sancho 5-5 M. Mendonça 8.» Praça Falamota

9 Babuxa 2 J. Graça 53 | M. Almeida | 14.° Corot-Badi" Orangine 4 M_ Ntclev. 54 I R. Silva > 7.° Blanchette-Soiree

LÜ

1 3001 3001 0001 3001 3001 3001 600

1 3001 2001 0001 300

AUAUAPAU

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84"4/584"6534"

'4/5"2/5"4/5

85"1,537"4,.65"2.584"2/57S"1.564"a."4/5

Jornal do Brasil, Sábado, 29-8-6-1, 1.° Cad. — 15

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Olimpíadasde ontem

- e de hoje

Wilma esqueceu na vitória deRoma a sua infância de doença

CHEGOU CEDO

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0 Stormvogal, fila-aznl da Buenos Aires—Rio de 62, chegou ao Rio e ficará até o fim do ano, quando seguirá para a Argentinaa jim de participar novamente âa prova"Stormvogel" chegou e

fica até janeiro paraincentivar programa correr B. Aires-Rio

Flotilha de lanchasdo Iate vai a Santos

Para incentivar o intercâmbio de programas epossíveis futuras competições ao longo do nosso li-torál; seguirá para Santos no dia 3 de setembro umal lotilha de lanchas do Iate Clube do Rio de Janeiro.

Várias embarcações já se inscreveram para atravessia do percurso de 200 milhas, estando o di-retor do setor de lanchas do Iate Clube, o esportista

. .s-Jean Barbará, trabalhando ativamente no sentidotle levar o maior número possível delas até aqueleporto.FINALIDADE

Falando ao JORNAL DOBRASIL sobre o cruzeiro queo Iate Clube está progranmn-do, disse Jean Barbará que o.liioral compreendido entre osdois portos, com ilhas, baias eenseadas, é um eterno conviteã prática do cruzeiro de lan-ciias e que desta forma esta-vs., juntamente com compa-nheiros de diretoria e de es-porte, trabalhando bastante,.iunlo aos proprietários de em-bi-c-ações de porte do Iate Clu-be, no sentido de consegui!- uiribom número de participante!.¦ neste primeiro cruzeiro.

O programa, segundo revelouBarbara; inclui escalas am An-Cia dos Reis. Ubatuba . Unab.Ih. tendo o Iate Cluae duSantos, por seu lado. prepara-do umprograma de recepçãoaos participantes. Nesta <v;i_-siâo serão tratados assuntos c. tadigam respeito às atividadesnáuticas das flotilhas de lan-chaii dos dois clubes e aincia ,iefetivarão ou não de um outracruzeiro, este por ocasião daRegata Santos—Rio, em no-vembro próximo.

VOLTA ÀLUTA

Terminou Jean Barbará c;i-zt-ndo que as inscrições estiíoabertas até amanhã e que ,"áestão relacionadas, entre ou-iras, as lanchas Zazá, de Ber-bert Richers, Bossa Nova, deWilliam Kohout. Doria, dePaulo Geyer, Pinóia, de DavidTerestela, r; a Caliy, dc suapropriedade.

Olimpíadamilitarterminou

Encerrou-se ontem a primei-rá olimpíada do primeiro Gru-po dc Canhões AutomáticosAntiaéreos, unidade sediada imGunrnição cie São Cristóvão.Na classificação final sagrou-.se campeã a, Primeira Bateriade Canhões, totalizando 11 pon-tos, em segundo lugar ficou aBateria de Comando e Servi-ços, com 9 pontos, e. em ter-ceiro lugar, a Segunda Bateriaetc Canhões, com 7 pontos.

Somente em janeiro deixará o cais do Iate Clu-ba do Rio de Janeiro o iate sul-africano Slormvogel,vencedor do tempo real (íita azul) da Regata Bue-nos Aires—Rio de 1962 e que há dois dias chegouà Guanabara.

O barco, que naquela prova bateu o recorde detravessia, tomará parte na próxima. Buenos Aires—•Rio. marcada para fevereiro de 1965, e será um dosseus principais concorrentes.

O barco veio sem problemas,tripulado por sete homens, fi-cando no Rio durante os pró-ximos meses apenas seu pro-prietário, C. Bruynzeel e o Co-mandante John Milles.

DESCANSO

Levado por seu proprietário.C. Bruynzeel, a quase todas a_principais regatas oceânicas domundo o Storinvogel, após terconquistado a íita azul da úl-tima Newport—Bermudas. teráagora um descanso de cerca deseis meses no ancoradouro doJate Clube do Rio de Janeiroantes de seguir para BuenosAires e entrar na Buenos Aí-res—Rio de 19G5.

O iate, logo após a regatacias Bermudas, foi para Bar-bacios, levando na viagem aiáo Rio. com escala cm Salva-dor, 30 dias, sendo 25 na pri-mélra etapa e o restante nasegunda.

a antecedência com ciue veiopara o Rio e a próxima viagempara Buenos Aires devem-se aofato de o Storinvogel ser umbarco grande e de difícil aco-mòclação cm navios, tendo,deita forma, que se dirigir aoslocais das competições em queentra por seus próprios recur-sos. Além disso, encontrando-se nas Bermudas, teria de cor-rer o risco de ser colhido pelaestação das furacões caso dei-xasse para mais tarde o Inícioda viagem à América do Sul.

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cie David Eltrich —LEF-ieaprc..Kx.liisi.o para • .TB

Para o' público em geral, o .imple. fato de umatleta tomar parte nos Jogos Olímpicos significa ograu máximo de condição física que um homem podealcançar. Quando, porém, essa participação nasOlimpíadas se traduz em vitória, a admiração pelapreparação do atleta aumenta bastante. Um cam-peão olímpico passa a ser quase um super-homem:seus músculos são elásticos e insuperáveis, sua saú-de, inabalável.

Assim, ninguém poderia imaginar que uma me-nina paralítica, presa por vários anos à cama, pu-desse conquistar uma medalha olímpica. E a norte-americana Wilma Rudolph, depois de uma infânciaíntima com muletas, sapatos ortopédicos e bengalas,superou a moléstia — ajudada pela dedicação damãe e dos irmãos — tornando-se, em Roma, em 1960,a primeira atleta dos Estados Unidos a ganhar trê>medalhas dc ouro numa Olimpíada.

SNIPES EM REGATA

Com Feitiço III, de AugustoBarroso, e Piolho II, de Gas-tão Brum, praticamente empa-tados na liderança do Campeo-nato de Pontos Compensados,a Classe Snipe levará nova-mente às águas fronteiras àEscola Naval os barcos da Pio-lilha 159, devendo a competi-çáo do amanhã contar com cêr-ca dc 15 a 20 barcos no per-curso olímpico.

As duas primeiras regatas du,série òaraçterizarain-se peloequilíbrio dc forças entre, pelomenos, os seis primeiros colo-pados, aparecendo ainda bem,além das dois citados, os limo-neiròs Steve Travi.s. ArnaldoLopes, Walkles Osório, HélioRocha e Pedro Avelino, entreoutros.

A regata lem seu início pro-gramado para as 14 horas como controle técnico de JorgeEduardo White, Jasé Braile eGustavo Carvalho.

DOENTE DESDE CEDO

Quando em 19.1 a pequenaWilma nasceu, seu pai, um hu-milete carregador aposentado,não sc importou com o seupouco ipêso. Afinal, ela era adécima sétima filha dos Ru-dolpli e seus irmãos e irmãs ti-nham todos uma boa saúde.Portanto, não havia motivopara preocupações. Entretanto,essa esperança de seu velho painão se concretizou, e Wilma,sempre adoentada, aos quatroanos de idade, contraiu pneu-rnonia dupla e escarlatina.

Durante várias semanas elaesteve à morte e seus pais qua-se chegaram a desesperança-rem-se. Depois, quando a faseaguda da doença passou, a po-llomieltt. a atacou, deixando-lhe a perna esquerda paralisa-da. Os médicos que a exami-naram deram algumas espéran-cas de recuperação a seus pais.— Talvez, com alguns anos docontinuas massagens, ela possaandar novamente — disserameles.

RECUPERAÇÃO LENTA

Durante o.s dois anos seguiu-tes. a Senhora Rudolph levou amenina Wilma. uma ven porsemana — no dia de folga deseu trabalho —. até a Clinicade Naáhville,' que ficava a miüs(te 140' quilômetros do lugaronde moravam. Nos outros diasda semana, com paciência edeierminação. a Senhora Ru-dolph massagèaya a perna pa-ralítica da filha e as pequenasmelhoras constatadas pelos mé-dicos nessa ocasião animaram-na mais ainda, levando-a a en-sinar aos três filhos mais ve-lhos a maneira de aplicar mas-sagens na irmã, a fim de alter-nnrem-se nessa tarefa.

Finalmente, após quatro anosde esforços de toda a familia,Wilma pôde andar auxiliada.por muletas. Aos poucos, nãosem uma grande dose de sofri-mento da garota, as muletasíoram substituídas por pesadossapatos ortopédicos e uma ben-gala. Tudo isso Wilma supor-tava com conformismo, allmen-tancio sempre o desejo de re-cuperar-so cada vez mais. Comesse objetivo — ainda calçandoos sapatos ortopédicos — ela seinscreveu num pequeno clubecia -_clonde_a para praticar o'basquete.

Uma tarde, quando a senho-

ra. Rupolph voltava do tra-balho. Wilma foi surpreendidajogando descalça. Era a re-cuperação que se acelerava cpor isso. animada com tantosêxitos, Wilma passou a dedi-oar-se a corridas, na Univer-.idade do Tennessee. ganhai.-do seguidamente nas distàn-cias de 45, 70 e 95 metros. Wil-ma Rudolph contava nessaépoca 13 anos.

Algum tempo mais tarde, EdTemple, treinador de atletls-mo da Universidade Estaduale, também, olheiro e observa-dor dos novos valores, viu amoça Wilma correr e ficou in-teressado em suas boas ca-racterístlcas atléticas, convi-dando-a a tomar parte naequipe do Estado. Entretanto,em 1958, Wilma não teve umano livre de doenças e, no anoseguinte, numa competiçltocontra a União Soviética, dis-tendeu um músculo da coxa,o que a afastou das corridaspor algum tempo.

VITÓRIA EM ROMA

Logo no Inicio dc 1960, Wil-tn_ operou as àriiigdalàs que,segundo o médico, estavam di-miuuindo-lhe as forças porcausa da infecção, Três se-manas depois Wilma voltou6s pistas e bateu o recordemundial dos 200 metros ra-sos. conseguindo um tempo detrês décimos de segundo me-nos que o anterior, categon-eando-a para as Olimpíadasdc Roma.

Em Roma. Wilma ganhoutrês medalhas de ouro: a pri-meira, nos 10O metros rasos,quando ela obteve o tempo de11 segundos cravados e, segun-do os observadores, não fosseo forte vento contrário, ela te-ria batido o recorde da dis-tància; a segunda, nos 200metros rasos, quando conse-guiu o tempo de 24 segundos efinalmente a terceira, no re-vezamento, depois de final dl-ílcilimo contra a alemã JuttaHeime.

Wilma Rudolph, a pequenagarota do Tennessee, hoje com1,80 m de altura, tornou-se aprimeira mulher americana aconquistar três medalhas deouro numa pista olímpica, em-bora ainda usando, no torno-zelo esquerdo, uma bándàgemelástica, única lembrança deseus sombrios e iristonhos diasde paralítica.

¦Na grande área

Mecone luta hoje comRamón Silva e Oripesvai reaparecer amanhã

O italiano Mecone Gianfranco e o argentinoRamón Silva farão a principal luta do programa deboxe que será realizado esta noite no auditório daTV Excelsior, substituindo a luta entre o brasileiroFelipe Cambeiro e o argentino Alberto Rotondo, lutaesta que foi adiada porque Rotondo sofreu uma con-tusão, anteontem, quando treinava.

O campeão brasileiro dos penas, Oripes dos San-tos, que até pouco tempo atrás era também q cam-peão sul-americano de sua categoria, vai reapare-cer amanhã à noite, no auditório da TV Rio, numaluta contra o argentino Eduardo López.

Mecó/íi .„,-. „.w.,f/„ /,...,.. ,am linares. leve bbm desempenha e chegou a mamlú-lo à lona. reaparece, hoje, enfrentando RamónI

Silva

PROGRAMA DE HOJE

È este o programa das lutasde hoje no auditório da TVExcelsior, a partir das 22 ho-ras:

t.1 — Gaios — Vicente dusSantos (carioca' _ Odilon daMorais (fluminense), em trêsrounds. "

2.» — Penas — ArquimedesDias (carioca) x Eliezer dosSantos (paulista) ém quatrorounds.

3.a — Penas — AmílcarSoares (carioca) x RicardoSanchez (paulista), em cincorounds.

4.* — Meio-médios — Me-cone Gianfranco (italiano) sRamón Silva (argentino), emoito rounds.

BARRETO NA ARGENTINA

Fernando Barreto vai lutarem Buenos Aires, no próxi-mo dia 5. sábado, contra oargentino Jorge Fernández,mas não colocará em disputarratt título de campeão sul-americano dos médios. A lutaserá. em 10 roumís, cabendo aJorge Ferriándè-, em caso dovitória, pleitcíii- então direito

a nova luta, desta vez valendoo titulo.

As probabilidades do argen-tino são boa,.: Ja chegou ttdisputar o titulo mundial dosmédios e conseguiu vitóriassobre Cecil S hor te e TedWright. lutadores esses que jáderrotaram Fernando Barreto.Barreto viajou anteontem paraBuenos Aires e disse saber quevai disputar uma das lulasmais difíceis de sua carreira.

Decisãoterá preçosrecordes

Buenos Aires (UPI-JB) — Ojogo Indepcndlente x Interna--ionale. primeiro pela decisãomundial de clubes, dia 9 ciesetembro, terá preços recordespara a Argentina em todos ostempos, com uma geral a 000pesos (cerca de Cr$ 6 400) euma arquibancada a 3 600 pe-..os (cerca de Cr$ 38-100».

Armando Nogueira

Aqui, baixinho, que não nos ouçam osvascaínos: o Flamengo não jogou nada bem,não teve ninguém brilhante além de Cai:-linhos e Carlos Alberto, mas, só porque teveorganização, mereceu ganhar o clássico deanteontem, contra o Vasco da Gama. O Fia-mengo era, em campo, o time organizado; oVasco, em todos os momentos, não passou deum time medíocre no qual não se sabe o quedeplorar com maior veemência, se a incapaci-dade técnica de todos os seus zagueiros ou afalta de imaginação dos atacantes, com ex-ceçãò, em alguns lances, do goleador Célio.

CATIMBA EM AVELLANEDA

O Inter, de Milão, está em pânico com oque Helenio Herrera qualifica de ":um climahostil em Buenos Aires para o jogo de novedé setembro contra o Independiente". Diária-mente, chegam a Buenos Aires telegramas âetorcedores do Inter endereçados à colônia ita-liana da Argentina, pedindo uma presençaem massa no primeiro jogo de decisão do ií-tulo mundial de clubes.

Prevenindo-se contra a multidão de ita-lianos de Buenos Aires que poderá ir ao jogo,a direção do Independiente decidiu que sóporá à venda os ingressos popxãares depoisque estiverem devidamente atendidos os 50mil sócios do clube, o que, naturalmente, li-mitará a termos mínimos a torcida italianado Inter no Estááio ãe Avellaneda.

A isso, nas rodas de futebol, meus a?nt-gos, chama-se catimba.

ABEL, UM EX-BOTAFOGUENSE

Já me tinham dito que Abel, do América,andara pelo Botafogo. Achei que a históriapoderia ser conversa fiada de torcedor, poisa coisa mais comum é ouvir contar casos degrandes jogadores que, antes da consagração,teriam sido rejeitados por vários clubes. Da-nilo foi barrado no Fluminense, Garrinchapassou pelo Vasco ém vão, Pele foi oferecidoao Flamengo (essa quem conta é o técnicoJaime de Almeida, então treinador do Fia-mengo), Nílton Santos voltou da porta doFluminense, afrontado pelos metais reluzen-tes da borboleta de entrada da sede etc, etc.

Hoje, porém, posso garantir que não mementiu quem me disse que Abel andou peloBotafogo: anteontem, vi, nas mãos de NenenPrancha, uma fotografia do time infanto-ju-venil do Botafogo em que aparece, em pri-nieiro plano, o jogador Abel, então, com carade brotinho, ao lado de Zé Carlos e de LuisCarlos.

Nenen Prancha não me explicou direitopor que motfivo o Botafogo esperdiçou Abel,que já era bom ponta-esquerda, na ocasião,mas, pelo que senti da conversa, deve ter ha-vido uma tramóia qualquer em torno de no-mes: certamente, para burlar qualquer dis-positivo do regulamento do campeonato deinfanto-juvenil, parece que trocaram o nomede Abel, dando-lhe a assinar a súmula no lu-gar de outro jogador, um tal Garrinchinhaque andava por lá.

Naturalmente, como não era mais pos-sível desfazer a tramóia, tiveram que liberarAbel. Tempos depois, Abel voltava ao Bota-fogo, já, então, trazido por Garrincha, mas,então, nem o deixaram treinar, aí por culpado próprio Garrincha que não tinha mais cré-dito no clube, tantos os garotos que trouxe delá da Raiz da Serra para fazer experiência noBotafogo.'

E Abel foi recusado sob a suspeita deque não passava de mais um protegido deGarrincha.

menca patrocinamAtorneio de basqueteno mès de aniversário

O América patrocinará um Torneio Internado-nal de Basquetebol na segunda quinzena de setem-bro, dentro das comemorações do seu 60.° aniversá-rio, e que contará com a participação dos selecio-nados de Formosa (Argentina) e de Salto (Uruguai),além da equipe do Olímpia, campeão do Paraguai.

O quadrangular servirá para que o Américaapresente ao seu quadro social os jogadores que de-fenderão o clube na temporada de 65. O diretor Dil-son Rabelo declarou que ainda é cedo para revelaros nomes dos novos defensores, mantidos em sigilopara evitar prejuízo nas negociações, como aconte-ceu no caso de Douglas.ENTENDIMENTOS

A idéia do Torneio Interna-cional nasceu de òferscliuêutãfeito pela Liga Salteíia ã CBB,para realizai' exibições no Bra-sil. A Confederação resolvei-,entregar o assunto à FederaçãoMetropolitana que, por Suavez. deixou o patrocínio a cargodo América, aproveitando o en-sejo do próximo aiiiyérsáriòdeste clube. Os Srs. Ismael Ro-dríguèz Barbo-a e Carlos Ca-ballero, representantes da LigaSaltena e da Federação Uru-guaia de Basquetebol, respectl-vãmente, estiveram ontem nasede da FMB, mantendo euten-dimentos com o Presidente JosflJúlio Cavalcanti e com o Dl-retor do América, Sr. DilsonRabelo.

Na ocasião ficou acertado oTorneio para os dias 2(3, 27 e 29de setembro, em rodadas d_-pias e dirigidas, de acordo comos primeiros resultados. O Amé-rica responderá pela estada detreze pessoas em cada. delega-ção visitante e pretende hospe-dá-las na moderna cóncéhtvt?.-ção do Maracanã, depois deouvida a ADEG.

O Sr. Ismael Barbosa ,exibiucarta da Liga Saltena, onde .revelado o interesse de duasapresentações do seu seleciona-do. em São Paulo, antes doTorneio a ser patrocinado pelo

América. O Sr. José Júlio ex-plicou que existe a possibilida-dc de se conseguir os jogos so-'licitados, mus após o Torneie-,por questões financeiras.

GIN D recuae prejudica oS. Cristóvão

O Conselho Nacional de Des- :portos comunicou ã Confedera-çáo de Basquetebol ter resta-belecido os efeitos do alvaráque permite ao C. R. Icarai, deNiterói, participar das compe-tições oficiais patrocinadas pelaFederação Metropolitana.

O alvará fora cassado du-rante o Campeonato de Aces-so da FMB. do qual o Icaraiera líder. Em conseqüência, oSáo Cristóvão, vice-líder, ai-cou ao primeiro posto, sagran-cio-se campeão. Agora, com orecuo do CND, a Federação fi-cou ria contingência de marcarnovas datas para os jogos querestavam ao Icarai, contra aSão Cristóvão e o Riachuelo,além de tornar sem efeito atitulo ganho pelo Sáo Cris-tóvão.

Flu e Portuguesa continuam a rodada no MaracanãCanto do Riofora daFCF em 65

Marcelo diz que largaio futebol no fim dcseu contrato com Vasco/

Ainda abatido com o episódio da véspera, no Í°gSSrÈ «Sijogo contra o Flamengo, o goleiro Marcelo, do Vasco, íem a exclusão do canto dodisse ontem ao JORNAL DO BRASIL que está real- Rio do campeonato Carioca amente decidido a deixar o futebol, mas só o íará Partl1, de 65, por ü«.e_utai-Wa-depois do dia 31 de janeiro, quando o seu contrato gSîtS %$£&termina, e depois disso se preocupara com o vesti- profissional no Estado do Rio,bular ao curso de engenharia, interrompido há exa- segundo relatório do Sr. vai-tamente quatro anos, quando se fêz profissional no dlL Benevente, lido na sessão.o - t> i ¦_* ** Canto do Rio esta na Pe-bao Jr-auiO D. _. ',;'¦'. . _ -' deração Carioca desde 1941, aMarcelo contou que foi a troca áspera de pala- título precário, porque naque-vras com o técnico Eli do Amparo, no itnervalo do -a. época ainda não havia iu-primeiro para o segundo tempo, a causa do seu ner- **9» ST%^ aTim foivosismo, que o impediu de ver sequer o lance do se- crln'da a íederaçao profissionalgundo gol do Flamengo — " pois estava completa- do futebol fluminense e desdemente fora de mim" —, e explicou que só voltou àrealidade quando os torcedores gritaram e a bolaiá estava nas redes.

EMPENHO DE GOLEIRO

A HORA RUIM

Segundo contou, estava tãotranstornado com o incidenteque teve com Eli, no vestiário,quando por êle íoi acusado doter fracassado no primeiro goldo Flamengo, quo não viu co-mo nasceu o segundo:

Quando olhei para o fundodo gol, vi a bola. Nos aíqiti-bancadas, os torcedores riam cgritavam. Perdi o controle, co-mecei a chorar c pedi. lmi.ciia-tamente, para ser substituído.Meus companheiros não foramcontra mim. Ao contrário, pc-diram que eu continuasse nogol. Os aplausos dos mesmostorcedores, quando saia, foramum alivio.

Explicou que, de volta ao ves-tiário, teve a confortá-lo o an-tigo goleiro Barbosa, mas esta-va tão nervoso que suas nula-vras eram sempre as mesmas:

Vou abandonar o futebolagora.

Entretanto, mais calmo, Mar-ceio refletiu e achou .nelhorcumprir o seu contrato com oVasco, que acaba no dia 31 dejaneiro.

Sempre pensei em ser en-genheiro. Abandonando o fu-tebol, poderei dedicar-me o'enovo aos estudos. O meio iu-tebolistico não é para mim,Meu futuro, se Deus quiser, se-j-ã a, Engenharia. Talvez, se nãoíôsse Barbosa, eu teria mesmoabandonado tudo lá no vestia-rio. Elo esperou pacientementeque eu trocasse de roupa, levou-Jtne atê a porta de salda P.oMaracanã, onde meu irmãoknaia velho me esperava, e dis-S9 que ainda sofre as conse-qüências de um gol sofrido háquatorze anos, mas que, nempor isso, deixou de Jogar fu-tebol, fazendo-o apenas recen-temente.

Sempro íul muito sen*!-Vel — continuou o goleiro vas-caino. ajuntando:

Qualquer coisa me deixaconstrangido. Anteontem, en-trei em campo bastante tran-quilo e quando sofri o primeirogol não me abati, mesmo por-que achei que não havia talha-do. Mas, no vestiário, Eli pen-sava de outro modo. Acusou-mado ter engrossado o jogo aotomar o gol de Carlinhos. Edisse que um goleiro não podia

tomar uin gol daqueles. Tenteiexplicar, mas êle não me quis

'ouvir. Piquei nervoso e Eli afir-mou que não adiantava histe-rismo, o que ime deixou maisnervoso ainda. O pior é que ja-mais pensei que êle fosse fa-zer isso comigo, pois sempre oadmirei.

Explicou o goleiro que, dc-pois disso, voltou ao campo pa-ra o sòg.un.do tempo total-mente transtornado, sem con-dições para continuar jogando.— Cheguei a falar ao Sr.Antônio Calçada, Vice-Presi-dente de Futebol, que não meresponsabilizava pelo que po-deria acontecer. Respondeu-meque isso não era nada e que cufecharia o gol no inguhdo tem-po. Mas, confesso, estava ner-vosissimo. Juro que não vi co-mo íoi o gol de Nelsinho. Aliás,só soube que foi Neisinl-D pelaleitura dos jornais. Só sei quevi a bola dentro do gol c ostorcedores vibrando. Aí, pedipara sair. Todos os meus com-panheiros insistiam para que •eu continuasse, principalmenteBarbosinha: Diziam-me que sonão ficasse estaria arrasado.Entretanto, não me sentia emcondições de continuar. Nãoagüentava olhar os torcedoresrübrò-negros a rirem de mim.Fui para o túnel como que mcaminha para a morte. Sóquando todos entenderam omeu drama, apiàudindd-mó, éque a.s coisas melhoraram.

Marcelo explicou que o quemais sentia, era a atitude doEli do Amparo, de quem tinhaa melhor das impressões.

Quando estive na reservado Lévis, treinava diariamenteuma hora depois do treinamen-to comum e com o Eli. Luteimuito para manter o meu pesoe a íorma técnica. Conseguiisso tudo graças à minha íôrçade vontade e o apoio de Eli.Por isso, nunca poderia .inãgi-nar que êle viria a fazer issocomigo. Pensei em largar tudo,mas hoje cedo estarei em SãoJanuário.

O irmão mais velho de Mar-ceio informou que êle semprefoi muito sensível:

Quando alguém se Bangu»va com- êle lâ em casa, saia pe-lo terreno a catar gravetos.Papai, quando queria lenha pa-ra o fogão, talhava com êle *o problema estava resolvido.

então, tomou-se Irregular a sl-tuação do Canto do Rio. Dl-ante do relatório aprovado on-tem pelo CND, unanimemente,o Canto do Rio será obrigadoa deixar a Federação Cariocaa partir de 65, quer se classi-fique para a Divisão Principal(o que já não parece possível),quer caia para a segunda di-visão, como já ê praticamentecerto. Segundo essa resolução,inclusive, o Canto do Rio estádesligado da Federação Cario-cn desde já, mas, porque já co-meçou, acabará de disputá-lodecidiu o CND.

Santosé quem Fluespera

Chama-se Santos e é do Es-porte Clube Recife o centro-avante que o Fluminense estílesperando no Rio depois deamanhã para assinar contratoe reforçar o time. O Fluminen-se vai dar cerca de Cr$ lã ml-lliões pelo passe do jogador eas negociações, que estão sen-do feitas em Recife diretamen-te pelo filho do diretor de fu-tebol do clube, Sr. José Her-culano. devem chegar a seutermo hoje.

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Fluminense e Portuguiâ continüani hoie a ]0.a- frodada do Campeonato (.urioi-a. no Maracanã, ã«15bl5in, num jogo cm que o tricolor, ainda lídertio campeonato* por pontos perdidos, mima posiçãoque agora divide com o Botafogo, vni não upenuslutar para manter esta liderança mas principalmentepara reafirmar a si mesmo e aos outros sua compe-tência de verdadeiro candidato ao lílulo. posta emxeque pelas suas últimas atuações, em especial a qu<;

H lhe valeu, domingo passado, a perda da invencibili-dade contra o América.

Perseguido pelas contusões de Evaldo e Joa-quinziiilio durante a semana, o que o obrigou prà-ticamente a refazer seu ataque, o Fluminense en*írenta ainda um problema de última hora — o deuma artrite no joelho de Castilho — mas é, apesardisso, o favorito para o jogo de hoje, quando umaarquibancada custará Cr§ 500 ao torcedor.OS TIMES

Manga foi um tios jogadores que se cmpo.nlcontra t

nn treino tic oalcm tio Botafogo, para o jogo>Hcesso

Garrincha tieincu bemmas não jogará pei quemédico nega permissão

Vasco vaia Goiâniasem Marcelo

, com artriteol é oi novo

problema doi Flu hú/jeina joelh

rantes por 2 a O, gols de Gilbert e Paulo Leão, justamen-te os Jogadores que maisaplausos ganharam do Presi-dente, Sr. Wolney Braune, pre-sente ao treinamento.

Leônidas, depois do treino,queixou-se ao funcionário Ju-ca das chuteira- que vemusando, pois elas estão bas-tante velhas e por isso ma-chucam muito seus pés. Jucáexplicou-lhe que nada podiafazer, uma vez que Leônidas,não quer que o sapateiro do

O goleiro Castilho é o mais novo problema para SS ^SL^S^TÍ^Ío técnico Tim escalar o time do Fluminense hoje venda um par de número 43.ã tarde, contra a Portuguesa, pois amanheceu on-tem com uma artrite no joelho direito •— a mesma TBEINO animado

S™»*?™?,?8 ^ Mi C°ntl'r\ °

,?â',n0 Cam* <* time. que treinaram on-peonato passado — e, embora o Dr. Valdir Luz acre- tem foram estes:dite em sua recuperação, pois êle foi imediatamente Titulares — Pompéia, Lu-medicado, Tim já mandou colocar o goleiro Reera clano' Flod°&lc«°. Leônidas eMárcio de sobreaviso. PMmI.*,Aa?orl™.e, £*>;?«?

O Dr. Valdir Luz acha também que Evaldo deve ^áoflbei. Zezlnh0> Paul°estar hoje praticamente recuperado da entorse no Aspirantes - Ari, Jorge; sér*.joelho direito, mas como o técnico Tim se mantém gio, Wilson Santos e Sílvio;firme em sua disposição de só escalar jogadores sem Ronaldo e Carlos Pedro; isac,por cento fisicamente, o ataque do Fluminense de- Campinense, Fernando cônsul,verá mesmo contar com Mateus, Ubiraci, Amoroso * Eduard0-Gilson Nunes.

O Dr. Lídio Toledo, médico do Botafogo, re-cusou-se a atestar, por escrito, que Garrincha temcondições para jogar amanhã, embora o joelho dojogador não tenha sentido os efeitos do treinamen-to da semana, alegando que sua consciência profis-sional o impede de fazê-lo, pois sabe que, se êle jo-gar, na segunda-feira o joelho estará outra vez in-chado.

Garrincha, por causa disso, chegou a se irritar,dizendo que queria jogar amanhã de qualquer ma-neira, porque não sente nada e se considera perfei-tamente bem. Como o Dr. Lídio se manteve intran-

zado ontem, no campo do Bon- sigente e a direção do clube deixou a decisão nas dos Jogadores foi feita no vessucesso, com os titulares atuai*** suas mãos, é certo que o ponta-direita não será es- tiâri0- ap6s ° jôg0 com ° Flado bem e ganhando dos aspi- caia-j0

Brauneaplaude Leãoe Gilbert

O América encerrou seuspreparativos para o jogo deamanhã, contra o Madureira,com um treino coletivo reali

O Va.sco viaja hoje às 12horas, sem o goleiro Marcelo,para Goiânia, onde jogaráamanhã à tarde, contra oAtlé-tico Goianense, e na terça-feira à noite, com uma seleçãolocal, recebendo a cota de CrS2 milhões por partida.

O Vice-Presidente de futebol,Sr. Antônio Soares Calçada,disse ontem, depois de um en-contro que teve com Eli doAmparo e Paulinho, que o go-leiro Marcelo não foi incluídona delegação porque a relação

MELHOROU, MASNÃO DA

Evaldo meihoroiróntem e par-ticipou normalmente do dois-toques de 40 minutos que os jo-gadores do Fluminense fizeramde manhã e que acabou com oempate de 3 a 3, com gols deCastilho (2) e Oberdan parao time que tinha Altair no gole Procópio (2) e Antunes parao time defendido por CarlosAlberto.

O próprio Evaldo disse po-Tém depois do treino que sen-tiu um pouco o joelho c "acha

TribunalmultouLeônidas

O Tribunal de Justiça Des-portiva, em sessão realizadaontem, resolveu multar os jo-gadores Leônidas, do América,em 5 mil cruzeiros Oldair, doFluminense, e Carlinhos. doBonsucesso, em mil cruzeiros,sendo que estes dois obtiveramsursis, e absolveu Roberto Pin-to, do Bangu.

O Tribunal resolveu, também,adiar o julgamento do técnicodo Bonsucesso, Daniel Pinto,a pedido do seu advogado, earquivou o processo ali existen-te contra o Sr. Válter Fadei, ir-mão do Presidente do Flamen-go, por falta de testemunhas,.iá que o bandeirínhá e o juiz,a quem o Sr. Válter Fadei te-ria tentado agredir, declararamnão reconhecer no irmão doPresidente do F1 am engo oagressor.

que não dá para jogar". Ao verEvaldo treinando, Tim chega-ra a supor que poderia esca-lá-lo, pois considera-o uma pe-ca-chave de seu esquema e, em-bora goste de Gilson Nunes,ainda o acha um pouco "verde"para jogar no time de cima.

Assim, Tim chegou ainda apensar, em formar o ataque pa-ra hoje com Amoroso, Evaldo,Ubiraci e Mateus. Depois, comas declarações do próprio Eval-do de que ainda não se sentemuito bem, Tim desistiu e re-solveu mesmo manter GilsonNunes na ponta-esquerda.-Timgosta muito de Gilson Nunes,considera que êle tem as mes-mas qualidades de Abel e achaque só uma coisa o impede derender mais, no momento: umdesvio de septo, que o obriga arespirar pela boca e que êle vaioperar até o fim do ano.

Castilho participou normal-mente do dois-toques mas quei-xou-se da artrite no joelho edepois do treino disse:

Se o jogo fosse agora, eunão entraria em campo.

Castilho íoi medicado pelo Dr.Valdir Luz e o médico acha queéle poderá jogar hoje, mas ogoleiro tem suas dúvidas.

Este meu joelho — diz éle— costuma piorar de repente,sem mais nem menos. Foi a.s-sim que, no ano passado, nãopude jogar contra o Olaria, noreturno.

Depois do treino, os jogado-re.s do Fluminense passaram odia de ontem em repouso, ás-sistiram a um show na concen-tração, de noite, e hoje de ma-nhã farão apenas a revisão mé-dica pnra a partida ã tarde, noMaracanã, contra a Portugué-sa.

mengo, no momento em queeles não sabiam se o jogadoriria ou não abandonar o fute-boi.

O Sr. Antônio Soares Calça-da reuniu-se, na tarde de on-tem, na sede do Cineac, com oPresidente Manuel Joaquim Lo-pes, e, posteriormente, com ostécnicos Paulinho e Eli doArii-paro. Disse o Sr. Calçada quesempre, após as partidas, re-une-se com os dois responsa-veis pelo time do Vasco, tantoem caso de vitória, como no dederrota. Nesta reunião, o vice-presidente de futebol informoua Paulinho que não viajará pa-ra Goiânia, pois segunda-feirahaverá um almoço para os íun-cionários do Vasco e êle estáencarregado de levar os joga-dores que não viajarem.

Quanto ao goleiro Marcelo,disse o Sr. Antônio Calçada queirá conversar com èle, aindahoje pela manhã, em São Ja-nuário, antes do embarque dadelegação. Disse ainda o Sr.Calçada que o lateral esquerdoDé, da Portuguesa Santista,deixou de interessar ao Vasco,pois êle se negou'a realizar tes-tes no clube. Sóbre as renova-ções dos contratos de Brito,Joel e Barbosinha, o dirigenteafirmou que somente quando otime voltar de Goiânia é queèle poderá saber a resposta dosjogadores, pois o Vasco já fezOs jogadores do Flamengo se apresentarão às suas propostas a êies.

O Fluminense vai jogar comCastilho (Márcio), Carlos Al-berto, Procópio, Altair c Nono;Oldair e Denilson; Mateusí Amoroso), Ubiraci, Amoroso(Evaldo) e Gilson Nunes (Ma-teus).

A Portuguesa contará comDevito, Bruno, LuLsão, Regi-naldo e Tião; Laerte e Válter:Sabará, Inaldo, Edmur e ZéCarlos.

TÁTICA CONTRA "LIBERO"

O torcedor carioca poderáter hoje pela primeira vez aoportunidade de ver algo deprático idealizado contra o li-bero, esquema defensivo queparece ter nascido para amar-gar a vida do futebol brasilei-ro, que, quer pela expressãodo Santos, quer pela da pró-pria seleção, se tem reveladoaté hoje curiosamente incapazde abrir a defesa de um timeque joga com um zagueiro so-brando.

A oportunidade, ao que pa-rece, depende da própria Por-tuguèsa, pois não se sabe se.contra o Fluminense, ela vaitambém aderir ao libero ou sevai se manter fiel a seu 4-2-4,sistema com que se revelouagradàvelmente um dos bonstimes pequenos deste campeo-nato — um dos pequenos po-silivos, isto é, um daqueles quefizeram alguma coisa paraescapar ao marasmo e à. me-diocridade e lutar para fugirda segunda divisão, no próxi-mo campeonato.

CONTUSÕES ATRAPALHAMA oportunidade — repeti-

mos — parece depender ape-nas da própria Portuguesa,pois o Fluminense, pelas mãosde seu técnico Tim, se prepa-rou durante a semana paralutar contra o libero. E bemverdade que Evaldo — o ho-mem escolhido por Tim paraser o antilibero está machu-cado, dificilmente poderá jo-gar e mais dificilmente aindaTim poderá improvisar hojeum outro jogador da equipe

para desempenhar suas fun-ções. Com Ubiraci no ataque,Tim terá que forçosamentepartir para outra solução, asolução do homem que brigadentro da área, às vezes aostrancos e barrancos, e não ado homem hábil com a bola,que cria as oportunidades pa-ra os outros fazerem gols.

Se Evaldo é duvidoso, ainda— embora o mais provável se-ja não jogar — Joaquinzinhoc uma ausência certa do Flu-minense hoje à tarde. E ai es-tarai mais um outro.este para aequipe, que desde o ano passa-do se acostumou a ter nele umade suas peças chaves. Èsteano, contrariado cm paTte porjogar numa posição de que nãogosta, e em parte atrapalhadopor .problemas de sucessivascontusões, Joaquinzinho nãochegou ahida a jogar bem —mas a equipe continuou de-pendendo multo dele. SemJoaquinzinho e sem Evaldo, oFluminense deve contar hojecom Ubiraci e o ponta-esquer-da juvenil Gilson Nunes paranovns .soluções táticas na lutaantiga de 10 rodadas pnra de-íéndér a liderança, que r.sora_ias.sou a dividir com o Bota-fogo. depois que perdeu a in-vericibilidade para o Américajio domingo último.

UM TIME ALEGRE

A Portuguesa encerrou seutreinamento ontem, ao som deum Cidade Maravilhosa pri-meiro cantado e depois asso-viado por seus próprios joga-dores, a uma ordem do alegree espirituoso Gentil Cardoso.

O time não tem qualquerpi-oblema mas, ao contrário, ex-celente disiposição e um esta-do de espirito que pode aju-dá-la muito não sô na partidade hoje mas em toda a disputada classificação para o Cam-peonato Carioca. Neste jogo.permanece Devito, no gol, em-bora Wagner já esteja resta-belecido. Como, entretanto,Devito Jogou bem domingopaasacto, Gentil Cardoso Maideixar Wagner, até então ti-tular, na Regra 3..

SITUAÇÃO

No primeiro treino da sema-na, Garrincha apareceu noclube dizendo que estava bome queria treinar. Foi examina-do e obteve permissão paraparticipar do treinamento. Suapresença no dia Eeguinte esta-va condicionada à reação dojoelho. Treinou novamente,porque tudo continuava bem.Diante disso, o técnico ZouloRabelo se entusiasmou, com apossibilidade de escalar umataque novo, com Garrincha,Didi, Jairzinho e Quarentinha.O coletivo de ontem, porém, éque decidiria se seria esse oataque para amanhã, pois se oponta-direita sentisse qualquercoisa no joelho não jogaria.

Garrincha treinou ontem du-rante o tempo todo e nada sen-tiu, fazendo com que Zoulo íl-

casse mais contente ainda. En-tretanto, segundo uma xesolu-ção da Diretoria, de há algumtempo, a entrada do Jogadorno time só poderia se verifi-car com uma autorização porescrito do Dr. Lídio. O médico,porém, não quis assinar o do-cumento, explicando que suaconsciência profissional o im-pedia:— Sei, como médico, que seêle jogai- amanhã, na segunda-feira estará com o joelho in-chado e com derrame. Comoposso eu escrever num papelque êle está bom? — explicouo Dr. Lidio.

Por causa disso, Zoulo con-servará o ataque que goleou oCanto do Rio, com Jairzinho,Didi, Quarentinha e Blra, Ostitulares ganharam de 2 a 1,com gols de Jairzinho, marcan-do Fifi para os aspirantes.

oje semFiai treinai hseis que viaijarampara rever famílias

Amadores treinaram eiRoberto não apareceu %por causa da distensão^

Os jogadores da seleção de amadores apresen-taram-se ontem à tarde ha Fortaleza de São João,para treinar e iniciar a concentração que duraráaté o jogo com os argentinos, dia 7, deixando decomparecer apenas o atacante Roberto, que sofreuuma distensão muscular em Vitória, na partida con-tra o Rio Branco.

Dimas, também com uma distensão, sofrida po-rém em Colatina, no primeiro jogo em que a seleçãovenceu por 7 a 0, apresentou-se mas não treinou,sendo poupado por ordem do Dr. Hílton Gosling, queontem foi efetivado no cargo, de médico da seleçãoolímpica para a viagem a Tóquio.

O treino foi multo anima-do, principalmente por cau-sa de Abet Muitas pessoasforam ao campo do Bonsucessoe aplaudiram quase todas asJogadas do ponta-esquerda,principalmente quando êlepassava pelo zagueiro Jorge.Mas, essas mesmas pessoas fi-cavam em silêncio quando ozagueiro-qentral Sérgio, jogan-do na cobertura de Jorge, de-«armava Abel, o que aconte-ceu diversas vezes. Gilbert fézo primeiro gol, recebendo umexcelente passe de Abel, quepassou por toda a defesa, as-pirante. O outro íoi marcadopor Paulo Leão, e quem fi-cou zangado íoi o goleiro An. tem para a sua fazenda, em Carangola, para ondeGilbert bateu um comer e

^ ^ ^ ^ passado, quando começou a ex-

9 horas de hoje na Gávea para a revisão médica eum leve treino individual, já estando determinadotambém que o dia de amanhã será livre e o come-ço do treinamento para a partida contra o Madu-reira segunda-feira, de manhã.

Berico pediu permissão a Flávio Costa e ontemfoi a São Paulo — como Ditão, Amauri e Osvaldo —a fim de visitar sua família e tratar de negócios par-ticulares. O técnico, por sua vez, também viajou on-

Paulo Leão saltou para Jogarde cabeça no canto, enquantoo goleiro reclamava, dizendoque êle empurrou a bola coma mão.

O Presidente do clube, Sr.Wolney Braune, foi quem maisvibrou com o coletivo, aplau-dindo muito Gilbert e- PauloLeão. Embora tivesse sido acon-selhado a poupar Isac, o tec-nico Zizinho resolveu colocá-lono treino. O ponta-direita Jo-gou o tempo todo e nada sen-tiu. estando certa a sua esca-lação no quadro aspirante.

O time fará. ás 9 horas dehoje, no campo do Andarai,umn sessão de ginástica leve.Os juvenis Carlos Alberto eSérgio foram contratados e ga-nharão, até agosto de 19G5. osalário de CrS 50 mil. Zizinhonão tem problemas e, comoLeônidas náo foi suspenso, oquadro será o mesmo de do-mingo passado: Ari, Luciano,Flodoaldo, Leônidas e Itamar:Amorim e Joáo Carlos; Gilbert,Zèzinho, Paulo Leão c Abel.

cursão do Flamengo à África e Europa. Paulo Chocoíoi a Goiás e, completando a quase dispersão geral,jarbas foi para o Rio Grande do Sul.SITUAÇÃO Ê BOA

O Dr. Pinlcwas Fizsmnn, ba-seado nos exames que íéz logoapós a .partida contra o Vasco,ainda no vestiário do Maraca-na, disse que, em principio, nãohá nenhum jogador contundidogravemente, a ponto dc se cons-titüir cm problema para a par-tida frente no Madureira. En-tretanto, o médico rubró-negrdafirmou que somente poderádar um prognóstico mais atua-lizndo após a revisão de hoje,pois, às vezes, o.s jogadores sócomeçam a sentir certas contu-.soes depois que chegam às sunscasas. Carlos Alberto está dis-pensado do treino de hoje por-que ontem extraiu um dente.

Murilo foi o único que saiude campo .sentindo dores notendão de Aquiles, mas comoo Flamengo terá mais de umnsemana para treinar e tratar

dos seus jogadores, estará cer-tamente em condições para jo-gar contra o Madureira. E pen-snmento do Dr. Pinkwas Fizs-man, aproveitando os dias docomeço da próxima semana,concluir os exames de laborató-rio dos titulares e reservas doFlamengo.

Os treinos dc conjunto dequarta c sexta-fçlras próximosvão definir a nova formaçãocio ataque do Flamengo, agoracom a volta de Airton — jácumpriu a suspensão dc doi.sjogos — ca possível estreia deBerico, o que obrigará a sni-da de Pnulo Choco e Beirute,apesar da boa atuação que ti-veram frente no Vnsco. Osval-do continuará na ponta esquer-da e Nelsinho no meio-campo,continuando, assim, a ser a dú-vida do Flamengo novamenteos homens de área.

A delegação que viaja hojepara Goiânia, partindo do Ae-roporto Santos Dumont, éa seguinte: Chefe — Sr. Antó-nio Fernandes Monteiro: mé-dico — Dr. Nicoiau Simão:roupeiro — Chico: massagista.— Marim: técnico — Eli doAmparo; e os jogadores Lévis.Miltão, Joel, Brito, Caxias.Fontana, Barbosinha, Pereira,Maranhão, Odmar, Alcir, Lori-co, Zèzinho, Altamiro, Célio,Mário, Ronaldo e Ramos. Exis-te tnmbém a possibilidade deuma terceira partida, em Goià-nia, dependendo dos resultadosdo Vasco, nas duas partidas.

Olímpicosde basquetejá têm lista

São rauio (Sucursal) — Otécnico Renato Brito Cunhaescolheu ontem a lista defini-tiva de 12.jogadores para a se-leção olímpica de basquetebojque vai a Tóquio e que são osseguintes: VI a mir, Amauri,Succnr. Rosa Branca, Jatir, Vi-tor, Ubiratã, Mosquito, Edsone Echvard, de São Paulo, Fritze Sérgio, do Rio. Como 13° ho-mem, para continuar a treinare viajar na eventuaiidnde doimpedimento de alguém, ficouZèzinho, também carioca. Apartir do dia 8 a seleção estaráno Rio.

ATRASOS

O ponteiro Nélio chegou atra-sado e, sem jeito, explicou":

— Eu já estava no meio daviagem quando me lembrei deque havia esquecido meu ma-terial. Tive que voltar em casao, só por isso, fui o último achegar.

Zé Roberto e Mata, apesarde terem chegado cedo à For-taleza de São João, atrasaram-se para o treinamento porqueficaram no alojamento espe-rando serem chamados e. quan-do desceram para ver. a causada demora, o individual já es-tava começando.

Os dois trocaram de roupae, no entrarem em campo, Ru-dolf Hermanny havia acabadoos 20 minutos de ginástica e lacomeçar os movimentos combola.

Receberam, então, ordem defazer um ligeiro esquentamen-to e, quando todos foram em-bora, ficaram treinando sòzi-nhos para compensar o atraso.

TREINO

O treino dirigido por Ru-dolf Hermanny constou, pri-meiro, de uma sessSo de 20minutos de ginástica andando,seguida de movimentos combola. Durante 15 minutos, comos jogadores divididos em gru-pos de 10 e formados em roda,fèz com que girassem sobre simesmos e trocas_ein passes comas mãos.

Terminada esta p:u-(e. mau-leve a formação e íéz com queeles repetissem o exercício, masusando apenas o.s pés, paraaprimorar o controle de bola.

Então, fêz com que Cadagrupo se desmembrasse em gru-pos de três, que iam de umaextremidade â outra do cam-po trocando passes.

Ao fim desie exercício, o pre-parador físico distribuiu o.s

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atacantes na altura da linhamédia, faze-.ido com que elespartissem em dupla trocandopasses atê a entrada da área,de onde um dos dois chutavaem gol. Enquanto isso, os za-gueiros, também em duplas, -fi--caíam trocando passes longos.

O funcionário Bira, da CBD.entrou neste bate-bola, ten-tando mostrar o que fazia coma bola quando jogava na pon-ta direita em 1919, e divertiubastante os jogadores, princi-palmente a Valdez e Riva.

REVISÃO

Antes do treino, esteve naFortaleza de São João o Sr.Ulmar Hargreaves, que con-versou com o técnico VicenteFeola sóbre a possibilidade deconvocação de novos jogado-res, que seriam Clemente eRamos, do Vasco. Vicente Feo-la, que assistiu ao treinamen-to em companhia de instruto-res da Escola de Educação Fi-sica do Exército, não se deci-diu ainda sobre a convocaçãode novos jogadores, pois pre-fere esperar o resultado da re-visão médica que será feitapelo Dr. Hílton Gosling.

O técnico programou umacaminhada, hoje de manhã,para os jogadores e. amanhã,de manhã, vai lazer um treinode conjunto, para ter idéia de-finitiva em relação aos con-fcundidos. Na tarde de hoje, osamadores irão assistir à par-tida Fluminense- x Portugué-sa. no Maracanã.-

A AFA convidou a seleção deamadores para exibir-se eniBuenos Aires, mas, a CBD man-ciou saber quais áêriâm as con-dicões financeiras da partida,pois. se os argentinos jogarãode graça no Rio, com portõesabertos no din Tf de Setembro.lá o jogo será dc entradas pa-gas e deverá [dar uma boarenda, ', '

EIS AQUI O VOLKSWAGEN ALEMÃ O 65E a velha história de

que o Volkswagen nãomuda, cai mais uma vezpor terra: a fábrica ale-mã acaba de anunciar olançamento do modelo1965 e várias inovaçõesvisíveis são apresentadas.

Entre elas, as princi-pais são a mudança dolimpador de pára-brisas,onde as duas palhêtas,agora, rodam para omesmo lado e repousamtombadas para a esquer-da; o próprio pára-brisas,que além de estar maior,dando mais visibilidadedianteira, está arredon-dado; o vidro traseiro es-tá; ainda mais alto e mais

largo; a janela detrástambém cresceu em cér-ca de 15 por cento e apa-rece, junto ao motorista,um pára-sol lateral.

Mas estas não são asmodificações únicas. Amaior de todas — que vaialegrar aos donos dosVolks, pois que lhes aten-de numa antiga reivin-dicação — está no ban-co traseiro, que, no novomodelo, é reclinável parafrente, deixando, atrás desi, um novo comparti-mento para bagagem.

Além destas modifica-ções visíveis existem 20outras, que os olhos nãovêem, mas o motorista

sente, pois que são nomotor do modelo conven-cional. Todas pequenas, éverdade, mas que darãoainda mais qualidade aoVW 1200.

No lançamento do mo-dêlo, a fábrica alemã jus-tifica: desde o começocriamos um carro parasempre e o que mudamosno Volkswagen realmen-te não muda o Volkswa-

gen.E, para o controle dos

brasileiros, aí está umainformação: o modeloalemão 1965 é do mes-mo preço que 1964, istoé, dois milhões de cruzei-ros (4 980 marcos).

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O pára-brisa dianteiro está mais largo « recurvtulo e os limpadores passam a repousar sobro o iatlo esquerdo

JB mostra que carro feito

íio Brasil é quase nacionaloijAinda há quem diga

que os carros fabricadosno Brasil são brasileirosapenas de nome, pois oíndice de peças naciona-lizadas seria mínimo, oque, agora, o JB acaba decomprovar, não passa deuma redonda inverdade.

Para seu governo: den-tro de pouco tempo osautomóveis e caminhõesfabricados no Brasil se-rão inteiramente nacio-nais, já que o índice denacionalização, entre oscarros de passeio, atin-giu a 99,70 %, e entre oscaminhões a nada menosde 99,13 %.

Assim acontece tantocom o Belcar quanto comá Vemaguet, que estãorodando na base de

99,9290 de peças fabrica-das no Brasil, faltandoapenas, para serem in-teiramente brasileiras, asjuntas de cabeçote, rup-tores, vedadores e rola-mentos da embreagem eda árvore de direção. Es-sas peças, em muitos ca-sos, no entanto, já entra-ram em fase de fabrica-ção experimental.

Na Simca do Brasil oíndice de nacionalizaçãoatingiu a 99,42 %, en-quanto que para a fabri-cação do Aero Willys sãoimportadas peças comum peso total de um qui-lo 1 395, equivalente a0,23 do total do carro,cujo peso é de 1 362 qui-Ios.

A Volkswagen do Bra-

sil já está tratando de frbricar experimentalmer.te as poucas peças qutlhe faltam para naciona-lizar inteiramente os seusprodutos: jogo de válvu-las de escapamento; anelde aço para a vedação doóleo do virabrequim e osgarfos de l.a, 2.a, 3.a r4.a velocidades.

Por fim, a Ford e íiMercedes Benz cami-nham aceleradamentepara o abrasileiramentototal de sua linha de pro-dução, a primeira não sódos caminhões e camio-netas, mas também doseu trator, que êste ancatingiu um índice de na-cionalização equivalente¦a 93,53 %. (Pág. 3)

O banco traseiro do VW-65 passa a ser reclinável c, atrás dele, surge uni novo porla-bagagem

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A janela c o vidro traseiros estão maiores c, na dianteira, apareço para-sol lateral

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Contorno volta em breve

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A Estrada do Contôr-no, interrompida há maisde sessenta dias pela que-da de uma barreira, de-verá ser aberta ao tráfe-go novamente dentro deuma semana, se os pou-cos operários que alitrabalham conseguiremfazer tudo o que aindaprecisa ser feito. Aindaque o número de traba-lhadores seja pequeno, oque mais tem atrapalha-do a conclusão da obraé a qualidade do terreno,

CADERNO DE

automovJORNAL DO BRASIL - Rio de Janeiro - Sábado, 29 de agosto de 1964

Três Horas de Velocidade amanhã em InterlagosSão Paulo (Sucursal)

Com Bird Clemente, LuísPereira Bueno e Francis-co Lameirão, nas Berli-netas, e Carol Figueire-do, José Carlos Pacce eVictorio Andreata, nosEenault 1093, a Willystentará vencer, pela ter-ceira vez, as Três Horasde Velocidade, amanhã,em Interlagos.

onde novas pedras sãoencontradas a todo o mo-mento, reduzindo emmuito o ritmo e o ren-dimento dos trabalhos.Mesmo assim, os dirigen-t e s da obra pretendempôr a Estrada do Contôr-no em condições de irá-fego nos próximos dias,restabelecendo a vida deuma região que está sen-do sufocada pela quaseabsoluta falta de trans-portes. (Pág. 2).

A equipe invicta nestaprova, não contará comWilson Fitipaldi Júnior,que, acidentado nas SeisHoras de Interlagos, con-tinua com o braço direi-to engessado.

APERITIVO DOS 500

A corrida, que começa-ra às 16 horas, será èm

homenagem à indústriaautomobilística e é con-siderada aperitivo paraos 500 Quilômetros de In-terlagos, no dia 7 de se-tembro. Destina-se a car-ros de turismo do grupotrês, com volantes de pri-meira e segunda catego-rias, que também pode-rão correr dia 7. Os pro-tótipos não poderão par-

ticipar, mas terão s u aoportunidade nos Qui-nhentos Quilômetros.

Os prêmios da III TrêsHoras de Velocidade sãoos seguintes: 400 m i 1cruzeiros para o primei-ro colocado; 250 para osegundo; 150 para o ter-ceiro; 100 para o quarto;80 para o quinto; 60 pa-

ra o sexto; 50 para o sé-timo, oitavo, nono e dé-cimo.

Os 500 Quilômetros,que encerrarão a Sema-na da Velocidade, ofere-cerão 3,5 milhões em prê-mios. Um milhão e du-zentos mil são para o pri-meiro colocado.

\_vjQjgB0KEy úi»& "¦'-¦"'.-

2 — Oud. de Automóvel, jornal do Bnmll, Sftbacló, aíl-8-Oõ

A MARCHA DAS FABRICASExército visita GMAutomóvel Ford vem mesmo

#, Yemug vai competir melhorLã de vidro é soluçãoWillys defende Capeta

EXPORTAÇÃOOs promotores do IV Salão do

Automóvel estão acertando, com osfabricantes de caminhões e as l'á-bricas de carroçarias, medidas nosentido de que, durante a realizaçãodo Salão, sejam explicados os resul-tados dos convênios da ALALC nosetor da indústria automobilística.Êste ramo da indústria, caminhõese carroçarias tem um mercado po-tencial muito grande na AméricaLatina, e daí o interesse em dina-mizar o comércio exterior. O Minis-tro da Indústria e Comércio, queesteve recentemente em São Paulo,recomendou a atenção dos órgãosfederais para o assunto.BERLINETA MISTERIOSA

O Departamento de Competiçõesda Willys está preparando com todoo carinho, e debaixo do mais abso-luto segredo, uma berlineta bor-deau. Para que, ninguém sabe. Di-zem que é para enfrentar os pro-tótipos.# EXÉRCITO NA GM

Um grupo de oficiais pertenceu-tes ao Forte de Itaipu, encabeçadospelo Comandante, Coronel RubensVarela, esteve em visita às instala-ções da General Motors do Brasil,em São Caetano do Sul. O motivoda visita, que faz parte de um pro-grama estabelecido pelo Exércitonacional, foi o estudo das possibi-lidades de emprego tático e estra-tégico dos produtos produzidos pelaGMB.IUGOSLÁVIA COMPRA

A Iugoslávia é, éste ano, unigrande campo para os carros espoi-tes. As fábricas européias estão rea-lizando excelentes negócios comaquele país. Quem está ganhandomais é a Fiat, que tem fábrica naIugoslávia.AUTOMÓVEL FORD VEM

O que a Ford Motor do Brasilestá fazendo com relação aos planosdo automóvel é apenas materializaruma autorização que lhe foi cpnce-dida em setembro do ano passado,e noticiada naquela época por êstecolunista. A autorização permite aimportação do que não puder serfeito no Brasil. Automóvel Ford, po-rém, só daqui a dois anos. Agoracomo notícia nova, podemos dizerque talvez sejam produzidos doismodelos.MERCEDES ENSINA

Encerrou-se, na última semana,mais um curso de aperfeiçoamentotécnico em motores diesel, minis-trado pela Escola de Aperíeiçoamen-to da Mercedes-Benz do Brasil. Sstecurso, que tem a duração de 25 dias,é mantido em caráter permanentetodo o ano, e os interessados emfreqüentá-lo devem dirigir-se ao De-partamento de Assistência Técnicada MB.SEGURANÇA

O CIPAT — Centro de Inter-câmbio Preventivo de Acidentes deTráfego — realizou, na última sex-ta-feira, a primeira reunião plena-ria sob a nova Diretoria Executiva.Na ocasião, foram debatidos proble-mas da organização do quadro deassociados.• WILLYS ESCLARECE

O serviço de imprensa da WillysOverland do Brasil distribuiu a se-guinte nota: "Nesta fase que ante-cede o Salão do Automóvel surgemnotícias que não correspondem àrealidade, provocando uma certaconfusão na opinião pública.

A Willys possui um carro expe-rimental que é o Capeta, modelo es-porte. Éste veículo não deve serconfundido com o protótipo da Bra-sinca — o Boulevard — e tambémcom o outro veículo protótipo damesma empresa que é o denominadoUirapuru.

O Boulevard, embora mecânica-mente seja equivalente ao AeroWillys, difere na sua carroçaria,pois é um modelo de duas portas.

Eduardo JardimO Capeta, que é da Willys, é um

carro de corrida, experimental comofoi dito, e portanto não se pode afir-mar se será ou não produzido futu-ramente."CONCENTRAÇÃO

A General Motors do Brasil estáconvidando para a Segunda Con-centração das Comissões Internasde Prevenção de Acidentes (CIPA)das fábricas da GMB, no dia 12 desetembro.PREÇOS BARATOS

O tabu, que sempre foi a eleva-ção dos preços dos carros, está sendodestruído pela campanha institu-cional da Volkswagen do Brasil,quando esta indústria encara o pro-blema mostrando que não sòmen-te o preço dos carros subiu na cs-piral da inflação, mas também ode outras utilidades. Algumas, namesma proporção. Outras, em ni-veis maiores ou menores que o pre-ço dos carros. Porém, não podemosnegar uma coisa: o nível de vidado brasileiro médio subiu. Quantaspessoas poderiam comprar, há cin-co anos atrás, um Volkswagen por496 mil cruzeiros? E agora? Mais de240 mil proprietários VW e umaprodução de 300 carros diariamen-te são os principais atestados deque, cada vez mais, aumenta a faixade possíveis compradores. Campa-nhas como esta põem de lado o pes-simismo e mostram o grande po-tencial econômico industrial que éo Brasil.SIMCA ABARTH

O Departamento de Imprensa daSimca do Brasil distribuiu as carac-terísticas dos Simca Abarth impor-tados pela fábrica. São as seguintes:número de cilindros: quatro; mo-tor traseiro de 1946 cc; quatro mar-chás; freio a disco nas quatro ro-das; potência máxima de 192 HP a7 300 rpm e velocidade máxima de220 km/h; Ciro Caires, chefe do de-partamento de competições da Sim-ca, está entusiasmado com os pri-meiros testes que efetuou nos car-ros. Segundo êle, as berlinetas vãocomer fogo.FORD APERFEIÇOA

A Ford realizou uma convençãode seus fornecedores, como faz des-de 1961, durante a qual foi realçadaa importância do programa Quali-dade Assegurada pelo Fornecedor,cujo objetivo é'aperfeiçoar cada vezmais a qualidade de seus produtos,em benefício do consumidor.

0 LÃ DE VIDROA lã de vidro (Fiberglass) está

impondo-se na construção de carro-çarias para automóveis. O problemado custo por unidade já foi resol-vido e Israel, por exemplo, já estáempregando o material em seu au-tomóvel Sabia, resultando uma di-minuição de 250 quilos no peso decarroçaria. Na Inglaterra, a Win-chester Automobile Company estáempregando Fiberglass na constru-ção de táxis, pois além de ser maisleve a carroçaria não está sujeitaà oxidação e à corrosão. A grandevantagem do carro mais leve é aeconomia no consumo de combustí-vel, bem como um maior ritmo deaceleração.AUTOTREM

Recebemos da C o m p a ri li i aTransportadora e Comercial Trans-lor a tese apresentada e premiadano 11.° Congresso Panamericano deFerrovias, realizado no México, eque trata da Organização do Auto-trem e da sua utilização nas ferro-vias brasileiras.# VEBAM VAI COMPETIR

O Departamento de Competiçõesda Vemag irá sofrer, brevemente,uma total remodelação. Jorge Let-try pretende reconquistar o terre-no perdido. Joel Moreira, nas rela-ções públicas, irá movimentar suaequipe para o novo espírito que vaisurgir na Vemag no campo dascompetições.

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Uomens e máquinas trabalham muito, mau ainda i pouco

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Lombo <lfí burro í o meio de. transporte pela Contorno

Estrada cio Contorno volta aotráfego dentro de uma semana

Dentro tle uma semana a Es-Irada do Contorno, interditadahá dois meses no Quilômetro32, onde caiu uma barreira,

. .será novamente aberta ao trá-lego, segundo os trabalhadoresda Construtora Metropolitana.<iue até o dui'o trabalho ma-nual foram obrigados a lazeruns constantes quedas de pe-dras (|uu sobrevíeram duranteo serviço,

O pequeno número de oue-rários e de máquinas tem sidoum íutur a retardar a rèaber-tura da estrada, cuja lnterdi-çâo vem prejudicando os pi.-quenos comerciantes locais e osfamílias pobres que precisam sedeslocar até Caxias e Petvúpb-lis, mas estão sem condução,iodos aqueles que pretendem ira Petrópolis, Correias, Itaipa-va. Belo Horizonte e Brasília,e a própria economia nacional.

ATRASO

Até agora a firma Constru-tora .Metropolitana, encarrega-(!u pelo DNER de limpar a cs-trada, ainda não concluiu otrabalho. A principio muitosempregados trabalhavam juntoã barreira, onde uma turmaquebrava as pedras e outra asjogava para baixo. Assim acon-locou durante cerca de 30 dias.

Quando pensavam que só fal-Lava empurrar a terra para olado da estrada, aparecia maisuma grande pedra na qual osoperários tinham inclusive quese pendurar, a fim de podertrabalhar na sita quebra. Pi-nalmente, limparam pr r a n d eparte do morro. Já estava atémarcado o dia da entrega ciaestrada ao trânsito. Novamen-te caiu uma outra parte ria bar-reira, entulhando a estrada deterra, e novas pedras aparece-ram.

OPERÁRIOS A MENOS

Outra vez o mesmo trabalhoíol começado, sendo que o nVi-mero de operários diminuiu.Com pouca gente trabalhandoo serviço custa muito a ficarpronto. Além disso, o péssimoestudo que fizeram do local noinicio da construção da estra-da não permite que o trabalhoseja perfeito, pois existem vá-rias vertentes cujas águas cons-

lautemente desmontam as bar-reirns e com isso dificultam otrabalho.

Na opinião de vários opera-rios outras barreiras cairão,pois em pouquíssimos lugaresda Estrada do Contorno háunia precaução contra Isso. Atéagora, nessa segunda Operação-Limpeza, o serviço vem sendobem lento, principalmente de-vido ao pequeno número detrabalhadores, que é de umlúrço dos que começaram aobra. Apenas 20 homens e trêstratores fazem o serviço.

TRABALHOATRASADO

Cerca elt- 120 mil metroscúbicos de terra jú foram re-tirados e ainda faltam uns 30mil. Conforme declarações devários operários, atualmente oque vem atrasando o serviço éo trabalho manual. No'inicio,as máquinas podiam chegaraté uma parte da barreira, masdevido ao terreno ser de saibro,o que é muito inseguro, foisuspenso o trabalho dos trato-res na parle de cima.

Todas as pedras encontradassão retiradas pelo trabalho ma-nual dos operários. Com onúmero reduzido de trabalha-dores, além de poucas máqui-nas, úm serviço de um diapassa para sc-r feito cm dois outrês.

M O RA D O R li S.RECLAMAM

O.s maiores prejudicados coma interrupção do tráfego cta es-irada são os moradores e co-merciantes cio local. A condu-ç.'ío não existe mais e fregue-ses em trânsito não há. Até asbarracas armadas na beira daestrada estão abandonadas.Muitos barezinhos estão fecha-dos. Atualmente, a maioriados moradores do local, quèaproveitavam a passagem doscarros pela estrada para ven-derem bananas, cana, mamãoou outras frutas de seus ter-renos, são obrigados a caml-nhar durante duas horas a pé,ató Petrópolis, onde conseguemnegociar suas mercadorias.

Um dos comerciantes disseque já não pode mais manter

o seu pequeno armazém comboas mercadorias, pois náoconsegue ir até Caxias ou Pe-trópolis para renovar o esto-que.

Carro h e n h ll m passa poraqui, e se vou de bicicleta, nãoconsigo trazer muita coisa nagarupa. Além disso, outro diaestive em Caxias e, quando vol-tei, o vento estava contra. SóDeus sabe como sofri. Cadapedalada na bicicleta pareciaque eu corria na areia, detão forte que era o vento —disse o comerciante.

Todos sonham com o dia omque a estrada voltará a ter oantigo movimento. Os homensque estão trabalhando infor-mam que dentro de uma sema-na o tráfego já estará norma-lizado, para alegria de quemfica e de quem passa.

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Jornal do Brasil, Sábado, 29-8-04, Cad. do Automóvel

Marinho levanta o Circuito dePiracicaba sem acidente grave

São Paulo (Sucursal) — Depois de uma Interrupção de doisanos (por acidentes), foi restabelecido o Circuito do Piracicaba,o quarto, vencido por Mario César de Camargo, Marinho, com oDKW n.° 10, seguido pelo Porsche n.° 45 de Chico Landi, dlrl-gldo por Marlvaldo Fernandes.

Duas provas, turismo Grupo 2 e turismo Grupo 3, esta compredominância do estreantes, que andaram bem, íoram aprecia-das por enorme público. E pela primeira vez numa corrida deautomóveis todo o circuito esteve bem policiado, o que evitouacidentes com espectadores.

MARINHO X MARIVALDO

Marivirtdo Fernandes, com o Porsche n.° 45, vencedor dasSeis Horas de Interlogos, esteve multo bem, liderando l(i das25 voltas dc fundo. No entanto, houve um ligeiro desarranjo naírlcçüo da máquina, o que fêz o piloto retralr-se. Marinho, quevinha acompanhando o Porsche com seu DKW n.° 10, e incentivadopela torcida (e.sta esteve sempre do seu lado), aproveitou a tleixa'e entrou firme, passando Marlvaldo. Iria pouco a pouco distan-ciar-se do Porsche até terminar a prova, com mais ou menosduzentos metros á frente.

Em terceiro lugar chegou outro DKW, o n.° 11, pilotado porJoaquim Carlos Matos, Cacalo, que se apresentou bem. Emquarto, um plracicabano fêz as honras da casa, com um DKWn.° 14. No entanto, êste piloto, Max Weiser, poderia ter sidomelhor classificado, pois correu bem. Um pouco de relaxamentocolocou-o no quarto lugar: o carburador de seu carro não estavaifoem limpo, o que serviu para atrapalhar muito o rendimento'de sua máquina.

O quinto lugar foi ocupado por um Gordini dirigido porPala, que esteve muito bem. Logo depois, velo outro DKW.

Assim, esta prova, mais os malfadados Mil Quilômetros dnIntcrlagos serviram para reabilitar os carrinhos DKW frente a;.'..' i adeptas, que há muito tempo não viam aquela marca lo-^ ¦ 'ar uma vitória expressiva. A de domingo foi muito boa.

SIMCA NO JARDIM

Dos dois acidentes da festa automobilística dc Piracicaba,um deles foi mais pitoresco do que grave. O Slmca n.° 88, de

iVálter Han Júnior, que havia vencido a primeira prova, fezquase uma mágica. Na antepenúltima volta, ao fazer uma curva

ide esquina, o carro bateu na guia, fêz um vóo, passou por cimado gradil de uma residência e pousou no jardim. Nâo danificou

I muito a casa na entrada, mas a saída vai ser difícil. O piloto,que é plracicabano, vai ter que rebentar o gradil para tirar o'carro de dentro do jardim. Válter conseguiu ainda o sétimalugar nesta prova.

O outro acidente ocorreu com o Gordini n.° 40, de Pin, na

primeira provo. O piloto, entretanto, nada sofreu, Assim, houveum acidente só cm cada prova.ESTREANTES ANDAM BEM

A primeira prova, onde mandaram os estreantes, reservadaa carros turismo Grupo 2, foi vencida por Válter Han Júnior,com Slmca n" U8, o mesmo que depois iria entrar na casa, Válterliderou a prova desde a largada, ficando em primeiro nas 20voltas, com poucos carros se aproximando para tentar a sorte.Em segundo lugar, um Renault-i 093, que, com um DKW, orga-nlzou um duelo pelo posto. No entanto, só na última voltnaquele passou o DKW, ficando o primeiro na categoria até1 300 cc. O Renault-1 093 foi dirigido por Afonso Glaíone Júniore o DKW por Jaime Rosenthal. Rosenthol conseguiu o terceiralugar depois de uma atuação excelente. Saiu lá de trás para irpassando alguns carros, todos da marca do seu, que estavam bemcolocados. O primeiro a ficar foi João Tasso Neto, que esteveem segundo algum tempo, mas ficou sem o cabo do aceleradore terminou em sexto. Depois de Tasso, Rosenthal passou o DKW14 de Max Weiser e o 37 de'Romeu Partezan, que terminou emquinto lugar.

No sábado, o circuito de rua esteve aberto para os treinos.E o acidente mais sério do fim-de-semana automobilístico ocor-reu na noite daquele dia. Um curioso, que queria ver como erao circuito, começou a entrar firme, correndo como louco naspistas, pois não havia policiamento àquela hora. Terminou searrebentando todo, e o seu Alfa-Romeo 2 000.

MÉDIAS E CLASSIFICAÇÃO

Na primeira prova, turismo Grupo 2, Válter Han Júnior, como Slmca, marcou 51ml0sl, em 20 voltas, correspondendo a üüquilômetros. Sua média horária foi dc 70,084.

Na prova dc fundo, turismo Grupo 3, Marinho fêz as 25 vol-tas '75 quilômetros) cm 57m35s3, com média horária de 76,70.

Os classificados nas duas provas foram:1> prova: turismo Grupo 2 — 1.°, Válter Han Júnior, Slmca;

2.°, Afonso Giafone Júnior, Renault-1093; 3.°, Jaime Rosenthal,DWK; 4.°, Gonzáles, Slmca; 5.°, Romeu Partezan, DKW; 6.u, JoãoTasso Neco, DKW; 7.°, Rafael Clpolla Neto, Gordini; 8.°, AdãoDaher, Gordini; 9.», Geraldo Luiz Siqueira, DWK; 10.°, AntônioCarlos Barci, Volkswagen; 11.°, Álvaro Tieppo, Volkswagen; 12.°,Avanti, Volkswagen: 13.°, Nelson Giuramo, DKW; 14.°, índio,DKW; 15.°, Max Weiser, DKW; e 16.°, Januário Ramanti, DKW.

2.a prova: turismo Grupo 3 — 1.°, Mário César Camargo Fi-lho DKW; 2.°, Marivaído Fernandes, Porsche; 3.°, Joaquim CarlosMatos, DKW;-4.°, Max Weiser, DKW; 5.°, Pala, Gordini; 6.°,Romeu Partezan, DKW; 7.°, Válter Han Júnior, Slmca; 8.°, Vo-lantc 13, DKW; 9.°, Roberto Mendonça, DKW; c 10.°, ArlbcrtoIasi, Gordini.

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As peças que jultam para que o VW seja inteiramente nacional

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Juntas de cabeçote, rttptores, vctladorcs e rolamentos da embreagem e da árvore de direção tio DKW ainda não são nacionais

Carro fabricado no Brasil vainaturalizar-se antes do tempo .

José Asmuz cobriu 200 quilômetros em 1 hora e 1 minuto

Carreteras gaúchas voam baixona BR-2: média de 194,700 km

4.°Vúrto Alegre, (SucursjU) — Talvez para provar que as carre-teras náo estáo morrendo como sc diz no centro do Pais, as gaú-chos realizaram domingo a prova denominada Festival de Recor-des quando um carro cãrretera, dirigido por José Asmuz, ligouPelotas a Guaíba, num total de 200 quilômetros, a uma média ho-rái-ia de 194 700 quilômetros, o que, apesar de não se constituir emrecorde nacional, pode ser considerado como excepcional, prin-cipalmente porque soprou na ocasião um vento forte que difi-cultou a marcha dos veículos.

Asmuz, um dos mais experimentados volantes gaúchos, con-duziu uma Ford cãrretera e ficou muito perto do recorde nacio-nal, atualmente em poder do jovem piloto Vitorio Andreatta,estabelecido num trecho da mesma pista, no ano passado.

CATARINO TEVE AZARCatarino Andreatta, considerado o mais famoso volante gaú-

cho de carreteras, foi colhido pelo azar. Quando a prova se apro-ximava da metade e mais acesa era a luta entre Catarino e Asmuzpela supremacia da competição, um cachorro atravessou nafrente da Corvette, que desenvolvia na oportunidade cerca de 230quilômetros horários. O choque foi violento e danificou o radia-dor de óleo do magnífico carro de Catarino, que, desta forma,teve suas chances reduzidas, terminando no terceiro posto.

SUCESSOA prova organizada pelo Automóvel Clube do Rio Grande do

Sul, foi um completo sucesso, contando com a presença, além depilotos veteranos, de um grande número de volantes da novageração. Os resultados gerais da prova foram os seguintes:

CATEGORIA TURISMO FORÇA LIVRE1." lugar — n.° 32 — José Asmuz — Ford — Tempo: lh 01 minuto 3

37 seg. e 3/5 — média: 194km720.2." — n.°'78 — Vitorio Andreatta — Chevrolet — lh09 minutos

54 seg. 4/5.3." — n.° 2 — Catarino Andreatta — Chevrolet — lhl4 min.

51 seg. 2/5.4." — n.° 44 — José João Gallina — Simca — lh 17 min. 54 seg. 1/5.5.° — n.° 87 — José Madrid — Simca — lh23 min, 05 seg. 4/5.

I CATEGORIA TURISMO E ASSEMELHADOSII l.° lugar — n.° 25 — Lauro Maurmann Jr. — JK — lh 14 min. 11

seg. 4/5 — média horária de 161km732 metros.I 2." -— n.° 97 — Teodolino Foresti — JK — lh 15 min. 00 seg. 1/5.i 3." — n.° 9 — Henrique Iwers — DKW — lh 20 min, 05 seg. 2/5.

n.° 79__." 19

João Ferreira Neto — DKW — lh 41 min. 45 seg.5." — n." iu — Cláudio Duarte — DKW — lh51 min. 27 seg.TURISMO E ASSEMELHADOS ATÉ 1600 cc.1.° lugar — n.° 9 ¦— Henrique Iwers — DKW — lh 20 min. 05 seg.

2/5 — média horária de 149 km 831 metros.2.o _ n.° 79 — João Ferreira Neto — DKW — lh 41 min. 45 seg.3.° — n.° 19 — Cláudio Duarte — DKW — lh 51 min. 27 seg.TURISMO E ASSEMELHADOS ACIMA DE 1 GÒ0 cc.1.° lugar — n.° 25 — Lauro Maurmann Jr. — JK — lh 14 min.

11 seg. 4/5 — média 161 km 732 metros.2.» — n.° 97 —- Teodolindo Foresti — JK — lh 15 min, 00 seg. 1/5.CATEGORIA ESTREANTES-— CLASSE B1.° lugar — n.° 90 — Antônio R. Magalhães — DKW — lh 29 min.

52 seg. — média de 133 km 531 metros.2." — n.° 72 — Adail D. Travi — 1 093 — lh 29 min. 52 seg. 2'5.3.0 — n,o B2 _ Armando José Marlau — 1 or3 — lh 32 min. 35

seg. 2/5.4.° — n.° 92 — Manoel M. Fernandes — 1 0H3 — 1U34 min. 42

seg. 2/5.5." — n.° 74 — Rui Menegaz — Gordini — lh 3-1 min. 4C seg. 2/5.6,o — n.° 52 — Francisco A. Feoli — DKW — lh 41 min. 45

seg. 4/5.7,o — n.° 82 — Valeriano Bradeburski —- DKW — lh44 min. 55

seg. 4/5.CATEGORIA ESTREANTES — CLASSE A1." lugar — n.° 88 Paulo Rocha da Silveira — VW — lh48 min.

04 seg. 1/5 — média 111 km039.2." — n.° 68 — Venáncio A. Mesquita F.° — VW — lh4S min.

08 seg.— n.° 58seg. 2/5.

4.° — n.° 78 — Nelson Zang — VW — lh55 min. 30 seg. 1/5.5.° — n.° 66 — Teimo Martinelli — VW — lh 55 min. 30 seg. 4/5.6.° — n.° 54 — Nei M. Ribeiro — VW — 2h 01 min. 26 seg. 3/5.7.° — n.° 84 — João Azevedo Silveira — VW — 2h04 min. 28 seg.

Os carros n.° 90, de Antônio R. Magalhães e n.6 74, de Rui Me-negaz, 1.° e 5.° colocado, na classe B, foram desclassificados pelaComissão Técnica do Automóvel Clube do Rio Grande do Sul, pornão ter sido permitido exame técnico dos veículos, após o tér-mino da prova,

O carro n.° 88, de Paulo Rocha Silveira, 1." colocado na classeA, foi protestado após a prova, tendo sido recolhido pela ComissãoTécnica do Automóvel Clube do R.G. do Sul.

Alf eu A. Cómiri — Dauphlne — lh54 min. 57

Dentro dc muito pouco tem-po os automóveis fabricados noBrasil serão inteiramente na-cionais, já que o índice de na-cionalização, entre os carros,atingiu a 99,70'.;-, c entre os ca-minhões nada menos de 99,13%.

Para que o Belcar e a Ve-maguete sejam absolutamentenacionais faltam apenas oitodécimos, o que será alcançadonum período relativamente cur-to, pois as peças que faltam jáestão cm-fase experimental defabricação.VITÓRIA

Segundo os técnicos, a situa-ção de vitória da indústria au-tomobilística brasileira é • de-corrente do próprio desenvolvi-mento econômico do Pais e daalta qualidade do operariadonacional. Disso tudo resultaluna fabulosa economia de dl-visas para o Brasil.

Para chegarmos á total na-cionalização dos automóveis fa-brieados no Brasil serão neces-sárias as peças mais delicadasdo conjunto, cuja fabricaçãomuito em breve será uma rea-lidade.NA VEMAG

Tanto o Belcar como a Vc-maguete rodam na base de99,92% de material nacional.Restam 8 décimos para a to-tal nacionalização desses vei-culos: juntas de-cabeçote, rup-tores, vedadores e rolamentosda embreagem o da árvore dedireção.

Essas peças pesnm 679 gra-mas para cada ' veículo, cujopeso total c de aproximada-mente 1 000 quilos. Como as de-mais indústrias, a Vemag estácerta de que dentro de poucotempo os fabricantes de peçasnacionais as produzirão paraeliminar definitivamente a suaimportação.

Ã Vemag em 1957 importavainteiramente o Belcar; em 1958,a nacionalização já pulava pá-ra 65,4%; em 1959, 85,3',:-; em1960, 95,2%; em 1961, 97,00?,,;em 1962, 99,03c'<; cm 1903,99,03% e em 1964 (até junho i,99,92%. Quanto ã Vemaguet:em 1957 (início da fabrica-ção) a nacionalização alcança-va-54,20%; em 1958, 65,14%;em 1959, 79,20%; em 1960,91,60%; em 1961, 95,80%; em1962, 99,30%: em 1903, 99,30%e em 1964, 99,92%.

Instalada no bairro do Ipi-ranga, a Vemag dispõe de 85 000metros quadrados de área cons-truida. Lá trabalham 4 200 ope-rários. A sua produção anualalcança 60 mil e a quase totalnacionalização dos seus carrospossibilita ao Pais uma econo-

mia anual de divisas da ordemde US$ 115 milhões.SIMCA

Na Simca do Brasil o pano-rama é mais ou menos o mes-mo: os índices de nacionaliza-cão ali atingem 99,42% (peso)e 98,73% (preço).

A importação da França, porveículo, corresponde a um pesode 7.561 gramas, representandoUSS 20,281. O cairo pesa cercade 1300 quilos e custa acimade CrS 6 milhões. Pecas impor-tadas: no motor — carburado-res, molas de válvula da bom-'lia de óleo e mola da válvula(total de 2,865 gramas); sus-pensão — rolamento de escova,guia da haste do pistão e doistipos de bucha de rótula (totaluc 950 gramas»: eixo dianteiro— a barra estabilizadora (pesode 3.746 gramas).

Esclarece a firma que taispeças são importadas porqueexigem absoluta segurança egrau de acabamento perfeito,ainda não alcançados pela in-dúsiria nacional. Não são apre-sentadas fotos de tais peças,por obstáculos opostos pelo ge-rente dc produção da Simca.WILLYS

Na Willys também a nacio-lialização atinge quase 100^?.

No caso do Aero-Wlllys 2 600,que pesa 1332 quilos, a im-portáção é de 1 395 gramas,equivalente assim a 0,23%. Ocusto global dessas peças é deUSS 8,93. cãrca de CrS 10 milconvertidos á taxa livre. Ten-do em conta o valor do 2 600,hoje acima de CrS 6 milhões,verifica-se que o material ím-portado é reduzidíssimo.

Importa a Willys: a árvore,o rolamento e a vedação dorotor c!a bomba de água, ro-lamento do encosto, rolamentoda árvore primária, rolamen-to da traseira da árvore se-cundária, rolamento da árvo-re secundária e a esfera dodispositivo retém de engre-namento. Da mesma forma,o Gordini e o Dauphlne, alémda Rural e do rick-up carecemapenas cie rolamentos e es-feras importados, num totalde 1391 gramas no peso to-tal de cada veiculo e custamUSS 8.96.MERCEDES-BENZ

Fundada em 1953, a Mei-cedes-Benz cio Brasil já em1955, com a instalação de equi-pamento vindo da Alemanha,realizava na Via Anchieta, pe-la primeira yez na AméricaLatina, a fundição de blocosde motor para veículo.

Um ano depois procedia-se

à usinagem desses blocos, ini-ciaudo-se a linha de produ-çáo dos caminhões médios (de5 e 6 toneladas).

Justamente esse caminhãomédio — que é o forte da Mer-cedes, pois representa, 95% dasua produção — nacionalizou-serapidamente e atualmente ai-cança 99,13%. Só é importa-do o que as,suas subcontratan-tes não conseguem produzir ãaltura das exigências da fir-ma. Vêm dos EUA e da Ale-manha; juntas especiais, anéisde aço de vedação, presilhasc chavetas. Isso tudo repre-senta per veiculo, que pesa3 275 quilos, uma importaçãode 28 quilos (equivalentes aUSS 391. Cada caminhão custacerca de USS 4 500.

¦ Quanto aos ônibus monoblo-co, os índices da Mercedes che-gam a 98,75%. Depende pa-ra sua total nacionalização deesferas de válvulas de filtrode óleo, rolamentos, ruelas,molas dc retrocesso com dis-co esférico e válvula termos-tática.VOLKSWAGEN

Representando mais de 50%da produção da indústria au-tomobilística brasileira, aVolkswagen do Brasil utilizaapenas 535 gramas de pe-ças importadas, cujo valor éde US5 4,98, para o seu sedan.

Isto é o que íalta para oVclks brasileiro ser inteira-mente nacional: 1 — anel devedação do eixo de maiiivela(pesa 30 gramas). Sua produ-çáo no Brasil está em faseexperimental. Trata-se de umanel de aço revestido de umaborracha especial, utilizada navedação tio óleo do virabre-quim para o eártèr; 2 — jô-go de válvulas de escapamen-to (pesa 50 gramas cada e ojogo é formado de 4 válvu-Ias). São válvulas blindadasde aço especial e empregadasno cabeçote do cilindro. Ape-sar de custo unitário relativa-mente baixo, é peça que en-volve um enorme complexo in-dustrial para a sua produção;3 — garfo de 1.» c 2.a velo-cidades (pesa 175 gramas) egarfo de 3.a e 4.a velocidades(pesa 130 gramas), igualmen-le já em produção experimen-tal no Brasil.

Disse o' Sr. Schultz-WenkDireto r-Superintendente daVolkswagen do Brasil, que asua indústria muito breve ai-cançará sua total auto-su-fíciência, pois das quatro eúnicas peças importadas, trêsestão em fase experimental deprodução no Brasil e subme-

tidas a provas na Volkswagen.Salientou que os testes rea-

lizados resultaram em êxito, òque leva a crer que em pou-co tempo o problema estaráresolvido e não haverá maisimportação, As consideraçõesdo Sr. Schultz-Wenk rélacio-narám-se com a alta qualida-de dos produtos nacionais, èna oportunidade teceu elogiosã capacidade dc assimilaçãodo trabalhador brasileiro.FORD

Também próxima da totalnacionalização dos seus vei-culos está a Ford Motor doBrasil.

A grande indústria automo-bilistica do Ipiranga, cm suadiversificada linha de produ*ção, importa menos, de 2% nosetor de pick-ups e caminhõese 4%- em relação ao trator.Para êste ano não há pia-no para maior nacionaliza-çáo, pois os caminhões estãodentro da tolerância exigidapelo Governo. Quanto aos tra-tores, até dezembro do cor-rente a Ford atingirá 96,21%com a náo mais importaçãoda barra de alinhamento doeixo e rolamentos das rodas;cm 1965 os índices subirão pa-ra 97.29';, e em 1966 o restan-te da nacionalização será com-pletádo.

O F-100 está nacionalizadocm 98.08'.'¦ — pesa 1615 qui-los e a importação atual éde 21 quilos; o F-350 estácom 98,90';- — pesa 1776 qui-los, importàndó-se 20 quilos:o F-G00 gasolina está com99,11% — pesa 2 654 quilos,impòrtàndo-se 24 quilos; oF-600 Diesel está com 99,69% —-pesa 2 918 quilos, importando-se 9 quilos. Quanto ao tra-tor, está nacionalizado em93.58';:. — pesa 2 230 quilos, im-portando-se 143 quilos.

E o que importa a Ford nosetor de caminhões? Para omotor, árvore do comando deválvulas, cadeia silenciosa dodistribuidor, tuchos, balanceio,molas de válvulas, termostatoda bomba de água, distribui-dor completo e bomba de ga-solina. È no geral, célula óti-ca, motor do limpador do pá-ra-brisa, braço e palhetas dolimpador c medidor de goso-Una.

Quanto aos tratores, estassáo as peças importadas: pon-tas de eixo, caixa do levanta-dor hidráulico, engrenagem dabomba do levantador, rolamen-to do eixo traseiro, levanta-dor hidráulico e bomba dolevantador hidráulico.

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4 •— Cad. de Automóvel, Jornal do Brasil, Sábado, 20-8-65¦_"-f»*>.U','*.... i niiiiiaaa ttSwatol m.n i r mmhbb-i mün i<J>. M-flil ¦ -, I, ,|.- |É-|

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Quando você pára para ver oacidente, ajude o acidentado

Bird Clemente, Wilson Fitipaldi e Luis Pereira Bueno

Paulistas voltam espantadoscom o que viram na Europa

São Paulo (Sucursal)Temos muito queaprender com a Europaem matéria de organiza-ção — foi o que concluí-ram Wilson Fitipaldi,Bird Clemente e Luís Pe-reira Bueno, corredoresda Willys, após percor-rerem, no mês passado,a França, a Itália e aSuíça.

Acham, também, queLemos o melhor autódro-mo do mundo — Interla-gos — e que precisamosaproveitá-lo melhor, ref a-zendo a pista, criandomelhores condições de co-modidade e de" seguran-ça para o público, e fa-zendo com que êle setorne, efetivamente, umcentro de atração capazde popularizar 6 automo-bilismo.

POVO MERECE MAISEm primeiro lugarassinalam os cor-redores — os europeus

têm calendários espor-tivos bem organizados,que não existem aqui.O Brasil tem abusa-do das grandes corri-das (1000 quilômetros,24 Horas de Interlagos,Mil Milhas etc), o quedificulta a vida dos pilo-tos avulsos, que aindasao a alma das provas.As fábricas, somadas, en-tram normalmente com8 ou 10 carros. O restan-te se compõe de parti-culares que têm dificul-dades para enfrentar asdespesas. Seria preferi-vel — segundo elesque se organizasse umcalendário em que mui-tas provas pequenas sealternassem com as gran-des, criando oportunida-de real para todos.

Ainda o problema daorganização se reflete nadisciplina. No Brasil, aocontrário do que aconte-ce na Europa, os hora-rios não são respeitados,dá-se um jeitinho paraque os carros obtenhamhomologação na última.

hora etc. Assim aconte-ce também com a segu-rança do público, quenormalmente atravessa apista de Interlagos. Wil-son Fitipaldi acha que,se não se pode segurar aassistência, é melhor nãofazer corridas.

Interlagos tem amelhor visibilidadede todos os autódromosdo mundo — é o queeles acham — e pode-ria transformar-se numgrande centro de atra-ção, como Le Mans, ondehá, além das corridas,parques de diversões,restaurantes, Museu deAutomóveis etc.

Tudo isto faz com queo povo francês seja umentusiasta do automobi-lismo, tanto quanto dofutebol, ou mais ainda.Lá — contam os corre-dores — o povo realmen-te incentiva e torce. Gra-ças a um bom sistema deinformações por alto-fa-lantes, que acompanhamtodos os detalhes da pro-va, o público sabe ime-diatamente quando foiquebrado um recorde ouqual o carro que está li-derando cada categoria.Assim, um piloto quechegou em décimo lugaré bastante aclamado,quando liderou sua cate-goria, o que não acon-tece no Brasil, onde nor-malmente o público malinformado, só reconhececomo vencedor o que che-gou na frente de todos.— Tudo isto — comen-tam Fitipaldi e Bird —pode parecer insignifi-cante, mas em verdadetem uma importânciaenorme.

Lá, os corredores setornam, realmente popu-lares — e, além disso,muito ricos. Numa corri-da, um piloto de "fórmu-la 1" pode ganhar 40 mi-lhões de cruzeiros. De-

pois, o grande número deprovas importantes (ocorredor pode' escolhersuas competições nos vá-

rios países) abre grandesoportunidades.

MUITAS MARCAS,POUCOS HERÓIS

Os europeus dispõe demuitas marcas e de car-ros potentes, e nisto nossuperam. Como dispõemde carros mais possantese seus circuitos são ge-ralmente melhores, po-dem desenvolver grandesvelocidades, aqui só pos-síveis em Interlagos.

— Quanto aos pilotos— observam — não sãonada excepcionais, à ex-ceção de uns quatro, dacategoria de Jim Clark.Nossos corredores podem,com um período de adap-tação, competir fácil-mente com eles. Tambémalguns de nossos carros(os "1000" nacionais)estão equiparados aos eu-ropeus, mas, de um mo-do geral, não podemosenfrentá-los.

Há, no entanto, entrea maioria dos pilotos,uma grande igualdade.No Grande Prêmio deRuão, por exemplo, ha-via 16 carros "fórmula 1",e a diferença entre o me-lhor e o pior foi de ape-nas 5 segundos.

O QUE PRECISAMUDAR

Bird, Fitipaldi e LuísPereira Bueno fizeram,finalmente, um balançodo que se deve melhorar,imediatamente, no Bra-sil:a) o piso de Interlagos

precisa ser refeito;b) é preciso cercar to-do o circuito;c) os automóveis de-vem ter maior potência;d) é preciso substituir

as corridas em pista dekart (Fundão, Piracica-ba, (por exemplo), pormaior número de provasem. Interlagos.

Bird Clemente achaque o Brasil tem 3 bonscircuitos: Interlagos,Brasília ePôrto Alegre

(Cavalhada). S ò m e n-te nesses — acrescenta— é possível ao carromostrar o que realmen-te pode fazer, em con-junto. Nas demais, a ve-locidade tem de ser bas-tante reduzida e poucose pode provar.— Na Europa — lem-bra ainda — qualquercircuito tem curvas quepermitem 150 km/h.Além disso, há grandesretas (em Le Mans háuma de 6 700 metros),onde se pode chegar aaltas velocidades, impôs-síveis no Brasil não sópor causa dos circuitos,mas também pela peque-na potência dos carros.

PARA ENFRENTAR. O SIMCA

Wilson Fitipaldi gos-tou do nôvo protótipo doSimca Tufão GT, que seexibiu nos Mil Quilôme-tros de Inter lagos, eacha que o carro pode-ria ter dado mais. Acre-dita que, com o motorR-8, que a Willys come-cará a usar em breve, oprotótipo Simca poderáter um bom competidor.O motor 1 000 da Berli-neta vencida pelo GT daSimca é de 70 HP, e oR-8 de 97. Este motorpoderia ter sido testadonaquela mesma prova,mas um desarranjo fêzcom que o carro fosseafastado na última hora.O motor, já testado, fêza média de 105 km/h,menos do que o GT daSimca, mas a diferençapode ser compensada. ABerlineta, que levará omotor R-8, é menor, maisleve e dá maior velocida-de nas curvas.

A comparação, de qual-quer forma, poderá serfeita no dia 6 de outu-bro, nas Seis Horas daBarra da T i j u c a, se oR:8 e o protótipo da Sim-ca puderem inscrever-se.Até agora, há apenas pia-nos vagos, nada con-creto.

Quando o acidente ocorre, nunca faltaum número razoável de curiosos que, depassagem pelo local, param para ver deperto. Outras vezes, quando acontece emestradas, é um dos motoristas envolvidosou outros de passagem que param parasaber a extensão do desastre. De uma for-ma ou áe outra, é certo que espectadoresnunca faltam. E quantas vezes a interven-ção de um deles poderia tornar menor o so-frimento dos acidentados, garantir a suasobrevivência, ou, apenas, assisti-los em.coisas pequenas até a chegada do socorro?Mas em geral, êstes espectadores limitam-se a olhar,, não por falta de espírito de so-lidarieáaáe, mas por sentirem-se incapazesáe uma ajuda eficaz.

Pensando nisto, o Centro de Intercâm-mo Preventivo de Acidentes áe Tráfego deSão Paulo, elaborou um Manual de Primei-ros Socorros para acidentes de tráfego, queo Caderno de Automóveis transcreve hojelias partes principais. A leitura cuidadosadas recomendações para cada caso nãotransformará ninguém em médico, eviáen-temente, mas dará a cada um condições decumprir a sua parte, quando isto fôr ne-cessário. '

MEDIDAS GERAISAs primeiras providências que se devetomar após a ocorrência de acidente rodo-viário, sao catalogadas no capítulo inicialdo manual de primeiros socorros, sobre me-didas gerais imediatas. O objetivo destas écriar condições para o socorro de emergèn-cia, evitando que o acidente se agrave pordescuido dos que estão em condições deprestar ajuda, ou por apavoramento, assimchamado o distúrbio nervoso que freqüen-temente ocorre aos que presenciam um de-sastre, impossibilitando-os de colaborar noatendimento às vítimas.

* * FltaÍ**medidas gerais imediatas, numtotal de 15, podem ser retidas na memóriae executadas mecanicamente na ocasiãonecessária sem que para isso seja precisomais que três ou quatro leituras repetidase atentas do que elas determinam_ As providências de caráter imediatosao as seguintes: 1 — parar em local se-guro; 2 — se fôr à noite, iluminar o localao acidente com os faróis do carro; si-nalizaro local para evitar agravamento doacidente; 4 —* examinar a ocorrência paraevitar agravamento do estado da vítima; 5~- ter cuidado com: combustível derrama-do, carga inflamável, curto-circuito (desli-gando a bateria), perigo de tombamento, eevitar que fumem ou risquem fósforo; 6 —afastar as vítimas apenas se estiverem emlocal perigoso; 7 — não remover as vítimasantes de avaliaáos os seus ferimentos, ex-ceto para sua segurança; 8 — ter calmanao tomar qualquer providência sem tercerteza de seus resultaâos; 9 — não levan-tar, não virar, não fazer anâar a vítimasem necessidade e antes de se certificar porque o está fazendo; 10— tomar providen-cias rápidas nos casos ãe hemorragias en-venenamento e descarga elétrica; 11 — nãoforçar líquidos na boca de pessoas incons-cientes; 12 — não tentar reanimar incons-cientes com tapas no rosto ou gritos; 13 —nunca dar álcool, qualquer que seja a na-tureza do acidente; 14 — pedir, se fôr pos-siyel.a um dos presentes para ler as instru-

çoes do tnanual, enquanto elas são executa-das; 15 — fazer o exame geral da vitima,áe acordo com as recomendações do capí-tulo exame geral do acidentado.V

EXAME GERAL

No caso de após o acidente permane-'cer a vitima consciente, quem presta osprimeiros socorros deve ter três cuidados.iniciais: perguntar onde estão as dores eo que sente o acidentado; tranqüilizá-locom palavras de confiança e coragem; evi-tar que veja sangue, membro fraturado ououtras vítimas, para evitar conseqüênciasprejudiciais de origem nervosa.

O exame geral preliminar deve ser fei-to deitando-se a vítima em lugar seguro,com o mínimo de movimento, sobre super-íície plana, lisa e firme, de barriga paracima e com a cabeça e pés no mesmo ní-vel. Devem ser tomados cuidados especiaisquando há suspeita de fratura da colunavertebral.

CLASSIFICAÇÃO DOS FERIMENTOS

No caso de ocorrer hemorragia, é indis-pensável lembrar, evitando os conseqüên-cias, que a perda de muito sangue sempreimpressiona desfavoràvelmente, aumentan-do o nervosismo da vítima e de quem a so-corre. É indispensável a quem presta osprimeiros socorros à vítima agir com rapi-dez se houver muita perda de sangue, paraevitar as complicações que as hemorragias

. graves acarretam.Para o caso de ferimentos na cabeça,a primeira providência é proceder a um.exame superficial para verificar sangra-

mentos ou afundamentos, além de: exa-minar os olhos — se houver ferimento oucorpo estranho, lavá-los com água limpa,vedando-os depois; examinar a face — ha-vendo ferimento sangrante limpar comágua oxigenada ou água limpa, comprimin-do com gaze ou pano limpo; examinar aboca — se apresentar hemorragia ou vô-mito, voltar a face para o lado, facilitandoo escoamento; examinar dentes e pontesse houver pedaços, removê-los para evi-tar engasgos; examinar o pescoço — ha-vendo hemorragia, comprimir para estan-car, aliviando cada cinco ou dez minutos,tendo o cuidado de não comprimir os doislados ao mesmo tempo; examinar o tóraxverificando se há fratura ou afunda-mento. Se houver objeto perfurante, dei-xar no_ lugar, a não ser que dificulte a lo-comoção da vítima; examinar o abdômense saírem alças intestinais, cobri-las compano molhado, fazendo leve pressão para

evitar que continuem saindo; examinar aspernas — tomando os cuidados de não re-tirar a roupa, cortar a veste pelo lado ex-terno das pernas, de cima para baixo, pas-sando a mão espalmada por baixo; exami-nar os pés — colocar em posição normal(calcanhar no solo e ponta voltada parafora), observar se esta saindo sangue, e,antes de tirar os sapatos, ver se estão ser-'vindo de apoio em caso de fratura dos pés.HEMORRAGIAS

Quando após um acidente a vitima so-frer hemorragia, é preciso que o encar-regado dos primeiros socorros lembre sem-pre que a perda de sangue pode custar umavida, e em conseqüência determine provi-dências rapidamente.

Os sintomas comuns de hemorragiasão os seguintes: aumento da palidez, em-branquecimento da parte interior das pál-pebras; esfriamento das mãos, pés e ore-lhas; aceleração da pulsação e sensação dedesmaio.

A vítima deve ser deitada de barrigapara cima, verificando quem presta os pri-meiros socorros se a hemorragia é arterial(sangue vermelho claro, sai aos poucos)ou venosa (sangue vermelho-escuro, saicontinuamente). ,Em seguida deve suspender o membroatingido, a não ser que haja fratura, do-brá-lo se a hemorragia não parar, compri-mir a ferida com gaze ou pano limpo, aper-tar com o dedo indicador, e se nao parar,usar o garrote.Em caso de hemorragia nasal, deve-seelevar a cabeça da vítima e incliná-la paratrás, aplicar compressas frias ou um tam-pão com gaze ou um pedaço de pano lim-po. Em seguida, comprimir a fossa san-grante com o dedo, mas só durante cincoou seis minutos.

O garrote, ou torniquete, que servepara estancar o sangue, pode ser feito comum tubo fino de borracha, gravata, cinto,lenço ou uma simples tira de pano.Passa-se a tira em torno da raiz domembro que sangra e dá-se um nó simples,e no laço prende-se um pedaço de madei-ra. Torce-se até cessar a hemorragia, semapertar demais, afrouxando cada 25 mi-nutos, sem tirar do lugar.

Lugar certo de colocar: no meio dobraço e no meio da coxa. Não adianta co-locar torniquete abaixo do joelho ou no an-tebraço, porque aí as artérias passam en-tre os ossos. Se a vítima tiver de ser re-movida, é preciso não deixar de avisar aquem a acompanha de que foi colocadogarrote, para o indispensável afrouxa-mento.

FRATURAS

As fraturas expostas dos membros sãoaquelas onde há exposição do osso ou san-gramento, muito comum em acidentes au-tomobilísticos. Os cuidados a tomar são osseguintes: verificar a quantidade de san-gue perdido: se fôr maior que uma toalhaensopada; fazer o garroteamento do mem-bro em suá raiz; envolver a ferida com pa-nos limpos; imobilizar o membro usandotábuas; não tentar pôr o osso no lugar(este cuidado é importantíssimo); uma vezimobilizado, transportar para o hospitalmais próximo.

Ocorrendo fraturas fechadas, nas quaisnão há sangramento ou exposição do osso,deve-se imobilizar o membro atingido e le-var a vítima a um hospital.

A fratura da coluna vertebral, a demaior gravidade, exige cuidados maiores.Apresenta como sintomas dor muito fortena coluna, em toda a extensão, dificulda-de no movimento da cabeça, pescoço, bra-ços e pernas, paralisia e insensibilidade depernas e braços.

A vítima deve ser conduzida com mui-to cuidado, em prancha dura, deitado debarriga para cima, e estendido em comple-to relaxamento.

Quando houver suspeita de fratura dopescoço, o paciente deve ser transportadode forma idêntica à descrita acima, mascom a cabeça imobilizada por dois calçoslaterais (sacos de areia, panos dobradosetc.), com a cabeça estendida para trás. '

QUEIMADURASO principal cuidado a ser observado

por quem atende uma vítima de queima-duras deve ser o de mover o menos pos-si vel o acidentado. Em seguida deve-se co-brir as partes queimadas com gaze ou pa-nos limpos, não deixar a queimadura ex-posta, e dar um pouco de água salgada aopaciente.

Não se deve despejar água corrente sô-bre a queimadura, mas colocá-la em águafria ou gelada por alguns minutos, até pa-rar a dor. Os panos de água fria colocadossobre a queimadura devem ser trocadoscada cinco minutos.

PANCADAS NA CABEÇA

Os sintomas comuns de lesões na ca-beca são hemorragia ou saída de líquidospelas narinas, ouvidos e couro cabeludo,perda de sentidos, convulsão, confusãomental e sonolência, dor de cabeça, vômi-to, diminuição da visão, agitação, inquie-tude, suores frios, medo, palpitação etc.

Se houver hemorragia pelas narinasou ouvidos, a vítima deve ser mantida dei-tada, em repouso. Se houver hemorragiapelo couro cabeludo, deve ser feita umacompressão com pano dobrado, usandopouca força, pois pode haver fratura, aqual pode ser constatada pelo ranger dosossos contra a palma da mão.

Se o acidentado estiver sem sentidosdeve ser deitado de barriga para cima, coma cabeça dois palmos mais baixa que ospés, fazendo-se em seguida respiração ar-tificial.

.Tornai do Brasil, Sábado, 20-8-64, Cad. de Automóvel — 5

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Ministro foi ver Ouro BrancoNo último dia 9, domingo,

importantes personalidadesreuniram-se na Granja Ou-ro Branco, em Jacarepaguá, Branco.

e os avicultores José cieSousa Paixão e Álvaro San-tos, proprietários da Ouro

para conversar sobre avi-cultura e seus problemas.Estiveram presentes o Mi-nistro da Agricultura, o Di-retor da Carteira de CréditoAgrícola e Industrial doBanco do Brasil, o Presiden-te da Companhia Centralde Abastecimento (COCEA)da Guanabara, assessores

Na conversa, íoi dada én-fase especial, pelo Sr. Pai-xão, à importância da in-dustrialização dos produtosavícolas que é o fator linii-tante da avicultura, no mo-mento. Paixão explicou àsautoridades que é este o se-tor que mais necessita deamparo das organizações

do Presidente da República, oficiais de crédito que dc-

vem facilitar o máximo aimplantação de modernosabatedouros e estações pa-ra beneficiamento e classi-íicação de ovos.

As autoridades mostra-ram-se interessadas em re-solver os problemas da avi-»cultura e combinaram umpróximo encontro, em dataa ser oportunamente mar-cada, nas Granjas AvícolaPaixão, em Santíssimo.

EDIÇÃO ESPECIALA tradicional Revista dos Criadores que

trata, principalmente, de assuntos ligados ábovlnocúltura, sendo mesmo o órgfio oficiosoda Associação Paulista de Criadores de Bovi-nos, lançará, no próximo mês de outubro, ma'.suma Edição Especial Dedicada à. Avicultura.A revista, muito bem impressa, foi fundada em1930, sendo a mais antiga publicação especia-lizada de-,pecuária do País. Entre seus cola-boradores -destaca-se, no setor avícola, o no-me do, yçterinário Henrique F. Raimo, Chefedo SètorTüè Avicultura da Secretaria de Ágri-cultüía, tfi&j-São Paulo e conhecido por suagrande quantidade de trabalhos publicados.

/¦¦firmam os editores da Revista des Cria-dores qt}e -á publicação atinge um mercadoios

'avicultores) integrado por elementos tèc-

nicanlcáte evoluídos, que esse ano terão pro-duzido 45,5 bilhões de cruzeiros, representa-dos por 180 milhões de dúzias de ovos _ 32 200toneladas de frangos.

KEYSTONE VENCEEM NOVA IORQUE

O Teste Oficial de Postura, dêste ano, doEslado de Nova Iorque acabou, recentemente.

Das diversas marcas de pintos conhecidasno Brasil, apenas a Keystone e a canadenseShaver colocaram-se no primeiro quartílho ougrupo. No teste cuja finalidade é determinara qualidade das pintos oferecidos it venda nomercado, são determinados, cientificamente,vários fatores de importância econômica, co-mo. por exemplo, pereentagem de postura, con-versão dc ração em ovos, viabilidade, tama-nho e qualidade dos ovos etc...

Num mesmo qunrtilho são grupadas as mar-cas dc aves cujos resultados econômicos sãopraticamente iguais.

As diferenças dos resultados obtidas pelasaves do mesmo grupo ou quartílho são con-sideradas obras do «caso, isto é, sem signi-íicação estatística. Também na Guanabaraestá em andamento mn Teste Oficial de Pos-tura que é pela primeira vez realizado noBrasil. O teste brasileiro realiza-se no Cen-tro de Experimentação Agronômica (FazendaModelo) da Secretaria de Economia.

CORRESPONDÊNCIAA correspondência para esta seção, solici-

tando folhetos técnicos, informações, fazendosugestões ou críticas, deverá ser enviada paraJORNAL DO BRASIL — AVICULTURA, Av.Rio Branco, 110 — Rio de Janeiro — GB.

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l>nfr#iií/fo

Comissão que estuda previdênciamanterá quase todos benefícios

O Presidente da Comissâ.:*de Heíormulnção da Previ-dência Social, Sr. MoacirVeloso, negou fundamentoás noticias — amplamentedifundidas nas associaçõesde classe — sóbre o prova-vel cancelamento de iníime-ros benefícios aos segura-dos da Previdência Social,Inclusive os auxilios-doença,natalidade e funeral. Ga-rante o presidente da co-missão e chefo-de-gabine-te do Ministro do Trabalhoque isso nâo acontecerá.

Embora os membros dacomissão discordem sobrevárias questões relaciona-das com a Presidência So-ciai, sabe-se, desde já, quesão unânimes ria criação doMinistério da PrevidênciaSocial — que seria o órgãomais Importante do Govêr-no, uma vez que contariacom mais recursos do quea Fazenda Nacional.

PRONTO-SOCORRO

É idéia geral agrupar to-dos os Institutos nesse Mi-nlstério, mandando para oda Saúde, Educação, Agri-cultura e provavelmente aSUNAB os demais órgãosda Previdência Social 011 aela vinculados. Mais exata-mente o SAPS e o SAMDU,que desapareceriam, páraabrir caminho ao novo Mi-nlstério.

_Os integrantes da Comis-são de Reformulação tíaPrevidência Social, c o r.iuma ou outra exclusão, sãotécnicos experimentados ebem intencionados, adivu-tindo-se mesmo que ve-nham a cometer alguns er-ros com a intenção de acer-tar. E esses erros, que já seantecipam, estão exata-mente na dispersão dos di-versos serviços da Previdên-cia Social para Ministériostotalmente desaparelhados,como os da Saúde, Educa-

ção e Agricultura. Ficassemtodos os Institutos, SAPS eSAMDU na estrutura doMinistério da Previdência,ai teríamos a solução inte-li gen te e nenhuma oposi-ção das categorias profls-sionais, que temem perderos benefícios alcançados emduras lutas.

Ninguém sabe explicarpor que o futuro Ministériodeve abrir mão de parte dosserviços hoje prestados pe-las instituições de Previdên-cia Social, fracionando-os econdenando-os ao desaparc-cimento. Os dirigentes sin-dlcais confiam no Presi-dente da Comissão de Rc-formulação da PrevidênciaSocial — mas desconfiamdas Intenções de vários deseus membros. É precisoque sejam ouvidos. E queos membros da comissãotambém saibam ouvir.

O Interventor no SAPS, Sr. René Un-uttade Amiei, determinou aos seus assessores es-ludos para o funcionamento de um "Pronto-Socorro Alimentar". E mais um serviço quea autarquia pretende prestar aos seguradosna previdência social. E uma resposta paraaqueles que não acreditam no SAPS.

ELEIÇÕESMarcadas para 8 de setembro as eleições

no Sindicato dos Médicos da Guanabara.Chapa única, encabeçada por Luis Murgel.Programa: luta pela fixação de um salário-base para a classe.

LADRILHEIROSHomologado pelo Tribunal Regional do Tra-

brilho o acordo firmado entre empregados eempregadores da indústria dc ladrilhos hidráu-licos (construção civil). Noventa por centosóbre o último acordo, com vigência a par-tir de 1.° de setembro e duração de um ano.Poucos empregados serão beneficiados peloreajustamento, uma vez que os salários, naépoca, eram baixíssimos.

PRESOSSomente o Superior Tribunal Militar pôde-rã conceder hnbeas-corpus aos presos que

integravam o Fórum Sindical de Debates,da orla marítima de Santos. Isso o que deci-diu o Supremo Tribunal Federal, estribadòcm jurisprudência. Dessa forma, continua.-rão na cadeia os dirigentes sindicais Ademarcios Santos, Alberto Ferreira, Altamirando daSilva Almeida, Antônio Miguel Martins. Clau-dionor Florentino. Romingos Brandão, Domin-gos Garcia, Francisco Pacheco da Silva, Jack-son dos Santos Fominho, Jairo Granato, JoãoGranato, Joaquim da Silva, Jonas Sobrinho.José Bezzi. José Reinaldo Alves, José Rodri-gltes Teixeira, José Otero, Laerto Carneiroda Silva, Moisés Góis. Nilo Garcia, Orlandodos Santos, Osvaldo Lourenço, René Silva.Ricardo Bonfanti, Sebastião Assis Bezerra eUniflávio Oliveira Passos. Todos enquadra-dos na Lei de Segurança Nacional.

JPMO Sr. Nilo Biazeto, ex-Diretor da Comissão

do Imposto Sindical, atendendo ao edital doIPM do Ministério do Trabalho, prestou de-poinièrito perante o Major Gessé. Depoimentosisiloso. Nos corredores do Palácio do Tra-balho, o Sr. Biazeto não escondeu a sua opi-nião sóbre o ex-Ministro Amauri Silva: umconservador, no Paraná. E sóbre Almino Afon-so: uni agitador.

CURSOAinda abertas as inscrições para o cur-

so de corte e costura do Sindicato dos Empre-gados no Comércio da Guanabara. Informa-ções poderão ser obtidas na Rua André Ca-valcánti, 33.

JUSTIÇANa Justiça do Trabalho — IO.1 Junta de

Conciliação e Julgamento — o pedido de res-

cisão do contrato de Derci Gonçalves com aTV-Rio. O advogado da artista, Sr. José Ca-llieiro Bonfim, diz que Derci concorda como pagamento da multa de Cr$ 6 milhões —salário de um mês — pela rescisão. O Ju':/,Hélio Caldas deverá declarar rescindido o con-trato no dia 2 de setembro.

DESEMPREGONério Batendieri, coordcnador-geral da. co-

missão intenninisterial encarregada de estudar oproblema do desemprego no pais, vem tra-balhando sozinho, no Ministério do Traba-lho. Os demais membros da comissão, queprometeram iniciar as reuniões esta semana,ainda náo compareceram ao Ministério.

CONVÊNIOJá aprovado pelo Departamento Nacional

da Previdência Social o convênio assinado en-tre o IAPC e r Santa Casa de Misericórdia:mais leitos para os segurados do Instituto.

TECELOESO Diretor do Departamento Nacional da

Privldêncla Social, Sr. Maira Filho, ficou demarcar mesa-redonda, para debate das reivin-dicações dos tecelões. Na representação queencaminharam á representação patronal, ostecelões pleiteiam:

1. Aumento de 70 por cento sobre os sa-lários vigentes em julho, extensivo a todos osempregados, independentemente de tempo deserviço prestado;'2. Salário mínimo de CrS 71400 (maiores)e CrS 35 mil (menores), em toda a indústriatêxtil cia Guanabara;

3. Pagamento integral desse salário mini-mo a todo empregado tarefeiro. que, traba-lhando o mês integral e por deficiência demaquinas, falta de material ou outro motivoalheio à sua vontade, não atinja o salário mi-nimo de CrS 71400;

4. Esse acordo vigorará de 1 de ngôstode 64 a 31 de janeiro de 65, comprometendo-se ambas as partes a novas negociações paraoutro reajustamento salarial, sempre de acór-do com o percentual da elevação do custo devida.

EDIFÍCIOSMais uma chapa única (isso até parece epi-demiá) nas eleições do Sindicato dos Empre-

gados em Edifícios da Guanabara, marcadaspara 15 de setembro. Encabeçada por CassiàuòPereira cia Silva.

MARÍTIMOSRenunciou o tesoureiro da Federação Na-

cional dos Marítimos, Sr. Oclival Rodrigues.Sua decisão já foi comunicada ao Ministrodo Trabalho. O motivo da renúncia ainda éignorado.

ENFERMEIROSSegunda-feira, teremos eleições no Sindi-\

cato dos Enfermeiros da Marinha Mercante. ?Mário Moreira, atual presidente, encabeçachapa única. Há indícios de que faltará oquorum necessário.

O QUE VOCÊ DEVE SABER1) A lei empresta às car-

teiras profissionais regular-mente emitidas valor pro-bante em Juízo, nos casosde dissídios na Justiça doTrabalho, entre empregadoe empregador, por motivosde salários, férias ou tem-po de serviço;

2) As anotações das car-teiras profissionais elevemser extraídas do registro deempregados c feitas peloempregador ou por seu re-presentante legal;

3) A lei não cogitou de

período experimental paraefeito do registro de em-pregados — e tão-sòmenteem relação â indenização. Oempregado deve ser regis-trado imediatamente apóssua admissão, a fim de que.assegurada a relação de em-prego, esteja coberto dosriscos de acidentes do tra-balho. O registro é uma im-posição legal de ordem pú-blica, que não pode ser ai-tarada pelos interessados.Apenas as condições do tra-balho é que são dc livre es-

tipulação das partes con-tratantes;

4) O empregador que re-eeber carteira para anotare a retiver por mais de 48horas ficará sujeito ao pa-gamento de multa:

5) Os livros de registro deempregados devem ser ru-bricados e legalizados peloDepartamento Nacional doTrabalho na Guanabara epelas Delegacias Regionaisou repartições autorizadascm virtude de lei, nos Es-tados e Territórios.

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* ÁLVARO BOTELHO JUNQUEIRA — Fale-ceu nesta Cidade, dia 27, aos 58 anos de

idade, o Dr, Álvaro Botelho Junqueira, médico,casado com D. Oladys Ribeiro Botelho Jun-queira. Deixa os filhos Sônia Botelho Jun-queira, solteira, assistente social; Plínio Bote-lho Junqueira, engenheiro, solteiro; MandaBotelho Junqueira de Andrade, casada com oSr: Renato Junqueira de Andrade, engenheiro;Isa Botelho Junqueira, solteira; Maurício Bo-telho.Junqueira, solteiro e Márcia BotelhoJunqueira, solteira. Deixa também os netosRenato e Caio Márcio, filhos de D. Iolanda edo Si*. Renato Junqueira de Andrade. O cor-po foi sepultado dia 27, no Cemitério São JoáoBatista, tendo o féretro saido da Capela RealGrandeza.

4. LEOPOLDINA TAVARES DE MAGALHÃES— Faleceu nesta Cidade, aos 77 anos, D.

Leopoldina Tavares de Magalhães, viúva doSr. José Amorim de Magalhães. Deixa os fi-Ihos Armando Amorim de Magalhães, comer-ciário, casado com D. Dora de Magalhães;José Amorim de Magalhães, bancário, casadocom D. Odila de Magalhães; Newton Amorimde Magalhães, comereiário, casado com D.Antònia de Magalhães; Osmar Amorim deMagalhães, escrevente juramentado, casadocom D. Aríete de Magalhães; Maria de Lour-des Pimentel de Magalhães, casada com o Sr.Francisco de Assis Barros Pimentel, indus-triário; Gerson Amorim Magalhães, funcio-nário público, casado com D. Alzira- de Ma-galhães e Esteia Pallagano de Magalhães, ca-sada com Válter Pallagano, funcionário pú-blico. A falecida deixa também doze netos.Seu sepultamento foi dia* 27, no CemitérioSão Francisco Xavier.

•f. CARLOTA ALVES JORGE — Faleceu nes-ta Cidade, em sua residência, D. CarlotaAlves Jorge. O enterro saiu da Capela do Car-mo, dia 27, para o mesmo Cemitério.

-j. HILDEBRANDO ROCHA — Faleceu dia27, no Hospital Silvestre, nesta Cidade oSr. Hildebrando Rocha, de 68 anos. Era ca-sado com D. Eulália Guimarães da Rocha edeixa tres filhos. Seu corpo foi enterrado noCemitério São João Batista, tendo o féretrosaído da Capela Real Grandeza.

•j. NOÈMIA TEIXEIRA PEDROSA — Fale-ceu no Pronto-Socorro Sáo Vítor, nestaCidade, aos 56 anos, a Sr.» Noêmia TeixeiraPedrosa, professora estadual, viúva de Del-™° Siqueira Pedrosa. A morta deixou umfilho. Seu sepultamento foi no Cemitério SãoFrancisco Xavier, dia 27, tendo saído da Ca-pela da Penitência.

f MARIA RAMOS DE FARIA _ Faleceu dia27, nesta Cidade, aos 88 anos, a Sr» Ma-na Ramos de Faria, viúva do Dr. José Fran-Si

Fajia Júnior* Deixa os filhos ManuelRodrigues de Faria, casado com D. AméliaSforza de Faria e José Francisco de FariaNeto solteiro, general já reformado. Deixatambém os netos José Francisco, Maria Ra-mos de Faria e Sérgio Sforza. Saindo de suaresidência, o corpo foi levado até o Cemitériobao Francisco Xavier onde foi sepultado.

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Declaro que o Sr. Antônio de Assis, comerciantedesta praça assumiu o ativo c o passivo da firma"Sapataria e Camisarla Radiante Ltda", na AvenidaNilo Peçanha, '406, Duque de Caxias, a partir de30/7/64, dos seguintes credores: Indústria de Calça-dos Nelsom Palcrmo S/A, Carlos Maia filhos, Indús-tria do Plásticos Sabap S/A„ Indústria de CalçadosNflkens, Calçado Almeida, Progresso, Nlkor, A. Co-lucci, _-. Landovosk, Slc Bolsas Ltda,, Indústria dePlásticos Ltda.

•>•>

DECLARAÇÃO••.VALDEMAR, PINHO e SANTOS, estabelecidos naPraça XI dc Junho, 458, comunicam a quem possaInteressar, que perdeu os livros:

"Livro de CaixaRegistro de compras da Firma

* Livro de Registros de entrada e estoque deMóveis, mod. 38 da Firma".

No trajeto (entre a Praça Maua e Praça XI dc Junho)Rio dc Janeiro, 28 de agosto de 1964.

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Declaro para os devidos fins, que __._._-• campos, 244. Tei.se acha extraviada a cautela n.° 11 815,de 5 (cinco) ações da COMPANHIASIDERÚRGICA NACIONAL,'de nume-ros 176537 a 176 541, de minha pro-priedade, considerando-se por isso, sernefeito, o referido título.

Rio de Janeiro, 24 de agosto de1964.

a.) GUILHERME PINTO BRAVO

Declaração à PraçaLUIZ PEREIRA DO NASCIMENTO vem declarar

a quem interessar possa que, em 17 de abril de 1964,retirou-se da firma MARMORITE GUANABARALTDA., sito na Av. Alm. Barroso, 90 — P/sala 904,cedendo a totolidade de suas quotas no capital so-ciai nos Srs. ANTÔNIO PEREIRA DA SILVA FILHO

e CLAUDINO DE OLIVEIRA BAPTISTA, tendo oÚltimo cedido sua parte a EDUARDO MENDES DOCARMO, pelo que, a partir daquela data, náo se res-ponsabillza por qualquer transação que em seu nomevenha a ser feita.

Rio de Janeiro, 28 de agosto de 1964.

a.> LUIZ PEREIRA DO NASCIMENTO

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ciedade a se reunirem em Assembléia Geral Extra-ordinária, na sua sede social na Rua Sete de Setem-bro, 43, sobreloja, nesta Cidade, no dia 8 de setembrode 1964, às 16 horas, para tratar dos seguintesassuntos:

a) Aumento de capital por íôrça da Lel 4357de 16-7-64.

X;-. b) Outros assuntos de interesse geral.• Vaio de Janeiro, 27 de agosto de 1964.

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a) deliberar sobre o prosseguimentodas obras na sede do Clubeê seufinanciamento.

b) Assuntos de interesse geral.Rio de Janeiro, 29 de agosto de lâ.64

a) Walter F. Pretymá\n.Presidente.

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O Instituto reserva-se o direito de cancelí. _u,jquer das propostas que não preencham as Sondicõe.exigidas, anulando, inclusive, a concorrência v

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vltv, João Short, Daniela Witkowska, Lázaro Umbellno de Brito 'José Rlzk, Roman Sterbutch, Jofíre Magalhães Santos, Audlzlo déAraújo, Zelir Xavier, Nilson Machado, Jean de Bremaeker, AugustoCésar Henrlques, Manoel Henrlques, Pio- da Silva, Amalia Verasde Castro, Cecília Lemos Fonseca, Fortunato Azulay, Aylton Fer-reira, João Nascimento Freire, Ruben Nodden Pinto, José CarlosPortela Coelho, Jorge Roumillac, Luiz Barbosa Viana, José AugustoEstêves, Paulo Roberto de Araújo Aguiar, Maria de Lourdes NavlJosé dos Santos Atencia, Francisco Neves da Silva, Hilda Ceçcste' íEstruc, Sidney Costa, Gildomar José Regis dos Santos, Gentil Henr-rigue da Silva, Patlo da Silva Rocha, Carlos Fagundes Signoretti,José Domingos Damiano, Lauro Dornelles, Hans Geotter, Elza Te-ber, Sebastião da Silva, Aríete Leão Maia, Manoel Henrique Amo-rim, Carlos Eugênio Penha do Carmo Lima, Roberto Machado daRosa, Libero Luciano de Miranda, Levi Dias Firme, Jeane Tries-chann, Gabriel Machado de Faria, Luiz José da Silva, Maria LúciaViana, Jonia Fraga Valeslni, José Carlos Muline, Dalmir de Oli-veira Machado, Azuil Fogaça, Renato Mlchellnl, Floriano Augustode Souza Júnior, Glldo do Rego Chaves, Adyr Benevenuto, PauloRoberto Coelho dos Anjos, Paulo Pfaltzgrafí Brasil, ítala JucáRego,Francisco Guimarães Pimenta Ribeiro, Hamilton Raposo, Carlos deSousa Fernandes, Jorge Francisco dos Santos, Jorge Gonçalves daCunha.

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PESSOAS DESAPARECIDASAleluia Camelo — 34 anos, branca, cearense. Alexandre Póbes

16 anos, branco, cabelos castanhos. Antônio Leonclo de Souza41 anos, branco, cabelos e olhos castanhos. Antônio Trajano de Mo-rais — 72 anos, pardo, olhos castanhos, cabelos grisalhos. BiblanaRosa — 60 anos, parda. Carlos Baar — Engenheiro-escultor de VoltaRedonda. Carmem Hellane de Abreu Dolentlnl — 14 anos, branca,cabelos louros. Décio Harres — Motorista gaúcho. Elenita Cascai40 anos, branca. Enio Jesus Monteiro — 21 anos, branco, cabelos eolhos castanhos. Errol Joseph Parson — 42 anos, preto, ameri-cano. Francisco Moreira Nunes — 26 anos, branco, piauiense. Ga-briel Ruiz. Georgina Pires da Trindade. Gilberto de Freita — 22anos, branco, cabelos castanhos. Glauci Maria Monteiro — 22 anos,branca, cabelos e olhos castanhos. Irene Moreira Matos — 36 anos.branca, cabelos castanhos. José Justino de Souza. José Alexandrino

27 anos, moreno, cabelos e olhos castanhos. Joana da Silva.José Moreira dos Santos. José Amato dos Santos — 47 anos, bran-co, cabelos pretos. José Afonso Lopes — português. Jorge AmaroRibeiro de Almeida — 42 anos, pardo, cabelos e olhos castanhos.José Baldomlro dos Santos — 11 anos, branco, cabelos castanhos.José Martins Espíndola. João Grego Figliuolo — 40 anos, branco.Lúcia Maria de Assis — 20 arios, parda, cabelos e olhos pretos.Maria Vitoria — 60 anos, portuguesa. Mario Leandro Salatiel 'mulato, mineiro. Mario Gomes Pimenta — 40 anos, branco. MajorTocantins de Brito. Maria Anunciação de Almeida — 27 anos,branca. Margarida Nogueira. Manuel Pinho Filho — 36 anos, pardo.Maria Augusto Loureiro. Nea Jurema Moreira dos Santos — 30 anos.branca. Nilton dos Santos — 28 anos, branco. Nair Cândida dosReis. Onésio Domingos — 30 anos, pardo, olhos castanhos. OtávioLuiz. Paulina Souza de Jesus — 17 anos, parda. Pulcina Pires da,Trindade. Carlos Francisco Carvalho Vila Nova — Cabo da VilaMilitar. Rosa Pereira de Souza Nunes — loura, 13 anos, cabeloscompridos. Ruth Soares de Almeida — 30 anos, branca. TeresaCândida de Jesus — 27 anos, parda, cabelos e olhos pretos. TerezaMoreira dos Santos — 25 anos, branca. Vladlr Lourenço. Zilda Ri-beiro Leite — 19 anos, parda, cabelos castanhos. Washington de;Souza Baeta Neves — 17 anos, cabelos pretos, retardado mental.

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UDN e PSD articulam fortalecimento de Castelo

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