Trabalho TEMAS PRONTO TODO

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A China na ÁFRI CA

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A China na

ÁFRICA

A presença chinesa no continente africano possibilitou maiores impactos que apenas a relação de exploração.Revela formação de novos eixos na política internacional,bem como a ampla reorganização de forças do sistema internacional. Para analisar a forte e crescente interação entre a China e a África atualmente, é fundamental analisar a evolução do relacionamento sino-africano. O Pós II Guerra Mundial marcou o início do relacionamento sino-africano, com suas (re)construções nacionais, somente o Pós Guerra Fria marcaria a intensificação do relacionamento.

Inauguração: 1956-1978: Divulgação do Maoísmo.

Transformação:1978-2000: Pragmatismo e aproximação

A presença da China na África tem se dado de forma substancialmente diferente das históricas relações Norte-Sul.

Cooperação Sul-Sul: Percepção de interesse comum; sem esvaziamento de soberania.

Papel dessas relações como suprimento de recursos naturais; comércio; novos investimentos e projeção diplomática.

Trajetorias semelhantes.

A partir dos anos 1980, os países africanos entram em crise profunda devido às ‘décadas perdidas’, à marginalização do continente nos assuntos internacionais e à ‘tribalização’ dos conflitos com o fim da Guerra Fria. A china seria, pois, fundamental à reinserção do continente africano após o final dos anos 1990.

A presença da China na África tem se dado de forma substancialmente diferente das históricas relações Norte-Sul.

A crescente ascendência da China na África liga-se ao relativo esgotamento das relações das velhas potências coloniais (européias) e das subpotências da Guerra Fria (EUA e URSS) com o continente.

Após a descolonização dos países africanos, o governo chinês cria para estes uma alternativa à construção de novos Estados Nacionais. Além da forte complementaridade das economias sino-africanas, os países da África são parceiros importantes para o governo da China também por razões políticas e diplomáticas. A penetração da China na África reflete suas aspirações ao status de potência mundial,bem como a emergência de novo cenário nas relações internacionais.

A África também tem se apresentado como fundamental ao desenvolvimento da China, uma vez que pode garantir a segurança no suprimento tanto de recursos minerais, como hidrocarbonetos,quanto em recursos vegetais. Já as exportações chinesas para o continente africano se concentram em manufaturados. O comércio com a África passou de US$4,03 bilhões em 1996 para mais de US$ 55,5 bilhões em 2006.

Na África, os investimentos das multinacionais têm sido expressivos. Embora a presença da China esteja preponderantemente na África Subsaariana, já avança regiões do Magreb, onde a presença das antigas metrópoles era incontestável. Outros países de menor importância da África têm recebido destacados investimentos.

Para os países africanos, os investimentos externos são oportunidades singulares para o desenvolvimento do setor privado e de uma economia de mercado moderna, capaz inclusive de formar uma classe trabalhadora com poder reivindicatório e de transformação dos frágeis Estados da África. Enfim, para os líderes da África, o crescimento dos preços das commodities e a presença da China como alternativa de barganha têm sido importante à inserção internacional e ao desenvolvimento nacional.

A cooperação Sul-Sul concretizaria a projeção diplomática chinesa para além da Ásia e reduziria o poder relativo dos EUA no Sistema Internacional. A China percebe as relações com a África como uma importante parte da cooperação Sul-Sul.

China e África: nova ordem Mundial

A trajetória sino-africana pode contribuir para fortalecer a cooperação Sul-Sul, ao mesmo tempo, confirmar uma nova ordem mundial.

Problemas enfrentados: A forte competitividade das indústrias chinesas tem colocado em dificuldade as indústrias locais, sobretudo dos países com parque produtivo mais estruturado, como a África do Sul. A utilização de mão-de-obra chinesa em algumas obras realizadas na África e a exploração ilegal de madeira têm gerado algum descontentamento na população local. Mas a resistência principal à presença da China na África vem do centro do sistema internacional e está ligado à perda de posições de poder.

Entretanto, a política externa da China para os países africanos está voltada ao fortalecimento dos mesmos, sem ambicionar exportar modelos, valores e tampouco impor condicionalidade política. De qualquer maneira, a China e os países da África buscam consolidar objetivos comuns de política externa. A ascensão da China cria oportunidades para a construção dos Estados Africanos, especialmente os subsaarianos, dando condições objetivas para uma inserção mais ativa nos assuntos internacionais.

Estudo de Caso: AngolaAngola emergiu de uma prolongada Guerra Civil por meio de um acordo de paz assinado em 2002.

Desde então,este país foi financiado tanto pelo ocidente quanto pela China, mas principalmente pelo último.

Devido a grande importância petrolífera de Angola a China viu no país a possibilidade de transformá-lo em seu principal produtor de petróleo e para que isso se realizasse a China investiu largas doses de apoio financeiro para a reconstrução. Sendo assim, uma estratégia de médio prazo suficiente para obter um ponto de apoio econômico sustentável contra o ocidente.

A partir daí, os investimentos de capitais chineses nas indústrias de petróleo, telecomunicações e na infra-estrutura só aumentaram , o que propiciava cada vez mais o “desenvolvimento” angolano.

Mas analisando por outro lado é possível perceber que os chineses estavam agindo muito em benefício próprio ,pois eles visavam apenas a integração global e não de fato a africana, no caso do projeto Tazara fazendo o mesmo que os britânicos no imperialismo.

Além disso, passou-se a importar mão de obra de trabalhadores da China para Angola, alegando falta de capacitação dos nativos angolanos e inflexibilidade de leis trabalhistas locais. Mas podemos ver essa ação como uma estratégia chinesa para a absorção de sua própria mão de obra.

Ademais, Angola ainda sofre com o detrimento da produção local devido a alta da moeda que sofrem os exportadores de petróleo.

Portanto, é plausível concluir que a reconstrução do espaço físico angolano está sendo feita, mas a qualidade com que o país está se desenvolvendo o afetará no futuro. Podendo gerar um sólida crise social e política, além de problemas econômicos.