Sexta-feira, 31 de agosto de 1984 Ano XCIV — N° 145 Preço

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JORNAL DO BRASIL

©JORNAL DO BRASIL LTDA. 1984 Rio de Janeiro — Sexta-feira, 31 de agosto de 1984 Ano XCIV — N° 145 Preço: Cr$ 500,00

TEMPO

NUBLADO a ocasio-nalmente encoberto,ainda sujeito a chu-vas, com temperatu-ra estável. Foto dosatélite e tempo nomundo, página 14.

NEGÓCIOS

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JOST, Ministro daAgricultura, achou"justas" as críticasque ouviu dos agri-cultores gaúchosque pediram maisrecursos para o se-tor. (Página 15)INVESTIDORES daCoroa-Brastel nãoreceberão o dinhei-ro que aplicaram emletras de câmbio doGrupo, informou o li-quidante da finan-ceira, Walter Lopes.(Página 17)DEPUTADO GustavoFaria (PMDB-RJ)criticou o projeto deinformática que seencontra no Con-gresso, qualifican-do-o de "trama ma-quiavélica". (Pág. 20)

CIDADE

SUPERMERCADOSda Zona Sul doaramCr$ 30 milhões paratransformar prédiona Favela de Canta-galo em escola queatenderá a 150 alu-nos. (Página 14)TUCA, traficante decocaína foragido daprisão, acusa o ex-delegado de Entor-pecentes, Hélio Ví-gio, de ter protegidoLívio Bruni Júnior.(Página 8)

ESPORTES

MARACANÃ, comnovos problemas naestrutura que sus-tenta a marquise, li-mita em 20 mil asarquibancadas parajogo entre Vascoe Fluminense. (Pá-gina 24)

CIÊNCIA

PESQUISADORESda Faculdade de Me-dicina de Pittsburghconcluem que o cân-cer mata mais os pa-cientes que se con-formam com a doen-ça. (Página 6)

MUNDO

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MITTERRAND fazuma visita inespera-da a Rabat quandoos marroquinos sepreparam para apro-var hoje em referen-do o tratado deunião com a Líbia.(Página 12)MERGULHADORESconseguiram furar ocasco do navio MontLouis, primeirogrande passo para oresgate da carga ra-dioativa que levava.(Página 12)

Tancredo aceita

debates só com

consulta prévia"Não aceito fato consumado e não mesubmeto aos interesses e conveniências deninguém", afirmou ontem o ex-GovernadorTancredo Neves, ao comentar atitude daTV Manchete de marcar um debate entreele e o Deputado Paulo Maluf, para o dia 9de setembro, sem consultá-lo. Maluf confir-mou que estará nos estúdios do Canal 6,mesmo que sozinho, no dia e hora marca-dos. Tancredo deu prioridade, em rádio, àRÁDIO JORNAL DO BRASIL e, emtelevisão, à Rede Globo.

A Executiva Nacional do PMDB apro-vou plano para colocar Tancredo em conta-to direto com os eleitores do Colé-gio Eleitoral: ele almoçará nas terças-feirascom os integrantes da Frente Liberal e nasquartas e quintas-feiras com os pemedebis-tas. Dia 5 de setembro, o PMDB decidi-rá sobre um comando único para a cam-panha do candidato. O boneco do empre-sário teatral Rodrigo Farias Lima, que sim-boliza Tancredo, animou passeata ontempelas ruas de Porto Alegre. (Páginas 3 e 4)

Porto Alegre — Assis Hofmann Brasília — A. Dorgivan

lap*-: «

Boneco de Tancredo enfrentaos rigores do clima do Sul

Maluf deseja um partido decentro, "PP sem banqueiros"

Figueiredo vai

pedir votos

para

Maluf ao viajar

O Presidente João Figueiredo revelou aoSenador Carlos Alberto, numa audiência on-tem, que em suas futuras viagens aos Estadospedirá aos governadores e às lideranças doPDS apoio à candidatura de Paulo Maluf. OSenador, que divulgou nota oficial para contara audiência, informou que o Presidente, nosEstados onde os Governadores forem ostensi-vãmente contrários a Maluf, pedirá votosdiretamente aos deputados estaduais escolhi-dos como delegados ao Colégio Eleitoral.

Em seu comitê eleitoral, Paulo Malufanunciou que na reforma partidária que pre-tende promover, se for eleito para a Presi-dência da República, criará um grande par-tido de centro-esquerda: "Como foi o PP,apesar de alguns banqueiros que havia em seusquadros". E ironizou: "Banqueiros de es-querda". O candidato, que jantou ontem como Ministro Leitão de Abreu, na residên-cia deste, espera nos próximos dias listarnovos eleitores, garantindo que essas conquis-tas virão da área oposicionista. (Página 2)

Banco Central afasta hipótese da desindexação

A recuperação do ICM

Caputo

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No Rio, porém, o ICM caiu

O presidente do Banco Central, Afon-so Celso Pastore, afastou totalmente a pos-sibilidade de o atual Governo desindexar aeconomia, ainda que parcialmente.

"A in-dexação é um importante instrumento decanalização de poupança no sistema econô-mico", disse Pastore no Rio, ressaltandoque o Governo vai trabalhar com a políticaeconômica para que a inflação caia.

Os 10,6% de inflação em agosto —0,3% acima do mês anterior — se deveramprincipalmente à alta de 27,6% no índice doCusto da Construção, que tem participaçãode 10% no índice Geral de Preços (IGP) daFundação Getúlio Vargas. Foi de 9,2% aalta do índice de Preços por Atacado, queentra com 60% no IGP, e de 9,9% a doíndice de Custo de Vida no Rio, em agosto.

Pela primeira vez este ano, a arreca-dação do ICM no país teve crescimentoreal (acima da inflação), ao atingir Cr$ 7trilhões 767 bilhões 171 milhões de janei-ro a julho, com alta de 0,22%. O Esta-do do Rio, entretanto, arrecadou 8,2%menos que no mesmo período do ano passa-do, ao obter Cr$ 782 bilhões 349 milhões863 mil.

Em São Paulo, o Senador RobertoCampos (PDS-MT) definiu a opção brasilei-ra de crescer com alto grau de endividamen-to externo como "paixão sexual idêntica àreserva de mercado no setor de informáti-ca". E o diretor do Instituto de EconomiaInternacional, de Washington — FredBergsten — alertou para o risco do aumentodo protecionismo nos EUA. (Págs. 15 e 17)

Marco Antônio Cavalcante

Cabo Canaveral/UPI

Discovery" lança satélite

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Depois de problemas que adiaram por três vezes seu lançamento,a nave recuperável Discovery subiu ao espaço (E) às 8h42min,com atraso de sete minutos causado pela presença de um aviãoparticular na zona de segurança em torno da plataforma. Às16h40min, a Discovery abriu o seu compartimento superior, comoilustra o desenho acima, e pôs em órbita o primeiro dos três sa-télites que levava a bordo. Para cumprir as missões programadas,os seis astronautas da nave ficam seis dias no espaço. (Página 13)

COB levou para

a Olimpíada até

Choque térmico

mata 4 mil bois

quem não devia no Mato Grosso

Enfermeiros que não eram enfer-meiros, técnico que não era técnico,um advogado como chefe de transportese médicos que abandonaram a equipe deremo à própria sorte — estas foram algu-mas das irregularidades na delegação doBrasil aos jogos de Los Angeles, reveladasao ser conhecida só agora a lista oficialenviada ao Comitê Olímpico Internacional.Em Brasília, o Deputado Francisco Diaspediu uma CPI sobre o COB. (Página 22)

A queda da temperatura de 33 para 4graus provocou a morte de 4 mil cabeçasde gado, nos últimos dias, em Mato Gros-so, segundo dados preliminares da Secreta-ria de Agricultura do Estado, que tambémdenunciou como fatal às manadas o des-matamento da área. Em Recife, chove semparar há 3 dias, com índices de precipi-tação não registrados nos últimos 20 anos,e as enchentes e desabamentos desabri-garam mais de 1 mil pessoas. (Página 9)

Cardeal lembra

que Igreja veta

análise marxistaA análise marxista como forma de

interpretar a realidade não é aceita pelaIgreja, lembrou o Cardeal Agnello Rossi,presidente da Administração do Patrimônioda Santa Sé, ao comentar o documento doVaticano sobre a Teologia da Libertação.O Cardeal-Arcebispo de São Paulo, emnota oficial, afirma que o texto da SagradaCongregação para a Doutrina da Fé defen-de a "opção

preferencial pelos pobres".(Pág. 9 e editorial Ortodoxia e Paixão)

Pastore manterá os índices

Governo mudará

lei salarial em

socorro ao BNH

O Governo já decidiu alterar a leisalarial para conseguir resolver os proble-mas do Sistema Financeiro da Habitação,informou o Presidente Figueiredo ao Depu-tado Hugo Mardini (PDS-RS). Segundo ele,Figueiredo informou-lhe que já mandouestudar alterações no Decreto-Lei 2 045.Delfim Neto também contou a um senadordo PDS que o Governo tomará uma decisãosobre a lei salarial assim que ele voltar doexterior na próxima semana. O mais prová-vel é que todos os salários venham a serreajustados em 100% do INPC.

Mardini foi a Figueiredo pedir umasolução para os mutuários do BNH e oPresidente disse-lhe que está disposto afazer algo de concreto para resolver o pro-blema. Delfim contou ao senador do PDSque a política salarial está sendo estu-dada em conjunto com a questão habitacio-nal. O Senado revogou 17 artigos do Deere-to-Lei 2 065, ao aprovar projeto de lei deNélson Carneiro, e fixou em 100% do INPCo reajuste para todos. O projeto será vo-tado na Câmara e, se aprovado, terá aindade ser sancionado por Figueiredo. (Pág. 15)

Poço de Enchova

volta a produzir

semana que vemO novo presidente da Petrobrás, Al-

mirante Thclmo Dutra de Rezende, anun-ciou que a Plataforma Central de Enchovavoltará a produzir na próxima semana. Aotomar posse, no lugar de Shigeaki Ueki,disse que deverá permanecer no cargo ape-nas até o final do Governo Figueiredo.Ressaltou, em seu discurso, que serão redo-brados os cuidados com a segurança paraevitar novas tragédias como as de Enchova(Rio) e Vila Socó (São Paulo). (Página 19)

Ministro da Previdência,Jarbas Passarinho, disseque prefere

"arrebentar

com o sistema hospitalarprivado" a permitir

cobrança de taxa extra.(Página 9)

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O I Salão de ArteDecorativa, que termina

domingo, mostra asúltimas tendências e os

novos desenhos daindústria de decoração.

Caderno B

ACERTAR NA LOTO? — Anali-se as possibilidades matemâ-ticas com programas para mi-cros nacionais compatíveiscom linhas APPLE e TRS Dis-ketes da INFO já estáo disponiveis Pedidos com chequesnominais para PLACOM. novale de CrS 34 990,00 Ende-reço PLACOM — Av Brasil.500 — 7o andar — Rio deJane.ro — RJ — CEP 20940Você ganha com o disketetambém um banco de aadosaa LOTO

AV. ATUNDCA — 650 m- debom gosio. fino acabamento, umpor andar, constr Real Eng aptcomposto de hail 20 m2. sa'àoem tábuas corridas 117 m2. cVa-randào de 30 m2. c/vista p praiaSala de jantar escrit, iavabo.pise . 4 suites, a menor c/20 m2a princ. c/163 mu22. mais 2banhs. soe. masc. e fem . amplacpa coz 3 qts emp. 2 bannsárea lav 4 vagas FVU 416-VENDAS CONSULTAN — Tel259-0332 — CRECI J-1 009

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CIDADE

SUPERMERCADOSda Zona Sul doaramCr$ 30 milhões paratransformar prédiona Favela de Canta-galo em escola queatenderá a 150 alu-nos. (Página 14)

TUCA, traficante decocaina foragido daprisão, acusa o ex-delegado de Entor-pecentes, Hélio Ví-gio, de ter protegidoLívio Bruni Júnior.(Página 8)

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MITTERRAND fazuma visita inespera-da a Rabat quandoos marroquinos sepreparam para apro-var hoje em referen-do o tratado cieunião com a Líbia.(Página 12) ACORDO de coali-zão é concluído emIsrael entre traba-lhistas e o bloco di-reitista Likud. Shi-mon Feres será o no-vo Primeiro-Minis-tro. (Página 12)

Tancredo aceita

debates só com

consulta prévia"Não aceito fato consumado e não mesubmeto aos interesses e conveniências deninguém", afirmou ontem o ex-GovernadorTancredo Neves, ao comentar atitude daTV Manchete de marcar um debate entreele e o Deputado Paulo Maluf, para o dia 9de setembro, sem consultá-lo. Maluf confir-mou que estará nos estúdios do Canal 6,mesmo que sozinho, no dia e hora marca-dos. Tancredo deu prioridade, em rádio, àRÁDIO JORNAL DO BRASIL e, emtelevisão, à Rede Globo.

A Executiva Nacional do PMDB apro-vou plano para colocar Tancredo em conta-to direto com os eleitores do Colé-gio Eleitoral: ele almoçará nas terças-feirascom os integrantes da Frente Liberal e nasquartas e quintas-feiras com os pemedebis-tas. Dia 5 de setembro, o PMDB decidi-rá sobre um comando único para a cam-panha do candidato. O boneco do empre-sário teatral Rodrigo Farias Lima, que sim-boliza Tancredo, animou passeata ontempelas ruas de Porto Alegre. (Páginas 3 e 4)

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O Presidente João Figueiredo revelou aoSenador Carlos Alberto, numa audiência on-tem. que em suas futuras viagens aos Estadospedirá aos governadores e às lideranças doPDS apoio à candidatura de Paulo Maluf. OSenador, que divulgou nota oficial para contara audiência, informou que o Presidente, nosEstados onde os governadores forem ostensi-vãmente contrários a Maluf, pedirá votosdiretamente aos deputados estaduais escolhi-dos como delegados ao Colégio Eleitoral.

Em seu comitê eleitoral, Paulo Malufanunciou que na reforma partidária que pre-tende promover, se for eleito para a Presi-dência da Repiíblica, criará um grande par-tido de centro-esquerda: "Como foi o PP.apesar de alguns banqueiros que havia em seusquadros". E ironizou: "Banqueiros de es-querda". O candidato, que jantou ontem como Ministro Leitão de Abreu, na residên-cia deste, espera nos próximos dias listarnovos eleitores, garantindo que essas conquis-tas virão da área oposicionista. (Página 2)

Banco Central afasta hipótese da desindexação

Caputo

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No Rio, porém, o JCM caiu

O presidente do Banco Central, Afon-so Celso Pastore, afastou totalmente a pos-sibilidade de o atual Governo desindexar aeconomia, ainda que parcialmente.

"A in-dexação é um importante instrumento decanalização de poupança no sistema econô-mico", disse Pastore no Rio, ressaltandoque o Governo vai trabalhar com a políticaeconômica para que a inflação caia.

Os 10,6% de inflação em agosto —0,3% acima do mês anterior — se deveramprincipalmente à alta de 27,6% no índice doCusto da Construção, que tem participaçãode 10% no índice Geral de Preços (IGP) daFundação Getúlio Vargas. Foi de 9,2% aalta do índice de Preços por Atacado, queentra com 60% no IGP, e de 9,9% a doíndice de Custo de Vida no Rio, em agosto.

Pela primeira vez este ano, a arreca-dação do ICM no país teve crescimentoreal (acima da inflação), ao atingir Cr$ 7trilhões 767 bilhões 171 milhões de janei-ro a julho, com alta de 0,22%. O Esta-do do Rio, entretanto, arrecadou 8,2%menos que no mesmo período do ano passa-do, ao obter Cr$ 782 bilhões 349 milhões863 mil.

Em São Paulo, o Senador RobertoCampos (PDS-MT) definiu a opção brasilei-ra de crescer com alto grau de endividamen-to externo como "paixão sexual idêntica àreserva de mercado no setor de informáti-ca". E o diretor do Instituto de EconomiaInternacional, de Washington — FredBergsten — alertou para o risco do aumentodo protecionismo nos EUA. (Págs. 15 e 17.)

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COB levou para

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Enfermeiros que não eram enfer-meiros, técnico que não era técnico,um advogado como chefe de transportese médicos que abandonaram a equipe deremo à própria sorte — estas foram algu-mas das irregularidades na delegação doBrasil aos jogos de Los Angeles, reveladasao ser conhecida só agora a lista oficialenviada ao Comitê Olímpico Internacional.Em Brasília, o Deputado Francisco Diaspediu uma CPI sobre o COB. (Página 22)

A queda da temperatura de 33 para 4graus provocou a morte de 4 mil cabeçasde gado, nos últimos dias, em Mato Gros-so, segundo dados preliminares da Secreta-ria de Agricultura do Estado, que tambémdenunciou como fatal às manadas o des-matamento da área. Em Recife, chove semparar há 3 dias, com índices de precipi-tação não registrados nos últimos 20 anos,e as enchentes e desabamentos desabri-garam mais de 1 mil pessoas. (Página 9)

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que Igreja veta

análise marxistaA análise marxista como forma de

interpretar a realidade não é aceita pelaIgreja, lembrou o Cardeal Agnello Rossi,presidente da Administração do Patrimônioda Santa Sé, ao comentar o documento doVaticano sobre a Teologia da Libertação.O Cardeal-Arcebispo de São Paulo, emnota oficial, afirma que o texto da SagradaCongregação para a Doutrina da Fé defen-de a "opção

preferencial pelos pobres".(Pág. 9 e editorial Ortodoxia e Paixão)

Pastore manterá os índices

Governo mudará

lei salarial em

socorro ao BNH

O Governo já decidiu alterar a leisalarial para conseguir resolver os proble-mas do Sistema Financeiro da Habitação,informou o Presidente Figueiredo ao Depu-tado Hugo Mardini (PDS-RS). Segundo ele,Figueiredo informou-lhe que já mandouestudar alterações no Decreto-Lei 2 065.Delfim Neto também contou a um senadordo PDS que o Governo tomará uma decisãosobre a lei salarial assim que ele voltar doexterior na próxima semana. O mais prová-vel é que todos os salários venham a serreajustados em 100% do INPC.

Mardini foi a Figueiredo pedir umasolução para os mutuários do BNH e oPresidente disse-lhe que está disposto afazer algo de concreto para resolver o pro-blema. Delfim contou ao senador do PDSque a política salarial está sendo estu-dada em conjunto com a questão habitacio-nal. O Senado revogou 17 artigos do Deere-to-Lei 2 065, ao aprovar projeto de lei deNélson Carneiro, e fixou em 100% do INPCo reajuste para todos. O projeto será vo-tado na Câmara e, se aprovado, terá aindade ser sancionado por Figueiredo. (Pág. 15)

Poço de Enchova

volta a produzir

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AV. ATLÂNTICA 6b0 m2 debom gosto, fino acabamento, umpor andar, constr Real Eng aptcomposto de hall 20 m2. salãoem tábuas corridas 117 m2. c/varandáo de 30 m2. c/vista p/praiaSala de jantar escrit . lavabopise 4 suites, a menor c/20 m2.a princ. c/163 mu22. mais 2banhs. soe masc e tem , amplacpa. coz 3 qts. emp 2 banhs.Area lav 4 vagas EVU 416VFNDAS CÔNSULTAN lei259-0332 - CRECI J 1 009

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POLÍTICA D t JORNAL DO BRASIL

coluna do castello Figueiredo irá a delegados

pedir apoio a Maluf

Parlamentarismo

e Forças Armadas

O Ministro Leitão de Abreu não é só umparlamentarista teórico. Hoje ele é um

parlamentarista militante, e como tal. consi-dera fundamental situar a posição das ForçasArmadas dentro da questão, isso obviamen-íe em face da alegada rejeição dos militaresao regime de gabinete. Para tarito ele recor-re a um discurso de Raul Pila, pronunciadoem julho de 1964, cujo tema parte dopressuposto de que não é possível dissociar ointeresse militar do interesse do cidadãocomum.

Eis, em substância, o que a propósito dotema disse na Câmara o grande batalhadorpelo parlamentarismo:"Beneficiando indistintamente a coleti-vidade nacional, a reforma parlamentarista,desde os primeiros anos da República recla-mada por tantos espíritos clarividentes, seriaespecialmente útil às classes armadas. E porque, Sr presidente? Que tem que ver a nobreprofissão das armas com um determinadosistema de Governo? Não se destinam asForças Armadas a defender a pátria contraos seus inimigos? Sim, Sr presidente, todosnós sabemos que assim é e assim deve ser.

Mas, para que assim seja, é mister queas Forças Armadas não se vejam perturba-das no exercício de sua alta e nobre missão,dela não sejam desviadas e não sejam arras-tadas a intervir na vida pública, pelos desati-nos dela. A democracia também tem as suascrises, como tudo o que é vida. Mas o quedistingue o sistema presidencial do parla-mentar e os opõe é, entre outras coisas, que,neste, as crises se resolvem naturalmente enaquele, não encontram solução: ou se exau-rem pelo tempo com o termo do mandato deum dos órgãos litigiosos, quando o dissídionão acarreta muito graves conseqüências, outem uma saída violenta, um golpe de estado,uma revolução, uma ditadura.

Tal tem sido a história do presidencialis-mo em toda a América Latina; esta tem sidoa sua história no Brasil, desde que a Repú-blica desventuradamente no-lo trouxe. Isto,Sr Presidente, apesar de havermos recebidoo presidencialismo, após quarenta anos detranqüilidade política, propiciada pelo parla-mentarismo no Segundo Reinado. Com osistema parlamentar fugimos ao que pareciaser o determinismo deste Continente; com osistema presidencial, recaímos inteiramentenele.

Golpe de estado, revolução, ditadurapassaram, pois, a ser a nossa desgraçada lei.Mas como golpe de estado não se dá,revolução não se faz, ditadura não se estabe-lece sem a intervenção das Forças Armadas,segue-se que estas, irresistivelmente arrasta-das no torvelinho das paixões e dos interes-ses políticos, se dividem e se contrapõem.

Este regime, que é o produzido pelosistemà presidencial de governo, é desastro-so para o país, mas longe está de convir àsclasses armadas como tais. Poderá convir, econvém, a algum caudilho político desgarra-do no seio delas e interessado em utilizar afarda e a espada em proveito da sua ambi-ção. Ao soldado, verdadeiramente soldadopor vocação, o que interessa é que a Naçãose desenvolva e fortaleça em paz e emliberdade para que ele a possa defender comvantagem, ocorrendo a guerra."

E, mais adiante: "Se alguma diferençase pode estabelecer entre o civil e o militar, éser este dobradamente interessado no bomgoverno da República: por ser cidadão,como nós outros, e por ser aquele a quemtem cabido o ônus de consertá-la, quandopor seu mau funcionamento estragada. E doseu interesse e, mais, do seu dever conside-rar atentamente a questão".

A pesquisa da FundaçãoGetúlio Vargas

O Instituto de Direito Público e CiênciaPolítica da Fundação Getúlio Vargas estádistribuindo a interessados o relatório final(em quatro volumes) da pesquisa que reali-zou, na forma de consultas a grupos repre-sentativos da sociedade brasileira para umaavaliação da questão da reforma constitu-cional.

Em carta em que encaminha os volu-mes, o professor Afonso Arinos diz:"Nestaavaliação, com base nos questionários res-pondidos por determinados segmentos dapopulação, verificou-se, sem surpresa, que aquestão da reforma constitucional figura aolado da inflação e da dívida externa, entreaquelas que estão a merecer um tratamentoprioritário por parte dos poderes consti-tuídos."

Na apresentação, escreve Afonso Ari-nos: "A

pesquisa feita pelo Instituto é, nasua execução, factual e imparcial, seja nacoleta de dados, seja na análise qualitativa equantitativa deles. Mas a motivação da pes-quisa decorreu de uma opção política, ouseja, a urgência de uma nova Constituiçãopara o Brasil. Se a motivação é política, suafinalidade também o é, o que não implica sesupor qualquer parcialidade na sua execuçãoe nos resultados apresentados. Só assim seestará contribuindo para uma meditação —esta sim, desprevenida — dos meios decisó-rios do país sobre a fase final da restauraçãodemocrática".

Tancredo informa-seO Sr Tancredo Neves está movimentan-

do peças do seu esquema político para coletade informações relacionadas com o verda-deiro pensamento das Forças Armadas.

CARLOS CASTELLO BRANCO

Brasília — Lm suas próximas viagens aos Estados, oPresidente João Figueiredo vai pedir aos governadores e àsdemais lideranças do PDS que apoiem a candidatura Paulo Maluf.Mas fará contatos diretos com os delegados que representarão asAssembléias Legislativas no Colégio Eleitoral, em Estados ondeos governadores forem ostensivamente contrários ao candidatodo PDS.

A informação foi dada ontem pelo Senador Carlos Albertode Souza (PDS-RN), depois de ser recebido em audiência peloPresidente da República. A audiência durou 45 minutos, e oSenador divulgou nota oficial para contar seus principais detalhes.Algumas citações atribuídas a Figueiredo são. inclusive, aspeadasna nota.

Revelações"Posso assegurar que alguns dos que hoje estão na dissidên-

cia queriam mão de ferro para não entregar o Poder a essa genteda esquerda. Chegaram mesmo a advogar o fechamento, o fim doprojeto de abertura". Esta é uma das afirmações atribuídas aoPresidente João Figueiredo, na nota à imprensa divulgada peloSenador Carlos Alberto.

Na nota, Carlos Alberto reproduz comentários de Figueire-do a respeito de uma candidatura de Oposição através de eleiçõesindiretas. Por exemplo: "A Oposição que já chamou de espúrio enefasto o Colégio Eleitoral, hoje o disputa. O que mudou não foio Colégio. É que naquela época a Oposição não via chances devencer. Não havia ainda a dissidência do PDS. Como hojeimaginam que essa dissidência é suficiente para vencer, então oColégio passa a ser aceitável", atribui a nota, textualmente, aoPresidente da República.

O Presidente também explicou — diz o Senador — suaposição no processo político até a convenção, matendo-se distantee aguardando a decisão dos convencionais:"Todo mundo sabe que não morria de amores pela candida-tura de Maluf. Por isso mesmo, sinto-me à vontade, hoje, paralutar por sua eleição", disse Figueiredo, conforme a nota deCarlos Alberto. O Presidente também manifestou convicção deque Paulo Maluf o substituirá na Presidência "com a ajudadaqueles que apóiam" o seu "projeto de abertura".

O senador afirma ainda,

Brasília — Luciano Andrade

Brasília — A. Dorgivan

Carlos Alberto

na nota. que o Presidente disseque coube ao Governador deSão Paulo. Franco Montoro,conceder "atestado de idonei-dade a Maluf', ressalvando:"A não ser aquela acusaçãoridícula das flores, que não énada comparado com os gastoscom transporte público gratui-to para os comícios das elei-ções diretas", teria comentadoo Presidente segundo a notadistrbuída por Carlos Alberto."Os que apóiam Tancre-do hoje são justamente aquelesque queriam a linha dura. Sar-ney e Aureliano, por exemplo,sempre quiseram que o Presi-dente os impusesse ao PDS",revelou, também, Carlos Al-berto, nas afirmações que atri-buiu a Figueiredo.

Deputado quer partidode centro-esquerda

Brasília — O Deputado Paulo Maluf anunciou ontem que nareforma partidária que promoverá, se chegar ao Governo, criará"um grande partido de centro-esquerda. como foi o PP. apesar dealguns banqueiros que tinha em seus quadros". E espicaçou:"Banqueiros de esquerda."

Mais descontraído que nos últimos dias, Paulo Malufassegurou durante a coletiva de ontem à tarde que esperaanunciar nos próximos dias a conquista de mais votos no ColégioEleitoral, "que serão conseguidos junto a parlamentares que nãosão do PDS".

¦sd nh -r.rvvVt -vÁ DiretasEvitando as perguntas mais difíceis com evasivas ou com

uma frase — "Sobre esse assunto não falo" —, Maluf enfrentouos repórteres muito descontraído e sorridente. Ele contornoucuidadosamente as perguntas sobre como votaria seu grupo casoas eleições diretas venham a ser submetidas de novo ao Con-gresso.— O PMDB é quem não quer as diretas — acusou. Dianteda insistência dos repórteres em saber, então, se ele, comoDeputado, votaria favoravelmente à proposta, limitou-se a dizerque seguiria a orientação do seu partido, o PDS. Reafirmou queserá candidato em qualquer tipo de eleição "ao contrário do meuadversário, que já colocou sua candidatura à disposição dopartido".

GovernadoresO candidato do PDS disse que tomara conhecimento "pelos

jornais" da presença dos governadores do Maranhão, Sergipe eBahia ontem em Brasília para uma audiência com o PresidenteJoão Figueiredo. Indagado se isso não seria um indicadornegativo, garantiu: "Ao contrário, foi uma notícia favorável. —Vejo que o Governo está agindo."

Candidato tenta apoio

de Leitão em jantarBrasília — O Chefe do Gabinete Civil da Presidência da

República, Ministro Leitão de Abreu, recebeu ontem à noite parajantar o Deputado Paulo Maluf, candidato do PDS à sucessão doPresidente Figueiredo. Foi na Granja do Ipê, onde mora oMinistro — e o principal prato servido foi a maneira de reforçar acampanha do deputado.

O encontro foi acertado no final da tarde de ontem, segundoum Ministro de Estado. A intenção do candidato do PDS, deacordo com um dos seus assessores, era obter uma participaçãomais efetiva de Leitão de Abreu no esforço de atrair de volta aopartido os elementos que se desgarraram e que apóiam hoje acandidatura do ex-Governador Tancreds Neves.

Nos seus contatos com parlamentares e governadores, oChefe do Gabinete Civil da Presidência da República temrepassado sua preocupação com a necessidade de se encontraruma solução para o momento político. Ele enxerga, de um lado,uma candidatura que se enfraquece a cada momento (a de Maluf)e, do outro, uma candidatura que poderá gerar problemas.

lusa

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If"" ••Stélio (E), Albérico e lnocêncio (D) levaram a Dalla (C) números que aprovam diretas

Planalto não pretende

agir se

houver nova votação de diretas

Brasília — O Deputado Hugo Mardi-ni (PDS-RS) disse ontem ter ouvido doPresidente João Figueiredo, durante au-diência, que ele "não vai interferir" noproblema da votação da emenda Theodo-ro Mendes. Figueiredo, segundo Mardi-ni, não acredita que a Oposição estejainteressada na aprovação da proposta.

O Presidente, relatou o parlamentar,justificou seu desinteresse pelo assunto,argumentando que já remeteu ao Con-gresso emenda pelas diretas e a Oposiçãonão quis aprovar e tentou anexar a emen-da Theodoro Mendes à sua. Por isso.

deixa o assunto com os parlamentares.Na conversa com Mardini, Figueire-

do repetiu que não está perseguindoninguém. Disse que demitiu apenas trêspessoas que lhe enviaram cartas entre-gando os cargos de confiança que ocupa-vam. Citou nominalmente, conforme oDeputado, o ex-Ministro Camilo Penna eo ex-Governador Francelino Pereira.

Mas garantiu a Mardini que vai tra-balhar pela vitória do candidato do seupartido, Deputado Paulo Maluf, e nãocompreende que os pedessistas não sigama mesma orientação. O Presidente, se-

gundo o Deputado, apenas está dandotempo para que as mágoas da Convençãocicatrizem e pede que os pedessistas re-nunciem a suas posições pessoais emfavor da candidatura do PDS, que repre-senta a decisão da maioria.

Mardini disse ao Presidente que oPDS, no Rio Grande do Sul, marcharácom Maluf. "Não haverá nenhum acordocom a Oposição", garantiu o parla-mentar.

Leia editorial"Apelo à Cooperação"

Dalla vive sua 4a decisão históricaBrasília — "É um crime político

colocar sobre os ombros de um únicohomem uma decisão dessa natureza, ain-da mais quando sabemos que a Oposiçãoestá fazendo jogo de cena." Edmar Lu-cas, chefe de gabinete do Presidente doSenado, está preocupado com a opçãoque Moacyr Dalla, 57 anos, quatro filhos,terá que tomar nos próximos dias: colo-car, ou não, na ordem do dia, a votaçãoda emenda Theodoro Mendes.

Seus assessores garantem que ele nãoaceitará ir para o sacrifício político, rejei-tando a entrada da Theodoro Mendes naordem do dia. Isso danificaria o futuro deuma carreira política iniciada em 1962,com sua eleição para deputado estadual,mandato repetido por três vezes até 1970,quando foi eleito, e depois reeleito em1974 deputado federal. A 4 de novembrodo ano passado, morto o então Presiden-te do Senado, Nilo Coelho, Moacyr Dal-la, Io vice-presidente, assumia o cargocom votação èxpressiva, tendo sido eleitocom apenas quatro votos em branco.

Duas semanas depois tropeçava em

sua primeira grande sessão. "Como podeo Presidente da Casa Legislativa ser oprimeiro a chamar a polícia?", discursouno dia da votação do Decreto-Lci salarial2.065 o presidente do PMDB. UlyssesGuimarães. Dalla, ainda verde no cargo,como admite um de seus mais próximosassessores, assinara um documento pe-dindo garantias para aquela sessão histó-rica. o que serviu de pretexto para decre-tação das medidas de emergência. Odocumento vazou e o Presidente ficouexposto. Aprendeu, no entanto, a lição.

Decretadas, pela segunda vez, asemergências, para a votação da emendaDante de Oliveira, a 25 de abril passado,Dalla, antes disto, publicamente apre-goava: "Não são necessárias medidas deemergência". Elas vieram mesmo assim.

No dia seguinte, Dalla ligou para oexecutor das medidas de emergência,General Newton Cruz, e pediu o afasta-mento das tropas que cercavam o Con-gresso. "Presidente, esta é uma granderesponsabilidade", respondeu Cruz. Orosto de Dalla ficou vermelho, e ele

respondeu: "Eu sei disto, e assumo aresponsabilidade". A reprodução é deassessores que ficaram muito próximos aele naqueles momentos.

Outro grande momento do Congres-so sob a presidência de Moacyr Dallaseria a votação da emenda Figueiredo, a27 de junho passado. A dissidência pe-dessista no Senado, às vésperas da vota-ção, empatava em 33 votos os que fica-riam contra e a favor de uma subemendaque traria as eleições diretas. O voto deMinerva, neste caso, caberia a Dalla.

Ele, certamente, lembrou do tropeçona votação do 2(165, e já maduro naposição, pensou no seu futuro político:decidiu não partir para o sacrifício. An-gustiado e acompanhado pelo presidenteda Câmara, Flávio Marcílio, Dalla foi aoPalácio do Planalto, onde pediram aretirada da Emenda Figueiredo. O Presi-dente, após ouvir as argumentações, or-denou ao Ministro-Chefe do GabineteCivil, Leitão de Abreu, que preparasse oofício'para a retirada da emenda.

Chaves admite apreciação da propostaBrasília — "O quadro sucessório está

definido, mas não está definitivo. Não sepode excluir a possibilidade de votar asdiretas". A afirmação é do líder do PDSno Senado, Aloysio Chaves. Ele assegu-rou que o Palácio do Planalto não interfe-rirá "nas atribuições regimentais e consti-tueionais" do presidente do Senado,Moacyr Dalla, a quem cabe decidir, atéquarta-feira, se a emenda TheodoroMendes, que restabelece as eleições dire-tas já, será colocada em votação.

O Senador Moacyr Dalla reafirmouque não aceita pressões. "Eu vou decidirdentro dos ditames e dos princípios maio-res que vão satisfazer a minha consciênciae a grandiosidade desta pátria", prome-teu ele em plenário, sob assédio de seteoposicionistas, que lhe pediam que assu-misse o "gesto histórico", de pôr a emen-da das diretas em votação.

BombardeioAinda no plenário. Dalla queixou-se:"O que eu tenho sentido, o que eu tenho

passado". Ele negou que tenha recebidotelefonemas do Planalto, aconselhando-oa não colocar a proposta em votação.

No mesmo tom, o líder Aloysio Cha-ves afirmou que o Governo encara comnaturalidade o clima gerado pela possibi-lidade de votação da emenda Theodoro

Mendes. Mas ressalvou: "Não vamos nosantecipar a um fato que ainda não existe,que é a decisão da votação. Se a emendafor a plenário, nós estabeleceremos umaconduta para derrotá-la". O presidentedo PDS, Deputado Augusto Franco, an-tes de sair para o Palácio, atendendo achamado do Ministro-Chefe do GabineteCivil, Leitão de Abreu, também garantiuque o Governo não interferirá na decisãode Dalla.

Desde que chegou de manhã ao Con-gresso, Dalla foi bombardeado por tele-fonemas. De oposicionistas, como os Se-nadores Itamar Franco e Fábio Lucena,vinham louvores à sua coragem e lembre-tes de que ele não pode estragar suacarreira política. Do PDS, sobretudo deadeptos do Deputado Paulo Maluf, comoos Senadores Jorge Kalume e AlexandreCosta, vinham conselhos para que prote-lasse a decisão até outubro.

"O Senador Moacyr Dalla deve dc-clarar que a Comissão de Constituição eJustiça do Senado é apenas um órgão deconsulta e não de decisão. E deve dizerque a emenda não vai à votação", sugeriuo Deputado malufista Amaral Neto.

Há um mês. quando um assessor lhedisse que cabia a ele. pelo artigo 11 do

Regimento do Senado, impugnar a vota-ção da emenda Theodoro Mendes, sob aalegação de que ela contrariava o Regi-mento (porque referia-se às diretas, jáderrotadas na emenda Dante de Olivei-ra). o presidente do Senado temeu umareação da Oposição. Decidiu que a Co-missão de Constituição e Justiça da Casaé que deveria arbitrar uma solução.

"Para não dizerem que eu sou umditador, eu deixo essa decisão para aComissão. Vocês não acham que eu agicom correção?", indagou ele há 15 dias,numa entrevista coletiva. A época, oSenador Murilo Badaró. relator da maté-ria na Comissão, opinou pela exigênciade dois terços dc assinaturas do Senado eda Câmara, para que a emenda fosse aplenário. Mas o relator substituto. Sena-dor Hélio Gueiros. as dispensou, decidin-do, com a quase unanimidade da Comis-são, que o projeto devia entrar na ordemdo dia.

Dalla recebeu ontem três integrantesilo grupo Pró-Diretas do PDS — Depu-tados Albérico Cordeiro. Stélio Dias elnocêncio Oliveira —. portadores de umlevantamento estatístico revelando que350 deputados e 32 senadores queremvotar a favor da emenda TheodoroMendes.

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O professor Theodoro

Brasília — "Presidente, ponha a minha emendana ordem do dia e não perca essa oportunidade dcentrar na história com um gesto heróico""Não estou preocupado em entrar na históriacomo herói"."lintào. presidente, se não quer entrar comoherói, pelo menos não entre como bandido."

Esse diálogo foi travado ontem por José Tlteo-doro Mendes, um promotor de Justiça do interiorpaulista que exerce hoje o seu segundo mandato, epelo presidente do Senado Federal. Moacyr DallaÍPDS-SE).

Nascido em Sorocaba. Theodoro Mendes. 43anos. autor da emenda constitucional que restabe-lece as eleições diretas para Presidente iia Repúbli-ca, em dois turnos, e um deputado que não cortejapublicidade, não manda rivases para os jornalistasc não exibe charme no seu aspecto dc sertanejosolitário.

Dedicado aos estudos e ao ensino do Direitoem faculdades do interior paulista. Theodoro Men-des pode ser considerado um especialista cm maté-ria constitucional e de Direito Civil. Sua atuaçãonos debates em torno do projeto do novo CódigoCivil Brasileiro, este ano. valeram-lhe um telefone-ma efusivo de parabéns do Ministro da Justiça,tbrahini Abi-Ackel.

Começou a vida política como vereador cm

Arquivo

Theodoro MendesSorocaba, em 1973. elegendo-se logo depois prefei-to municipal, de onde pulou para a Câmara federal.Casado, com um casal dc filhos. Theodoro Mendesmarca sua presença dc fidelidade ao PMDB e agoraao erupo Só Diretas, embora raramente apareçanos momentos em que a sua emenda e discutidacom maior ênfase no plenário da Casa.

JORNAL DO BRASIL POLÍTICA sexta-feira, 31/8/84 ? Io caderno O 3

1 aiicredo crítica TY por

marcar debate sem consultá-loBrasília — A. Dorqivan

Rocha e Durval ouviram o Presidente pedir apoio a Maluf

Figueiredo não convence

governadores a se definir

Brasília — "Não aceito fatoconsumado e não me submetoaos interesses e conveniênciasde ninguém", advertiu ontem oex-Governador Tancredo Ne-ves, ao comentar a atitude daTV-Manchete, de marcar umdebate entre ele e o DeputadoPaulo Maluf para o dia 9 desetembro, sem consultá-lo.Maluf, ontem, confirmou queestará nos estúdios da TV-Manchete no dia e hora mar-cados.

— Não fui consultado sobreesse debate e não dou a nin-guém o direito de traçar umaforma de conduta de maneiratão desprimorosa e descortés.como foi feito pelo locutor daTV-Manchete — afirmou Tan-credo ontem, ao repelir a idéiade deixar uma cadeira vazia, nodebate que a emissora marcoupara o dia 9, simbolizando asua ausência. O e x-Governador disse que seu com-promisso prioritário é com a

TV-Globo. embora não discri-mine as outras emissoras.TÁTICAS

Anteontem, o repórter Ale-xandre Garcia, da TV-Manchete, fez uma entrevistaem que Maluf aceitava o deba-te. A mesma tarefa foi dada àrepórter Taisa Ferreira, comrelação a Tancredo. Mas o can-didato mineiro respondeu ape-nas que a proposta era "umaarmadilha".

Tancredo explicou ontemque o seu comportamento éaceitar o debate de acordo comas conveniências do seu partidoe dos seus interesses pessoais.Maluf. também ontem, disse:"Acho que o candidato Tan-credo Neves não vai se esqui-var mais por muito tempo aodebate". E rechaçou o desafiode debater em praça pública,feito por Tancredo: "A maiorpraça pública deste país é otelevisor da casa de cada ci-dadáo".

— Quero debater — retru-

Brasília — Os três Gover-nadores que estiveram ontemcom o Presidente João Fi-gueiredo — Luís Rocha, do

.Maranhão; João Durval, daBahia; e João Alves, de Ser-gipe — esquivaram-se dequalquer comprometimentode apoio político ao candida-to do PDS, Deputado PauloMaluf."Ele

pediu o apoio de umamaneira muito clara e objeti-va", revelou Alves, poucoantes de voltar ao seu Esta-do. "Disse

que tinha agido damaneira mais democrática eliberal na convenção, masque, agora, esse apoio eraimportante para o país" —acrescentou o Governador deSergipe.CORDIALIDADE

Alves, contudo, garantiunão ter se comprometido: "Oúnico acerto entre eu e oPresidente foi o de manter-mos o diálogo. Creio que elefará isso com todos. Nós de-vemos voltar a conversardentro de uns 15 dias. E nadaserá definido sem comunica-çáo prévia ao Presidente econsulta às bases".

Menos eloqüente foiJoão Durval, da Bahia, quese elegeu com o apoio do ex-Governador Antônio CarlosMagalhães, adversário deMaluf:

"O Presidente disseque gostaria de que a Bahiaapoiasse o candidato doPDS, mas não impôs nada,foi muito cordial. Só que eudisse a ele que ainda estouem umflexão".

momento de re-

Falante, mas menos infor-mativo, o Governador LuísRocha garantiu que não foiconvocado ao Palácio, masque havia pedido a audiênciaao Presidente, "há uns dezdias, para tratar de assuntosadministrativos".

O governador do Mara-nhão negou qualquer com-prometimento com a candi-datura de Maluf. "No finalda audiência ele (o Presiden-te) me perguntou: E aí Ro-cha como está a sua posição?Eu disse que estava com ele,que era amigo dele, mas queessa coisa de apoio políticonão era para agora".

FRANCOJá o Deputado Augusto

Franco, presidente do PDS,confirmou que esteve no Palá-cio ontem, mas para falar como Chefe do SNI, General Octá-vio Medeiros. "Ele me pediuapenas cuidados e muito traba-lho", disse Franco, consideran-do a atitude do Presidente Fi-gueiredo em ter recebido osGovernadores, separadamen-te, positiva, "porque nem tudoque você diz sozinho, você po-de falar para três".

Para o presidente do PDS,não há como o Governador deseu Estado, Sergipe, apoiar ou-tro candidato, que não o doPDS. "Para apoiar o candidatoda Oposição, ele teria que mu-dar de partido" — desfechouFranco que estava no aeropor-to. casualmente, na mesma ho-ra em que os três Governado-res. Eles embarcaram para oCeará, para comparecer à reu-

Marchezan defendeemenda Figueiredo

Porto Alegre — O líder doGoverno na Câmara Federal,Deputado Nelson Marchezan(PDS-RS) afirmou ontem queseria oportuno reavivar aemenda do Presidente João Fi-gueiredo, enviada ao Congres-so e posteriormente retirada.Se houver entendimento comos parlamentares e negociaçãocom os candidatos, Marchezanse dispõe a procurar o Presi-dente para que volte a remetê-Ia ao Congresso. "É precisoque haja alguma coisa nessesentido", disse, quase em tomde apelo.

Ressaltando não falar comolíder, mas como parlamentar,Marchezan afirmou que, sobtodos os pontos de vista, aemenda Figueiredo é oportu-na: na redução do mandato doPresidente, no fortalecimentodo Congresso, e na melhor dis-tribuição das receitas esta-duais.PARLAMENTARISMO

O Deputado, que participouontem da VII Exposição Inter-

Pedetista

admite votar

com o PDSO Deputado Federal Agnal-

do Timóteo (PDT-RJ) admitiuontem votar no candidato doPDS, Deputado Paulo Maluf,no Colégio Eleitoral. "Não seise o Tancredo vai fazer a minhacabeça, mas confesso que oMaluf já me baratinou", disse.Ele anunciará sua posição napróxima quinta-feira ao Presi-dente João Figueiredo, duranteaudiência no Palácio do Planai-to. Antes, estará com o candi-dato oposicionista segunda outerça-feira e com Maluf naquarta-feira. Explicou que farásua opção com base nos pro-gramas de governo dos doispostulantes à Presidência. Ti-móteo já se reuniu cinco vezes,este ano, com Maluf.

nacional de Animais, em Es-teio, lembrou que "existe mui-ta gente boa" discutindo o par-lamentarismo, e cada vez maisaumenta a legião dos que sãofavoráveis. "Essa tese pode edeve ser examinada" — afir-mou, observando que o parla-mentarismo seria a forma deunir o PDS. Disse que o Presi-dente Figueiredo não pretendeenviar mensagem ao Congressorestabelecendo as eleições di-retas.

Como líder do Governo,afirmou, não tem opinião sobrea possibilidade de votação daemenda Theodoro Mendes,que restabelece as diretas esteano: "Não posso emitir opiniãopara não constranger o Sena-dor Moacyr Dalla, (presidentedo Senado), mas acho que umprojeto de diretas só seria in-completo para o quadro atual.Seria necessário um examemaior do problema. Por isso,defendo a volta da emenda doPresidente Figueiredo".

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logar tênis. .togar futebol.

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após uma noite agitada...NAO E CIRURGIANAO E TRANSPLANTENAO E TRATAMENTO

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nião da Sudene, hoje, na cida-de de Sobral.

A audiência mais demorada— de duas horas — foi com oGovernador João Durval, queentrou pela garagem do Palácioe saiu pelo elevador privativo,evitando a imprensa.

João Alves, o primeiro a sereunir com Figueiredo, disse, àsaída, que o Presidente lhe pe-diu apoio a Paulo Maluf, masele justificou a necessidade deum prazo maior para se definir,

Luís Rocha negou que tives-se recebido qualquer apeloporque não tem voto no Colé-gio Eleitoral: "O meu voto jáfoi dado na convenção". JoãoAlves, depois de conversarmeia hora com Figueiredo, foiao gabinete do Ministro Ru-bem Ludwig. onde reproduziuos principais trechos do diálo-go. como pôde ouvir o líder doPTB na Câmara, DeputadoCelso Peçanha, que ali se en-contrava.

Segundo Peçanha, houveuma combinação entre os Go-vernadores indefinidos paraprotelar suas decisões. "E issoserá muito perigoso porque au-mentam as áreas de atrito",disse o líder petebista demons-trando intimidade com o assun-to. De fato, à saída, João Alvesafirmou que "o diálogo entre oPresidente e os Governadoresterá, agora, um caráter perma-nente", segundo desejo expres-sado por Figueiredo.

Luís Rocha, do Maranhão,foi o segundo a sair. Negou quetivesse tratado de política como Presidente. "Tratei apenasde assuntos de dólares para amalha viária do Estado".

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Amizade

bem nutrida.Quem vive trabalhando para

que nossa alimentação seja bemequilibrada, só pode ser nossoamigo. Por isso, devemos nutrir

essa amizade.O prato de hoje, são as

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, CONCURSO DO

7 INVENTOR NACIONAL

O Centro Federal de Educação Tecnoló-gica "C.S.F." ¦ RJ eslá realizando atédezembro de 1984, com a participação daPETROBRÀS. o 2° Concurso do InventorNacional, objetivando incentivar nas pes¦soas a atividade de concepção tecnológica.INSCRIÇÃOO Concurso é aberto a inventores brasilei-ros. residentes no Brasil, sendo as inseri¦ções efetuadas na Central de Produção doCEFET ¦ "CSF" - RJ, Avenida Maracanã,229. Rio de Janeiro. No ato da inscrição de-verão ser apresentados os seguintes docu-mentos:

¦ Carteira de Identidade(cópia xerográfica);

¦ C.P.F. (cópia xerográhca);¦ Comprovante de pagamento da taxa

de inscrição;¦ Procuração do inventor (se lor o

caso),• Relatorio do invento em duas vias

(papel oticio, datilografadas emespaço 2)E recomendável que o inventor pro-ceda no Instituto Nacional de Pro-pnedade Industrial (INPI) ao depó-sito do pedido de patente relerenteao invento que pretende inscrever.

Os candidatos que residirem tora do Rio deJaneiro deverão dirigir-se as Escolas Técni•cas Federais de sua cidade ou aos CentrosFederais de Educação Tecnológica, ondeobterão as informações necessárias sobrecomo proceder a inscrição.PERÍODO E HORÁRIO

'¦/4s inscrições, /á abertas, poderão ser efe- >tuadas ate 28 de setembro de 1984. Nacidade do Rio de Janeiro, estão sendo reali- •zadas no CEFET "CSF" RJ.Av. Maracanã,/.229 (2' a 6'. aas 8 as 21 horas e sábado,'das 8 30 as 12 norasi.TAXA DE INSCRIÇÃOPara cada trabalno apresentado, será co-brada a taxa de inscrição de Cr$ 5.000.00(cinco mil cruzeiros), dando direito ao livroA PROPRIEDADE INDUSTRIAL, de^utonado Engenheiro Clésio Gabriel Di Biasi.O pagamento da taxa de inscrição poderá

ser efetuado através das seguintes moda-lidades;¦ No Banco do Brasil, Agência Ban-deira, mediante guia de depósitofornecida pelo CEFET - RJ;

- Por depósito bancário a favor doCENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃOTECNOLÓGICA ¦ RJ, CONTA N°13267-5, Banco do Brasil, AgênciaBandeira ¦ RJ.

O comprovante da taxa de inscrição, orelatório do invento e a respectiva fichade inscrição, deverão ser entregues ouremetidos ao CENTRO FEDERAL DEEDUCAÇÃO TECNOLÓGICA "CSF" - RJ.JULGAMENTOO critério de avaliação dos trabalhos levaráem consideração os seguintes aspectos:

- Novidade- Utilização Industrial- Interesse Nacional¦ Avanço Tecnologico- Criatividade

PREMIAÇÃOOs trabalhos classificados nos cincoprimeiros lugares tarão ius a diplomas eprêmios nos seguintes valores:

r lugar - CrS 4.000.000,00 (quatromilhões de cruzeiros)2° lugar - CrS 2.000.000,00 (doismilhões de cruzeiros)3.° lugar - CrS 1.000.000,00 (1 miihâode cruzeiros) <>4° lugar - CrS 600 000.00(seiscentosmil cruzeiros) ,5.° lugar - CrS 400.000.00 (qua:ro-centos mil cruzeiros)

RESULTADOO resultado do /ulgamento será declaradono CEFET "CSF" ¦ RJ, no dia 30 de outubrode 1984.PATROCÍNIO

PETROBRÀS

oPETROLEO BRASILEIRO S.A.

cou Tancredo — na TV. naspraças e também nos sindica-tos, universidades e entidadescivis. Quero o debate mais am-pio, com todos os segmentos dasociedade. Quem já debateucom Affonso Arinos, OscarDias Corrêa e outras figurasnacionais do mesmo calibre,não pode ter medo de debatercom Maluf.

O debate entre os dois can-didatos foi acertado pela TV-Globo durante as convençõespartidárias, nos dias 11 (doPDS) e 12 (do PMDB). AGlobo — que não descarta aformação de um pool de emis-soras. mas gostaria de excluirdele a Manchete — atendeu aum pedido de Tancredo: que odebate não fosse marcado paraagora. Segundo assessores doex-Governador mineiro, a me-lhor tática de campanha é co-meçar a apresentar o seu candi-dato em comícios, para só de-pois ir aos debates de caráternacional.

Prioridade é

da Rádio JBO ex-Governador Tancredo

Neves e o Deputado Paulo Ma-luf decidiram que seu primeirodebate como candidatos à Presi-dència da República será pro-movido pela RÁDIO JORNALDO BRASIL. Agora, será mar-cada a data, de comum acordocom os candidatos. Tancredoconfirmou ontem a escolha, emfunção da iniciativa pioneira deconvite para o debate.

Associação de Jornais

elege nova diretoria

O jornalista Maurício Sirotski Sobrinho, de Zero Hora,de Porto Alegre, foi eleito ontem presidente da AssociaçãoNacional de Jornais, entidade que congrega as principaisempresas jornalísticas brasileiras. A nova diretoria é integradapor José Antônio Nascimento Brito, do JORNAL DO BRA-SIL. na la-vice-presidência; José Maria Homem de Montes,de O Estado de S. Paulo, na 2a-vice: João Roberto Marinho,de O Gloho. na tesouraria; e Pedro Pincirolli, da Folha de S.Paulo, na secretaria.

Para o Conselho Fiscal, da Associação foram eleitosMaury Campos Dotto, do Diário do Grande ABC; MárioGusmão, do Novo Hamburgo, e José Antônio Ferraz, doCorreio Popular. A entidade era presidida até ontem pelodiretor-redator-chefe de O Globo. Roberto Marinho.

MembrosOs jornais membros do Conselho de Administração da

entidade, também eleitos ontem, são os seguintes: A Crítica(Amazonas), O Liberal (Pará), Diário do Comércio (Minas),O Estado (Santa Catarina), A Gazeta do Povo (Paraná). AGazeta (Espírito Santo), O Fluminense (Estado do Rio deJaneiro), O Estado de Minas (Minas), a Gazeta Mercantil (SãoPaulo) e a Tribuna de Santos (São Paulo).

Integram também o Consélho os 10 jornais fundadoresda Associação: Correio do Povo (Rio Grande do Sul), O Dia(Estado do Rio de Janeiro), O Estado de S. Paulo (São Paulo),Folha de S. Paulo (São Paulo), O Globo (Estado do Rio deJaneiro), JORNAL DO BRASIL (Estado do Rio de Janeiro),O Povo (Ceará), A Tarde (Bahia), Jornal de Brasília (Brasília)e Zero Hora (Rio Grande do Sul).

Ao assumir a presidência da Associação Nacional deJornais, Maurício Sirotsky Sobrinho lembrou a importância dadefesa "da atividades jornalística, sem privilégios, mas comoreconhecimento ao direito democrático da informação". Com-prometeu-se, também, a atuar no sentido de melhorar ascondições de funcionamento das empresas jornalísticas. AAssociação congrega hoje 32 empresas de diversos Estados,todas com mais de cinco anos de existência editando jornais decirculação diária e paga.

FIBRA ÓTICA NA TELEFONIA ÉMAIS UM AVANÇO DO BRASIL

Pré-forma do bastão de fibra óptica que possibilita a produçãode até 3.000 metros de fibraBrasília — A Introdução da revolucionária

tecnologia de cabos de fibra ótica nas redes detelefonia no país, a partir do inicio da produçãode fábrica recentemente inaugurada em Cam-pinas, é um dos resultados concretos do proces-so de nacionalização da indústria de telecomu-nlcaçóes no Brasil, deflagrada e executada peloMinistério das Comunicações.

Este processo começou baseado na políticado Ministério que estatuiu uma série de medi-das, através da Portaria 622, de junho de 1978,que vem norteando o desenvolvimento tecnoló-gico e industrial do setor. Nestes seis anos,obteve-se a consolidação de uma indústria na-cional de telecomunicações, que hoje fornece avirtual totalidade dos equipamentos necessá-rios ao setor, com grau de nacionalização médiaem tomo de 95 por cento. Obteve-se uma cres-cente nacionalização do capital das filiais dasgrandes multinacionais e plena absorção datecnologia.

Novos êxitosAs 70 maiores indústrias do setor garanti-ram, em 1983, cerca de 36.400 empregos a brasi-

leiros, dos quais 2.500 de nivel superior. Estatransformação do perfil técnico-gerencial daárea industrial foi de transcendental importàn-cia para a aquisição da real capacitação tecno-lógica nacional. Esta mesma política estabele-ceu também as bases para indústrias de capitalintegralmente brasileiro, que hoje produzem,com reserva de mercado, equipamentos e mate-riais utilizados no Sistema Nacional de Teleco-municações, para cujo desenvolvimento parti-riparam.

A criação da Telebrás, em 1972, e do seuCentro de Pesquisas e Desenvolvimento, em1975, constituiu poderoso instrumento para aconsecução daquele objetivo. Uma vez instala-do o CPQD, a Telebrás arregimentou, imediata-mente, pessoal altamente qualificado. A partirdesse núcleo, centrou-se sua estratégia na ob-tenção de capacitação integrada nas áreascientífica, tecnológica e industrial, com vistas aatingir níveis que asseguram desenvolvimentopermanente da tecnologia no país.

Cabe ao CPQD a função principal de coor-denaçáo, além de executar atividades em P e Dem todos os níveis, exceto, evidentemente, naparte da produção industrial. Através do envol-vimento das indústrias com o CPQD, tem sidopossível obter não apenas a produção de equi-pamentos, mas, principalmente, a criação, nosetor industrial, de capacitação própria paradesenvolvimento autônomo futuro dos produ-tos que lhes forem especificados pelo CPQD,liberando este para empreender atividades de"alto risco" em P e D. Contribui, desse modo,para que o país se mantenha permanentementeatualizado na tecnologia de telecomunicações.

Assim, um elenco de equipamentos, compo-nentes e sistemas, alguns produzidos em escalacomercial, já estão operando nas empresas doSistema Brasileiro de Telecomunicações, entreos quais, o telefone brasileiro; equipamentosmultlplex digitais telefônicos e telegráficos; es-taçóes de recepção de TV e telefonia pública viasatélite; equipamentos digitais terminais delinha ótica. Os investimentos da Telebrás em Pe D tèm crescido de forma significativa desde1973, atingindo no período 73 83 o montante de143 milhões de dólares (CrS 286 bilhões!. Aestimativa de aplicação, apenas em 1984, sesitua em torno de 16 milhões de dólares (CrS 32bilhões).

Também, cerca de 350 projetos de equipa-mentos e sistemas suscitados pelas empresasoperadoras do Sistema Telebrás estão sendodesenvolvidos na área industrial de telecomu-nicações, dos quais valeria citar: equipamentosterminais, tais como: telefones público e semi-público, telefone digital e teleimpressores; ins-trumentos de medida, tais como: conjunto deteste para rádio monocanal, osciloscópios, ana-lisadores de cápsulas telefônicas e medidores

de tráfego telefônico; equipamentos automáti-cos de tarlfação e supervição de tráfego telefô-nico (Sitasu); equipamentos de computação,tais como: central transportôvel de baixa capa-cidade, concentradores digitais, temporizado-res eletrônicos e adaptadores de sinallzaçôo;equipamentos de transmissão, tais como: rádiomonocanal, rádio de multiacesso, multlplexFDM e Modems; equipamentos e acessóriospara rede externa; sistemas de alimentaçãoelétrica especializada para equipamentos detelecomunicações, inclusive fontes alternativasem substituição a geradores que utilizam deri-vados de petróleo (aerogeradores e painéis foto-voltaícos).

A fibra óticaO cabo ótico, resultado de uma pesquisa

desenvolvida nos últimos anos pelo CPQD daTelebrás e a universidade de Campinas, substl-tuirá gradativamente os cabos de cobre, hojeempregados na expansão da rede telefônica. Aprodução em escala industrial que se inicia,coloca o Brasil entre os poucos fabricantesmundiais deste produto e o torna o primeiropaís do hemisfério Sul a fabricá-lo. O avançoem termos de tecnologia é considerável: umúnico cabo ótico é capaz de executar a tarefa deconectar 2400 assinantes, para o que é exigidoigual número de pares de cobre. O cabo podeser Instalado, devido à sua espessura, aprovei-tando-se a infra-estrutura das redes Já implan-tadas, sem a necessidade de tubulações adicio-nais, o que se constitui num fator de elevadaeconomia.

Além disso, o cabo de fibra ótica apresenta•enorme facilidade de manuseio — extremamen-te fino e reduzido peso — e prescinde de requisi-tos especiais para protege-la do meio-ambiente.A sua utilização vai proporcionar alta confiabi-lidade nas ligações telefônicas, eliminando as"linhas cruzadas", já que é imune a ruidos,podendo inclusive coexistir próximo a redes dealta tensão.

A introdução na redeA partir do próximo ano, algumas empresa*

do sistema Telebrás vão utilizar os cabos óticosna expansão de suas respectivas redes. Numaprimeira fase, serão empregados apenas nainterligação de centrais públicas de comutaçãotelefônica. No decorrer do segundo semestre dopróximo ano, quatro Capitais brasileiras intro-duzirão o cabo ótico: no Rio de Janeiro, seráefetivada a conexão das Centrais Alvorada/Le-bron, com uma extensão de 22 quilômetros; emSão Paulo, serão interligados várias centrais nototal de 22,5 quilômetros. O mesmo ocorrerá emBrasília e Florianópolis.

Outra vantagem adicional da fibra ótica éde só exigir, para regeneração do sinal, a insta-laçáo de equipamentos eletrônicos lntermediá-rios somente a cada 10 quilômetros, ao contrá-rio de outras soluções, onde isso é necessário acada 1,8 quilômetros.O projeto de fibra ótica foi iniciado em 197T,no CPQD da Telebrás e, nele foi investido 7,5milhões de dólares (Cr$ 15 bilhões). No projetotrabalharam cerca de 100 especialistas, tendocomo um dos resultados, a elaboração de tesesde mestrado e doutorado, com base nas pesqul-sas. Ao lado da nova tecnologia nacional, foiobtida, dessa forma, uma maior capacitação dorecursos humanos no pais para atuar nestecampo. O investimento na área de comunica-

çóes óticas foi justificado como decorrente deuma oportunidade tecnológica, já que o Brasiliniciou suas pesquisas com pequena defasagemem relação aos países mais desenvolvidos.A consolidação da nova indústria de fibrasóticas ocorrerá a curto prazo, Já que a Telebrásfirmou contrato de exclusividade para os próxi-mos cinco anos, com previsão de encomendasanuais de dois mil quilômetros de cabos óticosO primeiro contrato para 1985 já foi concretiza^do no valor de 1,6 milhões de dólares (CrS 15 2bilhões).

4 o l° caderno ? sexta-feira, 31/8/84 POLÍTICA JORNAL DO BRASIL

PMDB decide instituir comando único para

campanha

Brasília — Na próxima quarta-feira,dia 5 de setembro, a Comissão Executivado PMDB voltará a se reunir para decidira formalização de um comando único —do PMDB e da Frente Liberal — para acandidatura de Tancredo Neves à Presi-dência da República. O Presidente Ulys-ses Guimarães terá que manobrar paraconciliar os interesses daqueles que dese-jam ver o partido controlando as ações docandidato com a autonomia natural que oescritório de contatos políticos, chefiadopelo Senador Affonso Camargo, já ad-quiriu.

Ontem, também em reunião da Exe-cutiva, foi aprovado um plano para colo-car Tancredo em contato direto com oseleitores do Colégio Eleitoral: nas terças-

• feiras terá almoço com os integrantes da:Frente Liberal e, nas quartas e quintas,com as bancadas do PMDB. Quandoessas bancadas forem de Estados onde opartido é Governo, estarão presentes aosalmoços também os delegados estaduais

;ao Colégio, além dos deputados federaissenadores.

MandadoSimultaneamente, os parlamentares

,~se engajarão na campanha defendendo o; candidato no horário destinado à lideran-~ ça na sessão da Câmara, formando comis-

• sões de trabalho para discutir seu progra-ma e viajando pelos Estados para difun-dir suas idéias.

além de pertencerão próprio candidato",observou Ulvsses. "Qualquer providên-cia. de qualquer natureza, inclusive sobreviagens, terá uma decisão partidária, emacordo com a Frente e os demais apoios ,disse. Para demonstrar isso, informouque o modelo e a data do debate Tancre-do x Maluf caberá ao PMDB resolver, damesma forma que seu roteiro de comíciosnos Estados.

Um dos participantes da reunião re-velou que após a manifestação do próxi-mo dia 14. em Goiânia, Tancredo estuda-rá as opções de ir a Curitiba ou Belém, deonde já tem convites, mas evitará odebate, pelo menos nos próximos 30 dias,para não dar folego à estratégia malu-fista.

Na reunião de ontem, além disso, oDeputado Francisco Pinto (BA) transmi-tiu a Tancredo críticas que lhe têm chega-do quanto ao funcionamento do ComitêEleitoral, que isola o candidato dos poli-ticos e a imprensa das informações. Ca-margo respondeu que nesta primeira fasetem sido absorvido pela agenda políticado candidato.

Miguel Arraes (PE) insistiu na tesede um grupo de peemedebistas, que elerepresenta, solicitando maior participa-ção na formulação do programa de Go-verno, de modo a consolidar compromis-sos populares. Tancredo concordou. Emseguida, o Deputado Darcy Passos (SP),em nome do grupo Só Diretas, relatouuma reunião de seus integrantes que, em"A campanha pertence ao partido,

Ex-Governador encontra Geisel dia 4

resumo, resolveu integrar-se na defesa donome de Tancredo. mas sem abandonaraluta pelas diretas, inclusive com a elabo-ração de um mandado de segurança con-tra a Mesa do Senado como forma degarantir a votação da emenda TheodoroMendes, se esta for negada.

Tancredo Neves, então, repetiu naExecutiva sua disposição de empenhar-sena luta pela implantação das diretas, masapenas até o próximo dia 30 de setembro,prazo além do qual considera a insistên-cia um gesto político inútil, pois a JustiçaEleitoral não teria mais condições mate-riais para organizar o pleito.

Passeata

Aplausos, chuva de papel picado,mas também vaias e protestos marcarama primeira passeata de apoio à candidatu-ra do ex-Governador Tancredo Neves àPresidência da República, promovida on-tem pelo PMDB gaúcho nas ruas docentro de Porto Alegre.

Enquanto das janelas dos escritórioscaía o papel picado, um grupo, no meiodas 300 pessoas que acompanhavam apasseata, gritou "Tancredo traidor","Fora Tancredo, queremos Maluf'. Parao presidente do setor jovem do PMDB,Cláudio Cava, a manifestação teve "umsaldo positivo, pois, de modo geral, apopulação gostou da figura de Tancre-do", encarnada pela máscara do empre-sãrio teatral Rodrigo Farias Lima.

Brasília — Luciano Andrade

t Brasília — O candidato da Aliança. Democrática, Tancredo Neves, se encon-; trará com o ex-Presidente Ernesto Gei-' sei, no Rio, na próxima terça-feira, dia 4rde setembro, após visitar o comitê cario-

ca da Frente Liberal. De acordo com oinformante, que confirmou a data doencontro, Tancredo agradecerá a Geiselsua participação nos fatos políticos queengajaram a Frente em sua campanha.Mas não aspira receber qualquer declara-ção de apoio público após a conversa.

Hoje, Tancredo deverá almoçar como Secretário de Governo de São Paulo,Roberto Gusmão, que chega a Brasíliapela manhã para assistir à posse do novoMinistro do Supremo Tribunal Federal,Sidnei Sanches, que assume na vaga dei-

xada por Alfredo Buzaid. O GovernadorFranco Montoro desembarcará momen-tos antes da posse, à tarde, e tambémdeverá visitar o candidato da Aliança.

AritméticaOntem, ele almoçou com o presiden-

te do PMDB, Ulysses Guimarães — ecom os Senadores José Sarney, vice desua chapa, e Marco Maciel — para umaapreciação reservada da reunião da Exe-cutiva, pela manhã, cujo resultado consi-derou um reforço à unidade partidária.Nesse encontro foi abordada a aritméticado Colégio Eleitoral, considerada hojeamplamente favorável a Tancredo.

Tancredo retornará ao Rio dia 10,para o lançamento oficial da AliançaDemocrática no Estado. A Comissão

Executiva Regional do PMDB definehoje, em reunião marcada para 15h, aprogramação da visita. Tancredo chegaráàs 11 horas e irá diretamente à sede do"Comitê J.K.", organizado pelo Depu-tado Federal Jorge Leite, de apoio à suacandidatura.

O Deputado estadual Gilberto Ro-drigues, secretário-geral regional doPMDB, vai propor que, em seguida àvisita ao "Comitê J.K.", o candidatoconheça as instalações do"MovimentoNacional Pró-Tancredo", e visite as sedesda Frente Liberal e a sede do PMDB.Daí, sugere Rodrigues, Tancredo partiriaem caminhada, ao lado de correligioná-rios, para a Assembléia Legislativa, ondeserá lançada a Aliança Democrática.

Tancredo não crê em veto"

e elogia Forças Armadas

Brasília — O candidato da AliançaDemocrática à Presidência, TancredoNeves, afirmou ontem que não acreditaque as Forças Armadas interpretem suavitória no Colégio Eleitoral como umaderrota do regime. "As Forças Arma-das não são parte do processo" —observou. "Estamos competindo demo-craticamente cora a força política go-vernista, que é o PDS. Nossa competi-ção é de partido contra partido. Afinal,é uma competição democrática. Nasdemocracias, o poder não participa dopleito e sim o preside."

O ex-Governador mineiro elogiouo Presidente João Figueiredo, que"temtido, até agora, um comportamentodemocrático exemplar", ao responder auma pergunta sobre o fim das demis-sôes de funcionários do Governo liga-dos à Frente Liberal. E acentuou: "Nãoesperava outro comportamento do Pre-«dente. Aliás, já tinha dito isso antes".

Embora possamos divergir doPresidente Figueiredo nesse ou naquele

ÇDsicionamento político — afirmou

ancredo —, temos o dever de fazer-lhe justiça. A ele devemos a anistia, aeleição direta dos governadores de Es-tado e os comícios pelas diretas semperturbação das autoridades policiaisde segurança. Não acredito que, aotérmino do seu Governo, ele fossequebrar o seu compromisso para ajudarum candidato na sucessão.

Tancredo respondeu energicamen-te a uma pergunta sobre a possiblidadede intervenção das Forças Armadas noprocesso sucessório:

Isso é uma ofensa às ForçasArmadas, principalmente aos oficiais-generais, que são homens da maiorresponsabilidade e que jamais engaja-riam o seu prestígio e o prestígio dainstituição numa disputa partidária. Is-

to i um argumento "ad terrorem. Osque se sentem perdidos apelam paratodos os tipos de argumentos, sobretu-do desta natureza. Quem se sente fortenâo faz apelos desta natureza.

Perguntado sobre as funções doServiço Nacional de Informações emseu Governo, Tancredo foi sucinto:

— Todas as nações do mundo têmo seu serviço de informação. As naçõessocialistas são as que têm serviços maiseficientes. O Governo brasileiro nãopode prescindir do seu serviço de infor-mações. Ele precisa ser mais democrati-zado e menos policial, para ser mais umserviço de informações.

Candidato da Aliança Democráticaesclareceu que haverá um comandoúnico para dirigir sua campanha com arepresentação de todas as principaisforças políticas que o apóiam porque"Isso é da tradição política".

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Tancredo ouviu da Executiva do PMDB sugestão para almoçar com delegados

AurelianoOposição dá vez à Frente

para protestos na Câmara

Brasília — Os Senadores Marco Maciel eJosé Sarney almoçaram ontem com o candidatoda Aliança Democrática, Tancredo Neves, edecidiram que, a partir da próxima semana, aFrente Liberal terá horários — cedidos pelaliderança do PMDB — para denunciar da tribu-na da Câmara as manobras do candidato doPDS, Deputado Paulo Maluf, que forem detec-tadas.

A Frente Liberal reuniu ontem 15 depu-tados em seu escritório e decidiu, também,ampliar a luta pelas eleições diretas já. Hoje, às10 horas, um grupo de deputados ligados aomovimento irá ao presidente do Senado, Moa-cyr Dalla, pedir que a emenda do DeputadoTheodoro Mendes (PMDB-SP), que restabeleceas diretas já, seja posta em votação.

Os deputados divulgaram um esboço domanifesto do Partido Liberal Progressista, quepretendem criar. Diferente do manifesto divul-gado há quatro semanas apenas na forma e naexclusão de temas, como a defesa da co-gestão eda ampliação de poderes do Judiciário, o novodocumento "é uma droga", segundo o Depu-tado Sarney Filho (PDS-MA).

"Bem pior que o nosso documento ante-rior", concordou o Deputado Jayme Santana,também do PDS do Maranhão. Contemporizan-do, o Deputado Saulo Queiroz (PDS-MS) afir-mou que o esboço do manifesto "está aberto asugestões de políticos e de todos os que queiramdele participar".

Pedessistas abandonam bancada

Belo Horizonte — Com o recuo de algunsparlamentares que já estavam praticamentecomprometidos com a Frente Liberal, mas pedi-ram tempo para decidir, foi divulgado ontempelo Deputado Jesus Trindade Barreto a comu-nicação de 11 pedess.stas pedindo ao líder doPDS desligamento da bancada do partido naAssembléia Legislativa de Minas, que era com-posta por 37 deputados.

O Governador Hélio Garcia, que ontemviajou para Fortaleza, discutirá domingo, com oex-Governador Tancredo Neves, as normas quedefinirão o governo de coligação em Minas. Sódepois, ele formalizará o acordo com o Vice-Presidente Aureliano Chaves, na próxima sema-na, em Brasília.

NomesAssinam o pedido de desligamento os Depu-

tados Jesus Barreto, Delfim Ribeiro, João Na-varro, José Santana, Cleuber Brandão, Narcélio

Mendes, José Geraldo Oliveira, João BatistaRosa, Euclides Cintra, Pedro Gustin e VicenteCalichio. Em 1982, eles obtiveram, juntos, 428mil votos.

Os Deputados Gil César Moreira de Abreue Marcos Cunha Peixoto pediram prazo paradecidir se rompem com o PDS. O DeputadoJoão Ferraz também não assinou o documento.

Na comunicação à liderança de seu partido,os dissidentes declaram que, embora permane-çam filiados do PDS, passarão a atuar"de formaindependente, sintonizados com o ideário daFrente Liberal." Dizem ainda que seguem ocomando do "notável coestaduano" AurelianoChaves e passam a apoiar "a candidatura presi-dencial de Tancredo Neves."

Os deputados estaduais da Frente Liberalvão reunir-se hoje pela manhã, a fim de elegerum coordenador e formalizar a entrega dodocumento ao líder do PDS.

Penna explica sua demissão

Belo Horizonte — O ex-Ministro da Indús-tria e do Comércio, João Camilo Penna, enviouontem telex ao Ministro-Chefe do GabineteCivil, Leitão de Abreu, declarando-se surpreen-dido por ter lido nos jornais declarações atribuí-das ao Presidente João Figueiredo de que"aqueles que pediram demissão, inclusive Mi-nistros, não tiveram a hombridade de lhe entre-gar pessoalmente o pedido"."Por bem conhecer S. Exa., não acredito

que tal declaração tenha sido feita nos termosdivulgados" — afirmou Camilo Penna. No telex,ele pediu a Leitão que informe ao Presidente e àopinião pública

"o ocorrido" no episódio de suademissão. Segundo o ex-Ministro, na manhã dodia 21 de agosto, ao levar sua carta de exonera-ção ao Palácio do Planalto, pediu que Leitão deAbreu a lesse e lhe desse uma "oportunidade defalar diretamente" a Figueiredo.

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AVISO AOS ACIONISTAS

1- Comunicamos aos Srs. Acionistas que a Assembléia Geral Extraordináriarealizada no dia 28 de agosto de 1984 aprovou:

I - AUMENTO DO CAPITAL . _De Cr$308.642.559.000 para Cr$540.301.559.000, mediante a emissão de231.659.000.000 de ações, sendo: 77.219.666.667 ações ordinárias e154.439.333.333 ações preferenciais, sob as condições abaixo:a) Integralização em dinheiro, à vista, no ato da subscrição das ações ao valor

de Cr$1 (hum cruzeiro) cada uma.b) É assegurado o direito de preferência aos acionistas, no período de .3U.UH.a4

a 11.10.84, para a subscrição de ações da mesma espécie daquelas de queforam possuidores, na proporção de 1,067067 ação nova para cada ação

c) As eventuais sobras serão rateadas no período de 18.10.84 a 19.10.84, naproporção das ações subscritas, entre os acionistas que tiverem manifesta-do, no boletim de subscrição, o seu desejo de participação no rateio. Osaldo não rateado será vendido em Bolsa, na forma legal.

d) Todas as ações subscritas terão participação integral nos resultados doexercício em curso. _

e) Os títulos representativos das ações subscritas serão entregues ate 60 diasapós a A.G.E. de homologação do aumento do capital.

2-PROCEDIMENTOSPara cumprimento da referida decisão assemblear, ficam os Senhores Acionis-tas, pelo presente aviso, informados dos seguintes procedimentos que serãoadotados pela Companhia.Subscrição de açõesO exercício do direito de preferência na subscrição de ações-Para os acionistas portadores do cupom nP 2 (dois) do certificado de ações e- Para os acionistas portadores de cautelas de ações (modelo antigo,sarr. cupons),poderá ser feito somente nos Escritórios da ACESITA, de 09 às 11,30 horas ede 1 4 às 17 horas:.em BELO HORIZONTE, à rua Tupis, 38- 149 andar;-no RIO DE JANEIRO, à rua 13 de maio, 41-179 andar;-em SÃO PAULO, à av. Paulista, 1.912 - 49 andar;-em PORTO ALEGRE, à av. Brasil, 470/482;-em RECIFE, à av. Conselheiro Aguiar, 5.025, sala 114;-em VITORIA, à rua Alberto de Oliveira Santos, 42 s/1.101;-em BRASÍLIA, Setor Comercial Local Norte (SCLN), 307 - Bloco E - n. 44,

sala 202 - 19 andar.Belo Horizonte, 30 de agosto da 1984.(a) Oswaldo Pierucetti — Presidente do Conselho de Administração.

comparece

à paradaBrasília — "A festa é da

Nação". O comentário foi feitoontem, ao telefone, pelo Vice-Presidente Aureliano Chavesao Deputado Saulo Queiroz(PDS-MS), que indagava desua disposição em compareceràs comemorações de 7 de Se-tembro. O Vice-Presidente, se-gundo dois de seus auxiliares,um dos quais o porta-voz, JoãoBatista Corrêa, irá com certezaà solenidade.

O convite chegou às mãos doVice-Presidente ontem, ás16h30min. Nele está reservadoao Vice-Presidente a Tribunade Honra, como é tradicional.Aureliano comparecerá à sole-nidade ao lado do PresidenteJoão Figueiredo, que já confir-mou sua presença, segundo aSecretaria Geral do Exército.

DESFILEA Secretaria informou que

já emitiu e enviou, há dois dias,cerca de mil convites às autori-dades que trabalham e residemem Brasília, inclusive o Vice-Presidente Aureliano Chaves.O porta-voz do Centro de Co-municação Social do Exércitoafirmou que não havia nenhu-ma razão para que o Vice-Presidente não fosse convida-do. A solenidade será em Bra-sília, com a apresentação deum desfile militar às 9h30min,no Eixo Monumental. O Presi-dente João Figueiredo será aprincipal autoridade, presidiu-do a comemoração.

No Dia do Soldado, 25 deagosto passado, AurelianoChaves foi convidado e depoiso Ministro do Exército, Gene-ral Walter Pires, mandou reco-lher o convite. A justificativafoi de que como Figueiredonão compareceria, a solenida-de seria presidida por WalterPires. Caso Aureliano fosse,ele seria a maior autoridadepresente e, portanto, presidiriaas comemorações do Dia doSoldado.

Governador

teme efeito

da emendaRecife — O Governador de

Pernambuco, Roberto Maga-Ihães, afirmou ontem que devehaver uma decisão urjrnte so-bre a votação, ou não, daemenda Theodoro Mendes(que restabelece as eleições di-retas), sob risco do candidatoTancredo Neves, da AliançaDemocrática, perder a eleiçãopara a Presidência da Repú-blica.

Se ficarmos na temática abs-trata das diretas, terminamosnem vencendo nas diretas enem nas indiretas. Afinal, te.-mos adversários pragmáticospela frente", alertou. O Gover-nador pernambucano observouque "o PMDB lançou um can-didato que já se tornou super-partidário", e destacou que "sevoltarmos agora às eleições di-retas, é preciso verificar quaisas implicações que vamos terem relação à campanha, aoscompromissos do Governo e àsarticulações".

Roberto Magalhães disseque não pode discutir prazos,mas condenou a indecisão."Sempre fui favorável às dire-tas e não teria por que mudar,mas a partir do momento emque me engajei na Frente Libe-ral, apoiei a Aliança Democrá-tica e tenho um compromissocom seu candidato" explicou.Informou que não tomará posi-ção sobre a nova emenda dasdiretas "sem primeiro ouvirTancredo Neves".

O sociólogo Gilberto Frey-re. considerou Tancredo "o ho-mem da salvação pública nacio-nal" e definiu o Colégio Eleito-ral conuvuma bizantinice".

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JORNAL DO BRASIL CIDADE sexta-feira, 31 6 64 ? 1" eadeino ? o

Síndicos e PM debatem criminalidade0 que você acha da idéia de apresentar

atestado de bons antecedentes para alugar umapartamento? Ou exigir de seu hóspede o mes-mo documento, abolido pelo ex-Ministro daDesburocratizaçáo, Hélio Beltrão? Ou combi-nar com o porteiro uma senha para o caso deassalto (o segredo deve ser preservado, pois sefor revelado indevidamente alguém pode serpreso)?

Foram essas algumas normas e sugestõesdebatidas, ontem de manhã, entre 130 síndicos erepresentantes de edifícios da Zona Sul. O medode assaltos e a insegurança transformaram aprimeira reunião desses síndicos, no 2" RPM,uma tribuna avaliadora de condutas a seremseguidas dentro e fora dos prédios.

Prova de inocência

O comandante do 2o BPM, Tenente-Coronel Eduardo Lois Blanco, distribuiu noinício da reunião um papel com 25 recomenda-ções a porteiros, intitulado Normas de segurançapara a portaria. Essas normas, que observamdesde a aparência do visitante ao contato ime-diato com a polícia em caso de qualquer anor-malidade, põem em dúvida a inocência dequalquer cidadão que estiver distraidamenteesperando um amigo.

No início da reunião, que durou aproxima-damente duas horas, os participantes que, semser objetivos, desviaram-se do princípio "traçaruma política e analisar as normas e falhas dosprédios em questão de segurança", começaramindiscriminadamente a criticar o acúmulo demendigos na Praia de Botafogo. Uma senhoraque não quis falar à repórter afirmou que a IrmãZoé é a "responsável pelo acúmulo de vadios",uma vez que distribui sopa para os pobres emseu dispensário, na Rua Muniz Barreto.

Algumas sugestões mais duras preocupavamo comandante do BPM. Um Senhor de ternocinza, 60 anos aproximadamente, começou as-sim seu discurso: "Sou proprietário de umprédio na Rua Muniz Barreto, em Botafogo, eacho que devemos ficar alertas quanto à presen-ça de homossexuais nos apartamentos, pessoasde conduta duvidosa e que promovam muitasfestas, porque estes podem representar focos decriminalidade."

Neste instante, Paulo César de Almeida,síndico de um edifício em Botafogo, afirmou:"Assim, todo mundo vai controlar e acabar coma liberdade das pessoas."

DetetivesAs normas de segurança não vão transfor-

mar os porteiros em detetives particulares, mas,como disse o Comandante Blanco, "estreitar orelacionamento entre porteiros, síndicos e mora-dores, para juntos traçarmos uma ação de aten-dimento". As normas são as seguintes:

Não se preocupar com a aparência das

pessoas. Se estranho, sempre ficar atento; notarse a pessoa está observando e passa sistematica-mente a pé, de carro, moto ou bicicleta; obser-var o portador de embrulho procurando locali-zação diante do prédio sem perguntar; pessoaparada nas imediações durante longo tempo,mais de lü minutos, sobretudo junto às entradasde acesso ao prédio; veículos estacionados comuma pessoa por longo tempo. Com mais de duasem seu interior, chamar o patrulhamento; per-manência de veículo estacionado no local pormais de 24h;

Procurar anotar mentalmente a placa doveículo suspeito e depois passar para o papel;não permitir que o estranho penetre na portariasem identificação prévia e autorização do mora-dor, e verificar o local para o qual se dirige;verificar se realmente o estranho se dirige aolocal informado, comunicando ao morador oencaminhamento da pessoa; antes de o estranhosair do prédio, verificar se porta embrulho. Sepositivo, entrar em contato com o morador paraautorização da saída e só depois abrir a portariapara o estranho sair;

Manter a portaria e todas as portas deacesso ao interior do prédio sempre fechadas; oporteiro deve sempre permanecer no interior daportaria e utilizar espelhos para melhor observa-ção; manter ficha de empregados que estejamtrabalhando no prédio, tanto de domésticos,quanto de eventuais; em caso de necessidade desair da portaria, localizar-se em frente ao pré-dio, devido ao maior ângulo de visão;

No caso de mais de uma pessoa na portaria,a abordagem deve ser feita por fora — atravésda porta de serviço. Fazer o atendimento na rua,em lugar visível; não tocar em embrulhos esque-cidos que pareçam suspeitos; manter livro deregistro de acesso de estranhos na portaria;manter a portaria durante à noite, apagada naparte externa, e na parte interna bem iluminada;em caso de assalto não reagir, cumprindo o quefor determinado;

Combinar uma palavra-chave para aviso aomorador diante de assalto; logo que houverpossibilidade, pedir auxílio à polícia; qualquerregistro, ou comunicado, deverá ser feito atra-vés da cabine de policiamento que é centro deação nas imediações; entrar em contato com aPM através dos telefones 239-3732, 190, 262-6662 ramal 218; em caso de não atendimento notelefone da cabine, comunique-se diretamentecom o 2o BPM através do telefone 226-1155;

Partindo destas normas e agilizando o Patru-lhamento Motorizado Especial (Pamesp) criadohá três anos e através de um histórico realizadodos prédios (número de entradas, utilização dedispositivos de segurança) entre outros dados aserem observados, o Comando do 2o BPManunciou que vai realizar outras reuniões, cadauma reunindo dois bairros, para reduzir a crimi-nalidade.

ABADI quer liberdadeindividual preservada"Os edifícios não podem ser transformados em fortale-

zas, nem todo estranho deve ser um suspeito, até prova emcontrário. Se prevalecer a mentalidade que tem norteado asreuniões entre oficiais da PM e os síndicos, criaremos umminiestado policial e autoritário nos bairros, a pretexto deprevenir os assaltos — alertou, ontem, o presidente daABADI — Associação Brasileira das Administradoras deImóveis — Rômulo Cavalcante Mota.

O presidente da ABADI advertiu que, com as normasque vêm sendo propostas, "os síndicos autoritários terão o seucampo de ação ampliado e se sentirão estimulados a tentarrestringir os direitos individuais dos moradores dos prédios."Rômulo Cavalcante Mota opina que, ao invés de universalizaras normas de segurança, "a Polícia Militar deveria realizar umestudo sério, científico, sobre o tipo de prédio que de fato estámais ameaçado, para aí, sim, elaborar um plano de açãoeficaz".

Porteiro policialA carga de atuação reservada aos porteiros —

prossegue — está em discrepância com a real capacidadedesses profissionais, em sua maioria mal preparados e poucoinstruídos. Se eles seguirem à risca as instruções sobre quem éestranho ou suspeito, acabarão se convertendo em policiaisparanóicos, vendo em cada desconhecido um inimigo. E o queé pior: serão eles os julgadores de quem é bom ou mau.

Rômulo Cavalcante Mota considera que uma análise dosassaltos que vêm sendo praticados em edifícios do Rio jápermite algumas conclusões: "A principal delas é que osmarginais preferem edifícios mais luxuosos, com poucosapartamentos por andar, porque sua ação fica, ao mesmotempo, mais atraente e facilitada. É para esse tipo de prédioque a Polícia Militar deve estabelecer uma ação preventivaeficaz. Isto não quer dizer que os outros prédios serãoesquecidos. Terão que adeqüar procedimentos às suas realida-des e não simplesmente incorporar normas genéricas, muitasvezes eivadas de autoritarismo e suspeita".

Pedir atestados de bons antecedentes a quem queralugar um apartamento, além de absurdo, é inconstitucionai efere o próprio espírito desburocratizador alardeado peloGoverno federal. Assim como é descriminador e, portanto,também ilegal, impor determinados padrões de condutaconsiderados normais, proibindo, por exemplo, que um ho-mossexual possa alugar um apartamento, como alguns síndi-cos estão propondo. E proibir alguém de dar uma festa oureunião com música — naturalmente mantidos padrões mini-mos de respeito à vizinhança — igualmente é ferir um direitoindividual e ilanienável do cidadão. Não é assim que seprevine assaltos.

O presidente da ABADI lembrou que as administrado-ras de imóveis têm formas próprias e adequadas de analisarqualquer candidato a uma locação, "e esse procedimento nãoinclui exigências de atestados de bons antecedentes, nemoutras absurdas, que vêm sendo propostas por síndicosautoritários, que, infelizmente, são cada vez mais numerosos.E a prática tem demonstrado que a nossa investigação ébastante segura. O caminho, portanto, é a polícia se encarr-egar, basicamente, de estabelecer um plano, uma estratégia, enão incorrer no risco de incentivar práticas autoritárias ediscriminatórias".

Peritos

debatem o

artesanatoCom o objetivo de proteger

e recuperar a verdadeira tradi-ção artesanal e identificar asprincipais características do es-tado atual das atividades arte-sanais no mundo, 17 peritos emartesanato estão reunidos háuma semana na FaculdadeCândido Mendes, num encon-tro promovido pelo ConselhoMundial de Artesanato daUNESCO.

Ontem, alguns deles visita-ram a Obra O Sol — represen-tante do artesanato de todo oBrasil — e de lá saíram entu-siasmados com a arte de nossosartesãos.

— Mais do que o reconheci-mento, estamos felizes em po-der mostrar a peritos artesanaiso que é a nossa arte. Estamosorgulhosos em receber tantoselogios e ver reconhecido onosso objetivo principal, que épreservar e estimular o artesa-nato brasileiro — disse a vice-presidente executiva da Obra,Maria Tereza Lacombe Ca-margo.

Peritos artesanais da Finlán-dia, Malásia. Índia, Grécia.Tunísia e Estados Unidos e.xa-minaram com atenção as peçasartesanais de todo o país emexposição na Obra O Sol. Fica-ram entusiasmados com as téc-nicas artesanais em cerâmica,palha, couro, metal e madeira.

Eles conheceram a Obra OSol e as áreas de atuação: umcentro de treinamento em téc-nicas artesanais, um centro deestudos e pesquisas. Foi maisapreciada a feira permanentede artesanato, que expõe, rece-be encomendas e vende para opúblico.

FAMERJ CONVOCA MUTUÁRIOS - BNH

TEMOS DIREITO À EQUIVALÊNCIA SALARIALNÃO QUEREMOS ALTERAÇÕES NOS NOSSOS CONTRATOS

Representantes dos mutuários de quinze Estados brasileiros, reunidos em Brasília nos dias 18 a 21de agosto passado no 7o Encontro Nacional, após debaterem a grave situação da habitação noBrasil, deliberaram:

— É urgente a elaboração de uma nova política habitacional, democrática e de caráter social.cujas diretrizes sejam traçadas pelo Congresso Nacional, com a participação dos mutuários edemais setores organizados da população;

— Procurar as direções das entidades sindicais nacionais e nos Estados para com elas debater asituação dos mutuários e assalariados e a política habitacional, bem como o efetivo controlesobre as aplicações do FGTS;

— Entregar ao presidente do BNH, em audiência, os pontos básicos dessa nova políticahabitacional;

— Contactar os Governadores dos Estados e os Prefeitos para debater a descentralização dapolítica habitacional;

— Promover debate público com os candidatos à Presidência da República sobre a nova políticahabitacional;

Quanto às recentes medidas anunciadas pelo BNH (Bônus, equivalência salarial a partir dejulho de 1985 com adoção da semestralidade), temos as seguintes considerações:

— A equivalência salarial está garantida nos contratos e mais de 230 mil mutuários estãona justiça em todo o país, garantindo esse direito;

— O Bônus, como está proposto, implica aceitação do aumento de 191% em julho desteano, o que conflita com o direito è Equivalência Salarial. O BNH e os empresários daconstrução civil, nos últimos pronunciamentos, reconhecem, ainda, que de formaenviesada, esse direito;

— Já não se discute o direito à Equivalência Salarial. Somente os agentes financeirosteimam em não respeitá-la. Seus interesses sempre foram conflitantes com os dosmutuários.

— Na audiência que a Coordenação Nacional dos Mutuários manterá na próxima 2" feiraàs 10 horas com o presidente do BNH, pretendemos que a Equivalência Salarial resulteimediatamente cumprida.

PRÓXIMA REUNIÃO DOS MUTUÁRIOS — TERÇA-FEIRA— DIA 04/09, ÀS 19 HORAS NO TEATRO DA UERJ (aolado da Concha Acústica) — AV. TURFE CLUBE — EMFRENTE AO MARACANÃ.ASSUNTOS:

Contato dos mutuários com representantes das Associações de Mora-dores;Acompanhamento das ações na justiça;Avaliação da reunião com o Presidente do BNH;Nossa posição sobre o Bônus.

JÓ REZENDEPresidente

FAMERJ — Rua da Lapa, 180 Loja B — Tel. 232-5402

 SUNAB INFORMA

Pesquisas realizadas pela SUNAB nas lojas de vendas de aparelhos eletrodomésticos no Rio de Janeiro revelaram a existência de grandes disparidades de preços entre produtos da mesma marca e modelo. As pesquisas abranqeram 102produtos, em 13 lojas de eletrodomésticos.Em determinados produtos foram encontradas variações absurdas, como por exemplo

da máquina de lavar roupada geladeirado televisor a coresde um aparelho de ar refrigeradode um liqüidificadorde um espremedor de frutasde uma enceradeirade um aspirador de póde um ventiladorde um ferro de engomar elétricode um circulador de arde uma máquina de costura elétricade uma batedeira elétricade um rádio AM/FM

Com o objetivo de proteger os interesses da população consumidora do Rio de Janeiro na compra de aparelhos eletrodomésticos, a SUNAB decidiu divulgar o resultados das pesquisas, deforma a orientar o consumidor, informando-o sobre as organizações que praticaram os preços mais elevados e também as que praticaram os menores preços. Os exemplos a seguir foram levantados napesquisa realizada no dia 21 deste mês e confirmam as observações ao longo das semanas anteriores:

71% de diferenga no prego80% de diferenga no prego62% de diferenga no prego

101% de diferenga no prego130% de diferenga no prego62% de diferenga no prego

109% de diferenga no prego108% de diferenga no prego110% de diferenga no prego69% de diferenga no prego

134% de diferenga no prego55% de diferenga no prego

102% de diferenga no prego53% de diferenga no prego

PRODUTOSMAIORPREÇO

Cr$

NALOJA

MENOR NAPREQO LOJA

Cr$

419.000 Carrefour405.900 Mesbla706.500 Carrefour319.000 Carrefour650.000 Insinuante334.200 Carrefour405.000 Freeway319.000 Carrefour850.000 Ultralar548.700 Carrefour460.500 Ultralar275.000 Insinuante495.000 Ultralar25.270 Tele Rio11.500 Casas da Banha19.900 Mesbla52.940 Tele Rio99.900 Mesbla69.010 Tele Rio58.990 Casas da Banha81.400 Freeway105.000 Ponto Frio11.790 Mesbla12.700 Sears35.150 Boulevard57.200 Boulevard

229.000 Mesbla32.600 Casas da Banha28.240 Tele Rio40.320 Boulevard

Máquina lavar roupa Brastemp luxoSecadora de roupa BrastempLava louças BrastempGeladeira Brastemp BRJ 360 litrosGeladeira Brastemp BRJ 440 litrosGeladeira Cônsul ET 3.543 GLFreezer BrastempFreezer Prosdócimo 180 LTelevisão a cores Phillips CT 6400 51cm 20"Televisão a cores Philco PC 1401 36cm 14"Televisão a cores Sharp 1404 A 36cm 14"Televisão preto e branco B 17 A 17"Condicionador de ar Springer 1 hp 10.000 BTULiqüidificador Arno LR super 5 velocidadesEspremedor de frutas Faet 700Espremedor de frutas Walita ES 50Enceradeira esmalt. Arno Nova 1 escova 1 hasteEnceradeira Eletrolux StandardEnceradeira Walita Nova W 1Aspirador de pó Arno JúniorAspirador de pó Arno (chão)Aspirador de pó Walita (chào)Ferro elétrico GE VFA 1010Ventilador Arno JúniorVentilador Faet 1035 10"Circulador de ar Arno Júnior Turbo 40cmMáquina costura elétrica Singer Zig Zag gabineteBatedeira elétrica Arno CirandaBatedeira elétrica Walita portátilRádio receptor Motoradio RPM 31

624.000 Garson570.000 Ponto Frio

1.191.400 Freeway575.000 Ponto Frio957.000 Ponto Frio499.000 Ponto Frio662.000 Ponto Frio470.000 Insinuante

1.287.000 Casas da Banha805.000 Ponto Frio750.000 Ponto Frio399.500 Ultralar998.250 Casas da Banha51.500 Insinuante18.700 Boulevard31.000 Insinuante111.000 Freeway178.600 Carrefour116.000 Sears103.500 Ultralar169.500 Boulevard199.000 Sears20.000 Garson21.460 Freeway74.140 Freeway134.000 Ponto Frio355.000 S.andiz66.000 Garson55.000 Garson61.900 Sandiz

RESUMOPESQUISA DE PREÇO AO CONSUMIDOR EM 21 DE AGOSTO DE 1934

LOJA

Ponto FrioFrewayA InsinuanteMesblaCasa GarsonCasas da BanhaBoulevard (Disco)UltralarSearsSandizBrastelTele RioCarrefour

NUMERO DE PRODUTOS COMPREÇOS MAIS ALTOS

161513121086643222

NUMERO DE PRODUTOS COMPREÇOS MAIS BAIXOS

457

213548752

1619

A pesquisa da SUNAB demonstra a necessidade que o consumidor tem de procurar informar-se sobre os preços dos produtos, antes de realizar as suas compras Com este procedimento, o consun idor esiaa defendendo o seu próprioorçamento e contribuindo para conter a alta do custo-de-vida

6 ? Io caderno ? sexta-feira, 31/8/84 MEDICINA CIDADE JORNAL RQ BgASILDiário Oficial do Estado

INFORME JB

Lei de menos

Os moradores da Gávea reclamamdo barulho produzido pelo chamadoBaixo Gávea, que vem interferir atémesmo nas atividades de uma clínica derepouso. A Lei do Silêncio, a esserespeito, é uma daquelas que o cariocafoi derrogando pelo desuso, e que nin-guém tomou a simples providência derestabelecer.

De todos os lados e por todas asprocedências, o massacre sonoro trans-forma o Rio de Janeiro numa das cida-des mais barulhentas do mundo — se éque há alguma que lhe faça concorrên-cia. Um pouco de silêncio, mesmo nosmaiores centros urbanos, é indício certode civilização — e quase se pode dizerque, quanto mais silencioso, mais civili-zado.

Essa virtude, aqui, foi tida comodispensável. Achamos pitoresco teruma cidade barulhenta. Quem reclamacontra o barulho da festa do vizinhopassa por antipático, criador de caso,mau companheiro.

Ora, sem chegar ao extremo dossuíços, pois esta é terra tropical e aindapouco sofisticada, há um mínimo desilêncio que se pode cobrar e exigir,tanto mais quanto está previsto em lei.Se o direito de alguém termina ondecomeça o direito do outro, é evidenteque todo cidadão, sobretudo se o dese-jar, tem direito a um mínimo de si-lêncio.

Não se trata de capricho pessoal. Obarulho que invade o Rio tornou-seprofundamente desgastante. Perdem-seimportantes energias vitais lutando con-tra a irritação por vezes provocada pelobarulho excessivo. Uma cidade de neu-róticos torna-se hostil à vida em comu-nidade. E é para esse estágio que o Riode Janeiro está caminhando. Descargasabertas circulam acintosas por toda acidade.

Talvez seja difícil perseguir motoci-distas. Mas é muito fácil estabelecer ummínimo de observância da Lei do Silên-cio já em vigor. É só olhar para orelógio e coibir certos abusos — como odo Baixo Gávea. A menos que se queiraadotar definitivamente o princípio (le-tal) de que algumas leis não são paravaler.Comunicação

Sam Zagoria, o embudsman do Wa-shington Post, será uma das atrações doCongresso Nacional de Comunicação e In-formação — Concim —, que se reunirá emSão Paulo entre 8 e 11 de outubro, com oapoio do Ministério das Comunicações, poriniciativa da Comissão de Transportes eComunicação do Senado e da Câmara, Asso-ciação Brasileira da Indústria Eletro-Eletrônica (Abinee), Associação Brasileiradas Emissoras de Rádio e Televisão (Abert),Associação Nacional de Jornais (ANJ), Su-cesu Nacional, Telebrasil e outras entidades.

Umberto Eco é também esperado, alémde Zagoria, cuja função é criticar o Post,para manter o jornal dentro de padrões deisenção e justiça.Decisão concreta

Na reunião da Executiva do PMDB,ontem, alguns deputados não pouparam cri-ticas ao funcionamento do escritório eleitoralde Tancredo Neves. Houve quem fizessecomparações com o de seu adversário, PauloMaluf, onde haveria mais informações, me-lhor infra-estrutura e mais decisões con-cretas.

Para corrigir isso, a primeira "decisãoconcreta" de Tancredo e seu Vice, JoséSarney, foi convidar os jornalistas credencia-dos no Congresso para um encontro hoje,numa chácara, regado a churrasco e cerveja.A bruxa está solta

Não está nada boa a maré para osmalufistas mais arraigados na Câmara, se-gundo observava ontem um deputado baia-no, adepto de uma mãe-de-santo apolítica. Emostrava: na semana passada, o DeputadoSiqueira Campos (PDS-GO) quase apanhade Gilson de Barros (PMDB-MT), na Câma-

ra. Quarta-feira, o vice-líder do Governo,Jorge Arbage (PDS-PA), sofreu um enfarte.Logo depois, seu colega João Carlos de Carli(PDS-PE) foi derrubado por uma crise renal.

E ontem, para completar, o mais entu-siasmado vice-líder do PDS, Nilson Gíbson,recebeu uma péssima notícia para sua carrei-ra política: o Governo vai liberar CrS 16bilhões para que seu arquiinimigo pernam-bucano, o Deputado José Mendonça, tam-bém do PDS, adquira o Jornal do Commer-cio, do Recife. A nova meta do jornal,adianta-se, será: Delendum Gibson.

E, de última hora, mais duas baixasmalufistas: Oscar Alves e Renato Cordeirotiveram problemas cardíacos.

Na diplomaciaO Chanceler Saraiva Guerreiro, que fará

hoje alentada exposição na Escola Superiorde Guerra sobre sua política à frente doItamarati, será convocado pela Câmara dosDeputados para esclarecer as razões da in-tensa movimentação de embaixadores nasúltimas semanas.

O Serviço de Assuntos Legislativos doItamarati não vê "obstáculos para que oChanceler atenda à convocação da Câmara",que está intrigada sobre as mudanças na áreadiplomática a sete meses do término do atualGoverno.Solidariedade

Sem conseguir recursos suficientes paracobrir o déficit da Previdência, o MinistroJarbas Passarinho queixou-se ontem a seucolega Ernane Galvêas, da Fazenda, com umgracejo:Assim eu vou para a cadeia...

Galvêas não cedeu. Mas, solidário,emendou:

Eu vou com você.Alerta na serra

A Prefeitura de Petrópolis acaba dedesapropriar a antiga estrada de ferro Grão-Pará, que estava sendo desmontada e vendi-da aos pedaços. Com essa medida, a linhaserá preservada e reutilizada na integraçãodo município, ligando o centro da cidade aosbairros e distritos mais distantes.

A decisão do Prefeito Paulo Rattes aten-de a sugestão feita em fevereiro deste anopelo diretor técnico da AP ANDE (Associa-ção Amigos de Petrópolis), Alfredo de SáEarp Hertz. Seu alerta salvou em tempoaquela importante via de desenvolvimentoda cidade serrana.

AssimilaçãoO Deputado José Lourenço (PDS-BA),

da Frente Liberal, acha que o Governo jáiniciou o processo de assimilação da candida-tura Tancredo e da possibilidade de elevencer o páreo sucessório.

Lourenço faz esta interpretação a partirde uma determinação do Ministro Leitão deAbreu à Empresa Brasileira de Notícias paraque inclua, em igualdade de condições, notí-cias dos dois candidatos na Voz do Brasil.Mais: que envie a Tancredo, todas as ma-nhãs, a sinopse do noticiário de toda aImprensa.Solidão

No aceso debate de ontem na CâmaraMunicipal, sobre a greve dos serventuáriosda Justiça, alguém indagou aos grevistas se jáhaviam procurado o Governador Leonel Bri-zola para dialogar. Com ar desalentado, umvereador atalhou:

Ele tem evitado todo mundo: médi-cos, professores, motoristas e até o partido...

O Deputado Sebastião Nery, que estavaperto, arrematou:

Hoje Brizola não dialoga nem comLeonel.

O gordo e o magroO Senador Jutahy Magalhaés, malufista

do PDS da Bahia, confidenciou que nãoconsegue dissociar a Frente Liberal das dei-gadas figuras sempre presentes nos quadrosdo pintor El Greco:

Para mim, o retrato final da Frentenão será feito à imagem c semelhança doVice-Presidcnte Aureliano Chaves, gordo eforte. Vai ser uma cópia do Senador MarcoMaciel.Dúvidas

O Deputado Jairo Azi (PDS-BA), malu-fista, reconheceu ontem a seu coiega debancada José Lourenço (PDS-BA), tancrc-dista da Frente Liberal, que se a eleição peloColégio Eleitoral fosse hoje Tancredo vence-ria Maluf por 14 votos.

Lourenço acha pouco.

LANCE-LIVRE-O líder do PDS na Assembléia, Francisco

Lomelino, embora se proclame a favor daseleições diretas em todos os níveis, esquivou-se ontem de assinar telegrama endereçado aoSenador Moacyr Dalla, para que seja incluí-da na ordem do dia da Casa a EmendaTeodoro Mendes. O telegrama seguiu com aassinatura dos líderes dos outros partidos.Lomelino alega que mandará sua mensagemsozinho.

Os Secretários Municipais de Administra-ção das 64 cidades fluminenses vão se reunirdia 10 de setembro na FESP (FundaçãoEscola do Serviço Público). Na oportunidade,o Secretário de Administração do Estado,Leôncio Vasconcelos, anunciará plano de aju-da permanente aos seus colegas da áreamunicipal.

Artistas, intelectuais e políticos estarãodia 2, domingo, âs lOh, na passarela doAterro do Flamengo, em frente à Rua Pais-sandu, para a Caminhada Muda Brasil pro-movida pelo Comitê Tancredo Neves daZona Sul.b No 3" Congresso Internacional dos Profis-sionais do Direito em realização no HotelGlória, com mais de 600 participantes, estãoprogramadas duas homenagens especiais: aojurista Sobral Pinto e ao procurador PedroJorge de Melo e Silva (in memoriam).

Com uma exposição de fotografias. ;i par-tir de segunda-feira, a exibição diária deaudiovisual, as I7h, e um ato público dia 5 desetembro, será realizada diante da CâmaraMunicipal, na Cinelándia, a Semana da Ama-zónia. O evento tem o patrocínio da Campa-nha Nacional de Defesa e pelo Desenvolvi-mento da Amazônia.

I oma posse hoje o novo Reitor da l niversi-dade Federal de Viçosa, Geraldo MartinsChaves, professor ha 29 anos.« O Ministro da Justiça, Ibrahim Abi-Ackel,

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1 S P t m

Americano diz

mata mais osNova Iorque — Não se conformar com um

câncer e reagir com revolta, longe de ser umerro pode significar a diferença entre a vida e amorte, segundo concluíram vários pesquisado-res da Faculdade de Medicina de Pittsburg.Estudando 232 pacientes de câncer, em trêsexperiências separadas, os cientistas concluí-ram que as vítimas que exteriorizam sua revol-ta ou suas emoções e as dividem com osdemais evoluem bem mais favoravelmente doque os estóicos, que guardam suas emoçõespara si.

É a primeira vez que pesquisadores conse-guem estabelecer alguma evidência científicapara a ligação — que muitos cancerologistassupõem existir — entre o desenvolvimento docâncer e as emoções. O estudo da equipe decientistas, liderada pela pesquisadora SandraLevy, de Pittisburg, foi apresentado no Encon-tro Anual da Associação Americana de Psico-logia.

Para fazer o estudo, os médicos observa-ram durante vários anos pacientes com cânce-res de seio e de pele, medindo o nível geral deseus mecanismos de defesa imunológicos. Nocaso de mulheres que tinham sofrido ampu-tações do seio, em virtude de câncer, verifi-cou-se que a reincidência da doença (numperíodo de pelo menos cinco anos) foi maisfreqüente nas pessoas que reagiram friamente

que câncer

conformadosou com apatia e depressão. As pacientes "quenão se conformam", pelo contrário, tiveramíndices de cura (pelo menos cinco anos semreincidência) consideravelmente mais ele-vados.

No caso dos tumores malignos de pele(geralmente de fácil diagnóstico precoce e dealto índice de cura), os cientistas verificaramque a grande maioria dos pacientes que vierama falecer ou que pioraram eram os apáticos,tristes, ou aqueles que, mesmo com raiva, nãoa exteriorizavam. Os ativos, que falaram doproblema abertamente, em média não mostra-vam sinais de reincidência três anos após acirurgia ou radioterapia.

Todos os pacientes que não reagiram emo-cionalmente de uma forma ativa e agressivamostraram níveis baixos de atividade em seusmecanismos celulares de defesa imunológica,uma parte importante na luta do organismopara evitar a propagação da doença. Mas,apesar dos resultados, tanto Sandra Lewycomo Ronald Casey, da Universidade de Yale,que também participou da pesquisa, advertemque ainda é cedo para afirmar que psicotera-pias com ênfase na liberação das emoçõesvenham a ser parte obrigatória do tratamentodos pacientes com câncer.

FRITZ UTZERI

Médico anuncia queda de custos

Belo Horizonte — O professor Henri Sar-les, da Universidade de Marselha, França, euma das maiores autoridades mundiais emdoenças do pâncreas, previu ontem, na Capitalmineira, onde participou do 29° CongressoNacional de Gastroenterologia, que os custosda medicina tendem a cair, "não por interven-ção do Estado, mas pela consciência de racio-nalização criada entre os médicos, em funçãodo desenvolvimento e a conseqüente alta nospreços da medicina".

Henri Sarles citou o exemplo da integra-ção entre a gastroenterologia, a endoscopia e acirurgia do aparelho digestivo. Afirmou que,graças ao uso da endoscopia, reduziram-se oscustos e os riscos dos exames e até algumasintervenções cirúrgicas dos vários órgãos quecompõem o aparelho digestivo. Já para opresidente da Sociedade Mundial de Cirur-giões do Aparelho Digestivo, Lloyd Nyhus, daUniversidade de Illinois, em Chicago, nosEstados Unidos, os diagnósticos precisos pro-

porcionados pela endoscopia reduziram a mor-talidade, de 20% para cerca de 8%.

O especialista francês disse que, apesar deseus colegas brasileiros não terem tempo parase dedicarem à pesquisa e de o Governodestinar poucos recursos para a ciência, oBrasil está muito desenvolvido, particularmen-te nas pesquisas sobre o pâncreas.

Henri Sarles acredita na redução do cânceratravés da epidemiologia — combate às causas— por considerar este um método mais baratoe eficaz. "Pesquisas na França indicaram quese uma pessoa não fuma e não bebe mais queum quarto de uma garrafa de vinho diariamen-te, 90% dás possibilidades de câncer desapa-recem.

Henri Sarles lamentou que, no Brasil, "oGoverno não tenha a intenção de fazer umacampanha de combate ao fumo, por motivoseconômicos, já que o cigarro é uma dasprincipais fontes de renda para os cofres daUnião, pelos impostos que recolhe", disse.

Câmara dá a Chico Anísio

título de Cidadão Carioca

vai participar neste fim de semana emCuiabá, Mato Grosso, do 3o Encontro Nacio-nal da Juventude Democrática Social (JDS),conhecida também como PDS Jovem.

"Não complique". É com este slogan que oSubsecretário de Administração do Estado,Luís Fernando Ribeiro de Matos, vem obten-do êxito num movimento de desburocratiza-ção do serviço público fluminense. O movi-mento compreende seminários e palestraspara chefes de departamentos de pessoal eabrange também autarquias.

O Palácio do Forró começa a funcionar aIo de setembro às 22h, na Avenida AnaNery, 1.540. Vão tocar: João do Vale, ZéGonzaga, Trio Nordestino e Marinés e suaGente.

A Faculdade Hélio Alonso vai promoveraté o final de novembro, das 18h às 19h, ocurso Modos de Ler, em que serão discutidostextos de Roland Barthes, Nietzsche, Guima-rães Rosa e Clarice Lispector.

O professor Edgard da Rosa Ribeiro,presidente executivo do Colégio Brasileirodé Cirurgiões, está mobilizando a classemédica de todo o país para o 17" CongressoBrasileiro de Cirurgia, que acontecerá emjulho do próximo ano. O evento servirá parao intercâmbio científico e social entre oscirurgiões brasileiros e de outros centrosestrangeiros.

O maestro Eleazar de Carvalho recebe hojeda Câmara Municipal o título de CidadãoHonorário do Rio de Janeiro.

Do Governador Leonel Brizola, justifi-cando a candidatura Tancredo Neves à su-cessão presidencial através do Colégio Elei-toral: "Estamos usando a arma do opressorpara nos defendermos dele".

Do pianista Arthur Moreira Lima>"Até 15de março todas as minhas horas serão deTancredo Neves."

Em um só diploma, a Câmara Municipalconcedeu ontem 108 títulos de Cidadão Hono-rário do Rio de Janeiro ao homenagear Fran-cisco Anísio — Chico Anísio — de OliveiraPaula Filho, que disse ser "muito importante"para ele o título de Cidadão Carioca, "mas nãoé tão importante como um carioca receber otítulo de cidadão da cidade de Maranguape,onde nasci".

Azambuja, um de seus personagens, emsua opinião deveria ser o homenageado princi-pai "apesar de ser do jeito que ele é, não sercarioca e ter nascido em Niterói". Depoisdessa e outras inúmeras piadas, a sessão daCâmara que, como de costume, é solene,transformou-se em uma reunião informal, ale-gre e demonstrou a intimidade de todos com oSilva, a Salomé, o Azambuja, o Profeta, e o tãocomentado Depurado Justo Veríssimo.

A postura formal, de terno azul-marinho,camisa branca e gravata, com que ChicoAnísio chegou à Câmara e foi recebido por

Encontro sugere

grupo que cuide

do alcoolismoO V Congresso Mundial de Prevenção,

realizado no Hotel Nacional, promovido pelaComissão Internacional para Prevenção doAlcoolismo e Dependência de Tóxicos (ICPA)— uma organização filiada à ONU — foiencerrado ontem com a decisão de se criaruma comissão de prevenção do alcoolismo edrogas em nível nacional.

Representantes de 33 países discutiramnos últimos cinco dias os problemas do alcoo-lismo e das drogas, seus efeitos na sociedade, oque pode ser feito na área da prevenção e naeducação, além das instituições religiosas. Fo-ram abordados também os pontos-de-vistamédico, psiquiátrico e social das dependênciase vícios.

Uma das instituições presentesao congres-so foi a MADD — Mothers Against DrunkDrivers (Mães Contra Motoristas Bêbados),criada há 4 anos, quando Candy Lightnerperdeu uma de suas filhas gêmeas — a outra,Serena, acompanha-a neste congresso — atro-pelada por um motorista bêbado com váriaspassagens na polícia por alcoolismo, e nãoconseguiu prendê-lo. A partir daí, a MADDcomeçou a receber adesões e lutar pela mu-dança da legislação, obrigando o motoristabêbado a ser preso, a toinar crime a infraçaode dirigir alcoolizado.

Atualmente a MADD tem 600 mil mem-bros nos Estados Unidos distribuídos nas 310filáis, além de 13 representações no Canadá^seis outras no resto do mundo-

funcionários do Cerimonial, não durou doisminutos. Logo ao ser abordado pela imprensa,os repórteres desistiram de fazer uma entrevis-ta séria: Chico começou contando a sua chega-da ao. Rio dizendo: "Vim para cá, com oitoanos de idade, porque minha família veio e eunão quis ficar sozinho no Ceará".

Cumprimentado, abraçado e beijado poramigos, colegas de trabalho e inúmeros funcio-nários da Câmara, Chico Anísio, em poucosinstantes, estava no meio de uma roda, ondetodos riam, apesar de o artista tentar demons-trar sua emoção e estar, até mesmo, preocupa-do com a seriedade do ato que o tornaria omais novo Cidadão Carioca.

Minutos depois, o artista volta a ser Fran-cisco Anísio de Oliveira Paula Filho; de pé,olhando para o alto, sério, imóvel, ouviu oHino Nacional. Para a Vereadora HenrieteAmado (PTB), Chico Anísio "é uma pessoamuito querida do Rio e somos todos seuspersonagens".

44Show" aquático

alegra crianças

de São CristóvãoEm três ônibus emprestados pela Viação

Tijuca, 400 crianças do Centro Comunitário deSão Cristóvão — em sua maioria moradoresdo Morro da Mangueira — fizeram, ontem,um passeio ao Barra Shopping, onde assisti-ram uma apresentação do show aquático como casal de golfinhos Flipper e Sissi e as focasXuxa e Salti.

Para a diretora do Centro, Vanda EngelAduan. só a viagem de São Cristóvão até aBarra foi um grande acontecimento na vida demuitas daquelas crianças. "Algumas nuncatinham visto o mar ou um campo de golfe equando subimos o Alto da Boa Vista meperguntaram se era a continuação da Quintada Boa Vista, que é o •inico parque que elasconheciam", disse.

Foi uma festa, üs go íinhos jogaram íute-boi e arremessaram bola., para a platéia. Ascrianças andaram de barco í.iflávcl, puxadaspor Flipper e Sissi. Zuleica M.randa da Silva,11 anos. foi uma das escolhidas par?, o passeiona piscina. "Foi ótimo", dis^c ela, que tam-bém só conhecia o Flipper da televisão. Ednal-do Ramos da Costa, 12 anos, e João Victorforam chamados ao palco para dançar com osgolfinhos e acabaram ensinando alguns passosde breaK e aprendendo o "passo do golfinho".

No final, a orientadora pedagógica doBrizolão da Mangueira, Teresa Jardim doCouto, chorava emocionada. "Lnsc passeio foiuma recompensa poh foi custoso_ para nósplaneiai tudo"

Senav diz que só falta a

verba para ligar o Rio

a São Gonçalo por barcasA Superintendência Estadual de Navegação (Senav) já

concluiu os estudos do projeto relativo à ligação hidroviáriaRio/São Gonçalo. Depende apenas da liberação de Cr$ 40bilhões pelo BNDES para começar a concretizá-lo ainda esteano. O projeto prevê que 11 barcas vão entrar em operaçãodurante o dia inteiro, o que, de acordo com a SecretariaEstadual de Transportes, beneficiará 70 mil passageiros. Será de35 minutos o tempo necessário para chegar de S. Gonçalo aoRio, menos uma hora que de ônibus pela ponte.

De acordo com a Assessoria de Comunicação Social doBNDES, o projeto da Senav — que inclui modernização daestação naval da Praça 15 — está em fase de análise pelo corpotécnico da instituição, "seguindo os procedimentos normais detrabalho". A liberação dos recursos, contudo, além da aprova-ção dos termos da proposta, depende da conclusão dos entendi-mentos entre o Governo do Estado e o Banco para a renegocia-ção da dívida de Cr$ 45 bilhões do Metrô. Também estãopendentes no BNDES financiamentos para DER, Comlurb eCEG.

PrioritáriaA ligação hidroviária Rio/São Gonçalo foi considerada

prioritária pela Senav porque estudos realizados pela autarquiamostraram que 42% dos passageiros da linha Praça 15—Niteróimoram naquele município (Centro e bairros periféricos). Oprojeto inicial que seria apresentado ao BNDES previa aconstrução de 21 barcas, que seriam utilizadas também naligação Praça-15—Ilha do Governador (Cocotá), atendendo areivindicação da comunidade.

Com a redução forçada da frota — devido a dificuldades naobtenção de recursos — a ligação com a Ilha, de acordo com asprioridades da Secretaria Estadual de Transportes, foi adiadapara segunda fase. Inicialmente, contudo, de acordo com aspossibilidades o bairro poderá ser atendido pelo desvio dealgumas barcas que servem à Ilha de Paquetá ou mesmo aNiterói. O superintendente da Senav, Manuel Viegas, e oSecretário Jiúlio Caruso estão mantendo entendimentos com aindústria naval do Estado em busca de fórmula que permita aoGoverno estadual, com recursos próprios, arcar com a instala-ção desta linha, com a demanda estimada de 30 mil passagei-ros/dia.

Porto da MadamaPara São Gonçalo, o projeto da Senav prevê a construção

da estação naval de Porto da Madama em área já desapropriadapelo Estado. As 11 barcas necessárias à travessia — sete comcapacidade para 1 mil 100 passageiros e quatro para 2 milpessoas — serão construídas com uma inovação: terão duasproas, o que reduzirá em três minutos o tempo de viagem,dispensando a realização de manobras que aumentam os custose dificultam a operação. A estrutura-base das novas barcas é defibra de vidro. Todas as vias de acesso serão fechadas, paraaumentar a segurança dos passageiro.

Jornaleiros esperam que

regulamentação das bancas

acate suas reivindicaçõesOs jornaleiros cariocas estão confiantes de que o novo

texto da regulamentação das bancas que está sendo elaboradopelo Prefeito Marcelo Alencar e pelo Secretário de Fazenda,Kleber Borba, incorpore as reivindicações deles: distânciamínima entre as bancas: 200 metros; não obrigatoriedade datroca da banca de aço inoxidável pela de fibra de vidro; e que aPrefeitura não abra inscrição para novos licenciamentos.

— Muitos jornaleiros já estão pensando em fechar suasbancas, e, se a Prefeitura licencia, aí vamos acabar virandocamelô, reclamou Natal Caruso, presidente do Sindicato dosDistribuidores e Vendedores de Jornais e Revistas do Estado doRio. Ele quer também que a regulamentação determine comoserão as bancas especiais, que existem há uns dois anos e que atéhoje não tem padrões aprovados pela Prefeitura.

Leitor fogeFrancisco Mantuano, que tem uma banca especial na

Alvorada, o terminal rodoviário da Barra, perto de NovaIpanema, espera que a Prefeitura dite as normas para ainstalação desse tipo de banca: "Ela vem de encontro ao nossodesejo. É a banca ideal, onde o leitor tem espaço, pode entrar,se servir sozinho, escolher com calma seus jornais e revistas,abrigado do vento e da chuva", diz o Sr Mantuano, que é daCapatazia de Cascadura (que abrange Jacarepaguá, Barra daTijuca e Cascadura).

Outro que está pessimista é o jornaleiro Vitório Saporito,da Capatazia do Méier. Jornaleiro há 51 anos, não se lembra deoutra época de crise tão aguda; "Nunca se pensou em fecharbancas, em outras épocas, mesmo com problemas financeiros,pensávamos sempre em abrir novas bancas."

Ele discorda da idéia de técnicos da Prefeitura querecomendam a substituição da banca comum, de aço inoxidável,pela de fibra de vidro. De acordo com a explicação do Sr. NatalCaruso, presidente do Sindicato dos Distribuidores e Vendedo-res de Jornais e Revistas, as bancas de fibra de vidro sãoimpróprias para o clima do Rio por serem muito quentes e, alémdisso, o material é altamente infiamável, sem contar o preço.

c"b borqhoffr* MCIUS *<(41liO MCOOAÜA»Comércio e Técnica d# Mkquinas. Motor»» ¦ Equipamento»Cia. Aberta - C.G.C. 33.323.742/0001-07AVISO AOS DEBENTURISTASDEBÉNTURES DA 7* EMISSÃO - APROVADA PELA AGE DE 14.08 81Comunicamos ioi Senhores DeDenturuta» que a partir de 01 d# setembro O» 1984. iniciáramos o paga-manto dos |uios da 2.8737% do trimaitr». calculado* iobre o valor nominal dai debínturas atualizadomonatariamanta. nnu data. correspondente a CrS 431.40 por debrfnture. o pagamento da corraçlomonetária anual no valor da Cf $ 10 011.87 por dabdnture. bani como o seu resgate pelo valor nominalde Cr$ 5 000.00 por debínture. O» pagamento* ierío efetuados contra a entrega da cautela, com ocupom n9 12 e eubiçfo d» documento de identidade, procuração especifica. CIC ou oaitfc) do C.G.C..conforme o caio. Agente f-iduciino. Dra. Maria Terezinha Casjano. O atendimento »rí efetuadai^desegunda a texta-feira, no horirio de 8.00 âj I 1 OO dai 14,00â» 17.00- Bairro de Fátima - Riu de Janeiro - RJ. A DIRETORIA. »rai, na Rua Riachuelo. 243

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NOSSAS AÇÔIS5ÀO NIOOCIAOASNAS lOtSAS Df VAlO«Il

CONSELHO DE ADMINSTRAÇAO

Simon M. Alouan — PresidenteFrancisco R.B. Campos de Andrade - Vice PresidenteJayme Bastian Pinto — Conselheiro

DIRETORIAAlbert ArarCelso L. SilvaCláudio Cohen

Conrado M. GruenbaumFernando A. dos SantosGèrcio Soares

José L. ManoMaria Consuelo AyresManoel J. Fernandes

Simon M. AlouanRosa Hazan

r~ RELATÓRIO DA DIRETORIA

~\

auer torma é de se ressaltar que no exercício encerrado em'1984, o patrimônio liquido, alcançou o montante de Cr J 60 R62 054^8^6,00 olucro líquidoda empresa atingiu a cifra deCrt 1.392.082.931.00. Naoportunidadeagradecemosaodenotadoeslorçodenossosluncioná-rios e colaboradores, cujo trabalho e dedicação sempre toram de grande valia para a empresa.

Rio de Janeiro. 29 de agosto de 1984.A DIRETORIA J

BALANÇOS PATRIMONIAISlevantados em 31 de maio de 1984 e 1983

(expresso em milhares de cruzeiros)

ATIVO PASSIVO

Controladora1984 1983

CIRCULANTE:Caixa e bancos 1.008 877 624 797Títulos vinculados ao mercadoaberto 2 469 261 710491

Aplicações financeiras 14.553 958 7.794 854Financiamentos diretos aos usuáriosContas a receber (Nota 2) 2677 609 2.845 228Provisão para devedores duvidosos ( 16 362) ( o3 lü9)Estoque para venda 14íí5 ccí 7 ?7iAlmoxarifado 274 663 147 771Despesas pagas antecipadamente 501.351 Total do ativo circulante 35946.284 19 786434

Consolidado

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO:Financiamentos diretos aos usuáriosProvisão para devedores duvidososOpções por incentivos fiscais

Total do realizável a longo prazo934 692 219 215934692 219.215"

1.025 3693347.290661 27440 715 387473869( 17 276)14 476927274 663702 964

64 660 467'

10184 591( I 172 629)1 601 53010613492

PERMANENTE:Investimentos- no-»Em controladas (Nota 3) 28 393 982

Investimentos por incentivos lis-cais e outros °j2 56Z

Imobilizado (Nota 4) 22 48bü49Diferido __ bb 4"

Total do ativo permanente 51.599 048

9 363 322188 4916 996 76113149

16.561.723

1 575 65429 925 35866 45531.567.467

1983

649.465792.23231500419941 613854.036( 8363817 627 055147 771131420

30374 958

6 520127( 440.532)__ 416J07

6 495 702

530 7439625 92513 149'10 169817

Controladora Consolidado1984 1983

Total do ativo 88 480 024 36 567 372 106841 426 47 040 477

CIRCULANTE:Responsabilidades por aceites cambiais .. -Contas a pagar à controladas 2 53! 502 186 209Fornecedores..... 17 326 634 8 90191UInstituições financeiras diContasedespesasa pagar ,;??? éiPublicidade a pagar «¦«'Crédito de clientes f 15J q,À ocyEncargos sociais e impostos ? £70 isr 1 003 054Dividendos a pagar e propostos l]78.»b 1-WW.umProvisão para imposto de renda MJ.5M J¦'J'Debènturesa pagar Z_ -—¦

Total do passivo circulante «• 27 617.969 13.312.385

EXIGiVEL A LONGO PRAZO:Debèntures a pagar (Nota 5) J5X15& , Üie5!n!i( ) Debèntures próprias em carteira (18 304 425) ( b.JM.MB)Provisão para imposto de renda In.llcProvisão para o imposto de renda diferido

sobre o lucro inflacionário .1Total do exigivel a longo prazo 1 087 362

PATRIMÔNIO LÍQUIDO:Capital social (Nota 6) I? 29? 922 c!5S™Reservasde capital 22-MJM5 ÇJom;5RacprvAs de lucros 3 bbb SIb l z"l > 'iLucros acumulados .... 22454 184 9649923

Total do patrimônio liquido 60862055 22 167 625

198418 500 6 3717.326 634

1.743 23328.737470 1443.793.0121 579 6561.292.723""44 734.776

8 101 5098 901 9108 3981 375 235631301 5941.082 849003783283 080324 276

23.383.265

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOSreferentes aos exercícios findos em 31 de maio de 1984 e 1983

(expresso em milhares de cruzeiros)

Controladora Consolidado.

18304 425 6 666 088(18 304 425) ( 6 364 438)809 670

1 ?44 5951 244 595

12 000 00022 Ml 4953 566 3/622 454 18460862 055

378 2671 489 587

100 000125 9301 291 7729 649 92322 167 625

Total do passivo. M 480 024 36 567 372 106 841 426 47 040477

DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕÍTS DO PATRIMÔNIO LÍQUIDOreferentes aos exercícios findos em 31 de maio de 1984 e 1983

(expresso em milhares de cruzeiros)

RECEITAS OPERACIONAIS:Vendas líquidas de mercadoriasCorreção monetária, |uros. comissões e ta-

xas sobre financiamentosPrestação de serviços a terceiros e outrasreceitas i operacionaisPrestação de serviços à controladaImpostos incidentes sobre vendas e servi-ços Receita líquida das vendase serviços..

Custo das mercadorias vendidas e dos servi-ços prestadosCorreção monetária abonada em letras decâmbio, taxa de interveniência e outroscustos

Lucro brutoDESPESAS OPERACIONAIS:Despesas com vendasDespesas administrativasHonorários da diretoria

Total das despesas operacionais.OUTRAS RECEITAS (DESPESAS) OPERA

CIONAIS:Aiuste de investimentos em controladas..Receitas financeirasDespesas financeirasOutras receitas

Total de outras receitas (despesas) operacionais

Lucro operacionalRESULTADOS NÃO OPERACIONAIS:Resultado na venda de ativos permarien-tesOutras despesas não operacionais, Hqui-das

RESULTADO DA CORREÇÃO MONETÁRIADO BALANÇO

Lucro antes do imposto de rendaIMPOSTO DE RENDA:Sobre o lucro realizado Diferido sobre o lucro inflacionário

Lucro líquido do exercício. Lucro liquido por ação do capital social no fi-

nal do exercício

1984 1983 1984 1983

90 699 315 43 788 623 90 699 315 43 788 62341 878117 15 665 047

12 017 667 237 1 947 2281 502871 1.860 779

(15 060 110) ( 7 1426341 115 067 5191 (7 146989)' 77 154093 " 38 506 768 118177 150 54 253909(61 105 550) (29 468 345) (61 105 550) 129 468 3451

112 494 791) 13 883 461)' i'6 048 543' jT038423 44.576809 20 902 103

115 2483351 16 8004571 119 168280) (8 128.959114 815 562) 11.898 689 (71100271 13232 439)I 27 5171 I 13939) I 70 242) I 39 5571

i2Q.Q91.414i I 8 713 085. '126148549) (11.400.955)

1 713 537 1 617 64813 478 230 7 202 253 6 421404 4 436 040

( 3 904 3871 ( 2 273 9621 ( 4 328 0381 (3 2216461740074 446612 1603495 580 753

12 077 454 6 992 551 3 696 861 1 795 147' 7 984 583' ~ 7.317.889" "21925121 '11296 295'

196 307 t 19 301) 221 271 I 31.777)< 32 769) « 16 428)

( 6 175 136) ( 2 653 541) (18 055 942) J_5 255.048)—1.972.985 4.645.047 4 074 022 6 009 470'

I 5809021 ( 1.120931) ' ( 2642672) ( 2466 5541I 39 2671 ( 18 8001_J 392_083_ 3 524 116 1 392083 3524 116

CrJ 0 55 Crf 140

referentes aos exercícios findos em 31 de maio de 1984 e 1983(expresso em milhares de cruzeiros)

SALDOSEM31 DE MAIO DE 1982Dividendos declarados em 08 de setembro de 1982(CrS 0.16 por ação)

(•) Dividendos propostos em 31 de maio de 1982Aumento de capital em 08 de setembro de 1982Aumento de capital (Nota 6)Incentivos fiscaisCorreção monetária do patrimônio Hqu«JoLucro líquido do exercícioDestinaçáo do lucro do exercício:Reserva legalDividendos propostos (Cr$ 0,40 por ação)SALDOS EM 31 DE MAIO DE 1983Aumento de capital em 03 de outubro de 1983Incentivos fiscaisDividendos declarados em 30 de maio de 1984 (Cr$ 0,60 por açáo).Correção monetária do patrimônio liquido (Nota 6)Lucro líquido do exercícioDestinação do lucro do exercício:Reserva legalDividendos propostos (Cr$ 0,03 por ação)SALDOS EM 31 DE MAIO DE 1984

400000• (77 377)

Capitalsocial _2 500.000"

2 500 000100 000

siõõW6 900000

12 000000

Reservasdecapital_2 288 904

( 2 270695)48 2056059 516

6 125 930I 6125930»479 87622 361 619

22 841495

Reservasde lucros_"735 726

I 229 3051

609 1 45

176 206f 29117?t 64 603)

1269 603

69 6043 566 378

Lucros_acumulados_3.637.436*

( 322 623)

3 987 2003 524 116( 176206)( 1000000)

9649923( 709.467)( 1 500 000)13 7608531.392.083( 69 604)

J 69 604)"22454 184

Total9 162 066'

[ 322 623)100 00048 20510 655 8613 524.1 16

( 1 000 000)"22 167 625479 876< 1 500 000)38 392 0751.392 083

( 69 604)60862 055

As notas explicativas fazem parte integrante das demonstrações financeiras.

NOTAS EXPLICATIVAS DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRASem 31 de maio de 1984 e 1983

(expresso em milhares de cruzeiros)

PRINCIPAIS DIRETRIZES OPERACIONAIS E CONTÁBEIS ......A Globex Utilidades S A (Globex) e as Empresas sob seu controle acionário estão organizadas de formamteRr^da As vencias conduzidas pela Globex são significativamente (mancadas, aos adquirentes dosbens. pela Investcred S.A. ¦ Crédito. Financiamento e Investimento, controlada. Os serviçosatinentesacrédito, cadastro e cobrança são conduzidos pela Globex.As principais práticas contábeis adotadas estão resumidas a seguir:a) As demonstrações (inanceiras consolidadas incluem as contas da Globex Utilidades S.A. e das si""1"'

trotadas Investcred S.A. - Crédito. Financiamento e Investimento (Investcred) Ponto Frio Leasing SA.Arrendamento Mercantil (Leasing). Ponto FnoTransportadora Ltda(Transportadora J=onto Fr 10 S,_A •Corretagem de Seguros (Corretora), Globex Administraçàoe Serviços Ltda (Administradora). Wale S^.-Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (Distribuidora) e Globex Factoring Comercial S.A. (Facto-ring), nas quais a Globex participa direta ou indiretamente em 100% dos respectivos capitais.

b) Os exercícios sociais da Investcred. da Leasing e da Distribuidora coincidem com oano civil, os da Trans-portadora, da Corretora, da Administradora e o da Factoring encerram - se em 31 de ianeiro de cada ano.As demonstrações financeiras das empresas controladas são preparadas de conformidade com princi-pios de contabilidade geralmente adotados dentro de cada ramo de atividade. Consequentemente, de-terminadas reclassificaçôes contábeis significativas foram efetuadas aos saldos de suas contas, com ba-se em balancetes mensais, para possibilitar a consolidação com ascontasda principal acionista e refletirde maneira uniforme à Globex, a posição financeira consolidada em 31 de maio de 1984 e 1983 e o resul-tado consolidado das operações no período de doze meses findo naquelas datas.

el Os títulos vinculados ao mercado aberto c as aplicações financeiras estSo demonstrados ao custo deaquisição, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço. Nas demonstrações financeiras

da Globex as aplicações financeiras sâo representadas por letras de câmKoerníiidaii;orr.õCSi',c<!a-ln. -vestcred.

d) Os financiamentos diretos aos usuários estão demonstrados pelo valor principal, acrescido de juros,correção monetária e demais taxas pré fixadas. auferidos até a data do1balanço ^resP°"^'l'íla!lt"com terceiros por aceites concedidos .n letras de câmbio, vinculadas às operaç»*. deestáo demonstradas pelo valor do pri .,pal acrescido de correção monetária e |uros incorridos atè a da-ta do balanço. As receitas e despesas decorrentes das operações acima são reconhecidas nos resulta-dos. em tunçào do capital, prazo e taxa. pelo método composto.

e) A provisão para devedores duvidosos é constituída com base em estimativasdaseventuais perdasquepoderão vir a ser incorridas na realização final das contas a receber.

t) Os estoques estão demonstrados ao custo médio de aquisição, o qual é inferior ao valor de mercado

g) Nas demonstrações financeiras da Globex os investimentos em sociedades controladas sâo avaliadospelo método da equivalência patrimonial.

h) Os investimentos por incentivos fiscais e outros são demonstrados ao custo de aquisição, acrescido decorreção monetária e, quando aplicável, reduzido para seu valor provável de realizaçao, através de pro-visão específica.

i) O imobilizado é demonstrado aocusto. corrigido monetàriamente e deduzido das respectivas deprecia-ções acumuladas, as quais sâo computadas pelo método linear, exceto os bens arrendados que sáo de-monstrados ao custo de aquisição deduzido do valor a recuperar, corrigido monetariamente.

Consolidado

ORIGENS DE RECURSOS:Lucro liquido do exercícioItens que não representam movimentação

efetiva dos recursos:Aiuste de investimentos em empresascontroladasResultados da correção monetária do ba-lançoDepreciações e amortizações ... —..

Imposto de renda a longo prazo, incluin-do correção monetáriaProvisão para desvalorização de investi-mentosTotal proveniente das operações....

Diminuição do realizável a longo prazo..Alienação de direitos do ativo imobiliza-doAlienação e baixas de outros ativos per-manentesColocação de debèntures a longo prazoDividendos recebidos de companhiacontroladaSubscrição de capital (Nota 6)

Total das origens APLICAÇÕES DE RECURSOSIntegralização de quota de empresa controladaAumento das contas a receber a longo pra-zo Dividendos distribuídos e propostosProvisão para imposto de renda a longoprazo transferida para curto prazoAquisições de ativos imobilizadosAiimpntn rip outros ativos permanentes..Aumento de outras contava receber-aJon.—go prazoParcela do exigivel a longo prazo transferidapara curto prazo

Total das aplicaçõesAumento do capital circulante

1984 1983 1984 1983

1.392083 3 524116 1 392 083 3 524 116

(1713 537) (1 617 6481 • -6175 136 2 653 541 18055 942 5 255 048

795005 193 915 826 539 206 154785 712 866 328 992 833

¦ 23 036 __1T4T687 5.539.636 21163.928 9 978 151

43 997 -107 000 329 579 108 616 329 579

35 542 24 040 93 151 24 040301650 301650930 859100000 100 000

6835 226" T225 764 '21[365 695" J0 733 420

15 0002 932.167 5 374 985

569 604 1 322 623 1569 604 1 322 623785 712 17 302 809670 397 215231 700 1 257.529 2 233 859 1 257 590

92 294 158 599 11295 425 948 151 345

301 650 142376 301 650 _ 15 3 0954 980 960' 2 754 830' _ 8431 597 8 668 148

1 854 266" 4 470 934] 12 933 998" 2 065 272

VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE:Saldos em Variações

31 0584_ 31 05 83 3105 82 1984 1983C°Ativo'orcuIante . 35946 284 19 786434 7 503005 16 159 850 12 283 430

Passivo circulante ... 127 617 9691 113 312 385) I 5 499 890i 114 305 5841 [ 7 812496)CaqPu.dó C"CUlan,e 8 328 315 6 474 049 2 003115 1 854 266 4 470 934

Ativo circulante .... 64 660 467 30 374 958 14 732 719Passivo circulante ... (44 734 776) <23 383 265) ( 9 806 298)Capital circulante li-quido 19 925 691_ j 991 693 4 926 421

1984 1983

34 285 509 15 642 239J2H51 511i (13.576.967)

12 933 998 2 065 272

As notas explicativas fazem parte integrante das demonstrações financeiras.

2. CONTAS A RECEBER

Contas a receber de clientesContas a receber de controladas;CDC a receberOutras transaçõesOutras contas a receberTotal de contas a receber

3. INVESTIMENTOS EM CONTROLADAS

Controladora.i3ii 1381627 891 257 936Consolidado

13Í1 Hil1.330 281 555 307816066113 5811 120 071

2.677 609

658 672618 129_ 3J0_491 _845 228 J]43 588_

2 473 869298 729854 036

GlobexInvestcredSA PontoFrio Factoring Ponto Frio Factoring

CrSd. Finan. Transportadora AdministracSo Corretagem Comerciale invest. Ltda. e Servicos Ltda. de Seguros .. S.A. —10131

Valor do investimento 5 524 0gg 425 95; 359 623 28 393 982Imll olla 6.856 871 325.782 1 931 531 127 203 121 935 9 363 322

C?m3)505a84 7 000000 37 000 150000 150000 6 7 0001m 31 0513 2.200 000 37 000 150 000 50 000 33 500

PaEmn3ri?5li^4Uid°" 21 180 057 905 367 5 524 502 426084 359 659Em 3105 83 6 857 145 325 877 1 931 530 127.241 121.948

Ac&es ou quotas possuidas -rqua-Til 6 999 722 800 36 997 390 149 999 874 149 955 000 66 993 300Em 3106 83 2.199 912 880 36 997 390 149 999 874 49 985 000 33 496 650EspGcie ouclasse

Cr&dito (obrigacoes) - |29 272 -!m 118153 HH8 " »3 326 18Em 31 05 83 ( 176 432) I 1 342i ( 8 435) -

12 059 722 37 321 181 032 ( 1 1081 ( 417)Em 31 05 8 3 6 814 584 I 49 062) I 86 7381 85 175

Lut"?3?05d0840 peri0d0" 1 595 992 I 13 135) 48 550 52 805 7 345Em 31 05.83 1 300 619 26.597 70 930 20.896 14 176

4. IMOBILIZADO

ImóveisInstalaçõesMóveis e utensíliosBenfeitoriasMáquinas e equipamentosVeículosBens Arrendados

Controladora Consolidado1984

17 817 0895 667 9892 547 7891 034 4591.144 049583 225

19831 477 4941 908 314805 979308686297 509187.975

28 794.600 4 985 957

198425 377 5015 667 9892 597 412

1 034 4591 144 049584 712

J 313317~ 37.714 439"

19834 130 7701 908 314820 972308 686297 509190 234

580002"8736187*

Menos-Depreciações e amortizações acumuladasValores a recuperar de bens arrendados

Marcas b patentesConstrução em andamentoImportação em andamentoTotal do imobilizado

,6 448 311) (1 9.0 .74) ( 6625 523) 1. 956 238)

22 346 289" 3 075.783 29.785.598 5 704.947

134 924 47 113 .34 9243 873 865 3 873 865

4 836 . 1 83622486049 6 996 761 2~9 925 358 9 625925

5. EMISSÃO DE DEBÈNTURESEm novembro de 1982 a Globe. ler um lançamento de 1 500 debènlures de 1 OOO ORTN cada ao portador nSo conversíveis em açfte^com' ynn^nto emOl^de novembro de 1992 Esses titulos sáo corrigidos pela ORTN. acrescidos dos |uros de 10.25% ao ano. pagáve.s semestralmente Agarani.aèdotipollu-tuante

Como o encerramento do e«ercicio das controladas n5o coincide com o da Globex. a avahacào dos investimentos nessas empresas pelo equi"'ê^!|lpatrimonial, foi efetuada com base em balancetes de verificaçao ou balanços extraordinários levantados em 31 de maio de 1984 e 1983. ajustados, quando aplicavei, especificamente para essa finalidade.

6. CAPITAL SOCIAL

O capital social subscrito e totalmente integralizado em 31 de maio de 1984 e 1983 está representado por 2 510 OOO OOO deaçôes ordinárias sem valor nomi-D OOO de ações ordinárias, sem valor nominal Esta emissão foi

A assembléia ceral extraordinária, em 12 de novembro de 1982 . deliberou pela emissão 10 OOO Cdistribuída no mercado pelo preço de Cr $ 10.00 cada^ co™ gar<jntia de ac"so ao pu '"J- dividendos à conta de lucros acumulados no montanteEm assembléia geral extraordinária realizada em 30 de maio de 19W. Io deliberadaadistriouiçaoaeaivioe aos^ conlorme estabelecido pelode Cr$ 1.500 OOO. A sociedade corrigiu monetanamente o saldo do patrimônio 1'qu'do ^apôs deciaraaos os reienaob uDecreto-lei 1598, resultando em um acréscimo no patrimônio liquido no valor de Lr> óo.sat u/o.

SIMON M. ALOUANDiretor Superintendente

CONRADO M. GRUENBAUMDiretor Geral

CELSO LUIZ SILVADiretor Financeiro

MARIA CONSUELO AYRESDiretor Tesoureiro

GIUSEPPE D ELIA NETOContador CRC-RJ 000.465-5

PARECER DOS AUDITORESAosAcionistas e Diretores daGlobex Utilidades S.A

Examinamos os balanços patrimoniais da GLOBEX UTILIDADESS A eda GLOBEX U_TILIDADESS_ A. e CONTROLADAS, levantados em31 de maio de 1984 e 1983. e as respectivas demonstrações dos resultados, das mutações do patrimônio liquido eaas origens e aplicaçõesde recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas. Nossos exames foram efetuados de acxirdo com as normas deria geralmente aceitas e. conseqüentemente, incluíram as provas nos registros contábeis e outros procedimentos de auditoria que )ulga-mos necessários nas circunstâncias. , . . ._. h.Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, a posição patrimonial e financeira da

Globex Utilidades S A eda Globex Utilidades S A e Controladas, em 31 demaiodel984e 1983eosresultadosdesuasoperacoeseaçongense aplicações de seus recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com os princípiosralmente aceitos, aplicados com uniformidade.

Rio de Janeiro. 17 de agosto de 1984COOPERS & LYBRAND AUDITORES INDEPENDENTES

CRC SP 8599 "S" RJÉrico L. ÇanarimSócio Responsável

Contador CRC RJ 37512 O yj

gol0 caderno ? sexta-feira, 31/8/84

4 (o

J

Tuca" acusa Vigio de ter recebido propina de Bruni

Carlos José Coutinho, o Tuca, fugitivo daDelegacia de Entorpecentes, acusou o delega-do Hélio Vigio de proteger Lívio SchianquiniBruni Júnior e Marcos Galvão e de só prenderquem não tinha dinheiro na quadrilha de trafi-cantes da cocaína que ele chefiava. Tuca foientrevistado num restaurante do Rio e disseque vai se apresentar a um juiz tão logo terminea greve dos serventuários da Justiça.

Acusado de ser o gerente da quadrilha,Tuca fugiu da Delegacia de Entorpecentes apósserrar as grades da cela e pular de uma altura dequatro metros para a rua. Ele está com otornozelo fraturado e nega que José Carlos dosReis Encina, o Escadinha, tenha ajudado nafuga, como declarou o delegado Vigio:

— Fugimos, eu e mais 10 companheiros decela, ajudados pelos mendigos da Praça Mauá,que nos compraram uma serra e, naturalmente,receberam 10 vezes o preço que ela valia. Essahistória do Escadinha é mais uma invenção doHélio Vigio para enganar a sociedade e ossuperiores dele. Pura fantasia. Nem conheço oseu Escadinha, mas pelo que me informaram nacadeia, trata-se de uma boa pessoa, um caraque distribui caminhões de leite para morado-rcs da favela e paga colégio para criançascarentes.

EnvolvimentoEnquanto Tuca dava a entrevista, numa

mesa próxima, a menos de 10 metros dele, trêspoliciais que saltaram de um Passat creme como emblema da Scuderie Le Cocq e um cartaz deVende-se, almoçavam, bebiam e conversavamsem suspeitar que podiam prender, ali mesmo,facilmente, o homem mais procurado pelapolícia do Rio.

Carlos José Coutinho abandonou os estu-dos no 2o ano do curso científico (atualmente o2° grau) e foi trabalhar numa ourivesaria.

• Depois foi mergulhador profissional, ocasiãoem que conheceu Chico Rei — Francisco Régisde Medeiros — e, por intermédio dele, LívioBruni Júnior.

— Chico Rei me chamou para trabalharcom Lívio. Livinho se mostrou interessado aosaber que eu conhecia jóias e pedras preciosas.Fui me envolvendo com ele. Sempre tive osonho de conhecer os Estados Unidos e ele medeu passagens de ida e volta. Eu queria ter umcarro e ele me deu um Maverick. Só muito maistarde Livinho falou nos negócios envolvendotráfico de cocaína e ameaçou minha família seeu tentasse sair da quadrilha.

Segundo Tuca, as pessoas que trabalhavamcom Livinho nunca ficavam sabendo de todosos detalhes dos negócios: "Cada um cumpriadeterminada tarefa e pronto. Eu mesmo, queestava sempre colado com ele, sabia muitopouco. Quem mais sabia das coisas era oGalvão (Marcos Galvão Fonseca)".

— Foi somente quando conheci o Marcosque comecei a desconfiar do meu envolvimentocom traficantes. Ele sempre falava numa talopsraçâo, mas não explicava o que era. Um dia,Marcos falou com Livinho, na minha frente,que tinha a fórmula para misturar o pó noazeite, referindo-se ao tráfico de cocaína para o

exterior em latas de azeite Beira Alta. indústriade seu pai. A idéia de botar cocatía nas latas deazeite foi do Marcos mesmo.

Início do fimCarlos José Coutinho disse que tudo estava

acertado entre Marcos e Livinho quando osnegócios começaram a dar para trás: "Eu achoque o pai do Marcos descobriu tudo e nãoaceitou o jogo do Livinho. Foi lá na Entorpe-centes, conversou com Hélio Vigio, Marcosescreveu uma carta relatando sua participação edenunciando todo mundo, e nunca mais foiimportunado pela polícia. Numa quarta-feira,Livinho saiu como um louco catando todo odinheiro que tinha e fugiu para a Itália".

— A partir daí o delegado Hélio Vigiocomeçou a prender todo mundo. Eu fui presodois dias depois da fuga de Livinho. Mas sóentrou quem não tinha grana. Quem tinhadinheiro continuou em liberdade.

Tuca confessa que participou do seqüestro,mas não do assassínio de Chico Rei, na fazendado industrial Afonso Galvão, em Teresópolis.^Segundo ele, o grupo que foi buscar Chico Reiem Búzios não sabia que haveria um assassínio.

— Quando chegamos à fazenda, Livinhoestava feito louco. Sacou da arma e disse que iamatar o Chico. Eu tentei interferir e disse:'•Espera aí chefe, o cara é nosso amigo, vamosdevagar". Livinho apontou a arma para aminha cabeça e perguntou se eu queria ir juntocom o Chico. Não tive outra alternativa a nãoser sair dali. Também não vi quem apertou ogatilho. Só sei que não concordava com aqueleassassínio e que o pai de Marcos, dono dafazenda, não sabia de nada.

DefesaA família de Tuca contratou o advogado

Luís da Rocha Brás para defendê-lo porque,segundo ele, o advogado George Tavares,indicado por Livinho, cobrou honorários deCr$ 10 milhões. Carlos José Coutinho afirmouque manterá um contato, por telefone, comLuís da Rocha Brás, para marcar a data de suaapresentação à Justiça:

Tendo do lado de lá homens tão pode-rosos economicamente, como Livinho e MarcosGalvão, fica difícil acreditar na polícia. Mas euacredito na Justiça. Fugi para poder dizer o queestou dizendo agora e para me livrar daquelechiqueiro isolado que é a Delegacia de Entor-pecentes. Quero pagar pelos meus erros, masquero uma prisão em condições dignas de umser humano.

Tuca disse ainda que estava "cansado deservir aos caprichos do delegado Hélio Vigio,que só pensa em se promover nas costas dopreso": Hélio Vigio tentou produzir uma supergang para sair como herói da história. Ele nostirava da cela para tirar fotografias ao nossolado, sempre querendo aparecer, e nós sópodíamos falar o que ele determinava. Percebi,então, que estava servindo de ponte para oVigio e de pára-choque de rico. Então bolei afuga.

GERALDO LOPES

Série de roubos de imagens

assusta vigário de Parati... — X Á «nnnnc r>aln lfolnr Mil*

O pároco da igreja de N. S. dos Remédios,em Parati, padre Salvador Casaro, está alarma-do com a série de roubos nas igrejas de suaparóquia. Os roubos também estão acontecen-do em Angra dos Reis. Ele conta que somentea Paróquia de Mambucaba já foi roubada trêsvezes. Na madrugada de sexta-feira, foi a vezda igreja de N. S. dos Remédios: os ladrõeslevaram a imagem de N. S. da Piedade, deTerracota,. do século 17, avaliada em Cr$ 30milhões.

O roubo ocorreu na capelinha de N. S. dasDores, a poucosmetros da matriz. O padreSalvador Casaro disse que o seu maior cons-

trangimento não é apenas pelo valor das ima-gens: "É que os ladrões profanaram o Santíssi-mo Sacramento; além de levarem a imagem,arrombaram a porta do Santíssimo e levaramate'as hóstias".

Para ele, trata-se de uma quadrilha organi-zada, que deve vender as imagens para algumantiquário. "O curioso é que os ladrões costu-mam levar peças de valor histórico e financei-ro", explicou o sacerdote. Há meses, arromba-ram a igreja de Santa Cruz de Tarituba, daParóquia de Parati, levando crucifixos, casti-çais, terços de madrepérola e outros objetos devalor.

"Tuca', foragido, prometeu se apresen-

tar ao juiz quando a greve terminar

Delegado diz que é"conversa de bandido"

O delegado Hélio Vigio, ex-titular da Delegacia deEntorpecentes, atualmente na 18a Delegacia Policial, (Praçada Bandeira), disse que as acusações de Tuca "não passam deconversa de bandido" e afirmou estar procurando o gerente da

quadrilha de Lívio Bruni Júnior:— Eu acho bom mesmo que ele se apresente a Justiça,

pois nós estamos tentando recapturá-lo. Aliás, o Tuca só temduas opções: ou se apresenta logo a um juiz ou vou prende-lo,mais cedo ou mais tarde — disse o delegado Vigio.

Segundo Hélio Vigio, "nada melhor para desmentir oTuca do que o depoimento que prestei em juízo, quandodeclarei que todos os envolvidos, sem exceção, participaramdo assassinato do Chico Rei e se associaram para o tráfico deentorpecentes".

Ninguém melhor do que a Justiça, que é íntegra, paraao fim de tudo mostrar à população que tanto a polícia como a

própria Justiça analisam o fato em si, não vendo cor, religiãoou poder financeiro ou econômico. Tenho certeza de quetodos serão condenados, por mais que os advogados de defesatentem tumultuar o processo, o que é um direito deles.

O delegado Hélio Vigio disse que as provas contra todosos acusados "estão sobejamente marcadas pelos depoimentosdeles mesmos, pelo aparecimento do corpo de Chico Rei,

pelas armas que eles portavam e até pelas fugas do Tuca, doMarcos Galvão e do Lívio .

Tuca assegura que apenas assistiu ao assassinato deChico Rei e viu Lívio colocar os pés no corpo caído. Mas nosmostrou certinho o local onde o corpo estava enterrado, numterreno cheio de mato e árvores. Eu estou convencido de queele também participou do crime. E o que demonstra mais asua periculosidade é o fato de que era amigo de Chico Rei elevou os policiais para sequestrá-lo em Cabo Frio.

Polícia descobre os autores

do massacre em Queimados.L: IC /irv oio C*Mmiccíín HpçvpnHnA morte de seis pessoas na manhã do dia 15de setembro de 1980, na Rua Andiroba, bairroDelamare, em Queimados, foi esclarecida on-tem pela polícia: os criminosos são Paulo AlvesFerreira, o Hulk, então soldado da polícia eintegrante do Esquadrão da Morte na BaixadaFluminense, o vigilante bancário André Casti-lho Tavares e Joselito dos Santos.

Segundo os delegados Manuel Conde Ju-nior e Edward Bellot, da Comissão Especialcriada pelo Governador Leonel Brizola paradescobrir mortes misteriosas no Grande Rio,cinco das vítimas foram a um show da cantoraGretchen e, como ela não se apresentou, recla-maram e queriam o dinheiro de volta. Acaba-ram presos, mortos e queimados. A sextavítima morreu porque viu o massacre.

Segundo a polícia, Paulo Hulk servia na 2'Cia da PM, em Queimados, junto com JoãoRenaux Duarte, o Careca, e ambos respondema mais de 10 inquéritos por mortes (cadainquérito tem no mínimo dois crimes), todos naBaixada Fluminense. Juntos, mataram mais de

Delegado diz

que Marinha

tem razão— Soube no local que o ca-

minháo foi na contramão deencontro ao ônibus da Mari-nha, rasgando a lateral do veí-cuio. É o que eu soube no locale, por isso, parece que a Mari-nha está com a razão — afir-mou o delegado Otelo, da 50"DP, em Itaguaí, sobre o aci-dente que causou a morte nodia 28, no Km 17 da Rio—Santos, de duas oficiais e umamarinheira.

Segundo declarações do Co-mandante Piragibe, imediatodo Centro de Adestramento daIlha da Marambaia — onde osintegrantes da Marinha faziamum curso — a Polícia Rodoviá-ria Federal teria feito um cro-qui onde ficava demonstrado"falsamente" que o ônibus dacorporação é que ia na con-tramão.

O

Sndteoto dos Publicitáriosdo Município do Rio de Janeiro• 1U

ELEIÇÕES SINDICAIS

Em atendimento ao que dispõe o arligo 70 da Portaria Ministerial n 3 437 de 20 de cie-rembro de 1974. tornamos publico que o Exmo Sr Procurador Federal, Dr Edson Khair no-meado pela Procuradoria Regional do Trabalho para presidir os trabalhosde apuraçao. deda-rou eleitos os companheiros abai*o nomeados osquaisconcorrer.ini nas eleições realizadasnos dias 23. ?4 e 25de|wlhode 1984. para comporem osurgaosdeddministraçaoercpresen-taçao do Sindicato dos Publicitários no triènio 1984 1987

EfetivosMurilo Antonlo de Freitas CoutinhoOster Roberto CidadeMaria Helena de Moraes FutêrAdelermo Xavier de OliveiraAdhemar Gonçalves da SilvaAntônio Lm/ Accioly NetloJairo Paraguassú de Sá Rorii

DIRETORIASuplentesMaria da» Mercês Ramo» da Rochaítalo GargiuloRoy Edward TaylofEdvaldo Araújo dos Santo»Manha FernandesSchetinni CoutinhoEpitaciode Sou/a BrevesPedro Antonio de Menezes Mourào

CONSELHO FISCALSuplentes

JoaoCardoso da SilvaPaulo Rogério BarretoPaulo Telles de Sou/a Breve»JoseEveraldo TrincJad»Gil da Cunha GalmdoAntonio da Costa Sobrinho

Delegados EfetivosMurilo Antonio de Freitas CoutinhoEpitacio de Souza Breves

¦ REPRESENTAÇÃO FEDERATIVASuplentesManha Fernandes Sr hetinni CoutinhoOster Roberto Cidade

Os componente» da chapa eleita serio empossados no dia 20 de setembro ds 1934Rio de Janeiro. 15dejgostodt 1984

Murilo Antonio d* Freita» CoutinhoPr«»td«ntt

20 pessoas. Depois que a Comissão desvendouos crimes, foram expulsos da Polícia Militar.

Sobre a morte dos seis, explicou o delegadoConde que na festa onde a artista iria apresen-tar-se — no Clube Queimados — houve umpequeno tumulto porque a cantora não apare-ceu. Um dos diretores, Joselito, pediu ao entãoPM Paulo Hulk "para dar um castigo narapaziada". E junto com André Castilho Tava-res, o soldado foi no sábado seguinte ao clubecom sua Kombi.

Em meio ao grupo que queria entrar paraum outro show, Paulo e André "escalaram"cinco rapazes para serem castigados. O grupofoi com a Kombi para a Rua Andiroba. Ali, oscinco rapazes, José da Silva Argemiro, 16 anos,Jorge Luiz Calazans, 15 anos, Paulo Martins deSouza, 19 anos, José Coutinho de OliveiraFilho, 19 anos, e Geraldo Laurindo de Paula,22 anos, foram torturados e executados a tiros.Depois derramaram gasolina no corpo deles etocaram fogo.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

EDITAL DE CONCORRÊNCIA PÚBLICA

INTERNACIONAL N° 01/84

(2a PUBLICAÇÃO)AVISO

A Universidade Federal de Goiás, com sede noCampus Samambaia Goiânia-GO representada por suaComissão de Licitação, torna público para reconheci-mento de quantos possam se interessar, que farárealizar Concorrência Pública Internacional para constru-çáo de um prédio com área de 3.203,14 m2, destinadoao Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL-111)no Campus Samambaia, de conformidade com oscontratos de empréstimos Nos 111-IC-BR e 698-SF-3Rfirmados entre a República Federativa do Brasil e oBanco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em23-03-83, de acordo com o contrato de financiamentocelebrado entre a União Federal e a Caixa EconômicaFederal em 13-10-83 e nos termos do convênio n° 035,celebrado entre o Ministério da Educação e Cultura —Centro de Desenvolvimento e Apoio a Educação (CEDA-TE) e a Universidade Federal de Goiás.

Os

interessados poderão obter o Edital, mediantepagamento de guia no valor de Cr$ 1.000.000,00 (hummilhão de cruzeiros) e demais documentos e informa-ções no Escritório Técnico Administrativo (ETA), situadona parte superior do bloco do Restaurante Universitário,Praça Universitária s/n nos dias úteis das 9.00 às 12:00horas e das 15.00 às 17:00 horas.

__ A Concorrência Internacional será de empreitadapor preço global.

As

propostas serão recebidas no endereço acimamencionado as 13:00 horas do dia 08-10-84.

— A Caução de Manutenção da Proposta é de CrS000.000.00 (cinco milhões de cruzeiros).

— 0 Capital Social Integralizado Mínimo Exigido é deCrS 500.000.000,00 (quinhentos milhões de cruzeiros)

Goiânia, 20 de agosto de 1984PAULO CÉSAR DE CARVALHO .

PRESIDENTE DA COMISSÃO DE LICITAÇAOJORNALISTA IVO PINTO DE MELO

ASSESSOR DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA UFG

Mulher tem

seguro de

falso mortoNiterói — Para ludibriar a

seguradora Soma Clube e rece-ber uma apólice de CrS 120milhões, a advogada MarileneChaves Cardoso reconheceucomo sendo de seu marido,Jorge Thiago Cardoso, de 33anos, o corpo de outro homem,Daílton do Nascimento Viana,de 27 anos, morto por atropela-mento na Rodovia Amaral Pei-xoto. Ela sepultou o cadávercom a identificação falsa noCemitério de Inhaúma e já re-cebeu o seguro obrigatório deCrS 2 milhões, pago pelo Insti-tuto de Resseguros do Brasil(1RB).

O delegado Ronald MendesCoelho, da 15' DP (Rio doOuro), conseguiu, ontem aprova definitiva: o laudo dopapiloscopista José Haroldo daRocha Teixeira, do InstitutoMédico-legal, afirma serem deDaílton as impressões digitaisencontradas no corpo exumadono dia 8, em Inhaúma. A advo-gada, o marido Jorge ThiagoCardoso, o cunhado OsvaldoCardoso (que fez o reconheci-mento falso) e o papa-defuntoDaniel Montalvão Correia se-rão indiciados por estelionato eocultação de cadáver.

PM pune 8

da tragédia

do FlamengoOs oito militares da PM que

participaram do tiroteio naRua Senador Vergueiro, comOrivaldo Basílio de Souza,quando morreram quatro mo-ças que caíram da janela de umapartamento que se incendia-va, começaram a cumprir on-tem pena de 15 dias. O caboCândido Fernandes foi acusadode "falta de cautela e induzi-

. mento a erros" e o major Abi-lio Azevedo Ribeiro "por faltade iniciativa em recolher osdados quando da apreensão deuma bolsa com tóxico e va-lores".

Eles foram punidos de acor-do com a sindicância instaura-da pela Polícia Militar e presi-dida pelo Tenente-CoronelIran Carolino. No relatório aoComando da Corporação, eleafirma que o "apurado consti-tui crime de justiça comum etransgressão disciplinar". Osautos serão enviados à JustiçaMilitar, que os enviará à Justi-ça Comum.

Os acusados são o MajorAbílio Azevedo Ribeiro, os ca-bos Francisco Lemos da Silva,Cândido Fernandes, Louren-ção Loretti Filho, Seabra Pratade Sá, Antonio Carlos de Oli-veira, soldados Paulo RobertoLeal da Cunha, Paulo Robertode Souza e Luis FernandoGomes.

Policial e

advogado

extorquiamO advogado Rogério Baptis-

ta Schrago e o agente da PolíciaFederal Roberto Soares Mari-nho foram presos em flagrantepor policiais da 10" Delegacia,em Botafogo, acusados de ex-torquir CrS 180 mil da vende-dora Sandra Regina RodriguesBarbosa, 24 anos, e sua amiga,a bancária Dalva Celeste deAguiar, de 29 anos, sob a ale-gação de que traficavamdrogas.

Morador da Gávea denuncia

rio poluído, crime contra

ecologia e trânsito ruimConsiderados como os pontos mais movimentados do

bairro, as Praças Santos Dumont e Sibélius foram motivos dequeixas de diversos moradores, que solicitaram a presença deguardas de trânsito para organizar o fluxo de carros no local.Outra reivindicação é a colocação de um guarda no sinalluminoso em frente à PUC, para garantir a travessia dospedestres e estudantes dos vários colégios da região. "Nesses

locais é elevadíssimo o número de atropelamentos fatais ebatidas de carros", disse Margareth Fernando, moradora daRua Raimundo Magalhães. _

Poucos são os moradores da Gávea que não ficaramdurante longo tempo à espera de algum ônibus, que, quandopassa, não pára no ponto. Muitas vezes é preciso que opassageiro se coloque no meio da rua, para que o motoristaPare- Roubos

Os constantes roubos de carros ou seus acessórios vempreocupando os moradores das Ruas Oitis e Raimundo Maga-lháes, que já tiveram seus automóveis depenados e residênciasinvadidas. , _.

A presidente da Associação de Moradores da üavea,Peônia Guedes, procurou o plantão do JB na agência doShopping Centcr da Gávea, para expor a preocupação atual dosmoradores com relação à preservação das características arqui-tetônicas e manutenção das áreas verdes do bairro. Segundoela, os moradores continuam lutando contra a aprovação de umprojeto polêmico da Construtora Carvalho Hosken, que preten-de erguer três prédios de 11 andares numa encosta de floresta,entre as Ruas Raimundo Magalhães e Piratininga.

A obra foi considerada "irregular" pelos moradores, queentraram com uma ação na Justiça. Mas, segundo a Associação,o Juiz da 9a Vara de Fazenda Pública, Sérgio Cavalieri Filho,decidiu por obrigar a Prefeitura a aceitar o projeto da CarvalhoHosken.^

outrora ca|m0 e residêncial, repleto de verde,onde as ruas recebiam nomes de árvores e flores, a Gávea sofre,hoje, dos problemas causados por seu crescimento rápido edesordenado. A poluição do Rio das Rainhas, o trânsito difícil etumultuado e os crimes ecológicos são algumas das queixasfeitas, ontem, pelos moradores, à Campanha Ajude esta cidadea ser maravilhosa outra vez, promovida pelo JORNAL DOBRASIL.

Durante toda a semana, os repórteres de plantão nacampanha ouviram os moradors do bairro, que reclamaram,também, da falta de segurança e má iluminação das ruas. Apartir de segunda-feira, a equipe de reportagem atenderá osmoradores do Leme, que poderão encaminhar suas críticas esugestões na agência de classificados JB, na Rua Prado Júnior,48, loja 20, de 9h às 17h.

Para quem mora nas Ruas General Rabelo, RodrigoOtávio ou em outras próximas, hábitos simples como olhar apaisagem ou dormir com as janelas abertas tornaram-se umverdadeiro tormento. O Rio das Rainhas, que passa entre asRuas General Rabelo Rodrigo Otávio, exala um forte mau-cheiro, principalmente à noite, além de favorecer a proliferaçãode mosquitos e servir como abrigo para mendigos e desocu-pados. . ,Durante toda a noite ouvimo gritos, palavrões e tiros,são trocados entre os marginais que ali se escondem. Como senão fosse pouco, ainda temos que aturar esse cheiro insuportá-vel, além de sermos obrigados a nos trancar em casa, para evitaros ataques dos mosquitos — disse, irritado, Willian Medeiros,síndico do prédio 57, da Rua General Rabelo.

Comerciante que corretor

lesou está recebendo por

fone ameaça de mortetelefeDeixa esse caso de lado porque você pode se dar mal e

acabar com a boca cheia de formiga.Essa ameaça vem sendo feita, por telefone, ao comerciante

Maurício Gomes Barbosa, um dos muitos lesados por NildoFerreira da Silveira, que se apresenta como corretor de imóveis

< e está sendo por ele processado.Maurício Gomes Barbosa afirmou que Nildo é membro de

uma quadrilha que falsifica escrituras e procurações, sediada nocartório do 14° Ofício de Niterói, cujo tabelião titular, Benedic-to Scisinio Dias, já foi indiciado como co-autor do crime defalsidade ideológica em dois inquéritos do Serviço Geral deDefraudações. Nildo está desaparecido e o comerciante achaque é ele ou algum membro do grupo que o vem ameaçando.

GolpesAposentado pelo INPS, Nildo Ferreira da Silveira, 31

anos, foi preso pela primeira vez em 1978, por estelionato. Suaespecialidade, segundo a polícia, é tomar coisas dos outros dediversos modos. No ano seguinte, voltou a aplicar seus golpes.O comerciante foi procurado pelo corretor de imóveis EdésioAntônio de Silva, que se propôs a vender um prédio de quatropavimentos, de Maurício Barbosa, em Icaraí, apresentandocomo comprador o advogado Darcio Vizeu Pereira.

Darcio ofereceu como parte do pagamento uma casa noSaco de São Francisco, o comerciante não aceitou. O corretor eo advogado, então, apresentaram a Maurício o falso corretorNildo Ferreira e Oduvaldo Rocha Braune como donos de umafazenda em Friburgo, que eles dariam ao comerciante em trocada casa, como parte do pagamento.

O negócio foi feito e a escritura lavrada no Cartório do 5oOfício, ficando a casa do Saco de São Francisco em nome deNildo Ferreira. Foi então que Maurício Barbosa descobriu que afazenda tinha sido penhorada e leiloada pelo Estado, nãopodendo, portanto, ser registrada.

Companhia §Vale do Rio Doce <¦ ; ?

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COMPANHIA VALE DO RIO DOCEPROJETO FERRO CARAJÁS

AVISO DE CONCORRÊNCIA INTERNACIONAL"CA-028

CAMINHÕES FORA-DE-ESTRADA

A CVRD - Companhia Vale do Rio Doce, torna público que se encontraaberta a Concorrência Internacional para compra de 1 7 Caminhões Fora-de-Estrada,Diesel Elétricos, com capacidade para 170 toneladas curtas. QO*QC h*

Os recursos financeiros para o pagamento dos encargos decorrentes daConcorrência foram obtidos com o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvnlvimento (BIRD - Banco Mundial).

Poderão participar desta Concorrência Empresas Brasileiras, fornecedoresestabelecidos em países membros do BIRD, bem como na Suíça e Formosa.

As instruções, especificações e formulários que compreendem 08 Documentos de Concorrência estarão disponíveis, mediante pagamento da quantia aoreembolsável de USS 100 (cem dólares) ou valor equivalente em outras moedas,no sequinte endereço: _

COMPANHIA VALE DO RIO DOCESuperintendência de Compras e Material - SUMAl _Rua Santa Luzia, 651 - 31° andarCEP. 20030 - Rio de Janeiro - RJBrasilTelex: (021) 23205.(021) 21975

Propostas lacradas serào recebidas no endereço acima, ate as 1 4.00 hs. dod,a 30 dCadatUpro°posta

devera sor acompanhada de uma Garantia de Pr0P^|®(Bid-Bond) no valor de USS 400 000 (quatrocentos mil dólares) ou valor equivalenteem outras moeaas.

Rio de Janpiro,31 de agosto de 1 984.

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"»*OUMAÇÔl »t*0MGOO NAl iOtlAi CX VAlOKi Superintendência de Compras e Material

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JORNAL DO BRASIL NACIONAL

D. Agnello vê documento do Vaticano como advertência

decepc

São Paulo — "A Igreja não aceita a análise marxista comoforma de ver e interpretar a realidade", disse ontem o CardealD Agnello Rossi. presidente da Administração do Patrimônioda Santa Sé. ao comentar o documento do Vaticano sobre aTeologia da Libertação. Informou que o documento é "adver-téncia" e não "condenação".

D Agnello Rossi — que volta hoje ao Vaticano — não quisinterpretar o documento, que já conhecia antes de vir ao Brasilhá dois meses. "O importante é que os bispos o interpretem",comentou. O Cardeal considera o texto "bastante claro eobjetivo" e coloca "os pingos nos is".

Tirou impactoA publicação antecipada do documento — que foi prepara-do pela Congregação da Doutrina da Fé — desgostou D Agnelo

Rossi, que admitiu: "Isso (a divulgação) vai tirar o impacto dapublicação oficial", que está prevista para segunda-feira.

Mesmo dizendo que não interpretaria o documento. DAgnello observou que a justiça social "preocupa a Santa Sé. AIgreja tem que ter uma ação social, mas isso é apenas umaparcela da ação integral da Igreja, que é o trabalho espiritual".Segundo o cardeal, a análise marxista é a "antítese do espíritoevangélico, que é de amor, fraternidade e náo de imposição,luta de classe e violência".

O Cardeal, que estava ontem em Campinas, a 100 km daCapital, considerou que o documento deixa clara, também, aquestão da "opção preferencial pelos pobres, que não deve serexclusivista. Afinal de contas, Cristo veio para salvar a todos".

O Cardeal negou que a divulgação do documento estejaligada ao processo a que o teólogo Leonardo Boff responde naSagrada Congregação Para a Doutrina da Fé.

— O caso Boff é particular e segue como um processonormal, que deve ter uma certa discrição. A própria Igrejapoupa, mas ele quis fazer um alarde sobre isso — comentou DAgnello.

Violação de sigilo

>ciona D IvoBrasília — Abatido e dizendo-se decepcionado com a

divulgação, pela imprensa, do documento do Vaticano sobre aTeologia da Libertação que estava sob "sigilo pontifício", opresidente da CNBB, D. Ivo Lorcheiter, recusou-se ontem acomentar seu conteúdo. Disse apenas que considerava "lamen-tável" o fato. "Não sei quem entregou o documento à imprensae tampouco iremos investigar isso", afirmou em tom sério epausado.

Durante a reunião de ontem do Conselho Permanente daCNBB — que congrega 25 bispos de todo o País, além dadireção da instituição — os bispos se ocuparam, informou umparticipante, da discussão do "vazamento" do documento queoficialmente somente poderia ser tornado público dia 3 desetembro. Com isso, ficou adiada para hoje a preparação dacarta sobre o "momento nacional" e sobre a situação doNordeste.

D. HélderRecife — O Arcebispo de Recife e Olinda, D. Hélder

Câmara recusou-se a comentar o documento Instrução sobrealguns aspectos da Teologia da Libertação, aprovado pelo PapaJoão Paulo II, e que será oficialmente divulgado pelo Vaticanona segunda-feira (dia 3). "Eu obedeço às instruções que recebida Santa Sé e só falarei sobre o documento a partir da segunda-feira, depois que o vaticano divulgar", disse D. Hélder.

Desconhecendo de que maneira a imprensa conseguiu otexto da Instrução — "isto é problema deles", assinalou — D.Hélder Câmara assegurou que não se recusará a falar sobre ele,desde que a partir do dia determinado pelo Vaticano. Ele seguedomingo à noite para São Paulo e permanecerá até o dia 6 emItaici, pregando para duas turmas do clero. No dia 7 estará noRio de Janeiro e só retorna a Recife no dia 8.

D Vicente SchererPorto Alegre — O Cardeal Vicente Scherer condenou,

ontem, "a indiscrição" de quem revelou a íntegra do documentoda Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, denominadoInstruções sobre alguns aspectos da Teologia da Libertação,divulgado pelo jornal O Globo . Há dias de posse do documen-to, D Vicente obedecerá às instruções do Vaticano, e só ocomentará após sua divulgação oficial, no dia 3.

Ex-Arcebispo Metropolitano. D Vicente ficou surpreendi-do de que alguém tenha rompido com "um sigilo tão importan-te" e determinado pelo Vaticano. "Estranho muito o fato de odocumento ter vazado", disse o Arcebispo, ao adiantar.que,segunda-feira, em seu programa radiofônico a Voz do Pastor,fará uma análise do conteúdo das "instruções sobre algunsaspectos da Teologia da Libertação". Ontem não quis comentaro assunto.

D Paulo Evaristo São Paulo — O documento da Sagrada Congregação para a

Doutrina da Fé sobre a Teologia da Libertação é uma "defesapela opção preferencial pelos pobres" e um apelo para que secontinue "uma luta eficaz pela Justiça", afirmou, ontem, emnota oficial, o Cardeal Arcebispo de São Paulo, D PauloEvaristo Arns.

Em sua nota. D Paulo faz um resumo do documentoInstrução sobre alguns aspectos da Teologia da Libertsçáo, quecondena o uso da análise marxista para a interpretação darealidade. Para D Paulo Arns, o texto do documento —aprovado pelo Papa João Paulo II — mostra que "a libertaçãodos pobres é uma aspiração cuja raiz é a dignidade humana" eque a mensagem da libertação "é central para o Cristianismo".

Leia editorial "Ortodoxia e Paixão"

Fazendeiros que seguiam

Juruna em visita a aldeia

pataxó são apedrejadosPau-Brasil — Os 800 índios da tribo Pataxó-ha-ha-hae. quehá dois anos ocupam a Fazenda São Lucas, no Município de

Pau-Brasil, no sul da Bahia, enquanto aguardam a retomada daReserva Paraguaçu-Caramuru, danificaram ontem a pedradas ea golpes de borduna quatro veículos dos fazendeiros que. semconvite, entraram na área indígena acompanhando uma comis-

.são de deputados chefiada pelo Deputado-Cacique MarioJuruna. No conflito, dois fazendeiros ficaram feridos, maslevemente.

Os deputados foram até a sede da Fazenda São Lucas levaraos pataxós a proposta do Deputado Federal Fernando Gomes(PMDB), para que os índios concordem em ceder toda a área daReserva Paraguaçu-Caramuru. de 56 mil hectares e hojeocupada por fazendeiros de cacau e gado. e em troca setransfiram para uma área na Reserva Ecológica de MontePascoal ou para a Reserva de Mico-Leão do Município de Una.Depois do incidente, só o Deputado Mário Juruna teve contatocom o Conselho Tribal, mas saiu desiludido, afirmando: "Voulavar as mãos com sabonete e não tenho mais compromisso comos pataxós".

Os quatro veículos usados pelos fazendeiros — um Fiat.um jipe. uma camioneta C-IOe uma Kombi — tiveram os vidrosquebrados e amassadas as latarias. Ficaram apreendidas na sededa Fazenda São Lucas. O empresário Helenilson Chaves, aosolicitar da Delegacia da Polícia Federal em Ilhéus a liberaçãodos carros, foi informado de que isso dependeria de umadecisão da superintendência regional do DPF em Salvador, oque não foi possível até a noite de ontem. Num dos carros, osíndios encontraram três caixas de balas de grosso calibre.

Em Brasília. Juruna comentou: "Não existe índio naFazenda São Lucas. É tudo caboclo de cabelo enrolado. Oscaciques pataxós Saracura e Samada não são índios também.São criadores de problemas e. se depender de mim, eu retirotodos aqueles caboclos da área."

GaviõesPorto Velho — Os índios gaviões de Igarapé Lourdes. em

Jiparaná. prenderam mais quatro pessoas devido à demora naretirada de cerca de 700 invasores de seu territorio. Agora são11 os reténs, disse ontem o delegado-adjunto da Funai emRondônia. Amaury Vieira.

Inverno rigoroso mata

rebanhos em Mato GrossoCuiabá — Os primeiros dados obtidos pelaSecretaria de Agricultura de Mato Grosso

indicam que mais de 4 mil bovinos morreramde frio. no último fim de semana, no Estado,quando a temperatura média em algumasregiões caiu de 33° para 4\ Os rebanhos maisatingidos foram os dos municípios de Diaman-tino, Nortei.india. Poconé e Arenápolis.

O Secretário de Agricultura, Elzio VirgílioAlves Corrêa, informou que os técnicos doInstituto de Defesa Agropecuária de MatoGrosso (Indea) e da Empresa de Pesquisa eExtensão Rural (Emater) estão concluindo umbalanço dos prejuízos e das mortes no rebanhomato-grossense.

Ele explicou que as perdas naqueles qua-tro municípios aconteceram porque são re-giões que sofreram desmatamento excessivo eo rebanho não pôde contar com a proteçãonatural. A Secretaria, disse, fará uma campa-nha de conscientização entre os agricultorespara impedir que tais distorções se repitam.Alves Corrêa destacou, porém, que mudançasrepentinas de temperatura, como a que ocor-reu no fim de semana, são muito raras e náoafetam a pecuária de Mato Grosso.

No SulCampo Grande — Há dois dias o Mato

Grosso do Sul está livre do intenso frio quecastigou por três dias — de sexta-feira até asegunda-feira última —. plantações de feijão ea população, que se viu obrigada a desengave-tar os agasalhos que pouco ou quase nunca sãoutilizados na região.

Um dos lugares onde o frio mais causoudanos foi no Extremo Sul no Estado, noMunicípio de Mundo Novo, onde a já pequenacultura de feijão da seca registrou uma perdade 90%. O gado de corte, o segundo maiorrebanho do país, não sofreu com o curto friovivido pela regiáo.

RecifeRecife —¦ Já são 1 mil os desabrigados pelachuva que cai ininterruptamente há três diasna Região Metropolitana do Recife. Na cidadede Rio Formoso (a 90 Km), o rio. que passa noCentro da cidade, transbordou, expulsando190 pessoas de suas casas. Náo há vítimasfatais. O Serviço de Meteorologia informou,porém, que vai continuar chovendo até ama-nhã, porque uma frente iria encontra-se emdissipação na região.

A maré alta que, na terça-feira, chegou atrês metros, destruiu mais de 20 barracos nobairro de Brasília Teimosa (em Recife) edesalojou 500 pessoas, já baixou. Técnicos daCoordenadoria de Defesa Civil registraramuma precipitação de 49 mm de quarta-feirapara ontem, elevando o nível acumulado domês para 344,7 milímetros e o do ano, para2.644,8 mm (a média do ano todo de 1983 foide 2.387,7 mm), um dos mais altos dos últimos20 anos.

Em Recife, os flagelados estão alojadosem 10 abrigos da Defesa Civil e recebendoalimentação diária. Em Rio Formoso, os desa-brigados foram para uma escola e para a igrejado Livramento. No interior de Pernambuco,foram registradas chuvas de média intensidade

nas cidades de Aliança (a 86 Km): Macapara-na (a 1211 Km) e Paudalho (a 45 Km), naregião da mata seca. Chove fino em outrascinco cidades da Zona da Mata e Agreste.

Como acontece anualmente. Olinda (a 10Km) sofreu graves prejuízos com a ocorrênciada maré alta. Grandes extensões de seu litoralforam tomadas pelo mar. que destruiu calça-mentos. muros e equipamentos de esgoto dacidade.

Rio GrandePorto Alegre — O ingresso de uma massa

subtropical. junto com um belo dia de sol. semgeada ou muito frio. alegrou ontem os gaúchosque trocaram casacos e palas (espécie decasacão) por roupas mais leves para irem aotrabalho, enfrentando temperaturas médias de15°. que para os rio-grandenses é uma tempe-ratura agradável.

A mínima no Estado foi de 4.2° emVacaria, enquanto em Porto Alegre foi de8.1". às 6h da manhã. Segundo a Meteorolo-gia, a mudança de temperatura se deve, alémda entrada da massa subtropical, ao fato de amassa polar até então estacionária no Estadoestar se dirigindo para o oceano. A previsãopara hoje é a continuidade de tempo bom comtemperaturas máximas de 20° a 26°. Ontem, amáxima chegou aos 24.3" em Uruguaiana.

O sol de ontem foi um alívio para todos osgaúchos, depois de três meses de intensoinverno com um total de 26 dias com tempera-turas máximas que nunca ultrapassaram os15"; ou dos 86 dias de chuva, desde o início doano, que causaram enchentes. O início de diasmais ensolarados já levou os lojistas da Capitala colocar, nas vitrines, suas coleções para aprimavera. O frio dos últimos meses reaque-ceu as vendas de vestuário nos grandes maga-zines.

MinasBelo Horizonte — O frio diminuiu em

Minas, com uma elevação média de dois grausna temperatura, informou ontem o meteorolo-gista Jorge Moreira, do 5° Distrito de Meteo-rologia, nesta Capitai. Ele afastou também apossibilidade de ocorrência de geada nas prin-cipais regiões cafeeiras do Estado, já que otempo continua nublado e o termômetro conti-nua subindo.

Ontem, as temperaturas mais baixas foramregistradas em Caparaó, na Zona da Mata,com 8.5": em São Lourenço e Barbacena. emtorno de 10°; e em Juiz de Fora, com 10.8°.Em Belo Horizonte, a mínima foi de 13° e amáxima de 22".

Segundo Jorge Moreira, apesar de o tem-po estar nublado em todo o Estado, não houveregistro significativo de chuvas, a náo serpancadas rápidas no Triângulo Mineiro e chu-viscos na região Sul. "Nas regiões Norte eNordeste do Estado, que sofrem com uma daspiores estiagens de todos os tempos, nãohouve registro de novas chuvas, após algunschuviscos registrados no início da semana, masque não têm nenhuma importância do ponto-de-vista de melhorar a situação de seca",afirmou.

Concurso Regional de CuSinaria Nestte/Senac

OS MELHORES SÃO DA HELLEN'SOs grandes profissionais de cozinha do Rio participaram, na semana que passou, de um dos concursosmais importantes para a classe: O Concurso Regional de Cozinha, promoção Nestlé/Senac.Os vencedores sâo funcionários da Hellen's Internacional, uma empresa campeã nos setores que atua,seja em refeições industriais, atendendo a grandes complexos empresariais, seja em restaurantes de altoluxo, como por exemplo, o Demoiselle, no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro.Parabéns a José de Paula Olímpio e a Edilson Costa Isanu. vencedores do Concurso. Nossa equipe jácontava com o vencedor do Campeonato Internacional de Cozinha, promovido em Tóquio Temos agora maisdois campeões. HELLÊN'S INTERNACIONAL

CompanhiaJVale do Rio Doce

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COMPANHIA VALE DO RIO DOCEPROJETO FERRO CARAJÁS

AVISO DE CONCORRÊNCIA INTERNACIONALN.° CA - 029

TRATOR SOBRE PNEUS

A CVRD - Companhia Vale do Rio Doce. torna publica que se encontraaberta a Concorrência Internacional para compra de 01 Trator Sobre Pneus, compotência na taixa de 355 HP.

Os recursos financeiros para o pagamenlo dos encargos decorrentes daConcorrência foram obtidos com o Banco Internacional para Reconstrução e Desen-volvimento (BIRD - Banco Mundial).Poderão participar desta Concorrência Empresas Brasileiras, fornecedoresestabelecidos em países membros do BIRD, bem como na Suíça e Formosa.As instruções, especificações e formulários que compreendem os Docu-mentos de Concorrência estarão disponíveis, mediante pagamento da quantia nàoreembolsável de USS 100 (cem dólares) ou valor equivalente em outras moedas,no seguinte endereço:

COMPANHIA VALE DO RIO DOCESuperintendência de Compras e Material - SUMATRua Santa Lu.:ia. 651 - 3 1 0 andarCEP.: 20030 - Rio de Janeiro - RJBrasilTelex: (021' 23205. (02!) '.'1975

Propostas lacradas serão recebidas no endereço acima, até as 1 4 00 hs.do dia 1 7 de outubro de 1984Cada proposta devera ser acompanhada de uma Garantia de Proposta(Bid Bond) no valor de USS 1 0 000 (dez mil dólares) ou valor equivalente em outrasmoedas.

Rio de Janeiro.31 de agosto de 1 984

Superintendência de Compras e Material

Ministro da Previdência

diz que descredenciará

hospital que cobrar taxaBrasília — "Prefiro arrebentar com o sistema hospitalar

privado que levar à morte o segurado que não pode pagar",reagiu ontem o Ministro da Previdência. Jarbas Passarinho, aoreafirmar sua disposição de descredenciar os hospitais quecobrarem o atendimento dos segurados, caso receba denúnciasnesse sentido.

Passarinho recomendou que no caso de serem cobrados, ossegurados devem pagar com cheques e conseguir testemunhas,elementos suficientes para a formalização da acusação dacobrança de taxas extras e conseqüente descredenciamento doinfrator da lei. Ele disse, entretanto, que ainda não recebeunenhuma denúncia até agora.

DéficitSe fosse aceitar pedidos de credenciamento que me são

feitos, aumentaria em cerca de Ml mil o número de leitoscontratados pela Previdência. Você pode admitir que os queestão pedindo credenciamento estão pedindo para perder.' —indaga o Ministro. — Podem me chamar de vilão, de algoz, doque quiserem. O que eu não posso aceitar é que isto saia dobolso do segurado — acrescentou.

Jarbas Passarinho esteve ontem com o Ministro da Fa/.en-da. Ernane Galveas, em busca de mais verbas para cobrir odéficit de Cr$ 2 trilhões e 100 bilhões da Previdência, dos quaisCr$ 970 bilhões destinam-se ao pagamento desses hospitais.Passarinho precisa de Cr$ 570 bilhões para manter os convênioscom a rede privada até o final do ano a preços de hoje.

Além disso, como os hospitais estão reivindicando umreajuste nas diárias de 68,4% a partir de julho, a Previdênciateria que desembolsar mais Cr$ 420 bilhões para atendê-los.Apesar de achar "justas, em parte", as reivindicações, "porquehã uma diferença de 67% entre a inflação prevista e a atual",Passarinho está se vendo sem meios para atendê-las.

O Ministro da Previdência disse que saiu do encontro comGalvêas"meio desacorocoado", já que à conta do excesso dearrecadação somente estão previstos CrS 400 bilhões para aPrevidência."Se o Ministro da-Fazenda fosse o Tio Patinhas, eleme daria os recursos na hora, mas a distribuição do excesso dearrecadação já está prevista", explicou.

Teremos que achar uma solução, porque não podemosparar de atender os segurados, o que, no fundo, é um encargoda União. Como esse déficit não foi gerado por má administra-ção minha nem de meus companheiros, acho que tenho o direitode colocar o problema dessa forma, como já o fiz ao PresidenteFigueiredo — disse Passarinho. — "Ou uma parcela maior doexcesso de arrecadação, ou outra solução qualquer", arre-matou.

Ouanto à perspectiva de nova greve dos previdenciários,motivada pela não concessão de gratificação reivindicada, de20% a 60%, Passarinho disse que "se entrarem em greve, vãome forçar a trabalhar em ritmo de conflito e náo de diálogo. Aprimeira greve já causou à Previdência uma perda de contabili-zação de cerca de CrS 170 bilhões".

HOJE O MELHOR

PROGRAMA É FICAR

NA MANCHETE

14:30MancheteSHOPPWG SHOWDE MULHER PfiRA MULHER,

mulheres cujos maridostêm profissões perigosas.CLODOVIL entrevista

PERY R9BEIRO

21r15 EEE

jj Marquesa I

m de Santos I=| 9.° Caprtulo —

0 CAMINHO 50 PODER

OS MILIONÁRIOSEpisódio de hoje:

SEM SAÍDA

24:00

FRENTE A FRENTEEntrevistas com

NE! GONÇALVES OIAS

REDE RMNCS3ETETelevisão de primeira classe.

CAM 6 ¦ PARA 0 MSE PJO ÜHF CANAL 2)

Mil——————

Academia baianaelege J. AmadoSalvador — Por unanimida-

de de votos dos acadêmicosque compareceram anteontemà noite á sessão extraordináriada casa (o voto por correspon-dència foi abolido), o escritorJorge Amado foi eleito novomembro da Academia de Le-tras da Bahia, e ocupará acadeira número 21. sucedendoao antropólogo Estácio de Li-ma, que morreu recentemente.

Figueiredo faznovas promoções

Brasília — O PresidenteJoão Figueiredo e os Ministrosdo Exército, Marinha e Aero-náutica promoveram ontem 2mil 707 oficiais superiores esubalternos nas três Forças, nasdiferentes categorias de Armase Serviços, No Exército forampromovidos 914 oficiais, dosquais 619 nas patentes de ma-jor, tenente-coronel e coronel(através de decretos presiden-ciais) e 295 na de aspirante eoficial, Ioe 2o tenente e capitão(em portaria do General Wal-ter Pires).

A Marinha teve o maior nú-mero de promovidos, ofi-ciais. 228 através de decretosdo Presidente Figueiredo.

DASP rejeitaajuste desigualBrasília — O DASP não

concorda com reajustes dife-renciados para os servidoresdas Universidades FederaisAutárquicas, informou ontemda Universidade Federal Flu-minense, presidente da comis-são encarregada pelo MEC pa-ra cuidar do assunto. Ele obte-ve a informação em consultainformal do DASP. Os servido-res técnico-administrativos des-sas escolas não são categoriaisolada dentro do funcionalis-mo público, a exemplo dos pro-fessores.

Os servidores concordam,no entanto, com uma das pro-postas da comissão, de conces-são de um abono emergencialde 22,7% em setembro, a títulode gratificação, disse a presi-dente da Federação das Asso-ciações de Servidores das Uni-versidades Brasileiras, VâniaGalvão, que participou da reu-nião de ontem.

Carmelita podereaver igreja

Recife — O Secretário deCultura do MEC, Marcos Vini-cius Vilaça, afirmou ontem quefoi aberto processo no Patrtmô-nio Histórico e Artístico Nacio-nal — SPHAN — para devolu-ção da igreja e convento deSanto Antônio d» Carmo, deOlinda, aos carmelitas — pro-prietários originais do prédio,construído em 1586. No entan-to, informou que não poderádar uma resposta definitiva so-bre o assunto até que o conse-lho consultivo do SPHAN e aMinistra Ester Ferraz, doMEC, homologuem ma deci-são. Os 12 frades carmelitas deRecife estão recolhendo assina-turas na comunidade de Olindaem apoio à sua reivindicaçãode receberem de volta a igrejarestaurada.

Embaixador saie ganha medalha

Brasília — Ao mesmo tempoem que homenageava com umalmoço, discurso e a Grã-Cruzda Ordem do Cruzeiro do Sul oEmbaixador francês RobertRichard por motivo de sua par-tida de Brasília, o ltamaratilimitou ontem a uma simplesaudiência com o Chanceler Sa-raiva Guerreiro — sem discur-sos e sem condecorações — oritual da despedida do Embai-xador da África do Sul, Frede-rich Conradie. A ChancelariaBrasileira alega que o regimede Pretória não admite a con-cessão de condecorações, salvoem condições excepcionais, aseus embaixadores, e que oEmbaixador Conradie comuni-cou sobre sua partida à últimahora.

Locutores pedemvolta de jornal

Porto Alegre —- Através deprogramas da Rádio e TVGuaíba, os principais locutorese apresentadores gaúchos ini-ciaram ontem uma campanhapública pela reabertura do Cor-reio do Povo. com dramáticosapelos ao Governador Jair Soa-res para que autorize operaçãofinanceira envolvendo o Banri-sul, um dos credores da CaldasJr., empresa dona do jornal.Em assembléia, a tarde, decidi-ram montar na próxima segun-da-teir.i um acampamento emfrente ao Palácio do Governo,transmitindo da praça os prin-cipais programas da rádio e datelevisão, sobre o mesmo as-sunto. A mobilização recebeu asolidariedade de dezenas deouvintes.

D

10 n Io caderno o sexta-feira, 31/8/84

JORNAL DO BRASILFundado em 1S91

M. F. DO NASCIMENTO BRITO, Diretor PresidenteBERNARD DA COSTA CAMPOS, Diretor WALTER FONTOURA. Diretor

J. A. DO NASCIMENTO BRITO, Vice-Prcsidente Executivo MAURO GUIMARAES. Vice-PresidenteJ. B. LEMOS. Editor

Ortodoxia e Paixão

michel

Numa elaborada entrevista concedida aoJORNAL DO BRASIL, frei Leonardo Boff apre-sentou o que é quase uma "suma' da Teologia daLibertação — corrente eclesiológica de que eletalvez seja o mais eloqüente intérprete. O fradefranciscano de Petrópohs é um escritor de conside-ráveis recursos. Não é difícil acreditar que seuslivros tenham produzido em muita gente um novointeresse pelo cristianismo — pois constituem ma-téria intelectual excitante. Ao mesmo tempo, tam-bém não é difícil perceber que a postura de freiLeonardo (ainda quando ele inclina a cabeça a umaeventual censura de Roma) é muito mais a de um

pensador independente do que a de alguém queprocura encontrar o seu próprio lugar dentro doespaço comum de uma Igreja que vai fazer dois milanos.

É bem sabido que, ao longo desses vinteséculos, a "sede" romana cortou as asas, às vezes,a autores que tinham um estilo demasiado "pes-

soai". É o caso do mestre Eckart citado porLeonardo Boff — e que até hoje continua a ser lidocom o maior interesse. Também é verdade, entre-tanto, que de uns vinte anos para cá, a Igreja deRoma passou por uma das mais profundas renova-ções de sua história — por um aggiornamento que asacudiu até as bases.

Não há muito lugar para essa realidade nalonga entrevista de frei Boff, em que pese areferência a autores como Congar, Daniélou eoutros. Na entrevista, o Vaticano aparece como ahierarquia distante que pode se tornar ameaçado-ra, viciada por

"arranjos de poder eclesiástico"; e o

patrimônio intelectual e espiritual da Igreja ficaenvolvido, de um modo geral, na suspeita deconformismo — uma teologia que

"se recolhe nacalma tranqüila dos seus livros", que

"nunca deixaas palavra^', que

"não entra no humus da his-tóna".

A História e o movimento das massas tem uma

presença avassaladora no pensamento de frei Boff."Os

pobres e seus aliados estão pensando seusproblemas a partir da ótica dos pobres, e não maisa partir da ótica dos ricos (...) Os novos sujeitoshistóricos emergentes parecem ser os pobres e osoprimidos organizados e articulados entre si. Elesoferecem à seiva evangélica uma chance de umanova expressão histórica".

Frei Boff é eloqüente ao explicar as origens dai Teologia da Libertação entre os "estudantes uni-• versitarios cristãos de classe média" que, nos anos

60, queriam saber "como serem cristãos numasituação de pobreza e de exploração". No Brasil,não se pode ser cristão como se este fosse um paíshabitado por belgas e suíços. Nesses vinte anos quea separam da sua origem, entretanto, a teologia"libertadora" de frei Boff caminhou muito depres-sa no sentido de se tornar um pensamento autôno-mo — o que ele deseja que venha a ser um"catolicismo ameríndio-afro-latino-americano",diretamente articulado com os dados políticos e

econômicos deste continente interpretados sob aótica do anticapitalismo.

Boff lembra que também "os judeus, os gre-

gos, os romanos e germânicos puderam assimilar aseu modo o cristianismo"; nessa assimilação, entre-tanto, não há nada que sugira, ainda que de longe,"a emergência de um catolicismo típico" que Boffdeseja para a América Latina.

Faz parte do patrimônio milenar da Igrejauma profundíssima reflexão sobre a relação queexiste entre contemplação e ação. Na bela históriaque é a visita a Marta e Maria, o próprio Cristotratou do assunto, e dá a primazia à contemplação.No pensamento de frei Doff, todo o poder é dado àAção. "Da reflexão no interior do processo demobilização popular nasceu uma reflexão paraanimar a libertação e também para iluminar even-tuais obstáculos". O lugar preferencial desta refle-xão — prossegue o teólogo brasileiro — é constituí-do "pelas comunidades eclesiais de base e pelosgrupos de direitos humanos, da mulher marginali-zada, da consciência negra e de outros movimentospopulares com alguma referência cristã". "A His-tória não faz pausa para ninguém". Sob esse ponto-de-vista, um mosteiro beneditino passa a ser real-mente um estranho lugar para se refletir sobre ocristianismo.

Frei Boff protestará, talvez, contra a tendên-cia a "pinçarem frases" em seus escritos. Seu

pensamento é movimento, paixão, envolvimento;nesse calor emotivo, entretanto, a eloqüência vaiinsinuando cruriosas noções sobre a essência docristianismo. "Jesus não morreu de velho masmorto numa cruz" porque

"o cristianismo é umareigiáo da libertação e não da sacrálização do statu

quo"; e eis o "Cordeiro de Deus que tira os

pecados do mundo" despido da sua dimensãometafísica e transformado num mártir social, nomodelo dos ativistas. "A teologia da libertação nãoreflexiona sobre uma teoria, mas sobre a realidadegritante e ensangüentada da miséria"; com o que a

paixão de Boff transforma a Paixão de Cristo,séculos de vivência cristã e biografias de santos emdescolorida "teoria".

Pode-se entender o ímpeto de um Boff e deoutros pensadores que, através dos tempos, choca-ram-se com a ortodoxia da Igreja — como o mongealemão que criou o protestantismo. A "ortodoxia

traz o risco implícito da estagnação. Se a Igreja deRoma, entretanto, vai completar dois mil anos econtinua viva, é porque tem encontrado sempre,em conjunto ou através de algumas figuras extraor-dinárias, o caminho do aprofundamento^ e daregeneração interior; ou é, numa visão mais místi-ca , porque dispõe da promessa do seu fundadorde que estaria sempre no meio dela. Esse patrimô-nio e essa experiência viva têm-se mostrado maisfortes do que as modas e os particularismos, eresistem bem a interpretações "emotivas" ou ex-cessivamente pessoais.

Apelo à Cooperação

A atmosfera de pressão criada em torno doSenador Moacyr Dalla foi certamente respon-

sável por esta advertência desnecessária, tambémcom certeza dirigida ao Planalto e aos líderespolíticos e partidários que lhe foram pedir ainclusão imediata da Direta-já na ordem do dia doCongresso: "Vou decidir livremente, não sou ma-rionete." Não é de crer que haja alguém, emqualquer das Casas do Congresso, que o considerecapaz de se deixar manipular como títere nem queno Governo exista a intenção de submetê-lo aconstrangimento na decisão que deverá anunciarna próxima semana.

Desde que assumiu a Presidência da Mesa doSenado — a mesma que dirige os trabalhos doCongresso — o Senador Dalla revelou estar àaltura da responsabilidade em que foi investidopelo voto de seus pares. Seu espírito independentenão pode, contudo, estar situado abstratamenteacima da independência do próprio Poder quechefia, como não se admite colocar o Chefe doExecutivo em plano superior ao da Constituiçãoque delimita sua autoridade. Além de independen-tes e harmônicos, os Poderes são necessariamentecooperativos, sem o que não haveria haraionia eestaria, conseqüentemente, ameaçada a indepen-dência dos que entram desarmados no jogo livremas disciplinado das instituições.

Sabe-se que as instituições estão ensaiandoapenas, nesta fase de tantos equívocos, uma volta aesse funcionamento ordenado e harmônico. Tantomaior a razão para que o espírito cooperativoesteja permanentemente aceso, sobretudo quandose trata de decisões que envolvem mais de um dosPoderes por envolverem — antes e depois — o

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"Querida, nenhuma novidade no front!

CARTAS

Serviço incompleto

interesse nacional e certos objetivos em torno dos

quais há de haver um mínimo de entendimentosincero.

À parte o caráter duvidoso do acerto com queterá opinado a Comissão de Justiça do Senado, emface de restrição constitucional difícil de torcer, ainclusão da Emenda pró-diretas na pauta dasdeliberações próximas ao Congresso é assunto dos

que pedem um confronto entre pontos-de-vistaacaso fixados, ou a fixar, entre o Legislativo e oExecutivo. Pura tentativa de alterar o processoformal da sucessão, qualquer dos dois candidatospresidenciais, isoladamente, estará em condiçõesde anulá-la na prática pelo simplesmente aciona-mento da solidariedade de alguns correligionários.

Não pode deixar, entretanto, de interessar aoGoverno saber em que termos e em que limites sevai reavivar — poae-se dizer, perversamente —uma esperança que no espírito popular foi substi-tuída pelos próprios partidários de uma das candi-daturas por outra expectativa: a vitória no Colégio.As primeiras mobilizações populares se fizeramsem incidentes e funcionaram como instrumentobastante de aferição de um sentimento coletivo.Mas serão igualmente pacíficas as que se anunciampara setembro? Podem respondê-lo com segurançaos dois Poderes responsáveis por essa volta utópicaà promessa de abril.

Está claro que ambos estarão atuando na linhado desatino, se não submeterem a um crivo comumde avaliação o que vai ser decidido nos próximosdias. Há na atmosfera um apelo à cooperação. Enão há quem seja capaz de acusar de marionete oPresidente de qualquer um dos dois pólos quelimitam a expectativa dos brasileiros.

TÓPICOS

PrecauçõesA morte de um agricultor por uso

excessivo — ou indevido — de agrotó-xicos em suas lavouras e a descobertade morangos contaminados no RioGrande do Sul reaqueceram, esta sema-na, um tema já de si controvertido. Naesteira de sucessivos casos que vêmocorrendo nesse terreno, os Estadosbrasileiros começam a implementarsuas próprias legislações a esse respei-to. Elas poderiam ajudar na prevençãoe na contenção de acidentes. Também éimprescindível, entretanto, que campa-nhas educativas retirem o aspecto "obs-curantista" que o assunto às vezes ad-quire. A agricultura é agora, mais doque nunca, um setor vital da realidadebrasileira. Em países mais desenvolvi-dos, ela jã chegou a níveis surpreenden-

tes de desenvolvimento. O problema,portanto, não envolve sequer mistériosprofundos. Trata-se de saber o que épreciso fazer — e de exercer a necessá-ria fiscalização. Sob esse aspecto, o paísestá certamente em enorme atraso. Maso atraso pode ser compensado ou elimi-nado se houver uma firme determina-ção neste sentido.

PodreUm furto escandaloso no Recife:

alguém sumiu com o Fusca de proprie-dade da Chefe da Procuradoria da Re-pública em Pernambuco, Maria ElianeFarias de Menezes. Tudo é escandalosono caso da mandioca, ao qual se liga ofurto do automóvel, onde se guardavampastas com notas relativas a um dosprocessos em curso na Justiça e em fase

A falta de planejamento ê uma cons-tante neste país. Refiro-me ao planejarde nosso trânsito, assim, tiveram a bri-lhante idéia de inaugurar a linha 460, quepassa pela Av. Borges de Medeiros, sem,porém, terem construído o recuo, neces-sário, do calçamento nos pontos de para-da. Desta forma, o trânsito que vem emduas pistas, afunila-se em uma só; receitaperfeita para um engarrafamento.

I Há, contudo, um outro aspecto, sófazer os recuos não é o bastante, faz-senecessário uma certa vigilância para quesejam utilizados, caso contrário tornar-se-ão tão ineficazes quanto os já existen-tes, como por exemplo os da rua Volun-tários da Pátria. Marcos F. C. Solberg—Rio de Janeiro.

-HTc/vS

DiscordânciaTendo lido no exemplar do dia 26/8

carta do Sr. tíeorge Bonguardo e comotambém fui passageiro do navio Eugênio

I C., na mesma viagem desse senhor, ve-nho aqui deixar o meu protesto poisdurante a viagem nesse maravilhoso na-vio, não ouvi nenhum comentário, sejapor parte dos passageiros ou comandan-te, comissários, hostess etc, contra nossacidade ou qualquer aviso quanto aosassaltos.

Principalmente por parte do pessoalde bordo pois trata-se de um stafT que

I freqüenta e conhece os portos brasileiroshá longos anos, os quais sempre teceramelogios à nossa cidade e outras cidadesvisitadas pelo navio. Roberto Farina —Rio de Janeiro.

Conservação de túmulos

Nada mais!Esperamos, por isso mesmo, com-

preensáo de todos, pois culpa não noscabe e nem venha o Governador alegarpressões que pressionados estamos nóshá muito tempo até pela necessidadeprimária de comer. Até porque vai serdifícil chegar a um acordo quando se sabeque o Executivo anda a despachar emapartamento como administrando umcondomínio e não um Estado. OnildoTires Guerreiro — Rio de Janeiro.

Regras da democracia

lhe valeu uma prótese em uma das per-nas. O material aplicado foi caríssimo; oshonorários médicos, casa de saúde, salade internação, instrumental, medicamen-tos etc. aumentaram ainda mais as despe-sas. As conseqüências do acidente aindase farão sentir: aluguel de cadeira derodas, contratação de enfermeira e fisio-terapeuta, sem falar nos medicamentos.

Que estão esperando para lhe paga-rem o que tem direito? Estarão correndojuros e correção monetária sobre o atra-so, ou estes foram criados apenas contrao contribuinte? Como não temos pistolãopara movimentarmos o processo, dadoentrada no Ministério da Agricultura em13/7/82 e que no Ministério da Fazendatomou outro número, 0768.8560/83 em21/3/83, roga-se a uma alma caridosa queexamine o assunto, dando-lhe andamentoou solução. Felicio Coutinho — Rio deJaneiro.

Perplexidade

de tomada de depoimentos de testemu-nhas.

Tudo já aconteceu no roteiro e natrama dos crimes que compõem o es-cândalo agravado com o assassínio co-varde de Pedro Jorge, o Procuradorque entrou no covil dos defraudadoresdo patrimônio de uma Agência do Ban-co do Brasil, denunciando-os. Um dosdenunciados, oficial da PM pernambu-cana, foi condenado e preso mas tevefacilitada a fuga, em circunstâncias atéhoje não apuradas.

O caso é tão sujo que dele não sepode dizer que seja podre sem ofensa aum traço da cultura nordestina, que é autilização da mandioca podre (massapuba) na cozinha de alguns Estados.Podre no sentido pior é a situaçãopolítico-administrativa retratada no es-cândalo ainda em marcha

Aos leitores desse jornal que recla-mam contra o pagamento de uma Taxade Conservação e Segurança no Cemité-rio São João Batista, presto os seguintesesclarecimentos:

— Em fevereiro do corrente ano,enviei uma circular, em nome da SantaCasa da Misericórdia do Rio de Janeiro,

I comunicando a necessidade da cobrança1 anual, para a segurança dos visitantes,

conservação e limpeza dos túmulos noCemitério São João Batista, como planopiloto para os demais.

A Santa Casa da Misericórdia do Riode Janeiro, em virtude de não ter obtidoos resultados almejados, optou pela resci-são do contrato com a firma conservado-ra, o que foi feito de maneira satisfatória.O contrato celebrado com esta instituição

I foi rescindido e, assim, a Santa Casatorna sem efeito toda e qualquer cobran-ça, a partir desta data.

Neste sentido, estão sendo tomadas asdevidas providências, sendo informadostodos os concessionários ou titulares con-templados e a União de Bancos Brasilei-ros S/A, para não aceitar novas cobran-

I ças. Dr. I)ahas C. Zarur, diretor-geral da| Santa Casa de Misericórdia do Rio de

Janeiro.

| Judiciário em greveEnquanto o Governo continua a se

omitir de todos os problemas que desa-bam sobre nosso Estado, os focos dosincêndios se alastram, provocados pelacombustão espontânea da omissão e des-calabro administrativo.

Agora atinge o Judiciário, poder quesobrepaira infenso à política e mesmo aqualquer outra alteração do quadro na-cional, por configurar a ponderação e asabedoria de quem tem por mister amanutenção da tranqüilidade social e oequilíbrio.

Os servidores do Judiciário cansadosdas promessas, provavelmente ditas irres-ponsavelmente no fragor de mais ummomento de demagogia e leviandade,resolveram dar o justo troco provocandoo total fechamento do Poder Judiciário,visando com isso chamar a atenção paraos graves problemas que afligem nossaJustiça estadual em todos seus níveis.

É preciso que se entenda a funçãopública como um conjunto de deveres edireitos, pois que só deveres quem os temé o Estado como organização políticacom fim social.

Não se pode exigir deveres de umaclasse apenada com uma gama de atribui-ções da mais alta relevância, exaurida asúltimas forças até mesmo por falta demeios materiais de trabalho, sem. emcontrapartida, nada oferecer para digni-dade de uma função pelo menos razoa-velmente estipendiada com a justa paga.

Não queremos mordomias das esta-tais, nem privilégios descabidos; quere-mos. sim, dignidade salarial para que atranqüilidade social pela qual nos dedica-mos e que representa o fiel da balança doJudiciário a que servimos também a nósse aplique

É com grande interesse que observo odesenrolar da abertura na sua tentativade introduzir o princípio da democraciacomo forma de governo. A democraciatem certas regras de jogo: o eleitor tem odireito de trocar de opinião, mas não oeleito, que é obrigado a consultar fre-qüentemente os seus eleitores e, se trocarde plataforma ou partido, perde o man-dato. Outra regra é que o eleito não podeter usado de corrupção para obter votos,detalhe normalmente fiscalizado pelaoposição e punido com a desqualificação.

Confrontando estas regras, consagra-das durante milhares de anos, com o queestá acontecendo no país agora, a gentefica com a impressão de que muitospolíticos eleitos, se consideram ganhado-res na loteria e, posteriormente, semnenhum patriotismo ou consideraçãocom seu eleitorado, trocam de platafor-ma ou partido. Pior é a corrupção nacaptação de votos que deveria desqualifi-car o político implicado, e que está fican-do mais uma regra que uma contra-venção.

As gigantescas manifestações públi-cas, e as pesquisas mostram nitidamente,que os eleitores observaram e condena-ram violentamente o grande egoísmo efalta de ética dos políticos que decidemtudo entre si sem se preocupar em ouvir oeleitorado, cuja única esperança seriauma nova cartada da abertura, sob aforma de novas eleições. Flemming Zee-mann — Rio de Janeiro.

Pensão especial

Meu pai era funcionário público fede-ral, aposentado pelo Ministério da Agri-cultura. Ocorrendo seu falecimento a21/2/1982, minha mãe passou a ter direitoà pensão especial, devida pela União, emcomplementação ao valor recebido peloINPS. A soma dos dois benefícios consti-tui a verba a que faz jus, isto é, o salárioque receberia meu pai, se vivo estivesse.

Moro sozinho e quase não uso otelefone, restringindo-me a saber, umavez por dia, como minha mãe está pas-sando. Falamos rapidamente, e pronto.No fim do mês vem uma conta absurda.Vou ao Fone Shop e reclamo. A garota ésempre muito solícita, faz lá uns cálculos,e já chegou a reduzir minha conta naquantia de Cr$ 42 mil 670,46!

Poucos dias depois vem uma carta,que a Cetel já tem pronta, avisando quefez testes no equipamento do seu termi-nal telefônico, não tendo sido encontra-das irregularidades. E mandando cobrartudo de novo. Então, quem está irregu-lar? Eu, que quase não uso o telefone?

E tem mais. Enquanto pessoa amigaestava morando em Goiânia, sempre te-lefonava para mim a cobrar. Aconteceque essa pessoa veio passar uns diascomigo, chegando de Goiânia, por ôni-bus, no dia 19 de julho. Exatamenteneste dia eu teria recebido uma ligação acobrar de dois minutos! Cobrar telefone-mas interurbanos que não existem deveser praxe da Cetel, pois existe uma outraligação do dia 21 que não pode teracontecido pois a pessoa que liga paramim de lá estava aqui no Rio!

Como se isso tudo não bastasse, eumudei de endereço, trocando o númerodo telefone. O resultado foi que chega-ram duas contas: uma para o númeroatual, outra para o antigo. Repito: duascontas inteiramente diferentes para omesmo telefone! Reclamei uma vez, masas contas continuam a chegar, inexorá-veis. Eles deviam fazer testes na adminis-tração da própria Cetel. Aí não sei se nãoencontrariam irregularidades. (...). Mur-ilo Gibson Barbosa Júnior — Rio deJaneiro.

Contrato não cumprido

Em junho de 1981, firmei, com aCompanhia de Telefones do Rio de Ja-neiio—Cetel/RJ, um contrato par?sição de um aparelho telefônico, atravésdo plano de expansão registro n° 407 651,no valor de CrS 377 mil 232, pagáveisatravés de 24 prestações mensais e suces-sivas de CrS 15 mil 718 (...)•

Ocorre que, apesar de o plano ter sidointegralizado em maio de 1983, até spresente data, a concessionária não insta-lou, no endereço da missivista, o táosonhado aparelho telefônico, apesar dosseus sucessivos apelos, por cartas e tele-fonemas, recebendo tão-somente respos-tas pouco convincentes, mormente, ten-do conhecimento da instalação de novo»aparelhos nas redondezas, contrariando,assim, os próprios termos das cartas rece-bidas da concessionária, que previa ainstalação do aparelho para outubro de1983 e março de 1984, promessas estasque efetivamente não se concretizaram.(...) Sueli Ferreira Dlniz — Rio de Ja-

No INPS, apesar de algumas difieul-dades, conseguiu-se liberar o benefícioem prazo relativamente curto. O restan-te. 50% relativos à pensão especial, só foiliberado dois anos após o falecimento,depois de muito sacrifício e de idas evindas a órgãos do Ministério da Agricul-tura e da Fazenda, e mesmo assim emparte, tendo em vista que os atrasadosnão foram pagos, sob alegação de quenão haveria prazo estipulado para suaefetivação. O benefício mensal passou aser pago apenas a partir de 1/1/84.

Ora, não é possível compreender-setal atitude por parte de órgãos do Gover-no. que se estaria locupletando de nume-rário pertencente a terceiros, sem qual-quer explicação plausível, se é que devaexistir

Minha mãe, com 76 anos. acaba desofrer um acidente grave e teve de sub-meter-se a uma intervenção cirúrgica que

As cartas serão selecionadas para publi-cação no todo ou em parte entre as quetiverem assinatura, nome completo e legi-vel © endereço que permita confirmaçãoprévia.

Correção

JORNAL DO BRASIL errou nalegenda da foto publicada ontem, na pág.15. O texto correto deveria ser: "O pilotoda Discoverv, Nlichael Coats, aparece nocockpit de uni avião de treinamento em-Cabo Canaveral". Naquele momentoprosseguia a contagem regressiva para olançamento da na\e espacial, apôs o ter-ceirn adiamento da missão.

O

D

JORNAL DO BRASIL OPINIÃO sexta-feira. 31/8 84 n i° caderno o 11

Coisas da politica

A luz vermelha voltou aacender no túnel da

sucessão. Prova disso é arapidez e a discrição comque sete governadores nor-destinos em transição paraTancredo decidiram apro-veitar a carona da reuniãodo Conselho Deliberativoda Sudene hoje, em Sobral(CE), para avaliar os subi-tós perigos do processo sucessório. A ordem do dia doMinistério do Exército, o acirramento de ânimos quesucedeu à sua exegese e a repentina ressurreição do temadas diretas já abalaram, na opinião de um influente governa-dor tancredista, a normalidade em que parecia correr adisputa sucessória. E antes que o combustível dos radicaisseja atirado à fogueira, os bombeiros pretendem entrar emcampo com novos jatos de moderação.

Os governadores chegam ao encontro do Ceará escal-dados pelos lances difíceis que tiveram de enfrentar nosúltimos oito dias — todos superados com habilidade e semprejuízo dos compromissos assumidos, embora ainda nãooficializados. Além do risco de perderem a própria capaci-dade de governar, pela escassez deliberada de recursosfederais, alguns governantes chegaram a ser polidamenteabordados por escalões militares, preocupados em manter aunidade do sistema e receosos de que, no rastro de umaeventual vitória de Tancredo Neves, acerquem-se do poder

Um plano

conjunto contra o retrocessoos grupos esquerdistas tão combatidos em passado recente.E se não cederam, cristalizaram a convicção de que, daquipara frente, cabe ao grupo atuar como "algodão entre oscristais" da Aliança Democrática, contando, durante acampanha, o radicalismo e, se obtida a vitória no Colégio, ahegemonia da esquerda clandestina.

Na reunião de Sobral, acredita um de seus participan-tes, deverá ser consolidada a agenda de um futuro encontroentre os governadores do PDS avessos a Maluf e o candidatodas oposições. Para essa conversa, que se realizará logo apósa definição do perfil da Frente Liberal nos Estados, estavamprevistos na quarta-feira dois itens — ambos atendidos pelocomando da campanha tancredista antes mesmo que asemana acabasse. A redução dos comícios ao mínimopossível, tese defendida pelo Senador Marco Maciel eacolhida pelos governadores pedessistas, já está decidida. Ea eliminação de críticas às autoridades de Brasília, outrareivindicação dos liberais, foi assimilada pelo próprio Tan-credo, interessado em concentrar argumentos sobre seuconcorrente.

Em diferentes recados ao Planalto, os governadoresdissidentes têm expressado sua disposição de agir comoponto de equilíbrio num provável Governo do PMDB, osuficiente para impedir ímpetos revanchistas e manter aesquerda ideológica — tradicional cavalo-de-batalha doregime — em seu estreito campo de ação. Pelo menos umdesses políticos pretende deixar clara essa pretensão aocandidato Tancredo Neves, mas a verdade é que, para quepossam falar grosso nas reuniões da Aliança Democrática,

aos governadores nordestinos ainda resta vencer o maisduro dos desafios: a confirmação dos votos de seus aliadosao ex-Governador mineiro.

Não tem sido fácil a cooptação de pedessistas na região,asseguram os líderes dissidentes. "As bases são muitoconservadoras e excessivamente partidárias", confirma umgovernador que, nos últimos dias, conversou com dezenasde prefeitos e deputados de seu Estado. Trata-se de umasituação que favorece Maluf, cuja esperteza ,;nsinou, aindana convenção do PDS, ser possível a desmontagem dosesquemas de cúpula, solapando-os através dos quadrosmunicipais. E certo que, na disputa atual, as circunstânciassão outras, o adversário é um experimentado vencedor empolítica e o excesso de apoios perdidos no próprio PDS põeem risco a lubrificada máquina caça-votos do malufismo.

Levados a exibir em público posturas triunfalistas, oscandidatos cumprem tão-só um ritual de campanha. Comseus assessores, Tancredo e Maluf têm partilhado dosreceios fundados de seus estados-maiores e trabalhadoestratégias que assegurem, no mínimo, a manutenção dasregras do jogo. O retrocesso que, de acordo com aOposição, interessaria a um Maluf já convencido da derrota,na verdade só atende aos interesses do candidato pedessistaenquanto ameaça capaz de frear os movimentos não apenasdos oposicionistas exaltados, mas do próprio candidato doPMDB. E dispensável dizer que o impasse desserviria aTancredo, o que o torna, assim, no principal inimigo daruptura institucional.

A Tancredo e Maluf — em que pese a retóricaoposicionista — também não interessam alterações funda-mentais na sistemática do Colégio, com a introdução daeleição direta ainda em 84. Nos moldes da emenda Theodo-ro Mendes, à primeira vista as diretas dariam á Oposiçãomais vantagens que ao PDS. mas ela traz embutidos,igualmente, os riscos de infortúnio. No primeiro turno, porexemplo, os oposicionistas sairiam divididos, abrindo umflanco para o candidato pedessista obter a maioria absoluta,o que o consagraria como vencedor. Sabe-se que o PT nãodispensaria a chance de concorrer, ainda que para atrapa-lhar. E o Governador Leonel Brizola, que hibernara o seusonho presidencial, já iniciou gestões junto à liderança deseu PDT, para emergir no segundo tempo da votação, noCongresso, com uma subemenda que reduz o prazo dedesincompatibilização e fixa para 15 de janeiro um eventualpleito popular.

Um impasse agora, portanto, não interessaria aoscandidatos, aos partidos que se lançaram legitimamente àdisputa do poder e muito menos à Nação, empenhada emapressar a hora da transição sem o perigo de traumas. Oretrocesso pode até servir às minorias exaltadas, mas estas,está provado, são perfeitamente controláveis. A não serquando, perdidos entre suas próprias ambições, os políticosresponsáveis se deixam levar pela primeira provocação.

JOMAR MORAISEditor de Política do JORNAL DO BRASIL

A expressão é de Chesterton. As mais lídimas virtudescristãs podem corromper-se perigosamente: basta que

se omita algum elemento essencial, que se misturem ele-mentos estranhos, ou se desequilibrem seus componentes, ea virtude pode enlouquecer e transformar-se em vício, aindaque conserve inegável parcela de bem.

Referia-se o grande escritor inglês a três idéias funda-mentalmente cristãs (liberdade, igualdade, fraternidade)que foram deturpadas ao sabor de ideologias não cristãs e,enlouquecidas, se soltaram pelo mundo,

O dom da liberdade é apanágio do ser humano. É eleque (ao lado da inteligência) nos faz "imagens e semelhançade Deus", como senhores de nossos atos (e portantoresponsáveis por eles, perante nossa consciência e perante aDeus). O dom da liberdade faz que nossa vontade supere odeterminismo das leis da matéria; mas não nos exime dasujeição à vontade de Deus que nos criou, às leis morais queregulam o reto uso da liberdade.

Enlouquecida, a idéia de liberdade gerou o liberalismoque. ao menos na prática, prega sua alforria perante as leisde Deus; e essa pretensão louca acaba na escravidão adeuses forjados pelos homens, a ideais transitórios, apaixões desvairadas.

O liberalismo econômico liberta-se das leis morais paraguiar-se tão-somente pelos interesses do progresso económi-co, a qualquer custo. Seu filho dileto, o capitalismo liberal,Sem peias e selvagem, repudia qualquer freio ou normasuperior, para aceitar como única lei a obtenção de lucrossempre maiores, ainda que a custo de espezinhar o próximo.

Virtudes enlouquecidasCiro

O liberalismo teológico mostrou sua face exacerbadana última virada de século. Cultivando acima de tudo oorgulho das próprias opiniões, pretendia emancipar a Teolo-gia do Magistério da Igreja, subordinando-a, em troca, a

preconceitos filosóficos em voga. e assim envenenando aprópria natureza dos dogmas cristãos. Ferindo de morte agenuína concepção de Teologia (ciência da doutrina revela-da), o chamado "modernismo teológico" transformou-se,como bem o definiu São Pio X. na "síntese de todas asheresias".

O liberalismo teológico ressurge em nossos dias sob onome ambíguo de "Teologia da Libertação". Nome ambí-guo, porque pode designar a mais ortodoxa Teologia (queversa sempre sobre nossa libertação em Cristo), mas que vaisendo cada vez mais apropriado por uma corrente específi-ca. Pretende esta divagar liberta do Magistério, e mesmocontestá-lo. E introduz elementos estranhos no próprioconceito de libertação.

Ainda que não negue a fundamental libertação dopecado, a moderna T.L. desenvolve-se principalmente, ecom exagerado reducionismo, em torno da libertação dapobreza e da opressão sócio-econômiça. Mais: "introduzin-do em seu seio o fruto de teorias dialéticas estranhas aoespírito de Cristo" (Paulo VI, Exortação de 8-XII-1974),altera o sentido de pobreza evangélica e conduz a um novomaniqueísmo (o opressor encarna o mal, o oprimido, obem), pior que o original, porque envolve luta de classes.Distorce a mesma noção de pecado, dando primazia aochamado "pecado social" e das estruturas (que é pecadoapenas em sentido analógico) em detrimento do pecadopessoal (o único em sentido próprio). A "opção preferencialpelos pobres" de Cristo e da Igreja, de Medellín e Puebla,assume na T.L. um sentido diferente: opção de cunho

ideológico e não propriamente pastoral, exclusiva e nãopreferencial. E quem não perfilha tal ideologia é acusado dedesprezar o pobre e achar-se a serviço do rico opressor.

A T.L. considera indispensável à ciência teológica aanálise da realidade histórica e social. Mas a utiliza comoponto de partida e enfoque, e não como instrumentoauxiliar. E assim, como já advertira Paulo VI, confundeTeologia com Sociologia. Pior ainda é a vertente de T.L.que, elevando simples ideologia em voga à categoria deciência séria e comprovada, chega ao desvario de consideraro marxismo materialista e ateu como válido e preferencialinstrumento de análise, pesquisa e construção teológica.

Seu subproduto é, então, a Igreja Popular "que nuscedas bases", aplicando à realidade eclesial a terioa de Marxsobre o surgimento da sociedade humana. Para algunspróceres da T.L. a Hierarquia na Igreja não é obra deCristo, mas constitui-se pela "expropriaçno" indébita depoderes que pertenciam à comunidade: logicamente, torna-se a opressora; e os fiéis são os oprimidos... Para tal T.L. aestrutura visível da Igreja não se fundamenta nos ensina-mentos de Cristo registrados por São João e pelos trêsSinóticos, mas explica-se pelo "evangelho" de Marx.

Mais que Teologia, tais correntes da T.L. são, narealidade, simples Sociologia (marxista) da Libertação; ou,como diria Chesterton, uma teologia "enlouquecida".

DOM JOSE FERNANDES VELOSOBispo de Petrópolis

A natureza do subsídio

MUITOS questionam a aplicação

do subsídio. Contudo, ele existeem todo o mundo; e ninguém o evita,até porque o grande problema' não é osubsídio em si, mas sua distribuiçãodentro do mais razoável sentido dejustiça social.

Estamos discutindo o subsídio paraos mutuários, por prazo certo, e com oobjetivo de diminuir um pouco suaangústia com relação ao pagamento desua moradia.

Alguns críticos estão olhando asestatísticas de cabeça para baixo, es-quecendo, por exemplo, que o índicede injustiça, no caso, estaria caracteri-zado- pelo subsídio dado necessaria-mente, quando muito, a 10% dos mu-tuários que dele eventualmente nãonecessitam. Nós sabemos que 90% dosmutuários estáo com problema de in-capacidade de pagar sua prestação emdecorrência da política salarial vigente.

Discute-se que seria mais justo osubsídio ao trigo e se esquece que osricos, que também comem o pão, pa-gam por ele o mesmo preço do pobre.

O exemplo citado vem a propósitoapenas para explicar a dificuldade dese aplicar o subsídio com absolutajustiça social, o que é o ideal, porém sóaplicável em Xangri-Lá ou nas belaspáginas da Utopia de Thomas Moore.

Outro aspecto relevante no casoespecífico do subsídio à moradia pró-pria é que os críticos, talvez por nãoterem tido tempo de se debruçar deti-damente sobre a proposta do BNH,mencionam o subsídio que se queroferecer, por prazo certo, aos pais defamília que necessitam de poder decompra para pagar suas prestaçõescomo se ele viesse, na sua totalidade,do contribuinte.

Recomendo a esses críticos umaleitura melhor da proposta. Eles verãoque as necessidades orçamentárias pa-ra o subsídio representam um poucomais de 50% da União, trazidos doOrçamento Fiscal e possivelmente darubrica de tributação sobre lucros imo-biliários, e a outra parte será distribuí-da dentro do próprio sistema, com aparticipação da indústria de construçãocivil, que contribuirá com 11% dessasnecessidades, dos agentes financeiros,que contribuirão com mais 11%, e dospróprios mutuários, que estariam con-tribuindo com 9%, além do próprioBNH. que destinará a totalid ade deseus lucros a estas necessidades, repre-sentando pouco mais de 14%.

A novidade nessa fórmula de pro-por subsídios ao necessitado compra-dor da casa própria é que, dessa vez,estamos propondo que o próprio Siste-

ma Financeiro da Habitação banque50% dele, e agora, de forma clara eexplicita, diferente das anteriores.

Lamentavelmente, o país dispõe depoucos sábios para estudar seus múlti-pios problemas, e muitas vezes essespoucos sábios, perigosamente, intro-duzem pensamentos generalistas emassuntos muito específicos.

Estamos vendo, no presente, al-guns recomendando como solução pa-ra a eliminação do constrangimento domutuário com a prestação da casaprópria (que chegou, em alguns casos,a atingir 50% de sua renda bruta) oalongamento do prazo dos contratos.Esquecem eles, ou talvez não tiveramtempo de fazer as contas, que namaioria desses casos teremos que au-mentar prazos de financiamento dosmutuários para quase 100 anos (umséculo), se quisermos devolver o per-centual de comprometimento da rendacom a prestação da moradia aos níveisideais.

É desta forma que muitas vezes nossurpreendemos pelos jornais com pro-postas de soluções milagrosas tiradasmuitas vezes do bolso do colete.

NELSON DA MATTAPresidente do BNH

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Libia

12 o Io caderno o sexta-feira, 31/8/84 INTERNACIONAL JORNAL DO BRASIL

Pilotos iranianos

levam jato e pedem

asilo ao Iraque

Bagdá — Dois pilotos iranianos levaram ontem seu jatoPhantom F-4. de fabricação americana, para uma base militardo Iraque onde pediram asilo político, informou a agência denotícias iraquiana Ina. Citando uma fonte militar, a agêncianão deu mais detalhe, acrescentando que os pilotos são agora"hóspedes do Governo iraquiano".

No Irã, a Rádio de Teerã qualificou o fato de "parte deuma conspiração" do regime do Iraque e da "arrogânciainternacional" — termo normalmente usado para se referiraos Estados Unidos, França e outros países ocidentais.

"Propaganda"

A fuga dos pilotos ocorreu dois dias depois que um aviãocomercial iraniano, seqüestrado durante um vôo doméstico,aterrissou no Iraque. A agência de notícias do Irã, Irna,acusou o Iraque de responsável pelo seqüestro do Airbus easseeurou que o regime de Bagdá está usando os dois fatospara" "propósitos de propaganda".

Mais de 200 passageiros e a tripulação do Airbus aindaestão em Bagdá e na quarta-feira fizeram um passeio turísticopelos santuários islâmicos ao Sul da Capital. O avião foiseqüestrado durante um vôo entre Teerã e Shiraz, no Sul doIrã, por um homem e uma mulher iranianos.

As autoridades iraquianas declararam que os passageirose a tripulação foram avisados de que poderão ficar no Iraque,voltar ao Irã ou seguir para qualquer país que escolherem.Vários passageiros disseram que todos desejam regressar aoIrã.

O Airbus está em um aeroporto para conserto de umproblema técnico e deverá decolar hoje para o Irã com todosos que quiserem voltar. Estão no Iraque 195 passageiros e 11tripulantes.

PrisioneirosA Ina informou também que o Iraque decidiu libertar um

número não especificado de prisioneiros de guerra, emcomemoração, no dia 5 de setembro, do Eid Al-Adha (Festado Sacrifício), data ligada à peregrinação anual dos fiéisislâmicos aos lugares sagrados da Arábia Saudita.

Manfredo

Litoral da Bélgica/UPI

IPPI

At/ôntico

gr...Clni rebocador ajuda a manter imobilizado o Mont Louis, encalhado sobre bancos de ateia

Combates voltam às ruas

após enterro de Gemayel

A distância entre Marrocos e Líbia nãoevitou o tratado de União de Estados

Marrocos faz referendo

para aprovar tratado

de união com a LíbiaRabat — Os marroquinos irão às urnas hoje para aprovar

o tratado de união do Marrocos com a Líbia em referendonacional, que deverá resultar, segundo especialistas, na apro-vação majoritária do plano elaborado entre Rabat e Trípoli.Ao mesmo tempo, o Parlamento líbio, reunido em sessãoextraordinária, deverá ratificar o acordo.

O tratado, assinado no dia 13 de agosto entre o ReiHassan II e o Coronel Muammar Kadhafi, estabelece a Uniãode Estados para "o desenvolvimento de uma colaboração cadavez mais estreita entre os dois países, no caminho da unidadedas nações árabes."

FederaçãoSegundo o acordo, os dois dirigentes ocuparão a Presi-

dência dessa União alternadamente, e será criado um Secreta-riado permanente. Este cuidará da administração cotidiana daUnião e, com a ajuda de comissões, realizará projetosconjuntos. As comissões, que irão auxiliar o Secretariado nosprojetos comuns, tratarão de questões políticas, econômicas,sociais e mesmo de defesa.

O tratado, entretanto, parece ter também o objetivo defazer frente a uma aliança entre Argélia, Tunísia e Mauritânia,à qual a Libia tentou pertencer sem sucesso.

A opinião de especialistas é de que o acordo não significauma fusão entre dois regimes diferentes. Ele tem, entretanto,como objetivo "comprometer firmemente" Trípoli e Rabat aalgo semelhante a uma federação.

O Presidente da França, François Mitterrand, que che-gou ontem à noite ao Marrocos para conversações com o ReiHassan II, manifestou a preocupação de seu país com oprojeto de união entre Marrocos e Líbia. A viagem deMitterrand pegou os funcionários marroquinos e franceses desurpresa em Paris.

Uma fonte ligada ao Governo marroquino mais tardeconfirmou que o Presidente francês havia chegado ao Marro-cos e se encontrava reunido com Hassan numa casa nasmontanhas em Ifrane. A viagem foi considerada em Pariscomo uma visita particular do Presidente.

EUA explodem bomba

nuclear subterrânea

no deserto de NevadaWashington e Moscou — Porta-voz da Casa Branca disse

que os Estados Unidos experimentaram com êxito uma armanuclear, em explosão subterrânea realizada a 365 metros deprofundidade. A bomba foi de potência pouco inferior a 20quilotons, o equivalente a 20 mil toneladas de TNT.

O teste, realizado no campo de provas do deserto deNevada, foi a 10a detonação americana deste ano. Em 1983foram 15 explosões atômicas em Nevada, onde, desde o iníciodas experiências em 1951 já houve 626 testes nucleares.

Bombardeiro B-lApesar da queda quarta-feira do protótipo do novo

bombardeiro estratégico B-l cuja produção a oposição demo-crata pretende impedir — o Governo Reagan anunciou quelevará adiante o projeto.

O B-l, que tem um custo aproximado de 200 milhões dedólares, é, justamente com o míssil intercontinental MX, umdos principais elementos do programa de rearmamento inicia-do por Reagan e que o candidato democrata à Casa Branca,Water Mondale, prometeu suprimir se for eleito.

Beirute e Bikfaya (Líbano) — Milicianosmuçulmanos drusos e cristãos voltaram acombater ontem em Beirute, horas depoisque o Presidente do Líbano, Amin Gemayel,à frente de milhares de pessoas, participoudo enterro de seu pai, Pierre Gemayel,principal dirigente da comunidade cristã dopaís.

A Rádio Falangista (cristã) informouque os milicianos drusos lançaram foguetescontra várias áreas dentro e nos arredores deBeirute Oriental (setor cristão). Por sua vez,a Rádio Drusa assegurou que a milícia cristã

atacara áreas drusas na cidade de Souq Al-Gharb.

Sinal de lutoPierre Gemayel — morreu quarta-feira,

aos 78 anos, de um ataque cardíaco — eradirigente do Partido Falangista (criado em1936, sob inspiração da ideologia nazista) eintegrava o Gabinete de unidade nacional doPrimeiro-Ministro Rashid Karame (muçul-mano sunita). Foi enterrado no jazido de suafamília, na cidade de Bikfaya, ao lado de seufilho mais novo, Bashir, que foi assassinadoem setembro de 1982, pouco depois de tersido eleito Presidente do Líbano.

Karame e vários políticos muçulmanosmoderados se juntaram aos dirigentes cris-tãos e diplomatas nas cerimônias fúnebresrealizadas na principal praça de Bikfaya. Osprédios da cidade estavam cobertos comfaixas pretas, em sinal de luto.

Antes do enterro, o Presidente AminGemayel recebeu os pêsames. Ao seu lado,estava o amigo e vice-presidente do PartidoFalangista Elie Karameh (40 anos). Emjulho, Pierre Gemayel designara Karameh— um político relativamente pouco conheci-do — seu sucessor na liderança do PartidoFalangista.

Kahane quer dólar para

expulsar árabe

Tel Aviv — O rabino extremista MeirKahane — eleito para a Knesset (Parlamentode Israel) no pleito de 23 de julho — viajoupara os Estados Unidos onde pretende anga-riar fundos para expulsar os árabes de Israele dos territórios árabes ocupados. Kahaneanunciou também que seus partidários tenta-rão impedir a entrada de trabalhadores ára-bes ná cidade judaica de Beit Shemesh, pertode Jerusalém.

Na quarta-feira, Kahane foi impedido deentrar na cidade árabe de Umm El Fahm,para exortar seus 25 mil moradores a deixarIsrael. Uma cadeia humana com 4 mil árabese israelenses e uma barreira policial nãodeixaram o rabino chegar até lá. A políciatemia violências e deteve Kahane por algunsmomentos, apesar de sua imunidade parla-mentar.

— Se a polícia está temendo violência,então nós lhe daremos violência — advertiuKahane.

Plano racistaApesar de Kahane ter sido proibido de

entrar em Umm El Fahm, a principal cidade

árabe de Israel, houve luta na quarta-feiraentre os partidários e oponentes do rabino.A polícia dispersou com gás lacrimogêneogrupos que se apedrejavam. Houve 20 feri-dos, 10 policiais e 10 civis.

Kahane — nascido nos Estados Unidoshá 52 anos, onde fundou a Liga Americanade Defesa Judaica — criou em Israel oracista Partido Kach, com uma plataformaque advoga a expulsão dos árabes de Israel edos territórios que os israelenses ocupamdesde' a guerra de 1967. O Primeiro-Ministrode Israel, Yitzhak Shamir, já divulgou comu-nicado, alertando que Kahane é "um fenô-meno negativo, perigoso e danoso".

O rabino pretende conseguir nos Esta-dos Unidos os meios financeiros para pôr emprática seu plano de expulsão dos árabes. Elequenáiferecer dinheiro aos árabes para deixa-rem Israel. Em recente entrevista, Kahanedeclarou que os Estados Unidos deveriamser estimulados a receber os árabes quesaírem de Israel, da mesma forma que oGoverno Jimmy Carter concordou cm rece-ber cubanos expulsos pelo regime de FidelCastro.

A liderança civil da cidade de Beit She-mesh afirmou que não deixará que os parti-dários de Kahane impeçam de entrar nacidade os trabalhadores árabes.

Crise aumenta

A crescente insatisfação dos trabalhado-res — os professores ameaçaram fazer umagreve nacional — agravou a crise econômicaisraelense que, segundo a imprensa local, sópoderá ser aliviada se os Estados Unidosadiantarem uma ajuda prevista de 2 bilhões600 milhões de dólares.

Segundo o jornal The Jerusalem Post(indepedentente), Israel precisa imediata-mente dessa ajuda e de uma só vez — não emparcelas trimestrais — para aumentar suasreservas em divisas estrangeiras, caso contrá-rio. elas cairão "a quase zero no final desteano".

Observadores econômicos, incluindo al-tos funcionários governamentais, disseramao jornal que "a total dependência" de Israelda ajuda dos Estados Unidos provocou "a

pior crise econômica" do país.

Mergulhador fura

casco para tirar

carga radioativaRotterdam, Holanda — Desafiando o tempo ruim,

mergulhadores conseguiram ontem perfurar o casco do car-gueiro francês Mont Louis — naufragado sábado na costabelga com uma carga radioativa — no maior progresso atéagora já conseguido para o salvamento da carga de 30 barris.A função dos furos é liberar o ar preso nos porões, permitindoque o navio assente no fundo do mar. Quando isso acontecer,será possível retirar a carga utilizando um guindaste flutuante.

Nenhum sinal de radioatividade foi encontrado na área,mas alguns vazamentos podem não ter sido ainda detectados,dizem os técnicos da empresa de salvamento. Alguns dos 30barris podem estar dentro de uma bolha de ar e seus eventuaisvazamentos não chegaram ainda a atingir a água em torno donavio.

Içamento amanhãSe nenhuma radioatividade foi detectada, os mergulha-

dores cortarão grandes pedaços do casco, permitindo que umguindaste flutuante comece amanhã a içar os 30 containers,cada um pesando 15 toneladas.

Autoridades francesas disseram que três dos 30 barriscontêm alguns resíduos altamente radioativos de reatoresnucleares. Entretanto, a pequena quantidade desses resíduos,garantiram, não aumenta o perigo de poluição radioativa.

Três barris, "ligeiramente mais radioativos do que osoutros 27", contêm algum plutónio. trício, estrôncio e umaforma de urânio chamado urànio-232, disseram autoridadesbelgas.

A quase totalidade da carga é constituída de hexafluore-to de urânio, substância extremamente tóxica, corrosiva,volátil e sujeita a explodir em contato com a água. No entanto,o gás não é altamente radioativo.

A Comissão Francesa de Energia Atômica (CEA) infor-mou que todos os containers, que estavam sendo levados paraserem enriquecidos na União Soviética, contêm menos de 1%de urânio-235.

|Onda de especulações 1

deixa Bonn sem saber

se Honecker faz visitaBonn — O governo da Alemanha Ocidental continua

sem saber se o Chefe do Partido e Governo da AlemanhaOriental, Erich Honecker, virá mesmo para uma anunciadavisita ao lado ocidental, no final de setembro. Diante daselvagem despertada destada por políticos e jornais, o Chefede Governo em Bonn, Chanceler Helmut Kohl, marcou parahoje uma inesperada entrevista coletiva.

Do lado ocidental, as autoridades já se queixam de que aAlemanha Oriental está mostrando no mínimo falta deeducação ao retardar tanto uma confirmação oficial dasintenções de Erich Honecker. A vinda do número 1 daAlemanha Oriental, sob o pretexo de visitar sua terra natal, oEstado do Sarre, parecia sem problemas até que os meios decomunicação soviéticos iniciaram ataques contra a reaproxi-mação alemã.

Orgulho feridoO clima piorou ainda mais depois de declaração de um

importante político da democracia cristã, Alfred Dregger,líder de sua bancada no parlamento em Bonn. Ele feriu oorgulho do lado oriental ao dizer que a Alemanha Ocidentalpode continuar vivendo perfeitamente bem sem a visita deHonecker. Outro obstáculo considerável à visita era a recusade Kohl de discutir os "temas centrais" para Honecker (asfronteiras e a existência de uma cidadania alemã oriental),preferindo enfocar problemas de meio-ambiente e casoshumanitários.

O Governo em Bonn garante que os preparativos para aviagem continuam correndo normalmente e que todos oscontatos em alto nível entre os dois estados alemães até agoranão dão motivos para duvidar da vinda de Honecker, que seriaa primeira viagem de um Chefe de Partido da AlemanhaOriental ao lado ocidental desde o final da II Guerra.

Honecker, cuja agenda está cheia de viagens ao exteriornos meses de setembro e outubro, além da comemoração do35° aniversário da fundação da Alemanha Oriental, provável-mente dirá alguma coisa no próximo domingo, quandoinaugura a Feira de Leipzig. Nessa ocasião, ele costuma visitare standes de firmas ocidentais e fazer pronunciamentospolíticos.

Ontem, pela primeira vez em 45 anos, um avião daLufthansa pôde pousar em território da Alemanha Oriental.Dentro do recente idílio entre as duas Alemanhas, ficouacertada a realização de vôos interalemães durante a duraçãoda Feira de Leipzig.

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Avião pega

fogo e total

das vítimas é incerto

WILLIAM WAACKCorrespondente

Cebu, Filipinas/UPI

Yaound — Um incêndio possivelmentecausado pela explosão de uma bomba irrom-peu ontem em um Boeing 737 da CameroonAirlines, quando taxiava na pista do aero-porto da cidade portuária de Douala paralevantar vôo até a Capital da República deCamarões, Yaounde. Fontes do aeroporto eda Rádio de Yaounde informaram primeiroque 100 pessoas morreram, mas depois aemissora afirmou que houve somente doismortos e 72 feridos entre os 108 passageiros eoito tripulantes.

A agência France Presse calculou quehouve 24 mortos porque a Rádio de Yaoun-de informou que 72 pessoas foram hospitali-zadas em Douala e que 20 escaparam ilesas.

Em Washington, uma autoridade do De-partamento de Estado disse que os informesda Embaixada americana na República deCamarões — ex-colônia da França na ÁfricaOcidental — mencionaram dois mortos e de40 a 50 passageiros feridos.

— Temos conhecimento de que um gru-po político assumiu a responsabilidade peloatentado a bomba, mas não temos formaalguma de saber se foi uma bomba ou umdefeito do avião — acrescentou o funcioná-rio americano.

A empresa aérea confirmou apenas que"houve um acidente" no vôo do Boeing, demanhã, e que "várias pessoas morreram".Cinco horas depois do acidente, um infor-mante anônimo telefonou para a Rádio Afri-ca 1, no Gabão, declarando que uma bombafora colocada no avião. Acrescentou que umgrupo denominado Frente Patriótica Cama-rões pretendia destruir o Boeing antes que ospassageiros subissem a bordo.

À reveliaO informante alegou que o grupo não

pretendia atingir as pessoas e que não apóianem o Governo do Presidente Paul Bya, nemo exilado ex-dirigente Ahmadou Ahidjo que,no começo deste ano, foi condenado à morteà revelia por suposta conspiração em abril de1983. A sentença foi comutada para pena dedetenção em março de 1984.

Mesmo depois do acidente, a situaçãopermaneceu confusa, com algumas testemu-nhas contando sobre "poucas mortes" eoutras falando em mais de 100 vítimas. Cercade 40 passageiros foram levados para umaclínica particular, perto do aeroporto, emuitos outros foram transportados para ohospital de Douala.

O Governo do Presidente Ferdinand Mar-cos, das Filipinas, decretou ontem áreas dedesastre 21 províncias atingidas pela tem-

pestade tropical June, que varreu o país,deixando 28 mortos e mais de 30 mil

pessoas desabrigadas. A tempestade, acom-

panhada de ventos de até 95 quilômetrospor hora, provocou inundações e atingiuvárias ilhas no Norte e Sul das Filipinas.Oito pessoas continuavam desaparecidas e207 ficaram feridas em conseqüência dedesabamentos. Mais de 5 mil famílias estão

sem casa

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12 ? Io caderno n sexta-feira, 31/8/84 a s° Clichê INTERNACIONAL JORNAL DO BRASIL

Pilotos iranianos

levam jato e pedem

asilo ao IraqueBagdá — Dois pilotos iranianos levaram ontem seu jato

Phantom F-4. de fabricação americana, para uma base militardo Iraque onde pediram asilo político, informou a agência denotícias iraquiana Ina. Citando uma fonte militar, a agêncianão deu mais detalhe, acrescentando que os pilotos são agora"'hóspedes do Governo iraquiano".

No Irã, a Rádio de Teerã qualificou o fato de "parte deuma conspiração" do regime do Iraque e da "arrogânciainternacional" — termo normalmente usado para se referiraos Estados Unidos, França e outros países ocidentais.

"Propaganda"

A fuga dos pilotos ocorreu dois dias depois que um aviãocomercial iraniano, seqüestrado durante um vôo doméstico,aterrissou no Iraque. A agência de notícias do Irã, Irna,acusou o Iraque de responsável pelo seqüestro do Airbus eassegurou que o regime de Bagdá está usando os dois fatospara "propósitos de propaganda".

Mais de 200 passageiros e a tripulação do Airbus aindaestão em Bagdá e na quarta-feira fizeram um passeio turísticopelos santuários islâmicos ao Sul da Capital. O avião foiseqüestrado durante um vôo entre Teerã e Shiraz, no Sul doIrã, por um homem e uma mulher iranianos.

As autoridades iraquianas declararam que os passageirose a tripulação foram avisados de que poderão ficar no Iraque,voltar ao Irã ou seguir para qualquer país que escolherem.Vários passageiros disseram que todos desejam regressar aoIrã.

O Airbus está em um aeroporto para conserto de umproblema técnico e deverá decolar hoje para o Irã com todosos que quiserem voltar. Estão no Iraque 195 passageiros e 11tripulantes.

PrisioneirosA Ina informou também que o Iraque decidiu libertar um

número não especificado de prisioneiros de guerra, emcomemoração, no dia 5 de setembro, do Eid Al-Adha (Festado Sacrifício), data ligada à peregrinação anual dos fiéisislâmicos aos lugares sagrados da Arábia Saudita.

Manfredo

A distância entre Marrocos e Líbia nãoevitou o tratado de União de Estados

Marrocos faz referendo

para aprovar tratado

de união com a LíbiaRabat — Os marroquinos irão às urnas hoje para aprovar

o tratado de união do Marrocos com a Líbia em referendonacional, que deverá resultar, segundo especialistas, na apro-vação majoritária do plano elaborado entre Rabat e Trípoli.Ao mesmo tempo, o Parlamento líbio, reunido em sessãoextraordinária, deverá ratificar o acordo.

O tratado, assinado no dia 13 de agosto entre o ReiHassan II e o Coronel Muammar Kadhafi, estabelece a Uniãode Estados para "o desenvolvimento de uma colaboração cadavez mais estreita entre os dois países, no caminho da unidadedas nações árabes."

FederaçãoSegundo o acordo, os dois dirigentes ocuparão a Presi-

dência dessa União alternadamente, e será criado um Secreta-riado permanente. Este cuidará da administração cotidiana daUnião e, com a ajuda de comissões, realizará projetosconjuntos. As comissões, que irão auxiliar o Secretariado nosprojetos comuns, tratarão de questões políticas, econômicas,sociais e mesmo de defesa.

O tratado, entretanto, parece ter também o objetivo defazer frente a uma aliança entre Argélia, Tunísia e Mauritânia,à qual a Libia tentou pertencer sem sucesso.

A opinião de especialistas é de que o acordo não significauma fusão entre dois regimes diferentes. Ele tem, entretanto,como objetivo "comprometer firmemente" Trípoli e Rabat aalgo semelhante a uma federação.

O Presidente da França, François Mitterrand, que che-gou ontem à noite ao Marrocos para conversações com o ReiHassan II, manifestou a preocupação de seu país com oprojeto de união entre Marrocos e Líbia. A viagem deMitterrand pegou os funcionários marroquinos e franceses desurpresa em Paris.

Uma fonte ligada ao Governo marroquino mais tardeconfirmou que o Presidente francês havia chegado ao Marro-cos e se encontrava reunido com Hassan numa casa nasmontanhas em Ifrane. A viagem foi considerada em Pariscomo uma visita particular do Presidente.

EUA explodem bomba

nuclear subterrânea

no deserto de NevadaWashington e Moscou — Porta-voz da Casa Branca disse

que os Estados Unidos experimentaram com êxito uma armanuclear, em explosão subterrânea realizada a 365 metros deprofundidade. A bomba foi de potência pouco inferior a 20quilotons, o equivalente a 20 mil toneladas de TNT.

O teste, realizado no campo de provas do deserto deNevada, foi a 10a detonação americana deste ano. Em 1983foram 15 explosões atômicas em Nevada, onde, desde o iníciodas experiências em 1951 já houve 626 testes nucleares.

Bombardeiro B-lApesar da queda quarta-feira do protótipo do novo

bombardeiro estratégico B-l cuja produção a oposição demo-crata pretende impedir — o Governo Reagan anunciou quelevará adiante o projeto.

O B-l, que tem um custo aproximado de 200 milhões dedólares, é, justamente com o míssil intercontinental MX, umdos principais elementos do programa de rearmamento inicia-do po. Reagan e que o candidato democrata à Casa Branca,Water Mondale, prometeu suprimir se for eleito.

Avião pega

fogo e total

das vítimas é incerto

Mergulhador fura

casco para tirar

carga radioativaRotterdam, Holanda — Desafiando o tempo ruim,

mergulhadores conseguiram ontem perfurar o casco do car-gueiro francês Mont Louis — naufragado sábado na costabelga com uma carga radioativa — no maior progresso atéagora já conseguido para o salvamento da carga de 30 barris.A função dos furos é liberar o ar preso nos porões, permitindoque o navio assente no fundo do mar. Quando isso acontecer,será possível retirar a carga utilizando um guindaste flutuante.

Nenhum sinal de radioatividade foi encontrado na área,mas alguns vazamentos podem não ter sido ainda detectados,dizem os técnicos da empresa de salvamento. Alguns dos 30barris podem estar dentro de uma bolha de ar e seus eventuaisvazamentos não chegaram ainda a atingir a água em torno donavio.

Içamento amanhãSe nenhuma radioatividade foi detectada, os mergulha-

dores cortarão grandes pedaços do casco, permitindo que umguindaste flutuante comece amanhã a içar os 30 containers,cada um pesando 15 toneladas.

Autoridades francesas disseram que três dos 30 barriscontêm alguns resíduos altamente radioativos de reatoresnucleares. Entretanto, a pequena quantidade desses resíduos,garantiram, não aumenta o perigo de poluição radioativa.

Três barris, "ligeiramente mais radioativos do que osoutros 27", contêm algum plutônio, trício, estrondo e umaforma de urânio chamado urânio-232, disseram autoridadesbelgas.

A quase totalidade da carga é constituída de hexafluore-to de urânio, substância extremamente tóxica, corrosiva,volátil e sujeita a explodir em contato com a água. No entanto,o gás não é altamente radioativo.

A Comissão Francesa de Energia Atômica (CEA) infor-mou que todos os containers. que estavam sendo levados paraserem enriquecidos na União Soviética, contêm menos de 1%de urãnio-235.

Onda de especulações

deixa Bonn sem saber

se Honecker faz visitaBonn — O governo da Alemanha Ocidental continua

sem saber se o Chefe do Partido e Governo da AlemanhaOriental, Erich Honecker, virá mesmo para uma anunciadavisita ao lado ocidental, no final de setembro. Diante daselvagem despertada destada por políticos e jornais, o Chefede Governo em Bonn, Chanceler Helmut Kohl, marcou parahoje uma inesperada entrevista coletiva.

Do lado ocidental, as autoridades já se queixam de que aAlemanha Oriental está mostrando no mínimo falta deeducação ao retardar tanto uma confirmação oficial dasintenções de Erich Honecker. A vinda do número 1 daAlemanha Oriental, sob o pretexo de visitar sua terra natal, oEstado do Sarre, parecia sem problemas até que os meios decomunicação soviéticos iniciaram ataques contra a reaproxi-mação alemã.

Orgulho feridoO clima piorou ainda mais depois de declaração de um

importante político da democracia cristã, Alfred Dregger,líder de sua bancada no parlamento em Bonn. Ele feriu oorgulho do lado oriental ao dizer que a Alemanha Ocidentalpode continuar vivendo perfeitamente bem sem a visita deHonecker. Outro obstáculo considerável à visita era a recusade Kohl de discutir os "temas centrais" para Honecker (asfronteiras e a existência de uma cidadania alemã oriental),preferindo enfocar problemas de meio-ambiente e casoshumanitários.

O Governo em Bonn garante que os preparativos para aviagem continuam correndo normalmente e que todos oscontatos em alto nível entre os dois estados alemães até agoranão dão motivos para duvidar da vinda de Honecker, que seriaa primeira viagem de um Chefe de Partido da AlemanhaOriental ao lado ocidental desde o final da II Guerra.

Honecker, cuja agenda está cheia de viagens ao exteriornos meses de setembro e outubro, além da comemoração do35° aniversário da fundação da Alemanha Oriental, provável-mente dirá alguma coisa no próximo domingo, quandoinaugura a Feira de Leipzig. Nessa ocasião, ele costuma visitare standes de firmas ocidentais e fazer pronunciamentospolíticos.

Ontem, pela primeira vez em 45 anos, um avião daLufthansa pôde pousar em território da Alemanha Oriental.Dentro do recente idílio entre as duas Alemanhas, ficouacertada a realização de vôos interalemães durante a duraçãoda Feira de Leipzig.

WILLIAM WAACKCorrespondente

Yaound — Um incêndio possivelmentecausado pela explosão de uma bomba irrom-peu ontem em um Boeing 737 da CameroonAirlines, quando taxiava na pista do aero-porto da cidade portuária de Douala paralevantar vôo até a Capital da República deCamarões, Yaounde. Fontes do aeroporto eda Rádio de Yaounde informaram primeiroque 100 pessoas morreram, mas depois aemissora afirmou que houve somente doismortos e 72 feridos entre os 108 passageiros eoito tripulantes.

A agência France Presse calculou quehouve 24 mortos porque a Rádio de Yaoun-de informou que 72 pessoas foram hospitali-zadas em Douala e que 20 escaparam ilesas.

Em Washington, uma autoridade do De-partamento de Estado disse que os informesda Embaixada americana na República deCamarões — ex-colônia da França na ÁfricaOcidental — mencionaram dois mortos e de40 a 50 passageiros feridos.

Temos conhecimento de que um gru-po político assumiu a responsabilidade peloatentado a bomba, mas não temos formaalguma de saber se foi uma bomba ou umdefeito do avião — acrescentou o funcioná-rio americano.

Likud e trabalhistas fecham

acordo e Peres é o PremierJerusalém — A oposição trabalhista lide-

rada por Shimon Peres conseguiu finalmentechegar a um acordo com o bloco situacionistaLikud, dirigido pelo Primeiro-Ministro Yit-zak Shamir, para formar um Governo decoalizão que governará Israel pelos próximos50 meses. A conclusão do acordo foi anun-ciada por volta da meia-noite pela RádioNacional e confirma, em parte, os rumoresque corriam nos últimos dias em todo o país.

Pelo acordo, Shimon Peres será o novoPrimeiro-Ministro israelense pelos próximos25 meses, quando então passará o cargo a

Shamir para os 25 meses seguintes. Noprimeiro período de Governo, Shamirocupará a Vice-Presidência dò Conselho deMinistros e o cargo de Chanceler, postos quepassarão para Peres no 26° mês.

Ministério repartidoO acordo também prevê a divisão de

Ministérios entre o Likud e os trabalhistas namesma proporção, com 12 pastas para cadaum. Os dois Ministérios mais importantes,da Defesa e das Finanças, também serãorepartidos: a Defesa ficará com o ex-Premicr

trabalhista Yitzak Rabin, enquanto as Finan-ças irão para um membro da Likud ainda nãoescolhido.

Na noite de quarta-feira, Peres e Shamirjá insinuavam numa entrevista coletiva que oacordo estava próximo. Os dois iniciaram asnegociações no dia 5 de agosto, quando oPresidente de Israel, Haim Herzog, designouPeres para formar o novo Gabinete. OPartido Trabalhista foi o ganhador das elei-ções parlamentares de 23 de julho, mas nãoconseguiu apoio suficiente dos pequenos par-tidos para obter maioria no Congresso.

A empresa aérea confirmou apenas que"houve um acidente" no vôo do Boeing, demanhã, e que "várias pessoas morreram".Cinco horas depois do acidente, um infor-mante anônimo telefonou para a Rádio Áfri-ca 1, no Gabão, declarando que uma bombafora colocada no avião. Acrescentou que umgrupo denominado Frente Patriótica Cama-rões pretendia destruir o Boeing antes que ospassageiros subissem a bordo.

A revelia

Kahane quer dólar para expulsar árabe

Tel Aviv — O rabino extremista MeirKahane — eleito para a Knesset (Parlamentode Israel) no pleito de 23 de julho — viajoupara os Estados Unidos onde pretende anga-riar fundos para expulsar os árabes de Israele dos territórios árabes ocupados. Kahaneanunciou também que seus partidários tenta-rão impedir a entrada de trabalhadores ára-bes na cidade judaica de Beit Shemesh, pertode Jerusalém.

Na quarta-feira, Kahane foi impedido deentrar na cidade árabe de Umm El Fahm,para exortar seus 25 mil moradores a deixarIsrael. Uma cadeia humana com 4 mil árabese israelenses e uma barreira policial nãodeixaram o rabino chegar até lá. A políciatemia violências e deteve Kahane por alguns

momentos, apesar de sua imunidade parla-mentar.

— Se a polícia está temendo violência,então nós lhe daremos violência — advertiuKahane.

Apesar de Kahane ter sido proibido deentrar em Umm El Fahm, a principal cidadeárabe de Israel, houve luta na quarta-feiraentre os partidários e oponentes do rabino.A polícia dispersou com gás lacrimogêneogrupos que se apedrejavam. Houve 20 feri-dos, 10 policiais e 10 civis.

Kahane — nascido nos Estados Unidoshá 52 anos, onde fundou a Liga Americanade Defesa Judaica — criou em Israel oracista Partido Kach, com uma plataformaque advoga a expulsão dos árabes de Israel e

dos territórios que os israelenses ocupamdesde a guerra de 1967. O Primeiro-Ministrode Israel, Yitzhak Shamir, já divulgou comu-nicado, alertando que Kahane é "um fenô-meno negativo, perigoso e danoso".

O rabino pretende conseguir nos Esta-dos Unidos os meios financeiros para pôr emprática seu plano de expulsão dos árabes. Elequer oferecer dinheiro aos árabes para deixa-rem Israel. Em recente entrevista, Kahanedeclarou que os Estados Unidos deveriamser estimulados a receber os árabes quesaírem de Israel, da mesma forma que oGoverno Jimmy Carter concordou em rece-ber cubanos expulsos pelo regime de FidelCastro.

Combates voltam às ruas de Beirute

O informante alegou que o grupo nãopretendia atingir as pessoas e que não apóianem o Governo do Presidente Paul Bya, nemo exilado ex-dirigente Ahmadou Ahidjo que,no começo deste ano, foi condenado à morteà revelia por suposta conspiração em abril de1983. A sentença foi comutada para pena dedetenção em março de 1984.

Mesmo depois do acidente, a situaçãopermaneceu confusa, com algumas testemu-nhas contando sobre "poucas mortes" eoutras falando em mais de 100 vítimas. Cercade 40 passageiros foram levados para umaclínica particular, perto do aeroporto, emuitos outros foram transportados para ohospital de Douala.

O Governo do Presidente Ferdinand Mar-cos, das Filipinas, decretou ontem áreas dedesastre 21 províncias atingidas pela tem-pestade tropical June, que varreu o país,deixando 28 mortos e mais de 30 milpessoas desabrigadas. A tempestade, acom-

panhada de ventos de até 95 quilômetrospor hora, provocou inundações e atingiuvárias ilhas no Norte e Sul das Filipinas.Oito pessoas continuavam desaparecidas e207 ficaram feridas em conseqüência dedesabamentos. Mais de 5 mil famílias estão

sem casa

Beirute e Bikfaya (Líbano) — Milicianosmuçulmanos drusos e cristãos voltaram acombater ontem em Beirute, horas depoisque o Presidente do Líbano, Amin Gemayel,à frente de milhares de pessoas, participoudo enterro de seu pai, Pierre Gemayel,principal dirigente da comunidade cristã dopaís.

A Rádio Falangista (cristã) informouque os milicianos drusos lançaram foguetescontra várias áreas dentro e nos arredores de

Beirute Oriental (setor cristão). Por sua vez,a Rádio Drusa assegurou que a milícia cristãatacara áreas drusas na cidade de Souq Al-Gharb.

Pierre Gemayel — morreu quarta-feira,aos 78 anos, de um ataque cardíaco — eradirigente do Partido Falangista (criado em1936, sob inspiração da ideologia nazista) eintegrava o Gabinete de unidade nacional doPrimeiro-Ministro Rashid Karame (muçul-mano sunita). Foi enterrado no jazido de sua

família, na cidade de Bikfaya, ao lado de seufilho mais novo, Bashir, que foi assassinadoem setembro de 1982, pouco depois de tersido eleito Presidente do Líbano.

Karame e vários políticos muçulmanosmoderados se juntaram aos dirigentes cris-tãos e diplomatas nas cerimônias fúnebresrealizadas na principal praça de Bikfaya. Osprédios da cidade estavam cobertos comfaixas Dretas. em sinal de "

JORNAL DO BRASILINTERNACIONAL

sexta-feira, 31/8/84 ? Io caderno ? 13

«9U1UMAJU lXtJ &

Discovery sobe e põe

em orbita^ seu primeiio

s»iitiite

Cabo Canaveral — Após três tentati- tà ||| . -J i? -g-* 7 O O (TfCabo Canaveral — Após três tentati-vas fracassadas, a nave espacial recupera-vel Discovery foi finalmente lançada aoespaço às 8h42min (locais) de ontem, noCentro Espacial Kennedy, com um atrasode sete minutos devido à presença de umavião particular na zona de segurança emtorno da plataforma de lançamento. Ás16h40m (locais), foi posto em órbita oprimeiro dos três satélites que a Discove-ly leva a bordo, o SBS-4, com 3,16metros de diâmetro e 2,82 metro dealtura, da Sattelite Business Systems.

Em plena campanha eleitoral, o Pre-sidente Reagan encontrou tempo paravisitar ontem o Centro de Vôos EspaciaisGoddard, em Greenbelt, Estado de Ma-ryland, onde qualificou os engenheiros ecientistas da NASA de "heróis da altatecnologia". Reagan elogiou o trabalhodesses funcionários por estarem transfor-mando "a grande noite negra do espaçonum Novo Mundo repleto de oportunida-des" e acrescentou que esses conheci-mentos poderiam ser usados "para criar,aqui na Terra, uma nova sociedade ame-ricana, cheia de oportunidades".

Cérebros eletrônicosPouco depois da partida, o coman-

dante da missão, Henry Hartsfield, agra-deceu à tripulação de Terra por seusesforços para "pôr esta coisa pronta paravoar de novo". Cerca de dois minutosapós o lançamento, presenciado tambémpor milhares de pessoas reunidas empraias e estradas nas imediações do Cen-tro, pôde-se ver claramente, sem necessi-dade de binóculos, graças à ausência denuvens, a ejeção dos foguetes rie empu-

\ xo, quando a Discovery se achava a umaaltura de quase 20 quilômetros.

Durante seu vôo, o 12° de uma naveespacial recuperável, a Discovery tentarátambém realizar os principais objetivosda missão anterior, cancelada a 25 dejunho por falha num computador e no diaseguinte por causa de defeito num dostrês motores principais. Seu novo lança-mento, marcado para quarta-feira, foitransferido por 24 horas devido à possibi-lidade de erro do computador que ordenaa ejeção do gigantesco tanque de com-bustível externo e dos dois foguetes auxi-liares. Se ele falhasse, a Discovery mer-gulharia no oceano antes de entrar emórbita.

As naves espaciais recuperáveis fun-cionam com cinco computadores modifi-cados IBM AP-101, cada um com memó-ria para 106 mil 496 palavras. Quatro doscinco computadores trabalham em siste-ma de redundância: cada um deles confe-re as ordens dadas pelos outros e ainstrução só é realizada se for aprovadapor todos. O quinto computador funcio-na como reserva e árbitro para eventualfalha dos demais e pode assumir o contro-le se algum apresentar defeito. Cadacomputador é capaz de realizar todas asfunções em caso de emergência. Naspartes mais críticas da missão funcionamos quatro, mas em certas fases maistranqüilas apenas dois ficam ligados.

üs astronautas têm quatro telas parate comunicar com os computadores, cadaum capaz de realizar 325 mil operaçõespor segundo e de responder 1 mil pergun-tas dos tripulantes.

AtlantisOs seis astronautas — Hartsfield, o

co-piloto Michael Coats, os especialistasda missão Steve Hawley, Richard Mulla-ne e Judy Resnick, ela a segunda astro-nauta americana, e o engenheiro indus-trial Charles Walker, da McDonnel Dou-glas — depois da colocação em órbita doSBS-4 se preparavam para realizar outrastarefas. Os outros dois satélites, um daMarinha e outro da American Telephoneand Telegraph, serão colocados em órbi-ta hoje e amanhã.

Satisfeita pelo sucesso da operação ealiviada por ter superado a crise de credi-bilidade criada pelos sucessivos adiamen-tos do lançamento da Discovery, a NA-SA confirmou que a quarta nave espacialrecuperável, Atlantis, será lançada emnovembro de 1985.

A Discovery foi assim chamada emhomenagem à nau capitânea do Coman-dante James Cook, que em 1778 desço-briu o arquipélago do Havaí.

Greve prejudica

manobras na

Grã-BretanhaLondres — A greve dos portuários

Ingleses poderá prejudicar as maioresmanobras militares no país desde a IIGuerra Mundial. Vinte e três mil solda-dos deverão ser conduzidos em embarca-ções civis ao outro lado do Canal daMancha para um exercício da OTAN,mas as manobras podem ser afetadas seportos importantes como Dover e Folkes-tone estiverem fechados, advertiu o Mi-nistério da Defesa.

Os dois portos ainda estão em funcio-namento apesar da greve de cerca de 10mil portuários em todo o país. Além dosportuários, que estão parados há umasemana, estão também em greve, háquase seis meses, os mineiros de carvão.A Primeira-Ministra Margaret Thatcheradiou sua viagem ao Extremo Oriente,marcada para setembro, e convocou umareunião de Gabinete, a fim de debater acrise.

Pesquisa diz que

88%

de negros são Mondale

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O momento do lançamento da Discovery foi fotografado por muitas pessoas

CGT quer paralisar

Argentina 24 horas

por melhor salário

Buenos Aires — A Confederação Geral do Trabalho (CGT),dominada pelos peronistas, decretou ontem uma greve geral de 24horas para segunda-feira — a primeira do atual Governo doPresidente Raúl Alfonsín — exigindo melhores salários.

A greve foi decidida depois que fracassaram as gestõesrealizadas ontem de manhã entre o Ministro do Trabalho, JuanCasela, e os quatro Secretários-Gerais da CGT. Os dirigentessindicais decidiram também não comparecer a uma reuniãoontem, marcada pelo Governo para discussão de um plano deentendimento entre trabalhadores e empresários.

Num documento aprovado terça-feira, a CGT diz que "uma

família típica necessita hoje para sobreviver de um salário de 33mil pesos" (cerca de Cr$ 800 mil). O atual salário é de cerca deCr$ 400 mil.

Os dirigentes da CGT acham que a greve terá êxito porque"o descontentamento é geral". O país enfrenta uma inflação quenos últimos 12 meses foi de 615,5%. A Casa Rosada declarou queo direito de greve está "em plena vigência' e a CGT exerce esse"direito constitucional".

O Conselho Supremo das Forças Armadas, que investiga asviolações de direitos humanos na Argentina, determinou novadetenção do Almirante Emílio Massera, ex-Comandante daMarinha, que já está preso há 15 meses por acusações em outrosprocessos. . ,

O Prêmio Nobel da Paz de 1980, Adolfo Perez Esquive],declarou que o "aparato policial" continua a vigorar na Argenti-na, "apesar do Governo constitucional". Como prova de seuargumento, disse que até hoje nenhum responsável por violaçãodos direitos humanos foi condenado.

Betancur assegura

que paz com M-19

não é "uma

tática"Bogotá — O processo de pacificação

"não é uma simplestática de Governo, nem um capricho pessoal", afirmou o Presi-dente da Colômbia, Belisário Betancur, poucas horas antes daentrada em vigor ontem da trégua com a guerrilha.

Betancur deu a ordem de cessar-fogo ao Exército, comoComandante das Forças Armadas, em cumprimento do/.cordo depaz com o Movimento 19 de Abril (M-19, esquerda nacionalista),Exército Popular de Libertação (ELP, maoísta) e uma facçao daAutodefesa Operária (Ado, trotskista).

Pelos acordos firmados na semana passada, em diferenteslugares da Colômbia, deverá começar agora "o grande dialogonacional" com a participação de todos os setores do pais, parabuscar soluções aos problemas políticos, econômicos e sociais.

Não estamos buscando um caminho desconhecido, masbuscando outras formas de pacificar os espíritos e desarmar osbraços de compatriotas dispostos, pelo menos em principio, a usarmeios diferentes do que o fuzil — comentou Betancur.

O M-19 publicou um apelo aos colombianos, no qual afirmanue "a partir deste momento começa o grande diálogo nacional,todo o país tem a palavra porque, como a paz e de todos, o dialogoé com todos e as soluções para todos".

— Empunhamos a espada de Bolívar convocando a todos oscolombianos para constituir uma pátria do tamanho de nossossonhos, e cumpriremos — asseguraram os guerrilheiros do M-iy,comandados por Ivan Marino Ospina.

O M-19 realizou ontem vários atos políticos e festivos nos

povoados de Corinto e Hobo, a Sudoeste do país, onde assinaramos acordos de paz com o Governo.

Nova Iorque — Pesquisa de opiniãodivulgada ontem pelo Instituto Gallupmostra que nada menos de 88% dosnegros americanos apoiam a chapa doPartido Democrata, contra apenas 37%dos brancos. Esse apoio se tornou maisforte depois que o pastor Jesse Jackson secompôs com Mondale, na noite de terça-feira. O apoio de Jackson tornou 55%dos negros "mais dispostos" a votar nosdemocratas em novembro.

Depois da "conferência de cúpula"de Mondale com mais de 50 líderesnegros, de todas as facções — muitasrivais — e com os prefeitos negros dopaís, houve um compromisso, notada-mente de Jesse Jackson, de fazer umgrande esforço para registrar pelo menosmais 2 milhões de novos eleitores negros,principalmente no Sul.

BarracasO objetivo dos democratas é elevar o

total de eleitores negros a 14 milhões.Para registrar novos eleitores, os demo-cratas esperam gastar cerca de 15 milhõesde dólares no próximo mês. O problemaé que os republicanos podem gastar entreduas e quatro vezes essa quantia, pararegistrar seus próprios eleitores.

Em quase todas as cidades america-nas — como Nova Iorque — já é comumver nas esquinas barraquinhas, onde par-tidários de candidatos locais, de um ououtro partido, procuram capturar eleito-res em potencial que ainda não se tenhamhabilitado a ir às urnas em novembro(nos EUA, o voto não é obrigatório e nãohá título de eleitor, mas para votar épreciso registrar-se primeiro).

Este ano calcula-se que 100 milhõesde americanos vão às urnas. Os negrossão fundamentais para as esperanças de-mocratas em novembro, mas até o encon-tro de terça a posição de suas liderançasnão era segura. Jackson, depois de terapoiado Mondale na Convenção, perma-

necia em silêncio ou criticava a poucaatenção a problemas que preocupam osnegros ou a falta de assessores negros noComitê de Mondale.

A impressão geral é que Mondale"passou no teste" a que as liderançasnegras o submeteram. Ele se comprome-teu a fazer dois extensos pronunciamen-tos sobre as preocupações do eleitoradonegro e chamou para sua assessoria May-nard Jackson, ex-prefeito (negro) deAtlanta e que apoiou Jesse Jackson nasprimárias.

Mondale não aceitou o projeto decriar programas de assistência voltadospara os negros, a um custo dc 30 bilhõesde dólares anuais. Ele não pode correresse risco, porque os democratas sãoacusados por Reagan de "gastadores"

^de "favorecerem interesses específicos".

Mondale, que vem prometendo redu-zir em 2/3 o déficit americano, de 200bilhões de dólares, não pode se permitir oluxo de dar esse argumento a seus adver-sários. Aos líderes negros, ele garantiuque melhorará a situação de desempregodos negros (o dobro da dos brancos),reduzindo as taxas de juros e incentivan-do o surgimento e o desenvolvimento deprogramas de incentivo a iniciativas denegros.

A partir de segunda-feira, quando secomemora o Dia do Trabalho e quandotradicionalmente começa a campanha po-lítica "pra valer" nos EUA, os líderesnegros estarão ativos nos palanques e naTV, ao lado dos sindicatos, dos indepen-dentes (com John Anderson à frente),das mulheres e inúmeros outros grupos.Até agora os democratas (e Mondale emparticular) têm se mostrado imbatíveispara arregimentar apoios políticos, masas pesquisam mostram que os eleitoresainda preferem Ronald Reagan.

FRITZ UTZERICorrespondente

Zaccaro tem de deixar cliente

Nova Iorque — Um tribunal de NovaIorque determinou ontem que John Zac-caro, marido da candidata democrata àVice-Presidência, Geraldine Ferraro,deixe a administração dos bens de AlicePhelan, que lhe emprestou, de formaindevida, 175 mil dólares em outubro doano passado.

Londres I UPI

85 em 5%França reduz IR deParis — O imposto de renda dos 15 milhões de contribuintes

franceses será reduzido 5% em 1985, informou uma fonte citadapela France Presse. O Ministério da Economia se negou aconfirmar ou a desmentir a notícia. A redução — que deverá serdefinida a 12 de setembro — implicará a perda pelo Estado decerca de 10 bilhões de francos. O imposto de renda contribui compouco mais de 200 bilhões de francos para os cofres estatais.

Alemanha condena espiãoKaiserslautern, Alemanha Ocidental — O sargento america-

no Francisco de Assis Mira, de 24 anos, foi condenado ontem porcorte marcial dos Estados Unidos, que se reuniu na Alemanha, àpena de 10 anos de prisão por ter vendido informações militaresaos serviços secretos do bloco socialista. Mira, da Força Aérea,vendeu fotos do sistema de radar da base aérea de Birkefeld, ondeservia, assim como manuais de códigos de instrução. O sargentoconfessou espontaneamente e justificou-se dizendo que desejavaconverter-se em agente duplo, em benefício de seu país.

Polonês apela por sindicatosVarsóvia — O principal dirigente clandestino do proscrito

sindicato Solidariedade, Zbigniew Bujak, fez ontem, véspera doquarto aniversário de fundação da entidade, um apelo à reconstru-ção do sindicato nas fábricas polonesas. Lech Walesa se manifes-tou no mesmo sentido, mas pediu aos trabalhadores que ajam comcautela, pois o Governo, atento para manifestações hoje, fez umasérie de ameaças.

Kadhafi propõe troca de presosTrípoli e Londres — Parlamentares britânicos do Partido

Trabalhista se reuniram em Trípoli com o dirigente líbio CoronelMuammar Kadhafi, que propôs trocar prisioneiros ingleses deti-dos na Líbia por cidadãos líbios presos na Grã-Bretanha.

— Não haverá intercâmbio — disse o porta-voz do Ministé-rio do Exterior britânico, reiterando ontem que Londres nãonegociará a libertação de prisioneiros estrangeiros detidos nasprisões inglesas por sérios crimes.

Cubanos podem ser repatriadosWashington — Estados Unidos e Cuba estão perto de um

acordo pelo qual Havana aceitaria a repatriação de 2 mil 700refugiados cubanos considerados "indesejáveis" pelo Governoamericano; em troca Washington receberá 30 mil presos políticosque se encontram nos cárceres do regime cubano, informou ontemThe Washington Times. Citando fontes governamentais nãoidentificadas, o jornal disse que Fidel Castro teria chegado àconclusão de que Ronald Reagan será reeleito e desejaria fazerum gesto de conciliação, destinado a melhorar as relações dos doispaíses.

Zuazo apóia Ministro acusadoLa Paz — O Presidente da Bolívia, Hernán Siles Zuazo,

confirmou no cargo o Ministro do Interior, Federico AlvarezPlata, que pedira renúncia depois de ter sido censurado peloSenado,"por ter violado os direitos humanos e as liberdadescivis". Plata foi acusado de envolvimento em supostas torturasinfligidas a Reynaldo Venegas, comprometido com o seqüestro doPresidente Zuazo e a tentativa de golpe no dia 30 de junho.

/7

A sentença diz que não há "nenhumasugestão de desonestidade ou má inten-ção" por parte de Zaccaro, que prestouum "depoimento franco" em juízo epagou à idosa cliente juros de 12%, aoinvés dos 10,5% que manda a lei. Geral-dine disse que não via razão para oafastamento do marido da administraçãodesses bens.

Arquivo da AP

A viúva de Richard Burton, SallyBurton (E), e a ex-mulher do ator

galés, Elizabeth Taylor, compa-reccram ontem à cerimônia reli-

giosa realizada na igreja St. Mar-tin In-The-Fields, em Londres,para homenagear o ator, quemorreu aos 58 anos, na Suíça, nodia 5. Ao alto, o advogado mexi-cano Victor Luna, ex-noivo deTaylor. A atriz rompeu o com-

promisso com ele no mesmo diada cerimônia em memória a Bur-ton, devolvendo a Luna o anel denoivado de safira e diamantes

Psicólogos do Uruguai

exigem a libertação

dos presos políticosMontevidéu — Os psicólogos do Uruguai exigiram ontem do

Governo a libertação de todos os presos políticos como elementofundamental para a pacificação do país" e condenaram "o uso detécnicas psicológicas destinadas a reprimir, castigar ou apiemiarmentalmente" as pessoas.

Em documento que divulgaram, recordam o recente suicídiode um preso, às vésperas de ser libertado, como um exemplo dodesconhecimento dos serviços responsáveis dos aspectos mentaisdos detidos".

PasseataAos gritos de "vivos os levaram, vivos os queremos ,

parentes de desaparecidos fizeram ontem a noite uma passeatapelo centro de Montevidéu, para marcar o transcurso da JornadaMundial contra a Desaparição Forçada na América Latina.

Segundo os organismos de direitos humanos, pelos menos200 uruguaios desapareceram de 1974 a 1982, dos quais uns L0 naArgentina, incluindo crianças nascidas em prisões militares. Doisuruguaios desapareceram no Paraguai, em 1977.

Combates no

Peru matam

55 pessoasLima — Pelo menos 55 pessoas,

incluindo indígenas, soldados do Exércitoe guerrilheiros do Sendero Luminoso,morreram num combate na remota cida-de de Pampa Corral, a 670 quilômetrosde Lima. A informação foi divulgadapelo jornal esquerdista Marka.

A publicação diz que a maioria dosmortos é de índios, mas não informa adata do combate. O comando do Exerci-to em Ayacucho confirmou que umanova fossa comum, com vários cadáveresdecapitados, foi encontrada na região.Essa foi a segunda descoberta do gênero.Dia 23 foram encontrados 50 cadáveresdecapitados numa fossa.

Agência se nega

a dizer nome de

quem vai a Cuba

Washington — Uma agência de via-gens que promove visitas de americanos aCuba se nega a entregar os nomes de seusclientes aos funcionários governamentaisencarregados de fazer cumprir as restri-ções oficiais a tais viagens, disse ontem oadvogado da empresa.

(3 advogado Harold Mayerson afir-mou que a agência Marazul íours lncor-porated, com escritório em Nova Iorque,já havia entregado alguns documentos,mas indicou que o prazo final para apre-sentar todos os documentos foi adiadodesta semana para a próxima.

Mayerson disse que os funcionáriostambém desejavam receber listas daque-les indivíduos aos quais se havia enviadofolhetos de promoção de viagens à ilha,ainda que nunca tenham feito visitas aCuba.

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14 r caderno ? sexta-feira, 316 84JORNAL IX) BRASIL

Obituário

Rio de janeiroRaphael Lima dos Santns.

34. de insuficiência cardíaca,na Casa de Saúde Santa Maria.Carioca, contador, solteiro,morava em Botafogo.

Jurema Mendes de Oliveira.38. de parada respiratória, noHospital da Santa Casa. Cario-ca. solteira, tinha uma filha.Luiza. morava na Penha.- Fernando Pinheiro de Azeve-do. 51, de enfisema pulmonar,no hospital da Lagoa. Carioca,comerciante, desquitado. tinhatrês filhos: Jair, Helena e Ri-cardo, morava em Botafogo.

. Sérgio Palhares Viana, 56.de insuficiência cardíaca, noHospital do Andaraí. Mineirocasado com Marlene SampaioViana, tinha dois filhos: LuizCarlos e Roberto, morava emVila Isabel.

Antonio Maria de Carvalho.59. de câncer, no Hospital dosItalianos. Português, comer-clante, casado com Nadia Cor-reia de Carvalho, tinha trêsfilhos e dois netos, morava noRio Comprido.t Maurício Barcellos da Silvei-ra, 62, de acidente vascularcerebral, na Casa de Saúde SãoSebastião. Carioca, industrial,oasado com Ciilda Nogueira daSilveira, tinha um filho: Fran-cisco Carlos e três netos, mora-va no Cosme Velho.

José Paulo Loureiro da Ro-cha. 67, de ataque cardíaco, emcasa no Méier. Capixaba, in-dustriário aposentado, viúvode Maria José Matos da Rocha,tinha dois filhos: Jorge e Emi-lia, sete netos.

• Virginia Monteiro de Souza,74. de edema pulmonar, noHospital Cardoso Fontes. Mi-ifeira, viúva de Valter Coelhode Souza, tinha dois filhos: Fe-lipe e Alonso, quatro netos,morava em Jacarepaguá.

Teresa Cardoso dos Santos,82. de broncopneumonia, noHospital Evangélico. Carioca,viúva de Joaquim Bastos dosSantos, tinha seis filhos, netose bisnetos, morava no Grajaú.

Rui Alves Campello, 79. dearteriosclerose, em sua casa emSanta Teresa. Pintor e restau-rador de quadros, fez váriasexposições no Rio e recebeuvários prêmios. Amigo de Pas-coal Carlos Magno, HenriqueCavalhieor, Teruz e Portinari.Casado com Ruth Graeff Cam-pello, tinha um filho. Mauro, eas netas Laura Augusta e LuísaAugusta Pinheiro GrandeCampello.

Antonio Bruschi, 68. de in-farto, durante viagem em aviãoda Alitália que pousou no Ga-leão. O médico argentino AldoSchiuma, que estava entre ospassageiros, tentou prestar so-corro mas nada pôde fazer,pois o infarto "foi muito vio-lénto". Antonio Bruschi, natu-ral de Rapallo, Itália, viajavaem companhia da mulher, An-drea, e da filha Anna. Embar-earam em Roma e dirigiam-se aSantiago, onde a família re-sidia.

EstadosMarcelo Eustaquio Soares de

Lima. 36, de edema pulmonar,em Belo Horizonte. Engenhei-ro civil, trabalhava na Direto-ria de Projetos do Departa-mento de Estradas de Roda-gem de Mirias. Casado comMaria Helena de Oliveira Li-ma, tinha três filhos: MarceloEustaquio, Adriano César eRodrigo Magno.

Marcelino Ribeiro, 75, de in-suficiência renal, no HospitalLazzarotto, de Porto Alegre.Uruguaio, industriário aposen-tado, casado com MargaridaRibeiro, tinha cinco filhos(Ademir, Derli, Hermes, Nersie Gelsemir). oito netos e umbisneto.

Edina Lima de Oliveira, 37.de insuficiência hepática, emSão Paulo. Casada com Ade-mar Paulo de Oliveira, tinhafilhos.

Manoel Rosa. 41, de edemade pulmão, em São Paulo. Ca-sado com Elvira Vieira CortesRosa. tinha filhos.

Joào Pereira Júnior, 58. dechoque cardiogênico. em SãoPaulo. Casado com Maria Eu-genia Pereira, tinha filhos.

Henrique Coelho de Aguiar,69, de insuficiência respirató-ria, em São Paulo. Casado comJovita Rodrigues de Aguiar,tinha a filha Henriqueta.

Clube da

PM defende

soldadosO Clube de Oficiais da Poli-

cia Militar divulgou Nota Ofi-ciai, ontem, chamando de le-vianos e irresponsáveis os poli-ciais da 4S DP que estãoacusando militares do 5o BPMde terem participado de umroubo na loja da Tele-Rio, naRua Uruguaiana, e pedem aoSecretário de Polícia Civil pro-vidências para identificar osresponsáveis pelas acusaçõesindevidas, "pois assacaramacusações com o claro propósito de denegrir a imagem daCorporação"

Na 4a Delegacia Policial.dua-> pessoas foram ouvidas on-tem no inquérito presidido pe-Io Delegado Osmar Peçanhapara apurar o roubo da Tele-Rio e o envolvimento de ele-mentos da Polícia ^lilitar

Supermercado paga

reforma de escola

dentro da favelaNo lugar de pequenas salas cedidas pelos moradores do

morro, as crianças da favela do Cantagalo terão, a partir dedezembro, uma escola comunitária, com capacidade para aten-der 150 alunos de três a seis anos no pré-escolar. Tudo istoporque o prcdio da Fundação Leão XIII, que estava desativadohá sete anos no morro, vai ser recuperado e ampliado com umaverba de CrS 30 milhões doada pela rede de supermercadosZona Sul.

Ontem, o Prefeito Marcelo Alencar, acompanhado daSecretária de Desenvolvimento Social do Município, DilzaTerra, esteve na favela para conhecer o projeto. Segundo DCélia Alencar, que dirige a Obra Social da Cidade do Rio deJaneiro, o empresariado carioca tem sido sensível aos apelospara melhoria das regiões carentes. A mulher do Prefeito citouque nos últimos três meses já foram feitas doações em torno deCrS 150 milhões para recuperação de escolas municipais.

BarracosAtualmente, quatro moradoras da favela são encarregadas

de dar aulas a «H) crianças em salas improvisadas dos própriosbarracos nos morros do Cantagalo c Pavãozinho. São brincadei-ras, exercícios de coordenação motora, jogos e trabalhosmanuais que, a partir de dezembro, serão desenvolvidos naescola comunitária. Com planos de voltar a trabalhai. amoradora Joana D'Are Silvino gostou da idéia e vai inscreverseus três filhos, de três, quatro e seis anos. Agora, ela vai podersair do morro com mais tranqüilidade.

Com a construção da escola comunitária, a Secretaria deDesenvolvimento Social vai fornecer a merenda e uma ajuda decusto para as educadoras da própria favela. Outro prédio daFundação Leão XIII, no Cantagalo, também será transformadoem posto de saúde para os 6 mil moradores. O Subsecretário dePlanejamento do Estado, Teodoro Buarque de Holanda, tam-bém presente na cerimônia — assim como o supervisor dosupermercado, Reinaldo Escudero — anunciou a construção dequadras de esportes polivalentes no Cantagalo e em outras novefavelas cariocas. O investimento é de CrS 184 milhões. Asoutras favelas beneficiadas serão Cruzada São Sebastião. Roci-nha, Nova Pavuna, Anchieta, Indiana, Fazenda Botafogo,Cidade de Deus, Grotão da Penha e Nova Aurora, em Novalguaçu' - • u ' I tSobre a participação dos empresários na obra social iloRio, D Célia Alencar fez questão de afirmar que nos últimostrês meses tem conseguido doações, principalmente do comer-cio e da indústria, para recuperação de escolas do Município.Como exemplo, ela citou a Escola Portugal, na Quinta da BoaVista, cuja obra de recuperação foi orçada em CrS 70 milhões.Atualmente, dois projetos aguardam empresários interessadosem doações. Um deles na Favela Jordão, em Jacarepaguá, paraconstrução de uma creche, e o outro na Escola Leila Barcelos,na Cidade de Deus, que necessita de obras de restauração.

Congresso reúne

favelados hojeDemocracia, transporte, saúde, urbanização e educação

são alguns dos temas a serem discutidos por cerca de 1500delegados da Federação de Associação de Favelas do Rio deJaneiro (FAFERJ), hoje, na ABI. Rua Araújo Porto Alegre,71, Centro, na abertura do IV Congresso de Favelas do Estadodo Rio, com as presenças do Governador Leonel Brizola e doPrefeito Marcelo Alencar.

A FAFERJ, com 455 Associações de Moradores filiadas,também luta pela transformação das favelas em bairros popula-res. título de propriedade da terra e fim do desemprego. Todasas delegações, até 28 de setembro, também no interior doEstado, vão discutir teses que retratem as necessidades maisurgentes de suas comunidades.

No Rio, somente no Centro e Paquetá, segundo levanta-mento do Instituto de Planejamento da Secretaria Municipal dePlanejamento, não há favelas. O número de favelados, deacordo com estatísticas da FAFERJ, é de 2 milhões 500 milincluindo o interior. As favelas foram divididas em nove zonaspartindo da sul, oeste e interior. Os delegados foram escolhidospelo voto direto das comunidades.

A história do Congresso, segundo seu vice-presidente,Jonas Rodrigues da Silva, mineiro da Carangola, há 33 anos noRio, confunde-se com a trajetória dos favelados da RegiãoMetropolitana. A federação surgiu no início dos anos 60 (esteano completa 21 anos), quando foi posta em prática a política deremoção no Governo Carlos Lacerda. Com a criação daFAFERJ, em 1963, conseguiram impedir as remoções, depoisda união das favelas do Borel. Catumbi, Coroa, Barreira doVasco e outras. A partir daí, com a própria organização dascomunidades, foram nascendo os congressos. O primeiro em1965; o segundo, em 1968; o terceiro em 1975.

Todas as teses defendidas e aprovadas em assembléia noIV Congresso serão enviadas para o Governador do Estado, àPrefeitura Municipal, ao Congresso Nacional e à Presidência daRepública.

Tribunal decretará

ilegal, hoje, greve

dos serventuáriosO Órgão Especial do Tribunal de Justiça, integrado por 25

desembargadores, reunir-se-à hoje, a portas fechadas, paradecretar a ilegalidade da greve dos serventuários do PoderJudiciário, paralisados há quatro dias. com um prejuízo de CrS 4bilhões para o Estado. Nessa reunião, algum desembargadorpoderá pedir intervenção federal, pois esse é o órgão competen-te para encaminhar o pedido ao Supremo Tribunal Federal.

O prejuízo jurídico decorrente da greve na Justiça éincalculável. A Corregedoria Geral não tem ainda dados parasaber quantos julgamentos, audiências e processos ficaramparalisados. Mas as conseqüências podem ser desastrosas: porlei, os réus presos em flagrante nesse período terão de serdenunciados no prazo de cinco dias e, se isto não acontecer,estarão sofrendo constrangimento ilegal, o que significa quepoderão receber o benefício de habeas corpus.

Advogados atentosEm relação a esse prazo de oferecimento de denúncia, de

recebimento de petições e de habeas corpus, a OAB-RJ estáatenta "e tomará todas as medidas necessárias para evitarprejuízos aos advogados", afirmou ontem o presidente doConselho Seccional da OAB, Hélio Sabóia.

Em frente ao Palácio da Justiça, o quadro de serventuáriosconcentrados se repetiu. E todos eles garantiam que, enquantoo Governador Leonel Brizola não encaminhar à AssembléiaLegislativa o anteprojeto de lei referente ao aumento salarial daclasse, "a paralisação continuará, a não ser que surja umaproposta concreta, a nível de Governo".

Dentro do Palácio, a situação também foi a mesma. Juizesdespachando, mas impedidos de realizar qualquer audiênciaporque os cartórios estavam completamente vazios e com todasas máquinas de escrever cobertas por capas de plástico. Peloscorredores, só eram encontrados os policiais que protegem oscartórios para impedir que qualquer processo suma de algumavara.

ApeloO Secretário de Governo, Cibílis Viana, formulou ontem

novo apelo aos serventuários da Justiça para que interrompam agreve e retomem as negociações com o Governo, "em clima dediálogo e entendimento'. Cibílis Viana prometeu ainda umaentrevista do Governador Leonel Brizola com a liderança dacategoria, tão logo a greve seja suspensa.

Um dos líderes dos serventuários, o presidente da Uniãodos Serventuários da Justiça do Estado do Rio de Janeiro —USERJ, Francisco Monteiro, informou, ao final da reunião,que o pedido de Cibílis Viana será levado à categoria emassembléia que se realizará hoje de manhã.

O Secretário Estadual da Justiça e do Interior, VivaldoBarbosa, afirmou ontem que a reivindicação salarial dos serven-tuários da Justiça é impossível de ser atendida devido ao seuvolume. Segundo ele, os serventuários desejavam um aumentoglobal da ordem de 336% e, após as negociações, o reduzirampara 257%. Para Vivaldo Barbosa, no entanto, esse percentualainda é "absurdo" se comparado ao que foi concedido a outrascategorias.

Após várias horas de reunião com o Procurador Geral doEstado. Eduardo Seabra Fagundes, e com o Procurador Geralda Justiça, Antonio Carlos Biscaia, o Secretário da Justiçainformou que a situação permanecia inalterada: o Governoainda não tem uma contraproposta para apresentar aos serven-tuários e as negociações só serão retomadas com a volta aotrabalho.

Medidas de emergênciaO Corregedor de Polícia do Estado, Delegado José

Nicanor de Almeida, após entendimentos com o Corregedor deJustiça, Desembargador DécioCretton, determinou ontem umasérie de medidas administrativas de emergência no âmbitopolicial, em face da greve dos serventuários. Durante a paraiisa-ção dos funcionários da Justiça, as comunicações de prisão emflagrante deverão ser entregues no prazo legal entre I3h e16h30m, na sala 109 do Corredor B do Io andar.

O mesmo procedimento será adotado para a entrega deinquéritos e processos com indiciados presos. Mas, nos casos emque os acusados estiverem em liberdade, os inquéritos eprocessos deverão ficar na delegacia aguardando uma solução.

BrizolaO projeto que altera a concessão dos cartórios partícula-

res, em estudos desde o ano passado, é um dos motivos quecontribuiu para a deflagração da greve dos serventuários daJustiça, segundo admitiu ontem o Governador Leonel Brizola."Podem existir outras influências, que ao longo do meuGoverno têm procurado criar dificuldades", acrescentou.

Na opinião do Governador, os donos dos cartórios ganhammuito e têm a concessão de áreas extensas, "que precisam serdivididas para prestar melhores serviços à população. Senão ocartório, ao invés de serviço público, se transforma em umaespécie de loteria, ainda mais por não ser provido por concursopúblico", disse.

TEMPOSatélite NOAA-7 — INPE (Cachoeira Paulista, SP) — (30/8/84),

AVISOS RELIGIOSOS

PROF. ARMANDO I0SE SAMPAIO DE SODZA(MISSA DE 7° DIA)

t

Sua família agradece as manifestações de pesarrecebidas por ocasião do seu falecimento e convidapara a Missa a ser celebrada sábado, dia 1, às 11.30horas, na Matriz Sagrados Corações, à Rua Conde deBonfim n° 474.

MARIA DOS SANTOS

TRIGUEIROS

(MISSA DE 7o DIA)

A Diretoria da VARIG e da CRU-ZEIRO convida para Missa de 7oDia erp

' ,cnção da alma da Sra.

MARIA DOS SANTOS TRIGUEI-ROS, mãe de seu Diretor OswaldoCândido Trigueiros Jr., que será ce-lebrada às 10h30min de hoje naIgreja Santa Cruz dos Militares, àRua 1o de Março, 36.

t

ADALBERTO ALVES DE LIMA

(7o DIA)Roza Maria, Adalberto Filho, Magna, Raphael eLeonardo agradecem consternados as mani-festações de pesar recebidas por ocasião dofalecimento e convidam para a Missa de 7° Dia

que será celebrada no sábado, dia 1 de Setembro, às10:30 horas, na Igreja de Santa Rita de Cássia. RuaVisconde de Inhaúma, 117.

t

DR. JOSÉ LACERDA GUIMARAES

t

(MISSA DE 7o DIA)Esposa, filhos e netos convidam para aMissa de 7° Dia a realizar-se sábado, 1o desetembro, às 17 horas na Paróquia daRessurreição. Rua Francisco Otaviano 99.

LUIZ PHSLIPPE

DE ARAÚJO PENNA(FALECIMENTO)

tERMELINDA,

MARIA de LOURDES, TANIA e LUIZCELSO. Irmãos. Sobrinhos e Cunhados comunicam ofalecimento de seu querido Espcso. Pai, Socro, Irmão.Tio e Cunhado e convidam para o sepuitamento hoie Dia31, as 10 00 horas saindo o Féretro da Capela Real

Grandeza n° 9 para o Cemitério São João Batista.

GEORGETTE MONTEIROMISSA DE 1° DIA

tA

família de GEORGETTE MONTEI-RO, muito consternada, comunica oseu falecimento e convida os paren-tes e amigos para a Missa de 7o Dia

que será celebrada em sufrágio de suaalma, domingo, dia 02/09/84, às 10:30horas, na Igreja de São José, na Lagoa.

GUNTHER GEORGE ROESSLER

t

poso

Maria Roessler, Lúcia Del Santo Roessler,Walter Roessler e família agradecem asmanifestações de carinho recebidas porocasião do passamento do seu filho, es-e irmão, e convidam para a Missa de 7o

Dia a ser celebrada amanhã, sábado, dia 1o, às 9h, na Catedral de São João — Niterói

ORLANDO AMENDOLA

DE ÂNGELO

f

Frente fria se dissipa no litoral da Bahia, enquanto a massa de ar polar na retaguarda afasta dacosta Sul do País, rumo Leste. Nova frente fria se formou na Argentina e se aproxima da BahiaBlanca, deslocando-se lentamente para Nordeste.

Sua família sensibilizada agradeceos sentimentos de pesar e convidapara assistirem a Missa de 7o Dia arealizar-se amanhã, dia 1/09/84 às

09:00 horas na Igreja da Candelária Av.Pres. Vargas.

No RioTempo nublado, ocasionalmente encoberto, ainda sujeito achuvas esparsas. Temperatura estável. Visibilidade reduzi-da a moderada. Ventos: Quadrantc Norte, rondando paraSul-Sudeste, fracos a moderados. Máxima: 25.1. cm Dangu;mínima: 14.1. em Realengo.A* Chuva*— Precipitação em mm nas últimas 24 horas: *..2.Acumulada este mês: 43.4 Norma! mensal: 43.0. Acumu-lada este ano: 305.1. Normal Anual: 1 075.8.O Sol — Nascerá âs 06h30min c o Ocaso será às 17h42min.O Mar no Rio de Janeiro — Preamar: Ü5h21min/1.2m c17 h 16min/0.6rn. Baixamar. 12hl7min/0.6m e::h05min/0.6m. Em C«bo Frio — Preamar: 05hllmin/1.2me 17h09min/0.9m. Baixamar: 12hl4min/0.4m e23h56min'0.4m. Em Angra dos Reis — Preamar:00h!8min/0.5m e 12h5ümin/t).4m. Baixamar-.04il03min/1.3m c 16h2llmin/l.lm.O Salvamar informa que o mar está calmo, com águas a 19graus, correndo de Sul para Leste.A Lua

11 DECrescente Cheia Minguante2/0 10 I8'9NovaAte I'

Nos EstadosAmazonas: Nub. d chuvas no Nordeste do Estado; demaisregs. pte. nub. a nub. Temp.: estável. Máx.. 28.1; min.. 21;Acre Ptr. nub. a nub. Temp.: estável; Roraima: Nub. dchovas. Temp.: estivei. Má*., 30.3; min.. 23; PM*: Nub. dchuvas no Norte do Estado; demais regs. pte. nub. a nub.Temp.: estável. Máx., 31.8; min.. 21.2: Amapí: Nub. dchuvas. Temp.: estável. Máx.. 32; min-, 24; Maranhão. Pte.nub. a nub. d chuvas isol. no Sul do Estado; demais regs.pte. nub. a nub. Temp.: estável. Máx., 30.1; mfn., 23.6;Piauí: Pte. nub. a nub. d chuvas isol. no Sul do Estado;demais regs. pte. nub. a nub. Temp.: estável. Máx., 24;min., 22.2; Ceará: Nub. d chuvas esp. no litoral; demaisregs. pte. nub. a nub. Temp.: estável. Máx., 29; min., 22.9;Rio Gde. do Norte: Nub. d chuvas esp. no litoral do Estado;demais regs. pte. nub. a nub. Temp.: estável. Máx.. 29,min.. 21.5; Pernambuco/Paraíba: Nub. d chuvas esp. no

litoral do Estado; demais regs. pte. nub. a nub. Temp.:estável. Má*., 28; min.. 24.6; Alagoas: Nub. a chuvas esp.no litoral do Estado; demais regs. pte. nub. a nub. Temp.:estável. Min.. 21; Sergipe: Nub. d chuvas esp. no litoral doEitado. demais icgs. pte. nub. a nub. Temp.: estável. Máx.,27.2; min.. 25; Bahia: Nub. d chuvas esp. no Sul e CentroOeste do Estado; demais regs. pte. nub. a nub. Temp.:estável. Má*., 27.2; min.. 22.2; MaUl Grosso do Sul: Pte.nub. a nub. d nvos. ao amanhecer. Temp.: estável. Máx.,27.1; min., 11.9; Mato Grosso: Pte. nub. a nub. d nvos. aoamanhecer. Temp.: estável. Máx., 30.1; min., 14.6;^(yoiâg.Nub. d chuvas isol. Temp.: estável. Min., 17.6; DtetrkoFederal: Nub. a pte. nub. d possib. de chuvas ocs. no finaldo período, nevoeiros ao amanhecer. Temp.: estável. Máx.,23.2; min., 14.!); Minai Gerais: Nub. Oeste ene. soj. achuvas. Temp.: estável. Máx., 22; min., 13; Espírito Santo.Une. d chuvas esp. Temp.: estável. Máx., 20,5; mfn., 16.6;Sâo Paulo: Nub. d chuvas no Norte do Estado; demail rega.pte. nub. a nub. Temp.: estável. Máx., 20.9; min., 12.2;Paraná: Claro a pte. nub. d nvos. esp. ao amanhecer noCentro. Oeste do Estado; demais regs. pte. nub. a nub. dchuviscos isol. Temp.: estável. Máx., 27.4; mín., 8.6; SantaCatarina: Claro a pte. nub. d nvo. ao amanhecer no Oestedo Estado: demais regs. pte. nub. a nob. d chovas isol.Temp.. estável. Máx., 19; min., 13.1; RioGde. do Sul: Pte.nub. a nub d períodos de nub. nvos. esp. ao amanhecer.Temp.: estável, Máx., 2.V5, min., 8.1.

No MundoAmsterdã: 22, claro; Atenas: 29. claro; Barbados: 30,nublado; Beirute: 29. claro, Belgrado: 25. claro; Berlim: 24,nublado. Bogotá: 17. claro; Bruxelar 23. nublado; BuenosAires: 18. claro; Cairo: 32, claro; Caracas: 27, nublado;Chicago: 34, nublado; Copenhague: 21, nublado; Dublin:17. claro; Genebra: 26, claro; Havana: 32, noblado; Helaln-qul: 15, nublado; Hong-Kong: 31, nublado; Hoootulu: 33,claro; Jerusalém: 27, claro; Johanncsburg: 21, claro; Lima:19. nublado; Lisboa: 33. claro; Londres: 23, nublado; LoaAngeles: 32, claro; Madri: 30, claro; Manila: 29, chuvas;México: 24, nublado; Mlaml: 30, nublado; Montevidéu: 18,claro, Montreal: 28. noblado; Moscou: 15. chovas; Nasttu:31, claro; Nova Iorque: 28. claro; Oslo: 21, nublado; Paria:21, nublado; Pequim: 30, claro; Roma: 26, claro; SanFrancisco: 21, nublado; San Juan: 32. claro; Santiago: 26,claro; Estocolmo: 20. nublado; Tóquio: 27. nublado; Toroo-to: 27. nublado; Vancouver: 21, nublado; Viena: 21, nubla-do; Vanóvia: 15, claro.

Niterói diz

fascina até

que sua

os cariocas

fonte

Niterói — A cidade já tem de novo o maiorchafariz do Brasil: fica no Campo de SãoBento, funcionará diariamente das 18h as 22he foi ontem reinaugurado com iluminaçãonova pelo Prefeito Waldenir de Bragança que,emocionado, comentou:"Até casais recém-casados de vários bair-ros do Rio de Janeiro se deslocam a Niteróicom o objetivo de lirar fotos, após o casamen-to. tendo como fundo a beleza do C ampo de

São Bento e seu chafariz", disse o PrefeitoDurante a solenidade de inauguração

Waldenir de Bragança disse que já pediu íCERJ, "em caráter de urgência", a iluminaçãoprovisória do Campo de São Bento, mesmocom postes de madeira, até a companhia deeletricidade fazer o trabalho definitivo emconcreto, "pois como está não pode ficar,trazendo insegurança e perigo a maior área,verde da Zona Sul", disse o prefeito.

NILZA BARROS BARRETO AMARAL

(MISSA DE 7o DIA)

Luiz, Tácito e Fernando, esposas e filhos agradecem asmanifestações de pesar recebidas por ocasião do falecimentode sua querida mãe, sogra e avó, e convidam para a Missa de 7o

Dia que será celebrada segunda-feira, dia 03, às 17,30 horas, naParóquia de São José da Lagoa — Av. Borges de Medeiros.

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t

ROSA MAIUF GEBARA

(MISSA DE 7° DIA)

Marion e Joaquim Affonso Mac Dowell Leite de

Castro e filhos, Mareia Gebara, Maria Regina e

José Antonio Gebara e filhos, Maria Teresa e

Heinrich Grüne e filhas, Neusa Paes Leme Gebara e

filhos, agradecem sensibilizados as manifestações de

dor e pesar recebidas por ocasião do falecimento de

sua adorada mãe, sogra e avó e convidam parentes e

amigos para se unirem em oração na Missa de 7o Dia

a ser celebrada amanhã, dia 1o, as 11 horas, na Igreja

de Santa Mônica, no Leblon.

ROSA MALUF GEBARA

(AAISSA DE 7o DIA)

tMentaha

Maluf, Angela e João Monteiro de

Carvalho, Luiz Felipe Gebara, Diana e Wadi Geba-

ra Netto e filhos, Lúcia e Carlos Antonio Gebara e

filhos, Maria Angela e Elias Abifadel e filhos, Maria

Lepoldina Maluf e filhos convidam parentes e amigos

para a Missa de 7° Dia de sua muito amada e

pranteada filha, irmã, tia e cunhada ROSA, que será

celebrada no sábado, dia 1o de setembro, às 11 horas,

na Igreja de Santa Mônica, Rua José Linhares, no

Leblon.

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14 ? Io caderno ? sexta-feira, 31/8/84 ? 2° Clichê

Obituário

Rio de JaneiroRaphael Lima dos Santos,

34, de insuficiência cardíaca,na Casa de Saúde Santa Maria.Carioca, contador, solteiro,morava em Botafogo.

Jurema Mendes de Oliveira,38, de parada respiratória, noHospital da Santa Casa. Cario-ca, solteira, tinha uma filha:Luiza. morava na Penha.

Fernando Pinheiro de Azeve-do, 51, de enfisema pulmonar,no hospital da Lagoa. Carioca,comerciante, desquitado, tinhatrês filhos: Jair, Helena e Ri-cardo, morava em Botafogo.

Sérgio Palhares Viana, 56,de insuficiência cardíaca, noHospital do Andaraí. Mineirocasado com Marlene SampaioViana, tinha dois filhos: LuizCarlos e Roberto, morava emVila Isabel.

Antonio Maria de Carvalho,59, de câncer, no Hospital dosItalianos. Português, comer-ciante, casado com Nadia Cor-reia de Carvalho, tinha trêsfilhos e dois netos, morava noRio Comprido.

Maurício Barcellos da Silvei-ra, 62, de acidente vascularcerebral, na Casa de Saúde SãoSebastião. Carioca, industrial,casado com Gilda Nogueira daSilveira, tinha um filho: Fran-cisco Carlos e três netos, mora-va no Cosme Velho.

José Paulo Loureiro da Ro-cha, 67, de ataque cardíaco, emcasa no Méier. Capixaba; in-dustriário aposentado, viúvode Maria José Matos da Rocha,tinha dois filhos: Jorge e Emi-lia, sete netos.

Virgínia Monteiro de Souza,74, de edema pulmonar, noHospital Cardoso Fontes. Mi-neira, viúva de Valter Coelhode Souza, tinha dois filhos: Fe-lipe e Alonso, quatro netos,morava em Jacarepaguá.

Teresa Cardoso dos Santos,82, de broncopneumonia, noHospital Evangélico. Carioca,viúva de Joaquim Bastos dosSantos, tinha seis filhos, netose bisnetos, morava no Grajaú.

Rui Alves Campello, 79, dearteriosclerose, em sua casa emSanta Teresa. Pintor e restau-rador de quadros, fez váriasexposições no Rio e recebeuvários prêmios. Amigo de Pas-coal . Carlos Magno, HenriqueCavalhieor, Teruz e Portinari.Casado com Ruth Graeff Cam-pello, tinha um filho, Mauro, eas netas Laura Augusta e LuísaAugusta Pinheiro GrandeCampello.

Antonio Bruschi, 68, de in-farto, durante viagem em aviãoda Alitália que pousou no Ga-leão. O médico argentino AldoSchiuma, que estava entre ospassageiros, tentou prestar so-corro mas nada pôde fazer,pois o infarto "foi muito vio-lento". Antonio Bruschi, natu-ral de Rapallo, Itália, viajavaem companhia da mulher, An-drea, e da filha Anna. Embar-caram em Roma e dirigiam-se aSantiago, onde a família re-sidia.

EstadosMarcelo Eustaquio Soares de

Lima, 36, de edema pulmonar,em Belo Horizonte. Engenhei-ro civil, trabalhava na Direto-ria de Projetos do Departa-mento de Estradas de Roda-gem de Minas. Casado comMaria Helena de Oliveira Li-ma, tinha três filhos: MarceloEustaquio, Adriano César eRodrigo Magno.

Marcelino Ribeiro, 75, de in-suficiência renal, no HospitalLazzarottó, de Porto Alegre.Uruguaio, industriário aposen-

1* tado, casado com Margarida5* Ribeiro, tinha cinco filhos

(Ademir, Derli, Hermes, Nersi•jZ e Gelsemir), oito netos e um< bisneto.% . Edina Lima dc Oliveira, 37,I> de insuficiência hepática, em*? São Paulo. Casada com Ade-JJw mar Paulo de Oliveira, tinha

filhos.jjj Manoel Rosa. 41, de edema«t de pulmão, em São Paulo. Ca-

sado com Elvira Vieira Cortes|» Rosa, tinha filhos.

João Pereira Júnior, 58, dechoque cardiogênico, em SãoPaulo. Casado com Maria Eu-genia Pereira, tinha filhos,

ig Henrique Coelho de Aguiar,69, de insuficiência respirató-ria, em São Paulo. Casado comJovita Rodrigues de Aguiar,tinha a filha Henriqueta.

Clube da

PM defende

soldadosO Clube de Oficiais da Poli-

cia Militar divulgou Nota Ofi-ciai, ontem, chamando de le-vianos e irresponsáveis os poli-ciais da 4a DP que estãoacusando militares do 5o BPMde terem participado de umroubo na loja da Tele-Rio, naRua Uruguaiana, e pedem aoSecretário de Polícia Civil pro-vidências para identificar osresponsáveis pelas acusaçõesindevidas, "pois assacaramacusações com o claro propósi-to de denegrir a imagem daCorporação".

Na 41 Delegacia Policial,duas pessoas foram ouvidas on-tem. no inquérito presidido pe-Io Delegado Osmar Peçanhapara apurar o roubo da Tele-Rio e o envolvimento de ele-mentos da Polícia Militar.

U-.

Supermercado paga

reforma de escola

dentro da favelaNo lugar de pequenas saias cedidas pelos moradores do

morro, as crianças da favela do Cantagalo terão, a partir dedezembro, uma escola comunitária, com capacidade para aten-der 150 alunos de três a seis anos no pré-escolar. Tudo istoporque o prédio da Fundação Leão XIII, que estava desativado #há sete anos no morro, vai ser recuperado e ampliado com umaverba dc Cr$ 30 milhões doada pela rede de supermercadosZona Sul.

Ontem, o Prefeito Marcelo Alencar, acompanhado daSecretária de Desenvolvimento Social do Município, DilzaTerra, esteve na favela para conhecer o projeto. Segundo DCélia Alencar, que dirige a Obra Social da Cidade do Rio deJaneiro, o empresariado carioca tem sido sensível aos apelospara melhoria das regiões carentes. A mulher do Prefeito citouque nos últimos três meses já foram feitas doações em torno deCr$ 150 milhões para recuperação de escolas municipais.

BarracosAtualmente, quatro moradoras da favela são encarregadas

de dar aulas a 90 crianças em salas improvisadas dos própriosbarracos nos morros do Cantagalo e Pavãozinho. São brincadei-ras, exercícios de coordenação motora, jogos e trabalhosmanuais que, a partir de dezembro, serão desenvolvidos naescola comunitária. Com planos de voltar a trabalhar, amoradora Joana D'Are Silvino gostou da idéia e vai inscreverseus três filhos, de três, quatro e seis anos. Agora, ela vai podersair do morro com mais tranqüilidade.

Com a construção da escola comunitária, a Secretaria deDesenvolvimento Social vai fornecer a merenda e uma ajuda decusto para as educadoras da própria favela. Outro prédio daFundação Leão XIII, no Cantagalo, também será transformadoem posto de saúde para os 6 mil moradores. O Subsecretário dePlanejamento do Estado, Teodoro Buarque de Holanda, tam-bém presente na cerimônia — assim como o supervisor dosupermercado, Reinaldo Escudero — anunciou a construção dequadras de esportes polivalentes no Cantagalo e em outras novefavelas cariocas. O investimento é de Cr$ 184 milhões. Asoutras favelas beneficiadas serão Cruzada São Sebastião, Roci-nha, Nova Pavuna, Anchieta, Indiana, Fazenda Botafogo,Cidade de Deus, Grotão da Penha e Nova Aurora, em NovaIguaçu.

Sobre a participação dos empresários na obra social doRio, D Célia Alencar fez questão de afirmar que nos últimostrês meses tem conseguido doações, principalmente do comér-cio e da indústria, para recuperação de escolas do Município.Como exemplo, ela citou a Escola Portugal, na Quinta da BoaVista, cuja obra de recuperação foi orçada em Cr$ 70 milhões.Atualmente, dois projetos aguardam empresários interessadosem doações. Um deles na Favela Jordão, em Jacarepaguá, paraconstrução de uma creche, e o outro na Escola Leila Barcelos,na Cidade de Deus, que necessita de obras de restauração.

Congresso reúne

favelados hojeDemocracia, transporte, saúde, urbanização e educação

são alguns dos temas a serem discutidos por cerca de 1500delegados da Federação de Associação de Favelas do Rio deJaneiro (FAFERJ), hoje, na ABI, Rua Araújo Porto Alegre,71, Centro, na abertura do IV Congresso de Favelas do Estadodo Rio, com as presenças do Governador Leonel Brizola e doPrefeito Marcelo Alencar.

A FAFERJ, com 455 Associações de Moradores filiadas,também luta pela transformação das favelas em bairros popula-res, título de propriedade da terra e fim do desemprego. Todasas delegações, até 28 de setembro, também no interior doEstado, vão discutir teses que retratem as necessidades maisurgentes de suas comunidades.

No Rio, somente no Centro e Paquetá, segundo levanta-mento do Instituto de Planejamento da Secretaria Municipal dePlanejamento, não há favelas. O número de favelados, deacordo com estatísticas da FAFERJ, é de 2 milhões 500 milincluindo o interior. As favelas foram divididas em nove zonaspartindo da sul, oeste e interior. Os delegados foram escolhidospelo voto direto das comunidades.

A história do Congresso, segundo seu vice-presidente,Jonas Rodrigues da Silva, mineiro da Carangola, há 33 anos noRio, confunde-se com a trajetória dos favelados da RegiãoMetropolitana. A federação surgiu no início dos anos 60 (esteano completa 21 anos), quando foi posta em prática a política deremoção no Governo Carlos Lacerda. Com a criação daFAFERJ, em 1963, conseguiram impedir as remoções, depoisda união das favelas do Borel, Catumbi, Coroa, Barreira doVasco c outras. A partir daí, com a própria organização dascomunidades, foram nascendo os congressos. O primeiro em1965; o segundo, em 1968; o terceiro em 1975.

Todas as teses defendidas e aprovadas em assembléia noIV Congresso serão enviadas para o Governador do Estado, àPrefeitura Municipal, ao Congresso Nacional e à Presidência daRepública.

Tribunal decretará TEMPO

ilegal, hoje, greve

dos serventuáriosO Órgão Especial do Tribunal de Justiça, integrado por 25

desembargadores, reunir-se-à hoje, a portas fechadas, paradecretar a ilegalidade da greve dos serventuários do PoderJudiciário, paralisados há quatro dias, com um prejuízo de CrS 4bilhões para o Estado. Nessa reunião, algum desembargadorpoderá pedir intervenção federal, pois esse é o órgão competen-te para encaminhar o pedido ao Supremo Tribunal Federal.

O prejuízo jurídico decorrente da greve na Justiça éincalculável. A Corregedoria Geral não tem ainda dados parasaber quantos julgamentos, audiências e processos ficaramparalisados. Mas as conseqüências podem ser desastrosas: porlei, os réus presos em flagrante nesse, período terão de serdenunciados no prazo de cinco dias e, se isto não acontecer,estarão sofrendo constrangimento ilegal, o que significa quepoderão receber o benefício de habeas corpus.

Advogados atentosEm relação a esse prazo de oferecimento de denúncia, de

recebimento de petições e de habeas corpus, a OAB-RJ estáatenta "e tomará todas as medidas necessárias para evitarprejuízos aos advogados", afirmou ontem o presidente doConselho Seccional da OAB, Hélio Sabóia.

Em frente ao Palácio da Justiça, o quadro de serventuáriosconcentrados se repetiu. E todos eles garantiam que, enquantoo Governador Leonel Brizola não encaminhar à AssembléiaLegislativa o anteprojeto de lei referente ao aumento salarial daclasse, "a paralisação continuará, a não ser que surja umaproposta concreta, a nível de Governo".

Dentro do Palácio, a situação também foi a mesma. Juizesdespachando, mas impedidos de realizar qualquer audiênciaporque os cartórios estavam completamente vazios e com todasas máquinas de escrever cobertas por capas de plástico. Peloscorredores, só eram encontrados os policiais que protegem oscartórios para impedir que qualquer processo suma dc algumavara.

ApeloO Secretário de Governo, Cibílis Viana, formulou ontem

novo apelo aos serventuários da Justiça para que interrompam agreve e retomem as negociações com o Governo, "em clima dediálogo e entendimento". Cibílis Viana prometeu ainda umaentrevista do Governador Leonel Brizola com a liderança dacategoria, tão logo a greve seja suspensa.

Um dos líderes dos serventuários, o presidente da Uniãodos Serventuários da Justiça do Estado do Rio de Janeiro —USER), Francisco Monteiro, informou, ao final da reunião,que o pedido de Cibílis Viana será levado à categoria emassembléia que se realizará hoje de manhã.

O Secretário Estadual da Justiça e do Interior, VivaldoBarbosa, afirmou ontem que a reivindicação salarial dos serven-tuários da Justiça é impossível de ser atendida devido ao seuvolume. Segundo ele, os serventuários desejavam um aumentoglobal da ordem de 336% e, após as negociações, o reduzirampara 257%. Para Vivaldo Barbosa, no entanto, esse percentualainda é "absurdo" se comparado ao que foi concedido a outrascategorias.

Após várias horas de reunião com o Procurador Geral doEstado, Eduardo Seabra Fagundes, e com o Procurador Geralda Justiça, Antonio Carlos Biscaia, o Secretário da Justiçainformou que a situação permanecia inalterada: o Governoainda não tem uma contraproposta para apresentar aos serven-tuários e as negociações só serão retomadas com a volta aotrabalho.

Medidas de emergênciaO Corregedor de Polícia do Estado, Delegado José

Nicanor de Almeida, após entendimentos com o Corregedor deJustiça, Desembargador Décio Cretton, determinou ontem umasérie de medidas administrativas de emergência no âmbitopolicial, em face da greve dos serventuários. Durante a paraiisa-ção dos funcionários da Justiça, as comunicações de prisão emflagrante deverão ser entregues no prazo legal entre 13h e16h30m, na sala 109 do Corredor B do Io andar.

O mesmo procedimento será adotado para a entrega deinquéritos e processos com indiciados presos. Mas, nos casos emque os acusados estiverem em liberdade, os inquéritos eprocessos deverão ficar na delegacia aguardando uma solução.

BrizolaO projeto que altera a concessão dos cartórios partícula-

res, em estudos desde o ano passado, é um dos motivos quecontribuiu para a deflagração da greve dos serventuários daJustiça, segundo admitiu ontem o Governador Leonel Brizola."Podem existir outras influências, que ao longo do meuGoverno têm procurado criar dificuldades", acrescentou.

Na opinião do Governador, os donos dos cartórios ganhammuito e têm a concessão de áreas extensas, "que precisam serdivididas para prestar melhores serviços à população. Senão ocartório, ao invés de serviço público, se transforma em umaespécie de loteria, ainda mais por não ser provido por concursopúblico", disse.

Satélite NOAA-7 — INPE (Cachoeira Paulista, SP) — (30/8/84) !

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Frente fria se dissipa no litoral da Bahia, enquanto a massa de ar polar na retaguarda afasta dacosta Sul do País, rumo Leste. Nova frente fria se formou na Argentina e se aproxima da BahiaBlanca, deslocando-se lentamente para Nordeste.

No RioTempo nublado, ocasionalmente encoberto, ainda sujeito achuvas esparsas. Temperatura estável. Visibilidade reduzi-da a moderada. Ventos: Quadrnnte Norte, rondando paraSul-Sudeste, fracos a moderados. Máxima: 25.1, em Bangu;mínima: 14.1, em Realengo.As Chuvas — Precipitação em mm nas últimas 24 horas: 2.2.Acumulada este mês: 43.4 Normal mensal: 43.0. Acumu-lada este ano: 305.1. Normal Anual: 1 075.8.O Sol — Nascerá às 06h30min e o Ocaso será às 17h42min.O Mar no Rio de Janeiro — Preamar: 05h2! min/1.2m e17hl6min/0.6m. Baixamar: 12h 17min/0.6m e22h05min/0.6m. Em Cabo Frio — Preamar: 05hl lmin/1 2me 17h09min/0.9m. Baixamar: 12hl4min/0.4m e23h56min/0.4m. Em Angra do» Reis — Preamar:OOh 18min/0.5m e 12h50min/0.4m. Baixamar:04h03min/1.3m e 16h20min/l.lm.O Salvamar informa que o mar está calmo, com águas a 19graus, correndo de Sul para Leste.A Lua

¦uaoNova Crescente Chel» MinguanteAté 1/9 2/9 10/9 18/9

Nos EstadosAmazonas: Nub. d chuvas no Nordeste do Estado; demaisregs. pte. nub. a nub. Temp.: estável. Máx., 28.1; min., 21;Acre: Pte. nub. a nub. Temp.: estável; Roraima: Nub. dchuvas. Temp.: estável. Máx., 30.3; min., 23; Pará: Nub. dchuvas no Norte do Estado; demais regs. pte. nub. a nub.Temp.: estável. Máx., 31.8; min., 21.2; Amapá: Nub. dchuvas. Temp.: estável. Máx., 32; min., 24; MaranhJto: Pte.nub. a nub. d chuvas isol. no Sul do Estado; demais regs.pte. nub. a nub. Temp.: estável. Máx., 30.1; min., 23.6;Piauf: Pte. nub. a nub. d chuvas isol. no Sul do Estado;demais regs. pte. nub. a nub. Temp.: estável. Máx., 24;min., 22.2; Ceará: Nub. d chuvas esp. no litoral; demaisregs. pte. nub. a nub. Temp.: estável. Máx., 29; min., 22.9;Rio Gde. do Norte: Nub. d chuvas esp. no litoral do Estado;demais regs. pte. nub. a nub. Temp.: estável. Máx., 29;min., 21.5; Pernambuco/Paraíba: Nub. d chuvas esp. no

litoral do Estado; demais regs. pte. nub. a nub. Temp.:estável. Máx., 28; min., 24.6; Alagoas: Nub. d chuvas esp.no litoral do Estado; demais regs. pte. nub. a nub. Temp.:estável. Min., 21; Sergipe: Nub. d chuvas esp. no litoral doEstado; demais regs. pte. nub. a nub. Temp.: estável. Máx.,27.2; min., 25; Babia: Nub. d chuvas esp. no Sul e CentroOeste do Estado; demais regs. pte. nub. a nub. Temp.:estável. Máx., 27.2; min., 22.2; Mato Grotwo do Sul: Pte.nub. a nub. d nvos. ao amanhecer. Temp.: estável. Máx.,27.1; min., 11.9; Mato Grosso: Pte. nub. a nub. d nvos. aoamanhecer. Temp.: estável. Máx., 30.1; min., 14.6; GoUs:Nub. d chuvas isol. Temp.: estável. Min., 17.6; DistritoFederai: Nub. a pte. nub. d possib. de chuvas ocs. no finaldo período, nevoeirosáoamanhecer. Temp.: estável. Máx.,23.2; min , 14.9; Minas Gerais: Nub. Oeste ene. suj. achuvas. Temp.: estável. Máx., 22; min., 13; Espirito Santo:Ene. d chuvas esp. Temp.: estável. Máx., 20.5; min., 16.6;SAo Paulo: Nub. d chuvas no Norte do Estado; demais regs.pte. nub. a nub. Temp.: estável. Máx., 20.9; min., 12.2;Paraná: Claro a pte. nub. d nvos. esp. ao amanhecer noCentro. Oeste do Estado; demais regs. pte. nub. a nub. dchuviscos isol. Temp.: estável. Máx., 27.4; min., 8.6; SantaCatarina: Claro a pte. nub. d nvo. ao amanhecer no Oestedo Estado; demais regs. pte. nub. a nub. d chuvas isol.Temp.: estável. Máx., 19; min., 13.1; Rio Gde. do Sul: Pte.nub. a nub. d períodos de nub. nvos. esp. ao amanhecer.Temp.: estável. Máx., 23.5; min., 8.1.

No MundoAmsterdá: 22, claro; Atenas: 29, claro; Barbados: 30,nublado; Beirute: 29, claro; Belgrado: 25, claro; Berlim: 24,nublado; Bogotá: 17, claro; Bruxelas: 23, nublado; BuenosAires: 18, claro; Cairo: 32, claro; Caracas: 27, nublado;Chicago: 34, nublado; Copeobague: 21, nublado; Dublin:17, claro; Genebra: 26, claro; Havana: 32, nublado; Helsin-qul: 15. nublado; Hong-Kong: 31, nublado; Honolulu: 33,claro; Jerusalém: 27. claro; Johannesburg: 21, claro; Uma:19, nublado; Lisboa: 33, claro; Londres: 23, nublado; LosAngeles: 32, claro; Madri: 30, claro; Manila: 29, chuvas;México: 24, nublado; Miaml: 30, nublado; Montevidéu: 18,claro; Montreal: 28, nublado; Moscou: 15, chuvas; Nassau:31, claro; Nova Iorque: 28, claro; Oslo: 21, nublado; Paris:21, nublado; Pgqulm: 30, claro; Roma: 26, claro; SanFrancisco: 21, nublado; San Juan: 32, claro; Santiago: 26,claro; Estocolmo: 20, nublado; Tóquio: 27, nublado; Toron-to: 27, nublado; Vancouver: 21, nublado; Viena: 21, nubla-do; Varsóvia: 25, claro.

Ministério acha produto agrícola

do Rio adequado ao consumo

Amostras colhidas nas áreas rurais produto-ras. assim como nos mercados e feiras do Estadodo Rio, e encaminhadas para análise pela Fun-dação Oswaldo Cruz, mostraram que os produ-tos agrícolas estão dentro dos padrões estabele-cidos pela legislação e que podem ser consumi-dos sem perigo, informa o Ministério da Agri-cultura.

O delegado federal de agricultura, Fernan-do Lavaquial, determinou ao corpo técnico doMinistério da Agricultura o acompanhamento

laboratorial das análises de resíduos tóxicosdeixados nos hortigranjeiros destinados ao con-sumo pela população carioca e fluminense. Ainformação é do Ministério da Agricultura.

De acordo com as informações do Ministé-rio da Agricultura, as análises são feitas "poraparelhos de altíssima precisão, sob rigorosavigilância de pessoal altamente habilitado eexperimentado do Instituto Oswaldo Cruz(Manguinhos) não deixando dúvidas sobre aqualidade dos produtos."

AVISOS RELIGIOSOS

PROF. ARMANDO JOSE SAMPAIO DE SOUZA

t

(MISSA DE T DIA)Sua família agradece as manifestações de pesarrecebidas por ocasião do seu falecimento e convidapara a Missa a ser celebrada sábado, dia 1, às 11.30noras, na Matriz Sagrados Corações, à Rua Conde deBonfim n° 474.

MARIA DOS SANTOS

TRIGUEIROS(MISSA DE 7o DIA)

tA

Diretoria da VARIG e da CRU-ZEIRO convida para Missa de 7oDia em intenção da alma da Sra.

MARIA DOS SANTOS TRIGUEI-ROS, mãe de seu Diretor OswaldoCândido Trigueiros Jr., que será ce-lebrada às 10h30min de hoje naIgreja Santa Cruz dos Militares, àRua 1o de Março, 36.

ADALBERTO ALVES DE LIMA(7o DIA)

tRoza

Maria, Adalberto Filho, Magna, Raphael eLeonardo agradecem consternados as mani-festaçóes de pesar recebidas por ocasião dofalecimento e convidam para a Missa de 1° Dia

que será celebrada no sábado, dia 1 de Setembro, às10:30 horas, na Igreja de Santa Rita de Cássia, RuaVisconde de Inhaúma, 117.

NILZA BARROS BARRETO AMARAL

(MISSA DE 7° DIA)

tLuiz,

Tácito e Fernando, esposas e filhos agradecem asmanifestações de pesar recebidas por ocasião do falecimentode sua querida mãe, sogra e avó, e convidam para a Missa de 7o

Dia que será celebrada segunda-feira, dia 03, às 17,30 horas, naParóquia de São José da Lagoa — Av. Borges de Medeiros.

DR. JOSE LACERDA GUIMARÃES

t

(MISSA DE 7° DIA)Esposa, filhos e netos convidam para aMissa de 7o Dia a realizar-se sábado, 1° desetembro, às 17 horas na Paróquia daRessurreição. Rua Francisco Otaviano 99.

LUIZ PHILIPPE

DE ARAÚJO PENNA(FALECIMENTO)

tERMELINDA,

MARIA de LOURDES, TANIA e LUIZCELSO. Irmãos. Sobrinhos e Cunhados comunicam ofalecimento de seu querido Esposo, Pai. Sogro, Irmão,Tio e Cunhado e convidam para o sepultamento hoje Dia31. às 10:00 horas saindo o Féretro da Capela RealGrandeza n° 9 para o Cemitério São João Batista.

GEORGETTE MONTEIROMISSA DE 7° DIA

tA

família de GEORGETTE MONTEI-RO, muito consternada, comunica oseu falecimento e convida os paren-tes e amigos para a Missa de 7o Dia

que será celebrada em sufrágio de suaalma, domingo, dia 02/09/84, às 10:30horas, na Igreja de São José, na Lagoa.

ROSA MALUF GE BARA

(MISSA DE 7o DIA)

tMarion

e Joaquim Affonso Mac Dowell Leite deCastro e filhos, Mareia Gebara, Maria Regina eJosé Antonio Gebara e filhos, Maria Teresa e

Heinrich Grüne e filhas, Neusa Paes Leme Gebara efilhos, agradecem sensibilizados as manifestações dedor e pesar recebidas por ocasião do falecimento desua adorada mãe, sogra e avó e convidam parentes eamigos para se unirem em oração na Missa de 7o Diaa ser celebrada amanhã, dia 1o, as 11 horas, na Igrejade Santa Mônica, no Leblon.

GUNTHER GEORGE ROESSLER

t

Maria Roessler, Lúcia Del Santo Roessler,Walter Roessler e família agradecem asmanifestações de carinho recebidas porocasião do passamento do seu filho, es-

poso e irmão, e convidam para a Missa de 7°Dia a ser celebrada amanhã, sábado, dia Io, às 9h, na Catedral de São João — Niterói.

ORLANDO AMENOOLA

DE ÂNGELO

tSua

família sensibilizada agradeceos sentimentos de pesar e convidapara assistirem a Missa de 7o Dia arealizar-se amanhã, dia 1/09/84 às

09:00 horas na Igreja da Candelária Av.Pres. Vargas.

ROSA MALUF GEBARA

(MISSA DE 7° DIA)

tMentaha

Maluf, Angela e João Monteiro deCarvalho, Luiz Felipe Gebara, Diana e Wadi Geba-ra Netto e filhos, Lúcia e Carlos Antonio Gebara e

filhos, Maria Angela e Elias Abifadel e filhos, MariaLepoldina Maluf e filhos convidam parentes e amigos

para a Missa de 7o Dia de sua muito amada e

pranteada filha, irmã, tia e cunhada ROSA, que serácelebrada no sábado, dia 1o de setembro, às 11 horas,na Igreja de Santa Mônica, Rua José Linhares, noLeblon.

JORNAL DO BRASIL jft&ü-UCJIOS & FIMAMÇAS sexta-feira, 31/8/84 ? Io caderno 15

Governo já

estuda mudanças na política

salarial

INFORME ECONOMICO

O crédito à exportação

e os juros de mercado

O presidente em exercício da Febraban, Theó-philo de Azeredo Santos, comentou ontem

que a rede bancária privada ainda não está oferecen-do créditos à exportação e que isto ainda deverátardar algum tempo. Segundo ele, o Governo auto-rizou a transferência da tarefa aos bancos privados,mas não ofereceu alternativas para isto, senão acaptação de recursos no mercado.

Os recursos dos bancos estão comprometi-dos: 50% com o depósito compulsório e o restantecom as linhas de crédito rural, para pequenas emédias empresas, etc., e o percentual que sobra épequeno — afirmou. Segundo ele, a privatização docrédito não é tão fácil assim, porque os bancos terãoque formar os recursos a taxas da ordem de correçãomonetária mais 21% e deverão oferecer este dinhei-ro aos produtores a correção monetária mais 23%,sendo 10% pagos pela União.

Segundo Theóphilo de Azeredo Santos, aindaassim os recursos estarão à disposição (o que nãoacontecia antes, quando o Governo acumulou atra-sos de Cr$ 800 bilhões em créditos autorizados).Mas a tendência é que, cada vez mais, os produtoresprefiram embolsar o adiantamento de contrato deprêmio e bancar com recursos próprios os seusnegócios.

¦Substituição de tecnologia

O Instituto Nacional de Propriedade Industrial assi-nou ontem convênio com a Petrobrás para que as empresasfornecedoras de equipamentos à estatal, sempre quetenham que importar tecnologia para a produção destes,apliquem, em contrapartida, recursos em pesquisa tecnoló-gica.

O convênio, que dá prosseguimento ao Ato Normati-vo 64, do ano passado, é o primeiro passo no processo desubstituir" de importações em tecnologia, e outras em-presas :ais, que compram volumes significativos deequipo tos com tecnologia importada, deverão adotar omesmo procedimento. A mer|:'la irá assegurar uma somaimportante de recursos para t .esenvolvimento de tecno-logia industrial nacional.

¦Não queria falar

A cerimônia de posse da nova diretoria da ANDIMAlevou cerca de 350 empresários do mercado financeiro aoMAM, que aguardaram com paciência os comentários dopresidente do Banco Central, Afonso Pastore, sobre aidéia da desindexação. O titular da ANDIMA, CarlosBrandão, deixou clara a preocupação, mas Pastore espe-rou o finai do almoço para falar, criando certa expectativade que ainda não seria desta vez.

Não queria falar sobre isto ... — começou Pasto-re, que teceu duras críticas à proposta e garantiu que nãoserá adotada no Governo Figueiredo. Segundo ele, "colo-ca em risco a estabilidade da economia" e não poderia serpromovida "impunemente". Numa exposição consideradamuito ortodoxa, afirmou que a fórmula para a retomadado crescimento e controle da inflação é a continuação doprograma de ajuste colocado em prática com maior rigorno controle monetário e maior volume de recursos tributa-rios.

¦Momento oportuno

O Secretário de Fazenda do Rio, César Maia, conver-sou ontem com o diretor da área bancária do BancoCentral, José Luís Miranda, e afirmou que tem o sinalverde para aumentar, até 15%, o rendimento dos títulosestaduais. O Estado, para fazer frente à competitividadedas ORTNs, recomprou seus papéis, para devolvê-los maistarde ao mercado, com maior rendimento.

A questão, agora, é encontrar o momento oportu-no — afirmou. César Maia acredita que ainda não émomento de definições sobre o leilão, uma vez que oBanco Central colocou ORTNs com vencimento em maiode 85, com taxas de 18,5%, e o mercado está na expectati-va de que os títulos com vencimento em julho de 85possam ter rendimento de 22%.

BProjeto 3

O diretor da área externa do Banco Central, JoséCarlos Madeira Serrano, comentava ontem que até agoranão recebeu resposta dos bancos credores do Brasil sobre oaumento dos recursos do Projeto 3, que definiu créditos de10,3 bilhões de dólares para financiamento de importaçõese exportações. Segundo ele, foram destinados 5 bilhões dedólares para cada fim, mas as exportações cresceram alémdo previsto e a exigência dc recursos na mesma proporção,de 25%; quer dizer, 1 bilhão 250 milhões de dólares acimado negociado.

O Governo fez o pedido em 30 de julho último,garantindo que o dinheiro adicional não seria incluído nospacotes de reescalonamento da dívida externa. Mas, atéagora, nada.

Estamos recorrendo a empréstimos externos decurtíssimo prazo — afirmou Serrano.

BLivro de ouro

A Associação Comercial do Rio, que comemora 150anos, começou a recolher contribuições para a organizaçãodos festejos. O "livro de ouro", logo no primeiro dia,recebeu oito assinaturas, cada uma anunciando o aporte deCrS 1 milhão. As três primeiras eram do titular daentidade, o empresário Ruy Barreto: pela Café SolúvelBrasília, Bhering e Barreto Trading. Poucos deixaram denotar isto e um empresário especulou se ele iria contribuirpor todas as suas empresas: "É! Pelas 42".

¦Reagan negociará

O Embaixador dos Estados Unidos no Brasil, DiogoAsencio, confirmou recentemente em Brasília a expectati-va de que o Presidente Ronald Reagan buscará um acordocom o Brasil para regular as vendas de aço. Atualmenteexistem diversas barreiras às importações brasileiras, al-guns processos em julgamento, recomendações da Comis-são de Comércio Internacional de reduzir compras e umprojeto a ser examinado no Congresso propondo o cortedas importações norte-americanas de aço em 15%. Anegociação não deverá evitar problemas no fluxo atual decomércio, mas é sempre uma negociação.

Brasília — Diversas alterações no Decreto-Lei 2065 já estão sendo estudadas pelo Ministé-rio do Planejamento como conseqüência dadecisão do Governo de encontrar uma soluçãopermanente para o sistema habitacional — in-formou ontem o Presidente Figueiredo aoDeputado Hugo Mardini (PDS-RS). Dois asses-sores do Ministro Delfim Neto estão preparandouma nova lei salarial que concede 100% doINPC para todos os trabalhadores — confiden-ciou Delfim a um senador do PDS no início dasemana.

Ontem à tarde, o Deputado Hugo Mardinifoi ao Presidente Figueiredo reclamar uma solu-çáo para os mutuários do BNH. "O Presidentedisse que está decidido a fazer algo de concretopelos mutuários", contou Mardini à saída. "Eleacha que o bônus pode viabilizar o SistemaFinanceiro da Habitação (SFH), mas está en-contrando algumas dificuldades para implanta-lo", continuou.

Saída para o BNHMardini pediu-lhe então a revogação do

Decreto-Lei 2065 como a melhor saída para oSFH. Figueiredo respondeu-lhe que já mandouestudar alterações no 2065 "para acabar comalguns aspectos perniciosos do decreto", contouo Deputado, mas descartou a possibilidade devir a revogá-lo.

Há, porém, urna possibilidade muito remotade o Governo elaborar uma nova lei adotandoimediatamente a livre negociação salarial —segundo disse Delfim Neto ao Senador gover-nista.

O Ministro contou ao seu interlocutor que

mandou estudar alterações na política salarialem conjunto com a questão habitacional e que oGoverno deve tomar uma decisão após sua voltada Europa, na próxima semana. Mas não expli-cou ao Senador se o Governo baixará um pacotesó ou se as questões salarial e habitacional serãotratadas em projetos separados.

Proposta da CNCSão Paulo — O Ministro do Trabalho,

Murilo Macedo, afirmou ontem que, entre asvárias propostas de alteração da legislação s;'i-rial vigente (o Decreto 2 065), "a mais inteligen-te, até agora, é a da Confederação Nacional doComércio, que queima etapas do 2 065, dá oFNPC de 70% para todos e ainda permite a livrenegociação dos 30% restantes".

Creio que a prática vai mostrar que seacabaria tendo um reajuste de 100% do INPCpara todos. Essa alteração na legislação permiti-rá uma melhoria para a classe média, que hojenão recebe os 70% do INPC nos reajustessalariais — destacou o Ministro.

Murilo Macedo considerou que "a lei sala-rial 2 065 é pouco analisada. Falta profundida-de, pois a maioria das pessoas se preocupa comos índices e não com sua estrutura global. Euacho que a estrutura do 2 065 está ultrapassadapela prática".Em razão disto é que o 2 065 deve seralterado. Estamos estudando as diversas suges-tões que nos têm chegado, sejam elas dosempresários ou dos sindicatos de operários. Atéagora, a melhor proposta, na minha opinião, foia da Confederação Nacional do Comércio —observou o Ministro do Trabalho.

Senado altera Decreto-Lei 2 065Brasília — O Senado Federal aprovou on-

tem projeto de lei de Nelson Carneiro (PTB-RJ)revogando 17 artigos da lei salarial (Decreto-lei2 065) e obrigando o reajuste em 100% do INPCpara todas as faixas salariais. O projeto vaiagora à votação na Câmara dos Deputados e senovamente for aprovado ainda precisará dasanção presidencial antes de entrar em vigor.

A proposta de Nelson Carneiro foi aprovadajunto com duas subemendas dos SenadoresOctávio Cardoso (PDS-RS) e Humberto Lucena(PMDB-PB) — líder do PMDB no Senado. Aprimeira subentenda estabelece que a correçãosemestral dos salários será feita mediante nego-ciação entre empregados e empregadores, res-salvada a competência da Justiça do Trabalho, ecom base no fator de variação do INPC.

A segunda subemenda manteve os Artigos37 e 38 da antiga lei, os quais obrigam o PoderExecutivo a publicar mensalmente a variação doINPC e concede ao empregado dispensado semjusta causa direito a uma indenização adicionalequivalente ao valor de seu salário mensal.

Nelson Carneiro pediu a aprovação do seuprojeto alegando que tanto os bóias-frias dointerior de São Paulo, quanto os metalúrgicos doABC, conseguiram reajustes salariais superioresaos fixados na lei. Até ontem, a liderança doPDS vinha sustentando que o reajuste em 100%do INPC deveria ser estabelecido apenas para as10 primeiras faixas salariais. O Partido termi-nou, no entanto, acatando o reajuste para todas.

Redução da prestação

do BNH será maior em

outubro e julho de 85Os bônus que o BNH aplicará sobre as prestações da casa

própria terão percentuais máximos de redução em outubrodeste ano (quando forem instituídos) e em julho de 1985 (paraatenuar o impacto do reajuste para a maior parte dos mutuáriosdo Sistema Financeiro da Habitação — SFH. A explicação foidada ontem pelo presidente do BNH, Nelson da Matta, quedisse que não houve redução no benefício a ser adotado, atravésdos bônus:

— A idéia inicial — explicou — era dar reduções médiasde 15% e 25% para todos os mutuários, até julho de 1985. Coma extensão do prazo de incidência dos bônus até dezembro de1985, houve necessidade de ajustar a mesma massa de recursosprevista para esse período maior, daí a redução anunciada para11% e 19%, em média. Portanto, não houve nenhum rebaixa-mento.

Nelson da Matta anunciou que convocará os dirigentes deempresas de crédito imobiliário para discutirem a nova propos-ta, na quarta-feira. Na segunda-feira, ele receberá os represen-tantes dos mutuários.

Mercado movimentadoSomente a perspectiva de aplicação dos bônus e da

equivalência salarial sobre as prestações da casa própria já estáservindo para reativar as vendas de imóveis, pelo menos no Riode Janeiro: na última semana, segundo informou a Associaçãodos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi),ocorreram casos de prédios onde todas as unidades disponíveisforam inteiramente reservadas.

Hoje, em entrevista, o presidente da Ademi, Luiz Chor,anunciará os números que comprovam essa recuperação, alémde revelar o estoque de imóveis existente, hoje, no Rio.Também no que se refere a imóveis usados, essa recuperaçãotem sido grande: a Ética Empresa Imobiliária, por exemplo,vem sentindo esse mercado em alta há cerca de três meses —fato que é atribuído ao pacote de novas medidas do BNH para osetor —, sendo que essa tendência de crescimento de vendas seacentuou ainda mais este mês.

A Ética Imobiliária, de maio para cá, tem vendido umamédia de 12 unidades habitacionais usadas por mês —ou seja,quase que uma venda de dois em dois dias. Nos primeiros mesesdo ano, as vendas mensais não superavam cinco unidades. Osimóveis mais procurados estão na faixa compreendida entre CrS40 milhões e CrS 50 milhões e boa parte deles tem sidocomprada à vista, sem necessidade de financiamento.

ICM cresce 0,2% mas cai 8% no Rio

Subiu a inflaçáoVariação % em 12 meses 235,5

230,1. 229.7 228,S

220-

200-

180-

160-

197,2

219,3%

217,9

O indice mes a mes

» v\ Jm.B// 13 /\\ /\\

/J 12,3 rf \\ / \ A// 12- II \\ I \\ A\// \\I \\ //V 10 6%// 11 \ \\ // \ 10.3^7152.7/r If \J 11 ll \ \ 10 LS

yj io- II 11 // \\ t2/142V/ I \\ / V)9- If \\ //JT V\ / 8.9 8.9// // 84\V// 8 - \f

|l 7,67~ II6,7MJ J ASONDJ FMAMJ JA

127,2

100 Jun Jul Ago Set Out1983 Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun-1984Jul

—T"Ago

Alta na construção civil

de 27,6% puxa

a inflaçãoA inflação, neste mês de agosto, atingiu

10.6%, tendo ficado acima da do mês de julhoem 0,3%, principalmente devido à elevação doíndice do Custo da Construção, que tem umaparticipação de 10% no índice Geral de Preços(IGP) da Fundação Getúlio Vargas.

Segundo informou ontem a FGV, em agostoa variação do índice do Custo da Construção foide 27,6%, a alta do índice de Preços porAtacado (que tem uma participação no IGP de60%) foi de 9,2% e a do índice do Custo deVida no Rio de Janeiro (participa com 30%) foide 9,9%

Na maioria dos meses, a variação dos preçosda mão-de-obra e dos materiais empregados nosetor da construção civil vai de 5% a 12%, nomáximo. Este mês, assim como ocorreu em

fevereiro deste ano, o índice ultrapassou abarreira dos 20%, devido ao dissídio coletivo nosetor, que ocorre no segundo e no oitavo mesesde cada exercício.

Nos últimos 12 meses, a inflação acumuladaficou em 219,3%, nível superior ao de julho,quando a taxa anual estava em 217,9%. No ano,desde janeiro, a taxa acumulada está em114,3%, contra os 108% do mesmo período, noano passado. No caso do IPA, nos últimos 12meses, a elevação dos preços já chegou a229,8%. O índice do Custo de Vida no Rio deJaneiro — que mede a variação de preços dosprodutos vendidos aos consumidores desse Esta-do — de setembro de 83 a agosto deste ano jásubiu 194,6% e o índice do Custo da Constru-çáo, 212,8%.

Brasília — Pela primeira vez este ano a arrecadação deICM no país apresentou crescimento real (acima da inflação),em julho: mais 0,2%. A arrecadação de ICM veio se recuperan-do mês a mês, mas durante todo o primeiro semestre apresentouqueda real em relação ao ano passado. A arrecadação do ICMreflete o comportamento das vendas no mercado interno e, se osdados de julho voltarem a se repetir em agosto, ficará configura-do que a recuperação da economia, até agora concentrada nosetor exportador, começa a ter reflexos internamente.

O Estado do Rio de Janeiro apresentou até julho umaqueda de 8,2% na arrecadação de ICM (em julho, a quedaestava em 14,02%), o que mostra que a economia fluminensetambém vem se recuperando, mas em um ritmo menor que o damédia nacional. A receita de ICM do Estado do Rio em julhofoi de CrS 151 bilhões 273 milhões 191 mil, e no período de setemeses atingiu a CrS 782 bilhões 349 milhões 863 mil.

Em termos nacionais, a arrecadação do ICM atingiu a CrS1 trilhão 492 bilhões 715 milhões 115 mil, no mês de julho, e aum acumulado no ano de CrS 7 trilhões 767 bilhões 171 milhões558 mil, representando um crescimento de 0,22% sobre areceita do mesmo período do ano passado, descontada ainflação. Por regiões, o Centro-Oeste apresentou o maiorcrescimento real, 20%, e a região Sudeste, por sua vez,apresentou uma queda de 3,5% em relação à receita do anopassado.

De acordo com os dados sobre a arrecadação do ICM,divulgados ontem pelo Ministério da Fazenda, o Estado de SãoPaulo apresentou uma queda na receita desse tributo de 4,8%.A diminuição na receita do ICM verificou-se também no RioGrande do Sul, com queda de 4,6%. Dos chamados estadosindustriais, apenas Minas Gerais registrou no período de janeiroa julho um crescimento real na sua arrecadação de ICM, de7,2%.

Secundo os dados do Ministério da Fazenda, o crescimentode 0,22% na arrecadação da receita do ICM se verifica após 16meses de queda contínua — a taxa de inflação de 12 meses, parao cálculo da queda ou de crescimento real da arrecadação doICM, foi de 217,9%.

Produtores

pressionamNestor Jost

Porto Alegre — O Ministroda Agricultura, Nestor Jost,admitiu que as reivindicaçõesdos agricultores e pecuaristasgaúchos são "justíssimas". Aabertura oficial da VII Exposi-ção Internacional de Animaisrealizada ontem, em Esteio, foimarcada por pedidos de maisrecursos para a agricultura,queixas generalizadas à políticaagrícola do Governo e reclama-ções pela falta de apoio à agro-pecuária, causando constrangi-mento a Jost, que substituiu o'Presidente Figueiredo na sole-nidade.

Nestor Jost assegurou que oMinistério da Agricultura faráestudos imediatos e dará res-postas baseadas em "fatos con-cretos". Sobre o protesto de.agricultores e pecuaristas, disseque via com espírito democráti-,co essas manifestações, mas,que sofre quando retratam in*justiças. Acrescentou que os>Valores Básicos de Custeio(VBC) e os preços mínimos sãoestimulantes e vão provocar'um aumento das áreas planta-das com milho, íeijão e arroz,,no próximo ano.FESTA E PROTESTO

O que seria uma grande fesr.ta — como ocorre todos osanos -— se transformou numaforma de protesto de algunsagricultores e pecuaristas quese encontravam no Parque deEsteio, apesar de a programa-ção oficial ter sido mantida,-com bandas, desfiles de ani-mais e carros alegóricos. O úni-co carro que não desfilou foijustamente o dos arrozeiros —que recentemente fizeram umboicote — devido a uma "pa-ne", conforme versão do presi-.dente da Fearroz, Homero Pe-gas Guimarães.

Os dirigentes dos SindicatosRurais de Cruz Alta e Tapes,Alaor Ribeiro e João Dias daCosta, abriram duas grandesfaixas dizendo: "Prioridade doGoverno: acabar com a produ-,çáo primária" e "Pensem:,

quem semeia fome, colhe pror,blemas sociais". As faixas fo-„ram colocadas de forma qusfossem vistas pelo Ministro.Nestor Jost.

Algum tempo depois, o ad-ministrador do Parque de Es*teio, Gilberto Schaffer, pediu1que as faixas fossem retiradas,porque é contra o regulamento,a permanência de faixas noparque. "Contra o regulamenrto é explorar o produtor", res*pondeu Alaor Ribeiro.

Ao lado do palanque havia-uma faixa dizendo: "Jost, aagricultura gaúcha confia e sa-be de tua luta", que não foi'retirada.

O Ministro ouviu ainda, nosdiscursos oficiais, queixas doSecretário de Agricultura, JoãoJardim, sobre a incapacidadede os produtores absorveremos insuportáveis custos agríco-Ias. "Ou mudamos já, ou sere:mos uma nação de deficientes,entregando o Brasil a geraçõesde servos e não de cidadãos.Bastam os projetos exportado-res, que não sejam de nossosexcedentes. A nutrição do po-vo em primeiro lugar. Inflaçãose combate com oferta de ali;mentos", afirmou. O

GERDAU

COMUNICAÇÃO AOS ACIONISTAS

Os números da inflação — %

No mes Em julho Nos liltimos Jan/Ago. 84 Jan/Ago. 8312 meses

IGP 10.6 10,3 219,3 114,3 108,7Atacado 9.2 10.8 229,8 113,7 116.4Custo de vida 9,9 10,6 194,6 110,7 98,7Construijao 27,6 5,3 212,8 132,4 85,0

O custo de vida — %Al.imentagao 11.5 8.3 210,2 113.4 125,4Vestuario 10.5 9,0 205,4 111,4 65,0Habitaqao 8,8 8,1 161,0 96,1 63,7Artigos de 8,7 10,5 201,5 111,4 79,9residenciaAssist, saiidee hieiene 11,2 13,7 188,9 111.0 95.9Serv" pessoais 6.6 11.2 182,0 109,9 96,9Serv. piiblicos 11,0 20.3 183,9 114,3 71,3

O que mais subiuna alimentação

O que mais pesou noaumento do índice

Produtos Variaijao Produtos Influenciapercentual percentual1) Quiabo 72,6 1) Paofrances 6.2

2) Vagem 5s,1 2) Galinhamorta 5,63) Ahacate 46,7 3) Massas 2,741 Limao 41,3 4) Arrozamarelao 2.45) Farinhade trigo 40,3 5) Cafe empo 2.06) Paode forma 33.2 6) Chadedentro 2.0"I Camarao 28.0 7) Leite fresco 1.78) Oueijominas 25,8 8) Anozagulha 1.69) Farinhademilho 25.7 U) Alcatra 1,4

10) Oueijo prato 24,3 10) Patinho 1,4Fonte: IBRE'FCiV

DIVIDENDO

Comunicamos aos Senhores Acionistas da empresa abaixo, que o Conselhode Administração, em reunião realizada em 16.08.84, aprovou a

distribuição de dividendos, como segue:

CQMPANH3A SIDERÚRGICA DA GUANABARA - COSJGÕÃ

16? DIVIDENDO SEMESTRAL — Cr$ 0,10 POR AÇÃO

INÍCIO DO PAGAMENTO: 03.09.84

Dividendo de CrS 0,10 por ação, relativo ao primeiro semestre do exercíciosocial em curso, encerrado em 30.06.84, a ser pago sobre o capital social de

CrS 51.750.000.000,00, dividido em 23.753.604.810 ações ordinárias e15.353.868.270 ações preferenciais.

Os dividendos serão pagos pela Instituição Financeira Depositária -BRADESCO, mediante crédito automático em conta corrente, para aqueles

acionistas que tenham indicado uma agência daquele Banco para essafinalidade. Aos demais acionistas será encaminhado pelo correio, para o

endereço anteriormente indicado, formulário apropriado para se habilitaremao recebimento de seus dividendos junto a qualquer agência Bradesco.

IMPOSTO DE RENDA

Será retido na fonte, nos termos da Legislação em vigor. Os acionistaspessoas-jurídicas, isentos de retenção na fonte, deverão fornecer declaraçãocomprobatória dessa condição. Os dividendos não reclamados até 31.12.84

serão pagos como rendimento de beneficiário não identificado, sem direito acompensação do imposto retido na fonte, na declaração de rendimentos.Informações mais detalhadas sobre o direito acima, bem como sobre o

funcionamento do Sistema Escriturai, poderão ser obtidas junto ás agênciasda Instituição Financeira Depositária ou no Departamento Central de

Acionistas do Grupo Gerdau, na Av, Farrapos, 1.811 - Caixa Ftostal 2780 -Fones (0512) 22-4677 e 22-4777 - 900C0 - Porto Alegre - RS.

Rio de Janeiro, 24 de agosto de 1984A DIRETORIA.

:abrasca

C

16 o Io caderno ? sexta-feira, 31/8/84 NEGÓCIOS & FINANÇAS JORNAL DO BRASIL

Bolsa do Rio multa corretoras

por terem operado com atraso

0 Conselho de Administração da Bolsa deValores do Rio decidiu punir as corretorasProsper e Total cora uma multa de 1% (nomínimo) sobre o valor das operações liquidadascom atraso no último vencimento do mercado deopções. A multa deverá ser suficiente paracobrir todos os prejuízos causados pelo atraso daliquidação que gerou uma inadimplência emcadeia.

Em nota oficial, o Conselho da Bolsa alertaas corretoras "para os efeitos sobre a imagem domercado que episódios como esse podem ter,trazendo como conseqüência a perturbação doprocesso normal de liquidação das operações".Fontes do mercado estimam que a multa mínimaimposta às corretoras cariocas deverá ser deaproximadamente Cr$ 120 milhões, acrescen-tando que a Corretora Progresso de São Paulo eseu cliente, o empresário Naji Nahas, fizeramacordo para ratear a multa.

A operação liquidada com atraso foi inter-mediada pelas corretoras Prosper e Total aten-dendo ordem de venda a descoberto de 258milhões de opções (da série com Vale do RioDoce PP, com preço de exercício de Cr$ 45)dada pela Corretora Progresso. No dia do venci-

mento de agosto, a posição foi exercida mas aentrega das ações foi feita com atraso.

Ao comentar o comportamento do pregãode ontem da Bolsa do Rio, principalmente dofechamento, quando os preços das ações apre-sentaram recuperação, o ex-presidente da Asso-ciação Brasileira dos Analistas do Mercado deCapitais e diretor da DiMarco DTVM, LuisCarlos Araújo, afirmou que o mercado demons-trou que está forte e que já absorveu o impactoda correção monetária de setembro.

O analista acredita na retomada do processode alta e expôs os motivos: o volume de recursosdos investidores institucionais para aplicar emações é grande, já que estão muito compradosem ativos indexados; pelo menos até o próximoGoverno, as discussões sobre desindexação de-verão estimular o investimento de risco e, alémdisso, os balanços do primeiro semestre estãodemonstrando a recuperação das empresas capi-talizadas.

Luis Carlos de Araújo observou ainda que,com o fim do dinheiro subsidiado do BNDES, asempresas passaram a contar apenas com omercado de capitais como alternativa de capita-lização e que para emitir ações são estimuladas aapresentar bons resultados e remunerar bem osacionistas.

BNDESPar vai leiloar

em bolsa ações de sete

companhias privadasSão Paulo — Ações de sete empresas privadas que estão

em poder do BNDES Participações (BNDESPar) — entre asquais a Mannesmann, Votec e Camargo Correia — serãoleiloadas em bolsas de valores, dentro do processo de desesiati-zação da economia, comunicou, ontem, o Secretário da Deses-tatização. Paulo Nicoli.

Ao ser homenageado pela Bolsa de Valores de São Paulo.Nicoli afirmou que o BNDESPar possui ações das sete empresasem caráter minoritário e. assim, as vendas em bolsa nãoafetarão seus controle. "Isso permitirá que o país atinja a metade CrS 500 bilhões com a desestatização da economia",observou. .

Cofavi e GerdauSegundo Paulo Nicoli. uma das dificuldades, "inteiramen-

te superável" para a privatização da Companhia de Ferro e AçoVitória (Cofavi), é a exigência da Siderbrás — que controla aempresa — de que o Grupo Gerdau só assuma o seu controleapós a aprovação das contas de seus administradores peloTribunal de Contas da União.

— Ora, isso provocaria uma demora muito grande para oGrupo Gerdau assumir o controle da Cofavi. Somente agora, oTribunal de Contas da União está examinando, por exemplo, ascontas das empresas estatais referentes ao ano passado. O TCUsó julga as contas após 180 dias de sua entrega — destacou,considerando que "esse é, praticamente, o único problema, poiso preço da Cofavi foi acertado e chega a Cr$ 100 bilhões."

O que vai pelo mercado MERCADORIASEXTERIOR

Informe Bânco Boavista:

O Sistema On-Line do Boavista liga você com as melhores taxas do mercado, no momento dasua aplicação.

BOLSA DE VALORES DO RIO DE JANEIRO

Titulo*Cotoçoet (CrS)

Quant(mil) Abert Fech Ma**/• %l ind d*

Med do Li-cratMin MedDioant No ono Titulo»

Cotaç6«i (CrS)Quant

(mil) Abert fech Ma* Min% %l md d*

Moddo Luciü»MedDiaant No ano

Cotaç6«t (CrS) % t/ ind d*Quant Meddo lucrcrt

(mil) Abert Fech Máx Min MédDiaant No anoTítulo*

Àailtoop 5 393 0,90 0,90 0,91 0,90 0,90Acetitapp 48.459 0.75 0,8) 0,81 0,75 0,78AçosVillorwpp 12.177 1,55 1,60 1,60 1.51 1,58Agrocerejpp 300 36,30 36,30 36,30 36,30 36,30Anhaguoraop 13.988 3,70 3,70 3,90 3,65 3,81Aparecida op 600 5,50 5,50 5,50 5,50 5,50Aparecida pb 712 1,70 1,65 1,70 1,65 1,66B. Bamorindui Braslloí 131 21,00 22.50 22.50 21,00 21,23B. Brasil oB. Brasil ppB. Brasil ppB. NacionalonB. Nacional pnB. Nordeste ppBaner|onBanerj ppBanespa ppBanesieson

969 57,00 56,90 57,00 56,90 56,96695 89,00 89,00 89,00 89,00 89,003.880 59,50 60,00 60,00 58,50 59,64633 1,35 1.35 1,35 1,35 1,355.827 1,35 1.40 1,40 1,35 1,3550 45,00 45.00 45.00 45,00 45,00

35 1,05 1,05 1,05 1,05 1,051.862 1.70 1,55 1,70 1.50

81.436 2,20 2,36 2,40 2,15603 2,00 2.00 2,00 2,00 2,00

Bangu Doionvolv.pp 1.009 1,50 1,50 1,50 1,50 1,50B. Aroujo Nov. pb 44.215 5,00 5,80 5,80 5,00 5,20BelgoMineiraop 954 120,00 118,00 120,00 115,00 118,04BelgoMineiroop 10.241 6,90 6,CO 7,00 6,70 6,91Borano.Simonwnop I 250,00 250,00 250,00 250,00 250,00Bozano, Simonion pp 1 220.00 220,00 220,00 220,00 220,00Bradetcoos 118 6,10 6,10 6,10 6,10 6,10Bradelcops 1.791 5,70 5,70 5,70 5,70 5,70Bradescolnvpi 21 6,10 6,10 6,10 6,10 6,10Brahmaop 89 10,10 10,10 10,11 10.10 10,10Brahmjpp 3.604 9,40 9,50 9,50 9,40 9,41CaféBratlliaop 500 2,40 2,40 2,40 2,40 2,40CattBrailllapp 29.769 3,40 3,70 3,70 3,30 3,45CatoguatotLeop. pa 14.680 0,89 0,87 0.90 0,85 0,881Cédula on 3 10,11 10,11 10,11 10,11 10,11

16.464 0,65 0,70 0,70 0,65 0,69600 3,40 3,40 3,40 3,40 3,40"" 2,860,55

CemigppCevaip*Citro-Pectinaprtpp 165.802 2,80 2,85 2,95 2,78Cobrosfer nov. pp 25.000 0,57 0,55 0,57 0,58

Est —E*t —

4,64 —576,190,53 428,09225,41

-2,35 35,32151,64-0,56 203,36-0,54 184,11-0,37 185,04Est 101,50Est 101,5012,50 151,72

2,94 75,00-8,24 71,230,91 260,0012507,14 136,365,69 151,60-1,31 539,49-171 552.80675,68¦13,73 594,59142,52

EST 138,01EST 120,79-0,98 125,001,73 131,790,42 112,681.77 507,35

.15 95,65101,101,47 209,09130,774,00 168,24

Corrêa Ribeiro ppCorrêa Ribeira prt ppDocas Santos opDocas Santos ppDova ppElumappFabrica BanguopFabrica Bangu pp

4.423 2,35 2,30 2,70 2,30 2,35 1,26- 78,33410 2,10 2,10 2 10 2,10 2.10

2.827 3,60 3,50 3,60 3,50 3,5610.667 3,40 3,20 3,40 3.15 3,21

500 5.70 5,80 5,60 5,689.486 2,60 2,80 2,80 2.60 2,69

1,93- 221,123.60- 145,913,27 —12.38 101,13

1,30 1,30 1,30 1,30 1,30 — —2,30 2,50 2,50 2,30 2,40 2,84- 150,94

Ferbasapp 12.460FerroBrasileiroop 27Ferro Ligas pp 1.700Fertisulpa 6.100Fertisulpb 8.430Finorci 660FisetReflorest.ci 181Imbitubapp 8.250Imcosulpp 44.693Inducoop 439LabraPrt. p* 2.000Lark Maquinas pp 11.710Lightos 558Lojas Americanas os 50Luxma pp 600Mognesitapo 2.000Mannesmann op 64.179Mannesmannpp 13.846Mecânico Pesada pp 300Mendes Jr. pa 4.600Mesblaop 22Mesblopp '04M. Fluminense op 4.718MoinhoSantistoop 4.280MuntRealpp 2.375Olvebropp 3.105ParanoEquip». pp 1.863Paronapanema pp 10.885Perticopt 1.000Petrobrason 262Pefrobros pn 52Petrobraspp 1.502PetroleoIpiranga pp 6.370Pirelliop 9.400Promefalpp 19.648Riograndense ps 23.422Samitriop 312Somitriop 13.390SontoOlimpiaop 800SantaOlimpia pp 47.613Sergenoo *00Sid.Guairapt 1946Souza Cruz op 122Tauruspp 4.013Tecnosolopp 395

3.9021,0013,003,003,002.501,203,451,901.511,05I,904,10

28,203,309,003,652,852,252,5033,50II,05

67.0040,0013,503,8016,1014,500,8022,0040,0045,005,103,053,704,90

140,0014,500,400,533,051,90135,0012,201,60

4,00 4,23,00 2313,003,102,802,981,203,701,951.51I,052,394,5028,20 28,3,30 39.00

3,942,902,252,4533,50 33II,05 1169,50 6940,00 4014,70 143,80 3

16,10 16,15,00 150,80 022,00 2240,00 40,46,00 46

5,11 53,00 33,50 35,10 5145,00 145

17,00 170,44 00,53 03,10 31,90 I

140,00 140,12,10 12

1,60 1

,00 3,90 3,95,00 21,00 21,08,00 13,00 13,00

10 2,90 2,95,00 2.80 2,86,98 2,50 2,90,20 1,20 1,20,70 3,40 3,46,95 1,90 1.90,51 1.51 1,51,05 1,05 1.05,39 1,90 2,14,50 4,10 4,48,20 28,20 28,20,30 3,20 3,2600 9,00 9,00

1.94 3,65 3,79',90 2,80 2.87>,25 2,25 2,25,50 2,40 2,45,50 33,50 33,50,05 11,05 11,05>.50 65,00 67,12,00 40,00 40,00,70 13,50 13,99,85 3,80 3,80,10 16,10 16,10,00 14,30 14,66,80 0,80 0,80?,00 22,00 22,00

1,00 40,00 40,00,00 45,00 45,18,11 5,10 5,10,05 3,00 3,04,70 3,50 3.60,10 4,90 4,94,00 140,00 140,37,00 14,50 14,97,44 0,40 0,43,53 0,51 0,52,10 2,95 3,03,90 1,90 1,90,00 135,00 135,41,30 12,10 12.10,60 1.60 1,60

-0,25 155,510,331.023,30121,95

-1,67 172,51-2,39 164,3710,27 446,15193,55

0.29 123.57180,95-4,55 —13.23 350.829,80 218,54

0,71 150,640,93 271,67233,712.71 416,483,61 448,44163,04

Est 331,080,42 236,75

Est 126,292.96 300.04373.832,79 529,92

Est 208,79260,101,38 236,45160,00-1,83 167,081.27 160,32-1.53 143,11-1,92 228,70218,71

16.88 141,181,23 267,03-2,00 442,390,40 472,247.50 134,38- 1,89 273,682,02 113,06202,133.28 379,73230,04

EST -

Talerjon 12 3,50 3,51 3,51 3,50 3,50 EjI 212,12Teleripn 9,07 9,08 9,08 9,07 9,08 0,11 120,91Unibancoof 201 1,20 1,15 1,20 1,15 1,16 117,17Inibancobs 1,20 1,20 1.20 1.20 1,20 104,35Uniboncoos 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20 144,58Uniparon 100 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 205.13Unipor pa 132 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 272,11Uniparpb 72 786 4,40 4,87 4,87 4,40 4,58 2,92 286,25ValeRioDaceop 15.947 47,00 51,00 51,00 47,00 49,40 4,68 342,34Vale Rio Docepp 77 122 57,00 61,50 61.90 57,00 59,75 5,05 227,79Votecpp 84 0.63 0,63 0,63 0,63 0,62 3,28 136,96White Mortinsop 77.819 2,55 2,55 2,55 2,45 2,49 1.22 156,60Zaninipp 5.739 2,00 2,25 2,25 1,87 1,99 5,85 81,89Zivipp 4.000 2,50 2,50 2,50 2.50 2,50 155,28

Bolsa do Rio — O 1BV teveum comportamento estável namédia, fixando-se em 226,08pontos, mas, no fechamento,subiu 0.8%. O volume de ne-gócios foi de CrS 19 bilhões532 milhões. As maiores altasforam: Prometal PP(16.88%); Lark Máquinas PP(13.23%); Banco do NordestePPc( 12,50%); Finor Cl(10.27%) e Light OS(9,80%). As maiores baixasforam: Bozano Simonsen PP(13,73%); Eluma PP(12,38%); Banerj PP(8,¦24%); Unipar PA (4,76%)e Labra pró-rata PS (4,55%).

Bolsa de São Paulo — Ape-sar da valorização recorde de0,9% nos preços das ações, ovolume geral de negócios, on-tem, na Bolsa de Valores,sofreu uma queda de 52,8%,atingindo a CrS 21 bilhões 821milhões 700 mil. O índice Bo-vespa reagiu, fechando com 5mil 4 pontos, ou seja, 1,7% amais do que no pregão davéspera. Entre as ações dogrupo de segunda linha, asque mais subiram foram Caci-que PP (17,2%) e GrazziotinPP (16.6%).

Nova Iorque — A Bolsa deValores de Nova Iorque fe-chou em baixa de 4,30 pontosontem, com o índice Dow Jo-nes se fixando em 1.222,61pontos. Foi um pregão calmo,em que foram negociadas ape-nas 70 milhões de ações, comos investidores já na expecta-tiva do feriado de amanhã —Labour Day ("Dia do Traba-lho").

Dólar paralelo — O dólarno mercado paralelo teve altade CrS 30 no preço de com-pra, e de CrS 10 no de venda,sendo cotado a CrS 2 mil 430 ea CrS 2 mil 460, respectiva-mente.

Vale do Rio 61Doce-PPfechamento a vistai(em CrS)

58,50

JffMM

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Co'at.ies futuras "a* bcsas ae- as ae Chicago Nova lorq^e " Lo-'H-e*.on*em

ContratosM4» Fechamento Oscila(;6o Ab«rto*

ACUCAR (Ml)Set 4,20 +0.02 652Out 4,66 +0,04 44 986Jan 5,32 +0,08 882Mar 5,87 +0.13 36.962Mai 6,11 +0,12 7 494Jul 6,39 +0,11 2 811112 mil libras/contrafo, cents de US$/iibrapeso

ALGODAO (NI)

3»-feíra 4°-feira ontem

Ouro — Apesar da quedada cotação do ouro em NovaIorque, e da ligeira alta dodólar no paralelo, o ouro ne-gociado na Bolsa de Mercado-rias de São Paulo subiu CrS300 por grama, para lingotesde 250 gramas, sendo cotado aCrS 27 mil 200 por grama.Operadores do mercado deouro acreditam que a alta sedeveu a uma grande procurapelo metal de uma corretorapaulista. Em Nova Iorque, oouro foi cotado a 348,5 dóla-res a onça troy (31,103 g).

Open market — Devido àrentabilidade que darão asORTNs este mês, porque acorreção monetária vai ficaracima da taxa de financiamen-to, as instituições financeiraspreferiram não negociar seustítulos, e por este motivo foipequeno o volume de negó-cios. A taxa de financiamentodo BC foi de 15,5% ao mês,abaixo da taxa média, de16,84% ao mês, segundo aANDIMA, que também in-formou o volume de negócioscom ORTNs e LTNs, que so-mou, respectivamente, CrS 24trilhões e CrS 634,5 bilhões.

Out 64,85 - 0,35 3 0O5Dez 65,85 - 0,41 12 775Mor 67,82 -0,35 4.732Mai 69,11 -0,34 490Jul 70,10 -0,25 385Out 70,00 2650 mil libras/controto; cents de US$/librapeso

CACAU (NI)

Mercado futuro

THulotMoinho Fluminense opPetrobrós ppAgroceres ppVale Rio Doce pp

Venc. Ult. M*d. Quant, (mil)Rot 78,00 78.00 500Rot 52,95 52,95 100Rot 41,97 41,97 300Rot 71,00 68,58 S2 600

Opções de Compra

Ser VetAceiita pp c CJC OutAcesita pp c CJD OutAceiita pp c CJF OutAcesita pp c CJG OutUnipor pb CJH OutVale Rio Doce pp CJA OutVale Rio Doce pp CJB OutVale Rio Doce pp CJC OutVale Rio Doce pp CJE OutVole Rio Doce pp CJG OutWhite Martins op CJC Out

Preç QtdExer (Mil)1,20 1 18.9001,00 43.0000,80 19.0000,70 60005,00 1 12.100

55,00 30.90060,00 33.10065,00 619.10045,00 15 00070.00 3.500

3,20 15.900

PrAMio VolumeUlt. M6d. (CrSmil)

0,06 0,05 6.5340,10 0,09 4 2700.18 0,16 3.0800,21 0.21 1.2850,79 0,71 79.74715,00 14,26 440.770

11,00 10,39 344.1408.50 7,34 4547.730

21.00 21,00 315.0005.51 5,20 18.2030,19 0,17 2.835

BOLSA DE VALORES DE SÀO PAULO

Títulos Abar. Min. Mod. Mox. foch. Oic, Quant. Titulo»(mil)

Min. Med. Man. Fech Otc Quont(mil)Aber Min. Med. Osc. Quant.(mil)

Aceiita opAcesita ppA^os Vill opAço» Vill ppAdubos Cra ppAdubos Trevo opAg roce res ppAlpargatas onAlpargatos pnAmerica Sul onAnd Clayton opAnhanguero opAntarc Piaui pnAparecida opArthur Lange opAuxiliar onAuxiliar pnBabe ma ppBabe ma ppBamerind Br onBandeir Inv ppBandeirantes onBandeirantes ppBandeirantes ppBanespa onBanespa pn'Banespa ppBangu Desenv opBangu P Indl opBarretto ppBarretto ppBelgo Mineir opBemge onBemge pnBiob'as ppBorella pnBrodesco onBrodesco pnBrodesco Fin pnBrodesco Inv onBrodesco Inv pnBrodesco Tur onBrohma ppBrasil onBrasil ppBrasil ppBrasilit opBroiiljuto ppBrosmotor ppCacique opCociaue ppCoemi opCaf Brasília ppCoiuo pnCoiua onCaia Anglo ppCoso Maiion ppCBV Ind Mec ppCelm opCemig ppCesp ppCevol pnChopecó ppCia. Hering ppCio Hering ppCica poCim Aratu ppCim Cauè ppCim Itaú ppCimetol opCfropectmo ppCobrasmo ppCoesi Const ppCofap ppCom e Ind SP pnComtnd B Inv pnConcrete* opConcretex ppConfao ppConst Beter aoConst Beter ppCopas pnCopene op

Copene ppCor Ribeiro ppCor Ribeiro ppConguo onCoiigua pnCred Real MG onCreme' 00Cruzeiro Su' ppD F Votconc ppt*it Ipfrang ppDoe lmD<tuba opDoe lmbi»ubo ppDurote* ppEberie pr>Ea>nómico pnBekei'o/ pnElekeiroJ pnEletrom Weg opEievad So' ppElumo opEluma ppEtnboubn Des o*Ena«on opE*reío pp

0,890,781,201,601,502,5037,0044,0025,901,5534,003,7518,005,203,456,010,7029,0027,0022,501,201.500,680,641.512.002,201.011,005,005,00

0,890,751,201,501.452,5036,5044,0025,801,5533,503,7518,005,203,456,000,7029,0027.0022,501,201.500,680,641.512.002,111.011,005,005,00

0,890,781,231,591,522,5036,8744,0425,951,5533,533,8018,005,203,526,010,7029,0027,0022,501,201,500,700,651,522.002,181.011,005,005,1512.000 12.0002,35 2,35

0,890,801.351,701,552,5038,0044,1026,001,5534,003,9018,005,203,616,010,7029,0027.0022,501,201,500,750,651,552.002,201.011,005,005,60

0,89 -1,1 2.7000,77 +1,3 96.7241,35 +12,5 4601,701,502,5037,0144,1026,001,5533,503,90

+ 6,2109.7783,2 24.965100+ 0,0+ 0,2"1,4

18,00 -14,25,20 - 5,43,60 +2,86,00 +14,20,70 —

29,00 —27.00 -6,822,50 —

1,20 —1,50

1.8509.2625251111.502+ 4,0 25.118150502.50410010.418151.00047.0001420,75 +10,2 17.5610,651,552.002,201.011,005,00

+ 1,5 5.544+ 2,6 67-4,7 197+ 2,3 46.3341071.091

20,00 12 000 12.0005,60 +14,2 26.227

2,001,502,206.105,7017,007,006,305,259,6558,0089,5060,0020,005,6015,00

2,001,502,106,105,7017.007,006,305,259,6557,5089,0059,0020,005,5015,00

2,352.001,502,176,135,7017,007,006,305,259,6857,9589,0360,0520,005,5015,00

2,352,001,602,206,205,7017,007,006,305,259,8058,0089,5060,4820,005,6015,00

2,352,001,502,206,205,7017.007,006,305,259,8058,0089,0060,0020,005,5015,0029 600 29 600 96,00 29.600 29.600 + 2.041.000 41.000 64,83 47.000 47.000 +17,2

75,00 75.00 75,00 75,00 75,003.600,500,5040,000,685,509,500,704,453,452,002,252,156,201,815,9025,507,002,806,006,508,003.722,701,001.1217,50I,301,4012,9027.5026,302,302.20i .852,35II,016,000,5515,004,104,003 506,303.202,804,003,0017,502,253,173001,4922,503,9960,00

3,300,450,5040,000,685,459,500,654,453,302,002,252,156.201.815 ,9025,507.002.705.956.508,003.722.701.001,1017.001,301,4012,9027,2026,302,202,201,802,3511.016,000,4515,004,104,003 406,203,202.803,803.0017,502.253,172,501,4922,503,9960 00

3,460,450,5040,000,685,509,500,694,503,382,002,322,206,601,815,9425,507,002.786.116,558,003,722,701,001,1018,05I,301,4412,9027.6426,302,302,201,852,36II,016,000,5115,004.104,003,516.253,253.203.833,0017.962,253,172,711.4922.504,0060.00

3,600,500,5040,000,685,609,500,714,503,452,002,402.257,001,816.0025,507,002,906,306,558,003,722.701,001,1219,501,30I,5012.9029,0026,302,502.201.852,40II,016,000,5515,004,104,003.706,303,303,504,003.0018.002.253,173.001.4922.504.0160,00

22177-3,2 24.64013.015+ 1.6 11777.77345611.964

141204096408511.0009206.2433855104-3,3 34.3941050

+ 3,7+ 2,1-1.1 \(

+ 5.2

-9,0+ 3,0+ 1,836,6-9.7

3,480,450,5040,000,685,609,500,654,503,402,002,32+ 4,67.001,816,0025,507.002,906,056,558,00 —3,72 ( + 9,42,70 +8,01,001.10

54071004.4201294.274+ 1,1 1.080-2.8 37.1361 300+ 0,8 43 8256 599+ 9.3 24 818+ 3,4 1.000+ 3.4 350-1,9 92210+ 3,5 39460+ 2.5 9 550+ 9.1 4.071140

ç5003.590187.37519,50 +11,4 11.237500+ 6.6171.564-0,6 30+ 3,6 14.929-0,7 16000+ 6,6 13.220+ 2,3 13.206-5,2 3 050+ 0.8 31.815_ 40—7,6 5830,45 -16,6 45.77315.00 -15,4 134.10 — 2674.00 — 5503,70 +12,1 46 000

I,301.4412,9028,5026,302,402,201,802,40II,016,00

6,203,203,503,803.0018,002,253,172,701,4922,504.0160.00

-0.8•27 2-4,7-9,0r 0.5—6,2-7,8 70.000-10,0 45.033+ 6,4 700— 671+ 0,2 4 099+ 0,0 9

2006.100986350401 0001.000

Eternit ppF N V ppFarol pnFerbasa ppFerro Bros ppFerro Ligas ppFertibras ppFertiplan opFlexidisk ppFrancês Brai onFrangosul pnFrigobras pnFund Tupy onFund Tupy pnGranoleo pnGrouiotin opGroíiiotin ppHercules ppIguaçu Cafe ppImcosul ppInd Villares ppIndl Romi opInds Romi ppInvesplan pnkxhpe ppItaubonco onItoubanco pnItausa pnJ H Santos opJ H Santos ppJoaquim Oliv pnKalil Sehbe ppKepler Weber ppKlabin oplabra pnLocta ppLanif Sehbe ppLark Maqs ppLight onlO|OS Americ onLojos Renner opLojos Renner ppLoias Renner pplorertz ppLuxma ppMadeirit pnMagnesita opMognesita ppMonoh pnManasa pnMongels Indl ppMannesmann opMannesmann ppMarcopolo ppMarcopolo ppMec Pesoda ppMelhor SP ppMendes Jr ppMerc Invést pnMerc S Paulo onMerc S Paulo pnMet Duque ppMet Gerdau pnMetal Leve ppMetisa ppMicheletto ppMinasmaquino pnMoinho Flum opMoinho Lapa pnMoinho Sont opMonfreol opWootreal ppMuller ppMuller ppNacional onNacional pnNoroeste pnNoroeste ppOlvebra ppOrion ppParanapanema ppPaul F Luz onPerdigòo pnPérsico ppPet Ipiranga ppPetrobras onPetrobros pr»Petrobras ppPettenoti onPettenafi ppPcrtenati ppPeftenati PPPhebo opPir Brasília ppPirelli opPirelli ppPio Monsanto ppPolipropilen pnProgresso pnPrometal ppReal onRea' pnReal ppReal Cia Inv onReal Cio Inv pnReal Cons pnReal Cons pnReal Cons pn

55.0045,004,004,0012,0013,502,607,004,5018.001,708.002502,652,603,301.502.10205001,801,0815,0213.012,309,508,607,1027,002,502,501,501,609.0162.00

1.102,700,801,904,6026.003,001.50U53,103,100,5013,5010.2042,800,6017,003,802,701,000,902,3010,002,4023,002,201,402,506.2275.002,101,056,0070,007,5037.00li,0013,501,700,601,551,32I,6017,003,7012,0014,200.432.150.755,0023,0041,0045,0010,508,408,058,4090.001,50

3,052.4030 00II,001,0030016,5016,0016,80190018,5035,00350035,00

55,0045,004,003,8011,9713,402,607,004,5018.001,708.002,502,602,603,301,502,10205001.801,0315,0213.012,059,508,607.1026,302,502.491.501,609.0162,00

1,102,700,801,904,6026003,001,50I,153,103,100,4913,5010,0042,800,5117,003,702,700,990.902,3010,002,3023,002,201.402,506,2075,002,10I,026,0070,007.5037.00II,00I3;501,600,601,501,32I,6016,953,70II,4914,200,422,000,745,0023,0041,0044,1010,508.408.056.2590.001.40

3.052.4030,00II,001,003,001 6,5016,0016,8019,0018,0035,0035,0035.00

55,0045,004,003,9311,9913,482.607,004.5018 001.768,002.512.572,603,301,702,10

55,0045,004,004,0012,0013,502,607,004.5018,001,808,002.512,712,653,301,752,105,00 205001,96 2,200915,0214,732.099,588,607,2026.442,522,581,501,609.0162,00

1.102,700,822.174,6026,003,001,501,263,103,220,5113,5010,0942,830,5417,453,782,70I,000,902.3610,002.3723,002,201,402,506,2975,002,22I,146,0070.007,5037,52II,0814,371,670,601,501,33I,6916,983,77II,5014 650,432.080.755.0423,0041,0045,2510.508,558.058.3799.511.49

3,072.5030,00II,001,003,4416.5016,0016,8019,0019,7635,0035,0035,00

1,1515,0216,002,409,908,607,4527,002,522,601,501,609,0162,001.102,700,852,254,7026,003.001,501.403,103,600,5513,5010,2043,000,6017.503,802,70I,000,952,5010,002,5023,002,201.402,506,3075,002.301,306.0070,007,503800II,3014.511.700601,551 40I.7017.003,8012.0015,000,432.150.765.1023,0041,0045,6110.508,628.058.40100C01.55

3.102.5030.00II.001.003.8516,5016.0016,8019.0020,0035,0035,0035,00

1020597535.2904 086-0,3 11.419830100+ 2,2 10 600+ 2,2 51+ 3,4 55.150-5,8 500287

+ 0,3 20 0209.1681 5001,75 + 16,6 22 8772,10 -6,6 2020500 -0,4 3002,19 +21,6 75 9261,15 +6,4 7585015,02 — 1516,00 +28,0 1.743

55,0045,004.004,0012,0013,452,607,004.5018,001,788,002.512,712,603,30

2,109,908,608,2526,302,52

70876+ 4,2 8.700215+ 2.1 26 441-2,5 3.6057.000

2,60 +30,0 15.4035.000100+ 0,1 100565

1670400+ 1.2 8 140- 15,7 44.100-0,2 520422

2

1,501,609,0162,001,102,700,812,204,7026,003,001,501,38 + 15,0134 4203,10 +2,9 30014,2 30.840+ 7,8 49.510-2,1 3 00012.833

+ 0.4 4.079-1.6 25.150+ 2,9 1.10013.327-5,2 6 22074.118+ 5,5 7.575+ 6,6 10 08010+ 0,4 34.8783423.36250019 240-1,3 36+ 7,1 18 260f 30.0 93 24749+ 6,0

3,60 -»0,5513,5010,2043,000,5917,503,802,70I,000.952,4010,002,5023,002,201,402,506,3075,002.25I,306,0070 007,5038,00II,3014,501.700,601,501.401.7017,003,80II,4915.000.422,000,755,1023,0041,0045,6110.508.558.058.4010000 + 11,11.50

+ 7,0t 2,7+ 7,4

f 6,8

8711 9505 9301 0941.0945.358I 0009127 75573518619 506•10.1 525+ 2.7184 465-2.3 562-9.0 860029 4401.600+ 0.0 1-414

Real Cons pnReal Cons onReal de Inv onReal de Inv pnReal Port pnReal Part onRefripar ppSadia Avicol pnSadia Concor pnSadia Oeste pnSamitri opSantoconstan ppSontonense ppSovena Veie opSavena Veie ppSchlosser ppSeara Indl onSeara Indl pnSharp opSharp opSharp ppSharp ppSid Aço norte pnSid Pains ppSid Riogrand pnSouzo Cruz opSouza Cruz opSta Olímpia opSto Olímpia ppSudameris onSudameris pnSul Brasilei onSul Brasilei onSul Brasilei pnSul Brasilei pnSupergasbras onSupergasbras opSuzano ppT Janer ppTecanor pnTecei S José ppTeko ppTelesp oeTelesp onTelesp peTelesp pnTex Renaux ppTrafo pnTronsbrosil onTronsbrosil pnTronsbrosil ppTransporanò onTrol pnUnibanco pnUnibanco pnUnibanco onUnipar ppVale R Doce opVale R Doce ppVarig ppVidr Smarina opWhit Martins opZanini ppZivi ppCONCORDATARIASBrinq Mimo ooCobras^er opCobrosfer opCobrasfer ppGiassíite ppIo d onlop pnRondcn ppSecunt ppSolorrico opSobrara opSolorrico ppSolorrico ppTe* G Calfat ppVigorell' op

36,0035.5017,0017,0028,0028,004,104,808,102,10145000,601,258,006.502.152.503,105,505,506,005,708,303,614,901500015.9990,400,521.101,001,000.980,600,5418,0018,6090.003,505,501,102,1012.0112,0120,0020,001.751.250,500,500.858.001.101,301,301,304,6048,0058,501 0014,502,551.762,50

36,0035,5017,0017,0028,0028.004,104,508,002,10145000,581,258,006,502,152,503,'05,505,506,005,708,303,614.9015.00015.9990,380,481.101,001,000.980,600,4918,0018,6090003,505,501.102.1010,5012,0020,0020.001.751,200,500,500,838,001,051,301,301,304,4048,0056,500,9814,502,491.762,40

36,0035,5019,5018,4928,0028,004,104,808 102,10145000,601,258,006,502.152.603.206,005,506.165,708,313.614,90

36,0035,5018,7318,0328,0028,004,104,738,022,1045,000,591.258,006,502.152,573,155,915,506,095,708,303,614,9059,87 16 00059,99 16.0000,39 0.400,51I.121,001,060.990,600,5418,0018,6090,253,505.501.102,10II,4312.0020.0120.011,751.230.500,500,888,001.091.301.301.314.4349,2759.461,0214,502.511.802.41

0,551.131,001.151,000,610,5418,0018,6095.003,505,501,102,1012,0512.0120.0120.021,751,250,500,500,958,001,101.351.301.314,6051,0061,501.1014,602,551,902,50

36,0035,5017,0018,4528,0028,004,104,808,102,10145000,581,258,006,502,152.603,206,005,506,155,708,303.614,9016.00016.0000,390,551.101.001.151,000,610,5318,0018,6095,003.505,501,102,1010,9112.0020.0120.021,751,200.500,500,958.001,101,351,301,304,5050,0061,501,1014.502,501,902,40

3639384I.6094111720004.0227361 00046 0041 00050501.7131.3985.44096325II.4481.0003.00014-2.0 37.832+ 6,6 76660+ 2,6 70 728+ 5.7118.322+ 4,7 3.271221.5083.6521.0326072141.42642122.0007651251239199681 6002727

+ 11,7 47 52950-3,5 26.165+ 3.8 4 5846392.130-4.2 7.373+ 5.2 5.960+ 5,1 7.579+ 10.0383 859-0,3 5897-3.8 8 309-5.0 7 130-2,0 12 215

+ 1.4+ 1.4-2,8+ 8,5

-4,0+ 2,4+ 3.9-3,3+ 4,1

+ 3,2-14,2

-1.0

+ 15,0+ 4,1+ 1.6

+ 1 1,7+ 1.4

+ 5.0-5,1+ 4,3+ 0,0tO.I-2.7

MATRIZAv. Rio Branco, 1851 2106

(021) 242-0290

DOTO. VENDASShopping Cassino AtlânticoAv. Atlântica, 4240 loja 323

(021) 237-1242

ÍNDICE (30/08/84)

3 50 3 50 4 3' 4 60 4 30 - 40 0 27 8980.15 0 40 0.42 0 45 0 44 - 85 5900 65 0 63 0 64 0.65 0 64 -1.5 21.9300,55 0.50 0 53 0.55 0 55 -'0 42 25012 00 11,50 1186 12 00 1150 -11.5 '8003 40 3 30 3.35 3 40 3 30 2 9 2 2003.40 3.30 3.54 3 60 3 55 +4,4 30 '61

44 90 44 90 44 90 45 00 45 00 — 3272 70 2,70 2 70 2 70 2 70 -6 8 ill7 40 7,30 7.77 8.05 8 05 +10.2 26 0497.10 7,10 7.62 8.00 0.00 - 12.6 I I 3713.50 3,35 3 46 3,50 3 40 -2.8 39.1553,10 3,00 3 11 3,20 3.20 - 3,2 63 094140 '35 1.49 1.60 155 - 6.8177 4580,80 0.76 0.78 0,80 0.80 +1.2 37 605

INPt' — Maio: 8,61%; 6 meses: 68,4^ (reajusta os salários de'julho); 12 meses: 194,41%; junho: 8,79%; 6 meses: 71,0%(reajusta os salários de agosto); 12 meses: 199,78%; julho; 11,6%;6 meses: 73,8% (reajusta os salários de setembro); 12 meses:197.04%.

Aluguel residencial (semestral): Julho: 54,72%; agosto: 56,8%;setembro: 59.04%; (anual): Julho: 155,52%; agosto: 159,82%;setembro: 157,63%. O aluguel comercial é reajustado pela corre-çáo monetária.

Salário Mínimo — CrS 97.176.Inflação (IGP) — Junho: 9,2% (12.667,2); no ano: 75,5%; 12

meses: 226,5%; julho: 10,3% (13.974,3); no ano: 93,7%; 12 meses:217,9%; agosto: 10,6% (15.458,7); no ano: 114,3%; 12 meses:219,3%.

IPC (Índice de Preços ao Consumidor) — Junho: 9,8%(10.145,2); no ano: 73,4%; 12 meses: 195,2%; julho: 10,6%(11.220,4); no ano: 91,8%; 12 meses: 190,2%; agosto: 9,9%(12.328,7); no ano: 110,7%; 12 meses: 194,6%.

ICC (índice do Custo de Construção) — Maio 8,9% (9.102,3);no ano: 73,1%; 12 meses: 190,2%; julho: 5.3% (9.589.7); no ano:82,1%; 12 meses: 186.4%; julho: 9.2% (17.562,5); no ano:113.7%;, 12 meses: 229,8%.

® Caderneta de Poupança (Rendimento mensal) — Junho:9,444%; julho: 9,746%; agosto: 10,851%; setembro: 11.153%.

Correção monetária — Julho: 9,2%; no ano: 89,0%; 12 meses:191,05%; agosto: 10,3%; no ano: 108,46%; 12 meses: 194,52%;setembro: 10,6%; no ano: 130,557%; 12 meses: 200,224%.

ORTN — Junho: CrS 12.137,98; Julho: CrS 13.254,67; agosto:CrS 14.619,90; setembro: CrS 16.169,61.

IIPC — Io jan/31 março/84; CrS 7.545,98; no trimestre: 27,95%;12 meses: 139.23%; Io abr/30 jun/84: CrS 10.235,07; no trimestre:35.64%; no ano: 73,55%; 12 meses: 185,21%; Io jul/30 set/84; CrS13.254,67; no trimestre: 29,502%; no ano: 89,002%; 12 meses:191,052%.

Correção cambial — Junho: 9,229%; no ano: 75,61%; 12 meses:225.491%; julho: 10,297%; no ano: 93,667%; 12 meses: 211,391%; agosto 10,601%; no ano: 114,198%; 12 meses: 213,922%.

Dólar — Compra: CrS 2.097; venda: CrS 2.107 (a partir de30/08).

Dólar paralelo — Compra: CrS 2.430; venda: CrS 2.460Overaight — Rendimento do dia: 0,561%; rendimento acumu-

lado na semana: 2,078%; rendimento acumulado no més: 10,4%.Médias SDP: No dia: 16.885%; semana anterior: 9,55%; inésanterior: 11.05%.

Prime rate — 13%; Libor: 12,25%.MVR (Maior Valor de Referência) — CrS 48.751,90UFERJ (Unidade Fiscal do Rio de Janeiro) — CrS 30.960,00.

SetDezMarMaiJulS«f

2 5382 3522 3012 3102.31 12 323

f 76' 60t 40f 43? 37f 32

1 97212.1337 5701 U727029110 t métricas/contrato,- USS/t métrica

Pettenati S. A. Indústria de Malhas e Confecções — projetapara o exercício que encerra em junho de 85 um faturamento deCrS 60 bilhões contra CrS 13,3 bilhões no último exercício. Asexportações deverão atingir até 10 milhões de dólares (55% dofaturamento). A empresa anunciou para o mês que vem olançamento de novas ações no valor aproximado de CrS 8 bilhões.

Sharp S.A. Equipamentos Eletrônicos — teve um lucro deCrS 5 bilhões 62 milhões nos três primeiros meses do atualexercício. No balanço do exercício anterior (12 meses) o lucro foide CrS 10,4 bilhões.

Metalúrgica Barbará — comunica que estuda um desdobra-mento do número de ações na proporção de 10 para uma. Nobalanço semestral acusa um prejuízo de Cr$ 4,9 bilhões (CrS 5,47por ação). !

Cia. Paulista de Força e Luz — teve um prejuízo de CrS 39bilhões no primeiro semestre deste ano contra um resultadonegativo de CrS 3,2 bilhões em igual período do ano passado.

Cia Ferro Brasileiro — trabalhou com prejuízo de CrS 2,1bilhões de janeiro a junho contra um prejuízo de CrS 2,4 bilhões(CrS 1,62 por ação) no primeiro semestre de 83.

Cia. Antarctica Paulista — fechou o primeiro semestre comum lucro de CrS 32,7 bilhões contra CrS 17 bilhões no mesmoperíodo de 83.

GOLO OURO A PARTIR DE 5 GR.GARANTIA DE INVESTIMENTO Ne* Gold Metais Preciosos Ltda.

CAMBIO

3.102,5030.0011.001.00

+ 1,3 61.27670+ 0.5 1.60010+ 1,2 11 5701 9783,2 7 783+ 1,6 38 4004-4,1 10.15010398-41,1 600

Opções de compra

3.50 +20,6144 27816.5016,0016.8019,0018.0035,0035,0035,00

•1,1-2,7+ 2.9+ 1.4+ 1.4

1 14499370632 30314>056

Cod 190 Strit Quant.(mil) Abert. Uft.OBS5 CAF po OUT 3,60 10 000 0.57 0.57 0.57OCP4 CPN pa 184 OUT 28.00 32 000 3,90 3 95 4,0001X10 LUX PP C09 OUT 2.90OLX1 LUX PP C09 OUT 3,20 5 000 0 54 0 55 0 55OPT 14 PET PP C30 OUT 40.00OPHB PET PP C30 OUT 50,00 104 200 4 80 5.17 5.51OPT23 PET PP C30 OUT 55,00OPT4 PET PP C30 OUT 60,00 252.000 1,00 1.32 1.60OPM8 PMA PP C49 OUT 12 00 89 700 4 50 4.85 4.90OPM14 P*AA PP C49 OUT 15.00 224 800 270 7,85 3.00OPM1 PMA PP C49 DEZ 14.00 68 100 5.65 5 84 6,10OPM6 PMA PP C49 DEZ J 7,00 —OPM2 PMA C49 OUT 17.00 —OSN5 USO PP OUT 0 50 —OVG7 VAG PP OUT 0,90OVGIO VAG PP OUT 1.00 95 000 0 " 0.1* 0,19

Cr$ Cr$ Divi»a D6lar»»Moodas Compra Venda por d6lar®« poc divisaD6!ar 2097,0 2107,0OJIar aus'ral'ono 1776,8 1794,5 0.8500 1.1764L,bra 2741,6 2769,9 1.3103 2 027,0Coroa dinanxjrcjueso 199,13 200,97 0.0951 10.5065ODroa noruegueio 252,30 254,67 0,1206 8 2890Coroo lueca 252.30 254.83 0,1207 8.2830Dolar canadenso 1611.0 1626,4 0,7703 1,2981Escurfo 13 860 14,028 0,0066 150,50Fior.m 642.76 648.81 0,3069 3,2575Franco be'ga 35.879 36,256 0.0171 58,23Franco trances 236.21 238.42 0.1129 8.8500Franco iuiqo 870 56 878 94 0,4164 2.4015lene (aponej 8,6696 8.7493 0,004143 241,35Lira Italiono 1.1679 1.1795 0.000558 1 791,00Marco 725.15 732,05 0,3465 2.8855P«eto 12.684 1 2,819 0,0060 71 164,70Xeltm 102.84 104.00Ppvj CHilano 0.0108 92.30Pevo Argentmo 0,0139 71.6390Sol Peruano 0.000271 3 685,86Peso Urt>yoaio 0,0181 55,00Bolivar Veneru«lar>o 0,0816 12,250

CAFE (NOSet 151,65 +1,25 1346De? 149,10 +1,11 5 235Mar 147,05 +1,07 2.136Mai 145,50 + 1,50 637Jul 144,00 +2,00 249Set 142,25 +2,12 12437,5 mil libras/contrato; cents de US$/libropeso

COBRE (NI)Set 60,65 -0,50 6 961Out 61,30 -0,50 38Dei 62,70 -0,50 49 538Jan 63,35 -0,50 329Mar 64,60 -0,50 16 829Mai 65,70 0.50 5 58725 mil libras/contrato; cents de US$/Librnpeso

FARELO DE SOJA (Chicago)Set 152.90 +0,90 8.127Out 155,70 +0.90 14.440Den 161,90 +1,20 17.672Jan 164,70 +1,40 5.706Mar 167,80 +0,50 2.307Mai 174,00 +1,00 809100 t/contrafo; US$/t

MILHO (Chicago)Set 299 1/4 +3 32.362Dez 284 1/4 +2 80.140Mar 290 1/2 +1 1/2 21.79?Mai 295 3/4 + 6.400Jul 298 1/4 +3/4 4.687Set 291 1/2 +1/2 3205 mil bushel/contrato; centes de USS/bu-shel

OlEO DE SOJA (Chicago)Sel 27.5B +0.12 7065Out 27,40 +0,33 13.899DB2 27,15 +0,62 18.531Jan 27,21 +0.59 4.48JMar 27,20 +0,55 2,'JJAMoi 27,25 +0.55 64160 mil libros/conlroto; cants USS/libro

SOJA (Chicago)Sol 649 1/2 +8 7.231Nov 653 +13 32.818Jan 665 3/4 + 12 7.837Mar 679 1/2 +11 1/2 3.552Mai 688 3/4 + 10 3/4 1.216Jul 694 1/2 +11 13745 mil bushel/contrato,• cents de US$/bujhel

TRIGO (Chicago)Sol 341 3/4 +6 1/2 9017Doz 352 3/4 + 5 1/4 28.1 1 1Mar 359 3/4 +3 3/4 7 776Mai 358 1/2 +3 2.178Jul 345 +3 991Sot 349 1/2 + I 1/2 545 mil bushel/contrato; cents de USS/bushel

OUROTelefone Compra VendoCr$ CrSGoldmine 224-1970 26.200 27.500New Gold 242-0290 26.200 27.200Trade 242-0333 26.300 27.200Jahl 224-8497 26.100 27.400Autram 221-1846 26.700 27.500Ourobrdz 791-4874 2(i.500 27.400Degussa 224-7757 26.496 27.600Auxiliar 26.100 27.300Comind 26.500 27 500Safro 26.100 27.500Ourinvest 285-6800 26.600 27,500Gold Invest 262-5950 26.100 27 300Reserva 224-7757 26.496 27 600

METAIS

Cotações dos Metais em Londres, ontem.-Alumínio6 vista 844,5 845,5tr^s meset 867,0 868.0Chumbo6 visto 341,0 342,0frfis meies 348,0 348,5Cobre (Cathodes)6 visto 1057 1.058trAs mete* 1.063 1.065Estanho (Standart)6 visto 9.320 9.325trAs meses 9 245 9.250Etfanho (Highgrade)o vista 9 320 9.325uki meses 9.260 9.270Nlquel6 vista 3 580 3.585tres meses 3.675 3 680Prata6 visto 573,0 574,0tr6s meses 588,5 589,5Zinco6 vista 618,5 619,5trAs mete* 624,5 625,0Nota Alumínio, Cobre, Ettanho, Níquel eZir>co — Em libras por Toneladas.Prata— em pense por troy (31 I03grs).

MERCADORIASSÁO PAULOMetes M6x. Min. Fect-

CAFÉSet 174 000 174 000 171000Dez 252.500 249.000 252 500Mar 365.000 360.000 364 900Ma. 458.000 453.000 457.500Jul 525 000 517.500 524.950Set 592.000 588.000 592.000Cotoção em Cr$/saca de 60 kg — mercadofirme.

OUROOutDezFevAbrJunAgoOut

31.00039.15050.10063.00077.00091.200110.1100

30,80038.40049.00061-90076.500o'.700110.100

31 00039.00049.75062.33076.60091 800I 10.100Preços por um grama. Unidade de negó-ciot: Lingofetde 250 gramat. por contratoMercado ettóvel

BOI GORDOOut 54.500 54.200 54.350Dez 61.600 60.800 61 500Fev 65.500 65.000 65 400Abr 73.500 73 000 73 360Jun 87 000 86.000 86 500Ago 118 000 115 900 117 730Out 155 200 153 000 155 010Cotoçóo em Cr$/15 Kg. — Mercodo estável

SOJANov 32000Jan — N/CMar 41 000Mai 51 000Jul e Se* N6o cotadoCotoçóo em CrV60 Kg. — Mercoòo Colmo.

He

JORNAL DO BRASIL NEGÓCIOS & FINANÇAS sexta-feira, 31/8/84 a 1° caderno ? 17

Pastore afasta hipótese cie desindexação da economiaMor™ Antônin r!av?ílrflntft

0 presidente do Banco Central, AfonsoCelso Pastore, descartou totalmente a possibili-dade de o atual Governo desindexar a econo-mia, mesmo parcialmente:

"Não podemos repe-tir erros passados." Segundo ele, a correçãomonetária e correção cambial vão continuar nomesmo ritmo da inflação, no mês. "Vamos

; trabalhar com a política econômica para que ainflação caia, e isso se dará com controlesmonetários e fiscais", disse.

— A indexação é um instrumento impor-tante de canalização de poupanças no sistemaeconômico. Na medida em que não se canalizapoupança e se exacerba o consumo, colhe-se omesmo efeito de 1980, com crescimento da taxade inflação (110,2% contra 50,8% de correçãomonetária) — afirmou Pastore, após participarda solenidade de posse da nova diretoria daANDIMA (Associação Nacional das Institui-ções do Mercado Aberto).

Coragemv Os 350 participantes do almoço de posse,¦ realizado no Museu de Arte Moderna, ouviram

com interesse, e alívio, o presidente AfonsoPastore, que reconheceu que a correção cambialtem"um peso importante como realimentadorada inflação, através dos reajustes de preços dopetróleo e aço. Mas perguntou quem teriacoragem de propor a desindexação do câmbio,sem ter um nível de reservas internacionais de 18' a 20 bilhões de dólares e enfrentando constran-gimentos no balanço de pagamentos.

Com a necessidade hoje, disse ele, de semanter superávits na balança comercial, não sepode pensar em reajustar o câmbio abaixo dataxa de inflação doméstica. "Se não é possívelfazer isso e se a correção cambial traz pressão decusto sensível no sistema, e que se ajusta,instantaneamente, sobre preços, desindexandosó a correção monetária exacerbaríamos o con-sumo, com incremento — e não queda — dainflação."

O Governo reconhece, explicou Pastore,que a inflação está muito incorporada no proces-so econômico como um todo, que tem umainércia muito grande. Por isso não se pode

¦¦¦ esperar grandes quedas da inflação, a curtoprazo. "Vai declinar gradativamente, com o

exercício da política fiscal e monetária, apesarde buscarmos novos instrumentos de combate",garantiu.

O Brasil, informou o presidente do BancoCentral, está empenhado em conseguir prazosmaiores e taxas de spreads menores. O México,segundo ele, está dando um grande passo, eaparentemente já chegou a um acordo com ocomitê assessor de bancos. "Agora terá deimplementar contratos e trazer de fato toda acomunidade financeira internacional para seuprograma de refinanciamento de longo prazo."

— Foi um passo realmente importante, queabriu espaço para os demais países. Procurare-mos utilizar ao máximo a experiência mexicanae repeti-la até o limite que for possível — disseele, lembrando que o Brasil já avançou muito ehoje tem uma posição de balanço de pagamen-tos e de reservas muito mais confortável. "Otempo também trabalha a nosso favor, permitin-do mostrar que o ajustamento brasileiro estásendo feito, que não há nenhuma necessidade dese fazer uma renegociação apressada, mas simponderada e pensada."

O Brasil vai iniciar, efetivamente, a renego-ciação em outubro, já tendo o conhecimento dosucesso mexicano e talvez da experiência vene-zuelana, o que permitirá ao Governo negociarcom menos dificuldade. "Teremos o caminho jápavimentado", disse Pastore.

Considera muito mais tranqüila a posiçãoexterna do Brasil, o que permitirá progressosnas negociações. "É preciso agora dimensionarcorretamente os recursos novos que serão neces-sários, reescalonar as dívidas vincendas comprazos melhores e carência, para evitar que ospagamentos se concentrem novamente em de-terminado ano, voltando como um bumeranguecontra nós", afirmou.

Em São PauloO presidente do Banco Central afirmou,

ontem, à noite, já em São Paulo, que a econo-mia nacional deverá crescer entre 1,5% e 2,5%este ano, principalmente devido às exportações.Pastore compareceu à homenagem da Bolsa deValores aos Secretário da Desestatização, PauloNicoli.

Cavalcante

Andima promete defender sistema

Na cerimônia de posse da nova diretoria daAndima e da criação da Central de Custódia ede Liquidação Financeira de Títulos (Cetip), opresidente da Andima, Carlos Brandão, afirmouque a entidade defenderá a manutenção daindexação dos ativos financeiros, de forma apreservar o nível interno de poupança, evitar ocaos econômico, uma hiperinflaçáo e especula-ção desenfreada, "com risco de uma inadequa-da, violenta e injusta redistribuição de renda",lembrou.

— Todos nós procuramos os caminhos parao ajustamento da economia com a redução dainflação, mas o que a Andima afirma é que

precisa haver mais responsabilidade por partedaqueles que apresentam receituários incomple-tos para atingir esse fim — disse CarlosBrandão.

Garantiu que a Andima, no período detransição do Governo, terá posição marcante nadefesa do sistema financeiro como um todo enos princípios da economia de mercado, paraque não haja nenhum retrocesso em relação asconquistas realizadas. "Queremos contribuir pa-ra a continuidade do crescimento da poupançainterna, indispensável e fundamental para aretomada do nível de emprego e dos investimen-tos, sem realimentaçáo inflacionária", in-formou.

Reforma bancária não demora

Pastore disse que correções monetária e cam-bial continuarão no mesmo ritmo da inflação

A separação nítida entre as funções doBanco Central e do Banco do Brasil, a elimina-ção dos subsídios creditícios e a transformaçãodo Orçamento Monetário apenas em uma pro-gramação financeira anual das autoridades mo-lJV irias é um objetivo de curtíssimo prazo.

Segundo informou ontem o Diretor da ÁreaBancária do Banco Central, José Luiz Miranda,o Governo espera deixar praticamente encami-nhada, até março de 1985, a reforma bancária.

— Tudo o que puder ser feito para transfor-mar o Banco Central em um banco centralclássico, retirando de sua responsabilidade ope-rações de fomento, para fazer com que o Bancodo Brasil deixe de ser autoridade monetária epara eliminar os subsídios será implementadoaté março de 1985, porque não pretendemosdeixar para uma equipe nova os frutos de umtrabalho que amadurecemos ao longo dos últi-mos anos — disse Miranda.

Na última reunião do Conselho MonetárioNacional, realizada no dia 21 deste mês, foiaprovada a reforma bancária, através do voto n°283, tendo resultado na criação de quatro gruposde trabalho. Esses grupos têm até o dia 30 denovembro para apresentar propostas concretassobre, entre outras questões, dívida pública

mobiliária, programas oficiais de crédito e com-pra de produtos agrícolas e relações institucio-nais entre o Banco do Brasil, o Banco Central eo Tesouro Nacional.

De acordo com Miranda, os principais obje-tivos da reforma, a curto prazo, são o de traçaruma linha nítida de separação entre as ativida-des de administração da dívida pública e deexecução de política monetária, retirar do Ban-co Central as operações de fomento e criarfontes não-monetárias de financiamento para aslinhas de crédito oficiais. Essas fontes serãofiscais ou provenientes da receita da dívidapública. As autoridades têm a intenção de fazerpassar uma lei no Congresso Nacional estabele-cendo que a receita da venda de títulos nomercado, além de ser empregada no giro dadívida, seja alocada em programas de financia-mento.

Quanto aos subsídios creditícios, já foramrepassados ao setor privado os financiamentosdas culturas de café e açúcar e os referentes àexportação. O próximo passo será o de criarrecursos fiscais — dotações dentro do Orçamen-to Fiscal — para cobrir os subsídios concedidos àagricultura, medida que já está prevista naprogramação dos gastos do Tesouro de 1985.

Bergsten teme crescimento do protecionismo

nos EUA*—' _ _ _ . - «n Pauin — Fmhnra ntimist» nnanto às Ele reconheceu aue as taxas de iuros inter-

São Paulo — Ariovaldo dos Santos São Paulo — Wilson Santosܧ

Seminário reuniu Moreira Salles, Galvêas, Campos e Simonsen

ws compara dívida a sexoCampi„São Paulo — O Senador Roberto Campos

(PDS-MT) definiu, ontem, a opção brasileira decrescer com alto grau de endividamento exter-

- no, como "paixão sexual idêntica à reserva de"mercado no setor de informática". Ele criticou,também, o excessivo controle de preços que, nasua opinião, "causou grandes prejuízos à econo-mia do Brasil".

Diante de uma platéia de 600 empresários,aproximadamente, o Senador conduziu os traba-

' íhos finais do encontro Alternativas de reestru-turação econômica mundial, promovido pelosgrupos Unibanco e Sul América. Ele citouexemplos de ajustamento econômico de paísesdo Leste da Ásia, entre eles, Coréia, Formosa,Cingapura, para criticar "o comportamento bra-sileiro diante dos choques do petróleo".

<'¦••• Roberto Campos considerou o choque dosjuros "inevitável", pois,"atingiu a todos os pai-

jsçs indistintamente, exceto os Estados Unidos,que estão sendo beneficiados com essa alta,apesar do alto endividamento orçamentário".

Em São Paulo, o Ministro da Fazenda,Ernane Galvêas, admitiu que pelo menos dois"dos principais problemas econômicos do país —a inflação e o déficit da Previdência Social —não serão resolvidos pelo atual Governo porfalta de tempo. Essas duas questões, além dosefeitos da alta dos juros internacionais na dívidaexterna brasileira, "deverão ficar mesmo para opróximo Governo", afirmou ele.

Ele fez essas afirmações, em entrevista, noencerramento do seminário Alternativas de

reestruturação econômica mundial. Pouco an-tes, fez críticas às altas dos juros externos erecebeu um estudo do assistente do PresidenteRonald Reagan para assuntos econômicos mun-diais, Norman Bailey, sobre a criação de umconselho de empresas comerciais e industriaisamericanas. Esse conselho vai ter seu primeiroencontro em setembro próximo, por ocasião dareunião do conselho do FMI, e vai debater comGalvêas e outras autoridades brasileiras dosprincipais problemas econômicos do Brasil comrelação aos Estados Unidos.

— Já que o Governo brasileiro não sedecide pela criação de verdadeiro sistema delobby nos EU A para defender seus interesses, ospróprios empresários e autoridades norte-americanas estão cuidando disso — afirmou umempresário presente ao seminário, para definir oconselho.

O Fundo Monetário Internacional deveráliberar hoje a quarta parcela de recursos conce-didos ao Brasil este ano, no valor de 390 milhõesde dólares. Com mais uma parcela de 390milhões de dólares, que ingressará no país noinício de dezembro, o montante de recursos doFMI, em 1984, atingirá 1 bilhão 820 milhões dedólares.

Desde o início do ano, o FMI liberou para oBrasil 1 bilhão 40 milhões de dólares. A primei-ra parcela saiu em março, no valor de 394milhões de dólares; a segunda cm maio, de 256milhões de dólares; e a terceira em junho, de390 milhões de dólares.

Conselheiro do CMN julgará

recursos às punições

do BC

Brasília — O Conselho Monetário Nacional,atendendo a uma antiga reivindicação de empre-sários e advogados, resolveu que os recursos às

^penalidades impostas pelo Banco Central aadministradores e usuários do sistema nacionalde crédito sejam julgados por conselheiros e não

-mais pelo próprio banco.Secundo um funcionário do Banco Central,

a medida vai reparar uma distorção no julga-mento dos faltosos. Ele compara a sistemáticaque vigorava até hoje à dos tribunais da SantaInquisição que legislavam, faziam o inquérito,julgavam e, nos casos de apelação, tambémdavam a sentença final. Agora, a apelação serájulgada por uma parte isenta no processo: osmembro- do Conselho Monetário.

Menos rigor' Na reunião do dia Io de agosto, o ConselhoMonetário examinou oito relatórios de penalida-«es que foram impostas a diversos administrado-res e empresas pelo Banco Central. Luís EulálioBueno Vidigal foi o único relator de apelaçãoque optou por uma pena mais rigorosa do que ado Banco Central. O BC havia proposto opagamento de multa e o empresário paulista

defendeu que os faltosos fossem punidos cominabilitação temporária, arbitrada em cincoanos.

Dos oito recursos, um foi relatado porMário Stadlcr de Souza, conselheiro do CMN,ele próprio proibido pelo Banco Central deoperar com o sistema nacional de crédito ruralpor ter usado indevidamente crédito agrícola(Stadler passou vários meses punido e só an-teontem foi recuperado. Segundo uma fonte doBanco Central, seu nome foi sorteado entre osconselheiros porque a Secretaria do ConselhoMonetário Nacional não tem poder de veto emcasos dessa natureza).

Mário Stadler goza, dentro do CMN, dasprerrogativas de qualquer conselheiro, apesarda sua situação. Mário Stadler foi rigoroso naaplicação da penalidade: além de advertência,os faltosos do processo, que examinou, pagarammultas no \aior de 30 MVR (CrS I milhão 462mil).

Pelo sistema anterior de julgamento dasapelações, o Banco Central quase sempre manti-nha a penalidade aplicada pelos seus diretores.Foram raros os casos em que o BC atenuou apunição

Bergsten acha que déficit americano chegaaos US$ 300 bilhões nos próximos três anos

Delfim nos EUA só

faz contato informalNova Iorque — Definindo sua viagem como de "contatos

informais com os meios financeiros", o Ministro do Planejamento,Delfim Neto, está em Nova Iorque, onde deverá permanecer atédomingo, seguindo para Londres. Segundo Delfim, numa brevenota divulgada por sua assessoria, a viagem destina-se a "formaruma idéia mais precisa do comportamento das economias dospaíses industrializados, a fim de preparar a estratégia de negocia-ção com os banqueiros privados, em outubro".

Em sua nota, o Ministro voltou a lembrar que o início dasnegociações está previsto para a terceira semana de outubro.Delfim também está atento ao fecho das negociações com oMéxico, pois pela praxe (não escrita) entre os dois países, ascondições obtidas por um têm servido de base para o início dasnegociações com o outro.

FRITZ UTZERICorrespondente

Para Simonsen, FMI

está desatualizadoSão Paulo — "A cartilha do FMI está desatualizada",

afirmou, ontem, o ex-Ministro do Planejamento, Mário HenriqueSimonsen. recomendando uma mudança nos "critérios de condi-cionalidade" do fundo, que deveriam observar os seguintespontos: "os focos de inflação de custos e de realização e anecessidade de retomada do crescimento econômico".

Simonsen — membro do Conselho do Citicorp — participou,ontem, do seminário de "Alternativas de Reestruturação Econô-mica Mundial".

A médio e longo prazos, esse crescimento é impossível semexpansão do Produto Interno Brato (PIB). Note-se que o FMI nãose opõe a que cada país, por conta própria, tome medidas nessesdois sentidos, cm termos de políticas de rendas e de crescimento.Mas é omisso, e essa omissão, em muitos casos, tem tornado osprogramas de ajuste externo desnecessariamente onerosos —alertou.

Investidores da Coroa

não receberão pagamento

por letras de câmbio

Brasília — Os portadores de letras de câmbio do GrupoCoroa-Brastel não receberão um só centavo dos CrS 265 bilhõesque aplicaram naquela empresa, segundo informação enviadaoficialmente ao Senado Federal pelo liquidante da financeira,Walter Vieira Lopes, atendendo à solicitação do presidente daCPI que investiga as irregularidades no mercado financeiro dopaís, Senador José Frageli.

A informação do liquidante dá conta de que os recursos queserão obtidos na liquidação das empresas do grupo não serãosuficientes nem mesmo para atender ao pagamento do somatóriodos credores que tom privilégio assegurado por lei. devendo,portanto, receber antes-que quaisquer outros. Nos termos dalegislação, explica ele. os adquirentes tlc letras de cambio ocupamúltimo lugar na escala legal de preferencias, para ressarcimento,não sobrando nada para eles.

Do quadro que acompanha a informação consta que 34 mil4:: pessoas se habilitaram como credores cio Grupo Coroa-Brastel, em função da aquisição de letias de câmbio, Desses,apena pessoas detém CrS 12S bilhões, com créditos acima deCrS 50 milhões cada. Os menores, eeica de 15 mil compradores,têm letras de \alor iííf<.::"i a CrS i milhão 50(1 mil.

São Paulo — Embora otimista quanto àsperspectivas da economia mundial e acreditandonuma retomada do desenvolvimento, o ex-Secretário assistente do Tesouro norte-americano no Governo Carter, Fred Bergsten,advertiu ontem sobre a possibilidade de umrecrudescimento do protecionismo nos EstadosUnidos, desastroso, a seu ver, para os demaispaíses. "Seria a ruptura do sistema comercial domundo, com implicações das mais sérias", disse.

Bergsten, que é diretor do Instituto deEconomia Internacional de Washington, foi oexpositor de um dos painéis de ontem doseminário "Alternativas de Reestruturação daEconomia Mundial", em São Paulo. O protecio-nismo poderá crescer, na sua opinião, se houveruma diminuição no ritmo da economia dosEstados Unidos — voltando a aumentar o nívelde desemprego — e se continuarem subindo odéficit comercial norte-americano e também odéficit do Tesouro.

Sem mudançasEle não acredita que o Governo Reagan

(cuja reeleição considera certa, pelo bom de-sempenho da política adotada até agora) procu-re solucionar esses problemas através do aumen-to de impostos, acreditando ser mais provávelque adote outras medidas de reflexo diretosobre a economia mundial.

Para Bergsten, o déficit comercial dos Esta-dos Unidos será de 130 bilhões de dólares esteano, passando para 150 bilhões de dólares em1985, e o déficit do orçamento, de 175 bilhões dedólares, poderá chegar a 200 bilhões, não sendodifícil atingir 300 bilhões de dólares nos próxi-mos três anos.

A cobertura está sendo feita com recursoscarreados do mercado internacional, tambémutilizados nos investimentos internos, transfor-mando os Estados Unidos em um dos principaisdevedores do mundo.

Ele reconheceu que as taxas de juros inter-nacionais estão "muito elevadas" e repetiu aafirmação do ex-Chancelcr alemão, HelmutSchmidt, de que elas são as "mais altas desde onascimento de Jesus Cristo".

Destacou, contudo, que a alta de 2,7% nosjuros desde o ano passado, fazendo crescer oserviço da dívida dos países em desenvolvimen-to, teve também um aspecto positivo: foi aretomada da economia norte-americana, quebeneficiou aqueles países, principalmente emtermos de exportações para os Estados Unidos.Destacou que cada ponto percentual de cresci-mento da economia americana corresponde auma expansão de 12 bilhões de dólares paratodo o mundo.

"Canta o FMI"A retomada do crescimento interno, sem

afetar o volume de exportações, é a diretrizbásica que o novo governo brasileiro deveadotar, em 1985: esse foi o conselho dado,ontem, pelo assistente especial do Presidentedos Estados Unidos, Ronald Reagan, para as-suntos econômicos internacionais, Norman Bai-ley. Ele advertiu que "essa alternativa é impres-cindível para que o povo brasileiro deixe derepetir: "Minha terra tem dívidas onde canta oFMI".

Durante os debates do encontro "Alternati-vas de reestruturação econômica mundial", pro-movido pelo Unibanco e pela Sul América,Bailey observou que "a economia é o saldomédio dos esforços de sua população", reco-mendando que o Brasil mantenha sua política deaumentar as exportações. "Esse crescimentoprecisa ser acelerado, pois se o Produto Nacio-nal Bruto do Brasil crescer 5% ao ano, a partirde 1985, só em 1990 conseguirá atingir a rendaper capita de 1980. No caso do produto indus-trial, se o crescimento for de 6% ao ano, só em1994 alcançará o nível de 1980", destacou.

TOZZINI, FREIRE, SALLES E FRANCO

ADVOGADOSCOMUNICAM SEU NOVO TELEFONE

252-2060Hn

COMUNICADO

EXTRAVIO DE TÍTULOS

O Banco do Estado de Alagoas S/A comunica que seencontram extraviadas as Letras de Câmbio de sua

propriedade, de emissão da Produbam — Crédito,Financiamento e Investimentos, com as característi-cas abaixo:N°s dasLetras

N°s das Letras Data Vlrs. Resgates VencimentoEmissao Em Cr$

52399 03.06.83 1.797.841,00 09.12.8452432 06.12.83 56.449.913,00 30.12.8452428 29.11.83 21.678.104,00 23.11.8452429 29.11.83 42.492.732,00 23.11.8452650/52669 29.05.84 200.000.000,00 01.02.8552741/52743 16.07.84 32.000.000,00 14.01.85

Informamos que os citados papéis não poderão ser

negociados ou resgatados.

Maceió-AL, 29 de agosto de 1984Banco do Estado da Alagoas S/A

A Diretoria (P

0ZZINI

18 n 1° caderno D ssxtâ-fGirs-, 31/8/84 PORTOS E NAVIOS JORNAL DO BRASILSantos — José Carlos Brasil

Interbrás negocia pacote de

BS$ 200 milhões com Iraque

A Interbrás está negociando com oIraque um "pacote" de 200 milhões dedólares, com o Brasil fornecendo açúcar,carne, farelo de soja e produtos siderúrgi-cos, principalmente, e recebendo em paga-mento 20 mil barris/dia de petróleo, amais, durante um ano. Além disso, coorde-na um "pacote" de navipeças destinado aoMéxico, onde serão construídos quatronavios petroleiros, de 100 milhões de dóla-res, em acordo com a Associação dosFabricantes de Navipeças e EquipamentoOffshore (Navishore).

O diretor da Petrobrás Comércio Inter-nacional SA (Interbrás). Lauro Vieira,confirmou, ontem, que estão concluídascom as autoridades do Iraque as negocia-ções envolvendo açúcar (40 milhões dedólares), frango (130 milhões de dólares) ecorned beefe (6 milhões de dólares). Entre

os fornecedores privados, estão a UniãoNacional dos Exportadores de Frango, osfrigoríficos Caiova e Sola, e a Mangels. Ameta de exportação da Interbrás, para esteano, é ultrapassar os três bilhões de dó-lares.

Quanto à exportação de navipeças paraos estaleiros do México, o presidente daNavishore, Hélio Paulo Ferraz, explicouque poderá incluir, até mesmo, o projetocios quatro navios. Conselheiro do Bancrj,o industrial defenderá, na reunião de dire-toria do banco do Estado do Rio. a serealizar hoje, sua adesão ao projeto finan-ceiro conjunto do Banco do Estado de SãoPaulo, o Banco do México e o Banco daArgentina, destinado a financiar negóciosentre empresas brasileiras e desses outrosdois países.

Diretor da H. Dantas pede taxa

de juros menor para

cabotagem_ . • *1 _ _ 1.. .Ã ^ ^ n A.. i • n n n ? rt nun »v* 1 n 'I /I '1 H A

Nas comemorações dos 70 anos de ativida-des do grupo H Dantas, seu diretor gerente,José Fonseca de Oliveira, lança uma advertênciaàs autoridades: o sistema financeiro dos trans-portes marítimos pode inviabilizar a navegaçãode cabotagem, que tem dívida acumulada daordem de Cr$ 30 bilhões. O armador sugere,como solução, uma redução nas taxas de juros ea ampliação do prazo de pagamento.

Além disso, ele defende maior participaçãodas empresas nos recursos gerados pelo Adicio-nal ao Frete para Renovação da Marinha Mer-cante (AFRMM), de 50% para 100%, lembran-do que essa taxa deve se destinar ao pagamentodos navios nacionais, de custo mais elevado queos fabricados no exterior. Na primeira quinzenade setembro a H Dantas Comércio, Navegação eIndústrias Ltda recebe do estaleiro Mauá ograneleiro Criciúma, de 26 mil 700 toneladas deporte bruto, encomendado por 19 milhões dedólares. E José Fonseca de Oliveira afirma queno mercado internacional é possível comprar umnavio do mesmo tipo, atualmente, por apenas 10milhões de dólares.

Subsídio indiretoFilho de Heráclito Dantas de Oliveira, fun-

dador do grupo, em 1914, José Fonseca deOliveira, conhecido nos meios marítimos comoJosé Dantas, chama atenção para outro proble-ma: além do Criciúma, sua empresa tem emconstrução navio idêntico, no estaleiro Mauá, emais dois, de 45 mil toneladas de porte brutocada um, na Verolme. Essas três embarcaçõesfiguram no grupo de navios considerados "inviá-veis" em termos de mercado interno, para oqual o Governo busca uma saída através daexportação. Mas, lembra o armador, dificilmen-te se achará no mercado internacional quempague 18 milhões de dólares pelos barcos maio-res, que foram contratados aos estaleiros nacio-nais por 30 milhões de dólares.

O Brasil não pode exportar esses naviosconcedendo aos armadores estrangeiros subsídiodireto da ordem de 12 milhões de dólares (adiferença entre o preço nacional e o de mercadointernacional), frisa o armador, que é contra avenda dessas embarcações a grupos sediados noexterior. Ele não concorda, também, com a

solução estatizante, examinada no Ministériodos Transportes, que incluía a passagem dessasembarcações para empresas como o Lloyd Bra-sileiro e a Docenave.

— Defendo a concessão de um subsídioindireto ao armador brasileiro, para que fiquecom esses navios, que poderão ser necessáriosnos próximos anos. quando talvez venham acustar até mais de 30 milhões de dólares. Propo-nlio: prazo de carência de quatro anos; reduçãodos juros de 8% ao ano. mais correção monetá-ria. como é atualmente, para \ % mais correção;e aumento no prazo de financiamento, de 12anos para 18 anos — acrescenta o diretor da HDantas.

Queixa-se de que os reajustes das prestaçõesde financiamento são mensais, pelas ORTNs,enquanto o frete é reajustado de seis em seismeses. "Quando aumenta o combustível, anavegação aérea tem sua tarifa corrigida em48h, mas na cabotagem isso leva dois meses,descapitalizando as empresas" — frisa JoséFonseca de Oliveira.

Com seis navios em tráfego, um paralisado,900 empregados, e investimentos em reparonaval (estaleiro Santa Cruz, em Sergipe) erebocadores (companhia Sul Norte, que operanos portos do Rio, Salvador e Maceió), o grupoH Dantas conta com a "união dos empresaria-dos, para apoiar o desenvolvimento da cabota-gem. Quanto à sua dívida junto à Superinten-dência Nacional da Marinha Mercante, de CrS 4bilhões 200 milhões, o diretor gerente responsa-biliza as modificações introduzidas no sistema derateio do ARFMM, que prejudicaram os arma-dores. Além disso, de acordo com decisão doSupremo Tribunal Federal, de 1980 para cá osarmadores que fazem a linha para Manausperderam essa taxa, que deixou de incidir sobreo frete das mercadorias embarcadas para a ZonaFranca.

Com a entrada em operação do Criciúma,José Fonseca de Oliveira espera que a Caeeb,para quem transporta carvão, amplie sua partici-pação na movimentação desse granel. Lembraque, atualmente, carrega carvão com sacrifíciode sua rentabilidade, entre Imbituba, em SantaCatarina, e Antonina, no Paraná.

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O número de embarcações retidas na barra (ao fundo) devido à chuva chegou a 125, mas 11 ja Joram liberadas

Comind acha privatização a saída

para setor de transporte marítimo

O Brasil deve buscar na privatização a saídapara as dificuldades vividas pelo setor de trans-porte marítimo e, nesse sentido, o AlmiranteJosé Celso Macedo Soares Guimarães, presiden-te do Comind Projetos, um banco de negócios, eex-superintedente da Sunamam, propõe o se-guinte: congelamento da frota estatal, principal-mente a pertencente ao Lloyd Brasileiro, àCompanhia Vale do Rio Doce (Docenave) e àPetrobrás (Fronape), com a transferência grada-tiva de suas cargas para as companhias privadasde navegação.

O Almirante José Celso participou do pro-grama de entrevistas da RÁDIO JORNAL DOBRASIL, levado ao ar às 13h, ao vivo, ontem.Sobre o atual dirigente da SuperintendênciaNacional da Marinha Mercante, Almirante Jo-nas Corrêa da Costa Sobrinho, afirmou: "É umloideano ferrenho (o Almirante Jonas presidiu oLloyd Brasileiro por 15 anos), conhecido estati-zante".

Linha mestraA linha mestra da política nacional de

transporte marítimo, levada à prática a partir de1967, segundo o Almirante José Celso, partia dedois princípios: privatização da frota de longocurso e reserva de carga, de modo a fortalecer aempresa privada nacional. Agora, com a passa-gem do sistema financeiro do transporte maríti-mo para o BNDES, o aumento da frota estatal,e a permissão dada a navios estrangeiros outrsi-ders para entrar nas linhas concedidas aos arma-dores conferenciados nacionais, "esses objetivosparecem cada vez mais distantes".

O Almirante José Celso considera, mesmo,que houve retrocesso à política de desenvolvi-mento marítimo traçada em 1967, no GovernoCosta e Silva, quando exerceu a superintendên-cia da Sunamam (ele solicitou demissão do cargono dia em que foi assinado o Ato Institucional n°5), em vez de se avançar na direção da criaçãode um Ministério da Marinha Mercante. Emparte, esse retrocesso se explica pelo fato de oMinistério dos Transportes, ao qual está jurisdi-cionada a Sunamam, ser dirigido por rodoviaris-tas — "Ministros sobre rodas", segundo oAlmirante.

Ele usa dados estatísticos para destacar aimportância econômica do transporte marítimo:o déficit acumulado na balança comercial, noperíodo de 1970 a 1982, é da ordem de 14bilhões de dólares; mas o déficit na conta deserviços, do balanço de pagamentos, nesse mes-mo período, chegou a 28 bilhões de dólares —fora os juros da dívida externa. Em 1984, odéficit na conta de serviços deverá ficar em 3bilhões de dólares. E quase a metade dessedéficit, segundo o ex-superintendente da Suna-mam, relaciona-se ao afretamento de naviosestrangeiros.

A favor de uma Marinha Mercante nacionalfortalecida, capaz de colocar novas encomendasjunto aos estaleiros, o Almirante José CelsoMacedo Soares Guimarães afirma que paísescomo os EUA subsidiam em até 60% seutransporte marítimo. E não deixam sem enco-mendas os estaleiros, fazendo barcos de guerraquando escasseia a construção de navios mer-cantes.

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Telex: (021) 23211 AGML-BR AíiENAVEAgtMicia Marítima Ltda

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Rio Grande - T«l.: (0536) 210-35 PABX - Telex: (05321 358 AGML-BR JBelo Horizonte - Tel.: (031) 223-5199 PABX • Telex: (031) 2313 ^

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Salvador • Nelcastro Cumfrciu e Repre.entaçõe., Ltda - Je'» : (071) 242-3396/3471 (.0"'*201 NCRL-BRVitória - Poseidon Marítima. Ltda. Tel.: (027) 227-5499 - JeJe"'^27) 2313 BMLV-BR

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Santos precisa de mais

10 dias sem chuva para

normalizar operaçõesSantos (SP) — Sem as chuvas dos últimos dias, o tempo

permitiu ontem a liberação de 12 navios, mas isso não foisuficiente para acabar com o congestionamento do porto deSantos, que tinha anteontem 125 embarcações atracadas ou aolargo. Pelas previsões da administração portuária, serão neces-sários de oito a 10 dias sem chuva para um retorno à situaçãoconsiderada normal, com um máximo de 10 navios aguardandoatracação.

Com tempo melhor, o porto trabalhou em pleno ritmo atéa noite de ontem. O diretor de operações da Codesp, JoséCarlos Melo Rego. anunciou à tarde a desatracação de seisnavios, reduzindo de 58 para 52 o número dos que aguardavampara encostar. Entretanto, além dos 60 navios atracados —incluindo nove da Marinha de Guerra — e dos 52 estacionadosna barra, outros 31 são esperados para hoje.

PrejuízosO congestionamento, além de prejudicar a escala organiza-

da pelos armadores, afeta os ganhos dos trabalhadores avulsosdo cais, que recebem por tarefa; dos caminhoneiros que chegamdo interior e não podem desembarcar suas mercadorias; e dasestradas de ferro, que ficam com os vagões paralisados. Emconseqüência, formavam-se ontem extensas filas de caminhõese vagões ferroviários nas dependências e ruas próximas aoporto.

Esta época do ano tradicionalmente registra uma grandemovimentação portuária. Quando chove, as atividades sãomuito prejudicadas. A administração portuária argumenta que,além de não poder controlar as dificuldades climáticas, nãoinflui no fluxo de navios, que depende do mercado."Mesmocom as chuvas, este mês já registrou movimentação de 2 milhões475 mil toneladas de carga, mantendo sua média normal",informou um assessor da Codesp.

Os Sindicatos Portuários de Santos vão realizar assem-bléias para analisar o anteprojeto de reforma da legislaçãoportuária elaborado pelo Ministro dos Transportes, CloraldinoSevero. O anteprojeto prevê a privatização dos portos, com acriação de empresas estivadoras e a implantação do sistema PortAuthority. As primeiras permitiriam que empresas particularesformassem suas próprias equipes de estivadores, reduzindo ocampo de trabalho dos trabalhadores avulsos. E, pelo PortAuthority, o porto seria dividido em piers a serem distribuídos aagências de navegação, a maioria multinacionais.

Carga aumenta 13%

no Espírito SantoVitória — O volume de cargas movimentadas nos portos „„ .

administrados pela Codesa (Vitória, Capuaba e Barra doRiacho), integrante do complexo portuário do Espírito Santo, •«-atingiu no mês de julho um total de 331 mil 343 toneladas, o que *-representa acréscimo de 13,3% em comparação ao mesmo mêsdo ano anterior.

Os produtos siderúrgicos, café, cacau, trigo e soja predo- *minaram nas exportações, sendo que o sistema conteinerizadoobteve absoluta preferência por parte dos exportadores. Os **conteiners são em aço, alumínio, fibra ou madeira, e pesam, em ^média, 2 mil 320 quilos (20 pés) e têm capacidade para ^acomodar 250 sacas de café, ou seja, 17 mil 445 quilos, ^aproximadamente. , zi

A Codesa tem experimentado sucessivos recordes em sua Smovimentação de carga geral. De janeiro a julho deste ano, por Sexemplo, o total da movimentação de cargas nos cais da Codesafoi de 1 milhão 936 mil 741 toneladas, que comprada ao mesmoperíodo do ano anterior revela acréscimo de 5,2%.

Comemorando um ano de suas atividades — é a mais nova ~empresa do sistema Portobrás — a Companhia Docas dq ~Espírito Santo realiza vários projetos de caráter cultural, entre; ~eles o primeiro Salão Capixaba de Pintura Marinha, cujaabertura oficial se dará hoje, em Vitória, com entTega deprêmios. •

Projeto limita

a aposentadoriaBrasília — O Presidente João Figueiredo remeteu ontem,- «•

ao Congresso Nacional, projeto de lei que concede aposentado-ria a trabalhadores portuários — conferentes, estivadores, -consertadores, vigias e outros — somente mediante o efetivodesligamento da profissão. Com o projeto, o Executivo preten- *""•de abrir esse mercado de trabalho à mão-de-obra jovem.

' T.O Ministro da Previdência, Jarbas Passarinho, argumenta

na Exposição de Motivos enviada ao Presidente que "taisatividades se processam no contexto de quadros prefixados, -conduzindo a í]ue, no atual sistema, tenhamos o progressivoenvelhecimento dos integrantes dessas categorias .

Além disso, segundo o Ministro, "os serviços portuários econexos envolvem aspectos que dizem respeito à segurançanacional".

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Porto Alegre. 31 de agosto de 1984

3 i.WaSlr^*\^JaM o (to G«AND« J0M05 NO*SH|W|p OOVUMO IA» VQAKIi

IOTÍtÓCIOS & FINANÇAS sexta-feira, 31/8/84 ? Io caderno ? 19JORNAL DO BRASIL

Almirante Thelmo assume a presidênciaMarco Antônio Cavalcanti

O novo presidente da Petro-brás, Almirante Thelmo Dutra deRezende, empossado ontem, anun-ciou que a Plataforma Central deEnchova voltará a produzir, na pró-xima semana, e reafirmou que deve-rá permanecer apenas os seis mesesrestantes do Governo Figueiredo,na presidência da empresa, em en-trevista concedida após a cerimônia.

Thelmo Dutra de Rezende, queacumulará o cargo de diretor detransporte "por mais uns quinzedias", garantiu que a Petrobrás

manterá sua tradição de "não seengajar em disputas políticas", refe-rindo-se à campanha do candidatodo PDS, Paulo Maluf. Fez apenasuma ressalva quando um repórterinsistiu na pergunta: "A Petrobráspoderia vir a apoiar a candidaturade Maluf?"

— Nós seguimos as diretrizesdo Presidente da República. Alémdisso, os amigos são fiéis aos amigos— comentou sem dar maiores expli-cações, a propósito de sua amizadecom o Presidente Figueiredo.

Momento tensoO Ministro das Minas e Ener-

gia, César Cais, que logo após osdiscursos saiu rapidamente acompa-nhado de seus assessores no Rio,evitando o contato com a imprensa,também fez referência à campanhado candidato Paulo Maluf. "Não

quero falar sobre política", confi-denciou ele a um dos seus assesso-rcs, ao entrar apressado no elevadorprivativo.O Presidente Figueiredomesmo sabendo que o país vive ummomento politicamente tenso deci-diu que o presidente da Petrobrásdeveria sair dos seus quadros. Deci-diu também que fosse o AlmiranteThelmo Dutra de Rezende — enfa-tizou em seu discurso, conquistandoo aplauso dos altos executivos daempresa presentes à cerimônia.

O novo presidente da Petro-brás, na entrevista coletiva, definiua experiência da Paulipetro — em-presa criada durante o Governo dePaulo Maluf, em São Paulo — quesó nos contratos de risco para expio-ração,.de petróleo e gás aplicoucerca de 400 milhões de dólares,como uma "iniciativa bem intencio-nada".

Na Petrobrás, rezávamos pa-ra que a Paulipetro encontrasse pe-tróleo, que seria uma coisa boa parao país, mas infelizmente não deucerto — lamentou Thelmo Dutra.

Após a cerimônia de posse, quecontou com a participação de 300pessoas, entre ex-Ministros (Reis

Velloso e Eliseu Rezende), direto-res da Petrobrás e de suas subsidiá-rias e empresários nacionais e es-trangeiros, o Almirante concedeuentrevista, mais uma vez, ao lado deseu filho, Rogério, 18 anos.

Ele estimou em cerca de 15 dias— "quanto mais rápido melhor" —o prazo para a indicação do novodiretor de transporte da empresa eadmitiu ter ouvido versões, na áreadas empresas de construção naval,sobre a provável indicação do presi-dente da Companhia de Navegaçãoda Amazônia-CNA, Ronald Carre-teiro, para o cargo.

Trata-se de um rapaz inteli-gente e meu amigo pessoal — co-mentou Thelmo Dutra, admitindoque o nome de Ronald Carreteiropoderia ser o escolhido, já que setrata de um engenheiro daPetrobrás Distribuidora, sendo,portanto, enquadrado dentro dachamada "solução interna".

Thelmo Dutra de Rezende disseque não se considera um candidatonatural ao cargo de ministro nopróximo Governo, ao assumir a pre-sidência da Petrobrás, alegando quenão é possível prever, hoje, quemserá o novo presidente do país, masreconheceu que Paulo Maluf temboas chances. "\,

É bem possível que seja elei-to. Ele é candidato do PDS, que é opartido do presidente Figueiredo —ponderou.

Lucro eO novo presidente da Petrobrás

repetiu algumas vezes que não co-nhecia os números de memória, masadmitiu que a Petrobrás tem sofridoperdas financeiras eventuais, decor-rentes de atrasos na aplicação dosreajustes dos preços dos derivadosde petróleo, sua principal fonte dereceita.

Ele não soube precisar se a cifradivulgada como perda financeiraacumulada até o momento pela Pe-trobi;ás — CrS 1 trilhão 200 milhões,de acordo com fonte do ConselhoNacional do Petróleo — CNP — éexatarmas confirmou que quando oreajuste entra em vigor, com atraso,acarreta perdas.— Se o reajuste atrasar, alémda época prevista, começa a gerarum déficit financeiro — explicouThelmo Dutra.

>>xwíss»SS»mm»WWAlmirante Thelmo (E) toma posse na presidência da Petrobrás no lugar de

Shigeaki Uehi (D) em cerimônia presidida pelo Ministro César Cais

prejuízoDisse também que haverá reco-

mendação mais rigorosa para quesejam redobrados os cuidados com asegurança, particularmente nas ati-vidades de rotina, ao comentar osrecentes acidentes de Enchova, queprovocou a morte de 37 pessoas, ede Vila Socó, em São Paulo, queprovocou a morte de mais de 90,segundo os dados oficiais.

Este foi também o principal te-ma do discurso de despedida do ex-presidente da empresa, ShigeakiUeki.

— Como em todas as batalhas,tivemos perdas humanas a lamen-tar. Sáo lembranças que carregocom tristeza, mas Deus e vocês sãotestemunhas do quanto a preocupa-ção com produzir foi sempre acom-panhada de preocupação com segu-rança — disse Shigeaki Ueki.

Usineiros prevêem

crise com redução da

produção de açúcar

São Paulo — O município de Sertãozinho, maiorprodutor de açúcar e álcool do país, solicitou ao GovernoFederal a continuidade da produção dos dois produtos.Alertou que a redução da, produção, determinada peloInstituto do Açúcar e do Álcool (1AA), poderá levarãomunicípio a "uma implosão social sem precedentes".Segundo a Câmara local, Sertãozinho poderá deixar demoer, este ano, cerca de 1 milhão 500 mil toneladas decana.

O Sindicato Rural de Ribeirão Preto também estápreocupado com a situação. Essa quantidade de cana, quepoderá ficar em pé, permitiria a produção de 3 milhões desacas de açúcar ou 105 milhões de litros de álcool. Omunicípio possui cinco usinas de açúcar com destilariasanexas e duas destilarias autônomas, responsáveis peloemprego direto de 25 mil pessoas.

DesempregoA atual safra de cana terminará em setembro. Segun-

do os vereadores e produtores locais ligados ao SindicatoRural, se a produção fosse liberada, as indústrias poderiamprocessar a cana até novembro, quando iniciam as culturasde grãos nas áreas de renovação canavieira.

O Vereador Antônio David lembra que se o Governomantiver sua decisão, os fornecedores e os usineiros terãoum prejuízo de CrS 50 bilhões. Além disso, o Estado e acidade de Sertãozinho deixarão de recolher, em impostos,CrS 8 bilhões. O maior problema, porém, seria o desem-prego de milhares de trabalhadores, que ficariam algunsmeses sem qualquer atividade.

O Sindicato Rural de Ribeirão Preto, também "preo-cupado e apreensivo com a situação aflitiva do setorcanavieira", enviou telegrama ao novo Ministro da Indús-tria e do Comércio, Murilo Badarõ, pedindo um reajasteno preço da cana-de-açúcar até o dia Io de setembro.

Pai do motor a álcool

recebe Prêmio IBM de

Pesquisa e TecnologiaA Academia Brasileira de Ciências e a IBM do Brasil

entregaram ontem ao professor Urbano Ernesto Stumpf oPrêmio IBM de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico.Ernesto Stumpf é conhecido nos meios científicos como opai do motor a álcool. Foi ele que desenvolveu as pesquisasque permitiram a utilização do álcool como combustível.

O Prêmio IBM de pesquisas é oferecido de dois emdois anos a pessoa, brasileira ou residente no Brasil, quetenha prestado importante contribuição para o desenvolvi-mento tecnológico do país, em qualquer setor da economianacional. No caso do professor Stumpf, a concessão doPrêmio é facilmente justificável — graças às suas pesquisaso país pôde, por exemplo, chegar aos dias de hojeutilizando em sua frota de carros de passeio 90% demotores a álcool. Durante os anos de pesquisa, entre 1976e 1979, cerca de 770 veículos rodaram um total de 22milhões 250 mil quilômetros.

O professor Ernesto Stumpf iniciou suas pesquisassobre a possibilidade de utilização do álcool como combus-tível em 1951, no Centro Tecnológico da Aeronáutica. Em1953, publicou seu primeiro trabalho sobre o assunto. Masas pesquisas foram abandonadas, pois sendo o petróleo naépoca farto e barato, elas não despertaram interesse. Em1972, diante do primeiro esboço da crise do petróleo,Stumpf foi convidado pelo próprio CTA para voltar adesenvolver as mesmas pesquisas.

Hoje, afirmou no discurso de agradecimento, eleacha que "o Brasil tem tudo para ficar independente dopetróleo importado". Entre outros motivos, porque acre-dita ser possível encontrar substitutos para o petróleo,como o óleo vegetal. No momento, ele está fazendoexatamente esse tipo de pesquisa.

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BH—GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Secretaria de Energia. Min.is e Comunicações

COMPANHIA ESTADUALDE ENERGIA ELÈTRICA-RS

Companhia AbertaC G C M .F n1 92 716.812/0001 31

E2

20 ? Io caderno a sexta-feira, 31/8/84

Deputado acha maquiavélico

o projeto de informática

NEGÓCIOS & FINANÇASGilson Barreto

JORNAL DO BRASIL

Brasília — "Uma trama maquiavéli-ca, armada para manter o país subjugadoa um grupo autoritário que pretendetornar inóquo o processo de redemocrati-zação". Com estas palavras, o DeputadoGustavo Faria (PMDB-RJ) criticou on-tem, em discurso na Câmara, o projetoque regula a política nacional de informa-tica, enviado pelo Governo ao CongressoNacional.

O deputado fluminense acusou o Ser-viço Nacional de Informações (SNI) deter armado "uma trama capaz de confun-dir as oposições e as lideranças da socie-dade civil, acenando com falsos naciona-lismos, que têm disfarçado o objetivo deeternizar aquele órgão de informação nopoder". Lamentou que essa manobravenha encontrando apoio de setores da

i oposição e de entidades de classe dasociedade civil.

Sem controleAo comentar o projeto do Governo,

que deverá ser votado pelo Congressoi dentro de 40 dias — caso contrário, será! aprovado por decurso de prazo — oí Deputado Gustavo Faria fez uma adver-

tência aos políticos, afirmando que, sejaqual for o futuro Presidente, ele podeassumir o cargo" sem deter o efetivo

; controle da Nação", caso o projeto venhaa ser aprovado nos termos em que éproposto.

Segundo ele, "o pequeno grupo quetenta se perpetuar no poder está usando o

1 próprio Congresso Nacional como instru-mento de sua insaciável vocação autoritá-

j ria, aproveitando-se da boa fé dos políti-cos, que estão hoje totalmente envolvi-

i dos pela disputa sucessória".: Faria acusou a chamada comunidade

dc informações de estar, através do pro-jeto da informática, que concentra pode-res na Comissão Nacional de Informáti-ca, "prestes a se transformar em umaespécie de poder acima do Governo,imune a eleições e a qualquer alteraçãono quadro político".

Depois de afirmar que poucos foramos parlamentares que leram o projeto doGoverno, o Deputado Gustavo Faria dis-se que a proposição aparenta ser de"cunho nacionalista e que visa a protegeros interesses da indústria brasileira contrao poderio das empresas multinacionais",mas que na realidade o seu objetivo "é asubmissão permanente da sociedade civil,através de artigos e dispositivos redigidosde forma extremamente hábil e dissimu-lada".

O Deputado estranhou ainda que oprojeto, que o Governo diz ter o objetivode defender a política nacional de infor-mática, em nenhum momento aborda,em qualquer de seus artigos, a questão dareserva de mercado, sem a qual a indús-tria brasileira jamais será competitiva.

AcusaçãoGustavo Faria acusou os autores do

projeto de serem "intimamente ligadosao SNI", entre eles, citou o atual secreta-rio da SEI, os diretores da extinta Digi-brás e os presidentes das empresas Cobra,e Prólogo. "A Prólogo", disse Faria, "éuma empresa ligada à SEI e ao SNI, queestá fabricando e vendendo terminais 90Banco do Brasil e a outros órgãos doGoverno e, com a renda, dedica-se àcriptografia, ou seja, ao desenvolvimentode códigos ultra-secretos, capazes de tor-nar impossível decifrar informações ar-mazenadas. E as fichas dos cidadãosbrasileiros arquivadas no SNI estão emcomputadores".

O Deputado fez um apelo ao Gover-no para que retire do projeto a exigênciade decurso de prazo, ao mesmo tempoque pediu ao presidente da Câmara quedistribua cópias a todos os parlamenta-res, a fim de que eles possam ver "oenorme anzol que está por detrás daisca". Concluiu afirmando que, se apro-vado, o projeto"coloca sob o controle daSEI a totalidade da indústria nacional,todo o setor bancário, a imprensa cmgeral, as telecomunicações e toda a ativi-dade produtiva do país".

EMPRESAS

Teixeira condena a urgência

Brasília — O presidenje da Comissãode Comunicação da Câmara, DeputadoAnibal Teixeira (PMDB-MG), condenouontem o regime de urgência "imposto"ao projeto do Governo que institui apolítica nacional de informática, por en-tender que, com isto, se impede que osparlamentares

"discutam e analisem aproposta".

Contrário ao projeto de informática,Teixeira disie que ele "parte de concep-ções equívocas, desde a inibição do seudebate até a sua vinculação estranha como Conselho de Segurança Nacional". O

' Deputado defende a apresentação de' outro projeto regulamentando a políticanacional de informática, com base nas

• sugestões contidas em várias outras pro-

postas em tramitação no Congresso Na-cional.

FalhasEntre as várias falhas apontadas no

projeto, o Deputado Anibal Teixeira re-feriu-se "à imprecisão com que trata oconceito de informática" e o fato de"invadir áreas de atuação específicas" dealguns ministérios, como o das Comuni-cações, da Indústria e do Comércio e daFazenda.

— O projeto apresentado — conti-nuou — delega as já restritas funções doLegislativo a um Conselho de Informáti-ca, cujas atribuições são, em muitos ca-sos, maiores que as do próprio CongressoNacional.

O computador conta os votos

Brigadeiro quer

mais pesquisa

de tecnologiaSão Paulo — O subdiretor de enge-

nharia do Instituto Tecnológico Aeroes-pacial, Brigadeiro Tercio Pacitti, reco-mendou, ontem, que o Brasil invista maisna educação, na pesquisa e no desenvol-vimento tecnológico para que não au-mente o espaço entre o seu nível dedesenvolvimento e o nível dos paísesadiantados. A advertência — segundo ele— não tem razões de segurança, deindependência e de soberania tecnológi-ca, mas apenas de ordem econômica esocial.

A razão econômica está relacionadaà necessidade de o país conquistar novosmercados e, principalmente, matê-los.No caso social, para abrir novos espaçosde ocupação da mão-de-obra disponível,contendo o conflito entre as novas e asgerações mais antigas. Ele fez essas afir-mações na reunião da Sociedade deUsuários de Computadores e Equipa-mentos Subsidiários (Sucesu-SP) paracerca de 300 executivos e empresários dosetor."Considerando que as novas tecnolo-gias vêm, regularmente, substituindo asanteriores, e que o tempo necessário paraa nação dominar uma nova tecnologiapode ser superior ao intervalo entre estae a seguinte, concluímos que um paíspode correr o risco de ficar eternamentena condição de mero comprador de tec-nologias inéditas. Isso, se não investirseriamente nos correspondentes setoresda educação, da pesquisa e do desenvol-vimento tecnológico", afirmou.

O Brigadeiro Tercio Pacitti observouque o desenvolvimento de novas tecnolo-gias tem sido um dos segredos paramanter o equilíbrio de emprego nos pai-ses considerados avançados: "A expres-são keep growing (cresça sempre) é pordemais conhecida, e abrir novas frontei-ras tecnológicas significa crescer".

SyS1 ™ O Bam-ode Minas.5« Banco do Estado de Minas Gerais S.Â.Sede. Rua Rio de Janeiro, 47) • Centrô • Belo Horizonte • MG ¦ Carta Palente N? 1-326- CGCMF 17.298.092/0001-30 (Companhia Aberta).

RESUMO DO BALANÇO PATRIMONIAL EM 30 DE JUNHO DE 1984

ATIVO

ATIVO CIRCULANTEDISPONIBILIDADESOPERAÇÕES DE CRÉDITO

Empréstimos e Títulos DescontadosFinanciamentos Rurais(Rendas a Apropriar)

RELAÇÕES INTERBANCÁRIAS E INTERDEPARTAMENTAIS...Pagamentos e Recebimentos a LiquidarCorrespondentes no Exterior em Moedas EstrangeirasCorrespondentes em Moeda NacionalContas Interdepartamentais • Pais

CRÉDITOS DIVERSOSBanco Central • Depósitos EspeciaisAdiantamentos sobre Contratos de CâmbioCambiais, Financiamentos e Créditos em MoedasEstrangeirasOutros Créditos em Moeda Nacional(Rendas a Apropriar)

VALORES E BENSTítulos de Renda FixaBanco Central • Recolhimentos em TítulosTitulos Vinculados a Revendas ou VendasOutros Valores e Bens

ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZOOPERAÇÕES DE CRÉDITO

Empréstimos e Titulos DescontadosFinanciamentos RuraisCréditos em Liquidação(Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa)(Rendas a Apropriar)

CRÉDITOS DIVERSOSAdiantamentos sobre Contratos de CâmbioOutros Créditos em Moeda Nacional

VALORES E BENSTitulos de Renda FixaOutros Valores e Bens

ATIVO PERMANENTEINVESTIMENTOS

Participações em Coligadas e ControladasOutros Investimentos(Provisão para Rardas)

IMOBILIZADOImóveis de UsoImobilizaçòes em Curso

Outros Bens de Uso(Depreciação Acumulada)DIFERIDO

Despesas de Organização e Expansão(Amortização Acumulada)

TOTAL DO ATIVO

VALORES EM CRH.000,00JUNHO/84 JUNHO/83

830.824.80458.184.305

375.263.687326.850.037

52.586.148(4.172.498)

302.843.418142.939.397

9.677.50122.483

150.204.03765.150.501

9.310.7558.286.0551.442.079

46.159.095(47.483)

29.382.89321.701.177208.421

3.011.1504.462.145

226.489.534201.853.823190.209.274

11.644.5497.830.285

(7.756.123)(74.162)

8.164.32595.339

8068.98616.471.38616.445.935

25.451112.804.031

40.778.53837 200.1803.603.954

(25.596)69.538.78267.827.159

1.630.9698.566.691

(8.486.037)2.486.7115.210.733(2.724.022)

1.170.118.369

294.375.29918.157.824

115.052.969104.188.27214.367.096

(3.502.399)138.171.77430.033.9714.107.389

207.516103.822.898

17.589.3992.995.9802.756.5441.285.282

10.556.518(4.925)

_ 5.403.333301.765

4.407.298694.270

84.230.92175.947.84172.630.0773.317.7644.547.981(4.547.981)

i - )447.405191.185

256.2207.835.6757.733.370

102.30537.590.049

_11.897.01510.495.5511.403.739

(2.275)24.478^00722.113.4071.840.334

2.488.101(1.963.835)1.215.0272^199.684

(984.657)416.196.269

PASSIVOVALORES EM CRJ1.000,00

PASSIVO CIRCULANTEDEPÓSITOS

Depósitos à VistaDepósitos a Prazo(Despesas a Apropriar)

RELAÇÕES INTERBANCÁRIAS E INTERDEPARTAMENTAIS....Pagamentos e Recebimentos a LiquidarCobrança Efetuada em TrânsitoCorrespondentes no Exterior em Moedas EstrangeirasCorrespondentes em Moeda NacionalOrdens de PagamentoContas Interdepartamentais - Pais

OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOSRedescontos e Empréstimos no Banco CentralObrigações por Empréstimos no PaisObrigações por Empréstimos ExternosObrigações em Moedas Estrangeiras(Despesas a Apropriar)

OBRIGAÇÕES POR RECEBIMENTOS-TRIBUTOS E ENCARGOSSOCIAISOUTRAS OBRIGAÇÕES

Provisões para PagamentosObrigações Diversas em Moeda NacionalObrigações em Moedas Estrangeiras

PASSIVO EXIGiVEL A LONGO PRAZOOBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOSRedescontos e Empréstimos no Banco CentralObrigações por Empréstimos no PaisObrigações por Empréstimos Externos

OUTRAS OBRIGAÇÕESObrigações Diversas em Moeda Nacional

RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROSRendas Antecipadas

PATRIMÔNIO LÍQUIDOCapital Social(AcionistasCapital a Realizar)Reservas de CapitalReservas de ReavaliaçãoReservas de LucrosLucros Acumulados ¦ —

JUNHO/84 JUNH0/83

872.799.681 309.310.366

_343.314.320 93.938.219149.823.033 55.057.381203.515.528 38.892.210(10.024.241) (11.372)270.586.131 J28.013.745127.283.699 32.568.2831.320.198 643.050

8.113.033 32.50577.506 284.5741.043.326 531.362132.748.369 93.953.971167.540.890 67.915.600

37.223 2.540.042121.189.666 9.834.47136.317.416 42.972.38710.706.122 13.285.565

(709.537) (716.865)

68.821.990 12.242.794

_ 22.536.350_ 7.200.00813.387.512 4.805.6257.675.339 2.328.9691.473.499 65.414

237.487.311 86.657.228237.487.311 86.646.144

176.739" 92.662102.967.975 37.362.194134.342.597 49.191.288

11.08411.084

3.683.355 10.2673.683.355 10.267

56.14a022_ 20.218.40827.746.400 11.365.200

( _ (605.835)20.584.463 5.790.574171.364 639.0387.645.795 2.156.421873 010

TOTAL DO PASSIVO. 1 170.1 18 369 416.196.269

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOJosé Hugo Castelo BrancoGustavo CapanemaSandoval Soares de Azevedo FilhoEmiliano Franklin de CastroFábio Proença DoyleFeliciano Libànio da SilveiraGeraldo Dinis ResendeJosé Francisco Tamm Bias FortesRenè BarsamRodrigo Paulo de Pádua Lopes

DIRETORIAPresidente José Hugo Castelo BrancoVice-Presidente Artileu AFonso dos SantosVice-Presidente sandoval Soares de Azevedo Filho

Geraldo lldefonso Mascarenhas da SilvaJosé Maurício Pinheiro de CamposMarco Aurélio Vasconcelos CangadoMarcos Francisco Pereira• Roberto Fernandes de AguiarRubens de Azevedo CampelloRuy Veloso Vèrsiani dos Anjos

Diretor-PresidenteDiretor Vice-PresidenteDiretor Vice-PresidenteDiretorDiretorDiretorDiretorDiretorDiretorDiretor

CONTADOR GERALEdward Rodrigues da SilvaContador • CRC-MG 19408

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Banco do Estado de Minas Gerais S. A.

Preço de tecido cairá

com volta da N. América

¦ie mostra resultados

Serpro já está

pronto para a

eleição diretaO Serpro mostrou ontem que já tem

pronto um sistema que pode apurar em curtoprazo os votos de eleições a nível nacional,inclusive para Presidente da República. Osistema computadorizado é mais eficiente doque o utilizado — em alguns estados — naseleições para Governador em 1982, pois usacartões semelhantes aos da Loteria Esportivae da Loto, permitindo que a contagem devotos seja mais rápida.

O órgão estatal estará exibindo o sistemaaté o final da tarde de hoje no Clube deEngenharia, onde estão sendo realizadaseleições de 25 novos conselheiros da entida-de. Lá, os associados marcam os nomes deseus candidatos no cartão. Após abertas asurnas, o cartão passa por uma leitora ótica (amesma máquina usada na Loteria). A leitorafica conectada a um computador que já faz acontagem dos votos e exibe os resultados emterminais de vídeo.

Criar hábitoFernando Porto, gerente do projeto elei-

toral do Serpro, explicou que o apoio aoClube de Engenharia tem como principalobjetivo mostrar ao eleitor brasileiro que aautomação pode ser utilizada no processo deapuração de eleições de maneira confiável."A desconfiança — disse — não existe só noBrasil. E também, em muitos países desen-volvidos, as pesquisas mostram, ainda, que oeleitor gosta de segurar e marcar a cédulanos moldes tradicionais".

Nas eleições de 1982, nos locais onde oSerpro computou os votos, estes só entravamno computador após terem sido registradosem mapas. O eleitor utilizava a cédula tradi-cional. O novo sistema é para uso dos cartões(como os da loteria). Estes cartões levamdois segundos para serem lidos pelo sistemaótico e "contados" pelo computador.

Segundo as estimativas de FernandoPorto, em uma cidade com 3 milhões deeleitores e mil máquinas de leitura ótica, osvotos poderiam ser apurados em uma hora e36 minutos.

— Quando a Nova América estiverfuncionando os preços gerais dos tecidosao consumidor vão cair. Quem afirmaisso é o maior acionista individual daempresa, Bernardo Goldfarb (que tam-bém é presidente da Lojas Brasileiras noRio, e da Lojas Mariza, em São Paulo).Ele garante que quando a Companhia deTecidos Nova América foi fechada, entreo final do ano passado e o início desteano, foram retirados do mercado cerca de6 milhões de metros, ou seja, a produçãoda Nova América. "Isso fez com que ospreços dos tecidos subissem artificialmen-te, numa proporção de Cr$ 100 para CrS400, quando deveriam ter subido paramenos de CrS 300". diz ele.

Goldfarb diz ainda que aos concor-rentes da Nova América não interessa

que ela volte a produzir, "pois seustecidos sempre foram de boa qualidade.Com o fechamento da empresa, os con-correntes ocuparam seu mercado e au-mentaram seus lucros. Por isso não que-rem que ela seja reaberta", assegura.Goldfarb diz ainda que com o retorno daNova América, o grupo Lojas Brasileira/Marisa vai contribuir para o fortaleci-mento da empresa vendendo seus produ-tos nas suas 122 lojas.

O presidente da Lojas Brasileirasgarantiu ainda que o acordo entre oGoverno e os acionistas para resolver aestrutura acionária da empresa está prati-camente fechado. Ele não quis adiantarquais foram as bases em que o acordoestá sendo discutido, mas afirma que"nos próximos dias ele será definitiva-mente concluído".

Bradesco tem capitalização

São Paulo — A Bradesco Capitaliza-ção iniciará suas atividades em outubro,anunciou, ontem, o presidente das Orga-nizações Bradesco, Lázaro de MelloBrandão. "Com essa nova empresa, fe-charemos o círculo do conglomerado",afirmou.

O Bradesco adquiriu, em maio, acarta patente da Residência Capitaliza-ção, antiga Kosmos Capitalização, e vemtreinando o seu pessoal para atuar nanova empresa do conglomerado. A cartapatente adquirida do grupo Residênciaestava desativada há mais de um ano.

Segundo Lázaro de Mello Brandão, aBradesco Capitalização apresentará vá-rios planos de capitalização, inexistentesaté agora no mercado, oferecendo maio-

res opções, além de uma comercializaçãoque contará com o suporte do BancoBradesco, da Bradesco Seguros e deagentes autônomos.

Com base em pesquisas realizadaspela organização, a empresa, além dosplanos de capitalização para as classes Ae B, terá, também, planos para aclasse C.

De acordo com Lázaro de MelloBrandão, presidente executivo doBradesco, "com a entrada em operaçãoda nova empresa, será oferecida ao mer-cado uma nova opção para investimen-tos". Ele informou, também, que o PlanoSaúde Bradesco, lançado em maio, játem 100 mil associados, "o que mostra acredibilidade do mercado".

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A coleção Verão 84185 de Rose Bene-detti já pode ser encontrada na sua lojacarioca, à Rua Vinícius de Moraes, 121-D, em Ipanema. Rose utiliza temasgráficos inspirados nos grafites das pa-redes de Nova Iorque e em motivosafricanos. Suas peças são feitas emcortiça, osso, conchas, madeira, metaise cerâmica. Entre os destaques estão oscristais, strass, pedras brasileiras e ma-

drepérolas

Já estão no mercado os novos modelos doaquecedor a gás Geraltherm Instantâneo,fabricado pela Companhia Geral de In-diistrias. Com várias inovações em rela-ção aos modelos anteriores, uma dasversões tem capacidade para 10 litros deágua por minuto, operando com gás cana-lizado (de rua). Um aquecedor de 10 litrosatende plenamente às necessidades de umapartamento com dois banheiros e águaquente na cozinha. Há também uma ver-são para 6 litros de água por minuto. Osaparelhos podem operar com gás de boti-jão, gás de rua e mesmo o biogás. A Geralproduzia anteriormente os modelos Jun-kers, da Bosch alemã. Hoje, o modelo de10 litros são fabricados com tecnologia

inteiramente nacional

Beatrice Foods

faz associaçãocom a Comabra

A Beatrice Foods Inc., dèChicago, se associou com a Coma-bra Cia. de Alimentos do BrasilS.A., que distribui seus produtoscom a marca Wilson. O principalexecutivo da empresa americana,James L. Dutt, acredita que asmelhores oportunidades para cres-cer, nos próximos 20 anos, estãono mercado externo.

A Comabra, com matriz emSão Paulo, é uma das maioresindústrias brasileiras de produtosindustrializados bovinos e suínos:tem uma fábrica em São Paulo eum moderno abatedouro de suínosem Ponta Grossa, Paraná. Umaempresa coligada, Combara-Hens, inclui uma granja de repro-dutores suínos e uma fábrica derações balanceadas.

Firjan e CIRJ — Federação das Indús-trias do Estado e Centro Industrial doRio de Janeiro — homenagearam ontemLeopoldo Garcia Brandão, diretor supe-rintendente da Aracruz Frorestal e dire-tor florestal da Aracruz Celulose. Elechefia uma equipe técnica que, desde1975, vem realizando pesquisas que per-mitiram avanços científicos e tecnológi-cos no desenvolvimento da indústria fio-restai, e que, por isso, foi premiada pelaFundação Marcus Wallenberg, da Suécia.

Volvo Truck Corporation, terceiramaior fabricante mundial de caminhõespesados, espera vender, em 84, mais de40 mil unidades, o que representa umaumento de 30% em relação ao anoanterior. No Brasil, a empresa, instaladaem Curitiba, aumentou suas vendas esteano em 58% em relação a 83.

Estrela, o maior fabricante de brinque-dos da América Latina, está acelerando olançamento de seus novos produtos: oprojeto é colocar 30 brinquedos no mer-cado até outubro, antes do Dia da Crian-ça. Entre os lançamentos está a coleçãode bonecas Quem-me-quer (oito mode-los, seis meninas e dois meninos) fabrica-das em vinil especial. O investimento daEstrela para esses lançamentos é de CrS 1bilhão, e a empresa tem uma estimativa'de faturamento de CrS 250 bilhões em 84,contra CrS 80 bilhões no ano passado.

General Motors do Brasil efetuou di-versas modificações em sua direção. JohnR. Rines. diretor executivo de Finançasda GMB, foi promovido a diretor deFinanças do Grupo AutomobilísticoBuick, Qldsmobile e Cadillac, nos EUA.

William G. Goulos, diretor de Compo-nentes/Fornecedores da GMC em Dc-troit, assumiu o cargo de diretor deAdministração de Materiais da GMB.Johannes N. A. Vuisting, da GeneralMotors Acceptance, da Holanda, assu-miu a função de diretor gerente da Finan-ciadora General Motors S/A, em SãoPaulo.

Grupo Gerdau, junto com Kraft Escri-tório de Arte, está promovendo, emPorto Alegre, a exposição de 25 desenhosde Ismael Nery, marcando a passagemdos 50 anos da morte do artista. Aexposição começa amanhã e terá comoinovação a venda dos catálogos, comreprodução de todas as obras expostas,inclusive alguns poemas inéditos de Is-mael Nery.

Toselli Indústria e Comércio de Roupa*Ltda., que confecciona exclusivamenteartigos esportivos infanto-juvenis, lança-rá, inicialmente no mercado do Rio. novamalha específica para ginástica. TatianaFigueiredo, a única ginasta sul-americanaque conseguiu participar de uma finalolímpica, em Los Angeles, foi contratadapelo Toscili para lançar a nova malha,numa campanha que está sendo prepara-da pela Senha Propaganda.o PRC Promoções estará participando daadministração do XVII Congresso Nacio-nal de Informática, com atribuições queincluem a criação e gerenciamento dobanco de dados do congresso, que seráfeito em equipamento nacional, da Co-bra, e software brasileira, que fará suaestréia nesse acontecimento.

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Jornal do brasil ESPORTES sexta-feira, 31/8/84 o 1° caderno ? SI

Piquet abre teste em Monza com ótimo tempo\lonza, Itália — O bicampeâo mundial Nelson - —,_»»»»»»> ». .m m, Fotos AP -3-Monza, Itália — O bicampeâo mundial NelsonPiquet conseguiu um excelente resultado no primeirodia de testes de pneus no circuito desta cidade, ondeserá corrido dia 9 de setembro o GP da Itália: seu

Brabham, equipado com pneus de corrida, marcouImin28s67, que constitui o melhor tempo desde queforam proibidos os carros-asa.A Brabham prossegue hoje e amanhã com os• testes de pneus, mas o projetista sul-africano GordonMurray afastou qualquer possibilidade de alteração nos' carros para a prova próxima do Mundial de Pilotos, já

qtie Fabi também andou bem ontem. Piquet chegou aatingir a velocidade de 307km/h.

Nosso carro provou que é um dos mais velozese estáveis e não vejo motivo para alterações —comentou Murray.

Senna e a LotusAlém da Brabham, também estão fazendo testes

..em Monza a Ferrari, que rodou com uma nova„,çarroçaria no modelo K-4, pilotada por Michelle Albo-_..refo, que hoje será sübstituído por Rene Arnoux; e a".Tyrrell de Stefan Johansson, que rompeu o motor em

poucas voltas.Espera-se para hoje a presença do mesmo Stefan

no cockpit da Toleman e esse primeiro teste do suecochegou a levantar a suspeita de que ele poderia estar,desde já, ocupando o lugar de Ayrton Senna, diante desua transferência para a Lotus na próxima temporada.Mas o brasileiro explicou:

O Stefan vai substituir o Johnny Cecotto,impedido de correr por causa do acidente que sofreu.

Senna não quis entrar em detalhes sobre o seucaso com a Lotus, dizendo que no momento suapreocupação principal é fazer as três últimas provas e seapresentar muito bem:

Até o final da próxima semana vocês recebe-„,rão informações mais detalhadas de minhas conversa-

, ções com a Lotus — disse Senna em contato telefônico... com o JORNAL DO BRASIL.

Sírio vence fácil

e pode conquistar

título de basqueteTarija, Bolívia — Com outro placar centenário,

baseado nas boas atuações de Sílvio (25 pontos),Vágner (18) e de pivô Rolando, o mais efeitvo nosarremessos de meia distância, o Sírio derrotou ontem oAtlético do Equador por 100 a 87 (57 a 47 no primeirotempo) e manteve a liderança do Campeonato Sul-Americano de Clubes Campeões de Basquete. Foi aterceira vitória consecutiva do time paulista na fasefinal, pois antes havia derrotado o River Plate (79 a 76)e a Universidad Católica do Chile (110 a 84).

Na partida de ontem, o Sírio foi nitidamentesuperior e só teve alguma dificuldade nos 10 primeirosminutos, quando o time equatoriano conseguiu estar àfrente do marcador. Hoje, o Sírio enfrenta o Unpayu,que perdeu do River Plate por 83 a 82.. " * A vitória de ontem deixa o Sírio com amplaspossibilidades de conquistar o título que está em poderÇ)o Penãrol, do Uruguai, que desistiu da competiçãopor motivos financeiros. C cestinha da partida foi oequatoriano Galvez, com 37 pontos.

Jogaram pelo Sírio: José Geraldo, Vágner, Faus-•to, Joel, Paulinho, Silvio, Rolando, Luisinho, Álvaro eMauro.

Fiat patrocinaclube de Minas

Bílo Horizonte — A Fiat renovou ontem, por maisseis meses, o contrato de patrocínio da equipe debasquete do Esporte Clube Ginástico, campeão minei-

::to da categoria adulto, a quem fornecerá mensalmenteCr$ 5 milhões 200 mil. O presidente da Fiat, AmaroLanari, explicou que a empresa, por ser de origem—italiana, tem uma preocupação maior em se integrar àcomunidade.

Além do basquete do Ginástico, a fábrica deautomóveis patrocina os times de vôlei masculino efeminino do Minas Tênis Clube e, segundo seu presi-dente, "estuda com atenção a possibilidade de partir,no futuro, para a formação de equipes próprias". Eleconsiderou a criação de uma área esportiva próxima àfábrica, em Betim, na região metropolitana de BeloHorizonte, como o início de um "trabalho mais sério noesporte".

O primeiro contrato de patrocínio com o Ginásti-co durou um ano. O segundo terá vigência de seisrtièses, mas deverá ser renovado novamente, garantiuAmaro Lanari, para quem a Fiat está dando umexèmplo que espera ser seguido por outras empresas.

Segundo o presidente do Ginástico, Alair Gonçal-ves Couto Filho, este patrocínio vai possibilitar amanutenção dos principais atletas, como o pivô GérsonVitalino, o Gersáo, único mineiro na Seleção Brasileiraque disputou os Jogos Olímpicos, além da contrataçãode outros jogadores a nível de seleção, para reforçar otime.

Para o pivô Gersão, a maior virtude deste patrocí-riio é possibilitar maior intercâmbio com equipes deoutros Estados, pois em Minas só existem três equipesque disputam o campeonato adulto — Ginástico, Minase Überlândia. Segundo ele, a equipe é jovem e precisadisputar muitos jogos para amadurecer.

O jogador reafirmou que não pretende deixar o.... clube, apesar de continuar recebendo propostas de

vários clubes, até do exterior.

Seleção Juvenilcomeça treinos

São Paulo — Os jogadores da Seleção BrasileiraJuvenil de Basquete apresentaram-se ontem, no Centro' Olímpico de Treinamento e Pesquisa (COTP), aotécnico Emerson Tadiello e fizeram o primeiro treino,visando à disputa do Campeonato Sul-Americano dacategoria, em Pereira, Colômbia, de 21 a 29 desetembro. Até a próxima segunda-feira, incluindo o fim

. de semana, serão realizados dois treinos diários.i..w.. Dos 26 jogadores convocados, apenas Zé Mauro,.do Sírio, não se apresentou por estar na Bolívia,

representando sua equipe no Sul-Americano de Clubes«"Campeões. Emerson Tadiello pretende observar os

jogadores e, na segunda-feira, deverá fazer os primei-ros cortes, pois só poderá levar 12 à Colômbia.O diretor técnico da CBB (Confederação Brasilei-

ra de Basquete), responsável pelas equipes masculinas,Aldo Narcisi, afirmou que a Seleção principal sofreuum "desastre" em Los Angeles, na Olimpíada e deixouno ar uma crítica ao comportamento do time:Só pedimos que todos joguem com espíritocoletivo. Chega de jogador preocupado com sua ima-gem ou apenas com sua atuação.

Édson Bispo dos Santos, ex-técnico da Seleçãoprincipal e integrante da comissão técnica, pediu aosjogadores mais "amor à camisa".

Hoje existe muita mordomia. Antes, jogava-mos primeiro para pedir algo depois. Hoje é o contra-, rio. Jogar e representar o Brasil está num últimodegrau de uma escala de importância.

No Sul-Americano de Pereira, o Brasil fará suaeMréia contra o Peru. dia 21, enfrentando, depois, aBolívia, dia 22. e o Uruguai, dia 24. O Brasil folgará dia23.

A Seleção Juvenil está há quatro anos sem cons-quistar o título sul-americano. No último, disputado emMontevidéu, o campeão foi o Uruguai, e. no penúlti-mo, em Caracas, o vencedor íoi a Argentina.

SOBRE RODAS

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Wilander confirmou sua classe no masculino, enquanto Navratilova brilhou no feminino

Connors demonstra que

é

um forte candidato ao triNova Iorque — O norte-americano Jim-

my Connors, cabeça-de-chave número doisdo torneio e segundo do ranking da Associa-ção dos Tenistas Profissionais, mostrou que éforte candidato à conquista do tricampeona-to do Aberto de Tênis dos Estados Unidos —ganhou os títulos de 82 e 83 —, ao estrearcom fácil vitória sobre seu compatriota MattMitchell em três sets, parciais de 6/3, 6/0 e6/2.

Terminada a primeira rodada da compe-tição, não houve maiores surpresas nem notorneio masculino nem no feminino, queapresentaram as vitórias dos principais favo-ritos, como John McEnroe, Andres Gomez,Ivan Lendl e Mats Wilander, entre os ho-mens, e Martina Navratilova, Chris Evert-Lloyd e Hana Mandlikova, entre as mu-lheres.

ResultadosOs resultados completos da primeirarodada do Aberto foram: Jimmy Connors

(EUA): 6/3, 6/0 e 6/2 Matt Mitchell (EUA);Robert Green (EUA) 6/3, 2/6, 7/5 e 7/6 TimWilkson (EUA); Stefan Edberg (Suécia) 6/4,6/3 e 6/0 Larry Stefanki (EUA); EddieEdwards (África do Sul) 6/7, 6/1, 6/4, 6/7 e6/3 Givaldo Barbosa (Brasil).- Anders Jarryd (Suécia) 6/4, 7/6 e 6/4John Frawley (Austrália); Paul McNamee

(Austrália) 6/1, 5/7, 6/4 e 7/5 Russell Simp-son (Nova Zelândia); Henri Leconte (Fran-ça) 2/6, 6/3, 6/4 e 6/3 John Sadri (EUA); IvanLendl (Tcheco-Eslováquia) 6/4, 6/4 e 7/5Brian Teacher (EUA); John Lloyd (Inglater-ra) 6/4, 6/4 e 7/5 Peter Fleming (EUA);Sandy Mayer (EUA) 7/5,6/4; 6/2 e 7/6 CássioMotta (Brasil).

Juan Aguilera (Espanha) 4/6, 6/3, 6/3,4/6 e 6/4 Hans Schwaier (Al. Oc.); MichelKures (EUA) 7/6, 6/4 e 6/4 Hans Simonsson(Suécia); John Fitzgerald (Paraguai) 4/6, 7/5,6/4 e 6/2 Cláudio Mezzadri (Itália); MattDoyle (EUA) 6/2, 6/2 e 6/4 Roscoe Tanner(EUA); Joakim Nystrom (Suécia) 6/2, 6/2 e6/0 Ricardo Acuna (Chile); John McEnroe(EUA) 6/1, 6/1 e 6/1 Colin Dowdeswell(Inglaterra).

Tom Smid (Tch.-Esl) 1/6, 6/1, 6/4 e 7/5Robert Seguso (EUA); Mats Wilander (Sué-cia) 6/3, 6/3 e 6/4 Glenn Michibata (Canadá);Kevin Moir (África do Sul) 6/4, 6/3 e 6/3Sammy Giammalva (EUA); Guillermo Vilas(Argentina) 6/1, 6/2 e 6/3 Mike Leach(EUA); Gene Mayer (EUA) 7/5, 6/3 e 6/1Marco Ostoja (Iugoslávia).

Tom Gullikson (EUA) 6/1, 6/4 e 6/3Pablo Arraya (Peru); Jimmy Árias (EUA)4/6, 6/4, 7/6 e 7/6 Terry Moor (EUA);Ramesh Krishrian (índia) 3/6, 6/4, 6/4 e 6/4Paul Annacone (EUA); Brian Gottfried

(EUA) 7/5,6/2 e 6/3 Ben Testerman (EUA);Peter Doohan (Itália) 6/3, 6/4 e 6/2 LloydBoume (EUA); Simone Colombo (Itália)6/3, 6/4 e 6/4 Michael Pernfors (Suécia); eKevin Curren (África do Sul) 7/6, 3/6, 6/3 e6/2 Mel Purcell (EUA).

FemininoMartina Navratilova (EUA) 6/4 e 6/2

Andréa Leand (EUA); Sylvia Hanika (Al.Oc.) 6/3 e 6/2 Katerina Skronska (Tch.-Esl);Anne White (EUA) 6/3, 4/6 e 7/5 EtsukoInoue (Japão); Bettina Bunge (Al. Oc.) 2/6,7/5 e 6/1 Iva Budarova (Tch.-Esl); MimaJausovec (Iugoslávia) 6/1 e 7/6 Ann Hen-ricksson (EUA).

Petra Delhees Jauch (Suíça) 6/0 e 7/6Petra Keppeler (Al. Oc.); Anne Minter(Austrália) 6/2 e 6/1 Marcela Skuherska(Tch.-Esl); Barbara Gerken (EUA) 6/2 e 6/1Kate Gompert (EUA); Gabriela Sabatini(Argentina) 6/3, 3/6 e 6/2 Paula Smith(EUA); Vicki Nelson (EUA) 6/3 e 6/0 Emil-se Raponi-Longo (Argentina).

Chris Evert-Llloyd (EUA) 6/1 e 6/1Terry Holladay (EUA); Lisa Bonder (EUA)6/1 e 7/5 Pilar Vasquez (Peru); Gigi Fernan-dez (Porto Rico) 7/5 e 6/3 Cláudia Monteiro(Brasil); Kim Shaefer (EUA) 6/2 e 6/3 LauraArraya (Peru); Hana Mandlikova (Tch.-Esl)6/1, 4/6 e 6/2 Patrícia Medrado (Brasil).

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íss». WWi !WK«WiBebeto (D) recebe os jogadores da Seleção Brasileira no primeiro treino na Atlântica

Atlântica faz torneio internacionalCom o pagamento do mês de agosto no

bolso e num clima de inteira descontração,os jogadores da Seleção Brasileira Bernard,Fernandão, Badá, Rui e Bernardinho seapresentaram ontem à noite ao técnico daAtlântica Esporte Clube, Bebeto de Freitas,para o reinicio dos treinamentos, visando àdisputa do Campeonato Mundial de Clubes,entre os dias 13 e 21 de outubro, no Rio e emSão Paulo.

Antes, porém, de participar do Mundial,a Atlântica patrocinará um quadrangular noRio, com a presença de algumas das princi-pais equipes do mundo. O técnico Bebeto deFreitas só pretende utilizar os jogadores daSeleção daqui a 15 dias, juntamente com osdois argentinos contratados, Castellani eMartinez.

Bebeto tem planoA exceção de Badá, que continua com

problemas no joelho direito e iniciará hoje osexercícios de musculação, os demais jogado-

latismoCom a participação de Daniel

Adler, medalha de prata nos Jogos deLos Angeles; Pedro Bulhões de Cana-iho. o Chorão, medalha de ouro nosJogos Pan-Americanos; e do campeãobrasileiro Peter Scheel, começa hoje.no Iate Clube do Rio de Janeiro, oCampeonato Brasileiro da Classe Star.que terá um total de seis regatas, valen-do os cinto m. Mures re-ultados de cadaiatiMa.

res participaram ontem mesmo de uma corri-da na pista de atletismo do clube. O maisanimado era Bernard, que estava ansiosopara chegar em casa e comemorar o aniver-sário da sua mulher, Michele. O cortadorvoltou a afirmar que não deixará o país parajogar na Itália, mesmo que a ConfederaçãoBrasileira de Vôlei libere os jogadores daSeleção.

Por sua vez, Bebeto de Freitas disse quetem muitos planos para a empresa e queainda não decidiu se permanecerá na SeleçãoBrasileira. Sua idéia é dedicar-se exclusiva-mente à Atlântica, realizando um trabalhode formação de atletas. Admitiu que a em-presa poderá investir em outros esporte alémdo vôlei e do futebol de salão:— Estou preparando um plano que ain-da precisa ser aprovado pela diretoria. Te-nho certeza de que aqui na Atlântica conse-guirei desenvolver um grande trabalho parao esporte amador, com o apoio do Bra-guinha.

Bebeto considerou absurda a fórmula

Water-póloFlamengo e Fluminense decidem o

primeiro turno do Campeonato Esta-dual de Water-Pólo hoje. a partir da'- 21horas, no Parque Aquático Júlio DeLamare. (> Flamengo chega â decisão (aexemplo de seu adversário) com duasvitórias (Tijuca 18 a V e Botafogo 12 aI"! enquanto o I lumt íen^e ganhou dor [uca po, V a 5 I Botafogo 12 a |(> NaPie li ninai jogam Botafogo e Tijuca

do Campeonato Estadual deste ano, cujoprimeiro turno não apresenta nenhum vence-dor, classificando apenas seis equipes para osegundo turno, quando, então, o título esta-dual sera decidido:

— Por isso mesmo e que não vou utilizaros jogadores da Seleção. Estamos muito bemrepresentados pelo segundo time.

CND deliberaMais uma vez o vôlei será beneficiado

hoje por uma nova deliberação do ConselhoNacional de Desportos. O plenário destaentidade aprova hoje a transferência deatletas estrangeiros para as equipes brasilei-ras. A Atlântica já esgotou o número permi-tido, contratando dois argentinos, mas pre-tende investir numa jogadora peruana para asua equipe feminina. A Supergasbrás tam-bém depende desta liberação para escalar alevantadora Aurora já para o jogo de ama-nhã. contra o Tijuca, na estréia do Campeo-nato Estadual, no ginásio do Petropolitano,em Petrópolis.

NataçãoO Flamengo presta hoje uma home-

nagem a Ricardo Prado, medalha deprata nos 400 metros medley, na Olini-piada de Los Angeles, em reconheci-mento à conquista de seu atleta. Onadador, que está em São Paulo, vemhoje ao Rio e embarca amanhã para osEstados Unidos, só \oltando ao Brasilno tim do ano para participar do Cam-pe>mato Estadual e do Troféu Brasil.

Lauda é o preferido,mas cuidado com Prost

XJ O momento em que o Campeonato Mtin-dial de Pilotos de Fórmula-1 vai chegando

ao final — faltam apenas os GPs da Itália,Europa e Portugal — é natural que os brasilei-ros, vendo Nélson Piquet afastado da luta pelotítulo, torçam discretamente pela vitória doaustríaco Niki Lauda. Além de integrar umageração brilhante, Lauda, aos 35 anos, inspirauma simpatia extra pela coragem e determina-ção com que voltou a correr depois de pararpor dois anos. Outro ponto a favor dele é a lutapara conseguir, finalmente, após tanta espera,o seu terceiro título mundial. Tudo isso écompreensível. Mas é importante não esque-cer, também, que seu companheiro da McLa-ren, o francês Alain Prost, precisa igualmentedo título. Quanto mais não seja para quebraruma escrita que já o vem perseguindo há pelomenos três temporadas.

Alain Prost, 29 anos, do signo de Peixescomo Lauda, já conquistou cinco vitórias em1984 e, entre os pilotos da nova geração, é oque mais vezes cruzou a linha de chegada emprimeiro lugar: 14 contra 12 de Piquet. E, seconseguir mais uma vitória, passará a fazerparte de uma pequena elite de pilotos quemarcaram seis vitórias numa só temporada:Stewart (duas vezes), Ascari, Fangio, Clark,Hunt e Andretti. E Alain Prost tem tudo parachegar até eles e, quem sabe, empatar oumesmo ultrapassar o recordista mundial JimClark, com seis vitórias em 1963.

Alain Prost já mostrou que tem carro — oseu McLaren, como o de Lauda, parece imba-tível. E nos dois últimos GPs demonstrou queestá disposto a brigar como nunca pelo título.Na Áustria, Prost teve o azar de derraparnuma mancha de óleo no momento em queiniciava a sua arrancada sobre Piquet. E naHolanda, onde venceu, deu uma aula de cora-gem e sangue-frio, quando, líder absoluto daprova, decidiu colocar uma volta de vantagemsobre três adversários difíceis: Keke Rosberg,Elio de Angelis e Nigel ManselI — os trêsainda brigando pela terceira colocação emZandvoort. Foi uma tarefa tão difícil que Prostfoi obrigado a ultrapassar Rosberg duas vezes,porque o finlandês, na primeira, não se confor-mou com a volta que levou e voltou à frente dolíder da prova.

Vai ser uma luta difícil entre Lauda eProst. Lauda é mais cauteloso, cerebral. Prefe-re fazer uma corrida pensada, vindo de tráspara arrancar sobre os que lhe vão à frentedepois de pelo menos metade da corrida.Prost, não. Sai logo na ponta — é um dos quemais freqüentam a pole-position — e quantomais vantagem tiver sobre o segundo colocado,melhor. Em poucas palavras, para ser cam-peão, Lauda vai ter que colocar um pouquinhomais de audácia em sua cautela e Prost, umaleve pitada de cautela na sua audácia. Só umacoisa é certa: o título merecido do conjuntoMcLaren-TAG-Porsche-Michelin na tempo-rada.

ROBERTO PORTO

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O PRIMEIRO !

FABRICANTE i

DE PNEUS RADIAIS

DO MUNDO

Rádio JB debate os

riscos da ginásticaA Rádio JORNAL DO BRASIL levará ao ar hoje no

horário das Grandes Entrevistas — 13hl)5min — umdebate sobre a Proliferação de Academias de Ginásticas noRio e os problemas aue vem acarretando, inclusive colo-cando em risco a saúde e a própria vida dos que procurampraticar a Educação Física. Estarão presentes os professo-res Álvaro Barreto da LFRJ. Nélson Bitencourt daL niversidade Gania Filho e diretor das clínicas de Marato-na do JORNAL DO BRASIL e da revista Vivaprofessor Ruy Medina. proprietário de academia.

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22 n 1° caderno ? sexta-feira, 31/8/84 TUKFE/ESFORTES JORNAL DO BRASIL

COB levou a Los Anseies dirigente como enfermeiroPonrr\Hi ir>õn rio Hnri imontn

Nova filosofia

da Gama Filho tem

apoio da CBAt

São Paulo — 0 presidente da Confederação Brasilei-ra de Atletismo. Evald Gomes da Silva, afirmou ontemque considera "elogiável" a decisão da Gama Filho detrabalhar objetivamente com vista à Olimpíada de Seul, naCoréia do Sul, em 1988, formando uma equipe de altonível, apenas com atletas de elite.

Segundo o presidente da CBAT. se a Gama Filhofizer mesmo o que foi anunciado, "ganhará o Troféu Brasilde Atletismo com toda a tranqüilidade. No último troféu, aGama Filho deve ter vencido com uma equipe de aproxi-"madamente 30 atletas".

Evald Gomes da Silva acha correto o projeto daGama Filho — que é heptacampeão do Troféu Brasil —em tentar controlar o aperfeiçoamento dos atletas de altonível. Ele diz que lamenta, apenas, que a CBAT não tenhacomo ajudar o projeto da Gama Filho:

Se o Chanceler da universidade, Paulo Gama Filho,desejar, no entanto, poderemos dar nossa colaboração,trocando idéias.

OfícioSem citar o resultado de Joaquim Cruz em Colônia, a

Confederação Brasileira de Atletismo enviou ontem umofício ao secretário-geral da Federação Internacional deAtletismo Amador (1AAF), John Holt, pedindo a posiçãooficial da entidade sobre o recorde mundial dos 800 metrosdo inglês Sebastian Coe, sobre o qual existem controvér-sias.

A CBAt constatou que em 10 citações do recorde deCoe em publicações da própria IAAF aparecem trêsresultados diferentes: Imin41s72, Imin41s73 e Imin41s8.

Golden galaEm Roma, um público de 70 mil pessoas é esperado

hoje no velho Estádio Olímpico para o Encontro deAtletismo Golden Gala, que confrontará atletas america-nos e do Leste Europeu, que não se enfrentaram nos JogosOlímpicos e nos Jogos da Amizade.

Entre os atletas do bloco socialista, destacam-se osoviético Sergei Bubka, recordista mundial do salto comvara, com 5,90m; atcheca Jarmila Kratochvilova, recordis-ta mundial dos 400 e 800 metros; a búlgara LudmilaAndonova, recordista mundial do salto em altura; e asoviética Tamara Bykova, campeã mundial do salto emaltura.

A força americana está principalmente em EdwinMoses, que sem adversários tentará ser o primeiro atleta areduzir a barreira dos 47 segundos nos 400 metros combarreiras, e em Evelyn Asford, campeã olímpica dos 100metros, que recentemente derrotou a alemã orientalMarlies Goehr, em Zurique, baixando seu próprio recordemundial para 10s76.

Outros campeões olímpicos que estarão competindohoje em Roma são os americanos Alonzo Babers, nos400m; Al Joyner. no salto triplo; Roger Kingdom, noslOOm com barreiras; e Valerie Brisco-Hooks, nos 200 e400m; os alemães ocidentais Hans Dietmar Moegenburg,no salto em altura, e Rolf Danneberg, no lançamento dedisco; e o iatismo Alberto Cova, "o vampiro das provas defundo", nos lO.OOOm.

VOLTA FECHADA

EM relação ao tema reprodutores argentinos

entre nós, sobre o qual falamos há algumtempo quando das vitórias de Pacific Queen(Vacilante II em Ice Oueen. por Bonnard),criação e propriedade do Haras Santa Maria deAraras, na milha do Criterium de Potrancascarioca, importante clássico Francisco Villella dePaula Machado (Grupo II), e Empire Day (Ma-niatao em Kitle, por Arlequino II). criação doHaras Alsiar e propriedade do Stud AfonsoHenrique, o invicto ganhador da milha da Taçade Prata, grande clássico João Adhemar deAlmeida Prado (Grupo I), em Cidade Jardim,ambos os triunfos alcançados no mesmo dia, oúltimo fim de semana foi, mais uma vez, extrema-mente significativo. Afinal, as duas provas nobresdo dia foram levantadas por filhos de sementaisargentinos, reafirmando nossa posição (e a demuitos outros experts e observadores) de que amá vontade para com os padrillos daquele país noBrasil não tinha c não tem a menor consistência.Como dissemos, então, embora, em certa época,sobretudo nos anos 30, 40 e 50. através do RioGrande do Sul, tenham vindo muitos reproduto-res argentinos para servir em nosso élévage, amaioria era de animais medíocres que cobriraméguas de padrão de qualidade mais do queduvidoso. Ao mesmo tempo, vamos perceberque, em todos estes anos, os cavalos argentinosque para aqui vieram, detentores de bom papel ecampanha sólida do ponto de vista clássico, tendotido igualmente oportunidades reais ao cobrireméguas de valor de médio para cima (cfr. Helium,Bambino, Kublai Kahn etc...), não decepcio-naram.

Depois de Vacilante II (Practicante em Va-cación, por Voodoo) e Maniatao (Jerry Honorem Marabunta, por Timor), brilharem no mesmodia. agora foi a vez de Mister Sun II (Solazo emMiss Honey, por At Home), pai de Castel (emPura Pinta, por Commendattore), primeiro noCriterium de Potros, importante clássico CondeHerzberg (Grupo II), na Gávea, e Kuryakin, umfilho do extraordinário El Centauro (ganhador doGran Prêmio Internacional Carlos Pellegrini, pormais de oito corpos), em Sharp, esta pelo grandeTatán, através de Amazônia (em Chaplet, porHibernian Blues), criação do Haras Vitória epropriedade de Jorge Saddv, primeira na milhado simplesmente clássico Presidente da ComissãoCoordenadora da Criação do Cavalo Nacional(Grupo III), em Cidade Jardim.

Esta soma de resultados, aliados aos alcança-dos por outros sementais argentinos entre nóseste ano (cfr. Janus II. pai de Cisplatine, e SnowBird II, pai de Joyless, o que faz com que todosos clássicos de potrancas da geração 81 este anona Gávea, tenham sido levantados por filhas degaranhões argentinos), fortalece, como vemos,ainda mais nossa impressão. E é bom lembrarque os dois líderes, ao menos até a milha, naGávea e em Cidade Jardim, da fornada masculinade 81. Castel e Empire Day, invictos classicamen-te em ambos os centros, são, igualmente, como sepode notar acima, filhos de padrillos nascidos ecriados no mais importante élévage sul-americanoe um dos mais respeitados de todo o mundo. Sãomais dados a serem refletidos adequadamentepor todos os interessados nas coisas da criação e,principalmente, por nossos criadores.

ESCORIAL

O Comitê Olímpico Brasileiro(COB) tinha razões de sobra para semostrar tão rigoroso no' momento deselecionar seus atletas para os JogosOlímpicos de Los Angeles, pois seuscompromissos com determinadas pessoaseram tantos que, para incluí-las na dele-gação, sentiu-se na obrigação de colocá-Ias até mesmo como enfermeiras, já quesuas verdadeiras funções já estavampreenchidas por outros dirigentes e téc-nicos.

Hoje, fica fácil entender porque oatleta Francisco Albino dos Santos Filho,o Chicão, que obteve o índice do salto-triplo, acabou afastado; compreende-seporque o quatro-sem, formado por JoséRaimundo, Marcos Arantes, Mauro We-ber e José Richard, também com o índi-ce, não viajou; e sabe-se porque o boxenão teve nenhum representante e a nada-dora Patrícia Amorim viu a Olimpíadapela televisão.

Ao se analisar a relação oficial doComitê Olímpico Internacional (COI),na parte em que são relacionados osintegrantes da delegação brasileira, veri-fica-se, de imediato, que o COB "criou"funções para muitas pessoas. Além disso,outros dirigentes foram a Los Angelessem estarem incluídos na delegação. Pelomenos seus nomes não aparecem na listado COI, como é o caso do próprioBrigadeiro Jerônimo Bastos e do GeneralAnísio da Silva Rocha e mulher — presu-me-se que foram convidados do COB ouque tenham viajado por conta própria.

Os enfermeirosO que chama mais a atenção nesta

lista é a relação dos sete enfermeiros dadelegação brasileira. Ela está formadapelas seguintes pessoas: major VicenteAlmeida, que é ligado ao COB; AhyltonConceição, do Conselho Técnico doCOB; Júlio Espinosa. preparador físico;Major Fernando Gonçalves, filho do Ge-neral Ramiro Gonçalves, que é vice pre-sidente do COB; Raul Gastão Hecksher,do Conselho Técnico do COB: JoãoPodboy, do DEF de São Paulo; e Benedi-to Santos, secretário do COB.

Todas estas pessoas foram relaciona-das como enfermeiros e, naturalmente,não trabalharam como tal. A bem daverdade, João Podboy, do DEF, traba-lhou de forma incansável. Datilografavatodos os resultados e programações, sebem que os resultados eram distribuídosde maneira farta e imediata pelos compu-tadores do Comitê Organizador.

O General Péricles Cavalcanti, doSEED MEC, viajou como técnico do seufilho João Carlos Cavalcanti, que foicomo único representante na prova deconcurso completo e só não competiuporque seu cavalo — Soberano — sofreuum profundo corte no pescoço. O curiosoé que a-equipe de hipismo viajou com otreinador Antônio Eduardo Alegria Si-móes, cuja presença dispensava qualqueroutro técnico — apesar de provas dife-

Reprodução de documentoueignoo, nhoGomes. JoseGregono. AluiitoHenwxtez. AlbertoJoulte. Alain P»erreOliveira. IvaneyRei». Jo«e ClsudioRocha. Paulo SérgioSilve. Evald GomesVasconceUo». Er»rCarauaio. JoãoFernanda». Jos»Kattan. RobertoPini, MarioRosa. João PauloScocaie. Akto FortiMomeSo. ThomajUma. GeraldoUma. Jota ManasOliveira. MiguelRibeiro. Mario .SiNa. FranciscoGodoy. LaureieSoara*. MarisaBarbosa. SebattiaoCarnaúba, AntônioOliveira. EipediioRotdi. NelsonWeekerte. OscarAbranches. RobertoMalagueta. AdirAlmeida. VicenteConceiceo. AhvlionEspinosa. JúlioGoncatves, FernandoHecksher. Raul UaaiaoPodboy. JoãoSanto». BenedicloAraújo. Jorge Barro»Biunoro. Jose Carlos

Ta«m 0*ftt-ial/Ot1ic«jl L Ichmjw»"feam OtlfCial/Ofln^oJ Oq lTeam OffK^/OHKMBl D« L'EQU'P«Offic»al/Of1«c>«í Do

Team Off»oai/Offtçt«l Oe L'£qutpeToam CWtcial/Otficiel De l'EquipeTeam Official/Offieiet De L'EquipeTeam Official/Otficiel Oe 1'EquipeTeam Do l'Equ«poTeam Officut/Officid De l'Equsp«DoctOf/MedecmDoçtor/Medecir»Ooctor/MedecinOoctor/MedecinDoetor/MedecinDoctor/MedecinWMerinery/VelennaireMasseurMasseurMasseurMasseurMasseurFemale Officisl/Officiel femmmFemale Offtoal/Offtoel femininGtoom/PWeírenierGroom/RrtefrenierGioom/PalefreruerBoalman/BaieUer8oatman/8at»HefTranspon Manager/Charj) Du TfansponTranspori Managev/Owfre Du Transponf*jrae/tn(imiier(El jNurse/InlirmterjE)Nurse/tnfumunE)Nurse/InlirmiertEtNurse/ln)irmier(E)Nurse/lnfirmi»r|E)Nurse/InfirmitrtE)Assistam Coach/Assistant EntraineurAssistant Coach) Assistam Entraineur

Fac-símile da relação do COI da delegação do Brasil

rentes, a experiência de Alegria, queviveu muitos anos na Europa, dispensariaa presença do General Péricles Cavai-canti.

Já a ginástica não teve a mesmasorte. As ginastas Tatiana Figueiredo eRosane Favilla viajariam sem suas treina-doras, Lilian Carrascosa e Maria Elisa, sea Confederação de Ginástica não pagassetodas as despesas da viagem.

Sem médicoA delegação brasileira viajou com

seis médicos: João Carazzato, José Fer-nandes, Roberto Kattan, Mário Pini.João Paulo Rossi e Aldo Forli Scocate.Mas, apesar de tantos médicos, a equipede remo ficou desamparada — e nãoapenas de médico, pois o massagista quefoi incluído na equipe de remo não apare-ceu um só dia para massagear os rema-dores.

Não se consegue explicar por que aequipe de remo, composta por 10 atletas,ficou sem um médico. Talvez a Universi-dade de Santa Bárbara fosse muito dis-tante das demais vilas (ficava a 176km doCentro de Los Angeles).

Tudo passaria despercebido se nãohouvesse um problema médico na equipede remo. O carpinteiro Nelson Roldi,responsável pelos barcos, amanheceu nodia de uma das eliminatórias com umahemorragia na garganta. Sem ter a quemrecorrer, todos ficaram preocupados. Pa-ra sorte do barqueiro, o ex-remador Sér-gio Alvarenga (membro do COB, amigo

de André Richer e que não estava incluí-do na delegação) prontificou-se a levarNelson Roldi a um dos seis médicosbrasileiros, conduzindo-o através dosmuitos quilômetros de uma free-way(auto-estrada).

Mas os problemas de Nelson Roldinão terminaram por aí. Ele teve umaoutra hemorragia dois dias depois e nova-mente foi conduzido para a Vila Olímpicada Ucla, percorrendo uma vez mais mui-tos quilômetros para ser atendido por ummédico O transporte

Em Los Angeles tudo funcionoubem. Nada se pode reclamar em termosde organização, principalmente no quediz respeito ao transporte de atletas.Entretanto, o COB tomou o cuidado delevar duas pessoas para controlar o es-quema traçado pelo Comitê Organizadordos Jogos: como chefe dos transportesviajaram o advogado Roberto Abran-ches, membro do CND c do COB, e AdirMalagueta, que é funcionário da Varig esua presença na Vila evitaria qualquerproblema relacionado aos vôos — apesarde numerosa, ao que parece, a delegaçãonão dispunha de ninguém para resolvereste tipo de problema. Os 14 chefes deequipes certamente estariam incapacita-dos para embarcar seus atletas nos ônibusque os levariam para as competições outrazê-los de volta ao Brasil.

ANTONIO MARIA FILHO

Hereu apronta os 600 metros

em 36s com bom final de lls3

Hereu. pensionista de VenãncioNahid, deixou impressão das melhoresem seu apronto para atuar no sexto páreode amanhã à tarde na Gávea. Montadopelo líder da estatística, Jorge Ricardo,passou os 600 metros em 36s, arrematan-do com ação expressiva na marca de 1 ls3para os últimos 200 metros, sempre juntoà cerca de fora. Na pista de areia pesada,cs exercícios ontem pela manhã não cha-maram atenção.

Outro que agradou no apronto finalfoi Snow Jumbo, na direção de JoséAurélio. Passou os 700 metros em 42sescassos, largando com velocidade e fina-lizando com boas reservas pelo centro dapista num ótimo exercício.

Outros aprontosCeylan, com José Aurélio, surpreen-

deu peia desenvoltura com que cobriu os700 metros em 42s4. sempre apoiado porseu jóquei e fazendo força, querendodisparar.

Kevence, provável favorita do segun-do páreo de amanhã, deixou boa impres-são em seu exercício nos 600 metroscobertos em 38s2. muito fácil, sem serexigida por Jorge Ricardo em parte algu-ma do percurso. Front Page, a maioradversária de Kevence, também agradounum pique de 360 metros em 22s escassosna direção de Juvenal Machado da Silva.

Nice Champion, com C.A.Maia, nãoprecisou ser contrariado para marcar 51s2nos 800 metros, demonstrando algumavelocidade e chegando ao disco comótimas reservas. Prinack. inscrito no mes-mo páreo, fez um floreio nos 800 metrose mostrou boa forma ao marcar 53scravados sempre controlado por RicardoAntonio, Vivaldino, com J.Ricardo, co-briu a mesma distância em 51s3, muitofácil, pelo centro da pista.

Aclié, com Carlos Alberto Martins,mostrou boa forma num carreirão de 800metros sem maiores preocupações comtempo. Abaetuba. com Juvenal, impres-sionou pela facilidade de seu arremate noapronto de 44s cravados. Oat Grass. emprogressos, aumentou para 44s2, comJorge Ricardo.

Strongly, com José Aurélio, passouos 800 metros em 51 s cravados. Largoucom velocidade e mesmo contrariado porseu jóquei arrematou com ação expressi-va junto à cerca interna.

Engin, com o redeador A. S. Olivei-ra, fez um apronto suave nos 600 metrosem 40s cravados sem preocupação comtempo, pois vem de corrida recente.Kibosh. com Juvenal, impressionou pelafacilidade com que abordou os 600 me-tros em 37s2, muito bem. Veiado, comRicardo Antonio, passou os 700 metrosem 44s cravados mostrando perfeitoaguerrimento. Foujita. com M. Ferreira,não foi exigido para marcar 45s nos ~i H)metros, com seu jóquei tranqtiilo etntodo o percurso sem ajust,í-lp.

José Camilo da Silva^

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Oat Grass aprontou bem na direção de Jorge Ricardo

Baronetto, com Rangel Carmo, fezum apronto suave para o último páreo deamanhã. Controlado desde a largada daseta dos 600 metros, cobriu o percursoem 39s cravados, com reservas no arre-mate final.

AntecipadosHandrail. com ('. A. Maia, fez 44s]

nos ~|N> metros com ação das melhorespelo centro da pista. Está em fase depmgicssos este pensionista de Felipe Pe-

reira Lavor. Gira Raio. estreante dosHaras São José e Expedictus, aprontouno boxe e largou com velocidade. FirstAttack. com M. Ferreira, foi bem noexercício de 7110 metros em 45s cravados.

Baby Son. muito veloz, passou os "00metros em 42s escassos, impressionandopela desenvoltura de seu final. Seu jóqueifoi Jorge Ricardo.

Egberto, eom M. Ferreira, agradouno apronto de 71)0 metros em 44s2 egrandes sobras ao cru?ar o espelho.

Deputado propõeCPI contra o COB

Brasília — O Deputado Francisco Dias (PMDB-SP) reque-reu ontem, na Câmara, a constituição de uma comissãoparlamentar de inquérito para investigar a participação da .delegação brasileira nos Jogos Olímpicos recentemente realiza-dos em Los Angeles, bem como o critério para a indicação dosatletas e demais membros da delegação brasileira e a aplicação jdos recursos pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

Justificando o requerimento, o deputado paulista afirmouque só da Loteria Esportiva o Comitê Olímpico ganhou mais deCrS 2 bilhões, tendo o Brasil ficado em 17° lugar, com oitomedalhas, atrás de países como México. Coréia do Sul, Finlàn-dia, Austrália. Japão, Canadá e muitos outros.

— A única medalha de ouro obtida o foi por um atleta quehá quatro anos vinha treinando nos Estados Unidos, se virandosozinho — disse o deputado, referindo-se a Joaquim Cruz.

Dentre as denúncias apontadas pelo Deputado FranciscoDias estão a de favorecimento, com a inclusão de protegidos dedirigentes na delegação, "para que pudessem desfrutar dasmordomias"; a presença de parentes na comitiva, o maurelacionamento dos dirigentes com atletas e jornalistas e aformação apressada da Seleção de Futebol.

Padilha não apóia

um Ministério jáSáo Paulo — O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro,

Major Sílvio de Magalhães Padilha, considerou "prematura'' acriação de um ministério dos esportes no Brasil, emborareconheça que a idéia é boa para o futuro: "Somente quandotivermos outros estados com a mesma organização esportiva deSão Paulo poderemos pensar num ministério", afirmou apósparticipar de homenagem da prefeitura paulista a sete atletasque iniciaram suas carreiras no Centro Olímpico de Treinamen-to e Pesquisa.

Padilha. um dos idealizadores do Centro, também foihomenageado e elogiou o trabalho realizado no local, conside-rado "um dos responsáveis pelo melhor resultado do Brasil atéhoje numa Olimpíada". Para o presidente do COB, o esportebrasileiro já conta com duas excelentes organizações de cúpula,o CND e o Seed-Mec, "que apenas precisam de maior apoiofinanceiro e administrativo do Governo para cumprir meihorsuas atribuições". ,, .Muitas despesas

Segundo ele, a constituição de um novo ministério, agora,traria muitas despesas para o Governo. Lembrou que, emmuitos outros países, o esporte não é dirigido a nível ministeriale os comitês olímpicos têm mais força do que no Brasil "epodem fazer coisas que nós não podemos e no entanto somoscobrados por elas". Mas ressaltou que não está querendo córnisso reivindicar maiores poderes para a entidade que preside.

Padilha confirmou que continua recebendo os relatórios dechefes de delegações aos Jogos Olímpicos e que os primeirosprojetos para os próximos jogos começarão a sair em outubro.No final de setembro ele deverá ir a Seul, onde o ComitêExecutivo do COi passará a se reunir regularmente até 1988.

Os sete atletas homenageados pela Prefeitura de Sáo Pauloforam Montanaro e Amaury. do vôlei; Cadum e Sílvio, dobasquete; Wilson Davi e Paulo Correia, do atletismo; e RicardoPrado, da natação (que estava no Rio e não pôde comparecer).Montanaro confirmou o interesse de clubes italianos pelosjogadores brasileiros de vôlei — "convites irrecusáveis". —Mas, além de lembrar o impedimento legal da transferência deatletas olímpicos para outros países, disse esperar que opresidente da Confederação Brasileira de Voleibol, CarlosNuzman, encontre uma saída que compense financeiramente apermanência deles no Brasil.

Quarenzano domina

com muitas sobras

a segunda carreira

Quarenzano (Daiáo em Fidenza), de criação do Haras Riodos Frades e de propriedade do Haras Pelajo, ganhou comextrema facilidade o segundo páreo da corrida noturna dispu-tada ontem no Hipódromo da Gávea. Apresentado em perfeitascondições pelo treinador Venãncio Nahid e montado pelo líderda estatística Jorge Ricardo, não tomou conhecimento dosadversários e ganhou com muitas sobras.

Io páreo — 1 mil metros — 1" Haquinc, R. Costa; 2oHandicapeur, A. Ramos. Vencedor (4) 12,40. Dupla (12) 19,40.Placês (4) 3,10 (1)1.40. Tempo: lmin()4s. 2o Páreo — 1 mil 200metros — Io Quarenzano, J. Ricardo; 2o Orbite, G. F. Silva.Vencedor (3) 3,20. Dupla (23) .6,50. Placês (3) 2,60 (4) 7.30.Tempo: 1 min 15s3. 3o Páreo — 1 mil 300 metros — Io Puskhin,G. F. Silva; 2" Von Graf, R. Antônio. Vencedor (8) 1.70. Dupla(24) 3,70. Placês (8) 1,10 (4) 1,60. Exata (8-4) 8,70. Tempo:Imin22s3. 4o Páreo — 1 mil metros — Io Jelka. G. F. Silva; 2"Hasta La Vista, J. Ricardo. Vencedor (7) 1.70. Dupla (14) 2.10.Placês (7) 1,00(1) 1.00. Tempo: Imin02sl. 5o Páreo—1 mil 300metros — 1° Extoller. P. Cardoso; 2" Hartito. J. Ricardo.Vencedor (3) 2.50. Dupla (12) 1.80. Placês (3) 1,20 (1) 1,10.Tempo: 1min23s. 6o Páreo — 1 mil metros — 1" Papeefe. J.Ricardo; 2o Grande Etoile, C. A. Martins. Vencedor (10) 2,90.Dupla (14) 2,70. Placês (10) 1,70 (3) 6,70. Exata (10-3) 110,20.Tempo: Imin03s2. 7o Páreo — 1 mil 100 metros — Io Hanau. J.Ricardo; 2o Palena. R. Costa. Vencedor (7) 2,30. Dupla (34)3,60. Placês (7) 1,70 (4) 2,60. Tempo: Imin09s4. 8o Páreo— 1mil metros — Io Duleter, R. Costa; 2° Caldonazzo, J. Malta.Vencedor (2) 2,70. Dupla (II) 4.60. Placês (2) 1,70 (1) 2.30.Tempo: lmin03s. 9o Páreo — 1 mil 300 metros — Io Pajola, G.F. Silva; 2o Garbo da Ronda. P. Cardoso. Vencedor (4) 2.60.Dupla (22) 4.90. Placês (4) 1,90 (3) 2.30. Dupla exata (4-3) 9,9!/.Tempo: lmin22sl.A Comissão de Corridas suspendeu A. Ricardo por 60 dias.

CÀNTER

A carreira mais importante domingo, em Cidade Jardim,será o Grande Prêmio Prefeito do Município de São Paulo, nadistância de 1 mil 600 metros, pista de grama, com uma dotaçãode CrS 4 milhões 895 mil. O turfe do Rio de Janeiro estarárepresentado pelo veloz Hueco. que terá a direção de EdsonFerreira. O campo com as montarias está assim formado:

1—1 Evaristo2—2 Hueco3—3 Aviator4 Babytonius...4—5 ElCancbero..6 GaúchoFlower...5—7 Forgeron8 Kijockey6—9 Tanabi10 ZoNo 7—11 Gauchrto" Telekun&—12 Dentei" Embarcador

J.GarciaE.FerreiraG.AssisL.C.SilvaA.BarrosoS.R.Souza.J.P.Martin9J.P SantosR.SantiH.FreitasW.Carvalho...C.Canuto... E.Amonm.... A.Soares

Anorak, que foi vendido, corre domingo á tarde com afarda do Stud Tatá e depois vai para os Estados Unidos, ondeseguirá campanha aos cuidados do treinador Zilmar DuarteGuedes, que também está de partida para o turfe norte-americano.

nO invicto Empire Day, que é atualmente o líder inconteste

da sua geração em Cidade Jardim, São Paulo, está oficialmenteà venda por 500 mil dólares. O corretor Delmar Biazoli Martinsestá tentando negociá-lo no mercado americano.

Full Love, segundo colocado para Anilité no Grande PrêmioBrasil, foi queimado nos curvilhóes e ficará 20 dias completa-mente afastado de qualquer treinamento de raia. O treinadorPedro Nikel acredita que, com esta providência, o seu craquepoderá voltar às pistas em grande forma técnica.

TüSPORTílf? sexta-feira, 31/8/84 ? Io caderno ? 33JORNAL DO BRASIL ..

Denúncia de desabamento causa revolta no Fia

Os landos dizem que a Gdvea precisa apenasde obras de restuttracao

Gilmar (D) substituiu Bebeto, que estd resfriado, e fez dots goU no treino para os titulares¦ ; * WiSmgmmi. 9B wmsmkt' y

Cdmor (O j substituiu Bebeto, que está resfriado, e fez dois goU no treino para os titulares

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Causou as mais variadas reações adenúncia feita quarta-feira pelo vice-presidente do Flamengo, Eduardo Mota,opositor do presidente George Helal, emque ele adverte sobre o possível desaba-mento das arquibancadas do estádio daGávea, em conseqüência aa queda da suamarquise. As declarações de Mota causa-

' ràm preocupação em vários associados,qüé"têm filhos treinando nas escolinhas;'"revolta e reações irônicas por parte dosdirigentes da situação; e surpresa porparte de atletas do esporte amador, comoa levantadora Jaqueline, que treinamdiariamente no ginásio, localizado justa-mente em baixo das arquibancadas.

O presidente George Helal voltou acobrar ontem da empresa de engenharia

"Engekil, responsável pelo laudo técnicode propriedade do Dr Luiz Marcos, sócio" do Flamengo e pessoa ligada a Eduardo

?r Móta. Para ter o laudo o Flamengo temque pagar Cr$ 1 milhão 800 mil à empre-sa, que ficou de entregá-lo na próximaterça-feira. De posse apenas dos laudosparciais, Helal disse que nenhum delesfala em risco de desabamento, mas ape-nas em obras de restauração.

Ninguém acreditaHelal pareceu absorver bem a denún-

-cia feita por seu opositor. Bem-r humorado, colocou um chapéu próprio

para operários de construção civil, ale-• gando que precisava se proteger do "de-sabamento". O vice-presidente de finan-ças, Joel Tepet, não estava tão bem-

, humorado assim:— Eles estão prejudicando o Fia-

mengo com essas afirmações irresponsá-. veis. Hoje (ontem), várias mães estive-

- ram aqui na Gávea preocupadas com osfilhos que fazem parte das nossas escoli-nhas. O pior é que o senhor EduardoMota é presidente da Comissão de Obrasdo clube há muito tempo. Por que sóagora fez essa denúncia? Logo depois deperder no Conselho Deliberativo queaprovou a construção na nova sede, eleaparece para denunciar o perigo de desa-' bamento das arquibancadas.

Enquanto os dirigentes mais ligados„ ao presidente George Helal discutiam a

questão na sala do vice-presidente admi-nistrativo Antônio Figueiredo, o timeprincipal de vôlei feminino treinava noginásio. A levantadora Jaqueline, porexemplo, se disse surpreendida com anotícia do possível desabamento das ar-quibancadas:Não li os jornais, mas não acredi-to que isso seja verdade. Se fosse, nãonos deixariam treinar aqui. Seria umabsurdo e uma total falta de responsabili-dade.

Antigos funcionários e diretores liga-dos à administração, como Edmundo deFreitas, que está no clube há 47 anos,também não acreditam no desabamento.

Não é a primeira vez que ouçofalar que a arquibancada vai cair. Masduvido que isso aconteça. Essa obra foifeita com cimento importado, no tempodo ex-presidente Bastos Padilha. Podeser que esteja caindo algum reboco e, porisso, seja preciso reparo. Mas duvido queisso vá desabar.

O vice-presidente de planejamento eexpansão do clube, Gilberto CardosoFilho, que também é membro da Comis-são de Obras, disse que participou devárias reuniões da Comissão e nunca sesugeriu que a arquibancada estivesseameaçada de cair:

Estamos aqui querendo o laudoda empresa, cujo, proprietário, ligado aoMota, nem é engenheiro, tanto que quemassinou os laudos parciais não foi ele.Quero o laudo para iniciar imediatamen-te as obras. Se eles acham que existe sériorisco de desabamento, por que não entre-garam o laudo até hoje? — indagouGilberto Cardoso.

Já o ex-presidente Márcio Braga dis-se ontem ao JB, por telefone, de Brasília,que o ex-presidente Antônio AugustoDunshee de Abranches e Eduardo Mota,na época vice-presidente, são os respon-sáveis pela dívida que o Flamengo temcom o imposto de renda no valor de Cr$ 1bilhão 800 milhões:

Quando deixei a presidência, es-tava tudo quitado. A administração res-ponsável pela dívida com o imposto derenda foi a do Dunshee de Abranches, daqual o Mota fazia parte.

Fotos de Ari Gomes

Os laudos dizem que a Gávea precisa apenas de obras de restauração

Time leva cinco

gols no treino

O fato de o time reserva ter feitocinco gols nos titulares, no coletivo deontem, que terminou 5 a 5, não preocu-pou o técnico Zagalo. Ele disse ter deixa-do o time à vontade, justamente parapoder apontar os erros na conversa quevai ter com os jogadores:— Não paralisei o treino para alertaro time. Deixei as coisas aconteceremnaturalmente. Assim tenho subsídios pa-ra mostrar aos jogadores o que não sedeve fazer no jogo.

Bebeto, resfriado. foi poupado docoletivo. Gilmar o substituiu e teve bomdesempenho marcando dois gols. Adílio

" Cdòís) e Tita fizeram os outros. Zagalocontinua preocupado com o frio que estáfazendo na cidade de Friburgo, onde oFlamengo joga domingo contra o Fribur-guense. Tanto que o supervisor AméricoFaria adiantou que vai levar conhaquepara que os jogadores tomem uma doseno intervalo do jogo.

Zagalo esteve quarta-feira no Mara-canã assistindo ao jogo Fluminense x" Campo Grande. O técnico ficou impres-sionado com Romcrito. Para ele, umexemplo de jogador moderno:

— Além de ser técnico e habilidoso,ele é um jogador competitivo. Um joga-dor que participa ativamente da partida,tanto na defesa quanto no ataque. Dágosto vê-lo atuar.

iMillnWI

o Botafogo, o da

Paraíba, empata

com AntequeranoAntequera, Espanha — O Botafogo

da Paraíba, que vem fazendo várias parti-das na Europa sem explicar que não é oBotafogo do Rio de Janeiro, empatou de

>• l a 1, ontem à noite, com a equipe local¦" do Antequerano, diante de um público' -pequeno, calculado em 2.500 pagantes. O~"jogo marcou a estréia do treinador José

" Maria Negrillo à frente do Antequerano,' mas os torcedores não se animaram a ir"ao estádio El Mauli.Valendo-se da semelhança das cami-

sas — a única e mínima diferença é aestrela, que é vermelha — o Botafogo da

. Paraíba conseguiu passar-se pelo Botafo-go do Rio, que há poucas semanas dispu-tou dois torneios na Europa, um emParis, outro em Genebra, ambos contra o

- Paris Saint Germain e o Servette, daSuíça.

Ao chegar à Europa e ser confundidocom a equipe carioca, o Botafogo daParaíba deixou que os torcedores e agên-cias internacionais de notícias pensassemque era o clube do Rio, e foi completan-do a sua excursão. Na volta ao Brasil —segundo notícias de João Pessoa — oBotafogo da Paraíba fará uma alteraçãoem seu uniforme, com a estrela voltandoa ser branca — como quando da fundaçãodo clube.

Combinado mineiroKuala Lumpur. Malásia — A polícia

de Kuala Lumpur já está investigando adenúncia de que dois jogadores brasilei-ros, de uma seleção mineira, teriam sido"" vítimas de tentativa de surborno para queseu time perdesse a partida decisiva doTorneio ae Merdeka. que seria jogadacontra a equipe da Indonésia. Os brasilei-ros denunciaram a tentativa de suburno eseu time acabou vencendo de 2 a 0.

O chefe de polícia Zaman Kahn in-lurmou que várias pessoas já foram inter-rogauas e que já ficou determinado queos jogadores receberam oferta de dinhei-ro, bebidas, turno e outras mercadoraspara que"não marcassem gols". O poli-ciai desmentiu as notícias de que jogado-¦ ;:res de outras equipes também tivessem

"¦ sido interrogados para admitir a possibili-dade de terem recebido propostas iguais.

BOLA DIVIDIDA

O drama de Quarentinha é mais um vividopor um profissional de futebol do passa-

do. Dói pelo tipo de delito em que ele seenvolveu, mas não surpreende. Quarentinha,como tantos outros craques das décadas de 40,50 e 60 padece do mesmo mal: o total abando-no em que ficaram depois que encerraram suascarreiras. Eles vêm de um tempo em que ojogador não tinha a menor garantia quanto aseu futuro. Na época, pouquíssimos eram osque ganhavam bem e, mesmo entre estes, rarosconseguiram o suficiente para depois manterum razoável padrão de vida. A grande maioriapassou a lutar pela sobrevivência, sob o dramade não possuir ofício nenhum que pudesseexercer.

A profissão, mesmo que eles quisessemaprender, não lhes dava tempo, sempre àsvoltas com jogos, excursões, concentrações. Enão dava também a menor garantia. Desconta-vam para institutos, mas não tinham o benefí-cio da aposentadoria pelo curto tempo dacarreira. Estabilidade foi pleiteada por Bata-tais, goleiro que jogou 11 anos seguidos noFluminense, e julgava-se com direito pela leientão vigente, mas os dirigentes, vendo napretensão um perigo, conseguiram que a Justi-ça firmasse jurisprudência sobre a questão:tempo de serviço de jogador de futebol conta-se a cada contrato. Quer dizer: ele nunca temmais de dois ou três anos de casa. A Batatais,talvez por ser goleiro, deram um lugar deporteiro no Maracanã, onde ele morreu pobre.

Por isso, a todo momento, a gente ficasabendo que um ídolo do passado vive noabandono enfretando dificuldades sem conta.Podíamos citar aqui vários casos, como o deVevé, campeão pelo Flamengo, que para nãoser enterrado como indigente precisou queseus velhos companheiros se cotizassem àspressas. Outros tentam uma ajuda recorrendoàs agapes e fugapes que, sem verbas, nãosabem como ajudá-los. A Quarentinha ofere-ceram agora um advogado.

Propositadamente, ou por ignorar o as-sunto, muita gente confunde a luta dos craquesde hoje por uma regulamentação mais justa desua profissão. Sócrates, que usou o prestígio deseu nome nessa luta, foi por vezes massacradopelos que julgam o jogador um privilegiado,regiamente pago e, portanto, obrigado a satis-fazer todas as vontades dos clubes. Mas sãotantos os exemplos do passado, que aos dehoje cabe lutar por todos os meios para fortale-cer sua associação de classe, seu sindicato, afim de que no futuro não venham a viversituações constrangedoras iguais à de Quaren-tinha, um ex-titular da Seleção Brasileira.

Curioso é que, num país onde se rouba àvontade, diária e impunimente, se tenha feitotanto escândalo pelos 20 litros de gasolina queacusam Quarentinha de ter furtado.

¦Histórias — Um dirigente, desses que seespraiaram há pouco pelas avenidas de LosAngeles, não conseguia entender as portas deseu hotel e reclamava com André Richer:

— Quando está escrito pull não pule,puxe; se diz pusch não puxe, empurre; e se éexit, não hesite, saia. Diabo de língua es-tranha!

SANDRO MOREYRA

Valed Perry sugere

acordo entre clubes

São Paulo — Os grandes clubes brasileiros começam hoje adefinir sua posição face à disputa da Copa Brasil do ano quevem, com 40 clubes. O advogado Valed Perry, contratado peloFlamengo para dar assistência jurídica nos debates, sugere queos clubes negociem. Segundo ele, só com a negociação serápossível derrubar a fórmula aprovada pelas federações.

— O choque de interesses é muito grande — disse ValedPerry. — Os clubes que contestam a decisão da assembléia geralda CBF têm razão. As federações também têm seus motivos. ACBF cabe regulamentar a competição. Assim, acredito que asolução seria negociar a fórmula que atenda a todos, pois omaior prejudicado nessa história está sendo o futebol brasileiro.

O advogado espera que a solução seja encontrada nareunião do dia 11 de setembro, em Brasília, quando o problemaserá discutido amplamente na Comissão de Esportes da Câmarados Deputados. Estarão presentes à reunião o presidente daCBF, Giulite Coutinho, os presidentes de federações, de clubese os integrantes da Associação Brasileira de Clubes.

A Associação defende uma competição a nível nacionalcom a participação dos 26 clubes classificados de acordo com oranking dos campeonatos brasileiros de 1971 a 1984. A CBFdefendia um campeonato com apenas 20 clubes. As federaçõesdecidiram por um torneio com 40 clubes.

Schumacher credita

crise a jogadoresBonn — O goleiro da Seleção Alemã e do Colônia,

Schumacher, debitou os últimos fracassos da Alemanha aospróprios jogadores e isentou os técnicos de qualquer culpa.Cético, Schumacher disse que não se deve pensar que bastaBeckenbauer levantar a mão e dizer uma palavra mágica paraque a Seleção jogue automaticamente, "como os brasileiros, emseus melhores momentos".

O goleiro disse acreditar que o futebol alemão ainda válevar três anos para voltar a uma posição de destaque. Criticoutambém a decisão da Federação Alemã de concentrar ceusjogadores em centros desportivos, e não mais em hotéis.Schumacher foi bastante duro ao se referir aos jogadores Kaltz.Magath e Hrubesch, que, no tempo de Derwall, abandonaram aSeleção:

— Aqueles que regressam agora, com Beckenbauer. nãodevem pensar que vamos recebê-los de braços abertos — disse.

Franz Beckenbauer, o novo técnico alemão, não gostoudas críticas feitas por Schumacher. principalmente agora, quan-do a Alemanha se prepara para uma partida amistosa contra aArgentina, em Dusseldorf, depois da fraca campanha da Copadas Nações.

Castor obriga Perivaldo

a se internar ainda hoje

Perivaldo, que acabou não se inter-nando, ontem, como tinha combinadocom o médico Rubens Lopes, do Bangu,esteve à tarde no estádio de Moça Bonitaconversando com o dirigente Castor deAndrade. Hoje, finalmente, ficará noHospital Gafrée Guinle, para um examecompleto aos cuidados do médico Arnal-do Santiago. Castor disse a Perivaldo quenão queria indisciplina no elenco c, se aordem era para ficar internado, ele queacatasse a determinação médica.

Hoje à tarde o time do Bangu faz seucoletivo final para enfrentar o Volta Re-donda no domingo, com uma única dúvi-da, na zaga, onde Moisés ainda não sedefiniu entre Cardoso e Roberto paracompanheiro de Polozi. O time titulardeve iniciar o coletivo com Gilmar. In-dio, Cardoso (Roberto), Polozi, e Odir-lei; Mococa, Israel e Fernando Macaé;Marinho, Cláudio Adão e Ado.

O treino coletivo seguia movimenta-

do em Moça Bonita, quando Mário, doVasco, ex-Bangu, apareceu na pista doestádio e foi logo brincando com o treina-dor Moisés;" Xerife, estou aqui porqueandei lendo e ouvindo comentários que oteu time está precisando urgente de refor-ços; afinal, a coisa andou feia contra oFlamengo no domingo".

Moisés, empolgado com as jogadasde ataque do seu time, que naquelemomento acabava de marcar o quarto golnos reservas, retrucou:" — Não vouesquecer este oferecimento quando eufor o treinador da Seleção Brasileira".

Mário, alegre e bem disposto; acres-centou: "Quando estavam escolhendo otreinador da Seleção eu votei em você.Deve ser por isso que me esqueceram nahora da convocação.

Moisés encerrou a conversa com umapromessa: "Eu sou igualzinho ao Maluf.Quem vota em mim fica arrumado parasempre".

América treina a zaga

contra centros altos

Decidido a neutralizar a única,mas perigosa, jogada ofensiva doGoytacaz — os centros altos na área,para o complemento de Abel —. otécnico Antonio Clemente dedicou otreino de ontem à tentativa de orien-tar a zaga do América para a melhorforma de afastar o perigo na partidade domingo, em Campos.

Os zagueiros foram exigidos pormais de duas horas nos cruzamentos,para melhorar a impulsão de Tecão ePagani. além de treinarem jogadasensaiadas, no campo do Projeto Me-cão. no Recreio dos Bandeirantes.No fim. Clemente se mostrou con-fiante na vitória, capaz de manter o

América na disputa do título da TaçaGuanabara.

O treinador não tem dúvidasquanto à formação que anunciará,pois mesmo que Murici participe dotreino, está disposto a manter a esca-lação que derrotou o Americano,com Vágner ao lado de Moreno nocomando de ataque, e o meio-campoformado por Serginho. Gilberto eGaúcho.

A delegação segue para Camposamanhã, após um treino recreativono ginásio de Campos Sales, pelamannã. Os reservas serão escolhidosapós o coletivo de hoje. quandoClemente saberá se pode contar comMurici para o banco.

Atlético agora vai

começar a pensar no

campeonato mineiro

Belo Horizonte — Após dois dias de folga, para quepudessem descansar da excursão à Europa, os jogadores doAtlético se reapresentaram ontem à tarde ao técnico Procópio, naVila Olímpica, quando o treinador começou a preparar o timepara o jogo de depois de amanhã, contra o Uberaba, no Mineirão.O Atlético já está desclassificado da final do primeiro turno e ficouobrigado a conquistar o returno, sob pena de não disputar apróxima Copa Brasil, já que vão participar somente o campeão e ovice de Minas.

Três jogadores já estão afastados da partjda de domingo: oquarto-zagueiro Luisinho e o ponta-esquerda Éder. machucados,e o meio-campo Vítor, suspenso por ter sido expulso na últimapartida da equipe pelo Campeonato. Procópio tem ainda trêsdúvidas para definir o time: o volante Toninho. com problemas deamigdalite; o meio-campo Heleno, contundido no joelho direito; eo lateral Jorge Valença.

Palhinha crítica KalilO centroavante do Cruzeiro. Palhinha, ex-presidente da

Associação de Jogadores Profissionais de Sáo Paulo, criticouontem, em entrevista, a decisão da diretoria do Atlético de desligado seu plantei o zagueiro Marinho (ex-jogador do Flamengo), olateral Miranda e os atacantes Renato, Paulinho e RobertoBiônico, acusados de indisciplina. Ele criticou também as declara-ções do presidente do clube, Elias Kalil, de que jogador indiscipli-nado não deve ser vendido.

Segundo Palhinha, que jogou no Atlético por quase doisanos, aplicar multas em jogadores que tenham cometido indiscipli-na é até admissível:

— Afastar o jogador da equipe e impedir a sua negociaçãopara outro time, fere o direito que todas as pessoas têm detrabalhar — disse Palhinha.

Ontem à tarde, na Toca da Raposa, o Cruzeiro realizou oprimeiro treino coletivo para a partida de domingo, em Juiz deFora, contra o Tupi. no reinicio do Campeonato Mineiro. Otécnico João Francisco não pôde contar no treino com o goleirotitular, Vítor, que machucou a mão direita e deve desfalcar aequipe na próxima partida. Em seu lugar treinou Ademir Maria.

Seleção Júnior

se apresenta hoje

Campinas, São Paulo — A Seleção Brasileira de Juniores,que cm janeiro, em Assunção, tentará o bicampeonato sul-americano e a classificação para o Campeonato Mundial denovembro de 85. em Santiago, se apresentará hoje, às 18 horas, noPalácio dos Esportes de Campinas.

O treinador Júlio César Leal relacionou os seguintes jogado-res: Goleiros — Ivan e Alexandre; laterais — Luciano, Mariovaldoe Lira. zagueiros — Luís Carlos. Tefo e Pinela; meio-campistas —Tosin. Roberson, Silas, Mazinho e VVanderson; atacantes —Rudnei, Paulo Rogério, Antônio Carlos, Binho e Alberto Carlos.

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Fotos de Ari Gomes

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Gilmar (D) substituiu Bebeto, que estd r

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e fez dots go Is no tftularesGilmar (D) substituiu Bebeto, que está resfriado, e fez dois gols no treino para os titulares

Os laudos

drama de Quarentinha é mais um vivido^ por um profissional de futebol do passa-do. Dói pelo tipo de delito em que ele seenvolveu, mas não surpreende. Quarentinha,como tantos outros craques das décadas de 4í)i50 e 60 padece do mesmo mal: o total abando-no em que ficaram depois que encerraram suascarreiras. Eles vêm de um tempo em que ojogador não tinha a menor garantia quanto aseu futuro. Na época, pouquíssimos eram osque ganhavam bem e, mesmo entre estes, rarosconseguiram o suficiente para depois manterum razoável padrão de vida. A grande maioriapassou a lutar pela sobrevivência, sob o dramade não possuir ofício nenhum que pudesseexercer.

A profissão, mesmo que eles quisessemaprender, não lhes dava tempo, sempre àsvoltas com jogos, excursões, concentrações. Enão dava também a menor garantia. Desconta-vam para institutos, mas não tinham o benefí-cio da aposentadoria pelo curto tempo dacarreira. Estabilidade foi pleiteada por Bata-tais, goleiro que jogou 11 anos seguidos noFluminense, e julgava-se com direito pela leientão vigente, mas os dirigentes, vendo napretensão um perigo, conseguiram que a Justi-ça firmasse jurisprudência sobre a questão:tempo de serviço de jogador de futebol conta-se a cada contrato. Quer dizer: ele nunca temmais de dois ou três anos de casa. A Batatais,talvez por ser goleiro, deram um lugar deporteiro no Maracanã, onde ele morreu pobre.Por isso, a todo momento, a gente ficasabendo que um ídolo do passado vive noabandono enfretando dificuldades sem conta.Podíamos citar aqui vários casos, como o deVevé, campeão pelo Flamengo, que para nãoser enterrado como indigente precisou queseus velhos companheiros se cotizassem àspressas. Outros tentam uma ajuda recorrendoàs agapes e fugapes que, sem verbas, nãosabem como ajudá-los. A Quarentinha ofere-ceram agora um advogado.

Propositadamente, ou por ignorar o as-sunto, muita gente confunde a luta dos craquesde hoje por uma regulamentação mais justa desua profissão. Sócrates, que usou o prestígio deseu nome nessa luta, foi por vezes massacradopelos que julgam o jogador um privilegiado,regiamente pago e, portanto, obrigado a satis-fazer todas as vontades dos clubes. Mas sãotantos os exemplos do passado, que aos dehoje cabe lutar por todos os meios para fortale-cer sua associação de classe, seu sindicato, afim de que no futuro não venham a viversituações constrangedoras iguais à de Quaren-tinha, um ex-titular da Seleção Brasileira.

Curioso é que, num país onde se rouba àvontade, diária e impunimente, se tenha feitotanto escândalo pelos 20 litros de gasolina queacusam Quarentinha de ter furtado.

Historias — Um dirigente, desses que seespraiaram há pouco pelas avenidas de LosAngeles, não conseguia entender as portas deseu hotel e reclamava com André Richer:

— Quando está escrito pull não pule,puxe; se diz pusch não puxe, empurre; e se éexit, não hesite, saia. Diabo de língua es-tranha!

SANDRO MOREYRA

JORNAL DO BRASIL FQPOHTFQira A iUi.3 2° Clichê ? saxta-feira, 31/8/84 ? i° caderno ? 23

de revolta noDenúncia cie desabamento causa

Causou as mais variadas reações adenúncia feita quarta-feira pelo vice-presidente do Flamengo, Eduardo Mota,opositor do presidente George Helal, emque ele adverte sobre o possível desaba-mento das arquibancadas do estádio daGávea, em conseqüência da queda da suamarquise. As declarações de Mota causa-ram preocupação em vários associados,que têm filhos treinando nas escolinhas;revolta e reações irônicas por parte dosdirigentes da situação; e surpresa porparte de atletas do esporte amador, comoa levantadora Jaqueline, que treinamdiariamente no ginásio, localizado justa-mente em baixo das arquibancadas.

O presidente George Helal voltou acobrar ontem da empresa de engenhariaEngekil, responsável pelo laudo técnicode propriedade do Dr Luiz Marcos, sóciodo Flamengo e pessoa ligada a EduardoMota. Para ter o laudo o Flamengo temque pagar Cr$ 1 milhão 800 mil à empre-sa, que ficou de entregá-lo na próximaterça-feira. De posse apenas dos laudosparciais, Helal disse que nenhum delesfala em risco de desabamento, mas àpe-nas em obras de restauração.

Ninguém acreditaHelal pareceu absorver bem a denúrv-

cia feita por seu opositor. Bem-humorado, colocou um chapéu própriopara operários de construção civil, ale-gando que precisava se proteger do "de-sabamento". O vice-presidente de finan-ças, Joel Tepet, não estava tão bem-humorado assim:

— Eles estão prejudicando o Fia-mengo com essas afirmações irresponsá-veis. Hoje (ontem), várias mães estive-ram aqui na Gávea preocupadas com osfilhos que fazem parte das nossas escoli-nhas. O pior é que o senhor EduardoMota é presidente da Comissão de Obrasdo clube há muito tempo. Por que sóagora fez essa denúncia? Logo depois deperder no Conselho Deliberativo queaprovou a construção na nova sede, eleaparece para denunciar o perigo de desa-bamento das arquibancadas.

Enquanto os dirigentes mais ligadosao presidente George Helal discutiam a

questão na sala do vice-presidente admi-nistrativo Antônio Figueiredo, o timeprincipal de vôlei feminino treinava noginásio. A levantadora Jaqueline, porexemplo, se disse surpreendida com anotícia do possível desabamento das ar-quibancadas:Não li os jornais, mas não acredi-to que isso seja verdade. Se fosse, nãonos deixariam treinar aqui. Seria umabsurdo e uma total falta de responsabili-dade.

Antigos funcionários e diretores liga-dos à administração, como Edmundo deFreitas, que está no clube há 47 anos,também não acreditam no desabamento.Não é a primeira vez que ouçofalar que a arquibancada vai cair. Masduvido que isso aconteça. Essa obra foifeita com cimento importado, no tempodo ex-presidente Bastos Padilha. Podeser que esteja caindo algum reboco e, porisso, seja preciso reparo. Mas duvido queisso vá desabar.

O vice-presidente de planejamento eexpansão do clube, Gilberto CardosoFilho, que também é membro da Comis-são de Obras, disse que participou devárias reuniões di Comissão e nunca sesugeriu que a arquibancada estivesseameaçada de cair:

Estamos aqui querendo o laudoda empresa, cujo, proprietário, ligado aoMota, nem é engenheiro, tanto que quemassinou os laudos parciais não foi ele.Quero o laudo para iniciar imediatamen-te as obras. Se eles acham que existe sériorisco de desabamento, por que não entre-garam o laudo até hoje? — indagouGilberto Cardoso.

Já o ex-presidente Márcio Braga dis-se ontem ao JB, por telefone, de Brasília,que o ex-presidente Antônio AugustoDunshee de Abranches e Eduardo Mota,na época vice-presidente, são os respon-sáveis pela dívida que o Flamengo temcom o imposto de renda no valor de Cr$ 1bilhão 800 milhões:

Quando deixei a presidência, es-tava tudo quitado. A administração res-ponsável pela dívida com o imposto derenda foi a do Dunshee de Abranches, daqual o Mota fazia parte.

Fia

Fotos de Ari Gomes

BOLA DIVIDIDA

wnewriK- «ia». ity. y/. JJ:dizem, que a Gávea precisa apenas de obras de restauração

Time leva cinco

gols no treinoO fato de o time reserva ter feito

cinco gols nos titulares, no coletivo deontem, que terminou 5 a 5, não preocu-pou o técnico Zagalo. Ele disse ter deixa-do o time à vontade, justamente parapoder apontar os erros na conversa quevai ter com os jogadores:Não paralisei o treino para alertaro time. Deixei as coisas aconteceremnaturalmente. Assim tenho subsídios pa-ra mostrar aos jogadores o que não sedeve fazer no jogo.

Bebeto, resfriado, foi poupado docoletivo. Gilmar o substituiu e teve bomdesempenho marcando dois gols. Adflio(dois) e Tita fizeram os outros. Zagalocontinua preocupado com o frio que estáfazendo na cidade de Friburgo, onde oFlamengo joga domingo contra o Fribur-guense. Tanto que o supervisor AméricoFaria adiantou que vai levar conhaquepara que os jogadores tomem uma doseno intervalo do jogo.

Zagalo esteve quarta-feira no Mara-caná assistindo ao jogo Fluminense xCampo Grande. O técnico ficou impres-sionado com Rorherito. Para ele, umexemplo de jogador moderno:

Além de ser técnico e habilidoso,ele é um jogador competitivo. Um joga-dor que participa ativamente da partida,tanto na defesa quanto no ataque. Dágosto vê-lo atuar.

Atlético agora vai

Botafogo, o da

Paraíba, empata

com AntequeranoAntequera, Espanha — O Botafogo

da Paraíba, que vem fazendo várias parti-das na Europa sem explicar que não é oBotafogo do Rio de Janeiro, empatou deI a I, ontem à noite, com a equipe localdo Antequerano, diante de um públicopequeno, calculado em 2.500 pagantes. Ojogo marcou a estréia do treinador JoséMaria Negrillo à frente do Antequerano,mas os torcedores não se animaram a irao estádio El Mauli.

Valendo-se da semelhança das cami-sas a única e mínima diferença é aestreia, que é vermelha — o Botafogo daParaíba conseguiu passar-se pelo Botafo-go do Rio, que há poucas semanas dispu-tou dois torneios na Europa, um emParis, outro em Genebra, ambos contra oParis S*int Germain e o Servette, daSuíça.

Ao chegar à Europa e ser confundidocom a equipe carioca, o Botafogo daParaíba leixou que os torcedores e agên-•ias internacionais de notícias pensassemQue era o clube do Rio, e foi completan-do a sua excursão. Na volta ao Brasil —-egundc notícias de João Pessoa — oBotafogo da Paraíba fará uma alteraçãoem seu uniforme, com a estrela voltandoa ser branca — como quando da fundaçãodo clube.

Combinado mineiroKuala Lumpur, Malásia — A políciade Kuala Lumpur já está investigando a

denúncia de que dois jogadores brasilei-ros, de uma seleção mineira, teriam sidovítimas de tentativa de surborno para queseu time perdesse a partida decisiva doTorneio de Merdeka, que seria jogadacontra a equipe da Indonésia. Os brasilei-ros denunciaram a tentativa de suburno eseu time acabou vencendo de 2 a 0.

O chefe de polícia Zaman Kahn in-formou que várias pessoas já foram inter-rogadas e que já ficou determinado queos jogadores receberam oferta de dinhei-ro, bebidas, fumo e outras mercadoraspara que"não marcassem gols". O poli-ciai desmentiu as notícias de que jogado-res de outras equipes também tivessemsido interrogados para admitir a possihili-dade de terem recebido propostas iguais

Valed Perry sugere

acordo entre clubesSão Paulo — Os grandes clubes brasileiros começam hoje adefinir sua posição face à disputa da Copa Brasil do ano quevem, com 40 clubes. O advogado Valed Perry, contratado peloFlamengo para dar assistência jurídica nos debates, sugere queos clubes negociem. Segundo ele, só com a negociação será

possível derrubar a fórmula aprovada pelas federações.— O choque de interesses é muito grande — disse Valed

Perry. — Os clubes que contestam a decisão da assembléia geralda CBF têm razão. As federações também têm seus motivos. ÀCBF cabe regulamentar a competição. Assim, acredito que asolução seria negociar a fórmula que atenda a todos, pois omaior prejudicado nessa história está sendo o futebol brasileiro.O advogado espera que a solução seja encontrada nareunião do dia 11 de setembro, em Brasília, quando o problemaserá discutido amplamente na Comissão de Esportes da Câmarados Deputados. Estarão presentes à reunião o presidente daCBF, Giulite Coutinho, os presidentes de federações, de clubese os integrantes da Associação Brasileira de Clubes.A Associação defende uma competição a nível nacional

com a participação dos 26 clubes classificados de acordo com oranking dos campeonatos brasileiros de 1971 a 1984. A CBFdefendia um campeonato com apenas 20 clubes. As federaçõesdecidiram por um torneio com 40 clubes.

Schumacher credita

crise a jogadoresBonn — O goleiro da Seleção Alemã e do Colônia,Schumacher, debitou os últimos fracassos da Alemanha aos

proprios jogadores e isentou os técnicos de qualquer culpa.Cético, Schumacher disse que não se deve pensar que bastaBeckenbauer levantar a mão e dizer uma palavra mágica paraque a Seleção jogue automaticamente, "como os brasileiros emseus melhores momentos".O goleiro disse acreditar que o futebol alemão ainda válevar três anos para voltar a uma posição de destaque. Criticoutambém a decisão da Federação Alemã de concentrar seus

jogadores em centros desportivos, e não mais em hotéis.Schumacher foi bastante duro ao se referir aos jogadores Kaltz,Magath e Hrubesch, que, no tempo de Derwall, abandonaram aSeleção:— Aqueles que regressam agora, com Beckenbauer. nãodevem pensar que vamos recebé-los de braços abertos — disse.Franz Beckenbauer. o novo técnico alemão, não gostoudas críticas feitas por Schumachcr, principalmente agora, quan-do a Alemanha se prepara para uma partida amistosa contra aArgentina, em Dusseldorf, depois da fraca campanha da Copadas Nações.

Castor obriga Perivaldo

a se internar ainda hoje

Perivaldo, que acabou náo se inter-nando, ontem, como tinha combinadocom o médico Rubens Lopes, do Bangu,esteve à tarde no estádio de Moça Bonitaconversando com o dirigente Castor deAndrade. Hoje, finalmente, ficará noHospital Gafrée Guinle, para um examecompleto aos cuidados do médico Amai-do Santiago. Castor disse a Perivaldo quenão queria indisciplina no elenco e, se aordem era para ficar internado, ele queacatasse a determinação médica.

Hoje à tarde o time do Bangu faz seucoletivo final para enfrentar o Volta Re-donda no domingo, com uma única dúvi-da, na zaga, onde Moisés ainda não sedefiniu entre Cardoso e Roberto paracompanheiro de Polozi. O time titulardeve iniciar o coletivo com Gilmar, ín-dio, Cardoso (Roberto), Polozi. e Odir-lei; Mococa, Israel e Fernando Macaé;Marinho, Cláudio Adão e Ado.

O treino coletivo seguia movimenta-

do em Moça Bonita, quando Mário, doVasco, ex-Bangu. apareceu na pista doestádio e foi logo brincando com o treina-dor Moisés;" Xerife, estou aqui porqueandei lendo e ouvindo comentários que oteu time está precisando urgente de refor-ços; afinal, a coisa andou feia contra oFlamengo no domingo".

Moisés, empolgado com as jogadasde ataque do seu time, que naquelemomento acabava de marcar o quarto golnos reservas, retrucou:" — Não vouesquecer este oferecimento quando eufor o treinador da Seleção Brasileira".

Mário, alegre e bem disposto; acres-centou: "Quando estavam escolhendo otreinador da Seleção eu votei em você.Deve ser por isso que me esqueceram nahora da convocação.

Moisés encerrou a conversa com umapromessa: "Eu sou igualzinho ao Maluf.Quem vota em mim fica arrumado parasempre".

América treina a zaga

contra os centros altosDecidido a neutralizar a única,

mas perigosa, jogada ofensiva doGoytacaz — os centros altos na área,para o complemento de Abel —, otécnico Antonio Clemente dedicou otreino de ontem à tentativa de orien-tar a zaga do América para a melhorforma de afastar o perigo na partidade domingo, em Campos.

Os zagueiros foram exigidos pormais de duas horas nos cruzamentos,para melhorar a impulsão de Tecáo ePagani. além de treinarem jogadasensaiadas, no campo do Projeto Me-cão. no Recreio dos Bandeirantes.No lim. Clemente se mostrou con-haiite na vitória., capaz de manter o

América na disputa do título da TaçaGuanabara.

O treinador não tem dúvidasquanto a formação que anunciará,pois mesmo que Murici participe dotreino, está disposto a manter a esca-lação que derrotou o Americano,com Vágner ao lado de Moreno nocomando de ataque, e o meio-campoformado por Serginho, Gilberto eGaúcho.

A delegação segue para Camposamanhã, após um treino recreativono ginásio de Campos Sales, pelamanhã. Os reservas serão escolhidosapós o coletivo de hoje. quandoC leniente saberá se pode contar comMunci para.o banco.

começar a pensar no

campeonato mineiroBelo Horizonte — Após dois dias de folga, para quepudessem descansar da excursão à Europa, os jogadores doAtlético se reapresentaram ontem à tarde ao técnico Procópio, naVila Olímpica, quando o treinador começou a preparar o time

para o jogo de depois de amanhã, contra o Uberaba, no Mineirão.O Atlético já está desclassificado da final do primeiro turno e ficouobrigado a conquistar o returno, sob pena de náo disputar apróxima Copa Brasil, já que vão participar somente o campeão e ovice de Minas.

Três jogadores já estão afastados da partida de domingo: oquarto-zagueiro Luisinho e o ponta-esquerda Éder, machucados,e o meio-campo Vítor, suspenso por ter sido expulso na últimapartida da equipe pelo Campeonato. Procópio tem ainda trêsdúvidas para definir o time: o volante Toninho, com problemas deamigdalite; o meio-campo Heleno, contundido no joelho direito- eo lateral Jorge Valença.

Palhinha critica KalilO centroavante do Cruzeiro, Palhinha, ex-presidente daAssociação de Jogadores Profissionais de São Paulo, criticouontem, em entrevista, a decisão da diretoria do Atlético de desligado seu plantei o zagueiro Marinho (ex-jogador do Flamengo), olateral Miranda e os atacantes Renato, Paulinho e RobertoBiônico, acusados de indisciplina. Ele criticou também as declara-

ções do presidente do clube, Elias Kalil, de que jogador indiscipli-nado não deve ser vendido.Segundo Palhinha, que jogou no Atlético por quase doisanos. aplicar multas em jogadores que tenham cometido indiscipli-na é até admissível:— Afastar o jogador da equipe e impedir a sua negociação

para outro time. fere o direito que todas as pessoas^têm detrabalhar — disse Palhinha.Ontem a tarde, na Toca da Raposa, o Cruzeiro realizou o

primeiro treino coletivo para a partida de domingo, em Juiz deFora. contra o Tupi. no reinicio do Campeonato Mineiro. Otécnico João Francisco náo pôde contar no treino com o goleirotitular. Vítor, que machucou a mão direita e deve desfalcar aequipe na próxima partida. Em seu lugar treinou Ademir Maria.

Placar JB

Resultados de onfem

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Uma das vigas que sustentam a marquise, corroída, cedeu, saTudo nível original e forçou o reboco, que soltou em vários lugares

Maracanã abalado só vende 20 mil arquibancadas

s de Almir Veiga—m.: ^>v<&h£í^S3S5«®¥

Apesar de tentar apresentar o problema como secundário, oengenheiro-ehefe da SUDER.1. José Roberto Moçarzel. infor-mou que no jogo entre Vasco e Fluminense, domingo, serãoliberados apenas 20 mil arquibancadas (10 mil a menos do queno jogo entre Bangu e Flamengo). A causa pode ser adescoberta de uma viga de sustentação do estádio em péssimoestado de conservação. Ela está localizada na pane esquerda datribuna de honra do Maracanã, onde geralmente ficam astorcidas do Flamento e Fluminense. Para evitar problemasmaiores, a SUDERJ colocou um andaime de sustentação, quevai até à marquise.

A diferença entre uma parte e outra é tão acentuada que oengenheiro José Roberto Moçarzel teve que admitir que eladecorria da grande oxidação do ferro que sustenta todo ocomplexo de marquise do estádio.

Isto é normal em engenharia. O ferro envelhece e temde ser substituído. No Maracanã, estamos fazendo isso paulati-namente — explicou o engenheiro.

O engenheiro da SUDERJ disse que a primeira parte daobra que está sendo realizada no Maracanã consiste na substi-tuição de toda estrutura que apresenta perigo de cair. Depois,será a vez de usar o concreto-projetado, que será injetado naparte afetada da marquise. Só que esta segunda etapa não temdata para começar. Ainda não foi feita a tomada de preço juntoas firmas especializadas.

José Roberto Moçarzel admitiu ainda que existe umacomissão formada por professores da UERJ examinando deta-lhadamente o caso do Maracanã e que tudo será feito para a suatotal e completa recuperação rapidamente.

A responsabilidade da obra é da SUDERJ, mas estesprofessores estão acompanhando o caso e vêm dando assistênciatotal — disse Moçarzel.

As obras que estão sendo realizadas no momento são deresponsabilidade das firmas Tecnosolo e Concrejat, mas nãovão além da substituição do aço oxidado e da raspagem da parteque andou caindo. O projeto de recuperação é muito maisamplo e deve demorar algum tempo para ser projetado.

Como a segunda etapa da obra ainda não tem um planodefinido, o engenheiro José Roberto Moçarzel afirmou que aprática mostra que o mais viável, para não fechar de vez oMaracanã, é utilizar o sistema de etapas, vedando algunstrechos ao público.

Este sistema tem a facilidade de não fechar o estádiodurante o desenvolvimento da obra. Sacrificamos alguns tre-chos, mas no fim completamos a recuperação. Só não possoadiantar quando isso será feito. Até agora a tomada de preçonão foi feita.

Flu diverge entre

jogar e suspenderO representante do Fluminense na Federação de Futebol

do Rio de Janeiro, Carlos Eugênio Lopes, ao saber da limitaçãode ingressos — só serão vendidas 20 mil arquibancadas — para ojogo de domingo, em função da descoberta de novos abalos nasvigas de sustentação da marquise, disse que é favorável àsuspensão da partida.

— Se não há segurança para 30 mil pessoas, como vamosafirmar que 20 mil pessoas estarão seguras? Acho que o risco émuito grande, por isso sou a favor da suspensão do jogo —disseCarlos Eugênio.

A limitação do número de arquibancadas surpreendeu até. mesmo a Federação, que preparara 60 mil ingressos, já que o

jogo de domingo deve mobilizar as torcidas de Vasco eFluminense. Com a nova ordem, serão vendidas apenas 20 milarquibancadas (3 mil), 20 mil gerais (Cr$ 500), 10 mil cadeirasazuis (Cr$ 6 mil) e 208 camarotes (Cr$ 30 mil).

Presidente aceitaJá o presidente -em exercício do Fluminense, Ângelo

Chaves, admite disputar a partida com o Vasco tendo asarquibancadas do Maracanã limitadas a 20 mil, mas acredita queos clubes devem reunir-se com o presidente da Federação,Otávio Pinto Guimarães, a fim de encontrar uma soluçãourgente.

O dirigente, obviamente, preocupou-se com o aspectofinanceiro e, ao fazer as contas, descobriu que 20 mil arquiban-cadas, somadas às cadeiras cobertas e gerais, se forem todasvendidas, podem dar uma boa renda. E colocou-se a favor deuma solução de emergência, para não interromper o Campeo-nato.— Acho que devemos nos reunir para conversar e encontraruma solução.

Fotos

Luís Henriquesó decide hojeSem saber ainda se contará

com Assis, depois de amanhã,contra o Vasco, o técnico doFluminense, Luís Henrique,está com outro problema: Jan-dir foi suspenso (terceiro car-tão amarelo) e seu substituto.Leomir, treinou ontem sentiu-do dor na garganta, o que colo-ca em dúvida, também, suaescalação. Caso Leomir nãopossa jogar, Luís Henrique se-guirá a mesma opção de técni-cos anteriores, colocando o jú-nior Rogério na posição. Rogé-rio chegou a jogar, e bem,algumas partidas pela CopaBrasil.

Por tudo isso, hoje será umdia de definições para o Flumi-nense. Assis treinará sob ob-servação médica, para testarsua recuperação da contusãono púbis, mas o técnico LuísHenrique já soube que o joga-dor conta com grandes possibi-lidades de voltar ao time. SeAssis, porém, não estiver recu-perado, o treinador já anteci-pou que manterá Renê em seulugar.

Edu vê Romeritoem grande forma

Edu foi ao Maracanã verFluminense e Campo Grande,uin jogo sem muitos atrativos,mas que valeu por mostrar aboa forma física e técnica deRomerito e pelo fato de o Vas-co pegar o Fluminense desfal-cado de Jandir (recebeu a ter-ceira advertência). Jandir naopinião, de Edu, é o melhorcabeça-de-área do Brasil.

As qualidades técnicas e asmuitas outras virtudes do Flu-minense são indiscutíveis e otornam amplo favorito para aconquista da Taça Guanabara.

_ Edu, porém, também conside-' ra o Vasco favorito e só nãogarante a vitória porque nofutebol qualquer resultado éimprevisível, principalmentenos clássicos.

O maior problema de Edupara esta partida é o zagueiroDaniel Gonzalez, que torceu otornozelo no coletivo de terça-feira e ontem ainda estava coma articulação muito inchada.

As estruturas metálicas, fincadas na arquibancadas, sustentam a viga afetada

JOÃO SALDANHA

A torre de petróleo

FOI pena, porque não podiaescrever ontem. Minha folga.

Mas também já estava e estou comadvogados especializados para de-fender meu amigo e a quem avali-so, o Valdir Cardoso Lebrego,Quarentinha. Mas, felizmente, oOtávio Sérgio de Morais, o Bran-do, a turma toda já estava lá. Ecomigo é o que for preciso. Agorasei detalhes do caso e posso garan-tir: nada há de fato contra o joga-dor. A não ser sua pobreza. Porcausa de petróleo ninguém vaipreso neste país. Nem o cara quefazia o negócio onde o Quarentamais uma vez, pelo bom coração,foi de gaiato.

Engraçado que alguns se quei-xaram que lhe foi oferecido lugarde porteiro do Botafogo. Em pri-meiro lugar, deve ser dito que serporteiro não é nada infamante e écargo tão digno como qualquerum. Ainda mais, é de confiança.Mas foi assim: o Botafogo tinhacinco entradas de sede Lima noMourisco Mar, outra no Mouris-co, duas em General Severiano eWenceslau Braz e a do Sacopã.Um dia, eu e o professor Tounay,vice-presidente do clube, fomos aoMourisco-Mar. Não havia nin-euém. Então, peguei a chave derenda do carro e tiramos o valiosís-simo relógio-cronômetro-automático, o único no Brasil naépoca e que tinha sido presente daepiEssso. Carregamos o troço para oclube quando surgiu o caso doQuarenta Por idéia, acho que doTeté foi sugerido que o Quarentaficasse de Fiscal de portaria dasdiferentes frentes Fizeiam escân-dalo nos jornais como se "portei-

ro>s fosse algo injurioso ou infa-mante Não sei se queriam apenasdenegrir o jogador em dificuldadeou ofendei o clube. Sei la, as

coisas em torno de jogadores,quando alguma desgraça sucede,ganham uma dimensão que, natu-ralmente, espero seja a mesmaquando provarmos que Quarenti-nha nada tem a vez com isto. Jádisse que isto aqui era para ontem,mas o "40" sabe que pode contarcom este amigo a qualquer hora equalquer preço. Ele pode ficarcerto que terá a assistência jurídi-ca que necessitar. Vamos até aoJuízo Final para provar sua ino-cência. Muito escândalo para umnegócio à toa. Mas como dissemosaí acima, naturalmente o mesmoespaço das Rádios, Televisões eJornais será fraternalmente conce-dido para limpar a pedra do joga-dor inocente.

E o mais gozado de tudo, che-ga a ser cômico, é que tudo giraem torno de 15 litros de gasolina.Por causa de gasolina ou de petró-leo nunca aconteceu nada nestepaís. Nem nos vazamentos e in-cêndios criminosos, nem nos esva-ziamentos, nem até nas ridículaspesauisas de petróleo na AvenidaPaulista Isto apenas serviu paramostrai ao vivo as dificuldades deum jogador que tem família gran-de e que quando acaba de jogaracaba o dinheiro. Caso de advertirque jogador ganha em média me-nos do que o salário mínimo. E éfácil provar. Retificação necessá-ria: a Torre da Avenida Paulistaque eu pensava ser uma torre depesquisa de Petróleo é a torre detransmissão da TV Recorde Des-culpem o pequeno engano.

É hoje mesmo o ato solene deentrega do título de Cidadão doLstacío do Rio de Janeiro ao eian-de mestre, escritor teatróingo,poeta e Gente, com "G" maiúscu-Io, Ferreira Gullar Salão Nobredo Palacio Tiradenies às18h30min.

Botafogo quer vigor nos treinos

V-X .... N"^ D trrniro Inir Pereira deu ontem mais uma nrova de suaLuiz Morier

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Quarentinha só voltou a sorrir quando soube que estava livre

a volta ao larQuarentinha,

Um forte abraço e um longo béijo no rostodo seu neto lan. de nove anos, foi o momentomais feliz de Quarentinha ao voltar ontem àtarde para sua casa, na Ilha do Governador,após ganhar, a liberdade na Delegacia deRoubos e Furtos.

Ian é filho de Mirtes. que foi com sua irmãMaria Alice buscar Quarentinha na delegaciae. durante a viagem para a Ilha. contou ao seupai que o menino estava muito tenso e só|;ihtva no avô. Por isso. quando Quarentinhaavistou ian que estava voltando da escola seemocionou muito. Todos se emocionatam.

O importante para Quarentinha é quefinalmente ficou livre da prisão, que ele consi-dera uma injustiça e o maior drama de suavida. Por isso nem conseguiu dormir direito,pela ansiedade de ficar livre no dia seguinte.Também não teve fome. Recusou o jantar docarcereiro, comeu um leve sanduíche e ontemnem almoçou, pois confessou não sentir vonta-de de fazer nada. a não ser ir embora paracasa.

Por isso é que ficou muito feliz quandorecebeu a visita de Tome. antigo companheirodo Botafono. campeão de 57. Tomé recordoumuita- alegrias pai a distrair o amigo. As filhasMines e Maria Alice já estavam com algumasroupas do pai dentro de uma bolsa de papel,prontas paia saírem com ele Só que custava achegar na delegacia o alvará de soltura.

Nismi entrou pelo corredor o DeputadoAgnaldo I imoteo. furioso com o caso do ex-jogador do Botafogo dizendo que era umaarbitrariedade"porque a polícia não prendebandidos perigosos e sim uma figura querida erespeitada como Quarentinha No mesmo

instante, disse que pagava tudo que ele quises-se, inclusive uma viagem ao exterior paraesquecer os problemas.

Na rua. o Pontiac 74. de Agnaldo, azulcom uma águia pintada no capô, fazia sucessoaté mesmo para a polícia que passava. Agnal-do na volta tomou um café da vendedoraJuraci. mas não pagou porque não tinha troca-dos (mostrou um monte de notas de CrS 5mil). Um amigo acertou a dívida.

Finalmente, á tardinha. chegou o advoga-do ila AGAP (Associação Garantia de AtletaProfissional). Jader Pena. também ex-jogador,acompanhado de Humberto Mascol. tambémda AGAP, que serviu de escrivão para ajudaro juiz Jair Pontes e liberar com muita boavontade a documentação.

Quando Quarentinha recebeu a autoriza-ção para sair. sua filha Maria Alice começou achorar. O pai enxugou suas lágrimas. Mirtescaminhou logo para as escadas, üs policiaisfizeram tudo correndo para ajudar a liberta-ção. Todos abraçaram Quarentinha.

Em pouco tempo chegou a Ilha. Chorouescondido no encontro com o neto no meio docaminho. Foi embora para casa. reviu a mu-lher Olga que o esperava muito nervosa.

— Quero passai uma noite bem diferentedaquelas da delegacia. Primeiro comei unipeixe .i baiana feito por minha mulher De-pois. dormir ale não poder mais. hstou que-brado Todo dolorido — concluiu Quarenti-nha. longe da polícia, perto do coração dafamília.

OLDEMARIO TOUGUINHO

O técnico Jair Pereira deu ontem mais uma prova de suaexperiência ao pedir aos jogadores do time reserva mais aplicaçãoe até maior vigor físico nas disputas de bola no coletivo. Jair sentiuque na semana passada os titulares encontraram um adversárioque não dividia e foram surpreendidos no jogo contra o Goytacazpela força e disposição que não tinham enfrentado nos treinos. Epediu vigor físico no treino, com lealdade.

Talvez por cerimônia, já que ele tinha assumido o cargo hápouco e alertou que não iria tolerar violência nos coletivos — umatônica na época da antiga Comissão Técnica —, os jogadoresreservas vinham evitando entradas mais fortes e os titularestreinavam com liberdade, evoluindo com naturalidade. No jogo,no entanto, os adversários jogaram com o vigor habitual e oBotafogo não soube contornar a marcação no meio campo.

Soltar a bolaConsciente de que o Americano vai jogar fechado e marcan-

do muito o meio-de-campo, inclusive usando de jogo viril, JairPereira conversou com os jogadores:Pedi aos reservas que entrassem normalmente, como seestivessem jogando. Alertei que não queria deslealdade: queriavigor físico, que entrassem duro, mas com lealdade. E foi o quevimos. Um treino disputado.

Sobre o desempenho dos titulares, já que o treino terminou 0a 0. Jair fez algumas restrições:

O pessoal está correndo muito com a bola. E quem correcom ela perde tempo e fica sem noção de distância ou de espaço,para um passe. Erramos demais na distribuição e pedi maisrapidez no toque. Precisamos aproveitar a velocidade dos nossospontas. Se não tocarmos rapidamente, não vamos fazer isso comsucesso. O único jogador a quem pedi calma foi ao Cristiano, queentrou agora na zaga e me pareceu um pouco afobado. Não decidio time porque estou em dúvida na lateral-esquerda entre Vágnerou Paulo Guilherme. No treino tático de amanhã (hoje) definotudo.

PolíticaAs eleições de novembro já começam a levar a Marechal

Hermes os considerados presidenciaveis: o primeiro candidato a,,visitar oficialmente Marechal em campanha foi Antônio CarlosAzeredo de Azevedo, que esteve observando o local que pretendemodificar se for eleito. Sua presença não chegou a atrair curiososnem sensibilizou a torcida: Russão. um dos mais destacados chefesde facções da torcida, talvez dando uma panorama dos torcedoresem relação às eleições, mostrou-se pessimista:Honestamente, não vejo ninguém para apoiar. Só temcandidato fraco. Minha esperança é de que o Luisinho Drumondapoie o Carlos Imperial e a gente possa torcer. Por enquanto, sótem gente para enterrar ainda mais o Botafogo. Nem quero memeter nessa eleição.

A opinião pouco lisonjeira não chegou ao conhecimento deAntônio Carlos Azeredo de Azevedo, o Caca. atualmente vice-presidente dt remo. Numa rápida inspeção poi Marechal Hermes,afirmou:

Quanto espaço. F não tem uma placa de publicidade Eum espaço inexplorado e que poderia rendei muito ao Botafogo.Meu plano e oruanizai o clube em bases prolissionais. acabandocom o amadorismo em iodos os setores Pretendo botar profissio-nais para dirigi: o Botafogo em bases empresariais fcvidentemen-te o futebol \ai se: o principal porque, com um time condizentecom sua torcida, o clube ganha o apoio de todos () Botafogo lemde ser rentável porque até agora a receita tem sido muito menordo que as despesas.

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JORNAL DO BRASIL

Rio de Janeiro — Sexta-feira, 31 de agosto de 1984

COMO VIVEM

(OU SOBREVIVEM)

OS MUSEUS DE

UMA CIDADE

DE

COFRES

VAZIOS

caderno

Sem público os museus não po-dem viver. Sem vida eles não atraempúblico. Formado o impasse, a duraspenas os diretores dos museus daFunarj (seis no Rio de Janeiro e cincono Estado do Rio) tentam resolver aquestão, a qualquer custo, desde queas despesas sejam bem pequenas enão sangrem os cofres públicos já tãocombalidos.

De olho no dinheiro das empresasprivadas, os museus, como outrosórgãos de cultura do Estado, voltam-se para as grandes multinacionais e ospedidos acumulam-se nas mesas dosexecutivos. "Não é fácil decidir", dizum diretor de uma companhia ameri-cana de petróleo. "Todos os projetosmerecem nossa atenção e gostaríamosde ligar nosso nome a obras queconsideramos importantes para o Es-tado."

E para a imagem da companhia, éclaro. Só que a pequena afluência depúblico, nunca mais do que 500 visi-tantes por mês, nos mais concorridos:Museu dos Esportes e Museu Históri-co (porque recebem muitos turistas oprimeiro e muitas crianças, o segun-do), desestimula grandes investimen-tos. Pingam alguns cruzeiros aqui (pa-ra uma exposição de fotos), outros ali(para uma atividade com crianças),

mas os grandes projetos são delicada-mente colocados de lado, com um "jáestamos comprometidos para esteano". Fatos que nem de longe assus-tam os funcionários antigos como Le-da Costa, diretora do Museu dosEsportes: "Estamos acostumados aviver de pires na mão."

Na verdade, instalados como hós-pedes queridos — mas hóspedes —dentro do Estádio do Maracanã, osfuncionários do Museu dos Esportesvivem há muito de empréstimos. Oacervo é pobre. A peça mais impor-tante é a bola dos mil gols de Pelé e odiploma de hipismo das Olimpíadasde 1952, concedido ao General EloyMenezes. Não é muito, é verdade,porém não destoa das peças exibidasno Museu dos Teatros, onde a maiorparte do acervo concentra-se em li-vros e folhetos, e o pequeno auditó-rio, com 20 cadeiras e uma tela,resultou de um erro de cálculo no doMuseu da Imagem e do Som. Lá,quando reformaram o auditório, hojeSala Gláuber Rocha, compraram be-Ias cadeiras novas. "Belas e grandesdemais para o espaço existente", con-ta Ana Maria Bahiana, a nova dire-tora.

O resultado foi que, ao expandi-

rem as cadeiras, reduziram o númerode lugares. Hoje ao invés de 1 (K) a salapossui apenas 80. mas em compensa-çáo o Museu dos Teatros ganhounovo espaço onde realizar palestras eexibir filmes, fundamentais para otipo de atividade que desenvolvem.

Males que vêm para o bem, porpuro acaso, já que a coordenadoriados Museus da Funarj encontra-se nomomento sem uma direção oficial.Oficialmente ainda responde pelosmuseus a arquiteta Gisela Magalhães,mas oficiosamente são os assistentesque executam o trabalho administrati-vo, orientados por Dirce Drach. Emvários museus os funcionários afir-mam que a coordenadora Gisela estádemissionária há meses. Na própriacoordenadoria uma outra arrisca, comum sorriso, que se encontra em localincerto e ignorado. A palavra oficial éde Dirce: "Gisela está um poucoafastada desse buliço, da rotina diáriada repartição, entregue à criação denovos projetos". Na verdade, segun-do alguns funcionários, a arquitetanão gosta do dia-a-dia burocrático,dos memorandos, dos ofícios, dessarotina emperrada que cerceia as asasde sua imaginação.

Se as pessoas vão ao Museu do IReinado atraídas pela sedução de

uma seresta nos jardins da Marquesa(o museu funciona na antiga residên-cia da Marquesa de Santos) ou dãouma rápida passada no Museu dosTeatros para assistir a um filme sobrebalé nisso, isso pouco importa. Umavez dentro dos museus se verão cerca-das de novas técnicas de exposição,onde as peças, mesmo poucas (comono museu Carmem Miranda), mesmomodestas (Museu dos Esportes) obe-decem a uma cuidadosa arrumação,contando, passo a passo.

Cobrando CrS 100 pelos ingressos(escolar não paga), não é por ai queserão solucionados os problemas maisurgentes como manutenção e reposi-ção de material de consumo. A saídaencontrada pelos museus — criaçãode associação de amigos — é simples eparece resolver quase todos os impas-ses. Da compra de papel para asatividades com crianças à aquisição denovas peças que interessem ao acervodo museu. E até mesmo bancar ainstalação de lojinhas de souvernirs,como as que possuem os museus detodo o mundo, cuja arrecadação be-neficiaria as casas de cultura e abririaportas legais para doações em dinhei-ro, ajudando os museus a saírem doestado de extrema pobreza e depen-dência.

Antônio Batalha

IMAGEM

E DO SOMPraça Rui Barbosa, 1 Centro.Tel.: 262-0309

?

Eum museu diferente dos outros.

Não só recebe doações comovive do acervo gerado pelo própriomuseu, através de depoimentos e dis-cos, fotos e pesquisas. É mais pro-curado por pesquisadores do que porvisitantes comuns, talvez por falta demaior divulgação quanto ao que podeoferecer. Ana Maria Bahiana, novadiretora, pretende mudar esse esque-ma, dinamizando as atividades e pro-curando solucionar velhos problemasque vêm de administrações ante-riores:

O museu tem problemas incrí-veis de infiltração, o auditório foi ma!dimensionado e além das cadeirasgrandes temos cabines pequenas ondenão cabem os projetores e o técnicotem que ser muito magro. Sua vidatem sido tão atribulada que a caracte-rística de ser um museu voltado para ofuturo anda meio perdida. No mo-mento ele está defasado, mas estamoscorrendo para colocar tudo em dia.

A primeira etapa será fazer ocarioca "ver" o museu. Saber que eleexiste. E para isso Ana Maria resol-veu comemorar o 19° aniversário doMIS mostrando grande parte dos te-souros guardados em suas prateleiras,como o acervo doado por Almirante,o do Jacó do Bandolim, uma verda-deira preciosidade em termos de fi-chamento, informações e arquivo, tu-do feito pelo próprio instrumentista ecompositor. Isso sem falar no acervoda Rádio Nacional, nas inúmeras re-vistas, nos recortes e livros que com-põem a seção de documentação eíjiblioteca e nos mais de 700 depoi-mentos que vão de Cartola a D.Hélder Câmara.~ O grande problema do MIS, po-rém, é onde colocar tão grande eprecioso acervo:

Espaço aqui é dólar — dizAna Maria. — Estocamos partiturasem condições precárias e vivemos re-zando para que os ratos e cupim, aágua e o fogo não resolvam atacar.Num museu que gera seu próprioacervo, tudo converge para nós enunca se toma uma providência paramelhorar as condições de estocagemou o espaço. Mas estamos tentando evamos chegar lá.

I REINADOAvenida Pedro II, 293 Tel254-0698. Aberto das 12 às 17horas.

APESAR do nome, Museu do I

Reinado, o grande casarão deSão Cristóvão foi e continua sendo oSolar da Marquesa. Não há comoseparar a história de sua heroína. SeD Pedro I despachou daquela casa emespecial, foi porque lá se instalava,não por conforto e sim por amor. Éesse amor que transparece nas delica-das pinturas, no desenho da fachadaneoclássica, nas curvas sinuosas dasescadas da porta dos fundos, por ondeentrava o imperador, que atrai osvisitantes Eles estão interessados emver a casa da marquesa descobrir ostoques femininos intencionalmentecriados pelo arquiteto do imperador,Pedro José Pezeiart.

Ferdv C arneiro acha que a casatoda tem dedo de Detirei Nos estuques dos artistas Ferrez nas pinturasde Chico Amaral, nas alegorias quetransformaram a poderosa águia sim-bolo do poder num doce passaro queconduz ramalhetes de flores. Cisnes,cupidos, bandeiras de porta com dese-

Maiores ou menores, em prédios próprios ou ocupandoespaço emprestado (como p dos Esportes), os museus cariocas têm

muitos problemas. Soluções, só com muita imaginação'' * , < : - '

nhos de coração, medalhões de florese até uma figura desnuda, represen-tando a América (audácia de artista)podem ser vistos espalhados pelasparedes e tetos da casa, ela própria aprincipal atração, pois o acervo, comapenas umas 100 peças, é bastantefraco em comparação com outros mu-seus imperiais. Dizem as más línguasque a própria Domitila posou para apintura que representa a América, aúnica com o seios à mostra. Europa,Ásia e África estão comportadamentevestidas. Mas não se provou nada.

Mistério mesmo envolve o túnel.Existe, não existe? Os historiadorespreferem achar que um imperadorque fechava teatros por náo recebersua amada, distribuía títulos de no-breza para a família e despachava dacasa da amante não teria essa delica-deza de sentimentos para com umacorte que ele afrontava publicamente.A não ser que tal subterfúgio excitas-se sua imaginação. Pode ser. Nadaficou provado e, se o túnel existiurealmente, ainda não foi descoberto.

HISTORICO

DA CIDADE

DO RIOEstrada Santa Marina —Gávea. Parque da Cidade. Tel.:322-1328

COMO todos os museus e insti-

tuições de cultura do Estado, oMuseu da Cidade está voltado paraatividades que envolvam muito públi-co e poucas verbas. As grandes atra-ções são as exposições temporáriascomo as de objetos de farmácias anti-gas e salas de aula, que aumentam afreqüência e fazem os visitantes per-correr as salas que contam a históriada cidade da fundação até a repúblicavelha.

Sem elitismo e dentro da novapolítica de pluralismo implantada porGisela Magalhães, coordenadora demuseus, Joel Rufino dos Santos, dire-tor, está às voltas com um nova idéiaque promete dar bons frutos: trata-sede uma exposição viva sobre o Sal-gueiro, abrangendo capoeiras e pa-godes.

Aqui também as crianças rece-bem uma atenção especial e para elasfoi criado o Museu de Brincar, umespaço para cantar, brincar e dese-nhar. Nas festividades de 7 de setem-bro, como vem acontecendo no Mu-seu do I Reinado, a participação éintensa. Joel Rufino pretende fazergrande baile juvenil, vestindo ascrianças com trajes de época, empres-tados pela central técnica de Inhaú-ma, aquela que veste os atores doTeatro Municipal. Tudo começarácom o Auto da Independência cujotexto foi cuidadosamente elaboradopor Rufino e a música é nada mais,nada menos, do que do consagradocompositor Ney Lopes. E garante ele:"Vamos do lundu ao break."

Entre as prioridades do museu,está aumentar o espaço para melhorexpor o acervo que contém, na reser-va técnica, além de quadros valiososde Taunav, Visconti e muitos outros,móveis do tempo de D. João, objetosque pertenceram a prefeitos e atémesmo um carro Ford. 1922. queserviu a Pedro Ernesto e Carlos La-cerda.

Pequeno, mas bem distribuído,este museu tem boas pe<,as de prata,maüeiia. gravuras objetos pessoais,louças que sempre agradam ao publi-co e até mesmo uma farmácia antiga,inteirinha montada com a colabora-çáo da Pharmacia Cordeiro e do La-boratório Gifíoni. que fizeram precio-sas doações.

CARMEM

MIRANDAAv. Rui Barbosa, em frente aonúmero 560, Parque doFlamengo. Tel: 551-2597.

SÓ os admiradores mais ferre-

nhos, mais empenhados, conse-guirão descobrir, entre as pequenasconstruções do Parque do Flamengo,todas cinza, aquela onde se instala omuseu. Em primeiro lugar porque oprédio baixo e acachapado não sedestaca mesmo. E em segundo lugar,porque a porta de entrada náo podeser vista da rua. É necessário contor-nar o prédio. Lá dentro à meia-luz,estão os "tesouros" da Pequena Notá-vel: balangandãs e roupas. Tudo doa-do pelo viúvo David Sebastian e acon-dicionado em vitrines. Para quem nãoperdeu nada da vida de Carmem, láestá o traje usado no último show emCuba, 1955, a fantasia de Morrendode Medo, filme de 1953 ou a de UmaNoite no Rio, de 1940 e alguns poucosvestidos de noite, tão enfeitados ereluzentes quanto as roupas de palco.Não é muito. Na verdade apenas noveroupas e uns poucos turbantes e paresde sapatos. Há muita bijuteria, nadade valor comercial. Muitas roupasestão ainda guardadas à espera daliberação de verbas para restauração.O que não será muito fácil de aconte-cer. A responsável pelo museu, ClaraSodré, calcula que cada traje em mauestado custará CrS 1 milhão pararestaurar e em razoável estado, CrS800 mil:

— O material é muito frágil —diz ela — e não podemos expor nascondições em que estão.

Para quem entra pensando quevai "encontrar a própria Carmem", adecepção é grande. A música que aimortalizou só começa a tocar quandoo visitante entra no museu. Para mi-norar essa sensação de vazio que tomaconta das pessoas, o museu faz expo-sições periódicas. A última, com cari-caturas de Carmem Miranda, feitaspor Luís Fernandes, conta um poucoda vida da cantora nos Estados Uni-dos através de fotos antigas, recortesde jornais e revistas.

As museólogas pensam que talvezpudessem copiar alguns trajes de Car-mem e assim aumentar o acervo domuseu. Mas até para isso falta patro-cinador. E seriam cópias. O públicotalvez ficasse satisfeito, mas o museunão perderia um pouco de suafunção?

TEATROSRua São João Batista 103-105,Botafogo. Aberto das 12 às 17horas.

FOI preciso que a Secretaria de

Educação doasse duas casas pe-quenas em Botafogo, para que o Mu-seu dos Teatros, velho inquilino doTeatro Municipal, pudesse reabrirsuas portas ao público, em 1978. Umestado provisório que promete pro-longar-se.

No acervo, ao todo, são 27 milpeças, mas não se deixem impressio-nar os apaixonados pelo teatro. Amaioria são documentos, programasantigos do próprio Teatro Municipal elivros. Nada sobre teatro de revista oumusicais o que deixa os pesquisado-res frustradíssimos. Afinal, eles sau amelhor clientela do museu e geral-mente não passam da sala da bibliote-ca. iinde (entam recriar nossa historiaatrave\ do leatro.

Com o miniauditório. o museuganhou um espaço para realizar deba-tes e sessões de cinema, .ilem deseminários e palestras. Numa decisão

acertada, visando sempre à conquistade um público maior, a diretora Gilda Mello resolveu colocar à vista,todo o acervo do museu, isto é, aspeças que para os visitantes leigosdespertam mais atenção. Para issotirou do baú os poucos móveis eroupas que possuía e com os própriosfuncionários do museu, limpou e res-taurou o que foi possível.

A entrada se faz por uma peque-na portinhola amarela, do Teatro SãoLuís. Pertencia ao camarim n° 1 ondenasceu Apolônia Pinto. Daí passa-separa um camarim onde há roupas deépoca, um espelho e um fotógrafo, eos visitantes poderão entrar no climado teatro e guardar esse momentopara sempre, em seus arquivos parti-culares. Para os do museu só interes-sam fotos, recortes, álbuns e progra-mas referentes a todas e quaisquermanifestações teatrais. Fato que passadespercebido à maioria das pessoas.Até hoje o museu, apesar dos muitosapelos, jamais recebeu qualquer con-tribuição nesse sentido. Nem de peçasatuais. E pensar que tudo começou,em 1942, quando a família de EliseuVisconti resolveu doar ao Teatro Mu-nicipal todos os desenhos feitos du-rante a fase de decoração. Trinta enove ao todo. Diante de tanto des-prendimento, doar um programa depeça atual, não seria um grande sacri-fício, não é mesmo?

ESPORTESR. Professor Eurico Rabelo,portão 18, Estádio doMaracanã. Tel.: 264-9962.Ramal 270. Aberto das 12 às17 horas.

ATÉ mesmo para quem costuma

freqüentar o Maracanã em diasde grandes jogos, a existência domuseu é uma surpresa. Agradável atécerto ponto, pois como se trata de ummuseu sobre esportes, todos são enfo-cados com o mesmo cuidado e, semais espaço se dá ao futebol, ele ficarestrito às vitrines de medalhas (pou-cas) e fotos (muitas, quase semprefora de foco).

O espaçc é grande, arejado, cia-ro, numa construção de colunatas aogosto da década de 50. Náo chega aser um grande museu, mas tem suascuriosidades como flâmulas do tri-campeonato do Vasco da Gama emarco e flecha, nos anos de 60, 61 e 62,selos, fotos, uniformes e medalhas,além de algumas cartas de fãs de Pelé.

Há meses em que até 1 mil pes-soas visitam o museu. A maioria es-trangeiros trazidos por guias de turis-mo. Todos querem saber coisas defutebol:

— Se a gente tivesse um projetore uma tela, poderíamos conseguir fil-mes e até fazer debates, agilizar omuseu, torná-lo mais vivo. Mas estádifícil, queixa-se Leda Costa. Há doisanos náo recebemos nada da Funarj.Até papel, lâmpadas e canetas com-pramos do nosso bolso.

A verdade é que por um acidente,desses que acontecem de vez emquando, ao fazerem a fusáo de empre-sas culturais do Estado e criarem aFunterj, o Museu dos Esportes nãoentrou na lista oficial. Assim, existe,mas não existe, vivendo uma estranhasituação. Tem um diretor, EmanuelCarneiro Leal. para quem é dirigidatoda a correspondência, mas a res-ponsável é Leda Costa, que não rece-be pelo cargo mas o ocupa desde1479 Alias por causa da confusãoEmanuel lambem náo toi empossadono cargo e ate hoje ninguém na coor-denadona sabe explicar muito bem oque aconteceu.

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S novos desenhos e as novas tendências da indústria deH decoração são o tema principal do I Salão de ArteW Decorativa — Art & Design, que ocupa os salões do

Hotel Copacabana Palace até domingo, numa promo-São do JORNAL DO BRASIL e realização da Uniforma. Entre os

•.1„37 expositores, além de nomes consagrados em São Paulo e Rio de'- Janeiro, estão indústrias de Minas Gerais e Bahia. Paralelamente,"-•¦foi realizado o primeiro concurso de Design Brasileiro, que com o

;v apoio da APD1NS. Rio de Janeiro, deu o primeiro lugar à cadeirade Fúlvio Nanni, a Sushi, uma enorme poltrona, macia e conforta-vel, cujo protótipo também está exposto.

O grande destaque da exposição, para os designers, é a cadeiraBabar, da Oca, de André Vandenbeuck, medalha de ouro do Design

•3£<ie Produto do IBD — Institute of Business Designers & Contract-^-Magazine, um modelo bastante funcional para escritórios. Conforta-r-vel. durável e com ajuste perfeito ao corpo a Babar assegura umíSbfim dia de trabalho, adaptando-se bem a qualquer ambiente.•~r." Procurando valorizar ao máximo o produto de cada indústria,>"os estandes usam vários recursos. Ora mostram um ou dois objetosSsSâpcnas, mas muito bem iluminaos e arrumados, ora aproveitam:..todo o espaço disponível para colocar um grande número de

produtos numa disposição agradável, mas nem sempre de acordo1-com os padrões de "limpeza" do moderno design.

A melhor apresentação, sem dúvida alguma, fica por conta daMuseum, que com efeitos especiais, mostra dois móveis queparecem flutuar no espaço, graças aos pés que lembram pedaços detecido, jogados despojadamente sobre as mesas. São peças muitobonitas e que mereceriam lugar destacado em qualquer decoração.

Esse ano as grandes vedetes do Salão, que não tem as mesmas% características dos salões de decoração realizados pela Uniforma até

1980, são os tecidos e móveis independentes da ambientaçáo.Alguns expositores preferiram integrar seus estandes, criando salas,escritórios e quartos, mas fundamentalmente o que se quer vender

> são novas idéias, e algumas, fugindo aos padrões convencionais, sãomuito boas.

A partir delas poderão sugerir mudanças de atitude nadecoração, sem que seja necessário fazer grandes mudanças no

:• ambiente de uma casa. Para quem gosta de novidades e não temmedo de ousar, é bom dar uma olhada no estande da Novos Usos,de Teresa Simões e Jimmy Bastian Pinto. São objetos de néon,engraçados, divertidos e bonitos, criados a partir de formas conheci-

; das como o Pão de Açúcar, uma taça de champanhe ou estrelas, quepodem ser colocados numa sala ou num quarto, mais comoesculturas do que como luminárias. Causarão um belo efeito visual.

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: servem para sentar, à noite para dormir. Lançamentos para quemgosta de móveis modernos e não pode gastar muito. Essa linha de

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Marco Antonio Cavalcanti

Cadeira Babar, da Oca: modelo paraescritório com ajuste perfeito ao corpo

Ragtime, supercoloridas e bem acabadas, ou os relógios de feitiosestranhos, mas bonitos, de Yuka Parkinson.

O tradicional e bem comportado também está presente com osmóveis da Living, reproduções perfeitas de Sheraton, Art-Dèco,William Morris, Luis XV. John Somers, o conhecido fabricante deobjetos em estanho, entra no setor "mais pesado", com uma linhade móveis brasileiros, ingleses e holandeses. Elegante e sofisticada,a linha de Matias Marcier é sempre muito bem recebida.

Tudo isso e mais os belos motivos encontrados na Arte NativaAplicada, Assorti, Neumark e Larmod (um dos mais bonitosestandes da exposição), fabricantes de tecidos, compõem um lodoagradável para o visitante que terá oportunidade de ver o que omercado tem a oferecer no momento, comparando tendências,preços, textura, cores e uma infinidade de outros requisitos.

À saída, outra surpresa. Uma pequena mostra de invençõesbrasileiras, de 1875 a 1910, colaboração do Arquivo Nacional. Emvitrines, estão expostos desenhos dos inventores dessa época,interessados em registros industriais. Vão do banho portátil àcadeira de balanço com ventilador.

A exposição fica aberta hoje das 16h às 23 horas, amanhã cdomingo das 14h às 23h. Os ingressos custam CrS 3 mil, preço deuma entrada de cinema.

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Zozimo

No animado jantar gastronômico de anteontem no Hippopo-tamus, as Sras Perla Lucena Mattison, Gilda Salies e Silvia

Amélia de Waldner

Festival

O réveillon carioca será,este ano, mais colorido.

A Riolur vai promoverna noite do dia 31, na passa-gem do ano, um grandefestival pirotécnico nasareias da Praia de Copaca-bana.

Vai se juntar aos que jásão promovidos pelos hotéisda orla marítima para trans-formar Copacabana namaior festa de fogos de arti-fício já montada no país.

Preciosidade

As obras de reforma por queestá passando o Palácio daCultura, sede carioca do MEC,permitiram aos responsáveisdescobrir um amplo painel deazulejos desenhados por Porti-nari que na época da constru-ção do prédio não chegou a seraproveitado.

É na opinião do Secretário,de Cultura, Marcos Vilaça,mais bonito que o existente nafachada do Palácio e, por seuineditismo, infinitamente maisvalioso.

Vai ser montado num localainda não definido do edifício,provavelmente numa área in-terna.

Nova estrelaA platéia carioca vai ser apre-

sentada no dia 12 de setembro aum novo talento musical, o jo-vem pianista Manolo Cabral,que subirá pela primeira vez emum palco brasileiro, no caso odo auditório do Ibam, depoisde um período de aperfeiçoa-mento na famosa EastmanSchool of Music, de NovaIorque.

Manolo, que logo cm seguidadeverá atender a um convite dodiretor da Sala Cecília Meireles,Miguel Proença, para umaapresentação ali com orquestra,chega às salas de concerto doRio com uma grande responsa-bilidade.

Afinal, quem o descobriu foiseu colega Nelson Freire.

¦ ¦ ¦

ENCONTRO EMBRASÍLIA

Juntos, dias atrás, no res-taurante Tarantella, emBrasília, os Srs Renato Ar-cher, Waldir Pires e JoãoPacheco Chaves botavamos assuntos em dia quandoentrou o Sr Antonio CarlosMagalhães.

Entrou e foi direto aoencontro dos três, que in-terromperam imediatamen-te a conversa.

O ex-Governadorcumprimentou um por um eao abraçar Waldir Pires,seu tradicional adversáriona política baiana, não re-sistiu à brincadeira:

— Podem continuar aconversa que vocês aindanão viram nada. Duro mes-mo vai ser a partir de outu-bro quando o General New-ton Cruz vier para o nossolado.

TEATRO DE ARENA- SIQUtjJitX i Vv»Ci >S 143 — ( < IPACABANA

ULTIMA VEZPara um expert do setor, a correção monetária para

setembro foi alta — 10,6% — para evitar um estourode grandes proporções no mercado financeiro.

Como inúmeras corretoras e distribuidoras financia-ram posições no open jogando com correção alta,apesar de já terem fechado o mês anterior no verme-lho, o anúncio de uma correção baixa para o mêsseguinte resultaria num desastre sem precedentes.Só não se concretizou o estouro por interferência dopresidente do Banco Central, Afonso Celso Pastore,que decidiu estender a mão aos que ameaçavamafundar.

Mas Pastore já fez saber aos interessados que sesalvou a situação esse mês não está em seus planosrepetir o gesto — elevando de novo a correção — nõmês que vem.

¦ a ¦

Teoria e práticaDo candidato Tancredo Neves, em recente conver-

sa com um grupo de empresários:— Os economistas do PMDB são excelentes

em diagnósticos, mas pouco brilhantes quando tra-tam de sugestões práticas.

m a m

CINEMA SOCIALOrganizado pelo cineasta Gustavo Dahl cm sua

própria casa, um almoço reuniu anteontem em volta damesa os colegas Joaquim Pedro, Davi Neves, LeonHirszman e Paulo Cezar Sarraceni.

Quem achou que do encontro resultaria uma frentede combate contra a atual política do cinema nacio-nal— inclusive a repórter de um jornal que, prevenidado almoço, apareceu de gravador em punho sementretanto conseguir ligá-lo — enganou-se

Resumiu-se tudo num simpático e agradável aconte-cimento social em que não faltaram nem elogios aodelicioso camarão com chuchu servido como pratoprincipal. * * ?

Quanto à discussão sobre o cinema brasileiro, cmque pese o desejo do anfitrião de transformar o almoçonuma microassembléia, chegando até a lançar o slogan"Articular é a solução", foi adiada, por absoluta faltade consenso, para outra ocasião.

Se no cinema brasileiro não se consegue consensonuma assembléia de cinco pessoas, é fácil imaginar oque acontece quando se junta todo o resto.

DívidaSempre que se fala em dívida com o BNH

pensa-se imediatamente nos mutuários.Esquece-se sempre a dívida dos empresá-

rios, esta, sim, colossal.Já vai a mais de Cr$ 5 trilhões.

Presença certa

O Sr Ilenry Kissinger, que estará chegando ao Riodia 17 próximo para participar de um internationalmeeting promovido pela cera Jolmson, já tem suapresença confirmada em pelo menos um aconteci-mento social.

Kissinger e a mulher, Nancy, estão na relação deconvidados do jantar que o Sr Israel Klabin (comLéa) oferecerá dia 20 na casa da Avenida Niemeyerfestejando a passagem de seu aniversário.

Vinho imperialÀs diversas novas marcas de vinho brasileiro

ultimamente lançadas vai-se somar em breveuma outra cuja apresentação ao público consu-midor será feita com toda a pompa e circuns-tância.

Trata-se dos vinhos, tinto e branco, que levamno rótulo o nome do Príncipe Eudes de Orleanse Bragança — D Eudes — produtos de uma novavinícola que nasceu de uma joint venture ceie-brada entre o grupo francês Rémy Martin e ogrupo Juan Carrau, responsável já pela produ-ção no Brasil do excelente Vinho Velho doMuseu.

Os vinhos D Eudes, à frente o próprio Prínci-pe, como anfitrião, serão lançados com umgrande jantar black-tie, dia 11 próximo, noCopacabana Palace.

RoteiroA Aventura Cultural Sul-

Americana do MetropolitanOpera Guild, de Nova Iorque,começará no próximo dia 8pelo Rio de Janeiro.

São cerca de 40 turistasamantes da ópera e do baléque chegarão para assistir àmontagem de Coppelia, noMunicipal (em lugar do balé D.Pedro, que não ficou pronto atempo), e para ouvir EllyAmeling na Sala Cecília Mei-reles.

Do Rio, o grupo segue paraSantiago do Chile, onde osespera a apresentação da Ita-liana, de Rossini, e de lá paraBuenos Aires a tempo de assis-tir à montagem de Manon, deMassenet, no Teatro Colón.

A inclusão do Rio nos circui-tos de viagem do MetropolitanOpera Guild não deixa de seranimadora, principalmente porse tratar a entidade de umainstituição destinada a propor-cionar a seus exigentes sócios-turistas o que existe de melhorno mundo do balé e da óperaem todo o mundo.

¦ ¦ ¦

Vendo longe

O Cacique-Deputado MarioJunina fez anteontem uma visi-ta ao oculista para constatarque seu grau de miopia aumen-Mu consideravelmente.

Vai trocar os óculos e, enfim,realizar um sonho antigo —usar lentes de contato.

RODA-VIVA

FROTA

Proibido de cavalgar poralgum tempo devido a pro-blemas na coluna, o Presi-dente Figueiredo está re-correndo, todas as manhãs,a outros tipos de cavalos,como ele mesmo se refereàs seis motocicletas de suapropriedade.

Conta a revista especiali-zada Super-Moto que oPresidente tem estacionadono pátio da Granja do Tor-to as seguintes motos: umaHonda CB 450, uma CB400, uma CG 125, umaHonda 750, uma KawazakiKZ 1000 e uma HondaGold Wing 1000.

Fora do ar

O Sr Darcy Ribeiroassumiu definitivamenteseu papel de Vice-Governador.

Desapareceu de circu-lação.

PELA

BOCA

Para reforçar a imagemdo Brasil — praias, florestaamazônica, artesanato, mú-sica e carnaval — a Embra-tur decidiu passar a investirtambém na cozinha na-cional.

E começou pela Argenti-na: com vistas já à próximaInvasão turística previstapara o próximo verão, estálevando a Buenos Aires achef Maria Teresa Weisspara uma promoção in locodos prazeres da mesa brasi-leira.

A cozinheira vai coorde-nar no Sheraton de lá umfestival de comida brasilei-ra, dar uma extensa entre-vista com receitas e dicas aosuplemento Mujer deiTiempo Argentino e assinarum almoço típico para jor-nalistas especializados emturismo no El Aljibe.

• O programa de fisgar osturistas pela boca deveráser estendido depois a al-guns países da Europa.

O Embaixador e Sra Paulo Paranaguá decolam domingoile volta ao seu posto em Rabat, no Marrocos.

O acervo de distinções dos Ministros do STF CordeiroGuerra e Rafael Maia foi enriquecido ontem com a Grã-Cruzda Ordem da Estrela Polar, concedida pelo Rei CarlosGustavo, da Suécia, homenageado naquela Corte quando desua recente visita ao Brasil.a Noémia Osório seguindo hoje para Roma. onde fixaráresidência.a A Forma Gallerj e a Câmara de Comercio de Miami estãoconvidando para a exposição que a artista brasileira MariaCampos fará naquela cidade a partir do próximo dia 6.

Já tem dia e local o cocktail de lançamento da nova ediçãodo livro Sociedade Brasileira pela Sra Helena Gondim: 24 desetembro, no Rio Palace.

O advogado Isaac Nuzman foi distinguido com a MedalhaPedro Ernesto, que receberá dia 10 na Câmara Municipal.o O colunista Paulo César de Oliveira recebendo hoje emBelo Horizonte para um jantar em torno dos MinistrosCésar Cais e Murilo Badaró.

l ma grande mexida muda a partir de hoje em váriaspassagens o show de Maria Bethania no Canecáo.e Os amigos festejando hoie o aniversário do Subsecretáriode Governo, Adalberto Ribeiro.® O Sr e Sra Adolpho Maver e o Sr e Sra Walter Baére deAraújo estão convidando para o casamento dos filhos Andréae Francisco Henrique, dia 4 de outubro, na Igreja de SãoFrancisco de Paula.

ZÒZIMO BARROZO DO AMARAL

4 ? CADERNO B O sexta-feira, 31/8/84 DIVIRTA-SE JORNAL DO BRASIL

CINEMA artes PLASTICAS

Somente hoje noCoper-Tijuca, exibição de

Contatos Imediatos doTerceiro Grau, de Steven

Spielberg.

ESTRELASCARMEN (Carm«ml. da Carlos Saura Com AntônioGades, Laura Del Sol. Paco de Lúcia, Cristina Hoyos. eJuan Antonio Jimenez. Studio Gaumont Copa caba-na (Rua Raul Pompéia. 102 — 247-8900): 14h, 16h,18h. 20h, 22h. (14 anos).

Depois de muito procurar uma dançarina parao papel de Carmen, Antônio encontra uma jovemcom o mesmo nome da personagem, e os doijrepetem, na vida real, a tragédia que pretendemlevar ao palco. Inspirado na novela de ProsperMerimóe e na ópera de Blzet. Produção espanhola.A NOTO DE SAO LOURENÇO (La Nott* dl SanLorenzo). de Paolo e Vittorio Taviani. Com OmeroAntonutti, Marganta Lozano. Cláudio Bigagli e Massi-mo Bonetti. Veneza (Av. Pasteur. 184 -r- 295-8349).Barra-3 (Av. das Américas. 4 666 — 322-1258): 14h,16h. 18h, 20h, 22h. (14 anos).O filme mostra as divisões dos moradores dacidade de San Martino, na Itália, quando recebem anoticia de que soldados alemães e seus colabora-dores minaram a cidade e estão prestes a mandá-lapelos ares. Produção Italiana.NUNCA FOMOS TÂO FELIZES (Brasileiro), de MuriloSalles. Com Cláudio Marzo. Enio Santos. RobertoBataglian, Fábio Junqueira. Suzana Vieira, José Mayere Antonio Pompeu. BrunMpanama (Rua Visconde dePirajá. 371 — 521-4690): 14h, 16h, 18h. 20h, 22h. (18anos).Após oito anos de isolamento num colégioInterno, um adolescente, órfão de môe, recebe anotícia de que seu pai, saldo há algum tempo daprisão, veio buscá-lo para viverem juntos. Naviagem entre o colégio e a casa, as atitudes dospais dão a entender o quanto será difícil umrelacionamento entre eles. Melhor fotografia, rotei-ro e prêmio da critica no Festival de Gramado do1984.OS DONOS DO AMANHA (Ths Clâumof 1884). demark Lester. Com Perry King, Merrie Lynn Ross,Timothy Van Patten e Stefan Amgrin. Art Sào Conra-do-2 (Estrada da Gávea. 899 — 322-1258), Art Copa*cabana (Av. Copacabana, 759-235-4895): 14h, 16h,18h. 20h, 22h. Pathé (Praça Floriano. 45-220-3135);de 2a a 6a às 12h. 14h, 16h. 18h. 20h, 22h; sáb. e dom.a partir das 14h. Art-TIJuca (Rua Conde de Bonfim,406 — 254-9578). Art-Maduralra (Shopping Center deMadureira — 390-1827), Paratodos (Rua Arquias Cor-deiro. 350 —281-3628): 15h, 17h, 19h. 21h. (18 anos).

O filme conta a história de uma gang da EscolaSuperior Abraham Lincoln, chefiada por PeterStegman — um tipo bastante extravagante — quetrava uma verdadeira guerra contra os professores.Produção americana.CASAL SW1NGER (A distribuidora não forneceu aficha técnica). Orty (Rua Alcindo Guanabara, 21): de 2aa 6a às lOh, 11h30min, 13h, 14h30min. 16h,17h30min, 19h, 20h30min; sáb. e dom. às 14h30min,16h, 17h30min, 19h, 20h30min. Scala (Praia de Bota-fogo, 320): 15h30min, 17h, 18h30min, 20h, 21h30min.Tijuco Palaca-2 (Rua Conde de Bonfim, 214 — 228-4610): 15h, 16h30min, 18h, 19h30min, 21h. (18 anos).

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13h30min, 15h. 16h30min, 18h. 19h30min, 21h. Pató-cio-2 (Rua do Passeio. 38 — 240-6541): 13h30min,15h, 16h30min, 18h, 19h30min, 21 h. Lablon-1 (Av.Ataulfo de Paiva, 391 — 239-5048): 15h30min, 17h.18h30min, 20h, 21h30min, Botafogo (Rua Voluntáriosda Pátria, 35 — 266-4491): 15h, 16h30min, 18h,19h30min, 21h. (14 anos).

Bete é uma cantora do interior (GovernadorValadares), que decide tentar sua sorte e parte perao Rio de Janeiro, na busca de novas emoções.Cheia de conflitos. Bete acredita no que gosta defazer e segue em frente redescobrindo velhosamigos, levando novos tombos e seguindo suatrajetória alegre e desreprimida.DE VOLTA PARA O INFERNO (Uncommon Valor).de Ted Kotcheff. Com Gene Hackman, Fred Ward, RebBrovvn, Randall Cobb e Patrick Sylvester. Roxy (Av.Copacabana, 945 — 236^245): 14h, 16h. 18h. 20h,22h, Sào Luiz-2 (Rua do Catete. 307 — 285-2296):15h30min, 17h30min, 19h30min. 21h30min. Olaria(Rua Uranos, 1474-230-2666): 15h, 17h, 19h, 21h.Odaon (Praça Mahatma Gandhi. 2 — 220-3835);13h30min, 15h30min, 17h30min, 19h30min.21h30min. TIjuca (Rua Conde de Bonfim. 422 — 264-5246), Madurelra-2 (Rua Dagmar da Fonseca. 54 —390-2338). Barra-2 (Av. das Américas, 4666 — 325-6487): 14h, 16h, 18h, 20h, 22h. (14 anos). No Roxy.Odaon e TIjuca som dolby stareo

O Coronel Rhodes, veterano de guerra, resol-ve, 10 anos depois, voltar ao Vietnam, para encon-trar o filho desaparecido e, que ele, tem certeza,ainda é prisioneiro de um campo de concentração.Produção americana.AR VAGABUNDAS DO SEXO EXPÜCfTO (SI.. LoVoglio), de Angel Valery. Com Marina Fragezi e GuiaLauri. Ramos (Rua Leopoldina Rego, 52); 15h,16b40min, 18h20min, 20h. (18 anos).

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CONTINUAÇÕESMEMÓRIAS DO CÁRCERE (brasileiro), de NelsonPereira dos Santos. Com Carlos Vereza, Glória Pires,Jofre Soares. José Dumont, Nildo Parente, WilsonGrey. Tonico Pereira, Ney SanfAnna e Ricardo Cie-mentino. Participações especiais de André Villon. Pau-Io Porto. Nelson Dantas, Fábio Sabag, Monique Lafonte Silvio de Abreu. Copar-Botafogo (Rua Voluntáriosda Pátria, 88), Bristol (Av. Min. Edgard Romero, 460 —391-4822), Bruni-Copacabana (Rua Barata Ribeiro,502 — 256-4588): 14h, 17h20min, 20h40min. Art-SáoConrado-1 (Estrada da Gávea. 899 — 322-1258): 14h,17h15min, 20h30min. (16 anos).

Brasil, década de 30. O pais vive uma era deviolenta repressão política. A perseguição atingecentenas de pessoas, entre elas Graciliano Ramos,um dos mestres da literatura brasileira. Ele é presoe, na cadeia, no litoral do Rio de Janeiro, começa aescrever Memórias do Cárcere. Ramos vislumbraum grande livro, mas seu corpo, definha, deixan-do-o em dúvida se encontrará forças para terminá-lo. Prômio da Crftica Internacional do Festival deCannes de 1984.ENSAIO DE ORQUESTRA (Prova d'Orchest). deFedenco Fellini. Com Balduin Baas. Olara Colosimo.Elisabeth Labi. Ronaldo Bonacchi, Ferdinando Villella eGiovanni Javarone. Barra-1 (Av. das Américas, 4666— 325-6487): 15h30min, 17h, 18h30min. 20h,21h30min. Sâo Luiz-1 (Rua do Catete, 307 — 285-2296): de 2a a 6a às 15h30min. 17h, 18h30min, 20h,21h30min; sáb. e dom. às 14h, 15h30min, 17h,18h30min. 20h. 21h30min, (14 anos).

Numa antiga sala, o oratório com notávelacústica, vão entrando os músicos que farão oensaio de uma orquestra e onde já se encontrauma equipe de televisão que vai fazer uma reporta-gem e filmar o evento. Os músicos, sucessivamen-te, em forma individual, váo sendo entrevistados edôo suas impressões sobre eles mesmos e sobreos instrumentos aos quais estão ligados. Produçãoitaliana.ZELiG (Zalig), de Woody Allen. Com Woody Allen,Mia Farrow. Garret Brown, Stephanie Farrow. WillHolt, Sol Lomita, John Rothman e Deborah Rush.Copacabana (Av. Copacabana. 801 — 255-0953):15h30min, 17h, 18h30min, 20h, 21h30min; 68 às15h30min, 17h, 18h30min. 20h (Livre).História passada nos EUA na década de 20,focelizando Leonard Zelig, que tinha a capacidadede adquirir as características físicas e mentais daspessoas próximas a ele. Considerado um doentemental, foi o centro das atenções de todo o pais.Produção americane.E LA NAVE VA (E La Nave Va). de Federico Fellini.Com Freddie Jones. Barbara Jefford, Victor Poletti,Peter Cellier, Elisa Mainardi, Norma West. PaoloPaoloni e Sarah Jane Varley. Stúdio Gaumont Catete(Rua do Catete, 228 — 205-7194): 14h30min, 17h.19h30min. (14 anos).Décimo oitavo filme de Fellini. A bordo donavio Gloria N., dezenas de passageiros de diver-sas nacionalidados, classes sociais e atividadesreúnem-se para prestar a última homenagem òcantora Edmee Tetua, que querie suas cinzas joga-das no mar. A Primeiro Guerra interrompe brusca-mente a viagem. Produção itallena.A BALADA DE NARAYAMA (Narayama Bushl-Ko),de Shohei Imamura. Com Ken Ogata, Sumiko sakamo-to. Tonpei Kidari. Take Aki e Seiji Kurasaki. Loblon-2(Av. Ataulfo de Paiva, 391 — 239-5048), Ópsra-2 (Praia' de Botafogo, 340 — 266-2545): 14h30min, 15h50min.19h10min. 21h30min. (18 anos).Moko-Mura ó uma aldeia no interior do Japãoonde os costumes einda são medievais. Nestaaldeia o solo é estéril, o arroz é considerado umalimento do luxo e a crença da fome é umaobsessão para seus habitantes. A tradição exige' que equeles que etinjam 70 anos façam umaperegrinação até a montanha. O Rln, uma velha- que está completando 70 anos, quer subir a monta-nha para morrer mas ainda quer arranjar umaesposa para seu filho viúvo. Produção japonesa,Palma de Ouro em Cannes, em 1983.INDIANA JONES E O TEMPLO DA PERDIÇÃO (In-diana Jones and The Tample of Doom). de Steveni Spielberg. Com Harrison Ford, Kate Capshaw, KeHuyad Quan. Amrish Puri. Roshan Seth, Philip Stone,1 Roy Chiao, David Yip e Ric Young Mntro-Boavista' (Rua do Passeio. 62 — 2^0-13-41) 13h30, 15M0.

4 17h50, 20h, 22h10. Comodoro (Rua Haddock Lobo,145 — 264-2025); 14h30rnin. 16h40min. 18h50min,21 h. Condor-Copacabana (Rua Figueiredo Maga-Ihàes. 286 — 255-2610). Largo do Machado-1 (Lgo.do Machado. 29 — 245-7374) 14h30min. 16h40min.18h50min. 21h Rio-Sul (Rua Marquês de S. Vicente.52 _ 274-4532)- 15h. 17h10min. 19h20min.21h30min. (14 anos) No Metro-Boavlsta, Condor-Copacabana e Largo do Machado-1. som dolby«teroorvova eventura com o herói Indiana Jones,personagem do filme Os Caçadores da Arca P*rdl-da. Dessa vez. Indiana parte para uma perigosamissão: encontrar centenas de crianças desapare-cidas de um vilarejo nos confins da índia, raptadaspor fanáticos religiosos Produção americana.TflETE BALANÇO (brasileiro), de taei Rodrigues ComDébora Bloch Lauro Corona. Diogo Vilela. Mana Zilda.Hugo Carvana. Cazuza. Anhur MuWenberg e JesseiBuss America Rua Conde de Bonfim. 334 — 264-4246- de 2a a 63 às I5h30m.n. 17h, 10h3Omm. 20h.21h30m>n ?ab e dom as !4h, 15h30min. 17h,18r.Jünnn. 2Uh. t uüOm.n, Msdureira-1 (Rua Dagmarda f^-".seca. 54 — 390 23381 de 7" a 6a às I5h.16'oCr ,r. iBh I9n30mm. 2in. sâb e dom as

REAPRESENTAÇOESFESTIVAL MAIS UMA VEZ — Exibição de Gandhi(Gandhi), de Richard Attenborough. Com Ben Kings-ley, Candice Bergen, Edward Fox. John Gielguld,Trevor Howard, John Mills e Martins Sheen. Bruni-Méier (Av. Amaro Cavalcante. 105 — 591-2746): hojeàs 13h30min. 17h, 20h30min. Rlcamar(Av. Copacaba-na. 360 — 237-9932): domingo às 13h30min, 17h.20h30min. (Livre).O filme narra 56 dos 79 anos de MahatmaGandhi (1869-1948), lider espiritual e político daíndia, sinônimo do poder do protesto sem violênciae de uma visão de mundo que contribuiu paralibertar seu pais do colonialismo inglôs. Produçãobritânica. Vencedor de oito Oscar: Melhor Filmo,Diretor, Ator, Roteiro Original, Fotografia, Monta-gem, Cenografia a Vestuário.O SHOW DEVE CONTINUAR (Ali That Jazz), de BobFosse. Com Roy Scheider. Jessica Lange. Ann Rein-king, Leland Palmer, Cliff Gorman, Ben Vereen eMichael Tolan. Cândido Mendae (Rua Joana Angélica,63 — 267-7098): 13h30min, 15h40min, 17h50min,20h. 22h10min. (16 anos).

Joe Gldeon é um famoso diretor teatral e estámontando mais um dos seus showa na Broadway.O tema gira em torno da morte mas, antes que elepossa terminar o trabalho, sofre um ataque cardla-co que o deixa hospitalizado. Oscar nas categoriasde melhor direção artística, de desenho de vestuá-rio, montagem e melhor trilha sonora. Palma deOuro no Festival de Cannes de 1980. Produçãoamericana.OS GUARDA-CHUVAS DO AMOR (Lm ParapiulMda Cherbourg), de Jacques Demy. Com CatherineDeneuve, Nino Castelnuovo, Marc Michel e AnneVernon. Cinema-1 (Av. Prado Júnior, 281), Palssandu(Rua Senador Vergueiro, 35 — 265-4653): 14h50min,16h30min, 18h10min, 19h50min, 21h30min. (14anos).

Uma história de amor totalmente cantada ecom cenários coloridos fortemente.AS DUAS FACES DA FELICIDADE (U Bonhaur). daAgnes Varda. Com Jean-Claude Druot e Marie-FranceBoyer. TlJuca-Palaca-1 (Rua Conde de Bonfim. 214 —228-4610): 14h20min, 16h, 17h40min. 19h20min, 21h.Jóia (Av. Copacabana. 680): 14h50min. 16h30min,18h10min, 19h50min, 21h30min (16 anos).

Um matrimônio tranqüilo é perturbado quan-do o marido, sem deixar de amar a esposa, desço-bre estar apaixonado por outra mulher. Produçãofrancesa.FESTIVAL MAIS UMA VEZ — CONTATO8 IMEDIA-TOS DO 3o GRAU — VERSÃO ESPECIAL (CiouEnoounters of tha Thlrd KJnd), de Steven Spielberg.Com Richard Dreyfuss, François Truffaut, Teri Garr,Melinda Dillon e Cary Guffey. Copar-Tljuca (RuaConde de Bonfim. 615): hoje às 14h30min, 16h50min.19h10min, 21h30min. (Livre)A mesma história do primeiro filme — ocontato entre seres humanos e seres extraterres-tres — com cenas adicionais. Na versão especialaparece o interior da espeçonave e os seres quevivem nela. Produção americana.YENTL (Yeotl). de Barbra Streisand. Com BarbraStreisand, Amy Irving e Allan Corduner. Bruni-Tijuca(Rua Conde de Bonfim. 370 — 254-8975): 15h,17h10min, 19h20min, 21h30min. (10 anos).Yentl é uma jovem avançado para sua época.Curiosa sobre tudo que se passa no mundo einconformada com as convenções sociais. Yentldisfarça-se de rapaz para completar seus estudosne Universidade e daí surgem complicações sériasem sua vida. Oscar de melhor trilha sonora.FESTIVAL MAIS UMA VEZ — Exibição de Tootsie(Tootsle), de Sidney Pollack, Com Dustin Hoffman,Jessica Lange e Terri Garr. Rlcamar (Av. Copacabana,360 — 237-9932): hoje às 15h. 17h10min, 19h20min.21h30min. Brunl-Méler (Av. Amaro Cavalcante. 105— 591-2746): Amanha às 15h, 17h10min, 19h20min,21h30min.(14 anos).

Desconhecido do grande público, o ator Mi-chael Dorsey se traveste de mulher para conseguirum papel numa novela. Ganhador do Oscar nacategoria de melhor atriz coadjuvante. Produçãoamericana.SHOGUN (Shogun), de Jerry London. Com RichardChamberlaim. Toshiro Mifune. Yoko Shimada, FrankieSakai e Alan Badel. Baronaza (Rua Cândido Benicio,1747 —390-5745): 15h, 17h50min, 20h40min. Largodo Machado-2 (Largo do Machado, 29 — 245-7374):15h20min, 18h10mtn. 21h. (14 anos).No Japão feudal, o posto da Shogun (ditadorsupremo militar), que representa o verdadeiropoder do Império, está vogo após a morte de Teikoe não pode ser ocupado por seu filho que temapenas sete anos. Neste ambiente politicamenteconfuso, Blackthorne, o primeiro inglês a passarpelo Estreito de Megalhães, e sua tripulação de oitohomens naufragam perto de uma aldeia de pesca-dores. Mais tarde, faz amizade com o GeneralTaranaga de quem se torna o primeiro samurai nãojaponês. Produçôo americana.HISTÓRIA DO MUNDO — 1* PARTE (Hiltory of thaWorld), de Mel Brooks. Don DeLuise, Madeline Kahn,Ron Carey, Harvey Korman e Gregory Hines. Udo-1(Praia do Flamengo, 72): 14h50min, 16h30mm,18h10min, 19h50min, 21h30min. (14 anos).Comédia dividida em quatro segmentos — AsOrigens do Homem, O Império Romano, A Inquisi-çào Espanhola e A Revolução Francesa. Produçãoamericana.TROVÃO AZUL (Blua Thunder). de John Badham.Com Roy Scheider. Warren Oates. Candy Clark. DanielStern e Malcolm McDowell. Coral (Praia de Botafogo,316): de 2a a 6a às 15h. 17h. 19h, 21h; sáb. e dom. apartir das 17h. (16 anos).

Um policial emocionaimente instável, pressio-nado pelas lembranças do Vietnam, iuta contra asforças do Governo que transformaram um helicóp-tero numa arma poderosa. O helicóptero, chamadoTrovào Azul, e planejado para policiamento dacidade, ô seqüestrado pelo policial. Produçào ame-ricana.FESTIVAL MAIS UMA VEZ — Exibiçío de A Lago»Azul (The Blue Laggon). de Randal Kleiser. ComBrooke Shields. Christopher Atkins, Leo McKern e EivaJosephson. Coper-Tijuca (Rua Conde de Bonfim,615): amanhã às 16h. 19h. 21h. Brunl-MAIar (AvAmaro Cavalcante. 105 — 591-2746): domingo às 15h,17h, 19h, 21h. (14 anos).Duas crianças, juntamente com o cozinheirodo navio, sào os únicos sobreviventes de umnaufrágio. Depois da morte do cozinheiro, ss duascrianças são obrigadas a descobrir sozinhas comosobreviver numa ilha tropical sem contato nenhumcom a civilização. Produção americana.

DESEJO DE MATAR II (Death Wlsh II). de MichaelWinner Com Charles Bronson. Jill Ireland. VmcentGardênia. J D Cannon. Anthony Franoosa e BenFrank Ricamar (Av Copacabana. 360 — 237-9932)amanhã às 14h. 15h50min. 17h40min. 19h30min,21h20mm Coper-Tijuca (P.ua Conde de Bonfim. 615)domingo às 14h. 15h50mm. 17h40mm. 19h30mm.

21h20min. Udo-2 (Praia do Flamengo. 72); 14h10min,16h, 17h50min., 19h40min., 21h30min. (18 anos).

Retomada do personagem de Paul KerseyInterpretado pelo mesmo Bronson no primeirofilme da série, onde um bando de assaltantes violae mata sua mulher. Ele decide vingar-se e sai pelasruas de Los Angeles no encalço dos assassinos. Elogo se converte numa espécie de justiceiro, atrain-do e matando assaltantes. Produçôo americana.BACANAIS SEM FIM (Brasileiro), de Vitor Triunfo.Com Paula Sanches. Antonio Rodi. Giza Delamari.Oásis Minitti e Nelson Ramos. Filme complementar:As Amantas de Helen. Rex (Rua Álvaro Ah/im. 33): de2a a 6a às 12h. 15h. 16h. 19h35min. sáb. e dom. às13h30min. 16h30min. 19h30min. (18 anos).

Filme pornô.AS TARAS DE UMA JOVEM ESPOSA de Serg oBergonzelli. Com Altinesca Nemour. Cario de Mejo,Riccardo Garrone e Alfredo D'lppolito. Filme comple-mentar- Bruce Lee, a Fúria do Dragão, fria (Rua daCarioca, 49): 10h. 14h, 18h, 22h. (18 anos).

Pornochanchada italiana.

MATINÊAS AVENTURAS DE PETER PAN — Desenho anima-do de Walt Disney, dublado em português. Copacaba-na (Av. Copacabana. '801 — 255-0953): amanhã edomingo às 14h. Madureira-2 (Rua Dagmar da Fonse-ca, 54): amanhã e domingo às 13h30min (livre).A GUERRA DOS DALMATAS — Desenho animadode Walt Disney, dublado em português. Coral (Praiade Botafogo. 316): amanhã e domingo às 14h,15h30min. Lablon-1 (Av. Ataulfo de Paiva, 391 —239-5048): amanhã e domingo às 14h (livre).O CÀO E A RAPOSA — Desenho animado de WaltDisney, dublado em porutugês. Sào Luiz-2 (Rua doCatete, 307): amanhã e domingo às 14h (livre).A MARAVILHOSA FÁBULA DE BRANCA DE NEVE EOS SETE ANÕES — Desenho animado de WaltDisney, dublado em português. Barra-1 (Av. dasAméricas. 4 666): amanhã e domingo ôs 14h (livre).ATRAPALHANDO A SUATE — Filme com Dedé,Mussum e Zacharias. Drive-ln Lagoa (Av. Borges deMedeiros, 1 426): amanhã e domingo às 18h30min(livre).

DRIVE-INASSASSINATO NUM DIA DE SOL (Evll Undar thaSun), de Guy Hamilton. Com Peter Ustinov. JaneBirkin. Colin Blakely, Nicolas Clay. James Mason aRoddy McDowall. Lagoa Drive-ln (Av. Borges daMedeiros, 1426 — 274-7999): 20h30min, 22h30min.(14 anos). Até domingo.A calma de um hotel situado numa paradisíacailha do Adriático é interrompida pelo assaasinio deuma mulher. 0 detetive Harcule Polrot, que estavade férias no local, decide assumir as investigações,tendo os nove hóspedes do hotel como suspeitos.Baseado em obra de Agatha Chriatie. Produçãobritânica.

EXTRASCORONEL DELMIRO GOUVEIA (Brasileiro), da Geral-do Sarno. Com Rubens de Falco, Nildo Parente, JofreSoares, Sura Berditchevski e José Dumont. Domingoàs 18h, no Clne Clube Baixada, Pça. Roberto Silveira,Duque de Caxias. (14 anos).

História passada no Inicio do século em tornodo industrial Delmlro Gouveia, que se opôs aosinteresses de dominação econômica da uma am-presa inglesa. Ele passou a sofrer perseguiçõespolíticas e foi assassinado em 1917.M — O VAMPIRO DE DUSSELDORF (M — EineStadt Sucht Elnen Moerder), de Fritz Lang. ComPeter Lorre, Otto Mernicke, Theo Lingen e PaulKempe. Amanhã ès 19h, no Cineclube Mecunaíma.Rua Araújo Porto Alegre, 71/9°. (14 anos).Um assassino de menores aterroriza uma cida-de e a conseqüente mobilização policial perturba omundo do crime. Criminosos, com ajuda de mendi-gos, procuram prender e julgar sumariamente oassassino. Produção alemã.CORAÇÕES E MENTES (Haarta and Mlndi). do-cumentário de Peter Davis. Amanhã às 21 h. no Clne-clube Macunaima, Rua Araújo Porto Alegre, 71/9°(18 anos).

Documentário sobre a guerra do Vietnam mos-trando suas motivações e repercussões na vidaamericana. O filme ouve os políticos, os militares,os soldados a o povo americano, além de mostrartambém o lado vietnamita entrevistando os sobre-viventes das cidades arrasadas e seus lideres comoHo-Chi-Min. Considerado o filme definitivo aobre aguerra, ganhou o Oscar de Melhor Documentáriode 1974.CRIA CUERVOS (Crio Cuervos), de Carlos Saura.Com Geraldine Chaplin. Ana Torrent, Conchite Perez,Maite Sanchez Almendros, Monica Randall. HectorAlterio. Hoje e amanhã ã meia-noite, no CândidoMendes. Rua Joana Angélica, 63 (10 anos).

Prêmio Especial do Júri do Festival de Cannes,1976. Em uma casa de Madri, onde moram trêsmeninas, a filha de oito anos acredita que tem emsuas mãos o poder sobre o destino dos que arodeiam. Produção espanhola.A FALECIDA (Brasileiro), de Leon Hirzman. ComFernanda Montenegro. Ivan Cândido, Paulo Gracindo eNelson Xavier. Hoje. ãs 19h30min, no CineclubeSimonsen, Rua Ibitiúva. 151. Debate após a sessão.Entrada franca (18 anos).

Dois retratos da alienação colocados lado alado: uma mulher preocupada com seu enterro ecom uma doença que provoque sua morte e omarido preocupado com o futebol.NAZARIN (Nazarin). de Luis Bufiuel. Com FranciscoRabal. Marga Lopez, Rita Macedo. Ignácio Lopez Tarsoe Ofélia Guilman. Hoje. às 21h, no Clne Clene/Cine-clube Fema, Rua Geremário Dantas. 1217 (10 anos).Um padre de uma paróquia pobre da cidade doMéxico resolve morar numa pensão onde só mo-ram pessoas marginalizadas. Pretendendo exercera rigor os preceitos do Evangelho, suas atitudessào, no entanto, mal interpretadas. Produçôo mexi-cana premiada em Cannes, 1959.ACERTO DE CONTAS (Comptee à Rebours). deRoger Pigaud. Com Serge Reggiani, Simone Signoret.Jeanne Moreau e Charles Vanel. Hoje. às 18h. noCentro-Cine Alex Vleny/ARN. Av. Rio Branco,124/6°.JOVENS NO CINEMA ALEMÃO — Exib.çSo de OInimigo da Classe (Klassen Feind), de Peter Stein.Com Greger Hansen, Stefan Reck, JearvPaul Raths eUdo Saml. Hoje. às 18h30min, no Museu da Imageme do Som. Praça Marechal Âncora, 1. Após a exibiçãoàs 21h30min palestra: O status dos filmes parajovens dentro do Cinema Novo Alemão.FRANÇA EM FOCO — Exibição de La Corsa. curta-metragem focalizando aspectos turísticos, históricos eartísticos da França. Hoje às 18h. na Aliança Francesade Copacabana. Rua Duvivier. 43.CANNABIS SALIVA filme em super-8 de KathiaPompeu e André Cantú. Hoje às 18h, no CineclubeZero. Rua Munis Barreto. 51. Entrada francaUNE FEMME DOUCE. de Robert Bresson. ComDomínique Sanda. Guy Frangine Jane Lobre. Amanhà.às 18h30min, na Aliança Francesa da TIjuca. RuaAndrade Nev«s, 315ANTONIO CONSELHEIRO, curta-metragem sobre areconstrução histórica de fatos ocorridos durante aGuerra dos Canudos. Amanhã e domingo às 17h, noMuseu do Folclore. Rua do Catete, 179THE MAKING OF MAKING — filme feito pela BBCsobre o desenvolvimento da espécie humana. De 2a a6a, às 18h. no Auditório da Cultura Inglesa/Copaca-bana. Rua Raul Pompéia, 231 De 2a a 6a, às 19h, noAuditório Méier. Rua Pedro de Carvalho. 61 Atô o dia 4de setembro. Entrada franca.VÍDÊÕPINK FLOYD AT POMPEU — Show do grupo inglêsgravado na cratera do vulcão Vesuvio. em Poméia.Sala de Vtdeo Cândido Mendes. Rua Joana Angólica.63 Da 4a a 6a âl 16t\ 18h 20h. 22h. sab e dom . apartir das Idh Até domingoVlDEOS — Exibição de vídeos com Rod Stewart(Tonight Ho's Yours). Culture Club (A Kiss Acrosaths Ocoam. Donna Summer (A Hot Summer Nighte Duran Duran (Lonely In your Nlghtmere e ThsChoffeur) Hoje e amanhà em sessões continuas das22h às 4h da manhã, no Noitss Cariocas. Av Pasteur.520REALCE VlDEOS — SURF — Exibiçôo de vídeos d®vários surfistas havaianos, australianos e brasileiros noHawau. África e Austrália. Domingo e terça às 21 h. noBar do Violeiro Rua Daut Purês. 92, BarraSTEVIE NICKS IN CONCERT — E*-integranto dogrupo Fleetwood Mc Sela Imagem. Rua Conde deIraiè. 288 Do V a dom . as 19h e 21h Al« domingoSPYRO GYRA UVE — Show de jazz Sala ManualBandaira. Rua Pereira da Silva. 102. Icarai. Niterói De5a a dom às 21 h Atô domingoSINATRA TOKiO CONCERT — Hoje às 22h30min. naSala Imagem. Rua Conde de lra|á. 288.

fi Ultimo dia hoje da Japao |w Expo-Show no BarraShopping. 11

GRANDE LEILÃO DE SETEMBRO — Pinturas deVisconti. Portinari. De Corsi. Guignard. Volpi. Di Cavai-canti, Teruz e outros. Porcelanas, pratas, cristais, mar-fins, imagens sacras, tapetes e jóias Salão Nobre doCeeser Park Hotel. Av. Vieira Souto. 460. Exposiçãoamanhã e domingo das 10h às 24h. Leilào: dias 3. 4 e 5òs 21h.JOÀO MACHADO — Desenhos e pinturas. AliançaFrancesa de Madureira Rua Dagmar da Fonseca. 80.Inauguração hoje às 18h. De 2a a 5a das 9h ès 22h. Ate odia 16 de setembro.ART & DESIGN — 1° SALÃO DE ARTE DECORATIVA— Copacabana Palece Hotel. Av. Copacabana, 291 De2a a 6° das 14h às 23h; sáb. das 16h às 23h. Ingressos aCr$ 3 mil.JAPÃO EXPO-SHOW — Exposição de artigos japone-ses. entre eles. o ikebana, árvores em miniatura, jogoseletrônicos, etc. Exibição também de vídeos sobre oJapào. BarraShopping. Av. das Américas. 4666. Diaria-mente das lOh às 22h. Último dia.ADRIANO DE AQUINO — Pinturas. Galerie Artespa-ço. Rua Conde Bernadotte, 26. De 2a a 6a das 10h às22h; sáb. das 14h às 20h. Até o dia 6 de setembro.EMANUEL COUT1NHO — Fotografias de dança. Foyerdo Teatro Municipal, Pça. Floriano, s/n°. Visitaçãodurante os horários da temporada atual. Até o dia 9 desetembro.FRANCISCO DE ASSIS E A UMBRIA — Mostra depainéis fotográficos sobre a vida de Sào Francisco deAssis e vários objetos da sua época. Museu Nacionalde Belas-Artes. Av. Rio Branco. 199. De 2a a 6a das12h30min às 18h30min; sáb. e dom das 15h ès 18h.Até o dia 16 de setembro.TUNGA — Esculturas. GB Arto, Av. Atlântica,4 240/129. Até o dia 6 de setembro.TERUZ — A LUZ DE SEUS ÓLEOS — Pinturas RioDesign Center, Av. Ataulfo de Paiva. 270. De 2a a 6a das10h às 22h; sáb. das 10h às 24h. Até o dia 8 desetembro.COLETIVA — Obras do Angela Schilling, Eliane Prolik,Henrique SanfAnna e José Tertuliano de Araújo. Gal-cria do IBEU. Av. Copacabana. 690/2°. De 2a a 6a das 15ès 21 h. Até o dia 14 de setembro.PERCY DEANE — Guaches. aquarelas, pastéis e dese-nhos. Galeria Olivia Kann. Rua Visconde de Pirajá. 351De 2a a 6a das 10hàs 21 h: sáb. das 10hès 14h. Atéodia6 de setembro.VISTAS DO RIO DE JANEIRO — Pinturas de StélioLeonardo Teixeira. Museu Histórico da Cidade. Estra-da de Santa Marinha, s/n°, Parque da Cidade. De 3a adom. das 12h às 16h30min. Até o dia 6 de setembro.O 8AO CRISTÓVÃO DE PEDRO NAVA — Exposiçãode fotos antigas e atuais, ilustradas com textos doslivros Balão Cativo e Chão de Ferro e ainda a época(1916—1920) em que Nava foi aluno do Colégio PedroII. Museu do Primeiro Reinado, Av. Pedro II, 293. De3a a 6a das 10h às 17h; sab. e dom. das 13h às 17h.Último dia.LUIZ FERNANDES — Caricaturas tendo como tema acantora Carmen Miranda. Também estarão expostasfotografias de artistas americanos. Museu CarmemMiranda. Parque Brigadeiro Eduardo Gomes. De 3a a 6adas 11 h às 17h; sáb. e dom. das 13h às 17h.COLETIVA — Pinturas de Cicero Dias Manoel Santia-go, Manabu Mabe, Geraldo Orthof e outros. Especiariasde Madeleine Colaco, Vivian Silva e outros. Esculturasde Calabroni, Yolanda d'Ausburg, Pietrina Checcacci eoutros. Place Des Arts/Galeria Salão Verde do Copa-cabana Palece, Av. Copacabana, 313. Até o dia 21 desetembro.OLIMPÍADAS — Exposição que reúne posters. recor-tes de revistas e jornais, fiámulas e fotos sobre a históriados Jogos Olímpicos. Muaeu dos Esportes Emilio

Garrastazu Médici, Rua Prof Eurico Rabelo, portão 18do Maracanã De 2a a 6a das 9h as 17h. Até o dia 18 deoutubro.FABRICIO DE OLIVEIRA — Desenhos, pinturas e neon.Bar Manga Rosa. Rua Dezenove de Fevereiro. 94. De3a a dom. a partir das 19h. Atô o dia 4 de setembro.COLETIVA — Obras de Quaglia. Manoel Santiago,Adilson Santos e Jenner Augusto. MC Artes Plásticas,Rua Teixeira de Melo, 31 De 2a a 6a das 14h às 21 h,sâb. das lOh às 18h.FAMlUA ESP1NOSO — Exposição de Júlio Espinoso(psicoretrato e pintura). Yola (tapeçaria), Yolanda Espmo-so (gravura e desenho) e Júlio Espinoso Ocaha (pintura).Galeria Shelly. Rua Voluntários da Pátria. 367 De 2a a6a das 12h às 19h, 4a das I4h âs 21h, sáb. das 9h às13h Atô o dia 15 de setembro.R. BARCELOS E R. RODRIGUES — Pinturas GalerieAugusto Malta (Arquivo Gorai da Cidade). Rua Amo-roso Lima. 15. Cidade Nova. De 2a a 6a das 8h às 17h.Até o dia 14 de setembro.ALFREDO ANDERSEN — Pinturas Sele Bernardelli-/Museu Nacional de Belas-Artes. Av. Rio Branco. 199.De 3a a 6a das 12h30min às 18h30min; sáb. e dom. das15h às 18h30min. Até o dia 23 de setembro.ARTISTAS BRASILEIROS CONTEMPORÂNEOS —Aliança Francesa de Jecarepaguá. Estrada do PauFerro. 710. De 2a a 6a das 15h às 19h. Até o dia 13 desetembro.JACQUEUNE FAUST — Pinturas Café des Arts/HotelMéridlen. Av. Atlântica. 1Ò20/4a. Atô o dia 9 de se-tembro.MARIA LÚCIA MALUF — Gravuras Galeria Divulga-çào e Pesquisa. Rua Maria Angólica. 37. De 2a a 6a das9h às 19h. Atô o dia 6 de setembroLUNA — Pinturas. Vitrine da Galerie do TeetroPrincesa Isabel, Av. Princesa Isabel, 186. Até o dia 20de setembro.COLETIVA — Obras de Abelardo Zaluar. Augusto Rodri-gues, Carlos Scliar, Di Cavalcanti, Djanira, EleonoraDrummond, Enrico Bianco e outros. Vllle Riso. RuaCapuri. 346. Sâo Conrado. De 2a a 6a das 14h ès 20h,sáb das 10h às 17h. Até o dia 10 de setembro.TOSHIO MIDORIKAWA — Pinturas. MP2 Arte. RuaVisconde de Pirajá. 167 . De 2a a 6a das 13h às 21 h, sáb.das 10h às 13h e das 17h às 21 h Atô amanhã.MARIA PF1STERER — Esculturas em bronze Aktuell.Av. Atlântica. 4240/223. De 2a a 6" das 12h âs 20h, sabdas 14h às 18h. Último diaHÉUO RODRIGUES — Esculturas. A.M.C. Galaria. RuaMarquôs do S. Vicente. 52/160 De 2a a 6a. das 10h às22h; sáb. da3 10h às I8h. Atô o dia 12 de setembro.OSMAR DE SOUZA (NUGUETI) — Pinturas. Bibliote-ca Regional de Campo Grande. Praça Thelmo Gonçal-ves Maia, s/n°, Campo Grande. De 2a a 6a das 8h ès 18hÚltimo dia.ECILA HUSTE — Aquarelas. Beco de Arte, Rua Mar-quês de S. Vicente, 52/302. De 2a a 6a das 10h ès 22h.Até o dia 20 de outubro.ANA MIGUEL — Gravuras Galeria César Aché, Rua

Visconde de Piraiá. 282 De 2a a 6a das 10h as 21h. sabdas 10h às 14h. Ate o dia 19 de setembroVENTOFORTE 10 ANOS DE VIDA — Exposição deob|etos cênicos, máscaras, bonecos, figurinos, cenè-nos. fotografias, slides do grupo Ventofote Sala Alol-•io Magalhães. Av Rio Branco. 179 (Teatro GlauceRocha). Diariamente das 10h às 21 h. Último ernTAMANINI — 15 ANOS DE PINTURA — Galeria deArte Jean-Jacques. Rua Ramon Franco. 49. Urca De 3aa sáb das 11 h às 20h. Último diaINTERVENÇÕES NO ESPAÇO URBANO — ColetivaGalerias Sérgio Milliet e Espaço Alternetivo, tachadae calçadas da FUNARTE Rua Araújo Porto Alegre. 80.De 2a a 6a das 10h às 18h30. Atô o dia 3 de setembro.COLETIVA — Obras de Bianco. Bruno Giorgi. Mabe.Newton Rezende. Reynaldo Fonseca o Tomie Otake.Vohre Galeria. Av Ataulfo de Paiva, 270 201 Diaria-mente das 10h às 22h.ACERVO — Pinturas de Antonio Dias. Decio Vieira.Eduardo Sued. Jorge Guinle, Maria Leontma. MiraSchendel e Rubem Valentim. Litografias de Braque.Chagall. Dali. Leger. Magritte. Max Ernest. Miro. Pi-casso e Tapies Thoma* Cohn Arte Contemporâneo.Rua Baràoda Torre. 185. De 2a a 6a das 14h às 21h. sáb.das 16h às 20h. Atô o dia 8 de setembroA F1LATEUA BRASILEIRA NO GOVERNO VARGAS— Exposição filatélica Museu da República, Rua doCatete. s/n°, Palácio do Catete. Sem indicação dehorário.REENCONTRO DE 4 PINTORES — Pinturas de AnaMana Boltshauser, Elvira David. Paulo Raad e Zilla Mars.Sobradão das Artes Rua do Rezende. 43. sobrado. De2a a 6a das 15h às 20h Até o dia 15 de setembro.8° SALÃO CARIOCA DE ARTE — Exposição de 109artistas selecionados 55 desenhistas. 36 gravadores e18 escultores Mezanino da Estação Carioca do Me-trô Último dia.CARTAZES DE CINEMA DA POLÔNIA — Exposiçãode cartazes de cinema, de origem polonesa. Galeria daCinemateca/Museu de Arte Moderno, Av Beira-Mar,s/n°.CARLOS ALBERTO FAJARDO E HÃROLDO BARRO-SO — Pinturas e esculturas Galeria de Arte UFF. RuaMiguel de Frias. 9, Icarai, Niterói. Atô o dia 23 desetembro.MANFREDO DE SOUZANETO — Pintura GaleriaCésar Aché. Rua Visconde de Pirajá. 282 De 2a a 6a das10h às 22h, sáb das 10h às 14h. Até o dia 15 desetembro.URIAN — Pintura Bar Painel. Rua Humaitá, 380.Diariamente das 18h às 2h da manhã Até o dia 16 desetembro.CLAUDIUS — Exposição de charges Solor GrandJean de Montigny/PUC. Rua Marquôs de S. Vicente.225. Atô o dia 7 de setembro.VALORES ATUAIS DO PARANÁ — Obras de DenisaRoman (gravura). Eliana Prolik (gravura), Etizabeth Titton(gravura). Esteia Sandrini (desenho) e outros. GalerieMacunaima. Rua Araújo Porto Alegre, 80 De 2a a 6a das10h ès 18h30min. Atô o dia 18 de setembro.

RADIO

RADIO JORNALDO BRASILAM 940KHz

Programação: Noticiário contínuo, com assuntos do Riode Janeiro o do interior, nacionais e internacionais, apartir das 6h30min.JBI —Jornal do Brasil Informa: 7h30min. 12h30min,18h30min e 0h30min.Panorama lochpe: 8h40min.Unha Aborta Internacional; 08h10min, 12h50min,17h55min.Repórter JB, primeiros 6 minutos de cada hora.Comentários de política e economia aos sete minutosde cada hora, com Ricardo Bueno e Pery Cotta.Bloco Noticioso aos 15 minutos de cada hora.Noticiário da CEF aos 30 minutos de cada hora.Bloco Noticioso aos 45 minutos de cada hora.Campo e Mercado às 7h50min.Informações Maritimos e Portuárias às 6h50min. comPinto AmandoNoturno às 23h, com Luís Carlos SaroldiEntrevisto Especial às 13h05min. ' > •PROGRAMAÇAO ESPORTIVA7h10min — UM A ZERO — com Paulo Duarte8h30min — NA ZONA DO AGRIÀO — comentário deJOÀO SALDANHA

11h05min — MOMENTO ESPORTIVO JB — com JoséCabral12h03min — O EDITORIAL DO CABRAL — com JoséCabral17h05min — MARCHA O ESPORTE — com VictorinoVieira17h25min — JOGO ABERTO — comentário do Victori-no Vieira21h05min — EM CAMPO — com Paulo Cézar Tôniu»22h35min — FIM DE JOGO — com Luiz FernandoJornadas esportivas — quartas, quintas, sábados edomingos

FM ESTÉREO99,7MHz

HOJE20h — Reproduções o rolo loser: Folstoff —comédia lírico, em três atos. de Verdi (Renato Bruson,Katia Ricciarelli, Leo Nucci. Barbara Hendricks, DalmacioGonzalez. Lúcia Valentini Terrani, Filarmônica de losAn< les e Cario Maria Giulmi — 123:21); Polonaise emfé sustenido menor, de Chopin (Pogorelich — 9:40).Reproduções convsncionois: O Cisne Branoo Suite, op. 54. de Sibelius (Jalas — 23:18); Pavtn* IV •Fantasia XVI, de Luís Milán (Julian Bream — 4:58);Rondô em Dó maior, para violino e orquestra, K 373,de Mozart (Zukerman e Barenboim — 5 55).

DANÇA

MAR 8EM FIM — Balô baseado em Fernando Pessoa. Direção e coreografia deLourdes Bastos. Teetro Nelson Rodrigues. Av. Chile. 230 (212-5695). De 4a a 6a.ès 21h; sáb., às 20h e 22h e dom., às 18h30min e 20h30min. Ingressos 4a e 5a aCr$ 5 mil e 2 mil 500, estudantes; de 6a a dom. a Cr$ 6 mil e Cr$ 4 mil, estudantes.Até domingo.COPPEUA — Balô apresentado pelo grupo Clama e o balô Claudia Araújo. TeatroMunicipal de Niterói. Rua 15 de Novembro. 35 (710-6192). De 4a à sáb . às 21 h edom., ôs 19h30min. Ingressos 5a a Cr$ 1 mil 200; de 6a a dom , a CrS 2 mil. Atôdomingo.CANIBAIS ERÓTICOS — Espetáculo com o Balô do Terceiro Mundo. Direção deSônia Dias e coreografia de Ciro Barcelos. Teatro do Liceu. Rua Frederico Silva,86 (220-5679). Do 4a a sáb . às 21 h. e dom . às 19h. Ingressos a CrS 3 mil. Atô dia30 de setembro.11° MOVIMENTO FOHMAS DE DANÇA — Programa: sáb, às 20h, o grupoFormas Balô e Teatro com Selma Monteiro e Sylvia Flores; dom. às 18h PaizzaAcademia de Balô e Studio Cristina Carneiro. Teatro do Instituto de Educação,Rua Mariz e Barros, 273.

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® Os programas publicados no Divirta-se estão sujeitos a freqüen-tes mudanças, de última hora, que são de- responsabilidade dosdivulgadores. É aconselhável confirmar os horários por telefone.

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JORNAL DO BRASIL DIVIRTA-SE sexta-feira, 31/8/84 ? CADERNO B ? 5

TELEVISÃO TEATRO

OS FILMES DE

HOJE NA TV

ESTA

sexta-feira não deve inte-ressar nem mesmo aos aficiona-dos do videocassete. Explica-se:

a Globo dá boa oportunidade para quemtem vídeos de gravar produções em somoriginal com legendas em português.Aliás, a Record também, mas, como estaemissora carece de método, estas sessõesespeciais, aos domingos, apresentam fil-mes de baixíssima qualidade, programa-dos em cima da hora e com legendas-relâmpago, impossível de acompanharcorretamente. Desde Que Você Foi Embo-ra (TV Globo, 23h30min), é superprodu-çáo típica da época da guerra, em queHollywood tentava participar da açãoamericana na Europa, produzindo filmesufanistas que mostravam a classe médiaamericana resistindo "bravamente" à au-sência de seus familiares lutando nofront. O emocionalismo e o melodramados personagens, são exessivamente la-crimosos. Um filme que envelheceu, ape-sar do sucesso que obteve com o títuloDesde Que Partistes.

UM PRESENTE PARA HE1DITV Globo — 14h45min

(A GB» For rteldl) — Produçào suíça-americana de1958, dirigida por George Pentleton. Elenco: SandyDescher. Douglas Fowley. Van Dyke Parks e PeterKapell. Colorido (73 minutos).

Nos alpes suíços, a orfè Heidi (Descher), que vivecom seu avô (Fowley) tenta resgatar um casal quesofrerá um acidente nas montanhas.

REVANCHE SELVAGEMTV Record — 21 horas(The Scalphuntera) — Produção americana de 1968,dirigida por Sidney Pollack. Elenco: Burt Lancaster,Ossie Davis, Telly Savalas, Shelley Winters. NickCravat. Paul Picerni. Colorido (102 min)

Cowboy de meia-idade (Lancaster) se junte •um ex-escravo negro (Davis) para desbaratar umaquadrilha que mata índios a fim de ia apoderar deseus escalpos.DESDE QUE VOCÊ FOI EMBORA

TV Globo — 23h30min(Slnce You Went a Awiy) — Produção americana de1944, dirigida por John Cromwell. Elenco: ClaudetteCoíbert, Joseph Cotten. Jennifer Jones, Shirley Tem-pie. Monty Wooley. Robert Walker, Lionel Barrymore.Preto e Branco. (172 minutos)

Dramas de uma família de classe média ameri-cana, decorrente da ida dos homens para a guerra.Exibido com »om original • legenda! em portu-guês. Oscar de melhor trilha sonora original para amúsica de Max Steiner.

HERANÇA MALDITATV Bandeirantes — 23h30min

(The Son of Dr Jekyll) — Produçéo americana de1951, dirigida por Seymour Friedman. Elenco: Loui»Hayward. Jody Lawrence, Alexander Knox, LesterMatthews, Gavin Muir. Preto • branco.

Ao ler os diários do pai, apóa aua morte, o filho(Hayward) do Dr Jekyll deacobre a fórmula secretade um soro. Depois de injeté-lo em si mesmo, fica èespera da que dentro dele surja o malévolo MrHyde, que tantos problemas causara.

SHALAKOTV Globo — 1h30min

(Shalako) — Produção britânica de 1968, dirigida porEdward Dmytryk. Elenco: Sean Connery. Brigitte Bar-dol. Stephen Boyd, Jack Hawkins. Peter Van Eyck.Honor Blackman. Colorido. (118 min)

Novo México, 1880. Cowboy (Boyd) conduigrupo de aristocrataa europeus por terreno apache,violando tratado assinado com os Índios, Shalako(Connery), ex-oficial da cavalaria, promete ao chefeindígena que seu grupo partirá de madrugada, mata recusa do lidar branco provoca represália dosapaches.

ROBERTO MACHADO JR.

MANHA

6:30 ( 4)6:45 ( 4)7:00 ( 4)

(11)7:15 ( 7)

7:30 ( 4)( 7)

8:00 ( 4)

(11)8:30 ( 4)9:00 ( 2)

( 9)9:30 ( 2)

I 9)

TELECURSO 2° GRAUTELECURSO 1o GRAUBOM-DIA, BRASILGINÁSTICAQUALIFICAÇÃO PROFISSIO-NALBOM-DIA, BRASIL (reprise)TV CRIANÇASÍTIO DO P1CA-PAU-AMARELO— O Pé de Feijão Mágico (reprise)CLUBE DO BOZOBALÃO MÁGICOGINÁSTICA INFANTILIGREJA DA GRAÇAQUALIFICAÇÃO PROFISSIO-NALTELESCOLA

9:45 (10:00 (

((

10:15 (10:30 (10:40 (

11:00 (11:05 (

11:15 (11:30 (

(11:55 (

2) PATATI-PATATÁ2) JORNAL DO PORQUÊ7) ELA9) AVENTURAS AOS 4 VENTOS2) DANIEL AZULAY6) O MUNDO É PEQUENO2) AS AVENTURAS DO TIO MA-

NECO9) COZINHANDO COM ARTE2) PUM-PUM E A JANELA DA

FANTASIA9) SE MEU BUGGY FALASSE2) APRENDA INGLÊS COM MÚ-

SICA9) EM TEMPO DE MILLOST7) BOA VONTADE

TARDE

12:00 ( 2) TELECURSO 1° GRAU( 6) PROGRAMAÇÃO EDUCATIVA( 7) ESPORTE TOTAL( 9) RECORD EM NOTÍCIAS(11) SORTEIO DO MEIO-DIA

12:1B I 2) TELECURSO 2° GRAU( 7) AMOR

12:30 ( 2) TVE NOTÍCIAS( 4) GLOBO ESPORTE( 6) CIRCO ALEGRE(11) 0 PICA-PAU

12:45 ( 4) RJ TV13:00 ( 2) MISTÉRIOS DOS TRÓPICOS

( 4) HOJE( 7) TV CRIANÇA(11) A PONTE DO AMOR

13:30 ( 2) OS MAIS BELOS DESENHOS( 4) VALE A PENA VER DE NOVO —

Água Viva( 9) Á MODA DA CASA

13:45 ( 9) AXÉ14:00 ( 2) PATAT1 PATATÁ

( 9) JÁ(11) SHOW DA TARDE

14:15 ( 2) DICAS14:30 ( 2) TRABALHO COM CERÂMICA

( 6) MANCHETE SHOPPING SHOW

14:45 ( 4) SESSÃO DA TARDE — Um Pre-sente para Heidi

15:00 ( 2) APRENDA INGLÊS COM MÚ-SICA

( 9) DANIEL BOONE15:30 ( 2) GINÁSTICA INFANTIL

(11) A PONTE DO AMOR16:00 ( 2) SÍTIO DO PICA-PAU-AMARELO

( 9) JOE, O FUGITIVO(11) AMOR CIGANO

16:30 ( 2) QUALIFICAÇÃO PROFISSIO-NAL

( 6) CLUBE DA CRIANÇA( 9) FÉRIAS NO ACAMPAMENTO

16:45 ( 2) JORNAL DO PORQUÊ( 4) SÍTIO DO PICA-PAU-AMARELO

— O Visconde de Sabugosa17:00 ( 2) DANIEL AZULAY

( 9) O REGRESSO DE ULTRAMAN(11) SNOOPY

17:20 ( 4) CASO VERDADE —Perdidos nasTrevas

17:25 ( 2) PLIM-PUM E A JANELA DAFANTASIA

17:30 ( 9) ULTRAMAN(11) TARZAN

17:50 ( 2) AS AVENTURAS DO TIO MA-NECO

( 4) AMOR COM AMOR SE PAGA

NOITE

18:00 ( 7)( 9)(11)

2)I ( 2)

( 6)( 9)(11)

i I 4)2)

18:1518:30

18:4519:00

19:15

19:2519:30

19:4019:45

19:5520:00

20:1020:1520:25

FIM DE TARDEVIBRAÇÃOCHAPOLINDICASATENÇÁO, PROFESSORFM TVVIDEOBREAKCHISPITAVEREDA TROPICALQUALIFICAÇÃO PROFIS-

SIONAL( 7) MOMENTO DO ESPORTE( 9) VIDEOCUP( 2) TELECURSO 2o GRAU( 6) MANCHETE PANORAMA( 7) JORNAL DO RIO(11) JORNAL DA CIDADE(11) NOTICENTRO( 2) TELECURSO 1o GRAU( 7) JORNAL BANDEIRANTES( 6) MANCHETE ESPORTIVA( 2) ESPORTE HOJE( 4) RJ TV(11) MEUS FILHOS MINHA VIDA( 4) JORNAL NACIONAL( 2) CADERNO 2( 7) BRASIL URGENTE( 9) O VIGILANTE( 6) JORNAL DA MANCHETE(11) ESTRANHO PODER( 4) PARTIDO ALTO

20:57 ( 9) INFORME ECONOMICO21:00 ( 2) VOCÊ, SAÚDE, MEDICINA

( 9) SESSÃO ESPECIAL — Revin-che Selvagem

21:15 ( 6) A MARQUESA DE SANTOS( 7) HEBE

21:20 ( 4) SEXTA SUPER — Globo d*Ouro

(11) ESQUADRÃO CLASSE A22:00 ( 2) 1984 — EDIÇÃO NACIONAL22:15 ( 4) OS ÚLTIMOS DIAS DE POM-

PÉIA( 6) O CAMINHO DO PODER — OS

MILIONÁRIOS22:20 (11) CHIPS23:00 ( 2) FESTA-BAILE

( 4) JORNAL DA GLOBO( 9) ENCONTRO MARCADO

23:15 ( 7) JORNAL DA NOITE23:20 ( 4) RJ TV23:25 ( 7) DINHEIRO23:30 ( 4) C>h£CLUBE — Desde que Você

Foi EmboraI 6) JORNAL DA MANCHETE( 7) CINE MISTÉRIO — Herança

Maldita00:00 ( 6) FRENTE A FRENTE

(11) NOTICENTRO00:05 ( 9) ALÉM DA IMAGINAÇÃO00:30 ( 2) CONVERSA DE FIM DE NOITE01:30 { 4) CORUJA COLORIDA — Shalako

A programação e os horários são da responsabilidade das emissoras

MUSICA

CONCERTOS DE BOTAFOGO — Recital de violãocom o Duo Assad. No programa, peças de Ginastera.Pia/zolla. Leo Brower. R. Gnatalli e outros. Hoje. às12h30mm. no auditório do Centro Empresarial Rio.Praia de Botafogo. 228. Os convites devem serretirados nas agências do Banco Francês e BrasileiroSEQUEIRA COSTA — Recital do pianista interpretan-do peças de Schumann. Debussy, Ravel • Chopin.Hoje. às 21 h. na Sala Cecília Meireles. Igo da Lapa.47. Ingressos a CrS 3 mil.JACQUES TADDEI — Recital do organista francês.Ho)©, às 17h. na Escola de Música da UFRJ, Rua doPasseio. 98.ORQUESTRA SINFÔNICA BRASILEIRA — Concertosob a regência do maestro Isaac Karabtchevsky. Pro-grama 9* Sinfonia, de Beethoven Sábado, às16h30min. no Teatro Municipal Cinelândta (362-6322)^OHANNE PERRON — Recital da violoncelista ecom-panhada ao piano por Flavio Augusto. No programa,peças de Boccherm Bach. Kodaly Fauré e outrosSábado, as 21h, na Saia Cecília NVaireiee Lgo daLapa. 47 Entrada francaQUARTETO BOSISIO - Recital de Paulo Bosisio uPaulo Kenfer (violinos). Nayran Pessanha (v»oie) eDavid Chew (cello). No programa, peças cto Mahter.

TIO VÂNIA — Texto de Tchekov Direção de SérgioBritto Com Armando Bogus. Rodrigo Santiago, Christia-ne Torloni. Nildo Parente e outros Toatro dos Quatro.Rua Marquês de S. Vicente, 52/3° (274-9895). De 4a a6a às 21h30min, sáb . às 20h e 22h30min. dom., às 18he 21 h. Ingressos 4a, 5a e dom a Cr$ 8 mil e CrS 6 mil,estudantes, 6a a CrS 7 mil e sàb. a CrS 8 mil. Jovensentre 14 e 20 anos pagam CrS 4 mil. (14 anos).APESAR DE TUDO — Texto de Fernando Berto.Direção de Tomil Gonçalves. Com Milton Gonçalves.Regina Vianna. Wanda Stelania. Clemente Vizcamo eValeria Belpy. Teetro Delfin. Rua Humaitè, 275 (266-4396) 5a e 6». às 21h: sáb.. às 20h e 22h, dom., as18h30min e 21 h Ingressos 5\ 6a e dom a CrS 7 mil eCrS 5 mil. estudantes-, sâb a CrS 7 mil.O INOCENTE — Texto de Sérgio Jockyman. Direção deAntônio Ghigoneto. Com Luiz Carlos Arutin. CamiloBevilacqua e Rubens Rollo. Teatro cio Planetário, RuaPe. Leonel Franca. 240 (274-0096). De 4" a 6a. às21h30min; sáb. às 20h e 22h30min; dom. às 18h30mine 21h30min. Ingressos a CrS 4 mil.O BEIJO NO ASFALTO — Texto de Nelson Rodrigues.Direção de Buza Ferraz. Com Stênio Garcia. Ivan Cândi-do, José de Abreu, Gilda Guilhon Antônio Grassi eoutros; TMtro Qleudo GUI. Pça. Cardeal Arcoverde.»/n° (237-70031. De 4* a 6*. às 21h30min; sáb., às20h30min e 22h30min. e dom., às 19h e 21h. Ingresso»de 4a a 6a e dom., a CrS 7 mil e CrS 5 mil, estudantes;sáb, a CrS 7 mil.TELARANAS — Texto de Eduardo Pavlovsky. Direçêode Axel Ripolí Hamer. Com Beti Rabetti, ExpeditoBarreira. José Humberto. Luiz Carlos Nifto e LenicioQueiroga. TMtro Cândido Mende», Rua Joana Angáli-ca. 63 (227-98821. De 4" a sáb.. às 21h30min; dom., às20h. Ingressos de 48 a 6a e dom., a CrS 6 mil e CrS 4 mil,estudantes; sáb. a CrS 6 mil. Até domingo.FELIZ ANO VELHO — Texto de Marcelo Rubens Paivaadaptado por Alcides Nogueira. Direçáo de Paulo Betti.Com o Núcleo do Pessoal do Victor: Adilson Barros,Christianne Rando, Denise dei Vecchio. Lilia Cabral eoutros. Teatro Ipanema, Rua Prudente de Morais. 824(247-9794). De 4* a 6*. às 21 h; sáb.. às 20h e 22h30min;dom .às 1Bhe21h. Ingressos 4" a 5» e dom., o CrS 7 mile CrS 5 mil. estudante, e 6a e sàb. a CrS 7 mil.CAMINHADAS — Sete poemas e uma história comtexto e direção de lio Krugli. Com Graziela Rodrigues.Tiào Carvalho e Pedráo do MaranhSo. Teatro CedidaBecker, Rua do Catete. 338 (265-9933). De 4" a dom. às21 h. Ingressos a CrS 4 mil e CrS 2 mil 500, estudantes.Até domingoEXTREMOS — Texto de William Mastrosimone. Tradu-çáo e adaptação de Carlos Eduardo Dolabella. Direçãode Amir Haddad. Com Carlos Eduardo Dolabella. PepitaRodrigues. Elizabeth Hartman e Beth Goulart. Teatro daLagoa. Av Borges de Medeiros, 1243. (274-7748). De3» a 6a, às 21h15min; sáb.. às 20h e 22h30min e dom. às18h e 21 h. Ingressos de 3" a 6" e dom. a CrS 8 mil e CrS5 mil. estudantes e 6a e sáb. a CrS 8 mil. (16 anos).SEM SOUTlA — UMA REVISTA FEMINISTA — Textode Celina Sodrô e Fátima Valença. Música de TimRescala e Zó Zuca. Com Alice Viveiros de Castro,Charles Myara, Fátima Valença, Gilson Barbosa e ou-tros. Te»tro Rival, Rua Álvaro Alvim, 33 (240-1135). De2a a 6a, às 18h30min e sáb., ás 18h. Ingressos a CrS 5mil e CrS 3 mil.

BREJHNEV JANTA SEU ALFAIATE — Comédia deJoão Bethencourt. Direção de José Renato. Com DirceMigliaccio. Felipe Wagner. Rogério Cardoso. CláudioCorrêa e Castro e Arthur Costa Filho. Taatro da Praia.Rua Francisco Sá. 88 (287-7794). De 4» a 6». às21h15min. sáb. às 20h e 22h30min; dom. as 18h o21h15min; vesp 5°. às 17h. Ingressos 4", 5a e dom. aCrS 6 mil e CrS 4 mil. estudantes. 6a e sáb. a CrS 7 mil, evesp 5a. a CrS 4 mil.ESCOLA DE MULHERES — Texto de Molière. Tradu-çáo. adaptaçáo e direção de Domingos de Oliveira. ComJorge Doria. Guilherme Karan, Cassia Foureaux. FlávioAntônio, Ada Chaseliov e outros. Teatro Copacabana.Av. Copacabana. 291 (257-1818). De 4a a 6a. às21h30min; sáb.. às 20h e 22h30min; dom., às 18h e21 h; vesp. 5a, às 17h. Ingressos 4a; 2a sessáo de 5a e 2asessào de dom., a CrS 6 mil e CrS 4 mil. estudantes,vesp; 5a a Crí 5 mil, 6a e 1a sessào de dom., a CrS 7 mile CrS 5 mil estudantes e 4 mil e sáb a CrS 8 mil. (14anos)IRRESISTÍVEL AVENTURA — Apresentação das pe-ças: Amoree de Dom Perlimpiln com Bellasa em SeuJardim, de Garcia Lorca, O Oráculo, de Arthur Azeve-do. A Dam» da Uvanda. de Tennessee Williams, e OUno, de Tchecov. Direção de Domingos de Oliveira.Com Dina Slat. Hélio Ary. Thelma Reston e José Mayer.Teatro d* Arena, Rua Siqueira Campos, 143 (235-5348). 5*. às 17h e 21h; 6', às 21h; sáb . às 20h e22h30min; dom., às 18h e 21h. Ingressos 5a, 6a e dom.,a CrS 8 mil e CrS 6 mil, estudantes, e sáb.. a CrS 8 mil(10 anos). NÂO ME VENHAS COM INDIRETAS — Texto de JMurad, R. Ruiz e Lilico. Direção de Francisco Moreno.Com Eliane Ovalle, Lilico. Martin Francisco e SaluquiaRentini. Teatro Rival, Rua Álvaro Alvim, 33 (240-1135).De 3a a 6a, às 21 h; sáb., às 20h15min e 22h; dom., às18h30min e 21h. Ingressos de 3a a 5a e dom. a CrS 5 mile CrS 3 mil; 6a e sáb. a CrS 6 mil (18 anos).A AURORA DA MINHA VIDA — Texto e direçêo deNaum Alves de Souza. Com Karen Aciolli, AndréaDantas, Cândido Damm, Joèo Camargo. Roberto Bom-tempo e outros. Teatro de Arena, Rua Siqueira Cam-pos, 143 (235-5348). Sextas-feiras, às 17h. Ingressos aCrS 6 mil.LADAINHA PARA UM PÉ DESCALÇO — Texto deLúcio Gentil. Direçáo de Ray Lima. Com Fernando deOliveira. Ray Uma, Nelson Campos e outros. Teatro doColégio Souza Uma, Rua Gal. Sezefredo, 646, Realen-go. Sáb. e dom., às 20h. Ingressos a CrS 1 mil (14 anos).Ató dia 30.HORÁRIO NOBRE — Texto de Franz Xaver e Kroetz.Direção e interpretação de Vilma Dulcetti. Cenários efigurinos de Colmar Diniz. Teatro da Aliança Francesade Botafogo. Rua Muniz Barreto. 730 (285-5921). 6a. às21h30min e 24h; sáb., às 20h e 22h30min; dom., ès 18he 21h. Ingressos a CrS 6 mil e CrS 4 mil.A FLAUTA DE PÀ — Fábula musical de Paulo CésarCoutinho. Direçáo de Michel Robin. Com Mauri Aklan-der, Bia Junqueira, Cleiia Guerreiro e outros. Teatro deBolso Aurimar Rocha. Av. Ataulfo de Paiva. 269 (239-1894). 6a, e sáb., às 17hedom., às 16h. Ingressos a CrS2 mil.FÉ NA CRISE E PAU NA GENTE — Texto de AbílioFernandes. Direçáo de Miguel Carrano. Com SuelyFranco. Henriqueta Bneba, Carvalhinho e outros. TeatroCaweil, Rua Desembargador Isidro, 10 (268-9176). De

4a a 6a. és 21h, sáb . às 20h e 22h edom . às 19he 21h.Ingressos de 4a a 6a e dom. a CrS 6 mil e sàb. a CrS 8 mil.Diariamente CrS 4 mil para estudantes.A DIVINA SARAH, de John Murrell. Tradução e direçáode Joào Bethencourt. Com Tonia Carrero e Cecil Thire.Cenários e figurinos e Naum Alves de Souza. TeatroMaison de France. Av. Pres. Antonio Carlos, 58 (220-4779). 4a ài 20h. 5a às 17he20h, 6aàs21h; sáb. às 20he 22h30min, dom. às 18h e 20h30min. Ingressos 4a. 5a.a CrS 8 mil e CrS 6 mil (estudantes); 6a e sáb. a CrS 10mil; dom., a CrS 10 mil e CrS 6 mil, estudantes (14anos).AUTO DAS SETE LUAS DE BARRO — Texto e direçáode Vital Santos. Com o grupo Feira de Teatro Popular, d©Caruaru. Teatro Glauce Rocha. Av. Rio Branco, 179.(224-2356) De 3a a 6a. às 21 h; sáb., às 20h e 22h; dom.,às 18h e 21 h. Ingressos a CrS 3 mil. 5a. às 24h, sessàopara a classe teatral a CrS 1 mil. Até domingo.FREUD NO DISTANTE PAlS DA ALMA — Texto deHenry Denker. Dir. Flávio Rangel. Com Edwin Luisi.Ariclô Perez. Adriano Reis. Maria Isabel de Lisandra,Vanda Lacerda, Jorge Chaia, Chico Solano, Déa Peça-nha. Cláudia Duarte e Joào Camargo. Teatro ClaraNunes. Rua Marquês de Sào Vicente. 52 — 3o (274-9696). De 4a a 6a. 21 h; sábados, às 20h e 22h30min;domingos, às 18h; 5a. vesperal às 17h. Ingressos 4a. 5ae dom. a CrS 8 mil e CrS 6 mil. estudantes. 6a e sáb aCrS 10 mil. vesp. 5a a CrS 6 mil. (Livre)A VENERAVEL MADAME GOUNEAU — Texto deJoão Bethencourt. Direçáo de Paulo Afonso de Lima.Com Débora Duarte, Otávio Augusto, José AugustoBranco e Narjara Turetta. Teatro Mesbla. Rua doPasseio. 48 (240-6141). De 4a a 6a edom.. às21h; sáb .às 20h e 22h30min; vesp. 5a, às 17h e dom , às 18h.Ingressos 4a. 5a e dom. a CrS 6 mil e CrS 5 mil,estudantes. 6a e sáb. a CrS 8 mil; vesp. 5a a CrS 5 mil.

OS SETE GAT1NHOS — Texto de Nôlson Rodrigues.Direção de Dirceu de Mattos. Com o Circulo do GritoTony Luz. Neyde Lira. Pepe Soares e outros. Teatro doAmérica. Rua Campos Sales, 118 De 5a a dom., às 21 h.Ingressos 5a, 6a e dom., a CrS 4 mil e CrS 2 mil 500,estudantes; aáb. a CrS 5 mil (18 anos). Até domingo.A URA DOS ViNTI ANOS — Texto de Paulo CésarCoutinho. Direçáo de Edielio Mendonça. Com PauloRenato. Nelio Menezes, Gilberto Muniz e outros. TeatroProoópto Ferreira. Duque de Caxias. De 5a a dom. às20h. Ingressos a CrS 1 mil 500 o CrS 1 mil, estudantes.Ató dia 12 de setembro.

BRINCANDO EM CIMA DAOUILO — Texto de Dario Foe Franca Rame. Direçáo de Roberto Vignatio. Traduçãode Roberto Vignati e Michele Picoli. Com Marília Pera.Teatro Senec. Rua Pompeu Loureiro, 45 (256-2640 e258-2641). De 4a a «àb, às 21h; dom., às 18h e 21h.Ingressos 4a e 5a a CrS 6 mil; 6a e sáb. a CrS 12 mil;dom. a CrS 10 mil. NSo é permitida a entrada após oinício do espetáculoLORENZACCtO — Texto de Alfred de Musset. Tradu-çáo, adaptação e direçáo de Paulo Reis. Com o Pessoaldo Despertar. Teatro Vllla-Loboa. Av. Princesa Isabel.440 (275-6695). De 3a a dom., às 21h30min. Ingressosde 3a a 5a, a CrS 4 mil e de 6a a dom., a CrS 6 mil. Estasemana, advogados e professores tem 20% de abati-mento.

IDADE MÍDIA — Ópera rock de Mareio Trigo e ManoDias Costa. Direção de Mareio Trigo Com AlexandreDacosta. Cristiane Couto. Ricardo Camilo e Joào Bran-dâo. Toatro Glaucio Gill. Praça Cardeal Arcoverde s/n°(237-7003) 6a. às 19h e 2.1h, s.lb . as I9h. Ingressos aCrS 4 mil (10 anos). LEOCADIA VAI ABRIR A PORTA — Texto e direçáo daRuyter de Carvalho. Com Ruyter de Carvalho. RobertoSalomão, Ana Bayer e Adilson Gomes. Teatro Alice.Rua Alice, 146 1245-62891 Do 4J a dotn às 2!hIngressos de 4a a 6a a dom a CrS 3 md e CrS 2 mil 500,estudantes; sáb a CrS 4 mil.LÉO E BIA — Musical de Oswaldo Montenegro quetambém assina a direçáo. Com Oswaldo Montenegro.Isabela Garcia, Mongol. José Alexandre. Madalena Sal-les. Deto Montenegro e grande elenco. Teatro Vanucci.Rua Marquês de Sáo Vicente. 52 (239-8595) De 4a adomingo, às 19h30min. Ingressos de 4a e 5d a CrS 4 mil;6a e dom , a CrS 6 mil; sàb a CrS 8 milA MORTE E O DEMÔNIO — Texto de F Wedek.nd.Direçáo de Milton Dobbin Toatro Vllla-Loboa. Av.Princesa Isabel, 440 6a. às 24h Ho|e, apôs o espetácu-Io, debate com Luiz Alberto Pi e Narciso de MelloTeixeira (psicanalistas).CRIME E... IMPUNIDADE — Texlo e direção de Rober-to Athayde. Com Regina Rodrigues, Felipe Camargo.Rubens Araújo e Hélio Guerra. Teatro de Bolso Aurt-mar Rocha. Av. Ataulfo de Paiva. 269 (239-1498) De 3aa 6a. às 21h30min; sáb., às 20h e 2?h30min, dom., às19h e 21 h. Ingressos de 3a a 6a a CrS 6 mil e CrS 4 mil;sáb e dom a CrS 6 mil.QUEBRA-CABEÇA — Espetáculo de mímica com ogrupo TAK: Luiza Monteiro e Raquel Rache SalaMonteiro Lobato, anexo ao Teatro Villa-Lobos, Av.Princesa Isabel, 440 I275-C695) Do 6a a dom. às 21h.Ingressos a CrS 4 mil e 3 mil, estudantes. (Livre).

A BARCA DO INFERNO — úpera-rock com texto de GilVicente. Adaptação o direçáo de Carlos Wilson Músicasde Charles Khan. Com Alexandre Frotta. AleiandroBengoeche, Carlos Loffler. Claudia Freire e outros.Teatro Villa Lobos. Av. Princesa Isabel. 440 (275-6695). De 3a a dom. às 19h. Ingressos a CrS 5 milHOJE A BANDA NAO SAI — Comédia de SeverinoTavares. Direçáo de Haroldo de Oliveira. Com AdalbertoNunes. Fernando Palitot, Juarez Leesa. Ira de Sena eoutros. Teatro Imperial. Praia de Botafogo. 524 (295-0896). De 5a a Sáb., às 21h15min edom., às 18h30min e21h15min. Ingressos a CrS 5 mil e CrS 3 mil. estu-dantes.TAIÓ — Texto de Antônio Carlos de Mello. Direçáo deCaio de Andrade. Com Alfredo de Lima e Silva, RaulFerreira, Analia Maia o Isabela do Castro e outros.Centro Educacional Calouate Gulbenkian. Rua Bene-dito Hipólito. 125. (221-7760). 2a a 3a. às 21h e de 5a asáb., às 18h15min. Ingressos a CrS 4 mil e CrS 3 mil,estudantes o classe artística.SEDA PURA E ALFINETADAS — Texto de LeilahAssumpçáo e Clodovil. Com Clodovil Hernandes, ManaHelena Dias, Hilton Have, Jalusa Barcelos e outros.Teatro Gináatico, Av. Graça Aranha. 187 (220-8394). 4a.5a e 6a, às21h15min; sáb , às 20he 22h30min; dom., às19h e vesp. 5a às 17h30min. Ingressos 4a, 5a e dom aCrS 8 mil e CrS 6 mil. estudantes. 6a e sáb. a CrS 8 mil;vesp. 5a a CrS 6 mil.

SHOW

PARABÉNS PRA VOCÊ — Homenagem a Vítor AssisBrasil. Show de Joào Carlos de Assis Brasil (piano) ZecaAssumpçáo (baixo). Cláudio Caritô (bateria), Idriss (sax).Hoje. às 21h, no Circo Voedor. Lapa. ingressos a CrS 4mil.ROCK POPULAR BRASILEIRO — Apresentação dosgrupos Sangue da Cidade. Zó da Gaita e Água Brava.Amanha, à« 22h, no Circo Voador, Lapa. Ingressos aCrS 4 mil.DOMINGUEIRA VOADORA — Baile-Show com aOrquestra Tabajara. Domingo, às 21h30min. no CircoVoador, Lapa. Ingressos a CrS 2 mil 500.CANTO DO RIO — Programação: hoje. o cantor •compositor Luiz Melodia; sáb, o cantor e compositorErasmo Carlos; dom o instrumentista Paulo MouraSempre, às 21h30min. no Teatro Joio CMtano. Pça.Tiradentes (221-0305). Ingressos a CrS 8 mil e CrS 5 mil.em benefício do Museu da Imagem e do Som.O ANIVERSÁRIO DO BONDINHO — Programação: 6a.Sexta de S. Saruô na Casa de Cultura de S. Saruô. RuaLeopoldo Fróes, 37. Sáb, retreta e visitaçáo ao museudo Bonde. Estaçáo da Carioca, e às 17h, Monarco eNoca da Portela e o conjunto Naquele Tempo, no CentroCultural de S. Teresa. Dom, a partir das 9h30min,atividades infantis, peças de teatro e ahowa no CentroCultural de S. Teresa.RODA DE SAMBA — Apresentação de Fundo deQuintal, Xangô da Mangueira, Joaci do Cavaco e Marrondo Salgueiro. Sábado, às 21 h, na Quadra da Escola deSamba Independentea de Cordovll. Cidade Alta. In-gressos a CrS 1 mil.PONTO DE CHORO — Apresentação do conjuntoCarinhoso. Hoje, às 18h30min, na ABI, Rua Araújo PortoAlegre, 71. Ingressos a CrS 700.REBANHÀO — Apresentação do gruoi de músicagospeli. Sábado às 19h, na Pça do Pacificador, Caxias.Entrada franca.CANTINA AHTESANAL — Apresentação da banda doTrilho. Hoje, às 21 h. no Teatro Armando Gonzaga. Av.Gal Cordeiro de Faria. 511. Ingressos a CrS 1 mil 500.JUNTOS — Apresentação do grupo Renascer. Sáb., odom, às 21h. no Teatro Armando Gonzaga, Av.Cordeiro de Farias. 511. Ingressos a CrS 2 mil.PROJETO SEIS E MEIA — Show do cantor Bebeto esua banda. Teatro Joio Caetano, Pça Tiradentes (221-0305). Do 2a a 6a, às 18h30min. Ingressos a CrS1mil500.MARIA CREUZA — Show da cantora acompanhada deconjunto. De 5a a dom, às 21h, no Teatro da UFF, RuaMiguel de Frias, 9. Niterói. Ingressos a CrS S mil.DESTINO DE AVENTUREIRO — Show do cantor NeyMatogrosso acompanhado pela banda Placa Luminosa.Circo Cóamlco (Circo Tihany). Av. Presidente Vargas aolado do Centro Administrativo Prefeitura Cidade Nova,(273-6890) o 273-6999) De 4a a sâb, às 21 h; dom, à318h. Ingressos de CrS 4 mil a CrS 10 mil. Até dia 16 desetembro.VOU QUERER TAMBÉM, SENÃO EU CONTO PRATODO MUNDO — Texto do Gugu Olimecha, AgildoRibeiro. Max Nunes, Jésus Rocha e Ziraldo. Direçêo deOswaldo Loureiro. Com o humorista Agildo Ribeiro.Teatro Princesa laabel. Av. Princesa Isabel. 1BE (275-3346). De 4a a 6a. às 21h30m; sáb. às 20h30m e22h30m; dom, às 18h e 20h. Ingressos 4a e 5" a CrS 8mil e de 6a a dom. a CrS 10 mil. (18 anos).GOLDEN RIO — Show musical com a cantora Wstusi eo ator Grande Otelo à frente de um elenco de bailarinos.Direção de Maurício Sherman. Coreografia Juan CarioBerardi. Orquestra do maestro Guido de Moraes. Av.Afránio de Melo Franco. 296 (239-4448). De 2a a 5a edom. às 23h; 6a sáb. e véspera de feriado, às 24h.Couvert a CrS 25 mil; 6a. sàb. e véspera de feriado a CrS30 mil. Mezanino a CrS 20 mil (diariamente).GUILHERME RODRIGUES E EDMUNDO CASSIS —Apresentação de sax. flauta e piano. Teatro SidneyMlller, Rua AraUio Porto Alegre, 80 De 3a a sáb . ès 21 hIngressos a CrS 2 mil. Ató sábado.

NOITES DE BUENOS AIRES — 6how do cantor.compositor e ator Jorge Sobral acompanhado pelosbailarinos Gladis e Daniel e o conjunto Sextango Gafiei-ra Aaa Branca. Rua Mem de Sá, 17 (252-0966). De 3a asáb . às 23h Couvert de 3a a 5a. a CrS 10 mil e 6a e sáb .a CrS 15 mil.

sáb a CrS 7 mil, homem e CrS 5 mil. mulher. Estrada daBarra da Tijuca, 1636 (399-3460).PARALAMA8 DO SUCESSO — Show do conjunto derook. Do 5" e séb. à 1 h da manhã, no Nottee Carioca».Av. Pasteur. 520. A casa abre às 22h, com música de litae salões de atari e video. Ingressos a CrS 6 mil.ROBERTINHO DE RECIFE — O guitarrista e compositorapresenta o ahow Metalmania. Danceteria Mamute,R Cde. de Bonfim. 229 (234-8367). 5a.às24he6aesáb1hda manht e dom. às 18h. A casa abre de 5* a sáb. às 22he dom, às 16h. Ingressos de 5a a sáb a CrS 8 mil,homem e CrS 5 mil, m-ilher e dom a CrS 5 mil.IVON DE CORPO INTEIRO — Show do humorista ecantor Ivon Curi. Sambáo e Sinhá, Av. ConstanteRamos. 140 (237-5368). De 3a a 5a. às 23h; 6a e sáb.. às23h30min. A casa abre às 20h30min, com música aovivo para dançar. Couvert de 3a a 5a a CrS 10 mil e CrS 5mil, estudantes; 6a e sáb.. a CrS 12 mil. Jantar a ahowjuntos a CrS 22 mil (de 3a a 5") a CrS 25 mil (6a e sáb ).Estacionamento na Rua Pompeu Loureiro, 2.REVISTASAPOTEOSE QAY — Revista com os travestis GeórgiaBengston, Marlene Casanova, Samantha, Desirée eoutros. Teatro Alasca, Av. Copacabana, 1241 (247-9842). de 3a a 6a, às 21h30min; sáb, às 22h; dom. às19he 21h30min. Ingressos de 3a a 6a e dom. a CrS 5 mile CrS 3 mil, estudantes; sáb a CrS 6 mil.MIMOSAS JA — Show dos travestis. Camila, Klriaki.Fujica Holiday. Paulette e Alax Mattoa. Teatro BrigitteBlalr. Rua Miguel Lemos. 51 (521-2955). De 4a a séb.. às21h30min; dom., às 18h30min. o 21h30min. Ingressoade 4a a 6a. a CrS 4 mil e 6a e sáb. a CrS 5 mil.INFANTILGOLFINHOS DE MIAMI — Show com os golfinhos deMiami e focas amestradas. BarraShoppIng. Av. dasAméricas, 4666. De 3a a 5a. às 15h e 18h30min, 6a, às10h e 20h30min, sáb. e dom. às 11 h. 15h. 17h e 19h.Ingressos a CrS 2 mil (crianças) e CrS 2 mil 500 adultos(325-3260).CIRCO GARCIA — Atrações em três pistas diferentes:palhaços, mágicos, malabaristas e animais amestrados.Ilha do Governador, ao lado do Disco. (393-4049) 3a, 4a e6a. às 21h; 5a. às 15h e 21h; sâb. às 15h. 18h e 21 h;dom, às 10h, 14h30min, 17h e 19h30min. Ingressos,arquibancada a CrS 3 mil (adultos) e CrS 2 mil (enanças);cadeira do pista a CrS 6 mil e cadeira central a CrS 4 mil.PARA OUVIRBARES E RESTAURANTESGOLDEN BOYS — Apresentação do conjunto vocalHoje. às 23h. no Ceeaino Bangu. Ingressos a CrS 3 milHELENA DE UMA — Apresentação da cantora. Partc'e,Estrada da Gávea. De 6a a dom., às 21h30min. Ingressos a CrS 5 mil.TIGRE REAL — Apresentação do conjunto. Hoje eamanhã, às 23h, no Bar òo Violeiro, Rua Daut Peres,92. Barra. Couvert a CrS 3 mil.PONTINHO — Programação; 6a. Jamil (violôo) e Lopers(percussôo); sáb. Daniel (violáo), Nelson (baixo) e Royé-rio (bateria), e dom., David (violôo) e Pedrinho (bateria).Praia da Bandeira. 579. Ilha do Governador. Sempre, às21 h. Couvert a CrS 1 mil 500.

HABEAS CORPUS — Programação; 6a. Daniel (violào),Nelson (baixo) e Jorjáo (percussôo); sáb. Breno (violôo) eLeônidas (gaita). Sempre, ès 21 h. Rua Gen. Polidoro, 29.JUUO COSTA — Apresentação do cantor e compositoracompanhado de conjunto. Sáb., às 22h30min, noPitéu, Rua Professor Ferreira da Rosa, 130, Barra.Couvert a CrS 3 mil. Ató dia 29.GRUPO FR1ENDS — Show do grupo de música ocurvtry. Hoje às 20h, no Exiate Um Lugar, Estrada da Barrada Tijuca, 3 001. (399-4588). Couvert a CrS 6 mil.LECI BRANDÃO — Show da cantora e compositora.Hoje, às 23h. na Play Houae, Rua Ana Teles, 406,Campinho.PAGODE SAMBA 8HOW — Apresentação dos Asesdo Ritmo, Marcelo Becker e Aguinaldo Rocha. Hoje, às22h, no Sesc do Madurei ra, Rua Ewbanck da Câmara,90. Ingressos a CrS 2 mil.FORRÓ DA ALEGRIA — Apresentação do Trio Tabajara.Sábado, às 22h, no 8eee do Madureira, Rua Ewbanckda Câmara, 90. Ingressos a CrS 2 mil.CORTTÇO — Programação: 6a e aáb., os cantoresJúnior. Lilia, Renato e Alex; dom., Viviane (voz) e ZéCarlos (violôo). Sempre, ès 21 h. Couvert a CrS 3 mil.Rua das Laranjeiras, 20.SIMPLESMENTE ANGELA — 8how da cantora AngelaMaria acompanhada de oonjunto. Bateaux MoucheBar. Rua Repórter Nestor Moreira, 7. De 3* a dom., às23h. Couvert a CrS 10 mil. 6a e sáb. a CrS 15 mil.STUDIO MISTURA FINA — Happy hour de 3* a dom .às 19h, com Edmundo Cassis (teclado). Ana MariaMartins (vocal), Paulo Russo (baixo). Rua Garcia D'Ávila,15 (274-8984). Consumação, após 23h, a CrS 4 mil.PEOPLE — Programação; De 2a a sáb, às 20h30min,piano-bar com Athie Bell; 3a, às 22h30min, o GrupoFriends. De 4a a sáb. o quarteto de Paulo Roberto(trompete). De 4a a 2a, à 0h30min, a pianista e cantoraAna Mazzotti, Av. Bartolomeu Mitré, 370 (294-0547).Couvert a CrS 6 mil (de dom. a 5a); CrS 8 mil (6a e sáb.).No bar a CrS 4 mil (dom a 5a) e CrS 6 mil (6a e sáb ).FESTIVAL DE NEW ORLEANS — De 3a a sáb , a partirdas 20h e dom., das 15h às 18h festival gastronômico eapresentação de jau com a Jackson Brewery Band odom, participação da cantora BJ. Ingressos a CrS 32 milde 3a a sáb., com direito a jantar e dom., a CrS 10 mil,somente para o ahow. 8alAo Gávea, Hotel Intercontl-nental, Av. Prefeito Mendes de Morais, 222 (322-2200).JAZZMANIA — Diariamente, das 19h às 22h. com opianista Marcos Ariel. De 3a a sáb., às 22h30min, a RioFunk Jazz Band, liderada por Marcos Szpilman. Av.Rainha Elizabeth, 769 (227-2447); De 3a a 5a a CrS 5 mil,6a e sáb., a CrS 6 mil e consumaçôo a CrS 4 mil.QUINTETO VIOLADO — Apresentação do grupo for-mado por Marcelo (violôo). Toinho (baixo), Fernando(viola). Luciano (flauta) e Mareio (percussão). Horse'sNeck Ber. Av. Atlântica. 4240. De 4a a sàb.. às 22h. Atósábado.CANT1NHO DA GATA — De 3a a 5a. às 22h e 6* e sáb .à 23h, apresentação de Marisa Gata Mansa (cantora) eRui Pereira (violão). Rua Rodolfo Dantas, 89-B. Couverta CrS 3 mil.

CHIKO'8 BAR — Piano-bar com música ao vivo a partirdas 21 h. com Aócio Flavio, Eduardo Prates e as cantorasCeleste, e Clarisse. 2a e 3a o violonista Nonato Luiz.Aberto diariamente a partir das 18h, com música de fita.Sem couvert, sem consumação mínima. Av. EpitácioPessoa, 1.560 (267-0113 e 287-3514).ENCONTROS DO ARCO DA VELHA — Apresentaçãodos cantores Nana Caymmi e Zé Luiz acompanhados deoonjunto. De 5a a sáb.. às 22h, na Pça. Cardeal Câmara,132. Couvert ã Cit 7 mil (252-0844). Até dia 18 d»setembro.KLAU'8 BAR — 6a e sáb, às 23h. o violonista ecompositor Nonato Luiz. Rua Dias Ferreira. 410 (294-4197). Consumação a CrS 6 mil.CASA DA CACHAÇA — Aberta ao público a partir das18h, 5a e dom., às 20h e 6a o sáb., às 21 h. Música aovivo com a dupla Fio (vocal e percussão) e Miltâo (vocale violão). Rlo-Sheraton Hotel, Av. Niemeyer. 121 (274-1122, ramal 1233).FAROL DA BARRA — Diariamente, às 20h, o pianistaJorge de Falco, sem couvert 6a e sáb., às 21 h, oconjunto da casa. Couvert a CrS 2 mil 500. Av.Sernambetiba. 1700 (399-1143).AZYMUTH — Show de música instrumental com ogrupo formado por Josó Roberto Bertrami (teclados),Alexandre Malheiros (contrabaixo) e Ivan Conti (bateria).Exiate Um Lugar, Estrada das Furnas, 3001 (399-4588).Couvert a CrS 7 milZEPPEUN — No bar. de 2a a dom., ás 22h. o cantorReinaldo Vargas. Couvert. de 2a a 5a e dom., a CrS 2 mil500 e 6* e sáb., • CrS 3mil. No Calt Teatro, 6a e sáb.. às22h30min. o cantor Renato Vargas; às 24h, comédia deMaria Vorhees e à 0h40min, música para dançar.Couvert a CrS 4 mil. Estrada do Vidigal. 471 (274-1549).ASSÍRIO — De 2a a 6a. a partir das 11 h. música ao vivocom a pianista Fátima. Teatro Municipal, Salão Assirio(262-6322, ramal BARBAS — Programação: 5a. às 21 h. no quintal, oscantores Lula Ribeiro e Tonho Baixinho, de 5a a sáb . às22h, os sambistas Jorge Aragâo e Luiz Carlos da Vila.Ingressos 5a a CrS 2 mil 500 o CrS 3 mil 500, 6a e sáb„ aCrS 4 mil. Rua Álvaro Ramos. 408.CLUBE 21 — Programação: de 2a a sáb., às 19h. apianista Nazareth Moreaux, às 23h, Maria Fraga (voz).Carlinhos (piano). Juvercil (baixo) e Carlos Graça (bate-ria) Show 3a e 5a, às 23h com Yta Moreno e 6a e sáb.,Dirceu (flauta) Sem couvert. Clutw 21. Rua MariaAngélica, 21 (266-1494).GALO PRETO — Apresentação do conjunto de choro.De 5a a dom , as 21h. no Bar Painel, Rua Humaitá. 380.Ingressos 5a a dom. a CrS 5 mil e 6a a sáb. a CrS 6 mil.BOTANiC — Programação: 6a e sáb jaa com Selma eMelão. Sempre, às 22h. Couvert 5a a CrS 2 mil 500; 6a aCrS 3 mil e sáb a CrS 4 mil. Rua Pacheco Loâo, 70 (294-7448KMEETING FASHION BAR — Singlo s Bar dom a 4a, oTrio de Chico Batera; de 5a a sáb. a partir das 21 h30min,Antônio Carlos (teclados). Oswaldo Correia Costa (gui-tarra). Tiâo Neto (contrabaixo). Paulo Kananga (bateria) eWalter David (vocal) e Chico Batera (percussão). Cou-vert de dom a 4B a CrS 5 mil e de 5a a sáb. a CrS 8 mil.Happy hour. com música de fita das 18h às 21 h. RuaAníbal de Mendonça. 36 (239-3247).

Odemar Brigido e Villa-Lobos Domingo, às 18h30min,no Museu Histórico do Eatado. Rua PresidentePedreira. 79. Niterói. Ingressos a CrS 1 mil.Sf.RlE DOMINGO JOVEM — Apresentação do CoralInfantil da Funarj. sob a regência de Ei/a Lakscheviti.No programa, peças de Korenchendler. Tacuchian,Vanda Bellard. O Brigido e outros Domingo, às 17h. naSala Cecilla Meireiee. Lgo da Lapa. 47. Ingressos aCrS 2 mil e CrS 1 mil Crianças entre cinco e 12 anostôm entrada francaCONCERTOS PARA A PAZ — Recital do violonistaAntônio Carlos dos Santos Pereira No programa,peças de Tom da Bahia. Leo Brower, Dilermando Reis.Bach e outros Domingo, às 19h30min. na Correnteda Pai Universal Rua Senador Dantas. 117. cob 03.Entrada francaMIGUEL PROENÇA - Recital do pianista No programa, peças de Natho Henn. J Araújo Vianna, Chopin. R.Gnatalli, Villa-Lobos e Mussorgsky. Domingo àí 21h.no Centro do Convenções do Hotei Nacional AvNiemeyer /69 ingressos a CrS 10 milUM SONHO DE OPERETAS — Pot-pourri <Je operetaB De 6a a dom. às 21b Twtro DuWna flui AtandoGuanabera, 17 1220-6997)EDUARDO GROSS — Recital do pianista mierpretan-do peças de Beethoven. Prokofieff e Chop«n SébMoas 17h, na Sol» Arnelòo E»trei», Rua Hilário deGouveia. 88 Entrada franca

UM GORDOIDAO NO PAlS DA INFLAÇÃO — Texto deJô Soares e Armando Costa Show do humorista J6Soares. Teatro Ceu Grande. Av. Afrènio de MeloFranco. 290 (239-4046 e 259-69481 De 4a a 6a. ás21h30min; sáb.. às 20h e 22h. dom às 21h Ingressosa CrS 8 milTERNURA ANTIGA — DOLORES DURAN 25 ANOSDEPOIS — Apresentação de Ribamar (piano) e MarisaGata Mansa (cantora), acompanhados de conjunto SalaSidney Mllier. Rua Araújo Porto Alegre, 80 De 3a a sâb.às 18h30m Ingressos a CrS 2 mil Até dia 8 desetembro. Dia 6 nôo haverá espetáculo e no dia 8 haveráduas sessões. 16h30min, 18h30min.A HORA DA ESTRELA — Show da cantora MariaBethâma acompanhada de conjunto Direção de NaumAlves de Souza Direçáo musical de Toninho HortaConocSo, Av. Venceslau Braz. 214 (295-3044). 4a a 5a.às 21h30min. 6a e sáb ás 22h30min e dom as 20h.Ingressos a CrS 15 mil mesa central; a CrS 12 mil. mesalateral e CrS 10 mil, arquibancadaA DANÇA DOS SIGNOS — Musical de OswaldoMontenegro. Com Oswaldo Montenegro, Mongol. JoséAlexandre e outros Teatro Vanucci Rua Marquês deS. Vicente. 52 1239-8595) De 4a a nom às 21h30minIngressos 4a e 5a a CrS 5 mil: 6a e dom a CrS 6 mil, sába CrS 8 milDANCETERIA MISTURA FINA Lia 5" a dom, as 22"a banda da casa liderada pelo guitarrista PaulinhoSoledade; dom. às I3h programação ir^antiicom |ogose videoclipe Dom as l5h criatividade infantil e leatn-nho com Rosane Quintaes. Mana Clara Murthe eRicardo Baitnar Couvert 5a e dom . a CrS 3 mil e 0a e

HOJE - 21'OO hs

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SHOW "Vou querer também..."

MAIS

PRODUZIDOpartir de uma antiga (masbastante atual para o país emque vivemos") expressão po-pular — Vou Querer Tam-

1 bém, Se não Eu Conto Prti Todo Mundo— o humorista Agildo Ribeiro montouseu atual espetáculo, cartaz do Teatro

; Princesa Isabel. Dirigido por Oswaldo; Loureiro, com textos do primeiro time do

humor, o espetáculo consegue em lhlOm' de duração o seu principal objetivo: boasgargalhadas da platéia.

Depois de permanecer durante oito; anos com seu Alta Rotatividade rodando; por todo o Brasil, com temporadas no

Rio e em São Paulo divindo incialmente oshow com Rogéria, fazendo depois car-reira solo, Agildo Ribeiro encerrou defi-nitivamente este show no ano passado na

I rápida passagem pela casa noturna AsaI Branca. Rápida em termos de Agildo! Ribeiro que costuma permanecer meses'

em cartaz, meta também para este atual; Vou Querer...

Querendo fazer um espetáculo intei-! ramente novo, o ator, depois de ver a' revista Tocha na América, com Gugu

Olimecha, achou (e com razão), que o; humor de Olimecha era parecido com o; seu. Assim, a primeira parceria estavaI feita e a quatro mãos. Montaram a espi-! nha dorsal do espetáculo que conta ainda

com quadros do veterano Max Nunes,; Jésus Rocha e Ziraldo (também respon-; sável pela programação visual) afora os; "palpites" de Paulo Silvino, Marcos Vas-! conceitos e Haroldo Barbosa. Até mesmo; de Ronaldo de Carvalho, foi descoberto; para esta montagem.

Uma produção caprichada — cená-rios de Arlindo Rodrigues e figurinos deDidi Chiarello (mulher do humorista) eMaria Odete, além da direção musical damaestro Edson Frederico. Isso porque,confessa o próprio Agildo, o show ficoubonito demais e "aí resolvi botar umaprodução". Um pouco de exagero doator com seu produto, mas é realmenteum espetáculo bem cuidado, exibindo umAgildo mais apoiado nos elementos tea-trais, sem perder seu objetivo principal8 e é fazer rir.

Um riso que, durante o correr doespetáculo, pode sair meio sem graçadevido ao abuso dos palavrões, recursopobre para o talento de Agildo Ribeiro.Mas que, em compensação, é brilhantequando entra pela política nacional — epor isso a segunda parte é melhor, desta-cando-se ainda a novela cultural. Quandofaz uma brilhante imitação do presidenteJoão Figueiredo, conseguiu reproduziraté mesmo as pernas arqueadas, o humo-rista também se mostra em seus melhoresmomentos pois é um imitador de primei-ra conforme provam as réplicas do Cha-crinha, Chico Anísio e a já folclóricaimitação do colunista Ibrahim Sued,

Rápido, seguro, Agildo Ribeiro do-mina o público desde o começo deste VouQuerer... mostrando um ator cheio denovidades a começar pelo início do espe-táculo quando ele entra pelo meio daplatéia, fazendo uma primeira parte mui-to engraçada, apesar do número de pala-vrões (sem moralismo, descamba para omonótono). Mas que se reabilita porinteiro na segunda parte, principalmentequando faz o Brasil e defende o Rio deJaneiro fazendo humor como um verda-deiro carioca e um verdadeiro humorista.

DIANA ARAGÀOAri GomesilMilLL.* * .v<.

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i Ziraldo,texto deMaxNunes eJesusRocha,colaboração deoutroshumo

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RELIGIÃO

A OPÇÃO

jPELOS

ÍPOBRESO rezar o Ofício de Leiturasdo dia 25 de agosto, nãopude deixar de sorrir ao de-parar com uma passagem da

; carta de São Luís, Rei da França, ao mais; velho de seus onze filhos e provável; sucessor no trono. Diz ele a certa altura:

"Sempre te coloques mais ao lado dopobre que do rico, até que conheças toda

a verdade". Já não encontramos assim,no início do século XIII, a famosa "opção

'pelos pobres", e na pena de um rei que

i encarnou a tal ponto o pensamento da! Igreja que foi por ela colocado nos alta-! res? O que alguns pretendem hoje é uma! opção que exclua os ricos, cujo radicalis-! mo se atenua com um ploonástico "prefe-; rencial".J O que pretendemos afirmar é que; jamais deixou de haver na Igreja a verda-j deira opção pelos pobres, desde a criaçãojdos diáconos ainda nos dias dos Aposto-los, como nos mostram as epístolas deSão Paulo e o Livro dos Atos, até as

•grandes instituições que foram nascendo;rio seio do Cristianismo ao longo dosj tempos, como os hospitais, as escolas, os

orfanatos. Portanto, o que criticamos em! certa opção de hoje, inspirada pela cha-I mada Teologia da Libertação, são não! apenas os métodos de que se pretende! lançar mão para pô-la em prática, como o

; materialismo que a inspira. Muito tão;bem o demostrou uma voz de Petrópolis.:o Sr. Antuan Charif, em um artigo na; revista Ação, de que só nos chegou às; mãos a terceira parte: O Equívoco Funda-mental do Materialismo Contemporâneo.

J Mostra-nos ele. com clareza meridia-na, que a Teologia da Libertação seinspira no materialismo não só pelo pri-•mado que dá aos bens materiais, como

¦por conduzir à violência, que é "a partei-ra da História", segundo Marx. Inspira-'se no materialismo porque descrê daeficácia do Evangelho, que após doismilênios não teria ainda conseguidotransformar o mundo. Seria então neces-

Isário que a Igreja passasse a agir de outro;modo (o que eqüivale a dizer: deixasse de;ser a Igreja) para interferir diretamentenas estruturas. E que a Teologia se tor-nasse não mais um conhecimento deDeus, mas um instrumento de reformapolítica, econômica e social. O que, ago-ra sim. acabaria num clericalismo, numgoverno religioso, com" no Islã.

Poderíamos realmente objetar que oEvangelho já transformou o mundo decerta maneira. Foi ele, por exemplo, quedesdivinizou o Estado, passando as auto-ridades a serem apenas instrumentos deDeus. Como foi ele que proclamou aigualdade fundamental dos sexos e dasraças. E extinguiu lentamente a escravi-dão. E subtraiu os filhos ao domínioabsoluto do pai. Tanto o lema da Revolu-ção Francesa (Igualdade, Liberdade, Fra-ternidade) como a democracia tiveram,por mais imperfeitas que fossem as suasrealizações, uma inspiração evangélica.Todo esse processo foi porém o resultadode uma impregnação profunda das cons-ciências, que acabou por frutificar nasestruturas. E, se a Palavra de Deus nãoproduziu cem por cento, isso não decorreda sua ineficácia, mas da não cooperaçãode muitos, que sempre existirá e cujavontade livre Deus respeita.

Jesus declarou abertamente que oseu Reino não era deste mundo, fugiuquando pretendiam fazê-lo rei, mandoudar a César o que é de César, recusouimiscuir-se numa questão de herança eordenou buscarmos primeiro o Reino docéu, que o resto nos seria dado poracréscimo. Assim é que João Paulo II,em sua Carta aos Bispos do Brasil, a quenão foi dada a necessária divulgação,insistia em que a missão do Clero, semdescurar, é claro, do bem comum, pormeio da doutrina social da Igreja, eraessencialmente espiritual.

O representante máximo da Teologiada Libertação entre nós, chamado a ex-plicar em Roma, no dia 7 de setembro,suas doutrinas pouco ortodoxas, declarafelizmente: "Prefiro caminhar com aIgreja a andar sozinho com minha teolo-gia. A Igreja permanece, as teologiaspassam." Aliás, não faz mais que imitarSão Francisco de Assis ao ajoelhar-se aospés do Papa, entregando-lhe o destino desua Ordem.

E não há paralelo algum, como pre-tendem os mal-informados, com o casoGalileu, que aliás nunca foi morto outorturado, como pretendem os ignorantesanticlericais. Naquele caso, como a Igrejaacaba de reconhecer por iniciativa dopróprio João Paulo II, houve um equívo-co dos Cardeais que o forçaram a abju-rar, pois não se tratava matéria religiosa,mas científica. No presente caso, está emquestão a própria natureza da Igreja e desua missão entre os homens, a sua pró-pria identidade. E a Pedro (e seus suces-sores), e não aos teólogos, é que foiprometida a assistência especial do Espí-rito Santo, a fim de que jamais errasse emmatéria de fé e moral.

DOM MARCOS BARBOSA

TEATRO

A REVISTA

EM BUSCA

DO TEMPO

PERDIDO

Sem Sutiã. Uma Revista Feminista e Não MeVenhas Com Indiretas dividem o palco do TeatroRival em dois horários: às 18h30min e às 21 h. Masentre elas há uma diferença de tempo não inferior a30 anos. Enquanto a revista feminista procuraencontrar um estilo que concilie a comédia musicadacom temas atuais, a tradicional pretende retomar opassado sem qualquer filtro crítico. O que torna asduas semelhantes é a necessidade de cada uma, aseu modo e com suas potencialidades, trazer alinguagem da revista como assunto para discussãoem cena, e neste sentido ambas incorrem no mesmoerro: de cultuar um certo passadismo.

Divulgação

Com um elenco sem tradição de revista, Sem Sutiãpropõe comentar a condição feminina através da música, do humor e da crítica

SEM SUTIÃ

LIBERDADE SOB CONTROLE

NÃO

há dúvida de que Sem Sutiã. Uma RevistaFeminista é mais uma tentativa de grupo nãotradicioanl de revisteiros de retomar um gé-nero que foi, praticamente, soterrado pelo

luxo da televisão e pelo show apoteótico das escolas desamba. Nesse caso, não é pertinente discutir se Sem Sutiãseria ou não uma revista tradicional. Muito mais identifica-da com um subproduto da comédia musicada (tema único,equilíbrio entre música e texto) do que propriamente coma revista (ainda que utilize vários elementos do gênerocomo o número de platéia, a estrutura de quadros e umalinha musical de inspiração revisteira), Sem Sutiã sepropõe a discutir a condição feminina. Com bom humor,malícia, lançando a tese da unidade homem-mulher e doabandono das amarras que limitam a liberdade, tão bemrepresentadas pelo sutiã, seja nas questões femininas, sejana política ou na cultura, essa "revista feminista" deixaclaro que foi escrita com intenção crítica. E realiza essacrítica com inteligência e através de perspectiva bemfundamentada da questão feminista. Mas em nenhummomento o que é dito parece estranho ao público,especialmente ao tradicional freqüentador do Teatro Rivalque espera encontrar naquele palco apenas mulheresbonitas e piadas preconceituosas. O público compreende,mas estranha.

Nada parece estar em seu lugar. As atrizes nãocorrespondem exatamente ao padrão de beleza exigido poresse público. O tom crítico não é aquele direto das óbvias

| referências aos atributos sexuais. O papel do homem nasucessão de quadros, em especial no encontro masculino-feminino no final de primeiro ato, soa diferente. Todo esseestranhamento que é sentido pelo espectador-padrão valo-

| riza e transforma Sem Sutiã numa proposta interessante,I divertida, crítica e inteligente.

O que não parece ser tão feliz é a preocupação dadupla de autoras Celina Sodré e Fátima Valença, emtornar a própria revista como elemento de discussão nopalco. A necessidade de homenagear o gênero é quasesempre primária e uma verdadeira armadilha para criar a

autopiedade e a pieguice. Está neste caso, a apoteose, quemesmo aproveitando os clóvis (os personagens carnavales-cas) como figuras-sínteses do espetáculo, em substituição àtradicional vedete, às coristas e aos cômicos, joga fora essaexcelente idéia com uma letra que fala na missão doartista, na chama do palco, no suor que é oferecido aopúblico e outros tantos lugares-comuns.

Os tipos que se repetem também prejudicam o ritmodo espetáculo. O Príncipe Encantado se esgota depois dasegunda aparição, da mesma forma que os quadros quedemonstram o tratamento diferenciado que é dado aohomem (no Io ato) e a mulher (no 2o ato) precisariamganhar maior dinân:ica, já que ficam soltos e dispersos emmeio do espetáculo. Na segunda parte, por outro lado,falta fôlego às autoras para conclusão da empreitada. Se noprimeiro ato, há uma concentração maior de idéias emelhor encadeamento entre elas, no segundo, tudo ficarecorrente pelo uso excessivo. Apenas para citar umexemplo — o tarado-exibicionista que surge mais vezes doque seria necessário apenas em função de uma (boa) piadafinal.

O espetáculo, com as visíveis dificuldades de produ-ção, se sustenta com figurinos dignos, cenários paupérri-mos, conjunto musical de poucos elementos (faltou sopro),que não colabora para ressaltar a música profissional deTim Rescala, e elenco esforçado. Entre as atrizes sedestacam Nedira Campos, sempre uma presença forte,segura e inteligente, Alice Viveiros de Castro que tecenúmeros de platéia cheio de malícia e Vânia Alexandreque explora uma aparente vocação para o caricato.

Sem Sutiã. Uma Revista Feminista discute inteligente-mente as questões da mulher com bom humor e sempreconceitos. Se a equipe acreditasse mais nesse tema e sedesvinculasse do compromisso de carregar a bandeira danova revista, certamente o resultado seria bem mais eficaz.Livrando-se das amarras estilísticas da revista e libertando-se do tributo aos seus cânones, Sem Sutiã mostraria asaudável nudez criativa de um grupo de mulheres inteli-gentes que têm o que dizer.

NÃO ME VENHAS COM INDIRETAS

HOMENAGEM PASSADISTA

Eum

mergulho no tempo. No palco exíguo doTeatro Rival estão atores da melhor época darevista como Salúquia Rentini ou Silva Filho, este

homenageado através de velho quadro do tribunal pelocômico Lilico. Os cenários são reproduções diminuídas etristes dos telões do passado. As coristas, um pouco gordasaté mesmo para os padrões exuberantes do espectadormédio de revista, se esforçam para cumprir os passos dasucinta coreografia. Os textos, oscilantes entre a exaltaçãoda própria revista e o saudosismo piegas, lembram umadiscutível reunião lítero-musical. A vedete, com corpo deestrela dos anos 50, mas rosto dos anos 80, é bem a síntesedas contradições que fazem de Não Me Venhas comIndiretas uma revista que revela os impasses do gênero.

O tipo de revista que Náo Me Venhas com Indiretaspretende reproduzir náo existe mais. Os remanescentes daépoca em que ela era sucesso ainda estão em atividade,tentando uma sobrevivência impossível, já que as suaspossibilidades de montagem estão totalmente vedadas. Aqualidade individual dos artesãos da velha revista é incon-testável. Basta assistir a Salúquia Rentini recriando seuspersonagens caricatos, numa mistura entre o burlesco e arevista para se constatar que o velho revisteiro tem aindainfinitas possibilidades de expressão no palco. O que é

perigoso e inútil é jogar cm cena, artistas e textos que,mimeticamente, repetem sem qualquer filtro o que já foitantas vezes apresentado. O acervo técnico de CésarMontenegro, por exemplo, é desperdiçado pela obrigaçãode o ator repetir um estilo esmaecido pelo tempo. Apresença de Lilico, piadista com bom tempo de comédia,se dilui na necessidade de cortejar a revista e lançar umapiscadela à televisão. Já Martim Francisco traz da televisãoo ar bem à vontade dos quadros humorísticos, dinamizan-do a cena.

Em pleno 1984. Náo Me Venhas com Indiretasparticipa da critica política, na trilha dos quadros dasrevistas do passado, talvez uma das poucas ligações entreesta montagem e a nossa década. No restante, mesmolevando-se em consideração a introdução de temas ligadosaos anos 80 (permissividade, homossexualismo e violèn-cia), a perspectiva é a dos anos 50. Apesar dos esforçosheróicos de se colocar em cena uma revista nesses temposde inflação superior a 200% não é possível reviver opassado sem uma visão crítica, caso contrário empreende-se um mergulho sem volta no passadismo.

MACKSEN LUIZ

JOSÉ CARLOS OLIVEIRA

XISPETEO

PARA

MATAR AS

SAUDADES

DE YICTOR

ASSIS

BRASIL

UMA

expressiva homenagemao saudoso saxofonista,compositor e arranjador Vic-tor Assis Brasil será prestada

hoje no Circo Voador, às 21 horas, com aapresentação do quarteto liderado porseu irmão gêmeo, o pianista João CarlosAssis Brasil, e uma exposição sobre a suavida artística, incluindo partitura de algu-mas das suas composições, na Galeria dasArtes do próprio Circo. A trajetória deVictor, um dos maiores músicos do nossopaís em todos os tempos, foi extraordiná-ria em todos os sentidos, como instru-mentista, líder, compositor e arranjador.Sua música foi das mais inspiradas, sendofundamental para o desenvolvimento dojazz entre nós, mas ele também atuavaem outras áreas com igual sucesso. Seuspequenos conjuntos foram verdadeirasescolas, despontando inúmeros talentosque hoje se incluem entre nossos músicosimportantes, entre eles Hélio Delmiro,Cláudio Roditti, Mareio Montarroyos,Jota Moraes, Fernando Martins, LuizAvellar, Paulo Russo, lon Muniz, AloisioAguiar, Paulo Lajào, Lula Nascimento eCláudio Caribé. Sua arte sempre foi reco-nhecida, mas, por ironia do destino, aprojeção internacional ocorreu após oseu desaparecimento, quando seus discosforam editados nos EUA, Japão e Euro-pa, recebendo críticas altamente favorá-veis nas principais publicações especiali-zadas e sendo exaltado como um artistade talento excepcional.

A carreira de João Carlos, tal como ade Victor, começou cedo; aos 15 anosterminou os cursos de piano, harmonia eteoria musical, estudando também comJacques Klein. Mais tarde aperfeiçoou asua técnica com estudos intensivos emconservatórios e escolas de Londres, Pa-ris e Viena. Participou de concursos im-portantes aqui e no exterior, obtendo oprimeiro prêmiono Concurso Na-cional de Piano,na Bahia, e o ter-ceiro no Concur-so InternacionalBeethoven, emViena, em 1965.Seguiram-se inú-meras apresenta-ções com as sin-fônicas de SãoPaulo, PortoAlegre e daBahia, a Orques-tra do TeatroMunicipal doRio, a Filarmônica de Viena, e concertos jem Belgrado, Londres, Milão e Wa- Ishington. !

O repertório do quarteto é integradopor composições de Victor; na verdade,trata-se de um projeto de João Carlospara divulgar a obra do irmão que seiestenderá a outras cidades brasileiras,!permintindo ao público conhecê-la me-jlhor. Esse trabalho, paralelamente, re-jpresenta uma outra ramificação das suas latividades artísticas, demonstrando uma Jmentalidade voltada para diversos horwzontes musicais, procurando novos cami-1nhos criativos. Essa busca na identifica-1ção com a música do irmão, repassada degrande paixão, remonta aos tempos decriança e juventude, quando ambos toca-!vam livremente horas a fio.

O quarteto de João Carlos é comple-tado por Idriss Boudrioua (sax-alto), Ze-ca Assumpção (contrabaixo) e CláudioCaribé (bateria), todos identificados coma música de Victor. O francês Boudriouajá era admirador de Victor quando che-gou ao Brasil, conhecendo vários compo-sições suas e demonstrando grande afini-dade com o seu estilo. Zeca Assumpção,um dos nossos contrabaixistas mais talen-tosos, e Cláudio Caribé, o baterista cujoentusiasmo patriarcal estimula todos osconjuntos em que atua, tocaram comVictor nos EUA durante o período emque os três estudavam no famoso BerkleeCollege Of Music, em Boston.

Para esta noite, além da categoriados participantes, o público apreciaráalgumas das melhores peças de Victor,como Pro Zeca, a belíssima Balada PraNadia, Waving e a memorável Pedrinho,dedicada ao irmão caçula, uma das maislíricas composições de todos os tempos.

JOSÉ DOMINGOS RAFFAELLI

|| . • If5|

"Meu mais vivo desejo, o movimento paradoxalda fé, eu náo consigo realizar. Quer eu me chameKierkegaard ou tenha outro nome ainda mais fácil depronunciar." — Confissões de Kis, o Húngaro, pág. 47da tradução em língua francesa.

1 — A palavra antípoda geralmente se refere aalguém que nasce do outro lado do mundo.Quem nasce no Rio de Janeiro encontra seuantípoda naquele que nasce em Tóquio. Até nacanção popular carioca está dito que, quandoaqui é meio-dia, lá no Japão é meia-noite.

Portanto, primeiramente, a palavra antípo-da faz referência ao tempo e ao lugar de nasci-mento do Outro. Geografia e relógio. Se quiser-mos ingressar no inferno lingüístico, acrescenta-remos que antípoda é também, e talvez principal-mente, referência antropológica.

Mas não queremos entrar no inferno lin-güístico — e aliás, não existe apenas uma, masdiversas antropologias! E cada antropologia con-

tém uma infinidade de microssistemas, tais comoanatomia (o corpo do japonês), idioma (japonêsfala japonês), psicologia (japonês é enigmático),moda (japonês usa Kimono), metafísica (japonêssegue os preceitos do Buda). erotismo (gueixa esamurai). ad infinitum! Conexões infindáveis!

Porém não queremos entrar no infernolingüístico e diremos, simplesmente... diremosque náo existe ninguém, neste lado ou no outrolado do mundo, absolutamente ninguém que sejao meu antípoda...

Por causa da liberdade e da igualdade e dafraternidade... Pelo motivo irrecusável de quetodos os homens (e mulheres) são semelhantes...

Para banir a guerra de nosso pensamento,livremo-nos da palavra antípoda!

II — Oh Senhor, que viagem dolorosa,subindo da ideologia à idéia, e ultrapassando aidéia, chegando então ao pensamento! A trágicaviagem do pássaro que volta ao OVO! Trágicasomente no universo pavorosa/deslumbrante dopensamento! Toda invisível (a viagem) pelo ladode fora...

III — O pensamento é zen.IV — O pensamento zen não é japonês.

Não é chinês.— O pensamento é zen no seu pensar.

VI — O pensamento pensado no Rio deJaneiro é o mesmo pensamento pensado emTóquio.

VII — Todos os cariocas são japoneses quese ignoram.

VIII — O cristão primitivo é o modeloimbatível. Olhem quem se reflete em nossoespelho: o cristão primitivo! Ele é imbatívelporque, por princípio, não se bate! Imbatível —porque pode até mesmo ser crucificado, desdeque o crucifique de cabeça para baixo.

IX — No dia Io de setembro de 1984 —amanhã — o Cronista entra em férias...

— Do ponto-de-vista humano/zen cris-tão. não pode haver alguém do outro lado destemundo, porque este mundo tem um lado só.

XI — Meu antípoda sou eu mesmo. Masestá sendo vencido em combate leal.

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PEANUTS CHARLES M.SCHULZ AS COBRAS VERiSSIMO HQROSCOPO MAXKUM

(RAACREDTA tam-I ErN^,?^M fenL^lLAGRE »| F' UUAW' U1TOA*, T II VfcXSg J X" "\ .

ARIES - 21 do 3 a 20 do 4\em MlLAGRES-y xar fora PARAS^NS tar' C&£GANt© O UVRO W <SWU!0 A&&J j I Dia de intensa movimentagao para o arietino

I ¦—n ir— PARA N1NGUEM.' 7r^( 7?^, -—/>n " kJAO tfeKJHO ~~75: 7> 1/— que ter^ um quadra benefico para novas ocupa-

/^\ /£\ 7r-0^ ¦Jo. \ / -c-\ I lOV) CP r •R^AV/RA^" r~^°? ?oes, concursos e mudangas em seu trabalho.I- (

°° J) IpP '7 /'° (-/ A, V-y I \ /)v_ Ti \ I ^ \1 fP Procure agir de forma mais moderada no trato

[' 3 'wlv | |f-5gC, \ / \ \ \ i£ com as pessoas mais intimas. Quadra instavelw* y' ¦ I / / I no amor- Saude regular.

*->/ » I a 2 - > - < '- t •¦ III .. -¦ I ¦ ¦ '••-L-.^ .'I dfc —X _-/<lL ¦ TOURO — 21 do 4 a 20 do 5 Indicagoes de estabilidade para o taurino em

OMAGODEID BRANT PARKER E JOHNNY HART VEREDA TROPICAL ^ANI relagao ao seu trabalho rotineiro. Mantendo o~HT -— « ui<> "k&MA JUT Tl mesmo cuidado de dias passados em relate a/" N \( ACABARAM-SE ] ^^ rooM^,ce. Jfl' /umm VJ^tV" ToZen fpoiSo suas finangas, voce tera uma sexta-feira tran-

(1%°) /algo \ brancos de Mf oil bemdispost a. DedicagSo de pessoas da\ / - soo»nn? vi'rora' J- Eim vectiAi e suBvntun-m f*>« mvas. > pacnr*. o suer wflo «*i/f of */::¦ familia. Saude em fase ainda irregular.V AWRSUQJJflttUH^¦ v t EMPRESTAR ®m fiTAi <SW£TAi i/euns r-NATVy . eum POLO./^^-^r^ ir 01 r a c

1 (T--& V l SEU / L/lH f: £i74o MrJaeWo.Arw P CX®"? ¦ GEMEOS — 21 do 5 a 20 do 6

—i n (I " V PENTE?/ >f B^Bjl — ftir^ J> JL^ fifty Dia em que o geminiano encontrar^ solugfies

'.L, -^-.t-T^V' -n /p^A au/Ts7= /^g2rJ\ / /nWn!\^ oportunas para problemas de carSter profissio1 Wj0fi3 l|| 'Vflkr J«> pennon. vai(^Q—y—C )—y ( V^ct^L nal. Sua sensibilidade estarS extremada nesta

lj| l I |]i| ffl0» ^ I ;j " - °-g| (dt'/f n'!/, '! I i '' " i c:

' —J' sexta-feira. Beneficiado o trato afetivo, com 3n'I'iiiif J- ¦[[' 1| 1 ''fiTiiiT"^ Ju :— «sjg-S=g> *i ' 1 --* 1 possibilidade de boas noticias, visitas agradd-~~ " '' - UM'' -¦ ^ vejS e acontecimentos novos. Saude boa.BELINDA _ DEAN YOUNG E J. RAYMOND PINK fitQG ^ _ „..j. J^UMj3ERTO

E MAR ^ CANCER — 21 do 6 a 21 do 7[C«e Jlmkako Jill go 71 r A) Agindo com discrigao. neste ultimo dia de um

00 ^ , Mas fs/o do r/ /i Be if?A <A^. ^ p^a^ou7KOS^S\ ^Sfoitur, 1^ y\ x-X' 'l - 1 periodo instavel, voc6 terS uma passagemo*fo*TW-f^ W7$%?£X ¥PA^ tranquila desta sexta-feira. Nao se deixe abaterro ^ — vT.s^ Vj M0O!l(AFmi-,\ 3^Kf' «*»» «£• AM !— T' por dificuldades que venham a surgir no tratofWvsEf opemo ^ ~r—-7 \^v - -—S.-- ¦, pessoal. Momento de afirmacao no amor. Ale-

V^r^f—I dro ruim para 0 trato com dinheiro. 0 dia lha

- '» —rrt" sera muito positivo. Indicagoes estaveis em

GARFIELD JIMDAVIS LAHDOCELAH "UBEBTEAGNER

(XS£SSS) ) r&tZr.) 11 : ™a;-23do8,22,d°'m

„„^ ^y-V SE-U DONOf J acaIodT1 ^"Br^^rCTM ,,w / M(Jllv(J.J Agindo de forma segura e firme em seu\A ^vv ) (a<s \ y JfV^T^Tl 1 AAASSACRAR, CflSA.. z' 1/ ~2^\ ~

V trabalho eaceitandoacolaboragaodecolegase// Tr ^ f T\

uma aramha 3 -7«k<^\ - >i+ " » ^0 associados, vocfe completarS de forma muito( ^ \ ^ J (^^jg^gapl " '

[2 „r o " c favor^vel 0 excelente quadra de influfencias^-tr°l(^icaS Parf3 6Sta srexta"f.eira¦ Boa disP°si"

j?mcav?6 5_n_ i.Mii».wt.„„s,iac,i.i„ 0 nativo de Libra tem hoje excelente disposi-: 1 „„„„.,ni,m gao astrologica nas agoes profissionais ligadasFRANKRERNEST BOBTHAVES AS MIL E UMANOITES 1 n ^ 1?^ a aviagSo, ensino e pesquisa. Seu quadra•— — ... 0 &W5NE-/ v/A Uj | ( ~XCDA fl5£AlTE LJBOaL TfeM UM ) __L I rotineiro, para esta sexta-feira, 6 muito bom.

| FRANK & ERNESr BARBEIRO .< f Mas 0 fAiCAoy Apoio e compreens5o. Vivfencia amorosa bene-

CORTE Cpi lOMiL^f.^ SABE O QUE AAAIS &'cps&.' (S fi^NPlNHQ INIomNTP.-T C fl .J ficiada. Saude em fase favoravel.

TuMte< «, it '

no

amor. Saude equilibrada.

'""" AVISRARA BRUNO UBERATI . sAorruuo - 22 do . 1 a 21 do 12. (% /O SOL FO\ ) pftlOc-NClA ~DO) Vivendo um dia ligeiramente instavel em ter-

¦/.K/.KF.riA MORT WALKER E DIK BROWNE V.;v«^T' 7^'P^"/IP£ V /-Al mos profissionais, vocfe procurer atitudes que

Vf se cowef? su/t )~| ^l2"M ( peIMPI&c> >»,- -¦ Vr^lM r^-^'

ffl"" demonstrem maior dedicagao a sua rotina.Fo?%p r SC3F^J-BU ££{% | ( /\ ob??/ . q_ / h^AlSlRO'iCfljA & vi plf " j*>- Indicagoes positivas no trato com amigos. Em

IM1ACOR- ,^0»scof7osJ f. Vi34^0".-^ X L(1Sa-^ ^ifi rU?h L® familia e no amor sao boas as previsoes para a

Jfkj ^ % Mr® rm,-.,0\—^ qS /n11' /M /Ci\ l/Vj /^l Regencia favoravel para o trabalho do capricor-

_/(Vi w J%, Jtryn^l J-rX/ Jy c^rx^T-W/ /y )J AO )J /( J) ^ST (()) niano. VocS podera receberproposta atraente.C—l/i L/Z Jll/Z -Ai MOT »—=» Avalie bem a possibilidade de mudanga. Racio-

* flvfC—Trrr\—rfC2i/ Stt-i—rCf^l amhfi cinio rapido e bom entendimento na busca de¦ r~l\ )Sk^* V—lrN^I CHICLETi!! COM BANANA ^ solugOes para pendencias domesticas. Quadra—®^^' <t~~kA !**> Mrr!TSi~'tC?'A irregular no amor. Saude estavel.KIDFAKOFA T=„, f&pCfCQfl /ISmmA . ¦ Aau»HIO-2.<lo1.19do2

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a»» Hois 0 aquariano coma com o bom transilo deTum Livno\ Vj J plijL°° VArwplR.° v TICQ NO coh/uV /pas Mm^gRESgq1 m\ ^WQ nwo^x Saturno a influencia-lo nos negbcios com terra

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DR. BAIXADA

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njg^^p feira. As influSncias mais fortes se farSo sentJMISS PEACH MELL LAZARUS * ¦ —1| sobre o trato com amigos e parentes. Manifes-

¦ f POR Que UM\ ( NAO &ERIA \| SEI LA! A f E 1SSO Al! L~1 ffWMAfPgci^) n (TToMD PfSOJUAP^ "J1: ta?0e® d® SenSlbllldad0DIA A GENTE LEGAL se A i sentenaO maO adianta EU e apaSha -#U- ' I n / v&NPfC PRoPS It 1 opaHA fpa cpM" . ^vv apurada. Saude estavel.? FELI2 E GEMTEMUNCA/ TEM NAOA i'j D1SCUTIR n- CWIPA NO "V

r^: i " & WAPA^-

1/ ^®n ... -v ,LOGOGRIFO ' jerqnimo FERREIRA

\J?:y €3& ©O PROBlema nS,.^6.,5,y^frr w w ^,,5 N° 1.713 & disPut? © t ici—- "Ui_* *../ "- 4 8 c-XSiw-5" R 8. 6qua nova (5) OPATO CIQA ,VI 9. lugar (5)^

D. AGATHACRUMM BILLHOEST |ru quoqsje.Z? f PRA fKEAHE .) 7" ^ V] d—^ Ik ^ra'em Urso (5)

/'S^SPY jfgff'- oSA'rV P -:SJ,5)

2 arvoredo frutffero © Palavra-chava:

—®I LjV® Ell CEBOLINHA MAURiCIODE SOUSA nadCrv^UoL?SnS.m4~^A.C JOHNNY HART Kr^T^/S .¦ < r ^ j ACHADQS E PERDIDOS | vinte conceitos. devendo ser encontrado um sin^nimo

IT" !f ~~ — —v /—" "7 7] ( eu r'eldi o J J ' "ZZZZIIIIIZZZZ^ZZ para cada um. com o numero de letras entre parfinte-MAO E CONTRA A LEI | / *' \ /A LE-l E. FOfiO !'! I sono1 ^ fi ses. todos comegados pela letra inicial da palavra-VENOER FOGOS OE 1/ \ ' IT I1!! d N 1 •' chave. As letras de todosos sindnimos est^o contidas

_j ARTlFi'CIOpy j

CLARO. I - V\ JvC ^ -• ^ 1 00 term° enc0^ef10, rGSPeitando*se as 'Gtras rop&-

/ Solu<?6es do problema n° 1.712: Palavra-chave:U All <^^V/VsX // /L yrfi V o —' <y~7—- Parciais: reate; rateio; reato; rato; r6cita; recanto;i" jXJ. /\A JU z' 'l } 1 , Lll:;!i:lllMuik'icr.. i u ,U1 Jar rotina; ratice; rinite; ram, raso, recato; receita, ronca;j] ®j ^fTT _ ^vl 7a W ' recinto; rasto; rSncio, receio; receosa; rosea.

i'... [fqgos ^ .. . • iji~7 f°GO$

jlr^: !EZ

CRUZAPAS _1 CARLOS DA SILVA XADREZ ILUSKA SIMONSEh

HORIZONTAL -1 - caixa com cober- sufixo em Quimica para formar termos <P' > 15 ~ denominagao dada a um ou enlatico; 22 - terreno apaulado BRASILEIRO INTERCLUBES n°bR?o'GerIndebdonS°l contlm- ™,SN^dorf, Keres. Geller etc., al6mturade Vidro em aue estS cotocada em indicatives de compostos com fun?ao gfinero de vegeta.s LaminSceos util.za- prox.mo ao sope das montanhas e por 0 II Campeonato Brasileiro Interclu- os enxadnstas da capital das do prPprioautor. Neste segundotura ae viaro em que esid cwotdocib i aweido dos para condimentaijao; 16 —certo onde se escoa a Sgua que delas caem; bes de Xadrez ser3 disputado na cida- viqando ooDulari- volume e testada uma nova apresenta-suspensao a bussola ou compasso de de awem

^ jogo de ^ em qug ganhgva q(jem 23 _ pe(;a p|r0t3Crl|Ca que g|fa em de de Curitjb3i dias 7 8 9 9 de selem. ^r7i°s0dd°ein'edr;°r2 3™° Qao e forma, com ma.or numero dever^elhodele^u'Icobreado 9- ou de anel metSlico. na Hce exterior do Pnm0"? f'2esse. nove vez,os' 20 / Jorno de um eixo projetando raios de bro no G.nasiode Esportesdo SESC. dads ie,ogarem contra 0 Mestre Inter- diagramas vsando a prepara^odos

^XTra ?umefacao 12 - elemento qual se engastam diamantes negros; sucessao de palavra com termmagSo logo. Lex.cos: Mor; Melhoramen- rua Pedro Ivo 755 - centre. 0 evento nacl0nal f^ram rea|i2adas seis simulta- 3° e 4" volumes. Os interessados emSa nmrnlMn riaf ^das de barcos - P^da de agua pequena. corredeira; '9uaL consmuindo vicio de hnguagem tos; Fernando J. Silva (16-v) e Casa- conta com diretfo da Federagao Para- |dades de Tramandai. Porto adqumr os pnmeiros numeros do Lan-vaoo 13 oav nhas continuTcde, 3 - indivlduo de uma tribo indigenado e, excepcionalmente, recurso etilistico novas. naense de Xadrez. organ,zapSo do e SSo Sebastiao do Cai. com ce doMMes,r\,^fn7rhenv%^'d°Svapor, 13 — gavinnas. cominuaQoes, 4 _ unidade das medidas aora- SESC/centro e Promochess. sob 0 pa- _,rt,rinar-Sr, rtf! ion pnxadrictas De Para: Marcos Moennich — Caixa Pos-4-qZ

^Za T^cau°ora770 rias equivalente a cem metres quadra- I, SOLUgOES DO 'rocin.o da Refngeragao ParanSSAe ^^as^fdas Trois sfgrotse v^ tal 07-, 227, Brasilia (CEP 70359).amfoaodinheiracometrtremapar^ dos; 5 _ cof re e madeira, provido de 1 T\ 3^ J] s] bWM NUMERO apoio da Secretana de Estado da noso, com exce?ao de um empale na DIAGRAMA MS^.?nd,n^Sn^nm,f;,^r, tampa de couro utilizado nas langadas; ANTERIOR Cu tura e Esporte (SECE). partida com Jorqe Edmilson Almeida. F. Gamage 1943mdnia 18-sufixousadoem Quimica vasi|hame de madeira com 0 qua| se — igg Abeno a todas as equipes de entida- programadas para os prdxi- para mdicar a presenga de cade as de mede g de |af|nha nas ba|eeiras; 8 HORIZONTAIS des filiadas as Federagoes Estaduais mesPs V seguinIe5 simu|taneas 8 E M. ¦cinco membros (via de r^ra hete oci- 6 — nome que se da, na Filotogia mar; tacelo; acapa- (nao excedendo de duas equipes por com 0 Ml F. jrois - Contra Jornalistas ftclicas), 19 — na provincia ponuguesa oriental, aos comentarios ou as misce- n I 10 11 rar, raiapuras, uba- entidades) 0 campeonato sera realiza- (em 14/g contra 30 |0rna|istas da Asso- _ELhomem que anda de mascara de ma- |jneas e observagoes que os mestres caba; em; fr; ace- do pelo sistema suigo em cinco roda- cj a0 Rj0_nrandenSe de Jornalistas £) ;deira. ou caranchona. fazendo do diabo ditam aos alunos; 7 — substancia _L falo; lai; uxer; em- das. sendo utilizado o sistema Reyk- AR|, _ em Novo Hamburgo (em 23-9 „ „a roda da povoagSo, diz-se do burro orgSnica descxJorizada com uma outra 12 IflMfea 13 par; zina; aerico; jevik para o ritmo de jogo. As equipe contra 30 participates, como parte c }sf S €{0 Qque tem a cara e 0 focinho pretos. 20 substSncia orgSnica retirada da ess6n- RmH od; on, ba, asa; serSo compostas de quatro titulares jnteqrante da-Diversmow"). em Santa ¦— prefixo grego que e a torma de cia (jm0j 10 — anfibio apode do Safll enalaqes. dois reservas. sendo a inscrigao dos ^ruz jem Q6/10 contra 25 tabuleiros. T" v'-prefixo ex-antes de palavra iniciada por Brasil. que so supco ser privado de VFRTIPAIS _ rna- 0015 "ltimos opcional. em nromocao oficial da cidade, "Olcto- fr\ ^ ^consoante que n4o c. 21 — tipo de vista; 11 — es"to arquitet6nico que r,H arahram.-y A ConfederagSo Brasileira de Xadrez berjest ) e ern Sao Leopoldo (contra *ZJ 5. Xcogumeto que medra e se desenvolve este err* moda na Franga e noutros 17 CBRS 18 araiv lanaririba' outorgara a equipe campeS um trofeu estLC|3nte5 da universidade do Vale Jt.nos troncos podres das jrvores (pi.); paises no seculo XVIII e consistia na Bttg arube carafuxo' rt" nosse transitbria, que continuara dQS S>r<_s, ™24 — termo de tratamento que se u«a profusao de omatos e floriies de mau __J£3sM Urw nra om neca se- em disputa anualmente ate que uma para 0 ano vindouro devera ser ela- &, Ana China, anteposto ao nome de pes- gosto em que predominava a atria- If §iSE3 211 BW lennso mora'das entidade consiga conquista-lo por duas h„rii,!r novo pi3no. com pnoridade 2: ==Jsoas intimas ou mferiores; 2b — nome gao, profusao de ornatos de mau gos- 8KS8 HB axi ipete; it cai vwns conwjcutivas on tr^s i twoioas esDeciat para a dasse estudantil uma , , .de veneno obtido de uma arvore da to. especialmente em arquitetura. 14 KSE?—tT i> om' atl 1 ir:i mformagSo as ent|dades inte- (,1J0 ; demonstrado grande mte- a b c d e t gfamilia das Artocarpaceas venenosas _ aparelho para aphcagao de radio. ' * rossadas em panicipar do Campeonato ress,. e entusiasmo mocidade 2c4b 4c3 ¦ 3Cp,pl - 1 p2r 1C1 -da MalSsia; 26 — antigo romance em que consiste em um cone de chumbo, isSgMfl o S-SC-centro ou a r-HX estao aten- ItHIT'R 1B6 4b3-D3t1B1versos, ordinariamente acomoanhado coberto com papel e que tem uma 24 EiancJ IffSJs 2S" dendo dianamente pe.o telefone LANCE DO MESTRE MATE EM 2 LANCESpor musica, quase sempre melancdii- pnela cobena de mn a na base (pi I, Sferi BB3 Correspondencia <0411233 7422 De autona d(, Marcos Moenmch foi SolugSo do diagrama 93 1)P6B -Rxp,Co, que se entoava como desabafo de cnapa. que pode ter vanas formas — J1™ KEa para: Rua das Pal- SIMULTANEAS rriitado pela ASBAC o 2° volume de "0 -?,p7" -R3C(ou R3RI. 3IP7B R2C (outristezas intimas. para consolagao de circular, retanguhr. triangular, etc KB 26 EH meiras, 57, ap. s,multAneas com o Ml LANCE DO MESTRE' O trabalho R2R), 4)P8B = D ± TxD biP8T-D*quem as sofna polo que aiguns den- Qua| se adaotai Irente da obiet.va para Jgffl \ |H - Botafogo ..ij",!,,b'T",r„;"„if ni .n.esenta ,n,»ressan,es namdasde empalevam a palavra ec latim soiaciu; 27 mascarar pane do can-.po da tomaaa etomj J pfp 22 270. •

HORÓSCOPOVERÍSSIMO MAX KLIMCHARLES M.SCHULZotve- VO&ZMXXJ,U£y)cZ

mo & UUAV), A$-TRA4A4 UTEGACIAÍ;, j&^tío v&jeçnjcc o uvro w £[i\eo L-——jÇ>s^- zgg fíAtaj^,"uÃp-raoftò

iD O? r mAv^" \—

ONTEM, ELE E AMÃE FORAM cTAM'TAR FORA...

DIFÍCILACREDt-TAR.'

E NINGUÉMCANTOU

PARABÉNSPARA NINGUÉM

a ARIES — 21 do 3 a 20 do 4Dia de intensa movimentação para o arietinoque terá um quadro benéfico para novas ocupa-ções, concursos e mudanças em seu trabalho.Procure agir de forma mais moderada no tratocom as pessoas mais intimas. Quadro instávelno amor. Saúde regular.

TOUHO — 21 do 4 a 20 do 5Indicações de estabilidade para o taurino emrelação ao seu trabalho rotineiro. Mantendo omesmo cuidado de dias passados em relaçào asuas finanças, você terá uma sexta-feira tran-qüila e bem disposta. Dedicação de pessoas dafamília. Saúde em fase ainda irregular.

GÊMEOS — 21 do 5 a 20 do 6Dia em que o geminiano encontrará soluçõesoportunas para problemas de caráter profissional. Sua sensibilidade estará extremada nestasexta-feira. Beneficiado o trato afetivo, com apossibilidade de boas notícias, visitas agradá-veis e acontecimentos novos. Saúde boa.

CÂNCER — 21 do 6 a 21 do 7Agindo com discrição, neste último dia de umperíodo instável, você terá uma passagemtranqüila desta sexta-feira. Não se deixe abaterpor dificuldades que venham a surgir no tratopessoal. Momento de afirmação no amor. Ale-gria e romantismo. Saúde boa.

LEÃO — 22 do 7 a 22 do 8Hoje o leonino deve agir com cautela diante decompromissos financeiros. Apesar desse qua-dro ruim para o trato com dinheiro, o dia lheserá muito positivo. Indicações estáveis emrelação à vivência em família. Procure cuidar-semais efetivamente em termos de saúde.

VIRGEM — 23 do 8 a 22 do 9Agindo de forma segura e firme em seutrabalho e aceitando a colaboração de colegas eassociados, você completará de forma muitofavorável o excelente quadro de influênciasastrológicas para esta sexta-feira. Boa disposi-çáo para o amor. Ternura. Saúde em momentoinstável.

LIBRA — 23 do 9 a 22 do 100 nativo de Libra tem hoje excelente disposi-ção astrológica nas ações profissionais ligadasa aviação, ensino e pesquisa. Seu quadrorotineiro, para esta sexta-feira, é muito bom.Apoio e compreensão. Vivência amorosa bene-ficiada. Saúde em fase favorável.

ESCORPIÃO — 23 do 10 a 21 do 110 trânsito da Lua por Escorpião lhe dá hojevantagem no trabalho com objetos de metal,moldados e a química. Favorecidas também asações que lhe exijam coragem e persistência.São boas as previsões para o trato em família 8no amor. Saúde equilibrada.

SAGITÁRIO — 22 do 11 a 21 do 12Vivendo um dia ligeiramente instável em ter-mos profissionais, você procurar atitudes quedemonstrem maior dedicação a sua rotina.Indicações positivas no trato com amigos. Emfamília e no amor são boas as previsões para asegunda metade do dia.

CAPRICÓRNIO — 22 do 12 a 20 do 1Regência favorável para o trabalho do capricor-niano. Você poderá receber proposta atraente.Avalie bem a possibilidade de mudança. Racio-cínio rápido e bom entendimento na busca desoluções para pendências domésticas. Quadroirregular no amor. Saúde estável.

AQUÁRIO — 21 do 1 a 19 do 2Hoje o aquariano conta com o bom trânsito deSaturno a influenciá-lo nos negócios com terrae imóveis. Procure não se mostrar insatisfeitocom sua rotina e busque a realização empequenos fatos que sejam de seu agrado.Momento neutro nas demais casas. Saúde

milagre

BRANTPARKER E JOHNNYHARTO MAGO DE IDr(?OR HfO MÍLMO.( ac\M£Tfí £' piS//V1: Coi*eMP P RUfí&eR , PCPO'Í PRA» pacnr». o aue veveí£ UA\ PUL O ¦'^yrrri<f'

T D C/VA >H icf, Jfl' /UtKVM ei A S <SAiIfrisPR Mtíf), Jlizei MJfi/HAi Cx>Uf\S,£TC .Gueno QUE ítxf Qu£im£ Aí CiHüeTASvee-UAi e susíriTufl-ft* toR w«m<íiTAi <MVÍ74S í/MUS£í7Ão /MA/ôfVPo^r-U;, 5

Po*í<3 «•« PflRAf/''"*>MAJ /JUVCA M£ .?e$e\R&o!

ACABARAM-SEOS PELOS

BRANCOS OEVÍBORA!

f p£A aue i ssorJo £Í7«HoK VAlkVSIXfíl o CfíOáo.ANO auf vewh d&Llâl

HUMBERTO EMARCELLODEAN YOUNGEJ. RAYMONDBELENDA uéjMftS, f-sstCAM CM fAORRBO -voes PoDeftA ÍHTK-

TAR ÍSSA c/wm muv» Miço Heu"?MHoove yocê M esmA.CoM eL€ rJA ££>WMA/que V€M ?f _

e esta'à BEIRADA EXTW-

ÇÃO.

GO AfJ/MAL. ;|mus Feio do r-yMUtJDO. .,if\

ESToU PtfOwM0O!!lA*m., V &w,vou ssk opemo •HA SEMAUA QUB

HUBERT EAGNERJIMDAVISD MMf/AP-

zsta m M&SAÜM GATINHO'ACARICIANDO

. SEU DONOf .dOMAOl

VOTA PPACASAI!

POR QUE TANTO CARINHO, GARF ?'¦ y)/7ACABO DE^-

Lyfr\ V > MASSACRARtJ.J (, UMA ARANHA1

v& i//viEbn moí/VO

iJ?tA C7AV?6 Untlcrt f <?a>uK* Syntlicau».

PAULO CARUSOAS MIL E UMA NOITESBOBTHAVES.TOPA fHtiTí LIPffAL TEM m? PcnpiNHO INIó^NTP... )

...0SW5NE.yMU:MAS o fWÁO

E'CDS&.' jFRANK & ERNESr BARBEIRO

CORTE Cp* IO mil. SABE O QLlE AAAISTEMO ? O DIA EAA

QUE "TODO MUNIDORESOLVER FICAR

CARECA/

BRUNO LIBERATIA VIS RARAÉZ-lOBriCiA vo

fr* i ?r*4O SOL í=Oi?ARA MlAMj,MORT WALKER E DIK BROWNE

M/tf OSFAZER

(JMAGC&-7 OOf ]

ANGELICHICLETE COM BANANA

(JMSÊW)sw m «sT~>.[CtiMpR/R COMil/WHS )V OBRIGAÇÕES" ¦&

TOM K. RYAN/VOCÊ TEM DE ENFIARÁ)'.UMA ESTACA DEPLAS;'> TICO NO CORAA^/VpÃO DELE!/-ji YZ

SfMBREim$Mc&

« KIO aOLHA B O RANCHO DO VAMPIROMODERNO".

r AAA1S\UM LIVRO'DO KIDSOLHA?/

/%ÍT5 MCM5WTD,/! VMiCPWpas eswèMCJM.,,àJiC^sztraÍAWVOS FiiHCG:.fgS&jX\V (MODERNO'

¦ PEIXES — 20 do 2 a 20 do 3Suas decisões relacionadas ao trabalho rotinei-ro lhe darão vantagens no passar desta sexta-feira. As influências mais fortes se farão sentirsobre o trato com amigos e parentes. Manifes-tações de dedicaçáo e apreço. Sensibilidadeapurada. Saúde estável.

LUSCARMELL LAZARUS

fTÃoímrõ. pop- cwp iCê WW3 PAz COW „r:EU f APAtvJHA #COMIPA MO HXO,

t vo RÍ&TAUPANTÇjJ ?#-

í COMO PÉSCCl-AP-6PAHA PPA CoM-PFW PPOPS PPAtlPA*1 O eoSTD

PA BOCA?; A1!^ - V-> V.V

SEI LÁ! AGENTE NÃOTEM NADAPARA COM-PARAR C.OMA FELICIDADE.

E ISSO Al !NÃO ADIANTADISCUTIR Fl-losofia com

. UMA PESSCA\ lo'gica;... .

NAO &E-R1Alegal se aGENTE MUNCA5E SENTISSE/ÍHFEL-lZ^y

JERÒNIMO FERREIRA'

colocar a par (6)5. dialeto francês (5)6. disputa (5)7. espécie de taça (6)8. égua nova (5)9. lugar (5110. mentir (5)11. obra em verso (5)

12. pámpano (5)13. panela (4)14 pareia (5)15. peixe de rio (5)16. planície deserta (6)17. quase (5)18. reprovar (6)19. resistente (5)20. tatu-tapuia (5)Palavra-chave:9 letras

PROBLEMAN° 1.713Sfeis

O PATOBILLHOEST TU QUOQSXt.C I//}£)

v PPA 0MP6? 7D. AGATHA CRÜMM PRA fCEAlTC ...$6

TA' PANPD'' NÃO. BLE esoasVEU "RELATÓRIO'MÃO SEIMÃO) U.

MAOLEU'

Att pra\ 4-ÃOPO&IÇAU,

A)A\j )1. aquele que faz versos2. arvoredo frutífero (5)3. cessar de andar (5)

Consiste o LOGOGRIFO em encontrar-se determi-nado vocábulo, cujas consoantes já estão inscritas noquadro acima. Ao lado. à direita, é dada uma relaçflo devinte conceitos, devendo ser encontrado um sinônimopara cada um. com o número de letras entre parônte-ses. todos começados pela letra inicial da palavra-chave. As letras de todos os sinônimos estào contidasno termo encoberto, respeitando-se as letras repe-tidas.

MAURÍCIO DE SOUSACEBOLINHAJOHNNYHART

NAO E CONTRA A LEIVENDER FOGOS OE

ARTlFfclO? CLARO

Soluções do problema n° 1 712: Palavra-chaveRETICENCIOSAParciais: reate; rateio; reato; rato; récita; recanto;rotina; ratice; rinite; rani, raso, recato; receita, ronca,recinto; rasto; ràncio. receio; receosa; rosca.

aW'JetavILUSKA SIMONSENCARLOS DA SILVACRUZADAS

Mestres do xadrez, tais como Toran.Tal. Najdorf. Keres, Geller etc., alémdas do próprio autor. Neste segundovolume é testada uma nova apresenta-çào e forma, com maior número dediagramas, visando a preparação dos3° e 4o volumes. Os interessados emadquirir os primeiros números do Lan-ce do Mestre podem enviar pedidospara: Marcos Moennich — Caixa Pos-tal 07-1227, Brasília (CEP 70359).

DIAGRAMA 94F. Gamage — 1943

trobrás está obtendo grande sucessono Rio Grande do Sul, já que contem-pia tanto os enxadristas da capitalcomo os do interior. Visando populari-zar o jogo de xadrez e dando oportuni-dade de jogarem contra o Mestre Inter-nacional, foram realizadas seis simultá-neas nas cidades de Tramandai. PortoAlegre e Sâo Sebastião do Cai, com aparticipação de 180 enxadristas. Detodas as partidas Trois sagrou-se vito-noso, com exceção de um empate napartida com Jorge Edmílson Almeida.

Estão programadas, para os próxi-mis meses, as seguintes simultâneascom o Ml F. Tróis — Contra Jornalistas(em 14/9 contra 30 prnalistas da Asso-ciaçáo Rio-grandense de Jornalistas —ARI), — em Novo Hamburgo (em 23/9contra 30 participantes, como parteintegrante da-Diversmow"). em SantaCruz (em 06;10 contra 25 tabuleiros,em promoção oficial da cidade. "Okto-berfest"). e em São Leopoldo (contraestLdantes da Universidade do Valedorio dos Sir.cs)

Para o ano vindouro deverá ser ela-borado novo Plano, com prioridadeespecial para a classe estudantil, umavez que foi demonstrado grande inte-resse e entusiasmo da mocidade.

LANCE DO MESTREDe autoria de Marcos Moennich foi

editado pela ASBAC o 2o volume de "OLANCE DO MESTRE O trabalhoapresenta interessantes partidas de

BRASILEIRO 1NTERCLUBESO II Campeonato Brasileiro Interclu-

bes de Xadrez será disputado na cida-de de Curitiba, dias 7, 8 e 9 de setem-bro, no Ginásio de Esportes do SESC, àrua Pedro Ivo 755 — centro. O eventoconta com direção da Federação Para-naense de Xadrez, organização doSESC/centro e Promochess. sob o pa-trocínio da Refrigeração Paraná SA eapoio da Secretaria de Estado daCultura e Esporte (SECE)Aberto a todas as equipes de entida-des filiadas às Federações Estaduais(não excedendo de duas equipes porentidades) o campeonato será realiza-do pelo sistema suíço em cinco roda-das. sendo utilizado o "sistema Reyk-jevik" para o ritmo de jogo. As equipeserão compostas de quatro titulares edois reservas, sendo a inscrição dosdois últimos opcional.

A Confederação Brasileira de Xadrezoutorgará à equipe campeã um troféude posse transitória, que continuaráem disputa anualmente até que umaentidade consiga conquistá-lo por duasvezes consecutivas ou três alternadas.

Para informação às entidades mte-ressadas em participar do Campeonatoo SESC-centro ou a FPX estão aten-dendo diariamente pelo telefone(041)233-7422

SIMULTÂNEASO Plano de Simultâneas com o Ml

Francisco Trois. oatroemado nela Pe-

(pl.) 15 — denominação dada a umgênero de vegetais Lamináceos utiliza-dos para condimentação; 16 — certojogo de cartas em que ganhava quemprimeiro fizesse nove vezes; 20 —sucessão de palavra com terminaçãoigual, constituindo vicio de linguageme, excepcionalmente, recurso etilistico

ou enfático; 22 — terreno apauladopróximo ao sopé das montanhas e poronde se escoa a água que delas caem;23 — peça pirotécnica que gira emtorno de um eixo, projetando raios defogo Léxicos: Mor; Melhoramon-tos; Fernando J. Silva (16-v) e Casa-novas.

sufixo em Química para formar termosindicativos de compostos com funçãode aldeído.VERTICAIS — 1 — espécie de discoou de anel metálico, na face exterior doqual se engastam diamantes negros; 2— queda de água pequena, corredeira;3 — indivíduo de uma tribo indígena doPará; 4 — unidade das medidas agrá-rias, equivalente a cem metros quadra-dos; 5 — cofre e madeira, provido detampa de couro utilizado nas jangadas;vasilhame de madeira com o qual semede a ração de farinha nas baleeiras;6 — nome que se da, na Filologiaoriental, aos comentários ou às misce-làneas e observações que os mestresditam aos alunos; 7 — substânciaorgânica desodorizada com uma outrasubstância orgânica retirada da essèn-cia do timo, 10 — anfíbio ápode doBrasil, que se supõe ser privado devista; 11 — estilo arquitetônico queeste em moda na França e noutrospaíses no século XVIII e consistia naprofusão de ornatos e florôes de maugosto, em que predominava a afeta-çáo. profucáo de ornatos de mau gos-to. especialmente em arquitetura, 14— aparelho para aplicação de rádio,que consiste em um cone de chumbo,coberto com papel e que tem umajanela coberta de mica na base (pl.);enapa. que pode ter váras formas"circular, retangular, triangular, etc. aqual se adapta à frente da objetiva paramascarar parte do campo da tomada

HORIZONTAIS -1 — caixa com cober-tura de vidro em que está colocada emsuspensão a bússola ou compasso derota; em gíria, nome dado ao nariz; 8

vermelho de tez ou acobreado; 9 —produzira tumefaçáo; 12 — elementode propulsão das rodas de barcos avapor; 13 — gavinhas; continuações;14 — que dizem respeito ao ramo daFísica que estuda o vácuo; 17 —apego ao dinheiro com extrema parei-mònia; 18 — sufixo usado em Químicapara indicar a presença de cadeias decinco membros (via de regra heterocí-clicas); 19 — na província ponuguesahomem que anda de máscara de ma-deira, ou caranchona, fazendo do diaboà roda da povoação; diz-se do burroque tem a cara e o focinho pretos; 20

prefixo grego que ó a forma deprefixo ex-antes de palavra iniciada porconsoante que não c; 21 — tipo decogumelo que medra e se desenvolvenos troncos podres das arvores (pl.);24 — termo de tratamento que se usana China, anteposto ao nome de pes-soas íntimas ou inferiores; 25 — nomede veneno obtido de uma áivore dafamília das Artocarpáceas venenosasda Malásia; 26 — antigo romance emversos, ordinariamente acomoanhadopor música, quase sempre melancóli-co. que se entoava como desabafo detristezas intimas, para consolação dequem as sofria, pelo que alguns deri-vam a palavra do latim solaciu, 27 —

SOLUÇOES DONUMERO

ANTERIORHORIZONTAIS -mar; tacelo; acapa-rar; rajapuras, uba-caba; em; fr; ace-falo; lai; uxer; em-par; zina; aerico;od; ort, ba, asa,enalaqes.VERTICAIS — ma-rifles; acabramar;ar aja; tapaciriba;arube; carafuxo;era, om. peca; se-lenose; moradas,axr, ipete; ar; cal,om, aq. ;:c.'.o 4c3 3Cplpl - 1p2r1C1 -

1t1 r 1T1R 166 4b3 - D3HB1MATE EM 2 LANCES

Solução do diagrama 93 DP6B -RxP.2IP7T -R3Clou R3RI. 31P7B R2C (ouR2R). 4|P8B = D ± TxD 5iP8T-=D +empate

Correspondênciapara: Rua das Pai-meiras, 57, ap. 4— Botafogo —

J CEP 22 270.

_ _ r sexta-feira, 31/8/84 o CADERNO E o 7JORNAL DO BRASIL

WMÈmÊÊMâÊÈÊàÊÊÊÊ&m!9!R8SR9HRS3BÍ|l!ilÍf

está definitivamente associada ao telejornaldesde o primeiro diaA imagem do locutor Cid Moreira no jr

A

voz grave do locutor Hílton Gomesanunciou: "O Jornal Nacional da RedeGlobo, um serviço de notícias integran-do um Brasil novo, inaugura-se nesse

momento. Imagem e som de todo o Brasil". Asegunda voz lançada no ar foi a de Cid Moreira:"Dentro de instantes, para vocês, a grande escaladanacional de noticias". Eram 19h45min do dia Io desetembro de 1969, a agitação tomava conta dosbastidores mas nada, absolutamente nada saiu erra-do. A operação do jornal — ou do Boeing, como oapelidou o diretor Armando Nogueira — foraperfeita. Para Roberto Marinho era uma data muitoespecial: materializava-se um sonho, um telejornalem rede para todo o país.

Amanhã, o Jornal Nacional completa 15 anosde carreira no ar. E, para comemorar, a emissorapreparou pequenos"blocos de memória", com doisminutos e meio de duração, apresentados durantetodo o mês de setembro dentro do próprio jornal.As principais notícias veiculadas neste períodoserão relembradas para um público que, atualnien-te, beira os 28 milhões de pessoas. Segundo dadosdo IBOPE, o Jornal Nacional é, hoje, o programade maior audiência da televisão brasileira, assistidodiariamente em 61% das 17 milhões de residênciascom aparelhos de televisão.

Uma posição invejável, disputada por anun-ciantes dispostos a pagar a mais cara tabela domercado de televisão por alguns segundos no ar.Nesse horário, os anúncios veiculados para todo opaís custam, a cada 30 segundos, Cr$ 28 milhões 946mil. Para a região do Rio, esse mesmo tempo custaCr$ 5 milhões 569 mil. De sua sala no décimo andarda sede da emissora, no Jardim Botânico, RobertoMarinho acompanha, de perto, cada edição de seutelejornal. "A orientação da presidência é para queseja feito um jornalismo atuante, o mais isentopossível. Mas o Jornal Nacional jamais será umtelejornal opinativo, isso deixamos para outroshorários", diz Roberto Irineu Marinho, vice-presidente da Rede Globo e filho de RobertoMarinho. É ele que, diariamente, conversa com opai sobre as notícias políticas: "toda orientaçãopolítica é dele, disso não abre mão".

Mas se o Jornal Nacional é, nos últimos anos,o programa de maior prestígio da Rede Globo, omesmo não se pode dizer de seus primeiros anos noar. O jornal nasceu mal, num período em que o paísentrava na fase mais dura da ditadura e censura aosmeios de comunicação. No dia de sua estréiaassumia o Governo a Junta Militar formada pelosministros militares Rademaker, Sousa e Melo e LiraTavares. O JN noticiou com frieza, assim comoouviu-se de Cid Moreira o boletim médico sobre oestado de saúde do presidente Costa e Silva,assinado por Paulo Niemeyer Abraham Ackerman.A gasolina, naquele dia, subiu de preço: a azulpassou para 48 centavos e a comum para 39centavos, mais uma notícia dada com a maiordiscreção. O Jornal Nacional surgia sob o signo dasgrandes manchetes mas abafado por uma censuraque lhe podaria a estatura por muitos anos.

Desde Io de setembro de 1969 dois jornalistascomandam o JN: Armando Nogueira e Alice Maria,uma dupla que tem sido alvo de ataques das maisvariadas frentes, não conseguindo tréguas da direitaou da esquerda. A direita, por exemplo, jamais tevedúvidas: eram dois comunistas. "Já fui consideradoum perigoso cabeça-de-ponte do comunismo rume-no e Alice era tida como uma influência perniciosanas minhas decisões", conta Armando Nogueira. Aesquerda, por sua vez, achava que a direção doJornal Nacional fazia corpo mole diante da censura,baixando as armas em vez de lutar. O JN chegou aser chamado de "jornal zoológico" porque foipródigo cm preencher seu horário com reportagenssobre zebrinhas que nasciam no Zoológico. "Nessaépoca", lembra Nogueira, "era mais fácil tratar domundo dos irracionais". Essas matérias entravamno JN assim como receitas de bolo e versos deCamões preenchiam espaços podados na imprensa.

As críticas à sua conduta na condução do JNsão rebatidas com vigor por Armando Nogueira:

— A censura é dolorosa como uma doença,suporta-se porque há sempre esperança e instintode sobrevivência. Quem critica não imagina o durocorpo a corpo que tivemos aqui dentro com aPolícia Federal e o SN1. Uma luta desigual em que aarbitrariedade e a falta de senso eram a tônica.

Se a História do Brasil fosse revista peloarquivo de matérias exibidas pelo JN, os principaisacontecimentos dos Governos revolucionários fica-riam esquecidos para sempre. Durante anos otelejornalismo congelou notas sobre terrorismo,banidos, cassados, greves, tóxicos, política, clero,esquadrão da morte e movimentos estudantis. Ojornalismo global acostumou-se a ter, cinco minutosantes de ir ao ar, pelo menos uma notícia retiradado script de seus locutores. O público do JornalNacional ficou sem ver e ouvir o discurso do PapaPaulo VI sobre os 10 anos da enctclica PopulorumProgressio. O convite para a missa de sétimo dia do

Como o Brasil, o"Jornal Nacional"modificou-se nos

últimos anos

ex-presidente João Goulart também foi proibidopela censura. Ao JN foram vetadas notícias sobre ascassações de mandatos eletivos e suspensão dedireitos políticos; o recesso do Congresso Nacional,em maio de 1977; a denúncia do acordo de assistên-cia militar Brasil-Estados Unidos; a visita de diri-gentes da Anistia Internacional. Nem mesmo oafastamento do ministro Sílvio Frota do Ministériodo Exército e seu manifesto puderam ir ao ar.

Um dia antes da sua demissão do Ministério daIndústria e do Comércio, Severo Gomes revelava,

numa entrevista exclusiva, alguns detalhes quehaviam fomentado a crise. No dia da demissão, — 8de fevereiro de 1977 — a direção do Jornal Nacionalrecebeu "ordens superiores" para não exibir areportagem. Cid Moreira limitou-se a ler a notaoficial, anunciando o banqueiro Ângelo Calmon deSá para a Pasta. Os exemplos são inúmeros: oatentado a bomba contra a ABI, o seqüestro dobispo de Nova Iguaçu, D. Adriano Hipólito, e todasas crises governamentais ficaram debaixo do mantoturvo da censura até meados do Governo Geisel."Recebíamos, também, as censuras mais absurdas,como a epidemia de meningite em São Paulo. Ou aqueda do carro de um policial no canal do Mangue.Lembro-me, ainda, de que o pai do menino Carli-nhos anunciou que iria processar o inspetor Belô eessa notícia desapareceu em nome da segurançanacional", conta Nogueira. Até inflexões e gestosdos locutores eram mal vistos pelos censores. Otelefone tocava e, do outro lado, uma voz, que nemsempre se identificava, criticava o meio sorrisodepois de uma notícia. Esse problema diminuiuquando a imagem dos apresentadores foi cortada naaltura dos ombros: no 3 x 4, a linguagem gestualdesaparecia por completo.

A imagem do Jornal Nacional padeceu nessaépoca. Tinha pouco prestígio e nenhuma credibili-dade. Parecia reservado para divulgar as notasoficiais. O líder do Governo no Senado, EuricoResende, respondia da tribuna, em fins de fevereirode 1977, aos líderes do MDB que denunciavam adifícil situação política e econômica do país: "O paísvai muito bem, é só assistir, diariamente, ao JornalNacional da TV Globo para se ter essa certeza". E opróprio presidente Médici usou o Jornal Nacionalpara garantir que o Brasil era uma ilha de prosperi-dade num mundo conturbado.

Se servia de modelo para as autoridades gover-namentais, é lógico que cada vez mais se distanciavado público. A audiência resistia e o jornal só ficavade pé porque estava estrategicamente encaixadoentre duas novelas de boa repercussão, especial-mente quando o texto estava nas mãos de JaneteClair. "O JN foi, durante muitos anos, o merosalame de dois folhetins. Uma concessão das mulhe-

res aos maridos. Se não houver uma maneira maisinteligente de definir o jornal, basta dizer que eleera um espelho do país. O Brasil foi amordaçadopelo AI-5 e o JN idem", diz Nogueira.

A saída, segundo ele, foi desenvolver a cober-tura internacional, onde a censura aparecia emraras ocasiões:

— Olhando para trás, relembro a frustraçãoque esta época nos causava, a consciência de queinformávamos pela metade. O jornalismo polêmiconos era impossível, tínhamos que trabalhar com asnotícias correndo numa única mão. Todos nósvivíamos oprimidos e desde o motorista de cami-nhão até o cientista escapavam de depoimentos. Sóquem falava era ministro de Estado e, na medida dopossível, tentávamos variar.

A direção da empresa divide o JN em duasfases, assim como o Brasil: antes e depois do AI-5.Antes, um jornal semimudo, mais perto do mundoreluzente e hollywoodiano do show business do queda notícia. Hoje, um jornal que respira ar fresco,como o país. Com isso, foi capaz de arrebanharpúblico e prestígio, separando o mundo da fantasiada realidade. "O JN marcha num novo caminho,dará sempre as duas versões dos acontecimentos,fazendo um jornalismo impecável. O público reco-nhece essa mudança, tanto que, hoje, o jornal játem um público específico, sem viver à custa daaudiência das novelas. É um público fiel, como teveo Repórter Esso no final dos anos 50 e na década de60", garante Nogueira.

Hoje já é mais fácil, para a TV Globo, recrutarprofissionais dispostos a voar no tal Boeing pilotadopor Armando Nogueira. Não existe mais, nasparedes do telejornalismo, o índex com os assuntosproibidos e a função dos jornalistas volta a serexercida bem mais próximo do que manda o figuri-no. São 350 profissionais, sete deles em escritóriosfora do Brasil, acompanhados, de perto, pelo olhoatento do dono da empresa. "O jornalismo semprefoi a fonte de maiores preocupações e prazeres dapresidência da Rede Globo", arremata Robertoirineu Marinho.

MÍRIAM LAGE

BEBER Mirson Murad

Roteiro turístico PICCADILLY PUB — O discreto restaurantel ? _ d° final do Leblon — um pub bem brasileiro — está excelente. SeuP6IOS restaurantes Bornd Schramm. 6 quem informa o "molho diferente" do

gostoso "Filet de Peixe Bonne Femme" (cozinha o peixe cJ vinho,cebola, louro, cravo. O molho é o BECHAMEL — nome do criador, cheffrancês — com vinho). Portanto não ó diferente, mas autêntico: Aindaleva manteiga, farinha e leite. (Gen. San Martin 1241. Tel: 259-7605(após 18.30).

? ? ?

CARMO — Estado do Rio. Minha cidade natal estará em festa no dia 7 homenageando seus filhos que não mais láresidem. Fomos convidados a receber tal honraria, mas infelizmente, não poderemos comparecer. Minha mâe estará lá merepresentando, e sendo homenageada. Sou muito grato. ^ ^O colunista ouve sua opinião pelo telefone 263-7138.

PIGALLEA menção desse nome sugere prazer. Visitei o Restaurante Pigaile e senti prazer no que vi, provei e aprovei. O ambiente

é fino e sóbrio.Recebidos pelos diretores da casa — Andrés Cafvinho Santos. Antonio Gomes e José Antonio — eu e meus amigosda Aldebaran (Newton Freitas Jr. e Albert Paul Dahoui) que lá estávamos para comemorar a expansão da empresa. Foram tãocordiais que tínhamos a sensação de que éramos velhos fregueses. Esse atendimento dispensavam com simpatia e afabilidade.

A casa é bem decorada (em madeira) com janeiões em toda a volta, fechando em vidro as paredes. Piso em granito deprimeira linha. Gostei . Seus preços são convidativos, o serviço é bem correto.

O Pigaile serve churrascos, massas, frutos do mar frescos e bem preparados. Saboreei um excelente "Peixe ao Pigaile"(com batatas coradas e um camarão graúdo). meus amigos ficaram com a "Picanha na Brasa" e com o "Rlé ao Pigaile" debela apresentação. Eles gostaram e elogiaram. De sobremesa provamos uma gostosa torta de limão. Tem também dechocolate e de maçã. Muito bom o chopinho. O local é aprazível (esquina da praia, Av. Atlântica com Joaquim Nabuco) tel.; 247-2438.

ADEGA DO CESARESempre que possível, vou à esse restaurante que prima por atender bem. O amigo leitor poderá imaginar que vou lá

diariamente. Ledo engano, havia dois meses que não saboreava os pratos do Cesare.O maitre Ferreira, sugeriu-me o "leitão". Fiquei com o prato e não me arrependi. Estava melhor ainda do que da última vez

que o saboreei. Regado com um bom vinho branco — nesse frio nada melhor não é mesmo? — fartei-me de verdade.Experimentem! Recomendo também sua "paelia", com açafrão espanhol, exigência de seu proprietário Pape que assim comoseu sócio Serafim não permitem que a mesma seja feito diferente. Tem também uma excelente "caldeirada", ou a "feijoada"dos sábados, o "cozido" nas 6as. um "carré" muito bom, o "medalhão" (à piamontês), o "bacalhau com arroz e brócolis" (bempreparado), "linguado à belle meuniére"...Os preços são módicos, os pratos são fartos. O ambiente é claro, muito distinto, a limpeza impera, a decoração agrada ORestaurante e Adega do Cesare é muito mais que uma adega. Confiral Joaquim Nabuco. 44 (Copacabana) tel.. 287-0045

CHURRASCARIA GAÚCHAUma das mais famosas e tradicionais do Rio. agora tem rodízio Novo braseiro, nova decoração, pista de dança, música

ao vivo, 4 salões (3 com ar refrigerado e um com ambiente de jardim) capacidade para 1.000 pessoas (ideal para grandesbanquetes). Enfim: tudo lá é novo. Inclusive a direção que está sob o alto comando dos irmãos Ribeiro a Farias —conhecidissimos experts no ramo — que em boa hora souberam mudar O churrasco da gaúcha sempre foi bom. só que agoracom rodízio, e o serviço é feito como deve: sem atropelos, com muita cortesia, sobriedade, variedade e alta qualidade nascarnes. O fornecimento é garantido por fonte que o Farias não revela para ninguém. Tem também muitas novidades: filémignon, peito de peru com bacon, presunto tender, excelentes acompanhamentos (é o caso das saladas) e um chope bemtirado. A Gaúcha tem estacionamento próprio e atenciosos manobremos (Antonio, David e Ivan).Se tudo isso não bastasse para sugerir uma visitinha à Churrascaria Gaúcha, na hora de pagar vem a melhor das surpresas.0 preço do rodízio é apenas Cr$ 9.000,00 (Rua das Laranjeiras, 114 tels.: 245-2665/245-3185).

VELHO TIORetomamos a essa simpática casa da Tijuca. inaugurada a dois meses. É lá que sempre se é surpreendido por boasmúsicas ao vivo, já que tem um piano è disposição e os jovens decidiram fazer do Velho Tio uma real e sadia opção para seencontrarem e divertirem sem gastar quase nada. De fato, não sei como podem cobrar tão pouco. Nem sanduíches "especiais"

da vida custam menos. Após acertos e desacertos iniciais, normais em qualquer casa que se inicia (treinar um profissional não éfácil), o restaurante está uma beleza, o atendimento está irrepreensível, o ambiente é o melhor possível. Sua equipe está bementrosada, parabéns!Degustei um "Frango Grelhado com Arroz à Ia Grega", farto e baratissimo. Saboreei sua MINI SANGRIA com prazerinaudito. São 160 lugares em 4 ambientes, cada qual bem distinto do outro. Petiscos como "Gurjões de Peixe", "Lingüiçacalabresa" (de primeira) ou o espetacular "Filé aperitivo", fazem muito sucesso. São muitas e diferentes pizzas servidas (a"Velho Tio" agrada bastante) Sobremesas como o "Quindim" ou "Delícia de Abacaxi" dão o retoque final. O VELHO TIO ficalocalizado na Av. Maracanã, 1263 (próx. à Dona Delfina) Tel: 288-8291

NABONAEssa confortável e bem instalada casa de massas já conquistou seu lugar ao sol. Indiscutivelmente, no Centro da Cidade, a

preferência maior, quando a opção é pela culinária italiana, está com o NABONA Restaurante e Pizzaria. Mas. lá não servem sómassas. Também preparam e servem muito bem excelentes carnes. É o caso do "Tornedor ao Mauro" Saboroso e de belaapresentação Suas pizzas são das mais procuradas pelos freqüentadores da casa. Inaugurado há bem pouco tempo, o Nabonajá firmou-se no conceito geral. Mostrou que veio para ficar. "Lazanhas". "Fetuccim'. "Ravioli". "Caneloni". "Espaguetti"."Capelete" são pratos muito solicitados.O local é amplo, tem classe, música funcional, ar condicionado, decoração clara e muito agradável. Importante! o ambienteé bastante confortável O Nabona fica aberto até 1 hora da madrugada. Interessante pedida para quem após o trabalho quer ficarna Cidade em local selecionado. Serve um chopinho muito bem tirado, claro e escuro. Já informei antes, mas nunca é demaisrepetir, o Nabona surpreende pelo contraste entre o conservador — característica da área em que está localizado — e o novo.Seu endereço é Rua da Carioca. 53 Tel. 262-7704 (fazem entrega de refeições). Seus preços são bem acessíveis.

BENIDORMJá disse e repito, quem passa pela Rua Debret. no Castelo, não imagina que há no local um belíssimo o luxuosorestaurante Realmente, o Restaurante Benidorm além do luxo é muito bom. E porisso que insisto em recomendá-lo. Quandoestive !á pela primeira vez e escrevi sobre a casa. ocorreu falta de água em toda a Cidade.lembram-se? E no entanto, a título decuriosidade, Benidorm é um famoso balneário ao Sul da Espanha. Seu proprietário Mauro Jesus é muito querido na área, náo sópela maneira fidalga que atende as pessoas mas pela sua capacidade profissional Inclusive o Mauro cria muitos e novos pratospara seus restaurantes Experimentem sua "casquinha de siri", ou a "paelia'. o "bacalhau h malandra" é excelente 2* feira,tem "carne seca à mineira". 3 ''cozido â portuguesa" (muito gostoso). 4a "teijoada completa". 5a "rabada c/polenta e agrião"(excelente) ou "Pato ao Tucupy" O ambiente é dos melhores e a freqüência do mais alto nível. Um elegante e discretissinr)salão no subsolo Bela carta de bebidas Tem piano-bar (sem couven artístico nem consumação rmnima. Atftude das maisagradáveis) a norte dnnks e tiragostos. Os preços módicos Debret, 23-D tel: ^40-54/9 Em lempo sugiro o "Filé de Badejo" ouo "Carneiro assado" São muito bem preparados

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Jacques Taddei

A FRANÇA REDESCOBRE O ORGAO

RANCES de Nice, 38 anos, com umaatividade intensa como concertista eprofessor, o organista Jacques Taddeiestá no Brasil pela segunda vez, sob

os auspícios da Aliança Francesa, apresentando-se em recitais e ministrando cursos de aperfei-çoamento. Taddei toca hoje, às 17 horas, noSalão Leopoldo Miguez da Escola de Música daUFRJ, um programa de compositores franceses(Clérembault, Louis Vierne, César Franck eMessiaen). incluindo ao final suas célebres im-provisações, desta vez sobre temas brasileiros, aserem fornecidos pelo público.

Foi, na verdade, a partir da arte de impro-visar ao órgão que ele se tornou mundialmenteconhecido como um virtuose do instrumento.Em 1980, Taddei ganhou o Grande Prêmio deImprovisação no Concurso Internacional de Ór:gão de Chartres, articulando a partir daí umabrilhante carreira internacional.

Antes, porém, ele já se destacara comopianista, cujos méritos foram amplamente reco-nhecidos enquanto aluno do Conservatório deParis (onde, em 1967, recebeu por unanimidadeo Io Prêmio de Piano e o Io Prêmio de Música deCâmera) e, pouco depois, ratificados com suavitória no Concurso Marguerite Long-JacquesThibaud em 1973.

O organista Jacques Taddei seapresenta hoje na Escola deMúsica, com um programa deautores franceses

JORNAL DO BRASIL

NO BRASIL, A TENTATIVA DE

REABILITAÇÃODeclínio do Órgão no Brasil — temada tese que a organista Dorotéa Kerrescolheu para sua dissertação de Mes-trado na Escola de Música da UFRJ

reflete bem a situação de abandono a que foirelegado o seu instrumento entre nós.

Para caracterizar a situação atual, Dorotéa falado período áureo, no século XVIII, quando emMariana e Tiradentes foram construídos ou impor-tados, para montagem local, órgãos de qualidadeexcepcional, enquanto Agostinho Pereira Leitefabricava instrumentos de igual categoria em Recifee Olinda. Com o advento do século XIX e aelevação do Brasil a Reino Unido, foram proibidasas indústrias locais e a do órgão conseqüentementedeixou de se desenvolver.

— No início do século XX — afirma Dorotéaa imigração italiana e alemã nos trouxe novosespecialistas, que voltaram a fabricar órgãos do Rioa Porto Alegre. Hoje, temos os instrumentos, masnão temos mais fabricantes nem técnicos paraconservá-los. O público também retraiu-se e orepertório nacional para o instrumento náo sedesenvolveu.

Apesar do panorama desolador, Dorotéa Kerré uma entusiasta do seu instrumento, articulandoem Sáo Paulo todo um movimento em prol dareabilitação da atividade organística. Foi, duranteseis anos (até o final de 1983). a Presidente daAssociação Paulista de Organistas (a primeira dogênero no país), entidade cujo importante trabalhofez jus ao Grande Prêmio da APCA.

No Rio, apesar de menos intenso, o movimen-to pró-órgáo também começa a se articular. Funda-da há um ano, a Associação Carioca de Organistasé dirigida com entusiasmo por Luiz Felipe Radicet-ti, 26 anos, formado pela Escola de Música daUFRJ na classe do recém-falecido Mário Gazane-go. Promovendo um concerto mensal (cada últimaquinta-feira do mês. ao meio-dia, na Igreja deSanta Cruz dos Militares), ele já prepara uma novasérie de recitais didáticos noturnos para a Matriz deSão João Batista, em Botafogo.

As duas Associações — Sáo Paulo e Rio —estão trabalhando juntas para reabilitar o instru-mento e um dos primeiros frutos desse esforço foi oatual Curso de Alta Interpretação de Órgão queJacques Taddei acabou de ministrar nas duas cida-des. Sob a coordenação da Funarte, as Associaçõesuniram-se à Aliança Francesa e conseguiram subsí-dios para as aulas do organista francês.

O ressurgimento da atividade organística étambém uma das metas da Funarte, que planejafazer um grande levantamento de todos os órgãosdo pais. com um perfil de sua situação atual.Segundo Flávio Silva, Coordenador do ProjetoInstrumentos Musicais da Funarte, o Instituto Na-cion.il da Música recebeu (e está examinando) umplano do organista e compositor francês JacquesCharpentier para, a exemplo do que foi feito naFrança, promover um amplo processo de restaura-ção dos importantes instrumentos do gênero queexistem por todo o Brasil (R M.)

Com o correr dos anos, Taddei preferiusubstituir, como recitalista, o piano pelo órgão.Ainda hoje se apresenta como pianista, tocandoprincipalmente com orquestra, mas é no órgãoque ele concentra suas energias como solista, aolado das solicitações de suas importantes funçõesdidáticas: o cargo de professor de piano noConservatório de Paris e o de diretor do Conser-vatório de Rueil-Malmaison.

Ser organista era um sonho antigo —diz ele — pois desde a infância fui muito ligado aum grande mestre do instrumento, Pierre Coche-reau, que era diretor do Conservatório de Nice,onde estudei. Tive algumas noções de órgão, aos15 anos, mas em seguida concentrei-me naminha formação pianística. Foi somente a partirde 1977 que resolvi estudar a fundo o instrumen-to, tomando aulas com Cochereau e com Marie-Claire Alain, que até hoje é a professora titularde órgão do meu Conservatório, em Rueil-Malmaison. Foi curioso: passei a ser simultanea-mente seu diretor e seu aluno.

Com uma facilidade toda especial paraimprovisar, Taddei consolidou sua carreira comoorganista a partir do Prêmio de Improvisaçãorecebido no Concurso de Chartres, há quatroanos. Floje, ele já é considerado uma das gran-des autoridades do seu instrumento, não só naFrança, mas em toda a Europa, EUA, Japão eAmérica Latina, por onde tem viajado comfreqüência.

A França redescobriu o órgão — afir-ma. O instrumento tem uma grande tradiçãoentre nós (especialmente renovada com o ro-mantismo de Saint-Saens e César Franck), masno decorrer deste século havia sido bastanterelegado, perdendo progressivamente o seu pú-blico. Há cerca de 15 anos, contudo, despertouentre os franceses a consciência do valor históri-co e cultural dos diversos órgãos existentes nopaís, todos em precário estado de conservação.Essa consciência refletiu-se numa decisiva atitu-de do Governo, que passou a empreender areforma e restauração desses instrumentos pre-ciosos por todas as regiões francesas.

Hoje as pessoas voltaram a apreciar oórgão, vendo-o não apenas como instrumento deculto religioso mas principalmente como instru-mento de concerto. O público lota os concertosnas igrejas e ós compositores escrevem comvitalidade novas partituras organísticas. Apenasna França, posso lembrar os nomes de OlivierMessiaen. Claude Ballif e Jacques Charpentier,entre os que têm abordado o órgão em suaprodução.

Jacques Taddei está vindo de São Paulo —onde ministrou um Curso de Aperfeiçoamentona Igreja de N. S. de Fátima — e seguindo paraMontevidéu, onde termina sua atual tournée sul-americana. No Rio, terminou ontem uma sériede master classes na Escola de Música da UFRJ.aonde volta hoje como recitalista.

RONALDO MIRANDA

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Jornal do BrasilCADERNO JOVEM

©JORNAL DO BRASIL LTDA. 1984 Rio de Janeiro — Sexta-feira, 31 de agosto de 1984 Ano I — N° 4 Não pode ser vendido separadomeme

Este espaçoé reservadopara os anún-cios classifica-dos dos leito-res. Todos osque quiseremvender, com-prar ou trocaralguma coisa,e também osque tiveremachado ou per-dido algo, po-dem anunciarde graça. Bas-ta escrever pa-ra Jornal doBrasil, CADER-NO JOVEM,Av. Brasil, 500- 6o andar, sa-Ia 615, ou en-tregar naagência deClassificadosdo bairro. Sópodem anun-ciar menoresde idade e acorrespondên-cia deve conternome e ende-reço (telefone)para eventuaisconsultas.

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Homem cai no mar

e flutua 9 horas

agarrado à sua fé

O engenheiro Marcos Raul Sant'Anna. quecaiu no mar em frente à praia do Arpoador, quandovelejava com três primos e não conseguiu voltar aobarco, acha que foi sua ''profunda fé católica" que osalvou. "Se tivesse medo teria morrido", garantiu aoser resgatado. Fé ou não. Marcos caiu do barco ànoite e ficou 9 horas à deriva.

Marcos deu à praia a 36 quilômetros do pon-to em que desapareceu, quando conseguiu passarpela arrebentação, em Itaipuaçu, do outro lado daentrada da Baía de Guanabara. A água estava fria,o mar batido mas Marcos, 39 anos, diz queem nenhum momento perdeu a calma. Durantea madrugada até um cargueiro passou por ele.O engenheiro garante que não usava salva-vidas.

Manfrt

Inglaterra /^ /War do J Holanda

Londres

r -it , -( Ostende Belgica

X Bruxelas#

Franga

Pans •

Marcos caiu fora da barra, flutuoupor 9 horas e atravessou a entrada dabaía, chegando à praia de Itaipuaçu

Ao largo de Ostende, no litoral daBélgica, os navios se chocaram e acarga de material radioativo afundou

No fundo do Mar do

Norte, urânio

ameaça explodirCerca de 240 toneladas de hexafluoreto de

urânio, material radioativo, estão no fundo do Mardo Norte, perto da Bélgica, depois que o cargueirofrancês Mont Louis. que levava o urânio, colidiucom o navio inglês Olau Brittannia e foi a pique. Agrande preocupação é que a mistura do gás altamen-te tóxico com a água provoque uma explosão deconseqüências imprevisíveis.

Duas empresas especializadas, uma holan-desa e uma belga, já começaram a arriscada ta-refa de resgate, que segundo as autoridades fran-cesas é "complexa e deve demorar duas se-manas". Testes realizados na área mostraramnão ter havido vazamento para a água. Mesmoassim, os banhistas preferem ficar longe da praia.

Brasil treme

de frio há

uma semana

De Norte a Sul. o brasileiro estasemana reclamou pouco da infla-ção e do preço da gasolina e muitodo frio. Em alguns Estados, comoo Rio Grande do Sul, a expres-são morrer de frio perdeu o sen-tido figurado: 381 pessoas morre-ram de complicações orgânicas cau-sadas pelo tempo. No Rio. o friocolheu o carioca no contrapé e o lezdesengavetar velhos e tronchos abri-gos. Festa nas lojas que vendemmalhas e deselegáncia nas ruas. Ofrio fica por aqui até domingo, deacordo com a Meteorologia. (Pág. 3)

Grupo pede mas não

quer parlamentarismoUma parte do grupo que votou e

perdeu no ministro Mário Andreazza.na Convenção do PDS. vencida porPaulo Maluf, defende hoje a ado-ção do parlamentarismo como siste-ma de Governo pra o Brasil. Defen-de mas, na verdade, não quer Es-pera apenas maior definição entre ascandidaturas existentes e examina asvantagens de uma escolha. (Página 2)

Dinheiro encolhe e

a inflação não cai

Você sabe por quê os salários en-curtam? Encurtam porque o Gover-no achou que essa era uma forma decombater a inflação. Não foi. ü di-nheiro encolheu tanto que as pessoaspararam de comprar e a indústria eo comércio entraram em desespero.Por isso, já há sinais de que a coi-sa está mudando. Calma. (Pág. 10)

Bom filme no cinema

e aventuras na TVA Noite de São Lourenço, pro-

duçáo italiana, é uma boa estréianos cinemas. Na TV. o fim de sema-na é morno mas, para a próximasemana, a Globo promete as aventu-ras patrocinadas por Spielberg emTubarão, entre outros — por assimdizer — campeões de bilheteria. Aliteratura de Minas chega a praçacom três bons livros. (Caderninho b)

(Olivia NewtonJohn) e BlackSabbath, Volu-me IV. MariaJosé — 551-7567.

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/Baia de Cuanabara/

(b$ /

Caputo

Uma noiteno mar

Lagoa de Marica

Local em que Marcoscaiu no mar Oceano Atlântico

Praia ondechegou

g D 1° caderno ? sexta-feira, 31/8/84 POLÍTICA Jornal' do Brasil

COLUNA DO CASTELLINHO

Apenas começa

a campanha

4 campanha eleitoral pela Presidência daRepública está no seu começo. Os candi-

datos reúnem-se com suas equipes e fazemvisitas de sondagens e de avaliação dosapoios com que contam. Ambos afirmamque a vitória está assegurada mas, por en-quanto, tudo quanto se disser a respeito estámais no terreno da propaganda do que no darealidade. A guerra ainda é uma guerra denervos para definir as linhas de resistência decada um.

Antes que a campanha se desenvolva embases mais concretas, persistem esforços pa-ra mudar as regras do jogo já estabelecidas.A oposição — principalmente o PT, o PDT egrupos do PMDB — insiste em conseguirque o presidente do Senado, Moacir Dalla,ponha em votação a emenda do DeputadoTheodoro Mendes, transformando em diretaa eleição indireta do dia 15 de janeiropróximo. Os líderes de todos os partidos deoposição e o candidato Tancredo Nevesapóiam a tentativa, mas o Senador MoacirDalla já os desestimulou.

A oposição supõe, no entanto, que podecompelir o senador a mudar de opinião. Seusdirigentes entendem que, se tal não ocorrer,eles não deixam o Congresso aprovar a lei deregulamentação do Colégio Eleitoral, o queimpediria sua reunião em janeiro. Ora, a leivigente dá à direção do Senado competênciapara remediar os casos controvertidos me-diante decisão supletiva. Não é, previsível aesta altura que haja eleição direta.

Um grupo de senadores que apoiavam acandidatura do Ministro Mário Andreazza,derrotada por Paulo Maluf na Convenção doPDS, propõe entendimento geral para mu-dar o sistema do governo, que deixaria deser presidencialista para ser parlamentarista.Governo parlamentarista é organizado naCâmara, pela força parlamentar que tiver amaioria. Os senadores não dispõem de apoiopara levar avante sua proposta, embora comela simpatizem Tancredo Neves e o generalRubem Ludwig. Os militares não aceitam aidéia do sistema parlamentarista, adotadaem 1961 para evitar uma luta armada entrefacções civis e militares.

Esses senadores têm seu problema dedefinição entre os dois candidatos e achamque a crise aberta pela resistência do Gover-no em admitir a hipótese da vitória docandidato da oposição, Tancredo Neves,fará com que se procure afinal uma concilia-ção. Sua proposta conciliaria — como apa-rentemente conciliou-os — políticos e asforças armadas naquele ano de 1961, quandorenunciou o presidente da República.

Na verdade, não se espera rebeldia dopresidente ou dos generais a-uma soluçãopolítica dada pelo Colégio Eleitoral. Quemvencer a eleição, seja Paulo Maluf, sejaTancredo Neves, tomará posse. O interessedos militares é impedir que as esquerdas, nahipótese de vitória de Tancredo, ocupemespaços dentro do Governo.

CARLOS CASTELLO BRANCO

Grupo que pede parlamentarismo

só faz hora e espera definição

Brasília — É uma verdadeiratradição do Congresso apelidar osvários grupos que vão se formando edesaparecendo com uma rapidez sur-

Ereendente. Houve o Pró-Diretas,

á o Só-Diretas, houve o Participa-ção, há a Frente Liberal. Nem sem-pre, contudo, eles se batem efetiva-mente pela bandeira que empu-nham. mas apenas a utilizam paraoutros fins. É o caso, por exemplo,do recém-idealizado grupo Parla-mentarista, que tenta manter unidos,pelo menos num primeiro momento,os derrotados andreazzistas na con-venção do PDS.

Nesta semana, muito ouviu-sefalar em parlamentarismo. Isto nãosignifica que a idéia vá vingar, comonão vingou a direta, a prévia eleito-ral no PDS. o quinto nome, a candi-datura militar, a prorrogação domandato do Presidente Figueiredo,o mandato-tampão, e vai por aí afo-ra. Acontece que os andreazzistas,sem ter muitas opções — ou aderemao candidato Paulo Maluf, do PDS,ou ao da Aliança Democrática, Tan-credo Neves — resolveram ganhartempo para estudar as melhores pro-postas de acordo.

União e forçaSe não se reagrupassem em tor-

no de alguma idéia, eles valeriammuito pouco em qualquer acordo,pois seriam apenas votos isolados.Mas, juntos, eles despertam maisatenção e mais cobiça nos candida-tos. Mais ou menos dentro do espíri-to daquele velho ditado popular deque "a união faz a força", portanto,eles arranjaram esse nome pomposode parlamentaristas para terem doismotivos: 1) para ficarem juntos e 2)ficarem em cima do muro.

O nome do grupo, sem dúvida,foi muito bem escolhido, com umenorme senso de oportunidade. Por

3uê? Ora, porque figuras ilustres

esta república são parlamentaristas,como o próprio candidato TancredoNeves, que o é de vivência e cora-ção. e os Ministros Leitão de Abreue Rubem Ludwig, dos gabinetes civile militar da Presidência da Repúbli-

Assim, ninguém, a rigor, podecombater um grupo que está apenasdefendendo uma idéia tão bem acei-ta em geral. Eles já foram recebidospor Leitão, Ludwig, pelo presidentedo Senado, Moacyr Dalla. e peloslíderes de todos os partidos na Cà-mara, inclusive pelo do PT. AyrtonSoares, que elogiou muito a idéia.

De prático, contudo, o que exis-te neste Brasil de quase setembro de1984 é Maluf de um lado, Tancredo

de outro e um Colégio Eleitoral nomeio dos dois. As emendas constitu-cionais que pretendem restabelecero parlamentarismo — que só teveuma passagem anterior no Brasil, em1961, com Tancredo Primeiro-Ministro — continuam rolando nasinstâncias do Congresso.

Qualquer emenda constitucio-nal, para ser aprovada, precisa de 2/3dos votos do Senado e da Câmara,ou seja. do sim de 46 senadores e 320deputados — exatamente o mesmonúmero que, por não ser consegui-do, adiou por tempo indeterminadoo sonho nacional das diretas

Para se obter esse número devotos — que nenhum partido sozi-nho tem, nem mesmo aproximada-mente — só há uma saída: um gran-de acordo partidário em que os par-lamentares dos cinco partidos acei-tem a idéia e se disponham a ir aoplenário torná-la vitoriosa. Como jáestá todo mundo muito mais preocu-pado com a campanha de Maluf eTancredo, ninguém vai querer per-

(ÁJÍMC

der tempo com a ficção — pelomenos agora — de implantação doparlamentarismo.

ContatosEssa ficção, contudo, não vai

morrer tão cedo. Sua vida é direta-mente proporcional à indefiniçãoque os andreazzistas — perdão, par-lamentaristas — preferem exibir àopinião pública e aos dois candidatoscolocados. Enquanto isso, ao lado desua maratona pelos gabinetes oficiaise políticos, eles têm mantido encon-tros com malufistas e com tancredis-tas. Só não dizem à imprensa porque e para que, mas não é difíciladivinhar.

No dia em que esses contatostiverem surtido o seu efeito — aopção por um candidato ou outro —ninguém mais se preocupará até aposse do eleito Presidente, em mar-ço do ano que vem, com o parlamen-tarismo.

ELIANE CANTANHEDE

O que é o sistema

Parlamentarismo é o sistema deGoverno que concentra nos repre-sentantes eleitos pelo povo as prer-rogativas de fazer leis e executaratos administrativos. A definiçãocontrapõe o parlamentarismo aopresidencialismo, sistema de Go-verno que reduz o papel dos parla-mentares à elaboração das leis ereserva ao Presidente a função ad-ministrativa.

No sistema parlamentar, a elei-

ção tem por finalidade determinarqual a corrente partidária mais re-presentativa da sociedade. A re-presentatividade é medida pelo nú-mero de cadeiras conquistadas noParlamento e dá ao Partido majori-tário o direito de formar, sozinhoou através de coligação com outrosPartidos, o gabinete ou conselho deministros — colegiado que exerce oPoder Executivo sob a chefia deum Primeiro-Ministro, indicado

pelo Chefe de Estado — Presidenteou Rei.

No parlamentarismo não ocor-re, portanto, a situação comum nopresidencialismo: Presidente eleitopor um Partido e maioria parla-mentar no Congresso em mão deoutro Partido. O gabinete é umcomitê executivo do parlamento enecessita da confiança da maioriaparlamentar para permanecer nopoder.

Jornal do-Brasil,

1l

Em Gramado , no Rio Grande do Sul, as crianças brincaram na neve pela manhã

Temperatura cai em todo o país

e continua assim até domingo

É aceitável que em Lajes, Santa Catarina, o friotenha chegado a 4 graus abaixo de zero — mas que atórrida Manaus tenha registrado apenas 20 graus, sósentindo para crer. Esta semana, de Norte a Sul dopaís. o frio foi para europeu nenhum botar defeito. E,segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais(INPE). até domingo vai continuar assim, principal-mente no Sul. Depois, ninguém sabe, já que o satéliteGoes. que faz as previsões metereológicas para todo oBrasil, saiu de sua órbita normal. Ele remetia informa-ções a cada meia hora, enquanto os dois satélitessubstitutos — NOAA7 e NOAA8 — só enviam infor-mações a cada seis horas. Daí que nem os especialistassabem direito por que está fazendo tanto frio. nemquanto tempo ele vai durar.

As causasHá explicações complicadas, como a do meteoro-

logista mineiro Jorge Moreira: "Houve um bloqueiosofrido pelo anticiclone subtropical do Atlântico, queimpediu a penetração da massa polar no continente eocasionou fortes chuvas no país.'" Na última semana, obloqueio enfraqueceu, permitindo a entrada da mas^apolar. Para o chefe do Departamento de Meteorologiado INPE. Fausto Almeida, " o não degelamento noverão de grossas camadas de neve na Cordilheira dosAndes pode ter sido uma das causas". Outros meteoro-logistas, como o Diretor do 8o Distrito, ZygmundKusiak, acusam o excesso de chuvas de maio e junho,que resfriaram demais o solo, proporcionando a perma-néncia por mais tempo das massas de ar frio. Ocorreentão que a chuva impede o aquecimento do sol e amassa de ar polar, em contato com o solo frio, congelao vapor dágua — daí as geadas e até a neve.

Uma causa mais grave foi lembrada pelo Professorde Metereologia da Universidade do Paraná OsvaldoIwanto: a poluição. Não só a comum, produzida pelasindústrias e pelos automóveis, mas a poluição vulcânicae atômica, além do desmatamento indiscriminado. Paraprovar sua tese, o professor lembrou que desde 1982temos sofrido enchentes, calor anormal no meio doinverno e geadas em regiões extensas, da Argentina atéa Bahia.

Uma explicação mais prática foi dada pelo profes-sor Rubens Vilela, da Universidade de São Paulo:

— O frio menos forte dos últimos 10 anos é que

foi incomum — diz ele. — Assim, acostumado a sentircalor o ano inteiro, o brasileiro só estranha quando,como agora, tenha que usar cobertores no inverno.

Outros EstadosEm Minas Gerais, o mês de agosto tem — desde

1910 — o clima variando entre a máxima de 26 grausdurante o dia e a mínima de 13 graus pela madrugada.Este mês, a média foi de 20 graus, com diversas cidadesda Zona da Mata, como Juiz de Fora. com mínima de 8graus. Mais para o Norte, em Pernambuco, o litoralsofre o fenômeno das marés altas em abril e agosto,mas a frente fria vinda do Sul provocou chuvas e ventosfortes. No ano passado, em agosto, choveu 23 mm emRecife; este mês. nas três primeiras semanas, já choveu152 mm. E as ondas alcançaram 3m de altura nas praiasde Recife e Olinda.

Em Porto Alegre, o maestro Isaac Karabitchevskypediu através do rádio e da televisão que. apesar do friointenso, os gaúchos comparecessem ao concerto gratui-to que seria regido por ele no sábado passado. Mas aentrevista terminou no momento em que todos perce-beram que. lá fora. começava a cair neve. Repórteres ecinegrafistas correram para noticiar — e admirar — aneve.

Frio no RioPara o carioca, os dois marcadores do tempo são o

Corcovado e a Ponte Rio- ArquivoNiterói: ambos estiveramtotalmente encobertos estasemana. O Instituto Nacio-nal de Metereologia expli-cou que a temperatura bai-xa deveu-se a uma língua dear frio vinda de uma massapolar continental. Na práti-ca. isto é, no corpo, o cario-ca sentiu foi muito frio. Atéo subúrbio do Realengo,famoso por ter a média de40 graus durante o verão,chegou esta semana a 19graus. Para os moradores,foi uma novidade; para oscomerciantes de lãs, uma No Rw, 15 graus nafesta- zona sul, na praia

Mau uso de agrotóxicos

mata uma pessoa e intoxica

18 a cada 90 minutosA cada 9U minutos, uma pessoa morre e 18 ficam mtoxn.adas

por agrotóxicos. só nos países subdesenvolvidos segundo àOrganização Mundial de Saúde. Também chamados Jetensivosagrícolas, estes produtos servem para matar fungos e insetos jueprejudicam a lavoura. Na semana passada, morreu .> agricultorAri Serafim, em Friburgo que. nos últimos três anos usou nadamenos de 33 produtos diferentes, muitos deles a Oase Je clorol.Este, segundo os médicos, o causador da intoxicação e morte doagricultor.

Laboratoristas, técnicos, médicos deram em seguida a mortedo agricultor as mesmas declarações, que podem sei compro*, adaspor qualquer leigo. Os agrotóxicos trazem bulas com .ermostécnicos e exigem misturas complicadas para serem usadas porpessoas semi-analfabetas. Elas mal entendem como asai osprodutos e. menos ainda, o perigo que correm com ^eu usoinadequado. O Diretor da Divisão de Segurança e Vledicma doTrabalho de Friburgo. Aicir Fonseca, acrescentou duc fiscalizaio uso dos defensivos é extremamente difícil porque sáo usados emáreas rurais, de difícil acesso."

Talvez por isso. 10 pessoas morreram este ano no Paraná e625 ficaram intoxicadas: no Rio Grande do Sul tres pessoasmorreram este ano; no ano passado, sete morreram e 192 ficaramintoxicadas. Em São Paulo, dos 8 mil pacientes atendidos no anopassado pelo Centro de Intoxicações, 1.018 foram envenenadospor pesticidas.

O Brasil é o terceiro maior mercado consumidor de agrotõ-xicos do mundo, precedido pelo Japão e os Estados uudos —estes, com leis que controlam a fabricação e o uso dos produtos.

Dedetizadores também

sofrem os efeitosNão são só os agricultores que podem sofrer intoxica-

ção por produtos químicos, mas os profissionais. quetrabalham com dedetização. já que empregam as mesmassubstâncias dos agrotóxicos. Além disso, os sintomas nemsempre são tão evidentes como os que mataram na semanapassada o agricultor Ari Serafim, em Friburgo

Para evitar que outros casos fatais ocorram o Labora-tório Estadual de Saúde Pública vai fazer rotineiramente oexame que indica se a pessoa está ou não intoxicada. Umaenzima do sangue, a colinestarase. se altera, aumentandoou diminuindo, e libera uma substância chamada acetilcoli-na. As alterações sofridas pelo organismo podem afetar asatividades nervosas e musculares, provocai convulsões easfixias — e ate a morte.

Leia editorial Den-Den. na pagina 7

Agrotóxicos resistem

à lei no Rio GrandeUm pedido de vistas do Ministro Moreira Alves

interrompeu quarta-feira, no Supremo Tribunal Federal,em Brasília, o julgamento da possível inconstitucionalida-de — alegada pela Associação. Nacional de DefensivosAgrícolas — da lei do Rio Grande do Sul que pretendecontrolar a venda e a utilização de agrotóxicos naqueleEstado. A aplicação incontrolada de agrotóxicos e respon-sável pela morte, só nos países do Terceiro Mundo deuma pessoa a cada hora e meia, segundo dados daOrganização Mundial de Saúde.

A lei gaúcha sobre a questão, pioneira no Brasil foiaprovada em abril do ano passado pela unanimidade daAssembléia Legislativa do Estado. Ela disciplina a comer-cialização e o manejo dos defensivos agrícolas, mas aindanão pôde ser aplicada em sua plenitude Em um de seusartigos, a lei proíbe a distribuição, no Rio Grande do Sul.dos produtos agrotóxicos proibidos nos seus países deorigem. Os fabricantes, porém, continuam a comercializa-los, insistindo em que a lei é inconstitucional. T>es pessoasjá morreram este ano, no Rio Grande, vítimas dosagrotóxicos.

Além do Rio Grande do Sul, 12 outros Estados.entreos quais São Paulo e Paraná, já elaboraram legislação decontrole dos agrotóxicos. No Rio de Janeiro, tres proietosde lei nesse sentido já foram apresentados a AssembleiaLegislativa.

4 ? Io caderno ? sexta-feira, 31/8/84 CIDADE •Jòrnál do Brasil

INFORME JB

Imaginação

A grave crise econô-mica que estamos enfren-tando encurta o saláriodos pais e alcança toda afamília, obrigando os fi-lhos a apelar para a imagi-nação na procura de saí-das alternativas que po-dem não resolver o pro-blema, mas sempre aju-dam a dar a volta porcima.

Como a mesada pare-ce encolher todos os dias,engolida pela inflação, osjovens descobrem fórmu-Ias alternativas para esti-car o dinheiro que se eva-pora no bolso. Para fugiràs contas do bar, a juven-tude passou a curtir san-duíches mais baratos, comrecheio ce produtos natu-rais. É mais saudável, fazbem à saúde e ao bolso.

Mas, alguns estão in-do mais longe com a es-perteza e, em lugar degastar menos, estão con-seguindo ganhar dinheirocom a moda da refeiçãoligeira. Fernando, porexemplo, improvisou noCEAI um inteligente ne-gócio de venda (íe choco-late quente ou sorvete. E,com os seus 15 anos, estáconseguindo paear a men-salidade do colégio. Seulucro empata com a men-salidade e, nos meses fa-voráveis, ainda deixa al-gum troco.

"Pivetódromo"

Os ônibus da linha Largodo Machado—Lehlon incor-poraram á rotina do seu itine-rário os pequenos assaltos queacontecem a todas as horas detodos os dias. O esquema ésempre o mesmo. Na altura doLargo do Boticário os pivetesfazem a limpa e pulam doveículo antes de ele entrar naescuridão do Túnel Rebouças,correm alguns metros e so-mem por uma picada que sobepelo morro de Santa Teresa.

As vítimas, na grande

maioria alunos dos inúmeroscolégios do bairro, apelidaramo trecho de Cosme Velho até otúnel de pivetódromo.

O avesso do DidiO intrigante desempenho

de Nelson Piquet nesta tempo-rada faz lembrar o grande bi-campeão Didi, inventor genialda folha-seca. Mas, às avessas.Didi treinava em cadência len-ta, reservando o talento e afinura para a hora da verdadedo jogo. Daí sua frase célebre:"jogo é jogo, treino é treino".Piquet, ao contrário, bate re-cordes nos treinos e quebra ocarro nas primeiras voltas dacorrida.

Piquet lucraria com umaconversa com Didi, que sabetudo de bola e de malan-dragem.

JeitinhoAgosto deixou marca pro-funda na memória de milhares

de adolescentes cariocas. Omomento de efetivar a inseri-ção no vestibular unificado im-põe a opção pela carreira,cujas vagas serão disputadasem janeiro de 85.

Nem todos já se decidi-ram. Muitos hesitam entreduas a três profissões que seeqüivalem na indefinição vo-cacional. Para fugir ao prazoimperativo, a imaginação su-geriu o jeitinho brasileiro. Bas-ta fazer duas ou mais inseri-ções para ganhar mais três me-ses para a escolha final dacarreira. Afinal, trata-se deuma escolha para toda a vida.

InformáticaCinco professores da

UFRJ montaram projeto,aprovado pelo Ministério daEducação e Cultura e pela Se-cretaria Especial de Informáti-ca do Estado para a implanta-ção de curso de computadorcomo método oficial de ensinoem escolas do 2° grau, ligadasà Universidade.

Na justificativa, os autorescitam exemplos bem-sucedidos de experiências se-melhantes nos Estados Uni-dos, Inglaterra e França, assi-nalando que o grande méritodo método está em ajudar oaluno a desenvolver o pensa-mento figurativo, estimulandoa ultrapassagem do estágio dopensamento operacional con-creto.

LANCE-LIVRENa inauguração do Centro Inte-

grado de Educação Pública, noSambódromo, um flagrante da po-breza carioca. Na hora do almoço,algumas crianças repetiram a so-bremesa de mamão. Um delesrevelou que estava é comendo ma-mão pela primeira vez.

Tumultos, empurrões, desmaiosna fila de inscrições para 1 mil 500vagas de merendeira na rede esco-lar do município. O salário para asfelizardas que superaram a inara-

tona é de pouco mais de Cr$ 100mil mensais. Dá para comprar amerenda.• Numa avaliação do estimulantesucesso da 8a Bienal do Livro, ospromotores da Bienal admitemque os 450 mil visitantes não re-presentam o Brasil que lê, mas afaixa que revela crescente interes-se pela leitura. Não é o brasileiroque lê, mas que quer ler desde quepossa comprar livros.

Morro da Conceição esconde

um pedaço

antigo do Centro

Um pedaço do Rio Antigo está escondidobem no Centro da cidade, nas ladeiras do Morroda Conceição, onde os raros e pequenos prédiosquebram a paisagem harmoniosa dos sobradoscoloridos e azulejados e das ruas de paralelepípe-dos com muros de pedra pé-de-moleque. Quemmora ali não quer sair e quem se vê obrigado aisso passa sua casa a um amigo. O acesso é rápidoe feito pela Avenida Rio Branco ou pela PraçaMauá.

Para os namorados um passeio romântico.Para as crianças e jovens, um atraente lugar parase andar de bicicleta. No alto das ladeiras, comquebra-molas em toda sua extensão, se encontrauma bela construção de estilo coloniaj que podeser visitada de segunda a sexta-feira. É o PalácioFortaleza da Conceição construído em 1702 paraser a residência do Bispo Dom Frei Francisco deSão Jerônimo. Onze anos depois, a fortaleza foiconstruída nos fundos do palácio, em cuja capelatrês inconfidentes ficaram presos em 1791, entreeles Tomás Antônio Gonzaga. Hoje, funcionacomo Serviço Geográfico do Exército.

No largo, em frente à fortaleza, está aimagem de Nossa Senhora da Conceição e a saída

Eara as três ruas de acesso: Jogo de Bola, João

[ornem e Major Daemon. Foi na Jogo de Bolaque Elaine Castro Picanço, 11 anos, nasceu.Hoje ela é vizinha de Alessandra CarolpreseToledo, 9 anos, e sua irmã gêmea Aline eAnaliny, 11 anos, que moram na Major Daemon.Todas as tardes, eles pegam as bicicletas para

correr pelas ladeiras. "A gente anda aqui tam-bém à noite porque nunca teve assalto" — afirmaAlessandra.

"Quem mora aqui não quer sair e, se porqualquer motivo, se vê obrigado a fazê-lo, procu-ra passar a casa para algum amigo", diz SaleteDuarte, 32 anos, dona de um salão de beleza,residente na Major Daemon há 12 anos. Eladesencoraja o artista plástico Rogério Camacho aprocurar uma casa para alugar. "É muito difícil",argumenta Salete. Rogério compara o Morro daConceição a alguns lugares mais aprazíveis deSanta Teresa. Há um mês ele ficou com o atelierde um amigo pintor numa casa da Rua JoãoHomem. "E um bom lugar para trabalhar e bemperto do Centro. É um lugar muito agradável",explica ele.

Os moradores desfrutam ainda do campogramado de futebol e da quadra de basquetepertencentes ao palácio, e a pelada de domingo éuma tradição. Logo na entrada, os visitantespoderão ver as horas no relógio de sol, feito demármore e metal.

Como chegar lá. Pela Rio Branco é precisopegar a Rua Visconde de Inhaúma até o LargoSanta Rita, dobrar à direita (Rua Miguel Couto)e seguir até o início da Ladeira Major Daemon.Pela Praça Mauá, segue-se pela Rua do Acre atéa Major Daemon.

DEBORAH DUMAR

Meningite ataca pela 104a vezUm menino de 7 anos, Herbert Pinto

Neto, está internado no Hospital São Sebas-tião com meningite: ele é a 104a vítima dadoença em todo o Estado, este ano. Mas,segundo a Secretaria de Saúde, não se trata deum surto epidêmico, e sim endêmico, isto é,que aparece sempre de forma mais ou menosconstante — como a gripe ou o sarampo.

A meningite é a infecção das meninges,membranas que envolvem o sistema nervosocentral, incluindo o cérebro e a medula espi-nhal e pode ser provocada por vírus oubactérias. Os sintomas da doença são fortesdores na nuca e na cabeça, vômitos e febrealta. Isso mostra que o agente causador damoléstia, depois de atingir a garganta, subiu

para a meninge. Há dois tipos de meningite: abacteriana, mais branda, que pode ser tratadacomo um resfriado comum e a meningocócica,que exige remédios específicos, princlpalmen-te antibióticos.

Os dois tipos de meningite são transmis-síveis por contato direto através de gotículasde saliva das pessoas infectadas —" daí ser

Ereciso isolar o doente. Os alunos da Escola

>r. Cícero Pena, onde estuda o meninoHerbert, receberam indicações de um reme-dio preventivo. Mas o Chefe do Serviço deEpidemiologia de Copacabana, Neidl da Cos-ta, garantiu que a meningite contraída porHerbert não é meningocócica, mas bacte-riana.

Vidal da Trindodo

O Centro da cidade ainda tern espaqo para as crianqas brincarem

Vidal da Trindode

O Centro da cidade ainda tem espaço para as crianças brincarem

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Nn rirco, dizem os alunos, nao ha bons nem ruins. Sao todos iguais

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No circo, dizem os alunos, não há bons nem ruins. São todos iguais

Para ser de

leão precisa

Na Escola Nacional de Circo, naPraça da Bandeira, até os cinco leões têmaulas. Aprendem truques com um aluno-domador. o único dos 45 que se forma-ram semana passada no curso de inicia-ção às artes circenses a demonstrar cora-gem e aptidão para entrar na jaula,montada bem perto da linha dos trens daCentral do Brasil.

A magia do circo contaminou crian-ças de sete a 22 anos, disse o diretor daescola. Luís Olimecha. A escola formaalunos nas especialidades mais procura-das pelos circos. Eles são disputados porsrandes empresários, como Orlando Or-fei. Garcia e Thiani, mas são proibidos dese apresentar fora antes de formados.

Pendurada numa corda, a cinco me-tros de altura. Janaína Cristiana FariaCardoso, de 10 anos, faz um númeroarriscado. No picadeiro, ela já é quaseuma artista. Fora dele, uma menina sim-pies. aluna da 5a série do Colégio SantaMônica. no Méier, e moradora em Mariada Graça.

No inicio as coisas são difíceismesmo para quem, como eu, já freqüen-tou escola de dança e jazz. Depois agente se acostuma e agora eu até me sintomais segura fazendo números em grandealtura. Futuramente pretendo ser trape-zista. mas isso depende de muito treino.

Janaína sonha com o dia em que seapresentará em público e viajará com umgrande circo, integrando-se a uma troupefamosa:"Vai ser uma emoção enorme. Ocirco é uma grande família, onde não hábons nem ruins. Todos vivem e traba-lham unidos, dependentes uns dos ou-tros".

Tiete de Michael Jackson mas tam-bém torcedora do Império Serrano, ondeainda pretende desfilar um dia, Janaínasonha com a vida romântica do circo aomesmo tempo em que. fora do picadeiro,demonstra a timidez típica da menina desubúrbio:

Namorado sério não tenho, não.Mas um gatinho tudo bem. Ele é daquimesmo da escola. Só não posso dizer onome. Segredo nosso.

circo, até o

ir à escolaO espetáculo que antecedeu a entre-

ga dos diplomas aos formandos foi todomontado pelos próprios alunos, pois naescola são eles que cuidam dos aparelhos,costuram as roupas, montam trapézios ecordas, tratam dos cinco leões e sãoresponsáveis pela segurança de cada nú-mero.

Os instrutores se orgulham dos seusmeninos. Um deles, Rogério Xavier deSá, responsável pelas aulas na cama elás-tica. nasceu há 45 anos numa mala deguarda-roupa do Circo Pequeti, em SãoLuiz do. Maranhão.

É surpreendente o grau de desen-volvimento aue esses alunos atingiramnum espaço de tempo tão curto. É emo-cionante ver a dedicação deles, a preocu-pação em fazer tudo certo. Esta novageração vai levantar o circo novamente.Essa história de alguém pegar uma gui-tarra. deixar crescer o cabelo e ir para atelevisão ganhar muito mais do que quemtrabalha duro no picadeiro já está aca-bando.

Alex Coelho Sampeio, 16 anos, tam-bém acredita nisso. Ele mora no Centroda cidade e estuda na escola CalousteGulbenkian, em frente ao Camelódromo,onde até há pouco tempo eram armadosos grandes circos que se apresentam noRio. Alex, dentro de um ano, estaráintegrado a uma troupe, fazendo númerode malabarismo.

Eu cresci vendo circo e aprendi agostar deles. Um dia vi um anúncio daescola no jornal e vim me inscrever.Nesse mesmo dia, ao entrar, fiquei fasci-nado com o Augusto Bastos fazendomisérias com a cruz de malta, a tranca e abarrica. Decidi que faria aquilo e Augus-to hoje é meu professor.

O mundo encantado do circo não éassim tão inacessível. Basta um pouco deaptidão, um corpo são e muita vontade.As inscrições na Escola Nacional do Cir-co são abertas anualmente para crianças apartir de sete anos de idade. Lá se ensinaprincipalmente a arte de viver em família,a solidariedade e o espírito de união.

LUIZ EDUARDO REZENDE

Jornal do Brasil CIDADE sexta-feira, 31/8/84 ? 1° caderno ? 5

Trânsito torna o lazer cada

dia mais difícil em Botafogo

Botafogo se transformou num bairrode passagem. Um imenso corredor ondetransitam diariamente milhares de carros,ônibus e caminhões. Não existem praçasou áreas de lazer, onde as mães possamlevar os bebês para passear, as criançasbrincarem e os jovens trocarem uma idéiaentre um exercício e outro numa barra demusculação.

As obras do metrô tumultuaram, du-rante anos. a vida dos moradores. Agora,com o metrô funcionando, o drama conti-nua porque as poucas áreas livres se trans-formaram em estacionamentos de veículos.A conseqüência foi o aumento da poluição,congestionamento do trânsito e a elevaçãodo número de assaltos.

Uma das poucas praças do bairro ficana Rua Visconde de Ouro Preto, esquinacom Muniz Barreto. Ela está inacabadadesde a sua inauguração, no GovernoChagas Freitas. "Aqui nós não temos nadapara curtir como barras para fazer ginásti-ca. quadras de futebol e vôlei", diz Nelsi-

nho. 17 anos. um pouco desiludido. Eleafirma que somente a moçada que transabicicross é que gosta de ir à praça quandochove e fica enlameada.

O Diretor Financeiro da Associaçãodos Moradores de Botafogo. Carlos Alber-to Rinaldi fala de um projeto ''o arquitetoBurle Max para a construção oe uma praçacom muito verde, quadras polivalent.es econcha acústica, entre as ruas Voluntáriosda Pátria e São Clemente, numa área ondeatualmente funciona um estacionamentodo metrô. Há ainda mais dois locais — SãoClemente e Muniz Barreto — onde sepoderia construir praças e áreas de lazer.

Segundo Carlos Alberto, a associaçãoespera apenas que as autoridades >e sensi-bilizem para as necessidades do bairro eliberem as áreas para a construção daspraças. E faz um apelo: "Botafogo precisade verde e lazer para que seus moradoresnão sejam obrigados a sair para encontraralgum divertimento em ostro bairro".

Arquivo

A ^ratca"

^

'^pra^a

, ^oi acabadaA única praça , inaugurada por Chagas Freitas, não

mm.

6 o Io caderno ? sexta-feira, 31/8/84Jornal do Brasil

Fundado em 1984

Debate Ecológico

^r\ homem está destruindo o" seu meio-ambiente? Esta é

hoje uma preocupação seriíssi-

ma em países como a Alemã-nha, de alta concentração de

indústrias. As florestas ale-más, um dos grandes orgulhosdo país, estão sendo atacadas

pela chuva ácida resultante da

impregnação da atmosfera porresíduos industriais.

No Brasil, tanto a discussão

como o problema em si mesmosão extremamente localizados.Temos muito mais terras do

que a Alemanha; e muito me-nos indústrias. Ao mesmo

tempo, não temos tradição deamor ao meio-ambiente; e isso

faz o problema ecológico do

Brasil muito diferente do de

outros países.

Há dias, na cidade paulistade Cotia, começou uma séria

discussão sobre os efeitos do

crescimento industrial para acidade. Uma parte da Câmarade Cotia quer limitar ao máxi-mo a instalação de novas in-dústrias na região, para evitar

que ela se transforme numanova Cubatão (lugar de polui-ção excessiva). Outra partedos vereadores locais é contraessa atitude, dizendo que acidade precisa de novos em-

pregos, que só podem vir da

indústria.

Essa é uma discussão queainda vai render muito no Bra-sil. E importantíssimo que o

país esteja descobrindo os se-

gredos da ecologia; porque são

exatamente eles que impedemo assassínio da natureza. Ao

mesmo tempo é bom lembrar

que a ameaça às florestas do

Rio de Janeiro não vem dachuva ácida: vem da pobreza edo desemprego, que provocamo favelamento.

Den-Den

a Secretaria Nacional de Vi-

gilância Sanitária, depoisde consultar mais de 30 estu-dos científicos nacionais e es-trangeiros, concluiu que asubstância clorexidina, encon-trada nos chicletes Den-Den,não é cancerígena — isto é,não provoca o câncer. Antes

que a Secretaria realizasse esseestudo, entretanto, o susto foi

grande entre os consumidoresdo chiclete. E esse susto tam-bém tem ocorrido em relação aoutros produtos. Até há algum

tempo, uma sopa de legumes

era o que podia haver de mais

seguro e saudável como ali-

mento para os doentes. Hoje,

os legumes andam sob pesadassuspeitas. Morangos envene-

ROBERTOQuem é que ©o salvo?Figueiredo ou Delfim?

.O Brasil...

#

Esta •*paço é rosorvodo àí chorges dos leitor»*

ROBERTO SOUZA, 13 anos'Rio

CARTAS

nados foram descobertos re-centemente no Rio Grande do

Sul. Isso mostra como os mé-todos de fiscalização precisamser aperfeiçoados no Bras;i

Não se pode admitir, sequercomo hipótese, que as pessoasmorram no campo ao manu-searem produtos químicos des-tinados a eliminar fungos e

pragas das plantações. Na ver-dade, o país precisa de meca-nismos eficientes que impeçamde chegar à mesa alimentossob os quais exista a suspeitade ameaça à saúde do consu-midor. Afinal, não saber o queestá por trás de um chiclete oude um morango é perigo de-mais. Alto demais para quempaga a conta.

Tchurina 1Não gostei do artigo do Caderninho B

sobre "Vá procurar sua turma": eu efetiva-mente não me enquadro em nenhuma da-quelas turmas. Pelo contrário, considero-asincoerentes e, até certo ponto, ridículas.Sobre a minha personalidade, eu gostaria defalar que tenho 18 anos, não gosto de rockpauleira, detesto new wave, não sou playboy,mas me amarro numa gatinha. Gosto de ler oJB, o dicionário Aurélio, crônicas de CarlosDrummond de Andrade. Gosto de Física, esou um apaixonado por atletismo (...) omelhor tempo de Sebastian Coe é lm41s e omeu melhor é 2ml5s. Ah, eu ia me esque-cendo, sou estudante de Informática.

CARLOS ALEXANDRE SANTANNA18 anos/Rio

Tchurma 2Gostaria de começar este espaço escre-

vendo um agradecimento ao sr. JoaquimFerreira dos Santos por resolver um grandeproblema meu, que quase me faz recorrer aseções psicanalíticas por tempo indetermina-do, dado a sua amplitude.

Eu era um rapaz sem identidade e me viaconstantemente conturbado quando alguémme gritava: "Vá procurar sua turma". Hoje,no entanto, descobri minha identidade ediante de tal pergunta tenho a respostarápida e certeira. Tudo ocorreu quando,num belo dia, ao folhear as notícias de umimportante jornal da minha cidade, encon-trei uma vitrine social da juventude brasileirae diante de tal exposição pude fazer a minhaopção, ficando informado sobre certas dicas.Entre as opções: Playboys, Gurus. Heavys,Grafiteiros e Gatinhas, fiz a minha. Opteipor guru por achar que era a que mais seaproximava da minha realidade econômica,sexual e dos meus anseios. Eis a justificativa:

Como não posso arcar com o dispendio-so estigma de ter carro com ou sem rádioligado nas FMs, nem freqüento a discotecaCircus, não pude me enquadrar aos chama-dos Playboys. Tá limpo. Não sei se pelogosto de aparecer ou de provocar Darwin,não gosto de me camuflar com roupas negraspois poderia ser confundido com o ambiente— leia-se realidade. Talvez por isso eu estejaem extinção. Também desconheço o sr.Eládio Sandoval, além de não ser entusiastade heavy metal, principalmente Iron Mai-den, pois como diz uma velha expressão,meu ouvido não é penico. Me desculpem osfanáticos. Quanto aos grafiteiros, que sãobrancos ou negros e dançam break, nãoposso me dar ao luxo de ter a noite livre para

pichar muros. Por último, e certamente porum fatalismo sexual, não posso sequer per-tencer ao grupo das gatinhas.

Sou, portanto, um Guru — por exclusão— preocupado com a extinção do seu grupo,desconhecedor da identidade hippie de seuspais...(etc).

PAULO SIFFERT17 anos / Rio

Tal pai...Foi com enorme prazer que li os dois

primeiros Cadernos Jovem: não estranhei asboas reportagens e os bons editoriais pois opapai JB tem tido há muito tempo minhapreferência pelo seu alto grau de informa-ção. Faltava um jornal que desse notícias ànossa geração de maneira mais liberal eeducativa. A juventude de hoje, ao contráriodo que alguns dizem, não está "por fora" dosacontecimentos do Brasil e do mundo e simparticipando cada vez mais. A Coluna doCastellinho, os editoriais e o incrível PedroNava foram excelentes. Desejo sucesso aoCaderno Jovem pela grande iniciativa deinformar à juventude.

MARCOS ANDRÉ DE OLIVEIRA.16 anos/Rio

SatisfeitoCom grande satisfação constatei que fi-

nalmente um jornal sério e competente,abriu um grande espaço para os leitoresjovens em suas páginas.

Numa época de crise como a atual, écada vez mais necessário termos a juventudebem informada. Muitos jovens nunca leramum jornal inteiro: vivem alheios a tudo o queocorre no país e no mundo e, quando lêem. éapenas o caderno esportivo. (...)

Seguindo o modelo do jornal adulto, oCaderno Jovem foi brilhante: a Coluna doCastelinbo, o Caderno B, a crônica de PedroNava, enfim tudo muito bom. Porém o únicofato que tavez tenha deixado a desejar é opouco espaço dedicado as escritores e carica-turistas jovens. (...) Eu sempre gostei muitode escrever, desde menino. Pretendo cursarComunicação, desenvolver meu lado literá-rio e me tornar um bom jornalista. (...)Parabéns pela brilhante iniciativa.

WELLINGTON G: SILVA16 anos/Rio

As cartas serão selecionadas para publicaçãono todo ou em parte entre as que tiveremassinatura, nome completo e legível e endere-ço que permita confirmação prévia.

Jornal do Brasil OPINIÃO

A arrumação da casa ao nosso gosto

Cois&s da politica

A eleição mesmoindireta mas,

com participação dopovo, do Presidenteda República, não éum remédio mila-groso capaz de curarde uma hora paraoutra todos os nos-sos males. Mas é,certamente, o primeiro passo e sem o qual nãose inicia a caminhada.

Como é que se constrói uma casa? Ora, éclaro que se começa pelos alicerces. Todomundo já viu e mesmo acompanhou, empurra-do pela curiosidade, a construção de umedifício. Traça-se a planta no chão e começa-sea cavar o terreno para fincar as estacas.

Pois. numa comparação muito simples, éisto o que significa a sucessão. Não se trata de

difícilA TUALMENTE as pichações

ainda estão na moda. Quasetodos os muros e paredes do Riode Janeiro estão pichados; atémesmo dentro dos túneis. Não hámais quase nenhum lugar que nãoesteja rabiscado. Nos parece quemuitas das pessoas que picham,fazem isso como diversão, ou pornão ter o que fazer. Será que elasnão têm1 consciência do que fa-zem? Cada dia tornam nossa cida-de mais suja, causando má im-pressão do nosso comportamentoa todas as pessoas de outros lu-

gares.Um turista, andando no Cen-

tro de nossa cidade, sabendo queo Brasil é um país subdesenvolvi-do e atrasado em relação aosoutros, vai pensar que, além detudo, somos malucos! Porque, afi-nal, o que ganham com isso? Tal-vez um pouco mais do que o

prazer: a má fama.

JOÃO CARLOS DE GOUVEIA13 anos/Rio

construir o Brasil, que já está feito. Mas dereconstruir o regime político, com a montageme consolidação de uma democracia estável,baseada na Constituição, de bases sólidas eduradouras.

Depois de um longo período revoluciona-rio como o que estávamos atravessando desde1964, é inevitável que as instituições democrá-ticas necessitem de reparos profundos. O pro-cesso de transição revolucionária exige, comfreqüência, soluções de emergência, impostassob pressão e pelos desvios autoritários.

Quando chega a hora de retomar o leito daplena normalidade democrática, a casa precisaser reformada de alto a baixo. Pois a horachegou e é de reconstrução que estamoscuidando.

Um país que deseja praticar a democracianecessita de uma estrutura constitucional, es-tabelecida pelos clássicos processos experi-

SSE3Ê

Pichação,

solução

Li be rati

Jornal do Brasil

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mentados e reconhecidos pela prática política.A democracia é o regime que se baseia narepresentatividade. Quer dizer, como não sepode ouvir sempre o povo para tomar umadecisão importante, ele é representado pelosparlamentares, os quais recebem um mandatoespecífico, com prazo fixo através do voto. Emcada eleição, o povo tem a oportunidade demanter pela reeleição os seus representantesou trocá-los por outros, que considere maisautênticos.

O Presidente da" República, numa demo-cracia, também deve ser eleito para governarem nome do povo e de acordo com os compro-missos que assumir durante a campanha.

Daqui até 15 de janeiro de 85, quando ofuturo presidente for eleito indiretamente peloColégio Eleitoral, os dois candidatos — PauloMaluf, pelo PDS e Tancredo Neves, pelaOposição, estarão empenhados numa intensa

campanha. Vamos ter comícios, debates pelorádio, pela televisão, pronunciamentos pelosjornais. A campanha vai obrigar os candidatosa ouvir o povo e a recolher as suas reivindica-ções.

Um deles, já expressamente assumido, é oda reforma da Constituição. É por aí quevamos começar a reconstruir o regime demo-crático. Pelos alicerces. E, da mesma maneiracomo o povo está influindo na campanha eimpondo aos candidatos compromissos quedepois serão cobrados, também vai participarda reforma constitucional, através dos seusrepresentantes no Congresso. Afinal, a casa énossa e temos o direito de arrumá-la comoquisermos.

VILLAS-BÒAS CORRÊARepórter político do JORNAL DO BRASIL

Incêndio em Itatiaia

ESTÃO acabando com o Bra-sil, com tudo aquilo que nós

temos de bom (ainda), estou mereferindo é claro à distribuiçãodas florestas brasileiras.

Se já não bastasse o desmata-mento da Amazônia, pega fogouma bela reserva ecológica, umamata que o homem ainda nãotinha posto a mão. Mas graças aDeus a natureza soube mais umavez se superar e, com as chuvas,foi-se e fogo. Ainda assim perde-mos um bom pedaço de mata,

perdemos um pouco da belezadeste país, da cultura deste povo,o fogo destruiu um pouco de cadaum de nós. Se continuarmos as-sim, sabe onde vamos parar? Va-mos parar num país cinza, semverde, sem vida, e sem beleza,pois é isso que a natureza nosfornece — vida, o homem precisadela para viver.

Bem, o Parque de Itatiaia pe-gou fogo. Agora eu pergunto, e aAmazônia pegou fogo também? Eeu mesmo respondo: que fogo quenada, a Amazônia também estásendo destruída mas não pelo fo-

go; pelo homem. O homem estádestruindo coisas que para chega-rem a onde chegaram levaram

milênios. Meu Deus, será que elesnão enchergam isso? E o que maisme irrita, o que mais me corrói, é

que erram achando que estão fa-zendo um grande bem à nação.Pura mentira. Desmatar nunca foifazer bem à nação.

Se quando eles destruíssem al-

gumas dessas centenárias árvores,replantassem..., poxa, levar 100anos para atingir aquela enverga-dura e morrer na mão de ummaluco com uma máquina? Nãofaz sentido, faz? O homem nãotem esse direito.

Gente, vamos tentar reconsti-tuir o que o fogo simplesmenteengoliu, destruiu por completo,não foi o parque todo, mas a parteque morreu pode e deve ser re-cauchutada, porque faz falta, mui-ta falta. O Parque Nacional deItatiaia faz parte da história desse

país. O mesmo acontece com aAmazônia. Essa mata é de totalimportância para nós. Vamos

plantar, vamos devolver o verdeao nosso País. É esse o verdadeiroprogresso, progredir sem retro-ceder.

FABRÍCIO SIMÕES DA FONSECA15 ANOS'RIO

O

PETROBRASPETROLEO BRASILEIRO S.A.

Neste Domingo

O Concurso FAÇA O SEU JB

Espera você na página 2 do Caderno

QUADRINHOS

9 ? Io caderno o sexta-feira, 31/8-84 INTERNACIONAL Jornal do Brasil

É difícil, mas um dia o lixo espacial

poderá desabar na cabeça de alguém

-™- 1:1 »:O que você acha de estar andan-

do pela rua um dia desses e levarcom um pedaço de satélite na cabe-ça? Impossível? Pode ser, pelo me-nos é c que garantem os cientistasda Administração Nacional de Ae-ronáutica e Espaço (NASA), dosEstados Unidos. Eles dizem que achance de um desastre desses é deuma em 100 bilhões, as únicasvítimas de que se tem notícia foramcabeças de gado na África do Sul ena ilha comunista de Cuba, ondeuma vaca foi morta pelo fragmentode um satélite imperialista ameri-cano.

Brincadeiras à parte, o lixo espa-ciai é uma coisa muito séria. Maisde 10 mil fragmentos de naves esatélites, lançados desde o início daera espacial em 1957. voam emtorno da Terra. Seis mil deles estãocaindo lentamente em direção àatmosfera onde a maioria vai sedesintegrar pelo atrito com o oxigê-mo numa velocidade de mais oumenos 27 mil quilômetros horários.

O espaço pode ser infinito mas aárea em torno da Terra para opera-ção de satélites é limitada em faixasde onde estes aparelhos podemcumprir com precisão suas funções.Satélites de espionagem, pesauisa emeteorologia operam nas chama-das órbitas baixas, entre 300 e 5(X)quilômetros de altura, enquanto ossatélites de comunicações funcio-nam numa faixa entre 37 mil e 43mil quilômetros.

O número de lançamentos paraatender à crescente demanda, prin-cipalmente de comunicações, au-mentou de 100 por ano em 1977para 1S0 em 1982. Em 1977, o lixoespacial compunha-se de 4 mil 75fragmentos, em 1W2 já eram 9 mil465. Não estranhem a precisão dosnúmeros E que esses fragmentosconstituem perigo potencial parasatélites em operação, por isso umcomplexo sistema de rastreamentofunciona no bloco ocidental e nocomunista para controlar rigorosa-mente o lixo espacial.

O fragmento mais famoso atéhoje foi o laboratório espacial ame-ricano Skylab, abandonado em1973. e que caiu no mar em 1979depois de espalhar paranóia pelomundo inteiro. No espaço, o Sky-lab não pesava nada. mas seu pesopor aqui era de 80 toneladas, queseriam multiplicadas com a veloci-dade da queda.

Outra grande paranóia são ossatélites que levam unidades gera-doras nucleares: em janeiro de 78.o artefato russo Cosmos 954 caiu aNoroeste do Canadá mas seu rea-tor. com 50 quilos de urânio 235. sedesintegrou na atmosfera. A mes-ma coisa aconteceu com um satéliteamericano movido a energia atómi-ca. provocando protestos de ecolo-gistas que temem uma poluiçãoambiental com a poeira radioativa.

Muitos fragmentos têm apenasalguns centímetros de tamanhomas sua colisão com um objetobem maior pode ser fatal, os cien-tistas dizem que pedaços metálicosde lü centímetros têm o mesmopoder de destruição de cinco grana-das de mão. Em julho de 81, por

exemplo, o satélite soviético Cos-mos 1275. atingido por um pedaci-nho de metal, fragmentou-se em144 partes.

Um objeto em órbita leva 30anos para cair 100 quilômetros, porisso a poluição espacial cresce mui-to mais que a limpeza natural des-ses fragmentos. Talvez, no futuro,os cientistas sejam obrigados acriar algum tipo de gari espacialpara limpar a área mas. por en-quanto, a preocupação -é evitar asaturação da faixa de operação dossatélites.

Atualmente nenhuma nave podeir até a altura necessária para aten-der a um satélite de comunicações.As naves recuperáveis americanaspodem ir pouco além de 500 quilô-metros e a União Soviética nemtem ainda este modelo de navefuncionando. Os satélites de comu-nicações poderão ser consertadossó quando houver estações espa-ciais permanentes em órbita deonde sairão pequenas naves capa-zes de ir até a altura necessáriapara fazer consertos, remover saté-lites inoperantes e até fazer umafaxina geral. (JF)

NASA sana defeito e Discovery sobe

com satélites e o seu Io passageiro

A nave espacial recuperável Dis- seis tripulantes, incluindo a segunda _ A Discoverv. como suas irrA nave espacial recuperável Discovery subiu ontem, finalmente, pa-ra sua viagem inaugural de seis diascom sete minutos de atraso devido àentrada irregular de um avião parti-cular na área interditada para o lan-çamento quando faltavam nove mi-nutos para a partida.

Tudo correu bem. incluindo aseparação do tanque externo de-combustível e dos dois foguetes auxi-liares que. na véspera, a NASAtemeu que não se realizasse por(iefeito num computador, por issoadiou o vôo pela terceira vez.

A revisão nos programas docomputador mostrou que estava tu-do bem e a NASA reiniciou novacontagem que terminou ontem demanhã, quando a nave subiu com

seis tripulantes, incluindo a segundamulher a ir ao espaço, Judith Res-nick. Dois adiamentos em junho le-varam a NASA a mandar ao espaçoa carga de duas missões para reconi-por o calendário de vôos, por isso aDiscovery leva dois satélites de co-municações e um terceiro da Ma-rinha.

A nave leva também o primeiropassageiro com passagem paga:Charles Walker. 36 anos, engenheiroda empresa McDonnel Douglas, quepagou 80 mil dólares para ele ir aoespaço fazer uma experiência cha-mada eletroforese. a separação desubstâncias orgânicas usadas na fa-bricação de remédios. O processo érealizado na Terra mas a falta degravidade no espaço permite obtermaterial muito mais puro.

A Discovery. como suas irmãsgêmeas Columbia e Challenger. vaiao espaço impulsionada por cincofoguetes: três deles estão na caudada própria nave e consomem 2 mi-Ihões de litros de oxigênio líquido ehidrogênio líquido estocados nogrande tanque externo de combustí-vel em oito minutos.

Para vencer a força da gravida-de. a nave conta com dois grandesfoguetes auxiliares. acoplados noslados do tanque, que funcionam doisminutos consumindo 1 milhão 200mil toneladas de combustível sólido.Assim que esgotam suas reservas,são ejetados e caem no mar, ondeum barco os recolhe, leva-os para oporto de onde vão para a fábrica. Lásofrem uma revisão e voltam a serusados novamente.

EUA e URSS têm armas

que destruiriam com um

só disparo 20 Hiroximas

Nos dias 6 e 9 de agosto últimos, o mundo lembrou o39° aniversário do nascimento da era nuclear com duaspequenas bombas atômicas jogadas sobre as cidades japo-nesas de Hiroxima e Nagasáqui, responsáveis pela mortede 150 mil pessoas e por ferimentos em 94 mil.

Hoje um único míssil russo SS-20 com três ogivasnucleares, que podem ser dirigidas para alvos separados,possui uma capacidade de destruição equivalente a 36Dombas iguais à cjue pulverizou Hiroxima. No lado ociden-tal, o míssil americano Pershing-2 tem uma ogiva quepoderia destruir 20 Hiroximas.

Estas duas armas estão no teatro europeu e sãoclassificadas como mísseis de médio alcance, capazes dealcançar até 5 mil quilômetros do ponto de lançamento. Oarsenal nuclear mundial inclui mísseis de longo alcance(cada um poderia destruir entre 1 mil e 1 mil 600Hiroximas). mísseis de curto alcance (destroem uma gran-de cidade como Nova Iorque) e até balas de canhãonucleares capazes de matar algumas centenas de soldados.

Tudo isso lançado de terra, de navios e submarinos, edo ar por bombardeiros. No total, os arsenais mundiaisguardam o equivalente a 1 milhão de bombas iguais à quedevastou Hiroxima. Controlar o crescimento desses arse-nais, reduzi-los ou mesmo acabar com eles é uma questãoexplosiva que demanda anualmente centenas de horas denegociações entre autoridades e centenas de protestos decidadãos mobilizados em todo o mundo num movimentopacifista contra o holocausto nuclear.

As perspectivas neste agosto de 84 para a paz sãonada promissoras: as negociações entre as Superpotênciasestão interrompidas desde novembro do ano passadoquando a União Soviética se retirou da mesa de negocia-ções em Genebra num protesto contra a chegada à Europados primeiros mísseis americanos Tomahawk Cruise ePershing-2, parte do programa de rearmamento da aliançaocidental, a Organização do Tratado do Atlântico Norte(OTAN) que engloba EUA, Europa Ocidental, Canadá eJapão.

As negociações para limitar os grandes mísseis ini.;r-continentais paralisaram-se em dezembro do ano passado,também por iniciativa russa. De lá para cá os dois ladosvêm se acusando mutuamente de intenções belicistas e seproclamando guardiães da paz. Enquanto isso fabricammais e mais armas: os Estados Unidos tocam um novomíssil intercontinental com 10 ogivas independentes, pre-param o teste de uma arma anti-satélites (alegando que oKremlin tem uma igual) e tocam um futurista escudoespacial que destruiria com raios laser qualquer míssilinimigo atacante, um programa popularmente chamado deGuerra nas Estrelas.

A União Soviética, com a desculpa de não deixar queos EUA consigam superioridade militar, também desen-volve sua versão do MX, um míssil Cruise similar aamodelo americano e pesquisa armas laser. No meio detudo isto está a Humanidade inteira, que seria arrastadapara a destruição com a explosão de apenas um décimo dosarsenais mundiais.

Jornal do Brasil CIÊNCIA/TECNOLOGIA sexta-fetea, 31/8/84 ? Io caderno ? 9

DANDO CIÊNCIA

Pipoca e amendoim

A séria e discreta IBM já tinha aderido aoAmendoim (Peanut) mas agora entrou na era doPipoca (Popcorn). Estes são os nomes que oscomerciantes de computadores e os americanos quegostam de micros batizaram dois equipamentos deuso pessoal que a empresa lançou, nos EstadosUnidos. Sem ter sido denominado oficialmente dePeanut, este micro chegou ao mercado no final doano passado. E menorzinho, mas semelhante aoPersonal Computer (O IBM-PC) — um grandesucesso de vendas, que inspirou várias indústriasbrasileiras a produzirem computadores seme-lhantes.

Agora, veio o Personal Computer AT — oPopcorn — que é duas vezes mais veloz do que oPC. Ele é indicado para profissionais, pode atendera três usuários simultaneamente (interligados porterminais de vídeo), custa entre 4 mil dólares (cercade 8 milhões) e 6 mil dólares (12 milhões). Temquase o dobro da memória do IBM-PC, o pioneiro:são 512 kbytes. De grão em grão, ou de amendoim apipoca, a IBM, que entrou no mercado de microsmuito tempo depois da Apple, já tem 39% domercado americano dos equipamentos pessoais. AApple tem 28% e as outras todas 33%. A IBMoferece ao consumidor agora cinco tipos de microsdiferentes. O PC, PC XT, PC jr, PC Portátil e,agora, PC AT.

Colorido

Fliperama no TK-2000,da Microdigital. O compu-tador, com vídeo colorido,da empresa que mais comer-cializa micros no país (e atéestá vendendo para a China),já tem um programa novo nomercado. Parecido com o co-nhecido Come-Come, o Fli-perama faz o jogador saircorrendo, tentando comer uns pontinhos na tela,enquanto está sendo perseguido por carrinhos su-pervelozes. Quanto mais pontinhos forem sendocomidos, mais carrinhos entram no vídeo, perse-guindo sem clemência o jogador. A fita cassete custaCr$ 14 mil 500 e o disquete, Cr$ 28 mil.

AS mais caro

Em outubro, chegou ao mercado o micro AS-1000, da linha Sinclair (a família dos TKs). Com 16kbytes de memória (expansão para 48 kbytes),produzido pela Engebrás, empresa carioca, ocomputador vem fazendo sucesso (seu preço éacessível, custa Cr$ 326 mil). Agora, o AS-1000avançou mais: ao invés de só oferecer o modelo comteclado tipo membrana — que dificulta um pouco aoperação — a Engebrás esta lançando o equipamen-to com teclado igual ao dos micros profissionais.Ficou um pouco mais caro — Cr$ 496 mil — masbem mais simples de se utilizar. A empresa fica naRua do Russel, 450/3° andar.

Olímpica

Você participa das Olimpíadas através de 10diferentes modalidades de esportes. Ou, então,testa sua memória: aparece na tela um rosto, depoisele pisca o olho direito, em seguida, o esquerdo, onariz mexe, a carinha sorri ou esboça choro. Osegredo é conseguir guardar tudo na memória erepetir os movimentos sem errar. Estes são os doismais novos programas que a Biblioteca Brasileira deSoftware (BBS) tem para oferecer. A BBS tem maisde 4 mil programas para microcomputadores —sérios ou jogos — para qualquer tipo de micro.Quem só usa software em cassete paga Cr$ 20 mil deinscrição e taxa mensal de Cr$ 10 mil. Para disquetea inscrição é de Cr$ 45 mil e a taxa varia de Cr$ 12mil a Cr$ 30 mil. O telefone é 221-1674.

HELOÍSA MAGALHÃES

Escola diz tudo sobre plantas

e

animais. E quase

de graça

Uma escola pouco conhecida, aWenceslau Bello, instalada na Ave-nida Brasil, 9.727, ensina que, comodisse Pero Vaz de Caminha,"em seplantanto, dá". Ali se aprende, em40 cursos diferentes, matérias que asescolas comuns ignoram, como hor-ticultura (cultivo de hortas), fruticul-tura (cultivo de árvores frutíferas),reflorestamento, jardinagem, irriga-ção, paisagismo e até apicultura(criação de abelhas) e ranicultura(criação de rãs).

Se você quiser uma vantagemimediata, além do prazer de lidarcom plantas e árvores, saiba que oscursos não exigem qualquer vestibu-lar — daí que seus alunos venham detodas as áreas: médicos, donas-de-casa, estudantes e aposentados. Sãocursos rápidos, de dois tipos: osavulsos, com uma carga total de 24horas por Cr$ 27 mil (incluindo apos-tilas para as aulas teóricas e materialpara aulas práticas, como adubo eferramentas); e os de qualificaçãoprofissional que custam Cr$ 41 mil,com 36 horas de aula e direito a umdiploma reconhecido pelo Governo.

Ainda está em tempo de vocêfreqüentar um curso este ano, pois opróximo período letivo começa nofinal de setembro. O telefone daescola é 260-2633 e, às sextas-feirasatende das 7 às 16h para responder adúvidas sobre plantas e criações.

Uma horta na janelaA Escola Wenceslau Bello per-

tence à Sociedade Nacional de Agri-cultura e quer mudar o hábito domorador das grandes cidades, incen-tivando a cultivar verduras e legumespara seu próprio consumo. Comopouca gente tem um quintal de 100metros quadrados, suficiente paraproduzir uma horta de bom tama-

Liboroíi

nho, veja como plantar num terraçode apartamento, varanda ou área deserviço ensolarados:

1. Os vegetais mais apropriadossão couve, alface, bertalha, e ostemperos, como salsa, cebolinha ecoentro. Três a quatro pés de couvee outro de bertalha abastecem umafamília média.

2. Prepare a sementeira numacaixa à parte, usando terra aduba; nomínimo, dois quilos por metro qua-drado, à venda em supermercadosou na própria escola. Um saco deoito quilos custa cerca de Cr$ 400.

3. Plantadas as sementes (à ven-da em casas especializadas), espere amuda alcançar uma altura de 8cm a12cm. Transplante-a para o local

definitivo, guardando um espaço en-tre os pés (alface. 30cm; couve. 50cm; bertalha. 40cm; cebolinha, salsae coentro, 20cm).

4. Duas semanas após o plantio,adube com uma colheres de sopa desalitre do Chile dissolvido em 20litros de água. Repita 10 dias depoise pode colher: da terra à mesa, umpé de alface leva de 35 a 40 dias; acouve e a bertalha. de 45 a 50 dias.

5. A rega deve ser feita duasvezes por dia durante o inverno e atéquatro vezes durante o verão, sem-pre de manhã ou à tarde.

6. O vasilhame deve ter pedri-nhas no fundo para ajudar a drena-gem e ficar em local que recebabastante sol.

Bebês poderão Dicionário acaba comser operados

ainda no útero mistério da informáticaPara o bebê, o útero materno é o

melhor lugar do mundo: quentinho,aconchegante, silencioso. Para o mé-dico australiano Earl Owen, entre-tanto, o útero é o melhor Centro deTerapia Intensiva. Ele declarou issono 8° Congresso Internacional deMicrocirurgia, nos Estados Unidos,onde outros médicos concordaramcom ele que, em muitos casos deanomalias físicas, o melhor é operarantes do bebê nascer.

Para operar fora do útero mater-no, é preciso usar anestesia, explicouele, e, em certas doenças, isso podeser muito perigoso, já que os pul-mões do bebê não estão completa-mente desenvolvidos. Depois de ex-periências feitas com animais, verifi-cou-se que problemas como lábiosleporinos, hérnia do diafragma epequenas deformações na coluna po-derão ser corrigidos antes do nasci-mento. "É a cirurgia do futuro",garante o Dr. Owen. Para os bebês,é o final de nove meses de sossego.

Tão difícil quanto entender oeconomês (linguagem em que se co-municam os economistas), é o diale-to da informática. Este, com umagravante, diz a analista de sistemasAna Helena Fragomeni: o brasileiroadora falar em inglês até para men-sagens nas camisetas. Para descolo-nizar a informática, ela preparou umdicionário que não só traduz comoexplica todas as palavras usadas porquem lida com computadores. As-sim, diz, ela, os leigos não se senti-rão ignorantes por não conhecê-las."

O dicionário levou cinco anospara ser feito e, junto com ele, viráuma carta-resposta para o leitormandar sugestões, críticas e atéacréscimos que realimentarão umasegunda edição do livro. (Atenção,leitor: a palavra grifada já foi tradu-zida do livro: qualquer entendido eminformática usaria o termo feedbackpara significar realimentar).

— Muitas vezes, as pessoasusam uma linguagem difícil ou com-

plicada só para impressionar ou paraparecerem eruditas. Por que chamarequipamento de sofwarev perguntaela.

Ana Helena teve o apoio e oaconselhamento de um dos mais res-peitados tradutores brasileiros, o fi-lólogo (palavra de origem grega quesignifica amigo das palavras) Antó-nio Houaiss, de quem ouviu o se-guinte: "Traduza pelo som da pala-vra em inglês e depois proponha ossentidos em português." Isso se tor-na bem difícil na prática, quando sesabe que o dicionário trata de temascomo Processamento de dados. Ci-bernética, microeletrônica. Lógica,Matemática e Física. Exemplo dedois verbetes do livro: Byte: baite.Cadeia de caracteres binários trata-dos como uma unidade. Geralmenteé menor que uma palavra de máqui-na e se refere ao segmento designadopara conter um caracter alfanuméri-co. O baite mais usado é o de oitobaites, Software: logidal.

** 10 ? Io caderno ? sexta-feira, 31/8/84

Jornal do BrasilliheratiECONOMIA

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Salários foram encurtados para

atacar inflação mas não adiantou

Por que os salários encurtam? Apa-rentemente, a resposta a esta pergunta ésimples. Os salários encurtam porque asmercadorias que as pessoas precisamcomprar são contempladas com aumen-tos maiores do que os concedidos aossalários. Durante muito tempo os gover-nos atribuíram aos aumentos dos saláriosgrande parte da responsabilidade pelopermanente aumento da inflação.

Com base nisso, concluíram os técni-cos do Governo que os reajustes dossalários deveriam ser sempre regidos poríndices abaixo da inflação constatada emdeterminado período. Assim, se a infla-ção. por exemplo, subisse 200% em umano. os salários deveriam ser corrigidosabaixo desse percentual. Defendia-se.dessa forma, a tese de que. para com-pensar a elevação dos salários, os empre-sários seriam obrigados a aumentar os

preços das mercadorias. A isso deu-se onome de realimentação da inflação, de-monstrada numa conta extremamentesimples.

Mais salário resulta em preços maisaltos, que consomem o aumento conce-dido aos salários e resulta em maisinflação.

Aceita esta equação estranha, foimontado pelo Governo um decreto, quetomou a designação de 2 065, votadopelo Congresso Nacional e tornado leipara reger os aumentos de salários. Afórmula anterior, ainda que beneficiasseas camadas de salários mais baixos, con-tinha igualmente os ganhos da chamadaclasse média.

Não resolveu nada. Os salários nosúltimos anos foram corrigidos bem abai-xo da inflação e esta não cedeu pratica-mente nada. O resultado não demorou aaparecer. Com seus ganhos achatados, aclasse média — faixa de cidadãos quemais consome os bens produzidos pelaindústria — foi abrindo mão, cada vezmais. de tudo o que não fosse absoluta-mente indispensável.

Ora, essa mudança de hábitos deconsumo bateu em cheio na indústria

que. sem ter consumidores, passou aproduzir menos, a demitir empregados ea ver seus lucros reduzidos. Agora, de-pois de um largo período de achatamen-to promovido pelo governo, aumenta acada dia o número de empresários obri-gados a descumprir a lei e concederreajustes de salários acima do que foifixado pelo 2 065.

É uma forma, acredita-se, de permi-tir que os assalariados recuperem a pos-sibilidade de adquirir bens de consumopara que, comprando o de que precisam,ajudem a botar em movimento a econo-mia do país. É a equação do governo aocontrário.

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Se todos ganham mais, todos com-pram mais. os empresários produzem elucram mais e pagam mais aos seusempregados, além de investirem maisem suas empresas, gerando mais em-

pregos.Por enquanto não dá para saber se os

salários aumentados em índices acimados previstos em lei resultarão em au-mentos das mesadas dos filhos — afinal,foi longa a estiagem por que passaram osassalariados e os bons tempos ainda nãoestão completamente de volta. De qual-quer maneira, já há dois tostões deesperança.

Dívida se confunde com a História do Brasil

A dívida externa do Brasil e deoutros países ainda pobres é um

problema tão grande que quase dia-riamente está nas primeiras páginasdos jornais. De 10 anos para cá, oproblema ficou muito mais grave,mas a verdade é que a dívida externaé um assunto tão antigo que se con-funde com a própria história do Bra-sil. Dois anos depois de D. Pedro Iter dado o célebre grito

"Indepen-

dência ou Morte", às margens doriacho Ipiranga, o Brasil herdou umaenorme dívida que os portuguesesfizeram nos bancos ingleses.

E o mais engraçado é que essadívida foi feita exatamente para quePortugal financiasse suas tropas, co-mandadas pelo General Madeira,que ainda resistiam na Bahia contra aindependência brasileira (só em 1823é que essas tropas se renderam). EPortugal só decidiu aceitar a inde-pendência do Brasil depois que D.

Pedro 1 concordou em ficar com adívida. Assim, o novo país nasceu jáendividado.

Mas, por que um país precisa terdívida externa? No caso do Brasil,porque desde os tempos em que eracolônia portuguesa o país nunca con-seguiu produzir os bens necessáriospara atender o consumo da popula-ção. Quando era colônia, o Brasilapenas explorava alguns produtos —como a madeira, o algodão, o açúcar,o ouro, as pedras preciosas e, depois,o café. O resto, tinha que importar:até caixões para os deiuntos maisnobres vinham da Inglaterra. Tecidospara os vestidos das damas da Cortedo Imperador, e muitas outras coisasque podiam perfeitamente ser produ-zidas por aqui mesmo.

Dessa maneira, o Brasil sempreacabava importando mais do queexportava. E, para cobrir a diferen-ça, fazia dívidas no exterior, sempre

esperando pagar mais tarde com umaumento da produção interna e dasexportações. Vale a pena lembrarque importações é o que o paíscompra do exterior, e exportação é o

que vende.O Brasil foi crescendo e se sofisti-

cando. Começaram a surgir indús-trias, as cidades foram deixando deser pequenas e novas necessidades deconsumo apareceram. As fábricasprecisavam comprar máquinas e ma-térias-primas — ingredientes de seusprodutos — no exterior. E, paratransportar suas mercadorias, preci-savam de estradas, ferrovias, portos,navios. Para fazer tudo isso, o paístinha que chamar construtoras es-trangeiras e comprar mais mercado-rias no exterior. E tome mais dívidaexterna, sempre esperando um diapagar com exportações.

Os caixões do passado foramsubstituídos no início do século XXpor máquinas, em seguida pelos au-

tomóveis e mais tarde pelo petróleo,para movimentar as máquinas e osautomóveis. Quer dizer, sempre iasurgindo uma necessidade nova. Ecomo a moeda brasileira só é aceitano Brasil, o jeito era pedir emprésti-mos aos bancos de países que tinhammoedas com aceitação internacional.No século passado, o Brasil tinha quepedir emprestado a bancos ingleses,pois era a libra esterlina que domina-va. Às vezes, tomava empréstimostambém na França. Neste século e,principalmente, após a II GuerraMundial, o dólar passou a reinar. Adívida externa brasileira deixou deser em libras e já em 1950 tinhapassado a ser quase toda em dólares.

Como se vê, o Brasil deve não éde hoje. Essa história de dívida ex-terna precisa de mais um pouco depapel e tinta para ser explicada.Aguarde que tem mais.

GEORGE VIDOR

Bi

Jornal do Brasil ESPORTES' sexta-feira} 3 #8/84» ? 1° caderno ? 11

Bicicross é emoção. 0 resto é só ciclismoVidal da Trindade Aa arnlrhrvaHnc mm konor

Para ser um campeão de bicicross, nãobasta só saber andar de bicicleta. É precisosaber correr, fazer acrobacias, saltar atédois metros, evitar as quedas e chegar nafrente dos outros competidores. Para isso,as bicicletas não podem ser "caretas", comos cromados reluzentes, os pneus, frios, osquadros de ferro, tradicionais. É precisomuita cor nas rodas, pneus largos paramaior aderência e quadros de alumínio,mais leves e resistentes, cobertos de decai-ques de escuderias estrangeiras.

Um esporte relativamente novo — sur-giu nos Estados Unidos em 71 e há cincoanos começou a ser praticado no Rio e emSão Paulo —, o bicicross já tem muitosseguidores no Brasil. E todos conhecembem os segredos do esporte. Sabem, porexemplo, que uma bicicleta de competiçãotem de ser toda envenenada, como oscarros de Fórmula-1. Para isso, há dezenasde oficinas e lojas especializadas não só naconstrução dessas bicicletas mas tambémno conserto e troca de peças.

A máquina idealNessas lojas, também podem ser en-

contrados os modelos da Calói (extranylone extra-light) e Monark (BMX) já adapta-dos às competições. Os quadros de ferrosão substituídos pelos de alumínio, maisresistentes e meio quilo mais leves, jáfabricados no Brasil, que favorecerem nãosó as corridas em pista de terra batidacomo as provas de acrobacia. A loja Tri-Shop, no Leme, já vende esses quadros.

Os pedais também são especiais, emalumínio, mais largos, com maior apoio

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Saltar obstáculos faz parte das competições de bicicross

para os pés e mais leves e resistentes. Osfreios manuais, também em alumínio, e osaros largos para os pneus balão completama bicicleta ideal para o cross. Tudo muitocolorido pois, dizem os entendidos, quantomais cores na bicicleta mais fãs o pilotoconsegue.

Mas não é só uma máquina superenve-nenada que faz um campeáo. Ele precisatambém de roupas especiais que protegemnos tombos e nas batidas e dão um charmeespecial. A começar pelo capacete, maisachatado e menor que os de motoqueiros— vão só até a altura das orelhas — em

fibra de vidro, acolchoados com isopor.Custam entre CrS 15 mil e CrS 30 mil, osnacionais. Os importados, forrados comuma espuma especial, levam o nome do"patrocinador" do piloto e custam CrS 12mil. As calças, em nylon ou jeans, tambémacolchoados na parte traseira e nos joe-lhos, custam, em média, CrS 50 mil. Asjaquetas, com protetores nos ombros e noscotovelos, são em jérsei de nylon e custamentre CrS 15 mil e 25 mil. Nos pés,qualquer tipo de tênis serve.

As feras do bicicross no Rio são Ernes-to Favoram Neto, Marcos de OliveiraRamos e Ronaldo Barcelos, da categoriaadulto — entre 15 e 18 anos. Eles reconhe-cem que, para ser fera, é preciso muitaperícia para não empenar o pé de vela(conjunto de pedal, coroa e corrente) enão quebrar o garfo dianteiro nem a caixade direção, os danos mais comuns sofridospelas bicicletas durante uma corrida.

Porém, mais do que perícia, também énecessária muita coragem para encararuma pista de 250 a 300 m de comprimentopor três metros de largura,-com retas de 20a 30 metros limitadas por curvas fechadas eobstáculos que podem ser rampas de saltosou declives fortes. No momento, a loj Tri-Shop tenta obter, junto ao Governo doEstado, um local para instalar uma pista debicicross já que a única que havia, na Barrada Tijuca, foi fechada e os pilotos passa-ram a se exibir e treinar nas ruas, praças ecalçadas.

ANGELA CUNHA

Os esportes do fim de semana

A Olimpíada acabou e as televisõesbrasileiras voltaram às suas programa-ções normais, abandonando o debilitadoesporte amador brasileiro. Assim, aqueleconforto de ver Carl Lewis saltando,Joaquim Cruz ganhando medalha de ou-ro, o time de basquete dos Estados Uni-dos encestando de tudo quanto é maneirae Bernard cravando a bola na quadraadversária, tendo ao lado sanduíches eum refrigerante, acabou. Logo, a partirde agora, o negócio é esporte ao vivo e,neste fim de semana, a programação édas mais variadas.

As competições vão acontecer porpraticamente todo o Rio, em pistas, qua-dras, ginásios e raias, com um detalheadicional e da maior importância para omomento de crise que atinge o brasileiro:é quase tudo de graça. Senão, vejamos:

integrar a guarnição do barco quarto-com, do Flamengo.

Atletismo

O atletismo promoverá corridas defundo e meio-fundo, domingo, a partirdas 9 horas, no Estádio Célio de Barros.Para quem não sabe, é a pista ao lado doMaracanã e também não paga nada.

serão realizadas hoje, amanhã e domingoas três primeiras regatas do CampeonatoBrasileiro da Classe Star, promovido peloIate Clube do Rio de Janeiro. Entre asatrações, vários campeões pan-americanos, além de Daniel Adler. ga-nhador da medalha de prata da Olímpia-da.de Los Angeles, na Classe Soling.Também estarão na raia: Jorge Zarit eEduardo de Souza Ramos, que competi-ram em Long Beach.

Vôlei

Handebol

Basquete

Remo

Na Lagoa Rodrigo de Freitas, prosse-gue o Campeonato Estadual de Remo,pela manhã. Você poderá ver as largadasem frente à igreja de Santa MargaridaMaria, acompanhar os barcos, de carroou a pé (neste caso correndo, e muito)pela Avenida Borges de Medeiros, até oEstádio de Remo, onde a entrada éfranca. A grande atração do dia, alémdos páreos com remadores do Flamengo,Vasco e Botafogo, será a primeira apre-sentação de Walter Hime e Ângelo Ros-so, no Brasil, após o excelente quartolugar obtido no dois-com, nos JogosOumpicos de Los Angeles. A dupla vai

Outra atividade programada para do-mingo, na Zona Norte, é o Torneio Iníciode Basquete. A competição é movimen-tada, diferente dos campeonatos nor-mais, e vai reunir todos os clubes do Rioe do Grande Rio; a partir das 16 horas,no ginásio do Tijuca. A tabela prevê adisputa de nove jogos, reunindo as se-guintes equipes: Jequiá, Vasco, Olaria,Botafogo. Fluminense, Mackenzie, Barrado Piraí, América, Verolme e Volta Re-donda.

As musas do vôlei feminino, tendo àfrente Vera Mossa, que, se não ganharammedalhas em Los Angeles também nãofizeram feio, estarão em ação amanhã,disputando o Campeonato EstadualAdulto. No ginásio Almeida Braga, naTijuca, próximo ao Rio Comprido, aAtlântica enfrenta o CIB, a partir das15h30min, enquanto a Supergasbrás jogacom o Tijuca, às 16 horas, no Petropoli-tano.

Caratê

Iatismo

Na Baía de Guanabara (o iatismo,infelizmente, só dá para ver de longe)

O 2o Torneio Integração de Caratê.reunindo os lutadores da Seleção Cario-ca, está programado para amanhã, apartir das 15 horas, no ginásio do Améri-ca, na Tijuca.

Finalmente, o handebol, que teráuma programação intensa, com o cam-peonato aspirante e infanto-juvenil. Osjogos, pelo segundo turno, serão dispu-tados em vários locais e horários, deacordo com a tabela abaixo.Campeonato aspirante e infanto-juvenilT turno

HojeJogo: C. Quinhentos x Caxiense, hoje, às19Ü - (AF)Categoria: Aspirante femininoIdade: 17 a 21 anos

Amanhã"Jogos: Mercúrio x C. Quinhentos, ama-

nhã. às 9h — (AF)IBC x UMEC — 15h — (IF)Cateeorias: Aspirante feminino e infantofemininoIdade: 17 a 21 anos (AF) e 13 a 16 anos(IF)

DomingoJogos: UMEC x Mercúrio — 9h — (AF)

Niterói x Mauá — 13h — (IF)Niterói x Mauá — 14h — (IM)Niterói x Mauá — 36h — (AM)Ecologia x Caxiense — 15h —(AM)

Categorias: Aspirante feminino, aspiran-te masculino, infanto feminino e infantomasculinoIdade: 13 a 16 (IF e IM), 17 a 21 anos(AF e AM)O time que vem em primeiro lugar natabela tem o mando de campo

Supercross reúne os melhores

do Brasil em São Cristóvão

Muito mais do que uma competição, o carioca tem oportuni-chide de ver hoje, amanhã e domingo, no pavilhão de SãoCristóvão, um show não muito comum, emocionante e bastanteplástico. Trata-se do Festival de Supercross. que vai reunir algunsdos melhores pilotos do Brasil, com máquinas nacionais eestrangeiras, competindo numa pista improvisada, mas completa,criada especificamente para o evento.

Estão inscritos cerca de 200 pilotos divididos em quatrocategorias, enfrentando obstáculos os mais variados possíveis, taiscomo: lama, areia de praia, saibro, proporcionando incríveisderrapagens, além de ondulações que permitem vôos e (tombos)sensacionais. E tudo isto numa pista com 620 metros de extensãopor 5 metros de largura.

O detalhe diferente é que pela primeira vez o público poderáassistir a uma prova de motocross em área urbana, sem necessida-de de longos deslocamentos, normalmente em estradas de terra,em locais de difícil acesso e quase sempre sem área de estaciona-mento.

Para uma prova de motocross o conforto para quem vaiassistir não poderia ser maior e a Riotur. promotora do Festival,instalou arquibancadas com 20 mil lugares, o que também podeser apontado como algo especial, pois normalmente o públicocostuma se instalar em morros, telhados, caixotes, matagais eoutras improvisações para tentar ver. Deus sabe como, os seusídolos.

Assim, dotado de razoável infra-estrutura para sediar os maisvariados eventos, o pavilhão de São Cristóvão abre. tom arealização do Festival de Supercross, novas perspectivas para oesporte, sempre à cata de novos locais para promover suascompetições, e os pilotos dão a largada, a partir de hoje, as 15horas, quando começam os treinos livres, que terminam ás 23horas. De quebra, ao preço de CrS 3 mil. e ás 21 horas, umavariada programação de rock. com apresentação dos conjuntos:THC, Espiral, Água Brava e Baráo Vermelho.

As provas finais serão amanhã e domingo, começando às 15horas e se prolongando até a noite. A organização está a cargo daFederação de Motociclismo do Estado do Rio de Janeiro, emconjunto com o Moto Clube do Brasil, e com apoio da SecietariaMunicipal de Esportes e Turismo.

As categorias são as seguintes: estreantes com motos defabricação nacional, até 18()cc; estreantes com motos nacionais até250cc; POC (pilotos oficiais de competição) e PC (pilotos decompetição) com motos nacionais, até 360cc; e. finalmente, POCe PC, com motos especiais, exclusivas de competição, fabricadasno exterior, e até 250cc. Nesta última categoria, poderão corrermotos nacionais produzidas pela Honda e Yamaha.

Portanto, o programa é variado e repleto de emoções,podendo agradar desde crianças, até jovens e adultos. A seguran-ça é absoluta, e o preço da entrada não chega a assustar. Vale apena ver, mesmo se você não é muito chegado a motocicleta. Naverdade, é um espetáculo, no mínimo, diferente.

Joao Paulo foi o vencedor dos 1.000 m

II Circuito Infantil botou para

Os quatro garotos de pés descalços venceram nas seguintesprovas: Júlio César Sampaio Lemos, de 5 anos (500 metros), seuirmão. Joáo Paulo, de 6 (1.000 metros), Sailson de OliveiraSantos, de 10 (1.500 metros) e Itamar Batista de Souza, de 12(2.500 metros). As gêmeas Tatiana e Gabrielle Poubel de Souza,de 5 anos, foram primeiro e segundo lugares na corrida de 500fcietros categoria feminina.

Na prova mais longa (3.000 metros), para crianças até 14anos. a vitória na categoria masculina ficou mais uma vez comSérgio Luís Campos Ribeiro, invicto, desde o ano passado, nascorridas do Circuito Infantil e já é apontado como uma dasgrandes revelações no atletismo brasileiro. No feminino venceuRosana Costa Breves, 13 anos, considerada a favorita.

A próxima etapa do Circuito será no dia 23 de setembro e asinscrições poderão ser feitas nas agências do Banco Econômico apartir da próxima segunda-feira.

Os resultados de domingo foram os seguintes: categoria até 5anos (500 metros) — masculino: Io — Júlio César Sampaio Lemos.„'2minl6s24d) e 2o — Júlio P. Dantas dos Santos (2min21s68d);feminino: Ia — Tatiana Poubel de Souza (2min26s89d) e 2a —Gabrielle Poubel de Souza (2min38s98d); de seis a sete anos(1.000 metros) — masculino: Io — João Paulo S. Lemos(4niinl8s20d) e 2o — Robson Cardoso dos Santos (4min21s74d);feminino. Ia — Cláudia M. de Holanda (4min39s04d) e 2a —Celma F da Silva (4min4 ls70d); de oito a dez anos (1.500 metros)— masculino: Io — Saílson de Oliveira Santos (5min34s26d) e 2o

— Rogério M. Moraes (5min36s05d); feminino: 1' Tereza R. deJesus (5min24sl4d) e 2a — Bianca Bernadette Fernandes(6min36s97d); de 11 a 12 anos (2.500 metros) — masculino: Io —Itamar Batista de Souza (8min35s53d) e ? — Almir Lobato(8min53s28) feminino: Ia — Márcia R. Medeiros (9min27s32d) e2a — Fábila F. Mariano (9min31s76d); e de 13 a 14 anos (3.000metros) — masculino: Io — Sérgio Ribeiro (9min22s65d) e 2o —Paulo Sérgio C. Souza (9min31s43d); feminino: Ia — Rosana C.Breves 10min49s20d) e 2a — Regina G. Brilhante (Ilmin02s49d).

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Quatro meninos correndo descalços foram os maiores desta-ques da primeira etapa do II Circuito Inlantil Banco Econômico,disputado domingo passado, no Aterro do Flamengo, debaixo defrio e chuva, com a participação de cerca de 1.500 crianças até 14anos. O Circuito é organizado e produzido pela Viva PromoçõesEsportivas e Crico — Crianças Corredores e os percursos variaramde 500 a 3.000 metros.

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ATLETISMO

NÁO está dando para entender. Afinal, Joaquim

Cruz, o moço pobre de Taguatinga, não tem culpade ter ganho uma medalha de ouro nos Jogos Olímpi-cos de Los Angeles. Exigente, talvez por não estaracostumado, o brasileiro queria mais uma, só maisuma, independente de uma análise mais profundasobre qual seria o preço de novo esforço, nova tentati-va, que, convenhamos, tinha certa dose de risco.

Pegar um resfriado, para nós comuns mortais, éalgo banal, corriqueiro e tratável. até mesmo comsimples remédios caseiros. No entanto, tudo mudaquando o vírus ataca um atleta, ou melhor, umsuperatleta, que trabalha no limite de seu organismo,onde qualquer modificação no metabolismo o transfor-ma num ser comum, incapaz de enfrentar de igual paraigual um cronômetro manual ou eletrônico.

Assim, não conquistamos a tão sonhada e badaladasegunda medalha de ouro na prova dos 1.500 metros efoi aquela decepção. As cobranças não pararam mais.Joaquim foi acusado de mercenário e muitos afirmaramque ele amarelou. E os mais veementes detratores sãojustamente aqueles que em nada contribuíram para seusucesso.

O problema é que Joaquim, abandonado pelosdirigentes, foi à vida e armou seu esquema fora doBrasil e ninguém se importou, talvez porque nãotenham acreditado em seu potencial. Além disso,Joaquim dispensou, logo de saída, promessas de ajuda,casa própria e oferendas menos votadas. Logo, não deupara faturar em cima do campeão olímpico e a últimafonte para sugar, secou quando o fantástico João doPulo perdeu a perna.

Agora, ao invés de elogiá-lo. cobra-se a urgênciade um recorde mundial nos 800 metros e uma vitória, omais rápido possível, nos 1.500. Novamente o brasilei-ro quer eleger um ídolo máximo do esporte, masresiste, apenas porque necessita, de pronto, de umcampeão indiscutível em duas das provas mais difíceisdo atletismo. Para quem não sabe, os 800 e os 1.500metros exigem mais controle psicológico e capacidadeintelectual, do que esforço físico. Outro detalhe impor-tante e que através dos anos as duas provas sãodominadas por atletas que superam largamente, emfama e divulgação, os vencedores dos saltos em distân-cia e altura e diversas outras competições. SebastianCoe, Alberto Juantorena e Steve Ovett estão aí paraconfirmar.

Outro exemplo do atleta consagrado e reconheci-do, apesar de ganhar apenas uma prova, é EdwinMoses, especialista nos 400 metros com barreiras —não faz sequer incursões nos 400 metros rasos — e nempor isso lhe é cobrada uma medalha extra.

Fica a imagem da eterna insatisfação, como no casode Emerson FÍttipaldi, que embora campeão absoluto,sabia que a galera queria José Carlos Pacce. Exemplomais recente é o de Piquet. Considerado um dosmelhores pilotos da Fórmula-1 em todos os tempos, jáse defronta com a torcida contrária em favor de AyrtonSenna.

Mas, se no automobilismo a safra de fora de série éexcepcional, o mesmo não acontece no atletismo.Sobra mesmo é Joaquim Cruz e é nele que se deveinvestir em esperança e não em cobrança.

Esquecido e desconhecido entre nós, saiu de LosAngeles com fama internacional e de nada adiantaacusá-lo de não ser patriota, só porque não veio ao Rio,São Paulo ou Brasília para desfilar em carro debombeiro — Garrincha desfilou e acabou daquelamaneira — ou ser explorado politicamente. Seu modode mostrar o quanto ama a sua pátria é fazer com que abandeira e o hino nacionais sejam divulgados nosestádios do mundo inteiro. Assinar autógrafos e aolado colocar a palavra Brasil basta para demonstrar oquanto ama e respeita a sua terra.

No mais, Joaquim só sabe correr e está comprova-do que o faz muito bem. Humilde, competente, talen-toso, sem a ajuda de ninguém, e às custas de suaspernas musculosas aliado ao sacrifício de sua juventu-de, pretende continuar sua carreira de glórias damesma maneira como começou: sozinho e sem badala-ções. Quanto aos dólares que está ganhando paravencer, não dá para entender por que tanta preocupa-ção. Será que também vai se exigir de Joaquim que leveuma vida miserável.?

Assim, recomenda-se um pouco de calma. Joaquimlogo vai bater o recorde mundial dos 800 metros e aísim, vai partir para ganhar-os 1.500 e com certeza,acompanhado da medalha olímpica nos Jogos de Seoul.Quem sabe não vai alcançar o tão aguardado doublé?

EDSON AFONSO

Jornal do Brasil

©JORNAL DO BRASIL LTDA. 1984 Rio de Janeiro — Sexta-feira, 31 de agosto de 1984

Rock In Rio

ARTPLAN PREPARA

NO RIOCENTRO O

MAIOR "SHOW"

DO PAÍS

UMA grande festa, em janeiro.

E seu símbolo, impresso emcamisetas, bottoms, cartazes,

adesivos e bonés, é o globo terrestrecom uma guitarra cravada na Améri-ca do Sul: o Rock In Rio Festival jáestá esquentando as turbinas parapromover o maior show de rock noBrasil. Elé vai de 11 de janeiro de 85até o aniversário da cidade, dia 20.

Os ingressos começarão a servendidos em outubro e é bom come-çar a guardar desde já um dinheiro

para assistir aos conjuntos ACDC,Scorpion, Barão Vermelho, Men atWork, Queen, Leppard, B52, IronMaiden, Go Go e os cantores JamesTaylor, Caetano Veloso, GilbertoGil, Al Jarreau, George Benson,Nina Hagen, Ozzy Osborne. O localescolhido tem uma área de 250 milm2 e fica ao lado do Riocentro, naBarra da Tijuca. O projeto arquite-tônico de Mário e Kátia Monteiro jáestá em andamento.

A Artplan, organizadora da fes-ta, colocará 140 roletas para a entra-da do público e duas grandes saídaspara evitar empurrões e tumultos. Opalco será giratório para que nãohaja espera entre um conjunto eoutro. Enquanto um se apresenta, ooutro já vai se preparando. Quemnão quiser trazer comida poderácomprar sanduíches e saladas naslanchonetes e restaurantes que serãoinstalados na parte externa.

Mas não se preocupe se você nãopuder ver o espetáculo: dois telõesestarão mostrando tudo o que rolano palco. Como o festival será reali-zado no verão, dois chuveiros gigan-tes poderão ser usados para as pes-soas se refrescarem ao ar livre. Aárea gramada para o público mede85 mil m2, o que eqüivale a dozecampos do Maracanã. Roberto Me-dina, presidente da Artplan, preten-de promover um show de "90 horasde música e paz em que a principalestrela é o público".

Será uma verdadeira olimpíadamusical com os principais astros dorock e num clima que lembrará ofestival de Woodstock. Uma equipede seis estagiários, a brigada suicida,segundo a direção da Artplan, jáestá em campo divulgando o show,colando cartazes pela cidade. LeoPonce de Leon, 17 anos, estudantedo CEAT (Centro Educacional Am-sio Teixeira), está "encantado com oprojeto, porque a gente tem quefazer o que puder pela paz e é claroque o pessoal todo reunido vai seligar na música, na união".

A brigada suicida sai todos osdias à procura de novos meios dedivulgação e já entrou em contatocom radio amadores, fã-clubes, aca-demias de ginástica para que toquemo tema do festival, composto porEduardo Souto Neto. Tetê, da briga-da, também está satisfeita com otrabalho e a "ligação das pessoas queestão correndo atrás. A gente conta

I NAO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE

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aos colegas sobre o festival e todomundo fica logo fissurado. Vai sermuito bonito".

Quem for ao show terá uma sur-presa na entrada. Ainda não estádecidido, mas pode ser uma luva ouuma plaquinha fluorescente, que to-dos levantariam num determinadomomento.

Os ingressos serão vendidos poruma rede bancária — ainda não estádefinida — e poderão ser compradoscomo passaportes para 10 ou cincodias, individuais ou camarotes, emnúmero de 20.

A iluminação será de Peter Gas-per, que está na Europa acompa-nhando as turnês dos principais con-juntos de rock para entrar em conta-to com as técnicas de iluminação quecada grupo usa.

Logo no início de 85, o ano dojovem, eles serão presenteados como Rock In Rio Festival. Resta saberquais serão os outros presentes parao resto do ano.

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2 ? caderninho b ? sexta-feira, 31/8/84 Jornal do Brasil

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COBRA CAMALALÁ

POIS é isto, garotada: este é

o quarto artigo que escrevopara vocês e vejam só que mun-dão de gente eu já chamei parame ajudar a divertir meninos emeninas com este meu brinque-do predileto que é a Palavra. Hbrinquedo mas é também coisamágica, cheia de poder. Se qui-serem prova, façam uma expe-riéncia. Fiquem na porta de casae quando estiver assim de gente,subindo e descendo, gritem bemalio: "Li! você ai*, sua roupa estátoda suja por trás!" E logo todosvão parar, olhar, verificar comquem é e olharem suas vesti-mentas. procurando a porcaria.E porque é que eles pararam eficaram leito barata tonta? Pelopodei que você resolveu usar —o poder mágico da palavra. Fi-quem sabendo desde já que todapalavra e mágica, fada encanta-da linda ou bruxa feia e vene-nosii.Ouanta gente eu já chamei prame ajudar. Li ainda tem muitomais. muito mesmo dentro daminha cabeça. Por enquanto sóconvido todos para pensaremnos que |á chamei. Por exemplo,lugares como Rio de Janeiro.Pão de Açúcar. Corcovado. asTerras do Nunca Mais e as doSem I im. Só que tudo isto dá assuas de coisa c de pessoa, ü Riopode ser rua. morro. mar. água.banro mas pode aparecer comocriatura — moça linda e maltra-tada que vocês todos váo logoquerer defender e brigar por ela.Quando eu contar a vida desteslugares vai ser um verdadeirodeus-nos-acuda! Já chamei Gla-/iou com sua sobiecasaca feitade grania de jardim, seu netoBurle Mar\ que passa mão numcampo seco e ele vira num jar-dim: chamei gigantes de cresce emíngua, quer dizer, gente feitotodo o mundo e que de repentefica enorme e quando quer voltaao natural. Meu tio que vira emToinho. Homero Homem quevira em Homerim. o Bento-Bentão. o Roberto Dinamiteque quando chuta pula dentroda pelota e guia ela de gol aden-tro. Chamei as casas derruba-das. Pois elas são encantadas eàs vezes reaparecem como acon-teceu para os engenheiros queestão consertando o Palácio daPraça Quinze. Eles foram cavarburaco num pátio vazio e derepente saiu deste buraco a almada < asa de Fundição que estavaderrubada e enterrada lá embai-xo — há mais de duzentos anos!E de arder! E engraçado é que

tudo isso. mas tudo mesmo, éverdade verdadeira!Com a Cobra Camalalá é que foimais difícil. Eu gritava por ela eela nada de aparecer. Saí procu-rando. procurando, procurandode mundo afora e ela nada deaparecer. Eu queria uma cobrasem veneno, feito as que ficamem roda da cabeça dos faraós esão suas inspiradoras. uma co-bra linda leito jóia e que fossebicho de bem. Nada de ela apa-recer e os homens precisandodela porque tinham perdido ojuízo com a bomba atômica. Erapreciso por neles tenência. pru-dêucia e vigilância, que são qua-lidade de toda cobra — que diráde cobra boa como seria a Ca-malalá... Escrevi a Raul Bopp eele me apresentou à Cobra No-rato. Fui encontrá-la no Panta-nal de Mato Grosso conversan-do com a < obra Verde, a Cobra-de-Vidro e a Cobra-sem-Cabeça. Expliquei o que queriae que fa/ia questão que ela nas-cesse sem idade, isto é. habitan-do passado, presente, futuro.Cobra assim que fosse eterna. ACobra Norato disse que era fací-limo e que a Camalalá nasceriado casamento de um raio de luacheia com um fio som de flautasoprada por Jean-Pierre Ram-pai. Pois eu consegui alcovitaresse namoro e a Cobra Camalalánasceu filha deles Era toda decustai de Lalique. olhos de rubicahochao e alieis iluminados dejanelmhas como as dum trem-de-ferro correndo na noite. Elatem um palmo de cumprimentomas pode botar corpo e darvolta na terra. Mora com suamae a Lua e vem ao nossomundo quando eu a chamo compalavra mágica ensinada pelaCobra-de-Vidro. Essa palavraé...Questões de hoje: perguntem aseus pais e mestres :1) O que é"barata tonta "? 2) O que é "unideus-nos-acuda"? 3) O que éfrase feita? 4) O que aconteceude mais importante no Palácioda Praça Quinze? 5) Como cha-mava a cobra que enfeitava, fa-zendo coroa, a cabeça dos fa-raós? h) O que é faraó?

PEDRO NAVA

N da R Esta é a quarta e última crônicade Pedro Nava que publicamos. Foramtextos entregues ao CADERNO JOVEMantes de sua morte. Não havorá, portan-to, a quinta crônica para revelar qual apalavra magica. Cada um terá a suaprópria palavra para expressar o sonho,a fantasia, a esperança que Nava quistransmitir.

LITERATURA

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"]Vj" EM todo livro^ premiado faz

sucesso. E isso émais verdade quan-do a idade do públi-co não é a mesma dade quem julga. Masum livro que conse-gue agradar tanto agarotada quanto aos críticos é Vida e Paixão dePandonar, o Cruel. Foi a estréia de JoãoUbaldo Ribeiro para os jovens e fala doprimeiro amor de um menino, mas não édaquele tipo de romance água-com-açúcar quea gente está acostumada a ler. É primeiro amorde verdade, que acontece mesmo, no dia-a-dia.E aí é que está o gostoso. Os heróis vivem suasaventuras nas salas de aula, têm suas turmas,namoram e brigam como todo mundo. O livroé da Editora Nova Fronteira, com ilustraçõesde Ivan e Marcelo. Foi considerado o "melhor

para o jovem pela Fundação Nacional doLivro Infantil e Juvenil.

O Carl Lewis da literatura juvenil, umcampeão, é o livro Bisa Bia, Bisa Bel, de AnaMaria Machado. Se cada prêmio valesse uma

medalha de ouro, ele já teria oito. sendo omais recente o da Bienal de São Paulo. BisaBia é daqueles que se lê rapidinho — são só 56páginas — mas depois se volta novamente paracurtir a rica situação da Bisa Bel. Ela é umagarota dos dias de hoje, cheia de perguntassobre as transformações do mundo e delaprópria, que está deixando para trás a infância.Através da convivência com sua própria bisavóe sua bisneta, vai descobrindo sua identidade.Bisa Bia, Bisa Bel, da editora Salamandra. temilustrações de Regina Yolanda, bem no climade toda a história.

Para quem está na fase dos livros demistério, um premiado que vale a pena éDetetives por Acaso. Nele. Carlos de Marignyconta as aventuras de quatro meninos duranteuma tarde na cidade de Santos. Cada um delestem uma personalidade bem definida, forte, eisso os ajuda a combater marginais de umagang de cocaína. O livro faz parte da coleçãoJovens do Mundo Todo. da Brasiliense. eganhou o prêmio Monteiro Lobato da Secreta-ria de Cultura de São Paulo.

CLAUDIA DE MORAES

Max de Figueiredo Portes

MEU ANTIGO:

FANTASMA

C operacao

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Histórias que

vêm de Minas

ORA do eixo Rio—São Paulo, os doismaiores centros de produção de livros do

país são Porto Alegre e Belo Horizonte. Nocaso, porém, a Capital de Minas Gerais sedistingue pelo fato de se dedicar muito mais àedição de obras para jovens do que paraadultos. Em Belo Horizonte há pelo menostrês editoras bastante ativas na publicaçãodesse tipo de livros: a Comunicação, a Vigília ea Miguilim. Hoje falaremos de alguns lança-mentos da Vigília, uma editora relativamentemodesta em termos de produção, mas a estaaltura com 22 anos de experiência na área.

Os três livros em questão pertencem àBiblioteca Juvenil e se destinam a leitores commais de dez anos de idade. Dois dos trêsautores são nacionalmente conhecidos peloslivros que escreveram para outro tipo de públi-co: Antônio Carlos Villaça e Maria José deQueiroz.

Jornalista, memorialista, biógrafo, autorde muitos ensaios sobre assuntos religiosos,Villaça faz a sua primeira viagem pelo mundoda literatura infanto-juvenil. O seu livro sechama A Descoberta do morro, e nele é conta-da a história de um menino que se muda para

uma casa maior, fora da cidade, da qual ele vêuma paisagem nova e um mundo que antes nãoconhecia.

Maria José de Queiroz, romancista e en-saísta. ganhadora de vários prêmios literários,é a autora de Operação Strangelove. MariaJosé criou seu personagem inspirando-se na-quele horrível Doutor Nô, vilão de um filme de007. Como o Doutor Nô, o Doutor Strangelo-ve também quer dominar o mundo. Com umadiferença. Enquanto o primeiro fabrica bom-bas atômicas para isso, o segundo procura seapropriar jeitosamente das riquezas naturais eartísticas do mundo para alcançar seu objetivo.

Menos conhecido do que Villaça e MariaJosé, Max de Figueiredo Portes entra na cole-ção com uma história chamada Meu antigofantasma. Mas não se assuste com o título, poisMax não quer assustar ninguém. EÍe querjustamente o contrário: mostrar que os fantas-mas são fantasias, e por isso não é preciso maisdo que um esforcinho para perder o medodeles.

MARIO PONTES

Jornal do Brasil sexta-feira, 31/8/84 o caderninhotb ? 3

Arquivo

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zozimo

Fora do tempoDefinição de Virgem expostanuma sofisticada e cara butiquede camisolas de Ipanema; "SerVirgem é ser sempre jovem,aberto ao novo; é viver o pre-sente, soltar o passado, é terum frescor de rosas todas asmanhãs". Comentário de umamenina de 15 anos, Marcela:"Deve ser para quem dorme detouca."

PARA TODASAS IDADES

Assim que terminar a grava-ção de seu disco anual, Ro-berto Carlos começa o showque estréia no Canecão jácom data marcada: 21 denovembro

Atenção, meninas

• Luiz Mário Farias — filho dodiretor Roberto, sobrinho doator Reginaldo — começa nocinema dirigindo Com licença,eu vou à luta, baseado no livrode Eliane Maciel. Para o papelprincipal, fie procura uma me-nina de 15 anos — ou queaparente essa idade.

Vanguarda no arO livreto Santos Dumont da coleção EncantoRadical mostra que Santos Dumont foi umprecursor da contracultura: ele lia o I-Ching.consultava Astrologia, fazia ginástica e só sealimentava de produtos naturais. E, surpreen-dente, era a favor da abstinência sexual.

RODA-VIVA

Tales Chacon e Fernandinha Torresfarão os papéis principais do novo filmede Arnaldo Jabor, Eu sei que vou teamar.

O Museu da República promove umcurso grátis de. Técnicas Teatrais paraadolescentes. Às segundas e sextas-feiras, das 16h às 18h.

Janaína, filha de Leila Diniz, estréiaem teatro na segunda quinzena de setem-bro na peça juvenil Parabéns pra nós.

A Pastoral da Juventude promovedias 8, 15 e 22 de setembro um cursopara jovens sobre Fé e Política. Endere-ço: Colégio Cruzeiro.

Com a família de Chico e Graça Neiva,da Dazibao, aumentada de um bebê,crescerá também a livraria, com a aber-tura da Dazibinho, só para crianças.

Para jovensUm show de seis horas de duração, começando com Al Jarreau e

terminando com Milton Nascimento será uma das atrações do Rock in RioFestival, em janeiro. Nesse dia, só se ouvirá jazz.

Mude de moda,

PROIBIDOPARA

MENORESO cineasta MuriloSalles recebe na ruapedidos insistentes degatinhas para queconsiga baixar acensura de NuncaFomos Tão Felizespara 14 anos.Motivo: não só acuriosidade de verum belíssimo filmesobre relacionamentopai e filho como ocharme de CláudioMarzo e RobertoBataglin, personagensprincipais.

ARRANJE UM

COMPLEMENTO

NADA marca mais as viradas da

moda do que o acessório. E nadaé mais fácil de comprar e usar, porqueum pequeno detalhe não custa caríssi-mo, é até descartável, a gente usaenquanto der vontade. Estes são osbons lances-complementos, que estãono ar, alguns já nas vitrinas das bouti-ques, das importadoras... e até noscamelôs:

Óculos espelhados; entra verão, saiverão, e as lentes espelhadas conti-nuam fascinantes e misteriosas. NaBee, os novos modelos tem armaçõesde formas retangulares (estão acaban-do os gatinhos) em imitação de tartaru-ga, ou em materiais transparentes, nostons luminosos da moda.

No cabelo: impossível não ter pelomenos um clip de plástico, daquelesque os cabelereiros usam para seguraras mechas. E para quem tem o cabeloem fio inteiro, o arco volta à moda,tirando o cabelo do rosto. Tem na Plus,no Rio-Sul.

Para a bagagem: tudo e mais algu-ma coisa, cabem dentro das novasbolsas, que são sacolas retangulares, delona ou couro sintético. Parece que épara compensar a falta de espaço dasbolsinhas de cinto, que usamos esteano.

Brincos: leves, gráficos, em quadri-culado estilo Op-Art, um movimentoartístico da década de 60. Com a assi-natura da estilista Rose Benedetti.

No pulso: em vez da pulseirinha deoutro, nos dias em que se tem quepegar aquele ônibus circular, é melhoramarrar uma tirinha de seda ou algo-dão estampadinho, sem goma. Amarrecomo um lencinho, molhado, para ficarfirme.

Broches: na linha-vovó, as travessasde marcacita, presas em blusas de li-nha. Novos, os buttons com as figuri-nhas dos Smurfs, que começam a apa-recer em lojas tipo Hallmark.

Tênis: tropicalíssimos ou havaianos,com coqueirinhos estampados, na cole-ção da Mr. Cat, em breve na Oliver.

Meias: esportivas, mas delicadas,com bordado inglês na sanfona. Podemficar ótimas com as sandálias plásticasdesenhadas por Daniel Hechter para aFrancesinha, à venda na Polar, emcores ácidas.

E a ceroula?: Malhas sem pés. outricotadas finas, vão arrematar cami-sões longos até quase os joelhos, ouniforme da temporada. Tem naDimpus.

IESA RODRIGUES

Roberto Bataglin

4 ? cadernlnho b ? sexta-feira, 31/8/84 Jornal do Brasil

TELEVISÃO

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Pouco hriliio este final de semana na televi-são. As emissoras estão com uma programaçãorotineira, valendo destaque apenas para um clipsupertransado de Ringo Star que será mostradopor Vídeo Show no domingo, às 12h3ümin naTV Globo.

SÁBADOCaderno 2. A TVE apresenta um programacom todas as dicas culturais da próxima semana.

Craques em cinema, teatro, artes plásticas eshows contam as novidades de suas áreas. Olhovivo. moçada. As 18 horas.

Os Filhos de Katie Elder. Longa-metragemque a TV Globo exibe às 21h30min. Westerndirigido por Henry Hathaway com John Wayne,

Dean Martin e George Kennedy. História dequatro filhos que se reúnem no enterro da mãe ecombinam de "limpar o nome da família". Ospais morreram de maneira meio misteriosa e osbens da família desapareceram.

DOMINGOVídeo Show. A atração é o clip com Ringo

Star. Mas o programa mostra, ainda, um núme-ro com cantora de rock Bonnie Tyler e outrocom o mágico David Copperfield. Às 12h30min,na TV Globo.

Admirável Mundo Nosso. Documentário so-bre a vida animal que escolheu, para estedomingo, um filme especial sobre a vida dosleões na África. Na TVE, às 19 horas.

Fórmula II. Nesse mesmo horário a TVManchete estará acompanhando a corrida defórmula II, diretamente de Goiânia. Quemgosta de automobilismo, uma boa pedida.

O Pássaro Azul. Filme produzido em 1975,reunindo um elenco em que se destacam Eliza-beth Taylor, Ava Gardner e Jane Fonda. Osfilhos de um casal de lenhadores sonham, nanoite de Natal, com a Fada Azul que lhes dá depresente um diamante mágico capaz de revelar aalma dos animais e objetos. Depois de muitasperipécias vividas numa viagem fantástica, ascrianças acordam e descobrem a beleza de suaprópria casa. Na TV Manchete, às 20 horas.

Arquivo

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Fm Tubarão, as primeiras emoções patrocinadas por Spielberg

Do fantástico ao épico,

boas bilheterias na TV

UMA boa safra de filmes foi escolhida

pela TV Globo para a próxima semana,comemorando a programação que a emissorabatizou de Primavera Global. Os gêneros sãovariados, da aventura fantástica ao western.passando pelo épico. São filmes premiados,todos com excelentes bilheterias pelo mundoafora, e serão exibidos de segunda a sexta-feira — 21h30min — no horário da linha deshows e minisséries.

Para começar a semana a TV Globocoloca no ar Tubarão, de Steven Spielberg.Feito em 1975, Tubarão é o primeiro passodo diretor em direção ao estrelato. confirma-do por E.T., Caçadores da Arca Perdida eIndiana Jones. Esse filme ficou durante maisde um ano como a maior bilheteria docinema, sendo vencido, mais tarde, por Guer-ra nas Estrelas. Mesmo assim continua no roldas 10 maiores bilheterias de todos os tem-pus. arrebanhando cerca de 200 milhões dedólares em ingressos.

Tubarão conta a história fantástica de unianimal devastador. Tudo acontece num pe-queno balneário de Longo Isiand. onde umtubarão descomunal e voraz devora banhistasdesavisados já que o comércio da cidade nãopermite que o xerife interdite a praia commedo de que os turistas — e o dinheiro — seafastem. Depois de muitas mortes, as autori-dades finalmente contratam dois técnicospara iniciar a caça ao animal, terminada norastro de uma luta feroz. No elenco estãoRoy Scheider, Robert Shaw e RichardDreyfus.

Dividido em duas partes, Ben Hur é a

atração das noites de terça e quarta-feira. É omaior ganhador de Oscar de todos os tempos.11 ao todo, premiando William Wyler como omelhor diretor e Charlton Fleston como ator.Feito em 1959. Ben Hur é uma produção daMetro e custou uma verdadeira fortuna. 15milhões de dólares, rendendo mais de 80milhões de dólares de bilheteria. O filme temcerca de 3 mil cenários e usou mais de 50 milpessoas em sua feitura. Conta a história deum aristocrata judeu convertido ao cristianis-mo. muito perseguido na Roma antiga. Umadas cenas do filme, a corrida de bigas, éconsiderada um dos melhores momentos docinema. Além de Charlton Heston brilhamno filme Jack Hawkins, Hugh Griffith eStephen Boyd. Até hoje nenhum outro filmesuperou sua audiência na televisão ameri-cana.

Para encerrar a semana a TV Globomostra A Conquista do Oeste, no ar na quintae sexta-feira. A história, dividida em trêsepisódios, segue a trajetória de uma famíliaque se instala no Oeste americano na épocada conquista e vê todas as grandes transfor-mações da região, da chegada do trem,descoberta do ouro até a completa domina-ção. Os diretores são John Ford, HenryHathaway e George Marshall. A produção éde 1963 e o elenco reúne os melhores atoresde western dos Estados Unidos: John Wayne.James Stewart, Henry Fonda. Gregory Peck,Richard Widmark e Debbie Reynolds. AConquista do Oeste ganhou três Oscar.

MÍRIAM LAGE

TEATRO

UMA CONVERSA SOBRE

IDÉIAS E SENTIMENTOS

A experiência de assistir a um espetácu-Io teatral não se esgota com o término

da sessão. Para além das duas horas (otempo médio de uma montagem profissio-nal) da sessão existe o desdobramentodaquilo que foi visto. Seja na conversa dobar, seja no debate no próprio teatro, asmarcas do espetáculo permanecem no es-pectador como um indelével sinal da pere-nidade do ato teatral. Das peças em cartazno Rio. algumas que os jovens podemassistir suscitam acalorados debates, nãoapenas por seus temas, mas por desvenda-rem os mecanismos da teatralidade.

Irresistível Aventura (Teatro de Are-na) reúne quatro peças curtas de autoresfamosos — Anton Tchekov (O Urso).Arthur Azevedo (O Oráculo), Garcia Lor-ca (Amores de Don Perlimplim com Belisa eseu Jardim) e Tennessee Williams (A Da-ma da Lavanda) — que podem ser conside-rados esboços de textos mais importantesque escreveriam em seguida. E cada umtrata de aspectos básicos do relacionamen-to humano. O Urso mostra o exercício damútua sedução, enquanto O Oráculo dese-nha a sagacidade feminina (antecipando aliberação da mulher em 100 anos), e A

Dama da Lavanda Amores de Dom Perlim-plim a fraqueza humana contrapõe o amorao ciúme.

Tio Vânia, também de Tchekov (Tea-tro dos Quatro), retrata a mesquinhez e afalta de grandeza de pessoas que nãosouberam tomar a si o governo de suaspróprias vidas. Não há como julgar moral-mente os personagens, afinal cada umrealiza a sua humanidade na medida desuas possibilidades. Os personagens deTcheckov não são meros desenhos a partirdos quais se pode chegar a conclusões. Sãofluidos em seus sentimentos delicados quedemonstram profunda dificuldade deviver.

Textos como os reunidos em Irresistí-vel Aventura ou Tio Vânia provocam naplatéia, por mais desatenta que seja, umasérie de questões. E é exatamente essa afunção do teatro. Transfigurar no palco oque há de essencial na condição humana.O teatro, portanto, dá margem para muitaconversa. E só sentar e começar a conver-sar. Descobre-se. assim, um mundo fascin-te de idéias e sentimentos.

MACKSEN LUIZ

SHOW

PAJRALAMAS DO SUCESSO — Show doconjunto de rock. Hoje e amanhã noNoites Cariocas, Av. Pasteur, 520. A casaabre às 22h, com música de fita e salões devídeo e atari. Ingressos a CrS 6 mil.' ¦ ¦ ¦DANCETERIA MAMUTE — Show ao vi-vo do guitarrista Robertinho do Recife. De5a a domingo. Rua Conde de Bonfim, 229.

¦ ¦ ¦A DANÇA DOS SIGNOS — Musical deOsvaldo Montenegro. Com Osvaldo Mon-

tenegro. Mongol. José Alexandre e outros.Teatro Vanucci, Rua Marquês de S. Vicen-te, 52. De 4a a domingo, às 2!h30min.Ingressos 4a e 5a a CrS 5 mil; 6a e dom., aCr$ 6 mil; sábado a CrS 8 mil.

¦ ¦ ¦A HORA DA ESTRELA — Show da canto-ra Maria Bethânia acompanhada de con-junto. Direção de Naum Alves de Souza.Direção musical de Toninho Horta. Cane-cão, Av. Venceslau Braz, 214. 4a e 5a às21h30min; 6a e sáb., às 22h30min e domin-go às 20h. Ingressos a CrS 15 mil mesacentral; a CrS 12 mil mesa lateral e CrS 10mil arquibancada.

¦ ¦ ¦DESTINO DE AVENTUREIRO — Showdo cantor Ney Matogrosso acompanhadopela banda Placa Luminosa. Circo Cósmico(Circo Tihany). Av. Presidente Vargas, aolado do Centro Administrativo PrefeituraCidade Nova. De 4a a sáb. às 21 h; domin-go, às 18h. Ingressos de CrS 4 mil a CrS 10mil. Até o dia 16 de setembro.

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CINEMA

aCSIg-p f J

A Noite de São Lourenço — Direção de Paolo eVittorio Taviani. No Veneza (Av. Pasteur. 184 —295-8349): 14hl0m, 16h, 17h50m, 19h40m,21h40m. No Barra-3 (Av. das Américas. 4 666 —322-1258): de 2a a 5" e sáb. e dom. às 13h30m,14h0m, 16h, 17h50m, 19h40m, 21h30m; 6* às14hl0m. 16h, 17h50m, 19h40m. (14 anos)Zelig — Direção de Woody Allen. No Copacabana(Av. Copacabana, 801 —255-0953). 15h30m, 17h,18h30m, 20h, 21h30m: 6a às 15h30m, 17h, 18h30m,2üh. (Livre)

Um homem com a incrível capacidade de

adquirir as características físicas e mentais de quemestivesse por perto.Bete Balanço — Com Débora Bloch e LauroCorona. América (Rua Conde de Bonfim, 334 —264-4246), de 2- a 6a às 15h30m, 17h, 18h30m. 20h,21h30m, sáb. e dom. às 14h, 15h30m. 17h. 18h30m,20h, 21h30m; Madureira-1 (Rua Dagmar da Fonse-ca. 54 — 290-2338), de 2' a 6* às 15h, 16h30m, 18h,19h30m, 21h. sáb. e dom. às 13h30m, 15h, 16h30m,18h. 19h30m, 21 h; Paiácio-2 (Rua do Passeio. 38 —240-6541), 13h30m. 15h, 16h30m, 18h, 19h30m,21h. Leblon-1 (Av. Ataulfo de Paiva, 391 — 239-

5048). 15h30m, 17h, I8h30m. 2üh. 21h30m. Botafo-go (Rua Voluntários da Pátria. 35 — 266-449]).15h. 16h30m. 18h, Í9h30m. 21 h. (14 anos)

Uma cantora do interior vem tentar a vida nagrande cidade.VÍDEO — Sala de Vídeo Cândido Mendes — RuaJoana Angélica. 63 — Ipanema. Pink Floyd atPompei — show do grupo inglês, gravado na craterado vulcáo Vesúvio. em Pompéia, na Itália. Horário:de 4a a 6a. às 16h. 18h. 20h e 22h. Sábado edomingo, às 14h, 16h, I8h. 201) e 22h. Ingresso: CrS3 mil.

Arquivo

Prince, forga e carisma em Purple Rain

No filme, a dogura de um cantico, a gravidade de um hino

Um canto à liberdade em

mais um filme dos Tavianis

E noite de São Lourenço, dia dos dese-jos. A estrela cadente anuncia na Tos-

cana, Itália, que um desejo se realizou. Asvezes, acontece, uma história verídica podeterminar bem. Assim começa, como umconto de fadas real, a história verdadeiraque os cineastas Paolo e Vittorio Tavianitiveram a generosidade de nos contar, numbelíssimo filme.

Uma mulher embala o sono do seu filhoe. antes que durma, resolve lembrar-se deacontecimentos que se passaram quando elatinha seis anos. A pequena cidade italianade San Martino é ameaçada pelos nazistasque ocupam a Itália quase no fim daSegunda Guerra Mundial, em 1944. Quetodos se refugiem na igreja, as casas estãominadas e explodirão às três da manhã.Uma vingança pela morte de um soldadoalemão.

A maioria se abriga na igreja, sobproteção do bispo. Mas há um homem(representado pelo ator Ometo Antonutti,grave, digno) que discorda. Ele dormesobre o assunto e, ao acordar, decide quenão confiará nos alemães. Como um Moisés

que dirigiu os judeus retirantes do cativeirono Egito, ele organiza a saída dos persegui-dos, ao encontro das tropas americanas,que estão perto, libertadoras.

E vemos a tragédia da Itália, rachadaentre fascistas e antifascistas, dilaceradanuma guerra civil que era ao mesmo tempouma guerra mundial. Amigos se matam,gente que se conhece pelo nome, crianças,velhos. Mas é também um tempo de desço-berta do amor, desde a abertura do filme,quando um velho saúda com versos deHomero a cerimônia de casamento de doisjovens, ou quando o encontro de dois velhosocorre, quarenta anos depois de se teremparalisado pelo orgulho.

A Noite de São Lourenço tem a doçurade um cântico, a gravidade de um hino antea beleza do povo italiano, fixado pelosirmãos Taviani em tipos desconhecidos,sem atores principais, de acordo com aescola neo-realista, que brotou nessa mes-ma Itália, nessa mesma época.

ROBERTO MELLO

ARTES PLÁSTICAS

CLAUDIUS — Exposição de charges. SolarGrand Jean de Montigny/PUC. Rua Marquês deS. Vicente, 225. Até o dia 7 de setembro.

O SÃO CRISTÓVÃO DE PEDRO NAVA —Exposição de fotos antigas e atuais, ilustradascom textos dos livros Balão Cativo e Chão deFerro e ainda a época (1916-1920) em que Navafoi aluno do Colégio Pedro II. Museu do Primei-ro Reinado, Av. Pedro II, 293. De 3a a 6a daslOh às 17h; sáb. e dom. das 13h às 17h. Só hoje.

OLIMPÍADAS — Exposição que reúne posters,recortes de revistas e jornais, flãmulas e fotossobre a história dos Jogos Olímpicos. Museu dosEsportes Emílio Garrastazu Médici. Rua Prof.Eurico Rabelo, portão 18 do Maracanã. De 2a a6* das 9h às 17h. Até o dia 18 de outubro. »INTERVENÇÕES NO ESPAÇO URBANO —Coletiva. Galerias Sérgio Milliet e Espaço Alter-nativo, fachada e calçadas da Funarte. RuaAraújo Porto Alegre, 80. De 2' a 6a das lOh às18h30min. Até o dia 3 de setembro.

DISCOS

Prince

A RENOVAÇAO NA

DÉCADA DE 80

OS filmes de trilha sonora voltaram

a fazer sucesso nos Estados Uni-dos. Nada menos do que 16 trilhas estãoentre os 200 discos mais vendidos nosEstados Unidos e uma delas ocupaprimeiro lugar: Purple Rain com Princee o grupo Revolution.

Quem não conhece Prince não sabeo que está perdendo. Ele tem 26 anos. éfilho de pai negro e mãe branca deorigem italiana da cidade de Minneapó-lis, no Meio Oeste americano, e suamúsica é uma das mais inventivas erenovadoras da década de 80.

Em outubro vai passar aqui o filmePurple Rain mas o LP já está nas lojaspara todo mundo ir se preparando paraver na tela o forte carisma de Prince queprovoca ecos na lembrança de JtmiHendrix e Little Richards. Prince es-treou em disco com 18 anos e, desde seuprimeiro LP, sempre tocou todos osinstrumentos nos seus álbuns: só agora,no sexto LP, ele formou uma banda, aRevolution, que aparece com ele nofilme. A história, feita de anotações doPrince, usa nomes reais para contar asdisputas de duas bandas rivais que seapresentam num clube. Revolution eTTie Time, na vida real apadrinhada dePrince. A mocinha é a gata Apollonia etudo funciona em função dos números

musicais, os momentos mais chocantesdo filme.

Prince conseguiu uma lista notávelde números com seu novo disco, filme ecompacto: mais de 3 milhões de LPsvendidos, quase 1 milhão de compactos,renda de 10 milhões de dólares em umasemana nos quase 1 mil cinemas quepassam seu filme.

Os homens de comercialização(markting) andam querendo venderPrince :omo um novo Michael Jacksonmas a história com ele é outra: Asmúsicas e letras de Prince são fortes,com muitas conotações sexuais quesempre impediram uma maior divulga-ção do trabalho dele pelo rádio. Ele seapresentava de calcinnas. meias íemini-nas e sobretudo ao lado de três gatas emtrajes sumários (elas garantem que ele éhomem). No lp-filme Purple Rain. Prin-ce suavizou mais suas obsessões sexuaisque estão menos explícitas mas mantéma interpretação marcante e carismáticaque faz do lp uma audição de tirar ofôlego do ouvinte, que descobrirá coisasnovas a cada audição. Destacar faixasseria uma injustiça para um disco quevocê pode colocar no teu som comouma das poucas coisas realmente novasdestes anos 80.

JAMARI FRANÇA

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6 o caderainho b ? sexta-feira, 31/8/84 Jornal do Brasil

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HOROSCOPO CLÁUDIA ALVES

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Os signos são energias que se manifestam em todasas esferas do ser humano.Podemos verificá-los, não só no comportamentopsicológico, nas relações com a sociedade ou natnecessidades básicas de cada um, mas também noque diz respeito ao aspecto físico do corpo humano.Para cada signo, encontramos uma determinadafunção, um determinado órgão ou parte do corpoque corresponde a essa energia. No desenho do"Homem Cósmico", podemos constatar a correspon-dência de cada área física com cada signo astrológi-co. Desta forma, percebemos também que o rossocorpo funciona como um todo harmônico e nãoatravés de partes isoladas, como se não tivessemrelação umas corp as outras.

21/3 a 20/4

21'4 a 20/5

21/5 a 21/6

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21 6 a 21/7

22/7 a 22 8

23/8 a 22/9

23 9 a 22/10

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23/10 a 21/11

ffr22/11 a 21/12

ARIES —Encontramos a correspondência física de Aries na cabeça e no cérebro, que é ocentro do comando e da vontade, característicamarcante do ariano.

TOURO —O signo de Touro está relacionadocom a área do pescoço, englobando a gargan-ta, cordas vocais e o sistema de funcionamentoglandular.

GEMEOS —A troca rápida e imediata feitacom o meio-ambiente é associada no corpohumano ao sistema respiratório e aos membrossuperiores.

CÂNCER —Trazer para dentro de si o que éexterior, caracteriza a relação do signo decâncer com o sistema digestivo, esôfago, estô-mago e seios.

LEÃO —Corresponde ao órgão vital, centrali-zador e simbolicamente o mantenedor da vida,que é o coração.

VIRGEM —Como Virgem representa a puri-ficação, este signo se relaciona com o sistemade seleção alimentar processada no intestinodelgado.

LIBRA —A balança tem como significadomanter o equilíbrio, e é através dos rins,regidos por Libra, que se processa o equilíbriobioquímico do organismo.

ESCORPIÃO —Este signo está associado aosistema excretor e ao aparelho genital e repro-dutor.

SAGITÁRIO —Sua correspondência no cor-po humano se encontra nos quadris, coxas,toda a musculatura em geral e ao fígado.

22/12 a 2Q-1

21/1 a 19/2

20/12 a 20/3

CAPRICÓRNIO —Ao signo de Capricórnioassocia-se o que sustenta e dá força ao corpo.São os ossos, a pele e especificamente osjoelhos.

AQUARIO —Está ligado ao sistema circulató-rio, as veias, ao tornozelo e ao sistema nervosocentral.

PEIXES —É o que une o princípio ao fim, ospés, que se unem à cabeça, simbolizando apsique do homem.

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Jornal do Brasil sexta-feira, 31/8/84 o caàermnho b c, 7

PASSATEMPO

AS DUAS FIGURAS

As figuras da direita e da esquerda são iguais, com exceção de10 pequenos detalhes. Quais são?

Esther

Respostas

0|0ac0 op oqoy oi•O)OADD op OjO^•SjOUJ O Djpsd DUJfl g'SnpOD op OXiOqO LUldo^ l

-obuej op sojuoj ç'0|0A02 op omajQ Ç•opunj oo ot^uoiuoyy -p

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SEQUENCIA

Qual o quadrado que continua esta sequencia?

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Resposta

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Hobby

UM OBJETO QUE SE

EXISTISSE FARIA 0

SER HUMANO COMPLETO

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/~k que é um hobby? Pe-ga o Aurélio e tá lá:

atividade de recreio ou dedescanso, praticada, emgeral, nas horas de lazer.A idéia é que as pessoasdescansam, se divertem,passam o tempo atravésde uma ação qualquer,uma atividade, um fazer.Ficar parado não dá, vaci-lou o cachimbo cai. Mas adefinição de dicionário diztudo e, ao mesmo tempo,diz pouco.

Já reparou que aconte-ce muito disso, toda a vezque a gente vai ver algu-ma palavra no dicionário?É assim mesmo, o dicio-nário te remete para outrapalavra, e esta para outra,e assim por diante, indefí-nidamente. É uma curiosacaracterística da lingua-gem. Olha só, isto podeser um hobby: a paixãopela linguagem, pelas pa-lavras, que tanto atrai ospoetas, escritores, artis-tas, ou simples fazedoresde dicionários.

Dessa a gente não es-capa: o hobby quer dizeralguma coisa e aí nós esta-mos de cheio na lingua-gem. As seções de passa-tempo nos jornais dedi-cam espaço a jogos comologomania, enigmas, pala-vras cruzadas, e outros.Isso é tão importante, queum célebre psicanalistafrancês chamado JacquesLacan dizia aos seus alu-nos: se querem ser analis-tas, aprendam palavrascruzadas, aprendam a de-cifrar enigmas. DesdeFreud, a gente sabe que o sonho, porexemplo, é um enigma em imagens.Mas por que será que as pessoasficam tão fissuradas por hobbies? Porque será que alguns têm verdadeiramania de colecionar objetos? Selos,figurinhas, revistas, brinquedos? Va-mos arriscar uma explicação. É certoque colecionar, por exemplo, podeacalmar as pessoas. Descarrega astensões e dá prazer ao colecionador,isso é óbvio. Mas por que a fissura?O chamado ser humano é estranho,muito estranho.

Os psicanalistas sabem que o serhumano tem saudade de um objetoque nunca existiu. Paradoxal, mas éassim mesmo. Num tempo qualquer.

Liberoti

mítico, imaginário, o homem teriasido completo. Perdeu isso. Deu decara com seu buraco. O homem éesburacado, já percebeu? Repareque nosso corpo está cheio de bura-cos, nossa pele é buraco só. cheia deporos. Sentimos uma falta enormede algo que, se existisse, nos comple-taria. Como esse pseudo-objeto nãoexiste, nós quebramos o galho comsubstitutos: nós nos contentamoscom outro, assim como fazemos me-táforas, isto é, trocamos uma palavrapor outra, na esperança de que al-gum dia, quem sabe... Aproveite, apartir da próxima semana, vamosdar todas as dicas para você curtirmelhor seu hobby prefenrlo. irm)

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JOVENS GAÚCHOS VAO AO BAR

DE BOMBACHA E CHIMARRÃO

ATÉ

agora, nem floristas, nem sociólo-gos sabem dizer por que mas o fenôme-no aí está: a onda do culto às tradições

gauchescas aparentemente chegou para ficar.Hábitos antes reservados à gente do interior— como o chimarrão, as vestimentas típicas, ocigarro feito a mão — tomaram conta de PortoAlegre, e seus maiores entusiastas estão entreos jovens.

Há pouco mais de um ano, qualquerestudante que se aventurasse a passear pelarua da Praia — a mais central da capital —usando bombachas, chapéu e botas provocariarisos e assombro. Hoje, porém, isso já nãocausa estranheza e as antigas tradições estão

vsendo adaptadas ao gosto dos jovens, quemisturam roupinhas transadas como jaquetas,camisetas coloridas, com peças da vestimentado velho gaúcho.

Tradicionalismo jáA volta aos costumes começou aos pou-cos. A origem se deve, em parte, segundo os

tradicionalistas, ao sucesso que obtiveram asapresentações da Califórnia da Canção Nati-va, festival que se realiza todos os anos nomunicípio de Uruguaiana, na fronteira com aArgentina.

No início, só os mais velhos e regionalistasse interessavam pelo concurso. Com o tempo,porém, foi conquistado o público jovem, quetransforma cada festival num verdadeiroWoodstock — o famoso festival pop norte-

americano — da música do Rio Grande doSul.

Na trilha do seu sucesso surgiram dezenasde outros concursos do gênero: Seara daCanção, Ciranda da Canção e Vindima daCanção, só para citar alguns. A cada mês, háum festival de músicas gauchescas, nos maisdiversos municípios do Estado.

Nova ondaAo mesmo tempo, proliferam em Porto

Alegre os bares, restaurantes e casas noturnasonde a comida, a bebida e a fala seguem ospadrões mais autênticos do Rio Grande doSul. É aí que nos fins de semana jovensagitados — alguns levando um violão ou umasanfona debaixo do braço — chegam pilotan-do motos incrementadas, Bugre ou bicicletas,vestindo botas e bombachas — traje agoracomum aos gatinhos e gatinhas. Eles surpreen-dem com os cabelos punk ou longas cabeleirassob chapéus característicos do gaúcho tropei-ro. Alguns chegam ao ponto de usar argoli-nhas nas orelhas, para desespero dos maisconservadores.

A mais clara encarnação do novo gauchis-mo é o músico Renato Borghetti — o Borghet-tinho — um garotão de 18 anos, alto, delongos cabelos desalinhados, que já foi atédefinido como o "símbolo sexual da geraçãodos anos 80 no Rio Grande do Sul". Seu discolançado recentemente já está entre os 10 mais

vendidos e conseguiu a proeza de ser incluídona programação das rádios FM.

Nova linguagemDurante muitos anos era até vergonhoso

usar termos típicos do linguajar gaúcho dointerior. Houve época em que prevaleceu umrepúdio generalizado das tradições, em trocade uma cultura mais universal. Porém, quandomenos se esperava, o tradicionalismo voltoucom força total, principalmente junto às novasgerações.

No parque da Harmonia sobre o aterro dorio Guaíba, quase no Centro da cidade, foiconstruída a réplica de uma fazenda típica dopampa, com galpões e potreiros para animais(vacas, ovelhas e cavalos). "É um pedaço docampo, aqui, bem perto da gente", comenta opublicitário Júlio Viegas, assíduo freqüenta-dor do parque.

Para ira dos machistas, a febre do gauchis-mo chegou, também, a setores mais irreveren-tes, como os grupos homossexuais, que já searriscam até a promover concurso para esco-lher a mais bela prenda gay". É necessáriodizer que prenda é o nome da companheira dogaúcho das fazendas. Só resta saber se atradição voltou mesmo para ficar ou se éapenas mais um modismo que chega, entusias-ma, mas algum tempo depois cai no esqueci-mento.

JUAREZ PORTO

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