SETEMBRO - UÇ 376

101
194S SETEMBRO - 376

Transcript of SETEMBRO - UÇ 376

194S

SETEMBRO - UÇ 376

¦ im rn*» ntxstmmism

- '-^fea

"-íjas^'*'*"*'''Sflt»'*"

____________________________________________

liiltllSfliil

•V*«7 . X-7'5%%..Si,

* '%,* * .*#

W%,'W^T*

%

¦.' ¦ •¦ ¦ ..,.,.¦-,¦:;«,. «.;... '...«' ¦

¦¦¦¦:•¦;,'***?'¦' ',

¦%*

Ia

,7tó'7WmÊi

iTL-r&.-^ss^ftsiHíi^zrs?.- .•; "tt_*f» _?i_2_síffl

¦5*s"\ tr

X/" *r ^X%&^\

J •> „ / i^S "V .'V ^¦¦k T X Jr m \

* I 1111

w *w «r ¦*£• •»- «e vf' ® s £ '?•• o « o o o e « , . . . ín\ l^^S^., ^B^'::*||PP' ^^^^|ü;W /© fl) fl» #®«5#®«e®©o*0ooo, . . . . '

j{|A ^^^^^^i^^^^^^^^a \'\\\% et fl © a fl o © • • © % * e « c , o 0 „ . ,

' |l| fe*i rwtóí^kÇ3È ^1 f-¦> fl> e •#••••••••• o..:. V-v-. -.:"... . jí; gLM ^^-~Sín^ffj ¦caJí• ••••••••••••••« o ô & o . . . . & l\o^Pk »«n L !fati H flT-Jo/ '|

© @ © «f fl » @©«#e®***oe. S?5 /CT&Jk^ fit - jJ JT. Vj•;x x- m í-v c, & ^ í-t j... *•_.._ s;üjjà ''':,í^V^l , i | 'Jffy\-?/l''í'i

í-.vr í- «,'.* .-;, í-, ^í55??bIL 'C-

t 7S^^^i^^f^7^^t9"<^' 'XV \

^ © * @ * « >•>. » ,, , * * Is^•M||í{Sh^'S 7 ic&^ç^útt '''[A®0 ®® • «¦¦••••••••••......'.';; [^^^'^aliii^^R^oj ^\0*^m\

§ÜM

PRODUTO DA V^vS*!» «*ô

/áttV? *.

Da pureza altamente selecionadados seus elementos e dos métodosrigorosamente científicos de sua

fabricarão, resultam a excelente

qualidade e o apurado bom ^<f--toda Cerveja P \ L S E ÍSi - E XT K A

fti&en-Ectra Püsen-Extra Pilscn-Extra Piííon-Extra PiUen-Eu

• -: fl^ • • -. • e' .«u ' f • • f » o . oo

fl> fl • fl fl. fl * #; •& # f #. "•«.

,, 9 9. 0 . . .'fl fl © fl fl © • • • # \é'i .9 9 o o v . . .

• ••••• o e © o o o*S#®«©©e»oocf, o . . .

•> fl fl fl fl • • • • « r© o 0 & o . .©©*«*Süc*« * . ,

• '•'¦¦•-¦:¦'• OÍO» «

© O fl> fl • • • • • • • • 0 # » , , . , .

®*S**<8e®««*, , ,

^#@®®«©«'» *««».. . .

0@*^#^®©@®®*«<&« 9 e * 9 c .

tr» Pili«n-Estrj

MI*t*w>wJ')'*»W««»,«^»l»*A 100'.ií***'í*J'»^WJW*MitçaBiSWWSIM

TAPETES

PASSADEIRAS

TECIDOS

MÓVEIS AVULSOS

PARA PRESENTES

*

Mobiliários e DecoraçõesORIGINAIS E INCONFUNDÍVEIS

^«n-imrt,, .„„ ,__.,„—sa»i«f,7*B!^ ^if **'**-Míw»»™5fc««»»a1BIÍf'3^*,!^'

fundada em 1912

65, RUA DA CARIOCA, 67 — Rio

EU SEI TUDO 32.° Ano N. 4 — Setembro 1948

W- v...l I \ ÜM SEGURO OE SBáõE NU SEIS FILHO

xxs> / Um seguro d

/ mente para pt

é um composto

:^^P Seu efeito imediat<

»»»\\\\v\< -

} saúde para seu filho Criado especial-

ificar o sangue das crianças, Lactargyl

le hidrargírio iodado e vitaminado,-estimular o apetite e auxiliar a diges-

Tao-raz-se sentir aentro de poucos dias. E a indicação es-

pecífica - purificar o sangue - valerá para seu filho comíum seguro de saúde para a vida inteira.

MEDICAÇÃO AUXILIAR NO TRATAMENTO OA SlFILIS INFANTIL

mASAimtX&V®*-""^s^ili^ilijMj£-~r~

-a-^AW v££2&>1Z -_#' A"r,~~

--.i i» ---—~JTOi*w~ ___R__v— -^

::::*s*i_^~_s_^^^^-JM \fi? 'P.

y-S»* r^fts<L* r .Kl" S^**^.*1* irfKv^_4f _-_^li

¦ÉÉM-.

' ... .,;*>'. ¦' .

', 1 . L. ;

«¦M__B__H__H__H__MM__a_niMa__B__H__i__M__L <4S___H__H__tt__H__H_____H__i__H-fl__H_N__H__MH__lfl-H_H-H__i__n_l_B-B_-H-H-i--al_B9H__B-L- •*!——-^¦---¦--^¦-¦-^--^-^^^^^¦^¦¦^^^^

-*. ¦^^*^^^:^'^y*tT*-t»^'".*.-^fiV-r .ixsrr^fm^. **7"*'"'^1 Im M*_K ^ ^_T^^__L "

*™**^^*W-~.. ^HÜ^^^^^*^BP*4 I -"*i **¦*•»__ ^^^ ¦ m^T ^OÊB^^*e~^qmmf—-^~J* •~*^mm^^^^^^^—UOÊ^}m^^^ ^Êr ^^—WS^^—^—\ ____H

_-- v —- ' '.?V*ii _ "í-fi' __5_^^*_^5 ¦.*'"**¦- "— '" — .-f"-**-" ¦ ¦-----«"* — IJjl ____________%_____- — . «__i * V _r J* Ai *. '^Vm ¦>— ^«> ¦*¦__* v J__; >*• •¦ 'i-Sr^MUI--^^ _^__r^^^___H^_H^__^__¦* *** -lr , ff s^. Sjf.r^B^-t- «n_» -*> w. - gw^«___*<_*•- -_-_. _: /»* --— ____^___HH^__»_fi^i_E--V^__l

v?»í /- < H' __-. -V ssrv^^i:>, 'v. c* '•• *~-*- £^ >t*c..—.^^ IE

; • ¦ • "-^p. f: .A ^: "»f:;^-«>

Jfr WE«1fi {^*%_V;A***tLS., >v<^*"!***'' "*'

fi~W AAiMAA^

llilwll^^___.______..- Mlllii .

SETE M B R O — 1 9 ¦!- 8

RAdator-chefe: PAULO OAMA

4" DO AN? XXXII

I» jí O P K I E I> A D E DA COMPANHIA EDITOR A AMERIG A N A

Dlretor-Presiclcotr: GRATULIANO BRITO Diretor-Secretário: R. MAGALHÃES JÜNIOR

Redação: Fioa Maranguape, lõ Rio de Janeiro, — End. telegráfico: "REVISTA". Telefones: riec_aç_Lo:2-4^47v'Administrarão e Publicidade: 22-2550. — Representante em São Paulo: para a publicidade: Seve-

Hro Lopes Guimarães, rua Alvares Penteado n. 180, 5.° andar, sala 502. telefone: 3-2640. Distribuição. Ruaio oaioma n: 67. telefone 4-1569.

REPPJCSENTANTES: Nos Estados Unidos cia América ¦!;> Norte: Aguiar Mendonça. 19 West. 44 th Street, NewYork"citV, N. Y. — Eio Portiuxal: Helena A. Lima. Av. Pontes de Mello, 34. 2dt., Lisboa. Na África OrientalPortu^-íôsa: D. Spano, Caixa Postal, 434. Lourenço Ma*qües. No Uruguai: Muratório & Cia. Constituyente,.1746 • Montevidéu. — Na Argentina: Inter-Prensa — Florida, 29 — Tel. 33. Avenida 9109 — B. Aires.

AVULSO EM TODO o Brasil. CrS 4,00. Número atrasado. CrS n.00. ASSINATURA ANUAL: Registrada.Paru* o Brasil, CrS 4.8.00. Para o estrangeiro, Cr- 78 00

MAGAZINE MENSAL ILUSTRADO CIENTÍFICO ARTÍSTICO, HISTÓRICO E LITERÁRIO (FUNDADO EM 1917}!

••¦*,, vs-

<mf CLt iV

* s>%x L_I '

,-,(},

velho vigário arrepanhou as dobras esvòaçantes dabatina, salpicadas de poeira «¦ molhadas dos pingosdu primeira chuva. Entrou; encurvado, na ven d oia

- amontoavam os roc< iros humildes que ali so refu-jiaram também. Viu quê todos se tinham descoberto

is pelo respeito dele do «iii'' para escorrerem a águachapéus pobres. Sentou-se no tamborete <¦ passou a

io larga «• carinhosa na cabecinha de um pequeno queso achegara.

fi^iz mal cm sair hoje porque não precisava apanhai¦ aguaceiro.fi. Vir tão longe, num cavalinho mole como

o meu, Coi facilitar ...IToje é oito, Chove sempre no oito, em setembro,

vu" vigário — falou a voz i!<> vendeiro, que tinha maisautoridade ali dentro.

0 vigário ficou olhando para êle', fixamente, com um«rriso qué era apenas sombra, na boca murcha.

Você também sabe disso. Joaquim-?-Quem «'• que nfio sabe, "seu" vigário?

''-• todo inundo sabia.A estação soca vinha do fim de marco, geralmente.•ase nunca chovia até setembro. O frio apertava, as'a«las caíam, o pó enchia as estradas, o gado passavaino. as plantas so entristeciam. Só quando o castigo do

ameaçava desabar no mundo, em agosto, escurecendo,ndo -úmaÇa em toda parte, «'• que a zanga de Deus>sava. Metia medo só. Mas era boni. Dava, logo cmombro, as águas fartas que reviviam o verde dos campos

malas. Derramava chuva pelos roçados, amolecia a'-'a, alegrava as árvores, chuchava nos passarinhos uma.

• tade louca de trinâr, de esvoaçár, (i«v fazer ninhos.Asa a oito de setembro que começava a festa. Sempre

ni oito de setembroi Pelo menos, o povo dizia...o vigário, achando que todos ds matutos juntos ali

¦stavam tão humildes, tão simples como as crianças, en-tendeu que devia contar uma história.

Vocês sabem por quo é que as chuvas chegam emit0 cie setembro?

alguém sabia, não o disse. E o velho pároco ilu-

minou os olhos cansados da vida. para contar algo quepudesse valer depois dela...

*fr

Hpje é oito de setembro e j dia oito é da festa doNascimento d^ Nossa Senhora... Há muitos e muitos anosnasceu na Jüdéa — terra distante, bem distante daqui —nma menina que se chamou Míriam, ciue quer dizer Maria.Eez-se moça e desde o berço teve a graça de Deus, nossoCriador, Quando estava em Nazaré, casaria com um car-pin teiro por nem.' José. viu diante de si. certo dia, umanjo resplandecente de luzes: era Gabriel, que lhe anun-ciou que ela geraria Jesus- Salvador nosso. Filho deDeus-Todo-Poderoso e Mártir de nosso resgate e de nossoperdão. Foi em Belém que Maria deu à luz Jesus Cristoe foi no monte Calvário que O viu morrer na Cruz, pelanossa salvação. De lágrimas. Maria encheu o coraçãoporque Jesus nascera; de lágrimas encheu o coraçãorquando Jesus morreu. O Criador fez dessas lágrimas orosário, com quinze dezenas de contas que são as doresque existem, alternadas com os risos, nos trinta dias do-.mês; e mais quinze contas grandes, que enchem o anointeiro, mês por mês. e ainda sobram, pois todos êBes.têm nma lágrima a rolar... fi'1

O vigário passeou o olhai-, distante, sobre as rudes.faces dos pobres homens que o escutavam.

Mas eram tantas as lágrimas de Maria. Santa Mãe;.'que não couberam todas, nem a parte minima, no-rosário!sagrado. Deus güarddu-ás e elas nunca se acabarão. .Fí.ficaram no céu para derramar-se, todos os anos, sôbreÀ otrabalho; sobre as searas, sobre as árvores e os pássaros;'1sobre as terras do labor é sobre as cidades dos pecados...;Elas lavam, purificam, fecundam, renovam tudo. Quando«das faltam, os campos secam e os rios se extinguem;.os gados passam sôde e fome; o pó da sufocação penetraem tudo. Mas o Criador é Pai dos Homens... e perdoaiDá-lhes outra vez o sangue límpido da purificação... Emanda as primeiras gotas desse sangue no dia da Nati- ;vidade de Maria, neste dia oito de setembro, para quenós confiemos na inesgotável Providência do Senhor!

5SU SEI TUDO

O OVO32? Ano — No 4 — Setembro

NOS1948

? ô o

O ovo de ouro cios indus — O ovo áo Colombo •¦» O aforismo de Harvey — Homero,Helena e o ovo de Leda — O ovo da Páscoa — O ovo a cavalo — A complexaestrutura e a viagem de um ovo — Os evos frescos — Como se conhecem os ovosfrescosnobres

Meia centena de biliões de ovos: --- As galinhas poedeiras e as raçasAs crises e os preces dos ovos — Um livro, um filme, uma história, dentro

de um ovo. .. — "O ovo o eu. . .", ou "O ovo e todos * • *'>s nes

sE fôssemos indus, daríamos ao ovo a preeird-'nencia sobre todas as coisas do mundo. Eestaria resolvido, asam. o velho e tormentoso

problema de saber quem nasceu primeiro: se oovo, ou a galinha. . .

Na verdade, o código de Mano iá hav^ ^'m-cionado, há muito tempo, esse problema. Está nos

ms,.

|||§ ,kjr- \ -? '¦- r # - . ¦

mm

¦a l-v^--íi*-.V;.'-..;ll ,,!¦¦¦¦.--¦¦-¦¦¦-'¦-¦¦¦¦-¦:¦-• --. •;/:¦:•.-, ¦¦ - *¦¦ O'' **V .©"?

L-. ¦:.!•"-"' ."'a.'. WM^lÊmÊB£*S

lfe%fe ,*=-^|,o- U'--*r-v. - na- -jPfr \ft|ífgaaSH '^íftüi-.¦-*- '¦-'v* ¦ -^L\ri^ii--'-,: jm#« '¦ ,' , ig? LjLVJ

v^^fe.*'"';- ""¦'•¦' £jf'\ a jírfNiit* '* ^ -An- ;

^/' "

A o~* ^ii..^^ -•' . ¦ * ' ->'

Vv^? '*''.s-;, '.- ";7" :' -.¦¦ á' . '*a':a''--~--'' ¦ *V"ro -A--'- V.^-^w"--?-.-„ * A .:';¦¦' V- a*-"-.**--. a^An*' l-:'***A ¦ ¦" .-."¦ Aã Aí ¦ AíQ$£;A'~v^ ¦.'. - '! ..*. r- ¦-..'¦^

figaH&Sta

O ovario da galinha, localizado na região lombar (nodorso). encerra cerca op 3.600 gemas imaturas. Elasevoluem, de uma em uma. em cerca de quatorze dias

seus textos que Svayambhu, o Sêr Absoluto, depôsnas águas, que eram o universo, ainda informe,uma semente sob a forma de um ovo de ouro, -o Miranaya Garbha. Esse ovo era brilhante como osol. E ao cabo de um ano de Brama, o ovo separtiu em duas metades, fazendo uma a terra eoutra o céu.

Não é novidade par enciclopedistas o mitocosmogênico do ovo. Dele teriam saído os mundos,'

»eos seres todos, e chegamos a concluir que se ê:mito está na tradição das gentes que existiram nosséculos, a porfia de resolver a anterioridade daaparição foi, de todo em todo, escusada: — o ovonasceu antes da galinha. Pelo menos o ovo abso-luto: aquele que foi o início, não só das galinhas,como de tudo mais que devia ser feito...

A conclusão tem algo da facilidade, mas da as-túcia, do episódio famoso de que foi figura centralo descobridor da América. Todos conhecem essecaso do "ovo de Colombo". Passou a ser provérbio,modo de exprimir o engenho que tem na simpli-cidade o seu maior obstáculo. E não custa relem-brá-lo:

Diseutia-se, certa vez, na mesa de um nobre,em Espanha, a questão do descobrimento de novasterras, no ocidente. Colombo era vítima da invejatotal. E porque se dissesse que a empresa era fácil,

bastando pensar nela, Colombo pediu um ovo epropôs aos circunstantes que o pusessem em pé,equilibrado numa das extremidades. Todos tenta-ram e ninguém o conseguiu. Colombo, então, tomouo ovo e deu com êle uma pequena pancada sobrea me: a, bastante para achatar levemente a casca,na extremidade. Feita, assim, uma minúscula face?plana, o ovo ficou equilibrado. Disseram que nãoera difícil. Parecia até coisa insignificante. E Co-lombo retrucou que, de fato, o era; mas que erapreciso tev a idéia oo fazê-la!

Aquele ovo não tinha, evidentemente, a expressãodo ovo de ouro, dos indus, de onde o mundo inteirosaiu. Mas não era um evo qualquer, porque.,dele saíra a América, quase1 um mundo!

Os ovos nunca perderam o prestígio, na doutrinafilosófica, nas concepções da ciência, na ginásticada imaginação. Harvey, sábio da biologia, afirmou,mim conceito aue se fez aforismo: Orrme vivumex ovo: vivos provem cie um

sua Arte Poética, lou-- Todos os seres

ovo. E quando Horacio, emvou Homero porque não começará a narraçãoguerra cie Tróia desde o nascimento de Helena,empregou a expressão: ab ovo. Ora: Helena nas-cera, segundo a lencia. dò ovo de Leda, esposa dcTindaro, de Esparta, mas amante dc Zeus, sob aforma de um cisne, de quem houve dois casais degêmeos, nascidos de dois ovos, — frutos do amorque encontrou a imortalidade na arte de Miguel-¦Vrig.elc', de Correggio, de Tintoreto, cie Ticiano eV.oonez

E teve, assim, o ovo no princípio, na origem, nocomeço de tudo, Até nas refeições romenas, cujos

•^^^ff'^i/ "*"¦ '

Vra-i-v-*.''.. ..ri' :,r;->- ' ¦'' '--' ' ''

ann":v an ¦..,•-j-a- ¦ o--:

fÜÊ

mi

Üfe

-;"*'

riri-ri r.;:í:jl:.:....;,iíV !

? J>:!lSriÍ!Zl

íiliffia-

¦ri *,;•:.-•,=>•; ¦¦;' riz40^ii:mWm '

(-,: na<<4»a. - iÈEKBÊEt^k at iBB''5K^S'allfc'-' ¦ 'i'***-^-j^---*--»*ír -si-".-•t. »_.<:-.a.^" _iujfB_B_T ST?' dWfc ***tr ayÍT»fi> - • r " í^-,s

WÊÉÊw.

•"' t )MM> -¦. '!;:¦¦ ri ,riÚ'Anií[':i :,.>'!¦!. JZ. :' > íL-^^.aiL'i - Í?í-'¦¦'¦:;' . ¦' lSp?ffl™l' ',;'^;;'V''''''n'o .

';3^^ff^'¦ -ririy*''..¦'¦' '

i 'ri:'V:Z'iÍZi>

A gema madura sai do ovario e penetra nooviduto, onde se completa a formação do ovo

<\n< jvjp 4 — Setembro

^«¦¦W'- " <-yJ> ¦ :¦ -'¦

194S •7

* __l¦ f\*ElT SEI TUDO

^">N.

/

^«MUMla wi.h»».-. ..— • -..*.——¦

-. **1? ; •*"•«.* ,%• V.._c»W '¦.-*;>•,. •*.S„

^*™«*•^J^_>,..l_>,-_iJw^^~ÍS**tf,e*£fwi^>,•''•f¦~,* '-"t" >'*>.,"C' s."H %&s

j* 41? ^«jw''-fc*-''- ¦**£.* mRyj? rfr Br*'-. _fi " Yt_ \ ¦" ?J*TS*\" \*'"¦¦ 'VLvsC ^ ^Síu**-; - R-v*wís*i_ •/?* ' ¦-•\.-*'<r*3ft'tf\/ ,/,• ipwuf.í'!^ ¦* f<,, ti H„ v - •. y ,\ flfl_H_F^MBH_li " >.".«»*.'»f«.* '/'"•¦, %»«•--»•—«-¦••—..- — »,.__«».., - - ¦— i ¦- — ¦ - ¦ ¦ - - y i y .mi'.iV iflB&BT-^m rm,'. ¦-'yiismy"' ' mífâgs/y \. JP^m. '¦> \'**?i^\\ UauB B

#1' -.-t, .: .4.- wyy/?íK'-'. Ir • ^ -,-^-à »\

¦ '*9 âP!_R-tflí--i-rtÉ-lHUH-k-fl0-B-Mk

:- "fe"t:'.| K f. .. á$i':-''i r>%y-^fe ¦ :«g *. MBt^WI

i § fê, :¦¦. :4 -' *" .-.-*•* JI ' "• ¦ • :' ':.•"•'• ¦ '¦* * ^á-'.,.y4'-y'f ' í; 'i?,\ 1

%%(.$. yi • . - .¦:• \r/4"-'-'-í t'tWS ••¦!¦• fp ^/*,''.'¦ ~4 ... [ 'A-;.

,.;.,;¦ .'^4*^ ^^ /• J ' |^||| i/?;

\\,

ttk,e; 1^;, : ¦*.*„¦ !^?V /T^**' ' ¦"'•'¦'•? -I- 4.;/fí;» ^»;. - .-* • ¦*&_$"'' ' ~* ' " '

+*^W. ¦¦' _JKa"'" -¦"''.'»¦ . _J-**,rtí_f ij_í -*¦ " ^W .• .• .í ¦ <¦ -* • ¦ ¦*¦ . ¦ :-iJ*fc_ j_w ¦* ¦ "•• . .'iv i «'i_ lírSS af* ê£8?1 a_\_B_*>ir ¦*. *->Ci''¦¦¦¦ ~"^è^_ Jh>~

ei ^v*:<¥ i^jyW^f

*Í-'"' If' "X-Jv %' W'M ..-'¦¦; ¦¦¦¦¦ J? /Jyf>f\ l\/ \,' #J ; •/ /W' ^__- 1 '# ¦ ' ¦!_/ í- »-W.v -M_^KVJ-WPí* ^»**-- f» scsr •r,f" ^_B I _r _4R9 ¦¦.f^i>> tH,..' **" ' íJF /.- -'-/.( ¦_¦_¦¦¦¦»__*_¦¦¦¦¦»

%/'¦:'• ""'sjs-.**-. *V|'

." ' rsi!^*Sív '.risv' '¦ • ¦¦•'h.-- . * ¦ - lúr J>/..'':%& 1*/'

^***^^s«íw*',rf :&®(iWv -aWÊÊ WTTM M. lft *./" .ftteai^' 1 UBI

V »* r :**_£( ^w" s* _^_i«s^_^_^_^_^_^_^_^_M^_^_^_^_^_^_^_^_fl_^_^_^_^_^_^_^_k'rÜ#^" •**• HKEsHHiOVO FRESCO: — Um ovo

galinha tèm uma estruturareiitèmente simples. Mas nalade 6 muito complicada.úo a gema como a clara10 dispostas em camadas. A

ma é mantida em uma posi-iM determinada, dentro do ovo.

... *Wji**ttejXH*1**liF**í'

;y

no

neio de cordões de natu-aiminóide qUe formam ò quc s< chama a clialaza.

11 ovo está em incubação.. a evolução embrionáriaPelo disco, yesíçülái ou botão germinal. Num corte

izesse, longitudinalmente, num ovo, poderiamquever-s as seguintes partes: 1 — Calote, <>u câmara de ar;

Membrana externa da casca; 3 — Chalaza; 4 — Clara

iquetes começavam sempre pelos ovos c acaba-pelas frutas: ab ovo nsque ad mala.

: quando os homens, renascidos om um mundo^e recebeu o resgate mercê do sacrifício do Sal-

quiseram simbolizar a alegria agradecida

espessa, externa; 5 — Ciara espessa, interna; 6 — Disctcu vesícuia germinal; 7 — (rema branca: 8 — Camada.-.claras da gema: 9 — Camadas escuras da gema; 10 —Clialaza: 11 — Clara tênue, externa; 12 — Clara tênue,interna: 13 — Membrana interna da casca; e 14 — Casca,

em dupla camada

ao benefício maior e exprimir o júbilo deslumbradopela Ressurreição, foi no ovo que procuraram osímbolo; foi nele que colocaram, em intenção daPáscoa, as pequeninas dádivas da festa de comu-nhão. O ovo de Páscoa é, para muitos, o padrão

EU SEI TUDO 32* A nu N" 4 Setembro 1948

mmmWsaW^^ ~ ^^^SS^M^SMÊT FWS-W-WM^^ ^TOSÍ

¦fe^'^ laBr --tá-j -ai: ilf :-:::;r:"V:- ^Hr ':^ fl¦plj'¦ ^ • -V; 'y^;aa-' H ¦: ¦ £ ' ;' ;?#a,.,-. I|i|f WÊÊl I I¦;;;>""v !''^tá mmâ k >Sí:. ¦BB |j* MÊÊ 4-4- P¦kíWí^;-^-.- In táv-%lly fil It jfilii ' ' m»*tá-aarij|ij y ihbb), tá. 'táriajsj m -gn xxmx m

WBj^iÍ;:ix-iii-. - ¦:¦'-' ¦'.-''¦- i9Ê^____Wk JÉ WÈk J » " M^ ipvÈ--^L '- ¦ ttCf-tSjfl BihH WUítiSk mitomVamtkltltWmatm aVStMSBiSff^Hnfila&rt, ÜlLC-y '-

BBmiyxx' ¦¦¦ .-x--- - JÊaWmmsmLWÊk ¦BRSHBiL ¦ ^varo—a,; JmmmW^BSm*WX J^Méa &. d lttj'tfIWHlHI I Fl1 Mu tá jM»h ^^l^limw í^K^HMl jBMSr.'v

Há um modo simples e tradicional d» verificar-se a fres-cura de um ovo: colocá-lo centra a luz de uma vela. deuma lamparina, de um foco de luz qualquer. Os vende-dores de ovos tinham um gesto típico de erguê-los à luz.segurando-o com a mão direita, que os girava encostadosà mão esquerda, em cartucho, aplicada contra o olho,para formar um óculo. Assim, a luz passava, niais oumenos, através do ovo, permitindo verificar-se a sombrada gema, e o espaço claro da câmara de ar. Não se perdemais tempo em fingir que se quer garantir o estado damercadoria... Nas bancas de mercados e feiras, o tempoé pouco para enfiar os ovos nas bolsas das freguesas. O

sistema arcaico se fundava no seguinte: contra a luz, asimagens apareceriam, como se vê aa gravura, da esquerdapara a direita: íí) No ovo muito fresco; a gema ó muitopouco visível (apenas uma escassa sombra): a câmara dcar, 110 alto, muito pequena ( ). I») — No ovo dc primeiraqualidade, não há nitidez da sombra da gema, nem exa-gerada amplitude da câmara de ar ( ; ). c) —¦ No ovo desegunda qualidade, regularmente fresco, a gema .'¦ uma som-bra bem visível e a câmara de ar maior ( • ). d) —¦ Noovo de qualidade inferior, prestes a não servir mais. a gemaê uma sombra escura e a câmara de ar bem grande (4-+)

Outro modo de se conhecer o ovo. dependendo porém dequebrá-lo. é a observação da consistência e forma da gemae da clara. Assim, da esquerda para a direita: a) — olegítimo ovo fresco (recém-pôsto), quando quebrado, seespalha numa área pequena, não perde a forma, e a gemafaz um relevo alto. b) — a gema do ovo de 1« é redonda

e saliente e a clara consistente; c) — no ove de segunda,a gema < a clara são um pouco achatadas e por isso êieocupa uma área maior; d) no ovo de qualidade inferior;i gema é bem chata, a ciara aquosa <• fina o se der-rama largamente no prato, ou noutro recipiente qualquer

c^H|jftlMiHifljMi&é||j&^ J .l~—r- ¦ i.i XBimmanomma e-, •-- -mMHBgy^ ^StllwtmilfíiMSj^ii 7*?>J-tt-™B8MBBfllÍgÍarS^^ ¦•t^0uJJ**",;^'!TlStJ7Í^J?','!i'^"'KHSXcB&vÍ89fwfi mtr TJZafl -P-P-Be mswtíSm^fíS^h'^^' ^ffiffij-K

' ^dEsrauSS^wsEn^m '

I B?-.íiíáía ^mSsw^___ff^^i#jjK^lfmwffli^^gP^jy ^jK«feil»iy' ^^^^^SftjBHBBs^^f ^BjS^^^y*>'* ^^whB9^Smb^mS»dC ;v ^^sssj-'-' "^"'"-SbÉ®-*- ai__W^^^x—- - w_^^^^^U_W^Sr -:tá;?|fc wr^^íf.-^BHBv itiSIÍi: Wy *'^raBflRF W^S^-^fe'

^BftT^^-JÍ-íi^rsyi" SS BSÍxBÈ mmÊijài ÂmÈa JK Sn Xbf&X-,.'-" .t35& asma QtEsT?\ „<&.-. - '•,-'*' -*Xi' .fl wL ^S -77-.-,:^-.-- jMRfffiam^L, ,:'--7tá- rãgfflm, JÊs Eram i«fiÍÍifW Ât Ê&S-^. JS&m'**

fl ffiDBV ¦'*" ' *mV*amWÊmmmmmm^íaff^\%\ alrtl1mmm^lÍMÉxFyÍMmrffi jjdífftí MmSwa^mmmmBtíâmU m^Lm* -*^BÉ!BlBFÍflBl^aPtA?!MjlWl^^Pjg4Jy^

¦ Wsf*^^ -r-è'-' ¦'¦&¦¦• -:f;§?rtfr- "^^«S^^H^kIHE mfr '^^^a^_tm__a_B^' ^^mmka oalS*^ ')*_

fl Hi^hkK. iir^_jBHN^^^MÊ^^mW^*m^tt*^ ' ~ ¦ dt-fili-fe-w _ov \'-'x.-.. - ,.''x'iyyM& J_WMmrtn is^^^^^?^^^^^ím\^ t-, „, i^míhi-\yH'ir **ák\^ '¦ -tá .tátátá'- tájmmmmmmmaaWmamWm*m1m&mmamm*fam fWglWPWiniiHWBBW^BBMBlwy-^AffWlgffQ^B f^ifla^ltffll^flBB-IWfiSHWMJaBB ¦ 'mUmsaBWmsffl •¦¦ ¦¦¦«¦¦llll» llll I !8BalaicM""i«^B'™«^

A terceira maneira de verificar o estado de frescura deum ovo depende de levá-lo ao fogo. Fazendo-se um ovoestrelado, por exemplo, vê-se, como na gravura acimaaa esquerda para a direita: a) — o ovo fresquissimo apre-senta a gema no centro e se frita compactàrnente- b) -a gema do ovo de primeira qualidade pode ficar fora do

de um renascimento. Seja, embora, a prenda iiu-sória que tem a virtude de aproveitar a ingenúi-dade da alma de todos os homens, propensa atornar-se criança a toda hora. . . Não se julgue,no entanto, que esses pequenos mundos, cheios" degulodices, de jóias, de sonhos, — que Wetteau, ogrande miniaturista, não se furtou de decorar,'-^tenham sido, ou sejam ainda, senão üm costumeonde se realiza uma das mais altas determinaçõesde Cristo: a impregnação do espírito simples e

centro; mas quando se frita, se apresenta alta e salierit-e a clara consistente; c) — no ovo de segunda, à gematica achatada c lura do centro; quando estrelado, a clarae delgada e se espalha bastante; d) — no ovo de quali-aaa.- inferior, a gema é muito irregular e de fácil rompi-mento; a clara é ainda mais delgada e de exagerada difusão

puro da infância na alma, deformada e viciosa,dos que ainda quererá ganhar o céu!

Não e, porém, de nenhum desses ovas que quere-mos tratar. Nom do qua foi origem do mundo deBrama; nem do que ligou à história da Américao sabor de um episódio interessante; nem do queresumiu, para o biólogo, o conceito original ca

í2v Ano Nv 4 Setembro 1948 EU SEI TUDO

•mt; , ¦•i T.ftífSmfafí,

.r*' í.E ¦*¦*¦****

6ÊS

No espaço de três horas, o ovo passa através de um ca-lál onde* as glândulas próprias depositam cerca de 4U%ia quantidade total da clara do ovo. Essa via è como

•'tubo de albumina", que exerce importante função

/ida; nem do que nasceu do amor da rainha e docisne: nem tio que celebra a alegria dos lares no

íais luminoso de todos os domingos do ano.Estas notas vadias querem dizer do ovo de que

todos precisamos nas nossas mesas. Que chegaramcrtar tão altos, em matéria dé preços, quo bom

odiam incorporar-se aos asteróides que o astro-mio colocara "inter Martem et Júpiter". .. Os

que saboreamos, quentes, com um cheirinholirável tle manteiga derretida, pela manhã; os

vos que aprenderam tanta coisa que são capazespraticar o hipismo no eoeoruto de um filé.

orque se diz' "bife a cavalo; mas "ovo a cavalo",repadò no bife, é que é...)Esses ovos sao a delícia tle muita gente. São a

oilcdiee da petizada, que nem sabe limpar aindabigode amarelo, denunciador ea ovofagia, per-•ando-se o hibridismo da palavra. Mas tambémio o tormento de muita dona de casa, que não

encontra no quitandeiro da esquina, ou os com-ra, chocos, na barraca desleal de uma :'cira

qualquer.

*. '¦¦<¦.¦

-

-A/M**»''-'.*.*.*:;•• - *y.ff «O»*.

^m¦]____ "fC, •iíAê.

j______W ¦?¦- ?¦**_»¦ w_,.*____¥ »__Wf^^^^^ \W

j_W ___*_%*____\ ____. m. ,EE;mw ^tffàui Mmuu. _m.

Àmr ^B. ^_________tt__. Jt_. '*£tWuW ^H ______nÉm\\ ^^ ^K

muXuW ^m\ ^^^B ^1^1 SmuuW____¥ - ^ft ^H \J_\__\ _______ '

rsç*v,

V* r *'-'*'' V..„v.:rr.:rVr * ¦>''?

í^s-wBr-'*'-*'' ••¦¦/ 'víi

,¦><•*. ¦¦-*.;

.«-iát^rSIS

''ara duplica de peso. adquirindo secreçoes que atra-lsam a camada porosa da casca. E as glândulas adicionam

ciai para a formação da casca que. afinal, endurece

ft r^vi^;'- ,vr;r*:*"riÃ;**:%'' ¦ H§y* ¦: *¦;" ¦,E:,:r^.-r.lE0Ê^ /#

M0^EÍf':' B >* "' :*- --^--.^-''SNas três horas seguintes, o ovo entra no "istmo o re-cebe mais clara e material para a formação da casa. Aclara fica dividida em camadas espessas e camadas tênues

O morador da roça defende-se. Pode não ter umpaletó que preste. Mas, ao lado do cachorro, —indefectível vigia do terreiro e acuador de coelhose de cobras perversas, — lá está a galinha velhade guerra, cacarejando, encarapitada no forno deassar biscoitos, onde gosta de fazer ninho; ou arre-piada, de asas abertas, ameaçadora, nervosa, pro-curando abrigar uma porção de bolinhas de feltro,

brancas, pretas, côr de café com leite, — quesaíram há pouco de uma cascalhada encardida,irreconhecível como ovos, que ficou numa moitaqualquer.

Mas com o morador da cidade é diferente...Êle não tem o prazer de pôr nas mãos um ovoquentinho. cujo calor não se parece com nenhumoutro. Não sabe o que é partir a casca, ,separando-a,com os polegares, em duas metades que parecemvalvas de concha, e ver, rija e saudável, uma esferaouro-laranja que tem o garbo de uma lua-cheia denaio, subindo no céu.

•E' o diacho que seja assim... Porque o ovo é

_______________W_M _W»W

«Bai BcSms"Viífri''"¦"¦¦ •.«*'>-

PrÇè%*~v

«Pipi 'Te

EEE

E-y Í -

Py.'A

A'.*,.;. iE-'yy,.'.. .¦."*:..'

we mle '-JejJU'U<' S'(f'SÁE-<yW:¦ ¦íE

-" M

Um movimento de rotação, imprimido ao ovo enquantose estrutura, lhe «lá a forma peculiar, que lhe tomouo nome- oval. O ovo é posto de doze a vinte e qua-tro horas depois do início da progressão supra descrita

í.

EU SEI TUDO

dos alimentos melhores para a eficiência cie umregime nutritivo. Fonte esplêndida de vitamina Ae de caroteno, pela sua gema, que também é fontede vitamina D, vitamina B-2 c vitamina E, — oovo tem um lugar de relevo na alimentação hu-mana.

10

Transcrevamos que os nutricionistas sustentam,em todo o' mundo, que cada pessoa deve comer pelomenos um ovo diariamente.

Mas os ovos, em muitos países, estiveram raeio-nados e chegaram a preços altíssimos. Chegou-sea temer que desaparecessem das mesas e, na rea-lidade, em muitos lugares não havia ovos para oconsumo das populações.

. Falta de galinhas?Vejamos o que disse uma revista científica norte-

americana há cerca de um ano ("Science Ilus-trated"):

"Não há falta de poedeiras. As galinhas duranteo ano de 1947' abasteceram os Estados Unidos como impressionante total de 50.400.000.000 de ovos.Graças aos processes de seleção e melhoramento"das raçs.s poedeiras, tivemos os melhores ovos atéhoje consumidos, de tamanho maior, de claras maiscompactas e de cascas mais fortes.

Geralmentte as galinhas põem os primeiros ovosaos 150 ou 170 dias de vidèii Toda franga tem, noovário, de 1.000 a 3.600 óvulos. Quando chega aépoca da postura, um, dentre estes minúsculosembriões começa, a crescer.

Completado o seu desenvolvimento,, ou seja, pelasegunda semana, os óvulos desprendem-se do ovárioe caem num tubo chamado oviduto, que é a estradado percurso dos ovos até serem postos. Neste per-curso, de cerca de 80 centímetros através do ovi-duto, eles sào revestidos de sucessivas camadasde albumina e de substâncias que servem para aformação da casero Os movimentos de rotação queefetuam lhes dão a forma oval, que conhecemos,e que é peculiar aos ovos.

Em geral, no período de 24 horas se completaa formação integral do ovo, e êle é posto no ninho.Em seguida, outro óvulo amadurece e o mesmoprocesso se repete."

Mas o máximo £/proveitamento da capacidadede postura das galinhas é indispensável para quea avicultura seja uma atividade compensadora. Acriação de galinhas não pode ficar no èmpirismocom que se faz no interior, onde os pastos natu-rais e a alimentação variada, mas insuficiente, cons-tituida de ervilhas, pequenos insetos e grãos sil-vestres, não estimula o aumento do peso nem apostura de ovos.

E' por isso que os cruzamentos das espéciescrioulas com raças nobres têm sido tradicionalrecurso dos criadores. Vejamos:"Uma

poedeira de linhagem pode produzir 200ovos e mais, por ano, e uma poedeira medianade fazenda cerca de 110. A razão desta grandediferença está na seleção e criação cuidadosas. Oscriadores norte-americanos conquistaram seu pri-meiro triunfo neste terreno há mais de 80 anospassados, em Connecticut, quando cruzaram a ga,-linha americana Dominica com a galinha de olhoschamejantes da Ásia, a Black Coehin. Deste cru-zamento resultou uma das melhores raças, e, semdúvida, uma das mais produtivas entre as poe-deiras modernas: a conhecida e af amada PZymouthRock — Barrada, ou Pedrês.

Desde então cs criadores têm imaginado a for-mação e cruzamentos de novas raças, e fizeramo impressionante total de 50.400.000.000 de vos.maravilhosos progressos com os processos de cru-zamento de galinhas já selecionadas. Não somenteas poedeiras atuais produzem mais ovos do que agalinha comum, como também o tamanho dos ovosé maior, melhor a côr, mais forte a resistência dascascas e, finalmente, a espessura das claras maisconsistente.

32<? Ano — Nv Setembro4 — i •—'- '**-n-»™AZA,

.¦¦¦-^BBÊM%WS^ji'ãy,..jnwâSiX -3m*£*A

*3»?.

Tanto d<a criação ae gaiinnas para a produção de ovo,-:,como para a produção de carne ocupam liá muitos ano;a atenção e os cuidados dos avicultores, como dos ama-dores da avicultura. Pode-se dizer mesmo que «'• uma dasatividades mais vulgarizadas, em qualquer lar, máxim.nas casas das zonas rurais. Ocupação (jue, para mulheresc crianças, chega a constituir um dos encantos da vida.A seleção de raças e tipos tem, no entanto, bem mais doque um aspecto de simples distração doméstica <>u de des-controlado sistema de produçãão. E' uma ciência; <• umatécnica: o é. ae mesmo tempo, uma ampla perspectiva d<riqueza econômica. As raças que a «avicultura consagrditêm. cada qual, suas virtudes. Xa gravura supra estãoas galinhas Gigantes-Prctas-de-Jersey. Conhecidíssimasporque são ainda maiores e mnis pesadas do qm* as céle-bres e pesadas L,i#ht Bralmias; e, como estas, mais pró-prias para o criador que quer aves para carne. Os gaios deJersey chegam a quase sete quilos. (Des. <!<• If. Murayam

A poedeira favorita é a Leghorn Branca, pe-quena ave de origem mediterrânea, que começa aproduzir grandes ovos brancos desdo cedo. A.s Leg-hornes rivalizam e competem favoravelmente eomas poedeiras das raças Rhode Ís^amls-Fe.ds, P'y-mouth-Rocks e com as de New Hampshires, — quesão criadas tanto para a postura de ovos comepaia a produção dc carnes. Seus ovos cinzentos,tão nutritivos como os das LeghorRes, geralmentesão os preferidos nos mercados. As donas de casa,no entanto, sem que haja razão para tad, pareceminclinar-se para os ovos do cascas brancas, pagandopor eles, muitas vezes, preços mais elevados."

O assunto de mercados e do consumo de ovosestá muito ligado a uma questão prática, que desdemuito tempo se fez um tema doméstico, digamosarsim: — a verificação da frescura, do seu estado,que permita ou interdito o consumo.

As prescrições regulamentares do governo fe-deral e de muitos governos estaduais' na, Norte-América, impõem padrões e mandam verificar oestado dos ovos. baseando-se no exame da trans-

J^Tí-iWÍc^&í*".íU^i/;^*».'*!* ¦ ¦-.'

As galinhas Lright Brahmas (há, na raça, também a varie-dade Negra) sao um pouco menores (pie as de Jersey. Sãooriginárias da Ásia e foram as primeiras introduzidas nosEstados Unidos, há cerca de um século. Desempenharamimportantíssimo papel no desenvolvimento das raças degalinhas americanas o na avicultura da América (Desenhode Hashime Murayama)

Ano N'«' _ Setembro 1948 11 EU SEI TUDO

*.*¦' ***•____*¦ ?*" - "% ¦ • *•:

__r_j__' __ «•<i_«__í-

i

__>*¦ j iv_-_t_y_______i_!5S_fií '-

M»! __y( '*•*' •

*. *"*V'.'.*I^í-^^tí'1**-?^ *•*¦''_"* ¦¦•»•'•¦,''. -. *¦.' y*iv_^t*^^*írí^___ÍBCt*^B-l . _*,___«-

' *í wl_i&; '^^^Mm&&' I.ÍA-W4. "-'- ^1'^W*^ *•• '„ *-'"V*

..--''•. ,*F .*. -"ft- - *

A Plymòuth-Bock Barrada, ou Pcdrês, é uma daí mais po-pulares raças de galinhas. Seu prestígio é grande* sealinha num dos primeiros lugares nas chamadas "raças

duplo fim: carne e ovos-'. Provém de uma raça hojeinta, a Dominica. A raça l-Mymouth-Rock tem muitas

variedades, em que as cores são outras. A branca o asilver, ou prateada, são as mais « onhecídas

rência. Por esse processo tradicional, c: ovos> postos contra a luz e apresentam seu con-

tido ;:través de sombreados. Muitos ovos frescoso exame pela transparência revelam umn pe-

nena câmara de ar e uma sombra esmaecida quêé a gema.

Ente processo é eficiente em apenas 75 por contoios casos. Os técnicos, entretanto, anunciam que

tá sendo aperfeiçoada uma vela-eletrônica quoTímete dar resultados positivos completos.Na cozinha, não há dúvida, - - o bom estado

m ovos é fator importante. O aspecto e gostoo capitais. A ciai a branca de ovos frescos é a

pode apresentar consistência na batedeira.O ovo de galinha está se tornando o a.urnentq

t) conserva ideal. Fornece cerca de 167 caloriasconstitui extraordinária fonte de vitaminas A,

-1 e B-2. As vitaminas A o B-l estão na gema,B-2 tanto na gema como na clara. Além disco.,

atem proteína, gorduras e pequenas porções doementos minerais, dentre os quais o enxofre c orro, Para tornar mais nutritivo o ovo, devc-_:eTvcr ou cozinhar. A tritura, com o emprego direto

alta temperatura, destrói as vitaminas.Tão ou mais importante do que a frescura

ara o bom estado úc::, ovos é sua conservação,-tútas famílias atualmente estão guardando ove:;

>ara consumirem mais tarde. O racionamento dos«vos que existiu, como conseqüência de sua

cassez, em muitos países, determinou a clc-'Ção dos preços.O governo americano, por isso, comprou milhões

rte ovos para estabilizar os preços, desidratou-osvendeu à Inglaterra e a outros países onde há

acionamento. No mesmo período, as donas decasa compraram ma_s ovos do que em qualquer

tra época, e os utilizaram como substituto cia-ame que então atingira preços astronômicos. Por

Í8so5 os preços dos ovos continuaram elevador*, e

poucos puderam ser conservados cm frigoríficospara ulterior consumo.

Em 1917, era-se de opinião, nos Estados Unidos,que a produção tendia a elevar-se e que os ovos,que tinham experimentado uma queda de dez porconto na produção em 1947, talvez recuperassemem 1948 seu lugar como artigo de consumo farto,embora com preços relativamente elevados.

No Brasil, no Rio de Janeiro e nas cidadesque não se abastecem diretamente das zonas pro-clutoras onde a. criação de galinhas é ainda empí-rica e mal rendosa, os preços dos ovos desceramsensivelmente, do início para o meio do ano cor-rente. De CrS 16,00 a dúzia, que chegaram aatingir na Semana Santa de 1948, baixaram aCr$ 10,00 e até a Cr? 8,00, no princípio de agosto.Os ovos, aliás, oscilam muito de preço (tal comoacontece com o pescado, com as frutas, etc), nadependência das épocas do ano; náo só por quesc regulam, mais ou menos, pelos períodos de pos-tura das aves, como porque certos dias de festaincrementam a. procura. A Semana Santa e oNatal são dois desses períodos em que os preçossobem. Destarte, os dois fenômenos econômicoscapitais: a oferta, a produção, e a procura, oconsumo, governam sempre a velha "lei dos pre-ços", que os homens penosamente procuram con-trolar.

•O ovo esteve, aliás, na ordem do dia neste último

biênio, desde que dois dos mais influentes veículosmodernos de propaganda e divulgação de concei-tos, idéias e fatos o cinema e o livro espa-iharam dos Estados Unidos pela América e pelomundo aquela história sugestiva, cheia de colorido,dc humorismo, de sentimento c de naturalidadecio famoso best-seller do início de 1947, e da pelí-

"^*yp^W^^03t ÍTJ «-"¦f-"'

____¦___ "'.. i ¦

*'a*"1 «v *" •_____*_____!____. I*-ShB*1 "^*tiitf ¦

_J___-F**__P-i «______P ^__r''1_______________r_^'-rB_-n---H

i ,,». *-..-" . f****************?^^» ¦*>'¦'•>:.;-¦¦ .77,-j.s : y. -* ¦¦>' ¦<, ;«•" ..'¦•<¦ .-A :"""

Ç&$3Ê8Bm

A Rhode Island Red, «alinha vermelha da Ilha Rhodes,é tida con io a primoira, na relação das raças de ovos ecarno Galinha resistente, posada, poedeira, adaptável àsdiferentes condições de clima, talvez seja, na verdade,excepcional pela conjugação desses predicados. E' origina-ria do Massachussets, nos Estados Unidos e foi obtida pelocruzamento de raças asiáticas e mediterrâneas, combaten-tes Conhecem-se na Rhodes duas sub-variedades, cuja di-ferença única resido na forma da crista: de rosa ou de serra

SU SEI TUDO 12 ::2'-' Ano ~ NTv 4 Setembro 1948

eula onde Claudette Colbert e Fred Mac Murra\tiveram oportunidade excelente de agradar as piateias com seu inegável talento. "The Egg and Tfoi um dos sucessos cie livraria, nai América dNorte. E o filme levou a todas as cidades, dalie dalhures, os encanto:; da vida rural e, nas doce;molduras das fazendas, toda a tela. inesquecível chinatureza.

<(.

Na produção áe ovos. parece ciue muito tempo se passaráaptes (iu..- se destrone Sua Majestade a Branquinha. decrista vermelha e caída, como um penteado dc moda...A galinha Leghorn Branca tem o cinturão de ouro pelaprecocidade e pela alta média d.,* postura anual. Ultra-passa com relativa facilidade 200 ovos per ano. E' origi-nária de Livorno. na Itália. Selecionada, porém, em muitosanos de pacientes esforgos dos criadores ingleses <• norte-americanos, aprimorou tanto a qualidade cpie até mudoude nome: Lcghorn, é como é hoje universalmente conhecida.No Brasil, a raça é muito espalhada <• tem sido intenso <>cruzamento do galo ãLeghorn eom as galinhas crioulas, d--modo que, a não ser nos aviários, ou nos parques decriadores escrupulosos, que timbram mn manter a pureza,muitos espécimes existem que são de mestiçagem apurada

Porque, como disse Betty Mac Donaid, "ui,,não é só a clara, a gema e a possibilidade úe unpinto: para mim foi toda a história da minha vidde casada, dentro cie sua inocente casca branc;Ao contrário da lenda, não é o ganso que põe o:ovos de ouro: é a galinha"...

Para muita gente, na. verdade, "o ovo pode nãser somente a clara, a gema e a possibilidade dum pinto". . . Pode ser a descoberta alviesarcir;;ciue dá a tanta criança ingênua a alegria de ummundo novo, escondido entre palhas, na discreçãcde uma moita, assim como pôde "o de Colombo"simbolizar as novas rotas da Civilização. Podeser o deslumbramento de uma graça., a irrompo?de um "ovo de Páscoa", signo da salvação da almae da perfeição da vida. Pode ser a força, a energia,a saúde, d?da a uni enfermo, a um fraco, a umsofredor, e dessa restauração rebrotar uma vidapreciosa à família, e à sociedade. E pode ser, afinal,o puro enlevo do trabalho, realizado nas suas fontesmais sadias e mais compensadoras: feito com aqueleespírito .sagrado de "agir principalmente pelo saboreterno da ação": abençoado do suor e dos empeci-lhes qué se vencem: dignificado pelo objetivo su-premo de ser- útil.

Nestas condições, o ovo, como qualquer outroc-ímbolo, como qualquer outro elemento cio produ-cão, como qualquer outra entidade, no universo,deixa de pertencer a alguém para pertencer a todos.Não será apenas uma recordação suave e confor-tadpra, como o foi para Betty Mac Donald. Nâcjustificará que se escreva, ou se projete num filme,com um dístico exclusivista. Em vez de ser "O

poderá ser, perfeitamente, "O ovoovo •*. {- >/-'

eu.: lie

_________

Um jeep, equipado com rádio e extintor de incêndios ó mar«io_. , -npara conjurar os danosos efeitos do fogo na? florestks da Lui^fSio

°Sa nSta^0S-Unidos P°r um "bombeiro florestal".

mero de um equipamento perfeito, a extinção dosu^dio, ttA ,\itas ^ c°m<ssao Florestal da Luisiâhia assegura, pprJM,S matas °u* na pior hipótese, os limita a áreas reduzidas

Ano•j^g 4 — Setembro 1 í»4S 13 EU SEI TUDO

¦y«W—«—"

i.

.. ' V*

' ¦¦• I,?

Conto cie VERNON FROST Gravuras de FRANK LEA

1H urn homenzinho moreno, trajado de roupaescura e elegante. Seus olhos verde-acasta-

í-i nhados, com a esclerótica amarelada, combi-m perfeitamente com a coloração branco-cinzaareais do deserto e dos rios de águas plácidas

sua terra natal. Neles se espelhava fielmenteda do um povo que vira a ascensão e o declínioCaldeus, dos Hititas, dos Assírios o dos Babi-

e ainda esperava presenciar o nascimentoextinção do outros impérios. Bastante nervoso,

citava cuidadosamente o laço da gravata antesbater na porta, em que se lia numa tabuleta

m nome: H. J. Elísworth; e, logo abaixo, cmlíngua árabe e em inglês: Inspetor-Chefe — De-

partamento de investigações Criminais.Quando abria a porta, estava perguntando a 11smo por que o governador do Iraque lhe dera

endereço de um inglês... Entrou o apresentou-se:Chafik J. Chafik, senhor; inspetor, D.I.C.

Sentiu-se perturbado com suas próprias palavras,pois êle mesmo não ignorava quo Elísworth sabiaque êle era Chafik, tão bem como quoRashicl, de Bagdad, ern c rua onde^tomem forte e espadando, sentado atrás do

levantou os olhos e disse, cm voz pausada

no. Ai-O

lii.: v úu,

pareça muito cem o avô, que aqui chegou em 1893.Os cabelos rui vos indicam bem seu sangue escocês,mas êle é armênio. . .

Continuou a tagarelar, quando Elísworth bateufortemente na mesa e gritou:

Quantas vezes eu já disse que você deve tercuidado com e.sa gente? Preste atenção, Chafik:o homem é protegido da Embaixada e. . . qualquercomplicação recairá sobre minha cabeça.

A voz grossa do inspetor enchia toda a sala.Chafik, apoiado num dos braços da cadeira, retor-cia nervosamente com os dedos o seu sidar (capapreta usada pelos muçulmanos do Iraque) e, quaset r e m e nd o, r e s p c ndeu:

Sim, senhor. Está bem! Mas eu não me preo-cuparei com a origem de Mr. Stewart. Se o senhorquiser eu me limitarei a investigarmoça.

Já interroguei Stewarajuntou, levantando novamente a vozinglês, eu mesmo devia interrogá-lo...

Fez uma pausa e acrescentou:O depoimento do homem é muito simples.

Plàvia uma questão com o pai da moça, que selamentava de sua desgraça e, por isxo, queria uma

a morte da

Elísworth; e: — Como é

jjTj ^_fí^%T_y_f^______\\\_\ s\m_',: vj,*"'""vi ¦pw Hr i/^fli^9 V!<^fl J^^K^^B8fli w éát^^_^ÊfW -^^1 m^KiÊ9m^^iÉÊr:- ^^^B ^IeémI t^^tâfíhM& é^f

Apresentaram-lhe uma bolsa, com algumas bugiEangas_ , um Môkíü caro. £!¦¦ jrgou

-ro relógioatrasando um pouco... Esta atrasaao a .. nnnuiot,.

disse: "ii^stá

¦'¦•¦¦ • • Chafik! ¦"i,,"-> f'!i^ '¦•'<•¦'¦' sabe deJulgo que \do crime de Jenub, ocorrido

un: sente-se,xuma coisa aeêrc

ia noite passada. . .O homenzinho redarguiu rapidamente, num inglês)rreto:

Caso 703. Míriam, filha de Ali Ibn Ali Aziz,Basrah. Encontrada às 4 horas da manhã, á

viargem do rio que passa junto ao jardim de Mr.onald Stewart. Morte ocorrida várias horas antes.'ãp apresentava sinais de violência nem ac roube.Sorriu, demonstrando estar senhor do assunto,acrescentou:

Sim, senhor! O relatório está na minhateira!

B' um oaso muito delicado disse Ells-"orth. Ela, certamente, ora alguma coma deio...

Coisa comum em Bagdad acrescentou Cha-dv. Eu posso obter testemunhas...

O inspetor-chefe interrompeu imediatamente: ^E' bom pensar! O embaixador teme o escân-

•alo. Stewart é inglês e. . .Desculpe-me, disse Chafik, apenas seu

¦•as\aporte é inglês. Nas suas veias correm trêsuartas. partes de sangue armênio, embora êle se

por-

indenizarão. Veio de Basrah para ver a filha. Ste-wart entregou à moça cinqüenta dinares e ela com-binou encentrar-se com o pai, nas margens do rio,atrás da casa, às onze e trinta. Stewart foi parao Alwiyah Club às dez horas e lá ficou até asduas da manhã, bebendo. Investiguei tudo isso.Tu mesmo o vi no bar antes de meia-noite. Seuálibi c magnífico, exceto no que se refere a umpequeno espaço de tempo, em que êle declara quedeixou o bar e andou pelo jardim para tomarfresco. Não se lembra a que horas fez isso, masquando o vi, êle vinha entrando pola porta...

- Antes de meia-noite?— Sim! — diese o inspetor-chefe. — Tenho toda

certeza No momento eu olhava o relógio, quemarcava justamente 11,52. Quando Stewart che-"¦ou a casa a rapariga ainda não tinha voltado;êle não deu importância ao caso, porque julgavaquo ela ainda estivesse com o pai. Stewart con-fesa que estava meio tonto e foi logo deitar-se,tendo sido despertado pelo criado, quando a políciafoi chamada.

Elísworth consultou o caderno de notas e acres-centou:

,,.,

EU SEI TUDO

Perguntei-lhe se amoça tivera algum ho-mem anterior. Êle res-pendeu que não.

•— Isso é verdade! ¦—¦disse Ciiafik. Êlé foio primeiro o o último. . .

Você sabe de tudo,hein ?! acrescentouEllsworth. Que éque você sabe a respeitodo pai dela?

Ali Ibn Ali Aziz —declarou Chafik. Ra-ça árabe. Sem emprego.Beberrão. Condenado emBesrab. em 1915, por cri-me de ferimentos leves.Sentença: dois meses.

Ellsworth redarguiu:Veja. como o caso

é simples. Suponho queAli, cheio de arak, ma-tou a filha,, para lavara honra cia família. Vocêdeverá poder apanhá-lofacilmente. . .

De maneira algu-ms.* êle escapará, senhor!

O homenzinho calou-se e Ellsworth ficou apensar consigo mesmo:

Este sujeito é co-mo um cão de fila atrásda presa. . . ótimo poli-ciai!

E, erguendo a voz,disse:

Está tudo muitobem, à exceção do se-guinte: o embaixadornão gesta dessa coisa desúditos britânicos envol-vidos cem a polícia doIraque. Você deve terprudência e muita cau-tela com Mr. Stewart.

82*.' Ano N'-' •! Setembro 1945

ISSONão

serei

Ouvi dizer— falou Chafik. ¦se preocupe, euprecavido.

Quando já estava forada solcira da porta dacasa de Ellsworth, mur-murou para si mesmo:

Meu Deus. . . En-tão eu devo ter con-íemplação com um ar-mênio ? . . . Muito bem!Oh! meu bom Deus!...

¦A

Quando chegou ao seu,ga,binete, Chafik tocoua campainha e chamou

<o alto e espadando sargento Abdula, ao qual per-.g-tint ou:Como vai o caco da moça armênia, que nós

jà discutimos? Há alguma outra informação a res-peito do pai dela?

Varejamos todos os bordéis — resoondeu Ab-dula — e também os antros todos oncíe há gente-que toma arak. Espalhamos a descrição dos sinaisfisionômicos em toda parte, e as portas de Èágdadestão vigiadas. Mas na cidade há muitos fossosem que êle poderá ter caído. Ou quem sabe?— o próprio rio!

Ali Aziz estendeu as mãos mim gesto súplice: "Nãofui eu quem a matou! gritou êle, cmn as lágri-

|flHHBflE§(f_ mas rolando pelo reste. "Tudo que sei é quefl o céu desabou em mim e... depois... eu a vi mortal";

^^^.¦*^3^*#} •WÍÍflflB»*'*-***'

' •? *»»¦¦ ___í^3 B_kü - ALv *t.' <niM Bí3* '.fíZÀ r,Ev >'-'A\ -r . _UB_S ____¦_____! _____R'jmr,;-;'tfíf^' ''-VaL,,. ¦ ¦*•--.'í! ._r__308fl mi

.íflTJl -%L_*-3 -sjj>< . *-¦ JBr., --X '7tsf_^^B^^^^^___H ____-,'Í.*______LA_. f'--:--. tm B

«¦wsfeS^M^SMgBaro!Kl •" .SÍSitA- '1fls__X-wW-* •_____« 'fl_*8___Ba_-M_____a___eíi__^^ —. '^svSzf^i í«fi__?nri'v^à*í --- -iSK, ¦*idifiH wN ¦&___________¦>___________> _** ' vf-BBa 'ísVuhiI *'* Ttfv ¦* ~!

fl _^j fl^ ^&5Bill£%%'*

5^j|||lÍrB Ef ____¦ __________B

ükh B. __¦_______ - -;'^-*?*^*^*^0-^*í^i!^íí*MÃ s**_________» fl _E E¦ ____B_3________H_VB ¦___-_¦ _Bi __¦ HHH ______¦ ___R

íS_^_^ÍhBí_j?ib_______B ^H ^A.^Bea^SSÍS B? fl _/C-Jàt$*__.> >$Ti**gj_fj_S__H ; ifl fl •^•-"J__fi!t>,^O^ flfl '' J^*á3&3Ê^A\.rBBÍTnPB BBBtC. ^b Jyjtff^^ _waH-SJ^•_8_ JWff-¥W__P-*sWi B!*_______K ______________» flfl ___!___________¦__ *'->__j'J-____j_"'-'_3_____Df_____T/>SflB____________i_l!\^ j_L_____y tjBI ¦¦______ ER ^_B _________¦ àl4^___________B_______r'j__________________________B_!_fHh^h| fl ÍL »_í______I BkB HPBBBiÍbsIk^ IM Blv<1 Bo__BD_h «IKi»M_fflH Bfl ^fl m&__ra__Nn_H_lr-_____D Hfl Biln jfl Brh_________UI___I Ui fl BH H^ - - _.;-*•'-__<-" i

_&f_i-f_i!fl *= * •¦W&fàlmm fl ^A * • A'? A;*rí:v.-A'vf^jjMM fl fl P^ •¦ í ..ÍAJ,V- :JH ___3__i fl ____r ¦ f ''_flfl_ ___B___Ie_H _________ -AflH __H. -a' 'lv**-v

al flfl ¦ __? ¦Sm fl fl fll tr*»*-*"-:,__í9_________________________________K ' - fl _¦ . __tf#-.'i*t__"sja"»V .S ' •'.--•^ -',_¦ ______fl ______ ''-'flfl' - iB . i fnjCMym v* nifir9H HErSÚrVi __B ~__B _¦ [ __________fl ^Sr^iB BÈQBBIlCrptí-A"-'v*flHr*_'íífl 39 'i*B B ::'B''S^SBBte'..-:-.A-'

fl E_âfl ¦v'_J»fe_^ fl _____.' . jgifl j____Kl*K^I^ÍWB___fe__ay^fl Kfl ¦ '.'*.<'_fl_raikJ '''••'''¦' ¦ ¦'''-'-fl B*S____S?" ^tfl_K_!(tB___M_HS_IB__H_SB£__l -_fl &_____. '''lfl Hf ^-w*^''-'^jS|S3flM______i'_M__?_^ •

B Pü^ __fl_fc_S^'^-AtfAl^_| EÍ llf^ffl B '¦ -^^^^^IIP^^^;' 1M<-BiBai*S-ifl ___tt__gi_W___B_aM%J<re_^fl flWrSstFsHFffl fl.v--Q^oíXiIb^^sis^^^SM^A:: ¦¦ -ii__flR»il____H___l ____ÊH___&jÍ-^___l ________R^9S(_^l__fl ¦( _-_jjaieSnlaHM;Brr-HMK« y'-- r '________^_ü_m BisUfe^^B flKt^WJ"''^B _K_^^^^iia__M__iá^A- .>?

________¦ _______í__i^^''fyfl ____. y Í^B HlíC^-Vrsfe^^WjiSíSíst*K^S-f^Scfl ^B&„ ".^ !-_!^___________________________________________Ki___™rlm^lll^ --___^____l__aÍ______________-________________B________MBf^_________*^H ^H^H HI' ^fl^H w^br^ ____H _____B_ ^TíMUlf -x*#xfnlft tfMj&f ITTTctt,!»?^?,;»'^BB Bfl_9_B __________l* 3W BiBT flflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflp '___.; - vcfléL_r___T__M_rM_F7i__CE____t-*__. \^1fa^z£tfJ(-'A ¦> ~ ¦ 'IB ________L. -s-^B __kI___. J___l _____k.^ >"- r^Ct_É_bÍ___7Aji_-_3»^B_?^*^

fl Bíui 9_L' _____B ft__fc^^liÍ^__!^^^ÉI;-yWÊ ^&___^_BI BBKS^-lr^TB^fâEi^i^-^SS^r ¦'i__f^_______fl____________________________________________________________________

__fl _____BF^ rfl _Ki\[__KF

fl fl?H ili ¦!;>fl Kl flfl fliwfl flfl |9___M"'.'fl B__J'V^_i fln_-/***fl flfl k<

MtmWS K%lA §_i_-_^ _rí !_umt*u____l_M_i H% ^___9!UDn<_! _K^i>,mmm MMiMmiMmXmBÊM Bak^M __F«»iBKlRÕKfl l&fe:--,í________Bt*'__J8(KH ¦¦¦K-HSSfvIS _Hfl_k_ ^W _^*^jy*ff_K^*Trt_DH_WBI IWTamHaV___Mi CH_fllfl n.^1 R^Sraüsl ___i IUK''< '

____t?«IJÍ^______i ______H_flSn@:>'-i____O.H ________ 71 K_|s__!^ fll ^'H&t____M B_K_niHEKn-%'MBBB ^HH-k&. "vWH BEMQstW_?m____B_ BwYK^sS Ki IBHm_«l _J!»^mB Bwf^uCSra BI

*-flBcS_w___M_Bj IE_^___B?«_PB VR_^_r_; "____^V ____B__JnAi____l _R^'v•***--,*-*****,*,***-~-,«*,,»""^^*~^^w__í-M____c' ifBjfw» ©_,-< b1- v.tfr_n>BBI^K_l_OT<teKi^s^fi>!WHffcB^

— O rio é sempre melhor que a forca... —concluiu Chafik.

Tirou a carteira do bolso e ofereceu um cigarr<ao sargento. Ambos acenderam* o cigarro no mesmofósforo e Abdula, de súbito, teve uma idéia:

Por que não começamos pelo necrotério, ins-petor ?

Sim... Por que ainda não nos lembráramosdisso? Os cadáveres não são nada atraentes..Mas a verdade é que é da vontade de Deus queeles existam, não é mesmo?

IAno N'*- 4 Setombro 1918 15 •:,: -

¦'¦--. JüU tíHiJL 'i'UL"J »

.» • ¦ -*

.__,,,, a«aa«»«»*aB**T/MM»aa-******-al-**W.tf''''í^.— .¦.—.¦ ¦ ma» mi m i a n ¦ Mi——la-ÉMMTa^i^i^i^aTanaTU-M |-******naraTT*mT**fr**Ma-p-iitT1 ' "-'l" "¦¦_:,*.t!.-- •- - »-! »V>H' -. •"»»..,.' X^Aiy >'.»<'V-»V, .-. « .».', ¦»•«- ? .' - a",,»-,„iíV -•'•»,". '«'',W <»''.»''»' »,', *»4•«,• .«**r**W JW fM_______________f_____W____________U________W__

.£_....' .i ¦ fl Hrr-- ür" *•' '¦

_.ji'm»-í ^-' Jl, -' * .fi**-"* v-^wV ; .'S&fflslffi-JW ''.nWivr-S'""^*'

^*tf>*.w'^-»tf'-w^

,i^l'*w .«**'*'v^'-Lrí*tSKvv*^r-v«.•,v.el^B BW ?-*J?í: ' if^A"" ''ir '''-¦'':.^'i'fí7'^Áf7^-í£Af^

*/*''* **«•»• Jr1 ..«ã-ãTafÉafl fl-*'" -V..•,-,•.*«?:V'i ?íf^ÀbhB

•fíifa -1 umBv*/3'*..¦__*Jf$lifBf' '•'•'íT*..'"??"!*-* ,*•-.;¦ *.;j-SBB Hh Bav-a '''-¦¦-"y^Íw

-i Af -,->yjKVi Hflfl V •**^É8*3rr^ ._r-_---^ »*n»te^BBB ¦& ¦ - X*»

••Í-íkwK-' "*" I \ ^ jJ.'-«i.'i'í'r.!'.-'. - ':5f í-^-T^v.''*3| K*'""^lê-í.-íffi_affl|' ¦-¦¦'¦'' •.¦¦.-"T*.'-----*-"* '' •'-•-• fl ^r \

''-¦•¦ f ' &',''.a'1

' '^'- é i .*3f'&'- ' A^*P, wm-'"-'Á,Aii^TvJ&HÇÇ tSSffi**-',? fl ^r

' .*- .i.-^i. .'!•' /* ft;-» -¦ V. ajfTB fl"1'*"''^

"' "-' >^fl ^lv JM B^ •—Aí-, AiV*í >y *** **^ÈBI ¦^K.rl<nQwM -* -'bíí' \ *** -¦' ¦'Vj.^^B

?tM^!^fSBSro**^','tt"-'j':' ]J*1Bw«.k, ~-*T. .,-'*, '«¦ _______ "^jE**, aVwHHUaV^^n* -1 f'^___\fÀ '< ».WPpfAy«M llj^Tfl-BB^P .ML- -- -,—***^^^ "Y-*» '^í 3H K*n.

-«•'ygj Rl5* fl IT ' •*•¦[ ¦BÉ^*' ______t- ^-"".'-ÍJÍ f^**a*aP~H kÍ-'."."", .'Y*''-¦'' Y." }!B Sl|-*K

.'>*.«..?(- '«ttjjf vr / *? 'j^O B. _J_W\ mW ¦ _M íii.l -7 ¦- -».&¦ >g*«m*WIWB MsSt». «w-j1»^Sky .' .^9 Hbí^i^h^íí

ífiSv- ^BB^I B. BJRliKb^^/ ___W ____ ^^r^_\ W_\ .''í»"''.ll ^i ^&%S^^«

I-

..< .--*»-fai'J ,.'t.'*J-'H<jr-W *T.:->.*Tpr ..-v .*..¦*«¦• '/*|__B Bii T » 'J ** ''-'¦'-'"'*>''i----'''*'-- ¦'•"«¦¦«LjPPÍ P*^ '."' vátifll aB^" YjSK«H HÍͧ^í»'Y '" "..-.Sr''.* *O ¦* **. '«^j»* Jgy-a*i]HMaB>a****aV, *. i jjf^V^-Ia^H _^BT ' ¦ '^ *: '• ' *í i^-f' - "Í** *'-l'^W*''^RS*B'8l^^?l« . '«ÉU ^H~ \- ' fe 1".BB^jSaBBre*''."-' V. '-^-1

A .* •-•'!_. f -t- ^kK "$ *• ^^V|^3^k£»[«^H aHfll 1-atll i^HrÇ * •! *^*-*S' »**"* í- T; -jí**J ~J '*f ' ^-f***-.'V " '.^^^^1 ^Puj., j i1»-.' jY^^UaflafltAnXlllBM ^^lÉí^' ''""^'".PEuKPtl

^Ís"Ve'-ÍSpf

O inspetor Chafik acompanhou o sargento, des-ndo a escada, e durante algum tempo ficou pa-

'''•lo na porta, sentindo o cheiro típico da rua Al-taschid. onde os beduinos cio deserto andavam

'bro a ombro com os effendis da cidade, e osíícülos árabes, puxados por mulas esquálidas,assavam ao lado dos taxis e das limusines mo-emas. O cheiro da rua perturbava-o: e êle pen-*va no que teria sido Bagdad nos tempos antigos.

Estendia-se, agora, vasta e feia, ao longo do mesmo-gre, enquanto os palácios antigos e os roseirais

históricos haviam desaparecido, para dar lugar aviolas èm que se aglomeravam as casas modernas,cobertas pelos detritos das tempestades de areia.

No necrotério, examinou o cadáver. A moça erajoyem c bonita. Chafik observou a ferida abertana garganta c disse para o sargento:1

cT assassino matou-a covardemente, pelas cos-tas. e ela não teve tempo de virar-se. Serviçoperfeito. Não terá ficado mancha alguma de san-gue no criminoso, a não ser, talvez, na mão quesegurava a faca.

EU SEI TUDO* —- ¦

IG

Ao afastar-se, pediu a Abdulah:— Mostre-me os objetos da morta.

. Apresentaram-lhe uma bolsa, com algumas bu-gigangas, e um relógio caro. Na bolsa havia ummaço de notas de dinar. Contou-as cuidadosamentee disse:

Aqui está o dinlieiro que o armênio lhe deuP 1 vo entregar ao pai. .

Apanhou o relógio, levou-o ao ouvido, deu cordae acre."centou:

— Está com defeito, atrasando um pouco. Estáatrasado dez minutos. Não devia atrasar porqueé um bom relógio suíço. Vá a um relòiooiro emande examinar o maquinismo.

De repente, parou e esfregou as mãos com im-paciência:

disse, olhando nove-TVTIN ao me convenço•vo-mente o corpo, estirado na lousa. da morgue. Arre

gaçou as mangas dc paletó e perguntou a Abdula:— Você ea.be que esta gente aqui é dominadapor paixões primitivas? Quando estão sob o dc-minio das paixões perdem a calma. . . Cortar uma

32.° Ano — N. 4 — Setembro — 1943

O policial dispersou um grupo de crianças andra-jocas e mostrou a Chafik o local onde o corpo tinirsido encontrado.

Veja, aqui ainda, está o sangtie dela! dissêle, afastando os garotos eom a coronha do rifle

Chafik olhou rapidamente. Tirou algumas moodar; do bolso e ciou aos meninos, dizendo-lhes qufossem comprar doces. Quando todos saíram alegremente a correi", êle se pôs a monologar:

Quase sempre o suborno é mais eficiente aia ameaça . . .

Os olhos sagazes examinavam o chão, entreparede e o rio. Curvou-se para verificar a temeseura que sobresraía no meio da areia branea dítrilha do dique. Apanhando um pouco de terra n.mão e deixando-a escorregar entre us dedos, peguntou co sargento Abdula:

Ainda está molhada. . . De onde sorá?— Do rio, eercamente.

Do rio? — perguntou Chafik, — Terãocrianças trazido terra para brincar? E olhoupara c guarda, que respondeu:

jjgfcjffiF-' -*. KjtMsüSüj/

£*t£&í •**: 'fiiX--X; * "A* *•'-;¦ ' • . '':''''"''C,?.Ú.'í*v".!i .*i!.*st)*'.*:> '-i^^s.

1

tBSSt&tifl&fâ&l&^-é^ iTMgZ i &* •<* ¦¦tSaviK.n.sk.-it*. **i=> wrv k ¦:.»*»* wgw 3*.*%** ¦ J- • K-

•BaaEteS-ara * '¦•"*^4'^^I^*"**"**°™H?^^3%-ÜS»*- titoM\\s\\tâ£A~MtMMM^s^t\MMi\^sWM^ÊW - 'hWT JH^^^BYiflnftftTrBB ^ffld^B¦iJBWHB»*OBI^i>Wg»K«W*TWW mÊBIHi^O^^UMÊi/UBS&l&MSÊÊt ItwWgflIl Mt* ¦ ínQNIHI DH UlPIfl HIBIlnD IPfffr-HBTr^gj^BBjTy^WA-i'' ili* .Z^^M^^BB^BlpBBBM^^BffB^^HgcMBffKlM^H im PWr^™ ÍBMMÍBKBBBB MWBffBBw mm\-\\\\\\\\mkW^* •¦

^-n»^m^'4fii^?^M^&'^^^^^^^^^x^^*fB^^^^^^-r" -^^^^^WBBBBBBBBiBBBBBBBBBBBBBBBy W«áív^?í"¥ ¦'¦ ^ri'*''*^'^K'v^^Í^^

pm^y^^^TOj^^^^^^^*^^y?^'':*•^tetó'jí?^^^^^^^^^^^AW BA ¦ -Ayr §¦ c-c?£.^y^ÊÊÊ^r 7•• '¦ "'^'^l^*''^

H In HI^Byi Hs^Hv *7<>''"aí)w gB^r yW MV jéf^^HurV^ .-^»^«j*rK^jflBfa-iryfHSrrifiÉi^?»" BIJBbÍbK '* ¦-1 B^''' ¦KS^''*£f*'*^'BÍi>''

W ^ttP* -Jft' '^á-r&iwtpf .n^^^^^^B^^B3BÍMátBB^^BK^BBflffiffi^Kffi .';1'' *' aa ¦g^v^"r^'^Bfi^fikA^^***r"*''i

r**^Ef^^5-i!íB B JBk m\ Bií^-í ¦B K^**^^ Se-jpWB Hél-^B 8L""'j^"" ^P^r^n^E

«IIotÍÉÍÍÉÍB Bfl Bfl ¦Kiar* ^J^irf^s. » a*'* j| P^É Bf

IflKH£<^M k *^HH ¦P*v-J-'~' * J JMMrjlB ^B^Mt^^^FMgJ-.-iflliMM BBBB BBBBBy.^M^^^BBB 3-BJ{iHhií&^;'H ^Bf^BB HP'!'?^"?-"*'" ¦ ^" jMppffi *j9H ^¦-•¦E&tCF-f^lKlfl **^Vh*BBBBB **^K^^^r«*B^P^H BS-n

BIB BlissSlilPtiSffitiftt'"^/ -*• ^^Bliiflfl BkS H?3s*3saH Bal MIM B»jj| BMB affS^^gtfgq^MEg^jãraf^i *^v.*B ^K?]H**^By-^--^fBÍ **^BiBBl

P"^>ffiíí?A'r?';; * ;-'da Kk3KiBH«SSii*^Sdiâí^felS%À''> ¦;' ' Bdi Hvl

¦fl MM^ X^MMM^m^MM^^^SfMà^m^ .:,^W|nrTir^^P"i',^^^irf'i,'ir"" ^^^Ml I«iMMTMMtL M*^^^^rM^\mMÉt\nxmtt?--~

^^^S5^5*^^^^ ^HH

B^^w B(ÉI^*A*^^**fts,»i*'-fcr^""'^ "^•'•"' ''vr^^^^BBBB B

MM-^òsMtaÉ^^M^ ^P^lÊíM^àC " ^"'5dJJHÍUL '''jájlf {r^f 't-^M-fl BBBbI BB

HBe^^.íJ^KBB BH Bbá HÉi BpStíiin. -JÍi^^^^sí*:.-'*;™-'" -5?51B RP9mBfl99 BH! l^B HB K'. a .^1 B-M-MstKMv^SS-^^WüiW^-i- -.¦'¦^-•¦fflzMMM MMVEMk£Zi-MMM\\WS2r\*MmMT*MVjWHWrr :** "*nHB Míti^iHmTWri Mm miB WW ff^^ BB^^M ¦ai wkll-BB Jyi^-r^i^ii Mw*MM^^^^Mtfí*7ts\\\\mEw

,-''"L,^^^^^^^^^^""™*^"™™*«Mí®í8jBBB^P^TO?MB!f B

Chafik nao se ergueu de todo senão quando acabeça e o busto possante do homem de cabe-. los louros se .abateram sôbre a escrivaninha

garganta exige sangue frio e absoluto domínio sô-bre os nervos. . .Deu um suspiro e continuou:— Agora iremos à cena do crime. Vamos agir

por etapas; só assim a inteligência consegue tra-árabe!balhar bem. Isto não parece crime de um

Dirigiram-se para o distrito de Jenub, onde es-tavam as vivendas dos ricos mercadores, no meiode belos jardins floridos. O verde escuro das folhasde palmeiras formava um fundo magnífico, e o•grande rio rodeava poeticamente o bairro elegante.

Um guarda fora colocado atrás da casa de Ste-wart, onde havia uma trilha sobre o dique, queservia para atravessar o Tigre nas épocas da en-chente. Agora, o rio estava em vazante e entrea água e o dique havia apenas lama suja e areia.Grandes árvores cobriam com suas sombras o oor-tão do jardim.

- Estou aqui desde que o cadáver foi desço-berto. As crianças durante tedo este tempo nãobrincaram com areia.Então o sargento falou:

Se tiveesem brincado aqui ontem, certamentea areia já estaria seca.. .O inspetor tirou a cigarreira do bolso e durantealgum tempo permaneceu calado, enquanto o sai-

gento e o guarda o olhavam respeitosamente. Fi-nainiente óis/:e:--¦ Isto é uma região arenosa; mas Deus dispôsvários tipos de areia, e cada um em seu lugar

próprio. . .Jogando fora o cigarro, concluiu:

Irei agora falar com o armênio!

A casa era grande, com salas espaçosas e frescas,muito bem mobiladas. O.s sapatos do inspetor scafundavam nos tapetes fofos e lindos, sôbre os

(Continua na pág. 80)

ârASE toda::; as noites Ja-cinto chegava à filtradada avenida pobre, no bair-

iburbano, caminhava solene-,L pela calçadinlia estreita,

irando-se entre a meninadaaUe corria, estouvadamente, atras

le ia bola de meia, que mal

se na luz escassa das lam-

pada fracas. Evitava como po-Jjiã |ue uma bolada lhe sujassea roupa e, depois de furar obloqi io, parava, endireitando a

gra; ta, na portinha modesta aaca: número IV.

Batia levemente, cem o nó dosdedos e a porta ce abria, numafetuoso rangido.

Boa noite, dona Ema.

Dona Ema respondia commesma voz ungida cW

- Entre, "seu" Jacintoestava demorando!

Uma vez ou outra, quando aporta se abria, Jacinto tinha declizi mais despreocupado com otom de voz:

Boa noite, dona Déa.dona Déa respondia, com a

mesma ou maior despreocupação:Boa noite, "seu" Jacinto...

Pensei que hoje não vinha...E aquilo já durava um ano.

ternura:Já

eon tece que um ano é uinprazo quo pode ser curto e pode

iongõ de mais. Para Jacintoseria curto, sem dúvida, tantom que certos passos na vida

perdem pela madura refle-Para dona Déa, nãò havia

que pensar: era indiferente.mto fazia ser um ano, como

um século. Aquilo não en-a em seus cálculos, não lhe

ia respeito, e ela tinha por> cuidar apenas do que in-

sasse à sua vida.

xaforp,

trdihy•f..

as para dona Ema aquele anodemasiado... Custava a do-

nar a ansiedade com que via,olhinha, sucederem-se os pa-nhos vermelhos e os pretos.*ar semana, sair semana, e. . .

nada!E é preciso olhar cada uma

figuras da trinca desta pe-história, separadamente,

a entender as razões dessasatitudes diferentes, diante do

'"- rl

_fl íw^''V*''>l' '• :<• ¦ y'7 -.;. .

mwwBBflw' . * j£_k_. ' *¦>i' m.- ¦ y

.;(.. ;T| í___K______P_flf__& fSr*!__?• 7a h__é________Ly ___________ flvtr ""sfe '¦? m.<

•A|.W - . > jmoT3B ¦__p"'^iJB ____BfwMM__yiÍ__«l7T_M7f)^_ir'''"'. * Jt*& 1 ' '.^¦\.'V\^'

¦í^fe***^-'* * j ' 'V'. i2____DJ _________!__É_vSÉ_______l 9^H____________________^_li^',_i_s__Ev>&_____u*f> * ^wí"^

^_£^7 - ~ '__ ___k3I KttM ¦EfeiíJPSKb'». 'ÍV '?¦¦" •>?'^i^fll M^ff^lB

BBrfl -BwtimnPB^JP "^ffimNBJnjt*-**! \j&^'^^^»i¦ 7-;.!y'^'''

jMstSf >~wg >^Hhl ^DCv tVijí^l- «V^i. ^^«'.Ttç .''• - j^ ;' ^ ^vv^_fl _____S__________________I__________^^________I _________L

SEI TÜD< 32.° Ano — N. 4 — Setembro 13

... ,'::¦_

m-L

m'

mesmo e inocente ano que trans-correra.

Jacinto estava pensando em ca-sar-se. Mas não ia á avenidapropriamente por isso. Ia por-que acontecera acostumar-se enão havia ninguém mais fiel aoscostumes do que ele. Conheceradona Ema na repartição. Ela eraviúva, nào de todo velha, e per-cebia um montepio que Jacintotinha o dever funcional de pagar.Fizeram boas relações, atravésda gradinha do guichê De mêsem mês, Jacinto a via ehèerar.sorridente, estendendo a mãogorduchinha, para assinar o livrode pensões e receber o cheque.Deixava a assinatura, tomava atirinha colorida da mão do so-Iene escriturar io, e; sorrindo cem-pre, concedia-lhe o "ató à vista"que iria durar mais ou menostrinta dias.

Certa vez, porém, passou a du-rar menos, porque houve umafestinha no bairro das Tesouras,houve um tímido convite de do: aEma para êle "passar uma noitedistraída, vendo cs ou trcs dan-çarem", e houve (oh! coinçidên-cia das coincidências:) a verifi-cação de que não moravam longeuin do outro e que para êle, co-modista incorrigível, seria esplên-dido dar todas as noites uns de-dos de prosa depois do jantar,sem afrontar a odisséia das con-duções para a cidade, ou supor-tar a gritaria mal-educada dos4'marmanjos" dos cinemas debairro.

Por isso, Jacinto se fizera fre-quentador da casa. A intimidade,comedida e honesta, — como eraessencial, — se instalara entreeles. Natural e bem-intencionada,como é do bom estilo entre umaviúva direita, com aspirações do-mestiças indisfarçáveis,

' e um

funcionário por concurso, estatu-tário, regimentalista, protocolardogmático nas informações büro-cráticas, nas opiniões políticas enos hábitos de um solteirão quese preza.

Mas havia também dona Déa.E dona Déa tinha um tempera-mento que não se imiscuía nas-coisas alheias, assim como não.gostava que as coisas alheias semetessem corn o seu tempera-mento.

Jacinto conheceu-a logo quepassou a freqüentar a casa n*IV. Era irmã da viúva e bemmais moça do que ela. Quaseuma filha de criação de donaEma que tentava manter acusto (e era mais evidente doque a luz...) a ascendência quetivera em outros tempos. DonaDéa não se rebelava às escân-•caras.- Mas ouvia, sem pestane-Jar, com atenção profunda, osconselhos e advertências da irmã,"nestes tempos em que as moças

..solteiras não sabem, nem podem

"maior" cio que

calcular as traições e ciladas davida"; ouvia, e fazia o que lhedava na cabeça. Era maior,bora bem menosdona Ein a.

E dona Déa reparou em Ja-cinto quase tão pouco como noano que se passara. Fazia-lhe,muitas vezes, o gostoso cafezinhodas nove, comentava com êle umou outro fato mais saliente dodia, que lera no bonde, ao vol-tar do escritório. Quando donaEma trazia o pra tinho de bis-coitos que acompanhavam o café,e derramava, ao mesmo tempo, osaboroso líquido na xícara e osolhos lãnguidos em Jacinto, dona.Déa sabia que estavam sendoatravessadas as lindes dos seusdomínios. Recolhia-se á própriaórbita de seus cuidados e dei-xava a viúva no terreno dela. . .

Esse terreno é que fazia donaEma encarar do terceiro mododiferente a passagem dos dozemeses que se iam.

Aliás, a vizinhança tem a pre-ciência das coisas. E quando nãotem a preciência, tem a língua,com ou sem ciência alguma.Numa das noites de palestra, en-quanto Déa fazia o café, donaEma arriscou uma observação aJacinto. Não queria dizer nadade mais. . . Mas êle precisava sa-ber que estavam dizendo coisas.Ela considerava um desaforo.Ninguém tinha a ver com a vidados outros. . . Mas Jacinto deviasaber muito bem que eramesmo... E formulou ovago, ambíguo como ama dos provérbios:

Pois é isso, "seu" Jacinto.Eu sabia que mais tarde ou maiscedo falariam mesmo... Quandoum rapaz, como o senhor, co-meça a freqüentar casa onde hámoça que pode casar-se... nin-guém acredita que não hajaamor. . . que não haja casamentono ar. . .

assimo juízo,'oz mes-

Aquela conversa foi a perdi-ção da viúva. Foi a frase cio RU-bicon, com efeito às avessas. Eela nunca soube daquilo...

Ao ouvi-la, Jacinto ficou abs-trato, longe da salinha apertadada casa m> IV, perdido em pen-samentos filosóficos, em fórmu-las complicadas de matrimôniosantigos, onde, de vez em quando,se insinuava, por mero hábitoum artiguinho do Código de Con-tabilidade ou a coluna maciçado orçamento da repartição.

Não pôde deixar de cravar osolhos demoradamente, de pesta-nas abaixadas, com a maior re-serva, para o braço roliço de donaDéa, quando ela pôs a bandejana mesa. No resto da noite, ficoulutando heroicamente para nãodar na vista, com a comparaçãoque começara a estabelecer. Umatentação invencível o arrastava

ago?*a a tentar um passonitivo. Jã transpusera osrenta, e essa coisa de dizera vida começava aos quar-era pura balela... Não hoirligeireza em tocar o barc\acelerado da corrente e nimais se poderia aproveitaralguma da paisagem!

Porque a conversa deEma tivesse tocado pa> pontosível dc suas hesitações ree<o assunto tomou, de repenterelevo inesperado, e Jacintotiu que uma ansiedade desceicida llie oprimia a garcorno se o colarinho apeinão o deixasse respirar

~dir

Passava uni pouco da horabitual, quando se dc pediu. Ai:porém, resolveu alterar osbitos. Também, não eramenos! Sinal de solenidadetíssima, aquela alteração de otumes. E anunciou à viúvairia almoçar no domingo.

Dona Ema recebeu '

a ndna expressão de surpre

Poisc,

u-sa-uoa

:se°.o

a'¦a

IÍO0.

oa

alegriamista devic.se!. . . que vie.se!.muito bem que só daria priNão precisava dizê-lo, aliás, por-que o prazer ihe cintilavaolhos, lavados de embèvecimeia ponto de Jacinto ficar peibado. Se se pudesse ler cleiudos olhos dela, estaria escri"Até

que enfim, homem!...estava desanimando!"''.

Ao se despedirem, a seriedadede Jacinto tinha a ressonânciade uma frase dramática:acontecer alguma coisa! A ale-gria infantil clc ciona Ema g:ta ea, claramente, escancaradaniente: Afinal, vai aconteceralguma coisa!. . .

Dona Déa veio até a porta.despedir-se dc Jacinto. Seus vin-io e dois anos sempre pareceramquinze. De um momento paraoutro, no entanto, se vestiram daesplêndida maturidade dos vin;e muitos. Chegara da cozinha,para onde1 levara a:; xícaras uso-das, e ainda tirava os resquíciosde umidade que ficara nas paimas das mãos, alisando com elasa saia, justa nos quadris bemfeitos. Estendeu a mão para Ja-cinto, que a. sentiu fria, distante,com uma expres..ão ele desalento.O escriturário teve a impressãocie que nunca estivera naquelacasa, nem falara jamais comaquela moça. Parecia-lhe que avia pela primeira vez e um rcpen ti no gesto de coragem fez quea olhasse, como nunca fizera, emplenos olhos. Déa estava, diantedele, enigmática, mas exuberantede mocidade. Jacinto sentiu quea salinha mal iluminada f a iscavaestranhas lucilações, como fogos-fãtuos. Desprendeu a custo amão, trêmula, da mão dela.

- Então, até domingo, "seu*'Jacinto. . .

(Continua na pág. 33)

il U - N» 4 Setembro-..-.. -.. • •- - -

1948 19• ; ¦ ^^^^^j^^LWSl^^^M*WÊÊÊSÊa**\\\\

EU SEI TUDO¦

~mW\ n l ] Fm,^i ÂS* %\

t í I:fammru\ C_* Kv . i jjp Vk \ -—

>": - --•*£_ - * • ' _. <__ \\ *í X \ ^

É OUE HR'COM 0STREAM?

-_r -'" ^ -**a r ' /- r .-* V '" ^ —

___¦'/*// _f.- ><r * ' '' / / • J*^'x ; ' •__ •' /# * / » '*

: ,.A'^M&f ///:"m£Tsm ,'./!f.J-V/vV ¦ fc _. \ \ s 7 fi J i¦Fm r- ~-^.*¦-.//

áj&iiB S^

%iiJ^| *^v*

Gulf Stream, ou correntassim se chama porqu<mado pela corrent« equatoria

ntico Norte, penetra no tf<>lfMéxico, '3<' ondeveredando pelo

gigantescasuis, quase dez

do Gol-embora

dodo

sai, mais aquecido,oceano, onde traçaestrada d< águas

graus mais quentesas águas verdt 3 quera vessando o Atlânticoicloeste para Nordeste,

asn*>em

rodeiam,rumo decaminho

estreito da Islândia, porpassa, para as frias águas sub-o Gulf Streahi qu*-* faz

jante a Irlanda, habita veis asda Lapônia, de Spitzberg,nola c o su) da Islândia. Alhe deve climas ésplêndicLos,anda há invernos ij-ruais aos de

orid»p< '].'!

vi r-*, ros-NovaEscó-

i* naNice:

queQ ABE-SEmar, sujeitastos

ondastropor

as águas doaos niovímén-

próprios das vagas, oue das marés. pos.uem ou-

movimentos, de ordem geral,via dos quais se transpor-

m de uma para outra parto dosanos, Esses movimentos sèftxam em geral correntes raa-mas, e podem classificar-se

quentes ou frias, conformograu de temperatura

ou menor do quo adágua que atravessa.1

onsiderá-se que os ventosares, ou alíseos,

OS grandes «. ¦ ¦•r..>s. im'te e ao sul dòdo pelo fri

naiorassa

re-que coprárnoceanos,

equador, arras-coi ona men to as mo-

"A nas dágua, determinam um«¦nto dessas águas, em for-

correntes convergentes ede

r-^ * - f:0m, ************************************** - i p jJ**w&<>t _, / <^» ^^cfmi^^ <? s /> r^. " ri -MotU m...m <? s / ? mL mm

.****w;>>) 7 ',.-- -—- r „ - ^ < ^*#s

'' <—;/-7 /^^wp

Á i' AJjm*~mtm*%*. >£* Íí.-*'^-*^.v "•Ir*1 ü Jvícv-jJ^..^

; / '/mf \

¦¦ ¦:%m-/ (f /

"*"¦ „ i Ã*v:jIÍ,**I *2&> '* ¦¦' ¦"v^u**V ; mm*m ¦'

* \ ^T« iT '•'

-'-':'' '¦'¦'' 'te:':"- -'A-Ám¦¦'¦ \

\ ^N '.:• v '''*>:¦':-J- '^ ,- ,' '*•' ]VI J'J.:.--:.:Jx-'*'i::--J'J:J

s. ^^_____. '• ^:-->:>.';'.í:v,V.";::-\ ^&k " J_>n>___________J*>' í^í":

^ *<:

O rio-çjigcmte que tem mar-gens de água — Maravilhasde um banho morno e agru-ras de excesso de refrigera-cão — Uma floresta imensa,boiando em pleno mar —Mudam os tempos, acabamas geleiras e os peixes sur-gem de todas as águas —Estará mudando de rumo a

Corrente do Golfo?

granae

iquas, de leste paraf*o formadas, assim,oeste, fi-em cada

oceano, uma grande cor-rente equatorial. Tais correntes,em contactn com o litoral, so-frem derivações, divisões, altera-Qões e se aumentam em virtudedo movimento comum de rotaçãogeral da Terra, que, como tam-bém se sabe, tem o sentido deoeste para leste. Por outro lado,o sol da zona tórrida aquece con-r.ideravelmente as correntes equa-toriais que formam dois circui-tos de correntes quentes, girandoem sentido contrário, nos doishemisférios.

A mais importante de todas ascorrentes marítimas é o GulfStream, ou 'corrente do Golfo".Pertence ao circuito do AtlânticoNorte e é formada pelas águasda corrente equatorial que cos-teia, por uma. parte, as Antilhas,e por outra penetra no golfo doMéxico, onde se aquece mais,saindo do golfo pelo canal daFlórida, situado entre a penin-sula norte-americana desse nomee a extremidade ocidental dailha de Cuba, para juntar-se àparte da corrente que costeia azona exterior das Antilhas. Ga-nhando pleno Atlântico, as águasdo Gulf Stream formam üm ver-dadeiro rio de água quente quecorre entre ' águas frias, através-sando o oceano na direção geral

de sudoeste para nordeste, na di-reção das latitudes maiores dasterras da Europa.

Ao lançar-se no Atlântico Noi-te, o Gulf Stream transpõe asformações de coral do arquipé-lago das Bahamas, ou Lucaias,alarga-se e, a partir do paralelo301*' de latitude Norte até o para-leio 40" Norte (que é o paraleloque passa ao norte das ilhas dosAçore::), começa a se dividir cmcorrentes secundárias, convergen-tes para o centro do oceano, atéque, nas proximidades do últimodesses paralelos, se bifurca êrndois grandes braços: — um de-les se inflecte para o sul, deman-dando as costas da península ibé-rica e da África, envolvido pela"corrente das Canárias" (que £fr;a), e, depois de banhar os ar-quipélagos dos Açores, Madeira «Canárias e a costa noroeste daÁfrica, regressa à corrente equa-toria!; outro, o principal, enve-reda para o noroeste europeu,costeando o sul da Terra Nova,passando entre a Islândia e asIlhas Britânicas, e chegando àzona sub-polar da Escandinávia

EU SEI TUDO 20

__________________________________¦«_____¦;.I5H--S5S5TlgíSZZZ!^^

Unidos),menor achega alocidade

A Irlanda se chama a "Verde Erin"pelo milagre do banho morno do GulfStream. Aqui está Glen Talouch, na

"garganta" de dois lagos

¦.(Noruega), onde se perde nasãguâs geladas.

,E' imensa a quantidade de! á g u a transportada pelo GulfStream. Cerca de 90 biliões detoneladas por hora. Quando saido golfo do México tem a velo-cidade de 8 quilômetros por horae oitenta quilômetros de largura.Perto do cabo Hatteras (Estados

nas ilhas Bermudas, éprofundidade, a largura200 quilômetros e a ve-é de 4 quilômetros por

hora. No canal estreito entre aFlórida e Cuba, a velocidade che-ga a lm,70 por segundo.

As águas do Gulf Stream em|>leno Atlântico têm uma tem-peratura em média superior a8 ou 10 graus às das águas en-tre as quais corre. São quentese rápidas em suas camadas su-petficiais. Na Flórida, com 200m.de-profundidade (as correntes ge-ralmente não afetam a mascaoceânica a mais de 500m. de fun-dura), a superfície da corrente'tém quase sempre 25", enquanto;as águas profundas têm cm mé-dia Í5V. No mar largo, as águas

vda corrente do golfo têm um co-

lorido azul-escuro e, na superfí-cie, de 25 a 289 de temperatura.A diferença de temperatura é talque na altura da Terra Nova,exatamente onde o Gulf Streamse põe em conta eto com águasmais frias, de correntes polarese sub-polares, a água azul da"corrente do Golfo" fumega aoatravessar a água verde das cor-rentes frias.

Essa diferença de temperaturadetermina interessantes fenôme-nos e modificações sensíveis nos

32v Ano — N' 4 — Setembro — \\s\

climas das ilhas e continentesAtlântico Boreal. O ar tépidque passa sobre as águas do GüliStream suaviza consideravelnyte o clima da Europa OcidentPortugal, a Bretanha, as I.Britânicas, sentem o influxo ch.melhora. As águas mornas ycorrem as costas da Noruegtornam seus portos, dos fiorcautilizáveis até altas latitudes,vres de golos. A zona do CuNorte se fez o que é mercêGulf Stream. Também as iihde Spitzbcrg, apesar do situaono Oceano Glacial Ártico,franqueadas à navegação durarmuitos meses do ano, em virtu .do Gulf Stream. E' êle que li"dos gelos as costas meridionae ocidentais da Islândia. Êleque justifica à Irlanda o no]que tom (Verde Erin, terravegetação verdejajite), a po;de ser rara a neve, na costadental não haver mais de 10*oscilação termométrica entreneiro o junho, e o inverno,Valencia. por exemplo, sermoderado como o de Nice,Mediterrâneo.

Mesmo onde não flui arente principal do Gulf S.tréanmas onde chegam suas correnlderivadas, se faz sentir essafluência benéfica; um braçocündário, que sobe para a Gro*lândia, livra de gelos tambémrante certa parte do ano, paide sua costa ocidental. Naeócia. o ramo que a envolve,rumo do mar do Norte, propeiona um clima chuvoso e amei

E' interessante notar queeontactos estabelecidos entreáguas quentes do (iulf S.treane de seus ramos, principaissecundários, e as águas friasoutras procedências, determinefenômenos que não se deve dcconhecer. Os icebergs, provin .das zonas polares, rapidamer.

•''O' Canadá, pòr forca da corrente de. Báffiri, qü'è traz águas frias do Ártico,

r,em invernos rigorosos. A paisagem'. de coníferas é típica e mostra

ví**a a frigidez das terras

<«g8ffj Hi-^l ________fl__R _P^ '*£___¦_* »-,p-

S9E!m$i$f^ ^^^B ________ __¦ _____________í_____!9-^l

___^^___^SS__í^í^^P^^ ¦*^^^_8_E_fc_ ^^™ÍBn_r'^«¦P^l POI ríy wll___S«™fffli____s^íSi___í_i Y'i^Km\. ^22^í^_ws_^__W*_sêc vYiHB.v^-K-Yix.ii-yijpWít^jS^E ¦kh_jás '

T7!?5 TB^f BB!âll»itW Kift'^^TB'¦**___ __r¥tfcW^ «_-Tro^^rtt'^i________iimM__________L__r -9 31ril «__HW jp*»ag«vj » ll ^A-~^i tf t_\ «MT^a__-><________-^____K v\i'¦'^B£mWN*myi&*^^^^í&a&!&&S!SSSmmVÊm ' --____'

____M Wt&i&wSi B tJ^ffí&foc.E^W __B».-M»I R;___ MB%EÍ3fM*SmmmZ3®'''",J.'L'i^^^^^S^fe'^^;iSM>^r BJl«W^-l ««__-ra%WP»itig«»8__M Um.¦8:,ry«W»igR^'MW ___JC1 MS-a- i BfE :*S5_!^:______iP^^yvE.W'í** .-..«. ^?*\£^K-RSira3ra3g.»y^g«_-^,«___t>»„B).-$§g BME «Wk^aa&SSS^M __£&£_ fc^y/^sa-»3«^B Wp&m2& __T^ii- '^^^m "'-¦"-¦ iyf->-»^w1ÍÊ^s^^^^^^^^^^§^êP^^ _Sf)rgffl«B«WÍKK^BMrea^

S$MàSr$3fafe-firffi i i iãiitMm^^iÉ^^^XmEÊ^^^^^^^^^^^^I^^^^^^^^SS^. '' 'i ¦ «« «-**'"' '

32*? Aíio N<? 4 Setembro 1948 21 EU SEI TUDO

¦

1.__¦¦¦¦m

sedotie]veis

arretem nas águas quentesolfo. Formam-se espessos

viros e deflagram-se temi-iclones, em virtude disso.

•ondições atmosféricas favo-tempestades e sinistros

IÍ|fSHi.."ios¦No'

A zona da Terraonde os icebergs abundam,

tomam contacto com as.^quentes do Gulf Stream, éjj| nesse particular. A na-

ação do Atlântico Norte nãojlf isso, isenta de riscos e de

A catástrofe do "Titanic",.ossobrou em 1912 em vir-

pe um choque com um dessestruosos montes flutuantes de

ainda está na memória deCom dezenas e dezenas de

fi (às vezes mais de cemfpiira) emersos das águas,ebergs têm imersos e, pois,veisjfvolumes de massa seismaiores. Perdidos nos no-

s,s formados nessas zonas,|§|iem um dos mais temidos|§§ para a navegação.

Éffibém é grande a influênciaiguas qiientes da "corrente

^olfo" na vida dos animaisgetais, tanto nos oceanosnas terras maritimas. Co-

iis, algas, peixes, plantas lito-cas, se desenvolvem com in-

tensa prolificidade, mercê da in-uéncia benéfica da temperatura.

ecifes coralinos das Bermu-ospbancos de peixe (tais

àpmp os de bacalhau, arenquessardinhas da Terra Nova, e da

ega e Islândia), afinal osflrgaços, do conhecido mar deSargaços, que é uma floresta ma-inha, são bem conhecidos. O

de Sargaços é uma vasta:tensão do Atlântico, a oeste

Açores, formado por algasnantes, sargaços, ou varees.

|| zona tem 200 quilômetros delargura e se estende em cerca

isa rara o gado nas torras ár-Para o gado beber | precisoburacos nos gelos, a fim deencontrar água líquida...B2-.»?_.tí*»_S

fali

__B_fitk llllfc*

£___$%.;

m

•>X__.v>____ .*.£ '>,:vC_?s^<^^__?!gcfíAv;?>>.y_^^wãÊmÈí .}fcpr___^WÊÈÊmÊmsmK

I Pi:- f \M WÈ jHpl :?§M

mwr -?I_I^3_____________K_________________B __.___B^________r^ 'Ç'* _ 11*^__te t_____B_J___F f'^Êv^1t Jr___Tfj_^^ *_n_______iV •íffl^^^g^'' I . ^ívÍ*V vB sS__jl r

w$&&jí$*í <______________r^__K.: ^B J_É______i___^:^>í?^_________i_^_f__^?^iis^ixiíiiifi* kS>'£AmmmtJ^ÊÈté' mü ¦^mmmm&&''$£ÈÊmmÊÊm^&íy%d

^^'^¦:i5iÍ3:!Í^:-S^^H^BBÍK___:>^__i^^_^?r^_______i

ÈÈÊ W®$Mv

NTo Ártico, o|f||xcesso de refrigeraçãoimpõe usos e costumes que os ho-nmiis de terras quentes não conho-sem. Na gravura so vêem caçadoresmi trenós, na zona ártica, deman-iando Moosones. na baía de James

(Alasca)

de 25 graus de latitude. Tais^rvas marinhas têm côr escura,sobrem às vezes completamentea superfície do oceano e parecemum vastíssimo gramado flutuan-

e, cerrado, entrelaçado e denso. OGulf Stream leva para êsse marflorestal detritos, troncos, ramos| sementes de vegetação das cor-dilheiras e das montanhas e dasterras e vales dos grandes riosamericanos, como o Amazonas eo Mississipi. O centro do marde Sargaços está situado a 309de latitude norte e 52í> de longi-

(Greenwich) . A su-mar é de cerca de

de quilômetros qua-

tude oesteperfície do4 milhõesdraclos.

Não é só na virtual bacia, ro-deada pelo Gulf Stream e pelacorrente, equatorial do Atlânticoque se encontra um mar de Sar-

iillÉi ^_^I__^^É__H____________PI____________[ ^^____L ^fl _-_il__l k______J ^

_. «i^lüll _N__v^' ^__^B * fl _______§ _P__f1________ ¦•

*«•«:>>>?_:^.'«itéí|jj_

$Pl&&ip._^^*X*íX>vX* -_M_k_-ji^- __•____ :-]__w ¦_ ^JWK- Xm "«Sríí^Si?*^' w X*K_WK__Sv Wi£^tXv<>>XKí-W wi'IjíK*S

.*.»_

sfS

""*•- mi «um

íMí_?_?5M^?^:5Í^S*M5__^:iS^^i¦4&&tt&&<%ZM&*

*¦__¦¦____________ ____.. • • ™*™«8Wv*&S!^&>SSSK<3mKl?1*íÍtK'}M

s%>íí_S_.'ssí**.&fò^ viwsgjpyX

i*?^

'.%___¦"¦ .*. "yfc * iX.__í_is^C?6,.v .*.*> .,W9^.*.,.,^?W^.v_ •• v.v.*?Kí_____ íNv. %•-•"¦ -w <*• .*.¦.•.*.

;WS,,__»: V::__®ici?í!__>:'.:::^^5^I_s_í;í._«.

{?«.

{Í:>W_S

lí^í:^ft::..::.í:.í:.>.?::: _».< •S*. 3K: Üjlimm

sí_p:'ri**Ü__'

gaços. Floresta análoga, emborade menores proporções, existe noOceano Pacífico, entre a sua còr-rente equatorial e a Kuro-Shiwo,ou Corrente do Japão, que é oGulf Stream do Grande Oceano.

O Gulf Stream é tão poderosoveículo de calor que já se cal-culou que a quantidade de calo-rias diária que êle conduz é deperto de 400 quatrilhões de ca-lorias, número que possui a ba-gatela de dezessete zeros depoisdo 4. . .

Mas existe mais que é precisosaber do Gulf Stream. Colombose havia admirado com o "marde Sargaços", na sua viagem deDescoberta da América, em 1492.Mas a descoberta do Gulf Streamse deve a um navegador espa-nhol, Alaminos, em 1513. Maistarde foi estudado e observadopor Franklin e Maury. No prin-cípio do século, o príncipe Galit-zin fez explorações do GulfStream nos mares árticos e ve-rificou que nas latitudes supe-riores ao Cabo Norte, a correnteentrava no Oceano Glacial e atin-gia as costas da Nova Zembla.O seu circuito é fechado pelaschamadas "correntes de retorno",que são frias. Uma delas, a"corrente*do Labrador", desce domar de Baffin e resina todaa costa oriental dos Estados Uni-dos, o Canadá e a Terra Nova-Chamam-na os norte-americanosde "Cold Wall", ou muro frio.

Não está bem definida a na-tureza, assim como não podemser caracterizadas a rigor as cau-sas da formação das correntesmarinhas. Os ventos alíseos pa-recém ser suas razões determi-nantes. Mas existem opiniões deque as diferenças de temperaturae densidade são os motivos prin-cipais (Nensen). A evaporaçãodas águas de superfície na re-gião equatorial, por sua vez, pa-

m

I

___________H______|EU SEI TUDO

rece ter influência capital. A cir-çuiàçâo dos vapores para os con-tinentes, a precipitação continen-tal, a circulação continental eseu retorno aos oceanos, deter-minaria um movimento de águados pólos para o equador e aatração de correntes. Estas, des-viadas pelo movimento de rota-ção da Terra, tomariam as dire-ções das correntes dos ventos ali-seos, somando-se ao efeito dessesúltimos. Também se procura ex-plicar a gênese das correntes ma-Fítimas pelas diferenças de den-sidade das águas dos oceanos,que explicaria a existência de unicomo declive-.na superficie domar, mais altas as águas,por menos densas e mais quen-tes, tia região equatorial, emais baixas, pelas razões contra-rias, nas zonas polares. As cor-rentes formadas, geralmente doequador para os pólos, seriam,assim uma restituição de nível;mas os cálculos dão um valortão pequeno ao desnível que isso

•'>».

¦¦"¦ .¦

•M -

h-M-_.

22

continuidade desta corrente be-nigna. As ilhas Scilly, à costade Cornwall, devem seu espleri-dor tropical e toda sua bonançaao Gulf Stream; laranjas e* li-mões, na realidade, se encontramnos campos de Dunstler Castle,nas vizinhanças de Minehead,apesar da sua localização muitoao norte. E quem não viu, ainda,os anúncios dos agentes de pu-blicidade, acompanhados de fran-ca adjetivação, quanto à mara-vilha e as propriedades terapêu-ticas da costa ocidental da Es-cócia, em que se lê: "Viaje parao Gulf Stream"?

Os cientistas russos e norüe-gueses estão inclinados a crer quea "corrente do Golfo" se estádirigindo agora para o norte; aGroelândia, a Islândia e o Árticoparecem estar expostos' atualmen-te a ondas de calor. Um dosprofessores da Universidade deEstocolmo, tomando por base osestudos quanto às variações detemperatura, a contração das ge-

32* Ano Setembro 3 '48

Na Terra Nova reina o frio. Mas aosul da Terra Nova a frota avançadados icebergs do Ártico toma os pri-meiros contados com as correntes de-rivadas do Gulf Stream. E' a zonados nevoeiros, perigosos para a nave-gação, A gravura mostra navios depesca de focas, que se dirigem parao Norte antes que os gelos do invernoobstruam portos, canais e estreitos.transformando as águas livres em

planícies brancas e desoladas

não bastaria para justificar aformação de correntes importan-tes como o Gulf Stream.

Deve, porém, estar se passamdo algo com o Gulf Stream. Umrecente artigo de Vilma Buckley,na Inglaterra, focaliza a interes-sante questão, que ultimamentese tem debatido, da intensifica-ção dos rigores do inverno irlan-dês, britânico, escocês, da dimi-nuição das geleiras da Groenlân-dia, Islândia e Lapônia, e do au»mento dos bancos de peixes, prin-cipalmente do bacalhau.

Para ilustração do assunto, ce-damos a palavra à articulista:

"O mais importante é que oclima temperado das Ilhas Bri-tânicas normalmente depende da

leiras e o movimento para o nortedos cardumes de peixes, sustentaque o inverno nos países escan-dinavos vem, desde o século pas-sado, se apresentando muito maismoderado. Compreenda-se poresta comparação, a diferença detemperatura de apenas 2 graus,se tanto. O que é certo é queas geleiras da Groenlândia, daIslândia e da Lapônia estão di-minuindo, e em alguns casos es-tão desaparecendo completamen-te; e que grandes cardumes debacalhau agora se podem encon-trar em águas onde até entãonão havia sinal de peixes, muitoao norte do Círculo Ártico.

Tudo isso, não há dúvida, temSegundo os es-sua explicação,

tudiosos do assunto, significa queas partes mais setentrionais doglobo podem vir a se tornar tem-peradas, e daemi a ¦ milhões deanos a terra será toda quente,de um polo a outro. Por outrolado, esta diminuição ou encurta-mento das geleiras, as migraçõespiscosas para o Ártico, talvez se-jam apenas sintomas cie um pe-ríodo inter-glacial. O frio aumen-

ta ou diminui em ciclos, alenta mas decisiva alterará. d0Kclimas do norte talvez seja 7p<^nas. . . temporária.

Sem dúvida, seria muito natural que um professor de ;tocolmo pensasse de maneira diversa, pois os nórdicos certa- oute gostariam que» se pudesse an-tever um futuro mais quern

Nossa opinião é que as iterações no curso das correatesmarinhas pode provocar lenta-mente as modificações seguias regiões setentrionais daBretanha, talvez se tornemquentes, o o ocidente e a icheia ele sol cio Sul podemnar-se mais frias. Com is.cdaria uma modificação completaem nossos hábitos e costumes.

Naturalmente, talvez tenha sidomera coincidência que, durantios rigores do mês de fevereirode 1946, na Inglaterra, certaspartes montanhosas gozasse.,; desol magnífico e de ventos saudá-veis. De qualquer forma, nin-guém viverá bastante para veri-ficar a veracidade desta teoriasobre o Gulf Stream."

ces:'rã-aií

»st;itor-

Sr

Vilma Buckley impressiona-se.pois, com as modificações clima-ticas que se estão operando, d»um lado, na Inglaterra e Escó-cia, de outro na Islândia, naGroenlândia e noutras paragen.-árticas. Pergunta mesmo se fGulf Stream estará sofrendo aigum desvio, se estará mudandode rumo, se estará, como pensaenveredando para as zonas arti-cas, onde "aprontará um banilho daqueles" -- como diz- mo?nós outros. . .

Todos nós, no entanto, temo-o vêzo de dizer que "os tenipos;estão mudados", e não empregamos a frase no sentido gera! d»variação de costumes, de h/ibitos ou de convenções artifiçiaif-da vida. Empregamo-la tambémno sentido físico, isto é, como indicativa de que até os "costi!mes e hábitos da Natureza", também se alteraram profundamenteQuando se trata de chuvas, quando se trata de geadas, de ventos— de fenômenos meteorológicosem geral, — esta frase pareceindefectível. Raras vezes aehamos que os frios que fazem, &*chuvas que caem, os ver.tos quesopram, são "como antigameníte"... No interior é regra ouvuque "no tempo antigo *a clíiív?tinha sistema. . ."

Em vez de perguntar, comocaboclo, "Que é que está aconueendo agora com o céu ? . °*!tros perguntam: "Que é que

!'

com o Gulf Stream ?¦.;-..,."Parece mais elegante. Pelo nie

nos mais complicado, mais íniportanto, com umas palavra^nhas estrangeiras para dar untom de sabedoria, de gran£inismq

32v Ano Nv 4 Seteiiibi o L94S 28 EU SEI TÜÍXO

l

IIATâCÜlnO RADIOFÔNICASO RÁDIO E A INTELIGÊNCIA

dúvida, um dos acontecimentos mais auspi-do mundo radiofônico brasileiro, no mês quo

pas foi o ingresso de José Lins do Rego nobros deasting, eom sua colaboração, há poucas .so-man iniciada, com a Rádio Continental GaglianoNeto.

•m dá ao rádio, no mundo todo (particular-no Brasil, onde a distância o a incultura

reservam importantíssimo papel), o relevo quese está fazendo um dos traços característicos dosén compreende muito bem que se trata deuni questão de base, um problema verdadeira-mente estrutural, associar a técnica e as imensaspossibilidades do rádio ao espírito e à substânciada inteligência. Rádio e inteligência, unidos, farãoalgo de miraculoso mesmo onde os milagres pare-çam tão raros como acontece entre "as casas eos próprios santos". . .

.^^^MWMBST^wm. ¦. ^v^TJJfrjMfj ' -'"'¦ ;,*., . '7XX:yi

_______y.,J|jÍ_a___H_i MEM mr¦'.'*£*&& Wl.ÀMMMMsÊMMMtMMMMaÊBBÊBSw^' '^•'•^91 Bk

____________________|^^__^B^KBS^^K<W^'> * • ^*^^tB^_BJ___________________i

¦SbmbÇJp^^^v^ -¦'¦¦ ; AflÊ Mhkm Wbwwm. ...¦¦¦,,:::¦ ¦W^Mt u\^mvMgjffi$y- TATifâM Kfl ws*'- '¦¦<' yX-Xf&M m\MMk&T YctimMuK-A- TT^SsSlflfliY A:- Tté&sB B

Hs'"".'¦ '":*¦¦• *w>;.' ' *vfl hV

flHflflac^'' x'^!*fll ¦¦wJfl______B^ '-'••"•••hm hW¦ Ki ¦¦¦'(-'¦¦XVK^^^^^^f -

HflfooiX* ^HBc '*"*V<* ...•**•'•-;* J' r^^^Sií^Mifti - - '•í"*''- w

Kt^ • _________& A^xWBzyk\Ty*y 7 ______K A^^Wkj: ¦.-•<""•:

^1 ____|_________M_ítikí<>**^ ¦¦•'',.¦'.•.¦.:':'... ^k.. fBF^^^ ^*^^^?:w _¦ Bw'^_______K_____B_iii_____^____. ^::*.:vfe:^S?^':-'': fl Bfc,.

^Mh .^MM\ BS£>v ¦¦'¦¦¦ ¦¦A»}v..affi..v.s_' ;__________________________________________________¦________H___B B. ___________ S!^^ ¦Xy-y^aBKAv^' ________

HfllflBflH HBl .^^Hfl Hbk$v* • • 1 ^ySBjjcjjB&Y .¦:*.* AH B^k...^ífl ^B^?>:''' . -xcSÊMy:¦¦¦¦ Am MM

fl MMmmz-y^Aó&iÂwK&W* ¦'' B

BING CROSBY. com suavida alguma, numavoz é sua arte, está, sem

... ., •.

._#*-,

-m^mmww _______________________________^^m ^^^_

J___________________________________________________________________________^''' ^p^

Br Y'¦ ¦/_____] BNsNiiiÉ •'->¦-... 'V*flBBMa flrBT^^^gflíf*'. '

Kí_Pi^K"i :¦¦ Iw '.vhÍAÀá'7'7.'-mm Kn.______________&.¦ ¦'& • > ã« JMf S5#>:>íV'¦¦¦:¦•'.'

wJ Hfll RÉsBÍ ^W^ >' lii&P--''

_¦ Í'/Y - » li ^k Ti', ¦'..¦::%':A-\j> % -< * * ¦ « ^k. ^BL y-.Z''-:¦¦'¦:¦.-¦¦'¦¦

'¦¦:¦''¦'

9- *_->•> 1 ¦*¦>*'*• ' * ' T' ' '¦¦•> ;!'^;^^Ê*>Y,:í^S:Y :' ':Z ; ít ¦ • .V ¦* ¦ . , 1 * W ' •¦¦'••*¦ •*¦

';^*KÍ:'*>-í:*•• ¦

I*" 6 L* .,-i h-i ? ' / Wí '''•¦ A '¦ ' 'í^'•¦ A:

fv*i ! i ' * Me " í V' * ^K %. y 1* '-' • * AvjJi, i - j^K .^¦¦P'^^^^^^™*BBw AME ^^v-fl^ ^_B

't*i ^a*^ i9Br*4 ivH "1 «BB»»BBBb»mwB)É»»iw^^^'^!A^-^ f(:*ra>iM^.'a' Jt jw.^^^¦^^^.v^.^.^AO^I¦:^^^%.^J¦^^x-x^yMK•!í^^»^^Sl^K^^ ^^^^B :tw* '- >.*¦ wJt* ^ *í«_H|i j ^n I bssV-. »»»»1 Mi»'StKj^>^íKlMija3l)lM«l i^ki J K^. v^-taaf':*'*.*;-»»1-*"^-^ ^^^<i^i-^i*^9^FT'*T<*.*Btvx*.'^im.*a'.^paMi»»«ri «¦«•••¦*•,r-laV* ift ' -i>»*>*- ¦ ^ #**^ *>? ^¦FTl V BI >¦¦¦? ' ¦¦ ¦Mf^BSB?9KUSdKttflBI ¦¦¥ I />¦'•'«f**¦ MV*"?f j - ¦H>-H 1-i-ti-iAnri*if*W*irr«ri<ViV.-ffij.^>AA:-gC. -¦?¦ BV-!v ffift^BlkJ .W?¦ Ai. ' . ->b(t *..«?¦ ^mrV^- ___¦'! ^j^BfSai# mssssS ^Bal ¦sHvvImHvvsSí/8 BBB?QD«S>sssl^Bsssr1l I > Ot**í'-% fãs*,'.* *.*Jf_**1^^^''*,i?7r'y?r*7r^^Xí*^^'^"^'9,>^,*v^^flt.'. '. ^BMfiK V^Bcoi^BW ^BBI^BS -

.¦,*»"' .*^h > 4<*^___________(_k ^¦sska iissl BsU ¦ í íÃ*S ,Í'^H.¦ ¦ ¦ .ff^^^T^^T^. ^^ ¦ ¦* •"'<'Jy-'sS,i.^mf^& HBB«BsW ^BHS fl

Bhl^, -1, Xi ., .**£'4L^j|^^Ma|^^^uBl HRbVC ™**^-^i'-,,lBW_t_t*^^À lEfi^^^^MBBEfc^^^^^^^-^y^^J^J^ ¦¦ MMm-^tmWlB&i^Mrw flvi

dú-das situações mais invejáveis no rá-dio norte-americano. Há muito tempoque sua fama é mundial. Mas é pos-sivel perguntar, como no caso de Si-natra. se o rádio apenas a explicará.Não fossem o cinema e o disco, cias

talvez lão atingiriam tão alto

José Lins do Rego não é nomeque careça de propaganda, nemprecise de elogios. O romancebrasileiro deve-lhe serviços quea muito poucos outros deverá."Bangüê", "Pedra Bonita", "Pu-reza", "Fogo Morto", — todos osseus livros do chamado "ciclo dacana de açúcar" e os demais quecomeçaram outro ciclo (e qual-quer que o escritor planeàe terásempre a unidade e a expressãode verdadeira mestria) puseramno romance do Brasil um estilocom viço espontâneo e estuantecomo o das coisas da natureza.Desportista, pensador, literato,homem das ficçóes, como das rea-lidados, o autor de "Bangüê" estáem condições de imprimir, no se-tor do rádio, a que se dedica,a visão interpretativa dos assun-tos em que todo homem de rá-dio exerce, — sabendo que o faz,ou sem o saber, — uma funçãode cátedra. Para um povo emque a maioria é escassamenteletrada e não desfruta, por issomesmo, nem de uma relativa au-tonomia intelectual, a obra deinteligência dos homens do rádioassume uma função educativaoujo relevo é supérfluo encarecer.Justamente por isso, quando seassinala para o rádio uma aqui-sicão do tomo da de José Lins

.JOSÉ LINS DO REGO, o consagradoromancista, autor de "Bangüê" Y de

Pureza", de "Pedra Bonita", de"Fogo Morto". de inúmeros livrosendè o romance se elevou, no Brasil,a alturas raras, e o estilo adquiriuviço espontâneo e estuante, conio odas coisas da natureza, — entra parao rádio, incorporando-sc ao cast da

Rádio Continental Gagliano Neto

¦/.Ti

¦¦¦y-x.¦ -, t ¦; ii_'ii*i' ¦' i

m

tcü;.

pi

\4

1

41

tiISM-

1

SR?

wk:

EU SEI TUDO

RADI0

" ' ' ""-^—*¦—^—W—¦—I—Wl—<^M—W^—ii ¦¦ ¦ MBBWM^MwaMi^^MMawB^awM>MM«MW<iawiMMBMWM»J>*^i^»dMiWWWl»lbMM*WWM"™*^W**»Í^

Algumas figuras do broadcastrecebe do rádio os valores e osDa esquerda para a direita: P.band-leader; CRAIG RICE. |§(visionadora de programas da .MORE, da American Broadcast

humorista d<

do Rego, o caso é de congtulaçôes e de esperanças.

RÁDIO, CINEMA E DISCOJá tf^^rà-ram que, não obstante seu imenso pres-

tígio, Il rádio ainda se vale bastante do cinema edo disco para consagrar ^suas "estrelas" e seus"astros" masculinos?

Não será porquê em Babefusão.. . Nem porque a cavalgata das ondas so-noras, no éter, ainda esteja adstrita a "tiros cur-tos", como nos hipódromos costuma acontecer comcertos cracks. O cinema em língua estrangeira e

^l*n»í A ¦•:¦_7%<

24 EU SEI TUD

1r>

r

#*

ng americano. O cinemadifunde por todo o mundo.UJL WHITEMAN. famosoritora de renome, super-

íl.B.C. ; LIONEL BARRY-o cômico GROUCIIO,

rádiong

ratulações. De congra-

1 se estabeleceu a con-

í •$^^^flBBBBBBBBBBBBBflflfl^^^^%^^-^$%'$%!*!v> 'r*Í-*V*>>x*>x*iy*A*3->Â*x^ !-xvX'XvX*x*x-&x*x^<3j8|B

BflBKfwwCwBB BBkv^-vH Bb£5wXv*:-'X* •¦•:*'-y^*:*x^v.':'*>x-*-,'X*x Xv.-x-x-XxX-XyHp-x-'.- «bí KxfiíSíSHBBhBk9^4B1 BflW:-- -^flfl ¦ mSS&Xel-rsy- /.•'<•'.'.•'.•'.•¦'.¦¦'¦'•.x-aíf • J?Sol9SÍSpx9BmSsm^xí>''

BjKiO'**•''^QBJi )9 MflCgFRgy/j;.'.t-;..-;.'.y !-X«X-X-X-X'X-!'X*X»X-X >X'*-r-X<-X-XjXy ,4C

BB §3gos23Bh BflB'*^* ^ffiffB lBlHu!H?J*^y*'*: •X-X-I-.-I-X \yjgfl'. :• ;3

!BPj)Biff|lff|BBgB < y, finceu»

Uma das figuras mais elevadascasting norte-americano é FRANK

desde o início de sua"coqueluche"

e mais famosas do broadSINATRA, cantor que

carreira, se fez odas girls

qi.figurvia

o disco, da mesma natureza, fazem o que o rá<não faz, nesse particular. E a verdade é queondas-curtas põem Londres, Paris, Nova York, t||íladélfia, Buenos Aires, tão perto de nós, ou m;pertos de nós ainda, do quéMas ondas-longas dlfBestações indígenas.

Constatemos o fato, tão somente, sem procuigljjexplicações. Vejamos, por exemplo, que Frank $j$jmna/tra, Bing Crosby, para falar de duas das maif|res eminências dos casts de outras terras, dcsfru-tam a fama universal menos por força do rádio,onde atuam, do que dos discos e das películas.Quando revemos os elencos de estações rádio-emsoras estrangeiras chegamos à conclusão detemos conhecimento dejjmuitas de suasatravés do filme, ou do disco. Paramos,regra, ali.

A explicação talvez resida no fato de que l|jjouvintes do rádio estrangeiro ainda são exceçc|§Não há um motivo único, nem uma razão capitai.O conjunto é que decide. A estranheza do idioma,o horário de transmissão, a coincidência desse ho-rário com o das emissoras nacionais, a eventualdificuldade de recepção, por motivo de condiçõesatmosféricas. Sobretudo, o gênio, a índole, a natu-reza dos programas. Cada raça, cada. povo, sentsem dúvida, com seus nervos, com suas emoçõescom sua condição peculiar. O cinema e o discvêm até nós, com sugestões especiais, eis tudo.

A PSICOLOGIA E O RÁDIOAnnita Ellis, uma moreninha canadense que canta

no broadeasting norte-americano, estuda psicologiae entende que a "psicologia ensina a compreender(Continua na pág.

¦ ii ¦—«^»—¦—..i —— i" j

9^BWlÍflflflBBlMlÍ^^^^^^^P4i^fy^mSr flBBBBB^BBBBBB^^^^^i^P^MPbbIÍÍIIHnI

v^Wffi' '''sUummmmmmmmmmWÊÊSSIt^^^^Si^x^^mWàmmW^^^^^^M

.!«' psicologia da U.C.L.A., § umano.

ANNITA ELLIS, aluna eumoreninha canadense que canta no rádio norte-ameneEla acredita que o conhecimento da psicologia concorrbastante-para "compreender o público"; e, naturalmenteagradar a êl|§ Mas Annita não pensa apenas no público-Trata de si mesma, cuida atentamente da saúde, praticamtênis, ginástica, etc. Se a psicologia lhe tiver ensinado issotambém, não há dúvida de que é uma grande ciência.

_i<j Ano N9 4 — Setembro 1948 25 EU SEI TUDO

ONÇA TEM CARA DE POUCOS AMIGOS...irníüa dos felídeos — Os tigres da HircâniaCamões — Vocabulário relativo aos íelí-os — As onças da América — "Resto de

a", o conto de Monteiro Lobato — A su-rana e a jaguatirica — Os "amigos da

— Sua Excelência o Gato, chefe daiTÚlia, pelotiqueiro, seresteiro e . alérgico 4

:'SÈm\ I''¦Wm BW_?*» *S I

__T át^CZ',h^____________________P^^^^_____________________________________________l;'v^| ftifci.- '-''íâB _r Bi vQBI __K"«_F *^?Í3K** 4 ¦ fmmm W^__B ____r __B _B¦y_S ILwaM*iI ^tk BI

_r ' ___PflC_*Br • _F ' • ^8_L___---?<!_"__ PS^

B. B I* ~ » **éi *MÉw___l R* > w<_?ky^.,4ar:1 ?•!"•*» * '##_3 _F^>ffr*2_fâÊr^ i

,"*sSÍ_____B'-'- *^í\» ^ »_»• ~_M__, r J>^8S-Sr-t ^^~ _P_(*_¦SvSí ______-, > m* _!*4lSPi*»'fa»_f ________-wli >.íi______________i_|únw41.. ^w _u^^ • ^¦m,'v iv ujr __¦___> ________¦ ___rv____i ___¦- -V58 Et_k.' • H| ^«^a. é^m .0 ^¦fm, • tfCjf.MMWry _¦_¦*» _^_______B¦ r __¦ _______i_,^y* tf -A __K I^^OÉlr 3» __&-_¦_-¦ ¦ Jafl C tffc-. ^K »% ^* É___B 1 t^C_________R-- &'9»v!i^-H ___r_l^_F___I ____'/<*4 __r tf _%^^ â_Pil.____l ___^^E___I ____Éu_;;'*fl __V*^^**5*1_I Iw ¦

l____N%í*^í*4 _-_Pl I.'¦'í.,|3h __"«_ •» %•',» ^^ÇvíB B _?9_______1, ri*\j_____ E^__.V ¦ Ji 1__B-? »*.vaíTv___l _____ __¦__•__¦vi^_H__ _¦ "^ * 8> l&*__ _H_i H'C-?'_*3 _____***•*¦ _JP^*-'^v-^j^n|H ____^^1-íaH Dt '.jb#ré_í B Jiaítt™3 |V ^a.. m"^B i_tt_f vi _¦ -_-_! ___r^___.. jfj_ ____RpTw ^TSB * ^^^^_õ!?^___?wsH ____r_-__l

d ia mm *«* _£*__£__ B^B B-/_____! _r^ < jy #».B| ¦ __V ¦• v_s _r >*4*_ * 2£_H Bâ____ B^*^*! _——r B__C_5y iR__l_____r ^__________________________________________ '_____!

>HSÈS '"W»-.,'gf3^ ^41 BJsS B' _F '1 il I¦•¦*»?& Mma\í-jmím __l B/'Wjn "^H __¦

¦^ __L.^ •:'V'*^^-,- -¦ • B¦ ' <a—¦_*__¦_¦¦ _¦_ «?. <mu1Bu-II—————IW———- .^»^w^«>»^w»^----M_M_»_______l____________________________M

¦:..i'/.-i?!/'Í,:r.CCS,:-,S:'r'/'7'.i'rli

Mm --B _-_-_-. v .^«r;., JÉ '^__l ____flf^___l __wwwJP';'/! -'•'/í'''v''^M3f_.*_B MMM\ i-fl _-_-_. tIÜWiv- ' ™

^_k 'H nfl B-_^'- ''• 4? '^'^1

^_l niq Hkl %t Mw^Mmr Mm Mw^/''àC/%M^' :'''&.'•%%}¦'¦' KK_I K^' V__B> ^MW Mu mm^2iu£t

H_l_4. ttm H_if fíB BF ^JtMW Um mm.i^mMm\ wmL^mmwLM__fev ^B __P^'xjjj*iÉÍ ___hl__^|Bj __________ _______„^_P__r**mm•¦"¦'• ^T______f-- ¦_K?''_____R-_$_l_____n____________-.

i^>^i _HvV ^^É___jB ii^^ira ___-.*'* 5 •,x ¦.. '• •/ i|B BP^Í^ví'7::v'í v_*'tISeIImB B

tK 9|. "'.///'---',''/:^H -_-»^^^-M _---B

'*¦' 'TÍ^___fc>.Í-vS__l __B^V*;^'^ã0E»-__l¦^PBç' '^r^"-^:*| ~gai31 _¦tí'v Jmwv '¦•* ^B-B -_-_!

7^ . ^HbBP^ '-"Í^_B ___¦

O tigre real asiático, o mais feroz carnívoro do mundohabitante da índia, da Indochina e da Indonésia

JTjÈ,

es. onças e outros f••'íil<•<»_? sãoqu< adquirem quando ades-

relativa mansidão. Aqui estáaro.'' de Damoo Dhotre, do-

de um grande circo americano;atende bem os dialetos indus

família dos felídeos é, se-gundo os zoólogos, a doscarnívoros por excelência.ristituida pelos carniceiros

poderosos, mais ágeis ebem armados de dentes vi-

e garras robustas, corril'ís sacrificam suas presas.

."'rito animais, quase sem-arUndo-lhes a coluna ver-

na região cervical, ou doa poder de formidáveis

u sopapos. que, ao mos-">, lanham profuridameri-arnes das indefesas víti-

me cia família deriva-se do•o latino íelis, — gato. E'

(Felis catus), o animal•ntre os felídeos, mas —er pelo pat]rão mòrfóló-

não ocupa os lugaresno grande grupo onde

eam outras espécies mui-importantes pelos hábi-

agens, pelo tamanho cocidade, característica.lídeos são digitigrados

¦i sobre os dedos), possuemetrácteis (que se escon-se alimentam, geralmen-presas \-ivas. O gênero

Felis compre-e n d e animais

que, em regra, habitam todas asgrandes florestas, desertos e zo-nas quentes do Antigo Continente(principalmente da Ásia e daÁfrica) e encontram no leão (Fe-lis leo), no leopardo ou pantera(Felis pardus) e no tigre (Felistigris) seus espécimes principais.

Nos tempos terciários e qua-ternários os fósseis indicam queos exemplares dos felídeos erambem maiores que os leões o ti-grès de hoje. O felis spleoea, ouleão das cavernas, e o machairo-dus cultrideus, tigre-gigante deoutras eras, aparecem como osfelídeos de maior importância.

No Brasil, os felídeos, — comoacontece, aliás, em todo o NovoContinente, são animais sen-sivelmente menores que os seuscongêneres asiáticos e africanos.Enquanto na África o leão, oleopardo, ou a pantera, e o ja-guar são os maiores felídeos, ena Ásia a liderança, na família,pertence ao leão, ao tigre e àpantera, nas Américas são asonças, representantes das panto-ras e, pois, mais filiadas aos ti-gres, e as pumas, ou eugares,mais filiadas aos leões, que fa-zem a vanguarda dos felídeos,nas terras colombianas.

nos ou dos tigres da índia nãodesfigura o real prestígio de que,nas florestas americanas, desfru-tam as onças, sem dúvida osmaiores e mais ferozes animaiscarnívoros desta parte do mundo.

A linguagem não só perfilhou,de outros povos, os conceitos im-piícitos de ferocidade, de terri-bilidade, de astúcia, como aindaincorporou à palavra e aos seusderivados, assim como às expres-soes com ela construídas acep-ções em que esses conceitos se

:;

;.' li

'

'* iwC:.i

m¦ < i

í4j

1

Ú&ÊÈÊÈÈ - -

•¦•íííí-í**' ' * *'.-m'\;•'¦'¦ \JS:;y: -'^iáSw __B¦liei• ¦'¦. ' r>íx-'í; í-í^ ':.•.•'<¦'.•¦'4aBB¦•¦.'• '•¦'¦#• .?;^_1_| I. \_____S______Si__J Hft

»•¦¦ : •.'^vN---;rx';-7\ ^9SKS__Sg^| __^S?M. ¦ ysy&.iíyú- ^

sM Wmt¦^-__1 mm

WV&&&!:

(3 fato de não termos felídeosdas proporções dos leões africa-

Sua Excelência o Gato é o chefe dà'família e deu o nome ao grupo dos

maiores caçadores das matas

',. . A•777.:

5f'; S

m

m'¦',

EU SEI TUDO 26 .129 Ano - N' 4 Sotembro líMv

. ...._. _. ____________________w—^——M———

II Blfl p*

aWBÍ BS—I _W^EaiSi^_______ wr^U ylfl EsSífl KU i-.y-jB^Kfl ~___B B£

H RSfl mT Jmm __*! KH _nSPw^^^^t

' £jfl __J?^§ ll^ &¦*

¦_________________________________§£ i -- ml -.-¦ _^JPTBS»_- #m_ JPfc__ «PiM w^isi^^lÉ^w ^f;i#~ Al #191 HII P."»*___?*1&P^ i #^& SP' *&fFfl fllfl ^-.?« Jr v^ •*&&. «i* ._ ,_*"• »-j;1^ Aif fl k>lfl B__i _P^ ;^^^_K& fMlP-ittt ? W W$g ^_tL___i fl

3__íÉ ÍÍÈ___k ^^ BÉS^? ^r#^b_^jflp^_5_ __( j_fiS^_b __! __& ^ty jH BP^ yjFs^.^s&fl-s^B blfl fl/fl y^-ralffa^r ffifl Ki" %^fl KS*'' "v'"'" \ ^^Éflllfl flífl H»/fl _fc_?n_i K-, ^P_| Cuét 'ff%fo'-yã_ilfl Bu jrfl P*££2 fl__fl_r_fl flik fl i_. *w „_&^ P>¦¦ ___fl__i_ffl____Fi__i Kdl 1^1 Hi_r^-« ____! ______ __ffV&» 9m WWWw'^

!___! ___T^%9l^___________l K?%. _l__i i_É___k___-'<^^ ••)^»fcJfl__i B_^!S_£í£ *

E^^^-i"i__l IL flfl ^fl __f_l^H ^Kv.;-9h Bx-wfc ^^*^jflfl M_t ^_R l?_K____Bwís______l BB"U _r_F_r__WB BK.-?^___B __ "_IB^IaB55ÜnB E•

fl ¦ '^

EPw .9 _S___fi _É__I Bl -fajfl B_ flfl fljy^fl H_i „5£i fl^1 _____i____l __K__S iSHàÉm uu .

^Hfl_______ili9________l_______________llU-wS_t____w_wS----i——u!_——_—¦_¦—¦——¦__i____B__5»5in»¦ h 1,"^ ii ip!¦—>¦_———i_i——>i«i— — 1——i^—————i.

O tigre real, não obstante sua ferocidade, é domesticável e amestráveltrabalhando nos circos, constitui uma das maiores atrações

IIIII1Â

r I

ampliaram, para designar idéiasafins.

J 1 Camões se referira aos ti-gr ot» hircanps, célebres carnicei-ros da Hircânia, região da velhaPérsia, perto do mar Cáspio, oumar da Hircânia, — célebre nãoáó pela ferocidade dos seus ti-gres como pela rudeza de suagente. O poeta maior da línguaaludira, aliás, aos tigres (no mas-euHno) e às tigres: "leite de umatigre" (no feminino), como aindaraia o nosso caboclo: "Ela ficouorna tigre!". Tigre, com o sen-tido superlativo de fera, de sertomado de raiva, ente perigoso,capaz de agredir e de fazer mal.

Assim também é o sentido de.'.mr\!: — Ficar onça, ser onçanrívcstir-se de ira ou fúria, servalente, forte, destemido). Tal-t-ez por isso, e daí, — "estar naoiKa" (ou entregue à onça. . . >

ficar sem dinheiro, na miséria,a urna dificuldade insuperável, ema pi; ros de que dificilmente se

IrÜ ^W^v £ ¦" ¦ '+-_ WÊi^\

conseguiria sair. Porque onçasignifica sempre algo formidávele superior, o vulgo aplica o têr-mo ao que se lhe afigura dem a-siado e grande: "uma bebedeiraonça...", e ainda porque as coisasde valor se vão desaparecendocom o tempo, (como as própriasonças, aliás, escasseiam hoje, per-seguidas, exterminadas), ficou afrase, indicativa do passado re-moto: "o tempo do onça".

^^KB^^P^^S "^' - '%» ¦*v

maracajá, ou gato dò mato pintado

Mas as onças, como os gatos,chefes e símbolos da família,também sintetizam o ardil, o

golpe, a astucia. O pulo da onçaé a lição da habilidade, da arti-manha. Os dicionários todos dão,com a uniformidade que não po-deria faltar, a sinonímia de feli-no com hipócrita, astucioso, men-ti.rqsp e enganador. Â "meiguícefelina" aludiu Rebelo da Silva.E o carinho felino de muitas mu-Iheres é suficientemente expréssi-vo, para dispensar maior justi fi-cação...

Não temos na América o.s ti-gr-es propriamente ditos. Essespoderosos animais, que chegam a.atingir três metros de còmpri-mento do foeinho à ponta dacauda, são comuns nas terras in-dianas do golfo de Bengala, na

Indochina e na Indonésia (Sumatra e Java), como em outras pa-ragens do interior da Ásia. Sãocompridos, de membros fortes *curtos e cauda longa e aneladaDe hábitos noturnos, vivendo enzonas florestais e pantanosasprincipalmente nas margens dograndes rios, os tigres asiáticoschamados tigres reais, são mancorajosos, mais ferozes e maisastuciosos que os leões. Domesti cam-se, no entanto, e muita;-vezes adquirem extraordináriomansidão.

•Quando se fala em tigre, r.«

continente americano, não se po6<estar referindo ao tigre verdadeiro, que é asiático. A referêr.cia é feita às onças, ou aos fs-guar es.

O maior felídeo brasileiro é aonça pintada, ou, simplesmer.:'a pintada, único dos felídeos ame-ricanos que se pode comparar, e.-rferocidade e em tamanho, afelídeos do Antigo Continem*Mede, em regra, de lm a l,50mde comprimento, do focinhe acauda. Chega a 80 e 55 cmaltura. O vulgo lhe dá inúmerasdenominações: pintada, jaguareanguçu, jaguara. O pêlo é cheS<de manchas negras num fundeamarelo avermelhado. Em vez dcmanchas pode ter listras pretas(onça listrada). Designava-seentificaménte Felis nncia; hu;*depois de Cabrera, Panthera onçaHabita toda a América, desdeLuisiânia e o Texas (Estados U:dos), até o norte da Patagônia

1 menos no Chile e na cordilheidos Andes) o se encontra geramonte nas florestas. Mas a pitada é andêja, como diz o ca-boclo. Percori-e rapidamente lé-guas e léguas, em busca de pré-

r -1 mia 1 mu w1—11—i—— mmmm¦i«h_i.. _m—hwiiwii I—— li 1 ¦_'¦«•«»t»

..'-v.í.-.'-y.'-Á • :¦¦--¦¦¦ . ,.'.'..'\v-.•.-..-;..-.•tSSSSSs^SlSfii -.'¦¦' '¦¦¦'

.,v«ia4*B--«lw*,:-

A suçuarana, ou oriça vermelha .também chamada puma ou eu,ií»<"

SO¦jsjp 4 — Setembro — 1948 27 EU SEI TUDO

.Síití

sos,pru-

alimenta de grandes ma-

prefcrentemente (veados,

^u,!,',, do mato, capivaras) e até

âe carneiros, bezerros, porcos,Le prea nas próprias fazendas,

açadas de onças se especia-

íiaam cachorros especiais os

onceiros — cuja matilha acua o

carnívoro, a que o homem"ntao

enfrenta. Caçadas perigo-^íxb. porque os riscos são imen-

exigem calma, pontaria e

meia. Os indígenas usavam

ala hoje se empregam no ser-ajagaias, ou zagaias, lan-

setas, com a ponta prote-por .um travessão, a qual

ra profundamente no corponça e lhe impede o 'salto ou>jecão sobre o caçador, comcora do travessão, que fazt^aia um garfo enorme. Fe-

a onça se torna extrema-perigosa. Pondo-se de pé

re ns patas traseiras e alcan-.j perseguidor, com os so-

pos pode liquidá-lo, ou ferrar-

II II '| III II 1—111 aal. I. ¦ aajaa >____.aM___aa___M«-aa.aVaailVaaaa__l^__-_*__M-Ma_-_---_-a^BaH__Éã-M»«--l-t

daa

A jaguatirica, o mais elegante felídeo selvagem

mem ainda para escorar o dia-Do ! •»

v\(

Sf^^Èu^n^H _____T4^H ^R^^Jflr\a^^V^H•"¦ " ^sSJÊk ^BBuÉH WttmWr ttàimm^ JmmWKm\>¦ jttj * _jQ9HH ^D^l mWBmWF^iMmmr^JmmmWSím

knDBt 'v*'*v

__r'iu *___ í • J ''^¦W-.'^K'. 3. ** mmf "ÜK . vJj

<*'f*-- ¦•»,#*#»*pm

tada, ou onça pintada, é o maiorfelídeo da América

cabeça, esmigálhando-a, asbulas temíveis.teiro Lobato descreve, em

uos contos inesQuecíveis de'des mortas", a história dcto de Onça", "pedaço deai, um onera que não se tro-por três sujeitos inteiros da"• ou, como êle mesmo se

'caco de gente, mas ho-

Fora na fazenda do coronel Eu-sébio, na beira do sertão, ondehavia onça que era um castigo.Aquela "era uma bela onça pãn-tada. matreira como um cachorrodo mato"... E o Brinquinho, cá-(borro de fiança, acuou a tigre!"A bicha de cada tapa esmiga-lhava um cão!". "Resto de Onça"eom.ou como foi tudo:

"De repente, sem ver nada, pai'!ura manotaço de unha na carame pinchpu de costas no chão:um corpo caiu sentado em cimade mim... Eu, co'os braços, sódefendia a cara. que se a onçame aboea era o fim!"

"Resto de Ouça" conseguiu, afi-nal, "entrouxar o cano da espin-

garda na boca da onça. Estron-dou o tiro: a bicha moleou debanda'"

. Nem todas as caç das têm. r.oentanto, coros tão >vramaticaE.assim como mai. todos o:; caça-dures mãonos cautOG conseguemsobrar, como "Resto de Onça"

E há casos cm que, corno asso-ouramos que foi autêntico, o ca-

¦ i..çador atira um maracaja qm

quei'. corre a ápanhá-loj na fló-re;.ta, ei., quando descobre queern um filhote de pintada, e que...a, mãe deve estar perto, largamaracaja. espingarda, embornal,companheiros, cachorros, o diaboã

e "chama na sola." pela pri-meira picada em frente, como se

tivesse visto o Capeta, espirrandoenxofre!

] >ppoir; du ;catada, é a onça

parda, um pouco menor que ela.

o maior felídeo brasileiro. Tara-bém se chama onça-vermeiha, ousuçuarana i porque a pelagem êda côr dos veadas, ou suaçushNoutros países da América, má-xime nos Andes, tem o nome depuma. ou' eugar. Os guaranis achamavam jaguapitá. E' amai-:-lo-avermelhada, de peito branco.

Caça mamíferos: veados, maça-cos, capivaras, focas, e tam-bém bezerros e cavalos. Suaenorme agilidade fá-la perigosaporque sobe com facilidade ras ¦

árvores. Daí salta sobre o deu sodas presas.

A suçuarana (Puma eoncolor.Càbrera; antigamente Felis coni-color), embora menos feroz quea pintada, é, também, um temívelcarniceiro *

A Jaguatirica (Lieopardus par-dalis; antigamente Felis pardalisòtem 70 a 80 cm de comprimento^é um lindíssimo felídeo, elegante.,ágil e não tem o aspecto feroz,dos felídeos maiores. Caçado: a

de aves (jacüs, niacucos, codor-nos, perdizes), malhada como a-

onças pintadas, trepadora das ár-vores como a suçuarana.chamada em muitos lugares gato-1 igre. ou maracaja, ou. a. ioda,

pintadinha.O maracaja é, no entanto, um

gato-do-mato pintado, de outraespécie (Margray ügrina), quéhá em todo o Brasil comedor ãeinhambus e medindo de meio-metro a 00 em.

EU SEI TUDO 28 32? Ano — N? 4 Setembro 19»

H>.

G.« gatos-do-mato são, aliás, fe-lídèos comuns no Brar.il inteiroe abrangem, coletivamente, todosos felídeos menores que as ja-guàtirica.s c que chegam até otamanho dos gatos domésticos.Deles uiri merece menção espe-ciai por ser o único cie pelo deuma só côr: o jàguarundi (Her-paiturus jàguarundi), de pernascurta.. 60 a 70 cm de compri-mento. :x, rador de capões e fio-restas, trepador de árvores, decôr pardo-acinzentada c comedorde pequenos mamíferos e aves.E" o mesmo gato-mourisco, ter-

"Mas. . . você é meu amigo. . .ou é amigo da onça?".

O humorismo metropolitanocriou a figura que se consagroue é glosada em revista presti-giosa, por talentoso artista dodesenho e das idéias. O amigo-da-onça!. . .

Mas a onça, a onça verdadeira,a pintada ou a suçuarana,

tem "cara de poucos amigos".-. •Talvez o tenha a um só, que aela se identifica pela ferocidadeda liquidação da presa, pela ma-nha da tocaia, pela fraude, peloembuste, pela dissimulação. Pron-

t Ü

lfl Pl^fP^p^P^l?',: '^''-"sima flWL*W^if^^^&^^' ¦ ¦""í" '^^Hi

'1 IPi^^Ér^lfPe^ ¦¦ '**¦<¦¦ ¦¦¦" :'W^^ ülfl SP ¦¦ ¦¦¦'¦¦¦¦*tâi*>$Éâ^^ ^&fl tw-!m%VB-^m\WKmmWf*ffi_ffl^_^_^___^Êmffi$Í__^^ v:*:Í^S Bi

¦F i TS« .flBBSSBBb^dP'^bb jSk. «'^^ESá&-

,*¦' wpjpíllMWHMw<8iF' 'Ha^^'~'^™''iHWiroWFBiW.ir•**Tftrr0' ¦¦ 'i aH^&^hI r ¦ -a^Bes- *• *Jws»-?'* ssIBkíS

li - '-''áBHH^ÍH^HL ^P^@R3BHfefe'' »w^aK"' ¦.- - - ¦.••^Hi^^f^BiiiflBPWBBff ^ ."%- ^^âm^mBÊÊà^m^^^::- -'%r^--filie

m wÊmÉÉÈÊ w?wl: ¦ ^M ,.-•-',' • ¦H1BF%Té i " «rBafirMIf^H GÉ9B 19EÍ£*£'&^ aJ^Hw: «.'•¦-- -%3£Ífl Bu- ."^1 ^B$mm mmSÊr'-'' " lâfflSwfilfc*!*.-... >i^HI &.- jfl

i^^i^i9KiBw^#,...,^ ^^iH IHjy^' .. ¦ i:':-¦;:* ift?lsÍ H

jflt|}j|ff^i^a^HESflB^BiBI:>'' Jilsiffl BL'' - - o^ÉÍÉIB

flfl

Cabeça de tigre.da Cal erii

um quadro ci- Georgei de Are- de Newsain

Stubb

ror dos galinheiros e facilmente•çlore.esticáyel (1) .

I,'rna expressão consagrada in-clica a hipocrisia, o artifício, atraição, nas dedicações apenasaparentes: — amigo-urso. Eranoutra família dos carnívoros queíamos procurar o símbolo da per-fíeiía e ca falsidade. Outra cx-pressão a desbancou, recontemen-te: o amigo-da-onça. Aqueleque. em se dizendo amigo, o é,na ve d nde, do malefício, da trai-ção. cio engano.

to a dar o bote sobre o caçadorincauto, a ficar em pé, sobreas patas traseiras, para aboca-nhar o crânio do desprevenidocom a bocarra, triturarite. Sem-pre, porém, com a estudada efingida maciez do íelis típico dafamília: Sua Excelência oGato: Técnico era peloticar comos camondonges irremissivelmen-te condenados. Especialista noarque-a r o dorso e esfregar-se,eom volúpia, no alisamento queprepara todas as capitulações.Boêmio cas excursões de telha-

do, nas serenatas escândalosas únicas que se dedicam

luares, nestes tempos de HeiE, afinal, elegante até napeculiar patologia: porquo é,ceralmente, um doente da en:midade da moda, a alergia, asitico que se preza de ser!

(I) Nota da Redação — Namenclatura cientifica dos felídecomo temos feito para outros atmais. seguimos, em quase todosexemplos citados, as esplêndidas ob:de Eurico Santos, editadas porguiet & Cia.. — trabalhos cujaLencia é sobejamente conhecida:"Da ema ao beija-flor". "AnfíbiiRépteis do Brasil", "Pássaros do Bisil", "Entre o gambá e o maçarSão livros que liá muito tempohabituamos a admirar, a ler cariulisamente, porque é muito difíciltar os interessantes assuntos zooló^<<'S com a erudição e a proficiêne, ao mesmo tempo, com o encantoa naturalidade, como Eurico Santem feito. Esses livros são espieisdamente ilustrados por Marian Gl.oiina, c neles aprendemos sempiporque suas lições são de grande p:veito. No Brasil, o estudo da vidadas espécies animais, com um cunlacessível ao técnico e ao leigo, tenem Eurico Santos um dos seus maires cultores.

PNEUMÁTICOS COMPAREDES DE AÇO

Uma novidade surpreenderparece ter resolvido o problende como os pneumáticos detomóvel poderão se tornai' maresistentes. A Michelin Tyre Cor:pany, de Stoke-on-Trent, desbriu um método inteiram- .novo e que consiste na fabrieção de um tipo de pneumátem que a borracha é combinadacom metal, de maneira quecâmara de ar fique perfeitame-protegida .

A elasticidade do pneumátnão é prejudicada e, além dissa espessura é somente ce.-da metade da espessura depneumático comum. Ao mesmotempo, trata-se de um pneu j 'ticamente invulnerável, ao enão causam o menor sustopregos e os cacos de vidro.autos com tais pneumáticosderáo também suportar caramais pesadas que os pneumátrcomuns.

, Ann _ N<? 4 — Setembro —- 1948 29 EU SEI TUDO

ESTÚDIOS E FILMES......i\

', 'A

WANDA HEN-DRIX. c 0 mRobert Monl-gomery e An-dréa King,está em "Dolodo brob eiuma flor", da

Universal

S olhos que tivessem pou-sado sobre o ¦noticiário ci-nematográ Pico, durante o

de agosto, sobre os carta-sobre as críticas, sobre asias avulsas e sobre as maisrtantes, do.s êxitos de relevoacentuado, das "performan-

que mais centralizaram ascões, — teriam tido ensejo

o

. '•ii.-(W

jí /«S mWL^^^a£'W^i^f^i^i:y'< Tia.^MmW WiLWa&X'#@&iT ¦'¦ ¦•-¦* ¦ '¦¦ :-&7íísm mssimTi'ví-

'^Sw wÈy *"ÇS:'*'•' H Bij^^^ ' ^^W ¦§;¦¦.¦

'"^V ^B \jÊÊt' $-M ^B

• t **.¦ tm Âu n *¦*"*«*" t<flDS^. flfl BB

FUMES NOVOSE ELENCOS

A sedutora AVAGARDNER é aprincipa 1 figu-

I -K^*'*ãvH flWf9B*?33ELS8BÍ3I JfS "'-v-ãfisfll ^^^H£*^*?-3*8*s5JS!ral

#t ' '-flfltflfeB^^ ; ^Pfll •^Jt-v.yv/ l

^¦r'- •^W^' /Xai HK -í

K^ .' fl** .iji Bà^B-

" '.v-xAá^^fl3 HÍ^^k, -."'¦: -. ¦t^T^S ^B

mwbsfc" yyA^^KK ^B

dc verificar interessantes aconte-eimentos. ""'

O mundo dos filmes é o mun-do das sensações e das varieda-des. Por isso não há nada de

ra feminina de"Vênus, deusado Amor", ou-tra atração emfilmes da Uni-versai, em 1948

trêlas" com a constância que bemdemonstra ^que^p mérito artísticoé o melhor instrumento da ascen-são do artista. E que, como con-seqüência, ainda depende princi-

'"'tffiBfl ff

i-áfêlPfl Ba£;5--:'7AATyjSmM fl'¦y>WÈ8ÊÊmW mW:"" ^if:¥#:*í^S B

aM-ws w - '¦¦'^ -fl Bí.^lsf fl: :"+> *<'#-yl B. -ví ¦¦^fflj B •¦ -§-IIB k

? '^3*cmI Bl ¦•¦"' %í';i^^*B fl^H K I

*^^^§^- *-"\l Br ^ ^B ¦"«9tS B^:'; J*;*^-fl if flBB^-t&^illifB B^ fl'^TgSFsffi^.^y fM B fl

%Js!?J^v'iJ':::^iÇ H^|

^iSR • flll- ^M» flfl ~^flfl ^^fl ffiflBflflflfl HE¦fllfl B

^1 BjjHC ^1 Bi

jlmW Ã- "** "l''flmÊp*** fl Bi

THER WILLIAMS nos dará Fies-da Motro-Goldwyn-Mayer. com

cardo Montalbán, John Carroll, Ma-Astor. Cid Chárisse e outros ato-

res. ]\lusi<-al e tecnicolor

¦,;

:X:'-X '- • "'•'•'"'' '¦' ""'T '' *«"-»*«* ^,

AN DURYEA é outro "astro Oeanunciam muitos filmes para

evo. Além de "Astucia de unia apai-nada" e "Bandido apaixonado".

Yvonne De Cario. "No caminhovidn", com Fredric March e Ann"Foi buscar lã. . .". com John

Payne e Joan Caulfield

mais em que se devam anotarassuntos que dentro dele pare-cem comesinhos. O fã do cinemasaboreia, todavia, tudo que se re-lacione a esse mundo encantado,onde a propensão para o sonho,que todos temos, chega à colocar,inúmeras vezes, a própria reali-dade...

Os cartazes do mês foram É.ar-tos, senão de filmes em quali-dade, ao menos ern quantidade.E se anunciam safras atraentese abundantes para as semanas eos meses próximos. Nessa listalonga de películas que estão pron-tas para a exibição, aparerecemalguns nomes de "astros" e "es-

Em filmes da Universal-International,prontos para estréia e prestes a^se-rem exibidos, alguns "astros" e es-trêlas" aparecem em expressiva mul:tiplicidade de películas, — o que eirrecusável índice de valor ^artístico

e de prestígio nas platéias. Nve»lSiIv^DE CARLÒ é uma. dessas "estrelas".

Promete vários filmes próximos: "Cas-

bah" "Escrava sedutora", com Geor-gé Brent; "Astúeia de uma apaixo-nada", com Dan Duryea o Rod Ca-nieron; "Bandido apaixonado", com

o primeiro e Jêffrey Lynn

¦ T • ¦t:<

paim enteres C' das

Yvonnetez, porinúmeras

ÍO dôS ato-

ciam

o pres ue.atrizes.De Cario, Maria Mon-exemplo, figuram empelículas que se anun-

no prestígio

i{¦y'¦\:

-. tj

**¦(

lem dúvida,

! I

WU SEI TUDO 30 82? Ano — N" 1 — Setembro — 194g

M MSMB B!S3SmBf*WI E*W i—ate.

i^^^lBB. . *^i IBe •'•'¦¦"^B B

tfll BJp. .^-dirifci^. ¦ v *^^B

BB v ' '-^tíH§y;iiSfl B?;V^Bf •^¦••'¦W^BBJBBlB'-*:^- :*?;w^J^-... ^^^T^fl fl^^w '-*>«... ^BB BiBferff- -"-Bfl W^s'-'" >,'*^^^;:^^^w^«^B I

¦BPr ^íS^É^^ ¦ v'>'?-**th|| |^^^^>,a^^' ¦¦*¦¦ ^BBBB^^^^^«<?!?xÊÊÊÊÍ&MÊst *í f • * ¦¦•'¦':-vBBB'*^ *

O exilado ' (iUniversal-International), coei DOUGLAS

PAIRBANKS JUNIOR e PAUEE CEOSSET (numa cena.na gravura aeimai e Maria Montez, unia das "estrelas"que mais aparecerão nas películas 0111 véspera de exibição

^B WfisJgBBira ^^^^t*^^^*^^*-'•>••'**•'•' "''•'^•^^^i We?

'*¦!)- -Bw ^^^^B B^k^:'' •

Ir;. «¦**¦——¦—^¦—¦g.u.n.... '.»*.* mwwmm», 'f','

., ^,»»M.'.ill'^'if«;üfL.,

•II • LARRY PARKS c o "astro" quo faz Al Jolsom num ter-nicolor da Columbia: "Sonhos dourados", com Evelyii¦L K« y< s e William Domaropt

rxixá :' .ââsÊÊÊI

JEAN ARTHURParamount, com ]•as telas em "A foreign aí

Marlene Dietrich e John Lumi .Jádiz <jue a película ostá. na dia, cm esplêndido lugaimellior fita do ano

^^m^^^m^^^m^^^^'^ ""* «*¦*¦»• - «VHIHlll -- ¦ ¦ •^*—^».i*^«^M***«r*i^ j—^^

^^^^^^^^^^^|^-Ãf;'^«^^ÉÉK-ImsI B ^fll Bw" v

. ^bIv^-flll BB B

•âf* ^B BJB B•¦«BI ^Bafll BB«

.^^H Kiifli^^^3 B

DANA ANDREWS, coni Gene Tíerney, apresenta um filn;.da Twentietb Century-Fox, drama do éspionajsrein:"A cortina dc forro"

'" <kWQ&i BB^£díBVBnu«y^â: --íSte'''"'"•*•*•¦****• '*«^»oBl BuLká^> , .-*~**$afl ^BmS^RSh -* ^x- •s38*»>:-::;- *.:::&-HBfl ¦£.A/xBl n4B " ..*.%..¦.*.v. xSKí&Kv *: • *.•£$£«¦ ^Bs. .m)giU ^mzTfW&Xtsvs. ¦»«»:*• '^l Bu^Él V ^^áf '-:'3BI B&£-ai Bf- Xfòr..JjWr'-'¦ f^9 J^»-:::: '¦••¦^

ct ^flfg^^.>v..:••.•::•:¦-¦•¦ f • '-aH H^- ^Í«B Bg-

ySk wmS BS^fisB Bfe

v.tv^^SSBiHiraBfl BB«9fls^ ¦-¦*.*' '-^Bfl BK»K?&x*x<v\>'«H BBBB BRèe.;

0 cinema francês produz algo que se destina a grandt-.sucesso: "Sinfonia Pastoral", que foi premiado em Cannesem 1946; extraído da famosa novela <i< André G-ide. PrêmioNobel de Literatura. A música do fume. do compositorGeorge Auric, mereceu o prêmio da mellior música úaPimes. no mundo. E sua -caia! intérprete, a linda Michel.Morgan, teve o galardão da maior "estrela". Michel-Ttforgan faz essa notável produção da Gaumont .com Pierre Blanchar

conquistar o título de para

MARIA MONTEZ e JEAN PIERRE AUMONT (seu --'osoj. numa cena de "Atlantida", ou, como está rui tia*duc.ao, 'Atlantis". onde Maria ia/, a rainhaAntinéa (da United Artists)

Ano — N» 4 Setembro 1948 31 IL U ~4;"'Q01íi '''i>*s>Bíp!^_©Jf^fc**r.V^;i-"

gpwpi

"¦^Si ^B.' A-^nflfl^^MMb»^' '-*;*-^w^BB ^B

*™(

' ¦¦A---r-.y-y

ANN BLYTB estrela, para exibiçãopróxima, "Vingança pérfida", cornCharles Boyer e Jessica Tandy; "Nocaminho dá vida", eom Fredric March

c outros notáveis

artístico feminino, principalmentenas telas, a beleza influi podero-samente. Mas é preciso, por ou-tro lado, que da "estrela" sepossa dizer como de alguém disseo poeta: "como André Chénier.no crânio augusto alguma eoisatens...".

Dan Duryea é um ator quetambém a-parece em numerosaspelículas cuja. exibição se anun-cia. Para o Iiomem já não étão indispensável o requisito fí-sico, o "aplomb" apolíneo, postoque esse atributo tenha feito orenome de muitos "astros", semprejuizo da posse de predicadospropriamente artísticos, que qua-se todos tinham.

E REVIVE OPASSADO ...

\ Jfgfc „ _^H. -*^Êfém*'''ir.-- ¦tJÊÊmJ a^k, _|b 71^.VwV ^^_tf___ Ww^WmW^ V flfc

K^g| ^fw B ^^^.__<_t_9l ^B «**^ -^B

fl _____kx flfl^1 Bkv .. _^| ^|^fl ^B^Mfl^.' ^1

^^ii^ÉBPÉ^ÉilIBHHH MQ \§-'':^9 BHBI PI I ¦."' ^®»Sfl*«fl8^^^^SMf?í*M^«©&É&. '.^flsflHr- i

#»í©B3shmI^^ *

.3BPw**^-^Jflr OS

mBÊm..";*•*•'•¦>¦¦• v .

HAROLD LLOYD volta ae cinemacomo alguns outros '"astros" do pas-sado o fizeram, numa produção cô-mica de Prestou Sturges: "The sinof Harold diddlebock".. Com FrancêsEtamsdeh, Jimmy Conlin, Rudy Valee

com certeza, com oa indefectíveisóculos

e,

tf *

-t-1 n i _ _ _ _ i —-

KW1

A Car-mèl de poucos anos atrás, corna Séymour Artistas Unidos, em "Oimpostor", com Victor Mac Laglen,George Raft e Ava Gardner, já "não

é mais aquela

CARMBL MYERS foi outra persona-lidade de filmes que não temeu pas-sar da época do cinema rtmdo. dasedução vampiresca, do trágico dascenas, para o cinema de hoje, vi-brârite, leve, movimentado, onde asedução é desportiva, saudável e claracomo' as luzes da natureza. Vemo-laacima em "O homem que ri", super-

melodrama dc outras épocas

í&mÈ W&fk®^^^^'' ' *%&¦• ^H I

s"Ã&~/j&mK&í ^88 __Bítfll ^B5v>3:A?M Wf 3?Wk mWfl

*%?'•'.;¦ ALÉám \W..3

LILIAN GISH foi nutra "estr*l$cuja luz se estendeu dos "tcrr.rvv

dourados" do cinema, pars ""<tempos de ouro'v

eiInií ressáníe fato que severificado é a readaptaçãomos usar o termo comum na U-nica do funcionalismo oficial) d*atores o "estréias" de outros t"npos, dos tempos saudosos çKcinema mudo, das cenas ín>'~cas, dos super-melodramas, di>*seduções vámpirescas, — ao e.nema de hoje. leve, vibrante, jp<-vimentado, onde as seduções tenum tom desportivo e sffc^ elare-e luminosas como o sol. Haro'-f-Lloyd volta ás teias numa com odia do sí-u gênero. Também C&mel Myers, Lilian Gtsh e out» -figurantes famosos de cenas »_«ligas regressaram ao ceiulóiychumorismo de Harold é, abít-alguma coisa profundamente pessoai: por isso mesmo, não pass*de moda, nem tem incompatibvj

(( ontinua na pág. 79)

¦ :'3a,i ¦-.'.....

¦

,-. .

'^I^H hbWvH9S&*^'-¦ ".-ív&*v'-'- v -''-"'.*¦"'.<WbBS3&.* '.'V-¦"'"*¦ í

um i i ————— ¦——W—WWmW y»»^»»w>lw«Wii<niHII««l1l«|l»jlli#.

TUDO 32? Ano — No 4 Jete o — 194fi

A ÚLTIMA CARTA Conto de William KKAIJSS —.(iravs. de CARL SETTE_RBER<

D EPOIS de certo tempo, ascartas dre~i e não vl^rãíh"'mais. Foi uma interrupção

súbita, chocante, sem qualquerexplicação. Ellen Marsh ficousentida, e, depois, assustada, naprimeira quinzena. Pensou, comtemor crescente, que podia serqualquer coisa desagradável:um acidente, uma doença talvez...Depois de três semanas, no cn-tanto, teve notícia, pelos Thorn-tons, que êle estava em Miami,

tava»- muito bem. Tinha vendidosua escuna "Merveille" e com-prara um belo barco de quarentapés; mostrava, aliás, uma exci-tação vibrante, de criança, naperspectiva das regatas do Verãopróximo. Perguntaram se ela ti-nha lido o artigo que êle publi-cara na revista de "yachting",no último mês, sobre a excursãoque fizera às Bahamas.

Ellen disse que sim... E eramuito divertido, dizê-lo. . . Prin-

¦ '-.¦S>S'*S/3tfii3a|B oBSsBR ii__^__________f ''^*?^i___j Bffj ^WBPBB^B^^fc '•**-x?s íj?S?SÇ-' ^ft^»- V

f-' '»»»—•»——IM^^——»^—^.^———— ::¦¦¦¦¦:-}f ¦:<:¦¦ f-:f . ' ..: j -:-V-&i&$$&!!!:

.*-.-;¦-'¦;•¦¦' • '•*'v;>" %&m '¦:¦

m * l * fcç&

Helena estava diante dela e tinha a juventude e a beleza est âmpaçLas no rosto

onde o casal o vira. Passava amaior parte do tempo velejandoe trabalhava um pouco também.

! O essencial é que asseguravamque nunca o tinham visto commelhor aspecto.

Por outro lado, Ed e Mary Gil-bert estiveram, um pouco depois,na, casa dele, em Nova York, etambém puderam dar a ela no-tícias recentes. Não sabiam nadado que se passava no coraçãode Ellen; relataram que êle es-

cipalmente porque lhe pergunta-vam "se não era tão do es-tilo dele mesmo oue ge ouviaquase a sua voz, contando os por-menores da excursão".

Tendo afastado do espírito, de-pois de longos dias e infindáveisnoites de preocupações, aquelepensamento golpeanté, ela podiarefletir com calma; e chegava àconclusão de que compreendiabem por que as cartas dele ti-nham cessado.

Até então, fora na verdadenoso para ambos escrever canTanto para ela, como paratambém. Era inevitável qu.cassem separados por um a;talvez por dois. Ellen conhebem as razões qúe o levanàquela resolução e as aprovaNas cartas, a dor da separa ¦emergia de cada linha, de c;palavra. E cada palavra que rfalasse do vácuo que ambos s*tiam, da solidão em que tin!ficado, dos dias que estavamdendo tristemente, era u.evasão, uma ilusão pura, mntifício. . . Éle a amava. Todascartas o evidenciavam bem. Otinuava a amá-la. Mas a ilusde estarem conversando, mescm correspondência, agoranão podiam ver-se, nem seguias mãos um do outro, era iiífrustração que liquidava o eirito e enervava sobremodo.

Ellen odiava com todo o vig.a contingência de ter de escrevea êle dissimuladamente, enviandoas cartas apenas para endereço!especiais que de tempo em tempofossem indicados. Uma carfrpara um hotel em Miami Beaehoutra, para Havana; outra, parNassau. Vezes havia cm quevia mandá-las para uma caixapostal de Nova York, que nãosabia de quem era. Expedienteodioso e deprimente. . . Havia mo-mentos em que a revolta contiaquilo tudo era tal que chegar,a dominá-la por completo, se na<fosse saber que era indispensávele se não acontecesse sentir poderosamente sua fé...

Realmente era bem melhor nãoescrever. Ellen o compreendia e.à proporção que os dias se passavam, mais a moça se capacitavada excelência da medida. Mantendo silêncio mútuo, eles viammuito melhor as coisas. Deve-riam sentir-se em comunhão maispura, mais real, mais completa,sem o embuste, o ardil, a hipo-crisia.

Porque Ellen sabia que êle também odiava aquele artifício. Tam-bém se envergonhava de enganarquem quer que fosse. Não importava que o tivesse sugerido. Lera*lhe nos olhos a relutância, quan-do, hesitante, êle propusera afórmula de se corresponderem.Fora a única vez em que êle aludirá a Márcia, sua esposa.

— Eu serei feliz se você pu-der compreender tudo — disseêle. — Não se trata, na verdade,de que eu não a ame agora. . .Penso que, realmente, nunca aamei. . .

Fora quando estiveram juntosem Filadélfia, êle vindo de Wash-

(Continua na pág. 78)

32« A»o N« 4 Setembro 1048 33 EU SEI TUDO

AS OLIMPÍADAS DE 1948

riK.

rog0s Olímpicos de 1918,¦rnpeão foram os E.E. Uni->meçaram em Londres no

julho e se estenderam poro

'constituem a XIV Olim-;]

'da série que vem consti-

;„i o certame de competiçãotiva internacional de que

m os campeões do mundolase todos os setores dos•tos terrestres e aquáticos,

ismo propriamente dito. aação, o remo, os jogos de bola

t, water-polo, foot-ball,a esgrima, as lutas corpo-

tudo faz parto da maioreetição que se trava entre re-

tantes de cinco continen-em busca dos louros queim a eugenia dos povos eirem sobremodo para apro--los numa única o fraternal

família.Jogos Olímpicos de Londres

veram o monumental Estádio deabley como sítio principal das

desportivas. Outros luga-no entanto, ofereceram suas

)delares instalações para a lo-ização das equipes concorren-

para a efetivação das pro-Harringay, Henley. Tor-

Bisley, Aldérshot, Herneili. Em Henley, sítio das pro-

vas de remo, lugar de regatasdicionais, o ano que corre assi-

la a passagem do trintênio dadmeira regata olímpica, ali rea-

lizada em 1908.A. inauguração da grande com-.ição desportiva internacional

feita pelo rei Jorge VI, noEstádio de Wembley, para onde

transportado o fogo simbó-lico. conduzido por atletas gre-gos, ao mesmo tempo que a

.-» -j .•¦'"¦jiç x-v., ^^^Kmmfg^^^~3___^____\____y^/_j_\^_^_f^_y tí jí*?. ^ ^l»^h'''V^J1^'. ^B* __ww!w mmwatiM m^Ji WK^kMs^ '' -^ '• ¦ *'» •**'** ¦*'**-¦ ¦ ^^TlfifiHfffWBffii£x!oijtjjij&M%

OB MORADORES DA CASA IV(Continuação da pág. 18)

Mas um sorriso malicioso, bre-ro, parecia dizer: — Eu acho

qiK domingo. . . vai acontecer ai-guvoa eoisa. . .

No domingo, Jacinto envergouseu melhor terno, penteou cuida-ciosamente os cabelos escuros(quem diria que êle passara dosquarenta!. . .) e revestiu-se douelhor ar de distinção que en-

con trou.Passara os dois últimos diassemana pensando fundamente

naquele dia. Era um cidadão que'ia do dever um ponto de hon-Toda a carreira funcional setinha estruturado no maior

ético. Desmentir qualquercompromisso, fugir às responsa-dades, criar situações equívo-

coj

Vista aérea do Estádio do Wembley, sítio central dos XIV Jogos OKmtfcos de194S, cuia solenidade de inauguração Coi paranmiada por b. M. o ro.u Jo.ge vi

"chama sagrada" foi levada, atra-vés de 1.500 milhas, do MonteOlimpo até Londres, pelo atleta.John Nark, da Universidade deCambridge.

O Brasil concorreu às • ovasde basket-ball, esgrima, nataçãoe atletismo, com uma represen-tação pequena mas devotada, eatuou brilhantemente em basket.

eio

matreiras, — tudotanto dos outros,

que separa

inutilizava moralmente umhomem. Sempre fora inflexívelem tais julgamentos. Tivera ra-zão, por isso, de travar uma lutaíntima eom a consciência, nosdias. que se sucederam à noitedecisiva da casa n" IV. Nuncaassumira um compromisso for-mal. Mas a verdade é que deramotivos de sobra à viúva paraconsiderar-se cortejada por êle...Chegava a pensar em que umrecuo valia uma defraudação àsesperanças de Ema. Ficaria maldescer ao estouvamêntp dc umrapazola qualquer, dos que nãotêm sonso de conveniências, onão levam a sério coisa alguma.Ao fim de penosas conjecturas,passou a não pensar nas pessoas.

E via somente, com um sobres-salto que lhe enternecia a alma,o lar novo, muito diferente da

pensão de subúrbio onde era ohóspede decano. Uma casa pe-quena. mobilada de fresco, eomas tintas dos portais ainda res-cendendo, os recantos principaisainda não familiares, surpreen-dendo a toda hora. A pequenamesinha de refeições, que teriadois lugares postos, com florespequenas (gostava tanto de flo-res!), numa floreira que há mui-to tinha vontade de comprar.Não pensava propriamente no

quarto do casal, nem nos apo-sentos mais íntimos.

Pura questão de comedimento,até nas idéias. Mas a verdadeé que tudo aquilo seria tão sa-boroso na vida de um exilado vo-

iuntário, como êie, que tinha im-petos de marear logo a data docasamento, sem ter auma esep-lhido decididamente a noiva.

Sob a emoção vaga dessa per Srpectiva, pôde vencer os dias até*o domingo. Abstraiu-se per com-;'pleto de encarar o caso de Ema.Evitou fazê-lo, porque teria deencarar-se a si mesmo, como se.diante de um espelho, não se ex-desse reconhecer.

Por felicidade, a meninada r.aoestava jogando futebol. O sol demeio-dia batia de chapa nas pe-dras largas da avenida.

Quando chegou à porta da casam IV, espiaram, as cabeças curió-sas de alguns vizinhos. Com cer-teza haviam batido com a lin-gua nos dentes. . . — pensou, eomira. E aquela curiosidade, niaisdo que o sol, lhe esquentava asorelhas e molhava a carneira dochapéu mole.

Era necessário, de fato, quetomasse uma atitude. Nâo po-deria ficar daquela maneira, su-jeito à bisbilhotice de toda amalta. Dona Ema tinha razão

E como a porta estivesse ar—nas encostada, não esperou queviessem abri-la. Empurrou-a e-entrou na sala.

Não fazemos nenhuma ce-rimônia com o senhor, "seu" Ja-cinto — disse dona Ema. queveio recebê-lo. - Nem ao me-nos tivemos trabalho no guarda-vestidos, ouviu ? Não repare.

(Continua na pág. 94)

EU SEI TUDO .ri ¦ o2v Ano — N<? 4 -~ Setembro MHS

Nos domínios da Gramática"'Nós os escritores nacionais, se quisermos ser

entendidos do nosso povo, fiaremos de falar-lheetn sua língua, coin os termos e locuções que, êleentende, e que lhe traduzem os usos e senti-¦mentos.''

JOSÉ DK ALENCAR

Q lí E 8 T ô E 8 PR A TI C A S

I — IMPORTAR

O verbo importar é transitivo indireto (constrói-se com a. preposição em), quando significa atingircerto preço, chegar a tal quantia.

Assim:"E agora aí principia a desfilar a louva em;-

meração de quantos favores, importando em nu-lhares de contos, assinalaram a gerência de ante-eedentes ministérios."

Latino Coelho"Este rato importou em dez libras."

Cândido de Figueiredo"As despesas de guerra importaram em dezmilhões."

AuleteImportar é transitivo direto (eónstrói-se sem

preposição), quando significa trazer para dontro,levar consigo, originar, causar, ter eomo resultado.

Exemplos:"Importar mercadorias estrangeiras."

J. Hibeiro"Não sabendo cortejar nenhuma opinião, quan-do isso importava um sacrifício dc consciência."

F. de Castro"Este segundo meio importa o mesmo que ser

sábio "

Camilo"O antecipado vencimento da dívioa não im-

porta o dos juros correspondentes ao prazo."Eni"A novidade importa admiração."

ConstâncioOsório Duque. Estrada escreveu no seu Registro

Literário: "As considerações que acabo de fazeinao importam em desestima a Teixeira de Melo".Dita construção motivou crítica de Mário Barretonos seguintes termos: "O sr. Duque Estrada esbò-fa-se em pescar faltas gramaticais nos escritosalheios. Quer-me parecer que, se o crítico soubesseque importar em, eomo cie o empregou na passa-gem acima transcrita, é erro, e se encontrasse essatroca de regime nas obras que lhe caem na mão,não deixaria a coisa passar pela. malha e brindariao delinqüente corn meia dúzia de palmatoadas boi.:merecidas".

Concluiu o saudoso mestre: ''O correto c dizercomo os bons mestres e segundo se vê neste parde exemplos: "...porque em cada montanha, quaseem cada outeiro, surgia uma fortaleza, às vezesuma simples torre, cuja conquista importava a su-jeição do território circunvizmho" (A. HerculanoHistória de Portugal, tomo 1>, pãg. 361). - "...istoé, que a aceitação de cargos públicos, no vigenteregime, importa a rejeição das convicções monãr-quicas do funcionário" (Carlos de Laet," Q País, de8-XIÍ-1915) (Factos da Língua Portuguesa ná-gina 87) ,

A verdade, porém, é que, ainda nesta últimaacepção, encontramos ern outros autores a sintaxeusada por Duque Estrada.

Pau, nor exemplo, escreveu:"Sua nulidade importará somente nu a_ ,íu*

da preferência ajustada" (Réplica)."Náo apostilei erros ortográficos senlo

importavam em erros gramaticais" (RéplieíJustifiea-so a confusão sintática, em nosso* di'

generalizada, pelo processo d»' cruzamenta ,.-,,nos temos referido.

II VOU A ROMA. VOU A CASJí

Vou a Roma. Nesse caso, o a nào ievaE' certo que dizemos: vou ao Rh», empregar» ,posição -f- adjetivo definido, ou artigo. Malavra. Roma nao admite artigo, tanto oueRoma e capital da Itália, e não A Romamos: venho de Roma, e não venho da Romamesma razão: vou a Roma, em que o a f- rrção simples.

Vou a casa. Se a casa for a resid^TõTã ü<mfalar, o a não levará crase. JC que casa, doinão admite artigo. Diz-se: venho d.* casa.tanto: vou a casa.

pr*.i pa"TíOi*

Dizi

'1 *os

;u+sp:'

Ili PLURAL DOS SUBSTANTIV*"»COMPOSTOS

ie»

Yi.*ii

mu.

.ii:

Os substantivos compostos são formadora) de palavra Invariável -f substantivo;

caso, só o substantivo se flexiona: vice-reireis; sobremesa, sobremesas.

b) de verbo r substantivo; também nessesó o substantivo flexiona: guarda-chuva, guchuvas; passa-tempo, passa-tempos.

Para outros casos não há regras estabeA forma é a determinada pelo uso

Eis as palavras mais comuns:água-pé, agua-pés ( t iaguardente, aguardentes; á gua -ardente, «.*»>

ardenteselara-bóia, elara-bóiasgentil-homem. gentil-homens (ou geiitimensclaro-escuro, claros-escuroscouve-flor, couves-f loresextrema-unção, extremas-unçõestogo-fátuo. fogos-fátuosgrã-cruz, grá-cruzesmestre-escola, mestres-es. olasobra-prima, obras-primasgua rda-m or, gu ardas-p) < > resguarda-portão, gTiarda-portõeslouva-a Deus, louva-a-Deuspadre-nosso, padre-nossos, padres-nosso.%pedra-imã, pedras ímãspedra-ume, pedras-umes; pedraúme, pedrasalvo-conduto, salvos-çohdutoscafé-concêrto, cafés-concêi tovaivém, vaivénsbentevi, benteviszum-zuru, zuns-zuns

•losé Ricardo Kí-

I Hi:"'

A} Água-pé: vegetação que s». cria na superfícieáguas ost-ã?naüas; também bebida, vínhe fraco.

da?

ro MACACO DE BARRORomance de R. AUSTIN FREEMAN

Era um amigo da família e trabalhava nopróprio atelier de Gannet.

Quais eram suas relações eom Gannet? Erambons amigos?

Pensei que assim fossem, a princípio. Mas¦ o mudei de opinião. . .

E eom a sra. Gannet? Eram bons amigos?Realmente. . .

O "coroneí*" abordou, então, a questão de minhaselações com os Gannet e pediu que narrasse a

querela que havia surpreendido entre os dois asso-lados. O fato causou a mais profunda impressão.

A seguir veio o ponto do desaparecimento do meuiiente e narrei detalhadamente as pesquisas quempreendera, tanto na residência quanto no atelier.

Quando expus o resultado, o "coroner" (que sus-peitei de haver sido instruído por Blandy) per-guntou-me:

E a.s cinzas que o senhor levou para suarópria residência? Foram examinadas?

Sim. Meu microscópio confirmou que se tra-va realmente de ossos calcinados; e uma análise

química revelou que continha arsênico em quanti-dade considerável.

Que conclusão tirou o senhor desse fato?Que o defunto, fosse êle quem fosse, sucum-

ra aos efeitos de uma forte dose de arsênico. En-

tretánto, a. palavra final cabe ser dada pelos pe-ritos.Assim foi encerrado meu depoimento e fui subs-

tituido por Sir Joseph Armadale eminente mé-dico-legista .que depositou sobre a mesa umacaixa de pouca altura, fechada por uma tampa«ie vidro.

Examinei uma regular quantidade de frag-mentos calcinados, sendo alguns bastante volumo-sos para que pudessem ser reconhecidos por ossoshumanos. Aqui estão, de resto, tais fragmentos.

Enquanto a caixa circulava entre os jurados, o"coroner" se dirigiu à testemunha.O senhor ouviu o depoimento do dr. Oldfield,

relativamente ao arsênico que pôde descobrir nascinzas. Tem o senhor algum comentário a fazer?

Sim. O fato foi levado ao meu conhecimentopelo inspetor Blandy e pratiquei uma análise com-plementar, o que me levou a concluir que as cinzascontinham realmente considerável quantidade dearsênico.

Calcula o senhor que a presença desse arsê-nico prova que a vitima sucumbiu a um envene-tiamento ?

Não. Não creio que, mesmo que tivesse o de-funto absorvido forte dose de arsênico, pudessem serencontrados vestígios do veneno nas cinzas. O arsê-

RESUMO DA PARTE JÁ PUBLICADA

O cir. Oldfield. jovem médico, exercendo a profissãoiüina eidadezinha <1*> norte da Inglaterra, regressava, em"bicicleta, já noite, apus visitar um enfermo, quando, emlona estrada, ouve gritos de furor e <> trilar de apito

policial. Deixa o veículo à beira da estrada e penetratta mata. onde, orientado por um segundo trilar dc apite.ai encontrar, caído e com fratura do crânio, um jovemcuarda. Não sabendo como socorrê-lo^ resolve usar o

apito que encontra junto do moribundo, e pouco depoisatendido por outro policial. Este explica que êle pio-

prio «• o colega ali caído p< rsegüiam un: indivíduo queroubara diamantes d'- uni joalheiro. Este 'tantbóm surgepouco'depois. Pedem-lhe que vá até a cidade, na bici-¦lota di' médico, pedir socorros par ao ferido, porém abicicleta desaparecera. .7 roubada ^certamente; pelo assa!-tanto do guarda. Vai o policial à cidade e volta com so-:ürros. O ferido, porém, não resiste à gravidade do feri-mento o morre sem recuperar os sentidos. No inquérito

1 roubado relata que o furto fora efetuado em minutos,enquanto saíra da sala de jantar; alguém penetrara pelajanela e roubara as pedras. Perseguira o vulto até en-contrai* o policial (pie acabara assassinado pelo ladrão,¦que deixara, porém, as impressões digitais no "casse-tête"da vítima.. Essas impressões digitais não estavam arquirvadas na polícia, o qúe revelava qüé se tratava de cri-

iinoso primário. Decorridos alguns dias. o dr. Oldfieldchamado para atender a novo cliente. Peter Gannet,

uc sofria de dores abdominais. Trata-se de um fabricante7' objetos (!<• arte em cerâmica, (pio vive com a esposa

um associado, artista joalheiro, Boles. Ao fim de alguns[lias de tratamento, o enfermo; cujos trabalhos de arte•eram horrorosos, não melhora e, ao contrário', seu estadotanto se agrava que êle próprio sugere sua remoção paraama casa d- saúdo. (.) dr. Oldfield aceita a idéia e vai aoHospital, onde encontra seu antigo mestre, (pie. interessadopelo caso, seguindo a descrição de seu ex-discípulo, resolvover o enfermo. Fica logo resolvido que o ceramista seriatransferido no mesmo dia. No hospital as suspeitas se-oncretizam. Tratava-se de tentativa de envenenamentoPor arsênico. A revelação deixa Gannet aeabrunhado. mas»to acusa ninguém, revidando apenas que Boles e sua

própria esposa-cuidavam de sua alimentação. Gannet me-'hora rapidamente e obtém alta, voltando à residência,rinde, a cons lho dos médicos, revela à esposa a verda-"ira causa de sua enfermidade, o que páreçè surprcon-

•t e consternar a sra. Gannet. Indo visitar seu ex-enfermo, o médico se interessa pelo trabalho do artista,

ptando, porém, que Gannet e Boles não se estimam,vivendo s< mpre ern discussões violentas e (pie ameaça-vam degenerar em luta violenta. Nota também que ambosParecem ser apenas embustéiros ou loucos, pois seustrabalhos são verdadeiros horrores. Aproveitando, certo-ia. a ausência dos sócios, o dr. Oldfield modela por sua

mn vaso, obra. .ie principiante, e/deixá-õ ao lado de';V*'tros trabalhos de Gannet.' Voltando no dia segv.intx

vem anunciar que odurante o tempo emde veraneio. Oldfieldo ambiente. Descobredo forno encontra ossos

surpreende os sócios em nova e mais violenta discussãoe decide se afastar definitivamente do atelier. Passadosquase vinte dias recebe a visita da sra. Gannet, que lhe

marido desaparecera inexplicavelmenteque ela estivera fora numa estaçãovai â residência a fim de examinarum crime pavoroso. Entre as cinzas

humanos, calcinados. Tratadosluimicámente. esses fragmentos revelam a presença dearsênico, o quê Leva Oldfield à certeza de que Boles, apósdiscutir com o sócio, matara-o, incinerando o corpo., paraesconder o crime; Vai levar o fato ao conhecimento dáPolícia, e o inspetor Blandy. de Scotland Yard, vai emsua companliia inspecionar o local, ali encontrando, nalata do lixo. novos fragmentos de ossos humanos e maise.m dente de porcelana, dos usados nas dentaduras pos-i.<;as. Examinando, depois, a mesa de trabalho de Boles.Blandy revela a marca de um dedo polegâi*. No dia se-guinte ao visitar a sra. Gannet. Oldfield a encontra aba-tida e nervosa. Recebera a visita de Blandy, que lhe rela-tara todo o drama e a interrogara de tal forma que adeixara aterrorizada, querendo saber onde ela estivera eparecendo interessadíssimo ao saber qúe Gannet e Boles

iamviagem

stado om Newingstead. no dia 19 de setembro.de negócio. Oldfield promete ajudá-la a con-

um advogado para sua defesa. Consultado a res-(o dr. Thorndyke indica um advogado seu amigo.

próprio, so interessaria pelo caso.(•

não

E realmente tinha a assinatura do "ar*sta". Interrogando o encarregado desse museu, descobre

o mesmo era irmão do diamantário que fora roubado.o

tiniemseguirpeito.prometendo que.Indo. depois, à "Lyntondale-Gaílery", Oldfield fica estu-pelai o ouvindo um "perito" de arte moderna discorrersobre monstruosidades, fabricadas por Gannet, como seexibisse maravilhas. Porém sua estupefação e revolta che-

m ao auge quando o perito apresenta a uma assistênciamenos assombrada o vaso. o s^-u próprio vaso, aquele.

opie fabricara na prancha rotativa, apenas para gracejarcom Gannet. E lá estava ela elogiada como a peça "maisbela de Gahrií(•..tempos antes, èm Newingstead. quando o pobre policialfora assassinado por um ladrão, em plena floresta. Sabetambém que o diamantário conhecia Gannet e tambémBolos; com os quais mantinha relações comerciais. Gannete Bolos compravam jóias, ficavam com o ouro e vendiamas pedras a Kempster. Bolos era. mesmo, originário .áeNewingstead. Na mesma noite eld recebe a visita deThorndyke e de sou colega Jervis. A pedido deste relatanovamente toda a história, desde seu início, e ao relatarque o inspetor Blandy parecera interessado em saber queno dia 19 de setembro Boles e Gannet ainda se achavamem Newingstead, Thorndyke também tem um sobressalto,mas nada comenta, apenas ficando surpreendido ao saber.quo Oldfield era o mesmo médico que atendera ao policialferido. Conhecia o caso porque o roubado, Kempster, pro-curara-o como advogado para ver se recuperava o roubo.Em resumo. Boles continuava sendo o grande suspeito, ooue aliviava a posição da sra. Gannet. No inquérito, Old-field é o primeiro a ser interrogado, contando o que sabia.

I

é

TUDO 36

niso é um corpo que se volatiliza a uma temperaturarelativamente baixa — cerca de 3009 Fahrenheit.Ora, esses ossos foram submetidos durante váriashoras a uma temperatura superior a 2.000<•• Fahre-nheit. Portanto, a quantidade total de arsênico ter-se-ia vola.tilizado. Creio, antes, que o veneno tenhasido misturado às cinzas após a cremação.

De que maneira?Sobre esse ponto vejo-me reduzido às conjoe-

turas. O inspetor Biandy encontrou uma caixade arsênico no atelier. entre os diferentes materiaispróprios para a fabricação dos vernizes e esmaltes.E' possível que esse arsênico tenha sido mescladoãs cinzas na própria caixa de lixo ou no "tritu-rador". •

Sim... — disse o "coroner" — mas poucoimporta. O que nos interessa é saber que o arsê-nico não provêm do corpo do defunto. Creio queo senhor é afirmativo sobre esse ponto?Perfeitamente — respondeu Sir Joseph.

A testemunha seguinte foi o sr. Albert Hawley,cirurgião dentista, que declarou haver tratado dePeter Gannet e haver colocado em sua boca umadentadura compreendendo os quatro incisivos su-periores. O "coroner" entregou-lhe um pequeninotubo de vidro, contendo um dente.

32.° Ano N. 4 Setembro -Ç-38'- '•**,

Por favor. .Muito bem.

Roeo que examine isto.

O dentista se apoderou do tubo apresentado.

_______lir v!__" • •

. . .Trata-se de um incisivo lateral superior,que foi partido em fragmentos pequeninos e muitohabilmente reconstituído. E' um dente de porce-lana do tipo de "Du Trey".

Poderia pertencer à dentadura que o senhorfez para Peter Gannet?

Sim... embora nada possa afirmar. Todosos dentes de porcelana se parecem e jamais nota-mos as modificações que somos forçados a fazernos mesmos. Entretanto, este, por exemplo, náoparece ter sofrido nenhuma deformação ou retoqueespecial.

Obrigado — disse o "coroner". — Era tudoquanto necessitava do senhor e não o reterei pormais tempo.

Tomando, então, o lugar de Mr. Hawley, o ns-petor Biandy foi depor, com o desembaraço e aconcisão das testemunhas profissionais. Depois dehaver relatado a maneira como fora levado a en-contrar os pedaços de porcelana, continuou comuma descrição detalhada dos objetos contidos nabanqueta e no armário de Boles. Insistiu, parti-cularmente, sobre a caixa de arsênico.Q senhor já conhecia os resultados da análisedo dr. Oldfield?

Sim. Êle me havia mostrado o espelho meta-liçp que se formara no tubo, mas imediatamentepensei que devia ter praticado algum erro, poiserá, bom de mais para ser verdade.

Observou o senhor para que uso se destinavao arsênico contido na mesa de Frederick Boles?

—- Não. Mas estando êle cercado por outras subs-tâncias químicas destinadas ao preparo dos esmal-tes e dos metais, suponho que tivesse servido parao mesmo fim.

As impressões digitais, que Biandy descobrira,suscitaram novo fluxo de perguntas da parte do"coroner".

. — Sabe o senhor a quem pertencem essas marcasdigitais?

Não posso responder de maneira formal. Mastodas as que revelamos sobre os frascos e instru-mentos provinham da mesma pessoa; e, sendo amesa e o armário, assim como os utensílios, pro-priedade de Frederick Boles, é justo supor que asmarcas digitais sejam as dele.

Realmente. Mas isso não terá interesse senãono caso da polícia já conhecer tais marcas digi-tais... não é verdade?

Sem poder entrar em detalhes — declarou

Posso dizer que elas são conhecidasque seu proprietário é procurado p0rsenhor ocasião de palestrar coni o sr

elo detec-evasivo eo interro-

Biandy. —da polícia ecrime.

Teve oBoles?O inspetor fez uma careta "dc mágoa,

Não. . . infelizmente! Êle desapareceu no intante da incincração, e até o presente nãoainda ser encontrado.

Tal foi, resumidamente, o depoimentotive e, como começasse a se mostrarreticente, o "coroner" tratou de encerrargatório. Foi então que chamaram Letitia Gannet.Enquanto ela se aproxima,va da mesa, tive a pe-nosa impressão de que a atmosfera cia sala lheera desfavorável. Os jurados a observavam comolhar carregado de suspeita, e a expressão geral-mente tranqüila e quase sorridente de Biandytransformou-se em curiosidade maldosa.

Conforme eu já esperava, o "coroner" quis saber

primeiro, detalhes do envenenamento, e a sra. Gan-net foi forçada a descrever o que sabia do incidente.

Quantos viviam em sua residência, naquelaocasião?

Três pessoas; meu marido, a criada e eu.Talvez devesse citar também o sr. Boles, que tra-balhava no atelier e geralmente fazia suas refei-ções em nossa companhia.

Quem preparava a alimentação do sr. Gannet?Eu mesma.E... o chá ?Quase sempre eu mesma preparava. Algumas

vezes o sr. Boles era quem preparava a infusão.Quem levava as refeições para seu marido?Algumas vezes eu, outras a criada e, mais

raramente, o sr. Boles.A criada ainda está com a senhora?Não. Foi despedida por mim, logo que me

informaram de que havia veneno na alimentação demeu marido.

Suspeitava a senhora de ter sido ela a enve-nenadora ?

Oh, nào! Foi simples medida de segurança.Tem a senhora qualquer idéia sobre a pessoaque deitou o veneno?

Não. Cheguei mesmo a pensar, inicialmente,que se tratava de algum erro de análise. Mas,desde que o dr. Oldfield afirmou o contrário, fiqueientão convencida de eme o arsênico fóra deitadoacidentalmente na alimentação de meu marido.

As perguntas seguintes foram relacionadas coma atitude de Boles para com Gannet.Algum deles chegou a esclarecer à senhora,alguma vez, as razões dessa brusca mudança emsuas relações?

Não. Ambos negaram que houvesse qualquercoisa.. .—- Seu marido... Hum!... Seu marido, alguma

vez, mostrou estar irritado com as boas relaçõesentre o sr. Boles e a senhora?

Não. O sr. Boles e eu somos primos e nosconhecemos desde a infância. Sempre fomos bonscamaradas, mas entre nós jamais houve qualquercoisa capaz de justificar qualquer ciúme ou aborre-cimento da parte de meu marido. Aliás, meu ma-rido tinha absoluta certeza de que não merecíamosqualquer censura. . .A senhora nos disse que o sr. Boles trabalhavano atelier com seu marido. Também êle se ocupavacom a cerâmica?

Não. Algumas vezes ajudava meu marido aacender o complicado forno. Mas seu próprio tra-balho consistia, isso desde há dois anos, a fabricarjóias com ouro e esmaltes...

Ahn! Há uns dois anos. . . Quais eram, antes,suas ocupações?

— O sr. Boles, creio .., . ... ,.,,,_..,_..,,.,...quando meu marido comprou o atelier, o sr. Bolesaproveitou o ensejo para instalar-se como joalheiro.

eu, era protético. . . Mas,

-¦•;) -"

32.° Ano N. 4 — Setembro — 1948 37 EU SEI TUDO¦>d

Foi almoçar conoscopassar uma semanaentão não tive mais

0 inquérito abordou, então, a questão do desa-pareeimento de Peter Gannet.

Pode recordar, exatamente, a data em queviu o sr. Boles pela última vez?

Creio ter sido no dia 21 de abril, isto é, oitodias antes de minha partida,e comunicou sua intenção deem Burham, no Essex; desdenoticias dele.

Segundo nos disse, a senhora mesma esteveaiiícnte? Poderíamos obter detalhes de sua viagem?

Sem dúvida. Deixei minha residência no dia29 de abril, a fim de ir passar uns quinze dias emWestcliff-on-Sea, na residência de uma antiga cria-da, sra. Hardy, que possui uma casa confortável

aluga alguns quartos a turistas. Regressei nodia 14 de maio.

Nesse intervalo. . . a senhora ficou em West-cliff ou. . . viajou?

A resposta da sra. Gannet foi igual à que, antes,havia dado a Blandy e, novamente, suspeitei que o"coroner" recebera instruções do detective.

Na realidade — disse o magistrado — a se-nhora passava as noites em Westcliff e os dias. . .fora. Durante essa quinzena não terá a senhoraviajado até Dondres?

Não.Teria a senhora podido ir até lá, sem que

sua antiga criada e então hoteleira pudesse saber?Naturalmente. Há trens excelentes. Mas não

fiz isso.Outra coisa, sra. Gannet. . . Burham não fica

tão distante de Westcliff. Não teria ido até lá, nocorrer desses quinze dias?

Não. Nunca fui alémEscreveu a seu maridoSim. Por duas vezes.

de Southend.nessa quinzena?Enviei-lhe minha pri-

meira carta dois dias após minha chegada e êlerespondeu imediatamente. Escrevi uma segundacarta, pouco antes de meu regresso, para prevê-ní-lo da hora de minha chegada. Não obtive res-posta e, ao regressar, encontrei a carta na caixado correio.

— Poderia indicar-nos as datas exatas? São ex-tremamente importantes, pois que fixam, aproxi-madamente o momento do desaparecimento do seumarido.

Minha primeira carta foi escrita e expedidana segunda-feira, 4 de maio; creio que a respostade Peter chegou a mim pelo primeiro correio desexta-feira, 8, de sorte que deve ter sido expedidana quinta-feira, 7. Quanto à minha segunda carta,recordo-me muito bem de a ter enviado no do-mingo, 10 de maio. Deve ter chegado, portanto,na segunda-feira, 11.

Bem. Vejamos agora os incidentes que acom-panharam esse misterioso desaparecimento. Queiranos dizer o que ocorreu, desde seu regresso.

A sra. Gannet fez, então, a narrativa de seusreceios, acrescentando que fora ao meu consultório

que, juntos, fomos revistar a casa.Deve ter observado que os chapéus e a ben-

gala de seu marido estavam ainda no seu lugarpróprio. Mas notou, também, a presença de outrabengala?

Sim.Reconheceu-a?Não.A quem pensa que podia pertencer?Além do meu marido que nunca teve uma

semelhante a bengala somente poderia pertencerao sr. Boles. ^~A senhora examinou essa bengala?Não. Não me interessava. Preocupava-me so-mente o que poderia, ter acontecido a meu1 marido.Não lhe pareceu estranho que o sr. Boles»'vesse deixado ali a bengala?Nào. Sabia que o sr. Boles sempre fora de-sarrumado e esquecido.

Segundo a senhora mesma declarou, fòi aoapartamento do sr. Boles. Por que fez isso?

Por duas razões. Eu lhe escrevera, para anun-ciar a data do meu regresso e convidá-lo a ir tomarchá conosco; não tendo êle respondido ao meu con-vite, quis certificar-me de que já regressara. Mas,acima de tudo, queria que êle, caso fosse possível,me informasse sobre meu marido.

Verificando que êle não estava emi casa, ima-ginou que ainda se encontrasse em Burham?

— Não, porque eu soubera que êle regressara oitodias antes e que havia passaüo a noite no seu pró-

tornando a sair na manhã se-prio apartamento,guinte.•— Tem alguma idéia sobre o local onde possaser êle encontrado atualmente?

Nenhuma!Conhece, ao menos, os locais aonde geralmente

se dirigia?Sei apenas que possui uma tia em Newing-

stead.Disse-nos a senhora que, percorrendo a eaaa,

livrara-se de ir ao atelier. Por que? Não era alio local onde mais provavelmente poderia encontrarseu marido?

Sim. Mas não ousei entrar. Nos últimosmeses, Peter e o sr. Boles brigavam constante-mente e sendo ambos violentos... Um dia, comoo dr. Oldfield deve ter dito, chegaram a se agredir.Nessas condições, notando a ausência de meu ma-rido, receei o pior, e não tive coragem de entrarno atelier.

Em resumo: a senhora receava encontrar ocadáver de seu marido. E' bem isso?

Sim. Eu estava presa de terríveis pressen-timentos.

Eram, afinal, simples pressentimentos? Ou játinha a senhora conhecimento de um drama?

Eu nada sabia. Nem sequer sabia se os doishomens se haviam encontrado novamente, desdeque eu partira.

O "coroner" ficou em silêncio por alguns segun-dos; depois, voltando-se para os jurados, declarou:

Creio que a testemunha nos disse tudo quantosabia do drama, mas um dos jurados poderá, que-rendo, interrogá-la.

A seguir, como ninguém falasse, rogou à sra.Gannet assinar seu depoimento e chamou o dr.Thorndyke. Êste avançou para a mesa e, tendoprestado juramento, começou nestes termos:

Chamado à cabeceira de Peter Gannet pelodr. Oldfield, em janeiro último, diagnostiquei umenvenenamento por arsênico.

Foi um diagnóstico. . . firme?E' claro! O enfermo apresentava sintomas

característicos de intoxicação e, quando coloqueiPeter Gannet em observação no hospital, a análise"¦' ¦¦ ¦¦ ¦-'¦ ' ' ¦ ' ' ¦*— - .-.- -> — -. - . ,- .- -, . . ^ i—iiw.u Wia—|———ii

V Y?^ J J r "^ \2v^ 5*VIC

ii

¦,

¦

'» 5

il

1

¦ú

71

71

3.1:

O tf alonão é?...

Então?... Temos hoje um mem* variado,

*

EU SEI TUDO 38 O') o Ano Nr 4 Setembro 1 Q4 u-

II:

química revelou a presença de arsênico em seuslíquidos orgânicos. As análises foram efetuadaspeio professor Woodfield e por mim mesmo.

Suponho que o senhor não tenha podido esc.la-recer o detalhe de saber como — ou por quemfoi o veneno ministrado e sc o envenenamento foraacidental?

Não. Não conheço nem os interessados, nemajs circunstâncias. Quanto â hipótese de acidente,parece-me muito pouco provável, não devendo, naminha opinião, ser considerada, ciado que a intoxi-cação não atinge, em gerai, uma só pessoa e que,uma vez o doente vencendo a primeira crise, oincidente não se renova.

Que diz o senhor do arsênico encontrado nascinzas, pelo dr. Oldfieid?

Estou inteiramente de acordo com Sir JosephArmadale, para pensar que deve ter havido qual-quer contaminação das cinzas. Segundo imagino,não existe qualquer ligação entre o arsênico e ooorpo da pessoa que foi incinerada.

Talvez o senhor se digne de nos dar sua pre-oiosa opinião sobre os fragmentos que Sir JosephArmadale nos exibiu?

Thorndyke examinou a caixa que lhe era apre-sentada pelo "coroner" e estudou seu conteúdo como auxílio de uma lente. Finalmente, declarou:

Sem dúvida, são fragmentos humanos.Seria possível identificar o defunto por inter-

médio desses fragmentos ?—. Totalmente impossível!Quando Thorndyke se retirou, voltando a seu

lugar, o "coroner" tratou de resumir o caso:No início deste inquérito começou êle —

eu disse aos senhores jurados que tinham que darresposta a três perguntas. Primeira: as cinzas sãorealmente restos humanos? Segunda: podemos iden-tificar esse corpo humano? Terceira: podemos afir-mar de que maneira a vítima encontrou a morte?

"Retomemos a questão pela ordeni. Quanto àprimeira, Sir Joseph Armadale e o dr. Thorndyke,duas autoridades do mais alto valor, nos afirma-ram que todos esses fragmentos eram, indiscutível-mente, parcelas de ossos humanos. Possuímos,assim, uma resposta afirmativa, â nossa primeirapergunta. As cinzas, encontradas no atelier sãorestos de um sêr humano.

"A segunda pergunta apresenta maior dificul-dade. Como declarou o dr. Thorndyke, os fragmen-tos são muito pequenos para que

'possam fornecer

indicações sobre a identidade do defunto. Nossosesforços, nessas condições, devem ser dirigidosnuma outra via e precisamos imaginar identidadedessa pessoa, os locais e as circunstâncias.

"Quanto ao local, sabemos que esses destroçosforam encontrados no atelier de Peter Gannet; sa-bemos igualmente que este último desapareceu emcircunstâncias extremamente misteriosas. Sem pro-curar tornar a relatar aos senhores o histórico daquestão, recordarei simplesmente que no instantede seu desaparecimento Gannet vestia um terno. .caseiro, o que parece excluir a hipótese de umapartida normal. Ora, se existe urna relação per-turbadora entre esse desaparecimento e o desço-brimento dos destroços humanos, cabe a nós tle.;-cobrir a natureza dessas relações e, para isso. de-vemos fazer duas nova;; perguntas: quando o ho*mem desapareceu e quando as cinzas. surgiram

"Vejamos, primeiro, a pergunta inicial. A sra.Gannet recebeu uma carta de seu marido, datadacie 8 de maio. Podemos presumir que essa cartafoi escrita no dia 7 de maio. No dia 10 ela enviouuma carta que, com toda certeza, foi entregue nodia JI. Dado isso, podemos admitir que PeterGannet vivia ainda no dia 7 de maio e que, tendoa sra. Gannet encontrado fechada e intacta' a sua

carta, ao regressar, já êle não se encontrava • icasa no dia 11. Esso nos elucida sobre esse pontoe ficamos, realmente, sabendo que êle desaparecientre o dia 7 e o dia 11 .

"Consideremos, agora, o problema sob um ouaspecto. Os senhores viram o forno; a.s pare,de terra refrataria são muito espessas. O estados ossos prova ciue, durante a cremação, o laratório foi mantido por várias horas em unia t<peratura superior a dois mil graus Fabrenh-Quando o dr. Oldfieid examinou o forno, este ain-estava quente. Não sei, exatamente, o tempogido por um aparelho dessa espécie para esfrimas creio que podemos calcular em uma. . . huniuma semana. Ora, a inspeção tio dr. OJdfiolúrealizada na noite do dia 15, isto é, apenasdias depois do dia 8. Sabemos, por outro lado. queo desaparecimento sobreveio entre o dia 7 e o dia11 de maio: o, eomo a temperatura do forno provaque a cremação deve ter ocorrido algum temantes do dia 11 e, quase certamente, após o diaparece, afinal, que o desaparecimento de PeteiGannet e a incineração do corpo ocorreram emessas duas datas. Nessas condições, impõe-se urconclusão: o corpo incinerado é o de Peter Gannet"A prova mais impressionante está na desceberta, entre as cinzas, de um dente de porcelana,que o dr. Hawley, cirurgião-dentista, reconheceucomo sendo absolutamente idêntico ao que êleprio colocara na boca de Peter Gannet.

"O dr. Thorndyke e o dr. Oldfieid declararamalém do mais, que Peter Ganm t, há penicos meses.fora vítima de uma tentativa, de envenenamento;essa tentativa não pôde ser repetida, graças à vigilância dos médicos, tendo a vítima se restabelecia*rapidamente. Entretanto, persistindo o móvel docrime, Peter Gannet continuou a viver sob cons-tante e terrível ameaça.

"Apliquemos tais fatos ao presente caso. Alguérsdesejava a morte de Gannet. Descobre-se no ate-lier as cinzas de um sêr humano, que parecesido assassinado. Gannet se eclipsou, misteriosamente, e a data do seu desaparecimento coincideeom a do aparecimento desses destroços humanos.Finalmente, encontramos entre as cinzas um dentede porcelana idêntico aos que Peter Gannet possuía.Tais são o.s fatos; os senhores hão de admitir quesó podemos de tudo isso tirar uma conclusão, ouseja: as cinzas descobertas no atelier são as dePeter Garret.

"Se os senhores aceitarem esta conclusão, terãorespondido às duas perguntas que foram feitasVejamos agora a terceira: como o defunto íoi assas-sinado? Essa pergunta parece, quase, supérflua,,pois sabei uos que o corpo foi incinerado em fornopróprio para cozinhar peças de cerâmica. A hi-pótese de urn acidente não pode, de maneira alguma,ser aceita por nes. Podemos, nessas condições, aci-mitir que o defunto foi assassinado."Embora não tenhamos por missão designar oculpado, devemos, entretanto, anotar todos os indcios suscetíveis de revelar a identidade do assassino.Vejamos os mais importantes, entre todos..¦V,"Aiit.es de mais nada: que sabemos do assassino?'Tinha acesso ao atelier e conhecia perfeitamentea disposição dos móveis, etc. Sabia preparar eacender 0 forno e nada ignorava quanto ao manejocios aparelhos ali existentes.

"Uma só pessoa corresponde a esses sinais: êFrederick Brios. Mas estaria ele no atelier no mo-mento do crime? Pudemos sabei- que, na ocasião,êle estava em Burnham, tendo porém voltado parapassar uma noite em seu apartamento e tornara sair, na manhã seguinte. A sra. Gannet voltouno dia M de maio, apresentando-se na residênciacie Boles na manhã seguinte, isto é, no dia 15.

sen primo ali estivera rapidamente,dias ant.es, isto é: mais ou menos entre 7 e U

í) «1 Ann N. 4 Setembro 1948 39

assim, estabelecido quo Boles estavamaio ¦ i^ica'

Londres no instante do crime!•'Temos prova disso? Sim. Na noite de 15, o

Oldfield encontrou, na residência dos Gannet,f/nia bengala com as iniciais K. B. Como a sra.-annet afirma não ter visto ali aquela bengala,

momento de sua partida, temos*que reconhecei-sido ela ali deixada em data posterior. Muito

Mas isso só pode ter sido em um só mo-lento* no dia imediato ao da chegada de Boles.

! í * V I 1 V* V/ J

emos portanto, a prova de que Boles se encontrava

'na residência de Gannet no momento dlo

crime

O".—1

\ssim, as provas indiciais designam, todas. Bolesno o assassino provável. Acrescentemos o fato" os dois homens entreterem relações desprovidas

ic amenidade e que foram até surpreendidostrocando pancada... e poderão ver que essas

rovas recebem uma confirmação esmagadora.''Nada. mais direi. Os senhores ouviram os de-

poimentos e eu os ajudei a interpretá-los. Cabeaos senhores pronunciar o veredito: penso que nãcterão grande dificuldade em responder às três per-

mtas que mencionei no início desta sessão."Anos breve consulta com scus colegas, o presi-

dente do júri levantou-se para pronunciai' o veie-dito a saber: as cinzas encontradas no atelier eramis de Peter Gannet, e o mesmo indivíduo ioraassassinado por Frederick Boles, entre 7 e 11de maio.

Sim, declarou o "eoroner", e o unicoveredito possível na ocorrência. Resta-me esperar

que o autor desse crime possa ser detido e entregueà justiça dos homens.

A sessão íoi levantada. Ávidos por escrever umartigo sensacional, os jornalistas caminharam apres-.•adamente para a' saída, enquanto os espectadoresse dispersavam lentamente.

E chegou, aqui. o instante de saudar osdeitoreíe de ceder meu posto de narrador. A história nãoterminou, mas a pena passa para mãos mais ca-

pazes. Minha tarefa consistia em retraçar os ante-cedentes e an circunstâncias desse crime extraor-dinário. Fiz o que pude, dentro de minhas mo-destas capacidades. Na continuação, relativa a elu-eidação do mistério e do miserável arrabalde dcCumberland Market a ação se transporta para ohistórico recinto de tnner Templo.

SEGUNDA v.\im:

NARRATIVA DE CHRISTOPHKÍ! JERVIS,MÉDICO

OAPÍTl LO XIV

O dr. Jervis tica "intrigado'

Quando meu amigo, Oldfield, me {•\:r.-con-

edeu suases de narrador, eu me vi presa da niaior

fusão. Não compreendia, realmente, por que lhorn-<íyke desejava, iniciar um inquérito a respeito oodrama, pois que este nào nos dizia respeitoo que mais importavade sua elucidação.

Entretanto, o atelier forasuspeitas, senão ilegais, e, emboramais próprio da Policia, Thorndyke desejava, visi-velmente. esclarecer o assunto quanto antes.

ninguém nc

centro

EU SEI TUDO

Seguinte penetramos nesse templo das Belas Artes.-Não tentarei descrever os espantosos objetos que

se ofereciam a meus olhos, porque meu vocabulário,assaz limitado, não estaria à altura de minha ta-ref a. Há coisas aue devemos ver... para crer.Assim, a cerâmica de Gannet era uma delas. En-quanto eu tratava de me convencer de que naoera vítima' de uma ilusão de ótica, Thorndyke seapresentara ao proprietário da galeria, Mr. Kemp-ster, e com êle discutia em termos inteiramenteextraordinários. . ,

Dada dizia êle a densidade do materialempregado e a espessura das paredes, parece-meque essas pecas devem ser horrivelmente pesadas.

Evidentemente. Mas são peças de coleção e,assim, não estão destinadas a uso quotidiano. Osenhor não desejaria, sem dúvida, manipular estaaqui, por exemplo, sobre a mesa.

Assim falando, Mr. Kempster se apoderou deuma "fonte" maciça, entregando-a a Thorndyke,ow^ sopesou-a gravemente, declarando:

Na verdade, é pesada para seu tamanho. Deveter mais ou menos três quilos e meio...

Mr. Kempster concordou:Entretanto, acrescentou êle, se o senhor

se interessa pelo assunto, tenho uma pequena ba-lança em meu escritório. Quer ir pesar esta peça.

Se, realmente, isso não é abuwar de sua gen-tileza... respondeu Thorndyke.

Seguimos o proprietário ao seu escritório, ondea balança revelou que a fonte pesava um poucomenos de quatro quilos...

Realmente — disse Thorndyke. E extraor-dinariarríente pesada para o seu. tamanho.

Durante um momento, considerou a peça com ar

pensatiVo e, depois, retirando do bolso a fita mé-trica mediu as principais dimensões, anotando tuda-cuidadosamente, no seu pequeno caderno de apon-tamentos. Foi então que o sr. Kempster deciarou:

O senhor parece se interessar vivamente pelasobras desse pobre Gannet...

Mas não do ponto de vista artístico con-fessou logo Thorndyke. Como já expliquei aosenhor, a sra. Gannet me encarregou de elucidaro mistério da morte de seu mando. ^

Nunca pensei que o peso de sua cerâmica

pudesse ter qualquer ligação com esse caso Mas,evidentemente, o senhor está mais qualiticado dorn',. eu para julgar, e eleve saber o que interessanara esclarecer o mistério.

. Obrigado dis e Thorndyke. Se o senhor

eincumbira

de operaçõesfosse assunto

Por outro lado. eu perguntava a mim mesmo ,*que gênero de pesquisa êle se entregaria. Os fatoseram conhecidos e, embora assaz macabros, naoapresentavam aualauer interesse científico. A morte

e.enigmaquaiqude Gannet não parecia conter nenhumso sua vida passada parecia envolvida em mistério,nada tínhamos (pie ver com ela.

Após nossa memorável noite na residência deOldfield, êle me propôs ie visitar a galeria ondeestavam expostas obras de. Gannet. e logo no dia

c'74

::'il!'

|

m '

r i

¦

fi

L. fi-ííi

"3^~~~ ^^-____ __*^ ^^-S-SE—"-*"

; i 'tuer \í\ m\MÊ \\ ' 11 I' m

Un* homem calmo e um apartamento em que se atendeilogo à campa nina. . .

atendei

I;

EU SEI TUDO

maneira, isso será de grande ajuda

W'.r

t..'

pensa dessapara mim.

O sr. Kempster inclinou a cabeça, sério--— Pode estar seguro, doutor; na minha quali-dade de amigo do infeliz Gannet, terei o maiorprazer em lhe prestar auxílio. Há outra coisa quedeseja saoer? *

i 7\SÍir1, As obras--- são vendidas com facili-dade? Seriam elas suficientes para proporcionarboa existência... ao artista ?Temos vendido maior número de pecas doque o senhor pode supor — disse Mr. Kempster.— ü,, pode crer, vendemos por bom preço! Masnao penso que Gannet tenha vivido do produto dcjj seu trabalho. Devia ter, certamente, fortuna pes-soai... .

Quais eram, habitualmente, seus clientes0Colecionadores, em sua maioria. Algumasvezes mesmo, diretores de museus do interior...Terá o senhor o registro dessas vendas9Certamente. Quer consultá-lo?Lamento estar dando tanto trabalhorespondeu Thorndyke. — Mas se o senhor quisesseprestar mais esse favor. . .Com prazer. . .Mr. Kempster se aproximou de uma estante deonde tirou um grosso volume, que folheou raoi-damente. L—-Ah! Aqui está a página dedicada ao sr. Ger-net. Talvez o senhor possa aqui encontrar infor-mações interessantes...Lançando um olhar sobre a página que meuamigo examinava, verifiquei que, sob o título "Peter

Gannet , havia uma lista completa dos objetos ven-didos, a data da venda, assim como o nome docomprador, inscritos nas colunas seguintesr"^

~7 of ^Thorndyke - que o sr. Francis

tfrm,^1'1de-S-ffford Square> fez três aquisições.Sem duvida e ele um colecionador de obras mo-dernas? ^u-a.* inuSim. E um grande admirador do sr. Gannet

5m?JTh°b1frvado q-"e êIe comprou uma das duastephcas do ''macaco de barro". A outra foi paraa América do Norte. pO sr. Gannet executou outras... "figurinas" ?Não — respondeu Kempster. — Com grande|

surpresa minha, êle não persevèrou nesse gênero|

embora nele tivesse obtido grande êxito. Osm^oerey,memÍnente fítlC0 de arte' ficou entusias^mado, e, como o senhor pode ver, as réplicas atbipram o preço de cinqüenta guinéus cada uma~~.*

S£ Um terceiro espécime dessa "fig-ürine"1^- disse Thorndyke. - Tive oportunidade de vê-?a>no próprio quarto de dormir de Gannet. Teria sidorealmente, uma cópia, executada recentementeaeS;^°-C0,ntrárÍ-°' ° oriSinal? Sei apenas ouoa estatueta e de cerâmica. {:c — Nesse caso, deve ser cópia, pois que se tifuS

Su*metid° o original à coeção, J^e

teriafundido sob a ação do calor. O único meio rioNvitar esse acidente teria sido o d" svaz » ofeiginal, trabalho muito difícil esvaziai o

S-E^S%tL™f.?S ° senh°r. pudesse recordar...

pssas figurinos' eram espessas e pesadas comoos vasos e as fontes? s COwlü

r_»^»,InfelÍZmente nã0 posso responder com soSu-rança, mas ao menos isso me parece improSA conversação se prolongou mais alguns minutosfiepois nos retiramos não sem ter agradecidocalo'fe

""Sonhf %?eiTT1' P°r SCU r-ecStuxü a

|, — Suponho, Thorndyke, — disse eu, quando de*ovo nos achamos em Bopd Street, -^ue você?abe que me deixou totalmente "no escuro"MaZ • um' Ima§*ino isso muito bem. Na rea-lidade, minha maneira de abordar o problema deve$er parecido obscura.. a eve

% — O problema! — exclamei quase indignadoQue problema? Sabemos que Gannet foi assasãnado8 suspeitamos Boles de ter sido o crimfnoso m28f* .-.-""'iti,,'.". ..¦

¦ •

I:"' - '

Br"1

40 32.o Ano „.. n. 4 _„ Setembro 1948

que tenha sido êle ou outro qualquer, poueoimporta. Em todo caso, nuo vejo que ligação no<existir entre esse drama e o peso e densidadeobras de Gannet. A menos que você suspeite Bole,de haver agredido o defunto com a ajuda dedesses vasos!

Thorndyke teve um sorriso indulgente.— Não. Jervis. Mas a arte da cerâmica nào e<assim totalmente alheia ao problema. E e a critao do peso desses objetos tem a sua importunei'A que problemas faz você alusão, afinal?insisti.

-— Penso na notabilíssima história que nossramigo Oldfield contou, ontem à noite. Como eivocê ouviu tudo com grande atenção, mas nãoteria ela suscitado em seu espírito algumas nerguntas interessantes? HRealmente4 Perguntei a mim mesmo com opudera o arsênico scr encontrado nas cinzasMuito bem aprovou Thorndyke. — ,vnmos elucidar osso ponto. Dado que o arsênico nãopodia provir do corpo, devemos admitir que foiintroduzido nas cinzas... após a cremaçáo

'jvia«de que modo? Tomando esse primeiro fato'comopomo úr partida, procure entrever todos os meiospossíveis a fim do tirar as conclusões mais ra-zoaveis.

Tudo isso é absurdo — exclamei. — Alémoo mais, nada temos com esse caso.- Não deve esquecer que Blandy ainda não dissetudo quanto sabe. So conseguir deitar a mão sobroBoles nao nos dará nenhum aborrecimento. Ma.se nada conseguir naquele sentido, há de se voltar'mmto provavelmente contra a pobre sra. Gannet'Nao sei se ele acredita na possibilidade do ter sidoela a criminosa, mas tenho a certeza de que acoesão

dZ- CStCr Protegendo Boles. Nessas condi-çoes, se nao conseguir obrigá-la a falar, é bemdadV.aVPnriJUC - deCÍ<la a P^ndê-la por cumplici-tlt -,-h "U>ÍXi;0 eStar melhor iní'°™ado do quoBoi, tp V" - rela<,ÕCS qUe exi^*am entre ela of rief'oi ri0

°- CaS°' Pr°mcti a Oldfield asseguraroort/nfn V

Va- em easo de sor acusada E.porUnto, necessário que eu me informe tanto quar-nio E,s°flVel-S6,'etaS cii'c»nstancias do aiass -mo. Eis a razão de todas ostas pesquisas.~/^;;as quej aliás, parecem ter sido, atév*ce oo,h E!!tretailt0- eomo disse Kempster.

„ ™ ™; ™elh°r "c. quo outro qualquer o,

ordenado «i^,C1Sam .sef «Carecidos. Sabe se fo:oroenado algum inquérito?

tro crifn^,C^'^até qUe ° mesmo se realizará den-Í/rostar mo 1

' C esP«'° W convocado paranamerín n

dePolmento relativamente ao envene-rito €CdoVÍn qUaIquor n-aneira, assistirei ao inqué-nois de 3

Gm° qUC Você me acompanhe. De-sive Blanriv V°1

&S diferentes testemunhas, inclu-remof em

Yn Ç°*lhecf en™s melhor os fatos e esta-

çoeTd<;'IÍT d° Jl"Sai' aS verdad--S inten-

de^WfioW ° leUOr fOÍ imVj™ado pola narrativa

parecf ao\H í™i ° COnSelho de ^orndyke e com-

o n ™ 't0: maS ,!â0 Pude «ele tirar qua!-

oa deSfoVW^Í SUSCelive) "e me esclarecer sobro

a sc inte o^r'1'01^ qUS Ievavam meu companheirosra gw P°Ia c??&mm do assassinado! Quanto

difícil' f,' i SUa sl.tua(->ao Parecia, evidentemente,

vencido de In?'"0 na0nU' Scntia Plenamente con-uluuo at sua inocência.

viSalrfflvf qUP Thomd.vke testemunhava peianão som hav°

VIVOt°'uc deeidiu assistir aos funerais,oróprio ser ri,'

antet;iPadamonte, convencido a mimOs funeral 7™

dGVer acoltíPanlià-lo.da m-axo rn,t

&m r"aIi^»dos segundo o ritualrna do corT ¦ &

T™ dlf«'e--<.a do uma pequenaPorém noT™Ca i SUbstituid° o caixão comum.humorísmo »Ta ' C],U'gWÍ a descobrir um certoròsTos dr %oi

Sa/-' d° macabro, em saber q«e osrestos de Peter Gannet estavam contidos etn um

32.° nno.'

ÍN • rX Seteínbro -í /l948"if.

41•* v.*

\'E. U-o

S*È I T U D O

vaso 'ic origem comercial, quo, com sua simetriae sua regularidade totalmente mecânicas, era aantítese perfeita das obras do morto.

CAPÍTULO XV

Um colecionador de arte moderna

Tres dias depois dos funerais, Thorndyke anun-ciou ter marcado encontro para nós amboscom o sr. Francis Broomhill, de Stàfford Square,para uma visita à sua famosa coleção de arte mo-derna. Aceitei dc bom grado acompanhar meuamigo, pois eu ardia de impaciência por descobrir,annai, suas verdadeiras intenções relativamente àcerâmica de Gannet. Além do mais, a coleção con-tinha, igualmente, a única tentativa do Gannet naarte da escultura e, se essa peça igualava as outras,valia a pena de ser vista.

A visita, por assim dizer, foi uma série de sur-presas. A nossa chegada, a porta foi aberta porum mordomo uniformizado da cabeça aos pés, raçaessa de serviçal que eu julgava virtualmente ex-tinta. Apenas introduzidos na imensa e velha resi-dencia, nos sentimos envolvidos em uma atmosferadc feerie e de irrealidade. O assoalho do hall estavaentulhado de tapetes superpostos, enquanto as pa-redes sc apresentavam literalmente cobertas porquadros estranhos, policromos, contendo telas sobreas quais pintores loucos pareciam ter "enxugado"seus pincéis. Sobre os tapetes elevavam-se pedes-tais rústicos, sustentando blocos de pedra e demetal, uns absolutamente informes, outros repre-sentando vagamente monstros antropóides. Obser-vei essas curiosidades com olhar estupefato, cn-quanto o mordomo nos conduzia solenemente paraurna imensa porta de acaju, capaz de resistir aoesforço de dez homens, e que êle abriu ao mesmotempo que anunciava nossos nomes.

À. primeira vista, o sr. Francis Broomhill cau-sou-me excelente impressão. Tendo uns quarentaanos. era alto, bem proporcionado, talvez ligeira-

nte curvado e com a cabeça inclinada um poucopara a frente. Tinha a atitude característica dosmíopes e usava, realmente, óculos com aros detartaruga e cristais côncavos bastante espessos.Atrás deles surgiam olhos azuis impregnados degrande benevolência, confirmada pela amabilidadeda sua voz.

— O senhor foi muito gentil clando-nos esta ex-ílente ocasião de contemplar os seus famosos te-Spuros... — declarou Thorndyke depois de haver-

trocado um aperto de mão com o colecionador.Qual... A visita dos senhores, sim, é para

^ motivo de grande júbilo. Todos esses obje-tos de arte foram feitos para ser olhados, e tenho

prazer em mostrá-los a conhecedores. Não•o tido, aliás, muitas ocasiões. . . Mesmo nestaea de evolução artística o público continua

—p?0 as formas convencionais da arte. . .enquanto êle falava, lancei um olhar em redor.quadros que ornavam as paredes recordavam-me

manas que eu passara substituindo o médico-° 'Li ^e Um. asil° de alienados — hoje dizemos hos-

Pita psiquiátrico — porque os personagens, cujosJ^yS os Pintores tinham fixado, apresentavam

as características nitidamente psicopáticasareciam fitar-me do fundo cie uma célula gra-deada. topos alguns minutos de conversação no correruai Thorndyke e eu guardamos prudente re-

ae Sr' •^roomn^l nos apresentou sua coleção,auhando sua visita com explicações e co-tarios à maneira de Bunderby. As paredes es-

Tho.1 cobertas de quadros assinados por artistas\qv\\

n°S e aPresentavam entre si singulares ana-rep-r^

caracterizadas por um total desprezo pelas1

tradicionais da pintura e do desenho.-gora, _ anunciou o anfitrião, detendo-se

diante de uma dessas obras primas, -¦ •¦•.:¦ tela que tem para mim um valor todo espe-

aqui está

ciai, embora seu realismo não seja a maneira ha-bitual do artista.Consultando a etiqueta colac^a junto do quadro,pude ler: "Nu - Israel Popoff". O quadro apre-sentava um sêr humano com membros semelhantesa salsichas e que me pareceram de um "realismo

horroroso". Porém a pintura seguinte do mesmoautor intrigou-me um pouco mais, pois pareciaconsistir, unicamente, em uma massa desordenadade cores violentas. O sr. Broomhill pareceu perder-se um instante em uma contemplação amorosadessa peça, após que explicou:Eis o que considero como a obra mais carac-terística do grande mestre! E' um exemplo per-feito de pintura abstrata. Não acham? — acres-contou, voltando para nós um rosto risonho e ra-diante de entusiasmo.

O inesperado da pergunta apanhou-me despre-venido. Que entenderia éle, afinal, por pinturaabstrata ?Sim... — balbuciei com ar consternado. —

Certamente... E\ sem dúvida, uma notável e in-teressantíssima demonstração do contraste dascores. Mas não consigo compreender o que o qua-dro representa.O que representa... nada! Um quadro é umaentidade independente, que não tem necessidade deimitar seja o que for.Evidentemente — balbuciei, hipocritamente. —-

Entretanto, estou habituado a encontrar numa pin-tura a representação de objetos naturais...Mas... para que? Se o senhor deseja ver

objetos naturais, só tem que olhar para eles. E sedesejar uma imagem, terá apenas que tirar 'umafotografia... E' perfeitamente inútil introduzi-lasem um quadro.

Lançando um olhar desesperado na direção deThorndyke, verifiquei que êle ouvia tudo com gran-de fleugma; entretanto, eu adivinhava, que sobaquele ar impassível se dissimulava uma vontadelouca de rir estrepitosamente. Nessas condições,balbuciei algumas palavras, concordando e acres-contando que era muito difícil, para mim, liber-tar-me das teorias convencionais que me haviamsido inculcadas na juventude, e com isso passamospara a "abstração" seguinte. Prevenido pela pe-nosa experiência, conervei, nesta vez, prudente

7xi T-* H i—\ *~7 th mtm

Um ¦•¦¦íí lj í^qg '^^^\JV -^> ¦ À ^W

*aiJ^3KPp§iI*?

%y- —^—^ 1 lj /-) VcÁcjy\J)ãsy

— Meu amigo, eu sempre defendi o ponto de vista dequo1 o melhor quadro nunca pode valer tanto como os"modelos" ...

«r

ú

ár

-...:

A

%

EU SEI T U •x^. V }

t.s.

...

f-r

l_raB-';

r -

silêncio e a visita terminou sem novo "desastre".— Agora, -- disse-nos o sr. Broomhill, - talvez

queiram conhecer algumas esculturas e a. cera-mica... Em sua carta, o senhor declarou estarmuito interessado, particularmente, pelas obrasdesse pobre Gannet. Pois bem, vai agoraplá-ias num "stand" especial.

Na galeria cias esculturas, felicitei-mevisto os quadros em primeiro lugar, pois

havia preparado para o pior queassim, senti-me capaz de dominar

contem-

por teressa vi-puder seminhas

sita meexistir ereações.

Não tentarei descrever essa "câmara de borro-res". Ali reinava a mesma atmosfera de loucuradas demais salas, mas a impressão era ainda maiadesagradável. O desequilíbrio, na escultura, é coisaabominável e, nessa coleção do sr. Broomhill, nãohavia uma só que fosse normal. Certas peças re-cordavam es.as grotescas silhuetas que algumasvezes reconhecemos numa batata ou cenoura malformadas; outras figuravam bustos ou torsos, po-rém os rostos eram hediondos, enquanto que memsbros e troncos — caracterizados por uma medonhaobesidade — pareciam pertencer a hidrópicos oua mixoedematosos. Quanto à cerâmica, era ela re-presentada por peças grosseiras, entre as quais asde Gannet ganhavam de todas pela monstruosidadee falta de gosto.

Eis o que o senhor tanto desejava conhecer. . .O sr. Broomhill indicava uma grotesca estatueta

intitulada "Figurine de um macaco Peter Ganet".Se eu tivesse^ visto esse objeto em qualquer outrolugar, teria sentido violenta comoção. Mas ali.entre tantas monstruosidades, ela parecia, quase,ser obra de um "bárbaro normal".

Presumo que o senhor tenha diferentes per-guntas a fazer. . . declarou nesso colecionador.

Realmente — confessou Thoindyk.e. Aprimeira é uma pergunta de cronologia. Ganneiexecutou três versões dessa "figurine". Uma foipara a América do Norte, a segunda foi emprestadaa um museu de Londres e aqui temos a terceira.Resta saber qual delas foi a primeira fabricada.

Não será assim muito difícil resolver esseproblema — declarou o amador de arte. Gannettinha o hábito de assinar e numerar todas ar. suasobras. Um simples olhar ao número da séiie oterá informado sobre a ordem de prioridade.

Voltou delicadamente a estatueta, exibindo-a aThorndyãke.

Pode ver. . . Esta tem o número "571 B". Há,portanto, um "571 A" e um "571 C" e, se puderverificar o número da "figurine" atualmente nomuseu, poderá deduzir o número da peça que foipara a América do Norte. Ainda outra pergunta ?

Sim. Trata-se, desta vez, da natureza, da pri-meira estatueta. Era um modelo original ou uma

* cópia? Esta parece ter sido feita por meio de umafôrma, por pressão, e não por derrame, pois seolhar o interior poderá descobrir, facilmente, mar-cas de um polegar.

Restituiu o objeto ao sr. Broomhill, que o exa-minou um instante e, a seguir, passou a mim. Em-bora a questão não me interessasse especialmente,inspecionei cuidadosamente a base da estatueta.Tinha realmente a inscrição "Op. 571 B. P. G." e,pela escavação central, percebi vagamente marcasde um polegar. Feitas as observações, restitui apeça ao sr. Broomhill, que a recolocou sobre umaestante e recomeçou a. conversação.

Por mim imagino que as três réplicas' eramsimples cópias. Qual é a opinião do senhor?

Três hipóteses se oferecem a nós e, dada apersonalidade de Gannet, não sei me .mo qual delasdevemos adotar. A peça original foi, sem dúvida,modelada á mão e, depois, passada ao forno, tendo«aido antes esvaziada.

Mas por que Gannet sé daria tanto trabalhoesvaziando a "figurine", quando tinha variadasfôrmas à sua disposição?

Talvez desejai.se conservar o original. „;aque se encontra atualmente no museu era sua pro.priedade pessoal o nem creio que tenha sido annavez posta à venda.

Já cpie tal questão interessa ao senhodisse o colecionador, talvez fosse útil ir or aestatueta no museu . . .

Sim, mas seria preferível poder comparar ospesos respectivos das duas peças. Uma "figurino"

ôca é sempre mais pesada do cpie uma cópia porderrame. Em todo caso, sempre é menos sadado que uma peça compacta.

E' exato. E concluo daí que o senhor querconhecer o peso exato desta estatueta.

Tendo falado, o sr. Broomhill calcou o botão dcuma campainha, situado próximo da lareira. Uminstante depois a porta era aberta para dai- passa-gton ao imponente e grave mordomo.

Sabe você, Hooper, se existe em casa umaha lança sobre a qual fosse possível pesar esteobjeto?

Sem dúvida, senhor. Temos uma balança nacepa. Devo trazê-la. senhor?

Sim, Hooper, por favor. Traga também ospecos, naturalmente. E cuide de verificar que asbandejas estejam limpas.

Dois minutos depois o criado reaparecia com umabalança parecendo nova e uma caixa com os pesos.

Três libras, três onças e meia. . anunciouo sr. Broomhill depois de efetuar rigorosa pesagem.

E' realmente muita coisa para um tão pequenoObjeto .

De fato concordou Thorndyke. MasGannet utilizava material de elevada densidade enão poupava mercadoria. Tive ocasião de pesaralgumas de suas cerâmicas e todas eram muitíssimoperícias.

Depois de anotar no seu caderno-de-notas o posocia estatueta, continuamos nosso passeio através¦ ia sala. Poucos instantes depois, Hooper trouxeuma bandeja de prata com um serviço de chá.

— Não precisa* esperar, Hooper — diSwSe o sr.Broomhill. Nós nos serviremos, quando tiver-mo: vontade.

Enquanto o criado se retirava, voltou-se para oúltimo objeto uma estatueta de mulher nua, re-torcida e obesa, cujo rosto grosseiro e membrosedematosos pareciam clamar a necessidade de umatireoidetomia -^- e chamou nossa atenção para

"a

nobreza com que eram traduzidas as abstrações aaforma e o desprezo superior pelas contingências caescultura puramente imitativa"! Finalmente, aban-cionou o domínio da arte e dispôs as cadeiras cmredor da mesa.

Qual é esse museu que expõe as obras cio sr.Gannet? — perguntou êle, enquanto saboreávamosum excelente chá da China.

E' um pequenino museu de Hoxton, que seintitula "Museu Popular de Arte Moderna".

Ah! exclamou o sr. Broomhill. —¦ Conheço,rim. . . E' um excedente instituto, que dá às pessp|Smodestas ocasião de conhecer as glórias da artecontemporânea.

O "Geffrye Musèüm" não fica muito distantedeclarei.

Sim... Mas expõe apenas mobiliário íoí*a iuso e obras de arte inteiramente fora dc mCK.^Uão contém nada "disto" acrescentou, desig*nando sua coleção com largo gesto da mão.

Espero continuou êle que o senhor poresolver o problema que o interessa. Essa ilist01^de pesos não me parece apresentar um real inrêsse. Mas o senhor talvez seja melhor J^rl

úmero)

a

oue eu(Continua no próximo h

qo *J Ano — N. 4 Setembro 1948 43 EU SEITUDO

ACHEMIRA Terra dos tecidos mais belos do)f mundo — Os chalés e lenços do

passado — Os tapetes de hoje

nomes que têm estranha magia. . . Suafascinação sugere a idéia dc lugares lon-finques, cheios das cores dos sonhos, revê-

io formas e imagens deslumbrantes. Está nessaslições a Cachemira, belo vale do Himalaia infe-

ao norte do Pundjab, na índia. Seu prestígio,

3waWp»~«jM»iiTI11iii»>i^ ''I i i'lilnl*»n lii áiiàmmmmimmmmmmmtmmmmm»mmimmdmmmimm»mm-mmmm-m.i n.im.i.v /*•;- i*tu Ja. / E i ¦ im iI ! 'v"\*Aj%t£b

I h /* - 4 !i

MMMaMBMMMUNMM*ri»< **^tb twrwTTiirc^wt^atri < *¦» «i»»Mi.m

arregamento dè madeira em Cachemira. O trabalho de.•gamento é árduo, mas o barqueiro julga-se bem pago

pele seu esforço. A madeira é o único combustível dehemira, e cada casa de botes, á semelhança das pa-

làfitas, é obrigada ao consumo racionado de madeiras

i^í-<^E:-í'-\--^*w^k_é ^,> . "^r . ^^rv-**" *r ^?f_W&#£M$E- - E\.'^m

... --¦ r ,,-,.-.. ¦ ,,,... .._ ._., ~i-«riírra»MWU'"»««W;!«aWMawBMMBrt

ho-da-sêdá é uma dádiva da China à índia. Segundo('adição, certa princesa da China levou para a índia pe-brotos de amoreira e alguns ovos de bicho-da-

,r'i sua cabeleira. Em Cachemira foram cultivadosL°s e criados os biches. O.s casulos são transpor-cm cestas, pesados e vendidos. A maior parte da

seda de Cachemira 6 exportada

ni iiijw i ««. i ——w—i w—— r———B ^-nj» tm »i—w———¦»r»«M immiiw

^^^^.i^ffi.^^^:'. %-^K/i't^tyf^m^'-';~ fe ^y^^gBM^^X 'r^^^^^^____^^Êi

.ammn im i i—,i »i< i iw i niiOIIW !¦¦¦¦ if|.w^'^«,»-»»Mii«""*»"> * ""'""•*«

Seleção de casulos na Estação Oficial de Sedas,de Srinagar. Todo este trabalho é geralmente

feito por mulheres e meninas

para os amantes das viagens, ávidos do conheci-mento de paragens inéditas, é igual ao de Samar-kand, do Peshevar, de Kartum, ou de Pekim.

Pelo menos essa é a impressão de Florence H.Morgan, a quem sc deve um lindo artigo sobreo "vale de Cachemira", terra dos chalés famosos,dos tecidos que maravilharam o mundo, dos bor-dados e sedas ciue granjearam os brazões da maisalta realeza, hoje sítio em que se fabricam mag-níficos tapetes e onde ainda não perdeu a influên-cia a sericicultura, ou criação do bicho-da-sêda, uma

I XCJ2.Í.S>rv «è;

•*4

*—.r-imi nn-T—B ri"-* ¦ *** ¦—-—-—' i ¦— ¦¦-.*-».-. ¦»*; .* - ;¦¦ .i ^.a-^|

-4 :Íeee:\. "::m

W-. ^ü, IS* í Ã*-í' '*?$» ''''*. -.-- ':.:-'*-:-K

-A '•*..; '-Í-3ÇS , •' ••'¦¦*.'¦'*':ll,':ílrr^|

-vrrmmr, ¦,'zuianm.immt„um*,.mm*mmm*mm*mmmmmm*mmm**aMrmmm^mmmmmmmmmMmm^mmmmmmm*^mtMimmmmm^m»mmmfm^^^^^m

físte Rei-Demônio de Dez Cabeças, do Ceilão, vai serqueimado. Todos os anos, em Srinagar, os indus quei-mam. solenemente, o deus gigante Ravana, seu irmão eseu filho. Segundo a tradição, eles roubaram Sita, esposade Rama, è mantiveram-na em cativeiro no Ceilão. Ramae seu irmão procuraram-na por toda parte e não a encon-tràram. O rei símio. Hariüman, porém, descobriu ondeela se achava. Despejando pedras e árvores no mar, cons-truiram uma ponte ató o Ceilão, pela qual Rama, com um"

macacos e ursos, assaltou a ilha e libertounidade da queima destas figuras procura re-

lembrar o feito de Hariüman e 6 acompanhada de umritual de fervor religioso. Ainda hoje, na índia, o localda passagem, o ponto de travessia, construido para Ramaatravessar o estreito, pelos macacos, é conhecido como aPonte de Rama (também é conhecido como Ponte de Adão)

exército deSita. A. soh

*w«8BW5

EU SEI TUDO 44 32.° Ano - N. 4 — Setembro — 194a

m

m

- a**»- . **&M*^Ê^mmmms\\tWk\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\W » — ¦«« 1 nr- -

Em Cachemira, a cozinha doméstica utiliza inúmeros ve-getais que habitualmente fazem parte das mesas do Oei-dente: tomates, pepinos, berihgelas, batatas, nabos. etc.Mas não som* nte esses vegetais comuns. Iíá outros que,embora não sejam usados como comestíveis apenas nonorte da índia, constituem, para nós. uma novidade culi-nária: frutos de cardos. urtigas, flores e brotos de no-gueira. aspargo silvestre e ruibarbo agreste, cozidos erefogados em mel. A gravura acima é de uma mullerde Cachemira, lidando com suas frigideiras e panelas.na cozinha típica da região

das mais típicas epovos do Oriente.

mais notáveis atividades dos

O artigo de Florence H. Morgran tem a&' suges-tão maravilhosa de uma viagem pelos paises dossonhos. Aproveitamos dele notas mais palpitantessobre a paisagem, a gente, o trabalho, os costumesda região

•Chega-se a Srinagar, a capital dc veraneio do

Estado nativo, conhecido • como o Domínio do Ma-rajá dc Jammu e Cachemira, após uma longa ecaneativa viagem de trem ou de automóvel. Oponto de partida é Bombaim, de onde se se vai

*——— ——• * 11 -_-_-_-__-___—»

As mulheres também tocam instrumentos rle sopro- ohookah. Párece-se com o saxofone e é feito com tubosque se ornam de prata e ouro

. •

granae

para o norte, de trem, via Delhi e Labore,Rawalpindi, um dos principais centros fortifica,!da índia Britânica. Aqui começa então a estnque se dirige para a terra do encanto e da í,,cinação.

Quando se sai de Rawalpindi. logo começa abida da estrada carroçavel; que se faz atravé?desfilàdeiros e abismos, e por curvas muito fecidas que, cm pouco tempo, nos levam aaltitude, de onde sc pode sentir os efeitos dadança de temperatura, com a transformaçãoar quente das planícies num ar e clima ame>e saudáveis.

A estrada de rodagem cjue vai de RawalpinctSrinagar, com mais do 260 quilômetros do extenspassando através cias montanhas ao norte do Pa,1Pir Panjal. é magnífica. No seu percurso pode:ser apreciados belos panoramas, eni quo a belezada índia se apresenta cm todo sou esplendor. Pico;de neve re elevam à frente. As águas ciciantes dasgeleiras descem ruidosamente pelas encostas.

A viagem para Srinagar se pode fazer em um

^^•v. ¦ <«*VWísh ^X_v?^>:Ítf ....'__ ..!&.____,#J_»I^'«1*^^%||

*} .->_________ * ____•_£_____ A$à \m ______«_______l___r____L? *W^^^bíéW_ÉWI_P^^^^.^?<;"

é_é__mm_____^^ \ j*, _8g líl__MraÍ_%_ÍI_l__^_^ _5<jF *__^^.%'^^^wS^mn^nwMffl^^^^^^^fiSÊÊt .[¦«.r»-, ' -*A''' vtí t**Wêè W&mWww&twPA Mj____S%A **¦* li il*ltoPOpu Irr nl_M___rí___r % êmfc^áxiCÍSRbSShbh*'* ¦.¦"¦aw.y •*¦*• \ ^______________k_5____I _-%*>> aa,-'WaMKf&m* 1F$ ¦•*•¦ •¦ \a____8_8a_y •<¦•' •__*•¦••¦••-¦:¦ _ft'U

_r*íéFW:. ><,-:¦ .:¦¦: •*¦¦•¦•.*•'..?:¦.-*í ¦¦¦•¦•;?•¦¦.. ,:.¦:.: iiMJVKiU^ ..-. ' ¦¦¦¦:¦_ ..f;*fx:,.•;.-.¦¦¦¦"' ¦¦¦'. ¦'.• : •ja___8s_R&_v ;:«;¦>* ,¦¦ rf-vr-r-, *...-; ..-.•;¦".¦¦•:_;.¦.. ¦¦jty-'.:¦_>:., ,.¦¦¦.-:,:::;.:¦:¦¦. *. •*.*. * ..:¦ ;-V-*Çt»:'*.;:S>::':'í •> j-v^v • ¦-*,*- *¦*¦ ¦¦ .*W í>;:*:;;-r*í:-*.-.V.V.:V>:..:';í*A;;-:..-:m:r-:.:v:;.:y;!:;:: ,, . :«>¦:;.*;.. :.VÍ--:"?:-iVa ,. .: .- .*.,..*<?:- ...

Jardim flutuante transportado para entra margem d<lago. Para se transportar um jardim flutuante, empoga-se uma corda ligada a um barco, oü então se impusionam a varejões. As sementes serão plantadas no rio*solo que se transporta da margem do lago, á flor dáguaEstes jardins sao muito parecidos com qs chinãmpas,

do lago Xochimilco. do Méxicodia. Não é raro passai-, no entanto, duas noite;em hotéis, que se encontram no caminho, e erBaramula. às margens da grande depressão conhcida como o Vale de Cachemira.

De Baramula se pode fazer o resto da viagemem botes, subindo o rio Jhemum, mas é possívelmelhor continuar a cavalo. Nos últimos 40 quibmetros qüe se estendem através de uma planiira,a estrada é cercada, de ambos os lados, por urnalameda muito alta. Nos campos de semeadmos camponeses, de cócoras, trabalham ria colheihdurante o mês dc abril.

O telhado das casas feitas de taipa é todo co-berto com lírios e flores de côr vermelha e brancac de folhas verdes, quo lhe emprestam certa graeAs pessoas quo transitam pela estrada são bemdiferentes das que se vêem noutros pontos da índiaEkkas e longas são os carros a tração animal cléstpaís, que se encontram pelas estradas.

O Vale de Cachemira é uma planürá de mais de100 quilômetros de extensão, por cerca de 25 delargura. Todo o vale so encontra rodeado por uniacadeia de montanhas de vegetação muito rica e depicos cobertos de neves,

'mesmo nas épocas de

verão. O céu muito azul dá ao ambiente um eo-lorido de beleza estonteante. Em toda a sua ex-tensão passa o rio Jhelum, e perto dos bancos deareia se estendem as ruas e os bazares que formama antiga cidade de Srinagar.

>T

32,° Ano — N. 4 Setembro 1948 45 EU SEI TUDO

este panorama é embelezado por sete curió-pontes sobre o rio, o em todo o comprimento

da- largens erguem-se casas de madeira, das quaisocultas pela floresta densa. Muitas ruas

lado terminam nas lájeas que beiram as mar-dos rios. Aqui se desenrolam, então, muitas

que retratam perfeitamente a vida nativa,

luas de madeira entalhada constituem uma das artesie Cachemira. Mesas, móveis de outra espécie,

x. tabuleiros, bandejas, carteiras de bolso, tudo isso,finos lavores, desenhos lindos e art.- consumada,

risto para ser comprado oos bazares d • Srinagàr

ndo nas grandes pedras vemos homens lavandopas e mulheres enchendo os seus potes de água.

As crianças alegremente dão cambalhotas o brin-as cabras e os bois andam calmamente no

io da multidão. Nos alpendres, as lâvadeiras¦m as roupas a secar. Em tudo se nota colorido

o alegria.>eto interessante e qüe chama a atenção do oci-ital é o tipo dc habitação deste povo. Parte datapetes substituíram os famosos chalés de Cachemira.tavura mostra nm tapete cie boa qualidade e de mag-:os_desenhos, que acaba de sair- dos teares. Toda a.lução. em regra, vai diretamente para o exterior. As

são de boa qualidade em Cachemira e a lã maisobtida do pashiri — a lã últra-finà da cabia do Tibé

qual antigamente se faziam os famosos chalés, eiá sendo empregada no fabrico de malhas dos

Lpetes. Muitos tecelões antigos estão trabalhandonos produtos novos

Numa fábrica de tecidos <{<¦ soda vemos três trabalhadoresdesfiando os casulos. Alguns desses casulos são conser-vados num ambiente de temperatura constante, para queo biCho-dà-sêda se desenvolva. Quando as borboletas saem.aladas, são capturadas e criadas com desvelo, conservando-

se para nova reprodução

população de Srinagàr vive nos rios. Grandes botes,compridos e esquisitos, chamados dungas, com asarmações feitas de tábua.s, constituem as únicashabitações que milhares de pessoa.s de Cachemiraconhecem até hoje. Nestas habitações palustreshá um camarim, a cozinha à vista de todos, algu-mas panelas de ferro ou de cobre e tudo o maisde que se compõe uma casa ali.

rOXá.»

E U SEI TUDO

IKSBBSSI "ii'ni | | «' T «MMgjglgWjWgMMBMBBWBttMBMMMWMM«WBMWWWMWMMMi

í . ¦-.. ft * í? * **'"St-'S S-j&áf -$-' .***¦»** 7> íy^yás -^^^^^Sp&í

7 7' â I • #I»ÉÍÍ^ - «ll«&^

.-.^^^77, :-- -'- ; ^¦¦:fl:/-/-'- :¦¦:¦"¦'¦¦¦ : ^7. •- - ...

Os soberbos trabalhos de agulha om Cachemira são feitospor homens. Geralmente ficam sentados, de pernas cru-zadas. numa espécie de cama. Trabalham em lã. seda e

algodão e são exímios nos desenhos e nas cores

O nativo de maiores recursos pode ter a regaliade habitar um bote muito mais confortável e me-lhor. De acordo com a situação financeira, do seuproprietário, paredes de madeira substituem as pa-redes de palha, e inúmeros outros melhoramentospodem ser introduzidos para maior conforto de seusmoradores.

Todos os empregados, em regra, são homens.As mulheres de Cachemira raramente trabalham.Até mesmo as crianças são tratadas e cuidadaspor criados.

Os mangi (barqueiros-chefes), os khitmatgar(chefes do sempregados), os bhisti (carregadoresde água e varredores), os khansaman (cozinhei-ros), os ittaJi (jardineiros), os dliurzi (costureiros),são sempre de sexo masculino.

Os dhurzi, ou costureiros, são exímios e fariaminveja aos demais artífices do ocidente.

46 32.o Ano _— n. 4 — Setembro -

deles, por exemplo, diz que em toda a Srinanem mesmo na casa de Ali Jhan, seu com

se pode encontrar tais rendas, tais paslcom tais desenhos e tão baratos.Quando o pequeno shikara (canoa) singra

mente as águas em direção à casa, um nro wallah, sem demoro, espalha as mercador,siste para que os presentes vejam os objetoferece. Na sua linguagem característica di:

Veja! Não precisa comprar. Queroque olhe e examine...

O walhih sabe o valor dó que está ofere*e tem certeza de que tudo aquilo eonstitutentação para os olhos de uma mulher do OciSabe que hoje ou amanhã o freguês há de c<

As indústrias nativas de Cachemira eslextinguindo, e muitas até já desaparecera!;pletamente. Não se encontram mais, por o;os famosos chalés, que em todo o mundo"fama a Cachemira. Há, é certo, imitações b*mas, macias e finas, mas os chalés antigos,dadeiros, com suas cores inconfundíveis' dmente se pode encontrar, a não sur nas expodos museus.

A pachimina é um dos mais interessante,-dutos locais. Trata-se de um tecido marrou.lã, feito do pêlo de cabras do Tibé. Os maissão muito macios, e us mercadores, sem meesperai- que se lhes peça. fazem passar tod

''48

Em Cachemira há coisas maravilhosas, e entreestas se incluem as mulheres, famosas pelos seusolhos encantadores e suas maneiras graciosas.

Um dos melhores passatempos que se podemencontrar na região é ir ao mercado fazei* com-pras na Cidade do Sol. Quando se transita peloBund, negociantes espertos forçam a comprar asmercadorias que oferecem. Mohamad John. um

mÊÈÊÈÈÊíkh *$$*& '* yr.,- ?ê.

lorss,

>r77

' -rir

as

¦ «o,

sa. í i

rse

sn-Io,on

ssi-

scil-ções

pro-de

inosSiilO

3

^^^^— | mn bi ,|||L

IW^^^í"^' €*M« ^pè&* J^>'1i&m-yfl-5 W&:"j::**^tty-<- f. £fcN ¦ "*7 v '. C -*"- . ¦' í2 >-¦'• > '**£s!*J-i'-.-'iWWm t;^fe#?^ lllllm "^^^^^ *mmt/: /mI

:m

mB&Ê

na¦i' í.c

"de

rtes

Os tecidos de la crua são entregues a dedos hábeis demulheres que tecem a lã e encontram trabalho relativa-mente fácil nessa indústria rudimentar

Os feltros de inferior qualidade e artefatos de. couro e<tituem importante coeficiente das indústrias locai:Ásia Central. São mesmo artigos que mais firmemantém a ligação comercial do Oriente com o Oio-ínas tribos dv Turquestão Chinês se usam na cobertor,tendas. Muitos são remetidos a Cachemira para s-ornados e bordados. O Ocidente aceita de braços abesua colocação nes mercadoslargura do chalé dentro de um anel, para demotrarem como é fino o tecido.

Um tecido de lã mais grosseiro, parecido con olmho feito à mão na Escócia, que os indígenas clmam puttoo, e que • constitui uma das indústriasda terra, serve para esplêndidas roupas de passdo.Os mercadores oferecem à venda ótimos produ-tos, e uma das artes do vale consiste em trabalhosgravados em madeira, embora a falta de árvores delei, próprias para isso, tornem difícil uma expio-ração comercial mais intensiva desta arte.Duas grandes indústrias apresentam notávelsenvolvimento: a tapeçaria e a cultura do bicho-da-seda. A fabricação de tecidos de seda em Cache-mira é pouco desenvolvida, daí por que grandeparte da criação e quase todos os casulos do bicho-da-secla sao exportados para a Inglaterra, ondeentão são transformados em tecidos. As indústriasdo país estão providas de aparelhagem moderna eno seu trabalho são empregados milhares e milha-res de nativos.

As banquinhas dos bazares da terra são iate-ressantíssimas e apresentam uma côr local encan-tadora. Figuras sentadas no chão, de pernas cru-

32.° Ano N. 4 Setembro — 1948 47 EU SEI TUDO

SBB?ft£Klj

pfíSB»S0'

-..¦:

És

ÊÊ£^ -mÊÊ^mk: ; -Lx^^xíí—:^^í*v''*^^X'" ¦ -'.7%í^-;7'*#tó;W ¦ -- jJÉsí^P*-" *¦- * -'.-*.",j

SpaSSE

o fundo espumante e branco da cachoeira servindonoldura, essa mulher do Pundjab dança sobre uma

em cima das águas. No jardim, perto de Srinagar,dos recantos aprazíveis do lago Dal, o. grande impe-

or Jahangir e sua favorita Nür Mahal passaram dias"Mãos níveas qué eu amei. junto dp Shalimar" ...— diz o verso cantante

tecem ou fiam, trabalham em madeira ouem o martelo na bigorna. Em redor, sentadosem pé, há sempre um grupo de indivíduos deso-

ipados que conversam, discutem e falam, e ovozerio das barganhas se ouve de longe!

ão agradáveis e esplêndidas as excursões pelosodores de Srinagar. Sem dúvida, uma das mais

interessantes é a que se faz aos jardins de Shali-mar. Impulsionado pelos remos dos rapazinhos, o

ikara desliza por sobre as águas do canal queliga o rio Djelum ao Lago Dal.

Através do lago rodeado de árvores frondosas,sua água límpida e fria. chega-se em uma

ra à entrada de Shalimar, o belo Jardim Persa,nstruido e embelezado pelo imperador Jahangirra sua linda esposa, Nur Mahal. E' um recanto

beleza celestial, que só mesmo no Oriente sepode encontrar.

Águas claras descem de altas montanhas portos feitos pela mão do homem para dar maiorcanto ao ambiente. No chão a relva e o tapete

flores de variegada coloração deliciam os olhos

2~-,-".:>irm

xmmm-• '¦-\*."j.-j,t**nm

todo o encanto dos costumes nativos e vestes peculia-unia dançarina de Cachemira. Tem uma capa tecida

^^^C^^i^MM^É^^^ *T^ ""«

~ ¦ y ***mm*£&&®&

A pashmina é um dos famosos produtos locais de Cache-mira. Para provar a maciez o a finura do tecido, osmercadores fazem o pano passar todo através de um finoanel. Daí o termo "chalés de anel". A indústria data docomeço do século XVI e está em decadência. Mas houvetempo em que nela se empregavam cerca de 25 mil pes-soas. Napoleão deu de presente a Josefina um desses

admiráveis chalés

do visitante. Grandes árvores proporcionam som-breados em que se pode sentar e contemplar asfontes e os lugares por onde as pessoas, aos do-mingos e feriados, passeiain em trajes de esporte.

" *^%7xx ^^^üj^^^jÊáifâ&mí?.!

Do bicho-da-sêda quase nada se perde. A lavagema quente dos casulos é uma tarefa delicada

m, - ..,.:?¦¦?¦:?*:<;. *XX.XXX-~X'í1 ^ÍÉ8»* ' C -***> '':

-#¦. -* '*' Wm ^^^^Slyy- '¦"¦"¦" '••> *

a ¦ M ^^Sta_ M JL* ... í*&&m_ ™

de ouro, jóias incrustadas;um colar completam os

um ricoenfeites

turbante e

Srinagar. a cidade do Sol, transpõe o Djjelüm por meio'de sete pontes. As crônicas dos velhos tempos falam deum número enorme de casas na capital de Cachemira —nada menos que 3 milhões e seiscentas mil — muitas delascom cinco andares, todas de madeiras, providas de apar-tamentos, suntuosas entradas, galerias e torreões. Nostempos atuais, as casas de Srinagar, modestas, fra-géis e de estrutura heterogênea, nao são as únicas: toda-via. há palácios reais, palacetes com terraços e balcõesimponentes, mansões do ricos comerciantes, templos epagodes, que se emolduram no fundo de painel do rio

e das montanhas cobertas de neve

EU SEI TUDO 48 32.° Ano —- N. 4 — Setembro ~~ í"n

ti-

Os "dhurzi" costuram cuidadosamente e bem. Seus tra-balhos de agulha são maravilhosos e fazem inveja aosprofissionais do Ocidente

Um pavilhão de mármore preto, feito de materialtrazido de Delhi, embeleza a parte superior dojardim, por onde descem as águas. Mentalmente,é possível imaginar o esplendor do jardim, ao tempoda bela Nur Mahal, com os pares a dançar aosom da música plangente e langorosa daquelesdias. Sem dúvida, nas suas alamedas mi>.:. \_ ('O c;.

í zeram. . .dc Srina-

r.zc.:; nc-

telos e muitos juramentos cie amor scAlém deste, há outros jardins cm tornogar — o Nishat Bagh, Nasim Eagh -nhum se compara ao de ShaUmar.

Há jardins flutuantes do lago Dal, e parece ina-creditável que num país onde há tantas privaçõeso homem haja imaginado tão extraordinário planode beleza. Cem grandes pás. os nativos tiram alama do fundo do lago, e com ela fazem uma arga-massa que armam entre estacas. Depois disso cons-troem uma espécie de balsa. Dentro de cada mon-tao de lama plantam as sementes e cultivam todosos vegetais de que necessitam.

Melões, pepinos, tomates, beringelas e gilós pe-quenos e vermelhos - uma espécie de solanácea— tudo floresce naqueles jardins, sobre as águashaurindo o viço da umidade do montão de terraque flutua. . .

Não é raro que a esses jardins acostem canoase os tripulantes, amarrando-lhes cordas às raízesde beira dágua, levem a reboque cs canteiras ver-dejantes pelas águas a fora!;,0Íago Dal é sempre belo, mas em agosto, quandoos lótus desabroeham, a sua beleza atinge, o mais

alto esplendor. O tapete verde dessa flor sagradados indus e dos budistas cobre grandes áreas, e

as rosas, muito vermelhas, aparecem acimafolhas, seguindo o movimento das ondas cioO marajá diariamente recebe de seus criadosdes cestas de fores, e muitas há quo são esmente colhidas para êle.

E' difícil escrever-se sobre o Vale de CacheiMontanhas brancas cio neve se refletem naslímpidas e fidas dos lagos. Árvores gigantcedros, alamos, cobrem com sua.s sombras odos e as campinas. Em toda parto a fra*das flores empresta á terra a feição de um r<paradisíaco.

Talvez poi- isso se lhe ajuste bem o, norase lhe dá: o Vale Feiiz!

t3

dassro.ni-al-

asàs,

. a-ia

da

üe

zSm.fll HHP WlWi'!*^»^ T^^^rTi» ^^Ê^^^^^^Bfm^Xn il

[fl uflK&M BIDb Ifr *' i^^EjfliM EJfrC*! Jfiftnraõ^JSByJwffi^L íA-M WvB H ¦ 2S ¦«¦¦ Ttt'ãpM>*'3Z

f Cfl ||»^t ftt^Kfe" v-Wi Pff flB ^V^9 ^Cfltffl 'P^d^U^ ^^E&f ?k3 '¦tfl j^p^B >JXiÍu^H ^^KlV^B^^^Bfll ^K^ AnS t^Mfl Bl^^fl »^B fl BfmJRy^f •'

Inúmeras estradas ch' Gachemira são alamedas d" alta?arvores, a estrada que se vê na gravura liga Baramuha Srmagar. Baramula não é apenas o grande porto flr.vial de Gachemira: é o ponto-chavé do vale famoso

A MÉDIA DA VIDA HUMANANos dias de hoje, a média de duração da vidado homem é, nos Estados Unidos, de 68 anos. Odr. Edward L. Bortz, presidente da American Me*dical Association, fez, há pouco tempo, intéressan-tes comparações. Disse, por exemplo, que um cão,cujo crescimento se completa aos dois anos, viveem media, 12; que um gato, que está adulto com18 meses, chega à vida média de dez anos; e queum cavalo, que com quatro anos terminou o crês-cimento, vai à média de 25 anos de vida. Dessasobservações conclui o dr. Bortz — pode inferir-se

que o homem, fisicamente maduro aos 25 anos, po-deria ter a vida média de 150 anos. O aludidomedico declara mais que está nas doenças do coração, dos centros nervosos, das artérias e dos rins-que geralmente atacam o homem na maturi-dade e na velhice uma das razões pelas quaiso ser humano não vive proporcionalmente o tempoque vivem os cães, os gatos e os cavalos. Só nosinstados Unidos há 4 milhões de cardíacos e metadedas crianças que nasceram em 1910 estavam ata-cadas de doenças do coração ou dos rins nas pn-meiras idades. Esses dados, publicados pela im-prensa norte-americana, não obscurecem, no en-tanto, a esperança de que, com o progresso da me-cíiçma, o homem possa ter ,em breve, senão a vidamedia de 150 anos, ao monos a de 80 ou 100. Eja será um colosso, não é meamo"

32 Ano — N. 4 — Setembro — 1948 49 EU SEI TUDO

REVELANDO O BRASIL AOS BRASILEIROS

Tenho lutado -só; e dirão tal-todos] que em nada U nho

do útil ao meu país, Quim sahios pósteros não serão tão in-

is e se, menos t nvolvidos emõeSj dar-mé-ão o que não te-

\,élêidadi de esperar deem que <> ideal é

alavras de ROCHA POMBO,22 anos d( idade.'

¦•

ÍGNEZ MARIZ

• o auma épocarime

11 (s s

-^SPANHÓIS e portugueses,primeiros civilizados que se

-^ estabeleceram na orla mari-do que é hoje Kstado do

araná, volviam os olhos paramontanhas distantes e um

ande desejo de penetrai- os mis-rios da hinterlândia se foi apo-•ando dos setis corações. Da-das selvas eram reis e senho-

•s os índios carijós.A única estrada então existente

a água. Os colonizadores su-hiram, pois, o rio Cubatão (ou

hundiaquara) á procura dò des-.onheciclo. Como a distância até

raiz da serra fosse muito \ ran-precisavam pernoitar no meia

do caminho. Daí o nome com quebatizaram a pousada:

"Pôrto-do-

Meio". Ao término da jornada•hamaram "Pórto-de-Cima".

Muita gente, de tanto dormirna beira do rio. terminou se ãfei-;oando à terra e nela se insta-lando em diversos núcleos chama-dos Cubatão-dos-Morretes, Porto-do-padre-Veiga, Pôrto-de-Baixo eSerra-do-Arraial. Com a desço-berta de ouro na região o povoa-mento se intensificou e do amál-gama de tantos núcleos resultou

atual município de Morretes.Esses primeiros povoadores, no

intuito de facilitar os trabalhosmineração, inteligentemente

conseguiram mudar o curso de

MORRETES(Estado do Paraná)

A descoberta cias minas, segun-do uns, deu-se entre 1570 e 1572;segundo outros, somente cm 1640.Há grande discordância entre osautores. O certo é quc em 1653existiam em Morretes onze jazi-das em plena florescência. Os mi-neiros, entretanto, não se dercui-daram da agricultura, o fizeram,paralelamente, cultivo dc cereaise cana de açúcar.

O atual município pertenceu aParanaguá desde o scu primeiropovoamento civilizado at<com asarraial ouem diantedó termoEm 1812,

designações de1797,sítio,

distrito. Daquele anopassou a fazei' parte

da vila de Antonina;por provisão do bispo

de São Paulo, datada de 29 deabril, o arraial subiu à freguesiatendo eomo padroeira Nossa Se-nhora do Porto, decerto em ho-menagem ao ancoradouro fluvial.A freguesia foi elevada à cate-sforia de vila pela lei provincial.->

ta

tó__i_j_hK;

Rocha Pombo

alguns riachos e até o de um rio.o Marumbi. O povo apelidou pi-torescamente de "Água Virada"o lugar onde foi feito esse tra-balho, certamente gigantesco,para o tempo e os instrumentosprimitivos então empregados.

Trecho do Estado do Paraná, vendo-se a posição de Morretes em relação

a Curitiba e Paranaguá (Mapade Namyr Escobar)

de São Paulo n*> 16, de 1" demarço de 1841. Em 5 de julhodesse mesmo ano foi instalado omunicípio de Morretes, empossan-do-se os vereadores. Governava aprovíncia de São Paulo, de queo Paraná fazia parte como 5° Co-marca, Rafael Tobias de Aguiar.

Outra lei provincial, a de n9188, de 24 de maio de 1869. ele-vou Morretes à categoria de ci-dade com o nome de "Nhundia-

quara", em homenagem ao rio,porém o povo não gostou, fezonda, e pela lei h« 227, de 7 deabril, voltou a cidade ao seu nomeprimitivo.

Nas pesquisas efetuadas paramelhor desenvolvimento deste tra-

i -..¦••¦ :¦¦ -. ^ /\. v \ K •A-'*-_-r I

tl ;Nn/-;^ -y?" ///A m vs .--x. ylf /

; • ;"' • \///////////////a ' /ktü^S^ vv

C _/•< ' • # mV

| *. " ) . *»»V\ -/¦ *r

» • \ # H E)t_^ '. I

*, Ml|„ mmmmJtmmmmtmmmm ¦um —— " '"'- "*"^^ P

¦ ^^-s^esm^iPsaxKssm^.

¥¦EU SÊI TUDO

¦->.'¦

balho encontramos o nome de umcapitão-mor do Paraná — Fran-cisco Corrêa de Morretes. Devea cidade o seu nome àquele ve-lho, ou êle era chamado "de Mor-retes" por viver lá? Gostaríamosque algum morretense nos man-dasse esclarecer êsse ponto. Acronista sabe tudo a respeito desua cidade, por isso não admiteque outros nâo o saibam, a res-peito das suas. . .

Em 1860 alguns norte-america-nos se estabeleceram por contaprópria no município, fundando acolônia "América", de efêmeraduração. Os primeiros imigranteseuropeus eram italianos e em nú-mero de 92. Chegaram em 1870.Em 1877, um homem chamadoSabino Tripodi, aliciador de colo-nos, trouxe alguns milhares parao município de Paranaguá, porémnão houve ordem na distribuiçãodas terras e por êsse motivo 2.300deles foram se estabelecer emMorretes. Em 1878 o número deimigrantes subia a 4.000. distri-buidos em 800 famílias. Mas oaliciador Tripodi não tinha pulsopara levar avante a empreitada.O governo teve que intervir dire-tamente, assumindo todos os en-cargos. O engenheiro André BrazChalreu Jimior foi então nomeadopara dirigir a colônia, que se de-nominou "Nova Itália", sendoparte no município de Morretese parte no de Antonina. Os imi-grantes, venezianos em sua gran-de maioria, se dedicaram à agri-cultura e à pequena indústria" defabricação de aguardente, farinhade mandioca e fubá de milho Jáentão o fastígio da exploração deminas desaparecera.

De mistura com o sangue her-daram os morretenses o amor aotrabalho e as tendências artísti-cas do povo peninsular. Dos fi-Ihos cia terra cujos nomes se pro-jetaram lá fora, dois são des-cendentes de italianos: o pintorTeodoro de Bona e o escultorJoão Turim.

Foi a luz elétrica inauguradanaquela cidade em 6 de maic de,1917. Infelizmente, porém, ali nãohá serviço público de transportes,nem esgotos, nem água encanada!Isso é triste, quando sabemos queMorretes possui 24 logradouros

apúblicos! Como para compensá-ladaquela deficiência a natureza aapresenteou com cinco riachos, que-cortam a cidade em diversos pon-

pós e vão desaguar no Nhundia-aquara. Além dos correios e telé-ygrafos existe lá um posto tele-fôhico, inaugurado em 1931.

A sede está situada mais ouImenos no centro do município.Dista 47 quilômetros de Curitiba

af-em linha reta; pela estrada dò|f-,ferro, 70 quilômetros; e 76 pela¦- "Graciosa", nome por quo é co-iãnhecida a estrada de rodagem es-

^tadual. Os edifícios mais'impor-«tantes da cidade são: o Teatro

¦Municipal, a sede da "Sociedade

1

50

Beneficente e Recreativa dos Ope--rários", a Fábrica Paranaense dePapel e o Grupo Escolar "MiguelSchleder".

O município baiano do "SantaIgnez" comercia com cravos;Morretes faz indústria com o "lí-rio do brejo". Nào sabemos qualdas duas coisas é mais poética.O "lírio do brejo" prolifera nasdepressões do terreno o tem onome científico de "hedichium co-ronarium" ou "scbadilla ofíicina-lis". Suas fibras são utilizadascomo matéria prima nas fábricasde papel e papelão existentes nomunicípio.

As florestas ocupam, om Mor-retes, um terço da sua área to-tal. Muitas dessas matas aindasão virgens, outras, pouco expio-radas. Isto porque a mania dasderrubadas ainda não atacou os

Sg J. F. ROCHA POMBO. -Jfgs «^

£í.IXNÍ-lítu DE 1880. $

lÇ*. tt

2 ^^ ra¥0 :

tf ti'J> MORRETES ií

ta província òoimrãnà ji

\J _- " : • - Y - V.-_

jS^j ~" *~—^ Sg

r?f/ Typographu d'0 r0V0 ffiML ^mimCapa do um pequeno folheto ondeKocha Pombo reuniu seus artigosescritos em 1879

nervos dos morretenses de ma-neira fulminante, eomo tem aeon-tecido eom tantos brasileiros deoutras paragens. Ali se abatemarvores, mas comedidamente Elestem Ia madeira branca muito bo-mta para construção de móveise cipós de diversas qualidades*que utilizam na fabricarãc démobílias de varanda e carrinhospara criança.

Um quarto da superfície domunicípio é constituído de ter-renos acidentados. O pico doirii-nante e o Marumbi, na serra domesmo nome, com 1.800 metrosde altura, considerado o mais altodo Estado do Paraná.Pode-se dizer, som medo deerrar, que o município de Morre-tes vive da agricultura. O agentedo Recenseamento nos mandou in-formações interessantes: "Da la-

32.o Ano __ N> 4 __ setembro — i

voura vivem as indústriasaguardente e as fabricas derinha do mandioca e seus orrios; dela vivem as populaçõesinterior o vive o comércio,auferem suas rendas as duasletorias federais, a coletoriatadual e a Prefeitura. Com eção dos quo trabalham nas imtrias de papel e papelão,têm sua vida econômica condinada às colheitas e à boa oucotação dos nossos produtos acolas. Mas entravam o descivimento da nossa agricultura:

A ausência de processos arios modernos, tais como mánas, uso de adubos, etc; 2''carência de meios de transpor;adequado para a banana, qu-editassem ao lavrador venderseu produto dispensando o intermediário; 3* Os impostos estaduais e federais escorchantesque recaem sobre a aguardeme que forçam os industriai?comprar por baixo preço a sairde cana dos lavradores, a fim (upoderem fazer face à concorren-cia dos vizinhos Estados de SantaCatarina e São Paulo, cuja aguar-dente é um subproduto fabricadoác melaço ou resíduo de açúcare que, por isso. quase nada custaaos seus produtores; 4* — Nãcse contar com crédito agrícolapara aquisição de instrumentosagrários, adubos, sementes, etc".

Morretes ocupa o segundo liigar como produtor de bananas,em toda a América do Sul, sendosobrepujado apenas pelo munici-pio de Santos, que está em pri-meiro plano. Elza Miranda, a"rainha cias bananas", quo se encontra atualmente aqui no Rio,devia ir dar um passeiozinho pc»lá. Estaria no seu elemento. Logodepois da banana vêm o arroz,a cana de açúcar, o milho e alaranja.

O ensino primário está espalhado por todo o município. Ã>expensas do Estado funciona uniGrupo Escolar com onze classes,um Jardim da Infância e um Curso Complementar, na sede. alémde vinte o oito escolas mistas,primárias, na zona rural. O municipio mantém sete escolas primárias, todas em povoados e fazendas. (Dados de 1940.) Não hácolégios particulares, mas pou-quíssimas são as crianças quo nacidade não recebem instrução. Ninterior se relaxa um pouco masde um modo geral, o mòrretensié amigo dos livros. Os estudamtes, terminado o Curso Comple-mentar, emigram, às dezenaspara Curitiba e Paranaguá, ondiingressam nos ginásios," na Es*cola de Professores ou na Universidado do Paraná, diplomamdo-se em Direito, Engenharia ouMedicina. É' um povo que sabeo que quer; por isso irá muitolonge. Infelizmente, na zona ru*ral, a opilação ainda ataca vintepor cento da população. Até 1940

3 o d A.no — N. 4 — Setembro 1948 51

nft0 .stia um único hospital cmtodo município. Havia, apenas,umpelo

ub-Pôsto de Saúde mantidocvêrno do Estado.

Francisco da Rocha Pom-Do sceu em Morretes no dia

,, dezembro de 1857. Naqueletc;sunv.duteiprasno

a cidade quase nâo pos-emen tos que ajudassem umpobre a ser alguém na ár-

profissão literária. Mas ancia que Deus dá aos seus

estinados falou mais alto quefictildades ambientes. Tor-

se o rapazola morretense au-data e, aos vinte e dois anos,nas, fundava c primeiro heb-ladário que possuiu a sua_: "O Povo". E sabem qual

finalidade que trazia esse Jor-nal, cujo primeiro número cir-

)ii em 1879? Difundir idéiasrepublicanas!

ossa surpresa não foi peque-ria, ao descobrir a faceta pan fie-

sa cio temperamento de Rochaabo. Quem aprendeu noções de'tição cívica no pequenino e

livro "Nossa Pátria" eth estudou depois na grandestória do Brasil", onde tudosudez e equilíbrio, estava bem

de imaginar que aquelemao homem, em sua primeiramoçidade, fora um descontente.

um revoltado!Tivemos a sorte de encontrar

folheto onde êle juntou, emíO, pequenos artigos de jornalescritos no ano anterior. A títulocuriosidade, vamos transcreverue nos pareceu melhor. Trata-de um comentário ao quebra--bra de bondes que teve lugar

no Rio quando o governorial pretendeu aumentar assagens de uma taxa que pas-à História com o nome deposto do vintém". Dizia Ro-Pombo: "Grandes tarefas sesõem aos regeneradores desta

Os temas sociais do maisalcance, da maior instância,tão: separação da Igreja do

-do; grande naturalização;âo direta; cerceamento do

Moderador; tempóralidadeSenado; extinção do Conselho

fado; autonomia federal dasúieias; independência e reor-

ação municipal, E outrasnas comple tivas da primei-stás: casamento civil; se-zação dos cemitérios. Tra-¦mos por estas reformas.^érnòs, nós, o povo, e seauarquia se opuser, valha-

república federativa, queúnica forma de governolivre América. Até lioje>'0S inimigos têm sido o«eus caudilhos. Vede, ó¦orno entrou para os queo ano de 1880: os solda-nossos ferozes algozes es-Phicardonrow. •<aiam os nossos irmãosuas da capital do Império.

G.0dcpr

nosé .

rei

Sofrdos

. ,-»T g—p—

Podeis ver, pelo que acaba de sepassar diante do nosso rei, o quedesse homem podemos merecer.Vede, ó povo, quem é D. Pe-dro II! A população da Corte,vendo-se sacrificada aos capri-chos do governo, elevava as mãossúplices diante do sólio imperial.O que fez esse príncipe até hojeimerecidamente amado de seupovo? Desceu-lhe à face o repôs-teiro e mandou a canalha chorarnas ruas. E é o bom homem quenos governa! Não podia êle comum simples olhar evitar que nosprimeiros dias de 1880 se derra-masse o sangue do bom povo quesem murmurar lhe tem dado fes-tas e vida opulenta, e a seus fi-lhos, netos, parentes e servido-res? Desde que o dilema que nospropõe claramente a política doatual impera nto só nos deixa umrecurso digno,parece que não poderemos pormais tempoprotrair a obragrandio s ado fundamentalremodelam entode nossa socie-dade. Eia, pois,c o n c i d a -dãos: reformasna forma, oum u d a u ç ade forma!".

E' num dês-ses artiguinhosque êle soltaaquele bradocontra o.s con-t e m p o r à -n e o s , trans-crito no iníciodesta reporta-gem. Aos vintee dois anos êlese sentia forade sua época eprocurava con-solo na eom-preensão d o spósteros!

Possuía Ro-cha Pombo apreocupação defundar colégiose jornais. Pa-rece que sentiaânsias de trans-mit ir a outros,menos favor e-ciclos, o cabe-dal de conheci-mentos tão du-ramente c o n-qui st a d oem suas vigi-lias. Saindo deMorretes foipara Curitiba,onde lançou umsemanário; dalisaiu para a ci-dade de Castro,n o s CamposGerais, ondefundou o "Eco

, „ ,-, ,4. ¦<-: -•_..¦»¦»:;*.•

i.

EU 8. BI TUDO'¦¦.

de Campos", primeiro jornal quepossuiu a terra. Junto com o jor-nal criou e dirigiu um colégio-que depois transferiu para PontaGrossa.

Ali foi eleito deputado à As-sembléia Provincial, onde traba-lhou dois anos. Logo depois vol-tou a fundar jornais, em Curi-tiba: o "Diário Popular" e logoem seguida "O Paraná". Mas nãoestava satisfeito. Em 1892. aindana capital do seu Estado, colabo-rou no "Diário do Comércio", queterminou comprando, passados al-guns meses.

Tran::portoti-se Rocha Pomboem 1897 para o Rio de Janeiroe continuou no jornalismo, em-bora o absorvesse também o ma-gistério. Na Capital Federa, de-

(Continua na pág. 97)

O AVESTRUZ. -- rr ¦ - C tO. -«CSX-U-... . ... _.. ...

>¦-.¦. i"" '."••¦¦ A-v

v '. >' , '¦ - ' ¦/¦A.-Mf- V*

Os avestruzes são as maiores aves que existem. Perten-cem à ordem cios EstrucioriifoTmes, do gênero Stnitio, eantigamente se alinhavam na dos ãRatitas, ou Corredores,cu;acterizando-se pelo osso estornai em escudo (em vezde em quilha. ou car.ena, como é a chamada titela dasdemais aves). As emas da América são as únicas", repré-sentantes das antigas Ratitas, mas pertencem a outraordem: a dos Beiformes, gênero Rtièa. Os avestruzes são.como as emas, aves d*' curso rápido, podendo competircom mamíferos velozes. Possuem patas fortes; a do aves-truz tem 2 dedos; a das emas. 3. A gravura mostra umavestruz numa aldeia da Núbia. em contacto com os nati-vos da região, que passam por ser tribo das mais atra-

sadas do interior africano

EU SEI TUDO 52 :V2.° Ano N. 4 Setembro 43

•C O M 0 Ê F A C I I.SAB E R T U l> O

-NOMES PEQUENA EN( ¦« j'|PEDIA P O I» i v,

BIOGRAFIA DE TODOS OS SANTOS E PERSONALIDADES HISTÓRICAS GU LEGENDA] cÀS

NICOLAU IV, papa. nascido em Alessiano (prov. deAscoli) em 1230, eleito e coroado em 1288. morto em 1202.Geral dus irmãos menores desde i'J71. concedeu, uma vezeleito papa, grandes privilégios à sua ordem, declarandotodos os seus bens propriedade da Santa Sé. Todo seureinado foi ocupado com os preparativos para uma grandecruzada ao Oriente, esforços que se tornaram inúteis em

( erazão da má vontade de Eduardo l. da Inglaterra.Felipe o Belo, da França. Nicolau IV favoreceu a funda-ção ria Universidade de Montpellier - encorajou o estudoda Escritura Santa. Restam dele "Cartas latinas" o umaBula para a reforma dos monjes de Cluny.

NICOLAU V. antipapa durante i pontificado de JoãoXXII. nascido etn Corbière (Abruzo) em 1260. morto emAyignon, em 1336. Depois de haver casado, abandonou aesposa e ingressou na ordem dos irmãos menores (1310).O papa João XXII o nomeou penitenciário mn Roma:exercia essas funções quando Luis da Baviera. no maisaceso de suas querelas com a Santa Sé. obrigou o povoromano a reconhècê-lo como papa, com o nome de Nico-lau V (1328). Deu a seu protetor a coroa imperial, de-clarando a seguir João XXII deposto da dignidade pon-tifical e chegando mesmo a excomungá-lo. Porém, sendoLuis da Baviera forcado a deixar a Itália. Pedro de Cor-bière foi abandonado por todos e recolheu-se a Avignon,onde. depois de tei- feito total confissão de suas culpas,foi absolvido por João XXII (1330). que o teve, porém,prisioneiro no palácio pontificai, até sua morte.

NICOLAU V, papa. nascido em Pisa em 1398. eleito ecoroado em 1447. morto em Roma em 1455. Secretário, emFlorenca, do cardeal Albergati. foi encarregado por Cosmede Médicis de dirigir a biblioteca do São Marcos, sendoentão considerado o verdadeiro inventor da ciência biblio-gráfica. Tornou-se bispo de Bolonha e cardeal em 1446.Imediatamente após seu advento ao trono pontificai, man-dou iniciar ativas buscas para a descoberta dos rhah.us-critos antigos. Por ordens suas Piero delia Francesca eFra Angélico decoraram de frescos parte do Vaticano, eos humanistas, eom os quais vivia cercado, traduzirampar ao latim grande parte dos autores gregos. Criou eenriqueceu a biblioteca do Vaticano. Por isso é consi-derado um dos mais ativos promotores da Renascençaitaliana. Sua política foi eminentemente conciliatória. Em1448, concluiu com o imperador da Alemanha, FredericoIII, a concordata de Ascháffenburgo. que permaneceu emvigor até 1803. No ano seguinte recebeu a submissão doAmadeu de Savoia, anti-papa desde 1441. sob o título deFelix V, reconhecendo sua posição de cardeal. Relevouda excomunhão e restabeleceu em seus antigos cargostodos os prelados que haviam tomado parte nas derradei-ras sessões do Consílio de Basiléa. Entretanto, em 1453•consentiu na execução capital de Estevão Foscari. que'com grande número de conjurados, tramara uma conspi-ração para restabelecer a república. No mesmo ano, apósa tomada de Constantinopla por Mahomct II, tentou, inu-tilmente porém, decidir os príncipes da Europa a empre-ender cruzada contra os turcos.

NICOLAU ou NIELS, rei da Dinamarca, morto em 1134Filho de Suenon II, sucedeu, em 1104, a seu irmão Erico1», embora este tivesse um filho,da Dinamarca fossem devastadassobrinho, Haraldo. Deposto poucobléia dos Estados dinamarqueses,contra uma parte de seus súditos,como rei Erico, irmão de Canuto, sendoFodvig, na Scania, em 1314, quando perdeufilho na batalha, retirando-se, entãomorreu assassinado.

deixando que as costascontinuamente por seudepois por uma assem-viu-se forçado a lutar

que tinham reconhecidovencido emseu próprio

para o Slesvig, onde

NICOLAU Canabos, imperador bizantino. Proclamadoem 1204, para substituir Alexis IV, foi forcado a cedeipoder, pouco depois, ao enérgico Alexis Murzuphlio fez assassinar.o

que

NICOLAU I, imperador da Rússia, nascido em S Pe-tersburgo (Leningrado) em 1796, morto mn 1855. Filhode Paulo I. recebeu sólida educação, mas permaneceuexandre lv. Emafastmlo dos negócios sob o reinado de Al1817. desposou uma filha do rei da Prússia. Frederico•Guilherme III. Com a morte de Alexandre lv. seu filhomais velho, Constantino, tendo renunciado à coroa Nicolausubiu ao trono (24 de dezembro de 1825). O início de seureinado foi penoso, pois teve que lutar contra um movi-mento revolucionário dos "dekabristas" ou "decembris-tas". Urna guerra feliz com a Pérsia trouxe uma retifica-ção de fronteiras no sudoeste do império (anexação doErivan). A seguir, veio a campanha contra a Turquiana qual o imperador tomou parte pessoalmente; Diebitchflanqueou os Báleans e chegou até Andrinopla. A ' Porta",com sua retirada de Andrinopla, teve que ceder à Rússia(1829) alguns territórios da Ásia e abrir os Dardanelosaos navios mercantes de todas as nações. A revolução dejulho na Franca e a da Bélgica tiveram conseqüênciasua Rússia. Os poloneses tomaram armas para re.conquis-

'¦jatado

p

tar sua independência. Sua insurreição falhou após i <-mêxitos iniciais, tendo sido. a seguir, cruelmente repriEm 1823. Nicolau tomou a defesa da Turquia con.tr \\ihemet-Ali e concluiu com a mesma nação o trata',Unkiar-Skelessi, pelo qual a "Porta" se còniproiinnão deixar passar nenhum navio de guerra estran «irlpelos Dardanelos. Por sua vez, a Rússia se èsforçari; pórpenetrar até Khiva (expedição de Perovsky, em* 18submeter as regiões do Cáücaso ainda independem aassimilação do país polonês foi perseguida até aenergia e os unionistas da Pequena Rússia e da RiBranca foram (por bem ou por mal) ligados àoficial, ortodoxa. Em 1840 Nicolau tomou parte ?u trade Londres, que garantia a integridade da Turqudeixava a Franca completamente de lado. Em 1846.pública polonesa de Cracovia foi suprimida e daÁustria. Em 1849, Nicolau aproveitou as lutas intes tinasdos principados danubianos para ocupá-los e concluir coma "Porta" o tratado de Balta-Liman, que dava à Rússiauma espécie de protetòrado sobre a Turquia. A pediiíod<> imperador da Áustria, colocou suas melbores tropas idisposição da vizinha e aliada para dominar a Hungriarebelada. Reconheceu, em 1852, o imperador Napoleão lil,mas recusou conceder-lhe a formula oficial "Senhor cneu irmão", que já havia recusado a Luis Felipe, hrecía ser, então, <• árbitro da Europa. Julgou-se bastanteforte para executar ambiciosos projetos que desde !i;imuito alimentava relativamente ã Turquia. Porém a.glaterrá e a Franca estragaram seus planos com a *mada Guerra da Criméa. Nicolau nãn sobreviveu adesastre. Teve como sucessor Alexandre 11.

-lia-esso

«-prequal

NICOLAU II. último imperador da Rússia, nascido emS. Petersburgo (Leningrado) em 186S. Fillio mais velhode Alexandre III, e de .Maria Féódorovna (antes princesaDagmar). Em 1891 realizou unia grande viagem ao Éx*tremo Oriente, visitou a Índia, Saigon e Japão, escapandode morrer em Itsu. nas mãos de um fanático. Regressouvia Sibéria. Subindo ao trono imperial após a morte deAlexandre III, ocorrida em lv de novembro de 1894, de-clarou, num manifesto, que seguiria a política pacífica deseu pai. Em 26 de novembro desposou a princesa Alisde Hesse, que tomou o nome de Alexandra Feodorevna,Em maio de 1896 foi coroado, com grande pompa, emMoscou; a seguir, foi visitar o imperador da Áustria, oimperador da Alemanha, a rainha Vitória, dirigindo-setambém a Paris, onde foi alvo de calorosa recepção. Km1897.^ o presidente da Franca. Felix Faure, partiu paraa Rússia, onde foi festejado pelo soberano e povo russos,tendo sido solenemente proclamada aliança franco-russa,No mesmo ano. Nicolau II agiu junto do sultão, por oca-sião da guerra greco-turca, para que suspendesse as lios-tilidades; recebeu a visita de Guilherme II, em Peterliot,o fez uma viagem à Polônia, onde foi aclamado. Etn 24de agosto de 1898, o conde Mouraview entregou aos rsentantes das potências estrangeiras um memorial, noo imperador pedia a reunião de uma conferência "desti-nada a procurar o meio de pôr termo às ruinosas despesasda paz armada". Foi para responder a esse apele quese reuniu, em 1899, em Haia. a conferência de paz (ISa 21 de setembro de 1901). Do ponto de vista da politicainterior, o imperador manteve intacto o governo autoerá-tico e a influência do procurador general do saritó-sinodo,Pobiodonostro-vv, permaneceu preponderante. Mas adotoudiversas medidas felizes, fundou escolas e oficinas naraos operários sem trabalho, asilos para os trabalhadoresidosos, criou uma caixa de previdência e de socorros paraos artistas escritores, aboliu a pena do "knut". Por outrolado, a russificacão da Finlândia, medidas tomadas conlraos estudantes, uma agitação surgida entre os operáriose os camponeses de certas províncias, trouxeram pertur-bações que foram severamente reprimidas. Em 1905, apósa desastrosa guerra com o Japão, em qüe a Rússia, derro-tada fragórosamente em Port Arthur teve que ceder aoJapão além de províncias também vultosa quantia eni di-nheiro. Nicolau II enfrentou nova revolta interna, cau-sada pelo descontentamento nascido daquela guerra infelize também pelo aumento de impostos e recrúdescimcniodas severas medidas contra o povo. Em 1911, forcadodesta vez pela vontade das forças democráticas e sócia-listas, instaurou na Rússia o regime parlamentar. Como início da Grande Guerra, em 1914. a Rússia, fiel. isua política balcânica, tomou armas érri defesa da Sei'-via contra a Áustria, sendo, imediatamente, forçada a en-fren tar o poderio alemão, como aliada da França, BélgmServia e Inglaterra. Mal aconselhado, servido por mausministros e tendo contra si a campanha subterrânea dosbolchevistas encabeçados poi- Lenine, Nicolau foi snriPendido por violenta revolução do exército, marinha, caçj'poneses e militares, sendo forçado a abdicar oni l1'1'quando a Rússia assinou paz eni separado com a Mnha e Áustria. Preso o imperador, foi êle, finalmeoom toda a sua família, fuzilado pelos bolchevistas.

de 18 de julho de 1918. <imperia

Ekaterimburgo, na noit(nando cem êle o regime jul

russo

¦mie

Ano N. 4 Setembro 1948 53 EU SEI TUDO

OOE-SE PASSEAR DEBAIXO DÁGUA

Í

desportista náutico e inex-periente quo haja passadopelo susto de ver despren-de suas mãos o motor do

>a a óleo, e desaparecer ontre.ondas, não deixará, decerto,sentir certa, alegria com um

parêlho de mergulho agoraTrata-se dv um instru-

que pesa ao todo apenasitiilos. compreendendo o tubo

«íu.ia, o capacete à semelhançalascara oontra gases, a linhatdução dr ar e a bomba au-ática. Um aparelho dessa es-

podo ser facilmente levado>ordo de qualquer barco, até;mo nos pequenos botes, ins-ido e posto em ação, em meioíuto, depois dc sn retirado da

caixa.lom êssc novo invento podo-examinar o casco das embar-

ções, limpar o consertar a hé-avariada, andar no fundo dá-

à procura de objetos por-os, com a máxima facilidadesegurança, e pelo tempo quoL VANDO. UM MOTOR DK BARCOA pescaria agora não termina mais.ndo o pescador deixa cair náguaeu motor de popa. Salva-se tudo.lando o desportista dispõe d*' um

equado instrumento d'.* mergulho

se quiser, bastando pára isso quohaja unia pessoa, na superfície,para manter om movimento abomba automática de suprimentode ar.

Os principiantes do verão apren-dor a técnica dos mergulhos comos já treinados, o também dc-vem, de antemão, combinar osistema de sinais a ser trans-mitidos, através dos cabes de ce-gurança. acs quo ficam na su-perfície. Entre os sinais maisimportantes para uma operaçãodessa ordem, podemos assinalar odc "puxar para cima" e o de"mais cr", que são utilizados es-pecialmente quando so chega agrandes profundidades, o se faznecessária mais acelerada movi-mentação das bombas. Sc sc pro-tender procurar objetos perdidos,cumpro fazei- o mergulho de ex-ploração tendo cm vista o movi-monto da corrente, a fim de quesc possa aproximar do local ondeo mesmo esteja situado, mergu-lhando em sentido contrário. Des-sa maneira evita-se que a lamae a areia impeçam a visibilidade.Cumpre, por outro lado, antes dasubmersão, examinar bem todo o

¦ ii i»i>«iI-<____Iiíé»mHBH_-«w->wimm__-»-_^J|

Um aparelho completo compreendetodo o equipamento, inclusive a bom-ba d<« ar automática, o capacete, otubo de prumo «« 10 metros de man-gueira flexível para suprimento de ar

equipamento, e limitar o mergu-lho ao máximo dc 20 pés (cercade 7 metros) .

Nos lugares em que as águasforem escuras ou o fundo forsujo, sem transparência, pode-selevar uma lâmpada de mão àprova dágua, como as emprega-das na Marinha. Sapatos de praiaou outro calçado apropriado podeser usado num passeio debaixodágua. Necessário se torna tam-bém, o uso de instrumentos queprotejam os ouvidos, e luvas parase andar nas áreas onde existamrochedos.

*'".*--*iB*^Jt^_r3,U...U;_..^'^ — - *"r__«. '¦ *>-._-l**>__r*-*—« •**•*>• .»_» •-•*<*-**^*-,.- -¦-.. ¦ ;f VH-»-Tl •¦--. • ¦*-.— -*-**»l_w__ *__*___.l._S.

EU SEI TUDO 54 32.° Ano — N. 4 — Setembro — 1943

COMO SE FABRICA UM DISCO

cópias galvanoplásticas são tiradas da cera dourada por meio de um banho

tística e a dificuldade da reização "sentimental-técnica"

podemos assini falar, estãoei das.

Chegamos, assim, a uma "vação original", que constitui umapeça única impossível de cria?novo, com o mesmo grau defeição, visto que cada interpr*ção varia. A peça é então levpara a usina para ser submeta todas as fases do trabalhogalvanoplastia. O "original"

mergulhado num banho galvarplástico que o reveste dumamada de cobre eletrolítico. Ex-traída do banho e destacada d<original, esta peça denomina-se"pai" ou galvano original,"pai", já em relevo, produz-se.por meio dele, e depois pelavanoplastia, uma segunda peçaque receberá a marca em formade cavidade, e será denominadaa "mãe", o que é bastante grã-fico.

Esta marca em forma de ca-vidade permitirá, mediante ummesmo mecanismo, reproduziruma nova série de discos em

fe:

c||Í •

feli-IHrmm

STÉPHANE EPIN(Do S.F.I. para EU SEI TUDO)

n% indústria do disco de vi-\ trola, desse disco preto, bri-

Íhante, revestido de etique-tas multicores, com agradávelapresentação, encontra um nú-mero de dificuldades que o pú-blico não imagina.

Esta fabricação requer umaquinzena de operações delicadase complicadas: escolha da obraè do artista, em seguida prepa-ração da gravação a ser reali-zada por um mestre de música•conhecedor dos problemas espe-ciais dessa especialidade.

Quando a obra está gravada,sob a fiscalização de um mestrede música que tenha preparado asua parte artística e dum técnico,quando já se conseguiu reprodu-zir fielmente as vibrações acústi-cas com um sulco correto numdisco revestido por uma matériaapropriada com base de nitroce-lulose ou de produtos especiais,pode-se considerar que a parte ar-

A soldagem das mães é a operação de que se formam aa matrizes dos discos

iíitnmt^scr:

V'1*' Éwl

-

coi.el

qu<-»-',! •

que desta vez serão emAs "matrizes" são ni-

as, cm seguida cromadas,.ias às dimensões dos moi-determinado o centro, sorão

para a fabricação dos dis-•>ropriamente ditos.

posse de duas matrizes,una destinada a produzir

face do disco, o fabricantesuas matrizes num molde

cido com um molde de filhos,idos e montados mn u'a má-que permite aplicá-los um

a o outro com determinada

_--$__*¦ : .-¦- >?T"r:r*.tfim _rmiTSh-BavT_ r__v______ii_.'^ts4í.'i ^r%^m9Kik-i^i}<as__i'_s_

til

'

¦«^r-?-*jf-*».ii-?T'T^aukttmm

vmssmmm n^__z~'_mi______!__.?:

essao para comprimir, emente, uma quantidade de ma-'ia suficiente para produzir um

disco.impressor procede como uma

Uma. de casa que está a fazerlios: abre o aparelho, coloca

etiqueta sobre uma dasces, outra sobre a segunda face,roduz a matéria prima neces-

na e, automaticamente, o moldefecha. Abrindo-se outra vezntramo-nos com um disco

uto" que se extrai facilmentemolde como um bolo folheado,

m possuindo como uma co-de rebarbas, que os opera-tiram com as mãos, para

poder polir à máquina a borda*° disco.

-.a operação chama-se borda->* Resta depois para verifi-

momento da fabricação de um• As empresas devem dispor de>al Que conheça a profissão a<\ Possa, mercê da experiência,<lV os defeitos da confecção

ifíTítc -'.y_T.___r._._i.v •*> r-Atr? nnrx: .---«p-j-íx-i ***•**• tsukí- -is

Operação de extração dos filhos,isto é, das matrizes que, prensadas,

produzirão os discos

rfkíWJ:• *Tra>'a-«'ma-*r'g*a^ ^.ffp^^m-rr.-v^js-v -.fs:®*

A introdução da cera nos recipienteshermeticamente fechados. Todas asoperações de confecção de discos de-vem ser impecáveis, a fim de que

saiam perfeitos

car, simplesmente com a vista,o bom aspecto geral do disco,poli-lo com a mão, utilizando umtampão, a fim de o tornar bri-lhante, e proceder, enfim, ao en-caixo tamento.

Todas estas operações, nestesdiferentes estados, devem ser ini-pecáveis para se obterem discosconvenientes. Em todos estesgraus de fabricação, operários eengenheiros devem dar provas deabsoluta consciência profissionalpara evitar as dificuldades de or-

¦' i.i;¦

'

I

Ai!' í

I

_-.?•¦!

. fSfzzz^ ¦*-• ----- ••

•* >--.a--***i-**,.*-*'-E?."'*.^ ,e"'T^.-t3mmV3fxm.í:r_^_!_!íl__W^^' "™ "-''"__%_&&__}

•' 'I

:*¦¦¦¦íí

EU SEI TUDO 56 32.° Ano — N. 4 — Setembro IG-í.í

V

ef

Na gravura acima podem ser observados os pòrmenores de uma prensaimportante aparelho da técnica de fabricação de fuscos

dem técnica e prática que se en-contram.

Assim, a fabricação dos discosnão pode ser garantida senão porempresas que disponham dumpessoal que conheça a profissãoa fundo há muitos anos, capazde descobrir os defeitos que sepossam produzir durante o con-f eccionamento.

A fabricação na França atingeatualmente um milhão de discospor mês. A maior fabricação rea-liza-se nos Estados Unidos, naInglaterra e na Bélgica, a qual,antes da guerra fabricava duzen-tos mil discos, ao passo que naFrança somente duzentos e se-tenta e cinco mil discos saíamdas usinas, num país de quarentamilhões de habitantes. Isso re-sultou evidentemente da falta demão de obra.

Em compensação, se a Françatem um fraco rendimento, e sea técnica da realização de seusdiscos é a mesma que nos países

estrangeiros, o registro é de qua-Iidade muito superior.

Decca apresenta atualmeny mmercado discos que os imchamam F.F.R.R. (fui] fre^en-cy range recording systemy,que quer dizer que todas as frè_quências são registradas e quoDecca reproduz uma obra a >H«

1 i«o *

tica na qual se ouvem todo. 0ssons e os sons harmônicostidos pelos instrumentos; tais-ra-vações reproduzem toda adas freqüências audíveis; sspmediante processos de amplif ca-ção elétrica e de gravação muitominuciosos. Daí resulta umadição mais perfeita, mais musi-cal. reproduzindo fiel e rigorosa-mente a realidade.

No domínio da gravação,progressos são incessantes e den-tro em pouco marcas conhecidas

Pathé-Marconi, Decca. otc.— conseguirão reproduzir os sonsdum instrumento, duma orques-tra, tão distintamente como seestivéssemos numa sala de coicertos.

^^^r^^^^S^^^^^«^^i|HR•a^7!3!^OT?IE*:,'¦

Um mostruário completo oin oo,» uuni disco durante sua fabricação nn ^O "* '"*"''"** ^eS ,""' qU" "^

a direita, a série de sit iTsc^ '"'"'" baÍX°' " da eSqMerda ^representa as seguintes faseoueZlieT. f T

^'.'wamente no quadropressa; 3 - Cora dourada- 4

°V? "~ Cera V1^m; Cora m-*e impressão; 7 - D^co pronto" Pn T°

""'""'^ " ~ R"'VPrSo: 6 " GaWW'e &™XS:^^i-?T*°r**dois discos' "¦"reversosau, mostrando a forma do composição

32.° Ano N. 4 — Setembro 1948 57 EU SEI TUDO

PIRA8 » A CHINA ENTENDER-SE COM 0 MUNDO

A BCRITA CHINESA, AS NAÇÕES UNIDAS E A VIDA INTERNACIONAL(DO C. I. N. IJ.)

LGUMAS das maiores dificuldades com queas Nações Unidas têm se defrontado surgemda diferença cie línguas, alfabetos e modos

¦nsar. O chinês, uma das cinco línguas ofi-

da O.N.U. (as outras quatro são o inglês,

fr«a russo e espanhol), constitui um verdadeiro

(Ící tio à habilidade dos tradutores, redatores e

tipógrafos que têm de resolver toda uma série de

problemas antos que um documento das Nações

Unidas seja impresso nesse idioma.

escrita ideográfiea chinesa é um dos meios

¦^¦xvMBBHiBBBBBBBBBBBB BB^ Bi ¦R&ffflUAMhfaBMMH^Kf.-*'-1^ > X^x- •. .vwC-WM BB. -BB^flttBB PF^^tfS ^K-'- ^"^^ 38

^ti ¦'¦>"¦? iBj^J ^^I st MW MMMMMMMMMmÁ-'^.'''* "' ±^&£3cQÊKi&*'* ¦¦ ¦K£':'.*JBr•$ ,-tW^r^** jPVBBRT^B ^BW"^>™. vt^flt-BBHH ^Êtsyy ¦ ^fatJp^^-Zgr- -"õc-". a^ v-^H

«^feí^WSK^^**^^;^^^ .^B&.:-.x* /fc^*^***^^^!^^ :. <í

¦ * í*. *'mW*w ;-:-y*iv^;.* ¦ *j-wK<; yfo^^l^^B BBjW ^fl^fo-^^Qfe-i*' .¦¦•':£Í:>S3fe

•SÍPfc^i* \vtt!nstj# ^^BMil^>^******MÉBBBBi ¦'*- ~.*S^^I I^K. '.tB^BJ B^^^ww^í/i

W<-:---''}H* fis&UmtlfijSf jH |g s*Mthy BB ^fc 'rei Wftftroauffi*':'*?

&;*• v^^^^^^Si Bí^Bl^B B&£â8ifl k* ¦¦Séèí'-'"w^-^^H^^BÍ BB BPfl IvIIIÈ^Í*-;;-7

. v i IBl^^T^^^BPt^^MwBBíS^^wiiwifBfe^^MBy '

*B BI i **j m^B B§brJ65I$£k?B

i'Á ¦ ^H Br- * .gB^^BBBWM^^^BWjiBII^BBB-g^^BBI^BBR^ij^í" * /"^{jyyftrft^.. A| ^'Sàviív.'.^'^ HT ,-^. ^w8^^^^^BB^W^^^^BBf^^^^^8iB**^^^P'IBBft^^T^^*^:^^^

,' ¦ '•*''•¦ •''•.^'jffwSy^&Lvj^yÜfciA<i*»X"3BM^^HHKjJiK -«S9 lu?-ííxfi(Snl B»rowjw^«'v'

Unindo as canas da edição de um dos documentosoficiais das Nações Unidas em chinês

antigos dv representação gráfica do pensa-o, e, embora o anseio de paz seja tão velho

ito a própria humanidade, o conceito das Na-Unidas encerra tantas idéias e palavras novas

que. paia traduzir em chinês a Carta das Naçõesis, foi preciso criar quase 2.000 novas com-

Ções de caracteres.'erentemente

das línguas do ocidente, a pá-escrita chinesa não é formada pelas letras

fabeto, mas de símbolos que represen.,mi idéiasbásicas, No dicionário imperial de Kanghsi há 43

símbolos, suficientes para desesperar o estu-

ulindo o tipo. As Nações Unidas criaram um novotio de impressão pm chinês: cada vez que se compõe

'ágina, usam-se tipos novos em folha. Isto poupa olh(> de tomar as folhas depois da impressão e separar

J,,;1' (i(' 8.000 tipos. Assegura também cópias sempreDepois de utilizado, o tipo é separado, fundido

em seguida preparado para a nova impressão

m^mmmmsmmmmmÊtammÊmmsW*^t^mmmmmmmm^mammiimmatUÊmÊaMmsWs\\mmsmÊÊÊmÊÊÊÊt^^

Aspecto geral da oficina da Imprensa Oriental, em LongIsland, onde as traduções chinesas dos documentos oficiaisdas Nações Unidas são compostas para impressão. A com-posição é feita à mão por pessoas com um completo conhe-

cimento de mais de 8.000 símbolos chineses

mm *"""""™"*""""*!!gS5r "

Vê-se na mão (\^> compositor o novo simDolo para o ura--nio. em chinês: "Metal-U". E' constituido pelas metadescombinadas dos símbolos para "grapefruit" e "sítio". Amesma palavra pode ser vista impressa à esquerda da

página, isolada na coluna diretamente por baixodo indicador do compositor

. v* ^^*^^^^^^*\- ,'*#Ç0?OK* &*J*!-0lnni^Bt3V£ ÇÍiPv-ii É^*ínf? V^^^iV^ríafftifinjjufjK-Sy ¦V'3jrnCcSfc''*r?K*yi"-_' ?V"X-*t3SÍ flSlí^s P r*uUjt*^Oc*4l^fl^DB^ -

EU SEI TUDO 50 32." Ano — N. 4 — Setembro 1948

i

jJi* .'~~"~ 55! .v 5551 ^ "T^TT1"71^"1**^™"-1111-*1-1'" ' iu iwimiw

mi mi ¦¦¦ ni— na mu iiimaniH i—i^——m——— mamaamm

Surge um novo símbolo para uma nova palavra: "Urânio"em chinês "Metal-U".

que figura no relatório da Comissãode Energia Atômica. O novo ideograma é composto deduas metades tomadas de outros símbolos e unidas. Osímbolo para U foi encontrado na palavra chinesa para"grapefruit", cuja tradução literal é "Arvore Ü", e osímbolo para metal foi tirado da palavra "Sino", què nte-ralmente significa "Menino de Metal". O símbolo árvorede "grapefruit" e o símbolo menino de "sino" forameliminados, e as duas metades restantes foram combinadaspara formar a nova palavra

dante ou o tipógrafo, mas insuficientes para satis-fazer às necessidades da terminologia internacionalda atualidade.

Assim, por exemplo, quando apareceram no Rela-tório da Comissão de Energia Atômica palavrastais como "Urânio", novos símbolos tiveram de sercriados de alguma maneira. A habilidade dos edi-tores achou uma saída para essa difícil situação:— decidiram chamar ao novo metal "Metal-U". Osímbolo U encontra-se na palavra chinesa que sig-mfica "grape-fruit", e que numa tradução literalé "Arvore-U". Dando mais um passo, o símbolo querepresenta "metal" encontra-se na primeira parteda palavra "sino",

que, literalmente traduzida, dochinês, daria em português "menino de metal". Eli-minaram o símbolo -menino" da palavra "sino" ocombinaram as duas metades restantes, formandoassim o novo símbolo que representa Urânio- o"Metal-U".

A fase de impressão hão é menos difícil. Nos

SX83SÍ&8&:

° T.WÍ1" ^t' 5epresentante da China no Conselho deTutela das Nações Unidas, lê documentos da O.N.U.impressos em chinês

primeiros dias de existência- das Nações•os documentos em chinês tinnam de ser. tr ' 1'Uos

a rnao e rnimeografados um processo raque deixava multo a desejar. Os docuna t0*

*

serem impressos eram enviados para São Frque e a maior comunidade chinesa nosUnidos. Mas as oficinas chinesas daquelaofereciam recursos limitados. A escassez e nUBydade inferior dos tipos, a falta de tipógrafos hábeise o fator tempo aumentavam as difículdaa

Todavia, o primeiro documento das Naçõe. Uni-das impresso em chinês — A Carta —- surgiu eni26 de junho de 1945, a tempo de ser apresentadona cerimônia de assinatura em Sào Franciscoquando a China, juntamente com outros 49 Esta-dos-Membros, empenhou seu apoio à organizaçãomundial.

O sr. K. Y. Fung, cidadão americano de desceri-dência chinesa, formado pelas Universidades dePensilvânia e de Pitsburgo, estava presente à assi-natura da Carta. Sentiu então eomo era necessáriopara as Nações Unidas e para o governo chinêsque os documentos internacionais fossem impressosem chinês com a mesma rapidez e perfeição que nasdemais línguas oficiais. Inspirado pelas difieulda-des, decidiu montar uma oficina de impressão emchinês, próxima da sede das Nações Unidas, devi-damente equipada e com pessoal suficiente pararemediar a situação.

Levou para Nova York diversos tipógrafos deSão Francisco, obteve um jogo de matrizes daChina, cujo tipo foi escolhido pela seção de ira-dução em chinês das Nações Unidas; fundiu seuspróprios tipos e, mais tarde, comprou uma máquinade fundir tipos, anteriormente utilizada pela Uni-versidade de Harvard. A Imprensa Oriental de Mr.Fung, cm Lynbrook, Long Island, que agora im-prime satisfatoriamente todos os documentos emchinês para as Nações Unidas, utiliza um corpo defuncionários de oito pessoas, todas as quais sãochinesas ou de descendência chinesa, exceto umamericano.

A composição é feita à mão, segundo documen-tos manuscritos preparados pelos tradutores chi-neses. Este meticuloso trabalho exige um coube-cimento completo dos símbolos chineses, mais de8-000 do.s quais sc acham em uso comum.

Entre os importantes documentos impressos emchinês, encontram-se a Carta das Nações Unidas,relatórios oficiais do Conselho de Segurança, daComissão de Energia Atômica e do Conselho Eco-nômico e Social, o relatório do Secretário Geral,as resoluções da Assembléia Geral e do Conselhode Tutela. O número médio de cordas tiradas decada documento é de 500. Aproximadamente 30copias sao reservadas para uso da Delegação Chi-nesa junto às Nações Unidas e para o Secreta-nado, e o restante é destinado à distribuição naChina.

32.° Anu ±<i. 4 — Setembro 1948 59

\ MORTE VERDEEU SEI TUDO

í Romance deHELAINE HAMILTON

O ator se curvara e voltara à posição normalcorrigindo maquinalmente a posição do paletó êdo colete. O primeiro era assaz ajustado, quasesublinhando sua elegante silhueta, e Reynolds ficoua pensar como podia um homem, que não consentiaem usar carteira ou molhe de chaves, trazer nobolso interior qualquer coisa que fazia regularvolume.

A que horas termina a peça em que o senhorrepresenta? perguntou êle.

Ordinariamente às onze horas. Esta noite,porém, um pouco mais tarde.

Estando ausente seu criado, quem' o ajudoua vestir ?

Ninguém, dado que não era necessário. Opapel exige apenas a toilette com que estou.

Costuma vestir no próprio teatro ?Nem sempre. Algumas vezes aqui mesmo.

Quando vou vestido volto assim mesmo. Comoaconteceu esta noite, por exemplo...

Sabe onde foi o seu criado?Ingram ergueu os ombros, com gesto de indi-

ferença.À casa de um irmão ou irmã, pessoa casada,

creio, e que reside, segundo acredito, em Lewisham;mas o endereço ignoro.

Depois do espetáculo, o senhor voltou direta-mente para cá, com o sr. Mansfield?Fui ao encontro do sr. Ingram, em seu ea-marim disse o advogado. Êle apenas limpouo rosto, retirando a pintura, e voltamos em taxi.Cinco minutos mais tarde, descobrimos o corpo.-Obrigado disse o inspetor. Mas, diga-me,sr. Mansfield... O senhor acaba de dizer "desço-

brimos". .-.. Pensei que o sr. Ingram tinha ido só.a sala de jantar.Exatamente. Entretanto êle logo me chamoue tratei de telefonar para o dr. Tempest.O senhor foi ver o corpo. . . sozinho, ou acom-

panhado pelo sr. Ingram?'-7u só. O sr. Ingram estava naturalmenteemocionado, nervoso... Esperou por mim no hall.O morto não era pessoa conhecida?Não tenho muitas relações entre a irente deteatro.

era seco, o queDesta vez o tom cie Mansfieldlevou Reynolds a se desculpar.

,r*'^L'dl^Qn^ eStar a aboi'recê-lo com perguntas,sr. Mansneld, mais em minha profissão somos obri-gados a desejar detalhes...Voltou-se para o ator.- A propósito, sr. Ingram, quanto tempo é ne-cessano para ir ou vir daqui ao teatro?-- Uns quatro minutos, no máximo, em taxi. oitoou dez a pé. Há um bom "corte",

por uma passa-gem que e possível usar, quando a pé.Reynolds guardou silêncio, depois recomeçou fa-lando com lentidão:Poderia ter uma idéia aproximada do tempo

que o senhor passa sobre o palco?O ator lançou os cabelos para trás, com umgesto da mão fina e bem tratada. Mas foi a outramao, cujos dedos estavam crispados, que o ins-petor observou.

Deixa-me refletir — começou Ingram real-mente pensativo. - A peça tem início às oitohoras e meiai; minha primeira entrada é às oitoe cinqüenta, e permaneço no palco até o fim doato, o que ocorre às nove horas e vinte e cincoEm seguida, depois do intervalo, fico livre até co-meçar o terceiro ato, isto é, às dez horas e vintee então tenho que trabalhar seguidamente até oíinal da1 peça.Antes disso o senhor permanece no squ ca-marim... ou pode sair?

O inspetor fez um gesto com a mão, como sequisesse ajudar a explicação

Quero dizer... Entre nove horas e vinte ecinco e dez horas e vinte? — concluiu.Se soubesse que extenuante papel tem o sr.Ingram que representar em todo o terceiro ato, —

interrompeu Mansfield com ênfase, — nem sequerimaginaria que êle pudesse pensar em ir passear,quando lhe é permitido repousar...

O ator dirigiu um sorriso agradecido a seu amigo.Obrigado, Mansfield — disse êle. — Reynolds

procura se informar, o que é muito natural. Eestou pronto a responder... Pode continuar, ins-petor, por favor.

ftESUMO DA PARTE J.\ PUBLICADADe

Nova t<?sso a Inglaterra, após sua viagem normal a.^K^o .grande navio trazia uma centena de passa-

trial' *. ii cl£*Vsse- entre eles Pat Kappell, jovem indus-i'o...,'.¦_->;,. iro' que fôra aos Estados Unidos em viagem' ""'¦ '",,!t- ''• ?•--" onde era interessado NoPor conta da firmal»iss m\\ la£,Mn surge uma forte simpatia entre Pat -muito vo ., fuJrn,,tt' üma jovem inteligente, graciosa,i questada por todos os rapazes de bordo e que.-nio, despertara algum ciúme em '

p /_ _____ cí i \ ci, _»_ _ ; *^^ _-.«*.„ _-,.____. ___.

1101*Pat. que

máscara deindiferevirtc3tSCOn^er êsse sentimento sob aniais -.n Io ''• até mesmo, certa indelicadeza, o querente mhta-a a vontade de Célia se mostrar irreve-cl,1spodiiHlo-T>°CanV* COm êle' Assim chegam a Londres.(1" telefone '

j lca-tido entre eles apenas um númerofuturo onrn + Pat Kappèll. como possível meio deBurnett v!?* " A bordo Pat ouvira dizer que miss Céliatodas ri,.!iíMJava C(?nstantomente em companhia de tias.di* nnas, as quais, diante de estranhos, chamava

a seguirDenise e

di*- outros

rgeoÍ°, apartamento,queê 0

°u ra visitam aSi!it« to/0"'110tioara" %l Q1S d(is<'java%ois

'Sll,;!n,\r(,sponde«"iro. fa,lf? -a porta"a° e que estava associado a

aania de fazer publicidade escandalosa.suas convidadas para

teatrv UUUai'^piti],;, t,'.tl<l° a mania ,..-c,x*gavam várias

para palestrar. Logoquem Vane chama depara chegar à frentesaber "se êle, Vane, já llie per-J carinhosamente que sim e logo

Buily Norrington, indivíduo gros-fazer

pessoas,

varias pecas

um surprise-party" no apartamento de Van<j E^am ela^'Qu.ent.in, autor teatral: Denise, Lady Selcott. jovem elinda: sua enteada. Leila Selcott; além de duas norte-americanas, a sra Willens e sua sobrinha... miss CéliaBurnett. Indo à cozinha apanhar whiskey para seus con-vidados, Vane encontra morto, em sua sala de jantaroutra figura conhecida no ambiente teatral, Carl ArdeenChama discretamente Mansfield. mostra-lhe o morto epeole a scu amigo que, como advogado, o aconselhe comoagir. Este telefona para o dr. Tempest, famoso médico deLondres, e Vane vai prevenir os visitantes do que ocor-rera. Norrington, imediatamente, quer sair com seusamigos, porém Mansfield não consente, rogando quefiquem para testemunhar, pois a polícia não tardaria achegar. 0 dr. Tempest, porém, observa que, apagando aluz da sala de jantar, surgia nos lábios do morto umaestranha luz esverdeada. Chega o inspetor Reynolds, deScotlánd Yard e começa o interrogatório, ficando esclare-cido què Vane costuma perder a chave do seu aparta-mento. Também o seu criado era descuidado e. assim,mandara fazer logo meia dúzia de chaves, que ficavamguardadas no hall de entrada, numa simples bandeja. Nomomento, tinha uma, Parsons; seu criado, — ausente nomomento, — também possuía uma chave e, da mesmaforma, a arrumadeira tinha a dela. Porém o morto tam-bém tinha uma chave na algibeira. Esta devia ser aque faltava no depósito de chaves sobressalentes. no hall.Interrogando os visitantes de Vane, Reynolds verifica quesomente Mansfield e lady Selcott tinham afirmado nãoconhecer o morto. Depois de anotar os nomes e endere-cos de todos, despede os convidados, ficando a sós comVane e Mansfield. Então descobre que alguém, com roupamol liada, estivera estendido no assoalho da sala de jantaronde deixara manchas escuras no encerado.

EU SEI TUDO

Qual é a duração dos intervalos?— Dez minutos.

60 32.° Ano N. 4 Setembro 1948

*— Isso faz que onove e trinta e cincominutos, se não me

Mais ou menos.

seeHmdÒ,...,,,,:.,,,, atoe termine às

tenha iníciodez horas e

asciez

eneranorigorosoNão se pode ser tão

com os minutos... Como deve imaginar, o menorincidente pode causar um atraso, o que de fatoocorreu, esta noite, ao findar o segundo ato. O...

Reynolds interrompeu a explicação.Talvez o sr. Mansfield, que fazia parte da

platéia, queira nos dizer o que ocorreu nesse rno-mento.. .

Os olhos do advogado tomaram uma expressãoalegre.

Ocorreu comigo, nesse instante, uma coisabastante agradável — replicou êle. — Bebi umaMmonada, geladinha.Isso quer dizer que o senhor não esperou, parasair, que o pano tivesse descido e, portanto, nãoassistiu ao incidente de que nos falou o sr. Ingram?— sugeriu o inspetor.

Exatamente. O teatro estava repleto e eusentia sede. Cheguei a ter receio de encontrar obar entulhado de outros sedentos, caso esperassemais um pouco. Minha poltrona era a última dafila e situada exatamente diante da saída, de sorteque pude escapulir sem aborrecer nenhum vizinhocom a minha passagem.Nesse caso, sr. Ingram, sou forçado a inda-gar do senhor mesmo que fato ocorreu nesse ins-tante — declarou o policiai.Muito simples. Depois de uma chamada dosartistas à cena, para receber os aplausos da pia-teia, o pano recusou descer durante uns dois mi-nutos, sendo preciso esperar que tudo fosse nor-malizado para a mudança do cenário. O incidentedivertiu todos os espectadores.

Pena que minha sede tenha privado a mimdesse ato extra — disse o advogado, rindo.

Depois, como reinasse ligeiro silêncio entre ostrês homens, acrescentou, noutro tom:

Mas agora estou pensando, Ingram. Você nàohá de querer passar a noite aqui. Por que não vemdormir em meu apartamento?

O ator aceitou de bom grado.Ótima idéia. Vou apanhar um pijama e escovade dentes — disse êle. — Parsons levará um ternoqualquer, aimanhã. Não há inconveniente, inspetor?

Nenhum. Os homens da ambulância acabamde chegar. Logo que tenham se retirado, a saiade jantar será fechada a chave e um policial aquipermanecerá a noite toda. Êle mesmo poderá trans-mitir ao seu criado as instruções que o senhor qui-ser. Ah! E' a campainha do telefone! Hora es tra-nha para um chamado assim... Vou atender, seme permitem...

Um minuto depois voltava à sala:Um repórter, sem dúvida dotado de telepa-

tia... — explicou. — Como pôde êle saber o queocorreu aqui, esta noite?O ator praguejou entre dentes.

é, com certeza, obra de Norrington —amargamente. — Esse homem tem pu-no sangue; principalmente quando suao autor de sua próxima peça e êle pró-

nos cabeçalhos. Diabos o

— Issodisse êlefelicidade"estrela",prio podem ser postoslevem!...

Foi apanhar alguma roupa, que fechou numapequena valise, enquanto os outros dois vestiamos sobretudos.

Foi lamentável o senhor escolher justamenteesta noite para ir ver Ingram representar, sr.*Mans-field — observou Reynolds, erguendo a gola de seuagasalho. — Ficou, assim, implicado neste drama..

Os olhos de Mansfield brilharam.Não escolhi — respondeu bruscamente.

Boa noite, inspetor.

CAPITULO VE

Oh ! Eu nemresponda*u o sargento.guir, fui passear umme deix ara irritado.na qual, como sempre,desvendi

Os convidados do morto

Antes de deixar o apartamento, o inspet Rev.nolds tri itou de se certificar de que tinha foto",grafado o cadáver e tomado todas as pr. r-aüenesnecessárias relativamente às impressões digitais quepoderiam existir sobre os móveis.

O sargento-detective Jenukins virá subsamanliã. cedo disse êle ao policial de guardaA seguir fez severas recomendações, explicando quenão devia deixar entrar ningruém, salvo o criadode quarto.de Vane Ingram.

Em S.cotóand Yard, depois ol-c terminado seu rela-tório, chamou Jenkins ao telefone.

Sinto tirá-lo da cama a, esta hora.. co.meçou ê le.

estava*, deitado, s< horFil d ao cinema e, a se*

pouco. O assunto cio filmeUma rmistória de assassínio

é um amador imbecil quemtodo o mistério.

A. voz de Jenkins estava elieia de mágoa.Não liga importância e* isso, meu caro -

aconselh ou o inspetor, conten do o riso. Tenhcem mãos uma história ver-dadeira, também deassassínio e talvez, juntos, joossamos fazer coisamelhor tío que o amador do filme.

Km ráLpidaiS palavras deu-lh e instruções relatandoo que ocorrera.

Lá estarei bem cedo, senhor. Pode contarcomigo — afirmou o sargento

Depois, noutro tom, perguntou:— A respeito da gaveta cie que falou, é a doalto da escrivaninha, à direita, a que tanto preo-cupou o sr. Ingram ?

Exatamente! Mas acrescentou o inspetorem tom enfático — recorde-st?, meu amigo, de queé um po licial c não um ladrão - Boa noite, meu caro.

Reynolds ria interiormente, ao desligar. Pensavacom razão ter em Jenkins um auxiliar admirável,pronto sa fazer fosse o que Tosse para- o ajudar eque, em* seu zelo, não hesitaria a usar métodosnão autorizados por Scotland Yard.

A sua. chegada, na marilia seguinte, disserarn-lheque o sargento estava na biblioteca e que o peritoaíi estivera a fina dc- extraix- as impressões digi-tais, já tendo partido .

Á seguir, o pilicial de guarda cocou o próprioqueixo, com ar hesitante.

Al*ém disso, senhor. . . às sete e meia, a criadaque lim-pa o apartamento apareceu. Não é lá pes-soa muito tratável, senhor. Tentou me afastar aforça, a- fim de entrar, querendo saber insistente-mente o que eu fazia aqui.

Eliá tinha chave ? — perguntou Reynolds.Tixiha. Foi por isso m-esmo que começou a

gritar, pois, segundo o que o senhor dissera parafazer, exi pusera os trincos.

Você não disse a ela o caie ocorrera aqui?O policial moveu negativamente a caneca

Pois se não me deixou pronunciar sequer umapalavra, senhor! Não pôde imaginar, inspetor! Essamulherzsinha tem um repertório de blasfêmias comojamais ouvi. Disse-lhe que voltasse às nove horas,sabendo que o senhor já estaria aqui.

Queira Deus que ela volte! ^Ora! Não receio que não venha, inspetor. ^gritou cque eu era um impôs tor, um falso PÕ|!CL]e que voltaria com um verdadeiro "bobby" (Po1jC1londrino) fardado, para me prender. ;

O inspetor pousou a mão -cordialmente num o)bro de seu subordinado, rindo sem cerimônia.

Tr-aitaremos de nos salvar desse perigo, # 'amigo. \ naE tendo dito foi se encontrar com Jenlttí-*3biblioteca,

*fm ¦

n.° Ano - N. 4 Setembro 1946 61¦}¦ '¦},"' :.

I ; de

Este, homem alto e forte, de rosto sempre sérioexphoou imediatamente:

Examinei as manchas do assoalho. Manchase rastros dc lama, nos quais é impossível descobrirqualquer marca de pé. Há, entretanto, a marcade mão, muito nítida, sobre a parede.

Reynolds sorriu, satisfeito.B que mais você viu, Jenkins?olhai1 do sargento se voltou para o "bureau*'

e, depois, voltou ao inspetorExaminei apenas superficialmente o conteúdo

da gaveta confessou. Uma fechadura tãofácil. Tudo foi deixado conforma estava.

Mau negócio para você se assim não fossemeu caro... Encontrou alguma coisa?

Nada de útil para nós, segundo receio. Montesde cantas de mulheres explicou o sargento comar enojado. Verdadeiras tolas. Tornei nota dealguns endereços... ao acaso. Além dessas, outrascartas de negócios. . .

Nenhuma capaz de indicar dificuldades finan-tores. autores, etc...

Jenkins moveu a cabeça vagarosamente.Nada. Encontros com agentes teatrais, dire-

tores .autores, etc...— E' pena! — disse Reynolds. - - Este caso nãosem assim tão simples como se poderia, a princípioesperar. Inúmeras possibilidades, nenhum motivoforte conhecido... Em outras palavras: Ingramteve perfeitamente tempo para vir até aqui e matarêsse homem. . . Mas por que teria/ feito isso? Atormuito popular, ganhando bastante dinheiro, evo-iuindo num círculo de amigos agradáveis epare-cendo ao mesmo tempo gostar de sua profissão e

gozar a vida lindamente. Que razão poderia levarum homem desse gênero a assassinar outro homeme cm sua própria residência?Jenkins conhecia muito bem seu superior, parasaber quo êle não esperava uma: resposta paraessa pergunta.

E que pensa de Mansfield, senhor? — sugeriuPoderia, por exemplo, ter saído do teatro,ser visto, e muito antes do que confessou. . .Pensei nisso . . . Mas vamos esbarrar com amesma pergunta — murmurou o inspetor, desolado.Por que?... Telefonei, esta manhã, para o dr.lempest. Conhece-o pouco e acredita que êle devemtar muito para vencer em sua profissão. Mesmoassim seria necessário um motivo fortíssimo paraque um advogado fosse arriscar sua carreira eianez sua cabeça... praticando um assassínio. En-Lretaruo, nao esqueço que Mansfield mentiu quandoarirmou nao conhecer Carl Ardeen.dp t

C senhor mc autoriza a passar pelo teatrom ingram e procurar saber, com as vendedorasue programas que circulavam pela platéia na noiteexann? — perguntou Jenkins.v. Também desejo saber o número da poi-Mansfield. E outra coisa... Compre uma

para mim. Pretendo ir assistir à peça

EU SEI TUDO

êle.sem

trona dcPoltronaçsta noite.

field aria de ocupar a que foi dada a Mans-. caso eu possa obtê-la? — propôs o sargento.Pòltiv

Ceente idéia- E não esqueça de que anomL $ $e Mansficld deve ter sido extraída em

InS"ram.centcm°]S' quando ^énkinjs já saía, Reynolds acres-

~~ Compre mesmo duas poltronas — disse êle.í:ii!ii!!'r forma que sejam, de ponta de filaos tentar fazer,

noite. Vaimosagira como se fosse

artistj JLeU'. saindü P^a porta reservada aos^gram , x, »làl. r ..meiro at fcito logo que terminou o pri-

0 ^esrno'0 |( Jenkins se iluminou de entusiasmo,

à Proen*.«enÍUsiasmo de um colegial que embarcasse¦«ra de um tesouro.

D.p nv/> * —i"^-1 luiniü que seiani, aevocê ;

S de Uma ^ída... VamosVer n ieu' uma rcconstituição, estaMiansfiP HSera ° resultadc • Você agiráu> e eu, saindo pela porta ,,-*,

tratarei de fazer igualmente

roniin^,"!"*' Tím Seus lados bons- me« caro —™ '¦,'„ 1IXSPetor, sorrindo da vivacidade do jovem

noln-os au7flmHUlt° Cmb°ra existam P™liss6el m*?snobres que a de caçar criminosos...

A seguir, consultando seu relógio-nnvn h°de

Ír S°m csPerar Por mim.'Já são quasedomo ^ ' a C"ada nã0 tardará a v°*ar e o mor-exato o°r f ,n°V0 ° rneia"- * for homemdo In.'.r.^H,U/lar mais uma voz as declaraçõesos demaiT. Mansfield' antes de me ocupar com

uafrTha tlt0S ma,ÍS tarde' oviu-sc ° t0^e da cam-pamha. Toque prolongado e logo seguida por furio-sas pancadas contra a portaReynolds caminhou até o hall.~~rtif!m dúvida: senhor... E' ela! Posso apostar!

trêmula. ° * M&nd° 6m V0Z baixa e ^uase

fa^-VaÍ Pafa a cozinha* Receberei essa "tempes-lade —. ordenou o inspetor.

Uma mulherzinha com ar furibundo penetrou nohall, logo que a porta foi aberta.n^

AfÍIlal de contas> que vem a ser tudo isto?diglação qUant° antCS! ~ grÍt0U ela com in"

Vai saber... quando for ocasião — replicouo inspetor, que com gesto firme, impeliu-a paraa biblioteca, onde se fechou a chave com ela.A mulherzinha, longe de se mostrar amedron-tada, plantou-se diante dele, com as mãos na cin-tura, fitando-o de alto a baixo.— Hum! Suponho que o sr. Ingram não dormiuaqui esta noite e que o pirata do seu criado apro-veitou novamente para dar uma recepção. Pro-vavelmente você e o outro, o imbecil que tem umapistola à cinta e que aqui estava às sete e meianao passam de um par de refinados patifes e la-droes! — disse ela como conclusão do seu irreve-rente exame.Reynolds decidiu deixar para mais tarde a revê-laçao de sua verdadeira identidade. A cólera pare-cia ter soltado a língua daquela criada atrevida

quando, talvez, o temor da lei viesse estancar aquelapreciosa fonte de informações.

E por que Parsons não havia de dar umarecepção, se o patrão permite? — perguntou comar inocente.

11 §;> . W®X- »%;**** x-f::- ''.'•fc-.ítt» X* •*¦.¦«'Dam n 'i iwyiimimui ,.

iPCi*i*x*;<*m$srtr-:

"W"- y':xf *s''' *'* '•' - *z '-r m^#$^^— Papai! Papai! Agora quo o senhor e a mamãe

à-toa. eu... quero perguntar se posso sair também.estão

,..

¦

EU SEI TUDO 62 32.° Ano N. 4 Setembro — 1948

agressiva-

eu Uu1

o mesmo tom

A outra, porém, avançou para êle,mente, de queixo erguido

Veja lá como fala! E além do mais quem temo direito de fazer perguntas sou eu! O sr. Ingrampermite, hein? Engraçadinho! Bem sabe que êleignora tudo isso... até o momento em cjuecontar tudinho. . .

Reynolds adotou, deliberadamente,furioso.

Ora! Os convidados dc Parsons nâo precisamsaber se o sr. Ingram permite ou não...

Se aqui tem vindo sempre, deve sentir ver-gonha de estar assim enganando o pobre sr. Ingram.E se pensa que êle autoriza o patife do Parsonsa trazer gente estranha para este apartamento, estáredondamente enganado. E, sc quer saber, pode irdando o fora, como já deve ter feito aquele outrobandido que mentiu dizendo ser da polícia. E Par-sons que espere para ouvir... Vou dizer tudo quantopenso dele, o miserável! Com certeza ainda deveestar cozinhando a bebedeira. . .

Êle não está — disse o inspetor.A sra. Hutchings pareceu fazer um rápido inven-

tário da sala.Vejo que desarrumaram tudo aqui resmun-

u-ou. — Veja só que imundície está este assoalhoque eu tanto encerei... Patifes!

Está mesmo certa de que encerou isto ontem?A sra. Hutchings se curvara para acompanhar

os sulcos além do sofá.Se tenho a certeza? Ora se tenho! E agora

veja! Com que se parece essa imundície?O inspetor estava encantado com as explicações

que a arrumadeira lhe dava.Até parece que essa gente andou brincando

de esconder. E* de se jurar que se deitaram aqui.todo enlameados. . . E esta mancha de mão sujaaqui na parede! Oh, Senhor! Terei que limpar issocom miolo de pão. . .

Reynolds logo se voltou, alarmado:Nada disso! Nada deve ser tocado nesla sala,

sra. Hutchings! — declarou êle. — Sou um inspetorde Scotland Yard — acrescentou.

A arrumadeira ergueu-se por sua vez e, envol-vendo o corpo numa ponta da cortina, ajustandoo melhor que pôde o velho chapéu, lançou um sor-riso zombeteiro na direção do policial:

Pois saiba que sou a rainha de Sabá! — de-clarou ela. —- Mas não me importo de esfregareste assoaüho, entendeu? E agora, chega! Vai dandoo fora.. .

O inspetor Reynolds, que tinha um senso pro-fundo de sua dignidade, sentiu-se um pouco humi-lhado, à idéia de que teria que chamar seus guar-das em auxilio, para que justificassem sua iden-tidade. Mas o que, afinal, convenceu a sra. Hutch-ings, foi a frase que êle pronunciou, finalmente,revelando-lhe a ocorrência do assassínio:

Um cadáver. . . na sala de jantar? — repetiuela com voz horrorizada. — N. . .não era o sr.Ingram, espero ?

Não. Um de seus amigos... O sr. Carl Ardeen.Ardeen?... — Os olhos da criada parecem

dobrar de tamanho. — Oh! Eles não eramOuviu os dois, por acaso, discutindo

gando? — perguntou o inspetor.Ela hesitou, mordendo os lábios.

Não foi isso... exatamente. Trocaram algu-mas palavras e o sr. Ingram. . .

Interrompeu-se, com um furtivolado.

Continue, por favor — dissevoz tranqüila.

Eu não devia, talvez, repetir essas coisas, se-nhor. O sr. Ingram apenas disse, creio que issofoi há uns oito dias: "Já fiz em demasia as suasvontades, Ardeen, e bem que preferia não o terjamais encontrado. Quanto menos vier aqui serámelhor. Já estou cansado de todo esse negócio".E' tudo o que sei, senhor.

amigos.bri-

Muito bem. E terá visto, em outras ocasiões,outros visitantes?

Nenhum, senhor. Faço a limpeza e nritasvezes já estou fora daqui antes mesmo de o )atrãosair da cama. E' Parsons quem cuida ch- sei dol-.mitório.

olhar para um

Pv,eynolds com

Ouando Parsons se ausenta, à noite, or-i ¦

seuonde vai, geralmente?

Segundo me contou, costuma ir à casairmão. Não sei porém onde reside.

Você perdeu sua chave, não é verdadeperguntou o inspetor com voz indiferente. Cornofoi isso?

A mulherzinha ficou rubra de vergonha.Ah! Também ou gostaria de saber com foi

isso! exclamou ela. Tenho cá os meustos, mas ninguém poderá dizer que sou desleixada.Isso é a verdade! Parsons, cpie não gosta de irá rua quando se tratar de carregar embrulho.' pe-diu-me que fosse fazer compras. Na semana passa-da cheguei carregando muitos embrulhos. Abri aporta e fui deixar* tudo na cozinha. Pois bem.quando voltei, a chave que eu deixara na própriafechadura já não estava mais. Posso jurar cjueali eu a deixara, quando abri a porta.

Não teria, por acaso, visto alguémescada?

Ninguém! E' claro que tratei do olhar..E' estranho, realmente. Enfim, por ora é

só... Não deve tocar em nada nesta sala, nem nasala de jantar. Direi ao sr. Ingram que...

Reynolds parou de falar, bruscamente, tende ou-vido um ruido qualquer no hall. Alguém procuravaabrir a porta de entrada.

Vá para a cozinha ordenou éle.Jenkins estava no hall, com um guarda que aca-

bara de chegar. Ambos tinham ar embaraçado cpareceram aliviados ao ver surgir o inspetor

Alguém procura entrar. . . apesar do ferrolho,que colocamos por ordem do senhor explicouJenkins.

Muito bem respondeu Reynolds. Pro-vevelmente é Parsons, que regressa. Mas. . . penseique você estivesse no teatro, Jenkins.

Tomei nota do endereço da vendedora de pro-gramas, pois não estava no teatro. O guichet deingressos também estava fechado. Só abre às dezhoras. Por isso voltei, pois possivelmente o senhorprecisaria de mim.

O inspetor mandou os dois homens para acozinha.

Você. poderá sair, logo que eu tenha levadoParsons para a biblioteca, Jenkins disse éle.Quanto a você, — acrescentou, voltando-se parao policial dc guarda, trate de vigiar essa arru-madeira.

E. tendo falado, abriu a porta.Um homem, tendo aproximadamente trinta anos

e rosto pálido, extraordinariamente nervoso, estavaparado no patamar.

Bom dia. . .- disse Reynolds. Você eomordomo do sr. Ingram ?

O outro observou o inspetor com ar assustado.Sim... Estou um pouco atrasado. O trem-. ••

Reynolds o interrompeu.— Entre. Venha comigo à biblioteca. Precisa-

mos conversar. . .O homem, obediente mas desconfiado, parou pa|.

olhar as portas fechadas dos outros comparmentos.

Espero que o sr. Ingram não esteja aborcido... — começou êle.

O sr. Ingram não está aqui respondeu a|_

m

e-

ei-Voe?nicamente o inspetor, que logo acrescentou, ea"

tando o efeito de suas palavras: — Parsons.sabe o que aconteceu, aqui, ontem, à noite.

O criado assumiu um ar sério e preocupado.Saí daqui, ontem, às oito horas e quinze

nutos — replicou êle.— E onde passou a noite?

o.o Ano — N. 4 — Setembro 1948 . — - ¦

63 EU SEI TUDO

Em Lewisham. O sv. Ingram sabe disso...O tom de Parsons exprimia um certo desafio.

O sr. Ingram também sajpe das recepções quevocê dava algumas vezes, aqui, na sua ausência?

retorquiu o inspetor.O outro, durante alguns segundos, pareceu per-

der o equilíbrio. Finalmente, furioso, decidiu assu-mir a ofensiva.

Isso não é da sua conta! disse êle seca-mente.

Ao contrário. Isso me interessa muito'irmou Reynolds. Sou um inspetor da ScotlandYard. . .

Falou com estudada lentidão.O mordomo umedeeeu os lábios secos e seus olhos

pareceram querer duplicar de tamanho.Preciso conhecer o endereço exato de onde

você ontem passou a noite disse o policial.Escreva-o aqui. juntamente com o seu nome.

O criado obedeceu corn visível repugnância.Não vejo em que minha vida particular tenha

que ver com o. . . o que se passeai aqui, depois deminha saída resmungou entre dentes.

O inspetor examinou com vagar o que fora escritopelo criado de Ingram. Depois, fitando-o com olharpenetrante, anunciou:

O sr. Carl Ardeen foi encontrado morto, nasala de jantar, ontem á noite, Parsons. . .

Deteve-se um instante o depois prosseguiu, comvoz mais dura:

E em um de seus bolsos foi encontrada umacarta assinada por você mesmo!

CAPÍTULO VII

Cm dragão verde é ouro

Parsons deixou escapar um grito surdo e caiu pe-sadamente sobre uma cadeira, com os braços epernas trêmulos, como se tivesse sido atacado porrepentina febre.

Ardeen... morto! murmurou, com ar in-crédulo.

O inspetor escreveu apressadamente qualquercoisa sobre uma folha de papel e chamou Jenkins.

Trate disto tão depressa como for possíveldisse êle a seu assistente. — Eu me errearre-

garei de ir ao teatroParsons nem sequer pareceu notar a interrupção.

Seus olhos pareciam os de um sonâmbulo, mas seusdedos, nervosamente agitados, diziam ao inspetorque o cérebro do homem trabalhava incessante-mente.

E Reynolds teria pagado o preço que fosse pedidopara poder ler nesse cérebro. Perguntava a simesmo por que a primeira exclamação de Parsonsexprimira o terror, em razão da carta de sua auto-íia, que fora descoberta em poder do cadáver.

Como você conheceu Ardeen? — interrogou êle.O homem estremeceu e repentinamente se pôs

em guarda.Êle costumava visitar meu patrão. Eu o re-

eebia, conduzindo-o ao salão. . . ou apenas recebiao recado, quando o sr. Ingram não estava presente

respondeu.Ahn! Compreendo... — disse o inspetor com

ar pensativo. — O sr. Ardeen costumava entrarneste apartamento quando seu patrão estava au-sente ?

Bem. . . Entrou, sim, uma ou duas vezes, maspara escrever qualquer recado. . .

O tom de Parsons implicava certa reserva.Não. . . em outras, ocasiões ? — insistiu Rey-

nolds.Ds olhares do outro procuraram fugir. As pál-

pebras bateram anormalmente.Não, pelo menos estando eu aqui, senhor.

O inspetor compreendeu o equívoco da respostae saltou sobre êle.

Bem. . . Isso quer dizer que Ardeen tinha urnachave e podia vir estando você ausente?

Não loi isso o que eu quis dizer, senhor! —exclamou o criado. Disse que se o sr. Ingramtrouxe alguma vez até aqui o sr. Ardeen, estandoeu fora de casa, eu não podia saber. . .

Reynolds compreendeu que o criado recuperavapouco a pouco toda sua presença de espírito.

No hall, nesse instante, o relógio soou.Dez horas menos qtiinze! — exclamou Par-

sons. O senhor disse que meu patrão não estava.Mas, enfim, êle não foi prê...

Deteve-se, bruscamente.Preso? — concluiu calmamente o inspetor. —

Não... Seu patrão dormiu no apartamento do sr.Mansfield e deseja que você vá levar-lhe quant*antes um terno matinal. Será melhor, talvez, tele-fonar e saber que espécie de roupa êle deseja.

Obrigado, senhor.O criado ergueu-se visivelmente aliviado. Seu

alívio, infelizmente, seria de curta duração.Por que pensou você que o sr. Ingram esti-

vesse preso? — perguntou Reynolds.Com surpresa do policial, a resposta foi ve-

rossímil.Ora, senhor. O sr. Ardeen parecia homem de

boa saúde e pensei que se tinha morrido de mortenatural ou simplesmente praticado o suicídio, osenhor não estaria aqui perdendo tempo com in-terrogatórios. Se se tratava, então, de crime, de...assassínio, e tendo sido a coisa perpetrada no apar-tamento do sr. Ingram e não estando êle presente,bem poderia ter havido qualquer coisa, e muitonatuialmente pensei no pior. . . Mas agora estouconvencido do contrário — acrescentou, espreitandoansiosamente o rosto do inspetor.

Ardeen residia no Stanton Hotel?Creio que o deixara, recentemente, pelo Bek-

roy, senhor.Êle e o seu patrão eram bons amigos?

O homem hesitou, antes de responder:

O TREINADOR DE CÃES(História muda)

¦v*p\ i

^í&X-eezr

EU SEI TUDO 64.... ... . .. _ .

32.° Ano — N. 4 — Setembro — 194^Para ser franco, senhor, não eram nem amigos

nem inimigos — disse êle com desenvoltura. — Osr. Ardeen teimava em visitar meu patrão, que nãoparecia ter grande prazer com isso. Seus gostoseram muito diversos.

Por que razão, então, essa persistência dosr. Ardeen, na sua opinão, Parsons? — perguntouo inspetor com ar indiferente, embora continuassea avançar estudadamente em seu questionário.Ora... Talvez o coitado não tivesse muitosamigos em Londres.

Ardeen era. . . rico?Reynolds logo compreendeu que, nesta vez, a

pergunta ferira o alvo.Êle. . . Não sei, senhor — balbuciou Parsons.Os que aqui vêm visitar meu patrão não costu-

mam conversar comigo, principalmente sobre seusnegócios privados — acrescentou falando precipi-^tadamente.

O rosto do inspetor assumiu um ar severo.E' de presumir, também, que os visitantes doseu patrão não tenham por hábito receber comu-nicações de você — disse êle secamente. — Como

.você explica essa carta?Se o senhor leu... já deve conhecer a expli-

cação.Sssa resposta desnorteou completamente Rey-

nolds, pois que o papel encontrado no bolso de•Ardeen era apenas a última página de uma cartasobre a qual apenas estavam escritas duas linhase a assinatura: H. F. Parsons.

O detective tinha diante de si duas alternativas.Poderia amedrontar o criado, procurando arrancar-

.lhe a verdade, -mas colocando-o assim definitiva-mente em guarda, ou deixá-lo sair, com a espe-rança de descobrir muito mais, com o tempo. De-• cidiu seguir o segundo recurso. Colocar uma iscana armadilha era seu processo favorito e que lhedera, em geral, excelentes resultados.

Muito bem, Parson — disse êle quase afável.Não insistirei. Vá telefonar para o seu patrão.|À propósito. . . Há quanto tempo está você a seu

serviço ?Quase cinco anos, senhor — respondeu o

.outro com orgulho.Ótima referência, Parsons. E você sempre

foi... mordomo ?Mais ou menos. . . Fui chauffeur durante al-

jgum tempo. O sr. Ingram ficou satisfeito com osj meus certificados — acrescentou com segurança."Quase teria apostado" — pensou Reynolds con-sigo mesmo, prometendo examinar cuidadosamentee muito breve esses documentos.

Pela porta aberta, o inspetor, absorvido em suas-reflexões, ouviu maquinalmente Parsons se apo-derar do fone, formar uma combinação de nume-ros, depois pronunciar o próprio nome e pedir quechamassem o sr. Ingram.

E, repentinamente, nova luz atravessou seu es-pirito. O criado não consultara a lista dos nume-ros telefônicos! Entretanto, ainda na véspera,Mansfield lhe dissera que ali fora apenas pela se-gunda vez ao apartamento de Ingram.

Era um nada, talvez, porém, um nada que Rey-nolds anotou.1 Quando, um momento depois, Parsons preparoua roupa encomendada por seu patrão, o detective,observando-o dobrar cuidadosamente um paletó!disse em voz alta:

Vejo que você é hábil e conhece muito bemseu ofício.

E logo acrescentou após o cumprimento que forade todo agrado do criado:Este é um belo apartamento, palavra!... Ofdo sr. Mansfield é assim confortável e luxuoso?Não tão espaçoso, senhor. . . Pelo menos peloque ouvi meu patrão dizer — acrescentou apressa-damente o mordomo.

Em seguida lançou um olhar cauteloso ao poli-ciai, que, indiferente, parecia admirar os quadros.HfifiL ¦

Que linda gravura! observou Reynolds,sem ^parecer interessado pela resposta. Quase fe-chara os olhos, mas nem por um segundo perdiade vista o verdadeiro campo de sua visão. — Quaiseram as relações do sr. Mansfield com Carl ArdeenParsons? — perguntou em tom confidencial.

Muito más. . .Interrompeu-se, com as mãos crispadas sobre

as alças da valise.Quero dizer. . . Se meu patrão, que tem tão

bom gênio, não conseguia se entender com o sr.Ardeen, ninguém mais poderia, tenho a certeza.Ignoro até se o sr. Mansfield e êle se encontra*ram alguma vez.

A campainha do telefone livrou-o de mais comen-tarios e evitou que também Reynolds opinasse sobreessa nova resposta tão plausível de Parsons.

O inspetor ouviu gravemente a comunicação e.em seguida, voltou-se para o criado:

Alguma vez estiveram crianças aqui ? — per-guntou

Crianças? Nunca, senhor!Quero dizer. . . acompanhadas de sv^f? mães

ou. . . irmãs, naturalmente.Nem crianças, nem. . . senhoras de qualquer

classe — declarou Parsons enfaticamente.Compreendo. . . — murmurou Reynolds, inch-

nando-se para observar os próprios joelhos.Por outro lado, eis o que penso. Ontem, depois deoito horas e meia e antes de onze horas e meia,alguém se escondeu atrás do diva, instalado nabiblioteca. Ora, se esse alguém não era o assassino,ou um cúmplice, terá sido, pelo menos, uma teste-munha extraordinariamente útil.

Embora os lábios trêmulos de Parsons se prepa-rassem para responder, nada pôde pronunciar, noestonteante tumulto que se elevou nesse instante.A porta da cozinha se abriu ruidosamente e umguarda dali saiu com o rosto congestionado, seguidopor uma torrente de violentas invectivas, lançadasfuriosamente por uma voz feminina.

Que aconteceu? — perguntou Reynolds.O policial engoliu a saliva penosamente.E' a arrumadeira, senhor. Chamou-me uma

porção de coisas intoleráveis. . . Tentou fugir, por-que não conseguia ouvir, através da porta, © queo senhor dizia, e, quando a segurei por um braço,arranhou-me o rostQ e quase partiu minha canelacom uma chuva de pontapés.Você se atreveu a pousar a mão sobre mim,bandido! —gritou a sra. Hutchings. — Prender umasenhora respeitável numa cozinha! Pensa que sou"uma qualquer"?

Sem ter o que responder, o guarda se consolouao pensar que também pudera ter o prazer de aper-tar aquele pescoço, embora não muito.O guarda obedeceu às minhas ordens — disseReynolds com ar zangado.

Depois, surgindo uma idéia em seu espírito, afãs-tou o guarda.Por que desejava tanto ouvir o que eu falavacom Parsons? — perguntou êle, logo que fica-ram sós.A mulher torceu os pés sobre o tapete, com arrepentinamente tímido. Sabia que não era, que não

podia ser tão esperta como esse homem de olharpenetrante, que logo descobria quando se mentiae nao consentia que se desse uma resposta...desviada. Mas, afinal, a verdade até poderia tra-zer-lhe alguma vantagem. Resignou-se:Tenho um cunhado, que é "bookmaker", se-nhor; e êle me contou que Parsons jogara e per-dera muito dinheiro. Pagou mais de quarenta librasna semana passada! Gostaria de saber onde asarranjara.

Ora. . . E' muito natural que êle tenha • di-reito de dispor como muito bem quiser dos seusordenados ou economias. E .além do mais, bempode ter acertado em um bom cavalo, antes...Ah! E' assim? Pode dispor — isso sim — do

:*»_''.!

32.° ^*n0 N. 4 —- Setembro 1948 65

qucganha,gasta

ilicitamente! Quando ganha nas corri-tudo depressa, reunindo seus amigos

•di mesmo, aproveitando a ausência do patrão.' outras vezes, faz-se pagar para consentir quc

utras pessoas usem ilicitamente este apartamentora receber conhecidos... O sr. Ingram sempre

te ausenta para o "week-end".

Se tudo quanto você diz é verdade... Pre-,n0-a de que isso constitui gravíssima acusação

observou o inspetorEu sei Hesitou um momento. — Par-

is costumava pagar qualquer coisa para eu fe-(har o a bico' acrescentou.

e le

podeA

EU SEI TUDO

observou

&

K você está contando que eu também pague[quer coisa para abri-lo... disse Reynolds,

amente. — Você teve ocasião de ver as pessoasaqui vinham, sem o sr. Ingram saber?Não, senhor. Mas, certo domingo em quc o

sr. Ingram estava em Paris, vim apanhar um em-brulho que havia esquecido no sábado...

Na verdade você veio simplesmente... espio-nar o que se passava, hein? Parsons soube isso?

A mulher assumiu um ar de profundo desprezo.Não podia, senhor. Estava na cozinha, bêbedo

de cair... Ouvi vozes na biblioteca e vi os agasa-lhos pendurados na saleta, antes de dar o fora.

Reconheceu esses agasalhos... por já os tervisto antes?

O inspetor estava atento.Sim. Havia um que era do sr. Ardeen...

com gola de pele. Outro tinha um nome escritonuma etiqueta interna. As iniciais não eram lámuito visíveis. Mas tenho a certeza do nome. . .

Extraiu do bolso um velho porta-níqueis de couro,do qual tirou um papel imundo e dobrado duasvezes, que entregou ao policial.

- Escrevi-o aqui.. . disse ela. — Não sei bempor quc — acrescentou.

Reynolds, porém, compreendeu muito bem a ra-zão dessa precaução. Uma chantagem, por menorque seja, sempre pode render. . .

Tendo desdobrado o papel, seu rosto assumiuuma expressão de surpresa. O nome que acabarade ler não aparecera,, até então, ter qualquer rela-ção com o caso de que se ocupava.

Bem... São, assim, dois agasalhos disseQuantos mais havia?

Dois ou três, penso cu, senhor.Muito bem. Agradeço sua colaboração. Agorair. A.sra. Hutchings tentou reacender o interesse

do inspetor.Havia também um grande casaco dc senhora

acrescentou ela. — Mas nada de nome. . . natu-ralmente.

Descreva-o, ao menos... rosnou Reynolds, demau humor.

Era entre marron e beige, forrado com bomcetim marron e, em um lado do forro, havia umgrande dragão, bordado em seda verde e fio deouro — explicou a criada.

CAPÍTULO VIII

Quarto n* 257

O hotel Belroy, onde residira Ardeen, era umedifício imenso, em cujo hall se comprimia, cons-tantemente, uma multidão quc não tinha obriga-toriamente nada que fazer com os residentes noprédio. *

O inspetor Reynolds ali chegou, sem grandesesperanças. Os hotéis desse gênero são nnpersona-lissimos para que neles seja possível colher mfor-mações úteis.

Qual o número do quarto do sr. Ardeen? —

perguntou êle ao jovem empregado que se atare-fava sobre o balcão.

257, senhor - respondeu instantaneamente oempregado.

Pelo que vejo, tem boa memória -o inspetor.

O outro, porém, sorriu:Acabo de ler, senhor. . . explicou,designando

com o dedo os cabeçalhos de um artigo do "Even-

ing Post", cujo exemplar estava pousado sobre ummóvel de acaju.

"Um drama na residência de conhecido ator. VaneIngram encontra em sua residência o cadáver deum empresário norte-americano. Morte misteriosade Cari Ardeen."

Reynolds lançou rápido olhar às colunas que seseguiam. Norrington realmente soubera aproveitara ocasião para fazer vasta publicidade a Vane In-grani e a lady Selcot. Todos os detalhes de suavida teatral, sem esquecer de anunciar que a se-gunda, mais conhecida sob o nome de Denise Far-ingdon, faria sua rentrée ao palco na próxima peçade Quentin.

Tudo isso é verdade? — perguntou o em-pregado.

Exato, sim — respondeu Reynolds restituin-do-lhe o jornal.

Penso que o senhor vem da parte da Yard— arriscou o rapaz.

O inspetor respondeu com um sinal afirmativo.Diga-me, por favor, o que sabe a respeito de

Ardeen. Coisas exatas, compreende? Sim. . . Êle chegou há uns dez dias. Não re-

cebeu cartas. Sua correspondência, se a tinha, real-mente, devia estar canalizada para outro endereço.Provavelmente, êle próprio não tinha a certeza de

permanecer no Belroy, penso eu. Não creio, tam-bém, que tenha, durante esse tempo, recebido qual-quer visita. Mas, enfim, o senhor sabe... Passatanta gente. . . e muitas pessoas podem ir direta-mente para o quarto dos hóspedes, desde que cõ-nheçam o número. O quarto do sr. Ardeen fica nosegundo andar. . .

Desejava visitá-lo.O número 257 era igual a todo quarto de hotel

do mesmo nível do Belroy. Poucas coisas, alérrdos móveis. Roupas e acessórios de toilette. Duas'valises e uma grande mala. Nada estava fechado;a chave. Infelizmente nenhum papel, carta ou coisado mesmo gênero.

Reynolds pareceu desapontado.Quer falar com a arrumadeira, encarregam*,.A

do serviço aqui? — propôs o empregado. A Boa idéia. Toque a campainha. E trate de.

fechar a porta, para deixá-la entrar, servindo-se ãesua própria chave.

Um minuto mais tarde, a criada encarregada doserviço penetrava no quarto.

O senhor deseja... — começou ela.

ti':

_wKÈL

Afilie^r t\f. Mçw' h

¦rv.5 wwiJ™ s¦«13 '¦ti'»'n

' .:Mj'-_l-*iiO" ¦¦*¦¦ ••¦'.1Kffl'.lUlh.||-- /.'¦v.-.h

lífwltllk ;

llflÉlpi¦ b mm

'áfcfeá A'* a""v^B-Bf*"- • "-a- a*.

^sítHBralBB^ta *__H_Usi__£y '._'*' '\ A-¦¦*##¦.«¦¦• .mm Xf^A•V->'£vra8SíS&',',';. .'•"'''•'^IisT " ..'A';":';

'.- -

'¦<':¦:"¦¦¦ ri'™!* \fiLj •• :'¦¦¦¦,:. ^aaif. n:':.ti'-\v. ¦'

y.-' milsMlM}:^A--'WSSk'-''\^ '¦'¦'¦

-- V'*#VBHflfl__Í--' ^''VAm ¦'% WlÈmÈm "a''- ' • */ wm WyjJÊÊmÊBBÊÊSt'¦¦ '¦'•¦ *149 liflBfl "S'

Jf m WÊÈÊÊÊí^K' WKÈÊÈ \'ti \\l.«__l"i*,,'í'!" \u*\?' *W ¦''¦'--•¦¦ ' -.:¦; :\..'-.. •i'«-*w\«flfl '¦'.«••'¦ •-.:., WS*.* W .... , - z:f.

Ai' '¦'••¦

AA$Ü& " ' ' "¦¦:¦¦- "¦ -\" ¦',-¦-¦

0"\t:tii^A¥'^Wfc''A* ¦','-,•¦, ¦'¦;.-' -¦¦¦ •¦'.'*¦¦¦; ¦. -,., •• i'.i~. •,i-r.",:lilV\il",! ' H_V\t__'.: ¦«•"..¦''••.i",<'¦•"•.V - " ;¦•¦•¦¦.:¦ ¦*KA-<" AAfw*- ti; „A A-

m

. ::aA!-';

Embora um par que passeie a estas lioras dê sempí,*na vista, é o único meio de conversarmos um poucp.:não acha?

",«s*l^

EU SEI TUDO

Deteve-se, surpreendida, à vista dos dois homense seu olhar logo se voltou para o leito, que nãoestava desfeito.

Como ?. . . Onde está o senhor que. .. ? —começou ela. — Pensei que tivesse chamado parapedir seu primeiro almoço.

—-_Está bem, lindeza — disse o empregado dobalcão. — Aqui está este senhor, que deseja serinformado a respeito do 257.Depois, voltando-se para Reynolds, explicou:Nosso pessoal conhece os nossos hóspedesmais pelo número do quarto.Compreendo... Pode dizer a que horas selevantava, em geral, o 257? — perguntou o inspe-

tor, dirigindo-se à arrumadeira.Não tinha hora fixa, senhor. Muitas vezes

cedo, outras tarde. Eu vinha receber suas ordens,logo que êle tocava a campainha, e algumas vezesêle já estava todo vestido, escrevendo, ali, sobreaquela mesinha, quando eu chegava.Que gênero de homem era êle?

Ela pareceu refletir.Um tanto. . . "cheio de pose". Queria ser obe-

decido depressa. Mesmo assim, eu gostava de ser-vi-lo. Falava apenas o necessário.Viu-o, alguma vez, receber visitas?Nunca. Havia, até, recomendado não deixasse

jamais entrar fosse quem fosse em seu quarto,quando estivesse ausente. Segundo me contou, tinha•deixado um outro hotel por essa mesma razão.E ninguém jamais apareceu perguntando porêle?

Ninguém... Isto é... Até hoje, pela manhã.-Mas como não entraram.. .Quem foi? — interrogou vivamente Reynolds.Era uma senhora... Eu batia à porta da

;senhora que reside no 246, para informar que seu-banho estava pronto. Isso é feito todos os dias,invariavelmente, às nove horas e quinze minutos.Por isso, estou certa da hora. . .Como era essa visitante?

O senhor sabe. Os corredores nunca estãobem iluminados e hoje o tempo brumoso aindapiorou a claridade. Eu estava apressada. Apenasvi que estava vestida de preto, com um pequeninovéu sobre o nariz. Perguntou-me onde ficava o257. Respondi dizendo que o hóspede do 257 estavadeitado e que talvez ainda dormisse. Porém elainsistiu, dizendo que se tratava de um negóciourgente, pedindo-me que abrisse a porta.O que você não fez, penso eu.

A arrumadeira moveu a cabeça negativamente.Claro que não, senhor. Sei cumprir minhaobrigação. Ela exibia uma nota de dez shillings,mas eu respondi: "Se a senhora quiser dizer seunome e endereço e esperar no hall, em baixo, po-derei prevenir o cavalheiro, logo que êle tocar acampainha". Ela se retirou sem nada mais dizer.Poderia descrevê-la?

—- Não poderei dizer mais do que já falei antes,senhor. Nem mesmo estou certa de a reconhecer!se a tornasse a encontrar. Com todas as campai-ilhas soando ao mesmo tempo, não tive tempo paraolhá-la de perto. Terá ela ido queixar-se ao g-e-rente ?

Reynolds tranqüilizou a criada e recomendou queo quarto não fosse tocado, até segunda ordem.Vou fazer o necessário para isso, senhorprometeu o encarregado do balcão.O inspetor deixou o hotel assaz decepcionado pornada haver encontrado, mas intrigado com relaçãoà identidade da mulher que, de manhã, muito cedotentara penetrar no 257. Saberia ela, já então que'Ardeen morrera? '

Depois de ter comprado as duas cadeiras para oteatro, naquela noite, seu espírito voltou a ente-mática mulher. Não teria sido ela quem se dissi-mulara atrás do sofá, na biblioteca de Ingram?Repentinamente, as letras altas da tabuleta" deum restaurante atraíram sua atenção. Era o Orien-

66 32.o Ano __ N< 4 __ setembro — \ç)4H

fi •aawrn

JPljPiS^*6****^

tal, o mesmo ém que Nòrrington, na véspera, eoividara o bando alegre. Reynolds logo pensou quseria útil certificar-se da hora exata em que tododali tinham saído. Entrou, assim, na sala, onde*havia, então, o pessoal de serviço, ocupado em pre-parar as mesas. Não levou muito tempo para de<cobrir o garçon que na véspera se encarregara dcatender a mesa de Nòrrington.

Ah! exclamou o garçon. Nem quesenhor me prometesse os diamantes da coroa,nada poderia dizer. Mais fácil seria descrever úmpartida de "rügby" do que um jantar desse gênero*A todo instante, chegava e saía gente. Sem contarque em trinta e seis mesas em redor falam, riemdiscutem com gente que chega e sai. Como é pos-sível recordar alguma coisa? Tudo o que seiacrescentou, cocando a nuca é que o sr. Norr-ington pagou a nota de despesa —- e olhe que foialta! e que pouco depois saía com o bando todoàs onze e meia. . .

Mas Nòrrington era o "anfitrião" - observouReynolds. Penso que èle, ao menos, ficou otempo todo aqui. . .

Um sorriso torceu a boca do grave servidor.Pois bem... Se o senhor pensa isso, é porquenão conhece esse homem. Êle vem sempre a esterestaurante e, palavra, nunca o vi ficar sentadotranqüilamente. E* de se jurar que tem bicho nono corpo. Quando não é chamado ao telefone éêle próprio quem vai telefonar. Quando não é otelefone é outra coisa qualquer. .. Éle corre, repentinamente, até a calçada e volta com quatro oucinco novos convidados. E' sempre assim! Palavra;não posso compreender que prazer tem êle. .. Cápor mim, quando como, gosto de fazer as coisascom vagar e sossegadamente.

Pôde observar as senhoras presentes? Conhe-cia todas elas?Conheço uma quinzena delas, de vista, possodizer... -— afirmou o garçon, suspirando. -Mas

muitas apenas entram e tornam a sair, não domo-rando aqui. São atrizes, em geral. Lady Selcottaqui estava. Creio que chegou tarde e que saiucom o sr. Nòrrington e seu bando. Mas não possoafirmar. O porteiro também, acrescentou êle,pois é novo na casa e ainda vive um tantoestonteado com a ruidosa freqüência.

CAPÍTULO IX

Um molhe de chaves

Reynolds pensava que a coisa mais urgente afazer era verificar o emprego do tempo de cadaum dos visitantes de Vane Ingram, antes da horacio crime, na véspera. Esse era um simples traba-lho de rotina, que poderia render boas indicações.Desejava também efetuar pesquisas particularesrelativamente às pessoas que, tendo conhecido CarlArdeen, tinham admitido esse conhecimento comcerta relutância.Enquanto tentava compreender ou descobrir men-talmente o que pudera causar essa visível repug-nancia deteve-se, repentinamente, impressionado

peio lato dc que tais pessoas tinham manifestadoessa relutância antes de lhes ser dito que Ardeenfora assassinado. Não fora, portanto, receio dealguma péssima publicidade o que determinara essaatitude.Isso verificado, Reynolds se dirigiu ao teatro dolartheon, onde pensava encontrar Nòrrington, di-ngmdo os ensaios da nova peça de Quentin.u porteiro, a entrada reservada aos artistas,moveu a cabeça negativamente, quando o policialperguntou se Nòrrington estava.~- Quer falar com êle, hem? Pois não é o únicoa ter essa pretensão respondeu êle com ar im-

por tante. - Mas o sr. Nòrrington é um homemmuito ocupado.(Continua no próximo número)

"¦¦ Ali' N'-' etembro 1048 67 EU SEI TUDO

rAi mo, SEUS HÁBITOS,fl i/Aàm^

V CRIAÇÃO

Vo B il» a náo ser nas gran-

des cids des, ondo o consumo é

maior, carne de carneiro está.m pc dc manifesta inferio-

,.ldacle i i relação ao largo usode outros animais do-como o boi, o porco e

Mas é indiscutível qu<le ovinos oferece van-

raj0S0 mltados e que cm cer-

:gs ados do nosso País, prin-cipali no Sul (Rio Grande),

a ov :ultura está desenvolvida,

posto não tenha atingido a

oreei encia que assume nos pai-.ses ei eus. Animal de espan-

CAMPO

Um lote de carneiros nas pastagens inglesas

í í-"- .••"¦ 'y.':'-L''i£e ic**^ *!&'*". ^•<"ilVÍ'-.'f^'0^^''C'!''^^^L*y ¦'¦'"• ^ítrL JãÊz *''•"'•ÍÜ*jL- :£;3£p59^H lfl

.3 e que os carneiros conse-pastar em tern nos onde atao rasteira que o gado bo-outros ruminantes domésticos

da cabra) não pode apanharer? Unia das razões é o fatosuirem os carneiros o beiço

tendido, o que permite apa-rvâs muito pequenas, no in-

das rochas e gre.tas do chã»..isso, no menu dos carneirosas coisas mais variadas: —tenras, plantas duras, gra-

'rotos, espinhos, cascas de ár-'te. Por fim, os carneiros po-'sar dias a fio sem beber água.

que se contentem com a quevegetais conto»''''

uma

tosa frugalidade, dando-se bemcm terrenos onde seria impossí-vel cuidar de outros ramos da

pecuária; útil não só pela produ-cão de carne, como pela de lãse couros, o carneiro merece lu-

gar de relevo maior nos quadrosda atividade do campo.

A PECUÁRIA NA AMÉRICACENTRAL

Os rebanhos de Guatemala

Comparativamente à sua popu-laeão. diz Graham S. Qua te

í ;0~' , *¦ . .*¦ . '-*'¦ - ¦. .. - :. v.r ? .'¦"- '.:<¦'-¦'¦-

iyv- :¦¦. t:;fLiiir,iiy-ií^i. *..--¦. ¦¦ .. ;;•*• ..yy v ¦ f .':-í*:,. ..- ll y.

^M^kMyí^Syy ^^jm^mmmmJmlW*- m. . J*jÊ&WÊÊ" '^ y ^**£jÉm . '2.e> ,_¦ i^'*'^^*'?^! ÍlMí yy^^^Ê^ **W^àh <&£Ú

*— *¦ m^mmmmmmmmmmmmmmamm-^mmaamam^^^Mmi.^^im^^mm*m^tmmMaaÊÉÊaaaaamamÊÊmaÊamÊmmaÊÊÊaaeKÊiaÊmmimtaaimÊamÊaÊmmmtm^mmaam.mmammmamammmÊ^mÊm

em artigo para "Agricülture inthe Américas", — é a Guatemalao país da América Central quepossui menores rebanhos. No pe-ríodo 1928-1942, a Guatemala ex-perimentou severa crise economi-ca que lhe afetou seriamente osnegócios pecuários. Os preçoscaíram e a produção declinou dctal forma que as demandas decarne, para consumo interno, ti-veram de determinar o recurso àimportação de países vizinhos,tais como Honduras e Salvador,que procuravam mercados parao excesso de sua produção pecuá-ria. Apesar de ter na criação degado, em cerca de 400 anos, gran-de parte de sua estrutura eco-:ômica, a Guatemala nunca foi,

o entanto, país exportador de\rnes.Na Guatemala, o gado crioulo

provindo dos animais importa-'.os pelos antigos colonizadores

spanhóis) está cruzado com ou-ras raças, inclusive com o gadoidiano zebu. As transações são,m geral, efetuadas nas próprias

V planície húngara, cercada de mon-unhas, fertilizada pelo Danúbio, éim dos sítios melhores do mundo

para a criação de carneiros

¦ •jyt. ¦.:

•'¦:¦'"á

y

EU SEI TUDO 68 .'12*-* Ano No 4 Soteihbr o -

«

„y

llr^_É_l ÍW-t«_'y \$t>> A _^?^ «IjB.N;Cv. i(_._f ¦ ¦•' Kw

BR t ____» 31 «»

Os cruzamentos do gado indiano como crioulo, de Guatemala, está tra-çando rumos novos para a pecuáriado país centro-americano. A seleçãode tipos de carne se acentua. A gra-vura mostra um raçador do tipo que

os guatemalenses preferem

fazendas. Ainda têm muita pro-cura os bois de tração de gran-des chifres; inúmeros pecuaris-tas, no entanto, planejaram em1946 importar do Texas raçado-res que lhes melhorassem os re-banhos, recorrendo ao transportepor via aérea, a fim de cortar otrânsito pelo território do Mé-xico, onde as epizootias e a febrea.ftosa, particularmente, alarma-ram durante certo tempo todosoa que se dedicam à criação. Dequalquer forma, parece que aGuatemala envereda decididamen-te pelo caminho da seleção detipos pecuários, principalmenteorientados para a produção decarne. Diante dessa perspectiva,a orientação dos criadores guate-

Velhos bois carreiros são, ao mesmotempo, animais de corte, na

Cehtrò-América

malenses interessa a todos os pai*s«es que podem exportar raçado*r«es.

EXPOSIÇÃO FLORESTALNA SUÉCIA

Interessantíssimas demonstra-ç Ões, conclusões e estudos vierama. foco, em matéria de silvicultura,aa recente Exposição Florestal/*<?alizada na Suécia, em Estocol-lino, sua capital. Por exemplo: um"microscópio calculador", paracl eterminar o crescimento das ár-vores da floresta, foi uma dasirateressantes novidades que fo-rs.m apresentadas na exposição.O instrumento é empregado para

<~-^:;^2':::2. ¦'.-,.'•">"- V^R ¦¦ ' *V $iF

&<222 _í S» m M*~~2--'"•V-1'"''""¦"¦'•• ' '"^B_K, «_- fammW mW. -9\ -w>*%'•;-¦:• '^ÊÈ^&IP^^^iljSlc 2i\__ií_C__i&<_ ^_____ -wct*s<ua*>ic< _.u_fr^—"í1 *' •'• • • ^B8«_______--___________________$C_____

' _^____*

'¦ SS-8

:~J~'£¦<$''.'^¦<^'-'-^''2<^aÊÊ^^mBÊrk^ ^Br*y^*^'?'-<'' ,'í?ÍH _K\':'"«i_ to

_-B ______&&*_________! «___»'"'^«_____^_______F^tS 8!

Os bois de cruza, ainda de chifresg- randes, são os animais proferidos

para a trac.-ão

c ontar os anéis anuais de cresci-mento, nos núcleos obtidos nasi inspeções florestais realizadasp»cla Direção de Silvicultura daSuécia. Por meio de uma en-grenhosa combinação entre o dis-positivo de avanço do microscó-p»io e uma máquina calculadorad c um tipo ligeiramente modifi-c ado, a espessura dos anéisa_nuais da madeira se registra si-iiLiultaneamente com o número dosnnesmos. Com o instrumento omC£iicstão podem ser examinados£>O0 núcleos por hora. O exemplarexue figurava na exposição é umcios quatro deste tipo construidosseté agora. Foi fabricado na Sué-eda em sua totalidade e é o re-sultado de uma estreita colabora-

t^ssm^mmsmmmÊK^^m^sssmmmmssssmmsmmmmmmwssmm^m^^tàiíi. *.-,».«

tima vaca produto de cruza decom gado crioulo, em Guatemala Osraçadores são de preferência DuriBrown Swiss. Zebu o mestiçoszebu, como o gado de Sta. Gèrti

ção entre os peritos do InstiSueco dc Investigações Florestaise a Companhia Addo, conheafábrica sueca de máquinas decular.

"A Floresta Futuro dacia" foi o lema da Semanarestai. Teve a dupla finalidadede fazer o público conhecer a]guns importantes problemasrestais e de informar, ao mesitempo, aos silvicultores suecos, osnovos métodos, aparelhos, etc,empregados nesta indústria. Me-diante quadros, fotografias eamostras, ilustrou-se a grandeimportância das florestas para aeconomia da Suécia, os numesos produtos obtidos da madeiassim como também os assina-lados fatores que constituemrecrescimento e o replantio. Aoabandonar o local da exposição,o leigo na matéria recordavacertamente que 5*1 por cento dasexportações suecas de 1917, nuvalor total dc 1.720.000.000 co-ròás iCr$ 8.901.200.000,00) eramconstituídas pela madeira e seusprodutos derivados; que a sup<fície do país coberta do flores•é dc 23 milhões de hectares, dasquais 19 por cento são do pro-priedado do Estado, 6 por centode autoridades municipais e í5por cento de sociedades privadas,enquanto que 50 por cento daárea florestal está em mãos departiculares. Provavelmente, ha-via observado também que 4 por

^^BgB!g-;!BH!B^!^—f'—. i~!mmmmsBmmcBm**3i.-i ¦_—___—i

Ao longo das estradas do ivréxico, o gado que se vê é clc tipo variado, indo desde o criouloaoa ti^DOS mestiços de raças européias e de zebu

' ,.:

'l9m32 Nv «1 Setembro 1948 119 Èü SEI TUDO

*»¦

peçõ<insp< ¦se realtensãonúmero

cento <h total das florestas eramaualifieados de "desnudados", oque po parecer uma proporçãobasta baixa, mas na opiniãojo;,* sil àcultorcs suecos os 4 por

cento são demasiados.0 eíhoramento dns florestas

dese adas é uma das missõesatuai: da silvicultura sueca. Aspoda onstituem um meio paraêle .;* entro são o replantio e csenxei Estudam-sc a.s condi-çôes florestas de diferentes

realizando constantes ins-sistemáticas. A presente

foi iniciada em 19o8 e/.ou até agora em uma ex-de 44.000 quilômetros. O

de árvores das que seam amostras nestas inspe-

çõe: desde 1938, é de 182.000.•incipal conclusão que sestas inspeções é que devo.ulamentada a exploraçãorestas suecas, disse o pro-M. Naslund, diretor do

;uto de Investigações Flores-tais, uma conferência. Nonort< ío país, onde o crescimen-

árvores é mais demorado,rtes deveriam ser reduzidos

até m máximo de 30 por ceu to,anscorrer dos próximos 20

anos. Na região central, não po-er necessária nenhuma re-

duçãc no mesmo período de 20ano enquanto que nas regiões

meridionais, quantidadespodem ser cortadas. Es-

.se. que, eom a aplicação desteama, aumentar-se-ia grada-

te em mais ou menos 50ento a produção florestal

prazo de S0 anos, a eon-tar di agora. No certame foram

ras cabanas do lenhadorestipo novo, muito espaçosass, em comparação com asque serviam antes de mo-

a estes trabalhadores. Én-novidades técnicas sobres-alguns dispositivos práti-'a carregar madeira, novos

lhos para extinção de incên-florestas, serras moca-1UCi' etc. Como é natural, não

m serras e machados, fer-as manuais suecas farno-sas io mundo inteiro.

rcluo trabalho desenvolvidoíversas instituições suecasprodução de melhores es-de árvores florestais deCT nento rápido, se refletiu demuito interessante na ex-

Assim, por exemplo, fo-^

btidos notáveis resultados,te o cruzamento de ála-

v!0£ ocos e canadenses. Umueco comum, plantado na

y" 'a> cresce cerca de 15tros num ano, enquanto

.lu.' ,va espécie alcança umaaltura do ioo 4-- i.lo0 centímetros noperíodo. Estas experiên-

ram acompanhadas cominteresse principalmentepela ni ho f,( .„• 4. r .caie a fosforeira sueca,<J0 orne grandes quantidades

ciasgranel

A lenha das terras nuasO combustível vegetal dos Andes

Hugo W. Alberts estudou, nãohá muito, em "Agriculture inAméricas", uma planta interes-santo, a yareta, que existe nasregiões andinas, sul do Peru,Bolívia e Chile, rica em subs-

^^— T"^ '

mmMmmmmmtmmmmmmim

A yareta é uma planta que nasce nasaltas regiões andinas e serve cie com-

bustivel para toda a zonadesarborizada

tâncias resinosas e servindo decombustível excelente para a in-dústria dc mineração e para asferrovias a vapor. Quando pe-quena e tenra é verde-brilhante.Torna-se côr de terra ao ficaradulta, e enche extensões maisou menos amplas, em moitas decerca de um metro de altura eo diâmetro de quase quatro. Temo nome científico de Azorella va-

As altas regiões dos Andes não têmárvores. Per isso. o problema do com-bustivel seria insolúvel se não hou-vesse a vareta, planta estranha quesubstitui o carvão, a madeira e ou-tros combustíveis, sendo utilizada nasferrovias, nos fornos de minas e nos

fogões das casas

riia e forma densas massas emconglomerado, terminando cadaramo numa inflorescência de quese desprendem sementes doura-das. ; >;

Os nativos usam como remédiopara feridas e golpes a substân-'cia resinosa e adstringente quepossui a yareta. Os blocos dasconcreções de yareta são brita-dos, empilhados, depois transpor-ftados aos centros de consumo. {•Queimam quase sem fumaça e[produzem intenso calor. O valor,calorífico médio é de 5.000, comil por cento de carvão, 48 porcento de substâncias voláteis e;

1 por cento dágua. Tanto se em-prega o combustível nas indús-trias que dependem de fontes ca-loríficas como nos lares, fazendo ;as vezes de lenha. As cinzas sãoexcelentes fertilizantes. A yaretaé a lenha das ferrovias das estra-das de Arequipa a La Paz e deArica a Tacna, e, em certos tre-chos, para as locomotivas da fer-rovia de Puno a Cuzco.

Diz Hugo Alberts que nas re-giões não arborizadas, onde ocombustível vegetal é sempre umproblema insolúvel, pode haverum milagre vegetal, como a ya-reta, que é excelente sucedâneopara a madeira/ o carvão e ou-tros combustíveis comumente uti-lizados na indústria e no âmbitodoméstico.

adeira cie álamo.

¦**«¦¦¦¦¦*¦*— ¦ ¦¦¦¦¦ ¦¦—*»^—i——— __—_^.

• ' * M r^^^^^^^^^^B

EU SEI TUDOI"*

EXPOSIÇÃO INTERNACIONALDE INDUSTRIA E COMÉRCIO

Foi inaugurada no dia 10 de julhop.p., no Hotel Quitandinha, em Pe-trópolis. a Exposição Internacional deIndústria e Comércio, encontrando-sepresentes àquela solenidade o presi-dente da República, os governadoresdos Estados do Rio de Janeiro e doParaná, ministros de Estado, mem-bros do corpo diplomático, parlamen-tares e outras altas autoridades. Ocertame, quo conta com o apoio do

^jf^»'Wfffp? ¦*¦ n I» wtw&v^Twn*®***'

70 32v Ano Ne 4 Setembro — i

BM^______^BÍ____^_,^^^^^^^^§^^^^W1k ¦* «BB B-f^^SSSSI

Wrora ¦B^BHBflflfl, -flfl Íflflfl69flfl^K^*;$^^:':^-*^W! BB* *¦->> < 3&B sB!v^^^«^i^Sí5»ill BE

BHr^KiiBi^i^^CvívvÉi?'^-^ 'x^cHHBt" ^''"''flflfliiiffi''^•t^jBffl^^^^^g^

¦W* .SB IftfliüÉKfl^^fl flfl^-^B^B ^k' flfl» ¦¦-¦¦ *mi HMÉiúifl Hv -**i*3íBflflB^flm ¦fl^Jr^flr '• ^^^mWW^^êmW Bk .**$»Ifl^iwil hT^S '¦Vy^K fl-i-^rflflEx^-hM flHr^*3HE

¦fl iE ^Ji-SS-àBi ¦¦'

^_____i____________________i_s_^____E_____^_^_^__)_)__^^

¦i&T^&l-fl^ H¦fcMRSíM MM¦fl BK**MftÍ^I BB______________________________________________________________________________________________ ^^í-m _______ '

____p';:í_J___B'¦¦: ^v^BM^fl _____FS>|^BÇ:

MS&i

Quo-.ii a cu memora tiva da Exposiçãolnlernacioital de Indústria e Comer-cio de Quitandinha, com o carimbo

do 19 dia

Governo Federal, criado como foi pelodecreto-lei nv 9.880. de 16 de setem-bro de 1946, é patrocinado pelasConfederações Nacionais do Comércioe Indústria, e tem como finalidadeprincipal o estabelecimento do inter-câmbio comercial direto entre os pro-dutores, tanto nacionais como estran-geiros.

Para melhor comemorar este tãobrilhante acontecimento, o Departa-mento de Correios e Telégrafos con-feecionou três selos, que foram pos-

NO MUNDO DOS SELOSA. PAIVA

tos em circulação no dia da inaiigu-ração da Exposição.

O primeiro destes selos tem o va-lor de 40 centavos, cem as seguinte*características:

Formato: retangular vertical: cõrverde escuro e roxo claro (duas im-pressões); dimensões: 0,023 x 0,036:quantidade de selos por estampa: 72:total da emissão: 2.000.160 selos; de-senho à água-tinta: Arnau (forne-cido pelo D.C.T.): gravura c impres-são em off-set (Casa da Moeda); fi-ligrana: Brasil Correio Estrela.

Descrição do sêlp:a) Na parte superior, gravada em

caracteres brancos sobre fundo cha-pado. distingue-se a inscrição "Ex-posição Internacional de Indústria eComércio" ;

h) No ângulo inferior direito, cemás mesmas características, vê-se ainscrição "Brasil Correio":

c) No ângulo inferior esquerdodestaca-se o valor gravado em ca-racteres brancos sobre fundo cha-pado;

d) O motivo principal do seloocupa toda a extensão do centro doretangulo e representa o globo ter-restre, destacando-se da América doSul a torre do Hotel Quitandinha.em cuja base cruzam-se quatro cir-eulos que envolvem o globo terres-tre. Segue-se abaixo, gravada emcaracteres escuros sobre fundo claro,a data — "1948":

e) Fora do retangulo vê-se: no án-guio direito. "Casa da Moeda": no«'Squordo, "Des. Arnau".

H^-x^i^^S-•*¦"• ií>.'*^^w^ :^^flfl Hf ^flfl ¦W'^lflfl^SBGHfGa(^%'l.ijllBáililâfl» ^wpr ^fljpr ji|jj&:¦--Siffl ^MMMMMWAr

^ ^ ' **v ¦&%

Xii? '¦'"'•'.-'.¦' .'" '¦'-'¦¦'.¦¦ \*.A-it ¦ * mj§

•MHMMiriMMHMMrn******$tttm'istttm»fS>mSSSsmÊm^mimmmiim»imtm^

tsm»;A_í *V*C**M* T^^*^>*."nv- ^tA-*A*>_i*\*.

líma das muitas folhinhas feitas poparticulares para colarem selos «• ven-derem ao público. A que vemos acimaé d<- autoria do desenhista Nelsondos Santos Simões e que gentilmente

nos foi ofertada

' •¥¦'«" ¦ 9 i»»T***l >'W » «1

I m. tm&vi!S&*t t zimzK#yrm

V* •.•'V*-.^M^*^^t»>V^-,'*VvW\»i.*.-%_ ^^fl.,^,

¦fl*

Continuação das quadras, em sério, da Exposição de Quitandinha

^r- 7 ^^ .'

^

¦ • '.y446&/Oti$wvtrtAt&M&*^***++*+*+JÍ?Í*+i**+^^ 3 ¦

«¦«««OfCOOOíPí^^

C»d" (íi» J

ljuí.

¦fl-i-fttt****»**^^

..orutivo não oblitera-Bxposiçãò Filatclica de

Itio Grande do Sul

Os outros dois selos da série sãodas duas taxas de Çr$ a.80 e Cr$ 1.20.cujos característicos são <»s seguintes:

Formato: retangular horizontal; côrdo selo de Cr$ 3,80: roxo escuro eroxo claro (duas impressões) : côr doselo de Cr$ 1,20: vermelho escuroe vermelho claro (duas impressões);dimensões dos selos: 0,023 x 0,036;quantidade de selos por estampa: 72;total de emissão para cada selo:1.000.152 selos: desenho (a traço):Arnau (fornecido pelo D.C.T.); gra-vura è impressão a off-set (Casa daMoeda).

Descrição dos selos:a) Na parte superior, gravado emcaracteres escuros sobre fundo bran-

co. distingue-se, em direção horizon-tal, a inscrição "Exposição Interna-cional de Indústria e. Comerei..";

b) No ângulo inferior direito vê-seem direção horizontal a inscrição"Brasil Correio". Acinia, na mesmadireção, "Quitandinha — 1948"; am-bas as inscrições gravadas em carác-teres escuros sobre fundo branco;

c) No ângulo inferior esquerdodestaca-se, em caracteres brancos sô-lore um retangulo horizontal escuro,o valor Çr$ 3,80 para o roxo escuro,e Cr$ 1,20 para o vermelho escuro!Abaixo, gravado em caracteres es-curos sobre fundo claro, distingue-se, em posição horizontal, a palavra"Aéreo" ;

d) O motivo principal do selo re-produz o Hotel Quitandinha ocupan-

do toria a parte central do retângul¦ ¦> Fora do retangulo vê-se:

ângulo direito, "Casa fia Moeda'no ângulo esquerdo. "Des. Arnau"

O edital destes selos foi publica a*.no "Diário Oficial'', seção I, do di8 ái- julho de i948, às páginas 99'

( ARIMBOI.OGIAPRIMEIRA EXPOSIÇÃO FILATÉ-

LICA DE 1JUÍSerá realizada no período de a

3 d' agosto do corrente ano a Pi

Carcon

inibo comemorativo obliterado1*,í data móvel, da 1" Exposição

Filatclica dc ljuí

,,-);.

*#'

Wi) IN1 Setembro I.94S 71. KU SEI TUDO

_W____f__^m_mè_M— -- .r<.-.,<^^;Xtá,tá.r

'jjip w^onsíu c^tl-nnial .•¦.¦•¦•;. -fSiB^B

vTTTTyZ

- . ti -* |*a.i va

. 7'.-ííkvs 75o Sni» -;".«> lí

'. íihfi

* -t"5í5- 'íl ?'* í< ** ¦*'? -,s

win^--.»,».'-»- y* ,<j. ^

*»-&>£ -*fS8flKr i-.-r-MK' .

' *Tl .^-^^^táL^L^^^k * ^"^^^^^^^É^^^^^C1-*^^L£j^-^^m-Am^^K <^** -ufc*^AJMB\^^^L^JL-^Jfc3r«^AJ«-PJt.^^A?--.^Vr íkÍ B A. J »l Jjfc\^^K

Sèíí comemorativo do progresso da Selo indiano <1<> 1- vôo de Bombaimcr americana, editado em L9-7-48 a Londres

A ESQUERDA — Envelope com o ea-rimbo do L9 dia da Exposição Inter-nacional Permanente dc Quitandinha— 10 de julho de 11)48 — carimbodo Rio de Janeiro. À DIREITA —Envelope com o carimbo do 19 diado centenário de YVisconsin (29-5-948)

EXPOSIÇÃO INTERNACIONALDE INDÚSTRIA E COMÉRCIO

O Departamento dos Correios e Te-légrafos confeccionou um carimbo co-memorativo postal obliterador, que foiusado nas agências postais telegra-ficas de Petropolis. Quitandinha e naAgência Filatélica desta Capital. Este

**msm*ssssmwssmssesas' jh".1*)1 ammàSSSmSS&SiSaSaMJXm _,,*

1 *<&v-

í :y ¦'¦¦'' ^^"yyryúai***mjiijj*r ÍMmmaJamJjfc}j§

——^g:—————tám '

HMM,

HÚéiaBâí

mammmm—m*a**mmma -mam^sm '

»w.-r •-.-;,-. ^-»»aaaaaaaaaaMaaa*mmmmm*mm****mmmmmm*mmmmmmm*

rg>—-->- i -¦ j —^rrry!— ' '¦'-^>^/'!¦-¦-|.¦u*.^''''i^^'*'l^'¦(|'-l^l-'ll^!^l¦'.' '" ' "Tf-Wl-J**'! j

^y .»' V' V'Í2j£flggg&^9 ___Xy-£ ' " v, -^TsW-i^

WH-. i-: .'--':..'£^maíia%S2SSSm-^m*m*mmmm^^,i;aA^'Í^^- -,»7- - k-VSt

8 -< ' '•• - •fi"y- *?*&$x'!i'X-*i-rfyi'(- : ./ tá '

X tá 'tá. ¦¦'!¦-., «*-7"'**•*S .. ...... | i t'| -himhmÍm—in j__-^ _j L_i_L_i_u«_miJMij

''.tá £, !,\*'"??'.**?"~i W.'5! .'Í.^1&iÍ¥-:>7!"'f'*''"t*'l''Tt''''^VL*- -' '*»» ¦—*—»*—¦¦-**m—«—-»—__________

_¦ - Xii^.j^ííííaÈÊÈBmâAlmSti&rtri'' i ______»¦•

*&t''''< '¦ Si i ¥-»^l rJ^BBÍ- ÍULJmI Bk

sy- - ¦ -- tmmmm^*>amsa»am**m*mmmmaamsmm^m^Êa^mm^mima*mm

K i^r|yW j l^?yffl^W*|t!a^ I I^ã > y'•;.- i

t—— iu ifmmmmmmmmT9*** ""1¥§f0< 1 úm : {¦--•

;;tá7:7tá^í*tátá- '¦¦-•; ^-wÍmjjí .y.^v^-aw^

:-> c<i **-«inrii*i?fTl 4 j«tiaK»iial^j K^'MmJnm.wàmmyr.i W m , '-'iagMmmamSamaaammmmmmW'. ' W ¦ •-.--¦-.— --- i*>-v.'-"- -X-•

¦¦¦¦ÉÉÉÉÉÉÉÉÉá^I f i • >f><*«¦/*•-•->->-, - .-» - ^.^..

círculos concên-do primeiro os

} Telégrafos —do Sul": no se-

meira Exposição Filatélica de Ijuí.Estado do Rio Grand.' do Sul. nosalão nobre da Prefeitura Municipaldaquela eidad»-. Para comemorar estefeito, o Departamento dos Correiose Telégrafos mandou confeccionar 2carimbos para serem usados duranteeste certame filatélieo e no localacima mencionado. Os carimbos têmas seguintes características:

1) Carimbo de metal; comemorati-vo. postal obliterador. Formato: cir-cular; dimensão: 'AO milímetros dediâmetro; tinta a empregar: côrpreta.

Descric.-ão — Trêstricôs, tendo dentrodizeres "Correios <Ijuí — Rio Grandegundo "Exposição Filatélica Regionalde Ijuí", e no terceiro círculo a datamóvel.

2) Carimbo de borracha; comemo-rat ivo, postal não obliterador. For-mato: retangular; dimensão: 40x26milímetros; tinta a empregar: azulda marca "Pelican".

Descrição — Dentro de um retàn-guio de linhas duplas e de ângulosarredondados, as palavras "PrimeiraExposição Filatélica Regional déIjuí". dispostas em duas linhas. Nocampo superior do retângulo que édividido por um listrei dentro doqual se lê a inscrição "Correios eTelégrafos R S". um círculo pequenocom a data fixa: "l-:3-Ag-48", la-deado por duas estrelas". Na parteinferior do retângulo vê-sede uma colrríéia envolvidaenxame, tendo na base as"Colméia de trabalho".

O edital destes carimbosblicado no "Diário Oficial",

parte interior dodizeres "Exposi-

a figurapor umpalavras

foi pu-seção I.

do dia9318.

2'A de junho de 1948, pág,

Pakistão — série da Independência

Série comemorativa da Bélgica emhomenagem a Edonard Anseele

carimbo foi usado durante a exposi-Cão no período de 10 a 18 de julho.

Este carimbo tem as seguintes ca-racterísticas:

Carimbo de metal com data móvel.Formato: circular; dimensão: 35 mi-límetros de diâmetro; motivo. Expo-sicão Internacional de Indústria eComércio; tinta a empregar: "Kra-rhér" de côr preta.

Descrição — Naprimeiro círculo oscão Internacional Permanente de Qui-tandinha". Ao centro vê-se o edifíciodo Hotel Quitandinha, e logo abaixoum círculo menor onde se lê, nolado exterior dentro do qual se en-contra a data móvel, as inscrições"Correios e Telégrafos — Rio deJaneiro, D.F. — Petropolis, R.J. —Quitandinha, R.J.", respectivamente.

Ditos carimbos foram usados, noslocais acima referidos, durante o pe-riodo de 8 dias, a partir do dia 10de julho p.p.

O edital deste carimbo foi publi-cado no "Diário Oficial", seção I, dodia 21 de junho de 1948, pág. 9176.

CARIMBO COMEMORATIVO DOCENTENÁRIO DO CONSELHEI-RO FRANCISCO DE PAULA

RODRIGUES ALVESO Departamento dos Correios e

Telégrafos utilizou durante o períodode 1 a 7 de julho na Apt. de Gua-ratinguetá, Estado de S. Paulo, umcarimbo comemorativo postal oblite-rador, destinado a assinalar o trans-curso do centenário do nascimento doconselheiro Francisco de Paula Ro-drigues Alves, nascido a 7 de julhode 1848 naquela cidade.

O dito carimbo esteve à disposiçãodo público no local acima mencionado.

EU SEI TUDO 72 32*? Ano N1? -1 Setembro

carimboprimeiroTelegra-

Possui as seguintes características:Formato: circular: dimensão: 30

milímetros de diâmetro; tinta a om-pregar: côr preta.

Descrição — Apresenta o3 círculos concêntricós, nodos quais se lê "Correios efos — (xüáratinguetá S.P.": no se-gundo lê-se "Centenário do Nasci-mento do Conselheiro Rodrigues Al-ves", e no terceiro a data móvel.

O edital deste carimbo foi publi-cado no "Diário Oficial", seção I.do dia 29 de junlio de 1948. às pá-ginas 95S2.

NOVIDADES FtLATÊLICASÁUSTRIA

.Uma série de 5 valores, série ordi-»ária, em substituição aos íelos atóentão em uso, foi omitida ein 10 dojunho do corrente ano. São dos so-

20gguintes valores:75 verde, ls azul <

Para celebrar o'*Künstlorhaus". (pnAssociação Artística

verde, 45g azul.1.40 marron claro.

80'-' aniversário daé a principal

Austríaca, inau-1868com

Ava-fa-se-

Pintor Hans Makart

Escultor Carl Kundmann

gurada em 1 dc setembro depelo imperador Francisco .Josó Iuma grande exposição de artesérie de selos é composta de 7lores, e representam seis delesm sos artistas austríacos. São osguintes:

20g-f-10g — A "Künstlerhaus¦ 30g+15g -(1840-1S44).40g+20g -(1838-1919).

50g-f25g — Arquiteto Augusto Sie-card von Siccardsburg (1813-1868).

60g+30g — Pintor Hans Canon(aliás Hans von Straschiripka) (1829-1885).

Is-f50g — Gravador Willian Unger(1837-1932).

I,40s-f70g — Arquiteto FriedrichFreiherr von Schmidt (1825-1891).

As cores destes selos são. por or-dem acima apresentados: verde, mar-ron claro, azul aco. violeta, áverme-lhado, azul escuro e marrou.

BÉLGICAEm 21 de junho foi emitida uma

série de 4 valores de selos comemo-rativos em homenagem a Edward An-seele. São dos seguintes valores:65c-f 35c carmim); 90c-f 60c (cinza):If35-r-lfl5 (marron claro): 3f,15-f-lí'85(azul). Foi emitida na mesma datauma folhinha com os 4 selos, perfü-rada e na quantidade de 40.000.

ÍNDIAFoi emitido no dia 29 de maio um

selo para comemorar o primeiro vôode Bombaim a Londres, que seriarealizado no dia 8 de junho. O de-senho do selo mostra um aeroplanodo tipo "Constelation" em vôo, apa-recendo ao fundo um céu nublado.lendo-se na parte superior "Air índiaInternational"; na parte de baixo"First Flight 8th. june 1948" (1«? vôo8 de junho de 1948) "índia Postage".é o Talor "12 as". Estes selos foramimpressos na índia (em Nasik) peloprocesso de off-set, sendo filigranadoo papel com múltiplas estrelas de 5pontas:

PAKISTÃOA independência desta região foi ce-

lebrada pela emissão de 4 selos co-

O presidente Harry S. Truman épresenteado com a medalha dos qua-tro capelães, pelo general Ralph CJ.BeVoe, diretor do Hospital dos Vc-teranos dos Estados Unidos, ernBronx, cidade de Nova York, durantea apresentação da primeira folha deselos emitidos em homenagem aosquatro capelães. No fundo, da es-querda para a direita, vemos: Ir vin gCiei st, presidente dos Fundos do Mo-aumento dos Quatro Capelães; sra.Thereza F. Goode, viúva do capelãoAiexander Goode; e Joseph J. Law-ler, terceiro assistente do diretor

geral dos Correios

memorativos. Estos selos representam:o de l.-Vèas, azul cobalto, mostra aAssembléia Constituinte do Pakistáo;2'óas, verde, apresenta a entrada doaeroporto de Káraçhi; .'U-as. sépia•acinzentado, a entrada do Forte La-hore. o desenho do selo de l rúpiaapresenta eomo motivo <> crescente eestrelas eom moldura em estilo sarra-('«'HO .

PARAGUAIO governo deste país amigo, pelo

decreto m 26.209. de 28 rle abril docorrente ano. autorizou a impressãode uma série de selos aéreos e selosde correio ordinário em três cores,para serem feitos pelo "Security BankNote Company e que serão emitidosem 15 de agosto do corrente ano.Os valores e a quantidade (ia emis-são são os seguintes: Aéreos 37c(25.000): 69c (10.000): lg (8.000): 5g(6.000): lOg (5.000). Correio ordiná-rio 2c (100.000): 5c (500.000): 10c(50.000); 15c (100.000) e 50c (50.000).

ITÁLIAFoi anunciado que seria posta à

venda nos primeiros dias de julhouma série comemorativa de 4 valoresem homenagem ao 50'-' aniversário de

BffiHp:::' ~-^K>mw M-Miuii «Mg

•^B^Sgy*^;í':-J':,;>:'-,:'-:*:': ¦ ' X

«Bglll f^'"""" ."•***"*.«¦*¦ i Ti1i-ii-ajil

¦JjXvv-x*".". x'•'.¦¦ *-:*.'- - .•:•:-.-

¦[•filatélica;P r tr'l^%^ * I

Folhinha comemorativa da 1*.* mostrafilatélica organizada pelo Departa-mento Filatélico do Centro Culturalde ISotucatu e autorizada pelo edital18-48 da Diretoria de Correios, pu-biicado no "Diário Oficial" de 11 de

maio de 1943

mm '¦' %; '^rapnBM' -^¦'•¦¦¦¦: V-^g1Ô43 . FOLHA COMEMORATIVA í \MBmWÊÊÈ I

íf. ÍSC *&*• '*¦ II

Sm^SS...

WF''$' ^xx{RUI . K ,á *¦ f-ÀíXsIl* wi!S í V ifhé^JJkxMâit^

s•N*

-~- , »$&&*?&¦¦****_jX£ZX-'f$i>>*:;.--*' ¦''¦¦

!f<;?,X.

^&ãM-,

Folhinha comemorativa da ll Vssição Filatélica Regional de [jui (I(ira nde do Sul», realizada de I a 'Ade agosto deste ami pelo Centro Filatélicp de Ijuí e sob os auspício*»

da Prefeitura Municipal de Ijuí

Fundação da "Exibição Bienualternacional de Arte", em Veneza. Odesenhos desta série mostram inte-ressantos vistas da "Rainha do MarAdriático" Veneza.

NORUEGA

Novos selos comemorativos foram• mitidos neste país em homenagemao 50'.' aniversário de fundação da"Sociedade Norueguesa Florestal"Esta série, que consta de 2 s< los, foiemitida em 15 de junho e tem as se-guintes características: 25 ore. veimelho; tiragem 4.000.000. e «SO oremarron daro: tiragem 2.000.000. Odesenho é comum a ambos e c oquadro famoso de Axel Heiberg "Deuse a causa florestal da Noruega"Esta série comemorativa foi gravadapor Oyvind Sòrensen.

SUÉCIA

Nos festivais do 90*? aniversário dtrei Gustavo foram emitidos os seguiu-tes selos para correio ordinário: iO-f 10ore- verde: 20+10 ore. vermelho; o*30-f-lp ore, azul: apresentando um re

(Continua na pá«. 96)/*' a

s'Kaàmcmz^°^^^'D^a^^^mmmÊÊÊÊmmmi^mmmàmiLmu^mmmmt^^^^^^^^,^^^^^^^—m—^. ———— --"r --I- ;f: t-v^-í;^^^! Wt£tà£ãlÊÈlÈS3A tÊB&'s'-'@ã

X-rr-WJ*53B B1S5B&BI wBf-\..

^X.^-X.^y^TittS/m ^B ¦ ^ -^ PBHKi5f*oÇ**ai»

:: ;^^^P'. '.' ct^^^^^^^BLIÜ ÍÊÊlwm w&ÊÊÊ

•rs-aeHÊm m?3pz r *»!?'. -'%« B fl m£& -

9 ™ Bi. ^-l^^^^*l*BritedPfM P "P Pã^f;/" i '<m

H ^ ^wBfS-f^BwJBP^ilfes^^il-BBB '¦'* i* <BB IbT '^m PiaRf*jPEHKM

H '^ffl^|f~^^^>gS^8^^CT^^^SKSEoilM^^Hi^SE^Bt,

i .i^Ê^lt, J™l Ws Mi W8*^S'^i^

S^HH^^^nRHKf;''''.. ¦/'¦•>¦¦ s^isbbbiêissbSs'¦¦'¦''¦"¦ mÊàt1, ^SasíX: 'Xri,'¦ ¦-¦ ^s^BK!os'8KfflSBfflw--^'¦ ¦,í--;'^'*;-fí'-"'r''".'-y;

32. o A ri o N. 4 Setembro 1948 73 EU SEI TUDO

- __ _aa_Mü/h fi t ír\i?G s I 1 r.¦JM* ¦\J*-s*-* E MEDICINAOS

A

A hênciste. Vterá4c .'•¦trutivcerãoprendiprezoverda.tolos¦exernpsier ¦va coi

riRES DA MEDICINA

Ia de Daniel Carrión

.ória dos mártires da oi-io se iniciou recentemen-

de longe c nunoa sefecho porque o espírito

uisa. a curiosidade cons-dos homens jamais pere-

mercê dv Dous, o des-•sento, a renúncia, o dos-ios perigos, são imitos nos

ros sábios o nos após-bem. Está cheio de

j.s grandiloqüentes o "dos-

la luta que a medicina tra-as doenças. Nomes pina-

;it *** f-t-l^-Bnf*ifi ^^_______

t<r*: _ié__* _______________________________r»^ff ______ __j*^^^**__ ' ¦** ¦

*a!^________^I^^^^^^^^^^^________L. _^____l_l f^JrêifTtC

!_«- ., » -Ln»x_____---a__________M_______-_--------^M___--_>M--i----i

Carrión. um dos inúmeros'tires da ciência, imolado ao pró-gr 30 dos métodos de cura e àssas em bem da humanidade

lares, como os de Finlay, Man-Laveran, Grassi, Noguchi.estão nas trincheiras avan-da batalha contra os maios

enfrentando riscos quomela maiores do quo os pe-que nos habituamos a co-

entre os mais altos títulosdo merecimento moral.

benefícios advindos ao gé-nero humano da ação desses ho-

intehieratos que se empe-¦<'« refrega com o desço-

nhecido e ainda não podem dis-terreno trevoso das expe-

de armas seguras con-as insídias da natureza,benefícios nunca serão

jamais exatamente avaliados por-iluem em tamanha am-

plitude de efeitos que parece atéperderem algo dc sua imortal lu-minosidade.

O mês do agosto, quo se fin-dou, assinalou a passagem doaniversário do nascimento de Os-valdo Cruz, um dos homens deciência que no Brasil mais fize-rum polo bom do sua Pátria. Foiuma época propícia à rememora-ção de figuras que estão indele-velmente ligadas às histórias dospovos que arduamente lutam nãosó pela conjuração dos males fisi-cos pertinentes a todo o mundo,como, em particular, pela erra-dicação do doenças peculiares acertas regiões. Nesse período pu-demos ler* um artigo de um pro-vecto médico peruano, dr. JuanB. Lastres, publicado em "Revis-ta Rotária", sobre o "tumorinfeccioso" do Peru, ou "mal dela verruga", propagado polo mos-quito dos valos interandinos. jun-to às regiões rochosas da Cor-dilheira dos Andes, onde sepinta em linhas gerais o espíritode sacrifício de Daniel Carrión,cientista peruano, que foi vítimada luta para a sua dominação.Lastres informa que o "mal daverruga" é uma doença peculiardas montanhas e desde os habi-tantes fabulosos do Império dosIncas era conhecido o "sirki", tu-mor sangrento que se desfechavaem uma perigosa anemia quasesempre resolvida na morte. Oraem atividade, ora adormecida, aendemia ficou circunscrita às ser-ranias dos Andes até que em1870 a construção da via férreaandina levou à zona os traba-lhadores que se empregariam naremoção de terra, nas terraple-nagens, no assentamento dos tri-lhos. Inúmeros operários contraí-ram a doença e, diz Lastres,"cada dormente da via férreacustou uma vida humana e oleito da estrada ficou semeadode mortos: Matucana, Chicla,San Mateo".

A febre de Oroya, ponto ter-minai da ferrovia, deu nome àdoença da verruga. Em 1912 osurto endêmico se reacendeu.

Daniel Carrión nasceu em Cerrode Pasco e ali estudou humarii-dades, transferindo-se depois para

0—KKw&V-Ví--- . <_-*-«_.«_ ''AA"-Ar-. 'AAAMMBHÜk_^ '_••¦¦¦' * ' - ,aMw

WLwMÈ$Ê' \^'-:^''-m^^- ¦ '¦-'''¦¦'¦':-

BB ; - ¦:i:f^^^r^^^^Ê

v, mtu«sx^ckimM^^m^^tm^:A^^^wã

Em Lima. capital peruana, uin bustode Carrión exprime a gratidão

da posteridadeTarma. Em 1873. em Lima, alunodo colégio de Guadalupe, cursou,em seguida, as Faculdades deCiência e de Medicina. Tinhauma idéia fixa: estudar a doençaperuana, identificar seus sinto-mas, investigar da etiologia e daterapêutica. Para isso, Carriónse fez inocular pelo mal, quatrovezes, em 27 de agosto de 1885,duas vezes em cada braço, deum tumor infeccioso de um doen-te em convalescença. Vinte e umdias depois aparecem os primei-ros sintomas: dois na articulaçãotíbio-társica esquerda. Dias maistarde, fortes calefrios, febre alta,cefalalgia crescente, dores mus-culares, câimbras. dores fortesnos globos oculares e insônia.Depois, alterações sensoriais, per-turbações psico-motoras, agita-ção, delírio. A anemia alarmantesobrevem e, com a perda da luci-dez, não podia mais Carrión ano-tar a marcha da enfermidade. Fá-zem-no seus colegas. Consegue-se identificar o "mal da verruga''com a "febre eruptiva de Oroya".E o triângulo final: "anemia, to-xémiã e coma", conduzem à mor-te que chegou em 5 de outubrode 1885, em menos de 40 dias de-pois das inoculações. Conta òdr. 'Lastres que Carrión pfonun-ciou aos companheiros, já mori-bundo, as seguintes palavrás"qÜeexprunem toda a sublimidade }à'ò

sacrifício dos homens que vívéoripara o milagre moral do áltrúis1mo: "Ainda não morri...

\

EU SEI TUDO

/•. :;ora, cabe a vocês continuaremo trabalho começado". . .

Diante dessas palavras, temosete envergonhar-nos, quase todoses homens, de que sejam tão pou-eos os que dispomos da virtudee da coragem de pronunciá-laspara a eternidade das gerações!

A TORMENTOSA QUESTÃOSEXUAL

Há cerca de três meses o psi-canalista norte-americano dr. Kin-sey — falando à Associação dePsico-patologia de Manhattan —declarou (informa "Time", emedição de junho deste ano), comum radicalismo ainda maior doque o tem feito anteriormente,que os hábitos sexuais do homemnão são diversos dos dos outrosmamíferos. "A maioria dos fatossexuais humanos que considera-mos anormais — diz Kinseysão naturais e biologicamente in-censuráveis e fazem parte inte-grante das nossas heranças, comomamíferos que somos". Os cos-Eumes, as propensões sexuais hu-manas, em sua opinião, devem.ser encarados como seqüênciasdas condições biológicas geraisentre os mamíferos.

Por outro lado, o psicólogoFrank Beach, de Yale, estudouos hábitos sexuais dos mamífe-ros, desde os mais atrasados atéo homem e referiu que o homeo-sexualisrno é comum em inúme-ros animais.

A corrente de tal tolerância,e que comporta tamanhas ex-cusativas, com pretendida basecientífica, no que toca à vidasexual dos homens, tem encon-trado repulsa em numerosos se-tores da psiquiatria. O psiquia-fera Abram Kardner, da Univerci-dade de Colúmbia, profliga o quedenomina "tolerância

para a per-versão", de Kinsey, que olvida aexistência de leis morais, que se-param os homens dos outros ani-mais. Outro psiquiatra notável,o dr. Kerbie, acusa Kinsey de es-tar caricaturando a psiquiatria e,ao contradizer a afirmação daccorrente nova de que "nunca ti-veram doentes que se houvessemisentado de ligações incestuosas",declara que "nunca houve nemnunca haverá psicanalista de ver-dade que sustente tal assertiva".

74

APARELHO ELÉTRICODÈ DESINI EC-CÂO

Em Burton, na Inglaterra, lan-çou-se um novo aparelho elétricode desinfecção de grande eficiên-cia. Esse aparelho é resultadodc cuidadosas pesquisas e expe-riências.

O desinfetante, lançado pelanova máquina, atinge todos osfocos por menores ou mais es-condidos que sejam. A desinfec-ção, feita de tal maneira, é mui-tas vezes mais eficiente que acomum e pode ser utilizada tam-bém para. matar parasitas nosanimais.

A máquina consiste num reci-piente que se enche de ar sobpressão, por meio dc um pode-reso fole elétrico. O aparelhoprojeta o ar com grande forçaatravés do pó desinfetante, lan-çando-o para fora em forma denuvem, que sobe até uma alturade 30 metros. O recipiente temuma capacidade suficiente paratrês horas de funcionamento. Oconsumo do motor é de 450 volts.

ANOMALIAS ORGÂNICAS

32'.' Ano N.' 1 Setembro

Betty Seipp, de Chicago, tem 5 anos-nasceu com 5 rins: um duplo, do ladodireito, e outro triplo, do lado es-querdo do corpo. Sofreu a ablacãode um deles e a gravura a mostradepois da operaçãoParece infindável a série de

anomalias orgânicas que em to-dos os tempos nos surpreendem,com o conhecimento de incríveiscaprichos da natureza. "News-week", há tempos, publicou o no-ticiário ilustrado de uma delas:Betty Seipp, de Chicago, nos Es-tados Unidos, nasceu com cincorins; um, duplo, do lado direitodo corpo; outro, triplo, do ladoesquerdo. Fez-se a ablação deum deles. Mas Betty ainda con-tinua com o dobro dos rins quetodos nós temos... Os rins são,como se sabe, normalmente, emnúmero de dois, e está colocado

'nha

¦ eir&foraen-na-

-lèn,'acla

>0 a

cada tim de cada lado davertebral dorsal, e da pivértebra lombar. Situam-sda. cavidade peritonial evolvem por tima cápsula dtureza adiposa, que os rn?em seus lugares próprios,rim pesa, mais ou menos,180 gr. e tem a forma armada de um grão de feijão.Seipp, no entanto, nasceuuni "punhadinho de feijões"tempo de crise. . .

RESISTÊNCIA A RADIAÇÃOATÔMICA

Os círculos científicosempenhados em investigações sò-bre o que se está chamando, nosúltimos tempos, anti - radiação,Uma pergunta surge desde

"Será possível obter-se naimunidade contra as radiações?".Essa possibilidade está sendovãmente pesquisada pelas co;soes técnicas ligadas às experièn-cias atômicas. Descobriu-se, porexemplo, que os ratos nos quaisse reduz a pereentagem de água,que é normal no organismo, têmsobrevi da maior, — quando ex-postos à radiação atômica áo>que outros ratos deixados em seuestado natural. Igual resistênciademonstram outros animais emos quais se haja conseguido mo-derar o ritmo do metabolismo4'Se a resistência humana às ra-diações puder ser aumentada en.15 a 207r. apenas, — declaro!-há poucos meses o coronel De-cour\sey, patologista militar queestudou os efeitos das bombasatômicas em Nagasaki e Hiro-shima, — milhares de vidas po-derão salvar-se".

E' preciso frisar, no entanto,que inúmeros outros cientistas cn-caram a questão com pessimismo

CONSTRANGIMENTOMALÉFICO

Podem transmitir a gripe as go-tíeulas de saliva e mucosidade vper-digotos) expelidas pelo nariz e boca.dos doentes e convalescentes que fa-Iam, tossem e espirram sobre os ou-tros. Tambom é capaz de fazê-lo eapêrto-de-mão daqueles cujas mão* setenham poluído com tais secreçôeS.Muita vez, para não passar por rrisâeducado, o indivíduo arrisca suasaúde deixando de fugir dos perdi-gotos e apertos-de-mão de gripadose convalescentes. Evite a gripe abo-lindo o "apêrto-de-mão" e afastai-*"do-se dos que falam, tossem e es"pirram. -— SNES.

Ano — N. 4 Setembro 1948 i ti EU SEI TUDO

medore

OS PIGMENTOSCAUOTENÔIDES

te provitaminas e os vegetaismentos carotenóides são

•idos há mais de um século.Mas investigações profundasdc estrutura química datam

ipos recentes e desde 1928,do trabalho dos pesquisa-já se conseguiram isolar

acterizar cerca de setentates pigmentos. Em grande

parte o rápido êxito dessas ex-ias repousa no emprego da

atografia, que é, eomo in-Paul Karrer, método in-

arávei de análise adequadolialmente à discriminação detâncias que, como os earote-

des, muito pouco so divérsifi-pelas propriedades físicas <•

químicas.Berzelius foi quem primeira-

ite estudou a xantofila, que étura de carotenóides. Wacken-er isolou o caroteno em 1831.

Ma: em 1928 foi que se iniciouo capítulo novo, de investigaçõesmodernas. Métodos recentes per-mitiram completar rapidamente ogrupo de pigmentos naturais que,segundo se sabe, é formado por65 a 70 substâncias.

Os carotenóides existem namaioria das plantas (á exceçãode certos fungos) e, provavelmen-te, em todos os animais. A suaconcentração é, no entanto, in-

na. As folhas verdes possuemaproximadamente 0,07 a 0,20%de proporção de pigmentos caro-tenóides (soma de carotenos e

mtofilas), relacionado o pesocom o das folhas secas.

Há casos excepcionais de con-centrações carotenóides mais ele-vadas (chegando a 1%), comoia Tretenporüia áurea e nas an-

de vários tipos de lírios.contêm taxas elevadas de

xantofila.Todos os carotenóides naturais,

diz Paul Karrer, podemconsiderar-se derivados do lico-

no, pigmento do tomante (So-hui.nn lycorpersicum).linham-se entre os carotenos:

a licoxantina, a criptoxantina,eaxantina, a citroxantina, a'ina, a astacina, a rodoxan-

a xantofila, a flavoxantina.ubicrom, a rubixantina e o>teno beta, que, como outros,

ima provitamina A. Havia-se&do que o caroteno possuíaanáloga à da vitamina A.

sso foi pela primeira vez esta-?eeido por H. Steenbock e por^on Euler. Sabe-se agora queação do caroteno é devida ao

} de transformar-se êle, den-dos organismos animais, nessa

-amina (Moore). E\ por isso,nma provitamina A. As provi-a-minas naturais também se en-contram nas plantas; são os se-ntes pigmentos do grupo:a citroxantina, a mixoxantina, a" 'ina, a equinenona e a tom-wodina.

A^BI^rs,W.-l . '¦{

| ;

rf i;4'W' \tâ0$fm?f-itUIr sFàlto' Ai.', ¦>.'/;•¦' •.

jftfm # ''A>i^hmí';3 \*%âã''3

A VERDADE SOBRE A LO-BOTOMIA PRE-FRONTAL

Já nos referimos nesta seçãoà lobotomia pre-frontal, ou terá-pia psico-cirúrgica, que nos úl-timos tempos se apresenta comosolução heróica para casos tidoseomo irremediáveis de afeçõesmentais. Dissemos que a técnicaera oriunda do sistema de ummédico português, o dr. Egas Mo-riiz, que, juntamente ao dr. Al-meida Lima, seu companheiro deestudos, assentou uma teoria ci-rúrgica que coincide em tudo comas experiências que, desde 1935,se desenvolviam em Yale, nosEstados Unidos, sob a égide dosdrs. C. F. Jacobsen e John F.Fulton. Sobre o mesmo campoprelecionou o dr. Richard Brick-r.er, de Nova York, que anun-ciou que a ablação dos lobos fron-tais do cérebro acarretavam umasensível alteração da personali-dade. Pelos fins de 1936, os mé-dicos de Washington drs. WalterFreeman e James W. Watts con-sumàram a sua relação dos vinteprimeiros casos de cirurgia lobarpre-frontal, para efeitos de curade enfermidades mentais. Aquelaépoca, a psico-cirurgia era enca-rada como perigosa aventura eninguém acreditava em suas vir-tudes. Daí para diante, mais dc400 pacientes foram operados pe-los dois precursores da psico-ci-rurgia efetiva, já levada ao ter-reno da terapêutica usual. Outroscirurgiões, nas demais cidades

norte-americanas, já terão eleva-do o número dos casos operató-rios a cerca de 2 mil. Os resul-tados obtidos agora guardam asmesmas proporções que desde oinício da prática operatória lo-botômica se assinalaram, com os20 primeiros pacientes: — a ter-ea parte (em números aproxima-dos) se cura; outra terça parteapenas melhora; afinal, outraterça parte não experimenta me-lhora nenhuma.

"Newsweek" informou, em edi-ção elos fins do ano passado, queos drs. Wattz e Freeman consi-deram a lobotomia pre-frontaluma operação de último recurso.,que só deve ser praticada quan-do não há nenhuma outra espe-rança razoável de cura. Os al-cóólatras, os pacientes epilépticos,psico-criminosos, portadores delesões orgânicas do cérebro, po-dem ser, inúmeras vezes, benefi-ciados por ela. Os que mais seadaptam à solução cirúrgica sãoos obsessivos crônicos, que, a©mesmo tempo, são presas dosestados ansiosos extremados oude depressões da idade crítica.Os dois cientistas afirmam queos resultados da lobotomia pre-frontal já autorizam considerá-laiorma hábil de tratamento men-tal, em ampla escala, tanto maisquanto é indiscutível que os hos-pitais psiquiátricos estão super-lotados de enfermos de doença»mentais crônicas, tidas como ir-reparáveis e a solução nova pa-rece o único recurso adequado.

EU SEI TUDO 76 32.° Ano N. 4 Setembro — 1*343

NOTÍCIAS LITERÁRIASUM LIVRO NO MÊS

O RETRATO DE VALENTINA— Afonso Schmidt InstitutoProgresso Editorial — S. Paulo(Seleção do "Livro do mês", dejulho de 1948). Coleção Iguaçu.

Quando a Gráfica Editora Bra-sáleira, de São Paulo, terminava,em 14 de junãho, a impressão de"O retrato de Valontina", poucosdias faltavam para que AfonsoSchmidt, com o pseudônimo de Va-lério Sálvio, ganhasse um prêmioque, em dinheiro, era o maior dequantos jamais foraah concedidosa escritores no Brasil: o prêmio"O Cruzeiro", instituído pela pres-tigiosa revista ilustrada carioca,que instaurara um concurso deromances inéditos entre os au-tores nacionais. ãNas fotografiasque "0 Cruzeiro" publicou emedição de 21 de julho, ilustrandointeressante artigo de ArlindoSilva, sob o título "As aventurasdo Menino Felipe", uma existeem que o autor premiado figura,recebendo, em São Paulo, cari-ãnhosa homenagem de amigos, en-tusiasmados com o laurel que ob-tivera. Está Schmidt nessa foto-grafia tendo nas mãos exatamen-te "O retrato de Valentina", re-eém-saído do prelo.

Neste livro — dizem os edito-res — "estão alguns contos, maio-res e menores. A sua vocação,segundo a crítica, está nos con-tos. Diz-se mesmo que os seusromances não são mais do quecontos encadeados".

Afonso Schmidt, aliás, é umautor para o qual prêmios sãocoisas familiares. Antes de ob-ter este último, de "O Cruzeiro",obtivera, em 1942, três da Aca-demia Brasileira de Letras: — ode romance, o de contos e o deobras originais e inéditas.

Vê-se bem, portanto, que eomo autor de "O retrato de Valen-tina" já não há que fazer cri-tica, se dermos à palavra o sen-tido etimológico. Crítica (do la-tim eriticu, do grego kritikos, dekrinein, julgar), é coisa que, emse tratando de Afonso Schmidt,é pura demasia, superfluidade; osjulgamentos se vêm acumulandosobre suas obras, —- que já che-g-am a vinte e quatro livros,e todas as sentenças são lapi-dares e eloqüentíssimas. Trata-se de "coisa julgada". EA dosbons pra~xistas que não se dis-cuta a lide resolvida e no casodo vigoroso e perfeito escritorsantista nem os *'embargos in-fringentes" cabem mais. . .

Se se pudesse, no entanto, rea-brir a instância e entrar no exa-

me do caie tem dado a AfonsoSchmidt tantos e tão justos lati-réis, seria, sem dúvida, para rei-terar as sentenças. Neste "O re-trato de Valentina", por exem-pio, aproxi mamo-nos dos trezecontos, que formam trinta e umcapítulos, da mesma» maneira porque o frade dizia a Valentina quese chega à fonte de Deus:"muitos vão a ela e só

podem aproveitar das suaságuas de acordo com a vasi-lha que levam; uns, canalizam-na para o benefício de muitos;outros enchem um balde, umabilha, uma taça, ou um pequenodedal, consoante a capacidadede seus recipientes: há os quenão levam nada. os que vão àfonte de mãos vazias; é a essesque julgamos maus: no en-tanto, a culpa nem sempre ésua, pois ninguém lhes deu va-silha para colher a luminosaágua..."O poder da imagem é da or-

dem que realiza as maiores di-ficuldades da generalização. Exa-tamente porque ela se funda narelatividade subjetiva dos senti-mentos, da inteligência, da apre-ensão, adquire o caráter de ab-soluto; poder-se-ia aplicar a qual-quer coisa, na vida. . . Tudo de-pende da "vasilha", isto é: dareceptividade, da sensibilidade pe-culiar. E ainda uma vez se jus-tifica que "o único conceito ab-soluto é a certeza absoluta deque tudo é relativo"...

Afonso Schmidt deve ter apren-dido criança quanto é substancialo poder de observação das coisasda natureza; encarou, mais tarde,os fatos e os homens com o mes-mo critério de profundidade quenaturalmente o levou, nos tenrosanos, a perquirir os céus, atra-vés das nuvens aceleradas, quese esfiapam nas cristas dos mor-ros, e adivinhar a fuga das aves.no emaranhado cias ramariasãTranspiram, porpoder descritivo(como acontece,neste esplêndidoum estilo de dissecção, de laminação de tecidos, em todas asfiguras que cria, e um sentido quechamaríamos "de confissão" deextravazamento, de desabafo,' emtodas as almas com que joga asações.

Deve, sem dúvida, o sentidocriador, revelar as íntimas pro-pensões e a índole pessoal doautor. Nunca vimos nem fala-caos a Afonso Schmidt. Mas reo descritor traduz o homem, te-ríamos a impressão, ao defron-tá-lo, de estar à frente de umaparelho de Raio-X, cujo poderpenetrador não fica pela aparên-

diso, do i mona oe seus contosentre muitos,O ano mil"),

eia das coisas, mas imerg,mesmas e misteriosais regiõesanima. .A centelha explorar-que surpreende a centelharior.

Paulo Ganiu

rue-

NOTAS DIVERSAS

Anuncia-se que I.P.E., concida editora da Paulicéia, vaiblicar brevemente todas as oipoéticas de Guilherme de Alcia, o vitorioso criador de "Me*dor", de "Nós", de "Livro de h,ras de Soror Dolorosa", e detas outras jóias da literatura:si leira. Era tempo de se reenigarem à sensibilidade brasileiom reedição, os poemas mag;cos de um dos mais altos poeldo Brasil.

O prêmio "Othon Bezeide Melo", oferecido pelo conhcido industrial pernambucanomelhor livro escrito por escrihmineiro e publicado em Minas, noano passado, foi, como se sabtconcedido a Murilo Rubião, poi

Sr-, '•'.¦--."

-S-\ *'.'•'

[ÉS

'-V; Este. WmM. Sellado Lhe Será1.MPRESTAÒÜ

1M>

MILHARES DE PESSOAS EM TODAA PARTE ACCLAMAM ESTA

Nova PsicologiaDa Vidal

Esta abrigando esperanças náorealisadas? Acham-se foni do seualcance as coisas mas desejáveis davida?

Os tempos mudanvsc, e V. Sa.,porque nao? Abraça uma nova psi-cologia da vida e SEJA MESTRI.DOS SEUS PROBLEMAS. Co-nhècendo o modo apropriado, nãorequere mais grande esforço mentalpara coilsc^uít resultados.

Os Rosicru zianos lhe farão con-necer o modo, seguindo regrassimples e fáceis, de applicar assua.s forças mentais afim de alcan-çar alterações sorprehendentes nasua vida. Se é sincero em seudesejo, escreva pedindo um exem-plar do livro grátis, o qual lhe in-dicará o modo de obter dita in-formação tão útil. Favor de men-cionar se deseja o livro em ingle-ou cm espanhol. Dirigir-se a:

ThScribc S.M.P.

e i\ osicructan*AMORC

SAN JOSÉ, CALIFÓRNIA, E. U. A.__sa__s_j__

fiEüãT"

32.* iO N. 4 — Setembro — 1948 77 EU SEI TUDO

¦¦> de contos "O ex-má-sse prêmio foi de 20 mil

E em Minas pèrgun-para o ano corrente será

o concurso, que teverepercussão no grando

eicocruzeta~s<rep etenon

pelo nascimento, ou adoção, emmemória do jovem e pranteadoromancista e critico paulistano.

Estado mediterrâneo.nela do meu sobrado"

romance próximo de No-vel nior, autor de "Não ora

da de Damasco", vice-go-ver dc São Paulo, médico

como o e na medicina ena poli lica.

merset Maughan organi-,ara uma editora americana

atologia de romances queenderá os seguintes li-'Tom Jones", "David Gop-

"O morro dos ventos"Orgulho e preconeei-'Moby Dick", "Madame Bo-

"O pai Goriot", "Guerra"Vermelho e negro" e

nãos Karamazov".Instituto do Açúcar e

Jcool concedeu ao escritorMa Diegues .lunior um prê-

de dez mil cruzeiros o pro-a edição do livro, de sua

"O bangüê nas Alagoas".Apareceu recentemente em

Aires o livro "l)on Qui-ciei Pampa", que é uma adap-

da imortal obra de Cer-tes ã linguagem rural plati-

na, através de versos dos poetasVar :as e Eguia, legítimos intér-

da alma simples da gentecampeira sulina.

O falecimento do professorio de Sousa Reis, ocorrido em

agosto, desfalcou de umade inegável valor o cir-

cultural brasileiro. O fale-lo mestre era autor de inúme-

>bras didáticas e colaborador-de jornais cariocas e revistas ci-

ficas. Em "A Manhã" man-uma seção de lingüística

apreciadíssima.Raquel de Queiroz reuniu

crônicas das muitas comencanta seus inúmeros leito-em prestigiosos órgãos da

cnsa carioca, em um livroaparecimento era noticiadoo fim de agosto: "A donzelamoura-torta". Trata-se deedição de José Olímpio, que

sentaria na mesma ocasião,ados num só volume, osomanees esgotados da gran-d(1 critOra: "O Quinze", "João

e "Caminho de pedras".histavo Barroso iniciou sua

-boração em "O Cruzeiro", ate revista carioca. Assi-

semanalmente nessa revistahistóricas, gênero em

se consagrou o ilustre e bri-diretor do Museu Histórico

"bro da Academia Brasi-lGlra de Letras.Foi aumentado de S parad cruzeiros o prêmio "An-de Alcântara Machado",ndo anual mente pela Aca-Paulista de Letras ao me-

romance do autor paulista.

LIVROS NOVOS

Outros homens dc MinasPedro Rache Editora JoséOlímpio. Ensaios e biografias.

Culpado Sousa Neto Edi-tora Civilização Brasileira. Ro-mance social.

Obras completas de Rui Bar-bosa Publicação do M. E. S.Imprensa Nacional (Vol. IX, to-mo II) .

Joaquim Nabuco GilbertoFreire^ Editora José Olímpio.

Alocuções Anibal FreireImprensa Nacional.

O camarada Whitman Gil-berto Freire Editora JoséOlímpio.

O fundador do «Caraça Au-

gusto de Lima .lr. Tipografiado "Jornal do Comércio".

Elogio do sorriso Júlio Dan-Ias Editora Leio e Irmão. Lis-boa.

.Memórias do Visconde de Tau-nay (com prefácios de AfonsoE. Taunay e Raul Taunay)Editora I.P.E. São Paulo.

Revolução e tradição Aloí-zio Carvalho Filho Editora Re-gina. Bahia.

Panorama hacia ei alba —José Ferrando Lima (1946)

Novela.História Universal da Eloquên-

cia Hélio Sodré EditoraJosé Olímpio.

As palavras de Budha Tra-dução de Guilherme de Almeida

Editora. José Olímpio.A curiosa vida dos peixes

J. H. Leoni Editora Anchieta.Sáo Paulo.

Do hipnotismo à telepatiaJ. F. Drews Editora Anchieta.São Paulo.

Os transportes e sua história(para crianças) Maud e MiskaPetersham Edição da Compa-nhia Melhoramentos. São Paulo.

Santa Maria e a nossa Terra(Culto de Nossa Senhora em Por-tugal) Pe. Antônio Mourinho

Editora Ocidente. Lisboa.Anos dc ternura A. J. Cro-

nin Tradução de Raquel de

Queiroz 3'» edição.Tâmara Irina Skariatina

Romance da Rússia Imperial.

Quando o.s cafezais florescemStela Leonardo Silva CabassaEditora Civilização Brasileira

- Romance.Filosofias «e religiões do OrienteOpúsculo de V. J. Argolo Fer-

rão. Rio.Rumo bibliográfico ns. 1, 2

e 3 — Publicação da Casa doEstudante do Brasil.

A cozinha baiana DarwinBrandão — Livraria Universitá-ria. Bahia.

Os dois prisioneiros — La jos— Ro-

Nataniel

Zilahy - Editora I.P.Emance húngaro.

A letra escarlate —Hawthorne Romance.

Nem tudo que reluz é ouro —Nelson P. Tra/vassos Ensaiossobre assuntos brasileiros. Edito-ra José Olímpio.

História Antiga do OrientePróximo Edit. da Casa doEstudante do Brasil.

Das penas principais e suaaplicação — Pedro Vergara. Edi-tora Boffoni.

Direito do Trabalho aplicado —

Tostes Malta Editora "A

Noite".São Tome — Henry Castillou

Livraria Jeune Parque. Paris.História aventurosa e de natu-reza. passada nas selvas mato-grossenses.

Até o amargo fim — Hans Gi-sevius (tradução de Cláudio T.Barbosa). — Editora "A Noite".História do regime nazista.

Questionário de sintaxe — A.Tenorio d'Albuquerque — EditoraGetulio Costa.

Fontes primárias para estudodas explorações e reconhecimentogeográfico no século XVI — J.F. Almeida Prado — S. Paulo.

Danças e ritos populares deTaubaté — A. Mayna.rd Araújoe M. A. Franceschini — S. Paulo.

Os subterrâneos do VaticanoRomance — André Gide. Tra-

dução de Misael Silveira. EditoraVecchi.

A ronda dos dias — RomanceJohn Louis Bonn — Tradução

de Otilia Schumann. LivrariaAgir Editora.

Jeanne d'Are Lucien FabreEditora J. Tallandier. Paris.

Arquipélago RomanceLigio Vizardi Editora TorresAguirre. Lima, Peru.

Alexandre Dumas J. Char-pentier E. Tallandier. Paris.

N. da R. — A remessa de livrospara notícias deve ser feita a: "EU"SEI TUDO Seção literária. —- RuaMaranguape, 15. Rio".

EU SEI TUDO

A última carta(Continuação da pag. 32)

ington, ela de Boston. Estavamjantando num restaurante e êlepusera a mão forte e bronzeada,carinhosamente, sobre a mão dela.

Olhando-a fixamente, dissera:Não posso magoar a Már-

cia. Na verdade, não tenho ra-zão para fazê-lo. . . Talvez o me-lhor seja uma clara, uma francaexposição de tudo. Mas não po-derei nunca tentá-la sem ter acerteza de que não a ofendo, nemmaltrato.

E acrescentou:Você não acha, querida, que

eu levo longe de mais meu espi-rito de humanidade, de escrúpu-los sentimentais ?. . . Você supõeque esteja em mim, na minha na-tureza, ser causa de semelhantepesar para uma pessoa que meama?

Êle teve um gesto de desa-lento:

Devo confessar a você umacoisa: — Márcia me ama! Poucoimporta, a mim e a você, aonosso amor, afinal, o sentimentoque Márcia possa ter para mim,eu sei.. . Mas a verdade é esta.E eu tenho de enfrentá-la. . .

EUen sentira, subitamente, ainsegurança, a incerteza. Na rea^Iidade, ela própria não sabia bemque espécie de rumo ambos de-viam escolher. Num sentido prá-tico, na exata dimensão das coi-sas, o romance dos dois ultrapas-.sara os compromissos do passadoe os lançara a ambos num tor-velinho de tempestade, destruindotodo o mundo confortável de duas

NOTAS RADIOFÔNICAS(Continuação da pág. 24)o público". Isto quer dizer que o artista pode achar

no estudo da alma condições especiais para sondare 'descobrir inclinações, preferências, gostos naalma de todo mundo... Ninguém contesta

' essaverdade. Já era antigo o mandamento. Nosce teipsum. E' bom. que se comece conhecendo-se a simesmo. A tese de Annita é interessante e podeabrir um rumo novo aos que se candidatam às

glórias e às agruras da vida radiofônica.Annita Ellis, no entanto, não trata apenas dosoutros. Pensa bastante em si própria, na sua saúdeno seu futuro. Aproveita os descansos e as férias'as horas de lazer, não apenas para estudar psico-logia. Mas para fazer ginástica, jogar tênis etcSe se trata, também, de rumo dado pela psicologia,nao ha duvida de que ela é uma grande ciência

7S

vidas pelo menos. . . Como pode-ria Márcia, a esbelta o ele-gante Márcia, de lindos cabeloscrespos e louros, situar-se nopresente da vida dos dois?

E a voz dele se encheu de sua-vidade:

Você pode ficar sentida. . .Não a censuro por isso. Souobrigado a fazer uma coisa, ape-sar de tudo: Preciso que vocême conceda algum tempo, que-rida. Um ano. . . Talvez dois. . .Nesse prazo, Márcia deixará deamar-me. Tenho certeza de queacontecerá isso... Nós nos ire-mos afastando gradualmente umdo outro. E quando vier o afãs-tamento. naturalmente, sem co-moções, tudo se resolverá semofensa nem mágoa para ninguém!Sem mágoa e sem lágrimas. . .

Ellen sentiu um temor súbito,uma angústia, um desespero quenão pôde esconder:

Um ano perdido, em nossavida, não é?

Sim, um ano! Mas teremostodo o resto de nossas vidas paranós dois. . .

Desde então, as cartas delevieram regularmente. Ellen, alémdisso, lhe vic o nome com fre-quência nas revistas, subscreveu-do historietas e contos leves, ale-gres, de romances amorosos, ondeentravam rapazes joviais e girlsbonitas, na moldura atraente deNova York, nas areias brilhan-tes de Miami. Não eram grandescontos, nem histórias modelares.Mas tinham um sabor inconfun-dível, um espírito exuberante de

alegria. Sentia-

32v Ano Nv 4 Setembro m

naon-

se toda a jovia-Iidade, toda ai-ma inquieta eagitada deEvans Darton,naqueles con-tos, naquelasdescrições. Emcada linha res-soava o timbrede sua voz. EEllen pôde ler,durante o In-verno intei-ro, as produ-°ões vivas damaginação dorapaz.

Quando as cartas parar:Primavera, ela procurou «,.tos e os artigos com avide:maior. Porque lendo as frasesque êle escrevia, as cenas d fic.ção que criava para milhos;, deleitores, parecia-lhe senti-lo pertolado a lado com (da. Era comose, naquelas histórias, êle liilasse diretamente e elasenti-lo em cada. frase, pelo modotão pessoal de dizei- as e.qtie chegava a ser para Ellen. aomesmo tempo, confortador « ar-tirizante. . .

Foi em junho, nas página, deuma revista feminina para a qualEvans Darton escrevia frequeimente, que Ellen viu uma novelaassinada por êle: "Uma aven-tura de amor".

Pela janela aberta lhe chega-vam os ruídos da cidade, que anoite vestira de luzes. Ellen liaa história de uma moça chamadaHelena Murdock e de um rapazchamado Ricardo Holran. A úqb-erição da moça era viva e palpitante: cheia de suavidade, ele-gante, espiritual, formava tim parencantador com o homem alegree forte, propenso às frases ga-lantes, aos ditos humorísticos eao sonho. Haviam-se encontradoe confessado mutuamenteamor que, de tão intenso e aidente, comunicava uma emoçãoprofunda ao leitor.

Mas o rapaz da novela. . . eracasado. Tinha uma revolta pro-funda pelo erro sentimental quecometera. E desejava, com todaa força da alma, libertar-se doslaços que o prendiam à esposa,para ter nos braços de sua amadaHelena a ventura que o primeirocasamento não lhe pudera dar.Mas aquele homem não queriachegar à crueldade de um rompi-mento abrupto, que ferisse o co-ração da mulher. . . Por isso, Ri-cardo e Helena haviam combina-do adiar o momento crucial. Ha-viam decidido esperar. . . Dartempo a que o tempo preparasseo desfecho das coisas.

— E eu poderei ver-te de vezem quando? Virás ver-me, du-rante esse tempo de espera?perguntara Helena.

— Sim, meu amor!E a dor da separação era abra-

sadora como a de uma chaga!

32»N" 4 Setembro —- 1948 79

cebeuprocur

LU

Dirardo mal conseguia suporta-la.mn em ".trava razão para estar

fren< daquele modo, quandomfio poderia ser tão fácil. . . se

seu exagerado senti-X., nn Mas a esposa per-mental isuiu. *".<*« i

lo... Pôs-se a observá-lo;sondar os motivos da

„o que o transfigurava.a, sentou-se ao lado dele;amente, francamente, foi

Vo ãrxxo do assunto:ão. . . é Helena Mur-

dock. não é isso?do não pôde dizer nada.

ipôsa leu tudo em seuscom um equilíbrio que

Hi

i j

Masolhos

espantado, lhe disse quese m se a liberdade êle pode-riacusto

imediatamente, semnenhum... Bastava esco-Era tão fácil. . . Ela nãolher

se oporiaInovela desvendava então

aoí ihos do leitor uma inespe-(xnelusão: Diante dalidade imprevista de ficar

Ricardo Holran. . . não quis-dade! A sua vida era cal-

mfortável, estabilizada. Êlesua aventura... Apenas

aventura, como um viajantedeslumbra eom paisagenscom países desconhecidos.

belezas ignoradas... Sensa-nie punham o paraíso emdos olhos; que enchiam os

es de ar renovador; queocupavam a rotina eom o esplen-

de cores alucinantes, de tra-de formas miraculosas!. . .

Mas . . que não guardavam portempo a emoção vibranteimeiros minutos; que co-

vam a perder a.s cores, me-camente, depois das pri-

horas; que eram esplên-s, afinal, para ser relembra-

repouso suave do leito e.fortadora quietude de uma

na, na doçura definitiva dolar.

Marsh acabou a leituraia aventura de amor". Emos tipos, em negrito, es-

tvam o nome: Evansn\. . . Pôs a revista sobre a

os olhos, ainda cansadosra miúda das páginas, des-

da janela aberta, parapiscantes da cidade.carta que faltava... A

carta! Pensava naquiloxgústia, sem mágoa algu-

A novela possuía uma sua-profunda, quase tinha ner-no os fatos da vida real.

stava truncada. Não acar-i final de contas... Não

o que acontecera eomHelena Murdock.

íien atravessou a sala e,oção exata do ciue fazia.>u um cigarro, no estojo,

-o, c uma baforada es-volutas côr de opala em

ío lustre incendiado de lâm-Sentia que para ela tinha

vindo a liberdade. Evans conse-guira desprender-se de tudo, na-quel a história bonita c dolorosa.101a também . . . Porque o fim danovela não poderia ser, de formaalguma, o fim fie Helena. O mun-do estava cheio de milhares decaminhos e Helena haveria de en-contrar um (pie levasse ao futuro.

Esmagou o cigarro no cinzeiro,para apagá-lo. Atravessou a salae debruçou-se diante do espelhoamplo que repetia, na parede, oarranjo dos móveis. Estava dian-te dela Helena Murdock. . . Tinhaa juventude e a beleza estampa-das no rosto, e os lábios, entre-abertos num sorriso, tremiam,como se fossem falar.

Então, Ellen disse, carinhosa-mente, para Helena Murdock:

Não faz mal, não é?...Você ainda pode viver tanto...Ainda pode ser tão feliz!

I*] a moça, que estava no es-pêlho, repetiu, na mímica dos lá-bios rubros e belos, a consoladorafrase.

E como poderia Ellen deixarde seguir o mesmo conselho, quebrotara, tão puro, do coração?. . .

ESTÚDIOS E FILMES(Continuação da pág. 31)

lidados com as técnicas novas.Tem-se dito que não há eras pró-prias para rir. Qualquer tempoé adequado a essas efusões. Epobres de nós se não fosse assim...

FILMES DE RELEVONa revista geral de filmes que

as platéias saborearão, ou já es-tão admirando, um deles, peloslauréis que já obteve, se destacasensivelmente dos demais: "Sin-fonia Pastoral", produção da Gau-mont, calcada na novela famosade André Gide. Essa. película me-receu em Cannes, no Festival dosfãs de 16, todos os prêmios possi-veis, a começar do de maior filmedo ano, e a terminar no prêmioda música para películas, de au-toria do compositor George Au-rie. Michele Morgan, que se con-sagrou a melhor intérprete, pelasua. atuação nele, o faz com Pior-re Blanchar. Assegura-se que"Sinfonia Pastoral" tem títulosraríssimos de harmonia, emoçãoe beleza.

Outro filme, este americano, daColumbia, reenearna Larry Parksna figura do cantor Al Jolson, erealiza uma biografia sedutora,inteligente e impressiva.

Afinal, uma produção da Pa-ramount, "A foreign affair", en-trega a Jean Arthur, comediantenotabilíssima, oportunidade de le-var a comédia ao triunfo, comoa melhor do ano, no gênero.

Vê-se, portanto, que nem sem-pre o que acontece todos os diasdeixa de ter sua feição interes-santo e que justifica algumas pa-lavras. O comum também faz avida!

EU S US 1 TUDO

NOVIDADES AERONÁUTICASAnuncia-se que o "Convair Li-

ner", da K.L.M., é um novo gi-gante dos ares, na aviação civil,que vem superar as formidáveisestrutura e capacidade do "Dou-

glas DC-3".Pode o "Convair" transportar

32 a 40 passageiros em uma ca-bine altimétrica dotada de arcondicionado, o que permite aaeronave elevar-se a 13.500 pés.mantendo a mesma pressão donível do mar.

A velocidade de cruzeiro do"Convair Liner" é de 275 milhaspor hora, sendo dotado de héli-ces de passo íeversível, o quepermite velocidades diferentespara a decolagem e a aterrissa-gem. sendo que nesta última fasea héuce atua como um freio.

As dimensões do novo gigantedos ares são as seguintes: asas.28m32; fuselagem, 22m80;; altu-ra, 8m,20. Esse avião pode trans-

cerca de 17.935 quilos dcportaicarga.

•O E.N.S. anuncia de Londres

que a Grande Exposição de Ae-ronáutica de Farnborough se rea-üzará em setembro e nela serãoexpostos o avião "Firefly", rebo-cador de alvo, e os tipos de caçae de reconhecimento do mesmoavião. •

Também será exibido o heli-cóptero "Gyrodine", detentor dcreeord de velocidade mundial dosaparelhos daquele tipo, e o aviàede treinamento "Primer". Dêsscmodo, o público terá ocasião deficar conhecendo devidamente acontribuição da Companhia. Fai-rey para o congresso da aviação

O helicóptero "Gyrodine" fará.durante a exposição, sua pri-meira exibição de vôo em pú-blico, a qual está despertandogrande curiosidade, devido à cons-trução original do novo helicóp-tero, que recebe um impulso complementar para diante, de urnahélice situada numa pequena asaà direita. Os helicópteros comunsque também serão exibidos naexposição, são impulsionados pelomovimento de rotores.

•Sobre os aviões "Firefly", Fai-

rey, há, aliás, outra notícia. Essetipo de avião de dois lugaresestá a serviço nas marinhas daGrã-Bretanha, Canadá e Holandae em breve entrará em èerviçona marinha australiana.

O "Firefly" executa cinco fun-ções diferentes: caça de reconhe-cimento diurno, caça de reconhe-cimento noturno, avião de patru-lha, avião de treinamento e re-bocador de alvos. E' equipadocom uma roldada com capacidadepara 2.000 metros de cabo. O"Firefly" será utilizado na Sue-cia para rebocar planadores oalvos para a prática de tiro daterra e do ar.

XZiXJ kjiil *.'!_/X^*C 'OU 3-4.w Ano JN . 4 aetem&ro

OUANDO O CÉU DESABOU

(Continuação (Sa pág. 1(>)

quais acompanhava o criado, de uniforme, na di-reção do escritório de Stewart. Quando entrou nasala, fez uma solene saudação, segurando o sidar.Dirigiu-se ao homem gordo e ruivo que se sentavaem frente de uma mesa cheia de papéis:Desculpe-me vir incomodá-lo, senhor. Mas euestava aqui perto e pensei. . ....Que eu talvez dissesse mais do aue dissea Ellsworth? — perguntou Stewart, de modo gros-seiro. —¦ Poderei dispor apenas de cinco minutospara falar com o senhor!

Quando Chafik o olhou, chegou a imaginar queestivesse errado. Stewart parecia um escocês legí-timo. Tinha a pele fina e queimada de sol. Asmãos, grossas, eram sardentas e tinham as costascobertas de pêlos louros e finos como seda. Estavavestido com muito apuro, e os olhos empapucadostanto podiam indicar uma vigília preocupada comoo uso do álcool. Herdara do avô, sem dúvida aresistência extraordinária à bebida, mas não teriatalvez, como êle, a firmeza, a. impassibilidade. Es-fregando as mãos, o policial ficou a pensar naestranha raça que proviera do cruzamento dosfleugmaticos homens do Norte, que se estabele-ceram no Iraque, com as volúveis filhas dos mer-cadores armenianos. Stewart não convidou Chafika sentar-se. Perguntou apenas:Bem! Que deseja saber?O policial, contrafeito e apoiando-se ora num péora noutro, forçava um sorriso:

^—Desculpe-me... mas é apenas uma informa-çao de caráter todo particular. O senhor sabia oque se diz da moça, na cidade?

Stewart levantou-se. Era um homem alto e cor-pulento e perto de Chafik parecia um elefantejunto a um bezerro. De temperamento irascíveldiante da pergunta rebentou como uma car-a dédinamite:

Que tenho eu. com isso ? — gritou Stewart.— Será possível que o senhor nada tenha que fazera nao ser aborrecer-me?Por favor, calma! — respondeu Chafik -Nao gosto de fazer perguntas, especialmente a cs-trangeiros, mas não posso deixar de fazê-las poismeu ofício é êste... ' lSei! — disse o homem louro. — Alas é me-lhor que o senhor tenha cautela se não quiser per-

AÇÃO ANTI-TÓXICA DO FÍGADOSabe o leitor amigo o que é a ação anti-tóxica do fígado?E a ação pela qual êle elimina as toxinas e os resíduosvenenosos que tanto perigo oferecem para a saúde e paraa própria viaa. As moléstias infecciosas, as extravasa-cias a idade, são fatores que acarretam o enfraquecimentoe ate mesmo o desaparecimento dessa ação As cons-cruencias são fáceis de prever, bastando para isso lembrarque as toxinas e os resíduos venenosos, ao invés de

"serem eliminados, vão se acumulando no organismoAtenção, pois, leitor amigo. Lembre-se de gue ó HEPACHOLAN XAVIER restabelece e aumenta nM^Êtação anü-toxioa do fígado. E' o que centenas de rmé-

¦T ^Sí"m' °creECentando ser o HEPACHOLAN o ro-medro MAIb SEGURO E MAIS EFICAZ para todos os ma-es do fígado, colicas e congestões hepáticas, ictér&árs ia-fectuosas, colhes, angio-colites, colecistites, cirrose eÍ~ mStas perturbações digestivas; azias, dispepsias prÍsao £rentre, mau hálito, ele. decorrem da" anormaS doligado e desaparecem completamente com o u,n *£ mPACHOLAN XAVIER No interesse de sua pró"L táude"guarde bem esta verdade: Em líquido ou  lHEPACHOLAN - o remédio 8Sr dr^as

-figado. O HEPACHOLAí

"se apresentarem T ^l

"°Normal e Grande, apresenta em 2 tamanhos:

•m-

qtieapre

fe-di-

¦pa-

-tou

Ste-

nao

der seu emprego. Basta que eu me queixe àbaixada.

E continuou bruscamente:Que diabo quei' dizer?

Os olhos injetados de sangue parecia quesair das órbitas.E' lógico e claro que o pai de Miriam fo

a matou. Vocês, aqui, no Iraque, andam seatrasados. Não o prenderam ainda?

Impacientemente, Stewart com ceou a abrirchar as gavetas da escrivaninha. Na do lad<reito havia uma pistola automática. Chafikrou e disse:

Nós o apanharemos. . . Mas eu não o;convencido de que êle seja o culpado...

A gaveta ainda estava meio aberta quandowart perguntou:Por que?O dinheiro que o senhor entregou a ela

foi roubado. Ela usava um relógio o braeelcmuito valiosos. Se o pai a matasse, teria leytudo, não é verdade? E por que o relógio estatrasado ?

Fazendo uma pausa e sorrindo de maneira imsignificativa, acrescentou:

Desculpc-mc. Sei que dirijo muito mameada de meus pensamentos; mas fiquei confcom o atraso do relógio... Agora, vou-me emboi

Na porta, voltou-se para dizer jocosamenteE' certo que sua esposa vai voltar ao Iraquenestes dias?Que interesse lhe dá isso? explodiu

wart.Ela estava na Europa quando rebentou

guerra, não é? Foi êste o motivo por que nâovoltou ?A cólera de Stewart estampou-se no rosto no-vãmente. Perdendo todo o controle, gritou:— Você sabe perfeitamente que foi a guerra!Chafik sorriu outra vez. Quando alcaneou Ab-aula, na rua, comentou:

O armênio está muito zangado. ..Está umapilha!. . .

—- Raça muito nervosa! redarguiu Abdula.E tomaram o carro da polícia, que saiu pelogrande boulevard. Chafik mandou parar do ladooposto aos jardins do Alwiyah Club, que vinhamdesde as margens do rio até a rua principal. Olhavaatentamente o relógio. Estava sob a ramada dasarvores da entrada do clube quando disse:-- Quatro minutos, exatamente! E já é tempode tomar café. . .Entraram no Café Suíço, na rua Al-Rashid, «fizeram um lanche. O barulho da rua, movimen-tada e estreita, abafava as vozes dos atores doume que passava no cinema ao lado, embora am-pinicadas quatro vezes acima do volume normal.Aojiermmar o lanche, Chafik disse:- E' um filme de gangsters. Vou assistir. Con-tinue procurando o pai da moça, Abdula.Wuancto Chafik estava sentado, assistindo à sc-gunaa sessão do cinema, um homem sentou-se nacadeira desocupada ao lado, o murmurou:Prendemo-lo, senhor!O inspetor suspirou, levantou-se e saíram os doisaa saia de projeção. No posto policial perguntouao sargento: L &

Como foi que você o descobriu?n o ™ ?blíl4

CJU0 tinha um amigo. Trouxe-o aqui ea^dronter de tal forma que acabou me dizendoonde o homem estava escondido. Foi a única ma-neira que encontrei para descobri-lo...vnm /

SUi bí,rn! acrescentou Chafik. - O quoíbn AliTzirir enCOntrado•' • Af?ora traga-me Air

rnZ,C>10 °

Pai, da moça assassinada; um homemsol"de Basrahri<'o

'T™' d°- r°St° 'J'''*»''^' l"'"1p'b™f' ° cheiI*o enjoativo do arak, quc

anni !° COrpo slljo do Prisioneiro, fez comque o inspetor sentisse náuseas

N. 4 tte tem oro l»*iO OJ.

32.° -A33*5

n inspetor voltou-se para Abdula:Trazia alguma faca?ente), com a pose de um garçon compe-

oferecer o prato preferido, exibiu umnCA1( mnhal cW lâmina fina, com cabo de os: o,I ¦* 't

avia manchas de sangue. Preparei uma lã-» ¦'••*•• exame» do laboratório, mas parece quemma a1"1 v;xt* ,

não vai servir de nada.le ser... respondeu o inspetor. Em so-

voltou-se para Ibn Ali Aziz e falou comVocê é um perfeito cão, gerado de uma

vendeu sua própria filha a um armênio!Por oue a matou?

0 sionciro, tremendo, gaguejava:não a matei! A faca é minha, mas eu

não !~ei minha filha! Fui ae; lugar combinadodo encontro, e depois o céu desabou...

ue é que você quer dizei- com "o céu de-gabOU"?

estava junto ao muro ela casa do homem,esperando minha filha...

A que horas?Mais ou menos âs onze <^ meia. . .E depois?olhos de Chafik não se desviavam do prisio-

neiro.O céu desabou! repetiu Ali Aziz, tartamu- -

deante.Examine a cabeça deste homem! ordenou

ao sargento.Abdula segurou a cabeça do prisioneiro, afastou

os cabelos duros e sujos e observou demoradamentetodo couro cabeludo. Não encontrou qualquersinal de lesão. Ao findar o exame, Chafik disse:

Ou você está mentindo, ou o céu desaboumesmo!

Saiu cm direção â pia e lavou a.s mãos cuida-dosamente. De súbite), voltou a interrogar o cri-minoso:

Há marca de sangue na sua faca; se vocêinocente, como afirma, por cpie se escondeu?

Vocc pede mentir a todo mundo, mas não a Dous.Confesie! Confesse logo!

Não, não posso! Depois que o céu desabou,dorna... respondeu o pobre homem. Quandoace ei, estava metido numa vala. Pensei ciue hou-va caído ali por efeito do arak, o voltei para oponto onde devia encontrar minha filha. Foi entãoque vi o cadáver. . .

Você a matou! — disse Chafik.Juro por Deus, Todo Misericordioso, qia não

a matei. . .MasS como é cpm sua faca está tinta do

sangue ?Astava ao lado do cadáver. Apanhei-a e. . .Por que? — perguntou Chafik balançando a

cai; ;a, ao que respondeu Ali Ibn Ali Aziz:Porque era minha e tive medo que servisseova contra mim. O homem tossiu segui-te o continuou: Depois saí correndo!Jorrou porque matou sua filha!Ibn Ali Aziz levantou as mãos crispadas e-as cair, sem esperanças, num gesto cíe» re-

signação:Ou não a mates! disse êle, com as lágri-

descendo pelo rosto. Tudo o que sei é quedesabaram o encontrei minha filha morta.

Podem levá-lo! - disse o inspetor aos sol-dados.

<*<io o homem saiu, Chafik se dirigiu ao sar-Sen A Abdula:

Sim, é revoltante a atitude deste miserável...ealidade é cpie êle disso a verdade,verdade? -' perguntou o sargento, sem

compreender.céus desabaram, como êle disse. Desaba-

'iu grande força, mas ralo o mataram. Vocêembra da areia que encontramos fora da

Na sua voz havia tal aspereza que fez o sar-gento retesar-se.

Sim, lembro-me. . . Mas que tem isso com ofato? A areia devia ser de algum saco furado...

Chafik apanhou o telefone e discou um número.Enquanto esperava a resposta do outro lado dalinha, monologou: Isto é como tecer um tapete.Os fios têm que combinar para poderem apresen-tar o desenho que se deseja. . .

Levou o fone do aparelho ao ouvido, falandoentão em inglês:

Sr. Stewart? Desculpe-me incomodá-lo a estashoras. Aqui fala o inspetor Chafik. Sim, sim! Masé apenas um pequeno detalhe... A.s crianças brin-cam em seu jardim?

Do outro lado éle ouvia a resposta. . Umapergunta estúpida aquela... Sim! Por que?

Porque disse Chafik há areia do riofora dos muros do seu jardim; e parece ter sidojogada de dentro. Como as crianças não brincamali, deve haver outra razão para isso. Muito obri-gado, senhor. Boa noite!

Desligou o telefone e sentou-se, ficando durantealgum tempo a pensar. A paciente e trabalhosateia formada em seu espírito resul tava numa es-tranha e lúgubre cadeia. Afinal, rompeu o silêncio:

Está quase completa, mas não basta! Temosa areia, mas falta o saco. Vá com os homens quejulgar necessários, Abdula, mas me traga o saco.Pode ser que esclareça melhor o problema. Quemsabe? Investigue as margens do rio e os terrenosdo Alwiyah Club. . . Sabe o que deve fazer ?

Sua inteligência me embaraça, senhorpondeu o saraento.

res-o

cas ,jí) armênio ? . . .

Não sou eu... Não é minha inteligência...E' Deus... Espere! Há mais uma coisa! Não façasegredo aos seus homens quanto ao seu propósito,clemodo que toda Bagdad saiba o que vocês estãoprocurando. Deixe-os agirem â vontade no AlwiyahClub.

Na manhã seguinte encontrava-se no gabinetede Ellsworth, ouvindo a voz grossa do policial. Es-tava, como geralmente ocorria naciuelas ocasiões,nervoso e esfregando o sidar. Depois de tomar co-nhecimento dos propósitos de Chafik, Ellsworthachou que devia adverti-lo:

Você está brincando com pólvora, e eu achoconveniente encerrar este caso... Não há provasconcretas, em número suficiente, para se prenderAziz? Por que você julga que êle esteja inocente?

Porque — disse Chafik a moça levou umgolpe de faca astucioso, que um pai ultrajado nãodesferiria. . . Porque, também, o assassino não levounada do que ela trazia, e também porque êle disseque viu o cadáver!...

Explique-se, homem! ordenou Ellsworth.- Senhor! O espírito árabe é muito diferente do

espírito inglês. Desculpe-me se eu lhe disser queé muito maás sutil... O árabe, quando culpado,arquiteta fantasias. Se Aziz houvesse assassinadoa filha, imaginaria tudo para me convencer de quenão havia visto o cadáver. Éle, na certa., me con-taria... uma história dc mil e uma noites!

Ellsworth então acrescentou:Pois você é que está me contando uma! Quero

provas! Quero o saco!O inspetor estava inquieto, porque acreditava na

história dc Chafik, mas previa as conseqüênciasdesastrosas que o caso poderia acarretar.

Afinal, o inglês concluiu:Você não encontrara! o saco... E' fácil es-

condê-lo; e toda Bagdad já sabe o que se procura.Os homens foram muito mal instruídos a respeito...

E' o que o senhor pensa! gritou ChafikPois bem! Ande com cautela. Terá que me

trazer provas hoje, até a noite. E' este o prazomáximo cpie lhe dou.

. a-o:;>:

L

«V tU OVjL iu u< j CO 32v Ano N<? 4 Setembro

r^ *Ty*

#M ^' ef

r.i;*:^>'' '^"^^^

UM PRODUTODA PERFUMARIA

m

1fflVT"--

s

Fora do gabinete, o homenzinho limpou a testaoo suor que corria. Chegando ao gabinete, chamoua Delegacia Policial de Jenub, onde se achava osargento Abdula. Pelo telefone, a voz cansada dosargento lhe comunicou que não havia encontradoqualquer «'sinal do saco de areia desaparecido eperguntou o que devia fazer então.

Chafik parecia irritado:-— O desenho do meu tapete não pode ser pre-judicado porque falta uma malha da côr exataDevemos substituí-la... Isto deve ficar entre' nó«'ouviu? Como está hoje o armênio?

Os criados disseram que passou a noite be-oendo. Agora está no bar do Regent Hotel e senaspecto parece muito perigoso!...Está assim? — perguntou Chafik. — Muitoperigoso? U)

Segurou então o fone com ambas as mãos oacrescentou: dü,s cNão precisa procurar mais nenhum saco Vnpara casa e descanse. No momento não precisodos seus serviços, sargento... Preciso

Chafik sentou-se, com a cabeça baixa e os lábio-,tremendo. Pouco depois, levantou-se, foi até a salfde armas situada na parte posterior do ediftòoe deu instruções ao criado. eqiticio,Tudo deve ser feito cautelosamente-Nao pensou sobre o aue havin rHf« ~

viu o espanto estampadonciZtSt"'segurado um cilindro de latão en°re (7poleP5"Jf:

o indicador. Entrou apressado no carro èao chauffeur:Para Jenub! Casa do armênio!

*

O mordomo (pn* o attendeu disse quo o doncasa havia saído e pergaintóu-lhe se queriará-lo, Era um velho, que se abriu emquando Chafik lhe pôs na mão algumas mEsperarei aqui disse Chafik, fechamporta da sala particular de Stewart.

Ficando sozinho, pôs as luvas, abriu ado lado direito da escrivaninha e pegou aautomática. Tirou a primeira balando peicolocou em seu lugar um cartucho de festimtrouxera da sala de armas. Fechou novamerilpistola com as outras balas intactas, e a coino mesmo lugar. Em seguida, descalçou ase sentou-se, à espera, com os olhos fechadosmúsculos relaxados.

Meia hora depois, ouvia-se o ruído do carroparava em frente da casa. Acendeu então ogarro e pediu a Deus quo o ajudasse naquela prova'Stewart, com os cabelos despenteados, abriu a portde súbito e parou, olhando espantado-~~ Que diabo você quer aqui? perguntou êlsentando-se na cadeira on, frente da escrivaninhaSinto muito causar-lhe qualquer embaraçocomeçou Chafik. ¦

Foi logo interrompido por Stewart:Não posso ser perseguido dessa forma' Viqueixar-me ao embaixador! Você está se tornarmsolente! Por quc diabo já não prendeu o pai d,Minam? L

—Oh! jã está preso, senhor!... mas clc é ino-etnte respondeu o inspetor, que não tiravaa tcrwan^r08 "^ * ^'^ PÒStas SÔb~

Falava pausadamonto:.-'ó^T,

rapfHsa foi assassinada... Havia un,na r.LTieStaV. ^trasa(1° " o» céus desabara»,,na cabeça do pa,! Encontrou-se areia do Ti»»-,-.»'c^JlSS0' a m°Ça era qualquer coisa que nãeX da ^e1afsenh0'-£' Stewart soubesse, na su,

«•Onhinin» g,atl;,''a'"" T°dOS êSteS fatOÍ* "ão S*lSs^tfef"Snte Pa,'a JUStiflCar Um CaSÜ"v nta^icTr6' Senâ°, mandar*ei jogá-lo lá fora, a

rtfiãM ;-" ~ osbrav^Jou Stewart.

di-ia nJ_nSm na° ligar imPortância ao que êle---¦a. Bateu a cinza do cigarro o continuou:

que m,dessoOrnh,traR0U ° rP'ÓgÍ0 da mo(^a' de moá"Vi Thn a» à egar flnmcil*o ao portão cm qm

D r»*,hr„, combinara o encontro com ela• abÓea,Ã

C°m Um SolpP d0 sa«' d« areia, naaue se' nl ,°la

tmha que ser filla o úmida. Acdrinhas n ^

™ marS°m d° »° está cheia d,muito lov«,

C,X,ana Sinal na cabeça; e como édo -ío P

°.s™hor lanÇ°u «ão da areia do leitoo Mf. 7?.

lnfcl,cidad<*. quando o senhor desferiucintura Hn »fC°

SC ronnl)PU- Tirou então a faca daií « vala ^mCm Caid0 e' deP°is" -ogou-o dentrohistória'0"' ' nao está cansado com a minha

(Conclui na pág. 88)

Publicidade para a

VISTA DA SEMANem Sâo Paulo

Tratar comJARBAS DE FREITAS GALVÃO

Rua Brigadeiro Tobias, 613, 2.° andar- Sala 217 -- Fone: 6-6718

#<? M" Nc* «i — Setembro 1948 83 EU SEI TUDO

õm ° MUNDO^ SESSENTA DIAS MM Ode EU SEI TUDO OS FATOS OCORRIDOS

EM JULHO DK 1948

x __ QU JTA-FEIRA — Os governadores militares dastrês potências ocidentais apresentam aos ministros-presi-dente,q nâes das zonas ocupadas um plano para cria-ção de ovêrno alemão para as zonas anglo-franco-aincrica Declaração do comando soviético consideraInexistente a "Komandatura" aliada, o que provoca ime-diata reação dos governadores militares das potências oci-dentais. A Liga Árabe repele as propostas de pazapreser *s pelo mediador dà O.N.U. — Chega a Wash-íngton do governo da Venezuela. — O presidenteTruman dará esperar ^it o indicado pelo Partido De-mocrátic e ser eleito pelo povo norte-americano parao proxi período presidencial. — O presidente Perónratifica acordo para a compra de duas empresas brita-nicas qu exploram serviços públicos na Argentina.

CTA-FEIRA — Móis grave a situação em Ber-Üm, es ando as potências ocidentais decididas a enfrentaro bloqueio russo em Berlim. — Revela-se que, "em faceda rebeldia dos comunistas iugoslavos", a nova sede do"Komii será Bucarest. — Ainda insolúvel o casoda pacificação da Palestina. — Sete milhões de italianosdeclaram greve que terá dia e meio de duração.

SADO O governador militar britânico, generalRober n, envia carta ao marechal Sokolowsky pedindoesclarecimentos sobre a atitude russa em Berlim. Opovo de Hamburgo protesta contra as medidas russasdc bloqueio de Berlim. — A Albânia rompe relações eoma Iugoslávia. ¦— O governo de Israel recusa aceitar oplano mediador da O.N.U. — Presa de violento in-cèndio o íavio sueco "Dagmar Gaien", salvando-se todaa tripulação, mas perdendo-se totalmente ò navio.

>MINGO As três potências ocidentais preten-dem er riar à Rússia enérgico protesto contra o bloqueiode Berlim pedindo sua imediata suspensão. — Revela-seque o icdiador da O.N.U. para a Palestina desanimou

a solução para o problema que colocou emluta ár, e judeus. — Cresce hora a hora. nos EstadosUnidos movimento democrático pro-candidatura de Ei-senhor Presidência da República. — Irrompe mo-vimento revolucionário ao sul do Peru.

- SEGUNDA-FEIRA — O Partido Comunista daexige a pronta retirada dns representantes das

is ocidentais de Berlim, a abolição da reformamonctá ocidental no que respeita a Berlim, e a uniãooficial toda a capital alemã com a zona oriental. —

receio de cpie, afinal, volte a falar apenas ocanhão Palestina, a partir da próxima sexta-feira. —Bisenhower volta a recusai- a indicação des''u' para a Presidência da República. — O ministroa da Inglaterra volta a advertir solenemente

dos Comuns de que a Grã-Bretanha ' precisa°° Pi Marshall para salvar a libra esterlina". — De-sstado de sitio mn Lima. — Declarado o "es-

a ° rta nacional" pelo presidente Enrique Jimehéz,Assinado o convênio financeiro concluído

c.re sil c a Argentina. — Falece o escritor Mon-f:lr° cujas obras, especialmente dedicadas à in-tancia ã s¦ao internacionalmente conhecidas.

, A-FEIRA — As chancelarias da França. Tn-*., Kstados Unidos enviam nota de protesto a¦"¦toscou

M Jornal "Le Figaro" publica documentos queapontam •*ovieticos como tendo elaborado um planorabalhadores berlrnenses visando concitá-los

aliados ocidentais de Berlim, caso a crisetais tensa. Iniciado em Lisboa o julga-Pessoas acusadas de atividades comunistas.

greve dos marítimos na França. Mar-eximo dia 30 o início da Conferência sobre

qual participação a França, Inglaterra,Unidos e os países banhados pelo Panú-

do o movimento revolucionário no Peru.

dirigidoa expulsa*e tornasí•fiento c3 *~- Alastracada Pa0 -DanúbiRússia, ;bio.

no Senado italiano sobre a sorte dos prisioneiros italianosna Rússia. — Proclamado presidente do Equador o sr.Galo Plaza. — Na Câmara Federal, o deputado Floresda Cunha revida agressões de que foi alvo por parte deum jornal de Buenos Aires. — Falece o escritor francêsGeorge Bernanos.

— QUARTA-FEIRA — Revela-se que talvez sejalevado à O.N.U. a atual crise de Berlim. — Os russoscontinuam procurando dificultar o abastecimento da ca-pitai alemã, contando com isso forçar a retirada das po-tências ocidentais, que, todavia, se mostram dispostas aaí permanecer. — Inteiramente dominado o movimentorevolucionário no Peru, tendo os rebeldes fugido paraa Bolívia. O ministro do Exterior da Inglaterra anun-cia que a Inglaterra não pretende "farrear" com o em-préstimo Marshall, mas sim trabalhar, utilizando a assis-tencia norte-americana com sabedoria. — O Conselho deSegurança pede a árabes e judeus que prolonguem atrégua na Palestina. — Derrotado na Câmara, o primeiroministro francês Schuman pede um voto de confiança.

Comemorado em todo o País o centenário do nasci-mento de Francisco de Paula Rodrigues Alves.

QUINTA-FEIRA -— Os aliados ocidentais adotarãomedidas drásticas para enfrentar as providências hostistomadas pelos soviéticos em Berlim. — Elementos revo-lucionários do fracassado movimento ocorrido no Peru,procuram asilo na Bolívia, inclusive o seu chefe, o coronelLlosa. — Perdem terreno os comunistas holandeses. —Avião árabe lança bombas sobre Tel-Aviv. — Constituídonovo ministério chileno. — A imprensa inglesa comentaelogiosamente o recente acordo comercial anglo-brasileiro.— Falece no Rio de Janeiro o escritor e jornalista José

nio esqueça o "bebê ...

^iA "f. Aifà

aienda-o com

(rfi% G íl A N A D OUM PRODUTOPELO SIM SOLO

CREDENCIADOD£ CONFIANÇA

seeundia O íovorno desse país. Acesos debates

m

I

EU SEI TUDO 84

de Araújo Vieira, diretor da Secretaria do Palácio doCatete.

— SEXTA-FEIRA —- As potências aliadas enviamnota à Rússia prevenindo que "nem ameaças nem pressãoou outros atos" as obrigarão a abandonar Berlim. •— Oconde Bernardotte faz insistentes apelos aos adversáriospara que cessem o fogo na Terra Santa. — Discursandona França, o marechal Montgomery diz que "será umlouco o agressor que desafiar o esforço combinado dosnossos dois países apoiados pelos Estados Unidos". —O general Eisenhower volta a insistir na recusa a aceitarsua candidatura à Presidência dos Estados Unidos.

10 — SÁBADO — As autoridades russas, procurandodificultar cada vez mais a permanência dos aliados emBerlim, determinam sejam inspecionados todos os automó-veis que procurem entrar ou sair da capital alemã.Revela-se que os Estados Unidos não se submeterão aessas medidas. — A Liga Árabe se dirige ao conde Ber-nardotte justificando a sua não aceitação de prorrogaçãoda trégua na Palestina. — Travada violenta luta emcinco setores da Terra Santa. — Os judeus capturam oaeroporto de Lydda. — O governo de Belgrado protestacontra a perseguição aos iugoslavos na Hungria. — Or-ganizada em Nova York uma empresa destinada a incen-tivar.a agricultura no Brasil. — Apresentada a cândida-tura do general Norton de Matos às próximas eleiçõespresidenciais em Portugal. — Conferência entre o chan-celer italiano Sforza e o embaixador do Brasil. — Grandedesastre com avião naval argentino, perecendo toda atripulação. — Londres recebe nota de Guatemala apre-sentando reivindicações sobre as Honduras Britânicas. —Divulga-se estarem em negociações para uma "união es-piritual" as Igrejas Católica Romana e Anglicana. —Inaugurada em Fetrópolis pelo sr. presidente da Repú-blica a Exposição Internacional de Indústria e Comércio.

11 — DOMINGO — Inalterada a situação em Berlim.— Sem resposta ainda a nota que enviaram a Moscou, aspotências ocidentais já estão redigindo outra. — Acusadona Bolívia o Partido Liberal de haver recebido dinheiroda Rússia para custear a revolução que se seguiu ao

:&» Ano — N-? i "—" Setembro • ÍMfc

st\W ____# m W W W*'' ^r**

ii/*\J ^^~—"\

¦ —, . anlisséptico jHLJj adstringente |r|S

baclericida 0-^5

f O produto preferido pelas \ fjfl!\gV:)V senhoras modernas para a ] IM í9M| sua HIGIENE INTIMA. / y jlffl

assassínio do líder Gaitan. -— Chegando a Nova Yorkmediador da O.N.U., conde Bernardotte, anuncia nS°estar ainda encerrada a sua missão. — Apesar disso !trégua foi seguida por luta encarniçada na Terra .Sai/

O general Norton de Matos, com 81 anos de idade,

Panamá

ex-ministro da Guerra, declara aos jornalistastado a indicação do seu nome à eleição presidencial 'Wpoder lutar por meios legais e pacíficos contr 0 atualregime". — Destituído o presidente Jimenez, dassumindo o governo a Assembléia Nacional.

12 — SEGUNDA-FEIRA — Nervosismo na zona oci-dental da Alemanha, com as possíveis conseqüências dobloqueio russo de Berlim. — Continua feroz a luta emvários setores da Palestina. — Tem-se como certa a vi-toria de Truman, que espera ser indicado, no primeiroescrutínio, candidato democrático às eleições presidenciaisnorte-americanas. — Anuncia-se que há agora maior rigorna censura à imprensa em Portugal, estando as estaçõesde rádio proibidas de fazer campanha presidencial. —Inaugurada nos Estados Unidos a Convenção Democráticaque apontará o futuro candidato do partido à Presiàência da República norte-americana — Surge à última horanovo candidato democrático para competir com Trumanna pessoa do senador Pepper, da Flórida, que chefia aala liberal. — Reune-se o gabinete britânico extraordi-nariamente para estudar a situação das potências ocidèn-tais na Alemanha.

13 — TERÇA-FEIRA — O delegado norte-americanona O.N.U. declara que a situação na Terra Santa cons-titui uma ameaça à paz. — Os israelitas abrem ofensivaem diferentes pontos da Palestina. — Bombardeiros ára-bes atacam Haifa. — Aviões judeus atacam Belém. -Os russos fecham a saída de Berlim aos cidadãos ale-mães. —- O sr. Truman declara aceitar o nome do sena-dor Barkley para seu companheiro de chapa. — O sena-dor Pepper retira sua candidatura à Presidência da Re-pública. — Falece o sr. Pierre Bourdan, ex-ministro dtInformações da França. — Vítima de agressão o secre-tário da Embaixada soviética em Caracas. — Regressaao Brasil o automobilista Francisco Landi, que venceuna Itália o Circuito de Bari. — Chega ao Brasil a dele-gação de futebol do Torino, da Itália.

14 — QUARTA-FEIRA — Respondendo à nota das potências aliadas. Moscou discorda dos seus termos, lan-çando a culpa da atual situação àquelas potências. —Tentativa de assassínio contra o líder Togliatti, que re-cebe quatro tiros disparados por um estudante. Esco-lhido Truman como candidato democrático às eleiçõespresidenciais norte-americanas. — Os países árabes deci-dem prosseguir na luta "com todos os recursos ao seualcance". — Anunciada pelo Fundo Monetário Internacio-nal a fixação da paridade da moeda brasileira em Cr$ 18,50por um dólar norte-americano.

15 —- QUINTA-FEIRA — Poueo a pouco volta à nor-malidade a situação italiana, sendo dominados os turbú-lentos comunistas. —- Estacionário. embora grave, o estadode saúde do sr. Togliatti. — Truman reafirma sua con-fiança em que "será eleito pelo povo norte-americano". —O general Clay declara que será mantida a ponte aéreapara Berlim, '•custe o que custar". — Ordenada pelaO.N.U. a imediata cessação do fogo na Palestina. - &'vulga-se ter siclo resolvida a recente crise política veri-ficada no Panamá.

16 — SEXTA-FEIRA — Nova ameaça pesa sobre Ber-lim, depois que os russos anunciaram o reinicio dos exer-cícios com aviões de combate no "corredor de abasteci-mento" das potências ocidentais. — Simultaneamente no-ticia-se que os Estados Unidos enviaram para a Ingla-terra GO Super-Fortalezas Voadoras. -— Suspensas de fa-r'as atividades bélicas na Palestina, por parte dos árabes.A infantaria árabe, porém, toma de assalto a cidade cieNazáreth, depois de a guarnição judia ter se recusado <'•render. o estado de saúde de Togliatti melhora e coinisso melhora a situação interna da Itália. — -A va!iseencontrada em poder do agressor de Togliatti continhaum exemplar do livro "Minha luta", de Hitler. D°ixaos Estados Unidos Andrei Gromyko, ex-delegado russona O.N.U.» acompanhado d" toda a sua família o tam-

32« A"' N-J 4 Setembro — 1948 tJ SEI TUDO

, p , ,,-ral A. O. Vassiliev, chefe da missão militarbélT1 O N Usoviética ne O.N.u.

SÁBADO — Chegam à Inglaterra 30 Fortalezas Voa-onnu na-rte dos 60 poderosos aviões que os Estados

Horas coiní d iram enviar para os aerodíomos britânicos,

onsidera uma demonstração de força em res-n nue "eqsão que os russos vêm exercendo sobre os

oo^ta o "' * *,-, >oS i ntais, na Alemanha. — Restabelecida a ordem

Bl Itália. Melhora o estado de saúde de Togliatti. —

t •miníi França a greve dos funcionários públicos. —

p vela-í er sido descoberto na Tchecoslovaquia um

pasto pi de conspiração e espionagem. — Têm ganho

de caus; apelação submetida à Corte Suprema o

lmiraJ Cabeçadas e outros oficiais implicados num

movim* f sedicioso em Portugal.

ig DOMINGO A Casa Branca anuncia que altosfuncione militares e diplomáticos deram ao presi-dente Truman "detalhadas informações sobre a situação

m ger] Embora vigorando a trégua imposta pela0 N.U *oíta a troar o canhão na Palestina, onde árabes

e judeu acusam de violadores. — Continua sem solu-

rão a situação cm Berlim. — Toda a imprensa norte-

america pecie ao governo maior energia para com a

Rússia nais rigor contra os traidores comunistas no

interior dos Estados Unidos.

19 .l«]GUNDA-FEIRA — Longa entrevista do presi-dente nan com o secretário de Estado Marshall e

altas p; entes militares, com a presença do general Clay.Persiste, sem solução, i grave crise ministerial francesa.Recrudesce a luta na Palestina enquanto a O.N.U.

ameaça árabes e judeus com rigorosas sanções. — Dentrodo maior segredo os chanceleres de cinco potências oci-dentais examinam a crise atual de Berlim. — O Tri-bunal uperiòr Militar ratifica as sentenças contra oalmiran Cabeçadas e outros condenados pela con juradestinada derrubar o governo Salazar. — O governodos Eí dos Unidos resolve liberar os fundos iugoslavosna América do Norte, que estavam congelados desde aguerra.

20 TERÇA-FEIRA — O governo soviético comunicouQue, j.jindo aliviar a situação em Berlim, colocou àdisposi ão da administração russa 100 mil toneladas dè*reau Os círculos aliados acolhem como simples pro-pagand • oferecimento de Moscou. — Deixa Berlim rumoa Wasl Lon, onde informará verbalmente as altas au-toridac lo seu país, o general Clay. — Aguardados rmLondr iais 75 aviões de caça. a jacto-propulsão, norte-

— Técnicos e economistas norte-americanosvlrao rasil a fim do estudar medidas destinadas a

nosso mais rápido desenvolvimento econômico.a crise ministerial da França. — Protestos

«ios Comuns contra a venda do cruzador "Ajax".

Shelley Winters, da Universal Pietures Co. Inc«

O pêlo nas pernas, bra-qo_- e axilas comprometea sua presença na rua,nas itraias e nas reuniõeselegantes. Para eliminaros pelos supérfluos nãouse lâminas de navalha;use RACÉ, o maravilhosoe eficaz depilatório em póperfumado. — Eliminalom incrível rapidez ospêlos incômodos.

À venda nas boas

VocêperfumariasLABORATÓRIOS

RUA URUGUAIANA

O perfeito tU*trut4Ím*do peto.

VINDOBONA, 104-5? — RIO

Queiram enviar-me o folheto grátis referente aodepilatório "Racé".

NomeRua ../"......' 7;:.77:7-,CidadeEstado

E.S.T.R-9

— Os socialistas belgas manifestaram-seabdicação do rei Leopoldo.

em prol da

21 — QUARTA-FEIRA — O secretário de Estado Mar»shall declarou que o governo norte-americano não se dei-xaria intimidar de maneira alguma, e jamais cederia àpressão soviética, "embora procurasse toda possibilidade

P"A L fei-EIDA COMÉRCIO E INDÚSTRIA DE FERRO LTDA.

Sucessora de f. B. DE AtMEIDA & CIA.RUA DOS ARCOS Ns. 28/42

*<> <l<* terio e outros metais — Oficinas mecânicas em geral — Fogões a gás e lenha marca "Progresso"USíls para ladrilhos e escritório — CADEIRAS para DENTISTA Almeida Pinho — CADEIRAS para

!;<> — BANCOS para JARDIM e BENGALEIROS de ferro fundido em o rna tos — Importadores de:de ferro pretas, galvanizadas e corrugadas para portas — Ferro em barras — Vergathões — Caotoiieiras»x«s para transmissões — Tubos dc ferro galvanizados, pretos, vermelhos e de aço para caldeira

('T-P

ARMAZÉM — 22-0409 — 22-1718 — 22-2748ESCRITÓRIO TÉCNICO — 42-4075rONTAíilElDADE — 22-1842 — 22-2519

22-1584¦m

EU SEI TUDO 86 32v Ano No 4 Setembro '048

PȒ.;

fatosMmrmãft^MA ¦

HB ¦PARA ESMIR

I

:•¦'-:¦ :¦';.>:-'%

ya-';hy;

CÍOTTTS

qTglPARA IAT0 OE AREI

l E SOiOAS]—i r""-j;r'—'.

*ap W?s-?t ./""X * •• &ay^rvc:., use:--1-.- ^^l-ãA:*^^:-*-'.:.-l*J ií.... v

'•'r.i.:-:\.-:--

':íwi

V ,-v í-Uri • *S ,.<rt V.» ".*•>. \53c^^^^ ':r-v^

.... JgKOTBi*^*:'-*x. !..>/.

/

k-HíXTIKIORESDflNCENDiÜCAR6AS DE EODOS OSl

TIPOS E TAMAniQSJ-^tá

k. !<*S. v • * *

^Prlíl^fe^ -.*:-*:'¦:-;:>¦ <J

jbKT s yfliRtí». v>:"

Jir^ _*¦^OBT^- f^ y.

t\B SUM li? •s

«•* ••*—-ír ^-V^*>• - ^é^.* ^ *' fl

v':*ri>

[CAPACETES E ESCUDOS DE FIBRA |IPARA SOLDA ELÉTRICA £ OXIGENEÕ1

''^k&A:W%

í><».

JAKLIRQ C/A

I

-5—

<

CAPUZES. LUVAS. AVENTAIS E| ROUPA BE ASBESTOS E COUROj

IPARA FORNALKASr™"^*r\A: ;~7-Jh':'7 vxy??-Yv • ..-

' '"r-ffií &; ^:**r1

•*•:*..*V^-:

RWBÍ A•miiiiiii,,,'

lESCÃFANOReS

>£ m

MERGULKADORESfüi báJagM-DEIJAlIASCARÃS CONTRA BASESJ

INDUSTRIAIS!

de negociações e processos diplomáticos para conseguiruma solução aceitável e para evitar a tragédia da guerra.— Divulgà-se estar pronta outra nota de protesto a serenviada pelas três potências ocidentais a Moscou. — Re-vela o conde Folke Bernardotte que seus esforços, agora,tenderão a obter a desmilitarização de Berlim. — Anun-ciou ainda que 300 observadores da O.K.ü. fiscalizarãoa trégua na Palestina. — O sr. André Mario, do PartidoRadical e ministro da Justiça do Gabinete Schuman,aceita o convite do presidente Auriol para formar o novoGabinete. — Emmy Goering, viúva do marechal Goering,é condenada a um ano de prisão com trabalhos braçaispor um tribunal de desnazificação. — O Coríntians, deSão Paulo, venceu o tri-campeão da Itália, Tor ino, por2x1, num "match" de futebol realizado em São Paulo.

22 — QUINTA-FEIRA — Os ingleses voltam a acusaros russos de violação das regras da segurança no "corre-

dor aéreo" entre Berlim e a zona ocidental. — O generalClay, ora nos Estados Unidos, faz revelações sobre asituação na Alemanha ao Conselho Nacional de Segurança,onde estavam presentes altos chefes militares. O sr.Bevin, nos debates travados nos Comuns sobre o casode Berlim, afirma que o governo britânico só discutiráa questão com a Rússia após o levantamento do bloqueiosoviético. — Procura o sr. André Marie formar o novogabinete francês. — Considera-se inevitável, na Itália,o abandono da Confederação Geral do Trabalho por partedos trabalhadores anti-comünistas". — Fracassa, por suavez, a princesa Juliana, da Holanda, nas negociações paraorganizar novo gabinete. Moções são apresencadas aosparlamentares franceses e ingleses pedindo a imediataconstrução do túnel sob a Mancha. O governo mexi-cano, que acaba de desvalorizar a sua moeda, suspendetodas as transações cambiais.

23 — SEXTA-FEIRA - Inaugurada a Convenção doTerceiro Partido, em Filadélfia, que deverá proclamai'Henry Wallace candidato à sucessão presidencial nos Es-tados Unidos, O mediador da O.N.U. íorá 300 "obser-

vadores", além de navios e aviões para fiscalizar a .réguaentre árabes e judeus. — O sr. André Marie conclui,afinal, os seus entendimentos, contando apresenta; aindahoje o novo gabinete francês à Assembléia Naci< al,Os aliados ocidentais afirmam que o regular abasb imentode Berlim será mantido. — O general Clay provo sen-timento geral d*' alívio ao declarar, em Washing que•'ninguém deseja a guerra" e acrescentando que po "nin.

guem" era preciso considerar também os russos, - ^sautoridades soviéticas anunciam nova reforma mo stáriapara toda a zona soviética e a Grande Berlim. pre.sidente da Finlândia declara qüe espera ver paipneutro em qualquer futuro conflito.

24 —- SÁBADO — Sem solução o bloqueio de Berlimpelos russos. — A Convenção do Terceiro Parti che-fiado por Henry Wallace, decidiu dar ao partido nomede Progressista. Foram escolhidos os srs. Henry .Vallacee Glen Taylor candidatos à Presidência e Vice-Pr<?sidên-cia da República, respectivamente. — A Assembl ia Na-cional francesa aprova a indicação do sr. André Mark-jiara o cargo de primeiro ministro. — Marcada pa lioje,em Paris, a inauguração da conferência das 16 naçõesbeneficiadas pelo Plano Marshall. — Apela o sr. affordCripps. na Grã-Bretanha, pro-aumento da prodi io decarvão. — Comenta a imprensa inglesa as reivindicaçõesargentinas na Antártida. — Apresenta credenciais aochefe do governo grego o embaixador do Brasil, sr. lide-fonso Falcão.

DOMINGO — Chegam a total acordo para s. didas25a serem adotadas para o estabelecimento de um jgimepolítico unificado na Alemanha ocidental os três erna-dores militares, generais Clay. Robertson e Koeníg, e osonze ministros alemães. — Aumenta incessantenu ite onúmero de aviões anglo-norte-americanos nó "corredor

para Berlim". — Os árabes rejeitam a proposta dí dos-militarização de Jerusalém. — Fontes bem informadasafirmam que a posição atual da Inglaterra na Antártidacontinuará inalterada. — Acusam-se mutuamente árabese judeus, perante os "observadores" da O.X.U.

26 — SEGUNDA-FEIRA — Estados Unidos e Grã-Bre-tanha impõem sanções econômicas à União Soviética, hlo-queando todo o comércio entre a Europa Ocident e aAlemanha ocupada pelos russos, numa represália pelobloqueio russo de Berlim. — O sr. André Marie ors anizao novo gabinete francês, com a participação dos sócia-listas. — O Comitê de Atividades da Comissão de Arma-mentos da O.N.U. aprova por 9 votos contra 2, contratenaz oposição russa, a moção britânica consignam!' queo desarmamento mundial só será possível quando res-taurar a confiança internacional. — O governo iugoslavorefuta as acusações do Kominform, tachando-as de gno-rânçiá da dialética marxista-hminista" . —* Cos ára re-cusam Liz propostas de desmilitarização de JerusahFontes oficiais reiteram qm*. apesar (te qualquer ntudefutura da Argentina ou Chile, a Antártida continuará bri-tãnica.

27 — TERÇA-FEIRA — Foi redigida nova notatesto das potências ocidentais a Moscou. — O prTruman, em mensagem ao Congresso, pede urgendidas contra o alto custo da vida. — O Iraqueo imediato abandono da Organização das Nações ;por parte dos países árabes. — O primeiro ministr< AndréMarie é alvo dos primeiros ataques dos comunisti íran-coses, recebendo, porém, amplo apoio de votos. Enivista da gravidade da situação, o sr. Bevin, secretariodo Foreign Office, desiste de realizar o cruzeiro qu Pr0'jetara. — Suspensa a desmobilização da R.A.F. ^ssnado em Buenos Aires segundo acordo economi*a Argentina e a Hungria» — Falece no Rio de

pro-i dentes me-?repõe

o sr. Carlos Inglês de Soüz.28

Louiserussas

QUARTA-FEIRA O prefeito de BerlSchoroeder, desafia abertamente as aurecusando acatar a ordem que lhe havi

de reconduzir ao sou posto o chefe cio Polícia d<Paul Markgrafí, por ela destituído. Violentanas fábricas I. G. Farben (Indústrias Químicas),centenas de mortos e feridos, na Alemanha,litas rejeitam a proposta do mediador «Ia O.N.desmilitarização de Jerusalém. - O governeacusa as autoridades anglo-norte-omerícanas c

sra.dadesdadoriin1'

fci)lòsâocausando

i ¦ israe-para »

a\'0oslavrrie^

32$ Arm N» 4 Setembro — 1948 87 EU SEI TUDO

.., .nt- sn a incorporação daquele território a Itália,de lul

. «tan( à O.N.U. um inquérito sobre a questão. —

comu: sias iugoslavos afirmam que continuam se con-soliciOssideran

„«,.;.,.<• desse organismo ao seu partido são "falsas"«acusaçc

nembros do Cominform. porém reiteram que as

fi "Injus — O ex-oficial alemão — e espião — Otto

qkorzf cíue "libertou" Mussolini das mãos dos Aliados,

„, leu deixa carta ao Tribunal de Desnazificação esti-

nulando ; condições pelas quais poderá se entregar nova-

monte « mtoridades, ao fugir do campo de internamento

de Dam tadt. — No jogo de futebol entre o São Paulo

p q o Torino, realizado na capital paulista, houve

um er ato de 2 goals.

29 INTA-FEIRA — Chegam a Moscou os enviados

especiah* da Franga. Inglaterra e Estados Unidos para

conferenciar com o sr. Molotov sobre o bloqueio de Ber-

lim, A Câmara Municipal de Berlim aprova resolução

exigindo o levantamento do bloqueio por parte dos russos.—* In uigurados em Londres, com a presença do rei

Jorge VT, os Jogos Olímpicos de 19*18. — Anuncia a

rainha Guilhermina, da Holanda, que após a sua abdi-

cação, a 4 de setembro, retirar-se-á completamente da

rida pública. — Organizado novo gabinete finlandês. —

0 Peru comunica à O.NyU. o restabelecimento de rela-

ções coni a Espanha. — Cuida-se em Nova York do enviode uma missão militar norte-americana ao Brasil.

30 SEXTA-FEIRA — O embaixador dos Estados Uni-dos Moscou informa ao Departamento de Estado queo mii do Exterior da Rússia, sr. Molotov. estando

de férias, não pôde receber as representaçõesque res potências ocidentais lhe enviaram a propósito

cão em Berlim. —* Revela-se que a Colômbiainscrição do caso de Berlim na ordem do dia

dó ho de Segurança. — O sr. Bevin retirou a

de guerra fora das nações ocidentais e ofe-a Stalin, dando-lhe a escolher entre a guerraafirmando que a Inglaterra está disposta a tomar

medidas e atitudes necessárias "em qualquerInaugurada em Belgrado a Conferência Da-

nub Renuncia o presidente da Hungria, após apn* seu genro, acusado de alta traição e espionagem.

cas armadas norte-americanas informam à indús-dífera de que deve satisfazer as necessidadescm matéria de petróleo e gasolina dentro desta

m, pelo contrario, será objeto de "medida com-pulsória"

-ABADO — Inalterada o situação em Berlim. —

Pelo vice-í»rimeiro ministro do Exterior daUnia. viética os representantes diplomáticos da Grã-Bre-

anca e Estados Unidos. — Anuncia-se ainda, em

que Molotov interrompeu as férias unicamente'ber os representantes das nações ocidentais. —

soviético à Conferência do Danúbio firma posi-sir a nação não européia o direito de participar

¦mão da nova convenção sobre a navegação noD&núlSi O Tribunal de Nurenberg condena o arma-

Alfred Krupp a 12 anos de prisão e ao seqüestro

? «^AULIn SEGURA *f<*>*^/yy*w?j

sD\J \J\JTA VELAS

':;'/'ff/./.____________________ )_______________.

__^_H ______¦ ¦______! __________^.___H ___________jH ______¦ ^_______________________________________________________________________________________^

__^_________ _______¦ ^_______l _________^

^Ê H ./«HHWk __"*—»8 ^k

ij fl9 m ^L_ ^Ê i \ • -I* J

^^^1 ^B ^___________________________________________________________^^

^^^ ve lj ¦- ^^^4

«•««lE^itt»,»^,^

@MtJN.SÚ

.^•»í»>jy , tj-f^-^jy *?&¦¦

*¦*&¦•»

<?5*7«

«•s__.k-w.v.'-*1''

il

FABRICADASPELO PROCESSO SÊNUN

«ó

de todos os seus bens. — Foge da Hungria monsenhor

Sigismund Milhaiovitch, chefe da ação católica naquele

país. — Assinado em Dublin o pacto anglo-irlandôs. —

Os brasileiros vencem aos uruguaios por 36 a 32 na partidade basket-ball. nas Olimpíadas de Londres. — Na prova

de espada do Pentatlon moderno, o tenente Monat Coelho,

do Brasil, alcança 28 vitórias. — Falece em São Paulo,

num desastre de automóvel, o sr. Alvares Florence, pre-

sidente da Assembléia Legislativa.

IOS SUS OISTRiBUIDOflES EI55IMTES BESTA REVISTi

Rogamosde

>M %-' f

di-mdiquem

coro as suas remessasnheiro, nome e endereço certos

T3SÜ SEI TUDO 3» :&> Ano N* 4 Setembri 1948

QUANDO O CÉU DESABOU(Continuação da pág. 82)

O homem ruivo estava galvanizado como umaestátua.

Quando a moça chegou ao encontro do pai— continuou Chafik — o senhor segurou-a pelascostas e... zás! (fez um movimento rápido coma mão). Tudo perfeito! O sangue jorrou do feri-mento e apenas alguns pingos lhe sujaram a mão,o que foi fácil de limpar com a própria areia docaminho. . . Depois, o senhor, com o lenço, limpouo cabo da faca e colocou-a junto ao cadáver, antesde voltar ao clube. Levou para isso quatro minu-tos. Já fiz a verificação. O caminho do rio épouco movimentado ao anoitecer. A fim de evitarsuspeitas, o senhor se demorou no jardim, to-mando ar...

O rosto do homem, a^rás do bureau, ia aos pou-cos adquirindo a côr da areia do rio. . .

Chafik continuou:Agora, vamos ver os enganos que o senhor

cometeu. Devia ter tirado o dinheiro e o relógio.Um árabe, pobre como o pai dela, teria feito isso...Também o método que o senhor empregou paramatar foi errado! A facada devia ter sido na bar-riga... E' da natureza desses crimes... Tudo issofez com que se duvidasse da culpa de Aziz, e seprocurasse outro homem, que tivesse outro motivo!A moça era.. . Bem!. .. bem!. .. Toda Bagdadsabe que o senhor teme o gênio da senhora Ste-wart. Por isso. ..

Cale-se, mestiço sujo e mesquinho! — gritouStewart, levantando-se, aos poucos, até ficar de pé.Por isso. . . — prosseguiu o inspetor, semperder o sangue frio — eu saí à procura de umindício evidente, que não fosse hipotético. Encon-trei aqui. . .

Tirou do bolso um saco de algodão, amarradocom um cordão resistente. Desatou o saco e deixoucair um monte de areia.

Saco inglês — continuou Chafik. — O mesmoque o senhor usou para carregar a areia.

E' mentira! — gritou Stewart. Não foiêste que eu...

Fitou então o detective, com um olhar de deses-pêro, compreendendo de súbito até onde o policialo levara. . .

Deus fez com que o senhor confessasse! —rematou Chafik.

os

Inglês Básico e PráticoVocabulário Completo do InglêsBásico — Terminologia Especia-lixada, Científica, Comercial e Mi-litar. Regras Gramaticais Essen-ciais. Frases Práticas Freqüente-

mente Usadas.•

Pedidos pelo Reembolso Postalpara:

VICTOR JOSÉ LIMA — Rua Ca-ruso, 4 - Apto. 3 - TIJUCA - RIO

DE JANEIROPREÇO: Cr$ 20,00

O homem ruivo pareceu cambalear c; ornolhos injetados de sangue, atravessou a saio, ansio!samente. Mas retrucou logo:

Você não tem provas, maluco! Estí 09 sóo que

mais

e pon-Seus

ia pa-

Tudo o que você disser é mentira! Negadisse e Ellsworth, naturalmente, acredit;num inglês do que num mestiço imundo con vocêj

Chafik observava a agitação de Stewartsava: Estamos a aproximar-nos do fimnervos não resistem mais. Basta apenaslavra!. . .

E, sorrindo, disse a frase que faltava:— Mas o senhor é armênio... não é tiglôs.,Os olhos azuis de Stewart se estreitaram, o

rosto ficou transfigurado. A mão procurou a gavetada escrivaninha e tirou a pistola. Proferiuinsultos e mais insultos e, afinal, apontoupara Chafik.. .

^ntào,arma

ílvíl

w»im raJ

Uma faísca amarela e o ruído de um tiro. Chafikdeixou-se cair, na fumaça da pólvora, e, simulandoter sido atingido, rolou da cadeira ao chão. Imitou,como pôde, convulsões da morte e, em breves se-gundos, estirou os braços e as pernas, semi-cerrandoos olhos.

Esperou um tempo que pareceu uma eternidade.Os segundos passavam lentamente. . . Ouviu entácStewart dizer: — Oh! Meu Deus! Meu Deus...

No silêncio, ressoou surdamente o segundo tiroO corpo do armênio ainda não havia escorregado,inerme, para a escrivaninha, e Chafik já se levaivtara. Sentia-se surpreso, e via que estava tre-mendo; a raiva de Stewart era tal que podia tê-lolevado a atirar várias vezes e a atingi-lo com oprojétil real, depois do cartucho de festim.

Ouviu a voz dos criados no hall; abriu a portae falou, rapidamente:

Diga ao guarda, lá fora, que venha cá, de*pressa! — ordenou êle. — Não deixe entrar nin*guém! Seu patrão suicidou-se!

Tinha de agir rapidamente. Apanhou, com amão enluvada, a caixa de balas, tirou da pistolaa que colocara no pente e a guardou no bolsopondo em seu lugar uma cápsula intacta.

O inspetor-chefe era esperto. Mas não poderiaduvidar dc que fora disparado apenas um tiroTivera o cuidado de verificar que de fora não erapossível ouvir os disparos.

A escrivaninha estava em desalinho e êle con-torceu, o rosto quando se pôs perto do cadáver,para apanhar o telefone. A voz grossa de Ells-worth respondeu, quando êle acabou de discar:

Oh! E' você? Já descobriu o saco?Não, chefe! — respondeu Chafik. —- Natu-

ralmente foi destruído. Mas não necessitamos matede provas, porque o caso parece estar encerrado..

O que? — gritou Ellsworth. — Onde é quevocê está?

Na casa de Mr. Stewart. Discutimos o caso e...Você ainda foi falar nisso? Eu não lhe Vve'

veni que.. .Que fosse discreto?

E o inspetor Chafik procurava as palavras, paraque Ellsworth o compreendesse melhor.Pois fui discreto, chefe!...

Olhou para o cadáver de Stewart, cuja cabeçamergulhara nos papéis da escrivaninha. B dissecom uma entonação tipicamente sua:Êle foi ainda mais discreto do que eu, Porque, depois de confessar tudo, suicidou-se!

Ouviu uma exclamação abafada de espanto, dooutro lado da linha. Quis, então, tranqüilizarinspetor-chefe:

Tenho provas claríssimas da verdadeira n*cionalidade dele, chefe. Homem destes rincões-como nós outros... E aqui o céu não desaba ui*1»vez só!

na* à»<- , N* 4 Setembro 1948 89 EU SEI TUDO

Ml0j|B——'''.'-"

v/ABEÇ ANO XXXIIN9 4

SETEMBRO - 1948

jílreíor — I>K- LAVRÜDmelo -rios adotado» neata aeç&o:

japyaaiBtk — Monoaallaboa;

Secretário — DABLH7»- Blmôe* da Fonseca: Hildebrando — Gustavo Barroso, Pequeno Bra-Lamenza ~- Provérbio»; Bylvlo Alva» — Brevlarlo; Dicionário tíe no-próprios de A. M. de Souza.

toda correspondência aflore charadas deve set dirigida para a redação de EU BEI TUDO— RUA MARANGÜAPE. 15 — e endereçada ao diretor deata secção.

%* TORNEIO - JUL.-SÍ3TBMBRO

ENIGMAS

LOO Venho dizer-te em segredo;Dita-me o que quiseres!

Esquecer outras mulheres,Menos ordem de degredo!

Atenas (Belém do Pará)

Far» o Dimas:1(0 - Se na guarda do quartel

Entra uni elemento a maisVira desordem, bagunça,Vira c»va de animais.

Deagaí (C. Grande, Mato Grosso)

m Vi por entre duas notasCinza tina se espalhar.Se crêem que eu diga lorotasNão queiram me acreditar.

Heron Silpes (Canavieiras)

IÚ8 Bntre duas consoantes.Solitária hás cie fiear;13 as tuas mágoas constantesSf.itnca mais hão de minguar.

Violeta (G.C.N. Recife)

[ARADAS SINCOPADAS

104 Três (duas) Parece umapessoa desen"ruçada, não merecendoftftm uma réstea de sol.

Ainefi (Curitiba)

106 Três (duas) Toda aquelaifestiçolaçào só porque o trem tirouuma, pequena porção do pêlo de suacabra,

A. Salomão (Juiz de Fora)

Tres (duas) O seu tra-balho de agulha apresenta aspecto deuno lavor.

fcépanta (União dos Palmares)

{Tês (duas) Foi na dança*»muuahada de canto que deu mo-"!vo para aquele amuo,

Dacar

Três (duas) O feiticeiro4°i muaiatado.

lu»

Kmauro (Rio)

Três (duas) Tagarela,«fo. Desminto! Eu cá só digo o qm•anto!

Jucá Pirolito (Rio)

faz

A<* 1'araná:Três (duas)

^au negócio.Só o orgulho

Joliver (Natal)

MT''.^mm*wW ^^L_A 1 Jr^V. ^N>/^*W

S8& jisB-k

|MtABELOs|J^RANCOSj

NTUDEALEXANDRE

VidavigorMocidade

DOS

Cabelos

111 — Três (duas) — A ambiçãode riquezas 6 uma tosa sempre aachincalhar a vil humanidade.

JVIascobei (Abaíra, Bahia)

112 — Três (duas) — Com inteli-gência procuro descanso.

Odnanref (Rio)

113 Três (duas; — O pasteleiroda esquina foi liberto ontem à noite.

Roazo (Maranhão)

114 — Três (duas) — Para se rea-ver a felicidade é preciso lutar.

Zepenha (Maranhão)

115 — Três (duas) — Por baixo doarco de porta não há quem me obri-gue a passar.

Sem assinatura

CHARADAS CASAIS

116 — Quatro — O exigente é pes-soa que facilmente se ofende.

Dr. Zinho (Taubaté)

117 — Duas — O nosso amigo "Bra-

ga" tem vivido ultimamente assus-tado com os companheiros.

Debrito (G.C.N. - Recife)

115 — Quatro — Em mulher baixanão assenta tecido grosseiro.

Dr. Kean (Taubaté)

119 — Quatro — O homem que con-fessa as suas culpas, recebe a con-sagração de Deus,

Fone (Vitória)

120 — Cinco — A cidade está blo-queada e o seu exército cercado.

Sertanejo II (Divinópolis)

121 — Cinco — Os impulsivos pas-sam horas aflitas.

«Joleno (Curitiba)

122 — Quatro — Homem carinhosodeve evitar casamento com mulherque tem lábia.

Jam (Belo Horizonte)

123 — Quatro —

O que muito me intimida,Na eterna dança da sorte,E' ver como baila a vidaEm meio os braços da morte.

Jota (B.S~ — Belo Horizonte)

m

EU SEI TUDO 90 ;«2* Ano ~NM~ Setembro 1S48

toflfr

DURABILIDADE

ECONOMIA

CONFORTO<_-»€?

__^__^__^__Jv__'~ j^Vi^u^'' '—^m?____*___________nÊ_\

\ \

Lâminas GILLETTE AZUL

142 - Duas-duas - Alóni de eava.Ihciresco o soldado deve ser eie-gaiit

Eobles (Hio)

143 — Du-W-uma Naíáiá deu broca, nfio convém

una fei Droca, nao convéma troca.

Cedat-i (D. América. santo)

144 — Uma-duas - O pretexto dtbeb. r no antigo vaso de barro paraguardar bebidas não constitui tran.-pressão de preceito religioso,

Zélia Costa (Ri0)

124 — Três — Sujeito sem vergo-nha não dispensa bajulação.

Jairo (B.S. — Belo Horizonte)

125 — Quatro — Para mim o versomais belo e simples é o da poesiacampestre.

Luis Augusto de Souza (Rio)

126 — Três — O homem que re-cebe um ultraje fica ofendido.

Marinho Filho

(Jaboatão — Pernambuco»

12? — Duas — Indivíduo amalucadoem razão de doença tem sempre umadesculpa para as suas doidices.

Mor Gado (Rio)

128 — Cinco — O desavergonhadonunca traz limpa a sua roupa

Pele Vermelha (T.B. — S. Paulo)

129 — Três —- Emi qualquer situa-vão a menor deve ter o seu futuroprotegido.

Pereira Mende_ (Belém, Pará)

130 — Três — Alivia o pobre qual*quer auxílio.

Radge (G.C.N. Recife)

131 — Duas — Quem machuca orosto vive sempre com lamentações.

R.A.F. (Caçapava)

132 — Três — Quem se nutr«?> bemtorna-se robusto.

Sefton (Santa Catarina)

133 — Duas — Nesta contenda sem-pre levo vantagem.

Welton (Rio)

134 — Quatro — Este ator «'< niuitodesembaraçado no bastidor do teatro.

Roldão (S. Paulo)

CHARADAS NOVÍSSIMAS

1-35 Duas-uma O plantão de

hoje é de descrédito, pois quem ofaz já tornou meia pipa de vinho.

Al tam ir da Costa Barros (Maceió)

136 — Uma-duas — Dar um abraçoem troca do um fruto? Isso é pi-Ibéria !

Audas (B.C.P. — Passos. Minas)

137 — Duas-uma — O garoto levouuma repreensão porque foi visto comum pedaço de cachimbo na boca.

Duo Z (Niterói)

13S — Uma-duas — O valor moraldesta venda é maior pelo fato de sercoisa muito rendosa.

Gilk Araújo (Rio)

130 -- Três-uma —- O homem estou-vado era inimigo da jaetância.

Milon (G.C.N. Recife)

140 — Duas-duas — Num momentoo que tinha sido feito em doze mesesfoi destruído pelo guia.

L-idaci (Riò)

141 - Duas-uma — A ia lia deveser um sentimento para o censor.

Paraná (Rio)

145

LOÇOGRIFO

Ao dr. Lavrud:

Chocou com a notícia falsa -_._ -i -X-jü

Com verdadeira tristeza[5-4-74

Este tipo comi lã o —- 7-6-5-8Comendo batata inglesa

3-6-Õ-.Coitado! mesmo doenteVinha cheio de aguardente.

Joiíver (Natal;

ENIGMA PITORESCO 146

I •ITT-«¦oon __-_-

--ou»«I —¦————Cl***.J-«S—f-K^S^H—I

v«—___«fi»x« - arm—na»f _>_"««-_—IKlél—-K—SUlIi

(s>

<tr__á g._&>'

_.«-r, njB*>

í-_jíT__-*r*LL^-!.-»L-:.'- sbMRUf

¦ »-•"'-

Ü* Wí

H ¦

_

3i ? <£*««*• f rt

Guilherme Tell (Ri*

A Pomada Man Zan lhe dará o alivio desejado,combatendo as dôr.s e o» pruridos, d.sconge».tionando as dilataçôes. Graças ás substanciasde real efeito antiséptico-bactericida que entramcm sua fórmula, a Pomada Man Zan previne asmfecçoes e o aparecimento de outros males ain«da mais graves, decorrentes das hemorroides.A venda em todas as Farmácias em bisnagascom cánula especial para facilitar a aplicação.

(Um produto De Witt)

I EM _ F_. 1 Fil iÀ f.il k Wm * 1 Zwr.

_# f> 11 W/-i*f

ÊmsM

oUfjS^wmm fi»

s ______BBWBWWiB38B^"-P^íi*-^

. ¦"" '"* ,

g2.o Ano N. 4 — Setembro 1948 91

gr$ 485,00(Jse uma boa capa americana"BELMONT"

.***y

¦¦yã

* • ( Av

¦ iSíS

y.• ¦ r*-««

¦rs '.' SdSí.' IHS-V

>VÍWK -VÍ-HlfJS.

>« 9GÜMU•« • . «Pi-7*f'"~^-i

"1

*-**¦«_. ¦¦__•' Cf t»SfljM j T

- "í*** __ H ifl ¦

m

^Ê_____m ¦««-•**

BU SEI TUDO

PROBLEMA N<> 6

Ao inteligente Altamir da Oo«taBarros:

Dura muitos anos — sem-pre bonita e boa. — Fa-brleada nos Estados Uni-dos. -— Finíssimo tecidode algodão Sanforizado. —Impermeabilização garan-tida ZEL.AN DUPONT. —

Qualidade Garantida. —Todos os tamanhos. — Cor belge médio. -Mande o seu peso e altura.

Reembolso Postal à MIRÜS MAGAZINde Toledo, 120/126 — SAO PAULO.

,"-_i^__ j

A ¦

Encomendas peloXavier

Rua

ENIGMA FIGURADO 1.7

xã( *'sX^^p^ íf* ^_T*""*^1* ç£]P___ks__r

L£íTe/ \ MO /|—/ -». /

^ y s^/w--s^ /m

IA í_.AV li AS Cli l ZADAS

PROBLEMA N* 5

A JTutme8 III:

__v *£*§§. •6 tt f»y_i___l_^__ -\ JJggk L____. ™lw?m&&*

Bamsés II (São Paulo)

Horizontais: 1 — Esse; 2 — Incidir(inv.); 3 — Possibilidades; 4 — Fis-calizador do aparelho e velame abordo (pi. ).

Verticais: 1 — Parentes (inv.); 2— Qualquer quadrúpede que serve dealimento ao liomerr :_ — Va^^nnõ

pronominal; 4 — Mil; 5 — Condolen-Eva Dio (Rio) cia; 6 — Embora.

¦»¦¦* -nwm,m

DSDPM%9 S 1 0 NACIONAL DE DESCONTOS

Sociedade Anônima

pm sitos-Descontos-CauçõesALFÂNDEGA n.° 50 - Rio

Zé Ka-nuto (Colina)

Horizontais: 1 — Nome do Algarve.parte do Império de Marrocos; 5 —Patüscar; 7 — Excomungados; 8 —Nome de mulher; 9 — Aflijo; 10 —Causas tédio; 11 — Cavalo de cô*clara e crinas amarelas (inv.).

Verticais: 1 —Indivíduo velhaco; 2Apanha; 3 — Salientou; 4 — Agi-

tar; 5 — Nome de homem (inv.); tMagoais.

SOLUÇÕES DE DEZEMBRO

106 Moribundo; 107 — Rabac^-

JMÜRJJlmeu perfume premei^

W5KÊÊ&, sljp-

e de todasas pessoas

de bomgosto

*2U SEI TUDO

f/brilASSENTA £ DABRILHO O DIATODO - O SEUBARBEIRO USA ERECOMENDA

WÊÈttíIiTlf \WÊM Mor// mH__ ttl ÍT / ^f ^m

f*__\\ \__f_rr__\ sJWf ]__¦

róa; 108 — Achanada; 109 —• Caca-caca; 110 — Ferefolha; 111 — Per-?aada; 112 — Pontoso; 113 — Volta--•fio; 114 — Cenoso; 115 — Legra-•casco; 116 — Jiquia; 117 — Plicado:118 — Rezador; 119 — Favorito; 120¦— Dirijo; 121 — Apertada; 122 —Chag-o; 123 — Ligeiro; 124 — Choco-fateiro; 125 — Protervo; 126 — Tor-aado; 127 — Impertérrito; 128 — Pa-irada; 129 — Canhoto; 130 — Chapo;131 ¦— Floreado; 132 — Estala; 133

Industrio; 134 — Chapada; 135 -Caneco; 136 — Majestoso; 137 ¦— Tro-ioeça; 138 — Coca; 139 — Rebenta;140 -— Fervido; 141 — Pianca; 142 -Comida; 143 — Agave; 144 — Aljama;145 — Tureba; 146 — Parola; 147 —Gaiola; 148 ~- Limado; 149 — Ti-•t*uira; 150 — Fervura; 151 ~~ Ver-oante; 152 — Soprilho; 153 — Tiuba;Í54 — Briquitar; 155 — Carimbo; 156Carno te; 157 — Viçoso; 158 ~- Cal-•Sada; 159 — Cavalo bom é o que cercatt boi na hora; 160 Cada Abel tem'.« seu Caim

92

ÜECIFUAPORES

329 Ano - NM - Setembro 2.048

Paraná, Cartos, Mardel, Jotoledo,Mme. Solon de Melo, Eülina Guima-rães, Ronega, Pele Vermeilia, Paço,R. Kurbàn, Raul Petrocelli, Jairo,Jam, Jeca, Jota, Jonio, Sefton, JucaPirolito, Tio Sam, Roldão, Melagro,Oicàroh, Dürmél, Don Roal. De Sou-za, Buridan, Imara, Centauro, Segon,Carlino, Mucuim, Violeta, JohanesLatium, Aglaex Joaquim Três, Sa-rale, Debrito. Elmano, Seu Teixeira,El Príncipe, Janota, Julião Riminot,Zelira, Yara, Noslen, Alvasco, Dimas.Esoj, Felizardo, Joferra, Diamante.Burlador, Conde Guy de Jarnac. To-beral, Eva Dio, Poulistinha. Gui-iherme Teli, Iza Abel. Peon. Yema,Roazo, Spartaco, Zepenha, Solam. Si-nhô, Mitra, K. Nivete, Curitibana. ElDani, Radge, Dr. Zinho 55 pontos;Robles 53; Silene 51; Botucarahy 50;Chico Bacamarte 48; Megos 46; De-agaí 42; Welton, Notrya. Zezinho,Magali 40; Dupla Jorisa 37; Duo Z35; Dr. Zepanta 2S; Mor Gado 27;Zélia Costa, Gilk Araújo, Ojuara 22;Conde de La Fare 20: RAF 10.

1 'j *r/n &>*«¦

ri i <jj be g\^S>

* " Natureza _%

MENAGamm

RbOULA!Jèíw-•¦¦ ' uKW "' '"¦iWÈ

Amotinara; 3 — Melindras; rja,sulas; 5 — Sanaras; 6 — Pelam1 ?— Rodio; 8 — Dam; 9 — Som

PROBLEMA N* 5

Horizontais: 1 — Causa: 6 — Or-nar; 7 — Rogue; 8 — Amura; 9 —Laias.

Verticais: 1 - Coral; 2 — Aroma;3 ¦— Ungui; 4 — Saura; 5 — Áreas.

PROBLEMA Nv 6

Horizontais: 1 — Parn; 4 — Carnes;6 — Parolas; 8 ¦— Desatinos; 10 —Alucinado; 11 — Malandrim; 12 —Matarão; 13 — Saras; 14 — Sas.

Verticais: 1 — Paracatas; 2 —

DR. LAVRUD

De volta de sua viagem a Portugalestá novamente na direção desta se*Cão o Dr. Lavrud.

Em Lisboa foi alvo de significativamanifestação por parte da TertúliaEdípica, na Sociedade de GeografiaA esta prova de charadismo o amizadecompareceram os seguintes confradesJofrajo, Zuncronitano, Édipo, Alguém,Aço, Bisnau, D. Simpático, Dr. Ar-nal, Dropê, João Augusto, NitockaZé da Ponte e outros.

Jofralo. presidente da Tertúlia, sau-dou o homenageado e os cháradistasbrasileiros; agradecendo, o Dr La-vrud manifestou a sua simpatia p.'loscháradistas lusos e fez votos pareque muito breve seja realizado cintercâmbio charadístico luso-brasi-leiro. Foi servido um Porto de Honra,

No Porto, esteve em contaeto comdois vultos do charadismo portuense,os srs. Visconde de Azevedo e DrJaime Ferreira.

Ao embarque do Dr. Lavrud ruaeroporto de Sacavem, em Lisboa

0\h ORATlsCESSOS CULINÁRIOS!uu

.*-¦ j 4 '<Mfcffi/&2f&>>-.%\

__s__« i 'M1

| wssh r 11|i ^rxxx fjk

—— ^^__ _____ _ -j sbk _T*-"^T_r %\*i' 8 Sói»

• E o novo livrode Receitas"OS MAGOS DA CULINÁRIA"ondeencontrará 65 receitasvariadas, saborosas e paratodos os paladares.

AMIDO DE MILHO

RYEAMARCAS REGISTRADAS

À "MAIZENA DURYEA" 50-

Ca/xo Postal, Ó-B - Sâo PouI Peço enviar-me, GRÁTIS, o li,,j

"OS MAGOS DA CULINÁRIAj NOME.

] RUA

•<*mm

1='.: :• r

10* AMO N? 4 — Setembro 194S 9:í KU SEI TUDO

lomparec Jofralo e Zuncronitano,

;oreSenU a Tertúlia Edípica e

.«„íaOi "Édipismo e Palavras Cru-

sadas", respectivamente.

Na sufi passagem pela eidade do

Recife, apesar da hora matinal, lá

estava nosso velho colaborador Al-

vasco, diretor do "Norte Charadista",

órgão do Grêmio Charadístico do

Norte. Alvasco foi levar ao nosso di-

retor os cumprimentos e votos ch* boa

rúgem tios seus confrades

ERRATA

0 peixe do figurado 49, dt julho,deve ter 7 letras; em age>sto a antiga

52 tera as sílabas 2-3, e a 5.S 1-1. Estas

lolucôes podem vir com as deste mês.

DESEMPATES DOS LUGARES

3* TORNEIO DE 1946

i.o lugar — Megos; 2v — Daear;8» Silene; 4v — Jamil. PalavrasCruzadas: 1? — Eulina Guimarães;*> Salrac.

4> TORNEIO DE 1946

Souzal<> lugar Páulistinha; 2<> — De

Ojuara; 4v — Gualtério.Palavraa Cruzadas: 1<? — Eulina Gui-íiarães; 21? — Sandalo.

ALMANAQUE DE 1947

io lugar Woodem; 2*? — Daear:Teron Silpes; 4<? — Milon. Pa-

tavr Cruzadas: lo Roldão; 2vChico Bacamarte.

TORNEIO DE 1947

Sugar — Oicaroh; 2o — PadreChagas Heliotrópio; 4? — JosóSimões Vieira. Palavras Cruzadas: lv

Mme. Paulette; 2v - Cabo 29.

TORNEIO DE 1947

it"CREME DE MILHO LUX1EXCELENTE ALIMENTO PARA CRIANÇAS E ADULTOS

EM PACOTES DE 1 K. E i/2 K.produto »MoiNHO DA LUZ" ^o^3^

vras Cruzadas: 1* - Clara Maria:

- Radj2v ige

i*v lugaz19 _

Mitra; 2<? — Conde Eçauro; 49 — Gualtério. Pala-

CORK E S PO N D Ê N CIA

Triangulino (Uberaba) — Albino

Matheus Junior (Salvador, Bahia),

Jaime Montenegro (idem), Fausto Lo-

pes Azevedo (idem), Emidlej (idem).

A SSINANTES E DISTRIBUIDORESDESTA REVISTA

Rogamos indiquem sempre, com as suas remessas de¦nheiro, nome e endereço certos a que as mesmas

*e destinam.

Jocael Silva (Feira de Santana, Ba-hia), Susete (Pentecoste, Ceará) —

Todos inscritos, com muito prazer.Oscar A. de Souza (Campo Belo,

Minas) — Aguarde a publicação dassoluções,

Pagobá (Campinas) — Inscrito.Pode colaborar desde já. Os figuradosou palavras cruzadas podem vir mes-mo a lápis.

Johanes Latium (Curitiba) — Tudo

em ordem.Iiamsés II (S. Paulo) — Recebe-

mos e agradecemos. Não deixe de

assinar também as listas de soluções

e não mande colaboração no mesmo

papel das listas. Os pitorescos deveu*eer feitos pelos livros adotados.

. ..... ia

o

Hm

li

oO

Sal

¦:-!

• aa

Eü SEI TUDO 94 32v Ano — N<* 4 — Setembro m

AS MULHERES LINDAS'.li^;:-ÁiÉM^^I^;f^l:•y-í^V^y^-M-v-è*

£<•&*

:•*«:•¥:•: •;>:•:. .-¦•*:. -:•••.. ¦ : ¦•¦¦...•¦•¦•:••• • ¦

mmm¦ ' • .\?i$%& : - '¦¦r<y.r.;.r'ir •,;.¦-¦. ¦ /

B&á*^.; 'ry,. lyy $0?'.**** ^%í«r^ O*' lüáí•ü__ ^^_H___?" j-1 ^sSHp

íi»;-:<*i:' ;•:•:">.:•!•'•¦.'': "' '.. . :• _:::;';V::':.... ''11 •¦>•«»¦, . ....•• .. . ¦¦•- *y,-i\""-.'. ':°.'-v.v. ...-:.¦ ¦ '¦ ¦•¦¦:*••.'•••¦¦.•$•<'. ¦¦).'

•.¦> :¦,-¦¦¦:-rr-:. - -¦-: .. ¦¦ :\\,•:.*>¦ .:S-:í-t;Í.V 'rir. ' i. .:¦¦¦...:<: .'.-Mst-rir'¦ ,.,¦ ¦'-\>r •'¦ -¦ ' '¦rrrr-rrr-r&mi .. ¦••¦¦ , . >íi-M;'.-.-: 1 -- ¦. •'Sr-'-'-.rr- '-. ¦_

Ij^Bál:: •" ..:1..." _________________

MflIT NNiL# '^^^^^B""^^BffHllMMffl|Jfl0P°rr^^^^^^^' ¦' ^::': :-:'-:'-:'ÍJi

3855^2 6' :;^i!Si^Ki|_Í____^^

RUGOL é formidávelporque com um só creme

| EM&EIEZA A PEIS (

i

IKgtí-.-:

O Crerne Rugol aplicado à noite, cia-rela a pele, deixando-a limpa, fresca etransparente. Usado como creme c ;¦;:¦*belezador, suaviza a cútis e lhe dá uinencanto irresistível. É excelente, tam-bém, como base para a maquilagem.Rugol é muito indicado para os essosde pele imperfeita, porque eliminacravos, rugas, espinhas e manchas.Comece a usar hoje o Creme Rugol,que dá à cútis maravilhosa brancu-ra~ diáfano esplendor de primavera...

Quase todas as imperfeições dacútis nascem nas camadassub-cutâneas, onde é necessa-rio estimular e nutrir a peleAplique Rugoltodas as noites,com massagensde 3 a 5 minutos

«T^ CREME ^g^KUGQI*

Mantéjn' em segredo suá idade; Éi»

St M r

^S^_ss^___WSSl_^m

mm«•* _^^ftwr*M*T^^PÍ^**n3> 3rTTi_TTáP'-J^'^

VENDANDO0 FUTURO

Rui (19 anos — Caxias, R. G. doSul) — Em suas cartas vejo umaséria desinteligência entre o consu -lonte e um jovem que o estima. Sousmelhores dias serão as torças, quintase sábados. Um negócio vantajoso seráconcluido com êxito. Noto tambémgrandes possibilidades de êxito emsua vida futura. Um homem de bomcoração lhe prestará valioso auxílio.

00

BBIBE6*

0Maneira de deitar as cartas, emcruzeta, na ordem numérica em

que estão dispostas

Cilly (21 anos — Caxias, R. G. doSul) — Noto uma intriga tramada poruma jovem que se tem mostradomuito sincera. Aparece uma criançamorena sondo vítima de ligeiro aci-dente. As pedras verdes lhe trarãoboa sorte. Precisa ter muita cautelacom os inflamáveis, pois noto perigode ser vítima deles.

Cardé (Pelotas. K. G. do Sul)Em suas cartas noto que sofrerá umprejuizo monetário, causado por umafalta de atenção sua. Pela porta darua chegarão notícias alvissareiras hámuito esperadas. Durante uma festareligiosa será alvo de muitos since-ros ologios. Noto a sou lado alguémmuito interessado em lhe fazor feliz.Terá futuro ameno e feliz.

Yola (Rio de Janeiro) — Vejo emsuas cartas um descontentamento en-tre a consulente e um jovem quo aestima. Urna senhora de sua famíliasorá presa do leito por algum tempo.Sua vida será longa e bastante ven-turosa no futuro. Noto alegr-as se-guidas de tristezas. Uma carta lhetrará boas notícias.

..Yelem (Rio de Janeiro) — Noto era-suas cartas, algo de anormal numcaso de amor não correspondido. Umamulher de má índole procura fazoruma intriga envolvendo sou nomeEm horas de refeições sou nome serácomentado com alegria. Noto a seulado um jovem que a estima. Apa-rece o plano de uma viagem quetrará bons êxitos.

Liliane (solteira - São LeopoldoR. G. do Sul) - Uma pessoa de sua

família sorá importunada p0_ urn hmem da lei, som no entanto i • CUJ!'Suas cartas indicam futuro amenoaliado a uma boa saúdo \y n,mas lagrimas motivadas por m motivo fútil. Sorá vítima de um Hgeiri'acidente. Use sempre roupas de core*bem claras.

Noemia Alves (33 anos, solteira .-Distrito Federal) - por intermédkde suas cartas, noto quo vilj,passará por uma agradável surpresaAparece uma intriga tramada p0.uma jovem morena. Procure fazeisuas amizades em dias pares, poislhe serão mais proveitosas. Após mrato religioso, seu nomo será comeu*tado oom satisfação. Aparece futureameno e promissor.

Adal (69 anos, casado DistritcFederal; — Em suas cartas noto si-nais de descontentamento, por causade uma carta que chegará breve. Peli*.porta da rua e a caminhos vagaro-sos vom uma notícia do alguém quehá muito so ausentou. Noto uma pe-quena mudança em sua vida finar.»ceira. Fará uma pequena viagem qurse cobrirá de pleno êxito. Vida longa

^Y*j0^AS MORADORAS DA CASA IV

(Continuação da pág. 33)

Já temos tanto costumeachamos o senhor dc casa.

Punha uma nota tranqüila dcintimidade nas palavras. Jacintoentendia que cra admiráve quepudesse ser daquela forma. Tudetão natural que os sustos ummatrimônio tardio desaparece-riam para êle. Além disso, era*uma mulher conservada, sadia.agradável, simpática. Não pode-ria pretender uma garota, novade mais. Ridículo!... Seria atéridículo!... Que iriam dizer deleos colegas ce repartição?

Então, Jacinto velho, casasmesmo, não é? Que idade tema noiva?

Mentiria, na certa. Não pode-ria dizer que era duas vezes rnait?velho que a eleita.

Não façam cerimônia mes-mo, dona Ema. Eu me considerode casa, realmente.

W OMHORAS í VIRWGAS

aMucfc sAAflirani w ecíiwfl

HUk CAlMOOO _*____I5-

32? Ano No 4 Setembro 1948 95 EU SEI TUDO

'ísCx( f*--*<y

mmí^L

3T l¦'-tr—

¦«¦».*» .i

AMAZONA** percorre80) quilômetros do sua

;cente a foz, sondo o ter

diro rio em extensão de

todo o mundo e o quo car-

rega en» st o maior volume

de águas. No Brasil são fu-

T.ados diariamente 350 qui-• metros dc cigarros Conti-snfa/. Para cohr r a exten-

i percorrida pelo Amaro-

oa, bastaria ligar os cigarroslon inenial fumados em 16

ias apenas em todo o òiasi!.

«KV

ili. il ."•.•.¦••'•:•:•:'.•"•;»••.:*.•,.••:• %v8k •*?• •..'•¦/,•:¦¦ .'.••-'••:¦•:- -.>x.-.*, 1. L •* •..•-*•-•.*• '".* *7** *'.!*-•*# ." .**••• T*-X*.-^*.«*.V,:**f ¦•*.»¦i wMr.i • a ¦•:;.<-;;>>•*••«;.•:; ¦.$.••;. ;'?;-.>:j x^-^^vxx*^

|k''.:.'i' ¦''•¦• ----- «ML ' — Xx7* -• ' ¦"¦' ' l '. í r.í-tWtf" *;*£•£'"- •

fc***A

5SS mm

A ENORME preferência que se nota em todo o Brasil peloscigarros Continental é o ma s eloqüente atestado de sua su-

perior qualidade. Prefira também CONTINENTAL.

Coda cigarro SOUZA CRUZ 6 sempro

o melhor em sua classo.

ifX /S*Wiccc&™*»°^mxÊhy^msm.tr-SAA^^m^ _A» t-i-*- .* ?£ fil

w

^WÉII «SEMIMM mm, / M liimà /

i

CIA. TE CIGARROS twtí itlmllltili

C?m Oam-KggEW Í®$

m

LISO E COM

PONTEIRA

Estava pensando, ao responder,se d< ixaria para depois do al-moco a definição. Procurava ar-£tim ios para protelar o ins-tante lifícil. Mas, ao mesmo tem-po, ?ntia necessidade dc resol-ver udo logo; de deixar desa-guai a represa de nervosismo,pars poder espraiar-se na calma-

fatos consumados.Ema sentara-se na sala.

Êle abem. O cheiro ativo deum sado vinha, indiscreto eami r. da cozinha. Déa che-gou- expansiva, eom os olhossri io, de uma vivacidade que

iava. Sentou-se junto dele.

n -. odias depois, Jacinto ain-

pudera reconstituir exa-tudo o que aconteceu.

va-se bem de que, ao ini-negociações", tinha umdona Ema. Estava mais

> submisso às cirçunstãn-tinham preparado aquele

E se inclinara pela

ciatam. enteLem*)ciarobjetiòü m<cias (mompres-cor-ê'açõ<

Ern aFoiflexã.

;ao das aparências, dosssos tácitos, das obri-

Irtuais.vinda aqui,¦a

( '; r% dona

am fato casual. .^a depois de longa, re-

devo ser franco comdona desta casa quesamente me acolheu...bebia-lhe as palavras.

Déa descansava as mãos nos joe-lhos e tinha os olhos descuida-damente pousados no retânguloescuro da porta de um quarto.

Achei que a senhora teverazão ém sua advertência de diasatrás. Não é justo que eu conti-nue a dar motivo para a male-dicência do povo... Tanto mais,dona Ema, que pretendo casar-me. Exatamente para isso quisvir aqui hoje. Porque meus pia-nos dependem de sua palavra...

— "Seu" Jacinto, — disse aviúva eom uma emoção visível,

para a minha casa a sua pre-sença sempre foi uma alegriae. . . a sua permanência nela seráuma felicidade... Tudo que de-pender de mim . . .

Era a aquiescência sem reser-vas. O momento guardava paraJacinto o choque dos traumatis-mos mais fortes e êle nunca ti-vera os nervos resistentes. Osolhos se em ba ciaram de leve.Através da névoa, no entanto,teve a insensatez de olhar paraDéa. Ela o encarava fixamente,como quem espera alguma coisasensacional e imprevista. Na per-turbação que o tomara, inteiro.Jacinto percebeu que balbuciava:

Então a senhora consente,dona Ema ?

Com o maior gosto, "seu"

Jacinto. . .Êle se ergueu, como um so-

nâmbuio; era alguém que se en-

tregava à fatalidade de uma de-terminação superior.

E, num segundo, o homem quefora pedir a mão da viúva tinhanos braços, para o apaixonadobeijo de compromisso, — de umcompromisso que revogava todasua teoria anterior, — a mulherque mal pensara nele durante umano inteiro. . .

Aquele beijo de noivado nãopudera caber nos olhos arregala-dos de dona Ema.

Mas a voz do povo justificaraa preciência das coisas, aindauma vez.

— Quando um rapaz começa afreqüentar casa onde há moçaque pode casar-se. . .

Dona Ema jamais compreen-deu a razão da mudança. Porqueerrou quando empregou a pala-vra. "moça"... Um vocábulo à-toa,que* ficou responsável por tudo!Por eausa dele, Jacinto fez a re-pentina hipótese de Déa; e aencontrou, como nunca pensara,pronta para a "grande aventura".

Dir-se-á que, se dona Ema ti-vesse adivinhado, mudaria a pa-lavra...

Quem dissesse isso. no entanto,não conheceria a viúva, que eraeomo tantas outras mulheres. En-tre um casamento certo e umapalavra precária que tenha liga-ção eom a idade, muitas mulhe-res fariam o que a viúva fez:sacrificaria o casamento!

EU SEI TUDO 329 Ano -NM -- Setembro

MENSALIDADES

SUAVÍSSIMAS

Envie-nos hoje mesrno o coupon abai2o:T N st nu fo- CTni v Frs ã í* br"â Ti TeTroCAIXA POSTAL 5058 SÂO PAULOSr D/refor: Peço enviar me grátis e sem compromisso0$ informações iôbre o curso de desenho por correspondência.

•fe ""Mn

¦——1—I^IM^TT^——BI \Y*~\ ^¦'•^T^Wift^M\^r JkMt MT mr^ mZ.-.tMmW*' ~

^0 Mm\\\\\\\ ^Ê \\sMl tr Mm \vMr*^ me* ''"''BJWP Pli ^ MM^MMT XW^MMM W ^^^W Ww^^^SS WÂW^XSW^I^-M m\ t- ¦

I ZA 111 -1 V MT A x^^Z^r a\t^ \Wm^^ V S\ ^^\_____m wt^* v^ii^ I^B B^^ ^^H ^^r .^H MMr MMS MMr .^B MMxW^ MMmMmT MMW MMMMuw MMrn^^ AMuMuT .^v MMW ^MMmr MMMM mt ^% ^MMMMW *• -JlS

WW^^____^^^^M W A W a\\t ^ ^* kw sW\tk\W r Ar .mt M ^ M\\ *aBBr ^ \\W ^^ r ^r ^ & r^^ 's ^ ^ ^ ^- m m\ wr-' .n*^ ^^^ <m^^ M^^^kw ^ m+^mÍ jMM C^^m\\\\^^m\ ^M \\\ _ ^* TMe-^J^^ fci^^^ E^^^É Y^ ^ ¦»¦ Wl B^^ ' ^^ íJíÉlB^^BMmmuíBBBMLU Jl

^V/K WmM/lm Confie na sua personalidade e ganhe respeito, ^l\^^Ê)\\ / | !B^y^ jÇJad mi ração e uma posição social destacada F^\w 1/tiC íl K4mf/MM^ Hjm^mWmmm^^mm^^^^mmmm% estudando em sua casa 1'a£v\ // J/\ fltf WáaB Um lT^ cbrilhanu Desenho arquitetônico 1601 il ' Illi/l\\l« aguarda V. S. e uma ^¦/\^-^fcÉ I $IN \p^pJl nova vida cheiade pos- DeSeitfíO IH e C â fl í C 0 pBJAilHÉMbfâHv IwSSÍIsibilid;ides 'limitadas. Desenho artístico IHdlfl Duração dos cursos: nocanhft rftmar„iol|HmFm 25 semanas Desenho comercial I01I \\m '^p^H some __

^B JJ-^^^^^WB RUA M.

\ r^T^A jí^\ C1DADS

k\ \ NÍt^^i \'' I ESTADO . .. .1\ if L K^JCC>^^CAXXN»XV^CC^C«X

^K>.*'%l

*^~^7

lfiM

NO MUNDO DOS SELOS(Continuação da pág. 72)

cente retrato do rei e as datas come-morativas: 1858-1948. O desenho éde autoria do artista Einar Forseth;tendo sido gravado por Sven Ewert.

Os selos foram impressos em fo-lhas de 100 exemplares e os valores10-flO ore e 20+10 ore também foramemitidos em blocos de 20, picotagem12V2 em 2 e 3 lados, respectivamente.

A sôbre-taxa destes selos é para aFundação do 90'-" Aniversário do Rei,que promoverá atividades artísticasentre a juventude sueca.

Estes selos foram emitidos em 16de junho do corrente ano, não têmfiligrana e ficarão à venda até ofim do ano.

O SELO I>OS QUATRO CAPELÃESO selo dos quatro capelães é ame-

ricano, de 3cts.t que foi posto àvenda na manhã de sexta-feira 28de maio do corrente ano, em Wash-ington, com especiais cerimônias naCasa Branca.

Em seu discurso, o diretor geraldos Correios, sr. Jesse M. Donaldson,enalteceu o sacrifício heróico dosquatro capelães de diferentes seitasque deram seus salva-vidas no tor-pedeamento do navio "U.S.S. Dor-cherter", afundando juntamente como navio. Este navio foi torpedeadono Atlântico Norte, pertolândia, na madrugada dereiro de 1943.

O sr. diretor elogiou o espírito deabnegação e a sinceridade que de-monstraram estes homens com o sa-crifício supremo. Espera que esteselo possa demonstrar esta grandelição de amor fraternal e heroísmoa toda a família americana.

Os quatro capelães honrados comeste selo são: Alexandre D. Gooderabino formado pela Congregarão Tle-braica de Washington ; John P. Wash-ington, padre católico da cidade de

da Groen-3 de feve-

Newark; George L. Fox. de ChicopecFalls. e Clark V. Poling, de Sche-nectady, ministros protestantes.A emissão deste selo foi de 115milhões de exemplares.

PUBLICAÇÕES FILATÉLICASVários leitores filatelistas têm-nosescrito pedindo endereços e detalhessôbre agremiações filatélicas no es-trangeiro, bem como indicações de

publicações sôbre filatelia, para me-lhor orientá-los nas suas coleções es-trangeiras.Solicitamos dos nossos leitores suascríticas e sugestões, e aos negociamtes que queiram enviar os seus cata-logos teremos o máximo prazer em

publicar as suas anotações.

REVISTA FILATÉLICABRASILEIRA

Esta revista, da qual d<-ntro de bre-ves dias aparecerá o primeiro nú-mero, é de autoria do dr. Otávio deCampos Tourinho culto advogado, co-lecionador destacado em nossos meiosfilatélicos, ocupando com distinção apresidência da Sociedade FilatélicaBrasileira, tendo escrito no ••DiárioTrabalhista" uma seção filatélica aosdomingos. S.s. é autor de um opus-culo, 'A propósito dc uma folhinha''distribuído gratuitamente entre os fi-latelistas. Este libreto foi uma réplicasobre as tais folhinhas em "homena-gem especialíssima" ao presidente Vi-dela.

À "Revista Filatélica Brasil.'ira"que vem sanar unia lacuna entre aspublicações filatélicas brasileiras fa-zemos votos de seu engrandeciment.e avisamos aos nossos leitoresmaiores esclarecimentos poderãopedidos à nossa seção ou aoautor, dr. Otávio dc Camposnho, rua Ronald de CarvallnLeme, Distrito Federal.

"Catálogo de selos da Noruega".Este é a mellior publicação filatélicada Noruega, sob o nome "Norsk Fi-latelistisk Tidsskrift". que acaba deser traduzida para o inglês sob onome "Catalog of the Postage Stanipor Norway". Este catálogo é muitopopular e bem conceituado entre oecolecionadores de selos da Noruega

Esta é a décima edição deste ca-talogo, sendo porém a primeira vesque é traduzido para o inglês. Nasua introdução é explicado o métodode impressão, papel, filigrana, (nio-ração, goma, perfuração, centrageme todos os outros detalhes dos selosda Noruega, trazendo ainda a cota-Cão dc todos os selos.

E' vendido na Noruega por 5,50 co-roas, que é equivalente a CrS Üõ.OO"Você notou.. . o título dfum livreto de 32 páginas ilustradas,escrito por Grane A. O. e impressonor II. & A. Wallace Ltd.. 94 old BoardStreet, London. Preço 2 sterJings.

'Variedades dos selos do ImpérioBritânico". Idêntico ao descrito aci-ma, mesmo autor è mesrno preço.EMISSÕES FILATÉLICAS NOS ES-TADOS UNIDOS NO ANO DE L948

Janeiro, 5 - 3c Carv.er, Institutode Tuskegee (Alabama); janei]1"' lo

5c aéreo; janeiro. 24 Descobertado ouro na Califórnia. 3c; abril, 7 —Território de Mississipi, 3c; maio»28 — Quatro capelães, 3c; maio, &~ Wisconsiri, 3c; junho, eiitfc-rnário dos pioneiros suecos no oeste

ques.rSeu

Touri. 10-

CATÁLOGOS ESTRANGEIROSEntre vários catálogos estrangeiros

podemos citar:

médio; julho, 19 — Centenário _a<?progresso da mulher americana, 3c;julho, 31 Jubileu da cidade, aeNova York, 5c aéreo; agosto, ¦ rrCentenário da Paz entre os EstadosUnidos e o Canadá; agosto, 9- ^l'an'eis Scott Key; agosto, 14 Cente-nário do Território de Oregon; outu*bro, 15 Civilização de 5 tribos cuíndios; novembro, 4 — Will B°-ff^dezembro, 9 — "Tio Rernus"Chandler l Carris). „ „lanuier Jiarrisj. t7or

Anunciados sem data — Clara W

32<o Ano N. 4 — Setembro — 1948 97 EU SEI TUDO

-ft/rap-q Estrelas de Ouro (prova-ton; m<1 ,<- (ie setembro).^cimente ^

«„r_ sei aprovadas pelo Con-PJn ribeiros voluntários da

dústria de aves domes-.>:»«;«¦.io do Monte PalomarÃinérica

ticas;(Califórnia Centenário do Forte

ário do Forte Kearney;? wMílV- Anerieana de Torneiros;W,'-d£ White; uma série deflflllianselo? d<

i-, uinci oçiic cie

em homenagem a Mrs.fundadora das Escotei-

Julietteras Amcí «-mas.

CORRESPONDÊNCIA

T)r Gervasio G. Galliza Recebe-m}L* adecemos a gentileza de'"^ folhinhas da 1" Mostra

Filatélico Botucatu.Hélio ^Ives de Macedo (Guaratin-

-uetá 'aulo) O endereço doClub» hco de Portugal é: Paia3os :j 32, 3? Distrito, Lisboa,Portug <a íax;l anual para oBrasil 40 escudos. Sobre o selo•le Pin não sabemos responderà sua unta. Escreva sempre que:ios dará prazer.

Jo.sé Sardinha (Campos, Estado doRioi radceemos a gentileza da•üua ofcita de folhinhas, carimbos eo albui ilatélic.o emitido pelo Cen-tro Filatélico de Campos. Mandamosanteriormente uma carta pelo correioneste tido. Estamos às suas or-dens <¦ teremos prazer em publicarís com cações do Centro Filatélico«je Campos,

José Antônio de Faiv (Jacarepa-guá, Federal) Sobre atroca selos e de correspondênciasobre filai» lia, v. s. poderá conse-.ruir fazendo parte de alguma socie-dade tfatéiiea, de preferência no es-trang. i A sociedade filatélica maisantiga Estados Unidos é a Ame-rican atelic Society, podendo pe-dir informações escrevendo para A.P. S., O trai Office, P. O. Box .SOO.State -llege, Pa.. U.S.A. A socie-dade antiga do Brasil e a Socie-dade iatéliça Brasileira, com sedeà àv.enic almirante Barroso, 91. 4^,sala -lin eaixa postal 1373.

Frod (ierni Ernst (Ijuí, Rio Grandei° Si Recebamos e agradecemossua ar nc.íósa carta, juntamente comà folli e os carimbos da 1' Ex-Posição ilatélica Regional de Ijuí.kstam sempre às suas ordens, ecom nossos agradecimentos afir-mamo£ prazer em publicar as co-mumea do Centro Filatélico deijuí.

REVELANDO O BRASILAOS BRASILEIROS

Continuação da pág. 51)fimram-s. as suas tendências.como tem acontecido a tantes de

provincianos que aquiaporta;-.,,,; atraídos pelas luzesfaiscant, desta querida e bedaterra carioca. No Rio êle com-

aelhor qual o destinoàs suas atividades,

pesquisar, procurando¦a uma grande obra

nçava o primeiro vo-rrande "História do

que d<Conay'-lenieie em | \

Brasil-

uu

0seguro, depositando na CaixaEconômica Federai do Rio dep"^"^í™»*»__________________

Janeiro. Garantida pelo Governo.OS DEPÓSITOS POPULARES são impenhoráveise, até a importância de Cr$ 50.000,00, rendemos juros de 4V2% ao ano, capitalizados em 30de Junho e 31 de Dezembro.

DEPÓSITOS A PRAZO FIXO:

5% ao ano, pelo prazo de seis meses,5V*_% ao ano, pelo prazo de doze meses.

6% ao ano, pelo prazo de vinte e quatromeses.

OS DEPÓSITOS MÍNIMOS A PRAZO FIXO SÃODE Cr$ 10.000,00.

DEPÓSITOS COMERCIAIS, com limite máximode Cr§ 500.000,00:

JUROS DE 4% ao ano, CAPITALIZADOS SE-MESTRALMENTE, em 30 de Junho e 31 de De-zembro.

Matriz: AVENIDA TREZE DE MAIO, 33-35

AGÊNCIA EM TODOS OS BAIRROS DA CIDADE

da América", '

ná"

¦vvf->

Escreveu ainda: "História doRio Grande do Norte", "História

'História do Para-"História de São Paulo".

"Dicionário de Sinônimos", "Im-

pressões de Viagens", "Contos ePontos". "No hospício", etc.

Agripino Grieco, embora fazen-do restrições à obra de RochaPombo, confessa que o admira.

Naquela sua maneira toda espe-ciai de fazer elogios, eis o queêle diz a respeito do grande mor-retense: "Forçoso é, todavia, re-

conhecer que êsse autor desinte-ressado consagrou toda a suavida à especialidade que elegeu.

Habita êle uma espécie de trapaespiritual e está no Rio comonuma tebaida, sendo que os tea-tros, os automóveis e as confei-tarias mal existem para êle. Assuas únicas aventuras são os seuslivros".

Em 1933 foi Rocha Pombo elei-to para a Academia Brasileira deLetras, na vaga de Alberto deFaria. E faleceu, no Rio de Ja-neiro, nesse mesmo ano.

Hoje a praça principal da ci-dade dc Morretes tem o seu nomeé o busto que ali se vê, do histo-riador, é trabalho do escultor con-terrâneo João de Turim.

*—«———a———a—a— i

|

N« 376

I

SETEMBRO

DE 1948^^^^aàà.^^ _^^-^ ^p^^ ^m^r ^^m^ ^^>^ ^m^^ ^m^*^ ^m^ ^w^ ^^^ ^^^^

u m a i o

MN. a. a

N* 4

DO

ANO XXXI

¦" *•>..*¦„

.*?iII

Frontispício:

A lenda das primeiras chuvas

Contos e romances:

Quando o céu desabou. .As moradoras da casa IVA última carta O macaco de barro A morte verde

5

1317323559

Geografia e Antropologia:

Que é que há com o "Gulf-Stream" ?Cachemira — Terra dos chalés e ta-

petes Revelando o Brasil aos brasileiros —

Morretes, Estado do Paraná . .

Ciência e Natureza:

O ovo e todos nós A onça tem cara de poucos amigos . .O avestruzPode-se passear debaixo dágua . .

19

43

49

6255153

Aviação:

Novidades aeronáuticas ....

Cinema:

Estúdios e filmes. Filmes novos eelencos. E revive o passado... Fil-mes de relevo

Rádio:

Notas radiofônicas — O rádio e a in-teligência. Rádio, cinema e disco. Apsicologia o o rádio

Literatura:

Notícias literárias — Um livro no mês.Livros novos. Notas diversas

79

90

9 .

76

Ruralismo:

A vida do campo — O carneiro e seushábitos. Pecuária da América Cen-trai. As florestas e a Suécia. Alenha das terras nuas

Um jeep para extinguir incêndios

Saúde e Medicina:

Os mártires da medicina. A questãosexual. Resistência à radiação atô-mica. Os carotenóidcs. Variedades

Filatelia:

No mundo dos selos

Dicionários:

Dicionário de nomes próprios

Gramática:

Nos domínios da Gramática

Charadas:

Quebra-cabeças ...

Cartomancia .

Noticiário:

1 9

i .',

r0

34

89

94

o«>

n «>

Memento do mês de julho

Esportes:

As Olimpíadas de 1948

Variedades:

Pneumáticos de aço 28A média da vida humana Corno se fabrica um disco 5A escrita chinesa e o mundo 57

CARICATURAS * INFORMAÇÕES * ANEDOTAS * PROVÉRBIOS * ETCESTA REVISTA CONTEM 100 PAGINAS

A CAPA"Forever Amber", com o nome nortiuniô . ri- »T3W*.__ ,filme da Twentieth Century-Fox em que LINDA DAP Ar. ?°r

° ° Pecado'Vé ul"Wikle e George Sando.... Todo o es,dendo.• ,£ ní i S:arece com Gornelguôs... Amber enchia sua pequena1£* £a tempo"'Te Caílo^V

^ P°rtU"mgteua e com a ingenuidade graciosa que' a TevoH°amar Lord CarltoT

* *****Mas... Vamos deixar o filme Ponha nin* n« I Cailfon.

¦Tá sabemos sen nome! Só há uma pílTa d°izer uX™*0 ""^ ** ^^

¥ig v u

IflQUE DIRETAMENTE RS CQUSUS OE Sufi MflGREZA E DESELEGfiNCí

^s

VIKELP - um concentrado de sais minerais

lodo-vitamínico ataca diretamente aa causas

da magrexa e do esgotamento.A super-alímentaçào, os alimentos ricos em gorduras e

amidos, de nada valem se as glândulas internas nfto pro-duzem o suco gástrico em quantidade necessária paradigeri-los. As grandes reservas de minerais facilmente

assimiláveis, d<e VIKELP, nutrem eseas glân-dulas forçando-as a produzir maior quanti-dade desse suco, o que torna aproveitáveistodos os fatores básicos do peso, naalimentação amilácios, gorduras, etc.Por outro lado, o lodo natural contidoem V1KELP, regula e nutre as glândulasinternas que controlam o metabolismo,convertendo os alimentos bem digeridos ecarnes rijas, músculos, em novas forças eenergias. O organismo carece de ferro,cobre, fosfatos de cálcio VIKELPcontém todos esses elementos e maisa vitamina B-l, a mais importante]>ara a saúde, em doses exatas paraaa necessidades diárias.Comece a tomar VIKELP hoje mes-mo Dentro de pouco tempo teráaumentado muitos quilos em s@mpeso e sentirá novas forças e osnervos perfeitamente calmos.VIKELP é accessível & todos e aeha-a«à venda nas boas farmácias e drogarias

í>iT\

llSl^P ri) hW^;A% '/u x> /l

T_M&y'%*. ÁJ ' i-^y s

áÊÊmmÊÈim ^: mSÈÈk

\*JT,-i,,ra P-o-f^t.rrntUH

"¦<¦!> ::'^- '¦ E\ nSan^^^m^^mmm^^^^ 'e \\ \\•*\ \ *• V- \ \

EE ll \\\\¦////// Oi OVW

^» / ¦'/ i 'l l!l vi//////// /¦" /'/ s WV-W

// rr * ifl \"1

• Ao comprar um sabonete Vale QuantoPesa, verifique, com atenção, se o mesmotem gravada em seu envoltório a figura deuma balança. O verdadeiro sabonete ValeQuanto Pesa tem essa figura gravadacomo símbolo de sua legitimidade.

! •-¦ in

GR ANDE,' BOM 11EER R A TO!%*0

* À VENDA EM TODO O RRAS1L * . yiycrrâ^