SETEMB - Câmara Municipal de Lisboa

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CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA PUALZE PLANO DE URBANIZAÇÃO DA AVENIDA DA LIBERDADE E ZONA ENVOLVENTE PROPOSTA DE PLANO – SETEMBRO 2008 VOL III - ANEXOS DO RELATÓRIO Manuel Fernandes de Sá, Lda | Rua da Constituição, 344 –1º D | 4200-192 Porto | TF. 225089418 | FX. 225504473 | EE. arq.mfs@gmail.com

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CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA PUALZE

P L A N O D E U R B A N I Z A Ç Ã O D A A V E N I D A D A L I B E R D A D E E Z O N A E N V O L V E N T E

PROPOSTA DE PLANO – SETEMBRO 2008 VOL III - ANEXOS DO RELATÓRIO Manuel Fernandes de Sá, Lda | Rua da Constituição, 344 –1º D | 4200-192 Porto | TF. 225089418 | FX. 225504473 | EE. [email protected]

PUALZE 2003 PROPOSTA DE PLANO

Manuel Fernandes de Sá, Lda | Rua da Constituição, 344 –1º D | 4200-192 Porto | TF. 225089418 | FX. 225504473 | EE. [email protected]

ÍNDICE ANEXOS DO RELATÓRIO

VOLUME I I I

CAPÍTULO CONTEÚDO Pág

ANEXOS

ANEXO 1

I. EDIFÍCIOS E/OU CONJUNTOS CLASSIFICADOS PELO IPPAR

II. EDIFÍCIOS E/OU CONJUNTOS CLASSIFICADOS PELO IPPAR EXTERIORES À ÁREA-PLANO,

MAS COM ÁREAS DE PROTECÇÃO NO SEU INTERIOR

III. EDIFÍCIOS E/OU CONJUNTOS EM VIAS DE CLASSIFICAÇÃO PELO IPPAR

ANEXO 2

I. INVENTÁRIO MUNICIPAL DO PATRIMÓNIO – ACTUALIZAÇÃO 2003

ANEXO 3

I. PARQUES DE ESTACIONAMENTO PROPOSTOS

ANEXO 4

I. CAMPANHAS DE CONTAGEM E CARACTERIZAÇÃO DO TRÁFEGO RODOVIÁRIO NA AVENIDA DA LIBERDADE (CCDRLVT / FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DA UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA)

ANEXO 5

I. COMPROMISSOS CAMARÁRIOS

ANEXO 6

I. RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

PUALZE 2003 PROPOSTA DE PLANO

Manuel Fernandes de Sá, Lda | Rua da Constituição, 344 –1º D | 4200-192 Porto | TF. 225089418 | FX. 225504473 | EE. [email protected]

ANEXO 1. I. EDIFÍCIOS E/OU CONJUNTOS CLASSIFICADOS PELO IPPAR

Freguesia Designação Localização Grau Decreto ZEP

S. MAMEDE Sinagoga

Portuguesa

Shaaré Tikvah

R. Alexandre Herculano, 59 IIP 5/2002, DR,

1.ª Série B,

19-02-2002

30-18

Garagem

Auto- Palace

R. Alexandre Herculano, 66 a 68 IIP 29/84, DR 145,

25-06-1984

Portaria 529/96,DR,

1ª Série B, nº228,

1-10-1996

24-21

CORAÇÃO

DE JESUS

Edifício

(Palacete

Conceição e

Silva)

Av. da Liberdade, 226 a 228 IIP 735/74, DG 297,

21-12-1974

Portaria 529/96,DR,

1ª Série B, nº228,

1-10-1996

14-08

Edifício – Sede

do Diário de

Notícias

Av. da Liberdade, 266 a 266 A IIP 1/86, DR 2,

03-01-1986

Portaria 529/96,DR,

1ª Série B, nº228,

1-10-1996

13-10

Edifício R. de Santa Marta, 19 a 19 B IIP 129/77, DR226,

29-09-1977

Portaria 529/96,DR,

1ª Série B, nº228,

1-10-1996

Edifício R. de Santa Marta, 44 a 48 IIP 735/74, DG 297,

21-12-1974

Portaria 529/96,DR,

1ª Série B, nº228,

1-10-1996

52-12/13

Palácio dos

Condes de

Redondo

R. de Santa Marta, 56 a 56 E

R. do Conde Redondo, 147

IIP 735/74, DG 297,

21-12-1974

Portaria 529/96,DR,

1ª Série B, nº228,

1-10-1996

48-15

Igreja do

Convento de

Santa Marta

R. de Santa Marta, 56 IIP 35 532, DG 55,

15-03-1946

Portaria 529/96,DR,

1ª Série B, nº228,

1-10-1996

48-14

SÃO JOSÉ Cinema Tivoli Av. da Liberdade, 182 a 188

R. Manuel Jesus Coelho, 5 a 13

IIP 67/97, DR 301,

31-12-1997

Conjunto dos

imóveis

classificados da

Av. Liberdade e

área envolvente

16-25

Conjunto de

edifícios e

jardins

Rua de S. José, 10 a 42 IIP 129/77,DR226,

29-9-1977

Portaria 529/96,DR,

1ª Série B, nº228,

1-10-1996

70-23 a 27

Edifício Rua de S. José, 191 IIP 735/74, DG 297,

21-12-1974

Portaria 529/96,DR,

1ª Série B, nº228,

1-10-1996

Demolido

PUALZE 2003 PROPOSTA DE PLANO

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Edifício do

antigo Hotel

Vitória

Av. da Liberdade, 168 a 170 IIP 29/84,DR145

1.ª Série B, nº228,

1-10-84

Portaria 529/96,DR,

1ª Série B, nº228,

1-10-1996

16-24

Conjunto

formado pela

Igreja S. José

Carpinteiros e

edifícios

anexos

Rua de S. José, 64 a 100 IIP 95/78, DR 210

12-9-1978

Portaria 529/96,DR,

1ª Série B, nº228,

1-10-1996

67-14 a 20

Ascensor do

Lavra e meio

urbano que

o envolve

(Freguesias: S.

José e Pena)

Calçada do Lavra MN 5/2002,DR42,

1.ªSérie B,

19-02-2002

Portaria 529/96,DR,

1ª Série B, nº228,

1-10-1996

Vários

Edifícios

Teatro

Capitólio

Parque Mayer IIP 8/83, DR 19,

24-01-1983

Portaria 529/96,DR,

1ª Série B, nº228,

1-10-1996

36-37

SANTA

JUSTA

Cine-Teatro

Politeama

Rua das Portas de Santo Antão,

109 a 115

IIP 5/2002;DR42,

1ªSérie B,

19-02-2002

Portaria 529/96,DR,

1ª SérieB, nº228,

1-10-1996

19-02

Palácio

Alverca (Casa

do Alentejo)

Rua das Portas de Santo Antão,

46 a 60

Beco de S. Luís

IIP Desp. Ministro da

Cultura, 11-8-1998

Portaria 529/96,DR,

1ª SérieB, nº228,

1-10-1996

72-16

Palácio

Condes de

Almada

(Palácio da

Independênci

a)

Largo de S. Domingos MN 16-06-1910, DG

136, 23-06-1910

Portaria 529/96,DR,

1ª SérieB, nº228,

1-10-1996

72-09

Hotel Avenida

Palace

Rua 1.º de Dezembro, 125 a 145

Praça dos Restauradores, 1 a 9

IIP 129/77, DR 266,

29-09-1977

Portaria 529/96,DR,

1ª SérieB, nº228,

1-10-1996

11-04

Teatro Edén Praça dos Restauradores, 17 a 23 IIP 8/83, DR 19,

24-01-1983

Portaria 529/96,DR,

1ª SérieB, nº228,

1-10-1996

11-02

Palácio Foz Praça dos Restauradores, 25 a 45

Calçada da Glória, 9

IIP 516/71, DG 274,

22-11-1971

Portaria 529/96,DR,

1ª SérieB, nº228,

1-10-1996

11-01

Ascensor da

Glória e meio

urbano que o

envolve

Calçada da Glória MN 5/2002, DR 42,

1.ªSérieB,

19-02-2002

Portaria 529/96,DR,

1ª SérieB, nº228,

1-10-1996

esp.

público

PUALZE 2003 PROPOSTA DE PLANO

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PENA Coliseu dos

Recreios e

Edifício da

Sociedade de

Geografia

Rua das Portas de Santo Antão,

92 a 104,

Beco de S. Luís de Pena, 18 e 32

IIP 2/96, DR 56, 6-3-

1996

Portaria 529/96,DR,

1ª SérieB, nº228,

1-10-1996

71-27

Convento da

Encarnação

Cç da Encarnação, Lg Convento

da Encarnação, R. do Salema,

Beco de S. Luís de Pena

IIP 2/96, DR 56, 6-3-

1996

72-01

IIP – Imóvel de Interesse Público / MN – Monumento Nacional / VC – Em Vias de Classificação / VC1 – Em VC (Homologado – IIP Imóvel de Interesse Público) / VC2 – Em VC (Homologado – MN Monumento Nacional).

II. EDIFÍCIOS E/OU CONJUNTOS CLASSIFICADOS PELO IPPAR EXTERIORES À ÁREA-PLANO, MAS COM ÁREAS DE PROTECÇÃO NO SEU INTERIOR

Freguesia Designação Localização Grau Decreto ZEP

CORAÇÃO

DE JESUS

Campo dos

Mártires da

Pátria

(Freguesias- Coração de Jesus,

Anjos, Pena, S. José)

IIP 2/96, de 6-3

SÃO JOSÉ Antiga Igreja

do Convento

dos Capuchos

Alameda de Sto. António dos

Capuchos

IIP 1/86, DG 2,

03- 01- 1986

- -

SANTA

JUSTA

Teatro

Nacional de D.

Maria II

Praça D. Pedro IV, Praça D. João

da Câmara, Lg. S. Domingos, Lg.

Regedor

IIP 15962, DG 214,

18-09 1928;

30101, DG 282,

04-12-1939

Portaria 529/96,DR,

1ª SérieB, nº228,

1-10-1996

Edifício da

Estação de C.

F. do Rossio

Largo D. João da Câmara, Largo

do Marquês de Cadaval,

Calçada do Carmo

IIP 516/71, DG 274,

22-11-1971

Portaria 529/96,DR,

1ª SérieB, nº228,

1-10-1996

CASTELO Castelo de S.

Jorge e restos

das cercas de

Lisboa

Acessos Castelo: Porta S. Jorge-

Rua Chão da Feira; Porta Santo

André- Largo Rodrigues de Freitas

MN de 16- 6- 1910

IIP – Imóvel de Interesse Público / MN – Monumento Nacional / VC – Em Vias de Classificação / VC1 – Em VC (Homologado – IIP Imóvel de Interesse Público) / VC2 – Em VC (Homologado – MN Monumento Nacional).

PUALZE 2003 PROPOSTA DE PLANO

Manuel Fernandes de Sá, Lda | Rua da Constituição, 344 –1º D | 4200-192 Porto | TF. 225089418 | FX. 225504473 | EE. [email protected]

III. EDIFÍCIOS E/OU CONJUNTOS EM VIAS DE CLASSIFICAÇÃO PELO IPPAR

Freguesia Designação Localização Grau Decreto ZEP

S.MAMEDE Edifício de

Miguel Ventura

Terra

R. Alexandre Herculano, 57 VC1 8/83, de 24 de

Janeiro

Port. 529/96, DR,

1.ª Série B, n.º 228,

01-10-1996

30-19

Conjunto de

Edifícios:

“Castil”,

“Franjinhas”

e fachada de

edifício na R.

Braancamp

R. Castilho, 39

R. Braancamp, 9

R. Braancamp, 26 a 40

VC Desp. 21-06-1996 Portaria 529/96,DR,

1ª Série B, nº228,

1-10-1996

23-13

01-09

28-12

Jardim

Botânico da

Faculdade de

Ciências

Rua da Escola Politécnica VC2 Desp. 06-08-1970

e

02-11-1999

Portaria 529/96,DR,

1ª Série B, nº228,

1-10-1996

36-82

CORAÇÃO

DE JESUS

Edifício

(Biblioteca e

Arquivo

Histórico do

MEPAT)

Av. da Liberdade, 193

Rua Barata Salgueiro, 19

VC Desp. de

24-06-1987

Portaria 529/96,DR,

1ª Série B, nº228,

1-10-1996

05-01

Cinema São

Jorge

Av. da Liberdade, 175 VC1 Desp. de

26-10-1989

Portaria 529/96,DR,

1ª Série B, nº228,

1-10-1996

06-02

IIP – Imóvel de Interesse Público / MN – Monumento Nacional / VC – Em Vias de Classificação / VC1 – Em VC (Homologado – IIP Imóvel de Interesse Público) / VC2 – Em VC (Homologado – MN Monumento Nacional).

PUALZE 2003 PROPOSTA DE PLANO

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ANEXO 2. I. INVENTÁRIO MUNICIPAL DO PATRIMÓNIO – ACTUALIZAÇÃO 2003

Freguesia Ref. Designação Localização grau

CORAÇÃO

DE JESUS

14.15 (Antigo) Convento de Santa Joana Rua de Santa Marta, 61-61G 1

14.16 Igreja do Sagrado Coração de Jesus Rua Camilo Castelo Branco, 4 (Prémio Valmor 1975) 1

14.17A Edifício de habitação plurifamiliar Rua Rodrigues Sampaio, 152-160 1

14.17B Edifício de habitação plurifamiliar Rua Rodrigues Sampaio, 162-168 2

14.18A Edifício de habitação plurifamiliar Rua Rodrigues Sampaio, 142-150 1

14.18B Edifício de habitação plurifamiliar Rua Rodrigues Sampaio, 134-140 2

14. 19 Conjunto de 2 edifícios de habitação

plurifamiliar

Rua Camilo Castelo Branco, 2;

Rua Alexandre Herculano,4 2

14.20 Edifício de habitação plurifamiliar Rua Rodrigues Sampaio, 132-132C

Rua Alexandre Herculano, 11-11E

Travessa do Enviado de Inglaterra, 28

2

14.21 Edifício de habitação plurifamiliar Rua Rodrigues Sampaio, 112-112B

Travessa do Enviado de Inglaterra, 15-15B 2

14.22 Edifício de habitação plurifamiliar Rua Alexandre Herculano, 7-7C 2

14.23 Conjunto de 3 edifícios de habitação

plurifamiliar

Rua de Santa Marta, 45, 45B e 47 2

14.24 (Antigo) Palácio dos Condes de Redondo

- Universidade Autónoma de Lisboa

Rua de Santa Marta, 56 (IIP) 1

14.25A Igreja do Convento de Santa Marta Rua de Santa Marta (IIP) 1

14.26A Edifício de habitação plurifamiliar Rua de Santa Marta, 44-44B (IIP) 1

14.26B Edifício de habitação plurifamiliar Rua de Santa Marta, 46-46c

Travessa do Despacho (IIP) 1

14.26C Edifício de habitação unifamiliar Rua de Santa Marta, 48

Travessa de Santa Marta, 19D-19E

Travessa do Despacho (IIP)

3

14.27 Edifício de habitação plurifamiliar Rua Rodrigues Sampaio, 50 2

14.28 Edifício de habitação plurifamiliar Rua Rodrigues Sampaio, 15 2

14.29 Edifício de habitação plurifamiliar

- Casa das Conchas

Rua de Santa Marta, 19-19B (IIP) 1

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14.31 Instituto Oftalmológico Dr. Gama Pinto

- Palácio dos Condes de Penamacor

Travessa Larga, 2-6;

Rua do Passadiço, 35-39

Travessa do Loureiro, 1

Beco de Santa Marta, 4

3

14.32 Edifício de habitação plurifamiliar Calçada de Santo António 5A 3

14.33 Edifício de habitação plurifamiliar Calçada de Santo António, 9;

Travessa de Santa Marta, 1 3

14.34 Conjunto urbano Rua Luciano Cordeiro, 1-5, 7 e 13

Rua Nogueira e Sousa, 1 a 21

Calçada de Santo António, 16 e 18

3

14.36 Edifício de habitação plurifamiliar com

fachada de azulejo

Rua da Sociedade Farmacêutica, 6 3

14.37 Conjunto de 6 edifícios de habitação

plurifamiliar com fachada de azulejo

Rua da Sociedade Farmacêutica, 7, 9, 11-13, 15, 17 e 19

3

14.38 Conjunto urbano Rua Bernardim Ribeiro, 83 a 91;

Rua Luciano Cordeiro, 53 a 67 3

14.39 Conjunto urbano Rua Luciano Cordeiro, 31 a 47 3

14.43 Estátua do Marquês de Pombal Praça Marquês de Pombal 1

14.44 Conjunto urbano Praça Marquês de Pombal, 1, 2, 3, 4, 6, 8, 12,13, 14, 15 e 16 2

14.45 (Antigo) Edifício de habitação unifamiliar

- Instituto Camões

Av. da Liberdade, 268-270

2

14.46 Edifício do Diário de Notícias Av. da Liberdade, 264-266;

Rua Rodrigues Sampaio, 111 (IIP e Prémio Valmor 1940) 1

14.47 Edifício de habitação plurifamiliar Av. da Liberdade, 262 (Prémio Valmor 1904 – Menção

Honrosa) 1

14.49 Edifício de escritórios Av. da Liberdade, 249 3

14.52 Edifício de habitação plurifamiliar Rua Joaquim António de Aguiar, 33-35A 3

14.53 Conjunto de 3 edifícios de habitação

plurifamiliar

Rua Joaquim António de Aguiar, 35-35B e 37;

Rua Castilho, 86-88 2

14.54 Edifício de habitação plurifamiliar

(fachada)

Rua Braamcamp, 40 (IIP - Em vias)

1

14.55 Conjunto de 5 edifícios de habitação

plurifamiliar

Rua Braamcamp, 6 a 26

2

14.55A Edifício de habitação plurifamiliar Rua Braamcamp, 6 2

14.56 Edifício Franjinhas Rua Braamcamp, 9;

Rua Castilho, 40 (Prémio Valmor 1971) 1

14.57 Conjunto de 2 edifícios de habitação

plurifamiliar

Rua Mouzinho da Silveira, 7- 21;

Rua Alexandre Herculano, 40 3

PUALZE 2003 PROPOSTA DE PLANO

Manuel Fernandes de Sá, Lda | Rua da Constituição, 344 –1º D | 4200-192 Porto | TF. 225089418 | FX. 225504473 | EE. [email protected]

14.58 Edifício de habitação plurifamiliar

(fachada)

Rua Duque de Palmela, 37 3

14.59 Edifício de habitação plurifamiliar Rua Duque de Palmela, 27 2

14.61 Edifício de habitação plurifamiliar Rua Alexandre Herculano, 33;

Rua Castilho, 28 3

14.62 Palacete Rua Mouzinho da Silveira, 5;

Rua Alexandre Herculano 1

14.63 Frente de quarteirão Rua Alexandre Herculano, 15, 17, 19, 21, 23, 27 e 29;

Av. da Liberdade, 229 2

14.63A Edifício de habitação plurifamiliar Rua Alexandre Herculano, 25 (Prémio Valmor 1911) 1

14.64 Conjunto de 4 edifícios de habitação

plurifamiliar

Av. da Liberdade, 232, 234, 238 e 240 2

14.65 Palacete Conceição e Silva

- Palacete neo-árabe

Av. da Liberdade, 226-228 (IIP) 1

14.66 Edifício de escritórios Av. da Liberdade, 222;

Rua Barata Salgueiro, 6;

Rua Rodrigues Sampaio, 47 (Prémio Valmor 1988)

1

14.67 Edifício da Junta Nacional do Vinho Rua Mouzinho da Silveira, 5ª 2

14.68 Edifício de habitação plurifamiliar Rua Rosa Araújo, 16;

Rua Mouzinho da Silveira 3

14.69 Conjunto de 4 edifícios de habitação

plurifamiliar

Rua Rosa Araújo, 4, 6, 8-10 e 12

2

14.70 Conjunto de 4 edifícios de habitação

plurifamiliar

Rua Rosa Araújo, 1-15, 17-23, 25-27 e 29-31 2

14.71 Edifício de habitação unifamiliar Rua Rosa Araújo, 37-39 3

14.72 Fundação Medeiros e Almeida

- (Antigo) Edifício de habitação unifamiliar

Rua Rosa Araújo, 41;

Rua Mouzinho da Silveira, 4-6 1

14.73 Edifício da Sociedade Nacional de Belas

Artes

Rua Barata Salgueiro, 36 2

14.74 Edifício da Cinemateca Portuguesa Rua Barata Salgueiro, 39 2

14.75 Edifício de habitação plurifamiliar Rua Barata Salgueiro, 29 3

14.76 Edifício de habitação unifamiliar Rua Barata Salgueiro, 23-27;

Av. da Liberdade, 187 2

14.77 Edifício de habitação plurifamiliar Rua Barata Salgueiro, 21 2

14.78 (Antigo) Edifício de habitação unifamiliar

(Arquivo do Ministério das Obras Públicas)

Av. da Liberdade, 193;

Rua Barata Salgueiro, 23-27 (Em vias) 1

14.79 Hotel Veneza Av. da Liberdade, 189 3

PUALZE 2003 PROPOSTA DE PLANO

Manuel Fernandes de Sá, Lda | Rua da Constituição, 344 –1º D | 4200-192 Porto | TF. 225089418 | FX. 225504473 | EE. [email protected]

14.80 Hotel Tivoli Av. da Liberdade, 185 2

14.81A Conjunto de 2 edifícios de habitação

plurifamiliar geminados

Av. da Liberdade, 206-218;

Rua Rodrigues Sampaio, 27-35 (Prémio Valmor 1915) 1

14.81B Conjunto de 2 edifícios de habitação

plurifamiliar

Av. da Liberdade, 202 e 204

1

14.81C Edifício de habitação plurifamiliar Av. da Liberdade, 222 2

14.82 (Antigo) Edifício de habitação plurifamiliar

(fachada)

Av. da Liberdade, 190;

Rua Manuel de Jesus Coelho, 16 2

14.83 Edifício de habitação plurifamiliar Av. da Liberdade, 161-163;

Rua da Horta da Cêra, 15-17 1

14.84 Cinema S. Jorge Av. da Liberdade, 175 (IIP - Em vias e Prémio Municipal de

Arquitectura 1950) 1

14.85 Edifício de habitação plurifamiliar Av. da Liberdade, 177;

Rua Júlio César Machado 2

14.86 Edifício da Fundação Oriente Rua do Salitre, 62-64 1

14.87 Palácio Rua do Salitre, 66-68 1

14.88A Vila do Alto de Mearim Rua do Salitre, entre os nºs 80 e 82 (acesso) 2

14.88B Edifício de habitação plurifamiliar Rua do Salitre, 74-78 2

14.90 Edifício de habitação plurifamiliar Rua Castilho, 6-12 3

14.97 Edifício de habitação unifamiliar Rua Mouzinho da Silveira, 12 2

14.99 Edifício de habitação plurifamiliar Rua Camilo Castelo Branco, 1-1A;

Rua Alexandre Herculano, 6 2

14.100 Edifício de habitação plurifamiliar Rua Duque de Palmela, 1-5;

Rua Alexandre Herculano, 22-36 2

14.101 Edifício de habitação plurifamiliar com

fachada de azulejo

Rua do Salitre, 28-32;

Travessa da Horta da Cera 2

14.102 Edifício de Escritórios Av. da Liberdade, 196-200 (Prémio Valmor 1988 – Menção

Honrosa) 1

14.103 Edifício de Escritórios Rua Barata Salgueiro, 41 (Prémio Valmor 1986 – Menção

Honrosa) 1

PENA 24.48 Edifício de habitação plurifamiliar Travessa do Torel, 7-17;

Travessa do Forno do Torel, 13-23 3

24.50 Edifício de habitação unifamiliar Rua Câmara Pestana, 41-45 1

24.51 Vila Ferreira Calçada do Lavra, 18 3

24.52 Palácio Rio Maior (parte) Rua das Portas de Santo Antão, 112-116 2

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24.53 Ateneu Comercial de Lisboa

- Restaurante Solmar: ver 24.53A

Rua das Portas de Santo Antão, 106-110 1

24.53A Restaurante Solmar Rua das Portas de Santo Antão 1

24.54 Coliseu dos Recreios

- Sociedade de Geografia

Rua das Portas de Santo Antão, 92-104 (IIP) 1

24.54A Sociedade de Geografia Rua das Portas de Santo Antão (IIP) 1

24.55 Igreja de S. Luís dos Franceses Rua das Portas de Santo Antão 1

24.56 Edifício de habitação unifamiliar Rua Câmara Pestana, 23 3

24.57 Edifício de habitação plurifamiliar com

fachada de azulejo

Rua Câmara Pestana, 19-21 3

24.64 (Antigo) Palacete Ramiro Leão Vila Serra, 1

- Edifício de habitação plurifamiliar 2

24.66 Vila Serra Rua Joaquina, 3 a 8 e 9 a 14 3

24.72 Convento da Encarnação Largo do Convento da Encarnação (IIP) 1

24.72A Igreja do Convento da Encarnação Largo do Convento da Encarnação (IIP) 1

24.75 Conjunto Urbano / Escadinhas da Barroca Travessa de Santana, 3, 6 e 8 3

24.85 Muralha Fernandina Troço (MN) 1

SANTA

JUSTA

31.01 Edifício de habitação plurifamiliar Praça dos Restauradores, 46;

Rua dos Condes, 37 2

31.03 CineTeatro Politeama Rua das Portas de Santo Antão, 109-115 (IIP) 1

31.04 Associação Comercial de Lisboa Rua das Portas de Santo Antão, 87-91 2

31.05 Monumento dos Restauradores Praça dos Restauradores 1

31.06 Palácio Foz

- Palácio Castelo- Melhor

Praça dos Restauradores, 25-45 (IIP)

1

31.07 Cinema Éden

(Éden Teatro)

Praça dos Restauradores (IIP) 3

31.09 Hotel Avenida- Palace Praça dos Restauradores, 1-9;

Rua 1º de Dezembro, 125-143 (IIP) 1

31.12 Conjunto de edifícios de escritórios Rua 1º de Dezembro, 118-120;

Rua do Jardim do Regedor, 47;

Largo D. João da Câmara, 14-23

2

31.13 Quiosque da ABEP Praça dos Restauradores;

Rua do Jardim do Regedor, 48-50 2

31.14 Conjunto de 4 edifícios de habitação

plurifamiliar

Praça dos Restauradores, 65-80;

Rua do Jardim do Regedor, 34-46 e 37-45 2

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31.17 Edifício de habitação plurifamiliar Rua do Jardim do Regedor, 13-25 2

31.19 Casa do Alentejo

- Palácio Alverca

Rua das Portas de Santo Antão, 44-60;

Beco de S. Luís da Pena (Em vias) 1

31.21 Palácio dos Condes de Almada

- Palácio da Independência

Largo de S. Domingos (MN)

1

31.22 Edifício de habitação plurifamiliar Rua das Portas de Santo Antão, 1-9;

Largo do Regedor 2

31.23 Quartel de Bombeiros Largo do Regedor, 1-5 3

31.65 Cerca Fernandina, Torre do Jogo da Pela Martim Moniz

SÃO JOSÉ

45.03 Conjunto de edifícios de habitação

plurifamiliar

Rua do Passadiço, 2 a 16;

Rua de Santo António dos Capuchos, 7 a 49 3

45.04 Conjunto de 3 edifícios de habitação

plurifamiliar

Rua do Passadiço, 18 a 34 2

45.05 Edifício de habitação plurifamiliar Rua do Carrião, 2;

Rua do Passadiço, 7-9 2

45.06 Conjunto de 2 edifícios de habitação

plurifamiliar

Rua do Passadiço, 48-66 e 68-82 2

45.07 Edifício de habitação unifamiliar com

fachada de azulejo

Travessa Larga, 5

2

45.09 (Antigo) Cinema Tivoli Av. da Liberdade, 188;

Rua Manuel Jesus Coelho (IIP) 1

45.10 Fachada do (antigo) Hotel Liz Av. da Liberdade, 178-180 (Prémio Valmor 1927) 1

45.11 Fachada barroca Rua de S. José, 189-193 1

45.12 (Antigo) Hotel Vitória

- Partido Comunista Português

Av. da Liberdade, 168-170 (IIP)

1

45.13 Conjunto de edifícios de habitação Av. da Liberdade, 156 a 166 2

45.13A Palacete Lambertini Av. da Liberdade, 166 (Prémio Valmor 1904 – Menção

Honrosa)

1

45.13B Edifício de habitação plurifamiliar Av. da Liberdade, 160-164 1

45.14 Edifício de habitação plurifamiliar Rua do Cardal a S. José, 18 3

45.15 Conjunto de 2 edifícios de habitação

plurifamiliar com fachada de azulejo

Rua do Cardal a S. José, 9-11 e 13-15 3

45.17 Conjunto de edifícios de habitação

plurifamiliar

Av. da Liberdade, 84 a 104;

Rua das Pretas, 33 a 49 3

45.19 Conjunto de edifícios de habitação

plurifamiliar

Rua de S. José, 62 a 100;

Rua da Fé, 53 e 55-59 2

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45.19A Igreja de S. José dos Carpinteiros Rua de S. José, entre os nºs 94 e 96 (IIP) 1

45.19B Casa dos Vinte e Quatro Rua da Fé, 53 1

45.20 Conjunto de 2 edifícios de habitação

plurifamiliar com fachada de azulejo

- Casa onde nasceu Columbano Bordalo

Pinheiro

Rua da Fé, 23-29 e 31-35

3

45.21 Edifício de habitação unifamiliar Rua da Fé, 28-32 3

45.22 Conjunto de 2 edifícios de habitação

plurifamiliar

Rua de Santo António dos Capuchos, 3-5A;

Rua da Fé, 2-6 3

45.23 Conjunto urbano Calçada do Moinho de Vento, 3 a 7;

Rua de Santo António dos Capuchos, 2 a 4;

Rua do Telhal, 74

3

45.24 Jardim do Torel 1

45.24A Tanque ornamental setecentista Jardim do Torel 1

45.24B Palacete

- Serviço Nacional de Bombeiros

Rua Júlio de Andrade, 7

1

45.24C Palacete Francisco Teixeira Rua Júlio de Andrade, 5 1

45.24D Palacete das Condessas de Bastos Rua Júlio de Andrade, 3 1

45.24E Palacete Castro Guimarães Travessa da Cruz do Torel, 1 1

45.24F Escola Primária Oficial nº 129 Rua do Telhal, 10 2

45.25 Conjunto de 3 edifícios de habitação

plurifamiliar

Calçada do Lavra, 13, 15 e 17 3

45.26 Elevador do Lavra Calçada do Lavra (MN) 1

45.27A Palácio Rua de S. José, 10 (IIP) 1

45.27B Palácio Rua de S. José, 12-20 (IIP) 1

45.27C Edifício Rua de S. José, 22-42 (IIP) 1

45.28 Igreja de S. José da Anunciada Largo da Anunciada;

Rua de S. José 1

45.30 Palácio Nunes-Correia Almedina Av. da Liberdade, 22-26 1

45.31 Conjunto de 2 edifícios de habitação

plurifamiliar

Av. da Liberdade, 12 e 14-20 3

45.32 Hard Rock Café

- (Antigo) Cinema Condes

Av. da Liberdade, 2-10;

Rua dos Condes 2

45.33 Cinema Odéon Rua dos Condes, 2-20 2

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45.34 Palácio Rio Maior (parte)

- Palácio Rio Maior: ver 24.52

- Palácio da Anunciada: ver 24.52

Rua das Portas de Santo Antão, 112-124

2

45.36 (Antigo) Edifício de habitação plurifamiliar

(fachada)

Av. da Liberdade, 131-153

3

45.37 Edifício de habitação plurifamiliar Av. da Liberdade, 103-117;

Praça da Alegria, 74-77 2

45.38 Conjunto de 2 edifícios de habitação

plurifamiliar

Av. da Liberdade, 71 a 89;

Rua da Conceição da Glória, 3-5 2

45.39 Edifício de habitação plurifamiliar Av. da Liberdade, 63-65 3

45.40 Conjunto de 4 edifícios de habitação

plurifamiliar

Av. da Liberdade, 11, 13, 15-25 e 29-39

2

45.41 Edifício de habitação plurifamiliar Av. da Liberdade, 1-7;

Calçada da Glória, 2-4 3

45.42 Elevador da Glória Calçada da Glória (MN) 1

45.43 Conjunto de 3 edifícios de habitação

unifamiliar

Travessa do Fala Só, 6-8, 10-12 e 14 2

45.44 Conjunto de 2 edifícios de habitação

plurifamiliar

Rua das Taipas, 4-8 e 10

3

45.45 Edifício de habitação plurifamiliar Rua das Taipas, 12 3

45.47 Edifício de habitação unifamiliar Rua das Taipas, 22;

Rua de Santo António à Glória, 11-19 2

45.48 Ritz Club Rua da Glória, 57 2

45.49 (Antigo) Palácio S. Miguel

- Casa Azul

Praça da Alegria, 9-11

3

45.50 Jardim Alfredo Keil

- Árvore da Sumaúma Centenária

- Eritirna (2)

- Metrosideros (2)

- Lódãos Bastardos (3)

Praça da Alegria

1

45.51 Edifício de habitação plurifamiliar Praça da Alegria, 22 1

45.52 Edifício de habitação plurifamiliar com

fachada de azulejo

Praça da Alegria, 25 2

45.53 Conjunto de 4 edifícios de habitação

plurifamiliar

Praça da Alegria, 32 e 34-36;

Rua da Alegria, 9 e 13-19 2

45.54 Conjunto urbano Travessa da Conceição da Glória, 1 a 18;

Travessa do Rosário, 1 a 6;

Rua das Taipas, 40 a 42;

Rua da Conceição da Glória, 62 a 76

3

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45.56 Vila Martel

- Pátio do Martel

Rua das Taipas, 55

3

45.58 Mãe d’Água e Chafariz da Praça da

Alegria

Rua da Mãe d’Água

1

45.59 Edifício de habitação plurifamiliar Rua da Alegria, 108-112

3

45.67 Edifício de habitação unifamiliar Rua D. Pedro V, 128-134;

Rua da Mãe d’Água;

Arco do Evaristo

2

45.68 Edifício de habitação unifamiliar Praça do Príncipe Real, 27;

Calçada da Patriarcal, 171-9 1

45.69 Edifício de habitação plurifamiliar Rua das Taipas, 36-38 2

45.70 Conjunto de 3 edifícios de habitação

plurifamiliar

Rua das Portas de Santo Antão, 137-147, 149-157 e 159-163 2

SÃO

MAMEDE

46.01 Conjunto urbano Rua Joaquim António de Aguiar 41 a 73;

Rua Rodrigo da Fonseca 60 a 84 e 75 a 99;

Rua Venceslau de Morais;

Rua Artilharia 1, 1 a 42;

Rua Castilho, 59 a 75

2

46.23 Garagem Auto-Palace Rua Alexandre Herculano, 66-68 (IIP) 1

46.25 Edifício de habitação plurifamiliar Rua Braamcamp, 84 1

46.26 Edifício de habitação plurifamiliar Rua Braamcamp, 86-88

1

46.27 Edifício Castil Rua Castilho, 39;

Rua Braamcamp 3

46.28 Casa de Ventura Terra Rua Alexandre Herculano, 57 (IIP e Prémio Valmor 1903) 1

46.29 Sinagoga Portuguesa Shaaré Tikvah Rua Alexandre Herculano, 59 (IIP) 1

46.31A Conjunto de 2 edifícios de habitação

plurifamiliar

Rua Rodrigo da Fonseca, 18;

Rua Alexandre Herculano, 41; 2

46.31B Conjunto de 2 edifícios de habitação

plurifamiliar

Rua Rodrigo da Fonseca, 8 e 10;

Rua Rosa Araújo, 57 e 59 2

46.33 Edifício Simopre Rua Barata Salgueiro, 51;

Rua Castilho, 5-7 (Prémio Valmor 1984) 1

46.39 Edifícios de habitação plurifamiliar Rua do Salitre, 170 2

46.40 Edifício de habitação unifamiliar Rua do Salitre, 148-158 2

46.41 Conjunto urbano Rua Nova de S. Mamede, 11 a 35;

Rua do Salitre, 169 a 187 2

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46.56 Jardim Botânico Rua da Escola Politécnica (MN) 1

46.57 Conjunto de 2 edifícios de habitação

unifamiliar

Rua do Salitre, 163-167 ;

Rua Nova de S. Mamede, 76-78 2

46.58 Palacete Mayer

- Consulado Geral de Espanha

Rua do Salitre, 1-3;

Travessa do Salitre, 29-37 (Prémio Valmor 1902)

1

46.68 (Antiga) Casa nobre

- (Antigo) Palacete Castilho

- Empório Casa

Rua da Escola Politécnica, 38-42

2

46.69 Edifício de habitação plurifamiliar Rua da Escola Politécnica, 12-26 2

46.70 Edifício do Banco de Portugal Praça do Príncipe Real, 20-22 2

46.71 Palacete Ribeiro da Cunha Praça do Príncipe Real, 26 2

46.72 CineTeatro Capitólio Parque Mayer (IIP) 1

46.73 Parque Mayer, entrada Travessa do Salitre 1

46.75 Edifício de habitação plurifamiliar Praça do Príncipe Real, 23 1

46.76 Palacete Rua do Salitre, 51-53 2

46.85 Conjunto de 2 edifícios de habitação

plurifamiliar

Rua Rodrigo da Fonseca, 43 e 45-49

2

46.86 Frente de rua Rua do Salitre, 5 a 159 2

46.90 Edifício de habitação plurifamiliar com

painel de azulejo

Rua do Vale Pereiro, 2;

Rua do Salitre 2

Fonte – Inventário Municipal do Património – Revisão do Plano Director Municipal – DMGU – DMDIU – DMU - NEP

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ANEXO 3. I. PARQUES DE ESTACIONAMENTO SUBTERRÂNEOS

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ANEXO 4. I. CAMPANHAS DE CONTAGEM E CARACTERIZAÇÃO DO TRÁFEGO RODOVIÁRIO

NA AVENIDA DA LIBERDADE (CCDRLVT / FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DA UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA)

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade

Coordenação geral:Prof. Doutor Francisco Ferreira

Elaboração:

Eng.º Pedro Gomes (DCEA – FCT/UNL) Eng.º Rui Marques (DCEA – FCT/UNL)

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

2

Índice

1 Enquadramento e Objectivos ....................................................................................................... 3

2 Metodologia.................................................................................................................................... 5 2.1 Caracterização do tráfego automóvel na Av. Liberdade ......................................................... 5 2.2 Caracterização específica da frota de táxis na Av. Liberdade ................................................ 9

3 Resultados e discussão .............................................................................................................. 10 3.1 Contagens de tráfego ............................................................................................................ 10

3.1.1 Faixa central ...................................................................................................................... 12 3.1.2 Faixas laterais .................................................................................................................... 12

3.2 Ocupação dos veículos ......................................................................................................... 13 3.3 Caracterização dos veículos ligeiros de passageiros ........................................................... 14 3.4 Matrizes Origem/Destino ....................................................................................................... 15 3.5 Caracterização da frota de táxis na Av. Liberdade ............................................................... 16

4 Conclusões .................................................................................................................................. 19

5 Referências Bibliográficas ......................................................................................................... 20

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

3

1 Enquadramento e Objectivos  O presente documento efectua uma caracterização do tráfego rodoviário em circulação na Avenida da Liberdade. Este estudo foi levado a cabo durante os meses de Maio e Junho de 2008, e foi elaborado pelo Departamento de Ciências e Engenharia do Ambiente da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (DCEA – FCT/UNL) conjuntamente com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT). O desenvolvimento deste estudo teve a participação de alunos do Mestrado integrado em Engenharia do ambiente da FCT/UNL, no âmbito da disciplina de Estatística Ambiental e Tecnologias de Informação Geográfica. Em zonas de tipologia claramente urbana como a cidade de Lisboa os transportes rodoviários são a maior fonte de poluição, sendo que se observam junto das vias de tráfego mais intenso, as maiores concentrações de poluentes atmosféricos, como as partículas inaláveis (PM10) e os óxidos de azoto (NOx). Neste aspecto, assume particular destaque a Avenida da Liberdade, pois é uma das principais vias de tráfego existentes em Lisboa, com congestionamentos frequentes e grande fluxo de veículos. Trata-se de uma via com elevado grau de importância na circulação rodoviária, quer por constituir um acesso aos locais mais centrais da cidade, como a zona da Baixa Pombalina, quer por constituir um ponto chave na entrada e saída da cidade (pela Auto-Estrada de Cascais – A5, e pela Auto-Estrada do Sul – A2). Os níveis de poluição do ar são monitorizados nesta zona na estação de qualidade do ar (EQA) da Av. Liberdade, sendo que esta estação apresenta níveis de poluição dos mais elevados do país e do conjunto das capitais europeias. No que respeita aos níveis de PM10, a EQA da Av. Liberdade apresenta valores muito acima do estabelecido na legislação verificando-se, desde o ano de 2001 (data de entrada em vigor do Decreto-lei n.º 111/2002, de 16 de Abril), um incumprimento generalizado dos valores-limite estabelecidos para este poluente (ver Tabela 1). Tabela 1: Resultados de PM10 obtidos para a estação de monitorização da qualidade do ar da Avenida da

Liberdade

Tipo estação Nome estação Ano Eficiência

(%) Média anual

(µg/m3) Nº dias >VL+MT Nº dias >VL

Tráfego Av. da Liberdade

2001 99 62 111 237 2002 98 59 140 213 2003 99 56 131 187 2004 97 51 119 147 2005 99 54 181 181 2006 97 49 145 145

Legenda: VL – Valor limite; VL+MT – Valor limite acrescido de margem de tolerância. A partir de 2005 (inclusive) a margem de tolerância deixa de existir.

Tendo em conta os elevados níveis de poluição atmosférica verificados nesta zona, impõe-se o desenvolvimento e implementação de um conjunto de medidas que possibilite, num prazo tão curto quanto possível, o cumprimento dos valores-limite e, por inerência, a protecção da saúde humana.

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

4

Neste sentido, a CCDR-LVT protocolou com o DCEA-FCT/UNL a elaboração de um estudo concluído em Junho de 2005 (e revisto em 2006) denominado “Planos e programas de melhoria da qualidade do ar na Região de Lisboa e Vale do Tejo” (CCDR-LVT e DCEA-FCT/UNL, 2005). Deste plano resultou um conjunto de propostas estando neste momento a ser elaborado o respectivo programa de execução por um Grupo de Trabalho criado especificamente com este propósito, de acordo com o Decreto-Lei n.º 279/2007, de 6 de Agosto. Num futuro próximo, as medidas seleccionadas deverão ser aplicadas e monitorizadas, dando resposta às exigências da legislação e à previsível redução dos impactes na saúde sofridos pela população exposta a níveis demasiado elevados de poluentes. Importa lembrar que a maioria dos problemas de qualidade do ar ambiente gerados no sector dos transportes resulta do aumento do número de deslocações efectuadas, especialmente recorrendo ao Transporte Individual (TI), cuja utilização tem vindo a crescer substancialmente nos últimos anos, bem como do aumento do número de quilómetros percorridos por cada veículo. Se se conseguir promover a proximidade entre locais de residência e de trabalho inverte-se esta tendência, reduzindo-se a necessidade de uma mobilidade em TI com impactes tão relevantes. Esta é, do ponto de vista estratégico, a melhor forma de diminuir as emissões poluentes provenientes deste sector, bem como, genericamente, a melhor forma de contribuir para a melhoria da qualidade de vida. Contudo, a definição e avaliação de Políticas e Medidas (P&M) de melhoria da gestão do tráfego rodoviário na zona abrangida pelo Plano de melhoria da Qualidade do Ar deverá ter em conta um correcto diagnóstico da situação actual, tendo em vista que é necessário perceber, com algum detalhe, qual o volume e características do tráfego em circulação (incluindo tipologias e idades dos veículos), qual a percentagem destas deslocações que corresponde a tráfego de atravessamento (veículos cuja viagem não tem origem na zona da Av. Liberdade/Baixa, e cujo destino final se situa também fora dessa zona), e qual a taxa de ocupação dos veículos ligeiros de passageiros. Essa informação, até à data, não se encontrava disponível em nenhum estudo actualizado, daí que se tenha sentido a necessidade de proceder a um levantamento pormenorizado deste tipo de dados. Por outro lado, dada a dificuldade em obter dados actualizados e completos acerca da frota de táxis em circulação na cidade de Lisboa (nomeadamente sobre as marcas/modelos e as idades dos veículos), optou-se também por efectuar uma campanha de amostragem de táxis em circulação no mesmo local. De forma resumida, o trabalho efectuado teve como objectivo efectuar uma caracterização detalhada do tráfego automóvel na Avenida da Liberdade, em Lisboa. Tendo por base períodos horários de recenseamento de tráfego efectuados por estudantes da FCT/UNL pretendeu-se identificar especificamente qual a intensidade dos diferentes tipos de tráfego automóvel e qual o nível de ocupação médio dos veículos ligeiros de passageiros. Outro objectivo deste trabalho foi também efectuar uma caracterização da frota de táxis em circulação nesta zona, em termos de marca/modelo e idade do motor.

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2 Metodologia 

2.1 Caracterização do tráfego automóvel na Av. Liberdade  A caracterização do tráfego automóvel decorreu nos dias 8 (quinta-feira) e 14 de Maio (quarta-feira), e envolveu quatro componentes distintas:

• Contagens de tráfego (por tipologia de veículos); • Caracterização do número de ocupantes por veículo (apenas para os ligeiros

de passageiros e de forma aleatória); • Inquéritos aos automobilistas para determinar as matrizes origem/destino

(recolha aleatória); • Identificação das características da frota nomeadamente a cilindrada, o

combustível e a idade dos veículos (recolha aleatória). As contagens de tráfego foram levadas a cabo em vários locais de amostragem, na zona da Av. Liberdade e Baixa Pombalina, compreendendo períodos temporais distintos (hora de ponta da manhã, hora de ponta da tarde e período intermédio durante o dia). A amostragem correspondente à contagem de tráfego foi efectuada durante uma hora para cada um dos períodos considerados:

• 8 de Maio, hora de ponta da manhã (8:00 – 10:00); • 14 de Maio, durante o dia (11:00 – 17:00); • 14 de Maio, hora de ponta da tarde (18:00 – 20:00).

Aquando da realização das contagens de tráfego, os veículos foram agrupados nas seguintes tipologias:

• Ligeiros de passageiros • Ligeiros de mercadorias • Pesados de passageiros • Pesados de mercadorias • Táxis • Motociclos

Os locais de amostragem adoptados para as contagens de veículos apresentam-se na Figura 1. As contagens foram feitas para ambos os sentidos, quer nas faixas centrais, quer nas faixas laterais. .

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Figura 1: Locais de amostragem adoptados para a contagem de veículos

A contabilização do número de ocupantes dos veículos ligeiros de passageiros decorreu durante os dias úteis, no período de 8 a 16 de Maio, tendo um período de amostragem mais flexível, embora a duração de cada amostragem tenha também sido de uma hora. A contagem do número de ocupantes também respeitou os períodos de amostragem das campanhas de contagem de veículos (hora de ponta da manhã, hora de ponta da tarde e período intermédio durante o dia). Os locais de amostragem adoptados para as contagens da ocupação apresentam-se na Figura 2. Neste caso, optou-se por fazer a contabilização da ocupação dos veículos ligeiros apenas nas faixas centrais, em ambos os sentidos.

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Figura 2: Locais de amostragem adoptados para a contagem do número de ocupantes

A quarta componente associada à caracterização do tráfego automóvel consistiu na realização de uma série de inquéritos a automobilistas aleatoriamente seleccionados, em veículos ligeiros de passageiros (Figura 3).

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Figura 3: Inquéritos aos automobilistas

As questões colocadas foram as seguintes:

• De onde vem? • Para onde vai? • O carro que utiliza é propriedade de empresa? • Estaciona gratuitamente na zona da Av. Liberdade / Baixa? (Sempre / Quase

sempre / Às vezes / Nunca) • Tem estacionamento de empresa? (caso estacione gratuitamente) • A deslocação / passagem na zona da Av. da Liberdade / Baixa é praticamente

diária ou casual? • Se costuma estacionar na zona da Av. Liberdade / Baixa, quanto tempo fica em

geral estacionado? Para além das questões colocadas aos automobilistas, foram registadas as características dos veículos ligeiros (de passageiros e de mercadorias):

• Combustível (gasóleo, gasolina ou GPL) • Cilindrada (no caso de veículos a gasóleo, <2000 cm3 ou >= 2000 cm3; no caso

de gasolina ou GPL, <1400 cm3, entre 1400 cm3 e 2000 cm3 ou >2000 cm3) • Idade do veículo (ano de matrícula)

O local escolhido para a realização dos inquéritos foi o cruzamento entre a Av. da Liberdade e a Rua Barata Salgueiro, apresentado na Figura 4.

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Figura 4: Locais de amostragem adoptados para os inquéritos aos automobilistas

2.2 Caracterização específica da frota de táxis na Av. Liberdade  Nos três períodos anteriormente referidos, foi individualizada a contagem de táxis no contexto da contagem geral por tipologia de veículos. Posteriormente, e para complementar a informação recolhida, foi realizada uma nova contagem no dia 16 de Junho, onde se recolheram dados complementares importantes como a marca, modelo e idade da matrícula de cada veículo, para os diferentes períodos temporais em causa, amostragem essa que decorreu de forma aleatória e não exaustiva.

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3 Resultados e discussão  Os resultados obtidos para a caracterização do tráfego automóvel apresentam-se de seguida.

3.1 Contagens de tráfego  Para facilitar a interpretação dos resultados das contagens, optou-se por separar a área de estudo em três zonas distintas:

• Zona 1: Desde a rotunda do Marquês de Pombal até ao cruzamento com a Rua Barata Salgueiro,

• Zona 2: Desde o cruzamento com a Rua Barata Salgueiro até à Praça da Alegria, • Zona 3: Desde os Restauradores até à Praça do Comércio (esta zona não inclui

faixas laterais). A identificação de cada uma destas zonas apresenta-se na Figura 5.

Figura 5: Delimitação das três zonas de análise

Nas tabelas seguintes apresenta-se o número médio de veículos em circulação durante uma hora em cada um dos sentidos (N-S e S-N), para cada um dos períodos considerados e em cada uma das zonas. Como se pode observar, para cada zona, não existe uma variação muito significativa entre os períodos considerados, pois o número de veículos em circulação é sempre elevado, independentemente do período do dia. De facto, a hora de ponta da

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manhã foi o período em que se contabilizaram menos veículos em ambos os sentidos. Existe ainda uma diferença significativa entre os veículos contabilizados na Zona 1 e o número de veículos contados nas duas restantes zonas (em ambos os sentidos), o que parece indicar que um número elevado de veículos acaba por se dirigir quer para a Rua Barata Salgueiro, quer para a Rua Alexandre Herculano.

Tabela 2: Resultados agregados das contagens de tráfego, na faixa central

Zonas Sentido Norte-Sul Sentido Sul-Norte

Ponta manhã

1 1350 1431

2 837 956

3 829 903

Durante o dia

1 1759 1871

2 1118 1278

3 992 909

Ponta tarde

1 1565 1941

2 911 1108

3 1057 797

Tabela 3: Resultados agregados das contagens de tráfego, nas faixas laterais

Zonas Sentido Norte-Sul Sentido Sul-Norte

Ponta manhã

1 296 264

2 286 310

Durante o dia

1 467 297

2 388 381

Ponta tarde

1 393 332

2 327 340

Pela análise das duas tabelas anteriores também se verifica que o número de veículos em circulação nas faixas laterais é, regra geral, de cerca de 1/5 do total de viaturas em trânsito na Av. Liberdade, apesar de se notarem algumas variações neste número consoante a zona em causa (naturalmente verifica-se um menor peso das faixas laterais na zona 1). A contagem do número de veículos também permitiu perceber que em termos globais não se verifica uma diferença significativa entre o número de veículos contabilizados à saída do

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túnel do Marquês (provenientes das Amoreiras) e o número de veículos contabilizados à entrada da Av. Liberdade. O menor número de veículos ligeiros de passageiros contabilizados na Av. Liberdade é compensado por um aumento significativo do número de táxis (provenientes da Av. Duque de Loulé). A caracterização da frota em circulação apresenta-se de seguida, quer para os veículos que circulam na faixa central, quer para os veículos que circulam nas laterais.

3.1.1 Faixa central  A análise dos dados das contagens de tráfego permite observar que a fracção correspondente aos veículos ligeiros de passageiros apresenta uma predominância bastante significativa (67-70%), seguida dos táxis (11-15%) e ligeiros de mercadorias (6-9%). Os motociclos correspondem a cerca de 3% do tráfego em circulação e os pesados não ultrapassam os 8% na sua totalidade. Não existem diferenças significativas entre os três períodos avaliados, com excepção de um menor peso relativo dos ligeiros de mercadorias durante a hora de ponta da tarde.

3.1.2 Faixas laterais  Nas faixas laterais a distribuição é um pouco diferente, pois não circulam veículos pesados de passageiros. A fracção correspondente aos veículos ligeiros de passageiros também predomina (62-74%), mas os táxis apresentam um peso relativo superior ao da faixa central (17-23%). Os veículos ligeiros de mercadorias correspondem a 7-14% do total de veículos e os motociclos correspondem a cerca de 2% do tráfego em circulação. Por fim, os pesados não ultrapassam os 2% na sua totalidade. Também não existem diferenças significativas entre os três períodos avaliados, com excepção de um menor peso relativo dos ligeiros de mercadorias durante a hora de ponta da tarde.

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Figura 6: Caracterização do tráfego em circulação na Av. Liberdade

3.2 Ocupação dos veículos  Os dados recolhidos durante a campanha de amostragem permitem constatar que a grande maioria dos veículos circula com apenas um ocupante (o próprio condutor), já que, independentemente do período em análise, cerca de 61-73% dos veículos em circulação na Av. Liberdade circula apenas com o condutor. Entre 23-30% circulam com dois ocupantes, e os restantes 4-8% circulam com 3 ou mais ocupantes. Durante a hora de ponta da tarde verifica-se aumenta o peso relativo do número de veículos com dois ocupantes ao mesmo tempo que diminui o peso dos veículos com apenas um ocupante.

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Figura 7: Distribuição do número de ocupantes por veículo

3.3 Caracterização dos veículos ligeiros de passageiros  A caracterização dos veículos ligeiros de passageiros permitiu observar que a frota de veículos em circulação nesta área é relativamente recente, uma vez que mais de metade dos veículos cumpre as Normas EURO 3 e EURO 4 (ano de matrícula de 2001 a 2008).

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No que diz respeito ao tipo de combustível, 61% dos veículos são a gasóleo, 38% a gasolina e apenas 1% são movidos a GPL. Nos veículos a gasóleo predominam as cilindradas inferiores a 2.000 cm3 e nos veículos a gasolina e GPL variam entre 1.400-2.000 cm3

Figura 8: Caracterização da frota de veículos ligeiros de passageiros

3.4 Matrizes Origem/Destino  Os resultados dos inquéritos aos automobilistas também permitiram perceber que uma parte significativa dos veículos em circulação na Av. Liberdade (cerca de 53% do total de veículos em ambos os sentidos) constitui tráfego de atravessamento, ou seja, não vêm da zona da Av. Liberdade/Baixa Pombalina e têm como destino uma localização diferente desta zona. No que respeita à origem dos veículos em circulação nos sentidos Norte-Sul e Sul-Norte, verifica-se que 87% dos veículos que circulam no sentido N-S vêm de fora da zona da Av. Liberdade/Baixa Pombalina, enquanto que 13% dos veículos em circulação neste sentido têm como origem da sua deslocação a zona da Av. Liberdade/Baixa Pombalina. Relativamente ao sentido S-N, 63% dos veículos vêm de fora da zona da Av. Liberdade/Baixa Pombalina e 37% do tráfego rodoviário tem origem no interior da zona em estudo. O destino das viagens na Av. Liberdade é um pouco diferente: 46% dos veículos que circulam no sentido N-S dirigem-se para fora da zona em estudo, enquanto que 54% dos veículos destinam-se à zona da Av. Liberdade/Baixa Pombalina. No sentido S-N, a percentagem de veículos com destino para fora da zona em estudo é de 88%, sendo que apenas 12% têm como destino a Av. Liberdade/Baixa Pombalina. Cerca de 40% dos veículos amostrados são viaturas propriedade de empresas.

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Relativamente ao estacionamento, 13% dos inquiridos estaciona sempre gratuitamente na Av. Liberdade, 5% estaciona quase sempre de forma gratuita, 7% estaciona gratuitamente de forma ocasional e, por fim, 66% dos inquiridos afirmam que nunca estacionam gratuitamente na Av. Liberdade. A duração média do período de estacionamento é de cerca de 5 horas. Aproximadamente 14% dos inquiridos afirma possuir estacionamento de empresa disponível. Relativamente à frequência das deslocações, 60% por cento dos inquiridos deslocam-se na zona da Av. Liberdade/Baixa Pombalina praticamente todos os dias, enquanto que 40% dos inquiridos passam ocasionalmente na área em estudo.

3.5 Caracterização da frota de táxis na Av. Liberdade  Ao contrário da frota de veículos ligeiros de passageiros, a frota de táxis é bastante antiga, já que cerca de 60% da mesma é composta por veículos que cumprem a Norma EURO 1 ou mais antigos ainda. Os veículos em que seria viável a colocação de um Filtro de Partículas (parte dos EURO 2 e veículos com data de motor mais recente) correspondem a menos de 40%.

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Figura 9: Caracterização da frota de táxis

A elevada idade média dos táxis em circulação na Av. Liberdade conduz a que o peso relativo das emissões de partículas com origem nestes veículos seja bastante elevado

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quando comparado o número de táxis com o total de veículos ligeiros em circulação na Av. Liberdade. Tendo em conta os factores de emissão para partículas provenientes do escape de veículos ligeiros publicados segundo a metodologia CORINAIR (EEA, 2007), para uma velocidade de circulação média de 25 km/h (meio urbano), é possível estimar o peso das emissões de partículas associadas aos táxis em circulação na Av. Liberdade (com cerca de 1 km de extensão). Assumiu-se que a caracterização dos veículos ligeiros de passageiros é igual à obtida através do período de amostragem inicial (61% de veículos a gasóleo e 39% a gasolina, sendo que as emissões de partículas associadas aos veículos a gasolina são praticamente desprezáveis face aos veículos a diesel), e também que a distribuição dos veículos por categorias EURO segue os resultados da caracterização dos veículos ligeiros e dos táxis (ver Figura 8 e Figura 9). Os resultados obtidos apresentam-se na Figura 10. Como se pode observar, apesar dos táxis corresponderem apenas a 17% dos veículos ligeiros em circulação na Av. Liberdade, as suas emissões de partículas assumem um peso relativo bastante superior (cerca de 34% do total), sobretudo quando comparadas com as emissões dos restantes veículos ligeiros. Este facto é expectável, dado a idade média da frota de veículos ligeiros de passageiros ser relativamente baixa o que tem um impacte positivo no desempenho ambiental dos mesmos.

Figura 10: Distribuição relativa das emissões de partículas dos veículos ligeiros e dos táxis, bem como da sua tipologia no total de ligeiros na Av. Liberdade

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4 Conclusões  Tendo em conta os resultados obtidos na caracterização do tráfego rodoviário em circulação na Av. Liberdade, é possível concluir que, independentemente do período do dia, um número muito elevado de veículos percorre diariamente a Av. Liberdade não estando o mesmo unicamente correlacionado com os movimentos pendulares casa-trabalho. Este facto é observável quando se analisam os resultados das contagens de veículos para o período não correspondente às horas de ponta. Por outro lado, o número elevado de veículos em circulação é também consequência do facto de cerca de 2/3 destes veículos circularem apenas com o condutor. A realização de inquéritos, de uma forma aleatória, a parte dos automobilistas permitiu perceber que cerca de metade do trânsito rodoviário em circulação na Av. Liberdade é constituído por tráfego de atravessamento, o que reforça a importância desta via não só para o acesso à zona da Baixa Pombalina, mas também para outros locais da cidade, nomeadamente a zona Ribeirinha. Relativamente ao sector dos táxis, é também observável que a elevada idade média destes veículos constitui um factor de elevada importância no que diz respeito às emissões de poluentes atmosféricos, nomeadamente de partículas inaláveis. Apesar de contabilizarem apenas 1/5 dos veículos ligeiros em circulação na Av. Liberdade, a estimativa das suas emissões de partículas corresponde a cerca de 1/3 do total das emissões de PM10 dos veículos ligeiros. Deste modo, e face ao exposto anteriormente, reforça-se a necessidade de definição de medidas de melhoria do desempenho ambiental da frota de táxis.

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5 Referências Bibliográficas 

• Base de dados online sobre qualidade do ar –disponível em www.qualar.org

• CCDR-LVT e DCEA – FCT/UNL (2005). Planos e Programas para a Melhoria da Qualidade do Ar na Região de Lisboa e Vale do Tejo. Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo. Lisboa. Junho de 2005. - disponível em http://www.ccdr-lvt.pt

• Decreto-Lei n.º 279/2007 de 6 de Agosto

• European Environmental Agency (2007). EMEP/CORINAIR Emission Inventory

Guidebook – Group 7: Road Transport. Agosto de 2007

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ANEXO 1 – Resultados das contagens de veículos (valores extrapolados para 1 hora sempre que necessário)

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Grupo Data Período Hora de

início Hora de

fim Tempo (min.) Local Sentido Lig. de

pass. Lig. de merc.

Pes. de pass.

Pes. de merc. Táxis Motociclos

20 08-05-2008

Ponta manhã

800 900 60 Av. Liberdade entre a Praça da Alegria e os

Restauradores, cruzamento com a Rua da Conceição da Glória, faixa central

Sul-Norte 498 63 46 8 116 11

20 08-05-2008 800 900 60

Av. Liberdade entre a Praça da Alegria e os Restauradores, cruzamento com a Rua da Conceição

da Glória, faixa central Norte-Sul 509 103 47 5 83 31

29 08-05-2008 800 900 60

Av. Liberdade entre a Praça da Alegria e os Restauradores, cruzamento com a Rua da Conceição

da Glória, lateral nascente Sul-Norte 209 72 2 0 60 2

29 08-05-2008 800 900 60

Av. Liberdade entre a Praça da Alegria e os Restauradores, cruzamento com a Rua da Conceição

da Glória, lateral poente Norte-Sul 123 46 1 0 50 7

3 08-05-2008 800 900 60 Av. Liberdade entre Praça Marquês de Pombal e Rua

Alexandre Herculano, faixa central Sul-Norte 1040 90 60 34 167 64

3 08-05-2008 800 900 60 Av. Liberdade entre Praça Marquês de Pombal e Rua

Alexandre Herculano, faixa central Norte-Sul 1450 138 41 37 208 34

25 08-05-2008 800 900 60 Av. Liberdade entre Praça Marquês de Pombal e Rua

Alexandre Herculano, lateral nascente Sul-Norte 120 21 1 4 17 4

23 08-05-2008 800 900 60 Av. Liberdade entre Rua Alexandre Herculano e Rua

Barata Salgueiro, faixa central Sul-Norte 993 68 48 92 179 26

23 08-05-2008 800 900 60 Av. Liberdade entre Rua Alexandre Herculano e Rua

Barata Salgueiro, faixa central Norte-Sul 544 68 42 19 79 40

7 08-05-2008 800 900 60 Av. Liberdade entre Rua Alexandre Herculano e Rua

Barata Salgueiro, lateral nascente Sul-Norte 222 43 6 0 84 6

7 08-05-2008 800 900 60 Av. Liberdade entre Rua Alexandre Herculano e Rua

Barata Salgueiro, lateral poente Norte-Sul 209 27 2 0 45 13

12 08-05-2008 800 900 60 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua do

Salitre, faixa central Sul-Norte 736 122 43 14 172 17

12 08-05-2008 800 900 60 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua do

Salitre, faixa central Norte-Sul 534 113 53 0 82 51

4 08-05-2008 800 900 60 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua do

Salitre, lateral nascente (Fórum Tivoli) Sul-Norte 175 67 1 0 67 7

4 08-05-2008 800 900 60 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua do

Salitre, lateral poente Norte-Sul 221 47 5 0 76 2

8 08-05-2008 800 900 60 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua Júlio

César Machado, faixa central Sul-Norte 675 68 50 59 157 13

8 08-05-2008 800 900 60 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua Júlio

César Machado, faixa central Norte-Sul 624 97 43 7 90 40

17 08-05-2008 800 900 60 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua Júlio

César Machado, lateral nascente Sul-Norte 147 32 2 17 65 6

17 08-05-2008 800 900 60 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua Júlio

César Machado, lateral poente (cinema S. Jorge) Norte-Sul 186 21 6 4 62 2

5 08-05- 800 900 60 Praça dos Restauradores, junto à estação do Rossio Sul-Norte 634 65 62 87 175 12

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Grupo Data Período Hora de início

Hora de fim

Tempo (min.) Local Sentido Lig. de

pass. Lig. de merc.

Pes. de pass.

Pes. de merc. Táxis Motociclos

2008

5 08-05-2008 800 900 60 Praça dos Restauradores, junto à estação do Rossio Norte-Sul 605 106 57 43 125 36

6 08-05-2008 800 900 60 Rua Áurea junto à Praça do Comércio Norte-Sul 515 39 36 43 38 15

6 08-05-2008 800 900 60 Rua da Prata junto à Praça do Comércio Sul-Norte 472 77 73 23 105 21

25 08-05-2008 800 900 60 Semáforo da Avenida Joaquim António de Aguiar (saída

do túnel e superfície, entrada no Marquês) 1500 56 58 5 54 82

20 14-05-2008

Dia

1430 1530 60 Av. Liberdade entre a Praça da Alegria e os

Restauradores, cruzamento com a Rua da Conceição da Glória, faixa central

Norte-Sul 667 137 59 1 214 46

FM 14-05-2008 1430 1530 60

Av. Liberdade entre a Praça da Alegria e os Restauradores, cruzamento com a Rua da Conceição

da Glória, faixa central Sul-Norte 630 126 39 27 205 36

29 14-05-2008 1430 1530 60

Av. Liberdade entre a Praça da Alegria e os Restauradores, cruzamento com a Rua da Conceição

da Glória, lateral nascente Sul-Norte 248 69 0 0 109 12

29 14-05-2008 1430 1530 60

Av. Liberdade entre a Praça da Alegria e os Restauradores, cruzamento com a Rua da Conceição

da Glória, lateral poente Norte-Sul 216 39 0 0 64 17

3 14-05-2008 1430 1530 60 Av. Liberdade entre Praça Marquês de Pombal e Rua

Alexandre Herculano, faixa central Sul-Norte 1550 111 47 37 256 46

3 14-05-2008 1430 1530 60 Av. Liberdade entre Praça Marquês de Pombal e Rua

Alexandre Herculano, faixa central Norte-Sul 1790 194 35 38 313 71

25 14-05-2008 1430 1530 60 Av. Liberdade entre Praça Marquês de Pombal e Rua

Alexandre Herculano, lateral nascente Sul-Norte 106 23 0 0 41 3

23 14-05-2008 1430 1530 60 Av. Liberdade entre Rua Alexandre Herculano e Rua

Barata Salgueiro, faixa central Sul-Norte 1143 110 47 75 259 61

23 14-05-2008 1430 1530 60 Av. Liberdade entre Rua Alexandre Herculano e Rua

Barata Salgueiro, faixa central Norte-Sul 712 88 52 24 155 45

7 14-05-2008 1430 1530 60 Av. Liberdade entre Rua Alexandre Herculano e Rua

Barata Salgueiro, lateral nascente Sul-Norte 241 48 4 0 125 3

7 14-05-2008 1430 1530 60 Av. Liberdade entre Rua Alexandre Herculano e Rua

Barata Salgueiro, lateral poente Norte-Sul 335 40 3 6 77 6

12 14-05-2008 1430 1530 60 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua do

Salitre, faixa central Sul-Norte 880 166 33 4 237 33

12 14-05-2008 1430 1530 60 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua do

Salitre, faixa central Norte-Sul 696 115 50 4 193 44

4 14-05- 1430 1530 60 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua do Sul-Norte 175 35 0 6 65 10

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

24

Grupo Data Período Hora de início

Hora de fim

Tempo (min.) Local Sentido Lig. de

pass. Lig. de merc.

Pes. de pass.

Pes. de merc. Táxis Motociclos

2008 Salitre, lateral nascente (Fórum Tivoli)

26 14-05-2008 1430 1530 60 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua do

Salitre, lateral nascente (Fórum Tivoli) Sul-Norte 254 75 0 0 107 13

4 14-05-2008 1430 1530 60 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua do

Salitre, lateral poente Norte-Sul 291 55 0 1 96 11

8 14-05-2008 1430 1530 60 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua Júlio

César Machado, faixa central Sul-Norte 951 102 35 4 297 28

8 14-05-2008 1430 1530 60 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua Júlio

César Machado, faixa central Norte-Sul 710 100 53 32 189 43

17 14-05-2008 1430 1530 60 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua Júlio

César Machado, lateral nascente Sul-Norte 202 25 0 11 85 11

17 14-05-2008 1430 1530 60 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua Júlio

César Machado, lateral poente (cinema S. Jorge) Norte-Sul 238 30 1 12 87 8

5 14-05-2008 1430 1530 60 Praça dos Restauradores, junto à estação do Rossio Sul-Norte 611 55 36 20 255 25

5 14-05-2008 1430 1530 60 Praça dos Restauradores, junto à estação do Rossio Norte-Sul 697 100 60 26 186 41

25 14-05-2008 1430 1530 60 Semáforo da Avenida Joaquim António de Aguiar (saída

do túnel e superfície, entrada no Marquês) 1680 154 48 21 97 56

6 14-05-2008 1440 1540 60 Rua Áurea junto à Praça do Comércio Norte-Sul 596 102 47 26 82 20

6 14-05-2008 1440 1540 60 Rua da Prata junto à Praça do Comércio Sul-Norte 521 81 63 16 120 15

20 14-05-2008

Ponta tarde

1730 1830 60 Av. Liberdade entre a Praça da Alegria e os

Restauradores, cruzamento com a Rua da Conceição da Glória, faixa central

Sul-Norte 666 61 62 0 226 47

20 14-05-2008 1730 1830 60

Av. Liberdade entre a Praça da Alegria e os Restauradores, cruzamento com a Rua da Conceição

da Glória, faixa central Norte-Sul 692 74 59 0 159 34

FM 14-05-2008 1730 1830 60

Av. Liberdade entre a Praça da Alegria e os Restauradores, cruzamento com a Rua da Conceição

da Glória, faixa central Norte-Sul 600 84 36 6 183 51

29 14-05-2008 1730 1830 60

Av. Liberdade entre a Praça da Alegria e os Restauradores, cruzamento com a Rua da Conceição

da Glória, lateral nascente Sul-Norte 292 38 0 0 96 6

29 14-05-2008 1730 1830 60

Av. Liberdade entre a Praça da Alegria e os Restauradores, cruzamento com a Rua da Conceição

da Glória, lateral poente Norte-Sul 232 26 0 0 48 5

3 14-05-2008 1730 1830 60 Av. Liberdade entre Praça Marquês de Pombal e Rua

Alexandre Herculano, faixa central Sul-Norte 1250 60 54 28 231 42

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

25

Grupo Data Período Hora de início

Hora de fim

Tempo (min.) Local Sentido Lig. de

pass. Lig. de merc.

Pes. de pass.

Pes. de merc. Táxis Motociclos

25 14-05-2008 1730 1830 60 Av. Liberdade entre Praça Marquês de Pombal e Rua

Alexandre Herculano, lateral nascente Sul-Norte 186 12 0 0 15 3

23 14-05-2008 1730 1830 60 Av. Liberdade entre Rua Alexandre Herculano e Rua

Barata Salgueiro, faixa central Sul-Norte 1690 108 64 19 258 77

23 14-05-2008 1730 1830 60 Av. Liberdade entre Rua Alexandre Herculano e Rua

Barata Salgueiro, faixa central Norte-Sul 642 34 56 27 140 34

7 14-05-2008 1730 1830 60 Av. Liberdade entre Rua Alexandre Herculano e Rua

Barata Salgueiro, lateral nascente Sul-Norte 340 16 5 0 80 7

7 14-05-2008 1730 1830 60 Av. Liberdade entre Rua Alexandre Herculano e Rua

Barata Salgueiro, lateral poente Norte-Sul 310 21 4 1 49 8

12 14-05-2008 1730 1830 60 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua do

Salitre, faixa central Sul-Norte 703 102 43 0 208 37

12 14-05-2008 1730 1830 60 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua do

Salitre, faixa central Norte-Sul 620 47 48 0 132 31

4 14-05-2008 1730 1820 50 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua do

Salitre, lateral nascente (Fórum Tivoli) Sul-Norte 300 48 0 0 86 7

26 14-05-2008 1730 1830 60 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua do

Salitre, lateral nascente (Fórum Tivoli) Sul-Norte 206 19 0 1 66 3

4 14-05-2008 1730 1830 60 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua do

Salitre, lateral poente Norte-Sul 325 35 2 0 53 9

8 14-05-2008 1730 1820 50 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua Júlio

César Machado, faixa central Sul-Norte 798 55 56 4 227 29

8 14-05-2008 1730 1820 50 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua Júlio

César Machado, faixa central Norte-Sul 598 42 44 12 137 34

17 14-05-2008 1730 1830 60 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua Júlio

César Machado, lateral nascente Sul-Norte 152 11 0 4 49 3

17 14-05-2008 1730 1830 60 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua Júlio

César Machado, lateral poente (cinema S. Jorge) Norte-Sul 174 16 2 4 46 4

5 14-05-2008 1730 1830 60 Praça dos Restauradores, junto à estação do Rossio Sul-Norte 560 46 45 12 232 31

5 14-05-2008 1730 1830 60 Praça dos Restauradores, junto à estação do Rossio Norte-Sul 724 67 60 10 170 37

25 14-05-2008 1730 1830 60 Semáforo da Avenida Joaquim António de Aguiar (saída

do túnel e superfície, entrada no Marquês) 1840 88 49 2 89 51

3 14-05-2008 1735 1835 60 Av. Liberdade entre Praça Marquês de Pombal e Rua

Alexandre Herculano, faixa central Norte-Sul 1710 130 40 13 205 99

6 14-05-2008 1740 1840 60 Rua Áurea junto à Praça do Comércio Norte-Sul 817 92 38 15 60 23

6 14-05-2008 1740 1840 60 Rua da Prata junto à Praça do Comércio Sul-Norte 435 36 76 12 91 18

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

ANEXO 2 – Resultados das contagens do número de ocupantes por veículo (valores extrapolados para 1 hora sempre que necessário)

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

Grupo Data Período Hora de

início Hora de

fim Local Sentido 1 (só condutor) 2 3 4 5 >5

08-05-2008

Ponta Manhã

800 900 Av. Liberdade entre Rua Alexandre Herculano e Rua Barata Salgueiro, faixa central Norte-Sul 324 89 5 1 1 0

15 08-05-2008 800 900 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua Júlio César Machado, faixa central Sul-Norte 426 104 14 3 0 0

15 08-05-2008 800 900 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua Júlio César Machado, faixa central Norte-Sul 468 122 3 13 0 0

2 13-05-2008 800 900 Praça dos Restauradores, junto à estação do Rossio Sul-Norte 506 96 1 0 1 0

2 13-05-2008 800 900 Praça dos Restauradores, junto à estação do Rossio Norte-Sul 341 110 10 3 1 0

11 08-05-2008 800 900 Semáforo Av. Joaquim António de Aguiar (saída do túnel, entrada no Marquês) 319 103 18 1 3 0

18 15-05-2008 810 910 Praça dos Restauradores, junto à estação do Rossio Sul-Norte 520 143 18 4 0 0

18 15-05-2008 810 910 Praça dos Restauradores, junto à estação do Rossio Norte-Sul 358 148 7 5 0 0

9 14-05-2008 845 945 Praça dos Restauradores, junto à estação do Rossio Sul-Norte 602 243 24 4 3 5

9 14-05-2008 845 945 Praça dos Restauradores, junto à estação do Rossio Norte-Sul 517 208 39 14 2 1

13 14-05-2008 845 945 Semáforo Av. Joaquim Ant. Aguiar (superficie entrada Marquês) 714 178 37 6 0 0

13 14-05-2008 845 945 Semáforo Av. Joaquim António de Aguiar (saída do túnel, entrada no Marquês) 678 216 62 8 5 0

1 14-05-2008 900 1000 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua Júlio César Machado, faixa central Sul-Norte 372 118 12 3 2 3

1 14-05-2008 900 1000 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua Júlio César Machado, faixa central Norte-Sul 448 119 18 7 0 3

14 14-05-2008 900 1000 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua Júlio César Machado, faixa central Sul-Norte 478 229 44 11 4 0

14 14-05-2008 900 1000 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua Júlio César Machado, faixa central Norte-Sul 639 330 76 20 1 1

19 12-05-2008 900 1000 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua Júlio César Machado, faixa central Sul-Norte 516 194 30 6 3 3

19 12-05-2008 900 1000 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua Júlio César Machado, faixa central Norte-Sul 430 158 25 7 0 0

2 13-05-2008 900 1000 Praça dos Restauradores, junto à estação do Rossio Norte-Sul 326 111 13 8 0 0

2 13-05-2008 900 1000 Praça dos Restauradores, junto à estação do Rossio Sul-Norte 381 121 10 3 1 0

19 12-05-2008

Dia

1000 1100 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua Júlio César Machado, faixa central Sul-Norte 534 201 25 6 7 3

19 12-05-2008 1000 1100 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua Júlio César Machado, faixa central Norte-Sul 523 201 38 15 4 1

13 14-05-2008 1026 1126 Semáforo Av. Joaquim Ant. Aguiar (superficie entrada Marquês) 502 204 28 6 5 0

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

28

Grupo Data Período Hora de início

Hora de fim Local Sentido 1 (só

condutor) 2 3 4 5 >5

13 14-05-2008 1026 1126 Semáforo Av. Joaquim António de Aguiar (saída do túnel, entrada no Marquês) 684 238 34 6 2 0

14 14-05-2008 1030 1130 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua Júlio César Machado, faixa central Sul-Norte 398 229 50 11 1 0

14 14-05-2008 1030 1130 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua Júlio César Machado, faixa central Norte-Sul 682 370 84 22 12 2

9 14-05-2008 1045 1145 Praça dos Restauradores, junto à estação do Rossio Sul-Norte 590 318 48 8 1 2

9 14-05-2008 1045 1145 Praça dos Restauradores, junto à estação do Rossio Norte-Sul 449 268 56 25 3 7

1 14-05-2008 1100 1200 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua Júlio César Machado, faixa central Sul-Norte 392 130 14 7 2 2

1 14-05-2008 1100 1200 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua Júlio César Machado, faixa central Norte-Sul 522 216 38 4 1 1

19 12-05-2008 1200 1300 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua Júlio César Machado, faixa central Sul-Norte 591 209 24 5 2 1

19 12-05-2008 1200 1300 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua Júlio César Machado, faixa central Norte-Sul 485 222 27 11 7 2

14 14-05-2008 1230 1330 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua Júlio César Machado, faixa central Sul-Norte 460 264 60 16 6 0

14 14-05-2008 1230 1330 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua Júlio César Machado, faixa central Norte-Sul 770 418 90 32 1 6

9 14-05-2008 1240 1340 Praça dos Restauradores, junto à estação do Rossio Sul-Norte 484 286 52 16 2 2

9 14-05-2008 1240 1340 Praça dos Restauradores, junto à estação do Rossio Norte-Sul 514 317 63 15 5 2

13 14-05-2008 1258 1358 Semáforo Av. Joaquim Ant. Aguiar (superficie entrada Marquês) 596 206 46 8 2 1

13 14-05-2008 1258 1358 Semáforo Av. Joaquim António de Aguiar (saída do túnel, entrada no Marquês) 480 142 4 2 0 0

1 14-05-2008 1400 1500 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua Júlio César Machado, faixa central Sul-Norte 401 124 10 6 3 1

1 14-05-2008 1400 1500 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua Júlio César Machado, faixa central Norte-Sul 351 108 16 5 1 2

15 14-05-2008 1430 1530 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua Júlio César Machado, faixa central Sul-Norte 418 154 22 3 0 0

15 08-05-2008 1430 1530 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua Júlio César Machado, faixa central Norte-Sul 339 123 46 33 0 0

11 14-05-2008 1430 1530 Semáforo Av. Joaquim António de Aguiar (saída do túnel, entrada no Marquês) 299 126 26 7 1 0

2 13-05-2008 1500 1600 Praça dos Restauradores, junto à estação do Rossio Norte-Sul 360 182 25 14 1 0

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

29

Grupo Data Período Hora de início

Hora de fim Local Sentido 1 (só

condutor) 2 3 4 5 >5

2 13-05-2008 1500 1600 Praça dos Restauradores, junto à estação do Rossio Sul-Norte 391 193 30 13 2 0

18 16-05-2008 1545 1645 Praça dos Restauradores, junto à estação do Rossio Sul-Norte 363 204 38 6 1 0

18 16-05-2008 1545 1645 Praça dos Restauradores, junto à estação do Rossio Norte-Sul 489 219 49 42 9 0

1 14-05-2008

Ponta tarde

1700 1800 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua Júlio César Machado, faixa central Sul-Norte 439 138 34 9 2 4

1 14-05-2008 1700 1800 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua Júlio César Machado, faixa central Norte-Sul 460 222 32 7 3 4

14 14-05-2008 1700 1800 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua Júlio César Machado, faixa central Sul-Norte 687 409 89 35 12 0

14 14-05-2008 1700 1800 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua Júlio César Machado, faixa central Norte-Sul 405 229 67 19 2 3

2 13-05-2008 1700 1800 Praça dos Restauradores, junto à estação do Rossio Norte-Sul 345 164 27 4 1 0

2 13-05-2008 1700 1800 Praça dos Restauradores, junto à estação do Rossio Sul-Norte 302 140 22 12 2 0

18 16-05-2008 1700 1800 Praça dos Restauradores, junto à estação do Rossio Sul-Norte 373 186 48 12 8 0

18 16-05-2008 1700 1800 Praça dos Restauradores, junto à estação do Rossio Norte-Sul 432 252 73 13 10 0

13 14-05-2008 1700 1800 Semáforo Av. Joaquim Ant. Aguiar (superficie entrada Marquês) 622 247 38 8 2 0

13 14-05-2008 1700 1800 Semáforo Av. Joaquim António de Aguiar (saída do túnel, entrada no Marquês) 463 178 45 19 2 1

9 14-05-2008 1715 1815 Praça dos Restauradores, junto à estação do Rossio Sul-Norte 586 340 61 30 6 3

9 14-05-2008 1715 1815 Praça dos Restauradores, junto à estação do Rossio Norte-Sul 560 290 78 5 1 3

14-05-2008 1730 1825 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua do Salitre, faixa central Sul-Norte 428 192 27 9 3 2

15 14-05-2008 1730 1820 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua Júlio César Machado, faixa central Sul-Norte 346 206 22 6 2 0

15 14-05-2008 1730 1820 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua Júlio César Machado, faixa central Norte-Sul 377 293 7 16 2 0

14-05-2008 1730 1820 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua Júlio César Machado, faixa central Sul-Norte 433 190 37 6 5 2

11 14-05-2008 1730 1815 Semáforo Av. Joaquim António de Aguiar (saída do túnel, entrada no Marquês) 616 181 45 11 4 0

19 09-05-2008 1900 2000 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua Júlio César Machado, faixa central Sul-Norte 440 287 45 12 12 0

19 09-05-2008 1900 2000 Av. Liberdade junto ao cruzamento com a Rua Júlio César Machado, faixa central Norte-Sul 385 256 60 24 5 5

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

30

Grupo Data Período Hora de início

Hora de fim Local Sentido 1 (só

condutor) 2 3 4 5 >5

18 16-05-2008 1900 2000 Praça dos Restauradores, junto à estação do Rossio Sul-Norte 350 203 48 23 10 1

18 16-05-2008 1900 2000 Praça dos Restauradores, junto à estação do Rossio Norte-Sul 454 283 55 19 3 1

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

ANEXO 3 – Resultados da caracterização de veículos ligeiros de passageiros

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

Grupo GPL Data Período Hora de

início Hora de

fim Local Sentido

Gasóleo Gasolina GPL

<2000 cm3

>=2000 cm3

<1400 cm3

1400-2000 cm3

>=2000 cm3

<1400 cm3

1400-2000 cm3

>=2000 cm3

08-05-2008 Ponta

manhã

800 900 Cruzamento Av. Liberdade com Rua Barata Salgueiro

Norte-Sul 18 10 7 14 9 0 0 0

27 08-05-2008 800 900 Cruzamento Av. Liberdade

com Rua Barata Salgueiro Norte-

Sul 27 3 0 21 1 0 1 0

08-05-2008 800 900 Cruzamento Av. Liberdade

com Rua Barata Salgueiro Sul-

Norte 24 11 7 8 0 0 0 0

10 14-05-2008

Dia

1430 1530 Em frente ao Cinema São Jorge

Sul-Norte 55 33 35 42 7 0 1 0

27 14-05-2008 1430 1530 Cruzamento Av. Liberdade

com Rua Barata Salgueiro Norte-

Sul 33 7 0 38 2 0 0 0

14-05-2008 1430 1530 Cruzamento Av. Liberdade

com Rua Barata Salgueiro Sul-

Norte 64 63 8 31 1 1 0 0

14-05-2008 1430 1530

Cruzamento Av. da Liberdade com Rua de Manuel Jesus Coelho

Norte-Sul 24 4 16 17 7 0 0 0

10 14-05-2008

Ponta tarde

1730 1820 Em frente ao Cinema São Jorge

Sul-Norte 47 51 17 45 14 0 1 0

14-05-2008 1730 1830

Cruzamento Av. da Liberdade com Rua de Manuel Jesus Coelho

Norte-Sul 24 8 21 18 5 0 0 0

27 14-05-2008 1730 1820 Cruzamento Av. Liberdade

com Rua Barata Salgueiro Norte-

Sul 31 5 0 17 3 0 3 0

14-05-2008 1730 1820 Cruzamento Av. Liberdade

com Rua Barata Salgueiro Sul-

Norte 114 77 21 21 1 0 0 0

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

33

Grupo Data Período Hora de

início Hora de

fim Local Sentido Matrícula

<1993 1993-1996 1997-2000 2001-2004 2005 2006 2007 2008

08-05-2008 Ponta

manhã

800 900 Cruzamento Av. Liberdade com Rua Barata Salgueiro Norte-Sul 1 1 9 15 5 9 12 4

27 08-05-2008 800 900 Cruzamento Av. Liberdade com Rua

Barata Salgueiro Norte-Sul 0 4 13 15 5 8 6 2

08-05-2008 800 900 Cruzamento Av. Liberdade com Rua

Barata Salgueiro Sul-Norte 1 5 6 13 6 6 13 0

10 14-05-2008

Dia

1430 1530 Em frente ao Cinema São Jorge Sul-Norte 13 14 28 58 14 10 8 20

14-05-2008 1430 1530 Cruzamento Av. da Liberdade com

Rua de Manuel Jesus Coelho Norte-Sul 1 0 17 26 8 5 8 0

27 14-05-2008 1430 1530 Cruzamento Av. Liberdade com Rua

Barata Salgueiro Norte-Sul 3 6 10 27 8 6 8 2

14-05-2008 1430 1530 Cruzamento Av. Liberdade com Rua

Barata Salgueiro Sul-Norte 4 22 35 46 19 13 22 7

10 14-05-2008

Ponta tarde

1730 1820 Em frente ao Cinema São Jorge Sul-Norte 22 15 30 48 19 8 14 18

14-05-2008 1730 1830 Cruzamento Av. da Liberdade com

Rua de Manuel Jesus Coelho Norte-Sul 0 2 9 27 8 10 7 3

27 14-05-2008 1730 1820 Cruzamento Av. Liberdade com Rua

Barata Salgueiro Norte-Sul 0 9 14 16 7 3 8 2

14-05-2008 1730 1820 Cruzamento Av. Liberdade com Rua

Barata Salgueiro Sul-Norte 2 11 48 76 22 29 35 11

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

ANEXO 4 – Resultados dos inquéritos aos automobilistas

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

Grupo Data Período Hora de início

Hora de fim Local Sentido

Vem de fora da zona AL/B

Vem de dentro

da zona AL/B

Vai para fora da zona AL/B

Vai para dentro da

zona AL/B

Total Veículo

de empresa

% Total

22 14-05-2008 Dia 1430 1515 Cruzamento Av. da Liberdade com Rua de

Manuel Jesus Coelho Norte-Sul 18 3 9 14 23 9 39%

27 14-05-2008 Dia 1430 1515 Cruzamento Av. da Liberdade com Rua de

Manuel Jesus Coelho Norte-Sul 13 0 3 10 13 6 46%

21 14-05-2008 Dia 1430 1530 Em frente do Cinema São Jorge Sul-Norte 18 15 33 0 33 14 42%

21 14-05-2008 Dia 1730 1830 Em frente do Cinema São Jorge Sul-Norte 43 11 53 1 54 18 33%

10 14-05-2008 Dia 1430 1530 Em frente do Cinema São Jorge Sul-Norte 8 5 11 2 13 8 62%

22 08-05-2008

Ponta manhã 800 900 Cruzamento Av. Liberdade com Rua

Barata Salgueiro Norte-Sul 32 6 24 14 38 14 37%

27 08-05-2008

Ponta manhã 800 900 Cruzamento Av. Liberdade com Rua

Barata Salgueiro Norte-Sul 13 0 3 10 13 9 69%

10 08-05-2008

Ponta manhã 800 900 Cruzamento Av. Liberdade com Rua

Barata Salgueiro Norte-Sul 19 1 20 0 20 4 20%

26 08-05-2008

Ponta manhã 800 900 Cruzamento Av. Liberdade com Rua

Barata Salgueiro Sul-Norte 26 22 34 14 48 24 50%

22 14-05-2008

Ponta tarde 1730 1820 Cruzamento Av. da Liberdade com Rua de

Manuel Jesus Coelho Norte-Sul 31 8 18 21 39 15 38%

27 14-05-2008

Ponta tarde 1730 1820 Cruzamento Av. da Liberdade com Rua de

Manuel Jesus Coelho Norte-Sul 14 0 3 11 14 3 21%

10 14-05-2008

Ponta tarde 1730 1820 Em frente do Cinema São Jorge Sul-Norte 22 12 33 1 34 14 41%

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

36

Grupo Data Período Hora de início

Hora de fim Local Sentido

Estaciona na zona da Av. Liberdade/Baixa (AL/B)

Deslocação ou passagem AL/B

Sempre Quase sempre

Às vezes Nunca De

Empresa Praticamente

Diária Casual Tempo médio estac. (horas)

Desvio-padrão

22 14-05-2008 Dia 1430 1515 Cruzamento Av. da Liberdade com

Rua de Manuel Jesus Coelho Norte-Sul 8 2 3 10 5 15 6 2,75 3

27 14-05-2008 Dia 1430 1515 Cruzamento Av. da Liberdade com

Rua de Manuel Jesus Coelho Norte-Sul 0 0 0 13 0 4 9 3,625 3,5

21 14-05-2008 Dia 1430 1530 Em frente do Cinema São Jorge Sul-Norte 4 0 0 29 3 16 17 7 2

21 14-05-2008 Dia 1730 1830 Em frente do Cinema São Jorge Sul-Norte 9 0 0 45 8 20 34 7,56 1,33

10 14-05-2008 Dia 1430 1530 Em frente do Cinema São Jorge Sul-Norte 0 1 1 11 0 8 5

22 08-05-2008

Ponta manhã 800 900 Cruzamento Av. Liberdade com Rua

Barata Salgueiro Norte-Sul 6 2 2 28 7 27 7 6,172 3,55

27 08-05-2008

Ponta manhã 800 900 Cruzamento Av. Liberdade com Rua

Barata Salgueiro Norte-Sul 2 0 0 11 5 8 5 7,8 1,46

10 08-05-2008

Ponta manhã 800 900 Cruzamento Av. Liberdade com Rua

Barata Salgueiro Norte-Sul 0 3 0 17 3 17 3 8,61 2,63

26 08-05-2008

Ponta manhã 800 900 Cruzamento Av. Liberdade com Rua

Barata Salgueiro Sul-Norte 3 1 2 8 2 40 8 5,86 4,6

22 14-05-2008

Ponta tarde 1730 1820 Cruzamento Av. da Liberdade com

Rua de Manuel Jesus Coelho Norte-Sul 9 1 8 21 10 17 22 2,34 3,32

27 14-05-2008

Ponta tarde 1730 1820 Cruzamento Av. da Liberdade com

Rua de Manuel Jesus Coelho Norte-Sul 0 0 0 14 2 7 7 1,97 2,26

10 14-05-2008

Ponta tarde 1730 1820 Em frente do Cinema São Jorge Sul-Norte 2 6 8 18 4 24 10

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

ANEXO 5 – Detalhes esquemáticos das contagens de tráfego

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

38

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

39

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

40

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

41

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

42

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

43

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

44

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

45

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

46

ANEXO 6 – Contagens de táxis

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

47

Data 21-05-2008

Hora de início 8h00 Hora de fim 9h00

Local

Av. Liberdade cruzamento com a Rua Manuel de Jesus Coelho, faixa central

(1º semáforo) Sentido (Sul-Norte ou Norte-Sul) Sul-Norte

Marca Modelo Ano Norma Idade

Citroen Xsara Picasso 2001 EURO 3 7

Citroen Xsara 1994 EURO 1 14

Citroen Xantia 1998 EURO 2 10

Citroen Xsara 1985 Pré-EURO 23 Citroen C4 2007 EURO 4 1 Citroen C5 2006 EURO 4 2 Citroen Xsara 1998 EURO 2 10

Mercedes C220 1994 EURO 1 14 Mercedes C220 1997 EURO 2 11 Mercedes 190 D 1991 Pré-EURO 17 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes C220 1998 EURO 2 10 Mercedes C220 1998 EURO 2 10 Mercedes C200 1990 Pré-EURO 18 Mercedes 190 D 1985 Pré-EURO 23 Mercedes 190 D 1991 Pré-EURO 17 Mercedes 190 D 1992 Pré-EURO 16 Mercedes 190 D 1991 Pré-EURO 17 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes E200 1997 EURO 2 11 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes 190 D 1992 Pré-EURO 16 Mercedes C200 1998 EURO 2 10 Mercedes 190 D 1997 EURO 2 11 Mercedes 190 D 1992 Pré-EURO 16 Mercedes E200 1994 EURO 1 14 Mercedes C200 1997 EURO 2 11 Mercedes 190 D 1994 EURO 1 14 Mercedes 190 D 1992 Pré-EURO 16 Mercedes C220 1993 EURO 1 15 Mercedes C200 1988 Pré-EURO 20 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes C200 1992 Pré-EURO 16 Mercedes C220 1990 Pré-EURO 18 Mercedes E200 1996 EURO 1 12 Mercedes C200 2005 EURO 4 3 Mercedes 190 D 1988 Pré-EURO 20

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

48

Mercedes C220 1995 EURO 1 13 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes C200 1998 EURO 2 10 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes E200 1996 EURO 1 12 Mercedes 190 D 1998 EURO 2 10 Mercedes 190 D 1987 Pré-EURO 21 Mercedes C200 1997 EURO 2 11 Mercedes C200 1999 EURO 2 9 Mercedes 190 D 1994 EURO 1 14 Mercedes C200 1992 Pré-EURO 16 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes C200 1993 EURO 1 15 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes C220 2003 EURO 3 5 Mercedes E200 1999 EURO 2 9 Mercedes 190 D 1994 EURO 1 14 Mercedes C200 1997 EURO 2 11 Mercedes 190 D 1999 EURO 2 9 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes 190 D 1998 EURO 2 10 Mercedes C200 1997 EURO 2 11 Mercedes 190 D 1997 EURO 2 11 Mercedes E200 1998 EURO 2 10 Mercedes E220 2004 EURO 3 4 Mercedes 190 D 1995 EURO 1 13 Mercedes C200 1999 EURO 2 9 Mercedes C200 1998 EURO 2 10 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes C200 1997 EURO 2 11 Mercedes 190 D 1985 Pré-EURO 23 Mercedes 190 D 1993 EURO 1 15 Mercedes C250 1994 EURO 1 14 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes 190 D 1993 EURO 1 15 Mercedes C200 1992 Pré-EURO 16 Mercedes 190 D 1988 Pré-EURO 20 Mercedes C200 1997 EURO 2 11 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes 190 D 1991 Pré-EURO 17 Mercedes C200 1998 EURO 2 10 Mercedes 190 D 1989 Pré-EURO 19 Mercedes 190 D 1994 EURO 1 14 Mercedes 190 D 1998 EURO 2 10 Mercedes C220 1997 EURO 2 11 Mercedes 190 D 1988 Pré-EURO 20 Mercedes C200 1993 EURO 1 15 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes C220 1999 EURO 2 9

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

49

Mercedes C200 1997 EURO 2 11 Mercedes C200 1991 Pré-EURO 17 Mercedes C200 1992 Pré-EURO 16 Mercedes C200 1993 EURO 1 15 Mercedes 190 D 1990 Pré-EURO 18 Mercedes 190 D 1992 Pré-EURO 16 Mercedes 190 D 1993 EURO 1 15 Mercedes E200 2000 EURO 2 8 Mercedes 190 D 1991 Pré-EURO 17 Mercedes 190 D 1993 EURO 1 15 Mercedes E200 1997 EURO 2 11 Mercedes C220 1997 EURO 2 11 Mercedes 190 D 1992 Pré-EURO 16 Mercedes 190 D 1994 EURO 1 14 Mercedes E200 1997 EURO 2 11 Mercedes 190 D 1994 EURO 1 14 Mercedes C200 1998 EURO 2 10 Mercedes 240 D 1987 Pré-EURO 21 Mercedes C200 2000 EURO 2 8 Mercedes 190 D 1987 Pré-EURO 21 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes C200 1997 EURO 2 11 Mercedes 190 D 1991 Pré-EURO 17 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes 190 D 1987 Pré-EURO 21 Mercedes E220 2004 EURO 3 4 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes 190 D 1990 Pré-EURO 18 Mercedes 250 D 1990 Pré-EURO 18 Mercedes C200 1996 EURO 1 12 Mercedes 190 D 1992 Pré-EURO 16 Mercedes C200 1997 EURO 2 11 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes C220 1990 Pré-EURO 18 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes C200 1995 EURO 1 13

Nissan Almera 2,0 1998 EURO 2 10 Nissan Almera 2,0 1999 EURO 2 9 Nissan Almera 2,0 1996 EURO 1 12 Nissan Almera 2,0 2001 EURO 3 7 Opel Vectra 1,9 2005 EURO 4 3 Opel Vectra 1,9 2000 EURO 2 8

Peugeot 406 2003 EURO 3 5 Peugeot 406 1996 EURO 1 12 Peugeot 406 1998 EURO 2 10 Peugeot 406 1994 EURO 1 14 Peugeot 406 1999 EURO 2 9

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

50

Peugeot 406 2002 EURO 3 6 Renault Laguna 2004 EURO 3 4 Renault Laguna 2005 EURO 4 3 Skoda Octavia 2006 EURO 4 2 Toyota Avensis D4D 2007 EURO 4 1

Volkswagen Jetta TDI 2007 EURO 4 1 Volkswagen Vento CL 1994 EURO 1 14

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

51

Data 20-05-2008

Hora de início 14h30 Hora de fim 15h30

Local Av. Liberdade cruzamento com a Rua Manuel de Jesus Coelho, faixa central (1º semáforo)

Sentido (Sul-Norte ou Norte-

Sul) Sul-Norte

Marca Modelo Ano Norma Idade

Chevrolet Nubira 2008 EURO 4 0

Citroen Xantia 1996 EURO 1 12

Citroen Xantia 2001 EURO 3 7

Citroen C5 1999 EURO 2 9 Citroen C5 2002 EURO 3 6 Citroen Xsara 2004 EURO 3 4 Hyundai Elantra 2003 EURO 3 5

Mercedes 190 D 1985 Pré-EURO 23 Mercedes C200 1999 EURO 2 9 Mercedes C200 1998 EURO 2 10 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes C200 1996 EURO 1 12 Mercedes C220 1994 EURO 1 14 Mercedes 190 D 1992 Pré-EURO 16 Mercedes 190 D 1995 EURO 1 13 Mercedes 190 D 1989 Pré-EURO 19 Mercedes 190 D 1997 EURO 2 11 Mercedes 190 D 1984 Pré-EURO 24 Mercedes C200 1996 EURO 1 12 Mercedes 190 D 1990 Pré-EURO 18 Mercedes C220 1997 EURO 2 11 Mercedes C220 1994 EURO 1 14 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes C200 1993 EURO 1 15 Mercedes 190 D 1990 Pré-EURO 18 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes C200 1999 EURO 2 9 Mercedes 190 D 1993 EURO 1 15 Mercedes 190 D 1991 Pré-EURO 17 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes 190 D 1998 EURO 2 10 Mercedes 250 D 1993 EURO 1 15 Mercedes C200 1997 EURO 2 11 Mercedes 190 D 1993 EURO 1 15 Mercedes C200 2004 EURO 3 4 Mercedes C200 1997 EURO 2 11 Mercedes C200 1998 EURO 2 10 Mercedes C200 2001 EURO 3 7

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

52

Mercedes 190 D 1989 Pré-EURO 19 Mercedes 190 D 1995 EURO 1 13 Mercedes 190 D 1997 EURO 2 11 Mercedes 190 D 1996 EURO 1 12 Mercedes 190 D 1995 EURO 1 13 Mercedes 190 D 1992 Pré-EURO 16 Mercedes 190 D 1993 EURO 1 15 Mercedes 190 D 1989 Pré-EURO 19 Mercedes 190 D 1997 EURO 2 11 Mercedes 190 D 1994 EURO 1 14 Mercedes 190 D 1994 EURO 1 14 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes C200 2002 EURO 3 6 Mercedes 190 D 1998 EURO 2 10 Mercedes 190 D 1993 EURO 1 15 Mercedes 190 D 2003 EURO 3 5 Mercedes 190 D 1997 EURO 2 11 Mercedes 190 D 1999 EURO 2 9 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes 190 D 1993 EURO 1 15 Mercedes C220 2001 EURO 3 7 Mercedes 190 D 1993 EURO 1 15 Mercedes 190 D 1994 EURO 1 14 Mercedes C200 2003 EURO 3 5 Mercedes C200 1997 EURO 2 11 Mercedes 190 D 1998 EURO 2 10 Mercedes C220 2004 EURO 3 4 Mercedes C200 1996 EURO 1 12 Mercedes C200 1987 Pré-EURO 21 Mercedes C220 1996 EURO 1 12 Mercedes e220 2001 EURO 3 7 Mercedes 300 D 1988 Pré-EURO 20 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes C220 1994 EURO 1 14 Mercedes 190 D 1997 EURO 2 11 Mercedes C220 1994 EURO 1 14 Mercedes 190 D 1992 Pré-EURO 16 Mercedes 190 D 1993 EURO 1 15 Mercedes C220 1998 EURO 2 10 Mercedes 190 D 1991 Pré-EURO 17 Mercedes C200 1992 Pré-EURO 16 Mercedes 190 D 1997 EURO 2 11 Mercedes C220 1995 EURO 1 13 Mercedes 190 D 1992 Pré-EURO 16 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes C200 1998 EURO 2 10 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes C200 2001 EURO 3 7

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

53

Mercedes 240 D 1986 Pré-EURO 22 Mercedes C200 1998 EURO 2 10 Mercedes C220 1990 Pré-EURO 18 Mercedes C200 1998 EURO 2 10 Mercedes C200 1998 EURO 2 10 Mercedes C200 1993 EURO 1 15 Mercedes C200 1993 EURO 1 15 Mercedes 190 D 1996 EURO 1 12 Mercedes 190 D 1997 EURO 2 11 Mercedes 190 D 1991 Pré-EURO 17 Mercedes E220 1996 EURO 1 12 Mercedes C220 1998 EURO 2 10 Mercedes E200 1999 EURO 2 9 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes C200 2002 EURO 3 6 Mercedes C220 2004 EURO 3 4 Mercedes C220 1997 EURO 2 11 Mercedes 190 D 1998 EURO 2 10 Mercedes C200 1991 Pré-EURO 17 Mercedes 190 D 1997 EURO 2 11 Mercedes 190 D 1996 EURO 1 12 Mercedes 190 D 1991 Pré-EURO 17 Mercedes 190 D 1992 Pré-EURO 16 Mercedes E220 1997 EURO 2 11 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes 190 D 1996 EURO 1 12 Mercedes E200 1998 EURO 2 10 Mercedes C220 1995 EURO 1 13 Mercedes 190 D 1987 Pré-EURO 21 Mercedes 190 D 1989 Pré-EURO 19 Mercedes 190 D 1998 EURO 2 10 Mercedes C200 1993 EURO 1 15 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes 190 D 1991 Pré-EURO 17 Mercedes 190 D 1996 EURO 1 12 Mercedes 190 D 1989 Pré-EURO 19 Mercedes 190 D 1995 EURO 1 13 Mercedes 190 D 1992 Pré-EURO 16 Mercedes C200 1999 EURO 2 9 Mercedes C220 1993 EURO 1 15 Mercedes C200 1993 EURO 1 15 Mercedes 190 D 1988 Pré-EURO 20 Mercedes E200 1992 Pré-EURO 16 Mercedes C200 1995 EURO 1 13

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

54

Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes C200 1996 EURO 1 12 Mercedes 190 D 1994 EURO 1 14 Mercedes E200 1994 EURO 1 14 Mercedes E200 2002 EURO 3 6 Mercedes 250 D 1993 EURO 1 15 Mercedes C200 1993 EURO 1 15 Mercedes 190 D 1990 Pré-EURO 18 Mercedes E200 2000 EURO 2 8 Mercedes C200 1998 EURO 2 10 Mercedes C200 1993 EURO 1 15 Mercedes C220 1996 EURO 1 12 Mercedes C200 1997 EURO 2 11 Mercedes C220 1997 EURO 2 11 Mercedes 190 D 1993 EURO 1 15 Mercedes 190 D 1991 Pré-EURO 17 Mercedes 190 D 1993 EURO 1 15 Mercedes 190 D 1996 EURO 1 12 Mercedes 190 D 1989 Pré-EURO 19 Mercedes E220 2000 EURO 2 8 Mercedes E200 1991 Pré-EURO 17 Mercedes C200 1997 EURO 2 11 Mercedes 190 D 1993 EURO 1 15 Mercedes 190 D 1989 Pré-EURO 19 Mercedes C200 1996 EURO 1 12 Mercedes C220 1997 EURO 2 11 Mercedes 190 D 1998 EURO 2 10 Mercedes C220 1999 EURO 2 9 Mercedes C200 1999 EURO 2 9 Mercedes C200 1993 EURO 1 15 Mercedes 190 D 1993 EURO 1 15 Mercedes 190 D 1993 EURO 1 15 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes 190 D 1994 EURO 1 14 Mercedes 190 D 1992 Pré-EURO 16 Mercedes E200 2004 EURO 3 4 Mercedes E200 1997 EURO 2 11 Mercedes 190 d 1991 Pré-EURO 17 Mercedes C220 1994 EURO 1 14 Mercedes 190 D 1991 Pré-EURO 17 Mercedes 190 D 1991 Pré-EURO 17 Mercedes 240 D 1984 Pré-EURO 24 Mercedes C200 1999 EURO 2 9 Mercedes E220 2003 EURO 3 5 Mercedes 190 D 1995 EURO 1 13 Mercedes 190 D 1993 EURO 1 15 Mercedes E200 2000 EURO 2 8 Mercedes E200 2000 EURO 2 8

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

55

Mercedes 190 D 1992 Pré-EURO 16 Mercedes C200 2002 EURO 3 6 Mercedes C200 1993 EURO 1 15 Mercedes 190 D 1993 EURO 1 15 Mercedes E200 1998 EURO 2 10 Mercedes C200 1997 EURO 2 11 Mercedes C200 1994 EURO 1 14

Nissan Almera 2,0 1999 EURO 2 9 Nissan Almera 2,0 2002 EURO 3 6 Nissan Almera 2,0 1998 EURO 2 10 Nissan Almera 2,0 1999 EURO 2 9 Opel Astra 1.7 1993 EURO 1 15 Opel Vectra 1.9 Tdi 2006 EURO 4 2 Opel Vectra 2000 EURO 2 8

Peugeot 406 1994 EURO 1 14 Peugeot 406 Van 2003 EURO 3 5 Peugeot 406 1997 EURO 2 11 Peugeot 406 1992 Pré-EURO 16 Peugeot 504 1993 EURO 1 15 Skoda Fabia 2004 EURO 3 4 Skoda Octavia 2001 EURO 3 7 Skoda Octavia 2000 EURO 2 8 Toyota Avensys D4D 2007 EURO 4 1

Volkswagen Jetta TDI 1992 Pré-EURO 16 Volkswagen Passat 2007 EURO 4 1 Volkswagen Passat 2000 EURO 2 8 Volkswagen Passat 1996 EURO 1 12 Volkswagen Passat TDI 1998 EURO 2 10 Volkswagen Vento CL 1993 EURO 1 15 Volkswagen Passat 2007 EURO 4 1 Volkswagen Touran 2004 EURO 3 4

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

56

Data 20-05-2008

Hora de início 17h30 Hora de fim 18h30

Local Av. Liberdade cruzamento com a Rua Manuel de

Jesus Coelho, faixa central (1º semáforo) Sentido (Sul-Norte

ou Norte-Sul) Sul-Norte

Marca Modelo Ano Norma Idade

Audi A4 1.9D 1997 EURO 2 11

Citroen Xsara 1999 EURO 2 9

Citroen Xsara 1998 EURO 2 10

Citroen Xsara 1998 EURO 2 10 Citroen C5 2002 EURO 3 6 Citroen Xsara 1999 EURO 2 9

Kia Curato 2006 EURO 4 2 Mercedes C200 2000 EURO 2 8 Mercedes 190 D 1999 EURO 2 9 Mercedes 190 D 1996 EURO 1 12 Mercedes C250 1995 EURO 1 13 Mercedes C220 1997 EURO 2 11 Mercedes C220 1999 EURO 2 9 Mercedes C200 1998 EURO 2 10 Mercedes C220 1991 Pré-EURO 17 Mercedes E200 1994 EURO 1 14 Mercedes 190 D 1996 EURO 1 12 Mercedes C200 1999 EURO 2 9 Mercedes 190 D 1985 Pré-EURO 23 Mercedes 190 D 1997 EURO 2 11 Mercedes 190 D 1991 Pré-EURO 17 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes C200 1999 EURO 2 9 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes 190 D 1987 Pré-EURO 21 Mercedes C200 1998 EURO 2 10 Mercedes C200 1992 Pré-EURO 16 Mercedes C200 1998 EURO 2 10 Mercedes 190 D 1990 Pré-EURO 18 Mercedes 190 D 1993 EURO 1 15 Mercedes C200 2001 EURO 3 7 Mercedes C220 2003 EURO 3 5 Mercedes E220 1997 EURO 2 11 Mercedes C200 1998 EURO 2 10 Mercedes 190 D 1990 Pré-EURO 18 Mercedes 190 D 1992 Pré-EURO 16 Mercedes 190 D 1994 EURO 1 14 Mercedes C200 1998 EURO 2 10

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

57

Mercedes C220 1999 EURO 2 9 Mercedes C200 1999 EURO 2 9 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes C200 1997 EURO 2 11 Mercedes 190 D 1993 EURO 1 15 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes E200 1998 EURO 2 10 Mercedes C200 1991 Pré-EURO 17 Mercedes E250 1996 EURO 1 12 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes C200 2001 EURO 3 7 Mercedes 190 D 1993 EURO 1 15 Mercedes C200 1993 EURO 1 15 Mercedes 190 D 2001 EURO 3 7 Mercedes 190 D 1994 EURO 1 14 Mercedes 190 D 1993 EURO 1 15 Mercedes 190 D 1992 Pré-EURO 16 Mercedes 190 D 1989 Pré-EURO 19 Mercedes 190 D 1995 EURO 1 13 Mercedes C200 1991 Pré-EURO 17 Mercedes C200 1996 EURO 1 12 Mercedes 190 D 1987 Pré-EURO 21 Mercedes C200 1997 EURO 2 11 Mercedes C200 1991 Pré-EURO 17 Mercedes C220 1996 EURO 1 12 Mercedes C220 1995 EURO 1 13 Mercedes C220 1993 EURO 1 15 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes C220 1995 EURO 1 13 Mercedes 190 D 1992 Pré-EURO 16 Mercedes 190 D 1993 EURO 1 15 Mercedes C200 1996 EURO 1 12 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes 190 D 1993 EURO 1 15 Mercedes 190 D 1999 EURO 2 9 Mercedes C200 1993 EURO 1 15 Mercedes 190 D 1994 EURO 1 14 Mercedes C200 1998 EURO 2 10 Mercedes C200 1992 Pré-EURO 16 Mercedes 190 D 1995 EURO 1 13 Mercedes C220 2000 EURO 2 8 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes 190 D 1997 EURO 2 11 Mercedes 190 D 1988 Pré-EURO 20 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes C200 1990 Pré-EURO 18 Mercedes C220 1994 EURO 1 14 Mercedes C200 1993 EURO 1 15

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

58

Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes C250 1990 Pré-EURO 18 Mercedes C220 1997 EURO 2 11 Mercedes C220 1990 Pré-EURO 18 Mercedes C200 2003 EURO 3 5 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes 190 D 1992 Pré-EURO 16 Mercedes 190 D 1994 EURO 1 14 Mercedes C200 1993 EURO 1 15 Mercedes C220 2000 EURO 2 8 Mercedes 190 D 1988 Pré-EURO 20 Mercedes 190 D 1994 EURO 1 14 Mercedes E200 1997 EURO 2 11 Mercedes 190 D 1991 Pré-EURO 17 Mercedes C220 1996 EURO 1 12 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes 190 D 1984 Pré-EURO 24 Mercedes 190 D 1997 EURO 2 11 Mercedes C200 1996 EURO 1 12 Mercedes 190 D 1986 Pré-EURO 22 Mercedes E200 1994 EURO 1 14 Mercedes C200 1997 EURO 2 11 Mercedes C200 1993 EURO 1 15 Mercedes 190 D 1991 Pré-EURO 17 Mercedes 190 D 1989 Pré-EURO 19 Mercedes E200 1999 EURO 2 9 Mercedes E200 1995 EURO 1 13 Mercedes 190 D 1993 EURO 1 15 Mercedes C220 2004 EURO 3 4 Mercedes 10 D 1990 Pré-EURO 18 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes C200 1992 Pré-EURO 16 Mercedes C220 1995 EURO 1 13 Mercedes C200 1990 Pré-EURO 18 Mercedes C250 1987 Pré-EURO 21 Mercedes 190 D 1990 Pré-EURO 18 Mercedes C200 2001 EURO 3 7 Mercedes C200 1997 EURO 2 11 Mercedes C200 2001 EURO 3 7 Mercedes 190 D 1994 EURO 1 14 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes 190 D 1990 Pré-EURO 18 Mercedes 190 D 1998 EURO 2 10 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes 190 D 1994 EURO 1 14

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

59

Mercedes E200 2007 EURO 4 1 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes 190 D 1992 Pré-EURO 16 Mercedes 190 D 1991 Pré-EURO 17 Mercedes 190 D 1996 EURO 1 12 Mercedes C200 1991 Pré-EURO 17 Mercedes 190 D 1999 EURO 2 9 Mercedes E220 1995 EURO 1 13 Mercedes C240 1988 Pré-EURO 20 Mercedes 190 D 1989 Pré-EURO 19 Mercedes C200 1998 EURO 2 10 Mercedes 190 D 1997 EURO 2 11 Mercedes 190 D 1991 Pré-EURO 17 Mercedes C200 1997 EURO 2 11 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes E200 1996 EURO 1 12 Mercedes E200 1999 EURO 2 9 Mercedes C220 2001 EURO 3 7 Mercedes 190 D 1992 Pré-EURO 16 Mercedes C200 1993 EURO 1 15 Mercedes C200 1996 EURO 1 12 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes 190 D 1990 Pré-EURO 18 Mercedes 190 D 1989 Pré-EURO 19 Mercedes C200 2002 EURO 3 6 Mercedes E200 1999 EURO 2 9 Mercedes 190 D 1993 EURO 1 15 Mercedes 190 D 1991 Pré-EURO 17

Nissan Almera 2.0 1998 EURO 2 10 Nissan Almera 2.0 1998 EURO 2 10 Nissan Almera 2.0 1996 EURO 1 12 Nissan Almera 2.0 1999 EURO 2 9 Nissan Almera 2.0 1999 EURO 2 9 Nissan Almera 2.0 1991 Pré-EURO 17 Nissan Almera 2.0 1996 EURO 1 12 Opel Vectra 1999 EURO 2 9 Opel Zafira 1.4 2005 EURO 4 3 Opel Vectra 1.4 2000 EURO 2 8 Opel Corsa 1.4d 1990 Pré-EURO 18

Peugeot 306 SR 1996 EURO 1 12 Peugeot 406 2002 EURO 3 6 Peugeot 306 1998 EURO 2 10 Peugeot 807 2006 EURO 4 2 Peugeot 406 2003 EURO 3 5 Peugeot 406 2002 EURO 3 6 Peugeot 407 SW 2006 EURO 4 2 Peugeot 406 1997 EURO 2 11 Renault Laguna 2003 EURO 3 5

Seat Toledo 1997 EURO 2 11

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

60

Skoda Octavia 2003 EURO 3 5 Skoda Octavia 2000 EURO 2 8 Skoda Octavia 1999 EURO 2 9 Toyota Avensys D4D 2007 EURO 4 1 Toyota Avensys D4D 2005 EURO 4 3

Volkswagen Vento CL 1989 Pré-EURO 19 Volkswagen Passat 1998 EURO 2 10 Volkswagen Sharan 2001 EURO 3 7 Volkswagen Jetta 2007 EURO 4 1 Volkswagen Jetta 1992 Pré-EURO 16 Volkswagen Jetta 2.0 2007 EURO 4 1 Volkswagen Sharan Tdi 1997 EURO 2 11 Volkswagen Jetta 1994 EURO 1 14 Volkswagen Vento CL 1987 Pré-EURO 21 Volkswagen Vento CL 1997 EURO 2 11 Volkswagen Vento CL 1995 EURO 1 13 Volkswagen Vento CL 1992 Pré-EURO 16 Volkswagen Vento CL 1994 EURO 1 14

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

61

Data 16-06-2008 Hora de início 10h00 Hora de fim 11h00

Local Av. Liberdade cruzamento com a Rua Manuel de Jesus Coelho, faixa central (1º semáforo)

Sentido (Sul-Norte ou Norte-Sul) Sul-Norte

Marca Modelo Ano Norma Idade

Citroen C5 2002 EURO 3 6

Citroen Xsara 2008 EURO 4 0

Mercedes 190 D 1992 EURO 1 16

Mercedes E200 1996 EURO 2 12 Mercedes 190 D 1991 Pré-EURO 17 Mercedes C270 2002 EURO 3 6 Mercedes C200 1993 EURO 1 15 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes C220 1996 EURO 2 12 Mercedes C200 1999 EURO 2 9 Mercedes C200 2001 EURO 3 7 Mercedes C200 1998 EURO 2 10 Mercedes C200 1993 EURO 1 15 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes 190 D 1993 EURO 1 15 Mercedes C220 1994 EURO 1 14 Mercedes 190 D 1992 EURO 1 16 Mercedes C220 1998 EURO 2 10 Mercedes 190 D 1992 EURO 1 16 Mercedes C200 1998 EURO 2 10 Mercedes C200 1997 EURO 2 11 Mercedes 190 D 1993 EURO 1 15 Mercedes E200 1991 Pré-EURO 17 Mercedes C250 1996 EURO 2 12 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes 190 D 1994 EURO 1 14 Mercedes 190 D 1993 EURO 1 15 Mercedes 190 D 1992 EURO 1 16 Mercedes C220 2000 EURO 3 8 Mercedes E200 1998 EURO 2 10 Mercedes C200 1998 EURO 2 10 Mercedes C200 1997 EURO 2 11 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes C220 1998 EURO 2 10 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes E200 2000 EURO 3 8 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes E220 1994 EURO 1 14

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

62

Mercedes 190 D 1993 EURO 1 15 Mercedes 190 D 1993 EURO 1 15 Mercedes 190 D 1993 EURO 1 15 Mercedes 190 D 1995 EURO 1 13 Mercedes 190 D 1992 EURO 1 16 Mercedes E220 1999 EURO 2 9 Mercedes C200 1997 EURO 2 11 Mercedes 190 D 1995 EURO 1 13 Mercedes C220 1999 EURO 2 9 Mercedes C200 2000 EURO 3 8 Mercedes 190 D 1992 EURO 1 16 Mercedes C200 1993 EURO 1 15 Mercedes C200 1991 Pré-EURO 17 Mercedes E200 2003 EURO 3 5 Mercedes E200 1998 EURO 2 10 Mercedes C200 2001 EURO 3 7 Mercedes C200 2002 EURO 3 6 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes C220 1998 EURO 2 10 Mercedes 190 D 1993 EURO 1 15 Mercedes E200 1999 EURO 2 9 Mercedes C200 1993 EURO 1 15 Mercedes 190 D 1994 EURO 1 14 Mercedes 190 D 1994 EURO 1 14 Mercedes C200 1996 EURO 2 12 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes 190 D 1991 Pré-EURO 17 Mercedes 190 D 1992 EURO 1 16 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes C200 2000 EURO 3 8 Mercedes C200 1991 Pré-EURO 17 Mercedes C200 2000 EURO 3 8 Mercedes C200 1996 EURO 2 12 Mercedes 190 D 1989 Pré-EURO 19 Mercedes 190 D 1994 EURO 1 14 Mercedes C220 1995 EURO 1 13 Mercedes 190 D 1992 EURO 1 16 Mercedes C220 1999 EURO 2 9 Mercedes C200 2001 EURO 3 7 Mercedes C200 1998 EURO 2 10 Mercedes 190 D 1992 EURO 1 16 Mercedes C220 1996 EURO 2 12 Mercedes C200 2000 EURO 3 8 Mercedes 190 D 1991 Pré-EURO 17 Mercedes C250 1993 EURO 1 15 Mercedes C250 1994 EURO 1 14 Mercedes E200 1996 EURO 2 12 Mercedes 190 D 1989 Pré-EURO 19 Mercedes C200 1994 EURO 1 14

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

63

Mercedes 190 D 1993 EURO 1 15 Mercedes 190 D 1992 EURO 1 16 Mercedes 190 D 1994 EURO 1 14 Mercedes C250 1996 EURO 2 12 Mercedes 190 D 1997 EURO 2 11 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes C220 1996 EURO 2 12 Mercedes C220 1998 EURO 2 10 Mercedes E220 2003 EURO 3 5 Mercedes C200 1997 EURO 2 11 Mercedes C250 1995 EURO 1 13 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes 190 D 2003 EURO 3 5 Mercedes C250 1995 EURO 1 13 Mercedes C200 1992 EURO 1 16 Mercedes E200 1999 EURO 2 9 Mercedes 190 D 1993 EURO 1 15 Mercedes C200 1998 EURO 2 10 Mercedes 190 D 1985 Pré-EURO 23 Mercedes C200 2000 EURO 3 8 Mercedes 190 D 1994 EURO 1 14 Mercedes E200 2001 EURO 3 7 Mercedes E220 1999 EURO 2 9 Mercedes C200 1998 EURO 2 10 Mercedes C200 1999 EURO 2 9 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes C200 1997 EURO 2 11 Mercedes 190 D 1992 EURO 1 16 Mercedes C200 1993 EURO 1 15 Mercedes 190 D 1994 EURO 1 14 Mercedes 190 D 1989 Pré-EURO 19 Mercedes 190 D 1992 EURO 1 16 Mercedes 190 D 1988 Pré-EURO 20 Mercedes 190 D 1995 EURO 1 13 Mercedes 190 D 1993 EURO 1 15 Mercedes 190 D 1993 EURO 1 15 Mercedes C200 1987 Pré-EURO 21 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes E220 2007 EURO 4 1 Mercedes 190 D 1996 EURO 2 12 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes 190 D 1985 Pré-EURO 23 Mercedes C200 1999 EURO 2 9 Mercedes C200 1992 EURO 1 16 Mercedes 190 D 1993 EURO 1 15 Mercedes C200 1989 Pré-EURO 19 Mercedes C220 1990 Pré-EURO 18 Mercedes C200 1995 EURO 1 13

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

64

Mercedes C250 1994 EURO 1 14 Mercedes C200 1997 EURO 2 11 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes C200 1996 EURO 2 12 Mercedes 190 D 1989 Pré-EURO 19 Mercedes 190 D 1995 EURO 1 13 Mercedes C250 1999 EURO 2 9 Mercedes C200 1993 EURO 1 15 Mercedes C250 1999 EURO 2 9 Mercedes 190 D 1988 Pré-EURO 20 Mercedes C200 1997 EURO 2 11 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes C220 1993 EURO 1 15 Mercedes C220 1995 EURO 1 13 Mercedes 190 D 1993 EURO 1 15 Mercedes E200 2000 EURO 3 8 Mercedes 190 D 1990 Pré-EURO 18 Mercedes C200 1999 EURO 2 9 Mercedes C220 1998 EURO 2 10 Mercedes 190 D 1992 EURO 1 16 Mercedes E200 1994 EURO 1 14 Mercedes C200 1992 EURO 1 16 Mercedes 190 D 1995 EURO 1 13 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes 190 D 1993 EURO 1 15 Mercedes 190 D 1994 EURO 1 14 Mercedes 190 D 1992 EURO 1 16 Mercedes 190 D 1991 Pré-EURO 17 Mercedes C200 2000 EURO 3 8 Mercedes 190 D 1987 Pré-EURO 21 Mercedes 190 D 1987 Pré-EURO 21 Mercedes E200 1997 EURO 2 11 Mercedes 190 D 1992 EURO 1 16 Mercedes 190 D 1994 EURO 1 14 Mercedes C200 1997 EURO 2 11 Mercedes C200 2005 EURO 4 3 Mercedes 190 D 1993 EURO 1 15 Mercedes C250 1993 EURO 1 15 Mercedes 190 D 1988 Pré-EURO 20 Mercedes C200 1997 EURO 2 11 Mercedes C200 1992 EURO 1 16 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes 190 D 1997 EURO 2 11 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes C200 2000 EURO 3 8 Mercedes E200 1995 EURO 1 13 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes C200 1994 EURO 1 14

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

65

Mercedes C220 2003 EURO 3 5 Mercedes 240 D 1983 Pré-EURO 25 Nissan Almera 2,0 1998 EURO 2 10 Nissan Almera 2,0 2001 EURO 3 7 Nissan Almera 2,0 2001 EURO 3 7 Opel Astra 1,2 2001 EURO 3 7 Opel Vectra 1,9 2004 EURO 4 4 Peugeot 307 SW 2003 EURO 3 5 Peugeot 306 SR 1998 EURO 2 10 Peugeot 306 2000 EURO 3 8 Peugeot 306 1993 EURO 1 15 Peugeot 307 SW 2002 EURO 3 6 Peugeot 405 1992 EURO 1 16 Peugeot 406 2002 EURO 3 6 Peugeot 306 1998 EURO 2 10 Peugeot 306 1998 EURO 2 10 Peugeot 307 SW 2007 EURO 4 1 Peugeot 306 1997 EURO 2 11 Renault Laguna 2005 EURO 4 3 Skoda Octavia 2006 EURO 4 2 Skoda Octavia 2000 EURO 3 8 Toyota Avensys 2006 EURO 4 2 Volkswagen Passat 2006 EURO 4 2 Volkswagen Passat 2007 EURO 4 1 Volkswagen Sharan 2000 EURO 3 8 Volkswagen Golf 1994 EURO 1 14 Volkswagen Passat 1997 EURO 2 11 Volkswagen Passat Cl 1993 EURO 1 15

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

66

Data 16-06-2008 Hora de início 10h00 Hora de fim 11h00

Local Av. Liberdade cruzamento com a Rua Manuel de Jesus Coelho, faixa central (1º semáforo)

Sentido (Sul-Norte ou Norte-Sul) Norte-Sul

Marca Modelo Ano Norma Idade

Citroen Xsara 1994 EURO 1 14

Citroen Xsara 1998 EURO 2 10

Mercedes C200 1998 EURO 2 10

Mercedes 190D 1992 EURO 1 16 Mercedes 190D 1997 EURO 2 11 Mercedes C200 CDi 1998 EURO 2 10 Mercedes C200 1998 EURO 2 10 Mercedes 190D 1989 Pré-EURO 19 Mercedes C200 1999 EURO 2 9 Mercedes 190D 1992 EURO 1 16 Mercedes 190D 1991 Pré-EURO 17 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes C200 break 1998 EURO 2 10 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes 190D 1993 EURO 1 15 Mercedes C220 1998 EURO 2 10 Mercedes 200D 1996 EURO 2 12 Mercedes 190D 1989 Pré-EURO 19 Mercedes 190D 1992 EURO 1 16 Mercedes C220 CDi break 2000 EURO 3 8 Mercedes C200 1998 EURO 2 10 Mercedes 190D 1993 EURO 1 15 Mercedes C200 CDi 2004 EURO 4 4 Mercedes 190D 1992 EURO 1 16 Mercedes C200 SE 1994 EURO 1 14 Mercedes 200D 1991 Pré-EURO 17 Mercedes 190D 1991 Pré-EURO 17 Mercedes 190D 1992 EURO 1 16 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes 190D 1992 EURO 1 16 Mercedes 190D 1991 Pré-EURO 17 Mercedes C200 1997 EURO 2 11 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes C200 1997 EURO 2 11 Mercedes 190D 1991 Pré-EURO 17 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes 190D 1995 EURO 1 13 Mercedes 250D 1995 EURO 1 13

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

67

Mercedes C250 1995 EURO 1 13 Mercedes 190D 1990 Pré-EURO 18 Mercedes 190D 1995 EURO 1 13 Mercedes 250D 1990 Pré-EURO 18 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes C200 2001 EURO 3 7 Mercedes 190D 1990 Pré-EURO 18 Mercedes 190D 1995 EURO 1 13 Mercedes C220 1998 EURO 2 10 Mercedes C200 1999 EURO 2 9 Mercedes C220 break 2003 EURO 3 5 Mercedes 190D 1988 Pré-EURO 20 Mercedes C220D 1999 EURO 2 9 Mercedes C220 break 1999 EURO 2 9 Mercedes C200 CDi 1999 EURO 2 9 Mercedes C220 break 1996 EURO 2 12 Mercedes C220 1996 EURO 2 12 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes 190D 1993 EURO 1 15 Mercedes C200 1998 EURO 2 10 Mercedes 190D 1990 Pré-EURO 18 Mercedes E200 Cdi 1999 EURO 2 9 Mercedes C250 1995 EURO 1 13 Mercedes 190D 1990 Pré-EURO 18 Mercedes C200 1999 EURO 2 9 Nissan Almera 1998 EURO 2 10 Nissan Almera 2002 EURO 3 6 Nissan Almera 1997 EURO 2 11 Nissan Almera 2001 EURO 3 7 Peugeot 307 break HDi 2007 EURO 4 1 Peugeot 306 1998 EURO 2 10 Peugeot 407 2007 EURO 4 1 Subaru Legacy 2008 EURO 4 0 Volkswagen Vento 1994 EURO 1 14 Volkswagen Sharan TDi 1997 EURO 2 11 Volkswagen Passat 1994 EURO 1 14

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

68

Data 16-06-2008 Hora de início 13h15 Hora de fim 14h15

Local Av. Liberdade cruzamento com a Rua Manuel de Jesus Coelho, faixa central (1º semáforo)

Sentido (Sul-Norte ou Norte-Sul) Sul-Norte

Marca Modelo Ano Norma Idade

Citroen C5 2002 EURO 3 18016

Citroen Xsara 1998 EURO 2 10

Citroen Xantia 1998 EURO 2 10

Citroen Xsara 2001 EURO 3 7 Citroen Xsara 1998 EURO 2 10 Citroen Xsara 2003 EURO 3 5 Mercedes 190 D 1992 EURO 1 16 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes C200 1997 EURO 2 11 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes C200 1992 EURO 1 16 Mercedes C200 1993 EURO 1 15 Mercedes 190 D 1989 Pré-EURO 19 Mercedes C220 1996 EURO 2 12 Mercedes 190 D 1991 Pré-EURO 17 Mercedes 190 D 1993 EURO 1 15 Mercedes 190 D 1994 EURO 1 14 Mercedes C220 1995 EURO 1 13 Mercedes C220 1995 EURO 1 13 Mercedes C220 1993 EURO 1 15 Mercedes 190 D 1990 Pré-EURO 18 Mercedes C220 1997 EURO 2 11 Mercedes C200 2002 EURO 3 6 Mercedes 190 D 1992 EURO 1 16 Mercedes 190 D 1992 EURO 1 16 Mercedes C200 1997 EURO 2 11 Mercedes C220 1997 EURO 2 11 Mercedes E200 1996 EURO 2 12 Mercedes 190 D 1992 EURO 1 16 Mercedes 190 D 1987 Pré-EURO 21 Mercedes 190 D 1994 EURO 1 14 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes 190 D 1992 EURO 1 16 Mercedes 190 D 1991 Pré-EURO 17 Mercedes 190 D 1993 EURO 1 15 Mercedes C200 1997 EURO 2 11 Mercedes 190 D 1994 EURO 1 14 Mercedes 190 D 1995 EURO 1 13

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

69

Mercedes C220 1994 EURO 1 14 Mercedes C220 1995 EURO 1 13 Mercedes 190 D 1993 EURO 1 15 Mercedes C200 1992 EURO 1 16 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes C220 1997 EURO 2 11 Mercedes C200 1991 Pré-EURO 17 Mercedes 190 D 1991 Pré-EURO 17 Mercedes 190 D 1992 EURO 1 16 Mercedes 190 D 1991 Pré-EURO 17 Mercedes 190 D 1993 EURO 1 15 Mercedes 190 D 1993 EURO 1 15 Mercedes C200 2004 EURO 4 4 Mercedes 190 D 1992 EURO 1 16 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes C200 2003 EURO 3 5 Mercedes C200 1998 EURO 2 10 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes C200 1988 Pré-EURO 20 Mercedes 190 D 1996 EURO 2 12 Mercedes 190 D 1991 Pré-EURO 17 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes C200 1993 EURO 1 15 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes E200 1995 EURO 1 13 Mercedes C220 1994 EURO 1 14 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes E220 1996 EURO 2 12 Mercedes C220 1995 EURO 1 13 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes C200 1993 EURO 1 15 Mercedes C220 1998 EURO 2 10 Mercedes 190 D 1993 EURO 1 15 Mercedes 190 D 1992 EURO 1 16 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes C220 1998 EURO 2 10 Mercedes 190 D 1991 Pré-EURO 17 Mercedes 190 D 1989 Pré-EURO 19 Mercedes 190 D 1989 Pré-EURO 19 Mercedes 190 D 1988 Pré-EURO 20 Mercedes C200 1992 EURO 1 16 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes C200 1996 EURO 2 12 Mercedes 190 D 1991 Pré-EURO 17 Mercedes C220 1999 EURO 2 9 Mercedes C220 1995 EURO 1 13 Mercedes 190 D 1993 EURO 1 15 Mercedes 190 D 1989 Pré-EURO 19 Mercedes C200 1995 EURO 1 13

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

70

Mercedes 190 D 1989 Pré-EURO 19 Mercedes 190 D 1991 Pré-EURO 17 Mercedes E220 1999 EURO 2 9 Mercedes C200 2001 EURO 3 7 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes E220 1994 EURO 1 14 Mercedes C200 2004 EURO 4 4 Mercedes C220 1995 EURO 1 13 Mercedes C220 2000 EURO 3 8 Mercedes C200 2002 EURO 3 6 Mercedes C200 1993 EURO 1 15 Mercedes 190 D 1992 EURO 1 16 Mercedes E220 2004 EURO 4 4 Mercedes 190 D 1995 EURO 1 13 Mercedes E200 1997 EURO 2 11 Mercedes C220 2004 EURO 4 4 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes 190 D 1991 Pré-EURO 17 Mercedes C220 1999 EURO 2 9 Mercedes C200 1999 EURO 2 9 Mercedes 190 D 1993 EURO 1 15 Mercedes 190 D 1992 EURO 1 16 Mercedes E220 1996 EURO 2 12 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes 190 D 1993 EURO 1 15 Mercedes 190 D 1992 EURO 1 16 Mercedes C200 1993 EURO 1 15 Mercedes 190 D 1992 EURO 1 16 Mercedes C200 1993 EURO 1 15 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes 190 D 1990 Pré-EURO 18 Mercedes E250 1994 EURO 1 14 Mercedes 190 D 1992 EURO 1 16 Mercedes C200 2005 EURO 4 3 Mercedes 190 D 1992 EURO 1 16 Mercedes 190 D 1992 EURO 1 16 Mercedes 190 D 1988 Pré-EURO 20 Mercedes 190 D 1990 Pré-EURO 18 Mercedes E200 2000 EURO 3 8 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes C220 1991 Pré-EURO 17 Mercedes E200 1995 EURO 1 13 Mercedes C220 2000 EURO 3 8 Mercedes C200 2004 EURO 4 4 Mercedes C220 2002 EURO 3 6 Mercedes C200 1992 EURO 1 16 Mercedes 190 D 1987 Pré-EURO 21 Opel Zafira 2001 EURO 3 7

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

71

Opel Zafira 2005 EURO 4 3 Opel Vectra 1994 EURO 1 14 Peugeot 306 1998 EURO 2 10 Peugeot 406 2004 EURO 4 4 Peugeot 306 1998 EURO 2 10 Renault Laguna 2005 EURO 4 3 Skoda Octavia 1999 EURO 2 9 Skoda Octavia 2002 EURO 3 6 Skoda Octavia 2001 EURO 3 7 Volkswagen Passat 1995 EURO 1 13 Volkswagen Jetta 2008 EURO 4 0

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

72

Data 16-06-2008 Hora de início 13h15 Hora de fim 14h15

Local Av. Liberdade cruzamento com a Rua Manuel de Jesus Coelho, faixa central (1º semáforo)

Sentido (Sul-Norte ou Norte-Sul) Norte-Sul

Marca Modelo Ano Norma Idade

Citroen Xsara break 2004 EURO 4 4

Citroen Xsara 1998 EURO 2 10

Citroen Xantia 1996 EURO 2 12

Mercedes C220 1997 EURO 2 11 Mercedes 190D 1995 EURO 1 13 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes C220 1995 EURO 1 13 Mercedes 190D 1997 EURO 2 11 Mercedes 190D 1997 EURO 2 11 Mercedes 190D 1997 EURO 2 11 Mercedes C200 1998 EURO 2 10 Mercedes E200 1997 EURO 2 11 Mercedes 240D 1983 Pré-EURO 25 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes 190D 1993 EURO 1 15 Mercedes C200 1997 EURO 2 11 Mercedes C220 break 1998 EURO 2 10 Mercedes 250D 1996 EURO 2 12 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes C200 1996 EURO 2 12 Mercedes 190D 1993 EURO 1 15 Mercedes 190D 1997 EURO 2 11 Mercedes C200 1997 EURO 2 11 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes 190D 1996 EURO 2 12 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes 190D 1992 EURO 1 16 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes 190D 1990 Pré-EURO 18 Mercedes E220D 2007 EURO 4 1 Mercedes C200 1997 EURO 2 11 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes 190D 1992 EURO 1 16 Mercedes 190D 1996 EURO 2 12 Mercedes C200 Cdi 2002 EURO 3 6 Mercedes 190D 1989 Pré-EURO 19 Mercedes 190D 1991 Pré-EURO 17 Mercedes C200 1995 EURO 1 13

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

73

Mercedes C200 1997 EURO 2 11 Mercedes C200 1999 EURO 2 9 Mercedes C200 1999 EURO 2 9 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes 200D 1996 EURO 2 12 Mercedes E200 1994 EURO 1 14 Mercedes 190D 1997 EURO 2 11 Mercedes 190D 1991 Pré-EURO 17 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes C200 1998 EURO 2 10 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes 190D 1992 EURO 1 16 Mercedes C200 1998 EURO 2 10 Mercedes C200 2001 EURO 3 7 Mercedes C200 CDi 2002 EURO 3 6 Mercedes 190D 1993 EURO 1 15 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes 190D 1991 Pré-EURO 17 Mercedes 200D 1992 EURO 1 16 Mercedes C200 1997 EURO 2 11 Mercedes C200 1996 EURO 2 12 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes 190D 1992 EURO 1 16 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes E200 Cdi 2000 EURO 3 8 Mercedes 190D 1996 EURO 2 12 Mercedes C220 2002 EURO 3 6 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes 190D 1997 EURO 2 11 Mercedes 190D 1987 Pré-EURO 21 Mercedes 190D 1993 EURO 1 15 Mercedes 190D 1989 Pré-EURO 19 Mercedes C200 D 1994 EURO 1 14 Mercedes E200 break 2005 EURO 4 3 Mercedes C200 Cdi 2000 EURO 3 8 Mercedes C200 1994 EURO 1 14 Mercedes C220 D 1998 EURO 2 10 Mercedes 190D 1991 Pré-EURO 17 Mercedes C200 2002 EURO 3 6 Mercedes C200 1998 EURO 2 10 Mercedes 190D 1989 Pré-EURO 19 Mercedes C200 1997 EURO 2 11 Mercedes C200 1995 EURO 1 13 Mercedes C200 1996 EURO 2 12 Mercedes 190D 1996 EURO 2 12 Mercedes C200 D 1996 EURO 2 12 Mercedes C200 1999 EURO 2 9 Mercedes C200 1997 EURO 2 11

Campanhas de contagem e caracterização do tráfego rodoviário na Av. Liberdade 

 

74

Nissan Almera 20D 1998 EURO 2 10 Nissan Almera 2001 EURO 3 7 Nissan Almera 2001 EURO 3 7 Opel Vectra 1993 EURO 1 15 Skoda Octavia 2000 EURO 3 8 Volkswagen Golf Sdi 2000 EURO 3 8 Volkswagen Vento 1992 EURO 1 16 Volkswagen Vento 1994 EURO 1 14

PUALZE 2003 PROPOSTA DE PLANO

Manuel Fernandes de Sá, Lda | Rua da Constituição, 344 –1º D | 4200-192 Porto | TF. 225089418 | FX. 225504473 | EE. [email protected]

ANEXO 5. I. COMPROMISSOS CAMARÁRIOS

Tipo Oper. Urbanística Processo Cod_Sig Local

Informação Prévia Informação Prévia 1067/EDI/200 1401107020001 R Rodrigues Sampaio 37Informação Prévia Informação Prévia 1212/EDI/200 4600701051001 R do Salitre 179-179AInformação Prévia Informação Prévia 1236/EDI/200 1401003004001 Pc do Marquês de Pombal 2Informação Prévia Informação Prévia 1260/EDI/200 4500803001001 Pc do Príncipe Real 32Informação Prévia Informação Prévia 1285/EDI/200 4600702275001 R da Escola Politécnica 38-46Informação Prévia Informação Prévia 1467/EDI/200 4601403011001 R Rosa Araújo 32Informação Prévia Informação Prévia 1578/EDI/200 4601403011001 R Rosa Araújo 32Informação Prévia Informação Prévia 172/EDI/2004 4601403013001 R Castilho 15Informação Prévia Informação Prévia 1840/EDI/200 1401005015001 R Mouzinho da Silveira 9-21Informação Prévia Informação Prévia 197/EDI/2003 1401002024001 R Castilho 64-70Informação Prévia Informação Prévia 2117/EDI/200 4600702244001 R do Salitre 119-121Informação Prévia Informação Prévia 2207/EDI/200 3100405010001 Tv do Forno 7A-7EInformação Prévia Informação Prévia 2207/EDI/200 3100405011001 R do Jardim do Regedor 27-35Informação Prévia Informação Prévia 284/EDI/2007 4601407006001 R do Salitre 92-92AInformação Prévia Informação Prévia 284/EDI/2007 4601407007001 R do Salitre 100-100AInformação Prévia Informação Prévia 326/EDI/2003 1401009029001 Av da Liberdade 187Informação Prévia Informação Prévia 363/EDI/2006 4601405010001 R Rosa Araújo 49-49CInformação Prévia Informação Prévia 414/EDI/2003 2400601144001 R das Portas de Santo Antão 112-118Informação Prévia Informação Prévia 45/EDI/2008 4500605026001 R da Alegria 45-51Informação Prévia Informação Prévia 512/EDI/2005 4501207031001 Pc da Alegria 24-26Informação Prévia Informação Prévia 663/EDI/2006 4501201008001 Av da Liberdade 138-140Informação Prévia Informação Prévia 663/EDI/2006 4501201033001 Av da Liberdade 142Informação Prévia Informação Prévia 663/EDI/2006 4501201046001 R de São José 125-129Informação Prévia Informação Prévia 702/EDI/2004 4501208002001 R da Alegria 23-27Licença Alteração 1/EDI/2006 4501304005001 Tv do Fala-Só 16-16ALicença Alteração 1011/EDI/200 4601406044001 R Alexandre Herculano 53-53FLicença Alteração 1020/EDI/200 4501201040001 Av da Liberdade 136-136BLicença Alteração 1033/EDI/200 1400206016001 R Rodrigues Sampaio 174-174BLicença Alteração 1040/EDI/200 4501303004001 Tv do Fala-Só 15-15FLicença Alteração 1065/EDI/200 4501103009001 R das Pretas 49Licença Alteração 107/EDI/2004 1401102005002 R de Santa Marta 35-35BLicença Alteração 1082/EDI/200 4601401031001 R Rodrigo da Fonseca 76-76BLicença Alteração 1120/EDI/200 1401106008001 R Rodrigues Sampaio 50, R/C Licença Alteração 1120/EDI/200 1401106008001 R Rodrigues Sampaio 50-50BLicença Alteração 1175/EDI/200 1401009030001 Av da Liberdade 179-185Licença Alteração 1214/EDI/200 1401002036001 R Braamcamp 10-10B

Tipo Oper. Urbanística Processo Cod_Sig Local

Licença Alteração 1224/EDI/200 3100401001001 R das Portas de Santo Antão 117, 1º Licença Alteração 1224/EDI/200 3100401001001 R dos Condes 1-7Licença Alteração 124/EDI/2005 3100406010001 R das Portas de Santo Antão 1-9Licença Alteração 124/EDI/2005 3100406010001 R das Portas de Santo Antão 9, 3º e 4º Licença Alteração 1253/EDI/200 1401102048001 R Alexandre Herculano 9-9ALicença Alteração 1264/EDI/200 1401102001001 R de Santa Marta 43-43BLicença Alteração 1327/EDI/200 1400206009001 R Rodrigues Sampaio 172-172ALicença Alteração 1328/EDI/200 1401203015001 Tv das Parreiras 7Licença Alteração 1332/EDI/200 4501208020001 Tv do Rosário 16-16CLicença Alteração 1343/EDI/200 4501302005001 R da Glória 8-12Licença Alteração 1345/EDI/200 1401006030001 R Alexandre Herculano 19-19ALicença Alteração 1359/EDI/200 4501209008001 R da Glória 58-60Licença Alteração 1359/EDI/200 4501209008001 R da Glória 60, R/C Licença Alteração 1450/EDI/200 4501003036001 R da Fé 14-18Licença Alteração 1496/EDI/200 1401002020001 Pc do Marquês de Pombal 3-3BLicença Alteração 15/EDI/2008 3100401003001 R dos Condes 9-13Licença Alteração 15/EDI/2008 3100401003002 R dos Condes 15-27Licença Alteração 1552/EDI/200 4600702160001 R Nova de São Mamede 70-72Licença Alteração 1556/EDI/200 1401401033001 R Luciano Cordeiro 53Licença Alteração 1581/EDI/200 4501201020001 R de São José 119-123Licença Alteração 1585/EDI/200 3100405011001 R do Jardim do Regedor 27-35Licença Alteração 1596/EDI/200 1400204001001 Pc do Marquês de Pombal 12-12ALicença Alteração 1629/EDI/200 1401006016001 R Alexandre Herculano 27-27ALicença Alteração 164/EDI/2006 4501201029001 R de São José 93-97Licença Alteração 165/EDI/2007 1401002020001 Pc do Marquês de Pombal 3-3BLicença Alteração 165/EDI/2008 4601401003001 R Rodrigo da Fonseca 38Licença Alteração 1651/EDI/200 1401009065001 R do Salitre 80Licença Alteração 1702/EDI/200 3100405010001 Tv do Forno 7A-7ELicença Alteração 1725/EDI/200 1401106020001 R Rodrigues Sampaio 52-52CLicença Alteração 175/EDI/2008 1401003006001 Pc do Marquês de Pombal 1, 3º CLicença Alteração 175/EDI/2008 1401003006001 Pc do Marquês de Pombal 1-1CLicença Alteração 1771/EDI/200 4500901016001 R do Cardal de São José 48Licença Alteração 1820/EDI/200 4600202086001 R Rodrigo da Fonseca 31-37Licença Alteração 1847/EDI/200 1400206017001 R Rodrigues Sampaio 152-160Licença Alteração 1952/EDI/200 1401011014001 R Júlio César Machado 4, 3º Licença Alteração 1952/EDI/200 1401011014001 R Júlio César Machado 4-4A

Tipo Oper. Urbanística Processo Cod_Sig Local

Licença Alteração 1956/EDI/200 2400606007001 Tv do Forno do Torel 1-3Licença Alteração 2057/EDI/200 4500601003001 Tv do Salitre 5-7ELicença Alteração 2088/EDI/200 4500902016001 R do Cardal de São José 61Licença Alteração 2099/EDI/200 1401107009001 Av da Liberdade 196-196FLicença Alteração 213/EDI/2004 4601401017001 R Castilho 73-73CLicença Alteração 2148/EDI/200 4500903009001 R do Cardal de São José 44-44BLicença Alteração 2171/EDI/200 4501201032001 R das Pretas 2-6Licença Alteração 2237/EDI/200 4600702238001 R do Salitre 55Licença Alteração 2237/EDI/200 4600702238001 R do Salitre 55, 1º DtoLicença Alteração 2303/EDI/200 1401004019001 R Alexandre Herculano 18-36Licença Alteração 2322/EDI/200 1401002007001 R Joaquim António de Aguiar 3-3BLicença Alteração 332/EDI/2004 4601401043001 R Castilho 75-75DLicença Alteração 335/EDI/2005 4501205002001 Pc da Alegria 11, 2º Licença Alteração 335/EDI/2005 4501205002001 Pc da Alegria 11, 3º Licença Alteração 335/EDI/2005 4501205002001 Pc da Alegria 8-11Licença Alteração 340/EDI/2006 4500605025001 R da Alegria 53Licença Alteração 347/EDI/2006 1401102033001 R Alexandre Herculano 3, 1º EsqLicença Alteração 347/EDI/2006 1401102033001 R Alexandre Herculano 3-3BLicença Alteração 383/EDI/2004 4601404034001 R do Salitre 118-120Licença Alteração 492/EDI/2006 1401101017001 R Rodrigues Sampaio 103-103BLicença Alteração 500/EDI/2005 4501201016001 Av da Liberdade 144-156Licença Alteração 523/EDI/2005 4501303045001 R das Taipas 42Licença Alteração 532/EDI/2003 1401006034001 R Alexandre Herculano 21-21ALicença Alteração 537/EDI/2004 4500902016001 R do Cardal de São José 61Licença Alteração 568/EDI/2006 1401003017001 R Duque de Palmela 32-32GLicença Alteração 576/EDI/2008 1401401033001 R Luciano Cordeiro 53Licença Alteração 576/EDI/2008 1401401033001 R Luciano Cordeiro 53, Cave Licença Alteração 581/EDI/2007 1401401095001 R da Sociedade Farmacêutica 15Licença Alteração 581/EDI/2007 1401401095001 R da Sociedade Farmacêutica 15, 2º Licença Alteração 594/EDI/2007 4601401057001 R Braamcamp 50-50BLicença Alteração 615/EDI/2003 4601405009001 R Castilho 11-11BLicença Alteração 622/EDI/2004 4600202039001 R Alexandre Herculano 58-58BLicença Alteração 624/EDI/2006 1400207008001 R Alexandre Herculano 4Licença Alteração 646/EDI/2005 4600702246001 R do Salitre 149Licença Alteração 651/EDI/2006 1400206016001 R Rodrigues Sampaio 174-174BLicença Alteração 69/EDI/2004 4601401043001 R Castilho 75-75D

Tipo Oper. Urbanística Processo Cod_Sig Local

Licença Alteração 709/EDI/2006 4601401035001 R Castilho 67, R/C Licença Alteração 709/EDI/2006 4601401035001 R Castilho 67-67BLicença Alteração 748/EDI/2006 1401009030001 Av da Liberdade 179-185Licença Alteração 753/EDI/2006 4500803008001 Pc do Príncipe Real 29Licença Alteração 773/EDI/2005 4500901013001 Tv Larga 1Licença Alteração 817/EDI/2007 1401202003001 Tv das Parreiras 52Licença Alteração 870/EDI/2005 1400206017001 R Rodrigues Sampaio 152-160Licença Alteração 870/EDI/2005 1400206017001 R Rodrigues Sampaio 158, Cave Licença Alteração 914/EDI/2006 4500803004001 Cc da Patriarcal 13Licença Alteração 915/EDI/2006 1401004014001 R Duque de Palmela 11-11BLicença Alteração 946/EDI/2007 1401002020001 Pc do Marquês de Pombal 3-3BLicença Alteração 955/EDI/2006 3100405005001 R do Jardim do Regedor 47-51Licença Alteração 957/EDI/2006 4500803001001 Pc do Príncipe Real 32Licença Alteração 986/EDI/2006 4601401044001 R Rodrigo da Fonseca 60-60ALicença Alteração Durante a Execução da Obra 1102/EDI/200 1401009065001 R do Salitre 80Licença Alteração Durante a Execução da Obra 116/EDI/2007 4600702246001 R do Salitre 149Licença Alteração Durante a Execução da Obra 1228/EDI/200 4601401006001 R Joaquim António de Aguiar 45-45ALicença Alteração Durante a Execução da Obra 1254/EDI/200 1401006016001 R Alexandre Herculano 27-27ALicença Alteração Durante a Execução da Obra 1696/EDI/200 1400206023001 R Camilo Castelo Branco 27-31Licença Alteração Durante a Execução da Obra 19/EDI/2004 1401002039001 Pc do Marquês de Pombal 8-8BLicença Alteração Durante a Execução da Obra 295/EDI/2007 4601405004001 R Rodrigo da Fonseca 4Licença Alteração Durante a Execução da Obra 527/EDI/2007 4601406007001 R do Vale de Pereiro S/N (1A)Licença Alteração Durante a Execução da Obra 562/EDI/2003 2400601129001 Tv da Pena 5Licença Alteração Durante a Execução da Obra 668/EDI/2007 4601407021001 R do Salitre 108Autorização Ampliação 975/EDI/2005 4601407021001 R do Salitre 108Licença Ampliação 1039/EDI/200 4501103033001 R de São José 23-27Licença Ampliação 114/EDI/2008 1401101017001 R Rodrigues Sampaio 103-103BLicença Ampliação 1200/EDI/200 4601403013001 R Castilho 15Licença Ampliação 1245/EDI/200 4500903009001 R do Cardal de São José 44-44BLicença Ampliação 1387/EDI/200 1401009017001 R Castilho 18-20Licença Ampliação 139/EDI/2005 4600702228001 R do Salitre 13-17Licença Ampliação 1485/EDI/200 4500903005001 R da Metade 5Licença Ampliação 1527/EDI/200 1401009016001 R Castilho 6-12Licença Ampliação 1583/EDI/200 4501302007001 R da Glória 14-18Licença Ampliação 1591/EDI/200 4600701057001 R do Salitre 171-171ALicença Ampliação 1674/EDI/200 1401104018001 R de Santa Marta 48-48F

Tipo Oper. Urbanística Processo Cod_Sig Local

Licença Ampliação 1719/EDI/200 4601405004001 R Rodrigo da Fonseca 4Licença Ampliação 198/EDI/2008 4500902011001 R de Santa Marta 16E, 2º FLicença Ampliação 198/EDI/2008 4500902011001 R do Cardal de São José 73Licença Ampliação 1980/EDI/200 1401103009001 R Rodrigues Sampaio 93Licença Ampliação 2031/EDI/200 4601401054001 R Castilho 57, Cave ALicença Ampliação 2031/EDI/200 4601401054001 R Castilho 57, Cave BLicença Ampliação 2031/EDI/200 4601401054001 R Castilho 57-57ALicença Ampliação 2059/EDI/200 1401008009001 R Alexandre Herculano 33-33ALicença Ampliação 2155/EDI/200 1401107020001 R Rodrigues Sampaio 37Licença Ampliação 2299/EDI/200 4501103027001 R de São José 41Licença Ampliação 359/EDI/2004 1400206023001 R Camilo Castelo Branco 27-31Licença Ampliação 582/EDI/2005 1401003004001 Pc do Marquês de Pombal 2Licença Ampliação 628/EDI/2007 4601405010001 R Rosa Araújo 49-49CLicença Ampliação 666/EDI/2007 4501301016001 R da Glória 61-65ALicença Ampliação 666/EDI/2007 4501301016001 R da Glória 63, 1º FrenteLicença Ampliação 708/EDI/2007 4501202009001 R de São José 182-186Licença Ampliação 732/EDI/2005 4501301021001 R da Conceição da Glória 39-41Licença Ampliação 963/EDI/2006 1401010004001 R Castilho 22-22ALicença Construção 1259/EDI/200 GEST_1401002_334Rua Castilho 64-- 70Licença Construção 162/EDI/2005 4601406020001 R Alexandre Herculano 63-63A (Escola)Licença Construção 162/EDI/2005 4601406021001 R do Salitre 184-198Licença Construção 1949/EDI/200 4501104008001 Cc do Lavra 36Licença Construção 215/EDI/2007 GEST_1401103_900Av da Liberdade 238Licença Construção 263/EDI/2004 4601404026001 R Rodrigo da Fonseca 5-7Licença Construção 277/EDI/2004 4601406007001 R do Vale de Pereiro S/N (1A)Licença Construção 604/EDI/2005 4601403011001 R Rosa Araújo 32Licença Construção 87/EDI/2006 GEST_4501301_413Rua de Santo Antonio da Gloria 68Licença Demolição 1161/EDI/200 4601403011001 R Rosa Araújo 32Licença Demolição 1166/EDI/200 4601401017001 R Castilho 73-73CLicença Demolição 143/EDI/2006 1401006016001 R Alexandre Herculano 27-27ALicença Demolição 1434/EDI/200 4501301040001 R de Santo António da Glória 68Licença Demolição 1489/EDI/200 4501302005001 R da Glória 8-12Licença Demolição 1517/EDI/200 4500901013001 Tv Larga 1Licença Demolição 1564/EDI/200 1401009030001 Av da Liberdade 179-185Licença Demolição 1718/EDI/200 4501301021001 R da Conceição da Glória 39-41Licença Demolição 1845/EDI/200 4501302007001 R da Glória 14-18

Tipo Oper. Urbanística Processo Cod_Sig Local

Licença Demolição 1928/EDI/200 1401401033001 R Luciano Cordeiro 53Licença Demolição 1954/EDI/200 4501208020001 Tv do Rosário 16-16CLicença Demolição 2019/EDI/200 1401104018001 R de Santa Marta 48-48FLicença Demolição 2180/EDI/200 4600701057001 R do Salitre 171-171ALicença Demolição 274/EDI/2007 3100405010001 Tv do Forno 7A-7ELicença Demolição 346/EDI/2005 4501003036001 R da Fé 14-18Licença Demolição 39/EDI/2006 4500901016001 R do Cardal de São José 48Licença Demolição 417/EDI/2006 4600702246001 R do Salitre 149Licença Demolição 507/EDI/2006 4501104008001 Cc do Lavra 36Licença Demolição 775/EDI/2006 4501103033001 R de São José 23-27Licença Demolição 863/EDI/2006 4500903005001 R da Metade 5Licença Emparcelamento/Reparcelamento 22/URB/2004 4600702107001 R do Salitre 145-147Licença Emparcelamento/Reparcelamento 22/URB/2004 4600702200001 R do Salitre 143Licença Emparcelamento/Reparcelamento 27/URB/2006 1401006003001 R Rosa Araújo 8-10Licença Emparcelamento/Reparcelamento 27/URB/2006 1401006007001 R Rosa Araújo 6Licença Emparcelamento/Reparcelamento 27/URB/2006 1401006012001 R Rosa Araújo 4Licença Obras de Conservação 462/EDI/2008 3100403014001 Pc dos Restauradores 17-24

PUALZE 2003 PROPOSTA DE PLANO

Manuel Fernandes de Sá, Lda | Rua da Constituição, 344 –1º D | 4200-192 Porto | TF. 225089418 | FX. 225504473 | EE. [email protected]

ANEXO 6. I. RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

Outubro 2008

CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA·

PLANO DE URBANIZAÇÃO DA AVENIDA DA LIBERDADE E ZONA ENVOLVENTE

RELATÓRIO AMBIENTAL

INDICE

1.Introdução 01

2. Objectivos e metodologia do Relatório Ambiental 01

3. Antecedentes 02

4.Quadro de referência estratégica 04

5.Definição de Factores Ambientais e Factores Críti cos de Decisão 09

6.Análise dos Factores Ambientais face aos Factore s Críticos de Decisão 10

6.1. Situação de referência 10

6.1.1. Ambiência Urbana 10

6.1.1.1.Paisagem 10

6.1.1.2.Espaçopúblico 15

6.1.1.3 Património Reabilitação do Edificado 16

6.1.2. Aspecto Sócio económicos 17

6.1.2.1.Análise Demográfica 17

6.1.2.2.Coesão Social 18

6.1.2.3.Segurança Urbana 21

6.1.3.Ordenamento do Território 22

6.1.3.1. Mobilidade 22

6.1.3.2.Uso e transformação do solo 26

6.1.4. Qualidade Ambiental 32

6.1.4.1. Ambiente Sonoro 32

6.1.4.2 .Qualidade do Ar 36

6.1.4.3Hidrogeologia 45

6.2.Avaliação Ambiental com a implementação do PUAL ZE 52

6.2.1.AmbiênciaUrbana 52

6.2.1.1.Paisagem 52

6.2.1.2.Espaço Público 54

6.2.1.3.Património e Reabilitação Urbana 54

6.2.2. Aspectos Socioeconómicos 55

6.2.2.1.Análise Demográfica 55

6.2.2.2.Coesão Social 56

6.2.2.3.SegurançaUrbana 58

6.2.2.4.Ordenamento do Território 58

6.2.3.1.Mobilidade 58

6.2.3.2.Uso e Transformação do Solo 63

6.2.4. Qualidade Ambiental 64

6.2.4.1.Ambiente Sonoro 64

6.2.4.2.Qualidade do Ar 68

6.2.4.3.Hidrogeologia 68

6.3. Avaliação Ambiental Cenário Zero, sem Impleme ntação do PUALZE 70

7.Avaliação dos Factores Críticos. Pontos Fortes, P ontos Fracos,

Oportunidades e Riscos 73

8.Recomendações e programa de seguimento 75

9. Recomendações para monitorização do Plano 77

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1. Introdução O presente documento constitui o Relatório Ambiental (RA), no âmbito da Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) do Plano de Urbanização da Avenida da Liberdade e Zona Envolvente (PUALZE). Na sua elaboração estão subjacentes os princípios descritos no Decreto – Lei nº 232/07 de 15 de Junho. A avaliação ambiental estratégica é um processo da avaliação dos impactes ambientais ao nível estratégico de Políticas, Programas ou Planos, com a finalidade de integrar os aspectos ambientais, sociais e económicos na tomada de decisão num quadro de sustentabilidade. Contudo no caso em estudo, o PUALZE, por se tratar de um processo em curso, há alguns anos, não dispõe de todos os elementos para se proceder ao processo de AAE integralmente, para o qual o Relatório Ambiental consubstancia a referida avaliação. A título de exemplo, refere-se a ausência de alternativas ou definição de objectivos de melhoria ambiental. Assim, assiste-se, de alguma maneira, à adaptação do estudo e respectivo RA às características do Plano, em que, com base na sistematização da abordagem do PUALZE, aos vários aspectos ambientais se avaliam, na medida do possível, as vantagens e desvantagens das iniciativas. Deste modo, não tendo sido consideradas de raiz estas questões, elas surgem numa abordagem posterior, com necessidade de adaptação ao nível da estratégia do PUALZE. Em termos de Estrutura o presente Relatório Ambiental segue em linhas gerais o Artº 6º do Decreto – Lei nº 232 /07 de 15 de Junho, com a salvaguarda de duas questões fundamentais: a introdução dos aspectos ambientais à posteriori e a incerteza de concretização das acções inerentes a qualquer Plano e consequentemente ao PUALZE.

2. Objectivos e metodologia do Relatório Ambiental O presente Relatório Ambiental (RA) tem como objectivo principal avaliar a capacidade do PUALZE de contribuir para a resolução dos problemas ambientais identificados. Faz uma abordagem flexível, distinta do processo de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA), dado que um Plano de Urbanização encerra, em si mesmo, a incerteza e desconhecimento da total adopção das acções previstas. Deste modo, não dá prioridade à minimização de impactes tal como acontece em AIA, mas sim procede à avaliação de impactes na óptica de identificação de oportunidades e riscos. São, ainda, objectivos deste RA apoiar a decisão relativamente às acções do Plano tendo em vista decisões sustentáveis e integrar as questões ambientais e de sustentabilidade.

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A metodologia do RA segue o descrito no Decreto - Lei 232/07, nomeadamente são identificados, descritos e avaliados os eventuais efeitos significativos no ambiente resultantes da aplicação do PUALZE. São abordados os objectivos e conteúdos do PUALZE, bem como a sua articulação com outros Planos. São descritas e avaliadas as características ambientais da Área de Intervenção (AI) do PUALZE, assim como a sua evolução no caso da não aplicação do Plano. A avaliação dos efeitos no ambiente é precedida da selecção dos descritores ambientais com pertinência para o caso em estudo, tendo em consideração todo o processo evolutivo do Plano e respectivos estudos sectoriais, os pareceres e apreciações emitidas pela CCDR/LVT, a avaliação dos parâmetros ambientais relevantes da AI, por uma equipa técnica pluridisciplinar e ainda os objectivos de protecção ambiental estabelecidos tanto a nível nacional como comunitário. O Estudo Acústico, o Estudo de Qualidade do Ar e o Estudo Hidrogeológico, constituem o conjunto de estudos sectoriais ambientais, desenvolvidos no âmbito do PUALZE, que contribuíram para a definição do âmbito, para a selecção dos descritores ambientais pertinentes, factores críticos e definição de critérios, no âmbito do presente Relatório Ambiental. Deste modo, considerando a metodologia descrita, são avaliados os possíveis efeitos significativos decorrentes da aplicação do PUALZE, quanto aos efeitos secundários, cumulativos e sinergéticos, de curto, médio e longo prazos, permanentes e temporários, de sentido positivo ou negativo, nos factores ambientais relevantes no PUALZE como sejam: − Espaço público, estrutura ecológica e paisagem − Qualidade do ar, ambiente sonoro e hidrogeologia − “Funcionamento” do território (interligação com outros Planos que incluam ou

estejam incluídos na AI), acessibilidade e transportes, uso do solo − Património arquitectónico e arqueológico, recuperação/reabilitação do

edificado − Fixação da população, demografia, aspectos socioeconómicos, coesão social

e segurança Finalmente, são indicadas e destacadas as medidas contempladas no PUALZE para prevenir, reduzir e eventualmente eliminar os problemas ambientais identificados. Sempre que possível, são, também, referidas as medidas supra PUALZE que terão efeitos mitigadores sobre as incidências ambientais existentes ou previstas.

3. Antecedentes O processo de elaboração do Plano de Urbanização da Avenida da Liberdade e Zona Envolvente (PUALZE) iniciou-se com a apresentação das Normas Provisórias para a área em estudo, aprovadas pelo Executivo Camarário em 24 de Junho de 1991, que decidiu, em 17 de Dezembro de 1991, publicar em Diário Municipal um despacho que determinava que “os pedidos de licenciamento de obras na área abrangida pelo PUALZE sejam já apreciadas no quadro das Medidas Preventivas em vigor, de acordo com os parâmetros de gestão contidos

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nas Normas Provisórias e tendo em conta o parecer sobre estas emitido pelo IPPC”. Em Abril de 1992 foi apresentada a fase de Ante-Plano que sistematizou a informação recolhida e antecipou as propostas de intervenção consideradas mais relevantes e necessárias para o ordenamento da zona, as quais foram amplamente debatidas com os responsáveis políticos, corpo técnico camarário, entidades de tutela e agentes privados e públicos intervenientes na área em estudo. Este debate, bem como os resultados da apresentação pública efectuada no Capitólio, permitiram as revisões dessas propostas, tendo em vista a sua melhor adequação às estratégias municipais. Em Julho de 1993 foi apresentado o Plano de Urbanização da Avenida da Liberdade e Zona Envolvente o que deu início ao seu processo de aprovação. Em Fevereiro de 1994 a Câmara Municipal aprova, em princípio, o Plano, em simultâneo com as Normas Provisórias apresentadas em 1991, as quais foram aprovadas pela Assembleia Municipal, em Março de 1994. Este documento nunca chegou a ser publicado em Diário da República. Em Março de 1995, o PUALZE é aprovado pelo IPPAR, seguindo-se a apreciação positiva de outras entidades de tutela, razão pela qual o PUALZE é submetido a inquérito público que ocorreu em Junho e Julho de 1995. Em 6 de Novembro de 1995 é apresentada a versão final do PUALZE que incluía as alterações induzidas pelas contribuições decorrentes do Inquérito Público e dos pareceres das entidades de tutela. Finalmente, a Comissão Permanente de Urbanismo, Rede Viária e Circulação da Assembleia Municipal emite, em Maio de 1996, um parecer que aprova condicionalmente o Plano, formulando algumas recomendações, entre as quais a de excluir o Parque Mayer do processo. Este primeiro ciclo do PUALZE foi encerrado sem que tivesse havido a votação final da Assembleia Municipal e sequente publicação em Diário da República. Em finais de 2003 foi reatado o processo de elaboração do PUALZE, cuja proposta preliminar (Estudo Prévio) foi apresentada em Agosto de 2004. Em Março 2006 foi apresentado a nova proposta de Plano, base da proposta actual, de Setembro de 2008. A revisão deste Plano, dez anos após a sua formulação inicial, constituiu uma oportunidade excepcional para compreender e “medir” a evolução deste sector central da cidade de Lisboa que, na ausência de Plano eficaz que materializasse uma estratégia de regeneração urbana, viu acentuar-se fenómenos de degradação do edificado, perda de população e de centralidade. Neste lapso de tempo, a metodologia, conteúdo material e documental do Plano de Urbanização alteram-se profundamente, quanto mais não seja porque todo o quadro legislativo de suporte foi profundamente alterado.

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Por outro lado, se a primeira versão do plano surge num contexto de estabilização do modelo de organização espacial que veio a ser consagrado no Plano Director Municipal (PDM) de 1994, a presente versão do Plano ocorre no decurso da sua revisão, antecedendo, de novo, a respectiva concretização. Estes aspectos constituem contingências do processo de elaboração do Plano, o qual pretende contribuir, dentro do seu âmbito, para a concretização do modelo de desenvolvimento territorial da cidade presente e futuro.

4. Quadro de referência estratégica Neste capítulo pretende-se confrontar a intervenção pretendida, através da aplicação do PUALZE, com os objectivos preconizados em diversos referenciais estratégicos, relevantes para a análise em curso, especificamente relacionados com as questões ambientais, sociais e económicos na óptica da sustentabilidade das acções. Tanto quanto possível, serão referidos os referenciais internacionais e nacionais relacionados. Ao nível Europeu destacam-se: Na área do Desenvolvimento Sustentável, a Estratégia para o Desenvolvimento Sustentável da União Europeia, que inclui diversas medidas no sentido de melhorar o processo de decisão politica, aumentando a coerência e perspectiva de longo prazo. Toma como prioridade os seguintes domínios de acção: Alterações climáticas e energia limpa; saúde pública; gestão de recursos naturais; transportes sustentáveis e os desafios do desenvolvimento incluindo a pobreza no Mundo. Na área do Desenvolvimento Territorial, o Esquema de Desenvolvimento do Espaço Comunitário, que tem como objectivo assegurar o desenvolvimento equilibrado e sustentável do território respeitando a sua diversidade. Focaliza-se nas seguintes opções politica: instauração de um território urbano policêntrico e equilibrado; Acesso equivalente às infra - estruturas e ao saber e gestão prudente da natureza e do património cultural. Na área especifica dos Transportes, o Livro Branco dos Transportes, que reflecte a futura politica da EU no domínio dos transportes, assegurando a mobilidade como factor essencial para a prosperidade da Europa e para a livre circulação de cidadãos. Aponta para a redução do impacte negativo da mobilidade ambiental em geral e particularmente na utilização de energia. Ao nível Nacional destacam-se: O quadro de referência nacional apresenta diversos documentos com objectivos em termos de competitividade, sustentável e ordenamento territorial, como seguidamente se indicam. Estes documentos são de carácter abrangente e devem ser tidos em consideração em qualquer Plano ou Programa que se pretenda desenvolver, e consequentemente no PUALZE.

O Plano Nacional de Acção para o Crescimento e o Emprego (PNACE), o qual surge na sequência da Estratégia de Lisboa e Estratégia Nacional para o Desenvolvimento Sustentável (ENDS), o Programa Nacional da Política de

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Ordenamento do Território (PNPOT) e o Programa Nacional para as Alterações Climáticas (PNAC).

Estes documentos traduzem diversos princípios e objectivos, designadamente:

A ENDS tem por desígnio integrador e mobilizador o de retomar uma trajectória de crescimento sustentado que torne Portugal, no horizonte de 2015, num dos países mais competitivos e atractivos da União Europeia, num quadro de elevado nível de desenvolvimento económico, social e ambiental e de responsabilidade social. Assim, a ENDS afirma sete objectivos de acção: − Preparar Portugal para a «Sociedade do Conhecimento»; − Crescimento Sustentado, Competitividade à Escala Global e Eficiência

Energética; − Melhor Ambiente e Valorização do Património; − Mais Equidade, Igualdade de Oportunidades e Coesão Social; − Melhor Conectividade Internacional do País e Valorização Equilibrada do

Território; − Um Papel Activo de Portugal na Construção Europeia e na Cooperação

Internacional; − Uma Administração Pública mais Eficiente e Modernizada. O PNPOT traça orientações estratégicas para as diversas Regiões e espaços sub-regionais, articuladas num modelo territorial nacional que se propõe “(...) orientar os modelos territoriais que vierem a ser definidos no âmbito regional, sub-regional e local”. Destaca-se a opção por um espaço sustentável e bem ordenado, que se materializa no seguinte objectivo estratégico: − Conservar e valorizar a biodiversidade, os recursos e o património natural,

paisagístico e cultural, utilizar de modo sustentável os recursos energéticos e geológicos, e monitorizar, prevenir e minimizar os riscos

Tem como objectivos específicos: − Aperfeiçoar e consolidar os regimes, os sistemas e as áreas fundamentais

para proteger e valorizar a biodiversidade e os recursos naturais; − Executar a Estratégia Nacional para a Energia e prosseguir a política

sustentada para as alterações climáticas; − Proteger e valorizar as paisagens e o património cultural;

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− Avaliar e prevenir os factores e as situações de risco, e desenvolver dispositivos e medidas de minimização dos respectivos efeitos.

Segundo o Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território (PNPOT) “a Área Metropolitana de Lisboa (AML) (…) é a grande concentração de capital e de factores de desenvolvimento do país”. O PNPOT perspectiva para a Grande Lisboa que “o crescimento será essencialmente terciário”, destacando, no âmbito desta dinâmica, “uma forte penetração do capital estrangeiro nos diversos domínios da actividade económica, com os grupos internacionais a escolherem (a área de) Lisboa como base das suas operações em território nacional”. As opções para o Desenvolvimento do Território da Área Metropolitana de Lisboa, com reflexos directos na área do Plano, contidas no PNPOT, são: − Assumir o carácter estratégico da AML para a inserção internacional do País,

com tradução em políticas ambiciosas de qualificação de infra-estrururas, equipamentos, serviços, espaço público e ambiente;

− Revitalizar os centros históricos, reabilitando o património edificado,

recuperando as funções residenciais e revitalizando as funções urbanas; − Recuperar as áreas de habitação degradada, com intervenções qualificantes

sobre os edifícios, o espaço público e os equipamentos.

O Plano Nacional de Alterações Climáticas, PNAC 2006 “avalia o compromisso de Portugal face ao primeiro período de cumprimento do Protocolo de Quioto, tendo em consideração a actualização da informação subjacente àquela resolução do Conselho de Ministros, em particular a de natureza macroeconómica e de políticas e medidas com impacte no balanço nacional de emissões de gases com efeito de estufa (GEE)”. O PNAC tem como principal objectivo reduzir o consumo energético com incidência no sector rodoviário proceder à mitigação de emissão de gases com efeito de estufa. A cada medida apresentada no PNAC aplica-se um plano de actuação que contenha os seguintes elementos: − Acções a desenvolver; − Calendarização; − Meios; − Resultados esperados; − Indicadores; − Organismo responsável pelo acompanhamento;

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− Ponto focal.

Naturalmente na sequência do PNAC, não se pode deixar de referir o Protocolo de Quioto. O Protocolo de Quioto impôs um teto nas emissões para a atmosfera de Dióxido de Carbono (CO2) e de outros gases responsáveis pelo efeito de estufa (GEE) e que contribuem para o aquecimento global. Cada Estado signatário do Protocolo obrigou-se a tomar as medidas necessárias para limitar a produção de GEE no seu território, criando mecanismos de actuação e definição de políticas de curto e médio prazo que reduzam as emissões desses gases de forma pelo menos em 5% para o período 2008-2012 (calculado como uma média desses cinco anos), sendo variável entre os países signatários, de acordo com o princípio da responsabilidade comum mas diferenciada. A União Europeia (UE) acordou numa redução global de 8% em relação ao ano de 1990 (definindo, ao abrigo do compromisso comunitário de partilha de responsabilidades, metas diferenciadas para cada um dos seus estados-membros), pretendendo reduzir as emissões de GEE em mais de 1% por ano de 2012 a 2020. Portugal comprometeu-se a limitar o aumento das suas emissões de GEE em 27%, no período 2008-2012, em relação às emissões de 1990 Dentro do PNPOT destacam-se os documentos estratégicos mais significativos em relação directa com os objectivos do PUALZE, nomeadamente o PROTAML e o PDM de Lisboa.: O Plano Regional de Ordenamento do Território (PROTAML) assenta em quatro objectivos estratégicos: − Contenção da expansão da área metropolitana de Lisboa, especialmente sobre

o litoral e as áreas de maior valor ambiental, bem como nas zonas consideradas críticas ou saturadas do ponto de vista urbanístico;

− Diversificação das centralidades na estruturação urbana, nas duas margens do

Tejo com salvaguarda na paisagem e dos valores ambientais ribeirinhos, suportada numa reorganização do sistema metropolitano de transportes, no quadro de uma estratégia de mobilidade para a área metropolitana;

− Salvaguarda da estrutura ecológica metropolitana, que integra os valores

naturais mais significativos desta área e que desempenham uma função ecológica essencial ao funcionamento equilibrado do sistema urbano metropolitano;

− Promoção da qualificação urbana, com destaque para as áreas urbanas

degradadas ou socialmente deprimidas, bem como nas áreas periféricas ou suburbanas e dos centros históricos.

Constituem objectivos do PROTAML, aplicáveis à área de intervenção do Plano: − Promover Lisboa como área central para localização de actividades e

desempenho de funções de nível superior com capacidade para servir de

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motor ao desenvolvimento da AML e à sua afirmação a nível nacional e internacional;

− Imprimir nova vitalidade e dinamismo ao centro tradicional de Lisboa através

da implantação de actividades inovadoras e de qualidade, numa lógica de complementaridade de produtos e articulação de funcionamento, indutoras da reconversão e diversificação dos segmentos de investidores e utilizadores desse espaço;

− Revitalizar e requalificar os bairros históricos no sentido de criar condições

favoráveis à reabilitação e manutenção da função habitacional e às actividades socialmente diversificadas;

− Controlar e inverter os processos de degradação física e funcional criando

mecanismos de sensibilização e apoio dirigidos à conservação e recuperação do parque habitacional.

Constituem ainda desígnios do PROTAML a promoção de Lisboa como Área Urbana Central, através da revitalização do seu centro tradicional encarado numa perspectiva de gestão integrada decorrendo: − Da implantação de actividades inovadoras e de qualidade; − Da Criação de condições favoráveis à reabilitação e manutenção da função

habitacional; − Do controlo e inversão dos processos de degradação física e funcional do

parque edificado e do espaço público; − Da criação de espaços públicos qualificados; − Do Apoio às populações afectadas por fenómenos de desqualificação, pobreza

e exclusão social. Relativamente ao Plano Director Municipal (PDM) destacam-se dos seus objectivos centrais os seguintes, considerados pertinentes à abordagem da área de intervenção do Plano: − Revalorização da função habitacional; − Estabilização do tecido urbano consolidado; − Requalificação da estrutura funcional/terciária. O PDM integra a área de intervenção do Plano na Unidade Operativa de Planeamento n.º 11, Eixo Terciário das Avenidas, para a qual define que, pela sua importância na estrutura urbana da cidade, este eixo deve ser objecto de planos municipais de ordenamento do território (PMOT), com os seguintes objectivos: − Definir as condições de alteração de usos e das características arquitectónicas

dos edifícios existentes e dos novos edifícios;

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− Definir as características e o tratamento do espaço público com vista à sua valorização urbanística;

− Integrar o sistema de transportes no espaço urbano; − Propor soluções para a revitalização do comércio e do espaço público; − Propor uma imagem urbana qualificada para o eixo terciário. O PUALZE assume como principais objectivos: − A definição das regras de intervenção arquitectónica e urbanística que

garantam a salvaguarda e valorização da sua imagem urbana; − O reforço da centralidade urbana e revitalização do seu centro tradicional; − A regeneração dos bairros históricos; − A salvaguarda do património arquitectónico e urbanístico. E ainda os seguintes objectivos que se traduzem em propostas e acções: − A valorização e dinamização do sistema de espaço colectivos; − A fixação de habitantes através da concretização de políticas e incentivos; − A melhoria da circulação viária e pedonal e requalificação do espaço público; − A melhoria da gestão do estacionamento. Conclusão: Os objectivos estratégicos do PUALZE enquadram-se nos objectivos estratégicos e nas orientações definidas nos programas e planos de nível superior identificados, concretizando-os e desenvolvendo-os à respectiva escala de intervenção.

5. Definição de Factores Ambientais e Factores Crít icos de Decisão A definição dos Factores Ambientais (FA) e dos Factores Críticos de Decisão (FCD) têm por base os pressupostos subjacentes à legislação sobre AAE e respectivo Guia de boas práticas para AAE, publicado pela Agência Portuguesa para o Ambiente (APA), em Outubro de 2007, bem como os factores ambientais relevantes para o PUALZE definidos no ponto 5. Para melhor compreensão foi utilizado o Quadro 10 do Guia de AAE:

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Quadro 1 – Factores ambientais relevantes e Factore s Críticos para a Decisão

6. Análise dos Factores Ambientais face aos Factor es Críticos de Decisão

É de salientar que, ao contrário de um processo integral de Avaliação Ambiental Estratégica, as questões ambientais não foram consideradas inicialmente, durante a elaboração do Plano, mas sim à posteriori. Nesse sentido foram desenvolvidos estudos sectoriais, nomeadamente para o descritor Ambiente Sonoro, Qualidade do Ar e Hidrogeologia, elaborados, respectivamente pela Divisão de Controlo Ambiental e Departamento de Informação Geográfica e Cadastral da Câmara Municipal de Lisboa. Igualmente produziu-se uma análise das condições de circulação rodoviária, desenvolvida pelo Departamento de Planeamento de Infra-estruturas. Deste modo, os elementos apresentados no presente Relatório Ambiental sobre esses descritores têm como fonte os referidos estudos.

Questões ambientais na Legislação Nacional

Factores Ambientais relevantes para o PUALZE Tradução para a análise do

PUALZE

Paisagem Património cultural

Paisagem, Espaço Público, Património Arquitectónico e Arqueológico, Reabilitação do Edificado

Ambiência Urbana

População

Aumento da População, fixação da população, melhoria sócio - económica

Aspectos Socioeconómicos

Bens Materiais

Mobilidade, circulação viária, acessibilidade e estacionamento. Uso e transformação do solo

Ordenamento do Território

Solo e Água Atmosfera

Hidrogeologia Risco no âmbito da protecção civil

Saúde humana

Qualidade do ar e ruído

Qualidade Ambiental

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6.1. Situação de referência

6.1.1. Ambiência Urbana

6.1.1.1. Paisagem

Morfologia e linhas estruturantes da Paisagem A área afecta ao Plano encontra-se na hemibacia da Ribeira de Valverde, que faz parte da bacia hidrográfica do Esteiro da Baixa, em conjunto com a Ribeira de Arroios. A antiga Ribeira de Valverde que tem por cabeceira a zona do Alto do Parque, seguia o seu curso pela ruas de Santa Marta e S. José, desaguando no esteiro da Baixa, nas imediações do actual Rossio e Martim Moniz, para onde também convergia a Ribeira de Arroios. As linhas dominantes da Paisagem – linhas de cumeada ou de vale – são as privilegiadas para a implantação de caminhos que mais tarde vão estruturar a malha urbana. Nesta área destaca-se, em situação de vale, o início da Estrada de Benfica, nas Portas de Santo Antão que seguia pelas ruas de S. José e Santa Marta até ao Largo de S. Sebastião da Pedreira, com direcção a Sete Rios e depois Benfica, de onde prosseguia até à Vila de Sintra. As linhas de cumeada que circunscrevem esta bacia e delimitam visualmente a área do plano correspondem aproximadamente à Rua da Escola Politécnica / Príncipe Real / Rua de S. Pedro de Alcântara na encosta poente e na encosta oposta à Rua Gomes Freire / Campo Santana / Calçada de Santana. Os pontos dominantes são marcados por edifícios significativos, como conventos ou igrejas, que privilegiam os locais estratégicos para a sua implantação e que muitas vezes são a génese da malha envolvente. No último século, muitos dos espaços afectos a estes edifícios transformaram-se em espaços públicos dando origem a largos, jardins e miradouros. São exemplos o antigo Convento da Cotovia, localizado no sítio da actual Escola Politécnica, no então denominado Monte Olivete, e o Convento de St.º António dos Capuchos. A cumeada que encerra esta bacia a norte corresponde á zona do Jardim do Alto do Parque, que faz a transição para a bacia hidrográfica da Ribeira de Alcântara. O perfil longitudinal da avenida não é constante, destacando-se três zonas distintas: a zona da Rotunda e dos Restauradores, que correspondem a zonas mais planas, e o troço intermédio que apresenta declives superiores a 7%. Ambas as encostas apresentam declives médios a elevados, que são mais pronunciados na zona de embocadura deste vale. A fazer a ligação entre o vale e as cumeadas existe a Rua do Salitre, de génese medieval e com traçado oblíquo (Nw-Se) em relação à vertente, no sentido do menor declive. Esta rua era um dos acessos à cidade e marca a fronteira, a poente, entre a malha orgânica medieva e a malha do Plano de Ressano Garcia. Na outra encosta é a Rua das Pretas que liga o vale à cumeada. A ligação entre cumeadas não existe, embora sejam várias as propostas que ao longo dos tempos foram propostas, desde viadutos a teleféricos, de onde se destaca, pelo impacte que teve na época, a proposta de Fialho de Almeida na sua Lisboa Monumental.

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Em finais do sec. XIX surgem os elevadores do Lavre (1884) e da Glória (1885), que facilitam a mobilidade pedonal entre o vale e cada uma das encostas.

Sistema Cultural da Paisagem Até ao sec XVIII Valverde era uma zona fora de portas, atravessada por alguns dos principais acessos à cidade, com muitas hortas e algumas propriedades pertencentes a fidalgos e a conventos. As casa nobres e apalaçadas anteriores ao sec XVIII privilegiam a Rua da Escola Politécnica e Príncipe Real, na sequência da urbanização do Bairro Alto e dos dinheiros provenientes das explorações do Brasil, e também a zona mais imediata à antiga muralha, como são testemunhos o Palácio Castelo Melhor, a poente, e o antigo Palácio Almada, nas Portas de Santo Antão. Verifica-se que a ocupação por conventos é mais concentrada na encosta nascente (monte de Santana), fomentada talvez pela proximidade da Estrada de Benfica. Nesta encosta e imediações encontravam-se os seguintes conventos: N. Sra. da Anunciada (já desaparecido), Santa Anna, Encarnação, Sto. António dos Capuchos, Santa Marta e Santa Joana. Na encosta poente registam-se apenas dois conventos: o de N. Sra. da Assunção da Cotovia, já desaparecido, erigido no Monte Olivete onde actualmente está o edifício da Escola Politécnica, e o de S. Pedro de Alcântara. O Passeio Público cuja construção se iniciou em 1764 na sequência do Plano de Reconstrução pós terramoto, foi o primeiro espaço público da cidade de Lisboa. O Passeio Público, murado e com forma rectangular, instalou-se nas proximidades das portas da cidade, na continuação do Rossio, e estendia-se até a Rua do Salitre. Com o Passeio Público inicia-se a expansão da cidade para norte. A Avenida da Liberdade, inaugurada já em 1886, foi traçada no prolongamento do então já extinto Passeio Público, de acordo com o Plano de Ressano Garcia (1879). Deste plano resulta a malha urbana que na encosta poente fica a norte da Rua do Salitre, e se prolonga até ao Campo Grande, através das Avenidas Novas. Relativamente à expansão da Avenida da Liberdade muitas foram as propostas sobre o seu prolongamento - se deveria ser feito na continuação do eixo da Avenida ou inflectir para Picoas. Foi escolhida esta segunda solução, com a abertura da Av. Fontes Pereira de Melo. No prolongamento do eixo da Av. da Liberdade fica o Parque Eduardo VII, com projecto do Arq. Keil do Amaral (1945) e encimado pelo recente Jardim do Alto do Parque, de autoria do Arq. Pais. Ribeiro Telles. (1998). As zonas das portas de St.º Antão e Parque Mayer destacam-se como tradicionais áreas de animação nocturna. Actualmente o Parque Mayer está praticamente inactivo e bastante degradado. Perspectiva-se no entanto um processo de reestruturação para este local, a ser enquadrado em Plano de Pormenor. As salas de espectáculo que funcionam como pólos de atracção, localizam-se nas proximidades da Avenida: o Coliseu, o Politeama, o Cinema S. Jorge e o Tivoli.

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O Museu de Ciências e a faculdade da Escola Politécnica, bem como o Jardim Botânico são outros dos mais importantes pólos culturais de atracção, ambos localizados na encosta poente. Destaca-se ainda a Sociedade de Geografia, nas proximidades das Portas de Santo Antão. A Avenida da Liberdade é vista e sentida como o grande boulevard da capital. É por excelência a zona de desfile dos lisboetas, nas comemorações e nas festas populares. Estas manifestações de carácter popular, por serem contemporâneas, marcam simbolicamente este percurso conferindo-lhe memórias. Outras memórias ligadas à Avenida estão materializadas na estatuária, de onde se destaca o Monumento dos Restauradores, e outras residem apenas na história, como o “acampamento” dos republicanos na zona do Marquês na revolução de Outubro de 1910. Também nos tempos tumultuosos da 1ª República, a Rotunda foi o local de concentração das forças revolucionárias do major Sidónio Pais, a 5 de Dezembro de 1917. A avenida é ainda palco das novelas e romances do final do sec. XIX, que se desenrolam na Lisboa Romântica, um prenúncio da “Civilização”, onde ainda se cruzavam o cosmopolita bem vestido e a saloia dos arrabaldes, com a trouxa de roupa à cabeça. A história e as memórias associadas à área do Plano e envolventes mais imediatas são fios condutores para uma exploração de percursos temáticos e de unidades de intervenção, particularmente no espaço público. Acresce ainda outra ocorrência notável que se manifesta nesta zona: os ramais do aqueduto que seguiam para o Jardim Botânico e que actualmente se pensa em recuperar, e aqueles que atingindo a cisterna do Príncipe Real continuam o seu percurso subterrâneo nas entranhas da encosta poente, onde afloram num edifício da Rua da Mãe de Água. Desde há algum tempo que se pretende atrair para a avenida o denominado comércio de luxo. Não decorreu ainda o tempo suficiente para atestar a adaptação da avenida a este novo tipo de oferta, apoiada talvez nos vários hotéis que existem na zona.

Sistemas Naturais da Paisagem � Água Face às transformações ocorridas no sec. XVIII e XIX, o actual vale da Avenida não coincide com o primitivo Valverde, o que se reflecte no escoamento e drenagem de águas e brisas. Com o traçado da Avenida, a linha de drenagem principal já não se situa sobre a linha de talvegue mas coincide com a própria avenida. Se verificarmos as cartas de inundações constata-se que na avenida, e principalmente as zonas mais baixas, é onde as inundações ocorrem em maior número. O declive longitudinal da avenida, que capta também a escorrência das encostas, e o aumento da impermeabilização facultam a ocorrência de enxurradas e inundações nas zonas mais baixas.

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As águas subterrâneas que circulam neste vale vão alimentar o esteiro da Baixa, que está em ligação com o Tejo. As construções pombalinas da Baixa encontram-se apoiadas em estacaria de pinho verde que necessita de estar em água para não apodrecer. Essa água subterrânea, que mantém as estacas molhadas, provém essencialmente das águas subterrâneas das bacias limítrofes: a bacia da avenida da Liberdade e da Av. Almirante Reis, assim como de outros locais contíguos cuja estratificação geológica se faça no sentido da Baixa. As águas do Tejo e as variações das marés, não são suficientes para subir e manter o freático, e a presença de lodos dificulta a entrada das águas do estuário no sistema terrestre. O túnel do metro representa mais uma barreira à comunicação entre os dois sistemas. A descida dos níveis freáticos diminui a percentagem de humidade no solo e consequentemente provoca problemas de resistência nas fundações em betão. A recente construção do túnel do Marquês, os vários parques subterrâneos que têm sido construídos nesta zona bem como as caves de novos edifícios, em conjunto com a impermeabilização de logradouros e de outros espaços ainda permeáveis, podem provocar alterações significativas na percolação das águas no solo e nas variações dos níveis freáticos que por sua vez provocam assentamentos geológicos, com o arrastamento de sedimentos. Verifica-se assim ser essencial a manutenção do sistema de drenagem natural apoiado no vale. Por outro lado, o crescimento de ocorrências de ocupação do subsolo que interferem com o sistema de drenagem subterrâneo podem provocar alteração das condições de estabilidade do subsolo. � Ar A orientação NW-SE da Avenida da Liberdade é a mesma dos ventos dominantes da cidade de Lisboa. A Av. da Liberdade funciona como um canal de drenagem atmosférico que drena as massas de ar e poluentes em direcção ao Tejo. Refere-se que a morfologia dos quarteirões da encosta de S. José favorece as correntes de convecção da encosta, beneficiando a drenagem atmosférica e a renovação do ar ao nível das ruas de Stª Marta e S. José.

Sistema de Vistas Dadas as características morfológicas deste território e a sua tipologia de ocupação, considera-se que toda a área do plano possui uma elevada “fragilidade visual” e uma elevada “sensibilidade visual”. A “fragilidade visual” relaciona-se com a maior ou menor vulnerabilidade visual e está directamente relacionada com aspectos de acessibilidade visual, ou seja, se o território em questão é objecto de muitos pontos de visualização. Na verdade, tanto o vale como as encostas e as zonas de cumeada são visíveis de muitos locais - um observador no vale da avenida abarca visualmente as encostas e as zonas de cumeada; de modo inverso, um observador numa zona alta abrange o vale na sua plenitude e também as encostas fronteiras e toda a sucessão de planos que se lhes sobrepõem.

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A “sensibilidade visual” relaciona-se com a qualidade da própria paisagem e a sua maior ou menor capacidade de absorção de novos elementos sem prejuízo da harmonia existente. Quer o vale quer as encostas da avenida são detentores de uma imagem própria que confere identidade ao local. Alterar essa imagem que resulta da relação entre o território, os espaços e os elementos construídos que constituem a paisagem é retirar-lhes a sua identidade. Este território exige intervenções cuidadas que não produzam elementos e relações visualmente dissonantes no contexto em que se inserem. O vale da Av. da Liberdade está integrado no sistema de vistas indicado em PDM com a designação de “vale”. Este sistema apoia-se em “pontos de vista que se relacionam entre si e com o talvegue” (art. 23, ponto 1 b)). Estes pontos de vista identificam-se na encosta nascente com o Jardim do Torel e na encosta poente com o Jardim de S. Pedro de Alcântara e o Jardim Botânico, embora para este último não esteja demarcado ângulo de protecção. Há ainda a considerar o ponto dominante que constitui o Alto do Parque, de onde se tem uma panorâmica aberta sobre a cidade, sobre o mar da palha e a outra margem.

6.1.1.2. Espaço Público A riqueza da área do plano em espaços verdes reside na sua diversidade em termos tipológicos e históricos. A Av. da Liberdade corresponde à importação do conceito de boulevard e das ideias iluministas, com a escala que a nossa topografia permite. É neste local que se constrói o primeiro jardim público, como já foi referido, ao qual se seguem, a partir de meados do sec. XIX e no contexto da Lisboa Romântica, o Jardim de S. Pedro de Alcântara, o Jardim do Príncipe Real, o Jardim da Praça da Alegria e o Jardim do Torel. O Parque Eduardo VII, com um traçado geométrico, encerra a Avenida a norte. O Jardim Botânico é um dos espaços que valoriza a zona e que representa uma preciosidade para Lisboa, pelos seus antecedentes históricos, pelos espécimes que contém, pelo carácter conservacionista e didáctico que encerra, pela vasta área que ocupa e funções que desempenha como regulador dos sistemas naturais da cidade. Situados em pontos dominantes, o Jardim de S. Pedro de Alcântara, na encosta poente e o Jardim do Torel, na encosta nascente, são dois miradouros que permitem desfrutar a vista sobre o vale da avenida. Na encosta nascente existem grandes jardins e espaços livres de apreciável dimensão, que dominam a paisagem entre o Convento da Encarnação e a escola de S. José – o Jardim do Torel, o jardim dos correios, os terrenos do Ateneu Comercial, a encosta do Coliseu e os terrenos do Convento da Encarnação. O Jardim do Torel é o único destes espaços que é de uso público.

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Na encosta poente destacam-se o Parque Mayer, o interior do quarteirão formado pelas Ruas Barata Salgueiro, Castilho, Salitre e Avenida da Liberdade, onde se localizam os Jardins da Fundação do Oriente, contíguos aos da Cinemateca e Hotel Tivoli e já na zona nordeste do plano, o Mercado do Rato. Há ainda espaços de dimensão mais intimista que correspondem a largos de pequena/média dimensão, enquadrados na malha mais antiga do plano, tais como o Largo da Anunciada, o Largo da Oliveirinha e outros pequenos espaços na encosta da Glória. Há ainda a referir o Pátio do Tronco, que para além do valor do próprio espaço, encerra em si uma carga histórica e simbólica. Neste pátio existiu no século XVI a Cadeia Municipal do Tronco onde Camões esteve preso durante alguns meses, por causa de uma rixa. Este facto é assinalado por um painel de azulejos colocado no túnel que dá acesso ao pátio, em 1992, da autoria de Leonel Moura. Actualmente há a intenção da casa do Pátio do Tronco receber a Direcção Municipal de Cultura que estava sedeada na Casa dos Bicos. Muitos destes espaços estão degradados e necessitam de ser submetidos a projectos de requalificação, que os valorizem per si e, simultaneamente, os interliguem em termos funcionais, físicos e estéticos, num sistema de percursos a criar. Os declives das encostas e ao longo do vale não convidam à fruição dos percursos, principalmente para pessoas com mobilidade condicionada. Os elevadores da Glória e do Lavre são mecanismos importantes na ligação das zonas altas com a avenida, para além do seu interesse turístico. Aponta-se como principais fragilidades existentes na área do plano a inexistência de relações francas entre as duas encostas, de modo a serem compreendidas, a par da Avenida, como partes de um mesmo sistema. Para a rotura existente entre as duas margens da Avenida e na sua relação próxima com as encostas, concorre o intenso tráfego de atravessamento que hoje se verifica, uma fragmentação do tratamento do espaço público, para o qual contribui um inadequado mobiliário urbano e ausência de potenciação dos espaços de estadia existentes. Este quadro geral de ordenamento do espaço público existente, paradoxalmente entra em contradição com a própria génese do Plano de Ressano Garcia que, ao contrário do Plano de Reconstrução Pombalina precedente ou dos Planos sequentes do Estado Novo, tem como principal enfoque a estrutura do espaço público.

6.1.1.3. Património e Reabilitação do Edificado Na área do Plano estão identificados numerosos edifícios e conjuntos edificados que se revestem de interesse arquitectónico ou cultural, quer a nível municipal, quer num âmbito mais abrangente.

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Estes bens constam do Inventário Municipal de Património (IMP) da CML, ou da classificação feita pelo Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR), consoante se trate de valores municipais, de valores de interesse público, ou de monumentos nacionais. Alguns destes edifícios ou conjuntos têm, também, uma zona especial de protecção (ZEP) que lhes está associada, de modo a que a sua envolvente próxima não se descaracterize, prejudicando a sua imagem. Na cartas de análise relativa à Classificação Patrimonial estão assinalados os bens classificados e em vias de classificação. Constata-se também que parte da área do Plano está sobre Áreas de Potencial Valor Arqueológico de nível de intervenção 1 ou2. Praticamente toda a zona do Plano é abrangida pela Zona de Protecção Conjunta dos Imóveis Classificados da Avenida da Liberdade e Zona Envolvente, estabelecida pela Portaria 529/96, de 1 de Outubro, do Ministério da Cultura. Existem listas completas dos edifícios e/ou conjuntos classificados pelo IPPAR, bem como dos edifícios e/ou conjuntos classificados pelo IPPAR, exteriores à área do Plano, mas com áreas de protecção no seu interior. Refere-se também uma listagem dos edifícios e/ou conjuntos em vias de classificação pelo IPPAR e uma listagem do Inventário Municipal de Património (actualização de 2003), que classifica os imóveis em grau 1, 2 ou 3 consoante se trate de edifícios aos quais se atribui, respectivamente, Valor Patrimonial Elevado, Valor Patrimonial Relevante ou Valor Patrimonial de Referência. Nestas listas além da designação dos objectos identifica-se a freguesia o local, a classificação (grau) a legislação aplicável e a zona de protecção em caso de existir com o enquadramento legal.

6.1.2. Aspectos Socioeconómicos

6.1.2.1. Análise Demográfica

Estrutura da População Residente

A população residente, recenseada pelos Censos 2001, correspondente às subsecções estatísticas que contêm a área do Plano, tinha uma estrutura demográfica duplamente envelhecida (na base e no topo) com uma proporção de idosos de 30,5% face à proporção de jovens (0-14 anos) de 9,2%. Isto representa um índice de envelhecimento de 332,6, que é o mesmo que dizer que por cada jovem de idade até 14 anos existiam mais de 3 idosos com 65 ou mais anos. Estes valores são, para os idosos, superiores à média da cidade (23,6%) e para os jovens inferiores (11,6%), demonstrando uma população mais envelhecida que a média da cidade. A dimensão média do agregado familiar (2,06) sugere uma proporção importante de famílias monoparentais e o risco de existência de fenómenos sociais de exclusão e pobreza associados aos idosos isolados. A densidade populacional é de 69,6 habitantes por hectare. Por outro lado, a relação entre o emprego na zona e os residentes é de 4,0, ou seja, um habitante para cada quatro empregos na zona.

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Quadro 2 - População Residente

% 2001 2001-

Plano

0-14 anos 9,2 772 682 15-24 anos 11,4 961 849 25-64 anos 49,0 4.131 3.648

65 e mais anos 30,5 2.568 2.268 100,0 8.432 7.447

Índices: Envelhecimento 332,6

Dependência Jovens 15,2 Idosos 50,4

Fonte: INE, Censos 2001.

6.1.2.2. Coesão Social

Condição Perante o Trabalho

A população activa da área em análise é de 3.968 indivíduos, pertencente sobretudo a uma classe média assalariada (1), com relativamente baixas qualificações profissionais. A taxa de desemprego em 2001 era bastante elevada, atingindo 7% dos activos, valor muito próximo da média da cidade (7,4%). O número de desempregados, não sendo um indicador muito revelador por si só, pode no entanto ser visto, em articulação com o número de pensionistas e reformados, como um sinal de risco de pobreza. Este risco é maior nas áreas mais degradadas das subzonas de Santo Antão, S. José e Glória/Salitre, onde a caracterização da população permite saber que esta é, grosso modo, pouco qualificada.

1 Esta classificação resulta de uma agregação de diversos grupos socioeconómicos repartidos por 4 grandes classes: alto estatuto; classe média proprietária ou dirigente, classe média assalariada e baixo estatuto.

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Quadro 3 - Condição da População Residente Perante o Trabalho

N

População activa Nº 3.968 Empregada 3.691 Desempregada 277

População Inactiva Nº 4.464 Taxa de actividade % 47,1 Taxa de desemprego

% 7,0

Fonte:INE, Censos 2001.

Repartição Sectorial do Emprego A maioria dos habitantes activos exerce a sua actividade no sector de actividade dos serviços, havendo ainda 14,1% cuja actividade se desenvolve no sector secundário.

Quadro 4 - Repartição sectorial do emprego dos habi tantes

% N Agricultura, Silvicultura e Pescas

0,4 16

Indústria, Construção, Energia e Água

14,1 521

Serviços 85,5 3.154 Fonte: INE, Censos 2001.

Grupos socioeconómicos

Os activos da área do plano são maioritariamente pertencentes à Classe Média Assalariada, sobretudo constituída por empregados administrativos do comércio e serviços, quadros técnicos intermédios e operários qualificados e semi-qualificados. Possui também, com alguma expressão, quadros intelectuais e científicos.

Quadro 5 - Agregação de grupos socioeconómicos dos habitantes activos

% N Alto Estatuto 11,4 943 Classe Média Proprietária ou Dirigente

3,9 325

Classe Média Assalariada 23,1 1.912 Baixo Estatuto 6,8 562 Fonte: INE, Censos 2001; Estudos CML.

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Educação A população da área em estudo era relativamente desqualificada, pois mais de 51 por cento possuíam como habilitações o 3º ciclo do ensino básico ou menos (até 9º ano de escolaridade).

Quadro 6 - Qualificação escolar dos habitantes

% N Indivíduos residentes sem saber ler nem

escrever 11,1% 855 Indivíduos residentes com 1º ciclo do ensino

básico completo 24,2% 1.858 Indivíduos residentes com 2º ciclo do ensino

básico completo 10,5% 807 Indivíduos residentes com 3º ciclo do ensino

básico completo 14,5% 1.111 Indivíduos residentes com ensino secundário

completo 18,8% 1.443 Indivíduos residentes com curso médio

completo 1,9% 146 Indivíduos residentes com um curso superior

completo 19,0% 1.457 Indivíduos residentes a frequentar algum

nível de ensino 1.348 Indivíduos residentes a frequentar o 1º ciclo

do ensino básico 19,8% 267 Indivíduos residentes a frequentar o 2º ciclo

do ensino básico 9,4% 127 Indivíduos residentes a frequentar o 3º ciclo

do ensino básico 11,3% 152 Indivíduos residentes a frequentar o ensino

secundário 19,3% 260 Indivíduos residentes a frequentar um curso

superior 40,2% 542 Fonte: INE, Censos 2001

Habitação A habitação, em números absolutos, concentra-se sobretudo nas zonas de S. José e Glória/Salitre, sendo contudo ainda significativa em Ressano Garcia (a maior zona). Em contrapartida, Santo Antão regista apenas cerca de 237 fogos e na zona da Avenida/Passeio Público a habitação praticamente deixou de existir. A superfície média por fogo é significativamente mais baixa na zona de S. José, aumentando gradualmente na Glória/Salitre e em Santo Antão. O contraste com a dimensão média das habitações na Avenida/Passeio Público e, em particular, na Ressano Garcia é notória, reflectindo a sua melhor qualidade urbanística que reflecte a existência de estratos sociais da população de maior poder económico.

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Em termos globais, o número médio de pessoas por fogo ocupado é baixo (1,93) e apresenta uma certa uniformidade nas diferentes zonas. Os valores mais elevados foram registados em Santo Antão (3,38 hab./fogo), mas têm pouco significado estatístico, dada a reduzida dimensão da área. Há também um grande número de fogos vagos, correspondendo a mais de 20% do total de fogos. Estes dados reflectem por um lado a degradação do parque habitacional, em grande parte arrendado (41,7% dos fogos são arrendados; 23% têm proprietário ocupante), e o envelhecimento da população residente, por outro lado há também uma tendência para a diminuição da dimensão média das famílias.

Actividades Económicas A Avenida da Liberdade, sendo a zona de maior densidade de ocupação da cidade (no conjunto população e emprego), possui também lugar de destaque no que respeita ao grau de terciarização, suportado na articulação entre os serviços às empresas, por um lado, e as actividades associadas ao comércio e ao turismo, por outro lado. Este grau de especialização tem reflexo na qualidade dos empregos e na especialização de actividades. No ano 2000 esta Avenida possuía 2.334 estabelecimentos e 33.622 empregos, correspondendo a uma densidade de 19 estabelecimentos e 277 empregos por hectare. A análise da distribuição dos usos (em m2 de área de construção) elaborada através de inquérito directo por parte da equipa do Plano, permite identificar a predominância da vocação terciária da Área-Plano no âmbito dos serviços. Com efeito, este sector ocupa cerca de 1.182.468 m2 de superfície, ou seja, 56,5% do total da área de construção. Estes valores são particularmente acentuados nas unidades da Avenida/Passeio Público e Ressano Garcia, uma vez que as actividades de serviços são as que estão melhor colocadas para disputar a utilização dos usos mais intensos do solo, afastando os usos menos rentáveis para localizações mais periféricas e mais de acordo com os valores do solo. Na totalidade da área releva pela sua importância o sector ligado às Instituições, Equipamentos e Serviços à Colectividade que ocupam 33,2% da totalidade da área afecta aos serviços. Segue-se, pela sua importância o Sector dos Serviços Financeiros e Seguros (21,2%) e os Serviços a Empresas, Transportes, Comunicações e Profissões Liberais (19,7%). A Hotelaria e Restauração (19,4%) ocupa, igualmente um lugar de destaque verificando-se, ainda que os Serviços Culturais e de Lazer (4,3%) e os Serviços Pessoais (2,2%) têm pouco significado na zona.

6.1.2.3. Segurança Urbana A questão da segurança urbana na área do PUALZE decorre essencialmente do equilíbrio e da interpenetração entre os espaços residenciais e os espaços de actividade económica, da densidade populacional, da existência de equipamentos e serviços locais e da articulação dos espaços públicos.

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Mais do que o próprio crime, são os sinais de ruptura física e social – janelas partidas, lixo por recolher, graffiti, edifícios e espaços públicos degradados ou abandonados, iluminação pública deficiente, grupos problemáticos que ocupam o espaço público como prostitutas, junkies e sem-abrigo – que inspiram receio, evidenciando simultaneamente a incapacidade dos serviços e instituições de controlo. Por outro lado, a apropriação do espaço por parte dos habitantes só se dá se este for bem definido, quer nas suas margens quer nos seus conteúdos. O espaço deve ser contido, pois a possibilidade de deixar de ser “dominado” pela vista e pelo potencial movimento dos que nele circulam dificulta a apropriação. Igualmente deve ser claro nos seus conteúdos em termos de eventuais sub-espaços, equipamentos e elementos de comunicação, permitindo o estabelecimento de relações sociais territorializadas. Actualmente, com a desertificação em termos residenciais de algumas áreas, a questão da insegurança urbana coloca-se mais em termos de períodos funcionais, havendo uma utilização intensiva durante o dia e um quase abandono durante o período nocturno e fins-de-semana.

6.1.3. Ordenamento do Território

6.1.3.1. Mobilidade A Avenida da Liberdade constitui um dos principais eixos estruturantes do sistema urbano da Cidade de Lisboa e um dos mais carregados do sistema urbano da cidade. Dado o seu perfil, é frequentemente utilizada por tráfego de atravessamento constituindo uma via com características que se assemelham à de via rápida em contraponto com as potenciais características de espaço público de apoio às suas actividades comerciais. De acordo com o PUALZE, a cidade de Lisboa está excessivamente dependente da Avenida da Liberdade e da Rotunda do Marquês de Pombal, em termos de ligações internas e para o exterior, o que já não é benéfico para a consolidação da centralidade e para a melhoria da qualidade urbanística deste eixo. Na Rotunda do Marquês de Pombal convergem três eixos fundamentais dos sistemas de entradas, saídas e atravessamentos do núcleo mais central da cidade, transformando-a numa das intercepções mais carregadas de Lisboa.

Os volumes de tráfego existentes na Rotunda são determinantes do modo como todo o sistema de circulação se encontra regulado, na medida em que o objectivo actualmente fixado de impedir o seu congestionamento constitui condição de funcionamento da circulação no triângulo os Restauradores, Saldanha e Amoreiras. Na verdade, o bloqueamento dessa rotunda acarretaria, nesses três pontos, um constrangimento mais grave do que aquele que se verifica como resultado de uma entrada a conta-gotas na Rotunda, mas assegurada de forma praticamente contínua. Assim, o grau de espera a que ficam sujeitos os veículos em circulação nas três Avenidas principais que convergem para o Marquês de Pombal, é tanto maior quanto mais elevada for a pressão sobre essa Rotunda, sendo certo que as

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exigências de fluidez e o nível de armazenamento resultante nessas artérias afectam consideravelmente os seus atravessamentos, tanto de veículos como de peões. No que se refere ao corredor da Avenida da Liberdade, saliente-se a dificuldade com que se processam os atravessamentos rodoviários e de peões entre a Encosta Nascente e Poente, causada não só pelo movimento da própria Avenida, mas principalmente pelas condicionantes de fluidez que, como se viu anteriormente, são impostas pelo funcionamento da Rotunda do Marquês, como ainda pelo forte peso dos atravessamentos perpendiculares à Avenida. Os atravessamentos entre as encostas Nascente e Poente da Avenida da Liberdade são pouco frequentes e estão fortemente dificultados, tanto para automóveis como para peões, situação que compromete o bom funcionamento da Área e a sua identificação como unidade urbana. Os actuais atravessamentos da Avenida fazem-se através de dois sistemas independentes:

− O primeiro, mais a Sul, entre o Campo Mártires da Pátria e o Príncipe Real,

pela Rua do Telhal e pela Praça da Alegria (em sentido duplo);

− O segundo, mais a Norte, entre a Estefânia e o Rato, envolvendo os arruamentos (em sentido único) da Conde Redondo e Alexandre Herculano de sentido principal E-W, e Ruas Barata Salgueiro/Rodrigues Sampaio, que viabilizam o atravessamento em sentido oposto.

O esquema de circulação em vigor apresenta, nos sistemas que correspondem às duas encostas da Avenida, algumas situações especialmente penosas em termos de estrangulamento do trânsito e que, com igual grau de responsabilidade, também contribuem para a deficiente ligação entre as duas encostas. Quanto aos transportes colectivos, a rede é constituída pelo metro, caminho-de-ferro, autocarros e eléctricos.

A repartição do espaço-canal disponível para cada um dos modos de transporte que operam na Avenida e a sua diferença de capacidades em termos de números de passageiros transportados, é proporcionalmente desajustada, não sendo homogénea a repartição dos fluxos de passageiros por sentido e modo de transporte.

A linha de Metro existente ao longo da Avenida corresponde ao troço final que, para Sul, conecta na Baixa-Chiado com a linha que interliga o Cais de Sodré com o Campo Grande e Telheiras.

No Marquês de Pombal intercepta a linha que reúne o Rato com o Campo Grande, prolongando-se em direcção a Odivelas.

Assim, na Área-Plano, existem três estações de Metro: os Restauradores e o Marquês de Pombal que assumem um carácter intermodal dada a proximidade, respectivamente, da Estação do Rossio e do Terminal da Rodoviária Nacional; e a estação da Avenida que assume um papel mais marcadamente local.

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Entende-se, assim, que uma grande parte dos passageiros que utilizam o Metro nesta área estão em trânsito, isto é, procedem à transferência de transporte nas deslocações casa/trabalho.

Tem-se, no entanto, verificado um aumento da procura fora das horas de ponta o que demonstra a crescente importância das deslocações que não se inscrevem no padrão pendular.

A importância destas estações como dinamizadores de vida urbana é evidente e essencial para a programação e desenho do Sistema de Espaços Colectivos.

Da rede de caminhos de ferro, tem importância relevante para o quadro das acessibilidades à Área-Plano, a localização da Estação do Rossio, a Sul da Praça dos Restauradores. Esta Estação constitui o terminal das Linhas de Sintra e Figueira da Foz, que servem no seu percurso centros periféricos, tais como Benfica, Amadora, Queluz, Cacém, etc., a partir dos quais se geram importantes fluxos pendulares do tipo casa/trabalho, dirigidos para a zona central da cidade.

O troço comum destas duas linhas estabelece ainda, a partir de Campolide, uma correspondência, de grande importância para a Área-Plano, com a Linha de Cintura Interna, que se prolonga para Nascente até à Linha do Norte, em Braço de Prata, com passagem por Sete Rios, Entre-Campos, Areeiro, etc.

Na Estação do Rossio processam-se actualmente dois serviços ferroviários de características distintas. O primeiro de carácter interregional, de muito baixa frequência, e que corresponde às ligações a Torres Vedras, Leiria e Figueira da Foz. O segundo, de características integralmente suburbanas, que liga a Campolide, Amadora, Queluz, Cacém e, finalmente, Sintra.

As linhas de autocarro que atravessam a área podem agrupar-se em três subsistemas distintos:

− As que circulam ao longo da Avenida da Liberdade; − As que cruzam a Rotunda do Marquês de Nascente e Poente; − E finalmente as que atravessam a Avenida pela Alexandre Herculano, entre a

Estefânia e o Rato. Estes três sistemas são complementados pela circulação de Eléctricos/elevadores nas Calçadas da Glória e do Lavra, que permitem a ligação de peões entre o topo Sul da Avenida e aqueles dois eixos à cota alta. Em 1991, foi elaborado para a Área de intervenção do Plano um inquérito ao estacionamento diurno e nocturno, legal e ilegal conforme impedia ou não de forma directa a circulação de outros veículos e peões e abrangeu, respectivamente, os períodos horários das 10 às 12:30 e das 14:30 às 17:30, e ainda a partir das 24 horas.

Apesar da sua desactualização, verifica-se que os dados então obtidos, ainda ilustram a situação actual, dado que não houve alterações significativas do espaço público, apesar de ter aumentado a oferta de estacionamento subterrâneo e de o parqueamento de superfície ser parcialmente taxado.

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No entanto, a procura de estacionamento em 1991 já era de tal forma elevada que praticamente coincidia com a capacidade máxima de estacionamento legal e ilegal possível, o que se continua a verificar actualmente, podendo considerar-se que os valores apresentados são indicativos da presente situação.

O levantamento realizado visou apurar qual a oferta de estacionamento e qual a procura existente e satisfeita na via pública, ainda que parcialmente de forma irregular.

Os dados recolhidos foram agrupados por quarteirões, e estes por sectores – a Nascente e a Poente do eixo da Avenida – e permitem tirar as seguintes conclusões genéricas:

− A oferta máxima de estacionamento legal é de 2.870 lugares; − O estacionamento ilegal concentra-se ao longo das faixas laterais de

circulação da Avenida, à esquerda de quem circula, deixando um corredor de passagem;

− Agrupa-se ainda nas bolsas resultantes da interrupção do separador lateral,

quando estas não estão a ser usadas para atravessamentos rodoviários da Avenida;

− O número de veículos estacionados ilegalmente na Avenida da Liberdade,

muito embora não afectando directamente a circulação rodoviária e de peões, é superior aos legalmente estacionados – cerca de 380 ilegais e 340 legais;

− Nos arruamentos dos quarteirões localizados a Nascente da Avenida

encontrava-se ¼ da oferta da área, Dada a estrutura mais apertada da malha urbana, esta) contem a maior percentagem de estacionamento ilegal ;

− Os quarteirões a Poente representam a maior percentagem da oferta (63%) de

estacionamento legal e representam apenas 58% da procura diurna; − O estacionamento diurno legal na via pública e para a totalidade da área

correspondea a cerca de 2670 lugares. No entanto, o total de veículos estacionados à superfície corresponde a mais de 5300, o que significa que a procura diurna (não contabilizando a oferta privada e os parques de estacionamento público) excede em 99% a oferta legal;

− Enquanto o perfil da Avenida consegue, de certa forma conter a pressão do

estacionamento sobre o espaço público que não lhe é destinado, nos quarteirões laterais mais recentes localizados a Norte e onde a malha urbana é mais larga, o estacionamento sobre os passeios (em segunda ou terceira fila) generalizou-se, tendo-se atingido um nível de degradação insustentável;

− Nas áreas laterais mais a Sul, de malha urbana mais apertada, a situação

acaba por não ser tão grave, na medida em que o espaço disponível, mesmo para o estacionamento ilegal, é escasso;

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26

− Paradoxalmente, é nas artérias de perfil mais largo que surgem os principais constrangimentos de circulação, motivados pelo excesso de espaço passível de uso como estacionamento;

− Do inquérito efectuado em 2003 verifica-se que a oferta de estacionamento

privado existente na área é de 11.201 lugares, incluindo as áreas de garagens existentes (8.671 lugares) e os parques privados de uso público (2.530 lugares). Os parques públicos totalizam 1970 lugares distribuídos pelos Parques de Estacionamento do Parque Eduardo VII (1145 lugares), Restauradores (480 lugares) e Mousinho da Silveira (345 lugares);

− No que se refere à repartição do estacionamento público e privado no interior

dos quarteirões localizados nas diversas unidades morfológicas verifica-se que é no sector Ressano Garcia que existe a maior oferta, com 1.280 lugares de estacionamento Público e 7.640 de privado, respectivamente;

− No sector Glória/Salitre observa-se uma oferta significativa, com 526 lugares

afectos ao sector público e 300 ao privado; − Nos restantes sectores da área em estudo a oferta é menos significativa

verificando-se, no entanto, que na totalidade, existem 63.252 m2 de estacionamento público existente no interior de lotes privados (2.530 lugares) e 216.786 m2 de estacionamento privado (8.671 lugares).

Em síntese poder-se-á afirmar que o número de lugares de estacionamento da área em estudo é de 2.870 lugares de estacionamento público legal de superfície, 1.970 em parques públicos subterrâneos, 2.530 em estacionamento público localizado no interior dos lotes e 8.671 lugares de estacionamento privado, o que totaliza 16.041 lugares.

6.1.4.1. Uso e transformação do solo

Estrutura Ecológica Urbana Na unidade de paisagem que é constituída pelo vale da Av. da Liberdade, a estrutura verde manifesta-se com um carácter predominantemente descontínuo nas encostas, próprio da cidade tradicional, apresentando alguma continuidade nas ruas arborizadas, com destaque para a alameda da Av. da Liberdade. Esta estrutura é constituída pelos espaços verdes dos jardins e logradouros, incluindo a arborização dos arruamentos e da alameda da avenida. A avenida da Liberdade encontra-se integrada no sistema de corredores assinalados na planta de componentes ambientais do PDM. De acordo com o PDM (alínea c) do ponto 2. do art. 18º), são considerados corredores “ …os arruamentos arborizados ou a arborizar”. A avenida da Liberdade tem importância acrescida pois com a sua extensa alameda, encimada pelo Parque Eduardo VII, corresponde ao início do corredor verde de Monsanto. Na malha do plano de Ressano Garcia, algumas das transversais à Av. da Liberdade - R. Alexandre Herculano, R. Rosa Araújo e R. Barata Salgueiro na encosta poente e Av. Duque de Loulé e Rua Conde Redondo na encosta nascente – também pertencem ao sistema de corredores, assim como a Rua

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Braamcamp e a Av. Joaquim António Aguiar. A Rua Castilho e a Rua Rodrigo da Fonseca na encosta poente e a Rua Camilo Castelo Branco na nascente, pela qualidade da sua arborização, incluem-se também neste grupo. A encosta de S. José, entre a Rua do Telhal e o Convento da Encarnação, possui espaços verdes de dimensão considerável para a malha urbana em análise. Com excepção do Jardim do Torel, os restantes espaços são de propriedade privada. No PDM a estrutura ecológica urbana nesta encosta integra no “sistema seco”, onde se inclui o Jardim do Torel, áreas envolventes a norte, os “logradouros integrados na estrutura verde da cidade”, os espaços contínuos que se desenvolvem desde o Convento da Encarnação até ao Ateneu, ou seja, todo o espaço verde privado compreendido entre este Convento e a Calçada do Lavre. Na planta de classificação do espaço urbano do PDM, todos estes espaços estão classificados como “Área de equipamentos e serviços públicos”. Na encosta poente a distribuição dos espaços verdes apresenta-se diversificada quer no padrão espacial quer na tipologia, de acordo com a malha urbana onde se insere e as características morfológicas do território. Na área do Plano a estrutura ecológica urbana designada em PDM abrange apenas o Jardim Botânico como espaço integrado no “sistema seco”. Nesta encosta destacam-se ainda o interior do quarteirão do Mercado do Rato e o interior do quarteirão formado pelas Ruas Barata Salgueiro, Castilho, Salitre e Avenida da Liberdade, onde se localizam os Jardins da Fundação do Oriente, contíguos aos da Cinemateca e Hotel Tivoli. O Jardim Botânico e a Praça da Alegria, a par da própria avenida da Liberdade, são os únicos espaços que se enquadram na classe “área verde de recreio”. Na estrutura ecológica urbana há ainda a considerar todos os restantes interiores de quarteirão, quintais e jardins, que não estando cartografados se encontram sujeitos a medidas de protecção expressas em diferentes artigos do PDM. Na malha do Plano de Ressano Garcia assiste-se a uma maior taxa de impermeabilização dos logradouros, que estão sujeitos a alguma pressão urbanística – nos edifícios antigos são pavimentados para permitir o estacionamento, nas novas construções são suprimidos ou transformam-se em coberturas ajardinadas sobre lajes de caves de estacionamento. Morfologia Urbana ”A área do Plano constitui a principal centralidade da área Metropolitana de Lisboa. Engloba a expansão urbana promovida por Ressano Garcia no fim do séc. XIX e pelas encostas do vale da Av., da Liberdade, que correspondem a tecidos urbanos diferenciados pela sua morfologia e formação, sendo constituída por um tecido urbano consolidado, localizado na zona central de Lisboa.”

Esta área resulta e engloba três fases de transformação e expansão fundamentais na história da cidade:

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− Lisboa muralhada/Portas de Sto. Antão, Salitre; − Lisboa de Pombal/Baixa e Passeio Público; − Lisboa de Rosa Araújo e Ressano Garcia/Avenida da Liberdade e Avenidas

Novas. Ao contrário da Avenida, que visualmente se apreende de forma homogénea, as encostas que a ladeiam têm uma maior heterogeneidade:

− Na Encosta Poente são claramente visíveis dois tipos de tecido urbano: os correspondentes ao do plano de Ressano Garcia (implantados em tecido mais plano) e o Bairro da Glória numa zona de fortes pendentes, sendo que o Jardim Botânico estabelece transição entre eles, tanto ao nível da imagem como da topografia;

− A Encosta Poente, ao contrário da Encosta Nascente, apresenta uma

sucessão de imagens distintas, sem ligação entre elas.

A morfologia actual da área de intervenção do Plano é resultante da justaposição de uma matriz histórica de assentamento urbano a um processo de transformação que se opera de modo distinto, consoante o sector urbano:

− Por substituição lote a lote ou por associação de lotes no que respeita ao Vale da Avenida e Quarteirões Ressano Garcia;

− Por alteração de uso, sem substituição das edificações, nas áreas históricas

das encostas. No âmbito da caracterização territorial produzida no Plano foi possível definir cinco “unidades morfológicas” com tipos de edificação diversos: − Portas de Santo Antão; − Bairro de S. José − Rua da Glória/Rua do Salitre − Restauradores/Passeio Público − Plano de Ressano Garcia

Não estando em análise os edifícios mais recentes, pode considerar-se que há três tipos distintos de intervenção:

− Intervenções pontuais na unidade 2, Bairro de S. José, e na unidade 3, Rua da

Glória/Rua do Salitre, que consistem em pequenas obras correntes de conservação (coberturas e pinturas), de obras de “modernização” ou expansão, substituição de caixilharias de madeira por caixilharias de alumínio,

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construção de marquises, aproveitamento de telhados ou aumento de um piso recuado. Raramente surge uma obra de substituição integral do lote;

− Obras de remodelação com significado nos pisos térreos dos edifícios,

havendo exemplos de completa substituição do rés-do-chão e ocupação do logradouro, para além do tipo de intervenção anteriormente mencionado, na unidade 1, Portas de Santo Antão;

− Demolições totais e a substituição lote a lote, com ou sem associação de

cadastros, bem como acréscimo de 1 ou 2 pisos normalmente em planos verticais distintos, com mansardas e aproveitamento de telhado ou apenas com trapeiras, para além da substituição do piso térreo (à semelhança da unidade 1), na unidade 4, Restauradores/Passeio Público, e na unidade 5, Plano de Ressano Garcia.

Qualificação do Solo A área de intervenção do PUALZE (figura 1) é constituída por um tecido urbano consolidado, localizado na zona central de Lisboa, que, de acordo com os objectivos expressos no Plano Director Municipal em vigor, se pretende reforçar como núcleo funcional da cidade e centro principal da Área Metropolitana, através da qualificação e especialização das suas funções centrais. De acordo com a Planta de Classificação do Espaço Urbano do PDM de 1994, as categorias de espaço existentes na área de intervenção são as seguintes: área consolidada de edifícios de utilização colectiva terciária, área consolidada de edifícios de utilização colectiva mista, área histórica habitacional, área verde de recreio, área consolidada de edifícios de utilização colectiva habitacional, área de equipamentos e serviços públicos e pontualmente área de usos especial e área histórica da Baixa. Relativamente às Áreas Consolidadas, o PDM caracteriza-as segundo os respectivos usos dominantes (de Utilização Colectiva Habitacional, Terciária ou Colectiva Mista), considerando-as áreas que integram o tecido urbano infra-estruturado e predominantemente edificado, definindo como objectivos centrais a sua estabilização, no que se refere às morfologias urbanas, usos e tipologias de edificação, preservando o património e os elementos de caracterização e valorização patrimonial. Especificamente no que se refere às áreas consolidadas de edifícios de habitação colectiva habitacional, minoritárias na área do Plano e correspondentes apenas a duas pequenas franjas marginais, sendo uma a Nascente e outra a Poente da Avenida, pretende-se a contenção da terciarização, excepcionando-se, no entanto, os edifícios constantes do Inventário Municipal do Património de construção anterior a 1940, ou parecer prévio positivo do IGESPAR, situações em que é possível a sua afectação total ao uso terciário. Em novos edifícios é estabelecida, como cércea possível, a moda da cércea do conjunto, com um máximo de 25m de altura. No interior dos quarteirões, cujos

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edifícios tenham frente para duas ruas opostas, podem ser localizadas áreas comerciais e equipamento. O PDM determina, como regra geral, que os logradouros devem ser ocupados com áreas verdes, excepto se forem necessários para estacionamento privativo do edifício, devendo nestes casos ser utilizados pavimentos com algum grau de permeabilidade e desde que não sejam destruídas espécies arbóreas a preservar. As áreas consolidadas de utilização colectiva mista, já são áreas predominantemente terciarizadas. O PDM permite, no entanto, novas superfícies de pavimento para terciário, mediante a existência de alguns requisitos: em edifícios constantes do Inventário Municipal do Património de construção anterior a 1940, e, (desde que os arruamentos tenham determinadas dimensões), em novos edifícios com cércea máxima de 4 pisos, em edifícios mistos de habitação e terciário, ou em novos edifícios totalmente destinados a terciário, resultantes da permuta de usos com outras áreas do PDM. As cérceas e ampliações são definidas do mesmo modo que nas áreas consolidadas de edifícios de habitação colectiva habitacional, bem como os atravessamento pedonais dos quarteirões e a sua ocupação. A ocupação dos logradouros também se faz com critérios idênticos aos definidos para a classificação anterior. A este uso o PDM afectou algumas partes da malha do plano de Ressano Garcia. De acordo com o PDM, nas áreas consolidadas de edifícios de utilização colectiva terciária as alterações à edificabilidade dos planos fica dependente de prévia aprovação de planos de urbanização ou de pormenor ou de regulamentos municipais. Esta norma veio no entanto a ser derrogada pelo n.º 2 do artigo 85.º do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, na redacção conferida através do Decreto-Lei n.º 316/2007, de 19 de Setembro. Estas áreas correspondem à restante parte da malha definida por Ressano Garcia e prolongam-se por toda a Av., acompanhando-a, de ambos os lados, até aos Restauradores, que também envolvem. As áreas históricas habitacionais correspondem, grosso modo, às áreas declivosas das encostas Nascente e Poente da Avenida, o PDM permite o nivelamento do edifício pela cércea média do lado da rua onde o edifício se situa, quer a obra se destine a substituir ou não edifício demolido. Só permite demolições em caso de ruína iminente, ou de manutenção inconveniente, ou no caso de não ter interesse urbanístico. Define condições para as novas construções: alinhamentos, estacionamento, profundidade de empenas. São admitidas obras de alteração e ampliação, aproveitamento do sótão, correcção da configuração dos telhados quando considerados inadequados à função, e construção de caves condicionadas à capacidade da sua integração arquitectónica.

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Os logradouros devem ser áreas verdes permeáveis, embora excepcionalmente se permita parte da sua ocupação com estacionamento, ou outras construções, desde que não exceda 20% da respectiva área. É permitida a afectação total ao uso terciário, a equipamentos colectivos e ao uso habitacional dos edifícios classificados no IMP, mediante a análise sobre a adequação ao uso pretendido. São, também, permitido usos mistos desde que se criem acessos individualizados à parte habitacional e sejam criadas áreas de estacionamento. Também nestas áreas se podem promover planos de urbanização e de pormenor mediante as regras expressas no PDM, que regulamentam, nomeadamente, sobre as cérceas (as quais não podem ultrapassar a cércea máxima do edifício mais alto existente na área de intervenção desses planos), sobre os usos (habitacional 70% mínimo, terciário e indústria compatível 30% máximo), sobre rede viária, estacionamento e garagens, sobre o IUB permitido e em que condições, sobre realojamentos e cedências ao município, habitação a custos controlados e imóveis classificados no IMP (que nestes casos serão regidos pelos novos regulamentos). As áreas verdes de recreio definidas em PDM constituem uma das categorias das áreas verdes que integram a estrutura verde da cidade. Destinam-se essencialmente ao lazer e recreio da população e os usos permitidos são equipamentos e infra-estruturas de apoio a esse fim, desde que se mantenham as características dominantes de espaço verde. Estas áreas contribuem também para assegurar as funções dos sistemas biológicos, o controlo dos escoamentos hídricos e atmosférico, o conforto bioclimático e a qualidade do espaço urbano. A criação ou expansão de áreas equipadas para o recreio ou lazer deve ser precedida de planos de pormenor ou projectos de espaços públicos. Na área do Plano integram-se nesta categoria o Jardim Botânico, o Jardim da Praça da Alegria e o corredor da Av. da Liberdade. Os índices de ocupação máximos estão definidos no regulamento do PDM consoante se trate de áreas do Sistema Húmido ou do Sistema Seco. O Jardim Botânico integra o sistema seco, o que significa que a ocupação edificada permitida se cinge a equipamentos e infra-estruturas relacionadas com o recreio, condicionada ao índice de ocupação máximo de 0,2. Para além das áreas verdes, a estrutura verde é constituída ainda pelas áreas que, embora ocupadas com outros usos dominantes mantém áreas verdes significativas, assinaladas na carta de componentes ambientais 2.1. Neste grupo encontra-se o Jardim do Torel e os espaços exteriores da Direcção Geral dos Serviços Prisionais, que embora tenham como uso dominante “Área de Equipamento e Serviços Públicos” têm de obedecer aos usos preferenciais a instalar no sistema seco: espaço verde de média e baixa utilização e de integração de vias ou de edifícios. Ainda decorrente das componentes ambientais urbanas encontram-se os espaços contidos no quarteirão do Ateneu, com a classificação de espaço de “Área de Equipamento e Serviços Públicos”, que também se incluem nas “áreas integradas

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na estrutura verde da cidade”. Neste caso devem ser mantidas as características dominantes do tecido urbano, sendo interdita a construção nos espaços verdes públicos, com excepção de equipamentos de recreio e lazer de ar livre, com base e, planos de pormenor ou projectos de espaços públicos. As Áreas de Equipamentos e Serviços Públicos são destinadas prioritariamente a equipamentos e serviços da administração pública e encontram-se assinaladas no PDM desde que tenham, pelo menos, 1 há. Podem estar identificadas áreas que actualmente tenham outros usos (como militares ou hospitalares, por ex.) mas para as quais se propõe, no futuro, um uso compatível com esta classe de espaço. O PDM propõe que estas áreas possam ter outros usos (habitação comércio e serviços) num máximo de 20% da totalidade da área. Está, também, definido que os equipamentos de âmbito local devem ser definidos nos planos de nível inferior a este plano ou em planos sectoriais. Sendo estas áreas significativas para a cidade, a sua progressiva densificação com construções, pode trazer consequências negativas. O PDM estabelece, como regra geral que 30% se destinem a área verde com um IUL máximo de 0,6, à excepção dos equipamentos que integram a estrutura verde principal, onde a área verde será, no mínimo, de 40%. Para estas áreas, o PDM define, também, a elaboração de planos de urbanização ou de pormenor, com os usos (e respectivas percentagens de ocupação), rede viária, estacionamento e garagens de acordo com o seu regulamento . Permite, ainda, obras de alteração e ampliação num valor máximo de 10% da superfície de pavimento existente. No caso de haver um único proprietário ou um regime de compropriedade dispensa-se a elaboração dos planos citados desde que sejam aplicadas as mesmas regras de ocupação daquele território. Estas áreas são representativas na zona Sul do PUALZE, do lado Nascente da Avenida e correspondem à agregação das áreas do Coliseu dos Recreios, do Ateneu Comercial de Lisboa, de palácios e outros edifícios, classificados maioritariamente como Bens de Valor Patrimonial Elevado e jardins privados ou públicos, como é o caso do Jardim do Torel. Por último refere-se a existência de uma pequena Área de Usos Especiais, no limite Sul do Plano. De acordo com o PDM são áreas que, genericamente, se pretende manter, correspondentes, entre outros fins, a áreas ocupadas por infra-estruturas e instalações de transportes, saneamento básico, electricidade e telecomunicações.

6.1.4.2. Qualidade Ambiental

6.1.4.3. Ambiente Sonoro Sendo o tráfego rodoviário a principal fonte sonora do PUALZE, a caracterização do ambiente sonoro foi actualizada em Maio de 2008.

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Para esta actualização foram considerados os dados de tráfego mais recentes, dados de Setembro de 2007 e de Maio de 2008, os quais já reflectem o acréscimo de tráfego na Avenida da Liberdade e principais vias circundantes, e simultaneamente o que é gerado pelo funcionamento do Túnel do Marquês de Pombal.

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Metodologia

A caracterização acústica da Área de Intervenção do PUALZE, foi desenvolvida por aplicação do modelo de previsão de níveis sonoros Cadna A.. Foram consideradas as principais fontes sonoras típicas da zona, designadamente o tráfego rodoviário e o tráfego aéreo. Os dados de base tiveram as seguintes origens: Tráfego Rodoviário: − Contagens de tráfego feitas em Maio de 2008; − Dados das contagens de tráfego do sistema GERTRUDE, relativos a 2007; − Dados das contagens de tráfego, feitas pela Divisão de Controlo Ambiental, do

Departamento de Ambiente da CML, em Setembro de 2007. O tratamento dos dados de tráfego rodoviário foi desenvolvido pelo Departamento de Planeamento de Infra-Estruturas da CML, tal como é apresentado no ponto 7.1.3 (Circulação transportes e estacionamento). Estes dados tiveram em consideração as projecções de tráfego resultantes da situação actual, e das situações futuras em que num caso se mostra o tráfego gerado caso o PUALZE seja aprovado e situação futura sem PUALZE, considerando a evolução que resultaria da aplicação do PDM, em vigor. Tráfego Aéreo: − Número de aeronaves para o ano de 2007, fornecidos pela ANA – Aeroportos

Portugal, SA. Tendo por base o Mapa de Ruído de Lisboa foram actualizados os dados relativos ao tráfego, as metodologias de cálculo e os parâmetros descritores. Assim, são apresentados os Mapas de Ruído correspondentes ao parâmetro global Lden (diurno-entardecer-nocturno) e Ln, relativo ao período nocturno. Os valores sonoros estimados foram sujeitos a validação através de medições sonoras locais, não se tendo verificado desvios superiores a 2 dB(A). A metodologia adoptada para a elaboração dos Mapas de Ruído da Avenida da Liberdade e zona envolvente obedeceu aos requisitos da nova legislação de acústica, Regulamento Geral de Ruído e Directrizes para actualização de Mapas de Ruído, da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), publicadas em Março de 2007.

Análise da situação de referência São apresentados os seguintes mapas de ruído, simplificados por se considerar ser a Avenida da Liberdade a situação mais gravosa do ponto de vista de poluição sonora.: :

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Mapa de Ruído Global – níveis sonoros resultantes da contribuição das duas fontes de ruído, tráfego rodoviário e aéreo, representados pelo indicador global Lden;

Figura 1 – Mapa de Ruído Global , Lden ( dia-entard ecer-nocturno)

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Mapa de Ruído Nocturno – níveis sonoros resultantes da contribuição de todas as fontes de ruído, para o período nocturno, representado pelo indicador Ln.

Figura 2 – Mapa de Ruído Nocturno, Ln

A análise do Mapa de Ruído é feita tendo como referência os valores limite previstos no Art.º 11º do Decreto-Lei n.º 9/2007 de 17 de Janeiro, Regulamento Geral do Ruído, para zonas mistas, em que estas não devem ficar expostas a ruído ambiente exterior superior a 65 dB(A), expresso pelo indicador Lden e superior a 55 dB(A), expresso pelo indicador Ln. Mapa de Ruído Global (Indicador de ruído diurno-ent ardecer-nocturno (Lden)) Da análise da Figura 2, verifica-se que em toda a Avenida da Liberdade, Praça dos Restauradores e Marquês de Pombal, é ultrapassado o valor limite legal de exposição sonora. De forma geral, as fachadas dos edifícios da Avenida da Liberdade estão expostas a valores de Lden entre 70 e 75 dB(A), sendo os valores junto ao eixo central superiores a 75 dB(A).

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Na área envolvente à Avenida, as vias com maior tráfego apresentam níveis de ruído excessivos (caso da R. Alexandre Herculano, R. Barata Salgueiro, Av. Duque de Loulé, Av. Fontes Pereira de Melo, R. Joaquim António de Aguiar, R. das Pretas e zona da Praça da Alegria nas imediações da Avenida da Liberdade). As restantes vias encontram-se dentro dos limites previstos na legislação.

Indicador de ruído nocturno

Analisada a Figura 3 é possível verificar uma situação semelhante à encontrada para o indicador Lden. Com efeito, as zonas em que são excedidos os valores limite são praticamente coincidentes com as anteriormente identificadas.

Conclusão Da análise efectuada é possível verificar que a zona da Avenida da Liberdade excede os limites de ruído previstos na legislação, para o indicador Ln, período nocturno, e para o indicador global Lden, (diurno-entardecer-nocturno), considerando a classificação de zona mista. O tráfego rodoviário (veículos ligeiros e pesados) constitui a fonte de ruído mais significativa na área de intervenção do PUALZE. Atendendo à degradação do ambiente sonoro actual foi prevista a adopção medidas de redução de ruído a implementar simultaneamente com as acções previstas no Plano. Estas medidas temporalmente serão de carácter imediato e de longo prazo, designadamente acções viáveis a curto prazo e outras caracteristicamente programáticas de carácter mais abrangente, nomeadamente no âmbito dos estudos de Mobilidade desenvolvidos para a cidade de Lisboa e futuro Plano Municipal de Redução de Ruído

6.1.4.2. Qualidade do Ar

Metodologia A caracterização da Qualidade do Ar na Avenida da Liberdade, foi feita por recurso a análise estatística dos dados recolhidos pela rede de medição da qualidade do ar. De modo a determinar a evolução das concentrações dos vários poluentes e a situação em que se encontram em termos de cumprimento dos valores limite impostos por legislação, foi realizado um levantamento dos dados estatísticos dos últimos 5 anos, referentes à estação de medição da qualidade do ar da Avenida da Liberdade. Esta estação localiza-se a meio da Avenida, no sentido ascendente do tráfego, tendo sido instalada em 1994. Mede em contínuo os poluentes: óxidos de azoto, monóxido de carbono e partículas com diâmetro inferior a 10 µm.

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No Quadro 7 são apresentadas as características desta estação de medição da qualidade do ar:

Quadro 7 – Dados relativos à estação da qualidade d o ar da Av. da Liberdade

Código: 3075

Data de início: 1994-01-01

Tipo de Ambiente: Urbana

Tipo de Influência: Tráfego

Zona: Área Metropolitana de Lisboa Norte (a)

Rua: Avenida da Liberdade

Freguesia: São José

Concelho: Lisboa

Latitude: 195336 Coordenadas Gauss Militar (m) Longitude: 111902

Latitude: 038°43’16’’ Coordenadas Geográficas WGS84 Longitude: 009°08’46’’

Altitude (m): 44

Rede: Rede de Qualidade do Ar de Lisboa e Vale do Tejo

Instituição: Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo

Contacto: 21 0101 300

Foram utilizados os dados disponibilizados pelo Instituto do Ambiente através da página de �nternet (http://www.qualar.org) e as estatísticas anuais fornecidas pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT). A análise dos resultados foi realizada tendo como base o especificado no Decreto-Lei n.º 111/2002, de 16 de Abril, que estabelece os valores limite e os limiares de alerta para os poluentes no ar ambiente (dióxido de enxofre, óxidos de azoto, partículas em suspensão, chumbo, benzeno e monóxido de carbono).

Análise da situação de referência Como referido no ponto anterior a análise da qualidade do ar na área de intervenção do PUALZE incidirá nos poluentes objecto de medição na estação da qualidade do ar da Avenida da Liberdade, nomeadamente partículas em suspensão PM10, Dióxido de Azoto (NO2) e Monóxido de Carbono (CO). Cada um destes poluentes têm critérios de avaliação específicos, de acordo com o Decreto-Lei n.º 111/2002, como adiante se explicitarão.

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Apresentação de resultados

Partículas em suspensão (PM10)

De acordo com o Decreto-Lei n.º 111/2002, existem dois critérios de avaliação:

− Protecção da Saúde Humana: Base Diária – o valor das concentrações médias diárias deverá ficar abaixo do valor limite diário para a protecção da saúde humana, podendo ser excedido até 35 vezes em cada ano civil (50 µg/m3 + MT);

− Protecção da Saúde Humana: Base Horária – o valor médio das

concentrações diárias não deverá ser superior ao valor limite anual para a protecção da saúde humana (40 µg/m3 + MT).

Quadro 8 – Quadro resumo das estatísticas relativas às concentrações médias diárias de PM 10 para a estação da Av. da Liberdade

Valor Anual (base diária)

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Eficiência (%) 91,30% 98,60% 97,50% 99,50% 97,30% 99,50% 96,70%

Dados Validados 334 360 356 363 356 363 353

Média (µg/m3) 60,8 62,0 59,0 56,1 51,2 53,9 49,0

Máximo (µg/m3) 236,3 184,5 151,4 178,8 151,6 260 130,2

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40

81

111

140 131119

180

145

0

25

50

75

100

125

150

175

200

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

N.º Excedências Excedências Permitidas

Figura 3 – Número de dias em que a concentração de PM10 na Av. da

Liberdade excedeu o valor limite diário

Da análise dos resultados acima, verifica-se que a Avenida da Liberdade não tem apresentado uma grande variação dos valores médios das concentrações anuais de partículas com diâmetro inferior a 10 µm. No entanto, as médias calculadas ultrapassam sempre o valor limite, o qual de acordo com o estipulado na legislação, vai diminuindo progressivamente devido à diminuição anual da margem de tolerância. No que diz respeito aos valores de base diária, tem-se verificado que o número de excedências (dias em que o valor da concentração média diária ultrapassa o valor limite diário para a protecção da saúde humana) ultrapassa largamente o número de excedências permitido em cada ano.

Dióxido de azoto (NO 2)

De acordo com o Decreto-Lei n.º 111/2002, existem dois critérios de avaliação:

− Protecção da Saúde Humana: Base Anual – o valor da concentração média anual deverá ficar abaixo do valor limite anual para a protecção da saúde humana (40 µg/m3 + MT);

− Protecção da Saúde Humana: Base Horária – o valor médio das concentrações horárias não deverá ser superior ao valor limite horário para a protecção da saúde humana (200 µg/m3 + MT) não podendo ser excedido mais de 18 vezes em cada ano civil.

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41

Quadro 9 – Quadro resumo das estatísticas relativas às concentrações médias horárias de NO 2 para a estação da Av. da Liberdade

Valor Anual (base horária)

2000 2001 2002 2003 2004 2005

Eficiência (%) 89.0% 96.3% 95.5% 93.0% 91.5% 96.4%

Dados Validados 7 818 8 439 8 369 8 150 8 038 8 446

Média (µg/m3) 50,7 54,4 61,9 69,4 63,2 63,0

Máximo (µg/m3) 229.3 309.4 211.5 263.4 287.4 250.1

0

10

20

30

40

50

60

70

80

2000 2001 2002 2003 2004 2005

média anual (µg/m3) VL + MT Valor Obtido

Figura 4 – Evolução da média da concentrações média s horárias de NO 2 para a estação da Av. da Liberdade

02468

101214161820

2000 2001 2002 2003 2004 2005

Excedências Permitidas N.º Excedências

Figura 5 – Número de dias em que a concentração de NO2 na Av. da Liberdade excedeu o valor limite diário

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No que diz respeito à concentração média anual, verifica-se que a partir do ano de 2002, este valor tem ultrapassado sempre o valor limite anual para a protecção da saúde humana (40 µg/m3 + MT).

Contudo se atendermos às médias horárias, os valores das concentrações encontra-se normalmente abaixo dos limites, tendo-se verificado apenas 1 excedência em 2001 e 2004, sendo que a legislação portuguesa permite que existam 18 dias em cada ano cujos valores estão acima dos limites.

Monóxido de carbono (CO)

De acordo com o Decreto-Lei n.º 111/2002 o valor máximo diário das médias octo-horárias não deverá exceder o valor limite para a protecção da saúde humana: 10.000 µg/m3.

Quadro 10 – Quadro resumo das estatísticas relativa s às concentrações médias de base octo-horária (a) de CO para a estação da Av. da Liberdade

Valor Anual (base 8 horas)

2000 2001 2002 2003 2004 2005

Eficiência (%) 96,30% 99,60% 95,10% 95,20% 83,50% 92,10%

Dados Validados 8.455 8.729 8.331 8.339 7.336 8.071

Média (µg/m3) 1.024,7 775,0 690,7 610,4 587,7 589,2

Máximo (µg/m3) 11.653,1 4.547,8 5.205,0 3.522,4 3.211,3 3.551,8

(a) As médias de base octo-horária (8 horas) são calculadas a partir dos dados horários. O primeiro período de cálculo para um determinado dia será o período decorrido entre as 17h00 do dia anterior e a 01h00 desse dia. O último período de cálculo será o período entre as 16h00 de um determinado dia e as 24h00 desse mesmo dia.

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0

200

400

600

800

1.000

1.200

2000 2001 2002 2003 2004 2005

média anual (µg/m3) Valor Anual (base 8 horas)

Figura 6 – Evolução da média da concentrações das m édias octo-horárias de CO para a estação da Av. da Liberdade

No que se refere às concentrações de monóxido de carbono, tem-se verificado, nos anos mais recentes, uma tendência de estabilização do valor médio anual. Este está sempre bastante abaixo do valor limite previsto na legislação, não apresentado do ponto de vista ambiental uma situação problemática.

Conclusão Da análise estatística apresentada conclui-se que, tanto as concentrações de partículas (PM10) como as de Dióxido de Azoto, estão acima dos valores limite para a protecção da saúde humana. No caso das PM10, a situação é mais grave devido ao facto de em mais de um terço dos dias do ano, o valor médio diário exceder o permitido. Já no respeitante ao Dióxido de Azoto, o facto de haver excedência relativa ao período anual enquanto que os valores diários se encontram dentro dos limites, induzem a que estejamos perante concentrações diárias próximas do limite. Para o Monóxido de Carbono, a diminuição e estabilização das concentrações reflecte a diminuição das emissões deste poluente por parte do tráfego automóvel. A qualidade do ar é um parâmetro que apresenta grande variabilidade nas dimensões temporal e espacial, sendo as suas variações resultado de uma combinação de dois factores: emissões poluentes e condições meteorológicas. Para melhor caracterizar a situação da Av. da Liberdade recorreu-se aos valores das concentrações médias horárias, registadas nesta estação de medição da qualidade do ar e traçou-se o seu perfil diário em que se representa a variação diária da média das concentrações horárias.

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Perfil diário das concentralções de poluentes atmos féricos

0

20

40

60

80

100

120

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 horas

concentração [ug/m3]

0

100

200

300

400

500

600

700

800

concentração CO [ug/m3]

NO2 NO PM10 CO

Figura 7 – Perfil diário da concentração de poluent es na estação da Av. da Liberdade em 2006 (fonte: CCDR-LVT)

Identificam-se dois picos diários que coincidem com as horas de maior intensidade de tráfego, hora de ponta da manhã e hora de ponta da tarde, constatando-se que a variação das concentrações poluentes acompanha as variações do tráfego. De um modo geral, o pico da manhã é mais acentuado para todos os poluentes e, o da tarde mais amplo, no que se refere à sua distribuição temporal, o que provavelmente se deve a uma maior distribuição temporal dos níveis de tráfego da hora de ponta da tarde. De referir que o pico da manhã do poluente NO é mais pronunciado dado que, as emissões de óxidos de azoto (Nox) provenientes do tráfego automóvel são maioritariamente sob esta forma (NO). Para o NO2, esta variação é ligeiramente menos acentuada ao longo do dia, uma vez que, grande parte deste resulta de reacções químicas de oxidação na atmosfera. No caso das partículas (PM10), também se identificam dois picos distintos nas concentrações médias que não são exactamente coincidentes com as horas de maior intensidade de tráfego automóvel. Regista-se ainda um pico no final da noite, que não é acompanhado por qualquer dos outros poluentes. Este comportamento sugere a influência de outras fontes e a ocorrência de processos de formação de partículas secundárias e de um comportamento dinâmico na atmosfera característico deste poluente. Acresce referir que, de acordo com alguns estudos efectuados cerca de 75% das PM10 são provenientes das emissões de fontes móveis e da formação do aerossol secundário.

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De mencionar ainda, o papel fundamental na distribuição dos teores de partículas na atmosfera dos factores meteorológicos, ocorrendo geralmente as menores concentrações em dias de chuva devido, não só à lavagem da atmosfera, mas também dos solos que levam à diminuição da ressuspensão de partículas então depositadas. As maiores concentrações de partículas são normalmente registadas quando a velocidade do vento é fraca devido às piores condições de dispersão e em dias de tempo seco e de grande estabilidade atmosférica. Os níveis de qualidade do ar registados nesta estação e em toda a rede de monitorização da qualidade do ar da cidade e da região de Lisboa e Vale do Tejo levam, no âmbito do cumprimento da legislação relativa à avaliação e gestão da qualidade do ar, à elaboração de uma estratégia que vise a diminuição dos níveis de poluição. Neste âmbito, foram elaborados, pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, os Planos e Programas para a melhoria da qualidade do ar da região de Lisboa a Vale do Tejo (Ppar), tendo sido produzido um relatório que consiste essencialmente num diagnóstico à qualidade do ar e na avaliação do efeito da implementação de um conjunto de medidas que visem o cumprimento dos valores limite legalmente estabelecidos. Os estudos realizados no âmbito dos Ppar, bem como outros, concluem que os elevados valores dos poluentes atmosféricos Dióxido de Azoto (NO2) e Partículas PM10 (partículas com diâmetro igual ou inferior a 10µm), são resultado das emissões provenientes das fontes móveis, apresentando-se, no centro da cidade de Lisboa, as maiores concentrações junto às artérias com elevados níveis de tráfego. Assim, relembrando que as condições meteorológicas são o factor condicionante da dispersão de poluentes na atmosfera, que não depende de qualquer acção humana, a forma de influenciar qualquer alteração à qualidade do ar passará pela implementação de medidas que alterem o padrão actual das emissões poluentes. As medidas a tomar no sentido de uma melhoria da qualidade do ar terão de ser globalmente abrangentes para efectivamente produzirem efeitos. A diminuição da emissão de poluentes passará pela introdução de alterações ao actual cenário de tráfego da cidade, designadamente no que se refere ao número e tipo de veículos em circulação. As diversas opções de instrumentos/medidas possíveis implementar e a intervenção de diversos decisores, designadamente, entidades públicas e privadas, tornando este processo bastante complexo pelo que, foi constituído um grupo de trabalho envolvendo os diversos intervenientes no sentido de serem definidas e hierarquizadas as medidas a implementar. Importa referir que, a aplicação de medidas em determinadas zonas circunscritas, como por exemplo uma limitação de tráfego, total ou parcial, numa determinada via, poderá surtir pouco ou nenhum efeito na qualidade do ar nesse local, se o desvio das fontes for efectuado para uma zona circundante. A atmosfera é dinâmica e a poluição não permanece junto dos locais onde foi emitida, as reacções químicas e de transporte são constantes e bastante complexas. É este o motivo de, por exemplo as concentrações de ozono, serem

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normalmente mais elevadas nas zonas residenciais urbanas, longe da influência directa das grandes fontes de emissão

6.1.4.3 Hidrogeologia Em virtude da proposta dos Parques de Estacionamento na Avenida da Liberdade foi desenvolvido um estudo preliminar designado por “Parques de Estacionamento da Avenida da Liberdade – Relatório geológico”, que faz uma abordagem pontual de três situações inicialmente previstas, não devendo ser extrapolado para toda a AI do PUALZE.

Caracterização Geológica e Geotécnica Estratigrafia De acordo com a Carta Geológica do Concelho de Lisboa (escala 1:10000), a área em estudo enquadra-se em formações atribuídas a idades geológicas diversas, de acordo com a seguinte sistematização estratigráfica: Recente – (A) – Aterros (a) - Aluviões Miocénico - M2

Iva – Argilas do Forno do Tijolo M2

III – Calcários de Entre-Campos M1

II – Areolas da Estefânia M1

I – Argilas e Calcários dos Prazeres Oligocénico - φ – Formação de Benfica Neo-Cretácico (Eocénico) - β - Complexo Vulcânico de Lisboa Cretácico (Cenomaniano) - C3

C – Calcários cristalinos com rudistas A distribuição espacial dos diversos estratos é indicada no extracto da Folha 4 da Carta Geológica do Concelho de Lisboa – Serviços Geológicos de Portugal. Litologia Dentro das unidades estratigráficas referidas no ponto anterior, ocorrem tipos litológicos variados, por vezes específicos ou predominantes, que a seguir se indicam e caracterizam genericamente, com base na bibliografia da especialidade e na análise de diversas sondagens geológicas realizadas em lotes vizinhos. A análise dos dados das sondagens, em profundidade, levou a considerar, nesta descrição, algumas litologias correspondentes a estratos não referenciados na cartografia de superfície da área em estudo. Recente (A) Aterros – São materiais de natureza antrópica, muito heterogéneos, com matriz areno-argilosa, algo pedregosos e com fragmentos cerâmicos incorporados. Apresentam-se muito descomprimidos. Na área em estudo apresentam espessura média variável entre 0,60 e 9,6 m podendo nalguns pontos atingir espessuras na ordem dos 13,5 m.

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(a) Aluviões – São resultantes da dinâmica deposicional das linhas de água do local. Apresentam natureza diversa, no entanto, na área interessada exibem carácter argilo-siltoso com alguma componente arenosa. De acordo com os dados disponíveis, esta unidade é intersectada pontualmente na zona em estudo, podendo atingir espessuras da ordem dos 6 – 7 m. Miocénico M2Iva – Argilas do Forno do Tijolo – Esta unidade é caracterizada pela presença de níveis de argilas, margas e arenitos finos de carácter argiloso e micáceo. Na área em estudo esta unidade não é intersectada nas sondagens disponíveis, sendo apenas referida na cartografia de superfície. M2III – Calcários de Entre-Campos – Formação caracterizada pela presença de calcário margoso conquífero coberto por camadas de areia. Esta unidade aflora apenas no limite SE da área em estudo. Tal com a unidade anteriormente referida, não foi intersectada pelas sondagens existentes. M1II – Areolas da Estefânia – Esta unidade caracteriza-se pela presença de níveis areníticos de natureza calcária, com abundantes fósseis, intercalados com areias finas de carácter mais argiloso. Aflora no limite sul da área em estudo. Nos locais interessados neste estudo preliminar, uma vez mais, esta unidade não foi reconhecida. M1I – Argilas e Calcários dos Prazeres – Esta é a principal unidade aflorante na área em estudo. Trata-se da unidade de base do Miocénico e por esse facto exibe elevadas características resistentes. Caracteriza-se pela presença de bancadas de argilas siltosas intercaladas com bancadas de calcários areno-argilosos. Tal como todas as restantes unidades miocénicas, a presença de fósseis reflecte a sua origem marinha. Na área em estudo apresenta espessuras que variam entre 1 – 15 m. De acordo com os dados disponibilizados através de sondagens geotécnicas, esta unidade pode não estar presente em alguns locais ou ter espessura mais reduzida. Esta situação associa-se em regra a uma espessura de aterros mais elevada, o que sugere ter havido erosão dos terrenos miocénicos. Oligocénico φ – Formação de Benfica – Esta unidade assenta sobre o Complexo Vulcânico de Lisboa e, contrariamente às unidades acima referidas, apresenta uma origem francamente continental tendo sido depositada em regime tipo torrencial. Apresenta níveis conglomeráticos, reflectindo a grande capacidade do agente de transporte, intercalados com níveis de margas e argilas avermelhadas. Na zona em estudo aflora junto à Rotunda do Marquês de Pombal. A espessura é pelo menos de 9 m nesta zona, no entanto, não pode ser estimada com rigor visto nos dados analisados não ter sido intersectada a sua base. Neo-Cretácico (Eocénico) β - Complexo Vulcânico de Lisboa – Esta unidade é constituída por uma sucessão de derrames lávicos, intercalados por níveis de materiais piroclásticos relacionados na sua formação com a intensa actividade vulcânica na região

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durante o período Neo-Cretácico. Afloram junto à Rotunda do Marquês de Pombal e foram intersectados em sondagens realizadas ao longo da Av. da Liberdade. No topo apresentam-se bastante alterados a decompostos, tornando-se menos alterados a sãos à medida que a profundidade aumenta. Em regra apresentam elevado grau de fracturação. Na zona estudada as espessuras variam entre 6 – 8 m. Cretácico (Cenomaniano) C3C – Calcários cristalinos com rudistas – Composto por bancadas de calcário cristalino, bastante fracturado, com cavidades e fracturas preenchidas por material de natureza argilosa. De carácter francamente marinho, exibe fósseis de rudistas o que lhe confere a condição de rocha ornamental. Na zona em estudo aflora igualmente junto à Rotunda do Marquês de Pombal. Sondagens de maior profundidade realizadas na Av. da Liberdade detectaram a presença deste nível à cota -24. A sua espessura não foi estimada visto não ter sido atingida a sua cota de base. Na Planta 2 e Perfis Geológicos anexos, apresenta-se uma interpretação das condições litológicas nos locais de construção dos Parques de Estacionamento da Av. da Liberdade, tomando como base resultados de sondagens realizadas em zonas de vizinhança, que foi possível consultar.

Caracterização Hidrogeológica Considerações Geomorfológicas A carta geomorfológica da zona em análise (Planta 3), permite verificar a diminuição de cota na direcção NO-SE, o que favorece a escorrência de águas superficiais ao longo da zona depressiva que segue o alinhamento da Rua de Santa Marta /R. São José / Av. da Liberdade, no seguimento da antiga Ribeira de São Sebastião. Este vale colecta e constitui uma zona de drenagem preferencial das águas de montante, oriundas da zona do Parque Eduardo VII e de algumas linhas de água subsidiárias, de importância muito reduzida na sua contribuição hídrica, concentrando-as depois na zona de maior estreitamento do vale (cerca da Praça dos Restauradores) e abrindo a jusante no Esteiro da Baixa. A escorrência será igualmente favorecida nesta direcção devido ao facto da pendente morfológica se encontrar em concordância com a pendente estrutural das unidades geológicas que, neste caso apresentam uma inclinação de cerca de 10-12ºESE. No entanto, a percolação é condicionada localmente pela morfologia do substrato miocénico, cujo talvegue, coincidindo com a Rua de Santa Marta/S. José, a cotas inferiores às da Av. da Liberdade, determina uma circulação sub-superficial de orientação ONO-ESE. Dado que toda a área se encontra praticamente impermeabilizada superficialmente dado a forte ocupação urbana, a ocorrência de infiltração verificar-se-á apenas na zona do Parque Eduardo VII e em alguns logradouros e áreas verdes situadas ao longo da Av. da Liberdade.

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Assim, a percolação será fortemente condicionada pelas unidades geológicas aflorantes e nos casos de ocorrência de materiais rochosos, tal como acontece no complexo basáltico e níveis carbonatados dos estratos miocénicos, far-se-á ao longo das fracturas. Contudo, a formação das “Argilas e Calcários dos Prazeres”, de natureza impermeável, irá funcionar como uma barreira ao fluxo de água infiltrada, sendo por isso determinante no regime do escoamento sub-superficial. Complexos Hidrogeológicos Em função das condições estruturais, topográficas e litológicas, podemos assumir que as formações apresentam determinados comportamentos hidráulicos, o que permite a definição de diversos Complexos Hidrogeológicos distintos no Concelho de Lisboa. No caso da área em estudo pode considerar-se a influência de cinco complexos hidrogeológicos, nomeadamente o Complexo Aluvionar, o Complexo Multicamada Miocénico (Sistema das Argilas e Calcários dos Prazeres e Sistema Miocénico Inferior), o Complexo Oligocénico, o Complexo Vulcânico de Lisboa e o Complexo Cretácico. a) Complexo Aluvionar O Complexo Aluvionar abrange as formações de cobertura, aterros e aluviões. É constituído por materiais não consolidados, de natureza heterogénea e que apresentam permeabilidade alta, funcionando na maioria dos casos como zonas de passagem de água. Contudo, verifica-se que em certos pontos o nível freático se situa no interior deste complexo, associado a situações em que ocorrem elevadas espessuras de aterro e uma reduzida espessura da unidade miocénica predominante. b) Complexo Multicamada Miocénico Quanto ao Sistema Miocénico Inferior apresenta níveis detríticos localizados na base com uma componente mais carbonatada para o topo. Apresenta, de um modo geral, média a alta permeabilidade e produtividades médias a altas, comportando-se como um aquífero. Ocorre no limite SE da área em estudo e dada a pendente do terreno e a inclinação das camadas geológicas, a sua influência não é revelante. No que se refere ao Sistema das Argilas e Calcários dos Prazeres, apresenta forte componente argilosa intercalada com estratos de natureza carbonatada (margas e calcários). Este facto associado ao elevado grau de compactação da unidade, faz com que a permeabilidade seja baixa e do ponto de vista hidrogeológico a unidade comporta-se como um aquitardo, ou seja, permite o armazenamento de água mas a sua percolação é condicionada pela litologia. Deste modo, a movimentação de caudais subterrâneos neste estrato processa-se nas zonas de contraste de permeabilidade, proporcionando o estabelecimento de aquíferos suspensos de carácter semi-cativo. c) Complexo Oligocénico

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Este Complexo apresenta um comportamento hidrogeológico variado em função da litologia, condicionando a permeabilidade no seu interior. Comporta-se geralmente como um aquitardo podendo no entanto, suster alguns níveis aquíferos. Apresenta baixa permeabilidade devido à forte cimentação de natureza argilosa pelo que, a ocorrer infiltração na zona em que este complexo aflora, a passagem de água seria bastante condicionada. d) Complexo Vulcânico de Lisboa Relativamente ao Complexo Vulcânico de Lisboa, dado o elevado grau de alteração e fracturação, comporta-se como um aquitardo, exibindo baixa a média permeabilidade. No entanto, como se encontra bastante fracturado, poderá permitir a percolação de água no seu interior. Além disso, este complexo aflora no limite N da área e, a ocorrer infiltração nesta zona, a pendente do terreno iria favorecer a escorrência em direcção à Av. da Liberdade logo, este complexo poderá constituir uma via de passagem de água através das fracturas. Pela análise dos dados constata-se que em certos pontos da área analisada, o nível freático se situa no interior desta unidade, variando entre a cota -7 e -16m. e) Complexo Cretácico Relativamente ao Complexo Cretácico, dada a sua natureza carbonatada e elevado grau de carsificação, funciona como um aquífero livre, exibindo permeabilidades médias a altas. Aflora numa bolsada no seio do Complexo Vulcânico de Lisboa numa área pouco significativa, no entanto, a sua inclinação encontra-se concordante com a pendente do terreno o que, a ocorrer infiltração, irá favorecer a escorrência em direcção à Av. da Liberdade. A distribuição em planta dos complexos referidos, é indicada na Planta 4 que se apresenta em anexo. Geotecnia De acordo com os elementos bibliográficos disponíveis, referentes às características geotécnicas genéricas dos estratos e formações referenciadas para a área em estudo, pode estabelecer-se a título indicativos o enquadramento geotécnico a seguir apresentado, visando sobretudo a sua aptidão às fundações e escavabilidade. (A) – Aterros – São depósitos muito heterogéneos, com matriz argilo-arenosa predominante, incluindo elementos muito variados, restos de construções e cerâmicas. Exibem compacidade média a baixa, com fraca e irregular capacidade resistente, e acentuada deformabilidade. Estas características têm distribuição espacial e em profundidade muito aleatória, não permitindo considerar a estes dispositivos aptidão para apoio a fundações de qualquer estrutura. Por outro lado, a sua quase permanente presença, mesmo que em espessura reduzida, condiciona a estabilidade dos taludes de eventuais escavações, obrigando à adopção de soluções especiais de contenção periférica. Na área mais restrita dos Parques de Estacionamento, são referenciadas espessuras de aterros entre os 3 e os 15 metros em vários furos de sondagem realizados na vizinhança.

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Em termos resistentes, os valores encontrados nos ensaios de penetração normalizados (Standard Penetration Test) são muito variáveis e influenciados pela presença dos elementos inclusos, podendo no entanto estimar-se como mais frequente a variação de NSPT entre 6 e 8. A remoção destes materiais não oferece dificuldade maior, sendo em geral conseguida por meios mecânicos de média potência, tipo giratória. (a) – Aluviões – Litologicamente são terrenos argilo-siltosos ou arenosos de consistência ou compacidade reduzida. Na zona inicial da Av. Liberdade e Pr. Restauradores, a componente argilo-siltosa (lodosa) é predominante, contendo elevada percentagem de matéria orgânica. As suas características geomecânicas são desfavoráveis, exibindo reduzida capacidade resistente e elevada deformabilidade. Os valores mais frequentes de NSPT são da ordem de 7 a 10, podendo no entanto nos níveis lodosos serem inferiores. Não apresentam aptidão ao apoio de fundações e a sua presença condiciona fortemente a estabilidade de taludes de eventuais escavações, obrigando sempre à adopção de soluções de contenção especiais, em particular, quando afectados pela presença do nível de água. M1I – Argilas e Calcários dos Prazeres – O estrato assim designado constitui a principal unidade litológica presente na área interessada pelas estruturas dos Parques de Estacionamento. Os níveis argilosos que integram este complexo são constituídos por argilas siltosas de baixa plasticidade, tipo CL (Classificação Unificada). As intercalações de calcários gresosos ocorrem em bancadas de espessura métrica, apresentando em regra uma acentuada fracturação. No seu conjunto, o complexo, exibe uma muito elevada resistência mecânica. No topo da formação, estas características resistentes podem apresentar-se diminuídas face ao grau de alteração que exibem e a descompressão a que foram sujeitos. Os resultados dos ensaios de penetração SPT conduzem em geral a valores de NSPT da ordem dos 20 a 40 na zona mais superficial passando inferiormente para valores da ordem de 60 ou superiores. Na zona em causa, o topo descomprimido deste complexo não excede os 3,5 m de espessura. Trata-se de um estrato com capacidade portante elevada, capaz de constituir firme de fundação, mesmo para estruturas com solicitações mais elevadas. Habitualmente são praticados valores de tensão de contacto em fundações directa da ordem de 0,35 a 0,50 MPa. A escavação destes terrenos é viável com recurso a meios mecânicos de média potência, havendo no entanto situações localizadas que obrigam ao uso de martelos pneumáticos. A elevada fracturação nas bancadas calcárias permite o uso generalizado dos meios mecânicos, tipo giratório. É prática corrente o uso de contenção periférica especial (Parede Moldada ou Parede Berlinesa), dadas as condicionantes resultantes da ocupação urbana. No entanto, em locais livres é possível o recurso a taludes em trincheira de inclinação compatível.

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β - Complexo Vulcânico de Lisboa – Este complexo engloba materiais de comportamento geotécnico muito diferenciado. Na área em estudo e nas diversas sondagens que foram disponibilizadas, é reconhecida a presença de rocha basáltica com um grau de fracturação e alteração variável, em geral mais acentuada nos níveis mais superficiais do maciço. A sua observação directa e a ocorrência verifica-se na Rotunda do Marquês de Pombal. Nos restantes locais em análise o complexo ocorre a profundidades superiores. A espessura de rocha basáltica detectada nas sondagens foi de 6 – 8 m sendo no entanto possível em alguns locais ser mais acentuada dado que não foi detectada a base da unidade. A acentuada fracturação que em regra apresenta, permite considerar o seu desmonte por meios mecânicos de média potência, havendo no entanto núcleos de rocha quase sã e com fracturação reduzida que obrigarão ao recurso a material pneumático ou mesmo materiais expansivos. A capacidade resistente do Complexo Vulcânico, é variável no seu conjunto podendo ser reduzida nos níveis intercalares de argilas e margas ou nos vulcano-sedimentares. Em valores médios a adopção de tensões de contacto em fundação directa poderá orçar os 0,5 MPa na maioria dos casos, podendo ser mais elevados nos níveis rochosos, como é o caso dos basaltos presentes nos locais em estudo.

6.2. Avaliação Ambiental com a implementação do PUA LZE

6.2.1. Ambiência Urbana

6.2.1.1. Paisagem Ao nível deste descritor e dos assuntos que abrange, com especial enfoque para o espaço público, os estudos coligidos no relatório do PUALZE diagnosticaram várias fragilidades que é necessário resolver e identificaram potencialidades que é imperioso aproveitar. A concretização da maioria das propostas irá saldar-se de forma positiva na imagem e no usufruto deste território. A intervenção ao nível dos espaços públicos, de onde se realça a criação de percursos e a abertura de novos espaços à cidade, é um dos aspectos dominantes que despoletam a requalificação de toda a área. A requalificação do sistema de espaços públicos vai contribuir para a melhoria das condições da população residente, para a fixação de nova população e de comércio de qualidade, vai atrair visitantes e revitalizar toda a área do plano. A execução das acções que constituem a proposta de intervenção nos espaços públicos é determinante para o sucesso dos objectivos do plano, para a fixação de população e captação de investimento e, consequentemente, para o aumento da competitividade deste território. Por outro lado, ao melhorar o espaço público está-se a criar zonas de estadia e de convívio, locais cuidados e aprazíveis que

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contribuem para a identidade dos sítios e para a coesão social da população residente. A revitalização desta área depende fortemente de operações de reabilitação do edificado, que podem ser activadas através de iniciativas públicas que é necessário implementar, de acordo com as sugestões do plano. A requalificação dos espaços públicos, o reperfilamento da avenida e a reabilitação do parque edificado são acções que, de tão prementes, a câmara teria de realizar a curto / médio prazo. No entanto, a existência de um plano prioriza estas acções nos processos de decisão da câmara: primeiro porque a CML fica vinculada com as propostas do plano, segundo porque permite um mais célere cabimento do valor destas acções no orçamento anual, mesmo sem estarem contempladas no plano de financiamento do PUALZE. A coerência de ligações/percursos que o plano sugere vai ao encontro de vários estudos e propostas do Plano Verde e da própria CML, algumas formalizadas em projectos, outras apenas em intenções. Resguardam-se no entanto as acções que não dependem somente da CML mas de parcerias, entre outros, com os CTT e a CP. O sucesso destas acções vai depender das negociações da CML com estas entidades e do seu verdadeiro empenho na sua concretização. Não se pode dissociar do PUALZE as propostas do futuro Plano de Pormenor do Parque Mayer, onde se inclui a reabilitação do Teatro Capitólio e a criação de equipamento lúdico e cultural, assim como a possibilidade de criação de novas ligações ao Jardim Botânico. Estrutura Física: Morfologia, linhas estruturantes da paisagem e sistemas naturais da paisagem Neste item, e relativamente ao cenário 0, há a constatar a construção dos 2 parques de estacionamento na avenida e o actual desconhecimento das implicações que tal facto pode provocar no sistema hidrogeológico da avenida e da própria Baixa, que se encontra a jusante. Ao nível da realização de estudos hidrogeológicos, a existência de um plano acautela possíveis interferências com o sistema hidrogeológico ao exigir estudos sempre que esteja prevista a construção de caves. Também ao permitir a isenção total ou parcial da dotação de estacionamento estabelecida em PDM, em função das condições geológicas, vai reduzir o número de caves nestas situações. Sistema Cultural da Paisagem Nesta altura em que vigora o PDM de 1994 e está ainda a decorrer o processo de Revisão do PDM, o plano manifesta-se como um instrumento mais eficaz na preservação do edificado com interesse patrimonial, uma vez que condiciona as intervenções ao tipo de classificação atribuída: bens de valor patrimonial elevado, relevante e de referência. Esta classificação mais abrangente do património está de acordo com o previsto na revisão do PDM.

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O plano apresenta ainda algumas sugestões relativamente a mecanismos e programas de financiamento direccionados para a reabilitação urbana. No entanto este aspecto depende da vontade política e pode ser accionado em qualquer altura, com ou sem plano. A criação de novos espaços públicos e a melhoria de várias ruas em termos de segurança e de conforto para o peão, vão certamente cativar mais pessoas para estas áreas. A proximidade do Bairro Alto pode contribuir para que a zona alta do bairro da Glória funcione como um prolongamento deste bairro cultural, quer ao nível de actividades como de vivência. O plano prevê ainda vários percursos que atravessam e interligam zonas de equipamentos culturais e de lazer, o que irá dinamizar esta área e funcionar como âncora para a fixação de outras actividades afins. O PP do Parque Mayer, ao dotar esta zona com novos equipamentos culturais e de lazer, vai polarizar a oferta cultural nesta área e dinamizar a sua vivência urbana, principalmente no período nocturno. Sistemas de Vistas No regulamento do plano o artigo 38º aborda o sistema de vistas, referindo como pontos de visualização os marcados na planta de zonamento (S. Pedro de Alcântara e Torel). No entanto toda a área de intervenção tem de respeitar um outro ponto dominante, o Alto do Parque Eduardo VII, e essa referencia não está explicita em regulamento. Os percursos de meia encosta, na encosta nascente, vão desfrutar de uma panorâmica sobre a avenida que também deve ser salvaguardada, assim como os enfiamentos visuais que se vão sucedendo ao longo do percurso que liga os diversos espaços públicos localizados na zona da Mãe de Água. No que se refere à imagem da cidade, há dois aspectos aplicados ao edificado que podem contribuir para a sua valorização: as obras de reabilitação urbana e as normas do regulamento do plano relativas à altura máxima das fachadas, que vão contrariar a tendência para o nivelamento das cérceas e gerar uma maior diversidade visual. 6.2.1.2. Espaço Público O plano recorre à requalificação e criação de novos espaços públicos como medida de valorização do espaço urbano e também de atracção, dinamização e revitalização da área de intervenção. Por esta razão é de esperar que com a aplicação deste plano se verifique uma melhoria dos espaços públicos, com a requalificação dos existentes, a criação de novas áreas pedonais, o Largo da Anunciada e o troço inicial da Av. Rosa Araújo, e a implementação de uma rede de percursos que facilitem as ligações entre o vale e as cumeadas e permitam a criação de trajectos a meia encosta. No âmbito da estruturação urbanística dos espaços públicos, a principal intenção preconizada pelo Plano reporta-se ao melhoramento e actualização do perfil transversal da Avenida da Liberdade e à procura de soluções que potenciem uma melhor ligação entre as duas encostas.

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A actualização do perfil da Avenida justifica-se não só pela degradação evidente dos seus espaços ajardinados, dos seus lagos, das suas espécies arbóreas, como também pela progressiva descaracterização e ruína dos seus pavimentos, a que acresce uma ausência de projecto global de arranjo urbanístico, com a consequente proliferação anárquica do mobiliário urbano. 6.2.1.3. Património e Reabilitação do Edificado O PUALZE assume como objectivo estratégico a “definição das regras de intervenção arquitectónica e urbanística que garantam a salvaguarda e valorização da (…) imagem urbana (…) garantindo a permanência dos factos que permitem prolongar uma identidade adquirira lenta e trabalhosamente ao longo do processo histórico”. Por este motivo o Plano sustenta-se numa análise morfotipológica historicamente enquadrada e em estudos que referem o que tem vindo a ser memorizado como património. Nestes termos, o Plano privilegia a preservação dos equilíbrios que fazem com que aquela zona da cidade seja única, dando especial importância aos valores em presença e na sua relação com o modelo de transformação expectável e/ou desejável. Para isso socorre-se da gradação de valores do edificado, aos quais associa intervenções possíveis através de regulamentação específica. Introduz, em determinadas situações, a necessidade da efectuação de vistoria patrimonial, prévia à aceitação, pelo município, das alterações solicitadas e garante a adequabilidade destas ao bem em presença. O Plano fixa os usos sobre a de acordo com a caracterização urbanística que nas Plantas de Zonamento I, Morfologia Urbana e Uso do Solo, o qual, por sua vez, se baseia em planos de abrangência superior, como é o caso do PDM ou PROTAML. É assim que potencia a Avenida da Liberdade (e a zona do plano de Ressano Garcia) como eixo privilegiado de comércio e serviços de topo e as zonas de encosta como espaços predominantemente destinados à habitação. Além destes aspectos o Plano define, ainda, várias acções urbanísticas a efectuar pela CML, com ou sem associação a outras entidades públicas ou privadas, no sentido da requalificação, integrada, dos espaços públicos. O Plano é fortemente restritivo em relação às demolições, que só admite para cumprimento de Planos de Pormenor que venham a existir, ou por inequívoco estado de ruína do edificado, ou, ainda, por ser técnica e economicamente inviável a sua recuperação, ou por falta de interesse urbanístico, arquitectónico ou cultural, tanto individualmente como para o conjunto em que se integra. Pode dizer-se que o Plano é realisticamente cauteloso em relação ás ampliações, permitindo-as, sem forçar alinhamentos de cércea, os quais poderiam descaracterizar o ambiente volumétrico existente e conduzir a roturas de equilíbrios vários. O regulamento do Plano é cauteloso no que se refere a intervenções arquitectónicas ou arqueológicas, sem esquecer a adequação aos usos, de

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acordo com a zona, tendo introduzido a necessidade de realização de Vistoria Patrimonial prévia à aprovação dos projectos de alterações, no sentido da salvaguarda dos elementos construtivos e arquitectónicos em presença. Sensivelmente metade da área do plano está classificada, no PDM, como Área de Potencial Valor Arqueológico de nível 1 ou 2 (V. Planta de Condicionantes). Para salvaguarda do património arqueológico, o regulamento do Plano estabelece a necessidade da obtenção de parecer prévio da entidade municipal responsável pelo património cultural, ou do IPPAR, para as intervenções nestas áreas. 6.2.2. Aspectos Socioeconómicos

6.2.2.1. Análise Demográfica

Estrutura da População Residente

Com a execução do PUALZE é expectável uma evolução no sentido de uma estrutura demográfica mais equilibrada, atraindo mais população jovem e diminuindo o peso da população com mais de 65 anos. A reorganização dos espaços de residencialidade associada ao acesso a equipamentos colectivos permitirá a atracção de famílias de modo a que a zona possa atingir a dimensão média de 2,7 pessoas/família. Neste cenário, a densidade populacional atingirá um valor na ordem dos 129,7 habitantes por hectare.

Quadro 11 - População Residente – projecção para o horizonte do Plano

% Horizonte

do Plano

0-14 anos 13,6 2.138 15-24 anos 16,3 2.563 25-64 anos 54,5 8.569

65 e mais anos 15,6 2.453 100,0 15.722

Índices: Envelhecimento 114,7

Dependência Jovens 19,2 Idosos 22,0

6.2.2.2. Coesão Social

O risco social tende a ser menor numa comunidade que possua bons níveis de integração no mercado laboral e a coesão social é maior se as oportunidades

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forem equilibradas e diversas. O desenvolvimento de estratégias de qualificação de infra-estruturas, equipamentos, serviços e espaço público a par da recuperação das áreas de habitação degradada serão pontos fortes no sentido da criação de condições para que surjam os equilíbrios necessários à garantia da coesão social. Habitação

O Plano, ao determinar a requalificação das zonas francamente residenciais que já existem e ao propor, para zonas mais especializadas em terciário, o aumento da proporção de habitação, vai favorecer o estabelecimento de conjuntos habitacionais com maior densidade e viabilidade, possibilitando, assim, a atracção de população nova. No entanto, isto depende da existência de equipamentos e serviços de proximidade bem como da disponibilidade de estacionamento. Os equipamentos que, em análises já exploradas inclusivamente pela própria equipa do plano, são considerados de difícil concretização, serão contudo essenciais, arriscando a que os objectivos do plano sejam colocados em causa no que concerne à fixação de população.

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Actividades Económicas O Plano, quer pela aposta na requalificação do espaço público, quer pela manutenção de uma estratégia de ordenamento em que privilegia o uso terciário e misto na área central, em torno dos eixos da Avenida, das Ruas Braancamp e Alexandre Herculano, vem potenciar a oportunidade de reforço da capitalidade da Cidade e da sua área central no que se refere à atractividade de actividades económicas de elevada especialização e qualificação dos recursos.

6.2.2.3. Segurança Urbana Os propósitos do Plano vêm contribuir para a melhoria dos aspectos de segurança na medida em que pretende constituir-se como peça de enquadramento de uma estratégia municipal centrada nos seguintes vectores:

− Combate ao ciclo de abandono e degradação do parque edificado, captando novas actividades e residentes;

− Reforço das actividades culturais em torno dos eixos da Av. da Liberdade e da Rua das Portas de Santo Antão, enquanto instrumentos de combate à desertificação do espaço público nos períodos nocturnos e aos fins de semana;

− Intervenção no espaço público, no sentido de reforçar a sua atractividade, enquanto espaço de mediação cívica.

6.2.3. Ordenamento do Território 6.2.3.1. Mobilidade No sentido de se conhecerem os dados de tráfego foram efectuadas projecções do número de veículos para a situação futura com implementação do PUALZE e para a situação futura Cenário Zero, sem implementação do PUALZE. Os resultados apresentam-se em anexo.

Assinala-se que este estudo apenas reflecte as principais alterações expectáveis ao nível da circulação rodoviária na área de intervenção do PUALZE associadas a dois cenários distintos (com e sem a aprovação deste Plano).

Esta análise apresenta as seguintes limitações: − Os valores de Tráfego Médio Horário (TMH) apenas contemplam a afectação à

rede das novas viagens geradas em transporte individual (veículos ligeiros) e não a redistribuição das viagens existentes face às alterações da rede viária que venham a ser introduzidas pelo PUALZE, dado que não se dispõe de modelo de estimativa de tráfego;

− Não foi possível estimar o valor de TMH futuros de veículos pesados pois não

foram localizadas referências bibliográficas com índices de geração para veículos pesados;

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− Por outro lado, os resultados da afectação das novas viagens geradas poderão conter desvios significativos por duas razões: i) não dispondo de software de modelação da rede, a previsão da afectação de tráfego foi efectuada com base na experiência técnica do Departamento e ii) foram consideradas as contagens de tráfego efectuadas no âmbito do ruído, únicos dados disponíveis, os quais são pouco adequados para este efeito, dado que estas contagens são realizadas durante 30 minutos fora da hora de ponta (em 2 dias da semana), assumindo uma distribuição temporal homogénea em cada um dos três períodos considerados (dia, entardecer e noite).

Metodologia

O estudo das principais alterações expectáveis ao nível da circulação rodoviária na zona abrangida pelo PUALZE associadas a dois cenários distintos (com e sem a aprovação deste Plano), e decorrentes de dois factores principais:

− Potencial de geração de tráfego resultante de novas construções e da recuperação de áreas devolutas;

− Impactes nos volumes de tráfego resultantes das alterações de circulação e

estacionamento previstas no Plano.

Para o efeito, foi adoptada uma metodologia clássica baseada no modelo de avaliação de redes de transportes (modelo dos quatro passos), tendo sido aplicados os passos relativos à geração de viagens e à sua afectação à rede. No que respeita a este último, ao invés de ter sido utilizado um software de modelação matemática de redes de transportes, foi empregue uma abordagem simplificada, tendo por base estimativas de captação de tráfego, para ambos os cenários, com base no conhecimento empírico dos técnicos deste serviço.

Projecção da Procura Futura (Geração de Tráfego) Neste contexto, e tendo por base a informação fornecida pela equipa projectista do PUALZE, procedeu-se ao calculo de uma estimativa do acréscimo de geração de tráfego em transporte individual (veículos ligeiros) associado ao primeiro factor referido anteriormente e para cada um dos dois cenários considerados (2). Os resultados deste exercício são apresentados no ficheiro excel anexo por segmento de procura, e apontam para uma maior geração de tráfego, no ano

2 Nota metodológica – os resultados obtidos implicaram os seguintes pressupostos: área média por fogo: 120

m2; taxa de ocupação dos fogos: 86% (fonte: CML, 2004, “Diagnóstico Sócio-urbanístico da cidade de

Lisboa”); habitantes por fogo: 2,2 (fonte: CML, 2004, “Diagnóstico Sócio-urbanístico da cidade de Lisboa”);

percentagem de pessoas imóveis: 21,2% (fonte: CML, 2005, “Lisboa: O Desafio da Mobilidade”); média diária

de viagens motorizadas: 2,33 (fonte: CML, 2005, “Lisboa: O Desafio da Mobilidade”); quota modal em

transporte individual: 40,5% (fonte: CML, 2005, “Lisboa: O Desafio da Mobilidade”); taxa de ocupação de

áreas de comércio e serviço: 80%; 1 posto de trabalho por cada 30 m2 de área de serviços e 1 posto de

trabalho por cada 20 m2 de área de comércio (fonte: adaptado de TIS.pt, 2000); índice de geração de veículos

motorizados de visitantes associado a áreas de comércio, serviços e equipamentos: 15 veículos por cada 100

m2 (fonte: adaptado de TIS.pt). Em nenhum dos cenários foi contemplada a componente associada ao

crescimento natural do tráfego, assumindo-se assim a tendência de estudos de tráfego recentes, tendo por

base o reconhecimento da aproximação dos limiares de saturação.

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horizonte de 2020 (3), no caso do Plano não ser aprovado (aproximadamente 43% em valores relativos).

Avaliação do Impacte na Rede Viária (Afectação à Re de)

Concluído o passo da geração de tráfego em transporte individual, procedeu-se à afectação das novas viagens geradas em transporte individual (veículos ligeiros), os troços das vias da rede viária para os quais são conhecidos os volumes de tráfego actuais (através de contagens efectuadas pela Divisão de Controlo Ambiental, em Setembro e Outubro de 2007 e em Maio de 2008) (4). Esta afectação foi concretizada através de estimativas de percentagens de captação (diferentes para cada troço considerado e para cada um dos cenários), tendo por base o conhecimento empírico dos técnicos deste serviço. Os resultados obtidos constam no ficheiro Excel anexo. Na apresentam-se os valores (em TMH) para alguns vias para o período do dia.

Quadro 12 - ,MH de ligeiros para o período do dia a ctualmente e para cada um dos dois cenários futuros considerados.

Actual

(2007/2008) Futuro c/ PUALZE

Futuro s/ PUALZE

Av. da Liberdade (descend. central) 1.003 1.666 1.948 Av. da Liberdade (ascend. central) 1.271 1.934 2.216 Av. Fontes Pereira de Melo (descend. fora do túnel) 1.985 2.426 2.614

Av. Joaquim A. de Aguiar (descend. fora do túnel) 859 1.521 1.174

Rotunda do M. de P. (Braamcamp e Av. Liberdade) 2.824 3.487 4.084

Rotunda do M. de Pombal (Av. Lib. e Duque Loulé) 4.159 4.822 5.104

Conclusão As previsões obtidas denunciam uma maior contenção no crescimento de tráfego no cenário em que o Plano é aprovado.

3 Corresponde ao ano em que se prevê a estabilização na absorção da área abrangida pelo PUALZE. 4 Refira-se que as contagens efectuadas são realizadas em períodos de meia hora, quase sempre com base

numa amostra de dois dias da semana considerados típicos, e extrapolados para os três períodos relevantes

(dia; anoitecer, e; noite), assumindo uma distribuição temporal homogénea do tráfego em cada um desses

períodos. Pelo que não é possível realizar a análise para a hora de ponta da manhã e para a hora de ponta da

tarde.

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No que respeita aos eventuais impactes nos volumes de tráfego resultantes das alterações de circulação e estacionamento previstas no Plano, não é possível proceder-se ao cálculo de uma estimativa fiável por falta de dados e meios (5). Finalmente, refere-se ainda um terceiro factor que poderá influenciar significativamente as condições de circulação na zona abrangida pelo PUALZE, estando este relacionado com a solução viária que se venha a adoptar para a zona da Baixa, nomeadamente ao nível do tráfego de atravessamento. Estacionamento Tal como é descrito na situação existente o estacionamento na área do PUALZE contribui para a negativo imagem urbana da zona, interferindo de forma significativa no estado de conservação do espaço público e no conforto dos utentes. A requalificação da imagem da Avenida implica a resolução deste problema que envolve uma oferta diversa e novas formas de gestão que racionalizem a procura. Nesta perspectiva o PUALZE propõe: − A construção de novos parques de estacionamento fundamentalmente para

responder às exigências da população residente na área; − Criação de dois parques de estacionamento localizados nos cruzamentos da

Avenida com duas das suas transversais. como forma de eliminar o estacionamento de superfície. Desta forma consegue-se uma distribuição equilibrada do estacionamento, a minimização do abate de árvores e uma ocupação apenas pontual do subsolo;

− A racionalização do estacionamento de superfície tendo em atenção a

necessária requalificação urbana deste sector da cidade; − Introdução de uma gestão do estacionamento adequada que por um lado

racionalize a procura e aumente a rotatividade e, por outro, privilegie o estacionamento da população residente.

O facto de não ser permitido o estacionamento de superfície retira à Avenida da Liberdade cerca de 720 lugares, dos quais apenas 380 são legais. São retirados, ainda, cerca de 250 lugares dispersos pela área em estudo, devido à pedonalização de algumas vias de que ressalta a importância da Rua Rosa Araújo e do Largo da Anunciada. Considera-se, no entanto que a criação de novos parques de estacionamento deverá garantir uma oferta equilibrada quer ao longo da Avenida, quer nas suas encostas. Na Encosta Nascente prevê-se a construção na Travessa de Stª Marta, de um parque com cerca de 150 lugares, integrado numa unidade de execução que pretende captar habitações e algum comércio. Propõe-se, ainda a construção de

5 Este exercício deveria ser baseado não apenas em contagens de tráfego, mas também em inquéritos

Origem - Destino (desejavelmente complementados por inquéritos de preferência declarada), que alimentariam um modelo suportado por software de tráfego de que este serviço não dispõe.

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um outro parque na Rua do Passadiço que oferecerá cerca de 180 lugares, igualmente integrado numa unidade de execução que fixará habitações e equipamentos de apoio local. Estes dois parques estão vocacionados para servir a população residente na área, o que implica formas de gestão específicas. Na Encosta Poente prevê-se a dotação lugares de estacionamento em parque, distribuídos pelo Mercado do Rato Rua do Salitre e Largo da Oliveirinha, este ultimo também destinado a residentes no Bairro. O parque do Salitre será programado no âmbito do Plano de Pormenor do Parque Mayer. À superfície preconiza-se a manutenção de um número mais reduzido, cerca que deverá ser pago, de forma a garantir a desejável rotatividade. No quadro anexo que apresenta uma síntese do número de lugares de estacionamento na via pública e nos parques subterrâneos existentes e propostos, verifica-se uma clara redução de estacionamento relativamente ao existente

Quadro 13 – Estacionamento

Capacidade

Parques de Estacionamento

Existentes Propostos Avenida Encosta

nascente Encosta Poente

Total

Restauradores E 480 480 Eduardo VII E 1145 1145 Mousinho da Silveira E 345 345 Avenida da Liberdade 1 (Barata Salgueiro)

P 260 260

Avenida da Liberdade 2 (Manuel J. Coelho)

P 260 260

Travessa de Stª Marta P 1501 150 Rua do Passadiço P 1801 180 Rua do Salitre/Parque Mayer2

P

Mercado do Rato P 600 600 Largo da Oliveirinha P 1501 150 Total Parques 2145 230 1095 3480 Estacionamento de superfície

370 850 1220

Total Geral 2145 600 1945 4700 Notas: 1 – Parques de estacionamento vocacionados para residentes

Para a globalidade da área em estudo propõe-se, assim uma oferta total de 5610 lugares legais, ainda que pagos. Em termos de estacionamento próprio a criar no interior dos lotes, segundo as previsões de áreas finais passíveis de construção pela aplicação do

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Regulamento, admite-se uma capacidade total e final da ordem dos 20.000 lugares (o dobro da actual). Ao nível dos impactes do Plano na área de intervenção, a proposta assenta sobretudo no aspecto positivo da requalificação do espaço público através da tentativa de disciplinar a oferta de estacionamento, já que a anarquia verificada provoca efeitos negativos na imagem urbana da zona, no estado de conservação do espaço público e no conforto dos utentes. A requalificação da imagem da Avenida implica a resolução deste problema que envolve um aumento da oferta e novas formas de gestão que racionalizem a procura. Por um lado, resolve a questão da oferta para residentes (parques de estacionamento a localizar na Travessa de Stª Marta, Rua do Passadiço e Largo da Oliveirinha, que totalizam cerca de 480 lugares para apoiar a população residente que se espera vir a fixar nos bairros da Glória e S. José/Stª Marta), por outro, cria um conjunto de parques de estacionamento sob alguns cruzamentos da Avenida por forma a viabilizar a eliminação do estacionamento de superfície (sobretudo os 3 parques sob a Avenida da Liberdade com cerca de 520 lugares) e, por último, disciplina o estacionamento de superfície tendo em atenção a necessária requalificação urbana deste sector da cidade. Se por um lado o impacte é positivo ao nível da paisagem, o aumento desta oferta de estacionamento poderá eventualmente provocar um aumento de cargas nas vias e consequentemente um impacte negativo ao nível do congestionamento de tráfego e todas as consequências ambientais que daí advêm. Destaca-se igualmente o impacte positivo da criação de mais áreas pedonais, embora com o agravamento das cargas nas vias de tráfego. Com o objectivo de reduzir o impacte decorrente do acréscimo de estacionamento em Maio de 2008, foi a abandonada a proposta de construção do Estacionamento 3 (Manuel J Coelho) 6.2.3.2. Uso e Transformação do Solo Estrutura Ecológica Urbana O PDM em vigor apenas considera como “Área Verde de Recreio” o Jardim Botânico, a Praça da Alegria e a Avenida da Liberdade. Os extensos espaços verdes que marcam a encosta nascente da avenida, incluindo o próprio Jardim do Torel não estão classificados como áreas verdes mas como equipamento, embora figurem na planta de componentes ambientais com a classificação de “sistema seco” e “logradouros integrados na estrutura verde da cidade”. O plano considera dois tipos de áreas verdes, de acordo com critérios de usufruto: “áreas verdes de utilização pública” e “áreas verdes privadas a salvaguardar”. A classificação de “áreas verdes privadas a salvaguardar” nas áreas de logradouro impõe regras mais restritivas relativamente à sua impermeabilização, do que as actualmente consignadas como “logradouro” no PDM em vigor.

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Em termos absolutos, o Plano vem ampliar as áreas afectas à estrutura ecológica urbana, definida na carta de zonamento, em comparação com as áreas identificadas na carta de classificação do solo urbano do PDM. Esse facto prende-se em grande medida por critérios de escala de plano, designadamente na identificação e salvaguarda de áreas verdes privadas existentes na área de intervenção, não destacadas nas componentes ambientais do PDM em vigor. Ressalta-se na concretização da estrutura ecológica urbana a programação prevista no Plano para as SUOPG 5, 6 e 7, no sentido da concretização de uma estrutura ecológica urbana de cariz público, aproveitando áreas verdes ou terrenos expectantes existentes na encosta nascente. Qualificação do Solo Considera-se que o PUALZE cumpre os objectivos do PDM em vigor. As principais diferenças entre estes dois planos resulta de uma análise mais aprofundada do território, que clarifica e reforça as realidades e especificidades físicas e sócio-económicas. É neste sentido que se estabelece, inequivocamente, a Rua Alexandre Herculano (para Nascente e Poente da Avenida), bem como a Rua Braacamp (até ao largo do Rato) e parte de um quarteirão da Rua Rodrigues Sampaio como Áreas Terciárias. É, também, no mesmo sentido, que se define com as novas classificações de Área Habitacional, Área Histórica habitacional e Área verde Privada a Salvaguardar, várias áreas localizadas na encosta de S. José, em alguns lotes de um quarteirão da Rua Camilo Castelo Branco e também da Rua do Vale do Pereiro. É, ainda, a profundidade da análise, que permite que áreas que estão actualmente classificadas como Áreas Consolidadas de Edifícios de Utilização Colectiva Habitacional ou Áreas Consolidadas de Edifícios de Utilização Colectiva Terciária (troços das Ruas Rodrigo da Fonseca e Castilho) sejam propostas como Áreas Mistas. Finalmente, refere-se também a introdução, mais rigorosa, da classificação de Área Verde Privada a Salvaguardar no que agora se denomina Área de Equipamento e Serviços Públicos e introduz-se uma Área Verde de Utilização Pública em área Histórica Habitacional, que corresponde ao espaço afecto ao Instituto Oftalmológico Dr. Gama Pinto.

6.2.4. Qualidade Ambiental

6.2.4.1. Ambiente Sonoro

Análise da situação futura após implementação do PU ALZE (Ano 2020) Esta caracterização reporta-se ao ano horizonte 2020, e foi efectuada tendo por base a previsão de dados de tráfego fornecidos pelo Departamento de Planeamento de Infra-estruturas.

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Mantiveram-se todas as condições de cálculo consideradas para a situação de referência, não tendo sido previstas quaisquer medidas de redução de ruído. Da análise das estimativas e mapas de ruído da situação futura , verifica-se um acréscimo generalizado dos valores de ruído em toda a zona do plano, mantendo- se as principais vias com valores que excedem os limites de exposição máxima previstos por lei. No caso da Av. da Liberdade, Zona do Marquês, Rua Alexandre Herculano, Rua Braamcamp, Rua Barata Salgueiro, Rua Castilho, Praça da Alegria, são apresentados valores, quer de Lden quer de Ln, superiores em mais de 10 dB(A), relativamente ao máximos admissíveis. No caso da Rua Rosa Araújo, Rodrigo da Fonseca e Mouzinho da Silveira, os valores excedem entre 5 e 10 dB(A) os máximos permitidos. O acréscimo dos valores, relativamente à situação de referência resulta do facto da implementação do PUALZE atrair um maior número de veículos em circulação, que somado ao elevado tráfego de atravessamento, induz o aumento dos níveis de ruído nos períodos de referência considerados. Contudo, verificou-se quase desprezável o aumento de tráfego decorrente, quer do acréscimo de residentes, quer do aumento do número de lugares de estacionamento, previstos na proposta de Plano considera-se que o erro associado poderá não ser significativo, tendo em consideração que a um aumento de 3 dB(A) esta associado o dobro das fontes, isto é, a captação de residentes e criação de lugares de estacionamento teria que aumentar para o dobro o tráfego actual. Situação que se afigura improvável. De modo a assegurar a conformidade legal foram considerados vários cenários de minimização de ruído a incorporar futuramente na proposta do PUALZE, de modo a melhorar a qualidade do ambiente sonoro na área de intervenção. Assim foram testadas hipotéticas medidas a serem implementadas de forma a reduzir os níveis sonoros que se verificam nesta zona da cidade de Lisboa

Cenário 1: Redução em 50% dos níveis de tráfego na Avenida da Liberdade e nas vias circundantes.

Cenário 2: Redução em 50% dos níveis de tráfego na Avenida da Liberdade e nas vias circundantes + aplicação de pavimento poroso na via central da Avenida da Liberdade e nas vias laterais.

Para analisar a eficácia, em termos de redução dos níveis sonoros, dos cenários propostos, foram colocados 3 receptores de referência, ao longo do traçado da Avenida, a uma altura de 4m em relação ao solo. Os resultados encontram-se no

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Quadro 14 – Valores dos níveis de pressão sonora (d BA) registados em cada um dos receptores para os diferentes períod os

Sit. Referência Cenário 1 Cenário 2

Lden (dBA)

Ln (dBA)

Lden (dBA)

Ln (dBA)

Lden (dBA)

Ln (dBA)

Receptor 1 74.6 65.5 71.6 62.4 70.7 61.6 Receptor 2 72.8 63.5 69.8 60.5 68.8 59.5 Receptor 3 77,3 68,2 74.3 65.2 73.3 64.2

A localização dos receptores de referência é a seguinte:

Receptor 1:Cruzamento da Rua Alexandre Herculano com Av. da Liberdade, sentido descendente, junto à fachada do edifício

Receptor 2: Placa central da Av. da Liberdade, sentido ascendente, em frente ao Teatro Tivoli

Receptor 3: Cruzamento da Largo da Anunciada com a Av. da Liberdade, sentido ascendente, junto à fachada do edifício da EPAL.

Analisados os resultados das estimativas, verifica-se que a adopção de medidas relativas à redução do volume de tráfego na Avenida e vias adjacentes, conduz a uma redução, em média, da ordem de 3 dB(A). Com a aplicação de piso com características absorventes obtêm -se uma redução, inferior, no conjunto, em média, consegue-se uma redução de ruído nos receptores de referência considerados, da ordem dos 4 dB(A). Como se verificou que a adopção das medidas de redução de ruído, cenários 1 e 2 , não seriam suficientes para satisfazer os limites legais de exposição sonora foi considerado um terceiro cenário e feitas as respectivas estimativas sonoras: Cenário 3 : Redução em 50% dos níveis de tráfego na Avenida da Liberdade e nas vias circundantes + aplicação de pavimento poroso na placa central da Avenida da Liberdade + interdição do trânsito nas vias laterais da Avenida e nas vias laterais. No Quadro 14 são apresentados os valores obtidos nos 3 receptores anteriormente referidos, assim como a redução em termos de níveis sonoros em comparação com a situação de referência.

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Quadro 15– Valores dos níveis de pressão sonora (dB A) registados em cada um dos receptores para os diferentes períodos no Ce nário 3

Cenário 3 Redução em relação à situação de referência

Lden (dBA)

Ln (dBA)

Lden (dBA)

Ln (dBA)

Receptor 1 67,1 57,7 -7,5 -7,8

Receptor 2 67,9 58,4 -4,9 -5,1

Receptor 3 64,3 55,2 -13,0 -13,0

Relativamente ao período diurno-entardecer-nocturno verifica-se que na zona mais próxima dos edifícios os níveis de Lden se situam na faixa dos 65 a 70 dB(A), de acordo com a legislação, e considerando a zona como mista, os valores máximos para o período em causa são de 65 dB(A), assim, estamos na presença de um cenário em que os valores estão bastante próximos dos permitido por lei. O cenário para a situação nocturna é em todo semelhante ao verificado no anterior, atendendo a que o valor de referência é 55 dB(A) e os valores obtidos na zona mais próxima dos edifícios se situam entre 55 e 60 dB(A). De forma a avaliar com maior exactidão os valores a que se encontram expostas as fachadas dos edifícios que envolvem ambos os lados da Avenida da Liberdade, foram feitas estimativas dos níveis sonoros para eventuais receptores aí localizados. Os resultados encontram-se expresso no quadro seguinte.

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Quadro 16 – Resultados obtidos com o cálculo dos va lores de níveis sonoros para a fachada mais exposta

Nível Sonoro Nome Lden

(dBA) Ln

(dBA)

1 Avenida da Liberdade, 196 65.9 56.3

2 Hotel Tivoli Lisboa 65.9 56.3

3 Avenida da Liberdade, 194 65.5 56.0

4 Teatro Tivoli 63.2 54.0

5 Cinema São Jorge 65.6 56.0

6 Avenida da Liberdade, 144 63.7 54.2

7 Avenida da Liberdade, 131-151 64.8 55.3

8 Avenida da Liberdade, 110 64.2 54.5

9 Hotel Sofitel 65.9 56.4

10 Avenida da Liberdade, 38 65.2 55.9

11 Avenida da Liberdade, 71-79 65.7 56.0

12 Avenida da Liberdade, 63-67 67.2 57.9

13 Avenida da Liberdade, 14-20 65.8 56.2

14 Praça dos Restauradores, 58-61 64.8 54.7

Considerando a classificação da zona de intervenção do PUALZE como zona mista , verifica-se que os níveis de exposição na fachada para o parâmetro Lden e Ln (período nocturno) só marginalmente ultrapassam os limites de exposição sonora legalmente estabelecidos, variando entre os 63 dB(A) e os 67dB(A) e os 54 dB(A) e os 56 dB(A) respectivamente.. As situações mais problemáticas, do ponto de vista acústico, dão-se quase sempre na proximidade dos cruzamentos, devido às situações de arranque e travagem, quando o ruído produzido pelos veículos é muito superior ao das situações de tráfego fluído. Verifica-se ainda que no Cenário 3, apesar dos valores registado no centro da Avenida estarem acima do valor limite permitido por lei, junto à fachada dos edifícios são registado valores regulamentares, ou muito perto do valor legalmente permito.

Conclusão Da análise efectuada é possível verificar que a zona da Avenida da Liberdade, desde que adoptadas medidas de redução de ruído, cumpre os limites de ruído previstos na legislação, para o indicador Ln, período nocturno, e para o indicador global Lden, (diurno-entardecer-nocturno), considerando a classificação de zona mista, junto à fachada dos edifícios mais expostos.

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Como referido ao nível da caracterização da situação de referência o tráfego rodoviário (tanto veículos ligeiros como pesados) constitui a fonte de ruído mais significativa na área de intervenção do PUALZE, logo as medidas de redução de ruído mais significativas estão relacionadas com a redução dos fluxos e, mesmo interdição de circulação, é o caso das vias laterais da Avenida. Tendo em consideração o facto de grande parte do tráfego rodoviário que circula na Avenida ser de atravessamento, assim como ser esta uma das artérias da cidade melhor servida de transporte público, mas as populações carecerem ainda de sensibilização para o seu uso, as medidas mais exigentes terão que ocorrer faseadamente no tempo, com eficácia comprovada a longo prazo. Sendo estas medidas de longo prazo constituídas pela i) redução em 50% do tráfego rodoviário na Avenida e vias circundantes, ii) Interdição de circulação automóvel nas vias laterais da Avenida da Liberdade. A curto prazo e em simultâneo com o reperfilamento da Avenida da Liberdade poderá ser implementado o piso de características absorventes.

6.2.4.2. Qualidade do Ar A metodologia de estimativa deste factor ambiental baseia-se em ferramentas, tais como modelos de dispersão de poluentes atmosféricos, que a CML não dispõe. Qualitativamente poderá referir-se que, sendo o tráfego rodoviário a principal fonte de poluição atmosférica da AI e verificando-se um aumento do tráfego com a implementação do PUALZE é expectável que se verifique um agravamento da qualidade do ar decorrente do acréscimo de tráfego que o Plano irá atrair.

6.2.4.3. Hidrogeologia Neste ponto é transcrito o conteúdo do estudo sectorial sobre este tema. a) De acordo com os elementos disponíveis analisados, podem estabelecer-se as considerações gerais que a seguir se apresentam. Deverá atender-se a que não existe disponível um estudo específico dos locais destinados às futuras estruturas dos Parques, que de futuro deverá ser realizado para sustentação do Projecto. Também a caracterização hidrogeológica estabelecida foi baseada nos dados de sondagens e bibliografia da zona, não havendo disponível informação mais detalhada acerca das características de permeabilidade, caudais e outros parâmetros relativos às formações em presença, que se considera que poderão ser no futuro definidos em estudo hidrogeológico mais abrangente, enquadrando a área em questão. b) De acordo com os valores de profundidade de instalação do nível freático, definido nas sondagens consultadas e referidas na Planta 2, para os locais dos Parques de Estacionamento, verifica-se que existe concordância entre a profundidade referida e a previsível percolação local das águas infiltradas no sentido do eixo Rua de Santa Marta/S. José.

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A construção de estruturas enterradas até à cota prevista, não parece constituir condicionamento significativo em relação à circulação sub-superficial dado que, face à profundidade estimada do nível freático e à geometria dos estratos miocénicos e dos depósitos de cobertura, não haverá praticamente interferência dos elementos estruturais. Apenas no caso do Parque de Estacionamento 3 (Rua Manuel José Coelho), parece haver alguma implicação, na medida em que o nível freático se encontra mais perto da superfície, segundo o que se determinou pela análise dos furos existentes. No entanto, neste caso há alguma indeterminação no seu funcionamento, dada a ausência de dados no extremo poente do corte E-F. c) Do ponto de vista geotécnico, parece ser possível estimar à partida condições de fundação directa às cotas de escavação previstas, sendo no entanto indispensável a realização de estudo geológico-geotécnico específico, em fase anterior ao Projecto. O caso de maior dúvida relaciona-se com o Parque de Estacionamento 3. Recomenda-se que as soluções de fundação a adoptar tenham em atenção as condicionantes geo-hidrológicas que venham a ser especificamente definidas, no sentido de minorar eventuais interferências negativas. Deverão ainda ser previstos sistemas de monitorização em obra e na fase de exploração, que permitam avaliar eventuais alterações que possam ser introduzidas pelas novas construções. O Parque de estacionamento denominado de 3 é na versão actual o Parque 2, que se manteve, no sentido de poder vir a dar apoio às actividades lúdicas e culturais programadas para o Parque Mayer (SUOPG1). Chama-se no entanto a atenção que a eficácia do Plano não dita a obrigatoriedade de execução do Parque, caso venha a apurar-se a sua inutilidade ou impossibilidade técnica ou de danos ambientais irreparáveis.

6.3. Avaliação Ambiental Cenário Zero, sem Implemen tação do PUALZE Para efeitos deste Relatório Ambiental o Cenário Zero foi entendido como sendo a não implementação do PUALZE, aplicando-se à respectiva gestão urbanística as orientações globais do PDM aprovado e em vigor desde 1994. O PDM, em traços gerais, originaria uma maior área de construção, com um elevado índice de lugares de estacionamento, constituindo, assim, o cenário mais desfavorável relativamente à proposta do PUALZE. Deste modo as questões ambientais devido ao aumento de tráfego seriam agravadas nomeadamente os factores qualidade do ar e ambiente sonoro. Relativamente às questões hidrogeológicas, há a referir que o PUALZE obriga à apresentação de estudos hidrogeológicos sempre que estejam previstas construções de caves, ao contrário do que prevê o PDM. Por outro lado, o PUALZE vem permitir a isenção de estacionamento em função do substrato geológico, o que na prática se irá traduzir numa oferta menor de

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estacionamento privado e numa redução de impactes sobre o sistema de drenagem hídrica. Ao nível do património edificado, muitos dos edifícios que no plano foram classificados como bens patrimoniais não possuem qualquer tipo de protecção especial com o actual PDM. É ainda de prever que se tenderia para o alinhamento das cérceas, o que nesta área contraria a imagem tradicional que comporta uma certa diversidade ao nível da tipologia e altura dos edifícios. Em termos da estrutura ecológica urbana as alterações entre o cenário 0 e o cenário com PUALZE, referem-se à integração de áreas privadas na estrutura verde, não identificadas no PDM, bem como à programação prevista para as UOPG 5, 6 e 7, que prevê a articulação de um percurso de carácter público sobre área verdes privadas situadas na encosta Nascente. Relativamente ao espaço público, o plano confere uma maior coerência pela vasta área que abrange, por estabelecer logo à partida estratégias e possíveis parcerias e por priorizar estas acções relativamente a outras intervenções municipais no espaço público. É de supor que os espaços públicos da Avenida, na ausência de plano ou de enquadramento num programa político, não sejam intervencionados num período de tempo tão curto nem numa área tão vasta, bem como não se insiram numa estratégia global de regeneração urbana. Em termos de ordenamento do território, sem o Plano, as intervenções no território da Avenida da Liberdade e zonas envolventes que o integram deixam de ter um propósito global, traduzindo-se por intervenções casuísticas que não acautelam a valorização global do território em causa, nem potenciam cada um dos sectores onde se inserem ou garantem ir ao encontro dos objectivos definidos. Estes estão definidos nas Plantas de Zonamento I e II (Morfologia Urbana e Uso do Solo e Classificação Patrimonial) e, ainda, na Planta de Condicionantes. A sua concretização está consagrada em Regulamento, o qual estabelece as regras e critérios de ordenamento e gestão urbanística que visam a preservação e a promoção do património edificado e ambiental e a caracterização das novas edificações no território. Neste sentido as acções de licenciamento de qualquer tipo de obras em edifícios existentes ou a sua demolição total ou parcial, construção de novas edificações, alterações de uso, destaques de parcelas, loteamentos, bem como qualquer outra acção de iniciativa pública ou privada de que resulte a alteração do relevo do solo têm que respeitar o disposto no Regulamento do Plano. Referimo-nos a: − Medidas correctivas dos níveis de ruído; − Intervenções no património classificado, de acordo com o seu interesse

patrimonial; − Parâmetros para demolição de edifícios; − Regras relativas ao estacionamento em edifícios;

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− Regras relativas a suportes publicitários no exterior de edifícios ou em espaços

livres; − Regras sobre a instalação de esplanadas e mobiliário urbano; − Altura máxima das fachadas em novas construções ou em obras de ampliação,

tendo em conta o interesse patrimonial do edifício; − Regras de intervenção em coberturas, profundidade dos edifícios e validação

por estudo hidrogeológico da possibilidade de construção de caves; − Regras de ocupação de logradouros; − Usos permitidos, bem como os respectivos índices e parâmetros urbanísticos

de acordo com a delimitação constante da Planta de Zonamento (Área Histórica Habitacional, Área Habitacional, Área Terciária, Área Mista, Área de Equipamentos e Espaços Verdes Públicos);

− Definição da Estrutura Ecológica Urbana do PUALZE; Um dos aspectos fundamentais na comparação entre o desenvolvimento urbano passível de concretização entre o cenário 0 e o cenário com a implementação do PUALZE prende-se com a coerência de actuação concertada ao nível da programação urbanística prevista para cada uma das seguintes SUOPG: 1 – Parque Mayer; 2 – Castilho-Salitre; 3 – Mercado do Rato; 4 – Largo da Oliveirinha; 5 – Largo de St.ª Marta; 6 – Rua do Passadiço; 7 – Jardim do Torel; 8 – Ateneu. Sem a concretização do PUALZE, perde-se o enquadramento e oportunidade no estabelecimento de parcerias para empreender o quadro de regeneração da área. Como aspecto mais frágil há a referir que a abrangência, escala e conteúdo material do Plano de Urbanização não se mostram suficientes para resolver de uma forma cabal os problemas que se fazem sentir na zona do Plano ao nível dos sistemas de mobilidade. Considera-se que a Avenida da Liberdade, o Marquês de Pombal, a Rua Braamcamp e a Rua Alexandre Herculano, se encontram bem servidas de transportes públicos embora já não aconteça o mesmo no que se refere à maioria das ruas das encostas Nascente e Poente Sul, devido à sua reduzida dimensão e acentuado declive. Ressalta-se ao nível do topo Sul do Plano, a existência dos elevadores do Lavre e da Glória como forma de aceder, de uma forma rápida e directa, respectivamente, ao Campo de Santana e a S. Pedro de Alcântara. Sendo inegável que a Avenida da Liberdade constitui uma barreira dificilmente ultrapassável, o Plano, ao aliar os estacionamentos subterrâneos (nas

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transversais da Avenida) à preocupação de novas e mais expeditas formas de atravessamentos pedonais, resolve, na medida do possível, a ligação pedonal entre os sectores Nascente e Poente. Estas novas ligações terão tanto maior serventia quanto, tal como o Plano também preconiza, as laterais da Avenida sejam reformuladas e equipadas com esplanadas e mobiliário urbano apelativas à estadia e passeio público.

7. Avaliação dos Factores Críticos. Pontos Fortes, Pontos Fracos, Oportunidades e Riscos

A Área de Intervenção do PUALZE apresenta debilidades que se traduzem por um agravamento das condições ambientais ao nível da qualidade do ar e do ruído, contudo esta situação deve-se a factores externos à área em estudo, sendo de referir as conclusões retiradas do estudo de caracterização do tráfego rodoviário em circulação na Av. Liberdade, desenvolvido pelo Departamento de Ciências e Engenharia do Ambiente da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (DCEA – FCT/UNL) conjuntamente com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LV:

i) Independentemente do período do dia, um número muito elevado de veículos percorre diariamente a Av. da Liberdade não estando o mesmo unicamente correlacionado com os movimentos pendulares;

ii) O número elevado de veículos em circulação é também consequência do facto de cerca de 2/3 destes veículos circularem apenas com o condutor;

iii) Cerca de metade do trânsito rodoviário em circulação na Av. Liberdade é constituído por tráfego de atravessamento, o que reforça a importância desta via não só para o acesso à zona da Baixa Pombalina, mas também para outros locais da cidade, nomeadamente a zona Ribeirinha;

iv) Relativamente ao sector dos táxis, é também observável que a elevada idade média destes veículos constitui um factor de elevada importância no que diz respeito às emissões de poluentes atmosféricos, nomeadamente de partículas inaláveis. Apesar de contabilizarem apenas 1/5 dos veículos ligeiros em circulação na Av. Liberdade, a estimativa das suas emissões de partículas corresponde a cerca de 1/3 do total das emissões de PM10 dos veículos ligeiros.

No quadro abaixo apresenta – se o resultado da análise swot às propostas do Plano, em função dos factores críticos de decisão adoptados.

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Quadro 17 – Pontos fracos/Pontos fortes da Área de Intervenção

PONTOS FORTES

OPORTUNIDADES

− A localização geográfica central;

− Existência de equipamentos culturais ligados à história da Cidade e do País;

− Boas acessibilidades e grande densidade de oferta de transporte público;

− Existência de valores patrimoniais;

− Estrutura de espaços públicos planeada;

− Paisagem urbana com interesse cultural e de grande diversidade geomorfológica;

− Diversidade morfológica e tipológica do tecido urbano;

− Existência de comércio de luxo e de emprego qualificado.

− Desenvolvimento da actividade turística;

− Renovação populacional decorrente da aplicação do Plano;

− Indução de novas actividades económicas decorrente da aplicação do Plano;

− Reforço das actividades lúdicas e culturais, decorrente da aplicação do Plano;

− Criação de novos percursos pedonais e requalificação do espaço público;

− Possibilidade de melhoria das condições ambientais, designadamente nos factores de maior interferência sobre a saúde humana

PONTOS FRACOS

AMEAÇAS

− Decréscimo populacional verificado nas áreas centrais desde a década de 50 do Século XX;

− Tendência para a degradação do parque edificado;

− Adulterações produzidas ao longo do tempo ao parque edificado com intervenções não qualificadas;

− Degradação do ambiente sonoro e da qualidade do ar;

− Elevado tráfego de atravessamento;

− Degradação do espaço público;

− Tratar-se de área muito consolidada, tornando onerosas as intervenções públicas relativas à sua reabilitação e requalificação.

− Potenciais dificuldades de conjugação dos interesses, para a concretização da programação prevista no Plano;

− Dificuldades de financiamento público;

− Abrandamento do clima financeiro, pouco propício ao investimento privado;

− Concorrência de novas centralidades emergentes.

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8. Recomendações e programa de seguimento

As medidas de minimização adoptadas pelo PUALZE prendem-se com a salvaguarda e mitigação de potenciais efeitos negativos das intervenções do Plano ou já existentes nos seguintes factores ambientais: património; ambiente sonoro; qualidade do ar ; hidrogeologia e estrutura verde:

− Medidas de salvaguarda ou protecção do património edificado – Classificação e acções preconizadas no Regulamento definindo o tipo de intervenções;

− Medidas de minimização de impactes no sistema hidrogeológico – de acordo com o definido no estudo sectorial hidrogeológico dos Parques de Estacionamento, deverá realizar-se o estudo geológico-geotécnico específico, em fase anterior ao Projecto dos Parques de Estacionamento;

− Medidas de minimização dos impactes no ambiente sonoro – de acordo com o Estudo Acústico onde os níveis de ruído global (diurno-entardecer - nocturno) são superiores a 65 dBA e nocturno superiores a 55 dBA (especialmente as áreas envolventes à Avenida da Liberdade). Preconizando-se, o cumprimento da velocidade de 50 Km/h, a redução em 50% dos níveis de tráfego na Avenida da Liberdade e nas vias circundantes e a aplicação de pavimento poroso (acusticamente absorvente) na via central da Avenida da Liberdade e nas vias laterais;

− Medidas de minimização dos impactes na estrutura verde – de acordo com o explicitado no Relatório e Regulamento do Plano;

− Medidas de Minimização dos impactes na qualidade do ar – Ao nível do estudo desenvolvido para o PUALZE foram definidas medidas de minimização de impacte, nomeadamente, diminuição da emissão de poluentes, que passará pela introdução de alterações ao actual cenário de tráfego da cidade, designadamente no que se refere ao número e tipo de veículos em circulação.

A proposta do PUALZE deverá garantir a adopção de medidas para o cumprimento dos valores limite de qualidade do ar ambiente e dos níveis máximos de exposição ao ruído ambiente exterior, assim importa referir que, no âmbito do Plano e Programa para a melhoria da Qualidade do Ar (PPar), foi assinado um Protocolo entre a CML e a CCDR-LVT, cujas medidas e politicas mais relevantes, a aplicar à Área da Avenida da Liberdade, são aqui enunciadas:

− Na zona da Avenida da Liberdade, o PUALZE deverá concretizar a redução do número de lugares de estacionamento através da supressão de um dos três novos parques de estacionamento previstos para a Av. da Liberdade, e de uma efectiva limitação e fiscalização do estacionamento à superfície;

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− Promover junto de empresas privadas e/ou entidades públicas a realização e implementação de Planos de Mobilidade envolvendo os seus funcionários e a sua frota, com medidas efectivas para a redução das emissões poluentes. Até ao fim do primeiro semestre de 2009, deve ser promovida a implementação de três planos de mobilidade, em empresas com mais de 500 trabalhadores;

− Definir, com participação concertada com a Tutela dos Transportes, uma zona de emissões reduzidas para veículos pesados na cidade de Lisboa. Numa primeira fase deverá ser limitada a circulação no corredor Marquês de Pombal/Terreiro do Paço a veículos pesados de passageiros com normas de emissão Euro 3 ou mais recentes;

− Avaliar, através de estudos piloto, possíveis modificações de tráfego, em particular, no corredor da Av. da Liberdade, procurando desmotivar o tráfego de passagem/atravessamento;

− Estudar a viabilidade e programar a aplicação de restrições à circulação de veículos pesados de mercadorias tendo em conta as normas euro de emissões de poluentes;

− Assegurar a lavagem do corredor Marquês de Pombal/Restauradores, duas vezes por dia, para redução da ressuspensão de partículas, garantindo, logo que tecnicamente possível, a utilização de água reciclada;

− Semestralmente será efectuada uma avaliação do impacte da redução do tráfego rodoviário e de outras medidas propostas na qualidade do ar. No primeiro ano, no corredor da Av. da Liberdade e Zona Envolvente e posteriormente noutras zonas da cidade abrangidas pelas medidas.

A construção do túnel do Marquês de Pombal alterou profundamente a quantidade e fluxo de tráfego da Avenida da Liberdade e principais vias da rede, recomendando-se o desenvolvimento de uma análise actualizada do sistema de circulação com base neste factor considerando novas contagens de tráfego e articulada com a revisão do Plano de Mobilidade de Lisboa e novas propostas do sistema de mobilidade, definidas após a decisão dos grandes projectos do País, como sejam a Terceira Travessia do Tejo e o Novo Aeroporto Internacional. Recomenda-se que as soluções de fundação a adoptar tenham em atenção as condicionantes geo-hidrológicas que venham a ser especificamente definidas, no sentido de minorar eventuais interferências negativas. Recomenda-se ainda que sejam previstos sistemas de monitorização em obra e na fase de exploração, que permitam avaliar eventuais alterações que possam ser introduzidas pelas novas construções.

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9. Recomendações para monitorização do Plano Considerando o imperativo de assegurar a monitorização do Plano consagrada no Artº 144º do Capítulo VI do Decreto-Lei nº 380/99, de 22 de Setembro, alterado pelo Decreto-Lei nº 316/2007, de 19 de Setembro propõe-se, na óptica de articulação do processo de planeamento e sustentabilidade ambiental, de acordo com o Decreto-Lei nº 232/2007, de 15 de Junho, que a avaliação do Plano de Pormenor incorpore as seguintes recomendações: Focalizar os processos de monitorização ambiental nas medidas preventivas/mitigação enunciadas no ponto anterior Assegurar a articulação institucional entre os diversos actores envolvidos de forma a dar cumprimento à proposta de ordenamento, planeamento e programação do Plano, evitando sempre que possível especulação imobiliária. Na fase de implementação do Plano devem merecer, ainda, especial atenção os aspectos relacionados com os factores críticos, designadamente:

Tecido urbano

Verificação da articulação da proposta viária e de conformidade sonora com os Estudos de Mobilidade que se recomenda devam ser desenvolvidos após a estabilização dos grandes Projectos do País (Aeroporto, Rede Ferroviária de Alta Velociadade, Terminal Multimodal, etc.), Plano Municipal de Redução de Ruído, a desenvolver pela Câmara Municipal de Lisboa e PPar, em curso.

Integração do edificado proposto com a as vistas panorâmicas sobre o rio valorizando, por um lado, a envolvente e os elementos mais particulares da paisagem local, e minimizando, por outro, o impacte visual dos edifício na característica dominantes da paisagem constituída.

Estrutura Hidrogeológica

Redução da Interferência com os sistemas hidrogeológicos em presença nomeadamente, com as áreas sensíveis, assegurando a continuidade dos escoamentos superficiais e subterrâneos;

Adoptar no âmbito da fase de construção medidas de boas práticas ambientais relativas à utilização de materiais e processos construtivos, bem como relativas a meios de sinalização e protecção.