Relatório de Caracterização - Aço 1140
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1. INTRODUÇÃO
Metalografia é o estudo da morfologia e estrutura dos metais. É uma área
da materialografia, ou caracterização dos materiais que além do estudo dos materiais
metálicos, compreende a plastografia (materiais plásticos ou poliméricos) e
a ceramografia(materiais cerâmicos).
Para a realização da análise, o plano de interesse da amostra é cortado, lixado,
polido e atacado com reagente químico, de modo a revelar as interfaces entre os
diferentes constituintes que compõe o metal.
Quanto ao tipo de observação, este campo de estudo está subdividido, basicamente
em duas classes:
Microscopia, aonde a analise é feita em um microscópio com aumentos que
normalmente são 50x, 100x, 200x, 500x, 1000x, 1500x e 2500x. Este tipo de
análise é realizado em microscópios específicos, conhecidos como
"microscópios metalográficos" ou "microscópios metalúrgicos". Este tipo de
microscópio possui baixo campo focal, permitindo apenas a observação de
superfícies perfeitamente planas e polidas. Em razão disto, a preparação
metalográfica tem grande importância na qualidade de uma análise. Estes
microscópios, em geral, possuem sistemas de fotografia integrados, que
permitem o registro das análises realizadas.
Macroscopia, aonde a análise é feita a olho nu, lupa ou com utilização de
microscópios estéreos (que favorecem a profundidade de foco e dão, portanto,
visão tridimensional da área observada) com aumentos que podem variar de 5x a
64X. Através das análises macrográficas e micrográficas é possível a
determinação de diversas características do material, inclusive a determinação
das causas de fraturas, desgastes prematuros e outros tipos de falhas.
2. OBJETIVOS
Caracterizar uma amostra de aço de classificação 1140 proveniente da empresa
Sinobras (Siderúrgica Norte Brasil S/A), seguindo as etapas características do campo da
metalografia:
Corte da peça;
Embutimento metalográfico a frio;
Lixamento a frio;
Polimento;
Ataque químico;
Análise micrográfica.
3. DADOS EXPERIMENTAIS
Data :
Local : Laboratório de Metalografia e Preparação de Amostras da UNIFESSPA -
Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Campus Universitário Marabá)
Horário : 08h-10h
Instrutor Responsável : Prof. Dr. Elias Fagury Neto
Aluno (matrícula):
Antônio Charles Cavalcante Barbosa (10123003007)
Carolina Marinho Santana (12123003507)
Danilo Marciano da Silva Santos (12123000607)
Materiais Utilizados:
3 amostras de aço 1140;
Máquina de corte Fortel modelo III;
Cola para fixação do molde;
Moldes de PVC (Poli-Cloreto de Vinila);
Desmoldante (graxa de enceramento);
Catalisador
Resina de alta polimerização;
3 lixadeiras fixas manuais;
Série de lixas: #100, #180, #220, #320, #400, #600, #1200 (3 de cada);
Pano para polimento;
1 politriz lixadeira;
Pasta de diamante 3 e 1µm;
Nital 10%;
Secador;
Capela;
Microscópio óptico;
Algodão e pinças;
Óleo e álcool;
1 placa de Petri;
EPI’s – óculos, luvas de borracha e jalecos
4. PROCEDIMENTOS E ANÁLISES
4.1. SELEÇÃO DAS AMOSTRAS
O material escolhido pela equipe a ser caracterizado foi o aço 1140;
4.1.1. Conceito
O Aço 1140 trata-se de um aço de acordo com SAE, sistema de classificação dos
aços, que possui boa usinabilidade. A composição química é constituída de 0,37 a 0,40
% de carbono, 0,70 a 1,00 % de manganês, 0,030 % de fósforo e 0,08 a 0,13 % de
enxofre, sendo assim caracterizado como um aço médio carbono.
Esses aços, também chamados de ressulfurados, se caracterizam pela presença
de enxofre (S) em sua composição acima do que é encontrado em outros tipos de aço.
Em condições normais o enxofre é extremamente prejudicial ao aço, tornando-o
quebradiço; porém a adição de manganês (Mn) no metal promove a formação do sulfeto
de manganês, que tem por característica promover a quebra do cavaco (resíduos
retirados da peça durante a usinagem) mais facilmente. A utilização do manganês nos
aços ressulfurados tem dupla ação positiva, facilita a usinagem, aumentando a vida útil
da ferramenta e acelerando o processo de fabricação, e diminui consideravelmente os
efeitos nocivos do enxofre no material, dando mais tenacidade ao mesmo.
A presença de enxofre mesmo ligado ao manganês ainda guarda efeitos nocivos,
como o desgaste das ferramentas feitas com esse material e a baixa conformabilidade a
quente e também suscetibilidade a corrosão. A adição de manganês nos aços
ressulfurados deve seguir a proporção de um para cinco (1S:5Mn).
Designação AISI-SAE
Composição %C Mn S
1110 0,08-0,03 0,30-0,60 0,08-0,131117 0,14-0,20 1,00-1,30 0,08-0,131118 0,14-0,20 1,30-1,60 0,08-0,131137 0,32-0,29 1,35-1,65 0,08-0,131139 0,35-0,43 1,35-1,65 0,13-0,201140 0,37-0,44 0,70-1,00 0,08-0,131141 0,37-0,45 1,35-1,65 0,08-0,13
4.2. CORTE DA PEÇA
Às vezes é necessário particionar o corpo de prova para obterem-se amostras que
servirão para análise metalográfica. Operações mecânicas como torneamento,
aplainamentos e outras, impõem severas alterações microestruturais devido ao trabalho
mecânico a frio. O corte abrasivo oferece a melhor solução para este seccionamento,
pois elimina por completo o trabalho mecânico a frio, resultando em superfícies planas
com baixa rugosidade, de modo rápido e seguro.
O equipamento utilizado para o corte conhecido como “cut-off”, ou policorte
(figura 1), com discos abrasivos intensamente refrigerados (evitando deformações
devido ao aquecimento) a relativas baixas rotações é largamente utilizado nos
laboratórios metalográficos.
A escolha e localização da seção a ser estudada dependem basicamente da forma
da peça e dos dados que se deseje obter ou analisar a mesma. Em geral, é efetuado o
corte longitudinal ou o corte transversal na amostra.
O corte longitudinal permite verificar:
Se a peça é fundida, forjada ou laminada;
Se a peça foi estampada ou torneada;
A solda de barras
A extensão de tratamentos térmicos superficiais, etc.
O corte transversal permite verificar:
A natureza do material;
A homogeneidade;
A forma e dimensões das dendritas;
A profundidade de têmperas, etc.
O seccionamento da amostra deve ser efetuado de tal maneira que não
complique as operações subsequentes. Entre os métodos de corte o que mais se adapta
para o ensaio metalográfico é o corte por abrasão a úmido. Neste caso, os discos de
corte são classificados quanto à dureza dos grãos abrasivos.
4.2.1. PROCEDIMENTOS
Colocou-se a amostra no centro da mesa de fixação;
Fixou-se firmemente o corpo de prova com ambas as morsas;
Após ter se certificado da correta fixação do corpo de prova, posicionou-se o
protetor do disco; verificou se o mesmo encontrava-se em sua posição de descanso, sem
tocar na amostra;
O motor de acionamento do disco foi acionado;
Em seguida aplicou-se uma carga moderada do disco sobre o corpo de prova até
que o mesmo fosse cortado;
O disco foi reposicionado para sua posição de descanso e o motor foi desligado;
Soltou-se o corpo de prova da mesa de fixação, sendo efetuado uma posterior
limpeza do equipamento.
4.3. EMBUTIMENTO DA PEÇA
O embutimento da amostra é realizado para facilitar o manuseio de peças
pequenas, evitarem a danificação da lixa ou do pano de polimento, abaulamento da
superfície, que traz sérias dificuldades ao observador. A técnica consiste em circundar a
amostra com um material adequado, formando um corpo único. Pode ser realizado a frio
e a quente, dependendo das circunstâncias e da amostra a ser embutida.
4.3.1. EMBUTIMENTO A FRIO
Figura 1: Máquina de policorte
Procedimento em que se usa resina sintética de polimerização rápida. Este
embutimento é feito com resinas auto polimerizáveis, as quais consistem geralmente de
duas substâncias formando um líquido viscoso quando misturadas.
Esta mistura é vertida dentro de um molde plástico onde se encontra a amostra,
polimerizando-se após certo tempo. A reação de polimerização, a despeito do nome que
é a operação de embutimento a frio, é fortemente exotérmica, atingindo temperaturas
entre 50 e 120° C, comum tempo de endurecimento que varia de 0,2 a 24 h, dependendo
do tipo de resina empregada e do catalisador. A figura abaixo apresenta os principais
materiais a serem utilizados no embutimento à frio : a resina e o catalisador.
Figura 2
4.3.2. EMBUTIMENTO A QUENTE
Procedimento aonde a amostra é embutida em materiais termoplásticos por meio
de prensas, utilizando-se pressão e aquecimento para efetuar a polimerização. O
método consiste em colocar o corpo de prova com a face que se quer analisar em
contato com o êmbolo inferior da máquina de embutimento (figura 3). Após apertar o
êmbolo, coloca-se a resina na câmara de embutimento pressionando-a por um
determinado tempo, de acordo com o plástico utilizado.
Figura 3 – Prensa de embutimento
4.3.3. PROCEDIMENTOS
O procedimento realizado pela equipe foi o de embutimento à frio;
Foi colocado o material desmoldante no molde de PVC;
A amostra cortada foi colocada dentro do molde de PVC com a parte a ser
analisada virada para baixo;
A resina e o catalisador foram misturados em um recipiente por 2 minutos e em
seguida foram colocados dentro do molde;
Realizou-se o mesmo procedimento para as outras 2 amostras e esperou-se um
tempo de 24h para que as mesmas estivessem prontas para o desmolde;
Após o tempo citado as amostras estavam preparadas para serem lixadas.
4.4. LIXAMENTO DA PEÇA
É um dos processos mais demorados da preparação de amostras metalográficas.
Tem por objetivo eliminar riscos e marcas mais profundas da superfície, dando um
acabamento a esta superfície, preparando-a para o polimento. Existem dois processos de
lixamento: manual (úmido ou seco) e automático.
A técnica de lixamento manual consiste em se lixar a amostra sucessivamente
com lixas de granulometria cada vez menor, mudando-se de direção (90°) em cada lixa
subsequente até desaparecerem os traços da lixa anterior.
A sequência mais adequada de lixas para o trabalho metalográfico com aços
(figura 5) é 100, 220, 320, 400, 600 e 1200 (Pode haver variações). Para se conseguir
um lixamento eficaz é necessário o uso adequado da técnica de lixamento, pois de
acordo com a natureza da amostra, a pressão de trabalho e a velocidade de lixamento,
surgem deformações plásticas em toda a superfície por amassamento e aumento de
temperatura. Esses fatores podem dar uma imagem falseada da amostra, por isso devem-
se ter os seguintes cuidados:
Escolher adequadamente o material de lixamento em relação à amostra e
ao tipo de exame final (o que se quer analisar);
A superfície deve estar rigorosamente limpa, isenta de líquidos e graxas
que possam provocar reações químicas na superfície;
Riscos profundos que surgirem durante o lixamento devem ser eliminado
s por um novo lixamento;
Metais diferentes não devem ser lixados com a utilização da mesma lixa.
Além do lixamento como preparo da amostra para posterior polimento, existe o
esmerilhamento ou “Lapping”, que faz uso de grãos abrasivos soltos rolando livremente
entre o seu suporte e a superfície da amostra. Nas figuras 6 e 7 observa-se a realização
do lixamento a úmido pelos alunos do presente trabalho.
Figura 5 - Método de lixamento com trabalho em sentidos alternados
4.4.1. PROCEDIMENTOS
Verificou-se a quantidade de lixas disponíveis e comparou com a quantidade de
amostras a serem lixadas. Ficou 1 série de lixas para cada amostra;
Foi feito um corte de referência na amostra;
Em seguida começou-se o procedimento de lixamento de desbaste até que só
restassem os riscos da última lixa utilizada;
A amostra foi girada 90° e foi submetida a um novo lixamento, desta vez com
uma lixa de granulometria menor do que a primeira;
Os próximos passos foram repetidos até se chegar à lixa de granulometria 1200;
Verificou-se, no decorrer desta etapa, se haviam a presença de irregularidades
nas amostras.
4.5. POLIMENTO DA PEÇA
Operação pós lixamento que visa um acabamento superficial polido isento de
marcas, utilizando-se para este fim abrasivos como pasta de diamante ou alumina. Antes
de realizar o polimento deve-se fazer uma limpeza na superfície da amostra, de modo a
deixá-la isenta de traços abrasivos, solventes, poeiras e outros. A operação de limpeza
pode ser feita simplesmente por lavagem com água, porém, aconselha-se usar líquidos
de baixo ponto de ebulição (álcool etílico, fréon líquido, etc.) para que a secagem seja
rápida. Existem cinco processos para a obtenção de uma superfície polida isenta de
riscos. São eles:
Processo mecânico;
Processo semi-automático em sequência;
Processo eletrolítico;
Processo mecânico-eletrolítico;
Polimento químico.
Figura 6
Figura 7
A figura 8 mostra a máquina de polimento utilizada no Laboratório de Metalografia
e Preparação de Amostras da UNIFESSPA. A figura 9 apresenta uma das amostras
após o processo de polimento.
4.5.1. PROCEDIMENTOS
Primeiramente verificou se o pano de polimento estava limpo;
Em seguida o pano foi encaixado na politriz, sendo umedecido logo após, para
que possa ser colocada a pasta de diamante;
A torneira foi levemente aberta (gotejamento);
Figura 8 – Politriz
Figura 9 – Amostra polida
Segurou-se a amostra levemente acima do pano de polimento e, acionando o
equipamento, as amostras foram polidas por aproximadamente 3 minutos (cada);
Por último elas foram limpas com álcool etílico e secadas.
4.6. ATAQUE QUÍMICO DA PEÇA
Seu objetivo é permitir a identificação (visualização) dos contornos de grão e as
diferentes fases na microestrutura. Um reagente ácido é colocado em contato com a
superfície da peça por certo tempo. O reagente causará a corrosão da superfície. Os
reagentes são escolhidos em função do material e dos constituintes macroestruturais que
se deseja contrastar na análise metalográfico microscópica.
A superfície da amostra, quando atacada por reagentes específicos, sofre uma
série de transformações eletroquímicas baseadas no processo de óxido-redução, cujo
aumento do contraste se deve às diferenças de potencial eletroquímico. São formadas
células locais onde os constituintes quimicamente pobres atuam como um ânodo,
reagindo com o meio de ataque de maneira mais intensa que os mais nobres.
Para o ataque químico são usados soluções aquosas ou alcoólicas de ácidos,
bases e sais, bem como sais fundidos e vapores. O contraste varia em função da
composição química, temperatura e tempo. Pode ser dividido em:
Macroataque: Evidencia a macroestrutura, o qual pode ser observado a olho nu
ou através de uma lupa de baixo aumento;
Microataque: Evidencia a estrutura íntima do material em estudo, podendo esta
ser observada através de um microscópio metalográfico.
Após o ataque químico a amostra deve ser rigorosamente limpa, para remover os
resíduos do processo, através da lavagem em água destilada, álcool ou acetona, e
posteriormente seca através de jato de ar quente (figura 10).
Figura 10 - Como secar a amostra
4.6.1. PROCEDIMENTOS
O ataque químico foi realizado utilizando-se o reagente Nital 10% (90% de
álcool etílico – 10% de ácido nítrico concentrado) pelo modo de esfregamento do
mesmo nas 3 amostras, sob um tempo de aproximadamente 15 segundos;
Ao se notar (a olho nu) uma mínima variação na coloração da peça, a mesma foi
submetida a um jato de água, para que o efeito do ácido fosse neutralizado;
Por fim as peças foram devidamente secadas e encaminhadas para a análise
microscópica.
4.7. ANÁLISE MICROSCÓPICA DA PEÇA
O exame microscópico, com seus fatores de aumento, exige obviamente não só
cuidados especiais, mas principalmente equipamentos muito precisos e altamente
especializados.
Devido à natureza dimensional das amostras envolvidas, sua capacidade
praticamente sempre a considerar, e as características comuns de superfície, assumiu-se
que formas específicas geram uma série de técnicas e dispositivos que facilitam e, as
vezes, só assim possibilitam a execução dessas técnicas. Mais precisamente, fala-se de
posicionamento das amostras, iluminação apropriada e técnicas fotográficas.
O microscópio visa a comodidade do operador, assim como, tornar mais fácil e
nítida a microestrutura em observação.
O equipamento utilizado para a análise foi o microscópio óptico de reflexão
Olympus, BX51 (figura 11).
Figura 11 – Microscópio Óptico de Reflexão Olympus
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Após realizado todos os procedimentos metalográficos nas 3 amostras de aço 1140,
observou-se as seguintes microestruturas:
Figura 12 – Peça 1 (aumento de 150x) Figura 13 – Peça 1 (aumento de 300x)
Figura 14 – Peça 1 (aumento de 750x) Figura 15 – Peça 1 (aumento de 1500x)
6. CONCLUSÃO
A metalografia é, hoje em dia, uma área técno-científica de suma importância na
resolução dos problemas e da durabilidade de componentes metálicos quando
submetidos às condições de serviço, que, a cada dia, tornam-se mais severas,
informando a causa dos defeitos do material e objetivando uma melhoria tecnológica do
mesmo.
A observação das estruturas metálicas sob aumentos convenientes é de suma
importância tanto para os estudantes, engenheiros, como para os pesquisadores. É
necessário ressaltar que tão-somente a análise química não permite concluir sobre as
propriedades mecânicas, físicas ou mesmo tecnológicas de uma liga metálica, e que a
metalografia preenche, pelo menos em grande parte, essa lacuna.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COLPAERT; Hubertus. Metalografia dos produtos siderúrgicos comuns, 3ª
Edição, Editora Edgarg Blücher Ltda, São Paulo – 1974;
COUTINHO, Telmo de Azevedo. Metalografia de Não-Ferrosos, Editora Edgard
Blücher Ltda, São Paulo – 1980;
Apostila Curso de Ensaio Metalográfico – LIME 1.1;
http://www.urisan.tche.br/~tonilson/Ciencia%20dos%20Materiais/Ciencia-7.pdf ;
Ebah – Tecnologia Metalográfica (internet). Acessada em 28 de junho de 2014
às 9h. Disponível em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAHW0AA/tecnologia-
metalografia;