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Liderança estratégica no 3º Setor
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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAISCampus de Belo Horizonte
Faculdade de Políticas Públicas “Tancredo Neves”Curso Superior de Tecnologia em Processos Gerenciais com
Ênfase em Gestão de Organizações do Terceiro Setor
LIDERANÇA ESTRATÉGICA NO TERCEIRO SETOR
Alunos: Bruno Cesar TeixeiraCristiana Guimarães AlvesEmerson Eustáquio FerreiraRenato Dayvid Pimenta
Belo Horizonte2013
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAISCampus de Belo Horizonte
Faculdade de Políticas Públicas “Tancredo Neves”Curso Superior de Tecnologia em Processos Gerenciais com
Ênfase em Gestão de Organizações do Terceiro Setor
Disciplina de Liderança e Gestão e Equipes
LIDERANÇA ESTRATÉGICA NO TERCEIRO SETOR
Alunos: Bruno Cesar TeixeiraCristiana Guiamarães AlvesEmerson Eustáquio FerreiraRenato Dayvid Pimenta
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Trabalho apresentado como requisito parcial para obtenção
da aprovação na disciplina Liderança e Gestão de Equipes
do Curso
Superior de Tecnologia em Processos Gerenciais com Ênfase
em Gestão de Organizações do Terceiro Setor da Faculdade
de Políticas Públicas da Universidade do Estado de Minas
Gerais - UEMG.
Professora: Patrícia
Belo Horizonte2013
Resumo
Este trabalho tem como objetivo analisar o papel do líder
estratégico nas organizações do Terceiro Setor e quais são
as contribuições deste tipo de líder em um setor que tem
crescido e conseqüentemente exposto diversos desafios,
tanto financeiro como de recursos humanos. A liderança
estratégica é um modelo a ser pesquisado como fator de suma
importância para organização alcançar seus objetivos.
Introdução
As organizações, independente de serem do primeiro,
segundo ou terceiro setor, precisam de líderes com
capacidade de influencia, iniciativa, disposição para
ajudar e ouvir, atento aos cenários de negócios tanto no
terceiro setor como no mercado e o Estado e com
responsabilidade por seus atos.
A necessidade de uma liderança nas organizações do
terceiro setor cresce na medida em que este tipo de setor
tem tido nas últimas décadas um crescimento considerável, o
que significa que devem profissionalizar-se. Atualmente
cada vez mais as organizações sem fins lucrativos precisam3
entrar na lógica de competição e de gestão de pessoas,
exigindo delas uma capacidade de fazer que as organizações
tenham uma excelência gestão e nesse sentido o líder tem um
papel fundamental.
1- O que é um líder?
Muitas são as conceituações sobre o que vem a ser ou
quais as características de um líder. Segundo Jordão (2006)
alguns aspectos devem ser considerados:
O líder aquele que mantém pessoas que nele
acreditam que possui seguidores. Agora , quando o
foco é a organização, podemos dizer que lideres são
aqueles que conseguem os resultados esperados
através de outras pessoas. (JORDÃO, 2006)
De acordo com a autora, o líder é aquela pessoa que é
capaz de fazer as pessoas que ele (a) lidera acreditar no
seu projeto, na visão e missão da organização, ele possui
uma habilidade de conectar pessoas em prol de um objetivo,
o líder de uma organização é reconhecido pelos resultados,
pelas entregas que ele consegue entregar para a organização
através de sua equipe.
Ainda segundo Jordão “liderança é fazer com que os
outros façam voluntariamente o que precisa ser realizado. É
conduzir as pessoas em direção a um propósito, às vezes
influenciando seus comportamento”(JORDÃO,p.19, 2006).
Podemos também inferir a partir de outros autores que a
liderança é a habilidade que o líder tem de sensibilizar as4
pessoas a terem a motivação de realizar aquilo que foi
proposto, influenciando de tal forma que o liderado é capaz
de mudar o modo que pensa, fala e age tamanha a capacidade
de alguns líderes no convencimento para que se alcance o
resultado esperado.
Especificamente no Terceiro Setor, Ducker (1994 p.14)
afirma que existem competências básicas para o líder:
primeiro é a capacidade e a autodisciplina para ouvir,
segundo a disposição para se comunicar, para se fazer
entender, e terceira é não desculpar a si mesmo, o líder
deve dizer “Isto não funciona bem como deveria, vamos
projetá-lo novamente” ou fazemos com perfeição os projetos
ou é melhor não fazer, e por último, a disposição para se
desprender de certa vaidade e compreender que o líder não é
tão importante quanto a tarefa.
2- Liderança Estratégica no Terceiro Setor
Alguns estudiosos dizem que estamos vivendo a Era da
Informação. Tudo é informação e é uma característica que
vem do século XX considerar a informação como questão
básica de estratégia. Nesse sentido, a facilidade de
comunicação ganha status no hall das características
fundamentais de um líder e na estratégia de organizações.
Diante das constantes mudanças nos cenários corporativos o
líder tem um papel fundamental na estratégia das
organizações devido à necessidade de tomadas de decisões em
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tempo hábil e essas decisões são facilitadas quando a
comunicação é clara e direta.
O líder é aquele que decide quando uma nova estratégica se
faz necessária e, por isso, deve ser dinâmico e observador,
deve canalizar as demandas apresentadas pelas pessoas ou
grupos. A liderança estratégica tem o foco na solução do
problema, o líder nesse sentido se destaca pois grande
parte das pessoas perdem o foco ao se deparar com um
obstáculo e nesse momento destaca-se quem volta a atenção
para a resolução dando sinais claros de vocação para
liderar.
Se pensarmos na gestão no formato de triangulo, temos esses
três pontos:qualquer tipo de atividade tem que ter
liderança, conhecimento e metodologia, sistema.
Segundo Jorge Gerdau, presidente do grupo Gerdau, em
entrevista a Revista Exame, se a organização não tem um
sistema operacional, não consegues avançar; as pessoas
muitas vezes têm conhecimento, mas se trabalharem sem6
disciplina, sem metodologia, esse conhecimento se perde.
Por isso, ele acredita que é importante que se tenha uma
liderança que apoie o desenvolvimento do conhecimento e da
metodologia. A metodologia tem que ser aprendida e
entendida no chão de fabrica, ou no chão do hospital, no
chão da escola, seja onde for.
A liderança nunca deve se pautar na soberba, por isso, a
liderança estratégica deve sempre estar atenta ao
conhecimento, processos de capacitação, treinamentos. Assim
como citamos uma líder que adota a liderança estratégica no
mercado, acreditamos que os lideres de organizações sem
fins lucrativos também fazem uso de estratégicas para
alcance dos objetivos fins da instituição, e essas devem
ser bem definidas, a fim de não comprometer a eficácia das
ações da organização. Toda estratégica deve ser pensada
para que a organização cumpra sua missão ou objetivo.
Portanto, as estratégicas são mais eficazes quando elas
fazem a ligação entre a missão e a ação minuciosamente
planejada.
O líder deve compreender as necessidades e saber
identificar as oportunidades apresentadas, e para tal é de
suma importância que o líder faça algumas reflexões,
pontuando certas perguntas que possam orientar suas ações.
O planejamento estratégico envolve a identificação do
problema e aponta prazos e ações para resolve-los.
Para uma eficácia do planejamento estratégico o líder deve
analisar qual tipo de estruturação que melhor atende as
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especificidades do projeto a ser implementado. Ou seja,
será pensado numa execução de cima para baixo ou de baixo
para cima. No entanto independentemente da estruturação
adotada a participação de todos no processo é de suma
importância para o êxito
Os processos possuem pontos que devem ser observados;
1. Identificar o que é preciso solucionar,
2. Determinar o tempo necessário para a execução de cada
tarefa,
3. Ater-se para as necessidades dos clientes ou público
alvo,
4. Avaliar os agentes externos que possam interferir na
organização
5. Planejar a implantação
6. Avaliar o que já foi feito,
7. Identificar novas oportunidades.
Segundo matéria publicada no site da Universidade de
Harvard, estudos envolvendo mais de 20 mil executivos,
identificou-se seis habilidades que, quando dominadas e
usadas em conjunto, fazem de um líder com características
estrategistas, que navega com destreza pelo desconhecido:
estamos falando das capacidades de prever, questionar,
interpretar, decidir, alinhar e aprender.
Howe (2002) nos mostra didaticamente uma quadro comparativo
entre as lideranças visionárias, estratégicas e gerenciais:
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A liderança estratégica pressupõe uma visão comum do que
uma organização deve ser, para que a tomada de decisões
rotineiras ou mesmo o processo de estratégia emergente
sejam coerentes com essa visão. Tudo isso implica na
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existência de um acordo entre os gerentes corporativos e os
gerentes de divisões, coordenadores e demais sobre as
oportunidades e ameaças, dados os recursos e a capacidade
da organização. Para Howe a liderança estratégica pressupõe
que a liderança visionária e a gerencial podem coexistir e
que estão unidas, em sinergia, pela liderança estratégica.
Isso também presume que a habilidade dos líderes
estratégicos de mudar suas organizações para que haja uma
mudança no ambiente em que suas organizações atuam.
Líderes estratégicos diferem dos gerenciais e dos
visionários. Os estratégicos sonham e tentam concretizar
seus sonhos, sendo uma combinação do líder gerencial, que
nunca pára para sonhar, e do visionário, que apenas sonha.
Um líder estratégico provavelmente criará mais valor que a
combinação de um líder visionário e de um gerencial. Os
gerenciais buscam a estabilidade financeira da organização
em curto prazo. Consequentemente, mantêm o status quo e não
investem inovações que possam mudar e aumentar os recursos
da organização em longo prazo. Os líderes visionários
procuram a viabilidade em longo prazo da organização,
querem mudar e inovar, a fim de criar valores em longo
prazo.
5. Conclusão:
A palavra grega strategos refere-se a um general no comando
de um exército. Estratégia relaciona-se às habilidades
psicológicas e comportamentais que motivam um grupo.
Orientam o processo de geração de conhecimento,
incentivando a capacidade de integrar conhecimentos tácitos10
e explícitos individuais, grupais e organizacionais para
criar inovações organizacionais tecnológicas, a fim de
melhorar a performance futura.
Segundo Howe (2002) os líderes estratégicos precisam
entender o que os visionários e os gerenciais podem trazer
para a organização tirar proveito das habilidades e do
conhecimento de ambos. O perfil traçado pelo autor traz uma
série de desafios aos lideres estrategistas, que, em nossa
visão, definem bem e servem como fechamento ao trabalho:
Um líder estratégico cria desordem, comete erros e, às
vezes, é repreendido por seus chefes e subordinados,
precisando até desculpar-se com os funcionários por ter
criado muita desordem sem que eles estivessem preparados
para isso. Entretanto, as recompensas valem a pena, visto
que as pessoas que trabalham com esse líder apresentam um
aumento em termos de energia e produtividade, realizando
mais tarefas em um tempo menor. Eles têm mais prazer no
trabalho, torna dose mais criativa, inovadores e mais
propensos a correr riscos, pois sabem que isso aumentará a
viabilidade em longo prazo.(HOWE,2002)
6. Bibliografia
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JORDÃO, Sonia Dias. A ARTE DE LIDERAR-Vivenciando mudanças
nummundoglobalizado. 3º Ed. Belo Horizonte. Editora Tecer.
2006.
DUCKER, Peter F. ADMINISTRAÇÃO DE ORGANIZAÇÕES SEM
FINSLUCRATIVOS- Princípios e práticas. 5º Ed. Editora
CENGAGE Lerning. 1994
Harvard BusinesReview. Liderança estratégica: habilidades
essenciais. Disponivel
em:http://www.hbrbr.com.br/materia/lideranca-estrategica-
habilidades-essenciais#sthash.vh34wPxA.dpuf. . Acesso em
13/10/2013
Revista Exame. "Melhorar a qualidade é a política mais
inteligente". Disponível
em:http://exame.abril.com.br/gestao/noticias/melhorar-a-.
AcesspoAcequalidade-e-a-politica-mais-inteligente-
m0163057/. Acesso em 13/10/2013.
Revista Exame. "Palavras ao vento". Disponível em:http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/0719/noticias/palavras-ao-vento-m0050785. Acesso em 13/10/2013.
Rowe, G. W. Liderança Estratégica e Criação deValor.Revista de Administração de Empresas. v. 42, n. 1.Jan./Mar. 2002
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