Implantação de Processos de Gestão de Relacionamento com o Cliente - CRM em Instituição...

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Faculdade de Tecnologia Departamento de Engenharia Elétrica Curso de Especialização em Gestão de Tecnologia da Informação WEBER ESTEVAN RODER KAI Implantação de Processos de Gestão de Relacionamento com o Cliente - CRM em Instituição Bancária Brasília 2013

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Faculdade de Tecnologia

Departamento de Engenharia Elétrica

Curso de Especialização em Gestão de Tecnologia da Informação

WEBER ESTEVAN RODER KAI

Implantação de Processos de Gestão de

Relacionamento com o Cliente - CRM

em Instituição Bancária

Brasília

2013

Weber Estevan Roder Kai

Implantação de Processos de Gestão de

Relacionamento com o Cliente – CRM

em Instituição Bancária

Brasília

2013

Weber Estevan Roder Kai

Implantação de Processos de Gestão de

Relacionamento com o Cliente – CRM

em Instituição Bancária

Monografia apresentada ao Departamento

de Engenharia Elétrica da Universidade

de Brasília como requisito parcial para a

obtenção do grau de Especialista.

Orientador: Prof. Romualdo Alves Pereira Júnior

Universidade de Brasília

Faculdade de Tecnologia

Departamento de Engenharia Elétrica

Brasília

Junho de 2013

© 2013 Weber Estevan Roder Kai. Qualquer parte desta publicação

pode ser reproduzida, desde que citada a fonte.

Kai, Weber Estevan Roder

Implantação de Processos de Gestão de Relacionamento com o

Cliente – CRM em Instituição Bancária / Weber Estevan Roder Kai. –

Brasília: O autor, 2013. 80 p.; Ilustrado; 25 cm.

Monografia de Especialização – Universidade de Brasília.

Faculdade de Tecnologia. Departamento de Engenharia Elétrica, 2013.

Inclui Bibliografia.

1. Tecnologia da Informação. 2. CRM. 3. Bancos Públicos. I. Título.

CDU 004.056

Ata de Defesa de Monografia Monografia de Especialização Lato Sensu, defendida sob o título Implantação de

Processos de Gestão de Relacionamento com o Cliente – CRM em Instituição

Bancária, por Weber Estevan Roder Kai, em 11 de Outubro de 2013, no Auditório da

Faculdade de Tecnologia da UnB, em Brasília - DF, e aprovada pela banca

examinadora constituída por:

Prof.

Romualdo Alves Pereira Júnior

UnB

Orientador

Prof.

Manoel Fernando da Mota Tenorio

UnB

Prof.

Nome do 3º Membro da Banca

UnB

Prof. PhD. Rafael Timóteo de Sousa Jr.

Coordenador do Curso de Especialização em Gestão da Tecnologia da Informação

CEGTI 2011/2012

Dedicatória

Dedico este trabalho ao meu amor, Mariana.

Agradecimentos

Agradeço a todos que estiveram presentes durante a construção deste

trabalho. Ao meu orientador Romualdo, aos professores, aos meus colegas de

trabalho, aos meus colegas de curso, aos meus pais, à minha namorada Mariana, à

UnB e ao Banco Pub deixo expressa aqui toda a minha gratidão. Muito obrigado!

A genialidade da concorrência do livre-mercado é que

O cliente decide quem vence e quem perde.

E a longo prazo, o cliente é o principal vencedor.

Donald J. Carry, CEO da AMR/American Airlines (1999).

Lista de Figuras

Figura 1: Modelo simplificado do processo de marketing (Fonte: Kotler e Armstrong;

2007, p. 4.). ............................................................................................................... 28

Figura 2: Modelo expandido do processo de marketing (Fonte: Kotler e Armstrong;

2007, p. 23.). ............................................................................................................. 31

Figura 3: Mapa conceitual da metodologia utilizada. ................................................. 40

Figura 4: Diagnóstico dos Problemas Tecnológicos (Fonte: Relatório de Consultoria

Externa). .................................................................................................................... 45

Figura 5: Soluções Propostas aos Problemas Identificados (Fonte: Relatório de

Consultoria Externa). ................................................................................................. 46

Figura 6: Sugestão de Equipe Dedicada para Solucionar os Problemas (Fonte:

Relatório de Consultoria Externa). ............................................................................ 47

Figura 7: Infraestrutura Inicialmente Planejada da Unidade de Relacionamento. ..... 57

Figura 8: Proposta Final da Infraestrutura da Unidade de Relacionamento. ............. 59

Figura 9: Proposta de Contingência da Unidade de Relacionamento. ...................... 61

Figura 10: Resultado do Modelo de Cluster (Fonte: Relatório de Entrega do Modelo

de Cluster). ................................................................................................................ 62

Figura 11: Cestas Estatísticas do Modelo de Basket Analysis (Fonte: Relatório de

Entrega do Modelo de Basket Analysis). ................................................................... 63

Figura 12: Quantidade de Clientes em Cada Cesta - Modelo de Basket Analysis

(Fonte: Relatório de Entrega do Modelo de Basket Analysis). .................................. 64

Figura 13: Clientes com Cestas Completas - Modelo de Basket Analysis (Fonte:

Relatório de Entrega do Modelo de Basket Analysis). .............................................. 64

Figura 14: Curva de Sobrevivência do Produto “Título de Capitalização” (Fonte:

Relatório de Entrega do Modelo de Lifetime Value). ................................................. 69

Lista de Tabelas

Tabela 1: Categorias de ferramentas de CRM (Fonte: Quadros; 2010, p. 91.). ........ 33

Tabela 2: Resumo de Técnicas de Mineração de Dados. ......................................... 36

Tabela 3: Perguntas utilizadas nas entrevistas com os empregados do Banco Pub.41

Tabela 4: Lista de Problemas Identificados (Fonte: Relatório de Consultoria Externa).

.................................................................................................................................. 44

Tabela 5: Aplicações de Software de BI Disponíveis no Banco Pub (Fonte: Caderno

de Hardware e Software). ......................................................................................... 50

Tabela 6: Lista de Relatórios Previstos Inicialmente no Módulo CRM Analítico........ 51

Tabela 7: Tempo Gasto para Geração de Amostras – Modelos Fixos. ..................... 55

Tabela 8: Tempo Gasto para Geração de Amostras – Modelos Pontuais. ............... 55

Tabela 9: Lista de SGBDs Disponíveis no Banco Pub (Fonte: Caderno de Hardware

e Software). ............................................................................................................... 56

Tabela 10: Primeira Parte da Matriz de/ para do Modelo de Cross-Sell (Fonte:

Relatório de Entrega do Modelo de Cross-Sell). ....................................................... 66

Tabela 11: Segunda Parte da Matriz de/ para do Modelo de Cross-Sell (Fonte:

Relatório de Entrega do Modelo de Cross-Sell). ....................................................... 67

Sumário

Ata de Defesa de Monografia ...................................................................................... 3

Dedicatória .................................................................................................................. 4

Agradecimentos .......................................................................................................... 5

Lista de Figuras ........................................................................................................... 7

Lista de Tabelas .......................................................................................................... 9

Sumário ..................................................................................................................... 10

Resumo ..................................................................................................................... 12

Abstract ..................................................................................................................... 14

1 Delimitação do Problema ....................................................................................... 16

1.1 Introdução ........................................................................................................ 16

1.2 O CRM no Banco Pub ..................................................................................... 16

1.3 A Mineração de Dados no Banco Pub ............................................................. 18

1.4 A Inteligência de Clientes no Banco Pub ......................................................... 19

1.5 Formulação da Situação Problema .................................................................. 20

1.6 Objetivos e Escopo .......................................................................................... 23

1.6.1 Objetivo Geral ........................................................................................... 23

1.6.2 Objetivos Específicos ................................................................................ 23

1.6.3 Escopo ...................................................................................................... 24

1.7 Justificativa ...................................................................................................... 24

1.8 Hipóteses ......................................................................................................... 25

1.8.1 Hipótese sobre o Atraso Causado pelas Demandas Pontuais .................. 25

1.8.2 Hipótese sobre o Atraso Causado pelo Tempo de Processamento do SAS

........................................................................................................................... 25

1.8.3 Hipótese sobre os Atrasos Causados por Erros de Processamento ......... 25

1.8.4 Hipótese sobre o Risco do CRM Demorar para Ser Implantado ............... 25

1.8.5 Hipótese sobre o Risco de Retrabalho ...................................................... 25

1.9 Organização do Trabalho ................................................................................ 26

2 Revisão de Literatura e Fundamentos ................................................................... 27

2.1 A Importância do Cliente .................................................................................. 27

2.2 O Modelo de Marketing .................................................................................... 28

2.3 O CRM ............................................................................................................. 29

2.3.1 Vantagens do CRM ................................................................................... 30

2.3.2 Ferramentas de CRM ................................................................................ 31

2.4 A Sabedoria de Clientes .................................................................................. 33

2.5 A Mineração de Dados .................................................................................... 35

2.6 Database Marketing ......................................................................................... 37

3 Metodologia ............................................................................................................ 39

4 Resultados ............................................................................................................. 41

5 Discussão ............................................................................................................... 71

6 Conclusões e Trabalhos Futuros ............................................................................ 73

6.1 Limitações Encontradas ................................................................................... 73

6.2 Conclusões ...................................................................................................... 73

6.3 Trabalhos Futuros ............................................................................................ 75

6.4 Conquistas Alcançadas ................................................................................... 76

Referências e Fontes Consultadas ........................................................................... 77

Lista de Siglas ........................................................................................................... 79

Resumo

Este trabalho é o resultado de um estudo realizado em um banco público

brasileiro para investigar a perda de eficiência durante a implantação do seu

processo de CRM causada por deficiências na infraestrutura tecnológica deste

processo e que poderiam ser resolvidas através de soluções já disponíveis no

próprio banco. O conselho diretor de um banco público brasileiro decidiu implantar a

gestão do relacionamento com o cliente, ou CRM. A implantação iniciou-se com o

planejamento e desenho da estrutura organizacional para operar o processo, e logo

depois começou o desenho do processo em si. Foi adquirida uma ferramenta

corporativa para executar a maior parte das tarefas do CRM com prazo de

implantação completa de quatro anos. Porém houve uma mudança no cenário

externo que demandou algumas ações imediatas do banco, e antes mesmo de

qualquer implantação parcial da ferramenta de CRM adquirida, algumas demandas

foram encaminhadas à unidade para execução manual em caráter de emergência.

Como não havia experiência ou cultura de CRM dentro da organização, foi

contratada uma consultoria externa para ensinar os primeiros passos, e a partir daí

iniciou-se uma busca para obter conhecimentos sobre o seu cliente, suas

necessidades e seus padrões de consumo e comportamento. A consultoria indicou

que neste momento emergencial as técnicas de mineração de dados, ou data

mining, deveriam ser utilizadas como principal ferramenta. E por isso também foi

iniciado um processo de busca, coleta e centralização de dados sobre produtos,

clientes, canais e suas interações entre si, em diversos sistemas corporativos. A

aplicação de software utilizada para executar a mineração de dados foi o SAS, que

já estava em uso na unidade como banco de dados e para alguns processamentos

simples de informações mensais. Porém, ao utilizar-se desta infraestrutura de

hardware, software e armazenamento, houve alguns atrasos no tempo inicialmente

previsto nas entrega de amostras para análise, modelagem e testes de mineração

de dados e modelagem estatística. Foi realizado um estudo comparando a

infraestrutura utilizada por esta unidade com as infraestruturas já disponíveis no

banco e que demandam baixo esforço para implantação, e verificou-se que com

pequenas mudanças, baixo investimento e pouco tempo estas poderiam ser

substituídas para economizar esforço de desenvolvimento e de operação de

processos de mineração de dados aplicados em CRM.

Abstract

This work is the result of a study conducted in a Brazilian public bank to

investigate the loss of efficiency during deployment of its CRM process caused by

deficiencies in technological infrastructure of this process that could be resolved

through solutions already available in bank itself. The board of a Brazilian public bank

decided to implement customer relationship management, or CRM. The deployment

began with the planning and design of the organizational structure to operate the

process, and soon after began the design of the process itself. It was acquired a

corporate tool to perform the most of the CRM tasks with full deployment within four

years. But there was a change in the external environment that demanded some

immediate bank actions, and even before any partial deployment of the CRM tool

being acquired, some demands were referred to the unit for manual execution on an

emergency basis. Since there was no experience or culture of CRM within the

organization, an outside consultant was hired to teach the first steps, and from there

a search was begun for getting knowledge about its customer, its needs and its

consumption patterns and behavior. The consultant indicated in this emergencial

moment that the techniques of data mining should be used as the main tool. And so it

was initiated a process of searching, collecting and centralizing data about products,

customers, channels and their interactions with each other, in various corporate

systems. The software used to perform data mining was the SAS, which was already

used on the unit as the database and some simple processing of monthly data. But

there were some delays in the time originally planned for delivery of samples for

analysis, modeling and testing of data mining and statistical modeling by utilization of

this hardware, software and storage infrastructure. It was conducted a study

comparing the infrastructure used by this unit with the infrastructures already

available in the bank that require low effort for deployment, and it was found that with

minor changes, low investment and short time these could be replaced to save

development effort and operation of data mining processes applied in CRM.

16

1 Delimitação do Problema

1.1 Introdução

O conselho diretor de um banco público brasileiro, cujo nome real não será

revelado por questões de sigilo estratégico, e de ora em diante denominado Banco

Público, ou simplesmente Banco Pub, com aproximadamente cem mil empregados e

aproximadamente sessenta e cinco milhões de clientes, e que já tinha por estratégia

de negócio oferecer as menores taxas do mercado, recebeu a missão de melhorar

ainda mais a atratividade de seus produtos de crédito através de maiores reduções

de taxas e tarifas, com objetivo alegado de, através da competitividade, forçar os

outros bancos atuantes no país a melhorar seus preços.

Para que esta redução fosse sustentável e não haver riscos de ter que

retornar os preços ao patamar anterior, este conselho diretor atuou internamente em

duas frentes, na melhoria da eficiência total e no aumento da carteira de todo o

portfólio de produtos.

Um foco maior foi direcionado para a expansão da base de clientes, inclusive

em produtos que não são empréstimos, como por exemplo, produtos de captação ou

prestação de serviços bancários, com a alegação de que a queda dos custos

possuía um alcance limitado, e já fora atingido.

Finalmente, o conselho diretor do Banco Pub decidiu que era necessário

implantar o Customer Relationship Management, ou CRM, objetivando reduzir os

custos com marketing, reter os clientes lucrativos e melhorar o desempenho em

todos os segmentos do seu portfólio.

1.2 O CRM no Banco Pub

Para executar esta implantação foi criado um projeto interno, e em 2011 este

finalizou suas atividades de planejamento, e culminou com a criação de uma nova

unidade interna específica para tratar do relacionamento com o cliente. Esta unidade

será denominada Unidade de Relacionamento com o Cliente, ou simplesmente

17

Unidade de Relacionamento. A Unidade de Relacionamento iniciou uma licitação

para contratar uma solução de CRM integrada aos sistemas transacionais em

produção. O vencedor da licitação foi um consórcio composto por uma empresa

brasileira e uma americana, que propôs a adoção da plataforma Epiphany por

quarenta e cinco milhões de reais.

A solução adquirida seria composta inicialmente por quatro módulos, a serem

implantados em fases.

O primeiro módulo recebeu o nome de Repositório Central, que será uma

base de dados para atender às necessidades de mineração de dados. Até o início

deste estudo ainda não havia sido realizada uma discussão se a arquitetura do

Repositório Central será relacional ou multidimensional. O Banco Pub não possui em

seu portfólio de soluções outras arquiteturas de armazenamento de dados

escaláveis recentes, conhecidas como BigData, NoSQL e NewSQL.

O segundo módulo recebeu o nome de Outbound Marketing, ou OM, que

servirá para a gestão de campanhas. Nele será possível cadastrar as árvores de

decisões baseadas em eventos dos clientes, chamadas de réguas de

relacionamento. Assim, após escolher os clientes participantes de cada campanha e

os caminhos possíveis que eles poderão percorrer, o Banco Pub já terá uma ação

personalizada pronta para execução após cada interação ou ausência de contato

com o cliente.

O terceiro módulo recebeu o nome de Sales and Services, ou SS. Este

módulo faz o CRM colaborativo, ou seja, trata-se de um portal corporativo para os

usuários que terão contato com os clientes. Durante um atendimento, os usuários da

rede de agências, do telemarketing ou do suporte pós-venda conseguirão visualizar

várias informações, auxiliando no contato. Este módulo vai registrar o que ocorreu

neste contato e o grau de satisfação do cliente, servindo ainda como base para

estudos futuros.

O quarto módulo contratado recebeu o nome de CRM analítico. Este módulo

foi planejado como um repositório de relatórios para realização de consultas triviais

de forma repetitiva.

Depois de algum tempo, foi efetuado um aditivo contratual para aquisição de

mais um módulo. Este módulo adicional recebeu o nome de Interaction Advisor, ou

IA, que será integrado aos canais, e durante uma operação do cliente, executará

uma tomada de decisão automática e instantânea para fazer, ou não, uma oferta ao

18

cliente. O sistema então aprenderá com os sucessos e erros destas ofertas, que irão

compor uma fórmula que será utilizada para gerar um score para cada cliente. Este

score então será utilizado pelo próprio IA para selecionar os clientes em ofertas

futuras, e ainda poderá ser utilizado para selecionar os clientes em outras

campanhas no OM.

É importante observar que cada módulo possui internamente uma base de

dados independente. Durante a carga de outros sistemas eles passam por um

módulo de carga denominado de staging, e por transformações em uma base

temporária intermediária denominada de base integradora.

A Unidade de Relacionamento definiu que todas as ações de CRM serão

executadas manualmente sob regime de contingência até a finalização da

implantação do Epiphany.

1.3 A Mineração de Dados no Banco Pub

A área de soluções de tecnologia da informação, ou TI, definiu a aplicação de

software SAS como plataforma estatística e de mineração de dados.

O SAS é uma aplicação de software estatística organizada internamente em

conjunto de dados, e estes são compostos por observações e variáveis. Esta

organização de dados é semelhante às tabelas, registros e campos de um Sistema

Gerenciador de Banco de Dados, ou SGBD.

Em operação normal, o SAS realiza acesso sequencial em seus conjuntos de

dados, da primeira até a última observação.

Ele foi instalado em um servidor Sun Fire 15000, com oito processadores

SPARC e sistema operacional SunOS 5.10, e as áreas usuárias podem solicitar a

instalação nas estações de trabalho, que utilizam-se de um módulo chamado

SAS/Connect para compartilhar informações, em uma arquitetura do tipo cliente-

servidor.

O Banco Pub já utilizava o SAS antes da criação da Unidade de

Relacionamento. Atualmente a aplicação de software está instalada em um servidor

compartilhado por várias unidades, mas com cada grupo de usuários acessando

somente sua área do sistema de arquivos, através de ajustes de permissão de

leitura e escrita.

19

Após o fechamento mensal dos sistemas corporativos, são gerados arquivos

para importação em outros sistemas que são enviados ao servidor SunOS em várias

pastas de várias unidades.

Cada unidade inicia o processamento de seus arquivos, submetendo uma

série de programas em linguagem nativa da aplicação de software SAS para

transformação de variáveis e convertendo para um formato nativo do SAS.

Todo este processo consome algum tempo e além disso, o fechamento de

muitos sistemas não é realizado no último dia útil do mês. Alguns sistemas são

fechados somente após acerto de todas as irregularidades, já outros sistemas

possuem prazos de fechamento definidos por normas, como por exemplo, alguns

sistemas contábeis possuem prazo de setenta e duas horas para finalizar as

regularizações, e outros sistemas só executam o fechamento no primeiro final de

semana disponível, devido ao alto volume de processamento.

Algumas áreas liberam as informações para uso por outras áreas somente

após finalizarem todos os seus processamentos, já outras áreas optaram por

centralizar todas as atividades no SAS e o utilizam tanto para mineração de dados

quanto como para armazenamento de dados, nas funções de um SGBD.

Assim, o servidor costuma estar sempre com muita atividade e com muitos

usuários simultâneos.

Para evitar lentidão durante a jornada de trabalho dos empregados e para

diminuir o tempo de execução de programas longos, recorre-se ao artifício de

submeter vários programas SAS para executar durante o final de semana, e desta

forma aproveitar a menor concorrência que ocorre nestes períodos.

1.4 A Inteligência de Clientes no Banco Pub

Dentro da Unidade de Relacionamento, foi criado um setor com a finalidade

de entender os clientes do Banco Pub, principalmente através da mineração de

dados, chamado de Gerência de Inteligência de Clientes, ou simplesmente

Inteligência de Clientes, que ficou incumbida de prever o comportamento dos

clientes em até três anos.

Diversas unidades da matriz solicitam informações pontuais, como a

quantidade de clientes em cada segmento mercadológico, quantidade de produtos

de cada segmento, saldo de alguns produtos, volume de captação e distribuição

20

regional. Esta gerência também herdou esta tarefa de responder às demandas

eventuais sobre informações de clientes.

Para início dos trabalhos de estruturação da gerência, o Banco Pub contratou

a consultoria técnica de uma empresa britânica, para efetuar a transferência de

conhecimentos em CRM e estatística, e para a criação de modelos preditivos.

A Inteligência de Clientes ficou incumbida de acompanhar a criação dos

modelos estatísticos necessários até a implantação das ferramentas de CRM

adquiridas.

Para produção dos estudos e modelos, estão sendo utilizadas somente as

aplicações de software já implantadas no Banco Pub, que são a aplicação de

software estatística SAS para mineração de dados e a suíte MS Office para

consolidação e apresentação dos resultados.

Para melhor entendimento do volume de trabalho, quando os trabalhos de

implantação do Epiphany se iniciaram foram mapeados os sistemas que forneceriam

informações para o CRM, e a conclusão final foi que seria necessário reunir dados

de cento e dezessete sistemas corporativos para compor o perfil do seu cliente.

Ainda, foi identificada a necessidade de um histórico de sessenta meses destes

dados, para possibilitar análises do comportamento dos clientes e análises

preditivas.

1.5 Formulação da Situação Problema

Para criação dos modelos de forma manual, definiu-se que seriam utilizadas

as informações históricas de trinta e seis meses. A geração de bases com estas

informações levou seis meses, englobando a tarefa de entendimento de produtos,

mapeamento de variáveis e sistemas corporativos, solicitação e restauração de

backups pela área de tecnologia, geração de programas e processamento.

Infelizmente, após um erro operacional, as bases foram apagadas por

engano.

A gerência decidiu que não havia tempo para gerar as bases novamente, pois

havia limite de prazo no contrato da empresa de consultoria. As bases deveriam ser

recriadas na medida em que fossem necessárias, e o desenvolvimento dos modelos

deveria iniciar imediatamente.

A consultoria solicitou a preparação de diversas amostras em formato SAS,

porém com a geração de variáveis transformadas que não estavam disponíveis nas

21

bases. Isto levou os empregados a gerar cada uma das bases para extração de

amostras manualmente no SAS.

Um dos problemas é que a área de marketing costuma receber as bases para

processamento com muito atraso. Se ocorrerem erros de processamento e estas

rotinas precisarem ser executadas mais de uma vez, o atraso acaba sendo ainda

maior. Segundo os analistas da Unidade de Relacionamento, o prazo médio de

recepção dos dados é de sessenta dias corridos a partir do último dia útil do mês.

Outro problema ocorre quando a equipe não possui os dados necessários.

Nestes casos é preciso efetuar negociação de dados com diversos gestores, copiar

os arquivos, importar no SAS e efetuar verificação de integridade. Devido à

necessidade de obter o layout dos arquivos encaminhados e fazer conversão de tipo

de dados, através de programação em SAS, por diversas vezes o serviço é muito

atrasado.

Segundo os empregados do Banco Pub, para a nova geração das amostras

dos diversos modelos foram necessárias várias semanas para cada uma, entre

discussão, escolha de variáveis e processamento.

Porém, após a validação dos modelos, será necessária a aplicação mensal,

gerando os scores gerados para cada cliente, para cada modelo. De acordo com a

metodologia proposta, seria preciso recriar as bases no mesmo formato das

amostras, mas com toda a carteira de clientes, escalando o problema muitas vezes.

Também será necessário executar monitoramento dos modelos, e

eventualmente realizar manutenção, quando estes não estiverem respondendo

satisfatoriamente. Neste caso todos os passos de desenvolvimento teriam que ser

executados novamente.

Enquanto ocorriam os estudos da modelagem estatística, a Inteligência de

Clientes ficou sobrecarregada com demandas internas e das outras áreas da

empresa, pois as outras áreas da Unidade de Relacionamento não possuem

ferramentas de relatórios, de consultas ou até mesmo meios de acesso aos dados.

A própria Unidade de Relacionamento precisa de várias informações de

clientes, do mercado e da empresa antes de iniciar uma campanha. Estas

informações são reunidas em um único documento chamado briefing, e de acordo

com as informações coletadas, são tomadas decisões diferentes sobre os rumos de

cada campanha.

22

Para solicitações de informações eventuais de outras áreas e geração dos

briefings são necessárias várias consultas, que a Inteligência de Clientes está

realizando pontualmente e manualmente no SAS, e exportadas e formatadas no MS

Office para apresentação, consumindo muito tempo de execução.

Agravando esta situação, temos a tendência de que à medida que as

primeiras demandas forem sendo entregues, mais gestores de produtos devem

formalizar pedidos de campanhas ou informações pontuais, aumentando cada vez

mais esta sobrecarga.

Outro problema ocorre pelo fato do SAS ser uma aplicação de software

estatística, e sua finalidade é realizar cálculos que necessitam somente de um

acesso por cada observação, como média, moda, análise de frequências, e outros.

Por este motivo, ele foi otimizado somente para realizar acesso sequencial em seus

dados, da primeira até a última observação. Para aproveitar desta otimização, cabe

ao programador construir algoritmos sequenciais. De outra forma, qualquer

necessidade de filtragem de dados ou segundo acesso, demanda uma nova leitura

de todo o conjunto de dados. Por esta razão, pequenas consultas demoram o

mesmo tempo que consultas complexas, ainda que critérios de filtragem sejam

aplicados.

Estes problemas poderiam ser minimizados por técnicas de programação

avançadas, mas os usuários nem sempre combinam conhecimento do problema

com experiência de programação, impossibilitando eventuais melhorias.

Esta situação é muito preocupante, pois a execução manual de rotinas

prejudica muito a qualidade do trabalho, e os prazos ficam muito apertados devido à

necessidade de muitas verificações e eventualmente de reprocessamento devido a

erros.

Outra preocupação advém da tendência desta situação melhorar apenas após

a implantação da plataforma Epiphany, ou seja, após quarenta e um meses. Mas

este prazo pode ser estendido se o Banco Pub considerar necessário. Alguns dos

motivos que podem levar a um adiamento no prazo são as necessidades de maior

tempo para a equipe redigir o caderno de especificação e requisitos funcionais para

a equipe de desenvolvimento e as necessidades de aumento de tempo para a

homologação das entregas.

23

Todo este esforço está tirando a Inteligência de Clientes do seu foco, pois

todo o esforço está concentrado em rotinas operacionais de geração de bases de

dados.

A análise dos resultados e o entendimento dos motivos que levam o cliente a

adotar determinado comportamento, bem como estratégias de aproveitamento de

oportunidades estão sendo adiadas para um momento futuro, quando houver mais

fôlego da equipe. Não está havendo tempo hábil para atingir um estágio de

sabedoria de clientes.

Há o risco do foco da Inteligência de Clientes permanecer no nível

operacional, em processamento e tratamento de dados, para a execução das

demandas pontuais, aplicação e manutenção dos modelos, ao invés da busca pelo

conhecimento do seu cliente e descoberta novas oportunidades.

Por último, o contrato com a consultoria externa possui um prazo limitado

para trabalho e entrega, que pode ser adiado somente por poucos meses. Caso seja

empregado muito tempo na geração das bases, haverá pouco tempo para debates

sobre a metodologia empregada e eventuais correções necessárias, o que traz

riscos para a qualidade das entregas.

Diante deste cenário, busca-se descobrir se existem métodos de trabalho

mais eficientes para o alcance dos resultados esperados, e que ao mesmo tempo

demandem pouco esforço de mudanças, principalmente por já estarem disponíveis

na organização estudada.

1.6 Objetivos e Escopo

1.6.1 Objetivo Geral

Este trabalho objetiva estudar os impactos que a ausência de gestão de

processos de TI podem causar nos processos de mineração de dados de CRM no

banco Pub.

1.6.2 Objetivos Específicos

Os objetivos específicos deste trabalho são:

1. Estudar como o nível de maturidade na gestão da infraestrutura tecnológica

pode influenciar na agilidade de desenvolvimento dos modelos estatísticos

preditivos para CRM no Banco Pub;

24

2. Estudar a possibilidade de minimizar os problemas identificados no CRM do

Banco Pub com o emprego de outras ferramentas que já estejam disponíveis

na organização.

1.6.3 Escopo

O escopo deste estudo está limitado ao ambiente de dados da Inteligência de

Clientes utilizado para gerar modelos preditivos no Banco Pub.

Não faz parte deste estudo propor estratégias de TI ou de negócio, ou ainda

averiguar as causas da ausência de governança de TI na Unidade de

Relacionamento, ou justificar a sua importância.

1.7 Justificativa

Este estudo foi motivado pela importância de se atingir a excelência da

administração pública através da qualidade a todos os interessados.

Segundo Lima (2007), a qualidade desde o mantenedor até ao destinatário é

o caminho para se chegar a excelência na gestão pública, que é o destino.

Para o autor, a excelência na gestão pública é composta de três elos:

Processo, resultado e efeito, cada um respectivamente relacionado a uma virtude:

Eficiência, eficácia e efetividade.

Deste modo, a organização pública precisa ser capaz de fazer o máximo com

os recursos que têm disponíveis, e fazer cada vez mais com cada vez menos,

tornando-se continuamente mais eficiente em seus processos.

Porém, ao mesmo tempo, não pode dar valor exagerado à eficiência, a ponto

de sacrificar o resultado. O resultado é o efeito produzido pelos seus processos, e a

organização pública precisa ter eficácia, atingindo bons resultados, ou seja, realizar

a grande totalidade das metas e indicadores estabelecidos previamente.

E por último, a organização também não pode dar valor exagerado aos

resultados, a ponto de sacrificar o efeito. Ele ainda afirma que o efeito é o fiel da

balança que vai mostrar se a missão institucional está sendo cumprida, e qual o

nível de desempenho atingido.

Para melhor compreensão o autor cita contraexemplos, como uma instituição

de saúde que pode vacinar a totalidade da população a custos baixos e as doenças

não diminuírem, ou uma instituição de ensino dar aulas a todas as crianças com

custos baixos e, no final, estas acabam por não aprender nada.

25

Portanto, de acordo com Lima (2007), o efeito é a referência para a

excelência nas avaliações das instituições, por ser o resultado em sua plenitude, e

pode até mesmo desqualificar eficácia e eficiência eventualmente atingidas.

1.8 Hipóteses

Ao avaliar os problemas existentes atualmente que poderiam ser contornados

com ferramentas existentes na organização, tornam-se necessárias as avaliações

de algumas hipóteses.

1.8.1 Hipótese sobre o Atraso Causado pelas Demanda s Pontuais

Se existem meios disponíveis na empresa capazes de gerar as informações

solicitadas com menos esforço, então as demandas pontuais podem gerar atrasos

desnecessários.

1.8.2 Hipótese sobre o Atraso Causado pelo Tempo de Processamento do SAS

Se existem aplicações de software disponíveis na empresa capazes de

armazenar informações do perfil do cliente e acessar somente os registros

necessários durante uma consulta, então o SAS pode demorar demais para

processamento devido à necessidade de percorrer qualquer dataset

sequencialmente.

1.8.3 Hipótese sobre os Atrasos Causados por Erros de Processamento

Se existe alguma solução disponível na empresa para melhorar os

programas, tanto no esforço computacional quanto na confiabilidade, então

podemos minimizar os erros de processamento que ocorrem frequentemente.

1.8.4 Hipótese sobre o Risco do CRM Demorar para Ser Implantado

Se existe alguma solução disponível na empresa para diminuir os esforços

empregados na modelagem preditiva de forma contingencial, então podemos mitigar

o risco de haver problemas causados por atrasos na implantação do Epiphany.

1.8.5 Hipótese sobre o Risco de Retrabalho

Se houver necessidade de ajustes nos modelos, ou até mesmo refazer o

desenvolvimento dos mesmos, então investimentos em infraestrutura adequada

pode trazer redução do prazo total, e poderá ser um investimento certo e não um

desperdício.

26

1.9 Organização do Trabalho

No capítulo 1 vimos o contexto da organização e os problemas enfrentados

que serão estudados neste trabalho.

No capítulo 2 veremos a teoria dos processos de CRM, para estudarmos as

principais técnicas aplicadas e as principais ferramentas de tecnologia de uma

unidade de negócio desta natureza.

No capítulo 3 será apresentada a forma e execução da coleta de dados para

realização deste estudo.

No capítulo 4 serão exibidos os dados coletados que foram relevantes como

evidências para confirmação ou refutação das hipóteses levantadas.

No capítulo 5 será feita a análise e interpretação dos resultados.

No capítulo 6 veremos as conquistas alcançadas com o estudo, as limitações

enfrentadas, e a relação entre os fatos verificados e a teoria.

No final, seguem a referência bibliográfica e a lista de siglas.

27

2 Revisão de Literatura e Fundamentos

2.1 A Importância do Cliente

Para Brown (2001), devido à queda nas margens de lucro e aumento de

concorrência, manter uma estratégia de competição de mercado baseada em preço

está cada vez mais difícil, e para piorar este cenário, a ocorrência de muitas

fragmentações nos tipos de consumidores e nas mídias disponíveis impede que

métodos e técnicas tradicionais de marketing de massa alcancem consumidores

potenciais e obtenham a mesma eficácia nos resultados anteriores.

Ele afirma que por este motivo, o marketing precisou ficar mais dirigido, mais

eficiente e mais eficaz, e assim, esta necessidade levou rapidamente o marketing na

direção oposta ao tradicional marketing de massa e muitas organizações em direção

ao marketing centrado no cliente.

Para Swift (2001), o cliente deve ser colocado como elemento principal das

áreas de marketing, vendas, atendimento e produção, direcionando a ele recursos,

tempo e serviços, e vendo o mesmo como o responsável pela lucratividade,

crescimento a longo prazo e força da empresa.

Ele afirma que as organizações perceberam que a melhor alternativa para

manter um crescimento lucrativo e estável é tratar bem os clientes atuais, executar o

que for necessário para mantê-los e aumentar o volume de negócios com os

mesmos.

Ainda, segundo o autor acima, o significado do termo cliente só foi

compreendido pelas empresas depois de passados quase cem anos do seu

surgimento, no início do século XX, e demorou até que as empresas líderes

passassem a cultivar seus clientes como especiais e deixassem de defini-los em

função de seus produtos.

28

De acordo com Brown (2001), as empresas lucrativas e em expansão são

aquelas cujo ponto focal é o cliente de alto valor, ou seja, o cliente satisfeito, leal e

que gera lucros.

2.2 O Modelo de Marketing

Para Kotler e Armstrong (2007), o marketing é confundido com vendas e

propaganda, devido ao excesso de comerciais, mala direta e ofertas por telefone e

internet existente nos dias atuais. Porém eles consideram que este significado do

termo marketing deveria ser alterado para “satisfazer as necessidades dos clientes”,

pois quando isto for alcançado, as vendas e propagandas serão meras ferramentas,

e neste ponto a organização realizará vendas com facilidade.

Segundo eles, o processo de marketing pode ser definido em um modelo

simples de cinco passos, ilustrado na figura 1 a seguir:

Figura 1: Modelo simplificado do processo de marketing (Fonte: Kotler e Armstrong; 2007, p. 4.).

Para Kotler e Armstrong (2007), cada passo pode ser expandido conforme

abaixo:

1) No primeiro passo, a organização deve analisar as necessidades, os

desejos dos clientes e o mercado em que atuam, pesquisando clientes e o

mercado e administrando informações de marketing e dados dos clientes;

2) Após obter compreensão do cliente e mercado, no segundo passo a

organização elabora uma estratégia de marketing orientada ao cliente,

selecionando os clientes que vai servir através da segmentação de

mercado e da definição do alvo de marketing, e cria uma proposta de valor

através da diferenciação em relação aos seus concorrentes e do seu

posicionamento de mercado;

3) Após definir quais são seus clientes e qual valor irá entregar, a

organização cria um programa de marketing que realmente cumprirá a

29

estratégia definida, através da definição de seu produto, da definição do

preço, de forma que crie valor real para os clientes, do gerenciamento das

cadeias de suprimento e distribuição, e definindo as promoções, que

comunicarão as vantagens oferecidas aos clientes;

4) Os três passos anteriores permitirão que a organização se dedique ao

passo mais importante, que será visto logo à frente e trata-se da

construção de um relacionamento lucrativo com o cliente;

5) O quinto passo será visto mais adiante, no item 2.3.1.

2.3 O CRM

Para Swift (2001), o Customer Relationship Management, ou CRM, é uma

abordagem empresarial que objetiva compreender e influenciar os clientes através

de meios de contato, e que aumenta a venda, a lealdade, a permanência e a

lucratividade dos mesmos, possibilitando obter um retorno sobre o investimento, ou

ROI, positivo.

Ele afirma que uma das premissas do CRM é que o custo de se manter um

cliente atual é muito menor que o custo de conquistar um cliente novo, na proporção

de um para cinco. Os clientes mais lucrativos são justamente os clientes leais, pois

não há custo de aquisição.

De acordo com Swift (2001), o CRM vai permitir a retenção dos clientes

existentes, dos canais lucrativos de interação e a expansão da base de clientes com

clientes certos, e os clientes certos vão direcionar o crescimento, a lucratividade e o

aumento do lucro individual por cliente.

Ele afirma que o processo de CRM pode ser organizado em identificação e

segmentação de clientes, oportunidades de marketing, campanhas e interação pelos

canais, e o objetivo do CRM é aumentar as oportunidades, melhorando a

comunicação com o cliente certo, fazendo a oferta certa pelo canal certo na hora

certa.

Para Swift (2001):

1) Atingir o cliente certo significa gerenciar o ciclo de vida do cliente,

realizando seu potencial de participação na carteira;

2) Oferecermos a oferta certa significa trazer clientes reais e potenciais para

as ofertas, personalizando-as ao máximo para cada tipo de cliente;

30

3) Utilizarmos o canal certo significa executar a coordenação da

comunicação em cada ponto de contato, ter a capacidade de utilizar o

canal preferido pelo cliente e a capacidade de estudar os dados

capturados nos canais para aprendizado contínuo;

4) E a hora certa significa comunicar-se com o cliente de forma relevante e

em tempo real.

2.3.1 Vantagens do CRM

Para Brown (2001), as principais vantagens do CRM com relação ao

marketing de massa são a redução dos custos com marketing, a concentração nas

necessidades dos clientes específicos, facilitando a interação, a possibilidade de

melhor verificação da eficácia de uma campanha, permitir que a empresa saia da

competição por preço e entre em competição por valor agregado, evita o desperdício

de investimento em clientes que não dão retorno e possibilita o direcionamento

destes investimentos em clientes mais rentáveis, diminui o tempo do ciclo de

marketing, diminuindo o tempo de desenvolvimento e vendas de um novo produto,

aumento na eficiência dos canais disponíveis, aproveitando melhor cada contato

com os clientes.

Ele afirma que o CRM possibilita identificar os clientes e identificar os

melhores clientes, alavancar as vendas ou saber o que os mesmos não vão

comprar, saber o momento da venda e detalhes desta ação, conquistar sua lealdade

e descobrir suas preferências, definir o perfil do cliente lucrativo, melhorar os canais

que são oferecidos aos clientes, criar modelos preditivos de vendas e reter os

melhores clientes.

Para Kotler e Armstrong (2007), a organização que construir relacionamentos

com os clientes através da entrega de valor superior, atingirá o quinto passo do

modelo de marketing visto no item 2.2, e criará clientes satisfeitos que

permanecerão fiéis e comprarão mais. Ainda, permitirá que a organização obtenha

valor dos clientes ao longo do tempo, que podem render valores altíssimos para

clientes que permanecem por vários anos. Por último, fornecerá à organização a

oportunidade de realizar outras ofertas aos clientes, aumentando a participação de

cliente, e também a participação de mercado.

A figura 2, a seguir, apresenta o resumo do processo de marketing expandido,

de acordo com Kotler e Armstrong (2007):

31

Figura 2: Modelo expandido do processo de marketing (Fonte: Kotler e Armstrong; 2007, p. 23.).

2.3.2 Ferramentas de CRM

Para Quadros (2010), os sistemas de CRM são divididos em oito categorias,

conforme abaixo:

1) A categoria Sales Forces Automation, ou S.F.A., serve para aumentar a

eficácia e eficiência das áreas de vendas, gerenciando as oportunidades

identificadas junto aos clientes;

2) A categoria Enterprise Marketing Automation, ou E.M.A., serve para

aumentar a eficácia e eficiência das áreas de marketing, principalmente

através da alimentação do S.F.A. com clientes potenciais;

3) A categoria Gerenciamento de Serviços está relacionada com a área de

atendimento pós-venda;

4) A categoria e-CRM envolve os sistemas de autoatendimento, onde o

cliente pode realizar operações sem a necessidade de um atendente;

32

5) Na categoria Mobile CRM encontram-se as ferramentas disponíveis para

acesso através de telefones celulares e smartphones, notadamente com

as mesmas funcionalidades das categorias S.F.A. e Gerenciamento de

Serviços;

6) A categoria CRM verticais inclui os sistemas de CRM já customizados para

uma atividade vertical específica. Segundo Quadros (2003), um sistema

de CRM vertical diferencia-se pelo fato de possuir clientes efetivamente

utilizando a ferramenta em seu segmento de negócio específico, e não

através de customizações de um sistema de CRM desenhado para

atender vários segmentos;

7) A categoria Social CRM engloba as ferramentas que permitem a criação

de diferencial competitivo através das oportunidades identificadas por

computação social, ou seja, em plataformas de negócio colaborativas, que

oferecem benefício comum através de transparência e confiança mútua

entre os clientes;

8) Na categoria CRM analítico estão os sistemas que armazenam dados, e

permitem a extração de informações estratégicas. São os sistemas de

CRM criados com as ferramentas de Data Warehousing, Data Mining,

Reporting e Business Intelligence, ou BI.

A tabela 1, a seguir, apresenta as categorias de ferramentas de CRM, de

acordo com a classificação sugerida por Quadros (2010):

33

Tabela 1: Categorias de ferramentas de CRM (Fonte: Quadros; 2010, p. 91.).

2.4 A Sabedoria de Clientes

Para Swift (2001), no conhecimento de negócio há quatro estágios de

maturidade, que são: Relatórios, análise, predição e sabedoria. A seguir, veremos a

definição de cada um destes estágios, na visão do autor:

1) O estágio denominado “relatórios” é caracterizado pela geração de

informes focados na unidade ou nos produtos para orientar as ações dos

34

empregados, e também em síntese de resumos para acompanhamento da

administração.

2) O estágio denominado “análise” é comparado a um grande conselheiro.

Neste estágio a organização executa consultas personalizadas sob

demanda, executa algumas comparações e modelos, tem clareza nas

perguntas, motiva os empregados através de maiores conhecimentos e

permite descoberta de informações novas. Mas neste estágio a

organização ainda não consegue todas as respostas.

3) O estágio denominado “predição” é caracterizado pela capacidade da

empresa conhecer o presente e predizer o futuro, principalmente em

comportamentos e tendências, e é um dos fatores de sucesso de

organizações em nível mundial.

4) Finalmente, o estágio de “sabedoria” vai permitir que a empresa aproveite

grandes oportunidades. Neste estágio a organização detém o

conhecimento da empresa, de seus clientes, de seus concorrentes e de

seu mercado de atuação. As empresas líderes criam sabedoria para obter

confiança para a tomada de decisões estratégicas através da gestão de

seus relacionamentos e conhecimentos.

Ainda segundo Swift (2001), as empresas precisam prever as necessidades

dos clientes e ter os produtos e serviços que eles precisam antes mesmo deles

tornarem-se seus clientes, e principalmente, antes dos concorrentes.

Para Brown (2001), após a conquista do cliente, é possível o aprendizado de

seus costumes, atos e vontades, e com isso, o aproveitamento de novas

oportunidades.

Ele afirma que o conhecimento dos clientes atuais vai permitir à organização

conhecê-lo e entendê-lo, e assim obter novos clientes, e por isso as organizações

implantaram meios e técnicas de obter conhecimento de seus clientes, em rumo ao

estágio de “sabedoria”.

Swift (2001) destaca que as vantagens desta sabedoria são espantosas e

positivas, pois os clientes sentirão que você atende suas necessidades. Ao mesmo

tempo, a empresa economiza tempo e outros recursos, seus e dos clientes, e torna-

se responsiva, flexível e competitiva, podendo até mesmo oferecer um preço mais

vantajoso.

35

2.5 A Mineração de Dados

Para Swift (2001), a mineração de dados é o processo de busca em bancos

de dados para retirada e exibição de conhecimentos novos, não percebidos

normalmente, para auxílio em tomada de decisões.

Ele afirma que a mineração de dados pode ser aplicada para melhorar o

desempenho em áreas funcionais em que haja necessidade ou oportunidade, e que

tenham dados disponíveis, e neste contexto, a mineração de dados possui dois

objetivos principais: A verificação de hipóteses e a descoberta de oportunidades,

que veremos a seguir:

1. Na verificação de hipóteses, a empresa deve desenvolver uma hipótese

previamente e confirmar totalmente esta hipótese com os dados

disponíveis. Uma das premissas desta técnica é a empresa já possuir uma

suposição de comportamento, e aplicá-la para validar este conhecimento;

2. Na descoberta de oportunidades, a empresa vai utilizar os dados da

organização para descobrir novos conhecimentos de negócio.

O autor classifica a descoberta de oportunidades em dois tipos: Predição e

descrição, conforme abaixo:

2.1. A predição consiste na criação de modelos que irão descobrir

comportamentos futuros, através de comportamentos passados,

prevendo um resultado através de dados conhecidos;

2.2. A descrição consiste em algoritmos e técnicas para descobrir padrões

nos dados a serem entendidos.

Para Swift (2001), na predição podem ser utilizadas técnicas estatísticas

como a regressão, técnicas de redes neurais, ou técnicas de classificação através

indução, por estruturas de decisão ou por regras, sendo que estas podem tanto ser

criadas por humanos ou através de aprendizagem pela máquina.

Ele ainda classifica as técnicas de descrição, conforme abaixo:

2.2.1. Visualização de dados: Técnica que pode ser utilizada para

perceber padrões, relacionamentos ou comportamentos

estranhos. Podem ser criados histogramas, gráficos de dispersão,

ou diagramas para mostrar a relação entre duas ou mais variáveis;

2.2.2. Agrupamento: Técnica que segmenta as populações em grupos,

que podem ser exclusivos ou sobrepostos. Esta técnica é utilizada

36

para facilitar as análises de negócio e simplificar a complexidade,

uma vez que é possível criar um modelo específico para cada

segmento mais facilmente;

2.2.3. Associação ou afinidade: Técnica que descobre a correlação de

um item, ou conjunto de itens, com outros itens, ou conjunto de

itens. Podem ser utilizadas para indicar padrões de compras, ou

também para associar eventos ao longo do tempo;

2.2.4. Sumarização: Técnica utilizada para reduzir grandes

quantidades de dados a resumos significativos de fácil

entendimento, produzindo resultados analíticos excepcionais.

A tabela 2 a seguir apresenta um quadro resumo das técnicas de mineração

de dados, conforme classificação realizada por Swift (2001):

Tabela 2: Resumo de Técnicas de Mineração de Dados. Verificação de Hipóteses

Descoberta de Oportunidades Predição Estatísticas Regressão

Redes Neurais

Classificação Indução por Estruturas de Decisão Criadas por Humanos

Aprendizado pelas Máquinas

Indução por Regras Criadas por Humanos

Aprendizado pelas Máquinas

Descrição Visualização Histograma

Gráficos de Dispersão

Diagramas de Relação

Agrupamento

Associação Padrões

Tempo

Sumarização

De acordo com o autor, a mineração de dados pode ser utilizada em

marketing dirigido, na retenção de clientes, em definição de cesta de produtos, na

segmentação de clientes, na análise da lucratividade, em vendas cruzadas e em

gerenciamento de campanhas. Ainda, a mineração de dados também pode ser

aplicada para predizer os comportamentos dos clientes com considerável sucesso.

Além destas técnicas, Swift (2001) lembra que uma empresa pode

desenvolver outros modelos, alguns para prever a probabilidade de clientes que

deixarão a carteira e outros para calcular o potencial de lucros, e através de

combinações, decidir quais clientes deve tentar reter. A organização ainda poderá

37

desenvolver modelos para entender a necessidade dos clientes, e usar estas

informações para aumentar a lucratividade deles.

2.6 Database Marketing

Para Bretzke (2000), a definição de Database Marketing aceita como padrão

é aquela definida pelo “National Center for Database Marketing”, que é o

gerenciamento dinâmico de base de dados inteligíveis, atualizados, com

informações relevantes sobre os clientes atuais e potenciais. Para ela, o Database

Marketing pode ser utilizado para identificar os clientes atuais e potenciais mais

propensos a responder a ações de marketing, desenvolver um relacionamento de

alta qualidade de longo prazo e com compras repetidas, construindo lealdade, servir

como base para desenvolver modelos preditivos, e para capacitar interações

desejadas no tempo certo com formato certo para o cliente certo e que encantarão o

mesmo. Terá como objetivo melhorar o ROI das ações de marketing e aumentar o

lucro.

Segundo a autora, as empresas confundem os conceitos de Database

Marketing e Data Warehouse, pois ambos são oferecidos em conjunto com

mineração de dados e com o mesmo discurso, e por isso, muitas vezes quem não

está familiarizado com o Database Marketing pode entender que o Data Warehouse

é mais abrangente e capaz de substituí-lo.

Para Bretzke (2000), não se deve confundir o Database Marketing com o Data

Warehouse, pois estes divergem em objetivos, escopo, funções, interfaces e modos

de operação, conforme abaixo:

1) O Data Warehouse é um sistema que irá integrar os dados da empresa

em um único repositório, depurado, consolidado e consistente para

fornecer informações confiáveis, personalizadas e sob demanda, para

auxiliar nas tomadas de decisão estratégicas, e tem como objetivo filtrar

uma pequena porção de dados de uma base que tem como escopo a

empresa toda, tem funções administrativas e de controle, apresenta os

dados limpos e íntegros e armazenam informações históricas;

2) Já o Database Marketing tem como objetivo mostrar o máximo de

informações do cliente, armazena apenas os dados necessários para

montar o perfil dos clientes, tem funções transacionais utilizadas nas áreas

38

de vendas e comunicação, apresenta todos os dados do cliente em uma

única tela, e tem seus dados atualizados a cada contato com o cliente.

Ainda, de acordo com a mesma, é possível realizar o CRM sem o Data

Warehouse, mas nunca sem o Database Marketing.

39

3 Metodologia

Por um período de nove meses, de fevereiro a outubro de 2012, foram

realizadas pequenas entrevistas com os empregados, principalmente durante

reuniões, observações participantes e coleta de artefatos, com o objetivo de debater

as necessidades de TI da Unidade de Relacionamento.

As entrevistas ocorreram com os seis empregados, sendo um gerente, dois

consultores e três analistas, sendo três com formação em TI, um formado em

estatística, um formado em matemática aplicada, e um gerente com formação em TI

e cursando estatística.

As observações participantes tiveram como objetivo confirmar alguns relatos

dos empregados, e envolveram a medição do tempo de execução das atividades de

geração de amostras, e a execução de algumas rotinas no ambiente SAS, para

confirmar as dificuldades apontadas.

A coleta de artefatos envolveu a consulta de relatórios gerados por consultoria

externa para análise dos problemas de TI da Unidade de Relacionamento, na

realização de consultas em um sistema do Banco Pub para buscar por aplicações de

software disponíveis na organização, na consulta aos requisitos das soluções de

CRM planejadas inicialmente para estudo das funcionalidades de cada ferramenta, e

na consulta a relatórios de modelos preditivos entregues após a construção.

A figura 3 a seguir ilustra a metodologia utilizada para este estudo:

40

Figura 3: Mapa conceitual da metodologia utilizada.

41

4 Resultados

Durante o desenvolvimento dos modelos estatísticos, os gestores da área de

Inteligência de Clientes controlavam o andamento dos trabalhos por mensagens

eletrônicas, que eram trocadas entre estes e a consultoria externa. E a cada 15 dias,

os empregados eram chamados para reuniões, para solucionar os atrasos

recorrentes nas entregas das amostras apontados nestas mensagens. De acordo

com estes gestores, caso futuramente houvesse algum problema no contrato ou na

qualidade do modelo, essas comunicações poderiam ser utilizadas pela consultoria

para reduzir sua responsabilidade sobre um eventual resultado insatisfatório.

Nestas reuniões, os empregados eram convidados a expor os problemas que

estavam levando à perda de agilidade no Banco Pub, e por isso causando a perda

do prazo combinado para a entrega das amostras.

Nestas oportunidades os empregados foram entrevistados sobre as questões

relacionadas abaixo:

Tabela 3: Perguntas utilizadas nas entrevistas com os empregados do Banco Pub.

1) Quais os motivos que levaram ao atraso na entrega das amostras?

2) Estes motivos já foram eliminados para as próximas amostras?

3) Quanto esforço é necessário para eliminar os problemas remanescentes?

4) Observações livres caso consideradas oportunas.

As respostas foram compiladas pelos empregados da Gerência de

Inteligência de Clientes e foi gerado um relatório, que será mantido em sigilo por

motivos estratégicos, mas cujo resultado será resumido abaixo:

O maior motivo para a perda de prazo era a concorrência de atividades

simultâneas, no caso entre a geração de amostras e as demandas pontuais. Como

42

os sistemas não estavam entregues, todas as demandas da Unidade de

Relacionamento eram realizadas manualmente, e estes trabalhos demandavam

muito esforço, principalmente pela arquitetura não adequada.

O segundo maior motivo apontado para a perda dos prazos, era o tamanho

da própria atividade de geração de amostras em si, que necessitava de muito

esforço. No princípio, a Unidade de Relacionamento acreditava que o

desenvolvimento dos modelos ocorreria uma vez, e que uma vez prontos,

ocorreriam somente manutenções pontuais esporádicas. Por este motivo não

chegou a ser considerada a realização de investimentos para uma arquitetura

específica para esta atividade, mas somente a criação de uma base cruzada com

todas as variáveis disponíveis em todas as bases disponíveis. Porém após a perda

acidental desta base, o esforço todo teve que ser refeito de forma pontual. Além

disso, ainda temos o retrabalho constante, devido à erros na especificação inicial ou

mudanças na solicitação durante a geração da amostra.

O último motivo apontado pelos empregados para a perda dos prazos, era a

baixa maturidade dos programas executados. Mais especificamente, os programas

possuem problemas de tempo de execução, considerados não otimizados e muito

lentos. Este problema seria generalizado, assim as rotinas mensais não estariam

otimizadas, o que influencia em todas as atividades. Os programas das demandas

pontuais também estariam ruins, o que influencia na concorrência das atividades. E

os programas de geração de amostras também estariam ruins, e a combinação de

todos os fatores estaria influenciando e colaborando para a perda do prazo.

Todos os empregados confirmaram que os motivos acima não foram

superados, e que ainda iriam influenciar as demandas futuras.

Os três empregados com formação em TI ainda estimaram que com uma

equipe composta por três membros, seria possível eliminar os problemas em dois

anos.

Nas observações livres, os empregados demonstraram uma preocupação

grande com a alta probabilidade de continuidade por muito tempo deste ambiente

tecnológico ruim. Os empregados estimaram que uma eventual melhoria ocorreria

somente após 48 meses, que foi o prazo fornecido pelo fornecedeor para a entrega

do Epiphany. Como todos os membros da equipe estavam alocados em atividades,

não havia recurso disponível para executar as mudanças necessárias para eliminar

os problemas citados anteriormente.

43

Além dos problemas descoberto internamente, a Unidade de Relacionamento

contratou uma consultoria externa para indicar melhorias na metodologia de criação

de modelos e preparação de amostras, com foco em recomendações de TI,

solicitando a presença de um consultor especialista em processamento de grande

volume de dados. Este consultor realizou entrevistas individuais com todos os

empregados, analisou e compilou os relatos de dificuldades, prospectou as

potenciais soluções e enviou um relatório apontando as recomendações para a

infraestrutura.

O documento enviado foi analisado e percebeu-se que os principais

problemas apontados em reuniões pelos empregados também foram percebidos

pelo consultor externo, exceto as demandas pontuais que não estavam no escopo

do consultor. Algumas figuras e tabelas foram retiradas deste relatório e serão

apresentadas aqui, mas sua fonte será mantida em sigilo por motivos estratégicos

do banco Pub.

A tabela 4 a seguir foi retirada deste relatório e relaciona os problemas

identificados com as soluções propostas pelo consultor externo:

44

Tabela 4: Lista de Problemas Identificados (Fonte: Relatório de Consultoria Externa). R

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45

De acordo com a tabela 4 anterior, podemos perceber que a Inteligência de

Clientes enfrenta problemas para desenvolver modelos preditivos, e que os

empregados atribuem estas dificuldades a problemas de maturidade de processos

de tecnologia, como programas não otimizados ou parametrizados, modelagem de

dados, problemas de cargas de dados e desempenho de ambiente. A consultoria

também pede para a Inteligência de Clientes analisar a possibilidade de uso de

soluções baseadas em Big Data, como Exadata, Teradata e Neteeza.

A figura 4 a seguir também foi retirada do mesmo relatório e relaciona os

problemas enfrentados pela equipe com a configuração atual da arquitetura de TI:

Figura 4: Diagnóstico dos Problemas Tecnológicos (F onte: Relatório de Consultoria Externa).

Na figura 4 acima, podemos ver que o consultor detectou gargalos na

arquitetura de TI, como a carga dos dados que são feitas sem sincronismo, a

modelagem dos dados que não é adequada e também na infraestrutura, como o

hardware inadequado.

O consultor externo apontou algumas soluções, conforme figura 5 a seguir:

46

Figura 5: Soluções Propostas aos Problemas Identifi cados (Fonte: Relatório de Consultoria Externa).

47

De acordo com a figura 5 anterior, o ideal seria a inclusão de uma etapa de

Extract, Transform and Load, ou ETL, que consiste em extrair os dados do sistema

legado, efetuar conversão ou cálculos com os dados, e realizar a carga em outro

sistema. Neste caso, o sistema seria um Data Warehouse, que precisaria ser

incluído na arquitetura também. Após estas etapas, os dados poderiam ser

trabalhados pela Inteligência de Clientes no SAS.

Sobre a correção dos problemas, o relatório apresenta a figura 6 a seguir:

Figura 6: Sugestão de Equipe Dedicada para Solucion ar os Problemas (Fonte: Relatório de Consultoria Externa).

De acordo com a figura 6 anterior, o consultor considerou que os problemas

não podem ser resolvidos rapidamente, exigindo uma equipe dedicada por dez

semanas só para as implantações emergenciais de curto prazo, porém, a equipe da

Unidade de Relacionamento é composta por um gerente e cinco técnicos, e a

solução apontada possui restrições de aplicação, já que aponta a necessidade de

um gerente e quatro técnicos por dois meses.

48

Ainda, a consultoria considerou um universo de soluções bem mais

abrangente, como por exemplo, através da inclusão de dois novos sistemas, um de

ETL, e outro de Data Warehouse, sugerindo a avaliação de compra de

equipamentos específicos para as atividades de TI apoiadas em Big Data, a criação

de uma equipe somente para as melhorias de TI, pois a mesma considerou que os

problemas detectados não podem ser resolvidos por soluções simples, exigindo uma

mudança radical em toda a infraestrutura tecnológica.

Porém quase todas estas decisões estão fora do poder de decisão da

Unidade de Relacionamento, pois existe uma área específica no Banco Pub para

cuidar de TI. Ainda, a aquisição de aplicações de software e equipamentos precisa

passar por licitação, que costuma ser um processo bastante complexo, e algumas

vezes demorado.

Desta forma, ainda é preciso tentar resolver alguns problemas sem novas

aquisições de aplicações de software e através alterações na infraestrutura

tecnológica projetada inicialmente, principalmente nos sistemas que não começaram

a ser implantados.

Nas entrevistas, o principal problema apontado pelos empregados foi o

excesso de demandas pontuais. Quatro empregados que participam do controle ou

execução deste tipo de demanda afirmaram que estas levam um dia para serem

programadas, mais um dia para execução, e mais algumas horas para análise,

conferência e organização do resultado em formato para apresentação.

Os empregados ainda afirmaram que todo este esforço acaba por atrasar as

modelagens estatísticas, pois muitas demandas acabam priorizadas com relação às

tarefas já em execução por serem urgentes e pelo fato de não haver outra forma de

se obter estas informações. Além disso, muitas vezes os estudos são infrutíferos, ou

precisam ser refeitos com outras premissas, pois partiram de hipóteses erradas.

Os mesmos empregados afirmaram que se houvesse alguma ferramenta

exploratória simples, muitas demandas poderiam ser entregues, e várias hipóteses

poderiam ser confirmadas ou refutadas por esta eventual ferramenta, reduzindo o

esforço empregado com demandas pontuais.

Observa-se então, que o primeiro gargalo percebido na Unidade de

Relacionamento é a concorrência entre a execução de demandas pontuais e as

atividades de mineração de dados.

49

A mineração de dados e obtenção de conhecimento do cliente muitas vezes

fica em segundo plano para que sejam executadas demandas de menor

complexidade, mas muito urgentes, como a compilação de informações em forma de

relatórios.

Os relatórios são importantes para as instâncias hierarquicamente superiores,

porém uma vez detectada a recorrência desta necessidade, a Unidade de

Relacionamento deveria possuir meios de levantar informações de maneira ágil e

sem esforço, e principalmente independente das outras atividades, sem causar

atrasos em outras entregas importantes ou em entregas com prazos definidos em

contratos.

Para reduzir a quantidade de demandas pontuais que são encaminhadas à

Inteligência de Clientes, seria preciso oferecer uma ferramenta que permitisse aos

outros empregados consultar as bases de dados. Esta ferramenta teria que ser

versátil o suficiente para gerar relatórios personalizados sob demanda.

Foi observado também que existem soluções disponíveis na organização para

esta finalidade. A busca foi realizada em uma ferramenta interna com o cadastro de

todas as aplicações de software adquiridas, denominada “Caderno de Hardware e

Software”. A origem deste sistema será mantida em sigilo por motivos estratégicos

do Banco Pub.

Após uma busca na categoria “sistemas de apoio à tomada de decisão”,

foram encontradas duas aplicações de software capazes de atender a esta

necessidade, o Business Objects e o Pentaho BI, conforme pode ser observado na

tabela 5 a seguir:

50

Tabela 5: Aplicações de Software de BI Disponíveis no Banco Pub (Fonte: Caderno de Hardware e Software).

Caderno de Hardware/Software

Relatório Parametrizado de Software

Gerado em 05/11/2012 - 13h12

Nome do Software Versão Fabricante

BUSINESS OBJECTS 6.5.1

SAP BUSINESS

OBJECT

BUSINESS OBJECTS CLIENT XI R2

SAP BUSINESS

OBJECT

DECISION TIME 1.1 SPSS BI

PENTAHO DATA INTEGRATION 4.3.0 SOFTWARE LIVRE

Foi percebido que a ferramenta concebida originalmente para ser a grande

fonte de informação da Unidade de Relacionamento foi o CRM analítico.

Consultando-se os requisitos desta ferramenta, percebeu-se que, a princípio, ela

não foi definida como um módulo de BI, mas sim como um módulo de relatórios pré-

definidos, conforme pode ser observado na tabela 6 a seguir, cuja fonte é um

caderno de especificações do CRM Analítico, que será mantido em sigilo por

motivos de estratégia do Banco Pub:

51

Tabela 6: Lista de Relatórios Previstos Inicialmente no Módulo CRM Analítico. Tipo Bloco Aplicação Cartões de Crédito Aplicação Crédito Imobiliário Aplicação Crédito Rotativo Aplicação Empréstimos Cadastro Cadastro de Clientes Cadastro Entidades do Governo Canal Internet Banking Canal Agências (Caixas) Canal Central de Atendimento Canal Terminais de Auto-atendimento (salas,

Correspondentes Bancários e banco 24hs) Captação Aplicações Financeiras Captação Depósitos Captação Poupança Fidelização Consórcio Fidelização Seguros, Capitalização e Previdência Outros Risco de Crédito Serviço Cartões de Débito e Cheque eletrônico Serviço Cesta de Serviços Serviço Convênios Serviço Débito Automático Serviço Geo-análises Serviço Credenciamento Serviço Ouvidoria Externa

Porém, caso a definição do CRM Analítico fosse alterada para utilizar a

arquitetura multidimensional, as demandas pontuais poderiam ser entregues com

menos esforço e em menos tempo, e ainda, várias hipóteses poderiam ser testadas

sem esforço.

Mas a grande vantagem seria permitir que os demais usuários pudessem

obter várias informações necessárias sozinhos, causando a eliminação da

sobrecarga sobre a equipe, e liberando a mesma para dedicação maior na

modelagem estatística.

O segundo grande problema apontado pelos empregados é o esforço

necessário para gerar quaisquer amostras para desenvolvimento de modelos. Cinco

empregados que participam desta atividade relataram que leva muito tempo para

construir uma amostra.

Estes empregados relataram que a dificuldade desta atividade está na falta de

dados preparados para amostragem imediata e a complexidade para se fazer

quaisquer transformações na base disponível. Por exemplo, com as ferramentas

utilizadas para esta atividade, uma transformação simples, como a conversão de

52

data de nascimento em idade, acabava por ser demorada, uma vez que exige ao

menos uma passagem por todos os sessenta e cinco milhões de clientes, e

demandava no mínimo seis horas de processamento.

A consultoria externa contratada para fazer a modelagem estatística, sugeriu

a construção de seis modelos para aplicação em atividades de CRM: Cluster, basket

analysis, cross-sell, lifetime value, churn e recuperação.

O modelo de cluster serve para separar os clientes com perfil semelhante em

grupos, para tratamento diferenciado, ou em campanhas, ou em novas modelagens

estatísticas de forma estratificada.

O modelo de basket analysis busca a relação que existe entre produtos

através do tempo, ou seja, encontrando quais produtos teoricamente levam ao

consumo de demais produtos.

O modelo de cross-sell compara quais produtos o cliente possuía e quais

passou a possuir, pretendo-se prever quais produtos os clientes estão propensos a

adquirir, em ordem de prioridade.

O modelo de lifetime value calcula o valor do ciclo de vida do cliente, através

da combinação da rentabilidade atual dos clientes com a rentabilidade potencial.

Esta informação pode então servir para diversas análises.

O modelo de churn busca descobrir quais clientes estão prestes a abandonar

a carteira, cancelando algum produto, e permitindo ofertas que possam garantir sua

fidelização.

O modelo de recuperação busca identificar os clientes que cancelaram

produtos e que poderiam retornar à carteira com facilidade, ou seja, serem

recuperados.

Para a construção dos modelos de basket analysis, cross-sell e lifetime Value

foram considerados agrupamentos dos produtos oferecidos, obtendo-se dezesseis

grupos de produtos:

1) Conta Corrente: Contém todos os produtos do tipo conta corrente, como

por exemplo, conta corrente comum, conta digital sem tarifas ou conta-

salário;

2) Poupança: Agrupamento de várias modalidades de cadernetas de

poupança;

3) Seguros: Agrupa os seguros de vida, residencial e automóveis;

4) Previdência: Produtos de previdência privada;

53

5) Título de Capitalização: Trata-se de uma modalidade de investimento com

pagamento único ou mensal, e retorno no final do prazo aplicado;

6) Títulos Imobiliários: Títulos lastreados em imóveis dados como garantias

dos financiamentos imobiliários, utilizados para arrecadar recursos para

tesouraria;

7) Fundos de Renda Fixa e Renda Variável: Opções de investimentos

negociados a taxa pré-fixadas ou variáveis de acordo com outros índices

econômicos;

8) Débito Automático: Não se trata de um produto, mas da ocorrência de

pagamento de boleto bancário cadastrado em débito automático. Seu

estudo é muito importante para as organizações bancárias, pois fideliza

muito os clientes;

9) Consórcio: Grupo que abriga as modalidades residencial e automóveis.

Trata-se de um produto misto, pois até o cliente ser sorteado, é um

investimento, pois só ocorre aporte de recursos. Caso ocorra a

contemplação em sorteio, o produto vira um empréstimo sem incidência de

juros;

10) Cheque Especial: É um empréstimo associado à conta corrente, e pode

ser utilizado também através de meios eletrônicos, bastando haver uma

movimentação em uma conta sem recursos dentro do limite máximo

contratado;

11) Consignação: Empréstimo cujas parcelas são debitadas da conta-salário

na ocorrência de crédito de verbas salariais;

12) Crédito Pré-aprovado: É uma modalidade de empréstimo que pode ser

feita pelo próprio correntista diretamente nos caixas eletrônicos com

liberação imediata dos recursos, pois a análise de crédito é feita

previamente;

13) Credito Imobiliário: Todos os empréstimos para financiamento de imóveis

residenciais ou comerciais, novos ou usados, dentro ou fora do Sistema

Financeiro de Habitação;

14) Cartão de Crédito: Modalidade de empréstimo sem juros até o vencimento

da fatura do cliente, e que agrupa as bandeiras Visa e Mastercard;

54

15) Outros Empréstimos ou Financiamentos: Grupo que abriga as demais

modalidades de empréstimos que não possuem significância para formar

um grupo isolado;

16) Demais Produtos: Grupo que abriga os demais produtos que não

apresentaram significância estatística. Curiosamente o produto Certificado

de Depósito Bancário, ou CDB, entrou neste grupo. O CDB é um

investimento cujos recursos são utilizados pelos bancos para empréstimos

entre si, retornando um pouco dos juros pagos neste empréstimo ao

cliente.

Além destes modelos, o Banco Pub solicitou à consultoria externa, através de

aditivo contratual, mais alguns modelos para uso em campanhas pontuais. Estes

modelos buscam prever quais clientes possuem propensão de contratação à

determinado produto e foram denominados modelos pontuais: Consignado, pré-

aprovado, materiais de construção, conta corrente, letras imobiliárias.

Estes modelos levam em consideração o mesmo grupo de produtos do

modelo de basket analysis, exceto materiais de construção, que é um financiamento

específico para materiais de construção, e letras imobiliárias, que considerou

somente um tipo de títulos imobiliários.

A consultoria externa solicitou amostras de oito a doze milhões de clientes,

que correspondem a aproximadamente cinco por cento da população estudada, mas

cada uma com uma característica diferenciada conforme o modelo que seria

desenvolvido. Por exemplo, uma destas amostras deveria ter informações sobre o

perfil do cliente e sobre a posse de produtos, em outra, o cliente deveria ter ao

menos um produto em cada mês, durante os últimos trinta e seis meses estudados,

em outra o cliente deveria ter ao menos um produto no último mês do período em

estudo, e em outra o cliente deveria ter abandonado algum produto durante os

últimos trinta e seis meses.

Porém, se o teste de uma hipótese levava a resultados não aproveitáveis, a

consultoria solicitava novas amostras com variáveis diferentes, ou com clientes

selecionados de formas diferentes. Para exemplificar, se o saldo de conta corrente

não foi significativo estatisticamente para algum modelo, mas sabe-se que saldo tem

muita importância para o negócio em estudo, a consultoria solicitava a troca desta

variável pelas médias dos últimos três, seis e doze meses, para novos testes de

hipóteses. Outro exemplo, se a posse de um produto importante não foi significativa,

55

deveria ser criada uma variável binária indicando se o cliente aumentou ou diminuiu

a quantidade de produtos no mês para novos testes.

Combinados a quantidade de hipóteses com o grande volume de

processamento, foram empregadas quatro semanas para gerar cada amostra dos

modelos de cluster, basket analysis, cross-sell e life-time value. Para os modelos de

churn e recuperação não houve registros de prazo, mas os empregados especulam

que levaram aproximadamente o mesmo tempo de quatro semanas.

Para alguns modelos pontuais mais simples e de escopo menor também não

houve registro de tempo, mas apesar da simplicidade muito menor, especula-se que

levaram duas semanas para geração das amostras.

O tempo gasto com a geração de amostras para a construção de modelos

que serão executados todos os meses foi obtido através de entrevistas com os

empregados da Inteligência de Clientes e pode ser observado na tabela 7 a seguir:

Tabela 7: Tempo Gasto para Geração de Amostras – Modelos Fixos. Modelo Prazo em Semanas

Cluster 4

Basket Analysis 4

Cross-Sell 4

Lifetime Value 4

Churn ? (Aprox. 4)

Recuperação ? (Aprox. 4)

O tempo gasto com a geração de amostras para a construção de modelos

que serão executados apenas uma única vez foi obtido através de entrevistas com

os empregados da Inteligência de Clientes e pode ser observado na tabela 8 a

seguir:

Tabela 8: Tempo Gasto para Geração de Amostras – Modelos Pontuais. Modelo Prazo em Semanas

Consignado 2

Pré-aprovado 2

Materiais de Construção 2

Conta Corrente 2

Letras Imobiliárias 2

Durante as participações na Unidade de Relacionamento foi realizada a

geração de três amostras, e foi confirmado o tempo de quatro semanas para

56

geração de cada uma para envio à consultoria externa. Foram geradas uma amostra

para o modelo de cross-sell e duas amostras para o modelo de lifetime value.

De acordo com as informações obtidas, também foi possível perceber que a

utilização do SAS como base de dados está causando gargalos nas atividades da

Unidade de Relacionamento.

Foi observado também que existem soluções internas de SGBDs disponíveis

para implantação imediata. Através de busca no “Caderno de Hardware e Software”,

na categoria SGBDs, foram encontrados as aplicações de software Oracle, SQL

Server e PostgreSQL, conforme pode ser observado na tabela 9 a seguir:

Tabela 9: Lista de SGBDs Disponíveis no Banco Pub (Fonte: Caderno de Hardware e Software).

Considerando-se os SGBDs disponíveis, observamos que o módulo

Repositório Central poderia utilizar a arquitetura relacional. Esta decisão não afetaria

as necessidades da Unidade de Relacionamento previstas inicialmente, pois as

informações gerenciais seriam fornecidas pelo CRM analítico.

A figura 7 a seguir mostra a infraestrutura planejada inicialmente pela Unidade

de Relacionamento, com a definição da arquitetura do Repositório Central como

arquitetura relacional:

57

Figura 7: Infraestrutura Inicialmente Planejada da Unidade de Relacionamento.

O CRM analítico seria uma base de dados gerencial e o Repositório Central

seria a base de dados analítica. Cada uma teria um propósito distinto, e por isso

teriam arquiteturas diferentes.

Outro problema que todos os empregados reconheceram foi que os

programas executados no ambiente do SAS não estão otimizados. Analisando-se a

metodologia aplicada na criação dos programas, percebeu-se que os mesmos foram

criados através de tentativa e erro, com o objetivo de validar os testes de uma

eventual hipótese.

Após validadas as hipóteses os programas não foram reescritos

considerando-se aspectos como tempo, esforço computacional ou espaço de

armazenamento. Por isso foram mantidos em produção todos os passos

intermediários de levantamento de hipóteses durante o desenvolvimento, como por

exemplo, a criação de variáveis e tabelas intermediárias, mas que poderiam ser

removidas do resultado final.

Além dos programas de processamentos de rotina internos, todos os

programas entregues pela consultoria externa, e que foram criados em amostra

58

pequenas, foram colocados em produção sem recodificação visando otimização, e

por isso demandam esforço extra durante a sua execução.

Porém para adaptá-los ao formato ideal após os mesmos estarem aplicados

nos dados de produção será preciso empregar muita atenção para se evitar a perda

de dados, e desta forma o esforço empregado seria muito grande.

Para minimizar este risco, é preciso criar um ambiente de desenvolvimento

separado, com menos dados, onde poderiam ser testadas muitas hipóteses mais

rapidamente, com mais qualidade e segurança. Este ambiente seria apenas uma

replicação do ambiente de produção em escala menor, com atualização de forma

automatizada.

O esforço empregado para otimizar os programas seria reduzido e o trabalho

seria mais simples, até que os mesmos alcancem uma qualidade aceitável para

execução em escala maior em produção.

Esta solução ainda permitiria maior controle dos processos rotineiros, pois

após um programa melhorado passar para outro ambiente, seriam criados artefatos

e planilhas de execução. Tudo isso traria maior segurança às atividades de rotina,

pois evitaria que rotinas importantes deixassem de ser executadas.

Uma vez garantidas todas as execuções essenciais, não ocorreriam atrasos

devido a alguma base não estar disponível e ao mesmo tempo ajudaria a padronizar

todas as bases do ambiente de produção.

Durante as participações na Unidade de Relacionamento, foi confirmada a

possibilidade de ganhos com a recodificação dos programas aplicados em produção

através de recodificação de alguns programas que estavam em produção. Os

programas reescritos foram os modelos de cluster, basket analysis, cross-sell e

lifetime value. Após serem recodificados, o tempo total de execução caiu de noventa

e seis horas para quatro horas.

A figura 8 a seguir mostra uma proposta de infraestrutura para a Unidade de

Relacionamento, com a inclusão de ambientes de desenvolvimento e produção, que

permitiria outras otimizações como a citada acima, porém minimizando o risco de

ocorrência de erros durante este processo:

59

Figura 8: Proposta Final da Infraestrutura da Unida de de Relacionamento.

Por último, nas entrevistas, todos os empregados apontaram uma grande

preocupação com a grande probabilidade da continuidade deste método de trabalho

por muito tempo, até que a base corporativa planejada no início do projeto fique

pronta, e permita a grande otimização do trabalho desejada pelos empregados.

Os seis empregados acreditam que o Repositório Central levará muito tempo

para ser debatido, especificado, desenvolvido, testado e implantado em sua versão

inicial. E depois haverá mais um tempo para correção de problemas novos ou

daqueles despercebidos anteriormente, e mais algum tempo para povoamento das

informações. Existe uma probabilidade alta de demora até que se torne efetivamente

a origem das amostras usadas na mineração de dados e na aplicação dos modelos

em produção.

Como ainda não existe um escopo definido, não é possível estimar com

precisão o prazo de entrega do mesmo, mas os empregados estimam que este

tempo possa variar de vinte e quatro a quarenta e oito meses. Porém mesmo

considerando-se o prazo mais otimista, todos consideram que é um tempo muito

60

longo para se manter o método de trabalho aplicado atualmente no desenvolvimento

de modelos.

Para piorar, como os mesmo estarão executando especificação de requisitos

dos módulos do CRM, mais as demandas pontuais e aprimoramentos dos modelos

de mineração de dados, existe uma grande probabilidade de sobrecarga e atrasos.

Alguns empregados chegaram a sugerir uma base temporária menor para

execução de algumas demandas, utilizando-se os mesmos SGBDs Oracle, SQL

Server ou PostgreSQL.

A captura dos dados seria feita através de VIEWS contendo filtros, o que iria

acelerar o acesso aos dados, pois os SGBDs modernos podem executar buscas

mais rapidamente que o SAS realizando acesso sequencial nas bases contendo

milhões de clientes.

Esta base de dados poderia teria rotinas automáticas e executaria rotinas

batch diversas, como cálculos de score na base de clientes, sob determinados

eventos, ou durante a carga, acelerando a geração de diversos dados, minimizando

os erros e melhorando a qualidade das informações.

O objetivo seria criar uma plataforma contingencial segura até que todos os

módulos do CRM sejam implantados, reduzindo o impacto de eventuais riscos de

atrasos nas entregas.

Esta base de contingência permitiria ainda o desenvolvimento paralelo da

ferramenta de BI. Após a entrega do Repositório Central, a coleta de dados pelo

SAS e pelo BI seriam apenas redirecionadas para o Repositório Central, e esta base

temporária poderia ser desativada sem grandes impactos.

A figura 9 a seguir mostra uma proposta temporária de infraestrutura para a

Unidade de Relacionamento, até que a ferramenta Epiphany seja implantada:

61

Figura 9: Proposta de Contingência da Unidade de Re lacionamento.

Em agosto de 2012, a consultoria realizou a entrega de quatro modelos que

foram desenvolvidos: Cluster, basket analysis, cross-sell e lifetime value.

O resultado do modelo de cluster pode ser observado na figura 10 a seguir:

62

Figura 10: Resultado do Modelo de Cluster (Fonte: Relatório de Entrega do Modelo de Cluster).

A validação do modelo de cluster se resumiu em verificar a quantidade ideal

de grupos, que poderia variar entre cinco e oito, de acordo com sugestões das

rotinas executadas na aplicação de software estatística SAS.

A quantidade de oito grupos sugeridos foi validada, considerando-se as

hipóteses iniciais. Porém os empregados perceberam que nos agrupamentos foram

consideradas apenas as variáveis renda, quantidade de contratos e tempo de

relacionamento.

O Banco Pub considerou que este modelo precisará de aprimoramentos muito

em breve, pois os empregados mais experientes acreditam que o volume de

negócios deveria ter entrado no modelo.

A consultoria afirmou que a variável foi descartada por decisões estatísticas

automáticas de rotinas do SAS, porém o Banco Pub ainda acredita que talvez o

modelo pudesse ser aprimorado através de alguma transformação da variável de

volume.

O modelo de basket analysis partiu inicialmente de dezesseis agrupamentos

de produtos e após análises estatísticas de correlações entre variáveis, foi possível

obter esta relação entre os produtos no tempo, e estas relações compuseram as

denominadas cestas estatísticas.

63

A figura 11 a seguir mostra o resultado inicial do modelo de basket analysis

entregue pela consultoria, também chamado de “cestas estatísticas”:

Figura 11: Cestas Estatísticas do Modelo de Basket Analysis (Fonte: Relatório de Entrega do Modelo de Basket Analysis).

Através das combinações das cestas estatísticas acima, levando-se em conta

as relações temporais existentes entre elas, chegou-se a quarenta e oito

combinações, denominadas “cestas de produtos”.

A partir deste resultado, foi verificado em qual das quarenta e oito cestas cada

cliente se encontra, de forma a atribuir apenas uma cesta de produto para cada

cliente, de acordo com a “melhor correspondência”.

Os resultados finais deste modelo são a vinculação entre cliente e cesta de

produtos, a sumarização da quantidade de cliente em cada uma das cestas, e o grau

de completude de cesta, ou seja, se o cliente possui todos os produtos da cesta em

que está vinculado.

Na figura 12 a seguir podemos ver a quantidade de clientes em cada cesta de

produtos:

64

Figura 12: Quantidade de Clientes em Cada Cesta - M odelo de Basket Analysis (Fonte: Relatório de Entrega do Modelo de Basket Analysis).

Na figura 13 a seguir podemos ver a porcentagem de clientes que possuem

todos os produtos da cesta, em cada cesta de produtos:

Figura 13: Clientes com Cestas Completas - Modelo d e Basket Analysis (Fonte: Relatório de Entrega do Modelo de Basket Analysis).

65

A partir destes indicadores, é possível trabalhar com cada cliente, buscando o

preenchimento de sua cesta com as ofertas faltantes, ou através de migração para

uma cesta maior.

Sobre este modelo, o Banco Pub considerou que este trabalho poderia ser

aprimorado, pois a quantidade de cestas de produtos foi considerada muito grande

para trabalho na rede de agências. O agrupamento de produtos utilizado no início

também não foi considerado perfeito, pois foi definido de forma arbitrária. Acredita-

se que este modelo pode ser aprimorado.

A metodologia utilizada foi através da comparação de novas aquisições ao

longo do tempo com a sua condição atual, e da construção de uma matriz de

transições utilizando-se conceitos de cadeias de Markov.

As tabelas 10 e 11 a seguir apresentam o resultado do modelo de cross-sell

entregue pela consultoria:

66

Tabela 10: Primeira Parte da Matriz de/ para do Modelo de Cross-Sell (Fonte: Relatório de Entrega do Modelo de Cross-Sell).

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67

Tabela 11: Segunda Parte da Matriz de/ para do Modelo de Cross-Sell (Fonte: Relatório de Entrega do Modelo de Cross-Sell).

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68

A leitura destas tabelas ocorre da linha para a coluna, por exemplo, um cliente

que possui capitalização, tem 2,26% de probabilidade de adquirir o débito

automático. Caso o cliente possua mais de um produto, toma-se o maior valor. Por

exemplo, um cliente que possui capitalização e crédito pré-aprovado, tem 4,76% de

probabilidade de adquirir o débito automático.

Após a validação do modelo em toda a base, foi percebido que para

aproximadamente setenta por cento dos clientes, o modelo acerta a compra de pelo

menos um dos três primeiros produtos indicados. E na maioria dos casos, acerta

dois produtos entre três indicados. O resultado foi considerado bom pelo Banco Pub,

porém, foi considerado que esta taxa de acerto pode ser melhorada.

Porém devido à proximidade do final do contrato, foi entregue somente a

tentativa de prever o tempo de permanência do cliente com determinado produto.

Este valor seria então combinado com a rentabilidade atual já calculada por

outra unidade do Banco Pub para prever a rentabilidade estatística de cada cliente,

e a rentabilidade potencial ficaria para uma oportunidade posterior.

O resultado deste modelo são dezessete tabelas contendo as curvas de

sobrevivência dos dezesseis grupos de produtos iniciais, mais uma curva

característica de sobrevivência de clientes em geral.

A figura 14 a seguir mostra o resultado do modelo para o produto Título de

Capitalização. É possível perceber claramente o abandono massivo de clientes em

12, 24, 36 e 60 meses, que são os prazos mais comuns de contratação:

69

Figura 14: Curva de Sobrevivência do Produto “Títul o de Capitalização” (Fonte: Relatório de Entrega do Modelo de Lifetime Value).

Para cada grupo de produto, foram calculadas várias curvas de sobrevivência.

Na aplicação do modelo, utilizam-se características dos clientes e de seus contratos

para encontrar sua curva correspondente para aquele produto, e obtém-se a sua

probabilidade de permanência com o produto ao longo do tempo.

Após a validação do modelo, percebeu-se que cinco grupos de produtos não

estavam representando as características de permanência dos clientes, e

precisariam ser recalculadas.

Percebeu-se então, que os modelos de cluster e de basket analysis precisam

ser refeitos, por critérios negociais, e os modelos de cross-sell e lifetime value

precisam ser aprimorados, portanto percebemos que haverá necessidade de se

refazer todos os passos, como geração de amostras, desenvolvimento, validação e

teste.

Os empregados da Unidade de Relacionamento que executaram as tarefas

de validação das entregas foram questionados sobre esta tarefa, e eles ressaltaram

que para cada modelo validado é preciso construir uma base e um programa

diferente.

70

Este processo está sujeito a erros e retrabalho, e por consequência, para

cada submissão do programa, é preciso esperar horas para o processamento da

base completa, que contém dezenas de milhões de clientes, o que foi considerado

longo e cansativo pelos empregados.

Todo este esforço foi considerado excessivo pelos empregados, uma vez que

alguns modelos deveriam ser descartados ou refeitos.

Os empregados reconhecem que houve benefício com todo este esforço, que

foi a não confirmação de algumas hipóteses. Porém como o esforço nem sempre

produziu resultado aproveitável, todos consideraram que deveria haver um método

mais eficiente para esta atividade, e que o esforço deveria ser empregado em

atividades mais produtivas.

71

5 Discussão

Para minimizar os problemas descobertos neste estudo, poderiam ser

realizadas algumas mudanças nas ferramentas da Unidade de Relacionamento.

A primeira sugestão seria a adoção de um sistema de BI, para que os

relatórios rotineiros e os levantamentos pontuais fossem criados rapidamente sem

necessidade de desenvolvimento. Temos então como consequência que o módulo

CRM analítico poderia ser implantado na arquitetura multidimensional.

Uma vez que existe capacidade tecnológica na organização para implantação

de BI capaz de minimizar este problema, temos como primeiro resultado a

confirmação da primeira hipótese, e portanto as demandas pontuais geram atrasos

que poderiam ser evitados.

Uma vez que as necessidades de informações pontuais sumarizadas seriam

atendidas, temos como consequência a segunda proposta, que é a definição da

arquitetura do módulo Repositório Central como relacional, e não multidimensional,

já que seu objetivo é diferente do objetivo de um sistema de BI.

Uma vez que este problema pode ser minimizado com mudanças na

infraestrutura tecnológica da organização com soluções já existentes internamente,

temos como resultado a confirmação da segunda hipótese e, portanto a utilização do

SAS como SGBD causa atrasos excessivos no processamento.

Temos como terceira sugestão a separação de ambientes no servidor SunOS,

criando-se um ambiente para criação, e outro ambiente para a execução dos

modelos. Após a validação do teste de conceito, os programas seriam reescritos

antes de serem enviados para o ambiente de produção.

Este ambiente possibilitaria também a otimização de programas já

executados atualmente em produção, sem grandes impactos.

72

Uma vez que existe alguma solução disponível na empresa para reduzir o

esforço computacional e aumentar a confiabilidade dos programas, então temos

como resultado a confirmação da terceira hipótese e, portanto os erros de

processamento podem ser minimizados.

Para reduzirmos o tempo e esforço de geração de cada amostra de

modelagem estatística, temos como última sugestão a criação de uma instância

SGBD relacional para armazenar os dados do Database Marketing até que o

Repositório Central fique pronto, visando melhorar a performance da aplicação de

software SAS em caráter emergencial.

Uma vez que este risco pode ser mitigado através de soluções já existentes

internamente, temos como resultado a confirmação da quarta hipótese e, portanto

minimizaremos eventuais problemas causados por atrasos na implantação do

Epiphany.

Estas mudanças permitiriam que eventuais necessidades de repetição no

desenvolvimentos dos modelos pudessem ser realizadas várias vezes sem grandes

esforço.

Portanto confirmamos a última hipótese, e mudanças adequadas na

infraestrutura serão um investimento, que trará redução do tempo total.

73

6 Conclusões e Trabalhos Futuros

6.1 Limitações Encontradas Durante a realização deste trabalho, um dos grandes limitadores foi o grau de

sigilo das informações. Muitas das ações de CRM no Banco Pub estão ligadas ao

planejamento estratégico e, portanto, as informações possuem restrições de

divulgação. Esta limitação foi contornada através da reconstrução de figuras e

informações importantes, e naquelas onde isto não foi possível, através da

manutenção do sigilo da fonte.

Outra limitação encontrada foi o baixo controle das rotinas de TI executadas

pelo Banco Pub.

A maioria destas rotinas era executada várias vezes sem critérios específicos.

Muitas vezes as rotinas não estavam devidamente programadas, e, durante a

execução, ou havia erros no ambiente ou eram inseridos erros pelo usuário. Ainda,

quase todas as rotinas eram executadas sem o registro de início e de fim.

Para contornar esta limitação, o método preferido para a coleta foi a

realização de entrevistas com os empregados.

Este método foi confiável para aferição do tempo médio das rotinas, já que

devido ao excesso de execuções pelos empregados, existe uma familiaridade

quanto à expectativa de sua finalização. Porém para detalhamento das causas de

erros e possíveis melhorias foram necessárias investigações adicionais mais

trabalhosas.

6.2 Conclusões

Durante a execução das atividades de CRM, o simples foco no atendimento

de prazos tende a evoluir para uma sobrecarga operacional.

74

Analisando-se a situação, percebe-se que normalmente ocorre uma relação

desproporcional entre causa e efeito, que neste caso se traduz entre esforço

aplicado versus resultado obtido.

Através de pequeno esforço com a implantação de ferramentas simples, será

possível aumentar muito a produtividade e obter o alinhamento da TI com a

estratégia de negócio.

Adotando-se um sistema de BI reduz-se muito a necessidade de execução de

rotinas manuais, pois os consumidores de informações ficam atendidos pela

ferramenta sem a necessidade de esforço em desenvolvimento de relatórios.

Uma vez implantado o BI, todas as bases de dados com o perfil dos clientes

podem ser simples repositórios de dados analíticos, simplificando a etapa de

planejamento e permitindo a implantação mais rápida.

Com a separação de ambientes de desenvolvimento e produção, será

possível automatizar rotinas periódicas e programas entregues, aliviando a

sobrecarga causada pela execução de rotinas demoradas ou tratando erros de

processamento.

A criação de uma base temporária de perfil dos clientes, com escopo menor e

entrega mais rápida, permitirá o atendimento de diversas demandas, reduzindo a

pressão pela entrega da base de dados completa desenhada originalmente.

Sem estas pressões, será possível estender o prazo de entrega da base

completa, empregar maior atenção no seu planejamento e implantação, e para

eventuais erros cometidos, será possível alocar tempo adequado para seu

tratamento, melhorando a qualidade final.

Todas estas ferramentas permitirão que o Banco Pub atinja o estágio de

sabedoria de clientes e consiga construir relacionamentos duradouros e lucrativos

com seus clientes.

Com este estudo, atingimos os objetivos específicos deste trabalho, pois

confirmamos que o nível baixo de maturidade na gestão da infraestrutura

tecnológica influenciou negativamente na agilidade de desenvolvimento dos modelos

estatísticos preditivos do Banco Pub, e confirmamos que lá já havia outras

ferramentas disponíveis capazes de minimizar os problemas existentes.

E também atingimos o objetivo geral deste trabalho, pois confirmamos que a

ausência de gestão de processos de TI causa um grande impacto negativo nos

processos de mineração de dados de CRM.

75

6.3 Trabalhos Futuros Como este estudo teve seu foco em verificar os gargalos na infraestrutura que

poderiam ser eliminados com soluções existentes na organização, outras

necessidades e problemas existentes não foram observados. Por isso ainda há

muita oportunidade para novos estudos e melhorias. Por exemplo, outro grande

problema apontado nas reuniões, que não fez parte deste estudo e que também

pode ser observado no relatório da consultoria externa é a falta de planejamento

com a modelagem das bases de dados.

Algumas amostras acabam por demorar mais que o tempo ideal devido à

complexidade de se montá-las manualmente durante as etapas de seleção de

variáveis e de seleção de registros para estudo de hipóteses.

Outro grande problema deste processo é a nomeação das variáveis, pois

como algumas variáveis são mensais, na amostra final é preciso adicionar sufixos

indicando o mês em que foram observadas. O problema costuma aparecer porque

muitas variáveis de uso consagrado já possuem nomes extensos e o SAS não

permite nomes de variáveis com mais de trinta e dois caracteres. Nestes casos, o

programador é forçado a criar um novo termo e a preparar um dicionário informando

estas alterações, para que todos se adaptem ao novo nome.

Outro trabalho indicado para estudos futuros seria a quantificação do

benefício que poderia ser obtido através da otimização de vários programas

executados rotineiramente. Como nunca houve dois ambientes, um de

desenvolvimento e outro de produção, com recodificação das rotinas após a

validação, temos muitos programas que não estão otimizados.

Foi realizado um pequeno teste e dois programas reescritos tiveram redução

de metade do tempo de execução, e talvez este benefício pudesse ser estendido a

mais rotinas.

Mas é preciso efetuar mais análises, enumerando as rotinas não otimizadas e

seu tempo de execução, já que existe a possibilidade do ganho não ser tão grande.

Outro risco que precisa ser avaliado é o aumento de complexidade que estas

otimizações trazem aos códigos reescritos. Os programas otimizados costumam

ficar incompreensíveis para usuários iniciantes, e exigem uma documentação mais

detalhada.

76

Então, neste estudo seria necessário confrontar os custos de programação e

documentação contra os custos de processamento e manutenção para avaliar quais

seriam os ganhos e as perdas reais, e ainda seria preciso levar esta decisão ao nível

hierárquico superior para avaliar se este eventual ganho estaria entre as prioridades

da Unidade de Relacionamento.

6.4 Conquistas Alcançadas Algumas conquistas foram alcançadas com este trabalho, no Banco Pub e

para o autor deste estudo.

O Banco Pub decidiu recentemente adotar a infraestrutura de contingência

recomendada neste estudo. A base de contingência citada foi implantada, mas ainda

não foi povoada e não está em uso atualmente. A expectativa é que esta base possa

trazer muitos benefícios em curto prazo até que o Repositório Central fique pronto.

O Banco Pub também decidiu adotar a arquitetura multidimensional para o

CRM Analítico e relacional para o Repositório Central. Esta decisão foi tomada após

vários debates entre os empregados, e estes debates foram fomentados pela

realização deste estudo. O Banco Pub decidiu de vez abandonar a ideia inicial para

este módulo, que consistia em uma coleção de relatórios.

Já para o autor deste trabalho, houve grande aprendizado através da

realização do curso, em todas as áreas da gestão de TI, com por exemplo, os

arcabouços de governança de TI, gerenciamento de projetos e planejamento

estratégico.

Entre todas as disciplinas aproveitadas, cabe destacar a disciplina de Análise

de Cenários, que apresentou um conteúdo totalmente novo, e também pouco

explorado no Banco Pub.

Outro grande avanço para o autor, foi o aprendizado do método científico

utilizado neste trabalho, conforme organização citada no item 1.9, restringindo

claramente os tópicos em estudo bibliográfico, explicação do método de coleta,

apresentação dos dados sem análise, análise dos resultados, e apresentação dos

problemas, e, conquistas atingidas e futuras.

Esta metodologia será utilizada futuramente para todos os trabalhos

científicos posteriores, por permitir um trabalho completo sem apresentar repetição,

pois não ocorre sobreposição de assuntos em cada um dos tópicos.

77

Referências e Fontes Consultadas

BRETZKE, M. Marketing de relacionamento e competição em tempo real com CRM

(Customer relationship management). São Paulo: Atlas, 2000. 224 p. ISBN 85-

224-2478-0.

BROWN, S. A. CRM – Customer Relationship Management. São Paulo: Makron

Books, 2001. 331 p. ISBN 85-346-1220-X.

GREENBERG, P. CRM, customer relationship management na velocidade da luz:

conquista e lealdade de clientes em tempo real na internet. Rio de Janeiro:

Campus, 2001. 409 p. ISBN 85-352-0818-6.

KOTLER, P.; ARMSTRONG, G. Princípios de Marketing. 12. ed. São Paulo: Pearson

Prentice Hall, 2007. 600 p. ISBN 978-85-7605-123-7.

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São Paulo: Atlas, 2001. 156 p. ISBN 85-224-2895-6.

79

Lista de Siglas

BI Business Intelligence

CA IDMS Computer Associates Integrated Database Management System

CDB Certificado de Depósito Bancário

CDU Classificação Decimal Universal

CEGTI Curso de Especialização em Gestão de Tecnologia da Informação

CEO Chief Executive Officer

CRM Customer Relationship Marketing

D + n Após ‘n’ Dias Corridos

DF Distrito Federal

DW Data Warehouse

E.M.A. Enterprise Marketing Automation

e-CRM Electronic CRM

ETL Extract, Transform and Load

HW Hardware

IA Interaction Advisor

ISBN International Standard Book Number

MS Microsoft

ODBC Open Data Base Connectivity

OM Outbound Marketing

OS Operating System

PhD Doctor of Philosophy

ROI Return over Investment

S.F.A. Sales Forces Automation

SAS Statistical Analysis System

SGBD Sistema Gerenciador de Banco de Dados

SPARC Scalable Processor Architecture

SQL Structured Query Language

SS Sales and Service

TI Tecnologia da Informação

TDS Tabular Data Stream

UnB Universidade de Brasília

80

WS Workstation