Imllllnll~111111I1 - Sistema de Bibliotecas FGV

209
GETÚLIO VAP.GAS ESCOLA RHASILEIRA DE ADMINISTRAÇÃO POBLICA o SUPREMO TRIBUNAL fEDERAL E A INSTABILIDADE Monografia apresentada por OSVALDO TRIGUEIRO DO VALE - a Escola Brasileira de Adminis tração Pública; da Fundação Getúlio Vargas, para obten - ção do grau de l1Mestre em Ad ministração/' Rio de Janeiro 1975

Transcript of Imllllnll~111111I1 - Sistema de Bibliotecas FGV

FUNDi~ÇÃO GETÚLIO VAP.GAS

ESCOLA RHASILEIRA DE ADMINISTRAÇÃO POBLICA

o SUPREMO TRIBUNAL fEDERAL E A

INSTABILIDADE POLÍTICO~INSTITUCIONAL

Monografia apresentada por

OSVALDO TRIGUEIRO DO VALE -a

Escola Brasileira de Adminis

tração Pública; da Fundação

Getúlio Vargas, para obten -

ção do grau de l1Mestre em Ad

ministração/'

Rio de Janeiro

1975

LIA,

mirJla mulher

e

minha DEle

197512 4349

T/EBAP ~ v' 1 ~ 9 /~ Imllllnll~111111I1

1000039681

11S -)0 S soa

do T.bCnílico TIni tor I-Iumborto Cn:cnoiro ela Cm:J.1a lTó-

broga e a :CI3Ii.P/li'GV, do Hio do Janeiro, 113S ]ossoas

do Prof. Paulo ileis Vioira, diretor, Cocil~o A.F.

13orrlOson, cOOr(1el~Ql~Or elos Cursos de Pós-}r::l.duação

e D61io liara~30, oriontaQor honosto e ~odicadodes

ta nonocrlfin.

Cabo aqui un ospocüü acrClc1oci1llcmto a02 E:xJ:'los. Srs.

minis tros ·.10 SU1JrenO Tribu11al Fl) dorcll f pola oleva-

dn COE~JrO'2n8ão e sonso llist6rico cor: que rospo11d~

raro 110.'380 (lLlOdtionário.

" AQU:8L:0 QUI; so o Drr~ITO

o D I R E I T O S A B E "

HOLIiGS

S U E I o

10

Capítulo 1 - Introduç~o - Re~umo e justificativa, 13

CaTIítulo 2 - O Supre~o e o ~u3aro político-paTtid~rio que

prec€~eu ~ Eevoluç~o de 1964, 18

CaJlítulo 3 - O Supremo e o iDício ("o Coverno C,3stelo Branco.

As primeiras visitas e os depoi-rr:entos, 29

Capítulo 4 - O SL:prc~·'lo, a Constituiç80 ele 1946 e as leis or-

c1in~ ria s. 1Ji b c rc'J.r-, (1e d c pen 8aillC n to e li be rda de

, t " r de cs ,cc' ra, 40

Capítulo 5 - .t<. Revoluç[;o de TlJ8:rÇO de 1964 e a Fec3eraç~o. De

cisoes pOlítico-jurídicas do Supremo, 58

Capítulo 6 - O Supremo e o .Ato Institucional nº 2, 95

Capí tulo 7 - O Su"!) rE.~mo e a. dlsten s8'.o, 137

Capítulo 8 - CODclus~es, 161

Anexos, 170

PiliiF .i.~ C 10

Il1iciélnc~u este tr~,b[lllli) ,'::UJ:C as :palavras de Oliver W.

HolmE;s, "Aquele que s6 sabo o direito nem. o direito sabe", o

Prof. Osvctll1.! 'rricueiro do V,üe aSS'clLl'] c1eliberacl8mente a élti tu

de do cientistél pOlítico que n~o está interessado apenélS na

nonn.o. lesaI o eu seus o.SIloCtOS técnicos, mas quer desvGncbr 'os

féltos, rel8.çõ,;s, ti~~o:-j elC; pressão, l.1e o.poio, do solicitélç~o"

qy.e i:lfluonciaram de l::-~Cl.ne ira :;lQis ou ['1(;nos doe isi Vél o trabalho,

a vida, os crlSOS G reaç5cs Cc Supromo Tribuno.l Federo.l de 1964

3, 1975.

Paro. is so ~)esquis ou e tr=~n;::; creveu fo.rtaTIlent e texto,s

de éll~uns julcados daqueJ,a Corte, eriGidos ~ cntegoria de ca­

sos-példr5es 9 na 1rea da liber:ade do penso.mento, da liberdo.de

de c1tedrQ, e cb l)rntico. foderéltivQ, assül COLlO trechos de j0E.

nais dCt época (notíCias, eClitoriclÍs o o.rticos), alé1:1 de deba­

tes pCtrlCtDento.res. Utilizou-se, ainda, dCt técnica do.s entre -

vistas pessoais, conseGuindo que a13'uns ninis-cros que partici­

parElB do Tribunal naqueles ano:;:; respondessem por escrito o. UH

question~rio por ele prepQrQelo. Suas r0slJO:stas forQTIl o.provei­

to.do.s n50 somente no corpo da narro.tivo., como publicQdo.s nél i~

t3GrQ no anc;xo, onde 8.parece t:llllbém Q biblioGrélfia consul tadél.

IIuito âniDo e deste~~lcr elo revelou, seLl dLlvida, ao

escolher o seu teDa e enfrentar o.s dificuldo.des inerentes à a­

bordaC8l.l ele UI:lQ úlse em que o SUIJr0I10 TribunQl Federal viu, p§.

lo Ato Instituciono.l n Q 5, corceo.das QS SUélS o.tribuições e re-

t . 'l " t " . d 1 b lTé.1C o ae suo. compo ':DCEl ° GXaDe o -,-ln en,ê, cor,JUs nos casos

referentes :J. seCllrança n~1ciClnctl, crine politico, ordem econômi

ca e economia porular, e Delo Ato Institucional nº 6, aposent~

dos C'ompulsoriwJente os I,=~nistros Victor Nunes Lenl, Hermes Li

111"1 e Ev~ndl'o Jdns e Silva.

Entre os v8Tios trabo.lhos de cientistas políticos eê.

trancciros quo têm sido atraídos nos dltimos anos po.ra o estu

do de outros tribuno.is constitucionais e ressaltam os óbices

com que Os neSDOS se c1ef:L'ontnm 9 queremos desto.co.r, espeçialmeg

te, o excelente volullJ.8 editado pelos Professores Joel B. Gros-

sman e JOSel)h Tannenbmun, rruntiers of ~uc.1icié11 Research (Nova

Iorque e Londres, 1969)1 ori que apareceu ensaios sobre a Corte

Constitucional Federal de Bonn e a Suprema Corte do Japão - sem

esquecer a prineira e Gais roderosa de todas, a Corte Suprema

dos EUA -, e o l,lacistral Verfassun{;sgorichtsbarkeit und poli -

tischer Prozess do Professor IIeinz LC1.llfer (Tt!tbinson, 1968) ,no

qual so descreve a ira do Chanceler Konrad Abenauer en face do

aresto de 23 de fevereiro de 1961 da Corte de Bonn, que decla­

rou a inconsti tucionalids.de do contro:J-e dos ~)rosramas das tel~ 1 visões estaduais 1)elo Governo. federal. J~ 8 de no.rço,Adenauer

afir:c1avn perante o Pnrlmnent o: "O Ga biE~)te unanimente c 9néor­

dou ~U8 a decis50 do TribuDnl Constitucional foi errado". Mns,

uma vez que este assim decidirn, o ncórd80 tDlila de ser obser­

vndo. 2 Apesar desta ressalva, sata dias mais tnrde o Presiden

te dn Corte, Gebhard Llttller, reSlJondia j;JUblicnmente que qual­

quer pessoa ti:nha a libordndo de eloGiGr os julgad0 9 do Tribu­

nnl Constitucionnl Federal ou considerá-los errndos; mas ne­

nhLill 6rc2io constituciçnml podia dec:J-arar que os mesmos nao ex­

primi8J.~ o direito (op. cit., 472-3).

~ste epis6dio á loubrado n prop6sito do capitulo em

que o Prof. Osvaldo Tricueiro do Vale historia n critica feita

pelo então Uinistro da Guerra Costa e Silva ao Supremo Tribu -

nal Federnl, a respostn do Presi(;.entc Ribeiro da Costa e o n­

poio imediato que lhe foi (,c2do polos SGUS ccloGns através de

emenda regimental prorrognnd07 1ho o mandato at6 a sua a~osent~

doria compulsorin aos 70 nnos. Logo depois ern editado o Ato

Institucionnl nº 2, que nUr.l"'ntou o mmGro de Mi:çlistros de 11

pnra 16 (mnis tarde novamente reduzido pnra 11).

Mostrn-se o Autor extremmllLmto corajoso no incluir en

tre as Conclusões de seu trabalho a nfirD~tivn de que, a pnr­

tir dn edição dos Atos Institucionais nºs. 5 e 6, "o Poder Exe

cutivo-Revolucionário pnssou a ter no SuprcDo mn 6rg50 admini§.

trativaffiGntG saudável, tecnic~~onte ágil, sobretudo com a re,­fOrTI1Sl c,uo pretende iB1Jlantar, r:ms politicamente mort o It (pág.

162). O papGl politico do SuprGmo, escreve ainda, "8 de trEmê.

1. Caso da Televis50,de 23 dç fevereiro dG 1961. Entscheidungen

des Bundesverfa8sunc;se;ericht. Her;LUsgGgeben von den l\Ii tgliedern

des Bunda sverfo.s8ungscericht, 12. Band, TrHHnGen, 1962, nº 22, pá~

205-264. 2. Bundesto.c:;s Protokol der 147. Sitzung o.ffi,8. r.Itlrz 1961,8308:0-

-8309C, citndo pelo Professor Heinz Laufer.

~ificil de ser re-

do o,recciÇl , , 1 r:, TCCl rX; e cor o Gst 1 do do dircito ~o Brasil"

(páe. 162). Paro. se o.lc~nçar a es~nbilidade i~stitucional do

Pais, conclui, "a nos:~8, i~l_ist6ri8 não ~)oL1.(n:·á excluir o Supremo

TribLill:::ll Fec1or~ü, a(}.'..1i si tunda COELO bé:llu clrte e1'.1 defesa da nos­

sa maturidade no processo de mudnnç~ de ~osso sistema politico~

Pela liGsquisa realizada e por algLlI:lElS das conclusões

do Autor, esta obrSl fic::"lr8 corJO lillEl fonte indispensável pa.ra o

estudo desto. 6)oca.

Rio, novembro de 1975.

L:CDA ::'jO~CiiA'r RODRIGUES

Vis8.ndo 8. o btor o [T8.U l12 rrr.lc stro om Adminis tr8.ç80 11

pelo. ~sc oIs' J3r8.sile irfl ele Ac1nini8trel.ç 80 PL~blico. - EJ3AP, da FU!l

d8.c:2o GetLllio Vc~rC;Qs, (~e o.cordo com 8.8 l).ormas relativo.s a tft~

los de P6s-Gro.duCLç8o, o.yresentou o ?rof. Q:;w8.1do Trigueiro do

V8.1e IlOnO[çCClfiCl s Obl'8 "O Sr:'lJrer;lO Tri blIDal T'e deral e 8. instq bi­

lic1o.c1e lJolítico-insti tuciOllal".

Revelou o ca~di~2to ~8. referido. uonocro.fio., a16m de

co.po.cic18.de de tr~bolho nco.c1ô~ico o domínio do. t6cnico. de pes­

quisa, pori'oi.tiO C()!)]'_eCD:lOr:to do ton1 escülhido o louvável pre­

OCU~o.~:QO lntelectu8.1 e:-:1 foco.liz8.l' o.s:clecto do. vido. política br8.

siloJL'a de :J-neg6.vel atlulid:::tC1e e d(; sluna reL;v:2nciCl paro. sua

co:r:"-1)reons80.

Saliente-se o teDo. da ~onogr8.fio. aindCL nao

via sido objeto do nenhlUil tré)bCLlllo do pesCJ.Llisa,

trCL ori{;jn~l :iJb.c1e Del. o 8coDla. o CJ.ue demons-

,Somos, portClnto, de parecer que a 30nocr8.fia merece aI1rovação.

Rio de Janeiro, 26 de novembro de 1975.

C=~C:rLIO A. F. n:GmmSEl'i

D~LIO l,iAIUüTHÃO

VíAlm:CRL:CY GUILH2RJ\TE DOS SANT OS

A

10

JUS T I ç A A 11 O R T E

Pero1'8.ç~o do habeas-corpus Wa.nelekolk.

FaleceI'8 dias antes.um,ministro do

Supremo Tribunal, J. J. ele A.lbuqueJ:'­

que Barros, ba.rno de SobI'8.1. A evoc~ ça.o d~ SobI'8,l causou sensa.ça.o no Tri

bunal.

"A me sma, idé ia., a, idéia da egua.ldade e de re sponsa bili

dade universa.l, a mesma idéia que me pa,iI'8va sobre o espíri to~

ao começar de 9ta defesa, levanta.-se outra vez deante de mim,

ao terminal-a. Somente, a, princípio, ella crescia em torno de

nós, sob as proporçoes de um grande espectaculo huma.no, e ag.Q,

ra sinto penetraJ:'-me sob a influência de um prestigio divinno.

Hn hoje, 8 'loesa,~ em que vos seDta€S, uma, cadeira. vazia; dessa

cadei;ra ergue-se um8 sombra, que se estende sobre todo o tri-

b 1 S ' '<;> S' t <;> T~ " 1 ' t ,~ una. era um v~vo. e 1'8. um mor o. ao I'8pu.a e a 1'8,ns~çao,

é tã,o recente a, a,usencia, que muita.s vezes, no curso deste d~ bate, não resistircis 8 illusã.o da SUB. lJresença, ela sua physi

onomia, ("3. sua toga, da. sua voz, do seu olhar, com que fito §..

gora, mesmo em mim, no momento em que vos falo. Ao encetar de..§,

ta, campa.nha pelos oppr'tmidos, pelos a,fflictos, clle estava, en

tre nós, no meio della .• AI vespera. (~a. conjuctura decisiva, 1,:1-

ma intervenção imprevista. arreba.ta,-o ao areopa.go ela. justiça .•

Ella continúa. a ser a. justiça, como o ocea.no a ser o

ocea.no, emquanto as ondas perpetuamente çorrem sobre as ondas,

como as existencias sobre as existencia.s. Ma.s essa, desa,ppari­

çã.o subi tanea. de um julga,dor dentre os julgadores, na hora. do

julgamento, nos embebe dos sentimentos de egua.ldade pelo sen­timento da. morte, most1'8ndo-nos a. ra:pidez, com que, por obra

11

de um minuto no infinito do tempo, os juize s, da maj e sta.de do

pretorio, onde julgavaro, 38.0 tra.nsportados ao seio da otscura

mul tid80 innumerável, que a,guarda a, sua sentença. no último ~

na.rio, 8. barre. do supremo tribunal, o verda.deiro, aquelle que

na.o erra.. Vosso nome é um nome de em"9réstimo, um reflexo eles

sa magistratura. invisivel~ cujo primeiro elo os crentes puze-,

raTP. no ceo, os estoicos na consciencia, o instinto humano na

opinião dos sobreviventes sorre os mortos, dos governados so­

bre os governantes, dos sentenciados sobre os sentencia.dores.

Instancia. passapeira. na hierarchia desta funcç8.0 sobemna, o ,

que em vos tem o seu orgam por excellencia na terra, julgaes

hoje sem recursos, pa,m. amanha. serdes julgados sero indulgenci3~

E agom., que exerceis essa autoridade envolvida. em luto, es­

taes mais perto que nunca da sua expressa0 roais sublime.

Eu nã.o conheço duas grsndezas tão vizinhas pela sua. al

titude, ta.o sernelha.ntcs pelas suas lições, tão pamllelas na

sua eternidade, como estas~ a. justiça e a morte •. t'\mba.s tris­

tes e necessaria.s, amba.s am8rg8.s e salvadoras, amba.s suaves e

terriveis, S80 como dois cimos de nevoa e de luz, que se con­

templa.m na.s a.lturas iroIDa.culadas elo hori~.onte. Em va.o se agi~·

tará. derredor dessas duas fatalidades inevi tá.veis tudo o que , . e mesqulnho e e"[lheL!ero no homerr e na agglomernçao social~ a.s

miserias da baixeza, da a~biçao e da crueldade, os appetites

dos partidos, os calculos, as irresponsabilidades e os triun­

phos dos déspot8s, as fraqueza.s, os interesses e as traiçoes

dos interpretes d8 lei, sacerclotes. infieis do seu culto, que

a. renega ram n8 s cri se s de prov8çao. Quando mui to, lucm.m.ro a

diar a hora. da conta. Dam a. hom do desapparecirncnto, entm.r

para a. expiaç80 pela porta (18 posteridade. ~'.Tas uma. incerteza

indefinível envolve a região destes possibilidades f0I'D1id8~s;

e o tyra.no, que opprime, nao s8be 8 quentos passos está da.

terra, que sepulta; o demagogo que pede a iniquidade rl80 mede

quanta.s inha.la.ções do ar, que elle e-rrpesta, o sepamm da cor­

rupçao, que há de decomp51-0; o juiz, que deixa cair na urna

inappellavel uma esphera impia não nressente quantes pe.lpita­

ções do coração o dista.nciam da. reparação infa.llivel. I\![ui tos

12

duvidamo de que essa justiça., se consurne nluma vida futUI'87

mas, ao menos, ella ha de vir necesf38riarnente nesta., e 8S tes

temunhas das sua.s decisões irreforrnaveis têm (1e ser os restos

mais sensiveis da nossa al1Tla, as pe.rtes i"'lais vivas ('18 nossa vi

da, nossos filhos, nossas viuvas, nossas farnilies, os que usa

rem o nosso norre e perpetuareI" o nosso sangue.

Peste momento, pOdeis crêr, estamos todos n6s numa cu­

miada. ei"'inente da hist6ria, e tr::::,l::,elhando TlaI'8 o porvir. Vos

sa pala.vI'8. se r8 re colhida no regaço do teTTlpo como U1l'l ora culo

de liberdade ou como uma ruina •. li politica. com as suas tra.n­

sacções, os seus sO}JhisTl1as, os seus espa.ntalllos dissiDa~se -

ha corr'o a cerI'8.ça.o dos T'1aus dia.s. Lias o vosso a.resto perduI'§;

ré., fonte de enerGia ou ele ca.ptiveiro p8I'8 mui ta.s gera.çoes, e ~ ~

as suas queixa.s, ou as suas bença.os coroa.rao a vossa descen

de ncia .• 11 (1)

(1) BARBOSA, Ruy. A j u atiça e a. morte. 3. ed. Sa.o Pa.u10, COITlpa­

nhia =ditora. NeciJ.na.1, 1922. p.98-101. (Co11ectanea Leteraria.).

13 C A P 1 T U L O 1

I N T R O D U ç Ã O

Resumo e justificativ8

Nosso propósi to ne ste t:r8b81ho é focalizar o comporta-

mento do Supremo Tribunal FceJeral dentro de urna époce. a.inda

nao e stU(18 da pela escasse literatura so"bre e meis Alta Cor-

te de Justiça brasileira ~ a fase histórice 1964/1975.

Fixa-se ele mais dentro do ca~po da Ci~ncie pOlítica e

referir-se-a. a fa.tos, rela.ções, tipos (1e pressões, de eIloio ,

de solici taçao que originem as c1eliternções, crises e reaçoes

do Suprerro 11ribunal Federal? enfi1?l, a mec8nice extrínseca e

intrínseca de seu funcioDawento, ao sabor do e.Tneranhado de um

sistema pOlítico, do qual faz parte, influenciando-o 8 sendo

por ele influenciado.

ProcuraT'1os dar ênfase espccia.l a certos econtecimentos

ni tidamente polí ticos que envolveram o Supre1?lo no pe íodo

1964/1975, em suas rela.ções COT'1 o Pocler Revolucionario. O pri

meiro ver.do o respei to 2: norma. corr:o essêncio de. ordem legeloo

mi tida pela Revoluça.o; e o segundo, querendo daquela Corte de

Justiça o sinal verde para impla.ntaçao de UT'1 novo regime, que

8S circunst~ncias e 8 inobjetividade inicial da Revoluç~o nao

lhe outorgara, pelo contrário, forçava-o a coexistir com ins­

trumentos legais, que, só pO:ltcrior-oentc, fore.1]1 aclrd tidos co­

mo inadequados pelo poder militar.

A trac1iç80 republicane e todos os textos constitucio -

nais brasileiros dessa fase, davaTI' 80 Supremo Tribunal Fede­

ra.l especiais prerrogativas, entre e.squais o julga.TIlento de com

petências entre a Unia.o e os estados-membros, assiTIl como 8 es

14

pecial atribuiça,c de, em certas circunstância,s, julga.r da

consti tuciotla.lids (1 e elo s a. to s (i o s ou tro s pode re s da Re-r;ública.

Essas duas atribuições i1J1portatltes fOrGm mantidas pela Revolu

ç~o pelo Ato Instituciotlal nº 1, que sem pretensões iniciais

de uma extreT:'a, e profunda, reformulação institucional, prese~

vou, com alcumas inovaçoes de cunho punitivo, a Constituiç~o~

1~46.

o rnovi~ento revolucion~rio - qUE fez questão de manter

o modelo clá,ssico de Honte squieu da trilogia do funcioname nto

independente e ha.mônico do Legislativo, do Judici~rio e do

Executivo - começou a. praticar atos que evidencie.vem e inautm

ticidacle da fÓrD1ule. a.doteda, car8~terizando-se entao, o fomê;.

lismo na acepção usada por Rig~s (i), aumentando com isso ca­

de vez mais, a. distância entre as nOrGa.s e os fatos, a.s leis e

a rea.lieJa.de polí tico-mili tar bro.sileira.. Assim foram as rela

ções entre o Legislativo e o Judicigrio com o Executivo-Revo­

lucionário, e, t3mb~rn, destacadarrentc, entre a Uniao e os es­

tados-membros. Rela.çoes essas rtle sao um dos Y"ais ir'''portantm

indica.dores desse forrl1alismo.

A Rovoluçã.o de março de 1964, como todo ato de força ,

"'E" bastou 2. si TJ1€sma. 1'18,0 quis, entret2.nto. aparentar um pe~

fil o.ntilibcra.l, implantando m~a solução polí tica §..uigo~:

emoldurou um modelo 1'01í tico que n80 tem pa.rolelo nó . direi tó

comparodo • ./\.0 editar o AI nº 1, de conotação discricion~ria. ,

a,dmi tiu a iDtoca.bilida.de dos ·oriDcípios da Federaç80 e da Re­

pública, e ainda, o funcionaT'ento (los poderes desarmados, sob

a e[!ide cODcomi ta.nte da. C2. rta Macna de 1946. Daí o forma.:J...isme,

a impossibilida.de de convivência bifurca.nte desse modelo.

Posteriormente, a Revolução mostrou uma ní tida tendên­

cia. para. minimiza.r a impor:t;ê.ncia do Estado Federa.do, a.dmi tin­

do maiore s podere S 8 Uniã.o •

. Minava-se assim, cada vez fiais, a autonomia do estado­

membro. Interfiria-se abertamente em seu funcionamento políti

co, administra,tivo e tributário, paI'8, comba.ter ora, a corrup­

çã.o, ora. a subversão, conceitos de opera.cionaliza.ç8.0 especio-

15

sa, ou, quando nao, para tra.nsferir fontes de receite, dos es-~ ~

tado s pe.ra. e, Unieo, numa clara, demon stra.çao elo gigan ti smo do

pode r cen tra,l, com um colo rido de República Ur i t8ria.

Come n tanelo a Oon sti tuiçe.o de 1946, fien tide. ne sta pe,rte

pelo AI nº 1, o Prof. Themí sto cle s Cavalcanti, (3) na pe.rte

referente 8 Fec1era.çe.o assim e. define:

" O outro princípio ba,sico de nossa estrutura. consti t~

cional é a federa,çe,o, Mas que vem e ser e. federa.çeo?

A Federa.çe.o é por definiçe.o UIDe. forme de Este.do em que

a Unidede do todo, sobe ra,no, se oonc:'_lia com UTTle. muI tiplicidê;

de de unidedes. terri torie,is que goze.t!l de e,utonomia polí tice, e

admini stra.ti va.

A autonomie, de auto-orge,nizaçao, eutogoverno,

administra,çe,o. "

auto-

, E IDe.is e,diante, referindo-se a organizeçao dos poderes

numa federa,çe.o, diz: (4)

" E, em verdade, ne.o é outro o critério para. a organi­

zaçao dos poderes federa.is, inclusive do meis alto tribune,ldo

país, o Supremo Tribunal Federa,l, cujos juízes dependem, pe.ra.

sua investidura" dÇl. aprova,çeo de C8mara dos Estados, isto

do Senado Federa,l".

, e,

Os gre,ndes conflitos entre o Executivo-Revolucion8,rio

e o Poder Judici8.rio, gire,ram, deste.céH1a.mente, em torno do . ,.

prl.ncl.pl.o de, Fe de ra,ça.o.

A Re voluçe.o depô s v8,rio s gove rnec10 re s e e.fe.stou va,rio s

secreta rios de estado e os entregou a, julge.mento pela Justiça

Militar, pressionando-os e tentando process8.-10s e julg8,-10s,

numa tra,mi ta,çã,o judicie.l, que fugia a,o foro especial, a,ssegu­

ra,de, pela Constituição vigente em virtude de, eleva.da natureza

de seus ca.rgos. , .

Assim ocorreu com varl.OS governedores, como por exem -

pIos, o Sr I'~e,uro Borges, ex-governador de GOi8S, Sr, Plínio

Coelho, ex-gove rnad or do Ame,zonas, Sr. Miguel Arra,e s, ex-gove,E

nador de Perna:.:~buco, para. citar epenas elguns, os qua,is, et~ ,

ves de seus e,dvogados tentera,ID no Supremo Tribunal Federal

(3) CAVALCANTI, TheTTlistocles Bm.Deleo. I'IIanue.l da Constituição.

Rio de Janeiro, Zahe,r'EcHtora, 1~60. p.55. ( 4) • op. c i t. p. 66.

16

concessa.o ele ha.bea.s-corpus, preserva.çao elo foro especial por

prerrogativa de funçao, ctc., obtcn(~o a.colhida a. seus pedidvs

( 5)

Essas decisoec; do Supremo cri3I'81i' um impasse dos .. DalS

sérios DO ha.I'lTonia. e independência dos três poderes da Repú -

blica.

o PoCer Executivo-Revolucionario nao se armou ~e'!almen ~ -

te p8no agtr cOPo desinibiçao. Vi8-se acossado pelas leis que

ele próprio achri tiI'8. que sobrevivesseTI1.

Sua -;lrincipal fonte de oDoio er8.TT1 os quartéis, intere..ê,

sados, o'bviDmente, num estado (le fato e Dao n8. hermenêutica cbs

tribumüs.

O Poder Judici~rio 1i'8ntinha-se fiel 80 residuo do tex­

to constituciona.l de 1946, constituições estadu8is e leis or-

1 · , . TI 1 ~ l 1 1 c lnaTlas, Que a _evo uçao )rotestor8 ser a crcer'l cua no ,

pals. Ess3 fidelidade quase C)L'ixotesca, entretanto, rcpresen

tava Ui"" óbice aos objetivos, que o I)O(~E:r milit8r intcrnrci:cuco

mo s8neadores, ele intel~ferir na autonoT:'ia (lOS est8.dos, clv'Ylan­

elo-lhes 8 clireça.o pOlítica e admirüstn'Jtivo •

. f\ssin, se es-i;81~·eleceu o grc,nele conflito entre o Ext:cu­

tivo-Revolucion~rio e o Supremo, Que, por m8iores que tenham

si d o o s e sf o rç os, e x t r8~) o 1 ou d e p o i s de q u 8 se 2 O In e se s , de re­

sistência sobretudo ror porte do ex-Presidente Castelo Branc~

que no lJ. Dº 2, de 27 de outu1::'ro íle 1965, interfere dirE:t8T~en

te 1'18. estruturn e funcionr:lT'lcnto do STF, aun1cnt8rJdo-lhe inclu­

sive o rJúrcro de T'lirJistros de 11 paro 16, conforme nreceituao

seu arti[w 98: 110 SU}Jre'Clo 1'riburl81 Fec1ersl, oor~ sede n8. C8pi tc-;l (ia R.§.

públic2 e jurisdiç8.o er todo terri tório Naciona1, CO'!'1por-se-á,

de 16 ninistros. (I

Pe rsu8d i I'8T'1- S€ o S o rie ntai1 o re s (18 Revoluça o, e o f8 to

se repete eí:J liJ69 COí' o A.I. nº C:, que 88 decisões do Supremo

o sci18 ri8F1 de 8COr(~O com o ar; te rio r vi nculo poli tico-p8 rtida-

(5) CO ST.ti , EO@'8rcJ. Os [r8nd€s julgo:::,cntos elo Supremo Tribunal

Federal. Rio de Janeiro, :Sd. Civiliz8ç30 Br8sileir8, 1967. 5v.

17

Esse fsto nao ocorreu.

Aquela medida tinha a intençao de conquistar as deci -

soes polític8s do Supr€'ilo, inde:')€n(~enteY'ente do querest8v8 do

estado de direito, COI!] a noneaçao (~e r:inistros de milit8ncia.

partid~r~a ortodoxa~ente udenista .

.li oti ca de Ui'" mini stro ô o Supremo deve rB se r todavia ,

nao apenas jurídica, o que seria UGa. atrofia, TIla.s tarricén polí

tico-socia.l, e nunca dentro dos ir~tcresses restritos de casuís

tioas pa.rtid~ria.s, nem nos esporBdicos casos individua.is, ja.­

mais no colegiado co~o instituiçao.

O trabalho, finalo€nte, procura mostrar que as inter­

vençoes no Supre~o tiveram rnera.3 ~-:1crlificaçõe3 aritvética.s

procurando os seus T'lcnlJros, ora '",aj-s, ora menos, defuJller na

;ICasa rOa Suplica.ç8o do Brasil", COT:'O era cha.ma.do na Regência.,

os princípios da autono~ia e independ~ncia,rnesmo nos difíceis . 1 l' . JU gaT"1cntos po ltlCOS para (}UC fora

tauradc }Je13 Rcvoluc8.0 (~e 1964.

, d . conpelido no perlc o lns-

Boses úl tir-'oo 11 anos dE atuaçao do STF, as mais das

atua.l . l' . .':11 stena po 1 tI co brosileira pari-:)J~ COT'l o dese~1Volvi

mento eoo~5mico-social do país, venha a alcançar a co~posiçao

de um modelo reconquistador do pleno estado de direito, hoje

inquietônte 2spiraç80 tal:'1béf:'1 do poder revolucion8rio.

18 C A P í T U L O 2

O 1 J'-l-' t'l' . Su', r ;')10 e o quec TO po __ :: l,lCO-p8r lcerlo que pre-

ce~2m s Revoluçeo de 1964.

VC;'l sendo norr"e. cODsti tucioDel no BresiJ. nos úl til-::'OS

eDos, p::;r8 csr3cterj,z::r e siT,1~ioSE: il1stituciotJal do~) três po­

ch::res c)? RCDúblic8, que e iDV(stjJ~Ur8 rie lE: i'eTYibro (18 7-é::is lü

te Corte ,'lc ,::-UstiÇ8 De cargo (~e nir::2.stro? sej8 rrecc(li,1e (le

iDc1ice.ç80 l.iO chefe (\0 Foc1er :::::xc;cu i::ivo c ,

Pals, DO ceso j o Sem:do. . " Esse ~roocc1i~eDto 1eciti~8v8 o '~rlDclplO de que neDhurn

dos dois outros p0c1crcs 1 iso18tl8:"Ct,te, poderia ger8r c Juc~ici~.

rio, c purificava a e~co1ha, pois volvia ~ fonte ~lti~a do PQ

der que em o rovo, ou DO (lizer d8 CO~};3tituiç80 de 1946~ "to­

do pOlJer C""~8D8 do -"ovo c CTn seu DOi-,€, é exercido." (6)

1':.. fOD1;e ger~',iL2 tiV8. do SeDscl0 e do Presic1êDci8 de Re­

púb1ice viDha sendo, Da conposiçao que precedeu ao Movi~eDto

de ~-,erço oe 1964, es urDes, isto é, o povo.

;'.'~o s ve r;o s, 3eT'~ }) re o cUl)?, ç e O" i flU c1 C D te, e una 1 i ,G'C i m. a­

preoi8ç;0 ~o qU8c1ro po1ítico-parti~~rio ~os 18 8DOS que

pré-revolucioDar8 T1 1964, queDc1o, (;ODviVCDC10 COT:l o po(~er, for-

lt 1 1 1" t 1 ' . 1 . Tl10U os a,_ os esoa oe;'3 cos (:ll~lp'eD cs '-,0 n8lS, lDC USlve a C 0121

po siÇ8 o (10 Supremo.

lJuré;]:lte 8 V:L"'8 1Y:1rtit18rio "r2;:;iloirs (;c88a , epoCé3 pro11:,

fE:Y'8r8~1 f'8is de 10 ~)ctic~os políticos, que, COT1 exceç80 do F8L

tido (~e nE~)rCsentaç;;o I'oTlUleT c o Ferticlo COi"'üDist8, De c1en­

destiDich::cJe desde o ;~ovcrno rutr8, n80 tirllWT:1 ~)riDCípios filQ

s6fioos definidos, nCD GGbiç~e~de cicDtificic1ade política

quando Tcuito, tir:h8T:'! p1~;t8forrr'8S CUfUS8S ~ p1uTif8cetsri8s.

(6) CODstituiç;o (lO Br2si1, 1946. art. 1º.

19

nas havia., eT'1 pelo I1enos três, progra1"Ja.çoes que se jus

tapunham a tivos de classe sociais c satisfaziam aos interes­

ses econôr:licos (10s 1'1eST'1a.s. Era.Y'l eles, o Partido Socia.l Derno­

crntico, o Pa.rtido Trabalhista. Bm cileiro e a Linia.o DeroocrSti

ca, Na.ciona.l.

Skidmore, ei;) seu livro BI'3.sil~ de Getúlio a. Castelo,(7)

apreciando o re18ciona-'--ento deles com o Poder, estabeleceu

temporariedade ele qlJ8.nc10 eles esta' a. de dentro e de f.çu:a.

IS80 só nosp2rece ir1portante "para, :lefiründo a vida

t '~" 1 ' 1 A 1 ~ par- 1Clar1a (esse per10c o, Bostrar a erronea. corre açao que

seTl'pre se~,rocurou estal~clecer entre os vínculos partidários.

anteriores de u~ ninistro do Supreno e sua atuaç~o ju0icante.

li fidelidade do ':0 to polí tico, de um min i stro, n o seu

tila.is alto sentido, (leveria estar ',)rOS8 cono qUit8Ç80 a. querr o

nomeou e nooaos seus princípios 012 valor e ac elevado respei-,

to a lei vigente.

= =e ro e n [;"8 no.

A hi sté ria cOTlportaTne n tal (10 SupreT!1o de on te'2' E. de ho­

je, ten tido freqUentes ondülaçoes no contexto gem.l da. vida elo

slote-::'a, pOlítico brasileiro j T:?a8 o seu respeito 8 lei ten si­

do ora cular.

fis varia.ções de fOIT1a.s (112 (-;-overno e de noc~_elos insti tQ ., • ;J l' '1' '1 ' '. . . 01011a1s na soc1eü8.ce oras1 e1r8, alry,a. Se1"'11-agrar1a e Ser:'!l-ln

du stria.l, 1>8 ra U 8a r 8 tipoloC;i8. de Riccs, (8) pe mi ti ram pe r=-ma.nentes investidas contr8 UT'" Zudiciário que heroic8,nentc pre

tencleu i1'YJpor a. pontum de seu pa:lel, C0]C10 se fuo Cioc8sse en

UTil8. socieclade industria.l denocretic2 do ocidente.

112s o estágie de sub~esenvolvimento de u~ país distin­

gue o r oder nao nas instituiç0CS, cc~o tais, ~as no 0ue ela o

ferece de po~cr 0e fato.

~SS8 concerçao n8S . , t'

socied8~es rr1ST'18 1 CaS, '1.78 i cJ o ho-

1 1 1 õI C'c ~ e;1 TI.o 11 coro'.Jel ii, cIo "c8be: e -'-112"'1 ruro. , a.o usurQ8(lCr (08 'r':;-'. '

lei tO:r8JiI 1 8 ciJpuls de sisten 8 g0vcrn2Dte.

La lF' I::: to do cl cT,ín ia da hi stó ria pC"9u1a r que ber1 de­

riJonstra e 88a re2>.lic1ac1e. Quando. da. inplaDtaç8c do parlaT:'E:Dta.­

risno en 1961, UB Ilccrom::l;; ~le largo prestígio político no in

(7) SFIDliOn:c, 'I~JOn8.S. Br8,8il~ c'tE: Gej:;úlic a ditora Saga, Rio de J8Deiro, 1969. lJ. eO-3. ( 8) RI GC-S 1 Fr'") d. A~~:?:.~~~g_-l:F?,(; ª-~_º-~~CJj)9.E,S~s!§' -

Os stel...Q. 2. ec1. , ,., J,..:;-

nistr:J.9 ãc COLllL~r:::tc.1Q ;;~ tl.<::T;'riCl. Inc1ústri:::t ti, 1:J Gel.? Rio de J:l­

neiro, J310ch :"';c11tOl'o., 1'.:;67, p.'j9.

torior do Vinas Gerais, havia se rebelado. Dio.nto do SU8. in--

t .....

rallslgOl'.Clél,

mov'~r.

nador:

:~s s o t ~ll ele lJ:J.1'lslI::l'D to.ri srw no,:~,") L: c:~~ 1 e go c1t) '(

Ho:r;wi8.

Demito.

I:.;: o vcr"~ a ~n'o:.:ósito (1.,::: most:;1C:U' quo 03S8S três pc::rt:idcB

~j6 rcf')~ci(los, 110 j ~ 'JXtÜ1toS, so ;Jravi V()T8.I:'l, uns -)(~las banasses

Ii'ol t8-

gica para o podJr. Mas, quallclu no poder,

quino burocr1tic8, potentoaro.m GJncro.is, tOC3rau ninistros.

~ntrcto.nto? COEC vc;r,)DOéJ 110 (1088n1'01o.1' (:::;8t') t~:'8:J8.11lo,

quer nos éJ.~'~os lS46/1~G4, quer EJ. ~aso rovolL1cionúria, tocara;'}

mi râ 8tro s? Elas 1'.8.e "t I) C:.cro.Ill" ='- os nlijlistro S qU8. ;:;c1c ,Y:lrt í c i ,)08

(' P. S. D. r:Jpr~'0:;;lto.va ~}rircipa1fi1onto () s pré.' l-:riJt1ri os

rurais; o J? T.::3 •. ;n'ocLlrav:J. .1;~1'.~tin8r u clo.é3::::c () r~riCl urbana

em fe.rmaço..o, <1 U.D.IT. roflotiD :Jobrotuc10 :1 chn~n.da clas~~o mé-

.... . LLT:1Ll C;íJl'Vl V01'2.Cl8. COEi o

OSSOS ffiCSID~S éllconc~

21

cy Magalh~es na CODvencao ?o partiao? desabafando es~e en con

versa. inforTlal no 181"["0 elo ':reaere Santa Rosa? en Joa.o PeSsoa~

ti quere!' T1C r'!errot8r n8 convença o porque eu sou autentica " 1 ... . nente u~enlsta e o uanlo tC"r~ 'cheiro (le pevo'."

As norneaçoes paY'8 o Supre'("0 ~_~ritunal 1"c:1 eral, foraTn fei

tas quase nue tota,lr'(ntc por presielentes pessec}istas/pctebis­

tas, incluindo-se o prL·cj.ro período Cc ,íZellerDO \~e Getúlio VaI' ~

8'8S, a:0enas uI.~ ninistro, quando da Revoluçao, havia sic'o no~'''€8

do no governo udcnista. de J8nio Qi.'a(lrOs, o paulista Pedro Cha

ve s.

"O Sr. Café Filho, er1 l1a.is (le ano, na.o teve ensejo de

preencher nenhuna voga no Su~rclo Tribuna.l Federal." (9)

Quando e18 airecia.çao do pcdido de ha.bcas-corp~ de Jo­

ao Cofé Filho, i·:·'11Jedi r'c· ele rea.ssm'lir a ~resiaência por UT:" ato

~e força, os co~ponentes do Sunreno havian siao todos no~e~os

por reliresenta.ntes de facções :)artidsrias a.ntogônica8 8 UoDl\f .•

O pedic10 considerado prejudicado, en face de Ll'1 golIJe

nili tar consunado, ain'la assin, Toereceu pronuncia"'cntes e vo­

tos ele !,rotesto, co~"o o elo I'hnistro Ribeiro (~~? Costa, C'l defe

sa da ler81ida~e atingida naquele epis6dio.

1"0, de

nue1a a

1· nc"nfo"""'-'-:::ç::;o rl~.L' ronte "" \., . ,'.L ' c.' c ... , ... .-4. c_. . dos tr.:;nqucs c, ao T"es~o te""po, deQ

8,0

arrepio da lei, ncm1 0 er' r1 oT'lentos draTlsticos de prcssa.o.

L ;lanc11a do dCSTC~T)cito constitucionar

A inocuida(Je de suas c1ccisões e1'8 h'anentc 8.08

por1eres r}esaF18c1os, CO~iO sói acontecer eT" p8íses SUQclcs€nvo1-. 1 V1C.lO fl.

O Mitl i stro Lu i:3 Ge1lo tti C} eiC ha vi8 sirl0 nor"ea de po r E~

rico Gaspar Dutra, interpretava o -')ens~r1ento ela Corte naquele

epis6die, cujo sentido podenos sintetizsr: neS8a8 oca8ioes o r, 1 ~ . . t " r J 1 ". ~ , excrClClO CO (11rel O so e pos~nve, q1J2nOO O-~S'co n8.0 -=

visível.

O JEarechal Lott~ segundo fcuoircntos da , €poca, (Oi ue na.o

nos care 2n81issr ncs'l;c trabalh<J, receioso que o rcsult8c",0 das

urna,s que ha.viaT' favorccidc, ° ex-Prcsir1 entc Juscelino ICubi ts­

chck n8.0 fnsse Tes']ei tado, la,nçou o SSli histórico :iYctorno 80S

records.çoes. Rie de Janeiro, E8bri - LivT8rie J~()i tOl'? ~

p. 54. 1968.

22

qU8dros consti tuciCn8is vi["€nteo ll, c tiv81:iloS os suc€ssivos iu

:pec1iDcntos de C8f€ E'ilh0 5 e c~o Presi(lcnte c18 C2.T:arn dos Depu­

tados? Dr. C::rlos Luz 8 5 fin81nente? ::::; pc'soe (10 PreoiCente elo 1:' '1~ 'L . úepuu lC8.

Has? nE:T' })c'r i SO? 0 ') sobretudo por isso, 8 bistóriBlXJ

(lere?. o'li tir 8 )iOSiÇ80 [1O~')er8D8 (le Su-preT"o.

A.co ,~S8 c1 c e "1 ou tr8 o opo rt~;nlc1s de s o Sup rcno T18.n te r- se-i;

fiel , 8 ConstituiC;[30. Foi sc,prc 8 ssir, o co~""po rt8T'2 n to cJ o Su-

p rET1o.

,,--r,) nOi'e n to d rni'8 ti co d8 vid8 revolucione ri8? q uanc] o Cns

telo Br8noo "precisou" cloS1J~~)ref'1o "8r? uns dccis80 "olíticsfoi , .

ncceSS8rlO que lhe (1is3ease' c18r8~lentc~ ;'Presü!ente, n80 , e

r .r 1'" ", posslvcl h8.ver JUlzes revo UCln8rlOS~ O que e p0881vcl e

ver leis rcvolucion8ri8s.;; Li ';80 cl["Ys ("8 vid8 8tituc1in8.1

T'8.is elev8ds jUStiÇ8 brnsi

lcirn que ele nunca - Gis esquec·'·u?

LJltl' "-1P. v; "'1' t,:: ~ .l,-, ('lo '. nr. , ._.,'. -'-"-' .. ' ,_que~ .. , v.r-,:;e lI'.' G.ne'

V8.nc18to "pr0si~encial. (10)

t:=õnto que 8 reDete en

de 1967? 80 fin81 do

SU8.

seu

~. I I' •

III i3CO rl SO 8? de de lic8c18 (! c ci S8.0 polí-

tica, por si 3tef.;t8r o qU8nto cru isento o

nosso exceioo pretório.

t8 de confi8nç8 nos juízes que eDcontr8T8, to(Jos ele:] DOuC8dos

ex til', te' s.

:CSqUCCi8;' que 2: tces tinh,~) siclc, .historic8,"cnte, UL' su

c16ric protetor ~UJ investic18.S p8rtide?ri8s.

En "'Brios (~e1JoinE:Dtos de ~"ir:iistros que 8tu8r8;' rcccnt.§.

Opost8Sse confess8 e 8,"ar:'l'urn esse TJrcconceito

por S8IJere--' que no pretório c18que18 C8S8 c~e JUStiÇ8 SU[)S dec1:,

soes Sef'Flre fora]'" sveSS8S 88 tcn(ler'cio,:d(~8Cles Dnrtic'sris8, só

(10) nhor

telo

SIJTJreio 'l'riburJ8.1 .Fl:>Jersl. Visit8. (10 2xcelet1tísfiú'O Se­Pre <" i (1 e n te cl P. T-'e'Jú 01 i c~ Fr~ rC, ch ,,,.-: rf I).T~1: e rtc c1 e }.l e DC8 r CEs-u ...... " ... .J .:;-- J.. .. _ 9 Á."_~ ___ ~"~~~ ____ " ~._ _

1~r8nco. BY'8síli8? DqJ8rt8'''cnto ,'e h'l)~-ens8 N8CicllS1, 1967.

23 \.l(leDiuts~ res:JoDê1eD(~0 s. DC:JSO qucstiom3rio socre o 88sunto

sssir se "'sDife:Jt8v8~ ílCreio que 118Vis DOS 8írculos ('8 chsT'~('1-

clS. ;'li1"1hs. durs.;; dCSc:cDfisnçs C-" rcloç;so sos T1inist"ros (los SU;l;l

!Jrcr'o rr,'ritl,ns.l ~-;1E/2rsl nOT'1€s.do:J '"or J.K. e JSt1co.;'(ll)

Outro n8.0 c=::n" (> ponto (1(: vises elo ""'i11lscro HCFes Li--s,

ele· p tt'p ç;; o TIP rtir:1 ~ ri'" ~ .~~. r~ .~ 0 t ',' t ' l' t pe e013 8-S0010 18'S e que 118 vis,

tTO~'É inc.::'3"8vel c~ue DO bojo elo Pcvoluçso cle 1964, houve pre­

conceito eT.' relsçs.o 8.0 SU;Jrc1o, slL'ent8e~0 por setores ele chô

:')s.e:8. 'linha dum.'. Hi.stórim € socio:Loficô'ente;;, continu8. o

:'rinistro~ <I S8 r.:voluções estou:r8 iO e n cli;'~s (1e violêDeis. e De

pro-" N ' " ~ CUrB. de bodes eXIH8torios. lOS bcr3es exp1,storlos C..!.-C·S ceDere

tizsrc c:: i"ljulso irücisl (le c1esicrre, o VG~!.o ~'18S nrC'etlte dese-

jo (le vinC:2r, rle 'PuDir~ de suto se 8fir-csrc-:..: i :L corlClui~nFe

lo seu equilíbrio c elRrivi~~neis Dolític8. 9 c Prcsi0entc Css­

telo ErsDcc' tudo fez, EC nuito cor'::;eCl~iu~ rem :"ouDsr o Suprl­

no elSS investid8s elo pTc('onceií~o revOlucion8rio."(12) ~., ,- 1 r 1 . ,. , ' t ' 1" 1 ". ,'~ Gl..Ce·8ç8,0 CC, vlncu O Tle' ll,leO-T;Gr 'l(·:=;rlC' (.e' lillstros

1 r-. t 1 . ..J •• , "-' CJ O UU~Jre;"'o 1 e.n e 8 I~ e sue l DVO S G1Cl li r', 1 n8 O EC rs L~oti\1o T"SY'S eno

(10er-lhc8 8.S (lccisoes 1 :'1001,0 políticcs, toc1es

juizo {te v8.1c'r ele C8(~8. lF1 1 ,;CDtrr' (lc i'TJério ('8 Constituiç80

e (85 lel~ vigentes.

O P rc c o n e e i te c ré" ... "

cronlCC e "'rE:'text{"3clo }ler QU8lcF~er "'"0-

Desde o governo Flcri8no Peixoto que existi

l'repo 1'ri Duns,l.

I "~ Bit n ' , 1 H' t" 1 r-; J(;([8 oee~ll3 ",O(:rl:;-ucs, C~,~ sue.;:; oore, ~ lS or18 co uUPL§.-

rI '"b 1 D i 1 ' , "1' 1 " no rl une.~ .tecere. 7 n8.rm Vé1rlOs C1n8(r,10[; ce enoqucs entre - ...,. .' . ,.....

O c.il.(('lC:l:=;rlO e o ~.xccutivo~ eo:'CJ G (~::; eTJrec::'eçGo de h8bces-ccp-

C" que

ce 8 lut8 de Rui B?rOeS8 cOLtrr, {"3 0"r€.3SSO G 8 pOSlÇ80 sutori

t8ri8 e S'cs.çsclor2. (:0 Chefe (lO ExecL'tivo eontm c Supre r ",.

(11) BLJ--,~':':":IRO, Al::'c"ar. 'I'ntevistc: ccnce(~ic13 er1 7 '~e jU~Jho de

1975, Rio rle J8,;'eiro, 1975. En e.nexo (12) _. Ln~i\, Her-~es. ~~ntTevists concsclid8 eT~ 3 de julho ,1e 1975. Rio ~e J8.neiro. Nos erQuivos do 8utor.

24

" , 80G CO'CD"tar.LO[;

cta. i --'p re n 88 •

FI c' rir; DO ~ :r SE: (' D j uí ze c; ,1 (' Tri lJ i,WO 1 cc Dce (1e rer~ harcs G- cc rPu r:

1, , '-, } ~ ll~ -- , a.os po ltlCOS? el~ ;.'10,0 sel ql)eT~ a,"'8D18 lle~; c!'-=;r-s c lJ8!::c?s-cor-

:J~ de que, por cu:::;. vez nccesoik;y80. n (13)

E Rui excltnc\10 o voto ,-lO T'Cinistro Pios e Alpeid8, quaD­

e'O (!eci'iu -r,el,,, CODCE'EJ'lOO (1 c' riobe8s-cor-;Jus refcri(lo~

"/i putnri'1 Sl i1e cJP 'ÍU'it·i,-:." e'- "'-'nrpl tO' <'l)"TeDtp-~e Del:::; r'ora ~.. ....' ...... ... L~' .... i.j...... ~ ~~ I.,' ... 1 "-"'V I-...... -.J 1_ ..... 1 I.J .'_ ... _

lidacJe ele SU8S (Jecisões. O pocler r'so s enfmquece, r',ei3atenC'E:D

(10-8; enfruquecc-ô, c1obn:1Dc18-8. A '--ejest8dc (]cs tribun8is 88-

t " ,- -1 " , sen -8 D_-=; estlI':8 pUC_~lC8; e c;:;t8 e tento i'8ior, qW3ntc' T18lS 8-

trcvi0s for 8 in801~ncia ofici81? que lhes dcsobe0ecer, e Da­

is ac1aT'i<3ntin8 a inflexHlilic1s'~e cleles pSY'G eloo"

Par:::; finaliz8r: , ,

"De U-;-:' l8do o :;:::Jrc::3Í(lente CU" o m;:erclto; ,"e outro, 8 fl8-

t~istrotlJ.r3 CO"1 a Conntituiçoo. Pois este notêncis ineFle podE:

Ds,is que to(1?:s 21,S 8.r:'18S daque18 .• "(14)

EntretsDto (' l'recor!cei te C18 :qevoluçoo ele T:8TÇO de 1964 '}' "l' , 1'" "1" 1 reSlC la, prlnCl-p8,-,-~-2n"te, n8 orlC'el-:-: po l-taco-pa,rtlcarla ce seus

~81o que " f ' . J a o l e se rl to 1

f'edera.l ingressou DO era. revcüucionári8

que O SupreDD Tribun31

de 1964 co~ Ufe corpQ

siçso advinda ~e nCveQç~es ~~ pr~si~entes, e~ SU8 quase tota­

lido~e, ~o antigo P.S.D. e P.T.B.,quan~o tiver0 s no período

precedente os ex-presi0entes: Get~lio V3r~as, Jos~ Linhares

(~nico C1ue contirJgenciGlnente havis exercic1c 2. Preeir1ência, c~a

Rep~bli cs pela cr-(liçs () de e st8 r têxe rce nc10 8 do Su:ç>rc-'o), Eu­

rico Gasp8r DutT8 7 novaT'ente Getúlio V8rg8s, Café Filho, Ne­

rCJ.~ P..anos, Juscelino I~ubi tschek, ,T8nio QU8c1ros e ,JOGO Gou18rt.

D2rdel .lior80 Reis, e c'. C8Dítuj~o intitu13c1o O bairrisi'io n,,3

nOi' 83çao (~o"-) '--inic;trcs dc Supru'c TrH:'l;ncl Federal, D2. obra J8

(13) nODTHGUES, Lêc1G, Doechot. Hj_sté'ria do SU::JI'el'O Tribunal ;:\;­

(ler81. Defcla eb.s li'berc18(}es civis. Rio de Ja.ncirc, EcH tora. (,'1.

vilizaç80 Jir8sileirs, 1965. t.l~1891/1898, p.18 e 19. (14) ~'PIn""--T °4 1- __ -, .J_.l1.!.;J.i.. p.c:.. •

25 , . ,

o que os ";lreOCUpaVG, era 8Dtes óe tucl0 o not8vel sB,ber Jurl-

dico, e se essas nao hovessen sido 83 prEteDsoes~ cabe

br8r o que nos (,[isse o T~irJJ.stro Gonçalves (le Oliveir2. ~

+. ulCe

lher

dos.

car 8

lIToc'!os 881:>C'0,os que il80 é f2cil h8rr1 0Diz2.r a 0r:'e n polí-, . l""~ .

CO~l os progY'8r"(?S e lir01)Osltcs revu uClOllerlos. 1\0 fervl

(188 '!aixoes, DÓ8~ os Juízes, Der' ser1pre sonos CO""prcencl1:.

-r. nue .J.,;J '-:1' ? no exercícic de DOSS2.S funç;es, D~O po~e~os fi­

DC n contrn, precis8nentc pOJ:\lue sor'os Juízes, e.§.

CYBVOS d8. Lei, que jurn-:-los cur'prir e de acorcl.o co':' 8. qU81 jul

g8.no s. li (15)

ElltF1ErO-'oS os T1inistros nO~0"le8dos por aqueles presidentes,

e seus respectivos estedos ele origcT'~

P G +-'1'; ",[T~ ·C·~C'° .or euu -,-o y"'Y, .. ,-:;Qo

:bduo relo Espino18

Ce rvalho IIourn.o

Plinio C8 se.do

Coste 1'18.Dso

Octávio Kelly

A taulpho Ir. (te P8.i V8

08 rlo s l'Iax i '"~il ia. no

José Linh8rcs

Via shingtoD de Oli ve i Y'8

Be rro s }3,", rrc to

Annib8.1 I'rcire

C8 stro Nu De s

Oro sLobo l'iene to

Gou13.rt (le 01iveir8.

Phil2.~elpho Azevedo

Felscn lIuDcri2: (2 ª la se)

:.I,::;rio GULolB,Y'8E:S (2 ª farJe)

B8bio.

1'11 ne s Gc re.i s

Rio Grn nel e e10 Sul

S8 o P8ulc

S8 o F'aulo

Rio '~e J8nciro

Ri o c1 c J e De i ro

Rio Gr2.Dr1C do Sul

G-rn n(1 e

~. , Ce8r8

S~o Paulo

P e rn 2.!J b u c o

Pemam uco

do Sul

Rio de Jm1e i ro

I'fli Da s Ge rai s

Cec r8. Rio ele J811eiro

Ri () (1 e J a n e i ro

tIiD8,G Ge re i s

S80 Paulo

(15) El1trevist8 c0l1ce(J·id8!)elo ~'~ir1istro G0l1ç8lves de Olivei­

Y'8, ET" D I'8 síl ia., 31 c1 e julho e1 e 1975. 31"' 'o nex o

26 nao preocupava sequer o sentimento na-

, , l! O DOScO ir't,~~ito ( so €stabelecer 8 rclaçao r"e ori:'7'8"1".:1,

Co Estar::o i-:e Ori(fe", elo lUG8r nrotal entre UT~ e outro. Salie1.'

tr:::!lOS a. a,usência (10 b8irrisf'o 110 fjreSi(~eDte gaúcho Getúl~o

-r-. t Li 8 C re s c e n a ~

ti Pora, (18r só c;rc exe,,~;)j09 n:Lr:g;jér: 1l0(:'2-o:2 adrnitir cue Ge

túlio VarGas tiveL;:';€: nOr'e?(~o C8rlos T~8}:Lili8no a"cna8 per

gaúcho sere,' orcos. A fiGur8 8:xc8~)cioD8,1 (~c C2rlos Eaxir:ili.§:.

n0 9 constitucionalista e~~,érito - C(";'09 Gntes dele, Bé3rmdas9

depois, Pontes ~e Miranda, excluiria qualquer id~ia de

scnti'-cDto nativista,.;i (16)

puro

Nosso intuito, no entanto 9 ,

COGC ve r8r'0 3 no s cafll tulo s se

SEr o r8spei to P Ccnstituiçoo, vinculava o ni~istro a decirlir Ccntro dos inte-

re fJSC s (10 :~XE: cu ti 110.

se nao se just8pusesse~, 8 justiça lU~8ria ~e18 dignidade de

jul~Dr ~en~ro da lei.

:] e na rç O de 1964.

Por ~os~ Linhares·

:;::(1 [a rc1 Co s--l:;a Rio de J8neiro

La,fa;)' e tte de -'\ Dd r8 do 1: i 118. S Ge ra i s

Ribeiro (lO Cc'sta Distri to Per'leral

Eurico Gss}lar Dl,tra, eleito 1)€10 8ntigo P.S.D. e que te ,

ve o seu l'CrlO(~O ,rC"cvcr118l"'"'cnts.l eie cinco s.nos, I::;Z as seguintes

nonC8çoes~

Distri to Fec'eral

Luiz G2110tti SOll ta Oa tarina.

:~8 to Grc s so

Ir e re u Ra -:" o ~j 7

, que aGcen~eu 8 Presid6ncia ('P., D 'tI· '. ..::.ClU, l08,

pelas continG~ncia8 j~ conhcci~as, tinha ~iIit&ncia vessedis­

ta, € er8, t:;:J scqUf:nci.a. constitucion21 entao vi,crente, o ter­

ceiro \'ice-l)l~esi(lcntc r18 RC Ti útlic2, na oJ.:',.ler1 cxcluc\er::te, por

op. cito p. 54.

27

exercer e Presic,êncie, elo Scm:;co j fe z ulle. , ,

ur: l ce

l .. r;y Fm.Dco

,7usc81ino :=ubi tfJCheJ\: ele 02..iveire, c~ue e~isT)ut8m a Presi

e~"'e"""c-ic'":), (1_,"", Ec 11.',1.bll" ce, cor', . ",,,,,,-,,,1 , ~ '" ti l::io (1"> cc11 rr-::ç::o De'" 1 LJ _ _ _ _ c re '-'c'c, , __ 'AC i o., r _Cc:; r "cc'· -c(> ,cO' l:'~

sedista-pctcbista, teve oportuniC8~E, nos seus cinco anos de

Tl8nd8to, de f2~er quatrc nOi'eeçees e1'- ,ue 1irer10Y:line:r2T',

b~~, 8S or~7ens nativistas.

PoreIl ele s ~

Cen(ido Nette Filho

Viles Doas

Gonçelves ele Oliveim.

Victor Nunes Leal

S80 P8ulo

Uina8 Ge r8 is

l'.h11e s Ge reis

I.Tina s C-€r8is

J8nio Quedrc,s, eleito pela lcC'Encle uc~er::ist8, associade

a,o ncheiro do povo;; a que se refErie o Sr. Jurr:3c;y I\~e::elh8es ,

fez 'nl' o e o ura u ca n lIaça :

P ê d ro Cha. v c s S80 P8ulo

QU8.nto, fim31T:1c'jte 7 eo Sr. J08.0 C-oulart, quan:~o I l re:::3idE!!.

te nO~l8rleTé'(Jt8rtsrJO e, posteriorccnte no r-rcsidencü,lisrno ,

fez duas (Jorcaçoes~

- Be,hia

Piauí

Assin, teTlos dentre eles, de verios 'contos cl8 Fe(1ere.çe,c.

cor, diversos tiI)OS "e C"tueçeo ',!'ofissional, perlc::T:enta.res, de

SCí'b8 rge dore s, Pro cu re do r-Gc rel (i e8c1úbli ce, llrofe ssc re s, e(l

vog8elos ,'liliter:trs, honcns querevcf!tic1cs de: tOt'Ie, enIrenteI'8.D

en diferentes ~Doces e e~ a0versas circunt~ncies, co~ dcnodo,

coref":c:' c civis:"o, e c1cfes8 dos (!lTeitos c1ns cid8deos 9 o res­

peito 8 lei, e 8.0S dit2';'C~; cCDstitucioD8is.

l'or hover entrevistado vsrios r'it'Jistros que c1eci(~iI'8.~~l

quest~es pol{tic8s, quer entes ~e inste18c1a a Revoluç8o, quer

(1Ur8nte o ~Jeríodore'l701ucion8rio eté 1974 9 é que :,c p8receu ur~2

el8S re::r~)Oct8s, 8 do Einistro Gonç~~lves de Oliveire, ter 1Y'8.is

rcfletido 0:Jcn88T1cntc d8. SUprcr'8 ('r rtc 9 que,nto e.o te'le 6este ,

C8~l tulo g e insus;"!ciçe.o de tr I-~ini;::-;tro cr~ f8ce dc SU8 origel~'

p8.rtide rie •

A.GsiT:; se I)rOmmciou o r~iniGtro ~ ~ ~ "t t" liAs (leClSOes do SU'l.Jre·,·'o D8.0:;r'8n8Ve.T." do esplrl o :':),:r~ l-

c1srio de seus r1enoros. :ÓI'8Tn qU8sC sCTrc tOi l 8de.s per un8Dü'i

da.de de vo to s. Os qUE: creF contre e3sa.S clecisoec; j8cais len-

Se lc SfiC"l e se C010C8.8Se;'1 el'O DOSSO

. r r Jln~,es f0I'8,'1 substituld03

e, e'" foce das decisoes (1c DOVOS

la.do S ~ . r

""8is :i8recido cO~" os velhos JUlzes de"-i ti30s do

que os DOVOS juízes re(;éTl-D0f1e8dos.;1 (17)

(17) T~iy:i;::;tro GODC;8.1vES Çe 01ivcir8.

29

C A P 1 T U L O 3

o Supremo e,o início do Governo CaQ

telo Br=mco.

As primcir8.s visitQS e os depoimen­

tos.

Com 8. queda de GoulQrt, em 31 de março de 1964, assLUni

ra Q Presid@ncia d8. Rep~blicQ, em. caráter provis6ri9, o Presi

dente da C5mQra dos Deputados, Sr. Ranieri UQzzilli.

Ocorrendo a vac:8.ncia do. )residênci8. e da vice-jJr()sidGg

ci8. da Rep~blic8., Q CDnstituiç~o de 194G pre8crevi8. quo deu -

tro do prazo de 30 dias sG)rocessassem as eleiç5es, pelo Coa

gr~;sso Nacional, para o preenchimento das vagas.

Concor:ü tantemonte ao exercíci o do carGo de Presidente

pelo Deput:J.do :1anieri JlIIazzilli, dentro da f6rnula consti tucio

nal, existia LUn comando de fato Que governava, naqueles dias

tum.ultuosos de transiçiio, os destinos do País.

:3soe cOF'ando de fsto est: .. :w:J. ent:coCLlO 8.0S três ministra::

mili tares: Vice-Almirante Augusto Ham.aml RademMer Grttnevmld,

TEinistro d8. I/:Qrinha i Tenente-Brigadeiro Frcmcisco de Assis

Correia de 1:ello, Einistro c1a AeronnL1tica, e, à te,sto." o en­

tão Mi:rüstro del Gllerra Gen"'ral Arthur (l:!. CO:é~t,L e Silva.

As forças 3.rDadQs dava!: Lllilél. deLoE8tr8.~:ao clara de que

nao nroteudi8.ffi abdic8.r do controle d8. Dolític8. brasileira co ~ ~-

mo fizcro. O~ oe si5es de sucos$5es presiCenciais inesperadas

ocorrid8.s e" .. 1~54·, 1955 e 1961.

~sse, 8.1iás, t8.mbám, é o ponto-de-vista do professor

de História elo :Sr:J.sil, n8. Univcrsid:;tde de Vfisconsin, S~::idho­

re, que assiu retrata essa situação:

"Nos di8.;3 imediatamEmte conSCcLltivos CL fuso. de Gonlo.rt,

30

houve Lllil perí odQ do alJroen::., i VI) manobrar cr;tre a ~lt tE; política

do velho estilo, I;Iuitos políticos, mormente no p.S.D. e na ,,11 c,

moder8.da da U.D.li., procuraram proc.1eller como se 1964 estives...,..

se fadado 8., $er pouco diferente d8.s crises anteriores de 195~

1955 e 196L~ E continua em suas apreciaç5es:

" O lRlarechal Lott conseguira, eI!l novc;,.lbro de 1955, es­

se voto contra Carlos Luz e Café Filho. Hão fora neces~ário em

1954 E; e1:1 1961, qu[~ndo Vargas e Quadros tinham abandonado o

posto. Por q~e, em 1964, o Congresso não tentou repetir o vo­

to de 1955? ~ Para concluir:

" O fato era que em 1964, a iniciativa l.K:rtencia aos m! li tares e os políticc·s o se. biam. Os mili t8.res extremistas, lQ

go conhecidos como a "lin118. dura", entendLlIa que ~$ interven­

ÇOGS militares desde 1~4,5~ nada tirllmm rosolvic:,OE.11!! (18)

O alto comando militar que de fato governava, depois de

alguns dias 0e tibieza, necessitava institucionalizar a ocuPQ

ção do pi:ltCr.

For~, QrrcgLlentac10s j uriGtas, cnt::L~e outros, os Drs.

Carlos l'Ie eloiro 3, autO::L' do Ato r..º 1, c :francisco Campos, rQS­

pons8.vel pela redação do 3eu pre5mbulo.

O Senador Luiz Viana Filho, que viria a exercer a Cho­

fio, da C8.SCt Civil do Gover:lo Castelo 13rGr..co, assim d:]screve

a tocitura juridica do início da rcvoluç50 de 1964, naque'03

dias de ang~sti8. e pressurosa expectativa:

" C teulJO, ei'ltret8.nto, corria JL8.i[3 do quo o ato, e, in

do, né~ t8rç8.-1'oira, ao Laranjoiras avü]tar ~,lazzilli, chogs d')

da CalJi t[1.1, Costa o Silva insi8tiro. por que lhe dessen algurr'.

cloclU'J.entu, "..J.u~üquor coisa", dizia."

~ assim se refore Q participação daqueles dois juris-

tas:

"Francii3co C2l::'POS, que (0ntro os 3e\)"S tI tulos, contav8.

o de autor da Constituição do Estado Novo, ou 1937, s' bareava

a oportunic12de: e, incontinento, l;rc pôs-se a re digir UL'. pre5L­

bulo Ol.~ substi tuir]ão 8.0S consi\l..crc-.mdos q~JlO lJrecoc1iQJ.':l 8.0 texto.

Costa e 3i1 va GostCLva de recordar o pr~',.zcr cem qLW Canpos, g, caita a idéia, tirCLra o palct6, colocara-o LO encosto da ca­

dOira, e, de uu jCLto, oé,çrevvra o, pro5cjbul-o, quo se trmwfor­

(18) SKINDE10RE·~ Tbomas, T:iOP., cito p. 371.

31

mOll ef.1 Tllo.nife:3to [l l'bção. "(19)

Foi, finalI::l<;mte, em 9 de abril de 1964, oditado o Ato

Institucional nº 1.

~~sto ato discrj,cionclrio mantinho. q~Else que totalmente

a Constituiç~o de 1946, e criava UAa ambig~ido.de juridica o

mn paroxismo insti tuci onal de c ()nv:j.. vôncia C)LW S0 repclia[l1, ,

estado de f8.to e o~Jtac1o do direito. :Ssta situaçâ:'-" responsá­

vel pelos conflitos entre o Supremo Tribunal Federal e o exe

cutivo-revolucionário durante o Govorno Castelo Branco que,

por mais quo tenha sido pol:t.tic anonte hEÍl")il o relovo.ntemente

bGIn intencionEldo -, n30 8vi tJTj o. Cl8 ]i)er];l.lnoc:.t;,~::, ir~.v.":3ticl.a3 oon tl~o. 8.cuoL.~ ,-:br,Jgi8. 0orto, 2")or fQl~tc c.~os S()torci~; mili to.rGS or

toc1oxos.

,::sas T.L.rcLcLS (; c ontra:r::Lrcho.s, 8.vo.nç os Cc rGcuos, flu­

xos '..; rcflu~~o~) e1., vide!. ÍlwtitLl.cion,ü do paí,] 880 generalizn-

pois 6 U'."'él cLls 'T"l"l ~1'··r.·, i C' (I '10 v ~ .J... _, ," __ ... :> ~ \... )rislYl6tico clQ' ~

S8.S naç 00 ~-3.

personifica :':18 soci:;c1:ldcs illSti tl'ciono.lnont; i:t.'conGtCt.~ltos, por

soro1.1 ,3Llbc1e;sel1vol vil\J.s.

'\ ri tll" .':::;) 1'1" Conr'rocs" 1"~:-1Ci o··nl r'r-l '""', ',r:-o-mO C~l' '1 r t;,., '1", .1~ ,.)_ ,'--"::,-<l.. -; U LG "-' U .. c.. _ "u. l, c. """ i,,-L,cu," .l c ••. l J'-' lcc;,

fór .... ilLlla OLC,.;:!~t:ç.1Cl:l. :8 6 O próprio Luiz Viuno. Filho, CJ.uem as -

sim a descreve:

11 ° po.rlamcnto, Cll8.mo.c1r; o. eleger, dentro de dois dio.s,

em scss50 p~blica o votaç5o noçino.l, o novo ch0fe do Executi­

vo, agitou-se CODO UDe', colnóL1. Ali6s 1 por causa do po.rcldoxo

de se elegor LUJl lJrcE.,ic1onte revolucionétrio }nro. LUJ. govorno

constitucionD,l." (20)

O jurista Carlos Medeiros, ~ 690ca por n~o pr~v~r tal­

vez o toque dooencac1ennte do Ato nº 1, assim S8 oxpressa o~

entrcvü3ta ao jorn::.~l ~_glQl).~J.:

"O Ato Insti tuci Dnal foi o instruYl1rmto juridico da IleJl

voluç50 e se2 ele o ~oviuaTIto civil e militG~ de março se cor::.

(19) VIANA FILHO, Luiz. º_çt.o.:-:(~rn2-q~§.telo~Q;?noº-. :J-a (jd" Rio

de Janeiro, Livraria J9só 91iDPtO ~~itora, 1915. p.56-7. ( 20) VIANA FILHO, Luiz. op. ci t. 1). 59.

32

fundirLl com L'l~l golpe do .:::stado,", (21)

Os :J.rti.~()s lº ...; 2º, do A. L -.,Q 1 ~" , que ccmti21hs. 11 :1r-

ti~;os, (>stavQ.D. assi,.~ recEGidos:

11 ill't. lº - 350 TIo.ntic':J.s o. ConstituiçDo do lS46 o as

Constituiç30s ~st:J.du:J.is o rçspoctivcs oDondas, COD :J.S Bodifi

c:J.çoos crJ1:'-syc:.;:-:tos c1C3GO Ate. 11

"Art. 2º - A oloiçQO elo J?rc;sidoYltc; (; elo Vico-presidon

to d::"1 ROIJúblico., cujos mo.ad:'.tus tc:rninC:,1"D~) al" trinto. o LUU

(31) eb j'11,,~i11C1 de lJ66, so1"1 roc.üizacb pola fí1niori8 :J.bso}_u­

ta dos ~:::;o,'bros elo Co:'<;'1"osso li:J.cicno.l, del1tro c-o dois (2) di­as o. cont~1r CLO~jtc Lto, om sessDo pL~blicCl. o votaç3o nominal. 11

E8,_.Ol~CLia-;Jo ~lO forçado u.colJlar;1e~,to ju1"íc1ico-mili tar ,

o. " c ircuIlst5.ncio.: l• Ou :':--élro. 10:r:-lbrc.lrTlOS o j)o.:r.G[;c~(;r~to do OrtoGa

Y G8.ssot, (IUO o LorJ.OD. Ó 010 lI10SmO Elo.s, ~LS vosos, é sobretudo

C1 SUél " c i1"cuy,stCtncÍé::.!t.

constrCl..l;:siL':'ct o.

De L1L:' lCLc.1.u un L.omor,:,. de forn:::tçD() c1or~ocrQti, 0.,

C I '1'} (' t ~ r C lO rl fi \.- 1 ü _Ld _"' os c~».artóis, o podor milit:J.r, sua p1"incipo.l fou

, . COLl o:") C~OlS.

judiciCl.is 1 oL:.tro nels !Ie;ua1"i t:J.s ", oriont.::,C!oro. elo c:='L:irJ' o mili

tar, clcst:J. \T(::!. il1t·:;rc:3f]!.1c1o t~1}~:b9n no oontro] {) lJolítico cb llé..l.

COEl Li. loi.

Viria Q 301" tm ~OlDbQrisDO conc~liDdor in8tin~ivol, ~u

is, O::.J. {yr-nl ,)l'DVnloçorio. n "ei1"cr:.EstQj!.cio. ", ,:\ c:rlo 8f~~~.lVu

Ou co:~;o ~lO;-'; c1:i..s~)o o T'ü:-:.istro Gt:llÇ~llvos ele ()livoira~ 11

Quando JLllc1vcn.~os, nós Jtdzos, cnte:'."1d:l.:J.2W8 qcl<J o 18':.,8 oro o

do Rui: 'Polo 10.i, com :J. 101 c dontro ~l loi, porquo fOTO d~

setoros rovol~

r21TT:Jf)EIIT\;S-;-C:J.rlQ8. Entrcvi:=d;n conc:)e1ieb n .Q G1Qbo, Ol;~ 4

de novomLro 00 1~G4. (22)CÍu.IPLNE'.I.E, Aclri,lno &Hil tOll Lobo CaE~p;:'1.l1.:.i.olo. Atos Insti tu­ciono.is - Atos C~)~loE~8nt[l1"os .:. Lois COITÜe~:',.()nt21::(:S. 1:::1 ed., ____ ~_~_____ _ ____ L-____ ~ ______ •• '-~ ..... _. ______ _

~] 10 I'chll o, ~~cli->·u.'o. Atlets, 1971. p. 10.

33 , " n'-' 1 '1" ~ 1 ClOtl8rlOS ILLl2',CS s lDns curs, o (:"s seri8 tslvcz este

Cor s revoluç8c)? só COTO S re vuluç8 o, 8 re voluç; C O ci's cl C tu-

(1 o, Tl o rq u e f o ro

d i f i c ü 1 c18 cJ C S (1 e

" I".J!, ,...., I'

ds revolucso D80 h,,} s81v8çso. DSl surgire;'

c D t e D « i c e rrt o e D t re o J t.,; d i c i 8 ri o e ;] e tere s re -

volucioD8Tios, c"'orc esies seT'~'re 8c'tG:Jser' os julp8"'Cl1tosci8

SUJ'

rC'(01 Cc'rte, C 0;--' LL'O cue outr8 Ihficuld8(3e. li (23)

li beDéi'ic8 tel"'osi8 de C~-,stelo E2:'8DCO de governar co:'o

se estivesse govcru8Dclo DU~' 8 soc:ie,:c;cle eie sólie]s estruturs in

dustrisl (ie'-'ocn~ti(:é11 roliticon';Dte est8vel, quer 11810 exeLlplo , ,.. ,

reslstcDCl[] , re ts r--

rio, que, , ,

so ~~(!r,terlor"eDte, veio s SE concretiz,or.

Dests -8ncirs 9 so tC"'8r ~':osse ns Prcsic1êncis els Rc"',útli

C8, procurou c:e "roDto, f8zcr U":-:' visit8 oficisl ,').0

Tri1-: ü !1al F€(~crsl, €, posterior'CDtc, 80 TribuDa.l SUIJeTior

lei tora.l.

QUé)DtO ::::. (C'SSGS visi t8S "'rocumycos trsDsorever cs dis-

curos do ex-Presidente d8 ~epútlic8, e ~o ex-Presidente do Su

a" to , ,

ClVlCC os

seus "'8ne12tos no exc~:,cícios ele ou::::s norres funçocs. " 8-1 0 G [3 'csse no

,--ais 81to -'8D(}2t8:nc do C8ÇÕO, C" vú::it8r o St;;-'rETo, c 8""' 81i

chegaDC1o, fez ('eis crcves;roruDci~'"--cnt08. LJ''', 10,--;0 na Corte

SU'ire r 8, e U' c'utrc, cr" resC)osts -;-rotcco18Y 20 (llGCUrSC cloITe

sil~eDte TIi'ciro (~é3 Cost8, q:JC virio 9 -~nfltE:rior--'0nte, qU8DClo (:

'~L'\"_)I~<'""O "lC,· Vl'" O::;r'<~.,(r::(~C' p prr"""é'r '"~'p ,-:-:1--it,,(lC l'Devc<""l'vcl 1,1 .. , c, u ~ ....., u C,." '- ~_, :;/ .. '." .' 5' ..... ' ..... ' I../t ,,-.' lA. , ..... ' 'v........ Vi. ,_ A I..;... \...1. \......

. " : __ 1'1 t} C l'i lOS ~

"0 ~':'.'xcE:lcntíssi--'o SeDor ~r:':r-;~c':;81 Hur>crtu (~e AlcDc8r

C8stclc J3n:mco 9 no (:~o 17 rle 81~ril (1e 196~, visitou (' SUlire--c

'.L'ribun81 1.' e (1 E: nJl, m:ndc rccerido, DO S8180 FG>rc, T':elo IxccJen

tL--wi"o Senhcr =h(is'i~ro ,f.lv8ro =':out i.!1!:c Rj,:cl.ro (}8, Costo, per

tOGOS os :Cxcele'}tíssi~'();; SeDhcrcs Einis:,rí's e '~ielo =-:::xceleDtL3 , -

siro Se~lnor :?rocu:rc:rlor-Gcr81 :~8 Re;:úclic8, Dr. :~8rio eJe Oli-

ve ira ..

34

f e ri u 8. s ;] e g u i ri t e s ;-l é31S v rp s ~

liA pri'-'cire vez que seio (~8 S€C~E (10 Governo é i!ere virii

tor outro I'ocier eJ:-:, ~e,ú.tlice ~ o Su)rcr,o Tricunsl 1~c('lcr81. ~~~

e Cl u i v i n (1 o 7

c1esejo r I8nifesteI'-lLe o e"reço do C;~~Efe (~o ::=xecutivo e o res­

p e i to c1 obre 8 i 1 c ire' •

i1~~r8 o (.uc tinho e c"Lizer.;1

E-- sefuido 7 e-' nO!-lC elo Su-~,rC'--o TribuD81 I'cclers,l7 o _-x­

c .:.:le nti ssino Sc"})_O r Ei ni stro l.'[ou tinho Ri bc i ro (lO Co st,? 8.S si'

8.gre(leccu o visit8~

;;Senhor Pre;::;ic'cnte 7 I~8rec[wl E\.;:l-crto de },lcrjcer C8StE.:-

lo :[;rs nco . _ A.

j:.;xcc 18 nela. A vis) to C'ordi81 :-1;,e VCSS8 -:;:::xcelêncLci

re81iz8, nCiJtc ,-,orcnto~ 8.i_lt8 Co~~tc r~8 JU3í:Íçe trssilcirs tc-'

8Fplo sicnific8(~07 8inde "eis SC,;Dtü8líO-SE' poLo -~8tO eloqt5.en

te cue VOSS8. Excclêncle tiro' rou c--' n::s:J81 t2r: (1e se tcr Cí':JOS

sedo no Poder Exccutivo e c181i~ ~)clG.;riTcir8 vez, s8ir hoje

pHr8 8 ree.liz8ç80 desDe 8tO solene.

"Só isto '~cve18 o zelo? o 8."rcço e 8 8(lplreçeo (:0 Cbefe

de Est8cIo ;Iel::::s r1c"sis instituições 7 e co"'eç;8.r - or GCjUel8 cu­

je --isseo re2i('~C9 Prccisc-~--ente? ei' jUl["8J'9 e--' f::Ce d8 Consti-

E Drossc~uc ~cntro ~o seu estilo sin~Ero e contundente

o e D te o :J n: s i C c n t e c1 (. S. T. P. ~

lt L",," o·-~c-'r+I'Y'(. ri-C· n '.)I~~·(~l' (:"--Y'l'-e· I. "'. u v"! 1 '-. U _."..... \.:: ~ r " ~,,-.1 .J Fu:c-

rs.1 9 nest8 hcre tGC si['úificstiv:-; ~_)2Y8 ;:1 r':8Ç80~ !:'jE: (Hrija eo

ilustre CXH:;f€ cle Est?'-'C 9 r1 izCDr':c:-llle corccitcs C}ue~ 2 neu ver,

se c08c1uDe:-1 cc·--' o clclic8Jo ~--C-~~eD-t;O.

IIp.OC'C!·:>lt,cl~0l· ,1e l' ''"Iíl~-l' o C·l1r ;c-' __ .. c.... Io..J oc, . I.-. ') Ll -' ~ 1 u .... ~,'

8. sobrcvivêncie ,Jo dc'~'ocr8ci8 se h8 e f8Z€r, nos "'o--'(:ntos (18

8rise, cor- o s8crifício trsDsi tério (~c -:-ol("un~J (oe seus ~~jriDCí­

r::os c ,Q'8r?Dti8s cO'lstitl'cionei[i.il

PixetlClo~; trsnsitoriecl-rlc ("e sus-)er~",GO (l.e certas (];C':I'8D­

t L:; s c o 1, [-1 ti t lJ. C i C :"" 8 i s ') e lo J\. .• L n º 1 7 o P rE'~3i c: e n t (: (lOS. T. F • . l· , -, '. 1 lD( lC8, DO SE:U enT;C'j( cr 7 os reS"'ODS2VClS ('8u38(,01'eO, c "rosr;c

guc c1efinin:lc o ';",,'e1 e o co-:ortG---cnto qL'2~121i Clor di8ntc i

ri8 te r c ;::;u-'rc'o ~

35

vcrno ~6JOsto que, " , ve SE; nl co, no S e. r-

. ;-... , . '""-'. , Clrcunstanc18S VolltlCe.S, nao to-a -artido, nao c 8

favor r C": contra, Di,::O 8:'lau(le ::-;::~~--, ccnSL'r8. ~'-CJnté--sc, cquü'lis

te.nte, iDinflucc,ciÉvel :PE.;J.os ex-cre-- os e'e. -32.Xe.C ':olí tice.. Per

T"e.Y1cce estre.,nha 8,OS intcres::-,es cit'e (li ta" os ,.,tos excclcionsis

(1e f,ove rl"o. " ,

Nosso :10r1er de indc~,endencia ha (lC 1"e.nter-se ir'-

De r-'có,vel objetivos,

qua,isquer que se a resente- SU8S ;)ossibili(la(~es de desafio 8S nossas resistêncioG ·"'orsis. 1i

o ponto-Ao-vista eXDostc no

CO-'l' t,·l o '" "I~c I~l' O"Y' "C'l' C' l' "}clu "'1' '\7E:' c' . lA....L- c,:'.1 10:... .J... 7 1.1 ~ U ~ l.. .... ),

, , 1" , no '~)e rlor (' revo UClon8 ").0,

2S (lecisões jucliciais clesconl-:eci8" ,-] orifeí' rsrtidórie. ele seus

~"er'hros, néJO se jus1:ificanr30, e.o QUe' ros ~'aTece, }!ortanto, o

:'rcconcei to revolucionório oontra o S. r.['.F ••

Drossc:':uc o rhnistro Rib':.:iro da Cost2~ , . , c forçoso que se rcconh0ç'c, os JU2:,

• J' 1 . Jurl(, lCO, 118 "anutcnç8o ,10S direitos as-

segurados 8 viv~ncia hu~ana.

slto f3Í(mific8çOO o equilíbrio ('O c'J'-íritc :'C crític2 c de a,­

nóljse ele que h(} ('le'c v81cY5 ['o oT'ortuno irstonte, o juiz

fi!?u ra centre, forte . , 1 ' c ).--"['a ,slve no Jogo :'0 todos os 8CC''':!

tecinentos que

S80 8rtifices.

tc~bclece" confor-e os c'\:Lt:'-'-es ilr1 lei e C38 orre-" cC;'lsentide.

~or esses ob~etivos, nos

quais avulte c reconLccii'entc' (l(

, 112 C e

, DOO e '--eis '-'0 que C.1 -'0S18 coni::

r:!? inriteçeo a acres

cent8r cODtin\/.8 71 sntc e viris, reconhecetl(lo e1' si e DOS outros

hc""ens e forçe hU~'2na que se deve n::::T'eitsr E ~'ro--ovsr en sue.

36 CC € Croce. 1I

Lut8ri8 ""ais tarde, co~' o "les~o (1cstE:T10r e br8VUI'8, nos

di8S que :::;nteCE':-":;Y::;" 80 A.I. nº2, o qual indepE:ndcnter'ente Co

que dit8va. a Constitt.,.iç80, interferia no Su.prel~o, a(818ndo as

instituiçocs (le~'ocr8tic8s, que neste (1iscursc, persu8Cir8-se,

est8rl8T' s81v8s:

11 Su~, e r8 T' o S 8 c ri se d e Co v E:: rn o e c1 e au t o ri d 8 de que te n­

(He. 80 n8.ufmgio dos ins~i tuições c1ci'ocn3.tic8s, fund8'''E:nto (112

nOSS8 for"8ç80 históric8, linh8 r1estn:: indcclin8vel (18 nos88

tr8diçBO ;iopu18 r e l,olí tica .• "

1'1a s , 8C' ve rt i Ta q LI 8 n t o a o s n o vos ru:~ o s ~

1I,!ItJ1vcrtü'o-nos, porê'", (1C CJ1-;C revoluçoes se: evoluçoes,

s e r', j) TO f u n () O sob ,j e ti 17 os, S8 o 8 o C o n t m ri o, 8 que 18 s q ti e e 1 i b er

d8de n80 inS;,lir8, rOls desconhece:1 a::'1 êT)OC8S de histórie e ele

civilize.çeo, e que se enteroeT:', e:-'?:""8ndo nos filhos as ler"c:mo

ç a s dos lY3 i s e dos ,

evos, que d80 8poio e corforto e verteT1 do

ç U r8 no hor'u' tO,'18 do =,0 r tr; 1')8 lho 8 e sof ri r'e n to s. 11

Os dois~rechos fineis ao seu discurso seo voltados P8-

re 8. confi8nç8 que c'C~OSit8vO no Presi(~ente recér'-eT"}oss8doda

res~)eito à justiÇ8.; e terbéTl, (leflnições do '81:el do Direito

n2 constituiçeo do Estado:

tlNosses E:~::r:,jer8.nç8s SE: vc·lven 80S ob~ctivos (10 governo ~

'bit8r'ente ccnstituíe30 e j8 rest8ur8(~0 n8 suo 8utorid8(le C011S

ti tucion8.1, tenc~o 8. SU8. frente 8. figUr8. euster8, :'odeste e fir

r'e de Vosse ExcE:1Êncie cujo es~,íri to 11.1cic10 se Íí1llregne. de

conheoircnto 8~ec1urecido eles aefici~ncies de que se ressentee 1 ; ..,' ',~ r:l 'I"''; ; "" " ~ t l ~ ~ Ti' '" t.~ (ll 11 T.ec,;ülCtc:; ,-.. C· -"-n~ür.rG _vo etO ~'-' ,:;, . .10.

"Ser' lisonja, o l'ossodo ele vosse ExcelÊncie, refletido

ne nrcjE:ç80 de sua rerscnelid8Qe, de que ~ uivo teste-unho o

tre.çc do;"in8nte o --'TO [!I'8.' '8. r1e gove rno, ex~'o Gto à, Nec,Bo no 8 to

de=: SU8 l:osse "'er8nte o Congresso Focione.l, o 15 de novEcrbro 00

corrente rês, tr8duz e viv8ncie do hor'E:~-' c'lJ.1:.1ico cor' os 8ngus

tiosos 'nrobler'e,s que oc:,sob:::rbs'" e nosso crise de cresci""ento,

e resolvê-los cor vi

gor, inteligêncie e 'ietriotisT'o.

íi.f:..dvirte-se o ""'undc livre (~C que 8 civilizeç80 etual 12-

xiCe a org8niz8çao de ur Estedo Ce funçoes Dositiv8S e cri8do

r8S, r1eo W" :CstGclO eTono, ~eI'8 elé~ ele nOSS8 tutelo (los go~

37 tias individuAs ou ~rupalistasj ~ois e r lug~r do livre joco

dos interesses ~riv8dosj insuscertível de a~toT~tico equilí­

brio gerador de crises dentro e fora ,~o Estac10 j - c que (ceve

rrevalecer é a livre atividade indivic'lu8l orclen8cl 8 no sistef'18

118 ri" Ô n i c o c' e u r' a cu 2. tu ra (1, e c 2. r8 t e r h u r 8 1.1 i s t 8 n 8 ~il e n i tu d e (J o

si@'nificc-3c~o que Ceve ser 8trib',·iclo 2 est8 --81avra ( Professor

Higuel Rcali).ti

A trcJtJscriçao na ínte['"I'8 ela. troca de discuros parece\)­

nos ir~)ortante l,or ter 1~arca.(10 oportunir'a('e 'Jública e oficial

de externar-se a Tlosiçao entre ,

os ~ois poderes j que so sc re-

]lctiria no fina.l (:0 Governo Castelo --=1'8nco, :)(Iis os outros

três Presic1cntes que lhe suce(lera-e~ ~;rcnovera" visi t8.s~roto-

colare s ao SI).~, rOTCO Tri t tHla.l Fe (1 e 1''81 , ~

'jOJ"eTJ ser T'ronunciarentos

1, .

rio l tlCOS.

E finaliza, justificondo o Clue lhe Dar'2ceu:~lrolixo, fOas

de estraorc~in8rio parco histórico, ~~cr ser uT'a tops.c'a de posJ:.

ça.o llrelir'inar, de liOsicioD,Jl'8nto (~OS dois poderE::s, que viria

de:)Ois a. scfrer dctcrioraçao ~

"Perrita que alongue l,or l1cces;:;idade Ce ser ~lrcciso, 8-

cresceDt8D(10 nítido r:oDceito (le qt'e Vossa ExcelÊncia, ~Jela ex

periÊncia, j8 se (!eve tera~;E:rcE'bic1o.n

E ci tando Reole, lX3.r8 concl'.ür~

II.!\O contrsr"Lc elo que se rrofctiza cor~o sinal dos DOVOS

te'''pos, o (irei to qUE vai surgindo c se afir'a.DCJo 8través (~e

vicissitucleD (lO vida conte r "_JOr8Dea, é o direito do Estado clue

distingue os [!TU:':OS, T'as nao os De~8ra, 8r'tes os coorCcr18. , resrejtaDclo-os €T' SU8S funções esr ,ecífic2s E n?tuY'8is; elo Es­

tado q liC n8 o vi S8 8 Sl)-lTiri r li "c rc18 (1 e, T'88 se ci81i z8-1no, t~

do f8zeDC10 ~)ara CJ:"~C 88 1ilcnl8.Cles -10tenci8is C"o 8nti{'as (~e­

c la ra ç õ e s s o 1 e () e o o E. C o n c re ti z e T ET o i t: 8 ç Õ c s s o c i 8. i s e o e e x

:lreoocr e;' UI' crescenclo de 8'ri~-'or8:ento intelectual. ,:0 Esta

do cue n80 oe li~-'it8 ~ declz-'Y'8.r o i~ircito, r'8S (!ue~ "ele se

subordin8ndo, se i: ~onh8 8 si 0es~0 o 0ever 0e nao o deixar i

na.tl,aliz8do ET :CI'80 conc8tccações lÓ[Tic8s c ~'TeceitoG

~8is. (Uiguel Rcale).

for-

nSe j8? 8SS1l:', c rrobleF8 elO (lireito, antes que tudo UI'

'rotlna. (1e vi(18 e (1e cul tu!'a, e1'- SU':8? o veículo (lo ~-!r0f:res-

so constru~ivo desta Laç80. estou

certo do

nosso Governo, 8 &'r81lde figura do F'resiclente C8.stelo ~~ranco ~

que aqui se encontra, na oasa da Justjça, no ~rireiro ~i8 e­

quevom clc~38ir do T818cio c~o Poclcr ~xccutivo.

ET' se (' u i c~ a, 2 i rd a d e i n~ rc v i s o, f a lo u , e r b re ve ch s c u r­

so e nestes t8I"'OS o :Carectsl C;"stelo J3ranco~

;;E[celentíssÍT'O Senhor Prcsic1_entc, ExceleiJtíssÍT1 0S Se­

nhores I\hnistros~

IIN80 conheç o o :~ ro to colo r~ e St8 Ca sa, n8 S acred i to que

8S nOTI'8S a.qui 8 rlot8c18S [\8.0 va.o contr8riar (; ;-'eu r1esejo, todo

natural, ele res~londcr 8. saudaç;o (~O Excclentíssir10 Sc:nhor Prc

sie}ente.

HOuvi bCT' a c18rivi(lêncÍtê! cor' que SU8 Excelênci8 C8r8C­

tcrizo\;; 8 si tU8Ç80 ~;tu81, 8Dotei ter e sir:cerB"cnte as 8C1VCr-

t~· C' -:- 1 A. f 1" h 1 enc18s que >..lU? ~_.·xcc enc18 T'lc: ez, ruí' Tl anc C1V1CO, c_"aFanClo ~ , .

8. 8tençao )ara c' c;xcrC1Clo "2 J\)~)tiÇ8 n8. T)(::i"OCr8ci8.

nrroclo I)rcsic"cnte (la Rc-púbJic8 SET"rc E:ste 8S vclt8s COi

8. lE:[ali(~ade e, ,o-ais rlo (jue isso, co:" a c1efes:J (18 le!"81ic18C' C.

'i' he quel~ pense e "uen diC8 que e[i88 defesa este intejI'8f.'ente

gaY8ntic18, quando lfa;-irr E::rr:do' (~is~Jositivo l"ilitaY a 8ssegu-

, E nu: lr':'cto gt;C 1Jc1' tr8r1uzia as SU8S intcDçoes (le se so

brejl0r 8 ,:u81qucr ti~-o c1e:~'ressao -:--111t8r, gl)C, 8 ['üito custo,

teve de fazer concesooEs, continu8:

~ressao, co~o sntifG defensor ~a leC81idade, de que h8 ruito

o g u e Lê! zc r -;-:a r8 ne' rr'8S ..; , , -" r.':l C1 J U rlCt 1 ,~._. ü Pen-

1 .' so que e a eS-G8a mF'a ac1_i'ini,-:;tl'8Ç8C que rea.lize cor: honE: stie12

eJe e olhando 'i8Y8. o futuro. Penso c ue e18 este na ~-'a.nç'ir8 c~€

consicl er8r o Con{'resso LaciorJ8.1. Penso que ela este rJa coe­

xistênci8 rl08 três rocleres e que eSG8 coexi:::;téncio reside 1:1 ui

to ne iniciativa 00 Poder EXfcutivo. E ~lnsc t8~b~~ Que a de

fesa c18 lCC81irl8 e este C"sractic1a, q\.'8ndo o FresideDte <18 Re­

l,úblic8 8sSP.'7urs conr' i(,oes ')a1''8 o fur::cio Y1 81"cnto (18 Justiça no p8,ís. n

-.-. l' D conC~Ul~

:::;;-'ui 801(18<10, clci'eDsor d8 le('81ic:8de, e 1"lÜt8S vezes re

39

senti verc18c1eir8r"cntc cJeso18do~ qU8ndo Vi8 ,

que e18 so podi8

ser T"8ntic18 cor' e'S bsionetss n80 enS8rilh8d8s, ,'8S coloc8d8s

f ' . :..: o r8 dos c. U 8 rt e l S , 8 fir 0e que o Pc0er Executivo continu8sse '=' r .... r-. j-.,:' -'rlT"" 'i~ 0+-· .-- r-.; ,-.. O' r P 1 l' T~ ..... c'. úzer. Cl c,., lL.L ... , "r,:, ".",.0 , CO cOdJ.r O ocer e n80 8. c.8r 8 18Ç80

as cOr!c1 ições de vida necess8ri8.

li Pro cure i, as s ir ,

ros8 s p8,la vr8.S (~e 'lc' 888

Senhor Pr€siderte, res~onder

Excel~nci8 e acolher 8S SU8S

, 8 S fene-

8d ve rtên

cias e be~ cc situ8r na conce~ç80 de le~8li08de que tenho.

"tIui to ot,ri[':8.do. 11 (24)

o s J) e p o i n - e n tos

V'· ", ". ,. '~1 F t' arlOS "'UJlf::n;ros aue GeClC'lr8Tl ques-coes -)O,l lC8S no re

ríodo revolucion8rio do Governo Cestelo Br8nco, n80 ne r 8r7:rc ,

,elo cor tr3 rio, cxel to T8.D o e Ofo rço do ex-Pre siden te, ec re s­

peitar as decisões de JUStiÇ8.

O valor hist6rico e a iT"p8rcialid8de dos result8dos en

t t · ,. .~. b' ~ respos 8 ao nosso qUES lon8rlo, reslcllu, t8T' eT1, na prsc8uç80

ele distribuí-los a.os que vivemrJ 8. tUDultuoS8 fS.se pOlítica

bm.sileira" quer tCDhaD sido vinculodos 809 sisteT'a revolucio-, .

na.rlO donina.nte, q Ut: r o s te nh8J] pre cedido.

O I':'Iinistro Luiz Gs,llotti, ex-presidente do SU1;reT'"0 Tri­

buna,l Fede ro.~, Bssi:- se pronunciou sobre e sse De ríodo ~

" O Pre sicle n te Castelo Bm reo concobou o Suprerorri bun8l

Federal cono m 's. iDsti tuiÇ80 autônoTla,. No período eT." que lhe

foi facultado aposent8r servidores p~blicos, inclusive Dagis­

trn.dos, js,ps.is usou dessa f8.culc18ele contr8. I'.íinistros do Supre

I~O Tribunal Federcü, er,bor8 sofresse prcmroes no sentido ele

f8.zê-lo." (25)

O lVIirJi stro Oswaldo Trigue i ro de /ü buq ue rq ue Nlello, ~,re s

tou, nesse psrticu18r, o scu depoi~:ento, v8.sodo nos terroos que

se segueL': "lJ ~(..,J' t '. 'J 'J l' t 1 F t . . ._~ naçoes er esaglo GO Gesenvo Vlr~n o po l lCO equ~

(24) C6pias dos discursos C1 2 ~~,rir'eiI'8 visita do ex-Presidepte

C8.stelo Brnnco 0.0 Su~~reco, fornecid8s pela Sccrct8.ri8 do S.T.F~,

nos 8.rqui vos do 8utor. (25)G.f::.LLOTTI, Luiz, Entrevist8 cODcecUc18 €T" 7 de julho de 1975, Rio de Janeiro. Ero 8.ncxo.

40 ,

valente ao do Brs.oil, existe se~~:]Jre UP hiato entre o pa.ls le-

1 e O ~l' C< e"'l fi'C'c<e (le"''''J' 11o t'=''""e n to a' oal' s ~cent"c.>("Jo n~'" ga. pt? '" r c'. • .w '" ü .. l üeo. LA.o c." LJ • e? U LA c" .1 t? '-'

tr8.nsições de car8ter revolucione.rio. No Governo Ca.stelo Br8.n

co, ocorreu a.inda a. peculia.ridade de l'rocur8.r-se conciliar o

processo revolucionerio cou a. lJerr18.nência. do Cong:resso, a li­

berc18de de ir.'prensa. e a. vigência do ha.beas-corpus. D~ssa ino­

V8.Ç8.0 (lecorrer8.m dificuldades inevi teveis e notórias~ O gover

no revolucionerio n8.0 podia exinir-se dessa condiçao."

Par8. 8.d i ciona.r:

" O Supre1'1o Tribuna.l Feder8.1 estava. adstrito 8 aplica­

çao do direito escrito, que a revoluçao sODente pouco a pou­

co veio a r10difica r. 11

" Nao ne parece que o Presidente Castelo Branco tenha

tido o propósito de rebaixar o Suprero Tribunal, que a Con~­

ti tuiçao de 1967 ca.nteve coe 8.S prerrogativa.s tra.dicionais."

(26)

Do Ministro Herr'.es Lina., coube-nos receber, a. propósi to,

a resposta que tra.nscrevenos~

" De I'.odo todo nosso o que ter'} tra.uI.1atiza.do a. funça.o 1'rQ..

tetor8. do SUIJreno é a rotur8 da ordev consti tucional. Quando

ela se verifica., o Poder Político amado e deliberante, erigin

do seu a rbí trio e f.' . no mB de aç8.o, vai a. té o ex treno de julgar ' .. , O ~, ,

os proprlos JUlzes •. r8, o SU~Jrer:o na.o e o antigovcrno, porf'J;l

una peç8 .. do governo. SU8S decisões cor:rpõen t8.f.'béL.! 8. voz gover

naDental. O reconhecil'"ento d8. I:iss80 de proteger, 8. cidada.nia.

1 t 't ,. . '"J' "J E tI" COI1lJ e a 8 eSl:ru Ur8. ClVlC8 e JurlCllca (10 's a( o.

E prossegue:

"N8o é só o Poder :8xecutivo que f81a pelo Est8.do. Os

poderes públicos, cDbor8 8.utêno:-nos, tenden, fund8r:JentalL.!ente,

8. trabalh8.r ec h8rnoniç.., porque S8.0 eXl!ressões políticas da

TJ.eSI'8 estrutur-s. socia.l. Todos nascen (18 reSD8. fonte, convergEr

llar8. os TJeST'OS fins, -pregaI} idênticos valores. Eis 'Dorque o

Supreno não faz o antigoverno quando, n8 Dissão de velar pe18s

libercI8des e gar8ntia.s, julg8ndo nos liI'i tes d8s leis vigentes,

concede h8.beas-corpus, declara nulos atos a(~Dinistrativos, e-

(26) /iLBUQUERQUE IiffiLO, Omm.l(~o Trigueiro (le .. Entrevista conce

dida en 12 de aGosto ele 1975, Jcw Pessoa. En a.nexo.

41

nuncia a inconstitucionali~ade de leis, pois tudo sao aspectoo

que na c1in8Tlica, de sua a,ti vic~8ele e m-3 totali(~a,c1e de SUB vida,

se 8,bsorveD e produzen efei tos, se0 por en perigo 8, orden ins

ti tucioD<:úizada. "

Concluinc1o~

"O Presidente Castelo l=jrance concebeu o SU1')reDo coro ins

ti tUiÇ8,0 autônoT:J.8, dentro ele sisten8 consti tucional eT' que ele

se enquaclrava, desde a Constituiç80 de 91, cono tribunal desti

nado a, julgar -;}ela :;Jrovç. dos 8,UtOS, l,ela interr'reta,ç80 e aTJli

ca,çao d8,S leis vigentes." (27)

O I\hnistro AliorJBr Ba,leeiro, referindo-se aos conflitos

entre o Judici~rio e o Executivo-Revolucion~rio, que ele pre­

feriu chaD8r de ilincidentes" (focalizando UlJ deles), e, qua.n­

to ao cODl')ortaDento de Ca.stelo :Branco, diante da,s decisões da

justiça" Da,nifestou-se dentro do seu estilo fra,nco e desT)oli­

ciado:

"Conflitos entre o Executivo e o Judici8rio" nos prinei

ros anos d8 Revoluçao de 1964, creio que nao houve. Nen o Ju­

dici~rio deixou de reconbecer efic8cia 8,S nOrrJ8S de exceça.o

(li tad8,s pelo Corla,nelo Revolucionério, ou pelo Presidente C8,St.§.

lo Bra,nco, nen este negou cUf1prinento 8S c1ecisões dos Tribun8

is."

E e sc18,re ce ~

"Houve, é verdade, UL": incidente entre o JllIinistro Ribei­

ro da, Costa" l'resi6ente do Su~ rero Tribun81 Fec'lera,l, dUD lac1e;

e o genern,l Costo e Silv8, "ünic;tro ela Guerra, do outro la,do,

nais pelo te~-pe:rt:;-;"'ento belicoso ele 8.'-'[OS, que era,:, livres di­

zedores."

"J~. De referi ao tE.TT,cra,~'1et2to 8,rreba,ta.do e guerreiro

tanto do Presidente Ribeiro dA Cost8 qUBnto o do General Cos­

ta e Silva, aebo s bm,sile i ro s cor:- gra nde s se rviç o s 1') re stado s

8, Na Ç8,0. "

E frisa, Co rOSiç80 de Ca.stelo diante (18s presso(s nilit8

res:

",A neu ver, o Presi(Jente Costelo a. despeito d88 llressCEs

da, 1I1inho. (]ura", ou qua,isquer outras, respeitou o ::;rincílJio de

( 27) TIT"-r H JJ ~'.l!:i, ~e rne s. Entrevista j[ Cit8d8.

42

independÊ:nci8 e h8:rL' oni8 dos Iiodcres, segundo e.quele direito

ent;'o viBentc. O Juc1ici8rio, 8.0S olhos del., n8,0 era UI:' "81leQ

dic€", Ll8,S un órg;'o de estruture polí tico-consti tucionel, se

gundo o Direi to de eToergÊ:ncie que e, Revoluç8,o criou e ]lÔS e 'L;

vigor, sef.l desobediÊ:nci8 do IlOVO." (28)

O Ministro :Sv8,ndro LiDS e Silv8, r:;ue enos delwis de ins

te.ur8.do o IiJlovi~ento de 1964, foi. el'"osentedo juntaT"er:te cor ::8,

is dois outros r:ünistros, e,lloseDt8,e~ori8 ",uni tive. e de respon-

sabilidade do ex-Presidente Costa. e Silva, resrondendo nos

sas perguntas, assin se definiu:

"Na, eclosa,o e desfecho do rovi,"ento de rJarço de 1964, o

necanisDo de substituição do Poder funcionou, no priDeiro ro­

Dento, de T'1odo nomal, subindo [;, Ch€fia do Governo o substi tu

to lega,l c1 o Pre side n te da. República, na Orr'i en e st8 belE cida. na

Constituiç80.

flOi to dias dq,ois foi cdi t8do o ;,rireiro Ato Insti tucio

nal"que nanteve a Constituiç80 de 1946, er sua quase totali­

dade, Por pmzo lü"i ta.do (seis '(leses) fomrr çonferidos lloderes

excellciona,is ao Presidente de:; Re:'útlica (art.7º)."

Refc rlndo- se a o COI'ro rt8l::€ nto u nanine da Co rte : I"'J ,......, A.' . b .

"Nao houve a,l tera,ç80 q~aDt9 e. conretencle e es etrl Ul-

çoes elo SUl)rer:w Tribunal Fedem,l. Os seus juízes (todos, e

n80 alguns) continua,reT' a cUflIJrir s Consti tUiÇ80, que Dão dei

xs,m, ele vigom r. " "O . ,. 1 . 1 ,.... h . 1 1 prlncllllO e 8. lDe epene:..erl Cl8 e S,TI' Onl8. e os poceres

no que tocs. a,o JUdici8,rio, foi observ8elo pelo Presidcrte Cas­

telo Branco."

".As decisoes do SUllre,"10 I}' ri.butlal fO:r2~'l obedecic~8s e cun

"" rl' (1 ~ C' " (29) ..L) AC.:i,...;J.

Cono todos os ninistros entrevist8do~ o Ministro Adalí­

cio l'Togueim, não se furtou en extcrtl~r o seu 110nto-c1e-vists:

"O eDiDente Presie~(,Dte Tlarechsl C8stelo Bmnco seDllre

(28) BA.LEEIRO, AlioD8r. Entre'\lÍst8 jó citada.

(29) LINS, Evsndro. Entrevista concedids e~ 7 de julho ele 1975,

Rio de Janeiro. Er anexo.

43

. r. A

tiT'lcrou er a,ca te:;; r o rrlnCl~'\lO da inderendencia e ha t'l':"'onia do s

~io(leres, buscando situar o Su~)reLlo Tribunal Federsl, nu'C"a po­

siça.o de vCrf18'cleirs a,utononia." (30)

J8 o lhnistro Thenístocles Br2Ddao C8valc8nti, reconhe­

ce o esforço hercúleo de Castelo Brsnco, de tentar e preserve

çao de UD ponto de equilíbrio entre as pressoes Dilitares e o

arca.bouço legal, l)ois, inicialrcellte penS8ve., irte:rJ 8,que18,s se

exaurir no A.I. nº 1, de vigÊncia, auto-lif1itada.

N~o deixa tarb~o de e~itir opini~o sobre a. coexistÊncia

inc5vada do estado de fato e o estndo de direito.

E assin se pronuncie e1' re[3TlOste aos dois l)ri""eiros

itens do nosso question~rio:

liA CheDé] (18, "lega,lidacle revolucion8.rie,1I que l"lrocursve, eg

qua,drs,r a revoluç8.0 dentro de UT'a filosofia legal, n80 se cOQ

funde corl o e st8do de dire i to, que n8 o a,drü te ce rta,s lini te,ç.2,

es 8. liberda.de, Der' un cOT':,ortei"'q1to func1edo TJa.is no feto e

na. necessidede, do que no direito.

"O Supreoo desconhece outra for~e, de decidir que nao se

ja.TI e, lei e o direi to. O seu corlJorterento heverie, de diver­

gir do Exec~tivo.

1I0,I\lbreche,1 Cestelo Bre,nco, 8S durss rene,s, aceitou o

.Ato nº 2. O Surrer\o, peTe ele, neo f'ludars a sua, condiçeo, 1:' es

1:0 no sistera. revolucion8.rlo." (31)

Essa linha. de re spe i te r e s de ci sõe s do Su-;. re-·o ser:: se

descuider do foco de insatisfeçao que ela rroduzie junto aos

setores T'ilitsTes ,"9is errsig:Jdos, se ris, UDe II via-sa,crsu , per

corrida pelo ex-Prcsi0ente por todo o p~ríodo governaoental ,

que ~s vezes teve de to~bsr ser ur Si080 Cirineu, a n80 ser

ele r'íesno, t€ntanr'lo UD.e estrstégia, que só conseguiria no fi­

nal, coe a Constituiç80 de 1967, ras nao vivendo o suficiente

pars. f18grsr as dila,ceraçoes qL,e 8. n.eSf'l8 vlrl8, a sofrer, C07"O

t '. 1 't ~ f tI' l 1 es ua rlO cc uroa, Sl uaçao a,c ue, que 8ln(~a ~)er(lurs,.

Ers, UDa bilaterslir"8de dicot5,-,ica, cuja, h8rrc oniza.çe,0 SÓ

(30) NOGUEIRA., A.delício. Entrevista corh~edi(la ec 19 de julho

de 1975, Rio e"e Janeiro. Er anexo.

(31) CAVALCANTI, Ther~ístiJcles BraDC18,0. Entrevista concedida.

eD 3 de julho de 1975, Rio c1 e J a.ne i ro. En a,nexo.

a onisci~ncia ~oderia conSEpuir.

l.1as elc nunca se conforr 8ria ..

44

1"" • t 118. ~18 'll S 8, que aconteci~'er}tos ~;osteriorcs5 c=,ciantc cle-

scnvol'lJidos neste tl'atalho, -:'"oltr8Y'80 o qU8t!tO iTi8. rersistir

na cansativa redlaçao.

l.:;"enas co:"'o ilustraçac' cio que 8ca1:81'03 de escrever, r(-

":~assei"~os o que ("izia o jornc'li'Jta Carlos C,::stelo Dr8tJco, cor "l . ~ "l ~ t 1" T sua a@w'eza. na a.;'ncclaçao (lOS :;~" os [O 1 t1cos, no tJorna.l do

Brasil, de lº de outubro ele 1965, 8.S véslJeras das eleiçoes des

ex-Governadores Negrn.o ('1e L 1-:-:'8 , no esta.elo da Guanabara, e 1s­

ra.el Pirlheiro, no estado ele l\~ines G'é:r8.is~

"Qua nc3 o,

nha eluTa e a linha "bra.ne18, o

no oalor da disputa entre a li­

SU"rer"o Tri1:nmal Federa.l conce-

deu habea s-cor~'us a.o ------~-

G " G" overnacor (Ie :rOlas, Sr. I'~auro J30rtres, o

O Presirlente Castelo Branco si:""ültarJc~rcntc enca'-'T'ou, nu!' co-~ ~

f'unicado oficial, a imligr18çao (la OT,irliao r'ilitar contra o

sentido Dol{tico ~a dccis~c, retirou 'e Goi&nia os oficiais

que 8.s~~lravar, a virar a r'esa e in~'ÔG res'~ei to ao acérdeo do

Tribunal.

nperranecem10 o foco de crise, o >rcc::ic'ente '''obilizoufi

na.2.r i entc o disTlositivo fover,·ar"elJtal ele Conrresso c clCcTEtOU ~ , ~

a intcrvcnçao fee1ersl er Goias, oU,ja exer;uçao coube a mo dos ..C> , • • , . l' . ~ '1' 0.11C18.1S que 'IrE:COnlZaVa.T1 o tra"t,:;~'cr:to :"O.ltlCO e n80-~"1 ltar

da si tuaçeo. fi

E conclui o jornalista, ~"81S c OU€ isso, U""· analista 80

cial dos fotos ~ol{ticos:

Caste10

TI ra n c o c1 e v e i3 e r 1 C"1 b l'S (18 e G S s ir' aI" (1 c' n 8 v é s~~ e ra e~ e e~! i 8 Ó c1 i o s

que :,oc1err::;0 exi{'ir de seu viTtL:o,--üsr'o cstr3t€e:ico DOVOS :'ala.-

b a ri sr os;:; bis sa. i s •

"E8 cont1ngeDci~: inevi t8vel eL: ,l;:n~ ~.)osse aos :::lci tos

sejcyr" , qusis fore" os prEcec"eDtes 8'~ont8r- o cs"-iDhe ,1e ur' eD

rijecü"ento d8 liDha revolucioDfrü). ,I (32)

O Su-:.~rer'o Tribunal E'E>"cTtc'l se cOF.-ort?ri8, clentro do e-

1 ' '. Tia rã Dt (3 e? o rE:: vou C 1 o D 8 rl o , [O te r::. 1 c D'i o ? to (los o s lJ c eli (~o G que s u

1Olicasse," -:::roteç,::;o, ()cG(le ,:uc" Constituiç?:o e 8S leis ordi-, . . . .

DéJr18S, 8.SS1Tl o ~)eri'"l tlsser'.

Ca.da. de ci 8e.o polí ti ca., ca.d8. con ce s 88.0 de ha.b eas- co rpQ.Q,

(32) Jornal do Brssil, ColuDa (lo C8c~ello - C8rlos Castelo BmD co, lº out. 1965.

45

ecoav8. nos setores militares Fiais inflexiveis 1 COI"O "\7erdadei

ra provo C8 <,,:a o.

Inúmeros fOrBTYí os Y'JecHclos (:e ha"beas-corpus concedidos

a polfticos~ ex-govcrn8aores~ ex-secrEt~rios de estado? ex­

presidente da República? professores, estudantes, profissio­

nais liberais, e o sOTY"latório dess8.s decisões "Drovocou o inom

fomismo de Darte (10 poc1er militar para com o SUl)remo e o ar

rBi{Tac1a concepça.o do f8Cciosisrno (le SU8S deliberaçoes, sedi­

rnen ta nelo um pr" con ce i to c ue se to rna ria impo ssí vel con ta r.

Iremos, no capítulo slJ'bseqüente, que preceder? a Dar~

tiva das c1 ecisoes do Supremo quanto ao princípiO da l"edera -

ça.o, mostrar como se eXIJririra1Tl os m€TObros do S.T.J?, n8 cOQ

cessa.o de habeas-corpus eTrl defesa d8 lit,ercla(le de nensaTl'ento

e (~a liberdade de cGtec'lrs, por cOnSiC)ErGfflOS uma (las aTYlostrns

elo universo elas decisoes judiciais? :ue, inelutavelmente, l~ " P"~ t ~i tI' ., ~ A T 02 varlam o reSlüen e lJ8S e o, aGraves (10 .!~ • .L. n"' ,a encon-

trar uma fórrr:ula., que pOGtcriorr~cnte se torn2ri8 insuficien­

te, de interferir no Supremo, aUTrentando-lhe o D\J.mero, paT8.

a.tefjr)er aos setores Té!ais indigm3(10s COTY' a linha (le independÊ:n " " r~" "I ~"" Cla JurlCtlCa c<aque ,'3 C88a. cle JU~jtlça.? que para eles era TOacu-

led8 de tend€Dciosidades espúrias.

46

C A P 1 T U L ° 4

o Su~rE~o~ a Constituiçao de

1946 e as leis ordin8rias.

Li"t'cnlaclc (le ~"elH3apento e liber­

(l2(l,E: de c8tedm.

escritor JosÉ _A:-'É-

rj-co ele 1._lr'eid8 te" w- -:'cns8-:-'ento, que nos ~'ro;-ici8, r'erguJhBQ.

do no ~-ass8do~ ser' riscos r~e DOO encontr'-'r ontEx o -,'es:'o Su-,"-' l' '. 11··,.... (I ],rer"o e"e hoje~ estr::belecer m'?' CO--_-8:::'8Ç80 C!lstorlca. [-lZlc::,

II vo lto, poreue voltar é uma, forma de -renascer € ninguÉT!1 se

pe rele na volta."

ET" 27 (1E' novc~'tro de 1(';94, o Su',rer1 o Tribunal PerJeral ,

8nu18 8tO (lo PO-.~cr :::::x;~cutivo, ('lJ.!.- (]cr:"itir8 o :'rofessor A,lciôes

Bruce~ :,01' n80 cncontr8r ,,'---81'0 legal "sra3cuels :;urnç80.

Lssir n8rra_ o c'isóclio 8 ("1'8, Ler':=: Bocd18t RoJrifues

tr8nscrevcncl0 o rCfmr"o feito "elo l.:il'istro 1i'(rnan(10 Osório~

"l'Tore8(10 lentE' substituto C" 8'ril de 1890, o arclado

2 (; r"o A

,-e[1'--o : es. Fa r.oi te ele 13 de sctETi:::ro de

semc}cclsraçao (1e T"oti \lO 9 1, ,

que (J, 12 S até hc.je no o (10 s a_LA

L co-:: /. . 1 p'" T::J"" -.., T'ctencla (,O oc'er 0UCllClarlO -;8Té'3 C()r![',ccer (:0 ca so e st8va es

tabelccida n8_ ConstitlÃll)80 (Lrt. 00~ lctr8s 2.,b e c). A inc1c

pendêr:ci8 _Co ]0(1er, ~)eja cr;.c quol for, "ac vai a_o ~~cr.tc C'C

a Consti tl~iç8C."

~' transcrevc o ac'- Trlão ~

47 '. '1' F " Ss o n ü lo 8 "O r c o n t rr rlO s s. e l, o S 8 tos do [' d e r Exe-

c ü t i v o, e 1"' () o r8 e X" e-~ i c1 o s rI ü Te:; n t e o E 8 t:: e1 e cJ c si t i o, (1 C' i t i li' 1 C

Ur' lcnte 8ü1-:'stitüto de c8rgo vito.lício que c,~eroi8 DO curso s~

J)erior ds Eoools T~ilit8r (lS Cs'ütsl, e (18De]C ":-COVir°~;DtO defi-. t . l' 1 1 + .' c' .., 0'1 0. "" ", c J' ü -i o (~r-, ('O nllVO s I)'--S csCOlrs ce en L,e ns r'eS:"'8 CuL. ··c, , ",,' ~r", ~Z ·"-'0

. 's {Ia r o s \.1 C n c i,', C D t c S ,1 e li i (lOS 2: o l~; f! t e (~e T' i t i ~~ o, (1 e s (' e ::> (~ 8 t8

d8 c1e n is8so 8té (jU€ cesse '" 08 efeito" r"os (~itoo 8tOS ilc{"8is."

S€tent8 anos ~c~ois, c~ seOS80 ~e 24 0e ego8to ~e 1964,

o Su~'re1To Tribunsl J:I'ederol, T)or unsnirlidsde de votos, conce­

dis hsbeas-cor;i.!l§. so ::rof o Sérf'io Cic18de ele Rezende, :~o cor:1o

docente ,]s Universie18de Católics de Pernsr"uco, sob s slegsç::;-o

de nso constituire~ crire os f8tOS irJuta0 0s so Jscicnte, que

exercer8 8 libcrcl8c'1e de I'ens8To·:;nto e I.':e cótec'r8

dsds 1'e18 Constituiç80 de 1946, €rC selJS srts. 141, § 5º, c 168,

nº VII. Escolhenos este csso e trsnscrevereTo~: }J8rte (los (liver-

sos votes dos ':inistros no COllCCSSSO un8nil~e (10 :")ecliílo de Ls-

b e s s- c o r~~ u s , e c1 i ? E: - c' S s e r Ui'lS ,", ." o s t r8 (\ o l) n i 17 e r s o, r o i s 13 e -

rl8 ur l~UDCS 8CS(:8Y, se 8nslizóS[1e:-'O cssL~i8tic8rer;tc, os que

se socorre" r18que18 CSS8. de juntiç8, n8 sslv8('118rcl8 e~('s seus

direitos no exercício e18 c8teclr2:, por se jul[2sre~' cos,7irlos.

Fsrs se ter 8"ef!2S U'~8 ic}éi8 ''10 univ'~rso uni\lersitÉÍrio

o e seus conflitos CO~ o Executivo-RevolucioD8rio, c 0c cono

Su'~rel--o qU8Dí'0 solicits!lo f8Zis v8J.er 8 COlJstituiç80 e 88

l · ~.,. _ e l s o re l n 8.rl8. s , si tua çe'lO (~i s se o , . , i~lO-

gr8fo Luiz VisD:', I'j,lbo, referil1C1o-se [;, cric)E' n2: Universiclscle

de Br8 síli8 :

~l '1 . tA, ~ouco I, CXlVC , as Clrcuns anClas o re vels 1:a;-. in tro n sifen te ,

er~ foce elos estucbr.'!tes, que 2:cr€(~it8vs f€itc s~ CDS8 ~'2r8 estl:. "i ' . A , , csre"', cS;'lrlto ~'ole,j,co, err:, ~~ore- , r~es2:fcito 80 clislogo CC1:

08 81unos, esse feitio tornou-lhe 8ir.('8 "si', (~ifícil

tsref8 .•• inclinou-sE' ror Lserte C~,Tv81ro ent80 nO r co(10

Presiclcntc. /~ troc8 n3.0 :"srec€ ter sielo feliz. 1I

E conti:L"s,~

re i te r

so ele 8~8zigu3r, o Presirlentc resolveu recebe-lo junt8~ente

c i t. 'J. 67 - 8 •

48 , o

co'" os coor:-en:,'!ores (10S "orlos Institutos Centr8is, 8 fir

de ouvir-lnes 8S rE'ivindic:c>çõe[;. r80 h8Vi8 Tlrov8 !"o.is cx-~r('s

SiV8 de boa vontade. o c ~ c o n t ro c O" o s se n no re s é o 1 e n i t i v o

cultural de ninha joI'naela, lliss8 o Presj_clente ao entr=:I' n8 S8

la oneJe os --rofessores o a.:~u8r;"av8T'. Por todos falou o :,rof •

. /I..uI'eli8no Sah'cron, físico Ducl:8.r 9 o~ouc dur8Dte 81fm ter-TO, , anteG (~e ~ '1 f A , o VlI' ~-;8ro 8. Universieb:'€ de0mSl la, oro o unlCO

lla.o-euro'eu (;0 Centro :Curo~-écn de T1.echcrcl1es Scicntific-uC8 ele

Gencve. De-ois ill'res.st'Jri8 D8 Esco18 Politécnica de P8.ris •

.tiO Presidente enC8ntav8 U1'8 I'eulli80 co'-o ::::Que18o

rente, ele ouviu 8 eX~jOSiÇ8.0 (le S81"cron so'~re a signific8ç80

Decorrem

ct'rc8 de '--eia hor8 9 e C8stclo n80 iJcr8 ,"'ostm ele ir-~~8ciênci8.,

OCU~'8 r

excessi'7a'''ente o ~~recioso tET'\O elo FresiCen-r:e. Houve ligeiro

T'81-cst8r, ao tC-'I'O en que este ooservou 'i8rccer-lhc est8rer

desateDtos 80S :'roble r '8s (lOS é'lunos, (IUe, DO seu entcn rl er 9 e-

r8r 8. r8Z80 ele ser (~8S UntverflicJ8eleso

:"rosseruiu J:1UT' ter: ele co~' rcen6ao, -8 recendo 8.brir-sc lF'a j8-

nela -;'-)8r8 o alr-ej8elo entel'elir'eJ:1too ° ' o P ., t

~-roprlo reSlC'en e 8cr.§.

ditou nessa ~ossibili~ac1e. EL' illequívoc8 ele,..,-onstraç80 ele tcr

no eU8 seguig

c1 e o i n CT 8 n o A 1 '7 C 10 (10, c o ',-' o dese jo

lançar 8. :ionte ~'a ra • ,....., • , e'

o contlnu8ç80 (10 (~l810go. o,

As sir: coren ta o 8 rm Z8c1 o r ele sfe cno ~

n.t .. es~-'er8,tJç8. foi l~re\7eo 1:>- rr''""luisiç80 (je U.T"8 fUDCior18riP 1 l'~) f L C --'·1'·' l'~, t·' l' '. - (1. . -. ~.. .; ~ ... ' ~_. '. t· ~. e (.to ro. 8.S 8.888 ,e o íln~o., cr~c, que 00 ,.,eocJ"veo, re lrr

de Bl'8síli8, colocou 8. Ur:iversiclsc1e nCV8Fente er' alvcroço, l.§.

v8nelo o rcitor, tcreroso de 8gitsçao, 8 8u8"cnc1er 8S stividf:.

des escol:::n:s. Por SU3 vez os estuc12ntes 1. rOrOV€r8"~ {'TeVe ele

Tlrotesto, os coorc1en?(1ore8 ele Cl'r30S ~)C('ir8'""' exonem.ç8.o co1e­

tiv,:wcntc, e, COT'O ré~;lics, o rei tor, Cí' 18 de outuoro, 8.t1Lm-

ciou o ,"'f8st8í'Cnto ele 15 C'Tofcsscrcs. Foi a gota d'~fU8. ~

J .. -

rlec~i8t8T'Cnte9 210 professores (tcr"itirs 1"-se, solicl~rioG cor os

colEgas puni0os, e a Univcrsi080e se ressentiu dessa ]crda de

c1ocertes, ETrom 8.1guns,~\osteriorrc(lte 9 sqLücscessei" CT per­

T:18necer. SUlJ1icy neco c1e,"é:'rou €T' :('crh8r 8 Urü,7ersidacle. íi (34)

(34) VIANA FILhO, Luiz. o~. cito ~. 122, 124 e 125.

49

si t wc:: ç 8 O e~ e c o n f 1 i t o C 8 r b í t ri o jus t i f i c 8 V 8 o

ro ele docentes ~!ue te'1t,'v8'" cs c;ort8s do SlF'reT'o. r..l3s fique--'- . , 1" T'OS COTO 8 8.T'OS LJrG J8 E: el t8.

TOT'81'8T' -:'8rte n8 concess80 (Ie h8'~'E8..9-cor:,~s 80 Prof. Sér

[':io Cid8de ('e Rezende, 81ÉT do Presielente J'hr;istro Alvsro lfIo\J­

tinho Ribeiro d8 CODt8, os r'inistros E8hi1C 2nn Guir8r8es (re-

18tor), Pedro Ch8VCS, HCI'r'es Li'8, Villis }308S, :Cv8n(lro Lins,

Gonç81ves elE: 01iveiro, C2.ndic1o 'i"ott8. Y'ilho e Victor l'unes IJEF.l,

8usentes ~'or esterer lioencü:,c1c·s os l'Eristros L8f8~ ete ele An­

c1rsde e Luiz Gsllotti.

O refcri~o docente h8via sido denunciado por crire con­

tr8 o Yst8do e 8 Or;l(' Polític8 e ;Sooi81, est8Dc10 8ssir' incur

sos nos 8rts. 11, A, § 3º, e 17 c13 Lei nº 1802, de 5 de j8ne!

f:3ce de, n8 qU81id8c1e ele - rofessor d8 F2culr}8-

Econôric8S e38 Universid8 rle C3tólica (~e Pern8f1-

buco, h8ver cUstribuíc10 eT 8u18, 80S seus 81unos, "8Difesto

que hostiliz8v8 a situaçao vigente, objetiv8ndo a sutvcrsaode

order ~;01ític8 e sooi81.

ro de 1953, eT'"

de de Ciêr:ci8s

O Juiz conhecendo da c1en~ncia, decretou a prisao preveQ

tiva do r:fnunCÜ"elo, f2.zenclo cor' Que os 8dVO,c-8c1os JUGto I'lenc1(G

ele :ror2.is, J02.qlli" de Carv81ho Júnior e Inezil Penr8 I:l2rinho,

ciente, orrie- ele h2.be8S-Cor-~'us, jUDtO 80 Su-'rer-o Tribun21 li'e­

c1e r 81. ,

Os , eto s (' n s T~ i G i :J i. rí' 8 7 8

co r '-'8nhs:r8,-- o voto eJO relator, I'hristro H8hne"8nn Gui-8r8es.

])e8 i;8que: os 28 :?rteG 'rircii;8i8 (lesse c1eliC::Hlo julf-8-

T'en to.

AGsÍT' inioiou o ~'lini;;Jtro }-hhnc'8nn GuiT'2r8es (re18tor) ~

"T)cfiro o,icelic'o, '-:2r8 tC'lilcr 2. 8ç80'en81, :Jois 8 denúr;

c Íf3 n 2. r 1'2 f" tos c: u e e v i (1 e n t c-' c ti 1; EC D 8 o c o n s ti tu e r- C rÍ"- c . li

E liTOSSC{"uc ~

;;])iz 8 (lenúr,ci8 ue o -8ciente, DO exercício el8 c8elciro

(I e -r- ,...., .,......

.1 tl t Te d u ç 8 (o 8 _ C o n (o' l8, 0istribuiu 80S seus 81unos u~ n8ni-

c ele c18ssc, conc1g

te que est8 C' COtlSOD8nci2 co n 2S ú1Éi8S cOiunist2s elo (lenun­

Ci8(~ o .

50

. t n 't' paclen e 1az crl lca

clade, un3 ~'8rcela Da c1E:0iS80 (10S dU3tinos d2 socieel[)de e l,ara

isto tê," que o~·'tar entre 'gorili~8r ..... se' ou ~err~SJ:lecere"'" seres

hUT'a.nos. A estes c~be a honrs. (1e (~cf(;r(ler 8 c1erOCI'?cia e a

Finalizando o voto:

\'Nso h3 no Ta,nifesto [1a(13 CJue se ~osss cor::sic~er8r ~ro~)a-

Ir .

gar::da de J'rocessos violentos :~8T8 subvfrsao ds or(-'e~l rc- l tlC8

ou social (Lei nº 1802, art. lI, A e § 3º)j ou instigpç~o ~~­

blica (Lei r::º 1802, art. 17).:1 (35)

Ao eritir o seu voto, o Uir::istro Evar::dro Lir::s, entre ou

t . 1 r8S conslcleraçoes (1ue j u stifi C2r' o se u' rorllJ n cia1'''o r:: to, ali-

r::hou 0S seguiliteSg

nSer::hor Prcsic1er::te j estudei os "'e,.,oriais que i'e fOr8'--

er::via(los 'elo advogado elo i'acicr::te e cher)"uei a r-es'-'s conclu

sao 8, que chegou o er'incr:te senhor ~~inistro Rel"'tor. ])csejo

\"v'il--:;r'-~c" ~l' o TrJ'1--1-n~1 "lr·'r"~ c< -w~ L .~.: ~_,u .J(-j_ :.; l.~t.Af .::; ü

liaf' Dou r::ls s, juiz (12 Su--re-'a Corte rlos Estc:H'loS Unidos, que

"uito o-:ortunas D80 --ar8 o jul("8"eDto ('este c;~so na (~efeS3 c"e

liberc12(1e de ex:-;resseo (10~ler's2·eDto. il

COD tin uSflc10 o "i II i stro ~

"Diz Dou,clas, CO'-b8tcnc10 ?: 8t:[,êllCis (le lih~'rILJ,1( (le ex­

I,re8sac fi?: Rússia SoviÉtica e li 8. Chinn CODurista ~ '1',"inho tese , r-...;, ~

e que r::a.o ha libcrc18 1'e c)e eX-re[;~3aO, r::o sentic10 exato do ter-

['Oj 8 "'E:t10S que h8j8 libcr(18c1e ~-8r2 A

oi' or-se aos I 10stuL3dos es

seflciais C'" que se a,ssenta o refi' c E:XistcDte o o GOVE: rno r:: e o

~'o(h. ::.'riV8r os CiC'8(1808 de quolquer r8"Q do conheci" :C:DtO, De'

iY'j'cilir qU81quer Ca.~'iDho ::!2r8 2JESquiS2, De'" i'-'~'eclir qua.lquer

ti:;o ele debate. A -~!roi:,iç80 se cc,-Gende 80S cJeb8tes ~:8rticula

res entre os ci r1a.(1808, 8,OS ~-ronunci8-'elltOé:l ~l)blicos 8tn3vés (]e

qualC21."er ,"cio ('lc co"-:un::"c8ç8.0 ou 2.0 en::nno DaG 82.18s Cc aula.

O e8~,íri to d8 livrecscnüs8 elevE' (~O'-illar nas e8co18.8 e univer

8i(18(le8. Aos ~:rofes80res se deve ~XT"itir 8 busca (~8S ic~Éi8S

er' todos os (lo:--íl1ios.

(35) CO~)TI,-, :Ccl,r;8rCl. Os {!r::HJdes jul,rr8-:--entos elo Suprer-o Triburr:l Federal. Rio (1e Ja.r::eiro, =-_'c~itora Cj,17ilizaç8,0 Brasileira, 1967, v. 5 p. 8.

51

)'üe"8Dh8 N8Zist8, c' re~leti(lorss (le hor'eDs que (:c::tÊ:r' o :,o(1 er

político' .;;

Ii"U~8 uDiversid8(le é ur'8 cô'·éClC ele l,1"'8 cODtír1 i,<i::; CODVCY , . . l' 1 s 8 o S o C 1"0 t l C a, DO" 8 l S 8 to Dl v c 1, c o m s s ~., e h o re s p e s s o 8 s que

se rOSS8T' Íf'8EiD8r e reunir s01~re 8S "8is ir~Joy.taJ:)tes ques-~ ,

toes 9 e (1eVe-Ser fezer o l"osGlvel "8re (':sr8rtir e t8lS ho:,,:ens

e libercJ8(~e (lC reDsar e (".C eX~--:Tess8r-:::~e.:;

Fa c0:'1clus80 ':~C seu vot0 9 o ::'iDistro I~'i7andro IJü:,s assi~'

s c 1--: ro D u D C i a ~

!tLi, tarbér', o escrito do :,acicDte, c que ele SE o~oe

8 situaç,'1C do:',ir18.Dte e lhe faz crític2s. lTas 9 ncs~~c (lOcurCD

to, Dao propag8 o uso de ceios viclentos "'are a subvers80 de

o r(1er' ~'olí tice e soci81, CN'O foi :l C"oDstr8r10 'elo T'ic:istro ..f, , t' ., n ' 1 b U:'8. crl ,} 08 C:'~ SI2.VOrsVC ,

DiDOSO. H

., , 1 1 ~. t . - , oc C2tcc r8 8sse['ur8( 8.S e r' DC'SS8. C8r 8 L.8gn8., e.cOT'J:-8.:~nc c Vo-

to (lO crineDte lhnistro R€18tor 9 conccc1cr1C1o.8 oY'c1c'" ler f8.1-

ta de justa C8use ~:8r8 o 'J:rocc~(ljncnto 1cg81. fi (36)

t8clo 8C 'rofes')or ::ern8r buc8De:

"ScrJ!:or PresicleDte, iambér' 2COT'~,~8Dno o voto do o,iDen­

te Ninistro Re18tor, ','Jorque o enqu8(lr81"ento que 2, e~eDlJDCi8

fêz é 81:Jsolut:::rente incorreto.

"N8.0 se tT'8t8, cor'o (1, rc,nstrcu o er'iDcDte Y~iDistro Re­

l::::tor, ele 1--:ro:-8('GDd8 o~)teDsiva ou c18D(~cstiD8, ;"8.S se' re (1Q

10s8, ~.)CT --cio (1e bole tiDs ou "08Dflctos, COn(1eD8c1os D8S 18-

tI'8S ~, b e .Q, do 8:o::t. 11 d8. Lei nº 1802.

nas letT8s ~, b ,

e 0 9 c 8 seguil1te: IIArt. 11 - F8-zcr "u;Jlic8' ente-'To'l8L18rV"8 ~ 8) clt ~)rocessoG violentos ~18r8

8. subverG,-=:o ele order -;:-olít:ica ou Goci81~ b) de óc~io ch: r8ç8,

de re1igiao ou de c18sGe; c) i'i c: ('1) e Trs ..

(36) CO;jT/:., I:dg8Tc1. O~'. cito li. 10.

52

classe, o ~rofessor sut~ctcu , a 8~' re c i a ç 8 o (los 81utlos, lla.o

CiS80, 1"a8 f8?,€ll(~0 8:~cnas a~~elo 8 estudantes (1e lW8 faculda­

de superior ='::>r8 qr:e : c('litass2"" llO 8SSUlltO e tOToasscr 8 ati-

tude que 8ch:" SSE;"( r 8.is correta.

\lIiCOí'~;8llho o vote do c'inente relator.:i (37)

O I'h n i stro I'ec1 ro Cr18 vc~ s di sco r,Ja da s 8prc cia çõe S :'iOlí.­tico-irlcolóc:icas que ~'rocur8v8~" aT'::8:t:Cr e j i 8Cielltc, ~"8.S COll­

cec"e G orde r ' ;)or 8c118r juri(~ic8n:;tlte certo.

Diz o l\~ini,stre:

:iSellhor PreoJt'lellte, eu "'e coloco cor' O 21'illcllte l''lillis­

tro Rel::>tor exc1uoiv8T'cllte llO terreno ler'81. rio terrello :~o-

1 ft' ." 1" -I-1 ,lCO-1 r co 0&:100 e s 1;0') eT' cor~:'le to (~C S,'" c o rc1 o c Oi' a o i (} é i a s

e:'itidas llO voto do Senhor l'/Iirliotro EV8llc1ro Lillo e Silv8 e

su StCD to (10 S ll8 tri ~= Ulla. l)e~ o impe trante. li

P . 1 . i' '1' 'l'+ roooegu1llco, a~:rec18 e ;':8r8COXO Jur1Cc1co-TU 1 "ar 8 que

t8 n to llO S rr::i c ri 7"0 s ~

"H·~., 1 " n c :Jta r('vo uça,o, no '~orellto el~ que cstaT'os vivendo,

~"O ra 11 e "'c· "'; J...- • ..J.. U L) Ll~., . " ' . 1 1 C e 18 G q iJ e sere c c ~--, q U EC 'hour1ellt de se trol1

ver eDscrble', s~o estas de 'revoluç~o' e jc 'CoDstituiçao'.

E o tto Illoti tuciomJl que 'roc ')rou (18r oolorido 80 :'Iovircellto

(~e 31 de ·tarço, no r;rt. 1º (li;:; (:ue 'eot8 c vicor a COlloti tui

ça.o de oe te' bro de 1046'. =sta Constjtuiçao de setc~bro de

1946, cO'''O tO(:8.0 ao

Liberal Der'00r3ci8,

("J • i'.

OOD o+i t;lli r e'''' " i t-JC"'l' 1·,~(1~ C< llO 1,ir1Dcr:10 l'~?,. .... 0 v..-. u v . ... ~. ,c.: I..J ...o- 0 ~ , . :::::j, ,I. Ci. u. _ ~_ 1 _

, E: lF'8

de ~cfe08 ~c instituições

Conotituiç~o que ll~O forllcce reios

nrcionois e ~ ura CODstituiç~o Oll-

e a b o 01 u to, T : c OI" o C o tI t ra o o i Y] tere s o c s (' u e o e p y e s u r- €:' :J e r

elCJ ll8cioll81iel :'O(le, ~iorque conoiC['rac1os '~or uc'a ./is:Je:'bléi8 COllS

tituiDte. il

E In~o oocgue oor: tr8 o u oe ::; r,u si vo ela li be rc~8 de ~

(37) OIJIV}~IPj"~ J8rc:el 1'Torollha 2:. I~J~J~1'IFS9 OeUlé8. 00 fralldes

jul[:'3; ClltOS do Su:'rC:"o l'ribuDr'l l"e í"err:l - Os IPUs c o llabeao­

cor.;,:~ llO S.T.F. S80 P8ulo, SUfcotõeo Litcr8ri80 1967. v. 1,

1). 131.

53

nAS:l:~ h2. 8buso "8 libE:rrl:::;rlç: de ÍT""rens8 9 hs sbuso de

li1:;€rcJoc1e ('e c'e1.1s~;T2nto~ h[; 812usO ,"ss iTou1.1iclsi~es :,srla:"e1.1to­

res e h8 Glmso d8 1ibe:n18.de de c8tE::cl r2,

""'1-' ,

cho que o 0U1Z e obri{8do 8 -8nifest8r 8S suas 0~i1.1ioc8 8

res~'ei to c"OS ho'''e1.1s EC (18S COi888, n

TI t ç: r;-' i D =3 o seu vo t o L~ ,7 o r? v c 1 ~

8 b sol u t8 Y"e D te . , " . J ur1C1CO,

lator~ ~orc:uc efetivéi'cnte o féitO norr8c' o n8 denú1.1ci8 no.o

constitui o cr1:-'e ne18 c8"i tulé::(Jo. Concedo o h81Jess-col"'us."

o voto do Ministro Victor runes LC81~ n8 suo. ess~1.1cia~

~'rocL:rou cJcronstraT [] iT-~'\ortênci8 ()éi ccJuC8Ç80 li,lre no iJcsen

volvÍT'ento cconôrico e1e U,-\ ~18ís, ao "-e8r-o te;":'o que 18"'c 1l ta,

que 8S conce~ç~es rolítico-socio.is n8S socied8des er descn­

vo1viicnto se co-' orte;- co~'o nos SOCi(:,cl~('es (1esernro1vi'~8s

esco1henc1c :8r8 eSSGS i1oçocs co~"r8r'tiv8s~ os :2st8rios Uni­

elos, 1.1 o que - e re c e LA a 1 c -c- b r8 n ç 8 (' c' r' i [: i S :; ro P E' d ro Ch8 ve s

rostr8nc10 8 c'c"orrr,rET que se roces88 entre U;8S c outro.s.

Bis, ET sl[':uns trechos, o vote! "rofcrir'o ~

Hil'''Ístro Victor Nunes Leo.l - ';Scnhor rresi()entc~ en-

quo.nto ouvis o voto elo cr inente l'e1cTor, cr8 ',-'eu ~'CljSS;--er:;to

l1:-'i t8r-'E' s (1or-1he s. rinh8. S(1eS80 9 "orque SUS. Excelêncis e1:.52.

r:\onstrou~ de '-aneira csts1, que o fsto Gtribuíc10 so ~~scicnte , .

n80 c cr1- e? sequer '~€18 1Jei de Se.r:'Jr8nçs~ ej" ~.!UC se ~'\rocurou

encu8c'r2-1'\. Entret8nt0 9 o clE:b~t(~ quc SE: sE['uiu 9 c'csborcicu

\)TO ~'ouco (10 sSllecto 1((':21, :'cnet::rr:l'c"O nw' -'Toblc's conotitu­

cion81 el , r8{2T18 ir",ortsncis - s lj_";'r'":-J(le r'e "cr]s~-:"-erto~ -'8r

ticu18rrentc 8 1ibtcrr' s r"c rle cótcr:ru.

Scnhor PrcDia2r~c, hcu~ nos Istsaos U

nic'os \')1" Tovi,'cnto (ie resçeo que 1180 :'oul-:ou 8 1ibercJr;cl e uni-

vc rsi t~ ri8 •

rút1 i co" nOJ~te-""-'e,Y-i o"'no" "'C, 1.-' ....... ~ -'........ - '- ' . -L -- (~, . .' ... .J )...) ~ ,- " . -, .3S oonscqUcnc18S 00

oue eot8.v8. ocorrendo e pusera.m p8.r8deiro 8,que1a., tendênci8., Ó , que e

cit.

54

notoria~ente conhecido. Durant8 a~uele ~eriodo =inctein cn~

'Se eu fosse de no-

cientista, -'rofcssor 9 urüv,rsi t8rio; Gntes ~~lrt::fcriria ser bo:!:,

beiro ou !1aSc8te 9 n8 eS- i erarq8 ,'c "csfrutor UT' -"OUCO De li-

ber~ode cue ainda , ,

DOS o

e os estédist8s a','eric8noD se 2' CTcc:~er8-:-: 9 e~-

go. No Brasil qUGse tudo eG-G8 'lOr se ú,;zer. Fosso fL~tl,ro elE.:

pende do e::Tírito de crtaçao (le hor-er::s "e ;:-icnsaT."ento, ___ -rinc1: , ~ r

palnente Cos jovens, e nao ha criaçao, no pun~o do cS)lrit0 9

sere libcre;ac1e '1e ",cnsar, de '-esql1isar 9 ele enstnar. li

2 continuan~o n8 sua ~rcocuDaçao pelo futuro:

a nossa Universi~n~e CO" 88 untvcrsidadcs dos

ses suli'i(lCO 8 (li t8.'l1ra. ti

~ . i li t s t ro Pc ,-' ro Cr 18 ve s - ; I A ,- C 1a l' (; 01 ta (1 c = i n s t cc i n c ra

pe:rfettar-ente jL1stificac1a nos Est;oclcs Unidos, UI' país que

:,ela sua cstrutura. econo--'i08, e 'c18s cCD·:' içocs "01ític8s

gOZEi (~as '-'8is aFlllas libc'rda(~eSo "=8S 18 n80 118 cassaçoes de

í'andatos, n80 h8 ~Jriv8çõcS ,lC ,'='::OT8r:tias cor·stitucion8is e 18

D80 h8 l"":ovir'cntos const8ntes c rct ter;o(os9 cor' n8 J:.Tléric8 La

tin8, onele nós est8ros fic8~'ü10 bc)1Ji tuaclos CO'-'- os ~_'ron'vnlcta-

r'entos e 8S rcvoluçoes. _'~(11\)L LF "'121:io n",.; cnmlic'='o ,l: LE ~,~ _.~ .1 . • J V· . . -

n8.0 teria Es'a. SUY'reS8 ~ De: fic8rÜ:l ~-)rcso (lE"éSSa 'c18['co1ia. v ~, 1" . VOSS8. --.Jxce €DCl8 1'e · ... c rc\oe 9

ÇS.01 :;)Qrque ouç.o sen--rE cor: ~r8Dd.c -'esar eSS8.s invoC8ções qUE'

VOSS8. ExcelÊ:ncis. f8Z (18 cultura Dortc-8~--cJ'ic,3na 9 8.bsolut8;-l:!2

te c1tvcrS8 (\8 nosS8 cu1tura 9 dos nC~JSOS "-8ios E dos nOSSOG~)8

bi tos. II

~~ir1istro Victor Funes Leé31 - 111"rr-::'"eço 8 0~'ortun8 :-)On­

(lerSç80 rlo c;-inente C01C['é1 9 JIinistro pc(:\ro Choves.;;

Psra ('cfiDir o seu voto~

nos . .',,......

riscos d8 liber(~8Cc elo :'cnS8;-ento unlVcrslt8rlo S80

8.1 tan,: n te

vre ~ro~orcioca ao ~OVO, ao descnvolvirento ecoD50ico do

P8íS 9 8.0 aperfeiç08 r 'Ento r"or21 c inte1ectu81 d8 hU~:8.tlid8dc.

E 8ssirn quer 8 Constituir:;80 1 :,crruc 9 c;lé", de cons8{"r8r 8 li-

55

berd8dc dE: ~;eDS8'''cDto c·r (êc:ml j tarbéTC .'"'8 HHltiu , rcc;um}8Dte

T'CDtC, a libcTClé'1c1c ele Cé?teclT8 (8rt. 168, VII).

;!''-'nnnrOr"o "" o"YVlcp i1 (3c) v _,J Ll \", '- ~ !. .1. • i ' .. t \:..... _,I

O C8rster UD8.DiT"'e rles:::-Jes julG'8;~eDtos9 nu'," 8::",bi2:ite rle

fOr""'8.ç80 ie\colóc-ic8 clivergeDte,

ro de que eles Dao tiDh8r outr8

tor~8va cODtuDdcDtereDtc c18 ~ .-

iDcliD8ç80 8 Dao coe r 8 sub-

1:1 iS880 80S "'recei tos cODsti tuciorwis Vif'2DtCS.

cebi8 C8e!8 ("8cis80 ('O Su're:o D8 concessao (~esses h8!-ces-cor-

l'uS, C01"10 ur florrarte ('CSres"leito, ou Ur'8 CO··"O o\.'e cODivêDci8

à. íisub\72J~G80ii. B 8 bo18 de neve cresci8.

FiD8luente, tT8.Dscre'"cY"'os :;8rte dos tTês últi:'os votos.

O 00 ==iDistro Gonç81ves ele Oliveir8:

ItScDhor Presiclente, no r'CU 8c8:-:runl18pento :'elo cclirse

do c~irE::j"to e-'-" nossa terr8, feliz","lente elo 8lto deste Su~;rcr:o

TrituDcÜ ainda C8.··t81~ e 8i'18c8r 8S trcv8s. ESL.8

Ca 88 há "\ c' C De r Deus, 8 estei:m

d8 luz, a Gr8DCe Acústica, oD~e 8 voz dos o~ri~idos, dos que

tê;-' fo:~'c c see',e de justiça 9 tero DeF"re ressoD8Dcia,

"De~:<oi ,; do r; Cb8 te tr(')V8 elo, vou fic8r 8~cn8s D~ , .

e s~)e ele, (. .

DOS f8tCS 8,i;r:bUlc1os 80 ~\8ClcDte) D8.0 vou f07er ur' IlroDUDCl8-

reDtc tl o B :r'8. S i 1, ~.) o rq U 8 D80

seri8 este o ~oreDto proricio.

ver c1e julf:=::r de ncorr10 r;OTI 2, CODsti tuiÇ80 e 8S leis vigen-teso ti

It.ii..ssir, cX?:T'il'8 f'0 o h8'=,(flS-COr";us recj\.wrid0 9 t8mjo em

vlst8 o re18tório fci to pelo erincnte SeDhor I'hrristro HahDe -

;'8.rm G-u ir'8 r8 e s, o T'8 LA \lO to é t ;o,·-,,"'l'_'{,'-- ~ cn~'"- ~ '"'n' ~ n·1 n '. c c;· _"' ·.~ic-' LJ ,,: u'.' _.

cié3~ -~2r8 tolher o oçao -,}criel,

" Co n c e (; o 8 o rc' c 1"" • li (4'))

Sua =xcelên

O Einistro Vil188 ~Ü08S9 C:C01~")8Dh811(~0 o 'lOto proferir1o

'iClo rc18tor, 8SSÚ' decir,iu~

(39) OLIVi=IRfó..? J8rc1el NcroDh8 c: ~<.,~ErrI1TS, Oc3ilé8. op. cito p.

139.

(40) COST.l\., r>"g8rd.op. cito ~"'. 18.

56

[t SeDhcr Prr siej ente 9 t8r~béF eu concedo o h80e8 s-cor~-\.!l§..

Li o f 181üsfcsto qu: teri8 ,liriç:iCo o -·'rofessor 80S seus 81u-

DOS c verifico que de teri(=, :'r::ticsr'o infr8ç80 el8. disci~;li-• . '. ~ J o A 1 c"t . t ~ , o un1vcrslt8.T18; D80 oeVla tc- o leI 0 9 r8.S 1SO nao e cr1-

]\e :;Junlc1o ~,e18 Lei (1e Secur8nça. h80 devi8 ter fei to, ner' o

8ssunto se cOT"'-~)ort8.v8 rJur\8. ex:':18n8ç20 da cstc r1 rs de Instru-~ ,

n:;s ns.o csta ~'irevip.to D8. Lei

lG02. ,

jUi3t8 causo ~'2n:' o -:.""'roccsso e DOS mo

estoT'oS julg2n(10, 8qui, UI' C8S0 ,1C inrJisciT,liD8 uDivcrsitar:iaJ 1

(41 ) o úl tü' o lJroDuncic3T'(nto, con22gICJndo 8 un81üriehHle (18

decis;o, pertenceu 80 Ministro C~n0ic10 Mott2 Filho, e apeS8r

instooilir"8(1e insti tucion8.1 e tumul tU80nte que gra,ss8. nos p8,í,

ses em desenvolvimento:

nScnhor Presiclente 9 estou ('C -,llSllO scordo cor' e c;-'incn

te Senhor l~inistro re18tor. .li ~~ris80 'Teventiv8 (10 ~J8ciente

decorrreu do fc;to (;e ter o resro d:::clo conhecirento 20S seus

aluno s (i e 'L' 1 1'.' ....... i18nl.ie;~to cc crlt1c8 a rcvoluç8.0.

, l ,. ~, . to e rCéL3' crcte ele crI tlC8 9 T'OS n80 e Cc 'tEor subversJ-vo. 1'1e-

le n;o se cncontru qU81quer apelo 8 ile.rclic1ec:le.

I1U8:S? 8in(1",; quero rclsr,br8r ~]('ui Ui.'1 ;' 1~8rc(:C eseri ter em CJue CUZi8 c;tle 8 história ('O Bre-

sil ero fci t8 de t81 1"":OC1 0 que nunca se sebio qU8ndo co'~'eç8v8

8. revoluç80 c quandc 8c3bav8 8 lC~21idade. E nc sta confu S8 o

n8tuI'3,1 de DOSS8. história? COrJfUS80 '-esl'o lJitoresc8. e benéfi

ca ~s instituiç~eS9 ~ref1ro ficar 00~ 8 Constituiç8C? que se

n80 este de ;Jé 1'8I'8 ~'~uitos? paro nós este? ~'orque o Juiz ,

so

r8ciooin8 rler:tro e18 leF)'81id8(~e. ~ dentro d8 lC{81idade? sou

otrif2:do a reconhecer~ con l~'ui to orculho I'8m nin9 8 liberd8

de (~e -'cnssnento e 2: libt'~rela(~c de cete~lr8 .•

ilT8;-'bÉr cor;cedo o h8be8s-;ccrc'~." (~2)

ESS8 allostr8 ba St8 ~'OI'8 :K cO!icluir que o Su~'rer',e l\ri­

bun81 ll'cclcr.:::l ns.o sc dol'r8ri2: 2: UF'e "arte c}0s 8sDir8çoes dos

(41) Ibidec. p. 19 (42) COSTA? Edgerd. op. ci t. p. 19

57

rili t8 res, n80 , as Dortas daquela C888

de Justiç8. j ~)or ,--'8ior que fOSG€ o esforço le r -alist8. e3e Ceste

lo

C A P U L O 5

A rç;voluçuo de HlClrço de 1964 e a Federa­

ÇQo.

Decisões político-jurídicas do Supremo.

Antes de a:preciar alct:mas dCl8 decisões do SLE::Temo Tri

bunal Federal, concedendo hQ.beo.s-corTms.. a cU vorsos governado­

res de esto.do, ameaçados, presos e depostos pela RGvol~ç50 de

março de 1964, como foram 08 casos dos ex-governadores 1 Se~

D6ria, de Sergipe~ Plínio Coelho 1 do Amazonas 1 Miguel ArrQes,

de Pernambuco; IVlauro Borges, de Goiás, é oportuno narrar como

a Revoluç~o agiu e deliberou, dentro de ângulos e oportunida­

des diferentes, na mont8.gem de SU8. representaçQo,feder8.tiva ,

palmilhando duas fases processuais bem distintas.

Inicialmente, afastou da titularidade do mandato go­

vernamental aqueles que j~llgou incoD::!atíveis com seus princ;h

pios político-ideo16gicos.

Posteriormonte, de uma maneira ou de Dutra, destruiu

a influôncia e mesmo o mandato de governadores que em sua pri

meira fase empullilarmn a bandeira da luta responsáyel ~elo seu

surgiIJcnt o, adot8.ndo o proce dimcmt o de autografia.

o início do ano de 1964, particulo'rmcnte o seu primei

ro trim8stro, cspellmva a falto. do oOEtrole pOlítico, ad.r.1ini:1,

tr~tivo, econômico e militar do ont~o Presidente da Rop~blic~ Sr. JOQO Goulart.

Uma iminonte docomposiçQo da uni~o, se avisinhava por quanto os Govern~dores dos estados, ao perceberem a diluiçQO

59

do princípio de autorid:..~de do prGsidGnte, SG arvoravaB ec

chefes das partículas qL1.e fOrIIl['.vo.m SLElS reslJecti vas jurisdiç em o.dministrativas em últino. instancia, criando os sous bro.sis e

descaracterizando o princí~io do. Federaç~o, que é o de conce -

der a o.utono:r:üa o.dministro.ti va e político. aos ostados federa -

dos sem a quub:ro. da submiss:1o ao todo, sob o comando llr...ico do

chefe do, no.º 3.0.

li pluralidade de cOL:o.ndo, que já existia abertamente,

chegou o. tal ponto que, dias o.ntes do eclodir o movil~12nto revQ

lucionário, cada um dos grandes estados fGdorados Gsto.va prepg

rado para so proclo'mar Gm república indGpondente, con sous prQ

prios símbolos, sua pr6pri8. estruturo. admini$trativa, seIJ.s fu­

turos reL.'.cionamontos diplomnticos 8.utônomos. O Gsto.do de Uims

Garais G o estado do Rio Grande do Sul, paro. citar o.pona$ dois

exemplos, jél tomavm:l concretas iniciativas nesse sentido.

A emissão de p,1~)el-moeda no Rio Gro.nc1o do Sul, conhe­

cidas C01JO IIbriz oletas 11 ~ o inprovisado hino da gS.I2.Llblic8. Inde

.I2.end~nt~_deJlig~_~~Iais, associado 8S dilig8ncias do govern~

dor I;bgalh~os Pint o, entre outras, conforme notici{irio da é1)0

ca, da formaç~o de IIseu corpo diplom1tico e sou ministério ll •

~

.esses fatos r3~midos orarJ. a preJ)c,ro.çao para o esfacolaDento cb

pr6pria pátria.

Pelo monos tr8s governadores dos mais iLlportantes es­

tados da foderação, sobretudo econômico e politicamente, como

s50 Paulo, ~ino.s Gerais e GUQnabara, postulantes crônicos e

obstinados da presidôLCio. da Re~úblic8., não a o'lco.nçando como

representaçQo cb SOLa d2~S partes no todo, o. União, alcançari­

aB pelo menos" um todo em co.do. uma de suas F.:.lrtes, com as no­

vas RelJllblicQs.

Adomo.r de Burros, que foi vítina posteriOTIl1cnte do

processo da autoGro.fia revolucion1rio., ploi t\Jo.nte sem ôxi to

por tr8s vezes da I)rcsid8ncia da Hepllblica do Br2sil, no.o pr2,

ciso.rio. uso.r o L'il ti.:::o §..lop;o.n de sua campanl1a - "deiJta vez va-

:aws 11 _ po.r:J. cheGar Q :presidôncia, pois presse::.~tia a possibili

claçte de ter um:.l outro., a presidôncia e18. "Rey;úblico. de são PQU

lo. 11 Par8. t,Ulto erCl govcrnsc1or de llRl estD,do qne tinh'-.l todas 8.8

condiç6es econfu:ic28 para sar ums república industrial alt8.-

60

mente desenvolvid8 e independe0te.

Isso era t~o verdadeiro, que muito depois, quando a

Revoluç~o já ultrapassara os períodos de acomodaçQ), e sentia

oportuno o momento de c1errubQr o velho guerreiro dos C:tI1pOS ;:!

lísios, houve perc:tlços e cautelQs e a "extrQçQo" foi tQO di­

fícil de ser consurü8.çlcl, que s 6 pôde ocorrer [mis de dois nnos

depois de seu início.

Assim foi contQc18. 8. quedQ:

"O tempo mO~3trQria, porém, llue Ademar de lbrros no. o

se confoTIuo.rio. em nco.bo.r tro.nqtiilQDente, e cOffieçaram as infor

mações sobre vasto plo.no liderado pelo governador, disposto 8.

usar de todos os Deios PQr8. derrotar 8. RevoluçQo, 8.balando-8.

inclusive no C8.DpO fino.nceiro, o.través de lLCQ orgia de empré2 tiDOS pelo BQnco do ~sto.do, e de UDQ emissõ.o TIaçiçQ de Títu

los do. Dívido. P~blica, em condições inacredit1veis. Seria . a

desmornlizaçQo do esforço deflQcion6.rio do Governo FederQl.

"Roberto C8.l~lPOS tinha ido o. SQO Paulo l)recisc:cJmte Pi?:.

ro. responder, pela tclevisõ.o, a crítiças de Ademo.r de Eo.rros

sobre Q política ecoI',-ômico-finQnceiro.. Ao rc,~;r,Jssnr 0.0 hotel,

altas horas da noite, recebeu rocado do Prusidento parn telQ-

f 11 " . co" ." 1 -!] do onar- 1e çom llrgonC:iC'., o que :iOZ a llrl:::lclra ~lOro. lO s:J. Ja, ,

4 de junho. Castolo rocomendo'~~-lhe yol t:J.r iDc;diat:J.rJonto ao

Rio, indo dir-;to paro. o Laranjoiro.s. Revelou entõ.o esto.r deci

dido o. co.ssar o m:tndato dc Adennr, mo.s desej2VQ n opini50 do

Campos sobre tr8s pontos: n repercussQo no ~eio empresariQl;

o impacto internaciorE.'.l, particuLlrnente nos neios oconônico­

financciros; Q ruo.ç5o populQr, de vez quo CostQ o Silva pare­

cin receQr uma irrLlpç?lo ele or!.-~~ulho paulista contra a intorveg

ÇQO federal, reDiniscôncia da RovoluçQO ConstitucionQ1ista de 1932. Cm:lpos rcsI;onc1eu que o. desintegraç80 o.dninistr:J.tiva e a

desordem econômicQ do estado torn8.ri8.m o. substituiçQO de Ado­

D:J.r n80 s6 8coit6vel mas desej8da pel8. cl8.sse 0~~rosQri8.1. Quanto b ropercussQo intorn8.cion0.1 sorio. nOG~tivo. _ pois se

tr8.to.va de um8. int~;rvcnçQo o.ut ori tn:rio. no I:ú:Ü.s ir.1 port8.nte es­to.do - porém passaguirQ.

"Q t' ~ uan o Q roo.ço.o popular, Co.DpOS declarou no.o po.rtilhc:.r

61

os receios do Costa o Silva. Adernar - Çlecl::"lrou Carapos - é m:1

político clientele3co e nno ideológico. Estes, conlO Briz91a,

são perigosos porque podem duspertar le~ldades fanáticas. A­

queles o,g1utino,m interesses temporários. Face à perspectiva

de luta, o clionte do p91ítieo clientelesco nao de~raDa san­

Gue por teses Oll idéias. Busca lOGO UI". novo patrno.

"A decisão, entre-cemto, nno ter1 sido f2ioiJ. para o

Presidente, que por mais de dois anos resistiria. Por vezes

fora até acusado de t1ei t o e::-~t ondiment o pelu CJ.~lal 8. revoluç8 o

esquecia o passo,do, e Ademar esquecia o futuro.

"Tomada o, c1Qcisno, o o..ssunto passo,ra 8. urgente e,sigi

loso. A surpresa contribuíra para evito,r quo,lquer reaçno. Era

um dia mort o, e o dorD.inco desat ou o problema inteiralllente,

quanÇlo o Coronel Norais Rego, levou o Decreto à I~prensa Ofi­

cial." (43)

A nova ordor:l jurídica implantado" con a excepcionali­

dade dos podures atribuídos ao Comando Revolucion2irio, e pos­

teriOTIllente ao Pr c.:sic1ente da República, permitia o afastamen­

to abrupto do qualquer governador, atrav6s da suspensa9 dos

seUs direito~ políti~os e/ou cassaç80 de seus mandatos.

tbs, dQ . ,. . lnlclo, só os ideologicamente contestadores

seriam bo,nidos. rTesmo porque a Revolução nno est~1\To, ainda su­

ficicmtemente CO:ç1 os ,wus alicerces forjados :pQra eY'drentar ~~

ma mudança geral.

Governadores cono AdeLlar de Ibrros, 1:J:ac;alh8es Pinto ,

Carlos Lacorda, IVInL'~ro Borges, s:=:ri8.l.1 c onfirr:lados e. cessava o

período do fracion['.~~l-JEto que se insiJ)uo,ra iminentQ. Seriam ca

s os para s oluçno e;r:J.cllEll e posteri or. Nas, naquele ::;J.orf-,ont o

houve llli1a aco:P.lOcbç21o Geral, ou COF10 disse certa vez o Ihn:j.s­

tro José Am6rico de Alneida, "ninguém grita de boc:, cheio,. "

Afasto,dou de seus post os no, primeir:J, fase, lu;l dos go­

vernac10rQs pernanoceri8. preso por vé.~rios IDeses, como foi o c.§.

so do Sr. Miguel Arraes de Alencar, que obterio, 3 concesso,o u

nânime de ~as-corpus pelo Supremo Tri bUDc:.1.l Federal, em 19

(43) VIANA FILI:O, Luiz. op. cito p. 413 e 414.

de abril de lSG5, impotrado pelos a~vogados Drs. rrer~clito

Fontoura Sobral Pinto e Antonio de ~rit9 Alvas, tcndo sido

relator o hlinistro Evandro Lins e Silva.

62

o pedido do habeas-cor~.ê. concedido a Eisuel Arr:J.es,

tinha LUna conotaçuo 111~1is restrita clQ que o concedido anteri­

o r.m.e nt e , em novembro de 1964, ao Sr. Hauro ]3orges, do qual

nos re1)ortare:'10s Tüais detalilélc1amc:mt'3, l)ois, aquele, já desp.2,

jado do co.:rgo do Governador, prc,tunc1ia, como disseram os se­

us impetrantes, lIapellas assegurar 9 exercício do diroito de

ir e vir, tuo ilegaL"'llente cercoéldo. 1I (44)

rIas, qnando desta concGssao, o Supremo já havia per­

corrido um longo caminho, LUll treIJic.lante carilinho, des de 1964, concedendo véirios habeas-corpGs de alcance mais amplo, incl~

sive o do governador Hauro Borges, qLlG teve o objc;tivo de gg,

rantir-lhe o exercício do IJandclto governamental ilegalmente

ameaçado, ou como vyio a cha:21ar o Supremo 110 exercícj_o das

li berdades pLíblicas. 11

~::;sse comport:::u:lOnto do SUj)relEO assanhava ainda mais os

setores militares inconfoTIlc:,clos com 8. proteçuo juríÇtica aos

que retiveram o comando executivo de alguns estados. Alias,

nunca ceSSaraLl. as r.lanifc iJtaç õos anti-Supremo, sobretudo por

sorem suas deçisões consic1o:cadas fruto dos lia1:lOS :pc1rtid1ri-

os anteriores.

Já nuo se f~zia segredo de camI)arula dirigiÇta contra

certos e dotorminCldos componr)ntes do. Corte Suprema. J~sta c8.l!

};lanha se avultaria com os C2,S os dos quo OStClVCI.I!l. prot,Jgidos

peL:c prerrogativa do SLl3.S eleYCldas funções por governarem e§.

tados, que estivesse~ ~ frente do secretarias ou de c~tros

post os de Ilcl.ndo, él;:~lnrélc10;3 j :.lri di cac,','lcnt o pelo Supre:r:lO.

E DOU frü-:;Ctr que est:J. canp:.:mha teve início (1':::;sc1ç a

instauro.çQo (}8. RovolnçQo e nQo se lir::iti:1va aos q'X~lrt6is.

Ih una veluda e afrontosa a:2biçQO de vingElr, de J)unir,

de se saciar, de prélticCtr a bajlllaçdo sem maiores cor.:llGcimeg

( 44) OIJIV:aRA, Jé.lrc~el :U ororJ'la 2: MARTINS, Odilós. op. oi t. v. 2, p. 459.

63

tos de causa? que ponderáveis oetores da pr6pria cJpula mili

tar considerava abjecta, nQo fal taro.El os que no silôncio vil

dos gabin~tcs ou nas tribunas parlamentares investissem grat~

it3IüOllt~ contra :r.1emLros de LUJ (Los poderes elo. Re~)Lí.blieCl, o

SupreTJo.

Até no Con~;rosso No.ciono.l, parlamcmtarcs o.ch3vam jus­

tas as cassaç5cs da seus pr6prios paras, puniç~cs 3 qualquer

título, e censuravam, implicitamente, o equilíbrio do Uarechal

CiJ.stelo :Oranco, que, s()rena e patri oticam',.mte, USé.lva a metic!;l

10sic:lQCle do oxamc; casLlÍstico, parn avi tar, to.nto qLE\~,-tO POSS!

vel, injustiças inSQ:i:1QVois, que irlOvi taveL;l,:;r~tc ocorrem nos

movimontos rovoluoion6rios.

:8111 abril do 19G4, por oxeLlplo, há W2 prOYlLUlcü]'TIlento cb

incor.formismo, e ao mesmo tempo pQradoxal, do Deputado Jor-

CO CLlri que, som ci teu' os nomes cIos mtni.'3tros ~~vCtndro Lins

e Silva e Hermo~) J.Jil_~~J., il!lplorava SLEtS puniç5os, eno.ltecondo ,

e cstá aí o parado:';(o, a soboro.nio. o Llto.ngibilL1c:.de Llu nosso

lllCÜS alto Trib~:nio.l.

"SerJ10r Prc:::-;iL1c:mte", dizi8. o po.rlo.::~,::~lt~Lr, "to,-~os nós

dosejs.mos prC;S2I'V,-1r [, :;E~jcstcl_de a into.ngibiliebclc da Justiça

e de suo. mais AI t:~ Curto. 1.18S porque c. c:;tlcr\;~llUs sobor3nn e li

vro Ó quo eOnC()rlLm~OU SOl" nacess1rio n8.o S9 c1otc.:;l' '-1. rc)voluçõ'o

Prossegutndo ~

"Dois do sous ~:olombros SQO acusados do p~L~ticiJ)QçQO él

tiVél no pro8osso polftico o tdeo16gico com quo o jnnguismo a~

solou o TJcrturbou c~)tQ naç8.o. JélDearam pél+'3. se:ro::i. ::~~l'istros e

depois do minir;tros continuarim.l 8. jo.nG:J.r.

":2oi necess2rio uma rcvDluçSo 11o.rél (~.C:'l--a fim

dação que nos llji :lr:lro~;t::J., e, [1.[;',1"0. 1 o que l:~O:LlO,"' dove:L".os f8zor

Ó tentar liDit2r? por e:scr~p~los injustific1vois, o ~rossogui

t d ~ ~ - ,-men o n aço.o rCVO~U~lOn8.rl~.

"CercoQI' no Pocbr Judiciário o OXpul'éo quo se ostá )rC2,..

ces30.ndo no Congrcsso ~8.cional, n16m de SUl" u~n odioGCt discri

minação, Ó t(;nté:~r ::Ll~LL:tar a reVOLl'1QO, ó ncc:r-lllG o l~'o(ler que

o Ato InstituciDno.l l;-'.e outorGou de iri1)edir Cl'--LC, UG dia, pe-

c1 i (18 . ,., ... { (~ . r0 J U 1. ~ ., 1 ,~,

n] '.~ :~.'. O 'r, " c. l l' "-:0 I J -. " L.I. , .,. 9

64

oni-,

·;;C .... -;. r' _;_~ -~?, n:3 (,.; cu-

ovcrnc ('c :("] CO é DotorL:,-n~r:te ic"isfor / '>J ,......,

çé:,ve1 9 \]80 uc lT"'uri_7C"C \),'8 lnvcsti.-:;r~:10 r":-'~i;J1E:ios e cir-

cunst8r:cios CJi-:c lhes f?;cili t 'r2 r' o inve tic1L:ro".

Ccrc1uir:l'o o T);:Tlo,-lent c'r,

;;}\ e "'1 o C C'," : re c li s J v te 1 s () =, i i~ CC' r i (:: ;10 d e Clt,; c 1., c s C T' - n,; s t ou

tonto

8cl:-'liro rr'on 9 nem O "j sito ClL'c O SC"lhor I'r sic1cDte (18 RC'\)"liC8 9

]'~8rec:h81 Cocte10 :!3r'8t:!C0 9 fez ;=,'C SUTTíê:' o fl'ritun81 YCeJE:r81 P8-

dever,.,

ser ser CO:fL,;D"ic18s ou T'istifiC8r18:-:: co-r,oo conte""-10riz8ç8,O ou

-:o ,. C'< o 1 li i c';:;- o , ... , "..) ........ .........~:1 •

;!Ou 2. TC V 01W'80 YJrosse,--:uc oc c· t8r8 TJ::::rr;ic18 ----:'~,E'- ncY:1

l're.f! (45)

, , J[:1 SP

_L';::3 se ~) ro D UD C ia '[s'e r: to veio , 1 ' , ~ lDC US1VC C~ um ore80

que

COD

tr8. 08 TniDistros r€i~€ri(loG, pOl"") CC t€(rer 2" COtlCeSS8.0 c3c 118,-

be8s-co:r:'Jus que proteccri81!' 1ibcrcl;,cles·,tJb1ic8s c iDc1ividW:3Íu

de govcrD8(lorcs c CX-€:ovcrn8,oorcs 9 que e SUlircfí107 irÍlp',;vic1:-'ljl€.Q

te. e sC,Yl()rE: por ut18i1inic18cle~ concccl eri8, ~)or 8ssiTr' clit,?rc1:.í

8S leis e ' \.'J{wr.

bstT8tlhou-sc e c1i:3curse elo DC)UtSc10 Jorge (;uri, por­

quente, 8CSQ:,m, rfccT!T::C 'cnte 9 o (;oll(-'re;:wc . '::iC10D81, C" visi

t8 forrr'81, pe18 reprcsEr,t8tivic~--:'(lc rlc mt:s ,1irie'eDtcs, de

prc::::t8r, U-'? cS9ccie1 ho''-cna['eT~1 (le z3'ircço e T'cs')eito 8.0S Dcm

oros da SU~lrcD8 Corte.

IIScnli,or;:'re::31 r1 cntc. O S;~nr:2r·o Tyil"l'lí81 l"E:(lcI's1 9 seD

do 8. cé1)l:ls do POí'cr Ju:'icisrio ,S -[8 r€-; o re1ic8rio s~[!réHl0

(45) :Dierio do COn{'TCSSO 1'~8cioD81, sc:r.:t8-fcir8, 24 abro 1964, p.7

65

onele as virtud0)s elos sous COI1IJOnentcs somo.cl::Ls ?:ts dos seus an-

tecessores, se extoriortza~ ao Indo do sabcr jurídico

afir-Qativo o inco~toste.

mais

"Ninguén nesto Po.ís, c.1ovc;ria nogar-:j.J~e o. su", 0.1 to. di~

nidade no transcursD de toda nosso. história. Po.ra o altar que

a Justiça simboliza nos cLlrvm:ws cheios de fé na suo. oxcolsa

perentdade, t8.0 essEcLcio.l c, ostr~lt',lro. deElOcr1tL~Q, de L'Jll po.ís

livro.

"li1 diQ,s participm:ios do LU!la visi-Gz, Ç\.o solidarieda(le

e agradeci~ento ?:tquolo. Alta Corto do Justiça. Fornos lidoralos

pelo eminente Presidente Mouro. Andrade quo, om discurso hist~

rico, fixou com l-::rccisQo o çoontido da hO_l1onagom que o Logislf.

tivo prestava ao Judiciário. Hojo renovamos o,nossa solidari~

dade e o YlOSSO a;Jr0CO 8. SLnroffia Corto do País." _ o ~

Po.rSl rofuto.r o proconceito Cl'vlO so :procuravQ fcreJEir:

"Dois dos sous Elelf1iJros, os ncbros I)'2.nistros ~Iermes

Lima e :CvClndro I/ins, foram vítimas de injusto$ ataques oriun­

do s de prostigios o órGão da iml)rOnSSl paulista. Dirigiram-so

aquolos 2agistrados ao Presidento do SuproLo Tribunal FOdcrQl,

ropolindo-os, e SLW ::~xcelônci3., COLl a aprOV0çQO do todos 08

domais colegas, i~~anou-so com os ofendidos. A Ylossa soltdari

ccbde aGora ronov::-:cla pocLria ser consiclorarlQ dis;)onsnvol. IGo

pcnsamos assin llorqLh) dose jê.lmOS qL::::: a nossa posicQO do porL1ê:.

t Ao,' T ~, 'f' d '+ + non o roVOrOnC1Q o. ~~_clça sOJa lXQ,Q"no lnSuanuc elo medo

em quo vivomos, nos o.nuis po.rlaDol1tc;,Los." (46)

lqlosar d08S0S l)rOnuncim,-ontos do rOY;Lldio ou do a1)oio

a o.lcuns Llombro:.3 elo SUj)rono Tri bLlD8.1 Fo dOTI11 , o sto pCIT,-o.nocG­

rio. inc61UI~e, quer n8 sua c 8ElpOS iç 80? quor r,,:':lS atri baiç õos

constitucionais, i~clusiv8 o. do julgar os Qtos dos outros po-

ate~ürizou na concossao de habeas-

2.S:,rr1us, por I)rOrr9Gé.-Üi Ve1- do funçno, 8. LOVerYlac1üros, se crotár,i

os de '8st:::Ldo, ot9., polo raenos o.tó 27 llc outu.0ro de 11)65, qu,o.g

do 6 oditado o A.I. nº 2, que foi Q primcir8. fende:. tnstit~ciQ

nal ontre o Exocutivo-Revolueion6rio o o Judiciá~io.

( 46) p.7.

66

socs, sua dcci0ida 'OSiÇ80 eTC 8U:Jerr c;.r:1r (1ireitos con<Jt~tucio '. . .. -

nais a u~ eX-[OV(rn8~Or c a

belecendo niti0avcntc 8 sua , 88

l . J..C l S ~ ~e3~O arrostandc cor 8 hCG~ilid~dc crescente 02 ccr

ta linhR ~ilit8r.

Pre ci sar'e D te ~

no ~',JS DE CODcessoc:::, r~ C . , J8

fora do COTrO d2 covcrn8(1or clec o (Ua 27 (lO junho r18quclc

8DO~ F'as r!OVcH'Cnte a"'0898('io (c ',~ris80; c cutr8~ no c'i8 23~80

Sr. lIauro Borfes, cr T;leno exercício do scu r 1an(1sto e ST'caça

do (h: ":ri880 e de (1c')osicpo "')or ú~flucntc'J plps clps 'F'cr~Rspr "0 1.. . .-f ...... ' , ",' - ,.- I ~~. ,-,I ..... 1 .L.:s ~'. ...._

1 t 1 'f t 1 . 1 '-~B 1 - , . t í'8( 88, en( o 8 ren e :3 {(1.H-:>S 8e í;ore8 (,8 1"-,,- e co ,;.~xercl o.

"f:38t8do do c:,crgo,

foi ~')rC80 GtÉ que o Tri!~t'D81 !~e ,7IjiJtiç:J (lO A8Z0n8s, er 11

~e 8rostc~ a~rEciando ~€~ic1o de habeac-cor 1us cr seu favor,

cOGce("eu G or:'e r '" (1nn(~o-lhc ciê~,:c::.:::; I':; (1cci880 80 0'0 '\7CrD8Clor

Artur Rcis 7 que 80 invés ("lC C 1JT"1''''ri-18 ,:lonclo o "aaiente ef'

1 i b e rcl ; r1 c , t r" +'-' 1 J ' f 1 t. , eD reC'0u~-c, ,,"o J,'cnen "C-0nror:c . osc .i lTllO (e C8 r--

v81ho~ C!ue o recolheu ,:00 ,JUé?rtcl (10 27~: I~fJt?:lh8o ele C:'J\]2(lors8.

O dcsre,'Tcito [~ rlcci880 (10 'l'ri" I.ni81 dE: ,~ustiça (J!Jquele

est8c1o'22rOU Ui"'8 sérÍéi crise T:olí t2.c:c, quc rels Cc-Y';Dti tUiÇ80

i",-;:llic::=rj[1 irtcrvcl1C:~c- fc('!C'ml~ e~7j_t;é'I"::: -,'or irtcrfcrênci8 d8

Fevaiente 8r'e8.ç21dc dc T'risije i;':'ctrou bi:,1:;.S:_P .. s..::S:91~PU.Q 1)rs

vCDtivo, conccdE:1'do-lhE: o SU::':-'rE::"o salvo--conduto, ':-;8TIC:, ()e-'"

, 1 ., 1 ~ C',c ';',l va vez, j'r(8'[;8r coc 8rCClT"cn'Ccc', ~ccrc;, (.::-;; C02Ç80 D que .. '-' J\.A..J..

;':'8\78 sul1r'c~ic1o, tcn(10 Cc viSt8 [18 L't'CHY'8ÇOE:S v:::;rrê:;8 :,(.'r "[l81:

t e da G ~; u t (1 r i,l 8 d e s c o ". to n':, G •

O P i D i G t ro Vi lla 8 TI () 8 S (n: 18 t e r) c~' seu ve to (1:i z a c e rt8

alturs~

te \.H' 1101i to rili to r ::' ;)Unir. r; iono foi ('1.cc18n~dc 'E:10 E-

A info r 8.Ç8 o (to CCF2 rido l'lli

11' t 1 /, "~ ~ ~ c' / '7 ,;, ';', r: (L1 '7 ) 8 r c. o .':.., ê' L, o l' ,:1~; e, ", l c;, o i I

~ 80 lin81 00 GCL rE18t~rie:

qU8rt8-ícir8 9 e o 'l\rirun8.1 [lou.":; C'or 1:;rc:;:-o cor:ve:L~ter ojt<lg8T'1eQ

to Cf: (~iligêl1ci8j "~81"'8 que o ~'c.cier:tcj 8-;:;reoent8nc1o-se l;cs-

cit.v.+,

67 A

e =" ~-, o r S 8 r8 Z c e s cc' C seu t e ,-, o r. \I

;;])ou -:~or firl';o o rc18tório e :~eço 8 'lOSS8 ExcelÊ;r.cis ,

Senhrr Prcsic'cnte, ('De se r'i{'nc ('C:: tor1SY ss dec18rsçocs do

oro I'línio 0celho. li

o é1e'oL ento (lO CZ-Bcvcrn8,lor 9 ,r:-:::cysntl(10 '-,ar (~er;isso (lo

SU~lrer"o, csclsncet s irinGntE: :-:r-80<]8 9 e dele, tirsios 81guns

trechcs~

Eu ::=;c ',PF ,l E' che,C'"_·s r d e UI' sí tio nlJ€ - , '1-

DOSSUO n8S reOordez8s c1e M8n8us.

rece s. Polícis 8rr',éJds :jP,rs ~Ten(1er-~-c. li; que ne. "srtr,:; r1s

t81'lde 8 .l\sS6T'l hléia Lef"is18tiv3 ,j~J 118.vis sido fecl18,c18. Era

r's.is Uf' convite do que UT'"S. ~"'riss.o, c cJeveris ir 8. Centrsl de

Polícis, cono (Jizeros 18, ;'Sr8 rcs~:ol'(ler s interi.'clsçõcs que

f.le se rÜ;]Tl fo IT'ulo(j 2.S.

":21':1 Vc:rc18dc, 18 cheg8ndo, recebi oreje- (~e ser recolhi­

do, i n €(li8t;oncnte, 8 Penitencisri2 Centr81 do ~st8(10. 1Js

pS.ssel 8. noit,-,. },.rigos 1~'eus requere:r:F" hp,"css-cor::us so Tri

bun8.1 de Justiçs. O Tribunsl de Justiçs sind8. de T'1odrugsds,

co;'eçou 2: reunir-~)e. Pediu infoIT'8çÕeS do Govern,-v]or dos nQ. A " tivos ;'elos qusis fors. eu c08gülo, recolhido s Penitenci8rÍ(::;.

111,. rcs~,osts foi 8 Políci8 Th1i t",r ocu~í?n(10 o Tribunsl ClE;

JtJ8tiçs. Os de senb8yg-c:dores re8["iror' e dec18rsrsT' que o Tri

h 1 ' . ~ n .' 1 P l' . _uns n80 se reUDlrl8 enqusnto nco I0SSC rctlracs a 0_ lCl8

14

hOr8s.

una [I i ,1 e D te. -f, h " t b Que [len u~ DO~lVO 8~rcsEn sra o GC-VE rns-

dor .Artur Cesar ]'erreir8 Heis so (·:to Que l-'ruticar8.

tiTIas o Chefe do Bxecutiv0 9 ainc1s 8ssi 1Y19 nso cuv."'riu o

o Go-

])8 [3-

sei (18. Peni tcnci8ria "18T8 un (5cs 01oj8n::ntos (~O Qucrtel do

27º B8talhao de C8ç8~ores.

;rE8 1'8 rtc " so entso 9 fui ouvido ~elo Presideg

I '. te do n que rl te Po1 ~ el' '" 1_1"11' 11' t'" 1~ "'O r "."'ro "~te [1" "'-'ye' rci +0' ...L ::..' J..d. c' . ~ .L ~..-' _1_ l \. • L .... ~ ...... u •

:'À8 14 horos 9 fui li "ert:::--c1c "218 CO n iss80cle Inquérito,

pelo Presidente, que nso encontrou quslquer rotivo I1sra roi-

nha c1etenç80. n

68 n ,A, l"" }' nc18téJrJdo AS cODsequcDcl?8 "O_:l.l:lCaS CC sua so-cura e

os indicios VEC0cntes dE ~uc volte rio 3 ser ~rC30, continuru:

nprcsuT'i'ielvente, ei~ f::co do fcst8 que houve n2 cidade,

o Govern8dor foi 81ert8,~0 ou r:1vL-i8do (le que se (ler8 o [linha

sol tUr8, c, ef' foce c1is8c" rec"iriu uri 8

tcnder que estivcsse eu solto.

1 ' . (, CDtl1:iCla , "

por nao en-

8,0 re cebc r , ,

a renunc18, en

car~lnhou-8 ao Gencrsl L3Tl€clC. O Genersl L1ai-'ccle, :Jii,10r'atic2

'neDte, tCrJtou CODvenCEr o GovcrD0;~or de que, tenc10 8i('0 cle

indicado ror Elc;1ento (~a rc:voluçoo, seria cor1:O qUE \.F"a quccla

de prEstigio, UDa afronta, u~ vexorc 80S elcrentos da rcvolu

çao, a ren~ncia que se efetuava naquele instante. ~ A ,

11 O Govc rna do r ii~-""oe ura conr't iça o ;")a rs, sua 1")2 rr:ane nCla!

seria aninha 1'riS80.

iiPelo que sei, o General tC8T1 e(le obter"'"}_~erou,que n8c1a en

eon trJ r8, que nenhuna prova se fi ze r8 con tr8 rüf1, ::a s i ria

ouvir o Presidente fo Rc~~bliea.

ltEntre o Governador, eleito cle foma indireta, f1as ':101"

su~estao ~os elenentos do Alto CODGndo Revolucion1rio, c un

proscrito, cor seus direitos pOliticos sus~ensos, cor seu ~' - 1 (,UV1(;a, até que o

, po

, , t' -, ~ secasse, que este 88rla a \71 lia (,a coaçao. ,

IiFui 8'\lisodo, Desse interÍT1, 0ue se traT"'aV8 ninha Tlri-

88.0 o

rer os rios, naqueles Lpbirintos (le Creto que é a re(~e que

I)OssuiT~IOS no (Tr8nc:e v81e. ti

o f:-::to . , J8 cheg8ra ao SUrrcT'O Tribullal F'edera,l, cor:' lle-

c1iclo de h;::;:~eas-corp23.Q prcventiv0 9 c o SupreTlo deeit'lira a3se­

gursr:3 'lresenç8 (10 ex-g'ovcrD8í1cr C-l8r8 oeter o seu (~CpCiFel1-

to, 8. fú' de tOT"'a r um8 ~CCiS80 res~810ada no E'aior ,

nur'e 1"0 , . ~

posslvel de 1I1forr:aç'oes e forT'8r o SEU convencil"Jento isento ,

Tar8 só ent80 c1elitcrar.

Ali est8v8 o Govern8dor r'1e:::;ostc 9 que ccncluiT8 o seu d.§.

poir~ento dizenc10 que só 2. intcrfcrêI:Jci2. do Su-~rerlo fez che­

f!ar livre 8 suo barm 9 c 8 conceSil80 (k h8bcos-coryus prevcQ

tivo era o ~nico '[''1eio r1e evit8r-lhc nOV8 lJris80.

no que é certo", I continua o (1C'losto' 9 né que 9 OUViildo,

pelo , , ,

r8 c1 io, que o Su-: remo De COD cede r8 uma e sj!e ele de s8.1 vo-

69

COl1(l u to, dete:r'r'iD8D'"O :::' rliDh8 :,~'rCSel1ç8 8qui, 8qui Ti€: 8-:'reSel1

t c i, 8 qui 1~ e e ,I c e D t ro , n

res v8rios -,oDtos (18 1"cr1cr8çso9 ol1(le houve (1ç-:osiç80 de

gOVETD8dores, os i3obrEj8ccr.tcs erG" ~-rcL'ost08 (lo Alto C;o:w;iL}(b

hevo1ucloD8rio, T:'18S t8DtO qU811tO -'0:csíve1 9 :Jeus 8tcs (1e 8rbí

trio erJ:'l cotltro1c;(10s,c18S Íorç8s T'i1i tsyes fecleT8is 10c8is, . ,. .' . J UI' lCl8 rl8

C8ste1o l3TSllCO, e18s (~r:;"íieri8'- ser co~,,- riclG8 e reS'-'cit8("OS.

:21'8 c'ifíci1 o cODtro1e, TlC':S o Presi(~ente 0,,, Bc ItJ'j1ic8

d8V8 der~onstr8Cj80 de €x8ustivo esforço :'81'8 evi t8r o de0rs -

IJeito f18c;rarte 80 S\F rE:::no, res~--o cue (1e~10is, cono seT"l:~re 8-

COl1teceu, rrev8Jecessc 8 vOl1t?de ~i1it8r.

1e i 1'8

A 1 ' :1:1 l' t" 1" '1'-!-" , J, llC111Uf1 oosc:rV8CdJr r 8 nlG OrlO )0 l tlCO-T'l l !Jor 'Jr8Sl , e re Yí':i tido de sconhc cc r 8 s Vf 1h8 S 1ig8ç oe 8 l'rofi s cüom:is

e de 8niz8dc Entre o cx-Prcsidcl1tc C8stelo Br811CO E o Gel1e-

1'81 JJiz8rri8 N8Tle rl e, CO"'8~:("CJ"lte :-i1it:::r 1;8 /\.:-'ozoni8, ic' el1ti­

fic2c10S DOS T:-'Étodos e -~:ril1cíliioc que 8,"ot8V8T'i.

Assi~ foi f8oi1 ~que1e cO~8n~8nte, 118qucle

jiren(ler que o ent80 Prc:.:si(;el1te Dlmos ('€~)Cj~T'8 i'es8tEDdcr n

ur'8 c~(tcrr~inaçso (lo Su":rei"o, rEST'O C;ue, 'losteriorrente, 8<10-

t8G:::€ o que o jCr'I?liGto C2r10~J C"lste110 l~rpnco CfJO-'OU cle

, que so es-_'crov2 o seu retorDO "'oro conSLF~or nOV8 ~)I'iS80, co-

so DOO fosse conccdi~o 8 "c0i00 prev~ntivo ir?etr80?

É co:"o ele n8rr8 80 fir181 (30 seu (1e~)oir(tlto:

li}" i'iT' r,c ~)8r€CC, qLC, se c r0-'rio ::::'X2TCito tivessem

"80S \).T' er:;tuc10 9 ur~ '-'roc]IJ.E:1, rc10 qU8,1 ~")\).c1es8c rcs~'onder o Go

V(1'1':8(;Or, c~ue n8.O ~ioc~i8 -rotic8r ~"r>itr8rieC8(je, -'orquE eSL;?

ri?, sujei to o C010C81' 1":81 o SU}JrCT:1 0 T1'ibu~81 Fedem1, 2 isen

çoo scri8 c'lo l)rÓlirio 8erado do Exército, rorqUE, 8.ssir' que r~

ccci(~o o ofício e 1cv;::do 00 o.el1E1'81, 8 Y€s::-'osto, (~(:le foi de

do, do c08gi(10, err;; s8gr8d8 9 e ql)e iri8 tr:::;'~~lh8r junto 80

GoverrJ8,c101' p2r8 que tlOO viesse o Tlort8dor ('O solvO-cOtlrJuto (D

Su;;reno 8 sofrer o C08Ç8.0 nos seus 8tOS cu nos seus

70 ,

passos, ate a sua chegada aqui.

" Rc al"C e n te, e)': b 8 rq \J E: i 1 i v rE T"!S n te; a Tl e nas a v i s t e i e p 0-

1 í C ia (E .': te n te.

n:ntrtaDtc, ,:··tcu sendo n20 f,ci se it,ti,'ac1o ou inti­

rüCoc'o 8 com'J21reccr ~)c·=t8-J:eir2, 8S S hOT8S C18 r"anhe, no IH';

parecendO-De Que O Q\JC sc ~e8eja, ra COnCCG800

paciente ~cc aC]. i c!}(."n", é que ele 11': torllan(10,

'1 Cceu ao

,. 1"1 ' "Eu llao tenho 8 y1 1nlTJ1a c.u'.ilca re (jlie, se o S \Jlj rc TY1 o 'lI ri

bunal :;:;'e(~erel Dao conc:.:der o h8 1'eas-ccrpus requcrido preven­

tivamente, poraue, e8t~ sendo violcnt8~a e Constituiçeo Est~ '1 1 t h l' . ~ l . 1" . 1 . - . C.lU8 ,neo cn o e pcnor c..uVlCJa r,e ql"e serel reco nl( o, lmectJ§..

teL1ente, e ~." ~ TI . t .'. .' ~ . U11.'e ttW.<,'3.C ... :: • .r: crn sncler18., COFiO Je IUl (~a p ri rr c i r8

A tese que o Scr')remo.? sscn t3 ri8 p8ra COl:' CC(l e r o pedido

era a. que vinha Dsnpre dit;-d1(~0 o seu corrportamento jurispru-

Os delitos :í:urcion8is porventura COTIlctidos, pele

prerro(':ative da fUDÇ8C ele Govcl"nsdor, consti tucionalT!'cnte

só os Tribunais c1c:\J~Jti(1a dos cst8COS er8TY1 cOirrpctcntes para.

jul.?-"8 r.

Eesse sentido foi o voto C)O reL:;tor Einistro Vil18 S

Ei:" resumo, eSS3S foraT11 as '~1Grtes essenciois (le seu vo-

to~

c~ue o paci2nte tE: rir-, pr8tic8do otos i1e(1'8is ele corrupç8o, ele

subversao, de Yr,üvcrs8.o € stos ele violêr.cia. cODtrn direitos

ele terceiros. Quer (1:i;3er~ tcri8. pr8ticsdo delitos funciomis

que, eie aoore10 C 0-::' 2. Jurisprudênci8 (iO Su,remo Tribu1181, a.s­

S€ntac18 n8 Súmu18 304, serir:1Tfi 8prcci?'dco, por nrerror·~"tiV8 CID

funç~o, pelo Tritunal de Justiça ~o Amazonas.

"Oro., o Tribunal ele JuotiÇ8 do .!~~~'ezonas,. quando provo-

ce.do para. isoo, concedeu o habe .. as-corpus ao Sr. Dr.

Ra.-:--'os Coelho.

Plínio

prcc8ricchde das irJforrpé;çoes, pc18 in tim8çr::o que rscebeu o

(4 ('1) OI~1.,r-~lh'~ ~ 1] T., h '". T·r,Ar'T~1,rc 0"1' 't (j J V-' . .et.d., J8r(e. l~orcn a (., ; .... f1..'.\. 1.1'0, (:l.ea - op. Cl •

V. 1, p. 191.

71

]!acü:nte para conrp8rccer :Jcr8ntE:' o IPlT de I\'I8naus~ 8 reS1jonsa

bi1idal1 e (10 ex-GovE.'rn3dor só pO(1 e ser 8pUr8 r"8 e fix8c18 nelo

TribuD81 de JUStiÇ8 do 1',.razoD8s j que 6 o órg;o competente p8

I'8. i s s o j de 8 c o re) o c o -,"(1 o e ri te [1 e} i F, e n to doS Li;; re rn o T r i b u n al ~ e

nao outr8 qL;8.1quE.:r 8utorie18de o

IiAssirr~ sendo j Sro Pre:=:adente, cOtlceeJo o h8reas-corJus j

eTY' c~r8ter preventhJu~ TY'8nd8ndo 2xJcc1ir o s81vo-corH1üto em

f8vor do ~8cientcj ;;0 r-

ven-cura prornovic~8 ~erantc o Tribunal (~e ,JustiÇ8 do 2st8do do

1l.m8zon8s j que é o órg;o competente para isso.

iiEn-terJclo que,pelos '~tos 8qui mcncionados j que C8r8C

t ·· - 1 h'l" ~ h' , ~ erlZ8rl8.m o crlF1e ce responS8_l lCl8 rJC j a um org80 competen

te nest8 Rep~blic8~ honesta RepGblic8 j p8r8 verific8r 8 res­

pons8bilir18de de Governadores e ex-Governa.dores.;;

lhnistro IIahnemann Guim8r?es - "O paciente fez rcferên

cia 8 Consti tUiç;,o do Lstac10 do Jl.J08Z0n8s. II

I~inistro Villas B08S - nparcc:ce qL"C h8 j nos 8UtOS j dis­

positivos tmn3critos. 1',.ine18 que 8 Con~JtitLiiç80 fosse owis-

S8~ no A~'azonas h8 UT"J I'roour8dor Geml elo ESt8do~ h8

bunal de Justiça, elTtt,om qU8se eUssolvido j ffi8S aind8

m . um lrl-

existe ,""'" I ,

este org80 18 e penso que ele est8 h8tilit8do a. tOT'l8r contas

de qÜ8isquer atos que o Sr. Dro Plinio R8~OS Coelho

p r::: t i c a (1 o •

tcnh8

[;1',.0110 juntific8<10 o tc!:'or (le Clu81quer viclêtlci8 ele p8r-

te do Govcrn8dor e reputo itljustific8c18 qU81quer intcrfcrên­

ci8 do I)oc1er ~Tilit8r nesDe C8S0.

IIAssim, defiro o pedúio. 1I (49)

Da (lecis80 eT' riue tOT"amD l!8rte os Thnistros :=v8ndro

Lins e Silva, Hermes Lima ~ Victor Lemes 11e81, Gonç81ves de O

liveira, Vil18s Boas, C8I1C]i(10 T.~otta e Hal'lnemaDn GuiT'18rneS

resultou o seguinte 8córr180~ :'Re18t8c1os estes autos. P..esol­

ve o Su~r€mo Tribun81 Fcder81 j em Scss;o Pleniria, ~ uD8nimi

on~ em. CUSt8 S ex-

Er8 4 cle novci71'bro de 1964, (; o rcsult8do 8 que ~hE-?"8L'8

o Supremo fora rece'biclo em mui tcs setores l11ili tares COTI' um8

sensaç80 de verdadeira im!l8ciênci8, pois na.quele ['lesmo mês

(49) OLIVEIRA, J8rdel Noronha. t, LU\.RTn~S, Odiléa. op. ci t. p. 192.

72

trrlTI1ava-sc 2. Cluecta elo Govcrn8(10r l'.~2.uro J30rrr es Teixeira, (le

Goias. Este tap1cÉm fo rB sucDe tid o 8 i nq ué ri to po1ici81-111111:,

tar Dor Sl:lJvc:rs80, e se chc~8s~6 ; m8is Alta Corte de Justi-l. . ~r '. ...-

, , ça., Ja n80 seria. 2.~)enas CO',O u't'J' 1)c<1iOo de hr:1beas-corpus su-

p1icando o ~ireito a 1iberd8~e de ir c vir, com tinha 2.cont~

Cl' (10 '."". o C!yo. P11' nl' o COC·lr.'lO., mp .. , r-1 cle· ~', b 'b 'u~ LJ ~ Á elC::" -eos em TIJalS 2. rangen-

tes, isto f:, mJ'cüic21ndo também a '~,rcsErv8ç80 do seu próprio

m2.l1Cbto covern8menta1, " l' 1 1 1 'h~ , (,e SU8S L~erC1GC es pU\..l.lca.s

E, efetiv8Dente, isso viria a ocorrer.

Vamos ~ 8n81ise Oeste outro C3S0.

D ' , " ~ , 1 n 1 ' 1A.-, .1S;Jemos !lO lnlClO ococ;e C8:ntu o que 8 nevo UÇ80 tlna:;

feito 8 mont8rrem de sua rcpresentaçac fcder8tiv8, obedecendo

duas fG ae s }l roce SSU8 i s d ife rcn te s o

;m irücj.acJ8 a secunda fa se o

O C8S0 Eauro Borges, polític8 c Jundic8illcnte draTi18ti­

cc, tornar-se-ia ts1vcz o mais ir'Tlortsnte de qUGntos foram , ~ S '1 -,', suhmetidos 2. ~ecisao do .u~ref1O no p8rlo0o reVO~UClon8rlO

envo1vcnc1.0 direitos aT:"e8ç8(10S de govern8(10reS ele e sü:;cl0 o

O '~ , G " en'Gao ["overn,::oor de T018S, CrB coronel refcrrnado (10

ExÉrcito c o cutelo que clecep8r8 8 cabeça polític8 de outros

povern8~ores ideo10fic8rncnte incompatíveis com os princípios

da linhs dUrB, n80 o atin{üra ai[:c18. naquela oca8iao a Trajor

expres880 do P. SoD. do est2:do fiGur8ndo seu :)8i entre 8.S trB.is

destacGclas fiGuras (18 llc1cr8nça -pessc('ists do Centro-Oeste c

do Pa rL::n:Jc n to liGcioti81.

lI?: co ~ o compo rt2.TnC nto li b (rBl ,'10 fove rna co r e sua 8 ti tu

de em n80 punir elementos de tend~ncias esquerdistas que fa­

zi8m p8rte cle seu quaclro sdministr8tivo, cOllsti tuirBm o priQ.

cip81 motivo para que fosser.l traç2.(los p13nos p2.rB seu 2.12..sta

meDto. Salienta-se isso em UTfl8 das DcrguDt3s a CJue respon r1 eu

DO IPI'iI sob 8 cHle::;ao do GencrB,l Hio':L8DClino ;:rt.;!e1~ :;pcr@'unt~

do por que motivo tcndo o depoente opoiado fortemente 2. RevQ

luç8,o, conforme declaI'8 aciT:Ja, manteve C1J' cargos de Direçao

e Chefia, cOT'lUnist2.s notórios •.• 1I

O A. I. n º 1 (1 e t c r~ i no uno seu 2. rt • 8 º, a a pura ç a o c1 e

responsabi1idacles 11elos crimes contra c Est,Jdo c seu natrinô ~ -

nio e a ordem política c social ou 8tOS de guerrn rcvolucio-, ,

n8 r1a •

73

P8TS execuçso c1es;-;e dispositivo, o COT"'sndo SU;JrcTI1o ds

p 1 14'i t 01 >"'10 " D' i·~,~i"'lo·'"'tlOti '010 u~ .!.lEVO uçso, em ce 8 . .'rl 9 ~'o' }.o,J ccr'~C;l.~,> nu u~nc nq..':;:.

ritos policisis-militsres, .je ';revist08 pele lefis18çso ds

J 'r;o o O' 'no 1 ustiçs llllltar. Ar:;ora COE1 8 fln"ll(LHle eSpeCll1C8 (e curr.-

prir os objetivos d8 Revoluçso expressos no Ato IDstitucio­

Dsl, sendo desipDsc10 e r cRrreg3do desse amplc inqu6rito o Ge­

Dersl rntcv80 TauriDc de Rezende Neto.

21:' 6 c1 e tO;:IO r,; t o ris q 1) e 1 e 8 D o 9 P o r d e c re to do P rE si d e D te

ds ReD6tlic8 9 o Gener81 ~stev~o Tsurino foi subntituido pelo A

Genersl Hugo Pem:'8co AlviY.i 9 o,ue em 21 do

8 stcrturs (~e irlCluéri to '''''01icial-r.ü1i tsr

TI' C smo me s (' e te rrninou

.l ficsDdo Im

pons8';el por ele o Tenente-Coronel Geraldo Fit!ueireclo (~e C3S

tro. ,

Concçou 81 o cerco 80 gov r rn8dor 9 que Dobiliz8ndo a 0-

o o ~ '" 1 0"J t"J 1 ~, h t 1 ~ plDlao DUL' lC8. c,o SEU es -8(,0 e CIO Y81S, com co!~cr ura U8 .tiS-

senblé Ül Lee;i sls ti vs, com o 8iJoio de r'T8Dd C ")8 rte d 8 irnnreD-o

88 10c81 c D8ciOD81 9 e scnc~o (1c<cnclL~oielos (1.iri{C'Entcs n8ciQ

Dais do P. S.D. 9 teDt.'ri8 o1:Jter (lo SU1Jrerno, COTno úl tirrs tabua.

de ssl vaça 0 9 ha b e8 s- co r~)u S preve ~ ti vo -~)a ra 'Jro tege r se U TYla n­

da tc.

Em virtude d8 8rnpla re~erCUSS80 n8cion81 e d8 resist~n ,

cia do {'ov,:rn8c1or, protcst8ndo inclusive recorrer a força cE

so se consurnSSGC o 8rbítri0 9 8 (hrec:80 (lo IPli[ foi retirada (bs

Tene n te s- Co rODe i s Gc r81c1 o Fi{'"Ll d, re·" o (~e Oa c,tro e LElu ilo D8 r-

o " S' T,~ 11 "1 'J 1 G 1 R/l n° Cl De 8 '-e o, oe ecrGnClO-Se pOr cres 80 :renem. \. ltl03"r8n-

dino Kruc1 9 Chefe (lo De~)',~rt8T'1Cntc 1"€r\Cr81 (~C Seguranç;s Públi

cs T,Jsra, 'irosscguir nas S1JUr8çOes ,1cs fetos delituosos atri­

buíclos 80 {Tovcrnccldor f"oisno, Isso ocorreu no di8 29 de seteTI'

"bro d~::;quele 8no.

ADtes do recurso extremo (~O TiCdido de hsbess-coI'1J!:!.§. 80

SUOl reT;'1o, o clirn8 en GOi2S, 1)articu12~lel1te n8 c8pit81, crs

de intranquilirlac"Je, c de SD{"L1st:iánte eX"iect8tiv8.

Enqu8Dto se 8volUW8V8m S8 Deças processuais do IPl':T, que

chegou a 12 alentsdos volL1~es, iGn18Dtava-se U~8 Drscs de _0""--__ _

guerra .•

O /idvof'sc1o Lourenço ADtônio (le Oliveira 9 iTn'l)ctr8D(~O h~

b€as-cor!)~9 junto 8.0 SUTJremo, em favor de reso Eatal e ou­

tros por crimes Tllili tc; res Porventura cometidos em .l\.napolis ,

74

relembra 9 com precisa0 9 o quadro belicoso (:!p,r,ueles dias fre­

Déticos. , .

dos elemeDtos pSlqU1COS, oue for'n8m o li-

vre (~iscerr}lmeDto DOS DOe'reS ~1Jl{2'8c1ore~, poder8 (~issociar-se

desta re81ic1ade físic8, social, política, econBmica Que le-

vou ao sobressalto os 18res ~e um cst8CO.

maDha, iDtral1qthlid8de DO est8do 9 8tu811'Z.a,m, em ceDas dantes­

cas, os norneDtos vividos pelo povo.

IIEis al["uDas das alucinaDtcs T:'1aDchetes que, talvez, p,2,

deriam f i ["lH'8r, sem eST)aDto -D8I'8 DÓS, nos muros de Berlim 0-

riental~ I\WRTE A TODOS. Plano terrorista pera acatar com os

oposicionistas. A Justiça l!Iilitar é comneteDte para. jul::rar ,.., 'fi" B n' ~ "'t " 4,q n .~ o or. l'lauro orces, 811Ma o JiU: 1 or oa - l:\.eg1ao.

"Pa18cio é centro de err8dic8çao subversiv8 - T'~auro cul

pado - nauro f, comuDist8 - Governador protere os ar:ügos co­

munistas - FraDcisco Cam"'os~ A Asr;embléi8 D80 é cornp;:tente.

DESCOR' RTO COI''IFLO P'/\.Ri'" l"L\T.AR DAEILO - JUSTIÇA NII,I T.t:.R DECIDI

R,{ D:CSTIl'O DO GOVEFlTAT10R.

'iIPl','Í~ c-oV~mV:DOR CTJLI'ADO, DTIIZOL.,I\. JiPÓI/':. I\'L~URO BORGES.

CO}""uTIS'IAS DE T'TAUTIO QUEREI'! ENVOLV:SR .h IGREJ}, CJ':..TÓLICA - PRI­

SÃO DE 1I .. I!..URO NÃO DEPElirDE DA ASSEI''!BIJÉIA - li'AB :E EXÉRCI TO Tt'H

P::::;:S?EI TO COE 1.'ROLE DA SI TU.AÇÃO •

ft:;<RU3L~ A PRISÃO DE J'CAURO BOnCES DEV::=n.,~ SAIR A QU,I\.L­

QUER UOl'IEl: TO o "

Depois de tr8nscrever eF' sua 1;etiçao eSSGS TraDchetesd:;

diversos jornais, nels encontra-sc ainc)a o seguinte trecho:

1i0 S tanques de [TuerI'8 c3esloc8dos 9 nUT!1 tempo r2corde de

BI'8sília "Jars Goi8nia, nõo vicmfn paT8 enfeit8r desfiles fora

de época. Os 8viões d8 LI\.B que f8ziaI~1 rP,2antcs sobre opslacio

das =smcralc1as n80 espelhav8Tn sosm:co, n80 €spelhav8T!' o rd e r:: ,

nao €s:jelhé;v8rn e 1j8Z, m88 9 a forç.8 (le 'renc1e.P.l-se ' ? dE UT!1

1 ma OS 8 o aI to' .;1 (50)

~'hlit8I'JTlente estav8 pront8 8 c1cc8pitaçeo pOlític8, que

na.o se onsmnou no fin81 de sep8na, como a ('e A(lemar (l e B8~

ros, em foce de uma. pronta decis80 cl0 Sunreno.

No d i 8 13 d € n o v e P.l b ro d e 1 9 64, s c X te - f e ira. , o G e r: e ral

de Divis80 Hugo Penasco Alvim, proferia o seguinte Oespacho

(50) OLIVEI Rti, Lourenço Antônio. Petiçeo de habeas-corp~ nº

42.222, Goi8s.

75

- ~ liPel? concllJoeo (JS8 8VC:Y'irr,-~8çOeO )c::i.cieis [-', C;L'(; I'l~.:;n

(~€i proccr"cr, veriflc:-:-oe cue oC": '['tes e )')F,(\OS consti tuer'

cri"c COt<LT2 o :Lst:-;,';o e s c'rr'c' poli tlC8 e oocü.::l jjreviDtos

na Lei nº 1802, de

Justiças millt8res

5 ele ~8nflrc ele

e COi','um. li (51)

, que o dcslocai'ento de t ro p 8 S j " }~ ,~ li i 8

E8 uro Borcc s.

sido ~rovi~ercia00 e

Ne:-:;ta 'n80T'e tr8l~C '. o 8(~V008(;00 Drs. rkr8cli to So'ml

Pirto e Jos~ Crisryi~ BOI~88, i0nctT~~ junto ao Supremo Trib~

nol lT'e ri el"'81 pe í1ido de h8:~,ees-coTT)']f-J ]Jrf-'ventivo nU1~'8 "erreclei

re te n t~, t i v 8 d c f a z c r o:) re v,::; 1 e c c r e :l' o rç e do (1 i re i t o c o n t J:'8 e

fo rça (18 s r"J rrne s.

história de ::::xcelse Corte l--,resilcire.

J\ssil'l COTYiCtlte. o f-,to o i'erre,c c18'cnnh8 (lo (li8 l L) (1e

novei"brc 9 88b:;c30, c p:dY""\ei:r8 -,j8gine 9 ten("c COr"O pri,-v'c1,rs nnn

chete w'euro recorre eo Slp'reTlC';; ~

"]jeu entrS(~8 ente::!, no 3t';r<'''c 'l'rihwsl l"e':cr81 o!lc

(lic1 o ele hpl-;C8S-CO r pus nrc,cr!tivo, c- f8vor c~o GOilcrnS('r;r T~8l)

re Boree s. A ~ot~rie foi Cis~rihuí~s eo riristro Gorcolves

de OliveirG. ,

on ter~l 2 to rrJ e ,

S80 prcvertive (lo GoverD8c:or J~8uro LOY{c'CG po r1 er8 ser iJ (,3crct2

de eté FCSf;O hoje. TrOlJé'1S v8i "18r8 COi8G u~T"Ondo 2rrnss peso-

(18 S o n

em seu e~itorie.l:

pus prE.:vc0tivo no SUDrc:.Jo TribuDel 7edere1.

cl e C] u e o S lF) 1'e m o

dc;(1e dc:c:ocrftice

Fê-lo n~-:i cc rte Z8

DeVCF;O s to-

dos confi8T - })ois de ouera form8 1"'.80 b,;\lcrie altern2tive :D§;

rs a evoluç;'o p8c{-fics que todos (}8se::)8D08 l,8r8 o Peís. \I

F,-=] t8TC1e c1equele T0 eST00 ~:;C3b8r10 o l",'injstro Gonç81ve8 elE

( 51) CO STA ~ :::::C! 8'8 rd. op. ci t. v. 5 ~ p. 31.

Olivcirf"l, consi(1erG.ndo irrinE:nte o COrlGUTi1nçOO do violêncio con

trB o Govcrr18doy, com o iy:18vr8 ":cferic3o:; oposto no -pedic1o

(le h8~Je8,s-corpus preventivo. Ao chr ciêncie deste f8tO , 8.8

8utoriC8C1t:S fe rlersis 9 desfez todo 'J.-:1 poderoso spaT8to bélico,

que {leu um pesso 8tr8s, perB ';!o;JteriorT"'entc :por outros ceT'li-,

nhos, 1)8 SSC S 8 frcn te.

J~eis L'Y'8 VGZ c Prcsic1ectc CosteIo BrBDCO, interferire

perBf)re::iCrvsr e dccis80 dr-:1 Justica, r1 ".,ü:rJ'Y'inondo 80 ];1". '~7al J _

(1C"r:'8r Lucas !\c{?:o (le C8r1181ho, Au(~itor de 4~ Rc;:i80 ;':ilit8r ,

infoTIier ao I'hrüstro Gonçolvcs de OliveirB. Que sua decisso s:;

. '1 L ' ~ . f rlé, CUT'n)rlC s.. ogo 8DOS lJ.SGnco outr8s \11SS e nor orç8 d8 '. b"l 1 l't' . '1' 1 . t propr18 3m 19u1COGe po 1 lCO-]UrlL1C8 LO SlS ema, s8tisf8Z OS

1· T'TI U 1 co o co f ,"'11 o t r'" c~ o '" e'.' P., c';.",. re P., . :,.!: ';;;":J .LViü c.' I .:J '.' .' TY1ilitsr intcrec-,S8d8 D8 c1e-posiçoo .

o GenerBl :::üO[':T8ndino Kruel (Ji8ntc C1,( deterrniDf'lçÕCO s~

periores, cor:torne no TlleSTDO die 14, os ter:Y1os de e~trcvist2 e

ele 8tribu{?a, distrituindo UID2 roto ~ inprcnsa, que dizia:

;; ••• toces 8S con;::;i(~cI'8çoCS fci tc:s dUTontc o encontro

com os jornalistos, o fomT'"' en tese, ne.o objetivando, conse­

qUenteTY1eDte, ninguém CIT' p8rticular.:1 (52)

l~rB um momcnto supremo do IlC'derludici8rio br8sileiro.

O Editorüü ;10 Correio ds 1'=8 Dhe. no di::; 15, dorning0 9 iD

titulec10 \; JUS TI rcrl i,Q"ie1 o ~ cc.

, i[l1ore que cetc c UT'1 iD'Jt8nte de grB.vc crise

e-rrJ que 8 clCTflOCroci8 brBsilei'~e - ou o que rcsts dele - está

em peri['"o.

°Hó um Congresso 8 ocr F-srsJ:ltiClo, um lJOVO que rl80 quer

ser escrrivo, um8 impreDse que lut8 ~)or ser incle-r;enclcDtc e li

vre!

. , li Sim, ha Justiça,. Houve Jr::Jtiçe 9 DS terde de ODtC1Tl

s8'o8do, quando um Juiz ]"'c,lou em Dome (~C tO I )8. 2. Neç80, 80 de-

ferir - com U1T18 simples p8lsvrs e umo 8ssiDoturn se", flo-

reios - o pedido de hsbess-cor:1us })8re o Senhor I'18uro BorLcs,

em medida linin8r.

"O Br8 sil há

GODçelvcG ele Olivcirn, o qU8.l procurou L-perlir? pelos meios

le~8is de que dispunh8, que a viol~ncie se implantosse e se

( 52) CO ST.A, l~dge rd. op. ci t. v. 5, p. 32.

77 gcnerslizasse no p8ís.

tiO Sl~-;-)rCE'C Tribunsl FE::C1E::r81 é 9 nest8 hC':r8 de 'é;goni8 e

de T:Jedo, (O (':r8nde iDstitui:;;oo (]CSarT":8da, 8 T'12is aT'f;'l8.(18, dE.' to

(la8 a8 institulçoes, porquE:: conto com a8 8r:I18S ()O Direito

(18 s t ra d i ç; o e s 9 (1 o s c o D t UTll e s c d 8. vo r81 d e to d ('> mr~ T) o vo . 11

"f.~ o ~'ro' " ,~; (, ~'Tl' n l' r< -tro ..l...:J l.J.., ," 1.. .-.... "" ..... "-... ü Go n ç 81 v e s c1 e O 1 i v e i r8, q \) e ns S

COr:siC1crscões }Jrcli'in8res ele seu voto por OCSSi80 do julgs­

Fcnto do habc8s-ccrpys9 justifiC8 8 conCCSS,jO (18 lir'in8r~

n SCrlhor Pre sic1cnte. Devo irlici8 r o meu voto, ne fltc Pl~ , , :l'

narlo, tr8ZCD(JO oficlal~ente 80 conheciMento dos cMinentesco ,

legc:s a8 r8zoes do l."eu c'esp8cho, cOrlccdendo 8 lirrin8T que e

do conhecirrcnto público. O h21')(8s-c0I'Pllê, requeric)o eTY

' fa\lor

(:0 Govern8dor ~buro J3or{!cs 'rcixcim -me foi clistribuído n8 i:Br

(le de scxt8-feim, 13 d +'" 1'"'"..... 14 o~~"';~ ':] ,o co rrc D ve :nc s. ,,' c (; l8 ,,,,_~ __ .' etO ,

8S port8s rlo Tribunc:1l cstaV8:!' fCCl'J8clGs. roticiaV8rD os jor­

nais c a,] cst8ÇOCG de ri(~io [' ]7',OV1T'lC:Jt8Ç80 de troTlo:cde1'81

G " , 1 ,012~3, C alneÁo, cor,

tuída a.o ilustre Gcne1'81 Riof:r8t1 rHno J'ruel,

er:trcvista 8tri­

Ch€Íc de Polícia

(10 Depa rt8TY!E:: nto Fer1e rsl (~e Segu rs nç8 Públic8 e In ca rrc{1'8(1 o do

Inquérito Polici81-Militar de Goi~s, no sentido de que os au

tos elo inquérito, já hai1i8.Tn sic~o rer'ctidos [, Auditori8 e18.4ª

Rc ci80 ::'hlit8r e, t81vez n8que18 trIY':e mesmo, por".eri8 ser Ce

creta~8 8 ~risao prcventiv2 ao Governador.

resi-:l A, D"T" I' l'''1· • -..., l' t ' 1 h (,enC18, o-r. <Jose 'Jrl::Fnm ..:;orrss, um (OS lT'"pe r3n'tes CJO a-

Cirrl8 rcfericlos, entem1endo que o pris80 (~O Governador em i­

T0inentc e o (leslocaTYJeDto de tropas se f~?zi8 '981'8 Clx;n1)rir o 1 t:l ,~ 1" '~ , Tnanc.a o ele ~)rlS80, qU8nc o o r~a:::;eas-cor?llê, requerlCtO PDpucna-

'178 8 cOl""Jetêncie. c18 JUstiÇ8 I,.,','ilit8r parc::; c ~írocesso, eIT' face

do art. 40 da Constituiç~o de Goiis. lo, a seu ver, ser cum

pric10 w:; (leSp8Cho dE) Jlris80 prc\lcrtiva ~Jre'.Jtes 8 ser proferi

(10, se{"unc: o as (le c18 r8ç õe s d o Gene m 1 Chefe de PolÍc:k~, (1 e Sp8 cho

esse que enan8ri8 de autoridade inconnetcntc. Pe~iu, ew pe-

t ' h' "t ' 1 l' " o r ciO ~ 8' e 8 s- c o r:P .!:l.§., lOS 8 C S U S 8 (! 8 q U 8 _~ que r YD e c 108 ou

rela

pro-

vidênci8 de porte da Au(htoria d8 4ªHc:,!f80 ~'hlitar c do

próprio Su"erior Tribunal :'hli tar contre o GOilcrn8.c10r do es-

t8c1o de

JUstiÇ8

(:. o' +' JO 18 S? 8 "c

r1 0 ,

P8l S ') 8

Pr; r8 <)ro SS€ r'"u i r~

78

3u) rema Corte ele

ho1)€8 s-cornus iiT'1'ctr8cJ8. 11

;:(;orrr0ulscHJr1c ::; eotr',vista do Sr, Gel'cral Chefe do De-

P 'bl o , ~ ~ p8rtameoto l"eCer<31 ele SC{Wr8nçou. 1C8, 8te ent80 080 elesT'len

ti d 8, e c i e o te', o T s e r f o to no t ó ri o, 8 t ro v é 8 d 8 S i n f c r~ 8 ç o e s

d8s est8ções (1(' mdic e televis80 (1oc:uele f8to grave j 8 movi ('! o' ~ o 1 tle nt8ç8 o de trop8s paru ,:,.018 s, conpr€ cnCA 1 que e 1'8 T'leu ce ve r

de juiz, imner3tivo de ":'!irJl18 consciÊncü:1, deferir 8 liTnin8r

requerida. R~o tive

de spa c110 ~ "Deferic~ o.

, . ,... . ,...." . c1UVld8 e~ opor, D8 ~etlç80, o segulnte

Br8síli8, 14 (~e nover:obro ,]e 1964. (8)

Gonçalves (le Oliveira .• 1I E dctcr1JÍnci 80 Senhor Diretor Geral

do SupreT"'o Tribun81 8 eXl)cdiç,:;o (188 com.micações telcG"refic8s

COTDO requerido. Au

torizci, air: I '8, 2: Secrctnria do 1lribur181 e a.o 8dvo{J8c10 do p§.; ~ ~

ciente 8 pront,:; (Ji v ulfEiÇ80 d8 (180is80 proferid8, o que se

fêz, ci8n:'0-se 80 fato 18r[8 cJiviJl(l"8Ç8.0,1I

Ca.lc80cJo o seu (1e8:'8c110 (~c ncntido jurídico, político e

histórico, nao tr8('içoes "'::r:::::silcir80, 8soi11' justifica~

ItSenhor Presi(1eote. O deoDacho que nroferi, coro rela

tor do habeas-corpus preventivo, terr funr'GTIlento jurídico e,

cOrJo na frese de LlontoleE:bert, n8 C8E'?l"8 (loS P8res,

ele C' OEU ~8ior c80tigo no aplauso ~r~niGe com que o o , lO a oploi80 pub lC8 ~cstc ~r8nde

re cebeu

do s ma i s 2. U to riza do s ó rC8 Co s (]8 ÍT:")rerJ sa (1 emocre ti ca, f81ac18 e

escrita., unanÍTnic18ôe essa, Senhor PrE;sidente, que se chegou

8. ser quebrada em face ele um que outro inexpressivo pronunc'i3

mento em sentido cont:r8rio, ITar.ifcstado "))or alf1.Ws le@"uleios 'lO t ,:] h:] tO o~ - l't;' t 01' ° (11S ralClOS ou eTIlpen 8CIOS em a. lVlC:8c1E po l ulco-p8r lC ar1a

os quais, ao meu referido despacho antes de críticas, deve­

ri8p, louvs-lo, se ele d3V8 80 habe8s-cor'PUS contornos cons­

trutivos, 1J.:~' sentido liberl, t80 conCizentcs com 30 3spira-

çoes do ncsso povo e d? noosa rente, a saber, o escape de a~

serrurnr '-e Tl1aoeira pronta c precisa o princípio de defesa das

liber';ades públicas. n

P8ssando a oe referir 80 cabimento jurídico da dccisao

e ao apoio absoluto qUE teve da Inotituiç8o pelo nota ofi-

cial distribuida ~ imprEnsa Dela Presidente do Supremo, afir

79 ,'IOU o re12 to r~

'10' h .,.....,. 'o , , l1a_eas-c0rPus.~ c30 ponto-(~C-vlst8 da 8ua eIlcsclS? e

irr'80 r:êrneo'o 'T'srI18clo c'!c·' 0E::~~ur"nç3. Qua.nrlo cste último foi

instituido na Csrts Pol{tics de 1934 9 el.i~~,CA0.~ o ~r~t 131 _ ~ ,J ~ '." , §

33, Que o seu 'T1 roccs80 8cr~ o ~"ies;no do h:'>css-cornus'. O ~ ,

pro cc S 80 9 CODO se vc 9 C o ,lC 81"C. .!., C o l" 8 ti tL: i ç ;; o d e 19 4 6 t r2

, 8e o processo e o

~esmo, e se o ~andado 0e segurança po~e o relator conoe~er a

liminar at~ em casos de interesses patTiwoni8is? nso se co~­

preenderia que, eT'1 casos C~ que C!Cit80 CT:l jor'o a li1>:::re1sde iQ

l" 1 1·' 1 "1· ClVlC'US ou 8S .l,.::>ercacles pu.: lOS8? 8 liminar, no h8be8s-coP-

pu s preve t~ ti VO? n8 o lJUcl e soe 8e r COll ccc1ic18 9 ~:)rin ci lJ81Flente q.nn

1 f +-., . 1 '1' ~ . ., c o o - ,-,o ocorre C10 Ctl2 c c 08 ;oe,09 Ierl8(10 forense 9 e1'

o Tribun81, ner.: no (Ji8SE:{'uinte 9 sl::rt;; as su"'.s portss.

pudes;je subsistir so pro'Dósito? V.Exoia. 9

que

Se sl

Senhor

Prlsidentc 9 ss (issirwu tlS noto Cicie o Su r€Tr10 Tribunal 1.·e(1e­

rnl distribuiu 8. irrl-:Jrenss. e redigic18 por V.:':xcia., not8 a1:1-

plarente di v ul(8(1 S9 €~-' rlu€: V.:bxcis. rele rnh r8 'lreccclente 9 s

8élber? lininsr recente,'ente cODceCids T)clo Almironte EST){DO-

18, do SlJ'oerior 'l'ri'Junal T'Iili tsr, €'l1 f?:vor do :'::'r. :Gv8n r\rO Cor

reia de l.f(enezes? Procuruc10r ds Csixs ~con~~l'C~ ~8r~ l·nent(~.-_-' -' ~ .. J, y .. , ... .1 ...... ..1

lo de injusto procedimEnto. Foi SUSDcnsa s invcsti8sçao ~ . f' 1 ' . Cü Z :3 n o to o rr: e c l C 2, 8. ll1~) rc n S2 9 C :3 or~em ~cferid8 Delo Su-

pc ri o r 'l'ri b ut181 1':1 i 1 i ta r, mi8 n i ~"'::;T!len te. 11

E do ponto-~e-vista constitucionsJ? assim j~8tificou 8

nota do Sunrcmo Tritunal lc~ersl, a pooiç;o do relstor:

tlÉ cloro que os;;i''1 nar: fOEJ8C o 1:1:c;':ecs-corpus preventi­

vo rrec1i()8 8sr:i e?u:r8da Dela Coni3tituiç'8G Pe(eml seria prejud1:,

C21clO seD a c1tterrn in21ç8o suspensiva (1e qualquer sto costivo en

quanto l]enc!e ele julgamento o rEr:oédio her6ico. i;

Par? nOV8T' l erJtc 8duzir o :~iliistro Gonçalves (1e OliveiI'8:

neOrQ esse oIto ~YOnllDCiorr;ento l)enso cotar ',erfeitowen­

te justific2ds, 80b o a8pecto jurídico? 8 limin8r concedid21.

Onde estiver 2 maldsde ou o injustiçs, h6 de existir o rem~-

dio jurídico. ~fuere is wrong thcre is remcd~. ~

.D, no 8eu me

recimento ~esrno, 21credito que squela decisao tcri21 contribuí

de, cono al1rÜ21T"Cnte sc c1ivulf"ou, p8I'8 8Tner1ic:',8T 8 crise e con

80

tençao dos eXAlt8dos. o rc@'ir1c Cc:ocr8tico~ Srnhor Trcsid8n

te~ ~ede-se pela eXlst~ncia da JustiC2 e ela nao f~ltou~ di­

go-o cor', hm:ülc1ar"c no CCrAÇDO c-:::rcHlqüilic},,(18 e)e consciência,

sen ljsnico nem pavor~ naquele (lE,ter;1'1inaç8o indômita de juiz

deste Excelso Tribunal. ri

CO',"!'ircvendo (: efice cia ch r"c,' iclp 9 Delo ,3 colhü,e r:to da s

a u to ric18 de;:; r,Jil i t8 re s J .f ru to Ô é3. in t c ri' e rÊ: n c i 3 do Ch c f e c18

çao, conclui~

IIcJevo 8s~:ür181Arji)8r? cor:cl;_~ir CSS8S coruüder8ç;c'es CT'l

torno elo episódio j l~c;e o (~i[:tlo Allr~i tor CF' exercício n8 4 § Re

gi80 Hilitor, Dr. '7alc1eT!1aT Lucas Reqo de Carvalho, deu-De co

nheciT'lento, e8 telerrAQa, que Dinha ~cterTIinaçoo seria cum­

nricla, cono de fs to o foi. tl

As arrngs cstava"~ provisoriaTiente ensarilhadas, ou TY1e-

lhor, mudavaD de lugar. ~X3I'8 os gabinetes.

Decorreriam nove dias, entre a conccssao do liminar,

se8s80 elo Pleno çue cor,c8(~cris o he':,-:eas-ccrpus.

e 8

Os i '"'(JT)ctrantes do habe8.s-cOrl)Us E:m favor <10 Governador ---"_';;"';':";"""---,-,-,,;;;,,c _

i:lauro Bor['cs, nrocureval"1 fixar COT'lO ::n,torieade coatorG o PrE:

sic1ente da República, por eDtcD(:erET~ que o Gcneral Rio([r?ndi,

no ~Cruel, Chefe (lO DCl')a rtanlf::nto c1 c Polí cia lTec1c n,l, sul' o rd.i-

nado a Presidência, era, no C8S0, 1lT'l 'Jreposto funcional do

Chefe do Governo. E, simul t8Dea~"'er;tc ~ (lefcncJ:sn 8 tese de

que ne!}hUi:8 autorir'8C).E í--'lli t2r cr8 cmnpctC!ltejX3r-: jul{"3r o

govern8cJor do est8(10 de GC'i8S 9 c sj-",,, 8 .hs3c'oléia Le('i31ati­

va~ confoT'l!)e preceitu8"8 e CODGtituiç80 estnc1ual, no seu art"

40. o SGprewo encaGinhou ~ Prcsi0~~ci8 da Rc~~blic8 uedido

da

JustiÇ8, Dr. I~ilton C8F)OS~ p8T8'Jrocec1er 80 julg:H1ento que

ocorreri8 no (!ia 23 de noveT:~br09 secunr'a-feira.

A in~rensa, enquanto isso, atrav&c Cc noticias e edito

ri8is, co~ert8va o desenrolar dos f~tos naque18 seRana de ic

p8ciente oxnectativa nos meios pOlíticcs, jurí~icos e milita

re s.

O Correio da ~8nha d.o dia 17 9 C~'1 P ri i"'E.: i ra , ,

P8[lD8, ten-

do como primeira manchetE.: ;;Crise em Goies no AI to COBendo",

traz o seguinte c0TI1ent8rio~

81

"O Senhor PrE:siclcnte da Re 'Jútlic8 r2ur.iu, hoje, OG senhores

;'Iirüstros iüli tz: res, que est8VaT'l 8conp8nhac1os doe Ci:efeo (1m

Est8dos-I'18iores d8s re:r:cctiv88 p8st8S. O Seúbor Pre sidcntc

fez V.Til8 cx::osiçao sol~rc 8 si tU8C.~30 (3c GOi~3 s.

iiConoidcrs T;; os líderes ele um r.loc10 gcr81 qUE: o C880 1\1811

ro Borc:es, desde Se'~8(jo úl tino, 8. ;J8rtir c18 conCCSSé-30 de T'le­

did8 liTY'in8r -~Ielo llinistro G0l1 l;81vcs c1E Olivcirn, 1j8SS0U a

iupindo

encravado.;;

For OU8 vez o Jorn31_do BJ:'3qil, c18que18 8esm3 d8t8, tro

bém em primeira Dagin8, abrindo SU8 prineira Tnrincbcte ;IGovcL

no ter' cinco di8s ll8r8 infor:-"ar STll' sobre T'~8uroil, 8ssim nc,tí

cia o C8S0~

11 I fifo r:-'8- De r 1 - f 1 - P' 1 t noo clrcu OS ;JurlClCOS que o reSlC-CD c

telo B"crlco cEm que a cutori(18C1 C c08tor8 n80 é elc, "3 s

'oe exúlte' - é o Gcneml Thorr8nc]iDo Krucl, o que (~esloc8ri8

do Supremo 8 competênci8 de julg8r o h8be80-corPE' ,T8 o ,

Professor Sobral Pinto oustent8. que o C8S0 T'~8uro Boreco e i-

dêntico 80 do ex-Governador do AmAzon8s, Sr. Plínio Coelho,

que teve h8bc8s-corJ:JQ.Q por c1ecis80 uDâ.nime. Diz o 8(:l'10c?:8do

do Govcrn8 r;or de GOi8S, que '8 8utoric1sde c08tora. É o Presi­

dente cI8 RC T)11blica, 8tr8vés elo Chefe ele POlíci8, seu prepos­

.to. '

liA ejecis80 qU.2 o SU~lrcr10 l'ribull,::,l l\;(!ersl tO:"1sr POC1Cr8

C8r , 8 linJ:18 (~Ur8 un fmndt: mio ele 8Ç8.0 o h8.-

be8s-corpQ.Q tCT'1 dU8s intcnçõeo; no C8Ti11l0 civil o que }]C pre-

tende 8 "p re rro &:8 ti-

V8 do foro ~)rivilegiDdo; e no (;8.,'1'])0 -."ilitsr () que se CSTiCr8

é que o 3UprCi:lO Tribunal p'C"ersl nCDuc no C8S0 de GcL~s csoa

~rcrroe·~tiv8, r:cnsidcranc1o .:,:1 neturc2',s es~,eci81 (10 crir:>e que

se lnput8 8.0 S]". I18uro Borges.

"As i"lplic8çoes polític8:~ tJcosc ~)rorlcrr.8 .jurídico rcdQ.

zern 8S possirilic18des (~::= soluça0 tr8nqUi18 p8ro 8. crise. I\h

li t8res da. linh8 duro cstrJo nun18 posiçeoo bsst8ntp avanç8c18 de ~ ~ ~

nao Accit8r qualquer soluç80 que n80 i~plique o af80t8~Lnt09

volunt8rio ou involunt8rio, (lo sr. I,buro Borges. il

CBrlos C8steTIo Branco, fBz o seu comenterio político

82

daquele rUs, so"b o tí tülo ':Duros :3Ó scei tSIT-iO derrübs'"8 de

I~s.Llro:t9 nos seruintes tel~os;

"li c1lSroSiçso (l,OS rnilit::::res de 8t'"ir sur:18ri8 mcDtc sefor

taleccria Da inseDsibilic18dc que a classe padece, por sua

}irópria fOI'l"aç80, 1)8ra o cOYJceito de autoDoTc i8 dos 2otsdos ,

base da F8~cr8ç~0, poio só entcDde~ o po~er unificc~o. ~ste , t:" ~'l ,~. ] e uo aspecuo, G1BaDOS, 11 OSOI1CO (a crise e que merece ser

explcrado '!E::los que para isso tenhaõ~'

evic1ente Clue 9 no scr, context0 9 fi:'"'uI'8 u""s 0"-~aDde élTneaça ao

próprio sistc,"a fedcrrotivo.;i

O editorial daquele jornal, ainda Da ~esma dota faz a

seguinte aD81ise, sob o tí tulo nprocessos e Objetivos\! ~

"2m duas not8s do Ministério (la ,Tustiça. e n8. conversa.

que manteve ontem com o Presi~eDtc do P.S.Do, o Presidente fu

Re~J\J1Jlica9 firroou posiçao p8r2 o .c:-=:so !~O :rrovern8dor de

GOi8 s.

na.o ,

esta erD C8 U S8. Ele ~ . I l{'ur8.

qualQuer momento .,

r./ e que

P t , , . o 81S se r~eorLças:::c sobre o que se 9a ssa a.o seu rc(1.o r ou se

~retende fazer com seu ~8n~8too Bsti em tela causa ~8is s~-

ria e fundamental, que c8be ao Presidente da Rep~blica cum­

prir durante o seu (n,'3ncloto a. le:--r8IiderJe e a obcdif,Dcie [; le­

gelidsde eocrit8 ne Constituiç~o e DO Ato Institucionsl.

nÉ "Jois neces~~6rio ql~e floue "bC",~. claro o Governo nao

deve se afastar U0 vilíGetro da lei, porque tem nels o seu

e scudo c seu amparo 0;1

o jornal O Globo, obediente [3 UT"e. linh8 de iTrestri to

a.poio ao Governo, essim COI'h::nt8. os f8tOS C01[1 orne smo c1esta­

qt)e cl03 outros, inti tule.Ddo 8. SU8 priFlCir2. T'8Dchete co1'1 os

dizeres liCestelo re8f-LI'1118 que na.o cogite de sítio neT~ de in­

te rvi r eo GOi8S. n

110 Presidente d8. Rep~bllc8 vol tou a. repetir a.o PSD, e.o

receber ontem os Srso Ar:~8rel Peixoto, J08quiD Ramos E Ovídio

de Abreu, que o Governo n80 pensa em nenhuma wedida de exce­

Ç8,0 9 reIs ti V8rr:cn te e o C8.S0 Go ie r, o o \I

Die-8-dia, e i~pren88 8companhe o pssso dos 8coDtecfuen

tos.

0 ,,- 1 1 -, 'I 1'-0 . u O rD e (O b re. s 1. D o c. 1e .1 u 80 D '" '-:e Dche te ti Ce.sti:;lo re spei-

to 2S (eciSÕei:l (1;; :ustiç8.:: 9 t?:z o s;('"uinte COTY!cljt<3rio~

;:OFrcsi(~.entc Cr:stclo I:,,~nco 8firroou onteTl1 c1urente o

te.liguete que lhe foi oLrecic1c C"" Vi tórie 9 que '.A Fcc1emç80

cxiCe do PrcsÍ(lente ('e TIe'JIJ.hlic8 o 8c8t8r 1ento 8 todos os ti-

pos de Justiçe ' 9 acrescent8D~0 que

zer cos ~ue sejam rcs~eit8.(os'.

I sebem resrci té.-los c ,.. I8

, se rvir e

JUstiÇ8, f81enclo e vcn1ecJc s 2~rincJo cor:, fidelidode ?s suas

1 '~I P " t: C. e c 1 S o c s ,O re S 2.. (,: C D ~ e , . r. ("-..;

:re, i~trensircDtemeDtc, OS -~)rlDClplOS ele Fedcreçe.o c ohrige-

r8 9 dentro de leg';lidade, 8queles c:;ue queir1lT \7io18-10s, a

currrprir os seus inr~)cn:,tivos' .Il

r coluDa políti08 (~e C&!"lo;:; C8sGcTIo Bmllco, do dia 18 i' ~, '1111neZ8 (le Cestelo v8i tr8D("uili',~anc10';, h8 o sepuinte tre-- '.

cho ~

tIO Sro .. <i..rN3rel Peixoto fixou os se{!uictcs pontos c1e sue

converso COTl1 o Presidente:

1 O .,.., '1 t ~ 1 " 't ,. G" . - l:-rc Sl( en e ne o con_1e cc O'J H'C[ ue rl osso '-re Ole.S

e f8 Z Que ete ( ,...." 1 Â • "'-,

de neo connece-los, pOla essa neo e e sue tsre

fe.

2 - O Prc3idente dcc13rou enfeticemcnte que uso pretEQ

de ,iecrctar intcrvenç80 fecJE:rel CD GOÍé:?s e ::'ue, (le qU81quer

formo, Dé,(i8 fe.r8 tore (lO lei.

3 - O Gener:::Jl FOClicire ,'s I'sz C3té. CTr Goi8nie C01'.'10 ele

mento ,38 cODfi8nçe pcss081 do Ircsü'cr;te e levou iDstrüçe.o p~

no ("ie sq::uinte 9 os jorDei:J o Globo e o Jorne.l do Bm­

si11 trsze T,') e8 SC.0"UiDtes notíciGs~ n 'bl" -,' Do jorrlel O Globo -, ;'0 Prcsi(~(:l1tc (18 HepuJ l08 (lra e.o

Sup remo q 1) e n8 o coe.g<:: :~8 u ro TIo r,'" C 8. ;;

li Lo j e, e 1;1 Lr8 síli8, oom o ~\Ílü stro d8 Ju stiçe. c outros r;l.OC'lC0C1 '-'-,C~ 1,rrr:'l.""_. h~l ,'fr;:::l0t·l ";-', ':l~r, 0. r"'ll' O~ , t '-'ü~,ç",,,,,OIC,), o _",-,1ec .. ' _ \..I(.,u C o .>r,."co é •• n,. 1.Clt.re. 8. resTlos e que

cl8r8 80 Slnrer'lo Trih~n81 I'cclerel, CT' re18ç80 ao C8.SC =~8liro Bor

ge s. O Chefe do Governo (lir8 c:I-ÁE: r';;o <3 eutoric18de coptore. H

-- o jornalista Cerlos CostcID Drsnco fin8.1iz8 o seu co

weDt;rio aprcci8Ddo ~ difícil posiç;o 00 PresidcDte entre 8

(lecis80 do justi<;8 C 8 lirlhr; (h~ITl •

. . . elo h8>eOS-COr~)US mCS1'10 diontc ebs :-!s'lisfestsçoes rcint'rcc18s

C púr lic8s ',~o PrcsidcDtc C8stcl0 B~:~8DCO, 1}ro voc8ris re8,çÕes.f.

r10í;ioDSis D(,S eSICT:::S militcres c~nEnh[)(l["s DO jalp8mento do

Govcrr:sclcr ~c8L-ro l:jOT{7'CS e 8vivriri8 S crise [) tsl ponto qUE 00

i'<ente o use externo ds 8utoric~~dc :)rc~ü(~crci81 porJerü, clebe-

18ro ri

A D)roximDçso ~G dota do juJ:smcnto nela Sunrc~o lev8-

vs o ncrvcsismo c o erV'tuecÍ'""1crto 88 81'<'.38 polític8s (; rülits

re s.

, ,

1'2{lns \I SEFADOR APU='TCIA NOVO A'TO", Dotícis,~ "O"" -, 1) . To T" , ' -+-.. . i:JC'laC'or, ln8Yte llSrlz. Gnl,mClOU ontem que CS~G l?rOD w

um novo ,i~tO Instituciom'1l, 8cresce::nt8nclo que 'possivelmeDted~

ve r8 c :it8T putlic8do oté sc@uDíia-fcirB'. 2xo.l t8do e entusiss

ffi8do com o ql:C dis:3e ser um8. {!Src1Dti8 (18 ccntinuid2c1e C18 \Ire

voluçao tf de 811ril, 8firmou ter oc1vertic'Jo 0<0 mili t2res e o Pre

sidente da República ds iMpossibilidade de se fazer uma revo

luçso De18 mct3de e s Drozo fixo. I nfo rr.J3- se spe S8 r do sigi

lo que cerco o assuDto, que foi o e8se de GOi8S e seu ~esfe­

cho imprevisível no SU"Dremo Tri'blJD81 Yc(1er81~ on(1e est8 o PE.

(lido Cc hS'::c8s-COr'jus do GovcrD8Cor l":8uro Lorges 1 C;UC 'lreci-

'Di tou 8 e18bor8ç80 do DOVO }, .. to Insti tl'cioDGl.;;

E em e(Utori81~

D E V E Ti

.\F'elizrrente 8 resistênci8 cívic8 contr8 8. c1esorclem e s

'I 1'"" " ~ t l e"" 8 l ct 8 (~e J 8 (1 e S~j o DOU no Brasil. B8 ')ill tírric1 0 M8Difesto

de GOllcrn8clores. um G 8 ti tu (c e f i ~ e d o P. S. D. 9 :3 T) o i 8 d 8 P E.

lo responsãveis D8 V.D.P., mostraDdo o pe­

li?' urn Govcrr18(~or em GOi8S que 1180 C2-rigo que se 8proximo.

pitulou - 1~8uro Eorccs.

"P8rcce 8pro::...-imsr-se o inst8nte em que o Presidente Ces

telo Er8uco ter<} que escolher entre 8 rcst"Llr8ç80 ~rogressiv" 1 . 'J ...... ,

00 rCflDe Ge le[81l~ade e 8. decretRç80 do C80S.

8 toa Que nort8-vozeD ijolíticos ei8 cl1sm8(~2 nli-:.l - ~.

nh8 clurB" cst80 exic:inclo 8 c1ccret2ç80 de outro Ato IDstitucio

Dal vier 8 inSe{Wr8nç8 sem. [er81.

"Esp€ renDO s que o PrE: slc1 eD te d8 Repút.li C8 S8 i ts cumpri r~

Dê 1;82, o (le"í7cr que sOL:be curr"rir D8 guerr8. 11

o O Globo do di8 20 ::r ' ., • ,...... (8 o 01renS80 dos reflexos milit8-

, o

res f8ce (3 8IlrOX1T"8ç80 (~O ("(sfecho jucl ici81 do C8S0

Bor~~e s.

COTTi o título i'/i I'.i".L D80 liber8 Of3 8vioesn , tr8z o sc-, , o

guinte lJotici8rio de nri"ieir::: "QeC'"u18 ~

"0 cO:'18Ddorite do 6 ª Z0118 Ae' r c >-') o.~ CC.o 9

A ,

pos ~~; disposiç80 do

('"overno goiano LF'18 oeronave d8 l"AB, p8r8 o tr8Dsporte de me­

dic8melJtos que era feito pelos dois (3"í7iOe~3 8preendidos - 80S

quais se som8 M8is um r~colhido ontem. Desmentiu-se, por og

tro 18do, Cjue o Cel. H8roldo Veloso tivesse interferido n8. o

pera ç 8, o, e n q u 8 n t o f o n t e o mil i te' re s 8 s s e EU ra fi que a o i t li 8 ç a. o

pern,;nece nOTI1al, devendo manter-se tronqlhla até o :;ulgamen

to do habe8s-corpQ.Q im-LJetr:;c}o pelo n:ovcrn8clor."

P8 ra e staI'n:m.r n8 oS{"Unc18 })sgir8 ~ nprevi St8 s dificulda-

(les milit8res naro execuç80 do hO~Je80-cOI'P~ Tb.uro Borges H ,

notici8 o sefuinte~

iiElJ!'}u8nto se 8gu8rda nest8 C8pi tal, o julgaTJ1ento de

ha;'e8 s-corous irr:.1)ctr8 t1 o em fovor ('lo Governa r10r T'l8.uro Borges, o' f o 1 1 N J8 lX8C'0 ~e o ~unremo

d8-feim, fortolece-oe

'iri "u1':;:::l Federsl 1)(:: m

nos ~eios pOlíticos 8

8 prÓXÜ18 S€{TUg

convicC:80 ele que

o Presir1ente C:'"1stelo Lr-H1CO tt:.:r8 conc)içoes :;8m f82':er cur!ll')r~r

U°('18 (leci080 jwHci2.ri8 que porventur8 f8voreç8 o Sr. IT8uro

Bor['"es, mos 8 ninguém surpreencl eri8, eTY! Br8síli8 ou errJ GOi8-

nia, 2; slFJerveniêlJci8 de dificulr1c:c1es9 pora o fir181 cUTI1;JriTOCQ..

to de UTl18 orc'lc:J de babe8s-cory~9

o Go v c rn 8 d o r d e Go i 8 o •

da oU81 fos~c bencfici~rio _L

l:o'l\.s r8ms pessoas que têm m8lJtic10 cont8to C010 00 ofiC::BS

milit8n.:s sediados nsquel"s cid8deEi 9 cspeci81f1cnte com o Coro

nel D?nilo Cunha helIo e o Coronel H8rol~o Velos0 9 testerou­

nha a iwpaciênci8 e irritaç80 elJtrc 00 que tê!' 8 SitU8C80 d8

quele estado sob SU8 rcspon08bilid8de. ,

tiA T'18is grsV€ c1ecis80 do SUl;rtYDO - Se:,und8feim", EC o

título (10 c01'Tent~rio do dia :-':0 (~O jornalist'J C:'Jrlos Costelo

TIranco 9 8 ssil.\ redicido =

tiO Su·'rlIDo 'l'liburj81 Fec'lcral' no S2 gUDcJ?:-fe i r8 , 8.

86

ncdida da crise de Goi6s. r- , ,.,....,. 1'.

da unia OCClsao Jurldlca a ser aelo

t 1. h ' h t 1. l' ~ 1" . 'l q( a, mas" 8 so_re uc o uma ceClsao po_ l tlca, a malS {trave ele

quanta:] 1)odcm tOTClar aQuela Corte 1Ja história das crises po­

líticas bra.silciras dos últimos anos.

liAs reaçoes da linha dura poderiam ser de dois tipos ~

~ 'l' G .' priF'eim, aça.o Ctlret8 eTn olas, contra o governador ou C'ontm

os seus 3uxiliares iTilediatos; sC,"uDdo, Dressao sobre o Gover

no para editar um novo .!~to IDstitucioDal, que dê 8 revoluç80 :] :J....:::,-.. . t'. ::I H poc.eres Cle exceçc::.o pc::ra rClnlClO c.o eXDurfo.

No dia 21, as notícias cresciam ~e aDsiedade e indefi~

çao.

o jornal O Globo ~

"Castelo recebe estudos p2ra que a Ju.stiça lhli tar jul

gue todos os 8tOS de su1Jversao. r;

!lSetores pOlíticos t: militares, aDte a. a.tual crise em

G .' ~. Ol3S, Ilzeram che~ar ~s rr180S do Presidente da República es-

tu~os vis8Ddo a a-reciaç80 e ° julg8~cDto de todos os crimes

de subversao que

ça. rIili ta r. ;;

1)8 8G2 riafl , +...... a c011)e u8 D Cla exclusiva da Justi-

E o Jorna.l do Brasil inforr'é1 acerca de nota oficial que

foi distribuída pela i0prensa credenciada junto 80 PresideD-

te ~

ii GOVE rno fa m em Goi8 s o CJ t'e o Supremo Tribunal Pede­

ra.l decidir.

tlA seeret,lria de Imprens2 do J?a16cio do Planalto des­

mentiu ontem formalmente que o p'0verDo esteja cogitando ele e

di t3 r o .to. t o In s ti tl, c i o n 81 n Q 2. li

Às vÉs~)era do jul,"'smento, (lomingo, c1i8 22,0 juristaF.mn

cisco CamlJos, concedeu entrevista defendendo a tese de que

t1ao c8bi8 a.o Govern8dor =Isuro Dorgeo foro especiGl privativo,

como tambÉm justifica"a 8 incoT'lpetÊ:ncia da AssemblÉia Legis-

13tlva y>8rG conccc1E:r liccnça a fim dc que o {TOvcrnador [;oia­

no pu(}essc ser jul('"8c1opela justiça H:ilitar.

Aincl8 é o jornal O Globo que CO'Glentando 2: cDtrcvi:::;-ca (b

renomado jurista assim fsz [) " . DOl:;lCla;

"L,1 y8nc isco se justifica " . a COf:1J) o te n Cla da A 1..,1" L . l t' 'l ('I" ., .i'..SScml. ('la C{lS.1.8 lV8 :p8ra o C8S0 ClO ,:Ol3S.'

87 HEm entrcvist8 ontcr.'i concedida a.o O ~lobo, o Sr. E'rancisco

Ca,mpos declarou Ciue 1 em face da prev8lênciD da Consti tuiç;o

li'ederal soore a.8 Consti tl/,ições =cjtsc1u,c=:iu, n80 se justificare,

no C2S0 (lo GOV':T(1(1(10r rJl8uro TIor"es, 2 cowpstência da Assem -

bl~ia Le~is18tiv8 do estado dE

fi~ de ser ele processado pela Justiça Militar.

caberia, - disse .- o foro Cs~-)ccial, porvcntun'3 decigrl8(lO 'llEla,

Constituiçao de Goi~s.

"Fo curso (~c sua cntTcvista, o Sr. li'ranoisoo C8"'!1pOS des

mentiu houvesse eloborado o ,,~to Inc1titucion<31 nº 2, nem foi

solicitado ~;ara e12"corar. 1I

o dia 23 (;e novcTnbro Cc 1964 foi a (fr8nclc data do jul-

[i.'8T'le nto do hslJ e8 ;J-_º5?LPy,5', irrpe tr(~ c1 o pc lo s ad 'locado s Dro. Hf­:r8clito So:'ral Pinto e José Crispim, tende corno p8cit:,~te T'Iau

ro Lorrres 'I'eixeira - gO'\72rnDlior ,jo est::odo de GoÜ~s.

1 , , -- '1 t o em 00 lreSl( en e, .Álve-

ro tloutinho Ribeiro da Costa, e do relator, Antonio Gonçol­

vcs de Oliveira, os ~-~inistros EV8n(lrO Lins e Silva, HE:rr:rcs

Limo? Pedro Chaves, Victor ~~unef) LCéil, Villas D08S, Ci?,ndido

Motta, Filho c Hshne~T,ann Guimar8cs. LicEDciacJcs, os

tros Laf8:,/cttc de An(lrs('c e Luiz G::lIGtti.

O Ih (] i s t ro Go n 9 al v c s cl E O 1 i v c i rs, ri. (, P o i s c1 c f a z e r a. s

consider8çocs '9relir~insrcs~ justi:ficé;nc1o a lin'in8r que conc§.

de aquele 'lceJirlo (1e P3DE;s.:....s-corpus, Que jo trsnscreverrios em

1x3rtc, -possou 3 lJrolotar o seu voto~ do ,'ual por~erro;:~ ("cstac[;,r

tese quc defe~dia:

il Se nne- r Erc ::üd cn te ~ Err rela 9a o 8 o .Ex cclcD tí sSÍT:1C Se-

nhor PrGsidente da RE~~tlica1 o ,cdido D~O tem proocd~noi9. , ~

O C~lefc (lO l)ep"rt[)i::1ento 1~cder81 de SE:>lJrSDça I'üblic8 nao rc-

celcru qualquer :i,ncU''1:')ência T,or parte de SU8 }~xcelêrJcia para

instauraT esse Llr;1J2rito, fundado eT1 inotruções c port8ria,s

do Enc8rTet8C10 Geral do IPH, funçoo já extinte e prc'viste

ne regulernentsçeo do .Ato IDsti tucioDe.l."

88

II Sem dúviele que o Presidente (}8. Repúblice 9 COT':end8nte

em Chefe 6GS Forçes Arme.des, confie o 'I'ribunel, torn8r8 8.S

provüJêncies que o P8ís rec18me pera non"elidede clemocrátice,

ne.o permi tnclo que nenhu~ oficieI rrili ter descu8pre o seu ju-

P ' . rarnento de ordem consti tucionel I de ·lefender e 8trl8, os P.2.

deres constitucionais, e lei e a ordew ' , que esta ~ tewb~m a

de stinaça o hi stóric8 c1 e no ssa s fo rç8 s de te Tra, do rn8 r, e do

ar, como está em textuais expressões, no a.rt. 177 da nosse

L e i lia i s AI ta .• Sua :"-xcelência, o Senhor Presic'ente d8 Repú-

blica, tem dado exerrnJlos (lo rc spei to à le{'"alidaele democr8ti­

ca, tem prestigiado Sue Excel~nci8 os poderes constituídos,

o Poder Legis18tivo c o Poder Judiciário. 1':0 di8 sefwinte ao

de sue posse, e primeire visi ta oficieI fei te por Sue Exce­

lência, foi a este Alte Corte de JU~.::tiÇ8 c, tel visite a fez,

proposi tacbmcnte, pa.ra sie:nificar e sua. c3ctermine.ç8.0 c::e ho­

mem e de solrlac1o, já 8['OrB inVEstido elas altas responsabili­

de de s de Chefe Suprec;o da. Neç8 o o de Chefe Supremo e18 s li'o rç8 s

}:..rIDades, ele prestigiar 8 Justiçe e a. Lei. E neste Tribunal,

vej8-se este seu expressivo pronuDcüornento - 'nes 11ora.s su-'n h" ~ el . P re ma s , e ! o rç o s o que sere c o n e ç a 9 o 8 J u l z e s Ct e e m o c r8. c l8

domin8Trl os delírios de violência pe.r8 8 supreTn 8cia do ordena

t . , , . ,

roen o Jurlclco na manutença.o dos direi tos (3 sseguraelos a. vi-

vência hU1Tl8na ' •

ilUao há e GsiTf1 , 8 meu ver, que conceder h81Je8s-corpus

prc\!ertivo contra TlOssívcl 2tO ilegé31 e erbítrio do Presielen

te de Repltblice. 11

Depois ele justificer que a 8utoric18de coatora n80 era

o Presidente de Repúblice, continue. e. explicer o seu voto qu=g

to e competênci8 do Supremo 18ce ~s prerrogatives de funçao

do paciente.

IIN[8S o }-la1;eas-corpus é requerido por um governec1or de

estedo, que aponta texto conotitucional e invoca foro privi­

legi8do, e saber, 8 iucompetêncie de Justiçe IVIiliter, e im­

possibilic1:::.de de quelquer processo, 8C;-1 que seja julg~do "b)r::,

cee1ente e. ecuseçso ocaso contra. ele fo I'!1fu18 ele. pele. Assernbléi'3.

Legislativa do Estado. ....

"Estemos, como se ve, Sen~jQr Fresic1ente, die.nte de

questao constitucional de mais elte relcv~ncie.

89

iôJnt80? um goverrJ8dor est8 p.rr:eaç8do de ser processado

em outro foro que nao o es-)eci8.l; verifica-se das informa,­

ções elo Sr. I'iIinistro d8 Justiça Que os 8utOS do inquérito já fora,m reTrletidos 2: Auditoria. Filiter9 recorre o govern8dor em

habe8s-corpUs preventivo 8 ess8 Supre T1 8 Corte. Poc1eríemos,

acaso, em face dess8 questao constitucional de tao alta irn­

port~ncia, dizer, dEcidir cue deve o peciente recorrer ao

juiz de prli:meira instsncie de Brasíli3? ou ao 'rribunal cle Jus

tiça? que seria o órg80 competente -,ara 8 n reciar ato do Che­

fe do Depart8mento Fedeml Cie Sefumnça Públice? Se esta Ce ~ ~

sa de Justiça se omitisse, em t80 relev8nte questeo, na qual

esteo interessa.des e, justiçe es;!ecial, e. justiçe militer e a,

justiça comum, pOí~er-se-i8 definir este Ces8 corno o ~['ribunel

que se reúne :pare dizer que n;o tem competência. I'~es, ne,o.

Este Tribunal foi instituído :JCiro casos como este, peru es

grendes questões constitucionais, peru o caso sub-judice em

que um governec10r invoca. prerro@'8tiv8S consti tucion8is? de

nao ser processado ne Justiç8 mili t8r, 8legando privilégiO de

foro? dede 8 sue. condiçe.o T1 esm8. de ~overnedor de um estedo de,

Fedemç80. Este T'riburwl ne.o felter8 à, SU8, destin8ç8,0 hist,9.

rica, nem se omi tim, n8S suas funçoes c1eco-rrentes de sue. po­

siça o de cúpule do Poc'] e r Jud i ci8rio? fiel sq uelas "9ale vras do

grunde Rui? carrpeao do j ud icia rismo? epóstolo in 01 vidsvel da

soberp.nia deste Poder, p,31avras proferida,s nos eF)ores contur

bedos de. Repú'blic8: '::2u instituc este Tribun8l venerundo, in

corruptível, gU8rde vigi18nte <1e;:;ta terru 8trevés do sono de

todos, e o enuncio 8,OS cid8(~aOS, TEm. que essim seje de hoje f€

lo futuro ec1iante'.

:iCorClo o Senhor I'~in:i.stro da Justiça" taT'bév desconheço

de que crirre,3 acusem o paciente, Governedor I\:l8UrO Bor@'es Tei

xeire, pois os inquéritos se ~2ncontT8m, segundo as inforrna­

çoes prestacles, ne AueJitoria ::iliter c1a 4ª Regiso.

"F'aI'8 o desfecho elo pedido de heDees-corpus neo tem, , ~. A

porem, releVar1Cla seter se se tra.ta de crime da competencia

da ju stiçe o rd ins ria. ou. mili ta r. ~ r: ue o gcve rn3 do r? como o

Presidente de República? tê0 foro especi3l, que a Constitui­

çao de signou ~ o Pre sidente cJa HCjúi:lice, pels Csmara e Sena­

do, nos cri~les de res)0r:ssllilic18de; os :covc:rnsc1ores) perante

90

e /issembléie nos crirQes de responsebilid8de e pemnte o Tri­

bunel de Justiçe, nos criTes comuns.

IIO S governeclores só rCfJpo{)cÍE:m inici800 o processo ne

Assembl~ie Legisletiv8 e con~luindo esta pela 'proced~ncia~

acuseçao', como est~ no 8rt. 40 Ca Constituiç8C de Gci~s.

ilAssim éJ concluseo que se inpõe é o deferimento do he­

beas-corpus pare que o govern8dor, om. pe.ciente, só responde

por crimes, quer ne Justiçe=: COFum ou LTiliter, (1epois de 8fa.§.

tado de sues funçoes, como resulté1nte do jul{8rnento de pro­

ced~ncia da den~ncia, depois Oe 'jul[ede procedente a acuse-~, 1 ~ 1,..1' . seo , pe e JissemL ele QU81quer processo na Jus

tiça I1Iili te r ou n8 Ju stiÇ8 Comum só é (lO ssí vel depo i s do prQ

cesso insteuredo ne Il.SSCTnbléie IJcgish3tive do Estedo, con­

cluindo este, como se essinelou, ~ele proccd~ncie des ecuse­

çoes. _,'l.ntes nenhum outro Ilrocesso sem possível, em lídime

interpreteç80 do nosso (lirei to cODsti tucionel.:!

Finelize o seu voto cODcedeDdo e. ordeT" eJe hebee.s-co~

P.ll§., sem deixer de eDel tecer o pepel do Sunremo diente de gm

ve decis80 política, que sob~isso ~ Coristituiç80, sem desa-

fio s eTIlO cüon8 i s , as ,:::ill8S, n8C lJCS1'iCreceri8 pe18 f81t8 do de-

ve r cumprido.

il Senho r Pre side n te. 1-. .. Con sti tuiça o ~ o e scudo de to­

dO$ os cided80s, ne legíthne intcrre-c8çe.o deste SupreTIJa Cor

te. É ne ce SSB rio, r18 ho r8. cre ve d8 hi stó ri8 n8.cionel, que

os violentos, os obstinados, os que t~rn ódio no coreçao a­

bram o s ouvido s Dare um do s gui8s d8 n8 cion81idede, o maior

dos advogedos brnsileiros, seu TD8ior tribuno e par18mcnter ,

que foi Rui D8 :cbOS8 ~ cessem de proteger nos-

sos " '. eClvers8rlos, vertu81mer:te, cesse de protegc~nos'.

"Este p8ís é mui to cr8nde, é , ~

Ul" ;'r8VO P8lS, que n80 DO

de ser governado ~or um h07em, se~ 8S institu~çoes renresen­

t8tiv8S, sew o Poder Ju~icial. E D8 8Cvcrt2nci8 ~o Presiden

te Kennedy, no seu primeiro discurso ~resi~cnci81, todos qu~

no pass8do, Dretendern.m cnco['trer o pO(1er c8v81g8ndo o lombo

do ticre, 8C8!Jer8Tn irreF!ediavelTllente no seu ventre. Como o , , ~

grclDc1e Presidente, nos tombem n80 c:'st8LnOS c3ispostos 8 8ssis-

tir, de br8ços cruzodos, 8 gr8clotiv8 ()estruiç80 dos direitos

humanos. Devo dizer deste TribuDal SUircmo que 8 ordem é en

91

se.ri1her as ar"'as e tmDalharrnos toclos unidos e err. paz pelo

Em silo ,

"Senhor Presidente. O meu voto, em f8ce do ex~osto, e

nao conhencendo c1 0 pe(1ic1o em relEl.ç80 2: 81e,,!ad8 C08ÇaO do Pre­

sidente d8 Rep6blica, IDas, prevenindo 8 jurisdiçao coropetent~

conheço do ha.bees-corpM, e o defiro, pera que 1':e.o possa a

Justiça Corourn ou Militar proces88r o peciente, sem o pr~vio

pronuncieT'lento de Asser;lbl~ia Legislativa Estadual, nos termos

do art. 40 da Constituiçao ao EstaCo de Goi~s.

uÉ o meu voto."

Por se tn:::tar de UTP julg8m ento de repercussao tmnscen­

dental, que muito repercutiria nos rosio ~01{tico-milit8r, os

ministros, em.TIl minuciosos quando concedi8m 8 ordem, cumprindO

assim a Constituição, decidindo dentro de SU8 co~pet~ncia

resgu8rdando naquela decis80 jurfc:lico-polí tica o próprio da

Fedem.ç80 ent80 ameaçado.

O N~ i n i s t ro V i c t o r Nu n e s L e 81 , jus t i f i c a o seu vo to, do

qual destacamos o trecho final: n A .~. J ~ ,

.Ii perrnenenc1a CLOS f!.0v(.rn8Clores Siri seU3 cargos e apenas

um aspecto cJe autoDorria elos estados, garaDtida Delo regiTPe fe

1 .' , (eret1vo que edota1Tlos ha 75 8nos. QU8DC}c., pam efesta-los

é l)osto em TIlOViTPeDto o" processo pOlítico do impeechTTJcnt, tucJo

se passa DO ~robito cJo estado. Sao observad8s 8S leis da u-ni30, mas fica resguarc~ada a auton0T0ia estadu81. ii

E como que enoetando a soluç80 le{zal paro o ofastsmento

do govern8dor, que virio a ser TY1:-:is torde OclOt8c1.8 -pela Revolu

çao, discorc18, entret8nto C18 vio indireto e extralegal que t.§..

ria se consmlec1o Dao fom a concessao da liroiDer, concluindo

8.s81m seu voto ~

"P8r8 que o afestaf:"eDto posse result8r cle 8tO de autori­

d 8 d e f e d e ml (f ri f o do 8 U t o r), a C o D S t i tu i ç 8 o e s t8 bel e c e u e

v~lvula da interVE:nç80 (grifo elo 8utor), c3efininclo os C8S0S

el.1 que sem decretada. ~~ ~ ~

La. ,s nao -pre ve ou tr8 fo ma de amru ta-

Ç8.0 da 8uton01YJia. estadual, e o proeE:oso ela intervenç80 est~ a

cargo do Presidente da RqJúblic8., de Congresso Nacional, do

SUpreTIlO TribuDal Federa.l e do Tribunal Su-perior Elei tora.!, com

suas 8tribuiçoes minuciosaY1 cnte (Jcfinidas 118 prÓ-pri8 Consti­

tUiÇ80 (art. 7 8 14).

92

"Nesse sister:la fechaelo~ DôO 118 b;:;scc Da CODstiuiçao -para essa

forma iDcHreta ele iDterv€nçao federal, que consistiria na prl

sao preventiva elo gove rnador por de spa.cho de C:;-uíses de prÍTnei

rn inst8ncia,. Se pudesse haver U~2 0eposiç~0 t~o sU~8ri8

que fe:lero ç~ o se ria essa?

1\ Se D h (; r P re si d e n t e ~ c o n c <: Cl o a o rcl e 1"1 , nos te rm o s d o vo­

to do eminente relator. il

lI, c3ecisao desse coso rrostra a rnaneire retilínea e18 Ins

ti tuiç80 de decidir consti tucionalrrente em defesa da fOc1era-

980, mesmo ciente do desafr8e)0 qLe provocaria em a1l'pla , area

mili ta r. A sua inclq)etJClência era tanta que alguns dos " , JU1-

zes ao votar ~)elo habeas-corpus, declarnraTr-se defensores PQ

líticos elo revoluçao.

O Hinistro Pec~ro Chaves, por exew:Jlo~

"l:-i8 o perigo da c0l1sun"a.ç8o da violência. Todo cic1a-

dao tem o direito asse{!urado pela Constituiçao~ lJe só ser

processado e julgado por juiz cor1petente e na. devida forma

legal. Negar ao governador de um estado o foro a que tem di

reito pela prerrogativa c18 funçao que exerce e a que foi le-

1 l t l '" "t' ] l vaLO pe~o vo o ~o povo, e SUJC1 a- ,o a um processo segun00 ,

fOI'TJa diferente daquela que e o fomo 18,"'al do foro a que eQ

t8 s u j c i to, é v i o la r u y' c1 i re i t o in cJ i v i d L~ al e a te n t o r c o n t ra a

autonomia do Estado, car2ter ir:erente a Fedcrnçao. O perigo

é ÍT:Jinente. Urge evitar a consuTraçoo da. violência, a.indaque

hipotética.

iiRecebi a revoluçao de 31 de florço C0TY10 UTT'a lJ1arlÍfesta­

çao da 'providência divina em benefício de nossa P8tria. Nao

me mantive antes en atitude contemplativa. Tive a. coragem de

alertar a. J'Taç~o, em di8curso de 11 de oposto de 1962, para o

desfiladeiro tenebroso 8 que est8vr.::TnOS ser.i'o conduzidos, reQ

t " l h" .... " 1".j "'1" '" a-Dle a1nCta oJe, an1TY10 parn conoec.er a orCLcm ]UrlC 1C8, urn-

co caminho pelo qual o eminente Senhor Presidente da Rep6bll

ca, poc1er8 conduzir F) Haç,:80 'Brasileira, CODO é elo seu desejo,

aos seus gloriosos c}estinos. ti (53)

Esse comportamento de inde~endência dos Juízes diante

de quoisquer pressões, era iT"ancnte 8 digni(~ade da própria.

funçao judicante, e crescia 8incl8 T'Jais na r8zao direta de

suas responsabilidades b:Er8rquicas.

O ~\hnistro Oswale1o Tri[meiro (le A.lbuquerque 1.=8110, tem

( 5 3 ) CO S TA , E c~ fa rd. o p. c i t. v. 5, p • 5 3 - 6 6 .

93

seu ponto-de-vista a esse respeito:

"l'T~o creio que os prcsi(~ente (la Revoluç~o tenb8ffi tido o "t:J . C". m'h 1"':J 1 h' , proposl o (lE: crlar um uu-prcrno .Lrl,una. .LeClera su~mlsso a 0-

ricn t8 çe o do Govc rno. ~ l' , l.sto, ,-:1 l8S~ seria ilusório, porque

nenhUT!1 jurista, qualificado para a funçao~ aceitaria esse pa­

pel subalterno. tI (54) , . ela sepuinte já tr8 zem 8 s tendência s do Os jornais no

governo de acatar a aecisao do SUDremo, atendendo ao ~es-

mo te~po os setores militares interessa~os no af~sta~ento do

gove rna dor.

O J o rn aI do Bras i 1 , do d i a. 24:

"Castelo aC8t2 Supremo, lYi8S nao transige com Mauro. 11

"Um8 hora depois da c1ecisao un8nime do Supremo Tribunal

Feéleral~ conhecendo o habeas-corDuS~ o Presidente Castelo Bran

co divulgou um comuniccJlo 8 Naç80 acusando o Senhor l'lIauro Bo];:

ges de subversivo e advertindo que n~o transigirn C08 a reins

talaç~o do sistema anterior (~e a{'"itaç~o e subversao.

"0 Presidente d2 República reiterou a r1eterrninaç80 de

aC8tar as decisoes judiciais."

E o jornal O Globo:

fiNos setores rnilitares eD geral, a concessao de habeas-~

COI"DUS desapradou. liberta a possibilidade de intervençao fe---~-

dera.l, no enta.nto, secuiu-se UTJ hiato Ce tranquilid8.de."

Seis dias (1epois, o jornal O Globo:

"Aprovada Intervenç~o ll'ederal en Goiás. fI

E, finalT'lente:

li1l.Tauro afastado.:I

A interveDsao federal no est8c10 foi eJccretada. pelo Pre-'j TI '1" C sl0ente da ~epub lca, 8DOS sua aprovaçao pelo on~rcsso, em

30/11/1964, por 192 votos contra 140. O afast8Ti'Cnto do Gover

nador Sr. ll/lauro Borges Teixeirs s8tisfaria, pelos meios polí-

ticos le@8is, as 8sriraçoes dos militares.

D~cidic1o o afa staFento do Gove rnador, as conveniência s

1, .

po l tlcas e as cjecisoes judiciais pereceriam diante ela força,

salvaguardando-se e1'1 re18ç~0 a essas últiT:"as, com E"17idente cs

peciosidade, um respeito se~ cfic8ci8.

( 54) Ein i stro O .swaldo Trigue i ro de AI huq ue rq ue 11'1 e 110 •

~ntrevista e~ 8nsxo.

94

Em converS8 inforrnnl TCi8ntid8 recenternente com o Minis­

tro Luiz Gallotti, ele rem€T1 0raV8 o episóclio, (Hzendo-nos~

"nestes C8S0S, n8.S minh8s elocubr8çoes, eu tinh8 em Dente o

pens8mento de .!instole Fr'8nce - o juiz sem o sold8do é UD tris

te so nh8,d o r. !f

95

C A P 1 T U L O ~

o Supremo e o Ato Institucional nº 2

A Constituição de 1946, prescrevia em seu art. 98:

"O Supremo Tri bLmal }J'e deral, com se de na Cari tal da

República e Jurisdiç~o em todo o território nacional, compor­

se-á de 11 ministros. Esse nLlmerO, mediante proposta do própri

o Tribunal, pOderá ser elevado por lei."

O A.I. nº 2 tirava do Supremo a prerrogativa de pro­poro a~~ento do nLú~ero de seus juízes e tinha a seguinte reda ~

çao:

"O Supremo Tribunal Federal, com sede na Capital da

República e jurisdiç~o em todo o território nacional, compor­

se-á de 16 ministros."

Essa mudança na cOBposição nw~érica, pretendendo re­

vitalizar operacionalmente a cúpula judiciária brasileira com

a criação de mais uma turma, tinha no seu bojo a intenção poli

tica de identificar a ~irula jurisprudencial do Supremo com os

objetivos da Revolução. Esses objetivos não haviam sido " com­

preendidos" e " assimilados" por aquela Instituiç8o, que teve

o seu funcionamento consentido na persuasão de que ocorreria a

pretendida submissão, sem radical modificação no direito escri

to, para salva+ a aparência liberal-democrática do movimento

revolucionário.

Essa "compreensão", sem as modificações no direito

positivo não ocorreu, nem ocorreria, provocando nos setores m~

nos condescentes da Revolução Llfia profunda desolação e precipi

tando medidas cada vez 2ais radicais contra a Corte da Justiça.

O próprio Ministro da Guerra da época, General Costa e Silva,

com a_linguagem muito franca que o caracterizava, proclamava a

decepção revolucionária: "os mil i taros deixara:l o SupreBo Tri­

bunal Federal funcionar na esperança dA que ele saberia compr~

96

ender 8. Revolução. Esper8.nça, aliás, ilusória." (55)

O Supremo Tribunal Federal, pela Carta Magna de 1946,

tiwla atribuições políticas d8. naior relevância e palmilhava os

seus caminhos com uma altivez incômoda, sÓ tondo a Revolução cQ

mo est~ário, quando a ela chegava pelas vias constitucionais e

legais. Fora disso, era "malhCLr em f-.::rro frio", e a Rovolução

precis8.va ruborizar o ferro para dobrá-lo.

Antes da edição do A.I. nº 2 e após as eleições dir~

tas em 11 estados da Federação, nos quais a Revolução fora de!

rotada em vários. deles, principalmente em Minas Gerais e Guanª

bara, com a eleição de Israel Piwleiro e Negrão de Lima, res­

pect ivaoente , reabriam-se as perspectivas de enrijecimonto da

chamado. "linhy. dura" e os ventos varriam as pegadas :p.o caminho

da democracia. O Supremo não ficaria ~ilune desta vez.

O Presidente Castelo Branco enviava ao Congresso as

primei+as mensagons ampliando com isso o raio de açao revoluci

onárjo. No dia 13 de outubro de 1965, duas mensagons contendo

Lun projeto de emenda constituional entre outras coisas, ampliª

va a compet&ncia da Justiça MilitCLr, e excl~ia da apreciação

judicial as punições feitas com 9CLse no A.I. nº 1, criando no­

vos casos de intervenção federal.

Essa iniciativa do Presidente procurava tender aLuna

fo+te pressno militar inconforrúada com os resultados eleitora­

is.

Os dias de o~tubro que antecedeDaill as referidas men­

sagens esboçavam uma profunda crise pOlítica nos setores civis

e militares da Revolução.

Já no dia lº o Jorn~l-do Brasil espelho. con CLlguns registros CL dimensão da crise:

"Definindo sua posiç80 p8ssoal em face dos possíveis

résul to.dos das eleições, o LbrechCLl CCLstelo BrCLnco afirnou CL

um dos integrantes do bloco revolucionário que se manteria f~

à decisão de dar posse aos eleitos mas n80 admitiria a consti­

tuição de governos, principalmente na GUCLnabara e em TUnas, co.

97

pazes de favorecer o retorno ao País da influência comunista.

Lembrando expressamente sua atuação na crise de Goiás, o Pre7

sidente :': ostrou-se cótico quanto Q possibilidade de vir o Sr.

Negrão de Lima, se eleito, a superar os compromissos de camp~

nha para fo~~ar um secretariado em condiçõe$ de manter a Gua­

nabara integrada no espírito revolucionário."

Acrescentando:

"Em tal hip6tese agiria o governo federal energica­

mente, para impedir que a Guan~bara se transformasse eTI ' uma

pequena Cuba dentro do Brasil'.

"Tranquilizando, com isto, a parte mais apreensiva

da oficialidade, o Presidente da República estaria aplicando

ao problema da GuanabQ.ra o que se chamou no caso de Goiás, a

'estratégia do abismo. 1

A manchete do dia 5 traduz a inclinação do eleito­

rado - "Negrã9 perto da maioria absoluta - Oposição vence em

Minas e Goiás."

No dia 7 a L-rrrprensa divulga as concessões feitas

pelo Presidente Castelo Branco par~ conter os impulsos dos

setores inconformados com as urnas.

O ~ornal do Brasil, comunica em noticiário de pri

meira página:

"O G9verno dc:.rn posse aos eleitos e ampliarn açao

revolucionária.

"Depois de longas horas drmaáticas vividas nos quar

téis até a madrugada de ontem - na mais sória crise enfrenta­

da pelo Presidente da República desde a convócação das elei­

ções - o Governo conseguiu tornar pacifica a posse dos elei­

tos, com duas concessões liaportantes aos militares desconteu

tes: a ampliação imediata, por emenda constitucional, do seu

poder de controle sobre os estados, e a votação de Lli~a lei ~

destinadQ. a limitar severamontç os movimontos e a aç20 poss,e.

al do Sr. Juscelino Kubi tscheli:.

tTAlóm dessas duas medidas", continua o jornal, "a­nunciadas ontem mesmo, oficialmente, pela secretaria de Lm-

98

prensa do Laranjeiras, criou-se em Brasília a expectativa de

uma proposição do Marechal Castelo Branco ao Congresso, que se

ria chamado nas pr6ximas horas a aprovar a eleiçno indireta do

Presidente da República, assegurando-se, assim, aos militares

descontentes, que o Poder Central não seria transforido em ne­

nhuma hip6tese,aos grupos proscritos pelo movinonto rovolucio­

nári o de març o.

"Contornada a crise, o General Costa e Silva anlUlci­

ou mais tarde, em discurso no Regimento Sampaio, que o Ex6rci­

to impedirá a volta ao passado ou qu?lquer ato que pudesse com

prometer a continuidade da RevoluçQo."

Aprofunda-se a crise tamb6m na área civil.

o mesmo jornal no dia G.

"Lacerda renuncia à SlW candidatura."

"Milton exonera-se do Ministério."

"Aprofunda-se dissídio entre civis e militares."

"O Senl10r Milton Campos, na verdade, opôs-se seguida

mente aos projetos elaborados nos laborat6rios da linha dura

como atentat6rios a ordem jurídica de que se tornou llfi guardi­

ao vigilante, sempre, de ~~sto, prestigiado e compreendido pe­

lo Presidente da República. E sintomático que, no momento em

que, por intermédio do Deputado Adauto Lúcio Cardoso, solic±cQl

ele exoneração ao chefe do Governo, inclui-se na lista de pro­

váveis projetos a serem enviados ao Congresso aquele que tran~

fere para alçada d~ Justiça Uilitar o julgamento dos crimes a­

purados pelos IPr:1s."

Não havia mais dúvida de que de llfia ou de outra ma­

meira as atribuições e,a composiçQo do Supremo seriam objeto

de sérias modificações.

No dia 9, já se comentam as primeiras repercussoes

negativas da crise.

"Pessimismo no Congresso", é o título do comentário

político de Carlos Castello Branco, para adiantar:

"No Congresso acompanha-se com pessimisr.1o o esforço

99

do Governo de enfrent8r 8 crise milit8r mediante concessoes lQ

gisl8tivas que 8ti~giriam tão fundamente o sistema de G8r8nti­

as constitucionais.

nPorta-vozes militares aludem como a t,UIm I1morat6ria 11

ao compasso de espera consentido pelos coron~is: se o Congres­

so nao aprovar leis s8tisfat6ria9' a crise se reabriri8 com o

mesmo impacto de três dias atrás.

"Em sondagem realizada em setores militares, observa

dores da Câmara constatam que a liw1a dura reabriu todo o seu

elenco de eXigências, que afetam desde o problema dos cassados

at~ a composição do Supremo Tribunal Federal, num indicio ~e

intolerância que dificilmente o Congresso poderia convalidar."

Lacerda - ".f;,.. revolução acabou" - "Povo votou certo

em candidatos errados."

Era esse o clima político-militar que prenunciou as

mensagens do Exocutivo ao Congresso solicitando cada vez mais

amplos poderes, e que, com a perspectiva da não aprovaç80, a­

gravada com o conflito crescente,e~tre ~a área militar e o

Supremo, redundou na edição do A.I. nº 2.

O raio de ação a ser ampliado pelo Executivo simpli~

mente teria início com 8 aprov8ção pelo Congresso da mensagem­

referente ao estatuto dos cassados, ~aiOrQ8 poderes de inter­

venção federal nos,estados, novas atribuições de competência

da Justiça Militar. Prosseguiria com o pedido ao Congresso de

sucessivas emendas constitucionais, incluindo a reforma do PQ

der Judiciário e eleições indiretas para Presidente da Repú­

blica, legalizando um8 situaçao factual que o Legislativo não

estava disposto a co-honestar.

Essa era a missão chamada de "eme:rgoncia" que fora

atribuída ao novo Ministro Juracy M~galhães.

As mensagens foram finalm~nte enviadas para acalmar

os setores militares mais exaltados. Houve algLuna repercussão

negativa com se~ envio, principalmente junto aos meios jurídi

cos e políticos.

"Juristas receosos com a Goenda 1l ~ a manchete do

,I, tI',

100

Jornal do Brasil do dia 14, quo comenta:

"Das três enendas constitucionais entregues pelo Go­

verno da República às lideranças partidárias ontem, a que mais

preocupava os setores jurídicos do País, é a que entrega o jul

gamento dos crimes contra a segurança nacional a tribunais mi-,

litares, que s~o compostos, em sua maioria, por juízes leigos".

E o jornal U'ltima Hora, do dia 18, em prir~leira pági-na:

I~elson Hungria alerta a Naç~o: Brasil ~ beira do Na

zismo".

"Com a sua autoridade de antigo membro do Supremo Tri

bunal Federal e de jurista de renome mundial, o Ministro Nel­

son Hungria alertou, ontem, a l\fação, sobre a ameaça que repre­

sentam, a seu ver, as medidas propostas pelo Govornoao Congre!!

so e que coloca,: segundo admitiu, o Brasil à beira (10 Nazis­

mo, salientando 'tratar-se de verdadeira injúria à consciência

jurídica brasileira'."

IIJuracy aSSLUne ho je e Castelo do fine sua missão 11 e

"Juracy com missão de emergência - Aumento do nLlme:ro de minis­

tros do Supremo n , são as manchetes do Jornal do ;êEasil do dia

19, que d~ü conta, com as notícias abaixo, da missão do novo

liinistro da Justiça a ser empossado pelo Presidonte Castelo

Branco:

ITO Senhor Juracy )\,Iagalh~es terá por miss~o de emer­

gência obter a emenda constitucional que amplia o raio de in­

tervenção federal nos estados e o projeto dos cassados, espe­

rando-se do novo Ministro, neste particular, uma ação rápida e

penetrante no Congresso, como assim o encaminhm:J.ento de LUna f6!:

mula satisfat6ri? que permita a eleição indireta do sucessor do

Marechal Castelo.

no Presidente da RepLlblica pedirá afinal o aLLmonto do

nLlmerO de ministros do Supremo Tribunal Federal, no projeto de

roforma d9 Poder Judiciário que está na ~ilinência de enviar ao

Congresso. Negam seus líderes tenha o Marechal Castelo Branco

assLUnido qualquer compromisso em sentido contrário, com o Pre-

/ ,I

101

sidente do SLl)remO, r:Iinistro Ri beiro (18. Costa. "

"Informa-se, por outro l8.c1o", conclui o jornal a no­tíci§., IIque os milit8.res estão muito 8.tentos 8. medid8.s referen

tes ~o Supremo, que n50 s8.iu d8. 8.1ça de Dira dos revolucioná­

rios. 1I

Na área política houve várias manifestaç~es de pro­

testos e de discordfincia pelo envio d8.s referidas mensagens,

destacando-se, entre outras, 8. do Governador Adernar de Barros,

que já previa com a argtlcia de homem retemperudo nos altos e

baixos da vida institucional brasileira, o reinício da reaber­

tura pura e simples do processo revoluçionário, no qual pode­

ria imergir, como efetivamente Lmergiu.

Ulitima Hora do dia 19 assim anLillcia a posição do go

vernante paulista:

"Leis Duras Ferem o Rr;cime - Ademar toma posição: 11

"Numa resoluta tomada de posição em nome de s50 Pau­

lo, o Governardor Adenar de Barros advertiu, ontem, que as

chamadas "leis duras ll propostas pelo Governo ao Congresso ofen

dem o regime federativo e ferem, sobretudo, as liberdades,demQ

cráticas de Llill povo que naseeu com a vocaç50 de ser livre. As

mens8.gens do Marechal Castelo Branco devem ser, por isso me~mo,

muito bem estudadas e meditadas pelos deputados e senadores.

IIEntende o Chefe do Executivo paulista que o Supremo

Tribunal Federal terá de ser ouvido, previ~liente, nos c?sos de

intervenção nos estados ou de execuçQo de leis federais. Está

sendo estudado, em f8.ce de tais restrições, mti substitutivo ao

projeto de emenda constituciona~"a,ser apresentado n? Câmara

dos Deputados pela bancada do p.S.p., adiantando o Sr. Ademar

de Barro~ que o trabalho já foi confi8.do a quatro constitucio­

nalistas.

"Dois outro~ $u1;stitutivos", finaliz8. a notícia ''vão

ser oferecidos pelo P.S.D., llill deles submetendo à apreciação

do Congresso, dentro, de trôs dias, os decretos intervencioni~

tas baixados para 'prevenir ou reprimir comoção intestina gra­

ve' e o outro mantendo a competência do Poder Judiciário para examinar os atos praticados pelo 'Com8.ndo Supremo da Revolução'

102

e pelo Governo Foc1oro.l. Tl

Os dio.s po.sso.vam. O COT;,-gresso parecia resistir

novas investidas revolucionárias. O Presidente da República

, as

ac..l -vertia do. necessido.de das nOVQS leis revolucionárias. Os ~uar­

téis não se iludiam quanto à necessidade do enrijecimento, Os

núcleos liberais apontavam tais iniciativas como uma prepara­

ção para a reabortura revolucionária dos processos de repres­

são, e o SU1JremO, atravGs de seu presidente, lIinistro Álvaro

Moutinho Ribeiro da Costa, proclama-se contra qUQJ:;.usr inicia­

tiva do Executivo-Revolucionário de se imiscuir nos assuntos

privativos,de Llfi dos poderes autônomos da República, o Poder

Judioiário.

Mas foi a entrevista do Presidento do Supremo,.o,acoU

tecimento-impacto da semana que antecedeu a edição do A .I.nº 2,

provocando violenta reação emocionQl em toda a IIli::iha dura" e

levando os altos escalões ,militares a tL"'1l.a torüada de posição d~

finitiva contra o Supremo. A fala do Presidente teve veemente­

e pronta resposta do Ministro da Guerra, pronLillciQda em soleni

dade militar oficial no. cidade de Itapeva, no interior de são

Paulo, com a mobilização de todo o alto comando, inclusive os

chefes dos quatrol Exércitos,.e os outros quatro generais-de­

eXGrcito em postos de direção.

A entrovista do Pr~s~dente do Supremo, concedida se­

te dias antes da ediçã' do A.I. nº 2, considerada afrontosa p~

lo Ministro da Guerra, foi publicadana integra pelo Q.orreio

da Manhã, do dia 20 de outubro de 1965, e foi, sem dLlvida, um

documento histórico e Ll.'Ila tOBada de posição de Lll11 Chefe de Ll..r::l

dos Poderes da RepúblicQ, que repelia a pressuposta intervenção

do poder revolucionário no fUllçionamento e atribuições da mais

Alta Casa da Justiça do Brasil.

Para que se tenha uma noç8.o exat8. da profundidade e

da posiºão corajosa que o Presidente do Supremo tOBava naquele

dia, desencadeando Llfia gama de ljrOnLUlciamentos de apoio e de

indignação, fundanentalmente nos noios militares, achamos OlJOE,

tuna a sua transcrição: -lO.

"Sob todos os ângulos por que se examine a controver

103

sia suscitada pela pretensão que se 8.sso0.1h8. impost8. por certa

área militar no sentido de aUJ.!1ento do nLlmero dos membros do ~

SupreDo Tribun?l Feder8.1, nao por iniciativa deste, m8.S excl~

sivo.mente do Sr. Presidente dQ República, a exempJ.o de pernis­

sibilid8.de const8.nte d~ Ato Institucional, afigura-se-nos in8.­

conselhável 8. sugestão, por sua manifest~ incoveniência e inu­

tilidade, agrav8.ndo de enorme ônus a despesa p1lblica, além de

acarréto.r m8.iores dificuldades à celebrid8.de dos julgamentos

por exigir tempo muito mais dil8.tado par8. se procedçr à apura­

ção, em c8.da caso, do pensamento do órgão judic8.nte.

"Em verdade, no.da m8.is contundente, absurdo, esdrLlxll

lo e chocante com os princípios básicos da Constituição, que

vedam em sua sistemática se cogite de mmlGnto de juízes, da

Corte Suprema, sem que de SU8. iniciativa se manifesto essa,ne­

cessidade mediante mensagem dirigid8. ao Congresso No.cion8.1."

Defedendo a indepenc1ônci8. e harrnoni8. dos podoros,cog

tinua o Presidente do Supremo:

"Não se compreende possa legi tim8.r~.8e tal propósito

ao si1p.ples critério do Chefo de :Cst8.do e à aprovação do P8.rla­

monto. Se, entrot8.nto, viesse a ving8.r esse procedimonto, o que

nos p8.rece de todo inviável, t'eríamos pr8.tic8.Llonte inst8.urado

gra'le conflito entre os Poderes cb Re~)Llblic8., dois contra um,

ou seja, o Executivo e o Lecisl8.tivo, de mãos dsdas, 8. fL!1 de

inv8.direm área específica e privativ8. do Judiciário, com que­

bra do princípio fundo.ment?l da independência o ~Qrmonia dos

poderes (Constituição, art. 7º, nº VII, letr8. b).

nOra, não s6 por ess8. r8.zõo relevantíssima, impõe-se

medit8.r sobre o apregoado problema, antes de lhe dar encamirul~

mento com evidente risco de se estabelecer gr8.víssimo conflito entre os poderes.

"E que de modo expresso, pertence privativa e excl!d si vamente 8.0 Supremo Tri bun8.1 Fe der8.1 prop9r o aument o do nLÍlne

ro de seus memb+os, conso8.nto dispõe o art. 98, p8.rte segund8.,

da Constituição. E is~o atributo que espelh8. e diz com a sua

própria indepenG~ncia.

"Torna':"se for8. de dúvida evidente? que, se assim pr§.

104

serve a lei maior, nao revogada, ~essa parte, pelo Ato Instit~

cional, este deixou de armar a autoridade do Presidente da Re­

pública e a do Congresso, da faculdade aludida, que permanece,

logicanente, sob o resguardo da oonveniência - :rnec1ida interna

corpo~ - sobre a qual s6 ao pr6prio 6rgno judicinrio cabe o

poder de manifestar-se, pois é de, o Llnico árbitro da providên-,

cia a que diz respeito e, pois, a sua estrutura constitucional.

"Transferir para outros poderes iniciativa cometida

privativamente a um delos, por conveniência de sua pr6pria or­

ganização e independência, é atentar contra princípiO fundameg

tal da. Constituição, ferindo sua sistemática e suas traves ba

silares. Desconheçê-las? importa em fa~er ruir o pr6prio regi­

me constitucional."

Referindo-se ao funcj_onam8~to de sua estrutura e à intromissno descabida para modificá-la, até por parte de seto­

res militares como afirmou, continua jn agora mais contundentQ

mente:

"Advirta-se, ainda, à Naçno da ruinosa e imerit6ris.

pretensão, agitada aqui e ali até por chefes militares, que por

muito entenderem do seu pr6prio ofício, nem por isso cowlecem

a aparelhagem constitucional, no que diz respeito ao poder ju­

diciário, notadamente a Suprema Corte, Lilla vez que com o inusi

ta do aceno bem revelam descorulecer a fOTItiação deste 6rgão, co­

mo as suas necessidades relevantes, dentre as quais se destaca,

como ponto culminante, a sua estrutura, mantida a sua composi­

ção, pela prática ~ experiência, em nLunero de 11 ministros,de§.

de mais de 30 anos."

mil seguida o Presidente do Supremo procura refutar

o anteprojeto da refOTI;18 daquela Corte dentro do aspecto de sua

funcionalidade técnica. Este G um aspecto doutrinário e por is

so polêmico da questão, mas o importante 6 que atrás dele se

escondia a intenção política da Revolução de somar às conquis­

tas a submiss~o do SUllremo, intenção Que seria sempre rechaça­

da pela Corte.

Quanto ~ primeira parte diz em sua entrevista, o Mi­

nistro Presidente:

105

TIO aUIl1ento llrcconizado no élntGIlrojeto rGdiCido pelo

Sr. Ministro Milton Célmpos Gncélm~élndo sugestão de dois il~stres

advogados, integrantes de comissão composta por Sua :Cxcia.,quq

tamp6IIL~nadd. sabeTIl Q respeito·· de sua estruturél, visa a elevar

a 16 o número dos ministros do Supremo ~ribunéll Federal, ficaU

do este dividido em três tUrBas com a competência para julga­

rem definitivamonte o contencioso de legalidade, ao passo que

o Trib~nal Pleno apenas julgará o contencioso da constituciona

lidade.

flAfirmamos a contundência de tal proposta, pois fica

ria o Tribunal dividido em três Supreminhos, sendo irremovível

a divergência entre eles, o que criaria o impasse pélra se atig

gir a unificação jurisprudGncial, impondo-se criar o recurso

de rovista, endereçado ao Pleno. De mais disso, qUG autoridade,

respeitabilidade e confiança, poderá inspirar o SUprGillO Tribu­

nal FedGral, fragmentado Gm turmas autônomas? A Constituição

vigent~ descorulece em relação a esse 6rgãú a sua divisão em

turmas. A criação dGstas se deve a um mGro deçreto-lei qUG

sempre considGrei incompatívGl com a lei magna. As turmas so­

brevive~ porque o Supremo Tribunal Federal as mantêm em seu R~

gimQnto. Mas não são elas autônomas como agora se desoja ino-

varo

"Afirmamos sob a autoridade de nossa convicçno, se­

dimentada durante 20 anos de Gxercício no STF, a absoluta des

necessidade de tal alUJento visto ser, sobretudo, ruinosa, in~

til, prejudicial à apuração dos julgamentos, abolindo a cele­

ridade já alcançada pela emenda regimental instituida da sLlmU

la e da remessa das turmas para o Pleno dos feitos que apreseu

tam maior complexidade. Com esse procedimento caminhamos, pra~

ticamente, para a extinção das turmas, dando ao Pleno maior êU

fase e evitando a repetição de julgamentos pela oposição de em

bargos. 1I

Dissemos que essa era uma análise mera~ente técnica,

e nao política, do projeto da reforma pretendida. Vista sobre

o primeiro aspecto, a intenção do governo era ~ de agilizar,de

revigorar e simplificar o mecanismo processual.

106

Nesta parte ninguém duvidaria que o Presidente dese­

java juntar o "Lltil ao agrQdávcü ", isto é, justificando com c.i.

reforma administrativa do SuproBo, aliás da lavra dos eninentes

juriscunsultos Ministros Orosimbo Nonato e PrQdo Kelly, como

assim do ilustre e renomado advog8do DQrio de Almeida IvIagalh8.­

es, tçmtar a modificação do comportamento político da Corte Ss

prema.

o ent8.o Ministro da Guerra, General Costa e Silva,

viu nesse amparo de reforma administrativa, LUTIa permanente vá1

vula de escape acionável para quando achasse politicaDente con

venient~ modificar o nLlmero e as personagens que compunliam o

Supremo. Tanto é que, quando Presidente da República, tendo ms

ta vez alijado alguns monbros do Supremo o dirr"inuindo-lhe o nu

mero, mandou procurar o Ministro Prado Kelly, de tômpera in­

corruptível, para colaborar nLUTIa justificativa jurídico-técni­

ca que re$guardasse suas intençõos políticas, tarefa COB que

discordou.

Consultando o ilustre Uinistro Prado Kelly a esse re~

peito, fui honrado na visita que lhe fiz com plausíveis e pro­

fundas explicações acerca da reforma pretendida pelo ex-Presi­

dente Castelo Branco, que teve nele LUTI infatigável e culto co­

laborador, e da discordância c:::r'v"nlheiresca, mas firme aos pr6-

p6sitos do ex-Presidente Costa G Silva, PQra que eontribuisse,

já agora em sentido inverso, nLUTIa j~lstificCl.tiva juridico-téic;...

nica da supressão de wnQ das turmas.

Recebi no dia 10 de julho do 1975, do Ministro Prado

Kelly, uma carta em que situn participação naquelas iniciativas:

"Na visita com que o ilustre colega me distinguiu roê,

ta semana", cinGiu-se a nossa cr..'~~versa aos mo:ti vos que levaram

o Presidente Castelo Branco a promover, em 1965, a reforoa do

Supreno Tribunal. Limitei-me, na oportLmidado, a ler-lho as su cintas razões - adotadas pelo Chefe de EstCl.do e prestigiadas

pelo douto conselho do Ministro da Justiça, Senador Milton CaS

pos - que constara do parecer apresentado ao Governo, em agos­

to daquele ano, pela CorJÍssão nomeada para o estudo de valiosas

contribuições que tinham oferecido ao Governo, altos 6rgãos da

107

magistratura (O Supremo c o Tribunal Federal de Recursos), en~

tidades repr~s~ntativas de advogados e publicistas (Conselho

Federal da O.A.B., Associação dos Advogados de são Paulo, Ins­

tituto de Direito Público e Ciôncia Política) e juristas da a~

toridade do professor Jos~ Frederico Uarques. A tônica de to­

das as críticas e o alvo de todos os projetos tinha sido a ne­

cessidade fundamente sentida, de apressar a solução dos litígi

os nas instâncias suneriores. Na análise então roalizada conver ~ -

giram, no geral, as opiniões do Presidente da Comissão, Minis-

tro Orosimbo Nonato, do exímio advogado Dario de Almeida Maga­

lh~es e do terceiro membro (que,foi o Ministro Prado Kelly) a

quem coube o encargo de relator.

"Depois do Ato Instit~1Cionc:l nº 5 de 1968, veio a r~

duzir-se o quadro da Alta Corte. :8, como o Presidente Costa e

Silva houvesse confiado ao Vice-Prosidente Pedro Aleixo a reda

ção de emendas à Constituição, pediu-ne esse llltimo, com anuêg

cia do primeiro, que ofer~cesse sugestões à planejada reforma

no capitulo do Judiciário.

"Em carta de 28 de :r:mio de 1969 ao Vice-Presidente,

na qual me externei sobre vários alvitres pertinentes ao obje­

to da consulta, insisti nesta ponderação:

"Não se deveu a contingências polítigus, e sim Çl. uma

imposição de sistema, a fixação do quadro em 16 ministros. Pa­

ra rendimento do sc::;rviço urgiam a sir;lplificação do mecanismo

processual e Uô~ distribuição flexívol de tarefas entre os 6r­

gãos julgadores. Algo mais se exigia: disti~guir entre o 'con­

tencioso da Constituição' e o 'contencioso da lei federal', pa

ra situar,o primeiro no plenário do Supremo O o segundo nas s~

as Turmas."

No final da carta explica por que divergia da inter ~

vençao promovida pelo ex-Presidente Costa e Silva, suprimindo

mua das turmas, diminuindo o nllmerO de ministros, GIn face da

aposentadoria por motivos políticos de três de seus membros:

"O sistema funcionou com pleno êxito a partir de sua

adoção e exibiu resultados amniráveis em 1966 e 1967. Já os

pressentira o Presidente Castelo Branco em discurso de 5 de ou

108

tubro do primeir9 ano: O SupreLLo Tribunal tem hoje revigorada

a sua capacidade. E, ao cOlTlpletar-se o segundo a1)o, a safra de

julgados, c9nforme consta de relatório, foi de 7.879 proceS$OS,

dos quais 7.634 ti~JlaD sido distribuídos no nesmo exercício.RQ

firo-me a estes dodos, nno só por confirrmrem a diligência dos

magistrados e o afluxo contínuo d~ feitos, senno tambóD por a­

clararem outro aspecto da roforn0: eJ)quanto o Plenário decidiu

601 casos, decidiram as t~rmas 5.935. ~ nelas afinal que recai

o grosso da carga forense. Para rocorulecer os motivos moramen­

te políticos da supressno: Donde tenho por demonstrada a desvag

tagen de suprimir Llfia das Turmas, o que só aconteceu por cir­

cunst5.ncias alheias à dinâmica do sçT'viç o judiciário, quando re

diminLlÍu PQra o nLlmoro de ministros. Tal diminuição foi tno

contingente qUQnto a de 1931: LL'TI.a e outra ao arrepio da tradi­

çno firnada no Jmpório e l1Q lª República - 17 e 15 Dagistrados respectivam.ente. ,,( 56)

Mas, a 20 de outubro de 1965, o Presidente do Supre­

mo, Ministro Ribeiro da Costa, compreendia quo atrás de quol­

quer justificativa de ordem tácnica, ,o que forçava a mudança ~

ram pretensões )olíticos e militares.

Advertindo sobre esse ponto, que aliás foi o toque,

que agravaria a crise pOlítico, responsável pelQ edição do A.I. o ~ t n- 2, nao eve meios palavras:

"Alertamos os Poderes :executivo e LegislQtivo, ao mc.§.

mo passo que assiD o fazomos tendo em vista as insistentes in-O

tronissões de militQres nosse Qssunto que nno lhes diz respei­

to, sobre o qual nno lhes cabe opinar, o que entretQnto, vem 2 correndo lamentavelmente coisa jaoâis vista nos países verda­

deiromcmte civilizados e 11

E incisivanente:

"Já ó tempo de que os militares se compenetrem dd

que nos regirnes denocrcíticos nno lhes cabe o papel de nentores

da Naç~o, CODO pouco o fizeraL~ com estarrecedora quebra de sa-,

grados deveres os sargentos, instiCQdos pelos JanGos e Brizola~ A atividade civil pertence a03 civis, 8. militQr a estes que

--------~----~

(56) PRADO. KBLLY. Cc:.rta endereçada ao autor, e anexo.

109

sob sagrado comp+omisso juram fidelidade à disciplina, às leis

e ã ConstituiçQo.

"Se no Supremo Tribunnl Fedoral cabe o controle do.

legalidade e constitucionnlidade dos atos dos outros poderes ,

por isso mesmo ele é investido de excepcional autono~ia o indo

pendência, tormando-se intolerávol a alteração do número d~ sQ

US,juízes por iniciativa do ~xocutivo e chancela do Legislati­

vo. Inaugurado que seja este sistona mais adiante aum:;nt8.r-se­

á novamente o nLlmero dos rnembros do Suprem9 Tribunal Foderal,

sob qualquer pretexto, político ou militar. A que se reduzirá,

então, a independôncia do Poder Judiciário se até o seu mais

alto Tribunal poderá ficar à mercô ~a oscilação de opiniões e

de vontades estranhas àquele Poder?

Ihnucioso na entrevista, não lhE? escapou o e:-:c::me do

gravame financeiro para atender a reforma.

"Afirmamos ainda LU~a vez, ser ruinoso, inLÍ.til e pre­

judicial e gravoso aos encargos do Tesouro Nacional aquele au­

mento que iDportnrá en despesa incalculável, não s6 pelo esti­

pêndio que será devido o. mais cinco (5) ministros, cujo gabin~

te se cor:lpõe de LID secrot6.rio-jurídico, um ou dois fLU).cion6.ri­

os atendentes, Llm auxiliar de plenária e wn motorist~. Acresce~

te-se a aCluis ição de LU~ aut om6vel pç.rn eada um delos, sua manu

tenção, gasolina e gnstos eventuais.

"SoDo-se, mais, a necessidade iEledinta de novas ins­

talações do mobiliário,~n sala do sossões, do seu estrado, co­

bertura de tapete, etc •• Cada r:linistro ~espõe de UB gnbinete

de trabalho, mobiliado convenientemente. Há de S0r necessário

construir-se UD edifício anexo, ,com pelo Benos cinco Gabinetes

providos de mobiliário adeCluado.

"Aí está a estarrecedora resenl1o., a despesa inútil, incalculável que represent8rá a imposição, inteiramente dispeg,

sávE?l, de numento de cinco ministros do Supreno Tribunal Fede­

rnl.

"Que:Cl, devenos dizê-lo, de boa ou má-fé dese ja esse aLlinento, revelo. seu desamor a este Pnís, não preza a defeso. do

erário, nen o. sobrevivência das instituições democráticas deli

110

neadas tradicionalmente em bases constitucionais sistemáticas~

Finalmente em dofasa da autonomia do Supremo:

"Por que tanta insistênci3. e tão descabido propósi­

to em aniquilar mn dos atributos básicos da Lldepôncia do Po­

der Judiciário e da autonomia do Supromo Tribunal Federal? CmL

que vantagem, senão o seu uesprestígio ofensivo de suas tradi

çEes mais caras e este País que, desse modo, se mostra indife

rente à sorte do suas pr6pri3.s instituições?lI

Confiando no Prosidente Castelo Branco, capaz a seu

ver de superar os inte~esses em jogo para intervir no Supremo,

conclui sua entrevista:

"Felizmente, o alto idealismo de que somos possuídos,

alimento. o. eSPer::mçn e a certeza de que fLmda meditação há

de inspirar o eminente chefe de Estado, em cujo patriotismo e

seronidade confiamos , situando-se :Lilune às influências super­

ficiais e interesseiras, que tendem à distorção dos princípi­

os tradicionais da orcnnização de Llill dos Poderes d~ República

e no enfraquecimento de suas bases constitucionais.

"Se é certo que via de rogrn o hOL1eLl constr6i ou de.§.

tr6i, cabe-nos alertar que o momento nos enseja todos os esfor

ços para evoluirmos, dentro dos ditames lecais, constituciona-

is e democráticos 9 reforçando a autoridade, a segurança e a

confiança nas instituições da Repúblicn, a fim de que à suo.

sombra o trnbalho frutifique e a tranqui:J-idade restaure nos

bastidores a f6 pelos destinos da Pátria."

Essa entrevista estava fsdada a ter uma larga reper­

cussão nos meios políticos (principalmente na Câmara dos Depu­

tados), nos meios militares (com os discursos pronunciados pe­

lo Ninistro da Guerra Costa e Silva), da imprensa (com edito~!

ais, notícias o cODentários) e jurídicos (entreVistas, etc.).

No dia 21 o jornnl ultima Hora, abre suo. lJriraeira pá

gina com a manchete "Ribeiro da Costa pede fim à Tutela Hili- -

tar no Pais," e comenta a entrevista:

n:cm pronunciamento de todo contrário ao pretendido

aumento do nLUaero de ministros do Supremo Tribunal Federal,o

111

presidente da mais Alta Corte de Justiça do Brasil, Ihnistro

Álvo.ro Moutinho Ribeiro do. Costa, advertiu que 'já é tc:mpo de

que os militares se conpenütrem do que nos rog~mes deraocrnti­

cos nao lhes cabe o papel de montores da Nação.

f1Salientou o Prosidente do Supremo Tribunal Federal

que a iniciativa pela ampliação do res~octivo corpo de magis­

trados é atributo oxato e seGuro e ponto cUDn~nante da indepen

dência o harnonio. dos poderes constitucionais. n

E no seu editorial intitulado SUl2,Eom.o, comonta:

liAs roforrilas com que se proocupa a Rovolução são do

tiP9 (LO que foi proposta COB rolação ao Supremo Tribunal FedQ

ralo Reformas que não resolvem ne~J1Lun problema básico do País,

mas, ao contrário, tÔD sistomaticaT_'lente LU,l sentido do_'rotra­

cesso e de reação. Agora que so empossou um novo Ministro da

Justiça - o se empossou falando também em reformas - seria in

toressante que a sua sapiência jurídica se voltasse para o

problema.

"Nosse terreno o Sr, Jur:J.cy Magalhães já tem lUIlo. de;h. xa para comoçar o seu diálago. Essa deixo. é o pronunciamento ,

ontem divulgado, do Presidente,do Supremo Tribunal Fedoral, Ui nistro Álvaro Ribeiro da Costa. Naturalmente, mal inforrnado sQ

bre cortos,detalhes do funcionamonto do nosso aparelho judici­

ário, o Sr. JurQ.cy Magalhães deve atualizar-se COB a leitura

desse documento."

TI prosseGue no comontnrio:

"Ali se rovela que o l~xecutivo, pressionado por cer­

tas áreas militares, nno desistiu da idéia 'esdrúxula e chocag

te', de tentar, por sua pr6pria iniciativa, reformar o Supremo,

aumentando OI1 cinco o número de juí~GS o dividindo, fragmentag

do o tribunal om trôs "supreminhos". A iniciatj_va cOr:J.O ~;'lostra

é atribuição privativa do pr6prio Supromo.

"O Suprer~lO Tribunal Foderal tom sido LU:1a "9arreira o­posta à onda de iligalidade que se expraiou no País. Várias ve

zes aquelas áreas militares a Que se refere o presidente do

STF o ameaçaram abertamonto, lamentando havê-lO fechado logo

do saída e irritando-se Dor não encontrarem na mais Alta Corte

112

a aprovaçao submissa nos seus atos de arb:ítrio.

"O SU1)remO, do cuja consciência jurídica e democrá­

tica o seu prosidente em tantas ocasi5os se fez porta7voz, es

tá lançando agora uma grande advertência a toda NaçQo.

"EsperUDos, onfim, que ocorra ao Sr. Jurac;)' 1.Tagc:J.lh9,

es que missão do Ministro da Justiça, num governo dehlocrático,

não consiste precisamente etl :forjicar eleições indiretas o

'institucionalizar 8. rovolução.' "

O Q.,Q,geio da Manhã do dia 20, em editorial intitul§.

do ~!:tênc2:.2:., traz o pensament o do j ornaI a respeito da en­trevista do prosidente do Supremo:

fIliais LlBa vez o I1inistro Ribeiro da Costa sentiu-se

obrigado a vir a público para exigir respeito à justiça e a

fim de defender a integridade.do Supremo Tribunal Federal e a

soberania do Poder Judiciário. Em entrevista publicada ehl no~

sa edição de ontem, o presidente do STF tove ocasião de fUlr.li,

nar a pretensão do Executivo de envinr mensagem ao Congresso,

propondo o mUilento de membros da nossa mais Alta Corte. Sob o

ângulo da nossa Carta j',1agna, deixou evidenciado. sua incOlJ.pati,

bilidade, ferindo frontalneilte os artigos 7º e 98, com o. que

se ameaça o grave conflitQ entre os Poderes da República. E

voltou a lembrar taxativo: o Supremo Tribunal Federal 6 o ú­nic9 árbitro da providência quo diz rospeito a sua constitui­

çao.

"Mas não ficam s6 nisso.as suas palavras; foi nais

adiante eIll sua sovora advortôncia. Acusou a introrJ.issão de

militares em assunto que não lhos diz respeito, 'coisa jama­

is vista ehl países civilizados', pois, ressaltou, nos r~g~es

democráticos, não são os Illilitares os mentores da Nação.

"O Ministro Riboiro da Costa c LL'npr il,l o seu devoro

Alertou e advertiu oontra o cáos e a desordeIll.

"Falta os representantos dos outros dois Pod~res -Executivo e Legislativo - cUhlprireIll tambén o seu dever. Ao

rochal Castelo Branco, no papel de ~rosidellte dn República,

desistir dns inspirações militaros o respoitar o regime e a

r/Ia -

113

Constituição. E, ao Congresso, ainda tão escassamente altivo,

respeitar o mandato que recebeu, respeitando-se a si I18Smo. 1I

A entrevista provocou um grande impacto e foi obj~

to de com~ntários obrigatórios em todos os meios políticos o

militares.

Ha efervescência dos debates parlamentares, os depB.

tados, assomavam suas tribunas e se incorporavam às nanifest~

ç ões de aut0110L1Ía e :j..ndependência pelas quais clamava o TtIinis

tro Ribeiro da Costa.

Os Deputados Celso Passos e Paulo Coelho, entre ou­

tros, inscreviam-se para falar,no dia 21 e o tema era a entr~

vista do presidente do Supremo.

o Deputado Celso Passos, dizia em seu discurso:

"Senhor Presidente. Senhores Deputados, ver ....... 1J.o à trá:.

buna, neste instante, para manifestar niWla posição e milli1a

solidariedade, quanto a ~ois problemas que angustiam esta oi­

dade e o Brasil em geral.

"Refiro-me, Sr. Presidente, à manifestação do E.xcQ

lentíssimo Senhor Presidente do Supreno Tribunal Federal, 1\1i­

nistro Ribe:j..ro da Costa, en entrevista publico.da nos jornais

desta nanhã. Sua Excelência zeloso do prestígiO, da autorida­

de e da independência do Poder Judiciário, expressou sua in­

confornido.de com a intervenção de forças alheias ao Judiciá­

rio, de pressões militares e políticas que v:j..sam conspurcar

o princípiO da interdependência dos poderes.

110 Ministro Ribeiro da Costa, do alto de sua presi­

dência, do alto de sua posição de magistrado, afu~iro.do por tQ

dos, deu bem a demonstração de que ao Poder Judiciário 110.0 sé

pode fazer nossa, não se pode fazer agressão; que o Poder Ju­

diciário não pretende submeter--se às prcssõE;:ls que, infelizmeg

te, tên sido feitas nesta Casa do Congresso. O Poder Judiciá-

rio, no transe en que vive a RepJblica brasiloira, não quer seguir o Uxül~lIÜ o elo I; oder~ que -intoc:rmlOs: 118.0 quor se curvo.r

0.0 donínio dos poderosos do nODemto. Fiel o.os princípios deuQ,

cr1ticos, fiel à int2rdependêncio. dos poderes, o Poder Judic!

ária ~

nela quer se curvar, como tantas vezes te1:". se

114

curvado o Poder Legislativo."

Caracterizando o pronunciaucnto do Presidente do Su­

preno cono a i:ltorprotoçüo pais legít i Il1a do Poder Judiciário,

coloca-o na crista da evoluçno da crise política, que levaria,

den-çrQ de D;ÜS LUl1a SeI.1ana, a Presidência da Repllblica, editar

o A. I. nº 2.

"E louvável, portanto, cO:l.tinua o deputado "que nllTIa

hora de crise, como esta, se erga da Praça dos Três ?oueres, a

voz do presidente do Dais desprotegido dos Poderes, para diz~

l~ basta e llQ nao (grifos da publicação) às pressões antideDo­

cráticas que atuam ~esto momento perturbando a tranquilidade

da Nação brasiloira.

"Senhor Presidonte, no nes:r:w :r:-wr:1ünto em que ergo r.ü

nJm voz pnra exaltar a atitl'.de do Su~'reno Tribunal ]'ederal,

lembro a esta casa que a tOEd.ê:r~cia de se aUDentar o número dos

ninistros daquela Casa não visa auparar a Justiça e suas deci­sões, para fazer do Poder tJudiciário um poder pOlítico, (X) pa­

rapressionar e calar :uais as vozes livres neste País, submete~

do-as ao gua~to de lU.1 Govorno, que se teIll. lllpopularizado, qua~

do sOInpre t~ve diante de si todas o.s facilidades po.ro. tornar­

se popular".

Finalizando:

IJAo Supreno Tribünal Feder8.1 pela L3i Magna ainda vi

gente, em.bora rasgada, cOLlpete a ir.içiativa de propor nodificê:,

'ç ões eIll. sua consti tlüção e estrutura. Nno pQderiar;l jarl8.is vir

por mensageB do :Cxocut j_vo tais I:lodificaç ões. I:!Ias nos dias que

correIll. é muito fácil alterar a Constituição, COB ?ste Congres­

so agachado que se su,bnote a todas as ir.1lJosições.

"Quero aqui Bostrar a nossa inconfonlidade COB essas

proposições. ,Votaremos contra as enendas e contra o ~statuto

dos Cassados. AssiB, estareuos exaltando o Poder Judiciário,e~

(! ----

(;&:) 1'1.A. li. Funçno do SUIJrOIilO Tribunal Fedornl 6 tar.1bérú essen­

cialmente lJolítica, parecondo que o parlaBcmtar usou o tenIo

para definir a posiçno pQlítico-governista que ele pensava pr~ tendessem pnra o Supremo.

115

perando eu Deus quo este ConGresso sigo. o exeBplo do.Cluele Po­

der e erga sua voz er:. defesa da suo. so bC)Tq.nia e 01,1 defesa da

denocro.cia bro.siloira. "(57)

Os discursos se sucediml, muna dOLlo:lstro.çGo de apoio

do Poder Legislativo à entrovi~to. concedida no dia a~terior p~

lo Prosidente da Su~romo. Corte.

o DelJutado Paulo Coelho, proforo uu longo discurso

om que analiso. desele os Domentos tUDultuados que precec1er8Jll a

Revolução, aos quais fQZ ur:la voeEonte condenação, até os dQqu.§.

lo dia om que julga ffileaçado. o. pr6pria RepublicQ e os vo.lores

ino.lien1veis da civilizo.ção bro.sileira, diante das inv03ti~as

Que pairavan sobre a autononia do Suprono TribLmal Federal.

Dele, dostacffillOs alguns trochos:

"Vivíamos, onten, momentos ar..gnstiosos vendo o BrC).-

8il m:waçado do não cLLD_prir o seu dastino de nação poç1erosa.

As greves ilego.is mo.s patrocino.das pelo Poder Público. As aue­

aços dos falsos líderes, tentando a~rovoitar-se da inflação -.

parC). gorar a annrquio. com a su~vorsão dos princípios hierárqu!

coso ,Rurícolas de arLlas na D[10. Sargontos a fuzileiros em arr~

aças. Tudo isso doixava-nos inquietos pelo futuro da p1tria,pQ

is na baderno., na o.narQuia, no dusrespeito, no tUJ.iulto, na in­

tro.nquilido.de no.da so cOilstr6i de duradouro.

"Esses pontos-de-vista j8: os conhece a C8.nara,' con­

quanto na naioria das vozns tínhmlOs nos nantido om silGnci r ; o.

rospei to do Governo Fodercü, Domente porClue, alJeso.r do alguns

fatos quo quere:::} dosmentir-nos, ninda craDOS em que a Republi­

co. não podoria ter un Lelhor çondutor nesta hDra do quo o oni­

nente Mnrechal Castalo Brqnco."

E prossoJue OTn. tou do inpotuosa dofesa do Supreno:

"Sainos, hoje, do nosso QLwse I:mtisIllO, SerJ-:.or Presi­clonta e Senhores DelJuto.dos, o.nte iJ, iJ,BOnço., pior do que o. Co.ss2,

ção de mo.ndiJ,tos, piur do Q~e os navios de guerra cheios de pr2

(57) Qiário,do~C~njg~~~o NiJ,~io~, 21 out. 1965, seço.o I, Su­plenento, p. 8 ..

116

sos políticos, pior do quo os cárcores lotndos de i~dicindos n semelhnnça dos Joscpho, quo não snbom por ÇlUO ostão prosos, pi

or do quo tudo isso - él élDOélÇo. de ser éllc8.l).çndo e f:lutilado, fe

rido e co.stro.do o SupreElo Tri bl1.no.l Fo doréll.

"Sem nos refcrirrlOS à nossa quo.lidélde de bacharel

proclEl.nando, no ontélnto, o. opinião, inclusive de todo o homem

c omu..."'â , o Supremo Tribunal Fodera1 <3 ULl8. entidado orocular em

defesa dos Direitos do Homem e nele, nesse Te2p10, se consubs­

télncia:r:l vivos e po.lpi télntes, ns 01 tíss irüas nornas que tutelam,

o honer:l livre, como pode sor entendido nLUlla democrélcia cristã. 11

"Vejo no Supremo Tribunéll Foc1eréll una coluna de luz

quo se ergue como ° Everest do Hisolaiél da civilização cristã

e lélnço. sobre tGdos os lo.res do Brasil, él fulgaração do lrril sol

que não tes élurora e não corJl0ce OCélSO. Sera o SU1)rOmO, cono elo

é hoje e como foi onton, que restélrá dél Democracia no Brasil?"

Situando o papel dos Poderes Judiciário e LeGislativo

dentro do lUil siste:niJ. democrático, continua o sou discurso, fg,

zendo, télmbóm, couparélçõos do rçeiues:

liA dOL1ocraciél não so célracteriza aponas por ser reprQ

sentativél. Elél tem de ser ropresentativa 90B as lliJitélçõos quo

a úl tli:la lei das onelegibilidades oferece. So nséiD não fosse

deDocrnciél existiriél nél Itália de T/.lussoline, nél AICl'J.3.rJm de

Hitler, na Rússia de Stalin, no nosso querido Portugnl do ago-

ra.

"Hão é s6, todavin, a r<9presentação popular a carac­

terística essencial da democracia. Elo. s9 completa, ela rcnl­

mente vive quando proexiste o Judiciário. Há do sor, contudo,

U2 Judiciário na plenél posse de seus poderes, l~ Judiciário qoo

quanto mais dosrespedtado mnis crosce, que qunnto Dais enfra­

quocido, püla tontativél dos políticos, :!:'aiá:; se fortalece no

conceito populor, um Judiciário, quo não capitula nél presença

dos detentores do Poder e s6 se curva 1)e10 poso da loi, pois

os povos não podem 3c;r governaL1üs pc;la prepotência o sira pelo

Direito, que 6 a únic~ exprossão do força quo so dovo corJlecer

no rogime denocrêltico."

Continua o sou discurso de mano ira clara o sou torgi

117

versações conGünando qualquer influência estranha às regras do

jogo, ditadas pela Constituição:

"Não queremos eleições e lJosses tolerado.s. N3.o quer§.

mos sentenças exigidas ou adL:i tidas. não querOLlOs 1 i berdade c oI}..

sentida. Dese jaEos a verdadeira deI:locr~1Cia e e:;=rperanos, apesar

dos pesares, que a Revolução de narço nô-la dê. ~leição e pos­

ses toleradas são farsas con:1.nistas ou fascistas. Sentenças e­

xigid9-s ou admitidas são tirania. LibGrdade consenticla 6 auli­

cismo.

"E dizemos aposar dos pesares, porque se assoalha

que o Supremo Tribunal Federal será enasculadç, desvirilizado

na sua ação fecundante na prolação da Justiça. E o que se de­

prende do vigoroso artigo publicado no Co~rG.io da 1:an11ã, de

ante-ontem, e que trás a assinatura do douto IIinistro ~{lvaro

Moutinho Ribeiro da C0 9ta, bravo e sapiente Presidente do Su­

premo Tribun8.1 Federal."

A longa análise da fresença do Poder Judiciário na

crise pOlítica feita pelo parlamentar, não deixava de se pre­

venir de dados e elenentos hist6ricos, p8.ra mostrar a atuação

do SupreBo isenta e altiva que teve no passado, relenbrando a1

gumas de suas decisões:

":Csquecen-se os que pensaD. tutelar o Supremo Tribu­

nal Federal que os Deodoro, os Floriano Peixoto, os Nilo Peça­

nha, os Arthur Bernardes, p8.SS8.Ll, nas a SupreDa Corte continud

rá esplêndida e eterna, tanto mais poderosa e indoeável quanto

Ill8.is assediada pelo gauleses, que, nLillca, aI í, poderão dizer:"

Ai dos vencidos!

"Sejam quais forem os membros do SUJ)remo, seüpre ha­

verá naquele recinto sagrado, vozes CaDa estas do Ministro Mu­

niz Barreto ao ser julgado, na sessão de 30 de ~gosto de 1924, l~abeas-corR.us em favor do Tenente :Cc1u8.rdo Gor:ws:E preciso que

nos sacrifiquemos, julgueTIos desassombradaDonte, sem tenor de

qualquer violência. O Tribunal há de pairar o.cima das tormen- ,

tas e das tempestades, seB recuar diante de qualquor violência.

"não terá sido graças ao SUi;reIllo que dezenas de gen~

rais, coronéis, majores, capitães, tenentos, como Odilio Denis

118

o RioGrJndino Kruol forElm soltos ;.:;m conseqtf.ôncia da concessão

do habons-corpus, votEldo no. sessão do 7 do jElnoiro de 1925? Ag tes, a 10 de janeiro de 1923, não foi o Supremo quem por cons!

derar incoElpctente o foro militar pra julgar crime político,

não mcmdou soltar 33 nili tnres , envolvidos no movir:lento de 5 de julho de 1922?

"Juarez Távora, Artur da Cost8. e Silva e outros che

fes nilitClres de hoje n8.o se serviram, acaso, de decisões jUd!

ciárias?

"O Supremo Tribunal Federal, tem vivido, em ratific~

çElO ao seu passado, conforr~e profetizava Rui Barbosa ao defen

der o hClbeas-corEu~ impetrado a favor dos presos políticos de

1892 - 'na mais delicCldCl e na mais sérin das suns relações com

a vidéJ. floral do PElís ontro oS,direitos ine:r.m.es do indivíduo e

os golpes violentos do poder'. 11

:c pl~oconizava que a mora IlUdança ari tmótica do. comp.Q.

sição do Supremo não lhe o.fetaria o seu pnpcl hist6rico:

"Engo.nan_se os quo pOl1S8.D que lJoderão, aUDentnndo o

nLUlloro dos L10I1brOf.i C}.L1O compõen o Supremo TribuI).al Foderal" fa­

zô-lo joguete do suas oxper:.l-ôncias ditatoriais. Aumente-se. TI§. em-se maiores despesas à Nação, socretários, assoss9res juríd~

cos, gabinotes o o.utoI16vois pnra Co.(1o. novo Ministro. Constru

a-se lill nl)vo edifício péU'El quo nele possam tl"abo.lhar os novos

ministros. ])essang+o-se o tosouro nacional com os vencimentos

dos novos ministros. E ainda o.í, Clposar de Cllterado no seu nú

mero, o SupreI10 não ficnrá cabisbo.ixo, silencioso, ineTI10, ab~

lic9, Clnte as agressõe$ do Executivo aos direitos dos desvâli­

dos. Ninguém se iluda. O SUpreL.lO será scnpre o 6rgão tutelar

do. Constituição e dos Direitos, como nnt8paro nos golpes da

prepotôncia, por~ue nunca deixClrá Jo haver maioria no Supremo

Tribunal Federal paTa sc erGuer em Çlffiparo dos inc1efes os, dos

proscritos, das vítimas da opresso.o.

"Não tivessom os nobres c1eputo.c1os, Osvaldo Lima Fi­

lho o Andrade Limu Filho lido da tribunn desta Casa o artigo

do Ministro Ribeiro da Costa e o faríamos, neste mOL1onto, por

ser r';almente, UL1a peça escrita na alma brasileira con a tinta

119

do sangue dos qLW DOrrC)ram nÇ>s campos e GSCar}HS i talic:mos, p2:,

ra salvaguarda da c1oDocracia."

Depois de ler e sorm.'- tanbóm transcritas nos anais cU

Camara as principais passaGens do voto proferido pelo I'llinistro

Ribeiro da Costa, fnvorQvel 8 ooncoss80 do hab~~~=QQrpus em f~

vor do ex-Presidente Cdfá Filho, inpedido de roassuHir a Presi

dônciCl da República,.::n virtude do golpe r;üli tar COnSmYlE1.clO p9,.

lo Ministro da Guerra da ópoea, I':ÍClro c11al Henrique Lott, mos~

do o conportaElGnto apart:i-c1~írio o viril do nacistrado, faz as

suas c oncl8Jilaç õe s finais:

"O artiGo a que mo referi inicialmente, firmado pelo

Ministro Ribeiro da Costa c.evo flOr lido e r:lCdi tCldo. Apol1ns lllia

retificnção ül.ríanos: tocar no SupreLlo nno Ó apcnus gerar mna

crise entre poderes, como a Nnção ainda não assistiu, á mais,

é ferir a Pntria no seu próprio coração, porque seD o res2;uar­

do da Constituição, da Lei e dos Direitos do Homen não pode ha

ver Pátria, nas sim, lUJ.a região habit:J.da por hODens sem civis­

mo, dO~_li:t)ac1os :pelo Y:J.edo, batidos pela torrar, silel1ciu.clús pela

di tadura.

"A Constituição veda a arneClçCl que,so sussura por Clí

e denunciada polo r.1inistro Ribeiro (la Costa. Com quo autorida­

do protostarenos contra os atontados à Loi das Leis se sonos

os prinoiros a desrespeitá-la?"

Para concluir o sou discurso:

,,-- ~ d' t tI' a d ~mpoo-so que so lGa, nes o Bonon o, re onDr~n o a

ÁGuia de Haia, quo, so a política n80 doixar do ronc~ar o Suprs;.

mo, a Casa Sagrnlla, se os govern:=:mt()s nao se convencoreLl de

que _ G na independência da Justiça quo reside a sm. força, a grande

força 00 princ:Í;piO de a.u:tor.i.Cbdo- ai:vil; se os honens de =~st3.do não se

convencerem de que ocorro no seios da Justiça ó in~iQlnvel .~Q­

m2-0s r:l!ê.!9.rios~o_cul to; se os IYclrticlos nno cessarom suas

conspiraç~os contra Cl consciôncia judici5ria, nao h,vorá queD

nos salve. E nns pr6prias palavras do Mestre - O s i:i.1.0 da li­

berdade não tern de dobrar sobro o sopulcro dos Juízos, Das SQ

bro o iGnominiOSO transpassc da República, contra a qual, nas

m~os da Nação rovoltad~ pula falta da justiça, SG 18va~tar~orn

120

pedras c18. rua. 11

~isse discurso dá bm'J. a c1ir.lGl1são dos reflexos no Con­

gresso Nacional das tentativas de,se nodific8.r Constituição p~

ra se interferir na Suprema Corte.

:nenhum desses fatos escapo. à o.preci8.ção da imprensa

que 8.conpanho. todos os lnnccs da crise, que se torna a caélEl, dia

Dais nebuloso., passo.ndo n sor decidida pel8. c~pula militar.

lICastelo re~ne o Alto Conando diante da re8.ção do

C ongress o 11, ,é a !:1anchete do Jornal do J3rasil", que eD seu tex

to explioa:

"O Presidente do. República voltará hoje ao Rio G 8JIlB:,

nhã codo reunirá o AI to CODancl0 Militar para lUl eXaDe geral da

crise, que se 2gravou onten, em Brasília, com 8. manutenção do

inpasse entre o Governo e o Congresso. It

TI a Coluna do Castelo - Pr0para-se o Governo para le

gislar revolucionGri3Dente - comenta:

"N os meios pOliticos, a eventu8.1 decisão do Prosidetl

te, de recorrer a atos de arbítrio revolucionário para iBpôr

medidas quo o Congresso ver~a a re jei tar, não rGpcrcute como

medida capaz do t1osGnh:::,r, na Hist 6:ria, o retrat o do I.1arecb.al

Castelo Branco cono un ho:r:lGIn. forte. Ao contrário, sua atitude

ecoaria como uma ubdicação de compromissos hist6ricos assuni -

dos a partir do DODonto que sc investiu no cargo de Presidetl

te da Ropl~blica e o apresentaria como ULl Chefo de :Cstado , que

perr:ü tiu (jue sua autoridade cedesse à emoção dos Cluartéis."

A vGrdnde ~ que chegara 3 hora em que o Presidente da

República ou cederia a pressão dos neios mil~tares mais ortodo

xos, ou punha em risco o seu pr6prio uandato. O Presidente JIr'2

curava se rmnter no pOLLer para evitar possivelDente que se im­

plantasse lli~a ditadura com ditador. Sua atitude OD ceder cr~

aria Q~ regime militar sui-goneris no Brasil, COD rotativida­

de do ocupante do c8.rgo de chefe da Nação, modelo que veD son­

do praticndo até os dias atuais. Bri tar-se-i8., polo Denos 1 o culto à person8.lidade, o nos ayrcsent ,riamos para o resto do

mundo con CSS8. singularid8.de, que diferi8. n8. form8., do resto

dos p8.ises politic8.l:lente subc1esonvolvidos e institucionalnonte

121

mstáveis.

Por outro lado, entregava-se o leme das decisões, ao

chefe de umo. corrente r:dlitJ.r, que não aceitava soluções den­

tro do status-quo ju+ídico,idealizado pela Revolução e instit~

cionalizado pelo -A. I. nº 1. Esse chefe era o I:Iinistro da Guef

ra, qt' .. !") tinl-;.2. llé.1. entrevista do Presidente do SU1Jromo o melhor

pretexto po.ra justificar a pressão junto ao Pro$idente da_~ep~

blica de reforLlulur insti tucionalmc;nto a Revolução do 1964.

O Marechal Costa e Silva não perdeu tcn.:po.

Dentro do seu teTIperar.wnto prugmático tratou imedia­

tamente de convocar os seus principais comando,dos e se cienti­

ficar da soliCariedac1e do Alto COBando, para assi~m pressionar

o Marechal Castelo Br:'ll1co n9- edição de novo Ato, qU0) lhe reno­

varia os poderes de exceção.

Para oficializar essa tOillo,da de posição escolheria

Ul:ia solenido,Ce r;üli t::-,r eH são Paulo, na qual pronu:i:lCiaria W:l

discurso decidido e en~rgico, rebJ.tendo de Daneira propositad~

mente hostil aa lJalavras do r/l:inistro Ribeiro da C.Jsta o

Serio" diC8.I"''-oS assiD, 0" senho, qU8 an'~mciava os prepê:.

rativos para a edição do novo Ato.

Os noticiários S8 lJr0cilJitavo,m:

O jornal Dl: tL.,:w._Hor§., . do dia 22 cOIllOnta assi:r.., as i

niciativas do Ministro du Guerra:

"Ine sp,--:r8.c1a rilOViIrlentnç Õ,O no I1inist6ri Ç) dQ Guerra: Ch.Q.

fe do Exórcito convoca Alto Couando e Vai Falo'r. iI

"Inesp<::radarr:ente, o liIinistro <1n Guerra convocou, on­

te~ à noite, todo o Alto Comando do ~x6rcito para fazer par­

to da comitiva que hoje assistirá ao cncerramento de manobras

do 11 Ex6rcito, eD Itapeva, Sul ~e são Paulo, e que anterior -

nente ostava DO,redClo para DIJ.anhã. Os quatro COL1andantos de

2xórcito e os Quatro Chefes de DepJ.rtamcnto GerO,is? ou seja,tQ

c.os os Gen:;rais-de-~xr5rcito 13m funçuo, cO:çt.fir::~:::'lram o comparec!

Llento, sainc10 a cor,1Í tiva nQ L18.nhõ' de hoje. Ao Desmo tenpo, foi

possível co~firLlar junto ao Gabinete do General Artur da Costa

e Silva que ole fará um prom,neim,lcmto I :iJn,)ortantíssino c de-

122

finitivo' l;c1lc.c.l0 =~ POSiÇ80 do ~~x8rcit9 con rolElçQo 0.0 o.tua.l

quadro polf-cico que a No.ção atrElvossa. At6 as :pri~_lCirCls ho1":]'s

do 110 j o ora intonsa Cl 1.~ovinontElç 3.0 nEl ároEl nili tElr, ,cro sccmc10

a OXj)octCltiva (;Ll~nto ClO (ue; a titulClr (10. Guorra dirá."

o }lron'v1nciElIl\.:nto do IIinistro CLl Guorru do diEl sOGuiS

te veio o não deixava a Donar d1vida qUCl~tO_~ posiçQO inClrred~

vel el08 círculos rlilitClros sobro llnCl nuci.ança o:x:cepcional do

Q..uadro jt'cric1ico até (':ütQO ,:;xist'-mte, con uma consoqti.mltei:y.ve§.

tida contreJ. o Suprono 'I'ribUIlal IIO c1eré.'.l , objoto elo sua feJ.leJ..

As sin c onC',lta os j orn:~lis no cJ iéJ. segll inte:

"Tropas s 6 vaI teJ.rQo clU s cLuCt.rtéis qL'..8.;;'C-:'O llouver paz. n

"MiEistro cb Guo rr3 '.L bre.:: fOGO cor: treJ. o Suprono ri. "O Ministro da GuorreJ., CellGrCll CosteJ. G Silva, fclleJ.n­

do eJ. Lu:.18 eoncentr:1ç8.o Co oficÍ':lis on Itó,-pova, são Pmllo, qUeJ.li

ficou de afront8., quo lhe esbio. 'repelir con veon8ncieJ.', o

pronunci:J.ucmto rocento elo Prosidonte do SupreL:.o TribuneJ.l Foc1o­

rElI, Ministro Ribeiro .da Costa, quo defendora El soborania da,

Suprena Corte o denunciaria l)l~essÕ"s nilitaros p8.r,:: 1"0 f orml-1eJ..

"O Ministro disso que os eili t::lros n20 rotorn8.r~,o aos

quartéis emqucmto 'o povo não detc'rr~inur' o justificou S~lQ p,2,

roraçao eOD a '-lfirnntivCl do quo clefonl1Ll C'c clClssc Elll t8.r.

"Quando o Chefe do Exército fazia nlusQc ao LODe do

hli~istro Ribeiro da Costa ou a sou posto, n ufieinlidClde vaia-

va.

"Preson te Q r:.mnifostação, elO 1::H.10 elo Alto C oLlando do

Exército, o I:brecJ1 z11 CClstolo BrCll1co aprovou t2,ci tanente o cUs

curso do Ministro, dizendo que no exercício da suas funções '~

xige diGnidade e o rospei to que tera pelos outros podares e pe­

los civis.

"O Ministro da Guerra inflar.lOU-Ge até às 11grir.las, eu

Itapeva. Pediu, então, desculpas ao Marechal-Presidente que,

eH resposta, declélrou qUG não SG ofendera nen co:u a forr.la, nem

con o contel~do c18, fal8. I_ünistcrial. 11

123

quarté is ti.

"u l:inistro eb Guerra, Gonero.l Costo. e Silva, em di§.

curso i)rOl1unciado ontem. em. Ito.IJC;V8., Sõ,o P8.ulo, no (~nCerrClmen­

to do.s 0Qnobr~s do 11 ~x6rcito, 0oclarou que 'o. trOp!l está no.s -'- á -'-,-L;' ~ t' 'h ruas o no.o volGo.r paro. os quar~~lD9 o.,nao Bor que es a seJa~

terl-:linação do Prosidente da H(=:p'c~blicD.'.

"O pronunciamento do ?i:inistro Costs e Silv[~ foi fei-

to n " "r'''~I'''Cl .1~ 'T~--'l'",,,,, ..... 'lt-)·~l·,lJ.'·", . (YYltrn r-,,,, qllr-,l'~ o DJ..I~nqi_ U l~ l) cO l/ "l;:"'. '-c -.::: y ,-,.:.. u. ü C.L "c l J.. _ ~c LL l.J ,., , / • '-':"'L '-' c l i.:J v C/ •

dente da Repllblica e os Generais Arúauri ICruel e Álvuro Br8ca."

ParJ. continuar a noticia:

"Violentas críticas foram l~irigiélé':;'S 11elo GenoTal Co§.

to. e Silvo. 0.0 Prosidente do SU-í)rOL10 Tribunal Federal, a quem

acusou c:e rosponsávol por docunentos Que su[;erirw"'ll o. institui­

çõ'o de UH triunvirato nilitar no Pais.

"S6 não ternos ho je u:::la cU ta(iura r;1ili tar - onfat i2 ou

o I,Iinistro da Guorra - porque nno quisemos. E disso :;:;abem o Ei

nistro Ribeiro da Costa e o Presidente do Senado, Sr. Auro de

I'.1oura A:L1Clro.de. 11

:c em editorial sob o título lJ.IJl.AÇA J~ R:ÓPUDLICA:

"O lIinistro da Guerra, Gene::c.~J.l Costa e Silv3, resol­

veu t ornar ainda El8.1s Grave a crise político militar ao in­

vestir contra o Supremo Tribun8.~ Federal, na pessoa do seu Pr~

sidente, o tlinistro Ribeiro da Costa. O General refer:iu..-.98 ora er:l tom cas cleECeIl.dmte ora agressivo a mais alta corte fi JUgtiça do Pa i s, que repr2,

senta un doo poderes da República que, de açordo com a Constituição,

devem ser indep rmc1en-ees e llGIT:1ÔnicoG. Disse que os rrülitaros

deixaram o SupreBo Tribunal Federal funcionar 'na esperança de

b d R -I D" ." quo elo so. eria cOffilJreen er a LevoluçGO. eC.larou eD seguicta,

Que essa espero.nça tirL."la sido ilus6rio.. Afirmou que o povo

quer que os mili tGres contint;,lCE"~ empunhcmdo amas I paro. 1r.lpedir

a volta da situação deposta'. Disse isso eB resposta ao Mini§.

tro Ri be iro da CostÇl. que SUGeria a volta dos I1ili t8.rc~s o.os sous

devoros específicos. O ~inistro do. Guerra fala como se o Pre-

124

sic1ente do Supreno 'I'ribLUlal e - de riJsto - tocbs as :pessoas qu.e

consideram insuportável o cli:][~ elo pO$slclelo

quisesooD a volta da situaç50 de}osta.

'i. "i ",,,",:.1-0 no P" ís J_ , _ ___ ............. LJ ......

'~50 deixa de sor triste tal c1CD0nstr2ç~0 de indisci­

plina, pois outra coisa nao foi osso dlscurso do UD chofo Dili­

tnr, lJorantc rülitnres, lEma ZCEêl de D8.nOUr8.s nilitarcs, contra

o Presidente do Suprerw Tribun8.1 Fodor::.-,l que, na escala hi9rár­

quica da ordeu republicana, está eD posiçno superior à sua. Sen

do auxiliar da confiança do Presidente da RepJblica, o General

Costa o Silva colocou o Narech8.l Castelo Er~ncD 118. difícil si _ ~ á p ~ , tuaçao d:: enquadrr.-Io naS1.unço"s ou d0 oncanpçr ;:rbo pela or'lÍs-

sao suas críticas ao ninistro Riboiro da Costa,

"Soríar.los ingênuos se ospOrQSSeLl0s a ropreensno do G2,

neral Costa 9 Silva por este ato de indisciplina e de desreito

a hiorarquia. G GOVCYDO p~.lrcce el~pi:;rlll8.do m.l atirar nais lenha

à fogueira da crise, e de Qua c+ise desGncadoada pelos homens

da confiança do pr6prio cover:'1.o. QUé.:mc1o detcTr.ünados sotores

Qilitares passarau a fazer agitaçno contra a pos~e dos eleitos

a 3 de outubro, o Prosidente o seu Hinistro da,Guerra, tinham o

dever de intervir, restabelecendo 8. disciplina. 11

Concluindo:

"Que pretendo o Governo, a brindo l!.i.ta eu tantas fren­

tes, C1.0 DeSQO tenpo? O Ibrechal CCl.stolo Branco enfrenta o Con -

gress9 e os partidos, o SupreDo Tribunal FederCl.l e a opinino p~

blica. O seu Caverna quer reduzir a autononiêl llOS ~~8tQdos, vio­

lando o princípio Federativo, sobre o qual se edifieou a RopJ -

blica, on 1889. Atenta conL~a o princípio da indep3ndôneia e

do. harr.wnio. en·t:;re os Poderes. j-:; ostinula a inllisciplina nili­

to.r ao :portlitir pronunciamento cono o do Ministro l1a Guerra."

Publica ftinc:Ja UJ.:t ,-108 trnchos do discurso-resposta do

T.Iinistro da Guerra:

"Aí ostão as palclvrQs COI1 que nós, militares, SODOS

brinQ~dos por suo. Excia., o Presidente do Supreno Tribunal FedQ

ral quo n6s, nilitaros, tendo-o n nossa DereS OD lº de auril de

1964, P.!'E...?.EY2~.~1e o~al_quer .E~~çã...?..L.!2..~~~e l'~_o.-=- qu~Jl!::l

125

sQ2.... - c~e ~_~ê.§.º-.)ll to T ri burgll._9..SlQ~f:i;:_2.Q.I1J2.r 8 8Yl dc~ r o. r. o ê.~2.

volução, (:ue 8.Cabnvo.::'los do t"rLQr vitoriosa. QU2:"ldo f.lt\.mden­

do às QSpiro.çõos do povo f0I10S às rL"!.QS para, aCQ;:nl' cor.1 o comu­

nismo (lU(; ~C' l)roCuravé1 iDIlla:1tar neste País. Quando os jangos

c brizolas procuré1va~ subverter e fGchar o Congresso Nacional e

consvurcar C:l todos os ~ízes, o EXl5rcito veio à run pélra rest~

belec9r a ordem, a disciplinD., n justiça e a autoridad~ do go­

verno. Na oC:J.sião, n6s nõ.o deí'ondía:Cios nem.hl.U;1 pOf3tO, l).enhur.l

purtiélo, nas Cefendíanos, isto sin, 8. integridade pátria. AGO­

ra fOldoS bri:g..slf!S.9.ê. pelo presidente do SupreDo TcbiblUlal Fede

ral, porClue, nós não n08 recolhcnos 0.08 quartéis e siD saíDOS

dos quarté is a pe dido do povo, ~, p(:; Ili do dé1 sacie dade que se via

aDeaçaclQ. E s6 vol té1remos pur:1 08 quartéis 9.3,;J.Dz.:LO tudo agui12.

t0rninar. " ~

"A ngressno YlQÇ) nos atinge, iJ.as nao posso deixar de

responder a essa o.fronta."

"S6 o povo l~landa nos rülitares, diz Costa e Silva. 11

"O r,'linistro da Guerra, Genero.l C osta e Silva, afirnoLl

onten '.:n Ito.peva, são Po.ulo, qlW os r:ülitnres só retornarQo 80S

quartéis 'ClLEmc1o o povo quiser' () re,:,'cliu a 'insóli t3. acressão

que aCQbu de ser inflingidQ aos n~litnres do TIrasil pelo Presi

denta do SupreDo Tribunal Federnl.'

"Ao fira do seu discurso o r/brechal Costa e silvu leu

urJ. docuL1ento assinnc10 pelo couandclllte da 2ª Região Hilitar, G2,

neral Nogueira da Paz, pelo qUQl o Ministro Ribeiro da Costa

propunha trocar a sobrevivência do Suprerlo Tribunal Federal P9.

la nanutc~ção de todos os atos punitivos do Con~ndo Supreno dri

Revolução.

"A existência de llLl )rojcto de novo Ato Institucio­

nal, que perLütirá r:mis cass8.ções de co.ndatos e fucilitarn a

intervenção fcc1eral nos Est:.lllos onde a revolução julgue conve­

niente intervir, foi confi~lado onteD nos neios ~ilitares, que

reafirnaran sua f~delidade à liderança exercida pelo Presic1e:g,

te Castelo Branco."

126

Sol:: o

(l,~:.n~ c;0"i'~..L';(7r~":(lC' )'Cc-,,,,c;C'.'r~"'" f'r.-rT,.,'lc'ce·r n (11'0,1]0-.... j...1...ç;'<j \.:~ .. ,-- .... ,.L::" ... '.'. ~ -' "\:.;~.Jü·' __ \,...· ~\....· ........ U~..-_ . -' --' ~J_

si ti \70 , ~ ~

r,:TC'lLicion r, rio, ynaqlE 8 ~f\loluç:r;o 1180 -)CrCç8 :)el0 8.çao

:3CUS iniT'i("os - 08 r'C c~:'te1n e 1 ' ' 08 H; r~oJe - o

se.ru ra y! :. c,, •

1)eCicb, e~)Lr;:r8 .:l CSC \J.T0!jrir:do 3S ol::'ri':eç06S que contr:Jiu C01Yl o

I'~ov F'en te nevol ucj,on!. rio, cu j o G chefe s sub sti tui ro:~ c- Pod e r T:1 .J ' + . .r:,xc cu [,1 VO, ma s ma n ,,1 vc mTD 81" funcionamento o Le~is18tivo e o

Judicierio, este intocado, aquele eX~JUrg8.el.o dos eler'lentosm::is

com~rernetiaos com a sit~aç~o 8Dts Y ior, na suposiç~o de que

t t r'(;·,~.~ ~c ~ t '" T ;1~' - r-.-; r-. ; f"" t'" l' ~I "Y', an o os v<_.r",rc,,,,, qUc. .. n o o'" r~ .. l1{Jc?~0 n"o c, • ..L <,.r al' COL seu

concurso '8 cor'crstiza.ç80 (108 il1cais (1e 31 dE. m:'3rço.

lIA Revoluc;80, I)8I'<? 8tlnplr seus fins, tC1T: que ser u

na. N80 pode haver G8 executivo pr6-revolucion6rio, um le-

gislativo variante e um juriicierio n:ctro quando ~ 8 continci

dade de Re v oluç8o que este em jC'~o. O A p' s t re s c ( i e re s ? no que

;1 Se ,

c rra o caY1lr.ho? se 1'8 ~)re c i so re CLBr

e ri, coneça r, )ois n80 se 81c?nçars c objetivo, qUG ter, que

ser cc"T"'uf.', se:;" \lue todos caminhmn GUTP 86 scntic10. }l. c1ireçao

quem ele é o PrcsidE:nte Castelo I,'mnco, eJc1 ress80 política (1p.

T) 1 ~ , , t'"' t' t" nevo uçao e seu urnco e au' c·rl?,8Cl0 lD8rrre E'."

Cor:" éJ crise atingindo [leU :>Cl1to cul" inante -pre-para­

va-se o novo Ato Institucio~al, ~'uito embora os principais

chefes civis e ~illt8rEs ~c 8pressasse~ e~ ~es~enti-lo. O

de SF'E r: tido, nesses casos, vale co~o ura confí rr-r::ç;;o _-'...... ....... , __ , . to.... •

1'10 di8 25, iste é, 40 ;'lorns ante;:; e18 publicaçao do

A.I. nº ?, setores [OVCrn8r~cnt8is r'8is res;;ons8vcis f3zi,8rn

pereiT:ptóri8s (~cclarações in,':icélr:;clc que a. crise tGr:in uc.a~luçOO

dentro dos Dec8nismos jurí~icos ~ue vi~i~8.

O C0T!18ndante ,';0 111 EXlr:-:ito, GeD€:':'81 Justino Alves

e o Einistro (18 Ju~~tiça ~-ircstc:v2n (~cc18r8ções '8 ill';!relJsa nes

se sentido.

Depois de visitar o GOVC-rr.8(~Or e'le I.iinas Gcrr3is, o

127

que iFJpTimia Ul:'S liDh8 clefcrentc d8 de

feDciid8~) lo ex-l':'lir:istro I'~lltoD C81'["i)0;3, surpreeDdi8 COB um8.

c1ec18raç80 en Delo horizonte c nctici8C:8 pelo º-- Gl:s!bo~

HJUI'8C TIB;';81h8.es dc;..')"'er:-cc Clue exiGtc outro /l .. to 1ns

ti tuci oD81. :. "! ~ , .. ,,-pos

ontem,CTD "elo Horizonte, o l'Iinistro JUI'8C3 L8(81h8es (~cc18-

rou 80 jorD81 O Globo~c;jcoDhec'r 8 cx:i.stêr1Cia de um ,sc:~undo

Ato 1DstitucioD81. G08t8ri8 9 inclusive, C;ue lhe mostI'8sSeF1 , .

unA copla ~o docuDcnto. :=" cODcluiu o 8r::3GUt"'tO com um:;:; inc18g.ê..

çeo:

n:su n80 sei (le nenhLnn Ato. ,

p08sl v cl h8ver

IT ~ ., • -C' t l' 1 \80 8r8 'LLcren e, eTT' ]lJil8fJ re 1"8 i s 9 Cl de c18 r8 Ç8 o do

Ge De r8l Ju ,stino .f:.blC 8 1"0 stc s 8 o Y'e :Jro j o rD81:

;'COSt8 e SilV8 f810U por tc r.·l o o :2xérci to".

-ri' 't .i:!JXE' rCl o ~ negou ('ue e8tej8 'Pronto ur.' novo /o.to 1nstitucioD81e

mesr.lo que o GoverDo COfi te (10 8SSLHJtO.

;:0 COE8Dd8Dte (io IU:=xéLcito fez qucstcio e1E; sublinlnr

SU8. solidarice18de 88 pa.lav~~8s do liCiDistro Cost8 c Silva, DOS

discuS08 (~e It8nev8 e de Escolr:) e]a Aeronsutica . .f"firrou qLC

o titule r d8 GU€ rrs falou eTC nO'E (le todo 8 os r.1Íli tare 8 b r8-

sileiros, tr8DST:ü tiDc30 o pens8r"eD1;c~e1"~:11 80e're 8 8tu81 si-

t - l' t' [' U8Ç8.0 po l lC8. ' ~ 1" A OpiDi80 ~o ltlcO e os Deios jornalísticos, entre-

tanto, estavan certos que 8 POSiÇ80 8ssumid8 pelo T~ini stro

da Guerra, nos fiois cH3curSOs (lUC '.Jronunciara., eT'1 S80 P8ulo c , . 1 ' . ef" soleni(18de [la Aeronautica, era proiJosl t8 E: prejJaratorlo

At < ~ (T' • t t' 1 . p8I'8 ur::, DOVO -'~ o e·e ·2xceçao. 1·OTT'aV8. urre:' lnCOD ras ave pos!.

ç;o de lidcrBnç8 DOS acont~cifY'stltos, que ,ocsr:-:o sc o Presidcn

te tentnsse r880v6-10 D;O o conseguiria. Na crista ~os 8con

tecir'entos, estes stos J8 se haviaf1 tornado iDcontro18veis.

Restaria oos outros dois F'or"eres, os déS8rt:'8clOS, d.§.

sempenh8r o seu p8pel de acoDoc1aç~o, pois esso ver sendo UFa

constante da vid8 institucional nos p8{ses en deseDvolviT'1en­

to que busca.l'l o modelo (100 cler'ocracias ocideDt8is das Dações

de senvo1 v ida,s, pro tica nelo o fo I'l'lsli SE'O, tipifi C8 do pelo cie n

ti sta Eiggs.

128

t t -. .,-v",. t,-.. . c' t:.-. Cl ""1 ..f t' - Ct "'I:: :, - r:r~ " re quesc ooos 00 co,e1" ,:)rl,·vc;" po~,~ I!",~('ü, 1J(';0 COT.un::,,,,vc1 C'01'1 . . . , t .

O~! nroDCl-'CleTY"'ntc·s tr8notnllzé'3('crcs (188 Cirec's ("overne,-::lcn e: s

8, que nos rCiortr:IT"OO, e de 'i testc,,",cur:ho1e seu Tlcr.so:"'ento em

srtir'o publicedo eITl (T~ t:"','e HerG,! (1::=:(1'-1e1e (1i8, So'~ o título -

Ao Se(:1 do T)oi;re.c1o l'Ii1i te r~

11 O q li e h o u v c d e CT' ve n () f i,'" d e o c ;:1 e n e f o r8 T' o s d i s

cursos do I'hniotro d8 Guerr.J ~ ml ,'lü"nte (~e trope CTIl lt",,",eve,

outro n8 380018 de Aeron8uticé3. A :E'8J8 do T~inistro de Justi

çe, ne TI), foi o 8col~p8nhercnto sv::ve (' r':elc(~ioso, OrCll~EJstrag

do o ~obr8do viliter.

"ror outro ledo 7 o ..t"'r, sicler;tc (1e Rcpúblice entrou €C

rece sso. Docemente COt1o'~rengido, espEre que o 'home r ,', forte',

ejudedo pelo ne~oci8dor intelircnte, o obrifue a violcntGr . A •

vez sue conSCIcnC18 oi vil i st8 .• A C spaela co rte. r:io.

Tr.eis una vez o nó ata.elo nele inco.,~,€têuci8 pOlítica do Govcr

no.

Se nao lhe ~ao, exige. Se e.in-

da re cu ser, tOl'la. ,,A,.ssiY:1 terei os trenquilic1ede. Esr3e tren-

quilidede que o honrec10 Gcncrel Coste c Silve e o Sr. Jur::,cy

rccleT"!av )era o Bra.sil, Des SCf:1 prejuízo (18 Rc v oluÇ8.0. 11

Conclllindo~

nSelvao-Eie as instituiçces - objetivo do f.1ovirr,ento

de 1964 - C01'1 um Conpresso 'legiti~ado', fabricando leis soh ~. ~ r< m'b 1 ' ~ meCtIOa e um 0upremo .LrlUDa .9.E.quaor2o.c;o.

Hf)eri8 8 paz (los ccrnitérios. As e\1toridades com;;e-

tentes arranjGriaT:1 UI' T;'eio de err1'als:::T"'8r 00 dois ced8vErc s

legitiTf13(~OS tra.nsferinclo-oSi8I'8 c p8l!teon da. República. I'

Se e.s ('!eclC'rec;õe8 e discursos do Prcúelente do Su­

premo c do I~inistro de Guerrn n80 t.8Eit2oSSeT;-: p8rn agrC'''~:r 8

crise, h8Vi8., }Jora. ser 8"reci8.do ~lelo SUilremo 'l'rituna.l l'cde­

rel, U'(11 pecJic10 de habeas-corp~ eT:.l f8vor do ex-Presidente

JU'lcelino Kubitschek de Olivcirn, que sob a. mir8 de um IPl\/I,

. , 1 C t ~ ~ t' recorrIa 8que a or e Cte Jus Iça.

En meio a. tudo isso ns,o fo.l t ria e.inc18 a. re8çao do

próprio SU1)reE;O em solü18ried8ci e a.o seu Prefii<1ente que se

senti8. a.tinfido pela. f201a do Thntstro da Guerra .•

T8.nto é que O Globo SE apercehendo desses f8tos trnz

129

em suas coluDas no dia 25: ,

110 S~'nretlO 1'TH1j,m8~1_ lYc('cr81 sc reune hoje, em sessro

nistro Rib-.:iro ela

n i stro cJ c;: Gue rm •

di SCV 1:'80 do 1\1i-J • 1 " . -, . t .... _ conSlreTrHl0 core ,.e SUiT1 8 lTYI1JOr é'3'::lC1.8 o

COi"'T10Tt8rrH::nto do Supremo l\ri:~Lm,,:l FedereI, c:ue poc1em minim2:

zar ou <':1' ravar 8 crise, conforr-r: os tCY'P.10s ('o T)ror}U[lc::'8',~leDto ~ ~

e18 SGCS ,o-embros e, T' 8i3 8111C18 , ~, a ')reCi3ç80 ou D8.0 elo h8reaS"""

.Q2XP~ Ú'1-,'C t:m.c~ o 1)e lo ex-Prc sj_c1c; Y1 te ~ \1 UCE; 1 i [I o r:ub i tschek. rr

ha.-

b . t - ~ 1 . T" 1 . t 1 1 eas-cor'lJ~ 11"pe Yari.o por Jusce .1110 "0: ~'J, sene.>.:, mas os dis-cursc,s do iIiDlstro Costa e Silv8, terÚ3t1 urna resljOsto d8 Cor

te Su:;;rerna.

da pasta. d8 Guerre, T!la.s ur!~8 soli(1:3rü;c1c;rle 80 seu Presidente,

que ~;e enqua r::mri8 deDtro (10 Elenco cl8S ati. tu(oes 8frontos8S 80

reci'Ple 1:1ili ta r.

1':8 ante-vésne:m c18 nublicoç80 (10 ./\,..1. nO 2, o Supr~

rr,o J"ribun81 Fedeml se reúDe p8re des8i?Tclv"r o seu Presic1en­

te. Por unaniTriclacle, rCl-;olvc '1 8provaT ü;~1e e~"'enda re,rÍ1' lertel

que prorr0C::=iva o p8ncleto (10 seu Presidente até o térITIiDO de

sue juclic8tur8. ,

jUE.Jtlficstivas e enenda regiwental, ter;, o seu

final 8ssin redigido:

no I\(inistro .Á.lvoro :':outinho Tü'''''eiro d8 Costa, De.

ljresic1êncie desta C2se, SE:'T'1-;;re eT)oi8do por seus eoleg8s, tcm

0'b~3ervado, C01'l altivez e firr:' cza os seus devcres Consti tuciQ

neis. Ten(1ojá COTyrrlet8dc cinQuent8 8.nos (le 8srviço público j

que com , , ~

pesar nao -poc:erD ecnt8r C01Y, 8 1)8 coo'}cra.çe.o l.jor muito te~po ,

ter:J direito 80 rcconheciT'lCnto e:::r'leci81 ele seus ~~Dres. .A r;'1a,­

Deir8 rnsi8 expressiv8 ele assir~i18r suc,' presidência, que tCTl1

sido de r~ai s 81 t8 siGn ifi caç;80 po r8, o Tribuno 1 c pé? rs o Paí s,

e' e~ten(1.e~-1".-. t' t" i . " t O TfT' • t P' ~ .l '. 8 e o erFltJo (,e Si}':: Jl10lC8 UI'8. ,',llnlS 1'0 .".1 l' 1 "1 t 1'.' . .. 1 ... , . . ,:,elro el3 GC's 8. CIC1X8m, ess:LTTl, D atlvl~J8c.e Judlclar18 no mals

elev8do posto ele Ir8gistrtL':r8, qL:e 'i:eT1'l honr8do nas circuns­

t8ncia.s me i s d ifícei s, erro sta Dele di SSC1 bo re s e in C01!1DrC en soes.

liA presente eT:1CrHle refiTrental, que 2tende 8 esse PI2,.

pósi to na.o é a.'))ena s urr:e, h07:1 ena{.ern • É t8T'bért c te stt:'-"unho de

130

teD o 8c:uin~c teor

"O rIin:Lsti'C: .i~lv·.'rn ~Loutil~,tn T{i'~ctro ds Costs exerce ,

rs 2. r--l--' .; l>e

SL~3 jL:eHc8tuY<0\ - 081::::; '"88 ;:'3eSf3GCS, 25 (1c outL~trc de 1~)65-

1o.[3s. C8nc1L'o 110tt8 :;:-i1ho - A.C. IJ8.f8= ctte ele .t1.nc1r3e1 8 - l-Iabrc­

l;l8.rlD Güil~l:C'r;;es - A. Gor;ç81ves ele ClivE:in:: - Victor IT uDes Lcal

G81lotti? Vil18s Iloas ( I'celro 0:8 i7 8:J, qL;C SE encontrsV~'r:l 8,U­

S ( r: te s 9 f o r8.lTt c 01'1 sul t 8 (' o S t: 8 ") o t 8 1"8 n :::; Cl' e D. (1 2, a. (5 f)) , .

',"81 S se r18 s 9 '~o 1"(1 t)8 n-

to o Su~)r€'~'o Trtbun81 1'12:0 9bC1i08v8 eto seuno('er de tnc1(:'lcndên

rêi8. e 8litcnop,to que lhe COnS8(J''8 i7 ,,:::; COrlstttuiÇ80, TI,ostnH"lClo ,..... r-.J _

se indiferente a qualquer ttpo de pressRo, eao ce~cndo 8 nao

ser )e18 forço de porüçõcs institur;ioD.s~L;':ente diGcr:i,cton~rÍ8s.

O Su~re~o, conoEbi~o 0c18 Revoluç80, como um po~cr

8ut~noro, t1'1f~peD.0cntc, julg8dor de ntCG dos outros Po~ores

te 08 Drcceitos Contitucicnois ~c

L;-- 1 j

1946, estO\l8 nos estertores.

~8S 8in0s bolbuci?vs. ;'; ,u3n'o isso ocorri:::; o seu r . -

P re s lCl e n to 1'1 une 8 d c i x 8 réJ () o cL; r n 1 t ü18. (10 171 o r s t rn ç 2: o c1 e 21 ti

V€ Z. '1 ' ,

's n 'c; o c q l!. ,

ir: c i sj \70 (1 i sOI'rso •

. As.'JÍT'l colheu o JC1 rnel (;0 Drnsil al@:uDs trechos:

"O Prcsi(lcr,te (;0 StrrrET'o Trirutlal ieder31, ~'finistro

::ii1Jeiro (};:::; COt:Jtr" a;firF!OU or:tem? ;:::;0 ter nrorrog8"0 o seu r'3n

0oto D8 Prc81d~nci8 0~ Ccrtc i que 'ncrnrc reconheceu a linho

de nobre conduta daqueles; ce, CODO seu D~i, se dedicavam q

cc gõ-; 1'8 r: t i r o s Pode

t · t ' 1 re s c 01'1 S' 1 'U 1 C o S 9 :::; lei c (:'

Tribunol Federal ter' oir'(l? (3 rni:OS8 r ~lc ,jul"2r os oL:,tros Pocie

1"0 s da R(1)útlics, psrs l' ue o '"'l8t1(J o lJS c se J8. 9 corno no d.islogo

elo SL'preiOlo Tribunal PC,:l e-

131

Fe 'c r81 7

se 8-;}re'3S;:Y8i" cr,l rlé"T o testcm\.'Dhn ;:e 8--)oio srue18 i>'ici8tiv8.

Tod8s eUS8:' 8titudes incit~"V8Tn 8it,d8 "8.is os meios ;--,ilimres.

Todos cs e~itori8is doe ~yiDCip8is jornais do País 1

f-J b rer e ~J'iG c,: o ~~)8 YF.; (' fs to •

o ~; (} rD é; 1 ul t i 1'18 H (1 r8 sob o titulo A Voz de SlHlrCTrO '-~-

8.Delis8. 'J

"O ~;lF' re 1""o Tri"b urw l"c;u~ c ré: 1 deu e il te;! mo ne ti vo de

81e['rl8 c estír:ulo cívico é, t0(18 8 L::c;~o.'O mOl'enT(\ em c:ue

o ~'.x-cutivo exorbit8 CL?T"Orc's8icr:te de seus 1irrites e em que

o IcrL;l:tivo cc vê SLi0T ' Ctido G uro dum -:~Irovc:~ os 1"r'8is 8.1-

tos rcnresent8rJtes rio PO(~er JlJ.(1icifrio TY'OstmTn-sc 8 81 tu r8

1 , - "r' do seL' (Jcver consti tucion8 e (,em:'1 8.SSUJl Ui:" T'J8.grn:":lco exem-

. , ,

ou l~properlos nesse pJvnuncia-

TYlen to.

S8T.1 CIO S c8.nhões - squele úl tirco 8rgUiooento , . LOS rCls - p8.r8

il;'1pOr SU2.S T8zoes, que o 'Bmsil entenrl.eu.

de 80S nrincípios do rc~icc C'l e m ocr: 1-'i co ~·.l '-:'~ ....... ~9

triotisBO c eIcvoç;o de . ,

SU8 condut8, ~otivo nelo qusl os JUl

c; ~.>l' 2. Ire s :.:.. d ê n c i:::: 8 t é o t é rr:- i D () ri e

SU8 ju.cIícéitur8, e,'~, Janeiro l~C 1967.;i

:s contj tlU8;

da COSt8 88T8deccu 2. horrel'agen de cJe~0 parcc::; de\7e sC'r res881

t8(18, neste mOí;euto como t;~T:J D8,'1r80 elE: COY''"C)0:Jtl'r8. QUE: í1i.crDifi ~ J_:1 c __

132 , ,

:Jl i"5 U€rr •

~J8m ql:E' o i.'r8:3::1 se ree~,,"!(;Citn' é' (;:c. l:JefJmO.

'OriLm(lo (le U,"[:: f2y'·ílL' (je T~ilit res - ritcsCC :>:ibei-

Trieu pai'.

pOi':'Jotilit'se ' ue liJ€ oou1:e 00"'0 Irc::::i(~€nte do f)u1)rcl":'o 'rrtru

D8.1 l'e,~€rGl? '{!Ui'rc'.8 ela. COlJGtitüiç~c'? (18S leis e elos clj.reitos

to F'alS r1.u:r~douI'8 e profuDdo r}o "ue se 8S 110uves:ê3E'ronuDci8

lA ,

do DO c810r de Ui:'e. po e':'lC8. COT" €lcI.s o Presich;Dtc do Supre

T:10 TriiJlmsl I'e(-!ernl crr;i:eu-se 8S eltitudes fi? histório.c.x­

pressoLl U;" Y'01::oeDto ele cODsciêncie ln: F PD8? il;xr~liD8Dr'10 ss som-

br8s que Dest8 horo o DOSSO lJOVoi'ocurs? pcncso"'ente?

pe r e tmns1)or. n

, , ,

OlSSl

No noticiirio ~o dis 27 ~e outurro estGve evidencie

Co cODtuD0cnte~cnte que D80 tewos ?ind8 e~?durecimento polí­

tico "'8r2 8c10t2r L11' moeklo sl::erto TiGre? o exercício c1:-s iD:3ti

tl.:içccs clETnocriticss.

li Oistenc80 gr8c1 u81? que ircr;OG CX8Tn illsr DO cspítu­

lo subscq~eDte? apontsda em tr2bslho pelocientists político

DO rte-SJne ri C8 no Hun till{"tOt)? 8. pe;1 i(1 c ,'() gO'le rllo br8 si le i ro ?

t t l ' , " '1":1 ' t ff' 1 f" ul r(~oS T8 8T'Jen? 8. l,'~p08S1'~1 10-':)(\C Clen 1 1CO C o COn"i.'lvlO Slf1'-

t811eO DOS refines ep eGt~&,io de c1c-~~cL1volvimcDto, de um gove,E

DO de fUDdo militar e o f~Dciona~ento iDstrumeDtal d2~ libEr

(.lp,.eles ,"'U':1-11' C~'C' , .lj ._. o •. J.

1) T c r, ,,"',,;-< r'e qc, (le''''Due<'-'r e ql'rn-nlcs .L ....... c '1. ...... .... .J~I \, ~_, .. 1 ....... ~ ..... u '~.' "-' .. A~_

weDte O fez. O A.I. nº 2 foi o feed-back que restaurou o E­

quilíbrio l'1ilit~.r, viga Tr€:Jtra do sistcr1'3 T!Olítico (10T:'iD2Dte.

O tr3t8~ento de chOQue fez CC8GSr 8 crise, levaDdo DO seu to

jc os renqu{cios de resist~Dcia, iDclusive 8 intangibilidade

do SU1)reDo atÉ eDt80 rCspeit8Cla ..

FiD21mente Da m8Dh~ 00 dia 27 de ,outubro de 1965, o

Pr~Si(}eDte Castelo ~3rcDCO, n8. pre~3enç8 do seu rünistério? 8.-

133 nUDci? 8 toas 8 ~8çaO,

, ra-

.., . r"l\r -~; '. ~ -\ /I." -, (\ 2 ' " .', ........ 0 c -i ~ G 10 (;1 , a C.· ~ S, c' o (; o o,:' o -L. l. - ,r~ 'o lo C'-o ü ~ L1 (:

o C01oro~ ti O l' n c; i (1 C n te

hoje, no P8l~cio do Fl8~81to, 0~a rcu0i~0 com 08 tr~~ vinis-

tros ~ilit8rEs e o Ni~iGtro 0a Ju~tiça7 ,

g U8 n(~ o ;'1€ 1"8 8 rJ lJD Cl8.-

do o Ato In~titucional nº 2 e rlecreta~o o EStRdo de 3{tio.

Fonte cJ8 }'ycsi(1Ência inforr.10U hoje a º- G-lotq qt,e a ',ooecisao

govcrL18?"1cnta1 foi too,la(1a inrlcrcnc1cn~c r=.:nte (1e qualquer (]eci­

S80 Do Con"res::-;o l\i a ciorJal a re8~!ci to (;a vCt8Ç:30 délS ~ensa[':en8 -(le reio 'Y'ç o a n.e 1701 u9a.o . ;;

~ e~ e~itorial do 0i8 scnuinte:

n COnfOl"f'le a n un c i8.F'0 8 e:~ DO s '38 C (1 iç80 a n te rio r, o F'yC

~10(~.0~. te ~G ~enu'~llo~~ ~0n1° lC'U e·G'~ ~~nh~ n ~to Tnot~t"c~o-~ ._" Uc." 1 r~, ~.(" Co'ü'-' t.,., "['c' c.' .. -c" ,_ 11. J.. Ü ~ v, ~

nal nº 2, e anunciou-o a ~aç80, c~ sCJuiaa, n~m ~yonunci8mEn ~ -

to atr8vés da c8 rjeia (:a Voz (lO :Br8sil.

Vlst8:::~ rlas cr:'cndas que seriar:' VO-[(3d8S ~~clo Congresso, esta

tarde, cnglot8c188 no novo dociH'!Jcnto, o /:1:;0 nº 2 extinguiu os

partidos pOlíticos e cassou-lhes os rC 0 intros, a~pliou 8 co~

pctêncü: (1.8 Juetiçao ~~iJl t8r, aU1"1Cntou de 11 '~)Sr8 16 os mCrrl-

~ , ;;1'o(':a a. li8 ç:ao c tcstc0'unha (~Os ingentes esforços que

h2 12 meses vinh" err::;"::g8n(io o 1'!8reck,l Costelo 13ranco pST8

conciliar o funciona,~ento ,12S irl~3titu:içõcs C 01:, a T!1ÍSS80 revo

1ucion2ria dc que foi invc~tido o seu Governo. Se er slguTll.'3.s ,

so

recebera.!'" o Prcsidentc e as ::?orçGs oi~IT!1,'3d8S que fizeraf1 o re

voluçao, incOr;;l)rCeDsoes e 8tG(~Ue~1.

I;:'as C'S dC';7cres ele upa Rcvoluçeo na.o podem ser des­

cUily;rir)O,J clclc7 fiel ol:;serv8ncÍé3 de nCl~,::;S jurí(~ic8S 2nterio­

res 8 ela, T)OlY!u8nto sao ,'(veres 8sGUT"idos 1)erante S lJistó-

ri8. ii

o Jornsl (10 Bn:3sil, pOT sl)as vez, tr8z os nrLlCireis

pontos 00 novo Ato:

no sto TrstitucLo:',al nº 2 e(~ita(lc ontem cono solu-

ST'ITl0\). o Governo

de porlcres execepcionais Fi3S o Iresidente cJ8 Repúoh lic8 j se-

134 ... - "

u 1~:J"0 l ç;: L

Y'I(;;."e ".,·'1-.i('~,-10 rn 11 r l1tO t";::'C -"11 LI , _~. I' (, .. "'.1"") jl ..

;:--ICl'ltc nCCC~38?rL). I

8S0 os seful~tes:

1. E8ts~elcce 2 eleiç~o inflTeta ~8r8 IrcGi~El1tE de RepGbli-

('8;

-CC' , '1 l" 2 •. L;xtlDgue tonos os psrtlCos pO_ltlCO c ;:,

3. AUi~"eGt8, o DÚ-"cro cte miDi,Jtros r.Io Sl~r;nx,c TribuDal ~"e('erBl

de 11 para 16;

4. lwtoriza a cassaç8c de mSDclotos per1eT"EDt:-;re~3 e e suspetl­

s~o ~e direitos pol{ticos;

5. l~c8t8 C o Ti; o fôro cc::rleCl81 por ~-'rcrrog8ti\78 11e fUDç8o.

no :I0VO .tito incorporou 80 S€U texto t180 8.petl3S éJG

mer1idas solicits,1es 8,0 CODc-resso D8iJ (~\Jss TJlCDssgens cJiscuti­

das Da mD(~rUf?!(lp. de oDteil1, CQY'IO t8,'rséD" e. 8 1"'1")liaç80 elo DGmero

de ril'listros do SUTJrcT!l o TribuDal J::'cc1crel, do Tril'uD81 Fer'!e-

ral (~e Recursos e do SU;icrior TribuDs1 I'hlJt::'r. li -:;-': DalTTleDtc o Correio de ==enha, que fazia. Ui;-'8 forte

oposiçé3o 80 GoverDo, tr8z o Sef1.Ünte ecUtori81:

"Desté3 VEZ, DOO houve se~:ucr c: prCOCUlJ8çaO de (1is­

f-rce, ele fn:suJ 8Dtisson;,r'tes ou de hipocrisias p~JCu(10C!ell'0-, .

cr8 tlC8 s. o DOVO Ato Jrstitucicosl onteG provulg8do, ou si~

ple;:m1cDte e(~it8do é um ()ocumcnto ele seCG e 8rro["sDte imp18D-

t~ç~o d8 ordem ait~tori81. Dele cmerpc, ce~ rebuços, um ~Di

co poder, o po(~er milit'·'r, EDqu8.nto 00 vcrd,Hleiros poderes, • A

os Poderes CODsti tuciol1ois er!troí'1 Cl' colapso r;ue ,- eXlJe rleD-

cis. perilüte ser ~cm mois curt8 elo que 8 pre-

visso desses construtores (le tGpuloo.;i

(;ol1cluir!(!o ~

no Pn c' co,, I~ J~Il(:l' Cl' .:. ... , rl' ", f . 1 b' ~ '" VI: __ ,_'erlCO eF SU8, ~;0'er8nlé3, e FI'::;ge.§.

t8c1e, tem" c8r8cteriz.8-10 8[';01'2 8 ;lrevGlêDci8 d8 JustiÇ8 Mi

lit8r, em todo I uc diz. n:cJ'(H.::ito 8S cauoes dE:. DetureZ8 políti

C r,c c':",; 1'(, ," ~."ln, o o f' ~ 1 :. n l' t (1 e TT1 o c ~ t l' ,8. -v _~oro CG!)eC~8 que ç Llf'.'S couqu S 8,j~ .1.<:>'_

peito.

'ülit8res, é3sSeSsor3elos por 81gr:ns p8is8110S a que ele f8-~;0 ele.§.

prez8m, 8tingirBTIl o próprio Supremo 'l'ribun81 li'eclerBl, 8.1 terBQ,

135 , , r

do-l']€: p,tribuiçoes~ DLF1C ro Oe JUIzes c po.9.

DC3C8 vcrp'on,ho::::18 disputo elE: ii1-

I'8 -3 G n (\ "\ ',-, S V 8 :" éJ S (1 €: n t ro (18 2. re 8 t.;; (1 EC r' i :Tt 8 •

Os convites CO:eÇ8r2YT' ~, ser lOrT:"uleclos sendo e1&,uns

8ceitos c outros n80~ terdo scrn-;re €:1TI ''''ir" ]1Jrist8s de rCDO­

llle incontest8vc:1, de ili1J8ú8 co~'}dutG r-'or81 9 qt'C prc::fcreDciel

mente tives~)em tido etueç80 p8.rtidári8 n8 extint8 D.D.l: ••

ce - S.'1'.1<'.[I - eSE3[JS lY '8nc},"jctes (1e O Globo elo

(Ue 2[3, inti tu1er.n ess::: breve notície:

"0 ':Jreecchimento (18s v;c~es í~ecorrer,tes do /-".co I1Jsti

tucior,e.l nº 2 ~ no s (1 ife re D tc s 'j'ri l:TmÚ s de n€lJútlic8 - expli

cou o T:Ii('i~Jtro eJura.cy ~"G(81h8e;5 -, dC\lCr8 ocorrer c1cr~tro de Lm

(le. TIevol UÇ8 o. ;:

F8 T8 Dotic;ü3r no lhe. 30 ~

:'0 Pro sidente de. HCTJút.lic8 j8 convidou peT8 o Supr~

mo Tribunal 2ulere.l os senhores T'r8.clo ~cllJ' e Osveldo f},'ri-

deu. 1'f',-, nh:::: (l r., ho J' C, I _". c.... .\ ~ _ _ I ' -.

C::.JTG sen(Jo r. o D v i (1 e d o o Sr. Aliome r B8. , .

V8rlOS Domes eO::80 em co rr iteç80 ~

neo 8e tendo cheg"c1o etÉ o f'le'cento e "T', resul trodo cODcreto. t;

C·O·I"'.' o. I' J ~. t os DOVOS CID CO 2U1zes ~0~e8C'os~ nrenomlD8n erncQ

t t '" t 1:'" r'" ."1 r·.... . {1 t~ . e re cru 8 ([ o S (' e ti ro e e (o:. re '" U ( '., ,11 '-" (~~

tinuou e ,

rrCSTll8, isto e, (1~,; resy)€i to 8S nOF!1es vigentes. .,.., l' "1 t'" D vcrCIGue "UC o erro ete persl::cc 1\7808 Pevol UÇ8.0 qLBIJ

t P.,. lI' ''''J-:''. 8 ... , t' . 1" 1 O. UH iJ8r 1( 8rl? (,e

poiG :.1eo cnteDdie, que com o rcvc.stj_,"€nto e18s nOV8.S fl'nçoes~

fic8ri8. cortetlo o COrc180 u,"ilicGl'c c3Cl: p::rtic18rismo ente­

rior.

f},:eDto -;Jcrsistiu c:,-le o el..TY1cntc do núnero de 11 pera

16 j peno; consc:uir m8iori8, teve -:,Jo',teriorr"Ente de ::-;cr iDvcr

tido de 16 pe re. 11, COTll trê S 8}W ~Kll'~,~(10ri8 S Tluni ti V8 S c1ur8n-

13G

--a nosso quertlonRrlO,

to~

di 'I., C rsa f, dela

, "

se manteve fiel n seu dever C a suo nc~onomla9 ~ ulg8 údo na. be.

volucions rios. t pOBsivel que o reconhecimento desse fato , l' , ." , "' •. ' .

0-"(1''' GC flf')VCr conSCll~:LC;O no G.\XT'lenTC co n1.xrr ero Cle JUIzes, re~

vindic2çoes 8utorizodas, tenha lev8~o o Presidente Cas~clo

J3r::,,:;co a CiUT0 2nt:r de 11 p:::;ra 16 o nÚ'é'rc ele seus meiY"bros.

Dais Jsc otivida0es 8 que se 8chavam liEPdos, de wodo que o

COT:l os nevos T!1GgiSt:r2c10S que Teforçsrnm a

linhe Íl'r)cpcndente c serena, da Corte . ./\0 DOTJ€8Ç08S l10Dr8rGm

o ~ri1:;un8,l e hOll:r8rSm o Presi'entc que a8 fez;'. (59)

O SUTlrC:l1l0S Trit.unal PE;(ler81, terdo que aceit8r os

fatos que ll~O pocli~ modificar, continuoris 8 cumprir SU8 des ~ ,

tinaçao historics.

, 137 CJ\.PITULO '7

o SUrreLO 8 él c1iDtonS8.0.

elo ;-,-to

Institu810llul nº 2 conti~uJri2 él.devo~nr UL élproço toCo espoci-

Justiça.

Os mi~istros Alionar Béllooiro, uswalCo Tri~u8iro de

Al1Juc;ucrque l.~ollo c Pn:.lclo ICclly, oi t:l~~~-.O Q"")ona.s trôs entre ou-

t f' 1"' 1 '1' c - l 't· ros, CD~1 __ lr::EtrQL a e eVélCld SOnSllJl lC?~Ce pO-,-l JlCél o SupOl'i-

OI' ViS2 o C]UC: tir.JEl. o.;nt8.o pros i (1.onte no proo11chinento (lesses

Ilél viCu instituoiolléll c.o País. =jssos r,ül--,is-:~rú,s, Uré.Cl partícipos (~O -:.'so01 eln "Vida. juríl1i

CCL br:::,s :üo irCL. ~,';l:~b ora ton"c;l!J t i elo de st_lcélda a tLlélÇ 20 polít iCO-JIlE

l~n bili télclOS

a ViSLl.cllizar os fatos polí tic os s ü bropondo-so às :picuin~.lns dns

conveniG11c:i-o.S porsonulis"tas.

sic1onciais.

Isso coincidia COE os intuitos pI2,

EOLwns do ntuélç2io político-PQrtidéÍricL (; prOfU2.1dos co-

1111oco(10ros da lüst6ria política e1.c outros povos n2io fic:..;,ria3 ClCE

tri tos CL nemhLli'J. co:':',}JOrtnl.ionto bi tolnêlo o scguiri2t.D OEl seus prin­

cípios, o1Jecoccrian a (;011COp8.0 de vo.lor quo tiril'.a'.: ÇlÜS fatos o

atos pOlíticos Jos outros dois :poderes dQ Rop~blica.

o Suprerw, no sccunc10 período do GOV\;l~:ClO Castelo J3rJE

co 'c: OL, gronc1C) po.rto do período Casto. c Silva, serviu TlLÜ tCLs Y2

ZGS elo freio às invostido.s l::J.is OUSC,CClS (:'0 pOC!8r rOVlilt1.ciordirio9

quemc10 o ste proc~::.rQVCL rcc<[mro co+, ç; OI:1 él r,".r) SLél vo o~"28Ylcia quo o Cf::

ractarizou antes da odiç5o do A.I. nº 2.

O ,Ju.~:ici1r:i.o t')nt~l.vQ "inda c1e:3eI"I)O~i.=Lr Q idl-1orto.nte

flillçno polítioa de controle ,1e éltOS do :Legisl~Ltivo e do :Cxecuti

vo-RevolucioD8rio CLt I,; evi(1enciass021 SUlLh:ão fora dos inporati-

vos do. loi que vigia.

133

a 'C00 Toa C"L'" Roo-ovo"] +- 4-'1"V'-t-Ol1 ,,(~ .. .., eA''"l'Lo r"')-'\l~ ".' ,','.,1, r ~_L'EJ_J.ic.. lLd l b 'J.''': 0\ __ 1.1\) .. "., .. .) .... ~~l "A_U , ·~wl...' J..L::..l.r _

il~C08ti tuciOl::.alidnde II c.~os seus Ci.,;crcto3 ':':Í,~l',; ,~bo.lc\'vam os coucei

tos Clé~S9icos do Cal)i talisTIo, que 130 c1e;Jo.tiCl. COL gro.vo crise e­

conônica.

"/:.,S leis o decroto:J c1e IÚJ 0scv:-;1 t" - oscrovo o Iüinis­

tro Alio~Qr ~alceiro n~~ tr~~alho do rara profunJiJa(o sobro a

funç'8.o política do JudiciéÍrio - LEi a UI'i, "roc(~1J01'arl o nnátel~la

da inconst i tuci on[J.li(~ac1o, oI:1perl'ét~lC~0-8e a pOlítica anticíclic8.

inspirctc1n 0::-,1 Po.:rtC7, provayol:cc:mto, nas idóias cconôu,ico.s revolu

cionário.s do .J .TI. Koynes."

"O Presidente, - lic:,ar o.stuto, infQti~ável o atrDvi­

do, invocando o not6rio atraso da Corto nos julGQnontos, pro~5s

0.0 Qonc;rosso o golpo docisivo no. L1o.iorio. consc:t'vQc.~oro. dos Justi

QQ.§.: - no:r:lOar nais juízos, tnnt os fos seu, os ClUO, no Trt bunál, 0.­

tinGisso::-.l os 70 anos do icbdo e pnmnocessen no cnrco.

"Con OSS"l rOfOr2~lD. clilniria o. rosistêLcio. o faria LITl8.

Corto prcc1oDinantonyntc sinpática à sua político. do conbate a

dopross50 oconômicn.

liA tro.!~~it'lçJ.o (10 projuto c1c:sdobrOLl-SG C1G~~LOro.da:i:l0nte,

porque porto da opini5o p~blica e parte do Sonnc1o 80 opusoran

Q nanobro do 'L;':'ls;:tinr; thº-C~' (60).tl

tlEl,l visit3. cLuo fizoüos '.lO I:inistro Alionnr Baleeiro,

on busco. de c~a(los o infoIí1aç õo s hist 6~cicc:ts p8.r:::-t o :~tc tré1 bolho,

elo no sua espontanoiclCl. ll,O 13 .::;r:ülc1eza, nos honrou con a per.r::üs­

sao de L1IJé1 10nc;;Cl. cor2.vcrs8. inforna1 1 em,lO :..üins 2.COl'1.tc'ce.t;l. cor.1 to

dos os ninistros entrovist:J.dos, o nos disse o ~rop6sito:

lIÀs vésperas I,~O ediçrto do Il.. r. nº 2, fui 80nsul tac10

pelo Presidont,:! CastelD :Jrcmco, cono iLoputac10, :::..çorcCl. rla trani­

taç50 das Donsacens prDsidoLciais cnt50 OIl pautCl.. O Prosidento

------(60) BAL:CEIRO, 1).liOI~12.r, A função P91íticy. do juclici1rio. RG:

vistn ForonsoJ n.232, p.10, abr./jun. 1972.

139

dUré:l:i.ltG o jecnt2r surprr;onl~OU-r.!(; cono era un h02'10:Ll il18ntifical:Q

con a hist6:L'icl pJJíticn do podo judiciário em vár.io~ paísos do r.lLUldo.

nostr,J.::.'.\".o-so n[, oC8.$i3.o Llj~ 1) )r.Jpico.z c-::218cec1or llO I p8.C1::tirl,~: -Lhe

CO~E~t çl0 ~?00sc7Glt. Saí conVCl'~CilLO lle quo o i:..to -.ririo. COG es­

so. ~)Oluçõ.o. ti

indom1vcl pross~o do certas 1reas Ililito.rcs, o uso.d~ COD ,

08Crtl

COI1 ° pauso.r do t8Je 10, ontret:1nto, sourctuc1o na so -

gunc1a p2rtu do. [;0 st80 do l.'Irlroeho.l C 08to. e Sil VQ, avoluJ:I.ar.,.so-Í8.

2~l8.13 una vez m,l i21contic10 :LJo,l.cr de prossao 30bro o 0',:,1)1'0::,0.

Ho.voriu ur.18. I.luc1anço. ~18. suo. conduto. juri3r)ruc1el~cial.L

T:10c1ifico.ç8.0 ps.ulo.tinél, porón cro scm"cc, c~o dil~(;i t o c sC:i~i to lJor

pa.rte do :3tsyCnCL revoluciollGrio c o \..180 dos disrosi tivos puni­

tivos do A. I. nº 5, contr8 tres ninistros (10 S\}1):i>0r.10 rOiluziro..E "-'·Ll·C 1 '"} I-e D· ort"" 'in ·"olí-'·l·C"" 1..., 'n 1'1 . ,l-i -iór··..., 1)r1f'!.("~-_i re., c. y. r::'\Jn'u a ',1P 2LllC_,-" 1-' . _ li U LC.L CUJ;'U '- J~lc~o'--C~c, __ l("L _.~

loira.

edição de novos é:lt os in::: ti tuci omüs, rol'igo.ndo a un S(~0Lmc10 pJf:.

no as conquisto.s constituciono.is de 1967. Dessa novo ~u8.dro j~

rídico-po~ítico, CODO n~o poderio. doix8.r do ser, o Supreno f8.­

z ia po.rte.

A preoculJaçQ() rCN!)LlCion1riél lJQSSOU o. ser o de~::;crNo1

vinent o econôLic o, consiL1eranc1o o de i:'c,':wol viEcrr'c o político e

social COLCO si:í:rples clecorrôncia c.laquele.

Nos últir:.loS E8:::;es do Governo Costa e Silva e no per!

odo do Pr2 sic1ente Go.rrastazLl ~!iÓc1ici, o. RevoluçQo se o. be beréJ.va

na política elo "crr~scinento do, bolo", sob a oricnto.çno do l'll­

nistro da Fo.zcnda, Delfin Ueto.

o c.1esenvolvinel1t9 8collônico passéJ.va o. ser preocupa -

ço.o c10ninante do. RevoluçQo.

Crescia o PNB, eD t8r:r:~OS elevados, provocandO llIJ.o. eu

foria oficié:ll que anestesiava quo.lquor prcocupoçno pela tensão

140

social o política (L\)-''; se; ,::~volur:~:\ya ~-TJa2..~~ COD os o.niuw:1orcs

resultaJos da política econ6nica.

o povo, Gnt~eto.nto9 qu, contribuira eOTI sran:e so.cri­

fíeio para o mE1:;nto ela riquozo. l18.ciono.l, nQO p8.rticipcc'/8. eL_

contro.-partic1n d(, SLW distribuiç5o, inclusive no CC:UTpO socicll e

pOlí-cico e dentro é!J sua incoLlonsurável sabedoria, quando CO:i.lV2,

cado a pc:,rtiçilXlr, apenas f orualr.lent e , :1a vida política procurcc­

va se abster. Ist o virio, [;rs.d8 ti v8....TJ.ente a pre ocu~)ar os 6rg8.os

nOrLl8. ti vos (la Rcvoluç8.o, C}UC p8S '3ari8I:1 a tClrtarugar no car:ÜE~lo

da closçomprcssão político-social, hoje nais co:nllecida por dis­

tensão.

"Oito éUl0S cleI)Qis da Revolução, 11 escreve Goorges-An _

dré }<'ic;cllter fiO bal:mço é sufici~nte:Llent? interess8.nte de nodo

a que os observ8dore3 falem de 'milagre'."

,Para 8.CI'JSCent8.r e2~ sua obra, O rogim~ mQ.slQ.!:gi~SlªQl:

elo Brcwil:

"i~;xpresso e1- t';rrlOS r~;8.is, o produto inturno bru-t,o 8.1:h

mentou, cu D6~ia, entre 1968 e 1971, de 9,8% por ano, atincinfo

11,6% an 1971."

"A proelução industrial descl'.volveu-se 80,% c:n~:re 1~;6~

e 1971. As e~portações lJasS8rJ.Ll de US~5 1,3 oilhões,em1963,a 2,9

bilhõos, em 1971. US$ 763 nilhõo8 desse total ceven-3) 20S prodxtos :o.anufa-tLlr~

dos ~m atingi.ran L1D coeficiente de aUl~lOntü de 20 eu relaç8.o a 196'::'

"O defici t orçmlentélrio caiu a 0,3% do produto inter­

no brd.to o o bo.lanço de pé1co.Dento 8preser;ltou un saldo posi.tivo

de 536 milhões eu 31 de dezeDbro do 1971.

"As re:;oel'"'"Vas interJ,l.aeion8is do Brasil sobcn,nesta 8e3

Lla data, a US$ 1.723 Bilhões.

"Toç10s os nLl:~l,)rOS concorc1aI1 r .. c: inc1ico.ção de que a eco

nOLlia, vai beD. Contudo, !"mi tns que st ões per.::mneceIJ. aill.(lo, OD a­

berto." (61)

(61) Fr:~CWr~R, Georges-il.nelró. 2-L2,giLle I:lQc1ernize,c1or do Brasil­

- 1964/1972. FGV, Rio de Jo.neiro, 1974. p. 283.

141

I~ssas questões, entre outras, seriar:J. a c1ist511cia que

se aV01U.I:IÇLVél, entre governo e :J0vo, no fuJbito econônico, polít,i

co o socio.l.

o instrumento válido p2~a aferiçno desse distancia -

mento seria o processo eleitoral, que foi levado a cabo GE r76,

COIJ WTEJ. estrondosa abstenção.

Ainc"La ó o cientista Gc or[:;es- J\ndré }I' iechter quem co

menta:

"NlesEo que a AR,~HA, o p8.rtL-~o político do ,:;overno '12-ja sua heger.-:.onia con~3aGr2..lb, a votaçõ'o çonfirna a r;Jcusa de P8.!: ticipação de grande p8rto do eloi t orClclo. :Grllbora o vot o se ja 0-

brigat6rio, o total de abstonções, 8S cédulas eu branco e as

cédulas nL1l8s varian ontre 30 e 50% (80 1)9SS0 que, trEl.c'iciODó1l

mente, e ste total é da orc1o:cl de 15 a 20%). -';;sta tcmd3ncia,

observada já eH 1967, acentuou-so ainda nais, e o bipartidaris

mo, tal couo é praticado, 6 posto em quest50.

"Diante do :['onôueno, os nili tClros são lov::Hlos quase

quo naturalncnte a ropensar o problema o a revisar çertas de

suas concopçõGS relo..tivas 8S instituiçõos do regiuo."

ParEl. depois cODontar a preocupação por parto dos D.i­

li tar8s do processo do c1escoI:lpress8.0 política, 8 época cl.l8.nada

de flabertura" e hoje de "distensno", escreve o cientista:

"Enbora fiquen, por vezes, exasperEl.dos com o enprego

imoderEl.do da pa18vr8 "8bertur8", deixam prosseguir uu vasto d~

bate que, eubora pc:; rnanecenuo eI:l l).ível de elite pensEl.nto, assu

me rapidar.lGnte anpli tude n:jcional. 1I

o debate do tenEl. leva a elite brasileira a analisar

inclusive as obras do cientista político Hungtington, especiQ:.

lista,na an61iso dos regimes nilitares nos países subdesenvol­

vidos.

~ ainda é doste pensador osta tr8nscrição:

,'~o Er8sil, a an61iso de HUDgtington é estudada eoo

interesse: 1 De início, legi tiniclnde de UT.1 regine Lülit8r T.10dGf.

nizante provén das lJronoss8s quanto ao futuro Clt.1C ele traz.Mns,

con o tempo, esto. fonte de 182:i tiL1idadG deelin8. So o regiDe

142

nao cria ULb ostr;;:tura })olíticél é1pta él dar cc,rpo é1 L1E. j!::::'incí -

1Jio do leGitir.üe~é1de institucionéll, o r(-=;sultEl.clo s6 pücler1 st.' r

uma oligarquié1 !llÍli tar n~i. (ILlrll o poder se transrlÍ te entre os

oligarcas por ~eio do gOlpe do csté1do. Zste corro adeuais o

risco de un~ inversão rovoluci Ol1:lriél, lJrOVOCélda pelas forç [eS

sociais novas quo a oliearquia não torá podid9 assimilar po~.

f;tl ta ç1.e L'lGcanismo institucional - !Iuntington. 1:)01i tic:ü ordc;JZ,.

p. 242. I" (62)

Para c oDentar o c.'osenca (le·T_~cnto dessa "a ;JortL':.ra", que

originaria o círculo (militar-político-institucional-nilitEl.r) -

que vivemos, - ou soja, (compress~o - descompressão - reconpras

são) -, assin so exprime:

"Até mais ou r,lcnos novonbro do 1971, o governo dei~:é1

a discussão tonar corpo. Depois, dianto das opiniões divorgon

tes que so fEl.zen ouvir no pr6pri9 seio da AR~~lTA, ele lLI'OCO t2.

Der c cai de novo no seu mutisDo. E naquele Dm2ento, por exe~

pIo, ~ue o direito de legislar )01' decretos secretos quanto " o..

segurança nacional é atribuído ao Presidente. O antigo Vice­

-Presidente, Pedro lI.loixo, a qUODé:1 iup:ccnsa faz eco, subli:r>J12

com razão o élbsu1'do desta nélileira: pelo fato ~uo o cidadão so­

ja co-responsável pela segurançél do país, nno se,podo exigir

que elo defenclél sem conhecer as leis que a regen.

IITrata-se, de fato, de una nova dL~vtda na luta entre

os partidários da Sorbone a os da lirJla dura. Estes últinos

se opõen a qualquer abertura, ao passo quo os l)riII18iros poder~

una pélrticipQçno civil menos liL:itacla, estir.1ando quo certos rJl~Q

bleL1as complexos, lJrinci:;:;alr,lOnte quanto às él1 ternativas oconç,­

micas, c1eve:r:.l ser c1eb:-üidos for8. do círculo inediato do poder.

"O resul téJ.c1o é que :Cc incerteza e a ial ta de defini -

çao política s50 tais que, cn D2rço de 1972, o Sena~or Felinto

Mttller, antico "tenente" elos ~l.nos 20, .:5 enc8.rrçgéldo por GarrCl.s

tazu U6dici do 8.SSLUi1Ír a Presidôncia eb Arena". (63)

(62) FI~TCHER, Georges-André. op. cit., p. 276.

(63) FI~CIITER, Gcorsos-Anc1ré. op.cit., p. 278.

143

~

ConstatavQ-se com 3830. atituJo ~U8 nao havia )reval~

cido naque1Q occ;,siõ,o a linho. do. Sorljone o 9 Governo acautelo.vo.­

-se lJrovis OriElBC;ntc QtrQ,s d8. Ore c oBljres Sõ,o. °

LntretEll"lto 1 o receio Ce ~luElentar a . ,... ,....... lncor~:lorrlaçao po-

lítico-social eu face elo recuo do G078rIlo, lGvaria ostG a m.m

nova tentativa de c1escoupressõ'o, convocclndo, o~'icié;tln(mte, o

cientistEl político c18. Universic1o.de eJe IIavard , prof. Huntinctor..

para elaborar U2::1 ::gapGf. aplicéLvcl ao Brasil.

::-_:ssas iniciativas cb :l?wvoluçõ'o I!vidr;nciam quo ponde­

ráveis forças com poder do élecisQo viaLl a il~lpOssibilil1ac1e (20

continuo.r o sistcna cove:rnista desprGocupc,c1o COEl o destino 80

cial o político do. nação.

Já 8. essa ~poca o Poder Lacislativo, o Poder Judici-

1ri0 9 a ir:~pren8a, os 6rGãos de o.ssccio.ção do classe, se c10COL­

punl).ffil no pr6prio I1aro.SDO e liLito.ções a quo estavo...rJ. subI1eti -

dos. o sister:l8. era av(.3SSO a incorpo:cclçQO ele g:rupos e forças

sociais aos canais que alimentavan o.s

deixava o sistena político respirando

decisõos. ~sso. co.utola

I,lUD E\.IJ.biente cada vez

mais fechEldo, cada vez 5ais intoxicado~

A abertura tinha sentido l1.o. Dcchc1Et eH que revitaliz~~.;.

se o sistEma político, reincorporo.ndo a este un Poder JuJici2-

rio autônomo, cElpaz de assegurar Os direitos individuais e pú­

blicos. Um Po~er Legislativo que atuasse sen o Dedo do cutelo

revoluci9n8rio. Uno. iIlprensa (jLW fizesse a crítica, son a cor.

testação.

As 8. borturas políticas o sociais nao poder:l sor L111i-

t d :]":-] . , . L':J • t f6 1 l:lO ra ,as o çOnCtlClonaClas a SlLlu-!,;rla c~e converuon es .. TIau as

científico.s. Ou Sõ,o ou nõ'o Sõ,o. Ou vôu ou se espera.

Huntinc;tol1 , substituto de IIenry Kissinger, na eadei­

ra de Governo c no Centro de Problemas Interné1cionaj_s da Uni -

versid8,de de Havard, espocialista e estudioso dos regiDes mil!

tares do Te rce iro Eundo, que disso ser tudo :Cora dos 11 EUA , U-

nião Sovi6tica, China e Europa!!, (64) chegava ao Brasil pela

(64) HUHTINGTçn, Sal)uel. ~n-:~revista concedida ao Jo::..~rml do

Brasil, 22 out. 1972.

144

quarta voz, OL~ 1972" t::CJ.~:;C;Y1C~O lCl ~, eDcor:l;n(~-1c10 lx;lo Go­

verno rcvolucion6rio.

A sua f6Elula para o ~rnGil, no que se conseGuiu a­

preender do sua ontrevista, )oÜ, o r:.c']2eE era siC;iloso, ó de

quo S~ fazia necG$s6rin o. dcsc0~pr8ss~0 polftico. o socio.l,nas , e,

"incOrlJOranc1o 5rl~~J03 o forls8.S sociais inassiEilQvois tf Gera a

rl":;comIlressão que tlleva a (I.csorc1on polftica o, a estaGnação eco

nômico., e sen regras do JOGo ninGuÓI.: invuste."

~)Ll outr8.s palavras orCl necessária a abertura. O Brg

sil oconoLlÍCQl,lOnto ia, ben, I.El.S S,) re~3entia c~e urn.a fornulação

institucional estável.

A fó:r:oulo. da ildesconpressQo grac1ualista" suc;cric1a 1-2.

lo cientista )olftico o.Llcricano, foi objeto de donorc..do estu­

do por perte ~~os l}rof(~SS'Tr·;s IJoitQO de Abreu e Delfi:r;l Neto.

Chegou-se ~ conclusão de que a fónnula sU2eri~a era

ino.dequac1a ao cas o br3.s i10~iro o o I!.êJ2Q.E fo i arqui vac1o.

Ibs a f6rnula ficou se~1c1o objeto de algumas ospecu­

laç~es da isprenso.~s)ecializ~c1a. Dosde ent~o fala-se no as

sunto, hoje sob o. ~anocin3.ção de distensão, de maneira

vez mais crescente.

cada

Juristas, estudiosos do. ciôncia polftica o o Dundo

oficial v5n se preocupando COD a nocessidade da distensão,que

implicn, e1:1 lllt:j..r:m análise, o. restauraç~o da plenitude do es­

tado de direito.

A f6r!'.ula gradual de desconpressão político-instit]l

ciom:tl foi analisada e criticada )C;la inpremsa Q vista do seu

ineditisDO na hist6ria polftica elo País, COTClO assir:1, sobre a

regularidade das sucessõos pres±dc~ciais nu Brn~il, e a CDTIp~

raçQCi dntro l) n sso r2CiI:1? {lo Govorno Cé.-Il us EU i',. , que o cien­

tista achou n50 diferiren. Roconhecendo-se; contudo, que nos

países subdesenvolvidos seb regine nili"tar, a cada c1esaceler§!

çao politica, corrospúnde UT2a reCOT~T)ressão.

Não CO~leceDOS aprociação Dnis precisa e rica da ex

periôncio. do ciUG a esse reS1JC i to fez o jornalista Carlos Cas-

145

1'oiro do 1~74, sob o titulo :'0 l' ~, c;t ~on 0) ")"t l~" Till",' Tu'; i ,'):-rt on" . 'V L'-' "-~ ,-,,_ 1. ~ _::'...-1.1 .I...1..Vw .... _ - ....... 0 •

"Confosso rúio tJr liclocLl&lclU' r dns obras cl8:ssic:::ls

do Profess or Iluntingt on, UI.' SIlO SEl bcndo C:~lle, de lI3.v:::Lrd, ele QS­

sentou SUQS poderosns lunotas sobre o DicrocosDo brasileiro p~

ra surpreender peculiQric~ades que 8SC8j)an o.os observ:::lc.1c~es, lo­

cais ou a outros analistas aDo~icanos ~UG nos t~B visito.do.Dos

seus ostudos iniciais :ccs;.,ü tou há alc;'~m. tenpo LU.l EaE2.E. siGilo,

so, quo foi exallin.;(lo por l)!~1'sonaliclQ(Les brasiloiro.s 10CQis,

TmnbGD não estive prosente à ontrovista (lue concec1eu no Rio.

S6 DO resta esta tontQtiva de lhe manifestar de pJblico, ao la

do do ninha honenQ{:ee, I)(!rlllexid2,lcks causadas pelo (lUe se lJU-­

blicou aqui C01~10 c1cclar3.ção :101e. 11

Parél analisar quo a sua f6rmula di-' dcsconprossão :;~ê.

dualista, Qinda não acontecera na hist6ria política brasi13ira,

continua:

":CSly;ciQlista de História::; Ciôncia POlítica, o pro­

fossor \le IIavarc1 poderia ter ci to.c1o - téüvez seus livros forns:. çan esses eleffiontos - ciclos de civilização, naçoos e

eu que ocorreu desconpressão gradual de regiDOS autorit8:rios •

~lJ foruula a lei de que os riscos de,regressão ostão na razao

direta da aceleração da descoll~rossão. Hada a objetar, a nao

ser que janais ass ist ir:lOS 1)0 Bras il 8 c onclusão de LU~l process o

gradualisto. c1escoIlDressivo. A crise entre o I:r.lperac1or e a re­

pres<;?ntação P91itica concluiu-se o.bruptaDento, COD a o.bdicação

de D. Pe dro I! Dopois do 50 anos ele lL':1o. po.cífico. deLocracia l~

presentativa, no Segundo Rcinado, u:aa crise insti tuciono.l, so­

brc a qual incidiu questão Dili tar, resolveu-se por lL8 golpe

de esto.do, '1U8 inplantou o. Ropllblica. ':rodo o longo processo

flue transforr:lOu a PriY.lCira Ropllblica nLUJ.8 ditadura ~otativa

nao enc9ntrou solução institucional o doso.guou nlITla rovolução

liberal. 11

Po.rél insistir:

"A novJ. Repllblicél viveu crise penmnen-çe, baldados os

esforços parél realizar descoTIpressão gro.dualista. são Paulo

levo.nt ou-se elJ. o.rLlas OLl 1932, os cOLlUnistas 1"0 bolarélD-se eu

146

1935, Getúlio V'::G'G8.8 1,~::;8f()cllou un Golpe de (~st~lcl0 cn 1937, ro-­

poliu LU:1 .l2!:ltq,c1l into[r8.1ista (;},:,1 1938, sondo fin8.1noneo c1ol=os­

to on 1945 p81~ ForçD~xpeCicion(ria que voltar8. d8. Itália COll

sous conanc1os inbuidos dos iCloais 1)olos queds foraalucnto lutEs

raa ao lado dos :~stallos Unidos c cb In:~laterra. ~~ssa [Soro.çao

da F~~13 irio. 11~lntor o §.!~tu§.~ do rücino liboral do. C8.rta de.,

1946, enboro. cor.1 sucossivas in-corvençõ;s suscito.das por civis,

qL1G tG11t~1.1~aLl irJpuclir 8. 1)0888 do VElrC;Qs CB 1951, l):~~ra c1opô-lo ,

por incoD.j)o.tibilidclde COB o.s instituições, er.l1954, e quo gol­

pearam,. 011 1955, U118 conspirJ,çQo ()U r.'..o.rcl1a p8.ra impedir a po§.

se de Juscelino Kubistschek, o qua~ 8.ndou as voltas com du8.s

pequen8.s intentono.s da Aeronáutica."

Lra LIDO. ro senl-~,) ÍLIJ;;l' ~cável o vo rO.8.llG iro. de nossa ins

tabilidade institucion8.1.

Para 8.inda rol8.to.r:

"A c~~iso inst8.1acb con o. renúrlCi8. do Jânio Qu::ü:lros ê.

gravou-se ao longo

COl)toúporização ou de

serl que quo.lquer tont8.tiva de

encaninL.o.:::1Gnto gro.c1u8.1ista lograsse êxi-

to. O Presidente, que se incompatibilizara C01.1 o regiDe cons­

ti tucional, foi doposto sob pressão dor.1ÍnaIltc dos ofici8.is ori

undos cl8. Forçn ~~podicionária, herdeiros dos coupronissos deuQ

cráticos de 1945. Nessos 10 Llltinos [mos, tenos assistido a

LUn esforço dram6.tico de con:posiçno, ele 8.1Jlicnçno d8.s toses, ::;rEs

dualistas, cou êxito na ocononia nas son êxito na politica.Con

firrwu-so nesso período a Lei de Et.ll1tington a cada acelera­

ção de abortura corresponde ur,m r2{;reSSno do processo, com 8.

suprossão de novas libordades. Tno apropriada ton se uostrado

essa hist6rica ~ roalid8.do brasileira quo tondenos a crer que

e18.8eri8. comprov8c1a ou todos os tonj)os o eu todas as 18.titu -

des. () que no visitante 1)J.rcce 8.00rn normaliznçno será, antes

de aais nndn, estClc;wlÇ20 polític8. f2VOrGciéla pcln anostesia elo

êxito administrativo e,econônico, cmbos fatores roais ou npa­

rentes do (')stnbilidade. ti

E quanto 8S sucossõe3 presidenciais:

"F8.1a o. prof';ssor na realizaçQo do LUJ.a sucessQ.o pro­

s ide:1.cial regulnr. A o b,s2rvaç no não nos paro ce correta. J~St8

147

nos t<;ndo l1D:"L SUCU SS30 p::c:ífica, tran~ttila e; ritual, 1'18.8 nao re

(3ulo.r. O Presidento foi (::lscolLido pGlo PrcsidGntç, c:,,:: nono c~o.

unidade nili to.r ç do. continuidade. revolucionária. O p8.rticl0 ç.

ninGu6n escolheu. Tanto ~u2nto o Concresso, ~ponas roforenoiou.

eloi to:c~ü

foi COEllJUlsivo. fi

ConcluinQo o comentário:

arTl,l..,· .... lJ·~r-- n~~( 110~ """'·"'11 0C:'"":'I r"'\-=-'""":l(i ,';1<1 ob r-. v...., ::::0 .L,,"., ~_.l _ uJ '" 1"" ~ CLU\., :iUd~LSl. a sc;r ,-,ço. elo sá-

bio Qo Havo.:rd elo CJLlG o. crise do l1egiço no Br8.sil não G do ~ue [[ orise do regine; (lo sou lJaís. Nos ~~stados Unic~os, nao

nos p,~reco ClU8 ~l8.ja UL18. crise de regime Das lma crise de Gover

no, ,ou seja, prGcisanemte o contrário do ~ue so passa no Bra­

sil. A~ui o Governo é eficionte o J~onrado, 1:10.1(;rac10 o rGgine,

e n8.O sofre cont~sto.ç~o do tipo do. Que exp5e Nixon a todo.s as

crítico.s. Nos ~sta(os Unidos, o. crise de GoverllO, pelo nenos

vist8. do Brasíli8. po:c o.lguém ciontific8r18nte deso.p3rclh3c10, tes

de a fortalecer o regino, cuj Os neccmismos so T.1obilizo.ram e

entraran o r.' açêí.o exo.tSi.uonte paro. so.lvar o. Naçã9 dos r.1O.1efícios

de lill Governo que de ixou de inspiro.r confiança. No Bro.sil, a

eficiôncio. do Governo tem sido utilizada cono fator de propa

ganda contra o rogir;lo ~uc so nantóm OD esto.do de sonolência dos

de dezeL1bro de 1968. O Genero.l,GoisGl evita ruídos ~ue alerteLl

os adversários do. desconpressão. Ele represonta 9 últiDa gera

ção fOIT1ada sob influôncia do Esto.do I\'Íé1ior da FEB. Se seu Cb-

verno nalocro.r m,~ resto.UrE1Çõ'0 da denocr'fcio. política,

sabern eu ~ue rmlO o.s coisas regridirão. Eis por~u9

pelo primeiro êxito bro.sileiro da Lei de Huntington.

ninguóm

torceROS

Se fa-

lhar o G:rCldualisL.lO político, ninguóD pode prever quen virá e o

que virá. fi

Esse cOI'lont6rio 8.1ia-s8 ao fundanento d(~ que a nos~)a

instabilidade instituciomll é umn decorrência do estado de ;ln:f!:.

turidade política GU quo viveB as naç5es el:1 desenvolvir.lento.

A referida conparaçao do rogir.lc Íl)sti tucionnl aneri­

cano 0.0 noss o foge inte ir8J.1cnto à realicl8.de. Os regir:les insti

tucionais das sociedades refratadas são suficLmtoL1ente s61i ...:

dos o estáveis para suportarem qual~uer alter8.ç8.o no nccanisno

148

-" dos cov(,rnos. ~~stes sé).o tm:.-;idos IJor ,,~l':luolos, por scren LUJél

decorr~ncia dos DOSDOS. Os 2o'Iornos nas naç õ,;;::; CD vi8.s (:le do

senvolvincnto quase procur8D 2;çr~~~r

tQPOnl'laD às suas c onvoniôncié.1.s. A m::b:"i r:la 16Gica do quo "quer:!

pode o u8.is, podo o nonos" Lostra CjtE: no 8 c;ovornos :'::',)rtes os

reGiDO s S8.0 a bs orvic1os o c1og1LdjidoS de [,18.no ira inc sJ?:;:c8.da e

por iss o nesno, t c~:L1b6r::l imlJrçvistaIlcnto, res 3urgen Quando D.­

queles pouco tôo a ofarocor.

A distonsão política q\.w in}Jlicará o rostQbelocir,1'c;S

to do estaclo ele diroi to, é :::'6rr:mla ostuebda, orQ ~1Cei t::t OI'::;'

rOfut::tda, 8.0 sQbor dQS flutuações enocionais e dos i:t;.Lt(~rosses

da classe política e Eilitar que convivo C01:1 o poder.

Mas o fato ~ quo não foi 8.dotada ainda, pelo receio

que alil":1ent8.DOS de quo o rústQbeloc nto do estado de c1irei-

to inJ?licará UDa aueaça a LU:! :rociL1e deuocreítico ocidental ca­

pi-i~alistQ, que não pr,l.ticanos.

o Dedo de ~,TivorDos o ~".oE:cnto 8.tual, D nao ser con os

instrm~'lGntos lo G::üs fi uo CQl'::tctorizan os regiDOS dis cl'ici onn

rios, s6 toD o c1eo6rito de retardar a obtenç8.o da naturidade

política o social.

instante. E a infl8.ção

de leis quo não rotl1 atm1 a rocllülac1o brasileirCL? 86 seTVç pa­

ra dar UDa iopressão do psoUdOnOTIlaliJadc institucioilQl.

o porsoverQnto A.I. nº 5, vau se constitulndo OE

grQnde óbice para clue o PctÍs dê LU,:a deI:lOl1stração do naturidc\­

de político-institucional de que jeí podeDos correr o risco do

conviver con una denocracia::tbortQ, c con ela repelir (~uQlqu~'

aneaça de ideologia ou forD8. do GÇ)vorno inconpntívol COIl 8.8

nossas tr8.diçõos e noss8. hist6ria.

No plCLno oconBuico jn o fizenos. E o honrado Presi

dente Geisel ack~i tiu que c1ispLlnhaI1os do aIl8.c.lurc}cinonto bastem

te para corrornos o risco calcul8.c1o con a oXlüo:cação de noss8.S

riquez8.s petrolíferas, pelo capital estrangeiro, seu qu~ para

tanto tenl~a:r:lOS cor.lproI.1etic~o a nossa soberania econônica.

No plano político-juríGico, honens de maior expre;;.

149

~

sao, inclusive licados ao o.tunl Gstablishn\_:nt, c1efemc.1eu a --_ . ..,.---,.--- id6 -ia de '.LLlC o Tcsto.bclecinc:nto do \XH oGtado ele c111'cito no }3ro.­

sil servirá para que aprollcbnos [t )ro.ticar a denocracio. oci -

dcmtal G, seB 1.1Qi oros vex8.I:J.os, pélSSGDOS pol i t iCQlx:mte do. f8.GrJ . ". .

prlsna~lca Gn que Vlve~os para

já se propara o Po.is po.rQ osso

o. rofrQtQc1Q que o.lne jo.::"10$, cono

SQlto no setor econ5nico. Se

assin não fizornos, pClroce qlle corror:19s o risco, nGGe sin, Q­

trofié:mte, do dosGnvolvÜ1Gnto cflI)cmga.

No 1.10Bonto o Brasil -\/ive o lJ8.pol de n8.çao subdcsen-

volvida c o 8.rontoo.do de lois inconstitucion8.is o.testau quo

não descor)riLOS o cQDinLo (1:.1 osto.biliC1_:J.do político-soci8.1 e

8con5nica.

Nesse quadro, mais do cinco Qnos depois do Dodifi­

cada o. C onsti tuição c~o 1967, ficlro.Ll re l1uz idas o.incla Dais QS

cho.nces do LU~l c1c$eUllOrÜlo nais firüo e deliberanto do Supremo

Tribunal Fodero.l.

A aul tissocular filosofiQ c!1.inesQ c1i~ tique QS e:çnlll­

des cm-inhQc.Lo.s cOEi.oçan COD os pri1.1eiros PQssos." A distensêio,

p8.rece-nos, seria o.pcnas o prineiro passo lla e;ro.nde cauinh8.Cl8.

eLl busc8. eb consolidação de UE processo dm:wcrático que nos

8.cor ___ ~PQnharia na cu=-~va, que pro jotanos para Qt ingirT.1os nosso

pleno desGnvolvinento.

For8. disso nos depo.r:::mos C01.1 LlI1 8.I.iOnto8.c1o de leis

que levffiJ sen})rc o nosso Poder Judicl:lrio a UI.l c oI1portD.L1ent o

do inc.1iferent iSL10, de p8.SI10 e do t inic10z 8. que nêio fica, mune

o seu 1.1o.is inportante órgão, o SupreDo Tribun8.1 Foderal.

o contrário (USSO, o, ostSLbilic.1ac1e lJolitico-jurídic8.,

<5 que edificou n8. nação a1.1ericana, L1D Judiciário d~nônico, aI

tivo e participante das gro.ndos decis~es no.cion8.is.

A propósito o 1.1inistrorAlio~ar Baleeiro, tem o seu

ponto-de-vistO, que transcrov8nos:

liA tinidez do SupreLlo Tribul18.1, on sua t8.refa poli­

tica, proT:l8.na, a Deu ver, de não ter sido osta Duito necessá­

ri8., por~u8 a Constituiç50 nos 61ti~os 50 anos passou por ~ui

tonais de 10 rofoITl8.s en profundidade, a18n do dezonas de

150

enendas OD Ilontos sccunclélrios. A Função polític1 da Corte Ano­

ricana, mtrctc:mto - continus~ o IIinistro l1St CODrnraçno do fun­

cionnDonto pOlítico do jUdiciário nlRIa sociedade refratada Qo

ocidente, con o funcionaBento do nosso - se exercou sobretudo

l)ela p renidade dm,la Constituição de fir.i. do SGculo XVIII, que,

nos Jltinos 100 anos, não foi GDondçds senão corcs de 6 vezes

em elisposições de r.lG!lOr iElport511cin. Apenns UI.El Revolução in-

terroupel}. 8. nOTIl8.1idnc}0 cunst i tuÓDn8.1 nnquele pnís eLl

200 anos. 11

Para prosse@ir na análise conparativa:

quasQ

"Por outro :}.ado, no Brasil, nos,LlltLlos 40 emos, já

vigorarEm llmis de 100.000 lois or<1in8rias.

"l-lá queD pense quo n pro do:r:ünô.nc i2, dos juízc'!s de C8.r

reirn, em contraste con a predoDinfm(~ia de políticos nn Corte

fu~ericann, tenhn inibido o e~ercício dn função política dos

Dagistrados do nosso SupreDo.

IIN os grnndes nntaGonisnos entre o SupreDo Tribuunl ,

composto de Juízes noneados por situaçõ8s anteriores, e os de­

tentores efetivos do poder incontrnstndo, esses Jl tirlos corto­

r8.J.-::l drásticanente a possibilidade de crise pela muebnça brus­

ca dos ninistros SU1)Os:;m:wnte hOÇltis, nposentnnl10-os eD série,

como aconteceu eD 1931 e eD 1968.

"A função política do SupreDo 1rilhunal Feder8.1 exis­

te pela/natureza do regiDe e pel8.s peculi8.ridades de suas atr;

buições.

"Exercit8.r-se-á pelo futuro adiante, nao CODO a Cor­

te Suprenm ane ric8.na dos úl t ll.OS 50 nnos, roa juvGnesce dora de

textos vetustos do século XVIII, mas sim CO:r:1 as tentativas, a­

vanços, recuos o riscos daquela Corte de tTohn Metrshall por que

terá que interpretar una C onst i tuiç 8.0 çle rüenos de dois anos,

nascida de circunstônci8.s desfavorQveis."

Po.ro. concluir:

"Pode vaticino.r-se lWJ:' tarefa difícil, a desafia+, a

sabedoria, o tato e o patriotismo dos juristas br8.sileiros.Pom

a to.refo. G destes e nno o.penas dos Onze Velhinhos do SupreI20

151

Tribunal. 11 (65)

Atualnente a cOL:posição (lo Supremo Tribunal PederCl.l,

nao é de tlonzG volhinhos fl, cono se referiu o Hinistro Alionar

Baleeiro, nas é, predoninan~emente de juízes QG c~rreira, seL

anterior atuação política, o ~uo pode ter concorrido para a

lIinibição elo Gxercício (18. função Ilolítica 11 a que se reportou.

J',bs, I'lOSLlO 8.ssin, o seu. ,-,tustl ?residente reconb.ece 8.

necessidade de UI1a reforr:J.8. consti tucionE.ll que rGsti tua ao Su­

preLlo T'ribunaJ. Fec18ral o seu papel na transfornação da sociec1g,

de bras ile ira.

liAs c1efici(',ncias do Judiciório nuo sao de hoje - de­

clara o seu Presidente Ministro Djnci Falcão - lImas fruto da

ausGncia de neel.ic1Cl.s eficazes ao lonGO do vários anos. nocessi­

tCl.nos de WJ8. refOTIla de 8nbito constitucional, beB assiD na es

fera da le0islCl.9ão ord:j...YlQria, particularmente processual e na

organizaçno judici1rio.. II1põe-se preservar, é boIJ. dizer, as .

funções tr~lll.ieionais elo Poder JUlhciéLrio, cujas decisões, er'

razõ'o c).e suo. específica e elev",c1a posição, são da DCl.ior sil2,ni­

ficaçõ'o para a estrutura e o.s tro.nsformações da sociedade ll •

E acroscenta:

\lDevo ressaltar <lue o SupreDo rrribunal Fe deral, nes­

no nas fases excepcionais da vida política brasileira, venmag

tendo o ~)eu enpenho de rosguardar COD no.turé.üidac1e, inc1ependGg

cia e firneza de convicçno, 9 sUj?erior po.pel r~ue lhe é reservs

do pela Constituiçno :G'ec1erul." (66)

Mesno com os seus <luadros preenchidos COB juizes de

carr-Jire. estes p8.r'-:;cel.~ reconhecer a necessid8.de elo papel polí­

tico do SU1)reL.1O, que 1 atualnçmte, cono o sistema político 1 atrg,

vessa una faso ele conljressao.

Os seus o.tuais neLb:ros, COD rJ.ras exceçoos viernn da

nilitfincia na 1reCl. jUlici6ria.

( 95) p •. 14, ( 66)

BAIJJ~~~IRO, Alior;18.r. Art. Cit. Revista Forense, n.238,

a b r • / j un. 197 2. fALCÃO, D j c:lei. Entrovist8. conce dida a I,Ianchet.Q., n.l. 227,

25 out. 1975.

152

Sõ.o eles:

1. Djaci Alves Falcno. Prosidente. NQsceu a 4 de a­

Gosto de 1919 eL~ IVlon-cciro, P<J.rél~1Jat ::::;X-c18soE:.bo.r;jac1or e )rofGê.

soro TODOU )osse no STF eu 22.2.67.

2. Carlo::: T~lO~ __ J)30n rlorcs. Vice-presidente. lbsçeu

a 26 de j:::meirÇJ de 1911, OIl IIol1-~eneGro, J;iiÇJ GriJ.Dde do Sul.,~x­

-dosoobo.rGador. TODOU possa no STF o~ 14.3.6G.

3. Eloy Josá da Rocha. Na~cou a 3 do jU~lO de 1907,

eD $nu Leopoldo, Rio Grande Go,Su~. Bx-deseobargador e pro~~

soro Tomou posse no STF en 15.9.66.

4. Olavo Bilo.c Pinto. Nasceu a 8 d~ fevoreiro de

1908, eo Santa Rita do Sapuca!, Mino.s Gerais. Foi profe~sÇJr"

deputado federal o eubaixador. Tomou posse no STF 00 17.6.70.

5. Antônio Neder, N8.sceu o. 22 do junho de 1911, eF

Alétl-Po.rçLÍba, Minas Gorais. :Cx-:r_ün~stro, do Tribunal Federo.l de

Rncursos. TODOU posse do STF eo 28.4.71. ,_. ,

6. Fro.ncisco Manoel X8.vior do A~buquerque. Nasceu a

3 de jo.neiro eLe 1926, eo Nano.~lS, AI-18.zon8.s. Foi professÇJr, ,o

procuro.dor-Gera1 do. Repl~b1ica. TOLlou posse no STF en 19. 4.72.

7. Josá Geraldo Rodrigues ele Alcl;:oin. Hasceu a 4 de

abril de 19~5, em Guo.ratinguetá, Sno fau~o.,:Cx-deseDbareo.c1or

e professor. TODOU posse no STr em 11.10.72.

8. Jono Leite de Abreu. No.sceu o. 6 de julho de 1913,

em Cachoeira do Sul, Rio Gro.nde do Sul. Foi Drofessor e Chefe. do Gabinete Civil da Pre~i~ônçi8. do. Rep~b1ica (Governo ll6dici).

Tomou posse no STF en 17.6.74.

9. Jo~o Baptista Cor~eiro Guerra. Nasceu a 13 de ju­nho de 1916, no Rio de Jo.noiro. Ex-procurac1C)r-goral do T:1inis­tário Pllb~iço Ç1.0 antigo j~stclClo do. Guo.w.lbara. To:r:wu posse no

STF eD 26.9.74.

, 10. Jos~ Carlos Moroiro. Alves. Nasceu a 19 de o.bri1 de 1933, eo Tau bÇlt~, Sno Paulo. Foi profes:;:: o+, e, .iJr ocurador-g~ ral da Rep~blica. TODOU posse no STr e~ 20.6.75.

153

11. Carlos Fulgêncio da Cunha Poixoto. ~asceu a 8 de

dezoDbro de 1911" era rreófilo Otoni, J'.hnas ,Gçra:j..s. :-;x-doserúb:lr

gador e professor. Tonou posse no STr em 4.7.75.

Os o.tuais ou os anticos ninistros, cada un a seu no­

do e dontro de suas convicçõos, lutarml pela distensão políti­

ca, por saberem quo COD ela virão ~ restauração das prerrogati

VC1S consti tuc:j..onais de autonoDia e independência do Supro!'c10 Tri

bunal Fe deral.

Talvez ill1 dos Dais ViGorosos, W~ dos nais realistas

pronuncianontos feitos por juristas-políticos, acerca da nece§.

sidade do rostabolocicento do estado de direito, da o.dnissão

da f6rmulu distensionista, tenha sido a entrevista concedida

pelo ninistro Oswaldo Trigueiro de Albuqu<?rque Mello, ao ~.ê.ia­

d0.Jie Sã:2. Paulo en 11 de Elaio deste o.no. Naquela entrevista,

o ex-Presidente do SuproElo Tri1;m:Çl.al Federal, n8.o só defende a

necessidade da revogação do A.I. nº 5, cono tonbGn procura

nostrar que o Brasil vive uno. fase de subdesenvolvinento poli

tico e que sÓ através da aprendizo.gem da deT.loCrQcio. nUD siste­

na presidencialista poderím:lOs alcançar a estabilidQde políti­

co-institucional, por sereD essas as tendGnciQs e a vocação do povo brasileiro. ASSir:l, deixaríanos, COD essa aprendizaC8n -:t§.

nocrático., de vivernos afogados 0111 leis e consti tuiçõ:JS fictí­

cias, e desprezaríaLlO$ o f orI.l8.1 iSLlo , fazendo conviver o: país

legal com o país real.

"O A.I. nº 5", disse o ninistro naquela entrevista, "embora não terJla prQZ o de duro.ç ão determinado, é necessaria -

Elcnte t:ran$ i t óri o, por sua no.tureza e final idade" ao recordo.r

que o A. I. nº I tinha vigêncio. l'Jrovista até 31 de narço ele

1966, tcertanente para cobrir todo o rostante do n~n~ato pres!

dencia1 interronpido polo. Revolução', enquanto o A.I. nº 2 taU bén teve Vigência lini tada, terr:üno.ndo a 15 de narç o de 1967 , quando pa$sou a vigorar a nova Constituição pronulgada pelo

Congresso.

Depois do analisar a possibilillo.de da revogação do

A.I. nº 5 pelo próprio ConGresso, na qualidade de poder const! tuinte deri v8.do, cano "umo. pos si bili(~ade to 6rica", cont inuou o

154

Ministro na sua entrevista:

"A recüizaçÇto, de LL'J.n refo:rna constitucional para tOE

nar desnecessário o A. I. nº 5, é inevitável, c'Ebo:ra inviável

ULl8. modificação El8.is lJrofunda no ~:;ister:"a político. :,~ssa altera

çao ela Consti tuiçõ.o, ó a fon,l8. lÓGica de sair-se do presente Íl-:;'

passe institucional.

"bsse propósito poderá ser alc8.nçado atravGs ele ill.:.a

ampla revis~o do texto atual, ou do duas ou tr~s emend8.s que

atendam aos IJOntos cruciais. De maior ou nenor' extensão, a r~-,

formy terá COL1O objetivo prinordial tornar desnecessário o A.I.

nº 5. Para tanto, n80 s(Jrá preciso convocar-se LL'J.o. Assenblóia

Constituinto. Pelo processo competente, o Concresso poderá a­

dotar, sem r,miores clGl oncas, 0.$ L10dificaç õe s reclamadas p8ra o

aprimoro.uento das instituições."

Recordou o jurista quo o. reforma do.s leis instituci­

onais ó un hábito cor:lUn na prático. latino-o.L"1.8ricana, "quando as ~

coisas vao Dal, as nossas esper8nças se voltam. para o milagre

da le i (')scri ta, e as refou18s são freqrtente$, enquanto a reali

dade social e pOlítica peI'ElELnece inaltero.da."

'~ão terá sido por falta de textos constitucionais

que o,Brasil deixou de o.lcançar mais avançado grau de civili­

zação. A atual G a sGt:Lua Consti tuiçõ'o que o País experlllent2,

sem contar COD as im,lt':1eráveis reformas parciais, atos adicio -

nais e enendas, e os intervalos de governos autocráticos, atr~

vés dos qUE,ÜS procuraDOS ajustar os fQ.tos à teoria política.J::§.

tá visto que as desilusões se repoten. Uas una nova Constitui

çÊÍ.o é, SenI)re portadoro. de espero.nças c; prenLlncio de felicidadd

geral. "

Pros seguindo:

"Sem dLlvida o Brasil ó una naçao de nítid8. vocaçao

deL1Ocrática, e1:1, que os governos de força não parecem destina

dos a ter êxito ou vida lonGo., mas essa voc8.ção é de certo mo­

do conproDetida pela instabilidade enocion8.1 e pelo que L11Yl [lU­

tor francês definiu COr:lO o desdém da leg8.1ic1ade. "

Para concluir com as poder8.ções de qLlO o Ll,oc1elo poli

155

tico ideal para o 3rasil 6 aquele quo roi10te a vocaçao o for ~ 1 . 1 . ., 1 . t l lt . 1 1'18çaO .JraSl elras, lnsprcacas (: ln 02;rJ.(tns na cu ura üClcen-

tal, enbora reconhc.;ça que essa prntica pressupõe elevac10 grau

de ciyiliznção, mas nado. ir~1Pec1e nc1otn-lo para SI: poder alcan­

çn-lo.

Assin terísmos o País legal convivendo COLl o :País

real, dissipando-se o formnlisno, fncilitando a conquista do

afladureciL1\3nto e da 8stabilidac1o institucional, quo viria cos

comitantono:çlto con o alto grau de desenvel viDonto econôr:üco C]..U

perseguiDos.

AssiD se expressa o lIinistro:

"O País estn co.nüúJ::,ulc1o Ca(~CL vez nais intcgrCldo na

cultura ocidental, que inspira todo. :::t sua fon~ação.

'~ão há ~uito a escolhar eD Dat6ria de Dodolos pol!

ticos, se 6 6bvio quo nao se pretende copiar a Donnrquia abso

luta da Arábia Saudita ou as repúblicas populares da União SQ

vi6tica, o que, forços8l:wnte, levo.rn a una opção çmtre presi­

dencialisno, parlaD-entarisLlo ou sistema colegiado.

"Q~18nto ao parL.1L1.entarisDo, parece certo que se tor

nou inviávGl. Quanto 80 colDGi8do c30 8c1r,ürnvel Dodelo suíç o,

o precedente do Urugl18i é desencor8 j8dor. Logo, não há 81 ter­

n8tiva pnrn o nosso presidoncinlismo, que tantas vozos autori

zadas,identificaD como a matriz dos males que nfligem a Ropú

blica. Assin, 8. nossa aprendizagom donocrática teE1 que pros­

seguir con o presidencialisno, tanto qw:mto con o fol1c;ralisT,lO,

com o voto secroto, con o Pode+, Judici6rio incunbido de asse­

guro.r os direitos func1aJJ.lGntais."

FinalDonte, conclui o Ministro Oswaldo Trigue iro que

rlno. verdade, nada disso, até agora, funcionou satisf8toriane!];

te, Das nadn provo. que sejamos incnpazes de progredir nos es­

tilos políticos, no Desmo ri tno cçm que est8J~os avançando Gm

tantos outros campos de atividade."

"A prnt ic:J. da verdQde irQ c1ey:o.ocracia presupõe, elevQ:.

do grau de civilização, que não estanos iDpedidos de atingir.

Mas este estác;io de dosenvolviuonto político não se alcança

156

apenas c:om a relJetiCb substi tuic;QO ClC:1S leis fLlnc~mJcmt8.is e ,:;:-.Rei J _

t o Lemos, COYj 8. eL:dJ or8.ç QO ele pL:mos 8. bstr8.t os, que vorJl3..t"J. 3.L:.­

Dent:élr 8. ç1istancia que , entre nós, sc;para o Púís legal do

País re8.1." (67)

Os r:ünistroG do S\..rpre:r,~o TribLill8.1 Foc1erúl, princip::ll­

nentc os quo tiveréE1 atLl.açQO política, clelJois de di:r::inuíc1as 8.S

SU8.S prerrogativas constitucionais pelos Atos Institucionais

nºs 5 e 6, seIJ.pre se l_,-allifestaro:ra l)elo restabelccinento do es­

tado de direito e nLlnc,-~ se recusarOJ.:l a externar seus lJOntos-cLe­

-vista eu defesa da necessidade de se adotar a distens~o polí­

tic~. Suas apreciaç5~s eram feitas sob os mais variados angu­

los. O Ministro Oswaldo Trigueiro de Albuqucrque Mello, por

exenlllo, profundo cor.L'.ccedor e estudioso da ciência política ,

da ciência jurídica e da sociologia, anúlizava a distensão sob

os variados 5.ngulos e sob a ~olivalôncia de seus vastos coru~G

cimentos das ciôncias sociais.

O ~,1inistro Gonçalves de Oliveira, tmlbGD ex-Presides

te (10 Slr1preIlO Tribunal Feder8.1, assin se pronunciava neste pa;s

ticular:

"O Supreno tei:} 8. tU8.1uente enc ont rD.do dificulc18.de

de julG8.r as caus8.S qU2 lhe são afet8.s, porqLt.8 houve elinina -

ção dos pontos de utrito, cou diDin~içQo de SU8.S prerrog8.tivas

pelos Atos Institucionais nºs 5 e 6. Croio que, não houvesseTI

sido uxpedic10s esses ::ltOS, os conf:}..i tos surcirian corno surgi -

ram antes (10. expedição c1es;Jes 8.tos. O Suprel_lo foi serapre sen­

sível aos princípios de defesa das liberdades pJblicas.

"Por f8.18.r eLi Lmrcha para a distensão, esta até ati~

eir,se à plena deDocracia, não tem opositores, no quadro, ci­

vil. Não há dissensão quanto à necessidade da distensão. E,na

verdado, o Judiciário jamais foi contra 8. Revolução, O Judiei

ál~io seJ::lpre foi contra ao "proce :::"so revolucionario". lIas esta7'

TIOS na hora de trab::llharrJos para chegar-se à plena deTIocracia.

ji; a distensão deveria c~legar ao Suprer.lO, devolvendo-lhe a 8.TI-

(67)ALBUClJERQD :MELLO, Os\:aldo Trigue:j..ro. :8ntrevistet concedida ao

2.;3ta~dG_ são PEmlo, 11 naio 1975.

157

pla c o~~~petênc ia .. pCtra jul:c,ar 7 eleninanCo as re striç ões à SU8.

competência for:malizo.dc,s nos Atos nºs 5 e 6, sobretudo no Clu\';

diz r03pcito Ct lÜcnituc1e de C::':':">~I.rd:;ia do h2.bs;;'ê.:2.-c:..o}'Os'ê. e aboli

çao do Ato nº 5. Ora, ao cabo do contas, atualmente toGos 03

ministros e1". ,~xorcício na Corte T;Iáximo. foro.:m nomeac.10s, pela Re­

volução que não pode tor receio de ema impo.rcialid8.c1e. De qual

Quer forma, o tempo s o~upre trs balhu em fo.vor da democro.cia'( 68)

l o depoimento de um ministro que sempre teve sua o.

tuo.ção no SUj)remo comprOIlletic1a com os líc1imos lJrincípios da De

mocro.cia c Qo Direito. Por não concordar com o uso dos atos

institucionais contra os membros do Supremo, n8.o s6 renunciou 'p . ~'" . a reslclcncla 7 como reQucreu nacluclo mesmo momento o. sua o.po -

sento.doria 7 vivendo hojo, na Co.pital Federal a tranQ~ilido.de c.~

Quem tem f~ na restauraç8.o do est8~0 de direito como conseQ~eg

cia 16gica do reencontro da Pátria com sua vocação deDocrátic~

Alguns ministros Que tivero.m atuo.ç8.o política antes

do ex'rcfcio da judicatura, atuac8.o essa ligada às inclinações

políticas da Rovolução, reconllOcem não s6 a necessidade da di§.

tenção, hoje t8.ml)~m c.1efendic.~a por amplos setores militares,mo.s

ressaltam Que ela virá sob a pressQo natural do o.mbiente, fa­

zendo pClrte deste, os l)artic~os pOliticos, o Concresso Hacional,

as aS'30ciações de classe, a imprensa, o processo eleitoral, o

Supremo Tribunal Federal, este últlino como Llila pressão mora~

de diseordãncia à falta das liberdades individuais e pJblico.s.

Ainda á o Ministro Osvmldo Trigueiro de LlbuQuerque

Mello, rospoDl 1endo. o. último. pergunta do nosso question'crio Que

assim se pror:'LUlcia:

"O papel c10 Supremo Tribunal Federal tom grfmde rel~

vancia pOlítico., particul8.rmente no rlue se refere à soluçQO ébs

eventuais conflitos entre os poderes, entre a União G os esto.­

dos, e l)em o.ssim no pertinente 8 proteção dos direitos fundo. -

mento.is. Iv1as,o retorno 8. plena normalidade institucional nao

depende dele. Esse retorno está condicionado a futores,outros,

(68) , OLIV_jlRA GONÇALVES. Entrevista concedida ao o.ntor, em

anexo.

158

entre os quais podem ser apontados a traCiç50 Qe leG~lidade, as

conveniGncÍC'ts derivadas d8.s rel:J.ções intcrnaciony.is, 8. pTeSSo.o

dos partidos, a manifestação do sufrá~io popular. A prcsença

do SuprG1'TI.o Tribunal Federal éi ir_l~:;orté:LYlte do ponto-de-vista mo­

ral, mas I,lão é decisiva para altr';J:'ar o rUElo c.~os aconteciluentos

políticos." (69)

Nno difere desse, lir.cl8. o 1.1inistro Aliomar Baleeiro

que Q pergunta - A rcsist8Eci:::-, do SUjJrl?I1o na pre3CrVé:LçQo dos

direitos o liberdades individuais e a hegemonia dos poderes de

sarmados, historicamente, não pode 8cr definida como. L"8n dos im

portant8s inputs na marcha õ. ('istens50? - responcle:

"Creio que SÍL1, mas a volta 8. pleni t'..H1E. do e8tél.do de

direito dependerá mais elos :J.tos e [,titudes do ConGresso, doPre

sidonte da Rep~blica e de outras instituições nacionais, al~m

do próprio povo. . Dest'3 contei jéi o que ouvi dum coronel elei­

toral dos f,ertões: "o povo, Dr. AI i om1, é a IlIIartQ.";,,vé,ti-com -

-as-outras 9 mas as oL~tras 3Ó vao para oilde ela vai ••• I • 11

Como disse1:J.os no tnício c1oste; tralHlho, o Bi~asil vi­

ve Ul!1.a fase metamorfo3eante. S~nCo , repitamos, lliila s ociec1ac1e ·1 dI· t t t' ., . "1 I-: alnc.la eL1 esenvo Vlmon o ~ em vos 19los elas s oCleClac es a-vraç;f1-

das e :3 Jnte veemeYlte sintomas de mna :cc:ociedc1l1e desenvolvida.

No.o poderíamos chegar ao estáSio que coza, por exeD­

pIo, os ~sté:t<Jos Unidos da América do Norte, :ElOdelo econôl:üco,

político e social, eEi que cravi tamos, sem co:rrermos os riscos

imanentes ao próprio exercício da Democracia. ° regime ameri­

cano se rc~vitaliza 2. todo momento, na pormissibilic1au<;l da prá­

tica das liberdades e direitos individuais e p~blicos. Nada

mais poderoso nos ~;UA, elo que a opinino pl.lblica intorno..lTenhLUn

dirigente lá ~ capaz de 3inimizo.r a poOerosa influ&ncia do po­

der associativo da sociedo.c18 arLl0ricana. A sua econoElÍa ge fUTl

da, to.mb~m, na participaç~o acionária maciça de seu povo. O PQ

der :executivo e o Poder LegislatiVO, se aliuentam dos inputs

que lhes fornecem a opini~o pllblica. () Foder Juc1ici6rio sem­

pre teve nela um dos sustentáculos de sua autonomia e indepen-

(69) ,ALBUQUERQU:C M:2LLO, Osvaldo TriGueiro de. :2ntrevista, eu

anexo.

159

dênci2. liA trami taçõ.o (~O pro joto eles do brou-se demoro.cl8.r:lontl3 ,

porCJuo po.rte elEl opinino pllblico. se opus ,;ra, à manobra eLo I pElC -

!;:in,s ~he Court' e Roosevelt tr"'Vl: que ceder." li. sociccbde Elme­

ricEluo. não tem conhecido outra m8.Yleiro. ele preSerVê:.:1r o. segur<::m­

ça do ~stado, senão 9 recurso 8. prática democrático. e liberEll

de vic18 da sociedade. Receios :léÍ lá, como aqui. 1'Ia$ os nossos

rem~dios são compressivos e os de léÍ descompressivos. Nos gr~

ves momentos da Democro.cia aCLcricano. vozes compromet idas com o

rogime e com as inclinaçõl.!s históricas de seu pOV9 são ouvidas

e rospeitadas, e retomo.m-se os caminhos ameaçados.

Um desses momentos ~ rolembro.do, justai'llUnte o que p:2:,

n..'ha em riGco a linl'lo. libsl'al da Suprema Corte, de mo.:r:.eira cor­

reta e oportuno., pela Gscritora Lêda BOGchat ROdriGuos, e que

nos per;;:ütimos tr;::Lnscr:;vcr 1 neSS8 apreciação fino.l ,::; ~:;8.ralela:

"Seu maior problema ~, hoje, o de Cldaptar as liberdQ:.

de$ e direitos individuais às exic.;ências de seGuranço. do :TEsta....­

do. neste ponto, a p2rtir elo fino.l do. Segundo. Guerr8. Mundial,

mostro.ram-se algumas camo.clo.s de americanos quo.se i'reEóticos no

seu me do ao comunismo e, nem se:mpre pôde a Corte Suprema esca­

par 8. histeria reinante. Paro.fraseanc1o o Juiz Fracl:furter, em

manifestação recente, poder-se-ia deles dizer que a sua defesa

da demoçracio. corria o risco de 'queimar o. co.sa po.ra ~ssar o

le i tão I • C orno sempre, p o r 61'1 , gr::lnCl ,é; s vozes vencidas, 8.inda nos

momentos m8.is grClves 9 ali se fizerm.'l ouvir e foi com o maior

jllbilo que os estudiosos da Corte Suprema viram, sob a presi -

dência de barl Wa.rren, est8.s vozes vencidas transforrn8.r·::;m-se em

vencedoras, marccmç10 uma nova fo.se de liberalismo do Illo.is 8.1to

tribun8.1 ~~ericano.

"Ho je, como ontem, c;ro.ll.ll(~ s D.restos da C orte Suprema

dos :estados Unidos merecem estuel0 e De eU tação, constituindo pr~

cedçmtes dignos de inspir8.r si;3temas consti tllcion8.is semelhan­

tes." (70)

(70) nODRIGU:-~S, Lêda Boçcllat. A Cort<J §.!2:.:l?!:§.TI-.§Lt_o .... dir.§.itQ ,

constitucional americano. Edição Revista ForGnse 1 p.19. 1958.

160

Depois de abordarmos, no final deste trub21ho, algu­

mdS consideraçõ8s compo.rc.ltivas do funcionamento da instituição

juridico. em ôuas sociecbc.1os de estágiO de desenvolvimento ain­

da distante, a ~@ericana do norte o. nossa, Qma auto-sustentá -

vel, com autoconfiança nos seus valores jurídico-politicos,01:!,

tra tartarugando PQra conseguir estratificar os seus, por vi -

ver nmna fase crítiça de mudança, voltamos, para encerrar, ao

tema deste capitulo.

Finalmente, qualquer que seja a significação que se

queira dar ao uso da palavra distensão, o que nos cabe espera~

também dentro dos limi tes deste trClbalho, ó que alcançando-se a

plenitude do estado de direito no Brasil, se restabeleçam as

prerrogativas de funções políticas de alta relevãncia para o

SupreEiO, sobretudo as que dizem respeito à preservação das ga­

rantias individuais e públic~s, que s6 ele, na sua plena sobe­

rania ~olitica pode conceder.

Isto nos restituiria a praticabilidade do regime de-

mocrfÍtico dentro de nossas concepç ões hist6ricas e de nossas

tradiçõus, com o reforço do nos conscientizarmos de que, a ca­

da passo que nos aproximamos do tipo de sociedade refratada,i­

remos ao mc~smo tenpo nos libertanr10 do estig;ma da instabilida­

de institucional, para não corrermos os riscos de retardar a

que bra üos griDlões que, nos p rendem ao subdesenvol vÍIDento poli

tico econômico e social.

161

C A P I T U L O 8

c O TI C L U S O ~ S

Inicialr:lonte C:LuorO~-!lOS ressaltar quo este trabaDlO é

ltma mera tentativa, quo se juntará a outras tantas, visando

contribuir ~ara a formaçQo de lWia literatura brasileira, hoje

ainda acontuac1amento escassa, sobre o com:oortamento que as

nos sas insti tuiç õos desar:rt'-c' cbs ::1J)ro sentÇ1m no context o de nos­

so sü::tema político, socicll 8 econômico.

Escolhendo, (l(n~t:ro do sistema político brasileiro, o

Poder Judicinrio, proclH'Clmos mostrClr llUG ele não escapa, ape­

sar de sua histórica resist8Ecia moral, aos atos Que atentan:

contra as instituições juciciais,nos países que não atingirarr_

lTI.'la sólida ostr::tu.ra democrática.

Na Améric8. Latina os governos discricionários geraJ

monte usam a fórmula de fechar os parlamentos, arrolhar a l:i­

vre manifestaçQo da impronsa, procrastinar a consulta populal

minimizar o papel das associaçõos de classe, podar a relevân­

cia do Poder Judiciário, instituiçQo que por sua própria natL

reza, deverjaber ~ fjnalidade de protegor as libordades indi viélI1a..LS e pl~blicas.

No Brasil nao so focllDm os tribunais.

Uas não é inc Ol:IUm no. nossa hist 6ria procurar encur­

ralar o Poder Judiciário, subtraindo do seu 6rgão de cJpula,o

Supremo Tribunal Fodor8.1, a b2S0 sobre a qual constrói asgrn[

des decisões domnparo aos linpostergáveis direitos do cidadão

ou das instituições desarmadas, o estado do direito, a vigên­

cia de uma Constituição democrática, instr~entos através do

qUÇ11 o juiz encontra o seu maior arrimo para decidir livremer te.

Pretendemos lTiOstrar por outro lado, quanto foi in _

frutífera a experiência brasileira nos Jltimos 11 anos ao exj

162

bir para o l'usto 0.0 I1U!1CiO, llI,:' noc1clo políticO-juríc1ico sui Be ~~ris, onele l"L':l rociDe uilito.r reo.l consentiu na vida de um Po

der Juc1icinl'io f'o rI;lZ, 1 , pseuÇto co.paz de julGar demandas desde

que 4ao contrariasse aquele.

Isso ocorreu dUl'ante os qU2tro In'imeiros o.nos da Re

volução e os conflitos :.'ntre o ~xccl1ti vo-Revolucionnrio e o

SUp:~CElO Tribunal Fec1ero.l, se :.-"g:..:'o.varam a tal ponto, em face

da i~arredável ~osição do Judicinrio de decidir em rospeito 0.0

direito escrito, que 2 solução 6bvia, depois de várias outras

tel1t8.tivas infrutíferas, como CLUlTIOntar ou diminuir o nlÍli18rO

de juízes do SU}Jremo Tribunal Federal, era modificar o direi-

to positivo deixando a nossa Suprema Corte, como mer9

contemplativo n8. vida do sistema político brasileiro.

6rgão

Desde então, sobretudo com a edição dos Atos nºs 5

e 6, cessaro.m 0[-3 conflitos, e o Poder :executivo-Revolucioná

rio l'o.ssou a ter no Sll .. preDo L"L'J. 6rGão al:ninistrativanente sau­

dável, tec:rLÍcCLrn(:mte nCil, sobretllc1o com [)t reforma que se pre­

tc;nde implantar, mc:.s poli tic3.:Clcnte morto.

O papel pol::tico do Supremo ':rribunal Federal, con­

forme t8ntCl1~los deL.lOnstrar 6 de transcendental importância,mas;

ao mesmo tCTIpO, difícil de ser rQativado enquanto perdurarem

as rirc~nstancias e sobretuÇto o receio de se restabelecer o

~stado de direito no Brasil.

A insto.bilidade polítido-institucional,parece ser

lLrn mal cong8nito das sociecbc1es subc1esenvolvid8.s. Não poderí§.

mos negar que o Brasil Lün,~a estagia na faixa econômica, so­

cial e política dos países em desenvolvimento e, eonseq~ente­

mente, ~ofre da maioria dos mc:.lcs que afligem as naçoes nes­

sa fase. I,Ias parece 891" tmnbóm vercbc1e que isso G um processe

dinô'l;:.ico e prOGressivo. As pr6xÍJnas dGcadas dirÊio que obtivQ,

mos l1L1 estágio cconônico de desenvolvimento, e este será tan­

to mais s61ido, tanto mais pr6ximo elo moc1elo democrático oci­

dental, quanto mais cedo cOB9çnrmos a encatinlmr nl1L1 processo

politicamente doscompressivo.

o Brasil, pelo quo esboça atualmente na sua agressi

va política econômica de subotituiç'ilo de importações, de aI _

163

ccmçf::q:' nos pr6xÍI:lOS 0.110S UT:El r(~n0,1 per C"-LilÍ ta superior a

US8; 1.000, cl(~ fortcüacimcnto elo im)osto de remela, e outrastag

tas iniciativns oconBmicas de porte, prep~ra-se para deixar a

clausura do subdesonvolvimento econômico.

Quando isso ocorrer 6 llGcesoário, para evitar o de­

senvolvii'l1cnto unilateral, q'JJ,) Gsto jcnnos praticcmc10 mn recime

de~:-,C'cr6.tico e ,-)oli t ico.:r:lcntc doscompl'essi vo, sob a ééi~lE.: ele

instituiç~as le~islativas e judiciárias independentes.

A sonvoni~ncia aO. hora é quo definirá a pc~ada does

taclista.

l.Ias, por enqu~.:nto, o que observamos sao movimento os

parsos dc~ pessoas ou de Instituiç~()s que lutaraB e lutam pela

cst8.bilidade ÍIl~:TGi tucional do País, eb qual a nossa hist6ria

n50 poderá oxcluir o S~)romo Tribunal Federa], aqui situado

corilO baluarto em defesa da noss9 naturi t1étcle no processo de mu

d:::mça de nosso :::üstcIl1a IJolítico.

164

B I TI L I O G R A F I A

ALVn.:, Jono Carlos. .L Rovoluçno sem rllIÜO. Rio de Ja­

noiro, ~diç~~G do Vnl, 1964.

AZM~UJA, Darcy. Teoria goraI Qo ~stado. 4.ed., Bdito

ra Caobo 9 196G.

BAL:2~":;IiW, Aliomar., O Su-prc:;lO 'rri bLmal, Fe deroJ. osso outro desconhecido. Rio de Janeiro, Bd. Forense,1968.

--e se nº ,

b-funç8o~91itica do JuQiQi~rio. Revista Foren-

238, 1972.

BEALS, CnrIeton. l\.L~éricCl. Latina - I.lli:lnç"lo en rcvolL"ci6n. Buonos Aires, Editorial PCl.lestra, 1964.

B=-:A3:P, Ch8r1c s ),.. !::... SLlproma C arte e a C onsti tuiçno .• l.ed., Rio de Jnnei~o, Editora Fnrense, 1965.

EECI~R, Carl L. O dile~ç da democracia. Rio de Jami ro, Zahar Editores, 1964.

BOWI:8, R. R9bert t~ FRI::::;DRICH, Cnre J. :Ctudes _sur le Eéd8r81is~. Paris,,~ibrairie Genern1e de Droit e de Juris)rudence, 1960.

:2RIl.;'TOn, Grane. AnatoGia das revoluções. +. ed. , Rio de JancD:o, :8ditora 1!'G:1do de Cultura, 1958.

cWll-,~lQ":l1entar~ - Leis Qonp1e;::entnres, 1. eei., SP, :Cd. At1fl8, 1971.

_ .. ,

165

CARDUSO, Fernanl;c; HOEric:J.'uQ. O Loc1010 -oolítico Brasi-,. ,~--~

leiro e....2.B!E.9..s, c~nsaios. 2. ed., Difusão :Gurop6ia do Li

vro, I,mr. 1973.

CALIJ?OS, lIil tono COLnronisso c1G;'~ocr1tico - Inspiracão • F' ____ ..-__ _ )1aooc4

Q9. JustiÇE.. Pu bl icaç õ,) s c1Çl Secl1 ctClria da Educaç ão do

~stClc1o de Minas Gerais, p. 15-22.

-. C_oBProBisso c1euocrntico. A Justica COBO ssntimen - ---- ~

to, cono idecll c como força. Publicações Çl.a Secreta-. d -', l ~ d r"' r<.' 9 3(:, rla Q .wClucaça'j e,nnas ueralS, r. 22 - O.

CART: m, 1.1. Gwenc.101en, 2: rr-;nz, lI. J ohn. GOY.2.E.ll-2._Ll2.Qli

tico. no Sóculo Vinte. J~elitora Fundo de Cultura, 1961.

CAST:CLID BRA1'TCO, C8.rl os. Ini;rQc1ucão ~ à Revolu_º"ª,o de

1964 - iI.{;oniLêlQ ~Qs:1c_1Z_CiY2J·:.. Rio de Jo..neiro, }~ditora

Artenova, 1975. t. 1 e 2.

C AVALCflT 'r I , The:;:Iistoçles Bro.nd8,Ç>. ~stL1..dos~bre-2

~nstituição de 1967. FGV, 1968.

---.,et alii. Cinco estudop • Rio ele Janeiro,

1955.

FGV,

COS'.:lA, Ec1gard, 02, grandes jul{:;::J.T!lentos do SUpreI)lO Tri

buna1 Federal. Bd. Civilização Brasileira, 1967. 5 v.

D:;:;VIHELLI, Carlos. Eolítica br3.Slileira. Rio de Janei

ro, Zelio Vo.lverde Bditora, 1942.

:C..(l.STOl'T, David., The political system. New York,Alfred

A. l::rw}Jf, 1965.

166

rI:cc::rT:~R, Ge orc;os-;-André. O rei.;;ÍI!1o rnodorrÜzaclor do

JJrasil. FGV, 1974.

FIBLD, G.C. ,Tooria políticA_ Rio de Janeiro, Zahar E

ditara, 1959.

GETT-;:;L, RayJJ.unc1 G. IIist6ria dçs ic1é ias poli ticap. Rio

de Janeiro, Alba ~ditora, 1941.

GULRIC;IRO nA1rOS, A. A crise eLo roder no Brasil. Rio

de Janeiro, Zahar Editores, 1961.

1. ed., FGV, Rio do Jcm'~iro, lS:66.

HOROYlITZ ~ Irvill~; Louis. Revoluci6n on el Brasil. Mé-- '

xico, Fondo de Cultura TIc6nBmica, 1966.

JAGUARI:a:c, Hélio. Ilro.sil:

de Janeiro, Zallar Zc1it;orGS,

QEis~ o alternativa.

1974.

Rio

-. Problemas do desel1volvmento latino-aJlle.Eica~.Rio

de Jarioiro, Editora Civilizaç50 Brasileira, 1967.

ICClm:8DY, RobÇ1rt. O desafio da América L~_:Cditora

L:::mdos, 1968.

Terezinha V.

do Brasil. Rovista,de Ci~ncia POlítica, v. 1, nº l,p.

149, ja. /mfJ.r. 1967.

OLIV::Clfui, Jardel :n oronha li LLI\..R'rINS, Odi1ca. Os IPIvIs . -e o haboas-cc r1JUs no, SU1Jr9LlO Tribunal Federal. Suges­

tões Liter1rio.s,1967. 3.v.

167

OLIv~aRA TORÇeS, JOQO Cani10. !. formação do Fec1eralis

.m.Q.. ... ll.Q_Ji~ ( CD1oçQO Consulta).

lli-=:IS, IlE:miol Aarão. O Suprono ':LriJ ',u18.Lç1.o Brasi,;L. Rio

de Janeiro, Uabri Livraria Editora, 1968.

reIS VIJ~IPu'\., P8.ull0. :;::;m busca de llna ( te oria de dosren

:t!:&ização, Rio de Janeiro, FGV, 1971.

RIGGS, Frod. J.i.clministrc\çQo J?ú}2,l i ca comparada. TipolQ

gia de administraçuo compÇtr8.da. Rio de Janeiro, Bloch

Editores, 1~67. p. 33/127.

-. li ecolo{<i~ dn acl.i'ninistração pl~blica. 1. ed., Rio

de Jnneiro, PGV.

-. Aclr.-;,ll1.!str8..G3.o nQ~{sos erI desenvolviDento, ~­

E!n cb sociedade pr~s:'.1Q-i:;ica. Rio de Jnnoj,Y'n 1 FGV.

ROIlRIGU~::;S, Jos~ Ho:n6rio. As aSi)ÍQ9 ões e os interes­

§.~._nCl.ci on[bts 9:g.~_BJ'.~~ll. Edi torEl C i vilizaç 3.0 Brasilei-

rEl.

__ -o Conciliaç~_e reforma no Br8.sil, llfi desnfio his­

tóric o cultural. I Rio do Jnneiro , Editora C j~viliznção

Br8.si1oira, 1965.

ROIlRIGU=:;S, Lêda Boechat. ( A Corte Suproilln e 9 direito

ºon8+;ituciona1~ic~po. Rio de Janeiro, Ld. Forense,

1968.

--o Hist6:r;i,.a ,ª-º-Suj)reno TribuYlnl FederB:..l - :JJj91/:~898

e 1899/19l0 • ~d. Civilização Brasileira, 1968. 2 t.

168

SA13nm, Geor::..;es H. ~6:ciª das teorias }?olitico.s. :cai

tora Fundo de Cultura, 1964.

SAL DPJH-I1\., Nol;:;on lTogLwira. IIist6ria das idéias :poliB

oas no Brasil. IrtJprens:::l Univ"or.sitária Pornnnbucana,19EB.

0.Al.L.PAIO :DyRIA, Antonio Roberto. l'oc1eralismo (Coleção

C ollsul ta) •

Paulo. A Con8tit~i~50 do Brasil ao __ ~ • rl alcance

de todos. Livrcl1:ia Freitas TlCtstüs, 1967. ---

SCIITIIDT, AUGusto Frel1erico. i'·rol~lQ.iQ. à RevoluQQo. Rio

do Janoiro, Ediçõ8s do Vo.l, 1964.

SILVA, Holio. 1,964 - GOlpE< ou contra-r;olpe. l.ed., Ci

vilização 3rasileira, 1975.

SKIDl\IORE, Thomas E. &o.sil: De GetLll,io a Castelo. 2. ed..,

Rio de Jo.noiro, Editora Saga, 1969.

ST2PAN, Alfre d. tl1e m:bli ta;ry in :1201itics.

University Press, 1971.

Princeton

TOUmiARl), Jean. Histoire des idées poli tiques. Paris,

Presses Univorsitairos de Fro.nco, 1959.

VIANA FILHO, Ll'..Íz. O Governo Castelo Bro.nco. 1. ed. , ,

Rio de Janeiro, Livraria José 01ympio Editora, 1975.

1. JORl~AIS ( 196-t - 19 O) )

JO:Cl1éll do JJrélsi1

Ult iI:.lO. noro.

o Globo ----

3. J3D3LIOTnCAS

do Con~re8so No.cional _.:::..:..:.w.: .........

do SuproY:lo Tri!2.ur~~11 }i'Gcl~o.l

do. Fundaç50 Getulio Vargas

Biblioteca No.ciona1

169

170

A IT --, y-.'J ~~ o s

171

ET,II;NDA RCGE·~~NTAL

o Supremo TribLUEü Federal, cujo.s prerrogativo.s con~

ti tuciomlÍs ,c; stno l)rote[;ic18.s l;ela Qfirmo.ç3.o d.::: sua independê!!,

cia, nno po~ia deixar de Délrticipar das vicissitudes do mome!!,

to presente.

~ qucmdo' avulta, com sinGular envergndura,

ra llO seu PresidentG, rJLW repre,'::;Gntu o ~lribLmal, C01JlO

de ~1 dos Poderes da República, o PodGr Judicisrio.

a figu­

CIlGfe

Entre

seus deveres irrenuncisvGis está ü de defender a inte:::;ridade

e a COll1pGtGllcia da instituiçno, dosfaL;cnc1o ineoInpreensões, a­

lertando os demais Poderes, esclarecendo a TIaçQo de que a Ju~

tiça tem por missno aplicar a Consti tuiçQO e as lGis e resgu8f,

dnr os direitos individuais"com :i.nteira fidelidade aos prin-,. , . ., 't·

c~p~os ao reGlille uemocra ~co.

o Ministro .r-ilvaro l.Ioutinho RibGiro Ctn Costa, na pr~

sidêncin dGsta Casa, SeRprG apoiado por seus colegas, tem ob­

servÇtdo, com altivez e fil"meZa, os SGUS cLGVGrGS conE'lti tucio -

nais. Tenc'1.o jéi comlJletndo 50 anos de serviç o pL~blic o, dos

quais I'lClis c10 IJ.O dediCCld08 à ma(:;istrutura, c~ue com i=lesar nao

poderá 00Iltdr com sua coollcr8ção por El'cÜ to tGJllpO, tem dirGi to

aO roc"l1hecim.entoJspecial· de seus pares. A maneira mais ex­

pressiva de assinnlnr SU8 presidôncia, ~ue tem sido da mais

alta siCnifieaçno pnrn o TribunÇtl e parn o País, ó estendê-la

até o té:rr;üno de sua jucUc::ltura. O Ministro Ribeiro da Cos­

ta dcixQrá, nssim, Q atividade judieiéiria no mai~ elevado po~

to da magistratura, que tem honrndo nas circunst~neias mais

difíceis, arrostando dissabores e ineompreensõGs.

A presente emenda reglm?ntal, que Qtende a esse prQ

p6sito nno é apGnas uma homenae;Gm. 1: também o tGstemunho de

seus colegas qUQnto n dicnidQde, patriotismo e elevaçã9 de

SUQ conduta, neste conturbado momento da vida nacional.

AcrcscGntnr ao Regimento a seguinte disposiçãotralli --si t6ria:

172

"0 Uinistro Ãlvc,ro I,Io'J.tinho Ribeiro da

Costa 8xcrcerá a presid@ncia ao Supr~

mo l'ribunnl rcç1eral até o tÓrL~ino de

sua judico.t'--lra."

Sala das S8$S9US, 25 do outubro do 1965 - Ass. -Cãn

dido Hotta, Filho - A. G. La=Cayotto de Andrada - Hal1ncmann Gui

maraos - A. Gonçul vos de Oliycdra - Victor l'Tul1es Leal - Hermes

Lir:lG. - :Cvanc~l1o Lins G Silva.

Os Srs. Uinistros Luiz Gal1otti, Vil1as Boas e Pe-

dro Cllav()s, quo 89 oncol1t:;:'a:L~ ausr,mtos, foro.m consul tac.i.os o

apoiaro.m a cLlonda.

173

c ic18l~0 cL so aut OE()r.r::~XI~i vizar, oc1i tOLl o At o Institucional

r~Q 1, (LL'..()~l-:):;~:"~T (~OS ~)oc~(jr;::;s <':xcepcionais conforidos ao

P"-'cc"iclento da RopLlblicS11 lJrc;30:cVOU OTll (J.LH1S0 sua totalidaLle

a C o::''1sti tuição de 1946. Ficou cslro..cteriz2..clo o funciona.m.en

to da coexistôncia de) LliE ost,].Çlo do fato e l1I.'lostado de di

A ~istancia ontro a loi

o a ro::lli,lac.1:; f(1i ,--l,lu:=n :10 conflitos ontro o Supromo e o

~xocutivo-acvoluci~11rio~

2. O Marecb.aJ.. Castelo 13r'-:m:~c 1 libor81, . ,. 1 o" 1'" 1 . preservar o prll'lCr'no (, () ll1U i.;IJonc enC:.La o larrJODEt

procurou

dos pod~,

ros, ::.:lesmo contra, in.icial:u>mte, CI. press8.o da :'lin11a dura".

C once bou ole o Supremo cono uma Insti tt'..:J..ç2í.o o.utônor:El ou UIo.

apôndica do sistemo. politico rovolucionjrio?

3. Quando o Supremo veio em defesa da Foderação nos C2..S0S Mo.u

1"0 Borcos, ?:icuel Arr2..(:)s, Soixas Daria, caso do Amo.zonas, o

ex-Prçsidento Castelo Branco ros~oitou as decisões do Su -

premo. Isto teria sido urna do.s causas do Ato Insti tucio-

nal nº :7

4. Nas concessocs de :1',:.Qe~'C?:.:-c.9_::!-~p~§. em favor ('.0 2:ovorno.dores,

prof(~ssoros, politicús, ficou evidento, conformo se deduz

das ontrevisto.s do ex-Prosidonte Ribeiro da Costo., eI.1 def~

so. da autonrnnia do Supremo e do então Ministro Costo. e Si!

vu acusando o liberalismo do Supromo, quç a situação mili-

tal" inac.bi tia a inde:pendôncio. do Supremo. Que diz

Excelôncia?

Vossa

174

5. O Ato 2 (27/10/1965) o.LU.l';~ltOU o mhac:ro do r:linistros de 11

para 16 (} () l~ccruto.nQnto elos Ci:L1CO 2Jembros foi feito den­

tro eb ~lr':;[, udcm.ista, nõ'o foi Ulil erro t6tú;0 do ex-Presi -

dente Castelo Bro.ncG pansar cue as decis~es do Supremo ema

navam do (>spíri to pal'ticlúrj_o dos seus ill81"l1bros?

6. I:Iesmo C 02,1 Q nova cOL~.:osic80 o SUrroLo continuou decidindo

dentro elas r,orrno.s cor::.sti tl~cionais c institucionais vigen -

t ~~ . t· . ~ ~.,. d es. L.us ~)erSlGo lU él conVlC']Clo reVO.lUClOnarla e que as

tondGncias cl2.s sentenç2.s }'rolo.tadas er8.1:[1 político-p3rtidá­

rias, daí él. novo. int8rv8nçõ'0 no SUl)!'emo COB o Ato Insti tu­

cional nº 6 (1º/02/1969), reduzindo de 16 para 11 o nLlmerO " •• I . t" '1' • t" X b etC BlnlSOGrOS e él.J:)oscn "anno pUnrGl v (]Jüen-ce os res ··0 I;lGm ros

(lue tiveram. él.tuaç õ,o partid6ria 1)8 s cOdista/pe to bista. O Su­

prelilo porsistiu OH c.1!·cidir (1c:ntro do qUiJ.dro juríO.:j.co-soci-

0.1 bro.si1eiro, 01::1 YLllln valendo a novél. intervenção. As cau­

so.s comporta;::cntais ,los !.~·Jmbros do Supremo não tendo cará­

ter político-Inrtidúrio lr.)vara;.1 a Rcvoluçõ'o a reconhecer o

equívoco do diagn6stico das Tll.c)smas e 1")aSS,,1r a oncnrar o Su

premo como InstituiçQo nutônoma?

7. UI trapassac.1os os períodos er:locion8.is da Revoluç'Eio, progn0ê,.

ticu-s\") LU!l-::-L tendôncia pura o rotorno::to I.;stado de direito.

A resistência do Supr8I;w na proservação dos direitos e li­

berdades indi ViCluo.is e eb l.:.egemonin dos poderes desarmados s

historicamente, nno pode ser Cefinida COmO um dos crandes . , . t ~ Q ;L .. nJ?ut§. da ~J.o.rchCl Q dlS ençao.

8. Outras considor3ç~cs.

-_.- ---, ,

ir. l'LA. Por equívoco alguns questionúrios fora.rn distriblliclos

com o nLlmcro 5 (cinco), impliccmdo, em algLUllas resP9§.

tas I;or parte dos ministros, observaç~cs corretivas.

175

iLinistro AlioElar 13al08 iro:

1. Penso quo todo Po:}cJr do f'lto, C1UU estabeleoe normas para

seu I)rÓpl'io fUllCi Dl1n:::18nto, autoliElÍtQ-;-se na nec1icb em que

d~f~ne ta~QtivaTIonto sua compot6ncia. Isso nconteceu no

A.I. nº 1.

Conflitos entro o :=;x"cutj.vo c; o Juc1iciftrio, nO$ I:rimeiros

anos da Revoluç50 do lS64, creio que n50 houvo. NOEl o Ju­

dici,.h'io doixou dCJ roconl'.ocer oficé:cia às nOrInas de exce­

ção (1i ta(bs lJolo COl;:ando Rovolnoion~-l:rio, ou pelo Presideg

te Casi;Glo, ncnn. esto necou clLB1)rÍTIy;nto às docisões dos Tr;h

blillais. HOUVG, é vOl'llnc1G, un incidçHl):ie entre o Hinistro

Ribeiro da Costa, ]?;:,osic1ente do S.T.F., dum lado, e o Gen§.

ral Costa e Silva, Linistro da Guerra, do outro lQdo, mais

pelo temperaElento bolicoso de aIJ.bos"que oram livres-dize­

dores do çue por motivos i~eol6Gicos.

Para os (jue ontodG~_~ quo Direito dlli'l país é aquele constit~

ido pelas leis eletivClnentc em vicor e de fQto executadas

eD certo momento - sem marcom à violaç50 doIas eil nome de

Direit9 No.tural - não houve c1ist;ncia entre a lei o a roCl-..

lidade. As nornas dus Atos Institucionais nºs 1 e 2 fo-

ram lois, segundo o Diroito da époCQ, ontologicamonte fa -;­

lando, isto é, som juízos do valor sobro aC'luolos diplomas.

2. A meu vor, o PrGsidentc Castelo a dospoito das pressões da

"linha dura", ou de quaisquer out ras, rc~ spo i tou o princi -

pio e1o. indopend3Ecia o h:;lrTaonL'. dos poderGs, segundo aC}.ue­

lo DirGito ont50 vigGnto. O Judiciário, aos olhos dele,

não ora um "élpônc1ico", Das lUll 6rgão dél estrutura politico­

-constitucionéll, sogundo o Diroito de emerg5ncia que a ~e­volução criou e p&s om visor, sem desobediência do povo.

3. No caso I:Iéluro 13orges, quo obteve hélbeéls-cor:2~ê.. do S.T.F.,o

Presidente Castole> decr(Jtou loco em seguida, a intervenção c

deu dela imediato conhccÍillJnto ao Congresso. Podia fazô-

10, , segundo o Direito da época, 8 seu ato nno foi descon~

176

tituido >;10 Congresso. l.ao creio CU(,') osse epis6dio tenha

sido umo. do.s cc'~USo.s eficientes do A. r. nº 2, que, a mçm

ver, rcsultou,do. converg0ncio. Qa Dut~os motivos efico.zes.

O livro do Sr. Lllf;;; Vio.na Filho sobre Castelo Branco LlOS­

tra isso muito bem.

4. Já: :~lC referi ao tmnp ero.ment o o.rrc bato.do o Guerre ir9 tant o

do ProsidcLtc Ribeiro do. Costa quo.nto o do Genero.l. _Costa

c Silvo., Qnbos bro.siL;iros com [;ro.ndc;c3 serviços à Ilaçao •

CrGio c:ue h:1Vio. nos circulos do. cLcnno.cb IIlinho. c1U+tl~' eles­

confiQnça em rclaç8.o aos ministros nomeo.elos por ~.~ •• e Jan

[:;0, ou, mais cxatm;lOntc - lLlvia anto.conismo do S.T.F~ em

relo.ção ~ esses mOGistrados por suas opini5os e filosofia

política. Isso á in0vitável em po.fses quo, como o nosso,

os :SUA, o o. Arsont ino., têm tribLmo.is com o.tribuiç '98 s poli

tico.s no mo.is nobre:: sentido do. p::lavra "políticas".

5. A DOU ver Castelo Branco, dio.nte,d~q~ele antagonismo do. R~

voluç5o aos cinco mi~istros do S.T.F., cuja filosofia poli

tica elo. rcputava hostil ~3 SUo.s diratrizes, encarou duas

s oluç 5es c1rástico.s: a) 0.;1030nt1-1 os, como fcz Vargas em

1931, 08 relo.ç50 aos juizes exocro.dos pelos rev01ucionárioE

de 1922, 1923, 1924 c 1930; ou b) elevar d~ Quase 50% o nllr.l.CrO dos ninistros, como tentou fCl.zG-lo F,D. Rooseve1t

2.0S "JusticC8 rI incor'~)cttiveis com o Now DoaI. Co.ste10 co

~~~ecia pürfeitufllonce o lJrojoto ele "J2Q.ckin;; the Court ll , ele

Roosevolt, pois o. ele $o,refertu em conversa comigo cerca

jmc1a seno.na untes do A.I. nº 2. Preferiu o. soluça0 monos

b~uta~ e quo viria o. corrigir o. conGost~o das pautas do

S.T.F. HElO,C.O lJetre:::!e c:uc tivesse cometic10 1 com isso, um erro t::'ltico. :GEl polític rQrClmente a oscolha 6 ontre o

boY2 o o ruim, m2,S emtrÇ3 o. nonos D3 entre duns s oluç 5" s más,

sem melhor Cllterno.tiva.

6. O A. I. nº 5/:t~,5U muc~ou fUYH1:lInontu1mcnto a estrutura cons­ti tl,,,,,.Lonal, sLlFJpenc1ondo q~l8.S0 tC)dQ,s, 'êlS garo.ntias da Consti ~uiçao. - Castelo do 1967. O S.T.F., como n~o podia do~ _

xar de faz@-lo, cumpriu o Direito 02 vigor, o desso A.I.nº

177

5, já quo nao El8.is viGor~lva,en sua parte mais importémte,

a Constituiç~o de 1967. Naturalmente, sua j~risprud~ncia, a pél.rtir du Ievçreiro de 1969 ((}u3.ndo recomeçaram seus tr§:.

balhos ap6s o A. I. n Q 5/68),foi nenos liberal do que at6

dczo0bro de 196C, porque 9 mudara o Direito novo que ele

estava adstrito Q alJlic :lr. na interl)l~etQç~o desse Direi tO I

l~avia craduagõos nas opiniões dos 11 Uinistros, cujas ten­dôncia$ J)0ssoais inevi tavelmentr:, vQriavam, como çontinuam fi variar. C, nc! smo oc orre ~1a Corte SL'_l)rema dos ruA.

7. Creio Que sin, me..s a volte.. Q plenitudo do estado de direi­

to depen:erá ElClis clDS atos e e..titL"i.des do Congresso, do Pr~

sidente da Repúblic? e de outras instituições nacionais, §:.

l6d do pr6prio povo. Deste, contei já,o que ouvi dLWl cor~ nel eleitoral dos sortões: li povo, Dr. Aliomá, 6 a Maria~

-vai7ç9m-as-outras; mas as outras s6 vão para onde ela • 11 val. •••

Rio de Janeiro, 07 de junho de 197~

Aliomar 3aleeiro (Firma RecorJlecida)

2ª pOrcu1).tCl.

Respoota:

tlinis-cro Luiz Crélllotti: 178

o ProsidoIT~o Custolo ~ranco conçooeu o SuprcTIo Tribu

nal Fc-~deral CDno LL~lD. instituiçêio autôno:na. lTo período om quo

lho foi facu .. lt=~c1o a:;)osontCl.r SCH"v"idoros pLlolicos, inclusive na­

gistrQr1os, ;jmlQis us ou essa faculc1Qc18 c ontr:1 ministros do SLlpr~

no Tribunal F~cl"r;r:J.l, OLl.bol'Q sofresso fortes pressoos no sonti-

do c1e fazô-lo.

3ª pOTC;U1).ta.

Res]Josta:

Pemso ~

llL1C :r~8.0. As CClusas do Ato Institucional nº 2 fo

rm:l outras, ('OElO boy."" SO, vê no livrÇl de Luiz VianCl Filho (O Go­

ver-['~o Célstolo TIr_lI'.co, p.332 a 355). T~leitos, on outubro de

1965, Govornaclorcs do lliECtS Gerais e Guanabara, respectivamen­

to, Isr:lol Pinlloiro o Frcmci:Jco IToGrQo c1e Lma, Eui tos dos mi­

litares que h::'1viClYil feito a H~,Noll1çQO to:1tara.rn impedir que os

dois c;overnac.1oros, tOEQS;3err. posse, no quo não élnLlÍu o Presiden­

te Castslo ]3rcl:~.'.cO. As corrcmtcs revolucionárias cheG"Qram afi-

nal a Clcorc1o o o Prosidente enviou ao COllGre$SO LUna

do o~,~enda C onsti tucioncll o L1Ll pro joto de leI: ante a

proposta

recusa

do CÇlncrosso em al)rov6..-1os, foi ~)rOI;lLlIC;ClllO o Ato Institucional

nº 2.

Hesposta:

nêio so podo c1izor quo os cincD oinistros do SupreDo

'lribuncll Fode:cCll nonOD.C10STL lC)65 tivessel,l Sélído (.10. área ude -

nista, )ois dois jal.~ctis pi rtenCer8.L.l a ola: Carlos T.Iodeiros Sil

va o j~cblício HO~LleirCl., SOllct,) c~n9 oste, Jl'1.c1CiS·::T::.,do de carreira,

ora então desenbarGador no. 13a~lÍa. O Supremo Tribunal }l'edoral,

por Lmanis.liC::l(~e, ou reunião d',] c~ue pD.rticipoi, 9lJin8.ra contra­

rial-:J.cnte ao aunento do nLluJro de seus ministros. IJas o Pres:iden

te Castelo Branco, que resistiu com firmeza à pressões dos que

reclaLmvam o afastáIc1ento de rninistros, considerou prcferiyol éLl

mentar-lhes o nLúncro, Gr.~ vez l~O prQtic~lr aquela violência. CUl],

pre, tanbém, notar que j aL'lais deeis õc s do Supremo Tri b~mal Fe-

dcrn.l omClllnrmn. do espírito partidário dos seus I.lcmbros. Elas

17~

ern~1n;lJ::'[lm, sim, da convicçQo clt] cucb l1Ll dolos, toc19s fieis ao

seu jUl'êlw::mto de CllLllH'ir C!. C Dnsti tll'"i ','80 o as lo is. O que Ocor.

rou .-5 ClUC ostas nU:[;1 COI.,-·,-n"'--;. coincidiam COIU 03 objetivos da RovE

luçQO e, cnc-LU.::,E~O n7lo rovoGac1c.ls ou GI]ondy,(bs pelo Poder conpe­

tonto, ao ,Tuc1ici;-';ri o :3 6 cC!. bia a~~Jlicá-las.

6ª percuI;lta.

Resposta: -,"1

J..:.J:L!. nao i'orn.B 8.poc(;ntCldos p~n:i tivC!.memto cince

sinistros do SU)rCDO Tr~bunal c, ci2, tr&s. ÜS outros dois a-

posGntaran-sG, a pedido. LQuGlas trôs, aposoJ)tadorias não SG SE.

guirm2 ao Ato In:3titLlcion~ü nº 6 (1. 2.1S69). J?o:ram antoriores

a osc~o Ato e IJaS0!êl(~aS no i\.to Institucional nº 5. Devo o.cemtu­

ar qU(~ os três L,Í:L1i3tros, a·t;inGic~os janais profGriram julgamen-

+ 1 ,. . t . 1/ . " - . '" 1 uOS po J.:t;~co-par ~C,-~::L"~Of1., iJo. Cl~gn}.([ace COB quo oxc~rcer8.TIl a

função judicante cLei pl':iJlico tcstenunho, no dis curso COE que,

l)res ülincl.o a :pr:i.,IJ.e iro. rOlilli::lo do Tri buno.l, o.p6s as, férias, eü

fevereiro do 1969, res pro'-ltGi Cl Llovic11 hOElenaGGm. As Bin::.lns

po.lavras, GB po.rto, estão reproduzidns no livro dG DOD6rins do

Llinistro EOl".E1GS Lir:l8., ~r=:v8sGin (capítulo :finnl, SG beE mG re

corda). Não :lOL:'V'~ corrGlnc;Qo ·:mtrG o Ato nº 6, que reduziu o

nlúilcro de BinisJcros de 16 l)nr8. 11, G ns nIJOsüntadorias puni ti­

vns dG trôs dGlc;s, as qunis como já disSG, for8Jl1. nn-ceriores. S~

gundo ouvi do Llinistro da Justiçn, Professor GnDa e Silvn, quis

o Govorno, Gxtincuinc10 os cargos dos ministros aposentados, e­

vitar a su~osiçao de quo tivosse qijerido obtor a abertura de

vagas, para nonear novos ministros.

Penso que a Revolução DLillcn dGixou de c;ncarar o Su­

prOBO Tribunal FedcrC!.l como instituição autônoma.

Subsídios podarão sGr encGntrados no discurso (c6pia

anexa), com qU8 agradeci o jan·~nr quu :r=l<9 ofGreceram os o.dvoga­

dos, ror ocnsiQo da ninha aposentadoria.

Rio de Janeiro, 07 de julho de 1975

Luiz Gallotti

(Finna recowl0cida)

180

lTo C:liSCL'.I'SO COL: (lU(;, '::'::D 1951, SJ.udci, eEl nome elo Ss.

1'1'01:'10 Tribu~121, o iro..ol vic12'1C!1 llinistro Ani bcll Pre ire, no 0.1)rs

~:(mto.r-sc, fiz r<)i:'crê.nc io. õ. pro.xc do s 6 ;, OZlenCl,..:;c;o.r o TriblLnnl

os sous juizas ao snirom a nao ao cLogarem, dizendo quç isso

ocol'ria 1)01:' -Gi;r a ::'-~oI1anClu.;L'l o ;::h;lltic1.o ela mn julcamento.

Por lm::.l. considorélç80 análoga, rcc'v18ci o jo.ntar que,

no nnt igo Distrito Fadel'Cll, \juiscr[~rl o:;'crecer-me os 1 advoGndos í

quclLuO, em 1949, fui nODeado juiz da Corte· Suprema.

Aceito-o agorn, 1)elo (lUa sicnifica de honroso :para

miI1 e atento à sentença do insi~»o Podro Lessa, de que os ad­

vogados s~o os juizos dos juizas. ~

razno espocinl para aceitá-lo.

Qunnc1o, ou jaLoiro do 1969, tive q~2 voltar ~ ~resi

dônciu do SrLllrano TriblLnal I'edcro.l, por ser o ill_lÍs antigo dos

saus I1ombros, um eminente ~dvoGado, Sobral Pinto, grande en -

tra os lEctÍore s do suo. no bra clo.s[~o , diverGiu de: mim, por en­

tonclçr (llF) to llos os YJF:nbl'o S cb Corte Supremo. devarimn renlLn -

cio.r.

Trocffi:O.Ç)S (;ntao Co.rt::'1s quo cl1aGo.l'CL"'11 o. o.tingir corto

~rnu de rispidez.

Nn oraç50 que proferi, eD 10 de fevereiro do 1969 ,

no eL.lpos:.:ar na Presid3ncia e Vico....l?residGEeia, respectivamen­

te, os eminen·ces Ministros Osr:nldo Trigueiro e Aliomar Baleei

1'0, extarnei n convicçao do que a axistência de Juizes e Tri­

bLUlnis, TI8 smo ,J stctr_,.o ClS :S21'antj.as dos Dac;istro.dos tro.ns i t6 -

ria e substcmciQIL.1cmta rO(L:~ziC[ts, rQIJresanto. ll..r:1 mnl TIanor,ro:Ls

perflite, sem intarl~pçQO, o o.pelo ao Poder Judiciário e o

pronLillciamonto de Juizes, que, ambora sem a plenitude das ga­

rantias inerentes o. suas funções, se dispõem a usar do sua

força BOl'o.l, sujeitos o. riscos e so.crificios, para garanti 7

rem, sempre que isso caiba, os direitos losaGos ou ameaçados.

Acrescontei qU8 a SOlUÇa0, por n6s preferida, fora

181

a adotal:a )ola F' .. aGistratura nacion,.ll, rnlirosontada inclusivo

por :muitos dos GOlW crnnc10s vultos, eI:: fasGs como as que se

sOGuiram à vit61'io. c18 RevoluçQo do 1930, 8. jJ-clplantação do :8s.·

t~do Eovo C'.C:l 1937 8 C~U trim:fo e18. Revolução de 1964, quando

suspensas foram CQ.rantias func.1D.l:18ntais que proteGem a indepeg

dôncia dos Jllízes. C ontinuo.rm:. (310 s nos seus cargos f po.ra que

o POdçr Judiciário continuo.sse, como instituição perrrmnente

que ó.

Acentuei o.inJa n20 ser idoal ou sequer desejável o.

situação provis6ria eci çue nos oncontrávamos, po~s o dosteDor

"1 "t' "" ~ 1 nao se v~ncu a necessar~aDon e o. concuçao lLuuana.

E disse, eD secuido.:

quanto

antes, 8. normalidade dqs relações entre os Poderes. Enquantc

ela nno vier, lElyeDoG de portar-nos como homens honrados, qUE

mereçam respeito. E, C 0:'1 (, disse o saudoso Hinistro Hermenegi1

do de Barros, Cluando, juiz no interior de I\Iinas Gerais, Dle

ameaçarali'l não apenas prerroC:J.tivas nlas a lJr6pria vida, há de

aoom::}anhar-nos $OI~pre aquede rü-2 do DcLÍ or que superél e, destr6~

t0c10S os outros: o modo de faltan:ms ao nosso dever!'

1,1esos delJois, em 4 de jl1nho de 1<:169, ap6s "uu vote

que lJroferi, escreveu-me Sobr::ll Pinto mIla carto., no. qual se

reportav2 ao epis6dio histórico em que Ruy Barbosa, dLITante c ~

Govorno de FlorLmo Peixoto, beijara o. mo.o do Ministro Piza (>

All.18ic1a, ilor ter l,ronlillciado UIll votÇ> vcmcido, quo, aliás,l{O~

co tempo deIJois, se tornclrio. vencedor. Dizia Sobral Pinto :

"''Nno fora o ridículo de quorar comparar-me a Ruy, teria idt

beij2.r a sua mao" paro. lCY~lbrar IClEOSO episódio da história gls:

riosa do Supramo ll• E, ap6s ~azer-r;le excessivos elogios, so

t 1 ,,', "11 " mon e ç e-'1lGOS Q sc._a eXGrc;Ll~l ceneros~Clnc e pnra coml;So, acres _

centou: "Você- encc..u--r:.ou um Supr<?ll1o, 6rgão da Justiça Soberam:

indep'el~ente, aI tiVe, e corajosa. Sno estes Gostos, estns at~

tuclOS, (;ste$ comportnuontos que me impedem de doscrer na obre

dn Justiça ".

lJra, parece-me, o inequfvoco reconllGcimcnto, pelo gr

de advogado, c10 que pode hnver Juizes independentes, mesme

182

estando eles com as suas garantias suspansas.

Em. 7 de fcrvoro ira do 1~7 3, o eninel;lte l\Iinistro Ali2-

E:'é1r Balea iro, ao de ixar a Pros ic1Gncia, dizia: "Para honra no§.

sa e da Nução, os tl'abo.ll:os desta Corte desdobram-se na mais

absoluta ordam, sempro inspIrados em aS8eG~rar a todos a ple­

nitude dos 88US direitos e barantias, sem l~litaçõos senão as

decÇ>rrentes da leGislação om vigor a à Clual estamos adstri­

tos. Sobre esse assunto, adoto as coneideraçõos do Presiden

te Luiz Gallotti qu~ndo enpossou, em 1969, o Presidente Oswal

do Trigueiro".

• r.J"l ". ~ -.. ' ri 1 . t :8ra a COnflI'TIlaçaO ltO JU1. 0 aCto",] (lUQ aGora rel e-

rais, penso ~ue de maneira irrocDrrív0l.

l)on Juo irEl)O::i.,t:.,ntc, em nossa promotida e eS1Jarada ev.Q.

lução pa~ o T~stC1.(10 ae Direito, é também o ~ue diz respeito

às r';'-L'antias prutetoras do livre exercício da profissão do

_LlvoU':tdo.

Nõ'o faz muito t8El)0, o Supremo Tribunal Fedoral as

roconl~eceu e ]lrOClnLlOU, nL1I;lo. decisão mC~'lOrávcl d8 quo foi re­

lo.tor o erclinente 1.1inistro Xo.vier de AlbllquerqllC, a qual, en­

tretanto, não tove a divulgo.ção ClLlC deveria tor tido,pois as­

segura aUéÜQ,'l1ente o direito do adVOGado de entendor-Çle com o

seu clionte, mosmo nos casos do prisão incomunicável.

Não basta que aquelas garantiae, assim como,as que

protegom os cidadãos eD geral, se jam inscritas na lei. E ne­

cessário que sojam efetivamente respoitacLas.

Te:m.os visto, infelizmente, advogados presos, porque

confundida suo, condiç30 COI'l a de seu cliente, ou para que, s2,

bre este, prc~stem à Policia ;j..nformaç ões que a ética profissi.Q. ~ ~

nao nao lhes permite prostar.

~ essa Q8a situação intolerável, que certamente não

corresponde aos prop6sitos dos altos detentores do Poder ~e­

cutivo, aos quais cabe providenciar para que ela não perdure,

asseglITando an ~ranquias essenciais ao oxercicio da advoc~cia

e, };l0rtcUl-to, ao pr6prio funcionClTIlento do Poder Judiciário.

Profillldamente aGradecido (agradecimentos que sao

183

meus G de minha :mulher), t:,'Uo.r(.o.rei, iJnl)')recivel, Cl. recordação

desta festa e COL ela Q dos loncos anos em que, advocados e

juizes, sorvinclo a U2:1 idoal COTümn, seI1pre acredi tÇl.TüOS, com f~

inabalQvel, na perenidade do Direito e da Justiça.

Hinistro Adalfcio nOGueira:

.... Prineir8, quest8.o:

Não me parOC(3 l:::..tvGr 8xistido cluc1.l11uor conflito entr? o Su­

prGmo Tribunal Fec1Gral e o :C;xecutivo-RGvolllcion8.rio. NomG~

elo ninistro dGssa Excelsa Corte Gm novel.~bro de 1965, jama:j.s

perce bi a ocorrôncié:l. da si tuaç 3.0, a qUG aludG a perGlmta •

• Segunda questio:

O eminonto Presidonte I.I::1rcc::al Castelo Branco sempre tim­

brou Gn ClCQtur o principio CIo. inc1epel1dênciu e harI10nia dos

poGeres, buscando sj_tuar o SllproEo Tribllilal Federctl numaIQ

sição de verdadeiro' QtLtol"!.omio.. DesconJ'lEjço qUQisquer pres-~

soes que tentassem dosviá-lo dessCl rota.

No qUG toeQ 8 tOTceiT8. e Cluarta Cluestões, nada posso res _

ponder, visto n.ue, ~ él)Oca em (lue SG deraLl os fatos argui­

dos, cu n3.o tinJ:.La a honrn C1.G CüIíLI)Dr a EgréGia Corte, nao

possuindo, QSSL:J. dç.dos e Gloucntos, para o.ln,->o'Íq-r., com se­

gurança, o assunto •

• Quinta quest~o: O aumento do núucro de ministr')s do SUprGT!lO dG 11 para 16

membr08 foi ocasionado, oxclusivam9nte, pGlo eXCGssJ de

serviço, qtêe curnulava aquGla CortG. A lllGU VGr, não foi o

critério político que inspirou a nomeo.çQo dos seus novos

conponentGS, 1).8.0 obstante alcuns delGs serGrfl recrutados na

1reu udenista. Isso não ÍITpediu qUG, juristas eminentes ,

comQ Gr8.Jil, cl1IJlpris;:.~em, com inteira exaticlão, os seus deve­

res. A redução posterior do nÚTiluro de ministros de 16

para 11 (Ato Institucional nº 6) n50 modificou a orienta -

ção salutar do Supremo, no sentido de decidir sempre, em

obediência ~ loi e ao direito, consounto o seu critério

tradicionCl.l.

Quanto à,sexto. questão, julgo prejudicada com a resposta à

anterior.

Hão obst:::mte as rcstriçoes contirlas nos Atos Institucicmis,

motivadas pelas circunstâncias excepcionais que os ditarlli~~

185

tudo nos induz 8. cror que marCh8IJ.OS cradualm.ente, pare a

nornaliclac1e ir~sti tu(:ioYlal brasilGirn. ~,seTI dLlvida" va­liosa a contribuiçno do Suprem.o, para essa finalidade.

Rio de Jane :Lro, 07 de julho de 1975

Adalicio Nogueira

(Firma reconhocida)

186

Hinistro Hermos Lima:

E inogável que no curso da revoluç~o de 1964 houve

preconceito em rely.ção QO SUl)remO Qlimc;ntc~do por setores da

cllé1mada linha dura. Historica e srJciolo[;icaraente, as rev91u­

ções estoUrQrQ.1H OEl cli.mQ de violência e nele se embriarsam. A

prim~ira conseqL'tência desse fato o a l)rocura de bodes expiat,Q,

rios. lios bodes oxpiat6rios elas concretizrun o irapulso inic1

aI de desforra, vQ.Co no ardente; c1esejo de vin,-,:ar, de punir,de

auto se afinnarem.

Pelo seu equilíbrio e clarividência política, o Pr~

sidente Castelo Branco tudo fez, o nuito consoguiu, para po~

par o Sup1'(~mo d8.s invostiêi.as do 1J1'econooito revolucioDurio.:c:Le

sempre concebeu o SU:0rGElo COE.O incti tuição Qutônoma dentro do

sistema constitucional em quu ele se enquadrQva desde a Cons­

ti tuição de 91, como tribLUlo.l destinado a jul[;::"r pela prova

dos autos, pela interpl':3tação c aplicação dns leis vigentes.

o ír:lpeto do r:'i.cUcnlismo rovolucionnrio desfechara

LIDa onda de medic1Qs,punitivas eIl que sobressQi'l.:: os inquéritos

policiais militares. 1-18,S, segundo ncentuei em meu livro m ~-

veesia, não se Ilerturl;lOu o J:1ribunnl na tumultosa ambiênciâ r~

volucionária da opoca. Não desertou o dever de nssegurar,pe­

la aplieação objetiva da lei, franquias con$~itucionais prot~

toras da liberdade e segurnnço. dos cidadãos. Foi wn momento

de instauração de inL1Ileros inquéritos pol iciais-mili tares que,

nem por serem mility.res, deixavam de estar subordinados a ní_

tidas Ylormo.s legais. lIas, no ardor revolucionário de servir,

de defender, de punir, de depurnr~ era freq~ente que esses

inquoritos chegassem ao TribLll~al com prazos estourndos e, na

qualificação legal do ato apontado como de~ituoso, alheio ao

enquadré1mento eSliecífico previsto na norma. A inexperiência

das comissões de inquérito pal--rtin, muitas vezes, da premissa

subjetiva sobre o ato ou fato objeto da investigação para o

texto,da lei e não deste po.ra a mntória em processo de julga­

mento. Res111to.VQ que Q especificidade do ato ou do fato, além

187

de nao corre~)poncler 0.0 onq'vlD.dra.LlO1)to le(~c,ü sUGerido, si tLlaVa-O

fora ~o alcnncc de so.nç~es penais. Todo o Tribunal viveu essa

situação, quo não mudou no cri tório \~9 o.plic8r a leGislação PB!: tinonte pela presença de novos juizos.

Ao Tribunal não ora licito posiç~o diversa e dela .a

Corte Suprema poc.~e orGulhar-se, IJOrllL18, uIJ2Sar ela c. on jLilltura ,

se manteve fiel a seu dever e n sua autonomia, jul;,~ando na ba­

se da lesislação viGento.

A P9sição do TribLmal c(~rtamente irritou sotoros re­

volucionários. ~ possivol quo o rccocllecimonto desse fato,alám

de haver no scntido do aml1ento do nLUl1CrO do juizes, reivindi -

caç~es autorizadas, to~m lavado o Presidente Castelo Branco

a aumontar de 11 para 16 o nLú:18rO de seus membros.

As no:rjeaç õos rocair8D em nOYü8 s de oxpoontos naci ona­

is das ati vicbdes a q:,L: se achavan ligados, de modo (Jue o Tri­

bLillal s6 Ganhou com 03 novos mo.Gis'trac.1os que reforçarnm a li

nho. independente e sereLa do. Corte. As nomQaçoos honraram o

Tribunal e llonT'aro.m o Pr8sidonte quo as fez.

:escrevi em ~gyessiê:.: ":De ~,lOdo todo nosso o que tem

traLLrn.atizado 0., fungão 11Í'ototora (-:'0 Supremo 6 él rotura dél ordem

constitucional. QUé:mdo elo. se verifica, o Poder Politico arma­

do e del il:J8rante 9 eriJindo seu o.rbi ,rio em, normo. do ação, vai

até o extremo c1e julgar os pr6prios juízos. Ora, o Supremo :noo é o ant i C;OVCTIlO , porém Luna peçél, l10 goveTIlo. Suas decisões co@

l)~em télmbóm a voz gov8rnamental. O rucGnhecimonto da missao

de protegQr a cidéldania completa a estruturo. cívica e juríd~ca

do Estado. nêio é s6 o Poder Exec'.~.ti vo que falo. pelo Estado. Os

poderes IJLlblicos, omb ora autônomos, tendem fundainentalmente él

trabalhar em ~larmon:j.a, porque são expressões políticas da mes­

ma estrutura social. Toc.los nascem da mesma f',illte, convergem

para os mesmos fins, p ocam idênticos valores. Eis porque o

Supremo não félZ o élntiGoverno qUélndo, na missão de velar pelas

libordéldes e c;aran.t ias, julgando nos limi tos das leis viGonte~

concede ~beas corpu~, declara nulos atos administrativos,onug

cia aIDconstitucionalidade de leis, pois tudo são aspectos do

funcionamento do próprio Estado; aspoctos que na dinâmica da

188

sua atividade G na totalidade de sua vida se absorvem e p+od~

zem efeitos, sem pôr OTIl perigo a ordem institucionalizado..

Rio do Janeiro, 83 de julho de 1975

Hermes Ilimu

189

liinistro Antonio Gonç~lvos de Oliveira:

Resposta:

No Jiscurso COD ~U8, no oxorcicio da ~r0sidancia do

Supremo Tribunal, tivo a honr~ do recobor o Presidente Caste·

lo Branco, na sua JltiD8. visita ~ Dais Alta C5rte, nas v6spe­

ras de clixo.r o Governo, tive ensejo de ::lCentuar:

IIToclos sa'.JO"DoS CLue TI8.0 6 fácil hdrID.onizar a . ordeE

políticQ COD. os prog:CCl..!.;LiS e prop6si tos rovuluci on:"lri os. No

fervilho.r ~las paixões, n6s, os Juizes, nom seDpre somos OOD _

preendidos. :c (~ue, no excrcioio de nossas flUlções, não pode­

mos ficar a fQvor, nc,m con-~ro., prec isaJJ.onte porc::.ue somos J\.."d:­

zes, esoravos, da Ll~i, que juraJJ.os cUHprir e de acordo com a

qual julGCl.Bos.

IIVosE.~a l;xcelê:ncia, como C:ufo e18 LW. Foder atuante ,

bem c 01).11. e ce , d8 SUEl. part8, as dificulêtac1es da tarefa governa­

mental. Huitas sao o.s 8ncrnzilhadas, os cmünbos dQ ordem d§.

moerática ásporos cc) t'ITlentosoEô, o.s il1COln)reenSÕ2$ S8.0 tantas,

as tarofas são árduas, os sacrifícios, cotidianos.

"O que vale é a cO~1SciônciQ do dever cLlf:lprido, ° amor às instituições republieano.s, a prEjocupo.ç8.0 fiel e cons­

to.n te pelos altos interes ;::;8S 11Qci ono.is ".

Quo.11do ent8.o jUlgávamos, n6s Juizes,011tendiamos que

o lema era o de Rui: "Fela lei, eom a lei e dentro do. lei,poE

que foro. elo. lei nno há so.lvo.ção", enquo.nto 'lue para éllguns s~

tores revolucionários filiados à li~la dura, o lemQ seria to.I

vez oste: Com a revolução, s6 COJ11 a rovolução, a rOVOll,lÇão a"":

cima de tudo, IJorqu8 foro. da revoluçõ.o não hn so.l vaçõ.o. Daí

surgiram dificuldacles d8 8ntendim8ntos entre o Judiciário o

setores revolucionários, embora estos sempre aCQtassom 0$ jul

gamentos da Suproma Côrte, com uma CJUC3 outr8. dificuld8.de.

2ª Questão

190 Resposta:

~ v~rdQde. Concebia o llorcc,nl Castelo Branco o Su

preno COJ:w insti tui~~õ.o autônona e nno LU:1 apêndice "do sister:la

1 " 1" -T 1 l ' - ~ rovo LlclonurlO. 1',0 liscurso C}un r(~:Jponl,ou a nossa saLLLlaçao,m

vis i ta 3cino rc::feri Çl:::1 õ. Al tQ C arte, sua }~xcelêjlcia, c omo pro­

va disso, declarnva:

"Fa Presidê~1cj)J. dQ I~ ellL~blica, ~;rocurei, dentro dos

meus esforços, (J.eseEvolv~Ldos Ü Gélis J)ossívcl, servir à CClusa

pL~blica e 1 de.JsQ r28.~1cira, C}stor c02;~.:.~enetrncl0 de bom respeitar

as decisões deste Tribunal.

"DE jt,lristn brasileiro De ('.isso certo. vez, em umn si

tuaç50 de crise: TIno é possível haver juíZO$ revolucionnrios;c

que 6 possivel 6 hQver leis revolucionnri8.s.

Procuranos ne~:;te caverna, dentro de LLr:J. lecítülO, in

decrinnvel e i~evitávol frocesso revolucionário, trazer para

o BrQs il uma série de lo is quo PO(~OFl "Gor a cQracteristica de

revolucionnrins, ElDS quo,

UH pasc.l o

no fundo, l'Cüo menos, proeurnvnm ll,.;l

à fronte 1 ,L~.a DodernizaçQo nas suas

"S I)\.,l muito reconhecido , ns l.lalav:cns Ainda

deso jo Luis le2"ilbl~8.r: o. Revoluçõ'o ]Jrocurou a~)::,'esent~"lr ao Con­

Grosso l'TacioncLl, quo doliborou sobernnnElentc, um :,.rJrojeto de

Constituição no qUQl se encontra llilia eVOlução para o Supremo

TribunQl Federnl, nunca lhe c1ir:1inuindo ns prerrogntivo.s e a$

nt::cibuiçõ,::s5 J)olo contrnrio, (bndo-lhe mais nuto-suficiência.

I1Acrecli to que t8.1, l)ura cort os element os c onsel"V8.do

ros constitui ur.-:. tl'C1Ç' o n~volucion3ri o, ç o stç tro.ç o rovoluçi.Q.

n6rio será, SOlJ. dllvido., utiliZDclo por V. j"';xa. e seus PQres.

"r:2rLlGo aQui a ninl18. visita, o ueu reconhecimonto e

a minho. revorôncia ao SUj")remo Tribunal."

3ª Questão

Resposta:

Sim, rospe i tou, e é prov8vel r'ue esse seu respeito

à Corte I'.In[.,TIo. do ?Qís lho trouxosse dificuldades }Jolítico-r~

19~

volucionárias, QificulJndos quo sonadas a o~tras, em outros s

tores cl8 vLL:J. pL~blic::l, tiveram lionto culrÜ.l1ante qncmc10 foram

eleitos, 9l":l 1965, os COVC:rl-~~1(10rl~3 de; I.linas Gor8is e dn GuanaL

rn os S:rs. 1srctOl PÜ'lhoiro o lherão ele Lima, fili8c1os ao pes

sec1ismo. Daí choGou-so ao Ato 111sti tucio11cll nº 5, quo clllmen-:'

V8 o nLkloro ~e ministros do SU1JrODO do 11 I1::lro. 16, no. l)rocur[~ ~ 1 °t 1" o ~r o do mm soluçno IXtra os cor~íll os? 8.8 ma queroncl8s com o . rJ_o

bunal! tão sonsível 2~3 SLlplic:c,s9 8.0S pedidos de llo.boas cor·pll~;

4<2: Questão

Ro";!ort::tl:ws no (}UG 8.dL1Zi;:lGS ao ros:"ollller qLwstões L'-..j. .... t~ --o o L "G Tff o 0ros. AC="8:::;centcL~os quo o -...:n ao 1~J.l1lS\.Jro C8. uerrn, /18.ro

cl18.1 Costn.J SilvCt, pera so fortn.locor junto o. chamaLl8 linl18 (

rn, fez, ~~'CT[_121-l;C r: -croIJ::l, y/""n:centos c.cnso.çcos no Supremo. P8r

ovitClr rospost8 (' ,Jiscussõus ontro c }\lirüstro da Guorra e

Presidonto R~boiro da Costa, tão vecmento, os ministros sol~

Dfl.lldato,do dois 8nos para Cltél::ltingir 010 a conpulsórin, " 8.C

70 8nos. Fo.ltav8., ontno, dois anos par8. CSS::l compuls6ri8..

ROSpost8:

As docisõ·s (10 SLl~f)rCmW nao omanavo.m. do espírito po.ro

tid6rio dos Sell$ I1Cl:lbros. =;rm~: qU8.S0 sonpl'o tomadas por Lillan

midado do votos. 0s C]U9 orCtTIl contro. ()SS8.S decisDes jElJIl8.is lo.

r8J2 os seus func1Ctnentos. So lossom o se coloco.$sem e~ nos se

lug8.r tamb6D ao corto julGariam como julgáyamos.

TambéLl na Revolução l'ranc08a, juízes foram sub sti tU:1

dos por outros o, OI-: fc:\C(; das decisDc s dos nOVos juízos, os r,

volucionéÍ:ri08, DCl.l1ton, Robo8pierro, cl8Jnav.2ll1 inconf'orp-l8.c1os e

desolados: "nada m8.is po.rocido com 08 ye:hos juízos domitidos

do quo os novos juízos roc ém-n omo a c.1os li,

192

6ª Questão

Resposta:

não tivo-rnm o.tuat]Qo lJ:::trticLQria :,}essec1istn-1Jetebistn. O que ocorreu fo

que os Atos nº s 5 e 6 c1irainuira C\. conroet8ncin do Supremo. DGi

xou n CortC;) ele julC8.r liap-eas corpus c1el,18Gados por outros Tri

bunnis como h2.beas-..fQÊJ2~ oricin1rios. Os J].§lpoas. c?r}?~ d~

nGG8.dos lJ8.s'io.rmn. a sor ju1Co.clos so:rr::;nte atrnvós do recursos ,

com tramito.cão elcELOrclda o. nos cnsos referentes à. sOP'urc.:mcn Il2 ,J T 0 ..> .....

ciono.1, crimo politico, orc101~1 oconômicct G oconomi2 popular, a

G8.rc.:mtia do hê:B2.Elê..-2.Q.rI2us ficou suspensa, conformo preceito

expresso do mesmo Ato Institucional. Com essas restriç~as,a~

causas de lJossivc;is co~i.flitos fic~'ram praticaBonte superado.s.

Com n aposGl~to.ção conpuls6ria dos Hinistros Hermes Lima, Evar.

c1ro Lins e Victor Hunes, COE1 mou pedido do nposentadoria e de

l\Iinistro Lafayetto dE} Andrada, o Ato nº 6 foz voltar o nLLTIlOrO

de ministros po.ra 11. Com aquclo.s a~osentndorins e as nlters

ç5es nn competBnci2 do Supremo, pordeu-so o intercsse a ques­

tão de nLlrnerO de mi:çlÍstros. :G, o.ssin, pode o ministro da Ju:::

tiça de então, Prof. Gama e Silvel, fnzcr prcvalecer seu ponte

-de-vista de que n Corte deveria ficar com 11 ministros; nãc

fico.ria bem, para a Revolução, seGundo aquole ministro, apro­

veitar a~uE}las vaG8s para nomear juízes partid8rios do movimc

t o de 1964. Podin pnrecer que o Goven;l.O quoria vngas pnrc

sous juristns partidár:;"os <1n ReVOlução. Verc1o.de é quo n idé~

a de nUElontnr-se o nL1Doro de juizes c1n Corte nLUlcn foi simpá­

tica 0.0 Supremo, como o.inda aGora não o é, embora muitos ju­

risto.s, publicistas, cl.c1voCnclos e estudiosos n defendessem e [l

defendnm po.rn esvaziar-se a pautn de julgnmonto, sempre, des­

de ~Uit08 ffilOS como nté aGora, muito sobrocarregadn do proces S08.

7ª Questão

Resposta:

193

o SUi)r(~eo 110.0 tem o..tualmonte encontrado dificuldadef::

de julD.r o.s co..usas c.~uc lh(~ são afeto..s, l)orc~ue houve eliI!üna -

ção dos rJO:ltos do atrito, cor2 dLmin~üç8.o de suas prerrogativas

pelos Atos Institucionais nºs 5 e 6. Croio quo, nao houvesse

sido expoc1ido:J 08[;OS Atos, os confl~tos surGiriam, como surGi -

ram o..ntes da oxpodiçQO dossos Atos. O Supreno foi sempre sen­

sivol aos priLci1Jios de defes·~l c1cts libordé:.1C1es pLlblicas.

Por fo.lo.r cr.l T!FJrC~lC~ paro.. o.. (':1ste11.88.0, c; sto.. até at1n-,

gir-se à lJlcm.a Democro..cia, não teI:1 op08i tores, no Quadro civ:iJ...

Não há dissons80 contra a necessid::"lde da distens~o. E, na v8E

dade, o Juc1icinrio janais foi contra a Revoluç1)o. O Judicinr:i.D

sempre foi contro. ao "procosso revoluc ion6rio ". Mas, estamos n 8

hora de trabalharrJos po.ra cheGar-se à plena Democracia. E Q

distensão deveria cl'l.r~ car 0.0 Supreno, devol ver.do-lhe a aElpla CCl]}

petência parQ julGar, e-L.il:1inal).do o.s_restriçõos à sua competen-­

cio. formalizndas nos Atos 11º8. 5 e 6, s()b::.'etudo no que diz reg

peito G. yleni tude de r::nro.nti::l do habens corpus e nbolição de

Ato nº 5. Oro., el('l co bo de contoi', atuaL'1len te todos os :rr..inis _

tros em exerríclO no. Corte IvláxL'1la foram nomeQc1os, pela Revolu­

çao qllR não pode ter recei o de SUQ ID)arcialiclade. ])e. qualquer

fOrEl8., o teLllJO sem1Jre tra ball18 em f:1yor da democrncia.

Outras cOl1siderQções:

Qmmto a lI outro.s consideI''J.ções rr , solicitacbs pelo i-

lustre professor, QUC De entrevista, a)roveito o ensejo

r8COrC~o.r que era ou o P:::,esic1ente (10 S,ll'remo TribLUlO.l,

para

quando

foi dene~nJo..licença pelo Congresso para processar o Deputo.do

Ms~rcio Alves. A Revoll1..;ão fGchoLl o ConGresso e entre cassa­

ç oes e aposento.dorins, fOr8.l:1 c. tingidoS-:lOBbros do Supremo Tr2:. bLmal, os i.1inistr02 Hermes LimD., Evcmdro Lins e Victor l'hmes •

POUC'0 antes desses fatos, o ?residente do Tribunal Ministr o

TIllÍZ Gallotti, ao tr8.nsmitiJ:'-Lle a presidência do Tribunal, em

dczer:lbro de 19f8, friscmdo Q indep8ndôncia do Supremo TribLmo.l

Federal, lembrara fo..to hist6rico, a renúncia do Presidente Da_

rao de tIonteserro.t, em 1863, no tenpo do Império, quando tarn-

b6m foram aposentados quatro juizes do Superior Tribunal de

194

Justiça. Com a aposentadoria c02puls6rin? em 1969, dos tr~s

referidos ministros, preferi socu~r a tradiç~o, ont50 rocord~

da, quando Cls:::m2'D_ira a ?rosidência. Aqueles trôs dignos, exc2.

lentes juízes n80 mcrocimn, a LlGU v·,:) r, :J.quelo tratamento, aqu~

las a)osontac1orias que atinGiam em c:heio a sremde instituição

que é o SLl):j..--'OTIlO Tri b!.ula1. l'iquei ent50 revol t::l.c1o com to.marula

brL~tali(1ac1e. Preferi, inconformado, renunciar à Prosidência e

aposentar-n"L8 CO:;.lO oS::J()cj_~ü hOlJ.onnc;om ao TribLU13,l :excelso e aos

colecCls atinGidos, sobretudo para ficar bem com os impulsos ~

miwla consciôncio de macistrado e à altura do alto cargo que

eu ent50 ocupava.

Brasília, 31 de julho de 1975.

Antonio Gonçalves de Oliveirp

(Firma reconJJ;cida)

195

Na visita co= Que o ilu3~ro colo~Q Ge distinGuiu ne~

ta s-;r.:I3nD 1 cÍl"lCiu-sc [, :-'10S 8Cl COEV\::: sa :~o S l~'lot i VO ~3 ::.Lle 18vC!.l'élLl

a reforne. do

lo Chof8 d8 ESt~ll~O o lr:;;::;tic;L, ~-t,') ·G~O c!.outo cons81ho do IIinis

tro de::. Juc:·~·· :"1, S8L::1L~Cl' .lilton C:;'Xl·,·OS - c;.LlC) const:.::~L':l: do p8.re­

ccr n)rcsent~~o ao Gover~o1 C~" ~~03tO dn~uo18 ano, ~els Comis­

S8.0 nOEleflc1n rm.'a o cstL:.do do vnliosas contribuições C:L:8 tinhan

of8r8c=-c.~0 no Gov<c,nlo :l.Ltos 6rS808 cb :":'.ngistr:-:ltl":.rCt ~ o 3uprGlTIo e

d8

e~···lcl0 rol {tl' ('0 \ J. __ ::"J.. -'-..I-....L. ,,-,:::"1.; Pro

c1Grico Yia::.'C}.ucs. li tô;:ÜC8. CL.; t OC~·_~;3 QE] críticQs o : cü vo de to­

dos 03 :)~coj,:;tos -CiE':''.~l sido c, :1';0cs~)icL1(0, IULdT:IJ2lt8 scntic.b"

de a1ressar Q soluçQO fos litigios nc::.s inst5ncias superiores •

lb f"-':..11i3c entno rGQlizQlb c onvo rc;i r 81:1 , no cer::.11 L.1S opiniõc s

do Pre s:'Llcnte c!.C'L C or:cis SQO, 1',lÍllü:d;::.'o O1'oz :'1.1IJO l~onnto, do exírü o

8 do tore3iro BeFbro a

qU8m coub8 o ~ncarco ~e relator.

Instituçional v:::io a 1"8-

c1uzir-s G o ClL~ac!.ro da 1\.l ta C ort8. j~, C ono :) ?re sidente Costa 8

Silva houvesse confie::.~o 80 Vice-Presidente ?eCro Aloixo a roda

çao de ensnQns à poc1i.Ll-:lW 2S3e 15.1 tinlO, com anu-

ênciCl do prhilliro, ~U8 ofO~OÇOS80 ~ü[mo jo.c18 r8for-

rn.a EO CQl'ítu10 do ,Tuc1ici1rio.

:8:m cnrtcl da 2~\ do :"J.aio de 1';09 elO Vic8-Prosidente,na

quo.l De c::ct::arEci sobre "':tJ:rios nlvitrc9 I)8rtinentes ao objeto

do. consulta, insisti ncsta pond8rClção:

"Não se dCV8U Cl COl'ltigôncÍé1s politicQs, e sÍl';l a, Llt"':la

ilXposiçêío do sistmea, :l. fi:zaç8.o elo (lUnC~ro e~"1 16 ninistros. Pa­

ra rendimento elO Gcrviç O urgiml a simplifico.ç8.o do Iil8canismo

196

processual e lill~ Gistribuição flexiv~l de tare::as entre os 6r

[;80S julgD.uores. Al:'3o nais se exiGia: distinguir entre o "cog

t'.mcios o da Constituição 11 e o IIcontencioso da lei federal", Pf!

ra situar o,priT::18irü no plennrio êLo SUl)l~C"I:lO o o sOClodo nas

suas Turmas. O plen:'lrio pD.ssaria o, concentrar er11 si, como aig

da c onccl1tra, clo'S Dodorn8.s Cortes Constitu::iono.is e

de Justiça POlitica, somanCo-o.s, por contig~ncia da ordem fed~

rativo., ~ suo, condição de árbitro dos ~sto'U9s-mombros e de PQ

der nacional eLl fo'ce de EstClC:OS estrm,-coiros. As Turrnas vela­

riam mlt OJ.J.ODo.L"1.Cmte polo corret o C l"L:lj) r ÍI;le nt o das lo is federais,

e s6 eEl CCcso de divergêncin e~ltrc~ si no. o.J)licClção do dil~oito

onsojo.riD.m OL'lbnrL;os <.l fim de que o PlelJ.o, por suo. vez, dess<? a

llltir:m palo.vra, en proveito c.1::1 unificnção da jurisprud~nciaJIo.s

po.rn que as Turmns suport'-.l.SDem o poso (10s enc:1rcos, CJuo antes

hnvin rocaído, com :r:LilhnI'cs de recursos ordinnrios e Gxtraordi

n6rios, sobro a corpora~ão as sua intogriundo não havia como

nc.trü ti-las 8. nenos de trGs, Cts quais, 0., ber;l c.1iz8r, c orrespon­

diam o. outros t'-.n~tos tribunc:lÍs da União. n, Ilorque o.tinghm a

to.l e8in~ncio., parocio. forçoso ~ue os integrnntes de cndo. Tur­

BO. nQo :COSSOIl l;lenos L!,G cinc o, po.TCl. mcmtor-so em niv ... :;l lJr6prio

o padrão do coleginuo, COB a autoridCl.~e indispensável aos res-

pectivos al~estos c o. confinnçn das partes, levo.ndo em conta

que at8 ])8.r8. IItesos constitucionais" (e não, como aqui, paro.

"interpretaçQo de leis ordin6:rias") o. SU)reBa Corte dos I;sta

dos Unidos pode delibero.r com seis dos seus novo membros.

O si::-~tema flúlcionou eOLl pleno êxito a lJnrttr da sua

o.c.1o r;;QO () exibiu rcsultctC10G 1.c.t-::lir6veis eE 1966 e 1967. Já os

pressentira o Presiue~te Castelo Ernneo om discurso de 5 de ou

tubro do lJrimeiro nn9: "O Su~,rc;I10 Tribunal tem hoje rc;vigora­

da él sua capacidélde". E, no cO~~'lJletar-se o segundo o.no, a sa­

fra de julc;a,los, cOl).forrüe const8. (le relat6rio, foi de 7.879pI'Q

cesso$, c1os':,uais 7.63/1, tinl1,an sido cUstribuídos no n)smo eX8r

cício. Refiro-ue a 8stns ll'-.lclos, não s6 por confirElnreTIl a dili

.uêmcL', dos ill8.r~istrados o o afluxo continuo de feitos, senão tam b ~ ,_

b8ill por o.cl8.r8.rerú outro aspeto da reforma: ?nquçmto o Plená -

rio decidiu 601 casos, decidiram as TUI~as 5.925. E nelas afi

n8.1 que roco.i o Crcsso la cnrco. forense. Donde tenho por c.1e-

197

monstrnc~a do suprir:ür 1lID.8. das Turmas, o Que s6 acontoceu Ilor circunstô.ncias nlhoias Q c~inÔJrüca do serviç o, jl2:,

dici1rio, ClU0.ndo se c1Llinuiu po.ra 11 o nlÍlnero ç1e ministros. Tal

diminuição foi tão conticonto ClU:1nto a de 1931: uma e outra

ao arrerio c1u trac1içno fir.mada no Impçrio e na 1ª Ropllblica -

- 17 G 15 naoistrac1os rO:-'lJCctivamontc."

I\.tenc1e;'~c1o assim à sua solicitação, cum='rirrwnta-o can

todo o aprcçoo

Rio de Janeiro, 10 de julho do 1975

Prado Kolly

(Finna reconhecida)

198

lª Questão:

Na eclosão o ll:;sfecJ'! o clo l=ovü;i;r:to de lno.rç o de 1:J64, o lncOc'misEo (~C~ sl).bsti tuiÇ80 do Foder funcionou, no pril:lciro lnQ

T!l<:.mto, ele ~:':Olto non::.al, subinl~O à C]lelia do Governo o substi tu­

to lOGal do ~rGsidente do. Rep~blico., no. ordem estabelecida na

Constituiç80. Oito Gins de?ois foi editado o primeiro Atofus­

titucion~l, quo mantove o. Constitui]ão do 1946, em sua quaseto

taliclac1e. Por pro.z o 1 iT;,',itJo (88 is no 80S) :.C 01' aEl c9nfer:j..dos ~

deres exeepciono.is ao Prosidente do. República (o.rt. 7 Q).

Não houve altcração 'lLElllt9 Q (;Oml)ctôncia e às atri­

buiç5es ~o Supremo Tribunal Federal. Os sous juizes (todo, e

não alGLills) cOl)tinuaraa a C'JI:lprir a Constituição, que não dei

xara de ViGorar.

2ª Questão:

O principio da independência e han-;wnia dos poderes,

no cJue -Coça ao Judiciélrio, foi observado polo Presidente Caste

lo DrClnco.

3ª Questão:

As decis 5e s do SUIJrcL'O ~ri bLli1o.1 fo:cam ° bdecidas e

clUllpriclas.

4ª Questão

Hão vemos cono responder objetivrnnente à perGuntQ.,

que envolve deduç5es e considerações de natureza subjetiva. S~

gundo c.1epreendemos das c0nversaçoes con o ontrevistClc1or, o suE.

199

sídio fornecido lY'crL1 8. e18bor:::tç-:::o l10 SU8. t8,"8 de 111ostr8c10 de­

V8 consistir nLll'n c1e-;iOiF~onto G não i1a ~·::=terioriz8.cão de iml-ir8s ~ ....l. .)_

sõos ou opiniõas.

com o }JrjS(lui3:~.~'l9r,

5ª Quostão:

1: U i] se to:crello cSlie cula ti VO, a [l~J.l8.vr8.

é- ,. , C . A • TI 1 "t . OOT'l o C3S-lJL:'Cl::'-üSO CLO 'lCnCl8..t o l lC8.,

fica

COE

Se::~ ciütir '.'u8.lqu;-;r opinião ou julC;8Jllento sobr8 as

raZ08S inslJiré..~(10rC1s '10 alll'nCl'lto (lo m'lI:lUrO de :r;1Ínistros do Su­

lircL10 Tribun2.l rodoral, 8.umonto contr8 o qual 8. Corto se h8.­

VL1 prOlllUlciac1o, :;)0c18illOS c1ar o nosso -GostomurJ:o de qU8 os no­

vos ministros forrun escolhidos ontro jur~st8.s d8. nolhor qual!

ficcl\]ão, qU8 sc r8v\.,1~n·8.l~ G~·~,ncl.cs juízes. PQssQndo ator 16

j,lcnbros, o Tribu.L'J.:"i.l cOEtinuou, cono Qntcs, C1., curüprir e a fa -

zor curn.ririr 8. ConstituiçQo o C1.S 18is do país.

6ª e 7ª Quostões:

ii.s l)Or[;UntaS3 contôn observações, ilações e racioci -

nios do 8ntrevistC1.c1or.

Como no ~uosito,nº 4, a resposta import8.ri8. nlll'n8. oP2

niQo 8 n8.O nur:l d8poimcnto.

Rio de Janoiro, 07 de julho de 1975

Ev,-:mc1ro Lins e Silva

(I\iI'1:~1a RecorÜ18cic1Q)

20(

llinistro TheDistoc12s Brand50 C~valcanti:

Resposta:

A Cl'.c.l.E1Udu "lGGellü'l.[l(lc r·-;vulucion6ria rr clue Ijl'ocura er:

quadrar a revoluçêio dentro de unc~ filosofia lecal, nêio se con­

func.~o com o ostaclo de direito, 'luo nÊlo c_Hlclite ccrt~ls 1 iTllitcçÕ3~

n libordelde, nem LEl cOTI1Jortalp-ento funcl:J.c;o nmis no fato o 11el ne

cossid~de, do que no diroito.

o Supreno desço~loCC outra formel do decidir que nal

sO,j8.J.l a loi e o ç1il'oi to. O seu cOl'lport~11;J.onto havia de diver­

Gir do ~xccutivo.

2ª QU·Jstão

Resposta:

Ato nº 2.

O LIaroc:llc:ll C~1stolo Dronco, ns duras penas, aceitou c

O Su.:;roL~o, pClra o+e, não ELlc18ria a sua condição,neg

DO no SistODCl revolucionário.

Rosposta:

O A.I. nº2, p~ra a Rovol~çêio, deveria ter vindo com

8. pr61)ria Rovoluç3:o, om 2 de auril. A tentativa do Prosidente

Castelo I3r~1nco de conciliar a Rovoluçõ'o com LlIila estrutura domo

crática era a ne5Q.çõ'0 da pr6pria RevoluçÊlO, com o perigo de

LUna "rostallraçÊÍo". A Revoluç~o ó o Poder Constituinte e a elo

cabe dar a forma aos podores. As revoluçõos são fatos calami­

tosos e indesejáveis, fiOS a tibioza do poder revolucionário 6 pior do quo a revolução.

201

tos, tenharil del~onstrE1fJ.o a fraquuza do poder revoluciomíri o.

4ª Que~:;tão

Resposta:

A Cortc) de JL:.stiç:::t se1:'2., independênci=t é um 6rGão in6-

cuo. 7j hi1l6tese 'FIe nQo aclr.üto.

o que lJo(~C!l>ia 0,,:01'1'01' ~;oni. L'J,-:' lioc1er revolucionéÍrio f().['

te é o nQo co.biuento de hnbQQ1L2..2.E.:23.ê.., chal).te do medicbs de

socura:1ço. tOTüo.dos l)elo lJoder revolucionário.

A cll-:üt i ,I é.l. , entrotanto, o. possibilidade de 1la122.Q:.ê.....QQl:-

12l!:..ê., nao há CO~.l.O rost~>incir o ;:~OL!. ~lSO :)010 Tribunal, que deve

rá 8e[1)rO n{;ir do~cordo com :::1 lei.

5ª Questão

Resposta:

Se a intenção do Prosidente foi obter mo.ioria polí­

tica, o (lUe nQo h() J)are(;.:-; certo, outros juízes teriam sido e§.

colhidos e não os (,:\.10 o forrnn, IJois lJ1'imo.ro.m pelo. :jJllTlo.rciali­

do.de e correção, sem qualquer eiva do partidnrismo.

Respostn:

A roduç ão do nL1Do 1'0 de ninistros, vol t:::mc1o a ter 11

juízes, pOl~e, ser enco.:co.do ta:r:1bé:r:1 como m:1o. solução tecnico.men­

te ele se j<1VCÜ.

Pessoalmente sou favorávol, por motivos tócnicos,no

Trtbuno.l de 11, sem no~ar o bOD fUl).ciono.mento do Tribuno.l de

16. Seria lonco provar o que ~onso.

o co~portamento do Tribunal nao se modificou - foi

sonpro o nosmo.

Nunca sonti presso.o nenhu.TIa sobre o Tribunal e sem-

20~

pre proferi os votos e decis5es que bec entendi., Para mim uae

hlv:in revolução no TribLUlal - ela estava In fora.

7ª QUíJstno

Resros t a:

o SupreHo nLmCJ. neGou l)roteç~.o a quem pediu e a mer~

cio.. Concod8u todos os l"'.é..l..12.ons corlJUf' 8. 818 r8(lueridos eITltDg

to l?.0de~ mOSl.~O snb8rJ.~10 'lUC 8.S consoql'fôncio,s ero.m as pior8s

- TI18.S era UH clj_Tcit o.

Até hoje co'.'~tinuf1 118S$sl. -CCLl'cio. i{9:1orclCla mets

de S8US devores constitucionetis.

Lio de Janeiro, 8 de julho de 1975.

~leDistoclos Brandno Cavalcnuti

(Firma Reconhecic'a)

Ministro Oswaldo Trigueiro:

1 ª Qu;stao

sei ,

se se I'8.

Revoluç~o de lS64 e o

ar;equado folDr err conflitos eDtre

SUI)reTDO TrU'unal. Ser8' talvez ma.is

203

a

e-

xato dizer-se que o Süjjre1T'o 'Tribunal proferiu algu1J1as decisCES

que c1es[:;grodara.m a.o Governo revoluciorJ8rio. l'Cas isso é o

que h8 de ma.is noturol. C01'10 os litig8ntes em Feral, os go-

ve rno s, quando pe rdem uma. dema nda, fa cilmen te se convencem (E

que a Justiça decidiu erradamente. Fotos seJ11elhantes ocor­

reram a.o teTY11)0 de Floria.no, ele lIemes da F'onseca, de Eerna­

des, de Getúlio Vargas, sem que cST'3cterizassem conflitos en

tre o Exe cu ti vo e o Judicis.rio.

Nas naç~es em est8gio de descnvolvi~ento pOlitico equi

valente ao do Era.sil, existe sempre um hiato entre o Pais I.§..

ga.l e o Pais real. Esse desojust8mento é mais acentua,do nas . ......, , G

t ra n s 1 ç o e s d e c aro t e r re v o 1 u c i o LJ a ri o • N o -o ve rn o Castelo

Br8nco, ocorreu a i nela. a. peculi8.ridade de procüror-se conci­

liar o processo rcvolücionfrio com a :oermanência do Congres-

l 'h l' "l • ....... • 1 1 , so, a. l. .. erc aoe (e lronrenna e a. Vl{5-'enCla c o .(}a,)cas-corpus.

Dessa. inovaç80 decorrcr":::Tl1 dificuldades inevi t8veis e notórias.

O governo revol u cion8rio na.o podia eximir-se dessa condiça.o.

O SU";rerro 'l'ribunal ectova adotri to , a a~licaçao do direito es

crito, que a Revoluç~o some~te pouco 8 pouco veio a modifi-

C3,r. ~

2 ª Que stao ~

1';a.o l-e parece que o Presidente C2stelo JJranco tenha ti

do o pro})ósi to de rebaixar o Suprer:1 o 'l'ribunal, que a. Consti­

tuiçoo de 1967 manteve com as prerrog8tivas tradicionais.

E verc18de que fez uso elos poderes Jiscricion8rios, previs­

tos no Ato Institucional nº 2, para, aumentar o número de mi­

nistros, sem a.fostor menhum ('eles. =ra um provi(lência, que,

com alGumas boas ra.zões, se podia justificar diante da. neces

siela de de a,bre via r- se o j ulgaT'1ct: to do s proce ssos ecumulado s.

Além disso, o Supremn Tribunal - que, no ImpériO, tinha 17

ministros, e, na, Primeiro Rept;blica, 15 - era, em 1965, um

dos menores tribunais do

com juizes substitutos.

I Pals, com a e{"rsvante de nao cont8r

204

A fóroula é'Hlot8cl8 pelo A.I. n Q 2, 8,lém (1e n80 ,

te r C8 re

do Presidente Roosevclt , h~ 40 8nos passados.

COT0 0 quer que sej8" o u-ener81 C8stelo Br8nco foi m8.is

'cre.nc1o oom o SUliremo Tribunal (lo que o B8ch8rel Getúlio Ve.r-

gas que, eTn 19'31, rec1uziu O Y1, U' 1-.. ' ,'00 ro ('I .. o q TY\ i Y1 lO q t ro q II ,. ~ "'_L! ~ ~, C8 stig8n-

d o com a 8PO se n t8C10 ri8 08 que n80 con cede reT'l os habe8 s-corpus

impe tre elo s nelo s revolucions rio s (le 1922 a 1924.

3 "'-"í\ -t <~U€ G :;ao ~

o Presidente C8stelo 13r8nco 80?itou tOd8S 8S decisoes cb

Supremo Trib~nal, o q~e 81[UDS dos seus antecessores civis

n80 fizerem.

11; vt:rdede que, pelo lõto Institucionel nº 2, ele elterou

8, corrposiç8.0 do SU1;reffio TribuD81. 1:188 8quele .A.to Da,Q teve,

no suposto conflito entre o Executivo e o Judicisrio, a sua

causa principal e imedi8ta. A meu ver, o Supremo Tribunal

neo estava envolvido ne crise nolítica de outu~ro de 1965.

4 ª Quest80~ O Ato Institucion81 n Q 2 importou no reconhecimento da

incomp8 tibilielacle elo proce sso revolucions rio com 8 plena nor

me,lielede el8, orde:-:1 jurídic8. No direito consti tucior18.1 18ti­

nO-8,me ric::::no, 8 s cri se s polí tiC8S n80 se re solvem sem o habi

tual 8,pelo 8.0S poderes ele exceç80. Disso temos 10ng8 e penQ

S8 cxperiênci8. 1'18s situ8ções de fato - governo provisório,

governo de salv8çao n8cion81, CO:71 reforço usu81 do est8elo de

sítio, do efitado de eTllcrgênci8, do estado de guerra - a pri-O A o , ~ o 1

melr8 consequcncla e 8. sUS'JenS80 (1€:: detcrnnn8c 8S ga.ranti8s

constitucionais, subtr8indo-se os 8tOS de exceç80 80 contro­

le jurisdicional.

o incidente vcrific8~0 entre o Presidente do Supremo

Tribun81 e o TIinistro de. Guerm" explicsvel mais pelo tempe­

r8mento el8S person81id8des nele envolvid8s do que pelo seu

conteúdo, terG sielo um sintoTT'8. d8. crise pOlítica em desenvol

vimento, porém nao fator decisivo p8.re. o rest8belecirnento do

rcgiTPe de exceçao.

:; r. Que St80 ~

De 1965 ,

8.te ho je fo rem neme8do s, p8Ta o SupreT!lo Tribu-

205

na.l, 20 novos i-:cinistros. De.'Jtes, apenas cinco haviam TTlili ta

elo na pOlítica, :::;oC a lefeneb cJa arti{'a UDN. Oito vieram (la

oi to nO"(:lea(~Os pelo Presi(~ente C2stelo Br8nco, quatro Ja.malS

tiverorr qua.lquer rela.cion8trento C07" aql'ele partido. ./üé~ de

nao constituire~ ~aiori8, os antiffos u0enistas nao se cornpo~

taram, no Su~'reIno 'Tribunal, cOr:'O Ui: bloco ha::DTêneo ou uma

bancada disciplinada. De re:Jto, era iT0"9ossível que eles se

conduzessem, no Supremo, CCE uma disciplina ideo16gica que

n~o haviam conhecido Da atividade partid~ria. N~o creio que

o s :p TE: si de n te G , que o s n 01,0 e aram, t i v e s s e TIl qual que r i 1 usa. o a,

esse res1)eito.

Penso C'ue Ca.stelo Branco teve sctrctuc!o o prop6si to de

nOTnear cer:0, pon::t}e D80 nomeou l'[?rente ne~-r aderente. Talvez

tenha tü]o a preocu:;Jaçao ele certo equilíbrio geogrefico, por

q'-lC nOTceou quatro nünistros (10 Eorte e quatro do Sul. Como

nortista, deve ele ter percebido que o norte muito dificilmen

te ten acesso aos altos nostos da Rep~blica.

6 ª Que otao ~

I\T8o creio que os Presidentes c!8 Revoluçao tenham tido o

prop6sito de criar UI!! SU1Jrcmo TrilJunsl submisso 8 orientaç80

rista,

terno.

I oso, 1, ,

8. l3,8, seria ilus6rio, porque nenhum ju­

a funçao, aceitaria esse papel subal qua.lificado paIõ

Por outro lado, a

fetivawente inc1e1Jendente,

vi ü?liciedade torna o T;'1apistrac1o e

coroo a hist6ria do Supremo Tribuncl

ce rtar.:e nte clemon stra •

Este c18 ro c: ue nenhum gOVE rno r:.orneia um mini stro que

seja hostil [;10 e:'itatlisllT'1ent. 1':las nenhum teme o juiz reto,

que aplica 8 lei serena.rnente, (3e 2cordo com a sua consciêncfu.

E t ' t t ' 'n 'bl' t t 'S e e o co~por ameno que convem a hepu 1ca, e, por an o ,

a todo bom governo.

7 ª QlJ e sta.o ~

O pa.pel elo Supremo Tribunal tem grande n:levsncia. polí-

tica, particularn,eDte DO que se refere 8. soluç80 dos ev€o-tuais conflitos entre os poderes, entre a. Uni8'.o e os estados,

e berr a 3sim no pe rtinente 8. proteç8.0 do s direi to s fundamen-

t8.i 8. T,f" t '1 l' 1 ~ 11a.S o re orno a. p eDa norn'a. 1c.8üe institucional n8.0

deper:.de dele. Esse retorno est~ condicionado 8 fatores ou-

206

tros, entre os queis poc1em ser apontRdos e. trr.c1ição de leg8-

lid8.(le, 8S conveniências derivscJ8s (18S re18.ções intern8cio­

na1s, 8 press80 dos P8Ttidos, 8 m8nifcst8ç80 do sufr8gio po­

pu18r. A prcsençe do Sunrcmo Tribunal ~ im~ortante do pon­

to de vista T:1orel, mas n80 ~ decisiv8 pe.'8 e.lterer o rumo dos

econtecimeDtos políticos.

João " J:e ssoe., 12 de egosto de 1975.

Osweldo Trigueiro (fi me. re conhe cide )

207

Ministro Victor Punes Lesl~

1 ª "ue c·,-t-;;c ~, • ..:J l1<. ... '

Re spo St8 ~

F8.0 houve iJrcC"lri8l"'cnte confli to entre o Sunremo Tribunsl Fe­

dersl e o Executivo-Revolucionaria, :8S inc01Tlpreenss.o, em el

E . O r"'( , • • guns cssos, Do 'xecutlvo. QUTlrcT'lo, V8r18S vezes por unS.nl

midsde, aplicou o 0ireito vigente, que sin0s n80 tinha sido

modific8~0 de ~odo s sten6er 8 certas conseqU~ncias de inte-

resse do Governo.

2 ª Que st8.0

Re sposts ~

/. ~

Dal e 1ncomnreCnG80.

Pelos 8tOS que prsticou e c:',ue (lcixcu de tlrJticsr< o Presiden ~ , -

tc Costelo Branco, emrors. Dao a~rov8sse UT:la ou outrs. decis8.0

do Supremo Tribunal, s tO(lSS e.os tou e deu varies demon stra -,

ç oe s de 8e u apreço s. in sti tuiçe o. Qus ndo refo rr"ou o Supremo,

strsvÉs de emends. constitucional, sumentou-lhe o númcro de • " ("oJ, • JU1zes - certsmente com a eSTlemnça, mas ne.o com o propos1to

exclusivo, de sumcntsr a infll~ncia de Eevoluçso no Judici~­

rio -, TT1es ST!l-pliou os poc')f:res do SU'ire:no, ao conferir-lhe 8U

tori(~8(le de neturezê3 lep'islntivs pSr8 :::'e{Tulsr o processo das

C8usas de sua compet~ncis. '" ~ 3'-' Que St80

Re spo sta :

N80 compartilhei dos segredos dos atos institucionais.

4 ª Que St8.0

Re spo sta,:

Suponho que s. incompreenseo de cer~os setores revolucionarios

re~;ul tsvs de )enssreT'1 que o SU'lrem) clcvesse inte~reter o di ,f"V . r .

rei to snterior s Revoluçeo 8erundo os 1nteresses P011 t1COS da

Re voluç8.0.

5 ª Que St8.0

Re sposta:

O 8,UDcn to CIO núr:1 8 ro . / ,

de JU1zes tS.rrbem era justific8do - como,

aind8 hoje, por vozes t80 insusneit8s como s do llinistro A­liom8.r Baleeiro - pelo (lese.j8C:o scréscimo (la produtividsde do

SupreTJ1o. QU8.nto 8 influência, Que l)ossive11Tlente se espers.s-

8e do espírito psrtid.8rio dos juízcs, e hif:rtóris docurcenta nu merosas decepções de govcrnantes. Que.se sempre o homem de

208

partido, ao a ssurd r 8 j UCliC8 tu m, aSSU"Cle i gua.1Tr' e nte a con s­

ciência elo seL; (iever cie i'TIp8rcialid8de. Os casos, bem ra-• ~ A •

ros, de JUlzes sel'" indepeneJencia mais se explica.TTI por condl-

çoes pessoais do que pelo anterior exercicio de atividade PQ

li tic8.

6 ª Que st80

Re sposta ~ ,

um egulvoco na percunta. Dois elos Hinistros que deixam,TIl

de pertencer ao Su;:-:reTTlo no começo de 1969 se a-posentar8.TIl vo­

luntari8rnente, inclusive o ent80 Presidente, que o fez eTIl p6

blico protesto contm o afast8Gento compulsório de três cole

g8S, Url deles o signat8'rio desta resposta. Ignoro se a Revo

luçao tirou algum ensinamento pOlítico das elecisoes possivel

mente desagmd8veis C;ue o SUT.lrero h8ja lJroferido de lS69 em

dia.n te.

7 ª Que st80

Re spo:::;ta:

Quaisquer qle se jflill 8.S consenijêooias ~

imediatas,

tem a lucrar, qua.rJdo O Supremo Tribunal cum'"'re o seu

const-i ,:,uciona.l.

dever

Rio de Janeiro, 15 de setembro da 1975.

Victor Nunes Leal (fi r:-a. re conhe cida)

--