ESTUDO AMBIENTAL PRELIMINAR - CGH Castro

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CGH CASTRO Rio Santana ESTUDO AMBIENTAL PRELIMINAR Volume I Textos

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CGH CASTRO Rio Santana

ESTUDO AMBIENTAL

PRELIMINAR

Volume I – Textos

SUMÁRIO

1. INFORMAÇÕES GERAIS .......................................................................... 20

1.1 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR .................................................. 20

1.2 IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA RESPONSÁVEL PELO ESTUDO ......... 20

1.3 CONTATOS RELATIVOS AO EAP ............................................................ 20

1.3.1 Identificação da equipe técnica ............................................................... 21

1.3.1.1 Equipe técnica complementar .................................................................... 22

2. INTRODUÇÃO ........................................................................................... 23

3. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL ....................................................................... 26

3.1 AVALIAÇÃO COMPATIBILIDADE COM PLANOS E PROGRAMAS ......... 31

3.2 EMPREENDIMENTOS SIMILARES ........................................................... 35

4. DESCRIÇÃO DO EMPREENDIMENTO .................................................... 38

4.1 FASES DO EMPREENDIMENTO .............................................................. 38

4.1.1 Fase de planejamento .............................................................................. 38

4.1.2 Fase de implantação ................................................................................ 39

4.1.2.1 Intersecção na rodovia ............................................................................... 43

4.1.3 Fase de operação ..................................................................................... 45

4.1.4 Fase de repotencialização ....................................................................... 45

4.1.5 Fase de desativação ................................................................................. 46

4.2 LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA .................................................................. 46

4.3 ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS E/OU LOCACIONAIS ........................ 47

4.4 DESCRIÇÃO DAS TECNOLOGIAS EMPREGADAS ................................. 47

4.4.1 Potencial energético ................................................................................ 47

4.4.1.1 Vazão regularizada ..................................................................................... 48

4.4.1.2 Vazão assegurada e vazão máxima de engolimento ................................. 48

4.4.1.3 Níveis d’água – queda bruta e líquida ........................................................ 49

4.4.1.4 Potência instalada e energia média gerada................................................ 49

4.4.1.5 Energia média gerada para o histórico de vazões (energia assegurada) ... 50

4.4.2 Barragem ................................................................................................... 52

4.4.3 Desvio do rio ............................................................................................. 53

4.4.4 Circuito hidráulico .................................................................................... 55

4.4.4.1 Canal adutor ............................................................................................... 55

4.4.4.2 Câmara de Carga ....................................................................................... 56

4.4.5 Casa de força ............................................................................................ 56

4.4.5.1 Número de unidades e tipo de turbina ........................................................ 57

4.4.6 Reservatório .............................................................................................. 57

4.4.6.1 Sedimentologia ........................................................................................... 59

4.4.6.2 Vida útil do reservatório .............................................................................. 60

4.4.7 Subestação ............................................................................................... 62

4.4.8 Linha de Transmissão .............................................................................. 63

4.4.9 Equipamentos elétricos ........................................................................... 63

4.4.9.1 Geradores e acessórios ............................................................................. 63

4.4.9.2 Transformadores elevadores ...................................................................... 64

4.4.9.3 Acessórios .................................................................................................. 65

4.4.9.4 Fonte auxiliar de corrente alternada ........................................................... 65

4.4.9.5 Fonte auxiliar de corrente contínua ............................................................ 65

4.4.9.6 Medições .................................................................................................... 66

4.4.9.7 Proteção dos geradores ............................................................................. 66

4.4.9.8 Proteção da subestação e saída em alta tensão ........................................ 67

4.4.9.9 Malha de aterramento ................................................................................ 67

4.4.9.10 Sistema de comunicações .......................................................................... 68

4.4.9.11 Providências em caso de curto-circuito com aves ...................................... 68

4.5 INFRAESTRUTURA NECESSÁRIA PARA A IMPLANTAÇÃO E

OPERAÇÃO DO EMPREENDIMENTO .................................................................... 69

4.5.1 Interferências em sistemas de infraestrutura e acessos futuros ......... 70

4.5.2 Resíduos e efluentes gerados na obra ................................................... 71

4.6 ÍNDICE DE CUSTO X BENEFÍCIO DO APROVEITAMENTO .................... 72

4.6.1 Comparação Custo Unitário Relativo (CUR) com Índice Custo-Benefício

(ICB) ................................................................................................................ 73

4.6.2 Análise financeira do empreendimento .................................................. 74

4.6.3 BENEFÍCIOS DO EMPREENDIMENTO .................................................... 77

5. FICHA TÉCNICA DO EMPREENDIMENTO .............................................. 79

6. ÁREA DE INFLUÊNCIA DO PROJETO (AIP) ........................................... 80

6.1 ÁREA DIRETAMENTE AFETADA (ADA) ................................................... 81

6.2 ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA (AID) ...................................................... 82

6.3 ÁREA DE INFLUÊNCIA INDIRETA (AII) .................................................... 83

6.4 VARIÁVEIS DIRETAS E INDIRETAS NAS DIFERENTES FASES DO

EMPREENDIMENTO ................................................................................................ 85

6.4.1 Fase de Planejamento .............................................................................. 85

6.4.2 Fase de instalação .................................................................................... 87

6.4.3 Fase de operação ..................................................................................... 90

6.4.4 Fase de desativação ................................................................................. 92

7. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DA ÁREA DE INFLUÊNCIA ...................... 92

7.1 MEIO FÍSICO ............................................................................................. 93

7.1.1 Caracterização Climática ......................................................................... 93

7.1.1.1 Contexto Geral ........................................................................................... 93

7.1.1.2 Precipitação .............................................................................................. 103

7.1.2 Caracterização da qualidade do ar e dos níveis de ruído ................... 106

7.1.2.1 Qualidade do ar ........................................................................................ 106

7.1.2.2 Fontes de ruído ........................................................................................ 112

7.1.3 Estudos Geológicos e Geotécnicos ..................................................... 115

7.1.3.1 Geologia Regional .................................................................................... 115

7.1.3.2 Aspectos Fisiográficos Da Bacia Hidrográfica .......................................... 125

7.1.3.3 Características fisiográficas locais ............................................................ 130

7.1.3.4 Materiais Para Construção ....................................................................... 130

7.1.4 Riscos Geoambientais ........................................................................... 133

7.1.5 Caracterização Topográfica ................................................................... 136

7.1.5.2 Levantamento Topográfico ....................................................................... 138

7.1.5.3 Datum Utilizado ........................................................................................ 138

7.1.5.4 Compensação da ondulação Geoidal ....................................................... 139

7.1.5.5 Monografias dos Marcos Geodésicos Implantados .................................. 139

7.1.6 Estudo de Viabilidade Hídrica ............................................................... 139

7.1.6.1 Contexto Hidrográfico Regional ................................................................ 139

7.1.6.2 Contexto Hidrográfico Local ..................................................................... 149

7.1.7 Recursos hídricos .................................................................................. 177

7.1.7.1 Qualidade das águas superficiais ............................................................. 177

7.1.8 Metodologia de amostragem ................................................................. 178

7.1.9 Análise de dados .................................................................................... 180

7.1.9.1 Parâmetros físicos, químicos e microbiológicos ....................................... 180

7.1.9.2 Parâmetros biológicos .............................................................................. 182

7.1.10 Resultados .............................................................................................. 183

7.1.10.1 Parâmetros físicos, químicos e microbiológicos ....................................... 183

7.1.10.2 Índice de qualidade da água “IQA” ........................................................... 186

7.1.10.3 Índice de Estado Trófico “IET” .................................................................. 186

7.1.10.4 Considerações .......................................................................................... 193

7.1.10.5 Relatório fotográfico ................................................................................. 194

7.1.10.6 Laudos analíticos ...................................................................................... 195

7.1.10.7 Usos da água ........................................................................................... 206

7.2 MEIO BIÓTICO ......................................................................................... 211

7.2.1 Estudo da Flora ...................................................................................... 212

7.2.1.1 Objetivo .................................................................................................... 212

7.2.1.2 Materiais e Métodos ................................................................................. 213

7.2.1.3 Parâmetros avaliados ............................................................................... 217

Biomas...................................................................................................... 224

Áreas de Reconhecida Importância .......................................................... 229

Levantamento fitossociológico .................................................................. 236

7.2.1.1 Relatório Fotográfico ................................................................................ 252

Avifauna.................................................................................................... 253

Herpetofauna ............................................................................................ 272

Mastofauna ............................................................................................... 282

Ictiofauna .................................................................................................. 297

7.3 MEIO ANTRÓPICO .................................................................................. 326

7.3.1 Aspectos metodológicos ....................................................................... 327

7.3.2 Área de influência indireta ..................................................................... 327

7.3.2.1 Caracterização do município de Paranaíba .............................................. 327

7.3.3 Áreas de Influência Direta e Diretamente Afetada – AID E ADA ......... 343

7.3.3.1 Caracterização do uso e ocupação do solo na AID .................................. 343

7.3.3.2 Áreas passíveis de desapropriação e/ou remoção da população para a

implantação do empreendimento ............................................................................ 343

7.3.3.3 Cadastro das famílias e propriedades rurais ............................................ 344

7.3.3.4 Relatório fotográfico ................................................................................. 345

7.3.3.5 Vestígios arqueológicos, históricos ou artísticos ...................................... 346

7.3.3.6 Unidades de conservação ........................................................................ 347

7.3.3.7 Comunidades indígenas, quilombolas e tradicionais ................................ 347

7.3.4 Considerações ........................................................................................ 348

8. IMPACTOS AMBIENTAIS E PROPOSIÇÃO DE MEDIDAS MITIGADORAS

................................................................................................................. 348

8.1 PARÂMETROS PARA AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS ............................ 349

8.2 IDENTIFICAÇÃO, AVALIAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS.. 351

8.2.1 Meio Físico .............................................................................................. 351

8.2.1.1 Alteração da qualidade da água ............................................................... 351

8.2.1.2 Poluição do corpo hídrico e do solo por efluentes .................................... 353

8.2.1.3 Contaminação do solo .............................................................................. 355

8.2.1.4 Alteração da dinâmica hídrica .................................................................. 356

8.2.1.5 Aceleração dos processos erosivos e assoreamento ............................... 357

8.2.1.6 Alteração no uso do solo e na paisagem .................................................. 359

8.2.1.7 Geração de resíduos sólidos .................................................................... 360

8.2.2 Meio Biótico ............................................................................................ 362

8.2.2.1 Perda e fragmentação de habitat ............................................................. 362

8.2.2.2 Alteração da composição e diversidade da fauna terrestre ...................... 363

8.2.2.3 Alteração da composição e diversidade da fauna aquática ...................... 365

8.2.2.4 Interferência na migração da fauna aquática............................................ 366

8.2.2.5 Aumento da caça predatória e risco de atropelamento da fauna ............. 367

8.2.2.6 Perda de cobertura vegetal ...................................................................... 369

8.2.2.7 Manutenção da área florestal do entorno ................................................. 371

8.2.2.8 Aumento do conhecimento técnico-científico da região ........................... 372

8.2.3 Meio Antrópico ....................................................................................... 374

8.2.3.1 Geração de Empregos ............................................................................. 374

8.2.3.2 Interferências no cotidiano das populações vizinhas ................................ 375

8.2.3.3 Geração de expectativa ............................................................................ 376

8.2.3.4 Riscos de acidentes com a população local e operários .......................... 377

8.2.3.5 Aumento da oferta de energia elétrica ...................................................... 379

8.2.3.6 Aumento do potencial turístico e áreas de lazer ....................................... 379

8.2.3.7 Aumento da demanda na saúde ............................................................... 380

8.2.4 Matriz de classificação meio físico ....................................................... 382

8.2.5 Matriz de classificação meio biótico ..................................................... 385

8.2.6 Matriz de classificação meio antrópico ................................................ 388

8.3 CARACTERIZAÇÃO DOS PROGRAMAS AMBIENTAIS ......................... 392

8.3.1 Programa de gestão ambiental integrada ............................................ 393

8.3.1.1 Introdução................................................................................................. 393

8.3.1.2 Objetivo .................................................................................................... 394

8.3.1.3 Metodologia .............................................................................................. 394

8.3.1.4 Responsabilidade de Execução e Fiscalização ........................................ 394

8.3.2 Programa de comunicação social e educação ambiental................... 395

8.3.2.1 Introdução................................................................................................. 395

8.3.2.2 Objetivo .................................................................................................... 396

8.3.2.3 Metodologia .............................................................................................. 396

8.3.2.4 Responsabilidade de Execução e Fiscalização ........................................ 397

8.3.3 Programa de monitoramento das águas superficiais ......................... 397

8.3.3.1 Introdução................................................................................................. 397

8.3.3.2 Objetivo .................................................................................................... 398

8.3.3.3 Metodologia .............................................................................................. 398

8.3.3.4 Responsabilidade de Execução e Fiscalização ........................................ 399

8.3.3.5 Subprograma de monitoramento de macrófitas aquáticas ....................... 400

8.3.4 Programa de afugentamento, resgate e salvamento da fauna terrestre e

aquática .............................................................................................................. 402

8.3.4.1 Introdução................................................................................................. 402

8.3.4.2 Objetivo .................................................................................................... 402

8.3.4.3 Metodologia .............................................................................................. 403

8.3.4.4 Responsabilidade de Execução e Fiscalização ........................................ 403

8.3.5 Programa de monitoramento e manejo da fauna terrestre e aquática ....

.............................................................................................................. 404

8.3.5.1 Introdução................................................................................................. 404

8.3.5.2 Objetivo .................................................................................................... 404

8.3.5.3 Metodologia .............................................................................................. 404

8.3.5.4 Responsabilidade de Execução e Fiscalização ........................................ 405

8.3.6 Programa de monitoramento de taludes e contenção de processos

erosivos .............................................................................................................. 405

8.3.6.1 Introdução................................................................................................. 405

8.3.6.2 Objetivo .................................................................................................... 406

8.3.6.3 Metodologia .............................................................................................. 406

8.3.6.4 Responsabilidade de Execução e Fiscalização ........................................ 407

8.3.7 Programa de gestão e controle ambiental dos resíduos .................... 408

8.3.7.1 Introdução................................................................................................. 408

8.3.7.2 Objetivo .................................................................................................... 408

8.3.7.3 Metodologia .............................................................................................. 408

8.3.7.4 Responsabilidade de Execução e Fiscalização ........................................ 408

8.3.8 Programa de supressão vegetal e limpeza das áreas ......................... 409

8.3.8.1 Introdução................................................................................................. 409

8.3.8.2 Objetivo .................................................................................................... 409

8.3.8.3 Metodologia .............................................................................................. 409

8.3.8.4 Responsabilidade de Execução e Fiscalização ........................................ 410

8.3.9 Programa de recuperação das Áreas de Preservação Permanente .. 411

8.3.9.1 Introdução................................................................................................. 411

8.3.9.2 Objetivo .................................................................................................... 412

8.3.9.3 Metodologia .............................................................................................. 412

8.3.9.4 Responsabilidade de Execução e Fiscalização ........................................ 414

8.3.10 Programa de recuperação de áreas degradadas (PRAD) ................... 414

8.3.10.1 Introdução................................................................................................. 414

8.3.10.2 Objetivo .................................................................................................... 415

8.3.10.3 Metodologia .............................................................................................. 416

8.3.10.4 Responsabilidade de Execução e Fiscalização ........................................ 417

9. ANÁLISE, AVALIAÇÃO E GERENCIAMENTO DE RISCOS .................. 417

9.1 HISTÓRICO DE ACIDENTES .................................................................. 418

9.1.1 Acidente na PCH Apertadinho – RO (2008) .......................................... 419

9.1.2 Acidente na UHE Espora – GO (2008) ................................................... 420

9.1.3 Acidente na CGH Vacaro – SC (2014) ................................................... 422

9.1.4 Acidente na PCH Inxú – MT (2015) ........................................................ 424

9.1.5 Acidente na PCH Verde 4A – MS (2017)................................................ 425

9.2 AVALIAÇÃO DE RISCOS ......................................................................... 426

9.2.1 Análise dos principais riscos ................................................................ 427

9.2.1.1 Cheia maior que a capacidade do vertedouro .......................................... 428

9.2.1.2 Rompimento da barragem ........................................................................ 428

9.2.1.3 Falha na tomada d´água........................................................................... 428

9.2.2 Análise das consequências ................................................................... 429

9.3 MEDIDAS PARA REDUÇÃO DE RISCOS ............................................... 433

9.4 PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS – PGR ...................... 434

9.4.1 Considerações Iniciais ........................................................................... 434

9.4.2 Justificativa ............................................................................................. 435

9.4.3 Objetivos ................................................................................................. 436

9.4.3.1 Objetivos específicos ................................................................................ 436

9.4.4 Metodologia ............................................................................................ 437

9.4.5 Informações de segurança de processo .............................................. 438

9.4.6 Revisão dos riscos de processo ........................................................... 438

9.4.7 Gerenciamento de modificações .......................................................... 439

9.4.8 Manutenção e garantia da integridade de sistemas críticos .............. 439

9.4.9 Procedimentos operacionais ................................................................. 440

9.4.10 Capacitação de recursos humanos ...................................................... 440

9.4.11 Investigação de acidentes ..................................................................... 441

9.4.12 Conclusão ............................................................................................... 441

9.5 PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA – PAE .......................................... 442

9.5.1 Responsabilidade pelo Programa ......................................................... 444

10. CONCLUSÕES ........................................................................................ 445

11. REFERÊNCIAS ........................................................................................ 448

LISTA DE FIGURAS

Figura 3.1: Atual situação das Faixas Ciliares nas proximidades do empreendimento.

Fonte: Construnível, 2018. ........................................................................................ 36

Figura 3.2: Déficit de faixa ciliar no entorno do Rio Santana e UHE Ilha Solteira. .... 37

Figura 4.1: Protocolo de projeto de construção da galeria encaminhado ao DNIT para

fins de aprovação e autorização. ............................................................................... 44

Figura 4.2: Imagem ilustrativa do barramento semelhante ao ser construído na CGH

Castro. ....................................................................................................................... 53

Figura 4.3: Exemplo de desvio do rio, primeira fase. ................................................ 54

Figura 4.4: Exemplo de desvio do rio, segunda fase. ................................................ 55

Figura 4.5: Cálculo de volume do reservatório da CGH Castro. ................................ 58

Figura 4.6: Mapa de produção de sedimentos do Brasil. .......................................... 60

Figura 4.7: Cálculo da vida útil do reservatório da CGH Castro. ............................... 61

Figura 4.8: Esquema de desvio da rodovia e acesso futuros. ................................... 71

Figura 6.1: Esquematização das áreas de influência. ............................................... 81

Figura 6.2: Área Diretamente Afetada - ADA da CGH Castro. .................................. 82

Figura 6.3: Área de Influência Direta - AID da CGH Castro. ..................................... 83

Figura 6.4: Área de influência indireta do meio biótico e físico.................................. 84

Figura 6.5: Área de influência indireta - AII do meio socioeconômico, município de

Paranaíba. ................................................................................................................. 85

Figura 7.1: Mapa climático do Brasil. ........................................................................ 94

Figura 7.2: Temperatura média anual do Brasil. ....................................................... 95

Figura 7.3: Massas de ar atuantes no Brasil. ............................................................ 97

Figura 7.4: Mapa de Insolação anual no Brasil. ........................................................ 98

Figura 7.5: Mapa da Umidade relativa anual do Brasil. ............................................. 99

Figura 7.6: Mapa da direção predominante do vento no Brasil. .............................. 102

Figura 7.7: Precipitação Média Anual. ..................................................................... 104

Figura 7.8: Variação da precipitação média mensal na bacia. ................................ 106

Figura 7.9: Emissões de Monóxido de Carbono (CO) em ppm, para a data base de

09/11/2018, horário de medição 18 horas. .............................................................. 107

Figura 7.10: Limite da área de influência da CGH Castro. ...................................... 113

Figura 7.11: Tectônica das Placas. ......................................................................... 116

Figura 7.12: Escudo do Atlântico. ............................................................................ 116

Figura 7.13: Bacia do Paraná. ................................................................................. 118

Figura 7.14: Seção Geológica Esquemática da Bacia do Paraná. .......................... 118

Figura 7.15: Coluna Estratigráfica da Bacia do Paraná. .......................................... 119

Figura 7.16: Arcabouço Estrutural da Bacia do Paraná. ......................................... 121

Figura 7.17: Mapa Sismológico do Brasil. ............................................................... 123

Figura 7.18: Mapa de Domínios Morfoestruturais do Brasil. ................................... 125

Figura 7.19: Localização da área com incidência de processos erosivos. .............. 135

Figura 7.20: Articulação da Carta Geográfica (Sem escala). .................................. 137

Figura 7.21: Divisão da regiões hidrográficas do estado de Mato Grosso do Sul. .. 140

Figura 7.22: Regiões Hidrográficas do Brasil em conformidade com a Resolução nº

32/2003 do Conselho Nacional de Recursos Hídricos. ........................................... 142

Figura 7.23: Unidades de planejamento e gerenciamento - UPG. .......................... 145

Figura 7.24: Sistemas aquíferos da UGH Santana-Aporé (MS). ............................. 146

Figura 7.25: Mapa hidrográfico da área de drenagem do rio Córrego Boa Vista e da

área de drenagem da CGH Castro. ......................................................................... 150

Figura 7.26: Representação do Método para a classificação hierárquica de Bacias

Hidrográficas. .......................................................................................................... 153

Figura 7.27: Vista parcial do P1. ............................................................................. 179

Figura 7.28: Vista parcial do P2. ............................................................................. 179

Figura 7.29: Vista parcial do P2. ............................................................................. 179

Figura 7.30: Coleta de água. ................................................................................... 194

Figura 7.31: Adição de conservantes. ..................................................................... 194

Figura 7.32: Coleta de invertebrados. ..................................................................... 194

Figura 7.33: Disco de Secchi. .................................................................................. 194

Figura 7.34: Estação de captação superficial de água da SANESUL. .................... 209

Figura 7.35: Outorga preventiva do empreendimento CGH Castro. ........................ 211

Figura 7.36: Trena utilizada para demarcação das unidades amostrais. ................ 215

Figura 7.37: Medição da Circunferência a altura do peito das árvores. .................. 215

Figura 7.38: Espécies florestais coletadas para identificação. ................................ 216

Figura 7.39: Relatório fotográfico para identificação. .............................................. 216

Figura 7.40: Distribuição das unidades amostrais da flora na região de implantação da

CGH Castro. ............................................................................................................ 223

Figura 7.41: Mapa de Biomas do Brasil. ................................................................. 224

Figura 7.42: Mapeamento das fitofisionomias conforme legenda do GeoMS Vegetação

para AII. ................................................................................................................... 228

Figura 7.43: Mapeamento das fitofisionomias conforme legenda do GeoMS Vegetação

para AID e ADA. ...................................................................................................... 228

Figura 7.44: Localização das Unidades de Conservação próximas a CGH Castro. 233

Figura 7.45: Áreas Prioritárias para Conservação na região do empreendimento. . 236

Figura 7.46: A – B) Fisionomia ao longo do Canal Adutor – Primeira Campanha

(Setembro, 2016). ................................................................................................... 238

Figura 7.47: C – D) Fisionomia ao longo do Canal Adutor – Segunda Campanha

(Janeiro, 2017). ....................................................................................................... 238

Figura 7.48: E – F) Antigas estruturas de barramento. ........................................... 238

Figura 7.49: G –H) Antigas estruturas da casa de força. ........................................ 239

Figura 7.50: Fisionomia da vegetação nas áreas de influência. .............................. 239

Figura 7.51: Faixa da vegetação ciliar. .................................................................... 239

Figura 7.52: Caracterização de antropização na Área de Influência Direta (AID). .. 239

Figura 7.53: Características do estudo no empreendimento CGH Castro. ............. 251

Figura 7.54: Fisionomia da vegetação na Área Diretamente Afetada (ADA). ......... 252

Figura 7.55: Athene cunicularia (Molina, 1782). ...................................................... 270

Figura 7.56: Theristicus caudatus (Boddaert, 1783). ............................................... 270

Figura 7.57: Monasa nigrifrons (Spix, 1824)............................................................ 270

Figura 7.58: Phalacrocorax brasilianus (Gmelin, 1789). .......................................... 270

Figura 7.59: Psittacara leucophthalmus (Statius Muller, 1776). .............................. 270

Figura 7.60: Tangara sayaca (Linnaeus, 1766). ...................................................... 270

Figura 7.61: Ramphastos toco (Statius Muller, 1776). ............................................ 271

Figura 7.62: Ara ararauna (Linnaeus, 1758)............................................................ 271

Figura 7.63: Columbina talpacoti (Temminck, 1811). .............................................. 271

Figura 7.64: Diopsittaca nobilis (Linnaeus, 1758). .................................................. 271

Figura 7.65: Nemosia pileata (Boddaert, 1783). ...................................................... 271

Figura 7.66: Rupornis magnirostris (Gmelin, 1788). ................................................ 271

Figura 7.67: Sicalis flaveola (Linnaeus, 1766). ....................................................... 272

Figura 7.68: Thamnophilus doliatus (Linnaeus, 1764). ............................................ 272

Figura 7.69: Dryocopus lineatus (Linnaeus, 1766). ................................................. 272

Figura 7.70: Busca ativa diurna. .............................................................................. 281

Figura 7.71: Busca ativa noturna. ............................................................................ 281

Figura 7.72: Tupinambis merianae Duméril & Bibron, 1839. ................................... 282

Figura 7.73: Tropidurus oreadicus Rodrigues, 1987. .............................................. 282

Figura 7.74: Physalaemus cuvieri Fitzinger, 1826. .................................................. 282

Figura 7.75: Leptodactylus fuscus Schneider, 1799. ............................................... 282

Figura 7.76: Instalação de armadilha fotográfica. .................................................... 295

Figura 7.77: Iscas para armadilha fotográfica. ........................................................ 295

Figura 7.78: Instalação de armadilha Sherman. ...................................................... 295

Figura 7.79: Instalação de armadilha Tomahawk. ................................................... 295

Figura 7.80: Registro de vestígios - pegadas. ......................................................... 296

Figura 7.81: Registro de vestígios - toca. Fonte: Construnível, 2017. .................... 296

Figura 7.82: Cabassous unicinctus. ........................................................................ 296

Figura 7.83: Cebus libidinosus. ............................................................................... 296

Figura 7.84: Cerdocyon thous. ................................................................................ 296

Figura 7.85: Sylvilagus brasiliensis. ........................................................................ 296

Figura 7.86: Didelphis albiventris. ........................................................................... 297

Figura 7.87: Myrmecophaga tridactyla atropelado na rodovia na AID. .................... 297

Figura 7.88: Dasypus novemcinctus atropelado na rodovia na AID. ....................... 297

Figura 7.89: Mazama gouazoubira atropelado na rodovia na AID. ......................... 297

Figura 7.90: Principais áreas para a ictiofauna. ...................................................... 299

Figura 7.91: Instalação de rede. ............................................................................. 307

Figura 7.92: Uso da tarrafa...................................................................................... 307

Figura 7.93: Astyanax altiparanae. .......................................................................... 308

Figura 7.94: Leporinus friderici. ............................................................................... 308

Figura 7.95: Hoplosternum littorale. ........................................................................ 308

Figura 7.96: Hypostomus sp 1. ................................................................................ 308

Figura 7.97: Hypostomus sp 2. ................................................................................ 308

Figura 7.98: Hypostomus sp 3. ................................................................................ 308

Figura 7.99: Imagem com a localização dos pontos amostrais da Ictiofauna. ........ 309

Figura 7.100: Instalação de Redes de Espera. ....................................................... 311

Figura 7.101: Retirada das redes de espera. .......................................................... 311

Figura 7.102: Uso de tarrafa nos pontos amostrais. ................................................ 311

Figura 7.103: Uso de tarrafa nos pontos amostrais. ................................................ 311

Figura 7.104: Retira e obtenção de dados biométricos da Ictiofauna coletada. ...... 312

Figura 7.105: Soltura das espécies coletadas. ........................................................ 312

Figura 7.106: Ponto amostral PX_06. ..................................................................... 317

Figura 7.107: Jusante do PX_06. ............................................................................ 317

Figura 7.108: Montante do PX_06. .......................................................................... 317

Figura 7.109: Locais possíveis de alimentação, refúgio e reprodução de espécies

reofilicas. ................................................................................................................. 322

Figura 7.110: Ponto 01. ........................................................................................... 323

Figura 7.111: Ponto 02. ........................................................................................... 323

Figura 7.112: Ponto 03. ........................................................................................... 323

Figura 7.113: Ponto 04. ........................................................................................... 323

Figura 7.114: Ponto 05. ........................................................................................... 323

Figura 7.115: Ponto 06. ........................................................................................... 323

Figura 7.116: Ponto 07. ........................................................................................... 324

Figura 7.117: Ponto 08. ........................................................................................... 324

Figura 7.118: Método com tarrafa. .......................................................................... 324

Figura 7.119: Método com tarrafa. .......................................................................... 324

Figura 7.120: Instalação de Redes de Espera. ....................................................... 324

Figura 7.121: Instalação de Redes de Espera. ....................................................... 324

Figura 7.122: Retirada e revisão das Redes. .......................................................... 324

Figura 7.123: Retirada e revisão das Redes. .......................................................... 324

Figura 7.124: Soltura dos exemplares coletados após obtenção de dados biométricos.

................................................................................................................................ 325

Figura 7.125: Soltura dos exemplares coletados após obtenção de dados biométricos.

................................................................................................................................ 325

Figura 7.126: Registro de Apareiodon affinis. ......................................................... 325

Figura 7.127: Registro de Apteronotus ellisi. ........................................................... 325

Figura 7.128: Registro de Astyanax altiparanae. ..................................................... 325

Figura 7.129: Registro de Crenicichla sp. predada. ................................................ 325

Figura 7.130: Registro de Gymnotus carapo. .......................................................... 326

Figura 7.131: Registro de Hoplias sp. ..................................................................... 326

Figura 7.132: Registro de Hypostomus aff. oculeus. ............................................... 326

Figura 7.133: Registro de Hypostomus aff. ancistroides. ........................................ 326

Figura 7.134: Registro de Pimelodella sp. ............................................................... 326

Figura 7.135: Registro de Serrasalmus maculatus. ................................................. 326

Figura 7.136: Localização do município de Paranaíba. ........................................... 328

Figura 7.137: Principais acessos ao município de Paranaíba. ................................ 329

Figura 7.138: Pirâmide etária município de Paranaíba – MS. ................................. 330

Figura 7.139: Composição do PIB de Paranaíba de 1999 a 2012. ......................... 337

Figura 7.140: Proporção de famílias beneficiadas pelo bolsa família - Município de

Paranaíba/MS. ........................................................................................................ 341

Figura 7.141: Pórtico de entrada do município. ....................................................... 342

Figura 7.142: Igreja Matriz de Paranaíba - MS ........................................................ 342

Figura 7.143: Entrevista com o Proprietário 1. ........................................................ 345

Figura 7.144: Entrevista com o Proprietário 2. ........................................................ 345

Figura 7.145: Entrevista com o Proprietário 3. ........................................................ 345

Figura 7.146: Vista da propriedade 3. ..................................................................... 345

Figura 9.1 Local após ruptura da PCH Apertadinho. ............................................... 420

Figura 9.2: Estruturas danificadas após ruptura da PCH Apertadinho. ................... 420

Figura 9.3: Fazendas alagadas após ruptura da UHE Espora. ............................... 422

Figura 9.4: Meandros alagados após ruptura da UHE Espora. ............................... 422

Figura 9.5: Ponte sobre GO-178 alagada. .............................................................. 422

Figura 9.6: Afluente afetado pelo rompimento da barragem. .................................. 422

Figura 9.7: BR alagada com a ruptura da CGH Vacaro. ......................................... 423

Figura 9.8: Barragem Vacaro depois da cheia. ....................................................... 423

Figura 9.9: Barragem Vacaro depois da cheia. ....................................................... 423

Figura 9.10: Alto nível do Rio Irani. ......................................................................... 423

Figura 9.11: Destruição da casa de força da PCH Inxú. ......................................... 425

Figura 9.12: Rompimento da barragem PCH Inxú. ................................................. 425

Figura 9.13: Alagamento na casa de máquinas na PCH Verde 4A. ........................ 426

Figura 9.14: Distância da cidade de Paranaíba até a CGH Castro. ........................ 430

Figura 9.15: Vista à jusante da CGH Castro. .......................................................... 431

Figura 9.16: Vista do local do barramento. .............................................................. 432

Figura 9.17: Esquema dos principais tópicos para segurança de barragens. ......... 434

LISTA DE TABELAS

Tabela 2.1: Empreendimentos similares para o estado do Mato Grosso do Sul. ...... 25

Tabela 4.1: Atividades realizadas na fase de planejamento do empreendimento. .... 38

Tabela 4.2: Gerenciamento da Obra da CGH Castro para a etapa de Implantação. 41

Tabela 4.3: Série de vazões médias mensais em m³/s na CGH Castro. ................... 51

Tabela 4.4: Motorização e resumo energético na CGH Castro. ................................ 52

Tabela 4.5: Dados do gerador selecionado adotado. ................................................ 63

Tabela 4.6: Dados do transformador elevador. ......................................................... 64

Tabela 4.7: Correção do IGP-DI. ............................................................................... 74

Tabela 7.1: Estações pluviométricas - informações específicas. ............................ 105

Tabela 7.2: Níveis de crédito de avaliação NCA para ambientes externos em dB(A).

................................................................................................................................ 113

Tabela 7.3: Limites de ruído para motocicletas e similares. .................................... 114

Tabela 7.4: Limites de ruído para veículos novos. .................................................. 115

Tabela 7.5: Relação de cartas topográficas utilizadas. ........................................... 137

Tabela 7.6: Relação dos marcos RBMC utilizados nos levantamentos topográficos.

................................................................................................................................ 138

Tabela 7.7: Unidades de planejamento e gerenciamento a partir da unidade física

natural. .................................................................................................................... 144

Tabela 7.8: Principais problemas de qualidade identificados nas águas subterrâneas.

................................................................................................................................ 148

Tabela 7.9: Classificação da bacia quanto à ocorrência de cheias em função do kc.

................................................................................................................................ 151

Tabela 7.10: Classificação da bacia quanto à ocorrência de cheias. ...................... 152

Tabela 7.11: Classificação da bacia quanto à densidade de drenagem. ................ 154

Tabela 7.12: Estações fluviométricas selecionadas no estudo hidrológico. ............ 156

Tabela 7.13: Disponibilidade de Dados nas Estações fluviométricas selecionadas no

estudo hidrológico. .................................................................................................. 156

Tabela 7.14: Vazões Médias Mensais da Estação Aporé, utilizada como estação base

dos estudos hidrometeorológicos. ........................................................................... 157

Tabela 7.15: Vazões Médias Mensais da Estação Campo Alegre. ......................... 158

Tabela 7.16: Vazões Médias Mensais da Estação Cassilândia. ............................. 159

Tabela 7.17: Características das estações utilizadas no estudo. ............................ 160

Tabela 7.18: Vazões médias mensais em m³/s da estação Aporé com falhas

completadas. ........................................................................................................... 169

Tabela 7.19: Vazões médias mensais em l/s.Km² da estação Aporé com falhas

completadas. ........................................................................................................... 170

Tabela 7.20: Série de Vazões Médias Mensais da CGH Castro. ............................ 171

Tabela 7.21: Vazões máximas observadas na Aporé. ............................................ 174

Tabela 7.22: Vazões máximas observadas na Aporé. ............................................ 174

Tabela 7.23: Vazões máximas observadas na CGH Castro. .................................. 175

Tabela 7.24: Vazões Extremas na CGH Castro, método de Gumbell. .................... 176

Tabela 7.25: Vazões Instantâneas na Estação Aporé. ............................................ 176

Tabela 7.26: Vazões Instantâneas na CGH Castro. ................................................ 177

Tabela 7.27: Caracterização dos pontos amostrais para análise da qualidade da água.

................................................................................................................................ 178

Tabela 7.28: Parâmetros utilizados para o cálculo do Índice de Qualidade da Água

(IQA) com seus respectivos pesos. ......................................................................... 181

Tabela 7.29: Classificação do estado trófico de rios e reservatórios, segundo Índice

de Carlson modificado. ............................................................................................ 182

Tabela 7.30: Pontuações designadas as diferentes famílias de macroinvertebrados

aquáticos ................................................................................................................. 183

Tabela 7.31: Resultado das análises dos parâmetros físicos, químicos e

microbiológicos dos pontos amostrais. .................................................................... 184

Tabela 7.32: Índice da qualidade de água (IQA) dos pontos amostrais na área de

influência. ................................................................................................................ 186

Tabela 7.33: Valores de classificação do corpo de água com base no cálculo do IQA

(Cetesb)................................................................................................................... 186

Tabela 7.34: Estado trófico dos pontos amostrais na área de influência. ............... 187

Tabela 7.35: Estado trófico e suas características principais, segundo Lamparelli

(2004). ..................................................................................................................... 187

Tabela 7.36: Resultado quantitativo do fitoplâncton registrado na área de influência.

................................................................................................................................ 188

Tabela 7.37: Resultado quantitativo do zooplâncton registrado na área de influência.

................................................................................................................................ 191

Tabela 7.38: Resultado quantitativo de organismos bentônicos na área de influência.

................................................................................................................................ 192

Tabela 7.39: Pontuação do índice de BMWP’ de Zoobentos na área de influência.

................................................................................................................................ 192

Tabela 7.40: Classes de qualidade, valores do BMWP’ e cores representativas. ... 192

Tabela 7.41: Empreendimentos hidrelétricos identificados na UGH Santana-Aporé.

................................................................................................................................ 208

Tabela 7.42: Dados da cobertura vegetal do Cerrado. ............................................ 225

Tabela 7.43: Unidades de Proteção Integral. .......................................................... 230

Tabela 7.44: Unidades de Conservação de Uso Sustentável. ................................ 230

Tabela 7.45: Demonstrativo de superfície protegida por unidades de conservação de

proteção integral no MS. ......................................................................................... 232

Tabela 7.46: Demonstrativo de superfície protegida por Reserva Particular do

Patrimônio Natural no MS. ...................................................................................... 232

Tabela 7.47: Demonstrativo de superfície protegida por Áreas de Proteção Ambiental

no MS. ..................................................................................................................... 232

Tabela 7.48: Espécies florestais e suas respectivas famílias botânicas encontradas na

Área Diretamente Afetada pela CGH Castro. .......................................................... 237

Tabela 7.49: Espécies ameaçadas de extinção e respectiva classificação. ............ 244

Tabela 7.50: Parâmetros fitossociológicos das espécies florestais amostradas. .... 246

Tabela 7.51: Relação das unidades amostrais e das espécies florestais. .............. 249

Tabela 7.52: Categorias de habitat da avifauna. ..................................................... 255

Tabela 7.53: Categorias de guilda trófica da avifauna. ........................................... 255

Tabela 7.54: Avifauna registrada para a área de influência indireta do

empreendimento. .................................................................................................... 256

Tabela 7.55: Lista da avifauna registrada na área de influência do empreendimento.

................................................................................................................................ 260

Tabela 7.56: Contingência da relação entre estrutura trófica e habitat preferencial da

avifauna registrada na área do empreendimento. ................................................... 268

Tabela 7.57: Lista da herpetofauna com potencial ocorrência na área de influência do

empreendimento. .................................................................................................... 275

Tabela 7.58: Lista da herpetofauna registrada na área de influência do

empreendimento. .................................................................................................... 279

Tabela 7.59: Lista de mamíferos com potencial ocorrência para a região do

empreendimento. .................................................................................................... 286

Tabela 7.60: Lista da mastofauna registrada na área de influência do

empreendimento. .................................................................................................... 289

Tabela 7.61: Caracterização das áreas amostrais da ictiofauna. ............................ 301

Tabela 7.62: Detalhamento técnico dos petrechos de pesca utilizados. ................. 301

Tabela 7.63: Lista de espécies com ocorrência para a região do empreendimento.

................................................................................................................................ 301

Tabela 7.64: Lista da ictiofauna registrada na área de influência do empreendimento.

................................................................................................................................ 303

Tabela 7.65: Caracterização dos Pontos Amostrais da Ictiofauna. ......................... 310

Tabela 7.66: Detalhamento Técnico dos Petrechos de Pesca Utilizados. .............. 310

Tabela 7.67:Software Past. ..................................................................................... 312

Tabela 7.68: Lista da Ictiofauna registrada na área deinfluência da CGH Castro. .. 314

Tabela 7.69: Lista de espécies registradas nas campanhas amostrais da Ictiofauna

para a CGH Castro. ................................................................................................. 319

Tabela 7.70: População total, por gênero, rural/urbana no município de Paranaíba -

MS. .......................................................................................................................... 330

Tabela 7.71: Longevidade e mortalidade infantil – 1991 até 2010. ......................... 332

Tabela 7.72: Estabelecimentos de saúde em Paranaíba – MS em abril de 2016. .. 333

Tabela 7.73: Matrícula inicial por zona e dependência administrativa – 2015. ....... 334

Tabela 7.74: Escolas, salas de aula existentes e utilizadas – educação infantil, ensino

fundamental e ensino médio – 2015. ...................................................................... 334

Tabela 7.75: Índice de educação básica IDEB-2013. .............................................. 335

Tabela 7.76: Indicadores de saneamento básico para Paranaíba entre 1991 e 2010.

................................................................................................................................ 336

Tabela 7.77: Produto Interno Bruto de Paranaíba - 2014. ....................................... 336

Tabela 7.78: Estabelecimento industriais por ramos de atividade – CNAE (2014-2015).

................................................................................................................................ 337

Tabela 7.79: Contribuição das MPEs à geração de emprego - Município de

Paranaíba/MS. ........................................................................................................ 339

Tabela 7.80: Área colhida, produção, rendimento médio e valor da produção agrícola

temporária por tipo de cultura em 2015 para o município de Paranaíba. ................ 339

Tabela 7.81: Área colhida, produção, rendimento médio e valor da produção agrícola

permanente por tipo de cultura em 2015 para o município de Paranaíba. .............. 340

Tabela 7.82: Produção da Pecuária – 2015. ........................................................... 340

Tabela 7.83: Levantamento socioeconômico das propriedades.............................. 344

Tabela 7.84: Escolaridade dos entrevistados. ......................................................... 344

Tabela 7.85: Atividades econômicas desenvolvidas nas propriedades. .................. 345

Tabela 7.86: Sítios arqueológicos encontrados em Paranaíba. .............................. 346

Tabela 8.1: Matriz específica de classificação do impacto de alteração na qualidade

da água. .................................................................................................................. 352

Tabela 8.2: Matriz específica de classificação do impacto de poluição do corpo hídrico

e do solo por efluentes. ........................................................................................... 354

Tabela 8.3: Matriz específica de classificação do impacto de contaminação do solo.

................................................................................................................................ 355

Tabela 8.4: Matriz específica de classificação do impacto de alteração da dinâmica

hídrica. .................................................................................................................... 357

Tabela 8.5: Matriz específica de classificação do impacto de aceleração dos

processos erosivos e assoreamento. ...................................................................... 358

Tabela 8.6: Matriz específica de classificação do impacto de alteração no uso do solo

e na paisagem. ........................................................................................................ 360

Tabela 8.7: Matriz específica de classificação do impacto de geração de resíduos

sólidos. .................................................................................................................... 361

Tabela 8.8: Matriz específica de classificação do impacto de perda e fragmentação de

habitat. .................................................................................................................... 363

Tabela 8.9: Matriz específica de classificação do impacto de alteração da composição

e diversidade da fauna terrestre. ............................................................................. 364

Tabela 8.10: Matriz específica de classificação do impacto de alteração da

composição e diversidade da fauna aquática.......................................................... 365

Tabela 8.11: Matriz específica de classificação do impacto de interferência na

migração da fauna aquática. ................................................................................... 366

Tabela 8.12: Matriz específica de classificação do impacto de aumento da caça

predatória e riscos de atropelamento da fauna. ...................................................... 368

Tabela 8.13: Matriz específica de classificação do impacto de perda de cobertura

vegetal. .................................................................................................................... 370

Tabela 8.14: Matriz específica de classificação do impacto da manutenção da área

florestal ao entorno. ................................................................................................. 372

Tabela 8.15: Matriz específica de classificação do impacto de aumento do

conhecimento técnico-científico da região. ............................................................. 373

Tabela 8.16: Matriz específica de classificação do impacto de geração de empregos.

................................................................................................................................ 374

Tabela 8.17: Matriz específica de classificação do impacto de interferências no

cotidiano das populações vizinhas. ......................................................................... 375

Tabela 8.18: Matriz específica de classificação do impacto de geração de expectativa.

................................................................................................................................ 377

Tabela 8.19: Matriz específica de classificação do impacto de riscos de acidentes com

a população local e operários. ................................................................................. 378

Tabela 8.20: Matriz específica de classificação do impacto de aumento da oferta de

energia elétrica. ....................................................................................................... 379

Tabela 8.21: Matriz específica de classificação do impacto de aumento do potencial

turístico e áreas de lazer. ........................................................................................ 380

Tabela 8.22: Matriz específica de classificação do impacto de aumento da demanda

na saúde.................................................................................................................. 381

Tabela 8.23: Procedimentos para revegetação da cobertura ciliar através do plantio

de mudas................................................................................................................. 413

Tabela 9.1: Centrais Hidrelétricas em operação no Brasil. ..................................... 417

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 4.1: Gráfico de seleção de turbina da CGH Castro. ...................................... 57

Gráfico 4.2: Curva Cota x Área x Volume do reservatório da CGH Castro. .............. 58

Gráfico 7.1: Temperatura na estação Paranaíba. ..................................................... 96

Gráfico 7.2: Insolação na estação Paranaíba............................................................ 98

Gráfico 7.3: Umidade relativa na estação Paranaíba .............................................. 100

Gráfico 7.4: Umidade relativa média. ...................................................................... 100

Gráfico 7.5: Evapotranspiração real. ....................................................................... 101

Gráfico 7.6: Evaporação na estação Paranaíba. ..................................................... 101

Gráfico 7.7: Velocidade Média do Vento na estação Paranaíba. ............................ 103

Gráfico 7.8: Velocidade Máxima do Vento na estação Paranaíba. ......................... 103

Gráfico 7.9: Concentração de CO, referente ao período de 09 de novembro a 12 de

novembro. ............................................................................................................... 108

Gráfico 7.10: Emissões de Compostos Orgânicos Voláteis (ppb), data de 09/11/2018,

horário 18 h. ............................................................................................................ 109

Gráfico 7.11: Concentração de Compostos Orgânicos Voláteis, referente ao período

de 09 de novembro a 12 de novembro. ................................................................... 110

Gráfico 7.12: Concentração de material particulado (ug/m3), data de 09/11/2018,

horário 9 h. .............................................................................................................. 111

Gráfico 7.13: Concentração Material Particulado (ug/m3), referente ao período de 09

de novembro a 12 de novembro. ............................................................................. 112

Gráfico 7.14: Reta de regionalização das estações. ............................................... 160

Gráfico 7.15: Vazão x Leituras do posto fluviométrico Aporé. ................................. 162

Gráfico 7.16: Vazões mensais do posto fluviométrico Aporé. ................................. 162

Gráfico 7.17: Vazões mensais do posto fluviométrico Aporé. ................................. 163

Gráfico 7.18: Vazões x Leituras do posto fluviométrico Campo Alegre. .................. 163

Gráfico 7.19: Vazões mensais do posto fluviométrico Campo Alegre. .................... 164

Gráfico 7.20: Leituras das cotas mensais do posto fluviométrico Campo Alegre. ... 164

Gráfico 7.21: Vazões x Leituras do posto fluviométrico Cassilândia. ...................... 165

Gráfico 7.22: Vazões mensais do posto fluviométrico Cassilândia. ........................ 165

Gráfico 7.23: Leituras das cotas mensais do posto fluviométrico Cassilândia. ....... 166

Gráfico 7.24: Correlação entre a estação fluviométrica Aporé e Cassilândia. ......... 168

Gráfico 7.25: Correlação entre a estação fluviométrica Aporé e Campo Alegre. .... 168

Gráfico 7.26: Curva de permanência da CGH Castro. ............................................ 173

Gráfico 7.27: Índices ecológicos espaciais do fitoplâncton na área de influência. .. 191

Gráfico 7.28: Composição relativa das demandas setoriais por água (vazões

retiradas). ................................................................................................................ 206

Gráfico 7.23: Famílias com maior número de indivíduos amostrados. .................... 240

Gráfico 7.24: Famílias com maior número de espécies amostradas. ...................... 241

Gráfico 7.25: Classes de diâmetros dos indivíduos amostrados ............................. 242

Gráfico 7.26: Classes de altura dos indivíduos amostrados. ................................... 242

Gráfico 7.27: Classes de altura dos indivíduos amostrados. ................................... 246

Gráfico 7.28: Espécies com maior densidade absoluta. .......................................... 247

Gráfico 7.29: Espécies florestais com maior distribuição no fragmento florestal

estudado.................................................................................................................. 248

Gráfico 7.30: Espécies florestais com maior dominância na floresta estudada. ...... 248

Gráfico 7.31: Famílias registradas na área de influência do empreendimento. ....... 265

Gráfico 7.32: Guildas tróficas da avifauna registrada na área de influência do

empreendimento. .................................................................................................... 265

Gráfico 7.33: Habitat da avifauna registrada na área de influência do empreendimento.

................................................................................................................................ 267

Gráfico 7.34: Habitat preferencial da mastofauna. .................................................. 291

Gráfico 7.35: Guildas tróficas da mastofauna.......................................................... 292

Gráfico 7.36: Hábitos da mastofauna. ..................................................................... 293

Gráfico 7.37: Representatividade numérica e em biomassa das espécies registradas.

................................................................................................................................ 304

Gráfico 7.38: Índices ecológicos espaciais da ictiofauna registrada. ....................... 305

Gráfico 7.39: CPUE para malhadeiras obtidas durante o levantamento ictiofaunístico

da área de influência. .............................................................................................. 306

Gráfico 7.40: Representatividade numérica e em biomassa das espécies registradas.

................................................................................................................................ 315

Gráfico 7.41: Índices ecológicos espaciais da ictiofauna na área de influência. ..... 316

Gráfico 7.40: Gráfico do IDH comparado. ............................................................... 332

LISTA DE QUADROS

Quadro 7.1: Média histórica de temperaturas para cada mês do ano. ...................... 96

Quadro 7.2: Precipitações médias nas estações selecionadas............................... 105

Quadro 7.3: Informações CGH Castro e estação Aporé. ........................................ 167

Quadro 7.4: Resumo das correlações utilizadas para completar o período de vazões

médias mensais da estação Aporé. ........................................................................ 169

Quadro 7.5: Pessoas com 10 anos ou mais, economicamente ativas e não ativas.

................................................................................................................................ 341

Quadro 26.1: Matriz de Periculosidade (P) para barramentos. ............................... 427

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1. INFORMAÇÕES GERAIS

O empreendimento de geração de energia é de pequeno porte, classificado como

central geradora hidrelétrica (CGH), adotando o nome de CGH Castro. Se enquadra

na legislação vigente por apresentar potência máxima instalada de 5,0 MW, por

critério da Lei 13.360, de 17 de novembro de 2016.

1.1 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR

Nome Completo / Razão Social: Flamboyant Energias Renováveis Ltda.

CPF/ CNPJ nº: 13.378.968/0001-06

CTF IBAMA n°:

End.: Rua Otacílio Gonçalves Padilha, n° 131, sala 03, bairro Primo Tacca

CEP: 89.820-000 Município: Xanxerê – SC

Representante legal: Cleber Antonio Leites

006.357.309-10

1.2 IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA RESPONSÁVEL PELO ESTUDO

Nome Completo / Razão Social: Construnível Energias Renováveis Ltda.

CPF/ CNPJ nº: 16.456.838/0001-24

CTF IBAMA n°: 5628579

End.: Rua Odílio Alves, n° 127, bairro Primo Tacca

CEP: 89.820-000 Município: Xanxerê – SC

Representante legal: Cleverson Luiz Leites

084.845.949-04

1.3 CONTATOS RELATIVOS AO EAP

Endereço para correspondência: Rua Odílio Alves, n° 127, bairro Primo Tacca

CEP: 89.820-000 Município: Xanxerê – SC

e-mail: [email protected]

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1.3.1 Identificação da equipe técnica

RESPONSÁVEIS TÉCNICOS

PROFISSIONAL ASSINATURA

Marcos Coradi Favero

Engenheiro Civil Esp. em engenharia de segurança do trabalho CREA-SC 122582-5 Coordenação do projeto básico, estudos geodésicos, planialtimétricos e batimetria, prognósticos e programas ambientais

Joiris Manoela Dachery

Engenheira de Energia Especialista em eficiência energética Mestranda em ciências ambientais CREA-SC 120525-0 Estudos hidrológicos e energéticos, prognósticos e programas ambientais

Renata Cavalheiro

Engenheira Florestal Pós-graduanda em auditoria e perícia ambiental CREA-SC 132327-3 Estudo socioeconômico, fitossociológico, prognósticos e programas ambientais

Amanda Flor Ulbinski

Bióloga CRBio 83669/07-D Estudos da avifauna, prognósticos e programas ambientais

Daiane Trombeta

Bióloga CRBio 81687/03-D Estudos da qualidade da água, prognósticos e programas ambientais

Tiago Lazzaretti

Biólogo CRBio 75744/03-D Estudos da ictiofauna e mastofauna, prognósticos e programas ambientais

Vanderlei F. de Araújo

Biólogo CRBio 83866/07-D Estudos da herpetofauna, prognósticos e programas ambientais

Willian Zapani Roman

Arquiteto e Urbanista Especialista em engenharia de estruturas CAU-BR A73051-3 Estudos de prognósticos e programas ambientais

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RESPONSÁVEIS TÉCNICOS

PROFISSIONAL ASSINATURA

Dailana Detoni Sampaio

Arquiteta e Urbanista Especialista em engenharia da construção civil CAU-BR A109898-5 Estudos de prognósticos e programas ambientais

1.3.1.1 Equipe técnica complementar

EQUIPE TÉCNICA COMPLEMENTAR

NOME CONSELHO

PROFISSIONAL FORMAÇÃO PROFISSIONAL / FUNÇÃO

Cleber Antonio Leites CREA-SC 084660-3 Engenheiro Civil

Gabriela Locatelli CREA-SC 150682-0 Engenheira Florestal

Alessandra Vidi Melo Aguardando CREA Engenheira Civil

Juliana Baccin CRBio 110570/03-D Bióloga

Cleiton Silva da Silveira Arqueólogo

Éberson Martins do Couto Arqueólogo

Clediane Leites Matemática Diretoria

Cleverson Leites Graduando em Engenharia Florestal Diretoria

Mauro Antonio Fusinatto Projetista

Welinton Michel de Vicentin Nunes Graduando em Engenharia Florestal Projetista

Danrlei Wrunsch Graduando em Engenharia Florestal Projetista

Renato Luzzi Técnico em Eletromecânica Projetista

Rudinei Welter Graduando em Arquitetura e Urbanismo Projetista

Jaqueline Warta Auxiliar no setor ambiental

Ilanes Leite Administração e logística

Vilson Leites Gerente de execução de obras

Elisabeth Garghetti Mulinari Financeiro

Wilson Thiago Boschetti Operador de perfuratriz

Sidnei Coradi Levantamento topográfico

Emerson Lucas dos Santos Levantamento topográfico

Rodinaldo de Oliveira Martins Levantamento topográfico

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2. INTRODUÇÃO

O presente relatório tem como objetivo apresentar o Estudo Ambiental Preliminar

(EAP) para o empreendimento Central Geradora Hidrelétrica (CGH) Castro, sendo

este solicitado pelo Instituto de Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul (IMASUL) como

instrumento para concessão do licenciamento ambiental prévio.

A composição do documento baseia-se no termo de referência disponibilizado pelo

Instituto especificamente para este empreendimento, sendo produto da Declaração

Ambiental de nº 156/2017.

O aproveitamento hidrelétrico CGH Castro foi projetado pela empresa Construnível

Energias Renováveis conjuntamente com a empresa Flamboyant Energias

Renováveis visando a geração de energia com o menor impacto possível ao meio

ambiente.

O projeto está localizado no rio Santana, onde há estruturas antigas existentes de um

empreendimento similar. Neste local é possível identificar a estrutura do canal adutor

e da antiga casa de máquinas. Como o local já foi alterado pela presença destas

estruturas, além de estar às margens da rodovia, a área já apresenta grande alteração

nos componentes ambientais.

O empreendimento tem como principal objetivo a geração de energia elétrica de forma

interligada ao Sistema Integrado Nacional (SIN), através do mercado cativo ou livre,

visando contribuir para o atendimento da demanda por energia elétrica no país, e em

conformidade com estudos e planejamentos governamentais para o setor.

As barragens já eram construídas na antiguidade com os objetivos de suprir a água

das cidades, desenvolver a irrigação e controlar as inundações. Com o início do uso

da energia elétrica no final do século XIX, as barragens passaram a ser utilizadas

também para geração da eletricidade, utilizando o potencial hidráulico dos rios. Essa

forma de energia gerou importantes transformações nos processos produtivos e na

vida cotidiana das sociedades industrializadas.

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No Brasil, a produção e o consumo de energia elétrica intensificaram-se a partir dos

anos 1950, com o aumento da importação de eletrodomésticos e o anseio nacional à

industrialização. O incentivo governamental à indústria automobilística, que tem como

característica o intenso consumo energético, fez com que o governo ampliasse a

oferta de energia. Esta opção de industrialização nacional promoveu o aumento das

vendas de carros e houve a necessidade da ampliação do sistema rodoviário nacional.

O surgimento das metrópoles alavancou a indústria da construção civil e do cimento

e de outras energo-intensivas. Tal acontecimento fez o setor de energia elétrica ser o

centro das atenções das autoridades governamentais, porque produz e disponibiliza

um bem indispensável ao desenvolvimento da nação (FILHO & CAMARGO, 2003, p.

92).

O consumo de eletricidade por habitante no Brasil tem aumentado acentuadamente

desde 1970. Deve-se ressaltar que o consumo de eletricidade está ligado à qualidade

de vida da população, pois reflete a utilização de bens e serviços essenciais à

sociedade, como o uso de eletrodomésticos, iluminação pública, saúde, educação,

transporte, saneamento e comércio. Além disso, a produção de energia elétrica é

assunto conexo à questão ambiental.

De acordo com o Banco de Informações da Geração (BIG) da Aneel, em outubro de

2017, existem em operação 618 CGH’s, com potência total de 562.368 kW; 431 PCH’s

com 4.970.991 kW; e 219 UHE’s com capacidade total instalada de 101.188.678 kW.

Nesta data as usinas hidrelétricas, independentemente de seu porte, respondem por

61,18% da potência total instalada no país.

Assim, para que haja um crescimento constante do parque gerador de energia, das

alternativas hoje incentivadas, sob uma perspectiva de proteção ao meio ambiente,

se destacam as Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGH) e as Pequenas Centrais

Hidrelétricas (PCH). Esses dois tipos de empreendimento apresentam prazos de

construção mais curtos, ocupando menor espaço territorial e, de certa maneira,

apresentando impactos ambientais de menor magnitude e abrangência.

A necessidade de suprir a demanda de energia exigida pelo crescente

desenvolvimento econômico faz com que os investimentos voltados para geração de

energia, seja ela para consumo próprio ou para comercialização, tenham um mercado

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promissor, que aliado ao baixo impacto ambiental da instalação de uma CGH, torna

esses empreendimentos viáveis, em termos ambientais e econômicos.

Este tipo de empreendimento contribui para a maior estabilidade energética de acordo

com a demanda de regiões de grande consumo e para a descentralização locacional

das fontes produtoras de energia, no contexto nacional. Pode-se desta forma

visualizar as CGH’s como promotoras dos seguintes benefícios:

Geração de emprego e renda de forma descentralizada;

Segurança energética;

Geração de energia descentralizada;

Menor impacto ambiental quando vistas isoladamente;

Fonte de energia limpa e renovável.

O estado do Mato Grosso do Sul dispõe, atualmente, de 15 CGH’s, que juntas

possuem uma potência instalada de 6.507 kW; 10 PCH’s, com potência de 183.166

kW e 2 UHE’s, com 77.500 kW. Ainda, possui em construção 2 PCH’s, que farão o

incremento de 47.000 kW, e outras 2 PCH’s, com construção ainda não iniciada, com

mais 45.150 kW de potência instalada para o estado (ANEEL, 2017).

As CGH’s ainda não ocupam uma posição de destaque no que se refere à exploração

de seu potencial hidrelétrico. Na tabela a seguir foram destacados os

empreendimentos que se enquadram como CGH no estado, ou seja,

empreendimentos de até 5 MW de potência.

Tabela 2.1: Empreendimentos similares para o estado do Mato Grosso do Sul.

Usina Potência

(kW) Proprietário Município

Cassilândia 500 Pantanal Energética Ltda Cassilândia - MS

Aquarius 4.200 Aquarius Energética S.A Sonora – MS Itiquira - MT

São João I 664 São João Energia Ltda Ponta Porã - MS

São João II 600 São João Energia Ltda Ponta Porã - MS

Coxim 400 Coxim Energia Ltda Coxim - MS

Aporé 1.000 Reichert Agropecuária Ltda Chapadão do Sul - MS

Santa Izabel 1.000 Usina Hidrelétrica Santa Izabel

Ltda Jaraguari - MS

Campo Grande - MS

Córrego São Luiz 688 Renato Eugênio de Rezende

Barbosa Laguna Carapã - MS

Amambaí - MS

Energia Maia Ltda 600 Energia Maia Ltda Campo Grande - MS

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Usina Potência

(kW) Proprietário Município

Fazenda Concórdia 58 Valdir José Zorzo Nova Alvorada do Sul

- MS

Fazenda Marcela 58 Valdir José Zorzo Campo Grande - MS

Rio Formoso 50 Não identificado Bonito - MS

Bela Miragem 225 São Gabriel Hidroenergia Ltda São Gabriel do Oeste -

MS

Ribeirão 144 Iaco Agrícola S.A. Chapadão do Sul - MS

Agropecuária São Marcos

504 Agropecuária São Marcos Ltda Costa Rica - MS

Fazenda Cachoeira Arantes

16 Sérgio Eduardo Tormin

Arantes Costa Rica - MS

Fonte: Matriz Energética do Brasil – ANEEL (2017).

Analisando os dados disponibilizados pela ANEEL, nota-se que os empreendimentos

são de baixa potência instalada, além disso, 8 dos 15 empreendimentos são de

operação anterior ao ano de 2000. Nestes critérios verifica-se a baixa inclusão deste

tipo de empreendimento na contribuição de energia para o estado, o que corrobora a

importância da viabilização destes projetos.

Visando ampliar a geração de energia a partir de fontes limpas, o Governo Federal

criou, através da Lei nº 10.438/2002, o Proinfa - Programa de Incentivo às Fontes

Alternativas de Energia Elétrica com o objetivo de aumentar a participação de fontes

alternativas renováveis (pequenas centrais hidrelétricas, usinas eólicas e

empreendimento termelétrico a biomassa) na produção de energia elétrica. Além

disso, disponibilizou incentivos que variam de financiamentos pelo BNDES e garantia

de compra da energia gerada.

Desta forma, há um conjunto de incentivos governamentais para o crescimento do

setor que se justifica pela importância e demanda por energia elétrica no país, além

das vantagens comparativas das CGH’s.

3. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL

O licenciamento ambiental é uma obrigação legal prévia onde o órgão ambiental

autoriza a localização, instalação e operação de empreendimentos ou atividades

utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente

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poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação

ambiental.

A premissa fundamental do licenciamento ambiental consiste na exigência de

avaliação de impacto ambiental para os empreendimentos e atividades passíveis de

licenciamento, de forma a prevenir e/ou mitigar danos ambientais que venham a afetar

o equilíbrio ecológico e socioeconômico, comprometendo a qualidade ambiental de

uma determinada localidade, região ou país.

Uma vez constatado o perigo ao meio ambiente, deve-se ponderar sobre os meios de

evitar ou minimizar o prejuízo. A Lei 6.938/81 estabeleceu a “avaliação dos impactos

ambientais” (Art. 9º, III) como instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente.

A Resolução 01/86 do CONAMA, em seu Art. 1º, considera impacto ambiental:

“Qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que direta ou indiretamente afetam: I – a saúde, a segurança e o bem-estar da população; II – as atividades sociais e econômicas; III – a biota; IV – as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; V – a qualidade dos recursos ambientais.”

As principais leis, decretos, resoluções e portarias associadas ao licenciamento

ambiental de empreendimentos hidrelétricos, bem como os mais importantes

dispositivos legais na área do meio ambiente, estão dispostos a seguir.

DISPOSITIVO LEGAL

DESCRIÇÃO DATA DA

PUBLICAÇÃO

Constituição Federal

No Capítulo I, Artigo 5º, fica determinado que qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise anular ato lesivo ao meio

ambiente e ao patrimônio histórico e cultural. 05.10.1988

Constituição Federal

O Capítulo VI, Artigo 225, determina que "Todos tem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e

essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e

futuras gerações."

05.10.1988

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DISPOSITIVO LEGAL

DESCRIÇÃO DATA DA

PUBLICAÇÃO

Constituição Federal

O Capítulo II, Art. 20, Inciso III, determina como bens da União: "os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio...". No mesmo artigo, Inciso XI, Parágrafo 1º, "é assegurada, nos termos da

Lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como a órgãos da administração direta da União, participação no resultado da exploração de petróleo e gás natural, de recursos hídricos para fins de

geração de energia elétrica..., ou compensação financeira por essa exploração."

05.10.1988

Lei Complementar nº

140

Fixa normas, nos termos dos incisos III, VI e VII do caput e do parágrafo único do art. 23 da Constituição Federal, para a cooperação entre a

União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios nas ações administrativas decorrentes do exercício da competência comum

relativas à proteção das paisagens naturais notáveis, à proteção do meio ambiente, ao combate à poluição em qualquer de suas formas e à

preservação das florestas, da fauna e da flora; e altera a Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981.

08.12.2011

Lei Federal nº 3.824

Torna obrigatória a destoca e consequente limpeza das bacias hidráulicas dos açudes, represas e lagos artificiais.

23.11.1960

Lei Federal nº 5.197

Dispõe sobre a proteção à fauna e dá outras providências. 03.01.1967

Lei Federal nº 6.938

Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, constitui o Sistema Nacional de Meio Ambiente-SISNAMA e institui o Cadastro de Defesa Ambiental. A Lei estabelece, ainda, como instrumentos da Política Nacional de Meio

Ambiente, o licenciamento pelo órgão competente, a revisão de atividades efetivas ou potencialmente poluidoras e o Cadastro Técnico

Federal de atividades potencialmente poluidoras ou utilizadoras de recursos ambientais (atualizado pela Lei nº 7.804/89).

31.08.1981

Lei Federal nº 7.990

Institui, para os Estados, Distrito Federal e Municípios, compensação financeira pelo resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica, de recursos minerais em seus respectivos territórios, plataformas continentais, mar

territorial ou zona econômica exclusiva, e dá outras providências. Estabelece em seu Art. 4º os casos de isenção, incluindo instalações

geradoras com capacidade até 10 MW.

28.12.1989

Lei Federal nº 9.433

Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, e dá outras providências.

Altera, parcialmente o Código das Águas. 08.01.1997

Lei Federal nº 9.605

Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente e dá outras providências.

12.02.1998

Lei Federal nº 9.984

Dispõe sobre a Criação da Agência Nacional de Água - ANA, entidade federal de implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e de

coordenação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos.

17.07.2000

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DISPOSITIVO LEGAL

DESCRIÇÃO DATA DA

PUBLICAÇÃO

Lei Federal nº 9.985

Regulamenta o art. 225, § 1o, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da

Natureza e dá outras providências. 18.07.2000

Lei Federal nº 10.438

Dispõe sobre a expansão da oferta de energia elétrica emergencial, recomposição tarifária extraordinária, cria o Programa de Incentivo às

Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), dispõe sobre a universalização do

serviço público de energia elétrica, dá nova redação às Leis n o 9.427, de 26 de dezembro de 1996, nº 9.648, de 27 de maio de 1998, n o 3.890-A, de 25 de abril de 1961, n o 5.655, de 20 de maio de 1971, n o 5.899, de 5

de julho de 1973, n o 9.991, de 24 de julho de 2000, e dá outras providências.

26.04.2002

Lei Federal nº 11.428

Dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica, e dá outras providências.

22.12.2006

Lei Federal nº 12.651

Dispõe sobre o novo código florestal, estabelecendo normas gerais com o fundamento central da proteção e uso sustentável das florestas e

demais formas de vegetação nativa em harmonia com a promoção do desenvolvimento econômico.

25.05.2012

Lei Federal nº 13.360

Altera a Lei nº 5.655, de 20 de maio de 1971, a Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002, a Lei nº 9.648, de 27 de maio de 1998, a Lei nº 12.111, de 9 de dezembro de 2009, a Lei nº 12.783, de 11 de janeiro de 2013, a Lei nº 9.074, de 7 de julho de 1995, a Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de

1989, a Lei nº 9.491, de 9 de setembro de 1997, a Lei nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996, a Lei nº 10.848, de 15 de março de 2004, a Lei nº

11.488, de 15 de junho de 2007, a Lei nº 12.767, de 27 de dezembro de 2012, a Lei nº 13.334, de 13 de setembro de 2016, a Lei nº 13.169, de 6 de outubro de 2015, a Lei nº 11.909, de 4 de março de 2009, e a Lei nº

13.203, de 8 de dezembro de 2015; e dá outras providências.

17.11.2016

Decreto Federal nº 4.339

Institui princípios e diretrizes para a implementação da Política Nacional da Biodiversidade.

22.08.2002

Decreto Federal nº 4.541

Regulamenta os arts. 3º, 13, 17 e 23 da Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002, que dispõe sobre a expansão da oferta de energia elétrica

emergencial, recomposição tarifária extraordinária, cria o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica – PROINFA e a

Conta de Desenvolvimento Energético – CDE, e dá outras providências.

26.03.2003

Decreto Federal nº 6.660

Regulamenta dispositivos da Lei no 11.428, de 22 de dezembro de 2006, que dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma

Mata Atlântica. 21.11.2008

Decreto Federal nº 99.274

Regulamenta a Lei nº 6.902/81 e a Lei nº 6.938/81, que dispõem, respectivamente sobre a criação de Estações Ecológicas e Áreas de

Proteção Ambiental e sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, e dá outras providências.

06.06.1990

Lei Estadual nº 2.257

Dispõe sobre as diretrizes do licenciamento ambiental estadual, estabelece os prazos para a emissão de Licenças e Autorizações

Ambientais, e dá outras providências. 09.07.2001

Lei Estadual nº 2.406

Institui a Política Estadual dos Recursos Hídricos, cria o Sistema Estadual de Gerenciamento dos Recursos Hídricos e dá outras

providências. 29.01.2002

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DISPOSITIVO LEGAL

DESCRIÇÃO DATA DA

PUBLICAÇÃO

Lei Estadual nº 3.709

Fixa a obrigatoriedade de compensação ambiental para empreendimentos e atividades geradoras de impacto ambiental negativo

não mitigável, e dá outras providências. 16.07.2009

Lei Estadual nº 3.886

Dispõe sobre a pesca e a aquicultura e estabelece medidas de proteção e controle da ictiofauna, e dá outras providências.

28.04.2010

Lei Estadual nº 3.992

Altera e acresce dispositivos à Lei nº 2.257, de 9 de julho de 2001, que dispõe sobre as diretrizes do licenciamento ambiental, e dá outras

providências. 16.12.2010

Lei Estadual nº 4.163

Disciplina, no âmbito do Estado de Mato Grosso do Sul, a exploração de florestas e demais formas de vegetação nativa, a utilização de matéria

prima florestal, a obrigação da reposição florestal e altera dispositivo da Lei nº 3.480, de 20 de dezembro de 2007.

02.01.2012

Lei Estadual nº 13.550

Dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma Cerrado no Estado, e dá providências correlatas

02.07.2009

Decreto Estadual nº 10.600

Dispõe sobre a cooperação técnica e administrativa entre os órgãos estaduais e municipais de meio ambiente, visando ao licenciamento e à

fiscalização de atividades de impacto ambiental local. 19.12.2001

Decreto Estadual nº 11.408

Disciplina o licenciamento ambiental dos empreendimentos e atividades localizados nas áreas de preservação permanente, e dá outras

providências. 23.09.2003

Decreto Estadual nº 12.909

Regulamenta a Lei Estadual nº 3.709, de 16 de julho de 2009, que fixa a obrigatoriedade de compensação ambiental para empreendimentos e

atividades geradoras de impacto ambiental negativo não mitigável, e dá outras providências.

29.12.2009

Decreto Estadual nº 13.990

Regulamenta a outorga de direito de uso dos recursos hídricos, de domínio do Estado de Mato Grosso do Sul.

02.07.2014

Resolução CONAMA nº 01

Define os critérios básicos e as diretrizes gerais para uso e implementação da Avaliação de Impacto Ambiental como um dos

instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente. 23.01.1986

Resolução CONAMA nº 06

Estabelece os modelos de publicação de pedidos de licenciamento, em qualquer de suas modalidades, sua renovação e respectiva concessão

de licença. 24.01.1986

Resolução CONAMA nº 06

Regulamenta o licenciamento ambiental para exploração, geração e distribuição de energia elétrica.

16.09.1987

Resolução CONAMA nº 09

Regulamenta a Audiência Pública. 03.12.1987

Resolução CONAMA nº 01

Estabelece critérios e procedimentos básicos para a implementação do Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa

Ambiental, previsto na Lei nº 6.938/81 16.03.1988

Resolução CONAMA nº 30

Define vegetação primária e secundária nos estágios inicial, médio e avançado de regeneração da Mata Atlântica, a fim de orientar os

procedimentos de licenciamento de atividades florestais no Estado do Mato Grosso do Sul.

30.12.1994

Resolução CONAMA nº 09

Define "corredores entre remanescentes" citado no artigo 7º do Decreto nº 750/93 e estabelece parâmetros e procedimentos para a sua

identificação e proteção. 24.10.1996

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DISPOSITIVO LEGAL

DESCRIÇÃO DATA DA

PUBLICAÇÃO

Resolução CONAMA nº 237

Revisão dos procedimentos e critérios utilizados no licenciamento ambiental, de forma a efetivar a utilização do sistema de licenciamento

como instrumento de gestão ambiental. 19.12.1997

Resolução CONAMA nº 279

Estabelece procedimentos para o licenciamento ambiental simplificado em empreendimentos elétricos com pequeno potencial de impacto

ambiental. 27.06.2001

Resolução CONAMA nº 302

Dispõe sobre os parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação Permanente de reservatórios artificiais e o regime de uso do

entorno. 20.03.2002

Resolução CONAMA nº 303

Dispõe sobre os parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação Permanente.

20.03.2002

Resolução CONAMA nº 357

Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e

padrões de lançamento de efluentes. 17.03.2005

Resolução SMA nº 64

Dispões sobre o detalhamento das fisionômicas da vegetação do cerrado, e de seus estágios de regeneração.

10.09.2009

Resolução SEMADE nº 09

Estabelece normas e procedimentos para o licenciamento ambiental estadual, e dá outras providências.

13.05.2015

Instrução Normativa

IBAMA nº 065

Estabelece os procedimentos para o licenciamento de Usinas Hidrelétricas-UHE e Pequenas Centrais Hidrelétricas-PCH, consideradas

de significativo impacto ambiental e cria o Sistema Informatizado de Licenciamento Ambiental Federal-SISLIC.

13.04.2005

Portaria MMA nº 09

Reconhece áreas prioritárias para a conservação, utilização sustentável e repartição de benefícios da biodiversidade brasileira.

23.01.2007

Portaria IMASUL nº 142

Estabelece as instruções gerais e rotinas para divulgação de Audiências Públicas como parte do Licenciamento Ambiental no âmbito do Instituto

de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul - IMASUL e dá outras providências.

26.10.2010

3.1 AVALIAÇÃO COMPATIBILIDADE COM PLANOS E PROGRAMAS

Os governos federal, estadual e municipal desenvolvem uma série de políticas

públicas para incentivar o desenvolvimento econômico e social das regiões brasileiras.

Empreendimentos energéticos, que utilizam como fonte os potenciais hídricos, são

temas que sempre recebem atenção, tanto por serem obras de utilidade pública, bem

como por seus impactos sobre o meio ambiente.

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Quando se implanta um empreendimento como é o caso da CGH Castro, são

desenvolvidas uma série de ações que buscam criar ações de recuperação ambiental,

bem como participação social da comunidade do entorno, com o apoio de recursos

privados em atendimento às exigências do Órgão Ambiental.

Desta forma, a seguir serão abordados os principais planos, programas e projetos

existentes ou em desenvolvimento na região do projeto e que possam apresentar

compatibilidade com o empreendimento em estudo.

No âmbito municipal, conforme o plano diretor do Município de Paranaíba/MS, Lei

Complementar nº 023 de 05 de outubro de 2006, capítulo IV, que se refere à

Infraestrutura, em seu art.30, que define as diretrizes relativas a infraestrutura,

destaca-se o item:

“V- Assegurar e potencializar a utilização de recursos hídricos do município”;

Neste sentido, destaca-se que a CGH Castro se enquadra no plano diretor municipal,

uma vez que não teve nenhum óbice quanto à instalação do empreendimento por

parte do município, outro fator é a emissão da certidão de uso e ocupação de solo

emitido pela Prefeitura de Paranaíba, atestando a conformidade da instalação do

empreendimento de acordo com as Leis e Posturas Municipais, documento

apresentado a seguir.

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No âmbito Estadual, o Comitê da Bacia Hidrográfica dos Rios Santana - Aporé – CBH

SANTANA-APORÉ. Trata-se de um órgão colegiado deliberativo, normativo e único

no âmbito da respectiva bacia hidrográfica, articulado com o Conselho Estadual de

Recursos Hídricos – CERH, nos termos que dispõe a Lei 2.406, de 29 de janeiro de

2002. A área de atuação do CBH SANTANA-APORÉ, abrange as UPG’s Santana e

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Aporé definida pelo Plano Estadual de Recursos Hídricos do Estado de Mato Grosso

do Sul aprovado pela RESOLUÇÃO CERH/MS Nº 011, de 05 de novembro de 2009.

A CBH SANTANA-APORÉ, tem por finalidade:

I. Realizar o planejamento dos usos múltiplos dos recursos hídricos visando o

uso racional dos mesmos,

II. Apoiar a integração da gestão ambiental e dos recursos hídricos;

III. Articular a viabilidade técnica, econômica e financeira de programas e projetos

de investimento na Bacia;

IV. Apoiar a integração entre as políticas públicas e setoriais, visando o

desenvolvimento sustentável da bacia como um todo;

V. Apoiar a articulação e a integração entre os sistemas nacional e estadual de

gerenciamento de recursos hídricos, inclusive integrando as políticas

municipais e as iniciativas regionais nas sub-bacias, de estudos, planos,

programas e projetos às diretrizes e metas estabelecidas para a Bacia

Hidrográfica dos Rios Santana e Aporé, com vistas a garantir a sustentabilidade

ambiental, econômica e social dos recursos hídricos.

VI. Apoiar a execução das ações e exercer as atribuições definidas no âmbito da

Política e do Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos e do

Plano Estadual de Recursos Hídricos, implementando e integrando as ações

previstas na Lei 2406/02 e em normas complementares supervenientes.

VII. Apoiar a criação e a integração de instâncias regionais de gestão de recursos

hídricos da Bacia, tais como: os comitês de sub-bacias, consórcios

intermunicipais, associações de usuários, organizações de ensino e pesquisa,

organizações não governamentais e outras formas de organização.

No âmbito federal, através do Programa de Aceleração do Crescimento - PAC, o

BNDES, aprovou o financiamento a implantação da PCH Porto das Pedras. O

financiamento do BNDES, de R$ 93,6 milhões, equivale a 71% dos investimentos

totais de R$ 132 milhões e prevê, além da usina, a construção de 21 quilômetros de

linha de transmissão interligando a PCH Porto das Pedras ao sistema elétrico da

Empresa Energética do Mato Grosso do Sul - ENERSUL. A PCH Porto das Pedras

terá capacidade instalada de 28,03 MW.

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Para a PCH Castro, serão implementados programas ambientais de importância para

manutenção e melhoria da qualidade ambiental, dentre eles:

Programa de Gestão Ambiental Integrada;

Programa de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais;

Programa de Monitoramento de Taludes e Contenção de Processos Erosivos;

Programa de Recuperação de Áreas de Preservação Permanente – APP;

Programa de Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD; e,

Programa de Comunicação Social e Educação Ambiental.

Nas imediações do empreendimento, em um raio de mais de 40 km, nenhuma

atividade relacionada à Assentamento Rurais, Terras Quilombolas ou Indígenas, bem

como Unidades de Conservação ou Áreas Prioritárias de Conservação foram

registrados, demonstrando que o empreendimento se encontra compatível com a

legislação ambiental vigente.

3.2 EMPREENDIMENTOS SIMILARES

Através de pesquisas bibliográficas realizadas na bacia do Rio Santana, não foram

registrados empreendimento similares à CGH Castro, que pudessem servir de

comparativo em relação aos problemas existentes, provenientes dos

empreendimentos hidrelétricos.

Observa-se, no entanto, que em praticamente toda a extensão do Rio Santana, desde

a nascente até a foz, as perdas ambientais resultantes das más práticas agrícolas e

pecuárias, diminuíram consideravelmente a faixa ciliar, deixando lacuna para o

surgimento de áreas com erosão e assoreamento do leito do rio. A falta de vegetação

acaba nesses casos desencadeando graves problemas ambientais, principalmente

sobre a qualidade da água do Rio.

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Figura 3.1: Atual situação das Faixas Ciliares nas proximidades do empreendimento. Fonte: Construnível, 2018.

Este problema persiste ao longo do Rio Santana, até a foz no Reservatório da UHE

Ilha Solteira, onde a Faixa Ciliar é inexistente em vários pontos ou com uma faixa

mínima de APP, como pode ser observada na imagem a seguir:

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Figura 3.2: Déficit de faixa ciliar no entorno do Rio Santana e UHE Ilha Solteira.

Este problema ambiental é recorrente em praticamente todas as bacias hidrográficas

brasileiras, salvo algumas exceções, a grande maioria sofre com estes problemas

ocasionados pela ação humana.

Para a CGH Castro, pretende-se através da implantação de medidas preventivas e

compensatórias, a reparação de parte destes passivos ambientais, com a ampliação

das APP’s no entorno do Lago que será formado pelo empreendimento.

Além disso, a implantação de programas ambientais com a comunidade local, irá

incentivar o uso de boas práticas ambientais nas áreas ribeirinhas ao curso de água

em estudo, buscando uma melhora significativa nas condições vegetais da faixa ciliar,

promovendo e incentivando desta forma, um desenvolvimento sustentável da região.

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4. DESCRIÇÃO DO EMPREENDIMENTO

4.1 FASES DO EMPREENDIMENTO

4.1.1 Fase de planejamento

Nesta etapa são realizados os estudos de viabilidade física, técnica e ambiental do

projeto. É prevista a duração 5 meses. As atividades realizadas nesta fase estão

listadas na abaixo.

Tabela 4.1: Atividades realizadas na fase de planejamento do empreendimento.

Após identificado o potencial, são realizados os levantamentos topográficos,

caracterização ambiental e socioeconômica da área de estudo, através do

levantamento de dados primários e secundários.

Os dados coletados a campo são processados e a partir dos mesmos, é definido o

arranjo geral das estruturas, levando em consideração os fatores ambientais,

energéticos e econômicos.

Nesta etapa também é solicitado os documentos, como uso e ocupação do solo (junto

a prefeitura) e outorga de água. Após os estudos prontos e documentação, é

solicitada a Licença de operação, a qual é concedida na fase preliminar do

planejamento do empreendimento. Com a finalidade de atestar a viabilidade ambiental

e estabelecer os requisitos básicos e as condicionantes a serem atendidas nas

próximas fase de licenciamento.

ATIVIDADES QUE PRECEDEM O INÍCIO DA OBRA Responsabilidade mês 1 mês 2 mês 3 mês 4 mês 5

Início do projeto executivo proprietário

Revisão e otimização do projeto básico projetista

Orçamentação - planilha de quantitativos projetista

Elaboração dos desenhos/projetos civis com detalhamento suficiente projetista

Elaboração de documento de contrato - especificações finais projetista

Seleção do empreiteiro prop/proj

Seleção do empreiteiro restante das obras civis e montagens prop/proj

Seleção dos fornecedores dos equip. eletromecânicos incl. automação prop/proj

Obtenção de licenciamento junto ao órgão ambiental para início das obras proprietário

Definição do projeto financeiro proprietário

Serviços de locação do reservatório/ desapropriações prop /eng residente

Contato com fornecedores de materiais de construção (exec.própria) prop /eng residente

Contato com fornecedores de equipamentos prop /eng residente

Infraestrutura básica no acampamento - energia e acessos prop /eng residente

Celebração dos contratos para execução da obra proprietário

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Concedida a primeira licença. São realizadas as adequações se exigidas, e

posteriormente, solicitada a Licença de Instalação. Obtida está licença são celebrados

os contratos para execução da obra, já com todas as outras etapas, concluídas, para

assim dar início às obras.

4.1.2 Fase de implantação

Esta fase compreende toda e qualquer obra para construção e instalação dos

componentes para operação do empreendimento. É previsto a duração de 1 ano e 8

meses para esta etapa.

É no decorrer desta fase, que são preparados os documentos e encaminhado junto

ao órgão ambiental para solicitação da Licença de Operação.

As fases do planejamento da construção estão descritas a seguir, e na abaixo pode

ser visualizado as etapas e a duração das mesmas.

Primeira etapa

Esta etapa é caracterizada pela permanência do rio em seu leito natural, permitindo

dessa forma o início imediato das obras em todas as frentes de serviços na margem

direita:

a) Início das escavações para implantação das vias de acesso e melhoramento

das vias existentes;

b) Instalação de cercas de proteção e porteiras de obra;

c) Construção da ponte de serviço.

Segunda Etapa

Nesta etapa os serviços previstos são:

a) Construção da ensecadeira 1 (barramento);

b) Desvio da água de sucção da CGH Castro;

c) Construção do muro de contenção do reservatório à jusante da CGH Castro;

d) Limpeza das fundações junto à barragem;

e) Construção de parte do barramento;

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f) Construção da tomada d'água;

g) Construção da descarga de fundo;

h) Construção das adufas de desvio;

i) Início da construção do circuito de adução e de geração.

Terceira Etapa

Na terceira etapa os serviços previstos são:

a) Término da construção do circuito de adução e de geração;

b) Construção da subestação;

c) Retirada da ensecadeira 1 e construção da ensecadeira 2;

d) Construção do restante da barragem;

e) Retirada da ensecadeira 2.

Quarta Etapa

Os serviços conclusivos da obra serão:

a) Fechamento das comportas do barramento e abertura da tomada d’água à

direita do barramento para enchimento do reservatório;

b) Montagem dos equipamentos hidrogeradores;

c) Testes, comissionamento e junção comercial.

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Tabela 4.2: Gerenciamento da Obra da CGH Castro para a etapa de Implantação.

jul/19 ago/19 set/19 out/19 nov/19 dez/19 jan/20 fev/20 mar/20 abr/20 mai/20 jun/20 jul/20 ago/20 set/20 out/20 nov/20 dez/20 jan/21 fev/21 mar/21 abr/21

ATIVIDADES QUE PRECEDEM O INÍCIO DA OBRA Responsabilidade mês 1 mês 2 mês 3 mês 4 mês 5 mês 6 mês 7 mês 8 mês 9 mês 10 mês 11 mês 12 mês 13 mês 14 mês 15 mês 16 mês 17 mês 18 mês 19 mês 20 mês 21 mês 22

Início do projeto executivo proprietário

Revisão e otimização do projeto básico projetista

Orçamentação - planilha de quantitativos projetista

Elaboração dos desenhos/projetos civis com detalhamento suficiente projetista

Elaboração de documento de contrato - especificações finais projetista

Seleção do empreiteiro prop/proj

Seleção do empreiteiro restante das obras civis e montagens prop/proj

Seleção dos fornecedores dos equip. eletromecânicos incl. automação prop/proj

Obtenção de licenciamento junto ao órgão ambiental para início das obras proprietário

Definição do projeto financeiro proprietário

Serviços de locação do reservatório/ desapropriações prop /eng residente

Contato com fornecedores de materiais de construção (exec.própria) prop /eng residente

Contato com fornecedores de equipamentos prop /eng residente

Infraestrutura básica no acampamento - energia e acessos prop /eng residente

Celebração dos contratos para execução da obra proprietário

INÍCIO DA OBRA

Executivo da Obra - desenvolvimento, detalham. e acompanhamento

Instalação do canteiro e empreiteiro empreiteiro

Serviços preliminares

Limpeza , desmatamento e destocaInstal. dos gabaritos de locação e RN nas frentes de obra principais estruturasAbertura dos acessos, revest. c/ cascalho incl. bueiros de serviço e drenagens empreiteiro

Instalação de cercas de proteção e porteiras de obra

Desvio do rio 1ª fase - Barramento empreiteiro

Avanço, fechamento da ensecadeira margem direita e alteamento

Desvio da água na Sucção - 1ª fase empreiteiro

Avanço, fechamento da ensecadeira margem direita e alteamento

Construção do muro de contenção do reservatório

Construção da adufa e galeria de desvio / muro de encontro empreiteiro

Escavação, limpeza das fundações junto a barragem

Armadura, formas e concret. primeiro estágio dos contrafortes, inclusive inserts

Concretagem da laje de montante nas seções tipo vertedor soleira livre

Construção do muro de encontro vertedor/dique ombreira direita empreiteiro

Escavação das fundações em solo, rocha e tratamentos / injeções

Armadura, formas posicionamento da junta e concretagem dos contrafortes

Construção dos muros laterais em gabião na calha de descida do vertedor

Desvio do rio 2ª fase - Barramento empreiteiro

Remoção parcial ensecadeira primeiro estágio

Avanço, fechamento da ensecadeira segundo estágio e alteamento

Fechamento das adufas

Fechamento da comporta/stop logs

Enchimento do reservatório e início operação do vertedor

Desvio da agua na Succao - 2ª fase empreiteiro

Remoção parcial ensecadeira primeiro estágio

Alteamento ensecadeira de segundo estagio

Construção restante do muro de contenção do reservatorio

GERENCIAMENTO DA OBRA CGH CASTRO - RIO SANTANA - PR - CRONOGRAMA

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Barragem vertedor empreiteiro

Escavação, limpeza das fundações junto a barragem

Tratamento de fundações , injeções e tirantes no plinto e contrafortes

Armadura, formas e concretagem dos contrafortes com esperas para a laje

Armadura, formas e concretagem da laje de montante

Canal adutor e Tomada d' água empreiteiro

Escavação em solo

Escavação em rocha

Impermeabilização aplicação argamassa aditivada / injeções / aplicação PEAD

Reaterro compactado laterais

Construção e acabamento da estrada lateral

Armadura, formas e concret. da tomada d`água stop log na entrada do canal

Posicionamento e concretagem das peças fixas

Montagem mecânica painéis stop logs

Câmara de carga empreiteiro

Serviços de escavação e limpeza e fundações

Armadura e concretagem primeiro estágio

Montagem peças fixas

Concretagem segundo estágio, acabamentos e montagem juntas

Comissionamento e teste

Construção da casa de força empreiteiro

Desmatamento e demarcação da obra

Construção do acesso e pátio de manobra

Escavação em rocha a céu aberto

Limpeza e tratamento das fundações

Armadura e concretagem primeira fase - laje de vedação

Montagem das peças de fixação dos equipamentos - bases

Paredes estruturais

Concretagem enchimento (ciclópico)

Alvenaria e esquadrias

Cobertura e acabamentos (elétrica, hidráulica e pinturas)

Montagem equip. mecânicos (turbina, valv. Borb., valv. Alivio e unid. Hidr.) 1° maq.

Concretagem fixação dos equipamentos

Montagem elétrica cablagem e paineis e gerador 1° maquina

Automação - montagem

Canal de fuga empreiteiro

Serviços de escavação em solo e readequação das drenagens

Escavação em rocha a céu aberto

Construção de ensecadeira junto ao rio

Subestação prop./fornec.

Obras civis

Fornecimento

Montagem elétrica/ conexão com o sistema

Linha de transmissão

Projeto prop./fornec.

Obras civis

Montagem elétrica

Start - up prop./fornec.

Treinamento

Testes operacionais

Comissionamento 1° maquina

Início da operação comercial 1° maquina

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4.1.2.1 Intersecção na rodovia

De acordo com o projeto de desvio da rodovia BR 158, justifica-se o uso da

transposição do canal em forma de galeria, pois assim, o trânsito poderá ser liberado

de acordo com o avanço das obras.

A opção da construção da Ponte em substituição a galeria, quando estudada se

mostrou tecnicamente inviável, visto que não há opção para desvio do fluxo de

veículos.

A seguir, em anexo, é apresentado o projeto de construção da galeria encaminhado

ao DNIT para fins de aprovação e autorização, conforme recibo do protocolo com data

de 09 de maio de 2018, protocolo apresentado abaixo.

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Figura 4.1: Protocolo de projeto de construção da galeria encaminhado ao DNIT para fins de aprovação e autorização. Fonte: Construnível, 2018.

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4.1.3 Fase de operação

As atividades referentes a essa fase têm relação com a geração de energia

propriamente dita e com a manutenção e conservação dos equipamentos, estruturas

e reservatório da PCH.

Deve ser feito o acompanhamento ambiental das condições do reservatório, com

vistas à renovação da Licença de Operação (LO) no intervalo de alguns anos, a critério

do órgão licenciador. O monitoramento ambiental é fundamental para resguardar o

empreendedor, que normalmente é considerado o único responsável por prejuízos

ambientais posteriores à implantação do empreendimento. O monitoramento deve

começar no início da obra e continuar durante a operação da usina, garantindo que

seja possível a adoção permanente de medidas preventivas e mitigadoras a impactos

negativos associados ao empreendimento.

Ainda, segundo as diretrizes da Eletrobrás, a manutenção programada das obras e

equipamentos de qualquer usina hidrelétrica é fundamental, com vistas a garantir,

além do desempenho, a segurança do empreendimento. Os serviços de inspeção e

manutenção devem ser realizados, periodicamente, segundo “check-lists”

padronizados. A periodicidade varia, para cada obra e equipamento da usina, em

função da idade da usina e de critérios e normas específicas.

4.1.4 Fase de repotencialização

A potência da usina foi dimensionada para maximizar o aproveitamento energético

disponível, sendo que o mesmo foi explorado respeitando os aspectos financeiros do

mercado energético, bem como os aspectos ambientais do local.

A possibilidade de repotencialização pode ser um aspecto variável em virtude que as

tecnologias para a produção de energia vêm tendo inovações contínuas. Em muitos

casos a repotencialização de usinas pode ocorrer mediante a um expresso aumento

no preço da energia elétrica.

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4.1.5 Fase de desativação

A fase de desativação tem início após o fim do período de vida útil do reservatório. O

período de concessão dado pela ANEEL para empreendimentos hidrelétricos PCH’s

e CGH’s é de 30 anos. Porém, não se tem uma previsão definida para que seja feita

a desativação da usina. Esse processo deverá obedecer aos critérios operacionais

como a condição e manutenção das estruturas e equipamentos da usina.

A desativação de uma PCH pode ser feita com a remoção total das estruturas

construídas, restabelecendo-se o leito natural do rio, ou com a simples interrupção na

operação, mantendo as estruturas construídas com adaptações para assegurar o

fluxo da água nas diferentes condições de vazão. O primeiro caso resulta em um

impacto ambiental maior e, no segundo caso, ainda é necessária a realização de

vistorias e manutenção dos equipamentos e estruturas desativadas, a fim de evitar a

deterioração dos mesmos.

Em todos os casos, caso não seja possível a realização de manutenção no

reservatório e estruturas que possibilite expandir a vida útil da PCH, a desativação

deve se dar mediante plano de desativação a ser aprovado pelo órgão ambiental

licenciador, contemplando diagnóstico e medidas de acordo com o cenário encontrado

no momento.

4.2 LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA

O empreendimento CGH Castro é localizado no município de Paranaíba, na porção

leste do estado do Mato Grosso do Sul, ao sul da região Centro-Oeste do Brasil.

Um dos acessos à CGH Castro é realizado partindo do município de Paranaíba pela

Avenida Juca Pinhé, seguindo pela BR-158 até o aproveitamento. A localização

geográfica e acessos ao empreendimento é demonstrada nos mapas PBE-CAS-01 e

PBE-CAS-01A, disponível no caderno Desenhos-Volume III.

O empreendimento é localizado pelas seguintes coordenadas geográficas:

Eixo do barramento: 19°42’44.46”S / 51°08’42.65”W;

Eixo da casa de força: 19°42’38.29”S / 51°08’32.41”W.

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4.3 ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS E/OU LOCACIONAIS

É caracterizado como “aproveitamento ótimo” todo o potencial hidrelétrico definido em

sua concepção global pelo melhor eixo do barramento, arranjo físico geral, níveis

d'água operativos, reservatório e potência. Desta forma, foram exploradas todas as

variantes cabíveis em termos de motorização, posicionamento das estruturas, traçado

do circuito hidráulico e aspectos construtivos e operacionais, sempre levando em

consideração as condições e restrições de ordem geotécnica, econômica e ambiental.

No que se refere a seleção do eixo do barramento, foram considerados diversos

fatores, dentre eles sua localização, seu tipo, o traçado de circuito hidráulico a ser

instalado, a topografia, a disponibilidade de materiais, as condições de fundação e a

altura do barramento. Como premissa inicial, o trecho central foi definido como

vertedouro do tipo soleira livre, permitindo o escoamento das águas excedentes sem

equipamentos de controle, reduzindo custos de implantação e manutenção.

Na escolha das turbinas também foi considerado diversos fatores. Segundo Flórez

(2014), as turbinas Kaplan podem ser definidas como turbinas de fluxo axial de reação

e admissão total, possuindo como principal característica seu rotor, o qual possui pás

de perfil de asa de avião orientáveis (móveis), o que confere boa eficiência dentro de

uma ampla faixa de vazão. Considerando os valores de queda bruta e queda líquida

projetados, nota-se que a turbina tipo Kaplan é a mais indicada ao empreendimento.

4.4 DESCRIÇÃO DAS TECNOLOGIAS EMPREGADAS

4.4.1 Potencial energético

Os estudos energéticos procuram quantificar os benefícios de um aproveitamento,

embasados nos estudos hidrológicos que fornecem a série cronológica de vazões no

local do sítio, objetivando a estatística de projeções futuras de geração da usina.

Observa-se que a sazonalidade das vazões de um rio não permite uma avaliação

precisa, haja vista que as vazões não se repetem com certa regularidade para o

mesmo mês ao longo dos anos. Entretanto, estudos e observações práticas

confirmam que em se tratando de uma usina a fio d’água, sem o benefício de

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regularização, uma motorização próxima da faixa da vazão média de longo termo

otimiza o aproveitamento.

Embora pareça uma avaliação singular, somente a operação de vários anos poderá

balizar o fator de capacidade de uma usina a fio d’água. É de se ressaltar que o critério

da média de longo termo poderá criar certa frustração ao empreendimento se for

avaliado num curto período, ou seja, se o início de operação coincidir com um ano

seco que poderá ocorrer aleatoriamente, mesmo considerando a tecnologia de

previsões meteorológicas disponíveis na atualidade.

4.4.1.1 Vazão regularizada

A variabilidade temporal das vazões fluviais tem como resultado visível à ocorrência

de excessos hídricos nos períodos úmidos e a carência nos períodos secos. Nada

mais natural que seja preconizada a formação de reservas durante o período úmido

para serem utilizadas na complementação das demandas na estação seca, exercendo

um efeito regularizador das vazões naturais.

Em geral, os reservatórios são formados por barragens implantadas nos cursos de

água. Suas características físicas, em especial a capacidade de armazenamento,

dependem das características topográficas do vale no qual estará situado.

No entanto, a CGH Castro operará totalmente a fio d’água, desprovido de barragem

de regularização. Isto foi considerado pelo rio e pelas condições do arranjo, bem como

por se tratar de uma CGH que estará inserida no sistema interligado (mercado livre)

como produtor independente de energia, garantindo assim uma energia assegurada

ao sistema.

4.4.1.2 Vazão assegurada e vazão máxima de engolimento

Todo estudo prévio de determinação da potência de projeto de uma CGH em um

determinado local tem como primeiro passo a determinação da vazão de projeto,

obtida através da Curva de Permanência de Vazões – CPV formada com dados

históricos de vazão do curso de água onde será implantado o empreendimento.

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Entre os diferentes métodos para a determinação prévia de vazão de projeto de uma

CGH, um dos mais utilizados é o método expedito, que relaciona as vazões de projeto

com as vazões médias de modo a se obter a vazão de projeto de implantação. Pela

utilização direta e rápida, o método expedito leva em consideração apenas as

variáveis hidrológicas na determinação da vazão de projeto. Entretanto existem

métodos mais realistas que tomam em conta também as variáveis econômicas e

demandam um nível mais detalhado de estudo, como por exemplo, o método do

máximo benefício líquido.

No presente estudo procurou-se uma vazão de projeto obtida pelo método expedito,

diante da base de dados da ANA, pela sua rapidez e de certa forma exatidão perante

a uma estimativa preliminar.

Achou-se por bem limitar o engolimento total das turbinas da CGH Castro em 42,43

m³/s. Com esta vazão turbinada chegou-se a uma potência instalada de 3,00 MW.

Nesta avaliação foi considerada a média do aproveitamento com base nos estudos

hidrológicos.

4.4.1.3 Níveis d’água – queda bruta e líquida

Seu arranjo geral determinou um aproveitamento com um desnível bruto de 8,50 m,

sendo que este é dado a partir dos níveis de montante na el. 343,50 metros e de

jusante na el. 335,00 metros, montante menos o valor de jusante é igual ao desnível

bruto. A queda líquida é dada a partir do desnível bruto de 8,50 metros, descontado

4,00% pelo fato de possuir perda hidráulica no circuito adutor, totalizando uma queda

líquida de 8,16 m.

4.4.1.4 Potência instalada e energia média gerada

A potência instalada prevista neste aproveitamento é de 3,00 MW, com energia média

de 2,37 MWmed. O critério de motorização adotado nesta etapa resulta em fator de

capacidade de 0,79, o que sinaliza um bom aproveitamento do potencial.

Para o cálculo da potência mecânica e elétrica disponível na CGH Castro foram

utilizadas as seguintes equações:

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Potência mecânica

Pturbinas = 9,81 x Qturbinada total X Hliquida x hturbina

Dados:

Qturbinada total = 42,43 m³/s Hlíquida. = 8,16 m η = 92,0 % (eficiência da turbina) Pturbinas = 9,81 x 42,43 x 8,16 x 0,92 = 3.124,78 kW

Potência elétrica

Pelétrica = Pturbinas X hgerador

Dados:

Pturbina = 3.124,78 kW

ηgerador= 96,0 % (eficiência do gerador)

Pelétrica = 3.124,78 x 0,96 = 2999,79 kWPelétrica ≈ 3,00 MW

4.4.1.5 Energia média gerada para o histórico de vazões (energia assegurada)

Para efeito de motorização foi considerada uma potência instalada com um

engolimento, depois de descontada a vazão sanitária, próxima da média de longo

termo do rio, o que corresponde a um fator de capacidade médio da ordem de 0,79 (E

média / P instalada). No cálculo da potência foi utilizada a seguinte fórmula:

PGerada = .9,81.Qt.Hlíq. TIFP (em kW)

Onde:

= rendimento do conjunto turbina/gerador, sugerindo-se o valor final de 0,79,

considerando-se os rendimentos da turbina (0,92), e (0,96) do gerador;

Qt = vazão turbinada (m³/s);

Hlíq = queda líquida (m);

TIF = Taxa de indisponibilidade forçada e programada.

Os parâmetros gerais considerados nos estudos energéticos foram:

a) Estimativa energética pela série de vazões médias mensais;

b) Considerações sobre a curva de rendimentos típicos das turbinas Kaplan;

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c) Perda de carga na adução 4,0%;

d) Fator de indisponibilidade forçada e programada de 0,97 (01 unidade).

As tabelas a seguir apresentam a série de vazões considerada no local do

aproveitamento, a energia média gerada em função desta série de vazões e o resumo

da motorização, com os valores de potência e energia firme da alternativa

selecionada.

Tabela 4.3: Série de vazões médias mensais em m³/s na CGH Castro.

1972 * * * * * 23,37 24,17 22,75 22,69 27,34 40,64 37,64 28,37

1973 36,22 40,86 37,75 41,60 32,88 28,35 26,83 24,68 24,00 31,64 37,81 35,49 33,17

1974 43,69 39,62 61,69 54,56 42,05 35,99 31,07 29,88 29,88 32,03 28,41 47,65 39,71

1975 47,60 43,30 47,31 44,03 35,49 30,73 31,69 28,75 28,47 32,99 45,05 44,88 38,36

1976 45,33 59,99 60,22 46,86 44,14 40,69 34,30 33,50 35,77 39,73 43,75 49,01 44,44

1977 58,29 60,56 50,77 46,18 41,77 43,80 34,24 30,79 40,64 36,90 49,07 51,56 45,38

1978 69,05 49,80 59,42 45,39 45,79 42,16 37,13 33,39 38,65 36,05 45,16 51,16 46,10

1979 74,71 60,56 55,52 45,22 42,62 37,58 37,69 34,58 43,41 36,56 40,86 56,43 47,14

1980 62,25 63,39 51,90 47,82 40,86 38,20 35,32 32,26 36,67 33,73 38,99 47,31 44,06

1981 48,33 45,84 52,75 42,28 35,20 37,07 32,26 30,90 30,28 33,62 44,99 49,01 40,21

1982 53,32 50,21 86,49 56,73 46,68 45,21 38,70 38,42 39,51 43,76 43,93 55,32 49,86

1983 78,49 64,57 53,39 54,14 45,46 44,70 42,86 37,47 38,19 43,90 47,72 60,11 50,92

1984 64,20 53,61 53,87 59,25 54,41 40,86 36,70 43,49 39,65 35,72 41,74 55,24 48,23

1985 60,50 62,65 73,51 57,16 49,09 45,81 42,96 38,47 36,64 36,91 37,53 36,75 48,17

1986 53,33 55,64 61,31 48,77 47,57 42,53 37,52 41,47 36,43 31,56 31,67 46,90 44,56

1987 59,89 72,54 64,44 51,15 46,60 39,86 35,81 35,49 36,16 40,07 41,91 49,02 47,75

1988 54,55 69,64 90,14 72,74 52,98 45,57 40,52 36,93 33,49 37,51 43,19 50,99 52,35

1989 65,94 81,81 78,72 63,54 53,56 41,43 38,98 43,22 40,96 38,11 55,24 59,52 55,09

1990 59,89 45,41 42,08 41,96 44,38 39,18 35,61 34,54 38,36 49,00 45,76 48,13 43,69

1991 64,48 72,25 74,30 61,63 47,45 40,89 37,47 34,00 33,98 44,40 34,61 39,71 48,76

1992 62,74 59,70 51,62 48,89 45,93 37,73 35,67 34,02 45,40 44,64 49,29 48,87 47,04

1993 49,05 51,86 47,30 54,08 45,89 44,21 38,42 35,22 37,40 44,66 38,29 49,05 44,62

1994 69,25 58,21 64,21 54,36 44,03 38,84 32,14 26,55 27,77 36,49 39,13 44,19 44,60

1995 48,98 75,02 65,42 56,41 44,65 41,77 37,74 34,05 34,53 36,93 41,04 43,98 46,71

1996 58,16 60,09 78,24 55,53 49,89 43,43 40,65 37,87 43,98 39,94 53,67 61,30 51,90

1997 75,29 62,33 49,79 49,92 46,86 52,54 41,01 38,36 38,99 40,18 52,85 60,78 50,74

1998 51,17 71,79 71,76 65,92 51,81 49,32 41,99 43,02 40,32 46,49 46,00 55,72 52,94

1999 70,21 58,28 62,97 54,66 45,58 42,49 40,10 37,68 38,48 35,43 39,73 42,21 47,32

2000 57,07 64,90 76,09 54,53 49,50 42,06 40,76 41,65 45,15 40,00 42,49 57,52 50,98

2001 54,93 58,64 61,86 51,92 47,53 42,47 39,17 36,30 40,04 39,64 47,19 65,04 48,73

2002 72,39 77,14 74,37 54,56 49,74 45,02 47,43 42,94 44,70 43,35 46,91 48,78 53,94

2003 61,88 61,98 76,18 75,20 50,28 44,33 40,96 41,83 38,10 45,28 49,23 56,91 53,51

2004 77,41 65,58 47,33 52,47 49,50 43,84 41,60 36,97 34,62 48,54 57,66 80,77 53,03

2005 86,02 66,14 57,23 47,61 48,95 42,05 38,24 35,80 36,50 38,07 44,72 58,01 49,95

2006 57,25 47,03 61,72 62,69 48,13 42,11 40,83 37,95 39,59 47,63 54,96 49,69 49,13

2007 74,95 65,06 60,57 53,06 52,18 45,15 41,66 38,60 36,56 39,79 40,05 49,52 49,76

2008 47,96 67,77 69,06 61,99 47,96 42,26 38,16 35,65 33,14 40,75 48,51 45,06 48,19

2009 43,98 59,35 51,32 50,70 36,63 37,88 35,93 34,01 38,48 42,26 47,32 69,71 45,63

2010 68,09 71,97 76,50 57,83 47,39 43,66 39,86 36,98 33,73 41,19 43,11 50,02 50,86

2011 53,90 56,12 90,56 60,03 46,63 45,14 39,34 37,58 33,93 39,27 40,32 34,88 48,14

2012 53,68 49,07 46,93 43,58 44,90 42,54 34,98 30,58 32,59 33,87 43,86 41,23 41,48

2013 52,84 60,30 58,22 * * * * * * * * * 57,12

Máxima: 86,02 81,81 90,56 75,20 54,41 52,54 47,43 43,49 45,40 49,00 57,66 80,77 90,56

Mínima: 36,22 39,62 37,75 41,60 32,88 23,37 24,17 22,75 22,69 27,34 28,41 34,88 22,69

Média: 59,69 60,01 62,31 53,67 46,07 41,29 37,52 35,58 36,53 39,17 44,01 50,86 47,22

CGH CASTRO

SÉRIE DE VAZÕES MÉDIAS MENSAIS CGH CASTRO (m³/s) - A.D. = 2286,44 km²

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Tabela 4.4: Motorização e resumo energético na CGH Castro.

4.4.2 Barragem

O projeto prevê um barramento misto (concreto/enrocamento) com comprimento total

de crista de 151,80 m. O trecho central do barramento será construído de concreto e

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servirá como um vertedouro tipo Soleira Livre. Este foi inicialmente dimensionado para

uma vazão de 255,88 m³/s, vazão referente a TR 1.000 anos.

A extensão do vertedouro ficou estabelecida em 53,00 metros e altura máxima de 2,90

metros sobre as fundações, havendo proteção de 3,00 metros neste barramento.

Assim, a cota da soleira vertente e a cota máxima do barramento ficaram

estabelecidas em 343,50 m e 346,50 m, respectivamente.

A planta e perfil do barramento proposto são detalhados no desenho PBE-CAS-05B,

disponível no Volume III.

Figura 4.2: Imagem ilustrativa do barramento semelhante ao ser construído na CGH Castro. Fonte: Construnível (2016).

4.4.3 Desvio do rio

O desvio do rio para a implantação do barramento deverá ocorrer em duas fases,

utilizando-se de ensecadeiras e uma estrutura com adufas e galeria de desvio, locada

sobre a margem direita. Os esquemas de desvio do rio nas duas fases estão

detalhados nos desenhos PBE-CAS-06 e PBE-CAS-06A (Desenhos-Volume III).

A primeira fase se compõe da instalação de ensecadeira de argila e enrocamento.

Será construída uma ensecadeira com crista na cota 343,80 m, enlaçando a margem

direita, possibilitando a construção a seco do bloco das adufas e galeria de desvio. A

vazão de desvio considerada neste caso será a vazão para tempo de retorno de 25

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anos de recorrência, correspondente a 175,42 m³/s. O esquema de desvio foi

verificado para suportar vazões superiores a TR 25 anos na primeira fase, garantindo

assim segurança necessária para o tempo de recorrência considerado para este

dimensionamento.

Figura 4.3: Exemplo de desvio do rio, primeira fase.

Fonte: Construnível (2016).

A segunda fase de desvio do rio inicia-se com a construção de uma ensecadeira

transversal a partir da margem esquerda até a elevação 343,80 m, direcionando o

fluxo natural do rio para as adufas de desvio que já se encontraram na margem direita,

de modo que a calha do rio seja interrompida, liberando a região para a implantação

da barragem central (soleira vertente e margem esquerda).

O cordão de ensecadeira de primeira fase será removido à medida que se avançe a

ensecadeira de segunda fase, com lançamento em ponta de aterro em um nível inicial

mais baixo, permitindo a compactação e garantindo a vedação do material argiloso.

Um cordão menor de ensecadeira também será lançado por jusante, impedindo o

retorno de água.

O fluxo d’água durante a segunda fase passará pelas adufas e também pela galeria

de desvio, esta dotada de uma comporta para a fase final de fechamento.

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Figura 4.4: Exemplo de desvio do rio, segunda fase.

Fonte: Construnível (2016).

4.4.4 Circuito hidráulico

O circuito hidráulico foi pré-dimensionado para transportar a vazão turbinada com uma

perda de carga de 4,0%, visando menor perda de energia do fluxo desde o

reservatório até seu ponto de restituição ao curso natural do rio, dentro de um traçado

exequível e com custos compatíveis.

No caso da CGH Castro variantes determinam a utilização de trecho inicial em canal

adutor, seguido de câmara de carga e o canal de fuga, que restitui a água ao seu

curso natural na calha do rio Santana.

4.4.4.1 Canal adutor

O canal de adução será executado em solo/rocha, sendo uma seção o corte pleno em

todo o trecho, revestido em toda sua extensão. O traçado do canal adutor terá 241,00

metros de extensão e deve encontrar uma fundação estável em todo o trecho, livre de

problemas de escorregamento típicos em encostas acentuadas.

O revestimento do canal será com a aplicação de manta de polietileno de alta

densidade - PEAD - material de alta resistência mecânica e às intempéries, com vida

útil prolongada. Sob a manta, será colocada uma camada de proteção com material

de granulométrica fina.

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A seção adotada foi do tipo trapezoidal, com base de 10,00 metros, altura de lâmina

d’água de 4,00 metros e taludes laterais com inclinação de 0,25H : 1,00V e serão

revestidos na sua totalidade. O coeficiente de rugosidade adotado, número de

manning, foi de 0,0167.

O nível de água no início do canal adutor é 343,50 m e o nível dinâmico na chegada

da câmara de carga deve se estabelecer na cota 343,50, metros. As seções do canal

adutor são detalhadas no desenho PBE-CAS-05G, disponível no volume III.

4.4.4.2 Câmara de Carga

A câmara de carga, neste caso, é a estrutura de transição entre o canal adutor e a

casa de força. Sua função é provisionar o fluxo d’água sem ocorrência de turbulências,

vórtices e arraste de ar para as estruturas. Outra função da câmara é abastecer as

estruturas em regime de partida, atuando como um “pulmão” de água.

Ainda, a câmara de carga é dotada de comporta Vagão com acionamento por Pistão

Hidráulico para paradas e manutenção do conduto e o equipamento Limpa Grades

automático, as quais impedem a entrada de objetos nocivos diretamente para a

turbina, tais como galhos e lixo em geral.

4.4.5 Casa de força

A casa de força será do tipo abrigada, localizada próxima à margem direita do rio

Santana. Abriga 1 (uma) turbina tipo Kaplan de acoplamento direto ao gerador. Devido

aos aspectos de proteção contra enchentes a estrutura da casa deverá ser ancorada

e atarantada para garantir fator de flutuação e estabilidade. A casa de força ainda será

envelopada pelo concreto até a cota de enchentes. Os acessos devem ser

implantados em cotas livres das enchentes, buscando espaço adequado.

A planta e perfil da casa de força é detalhado nos desenhos PBE-CAS-05I e PBE-

CAS-05J.

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4.4.5.1 Número de unidades e tipo de turbina

Foi estimado através dos pré-dimensionamentos hidráulicos uma perda de carga de

4,00%, desta forma tem-se uma queda líquida de 8,16 metros do aproveitamento e a

vazão turbinada adotada de 42,43 m³/s. Verificou-se a curva de rendimento das

turbinas Kaplan para o aproveitamento em questão, decidindo-se em adotar uma

máquina Kaplan, conforme apresentado no gráfico a seguir.

Gráfico 4.1: Gráfico de seleção de turbina da CGH Castro.

Fonte: Construnível (2017).

4.4.6 Reservatório

Foi elaborada a curva Cota x Área x Volume do reservatório a partir do processamento

dos dados topográficos e hidrológicos, utilizando o método Planimetria das Curvas

Batimétricas e Processo de Áreas Médias.

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Gráfico 4.2: Curva Cota x Área x Volume do reservatório da CGH Castro. Fonte: Construnível (2017).

Figura 4.5: Cálculo de volume do reservatório da CGH Castro.

Fonte: Construnível (2017).

Através do cálculo do volume do reservatório foi possível determinar o volume útil do

reservatório, que é de 10.585,13 m³, e o volume morto, que é de 9.844,07 m³, sendo

o volume total do reservatório de 20.429,19 m³.

Rio de estudo: RIO SANTANA

Dados de entrada Resultado

Volume Útil 10.585,13

343,00 19688,13 9.844,07 9.844,07 Volume Morto 9.844,07

343,50 22652,38 10.585,13 20.429,19

VOLUME TOTAL DO

RESERVATÓRIO (m³) =20.429,19

CÁLCULO DO VOLUME DO RESERVATÓRIO DA CGH CASTRO

Método Utilizado : Planimetria das Curvas Batimétricas

Processo Utilizado : Processo das Áreas Médias

Fonte: CARVALHO, Newton de Oliveira et al. Guia de Avaliação de Assoreamento de Reservatórios. Brasília - ANEEL,

SIH, 2000. páginas 70 e 71.

COTA (m) Área (m²) Volume (m³)

Volume

Acumulado

(m³)

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4.4.6.1 Sedimentologia

A avaliação sedimentológica é o estudo dos processos de erosão, transporte e

deposição dos sedimentos. Estes processos são naturais ou provocados por

atividades antrópicas. A primeira fase desse processo está ligada à produção natural

de sedimentos (erosão geológica) e/ou provocada (atividade agrícola, urbanização,

desmatamentos, mineração, alteração do regime dos cursos de água, etc.). A

segunda fase está ligada ao transporte dos sedimentos em suspensão e arraste pelas

correntes líquidas. A terceira e última parte do processo é a deposição ou

sedimentação, que é o processo oposto da erosão. O produto da erosão pode

depositar-se nos canais dos rios, nas planícies fluviais, nos reservatórios, etc.

Os efeitos indesejáveis causados pelos sedimentos nos reservatórios são,

principalmente, a destruição das comunidades aquáticas, interferências nos

processos de fotossíntese, turbidez e diminuição da vida útil nos reservatórios dos

aproveitamentos hidrelétricos, comprometendo a operação regular da usina.

O estudo da sedimentologia se faz necessário para realizar a estimativa do volume de

sedimentos que se depositam no reservatório para determinar seu tempo de

assoreamento e propor medidas para solucionar o problema.

De acordo com o “Inventário de Estações Fluviométricas” publicado pela ANEEL, a

área em estudo não dispõe de estações sedimentométricas, fato que impossibilita a

determinação mais precisa do transporte de sedimentos na região. Frente à

insuficiência de dados para a determinação do transporte de sedimentos da bacia,

apoiaram-se os trabalhos no estudo de regionalização da produção de sedimentos no

Brasil, através de trabalho conduzido pela Eletrobrás.

A figura abaixo apresenta uma síntese do trabalho desenvolvido com a classificação

regional da degradação do solo.

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Figura 4.6: Mapa de produção de sedimentos do Brasil. Fonte: IPH/ELETROBRÁS (1992).

Desta forma verifica-se que a bacia se situa na zona (O0; N4), o que aponta para uma

produção média de sedimentos da ordem de 100 a 150 t/km² ano, devendo os cálculos

referentes à estimativa de assoreamento se apoiar no limite mínimo desta faixa. A

favor da segurança, para o eixo em questão foi adotada uma produção de 150t/Km².

Por se tratar de barragem sem regularização, muitos sedimentos são levados pelo rio

sobre o vertedouro, o que é mostrado adiante na análise do reservatório.

4.4.6.2 Vida útil do reservatório

Um reservatório constitui um meio de retenção de sedimentos em virtude da

modificação do regime de escoamento. A redução da velocidade pode ocasionar a

deposição de material em suspensão e do material arrastado no fundo do rio.

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No presente estudo foram utilizadas as metodologias de Churchill, utilizadas para

pequenos reservatórios (volumes inferiores a 10x106 m³) (CARVALHO et al., 2000).

A seguir são apresentados os cálculos da vida útil do reservatório da CGH Castro.

Figura 4.7: Cálculo da vida útil do reservatório da CGH Castro.

Fonte: Construnível (2017).

Nesta curva, o eixo das ordenadas representa a porcentagem do sedimento afluente

do reservatório, ou seja, a fração que passa para jusante da barragem. Na curva de

Churchill, apresentada por Morris/Fan (1997), Strand (1974) e Vanoni (1977) apud

RIO SANTANA DADOS

CÁLCULOS

REFERÊNCIA: ESTUDO DE REGIONALIZAÇÃO DE PRODUÇÃO ANUAL DE SEDIMENTOS

ÁREA DE DRENAGEM AD km² 2286,44

VAZÃO MÉDIA DE LONGO TERMO Qmlt m³/s 47,23

VOLUME ÚTIL Vútil m³ 10585,13

VOLUME MORTO DO RESERVATÓRIO Vmorto m³ 9844,07

VOLUME TOTAL Vt m³ 20429,20

Pse (Região S4) t/km².ano 25,00

DESCARGA SÓLIDA ANUAL Dst t/ano 57161,00

VOLUME ANUAL AFLUENTE Qanual m³ 1.489.445.280,00

COMPRIMENTO DO RESERVATÓRIO L m 420,00

ÍNDICE DE SEDIMENTAÇÃO - entrar no gráfico de churchill per.ret/Vmed 4,45E+02

PORCENTAGEM DE SEDIMENTOS EFLUENTE % % 99,00%

RETENÇÃO DE SÓLIDOS NO RESERVATÓRIO - DIFERENÇA ER % 1,00%

PESO ESPECÍFICO γ kg/m³ 1600

VOLUME DE SÓLIDOS ANUAL E EFLUENTE Vsol=Dst/γ m³ 35725,63

VOLUME DE SÓLIDOS RETIDO Vret=VsolxEr m³ 357,26

VIDA ÚTIL DO RESERVATÓRIO (comprometimento do volume morto) anos 27,55

VIDA ÚTIL DO RESERVATÓRIO (comprometimento do volume total) anos 57,18

AVALIAÇÃO SEDIMENTOLÓGICA - CGH CASTRO

99%

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Carvalho et al. (2000), o eixo das abscissas corresponde ao índice de sedimentação

do reservatório, que é igual ao período de retenção, dividido pela velocidade média

no reservatório.

Como pode-se observar, os resultados revelam que o tempo de vida útil do

reservatório da CGH Castro, considerando o volume máximo operativo de 57,18 anos

e o volume mínimo operativo de 27,55 anos, não será crítica, porém é necessário ser

feito um acompanhamento periódico do reservatório, um controle do assoreamento e

uma operação regular da descarga de fundo de maneira a se manter a usina operando

normalmente por tempo indeterminado.

4.4.7 Subestação

As canaletas de cablagem partem diretamente da sala de comando para a subestação

através de eletrocalhas aéreas.

A subestação elevadora da CGH deve se localizar próximo à casa de força em um

pátio na cota 344,60 m. Será empregado um transformador com tensão primária de

6,90 kV e secundária de 34,50 kV.

Os cabos em tensão de 6,90 kV derivados do gerador chegarão à subestação através

de canaletas no piso, chegando a uma caixa de passagem na base do transformador

elevador, onde serão conectados nas buchas flangeadas de baixa do transformador.

Após o transformador, será instalado o disjuntor de 34,50 kV, podendo este ser isolado

através de chaves seccionadoras. Após o conjunto de seccionadoras, serão

instalados transformadores de corrente (TC’s) e transformadores de potencial (TP’s),

além de para-raios para proteção da saída da linha de transmissão. Também serão

instalados quatro para-raios tipos Franklin sobre a estrutura da SE e casa de

máquinas, aumentando ainda mais a proteção quanto a descargas atmosféricas.

A subestação deve ser protegida por cerca de tela padrão e piso de brita. Da

subestação parte a linha de transmissão que se conectará à CGH Castro e

posteriormente ao ponto de interligação. Pode-se verificar o detalhamento da planta e

perfil da casa de força no desenho PBE-CAS-08, disponível o volume III.

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4.4.8 Linha de Transmissão

A CGH Castro será composta de uma unidade geradora e terá capacidade total

instalada de 3,00 MW. A conexão com o Sistema Elétrico Nacional poderá ser na

subestação Paranaíba em Paranaíba, a qual possui tensão de 138 kV, 34,5 kV e 13,8

kV.

Estimando-se, a extensão a construir de linha de transmissão é de aproximadamente

4,00 km, sendo demonstrado no desenho PBE-CAS-08A, volume III.

A consulta de ponto de conexão foi realizada na Energisa para se obter da

concessionária o ponto mais adequado para conexão, porém ainda não foi obtida

resposta sobre esta ligação.

4.4.9 Equipamentos elétricos

O projeto CGH Castro possui potência instalada de 3,0 MW, tensão de geração 6,90

kV e transmissão 34,5 kV. A seguir são apresentados os equipamentos.

4.4.9.1 Geradores e acessórios

Será utilizado um gerador síncrono trifásico de eixo horizontal, com as seguintes

características:

Tabela 4.5: Dados do gerador selecionado adotado.

Dados do gerador

Posição do eixo Horizontal Número de Unidades 01 Potência Nominal Unitária 3.500 kVA Tensão Nominal 6.900 V Rotação Nominal 720 rpm Frequência 60 Hz Número de Fases 3 Proteção IP21 Conexão do Estrator Estrela Fator de Serviço Contínuo Regime de Serviço S1 Classe de isolamento do Estrator e Rotor F Eficiência (100% carga, cos ɸ= 0,9) 96,50%

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4.4.9.1.1 Ligação dos geradores aos quadros elétricos

A ligação do gerador síncrono ao disjuntor de média tensão nos quadros elétricos de

saída do gerador será feita na tensão de 6,90 kV, através de cabos de cobre de média

tensão com isolação em XLPE. Estes cabos serão rigidamente conectados a

isoladores apropriados em suas extremidades e abrigados em eletrocalhas ventiladas

especiais ao longo das paredes.

4.4.9.2 Transformadores elevadores

No projeto da SE elevadora considerou-se apenas um transformador elevador, opção

esta que se mostrou como o melhor custo-benefício para o aproveitamento em

questão.

A adoção de apenas um transformador elevador não fragiliza a usina uma vez é

possível evitar sua falha através de um bom plano de manutenção preditiva, o qual

deve incluir o acompanhamento do estado do óleo eletro-isolante, a troca periódica

da sílica-gel, análise termográfica e inspeções visuais.

Através destes procedimentos consegue-se minimizar os efeitos de envelhecimento

do transformador e aumentar sua vida útil.

Um estoque permanente com as peças sobressalentes mais suscetíveis a falhas,

como buchas de alta e baixa tensão, terminais, sensores, entre outros, será mantido

na usina de modo que uma falha possa ser prontamente corrigida em campo, sem a

necessidade de envio do transformador para manutenção na fábrica. Na subestação

estão projetados sistemas de caixas subterrâneas para separação do óleo dos

transformadores em um possível vazamento.

Tabela 4.6: Dados do transformador elevador.

Transformador Elevador

Quantidade 01 Tipo Trifásico imerso em óleo Potência 5,0 MVA ONAN Baixa tensão 6,90 kV ligado em delta Alta tensão 34,5 kV ± 2x2,5% ligado em estrela aterrada Frequência 60 Hz Buchas de AT Na tampa Buchas de BT Flangeadas Isolante Óleo mineral Terminais de aterramento Conector duplo para cabo nu de cobre de 25 a 120 mm²

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4.4.9.3 Acessórios

a) Indicador magnético de nível de óleo com dois contatos;

b) Indicador da temperatura do óleo com dois contatos;

c) Relé de gás tipo Buchholz com dois contatos;

d) Secador de ar sílica gel;

e) Dispositivo de alívio de pressão sem contatos tipo tubo de explosão;

f) Caixa de ligação de acessórios;

g) Comutador de derivações sem carga e sem tensão;

h) Radiadores fixos soldados ao tanque;

i) Válvula de drenagem do óleo;

j) Dispositivo para ligação de filtro-prensa;

k) Dispositivo para retirada de amostra do óleo;

l) Meios para suspensão do transformador, incluindo parte ativa, tampa;

m) Rodas lisas bidirecionais para trilho perfil U;

n) Apoio para macacos;

o) Abertura para inspeção;

p) Placa de identificação.

4.4.9.4 Fonte auxiliar de corrente alternada

Para permitir maior segurança ao funcionamento do sistema elétrico da central, está

prevista a instalação de uma fonte auxiliar de corrente alternada, através de um

transformador de serviços auxiliares ligado ao barramento de 34,5 kV da CGH. A

ligação dos bornes de baixa tensão (380/220 v) do transformador dos serviços

auxiliares ao quadro dos serviços auxiliares, na Sala de Comando, será feita com 4

cabos de cobre (3 fases + neutro).

4.4.9.5 Fonte auxiliar de corrente contínua

Com o objetivo de tornar a alimentação do sistema de proteção, comando e

sinalização independente e confiável, previmos a instalação de um banco de baterias

chumbo-ácidas com carregador (retificador), em tensão nominal 125 Vcc. A bateria

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terá 60 elementos, com capacidade mínima de 75 Ah em regime de descarga de 10

horas.

O banco de baterias será instalado na parte interna da casa de máquinas, próximo

aos quadros onde será preparada uma ventilação permanente para o exterior do

prédio, para a saída dos gases liberados pelas baterias.

4.4.9.6 Medições

Está prevista a medição na unidade geradora e na alta tensão da subestação

elevadora. Será tomada medidas instantâneas de corrente (A), tensão (V), potência

ativa (W), potência reativa (VAr), potência aparente (VA), fator de potência (cos Φ), e

frequência (Hz) dos geradores. Na saída do transformador elevador em alta tensão,

estão previstas as medições instantâneas de corrente (A), tensão (V), potência ativa

(W), potência reativa (VAr), potência aparente (VA), energia ativa (Wh) e energia

reativa (VArh) em alta tensão. Na saída geral de alta tensão, estará localizado o

disjuntor geral de proteção em alta tensão, uma chave seccionadora de abertura do

circuito de alta tensão.

4.4.9.7 Proteção dos geradores

Quanto as unidades geradoras, as mesmas serão protegidas por relés multi-função

com as seguintes proteções:

a) Relé de sincronismo;

b) Relé de sub-tensão;

c) Relé de potência inversa;

d) Relé de excitação de campo;

e) Relé de desbalanceamento de corrente de fase;

f) Relé térmico;

g) Relé instantâneo de sobre-corrente;

h) Relé de sobre-corrente com restrição por tensão;

i) Relé de sobre-corrente de neutro;

j) Relé de sobre-tensão;

k) Relé de frequência;

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l) Relé diferencial.

4.4.9.8 Proteção da subestação e saída em alta tensão

A subestação elevadora e instalações em alta tensão serão protegidas por relés multi-

funções com as seguintes proteções:

a) Relé de temperatura do óleo do transformador elevador;

b) Relé de sub-tensão;

c) Relé anunciador;

d) Relé térmico dos enrolamentos do transformador;

e) Relé instantâneo de sobre corrente;

f) Relé de sobre corrente com retardo de tempo;

g) Relé de sobre corrente de neutro;

h) Relé de sobre tensão;

i) Relé de desequilíbrio de tensão;

j) Relé Buchholz;

k) Relé direcional de sobre corrente CA;

l) Relé direcional de sobre corrente CA do neutro;

m) Relé de nível de óleo;

n) Relé de proteção contra defasagem;

o) Relé de frequência;

p) Relé diferencial do transformador.

4.4.9.9 Malha de aterramento

Será necessária uma malha de aterramento, para a ligação do neutro do

transformador elevador e dos para-raios da subestação. Será executada utilizando-se

hastes de aterramento cobreadas e condutores de cobre nu. A resistência de

aterramento deverá ser inferior a 10ohms em qualquer época do ano. Também

deverão ser ligados à malha de aterramento, os neutros do gerador, os para-raios e

varistores, e todos os componentes metálicos da usina não energizados.

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4.4.9.10 Sistema de comunicações

Além da telefonia convencional, recomenda-se a instalação de um aparelho de

radiocomunicação, do tipo Spread Spectrun para transmissão de dados e voz se

necessário. Os rádios devem usar a frequência de 5,8 GHz e antenas parabólicas de

60 cm de diâmetro. Um sistema de baterias e no-break deve ser utilizado para garantir

a energização dos rádios mesmo em faltas de energia. Os rádios e suas respectivas

antenas devem ser instaladas em torres autoportantes de 18 m de altura.

4.4.9.11 Providências em caso de curto-circuito com aves

A mortalidade por curto-circuito ocorre quanto uma ave toca em dois fios elétricos com

tensões diferentes de uma linha elétrica aérea, o que provoca a passagem de

correntes em seu corpo causando queimaduras gravíssimas e paralisias podem

ocasionam quedas graves. De acordo com Tessmer e Port (1996) as principais

interferências de aves que ocorrem em linhas de aéreas de transmissão, podem ser

agrupadas em três causas básicas que são, a construção de ninhos nas estruturas, o

pouso em pontos críticos pelo distanciamento entre partes vivas e aterradas e a

colisão em pleno voo com condutores.

No caso das construções de ninhos nas estruturas, uma medida comumente usada é

adoção de retirada programada de ninhos, nesse caso é adotado com uma certa

periodicidade a retirada dos ninhos que são instalados em áreas críticas, além de

reduzir o índice de mortalidade essa medida possibilita menor prejuízo diante das

falhas na transmissão causadas pela ocorrência de curtos-circuitos.

Quanto ao distanciamento dos cabos elétricos é aconselhável adoção de medida para

evitar curto-circuito entre fases, principalmente no caso de aves de grande porte,

sendo recomenda nesse caso o afastamento entre os condutores. De acordo com

Tessmer e Port (1996) em estruturas de MT tipo N1 rebaixar a cruzeta em 1,0 m, e

em estruturas tipo HC afastar os isoladores em 1,0 m. O afastamento dos condutores

também pode variar de acordo com a disposição e tipo de poste utilizado pode-se

realizar um distanciamento de 1,40 m entre os cabos.

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No caso de aves que pousam em bando quando ocorrem o voo repentino pode ocorrer

a colisão entre fases. Como principal medida neste caso são instalados na rede de

BT espaçadores de PVC para evitar curtos-circuitos por colisão de condutores

(TESSMER e PORT, 1996).

Sabe-se que é frequente as interferências de aves nas redes aéreas de transmissão

de energia. Além do volume de prejuízos causados, essa questão tem grande

importância técnico-econômica, bem como ambiental. A adoção de medidas simples,

através do planejamento e adaptações na fase de projeto, possibilitará benefícios e

mais qualidade da energia fornecida, como também melhorias nas questões

ecológicas (TESSMER e PORT, 1996).

4.5 INFRAESTRUTURA NECESSÁRIA PARA A IMPLANTAÇÃO E OPERAÇÃO DO

EMPREENDIMENTO

Para a implantação da central geradora hidrelétrica está prevista a instalação do

canteiro de obras (civil e eletromecânico), bem como de escritório administrativo da

obra, na margem direita do rio Santana.

Devido à topografia favorável do local, o canteiro de obras será instalado próximo às

estruturas do canal adutor. As instalações do canteiro fornecerão condições

adequadas para o desenvolvimento das construções de forma funcional, segura e com

qualidade, sem a desnecessária interferência com propriedades inseridas na região.

Além disso, serão devidamente sinalizadas, com áreas e acessos contemplando

sistemas de drenagem apropriadas ao local, e com o mínimo de pontos de entrada e

saída, os quais terão monitoramento contínuo.

Para a implantação do empreendimento está prevista a construção das instalações

listadas a seguir.

a) Oficina de manutenção dos equipamentos pesados e leves;

b) Pátio para estacionamento;

c) Escritório principal de administração, apoio à engenharia e frentes de trabalho;

d) Refeitório;

e) Banheiros;

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f) Bancada de carpintaria;

g) Local para armação;

h) Depósito de materiais;

i) Local equipado com instrumentos de primeiros socorros;

j) Sistema de água potável;

k) Sistema de energia elétrica;

l) Sistema de saneamento básico;

m) Local de bota fora e almoxarifado.

4.5.1 Interferências em sistemas de infraestrutura e acessos futuros

Referente a interferência do empreendimento sobre sistemas de infraestrutura,

destaca-se a locação do canal adutor já existente (estrutura antiga) sob a BR-158.

Devido à expansão do canal supramencionado, em função das modificações

previstas, serão necessárias intervenções na rodovia, porém, destaca-se que as

atividades serão realizadas em conformidade com o DNIT (Departamento Nacional de

Infraestrutura de Transporte) e regularizadas pelo mesmo.

Considerando a localização favorável do empreendimento, ou seja, às margens da

rodovia, não será necessária a abertura de longos acessos. O projeto prevê um

acesso direto da rodovia BR-158, à margem direita do canal, tendo em vista a área de

campo onde foi locado o canteiro de obras e bota-fora, o que diminui os riscos de

erosão, compactação do solo, retirada de vegetação e outros impactos ocorrentes da

abertura de novos e longos acessos.

A imagem a seguir apresenta o esquema de desvio proposto para a rodovia, além da

indicação do acesso previsto. O desenho em escala adequada encontra-se disponível

no volume III – Desenhos (PBE-CAS-06B).

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Figura 4.8: Esquema de desvio da rodovia e acesso futuros. Fonte: Construnível, 2017.

4.5.2 Resíduos e efluentes gerados na obra

As fases de implantação e operação do empreendimento produzem resíduos e

efluentes de diversas tipologias.

Os resíduos oriundos das atividades da construção e operação do empreendimento

(plástico, papel, metal, restos de madeira, vidro, não recicláveis, etc.) serão dispostos

em lixeiras próprias e identificadas locadas em pontos estratégicos do

empreendimento, que serão destinadas posteriormente, sempre que haja

necessidade, às empresas de coleta de resíduos específicas.

Caso se verifique adiante outro resíduo gerado, o mesmo obterá o tratamento

adequado, caso necessário, e sua correta disposição final, sendo as medidas cabíveis

definidas pelos técnicos responsáveis.

O projeto prevê que para os efluentes oriundos das edificações, como refeitório e

banheiros, terão como disposição final o sistema fossa-filtro-sumidouro, composto

pela fossa séptica, filtro anaeróbico e sumidouro. Este sistema será adotado para

evitar o lançamento de qualquer efluente diretamente no rio. No anexo PBE-CAS-07A

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(Desenhos-Volume III) se apresenta o detalhamento do sistema de tratamento de

esgoto do empreendimento.

4.6 ÍNDICE DE CUSTO X BENEFÍCIO DO APROVEITAMENTO

O índice de custo x benefício corresponde à relação entre os custos associados ao

empreendimento e o benefício decorrente da valorização da sua energia firme anual.

Este custo é expresso pela seguinte fórmula:

CT x FRC + COM x PI ICB = _________________________

8760 EM

Sendo:

ICB = Custo da energia média gerada pela CGH Castro; (Expresso em US$ /

MWh);

CT = Custo total do aproveitamento (R$ 12.440.301,00);

PI = Potência instalada (MW) (3,00 MW);

COM = Custo anual de operação e manutenção (R$50.000/MW/ano);

FRC = Fator de recuperação do capital (10% ao ano):

FRC = _____________

(1+j)z -1

j = Taxa de juro anual (10% ao a. a);

z = Vida útil da usina, (admitido 30 anos);

EM = Energia média gerada pela usina em MW médios (2,37 MW);

ICB = _____________________________________ = R$ 67,15/MWh

8.760 x 2,37 MW

j (1 + j)z

R$ 12.440.301,00 x 0, 10 + R$ 50.000 x 3,00

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O Índice de Custo x Benefício para a Energia firme (ICB), seria:

ICB =R$ 67,15/MWh

A este custo, deverão ser adicionados os custos do sistema de transmissão associado

e os seguintes impostos e taxas: COFINS/PIS/ANEEL, contribuição social sobre o

lucro antes do imposto de renda, imposto de renda sobre o lucro real e o adicional

sobre o lucro excedente.

A seguir é apresentado estudo financeiro incluindo mais variáveis, a fim de consolidar

a viabilidade econômica do empreendimento.

4.6.1 Comparação Custo Unitário Relativo (CUR) com Índice Custo-Benefício

(ICB)

Para análise de um empreendimento, é necessária a análise dos benefícios

agregados ao custo de investimento.

O Custo Unitário de Referência - CUR é definido no item 2.6 – Parâmetros

Econômicos do Manual de Inventario (ELETROBRAS), com base no Custo Unitário

de Referência de Energia – CRE e no Custo de Referência de Ponta – CRP, que serão

fornecidos pelo poder concedente. Recomenda-se o uso do Custo Unitário de

Referência determinado pela Empresa de Pesquisa Energética – EPE com base no

Plano Nacional de Expansão – PNE. O último valor divulgado é de R$ 143,70/MWh,

conforme indicado na Nota Técnica EPE-DEE-re-077/2008, de 10/06/2008. Este valor

deve ser corrigido até a data base dos estudos, sendo recomendado o uso do IGP-DI

(Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna) como fator de correção.

Segundo a Fundação Getúlio Vargas – FGV o último dado disponível do IGP-DI de

Outubro de 2018 foi estabelecido em 1,9408. Atualizando o CUR por este índice

chegamos ao valor de R$ 278,90/MWh.

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Tabela 4.7: Correção do IGP-DI.

Fonte: FGV, 2018.

Para que um empreendimento seja competitivo no horizonte de longo prazo deve-se

comparar o seu ICB ao CUR corrigido. Devem ser paralisados empreendimentos que

o seu ICB fique acima do CUR. Caso isso aconteça o arranjo deve ser alterado, com

mudanças na posição de seu barramento, formas de circuito hidráulico até achar seu

ICB abaixo do CUR.

Conforme o cálculo demonstrado do ICB, o empreendimento encontra-se abaixo do

CUR, com um bom índice custo-benefício, já que este ficou em apenas R$ 67,15, bem

abaixo dos R$ 278,90.

Desta forma, do ponto de vista econômico, a CGH Castro apresenta boa viabilidade

econômica.

4.6.2 Análise financeira do empreendimento

A implantação da CGH Castro tem como objetivo gerar benefícios econômicos e

ambientais que compensem os investimentos a serem realizados. Os benefícios

econômicos da implantação da CGH vão recompensar financeiramente os

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investimentos realizados, garantindo ao investidor o retorno do capital aplicado e

ainda gerando receitas positivas por longa data.

Os benefícios ambientais significam as melhorias no padrão de vida da população que

usufruirá da energia a ser produzida, principalmente no caso da CGH Castro, que vai

ser implantada em região agrícola, com poucas opções de atividades econômicas. Os

reflexos sobre todos os setores da economia regional são imediatos, incluindo

também os associados às condições de saúde da população.

As melhorias, em alguns casos, são quantificáveis através de previsões, como, por

exemplo, o aumento da produção agrícola e industrial e, ainda, na oferta de empregos

locais, diretos e indiretos.

A análise financeira do empreendimento foi feita considerando o resultado dos

Estudos Energético e de Viabilidade relacionada à Motorização, com inclusão do OPE.

Com base em todos os custos estimados, montou-se o diagrama de fluxo de caixa do

empreendimento, considerando-se as receitas e despesas.

Para a análise financeira foi utilizado o método do fluxo de caixa descontado e

calculado o valor presente líquido (VPL) e a taxa interna de retorno do investimento

(TIR), o apontamento desses indicadores para um futuro positivo garante a

determinação viabilidade ou não do empreendimento.

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Figure 4.1: Fluxo de caixa da CGH Castro - primeiros anos.

O valor presente líquido indica os lucros gerados além da expectativa inicial do

empreendimento, para a CGH Castro a VPL apresentou valor positivo de R$

10.544.153,84, isso significa que a CGH tem lucro médio aquém das expectativas

traçadas no estudo de viabilidade de motorização, onde foi estimada uma taxa de

retorno do empreendimento de 12% ao ano.

A taxa interna de retorno visa encontrar uma tarifa de equilíbrio do fluxo de caixa, que

com a taxa de retorno i%, resulte numa receita anual, capaz de equilibrar os custos

anuais envolvidos na implantação e operação da usina, no horizonte de planejamento

de 30 anos, ou seja, que leva a um VPL igual a zero. Para a CGH Castro a TIR

encontrada foi de 42,99% ao ano, maior que a taxa de desconto esperada, de 12% ao

ano.

0 1 2 3

(+) Receita de venda de Energia (R$200,00/MWh) 4.152.240,00R$ 4.193.762,40R$ 4.235.700,02R$

(+) Aporte de Capital Próprio (30%valor da CGH ) 3.732.090,30R$

(+) Entrada do Financiamento (70% da CGH ) 8.708.210,70R$

(-) Operação e Manutenção / Monitoramento Ambiental/Contabilidade 150.000,00R$ 153.000,00R$ 156.060,00R$

(-) Depreciação

(-) Despesas Financeiras (Juros) 870.821,07R$ 839.692,51R$ 805.451,08R$

(-) Impostos e Taxas

RGR (Uso de Bem Público - UBP) -R$ -R$ -R$

Fiscalização ANEEL - RFSEE -R$ -R$ -R$

Compensação Finaceira (ISENTO) -R$ -R$ -R$

PIS / COFINS (6,35%) 263.667,24R$ 266.303,91R$ 268.966,95R$

Outros -R$ -R$ -R$

(-) Encargos de Transmissão (TUSD 5%) 207.612,00R$ 209.688,12R$ 211.785,00R$

(-) Seguros -R$ -R$ -R$

(=) Resultado Operacional Bruto 2.348.854,05R$ 2.382.663,65R$ 2.416.781,36R$

(-) Provisões para Imposto de Renda 427.224,00R$ 431.376,24R$ 435.570,00R$

(=) Resultado Operacional Líquido 1.921.630,05R$ 1.951.287,41R$ 1.981.211,36R$

(+) Depreciação

(+)Subsídio da C.C.C.

(-) Contribuição Social

(-) Investimentos Fixos (valor da PCH ) 12.440.301,00R$

(-) Amortização 311.285,64R$ 342.414,21R$ 376.655,63R$

(+) Valor Residual do Empreendimento -R$ -R$ -R$ -R$

(=) Fluxo de Caixa do empreendimento 3.732.090,30-R$ 1.610.344,40R$ 1.608.873,21R$ 1.604.555,73R$

(=) Fluxo de Caixa Acumulado do Acionista 3.732.090,30-R$ 2.121.745,90-R$ 512.872,69-R$ 1.091.683,04R$

Valor Presente Líquido (VPL) R$ 10.544.153,84

Taxa Interna de Retorno 42,99%

ITENS

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Com base nos valores encontrados para o valor presente líquido e taxa interna de

retorno pode-se concluir que o empreendimento CGH Castro tem viabilidade

econômica.

4.6.3 BENEFÍCIOS DO EMPREENDIMENTO

Os benefícios das energias renováveis, em especial os empreendimentos

hidrelétricos, são inúmeros, dentre eles podemos descartar alguns:

Promove uma energia limpa e renovável sem emissão de gases poluentes; como o

CO2, altamente prejudicial à saúde.

Geração de energia de qualidade e confiabilidade na entrega da energia próximo a

geração;

Fomento na economia local e regional, através de serviços, insumos e mão de obra.

Baixo impacto ambiental, por ser usina a fio d´água

Curto prazo de construção;

Empreendimentos localizados próximo aos centros de consumo, aliviando a

sobrecarga nos sistemas de transmissão e distribuição;

Possuem ótima compensação ambiental;

Recuperação das APPs ;

Regularização do regime hidrológico do rio;

Proteção do ambiente aquático; através dos programas de monitoramento

ambientais

Redução de riscos de erosão, desmoronamento e assoreamento do rio;

Monitoramento permanente das características físico-químicas da água.

As PCHs e CGHs atuam como filtros nos rios com suas grades retirando

toneladas de lixo e entulho jogamos pelo homem e que são destinados ao seu

devido local.

Além de promover o monitoramento ambiental eterno na bacia hidrográfica

como inúmeros programas ambientais que jamais seriam realizados se não

houvesse a CGH no local.

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Os programas ambientais, sócio econômicos e educacionais que serão desenvolvidos

quando da implantação da CGH, trarão desenvolvimento e crescimento para região,

incentivo à preservação e melhoria da fauna aquática, cuidado e controle da pesca

local.

A empresa Construnível desenvolve diversos programas de educação, controle e

monitoramento ambiental em seus empreendimentos.

As CGHs são fomentadoras de crescimento regional, aumentando o IDH, índice de

desenvolvimento humano na região, trazem benefícios dos programas ambientais que

serão realizados eternamente na bacia, geram emprego direto e indireto, além de

assegurar uma eficiente e segura estabilidade de energia na região.

No caso em questão, ainda, podemos citar os seguintes benefícios diretos que a

construção da CGH Castro poderá trazer ao Município de Paranaíba e toda sua

população:

Durante a construção do empreendimento, serão gerados aproximadamente

57 (cinquenta e sete) empregos diretos, com geração, consequentemente, de

outros tantos indiretos;

Após a conclusão do empreendimento, por sua vez, na fase de operação, serão

gerados aproximadamente 10 (dez) empregos indiretos;

O valor inicialmente orçado e previsto para a implementação da usina é de

cerca de R$ 4.146.767,00 (quatro milhões cento e quarenta e seis mil

setecentos e sessenta e sete reais) por megawatt (MW) de potência instalada,

considerando que o projeto apresentado demonstrou a viabilidade de 3,00 MW

de potência, destarte, o que gerará um investimento de aproximadamente

R$12.440.301,00 (doze milhões quatrocentos de quarenta mil e trezentos e um

reais).

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5. FICHA TÉCNICA DO EMPREENDIMENTO

FICHA TÉCNICA DO EMPREENDIMENTO CGH CASTRO

Bacia de drenagem

Área de drenagem da bacia 2.464,83 km²

Área de drenagem da bacia no eixo do

barramento 2.286,44 km²

Vazão média de longo período 47,23 m³/s

Vazão firme (Q95%) 31,68 m³/s

Vazão ecológica (vazão no TVR) 9,50 m³/s

Reservatório

N.A. de montante 343,50 m

Máximo maximorum 345,50 m

Área de inundação 5.600 km² (0,56 ha)

Volume máximo do reservatório 20.429,19 m³

Tempo de assoreamento previsto Volume máximo operativo de 57,18 anos

N.A. de jusante 335,00 m

Normal 343,50 m

Barragem

Tipo Misto (concreto/enrocamento)

Cota de crista 343,50 m

Comprimento 151,80 m

Altura da máxima 2,90 m

Vertedouro

Tipo Soleira livre

Capacidade máxima de vertimento (QTR1000) 255,88 m³/s

Comprimento 53,00 m

Tomada d’água

Tipo Gravidade

Estrutura de desvio

Tipo Ensecadeiras e adufas de desvio

Seção 30m²

Dimensões Altura: 3,80

Base: 12 metros

Vazão 175,42 m³/s

Canal de adução

Comprimento 241,00 m

Seção Trapezoidal

Vazão aduzida 42,43 m³/s

Revestimento Manta de polietileno de alta densidade - PEAD

Condutos forçados

Número de condutos Não se aplica

Diâmetro Não se aplica

Comprimento Não se aplica

Tipo Não se aplica

Vazão por conduto Não se aplica

Casa de força

Tipo Abrigada

Geradores 01

Potência instalada 3.500 kVA

Potência unitária 3.500 kVA

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FICHA TÉCNICA DO EMPREENDIMENTO CGH CASTRO

Turbinas

Tipo Kaplan horizontal

Número de unidades 01

Vazão máxima turbinada 42,43 m³/s

Estudos energéticos

Queda bruta 8,50 m

Queda líquida 8,16 m

Potência instalada 3,00 mW

Energia firme 2,37 mWh

Energia média 2,37 mWh

6. ÁREA DE INFLUÊNCIA DO PROJETO (AIP)

A delimitação das áreas de influência de um empreendimento consiste em definir os

limites geográficos a serem afetados e os efeitos relativos à sua implantação e

operacionalização, considerando a bacia hidrográfica na qual o empreendimento se

localiza, conforme a Resolução CONAMA nº 001/86, que em seu Art. 5º, trata:

“III - Definir os limites da área geográfica a ser direta ou indiretamente afetada pela implantação, denominada área de influência do projeto, considerando, em todos os casos, a bacia hidrográfica na qual se localiza. ”

Essa delimitação é de fundamental importância para cada objeto do estudo,

considerando os níveis de inter-relação com o empreendimento pretendido, em

termos de diagnóstico socioambiental, de identificação de prováveis impactos e

aplicação dos programas ambientais propostos.

Para a definição das áreas de influência foram levadas em consideração as

interferências sobre os meios físico, biótico e antrópico. Em relação ao meio físico

foram consideradas as influências que poderão incidir sobre os componentes do

clima, geologia, geomorfologia, solos e recursos hídricos.

Para o meio biótico consideram-se as condições da vegetação e da fauna, definições

sobre biodiversidade, espécies raras e ameaçadas e possibilidades de aparecimento

das espécies exóticas.

Por fim, para o meio antrópico, a definição baseou-se nas interferências que o

empreendimento poderá gerar sobre os modos de vida das comunidades. E assim

foram estabelecidos três ambientes geográficos diferenciados em função dos níveis

de influência aos quais são submetidos, conforme descritos a seguir.

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Conforme determina as diretrizes, para o presente estudo, as Áreas de Influência do

Projeto, foram definidas em: Área Diretamente Afetada - ADA; Área de Influência

Direta – AID e Área de Influência Indireta - AII.

Cada um desses subespaços recebe impactos nas fases de planejamento,

construção, operação e desativação do empreendimento, algumas vezes com

relações causais diretas, outras vezes indiretas. A delimitação destas áreas ocorre a

partir das características e abrangência do empreendimento, e pode variar de acordo

com a diversidade e especificidade dos ambientes afetados, sendo que a AII

circunscreve a AID e esta, da mesma forma, engloba a ADA, onde se localiza o

empreendimento propriamente dito, como mostra a figura abaixo.

Figura 6.1: Esquematização das áreas de influência.

6.1 ÁREA DIRETAMENTE AFETADA (ADA)

Área que sofre diretamente as intervenções de implantação, operação e desativação

da atividade, considerando alterações físicas, biológicas, socioeconômicas e das

particularidades da atividade.

Meios Físico, Biótico e Socioeconômico: Corresponde os limites da área de

implantação do empreendimento, as quais irão suportar interferências diretas,

discriminadas como as estruturas permanentes (barramento, reservatório, condutos

forçados, casa de força, acessos) ou temporárias (canteiro de obras, áreas de

empréstimo, bota fora), além das áreas onde haverá supressão de vegetação e da

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consequente área de preservação permanente - APP, considerando como a ADA, o

entorno imediato das estruturas.

Figura 6.2: Área Diretamente Afetada - ADA da CGH Castro.

Conforme a figura anterior, a ADA da CGH Castro, abrange o entorno imediato das

estruturas do empreendimento, onde haverá intervenção de máquinas e

movimentação de pessoas. A ADA possuirá uma área total de 7,49 ha.

6.2 ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA (AID)

Área sujeita aos impactos diretos da implantação, operação e desativação da

atividade. A sua delimitação deverá ser em função das características sociais,

econômicas físicas e biológica dos sistemas a serem executados e das características

da atividade.

Meios Físico, Biótico e Socioeconômico: Para a delimitação destes itens,

determinou-se como AID, uma área com raio de 500 metros, a partir dos limites da

ADA, onde poderá haver alterações no uso e cobertura do solo, qualidade do ar, água,

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além de possíveis impactos sobre a fauna e a flora, bem como na economia e

desenvolvimento local.

Considerando a área delimitada na figura abaixo, a AID, representa uma área de

179,04 ha.

Figura 6.3: Área de Influência Direta - AID da CGH Castro.

6.3 ÁREA DE INFLUÊNCIA INDIRETA (AII)

Na área de influência indireta - AII são compreendidos os efeitos indiretos da

implantação, operação e desativação do empreendimento, abrangendo os

ecossistemas e o sistema socioeconômico que podem ser impactados por alterações

ocorridas na área de influência direta – AID e na área diretamente afetada - ADA. Ou

seja, a AII está relacionada aos impactos previstos para AID e ADA, na hipótese que

os mesmos excedam para o seu entorno, em maior ou menor grau.

Área Total da AID =

179,04Hectares

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Meios Físico, Biótico e Socioeconômico: Considerando o empreendimento,

adotou-se como AII, para os meios físico e biótico, a área correspondente à bacia

hidrográfica do Rio Santana. Para o meio antrópico adotou-se como AII o município

de Paranaíba, como pode ser observado nas imagens abaixo e como mostra o Mapa

EAP-CAS-02, em anexo.

A área total compreendida pela bacia hidrográfica do Rio Santana, compreende uma

área de AII, portanto, possuirá uma área de 2.464,83 ha.

Figura 6.4: Área de influência indireta do meio biótico e físico.

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Figura 6.5: Área de influência indireta - AII do meio socioeconômico, município de Paranaíba.

6.4 VARIÁVEIS DIRETAS E INDIRETAS NAS DIFERENTES FASES DO

EMPREENDIMENTO

6.4.1 Fase de Planejamento

Nesta etapa, além de comprovar a eficácia do potencial hídrica, observou-se que a

região no entorno do empreendimento encontra-se bastante alterada devido às

atividades antrópicas, com áreas instáveis e suscetíveis à erosão e áreas com

instabilidade do solo proveniente da falta de vegetação.

A descontinuidade das florestas ocorreu em função dos usos do solo para atividades

agrícolas e pecuárias. O mau uso destas áreas além de provocar as perdas vegetais

permitiram o surgimento de áreas suscetíveis à erosão, como constatado próximo ao

barramento, que de acordo com os moradores antigos, é um problema que ocorre a

muitos anos e vem aumentando com o passar do tempo.

Sede do Município Paranaíba

CGH Castro

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No início dos trabalhos de planejamento, são realizados contatos com entidades

públicas, órgãos ambientais, e com a população do entorno, através de busca de

informações para a elaboração dos estudos, além de estudos de levantamento de

campo, buscando a viabilidade do projeto e do empreendimento.

Com a realização dessas atividades, é inevitável que ocorra a disseminação de

informações sobre o empreendimento, que de forma oficial ou extraoficial, acaba

gerando expectativas sobre o tema na população, trazendo algumas incertezas, caso

haja falta de informações concretas.

Para que o processo de implantação seja feito de forma equilibrada e sem conflitos

com a população local, é de suma importância, desde a base do planejamento,

estabelecer estratégias de comunicação social que apresentem de forma clara as

informações sobre o processo, construindo, assim, a confiança da população da área

afetada e dos órgãos públicos em relação à implantação do empreendimento.

Com o intuito de manter a comunidade e órgãos municipais informados a respeito do

empreendimento, o empreendedor, ao longo da etapa de planejamento e estudos

ambientais, já vem adotando ações neste sentido, atuando com cautela nos estudos

prévios da região, divulgando informações a respeito do empreendimento para os

interessados por meio de contato dos profissionais responsáveis pelos trabalhos de

campo de topografia, avaliação fundiária, socioeconômica e ambiental.

Sabe-se que nem sempre as expectativas das populações são boas, pois muitas

vezes são criadas desinformações ao longo do processo de licenciamento do

empreendimento e a população acaba sendo levada a pensar apenas em malefícios

que as obras podem causar para o seu cotidiano.

No processo da CGH, a equipe técnica multidisciplinar fez contatos com os moradores

e proprietários afetados ao longo do processo, com o intuito de blindá-los quanto às

desinformações que poderiam surgir ao longo do processo da usina

Nesta fase também ocorrem especulações, sobretudo em relação às questões

fundiárias, que acabam provocando alguns efeitos negativos, como o aumento na

valorização das áreas.

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Vale destacar que essa etapa de acordo com proprietários foi cumprida, estando todos

de acordo com a instalação do empreendimento.

6.4.2 Fase de instalação

Nesta etapa, são esperados passivos ambientais nas diferentes variáveis, meios

físico, biótico e antrópico. Os impactos derivados do empreendimento nessa fase do

empreendimento poderão ser tanto negativos como positivos.

São esperadas modificações no solo, como movimentação e compactação, em função

das escavações e trânsito de máquinas e equipamentos no canteiro de obras. Os

riscos de contaminação do solo por óleos e graxas serão minimizados com a

implantação de programa de controle de empreiteiras, que busca a excelência no

controle das atividades da obra.

A inserção da CGH, desde a etapa de implantação até a operação mudará

permanentemente as características da paisagem da área em virtude das mudanças

de uso do solo do espaço existente, com principal contribuição da formação do

reservatório, a presença de estruturas e a supressão e recomposição da vegetação.

Algumas áreas da ADA tornar-se-ão alagadas ou de vegetação nativa após a

instalação do empreendimento. Outras alterações são de cunho temporário, como na

área do canteiro de obras e áreas de bota-fora, que devem ser recuperadas

posteriormente para integração paisagística ao contexto local.

Em relação à presença das estruturas, os efeitos são considerados inevitáveis.

Quanto à supressão vegetal, o impacto será compensado com a desmobilização e a

recuperação das áreas de canteiro de obras e um adensamento das APPs nos locais

onde se encontra descaracterizada.

Nesta etapa também, são realizadas atividades de supressão de vegetação nas áreas

atingidas, como na borda da APP, canal adutor e casa de força, que embora seja

considerado de pequenas proporções, irá trazer alguns prejuízos ambientais. Esse

passivo ambiental será mitigado e compensado com a implantação de programas

ambientais que buscam a recuperação de áreas desflorestadas.

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Sobre a fauna, aumentará os riscos em função da movimentação de máquinas e

pessoas. Esse risco pode ser também voltado para os funcionários, já que animais

peçonhentos podem oferecer risco aos mesmos. Para tanto, serão implantados

programas ambientais voltados para a prevenção de acidentes, tanto para animais

como para os funcionários. Planeja-se a instalação de placas de sinalização na

rodovia, que busque a conscientização em relação ao atropelamento de fauna bem

como a diminuição da velocidade na via em função da obra.

Nas fases de implantação e operação do empreendimento os procedimentos

construtivos e a concentração de pessoal implicam na geração de resíduos sólidos

diversos. A disposição incorreta pode ocasionar poluição do solo e águas, o que pode

ser minimizado por estratégias estabelecidas em um programa/plano de

gerenciamento de resíduos.

O aumento na emissão de ruídos também é esperado durante a fase de implantação

do empreendimento. O impacto é decorrente das atividades construtivas da obra,

movimentações de equipamentos, caminhões, máquinas e de trabalhadores que vão

gerar este aumento nos ruídos nas imediações da obra.

Nesta fase do empreendimento, aumenta-se o conhecimento científico regional, tendo

em vista que a realização dos estudos incrementa o conhecimento das espécies da

flora, fauna e qualidade da água da região do empreendimento.

Durante as atividades de levantamento de campo, meios físico, biótico e antrópico,

para a elaboração do EAP, são obtidos dados primários sobre os diferentes aspectos

regionais e locais, dentre eles, fauna, flora, qualidade da água, aspectos sociais e

culturais, entre outros, que servem de acervo técnico-científico para a comunidade.

Sendo que estes dados são apresentados ao órgão ambiental e possivelmente

publicados, o embasamento científico da região permite o aprimoramento de técnicas

de conservação e também o incentivo à novas pesquisas em diversas áreas do saber.

A implantação da CGH, ocasionará a remoção de área de uma estreita faixa

vegetação nativa em APP. Com a formação do reservatório uma nova faixa de

vegetação deverá ser preservada em toda a sua extensão, sendo que, está foi

previamente definida em 50 m para cada uma das margens, bem acima das condições

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atuais. As áreas compostas por vegetação herbácea e gramíneas, bem como pela

faixa inexistente, serão modificadas através da reposição de espécies florestais

nativas. A área de APP, em sua totalidade, será cercada com arame liso, a fim de

evitar a passagem de animais, como gado bovino, por exemplo.

Espera-se com isso, que a nova faixa ciliar promova o aumento da fauna na área do

empreendimento, resultando em um impacto de natureza positiva.

A CGH será responsável pela geração de 3,0 MW de energia elétrica e esse aumento

da capacidade instalada é positivo em diferentes sentidos. Primeiramente, a oferta

adicional de energia elétrica possibilita a atração de investidores e a implantação de

novos empreendimentos de diferentes naturezas na região, proporcionando dessa

maneira o desenvolvimento socioeconômico do município.

Além disso, a injeção da potência gerada pelo empreendimento no sistema interligado

nacional traz melhorias para todo o sistema local e regional, tanto no que se refere à

geração, como também para o sistema de transmissão e distribuição de energia

elétrica. A adição de energia no sistema possibilita remanejamentos no sistema

elétrico, proporcionando redução de perdas e melhor aproveitamento da energia

elétrica.

Estima-se que durante a construção do empreendimento sejam gerados empregos

diretos e indiretos, única e exclusivamente pela construção do empreendimento.

Estima-se que durante a fase de construção do empreendimento serão gerados 50

empregos diretos e 150 indiretos. Os empregos serão gerados em todas as etapas

do processo, em diversificadas áreas, com funções e qualificações específicas. A fase

de planejamento é a que exige profissionais com maior capacitação, porém a fase de

maior geração de empregos é a da construção, que contará com profissionais em

diferentes níveis de capacitação e qualificação, variando em superior, técnico e

operacional. Apesar de serem empregos temporários, trata-se de um impacto de

natureza positiva e muito importante em termos locais, dado o grande número de

trabalhadores atuantes no mercado informal, sendo que parte dessa mão de obra

pode ser obtida no próprio local, ou seja, proveniente do município de Paranaíba.

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6.4.3 Fase de operação

A implantação e operação de uma CGH gera um impacto ambiental menor do que

uma usina hidrelétrica de grande porte, no entanto, a mudança na dinâmica hídrica da

região, por menor que seja, é inevitável. Com a construção do barramento haverá

redução na velocidade de escoamento do fluxo natural do rio, o que implicará em

alteração de ambiente lótico para lêntico e a redução da vazão a jusante do

barramento. Na fase de operação da CGH será necessário realizar o monitoramento

da vazão a jusante, e do nível do reservatório a montante, a fim de garantir o uso

múltiplo desses recursos hídricos e preservar os ecossistemas aquáticos.

Toda operação de aproveitamentos hidrelétricos promove alterações no ambiente

natural onde ele será construído, pois geralmente ocorre a supressão de vegetação e

a remoção de consideráveis volumes de terra e rocha. Essas alterações podem

causar mudanças na qualidade das águas superficiais a jusante do empreendimento

devido a movimentação do solo e rochas facilitar a chegada de material fino

(sedimento) às vias de drenagem, que, por consequência, irão atingir o corpo hídrico

receptor. Este aumento da carga sólida em suspensão afeta diretamente a qualidade

da água pelo aumento da turbidez e carreamento de outras substâncias.

Diante do exposto, é esperado que as interferências causadas pelo empreendimento,

relativo as alterações da qualidade das águas superficiais, não sejam de grande

intensidade, uma vez que o empreendimento apresentará um pequeno lago artificial

e no trecho de vazão reduzida será mantida vazão remanescente suficiente para a

manutenção das condições sanitárias e ambientais.

Mesmo assim, será realizado o monitoramento limnológico do curso da água,

principalmente durante a implantação do empreendimento e durante a operação, a fim

de avaliar e acompanhar o comportamento dos parâmetros físicos, químicos e

biológicos da água. O monitoramento torna possível prognosticar as alterações que

possam ocorrer no sistema hídrico, possibilitando ações imediatas em caso de

alterações significativas, tais como medidas preventivas e/ou corretivas, objetivando

restabelecer a qualidade da água e ecológica do ambiente.

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Sabendo da existência da ETA – Estação de Tratamento de Água da SANESUL, que

atende ao município Paranaíba, o projeto prevê durante a operação do

empreendimento, a manutenção de água suficiente para as condições sanitárias e

ambientais e de consumo da ETA.

A geração de resíduos na fase de operação, se aplicam aqueles associados à

presença de colaboradores nas instalações, que possuem volume reduzido, os quais

devem ser destinados a empresas licenciadas ou ao serviço público de coleta, caso

disponibilizado.

A mitigação de processos erosivos identificados ainda na fase de planejamento, que

podem ser agravados na fase de instalação, terão ações mitigadoras/reparadoras

iniciadas ainda na fase de instalação e estendem-se até a fase inicial da operação.

Posteriormente será realizado a manutenção e controle dos processos erosivos e das

condições ambientais das áreas recuperadas no entorno do empreendimento.

A composição da fauna na futura APP do empreendimento, em função das melhorias

ambientais tenderá a aumentar em números de espécies e de indivíduos, visto que a

área verde no entorno do lago proporcionará bons sítios de reprodução e alimentação,

em local seguro e protegido.

Em relação à Ictiofauna, o levantamento primário identificou algumas espécies que

apresentam comportamento migrador. Assim, buscando a mitigação do impacto, será

inicialmente utilizada coleta manual de espécies a jusante e liberadas a montante do

lago. Esta prática além de ser mais eficiente, possibilitará o conhecimento e o controle

das espécies que utilizam este local. A necessidade da implantação de mecanismos

para a transposição de peixes, deve ser estudada e planejada a melhor opção perante

as características apresentadas pela ictiofauna nos estudos de monitoramento, sendo

que a eficiência de alguns métodos (escada para peixes por exemplo) ainda é muito

questionada por diferentes pesquisadores no que se refere à sua efetividade.

Durante o enchimento do lago e o fechamento das comportas da CGH Castro, será

realizado acompanhamento por equipe técnica habilitada e treinada, para as

atividades de resgate e salvamento da ictiofauna no Trecho de Vazão Reduzida –

TVR. A atividade de fechamento de comportas é realizada sempre com

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acompanhamento de equipe ambiental. Prioriza-se o enchimento em dias de maiores

volumes de chuva, onde a quantidade de água do rio é maior, acelerando o

enchimento do lago. Além disso o fechamento das comportas acontece de maneira

lenta, diminuindo assim as interferências sobre a comunidade aquática.

Após a formação do lago da CGH Castro, a velocidade de escoamento da água é

reduzida. Assim, os sedimentos mais pesados tendem a se depositar na nas

proximidades do barramento. No entanto, durante a deposição de sedimentos não

comprometerá a operação da CGH, exigindo apenas sua manutenção regular.

6.4.4 Fase de desativação

Como descrito em capítulos anteriores, não se tem uma previsão para que seja feita

a desativação da usina. No entanto, após decorridos os anos da Licença de Operação,

caso não haja renovação da licença e nem interesse em preservar as estruturas da

CGH, o empreendimento será desativado e efetivado o desmonte programado das

estruturas.

Desta forma, caso seja necessária a desativação do empreendimento, as estruturas

serão retiradas do local, sobretudo as estruturas que interfiram diretamente sobre o

meio biótico, como o barramento por exemplo.

Qualquer movimentação de máquinas e equipamentos gera instabilidade nas

variáveis ambientais. Assim, para todas as ações de desmonte será empregado

técnicas de recuperação ambientais, devolvendo ao ambiente, condições iguais ou

melhores das que foram encontradas antes da instalação das estruturas

7. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DA ÁREA DE INFLUÊNCIA

O diagnóstico do Estudo Ambiental Preliminar (EAP) da CGH Castro foi desenvolvido

com base no Termo de Referência para Estudo Ambiental de Pequena Usina

Hidrelétrica.

Para a realização do diagnóstico ambiental a partir da delimitação das áreas de

influência, foram feitos estudos com a utilização de diversas metodologias: pesquisas

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bibliográficas; entrevistas; trabalhos de campo; registros fotográficos; análises de

água, etc., as quais serviram de base para ser realizada uma análise de dados concisa

e adequada a respeito da situação ambiental atual do local em seus diversos meios

(físico, biótico e antrópico) e antever as possíveis alterações que a instalação da CGH

Castro possa ocasionar.

7.1 MEIO FÍSICO

7.1.1 Caracterização Climática

7.1.1.1 Contexto Geral

O Brasil possui uma ampla variedade climática devido ao seu extenso território, sendo

influenciada pela sua configuração geográfica, sua significativa extensão costeira, seu

relevo e a dinâmica das massas de ar sobre seu território. Esse último fator atua

diretamente sobre as temperaturas e os índices pluviométricos nas diferentes regiões

do país. As massas de ar que interferem diretamente no Brasil são a Equatorial, a

Tropical, e a Polar Atlântica, proporcionando as diferenciações climáticas.

O estado do Mato Grosso do Sul segundo a classificação de Köppen é caracterizada

por 3 tipos climáticos: o subtropical úmido quente, com verão quente e inverno seco

(Cwa), o subtropical úmido com verões suaves (Cfb) e o tropical com inverno seco

(Aw). Nota-se que a CGH Castro localiza-se na região com Clima Tropical Semi-

Úmido (Aw), com a estação de inverno seca e verão chuvoso.

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Figura 7.1: Mapa climático do Brasil.

Para a caracterização climatológica específica do local de estudo buscou-se estações

climatológicas localizadas no entorno do local onde será implantado o

empreendimento. Foi identificada a Estação Convencional 83565 – Paranaíba/MS, de

responsabilidade do Instituto Nacional de Meteorologia – INMET, localizada no

município de Paranaíba, nas seguintes coordenadas geográficas: Latitude: -19,75 e

Longitude: -51,18, (INMET, 2016), estando a uma distância de seis quilômetros,

aproximadamente, do empreendimento.

Com base nesta estação ocorreu a caracterização dos parâmetros climáticos que

seguem abaixo. Esta estação entrou em operação na data de 07/07/1971 e ainda

encontra-se ativa.

Temperatura Local

A estimativa da temperatura na região do aproveitamento é feita com base na Estação

Convencional 83565 – Paranaíba/MS. Conforme figura a seguir, nota-se que a

CGH

CASTRO

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estação está localizada numa região com temperatura média anual semelhante ao

local do empreendimento.

No município de Paranaíba onde localiza-se a CGH Castro a melhor classificação

climática a ser usada para a caracterização de bacias é a de Köppen, que leva em

conta fatores como relevo, regime de chuvas, temperatura entre outros, e representa

com letras características de temperatura e regime de chuvas nas diversas estações

do ano. No qual o clima predominante que caracteriza o estado de Mato Grosso do

Sul é o Tropical Semiúmido.

A temperatura média na região do aproveitamento fica em torno de 24 a 26 °C como

mostra abaixo, sendo esta determinada com o auxílio de mapas climáticos fornecidos

pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Figura 7.2: Temperatura média anual do Brasil.

Fonte: INMET, 2016.

Avaliando os dados históricos de Temperatura Máxima Média, Temperatura

Compensada Média e Temperatura Mínima Média no período entre julho de 1971 a

dezembro de 2015, é possível confirmar as informações obtidas através do mapa

CGH

CASTRO

Estação

Paranaíba

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acima. No quadro e gráfico abaixo podem-se visualizar os valores históricos obtidos

para cada mês do ano.

Quadro 7.1: Média histórica de temperaturas para cada mês do ano.

Mês Temperatura Máxima

Média °C Temperatura

Condensada Média °C Temperatura Mínima

Média °C

Janeiro 31,55 25,66 21,35

Fevereiro 31,84 25,82 21,39

Março 31,57 25,57 21,06

Abril 30,82 24,49 19,53

Maio 28,51 21,64 15,93

Junho 28,21 20,88 14,8

Julho 28,81 20,81 14,23

Agosto 31,32 22,98 15,84

Setembro 31,93 24,66 18,36

Outubro 32,81 25,9 20,19

Novembro 31,92 25,69 20,48

Dezembro 31,57 25,63 21,02

Fonte: INMET, 2016.

Gráfico 7.1: Temperatura na estação Paranaíba. Fonte: INMET, 2016.

Conforme se observa nos resultados apresentados, o trimestre mais frio na região

ocorre em junho/julho/agosto, enquanto o trimestre mais quente ocorre em

setembro/outubro/novembro.

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Massas de ar

As massas de ar que interferem diretamente no Brasil são a Equatorial, tanto

Continental como Atlântica; a Tropical, também Continental e Atlântica; e a Polar

Atlântica, proporcionando as diferenciações climáticas.

Na região da Bacia Hidrográfica do Rio Santana as massas de ar que influenciam de

maneira mais acintosa no clima são a massa Tropical Atlântica (mTa) e a massa

Equatorial continental (mEc).

De ar quente e úmido, a mTa origina-se no atlântico sul. Formadora dos ventos alísios

de sudeste, atua na faixa litorânea brasileira, que se estende da região sul à região

nordeste, e é praticamente constante no período de Inverno na região da bacia

hidrográfica em estudo. Durante o período de verão a região em estudo é fortemente

influenciada pela mEc, a qual exerce maior influência no Brasil atinge praticamente

todas as regiões durante o verão no hemisfério sul, provocando chuvas.

Figura 7.3: Massas de ar atuantes no Brasil.

Insolação

A duração solar do dia, período de visibilidade do sol ou da claridade varia

dependendo da região e do período do ano. Em alguns pontos do Brasil mais próximos

a linha do Equador chega-se há oito horas diárias de sol, em comparação a outras

regiões que apresentam cinco horas.

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Analisando o Estado do Mato Grosso do Sul, na região onde está presente o Rio

Santana e a CGH Castro, percebe-se a incidência anual de 2.200 à 2.900 horas, o

que corresponde à seis horas diárias de sol em média.

Realizando uma pesquisa mais específica na região de implantação da CGH Castro,

foi localizada a estação Paranaíba (OMM: 83565), citada anteriormente, onde existe

registro de insolação entre julho de 1971 a dezembro de 2015.

Figura 7.4: Mapa de Insolação anual no Brasil. Fonte: CRESESB, 2016.

No gráfico a seguir pode-se visualizar a insolação mínima, média e máxima para cada

mês do ano considerando todo o histórico disponível.

Gráfico 7.2: Insolação na estação Paranaíba.

CGH

CASTRO

Estação

Paranaíba

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Umidade relativa

De acordo com Mapa da Umidade Relativa Anual do país é possível observar que

para a região da bacia hidrográfica do Rio Santana a porcentagem fica na faixa de 30

a 40%, no estado do Mato Grosso do Sul esta porcentagem varia de 30 a 85%.

Figura 7.5: Mapa da Umidade relativa anual do Brasil. Fonte: INMET, 2016.

Esta informação foi confirmada avaliando os dados de umidade relativa média da

Estação Convencional do INMET – Paranaíba (OMM: 83565), onde foi obtido o

histórico de umidade relativa média mensal no período compreendido entre julho de

1971 e dezembro de 2015, conforme se pode visualizar no gráfico abaixo.

CGH

CASTRO

Estação

Paranaíba

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Gráfico 7.3: Umidade relativa na estação Paranaíba Fonte: INMET, 2016.

Observando o gráfico anterior, percebe-se que a menor umidade relativa média foi de

38,78%, ocorrida em setembro de 2007, enquanto a maior umidade relativa média foi

de 86,65%, ocorrida em março de 1974.

No gráfico abaixo verificam-se os valores médios, máximos e mínimos do histórico

disponível de umidade relativa para cada mês do ano.

Gráfico 7.4: Umidade relativa média. Fonte: INMET, 2016.

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Evapotranspiração e Evaporação

A evapotranspiração vem a ser o fenômeno associado à perda conjunta de água do

solo pela evaporação e da planta pela transpiração (OMETTO, 1981). A

Evapotranspiração real corresponde à quantidade de água que nas condições reais

se evapora do solo e transpira das plantas.

Foi realizada uma pesquisa junto ao INMET e verificado que a estação Paranaíba

(83565) possui dados de Evapotranspiração Real entre janeiro de 2003 e novembro

de 2016 e Evaporação entre julho de 1971 e julho de 2014. Os registros podem ser

visualizados nos gráficos a seguir.

Gráfico 7.5: Evapotranspiração real. Fonte: INMET, 2016.

Gráfico 7.6: Evaporação na estação Paranaíba. Fonte: INMET, 2016.

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Ventos

Os ventos são classificados de acordo com sua intensidade, velocidade e direção, de

modo que os mesmos são originados através da associação entre a energia solar e a

rotação do planeta. Para a região do rio Santana a direção do vento se comporta

predominantemente no sentido leste – oeste, conforme mostra o mapa da figura

abaixo.

Figura 7.6: Mapa da direção predominante do vento no Brasil. Fonte: CRESESB, 2016.

Na estação Paranaíba os registros de ventos históricos ocorrem no período de 1971

a 2015, e apontam uma velocidade média do vento de 1,02 m/s. A seguir, nos gráficos

abaixo, pode-se observar a velocidade média do vento e velocidade máxima do vento,

respectivamente.

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Gráfico 7.7: Velocidade Média do Vento na estação Paranaíba. Fonte: INMET, 2016.

Gráfico 7.8: Velocidade Máxima do Vento na estação Paranaíba. Fonte: INMET, 2016.

7.1.1.2 Precipitação

O termo "precipitação" é definido como qualquer deposição d’água em forma líquida

ou sólida proveniente da atmosfera, incluindo a chuva, granizo, neve, neblina,

chuvisco, orvalho e outros. A precipitação é medida em altura, normalmente expressa

em milímetros. Uma precipitação de 01 mm é equivalente a um volume de 1 litro de

água numa superfície de 1,00 m².

A precipitação é o elemento que mais afeta a produtividade agrícola em todo o mundo.

A quantidade e a distribuição da precipitação que incide anualmente sobre certa

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Paranaíba – MS 104

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região é de suma importância, determinando o tipo de vegetação e influenciando a

programação das atividades agrícolas. Assim, épocas de plantio e colheita, atividades

mecanizadas e mesmo a escolha de espécies e variedades de plantas estão

intimamente relacionadas com o padrão de precipitação local.

Com relação às precipitações, o Estado apresenta uma distribuição relativamente

equilibrada das chuvas ao longo de todo o ano, em decorrência das massas de ar

oceânicas que penetram no Estado. O volume de chuvas, no entanto, é diferenciado,

variando de 1.000 a 2.000 mm no estado. No local onde se encontra a CGH Castro a

precipitação média varia entre 1.000 e 1.400 mm, como pode ser visualizado na figura

abaixo.

Figura 7.7: Precipitação Média Anual. Fonte: INMET, 2015.

Para a realização dos estudos pluviométricos na bacia, concentraram-se as atenções

para as estações pluviométricas Paranaíba, Fazenda Pindorama, Inocência e

Aparecida do Taboado. As informações referentes a cada uma das estações são

detalhadas na tabela abaixo.

CGH

CASTRO

Estação

Paranaíba

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Tabela 7.1: Estações pluviométricas - informações específicas.

ESTAÇÃO PLUVIOMÉTRICA

COORDENADAS MUNICÍPIO

*DISTÂNCIA DO EMPREENDIMENTO

PERÍODO DE DADOS LAT. LONG.

Paranaíba 19°39'49" 51°11'27" Paranaíba 8,0 km jan/75-nov/15

Fazenda Pindorama

19°23'27" 51°36'32" Paranaíba 38,0 km fev/83-jun/16

Inocência 19°44'11" 51°56'1" Inocência 61,0 km fev/83-jun/16

Aparecida do Taboado

20°4'6" 51°6'13" Aparecida do

Taboado 83,0 km fev/83-jun/16

*Distância aproximada em linha reta.

Os dados pluviométricos médios, máximos e mínimos mensais para cada estação,

demostrados abaixo, foram avaliados em um período médio de 35 anos.

Quadro 7.2: Precipitações médias nas estações selecionadas.

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ TOTAL

ESTAÇÃO PARANAÍBA – CÓDIGO 01951002

Méd. 205,8 142,9 146,2 132,9 117,9 116,1 117,5 92,4 128,7 189,3 150,4 182,3 1722,4

Mín. 489,3 335,5 462,0 279,4 282,2 321,0 273,8 252,0 380,2 427,8 399,8 410,3

Máx. 57,1 36,6 54,2 10,8 6,4 1,8 0,0 0,0 1,4 24,8 59,4 29,9

ESTAÇÃO FAZENDA PINDORAMA – CÓDIGO 01951003

Méd. 288,1 207,0 194,6 73,2 57,2 24,4 19,2 16,9 56,4 103,8 147,9 256,5 1445,2

Mín. 577,7 509,4 391,0 187,1 156,6 95,8 91,2 107,2 164,7 199,1 282,8 528,5

Máx. 38,2 43,6 13,9 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 14,2 67,9 57,8

ESTAÇÃO INOCÊNCIA – CÓDIGO 01951005

Méd. 308,8 265,9 229,1 95,0 65,6 24,4 17,8 28,2 72,9 101,8 150,1 245,3 1605,0

Mín. 729,4 603,4 515,6 282,1 183,2 131,8 130,6 181,6 310,1 303,1 379,7 659,4

Máx. 36,3 79,0 19,7 0,0 1,3 0,0 0,0 0,0 0,0 14,3 18,5 64,0

ESTAÇÃO APARECIDA DO TABOADO – CÓDIGO 02051046

Méd. 233,7 167,8 163,7 77,4 58,2 27,4 15,2 18,1 59,1 90,7 114,3 185,6 1210,9

Mín. 490,4 420,8 555,3 167,9 176,3 141,8 113,4 72,1 168,5 197,2 209,4 424,8

Máx. 88,6 30,0 59,9 5,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 20,0 29,5 39,9

MÉDIA MENSAL GERAL

259,1 195,9 183,4 94,6 74,7 48,1 42,4 38,9 79,2 121,4 140,7 217,4

Através do estudo pluviométrico das 4 (quatro) estações selecionadas observa-se

uma média mensal de precipitação na bacia de 124,7 mm e um total anual de 1495,9.

Verifica-se que o menor índice pluviométrico se concentra nos meses junho, julho e

agosto.

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Figura 7.8: Variação da precipitação média mensal na bacia.

7.1.2 Caracterização da qualidade do ar e dos níveis de ruído

7.1.2.1 Qualidade do ar

Para o levantamento das condições da qualidade do ar na região onde será

implantado o empreendimento, foram utilizados os dados disponibilizados pelo Centro

de Previsão do Tempo e Estudo Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas

Espaciais – CPTEC/INPE.

Primeiro dado analisado, foi o índice de monóxido de carbono (CO) e de acordo com

a figura 01, a cidade de Paranaíba apresenta nível de concentração de CO que variam

entre 125 a 150 ppm.

Mês Prec. (mm)

Jan 259,10

Fev 195,90

Mar 183,40

Abr 94,63

Mai 74,74

Jun 48,07

Jul 42,43

Ago 38,89

Set 79,24

Out 121,40

Nov 140,68

Dez 217,42

0,00

50,00

100,00

150,00

200,00

250,00

300,00

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

PRECIPITAÇÃO MENSAL DA BACIA

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Figura 7.9: Emissões de Monóxido de Carbono (CO) em ppm, para a data base de 09/11/2018, horário de medição 18 horas. Fonte: INPE/CPTEC, 2018.

Os dados também foram apresentados em um gráfico indicando a variação da

concentração de CO, durante o dia. Analisando os dados apresentados no gráfico,

identifica-se que os maiores índices são observados no horário das 18 horas, e os

menores a zero hora. E que todos os valores se encontram na faixa considerada como

boa

Cidade de Paranaíba

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Gráfico 7.9: Concentração de CO, referente ao período de 09 de novembro a 12 de novembro.

Os índices de Compostos Orgânicos Voláteis estão apresentados na figura 02. Para

este parâmetro na região de estudo o nível de concentração fica na faixa de 125 a 150

ppm.

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Gráfico 7.10: Emissões de Compostos Orgânicos Voláteis (ppb), data de 09/11/2018, horário 18 h. Fonte: INPE/CPTEC, 2018.

Para melhor visualização da variação da concentração de Compostos Orgânicos

Voláteis, os dados foram apresentados em apresentados em um gráfico. O qual

apresenta variação da concentração em função do tempo. Analisando os dados,

identificou-se que os maiores índices são observados no horário das 18 horas e os

menores a zero hora. E que todos os valores se encontram na faixa considerada como

boa.

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Gráfico 7.11: Concentração de Compostos Orgânicos Voláteis, referente ao período de 09 de novembro a 12 de novembro. Fonte: INPE/CPTEC, 2018.

A concentração de material particulado na região de implantação do empreendimento

pode ser vista na figura 03. Os dados apresentados na figura são das 9 horas, por ser

o período que apresenta o maior índice. Para este parâmetro na região de estudo o

nível de concentração fica na faixa de 10 a 20 (ug/m³).

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Gráfico 7.12: Concentração de material particulado (ug/m3), data de 09/11/2018, horário 9 h. Fonte: INPE/CPTEC, 2018.

A variação da concentração material particulado durante o dia, pode ser visualizada

no gráfico 03. Analisando os dados, identifica-se que os maiores índices são

observados no horário de zero hora até as 6 horas e os menores as 18 horas. E que

todos os valores se encontram na faixa considerada como boa.

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Gráfico 7.13: Concentração Material Particulado (ug/m3), referente ao período de 09 de novembro a 12 de novembro.

7.1.2.2 Fontes de ruído

Foram caracterizadas as fontes de ruído, no entorno do local onde será implantado o

empreendimento. Foi considerado como limite para avaliação a Área de Influência

Direta do Empreendimento, apresentado na figura 4.

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Figura 7.10: Limite da área de influência da CGH Castro.

Avaliando situação atual do empreendimento a principal de ruído, é proveniente do

trafego de carros da BR-180 a qual é próxima do empreendimento, ficando uma

distância de 45 metros da casa de força.

Os níveis de ruídos permitidos variam de acordo com o uso do solo, conforme

especificado na norma NBR 10.151:200. Os mesmos podem ser vistos na tabela

abaixo.

Tabela 7.2: Níveis de crédito de avaliação NCA para ambientes externos em dB(A).

A área onde localiza-se o empreendimento, é considerada como áreas de sítios e

fazendas, apresentando níveis aceitáveis diurnos com 40 dB(A) e 35 dB(A).

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No estudo de avaliação ambiental do ruído perimetral, realizou-se a medição do ruído

proveniente da estrada ao lado ao empreendimento. Neste estudo, verificou-se

oscilações de ruído devido a passagem de veículos. O valor médio neste ponto ficou

em tono de 61,5 dB(A). O valor mínimo em torno de 54 dB(A) e máximo em 73 dB(A)

devido a passagem de veículos médios. A passagem de caminhões pesados neste

ponto pode elevar o nível de pressão sonora a valores superiores a 94 dB (A) (3R

Brasil Tecnologia Ambiental, cultura, serviços e comercio Ltda. 2011).

A emissão de ruído por veículos – automóveis, motocicletas, caminhões e ônibus – foi

objeto de estudos por parte da CETESB que acabaram por estabelecer as bases do

Programa Nacional de Controle de Ruído Veicular. Tal programa, lançado a partir das

Resoluções CONAMA 01 e 02 de 1993, e atualizado pelas Resoluções CONAMA 08

de 1993, 17 de 1995, 20 de 1996, 242 de 1998, 268 e 272 de 2000, estabelece limites

máximos de ruído para veículos novos comercializados no Brasil.

A tabela abaixo mostra os limites de ruído para motocicletas e similares, em

aceleração.

Tabela 7.3: Limites de ruído para motocicletas e similares.

Fonte: CETESB (2018).

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Tabela 7.4: Limites de ruído para veículos novos.

Fonte: CETESB (2018).

7.1.3 Estudos Geológicos e Geotécnicos

7.1.3.1 Geologia Regional

A área de interesse para o presente estudo localiza-se na Província/Bacia do Paraná,

cujo está inserida sobre a Placa Sul Americana.

Segundo a teoria da Tectônica de Placas observada por Alfred Wegener no início do

século XX, e desenvolvida por Robert Palmer e Donald Mackenzie no final da década

de 60, a Placa Sul Americana estende-se para leste até a Dorsal Média Atlântica. A

fronteira leste é um limite divergente com a placa africana, formando a parte meridional

da Dorsal Média Atlântica. A fronteira sul é um limite com a placa Antártica e com a

placa de Scotia. A fronteira oeste é um limite convergente com a placa de Nazca, que

se afunda sob a sul-americana. A fronteira norte é um limite com a placa caribenha.

Ao ocidente, localiza-se a placa de Farallon, a qual tem vindo a afundar-se sob a placa

sul-americana desde o período Jurássico. Os restos dessa placa (hoje conhecidos por

placa de Cocos) e a placa de Nazca continuam ainda hoje a afundar-se sob o bordo

ocidental da placa sul-americana.

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Segundo Almeida et al. (1976) a Placa Sul Americana em sua porção continental é

subdividida em duas grandes unidades que são a (A) Cadeia Andina/Bloco da

Patagônia e a (B) Plataforma Sul Americana, na qual é subdividida em (a) Coberturas

Fanerozóicas e (b) Embasamento Pré-Cambriano. Este último ainda é dividido em três

escudos: I – Escudo das Guianas; II – Escudo do Brasil Central e III – Escudo do

Atlântico.

A área de estudo localiza-se na Província Paraná, constituindo uma das seis

províncias que formam o escudo do Atlântico.

Figura 7.11: Tectônica das Placas. Figura 7.12: Escudo do Atlântico.

7.1.3.1.1 A Província/Bacia Do Paraná

A Bacia do Paraná é uma ampla região sedimentar do continente sul-americano que

inclui porções territoriais do Brasil meridional, Paraguai oriental, nordeste da Argentina

e norte do Uruguai, totalizando uma área que se aproxima de 1,5 milhões de

quilômetros quadrados. A bacia tem uma forma ovalada com eixo maior N-S, sendo

seu contorno atual definido por limites erosivos relacionados em grande parte à

história geotectônica meso-cenozóica do continente. O flanco leste da bacia, aí

compreendido o trecho entre o Sudeste brasileiro e o Uruguai, foi profundamente

modelado pela erosão em função do soerguimento crustal associado ao rifte do

Atlântico sul, tendo a remoção de seção sedimentar sido estimada em até 2.500 m

(ZALÁN, 1990). Já o flanco ocidental é definido por uma feição estrutural positiva

orientada a norte-sul, um amplo bulge flexural relacionado à sobrecarga litosférica

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imposta ao continente pelo cinturão orogênico andino (SHIRAIWA, 1994). Sobre o

bulge inserem-se a região do Pantanal Mato-Grossense e o Arco de Asunción. Para

sul-sudoeste, a bacia prolonga-se ao Uruguai e Argentina, enquanto a borda norte-

nordeste parece representar um limite deposicional original, o que é sugerido pela

natureza persistentemente arenosa das diferentes unidades sedimentares da bacia

naquele domínio.

O arranjo espaço-temporal das rochas que preenchem a Bacia do Paraná constitui

tema entre os mais presentes na bibliografia geocientífica brasileira, contando-se

certamente em alguns milhares os trabalhos já publicados abordando os diferentes

aspectos desta questão. Desde o último quarto do século passado, inúmeros

pesquisadores envolveram-se com a geologia da bacia, destacando-se o relatório de

White (1908), que é considerado o “marco zero” na sistematização estratigráfica da

Bacia do Paraná. Na história de investigação geológica da bacia, algumas obras

assumiram particular relevância como sínteses de caráter regional, aí incluídos os

trabalhos de Sanford e Lange (1960), Northfleet et al. (1969), Schneider et al. (1974),

Soares et al. (1978), Almeida (1980), Fulfaro et al. (1980) e Zalán et al. (1990).

O registro estratigráfico da Bacia do Paraná compreende um pacote sedimentar-

magmático com uma espessura total máxima em torno dos 7 mil metros, coincidindo

geograficamente o depocentro estrutural da sinéclise com a região da calha do rio que

lhe empresta o nome. Um indiscriminado número de unidades foram formalizadas

neste século de estudos da bacia no intuito de descrever-lhe o arcabouço

estratigráfico e compreender seu desenvolvimento geológico. O cumulativo de

trabalhos produziu um quadro hoje bem amadurecido em seus aspectos

litoestratigráficos. O posicionamento cronoestratigráfico dos sedimentos da Bacia do

Paraná, entretanto, ainda encerra uma série de questões pela falta de efetivos

elementos bioestratigráficos de amarração às escalas internacionais de tempo

geológico.

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Figura 7.13: Bacia do Paraná.

Figura 7.14: Seção Geológica Esquemática da Bacia do Paraná.

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Milani (1997) reconheceu no registro estratigráfico da Bacia do Paraná seis unidades

de ampla escala ou supersequências (VAIL et al., 1977), na forma de pacotes

rochosos materializando cada um deles intervalos temporais com algumas dezenas

de milhões de anos de duração e envelopados por superfícies de discordância de

caráter inter-regional: Rio Ivaí (Ordoviciano-Siluriano), Paraná (Devoniano),

Gondwana I (Carbonífero-Eotriássico), Gondwana II (Meso a Neotriássico),

Gondwana III (Neojurássico-Eocretáceo) e Bauru (Neocretáceo). As três primeiras

supersequências são representadas por sucessões sedimentares que definem ciclos

transgressivo-regressivos ligados a oscilações do nível relativo do mar no Paleozóico,

ao passo que as demais correspondem a pacotes de sedimentos continentais com

rochas ígneas associadas. As unidades formais da litoestratigrafia, quais sejam os

grupos, formações e membros comumente utilizados na descrição do arranjo espacial

dos estratos da bacia, inserem-se como elementos particularizados neste arcabouço

aloestratigráfico de escala regional.

Figura 7.15: Coluna Estratigráfica da Bacia do Paraná.

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7.1.3.1.1.1 Características estruturais

Os lineamentos do arcabouço estrutural na área de estudo, assim como no restante

da Bacia do Paraná, podem ser reunidos em duas direções principais: NE-SW (N40º-

70ºE) e NW-SE (N30º-50ºW). Nos lineamentos visíveis na Bacia do Paraná pode-se

observar um marcante padrão de feições lineares em forma de “X”, podendo ser

divididas em três grupos de acordo com suas orientações (NW-SE, NE-SW e E-W).

As duas mais importantes são as orientações NW-SE e NE-SW, as quais constituem

zonas de fraqueza antigas que foram reativadas durante a evolução da bacia (ZALÁN

et al. 1987). Segundo Zalán et al. (1987), as falhas de direção NE-SW são geralmente

constituídas por uma única falha larga ou uma zona de falha retilínea, com frequentes

evidências de movimentações transcorrentes. Já os diversos lineamentos de direção

NW-SE estão normalmente preenchidos por diques de diabásio dos arqueamentos

estruturais relacionados ao vulcanismo fissural continental da Bacia do Paraná. As

formações pertencentes ao Grupo São Bento têm densidade baixa de fraturamento,

não apresentando um padrão definido. As fraturas têm pequenas aberturas

apresentando descoloração devido à lixiviação. São geralmente de persistência e

regularidade variáveis.

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Figura 7.16: Arcabouço Estrutural da Bacia do Paraná.

7.1.3.1.1.2 Aspectos Sismotectônicos

O território brasileiro está localizado no interior da Placa Sul-Americana do globo

terrestre; onde a movimentação da crosta é relativamente baixa. A movimentação da

crosta terrestre se dá em regiões preferenciais de limite de placa, onde os esforços

para esta são menores. Sendo assim, a movimentação das placas e a consequente

geração de sismos não é um caso que esteja presente em nosso cotidiano, diferente

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de países como o Japão e a região oeste dos Estados Unidos que estão localizados

nas bordas das placas tectônicas.

Apesar da localização geográfica privilegiada do Brasil (em relação às placas

tectônicas), não o livra totalmente dos riscos sísmicos, que ocasionam transtornos à

população e podem chegar, em alguns casos, a levar pânico incontrolável às pessoas.

Dezenas de relatos históricos sobre abalos de terra sentidos em diferentes pontos do

país e eventos como o do Ceará (1980/mb=5.2) e a atividade de João Câmara, RN

(1986/mb=5.1) mostram que os sismos podem trazer danos materiais, riscos as

construções civis e até as PCH’s. Afortunadamente, tremores maiores como o de Mato

Grosso (1955/mb=6.6), litoral do Espírito Santo (1955/mb=6.3) e Amazonas

(1983/mb=5.5) ocorreram em áreas desabitadas.

Mas os terremotos podem surgir a qualquer momento e em qualquer lugar. Assim,

não é impossível que algum dia um sismo de consequências graves acabe por atingir

uma hidrelétrica. A sismologia ainda não consegue predizer com sucesso os

terremotos, eles podem acontecer a qualquer hora e lugar.

Comparativamente, o Acre é o estado que apresenta o maior nível de atividade, tanto

em número quanto no tamanho dos sismos, mas sua origem é distinta da sismicidade

do restante do país. Para explicar este fato é preciso considerar que, o movimento

relativo entre a Placa de Nazcar, que mergulha por debaixo da Placa Sul-Americana,

produz constantes terremotos cujos focos vão se aprofundando da costa do Pacífico,

em direção ao interior do continente. Na área correspondente ao limite entre o Peru e

o estado do Acre, os terremotos acontecem a grandes profundidades e têm seus

efeitos na superfície do terreno.

A grande parte dos sismos brasileiros é de pequena magnitude (4.5). Comumente eles

ocorrem à baixa profundidade (30 km) e, por isso, são sentidos até poucos quilômetros

do epicentro. Este é, quase sempre, o padrão de sismicidade esperado para regiões

de interior de placas. No entanto, a história tem mostrado que, mesmo nestas “regiões

tranquilas”, podem acontecer grandes terremotos. O leste dos Estados Unidos, com

nível de atividade sísmica equivalente à do Brasil, foi surpreendido, no século

passado, pela ocorrência de superterremotos com magnitudes em torno de 8.0.

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Figura 7.17: Mapa Sismológico do Brasil.

O conhecimento do nível de atividade sísmica no Brasil é muito heterogêneo como se

mostra no mapa sismológico do Brasil. Mesmo na região sudeste, onde se têm um

conhecimento da sismicidade menos incompleto, as informações sobre a sismicidade

estão longe do ideal para efetuar estudos de perigo sísmico e avaliações dos riscos,

com a confiança que seria desejável. Em outras regiões o conhecimento do nível real

de atividade sísmica é mais incompleto ainda que na região Sudeste. Em regiões onde

têm ocorrido sismos com magnitudes superiores a 5,0 (mb), como na região Nordeste,

onde serão construídas algumas usinas de energia nuclear, ou ainda de magnitude

maiores que 6,0 (mb) como na porção norte do Estado de Mato Grosso, onde serão

construídas hidrelétricas importantes e dezenas de PCH’s, os levantamentos do nível

de risco sísmico são mais difíceis, porém extremamente necessários.

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A avaliação do perigo sísmico utilizando o método probabilístico, que considera as

incertezas dos epicentros e das magnitudes dos sismos ocorridos, pode ser realizada

apenas na região sudeste do Brasil. Nas demais regiões, devido á essa falta de

conhecimento do nível real de atividade sísmica a avaliação mais adequada do perigo

sísmico é realizada com o método determinístico.

Portanto, levando em consideração a localização da CGH Castro, em relação às

grandes falhas brasileiras e os registros sismológicos desde 1720, o local é estável;

sendo que, conforme o Mapa Sismológico do Brasil, o empreendimento está afastado

das grandes falhas brasileiras, bem como não há registros de sismos na região de

estudo.

7.1.3.1.1.3 Aspectos Morfoestruturais

Os Domínios Morfoestruturais compreendem os maiores táxons na compartimentação

do relevo. Ocorrem em escala regional e organizam os fatos geomorfológicos segundo

o arcabouço geológico marcado pela natureza das rochas e pela tectônica que atua

sobre elas. Esses fatores, sob efeitos climáticos variáveis ao longo do tempo

geológico, geraram amplos conjuntos de relevos com características próprias, cujas

feições embora diversas, guardam, entre si, as relações comuns com a estrutura

geológica a partir da qual se formaram.

Tendo como base os conceitos morfoestruturais, IBGE (2009) definiu quatro domínios

para todo o Brasil, os quais refletem implicações geocronológicas sobre o modelado.

Conforme apresentado no mapa abaixo, morfoesculturalmente o terreno onde se

localiza a CGH Castro é classificado como Bacias e Coberturas Sedimentares

Fanerozóicas, que compreendem planaltos e chapadas desenvolvidos sobre rochas

sedimentares (ou ígneas exteriores) horizontais a sub-horizontais, eventualmente

dobradas e/ou falhadas, em ambientes de sedimentação diversos, dispostos nas

margens continentais e/ou no interior do continente.

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Figura 7.18: Mapa de Domínios Morfoestruturais do Brasil.

7.1.3.2 Aspectos Fisiográficos Da Bacia Hidrográfica

7.1.3.2.1 Geologia

O arcabouço geológico da bacia hidrográfica em estudo, conforme apresentado no

Mapa Geológico da Bacia Hidrográfica é constituído por 3 (três) unidades geológicas.

7.1.3.2.1.1 Formação Serra Geral

A Formação Serra Geral é constituída por rochas ígneas efusivas, oriundas de

derrames de lava básica a média, pouco viscosa. De modo genérico, esses derrames

de lava formam camadas sub-horizontais de rochas, com camadas de 5 a 40 metros

de espessura.

Estas rochas são classificadas como basaltos e basalto-andesitos de filiação toleítica,

bem como de riolitos e riodacitos, intercalando com camadas de arenito, litoarenito e

sedimentos vulcanogênico.

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A Formação Serra Geral é subdividia por diversos autores em Fácies; sendo que cada

autor adota critérios distintos como geoquímica, petrologia, entre outras.

7.1.3.2.1.2 Formação Marília

Arenito grosso a fino, imaturo, amarelado e vermelho, conglomerático com clastos de

quartzo, quartzito, calcedônia, nódulo carbonático retrabalhado, arenito, pelito, basalto

e fragmento de ossos; Lamito marrom; calcirudito, calcarenito e calcilitito; arenito fino

a médio, imaturo, com fração areia grossa a grânulos subordinada. Ambiente

continental desértico, leque aluvial médio a distal.

7.1.3.2.1.3 Formação Vale do Rio do Peixe

É a unidade com maior área de afloramento do Grupo Bauru, estendendo-se desde a

borda oriental da Bacia até os vales dos rios Paraná e Paranaíba. Sua continuidade a

oeste do rio Paraná, em território do Estado de Mato Grosso do Sul, ainda não está

cartografada. Sua seção de referência é encontrada no km 87 da rodovia SP-457,

entre as localidades de Rancharia e Iacri, no vale do Rio do Peixe (FERNANDES,

1998). Constitui-se por camadas tabulares de arenitos muito finos a finos, com cor

marrom, rosa e alaranjado, exibindo dominantemente seleção boa a moderada,

maciços ou exibindo estratificação cruzada tabular e acanalada de pequeno a médio

porte, ou laminação plano-paralela incipiente ou laminação de migração de

ondulações (ripples transladantes). Intercalam-se camadas também tabulares de

siltitos maciços de cor creme a marrom. Localmente podem ocorrer lentes de arenito

conglomerático com estratificação cruzada de pequeno porte contendo intraclastos

argilosos ou carbonáticos. Em Mato Grosso foi identificada na sua extremidade sul,

sob a forma de camadas tabulares constituídas por arenito fino a muito fino, coloração

amarronzada, rosada e alaranjada, mostrando estratificações plano paralela cruzada

tabular e acanalada de pequeno porte, seleção boa a moderada. Subordinadamente

tem-se intercalações de camadas tabulares de siltito maciço, cor creme a marrom e

lentes de arenito conglomerático com intraclastos argilosos ou carbonatados. O

ambiente deposicional é caracterizado por Fernandes (1998) e Fernandes e Coimbra

(2000) como essencialmente eólico, constituído por lençóis de areia pequenas dunas

e depósitos de loess. Depósitos associados a deposição sub-aquosa, correspondente

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a fluxos de lagos efêmeros gerados por enxurradas, estariam representados pelos

arenitos conglomeráticos e lamitos. As paleocorrentes para os depósitos eólicos

indicam ventos soprando para sudoeste. O conteúdo fossilífero está composto por

fragmentos de ossos de répteis, moluscos a artrópodes. Ocorrem ainda moldes de

raízes, oogônios de algas caráceas e, possivelmente, tubos de pequenos animais.

Suas relações de contato com as demais unidades deste grupo se faz de forma

transicional ou então através de diastemas. Na porção ocidental da Bacia, o contato

com unidades do Grupo Caiuá também se faz de maneira transicional.

7.1.3.2.2 Características Geomorfológicas

7.1.3.2.2.1 Classificação Geomorfológica

O Mapa Geomorfológico da Bacia Hidrográfica do Rio Santana foi elaborado a partir

do mapa geomorfológico do Mato Grosso do Sul. Através deste mapa afirmar que a

geomorfologia da bacia hidrográfica do Rio Santana é formada por 1 (uma) unidade

geomorfológica.

7.1.3.2.2.2 Planalto e Chapadas da Bacia Sedimentar do Paraná

A unidade compreende dois compartimentos topográficos distintos. Um mais elevado,

comportando altimetrias que variam entre 650 a 1000 metros. Outro mais rebaixado,

abrangendo cotas de 350 a 650 metros de altitude.

7.1.3.2.3 Características Pedológicas

A diferenciação vertical entre os horizontes, que definem o perfil de solo, tem sido

utilizada como principal critério de classificação e mapeamento do solo. Esta

diferenciação também se verifica lateralmente, ao longo das vertentes, sendo

fundamental considera-la nos estudos das relações genéticas entre o solo e os demais

elementos que constituem o meio natural: substrato geológico, o relevo, a vegetação,

o comportamento hídrico e, consequentemente, interpretar os processos da dinâmica

superficial e os fenômenos e comportamentos do meio físico. A espessura dos

horizontes e a transição vertical e lateral entre estes são atributos igualmente

importantes, utilizados na caracterização, classificação e mapeamento dos solos.

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Conforme o Mapa Pedológico, a Bacia Hidrográfica possui 2 (duas) associações de

unidades pedológicas distintas.

7.1.3.2.3.1 Argissolos

Solos que apresentam horizonte B textural com argila de atividade baixa

imediatamente abaixo do horizonte A ou E, com argila de atividade baixa ou com argila

de atividade alta conjugada com saturação por bases baixa e/ou caráter alítico na

maior parte do horizonte B, e satisfazendo, ainda, os seguintes requisitos:

Horizonte plíntico, se presente, não satisfaz os critérios para Plintossolo;

Horizonte glei, se presente, não satisfaz os critérios para Gleissolo.

7.1.3.2.3.2 Latossolo

Apresentam sequência de horizontes A-B-C, com pouca diferenciação textural entre

os horizontes A e B. O horizonte B é, em geral, muito espesso, nunca inferior a 50 cm,

homogêneo, com estrutura, em geral, do tipo granular, microagregada ou maciça-

porosa. Não apresentam minerais primários facilmente intemperizáveis e a fração

argila, com alto grau de floculação, é constituída predominantemente por óxidos de

ferro (hematita, goetita), óxidos de alumínio (gibsita) e argilominerais do grupo 1:1

(caolinita). Apresenta baixa relação sílica/sesquióxidos de ferro e alumínio. O

horizonte C é, em geral, espesso, refletindo as características texturais e

mineralógicas do material de origem.

Os latossolos tendem a ocorrer em relevos suaves, de vertentes pouco declivosas.

No entanto, ocorrências destes solos têm sido observadas em outras unidades de

relevo, especialmente em terrenos de rochas cristalinas, como as de Latossolo

Vermelho-Amarelo nas regiões serranas do Sul e Sudeste do Brasil. É comum a

associação dos latossolos com os podzólicos, dispondo-se, os primeiros, nas porções

menos declivosas das vertentes e, os segundos, nas porções mais declivosas. Esta

tendência em se dispor em topografias suavizadas do relevo deve-se ao fato dos

latossolos desenvolverem-se, especialmente, por ação das águas de infiltração, que

promovem a alteração dos minerais presentes no substrato pedogenético e a

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remoção, por lixiviação, de substancias solúveis (principalmente bases e sílicas),

deixando in situ substâncias menos solúveis (especialmente ferro e alumínio) na forma

oxidada, condições favoráveis para a formação de argilominerais do grupo caolinítico.

É evidente o importante papel do substrato e das condições físico-químicas do meio,

de maneira a permitir a percolação da água e a alteração hidrolítica dos minerais

constituintes.

Algumas das características de interesse geotécnico dos solos com horizonte B

latossólico podem ser apresentadas:

Horizonte A geotecnicamente desprezível pela reduzida espessura, em

relação ao B;

Textura dos horizontes B e C varia com a natureza mineralógica das

rochas, fontes do material de origem;

Horizonte B é geotecnicamente conhecido por solo maduro;

Horizonte B pode constituir fonte natural de materiais para aterro e

núcleos argilosos impermeáveis;

Horizonte B apresenta alta porosidade;

Fração argila do horizonte B é constituída por misturas de argilominerais

do grupo da caolinita e óxidos/hidróxidos de ferro e de alumínio, podendo

haver a predominância de argilominerais ou de componentes de ferro e

de alumínio;

Lençol freático profundo, situado abaixo do horizonte B, em geral

próximo ao contato do horizonte C com a rocha subjacente;

Horizonte C é geotecnicamente denominado solo residual jovem ou solo

saprolítico, exceto quando originado por colúvios e capeamentos ou

coberturas sedimentares diversas;

Horizonte C, quando formado pela decomposição de rochas quartzo-

feldspáticas, forma ocorrência de saibro;

Horizonte C apresenta comportamento geotécnico variável em função

das características mineralógicas/estruturais das rochas de origem.

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No conjunto, os latossolos apresentam baixa erodibilidade. Entretanto, quando

submetidos à concentração d’água proveniente da ocupação antrópica, podem

desenvolver ravinas profundas e, quando interceptado o lençol freático, boçorocas.

7.1.3.3 Características fisiográficas locais

Para a identificação dos aspectos geológicos e geotécnicos da área diretamente

afetada pela CGH Castro, foram realizados trabalhos de levantamento bibliográfico,

fotointerpretação e mapeamento de campo. Através destes trabalhos foi possível

elaborar o Mapeamento Geológico Local, bem como os Perfis Geológicos da

barragem e do Conduto Forçado.

Conforme o Mapeamento Geológico Local, a área da CGH Castro está inserida

geologicamente sobre as rochas da Formação Serra Geral. O maciço rochoso

encontrado no local é constituído por basaltos.

O relevo é predominantemente pouco dissecado e a camada de solo encontrado na

região é constituída por solos de textura argilossiltosa e coloração marrom

avermelhado.

7.1.3.4 Materiais Para Construção

A importância e a utilização das rochas e dos depósitos naturais de sedimentos como

materiais de construção em obras de engenharia são intensa, seja como agregado

para confecção de concreto, como blocos para revestimentos, proteção de taludes ou

ainda para calçamentos de ruas e vias, etc.

A exploração de uma pedreira ou de um depósito de argila/areia/cascalho, depende

de 3 fatores básicos:

Qualidade do Material;

Volume de material útil;

Transporte, ou seja, a localização da jazida.

A investigação de toda jazida é feita através de um reconhecimento geológico

superficial, complementado por prospecção através de sondagens, poços, furos a

trado, e até mesmo por método geofísico.

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No tocante a qualidade do material, inclui-se a sua finalidade. Para utilização pra

confecção de concreto, o material (areia, cascalho) não poderá ter elementos reativos

com o cimento.

O volume do material estudado é calculado pelos métodos usuais em geologia. É claro

que é de fundamental importância a localização do depósito, uma vez que distâncias

consideráveis do depósito à obra, podem tornar o material antieconômico.

Para a extração da rocha para pedra brita ou blocos, é necessário abrir-se uma

pedreira, e para tanto deve ser seguido algumas especificações mínimas, como as

que seguem:

Ser rocha durável e estar inalterada;

Apresentar pequena espessura de solo no local;

Possuir topografia favorável, isto é, encostas ou faces íngremes que

facilitem o desmonte;

Não possuir lençol freático elevado.

7.1.3.4.1 Materiais Terrosos

Os materiais terrosos a serem utilizados deverão ser previstos, principalmente para

execução das porções de vedação das ensecadeiras, zonas de transição (como

filtros) e camadas finais de estradas de acessos de serviço e até as definitivas.

De modo geral, podem-se enquadrar solos de textura argilossiltosa, de coloração

avermelhada, os quais apresentam condições ótimas de compactação, baixa

permeabilidade e boa capacidade de suporte.

Conforme apresentado no Mapa Pedológico da Bacia hidrográfica, bem como

resultados obtidos na campanha de sondagem e reconhecimento em campo, a região

do aproveitamento apresenta condições favoráveis a extração deste tipo de material.

Pela análise tátil-visual a argila da região é de boa qualidade, no entanto para a

aplicação na execução da obra, deverão ser realizados no mínimo os seguintes

ensaios e análises para a caracterização dos materiais, conforme as normas da

ABNT.

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Granulometria;

Densidade dos grãos;

Limite de liquidez;

Limite de plasticidade;

Compactação Procto Normal;

Umidade natural;

Resistência ao Cisalhamento;

Permeabilidade.

7.1.3.4.2 Material Arenoso

O material arenoso é indispensável para a construção da obra. Este material é

utilizado como agregado miúdo no concreto (cerca de 40% do concreto), bem como

nas porções de transição/filtro das ensecadeiras, camadas de aterro e na manutenção

das estradas de acesso.

Na área da CGH Castro, não possui áreas de solos arenosos. Porém nas regiões

adjacentes é possível encontrar áreas próprias para extração de material arenoso.

Pela distância da jazida, existe a alternativa da produção de areia artificial a partir da

britagem das rochas do local, o que se torna uma alternativa mais viável.

Para a avaliação destes materiais, quanto à aplicabilidade como insumo na

construção da hidrelétrica, deverão ser realizados no mínimo os seguintes ensaios e

análises para a caracterização dos materiais, conforme as normas da ABNT.

Granulometria;

Material pulverulento;

Análise mineralógica.

7.1.3.4.3 Materiais Rochosos

O material rochoso também é um material indispensável para a construção da obra.

Este material é utilizado como agregado graúdo no concreto (cerca de 40%), bem

como nas porções de transição das ensecadeiras, camadas de aterro e na

manutenção das estradas de acesso.

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O maciço rochoso presente em toda a extensão da bacia em estudo é constituído por

rochas ígneas efusivas da Formação Serra Geral, rochas com qualidade adequada

para utilização na obra. Em toda a extensão da bacia, inclusive nas áreas próximas

aos aproveitamentos, podem ser encontrados pontos ideais para extração deste

material.

Para a aplicação destes materiais na execução da obra, deverão ser realizados no

mínimo os seguintes ensaios e análises para a caracterização dos materiais, conforme

as normas da ABNT.

Densidade e absorção;

Massa específica;

Porosidade aparente;

Análise petrográfica;

Abrasão Los Angeles;

Sanidade ao sulfato;

Sanidade ao etileno-glicol;

Esmagamento;

Cisalhamento direto;

Reatividade álcali-agregado.

A reação álcali-agregado (RAA) é uma reação lenta, que ocorre entre os álcalis do

cimento e alguns agregados reativos, resultando em um gel expansivo que, dispondo-

se em vazios do concreto e na interface pasta-agregado, pode promover fissurações

generalizadas, com consequente comprometimento da qualidade da estrutura. Tal

reação ocorre quando o concreto é mantido em contato com a água, por exemplo,

caixas d`água, barragens, canais revestidos entre outras obras civis.

7.1.4 Riscos Geoambientais

Os riscos geoambientais da região em que se pretende implantar o empreendimento,

assim como em qualquer outro local, são condicionados principalmente pelas formas

de relevo, solo e seus usos, associado ao regime hídrico.

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No contexto operacional do empreendimento, após a formação do reservatório, é

esperada a instalação de processos de assoreamento e também de erosão marginal,

tendo em vista elevação do nível d’água, ação do fluxo hídrico do rio e disponibilidade

de sedimentos nas encostas. Contudo, são processos comuns na implantação e

operação deste tipo de empreendimento e que serão tratados no âmbito dos

programas ambientais.

Na área de influência direta do empreendimento foram identificados na fase de

levantamento prévio e na fase de levantamento de campo para a elaboração do

presente estudo, áreas com processos erosivos em desenvolvimento. Abaixo, as

imagens indicam a localização, bem como a situação da área com erosão, sendo que

o local indicado refere-se ao ponto onde será instituído o futuro barramento da CGH

Castro. Ressalta-se que as fotos aéreas foram tiradas em fevereiro do ano de 2015,

demostrando a ocorrência do problema no local, antes mesmo da realização dos

estudos de campo.

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Figura 7.19: Localização da área com incidência de processos erosivos.

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A ausência de vegetação no local pode compreender um dos fatores que tenham

cooperado com a evolução dos processos erosivos, junto com as características

edáficas e de regime hídrico, que predominam no local, como supramencionado.

Quanto aos elementos temporários da obra como o canteiro, áreas de empréstimo e

bota-fora, estes deverão ser monitorados quanto aos riscos geoambientais durante a

fase de obras, sendo necessária a adoção de medidas de controle para prevenção à

formação dos processos erosivos.

7.1.5 Caracterização Topográfica

Considerou-se oportuno obter um mapa da bacia do Rio Santana, onde se encontram

informações hidrográficas, relevo, acessos, entre outras informações. Estes mapas

foram obtidos através das cartas do mapeamento sistemático do Brasil, em escala

1:50.000, e 1:100.000 executadas pela diretoria de serviço Geográfico, Ministério do

Exército - DSG/ME.

O serviço topográfico planialtimétrico de precisão foi desenvolvido para formar a base

de dimensionamento do projeto, considerando suficiente às determinações de volume,

dimensionamentos e orçamentos. Os estudos da topografia dos locais do barramento,

do circuito adutor e da casa de força foram feitos através de levantamento topográfico,

feito com estação total (Leica TS02), partindo dos marcos implantado.

Inicialmente foram procurados marcos oficiais próximos ao aproveitamento, para

transporte de cotas e coordenadas, porém estes não foram localizados ou

encontravam-se destruídos.

Para determinar as cotas e coordenadas dos marcos de apoio do aproveitamento,

utilizou-se o transporte de coordenadas da Rede Brasileira de Monitoramento

Contínuo (RBMC), sendo os marcos de primeira ordem do levantamento. Enquanto

isso, os receptores GNSS VIVA L1/L2 (base e rover) ficaram posicionados sobre os

marcos do levantamento topográfico, com a Estação Total TS02, localizados no

barramento e na casa de força do aproveitamento, sendo que estes são os marcos de

segunda ordem. Desta forma, foi possível transportar as cotas e coordenadas precisas

para os marcos implantados através do Programa “Leica Geo Office” e transformação

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das cotas elipsoidais em cotas ortométricas, através dos programas “Posição” e

“MapGeo 2010”.

7.1.5.1.1 Levantamento de Dados

No decorrer dos estudos, foram utilizados para o seu desenvolvimento, documentos

existentes e disponíveis de fontes oficiais, tais como: imagens de satélite, fotografias

aéreas, mapas em diferentes escalas, informações geodésicas e topográficas. Todos

estes dados e materiais utilizados, passaram por um processo criterioso de verificação

da qualidade e precisão das informações, bem como a metodologia empregada na

sua geração. A pesquisa sobre os dados cartográficos disponíveis para a região

indicou a existência das informações a seguir apresentadas.

7.1.5.1.2 Cartas Topográficas

A região onde está localizado o rio Santana é coberta por 4 cartas topográficas, como

mostram a tabela e a figura abaixo.

Tabela 7.5: Relação de cartas topográficas utilizadas.

CÓDIGO/NOME MI ENTIDADE ESCALA

SE.22-Y-D-II/Cassilândia - Exército 1:100.000

SE.22-Y-D-III/Cachoeira - Exército 1:100.000

SE.22-Y-D-V/Inocência - Exército 1:100.000

SE.22-Y-D-VI/Paranaíba - Exército 1:100.000

Fonte: Construnível, 2017.

Figura 7.20: Articulação da Carta Geográfica (Sem escala).

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7.1.5.2 Levantamento Topográfico

As coordenadas e altitudes dos pontos escolhidos foram estabelecidas através de

posicionamento geodésico por GPS, tendo sido aplicado o método diferencial estático.

Para o ajustamento das coordenadas e cotas do vértice geodésico foram utilizadas

bases da Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo, de onde foram transportadas

as coordenadas e cotas para os marcos geodésicos implantados nos oito

aproveitamentos. A seguir seguem os relatórios de todos os marcos RBMC utilizados

nos levantamentos.

Tabela 7.6: Relação dos marcos RBMC utilizados nos levantamentos topográficos.

Estação Última

atualização Inscrição

Código internacional

Coordenadas geodésicas oficiais

Ilha Solteira - ILHA 20/09/2010 - 96037 Lat.: -20°25’40.0252”

Long.: -51°20’36.18.52”

Araçatuba - SPAR 30/05/2014 - 99540 Lat.: 21°11’4.7980” S Long.: 50°26’23.73” W

A seguir são detalhados os métodos utilizados no levantamento topográfico.

7.1.5.3 Datum Utilizado

Datum Horizontal: SIRGAS 2000 (Sistema de referência geocêntrico para as

Américas). Os parâmetros do SIRGAS segundo a resolução nº 23, de 21 de fevereiro

de 1989 do IBGE são os seguintes:

a) = + 67,35 m

b) Y = – 3,88 m

c) Z = + 38,22 m

Datum Vertical: Marégrafo de Imbituba – SC

7.1.5.3.1 Ajustamentos

Logo ao término do rastreio, as coordenadas foram ajustadas pelo método dos

mínimos quadrados (MMQ) utilizando-se o programa LeicaGeo Office.

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7.1.5.4 Compensação da ondulação Geoidal

A compensação geoidal foi realizada a partir do software MAPGEO 2004 com o auxílio

da formula:

)()( RNPONTORNPONTORNPONTO NNhhHH

Onde:

HPONTO = altitude ortométrica do ponto;

HRN = altitude ortométrica do RN (IBGE);

hPONTO = altitude elipsoidal do ponto;

hRN = altitude elipsoidal do RN;

NPONTO = ondulação geoidal do ponto (MAPGEO 2010);

NRN = ondulação geoidal do RN (MAPGEO 2010).

7.1.5.5 Monografias dos Marcos Geodésicos Implantados

Para o levantamento da CGH Castro foram implantados 03 (três) marcos geodésicos,

os quais estão identificados no desenho PBE-CAS – 01 (Volume III).

7.1.6 Estudo de Viabilidade Hídrica

7.1.6.1 Contexto Hidrográfico Regional

No Mato Grosso do Sul configuram-se duas Regiões Hidrográficas do Brasil, conforme

a Resolução do CNRH n° 32/2003: a Região Hidrográfica do Paraguai, constituída

pela bacia do rio Paraguai e a Região Hidrográfica do Rio Paraná, constituída pela

bacia do rio Paraná. Esta configuração delimita claramente no Estado o divisor de

águas (SEMAC E IMASUL, 2010).

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Figura 7.21: Divisão da regiões hidrográficas do estado de Mato Grosso do Sul. Fonte: Plano Estadual de Recursos Hídricos de Mato Grosso do Sul

A Região Hidrográfica do Paraná ocupa área total de 169.488,663 km², o que

representa aproximadamente 47,46% da área do Estado. Nesta região destacam-se

os rios Aporé, Sucuriú, Verde, Pardo, Ivinhema, Amambai e Iguatemi, à margem

direita do rio Paraná (SEMAC E IMASUL, 2010).

O rio Paraná tem como principais formadores os rios Paranaíba e Grande, no tríplice

limite entre os estados de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.

A Região Hidrográfica do Paraguai em Mato Grosso do Sul ocupa área de

187.636,301 km² que representa 52,54% da área total do Estado. Destacam-se nessa

Região os rios Taquari, Miranda, Negro e Apa à margem esquerda do rio Paraguai.

Nesta região, que compreende o Pantanal Mato Grossense, “a dinâmica das águas

superficiais está vinculada a fatores como declividade e descarga dos principais rios

que atravessam a área, aliados ao regime climático, natureza dos solos e suporte

geológico.” (BRASIL, MME, 1982).

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De acordo com Semac e Imasul (2010) a complexa drenagem da planície pantaneira

é constituída por pequenos cursos de água (córregos), linhas de drenagem de

declividade moderada, mas sem canal bem desenvolvido (vazantes), com seção

definida (corixos e corixões), lagos e lagoas (baías) e lagoas ou antigos meandros

marginais.

A região em estudo neste relatório faz parte da Região Hidrográfica do Paraná, de

acordo com a Resolução nº 32 de 15 de outubro de 2003, do Conselho Nacional de

Recursos Hídricos, o qual faz a divisão de regiões por grupo de bacias contínuas que

possuam características naturais, sociais e econômicas semelhantes, com vistas a

orientar o planejamento e gerenciamento dos recursos hídricos (BRASIL, 2003).

A região hidrográfica do Paraná apresenta uma área de aproximadamente 880.000

km², abrangendo os estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas

Gerais, Goiás, Santa Catarina e Distrito Federal, onde se concentra cerca de um terço

da população nacional e o maior desenvolvimento econômico do país (ANA, 2013).

Originalmente, essa região apresentava cinco tipos de cobertura vegetal: Cerrado,

Mata Atlântica, Mata de Araucária, Floresta Estacional Decídua e Floresta Estacional

Semidecídua. O crescimento dos grandes centros urbanos acarretou grandes

transformações no uso do solo da região, o que ocasionou um grande desmatamento,

além de ter gerado uma grande pressão sobre os recursos hídricos, pois ao mesmo

tempo em que aumentam as demandas, diminui a disponibilidade de água (ANA,

2013).

A região hidrográfica do Paraná possui a maior demanda por recursos hídricos do

País, com valores correspondentes a 30% da demanda nacional. A irrigação é o maior

usuário destes recursos (42%), seguido do abastecimento industrial (27%) (ANA,

2013). Além de abastecer cidades, fábricas e o campo, os recursos hídricos desta

região também são empregados na geração de energia elétrica.

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Figura 7.22: Regiões Hidrográficas do Brasil em

conformidade com a Resolução nº 32/2003 do Conselho

Nacional de Recursos Hídricos.

Fonte: BRASIL, 2003.

O estado do Mato Grosso do Sul instituiu a Lei nº 2.406, de 29 de Janeiro de 2002,

onde estabelece a Política Estadual de Recursos Hídricos, que objetiva assegurar, em

todo o território do Estado, a necessária disponibilidade de água, para os atuais

usuários e gerações futuras, em padrões de qualidade e quantidade adequados aos

respectivos usos. A Lei ainda dispõe sobre os instrumentos para gestão, descritos a

seguir, de acordo com IMASUL (2013).

Plano Estadual de Recursos Hídricos – estabelece orientações técnicas, estratégicas

e de cunho político-institucional, para subsidiar as ações do Sistema Estadual de

Gerenciamento de Recursos Hídricos. Aponta programas a serem implementados e

bacias prioritárias a serem contempladas.

Do Enquadramento dos Corpos de Água em Classes – o enquadramento, segundo

seus usos preponderantes, visa assegurar às águas qualidade compatível com os

usos mais exigentes a que forem destinadas, subsidiando o processo de concessão

de outorga de direitos de uso dos recursos hídricos, diminuindo os custos de combate

à poluição das águas, mediante ações preventivas permanentes.

Da Outorga de Direito de Uso dos Recursos Hídricos – trata-se de um ato

administrativo mediante o qual a entidade responsável pelos recursos hídricos faculta

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ao outorgado o uso de um recurso hídrico, por prazo determinado, nos termos e nas

condições expressas no respectivo ato. A outorga tem como objetivo assegurar o

controle quantitativo e qualitativo da água e o efetivo exercício dos direitos de acesso

a este recurso, disciplinando a sua utilização, compatibilizando demandas e

disponibilidade hídrica.

Da Cobrança pelo Uso dos recursos hídricos – o instrumento da cobrança visa

racionalizar o uso dos recursos hídricos outorgados, baseado em critérios e

mecanismos a serem aprovados pelos Comitês de Bacias Hidrográficas.

Do Sistema Estadual de Informações dos Recursos Hídricos – trata-se de instrumento

de apoio à tomada de decisões do Conselho, Comitês e Agências de Bacias

Hidrográficas. O Sistema gerencia a coleta, o tratamento, o armazenamento, a

recuperação e a disseminação de dados básicos e informações sobre recursos

hídricos e fatores intervenientes em sua gestão.

O Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SIEGRH) é composto

por várias organizações em um conjunto de instâncias de deliberação:

O Conselho Estadual de Recursos Hídricos é o colegiado consultivo e

deliberativo superior.

A Secretaria de Meio Ambiente, das Cidades, do Planejamento, da

Ciência e Tecnologia (SEMAC) é o órgão de administração pública

responsável pela gestão de recursos hídricos.

O Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (IMASUL) é o órgão

executor da política.

Os Comitês das Bacias Hidrográficas são colegiados deliberativos a

serem estabelecidos em cada bacia e as Agencias de Água devem atuar

como secretaria executiva das decisões dos colegiados regionais.

Como supramencionado, existem duas Regiões Hidrográfica no Mato Grosso do Sul

a Região Hidrográfica do Paraná e a Região Hidrográfica do Paraguai. Foram

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definidas 15 unidades de Planejamento e Gerenciamento (UPGs), sendo 9 situadas

na Região Hidrográfica do Paraná e seis na Região Hidrográfica do Paraguai.

A gestão de recursos hídricos por bacias hidrográficas, incorporada pela Política

Nacional de Recursos Hídricos, através da Lei 9.433 de 09 de janeiro de 1997,

descentraliza as tomadas de decisão para o âmbito da unidade física natural onde

encontramos municípios, usuários dos recursos hídricos e toda a sociedade civil

organizada. Foram estabelecidas 12 Regiões Hidrográficas para a descentralização

da gestão dos recursos hídricos. As Regiões Hidrográficas 9 e 10 Paraná e Paraguai

estão presentes no Mato Grosso do Sul, ao Leste e ao Oeste respectivamente. A

Região Hidrográfica Paraná RH.9 é formada pelos principais rios Paraná, Grande e

Paranaíba, enquanto a Região Hidrográfica Paraguai RH.10 tem o rio homônimo como

principal rio de toda Região.

A Integração das políticas públicas ambientais faz referência as ações coordenadas

que contemplem a sustentabilidade dos recursos naturais, tanto na preservação

ambiental quanto à equidade social e à viabilidade econômica. O Plano Estadual de

Recursos Hídricos aprovado em 2009 e publicado em 2010, instrumento da Gestão

de Recursos Hídricos, descentralizou o Estado de Mato Grosso do Sul em 15

Unidades de Planejamento e Gerenciamento a partir da unidade física natural bacia

hidrográfica, conforme abaixo:

Tabela 7.7: Unidades de planejamento e gerenciamento a partir da unidade física natural.

I. Região Hidrográfica do Paraná II. Região Hidrográfica do Paraguai

I.1 UPG Iguatemi II.1 UPG Correntes

I.2 UPG Amambai II.2 UPG Taquari

I.3 UPG Ivinhema II.3 UPG Miranda

I.4 UPG Pardo II.4 UPG Negro

I.5 UPG Verde II.5 UPG Nabileque

I.6 UPG Sucuriú II.6 UPG Apa

I.7 UPG Quitéria

I.8 UPG Santana

I.9 UPG Aporé ou do Peixe

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Figura 7.23: Unidades de planejamento e gerenciamento - UPG. Fonte: SEMA, 2013.

7.1.6.1.1 Águas subterrâneas

As unidades hidrogeológicas ou sistemas aquíferos do Estado de Mato Grosso do Sul

são identificados por dois grandes grupos, em decorrência do modo com que

armazenam e transmitem água, conhecidos como domínio poroso e fraturado. A bacia

do rio Paranaíba foi subdividida em 10 Unidades de Gestão Hídrica – UGHs, entre

elas a UGH Santana-Aporé, que engloba o rio Santana, objeto deste estudo. Na UGH

Santana-Aporé, os aquíferos porosos conhecidos na bacia são o Bauru, Guarani e

Cachoeira e o aquífero Serra Geral, que compreende o aquífero fraturado (ANA/SPR,

2013). Conforme mapa abaixo que apresenta os sistemas aquíferos da UGH Santana-

Aporé, a CGH Castro localiza-se sob domínio do aquífero fraturado Serra Geral, sob

influência do aquífero poroso Bauru. A UGH Santana-Aporé é composta pelas sub-

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bacias sul-mato-grossenses afluentes do rio Aporé e as bacias dos rios Santana, dos

Barreiros e Formoso.

Figura 7.24: Sistemas aquíferos da UGH Santana-Aporé (MS). Fonte: ANA/SRP, 2013.

O sistema aquífero Serra Geral refere-se aos basaltos da Serra Geral, do Grupo São

Bento. O potencial hídrico no aquífero é variável, com o armazenamento de água

relacionado, além das fraturas tectônicas, às de resfriamento, as zonas vesiculares e

as disjunções colunares do basalto. Na Unidade Santana-Aporé o presente sistema

possui área de afloramento restrita a alguns vales, porém também pode ser captado

em profundidade abaixo do aquífero Bauru. Na UGH a vazão média dos poços é de

51 m³/h (ANA, 2013).

Em relação ao aquífero Bauru e aos que encontram-se vinculados, estes ocupam a

maior porcentagem da unidade. Estes aquíferos referem-se a espessos pacotes de

sedimentos compostos por arenitos finos a médios dos grupos Bauru e Caiuá,

intercalados por camadas de siltitos e argilitos, depositados em duas fases distintas

sobre os basaltos da Formação Serra Geral. São classificados como do tipo poroso e

livre, podendo apresentar-se localmente semiconfinados. Este sistema possui grande

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importância hidrogeológica com relação as funções filtro e reguladora e na

regularização das vazões dos rios. Quanto a produtividade média dos poços da

Unidade de Gestão Hídrica Santana-Aporé é de 23 m³/h.

7.1.6.1.1.1 Qualidade das águas subterrâneas

Em relação a qualidade da água dos aquíferos abrangentes da área em estudo,

ambos de modo geral, apresentam-se com boa qualidade. Os dados hidroquímicos

das águas subterrâneas do sistema aquífero Serra Geral, apontam a existência de

uma composição diversificada, com as águas bicarbonatadas cálcico-sódicas,

bicarbonatadas cácico-magnesianas, bicarbonatadas sódio-cálcicas, bicarbonatadas

sódicas, bicarbonatadas cálcicas, sulfatadas e cloretadas sódicas. O campo das

águas bicarbonatadas cálcicas é prodominante, com maior frequência de cloretadas

e sulfatadas, possuindo um nítido controle litoquímico, já que suas características

químicas estão correlacionadas com os processos de intemperismo que atuam sobre

as rochas vulcânicas. Cabe ainda destacar que, em algumas regiões, as águas sofrem

restrições de uso devido às altas concentrações de ferro e manganês, provavelmente

de origem não-antrópica (ANA, 2007).

No aquífero Bauru as águas deste sistema são, de modo geral, do tipo bicarbonatadas

cálcicas e cálcio-magnesianas. Apesar de atenderem aos requisitos de consumo

humano, demandam para alguns tipos de usos industriais a correção da dureza e do

pH, em especial no domínio das águas bicarbonatadas cálcicas. Em relação ao teores

de carbonatos e bicarbonatos que associam-se ao magnésio, apesar da não

toxicidade, necessitam de tratamento para seu uso, devido a serem responsáveis por

incrustações e deposição de sedimentos, que podem ter como consequência o

comprometimento de tubulações e redes de distribuição. Por ser um sistema aquífero

classificado como livre e por apresentar grande área de afloramento. Possui maior

vulnerabilidade à contaminação por atividades potencialmente poluidoras, em

especial aquelas decorrente do desenvolvimento agrícola e industrial (ANA, 2007).

Quanto a avaliação da qualidade das águas subterrâneas no local onde encontra-se

projetado o empreendimento, esta não foi realizada em virtude da baixa significância

da área destinada ao reservatório (área alagada), sendo de apenas 0,36 ha na

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margem direita e de 0,20 ha na margem esquerda, totalizando uma área de alague de

0,56 ha ou 0,0056 km². O volume de água represado será extremamente baixo quando

comparado ao de empreendimentos hidrelétricos de maior porte (PCH’s e UHE’s), não

havendo aumento significativo da carga hidráulica sobre a superfície do solo.

Ressalta-se ainda, que serão baixos os impactos sobre as águas superficiais, devido

ao porte do empreendimento, como já mencionado, além de ser diminuta a elevação

do nível da água, uma vez que este será praticamente mantido em seu leito regular.

Deste modo, às interferências aos recursos hídricos subterrâneos serão as mesmas

existentes no local e na região. A maioria dos problemas referentes a qualidade das

águas subterrâneas, do mesmo modo que acometem as águas superficiais, são de

origem antrópica. A deposição inadequada de resíduos domésticos industriais, de

mineração, a utilização de pesticidas, inseticidas e fertilizantes, constituem as

principais fontes de contaminação das águas subterrâneas (SOUZA, 2008). Entre as

atividades humanas geradoras de contaminantes as águas subterrâneas, as que são

ocasionadas pelos sistemas de saneamento in situ, são as de maior relevância e que

merecem maior atenção. A tabela abaixo apresenta as principais fontes de

concentrações anômalas às águas subterrâneas.

Tabela 7.8: Principais problemas de qualidade identificados nas águas subterrâneas.

PROBLEMA CAUSAS PRINCIPAIS CONTAMINANTES

Contaminação natural

Relacionada à evolução química natural (ou induzida por

contaminação antrópica ou abstração excessiva) das águas subterrâneas e na dissolução de

minerais

Ferro e flúor solúvel, algumas vezes magnésio, sulfatos,

arsênio, manganês, selênio e outros elementos inorgânicos

Contaminação de aquíferos

Proteção inadequada de aquíferos vulneráveis contra descargas e efluentes de origem antrópica oriundos de fontes urbanas, atividades industriais e de

atividades agrícolas intensivas

Patógenos, nitratos e amônio, cloretos, sulfatos, boro, arsênio,

metais pesados, carbono orgânico dissolvido,

hidrocarbonetos aromáticos e halogênicos, certos tipos de

pesticidas

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PROBLEMA CAUSAS PRINCIPAIS CONTAMINANTES

Contaminação de poço

Desenho e construção inadequada permitindo ingresso de águas superficiais ou subsuperficiais

contaminadas

Basicamente patógenos

Fonte: Kirchheim, 2008.

7.1.6.2 Contexto Hidrográfico Local

Foi investigada inicialmente a Bacia do rio Santana, observando-se as cartas

topográficas e as fotografias disponíveis, visando identificar as quedas e corredeiras

naturais, propícias para a implantação dos aproveitamentos.

Também foram feitas análises e estudos das bacias que circunscrevem a bacia do rio,

a fim de conhecer mais a respeito do comportamento das bacias da região. Para o

trecho de interesse definido foi levantado o perfil da linha d’água do rio utilizando-se

para isso os dados do levantamento topográfico executado (GPS RTK), bem como as

cartas planialtimétricas e demais mapas disponíveis, identificando as quedas naturais

que segmentavam a declividade do curso d’água.

No anexo EAP-CAS – 02 (Volume II) pode-se visualizar a área de drenagem total do

rio Santana e do aproveitamento CGH Castro, sobre base cartográfica, bem como na

figura abaixo.

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Figura 7.25: Mapa hidrográfico da área de drenagem do rio Córrego Boa Vista e da área de drenagem da CGH Castro. Fonte: Construnível, 2017.

7.1.6.2.1 Caracterização Fisiográfica da Bacia Hidrográfica

Forma da Bacia

Segundo ELETROBRÁS (2000), a determinação da Forma da Bacia Hidrográfica

auxilia na interpretação dos resultados dos Estudos Hidrológicos e permite

estabelecer relações e comparações com outras bacias conhecidas. Esse aspecto

também tem influência direta no comportamento Hidrometeorológico da bacia em

estudo e, consequentemente, no regime Fluvial e Sedimentológico do Curso D’Água

principal, além de estar relacionado ao Tempo de Concentração da Bacia.

Dos índices existentes para a determinação da Forma da Bacia foram calculados

Coeficiente de Compacidade e o Fator de Forma, apresentados a seguir.

Área de drenagem total do Rio Santana

Área: 2.464,83 km²

Área de drenagem total da CGH Castro

Área: 2.286,44km²

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Coeficiente de Compacidade – Kc

O Coeficiente de Compacidade ou de Gravelius – Kc, define a relação entre o

perímetro da bacia e a circunferência equivalente a um círculo de área igual à da

bacia.

“Desde que outros fatores não interfiram quanto mais próximos da unidade for o índice

de compacidade maior será a potencialidade de ocorrência de picos elevados de

enchentes” (ELETROBRÁS, 2000).

Para a bacia do rio em questão obteve-se os seguintes valores:

A

Pkc 28,0

Área total da bacia (A) = 2.464,83 km²

Perímetro da bacia (P) = 256,33 km

A relação do perímetro de uma bacia hidrográfica e a circunferência do círculo de área

igual à da respectiva bacia constitui o Índice de Compacidade. Desde que outros

fatores não interfiram, valores menores do índice de compacidade indicam maior

potencialidade de produção de picos de enchentes elevados, os valores do coeficiente

de compacidade com relação à ocorrência de cheias na bacia são indicados na tabela

abaixo.

Tabela 7.9: Classificação da bacia quanto à ocorrência de cheias em função do kc.

Intervalo (kc) Classificação

1,0 – 1,2 Ocorrência de cheia

1,2 – 1,5 Situação média

>1,5 Baixa propensão

Fonte: Construnível, 2017.

O coeficiente do Índice de compacidade resultou em um valor igual a 1,45. Logo, a

Bacia do rio Santana oferece riscos medianos de produções frequentes de picos de

enchentes elevados.

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Fator de Forma

O fator de forma define uma relação entre a largura média e os seus comprimentos

axiais, medidos ao longo do rio principal. A largura média é obtida quando se divide a

área pelo comprimento da bacia. A equação que representa este fator é a seguinte:

2L

AKf

Onde:

A = Área de drenagem da bacia (2.464,83 Km²);

L = Comprimento da bacia (96,39 km);

A Tabela abaixo ilustra a classificação dos coeficientes da bacia quanto à ocorrência

de cheias.

Tabela 7.10: Classificação da bacia quanto à ocorrência de cheias.

Intervalo (kf) Classificação

0,8 – 1,0 Ocorrência de cheia

0,5 – 0,8 Situação média

< 0,5 Baixa propensão

Fonte: Construnível, 2017.

O valor obtido para este coeficiente foi de 0,27 para bacia do rio Santana. Logo, este

valor indica que a forma da bacia não influência na ocorrência de enchentes.

Esses índices servem como referência na tentativa de compreender a tendência a

enchentes na bacia. Contudo, são dados preliminares e não devem ser tomados como

determinantes na caracterização das tendências dentro da bacia.

Sistema de drenagem

O sistema de drenagem de uma bacia é constituído pelo rio principal e seus tributários.

O estudo das ramificações e do desenvolvimento do sistema é importante, pois indica

a maior ou menor velocidade de escoamento.

Para melhor caracterizar o sistema de drenagem da bacia em estudo, foram

calculados os índices a seguir descritos.

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Ordem dos cursos d'água

De acordo com Strahler (1952) os menores canais fluviais, sem tributários, são

considerados como de primeira ordem; os canais de segunda ordem surgem da

confluência de dois canais de primeira ordem e só recebem afluentes de primeira

ordem. Os canais de terceira ordem surgem da confluência de dois canais de segunda

ordem, podendo receber afluentes de segunda e de primeira ordem; os canais de

quarta ordem se originam a partir da união de dois sistemas de terceira ordem e assim

subsequentemente. A representação deste procedimento é apresentada na figura a

seguir.

Figura 7.26: Representação do Método para a classificação hierárquica de Bacias Hidrográficas.

Portanto, a ordem do rio é uma classificação que reflete o grau de ramificação da

bacia. Este valor para o rio Santana estudado no local do aproveitamento é 6 (seis).

Densidade da drenagem – Dd

“A Densidade de Drenagem, Dd, é a relação entre o comprimento total dos cursos

d’água de uma bacia e a sua área total. Este índice fornece uma indicação da

eficiência da drenagem, ou seja, da maior ou menor velocidade com que a água deixa

a bacia hidrográfica” (ELETROBRÁS, 2000).

A equação utilizada para o cálculo é a seguinte:

Dd = L / A

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Onde:

L = Comprimento total dos cursos d’água da bacia (2.629,61 km);

A = Área de Drenagem (2.464,83 km²);

Ainda segundo Eletrobrás (2000), desde que outros fatores não interfiram se numa

bacia houver um número grande de tributários, tal que a densidade de drenagem seja

superior a 3,5 km/km², o deflúvio atingirá rapidamente o curso d'água principal e

haverá, provavelmente, picos de enchentes altos e deflúvios de estiagem baixos. Diz-

se que essas bacias são bem drenadas. Quando este índice for da ordem de 0,5

km/km² ou menor, a drenagem é considerada pobre. Os valores base para o índice

de densidade de drenagem da bacia estão indicados na tabela baixo.

Tabela 7.11: Classificação da bacia quanto à densidade de drenagem.

Intervalo (Dd) Classificação

>1,5 Drenagem Boa

0,75 – 1,5 Drenagem Média

< 0,75 Drenagem Pobre

Fonte: Construnível, 2017.

Para a bacia do rio Santana, calculou-se o valor de 1,06 km/km² para o índice em

questão, sendo considerada uma drenagem mediana.

Tempo de Concentração

O Tempo de Concentração de uma bacia é o tempo necessário para que toda

a bacia contribua no escoamento superficial para a seção considerada, ou seja, é o

tempo em que a gota que se precipita no ponto mais distante da seção exutório de

uma bacia, leva para atingir esta seção. Para o cálculo do tempo de concentração

adotou-se a fórmula do Soil Conservation Service:

𝑡𝑐 = 57(L³/H)0,385

Onde:

tc= tempo de concentração, em minutos;

H= desnível até o ponto considerado, em metros (405,00 m);

L= Comprimento do Curso d’água principal, em km (154,54 km).

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O tempo de concentração calculado para a bacia hidrográfica da CGH Castro é de

31,78 horas.

7.1.6.2.2 Determinação das Séries de Vazões Médias Mensais do Aproveitamento

Os estudos fluviométricos são de suma importância para se obter dados de vazões

mínimas, médias e máximas, sendo estes necessários para os dimensionamentos do

aproveitamento hidrelétrico. Os estudos de vazão foram desenvolvidos com base em

informações obtidas junto a Agência Nacional de Águas – ANA, em contato com a

entidade nas páginas eletrônicas mantidas pela mesma: Hidroweb e Portal SNIRH.

7.1.6.2.2.1 Base de Dados

Para determinar as séries de vazões médias mensais do aproveitamento, efetuou-se

um levantamento das Estações Fluviométricas, extintas e em operação, localizadas

no rio Santana e nos afluentes, ou em bacias circunvizinhas ao rio.

A primeira etapa do trabalho consistiu na obtenção de informações relacionadas direta

ou indiretamente à hidrologia da região. A documentação adquirida foi objeto de

avaliação, de forma a permitir uma seleção dos dados de maior relevância para os

estudos.

Os dados foram obtidos junto à Agência Nacional de Águas – ANA (HIDROWEB). Foi

realizada uma análise de consistência dos dados, tendo em vista a necessidade de

se trabalhar com dados de longo histórico (equivalente mínimo de 30 anos) e que

estejam compatíveis com as características físicas e geológicas da região em estudo.

Após consulta aos postos constantes do boletim Fluviométrico da ANEEL, foram

selecionadas inicialmente algumas estações Fluviométricas com base em critérios de:

Localização da estação fluviométrica;

Proximidade da bacia em estudo;

Período de dados disponíveis (consistência de dados);

Área de drenagem compatível com a região observada;

Características físicas – geologia, relevo, declividade, cobertura vegetal.

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A seguir são apresentadas as séries de vazões médias mensais do Posto Base e dos

demais postos fluviométricos utilizados para o estudo do rio Santana e da CGH Castro.

Tabela 7.12: Estações fluviométricas selecionadas no estudo hidrológico.

DISPONIBILIDADES DE DADOS HIDROLÓGICOS

Posto Selecionado

Código (DNAAE)

Rio Município Resp. Operadora Latitude Longitude A.D. (km²)

Aporé 60965000 Aporé Aporé ANA ANA 18°59'09"S 51°54'47"O 4040

Campo Alegre 60940000 Corrente Aporé ANA CPRM 18°30'58"S 52°05'47"O 3190

Cassilândia 60968000 Aporé Cassilândia ANA CPRM 19°06'27"S 51°43'15"O 4700

Todas as estações selecionadas estão instaladas na sub-bacia 60, no rio Santana e

proximidades. Conforme apresentado na tabela acima, foram localizadas as estações

fluviométricas nas proximidades do empreendimento (CGH Castro). Na tabela a seguir

pode-se observar a disponibilidade de dados em cada estação selecionada.

Tabela 7.13: Disponibilidade de Dados nas Estações fluviométricas selecionadas no estudo hidrológico.

Postos Selecionados

Ano

19

51

19

52

19

53

19

54

19

55

19

56

19

57

19

58

19

59

19

60

19

61

19

62

19

63

19

64

19

65

19

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Aporé

Campo Alegre

Cassilândia

Postos Selecionados

Ano

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19

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19

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19

94

Aporé

Campo Alegre

Cassilândia

Postos Selecionados

Ano

19

95

19

96

19

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19

98

19

99

20

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20

15

20

16

Aporé

Campo Alegre

Cassilândia

Período Completo

Falhas no Período de Observação

Sem Observação

Empreendedor:

Flamboyant Energias Renováveis Ltda.

Estudo Ambiental Preliminar

CGH Castro – Rio Santana

Paranaíba – MS

157

CONSTRUNÍVEL Rua Odílio Alves, nº 127, Bairro Primo Tacca, Xanxerê (SC), CEP 89.820-000 Contato (49) 3433 1770 | (49) 9 9962 2372 [email protected] | [email protected] www.construnivelenergias.com.br

As tabelas a seguir apresentam as séries de vazões médias mensais das estações

fluviométricas empregadas nos estudos hidrológicos da CGH Castro.

Tabela 7.14: Vazões Médias Mensais da Estação Aporé, utilizada como estação base dos estudos hidrometeorológicos. ESTAÇÃO: APORÉ CÓDIGO: 60965000 BACIA: RIO PARANÁ A.D (Km²): 4040

RIO: APORÉ ESTADO: GOIÁS Q (l*s/km²): 20,48

SÉRIE DE VAZÕES MÉDIAS MENSAIS (m³/s)

ANO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ MÉDIA

1972 * * * * * 41,3 42,7 40,2 40,1 48,3 71,8 66,5 50,13

1973 64,0 72,2 66,7 73,5 58,1 50,1 47,4 43,6 42,4 55,9 66,8 62,7 58,62

1974 77,2 70,0 109,0 96,4 74,3 63,6 54,9 52,8 52,8 56,6 50,2 84,2 70,17

1975 84,1 76,5 83,6 77,8 62,7 54,3 56,0 50,8 50,3 58,3 79,6 79,3 67,78

1976 80,1 106,0 * 82,8 78,0 71,9 60,6 59,2 63,2 70,2 77,3 86,6 75,99

1977 103,0 107,0 89,7 81,6 73,8 77,4 60,5 54,4 71,8 65,2 86,7 91,1 80,18

1978 122,0 88,0 105,0 80,2 80,9 74,5 65,6 59,0 68,3 63,7 79,8 90,4 81,45

1979 132,0 107,0 98,1 79,9 75,3 66,4 66,6 61,1 76,7 64,6 72,2 99,7 83,30

1980 110,0 112,0 91,7 84,5 72,2 67,5 62,4 57,0 64,8 59,6 68,9 83,6 77,85

1981 85,4 81,0 93,2 74,7 62,2 65,5 57,0 54,6 53,5 59,4 79,5 86,6 71,05

1982 94,2 88,7 152,8 100,2 82,5 79,9 68,4 67,9 69,8 77,3 77,6 97,8 88,09

1983 138,7 114,1 94,3 95,7 80,3 79,0 75,7 66,2 67,5 77,6 84,3 106,2 89,97

1984 113,4 94,7 95,2 104,7 96,1 72,2 64,8 76,9 70,1 63,1 73,8 97,6 85,22

1985 106,9 110,7 129,9 101,0 86,7 80,9 75,9 68,0 64,7 65,2 66,3 64,9 85,11

1986 94,2 98,3 108,3 86,2 84,1 75,2 66,3 73,3 64,4 55,8 56,0 82,9 78,73

1987 105,8 128,2 113,9 90,4 82,3 70,4 63,3 62,7 63,9 70,8 74,1 86,6 84,36

1988 96,4 123,0 159,3 128,5 93,6 80,5 71,6 65,3 59,2 66,3 76,3 90,1 92,51

1989 116,5 144,5 139,1 112,3 94,6 73,2 68,9 76,4 72,4 67,3 97,6 105,2 97,33

1990 105,8 80,2 74,3 74,1 78,4 69,2 62,9 61,0 67,8 86,6 80,9 85,0 77,20

1991 113,9 127,7 131,3 108,9 83,8 72,2 66,2 60,1 60,0 78,4 61,2 70,2 86,16

1992 110,8 105,5 91,2 86,4 81,2 66,7 63,0 60,1 80,2 78,9 87,1 86,3 83,12

1993 86,7 91,6 83,6 95,6 81,1 78,1 67,9 62,2 66,1 78,9 67,7 86,7 78,84

1994 122,4 102,8 113,5 96,0 77,8 68,6 56,8 46,9 49,1 64,5 69,1 78,1 78,80

1995 86,6 132,6 115,6 99,7 78,9 73,8 66,7 60,2 61,0 65,2 72,5 77,7 82,53

1996 102,8 106,2 138,3 98,1 88,1 76,7 71,8 66,9 77,7 70,6 94,8 108,3 91,70

1997 133,0 110,1 88,0 88,2 82,8 92,8 72,5 67,8 68,9 71,0 93,4 107,4 89,66

1998 90,4 126,8 126,8 116,5 91,5 87,1 74,2 * * * * * 101,92

1999 * * * 96,6 80,5 75,1 70,9 66,6 68,0 62,6 70,2 * 73,80

2000 100,8 114,7 134,4 96,3 87,5 74,3 72,0 73,6 79,8 70,7 75,1 101,6 90,07

2001 97,1 103,6 109,3 91,7 84,0 75,0 69,2 64,1 70,8 70,0 83,4 114,9 86,10

2002 127,9 136,3 131,4 96,4 87,9 79,5 83,8 75,9 79,0 76,6 82,9 86,2 95,32

2003 109,3 109,5 134,6 132,9 88,8 78,3 72,4 73,9 67,3 80,0 87,0 100,6 94,56

2004 136,8 115,9 83,6 92,7 87,5 77,5 73,5 65,3 61,2 * * 142,7 93,67

2005 152,0 116,9 101,1 84,1 86,5 74,3 67,6 63,3 64,5 67,3 79,0 102,5 88,25

2006 * * * * * * * 67,0 69,9 84,2 97,1 * 79,56

2007 * * * 93,8 92,2 79,8 73,6 68,2 64,6 70,3 * 87,5 78,75

MÁXIMO 151,99 144,55 159,27 132,88 96,14 92,83 83,81 76,85 80,22 86,58 97,61 142,72

MÉDIA 106,26 106,33 109,25 94,07 81,66 72,66 66,10 62,64 64,90 68,26 76,97 90,84 82,74

MÍNIMO 64,00 70,00 66,70 73,50 58,10 41,30 42,70 40,20 40,10 48,30 50,20 62,70

Empreendedor:

Flamboyant Energias Renováveis Ltda.

Estudo Ambiental Preliminar

CGH Castro – Rio Santana

Paranaíba – MS

158

CONSTRUNÍVEL Rua Odílio Alves, nº 127, Bairro Primo Tacca, Xanxerê (SC), CEP 89.820-000 Contato (49) 3433 1770 | (49) 9 9962 2372 [email protected] | [email protected] www.construnivelenergias.com.br

Tabela 7.15: Vazões Médias Mensais da Estação Campo Alegre.

ESTAÇÃO: CAMPO ALEGRE CÓD: 60940000 BACIA: RIO PARANÁ A.D (Km²): 3190

RIO: RIO CORRENTE ESTADO: GOIÁS Q (l*s/km²): 19,15

SÉRIE DE VAZÕES MÉDIAS MENSAIS (m³/s)

ANO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ MÉDIA

1972 * * * * * * * 27,9 27,0 34,0 51,7 51,0 38,31

1973 45,2 51,3 47,7 52,0 43,0 36,2 34,2 30,4 30,0 39,6 47,6 48,0 42,10

1974 58,7 55,6 85,7 70,9 61,1 50,2 43,3 42,0 39,8 42,4 39,8 55,7 53,78

1975 70,4 60,1 72,2 66,8 55,0 44,6 44,6 39,3 37,5 42,7 49,9 57,2 53,37

1976 58,8 71,7 78,5 68,7 56,4 52,4 43,9 44,1 43,3 46,7 53,3 62,7 56,70

1977 68,3 87,3 65,6 65,3 56,7 56,4 46,7 41,7 50,9 47,7 57,9 58,5 58,56

1978 82,3 63,8 74,5 57,1 54,5 57,8 46,1 42,0 47,7 44,0 56,6 72,9 58,29

1979 92,7 80,6 72,6 60,7 55,5 48,2 47,3 44,8 54,2 48,2 48,3 64,6 59,80

1980 76,6 78,1 73,1 65,5 52,8 49,9 47,0 42,6 46,4 47,4 52,5 61,8 57,82

1981 82,2 64,4 70,8 56,6 52,5 49,2 43,0 41,5 38,7 44,0 54,1 65,9 55,25

1982 72,4 75,1 92,9 87,9 63,1 59,6 51,9 51,4 51,5 55,4 58,2 75,6 66,24

1983 88,4 89,3 83,5 76,3 60,1 57,1 52,7 48,5 51,8 55,1 61,6 78,2 66,88

1984 75,3 77,9 70,2 79,7 67,4 53,4 48,9 53,1 55,5 51,2 53,3 77,5 63,62

1985 75,7 93,1 85,9 73,5 59,6 51,9 50,1 46,9 44,3 43,4 44,2 45,2 59,50

1986 64,9 66,6 67,6 55,0 50,1 44,1 40,4 42,9 42,9 39,3 43,3 52,4 50,81

1987 64,7 85,7 82,9 67,4 56,9 48,6 44,1 41,6 42,2 43,6 51,7 63,6 57,74

1988 73,3 72,3 104,3 88,8 70,7 60,8 53,8 49,7 45,6 46,0 56,3 63,8 65,46

1989 79,7 84,7 87,9 75,7 64,6 57,7 54,4 54,7 53,4 50,9 73,8 77,7 67,93

1990 77,7 67,2 66,5 61,0 62,2 51,6 49,0 47,1 53,6 65,8 60,2 58,8 60,06

1991 69,8 92,1 100,1 85,6 68,7 60,9 55,9 51,3 49,0 61,9 53,5 59,4 67,36

1992 68,4 74,0 69,1 67,1 57,6 50,2 46,9 44,7 57,7 58,3 65,2 68,0 60,61

1993 60,7 76,1 74,2 81,5 54,3 56,0 49,0 46,5 50,7 56,0 53,9 68,2 60,60

1994 82,7 77,9 78,3 76,2 61,1 56,9 57,2 53,1 46,7 48,4 56,4 63,5 63,21

1995 61,5 97,5 81,4 73,0 66,6 55,5 52,4 47,1 45,9 51,6 55,7 61,6 62,49

1996 78,1 74,0 92,0 74,6 61,1 56,6 52,1 49,2 55,2 51,0 65,7 76,7 65,52

1997 88,0 81,1 67,8 65,8 64,6 73,2 57,1 52,2 51,3 55,4 67,0 85,9 67,45

1998 68,5 79,4 95,0 86,9 63,9 62,3 55,5 58,4 54,0 61,3 61,9 75,0 68,49

1999 102,5 81,9 93,7 77,0 63,0 56,1 51,9 47,1 47,0 47,7 61,4 63,4 66,05

2000 83,3 96,8 92,8 72,6 65,2 57,2 52,6 51,5 58,3 55,3 57,3 87,8 69,22

2001 78,5 72,2 78,6 68,3 60,2 56,7 51,1 48,9 49,3 54,7 58,5 72,8 62,48

2002 79,7 83,8 84,6 71,4 56,8 53,9 51,9 54,2 52,6 47,1 55,1 64,9 63,02

2003 61,3 95,1 82,8 80,2 65,3 60,2 54,1 51,4 51,3 56,3 58,5 59,1 64,64

2004 67,1 77,5 74,9 66,5 64,6 57,0 52,0 48,4 44,9 56,1 68,0 67,2 62,02

2005 85,8 83,1 60,4 61,1 59,6 53,6 50,4 48,5 48,0 49,0 56,3 80,2 61,32

2006 74,5 60,7 80,5 81,8 62,1 54,0 52,3 48,0 50,5 60,1 74,0 65,5 63,66

2007 76,8 80,2 73,2 59,7 60,5 55,1 49,8 46,9 44,0 50,1 59,9 61,4 59,81

2008 71,0 97,7 91,5 96,5 70,7 61,5 56,6 51,9 48,9 57,2 58,4 63,4 68,77

2009 63,8 87,5 76,3 82,5 57,7 56,0 51,7 48,8 53,0 54,4 69,6 89,4 65,89

2010 73,1 79,6 84,5 72,6 61,1 54,2 50,9 48,0 44,5 52,7 56,3 58,6 61,35

2011 70,5 69,3 96,5 71,4 57,1 56,5 49,3 45,7 42,4 48,1 49,8 53,1 59,14

2012 64,8 64,3 62,6 54,3 49,2 43,3 40,6 38,8 44,0 * * * 51,32

2013 64,6 82,6 * * * * * * * * * * 73,61

MÁXIMO 102,53 97,73 104,33 96,52 70,74 73,25 57,23 58,35 58,25 65,77 73,95 89,41

MÉDIA 73,23 77,79 79,33 71,39 59,84 54,42 49,57 46,65 47,45 50,50 56,92 65,91 61,08

MÍNIMO 45,16 51,33 47,69 51,96 42,99 36,18 34,24 27,89 26,98 33,97 39,78 45,24

Empreendedor:

Flamboyant Energias Renováveis Ltda.

Estudo Ambiental Preliminar

CGH Castro – Rio Santana

Paranaíba – MS

159

CONSTRUNÍVEL Rua Odílio Alves, nº 127, Bairro Primo Tacca, Xanxerê (SC), CEP 89.820-000 Contato (49) 3433 1770 | (49) 9 9962 2372 [email protected] | [email protected] www.construnivelenergias.com.br

Tabela 7.16: Vazões Médias Mensais da Estação Cassilândia.

ESTAÇÃO: CASSILÂNDIA CÓDIGO: 60968000 BACIA: RIO PARANÁ A.D (Km²): 4700

RIO: RIO APORÉ ESTADO: MATO GROSSO DO SUL Q (l*s/km²): 20,66

SÉRIE DE VAZÕES MÉDIAS MENSAIS (m³/s)

ANO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ MÉDIA

1984 144,7 112,1 116,0 122,7 116,1 85,6 77,9 90,5 83,3 76,1 89,4 113,7 102,3

1985 130,7 132,1 175,5 115,9 96,4 86,7 82,7 75,1 73,2 74,1 75,9 72,3 99,2

1986 109,0 114,8 134,1 93,2 91,4 79,7 72,4 79,8 73,2 70,3 66,2 98,7 90,2

1987 124,3 148,0 132,5 107,9 95,0 81,4 74,1 71,6 73,5 87,3 90,7 104,1 99,2

1988 114,1 141,7 182,2 149,7 111,7 97,7 87,8 81,3 74,8 82,6 92,9 107,4 110,3

1989 135,3 165,7 159,5 130,7 111,2 100,2 94,6 89,3 85,7 80,6 112,6 152,0 118,1

1990 126,9 105,9 97,1 94,9 93,7 78,2 76,2 73,6 81,0 100,7 94,7 99,1 93,5

1991 124,5 139,3 143,2 118,3 90,9 85,5 79,1 73,1 72,6 92,5 74,2 83,5 98,1

1992 127,5 121,1 122,2 111,4 93,8 79,8 76,1 73,1 96,0 88,4 107,7 121,7 101,6

1993 104,3 133,4 119,2 115,0 93,5 91,8 81,3 75,2 79,3 92,2 80,7 106,0 97,7

1994 139,1 117,5 129,3 110,5 91,1 91,0 80,7 70,3 61,4 75,0 81,4 88,8 94,7

1995 98,0 142,5 126,6 111,5 96,3 84,7 73,7 62,4 73,2 74,0 74,6 83,6 91,8

1996 113,0 119,0 155,1 105,8 96,5 86,5 75,8 70,9 77,3 68,4 110,8 114,4 99,5

1997 140,7 109,6 95,3 94,6 89,4 104,5 68,2 68,9 70,6 78,3 106,3 125,4 96,0

1998 100,7 143,7 139,1 130,9 102,5 94,9 81,5 84,7 78,9 92,1 91,0 111,8 104,3

1999 142,7 117,3 127,3 99,1 85,4 80,3 74,3 67,6 69,9 65,5 83,3 83,0 91,3

2000 107,4 121,6 149,2 102,6 89,3 78,2 75,9 75,1 87,9 72,9 82,5 108,0 95,9

2001 101,2 111,0 111,2 93,8 89,9 79,9 71,4 65,0 70,3 72,0 86,4 118,1 89,2

2002 122,7 152,9 134,4 97,3 94,8 80,4 84,7 74,7 78,8 70,6 81,2 84,6 96,4

2003 113,6 110,9 110,6 109,0 81,6 77,0 87,2 83,9 81,8 91,1 97,6 111,1 96,3

2004 135,0 124,9 102,7 105,4 106,1 91,6 85,7 74,8 69,2 96,5 115,9 124,7 102,7

2005 165,1 132,7 117,1 103,3 96,7 88,6 80,6 62,2 63,0 65,0 81,0 113,3 97,4

2006 * * * * * * * 67,0 69,9 87,6 99,8 98,9 84,7

2007 152,8 131,7 122,1 95,8 94,7 82,1 76,3 69,2 62,7 71,7 80,1 89,5 94,1

2008 * * * * 106,6 92,3 80,6 72,4 66,7 79,8 96,4 89,0 85,5

2009 86,7 119,5 102,4 101,1 71,0 73,7 69,6 65,4 85,8 87,0 94,0 134,6 90,9

2010 143,2 150,3 168,3 117,1 94,0 86,0 77,9 71,8 64,9 80,8 84,9 99,6 103,2

2011 107,9 112,6 186,2 121,0 92,4 89,2 76,8 73,1 65,3 76,7 78,9 67,3 95,6

2012 107,4 97,6 93,0 85,9 88,7 83,6 67,5 58,1 62,4 65,1 86,5 80,9 81,4

2013 105,6 121,6 117,1 * * * * * * * * * 114,8

MÁXIMO 165,1 165,7 182,2 149,7 116,1 104,5 94,6 90,5 96,0 100,7 115,9 152,0

MÉDIA 124,9 128,2 130,5 109,5 96,0 86,4 79,0 74,1 75,3 80,2 89,9 104,7 97,12

MÍNIMO 98,0 105,9 95,3 93,2 81,6 77,0 68,2 62,2 61,4 65,0 66,2 72,3

Como é possível observar algumas estações apresentam período de registro com

algumas falhas e com período inferior a 30 anos. Sendo assim, é necessário completar

as falhas de registros com estações próximas e com características semelhantes.

7.1.6.2.3 Regionalização

A partir dos dados obtidos no banco de dados da ANA (Hidroweb) foi realizada a

regionalização das bacias dos postos fluviométricos selecionados para análise

Empreendedor:

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energética do local de estudo. Foi desenvolvida esta análise dos dados a fim de validar

as informações e confirmar a semelhança hidrológica entre os postos utilizados.

As figuras a seguir apresentam os dados mais relevantes para a definição da Reta de

Regionalização, assim como o gráfico e a equação da reta de regionalização.

Tabela 7.17: Características das estações utilizadas no estudo.

ESTAÇÃO RIO Q MLT DRENAGEM PERÍODO

[m³/s] [km²] INICIAL FINAL

APORÉ RIO APORÉ 82,74 4040 jun/1972 dez/2007

CASSILÂNDIA RIO APORÉ 97,12 4.700 jan/1984 mar/2013

CAMPO ALEGRE RIO CORRENTE 61,08 3.190 ago/1972 mar/2013

Gráfico 7.14: Reta de regionalização das estações.

A Reta de Regionalização resultou na equação "y = 0,0239x - 14,902", onde "y"

representa a vazão média de longo termo, em m³/s, e "x" representa a área de

drenagem do posto, em km², a equação apresentou ótima correlação, R² = 0,9981,

portanto, a reta demonstra um excelente grau de alinhamento das variáveis. Isto

revela uma tendência marcante de homogeneidade hidrológica e de consistência das

vazões médias de longo termo entre a estação selecionada como base e as demais

verificadas na região.

Com base na regionalização, também podemos afirmar que o método de transposição

direta entre as bacias hidrográficas do local de estudo e do posto selecionado,

utilizando-se da mesma vazão específica do posto fluviométrico selecionado, é o

melhor método para obtenção das vazões médias mensais nos eixos de interesse do

y = 0,0239x - 14,902R² = 0,9981

20

40

60

80

100

120

300 3000 30000

Q M

LT

[m

³/s]

Drenagem [km²]

Curva de Regionalização

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estudo, pois o tamanho da área de drenagem do rio Santana é muito semelhante às

demais áreas de drenagem dos postos fluviométricos utilizados.

7.1.6.2.4 Tratamento e Consistência dos Dados Básicos

Com o objetivo de se avaliar a qualidade das séries fluviométricas recebidas, foi

elaborado um estudo de consistência dos dados.

A análise de consistência dos dados fluviométricos teve início com a verificação das

vazões diárias fornecidas pela ANA (Agência Nacional de Águas) para os postos

fluviométricos selecionados destacados. Para esta verificação, foram elaborados os

hidrogramas dos postos. A análise destes permitiu constatar algumas inconsistências,

bem como identificar as datas onde ocorreram alterações nos postos fluviométricos

como, por exemplo, deslocamento da régua limnimétrica.

Posteriormente, foram verificadas as correlações entre as cotas e vazões médias

diárias fornecidas pela ANA para os postos fluviométricos selecionados. Para esta

verificação, foram elaborados os gráficos com a correlação entre as cotas e as vazões

médias diárias.

A seguir encontram-se os resultados para as principais estações utilizadas neste

estudo.

7.1.6.2.4.1 Estação Aporé (Estação Base)

No gráfico a seguir está apresentada a curva-chave do rio Aporé na estação Aporé

(estação base). Trata-se de uma curva bem definida, com as medições apresentando

pequena dispersão.

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Gráfico 7.15: Vazão x Leituras do posto fluviométrico Aporé.

A curva-chave resultou na equação “y = 7E-05x² + 0,5348x – 15,479”, onde “y”

representa a vazão em m³/s e “x” a cota em cm. A equação da curva apresentou

excelente correlação, R² = 0,9485, confirmando a consistência dos dados e dando

confiabilidade ao uso da estação, como estação base dos estudos hidrológicos do Rio

Santana.

Foi elaborado um hidrograma com as vazões diárias observadas na estação Aporé e

um limnigrama com as cotas diárias observadas, apresentados a seguir.

Gráfico 7.16: Vazões mensais do posto fluviométrico Aporé.

y = 7E-05x2 + 0,5348x - 15,479R² = 0,9485

20

40

60

80

100

120

140

160

180

50 100 150 200 250 300 350

Vazão

(m

³/s)

Cotas (cm)

Curva-chave Estação Aporé

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

VA

O (

m³/

s)

Hidrograma

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Gráfico 7.17: Vazões mensais do posto fluviométrico Aporé.

7.1.6.2.4.2 Estação Campo Alegre

No gráfico a seguir está apresentada a curva chave do rio Corrente na estação Campo

Alegre. Trata-se de uma curva bem definida, com as medições apresentando pequena

dispersão.

Gráfico 7.18: Vazões x Leituras do posto fluviométrico Campo Alegre.

Foi elaborado um hidrograma com as vazões diárias observadas na estação Campo

Alegre e um limnigrama com as cotas diárias observadas, apresentados a seguir.

0

50

100

150

200

250

300

350

Co

tas

(c

m)

Limnigrama

y = -0,0034x2 + 1,8756x - 157,84R² = 0,9381

0

20

40

60

80

100

120

50 100 150 200 250 300

Vazão

(m

³/s)

Cotas (cm)

Curva-chave Estação Campo Alegre

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Gráfico 7.19: Vazões mensais do posto fluviométrico Campo Alegre.

Gráfico 7.20: Leituras das cotas mensais do posto fluviométrico Campo Alegre.

7.1.6.2.4.3 Estação Cassilândia

No gráfico a seguir está apresentada a curva chave do rio Aporé na estação

Cassilândia. Trata-se de uma curva bem definida, com as medições apresentando

pequena dispersão.

0

20

40

60

80

100

120

VA

O (

m³/

s)

Hidrograma

0

50

100

150

200

250

300

Co

tas (

cm

)

Limnigrama

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Gráfico 7.21: Vazões x Leituras do posto fluviométrico Cassilândia.

Foi elaborado um hidrograma com as vazões diárias observadas na estação

Cassilândia e um limnigrama com as cotas diárias observadas, apresentados a seguir.

Gráfico 7.22: Vazões mensais do posto fluviométrico Cassilândia.

y = 0,0027x2 + 0,322x + 7,4442R² = 0,9521

20

40

60

80

100

120

140

160

180

200

50 100 150 200 250

Vazão

(m

³/s)

Cotas (cm)

Curva-chave Estação Cassilândia

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

200

VA

O (

m³/

s)

Hidrograma

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Gráfico 7.23: Leituras das cotas mensais do posto fluviométrico Cassilândia.

7.1.6.2.5 Descrição da Metodologia empregada para a obtenção da série de vazões

no local do aproveitamento

Para finalidade de análise energética do aproveitamento estudado neste projeto

básico buscou-se obter uma série de vazões médias mensais representativas do

regime do Rio Santana no maior período possível, conforme disponibilidade das

estações fluviométricas existentes na região.

A partir da série básica dos postos nos rios vizinhos, buscou-se inicialmente

complementar os fragmentos de séries existentes, calculando-se em planilhas Excel

a série do eixo de interesse no Rio Santana. Comparando-se a bacia do Rio Santana

com as estações fluviométricas selecionadas, pode-se notar que a que mais se

assemelha morfologicamente é a estação Aporé, no rio Aporé.

Justifica-se o uso da estação Aporé (código 60965000) como base para os estudos

devido aos principais fatores descritos a seguir:

A estação encontra-se próxima ao rio estudado;

Área de drenagem compatível com o indicado nos manuais da Eletrobrás;

A série de vazões contém poucas falhas;

Devido às bacias hidrográficas estarem no mesmo local de estudo, elas

possuem as mesmas regiões geológicas, além de parâmetros físicos de

0

50

100

150

200

250C

ota

s (

cm

)Limnigrama

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declividade do terreno, cobertura vegetal, uso do solo, tipo de solos etc.,

semelhantes;

Na bacia, onde estão situados o posto e o local do estudo, a configuração

climática apresenta praticamente as mesmas características, tanto para

pluviosidade quanto para vazões específicas.

A seguir serão apresentadas as variáveis geológicas, pluviométricas e de cobertura

vegetal que provam a semelhança entre as duas bacias hidrográficas, a do posto

fluviométricos e do Rio Santana, e justificarão de uma forma mais aprofundada o a

escolha da estação Aporé, como posto hidrológico base para o estudo:

Quadro 7.3: Informações CGH Castro e estação Aporé.

Variáveis CGH Castro Estação Aporé

Geologia Rampa dos Rios Verde/Pardo Rampa dos Rios Verde/Pardo

Pluviometria 1000 a 1400 mm 1000 a 1400 mm

Cobertura Vegetal Estepe Estepe

Com base nessas informações, optou-se por adotar a hipótese básica de que a vazão

específica do Rio Santana no eixo de referência pode ser determinada, em princípio,

a partir dos dados disponíveis na estação Aporé, no rio Aporé, através da transposição

direta da mesma vazão específica.

Paralelamente, a série de vazões da Aporé pode ser estendida ou corrigida suas

falhas nos meses em que não há leituras, utilizando-se de correlações matemáticas

estabelecidas com estações localizadas em rios vizinhos, dando-se preferência aos

melhores ajustes. Uma vez estendida à série de vazões específicas na estação Aporé,

conforme colocado na hipótese básica, a mesma série deverá ser transposta e

assumida para o Rio Santana.

A seguir são apresentadas as correlações calculadas entre os postos e, em

sequência, a série de vazões médias mensais específicas, em l/s.km², obtida para o

posto base e complementada nos períodos com falhas de observação.

Apresentam-se a seguir as correlações calculadas entre os postos, bem como as

equações de transferência.

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Gráfico 7.24: Correlação entre a estação fluviométrica Aporé e Cassilândia.

Gráfico 7.25: Correlação entre a estação fluviométrica Aporé e Campo Alegre.

7.1.6.2.6 Séries de vazões médias mensais do aproveitamento e curvas de

permanência

A partir das equações das curvas chaves foram obtidas as vazões mensais médias

da estação Aporé, a metodologia utilizada foi substituir a variável das equações pelos

valores das cotas diárias em metros, encontradas as vazões diárias, foram feitas

médias mensais que seguem na tabela abaixo.

A vazão específica média na estação Aporé resultou 20,65 l/s∙km² a partir das

equações acima estabelecidas, estendendo-se do ano de 1972 até 2013,

y = 0,963x + 1,4649R² = 0,863

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

40,00

45,00

0,00 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00vazão

Esta

ção

Ap

oré

(l

/s/m

²)

Vazão Estação Cassilândia (l/s/Km²)

Correlação Estação Aporé x Cassilândia

y = 1,0318x + 0,9521R² = 0,798

0,005,00

10,0015,0020,0025,0030,0035,0040,0045,0050,00

0,00 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00vazão

Esta

ção

Ap

oré

(l/s/K

m²)

Vazão Estação Campo Alegre(l/s/Km²)

Correlação Estação Aporé x Campo Alegre

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completando um período de 42 anos de dados. As figuras a seguir apresentam

respectivamente o resumo das correlações utilizadas.

Quadro 7.4: Resumo das correlações utilizadas para completar o período de vazões médias mensais da estação Aporé.

Cor Origem dos Dados Equação R²

Cotas y = 8E-05x² + 0,0799x - 0,9457 0,9559

Cassilândia y = 0,963x + 1,4649 0,863

Campo Alegre y = 1,0318x + 0,9521 0,798

Tabela 7.18: Vazões médias mensais em m³/s da estação Aporé com falhas completadas.

ESTAÇÃO: APORÉ CÓDIGO: 60965000 BACIA: Rio Uruguai A.D (Km²): 4040

RIO: APORÉ ESTADO: Goiás Q (l/s/km²): 20,65

SÉRIE DE VAZÕES MÉDIAS MENSAIS (m³/s)

ANO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ MÉDIA

1972 * * * * * 41,3 42,7 40,2 40,1 48,3 71,8 66,5 50,1

1973 64,0 72,2 66,7 73,5 58,1 50,1 47,4 43,6 42,4 55,9 66,8 62,7 58,6

1974 77,2 70,0 109,0 96,4 74,3 63,6 54,9 52,8 52,8 56,6 50,2 84,2 70,2

1975 84,1 76,5 83,6 77,8 62,7 54,3 56,0 50,8 50,3 58,3 79,6 79,3 67,8

1976 80,1 106,0 106,4 82,8 78,0 71,9 60,6 59,2 63,2 70,2 77,3 86,6 78,5

1977 103,0 107,0 89,7 81,6 73,8 77,4 60,5 54,4 71,8 65,2 86,7 91,1 80,2

1978 122,0 88,0 105,0 80,2 80,9 74,5 65,6 59,0 68,3 63,7 79,8 90,4 81,5

1979 132,0 107,0 98,1 79,9 75,3 66,4 66,6 61,1 76,7 64,6 72,2 99,7 83,3

1980 110,0 112,0 91,7 84,5 72,2 67,5 62,4 57,0 64,8 59,6 68,9 83,6 77,9

1981 85,4 81,0 93,2 74,7 62,2 65,5 57,0 54,6 53,5 59,4 79,5 86,6 71,1

1982 94,2 88,7 152,8 100,2 82,5 79,9 68,4 67,9 69,8 77,3 77,6 97,8 88,1

1983 138,7 114,1 94,3 95,7 80,3 79,0 75,7 66,2 67,5 77,6 84,3 106,2 90,0

1984 113,4 94,7 95,2 104,7 96,1 72,2 64,8 76,9 70,1 63,1 73,8 97,6 85,2

1985 106,9 110,7 129,9 101,0 86,7 80,9 75,9 68,0 64,7 65,2 66,3 64,9 85,1

1986 94,2 98,3 108,3 86,2 84,1 75,2 66,3 73,3 64,4 55,8 56,0 82,9 78,7

1987 105,8 128,2 113,9 90,4 82,3 70,4 63,3 62,7 63,9 70,8 74,1 86,6 84,4

1988 96,4 123,0 159,3 128,5 93,6 80,5 71,6 65,3 59,2 66,3 76,3 90,1 92,5

1989 116,5 144,5 139,1 112,3 94,6 73,2 68,9 76,4 72,4 67,3 97,6 105,2 97,3

1990 105,8 80,2 74,3 74,1 78,4 69,2 62,9 61,0 67,8 86,6 80,9 85,0 77,2

1991 113,9 127,7 131,3 108,9 83,8 72,2 66,2 60,1 60,0 78,4 61,2 70,2 86,2

1992 110,8 105,5 91,2 86,4 81,2 66,7 63,0 60,1 80,2 78,9 87,1 86,3 83,1

1993 86,7 91,6 83,6 95,6 81,1 78,1 67,9 62,2 66,1 78,9 67,7 86,7 78,8

1994 122,4 102,8 113,5 96,0 77,8 68,6 56,8 46,9 49,1 64,5 69,1 78,1 78,8

1995 86,6 132,6 115,6 99,7 78,9 73,8 66,7 60,2 61,0 65,2 72,5 77,7 82,5

1996 102,8 106,2 138,3 98,1 88,1 76,7 71,8 66,9 77,7 70,6 94,8 108,3 91,7

1997 133,0 110,1 88,0 88,2 82,8 92,8 72,5 67,8 68,9 71,0 93,4 107,4 89,7

1998 90,4 126,8 126,8 116,5 91,5 87,1 74,2 76,0 71,2 82,2 81,3 98,5 93,5

1999 124,1 103,0 111,3 96,6 80,5 75,1 70,9 66,6 68,0 62,6 70,2 74,6 83,6

2000 100,8 114,7 134,4 96,3 87,5 74,3 72,0 73,6 79,8 70,7 75,1 101,6 90,1

2001 97,1 103,6 109,3 91,7 84,0 75,0 69,2 64,1 70,8 70,0 83,4 114,9 86,1

2002 127,9 136,3 131,4 96,4 87,9 79,5 83,8 75,9 79,0 76,6 82,9 86,2 95,3

2003 109,3 109,5 134,6 132,9 88,8 78,3 72,4 73,9 67,3 80,0 87,0 100,6 94,6

2004 136,8 115,9 83,6 92,7 87,5 77,5 73,5 65,3 61,2 85,8 101,9 142,7 93,7

2005 152,0 116,9 101,1 84,1 86,5 74,3 67,6 63,3 64,5 67,3 79,0 102,5 88,3

2006 101,2 83,1 109,1 110,8 85,0 74,4 72,1 67,0 69,9 84,2 97,1 87,8 86,8

Empreendedor:

Flamboyant Energias Renováveis Ltda.

Estudo Ambiental Preliminar

CGH Castro – Rio Santana

Paranaíba – MS

170

CONSTRUNÍVEL Rua Odílio Alves, nº 127, Bairro Primo Tacca, Xanxerê (SC), CEP 89.820-000 Contato (49) 3433 1770 | (49) 9 9962 2372 [email protected] | [email protected] www.construnivelenergias.com.br

ESTAÇÃO: APORÉ CÓDIGO: 60965000 BACIA: Rio Uruguai A.D (Km²): 4040

RIO: APORÉ ESTADO: Goiás Q (l/s/km²): 20,65

SÉRIE DE VAZÕES MÉDIAS MENSAIS (m³/s)

2007 132,4 115,0 107,0 93,8 92,2 79,8 73,6 68,2 64,6 70,3 70,8 87,5 87,9

2008 84,7 119,7 122,0 109,5 84,7 74,7 67,4 63,0 58,5 72,0 85,7 79,6 85,1

2009 77,7 104,9 90,7 89,6 64,7 66,9 63,5 60,1 68,0 74,7 83,6 123,2 80,6

2010 120,3 127,2 135,2 102,2 83,7 77,1 70,4 65,3 59,6 72,8 76,2 88,4 89,9

2011 95,2 99,2 160,0 106,1 82,4 79,8 69,5 66,4 60,0 69,4 71,3 61,6 85,1

2012 94,8 86,7 82,9 77,0 79,3 75,2 61,8 54,0 57,6 59,8 77,5 72,8 73,3

2013 93,4 106,5 102,9 * * * * * * * * * 100,9

MÁXIMO 152,0 144,5 160,0 132,9 96,1 92,8 83,8 76,9 80,2 86,6 101,9 142,7

MÉDIA 105,5 106,0 110,1 94,8 81,4 73,0 66,3 62,9 64,6 69,2 77,8 89,9 83,4

MÍNIMO 64,0 70,0 66,7 73,5 58,1 41,3 42,7 40,2 40,1 48,3 50,2 61,6

Tabela 7.19: Vazões médias mensais em l/s.Km² da estação Aporé com falhas completadas.

ESTAÇÃO: APORÉ CÓDIGO: 60965000 BACIA: RIO PARANÁ A.D (Km²): 4040

RIO: APORÉ ESTADO: GOIÁS Q (m³/s): 83,43

SÉRIE DE VAZÕES MÉDIAS MENSAIS (l*s/km²)

ANO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ MÉDIA

1972 * * * * * 10,2 10,6 10,0 9,9 12,0 17,8 16,5 12,4

1973 15,8 17,9 16,5 18,2 14,4 12,4 11,7 10,8 10,5 13,8 16,5 15,5 14,5

1974 19,1 17,3 27,0 23,9 18,4 15,7 13,6 13,1 13,1 14,0 12,4 20,8 17,4

1975 20,8 18,9 20,7 19,3 15,5 13,4 13,9 12,6 12,5 14,4 19,7 19,6 16,8

1976 19,8 26,2 26,3 20,5 19,3 17,8 15,0 14,7 15,6 17,4 19,1 21,4 19,4

1977 25,5 26,5 22,2 20,2 18,3 19,2 15,0 13,5 17,8 16,1 21,5 22,5 19,8

1978 30,2 21,8 26,0 19,9 20,0 18,4 16,2 14,6 16,9 15,8 19,8 22,4 20,2

1979 32,7 26,5 24,3 19,8 18,6 16,4 16,5 15,1 19,0 16,0 17,9 24,7 20,6

1980 27,2 27,7 22,7 20,9 17,9 16,7 15,4 14,1 16,0 14,8 17,1 20,7 19,3

1981 21,1 20,0 23,1 18,5 15,4 16,2 14,1 13,5 13,2 14,7 19,7 21,4 17,6

1982 23,3 22,0 37,8 24,8 20,4 19,8 16,9 16,8 17,3 19,1 19,2 24,2 21,8

1983 34,3 28,2 23,4 23,7 19,9 19,5 18,7 16,4 16,7 19,2 20,9 26,3 22,3

1984 28,1 23,4 23,6 25,9 23,8 17,9 16,1 19,0 17,3 15,6 18,3 24,2 21,1

1985 26,5 27,4 32,2 25,0 21,5 20,0 18,8 16,8 16,0 16,1 16,4 16,1 21,1

1986 23,3 24,3 26,8 21,3 20,8 18,6 16,4 18,1 15,9 13,8 13,9 20,5 19,5

1987 26,2 31,7 28,2 22,4 20,4 17,4 15,7 15,5 15,8 17,5 18,3 21,4 20,9

1988 23,9 30,5 39,4 31,8 23,2 19,9 17,7 16,2 14,6 16,4 18,9 22,3 22,9

1989 28,8 35,8 34,4 27,8 23,4 18,1 17,0 18,9 17,9 16,7 24,2 26,0 24,1

1990 26,2 19,9 18,4 18,4 19,4 17,1 15,6 15,1 16,8 21,4 20,0 21,1 19,1

1991 28,2 31,6 32,5 27,0 20,8 17,9 16,4 14,9 14,9 19,4 15,1 17,4 21,3

1992 27,4 26,1 22,6 21,4 20,1 16,5 15,6 14,9 19,9 19,5 21,6 21,4 20,6

1993 21,5 22,7 20,7 23,7 20,1 19,3 16,8 15,4 16,4 19,5 16,7 21,5 19,5

1994 30,3 25,5 28,1 23,8 19,3 17,0 14,1 11,6 12,1 16,0 17,1 19,3 19,5

1995 21,4 32,8 28,6 24,7 19,5 18,3 16,5 14,9 15,1 16,2 18,0 19,2 20,4

1996 25,4 26,3 34,2 24,3 21,8 19,0 17,8 16,6 19,2 17,5 23,5 26,8 22,7

1997 32,9 27,3 21,8 21,8 20,5 23,0 17,9 16,8 17,1 17,6 23,1 26,6 22,2

1998 22,4 31,4 31,4 28,8 22,7 21,6 18,4 18,8 17,6 20,3 20,1 24,4 23,2

1999 30,7 25,5 27,5 23,9 19,9 18,6 17,5 16,5 16,8 15,5 17,4 18,5 20,7

2000 25,0 28,4 33,3 23,8 21,7 18,4 17,8 18,2 19,7 17,5 18,6 25,2 22,3

2001 24,0 25,6 27,1 22,7 20,8 18,6 17,1 15,9 17,5 17,3 20,6 28,4 21,3

2002 31,7 33,7 32,5 23,9 21,8 19,7 20,7 18,8 19,5 19,0 20,5 21,3 23,6

2003 27,1 27,1 33,3 32,9 22,0 19,4 17,9 18,3 16,7 19,8 21,5 24,9 23,4

Empreendedor:

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Estudo Ambiental Preliminar

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171

CONSTRUNÍVEL Rua Odílio Alves, nº 127, Bairro Primo Tacca, Xanxerê (SC), CEP 89.820-000 Contato (49) 3433 1770 | (49) 9 9962 2372 [email protected] | [email protected] www.construnivelenergias.com.br

ESTAÇÃO: APORÉ CÓDIGO: 60965000 BACIA: RIO PARANÁ A.D (Km²): 4040

RIO: APORÉ ESTADO: GOIÁS Q (m³/s): 83,43

SÉRIE DE VAZÕES MÉDIAS MENSAIS (l*s/km²)

ANO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ MÉDIA

2004 33,9 28,7 20,7 22,9 21,6 19,2 18,2 16,2 15,1 21,2 25,2 35,3 23,2

2005 37,6 28,9 25,0 20,8 21,4 18,4 16,7 15,7 16,0 16,7 19,6 25,4 21,8

2006 25,0 20,6 27,0 27,4 21,0 18,4 17,9 16,6 17,3 20,8 24,0 21,7 21,5

2007 32,8 28,5 26,5 23,2 22,8 19,7 18,2 16,9 16,0 17,4 17,5 21,7 21,8

2008 21,0 29,6 30,2 27,1 21,0 18,5 16,7 15,6 14,5 17,8 21,2 19,7 21,1

2009 19,2 26,0 22,4 22,2 16,0 16,6 15,7 14,9 16,8 18,5 20,7 30,5 20,0

2010 29,8 31,5 33,5 25,3 20,7 19,1 17,4 16,2 14,8 18,0 18,9 21,9 22,2

2011 23,6 24,5 39,6 26,3 20,4 19,7 17,2 16,4 14,8 17,2 17,6 15,3 21,1

2012 23,5 21,5 20,5 19,1 19,6 18,6 15,3 13,4 14,3 14,8 19,2 18,0 18,1

2013 23,1 26,4 25,5 * * * * * * * * * 25,0

MÁXIMO 37,6 35,8 39,6 32,9 23,8 23,0 20,7 19,0 19,9 21,4 25,2 35,3

MÉDIA 26,1 26,2 27,3 23,5 20,2 18,1 16,4 15,6 16,0 17,1 19,2 22,2 20,7

MÍNIMO 15,8 17,3 16,5 18,2 14,4 10,2 10,6 10,0 9,9 12,0 12,4 15,3

Com base na série de vazões médias mensais em l/s.km² obtida para a estação Aporé

e transposta para o Rio Santana foi possível obter a série de vazões médias mensais

em m³/s para a CGH Castro, através da transposição de Bacias Hidrográficas,

conforme a metodologia exposta anteriormente. As séries obtidas assim como a curva

de permanência do aproveitamento encontram-se a seguir.

De acordo com Eletrobrás (2000), a curva de permanência relaciona a vazão ou nível

d’água de um rio com a sua probabilidade de ocorrerem valores iguais ou superiores.

Ela pode ser estabelecida com base em valores diários, semanais ou mensais para

todo o período da série histórica disponível, ou ainda, se necessário, para cada mês

do ano.

“Essas curvas permitirão a identificação de valores

característicos de níveis ou vazões, associados a diferentes

probabilidades de permanência no tempo, importantes para

estudos de enchimento de reservatórios, operação da usina e,

em alguns casos, para o estudo do desvio do rio e estudos

energéticos, dentre outros” (ELETROBRÁS, 2000, p. 50).

Tabela 7.20: Série de Vazões Médias Mensais da CGH Castro.

CGH CASTRO

SÉRIE DE VAZÕES MÉDIAS MENSAIS CGH CASTRO (m³/s) - A.D. = 2286,44 km²

1972 * * * * * 23,4 24,2 22,8 22,7 27,3 40,6 37,6 28,4

1973 36,2 40,9 37,7 41,6 32,9 28,4 26,8 24,7 24,0 31,6 37,8 35,5 33,2

1974 43,7 39,6 61,7 54,6 42,1 36,0 31,1 29,9 29,9 32,0 28,4 47,7 39,7

1975 47,6 43,3 47,3 44,0 35,5 30,7 31,7 28,8 28,5 33,0 45,0 44,9 38,4

1976 45,3 60,0 60,2 46,9 44,1 40,7 34,3 33,5 35,8 39,7 43,7 49,0 44,4

1977 58,3 60,6 50,8 46,2 41,8 43,8 34,2 30,8 40,6 36,9 49,1 51,6 45,4

Empreendedor:

Flamboyant Energias Renováveis Ltda.

Estudo Ambiental Preliminar

CGH Castro – Rio Santana

Paranaíba – MS

172

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CGH CASTRO

SÉRIE DE VAZÕES MÉDIAS MENSAIS CGH CASTRO (m³/s) - A.D. = 2286,44 km²

1978 69,0 49,8 59,4 45,4 45,8 42,2 37,1 33,4 38,7 36,1 45,2 51,2 46,1

1979 74,7 60,6 55,5 45,2 42,6 37,6 37,7 34,6 43,4 36,6 40,9 56,4 47,1

1980 62,3 63,4 51,9 47,8 40,9 38,2 35,3 32,3 36,7 33,7 39,0 47,3 44,1

1981 48,3 45,8 52,7 42,3 35,2 37,1 32,3 30,9 30,3 33,6 45,0 49,0 40,2

1982 53,3 50,2 86,5 56,7 46,7 45,2 38,7 38,4 39,5 43,8 43,9 55,3 49,9

1983 78,5 64,6 53,4 54,1 45,5 44,7 42,9 37,5 38,2 43,9 47,7 60,1 50,9

1984 64,2 53,6 53,9 59,2 54,4 40,9 36,7 43,5 39,7 35,7 41,7 55,2 48,2

1985 60,5 62,7 73,5 57,2 49,1 45,8 43,0 38,5 36,6 36,9 37,5 36,8 48,2

1986 53,3 55,6 61,3 48,8 47,6 42,5 37,5 41,5 36,4 31,6 31,7 46,9 44,6

1987 59,9 72,5 64,4 51,1 46,6 39,9 35,8 35,5 36,2 40,1 41,9 49,0 47,7

1988 54,6 69,6 90,1 72,7 53,0 45,6 40,5 36,9 33,5 37,5 43,2 51,0 52,4

1989 65,9 81,8 78,7 63,5 53,6 41,4 39,0 43,2 41,0 38,1 55,2 59,5 55,1

1990 59,9 45,4 42,1 42,0 44,4 39,2 35,6 34,5 38,4 49,0 45,8 48,1 43,7

1991 64,5 72,3 74,3 61,6 47,5 40,9 37,5 34,0 34,0 44,4 34,6 39,7 48,8

1992 62,7 59,7 51,6 48,9 45,9 37,7 35,7 34,0 45,4 44,6 49,3 48,9 47,0

1993 49,0 51,9 47,3 54,1 45,9 44,2 38,4 35,2 37,4 44,7 38,3 49,0 44,6

1994 69,2 58,2 64,2 54,4 44,0 38,8 32,1 26,6 27,8 36,5 39,1 44,2 44,6

1995 49,0 75,0 65,4 56,4 44,7 41,8 37,7 34,1 34,5 36,9 41,0 44,0 46,7

1996 58,2 60,1 78,2 55,5 49,9 43,4 40,6 37,9 44,0 39,9 53,7 61,3 51,9

1997 75,3 62,3 49,8 49,9 46,9 52,5 41,0 38,4 39,0 40,2 52,9 60,8 50,7

1998 51,2 71,8 71,8 65,9 51,8 49,3 42,0 43,0 40,3 46,5 46,0 55,7 52,9

1999 70,2 58,3 63,0 54,7 45,6 42,5 40,1 37,7 38,5 35,4 39,7 42,2 47,3

2000 57,1 64,9 76,1 54,5 49,5 42,1 40,8 41,7 45,2 40,0 42,5 57,5 51,0

2001 54,9 58,6 61,9 51,9 47,5 42,5 39,2 36,3 40,0 39,6 47,2 65,0 48,7

2002 72,4 77,1 74,4 54,6 49,7 45,0 47,4 42,9 44,7 43,4 46,9 48,8 53,9

2003 61,9 62,0 76,2 75,2 50,3 44,3 41,0 41,8 38,1 45,3 49,2 56,9 53,5

2004 77,4 65,6 47,3 52,5 49,5 43,8 41,6 37,0 34,6 48,5 57,7 80,8 53,0

2005 86,0 66,1 57,2 47,6 49,0 42,0 38,2 35,8 36,5 38,1 44,7 58,0 49,9

2006 57,3 47,0 61,7 62,7 48,1 42,1 40,8 37,9 39,6 47,6 55,0 49,7 49,1

2007 75,0 65,1 60,6 53,1 52,2 45,2 41,7 38,6 36,6 39,8 40,1 49,5 49,8

2008 48,0 67,8 69,1 62,0 48,0 42,3 38,2 35,6 33,1 40,7 48,5 45,1 48,2

2009 44,0 59,4 51,3 50,7 36,6 37,9 35,9 34,0 38,5 42,3 47,3 69,7 45,6

2010 68,1 72,0 76,5 57,8 47,4 43,7 39,9 37,0 33,7 41,2 43,1 50,0 50,9

2011 53,9 56,1 90,6 60,0 46,6 45,1 39,3 37,6 33,9 39,3 40,3 34,9 48,1

2012 53,7 49,1 46,9 43,6 44,9 42,5 35,0 30,6 32,6 33,9 43,9 41,2 41,5

2013 52,8 60,3 58,2 * * * * * * * * * 57,1

Máxima: 86,0 81,8 90,6 75,2 54,4 52,5 47,4 43,5 45,4 49,0 57,7 80,8 90,6

Mínima: 36,2 39,6 37,7 41,6 32,9 23,4 24,2 22,8 22,7 27,3 28,4 34,9 22,7

Média: 59,7 60,0 62,3 53,7 46,1 41,3 37,5 35,6 36,5 39,2 44,0 50,9 47,2

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Gráfico 7.26: Curva de permanência da CGH Castro.

7.1.6.2.7 Vazões extremas

7.1.6.2.7.1 Vazões Máximas

Os valores de vazões máximas que devem ser obtidos são aqueles necessários ao

dimensionamento dos vertedouros e obras de desvio.

Estes valores devem ser avaliados a partir da análise estatística de vazões diárias

extremas, sempre que existirem registros confiáveis desses dados. Na falta dessas

informações, os parâmetros requeridos podem ser estimados por correlação com

bacias semelhantes, das quais se conheçam os dados, ou por análise aproximada da

relação precipitação-deflúvio. Como sugestão, o Ministério de Minas e Energia cita as

distribuições: Exponencial de dois parâmetros e Gumbell.

Pinto et al. (2000) afirma que para valores de assimetria menores ou iguais a 1,5 é

preferível à utilização do Método de Gumbell, já para valores maiores que 1,5 convém

utilizar Exponencial a Dois Parâmetros.

Com base nestas informações, adotou-se neste estudo o método estatístico de

Gumbell, pois o coeficiente de assimetria encontrado para a estação Aporé foi inferior

a 1,5.

A fórmula de Gumbell está apresentada a seguir.

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TRQ

11lnln

Onde:

M = média da amostra

σ = desvio padrão

α = 0,78* σ

μ = M – (0,577 * α)

TR = tempo de retorno (anos)

Nas tabelas apresentam as vazões máximas obtidas, assim como os resultados do

ajuste estatístico por Gumbell aplicado para a estação.

Tabela 7.21: Vazões máximas observadas na Aporé.

APORÉ - AD.: 4040 km² APORÉ - AD.: 4040 km²

ANO HIDROLÓGICO Qmáxima (m³/s) ANO HIDROLÓGICO Qmáxima (m³/s)

1972 97,0 1990 142,5

1973 119,0 1991 253,6

1974 170,0 1992 196,3

1975 125,0 1993 113,5

1976 145,0 1994 204,8

1977 171,0 1995 169,9

1978 170,0 1996 161,6

1979 176,0 1997 175,0

1980 179,0 1998 159,8

1981 99,1 1999 120,5

1982 246,8 2000 180,5

1983 147,6 2001 158,0

1984 156,2 2002 184,0

1985 175,4 2003 173,5

1986 133,8 2004 163,4

1987 200,3 2005 169,0

1988 232,7 2006 132,7

1989 247,8 2007 128,1

Tabela 7.22: Vazões máximas observadas na Aporé.

VAZÕES EXTREMAS (m³/s)

TR (anos) Q (m³/s) ESTAÇÃO

APORÉ (AD=4040 km²) Q (l/s/Km²) APORÉ

2 159,67 39,52

5 194,12 48,05

10 216,92 53,69

25 245,74 60,83

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VAZÕES EXTREMAS (m³/s)

TR (anos) Q (m³/s) ESTAÇÃO

APORÉ (AD=4040 km²) Q (l/s/Km²) APORÉ

50 267,12 66,12

100 288,34 71,37

500 337,38 83,51

1.000 358,46 88,73

5.000 407,39 100,84

10.000 428,46 106,05

Para estimar a vazão máxima foram determinadas as vazões máximas observadas

através da transposição direta de Bacias Hidrográficas, utilizando-se das vazões

máximas diárias observadas na estação Aporé, e com aplicação do método de

Gumbell, foi possível determinar as vazões extremas, diárias e instantâneas.

Nas tabelas apresentam as vazões máximas obtidas, assim como os resultados do

ajuste estatístico por Gumbell aplicado para a estação.

Tabela 7.23: Vazões máximas observadas na CGH Castro.

CGH CASTRO - AD.: 2286,44 km² CGH CASTRO - AD.: 2286,44 km²

ANO HIDROLÓGICO Qmáxima (m³/s) ANO HIDROLÓGICO Qmáxima (m³/s)

1972 54,90 1990 80,64

1973 67,35 1991 143,51

1974 96,21 1992 111,12

1975 70,74 1993 64,24

1976 82,06 1994 115,88

1977 96,78 1995 96,15

1978 96,21 1996 91,46

1979 99,61 1997 99,04

1980 101,31 1998 90,44

1981 56,09 1999 68,20

1982 139,68 2000 102,15

1983 83,53 2001 89,42

1984 88,43 2002 104,13

1985 99,27 2003 98,19

1986 75,70 2004 92,48

1987 113,36 2005 95,65

1988 131,70 2006 75,12

1989 140,23 2007 72,48

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Tabela 7.24: Vazões Extremas na CGH Castro, método de Gumbell.

VAZÕES EXTREMAS (m³/s)

TR (anos) Q (m³/s) CGH CASTRO

(AD=2286,44 km²) CGH CASTRO

Q (l/s/Km²)

2 90,36 39,52

5 109,86 48,05

10 122,77 53,69

25 139,08 60,83

50 151,18 66,12

100 163,19 71,37

500 190,94 83,51

1.000 202,87 88,73

5.000 230,56 100,84

10.000 242,48 106,05

A partir da tabela acima foi possível calcular as vazões para o tempo de recorrência

da CGH Castro. Para a transformação dos valores máximos médios diários em valores

instantâneos utilizou-se a fórmula de Füller para correção das séries. A equação está

apresentada abaixo:

diáriatâneains QAQ 3,0

tan 66,21

Onde:

A = área de drenagem, em km².

As tabelas a seguir apresentam os valores das vazões máximas diárias e das vazões

máximas instantâneas majoradas a partir da fórmula de Füller.

Tabela 7.25: Vazões Instantâneas na Estação Aporé.

VAZÕES DIÁRIAS E INSTANTÂNEAS NA ESTAÇÃO

AD: 4040 Km²

TR (anos) ESTAÇÃO APORÉ

Q diária (m³/s) Q instantânea (m³/s)

2 159,67 194,84

5 194,12 236,88

10 216,92 264,71

25 245,74 299,87

50 267,12 325,96

100 288,34 351,86

500 337,38 411,69

1.000 358,46 437,42

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VAZÕES DIÁRIAS E INSTANTÂNEAS NA ESTAÇÃO

AD: 4040 Km²

TR (anos) ESTAÇÃO APORÉ

Q diária (m³/s) Q instantânea (m³/s)

5.000 407,39 497,13

10.000 428,46 522,83

Tabela 7.26: Vazões Instantâneas na CGH Castro.

VAZÕES DIÁRIAS E INSTANTÂNEAS NOS APROVEITAMENTOS

AD: 2286,44 Km²

TR (anos) CGH CASTRO

Q diária (m³/s) Q instantânea (m³/s)

2 90,36 113,98

5 109,86 138,57

10 122,77 154,85

25 139,08 175,42

50 151,18 190,68

100 163,19 205,83

500 190,94 240,83

1.000 202,87 255,88

5.000 230,56 290,81

10.000 242,48 305,85

7.1.6.2.7.2 Vazões Mínimas

A vazão mínima que deverá ser mantida à jusante do aproveitamento CGH Castro

deverá seguir as normas ambientais estaduais. Para o aproveitamento em questão,

optou-se por adotar a vazão de 30% da Q95, como remanescente do aproveitamento.

Portanto, o valor da vazão remanescente do aproveitamento CGH Castro ficou

definido como 9,50 m³/s.

7.1.7 Recursos hídricos

7.1.7.1 Qualidade das águas superficiais

Visando conhecer e registrar a situação da qualidade das águas superficiais com

algum potencial de vulnerabilidade em função das atividades previstas na área do

empreendimento foi realizada campanha de amostragem, tendo como objetivo auxiliar

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na caracterização da área através de avaliações dos dados primários e da utilização

de índices de qualidade ambiental.

7.1.8 Metodologia de amostragem

A amostragem da qualidade de água, fito, zooplâncton, bentos, foram realizadas

concomitante com o estudo da ictiofauna, entre os dias 04 e 05 de dezembro de 2018,

em dias característicos da estação chuvosa, onde o Rio Santana apresentava volume

de água maior que o seu volume natural.

Procurando amostrar trechos que apresentarão características distintas após a

instalação do empreendimento, foram delimitados três pontos amostrais, os quais são

descritos a seguir.

A definição precisa dos locais de coleta levou em consideração a disponibilidade de

acesso, considerando a necessidade de coletas rápidas e eficientes para transporte

ao laboratório, dada a necessidade de preservação das amostras. Ressalta-se ainda

que a seleção dos pontos justifica-se em função das alterações que ocorrerão nos

locais, ficando o ponto 01 (P-1) definido no local onde encontrar-se-á o barramento,

havendo futuramente a alteração de um ambiente lótico para lêntico. O ponto 02 (P-

2), está localizado no trecho de vazão reduzida e próximo à rodovia (ponte), fator que

indicará a presença de contaminantes ou não nas águas superficiais devido ao tráfego

de veículos constante no local. O ponto 03 (P-3) está localizado a jusante da casa de

força. A atual localização dos pontos permitirá uma precisa comparação dos

resultados obtidos antes, durante e após a implementação do empreendimento, em

função das modificações supracitadas.

Tabela 7.27: Caracterização dos pontos amostrais para análise da qualidade da água.

Ponto Coordenada geográfica Características do Ambiente

P-1 19°42'52.89"S 51° 8'39.16"O

Área de preservação permanente reduzida em ambas as margens; substrato arenoso; ambiente semi-lêntico;

P-2 19°42'34.27"S 51° 8'33.27"O

Área de preservação permanente reduzida em ambas as margens; substrato rochoso; ambiente lótico.

P3 19°42'41.21"S 51° 8'28.32"O

Área de preservação permanente reduzida na margem direita e conservada na margem esquerda; substrato

arenoso/rochoso; ambiente lótico.

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Figura 7.27: Vista parcial do P1. Fonte: Construnível, 2017.

Figura 7.28: Vista parcial do P2. Fonte: Construnível, 2017.

Figura 7.29: Vista parcial do P2. Fonte: Construnível, 2017.

I. Parâmetros físicos, químicos e microbiológicos

Para diagnosticar o ambiente foram monitoradas variáveis físicas, químicas e

microbiológicas da água de modo sistemático. Para os parâmetros não aferidos "in

loco" coletou-se amostras de água que foram acondicionadas em recipientes

apropriados, conservadas, identificadas e encaminhadas ao laboratório especializado.

As metodologias adotadas seguiram as recomendações do Standard Methods for the

Examination of Water and Wastewater of AWWA 22th Edition.

II. Parâmetros biológicos

Fitoplanctôn

Para a análise quantitativa da comunidade fitoplanctônica foram empregados arrastos

com rede de abertura de malha de 20 μm, sendo o material acondicionado em frascos

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específicos e armazenados em caixa térmica com gelo. Os organismos encontrados

foram identificados ao menor nível taxonômico possível por laboratório especializado.

Zooplanctôn

Para a análise quantitativa serão empregados arrastos horizontais. As amostras serão

filtradas em rede com abertura de malha de 68 μm sendo o material acondicionado

em frascos específicos e armazenados em caixa térmica com gelo. A identificação

taxonômica dos organismos será realizada até menor nível taxonômico possível por

laboratório especializado. Os dados coletados serão armazenados em planilhas

eletrônicas para posterior análise e interpretação dos resultados.

Macroinvertebrados bentônicos

Para a análise quantitativa da comunidade de macroinvertebrados bentônicos foram

empregados arrastos horizontais. As amostras foram filtradas em rede com abertura

de malha de 68 μm sendo o material acondicionado em frascos específicos e

armazenados em caixa térmica com gelo. A identificação taxonômica dos organismos

foi realizada até o menor nível taxonômico possível por laboratório especializado.

7.1.9 Análise de dados

7.1.9.1 Parâmetros físicos, químicos e microbiológicos

A escolha dos parâmetros seguiu como princípio as necessidades de informações

para contemplar um diagnóstico mais completo da qualidade de água nos pontos

amostrais, subsidiando a obtenção dos índices de qualidade apresentados no estudo.

Além disso, procurou-se seguir as recomendações do termo de referência para estudo

de pequena usina hidrelétrica da IMASUL, que contempla as análises físico, químicas

e biológicas para águas superficiais.

Os resultados obtidos foram comparados com os limites estabelecidos pela legislação

vigente (Resolução CONAMA 357/2005) objetivando comparar com os limites

determinados para rios de Classe 2. Para parâmetros que não apresentam limites

estabelecidos na resolução, consideraram-se os apresentados na Portaria 2.914/2011

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do Ministério da Saúde, que dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância

da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade.

Ainda, foram aplicados índices de qualidade de água, visando resumir as variáveis

analisadas em um número que possibilite avaliar a evolução da qualidade de água no

tempo e no espaço. Estes índices facilitam a interpretação de extensas listas de

variáveis ou indicadores.

Para a determinação do Índice de Qualidade da Água (IQA) (SILVA et al., 2003), são

utilizados nove parâmetros, com pesos relativos, que são apresentados na tabela a

seguir. O IQA baseia-se em cinco categorias que classificam as águas em: Ótima,

Boa, Regular, Ruim e Péssima (CETESB, 2014).

Tabela 7.28: Parâmetros utilizados para o cálculo do Índice de Qualidade da Água (IQA) com seus respectivos pesos.

Parâmetros Peso

Oxigênio dissolvido (mg/L) 17

Coliformes termotolerantes (NMP/100 ml) 15

pH 12

Fósforo total (mg/L) 10

Nitrogênio total (mg/L) 10

DBO (mg/L) 10

Temperatura (°C) 10

Turbidez (UNT) 08

Sólidos totais (mg/L) 08

Também foi utilizado o Índice do Estado Trófico (IET) com a finalidade de classificar

os locais amostrados em diferentes graus de trofia, ou seja, avaliar a qualidade da

água quanto ao enriquecimento por nutrientes e seu efeito relacionado ao crescimento

excessivo das algas. Para o cálculo foram aplicadas duas variáveis, clorofila-a e

fósforo total, de acordo com Lamparelli (2004). Os limites estabelecidos para as

diferentes classes de trofia em rios e reservatórios estão descritos na tabela a seguir.

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Tabela 7.29: Classificação do estado trófico de rios e reservatórios, segundo Índice de Carlson modificado.

Classificação do estado trófico – rios

Categoria Ponderação Secchi (m) P total (mg.m-3) Clorofila a (mg.m-3)

Ultraoligotrófico IET ≤ 47 P ≤ 13 CL ≤ 0,74

Oligotrófico 47 < IET ≤ 52 13< P ≤ 35 0,74 < CL ≤ 1,31

Mesotrófico 52 < IET ≤ 59 35 < P ≤137 1,31 < CL ≤ 2,96

Eutrófico 59 < IET ≤ 63 137< P ≤296 2,96 < CL ≤ 4,70

Supereutrófico 63 < IET ≤ 67 296 < P ≤640 4,70 < CL ≤ 7,46

Hipereutrófico IET> 67 640 < P 7,46 < CL

Classificação do estado trófico – reservatórios

Categoria Ponderação Secchi (m) P total (m.m-3) Clorofila (mg.m-3)

Ultraoligotrófico IET ≤ 47 S ≥ 2,4 P ≤ 8 CL ≤ 1,17

Oligotrófico 47 < IET ≤ 52 2,4 > S ≥ 1,7 8 < P ≤ 19 1,17 < CL ≤ 3,24

Mesotrófico 52 < IET ≤ 59 1,7 > S ≥ 1,1 19 < P ≤ 52 3,24 < CL ≤ 11,03

Eutrófico 59 < IET ≤ 63 1,1 > S ≥ 0,8 52 < P ≤ 120 11,03 < CL ≤ 30,55

Supereutrófico 63 < IET ≤ 67 0,8 > S ≥ 0,6 120 < P ≤ 233 30,55 < CL ≤ 69,05

Hipereutrófico IET> 67 0,6 > S 233 < P 69,05 < CL

7.1.9.2 Parâmetros biológicos

Para a avaliação de macroinvertebrados bentônicos utilizou-se o índice BMWP

(Biological Monitoring Working Party score system), o qual foi criado na Europa na

década de 60 e adaptado no Brasil por Loyola (2000), incluindo 12 famílias, umas por

equivalência ecológica e outras por semelhança quanto ao nível de tolerância de

poluição, e Alba-Tercedor e Sánchez-Ortega (1988).

Para a avaliação e classificação da qualidade da água, o índice BMWP’ atribui a cada

família um score específico que varia de 1 a 10 dependendo do grau de tolerância dos

organismos quanto à poluição orgânica. O resultado da pontuação foi utilizado para

classificação da qualidade da água, segundo tabela do índice BMWP’.

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Tabela 7.30: Pontuações designadas as diferentes famílias de macroinvertebrados aquáticos para obtenção do Índice BMWP’.

Famílias Pontuação

Siphlonuridae, Heptageniidae, Leptophlebiidae, Potamanthidae, Ephemeridae, Taeniopterygidae, Leuctridae, Capniidae, Perlodidae, Perlidae, Chloroperlidae, Aphelocheiridae, Phryganeidae, Molannidae, Beraeidae, Odontoceridae, Leptoceridae, Goeridae, Lepidostomatidae, Brachycentridae, Sericostomatidae, Calamoceratidae, Helicopsychidae, Megapodagrionidae, Athericidae, Blephariceridae

10

Astacidae, Lestidae, Calopterygidae, Gomphidae, Cordulegastridae, Aeshnidae, Corduliidae, Libellulidae, Psychomyiidae, Philopotamidae, Glossosomatidae

8

Ephemerellidae, Prosopistomatidae, Nemouridae, Gripopterygidae, Rhyacophilidae, Polycentropodidae, Limnephelidae, Ecnomidae, Hydrobiosidae, Pyralidae, Psephenidae, Neritidae, Viviparidae, Ancylidae, Thiaridae, Hydroptilidae

7

Unionidae, Mycetopodidae, Hyriidae, Corophilidae, Gammaridae, Hyalellidae, Atyidae, Palaemonidae, Trichodactylidae, Platycnemididae, Coenagrionidae, Leptohyphidae, Oligoneuridae, Polymitarcyidae, Dryopidae, Elmidae, Helophoridae, Hydrochidae, Hydraenidae, Clambidae

6

Hydropsychidae, Tipulidae, Simuliidae, Planariidae, Dendrocoelidae, Dugesiidae, Aeglidae, Baetidae, Caenidae, Haliplidae, Curculionidae, Chrysomelidae

5

Tabanidae, Stratyiomyidae, Empididae, Dolichopodidae, Dixidae, Ceratopogonidae, Anthomyidae, Limoniidae, Psychodidae, Sciomyzidae, Rhagionidae, Sialidae, Corydalidae, Piscicolidae, Hydracarina

4

Mesoveliidae, Hydrometridae, Gerridae, Nepidae, Naucoridae (Limnocoridae), Pleidae, Notonectidae, Corixidae, Veliidae, Helodidae, Hydrophilidae, Hygrobiidae, Dytiscidae, Gyrinidae, Valvatidae, Hydrobiidae, Lymnaeidae, Physidae, Planorbidae, Bithyniidae, Bythinellidae, Sphaeridae, Glossiphonidae, Hirudidae, Erpobdellidae, Asellidae, Ostracoda

3

Chironomidae, Culicidae, Ephydridae, Thaumaleidae 2

Oligochaeta (toda a classe), Syrphidae 1

7.1.10 Resultados

7.1.10.1 Parâmetros físicos, químicos e microbiológicos

Na tabela a seguir estão apresentados os resultados dos ensaios analíticos

das variáveis analisadas e dos dados aferidos em campo referente a qualidade da

água do rio Santana, trecho de interesse do empreendimento. Além disso, exibe os

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limites estabelecidos pela resolução CONAMA 357/2005 para as águas superficiais

de rios de Classe II, os quais são utilizados como referência.

Tabela 7.31: Resultado das análises dos parâmetros físicos, químicos e microbiológicos dos pontos amostrais.

Parâmetros P-1 P-2 P-3 Conama 357/2005

% Saturação de Oxigênio 111,6 108,6 106,3 -

Alcalinidade total (mg/L) 316,4 307,5 308,6 -

Clorofila a (µg/L) <4,7 <4,7 <4,7 ≤ 30 µg/L

Condutividade (μS/cm) 69,00 63,7 64,1 -

Contagem de Coliforme termotolerantes UFC/100 ml) 500 500 400 ≤ 1000/100mL

DBO (mg/L) <2,79 <2,79 <2,79 ≤ 5 mg/L

DQO (mg/L) 12,0 10 <10 -

Fósforo total - com P (mg/L) 0,07 0,06 0,05 Vide (*)

Nitrato (mg/L) 2,4 1,6 2,2 ≤ 10,0 mg N/L

Nitrito (mg/L) 0,113 0,115 0,123 ≤1,0 mg N/L

Nitrogênio Kjeldahl (mg/L) <2,0 <2,0 <2,0 -

Oxigênio dissolvido (mg/L) 8,72 8,48 8,3 ≥ 5 mg/L

pH 7,20 7,3 7,27 6,0 a 9,0

Sólidos suspensos totais (mg/L) 70 30 90 -

Sólidos totais (mg/L) 150 130 160 -

Temperatura da amostra (°C) 27,7 27,9 28,1 -

Turbidez (NTU) 55,1 55,8 57,8 ≤ 100 NTU

Temperatura ambiente (°C) 28,0 29,5 32 -

Transparência (m) 0,25 0,25 0,30 - *Concentração de Fósforo total: ≤ 0,030 mg/L para ambientes lênticos; ≤ 0,050 mg/L para ambientes intermediários com tempo de residência entre

2 e 40 dias e tributários diretos de ambientes lênticos; ND: Não Detectado.

1ª Legislação: CONAMA - Resolução nº 357/2005 - Água Doce Classe II - Artigo 15.

Durante a coleta das amostras de água e medição dos parâmetros in loco, é também

realizada uma avaliação do local de amostragem, o que permite verificar indícios de

causas externas que possam interferir nas análises laboratoriais. No que tange esta

avaliação, tem-se as seguintes observações:

No momento da coleta o tempo era ensolarado e a água no Rio

Santana apresentava cor marrom;

Não foi verificada a presença de algas, nem de odores perceptíveis em

nenhum dos pontos de amostragem;

Não foi verificada a presença de materiais (folhas e galhos), nem de

substâncias estranhas (óleos) em nenhum dos pontos de amostragem;

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A área de preservação permanente encontrava-se reduzida em ambas

as margens.

Os resultados obtidos pelas diferentes avaliações revelam, de modo geral, a qualidade

regular da água do rio Santana, no trecho de interesse da CGH Castro, pois verificou-

se que a maior porcentagem dos parâmetros avaliados permaneceu dentro dos imites

estabelecidos pela legislação. A única exceção acontece em relação ao parâmetro

clorofila a que excedeu os limites aceitáveis, especificados pela legislação Conama

357/2015.

Nos três pontos amostrais o parâmetro clorofila a atingiu um alto valor indicando

presença destas bactérias, 4,7 em todos os pontos amostrais, enquanto o limite

permitido é de ≤ 30 µg/L.

O monitoramento destes parâmetros durante a implantação e operação do

empreendimento se torna importante, visto que caso persista ou haja alguma

alteração preocupante nestes níveis, a origem da contaminação deverá ser

identificada, sendo planejada e implantada alguma medida mitigadora para a

resolução do problema.

Quanto aos demais parâmetros, a alcalinidade apresentou bons valores, indicando a

capacidade da água de resistir às alterações de pH (VIGIL e CORAIOLA, 2010), sendo

este um bom indicativo para a qualidade da vida aquática. Também assim se

apresenta o oxigênio dissolvido e o pH, com valores adequados para a manutenção

da vida aquática e seus processos de autodepuração.

O parâmetro Coliforme termotolerantes apresentou-se baixo em todos os pontos,

sendo que o nível de concentração deste na água está diretamente associado à

contaminação fecal. Corroborando a esta análise estão os baixos níveis de DBO e

DQO, que também podem ser indicativos da baixa poluição local, além das baixas

concentrações de fósforo e de compostos nitrogenados, sendo que estas

contribuições são derivadas de atividades antropogênicas na área da bacia.

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7.1.10.2 Índice de qualidade da água “IQA”

O índice de qualidade da água (IQA) é um número simples que expressa à qualidade

geral da água em certo local e tempo, baseado em várias variáveis de qualidade da

água. O objetivo de um índice é transformar dados de qualidade da água em

informação que pode facilmente ser entendida e utilizada. É utilizado pela CETESB

desde 1975 e constitui-se pelas variáveis físicas (temperatura, turbidez e resíduo

total), químicas (pH, nitrogênio total, fósforo total, demanda bioquímica de oxigênio

“DBO” e oxigênio dissolvido) e microbiológicas (coliformes termotolerantes), refletindo

a contaminação dos corpos hídricos causada pelo lançamento de esgoto doméstico

e/ou lixiviação de agrotóxicos (CETESB, 2014). A qualidade da água enquadrou-se

como “boa”, nos três pontos amostrais, conforme tabela a seguir.

Tabela 7.32: Índice da qualidade de água (IQA) dos pontos amostrais na área de influência.

Ponto amostral IQA

P-1 67

P-2 67

P-3 68

Tabela 7.33: Valores de classificação do corpo de água com base no cálculo do IQA (Cetesb).

Categoria Ponderação

Ótima 79 < IQA ≤ 100

Boa 51 < IQA ≤ 79

Regular 36 < IQA ≤ 51

Ruim 19 < IQA ≤ 36

Péssima IQA ≤ 19

7.1.10.3 Índice de Estado Trófico “IET”

A eutrofização das águas significa seu enriquecimento por nutrientes, principalmente

nitrogênio e fósforo, levando ao crescimento excessivo das plantas aquáticas, tanto

planctônicas quanto aderidas, com consequente desequilíbrio do ecossistema

aquático e progressiva degeneração da qualidade da água.

O Índice de Estado Trófico (IET) de Carlson (1977), modificado por Lamparelli (2004),

classifica os corpos aquáticos em diferentes graus de trofia, ou seja, avalia a qualidade

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da água quanto ao enriquecimento por nutrientes e seu efeito relacionado ao

crescimento excessivo das algas, ou o potencial para o crescimento.

O IET demonstrou que os pontos amostrais se apresentam oligotróficos que indicam

corpos d’água limpos, de baixa produtividade, em que não ocorrem interferências

indesejáveis sobre os usos da água, decorrentes da presença de nutrientes e

mesotrófico que indica corpos d’água com produtividade intermediária, com possíveis

implicações sobre a qualidade da água, mas em níveis aceitáveis, na maioria dos

casos, conforme tabela a seguir.

Tabela 7.34: Estado trófico dos pontos amostrais na área de influência.

Ponto amostral IET

P-1 52,43

P-2 52,03

P-3 51,56

Tabela 7.35: Estado trófico e suas características principais, segundo Lamparelli (2004).

Classificação Ponderação Descrição

Ultraoligotrófico IET ≤ 47 Corpos d’água limpos, de baixa produtividade, em que não ocorrem interferências indesejáveis sobre os usos da água, decorrentes da presença de nutrientes.

Oligotrófico 47 < IET ≤ 52 Corpos d’água limpos, de baixa produtividade, em que não ocorrem interferências indesejáveis sobre os usos da água, decorrentes da presença de nutrientes.

Mesotrófico 52 < IET ≤ 59 Corpos d’água com produtividade intermediária, com possíveis implicações sobre a qualidade da água, mas em níveis aceitáveis, na maioria dos casos.

Eutrófico 59 < IET ≤ 63

Corpos d’água com alta produtividade em relação às condições naturais, com redução da transparência, em geral afetados por atividades antrópicas, nos quais ocorrem alterações indesejáveis na qualidade da água decorrentes do aumento da concentração de nutrientes e interferências nos seus múltiplos usos.

Supereutrófico 63 < IET ≤ 67

Corpos d’água com alta produtividade em relação às condições naturais, de baixa transparência, em geral afetados por atividades antrópicas, nos quais ocorrem com frequência alterações indesejáveis na qualidade da água, como a ocorrência de episódios florações de algas, e interferências nos seus múltiplos usos.

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Classificação Ponderação Descrição

Hipereutrófico IET> 67

Corpos d’água afetados significativamente pelas elevadas concentrações de matéria orgânica e nutrientes, com comprometimento acentuado nos seus usos, associado a episódios florações de algas ou mortandades de peixes, com consequências indesejáveis para seus múltiplos usos, inclusive sobre as atividades pecuárias nas regiões.

7.1.10.3.1 Parâmetros biológicos

7.1.10.3.1.1 Fitoplâncton

O fitoplâncton constitui a base da maioria das cadeias alimentares aquáticas,

assumindo papel fundamental na ciclagem de nutrientes. Sua sensibilidade específica

às condições ambientais, bem como sua diversidade, sustenta seu potencial de

fornecer avaliações precisas sobre condições físicas, químicas e biológicas dos mais

variados ambientes, sendo largamente usada como indicadora da qualidade da água

(indicador de grau de trofia). A análise da sua estrutura permite avaliar alguns efeitos

decorrentes de alterações ambientais (STEVENSON & SMOL, 2003). Na tabela

abaixo segue a lista das espécies encontradas na área de estudo.

Tabela 7.36: Resultado quantitativo do fitoplâncton registrado na área de influência.

Grupo Fitoplanctônico Táxon n° indivíduos

P-1 P-2 P-3

Baccillariophyta Achnanthidium minutissimun 10 32

Baccillariophyta Navicula sp. 7 4

Baccillariophyta Trebouxia cladoniae 4

Bacillariophyta Achnanthes sp. 21

Bacillariophyta Pennales 10

Bacillariophyta Rhoicosphenia abbreviata 14 9

Bacillariophyta Aulacoseira spiralis 9

Bacillariophyta Surirella linearis 3

Bacillariophyta Fragilaria capucina 8

Bacillariophyta Melosira varians 14

Chlorophyceae Desmodesmus communis 14 5

Cyanobacteria Ausência 0 0 0

Euglenophyceae Euglena acus 5

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As bacilariófitas (diatomáceas), depois das bactérias, são os organismos aquáticos de

distribuição mais ampla, exercendo um papel muito importante como produtores

primários. Estima-se que as diatomáceas marinhas são responsáveis por 25% do total

da produção primária na Terra. Poucas diatomáceas são prejudiciais aos humanos

por produzirem neurotoxinas que são transmitidas na cadeia alimentar.

As diatomáceas são cosmopolitas, considerado o grupo mais diversificado de algas,

geralmente constituem entre 80 e 90% da comunidade perifítica. São organismos que

apresentam resposta rápida às mudanças do ambiente em locais com maior carga de

nutrientes, porém são pouco sensíveis a pressões hidromorfológicas (mudanças no

regime hidrológico, à continuidade do rio e as condições morfológicas). Em sua

maioria dependem do turbilhonamento da água, pois devido a sua carapaça de sílica

estas algas sedimentam muito mais rapidamente que as dos demais grupos (DIA e

REYNAUD, 1982), corroborando com a característica encontrada na área estudada,

ainda é um ambiente lótico. Outro fator que pode selecionar este grupo, conferindo‐

lhe vantagem sobre os demais, é a presença de resíduos sólidos inorgânicos em

suspensão.

As Chlorophyceae representam o grupo mais diverso de algas, considerando os

ecossistemas aquáticos continentais. Cerca de 90% têm como habitat as águas doces

e somente 10% as águas marinhas. Algumas espécies podem ter como habitat solos

úmidos, troncos de árvores e rochas úmidas.

As Chlorophyceae representam o grupo mais diverso de algas, considerando os

ecossistemas aquáticos continentais. Cerca de 90% têm como habitat as águas doces

e somente 10% as águas marinhas. Algumas espécies podem ter como habitat solos

úmidos, troncos de árvores e rochas úmidas. Os organismos pertencentes a esses

grupos são ecologicamente importantes, pois constituem grande parte da biomassa

fitoplanctônica, interferindo diretamente na produção dos níveis tróficos dos

ecossistemas (HENTSCHKE & PRADO, 2012).

Os representantes do grupo Euglenophyceae apresentam ampla distribuição em todo

o mundo, notadamente em ecossistemas aquáticos continentais (Alves-da-Silva &

Bridi 2004). Um dos gêneros deste grupo as Euglenas no escuro perdem a cor e no

claro são verdes. Podem apresentar movimento metabólico ou através de flagelo. O

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habitat preferencial são ambientes ricos em matéria orgânica, sendo desta forma,

consideradas bioindicadoras de ambientes poluídos. (PORTAL DA ECOLOGIA

AQUÁTICA, 2019).

Distribuição Espacial

Os índices ecológicos apresentaram maior semelhança nos quesitos

riqueza nos pontos P-2 e P-3, localizado no trecho de vazão reduzida e a jusante da

casa de força. O ponto P-3 foi responsável pela maior abundancia de indivíduos isso

pode ser explicado pelo fato dos organismos fitoplanctónicos crescerem nas suas

taxas máximas em corpos de água altamente equilibradas como em regiões

oligotróficas.

O ponto P-2 e P-3 também foram responsáveis pela maior diversidade de

espécies.

A equitabilidade por sua vez foi maior nos pontos P-1, localizados

excepcionalmente no futuro Lago.

0

1

2

3

4

5

6

7

P1 P2 P3

Riq

ueza

0

10

20

30

40

50

60

70

80

P1 P2 P3

Abundância

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1,2

1,4

1,6

1,8

P1 P2 P3

Div

ers

idade

0,8

0,82

0,84

0,86

0,88

0,9

0,92

0,94

P1 P2 P3

Equitabili

dade

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Gráfico 7.27: Índices ecológicos espaciais do fitoplâncton na área de influência.

24.1.3.4.1.1 Zooplâncton

O zooplâncton é constituído de muitos tipos de organismos, havendo uma

resposta rápida em relação a mudanças ocorridas no ambiente, como por exemplo,

mudanças climáticas (temperatura, vento), concentração de nutrientes, pH, entre

outros fatores, podendo ser de grande utilidade como indicador biológico para

avaliação da qualidade da água, por exemplo, variações na comunidade com relação

ao grau de eutrofização do meio. (PORTAL DA ECOLOGIA AQUÁTICA, 2019). Na

tabela abaixo segue a lista das espécies encontradas na área de estudo.

Tabela 7.37: Resultado quantitativo do zooplâncton registrado na área de influência.

Grupo zooplanctônico Táxon n° indivíduos

P-1 P-2 P-3

Copepoda Copepodito de Calanoida - 26

Copepoda Thermocycclops minutus - 15

Os copépodos podem ser utilizados como bioindicadores, sendo bastante conhecida

a proporção Calanoida/Cyclopoida como um indicador de estado trófico, onde no geral

quanto maior a quantidade de Cyclopoida, mais eutrófico é o ambiente.

Em relação ao zooplâncton, não foram avaliados os parâmetros ecológicos riqueza,

equitabilidade, diversidade e abundância, devido à baixa ocorrência de resultados.

7.1.10.3.1.2 Zoobentos

Os organismos bentônicos possuem grande diversidade de espécie, diversas formas

e modos de vida, podendo habitar fundos de corredeiras, riachos, rios, lagos e

represas (SILVEIRA et al., 2004). Em geral se situam numa posição intermediária na

cadeia alimentar, tendo como principal alimentação algas e microrganismos, sendo os

peixes e outros vertebrados seus principais predadores (SILVEIRA, 2004). Na tabela

abaixo segue a lista das espécies encontradas na área de estudo.

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Tabela 7.38: Resultado quantitativo de organismos bentônicos na área de influência.

TAXONOMIA n° indivíduos

P1 P2 P3

Mollusca Hydrobiidae Ausência Ausência 1

A fauna bentônica identificada no estudo pode nos apresentar algumas informações.

A presença de moluscos da família Hydrobiidae servem de alimento aos peixes e aves

e, juntamente com Ampullariidae, Ancylidae, Planorbidae, Physidae e Chilinidae, são

indicadores de qualidade ambiental. (DIAS, T.O, 2013)

Os organismos aquáticos, principalmente invertebrados, são os que melhor

respondem às mudanças das condições ambientais. Ambientes fortemente

impactados mostram poucas espécies que, se estiverem bem adaptadas, podem

exibir ótimo desenvolvimento e o monitoramento de estações a montante e a jusante

da fonte poluidora, pode identificar as consequências ambientais para a qualidade de

água e saúde do ecossistema aquático (MATSUMARA-TUNDISI, 1999).

Em relação ao Zoobentos, não foram avaliados os parâmetros ecológicos riqueza,

equitabilidade, diversidade e abundância, devido à baixa ocorrência de resultados.

7.1.10.3.1.2.1 Índice de BMWP’

Após a identificação das espécies de Zoobentos, relaciona-se a pontuação a cada

família. Com a somatória desta pontuação, caracteriza-se a qualidade da água

daquele trecho de rio.

Tabela 7.39: Pontuação do índice de BMWP’ de Zoobentos na área de influência.

FAMÍLIA PONTUAÇÃO

Hydrobiidae 3

Total 3

Tabela 7.40: Classes de qualidade, valores do BMWP’ e cores representativas.

CLASSE QUALIDADE VALOR SIGNIFICADO COR

I ÓTIMA > 150 • Águas muito limpas (águas pristinas) LILÁS

II BOA 121 - 150 • Águas limpas, não poluídas ou sistema

perceptivelmente não alterado AZUL ESCURO

III ACEITÁVEL 101 - 120 • Águas muito pouco poluídas, ou

sistema já com um pouco de alteração AZUL CLARO

IV DUVIDOSA 61 - 100 • São evidentes efeitos moderados de

poluição VERDE

V POLUÍDA 36 - 60 • Águas contaminadas ou poluídas

(sistema alterado) AMARELO

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CLASSE QUALIDADE VALOR SIGNIFICADO COR

VI MUITO

POLUÍDA 16 - 35

• Águas muito poluídas (sistema muito alterado)

LARANJA

VII FORTEMENTE

POLUÍDA < 16

• Águas fortemente poluídas (sistema fortemente alterado)

VERMELHO

O índice de BMWP’ no trecho do rio Santana apresentou Classe VII, caracterizando

águas fortemente poluídas (sistema fortemente alterado).

7.1.10.4 Considerações

De acordo com as análises físicas, químicas e microbiológicas realizadas a qualidade

da água de área de influência apresenta-se regular, com exceção do parâmetro

clorofila a, que se apresentou bastante alterado nos três pontos amostrais. Através do

IQA a qualidade da água enquadrou-se como “boa”. Quanto ao IET, demonstrou um

ponto amostral como oligotróficos, indicando “corpos d’água limpos, de baixa

produtividade, em que não ocorrem interferências indesejáveis sobre os usos da água,

decorrentes da presença de nutrientes” e dois pontos como mesotrófico que indicando

corpos d’água com produtividade intermediária, com possíveis implicações sobre a

qualidade da água, mas em níveis aceitáveis, na maioria dos casos.

Com a instalação do empreendimento ocorrerão algumas alterações na dinâmica do

rio, como profundidade, nível de água, alteração no tempo de residência, ocasionando

assim maior retenção de nutrientes, o que acarretará alterações nos parâmetros

avaliados e também na comunidade fitoplanctônica, zooplanctônica e bentônica.

Rodrigues & Bicudo (2001) citam que distúrbios de baixa a moderada intensidade

promovem o aparecimento de novas espécies, bem como a substituição de outras.

Para o fitoplâncton são diversas as causas que podem interferir na sua distribuição

como: concentrações de nutrientes, fatores físicos (precipitação, temperatura e

luminosidade) e eutrofização. Após a formação do reservatório, a classe

Euglenophyceae que serão favorecidos pelo aumento de matéria orgânica oriunda da

lixiviação do solo inundado e da decomposição da matéria orgânica remanescente

inundada, uma vez que essas algas apresentam heterotrofia facultativa (BICUDO et

al., 2005). Também poderão ocorrer florações de algas devido à maior retenção de

nutrientes a montante. A perda da qualidade de água pode propiciar condições

ecológicas para o maior desenvolvimento de cianobactérias (DOKULIL e TEUBNER,

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2000). A avaliação ambiental funciona como uma ferramenta através do qual se pode

avaliar o estado de preservação ou grau de degradação dos ecossistemas, visando

fornecer subsídios para a implementação de estratégias de conservação de áreas

naturais e planos de recuperação do ecossistema degradado. A análise da água de

um manancial pode evidenciar o uso inadequado do solo, os efeitos do lançamento

de efluentes, suas limitações de uso e seu potencial de autodepuração, isto é, sua

capacidade de restabelecer o equilíbrio após o recebimento de efluentes (VON

SPERLING, 2005). Dessa forma, o contínuo monitoramento da qualidade das águas

superficiais do empreendimento se faz indispensável, permitindo criar subsídios para

avaliação e implementação de medidas de controle e conservação, quando

necessárias.

7.1.10.5 Relatório fotográfico

Figura 7.30: Coleta de água. Fonte: Construnível, 2017.

Figura 7.31: Adição de conservantes. Fonte: Construnível, 2017.

Figura 7.32: Coleta de invertebrados. Fonte: Construnível, 2017.

Figura 7.33: Disco de Secchi. Fonte: Construnível, 2017.

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7.1.10.6 Laudos analíticos

Os laudos analíticos com os resultados dos parâmetros físicos, químicos e

biológicos analisados das amostras do rio Santana são exibidos a seguir.

Ponto 01 – montante do barramento

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Ponto 02 – trecho de vazão reduzida

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Ponto 03 – Jusante da casa de força

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7.1.10.7 Usos da água

O Plano de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Paranaíba (PRH-Paranaíba) (ANA,

2013) foi criado para ser um instrumento de planejamento e gestão de recursos

hídricos realizado dentro dos preceitos instituídos pela Política Nacional de Recursos

Hídricos, a Lei Federal nº 9.433. A bacia do rio Paranaíba foi subdividida em 10

Unidades de Gestão Hídrica – UGHs, entre elas a UGH Santana-Aporé, que engloba

o rio Santana, objeto deste estudo.

Em relação aos usos da água, as atividades desenvolvidas na bacia resultam em uma

demanda crescente por água. A demanda de água (vazão retirada) para atendimento

dos diversos usos presente na UGH Santana-Aporé é de 5,4 m³/s, segundo dados de

referência para o ano de 2010. As atividades agrícolas (irrigação) e dessedentação

animal, fazem uso da vazão retirada de 71,9% e 13,0%, respectivamente,

representando 84,9% da demanda total. Os setores industrial e de abastecimento

humano, possuem participações inferiores, de 9,7% e 5,4%, respectivamente.

Ressalta-se que no período avaliado não foram constatadas demandas associadas

ao setor de mineração.

Gráfico 7.28: Composição relativa das demandas setoriais por água (vazões retiradas). Fonte: ANA, 2013.

Abastecimento Humano: a demanda total para o abastecimento da população rural

e urbana da UGH Santana-Aporé é de 0,3 m³/s, com consumo efetivo de 0,1 m³/s. A

demanda rural é significativamente menor, representando 4,6% da demanda total.

71,90%

9,70%

13,00%

5,40%

UGH Santana-Aporé

Agricultura

Indústria

Mineração

Dessedentação Animal

Abastecimento Humano

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Tanto na demanda urbana como na rural, o município mais populoso da unidade,

Paranaíba (cidade objeto de estudo), faz uso correspondente a 35% do total,

aproximadamente.

Indústria: a demanda de água pela indústria no Plano de Recursos Hídricos

Paranaíba baseou-se no Cadastro Nacional de Usuários da Agencia Nacional de

Águas e nos dados de outorga dos órgãos gestores do estado. A consulta a estas

fontes, destacou a captação estimada para esta finalidade, de 0,5 m³/s e 0,1 m³/s em

toda a UGH.

Pecuária: a demanda de água para a dessedentação animal é de 0,7 m³/s na UGH,

com consumo de 0,6 m³/s. o município de Paranaíba, possui a segunda maior

demanda hídrica da bacia no setor pecuário (captação de 0,3 m³/s).

Agricultura irrigada: a fim de estimar a demanda de irrigação, foram considerados

dados de uso da água nos meses mais críticos, que correspondem a agosto e

setembro, e alcançam um total de 3,9 m³/s. A área irrigada na unidade, conforme

dados do ano de 2010, foi de 15.566 ha. Quanto ao uso por pivôs centrais, foram

identificados cinco, ambos no município de Paranaíba (local de estudo), abrangendo

uma área de 300 ha.

Mineração: A demanda de água para mineração utilizou as mesmas fontes de

pesquisas utilizadas para a indústria, bem como o Portal da Compensação Financeira

pela Exploração de Recursos Minerais (DNPM, 2011b) e do Anuário Mineral Brasileiro

(DNPM, 2006), não tendo sido identificadas demandas do setor na UGH Santana-

Aporé.

Demais usos na UGH Santana-Aporé:

Aquicultura: refere-se a produção em cativeiro de animais e vegetais, que

apresentam como habitat predominante o meio aquático. Em observação a dados

desagregados dos municípios da UGH Santana-Aporé, Paranaíba ocupa a primeira

posição no ranking dos municípios produtores da bacia: 3.004 toneladas distribuídas

por seis estabelecimentos, isto significa que o município é responsável por 47% de

toda a produção da bacia do Paranaíba no Setor.

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Geração de energia: em relação a geração de energia, a UGH Santana-Aporé não

possui UHE’s em operação. Entretanto, encontram-se 10 empreendimentos, sendo 8

Pequenas Centrais Hidrelétricas – PCH e 2 Centrais Geradoras Hidrelétricas – CGH’s.

Mediante consulta a Matriz Energética Brasileira disponibilizada pela Agência

Nacional de Energia Elétrica – Aneel foram identificados na unidade os seguintes

empreendimentos:

Tabela 7.41: Empreendimentos hidrelétricos identificados na UGH Santana-Aporé.

Município(s) Empreendimento Potência (kW)

Cassilândia - MS CGH Cassilândia 500

Cassilândia - MS e Aporé - GO PCH Planalto 17.000

Cassilândia - MS PCH Indaiá Grande 19.998

Cassilândia - MS PCH Indaialzinho 12.500

Cassilândia e Chapadão do Sul - MS PCH Lajeado 8.838

Água Clara e Chapadão do Sul - MS PCH Buriti 30.000

Água Clara e Chapadão do Sul - MS PCH Alto Sucuri 29.000

Água Clara e Chapadão do Sul - MS PCH Porto das Pedras 28.030

Chapadão do Sul - MS CGH Aporé 1.000

Chapadão do Sul - MS CGH Ribeirão 144

Fonte: Aneel, 2017.

Navegação: a calha principal do rio Paranaíba no trecho da UGH Santana-Aporé,

estabelecendo o limite com o Estado de Minas Gerais, faz parte do trecho IV da

Hidrovia do Rio Paraná. Este é o único trecho da hidrovia que pertence (parcialmente)

à bacia do Paranaíba. Desta forma, o trecho na UGH é classificado como navegável

(classe 3), estando localizado junto à calha principal de um rio que liga grandes

centros produtores de commodities aos maiores centros consumidores e aos

principais portos exportadores (ANA, 2013).

Pesca: os municípios da UGH Santana-Aporé possuem importância no contexto

pesqueiro regional, com um total de 641 licenças expedidas neste período. Verificando

os dados desagregados por município Paranaíba aparece com 190 licenças (29,7%

da UGH).

Turismo e Lazer: Na UGH Santana-Aporé não são identificados atrativos turísticos e

de lazer de expressão regional.

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O rio Santana não possui informações disponíveis sobre suas demandas específicas,

no que se refere às modalidades citadas para a bacia, tendo em vista a pouca

informação gerada sobre este tema. Sendo assim, através de identificação in loco, foi

constatado somente um uso do curso hídrico.

O uso da água identificado para o rio Santana foi a unidade de abastecimento público

da Sanesul - Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul, a qual realiza o

abastecimento de água de todo o município de Paranaíba. Esta estação de

abastecimento está localizada no trecho de vazão reduzida do empreendimento,

conforme apresentado na imagem a seguir.

Figura 7.34: Estação de captação superficial de água da SANESUL. Fonte: Adaptado de SNIRH-ANA, 2017.

A ETA Sanesul de Paranaíba possui uma demanda hídrica média de 92 L/s, de acordo

com dados do ano de 2015. Na tabela a seguir pode-se verificar alguns dados

referentes às demandas médias e à população local.

Manancial Tipo População Demanda média (L/s)

2005 2015 2025 2005 2015 2025

Rio Santana Superficial 33.588 36.475 38.333 85 92 96

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Embora a ETA Sanesul esteja no trecho de vazão reduzida do empreendimento, o

desvio da água para a geração de energia no potencial hidrelétrico não comprometerá

a demanda necessária para o abastecimento público. Esta vazão fica condicionada à

outorga do uso hídrico, a qual viabiliza os usos dentro de um mesmo curso com base

em cálculos das vazões históricas e demandas necessárias. Após a sua instalação

será garantida a vazão sanitária ou remanescente, a qual, além de suprir a demanda

para o abastecimento público, também viabiliza a manutenção de vida dos

ecossistemas aquáticos no TVR.

A utilização de vazão hídrica para a operação do empreendimento hidrelétrico

proposto depende da outorga desse recurso pelo órgão competente, o qual avalia se

a utilização do recurso é compatível com a situação do curso hídrico, suas vazões

históricas e a concomitância com outros usos existentes para o rio.

Para o empreendimento proposto foi solicitada e concedida a outorga preventiva para

o órgão competente, a qual aprova previamente o uso da vazão solicitada, o que

comprova que esta demanda não comprometerá os demais usos da água no rio

Santana.

Cabe ressaltar que a outorga preventiva não confere direito de uso do recurso hídrico,

apenas o reserva para planejamento do empreendimento, cabendo ao empreendedor

solicitar a outorga de direito anteriormente à operação do empreendimento

hidrelétrico.

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Figura 7.35: Outorga preventiva do empreendimento CGH Castro.

7.2 MEIO BIÓTICO

O Brasil é um país de proporções continentais, composto por 8,5 milhões km² que

abrangem quase a metade da América do Sul e abarcam várias zonas climáticas.

Evidentemente, as diferenças climáticas levam a grandes variações ecológicas,

formando zonas biogeográficas distintas ou biomas (MINISTÉRIO DO MEIO

AMBIENTE, 2017).

A variedade de biomas reflete a enorme riqueza da flora e da fauna brasileira,

mostrando que o Brasil abriga a maior biodiversidade do planeta. Esta abundante

variedade de vida (traduz em mais de 20% do número total de espécies da Terra)

eleva o Brasil ao posto de principal nação entre os 17 países megadiversos ou de

maior biodiversidade (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2017).

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O valor da biodiversidade é incalculável, às drásticas reduções que vem acometendo

a biodiversidade compromete a sustentabilidade, a disponibilidade de recursos

naturais e, em consequência, a própria vida na Terra. Sua conservação e uso de modo

sustentável, em contrapartida, resultam em imensuráveis benefícios à humanidade.

7.2.1 Estudo da Flora

Obter um conhecimento das espécies florestais e de suas relações com os meios

bióticos e abióticos, busca a conservação da biodiversidade, possibilitando uma

produção econômica e sustentável. Realizar um estudo de comunidades florestais, é

possível através da aplicação de métodos de amostragem estatística. Dessa forma, o

emprego de metodologias que visam caracterizar a estrutura de uma floresta nativa,

assim como seu desenvolvimento, torna-se de fundamental importância para

conservação e utilização adequada dos recursos genéticos existentes (SILVEIRA,

2014).

O conhecimento da organização estrutural das populações de espécies arbóreo-

arbustivas, por meio de estudos fitossociológicos, é utilizado para a definição de

estratégias de manejo e conservação de remanescentes florestais e restauração de

áreas degradadas (PINTO, 2005).

O presente estudo da flora foi realizado em função do Licenciamento Ambiental Prévio

da CGH Castro, que está projetada no Rio Santana, no estado do Mato Grosso do

Sul. O levantamento da flora foi realizado nas áreas destinadas a implantação do

empreendimento (reservatório, barramento, canal adutor, conduto forçado e casa de

força). Na oportunidade, foram avaliados os diferentes estratos da tipologia vegetal,

caracterização florística, fisionômica e estrutural das formações vegetacionais, bem

como as diferentes conformações do Cerrado em contraste com a Mata Atlântica e

seu estado atual de conservação.

7.2.1.1 Objetivo

O estudo relacionado à flora tem como principal objetivo caracterizar o ambiente

diretamente afetado pelo empreendimento, levando-se em consideração as

características da paisagem local e sua composição. Busca, consecutivamente, a

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disponibilidade de informações para a análise da viabilidade ambiental do

empreendimento. Nas áreas influenciadas pela CGH Castro direcionou-se o foco para

a caracterização do aspecto vegetacional, definição do estágio sucessional, bem

como no detalhamento dos impactos já existentes.

7.2.1.1.1 Objetivos Específicos

Buscar dados para a confecção do mapa de uso e ocupação do solo;

Estudar quali-quantitativamente a formação vegetal localizada na área do

empreendimento;

Identificar espécies raras, endêmicas e/ou ameaçadas de extinção;

Inventariar a flora, preferencialmente de hábito arbóreo;

Coletar dados para subsidiar a proposição e adoção de medidas

mitigadoras/compensatórias, referentes aos possíveis impactos ambientais;

Locar parcelas e coletar de dados para levantamento fitossociológico,

volumétrico e da composição florística do estrato arbóreo.

7.2.1.2 Materiais e Métodos

A vegetação da área do projeto foi caracterizada com base em dados primários e

secundários. Para este estudo foram realizadas duas campanhas, sendo a primeira

entre os dias 08 à 09 de setembro de 2016, onde foi realiza a caracterização da

cobertura vegetal e a segunda campanha realizada entre os dias 18 a 20 de janeiro

de 2017. Em complementação foram executados estudos de campo que certamente

serão úteis na ocasião dos projetos de reflorestamento e adensamento da Área de

Preservação Permanente e até para o de supressão florestal na fase de implantação

do empreendimento.

Para a caracterização da cobertura vegetal da Área Diretamente Afetada (ADA), foram

executados os métodos de levantamento rápido e instalações de unidades amostrais.

O levantamento rápido (LR) tem como objetivo coletar dados qualitativos de forma

expedita, cujos princípios são similares ao método do "caminhamento" descrito por

Filgueiras et. al. (1994) e Ratter et. al. (2000), que está baseado em levantamentos

designados "Wide patrolling”.

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Basicamente, o LR empregado no presente estudo consistiu na realização de pelo

menos três caminhadas em linha reta na vegetação, anotando-se durante intervalos

de tempo regulares (intervalos que variam entre 5 a 15 minutos, dependendo da

densidade da cobertura vegetal encontrada e consecutivos), as espécies inéditas que

eram visualizadas.

Em seguida foram instaladas as unidades amostrais que tiveram como objetivo a

quantificação da composição arbórea, estrutura, funcionamento, dinâmica e

distribuição arbórea encontrada ao longo do Rio Santana. Para o levantamento da

vegetação foi utilizado o método de amostragem de área fixa, com parcelas

retangulares de 10 x 20 m (200 m²) distribuídas ao longo do Rio Santana.

No presente estudo optou-se por parcelas de área fixa, onde a seleção de indivíduos

é feita proporcional à área da unidade, facilitando o trabalho a campo, devido à fácil

operacionalidade em sua instalação à campo. O trabalho de instalação das parcelas,

resume-se em um eixo central junto com uma trena utilizada de maneira perpendicular

à picada para verificar as árvores que fazem parte da parcela. O modelo de

abordagem e controle das árvores utilizado foi do tipo ocasional ou temporário, sendo

realizado em duas campanhas. Péllico Netto e Brenna (1997), baseados em extensa

revisão bibliográfica, reportaram que os tamanhos das unidades amostrais de área

fixa variam, geralmente, entre 20 e 1.000 m². Não há um consenso sobre o tamanho

das parcelas, este tem que ser decidido com base na experiência prática e com base

em um confronto entre precisão e custos.

Em cada uma das parcelas, foram catalogadas informações referentes a

circunferência a altura do peito (CAP) e altura total (h) de todos os indivíduos

considerados arbóreos, ou seja, que apresentavam circunferência a altura do peito

maior ou igual a 12,5 cm, além da identificação das espécies.

Os indivíduos arbóreos que apresentavam bifurcação abaixo da altura de 1,30 m

foram mensurados independentemente. Para a medição da altura total dos indivíduos

arbóreos utilizou-se o hipsômetro eletrônico Haglof e para a medição da circunferência

a altura do peito das árvores fez-se o uso de uma fita métrica com comprimento total

de 150,0 cm.

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Figura 7.36: Trena utilizada para demarcação das unidades amostrais.

Figura 7.37: Medição da Circunferência a altura do peito das árvores.

A identificação botânica das árvores foi realizada, por Engenheiro Florestal com base

em literatura específica sobre a vegetação local, inventários florísticos anteriores e

consulta a coleções de herbários, sendo que as mesmas foram identificadas através

do nome comum, nome científico e família botânica.

Quando as espécies não podem ser identificadas no campo, são feitos relatos

fotográficos, coletadas partes da planta como galhos, folhas, frutos, sementes, para

posterior identificação.

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Figura 7.38: Espécies florestais coletadas para identificação.

Figura 7.39: Relatório fotográfico para identificação.

Para Sobral (2006) é importante também checar uma dada característica em mais de

uma folha de diferentes ramos. Ao coletar um ramo de espécie vegetal, para exame

posterior, deve-se certificar de que sejam de indivíduos adultos e bem formados.

Rebrotes basais no caule, ramos excessivamente sombreados ou atacados por

pragas ou enfermidades, geralmente, não são representativos da condição normal da

espécie, podendo levar a uma identificação incorreta.

Os dados foram coletados, processados por meio de cálculos e posteriormente

analisados, com o objetivo de quantificar e caracterizar a população em estudo,

podendo analisar quais espécies florestais compõem o fragmento.

Para a realização dos cálculos do levantamento fitossociológico, a circunferência a

altura do peito (c) foi transformada em diâmetro à altura do peito (d), por meio da

expressão matemática a seguir:

𝑑 =𝑐

𝜋

Onde:

d = diâmetro à altura do peito (cm);

c = circunferência à altura do peito (cm);

π = 3,1416.

A área transversal dos indivíduos arbóreos mensurados nas parcelas (g) foi obtida

pelas seguintes expressões matemáticas:

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𝑔 = 𝜋 ∗ 𝑑2

4

Onde:

g = área transversal da espécie 𝑖 (m²);

d² e π = definidos anteriormente.

7.2.1.3 Parâmetros avaliados

7.2.1.3.1 Estrutura horizontal

A estrutura horizontal compreende a organização e distribuição espacial dos

indivíduos na superfície do terreno. Para expressar a estrutura horizontal da

comunidade vegetal foram determinados os seguintes parâmetros fitossociológicos:

densidade, dominância e frequência (tanto na forma relativa como absoluta), Índice

do Valor de Cobertura (IVC) e Índice do Valor de Importância (IVI).

Densidade

A densidade diz respeito ao número de indivíduos de cada espécie ou do somatório

de espécies vegetais que compõe uma comunidade vegetal por unidade de área. A

densidade é calculada na forma absoluta e relativa pelas seguintes expressões

matemáticas:

Densidade absoluta:

𝐷𝐴𝑖 = 𝑚𝑖 ∗ 10000

𝑎

Densidade relativa:

𝐷𝑅𝑖 = 𝐷𝐴𝑖

𝐷𝑇∗ 100

Onde:

𝐷𝐴𝑖 = Densidade Absoluta para a espécie 𝑖 (árv./ha);

𝐷𝑅𝑖 = Densidade Relativa para a espécie 𝑖 (%);

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𝐷𝑇 = Densidade total, em número de indivíduos por hectare (soma da densidade

absoluta de todas as espécies amostradas);

𝑚𝑖 = Número de árvores da espécie nas unidades amostrais;

𝑎 = Área total mensurada (m²).

Dominância

A dominância é definida com um parâmetro que apresenta a finalidade de expressar

a influência de cada espécie na comunidade, por meio das formas absoluta e relativa.

A dominância absoluta é a soma das áreas seccionais dos indivíduos pertencentes a

uma mesma espécie, por unidade de área. Assim, maiores valores de DoA indicam

que a espécie exerce dominância na floresta amostrada em termos de área basal por

hectare. A dominância relativa corresponde a participação, em porcentagem, em

relação a área basal total. O parâmetro foi obtido pelas seguintes expressões

matemáticas:

Dominância absoluta:

𝐷𝑜𝐴𝑖 =(∑ 𝑔𝑗𝑖)

𝑚𝑖

𝑗=1∗ 10000

𝑎

Dominância relativa:

𝐷𝑜𝑅𝑖 =𝐷𝑜𝐴𝑖

(∑ 𝐷𝑜𝐴𝑖)𝑘

𝑗=1

∗ 100

Onde:

𝐷𝑜𝐴𝑖= Dominância Absoluta para a espécie (m²/ha);

𝐷𝑜𝑅𝑖 = Dominância Relativa para a espécie (%);

a = Definido anteriormente (m²);

𝑔𝑗𝑖 = Área transversal da árvore j da espécie i (m²).

Frequência

O parâmetro frequência expressa a ocorrência de uma determinada espécie nas

diferentes parcelas. Valores elevados para o parâmetro indicam que a espécie está

bem distribuída ao longo da floresta amostrada.

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A frequência se dá nas formas absoluta e relativa, pelas seguintes fórmulas

matemáticas:

Frequência absoluta:

𝐹𝐴𝑖 = 𝑢𝑖

𝑁 ∗ 100

Frequência relativa:

𝐹𝑅𝑖 = (𝐹𝐴

∑ 𝐹𝐴𝑛𝑖=1

) ∗ 100

Onde:

𝐹𝐴𝑖 = frequência absoluta da espécie na comunidade vegetal;

𝐹𝑅𝑖= frequência relativa da espécie na comunidade vegetal;

𝑢𝑖= número de unidades amostrais em que a espécie ocorre;

𝑁 = número total de unidades amostrais realizadas.

Índice de Valor de Importância

O parâmetro do Índice Valor de Importância de cada espécie na floresta estudada foi

obtido através do somatório dos parâmetros relativos de densidade, dominância e

frequência das espécies amostradas, informando a importância ecológica em termos

de distribuição horizontal. O índice de valor de importância foi obtido pela seguinte

expressão matemática.

𝑉𝐼𝑖 = 𝐷𝑅𝑖 + 𝐷𝑜𝑅𝑖 + 𝐹𝑅𝑖

𝑉𝐼𝑖(%) = 𝑉𝐼𝑖

3

Onde:

𝑉𝐼𝑖 = Valor de importância;

𝐷𝑅𝑖,, 𝐷𝑜𝑅𝑖, 𝐹𝑅𝑖= definidos anteriormente.

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Índice de Valor de Cobertura

O parâmetro do Índice Valor de Cobertura nada mais é do que o somatório dos

parâmetros relativos de densidade e dominância das espécies amostradas,

informando a importância ecológica da espécie em termos de distribuição horizontal,

baseando-se, contudo, apenas na densidade e na dominância. O índice de valor de

cobertura foi obtido pela seguinte expressão matemática.

𝑉𝐶𝑖 = 𝐷𝑅𝑖 + 𝐷𝑜𝑅𝑖

𝑉𝐶𝑖 (%) = 𝑉𝐶𝑖

2

Onde:

𝑉𝐶𝑖,= Valor de cobertura;

𝐷𝑅𝑖 , 𝐷𝑜𝑅𝑖= Definidos anteriormente.

7.2.1.3.1.1 Índices de diversidade

Além dos parâmetros fitossociológicos básicos, os índices de diversidade são de

extrema importância para o entendimento e a caracterização de uma comunidade

vegetal. A diversidade alfa compreende a diversidade local, sendo o número total de

espécies em um habitat.

Os índices de diversidade alfa utilizados foram Shannon-Wiener (H’) e Equabilidade

de Pielou (J’).

Índice de Shannon-Wiener

O Índice de Shannon-Wiener (H’) representa a diversidade de espécies na área em

estudo. Neste índice a contribuição de cada espécie em uma determinada área é

pesada por sua abundância relativa, que significa a proporção do número total de

indivíduos numa comunidade que pertence àquela espécie. O índice é obtido pela

seguinte expressão matemática.

𝐻′ = −∑ pi ∗ ln pi

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Onde:

pi = ni/N, isto é, densidade relativa da i-ésima espécie por área;

ni = Número de indivíduos da espécie i;

N = Número total de indivíduos.

Equabilidade de Pielou

Este índice compreende o padrão de distribuição dos indivíduos dentro das espécies.

Refere-se a um índice de dominância ecológica, indicando a homogeneidade de

distribuição dos indivíduos amostrados. O valor de J’ pertence encontra-se em um

intervalo de 0 a 1, sendo que o valor máximo representa a situação em que todas as

espécies possuem a mesma abundância (MAGURRAN, 1988). É derivado do índice

de Shannon.

J’ = H′ (Observado)

H′máximo

Onde:

H′ = Máximo ln (S);

J = Equabilidade de Pielou;

S = Número total de espécies amostradas.

H′ = Índice de diversidade de Shannon- Weaver.

7.2.1.3.1.2 Definição de estágio sucessional

Para a classificação da cobertura florestal da área da de impacto direto (AID) em

relação ao seu estágio de regeneração atendeu-se o previsto na resolução 30/1994

do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA que “Define vegetação primária

e secundária nos estágios inicial, médio e avançado de regeneração da Mata

Atlântica, a fim de orientar os procedimentos de licenciamento de atividades florestais

no Estado do Mato Grosso do Sul”.

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7.2.1.3.2 Processo de Amostragem

7.2.1.3.2.1 Descrição

A maneira economicamente viável de quantificar a diversidade de um ambiente ocorre

por meio da amostragem. Para Krebs (1999) uma análise representativa da população

pode ser obtida quando se mede corretamente uma amostra. Por isso, a decisão sobre

um método de amostragem deve ser fundamentada nas peculiaridades da população

alvo.

A obtenção de boas estimativas a baixo custo é um dos objetivos da amostragem,

podendo ser influenciada pelas técnicas empregadas, como, por exemplo, a

determinação da localização das amostras, bem como seu tamanho e forma (SPURR,

1952).

Uma espécie vegetal normalmente apresenta grande ocorrência em uma determinada

área, porém, sua distribuição espacial, nas diferentes classes de tamanho, pode ser

bastante irregular. O grau de agregação pode gerar diferentes valores, com as plantas

das menores classes de tamanho, apresentando tendência ao agrupamento e as

plantas das maiores classes de tamanho, podendo ocorrer de maneira fortemente

agrupada (CARVALHO, 1983).

Processo de amostragem caracteriza-se por ser um instrumento que possibilita um

conhecimento científico da realidade, estudando as relações existentes entre a

população e as amostras extraídas da mesma. É um processo de determinação,

através de pesquisa de dados, amostrando estatisticamente uma população.

7.2.1.3.2.2 Caracterização

O processo de amostragem utilizado para a estimativa dos parâmetros

fitossociológicos, foi o sistemático, onde foram fixadas um total de 4 unidades

amostrais distribuídas no local de formação do reservatório e implantação das

estruturas do empreendimento.

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Quanto a supressão vegetal necessária a implantação, foram quantificadas as áreas

com vegetação nativa, as quais deverão ser submetidas ao corte na fase de

implantação do empreendimento. Estas áreas somarão 1,00 ha e, estão distribuídas

na margem esquerda do reservatório (0,20 ha), margem direita do reservatório (0,24

ha), barramento e canal adutor (0,49 ha), casa de força (0,05) bem como os locais

destinados a novos acessos, ao canteiro de obras e área de bota fora (0,02 ha).

A figura a seguir apresenta o esquema de como as unidades amostrais da flora foram

distribuídas no levantamento de campo e no anexo EAP-CAS – 10 (Volume II) pode

ser analisado o mapa de localização das unidades amostrais da flora, sobre uma

imagem de satélite.

Figura 7.40: Distribuição das unidades amostrais da flora na região de implantação da CGH Castro. Fonte: Construnível, 2017.

Através do presente estudo da flora, foi possível obter um conhecimento científico da

realidade, estudando as relações existentes entre a população florestal e as amostras

extraídas dessa população, buscando assim resultados verdadeiramente

significativos para o estudo do local do empreendimento.

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Biomas

O Brasil é considerado um país megadiverso contendo a flora mais rica do mundo,

estima-se que existam mais de 56.000 espécies de plantas, fazendo com que ocupe

uma posição de destaque no que se refere ao tema das florestas. Com 478 milhões

de hectares de floresta em seu território (12% de toda a cobertura florestal mundial) e

abrigando de 15 a 20% de toda biodiversidade e 16% de toda água doce superficial

do planeta (BRASIL, 2012).

No local de implantação da CGH Castro a vegetação predominante encontra-se no

limite do Bioma Cerrado, sendo fortemente influenciada pela vegetação do Bioma

Mata Atlântica, apresentando espécies vegetais que desenvolvem-se em ambos. O

mapa abaixo apresenta a localização do empreendimento junto aos biomas.

Figura 7.41: Mapa de Biomas do Brasil. Fonte: IBGE, 2004

7.2.1.1.1 O Bioma do Cerrado

O Cerrado é caracterizado como uma vegetação de savana na classificação

Internacional. Segundo Ferreira (2005) o cerrado é uma formação vegetal que

caracteriza o Centro Oeste Brasileiro. É a segunda maior formação vegetal brasileira

CGH Castro

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em extensão, cerca de 2 milhões de km², representando mais de 23% do território

nacional; não é um bioma somente brasileiro, existem pequenas áreas no leste da

Bolívia e nordeste do Paraguai (LEHN et al., 2008).

Segundo o IBGE, o bioma Cerrado ocupa a totalidade do Distrito Federal, mais da

metade dos estados de Goiás (97%), Maranhão (65%), Mato Grosso do Sul (61%),

Minas Gerais (57%) e Tocantins (91%), além de porções de outros seis estados,

correspondendo a 23,92% do território nacional. Neste espaço encontram-se as

nascentes das três maiores bacias hidrográficas da América do Sul

(Amazônica/Tocantins, São Francisco e Prata), o que resulta em um elevado potencial

aquífero favorecendo sua biodiversidade.

Tabela 7.42: Dados da cobertura vegetal do Cerrado.

Vegetação Remanescente

2002 2008

Área original do bioma (km²)

Km² % em relação à área

original Km²

% em relação à área original

2.039.386,85 1.136.521 55,73 1.053.966,85 51,54

Fonte: Brasil – Ministério do Meio Ambiente, 2009.

Ainda conforme o Ibama, entre 2002 e 2008, o Cerrado perdeu 7,5% de sua cobertura

vegetal remanescente, indicando uma taxa média anual efetiva de desmatamento na

ordem de 0,69% ao ano.

Considerado como um dos hotspots mundiais de biodiversidade, o Cerrado apresenta

extrema abundância de espécies endêmicas e sofre uma excepcional perda de

habitat, do ponto de vista da diversidade biológica. Este bioma brasileiro é

reconhecido como a savana mais rica do mundo, abrigando 11.627 espécies de

plantas nativas já catalogadas. Existe uma grande diversidade de habitats, que

determinam uma notável alternância de espécies entre diferentes fitofisionomias.

Ribeiro e Walter (2008) apresentam uma classificação fitofisionômica para o Cerrado,

dividida em três formações paisagísticas:

Formações Florestais: englobam os tipos de vegetação com predominância de

espécies arbóreas, com a formação de dossel contínuo ou descontínuo. Dentro dessa

formação existe uma vegetação florestal que acompanha os rios de médio porte da

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região do Cerrado, em que a vegetação arbórea não forma galerias e não ocorre

fechamento do dossel acima do curso (mata ciliar).

Formações Savânicas: refere-se a áreas com árvores e arbustos espalhados

sobre um estrato de gramíneas, sem a formação de dossel contínuo. Dentro dessa

formação existe uma vegetação savânica formada pela presença de árvores baixas,

inclinadas, tortuosas, com ramificações irregulares e retorcidas, geralmente com

evidências de queimadas.

Formações Campestres: refere-se a áreas com predomínio de espécies

herbáceas e algumas arbustivas, que podem ou não apresentar árvores e arbustos

esparsos.

7.2.1.1.2 O Bioma Mata Atlântica

O bioma Mata Atlântica é uma das 25 áreas espalhadas pelo mundo, que, com apenas

1,4% da superfície da terra concentra 44% de espécies de plantas vasculares. Estas

áreas são consideradas como prioritariamente estratégicas para a preservação da

biodiversidade e prevenção ao risco de extinção das espécies (MYERS et al., 2000).

Desmatamentos para estabelecimento de pastagens e culturas, crescente processo

de urbanização, comércio ilegal de espécies da fauna, retirada de madeira e a

introdução de espécies exóticas são elementos contribuintes de toda a agressão

sofrida pelo bioma (RIBEIRO, 2009). A falta de manejo pode gerar a perda de espécies

e da qualidade dos habitats, ao permitir que pessoas invadam as suas áreas e

realizem extração dos recursos naturais de maneira indiscriminada (PRIMACK et al.,

2001).

A flora constituinte deste bioma apresenta uma numerosa quantia de espécies,

divididas em diversas formação vegetais. O grupo das angiospermas para este bioma

contempla aproximadamente 20.000 mil espécies, compreendendo de 33 a 36% das

existentes no Brasil (CAMPANILI, SCHÄFFER, 2010). As plantas vasculares, de

acordo com as autoras, são 50% endêmicas deste bioma, ou seja, não apresentam

ocorrência em nenhum outro local do planeta. Quando avaliado em relação a sua

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extensão, o bioma apresenta a terceira maior área da superfície brasileira, depois dos

biomas Amazônia e Cerrado. Abriga uma significativa parcela da vegetação brasileira,

podendo ser comparada a Amazônia (SFB/MMA, 2009).

Atualmente sua vegetação encontra-se em fragmentos, sendo que destes, apenas 7%

possuem área superior a 100 ha. A conservação do bioma vem avançando, havendo

aumento no número de unidades de conservação nos últimos anos, tendo-se grande

auxílio por parte do governo. A criação da Lei 11.428 de 2006 e o decreto 6.660/2008

para a regulamentação da mesma, constituem um importante instrumento de

conversão do bioma Mata Atlântica (MMA, 2017).

7.2.1.1.3 Caracterização da Vegetação Local

A distribuição das espécies vegetais no globo terrestre sofre influência de

diversificados fatores ecológicos, sendo levados sempre em consideração nos

sistemas de classificação da vegetação. Dentre os fatores que contemplam tal

influência têm-se fatores das próprias plantas, estes morfológicos e fisiológicos e os

fatores ambientais, divididos em edáficos, climáticos e geográficos.

O mapeamento das fitofisionomias no local destinado ao empreendimento, objeto

deste estudo, ocorreu conforme a legenda do GeoMS Vegetação. O mapeamento foi

realizado para as áreas de Influência Indireta, Direta e Diretamente Afetada.

A área de influência indireta, delimitada pela bacia do Rio Santana, compreende cinco

fitofisionomias. Nesta, foram identificadas áreas de agricultura, agropecuária,

vegetação arbóreo aberta, encraves/formações e vegetação secundária, conforme

indicado na imagem abaixo e no anexo EAP-CAS – 06 (Volume II), apresentado em

escala adequada.

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Figura 7.42: Mapeamento das fitofisionomias conforme legenda do GeoMS Vegetação para AII. Fonte: Construnível, 2017.

Figura 7.43: Mapeamento das fitofisionomias conforme legenda do GeoMS Vegetação para AID e ADA. Fonte: Construnível, 2017.

A área diretamente afeta pelo empreendimento é composta por apenas uma

fitofisionomia, a agricultura, conforme consta na imagem acima. Já a área de

influência direta compreende em grande porcentagem, de modo semelhante, áreas

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de agricultura e um pequeno fragmento de áreas de encrave/formações. O mapa em

escala adequada encontra-se em anexo (Volume II – Desenhos: EAP-CAS – 06A).

Áreas de Reconhecida Importância

Uma estratégia fundamental na Conservação da Biodiversidade é a criação e

implementação de Unidades de Conservação – UCs, que conforme a Lei nº

9.985/2000 diz que UCs “são porções do território nacional, incluindo as águas

territoriais, com características naturais de relevante valor, de domínio público ou

privado, legalmente instituídas pelo Poder Público com objetivos e limites definidos e

sob regimes especiais de gestão, às quais aplicam-se garantias adequadas de

proteção”.

Considerando todo o elenco de objetivos de conservação e uso adotados por um país,

será necessário um conjunto de categorias de manejo de unidades de conservação,

organizadas em um sistema que deve visar a conservação da diversidade biológica a

longo prazo, centrando-a como eixo fundamental do processo conservacionista.

(MILANO et al., 1993).

No Brasil, o SNUC, foi instituído em 18 de julho de 2.000, através da Lei Federal nº

9.985, sendo regulamentada através do Decreto Federal de nº 4.340, de 22 de agosto

de 2002. Os principais objetivos do SNUC, de acordo com o disposto na Lei, são os

seguintes:

Contribuir para a manutenção da diversidade biológica e dos recursos

genéticos no território nacional e nas águas jurisdicionais;

Proteger as espécies ameaçadas de extinção no âmbito regional e nacional;

Contribuir para a preservação e a restauração da diversidade de

ecossistemas naturais;

Promover a utilização dos princípios e práticas de conservação da natureza

no processo de desenvolvimento;

Proteger paisagens naturais e pouco alteradas de notável beleza cênica;

Proteger as características de natureza geológica, geomorfológica,

espeleológica, arqueológica, paleontológica e cultural;

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Proporcionar meios e incentivos para atividades de pesquisa científica,

estudos e monitoramento ambiental.

A consolidação do SNUC busca a conservação in situ da diversidade biológica em

longo prazo, centrando-a em um eixo fundamental do processo conservacionista.

Estabelece ainda a necessária relação de complementariedade entre as diferentes

categorias de Unidades de Conservação, organizando-as de acordo com seus

objetivos de manejo e tipos de uso: Proteção Integral e Uso Sustentável.

Tabela 7.43: Unidades de Proteção Integral.

Unidades de Proteção Integral

Categoria Objetivo Uso

Estações Ecológicas

Preservar e pesquisar. Pesquisas científicas, visitação pública

com objetivos educacionais.

Reservas Biológicas (REBIO)

Preservar a biota e demais atributos naturais, sem interferência humana direta ou modificações ambientais.

Pesquisas científicas, visitação pública com objetivos educacionais.

Parque Nacional (PARNA)

Preservar ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e

beleza cênica.

Pesquisas científicas, desenvolvimento de atividades de educação ambiental,

recreação em contato com a natureza e turismo ecológico.

Monumentos Naturais

Preservar sítios naturais raros, singulares ou de grande beleza

cênica. Visitação pública.

Refúgios de Vida Silvestre

Proteger ambientes naturais e assegurar a existência ou

reprodução da flora ou fauna. Pesquisa científica e visitação pública.

Fonte: WWF, 2012.

Tabela 7.44: Unidades de Conservação de Uso Sustentável.

Unidades de Uso Sustentável

Categoria Característica Objetivo Uso

Área de Proteção

Ambiental (APA)

Área extensa, pública ou privada, com atributos

importantes para a qualidade de vida das populações humanas

locais.

Proteger a biodiversidade, disciplinar o processo de ocupação

e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais.

São estabelecidas normas e restrições para a utilização de uma

propriedade privada localizada em uma APA.

Área de Relevante Interesse

Ecológico (ARIE)

Área de pequena extensão, pública ou

privada, com pouca ou nenhuma ocupação

humana, com características naturais

extraordinárias.

Manter os ecossistemas naturais e regular o uso

admissível dessas áreas.

Respeitados os limites constitucionais, podem

ser estabelecidas normas e restrições para utilização de uma

propriedade privada localizada em uma ARIE.

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Unidades de Uso Sustentável

Floresta Nacional (FLONA)

Área de posse e domínio público com cobertura vegetal de espécies predominantemente

nativas.

Uso múltiplo sustentável dos recursos florestais

para a pesquisa científica, com ênfase em métodos

para exploração sustentável de florestas

nativas.

Visitação, pesquisa científica e manutenção

de populações tradicionais.

Reserva Extrativista (RESEX)

Área de domínio público com uso concedido às

populações extrativistas tradicionais.

Proteger os meios de vida e a cultura das

populações extrativistas tradicionais, e assegurar

o uso sustentável dos recursos naturais.

Extrativismo vegetal, agricultura de

subsistência e criação de animais de pequeno

porte. Visitação pode ser permitida.

Reserva de Fauna (REFAU)

Área natural de posse e domínio público, com populações animais

adequadas para estudos sobre o manejo

econômico sustentável.

Preservar populações animais de espécies nativas, terrestres ou

aquáticas, residentes ou migratórias.

Pesquisa científica.

Reserva de Desenvolvimento

Sustentável (RDS)

Área natural, de domínio público, que abriga

populações tradicionais, cuja existência baseia-se

em sistemas sustentáveis de

exploração dos recursos naturais.

Preservar a natureza e assegurar as condições

necessárias para a reprodução e melhoria

dos modos e da qualidade de vida das

populações tradicionais.

Exploração sustentável de componentes do

ecossistema. Visitação e pesquisas científicas

podem ser permitidas.

Reserva Particular do Patrimônio

Natural (RPPN)

Área privada, gravada com perpetuidade.

Conservar a diversidade biológica.

Pesquisa científica, atividades de educação

ambiental e turismo.

Fonte: WWF, 2012.

A fauna e a flora, os rios, os mares, as montanhas. Cada um dos elementos da

natureza tem um papel a desempenhar. E para que isso ocorra é preciso haver

equilíbrio. Muitos povos e civilizações reconheceram, ao longo da história, a

necessidade de proteger áreas naturais com características especiais, pelos motivos

mais diversos: estas áreas podiam estar associadas a mitos, fatos históricos

marcantes e à proteção de fontes de água, caça, plantas medicinais e outros recursos

naturais (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2010).

7.2.1.2.1 Unidades de Conservação Próximas ao empreendimento

O Estado do Mato Grosso do Sul conta atualmente com 10 Unidades de Conservação

Estaduais, sendo que o setor responsável pelo gerenciamento destas áreas é a

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Gerência de Unidades de Conservação (GUC). A GUC, junto com a Diretoria de

Desenvolvimento, tem como objetivo principal criar unidades de conservação e

demais áreas protegidas, principal ferramenta de conservação in situ da diversidade

biológica, bem como sua implementação e gestão.

As tabelas abaixo demonstram a superfície das áreas protegidas no Estado, nas

esferas federal, estadual e municipal, por categoria de manejo, considerando os

grupos definidos pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), com

destaque para as Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), bem como

para as Áreas de Proteção Ambiental (APAs).

Tabela 7.45: Demonstrativo de superfície protegida por unidades de conservação de proteção integral no MS.

Categorias de Unidades de Conservação

Número Área (ha) Part.

Relativa/grupo (%)

Part. Relativa/Estado

(%)

Parques Nacionais 3 92.886,59 30,32 0,26

Parques e Monumentos Naturais Estaduais

7 182.876,19 59,70 0,51

Parques e Monumentos Naturais Municipais

15 30.651,95 9,98 0,09

Total de Unidades Proteção Integral

25 306.324,73 100 0,86

Fonte: IMASUL, 2017.

Tabela 7.46: Demonstrativo de superfície protegida por Reserva Particular do Patrimônio Natural no MS.

Categorias de Unidades de Conservação

Número Área (ha) Part.

Relativa/grupo (%) Part.

Relativa/Estado (%)

RPPN Federal 12 81.234,30 56,87 0,23

RPPN Estadual 38 61.610,61 43,13 0,17

Total de RPPNs 50 142.844,91 100 0,40

Fonte: IMASUL, 2017.

Tabela 7.47: Demonstrativo de superfície protegida por Áreas de Proteção Ambiental no MS.

Categorias de Unidades de Conservação

Número Área (ha) Part.

Relativa/grupo (%) Part.

Relativa/Estado (%)

APAs Federais 1 713.370,43 14,63 2,00

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Categorias de Unidades de Conservação

Número Área (ha) Part.

Relativa/grupo (%) Part.

Relativa/Estado (%)

APAs Estaduais 2 25.548,50 0,53 0,07

APAs Municipais 37 4.135.558,6173 84,84 11,57

Total de APAs 40 4.874.558,6173 100 13,64

Fonte: IMASUL, 2017.

OBS.: Total geral de superfície do MS protegida por unidades de conservação: 14,90%

Com relação à presença de Unidades de Conservação (UCs) nas proximidades da

CGH Castro, pode-se dizer que não existem unidades na área de amortecimento do

empreendimento. As unidades mais próximas são o Parque Natural Municipal do

Pombo, localizado a 166,34 km. A Reserva Biológica de Andradina a 130,71 km e a

Estação Ecológica Paulo de Faria a 169,88 km do empreendimento. A localização das

Unidades de Conservação pode ser observada no desenho EAP-CAS – 07,

encontrando no Volume II, em anexo a este.

Figura 7.44: Localização das Unidades de Conservação próximas a CGH Castro. Fonte: Construnível, 2017.

Parque Natural Municipal do Pombo: O Parque Natural Municipal do Pombo

se trata de um dos mais importantes remanescentes de cerrado do estado do

Mato Grosso do Sul, com mais de 3.300 hectares, ele abriga diversos

representantes da flora e fauna regional. Localizado ao lado da BR-262 entre

Três Lagoas e Campo Grande, no km 97, sendo uma Unidade de Proteção

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Integral, de posse e domínio público, sob a categoria de Parque Natural

Municipal foi criada por meio de decreto (n° 105/06).

Reserva Biológica de Andradina: A Reserva Biológica de Andradina localiza-

se no município de Andradina, na região noroeste do Estado de São Paulo.

Abrange uma área de 168 hectares, pertencente ao bioma Mata Atlântica

(Floresta Estacional Semidecidual) em transição para a vegetação de Cerrado.

Apesar de ser considerada pequena, pelo tamanho de sua área, a reserva

biológica é a única que apresenta maior significância na região, abrigando

inúmeras espécies prioritárias de proteção.

Estação Ecológica Paulo de Faria: A Estação Ecológica de Paulo Faria foi a

primeira do gênero no estado de São Paulo, sendo criada pelo decreto estadual

n° 17.724 de 23 de setembro de 1981. Sua criação deu-se devido a

desapropriação originada pela CESP, em março de 1979, para oferecer refúgio

a fauna e flora da região e o reassentamento de animais oriundo das áreas

utilizadas para a formação do reservatório Hidrelétrico de Água Vermelha. Visa

a conservação dos poucos remanescentes de Floresta Estacional

Semidecidual, devido a seu grande valor cultural e científico.

O fato de não haver nenhuma APC’s e nenhuma UCs na zona de amortecimento do

empreendimento, ou muito próxima ao mesmo, faz com que a instalação do

empreendimento não comprometa de forma a modificar ou interferir a estrutura do

ambiente preservado.

7.2.1.3.3 Áreas prioritárias

A escolha de áreas prioritárias para a conservação (APC’s) é um mecanismo

de política pública para apoiar a tomada de decisão no planejamento e implementação

de ações para conservação da biodiversidade brasileira, tais como a criação de

unidades de conservação (UC), licenciamento, fiscalização e fomento ao uso

sustentável. As regras para a identificação de tais Áreas e Ações Prioritárias foram

instituídas formalmente pelo Decreto nº 5.092/2004 no âmbito das atribuições do

MMA.

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De acordo com a Portaria MMA nº 09/2007, foram indicadas 880 áreas

prioritárias para a Mata Atlântica, distribuídas em 428.409 km², o que correspondeu a

37,9% do bioma, sendo 30,6% de áreas sem proteção e, somente 7,3% de áreas que

de alguma forma estão protegidas – UCs ou terras indígenas (TIs). Segundo o MMA

(2007) a distribuição das ações prioritárias definidas para as áreas foi uma resposta

clara aos principais problemas do bioma: a fragmentação de habitats e a perda de

biodiversidade.

Para o Bioma Cerrado, foram indicadas 431 áreas prioritária, sendo 181 áreas

protegidas e 250 áreas novas, representando um incremento substancial em relação

às 68 áreas propostas em 1998. Observando-se um aumento na extensão das áreas

prioritárias de cerca de 37% na área de abrangida. Indicando que são necessários

investimentos em pesquisa a respeito da biodiversidade assim como estudos

antropológicos na região.

Segundo Mezzomo (2013, p. 49), as finalidades da conservação da natureza

são: “manutenção dos processos ecológicos e sistemas vitais”; “reciclagem de

nutrientes e purificação das águas” e “preservação da diversidade genética”. Sendo

esta última relacionada com o aproveitamento inesgotável de espécies e do

ecossistema, que indica a necessidade do conservacionismo exploratório, assim a

natureza existe para suprir as vontades do homem.

As APC’s possuem importância para efeito de formulação e implementação de

políticas públicas, programas, projetos e atividades voltadas à:

I – Conservação in situ da biodiversidade;

II – Utilização sustentável de componentes da biodiversidade;

III – Repartição de benefícios derivados do acesso a recursos genéticos e ao

conhecimento tradicional associado;

IV – Pesquisa e inventários sobre a biodiversidade;

V – Recuperação de áreas degradadas e de espécies sobre-exploradas ou

ameaçadas de extinção; e

VI – Valorização econômica da biodiversidade.

Com base nos mapas gerados das áreas prioritárias de conservação do estado,

foi possível sobrepor as áreas e identificar a ocorrência de APC’s nas áreas do

empreendimento. Conforme imagem abaixo.

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Figura 7.45: Áreas Prioritárias para Conservação na região do empreendimento. Fonte: Construnível, 2018.

Conforme demonstrado no mapa a região onde está localizado o empreendimento

CGH Castro, não compreende nenhuma APC’s. A área prioritária mais próxima

encontra-se a 41,14 km.

Levantamento fitossociológico

A estrutura horizontal permite a determinação da densidade, dominância, frequência

e importância das espécies na floresta; e a estrutura vertical analisa o estágio de

desenvolvimento desta floresta, com base na distribuição das espécies nos diferentes

estratos (LONGHI et al., 2000). A estrutura horizontal da floresta pode ser avaliada,

de acordo com Schneider e Finger (2000), a partir dos seguintes índices: densidade

absoluta, densidade relativa, dominância absoluta, dominância relativa, índice de valor

de cobertura, frequência absoluta, frequência relativa e índice de valor de importância.

Com relação a síntese das análises fitossociológicas, foram instaladas 4 unidades

amostrais de 200 m², totalizando uma área de amostragem de 800 m². Com relação

ao levantamento florístico através do método de caminhamento rápido e pelo método

de amostragem de área fixa foram identificadas 10 espécies, pertencentes a 6

famílias. As respectivas espécies estão relacionadas na tabela a seguir, com nome

vulgar, nome científico e família botânica.

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Tabela 7.48: Espécies florestais e suas respectivas famílias botânicas encontradas na Área Diretamente Afetada pela CGH Castro.

Nome Popular Nome Científico Família

Aroeira Myracrodruon urundeuva Allemão Anacardiaceae

Breu-branco Protium heptaphyllum Burseraceae

Esporão-de-galo Celtis pubescens Cannabaceae

Grandiúva Trema micrantha (L.) Blume Cannabaceae

Embaúba Cecropia pachystachya Trécul Cecropiaceae

Leiteiro Sebastiania brasiliensis Spreng. Euphorbiaceae

Sangra-d'água Croton urucurana Baill. Euphorbiaceae

Angico-branco Anadenanthera colubrina Fabaceae

Ingá Inga vera Willd. Fabaceae

Maricá Mimosa bimucronata (DC.) Kuntze Fabaceae

Por meio do estudo de campo foi possível notificar que a estrutura e a fisionomia

aparente da vegetação apresentaram alta intervenção antrópica ocorrida na área em

anos passados, sendo encontrados pequenos fragmentos esparsos. Destaca-se

ainda a proximidade do curso d’água a rodovia (BR-158). No local onde será instalada

a CGH Castro encontram-se estruturas de um aproveitamento hidrelétrico antigo,

construído no ano de 1963.

Para a CGH serão reaproveitadas algumas estruturas deste empreendimento, tal

como o canal adutor. Essa atividade resultará na não supressão da vegetação para a

construção do mesmo e para a instalação das demais estruturas haverá baixa

remoção de espécies vegetais havendo menor impacto a biodiversidade local,

conforme apresentado no início deste capítulo. As figuras abaixo apresentam as

estruturas antigas do empreendimento, bem como as que demostram o cenário do

canal adutor no período de realização das campanhas de levantamento de dados.

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Figura 7.46: A – B) Fisionomia ao longo do Canal Adutor – Primeira Campanha (Setembro, 2016).

Figura 7.47: C – D) Fisionomia ao longo do Canal Adutor – Segunda Campanha (Janeiro, 2017).

Figura 7.48: E – F) Antigas estruturas de barramento.

A B

C D

F E

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Figura 7.49: G –H) Antigas estruturas da casa de força.

As figuras abaixo mostram a fisionomia da vegetação nas áreas de Influência do

empreendimento e também na faixa ciliar do Rio Santana.

Figura 7.50: Fisionomia da vegetação nas áreas de influência. Fonte: Construnível, 2015.

Figura 7.51: Faixa da vegetação ciliar. Figura 7.52: Caracterização de antropização

na Área de Influência Direta (AID).

H G

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De acordo com o método de área fixa, onde instalou-se 4 parcelas, foram mensurados

117 indivíduos obtendo como diâmetro médio 13,0 cm e altura média de 6,0 m. Com

os dados analisados é possível descrever as características fitossociológicas do local

através de gráficos com número de indivíduos amostrados e as respectivas famílias

as quais pertencem.

As famílias que mais se destacaram com relação ao número de indivíduos amostrados

foram: Fabaceae (52 árvores), Euphorbiaceae (25 árvores), Cannabaceae (19

árvores), Anacardiaceae (09 árvores), Cecropiaceae (09 árvores) e Burseraceae (03

árvores). A figura abaixo apresenta as principais famílias em relação aos indivíduos

encontrados.

Gráfico 7.23: Famílias com maior número de indivíduos amostrados.

A família que apresentou maior riqueza de espécies neste levantamento foi Fabaceae

(03 espécies). Em seguida Cannabaceae e Euphorbiaceae (02 espécies). As demais

famílias encontradas (50%) apresentaram somente 01 espécie amostrada. O gráfico

abaixo apresenta as principais famílias em relação às espécies encontradas.

52

2519

9 93

0

20

40

60

Famílias com maior número de indivíduos amostrados

Famílias Botânicas

de indiv

iduos

am

ostr

ados

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Gráfico 7.24: Famílias com maior número de espécies amostradas.

De acordo com o levantamento fitossociológico realizado, foi possível analisar que a

vegetação peculiar da região foi bastante degradada, deixando o local com

características distintas da original. Com a construção do empreendimento

hidrelétrico, será necessário o cumprimento das obrigações legais e morais quanto à

manutenção de florestas remanescentes e recuperação de áreas de Preservação

Permanente a níveis inteiramente proporcionais à vegetação retirada para a

construção.

No que diz respeito ao diâmetro das árvores, a maioria dos indivíduos amostrados

encontram-se com valores de diâmetros baixos, sendo que 74,36% dos indivíduos

amostrados possuem no máximo 15 cm de DAP. O gráfico a seguir, apresenta as

classes de diâmetro dos indivíduos amostrados.

3

2 2

1 1 1

0

2

4

Famílias com maior número de espécies amostradas

Famílias Botânicas

de e

spécie

s

am

ostr

adas

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Gráfico 7.25: Classes de diâmetros dos indivíduos amostrados

Na sequência está apresentado o gráfico demonstrando a divisão por classe de altura

de todas as espécies encontradas, podendo ser visualizado que as árvores as quais

apresentam o maior número de indivíduos amostrados concentram-se entre 4,1 a 8 m

de altura.

Gráfico 7.26: Classes de altura dos indivíduos amostrados.

Laudo de Estágio Sucessional

As condições sucessionais de espécies estão presentes em três fases, porém pouco

a pouco alteradas, predominando espécies pioneiras no estágio inicial e espécies

clímax tolerantes à sombra na floresta primária; a diversidade de espécies é crescente

nessa sequência de fases, tanto no estrato da regeneração natural, quanto no estrato

arbóreo superior.

59

28

137 4 6

00

20

40

60

Classes de Diâmetro dos Indivíduos Amostrados

Classes de Diâmetro (m)

de indiv

iduos

encontr

ados

35

64

18

00

40

80

Classes de Altura dos Indivíduos Amostrados

Classes de Altura (m)

me

ro d

e in

div

idu

os

en

co

ntr

ad

os

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Os processos dinâmicos da vegetação ocorrem com intensidades diferentes, de

acordo com a fase de desenvolvimento. A mortalidade, o ingresso, assim como a

relação ingresso/mortalidade são maiores nos estágios iniciais e diminuem aos

poucos com o desenvolvimento da vegetação.

A Resolução CONAMA nº 30 de 1994 define vegetação primária e secundária nos

estágios inicial, médio e avançado de regeneração da Mata Atlântica, a fim de orientar

os procedimentos de licenciamento de atividades florestais no Estado do Mato Grosso

do Sul. Justifica-se o uso da presente resolução em virtude da vegetação na área de

implantação da CGH Castro encontrar-se sob domínio dos biomas Mata Atlântica e

Cerrado, e não existir nenhuma Resolução para a classificação vegetacional do bioma

Cerrado. Sendo assim a classificação do estágio sucessional da vegetação arbórea

na área de influência direta do empreendimento foi realizada mediante a análise dos

seguintes itens:

A) Estágio Inicial: fisionomia herbáceo/arbustiva; espécies lenhosas ocorrentes

variando entre uma a dez espécies; altura das espécies lenhosas do dossel de

até 10 m, área basal variando entre 7 a 20 m²/ha, distribuição diamétrica variando

até 15 cm. As epífitas são raras, as lianas herbáceas abundantes, lianas

lenhosas ausentes e espécies gramíneas abundantes.

B) Estágio médio: fisionomia arbustiva e/ou arbórea; espécies lenhosas

ocorrentes variando entre 10 e 30 espécies; altura das espécies lenhosas do

dossel variando entre 10 e 18 metros; área basal variando entre 15 e 30 m²/ha;

distribuição diamétrica variando entre 10 e 35 cm. As epífitas são poucas, lianas

herbáceas poucas, lianas lenhosas raras e espécies gramíneas são poucas.

C) Estágio avançado: fisionomia arbórea fechada, tendendo a ocorrer

distribuição contígua de copas, podendo o dossel apresentar ou não árvores

emergentes; espécies lenhosas ocorrentes apresentam número superior a 30; a

amplitude de diâmetro e altura das espécies lenhosas do dossel é superior a 18

m, com área basal (m²/ha) superior a 30 m²/ha, com distribuição diamétrica

variando entre 20 a 50 cm, e média de amplitude do DAP de 30 cm; as epífitas

são abundantes, as lianas herbáceas raras e as lianas lenhosas encontram-se

presentes. As gramíneas são raras.

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Com base nos dados levantados e analise in loco da área, foi possível levantar

características que possibilitaram a classificação da vegetação presente na área do

empreendimento. Contudo é possível concluir que a vegetação predominante na

região do estudo encontra-se em Transição de Estágio Inicial para Estágio Médio

de Regeneração Natural, por apresentar as seguintes características:

Número de espécies lenhosas igual a 10;

Área basal 24,06 estando entre 15 a 30 m²/ha;

Altura média das espécies lenhosas igual a 6,00m, sendo a máxima

encontrada de 12,0m;

Distribuição diamétrica média de 13 cm, sendo a máxima encontrada de

35 cm;

Espécies indicadora encontradas Croton urucurana Baill. (estágio inicial)

e Myracrodruon urundeuva Allemão (estágio médio).

Os parâmetros relevantes para caracterização podem apresentar diferenciações em

função das condições de relevo, clima e solos locais; e do histórico do uso da terra.

Da mesma forma, estes fatores podem determinar a não ocorrência de uma ou mais

espécies indicadoras.

Espécies Ameaçadas

Analisando a Lista Vermelha de Espécies da Flora Brasileira ameaçada de extinção

do Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora) foram identificados

indivíduos das espécies Myracrodruon urundeuva e Protium heptaphyllum. A

classificação referente à categoria da espécie encontra-se detalhada abaixo.

Tabela 7.49: Espécies ameaçadas de extinção e respectiva classificação.

Espécie N° de indivíduos Categoria¹

Myracrodruon urundeuva Allemão 09 LC

Protium heptaphyllum 03 DD

¹ LC – Menos preocupante; DD – Dados insuficientes.

Menos preocupante: espécies que no momento não se qualificam como ameaçadas.

São incluídas nesta categoria espécies abundantes e amplamente distribuídas.

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Dados insuficiente: espécies que não possuem informações suficientes para sua

categorização de risco de extinção baseada na distribuição e/ou status populacional.

Uma espécie nesta categoria pode ser bem estudada, mas com deficiência de dados

de abundância e/ou distribuição.

As espécies acima citadas estão presente na lista vermelha, porém suas

classificações não apresentam ameaças in situ das espécies, mesmo assim deverá

ser atendido a legislação vigente. Segundo a Instrução Normativa nº 2 de 25/04/2017

do estado do Mato Grosso do Sul que estabelece o procedimento para apresentação

de medidas mitigatórias e compensatórias de que trata o Artigo 27 da Lei nº

12.651/2012, em seu Artigo 2º inciso III declara que para cada um indivíduo abatido

deve ser efetuado o plantio de 10 mudas da mesma espécie, garantindo com isso a

preservação e perpetuação das espécies.

É importante ressaltar também, que o número mínimo de parcelas utilizadas para este

levantamento fitossociológico, levou em consideração a diversidade florística da área,

através do uso da curva espécie/área, onde o número acumulado de espécies

encontradas em relação ao aumento progressivo da área amostrada foi registrado em

um sistema de eixos coordenados, para a determinação da área mínima de

levantamento.

Assim, a área mínima corresponde ao ponto, onde a curva torna-se praticamente

horizontal, ou seja, um aumento da área de amostragem não implica em um acréscimo

significativo no número de espécies. Conforme pode ser observado no gráfico abaixo,

a partir da segunda parcela, ou de 400 m² de área amostrada, houve uma

estabilização do número de espécies novas encontradas.

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Gráfico 7.27: Classes de altura dos indivíduos amostrados.

Estrutura da Vegetação

A estrutura horizontal permite a determinação da densidade, dominância, frequência

e importância das espécies na floresta e, a estrutura vertical analisa o estágio de

desenvolvimento desta floresta, com base na distribuição das espécies nos diferentes

estratos (LONGHI et al., 2000).

Na tabela abaixo estão apresentados os parâmetros fitossociológicos dos indivíduos

da vegetação amostrada na área diretamente afetada pela CGH Castro, organizada

em ordem decrescente ao IVI.

Tabela 7.50: Parâmetros fitossociológicos das espécies florestais amostradas.

Nome Científico Frequência Densidade Dominância

IVC % IVI (%) Abs. Rel (%) Abs. Rel (%) Abs. Rel (%)

Inga vera Willd. 75 12,00 288 19,66 4,71 27,68 47,34 59,34

Myracrodruon urundeuva Allemão 50 8,00 113 7,69 4,18 24,57 32,26 40,26

Anadenanthera colubrina 50 8,00 175 11,97 2,75 16,14 28,11 36,11

Celtis pubescens 100 16,00 188 12,82 1,20 7,05 19,87 35,87

Cecropia pachystachya Trécul 75 12,00 113 7,69 1,30 7,62 15,32 27,32

Croton urucurana Baill. 75 12,00 113 7,69 1,20 7,05 14,75 26,75

Sebastiania brasiliensis Spreng. 75 12,00 200 13,68 0,00 0,00 13,68 25,68

Mimosa bimucronata (DC.) Kuntze 25 4,00 188 12,82 1,19 6,98 19,80 23,80

Trema micrantha (L.) Blume 75 12,00 50 3,42 0,34 1,98 5,39 17,39

Protium heptaphyllum 25 4,00 38 2,56 0,16 0,93 3,49 7,49

TOTAL 625 100 1463 100 17 100 200 300

0

5

10

15

0 1 2 3 4

Suficiência Amostral

Número de parcelas medidas

de e

spécie

s e

ncontr

adas

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De acordo com os parâmetros fitossociológicos apresentados na tabela abaixo, a

densidade da vegetação foi de 1.463 árvores por hectare. A densidade das espécies

na floresta foi: Inga vera com 288 árvores/ha, Sebastiania brasiliensis com 200

árvores/ha, Celtis pubescens e Mimosa bimucronata com 188 árvores/ha,

Anadenanthera colubrina com 175 árvores/ha, Myracrodruon urundeuva, Cecropia

pachystachya e Croton urucurana com 113 árvores/ha, Trema micranta com 50

árvores/ha e Protium heptaphyllum com 38 árvores/ha. O gráfico a seguir apresenta

as espécies com maior densidade absoluta no remanescente florestal estudado.

Gráfico 7.28: Espécies com maior densidade absoluta.

A espécie florestal que apresentou a melhor distribuição na vegetação estudada foi

Celtis pubescens com 100% de frequência das unidades amostrais. Em seguida com

75% de frequência destacam-se Cecropia pachystachya, Trema micranta, Inga vera,

Sebastiania brasiliensis, Croton urucurana. As espécies Anadenanthera colubrina e

Myracrodruon urundeuva apresentaram valor de 50% para o parâmetro. As demais

espécies Protium heptaphyllum e Mimosa bimucronata representaram valores de

Frequência Absoluta igual a 25%.

288

200 188 188 175

113 113 113

50 38

0

50

100

150

200

250

300

Densid

ade A

bsolu

ta

(Árv

./ha)

DENSIDADE DAS ESPÉCIES FLORESTAIS

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Gráfico 7.29: Espécies florestais com maior distribuição no fragmento florestal estudado.

Conforme demonstrado abaixo, a dominância total absoluta da vegetação foi de 24,07

m²/ha. As espécies apresentaram dominância na floresta de: Sebastiania

brasiliensis com 7,1 m²/ha, Inga vera com 4,7 m²/ha, Myracrodruon urundeuva com

4,2 m²/ha, Anadenanthera colubrina com 2,7 m²/ha, Cecropia pachystachya com 1,3

m²/ha, Croton urucurana, Celtis pubescens e Mimosa bimucronata com 1,2 m²/ha,

Trema micrantha com 0,3 m²/ha e Protium heptaphyllum com 0,2 m²/ha. O gráfico

abaixo apresenta a dominância absoluta das dez (10) espécies na floresta estudada.

Gráfico 7.30: Espécies florestais com maior dominância na floresta estudada.

A tabela seguir mostra a relação entre as 04 unidades amostrais e as espécies

florestais distribuídas nas mesmas. Conforme a tabela é possível analisar que a

100

75 75 75 75 75

50 50

25 25

0

20

40

60

80

100F

requência

Absolu

ta

(%)

FREQUÊNCIA DAS ESPÉCIES FLORESTAIS

7,1

4,7 4

,2

2,7

1,3

1,2

1,2

1,2 0

,3

0,2

0

2

4

6

8

Dom

inância

Absolu

ta

(m²/

ha)

DOMINÂNCIA DAS ESPÉCIES FLORESTAIS

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espécie Cecropia pachystachya (embaúba) pode ser encontrada em todas as

unidades.

Das 10 espécies encontradas, 80% está distribuída na unidade amostral 03, sendo

que ao menos 01 indivíduo aparece na unidade, demonstrando que esta parcela

apresentou maior frequência do que as outras analisadas.

Tabela 7.51: Relação das unidades amostrais e das espécies florestais.

ESPÉCIES

AMOSTRA 01 AMOSTRA 02 AMOSTRA 03 AMOSTRA 04

N° ÁRV. % N° ÁRV. % N° ÁRV. % N° ÁRV. %

Anadenanthera colubrina 13 33% - - - - 1 4%

Cecropia pachystachya Trécul 1 3% 6 17% 1 5% 2 9%

Celtis pubescens - - 9 26% 3 15% 2 9%

Croton urucurana Baill. - - 4 11% 2 10% 3 13%

Inga vera Willd. - - 11 31% 4 20% 8 35%

Mimosa bimucronata (DC.) Kuntze 15 38% - - - - - -

Myracrodruon urundeuva Allemão 7 18% - - - - 2 9%

Protium heptaphyllum 3 8% - - - - - -

Sebastiania brasiliensis Spreng. - - 4 11% 8 40% 4 17%

Trema micrantha (L.) Blume - - 1 3% 2 10% 1 4%

TOTAL 39 100 35 100 20 100 23 100

As espécies no remanescente florestal estudado apresentaram os seguintes valores

para o Índice de Valor de Importância: Sebastiania brasiliensis (IVI: 18,33%), Inga

vera (IVI: 17,08%), Celtis pubescens (IVI: 11,27%), Myracrodruon urundeuva (IVI:

11,02%), Anadenanthera colubrina (IVI: 10,46%), Cecropia pachystachya (IVI:

8,36%), Croton urucurana (IVI: 8,23%), Mimosa bimucronata (IVI: 7,25%), Trema

micrantha (IVI: 5,61%) e Protium heptaphyllum (IVI: 2,41%).

O índice de diversidade Shannon (H´) para as espécies encontradas na área de

implantação da CGH Castro, gerou um valor de 2,30 nats/ind. A diversidade florística

registrada neste estudo foi semelhante à observada em outros estudos realizados em

comunidades lenhosas do cerrado com valores de 2,8 nats/ind (SANTOS-DINIZ et al.,

2012) e 2,79 nats/ind (UHLMAN et al., 1998) sendo possível comprovar uma baixa

diversidade de espécies na área de estudo. O índice de Equabilidade de Pielou

pertence ao intervalo [0,1], onde 1 representa a máxima diversidade, ou seja, todas

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as espécies são igualmente abundantes (MAGURRAN, 1988). Para o presente estudo

o índice encontrado na área foi de 0,41, mostrando que o local apresenta uma co-

dominância ecológica.

Na figura abaixo é possível analisar a localização de cada unidade amostral, com as

devidas coordenadas geográficas, podendo também ser destacada a espécies a qual

apresentou o maior IVI, sendo esta a Sebastiania brasiliensis (leiteiro). A escolha dos

pontos amostrais priorizou as áreas onde possivelmente haverá supressão, bem como

onde há uma maior ocorrência de indivíduos para melhor representatividade do

fragmento vegetacional e ainda visando abranger os diferentes locais de estruturas.

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Figura 7.53: Características do estudo no empreendimento CGH Castro.

Bioma: Cerrado e Mata Atlântica

Caracterização da cobertura vegetal: levantamento rápido e parcelas de área fixa

Área das unidades: 200 m²

Localidade: Rio Santana

Município: Paranaíba - MS

1ª Campanha: 08 a 09 de setembro de 2016

2ª Campanha: 18 a 20 de janeiro de 2017

Barramento

Barramento

UNIDADE AMOSTRAL 04:

Área alagada

CGH CASTRO

UNIDADE AMOSTRAL 01:

Coordenadas Geográficas: Latitude: 19°42'37.82"S | Longitude: 51° 8'32.64"OCasa de Força

Coordenadas Geográficas: Latitude: 19°42'45.83"S | Longitude: 51° 8'41.84"O

Espécie com maior IVI - Sebastiania brasiliensis Spreng.

Croqui de Localização: Google Earth, 2017.

UNIDADE AMOSTRAL 02:

UNIDADE AMOSTRAL 03:

Coordenadas Geográficas: Latitude: 19°42'46.18"S | Longitude: 51° 8'40.43"O

Coordenadas Geográficas: Latitude: 19°42'55.98"S | Longitude: 51° 8'38.09"O

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7.2.1.1 Relatório Fotográfico

Figura 7.54: Fisionomia da vegetação na Área Diretamente Afetada (ADA).

Com o imenso território e pela grande variação de ecossistemas, o Brasil é

considerado o país com o maior patrimônio de biodiversidade mundial, sendo o

Cerrado um dos hotspots mundiais de biodiversidade.

O bioma Cerrado é considerado o segundo maior bioma brasileiro (ocupa cerca de

23% do território nacional), representando 30% da diversidade do Brasil, o que o torna

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uma das ecorregiões mais importantes do país, tendo, entre outras, a característica

de apresentar um mosaico de vegetação que vai desde plantas lenhosas até

herbáceas, tornando-se assim uma região peculiar e muito diversificada

fisionomicamente (RIBEIRO & WALTER, 1998 apud PAGOTTO & SOUZA, 2006).

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, no bioma ocorrem cerca de 199

espécies de mamíferos, 837 espécies de aves, 1200 espécies de peixes, 180 de

répteis e 150 de anfíbios. Em estudo recente realizado pelo Instituto Chico Mendes de

Conservação da Biodiversidade, verificou-se que o Cerrado possui 307 espécies

ameaçadas e 123 espécies endêmicas ameaçadas de extinção no bioma (ICMBIO,

2016).

Os estudos para a caracterização da fauna local visaram avaliar os principais grupos

de fauna silvestre (avifauna, herpetofauna, mastofauna e ictiofauna) através da

Autorização Ambiental – AA nº 027/2016, emitida pelo IMASUL. As amostragens

foram realizadas no período de 30 de novembro a 02 de dezembro de 2016, e de 18

a 20 de janeiro de 2017. Ambas as campanhas foram realizadas no período

compreendido como estação chuvosa, porém, a primeira campanha apresentou

características de estação seca, com período de estiagem, o que pode diferenciar as

duas campanhas.

Avifauna

Nas últimas décadas, tornou-se frequente os estudos com a avifauna em ambientes

naturais para avaliação e monitoramento de qualidade ambiental. Autores indicam a

adequação das aves como ferramenta de trabalho para avaliação de ambientes por

apresentarem as seguintes características: 1) as espécies são primordialmente

diurnas, detectáveis pela visualização ou pelos cantos específicos; 2) grande parte

das espécies já foi catalogada cientificamente; 3) existem sistemas de trabalho em

campo padronizados em escala global; 4) as aves têm seu papel nos ecossistemas

relativamente bem compreendido (ANTAS; ALMEIDA, 2003); 5) são sensíveis

indicadores das condições dos ecossistemas, principalmente os florestais, porque

cada espécie de ave possui seu próprio requisito de território e habitat, além de

ocuparem muitos nichos ecológicos e tróficos das florestas (TOLEDO, 1993;

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ALMEIDA; ALMEIDA, 1998); 6) por possuírem exigências específicas de

sobrevivência, há espécies que se beneficiam e outras que são prejudicadas pelas

alterações ambientais (DAJOZ, 2005; ATCHINSON & RODEWALD, 2006).

São vários os fatores ambientais que influenciam o número e a composição de

espécies de aves de um local, bem como são muitas as modificações sobre o

ambiente provocadas pela fragmentação (ANJOS; GIMENES, 2003). A degradação

provocada pelo homem influencia diretamente esses ecossistemas reduzindo

drasticamente a vegetação existente, tornando assim os sítios de reprodução

pequenos para espécies animais que necessitam de um ambiente mais amplo para

sua sobrevivência. Segundo Sick (2001), não é possível preservar a avifauna

oferecendo-lhes apenas sobras de habitat.

Desta forma, o conhecimento da estrutura da comunidade avifaunística, sua biologia

e ecologia, permite inferir hipóteses sobre sua resposta diante de determinadas ações

humanas e pode subsidiar ações de manejo e conservação de ecossistemas (ANJOS,

1998; SILVA, 1998).

7.2.1.4.1 Metodologia para amostragem da avifauna

As amostragens foram realizadas através de método qualitativo e não-interventivo,

que consiste em percorrer transectos nas áreas de influência do empreendimento

registrando em planilha todas as espécies de aves, independente da forma de contato

(visual e/ou auditiva).

O transecto pode ser definido como uma faixa amostral de uma comunidade com

comprimento e largura variáveis – a serem definidos de acordo com o interesse do

pesquisador. Tal método é indicado para ambientes heterogêneos, uma vez que

possibilita ao pesquisador ajustar o tamanho e a localização da transecção, de modo

a incorporar todos os habitats do local. O uso de transectos é extremamente útil em

pesquisas que visem caracterizar áreas ecotonais ou áreas em diferentes estádios

sucessionais (BROWER; ZAR, 1984). Millikin (1988) ainda defende que os transectos

lineares permitem contatos duradouros e, se traçados de forma correta, podem incluir

os principais habitats da área de estudo com mínimo tempo percorrido e máximo

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tempo de registro, possibilitando assim observações ao longo de cada transecto em

um mesmo período de atividade das aves.

O levantamento da avifauna ocorreu nas primeiras horas da manhã e nas últimas

horas da tarde, momento de maior atividade das aves, pelo período de

aproximadamente 8 horas/dia, totalizando 48 horas/campo/homem de amostragem.

Para o registro dos contatos visuais foram utilizados binóculos Nautika (8x40 mm),

além de gravador de voz Powerpack (DVR 2928N) para registro dos contatos

auditivos. As seguintes referências foram utilizadas para auxiliar na identificação das

aves: Sick (1997) e Sigrist (2009).

Para determinar o habitat preferencial das espécies foi considerado o proposto por

Sick (1997) (tabela a seguir).

Tabela 7.52: Categorias de habitat da avifauna.

Categorias Habitat

Florestal - FLO Espécie que ocorre no interior de áreas florestadas, evitando habitar locais desmatados e abertos.

Áreas abertas - AA Espécie generalista que habita o campo e locais que sofreram alguma forma de degradação.

Borda de mata – BOR Espécie que habita ambientes florestados, porém também pode ser encontrada em locais com vegetação degradada.

Lagos, rios e banhados - LRB Espécie que ocorre em lagos, rios ou banhados.

Fonte: SICK (1997).

As espécies registradas foram distribuídas em sete grupos ecológicos distintos

baseados em hábitos alimentares. A dieta predominante das aves foi determinada de

acordo com revisão bibliográfica de Motta-Júnior (1990), Sick (1997), Krügel e Anjos

(2000) e Scherer et al. (2005). A divisão de categorias tróficas foi baseada em Krügel

e Anjos (2000) e Scherer et al. (2005) (tabela a seguir).

Tabela 7.53: Categorias de guilda trófica da avifauna.

Categorias Guilda trófica

Nectarívoro – NEC Alimentação composta em sua maior parte por néctar.

Granívoro – GRA Alimentação composta em sua maior parte por grãos.

Frugívoro – FRU Alimentação composta principalmente por frutos.

Insetívoro – INS Alimentação composta por insetos.

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Onívoro – ONI Dieta mista que pode incluir sementes, frutas, folhas, flores, brotos, néctar, invertebrados e pequenos vertebrados.

Carnívoro - CAR Alimentação composta por pequenos e médios vertebrados.

Detritívoro – DET Alimentação composta principalmente por carcaças animais.

Piscívoro - PIS Alimentação composta por peixes.

Fonte: MOTTA-JÚNIOR (1990), SICK (1997), KRÜGEL e ANJOS (2000) e SCHERER et al. (2005).

7.2.1.4.2 Resultados

Para o levantamento de espécies ocorrentes na área de influência indireta do

empreendimento foi realizada consulta em referenciais bibliográficos disponíveis

buscando dados obtidos em locais de mesma fitofisionomia encontrada no local de

estudo, a qual resultou na lista apresentada a seguir. O estudo ainda sugere algumas

informações importantes sobre a ecologia das espécies, as quais também estão

compiladas na tabela apresentada.

Tabela 7.54: Avifauna registrada para a área de influência indireta do empreendimento.

Ordem Família Espécie Importância

econômica e/ou ecológica

RHEIFORMES Rheidae Rhea americana 1

TINAMIFORMES Tinamidae Crypturellus undulatus 1,2

Crypturellus parvirostris 1,2

Rhynchotus rufescens 1,2

Nothura maculosa 1,2

ANSERIFORMES Anatidae Dendrocygna viduata 3

Dendrocygna autumnalis 3

Cairina moschata 4

Amazonetta brasiliensis 4

GALLIFORMES Cracidae Crax fasciolata 1,2

CICONIIFORMES Ciconiidae Mycteria americana 3

PELECANIFORMES Ardeidae Tigrisoma lineatum -

Butorides striata -

Bubulcus ibis 4

Ardea alba 3

Syrigma sibilatrix -

Pilherodius pileatus -

Egretta thula -

Threskiornithidae Mesembrinibis cayennensis 4

Theristicus caudatus -

Platalea ajaja 3

CATHARTIFORMES Cathartidae Cathartes aura -

Coragyps atratus -

ACCIPITRIFORMES Accipitridae Circus buffoni -

Heterospizias meridionalis -

Urubitinga urubitinga -

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Ordem Família Espécie Importância

econômica e/ou ecológica

Rupornis magnirostris -

FALCONIFORMES Falconidae Ibycter americanus -

Caracara plancus -

Milvago chimachima 5

Falco sparverius -

Falco femoralis -

GRUIFORMES Rallidae Aramides cajaneus -

CARIAMIFORMES Cariamidae Cariama cristata -

CHARADRIIFORMES Charadriidae Vanellus chilensis -

COLUMBIFORMES Columbidae Columbina minuta -

Columbina talpacoti -

Columbina squammata -

Columba livia 6

Patagioenas picazuro 3

Patagioenas cayennensis -

Zenaida auriculata -

Leptotila verreauxi -

Leptotila rufaxilla -

PSITTACIFORMES Psittacidae Ara ararauna 7

Ara chloropterus 7

Orthopsittaca manilatus 7

Diopsittaca nobilis 7

Psittacara leucophthalmus 7

Eupsittula aurea 7

Forpus xanthopterygius 7

Brotogeris chiriri 7

Pionus maximiliani 7

Amazona amazonica 7

Amazona aestiva 7

CUCULIFORMES Cuculidae Piaya cayana -

Crotophaga ani -

Guira guira -

Tapera naevia -

STRIGIFORMES Tytonidae Tyto furcata -

Strigidae Glaucidium brasilianum -

Athene cunicularia -

CAPRIMULGIFORMES Caprimulgidae Hydropsalis albicollis -

Chordeiles nacunda 3

APODIFORMES Trochilidae Phaethornis pretrei -

Eupetomena macroura -

Anthracothorax nigricollis 3

Amazilia fimbriata -

TROGONIFORMES Trogonidae Trogon surrucura -

CORACIIFORMES Alcedinidae Chloroceryle americana -

Momotidae Momotus momota -

GALBULIFORMES Galbulidae Brachygalba lugubris -

Galbula ruficauda -

Bucconidae Monasa nigrifrons -

Chelidoptera tenebrosa -

PICIFORMES Ramphastidae Ramphastos toco 2

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Ordem Família Espécie Importância

econômica e/ou ecológica

Pteroglossus castanotis 2

Picidae Picumnus albosquamatus -

Melanerpes candidus -

Veniliornis passerinus -

Colaptes melanochloros -

Colaptes campestris -

Campephilus melanoleucos -

Dryocopus lineatus -

PASSERIFORMES Thamnophilidae Dysithamnus mentalis -

Thamnophilus doliatus -

Thamnophilus torquatus -

Thamnophilus pelzelni -

Taraba major -

Dendrocolaptidae Campylorhamphus trochilirostris 2

Lepidocolaptes angustirostris 2,8

Furnariidae Furnarius rufus -

Phacellodomus ruber -

Pipridae Pipra fasciicauda -

Antilophia galeata 8

Rhynchocyclidae Phylloscartes ventralis -

Todirostrum cinereum -

Poecilotriccus latirostris -

Hemitriccus margaritaceiventer -

Tyrannidae Camptostoma obsoletum -

Elaenia flavogaster -

Casiornis rufus -

Myiarchus ferox -

Pitangus sulphuratus -

Philohydor lictor -

Machetornis rixosa -

Megarynchus pitangua -

Myiozetetes cayanensis 3

Myiozetetes similis 3

Tyrannus albogularis 3

Tyrannus melancholicus 3

Tyrannus savana 3

Empidonomus varius 3

Pyrocephalus rubinus 3

Fluvicola albiventer -

Arundinicola leucocephala 4

Gubernetes yetapa 3

Xolmis cinereus 3

Xolmis velatus 3

Vireonidae Cyclarhis gujanensis -

Corvidae Cyanocorax cristatellus 8

Cyanocorax cyanopogon -

Hirundinidae Pygochelidon cyanoleuca 3

Stelgidopteryx ruficollis 3

Progne tapera 3

Progne chalybea 3

Tachycineta albiventer 3

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Ordem Família Espécie Importância

econômica e/ou ecológica

Troglodytidae Cantorchilus leucotis -

Donacobiidae Donacobius atricapilla -

Polioptilidae Polioptila dumicola -

Turdidae Turdus rufiventris -

Turdus leucomelas -

Turdus amaurochalinus 3

Mimidae Mimus saturninus -

Thraupidae Saltator maximus 8

Saltatricula atricollis 8

Cypsnagra hirundinacea -

Lanio cucullatus -

Lanio penicillatus -

Tangara sayaca -

Tangara palmarum -

Tangara cayana -

Dacnis cayana -

Hemithraupis guira -

Porphyrospiza caerulescens -

Sicalis flaveola 7

Emberizoides herbicola -

Volatinia jacarina 3

Sporophila caerulescens 3

Charitospiza eucosma -

Passerellidae Zonotrichia capensis -

Ammodramus humeralis 4

Arremon taciturnus -

Cardinalidae Piranga flava -

Parulidae Myiothlypis flaveola -

Icteridae Cacicus haemorrhous -

Icterus cayanensis -

Gnorimopsar chopi 7

Pseudoleistes guirahuro -

Molothrus bonariensis 4

Sturnella superciliaris 3

Fringillidae Euphonia chlorotica -

Passeridae Passer domesticus 6

Legenda: (1) espécie cinegética; (2) bioindicadora; (3) migratória intracontinental; (4) nômade; (5) controle de parasitas em bovinos; (6) exótica; (7) visada para tráfico; (8) endêmica do cerrado. Fonte: ROCHA et al. (2015).

Através das metodologias utilizadas para o levantamento primário das espécies da

avifauna na área de influência direta, pode-se chegar a um total de 64 espécies

registradas, pertencentes a 18 ordens e 32 famílias. Esta riqueza equivale a 7,65%

das espécies com ocorrência no estado do Mato Grosso do Sul. A relação de espécies

registradas, juntamente com aspectos ecológicos específicos é apresentada a seguir.

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Tabela 7.55: Lista da avifauna registrada na área de influência do empreendimento.

Táxon Nome comum

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Ecologia Ameaça

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TINAMIFORMES

Tinamidae

Crypturellus parvirostris (Wagler, 1827) inhambu-chororó x x x x LC - - bor gra a

Rhynchotus rufescens (Temminck, 1815) perdiz x x x x LC - - aa ins a

ANSERIFORMES

Anatidae

Amazonetta brasiliensis (Gmelin, 1789) pé-vermelho x x x LC - - lbr oni av

Cairina moschata (Linnaeus, 1758) pato-do-mato x x x LC - - lbr oni v

GALLIFORMES

Cracidae

Penelope superciliaris Temminck, 1815 jacupemba x x x LC CR CR bor fru a

Crax fasciolata Spix, 1825 mutum-de-penacho x x x x VU CR CR bor oni av

SULIFORMES

Phalacrocoracidae

Phalacrocorax brasilianus (Gmelin, 1789) biguá x x LC - - lbr pis v

PELECANIFORMES

Ardeidae

Bubulcus ibis (Linnaeus, 1758) garça-vaqueira x x x LC - - aa ins v

Threskiornithidae

Theristicus caudatus (Boddaert, 1783) curicaca x x x LC - - aa ins av

CATHARTIFORMES

Cathartidae

Cathartes aura (Linnaeus, 1758) urubu-de-cabeça-vermelha x x LC - - aa det v

Coragyps atratus (Bechstein, 1793) urubu-de-cabeça-preta x x x LC - - aa det v

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Táxon Nome comum

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Ecologia Ameaça

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IUC

N

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A

ICM

BIO

ACCIPITRIFORMES

Accipitridae

Rupornis magnirostris (Gmelin, 1788) gavião-carijó x x LC - - bor car av

CHARADRIIFORMES

Charadriidae

Vanellus chilensis (Molina, 1782) quero-quero x x x LC - - aa ins av

COLUMBIFORMES

Columbidae

Columbina talpacoti (Temminck, 1811) rolinha-roxa x x x LC - - bor gra av

Columbina squammata (Lesson, 1831) fogo-apagou x x LC - - aa oni av

Columbina picui (Temminck, 1813) rolinha-picui x x LC - - aa oni v

Patagioenas picazuro (Temminck, 1813) pombão x x x LC - - bor gra a

Zenaida auriculata (Des Murs, 1847) pomba-de-bando x x x LC - - aa gra av

Leptotila verreauxi Bonaparte, 1855 juriti-pupu x x x LC - - flo oni a

CUCULIFORMES

Cuculidae

Crotophaga ani Linnaeus, 1758 anu-preto x x x LC - - aa car av

Guira guira (Gmelin, 1788) anu-branco x x x LC - - aa car av

STRIGIFORMES

Strigidae

Megascops choliba (Vieillot, 1817) corujinha-do-mato x x LC - - bor ins a

Athene cunicularia (Molina, 1782) coruja-buraqueira x x x LC - - aa car v

APODIFORMES

Trochilidae

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BIO

Chlorostilbon lucidus (Shaw, 1812) besourinho-de-bico-vermelho

x x LC - - bor nec v

CORACIIFORMES

Alcedinidae

Chloroceryle americana (Gmelin, 1788) martim-pescador-pequeno x x x LC - - lbr pis av

Megaceryle torquata (Linnaeus, 1766) martim-pescador-grande x x LC - - lbr pis av

GALBULIFORMES

Momotidae

Momotus momota (Linnaeus, 1766) udu-de-coroa-azul x x LC - - flo ins av

Bucconidae

Monasa nigrifrons (Spix, 1824) chora-chuva-preto x x LC - - flo ins v

PICIFORMES

Ramphastidae

Ramphastos toco Statius Muller, 1776 tucanuçu x x x LC - - aa fru v

Pteroglossus castanotis Gould, 1834 araçari-castanho x x x x LC - - aa fru av

Picidae

Dryocopus lineatus (Linnaeus, 1766) pica-pau-de-banda-branca x x LC flo ins v

Colaptes melanochloros (Gmelin, 1788) pica-pau-verde-barrado x x x LC - - bor ins v

Colaptes campestris (Vieillot, 1818) pica-pau-do-campo x x x LC - - aa ins a

Veniliornis passerinus (Linnaeus, 1766) picapauzinho-anão x x LC - - aa ins v

FALCONIFORMES

Falconidae

Caracara plancus (Miller, 1777) caracará x x x LC - - aa oni av

Milvago chimachima (Vieillot, 1816) carrapateiro x x x LC - - aa oni av

PSITTACIFORMES

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Táxon Nome comum

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Ecologia Ameaça

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Psittacidae

Ara ararauna (Linnaeus, 1758) arara-canindé x x x LC - - aa fru av

Diopsittaca nobilis (Linnaeus, 1758) maracanã-pequena x x x x LC - - aa fru av

Psittacara leucophthalmus (Statius Muller, 1776)

periquitão-maracanã x x x LC - - aa fru av

PASSERIFORMES

Thamnophilidae

Thamnophilus doliatus (Linnaeus, 1764) choca-barrada x x x LC - - bor ins v

Thamnophilus caerulescens Vieillot, 1816 choca-da-mata x x x LC - VU bor ins a

Furnariidae

Furnarius rufus (Gmelin, 1788) joão-de-barro x x x LC - - aa ins a

Tyrannidae

Pitangus sulphuratus (Linnaeus, 1766) bem-te-vi x x x LC - - aa ins av

Tyrannus melancholicus Vieillot, 1819 suiriri x x x LC - - bor ins av

Camptostoma obsoletum (Temminck, 1824) risadinha x x - LC - - bor oni a

Tyrannus savana Vieillot, 1808 tesourinha x x x LC - - aa ins v

Vireonidae

Cyclarhis gujanensis (Gmelin, 1789) pitiguari x x x LC - - bor ins a

Corvidae

Cyanocorax cristatellus (Temminck, 1823) gralha-do-campo x x x LC - - bor oni av

Hirundinidae

Progne tapera (Vieillot, 1817) andorinha-do-campo x x x x LC - - aa ins a

Progne chalybea (Gmelin, 1789) andorinha-doméstica-grande

x x x x LC - - aa ins v

Troglodytidae

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Táxon Nome comum

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Ecologia Ameaça

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BIO

Troglodytes musculus Naumann, 1823 corruíra x x x LC - - aa ins a

Turdidae

Turdus rufiventris Vieillot, 1818 sabiá-laranjeira x x x LC - - aa ins av

Mimidae

Mimus saturninus (Lichtenstein, 1823) sabiá-do-campo x x x LC - - aa oni av

Icteridae

Cacicus chrysopterus (Vigors, 1825) tecelão x x x LC - - flo oni a

Icterus pyrrhopterus (Vieillot, 1819) encontro x x LC - - flo oni v

Molothrus bonariensis (Gmelin, 1789) vira-bosta x x x LC - - aa oni v

Gnorimopsar chopi (Vieillot, 1819) graúna x x x LC - - bor oni av

Thraupidae

Tangara sayaca (Linnaeus, 1766) sanhaçu-cinzento x x x LC - - aa fru av

Nemosia pileata (Boddaert, 1783) saíra-de-chapéu-preto x x LC - - aa fru av

Sporophila caerulescens (Vieillot, 1823) coleirinho x x x x LC - - aa gra a

Sicalis flaveola (Linnaeus, 1766) canário-da-terra x x x LC - - aa gra av

Volatinia jacarina (Linnaeus, 1766) tiziu x x x LC - - aa gra a

Tersina viridis (Illiger, 1811) saí-andorinha x x LC - - bor fru v

Fringillidae

Euphonia chlorotica (Linnaeus, 1766) fim-fim x x x LC - - flo fru av

Legenda: LC – pouco preocupante; CR – crítico; EM – em perigo; VU – vulnerável; aa - áreas abertas; flo - florestal; bor - borda de mata; oni - onívoro; gra – granívoro; fru – frugívoro; ins – insetívoro; car – carnívoro; nec – nectarívoro; det – detritívoro; pis – piscívoro; a – auditivo; v – visual; av – auditivo e visual.

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As famílias registradas com maior número de espécies foi Columbidae e Thraupidae,

com seis espécies cada, seguidos de Picidae, Tyrannidae e Icteridae, com quatro

espécies cada.

Gráfico 7.31: Famílias registradas na área de influência do empreendimento.

As guildas tróficas da avifauna registrada que apresentaram maior riqueza de

espécies foram as insetívoras (34,4%), seguida das aves onívoras (23,4%) e

frugívoras (15,6%).

Gráfico 7.32: Guildas tróficas da avifauna registrada na área de influência do empreendimento.

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A estrutura trófica da avifauna foi similar ao padrão encontrado por outros autores em

áreas perturbadas (ARGEL-DE-OLIVEIRA, 1995; SCHERER et al., 2005; TELINO et

al., 2005; VALADÃO et al., 2006), com predomínio de insetívoros e onívoros.

Espécies insetívoras e onívoras geralmente conseguem aproveitar os recursos

fornecidos por ambientes alterados, já que habitats abertos associados a culturas

diversas podem favorecer aves que se alimentam de insetos ou recursos diversos,

tais como grãos e outras sementes. A predominância de hábito alimentar insetívoro

pode indicar um ambiente mais alterado (ALMEIDA, 1982). A importância de espécies

insetívoras está no controle biológico que elas exercem para manter o equilíbrio do

ambiente onde frequentam. (VOLPATO et al., 2009). Já as espécies onívoras são

favorecidas pela presença da borda florestal e pela heterogeneidade proporcionada

pelos ambientes perturbados (ANJOS, 1990; ALEIXO, 2001), onde conseguem obter

grande variedade de alimento (D’ANGELO NETO et al., 1998).

Embora a alta degradação do local, obteve-se um representativo registro de espécies

frugívoras. Espécies desta guilda trófica possuem íntima relação com espécies

vegetais, principalmente árvores frutíferas, o que denota que o ambiente pode ofertar

recursos de subsistência que estes seres precisam. Importante também mencionar a

ocorrência de frugívoros de médio porte, representantes da família Psittacidae. Estas

aves em geral dependem de um ambiente mais conservado para poderem sobreviver

e encontrarem os alimentos de que precisam (SICK, 1997). Este fato pode ser um

indicativo de que a área amostral ainda está apresentando condições ambientais de

sustentar espécies com maiores exigências ecológicas. Porém, deve-se levar em

consideração a grande área de vida da avifauna, podendo estes terem sido encontros

ocasionais, em momentos de forrageio ou deslocamento.

A categoria de habitat com maior riqueza de espécies foi áreas abertas (54,7%). Em

segundo lugar se tem as categorias de borda de mata (26,6%). Espécies de ambiente

florestal e de lagos, rios e banhados obtiveram menor representatividade (10,9% e

7,8%, respectivamente). A maior representatividade das espécies em habitat alterado

demonstra a descaracterização dos ambientes disponíveis para a avifauna.

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Gráfico 7.33: Habitat da avifauna registrada na área de influência do empreendimento.

Habitats florestais, devido à sua complexidade e estrutura de vegetação, fornecem

uma maior possibilidade de microambientes a seres explorados e, consequentemente,

estão relacionados a uma maior diversidade de avifauna. A elevada riqueza de aves

de áreas abertas em relação às florestais é um indicativo de ambiente alterado, pois

as aves de áreas abertas em geral são mais adaptadas aos ambientes alterados,

sofrendo menos com as modificações de habitat (SICK, 1997).

Em torno de 80% das espécies (somando espécies de habitat de borda de mata e

áreas abertas) exploram habitats que ficam mais evidentes em paisagens alteradas,

sendo espécies de baixa sensibilidade ambiental. Tais espécies podem ser

representadas por aquelas chamadas de sinantrópicas, ou seja, geralmente

associadas a ambientes urbanos ou com alto grau de alteração tais como Theristicus

caudatus, Zenaida auriculata, Pitangus sulphuratus, Fumarius rufus e Troglodytes

musculus. A presença dessas espécies decorre da expansão das áreas abertas

devido a atividades antrópicas, o que tem beneficiado diferentes grupos de animais

devido à redução de predadores e competidores e também ao aumento de áreas de

nidificação para espécies que se reproduzem em áreas abertas.

Relacionando os parâmetros guildas tróficas e habitat preferencial verifica-se que a

maioria das guildas ocorrem em ambientes abertos, pois estes ambientes oferecem

uma maior variedade de alimentos, principalmente as insetívoras, o que corrobora a

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informação de que aves desta categoria trófica são mais generalistas quanto ao

habitat, pois sua alimentação é facilitada nos diversos ambientes. De acordo com

Willis (1979), alterações ambientais possivelmente podem levar a uma tendência de

aumento de aves insetívoras menos especializadas.

Tabela 7.56: Contingência da relação entre estrutura trófica e habitat preferencial da avifauna registrada na área do empreendimento.

Categoria trófica

Habitat preferencial

Áreas abertas Borda de mata Florestal Lagos, rios e

banhados

Carnívoro 3 1 0 0

Frugívoro 7 2 1 0

Granívoro 4 3 0 0

Insetívoro 13 6 3 0

Nectarívoro 0 1 0 0

Onívoro 6 4 3 2

Detritívoro 2 0 0 0

Piscívoro 0 0 0 3

A formação de uma comunidade de aves é decorrente do processo evolutivo, em que

cada espécie é dependente de certas características da vegetação e das interações

biológicas que determinam onde ela poderá existir (MACARTHUR & WHITMORE,

1979). Esse processo classifica as aves de acordo com seus hábitos, se generalistas

ou especialistas, sendo isso também uma característica bioindicadora do ambiente.

No levantamento primário foram classificadas, por suas características ecológicas, 21

especialistas e 43 generalistas. Através desta informação pode-se inferir que a

dominância de espécies generalistas se dá pela grande descaracterização do habitat

natural no local estudado, além da proximidade de áreas antropizadas, o que favorece

a ocorrência de espécies que se adaptam à disponibilidade de recursos para sua

subsistência.

O Cerrado se caracteriza como o terceiro maior bioma em riqueza de aves, sendo que

das 837 espécies registradas, 36 são endêmicas e 48 estão em algum nível de

ameaça.

Foram identificadas no estudo com algum grau de ameaça as espécies Penelope

superciliaris (Temminck, 1815) e Crax fasciolata (Spix, 1825), consideradas em estado

crítico pelo MMA e ICMBIO, sendo a segunda também classificada como vulnerável

pela IUCN, e Thamnophilus caerulescens (Vieillot, 1816), considerada como

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vulnerável pelo ICMBIO. Em relação ao endemismo foi identificada a espécie

Cyanocorax cristatellus (Temminck, 1823).

Avaliando os resultados obtidos no levantamento da avifauna, pode-se inferir que o

grupo no local de estudo apresenta uma alteração em sua composição original. Sabe-

se que a perda e a fragmentação de habitat representam as principais ameaças para

a avifauna. Historicamente este fato vem ocorrendo há décadas na região, em função

da colonização do município e das atividades agropecuárias. O ambiente no local

proposto para o empreendimento é bastante descaracterizado pelas áreas utilizadas

para agropecuária e também pela antropização na área urbana, visto que está

localizado a uma curta distância da sede do município e também da principal rodovia

de acesso a ele.

Dessa forma, todas as espécies registradas já se apresentam adaptadas ao ambiente

atual, ou seja, a avifauna local já se apresenta em harmonia ao habitat. Assim, pode-

se dizer que o local ainda oferece boas condições para a comunidade de aves mais

adaptada a estes tipos de habitat, oferecendo subsídio para a sobrevivência das

espécies.

Mesmo acarretando alguns impactos relevantes sobre a avifauna, as medidas

mitigadoras e programas ambientais os compensarão, visto que serão realizadas

melhorias nas áreas de preservação permanente, por exemplo, além dos programas

de monitoramento e resgate.

O cumprimento da legislação ambiental brasileira no que tange a conservação das

áreas de preservação permanente (APPs) e a recuperação de matas ciliares pode

contribuir para a conservação de espécies que dependem do habitat florestal, servindo

ainda como abrigo e locais para reprodução de espécies que habitam ambientes

abertos.

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7.2.1.4.3 Registro fotográfico

Figura 7.55: Athene cunicularia (Molina, 1782).

Figura 7.56: Theristicus caudatus (Boddaert, 1783).

Figura 7.57: Monasa nigrifrons (Spix, 1824). Figura 7.58: Phalacrocorax brasilianus

(Gmelin, 1789).

Figura 7.59: Psittacara leucophthalmus (Statius Muller, 1776).

Figura 7.60: Tangara sayaca (Linnaeus, 1766).

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Figura 7.61: Ramphastos toco (Statius Muller, 1776).

Figura 7.62: Ara ararauna (Linnaeus, 1758).

Figura 7.63: Columbina talpacoti (Temminck, 1811).

Figura 7.64: Diopsittaca nobilis (Linnaeus, 1758).

Figura 7.65: Nemosia pileata (Boddaert, 1783).

Figura 7.66: Rupornis magnirostris (Gmelin, 1788).

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Figura 7.67: Sicalis flaveola (Linnaeus, 1766).

Figura 7.68: Thamnophilus doliatus (Linnaeus, 1764).

Figura 7.69: Dryocopus lineatus (Linnaeus, 1766).

Herpetofauna

A herpetofauna é considerada um grupo bioindicador devido à sua alta sensibilidade

diante de perturbações ambientais e também devido à sua restrição de habitat

utilizado (MAESTRI et al., 2011). Devido à sua baixa mobilidade, requerimentos

fisiológicos e especificidade de habitat, anfíbios e répteis são considerados modelos

ideais para estudos sobre os efeitos da fragmentação (SILVANO et al., 2003).

A modificação de habitat, sem dúvida, é a mais documentada causa do constante

declínio das populações de anfíbios, pois reduz sua diversidade e abundância nas

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áreas afetadas (ROSS; STEPHEN, 1999). As mudanças climáticas globais (CAREY;

ALEXANDER, 2003), a substituição da vegetação original por áreas de pastagem ou

monocultura, a perda e a descaracterização de ambientes pelo homem

(desenvolvimento urbano, desmatamento, drenagens de banhados), as alterações na

qualidade ambiental, decorrentes da utilização de pesticidas e fertilizantes, a poluição

das águas (DUELLMAN; TRUEB, 1994), a introdução de espécies exóticas, o avanço

da fronteira agrícola, da mineração e o aumento na intensidade de raios ultravioleta

devido a destruição da camada de ozônio (BLAUSTEIN et al., 2003) são agentes

observados como causadores deste declínio.

Atualmente são descritas 7.383 espécies de anfíbios no mundo (FROST, 2015) e no

Brasil há o registro de 1.080 espécies (SEGALLA et al., 2016). O Cerrado apresenta

141 espécies de anfíbios, sendo 42 endêmicas.

Consideram-se esses animais de extrema importância para o equilíbrio da natureza,

visto que a maioria tem hábitos alimentares insetívoros, e assim controlam a

população de pragas, de insetos e de outros animais invertebrados, além de servirem

de presa para muitas espécies de répteis, aves e mamíferos, com evidente

importância na cadeia alimentar (WOEHL, 2006).

Os répteis em sua maioria são especialistas em habitat, sendo que a grande maioria

de espécies de florestas tropicais brasileiras que não conseguem sobreviver em

ambientes alterados como pastos, plantações de diversos tipos e até de florestas

monoespecíficas para extração de madeira e celulose, como eucaliptais e pinheirais.

Por outro lado, algumas espécies parecem se beneficiar da alteração de habitat pela

ação humana, como é o caso da cascavel (MARQUES et al., 2004).

Existem no mundo cerca de 10.178 espécies de répteis (UETZ; HOSEK, 2015), das

quais 773 são registradas no Brasil, sendo 374 endêmicas (COSTA e BÉRNILS,

2015). No bioma Cerrado são registradas mais de 150 espécies, sendo 5 espécies de

crocodilianos, 10 de tartarugas, 16 de anfisbenas (oito endêmicas), 47 de lagartos (12

endêmicas) e 107 espécies de serpentes (11 endêmicas) (CARDOSO, 1998; COLLI

et al., 2002 apud PAGOTTO & SOUZA, 2006).

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São vários os fatores de ameaça para os répteis, podendo citar como principal causa

do declínio das populações a perda e fragmentação de habitat e interferências por

parte do homem no habitat natural para uso agrícola, criação de gado e construções

civis. As espécies que mais sofrem com esse tipo de ameaça são as mais comuns de

serem observadas, como os lagartos e as serpentes (RODRIGUES, 2005).

7.2.1.5.1 Metodologia para a amostragem da herpetofauna

O estudo da herpetofauna desenvolveu-se no período diurno, nos horários mais

quentes do dia para répteis e anfíbios (4 horas/campo) e no período noturno, para

anfíbios (2 horas/campo), totalizando 36 horas/campo entre campanhas. A área de

estudo compreende a área de influência direta, além de registros esporádicos na área

de influência indireta.

De acordo com Zanela et al. (2013) as maiores abundâncias de anfíbios são

encontradas quando as temperaturas mínimas são maiores. Como em anfíbios, os

répteis também são encontrados com maior abundância em períodos de maiores

temperaturas, visto que são animais ectotérmicos. Todos os métodos utilizados foram

escolhidos a fim de propiciar maior chance de encontro com os animais. Estes foram

determinados de forma a contemplar diversos ambientes em diferentes estratos e

formações, sendo selecionadas as metodologias descritas a seguir.

7.2.1.5.1.1 Revisão de literatura

Foram direcionados esforços através de consulta de dados secundários em artigos

científicos publicados em revistas e/ou periódicos eletrônicos, bem como relatórios

e/ou inventários disponíveis de outros órgãos e empreendimentos próximos. Este

levantamento fornece uma listagem básica das espécies já registradas ou de possível

ocorrência na região do empreendimento, além de informações de fitofisionomias que

apresentam aspectos ecológicos semelhantes à região de estudo.

7.2.1.5.1.2 Busca ativa

Realizou-se busca ativa por indivíduos em fases larvais (anfíbios) ou adultos,

investigando os microambientes potencialmente ocupados por estes animais. Tal

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metodologia foi aplicada durante o dia e à noite em ambientes aquáticos como as

margens dos arroios, açudes e banhados, bem como ambientes florestados, onde

foram vasculhados troncos, epífitas, rochas e serapilheira.

Também foram percorridos trechos sendo registradas as espécies em atividade de

vocalização (exclusivo para anfíbios). Esta metodologia foi aplicada nas primeiras

horas da noite, próximo a corpos d’água, interior da mata e estradas de acesso ao

empreendimento.

A busca ativa de répteis ocorreu nos horários mais quentes do dia. A maior parte dos

registros de répteis ocorre no período diurno, momento em que os espécimes estão

termorregulando, ou em atividade de forrageamento. Já a busca por espécies de

anfíbios ocorreu nos períodos crepuscular e noturno. Para o levantamento no período

noturno utilizaram-se lanternas de mão para exploração do ambiente e gravador de

voz para anotação dos registros sonoros.

7.2.1.5.2 Resultados

Através da revisão de literatura pôde-se elaborar as listas de herpetofauna com

potencial ocorrência para a área do empreendimento. Os dados foram obtidos dos

relatórios de monitoramento da UHE São Domingos, que compreende os estudos

entre os municípios de Ribas do Rio Pardo e Água Clara e o Inventário da Diversidade

Biológica do Complexo Aporé/Sucuriú (PAGOTTO & SOUZA, 2006), que compreende

o município de Paranaíba. Não foram localizadas publicações confiáveis diretamente

para o local do empreendimento, optando por adotar informações de fontes seguras,

em locais aproximados e de mesma fitofisionomia.

Tabela 7.57: Lista da herpetofauna com potencial ocorrência na área de influência do empreendimento.

Táxon Nome Comum

Categoria de ameaça

ICMBIO IUCN

AMPHISBAENIA

Amphisbaenidae

Amphisbaena alba Linnaeus, 1758 - LC

Amphisbaena roberti Gans, 1964 - LC

SAURIA

Gekkonidae

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Táxon Nome Comum

Categoria de ameaça

ICMBIO IUCN

Hemidactylus mabouia Moreau de Jonnès, 1818 lagartixa - DD

Coleodactylus bachystoma Amaral, 1935 lagartinho - LC

Gymnophthalmidae

Cercossaura schreibersii Wiegmann, 1834 lagartinho-de-chão - LC

Colobosaura modesta Reinhardt & Luetken, 1862 lagartinho-liso - LC

Micrablepharus atticolus Rodrigues, 1996 lagarto-da-cauda-azul - DD

Bachia bresslaui Amaral, 1935 lagartinho-sem-patas-do-cerrado

- VU

Vanzosaura rubricauda lagartinho-do-rabo-vermelho

- LC

Anguidae

Ophiodes striatus Spix, 1824 cobra-de-vidro - DD

Mabuyidae

Copeoglossum nigropunctatum calango-liso - LC

Sphaerodactylidae

Coleodactylus brachystoma lagartixa-escorpião - LC

Iguanidae

Iguana iguana Linnaeus, 1758 iguana - DD

Teiidae

Ameiva ameiva Linnaeus, 1758 calango - LC

Cnemidophorus ocellifer Spix, 1825 calango - DD

Tupinambis merianae Duméril & Bibron, 1839 teiú - LC

Polychrotide

Anolis cf. meridionalis Boettger, 1885 - VU

Tropiduridae

Tropidurus torquatus Wied, 1820 calango - LC

SERPENTES

Boidae

Boa constrictor jiboia - LC

Eunectes murinus Linnaeus, 1758 sucuri-preta - LC

Typhlopidae

Typhlops brongersmianus Vanzolini, 1976 - DD

Colubridae

Spilotes pullatus caninana - LC

Philodryas olfersii cobra-cipó - LC

Xenodon merremii boipeva - LC

Oxyrhopus sp. falsa-coral - LC

Oxyrhopus trigeminus Duméril, Bibron & Duméril, 1854

falsa-coral - LC

Helicops angulatus Linnaeus, 1758 - DD

Liophis poecilogyrus Wied, 1824 - DD

Liophis meridionalis Schenkel, 1901 - DD

Waglerophis merremii Wagler, 1824 cobra-chata - DD

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Táxon Nome Comum

Categoria de ameaça

ICMBIO IUCN

Dipsadidae

Hydrodynastes gigas surucucu-do-pantanal - LC

Xenodon merremii boipeva - LC

Leptotyphlopidae

Epictia sp. cobra-cega - LC

Viperidae

Bothrops moojeni Hoge, 1966 jararaca - LC

Bothrops alternatus urutu-cruzeiro - LC

Crotalus durissus Linnaeus, 1758 cascavel - LC

CROCODYLIA

Alligatoridae

Caiman latirostris jacaré-do-papo-amarelo - LC

Paleosuchus palpebrosus Cuvier, 1807 jacaré-coroa - LC

QUELÔNIOS

Chelidae

Phrynops sp. cágado-de-barbicha - LC

ANURA

Bufonidae

Bufo granulosus Spix, 1824 sapo-cururu - LC

Bufo schneideri Werner, 1894 sapo-cururu - LC

Hylidae

Dendropsophus sp.

Dendropsophus elianeae Napoli nad Caramaschi, 2000

perereca - LC

Dendropsophus minutus Peters, 1872 perereca - LC

Dendropsophus nanus Boulengerm 1889 perereca - LC

Dendropsophus cruzi Pombal & Bastos, 1998 perereca - LC

Dendropsophus rubicundulus Reinhardt & Lütken, 1861

perereca - LC

Dendropsophus sanborni perereca - LC

Dendropsophus jimi Napoli nad Caramaschi, 2000 perereca - LC

Dendropsophus soaresi Caramaschi & Jim, 1983 perereca - LC

Hypsiboas albopunctatus Spix, 1824 perereca - LC

Hypsiboas lundii Burmeister, 1856 perereca - LC

Hypsiboas punctatus Schneider, 1799 perereca-verde - LC

Hypsiboas raniceps Cope, 1862 perereca-amarela - LC

Phyllomedusa azurea perereca - LC

Pseudis bolbodactyla A. Lutz, 1925 rã d´água - LC

Pseudis paradoxa Linnaeus, 1758 rã-paradoxal - LC

Scinax sp. gr.ruber perereca - DD

Scinax fuscomarginatus A. Lutz, 1925 perereca - LC

Scinax fuscovarius A. Lutz, 1925 perereca - LC

Scinax nasicus Cope, 1862 perereca - LC

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Táxon Nome Comum

Categoria de ameaça

ICMBIO IUCN

Trachycephalus venulosus Laurenti, 1768 rã-comum - LC

Leptodactylidae

Eupemphix nattereri Steindachner, 1863 rã - LC

Leptodactylus chaquensis rã-manteiga - LC

Leptodactylus diptyx rãzinha - LC

Leptodactylus fuscus Schneider, 1799 rã-bicuda - LC

Leptodactylus labyrinthicus Spix, 1824 rã-pimenta - LC

Leptodactylus ocellatus Linnaeus, 1758 rã-comum ou rã-manteiga

- LC

Leptodactylus latrans rã-manteiga - LC

Leptodactylus mystacinus rã-tijolo - LC

Leptodactylus podicipinus Cope, 1862 rã-gota - LC

Physalaemus centralis Bokermann, 1962 rã - LC

Physalaemus cuvieri Fitzinger, 1826 rã-cachoro - LC

Physalaemus nattereri rã-do-cerrado - LC

Physalaemus fuscomaculatus Steindachner, 1864 rã - LC

Pseudopaludicola cf. falcipes Hensel, 1867 rãzinha - LC

Pseudopaludicola mystacalis Cope, 1887 rãzinha - LC

Pseudopaludicola saltica rãzinha - LC

Pseudopaludicola sp. rãzinha - LC

Microhylidae

Elachistocleis cesarii rãzinha - LC

Elachistocleis cf. ovalis Schneider, 1799 rã-guarda - LC

Dermatonotus muelleri Boettger, 1885 rã - LC

Legenda: LC - não ameaçada; DD – dados insuficientes; VU – vulnerável. Fonte: INVENTÁRIO DA DIVERSIDADE BIOLÓGICA DO COMPLEXO APORÉ/SUCURIÚ; UHE SÃO DOMINGOS.

Através da metodologia de busca ativa, realizada nas áreas de influência do

empreendimento, foi possível elaborar a lista de espécies confirmadas na área

amostral, obtendo um resultado de 14 espécies, sendo 12 anfíbios e 02 répteis.

No desenho EAP-CAS-11B (Volume II) encontra-se detalhado o local de registro das

espécies na AID do empreendimento.

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Tabela 7.58: Lista da herpetofauna registrada na área de influência do empreendimento.

Táxon Nome comum

cam

pan

ha

cam

pan

ha

Ecologia Ameaça

Hab

itat

Háb

ito

Gu

ild

a t

rófi

ca

Reg

istr

o

Gen

era

lista

Esp

ecia

lista

En

dêm

ica

Exó

tica

IUC

N

ICM

BIO

ANURA

Hylidae

Dendropsophus cruzi Pombal & Bastos, 1998 perereca x x LC - aa arb ins a

Dendropsophus minutus Peters, 1872 perereca-de-ampulheta x x x LC - aa/bor arb ins a

Dendropsophus rubicundulus Reinhardt & Lütken, 1861

pererequinha-verde x x x LC - aa arb ins a

Hypsiboas albopunctatus Spix, 1824 perereca-cabrinha x x x LC - aa/bor arb oni a

Hypsiboas raniceps Cope, 1862 perereca-do-chaco x x LC - aa arb ins a

Scinax fuscovarius A. Lutz, 1925 perereca-de-banheiro x x x LC - aa arb ins a

Leiuperidae

Physalaemus cuvieri Fitzinger, 1826 rã-cachorro x x x LC - aa ter ins av

Leptodactylidae

Leptodactylus aff. latrans Steffen, 1815 rã-manteiga x x x LC - aa/bor ter oni a

Leptodactylus fuscus Schneider, 1799 rã-assobiadora x x LC - aa/bor ter ins av

Leptodactylus marmoratus Steindachner, 1867 rã x x LC - bor/flo ter ins a

Leptodactylus mystacinus Burmeister, 1861 rã-estriada x x LC - aa/bor ter ins a

Physalaemus gracilis Boulenger, 1883 rã-chorona x x LC - aa/bor ter ins a

SAURIA

Teiidae

Tupinambis merianae Duméril & Bibron, 1839 teiú x x LC - aa ter oni v

Tropiduridae

Tropidurus oreadicus Rodrigues, 1987 calango x x x LC - aa ter ins v

Legenda: aa - áreas abertas; bor – borda de mata; flo - ambiente florestal; ter - terrestre; arb - arborícola; ins – insetívoro; oni – onívoro; a – auditivo; v – visual; LC - pouco preocupante.

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Foram registradas doze espécies de anfíbios anuros, distribuídos em três famílias. A

família mais representada foi Hylidae (Dendropsophus cruzi, Dendropsophus minutus,

Dendropsophus rubicundulus, Hypsiboas albopunctatus, Hypsiboas raniceps, e

Scinax fuscovarius), devido provavelmente às condições do ambiente. As demais

espécies pertencem às famílias Leiuperidae (Physalaemus cuvieri) e Leptodactylidae

(Leptodactylus aff. latrans, Leptodactylus fuscus, Leptodactylus marmoratus,

Leptodactylus mystacinus e Physalaemus gracilis).

Com relação ao registro de répteis realizado em campo por meio de visualizações

destaca-se a ocorrência da família Teiidae (Tupinambis merianae) e Tropiduridae

(Tropidurus oreadicus).

Avaliando a quantidade de indivíduos por família, podemos observar que a família

Hylidae e Leptodactylidae foram as mais abundantes, podendo ser explicado por

serem famílias com espécies muito comuns no bioma e nos habitats existentes no

local. As duas famílias se constituem de indivíduos com alimentação

predominantemente insetívora, hábitos terrestres, semiaquáticos e arborícolas e que

possuem modos de vida e reprodutivos variados, adaptando-se assim aos mais

diversos locais.

As espécies registradas são consideradas generalistas, ocorrendo em áreas abertas,

de bordas de mata e em áreas florestadas, sendo que a maioria apresenta hábitos

terrícolas e arborícolas. Todas as espécies encontradas vocalizam em brejos e/ou

lagos, temporários e/ou permanentes.

Répteis e anfíbios, principalmente o segundo grupo, têm sido muito caracterizados

como espécies bioindicadoras. Ponderando sobre os aspectos ecológicos das

espécies registradas, é possível concluir que não foram identificadas espécies

consideradas mais sensíveis a alterações ambientais, sendo todas elas comuns a

ambientes alterados, aos quais foram sendo adaptadas, sendo assim, não se pode

considerá-las como espécies bioindicadoras do ambiente.

Nenhuma das espécies registradas para a AID do empreendimento encontra-se em

listas de fauna ameaçada de nível estadual ou nacional. Cabe ressaltar que as

alterações ambientais acabam reduzindo drasticamente os locais de reprodução,

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alimentação, sobrevivência ou abrigo de espécies, levando a inserção de muitas delas

nas listas de animais ameaçados de extinção.

Das espécies registradas, podem ser consideradas endêmicas para o bioma Cerrado:

Dendropsophus rubicundulus, Hypsiboas albopunctatus e Tropidurus oreadicus.

Avaliando-se a situação atual da região de abrangência do empreendimento, verifica-

se uma acentuada descaracterização das condições naturais, representadas

principalmente pelas atividades agropecuárias, que modificaram o entorno em

aspectos ambientais, além da modificação da cobertura vegetal nativa e pelo impacto

antrópico direto. A ocorrência de espécies endêmicas ou de grande relevância

ecológica tem seu poder extremamente reduzido em face as características da área

de entorno e do próprio empreendimento.

Segundo Moraes et al. (2007), a riqueza de espécies da anurofauna, principalmente,

é maior em área preservada, se comparada com regiões antropizadas, o que

demonstra a importância da presença de áreas preservadas para a manutenção da

diversidade faunística local. Como a área atualmente já está bastante fragmentada,

as ações mitigatórias e programas ambientais propostos originarão um espaço

positivo em relação ao existente, possibilitando uma maior conservação das espécies

da herpetofauna.

7.2.1.5.3 Relatório fotográfico

Figura 7.70: Busca ativa diurna. Figura 7.71: Busca ativa noturna.

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Figura 7.72: Tupinambis merianae Duméril & Bibron, 1839.

Figura 7.73: Tropidurus oreadicus Rodrigues, 1987.

Figura 7.74: Physalaemus cuvieri Fitzinger, 1826.

Figura 7.75: Leptodactylus fuscus Schneider, 1799.

Mastofauna

Estudos sobre mamíferos vem crescendo cada vez mais, pois a presença destes

animais demostra a grande importância na preservação, manutenção e regeneração

dos sistemas biológicos em ecossistemas tropicais (CUARÓN, 2000), embora a

maioria das espécies seja de pequeno porte e dificilmente observada. Mamíferos

geralmente vivem camuflados entre a vegetação, iniciando suas atividades no início

da noite e diminuindo gradativamente até ao amanhecer. O grupo dos mamíferos de

pequeno porte e dos primatas são os mais representativos, englobando 83%, cerca

de 440 espécies, da mastofauna do país (FUNDAÇÃO BIODIVERSITAS, 2005).

Apesar de numerosos e diversificados, muitas espécies encontram-se ameaçadas,

seja pela fragmentação de seus ambientes, o que é um grande problema para aquelas

espécies que necessitam de grandes áreas de vida e muitos recursos para a

sobrevivência (PARDINI et al., 2003), ou pela pressão da caça (CÁCERES et al.,

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2008). Neste sentido, a preocupação com os efeitos da fragmentação de habitat nas

comunidades biológicas é ainda mais urgente com relação aos mamíferos de médio

e grande porte, que necessitam de áreas comparativamente maiores, possuem

reduzidas densidades populacionais e estão mais sujeitos à caça (SHAFFER, 1981;

PARDINI et al., 2003).

A redução dos ambientes florestados em uma paisagem influencia a biota local, pois

tende a formar fragmentos, o que representa uma diminuição da quantidade de habitat

e recursos disponíveis para as espécies restritas a esse ecossistema. A distribuição

das espécies e a manutenção de processos ecológicos dependem não apenas da

quantidade e disposição da vegetação remanescente, mas também dos usos da terra

que, em conjunto, constituem a matriz de uma paisagem fragmentada (LAURANCE,

2008) que atua como filtro seletivo para o movimento das espécies, podendo inibir o

deslocamento ou ocupação dos organismos do habitat original.

O Cerrado é caracterizado por ser um mosaico de fitofisionomias que vão desde

formações campestres até formações florestais (RIZZINI, 1979; OLIVEIRA-FILHO &

RATTER, 2002), os quais tem sido alvo de constante e intensa exploração

agropecuária (FONSECA et al., 1999; MMA, 2000 apud PAGOTTO & SOUZA, 2006),

principalmente a criação extensiva de gado e monocultivos como o de soja,

constituindo-se na mais recente fronteira agrícola do país. No Mato Grosso do Sul,

especialmente na porção nordeste, há uma zona de transição entre os interesses

pecuários e agronômicos, mas sem diminuir a intensidade do uso da terra, o que tem

diminuído muito as áreas naturais (PAGOTTO & SOUZA, 2006).

Atualmente, a maioria dos fragmentos restantes é da ordem de 10 a 200 hectares,

que são considerados pequenos para sustentar uma mastofauna que inclui mamíferos

de médio e grande porte. Além disso, muito dos fragmentos de cerrado e matas

ciliares não estão devidamente conservados, sendo descaracterizados pela entrada

do gado, ou mesmo o desflorestamento. Destaca-se também na região a falta geral

de conexão entre os poucos fragmentos restantes, seja através de matas ciliares,

normalmente falhas ao longo dos cursos d'água, ou através de manchas/mosaicos de

cerrado (PAGOTTO & SOUZA, 2006).

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O Cerrado é considerado um hotspot mundial por apresentar altas taxas de

endemismo ameaçadas por um elevado grau de perda de habitat (MYERS et al.,

2000). Das 688 espécies de mamíferos registradas para o Brasil (REIS et al., 2011),

o Cerrado possui representatividade em quase 40% da desse grupo, contendo 251

espécies, das quais 32 espécies são exclusivas desse bioma (PAGLIA et al., 2012).

7.2.1.6.1 Metodologia para a amostragem da mastofauna

O levantamento da mastofauna na área de influência direta do empreendimento foi

realizado através de diferentes metodologias, tendo em vista que os mamíferos

possuem hábitos e modos de vida distintos entre si. Desta maneira, a escolha das

metodologias foi direcionada de modo a contemplar o maior número possível de

mamíferos ocorrentes no local do empreendimento.

7.2.1.6.1.1 Revisão de literatura

Como complementação ao inventário realizado in loco, a revisão bibliográfica para

registro das espécies foi elaborada a partir do levantamento de dados secundários,

publicados para a região do empreendimento. O critério para escolha das fontes foi

optar por dados de base científica, órgãos governamentais e demais instituições de

cunho técnico-cientifico. De posse desses dados foi possível obter uma lista das

espécies confirmadas para a região e assim inferir as espécies da área de influência

indireta (AII) do empreendimento.

7.2.1.6.1.2 Busca ativa

Os mamíferos possuem hábitos crípticos ou noturnos, sendo assim, sua observação

na natureza torna-se difícil (BECKER; DALPONTE, 1991), o que é agravado pelo

predomínio de grandes áreas de vida e densidades populacionais baixas,

principalmente em alguns grupos de animais como tatus, cutias, porcos-do-mato,

veados e carnívoros (PARDINI et al., 2003).

A metodologia de busca ativa baseou-se na visualização direta dos animais em suas

atividades naturais e pela escuta de vocalizações. Além disso, foram registrados

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vestígios deixados no ambiente, tais como rastros, fezes, pêlos, carcaças, padrão de

mordidas em sementes, marcas odoríferas, tocas e restos alimentares.

Os registros foram obtidos através de transecções nas áreas amostrais a pé ou com

veículo automotor, em diferentes horários. Para cada caso foram anotados os dados

pertinentes, como tipo de vestígio, espécie ou gênero, data, local de registro, etc.

Sempre que possível, foram tomadas fotografias do vestígio com uma escala de

referência. Tal amostragem foi realizada no período diurno (08 horas/campo) e no

período noturno (02 horas/campo), totalizando 60 horas/campo ao fim das

campanhas.

7.2.1.6.1.3 Entrevista

Buscando complementar e enriquecer o presente estudo, foi realizado o método de

entrevista, no qual o pesquisador aplica uma série de perguntas para o entrevistado a

respeito da ocorrência de espécies para a região de influência do empreendimento.

Este método é bastante eficiente para registro de espécies popularmente conhecidas

pelos moradores da região onde se pretende implantar o empreendimento. Em alguns

casos, para esclarecer dúvidas, solicitou-se uma descrição do animal e das

características que o distinguem de outros animais semelhantes. Para tanto, utilizou-

se guias de campo com imagens e informações ecológicas de mamíferos.

7.2.1.6.1.4 Armadilha fotográfica

Método bastante indicado e utilizado em levantamento de algumas espécies difíceis

de capturar, recapturar ou observar, como grandes felinos e espécies de hábitos

crípticos (KARANTH et al., 2003).

A armadilha fotográfica foi estrategicamente posicionada a uma altura de

aproximadamente 50 cm do solo, onde se verificou a presença de indícios indiretos

como tocas, pegadas, latrinas e restos de alimentação. Com o intuito de potencializar

a chance de obter os registros foram utilizadas iscas (sardinha, banana, laranja e

baunilha). Foi realizado o registro das coordenadas geográficas, o microambiente, a

data e a hora de instalação. No momento da revisão foi anotada a hora, data e as

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espécies registradas. O método de armadilha fotográfica obteve um esforço amostral

de aproximadamente 96 horas.

7.2.1.6.1.5 Armadilhas de captura

Foram instaladas armadilhas (modelo Sherman e Tomahawk) distribuídas em postos

amostrais. Estes postos foram lineares e distanciando 15 metros uma da outra. As

armadilhas foram dispostas no chão e em árvores, oscilando a cada posto. As

armadilhas permaneceram abertas durante duas noites consecutivas, sendo

vistoriadas todas as manhãs.

7.2.1.6.2 Resultados

O levantamento de dados por revisão de literatura indicou a presença de 75 espécies

da mastofauna para a região do empreendimento, o que representa 30% das espécies

registradas para o estado.

Para a revisão de literatura foram utilizados os trabalhos elaborados por Pagotto &

Souza (2006), Eisenberg e Redford (1999), Emmons & Feer (1990), Schaller (1983),

Oliveira & Cassaro (1999) e Rodrigues et al. (2002), os quais resultaram em uma lista

preliminar de espécies com possível ocorrência para as áreas de influência direta e

indireta do empreendimento.

Tabela 7.59: Lista de mamíferos com potencial ocorrência para a região do empreendimento.

Táxon Nome Comum Categoria de ameaça

ICMBIO IUCN

DIDELMORPHIA

Didelphidae

Caluromys lanatus Olfers, 1818 cuíca-lanosa - LC

Caluromys philander Linnaeus, 1758 mucura-chichica - LC

Chironectes minimus Zimmermann, 1780 cuíca-d’água - LC

Didelphis albiventris Lund, 1840 gambá-de-orelha-branca - LC

Didelphis marsupialis Linnaeus, 1758 gambá-de-orelha-preta - LC

Gracilinanus agilis Burmeister, 1854 catita - LC

Lutreolina crassicaudata Desmarest, 1804 - LC

Micoureus constantiae O. Thomas, 1904 catita-pálida - LC

Marmosa murina Linnaeus, 1758 cambazinha - LC

Thylamys macrurus Olfers, 1818 catita EN NT

Marmosops notivagus Tschudi, 1845 catita-noturna - DD

Metachirus nudicaudatus Desmarest, 1817 cauica-rabo-de-rato - LC

Monodelphis domestica Wagner, 1842 rato-cachorro - LC

Philander opossum Linnaeus, 1758 jupati - LC

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Táxon Nome Comum Categoria de ameaça

ICMBIO IUCN

XENARTHRA

Dasypodidae

Cabassous unicinctus Linnaeus, 1758 tatu-rabo-mole - LC

Dasypus novemcinctus Linnaeus, 1758 tatu-galinha - LC

Tolipeutes matacus Desmarest, 1804 tatu-bolinha - NT

Dasypus kappleri Krauss, 1862 tatu-quinze-quilos - LC

Dasypus septecinctus Linnaeus, 1758 tatu-mirim - LC

Priodontes maximus Kerr, 1792 tatu-canastra VU VU

Myrmecophagidae

Myrmecophaga tridactyla Linnaeus, 1758 tamanduá-bandeira VU VU

Tamandua tetradactyla Linnaeus, 1758 tamanduá-mirim - LC

PRIMATES

Cebidae

Alouatta caraya Humboldt, 1812 bugio - LC

Cebus apella Linnaeus, 1758 macaco-prego - LC

CARNIVORA

Canidae

Cerdocyon thous Linnaeus, 1766 lobinho - LC

Chrysocyon brachyurus Illiger, 1815 lobo-guará VU NT

Pseudalopex vetulus Lund, 1842 raposinha VU LC

Speothos venaticus Lund, 1842 cachorro-vinagre VU NT

Felidae

Puma yaguarondi Geoffroy, 1803 gato mourisco - LC

Oncifelis colocolo Molina, 1810 gato palheiro VU NT

Oncifelis geoffryi d'Orbigny & Gervais, 1844 gato do mato grande VU LC

Leopardus tigrinus Schreber, 1775 gato do mato pequeno EN VU

Leopardus pardalis Linnaeus, 1758 jaguatirica - LC

Leopardus wiedii Schinz, 1821 gato maracajá VU NT

Panthera onca Linnaeus, 1758 onça-pintada VU NT

Puma concolor Linnaeus, 1771 onça-parda VU LC

Mustelidae

Eira barbara Linnaeus, 1758 irara - LC

Galictis sp. furão - LC

Lontra longicaudis Olfers, 1818 lontra - NT

Pteronura brasiliensis Gmelin, 1788 ariranha VU E N

Conepatus sp. jaritataca - DD

Procionidae

Nasua nasua Linnaeus, 1766 quati - LC

Procyon cancrivorus G. Cuvier, 1798 mão-pelada - LC

PERYSSODACTYLA

Tapiridae

Tapirus terrestris Linnaeus, 1758 anta VU VU

Tayassuidae

Pecari tajacu Linnaeus, 1758 cateto - LC

Tayassu pecari Link, 1795 queixada - VU

ARTIODACTYLA

Cervidae

Mazama americana Erxleben, 1777 veado-mateiro - DD

Mazama gouazoubira G. Fischer, 1814 veado-catingueiro - LC

Ozotocerus bezoarticus Linnaeus, 1758 veado-campeiro VU NT

RODENTIA

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Táxon Nome Comum Categoria de ameaça

ICMBIO IUCN

Muridae

Akodon sp. rato-do-mato - LC

Bolomys lasiurus Lund, 1841 rato-do-mato - LC

Calomys sp. rato-do-mato - LC

Calomys tener Winge, 1887 rato-do-mato - LC

Neacomys espinosuss Thomas, 1882 rato-do-mato - LC

Nectomys squamipes Brants, 1827 rato-espinho - LC

Oryzomys megacephalus Fischer, 1814 rato-d’água - LC

Oecomys bicolor Tomes, 1860 rato-do-mato - LC

Oligoryzomys eieurus Olfers, 1818 rato-do-mato - LC

Oryzomys subflavus Wagner, 1842 rato-do-mato - LC

Oryzomys utiaritensis Allen, 1916 rato-do-mato - LC

Pseudoryzomys simplex Winge, 1887 rato-do-mato - LC

Erethizontidae

Coendou prehensilis Linnaeus, 1758 ouriço-cacheiro - LC

Cavidae

Cavia aperea Erxleben, 1777 preá - LC

Hydrochaeridae

Hydrochaeris hydrochaeris Linnaeus, 1766 capivara - LC

Agoutidae

Agouti paca Linnaeus, 1766 paca - LC

Dasyproctidae

Dasyprocta azarae Lichtenstein, 1823 cutia - DD

Ctenomidae

Ctenomys cf. nattereri Wagler, 1848 tuco-tuco - NT

Echimydae

Carterodon sulcidens Lund, 1841 rato-do-mato - LC

Clyomys laticeps Thomas, 1909 rato-espinho-cavador - LC

Isothryx bistriata Wagner, 1845 rato-arbóreo-espinhoso - DD

Proechimys roberti Thomas, 1901 sauiá - LC

Proechimys longicaudatus Rengger, 1830 sauiá - LC

Trichomys apereoides Lund, 1839 sauiá - LC

LAGOMORPHA

Leporidae

Sylvilagus brasiliensis Linnaeus, 1758 tapiti - LC

Legenda: LC – pouco preocupante; DD – dados insuficientes; EN – em perigo; VU – vulnerável; NT – quase ameaçada. Fonte: Pagotto & Souza (2006); Eisenberg e Redford (1999); Emmons & Feer (1990); Schaller (1983); Oliveira e Cassaro (1999); Rodrigues et al. (2002).

O levantamento de dados pelos métodos primários resultou no registro de 09 espécies

da mastofauna para a região do empreendimento, o que representa 3,6% das

espécies registradas para o Mato Grosso do Sul. No desenho EAP-CAS-10A (Volume

II – Desenhos) encontra-se detalhado o local de registro das espécies na AID do

empreendimento.

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Tabela 7.60: Lista da mastofauna registrada na área de influência do empreendimento.

Táxon Nome comum

cam

pan

ha

cam

pan

ha

Ecologia Ameaça

Háb

ito

Hab

itat

Gu

ild

a t

rófi

ca

Reg

istr

o

Gen

era

lista

Esp

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lista

En

dêm

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Bio

ind

icad

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IUC

N

MM

A

ICM

BIO

CARNIVORA

Canidae Cerdocyon thous Linnaeus, 1766 cachorro-do-mato x x x LC - - ter aa oni v ARTIODACTYLA

Cervidae

Mazama gouazoubira G. Fischer, 1814 veado-catingueiro x x LC - - ter aa her v PILOSA

Myrmecophagidae

Myrmecophaga tridactyla Linnaeus, 1758 tamanduá-bandeira x x VU VU VU ter bor ins v CINGULATA

Dasypodidae

Dasypus novemcinctus Linnaeus, 1758 tatu-galinha x x x LC - - sf aa ins v Cabassous unicinctus Linnaeus, 1758 tatu-de-rabo-mole x x LC - - sf aa ins v PRIMATA

Cebidae

Cebus libidinosus Spix, 1823 macaco-prego x x x LC - - sar flo fru v DIDELPHIMORPHIA

Didelphidae

Didelphis albiventris Lund, 1840 gambá-de-orelha-branca x x x LC - - sar bor oni v LAGOMORPHA

Leporidae

Sylvilagus brasiliensis Linnaeus, 1758 tapiti x x LC - - ter bor her v RODENTIA

Caviidae

Hydrochaeris hydrochaeris Linnaeus, 1766 capivara x x x LC - - saq bor her ve

Legenda: LC - pouco preocupante; VU – vulnerável; saq - semiaquático; sar - semiarborícola; sf – semifossorial; ter - terrestre; aa - áreas abertas; bor – borda de mata; flo - ambiente florestal; lrb - lagos, rios e banhados; her - herbívoro; oni - onívoro; ins - insetívoro; ve - vestígios; v - visual; ent - entrevista.

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Considerando as características de especialidade das espécies, pode-se verificar que

oito espécies são consideradas como generalistas. De especialista foi considerado

somente Sylvilagus brasiliensis, por ser uma espécie nativa do Brasil, solitária e de

habitat mais específico.

Muitos mamíferos de médio e grande porte no cerrado são considerados generalistas

no uso do habitat (MARINHO-FILHO et al., 2002), entretanto o uso desses ambientes

difere entre as espécies em decorrência de sua utilização como abrigo, forrageamento

e proteção contra predadores (DOTTA, 2005; LYRA-JORGE et al., 2010 apud

BOCCHIGLIERI, 2010). Uma maior diversidade de ambientes representa uma maior

disponibilidade e variedade de recursos necessários à sobrevivência das espécies

(FARIA-CORRÊA et al., 2009 apud BOCCHIGLIERI, 2010).

Em relação às ameaças sobre a mastofauna, destaca-se que somente

Myrmecophaga tridactyla apresenta status de ameaça, sendo considerado vulnerável

de acordo as listas de espécies ameaçadas consultadas. Em relação ao endemismo,

a única espécie endêmica é Cebus libidinosus.

Em relação ao habitat, pode-se observar que as espécies foram caracterizadas em

mais de um ambiente. Isto se deve pelo fato de não possuírem especialidade quanto

ao habitat, apresentando características mais generalistas, podendo então utilizar

diferentes ambientes, seja pela busca por alimento, abrigo, deslocamento ou

reprodução.

Alguns animais do cerrado são limitados a determinados tipos de habitat, o que pode

ser explicado pelo determinismo ambiental através dos recursos alimentícios, que

condicionam os animais especialistas a viverem em determinadas áreas em função

do hábito alimentar. Um exemplo é da espécie Myrmecophaga tridactyla, que se

alimenta basicamente de cupins terrestres e formigas, abundantes em ambientes

campestres (MALHEIROS, 2016).

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Gráfico 7.34: Habitat preferencial da mastofauna.

Neste parâmetro, os ambientes abertos e de borda de mata foram os que obtiveram

maior representatividade, 88,8%. Estes ambientes se caracterizam por apresentarem

maior disponibilidade dos itens necessários à manutenção da vida de animais

generalistas, oferecendo maior quantidade de alimento e locais de abrigo. Nessas

áreas foram registradas principalmente espécies que são frequentemente

encontradas em ambientes abertos, naturais e antropizados, como cervídeos, tatus e

canídeos (BOCCHIGLIERI, 2010).

A única espécie considerada de ambiente florestal foi Cebus libidinosus, por

necessitar do estrato arbóreo para suas atividades, porém, esta mesma espécie

ocorre em áreas abertas, de onde se utiliza da disponibilidade de alimento oferecida.

Este padrão é coerente com o mosaico encontrado na área de influência direta do

empreendimento, indicando que a comunidade é bastante diversificada.

Em relação às guildas tróficas, observa-se a predominância de espécies insetívoras e

herbívoras, com 33,3% cada, seguidas por espécies onívoras e frugívoras, com 22,2

e 11,1%, respectivamente. Dotta e Verdade (2007), citados por Bocchiglieri (2010),

citam que uma alta heterogeneidade na paisagem comporta uma maior diversidade

de categorias tróficas.

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Gráfico 7.35: Guildas tróficas da mastofauna.

Os herbívoros se adaptam melhor a dietas e habitats menos preservados, já que os

mesmos utilizam alimentos cultivados pelo homem (milho, soja, trigo, restos de

alimentos e rações de animais domésticos) para se alimentar e manter sua prole. As

espécies de herbívoros inventariadas neste estudo foram: Mazama gouazoubira,

Sylvilagus brasiliensis e Hydrochaeris hydrochaeris.

Os mamíferos herbívoros de médio e grande porte estão entre as espécies mais

ameaçadas por atividades antrópicas, como a caça e redução das florestas. Além dos

impactos diretos destas atividades sobre suas populações, impactos indiretos sobre a

vegetação podem também ocorrer, tendo em vista a grande biomassa representada

por estes animais e a sua alimentação composta essencialmente de frutos, sementes

e folhas. A presença ou ausência destes animais pode afetar a comunidade vegetal

por alterar diretamente o sucesso reprodutivo de plantas através de reduções na

dispersão, predação de sementes e/ou nos níveis de herbivoria; ou indiretamente,

alterando o sucesso reprodutivo de plantas de espécies que sofrem interações com

as espécies diretamente afetadas por estes animais (COSTA, 2004).

O registro de insetívoros também se apresentou representativo, pela presença de

Myrmecophaga tridactyla, Dasypus novemcinctus e Cabassous unicinctus. Mamíferos

desta guilda trófica possuem uma ampla disponibilidade de alimento, tendo em vista

que os insetos são comuns e abundantes em todos os ecossistemas.

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Os onívoros são oportunistas e generalistas, aproveitando o que existe de alimento

disponível nos seus atuais habitats (frutas, brotos, folhas, outros animais e carniças).

Dispõe um organismo adaptado para digerir estes tipos alimentos. Isso proporciona

maior diversidade alimentar a disposição na natureza. As espécies de onívoros

inventariadas neste estudo foram: Cerdocyon thous e Didelphis albiventris.

Como espécie frugívora destaca-se Cebus libidinosus que, apesar da baixa

representatividade e de ter como habitat o ambiente florestal, tem sua alimentação

favorecida pelas áreas antropizadas, devido a grande disponibilidade de seus

alimentos nestas áreas.

Observa-se o não registro de espécies carnívoras. Por estarem no topo da pirâmide

alimentar têm uma grande importância ecológica, pois podem regular a população de

presas naturais e desta forma, influenciar toda a dinâmica do ecossistema em que

vivem. Na ausência de predadores, suas presas naturais como mamíferos herbívoros,

roedores, aves, répteis e insetos tendem a se multiplicar exponencialmente, podendo

trazer sérios prejuízos à agricultura e consideráveis perdas financeiras (PITMAN et

al., 2002).

Por possuírem características distintas, os mamíferos também possuem hábitos

diversificados, como podemos observar no gráfico a seguir. Esta diversidade é

positiva, indicando a consolidação da dinâmica na área amostral.

Gráfico 7.36: Hábitos da mastofauna.

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Quando ao modo de vida, os mamíferos apresentam comportamentos sociais

variados. No levantamento, 07 das espécies possuem hábitos solitários, o que pode

caracterizar uma maior mobilidade do animal em relação ao ambiente. Somente 02

espécies vivem em grupos, Cebus libidinosus Spix, 1823 e Hydrochaeris hydrochaeris

Linnaeus, 1766.

Estas variáveis consideradas fazem parte da gama de padrões que exibe o grupo da

mastofauna. O não registro de uma espécie não significa que a mesma não venha a

ter representantes no local, ou vice-versa. Sabe-se que o grupo dos mamíferos,

principalmente os de médio e grande porte, necessitam de ambientes que dispunham

de condições para sua subsistência, a chamada área de vida, que é definida como a

área percorrida pelo animal em suas atividades normais por busca de alimentos,

acasalamento e cuidado parental (BURT, 1943 apud MELLO, 2012).

Cada espécie tem sua área de vida de forma e tamanho influenciada por suas

necessidades metabólicas, categoria trófica, estrutura social, densidade populacional

e produtividade. Para que populações viáveis de mamíferos sejam mantidas dentro

de fragmentos florestais, realizando suas funções naturais, é necessário que haja

ambientes específicos relacionados à dispersão natural e adaptação dos animais

(ROSHIER e REIDI, 2003 apud MELLO, 2012).

A mastofauna atua como um elo importante da cadeia alimentar, herbívoros e

frugívoros, como grandes roedores, veados, porcos e antas, têm papel importante na

dispersão de sementes e na predação de sementes e plântulas, enquanto que

carnívoros podem atuar no controle de populações de outras espécies, por exemplo.

Através do levantamento de mastofauna realizado na AID da CGH Castro foram

registradas nove espécies de mamíferos. Este resultado é pouco satisfatório, porém

esperado, pois leva-se em consideração a fragmentação e o grau de antropização do

local, o que dificulta a estadia das espécies deste grupo.

Sabe-se que a fragmentação do habitat corresponde a uma séria ameaça para a

mastofauna, pois o mosaico formado influencia o padrão de atividade das espécies, a

estruturação de guildas tróficas e a disponibilidade e variedade de recursos. Outra

grave ameaça ao grupo é o atropelamento de animais nas rodovias. Na AID do

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empreendimento a rodovia sobrepõe o rio, sendo um local de grande encontro de

espécies. Três das espécies registradas no levantamento foram encontradas

atropeladas na rodovia, inclusive a única espécie registrada ameaçada de extinção,

Myrmecophaga tridactyla Linnaeus, 1758.

Espera-se que com os programas de adensamento de APP’s se possa criar mais

locais e abrigo e disponibilidade de recursos, auxiliando na manutenção da

mastofauna. Além disso, os dados obtidos com os programas de monitoramento

podem auxiliar na tomada de decisões públicas e privadas de medidas protetivas para

as espécies deste grupo.

7.2.1.6.3 Registro Fotográfico

Figura 7.76: Instalação de armadilha fotográfica. Fonte: Construnível, 2017.

Figura 7.77: Iscas para armadilha fotográfica. Fonte: Construnível, 2017.

Figura 7.78: Instalação de armadilha Sherman. Fonte: Construnível, 2017.

Figura 7.79: Instalação de armadilha Tomahawk. Fonte: Construnível, 2017.

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Figura 7.80: Registro de vestígios - pegadas. Fonte: Construnível, 2017.

Figura 7.81: Registro de vestígios - toca. Fonte: Construnível, 2017.

Figura 7.82: Cabassous unicinctus. Fonte: Construnível, 2017.

Figura 7.83: Cebus libidinosus. Fonte: Construnível, 2017.

Figura 7.84: Cerdocyon thous. Fonte: Construnível, 2017.

Figura 7.85: Sylvilagus brasiliensis. Fonte: Construnível, 2017.

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Figura 7.86: Didelphis albiventris. Fonte: Construnível, 2017.

Figura 7.87: Myrmecophaga tridactyla atropelado na rodovia na AID. Fonte: Construnível, 2017.

Figura 7.88: Dasypus novemcinctus atropelado na rodovia na AID. Fonte: Construnível, 2017.

Figura 7.89: Mazama gouazoubira

atropelado na rodovia na AID. Fonte: Construnível, 2017.

Ictiofauna

O Brasil é considerado o país com maior diversidade de ictiofauna do mundo, fato

relacionado à grandiosa rede de bacias hidrográficas existentes no país. Das espécies

existentes no mundo, 40% são de água doce. Os peixes são importantes

componentes dos ambientes aquáticos, pois seu ciclo de vida está totalmente

vinculado aos rios e as bacias hidrográficas e, consequentemente, expostos a

diversas pressões, produzidas principalmente pela ação do homem.

O conhecimento da composição da ictiofauna e a compreensão dos seus mecanismos

funcionais constituem condições imprescindíveis para a avaliação das possíveis

alterações ambientais e a definição de medidas mitigadoras dos impactos sobre o

ambiente e seus diversos componentes.

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Os ecossistemas aquáticos são frequentemente expostos a estresses ambientais, que

muitas vezes passam despercebidos. Dessa forma, verifica-se a necessidade de

considerar a ictiofauna em discussões que envolvam os recursos hídricos, enfatizando

a sua importância no equilíbrio do ecossistema em que vivem.

Para que essa abordagem possa ser de fato implementada faz-se necessário ampliar

o conhecimento sobre as espécies de peixes que habitam uma determinada região,

de modo que seja possível produzir base científica para o desenvolvimento de ações

para o gerenciamento racional e sustentável dos recursos hídricos.

A CGH Castro está localizada no rio Santana, a 5,80 km de sua foz. Pertence à sub-

bacia do Paranaíba e bacia do Rio Paraná, sendo afluente direto pela margem direita

do rio Paranaíba.

Nos corpos d’água do cerrado estão presentes cerca de 1.200 espécies de peixes

(KLINK & MACHADO, 2005). Entretanto, apesar do escasso conhecimento da fauna

de peixes, a bacia do Rio Paranaíba é a segunda maior em riqueza de espécies no

estado, apesar da baixa taxa de endemismo (GODINHO & VIEIRA; in COSTA et al.,

1998). Ainda segundo os autores, esta bacia apresenta cerca de 112 espécies de

peixes.

De acordo com o Plano de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Paranaíba observa-se,

a partir da imagem abaixo, que o rio Santana não está localizado em áreas de alto

endemismo e biodiversidade, nem em remanescentes de ambientes lóticos para

migração, o que torna o empreendimento mais viável, do ponto de vista da fauna

ictiológica.

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Figura 7.90: Principais áreas para a ictiofauna. Fonte: ANA, 2013.

Os cursos d'água de menor porte, que formam as cabeceiras dos rios maiores, são

locais com grande potencial para a ocorrência de endemismos. Muitas das espécies

de pequeno porte, principais habitantes de riachos, apresentam baixa capacidade de

deslocamento (CASTRO, 1999) e distribuição relativamente restrita (CASTRO &

MENEZES, 1998), quando comparadas às espécies de médio a grande porte que

habitam os cursos maiores. Esses riachos são os ambientes mais ameaçados pela

ação antrópica, pois são muito frágeis, deteriorando-se rapidamente após a retirada

da vegetação ciliar que fornece alimento para a manutenção das comunidades

aquáticas e protege-os de assoreamento, um dos principais efeitos da retirada da

vegetação ripária.

Várias atividades antrópicas vêm alterando as condições naturais dos ambientes

aquáticos, representando sérias ameaças à diversidade de peixes. De acordo com

Agostinho et al. (2005), as principais ameaças aos ecossistemas aquáticos

continentais brasileiros são a poluição, o desmatamento, a construção de barragens,

a pesca predatória e a introdução de espécies exóticas. Segundo ainda os mesmos

autores, esses problemas são mais conspícuos nas regiões mais desenvolvidas do

Brasil, ou seja, no sudeste e sul do país.

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7.2.1.7.1 Metodologia para a amostragem da ictiofauna

O levantamento ictiofaunístico foi realizado durante a estação chuvosa em três pontos

estratégicos no rio Santana. No desenho EAP-CAS-10C (Desenhos-Volume II)

encontra-se detalhado o local de registro das espécies.

As capturas foram realizadas com petrechos de pesca diversificados (redes de espera

e tarrafas), porém idênticos em todos os pontos amostrais, sempre respeitando as

particularidades de cada ponto e a padronização do esforço para comparações entre

as áreas amostrais. Dessa forma, buscou-se representar fidedignamente a

comunidade nos diferentes locais afetados pelo empreendimento e as fases do ciclo

de vida dos peixes. As redes foram instaladas ao entardecer e retiradas ao

amanhecer, contemplando um esforço de 12 horas por noite. As tarrafas foram

empregadas pela manhã, com cinco passadas em cada ponto amostral.

Os exemplares capturados foram separados em recipientes apropriados. Os dados

biométricos (peso e comprimento total) foram obtidos ainda no local, sendo os

exemplares devolvidos ao rio imediatamente após a obtenção dos dados. As espécies

foram fotografadas a fim de documentar a diversidade específica. Cabe ressaltar que

não foi realizada a fixação de nenhum espécime para coleções zoológicas.

A identificação das espécies foi realizada seguindo manuais apresentados por

Oyakawa e Mattox (2009); Graça e Pavanelli (2007); Zaniboni Filho et al. (2004);

Nakatani et al. (2001); Britski et al. (1988) e Ringuelet et al. (1967). Após o processo

de identificação, a nomenclatura das espécies foi conferida de acordo com Check List

of the Freshwater Fishes and Central América (Reis et al., 2003).

Os dados coletados foram armazenados em planilhas eletrônicas para posterior

análise e interpretação dos resultados. Com base nas informações de captura das

diferentes espécies calculou-se a diversidade, equitabilidade e a riqueza das

espécies, utilizando-se o software Past (HAMMER et al., 2003). O índice de

diversidade representa o número de espécies presentes e a uniformidade com que os

indivíduos são distribuídos no ambiente. A equitabilidade indica se os indivíduos têm

ou não a mesma abundância numa unidade amostral. A riqueza representa o número

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de espécies identificadas em cada ponto amostral. A abundância remete ao número

de indivíduos em uma unidade amostral.

Tabela 7.61: Caracterização das áreas amostrais da ictiofauna.

Ponto Localização Características do ambiente

Ictiofauna 1 Montante do barramento Margens com vegetação ciliar reduzida,

pincipalmente ao lado direito; ambiente semi-lótico.

Ictiofauna 2 Trecho de vazão reduzida Margens com vegetação ciliar pouco satisfatória;

ambiente semi-lótico.

Ictiofauna 3 Jusante da casa de força Margens com vegetação ciliar pouco satisfatória;

ambiente semi-lótico.

Tabela 7.62: Detalhamento técnico dos petrechos de pesca utilizados.

Petrechos Malha1 (cm) Comprimento (m) Altura (m) Esforço

Malhadeira 1,5 10 1,5 12 horas/noite

Malhadeira 2,5 10 1,5 12 horas/noite

Malhadeira 3,5 10 1,5 12 horas/noite

Tarrafa 1,5 15 2,1 5 passadas

7.2.1.7.2 Resultados

A seguir é apresentada uma compilação de dados sobre as espécies com ocorrência

na área de influência do empreendimento. Como não se possui dados pulicados para

o rio Santana, foram utilizados estudos da ictiofauna do rio Paranaíba e da bacia do

Alto Paraná.

Tabela 7.63: Lista de espécies com ocorrência para a região do empreendimento.

Táxon Nome comum I II III IUCN Observação

CHARACIFORMES

Characidae

Astyanax paranae Eigenmann, 1914 lambari-prata x x

Astyanax altiparanae Garutti & Britski, 2000 lambari x x x

Astyanax fasciatus Cuvier, 1819 lambari-do-rabo-vermelho

x x

Astyanax aff. Eigenmanniorum x

Bryconamericus cf. iheringii x

Bryconamericus stramineus x

Bryconamericus turiuba x

Charax leticiae lambari-cachorro x

Galeocharax Knerri cigarra, peixe-cadela x

Hemigrammus marginatus x

Moenkhausia aff. Intermedia x

Moenkhausia sanctaefilomenae x

Odontostilbe pequira x

Oligosarcus pintoi Campos, 1945 x x

Oligosarcus paranensis peixe-cachorro x

Piabina argentea x

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Táxon Nome comum I II III IUCN Observação

Piaractus mesopotamicus Holmberg, 1887 caranha x x exótica

Salminus hillari Valenciennes, 1850 tabarana x x

Serrapinnus notomelas x

Serrapinnus heterodon x

Serrasalmus spilopleura pirambeba x

Lebiasnidae

Pyrrhulina australis x

Cynodontidae

Rhaphiodon vulpinus cachorra x

Prochilodontidae

Prochilodus costatus Valenciennes, 1850 curimba x exótica

Curimatidae

Cyphocharax modestus x

Cyphocharax vanderi x

Steindachnerina insculpta Férnandez-Yépez, 1948

turrú x x

Anostomidae

Leporellus amblyrhynchus Garavelho & Britski, 1987

papa-folha x

Leporellus vitatus Agassiz, 1829 papa-folha x

Leporinus sp. piau-açu x x x

Leporinus friderici Bloch, 1794 piau-três-pintas x x x

Leporinus octofasciatus Steindachner, 1915 flamengo x x

Leporinus engolatus Valenciennes, 1850 piapara x exótica

Schizodon sp. x

Crenuchidae

Characidium gomesi Travassos, 1956 marizinha x x

Parodontidae

Parodon nasus Kner, 1859 canivete x x

Erythrinidae

Hoplias malabaricus Bloch, 1794 traíra x x x

Hoplerythrinus unitaeniatus x

SILURIFORMES

Pimelodidae

Pimelodella sp. x

Pimelodus maculatus Lütken, 1874 bagre x x

Pimelodus fur mandi-prata x

Pinirampus pirinampu barbado x

Callichthyidae

Callichthys callichthys x

Loricariidae

Hypostomus Sp. cascudo x x

Hypostomus albopuntatus Regan, 1908 cascudo amarelo x x

Hypostomus ancistroides Ihering, 1911 cascudo x x

Hypostomus affinis La Cepède, 1803 cascudo amarelo x

Hypostomus nigromaculatus x

Hypostomus regani x

Megalancistrus parananus cascudo-abacaxi x

Neoplecostomus paranensis x

Hisonotus sp. x

Hisonotus insperatus x

Pseudopimelodidae

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Táxon Nome comum I II III IUCN Observação

Pseudopimelodus cf. pulcher x

Cetopsidae

Cetopsis gobioides x

Heptapteridae

Rhamdia quelen Quoy & Gaimard, 1824 bagre x x

Cetopsprhamdia iheringi x

Imparfinis sp. x

PERCIFORMES

Sciaenidae

Plagioscion squamosissimus curvina x exótica

Cichlidae

Oreochromis niloticus Linnaeus, 1758 tilápia x exótica

Tilapia rendalli Boulenger, 1897 tilápia x x exótica

Geophagus surinamensis acará x exótica

Cichla piquiti Kullander & Ferreira, 2006 tucunaré paca x exótica

Cichla monoculus Bloch & Schneider, 1801 tucunaré x x exótica

Cichla sp. tucunaré x exótica

Cichlasoma paranaense acará x

Cichlasoma dimerus x

Satanoperca pappaterra zoiúdo x exótica

Crenicichla sp. x

Crenicichla britskii x

GYMNOTIFORMES

Gymnotidae

Gymnotus carapo Linnaeus, 1758 sarapó x

Gymnotus sp. x

Sternopygidae

Eigenmannia trilineata x

Eigenmannia virescens x

SYNBRANCHIFORMES

Synbranchidade

Synbranchus marmoratus x

CYPRINODONTIFORMES

Poeciliidae

Poecilia vivipara Bloch & Schneider, 1801 barrigudinho x

Rivulidae

Rivulus aff. Punctatus x

Fonte: I - Sampaio et al., 2012; II - Pagotto & Souza, 2006; III - Neves, 2006.

No levantamento primário da ictiofauna foi registrada a ocorrência de 06 espécies,

pertencentes a 2 ordens e 4 famílias. Em termos numéricos a ordem Siluriformes

apresenta a maior abundância numérica, conforme pode-se observar na tabela a

seguir. A presença das ordens Characiformes e Siluriformes concordam com o padrão

esperado para ambientes neotropicais de água doce (GONÇALVES & BRAGA, 2008).

Tabela 7.64: Lista da ictiofauna registrada na área de influência do empreendimento.

Táxon Nome comum Espécies Biomassa

CHARACIFORMES

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Táxon Nome comum Espécies Biomassa

Characidae

Astyanax altiparanae lambari 18 0,287

Anostomidae

Leporinus friderici piau-três-pintas 8 0,989

SILURIFORMES

Callichthyidae

Hoplosternum littorale tamoatá 3 0,240

Loricariidae

Hypostomus sp. cascudo 14 0,822

Hypostomus sp2. cascudo 6 0,366

Hypostomus sp3. cascudo 17 0,955

Totais 06 espécies 66 indivíduos 3,659 kg

Os Siluriformes, conhecidos popularmente como peixes de couro, mandis, bagres,

cascudos, entre outros, representam mais de 35% do total de espécies neotropicais,

com 1.647 espécies descritas (REIS et al., 2003). Espécies da família Loricariidae, de

modo geral, possuem hábitos crepusculares e noturnos, habitando o fundo dos rios e

permanecendo entre rochas e a vegetação (FERRARIS, 1998 e 2007 apud

RODRIGUES, 2010).

Os Siluriformes têm se adaptado a uma série de condições ambientais, refletindo em

sua morfologia e habitat (DE PINNA, 1993 apud RODRIGUES, 2010) conferindo à

ordem a condição de apresentar uma distribuição cosmopolita.

Gráfico 7.37: Representatividade numérica e em biomassa das espécies registradas.

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Em relação à representatividade, a espécie Astyanax altiparanae foi a que obteve

maior número de indivíduos capturados (27,3%), enquanto Leporinus friderici obteve

o maior peso entre as capturas (27,0%).

7.2.1.7.2.1 Distribuição Espacial

O conhecimento da distribuição espacial é importante para verificar como os

diferentes habitats são explorados pelos peixes auxiliando a compreensão da partilha

de recursos no ambiente. Além disso a identificação de padrões de distribuição e

abundância de alimentos e predadores ao longo de riachos pode responder várias

questões fundamentais (ESTEVES; ARANHAS, 1999).

Comparando-se os gráficos pode-se dizer que a área amostral 01 obteve os melhores

índices ecológicos, embora a equitabilidade tenha sido mais alta na área amostral 02.

Gráfico 7.38: Índices ecológicos espaciais da ictiofauna registrada.

Nas áreas amostrais pode-se observar que a composição da ictiofauna teve

variações, as quais podem ser influenciadas por uma série de fatores que contribuem

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para a alocação das espécies nos habitats. A composição da ictiofauna é influenciada

por uma série de variações nas condições ambientais (UIEDA e CASTRO, 1999)

modificadas ao longo do rio, como a morfologia (volume, declividade e profundidade),

velocidade de correnteza, substrato, tipo e quantidade de partículas em suspensão na

água (VANNOTE et al., 1980).

Devido a pequena amostragem não se pode determinar a tendência de espécies ao

longo dos pontos amostrados, no rio Santana.

7.2.1.7.2.2 Captura por unidade de esforço (CPUE)

A CPUE (captura por unidade de esforço) permite inferir sobre a estruturação da

comunidade, possibilitando avaliar alterações ocasionadas por mudanças ambientais

ou mesmo advindas de alterações comportamentais.

A CPUE média, considerando o esforço das redes malhadeiras apresentou-se baixa:

0,0285 Kg/m² ou 0,0024 Kg/m²/hora (gráfico a seguir), estando relacionada ao

pequeno porte dos indivíduos capturados nas áreas amostrais.

Gráfico 7.39: CPUE para malhadeiras obtidas durante o levantamento ictiofaunístico da área de influência.

Quanto as espécies amostradas, a espécie mais representante em número de

indivíduos foi Astyanax altiparanae. Essa espécie apresenta ampla distribuição na

bacia do Alto Rio Paraná. Em relação às ameaças, nenhuma espécie registrada ou

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com potencial ocorrência para a região encontra-se em listas de espécies ameaçadas

de extinção. Por possuir hábitos migradores pode-se considerar a espécies Leporinus

friderici.

O empreendimento não irá formar reservatório expressivo, uma vez que a maior parte

do reservatório permanecerá na calha natural do rio Santana. Mesmo assim, apesar

de causar menos impactos em relação a outros empreendimentos de maior porte, o

local terá algumas influências da instalação das estruturas, uma vez que o trecho terá

redução da velocidade da água que pode afetar a comunidade aquática, sendo

indicada a adoção de monitoramento da ictiofauna, sobretudo após a instalação do

empreendimento.

A ictiofauna da área de influência caracteriza-se por uma riqueza baixa, contudo não

se deve basear conclusões apenas nesse índice, uma vez que o mesmo depende

excepcionalmente da amostragem. Portanto maiores discussões a certa da dinâmica

e estrutura da comunidade aquática somente será possível com a realização de mais

amostragens no trecho pretendido na próxima fase do empreendimento.

7.2.1.7.3 Relatório fotográfico

Figura 7.91: Instalação de rede. Figura 7.92: Uso da tarrafa.

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Figura 7.93: Astyanax altiparanae. Figura 7.94: Leporinus friderici.

Figura 7.95: Hoplosternum littorale. Figura 7.96: Hypostomus sp 1.

Figura 7.97: Hypostomus sp 2.

Figura 7.98: Hypostomus sp 3.

Atendendo à solicitação do ofício nº 372/GLA/IMASUL, foi solicitado a realização de

um novo levantamento de ictiofauna, durante esta estação chuvosa, entre os meses

de novembro e dezembro de 2018.

Desta forma, foi solicitado nova Autorização de Ambiental para Manejo de Fauna in

situ para a CGH Castro, com o intuito de realizar o inventário completar da ictiofauna.

Após a emissão da Autorização Ambiental de nº 33/2018, a equipe ambiental

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deslocou-se até o local do empreendimento onde realizou o inventário ictiofaunístico

da CGH Castro.

7.2.1.7.4 Metodologia e Área de Estudo

O levantamento ictiofaunístico foi realizado durante a estação chuvosa em 8 pontos

estratégicos do trecho do rio Santana, onde pretende-se instalar o empreendimento.

O estudo foi realizado entre os dias 04 e 05 de dezembro de 2018, em dias

característicos da estação chuvosa, onde o Rio Santana apresentava volume de água

maior que o seu volume natural.

A escolha destes locais foi realizada in loco, após observação das condições do Rio

Santana. Em atendimento ao TR, foram realizadas coletas em diferentes pontos

amostrais, em ambientes lênticos e lóticos, com condições de amostragem, como

mostra a imagem a seguir.

Figura 7.99: Imagem com a localização dos pontos amostrais da Ictiofauna.

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Tabela 7.65: Caracterização dos Pontos Amostrais da Ictiofauna.

Ponto Localização Coordenadas

UTM Características do Ambiente

PX_01 Montante

Barramento - Lago

X=484886.88; Y=7820080.36

APP Reduzia na Margem Esquerda e Inexistente na Margem Direita; ambiente lêntico; substrato arenoso

PX_02 Montante

Barramento - Lago

X=484868.43; Y=7820154.87

APP Reduzia na Margem Esquerda e Mínima na Margem Direita; ambiente lêntico; substrato arenoso

PX_03 Montante

Barramento - Lago

X=484845.44; Y=7820205.53

APP Reduzia na Margem Esquerda e Mínima na Margem Direita; ambiente lêntico; substrato arenoso

PX_04 Trecho de

vazão reduzida X=484828.08; Y=7820330.05

APP Reduzia em ambas as Margens; ambiente semi-lótico; substrato arenoso

PX_05 Trecho de

vazão reduzida X=484926.00; Y=7820767.00

APP Conservada na Margem Esquerda e Reduzida na Margem Direita; ambiente semi-lótico; substrato

rochoso

PX_06 Trecho de

vazão reduzida X=485065.00; Y=7820655.00

APP Conservada na Margem Esquerda e Reduzida na Margem Direita; ambiente lótico; substrato

rochoso

PX_07 Jusante a Casa

de Força X=485124.00; Y=7820519.00

APP Conservada na Margem Esquerda e Reduzida na Margem Direita; ambiente semi-lótico; substrato

rochoso

PX_08 Jusante a Casa

de Força X=485199.44; Y=7820438.76

APP Reduzia em ambas as Margens; ambiente lótico; substrato rochoso

As capturas foram realizadas com petrechos de pesca diversificados (redes de espera

e tarrafas), porém idênticos em todos os pontos amostrais, sempre respeitando as

particularidades de cada ponto e a padronização do esforço para comparações entre

as áreas amostrais. Dessa forma, buscou-se representar a comunidade nos diferentes

locais afetados pelo empreendimento.

As redes foram instaladas ao entardecer e retiradas ao amanhecer, contemplando um

esforço de 12 horas por ponto. As tarrafas foram utilizadas pela manhã, juntamente

com a retirada das redes de espera. Para cada ponto amostral, foram realizados 05

lances de tarrafa.

Tabela 7.66: Detalhamento Técnico dos Petrechos de Pesca Utilizados.

Petrechos Malha1 (cm) Comprimento (m) Altura (m) Esforço

Malhadeira 1,5 10 1,5 12 horas/dia

Malhadeira 2,5 10 1,5 12 horas/dia

Malhadeira 3,5 10 1,5 12 horas/dia

Tarrafa 1,5 15 2,1 5 lances

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Figura 7.100: Instalação de Redes de Espera.

Figura 7.101: Retirada das redes de espera.

Figura 7.102: Uso de tarrafa nos pontos amostrais.

Figura 7.103: Uso de tarrafa nos pontos amostrais.

Para cada rede de espera retirada da água, no caso de captura de peixes, os mesmos

eram acondicionados em baldes com água, onde obteve-se os dados biométricos

(peso e comprimento total) ainda no local, sendo os exemplares devolvidos ao rio

imediatamente após a obtenção dos dados. As espécies também foram fotografadas

a fim de documentar a diversidade específica. Cabe ressaltar que não foi realizada a

fixação de nenhum espécime para coleções zoológicas.

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Figura 7.104: Retira e obtenção de dados biométricos da Ictiofauna coletada.

Figura 7.105: Soltura das espécies coletadas.

Além disso, é válido mencionar que um exemplar apresentou predação por outros

peixes. Este foi lançado ao rio após registro, para que sirva de alimento para espécies

carnívoras, além do mais, não apresentava condições de uso científico (Figura 24.38).

A identificação das espécies foi realizada seguindo manuais apresentados por

Oyakawa e Mattox (2009); Graça e Pavanelli (2007); Zaniboni Filho et al. (2004);

Nakatani et al. (2001); Britski et al. (1988) e Ringuelet et al. (1967). Após o processo

de identificação, a nomenclatura das espécies foi conferida de acordo com Check List

of the Freshwater Fishes and Central América (Reis et al., 2003).

Os dados coletados foram armazenados em planilhas eletrônicas para posterior

análise e interpretação dos resultados. Com base nas informações de captura das

diferentes espécies calculou-se a diversidade, equitabilidade, similaridade e a riqueza

das espécies, utilizando-se o software Past (HAMMER et al., 2003).

Tabela 7.67:Software Past.

Diversidade Representa o número de espécies presentes e a uniformidade com que

os indivíduos são distribuídos no ambiente.

Equitabilidade Indica se os indivíduos têm ou não a mesma abundância numa unidade

amostral.

Riqueza Representa o número de espécies identificadas em cada ponto amostral.

Abundância Remete ao número de indivíduos em uma unidade amostral.

Fonte: HAMMER et al., 2003.

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7.2.1.7.5 Resultados

No levantamento primário da ictiofauna para esta campanha, foi registrada a

ocorrência de 10 espécies, pertencentes a 04 ordens e 09 famílias. Em termos

numéricos a ordem Siluriformes apresentou a maior abundância numérica, conforme

pode-se observar na tabela a seguir. A presença das ordens Characiformes e

Siluriformes concordam com o padrão esperado para ambientes neotropicais de água

doce (GONÇALVES; BRAGA, 2008).

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Tabela 7.68: Lista da Ictiofauna registrada na área deinfluência da CGH Castro.

Ordem/Família Espécie Nome popular Número Biomassa Captura FO%

Characiformes Família Characidae

Astyanax altiparanae Lambari 5 0,062 P1,P4,P6 38% Família Erythrinidae Hoplias sp. Traíra 3 0,894 P1,P3,P4 25% Família Parodontidae Apareiodon affinis Canivete 2 0,061 P6 13% Família Serrasalminae

Serrasalmus maculatus Piranha 2 0,067 P2,P4 0% Gymnotiformes Família Apteronotidae

Apteronotus ellisi Ituí-cavalo 3 0,127 P6 25% Família Apteronotidae

Gymnotus carapo Tuvira 2 0,050 P2,P3 0% Perciformes Família Cichlidae

Crenicichla sp. Joaninha 1 0,014 P7 25% Siluriformes Família Pimelodidae

Pimelodella sp. Bagre 2 0,047 P4,P6 13% Família Loricariidae

Hypostomus aff. ancistroides Cascudo 6 0,263 P2,P3,P5,P6,P8 25% Hypostomus aff. oculeus Cascudo 8 0,168 P2,P3,P5,P6,P7 63%

04 ordens/09 famílias 10 espécies 34 indivíduos 1,753

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Os Siluriformes, conhecidos popularmente como peixes de couro, mandis, bagres,

cascudos, entre outros, representam mais de 35% do total de espécies neotropicais,

com 1.647 espécies descritas (REIS et al., 2003). Espécies da família Loricariidae, de

modo geral, possuem hábitos crepusculares e noturnos, habitando o fundo dos rios e

permanecendo entre rochas e a vegetação (FERRARIS, 1998 e 2007 apud

RODRIGUES, 2010).

Os Siluriformes têm se adaptado a uma série de condições ambientais, refletindo em

sua morfologia e habitat (DE PINNA, 1993 apud RODRIGUES, 2010) conferindo à

ordem a condição de apresentar uma distribuição cosmopolita.

Gráfico 7.40: Representatividade numérica e em biomassa das espécies registradas.

Em relação à representatividade, a espécie Hypostomus aff. Oculeus foi a que obteve

maior número de indivíduos capturados (23,5%), enquanto que a Hoplias sp. obteve

o maior peso entre as capturas (51,0%).

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%

Astyanax altiparanae

Hoplias sp.

Apareiodon affinis

Serrasalmus maculatus

Apteronotus ellisi

Gymnotus carapo

Crenicichla sp.

Pimelodella sp.

Hypostomus aff. ancistroides

Hypostomus aff. oculeus

Número (%)

Es

cie

s

Biomassa % Número %

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7.2.1.7.5.1 Distribuição Espacial

Os índices ecológicos apresentaram maior semelhança nos quesitos riqueza e

abundância nos pontos PX_06, localizado no trecho de vazão reduzida. O ponto PX-

06 também foi responsável pela maior diversidade de espécies.

A equitabilidade por sua vez foi maior nos pontos PX_01, PX_05 e PX_08, localizados

excepcionalmente no futuro Lago, TVR e jusante a Casa de Força.

Gráfico 7.41: Índices ecológicos espaciais da ictiofauna na área de influência.

O PX_06, que neste estudo apresentou os maiores e melhores índices ambientais,

possui características distintas dos demais pontos analisados. Trata-se de um

ambiente lótico, porém com um pequeno remanso, que proporciona uma local para

uma pausa das espécies que seguem o rio de encontro com a correnteza.

0

1

2

3

4

5

6

7

P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8

Riq

ue

za

0

2

4

6

8

10

12

P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8

Ab

un

dân

cia

00,20,40,60,8

11,21,41,61,8

P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8

Div

ers

idad

e

0,7

0,75

0,8

0,85

0,9

0,95

1

P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8

Equ

itab

ilid

ade

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Figura 7.106: Ponto amostral PX_06.

Figura 7.107: Jusante do PX_06.

Figura 7.108: Montante do PX_06.

7.2.1.7.5.2 Índice de Diversidade de Shannon-Wiener (H’)

O índice de Shannon é amplamente utilizado em ecologia de comunidades para

avaliar a diversidade de espécies. Neste estudo, para analisar a comunidade de

peixes, foi considerado o número de vezes que a espécie foi registrada nos diferentes

pontos amostrais (0-8 pontos).

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Assim sendo, o índice apresentou um coeficiente de 1,8039. Este número indica que

o local não apresenta uma boa diversidade de espécies, já que o número mínimo é 0,

e o número máximo depende da diversidade de espécies, ou seja, quanto maior a

diversidade, maior é o número (SOUTO, et al., 2008). O resultado obtido era esperado,

já que a velocidade da água do Rio Santana estava acima do normal nos dias em que

o estudo foi desenvolvido, em função da precipitação ocorrida nos dias anteriores.

Ainda assim, apesar das condições não serem favoráveis para a obtenção de um

número maior do índice de diversidade, o índice de riqueza pode ser considerado

bom, visto que o número total de registros nesta campanha chegou a 10 espécies.

Ainda conforme Souto et al. (2008) a diversidade de espécies está interligada a uma

relação entre o número de espécies e a distribuição do número de indivíduos entre as

espécies, sendo assim, quanto maior o índice de Shannon, menor a variação da

riqueza de espécie. Neste caso, a variação da Riqueza foi maior e o índice de

Shannon foi menor.

7.2.1.7.5.3 Índice de Similaridade de Jaccard (Sj)

O Índice Similaridade de Jaccar foi obtido através da comparação das espécies

registradas em cada campanha amostral. Neste caso, comparou-se os dados desta

campanha com a campanha realizada no ano de 2017.

Assim, o coeficiente de similaridade entre as campanhas amostrais foi de 0,2308. Em

uma escala que vai de 0 (comunidades totalmente diferentes quanto à composição de

espécies) a 1 (comunidades totalmente semelhantes quanto à composição de

espécies), o Índice de Similaridade de Jaccard indicou que as espécies registradas

entre as campanhas, diferem entre si, em nível médio a baixo, visto que na primeira

campanha, foi amostrado 06 espécies e na segunda campanha 10 espécies. No total,

entre as campanhas, foram registradas 14 espécies de peixes na Área de Influência

da CGH Castro, localizada no Rio Santana, Paranaíba, MS.

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Tabela 7.69: Lista de espécies registradas nas campanhas amostrais da Ictiofauna para a CGH Castro.

Ordem/Família Espécie Nome popular Campanha

01 Campanha

02

Characiformes Família Characidae

Astyanax altiparanae Lambari X X Família Erythrinidae

Hoplias sp. Traíra X Família Parodontidae

Apareiodon affinis Canivete X Família Serrasalminae

Serrasalmus maculatus Piranha X Família Anostomidae

Leporinus friderici Piau-três-pintas X Gymnotiformes Família Apteronotidae

Apteronotus ellisi Ituí-cavalo X Família Apteronotidae

Gymnotus carapo Tuvira X Perciformes Família Cichlidae

Crenicichla sp. Joaninha X Siluriformes Família Callichthyidae

Hoplosternum littorale Tamoatá X Família Pimelodidae

Pimelodella sp. Bagre X Família Loricariidae

Hypostomus sp3. Cascudo X

Hypostomus aff. ancistroides

Cascudo X X

Hypostomus aff. oculeus Cascudo X X

Nenhuma das espécies registradas encontram-se listadas como ameaçadas de

extinção. Além disso, não foram registradas espécies exóticas da bacia do Rio

Paraná.

Das espécies registradas, 02 espécies são classificadas como migradoras de

pequeno porte e curtas distâncias, sendo:

Apareiodon affinis;

Leporinus friderici.

A migração é um ato muito diferenciado pois, as espécies podem realiza-las de forma

diárias, sazonais e anuais, mas geralmente realizam para sua reprodução. Sabe-se

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também que a mesma pode estar relacionada com a predação, proteção e

disponibilidade de alimentos (GARCIA, 2018).

Ao longo de diversos pontos do rio Paranaíba e de seus tributários, em especial

aqueles situados na margem direita, pode-se observar a existência de áreas de

inundação e canais com pequenas lagoas intermitentes. O que de acordo com

Nascimento e Nakatani (2006) e Agostinho et al. (2001), estes remanescentes de

várzeas, tem importância fundamental na manutenção das espécies de peixes

reofilicos de pequeno porte.

Este processo de inundação das planícies amplia o espaço vital da ictiofauna,

aumenta a disponibilidade de abrigo e alimento, eleva a produtividade do corpo d’água

e reduzem fatores denso-dependentes, como competição e predação das

comunidades e constituem locais importantes para o crescimento e alimentação das

formas larvais e juvenis. (COBRAPE, 2011; NASCIMENTO e NAKATANI, 2006).

Segundo Agostinho e colaboradores (1997) o regime de cheia favorece o aumento de

biomassa para espécies onívoras e algumas espécies herbívoras, e as lagoas e

canais favorecem o aumento de biomassa para peixes dessas categorias tróficas,

independentemente do regime de cheia.

As três espécies com características reofílicas registradas em campo, destaca-se o

Leporinus friderici, espécie que se caracteriza como um peixe de desova total e

migrador. É uma espécie que predomina em ambiente lótico, caracteristicamente

migradora, porém pode reproduzir-se em ambientes lênticos e semilóticos em planície

de inundação e em pequenos canais (AGOSTINHO et al., 1997; NASCIMENTO e

NAKATANI, 2006). Segundo Braga (2001), Balassa e colaboradores (2004), essa

espécie tem se reproduzido com grande abundância em diversas represa da bacia do

rio Paranaíba com ambientes tipicamente lênticos. E ainda os mesmo a autores

relatam que esta espécie é regularmente utilizada para repovoar reservatórios de

usinas.

Para as espécies de peixes reofílicos, que realizam migrações ao longo do rio

Paranaíba, com o objetivo de encontrar um local em que as condições da água sejam

ideais para que ocorra a reprodução, pequenas mudanças na estrutura do rio e na

qualidade da água, privam esses organismos de alcançar áreas necessárias para

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completar seu ciclo de vida (NASCIMENTO; NAKATANI, 2006). Tais condições para

espécies reofilicas de grande porte acabam sendo prejudicadas em anteparo as UHE

já existentes na bacia. Porém espécies de menor porte como Leporinus friderici e

Apareiodon affinis, ambas migratórias, são espécies que, se sobressaem, uma vez

que conseguem migrar para outras áreas, e adaptam-se facilmente a ambientes tanto

lóticos como lênticos (BALASSA et al.,2004).

Godoy (1975), verificou que em espécies reofilicas, suas desovas ocorrem em

ambientes lóticos onde as condições se mostram favoráveis e que seus ovos são

carreados rio abaixo. Porém Thomaz et al. (1997), menciona que, após a eclosão, as

larvas são levadas para as lagoas marginais (ambientes lênticos) onde se dispersam

na busca de abrigo e de alimento. O que faz com que, a vegetação aquática marginal

presente nas lagoas atue como biótopo preferencial para a reprodução de espécies

lênticas, desenvolvimento inicial e alimentação de várias espécies, reforçando a

importância das lagoas marginais e da planície de inundação para a preservação e a

manutenção da fauna de peixes para todo o ecossistema (BIALETZKI et al., 1999;

NASCIMENTO; NAKATANI, 2006).

Desta forma, é possível afirmar que o empreendimento em estudo, não irá

proporcionar perdas para estas espécies, pois o são espécies que adaptam facilmente

às mudanças no ambiente aquático. Além do mais, será realizado a transposição de

peixes a montante do futuro barramento, seja através de mecanismos de

transposição, como escada de peies ou até mesmo manualmente, com coleta de

jusante e soltura a montante, de acordo com a necessidade e eficácia do método a

ser empregado.

Ao longo de diversos pontos do rio Paranaíba, em especial aqueles situados na

margem direita (Figura A, abaixo), pode-se observar a existência de áreas de

inundação e canais com pequenas lagoas intermitentes, oriundos das usinas a jusante

do rio Paranaíba. O empreendimento está situado no rio Santana, um desses

tributários do rio Paranaíba. A 6 km a jusante do empreendimento em sua foz, o rio

Santana apresenta pontos característicos de áreas de inundação temporárias com

presença de mata ciliar (Figura B, abaixo) no qual tem suma importância para diversas

espécies, inclusive as reofílicas, pois proporcionam abrigo e alimentação. O que de

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acordo com Nascimento e Nakatani (2006) e Agostinho et al. (2001), estes

remanescentes de várzeas, tem importância fundamental na manutenção das

espécies de peixes reofílicos de pequeno porte.

Figura 7.109: Locais possíveis de alimentação, refúgio e reprodução de espécies reofilicas. Legenda: A: Tributários do rio Paranaíba, locais de possível interesse de espécies reofilicas. B: Rio Santana, locais próximos do empreendimento com áreas de interesse de espécies reofilicas. Fonte: Google Earth Pro, 2018.

7.2.1.7.6 Relatório Fotográfico

A

B

Tributários do rio Paranaíba com

possível interesse de espécies

reofilicas.

CGH Castro

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Figura 7.110: Ponto 01.

Figura 7.111: Ponto 02.

Figura 7.112: Ponto 03.

Figura 7.113: Ponto 04.

Figura 7.114: Ponto 05.

Figura 7.115: Ponto 06.

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Figura 7.116: Ponto 07.

Figura 7.117: Ponto 08.

Figura 7.118: Método com tarrafa.

Figura 7.119: Método com tarrafa.

Figura 7.120: Instalação de Redes de Espera.

Figura 7.121: Instalação de Redes de Espera.

Figura 7.122: Retirada e revisão das Redes.

Figura 7.123: Retirada e revisão das Redes.

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Figura 7.124: Soltura dos exemplares coletados após obtenção de dados biométricos.

Figura 7.125: Soltura dos exemplares coletados após obtenção de dados biométricos.

Figura 7.126: Registro de Apareiodon affinis.

Figura 7.127: Registro de Apteronotus ellisi.

Figura 7.128: Registro de Astyanax altiparanae.

Figura 7.129: Registro de Crenicichla sp. predada.

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Figura 7.130: Registro de Gymnotus carapo.

Figura 7.131: Registro de Hoplias sp.

Figura 7.132: Registro de Hypostomus aff. oculeus.

Figura 7.133: Registro de Hypostomus aff. ancistroides.

Figura 7.134: Registro de Pimelodella sp.

Figura 7.135: Registro de Serrasalmus maculatus.

7.3 MEIO ANTRÓPICO

O estudo do meio socioeconômico abrange os aspectos culturais, sociais, históricos,

de infraestrutura, econômicos e arqueológicos visando a caracterização das áreas

afetadas pelo empreendimento. Através dessa caracterização e análise é possível

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mensurar os impactos que sua implantação poderá causar, de acordo com as

peculiaridades verificadas.

Neste capitulo busca-se caracterizar a área de influência indireta (AII), correspondente

ao município de Paranaíba, a área de influência direta (AID), constituída pelas

propriedades rurais no entorno imediato do empreendimento e a área diretamente

afetada (ADA), que corresponde ao barramento, casa de força, reservatório e área de

preservação permanente (APP).

7.3.1 Aspectos metodológicos

A metodologia utilizada baseou-se em um levantamento de dados primários, através

de visitas a campo e de dados secundários, através de pesquisa bibliográfica referente

aos municípios afetados e busca de informações em órgãos e instituições locais.

Foram caracterizadas, a partir de dados primários, as famílias que possuem

propriedades próximas ao local onde será instalado o empreendimento, as quais

compreendem o que classificamos como área de influência direta (AID). Nesta seção,

caracterizaram-se as unidades familiares e produtivas, buscando apresentar a

dependência das famílias em relação à propriedade atingida, seu modo de vida, meios

de produção, usos do rio, dentre outros. O principal instrumento de pesquisa de campo

empregado foi um questionário único aplicado aos entrevistados. Com os dados

extraídos dos questionários e com registro fotográfico do local, elaborou-se o presente

cadastro socioeconômico.

7.3.2 Área de influência indireta

7.3.2.1 Caracterização do município de Paranaíba

7.3.2.1.1 Localização e acessos

Paranaíba está situada na região do Bolsão do Mato Grosso do Sul, na mesorregião

Leste do estado. A mesorregião é formada pela união de 18 municípios agrupados em

quatro microrregiões (Cassilândia, Nova Andradina, Paranaíba e Três Lagoas).

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Figura 7.136: Localização do município de Paranaíba. Fonte: Sebrae, 2015.

O município de Paranaíba está distante 414 quilômetros de Campo Grande, capital

de Mato Grosso do Sul. O acesso ao município ocorre pelas rodovias BR-158 e MS-

497. Quanto a localização do município destacando a malha viária em escala

adequada está disponível no anexo EAS-CAS–01, incluso no Volume II.

A figura abaixo apresenta as principais rodovias que cortam o município. Paranaíba

apresenta ligação rodoviária com estrada pavimentada para os municípios de

Inocência, Aparecida do Taboado e Cassilândia. Ainda, o município apresenta como

fator favorável a boa ligação asfáltica com a capital do estado e com a região do

Bolsão (Três Lagoas).

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Figura 7.137: Principais acessos ao município de Paranaíba.

Fonte: Google Earth, 2017.

A área total do município é de 5.402,778 km² e a posição geográfica acontece nas

coordenadas Latitude 19º40’37”S e Longitude 51°11’27”W, encontrando-se a uma

altitude de 474 m. Seus limites são: ao norte com os municípios de Cassilândia (MS),

Lagoa Santa (GO) e Itajá (GO), ao sul com o município de Aparecida do Taboado, a

leste com o município de Carneirinho (MG) e a oeste com o município de Inocência

(MS).

7.3.2.1.2 Aspectos demográficos

O município de Paranaíba contava com uma população de 40.192 habitantes no ano

de 2010. Para o ano de 2017 o IBGE estima a população do município em 41.755.

Observando os dados populacionais de 2010, verifica-se que o município possui uma

população em sua maioria urbana, com cerca de 35.754 habitantes, correspondente

a 89% da população e 4.438 na área rural que corresponde a 11% da população do

município.

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Analisando os dados dos últimos censos apresentados na tabela a seguir observa-se

que no período de 1991 a 2010, houve um acréscimo populacional. Este aumento

pode estar relacionado com a oferta de empregos.

Tabela 7.70: População total, por gênero, rural/urbana no município de Paranaíba - MS.

População Ano % do total

(1991)

Ano % do total (2000)

Ano % do total (2010) 1991 2000 2010

População total 36.780 100% 38.406 100% 40.192 100%

População residente masculina 18.684 51% 19.359 50% 19.957 50%

População residente feminina 18.096 49% 19.047 50% 20.235 50%

População urbana 28.491 77% 32.027 83% 35.754 89%

População Rural 8.289 23% 6.379 17% 4.438 11%

Fonte: IBGE, Censos demográficos 1991 a 2010.

7.3.2.1.2.1 Estrutura etária da população

A pirâmide etária da população refere-se à distribuição dos indivíduos de uma

população, de acordo com distintos grupos de idade (classes etárias). A estrutura

etária da população de Paranaíba pode ser dividida em três grandes grupos: jovens

de 0 a 12 anos (22%), adultos de 15 a 60 anos (65%) e idosos, acima de 60 anos

(13%). De acordo com dados do Censo Demográfico de 2010 a grande porcentagem

de moradores está na faixa adulta, composta por 49% de homens e 51% de mulheres.

Segundo o IBGE (2010) apud Sebrae (2015), aproximadamente 89% dos

paranaibanos com idade superior a cinco anos são alfabetizados.

Figura 7.138: Pirâmide etária município de Paranaíba – MS. Fonte: Sebrae (2015).

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Segundo Nasri (2008), a transição demográfica é o principal fenômeno demográfico

do século 20 e é caracterizado pelo envelhecimento populacional e pela redução nas

taxas de fecundidade, ou seja, há aumento na produção de indivíduos idosos e uma

diminuição na proporção de indivíduos jovens.

7.3.2.1.3 Aspectos sociais

7.3.2.1.3.1 Indicadores de desenvolvimento humano

O conceito de desenvolvimento humano nasceu definido como um processo de

ampliação das escolhas das pessoas para que elas tenham capacidades e

oportunidades para serem aquilo que desejam ser. Diferentemente da perspectiva do

crescimento econômico, que vê o bem-estar de uma sociedade apenas pelos recursos

ou pela renda que ela pode gerar, a abordagem de desenvolvimento humano procura

olhar diretamente para as pessoas, suas oportunidades e capacidades (PNUD, 2017).

Sendo assim o conceito de desenvolvimento humano também parte do pressuposto

que para mensurar a qualidade de vida de uma população é necessário ir além dos

aspectos puramente econômicos e considerar outras características, sociais, culturais

e políticas.

Já o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), criado por Mahbub ul Haq com a

colaboração do economista indiano Amartya Sem, tem o objetivo de estabelecer um

contraponto ao indicador do PIB, que considera apenas a dimensão econômica do

desenvolvimento, sendo um indicador utilizado mundialmente apesar de não abranger

todos os aspectos do desenvolvimento humano (PNUD, 2017).

O IDH de Paranaíba tem valor de 0,721, o que é considerado alto, sendo o 8º no

estado do Mato Grosso do Sul e o 1.266º no ranking dos municípios do Brasil. No

gráfico a seguir é demonstrado o IDH, comparado a outros indicadores.

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Gráfico 7.40: Gráfico do IDH comparado. Fonte: IBGE – Censo demográfico 2010.

7.3.2.1.3.2 Saúde

O sistema de saúde atualmente vigente no Brasil é baseado na prevenção. Neste

sentido observa-se a estruturação do sistema de saúde através de unidades

descentralizadas, como de saúde e unidades básicas; campanhas preventivas, como

as de vacinação; implantação de programas que estabelecem contato direto com a

população, como o Programa de Saúde da Família, dentre outros.

7.3.2.1.3.2.1 Longevidade e mortalidade infantil

O município de Paranaíba, no que se refere a mortalidade infantil, passou de 34,5

óbitos a cada mil nascidos vivos no ano de 1991 para 18,9 óbitos por mil nascidos

vivos no ano de 2010. A taxa de mortalidade infantil para o Estado do Mato Grosso do

Sul para o ano de 2010 é 18,14 (ATLAS, 2013).

Com relação a mortalidade de crianças de até cinco anos de idade observa-se o

decréscimo significativo no número de mortes, passando de 40,4 no ano de 1991 para

22,7 em 2010. A avaliação da mortalidade infantil e longevidade em um período de

tempo de 19 anos, para o município em estudo, pode ser observada na tabela abaixo.

Tabela 7.71: Longevidade e mortalidade infantil – 1991 até 2010.

Parâmetros 1991 2000 2010

Esperança de vida ao nascer 66,7 70,1 74,4

0 0 00

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

1

0 0 0

Valo

r ID

H

Comparativo

Indice de Desenvolvimento Humano

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Parâmetros 1991 2000 2010

Mortalidade infantil 34,5 25,1 18,9

Mortalidade até 5 anos de idade 40,4 29,5 22,7

Fonte: IBGE - Censo Demográfico.

A esperança de vida ao nascer é o indicador utilizado para compor a dimensão

Longevidade do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). No município,

a esperança de vida ao nascer cresceu 4,3 anos na última década, passando de 70,1

anos, em 2000, para 74,4 anos, em 2010. Em 1991, era de 66,7 anos. No Brasil, a

esperança de vida ao nascer é de 73,94 anos, em 2010, de 68,6 anos, em 2000 e, de

64,7 anos em 1991.

7.3.2.1.3.2.2 Unidades de saúde no município

A Secretaria Municipal de Saúde tem como missão planejar e executar as ações de

saúde e integralidade, sempre buscando o compromisso com a defesa da vida.

Orienta-se pelos princípios da universalidade, da acessibilidade, do vínculo, da

continuidade do cuidado, da integralidade da atenção, da responsabilização, da

humanização, da equidade e da participação social.

O município de Paranaíba conta com 111 unidades de saúde ao total (SEMADE,

2016). A quantificação do número, bem como a tipologia dos estabelecimentos de

saúde no município em estudo para abril de 2016, apresenta-se na tabela abaixo.

Tabela 7.72: Estabelecimentos de saúde em Paranaíba – MS em abril de 2016.

Especificação Quant.

Total 111

Centro de saúde/unidade básica 14

Poli Clínica 6

Hospital Geral 2

Hospital Especializado 1

Clínica/Centro de Especialidade 65

Consultório Isolado 6

Unid. de apoio diagnóstico e terapia 10

Unid. Móvel de nível pré-hospitalar na área de urgência 1

Farmácia 1

Centro de Gestão em Saúde 2

Centro de Atenção Hemoterapia/Hematologia 1

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Especificação Quant.

Centro de Atenção Psicossocial 1

Central de Regulamentação de Acesso 1

Leitos 194

Fonte: SEMADE, 2016.

7.3.2.1.3.3 Educação

Os dados sobre a educação contribuem para avaliar a vida da população. Na área de

estudo observa-se duas realidade distintas, tanto no que diz respeito à demanda

quanto na oferta de acesso à educação. Estas diferenças ocorrem em função do

coeficiente populacional observado.

O desenvolvimento de um povo é diretamente proporcional aos esforços dispensados

para educação. A seguir apresenta-se o número de matrículas no ensino regular

segundo matriculas iniciais por zona e dependência administrativa para o ano de

2015, assim como o número de escolas e salas de aulas existentes e utilizadas.

Tabela 7.73: Matrícula inicial por zona e dependência administrativa – 2015.

Dependência administrativa

Educação Infantil Ensino Fundamental Ensino Médio

Total Urbana Rural Total Urbana Rural Total Urbana Rural

Federal - - - - - - - - -

Estadual - - - 2.836 2.836 - 1.262 1.262 -

Municipal 1.424 1.378 46 1.937 1.667 270 - - -

Particular 433 433 - 657 657 - 168 168 -

Total 1.857 1.811 46 5.430 5.160 270 1.430 1.430 -

Fonte: SEMADE, 2015.

Tabela 7.74: Escolas, salas de aula existentes e utilizadas – educação infantil, ensino fundamental e ensino médio – 2015.

Dependência administrativa

Números de escola Salas de Aula

Existentes Utilizadas

Total Urbana Rural Total Urbana Rural Total Urbana Rural

Federal - - - - - - - - -

Estadual 6 6 - 106 106 - 92 92 -

Municipal 10 7 3 106 74 32 126 103 23

Particular 6 6 - 82 82 - 75 75 -

Total 22 19 3 294 262 32 293 270 23

Fonte: SEMADE, 2015.

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7.3.2.1.3.3.1 Índice da Educação Básica – IDEB

O IDEB é calculado a partir de dois componentes: taxa de rendimento escolar

(aprovação) e médias de desempenho nos exames padronizados aplicados pelo

INEP. Este índice permite traçar metas de qualidade educacional para a educação.

Na tabela a seguir é possível visualizar o IDEB do município de Paranaíba para um

período de 10 anos, bem como as metas estabelecidas para este.

Tabela 7.75: Índice de educação básica IDEB-2013.

IDEB 2015 2005 2007 2009 2011 2013 2015

Paranaíba 3.4 4,2 4.6 5.0 4,9 5.3

Meta Municipal -- 3.5 3.8 4.2 4.5 4.8

Fonte: IDEB, 2017.

7.3.2.1.3.4 Saneamento

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), saneamento é o controle de

todos os fatores do meio físico do homem, que exercem ou podem exercer efeitos

nocivos sobre o bem-estar físico, mental e social. De outra forma, pode-se dizer que

saneamento caracteriza o conjunto de ações socioeconômicas que tem por objetivo

alcançar salubridade ambiental, sendo elas: abastecimento de água; coleta,

tratamento e disposição ambientalmente adequada e sanitariamente segura de águas

residuárias; acondicionamento, coleta, transporte e destino final dos resíduos sólidos;

controle de vetores de doenças transmissíveis; e controle da poluição ambiental –

água, ar, solo, acústica e visual (RIBEIRO; ROOKE, 2010).

Trata-se de serviços que podem ser prestados por empresas públicas ou, em regime

de concessão, por empresas privadas, sendo esses serviços considerados

essenciais, tendo em vista a necessidade imperiosa destes por parte da população,

além da sua importância para a saúde de toda a sociedade e para o meio ambiente.

A tabela abaixo apresenta os indicadores referentes ao saneamento básico para o

município em estudo, em um período de 19 anos, segundo dados do IBGE. Observa-

se que a população residente em Paranaíba, em 2010, em quase todos os domicílios

tem-se água encanada, energia elétrica e coleta de lixo.

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Tabela 7.76: Indicadores de saneamento básico para Paranaíba entre 1991 e 2010.

População Ano Ano Ano

1991 2000 2010

% da população em domicílios com água encanada 66,77 86,96 99,02

% da população em domicílios com energia elétrica 83,81 94,77 99,87

% da população em domicílios com coleta de lixo 87,12 93,61 97,83

Fonte: ATLAS, 2013.

7.3.2.1.3.5 Transporte

A frota de veículos cresceu no município de Paranaíba mais rapidamente que a

população. Entre os anos 2002 e 2014, a população aumentou 7%, enquanto a frota

total de veículos cresceu 175%, em especial de motocicletas, que apresentou um

aumento de 239%. O aumento de automóveis no período foi de 129% (DENATRAN,

2014). Esse crescimento aqueceu o mercado de produtos e serviços direcionados à

venda, manutenção e conserto de veículos.

7.3.2.1.4 Aspectos econômicos

7.3.2.1.4.1 Produto Interno Bruto

O Produto Interno Bruto (PIB) representa a soma, em valores monetários, de todos os

bens e serviços finais produzidos em uma determina região durante o ano. O PIB Per

Capita do município de Paranaíba, segundo dados de 2014, é de 24.464,37 reais,

sendo que os setores mais representativos são de serviços, seguido de indústria e

administração pública, como pode ser observado na tabela abaixo.

Tabela 7.77: Produto Interno Bruto de Paranaíba - 2014.

Ramos de atividades Valor (R$ 1000,00)

Agropecuária 124.038

Indústria 194.469

Serviços 407.673

Administração Pública 183.443

Impostos 102.297

Total 909.622

Fonte: IBGE, 2017.

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Figura 7.139: Composição do PIB de Paranaíba de 1999 a 2012. Fonte: SEMADE/MS e IBGE.

Em comparação aos dados apresentados para o ano de 2014, observa-se que no

período de 1999 a 2012, o PIB de maior representatividade foi o Industrial, assim

como para o ano supracitado. Mantêm-se ainda, de modo semelhante, os baixos

valores para o PIB referente aos impostos.

7.3.2.1.4.2 Número de empresas

A seguir é demonstrada a tipologia dos estabelecimentos industriais no município de

Paranaíba, por ramo de atividade. No município as indústrias que mais se destacam

são as do ramo alimentício (laticínios) com 16 unidades e metalúrgicas (produtos de

metal) com 11 unidades, dados para o ano de 2015 (SEMADE, 2016).

Tabela 7.78: Estabelecimento industriais por ramos de atividade – CNAE (2014-2015).

Atividades Quantidade

2014 2015

Celulose, Papel e Produtos de Papel 1 -

Confecção Artigos de Vestuários Roupas Íntimas 4 4

Confecção calçados, artigos viagem, bolsas de qualquer material - 1

Confecção de Roupas e Artigos do Vestuário, Exc. Roupas Íntimas 7 6

Construção - Outras Obras de Engenharia Civil 3 3

Construção de Edifício 4 6

Construção de Estações e Redes de Distrib.de Energia Elétrica 6 1

Impressão e Reprodução de Gravações 9 8

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Paranaíba – MS 338

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Atividades Quantidade

2014 2015

Indústria da Construção - Obras de Infraestrutura em Geral - 6

Indústria Diversas 8 7

Indústria Metalurgia, Exc. Máq. Equipamentos - Estruturas Metálicas 3 2

Máq., Aparelhos e Materiais Elétricos 3 3

Metalurgica - Exc. Máq. Equipamentos - Art.de Serralheria, Exc. Esquadrias 1 1

Metalurgica - Exc. Máq. Equipamentos - Esquadrias de Metal 5 5

Metalurgica - Exc. Máq. Equipamentos – Outros Produtos de Metal 13 11

Minerais não Metálicos - prod. de concreto, cimento, gesso e semelhantes 4 4

Minerais não-metálicos - cerâmica e barro cozido p/ construção 1 1

Minerais não-metálicos - extração de areia, cascalho ou pedregulho 3 3

Minerais não-metálicos - extração, britamento e aparelhamento de pedras 1 1

Móveis com Predominância de Madeira 7 8

Móveis com Predominancia de Metal 2 2

Preparação de Couros e Artefatos - Artigos Para Viagem e Calçados 3 3

Preparação de Couros e Artefatos - Calçados de Couro 7 8

Preparação de Couros e Artefatos - Curtimento e Outras Preparações 2 2

Produtos alimentícios - outros produtos 1 1

Produtos Alimentícios - Abate de Bovinos 1 1

Produtos Alimentícios - Açúcar 1 1

Produtos Alimentícios - Farinha de Milho e Derivados, Exc. Oleos de Milho 1 -

Produtos Alimentícios - Laticínios 14 16

Produtos Alimentícios - Moagem e Fabricação de Prod.Origem Vegetal 5 5

Produtos Alimentícios - Sorvetes e Outros Gelados Comestíveis 3 3

Produtos Alimentícios - Torrefação e Moagem de Café 3 3

Produtos de Borracha e de Material Plástico 5 6

Produtos de Madeira - Serrarias Sem Desdobramento 6 6

Produtos Químicos - 1

Produtos Têxteis - Produtos diversos 1 1

Veículos Automotores, Peças e Acessórios - Reboques e Carrocerias 2 2

Total 140 142

Fonte: Sebrae (2015).

Evolução recente dos pequenos negócios

Segundo a Relação Anual de Informações Sociais – RAIS, para dados do ano de

2013, eram existentes no município de Paranaíba 2.643 empresas, gerando um total

de 9.624 empregos com carteira assinada. Os maiores números de empresas no

período pertenciam aos setores de comércio/serviços e agropecuários.

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Em análise a todos os setores de atividade, 99,3% das empresas de Paranaíba são

Micro ou Pequenas Empresas (MPE). Embora, individualmente, as micro e pequenas

empresas contratem um número menor de funcionários, o número torna-se

significativo, devido a quantidade de empresas deste gênero.

Tabela 7.79: Contribuição das MPEs à geração de emprego - Município de Paranaíba/MS.

Ano Total de empregos Empregos em MPEs Participação

das MPEs Pessoas Variação Anual Pessoas Variação Anual

2010 8.447 3.164 37,46%

2011 8.666 2,59% 3.350 5,88% 38,66%

2012 9.626 11,08% 3.548 5,91% 36,86%

2013 9.624 -0,02% 3.805 7,24% 39,54%

Fonte: RAIS/Ministério do Trabalho e Emprego in NIT (Núcleo de Inteligência Territorial).

Entre 2010 e 2013, o número de empregos nas empresas de Paranaíba aumentou

13,93%, enquanto em nível estadual aumentou, em média 13,34% no mesmo período.

A contribuição dos pequenos negócios apresentou leve aumento.

7.3.2.1.4.3 Agricultura

O setor agropecuário familiar é sempre lembrado por sua importância na absorção de

emprego e na produção de alimentos, especialmente voltada para o autoconsumo, ou

seja, focaliza-se mais as funções de caráter social do que as econômicas, tendo em

vista sua menor produtividade e incorporação tecnológica.

O desempenho das lavouras temporárias e permanentes existentes no município em

estudo, para o ano de 2015, é detalhado nas tabelas a seguir.

Tabela 7.80: Área colhida, produção, rendimento médio e valor da produção agrícola temporária por tipo de cultura em 2015 para o município de Paranaíba.

Produção Agrícola Municipal - Lavoura Temporária 2015

Produto Quantidade

(t) Valor (mil

reais) Área Plantada

(ha) Área Colhida

(ha) Rend. Médio

(kg/ha)

Cana-de-açúcar 350.000 21.700 5.000 5.000 70.000

Mandioca 750 450 50 50 15.000

Milho (em grão) 1.450 435 290 290 5.000

Fonte: IBGE, 2017.

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Tabela 7.81: Área colhida, produção, rendimento médio e valor da produção agrícola permanente por tipo de cultura em 2015 para o município de Paranaíba.

Produção Agrícola Municipal - Lavoura Permanente 2015

Produto Quantidade

(t) Valor (mil

reais) Área

Plantada (ha)

Área Colhida

(ha)

Rend. Médio (kg/ha)

Banana 1.800 2.133 225 225 8.000

Borracha 27 35 15 15 1.800

Fonte: IBGE, 2017.

7.3.2.1.4.4 Pecuária

A pecuária local encontra-se em franco desenvolvimento. Na tabela abaixo encontra-

se a produção detalhada da pecuária para município de Paranaíba – MS.

Tabela 7.82: Produção da Pecuária – 2015.

Pecuária 2015

Produto Und.

Bovino - efetivo dos rebanhos 521.511 Cabeças

Bubalino - efetivo dos rebanhos 210 Cabeças

Equino - efetivo dos rebanhos 10.512 Cabeças

Suíno - total - efetivo dos rebanhos 11.809 Cabeças

Suíno - matrizes de suínos - efetivo dos rebanhos 1.724 Cabeças

Caprino - efetivo dos rebanhos 759 Cabeças

Ovino - efetivo dos rebanhos 9.734 Cabeças

Galináceos - total - efetivo de rebanhos 201.232 Cabeças

Galináceos - galinhas - efetivo dos rebanhos 36.049 Cabeças

Vacas ordenhadas - quantidade 28.283 Cabeças

Ovinos tosquiados - quantidade 400 Cabeças

Leite de vaca - produção - quantidade 28.798 Mil litros

Ovos de galinha - produção - quantidade 125 Mil dúzias

Mel de abelha - produção - quantidade 750 kg

Lã - produção - quantidade 800 kg

Aquicultura - Pintado, cachara, cachapira e pintachara, surubim - quantidade 1.000 kg

Aquicultura - Tilápia - produção - quantidade 193.300 kg

Aquicultura - Alevinos - produção - quantidade 7.500 Milheiros

Fonte: IBGE, 2017.

7.3.2.1.4.5 População economicamente ativa

A população economicamente ativa representa os recursos humanos de uma

economia. Corresponde à parte da população residente que se encontra em idade de

trabalhar e disposta a trabalhar, esteja ou não empregada. Os dados censitário mais

recentes (2010) apontam que a População Economicamente Ativa do município de

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Paranaíba era de 21.354 pessoas, correspondente a 61% da população, sendo que a

média do Estado de MS é de 61%.

Quadro 7.5: Pessoas com 10 anos ou mais, economicamente ativas e não ativas.

Economicamente ativas

Total Homens Mulheres

21.354 12.364 8.990

Não Economicamente ativas

Total Homens Mulheres

13.521 4.873 8.648

Fonte: SEMADE/MS – Censo 2010.

Em relação as famílias assistidas pelo bolsa família, em 2014, haviam no município

2.133. Em Paranaíba, entre 2010 e 2014, a proporção de famílias beneficiadas pelo

programa reduziu de 21,3% para 17,2%. Essa proporção passou a ser inferior à média

do estado que passou de 19,2 para 19,6%.

Figura 7.140: Proporção de famílias beneficiadas pelo bolsa família - Município de Paranaíba/MS. Fonte: NIT/Sebrae.

7.3.2.1.5 Aspectos histórico e culturais

7.3.2.1.5.1 Histórico de Paranaíba

A cidade de Paranaíba situa-se na divisa de Mato Grosso do Sul com o estado de

Minas Gerais. Paranaíba é contemplada por uma grande quantidade de fazendas de

gado de corte e leiteiro, com seu setor industrial em plena expansão e

desenvolvimento.

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Paranaíba – MS 342

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No início do século XVIII, a região onde hoje se localiza o município de Paranaíba era

habitada por índios caiapós, sendo devassada pelos bandeirantes paulistas. Entre

1739 e 1755, permaneceu sob a liderança de Antônio Pires de Campos, o conceituado

"Pai Pira", como era conhecido pela nação. O ano de 1830 é marcado pela vinda de

famílias imigrantes de Minas Gerais, sob liderança de José Garcia Leal, que

estabeleceram-se a “três léguas” da cidade de Paranaíba e aí começaram a

desenvolver atividades visando a subsistência.

Em 1836 erguia-se a primeira igreja, pela conjugação de esforços dos Garcia e do

Padre Francisco Sales de Souza Fleury. Sendo que, no dia 04 de junho de 1857 a

povoação foi denominada Sant´Ana do Paranaíba, em homenagem a Nossa Senhora

Santana, padroeira do lugar.

Na Guerra do Paraguai, Paranaíba teve uma participação muito importante, pois foi

na época, a rota de apoio logístico e de fuga dos civis envolvidos no conflito, tendo

como pontos máximos, a atuação de José Francisco Lopes em 1867, o Guia Lopes,

na célebre retirada da Laguna, e a documentação de Alfredo de Taunay, o Visconde

de Taunay, que atravessou a região neste ano registrando suas observações sobre

os habitantes, seus hábitos e sobre sua natureza, e a partir disto escrever o romance

Inocência, cujo drama se passa naquele universo, tornando a região conhecida em

grande parte do mundo.

Foi elevada a distrito pela Lei 04 de 19/04/1838, e o município criado pela Lei 05 de

10/07/1857.

Figura 7.141: Pórtico de entrada do município. Fonte: Prefeitura Municipal de Paranaíba - MS

Figura 7.142: Igreja Matriz de Paranaíba - MS Fonte: Construnível, 2016.

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Paranaíba – MS 343

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7.3.2.1.5.2 Cultura, lazer, esportes e potencialidades turísticas

Quanto ao elementos do Patrimônio Natural e Cultural do município de Paranaíba,

destaca-se o Museu Histórico Municipal Dico Quirino. O museu municipal guarda

diversos artefatos históricos, de valores inestimáveis da história paranaibense. Ainda,

como potencialidade turística tem-se a Estância Turística Alencastro.

7.3.3 Áreas de Influência Direta e Diretamente Afetada – AID E ADA

7.3.3.1 Caracterização do uso e ocupação do solo na AID

A AID do empreendimento é delimitada em um raio de 500 metros a partir de suas

estruturas. Nesta, o uso do solo é caracterizado por um mosaico de diversificadas

paisagens, onde predominam áreas de campo de origem natural e antrópica. A área

de vegetação nativa é composta por fragmentos esparsos, com elevada interferência

humana, encontrando-se limitados a pontos no torno do curso da água. Constata-se

ainda, áreas de lavoura e de monocultivo de espécies florestais (silvicultura) no local,

sendo baixíssima a porcentagem de áreas edificadas.

7.3.3.2 Áreas passíveis de desapropriação e/ou remoção da população para a

implantação do empreendimento

Para o empreendimento, por se tratar de uma Central Geradora Hidrelétrica – CGH,

não cabe a desapropriação das terras afetadas. Como determina a ANEEL, para este

tipo de empreendimento, o interessado deve obter as terras por meio de compra e

venda ou arrendamento, por exemplo, caso o mesmo não seja proprietário das terras.

Cabe ressaltar que para a construção do empreendimento não será necessária a

remoção de nenhuma unidade familiar. A totalidade da área diretamente afetada é

composta por áreas de campo e pontos de vegetação nativa. As benfeitorias

existentes nas propriedades localizadas na AID estão distantes, a uma considerável

margem de segurança das estruturas do empreendimento. Sendo assim, nenhuma

família será removida ou realocada.

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7.3.3.3 Cadastro das famílias e propriedades rurais

Na AID foram identificadas três propriedades que serão afetadas pelas futuras

instalações da CGH Castro, as quais pertencem a área rural do município de

Paranaíba – MS.

Tabela 7.83: Levantamento socioeconômico das propriedades.

Entrevistado Município Localidade Margem Área Usos da água

Entrevistado 1 Paranaíba Foz Cascata Direita 30 ha Sim

Entrevistado 2 Paranaíba Fazenda Recanto das Águas Direita Não informado Não

Entrevistado 3 Paranaíba Sítio Nossa Senhora Aparecida Esquerda 840 ha Não

Quanto à habitação, verifica-se duas residências construídas em alvenaria

(propriedades 1 e 2) e uma do tipo mista (propriedade 2). A propriedade 1 possui

energia proveniente de gerador, sendo que as demais propriedades possuem energia

elétrica distribuída por rede de energia.

O uso da água do rio é realizado na propriedade 1, tendo como finalidade a

dessedentação animal. Para consumo humano a água é proveniente de rede de água.

Quanto a escolaridade esta pode ser observada na tabela abaixo.

Tabela 7.84: Escolaridade dos entrevistados.

Entrevistado Grau de Escolaridade

Entrevistado 1 Superior Completo

Entrevistado 2 Superior Completo

Entrevistado 3 2° Grau Completo

Cabe ressaltar que as propriedades não serão atingidas pela ADA, não havendo a

necessidade de realocação das famílias residentes ou de estruturas pertencentes a

estas, como já mencionado.

Atividades econômicas

Das atividades econômicas desenvolvidas nas propriedades, em ambas ocorre a

produção de bovinos, além da equinocultura, avicultura e produção de hortaliças na

propriedade 3. A tabela abaixo apresenta detalhadamente a produção nas

propriedades.

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Tabela 7.85: Atividades econômicas desenvolvidas nas propriedades.

Entrevistado Produção Animal Produção Vegetal

Entrevistado 1 Bovino -

Entrevistado 2 Bovino -

Entrevistado 3 Bovino, equino e avicultura Hortaliças

Usos da água

Quanto ao abastecimento de água, constatou-se que a propriedade 1 faz uso da água

do rio Santana para dessedentação dos animais. O abastecimento para o consumo

humano nesta propriedade conta com água proveniente de rede interligada pública de

água. Nas demais propriedades a água é advinda de nascentes e/ou poços

artesianos.

7.3.3.4 Relatório fotográfico

Figura 7.143: Entrevista com o Proprietário 1. Fonte: Construnível, 2017.

Figura 7.144: Entrevista com o Proprietário 2. Fonte: Construnível, 2017.

Figura 7.145: Entrevista com o Proprietário 3. Fonte: Construnível, 2017.

Figura 7.146: Vista da propriedade 3. Fonte: Construnível, 2017.

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7.3.3.5 Vestígios arqueológicos, históricos ou artísticos

Critérios de proteção aos sítios arqueológicos

Os bens culturais acautelados e valorados da União possuem uma legislação

específica para sua proteção e salvaguarda, em especial no que tange ao

licenciamento de obras com impacto ambiental.

Os sítios arqueológicos estão amparados conforme a legislação federal vigente sobre

a Proteção do Patrimônio Arqueológico, o Decreto de Lei nº 25/1937, que organiza a

proteção do patrimônio histórico e artístico nacional; Lei Federal nº 3.924/1961, que

dispõe sobre os monumentos arqueológicos e pré-históricos, proíbe a destruição ou

mutilação dos sítios arqueológicos; Decreto nº 3.551/2000 onde institui o registro de

bens culturais de natureza imaterial; Resolução CONAMA nº 001/1986 onde define as

responsabilidades e critérios básicos para implementação da Avaliação de Impacto

Ambiental; Portaria Interministerial nº 60 de 24 de março de 2015 que estabelece

procedimentos administrativos que disciplinam a atuação dos órgãos e entidades da

administração pública federal em processos de licenciamento ambiental; Portaria do

IPHAN nº 07/1988, que estabelece os procedimentos necessários aos pedidos de

comunicação prévia, permissão e autorização de pesquisas arqueológicas e em

especial a Instrução Normativa nº 001/2015 que revoga as portarias nº 230/2002 e nº

28/2003 e estabelece os procedimentos administrativos a serem observados pelo

Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional nos processos de licenciamento

ambiental dos quais participe.

Em complemento, através de consulta online no CNSA (Cadastro Nacional de Sítios

Arqueológicos), disponibilizado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico

Nacional (IPHAN), foram identificados 11 sítios arqueológicos no município de

Paranaíba – MS.

Tabela 7.86: Sítios arqueológicos encontrados em Paranaíba.

CNSA Sítio – Nome

MS00450 MS-PA-01

MS00451 MS-PA-02 – Casa de Pedra

MS00452 MS-PA-03

MS00453 MS-PA-04A

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CNSA Sítio – Nome

MS00454 MS-PA-04B

MS00455 MS-PA-04C

MS00456 MS-PA-05

MS00701 Rio Paranaíba 22 (RP 22)

MS00702 Rio Paranaíba 22 (RP 23)

MS00703 Rio Paranaíba 22 (RP 24)

MS00806 MS-PA-TRIÂNGULO DA SERRA

Fonte: CNSA, 2017.

Bens tombados

Em análise a lista de Bens Tombados e Processos de Tombamento em andamento

do Iphan, de novembro de 2016, o município de Paranaíba não apresenta bens

tombados catalogados.

7.3.3.6 Unidades de conservação

Com base no levantamento de unidades de conservação mais próximas ao

empreendimento, destaca-se a Reserva Biológica de Andradina, a uma distância de

130,71 km, o Parque Natural Municipal Pombo a 166,34 km e a Estação Ecológica

Paulo de Faria a 168,88 km. Não foram identificadas unidades de conservação

municipais ou particulares nas proximidades da área de influência direta. A descrição

das unidades de conservação encontra-se detalhada no item 7.1.3 (Áreas de

Reconhecida Importância), no capítulo referente ao meio biótico e no desenho EAP-

CAS-07, em anexo (Volume II – Desenhos).

7.3.3.7 Comunidades indígenas, quilombolas e tradicionais

Comunidades Indígenas: em consulta a Fundação do Índio – Funai, no município

de Paranaíba não foram identificadas áreas indígenas registradas. O mapa EAP-CAS-

08 em anexo a este documento, indica a ausência de comunidades indígenas em um

raio de 10 km, partindo da área do empreendimento.

Comunidades Quilombolas: Em consulta ao Instituto Nacional de Colonização e

Reforma Agrária – INCRA não foram obtidas informações para o município de

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Paranaíba. Neste não constam áreas quilombolas registradas ou em processo de

regularização.

7.3.4 Considerações

O presente relatório visou o atendimento dos objetivos do cadastro socioeconômico,

possibilitando futuras análises sobre o impacto do empreendimento nas condições de

vida das famílias diretamente relacionadas, além da identificação de potenciais,

demandas e necessidades das famílias e localidades. Para esta atividade, buscou-se

a identificação e reprodução sistemática da situação econômica, produtiva e social.

Através da análise das áreas, afirma-se a não existência de óbices para a instalação

do empreendimento no que se refere unidades de conservação, monumentos

naturais, bens tombados, áreas indígenas e quilombolas.

O levantamento socioeconômico da CGH Castro identificou três propriedades na área

de influência direta do empreendimento. A avaliação permitiu a identificação das

atividades produtivas das propriedades, indicando seu uso para a produção animal,

em grande porcentagem para fins econômicos, além de pequenas produções de

subsistência. O uso do solo das propriedades afetadas, caracteriza-se principalmente

pela incidência áreas de campo, sendo que as áreas destinadas à produção animal e

vegetal são baixas.

Ressalta-se que a expectativa para a construção do empreendimento por parte dos

entrevistados é positiva. Os entrevistados possuem pleno conhecimento da

possibilidade de instalação do empreendimento. Para tanto, destaca-se um impacto

socioeconômico de proporções não significativas.

8. IMPACTOS AMBIENTAIS E PROPOSIÇÃO DE MEDIDAS MITIGADORAS

Entende-se por prognóstico ambiental o conjunto de atividades técnicas e científicas

de caráter multidisciplinar, as quais resultam em ações que servirão para análise dos

impactos ambientais do projeto e de suas alternativas. Dessa forma, a avaliação dos

impactos ambientais tem como objetivo básico oferecer subsídios para a tomada de

decisões em relação à execução do empreendimento, buscando primeiramente

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agregar dados estatísticos, bibliográficos, cartográficos e documentos, permitindo

análises extensas sobre a realidade socioambiental da região e áreas de influência do

empreendimento. Assim, as campanhas realizadas in loco enriqueceram e

transformaram os dados em elementos essenciais para a elaboração do diagnóstico

ambiental das áreas de influência direta e indireta. Sendo assim, a coleta de dados e

o estudo de revisão bibliográfica compreende em partes da caracterização das

transformações pelo qual a região lidará com a distinção dos impactos.

Conforme a legislação brasileira, considera-se impacto ambiental:

"qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio

ambiente causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das

atividades humanas que direta ou indiretamente, afetam: I - a saúde, a

segurança e o bem-estar da população; II - as atividades sociais e

econômicas; III - a biota; IV - as condições estéticas e sanitárias do meio

ambiente; e V - a qualidade dos recursos ambientais" (Resolução CONAMA

001, de 23.01.1986).

8.1 PARÂMETROS PARA AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS

Após a identificação dos impactos ambientais ocorreu a classificação dos mesmos

conforme as recomendações da Resolução CONAMA 01/86, quanto: a natureza do

impacto (positivo ou negativo), forma como se manifesta o impacto (impactos diretos

ou impactos indiretos), duração do impacto (permanente, temporário ou cíclico),

temporalidade da ocorrência do impacto (curto prazo, longo prazo, temporário ou

permanente), reversibilidade (reversível ou irreversível), abrangência (local ou

regional), magnitude (alta, média ou baixa) e importância (pequena, média ou grande).

Natureza do impacto - Correspondendo à classificação da natureza dos impactos,

isto é, positivo ou negativo em relação aos componentes ambientais atingidos.

Forma como se manifesta o impacto - Diferenciando impactos diretos, decorrentes

de ações do empreendimento, dos impactos indiretos, decorrentes do somatório de

interferências geradas por outro ou outros impactos, estabelecidos direta ou

indiretamente pelo empreendimento.

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Duração do impacto - Nesta categoria de qualificação, o impacto será classificado

de acordo com suas características de persistência, tendo como momento inicial o

instante em que ele se manifesta. Assim sendo, ele pode ser: permanente, mantendo-

se indeterminadamente; temporário, desaparecendo por si próprio, após algum tempo;

ou cíclico, reaparecendo de tempos em tempos.

Temporalidade da ocorrência do impacto - Refere-se ao prazo de manifestação do

impacto, ou seja, se ele se manifesta imediatamente após a sua causa (curto prazo),

ou se é necessário que decorra um certo lapso de tempo para que ele venha a se

manifestar (longo prazo).

Reversibilidade - Se ele é reversível, se o fator alterado pode restabelecer-se como

antes, ou irreversível, podendo ser compensado, mas não mitigado ou evitado.

Abrangência - Se seus efeitos serão sentidos local ou regionalmente. Considera-se

como efeito local aquele que atinge, no máximo, a área diretamente afetada pelo

empreendimento e, como regional, aquele que afeta áreas mais amplas.

Magnitude - Expressa a variação de um fenômeno em relação à sua situação prévia,

ou seja, se o impacto vai transformar intensamente uma situação preexistente (alta);

se ele tem pouca significação em relação ao universo daquele fenômeno ambiental

(baixa); e se ocupa situação intermediária (média). A magnitude de um impacto é,

portanto, tratada exclusivamente em relação ao componente ambiental em questão,

independentemente de sua importância por afetar outros componentes ambientais.

Importância - Ao contrário da magnitude, expressa a interferência do impacto

ambiental em um componente e sobre os demais componentes ambientais. Para

efeito dessa classificação, tal categoria será subdividida em pequena importância,

quando o impacto só atinge um componente ambiental sem afetar, em decorrência,

outros componentes; média importância, quando o efeito de um impacto atinge outros,

mas não chega a afetar o conjunto do fator ambiental em que ele se insere ou a

qualidade de vida da população local; grande importância, quando o impacto sobre o

componente põe em risco a sobrevivência do fator ambiental em que se insere ou

atinge de forma marcante a qualidade de vida da população.

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8.2 IDENTIFICAÇÃO, AVALIAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS

A seguir serão apresentados os impactos ambientais referentes à implantação e

operação da CGH Castro, seguidos das medidas mitigatórias propostas com a

finalidade de diminuir os impactos negativos e potencializar os positivos.

8.2.1 Meio Físico

8.2.1.1 Alteração da qualidade da água

Segundo Tundisi e Tundisi (2008), a principal alteração na condição da qualidade de

águas superficiais é a formação de reservatórios, que provocam significativas

alterações nas características físicas, químicas e bióticas do curso da água afetado,

devido à mudança de um sistema lótico para um sistema lêntico. A redução na

velocidade de escoamento e a formação de uma maior coluna de água poderá

provocar o acúmulo de nutrientes e demais cargas poluidoras em determinados locais.

Com a instalação do empreendimento ocorrerão algumas alterações na dinâmica do

rio, como profundidade, nível de água, alteração no tempo de residência, fatores que

podem ocasionar maior retenção de nutrientes, acarretando assim alterações nos

parâmetros avaliados e também na comunidade fitoplanctônica e bentônica.

É relevante mencionar que o projeto dessa CGH não apresentará a formação de

reservatório expressivo, apenas 0,56 ha de área alagada total, incluindo a calha do rio

Santana. Esse fator é positivo, pois os impactos ocorrentes através da formação do

reservatório ficam atenuados em decorrência da pequena área de alague.

De acordo com as análises físicas, químicas e microbiológicas realizadas a qualidade

da água de área de influência apresenta-se regular, com exceção do parâmetro

coliformes totais, que se apresentou bastante alterado nos dois pontos amostrais.

Através do IQA a qualidade da água enquadrou-se como “boa”. Quanto ao IET,

demonstrou os dois pontos amostrais como oligotróficos, indicando “corpos d’água

limpos, de baixa produtividade, em que não ocorrem interferências indesejáveis sobre

os usos da água, decorrentes da presença de nutrientes”.

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Um ponto de interferência nestes empreendimentos são os fatores diretamente

relacionados com a sua construção, como a instalação de novos elementos de

infraestrutura, execução de atividades que acarretem na movimentação de materiais,

como a supressão da vegetação, bem como o empréstimo de materiais próximos ao

leito do rio. Estes fatores poderão acarretar na suspensão de material particulado,

possibilitando seu transporte ao rio, o que poderá provocar o aumento na turbidez,

decorrente do aumento de sólidos suspensos na água, e de modo associado um

aumento na concentração de sólidos suspensos totais e condutividade, além de

parâmetros agregados.

No que se refere ao empreendimento em questão, estas interferências podem ser

consideradas de baixa probabilidade, tendo em vista as medidas preventivas que

serão tomadas durante a instalação do empreendimento visando diminuir quase que

em sua totalidade o aporte de solo para o leito do rio, entre elas: suprimir a vegetação

ciliar de modo manual, sem o trabalho de máquinas de grande porte; a localização do

canteiro de obras e bota fora, a uma distância considerável da margem ciliar; a

utilização das estruturas já existentes.

Em um contexto geral, é esperado que as interferências causadas pelo

empreendimento, relativo as alterações na qualidade das águas superficiais, não

sejam de elevada intensidade, devido ao empreendimento não apresentar porte

elevado e a não significância de sua respectiva área alagada (reservatório). Para

tanto, torna-se imprescindível a realização do monitoramento limnológico do curso da

água, principalmente durante a implantação do empreendimento e nos dois primeiros

anos após sua operação, a fim de avaliar e acompanhar o comportamento dos

parâmetros físicos, químicos e biológicos da água. O monitoramento torna possível

prognosticar as alterações que possam ocorrer no sistema hídrico, possibilitando

ações imediatas em caso de alterações significativas, tais como medidas preventivas

e/ou corretivas, objetivando restabelecer a qualidade da água e ecológica do ambiente

(TUNDISI; TUNDISI, 2008).

Tabela 8.1: Matriz específica de classificação do impacto de alteração na qualidade da água.

Categoria de Classificação Avaliação

Natureza dos Impactos Negativo

Forma Como se Manifesta Direto

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Categoria de Classificação Avaliação

Duração do Impacto Permanente

Temporalidade da Ocorrência do Impacto Longo Prazo

Reversibilidade do Impacto Reversível

Abrangência do Impacto Local

Magnitude do Impacto Média

Importância do Impacto Alta

8.2.1.1.1 Medidas mitigadoras

As medidas propostas para este impacto têm natureza preventiva, se destinando aos

meios físico e biótico, tendo duração longa, devendo ser executado nas fases de

implantação e operação do empreendimento. A responsabilidade pela implementação

das medidas é do empreendedor, devendo ser tecnicamente orientado pela empresa

consultora ambiental.

Adoção do programa de monitoramento e conservação da qualidade das

águas superficiais;

Adequação das áreas de preservação permanente no entorno do

reservatório;

Planejamento e dimensionamento adequado das atividades produtoras de

sedimentos, bem como para a supressão de vegetação (e limpeza) na área

de formação do reservatório;

Educação ambiental com moradores, com a finalidade de orientá-los a não

despejar efluentes e demais resíduos não tratados no rio;

Adoção de fossas sépticas no canteiro de obras.

8.2.1.2 Poluição do corpo hídrico e do solo por efluentes

Esse impacto está relacionado às alterações nos corpos hídricos e no solo resultantes

das descargas de esgoto sanitários. É recomendado que o canteiro preveja

instalações de tratamento compatíveis com a demanda a ser gerada, adequadamente

dimensionados conforme normas brasileiras (ABNT NBR 7229 e 13969) ou estações

comerciais com adequada eficiência. Em geral, o esgoto sanitário tratado é infiltrado

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em solo, mas caso opte-se pelo lançamento em corpo hídrico, o processo deve ser

precedido pela outorga de lançamento de efluentes e prever os procedimentos de

monitoramento previstos na legislação, para comprovação do atendimento aos

padrões de lançamento.

Estima-se que este impacto não terá grandes proporções, se levado em consideração

o porte do empreendimento e sua logística, tendo o seu pico durante a implantação

do empreendimento, tendo em vista a maior utilização de mão de obra. Além disso,

deverão ser empregadas medidas específicas para o controle da produção do

efluentes sanitários, com a implantação de tratamento para o esgoto dos banheiros

do canteiro de obras.

Tabela 8.2: Matriz específica de classificação do impacto de poluição do corpo hídrico e do solo por efluentes.

Categoria de Classificação Avaliação

Natureza dos Impactos Negativo

Forma Como se Manifesta Direto

Duração do Impacto Temporário

Temporalidade da Ocorrência do Impacto Curto prazo

Reversibilidade do Impacto Reversível

Abrangência do Impacto Local

Magnitude do Impacto Média

Importância do Impacto Média

8.2.1.2.1 Medidas mitigadoras

As medidas propostas para este impacto têm natureza preventiva, se destinando aos

meios físico e biótico, tendo duração longa, devendo ser executado nas fases de

implantação e operação do empreendimento. A responsabilidade pela implementação

das medidas é do empreendedor, devendo ser tecnicamente orientado pela empresa

consultora ambiental.

Implantação de fossas sépticas de acordo com normas da ABNT;

Realizar procedimentos de controle e monitoramento;

Adoção de um programa de gestão de resíduos;

Educação ambiental com os colaboradores envolvidos.

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8.2.1.3 Contaminação do solo

A fase de implantação do empreendimento acontecerá de maneira contínua

à intensa movimentação de veículos e maquinário, instalação de oficinas no canteiro

de obras e implantação de locais para armazenamento de produtos de potencial

poluidor, como: óleos, graxas, tinta, cimento, combustíveis e afins. Os materiais

armazenados, assim como os provenientes dos tanques dos veículos, podem vazar e

atingir o solo, causando sua contaminação.

A fase de operação do empreendimento constitui-se de equipamentos

eletromecânicos, como transformadores elevadores, que operam com alta quantidade

de óleo. Alguns equipamentos como turbinas, também são dotados de unidades de

lubrificação. Estes equipamentos, em algum momento podem ser comprometidos,

resultando no vazamento do material, para tanto estes deverão encontrar-se em locais

com pisos impermeáveis.

Tabela 8.3: Matriz específica de classificação do impacto de contaminação do solo.

Categoria de Classificação Avaliação

Natureza dos Impactos Negativo

Forma Como se Manifesta Direto

Duração do Impacto Temporário

Temporalidade da Ocorrência do Impacto Curto prazo

Reversibilidade do Impacto Reversível

Abrangência do Impacto Local

Magnitude do Impacto Baixa

Importância do Impacto Pequena

8.2.1.3.1 Medidas mitigadoras

As medidas propostas para este impacto têm natureza preventiva e mitigadora, se

destinando aos meios físico e biótico, tendo duração longa, devendo ser executado

nas fases de implantação e operação do empreendimento. A responsabilidade pela

implementação das medidas é do empreendedor, devendo ser tecnicamente

orientado pela empresa consultora ambiental.

Manutenção periódica de máquinas e veículos;

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Armazenamento dos produtos com potencial poluidor em locais

impermeáveis, com cobertura e contenção de vazamentos;

Realização de treinamento com colaboradores sobre situações de risco;

Realização do abastecimento de máquinas e veículos em locais

impermeabilizados;

Remoção total do solo para um bota-fora permanente, caso se verifique

algum acidente com substâncias nocivas ao meio ambiente;

Aplicação do método de biorremediação, que método consiste no emprego

de microrganismos específicos capazes de converter substâncias tóxicas

em outras menos nocivas ao meio ambiente (HUTCHINSON &

SYMINGTON, 1997 apud SOTERO-MARTINS; VIANA; CARVAJAL, 2014),

ou fitorremediação, que compreende o processo de remediação da

contaminação do solo através do uso de plantas.

8.2.1.4 Alteração da dinâmica hídrica

A instalação da CGH Castro acarretará em uma pequena mudança na dinâmica

hídrica do rio Santana. Porém, por menor que seja a alteração, esta é inevitável. O

empreendimento, como mencionado na descrição do projeto, não irá fazer uso do

reservatório para o armazenamento de um grande volume de água, pois sua operação

será realizada de modo a fio d’água, fator que possibilita um fluxo contínuo da água.

Durante o período de obras, a etapa de desvio do curso d’água acarreta em um

pequeno trecho seco para construção das estruturas, onde a água afluente é desviada

através de adufas, resultando, consequentemente em uma pequena alteração da

dinâmica. Com a construção do barramento haverá redução na velocidade de

escoamento do fluxo natural do rio, o que implicará em alteração de um ambiente

lótico para lêntico e a redução da vazão a jusante do barramento. Ao término das

obras, com início do enchimento do reservatório, deverá ser mantido o dispositivo de

vazão remanescente, que tem como finalidade, a garantia de liberação de

determinada vazão, a jusante do reservatório. Na fase de operação, o mesmo

dispositivo permitirá a constante liberação de água, possibilitando que o rio mantenha

uma vazão apropriada, para a manutenção de suas condições ecológicas.

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Desta forma, deverá ser realizado na área do reservatório um monitoramento durante

o processo de enchimento, a fim de acompanhar a elevação do nível da água e os

seus efeitos, incluindo os usos da água a jusante e manutenção do fluxo estabelecido.

Já na fase de operação da CGH será necessário realizar o monitoramento da vazão

a jusante, e do nível do reservatório a montante, a fim de garantir o uso múltiplo desses

recursos hídricos e preservar os ecossistemas aquáticos.

Tabela 8.4: Matriz específica de classificação do impacto de alteração da dinâmica hídrica.

Categoria de Classificação Avaliação

Natureza dos Impactos Negativo

Forma Como se Manifesta Direto

Duração do Impacto Permanente

Temporalidade da Ocorrência do Impacto Curto prazo

Reversibilidade do Impacto Irreversível

Abrangência do Impacto Local

Magnitude do Impacto Média

Importância do Impacto Alta

8.2.1.4.1 Medidas mitigadoras

As medidas propostas para este impacto têm natureza preventiva, se destinando ao

meio biótico, tendo duração longa, devendo ser executado nas fases de implantação

e operação do empreendimento. A responsabilidade pela implementação das medidas

é do empreendedor, devendo ser tecnicamente orientado pela empresa consultora

ambiental.

Monitoramento do nível do reservatório a montante e da vazão remanescente

a jusante;

Acompanhamento e controle do processo de enchimento do reservatório;

Manutenção da vazão sanitária a jusante da barragem, durante a operação.

8.2.1.5 Aceleração dos processos erosivos e assoreamento

Na formação de relevos a erosão é um processo natural e importante quando é

resultante do transporte do solo pela água, gelo ou vento, porém, pode ser

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considerado um dos mais importantes problemas ambientais nos dias atuais quando

ocorre com a intervenção humana resultante das atividades como: destruição das

florestas, expansão desordenada das cidades e uso agrícola intensivo, entre muitos

outros usos que podem comprometer a integridade do solo.

Conforme demonstrado anteriormente, já se observa a ocorrência de processos

erosivos nas margens do rio Santana, tendo em vista a ação antrópica ocorrida ao

longo do tempo. Embora o local já sofra com este impacto, o mesmo passará por

interferências durante a obra quando da segunda fase de desvio do rio e construção

da peça esquerda do barramento. Desta forma, a implantação das estruturas poderá

acarretar no aumento da área erodida, bem como o maior carreamento de sedimentos

para o rio, sendo este o ponto mais preocupante na ocorrência deste impacto.

Outras áreas também podem apresentar a ocorrência de processos erosivos, como

as áreas destinadas à instalação do canteiro de obras, supressão da vegetação,

abertura do canal de fuga e casa de força, além de outros trabalhos de escavações,

deixando assim o solo exposto a processos físicos e climáticos. Para estes locais não

está prevista a ocorrência de processos erosivos que possuam uma grande

significância e possam causar um aumento degradante de sedimentos no leito do rio,

constituindo uma situação de causa e efeito para o assoreamento do mesmo, tendo

em vista o arranjo proposto para tal.

Tabela 8.5: Matriz específica de classificação do impacto de aceleração dos processos erosivos e assoreamento.

Categoria de Classificação Avaliação

Natureza dos Impactos Negativo

Forma Como se Manifesta Direto

Duração do Impacto Temporário

Temporalidade da Ocorrência do Impacto Curto prazo

Reversibilidade do Impacto Reversível

Abrangência do Impacto Local

Magnitude do Impacto Média

Importância do Impacto Pequena

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8.2.1.5.1 Medidas mitigadoras

As medidas propostas para este impacto têm natureza preventiva e mitigadora, se

destinando aos meios físico e biótico, tendo duração média, devendo ser executado

nas fases de implantação do empreendimento. A responsabilidade pela

implementação das medidas é do empreendedor, devendo ser tecnicamente

orientado pela empresa consultora ambiental.

Implantação do programa de gestão ambiental e monitoramento dos taludes;

Confecção de taludes de acordo com escoamento pluvial adequado;

Utilização de métodos de controle de erosão como o plantio de cobertura do

solo após construção do empreendimento e drenagens;

Monitoramento dos locais susceptíveis à processos erosivos e assoreamento;

Monitoramento do nível de sedimentos em suspenso no rio do eixo da

barragem do empreendimento;

Realizar dragagem, caso necessário, para retirada de sedimentos no fundo

do curso d’água.

8.2.1.6 Alteração no uso do solo e na paisagem

A inserção da CGH, desde a etapa de implantação até a operação mudará

permanentemente as características da paisagem da área em virtude das mudanças

de uso do solo do espaço existente, com principal contribuição da formação do

reservatório, a presença de estruturas e a supressão e recomposição da vegetação.

Algumas áreas da AID e da ADA tornar-se-ão áreas alagadas ou de vegetação nativa

após a instalação do empreendimento, assim, enquadrando-se em outra classe de

uso do solo. Outras alterações são de cunho temporário, como na área do canteiro de

obras e áreas de bota-fora, que devem ser recuperadas posteriormente para

integração paisagística ao contexto local, considerando minimamente as

características da área previamente às alterações.

Em relação à presença das estruturas, os efeitos são considerados inevitáveis.

Quanto à supressão vegetal, o impacto será compensado com a desmobilização e a

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recuperação das áreas de canteiro de obras e um adensamento das APPs nos locais

onde se encontra descaracterizada.

Tabela 8.6: Matriz específica de classificação do impacto de alteração no uso do solo e na paisagem.

Categoria de Classificação Avaliação

Natureza dos Impactos Negativo

Forma Como se Manifesta Indireto

Duração do Impacto Permanente

Temporalidade da Ocorrência do Impacto Médio prazo

Reversibilidade do Impacto Irreversível

Abrangência do Impacto Local

Magnitude do Impacto Média

Importância do Impacto Média

8.2.1.6.1 Medidas mitigadoras

As medidas propostas para este impacto têm natureza mitigadora, se destinando ao

meio físico, tendo duração média, devendo ser executado nas fases de implantação

do empreendimento. A responsabilidade pela implementação das medidas é do

empreendedor, devendo ser tecnicamente orientado pela empresa consultora

ambiental.

Adotar programa de recuperação de áreas degradadas;

Restringir as atividades de movimentação e compactação do solo ao

estritamente necessário;

Realizar desmobilização adequada das obras, eliminando passivos.

8.2.1.7 Geração de resíduos sólidos

Nas fases de implantação e operação do empreendimento os procedimentos

construtivos e a concentração de pessoal implicam na geração de resíduos sólidos

diversos. A disposição incorreta pode ocasionar poluição do solo e águas, o que pode

ser minimizado por estratégias estabelecidas em um programa/plano de

gerenciamento de resíduos.

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Na fase de obras a quantidade de resíduos é maior, dadas as grandes movimentações

de material como terra, concreto, pedras, madeira, ferragem e outros associados à

construção, vegetação decorrente da supressão, além daqueles associados à

presença humana (resíduos de característica domiciliar como papel, papelão, plástico,

orgânicos e rejeitos, decorrentes de embalagens, marmitas, material de escritório). Os

resíduos das obras são gerados em maiores quantidades, mas em geral apresentam

baixo potencial poluidor, entretanto, há material enquadrado como perigoso, como

óleos, graxas, tintas, que demandam gerenciamento específico pelo seu maior

potencial poluidor.

Na fase de operação os resíduos se aplicam àqueles associados a presença de

colaboradores nas instalações, que possuem volume reduzido, os quais devem ser

destinados a empresas licenciadas ou ao serviço público de coleta, caso

disponibilizado. O transporte e destinação devem ocorrer através de

empresas/instituições devidamente licenciadas, priorizando sempre os princípios de

não geração, o reuso e a reciclagem.

Em relação a vegetação proveniente das áreas de supressão, sua destinação dar-se-

á mediante a avaliação de acordo com o potencial do material, podendo ser utilizado

para finalidades nobres, ou reservado para lenha, ato aplicado a grande parte das

espécies mensuradas.

Tabela 8.7: Matriz específica de classificação do impacto de geração de resíduos sólidos.

Categoria de Classificação Avaliação

Natureza dos Impactos Negativo

Forma Como se Manifesta Direto

Duração do Impacto Temporário

Temporalidade da Ocorrência do Impacto Curto prazo

Reversibilidade do Impacto Reversível

Abrangência do Impacto Local

Magnitude do Impacto Baixa

Importância do Impacto Pequena

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8.2.1.7.1 Medidas mitigadoras

As medidas propostas para este impacto têm natureza mitigadora, se destinando ao

meio físico, tendo duração longa, devendo ser executado nas fases de implantação e

operação do empreendimento. A responsabilidade pela implementação das medidas

é do empreendedor, devendo ser tecnicamente orientado pela empresa consultora

ambiental.

Adoção de programa de gerenciamento de resíduos;

Adoção de sistema de classificação de resíduos com a instalação de

lixeiras identificadas e adequadas para cada tipo, facilitando o descarte dos

mesmos;

Implantação de estruturas para armazenamento provisório dos resíduos da

construção civil.

8.2.2 Meio Biótico

8.2.2.1 Perda e fragmentação de habitat

As atividades antrópicas no ambiente causam inúmeras injúrias, onde a principal

consequência é perda de habitat, que modifica o ambiente natural e é uma das

maiores ameaças a biodiversidade. Com a implantação das estruturas da CGH Castro

e a consequente supressão de vegetação, ocorrerá a perda ou fragmentação de

habitat para espécies. Considerando a área de supressão de vegetação nativa (1,0

ha) e a posterior área de preservação permanente do reservatório (2,56 ha), pode-se

dizer que a conservação do espaço natural será maior do que a supressão realizada.

Sendo assim, a médio e longo prazo a preservação do local compensará os impactos

sofridos na etapa de implantação.

A perda de habitat possui maior significância a espécies consideradas endêmicas e/ou

ameaçadas de extinção e também as dependentes diretamente do ambiente florestal

ripário, o que reflete em uma baixa na disponibilidade de recursos das comunidades

faunísticas locais, ocasionando riscos para o desenvolvimento de algum ciclo de vida

e aumentando a competição por alimento e abrigo.

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Tabela 8.8: Matriz específica de classificação do impacto de perda e fragmentação de habitat.

Categoria de Classificação Avaliação

Natureza dos Impactos Negativo

Forma Como se Manifesta Indireto

Duração do Impacto Temporário

Temporalidade da Ocorrência do Impacto Médio Prazo

Reversibilidade do Impacto Reversível

Abrangência do Impacto Local

Magnitude do Impacto Média

Importância do Impacto Alta

8.2.2.1.1 Medidas mitigadoras

As medidas propostas para este impacto têm natureza mitigadora, se destinando ao

meio biótico, tendo prazo de duração longo, devendo ser executado nas fases de

implantação e operação do empreendimento. A responsabilidade pela implementação

das medidas é do empreendedor, devendo ser tecnicamente orientado pela empresa

consultora ambiental.

Adoção de um programa de monitoramento da fauna, terrestre e aquática;

Realização do resgate e afugentamento da fauna terrestre durante a

supressão vegetal;

Realização do resgate da fauna aquática;

Adoção de plano de recuperação das áreas degradadas e adensamento

das APPs;

Realização de monitoramento de fauna para analisar a distribuição e os

impactos causados;

Promover ações de educação ambiental com a finalidade de sensibilização

ambiental e conservação da fauna local.

8.2.2.2 Alteração da composição e diversidade da fauna terrestre

Em situações de implantação de empreendimentos que causem algum tipo de dano

ao meio ambiente, principalmente na cobertura de vegetação nativa ripária, que é um

ambiente muito utilizado pela fauna silvestre, há o iminente impacto na composição e

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diversidade da fauna terrestre. Nestas situações, espera-se que ocorram substituições

faunísticas, tendo espécies que sofrem declínio, quanto outras podem ter um aumento

populacional, acarretando efeitos nas populações de espécies mais exigentes

ambientalmente, além da restrição de nicho.

No caso deste empreendimento, a área diretamente afetada já suporta fortes ações

antrópicas ao longo do tempo, ou seja, este impacto já vem ocorrendo e causando

alterações na fauna. Dessa forma, infere-se que a implantação do empreendimento

não acarretará diretamente nestas substituições, porém, não se pode ignorar a

ocorrência deste impacto, devendo o mesmo ter suas medidas mitigadoras para que

se possa realizar a conservação ambiental do local, no que se refere à composição

da fauna original.

Tabela 8.9: Matriz específica de classificação do impacto de alteração da composição e diversidade da fauna terrestre.

Categoria de Classificação Avaliação

Natureza dos Impactos Negativo

Forma Como se Manifesta Indireto

Duração do Impacto Permanente

Temporalidade da Ocorrência do Impacto Médio Prazo

Reversibilidade do Impacto Reversível

Abrangência do Impacto Local

Magnitude do Impacto Média

Importância do Impacto Média

8.2.2.2.1 Medidas mitigadoras

As medidas propostas para este impacto têm natureza mitigadora, se destinando ao

meio biótico, tendo prazo de duração médio, devendo ser executado nas fases de

implantação e operação do empreendimento. A responsabilidade pela implementação

das medidas é do empreendedor, devendo ser tecnicamente orientado pela empresa

consultora ambiental.

Adoção de um programa de monitoramento da fauna terrestre;

Realização de resgate e afugentamento da fauna terrestre durante a

supressão vegetal;

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Adoção de plano de recuperação das áreas degradadas e adensamento

das APPs, que estabeleça condições de fluxo para a fauna terrestre.

8.2.2.3 Alteração da composição e diversidade da fauna aquática

Sabe-se que a construção de um empreendimento hidrelétrico causa interferências

na fauna aquática, modificando o ambiente de lótico para lêntico, o que ocasiona a

depleção de algumas populações e a explosão de outras, que se favorecem com a

modificação ambiental.

Para compensar os efeitos sobre a fauna aquática é aconselhável a adoção de um

programa de monitoramento da ictiofauna, ações de educação ambiental e informativa

no entorno do empreendimento em relação a pesca predatória com redes e tarrafas.

É de suma importância o acompanhamento das obras, sendo necessária realização

de resgate das espécies, durante a fase de construção, a fim de evitar a mortandade

de indivíduos e perca de espécies.

Tabela 8.10: Matriz específica de classificação do impacto de alteração da composição e diversidade da fauna aquática.

Categoria de Classificação Avaliação

Natureza dos Impactos Negativo

Forma Como se Manifesta Indireto

Duração do Impacto Permanente

Temporalidade da Ocorrência do Impacto Médio Prazo

Reversibilidade do Impacto Irreversível

Abrangência do Impacto Local

Magnitude do Impacto Médio

Importância do Impacto Médio

8.2.2.3.1 Medidas mitigadoras

As medidas propostas para este impacto têm natureza mitigadora, se destinando ao

meio biótico, tendo prazo de duração longo, devendo ser executado nas fases de

implantação e operação do empreendimento. A responsabilidade pela implementação

das medidas é do empreendedor, devendo ser tecnicamente orientado pela empresa

consultora ambiental.

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Realização de resgate da ictiofauna no trecho ensecado nas fases de

desvio do rio e fechamento do reservatório;

Implantação do programa de monitoramento da ictiofauna;

Realização de ações de educação ambiental.

8.2.2.4 Interferência na migração da fauna aquática

A migração dos peixes ocorre nos sentidos jusante para montante (ascendente) e

montante para jusante (descendente). A migração ascendente é contrária ao fluxo

d’água e objetiva, basicamente, a reprodução em locais apropriados. A migração

descendente, isto é, na direção da foz do rio, objetiva a procura de locais favoráveis

quanto à alimentação, temperatura e às condições físico-químico-biológicas

(MARTINS, 2000).

Para Hilsdorf e Moreira (2008), a interrupção das rotas migratórias de algumas

espécies aliada à modificação do ambiente lótico para lêntico, devido a construção de

barragens, causa uma série de impactos sobre a comunidade aquática, interrompendo

a piracema e, consequentemente, a atividade reprodutiva das espécies migradoras,

sendo considerada, em grande parte, responsável pelo declínio destas espécies.

No trecho do rio Santana previsto para o empreendimento, apenas foi identificada uma

espécie, Leporinus friderici, que realiza migrações. O fato de a CGH ser localizada

próxima à foz do rio, sendo que o mesmo deságua em um reservatório de outro

empreendimento hidrelétrico, torna o impacto sobre a migração desta espécie de

menor intensidade.

Tabela 8.11: Matriz específica de classificação do impacto de interferência na migração da fauna aquática.

Categoria de Classificação Avaliação

Natureza dos Impactos Negativo

Forma Como se Manifesta Direto

Duração do Impacto Permanente

Temporalidade da Ocorrência do Impacto Médio Prazo

Reversibilidade do Impacto Irreversível

Abrangência do Impacto Local

Magnitude do Impacto Médio

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Importância do Impacto Alta

8.2.2.4.1 Medidas mitigadoras

As medidas propostas para este impacto têm natureza mitigadora, se destinando ao

meio biótico, tendo prazo de duração médio, devendo ser executado nas fases de

implantação e operação do empreendimento. A responsabilidade pela implementação

das medidas é do empreendedor, devendo ser tecnicamente orientado pela empresa

consultora ambiental.

Implantação do programa de monitoramento da ictiofauna;

Realização de ações de educação ambiental.

8.2.2.5 Aumento da caça predatória e risco de atropelamento da fauna

O local proposto para o empreendimento já suporta continuamente a grande pressão

da caça predatória, principalmente de mamíferos de médio e grande porte, além de

estar localizado tão próximo à rodovia, fato que acarreta no aumento da ocorrência de

atropelamento destes mesmos animais e de outros grupos da fauna terrestre.

O deslocamento da fauna para outros locais devido a supressão de vegetação e

movimentação de pessoas acarretará no aumento da movimentação de animais, o

que tende a chamar mais atenção da população, ocasionando a prática da caça para

alimentação ou simples perseguição, podendo resultar em decréscimos

populacionais.

Além dos moradores locais, podem ocorrer perdas resultantes de conflitos diretos da

fauna com funcionários da obra. Nesse caso é recomendável realizar a capacitação e

a educação ambiental com a população local e colaboradores da obra, objetivando a

sensibilização dos mesmos para evitar a caça e a predação da fauna que estará em

locomoção.

Além da caça, um dos grandes problemas da fauna no Cerrado é a mortalidade por

atropelamento. Sabe-se que esta é uma das principais causas de declínio

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populacional da fauna silvestre, podendo ser superior à mortalidade por causas

naturais (ex. predação e doença) (FORMAN et al., 2003).

Pela área atingida estar diretamente ligada à rodovia, já são comuns os

atropelamentos de animais, como foi apresentado no levantamento da fauna. De

maneira geral, pode-se dizer que este impacto já é ocorrente e não sofrerá

interferência do empreendimento, porém, não se excluirá esta possibilidade, sendo

realizadas medidas mitigadoras necessárias, tentando minimizar este impacto.

Tabela 8.12: Matriz específica de classificação do impacto de aumento da caça predatória e riscos de atropelamento da fauna.

Categoria de Classificação Avaliação

Natureza dos Impactos Negativo

Forma Como se Manifesta Indireto

Duração do Impacto Temporário

Temporalidade da Ocorrência do Impacto Curto prazo

Reversibilidade do Impacto Reversível

Abrangência do Impacto Local

Magnitude do Impacto Baixa

Importância do Impacto Pequena

8.2.2.5.1 Medidas mitigadoras

As medidas propostas para este impacto têm natureza mitigadora, se destinando ao

meio biótico, tendo prazo de duração médio, devendo ser executado nas fases de

implantação e operação do empreendimento. A responsabilidade pela implementação

das medidas é do empreendedor, devendo ser tecnicamente orientado pela empresa

consultora ambiental.

Adoção de um programa de capacitação e educação ambiental com

colaboradores da obra e moradores locais, visando a conscientização para

a não realização das atividades de caça e também o cuidado com a fauna

na rodovia e acessos.

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8.2.2.6 Perda de cobertura vegetal

A vegetação é um dos constituintes bióticos dos ecossistemas que exerce importante

papel estruturador de habitat, quanto mais complexa for sua estrutura, maior a

possibilidade de estabelecimento de comunidades bióticas mais ricas e mais diversas.

O aspecto mais relevante a respeito deste impacto é que a perda de vegetação nativa

acarreta distintas consequências ao ecossistema de uma região, como a redução da

biodiversidade e do potencial genético, possível diminuição de abundância de

espécies, alteração na dinâmica de polinização e disseminação de sementes.

Na fase de construção das estruturas ocorrerá a supressão da vegetação ciliar

remanescente, considerada área de preservação permanente. Estima-se que na fase

de implantação da CGH Castro será necessário suprimir a vegetação de porte arbóreo

em uma área total de 1,00 ha, sendo esta correspondente aos locais destinados à

construção do barramento, circuito adutor, casa de força, área de alague e demais

estruturas temporárias e de apoio. Cabe salientar que a supressão de vegetação

nativa irá ocorrer somente mediante autorização para o devido corte emitida pelo

órgão ambiental competente, atendendo as metodologias e critérios exigidos.

A cobertura vegetal na área proposta para a instalação do empreendimento é

pertencente ao bioma Cerrado, porém em área de encrave, com grande influência do

bioma Mata Atlântica. No local foram encontradas espécies pertencentes a ambos os

biomas. Como já apresentado anteriormente, no local a vegetação sofre grande

influência de atividades antrópicas, estando bastante descaracterizada. Desta forma,

a vegetação local pode ser classificada como em transição de estágio inicial para

estágio médio de regeneração natural.

Com base nos dados oferecidos pelo GeoMS, a classificação da cobertura vegetal

indica áreas de agricultura, não havendo uma classificação exata do tipo da

fitofisionomia da vegetação.

A perda de recursos vegetais através da supressão da vegetação, por compreender

um impacto irreversível, necessita da adoção de ações mitigadoras e compensatórias

para neutralizar seus efeitos sobre os ecossistemas. Considerando a pequena

quantidade de vegetação a ser suprimida, o impacto causado pela implantação do

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empreendimento é de pequena significância, podendo ser neutralizada através de

medidas mitigadoras apropriadas.

Como medida mitigadora deverá ser implementado um programa de recuperação de

áreas degradadas, fazendo-se a devida recomposição da vegetação com espécies

nativas de desenvolvimento na área. A metodologia da recuperação das áreas ainda

deve levar em consideração a formação de corredores ecológicos, buscando

reconectar remanescentes florestais localizados no entorno deste rio e que hoje

estejam isolados para facilitar o fluxo gênico das atividades.

Outra medida compensatória será a realização da compensação ambiental e

reposição florestal referente à área de supressão, sendo que ambas deverão atender

aos critérios e métodos da legislação pertinente vigente para o tema.

Tabela 8.13: Matriz específica de classificação do impacto de perda de cobertura vegetal.

Categoria de Classificação Avaliação

Natureza dos Impactos Negativo

Forma Como se Manifesta Direto

Duração do Impacto Permanente

Temporalidade da Ocorrência do Impacto Médio Prazo

Reversibilidade do Impacto Reversível

Abrangência do Impacto Local

Magnitude do Impacto Média

Importância do Impacto Alta

8.2.2.6.1 Medidas mitigadoras

As medidas propostas para este impacto têm natureza mitigadora e compensatória,

se destinando ao meio biótico, tendo prazo de duração longo, devendo ser executado

nas fases de implantação e operação do empreendimento. A responsabilidade pela

implementação das medidas é do empreendedor, devendo ser tecnicamente

orientado pela empresa consultora ambiental.

Acompanhamento e demarcação das áreas a serem suprimidas para que

se faça o corte somente em áreas estritamente necessárias;

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Proposição de metodologia alternativa de corte da vegetação, buscando

minimizar o impacto sobre o solo e o curso hídrico (utilização de maquinário

manual);

Controle do destino adequado do material vegetal;

Implantação de um plano de recuperação de áreas degradadas;

Realização da reposição florestal e compensação ambiental de acordo com

a legislação pertinente vigente.

8.2.2.7 Manutenção da área florestal do entorno

A implantação da CGH Castro, conforme supracitado, ocasionará a remoção de área

de vegetação nativa em APP. Com a formação do reservatório, uma nova faixa de

vegetação será formada em toda a sua extensão, sendo previamente definida em 30

metros, resultando em uma área de preservação permanente de aproximadamente

2,56 ha. No local onde encontrar-se-á a nova faixa de preservação, tem-se o

predomínio de vegetação nativa e pontos com o desenvolvimento de atividades

agrícolas.

Ressalta-se que com a implantação do empreendimento ficará garantida a

preservação destas áreas (sob responsabilidade do empreendedor) e que os pontos

que se encontram descaracterizados e sem vegetação serão recompostos através do

plantio de espécies nativas, garantindo a composição das áreas verdes no entorno do

reservatório. O impacto é considerado extremamente positivo, pois sem a instalação

do empreendimento não haveria a recuperação dos locais antropizados, existindo a

possibilidade de uma maior pressão antrópica, por meio do aumento das áreas

agricultáveis.

O impacto terá ação apenas na ADA, após a implantação do empreendimento. O

reestabelecimento da vegetação ocorrerá a médio e longo prazo, considerando os

processos sucessionais envolvidos na formação da nova cobertura vegetal. Para a

potencialização deste impacto tem-se a necessidade da correta execução dos

programas relacionados a restauração florestal, adotando-se espécies

preferencialmente atrativas a fauna e com desenvolvimento local, além da realização

do adequado monitoramento, a fim de garantir que o ambiente volte a ter suas funções

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ecológicas. Ainda, é de extrema necessidade o cercamento das áreas de APP, com

arame liso, em sua totalidade, evitando a passagem de bovinos e demais animais

domésticos.

Tabela 8.14: Matriz específica de classificação do impacto da manutenção da área florestal ao entorno.

Categoria de Classificação Avaliação

Natureza dos Impactos Positivo

Forma Como se Manifesta Direto

Duração do Impacto Permanente

Temporalidade da Ocorrência do Impacto Médio Prazo

Reversibilidade do Impacto Reversível

Abrangência do Impacto Local

Magnitude do Impacto Média

Importância do Impacto Alta

8.2.2.7.1 Medidas potencializadoras

As medidas propostas para este impacto têm natureza potencializadora, se

destinando ao meio biótico, tendo prazo de duração longo, devendo ser executado na

fase de operação do empreendimento. A responsabilidade pela implementação das

medidas é do empreendedor, devendo ser tecnicamente orientado pela empresa

consultora ambiental.

Recomposição da APP no entorno do reservatório;

Plantio de espécies nativas e atrativas para a fauna;

Cercamento da área de APP em sua totalidade;

Implantação do plano de recuperação de áreas degradadas.

8.2.2.8 Aumento do conhecimento técnico-científico da região

Sabe-se que o conhecimento da ocorrência, comportamento e distribuição das

espécies da fauna e da flora é de extrema importância para subsidiar ações de

proteção e tomada de decisões no que tange os quesitos ambientais.

Através dos estudos realizados durante o período de levantamento de campo prévio

e de programas de monitoramento posteriores, é possível obter uma sólida base de

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dados e também a avaliação dos mesmos perante as alterações ambientais

ocorrentes. Os dados obtidos serão apresentados ao órgão ambiental e

possivelmente publicados, sendo que o embasamento científico da região permite o

aprimoramento de técnicas de conservação e também o incentivo à novas pesquisas

em diversas áreas do saber.

Tabela 8.15: Matriz específica de classificação do impacto de aumento do conhecimento técnico-científico da região.

Categoria de Classificação Avaliação

Natureza dos Impactos Positivo

Forma Como se Manifesta Direto

Duração do Impacto Permanente

Temporalidade da Ocorrência do Impacto Médio Prazo

Reversibilidade do Impacto Irreversível

Abrangência do Impacto Regional

Magnitude do Impacto Média

Importância do Impacto Alta

8.2.2.8.1 Medidas potencializadoras

As medidas propostas para este impacto têm natureza potencializadora, se

destinando ao meio biótico, tendo prazo de duração longo, devendo ser executado

nas fases de implantação e operação do empreendimento. A responsabilidade pela

implementação das medidas é do empreendedor, devendo ser tecnicamente

orientado pela empresa consultora ambiental.

Adoção de programa recuperação de áreas degradadas;

Adoção de programa de monitoramento da fauna terrestre;

Adoção de programa de monitoramento da fauna aquática;

Adoção de programa de monitoramento da qualidade das águas

superficiais.

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8.2.3 Meio Antrópico

8.2.3.1 Geração de Empregos

Segundo dados do Projeto Básico do empreendimento, estima-se que durante a

construção do empreendimento sejam gerados empregos diretos e indiretos, única e

exclusivamente pela construção do empreendimento. Calcula-se que durante a fase

de construção do empreendimento serão gerados 30 empregos diretos e indiretos,

aproximadamente.

Os empregos serão gerados em todas as etapas do processo, em diversificadas

áreas, com funções e qualificações específicas. A fase de planejamento é a que exige

profissionais com maior capacitação, porém a fase de maior geração de empregos é

a da construção, que contará com profissionais em diferentes níveis de capacitação e

qualificação, variando em superior, técnico e operacional.

Apesar de serem empregos temporários, trata-se de um impacto de natureza positiva

e muito importante em termos locais, dado o grande número de trabalhadores

atuantes no mercado informal, sendo que parte dessa mão de obra pode ser obtida

no próprio local, ou seja, proveniente do município de Paranaíba, em especial para as

diversas atividades que exigem um baixo nível de especialização que deverão ser

executadas durante as obras.

Tabela 8.16: Matriz específica de classificação do impacto de geração de empregos.

Categoria de Classificação Avaliação

Natureza dos Impactos Positivo

Forma Como se Manifesta Direto

Duração do Impacto Temporário

Temporalidade da Ocorrência do Impacto Médio Prazo

Reversibilidade do Impacto Reversível

Abrangência do Impacto Regional

Magnitude do Impacto Média

Importância do Impacto Alta

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8.2.3.1.1 Medidas potencializadoras

As medidas propostas para este impacto têm natureza potencializadora, se

destinando ao meio antrópico, tendo prazo de duração médio, devendo ser executado

nas fases de implantação e operação do empreendimento. A responsabilidade pela

implementação das medidas é do empreendedor, devendo ser tecnicamente

orientado pela empresa consultora ambiental.

Preferência na contratação de mão de obra local;

Implantação do programa de comunicação social, para manter a população

local informada a respeito do andamento das atividades da obra e fazer o

recrutamento de possíveis colaboradores locais.

8.2.3.2 Interferências no cotidiano das populações vizinhas

Durante as obras, a movimentação de máquinas, equipamentos, materiais e pessoas

implicam em mudanças na rotina da comunidade da área de influência direta. A cidade

sede do empreendimento será envolvida diretamente quando da implantação da

usina, principalmente no apoio de serviços terceirizados de alimentação, hospedagem

e acessos.

Tabela 8.17: Matriz específica de classificação do impacto de interferências no cotidiano das populações vizinhas.

Categoria de Classificação Avaliação

Natureza dos Impactos Negativo

Forma Como se Manifesta Direto

Duração do Impacto Temporário

Temporalidade da Ocorrência do Impacto Curto Prazo

Reversibilidade do Impacto Reversível

Abrangência do Impacto Regional

Magnitude do Impacto Baixa

Importância do Impacto Pequena

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8.2.3.2.1 Medidas mitigadoras

As medidas propostas para este impacto têm natureza mitigadora, se destinando ao

meio antrópico, tendo prazo de duração médio, devendo ser executado nas fases de

implantação do empreendimento. A responsabilidade pela implementação das

medidas é do empreendedor, devendo ser tecnicamente orientado pela empresa

consultora ambiental.

Cadastramento dos potenciais colaboradores, priorizando a mão de obra

local e minimizando a migração temporária;

Orientação de motoristas e funcionários das obras em respeitar as

velocidades de tráfego, a colocação de placas e sinalizações ao longo das

vias de acesso, bem como a manutenção constante das mesmas;

Adoção do programa de gestão ambiental, para monitorar as ações e

relatar ao órgão ambiental.

8.2.3.3 Geração de expectativa

O planejamento de empreendimentos hidrelétricos e todas as atividades associadas

demandam períodos longos e apresentam mudanças e melhorias de projeto. Essas

prováveis mudanças contribuem para gerar expectativa na população diretamente

afetada e interessada, principalmente quando se trata de desapropriação das áreas.

Outro aspecto associa-se à concentração de pessoas na etapa de implantação do

empreendimento, claramente maior que nas outras fases. Logo, será significativa a

circulação de pessoas na região, fato que poderá causar estranheza e insegurança à

população local.

Para que o processo de implantação seja feito de forma equilibrada e sem conflitos

com a população local, é de suma importância, desde a base do planejamento,

estabelecer estratégias de comunicação social que apresentem de forma clara as

informações sobre o processo, construindo, assim, a confiança da população da área

afetada e dos órgãos públicos em relação à implantação do empreendimento.

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Com o intuito de manter a comunidade e órgãos municipais informados a respeito do

empreendimento, o empreendedor, ao longo da etapa de planejamento e estudos

ambientais, já vem adotando ações neste sentido, atuando com cautela nos estudos

prévios da região, divulgando informações a respeito do empreendimento para os

interessados por meio de contato dos profissionais responsáveis pelos trabalhos de

campo de topografia, avaliação fundiária e socioeconômica.

Tabela 8.18: Matriz específica de classificação do impacto de geração de expectativa.

Categoria de Classificação Avaliação

Natureza dos Impactos Negativo

Forma Como se Manifesta Direto

Duração do Impacto Temporário

Temporalidade da Ocorrência do Impacto Curto Prazo

Reversibilidade do Impacto Reversível

Abrangência do Impacto Regional

Magnitude do Impacto Baixa

Importância do Impacto Pequena

8.2.3.3.1 Medidas mitigadoras

As medidas propostas para este impacto têm natureza mitigadora, se destinando ao

meio antrópico, tendo prazo de duração curto, devendo ser executado nas fases de

implantação do empreendimento. A responsabilidade pela implementação das

medidas é do empreendedor, devendo ser tecnicamente orientado pela empresa

consultora ambiental.

Adoção de um programa de comunicação social;

Orientação aos colaboradores sobre o meio ambiente, a segurança e ao

relacionamento com a comunidade local;

Priorização da contratação de mão-de-obra local.

8.2.3.4 Riscos de acidentes com a população local e operários

As atividades inerentes à construção do empreendimento e a circulação de veículos

e maquinários, mesmo que não ocorra de forma intensa, poderá causar acidentes

envolvendo a população residente na AID ou com os próprios operários dentro do

canteiro de obras. Estes estão frequentemente sujeitos a possibilidade de ocorrência

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Estudo Ambiental Preliminar CGH Castro – Rio Santana

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de acidentes e traumas físicos. Ainda, deve-se avaliar sobre a possibilidade de

acidentes com animais peçonhentos.

Tabela 8.19: Matriz específica de classificação do impacto de riscos de acidentes com a população local e operários.

Categoria de Classificação Avaliação

Natureza dos Impactos Negativo

Forma Como se Manifesta Direto

Duração do Impacto Temporário

Temporalidade da Ocorrência do Impacto Curto Prazo

Reversibilidade do Impacto Reversível

Abrangência do Impacto Local

Magnitude do Impacto Baixa

Importância do Impacto Pequena

8.2.3.4.1 Medidas mitigadoras

As medidas propostas para este impacto têm natureza mitigadora, se destinando ao

meio antrópico, tendo prazo de duração médio, devendo ser executado nas fases de

implantação do empreendimento. A responsabilidade pela implementação das

medidas é do empreendedor, devendo ser tecnicamente orientado pela empresa

consultora ambiental.

Treinamento dos colaboradores sobre normas adequadas de conduta e

realização de conscientização interna;

Adoção de medidas de segurança a partir das condições e meio ambiente

de trabalho na indústria da construção;

Instalação de uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).

Devem ser atendidas todas as disposições da NR4-Serviços

Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho

(SESMT);

Adoção do programa de Prevenção dos Riscos Ambientais – PPRA, que é

obrigatória para todos os empregadores e instituições que admitam

trabalhadores como empregados;

Adoção do Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, que monitora

por análises e exames laboratoriais a saúde dos trabalhadores, com

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objetivo de identificar precocemente qualquer desvio que possa

comprometer a saúde destes.

8.2.3.5 Aumento da oferta de energia elétrica

A CGH será responsável pela geração de 3,00 MW de energia elétrica e esse aumento

da capacidade instalada é positivo em diferentes sentidos. Primeiramente, a oferta

adicional de energia elétrica possibilita a atração de investidores e a implantação de

novos empreendimentos de diferentes naturezas na região, proporcionando dessa

maneira o desenvolvimento socioeconômico do município.

Além disso, a injeção da potência gerada pelo empreendimento no sistema interligado

nacional traz melhorias para todo o sistema local e regional, tanto no que se refere à

geração, como também para o sistema de transmissão e distribuição de energia

elétrica. A adição de energia no sistema possibilita remanejamentos no sistema

elétrico, proporcionando redução de perdas e melhor aproveitamento da energia

elétrica.

Tabela 8.20: Matriz específica de classificação do impacto de aumento da oferta de energia elétrica.

Categoria de Classificação Avaliação

Natureza dos Impactos Positivo

Forma Como se Manifesta Direto

Duração do Impacto Permanente

Temporalidade da Ocorrência do Impacto Longo Prazo

Reversibilidade do Impacto Irreversível

Abrangência do Impacto Nacional

Magnitude do Impacto Baixa

Importância do Impacto Média

8.2.3.6 Aumento do potencial turístico e áreas de lazer

Com a área do reservatório da CGH haverá a alteração da paisagem local e, dentre

os efeitos, poderão surgir locais com beleza cênica e até mesmo a atração da

população e turistas. Deve-se planejar sistematicamente qualquer uso múltiplo do

futuro barramento, evitando conflitos durante a fase de operação (irrigação, geração

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de energia elétrica, demandas de usuários à jusante, etc.). Também devem-se

fomentar condições para que serviços de terceiros, como suprimento de alimentação

e ações relacionadas ao turismo sejam propiciados pela população na AID,

fomentando a melhoria da condição de vida da população afetada.

Tabela 8.21: Matriz específica de classificação do impacto de aumento do potencial turístico e áreas de lazer.

Categoria de Classificação Avaliação

Natureza dos Impactos Positivo

Forma Como se Manifesta Direto

Duração do Impacto Permanente

Temporalidade da Ocorrência do Impacto Médio Prazo

Reversibilidade do Impacto Reversível

Abrangência do Impacto Local

Magnitude do Impacto Baixa

Importância do Impacto Pequena

8.2.3.6.1 Medidas potencializadoras

As medidas propostas para este impacto têm natureza potencializadora, se

destinando ao meio antrópico, tendo prazo de duração médio, devendo ser executado

nas fases de operação do empreendimento. A responsabilidade pela implementação

das medidas é do empreendedor, devendo ser tecnicamente orientado pela empresa

consultora ambiental.

Adoção de um programa de comunicação social.

8.2.3.7 Aumento da demanda na saúde

A migração temporária refere-se à migração da mão de obra especializada necessária

para a construção do empreendimento.

Em casos de emergência o município afetado possui uma infraestrutura adequada,

oferecendo unidades de saúde de nível pré-hospitalar/urgência/emergência. Em

virtude do empreendimento e do número de operários necessários para a construção

do empreendimento, não se espera um movimento de migração temporária que

comprometa o sistema estrutural urbano do município envolvido.

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Tabela 8.22: Matriz específica de classificação do impacto de aumento da demanda na saúde.

Categoria de Classificação Avaliação

Natureza dos Impactos Negativo

Forma Como se Manifesta Direto

Duração do Impacto Temporário

Temporalidade da Ocorrência do Impacto Curto Prazo

Reversibilidade do Impacto Reversível

Abrangência do Impacto Local

Magnitude do Impacto Baixa

Importância do Impacto Pequena

8.2.3.7.1 Medidas mitigadoras

As medidas propostas para este impacto têm natureza mitigadora, se destinando ao

meio antrópico, tendo prazo de duração médio, devendo ser executado nas fases de

implantação do empreendimento. A responsabilidade pela implementação das

medidas é do empreendedor, devendo ser tecnicamente orientado pela empresa

consultora ambiental.

Garantia de atendimento médico hospitalar e orientação aos operários;

Priorização da contratação de mão de obra local.

Visando realizar uma síntese dos impactos ambientais previstos e medidas

preventivas, mitigadoras e/ou potencializadoras aqui apresentados foi elaborada uma

matriz de classificação para cada meio afetado (físico, biótico e antrópico), as quais

podem ser visualizadas a seguir.

Empreendedor:

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8.2.4 Matriz de classificação meio físico

MEIO FÍSICO

Impacto

Fase Classificação dos impactos

Medidas preventivas, mitigadoras e/ou potencializadoras P

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Alteração da qualidade da água

• • ADA N DI PE LP RV LC M A

• Adoção do programa de monitoramento e conservação da qualidade das águas superficiais;

• Adequação das áreas de preservação permanente no entorno do reservatório;

• Planejamento e dimensionamento adequado das atividades produtoras de sedimentos, bem como para a supressão de vegetação (e limpeza) na área de formação do reservatório;

• Educação ambiental com moradores, com a finalidade de orientá-los a não despejar efluentes e demais resíduos não tratados no rio;

• Adoção de fossas sépticas no canteiro de obras.

Poluição do corpo hídrico e do solo

por efluentes • • ADA N DI TE CP RV LC M M

• Implantação de fossas sépticas de acordo com normas da ABNT;

• Realizar procedimentos de controle e monitoramento;

• Adoção de um programa de gestão de resíduos;

• Educação ambiental com os colaboradores envolvidos.

Contaminação do solo

• • ADA N DI TE CP RV LC B P

• Manutenção periódica de máquinas e veículos;

• Armazenamento dos produtos com potencial poluidor em locais impermeáveis, com cobertura e contenção de vazamentos;

• Realização de treinamento com colaboradores sobre situações de risco;

• Realização do abastecimento de máquinas e veículos em locais impermeabilizados;

• Remoção total do solo para um bota-fora permanente, caso se verifique algum acidente com substâncias nocivas ao meio ambiente;

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MEIO FÍSICO

Impacto

Fase Classificação dos impactos

Medidas preventivas, mitigadoras e/ou potencializadoras

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• Aplicação do método de biorremediação ou fitorremediação.

Alteração na dinâmica hídrica

• • AID N DI PE CP IR LC M A

• Monitoramento do nível do reservatório a montante e da vazão remanescente a jusante;

• Acompanhamento e controle do processo de enchimento do reservatório;

• Manutenção da vazão sanitária a jusante da barragem, durante a operação;

Aceleração dos processos erosivos e

assoreamento

• ADA N DI TE CP RV LC M P

• Implantação do programa de gestão ambiental e monitoramento dos taludes;

• Confecção de taludes de acordo com escoamento pluvial adequado;

• Monitoramento dos locais susceptíveis à processos erosivos e assoreamento;

• Utilização de métodos de controle de erosão como o plantio de cobertura do solo após construção do empreendimento e drenagens;

• Monitoramento do nível de sedimentos em suspenso no rio do eixo da barragem do empreendimento;

• Realizar dragagem, caso necessário, para retirada de sedimentos no fundo do curso d’água.

Alteração no uso do solo e na

paisagem • • ADA N IN PE MP IR LC M M

• Adotar programa de recuperação de áreas degradadas;

• Restringir as atividades de movimentação e compactação do solo ao estritamente necessário;

• Realizar desmobilização adequada das obras, eliminando passivos.

Geração de resíduos sólidos

• • ADA N DI TE CP RV LC B P

• Adoção de programa de gerenciamento de resíduos;

• Adoção de sistema de classificação de resíduos com a instalação de lixeiras identificadas e adequadas para cada tipo, facilitando o descarte dos mesmos;

• Implantação de estruturas para armazenamento provisório dos resíduos da construção civil.

Empreendedor:

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MEIO FÍSICO

Impacto

Fase Classificação dos impactos

Medidas preventivas, mitigadoras e/ou potencializadoras

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LEGENDA: Natureza do impacto: P (Positivo), N (Negativo); Forma como se manifesta: DI (Direta), IN (Indireta); Duração do impacto: PE (Permanente), TE (Temporário), CI (Cíclico); Temporalidade: CP (Curto Prazo), MP (Médio Prazo), Lp (Longo Prazo); Reversibilidade: RV (Reversível), IR (Irreversível); Abrangência: LC (Local), RG (Regional), NC (Nacional); Magnitude: B (Baixa), M (Média), A (Alta); Importância: P (Pequena), M (Média), G (Grande).

Empreendedor:

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8.2.5 Matriz de classificação meio biótico

MEIO BIÓTICO

Impacto

Fase Classificação dos impactos

Medidas preventivas, mitigadoras e/ou potencializadoras

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Natu

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Mag

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Perda e fragmentação de habitat

• AID N IN PE MP RV LC M A

• Adoção de um programa de monitoramento da fauna, terrestre e aquática;

• Realização do resgate e afugentamento da fauna terrestre durante a supressão vegetal;

• Realização do resgate da fauna aquática;

• Adoção do plano de recuperação das áreas degradadas e adensamento das APPs;

• Realização de monitoramento de fauna para analisar a distribuição e os impactos causados;

• Promover ações de educação ambiental com a finalidade de sensibilização ambiental e conservação da fauna local.

Alteração da composição e diversidade da fauna

terrestre • • AID N IN PE MP RV LC M M

• Adoção de um programa de monitoramento da fauna terrestre;

• Realização de resgate e afugentamento da fauna terrestre durante a supressão vegetal;

• Adoção de plano de recuperação das áreas degradadas e adensamento das APPs, que estabeleça condições de fluxo para a fauna terrestre.

Alteração da composição e diversidade da fauna

aquática • • AID N IN PE MP IR LC M M

• Realização de resgate da ictiofauna no trecho ensecado, nas fases de desvio do rio e fechamento do reservatório;

• Implantação do programa de monitoramento da ictiofauna;

• Realização de ações de educação ambiental.

• • AID N D PE MP IR LC M A • Implantação do programa de monitoramento da ictiofauna;

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MEIO BIÓTICO

Impacto

Fase Classificação dos impactos

Medidas preventivas, mitigadoras e/ou potencializadoras

Pla

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Op

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Interferência na migração da fauna aquática

• Realização de ações de educação ambiental.

Aumento da caça predatória e risco de

atropelamento da fauna • • AID N IN TE CP RV LC B P

• Adoção de um programa de capacitação e educação ambiental com colaboradores da obra e moradores locais, visando a conscientização para a não realização das atividades de caça e também o cuidado com a fauna na rodovia e acessos.

Perda de cobertura vegetal

• ADA N DI PE MP RV LC M A

• Acompanhamento e demarcação das áreas a serem suprimidas para que se faça o corte somente em áreas estritamente necessárias;

• Proposição de metodologia alternativa de corte da vegetação, buscando minimizar o impacto sobre o solo e o curso hídrico (utilização de maquinário manual);

• Controle do destino adequado do material vegetal;

• Implantação de um plano de recuperação de áreas degradadas;

• Realização da reposição florestal e compensação ambiental de acordo com a legislação pertinente vigente.

Manutenção da área florestal do entorno

• ADA P DI PE MP RV LC M A

• Recomposição da APP no entorno do reservatório;

• Plantio de espécies nativas e atrativas para a fauna;

• Cercamento da área de APP em sua totalidade;

• Implantação do plano de recuperação de áreas degradadas.

Aumento do conhecimento técnico-

científico da região • • AII P DI PE MP IR RG M A

• Adoção de programa recuperação de áreas degradadas;

• Adoção de programa de monitoramento da fauna terrestre;

• Adoção de programa de monitoramento da fauna aquática;

• Adoção de programa de monitoramento da qualidade das águas superficiais;

Empreendedor:

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MEIO BIÓTICO

Impacto

Fase Classificação dos impactos

Medidas preventivas, mitigadoras e/ou potencializadoras

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LEGENDA: Natureza do impacto: P (Positivo), N (Negativo); Forma como se manifesta: DI (Direta), IN (Indireta); Duração do impacto: PE (Permanente), TE (Temporário), CI (Cíclico); Temporalidade: CP (Curto Prazo), MP (Médio Prazo), Lp (Longo Prazo); Reversibilidade: RV (Reversível), IR (Irreversível); Abrangência: LC (Local), RG (Regional), NC (Nacional); Magnitude: B (Baixa), M (Média), A (Alta); Importância: P (Pequena), M (Média), G (Grande).

Empreendedor:

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8.2.6 Matriz de classificação meio antrópico

MEIO ANTRÓPICO

Impacto

Fase Classificação dos impactos

Medidas preventivas, mitigadoras e/ou potencializadoras

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Geração de empregos • • • AID P DI TE MP RV RG M A

• Preferência na contratação de mão de obra local;

• Implantação do programa de comunicação social, para manter a população local informada a respeito do andamento das atividades da obra e fazer o recrutamento de possíveis colaboradores locais.

Interferências no cotidiano das

populações vizinhas • AID N DI TE CP RV RG B P

• Cadastramento dos potenciais colaboradores, priorizando a mão de obra local e minimizando a migração temporária.

• Orientação de motoristas e funcionários das obras em respeitar as velocidades de tráfego, a colocação de placas e sinalizações ao longo das vias de acesso, bem como a manutenção constante das mesmas.

• Adoção do programa de gestão ambiental, para monitorar as ações e relatar ao órgão ambiental.

Geração de expectativa

• • AID N DI TE CP RV RG B P

• Adoção de um programa de comunicação social.

• Orientação aos colaboradores sobre o meio ambiente, a segurança e ao relacionamento com a comunidade local.

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Análise, Avaliação e Gerenciamento de Riscos

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MEIO ANTRÓPICO

Impacto

Fase Classificação dos impactos

Medidas preventivas, mitigadoras e/ou potencializadoras

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• Priorização da contratação de mão-de-obra local.

Riscos de acidentes com a população local e operários

• • ADA N DI TE CP RV LC B P

• Treinamento dos colaboradores sobre normas adequadas de conduta e realização de conscientização interna;

• Adoção de medidas de segurança a partir das condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção;

• Instalação de uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA). Devem ser atendidas todas as disposições da NR4-Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT).

• Adoção do programa de Prevenção dos Riscos Ambientais – PPRA, que é obrigatória para todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados.

• Adoção do Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, que monitora por análises e exames laboratoriais a saúde dos trabalhadores, com objetivo de identificar precocemente qualquer desvio que possa comprometer a saúde destes.

Aumento da oferta de energia elétrica

• AII P DI PE LP IR NC B M

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Análise, Avaliação e Gerenciamento de Riscos

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Paranaíba – MS

390

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MEIO ANTRÓPICO

Impacto

Fase Classificação dos impactos

Medidas preventivas, mitigadoras e/ou potencializadoras

Pla

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Op

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Aumento do potencial turístico e áreas de

lazer • AII P DI PE MP RV LC B P

• Adoção de um programa de comunicação social.

Aumento na demanda na saúde

N DI TE CP RV LC B P

• Garantia de atendimento médico hospitalar e orientação aos operários;

• Priorização da contratação de mão de obra local.

LEGENDA: Natureza do impacto: P (Positivo), N (Negativo); Forma como se manifesta: DI (Direta), IN (Indireta); Duração do impacto: PE (Permanente), TE (Temporário), CI (Cíclico); Temporalidade: CP (Curto Prazo), MP (Médio Prazo), Lp (Longo Prazo); Reversibilidade: RV (Reversível), IR (Irreversível); Abrangência: LC (Local), RG (Regional), NC (Nacional); Magnitude: B (Baixa), M (Média), A (Alta); Importância: P (Pequena), M (Média), G (Grande).

Empreendedor: Flamboyant Energias Renováveis Ltda.

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Os programas ambientais propostos expressam diretrizes básicas julgadas

necessárias para a prevenção, mitigação ou compensação dos impactos a serem

gerados. Sabe-se que as característica0s destas influências identificadas conferem

aos programas uma diferenciação quanto ao seu tipo, tendo programas de natureza

preventiva, corretiva e compensatória.

Os programas de caráter preventivo abrangem ações relacionadas aos impactos que

podem ser evitados, reduzidos, ou controlados a partir da ação antecipada de medidas

de controle. Os programas de caráter corretivo visam uma mitigação dos impactos,

buscando a realização de ações de recuperação de condições ambientais satisfatórias

e aceitáveis, abrangendo ainda, as atividades de monitoramento destinadas a garantir

a eficácia das medidas a serem implementadas. Os programas de caráter

compensatório visam ações que compensem algum impacto considerado irreversível.

Considerando os artigos 6º e 9º da Resolução CONAMA 001/86, que apregoam que

um estudo de impacto ambiental desenvolverá programa de acompanhamento e

monitoramento dos impactos, os presentes programas abordam a necessidade da

supervisão e da gestão ambiental, de forma a permitir ao empreendedor, aos órgãos

setoriais, às instituições científicas e à sociedade em geral, o acompanhamento e a

supervisão da implantação e da operação do empreendimento.

As etapas da consolidação das obras, com a implantação do canteiro, mobilização de

operários, execução das obras propriamente ditas e, por fim, a operação do

empreendimento, pressupõe impactos em diferentes fatores ambientais e com

diferentes escalas de abrangência. Alguns dos impactos a serem causados pela

execução das obras são contemplados em programas específicos; entretanto, um

projeto que consolide e monitore, de forma integrada, as medidas diretamente

relacionadas às obras poderá propiciar resultados ambientais mais adequados, tendo

em vista que medidas, diretrizes e técnicas recomendadas, quando adotadas

preventivamente, podem minimizar, ou mesmo neutralizar, os possíveis impactos

ambientais das obras.

Os programas ambientais são realizados com o objetivo principal de dotar a empresa

responsável uma responsabilidade de gerenciar e conduzir, com eficiência, a

implantação de diversos programas ambientais (permitindo-lhe uma perfeita

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articulação entre os setores responsáveis pela implantação do empreendimento), de

tal forma a:

Definir as regras e os procedimentos na gestão ambiental do

empreendimento;

Analisar alterações que venham a ocorrer ao longo do tempo, de modo a

avaliar continuadamente a probabilidade de impactos, a necessidade de

outras medidas e a validade das ações de mitigação propostas;

Planejar, supervisionar, coordenar e avaliar as ações e programas propostos,

de forma a garantir o correto equacionamento ambiental do empreendimento;

Definir as competências e responsabilidades na gestão ambiental,

estabelecendo uma política de conformidade ambiental e as atribuições de

planejamento, controle, registro e recuperação;

Responsabilizar-se perante os órgãos ambientais e de financiamento pela

prestação de esclarecimentos sobre o desempenho ambiental do

empreendimento, bem como pela incorporação de medidas indicadas por

estes.

8.3 CARACTERIZAÇÃO DOS PROGRAMAS AMBIENTAIS

A implantação de usinas hidrelétricas provoca impactos socioambientais relativos ao

meio físico, biótico e antrópico. Estes impactos têm motivado inúmeros estudos e

ações específicas por parte do setor elétrico, com o objetivo de compatibilizar os

empreendimentos aos requisitos de conservação do ambiente onde se inserem ações

mitigadoras.

Faz-se necessário, assim, que os responsáveis pelos programas tenham convivência

com o cotidiano da obra, de forma a assegurar eficiência operacional à gestão,

estando sempre próximos aos acontecimentos para evitar impasses decorrentes do

encaminhamento das ações, buscando sempre que os programas sejam

desenvolvidos de forma efetiva.

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8.3.1 Programa de gestão ambiental integrada

8.3.1.1 Introdução

O Programa de Gestão Ambiental Integrada da CGH Castro tem como objetivo

principal assegurar, de forma integrada, que as ações ambientais propostas no

presente EAP sejam implantadas de forma adequada e no tempo previsto no

cronograma do empreendimento, nas diversas fases e ao longo da AID. Também tem

por objetivo absorver algumas medidas, que por serem de pequeno porte, não

justificam a criação de um programa específico, como por exemplo medidas de

emergência, as quais podem ser discutidas e analisadas de forma separada, relatando

situações as quais podem ocorrer e que não estejam incluídas nos programas

previstos.

Com inspiração nos sistemas de gestão da qualidade, foi concebido o formato

fundamentado no chamado Ciclo PDCA - Planejar, Executar, Verificar e Agir (plan, do,

check and act).

Como os recursos financeiros precisam ser compatíveis com o cronograma físico da

obra e com os programas ambientais, as atividades são bastante diversificadas e

muitas têm prazos críticos que, quando não cumpridos, podem comprometer o

cronograma geral de construção do empreendimento. Assim, para tal, é necessária

que a equipe:

Promova a integração e a otimização das ações ambientais;

Resolva situações específicas, não previstas no RDPA;

Mantenha sistemas de acompanhamento físico-financeiro dos programas

ambientais;

Promova a integração do empreendimento com a sociedade civil, de forma

que os diversos grupos de interesse se situem como coparticipantes das

ações ambientais implementadas pelos diversos programas;

Demonstre e divulgue os resultados obtidos junto a terceiros;

Promova a integração dos aspectos ambientais com os aspectos de

engenharia do empreendimento.

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8.3.1.2 Objetivo

Cumprir a legislação ambiental aplicável;

Estabelecer preceitos, conferir responsabilidades ambientais as quais

serão observadas pelas empreiteiras e contratadas na execução das obras;

Conciliar as atividades da obra com a conservação e controle ambiental;

Buscar minimizar as possíveis alterações no meio ambiente durante o

processo de execução das obras;

Facilitar os trabalhos finais de recomposição das áreas da obra;

Garantir que os funcionários cumpram as normas e regras as quais lhes

foram expostas;

Acompanhar de forma integrada os programas estabelecidos, buscando

aplicar o que foi proposto nos mesmos.

8.3.1.3 Metodologia

Será efetivado o acompanhamento direto e indireto dos programas ambientais, por

sua articulação, pelo contato com os órgãos ambientais e pela elaboração de

relatórios, bem como o planejamento de gestão por meio da análise dos conteúdos

dos programas ambientais, objetivos, procedimentos metodológicos, ações previstas

e cronogramas.

Nesses relatórios ocorrerá uma análise das previsões de impacto feitas no estudo

ambiental preliminar, com a verificação se os programas de implantação estão tendo

os resultados esperados e se as atividades de implantação e operação estão em

conformidade com os requisitos legais ou outros previamente assumidos pelo

empreendedor, desse modo analisando de forma sintética o desempenho ambiental

do empreendimento.

8.3.1.4 Responsabilidade de Execução e Fiscalização

O desenho institucional evidencia que a preservação, conservação, defesa,

recuperação e melhoria do meio ambiente natural, artificial e do trabalho, são deveres

da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, com a participação da

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coletividade, atendidas as peculiaridades regionais e locais e em harmonia com o

desenvolvimento social e econômico (IBAMA, 2002).

O programa de Gestão Ambiental Integrada possui medidas preventivas, as quais são

organizadas de forma a dispor todas as atividades de construção que serão adotadas

desde o início da obra, objetivando uma programação para evitar ou reduzir os

processos de degradação. Serão responsáveis pela implantação e execução das

instruções de controle ambiental o empreendedor, todos os gerentes, chefes de obras

e encarregados, coordenadores dos diversos serviços da construção, bem como a

consultora ambiental.

8.3.2 Programa de comunicação social e educação ambiental

8.3.2.1 Introdução

A construção de um empreendimento hidrelétrico provoca diversas alterações na

região de implantação, quais sejam, supressão de vegetação, alteração da paisagem,

readequação e reestruturação do sistema viário, aumento da mobilidade da população

residente nas áreas de influência, entre outras. Podem surgir diversas oportunidades

de trabalho advindas da construção deste, podendo gerar expectativas negativas

relacionadas as mudanças na paisagem do local, além de aspectos relacionados à

saúde e segurança.

Visando evitar esta situação é de suma importância estabelecer um canal de

comunicação constante entre a comunidade local, administração do município da área

de influência e os responsáveis pelo empreendimento. A medida em que o projeto

executivo esteja consolidado, a população diretamente afetada deve ser informada

sobre quaisquer alterações no projeto e suas implicações nos impactos levantados e

apresentados.

Dessa forma, a execução do programa de comunicação social e educação ambiental

justifica-se pela necessidade de divulgação das intervenções necessárias para a

implantação do empreendimento. Isto implica em comunicar e envolver a população

diretamente afetada nos esclarecimentos e discussões dos impactos positivos e

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negativos oriundos do empreendimento, bem como das medidas para atenuar ou

potencializar estes impactos.

8.3.2.2 Objetivo

Minimizar a insegurança relacionada à distorção de informações;

Contribuir no conhecimento da região como um todo, no âmbito de diminuir

os efeitos negativos dos impactos gerados;

Criar meios de comunicação sistemática entre o empreendedor, o poder

público e as entidades representativas das comunidades envolvidas,

podendo assim, discutir expectativas e anseios em relação às obras;

Repassar conhecimento adequado aos colaboradores envolvidos na obra

sobre riscos de incêndios, importância da manutenção dos ecossistemas

locais, ilegalidade da caça e de segurança quantos ao EPIs para evitar

acidentes com animais peçonhentos;

Informar aos moradores locais, além dos trabalhadores, sobre a

importância da conservação e recuperação do meio ambiente,

relacionando as alterações previstas com as fases de desenvolvimento do

empreendimento e as medidas mitigadoras a serem adotadas;

Orientar as pessoas, na fase de operação do empreendimento, quanto aos

limites das áreas de preservação permanente, através de sinalização e

fiscalização adequada.

8.3.2.3 Metodologia

No público alvo desse programa estão incluídos subgrupos que receberão atenção

especial, entre eles estão as pessoas relacionadas à mão de obra usada na fase de

implantação do empreendimento e a população local.

Os trabalhadores deverão receber as orientações cabíveis, podendo ser através de

palestras. As palestras devem conter as informações sobre saneamento do local,

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como destinação de lixo e efluentes, os cuidados com caça ilegal e a flora regional,

além de alertas sobre o comportamento com a população da região, acima de tudo

com as pessoas diretamente afetadas pelo empreendimento. A população do local do

empreendimento também receberá informações sobre a obra, a importância das

medidas mitigadoras, além de informações de caráter preventivo relacionadas à caça

ilegal e a preservação da flora.

As ações desse programa deverão se iniciar nos meses anteriores às obras e

persistirem enquanto as mesmas ocorrerem, sendo encerradas com o início da

operação do empreendimento.

8.3.2.4 Responsabilidade de Execução e Fiscalização

A implantação do programa de comunicação social e educação ambiental é de

responsabilidade do empreendedor, contando com a colaboração das empresas

contratadas e subcontratadas para execução das obras, todos os gerentes, chefes de

obras e encarregados, coordenadores dos diversos serviços da construção, bem

como a consultora ambiental, sendo de grande importância que todos os envolvidos

sigam métodos compatíveis visando o menor impacto ambiental possível ao meio

ambiente.

Além disso, o empreendedor deve se responsabilizar em atender as especificações

da empresa consultora no que tange a restrição de intervenção nas áreas estritamente

necessárias.

8.3.3 Programa de monitoramento das águas superficiais

8.3.3.1 Introdução

A caracterização e o monitoramento limnológico são essenciais para o conhecimento

da estrutura e funcionamento de ecossistemas aquáticos. Uma adequada avaliação

limnológica de um curso d’água ou de sua respectiva bacia hidrográfica depende

diretamente da avaliação de variáveis físicas, químicas e biológicas destes meios

aquáticos, sendo então possível entender as relações entres os elementos e as

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possíveis reações, bem como sua capacidade de absorver impactos em função de

ações externas.

Esta caracterização e monitoramento tornam possível prognosticar as alterações que

possam ocorrer no sistema hídrico, possibilitando ações imediatas em caso de

alterações significativas, tais como medidas preventivas e/ou corretivas, objetivando

restabelecer a qualidade da água e ecologia do ambiente (TUNDISI & TUNDISI,

2008).

8.3.3.2 Objetivo

Reconhecer os fatores que condicionam a qualidade da água no sistema

existente;

Acompanhar a evolução das alterações no sistema durante o

desenvolvimento de todas as fases de implantação da CGH;

Propor medidas de recuperação e controle da qualidade das águas em

áreas alteradas;

Prevenir a contaminação das águas ocorrentes no local;

Assegurar a adequação das medidas de manutenção da qualidade dos

usos da água.

8.3.3.3 Metodologia

Realização da coleta sistemática de amostras no campo, determinação de variáveis

físicas, químicas e biológicas nas fases de construção e operação do

empreendimento, avaliação da qualidade da água e a manutenção da vida aquática.

As coletas serão realizadas e acondicionadas de acordo com a NBR 9898, sendo

encaminhadas ao laboratório em menos de 24 horas e todas refrigeradas a 4ºC, com

seus devidos conservantes químicos. Em todos os pontos amostrais ocorrerá a

mensuração do potencial hidrogenionico (pH), transparência e temperatura

mensuradas in situ, sendo utilizado para tal o equipamento manual com sondas multi-

parâmetro da marca HANNA, modelo HI 9811-5. Ainda, serão realizadas análises em

laboratório, onde serão empregados os parâmetros já avaliados nas amostras

preliminares do EAP, sendo condutividade, DBO, DQO, dureza total, fósforo total,

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nitrato, nitrito, nitrogênio amoniacal total, nitrogênio total, nitrogênio Kjeldahl,

nitrogênio orgânico total, oxigênio dissolvido, sólidos suspensos totais, sólidos

dissolvidos totais, sólidos totais, turbidez, Escherichia coli e coliformes totais. A

escolha dos parâmetros pode sofrer alterações de acordo com o avaliado pela equipe

técnica, julgando a necessidade de inclusão ou exclusão de algum parâmetro de

análise. Para parâmetros biológicos deverão ser realizadas análises de fitoplâncton,

zooplâncton e macroinvertebrados aquáticos. As técnicas de análise das amostras

compreenderão as descritas no livro “Standart Methods For The Examination Of Water

And Wastewater” (AWWA, 1998).

A coleta de amostras iniciará após o início da implantação do empreendimento, sendo

que os resultados obtidos serão comparados com os limites estabelecidos pela

legislação vigente (Resolução CONAMA 357/2005) a fim de avaliar a qualidade

ambiental dos locais amostrados. Para parâmetros que não apresentam limites

estabelecidos na Resolução, consideraram-se os apresentados na Portaria

2.914/2011 do Ministério da Saúde, que dispõe sobre os procedimentos de controle e

de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de

potabilidade.

Será realizado o cálculo do Índice de Qualidade de Água (IQA) (SILVA et al., 2003),

visando resumir as variáveis analisadas em um número que possibilite avaliar a

evolução da qualidade de água no tempo e no espaço, e o Índice do Estado Trófico

(IET) (LAMPARELLI, 2004), que tem como finalidade amostrar os diferentes graus de

trofia, avaliando a qualidade da água quanto ao enriquecimento por nutrientes e seu

efeito relacionado ao crescimento excessivo das algas. De posse desses índices será

possível obter informações durante e após a instalação do empreendimento, podendo

adotar medidas caso tenha alterações na qualidade da água do local.

8.3.3.4 Responsabilidade de Execução e Fiscalização

A implantação do programa de monitoramento da qualidade das águas superficiais é

de responsabilidade do empreendedor, contando com a colaboração das empresas

contratadas e subcontratadas para execução das obras, todos os gerentes, chefes de

obras e encarregados, coordenadores dos diversos serviços da construção, bem

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como a consultora ambiental, sendo de grande importância que todos os envolvidos

sigam métodos compatíveis visando o menor impacto ambiental possível ao meio

ambiente.

Além disso, o empreendedor deve se responsabilizar em atender as especificações

da empresa consultora no que tange a restrição de intervenção nas áreas estritamente

necessárias.

8.3.3.5 Subprograma de monitoramento de macrófitas aquáticas

8.3.3.5.1 Introdução

Para que haja um eficiente programa de monitoramento de macrófitas aquáticas é

importante apresentar duas etapas básicas:

1ª etapa - diagnóstico e mapeamento preliminar: Esta etapa consiste em um

diagnóstico preliminar da existência de macrófitas aquáticas com potencial de

proliferação na área diretamente atingida (ADA) dos empreendimentos, sendo estes

os locais aonde serão realizados os mapeamentos e mensuração de focos e a devida

identificação taxonômica.

2ª etapa - monitoramento contínuo: Para a realização dessa segunda etapa é

necessária a apresentação de dados obtidos após a conclusão de evento amostral na

1ª etapa do programa de monitoramento, sendo o trecho aonde será formado o

reservatório.

8.3.3.5.2 Objetivo

Identificar as alterações da comunidade de macrófitas aquáticas;

Determinar a relação da comunidade de macrófitas com as variáveis

limnológicas, na área de influência do empreendimento;

Gerar uma base de dados das comunidades e informações precisas sobre

as regiões com maior probabilidade de ocorrência;

Sugerir medidas de controle em caso de proliferação indesejada, que

resulte em prejuízo para a geração de energia e para os usos múltiplos do

reservatório;

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Promover interface com os demais programas de monitoramento e

complementar o conhecimento dos fatores que condicionam a qualidade

da água no sistema existente.

8.3.3.5.3 Metodologia

Serão identificados os ambientes favoráveis em que ocorre o desenvolvimento de

plantas no meio aquático, mantendo a população das macrófitas sob controle e

evitando o prejuízo na qualidade de água e da interferência nos equipamentos.

Para tanto, deverão ser executadas campanhas de campo durante a execução das

obras e após início do enchimento do reservatório (fase enchimento/início da

estabilização). Se for identificada a ocorrência de macrófitas aquáticas na área de

influência do empreendimento deverão ser realizadas análises de composição,

biomassa, dominância e riqueza destas espécies e, caso forem identificados

problemas de proliferação excessiva, deverá ser proposta ações de controle. Este

controle pode ser realizado através de diferentes métodos:

Métodos físicos ou mecânicos: são os que apresentam a vantagem de não

utilização de produtos ou organismos nocivos ou que persistem no ecossistema após

sua introdução. MacDonald e Langeland (2001) citam que o controle mecânico é um

método de baixo custo e na maioria das situações eficiente no controle de plantas

aquáticas, exceto em situações especiais como aquelas que se reproduzem por

sementes, o que compromete a possibilidade do uso de técnicas de controle

mecânico, sob pena de aumentar a população infestante.

Métodos químicos: são os menos aceitos pela sociedade, por utilizarem substâncias

cuja toxicidade a diferentes espécies e ao próprio homem nem sempre é inteiramente

conhecida. A utilização de herbicidas diretamente no ambiente aquático deve ser

precedida de uma série de medidas, que incluem testes de toxicidade, envolvendo

organismos nativos da região onde os herbicidas vão ser aplicados e acompanhados

pelo monitoramento dos possíveis impactos no ecossistema.

Controle biológico: tem aparecido como uma alternativa à aplicação de métodos

químicos. Vários tipos de organismos, como fungos (BARRETO et al., 2000), insetos

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(HARLEY & FORNO, 1990) e peixes (PIETERSE & MURPHY, 1990), podem ser

aplicados com esse intuito. Um dos problemas com esse método é que, na maioria

das vezes, utilizam-se espécies exóticas, que podem trazer severos prejuízos

ambientais. As alterações contribuem para a redução da biodiversidade de locais

colonizados por espécies introduzidas.

8.3.3.5.4 Responsabilidade de Execução e Fiscalização

O subprograma de monitoramento de macrófitas aquáticas tem como principal

objetivo o controle sobre proliferação dessas macrófitas, principalmente sobre o lago

o qual será formado. A execução desse programa é de responsabilidade do

empreendedor, devendo a parte técnica ser realizada por profissionais qualificados da

consultora ambiental.

8.3.4 Programa de afugentamento, resgate e salvamento da fauna terrestre e aquática

8.3.4.1 Introdução

Este programa relaciona-se aos impactos de afugentamento desordenado de animais

e consequente o aumento da densidade populacional em fragmentos remanescentes.

Prioriza a proteção à fauna frente aos processos de supressão vegetal e enchimento

do reservatório, através de afugentamento ordenado, resgate e salvamento de

espécimes.

8.3.4.2 Objetivo

Resgatar e/ou realocar para ambientes preservados exemplares da fauna

silvestre (incluindo ninhos ativos) que correrem risco de perda pelo

desmatamento prévio;

Formular medidas de mitigação e/ou compensação das possíveis

alterações sobre ambiente da fauna local;

Manejar a ictiofauna com fins conservacionistas (resgate e salvamento

durante as ações de desvio do rio e enchimento do reservatório).

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8.3.4.3 Metodologia

Com o início das obras e as atividades de supressão vegetal, a fauna sofre com a

perda de abrigo, momento em que se torna necessário realizar o resgate e salvamento

das espécies. Os métodos de trabalho preveem ações de afugentamento prévio à

supressão para aqueles animais com possibilidade de fuga (mamíferos de médio e

grande porte, aves, etc.), com atuação de equipe composta por biólogos e auxiliares.

Para os animais de pequeno porte, ninhos de aves, espécies da herpetofauna, etc.,

que não tem possibilidade de fuga espontânea, deverá ser realizado o resgate com

captura, destinando as espécies para locais com abrigo seguro.

Em relação a ictiofauna, durante o desvio do rio e o enchimento do reservatório, os

peixes poderão ficar isolados em poças d’água. Desta forma, uma ação coordenada

de salvamento da fauna de peixes, neste momento, torna-se obrigatória ao passo que

contribuirá na manutenção da diversidade biológica e conservação do patrimônio

genético das espécies que habitam o local.

Concluído o resgate, os espécimes coletados deverão passar por uma vistoria

realizada por profissionais habilitados. Após atestada as boas condições de

sobrevivência, os espécimes serão remanejados para as áreas com boas condições

de habitat. Animais que demandem tratamento veterinário poderão ser destinados

para clínicas ou hospitais veterinários parceiros.

8.3.4.4 Responsabilidade de Execução e Fiscalização

A implantação do programa de afugentamento, resgate e salvamento da fauna

terrestre e aquática é de responsabilidade do empreendedor, contando com a

colaboração das empresas contratadas e subcontratadas para execução das obras,

todos os gerentes, chefes de obras e encarregados, coordenadores dos diversos

serviços da construção, bem como a consultora ambiental, sendo de grande

importância que todos os envolvidos sigam métodos compatíveis visando o menor

impacto ambiental possível ao meio ambiente.

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Além disso, o empreendedor deve se responsabilizar em atender as especificações

da empresa consultora no que tange a restrição de intervenção nas áreas estritamente

necessárias.

8.3.5 Programa de monitoramento e manejo da fauna terrestre e aquática

8.3.5.1 Introdução

O programa de monitoramento e manejo da fauna terrestre e aquática está associado

aos impactos oriundos da alteração de ambientes naturais, para implantação do

empreendimento, cujas consequências se refletem na estrutura, composição e

diversidade da fauna. Neste contexto o foco do programa é promover um amplo

levantamento das espécies dos principais grupos da fauna terrestre (herpetofauna,

avifauna, mastofauna) e aquática (peixes) como forma de avaliar a real magnitude dos

impactos do empreendimento sobre a biota.

O monitoramento da fauna atua, em grande parte, como fonte geradora de

conhecimentos que podem ser utilizados para futuras ações de conservação de

espécies em áreas protegidas e ações a serem aplicadas nas medidas mitigatórias

previstas.

8.3.5.2 Objetivo

Gerar informações acerca da fauna local;

Analisar e avaliar a estrutura e dinâmica da comunidade faunística na AID;

Avaliar as condições de adaptabilidade mediante as transformações do

ambiente;

Avaliar qualitativamente e quantitativamente acerca da fauna nativa e

exótica, relacionando sua presença nos ambientes amostrados e a

importância destes no ciclo de vida das populações.

8.3.5.3 Metodologia

Para o programa de monitoramento e manejo da fauna propõe-se a manutenção de

metodologia não interventiva para fauna terrestre, consistindo o levantamento de

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dados por busca ativa através de visualizações, vestígios, armadilhas fotográficas,

etc., e de metodologia interventiva para ictiofauna (conforme avaliação do órgão

ambiental) utilizando redes de espera, tarrafas, puçás, etc., o que permitiria a geração

de dados mais aprofundados em relação à composição específica, estrutura, biologia

e o comportamento das comunidades frente às variações no ambiente aquático.

8.3.5.4 Responsabilidade de Execução e Fiscalização

A implantação do programa de monitoramento e manejo da fauna terrestre e aquática

é de responsabilidade do empreendedor, contando com a colaboração das empresas

contratadas e subcontratadas para execução das obras, todos os gerentes, chefes de

obras e encarregados, coordenadores dos diversos serviços da construção, bem

como a consultora ambiental, sendo de grande importância que todos os envolvidos

sigam métodos compatíveis visando o menor impacto ambiental possível ao meio

ambiente.

Além disso, o empreendedor deve se responsabilizar em atender as especificações

da empresa consultora no que tange a restrição de intervenção nas áreas estritamente

necessárias.

8.3.6 Programa de monitoramento de taludes e contenção de processos erosivos

8.3.6.1 Introdução

A abertura de acessos, construção do barramento, casa de força, do canteiro de

obras, supressão da vegetação e outras obras relacionadas com a implantação de

empreendimento alteram os processos naturais de escoamento das águas e

sedimentos, desestabilizando condições anteriores e criando instabilidade das

encostas.

Este programa possui natureza preventiva, e busca estabelecer estratégias e ações

de monitoramento para assegurar a estabilidade das encostas e evitar a aceleração

dos processos de assoreamento que possam ser gerados em função da erosão

marginal, bem como de trechos a jusante que podem ter estes processos favorecidos.

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8.3.6.2 Objetivo

Indicar as medidas de controle de processos erosivos e assoreamento

durante a etapa de implantação do empreendimento;

Realizar a identificação e caracterização das localidades naturalmente

suscetíveis à erosão e aquelas que poderão sofrer processos erosivos em

decorrência das atividades de obra;

Apresentar medidas cabíveis para a estabilização das áreas fragilizadas

para a prevenção de novas ocorrências;

Controlar os processos erosivos e monitorar, de forma que os ambientes

impactados mantenham as suas funções ecológicas.

8.3.6.3 Metodologia

Através de análises in loco deverão ser identificadas e caracterizadas as localidades

naturalmente suscetíveis à erosão e aquelas que poderão sofrer processos erosivos

em decorrência das atividades de obra. Depois de identificadas as áreas críticas serão

mapeadas com o objetivo de prevenir possíveis deslizamentos que possam ser

desencadeados com a implantação do empreendimento, garantindo assim maior

estabilidade das áreas marginais.

Sendo necessário, deverão ser apresentadas medidas para a estabilização das áreas

fragilizadas e para a prevenção de novas ocorrências, visando o controle dos

processos erosivos. Uma vez implementadas, as medidas propostas deverão ser

monitoradas de acordo com as práticas recomendadas neste programa, de forma que

os ambientes impactados mantenham as suas funções no conjunto da paisagem e

que contribuam para aumentar a diversidade ambiental.

8.3.6.3.1 Técnicas de controle de erosão do solo

O controle da erosão do solo, do carreamento de sedimentos, dos assoreamentos de

corpos d’água e da condução de águas pluviais pode ser realizado através das

seguintes formas:

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Construção de vias com infraestrutura: construções de valetas, bueiros,

canais com manilhas perfuradas e pontes. Tais obras têm por finalidade

retirar as águas recebidas das nascentes e da chuva.

Valetas: constitui-se de uma vala lateral que escoa a água da estrada,

conduzindo-a para as saídas de água, as obstruções são fáceis de verificar

e corrigir; proporciona o escoamento de um maior volume de água e a

manutenção é fácil.

Drenos: são usados lateralmente ou transversalmente à estrada. A

drenagem visa baixar o nível do lençol freático quando ele estiver muito

próximo da superfície, pois o lençol freático alto afeta a infraestrutura da

estrada, tornando o subleito mole e escorregadio, afundando com a

passagem de veículos.

Bueiros ou desaguadores: consiste na construção de um túnel com tubos

de concreto colocados transversalmente à estrada e tem como finalidade

permitir a passagem de água.

8.3.6.4 Responsabilidade de Execução e Fiscalização

A implantação do programa de monitoramento de taludes e contenção de processos

erosivos é de responsabilidade do empreendedor, contando com a colaboração das

empresas contratadas e subcontratadas para execução das obras, todos os gerentes,

chefes de obras e encarregados, coordenadores dos diversos serviços da construção,

bem como a consultora ambiental, sendo de grande importância que todos os

envolvidos sigam métodos compatíveis visando o menor impacto ambiental possível

ao meio ambiente.

Além disso, o empreendedor deve se responsabilizar em atender as especificações

da empresa consultora no que tange a restrição de intervenção nas áreas estritamente

necessárias.

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8.3.7 Programa de gestão e controle ambiental dos resíduos

8.3.7.1 Introdução

A gestão dos resíduos deverá considerar locais de acondicionamento apropriado,

métodos de coleta, disposição final e deve ser responsável por orientar os funcionários

sobre a real necessidade da correta disposição final dos resíduos. Os problemas

provenientes de um mau planejamento dos resíduos são a poluição do solo e das

águas.

8.3.7.2 Objetivo

Minimizar a degradação de rios, riachos, lagos e mananciais, pelo depósito

inadequado de entulhos;

Cuidar com a interferência desses materiais, que acumulados podem

causar possíveis desvios em rios, riachos, causando alagamentos e cheias;

Reduzir a destruição de fauna e flora;

Reduzir a poluição do ar ocasionado por poeiras e causada pelo acúmulo

de matérias provenientes da obra;

Minorar deslizamentos de encosta e barreiras provocados por entulhos.

8.3.7.3 Metodologia

As áreas propostas para a instalação e destinação dos efluentes e resíduos não

devem oferecer instabilidades, no caso de prevenção de deslizamentos. Estes locais

de armazenamento não devem estar próximos às áreas de nascente. Os veículos que

serão responsáveis pelo transporte dos resíduos deverão obrigatoriamente respeitar

a capacidade máxima de carga da caçamba, sendo necessário sempre que estiverem

trafegando estar coberto por lonas fixadas nas laterais do veículo.

8.3.7.4 Responsabilidade de Execução e Fiscalização

O programa de gestão e controle ambiental de resíduos busca como principal objetivo

minimizar a degradação ambiental por resíduos gerados na obra, caracterizando-os e

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separando-os. A responsabilidade sobre a plena execução do programa é do

empreendedor, que deverá contar com auxílio de profissionais habilitados.

8.3.8 Programa de supressão vegetal e limpeza das áreas

8.3.8.1 Introdução

A supressão da vegetação será realizada na ADA do empreendimento. Em relação

ao curso d’água, a biomassa florestal tem uma influência direta na qualidade da água,

sendo que a não retirada deste material ajudará na proliferação de plantas e a redução

do oxigênio dissolvido. Durante a obra serão transplantados os exemplares de

espécies consideradas não madeiráveis, de preferência para lugares próximos aos de

origem, sendo que deverão seguir estritamente as recomendações técnicas de

profissional capacitado.

O programa tem como finalidade programar e controlar aspectos técnicos da

supressão de vegetação, sendo eles: área efetivamente necessária de corte, volumes

retirados, métodos de corte, etc.

8.3.8.2 Objetivo

Mitigar os impactos diretos e indiretos da atividade de supressão sobre a

flora local;

Impedir o acúmulo de material orgânico, através da retirada da vegetação

das áreas inundáveis e remoção de benfeitorias;

Evitar o processo de eutrofização das águas;

Aproveitar os resíduos orgânicos na implantação do Programa de

Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD).

8.3.8.3 Metodologia

O programa de desmatamento e limpeza irá indicar a área a ser usada durante o

período das obras, de forma a possibilitar a remoção de toda a vegetação antes do

início da construção do empreendimento. O desenvolvimento do programa iniciará

com a realização de vistorias as áreas amostradas, a fim de demarcar os pontos de

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supressão. Esta etapa será realizada com base no inventário florestal da área

diretamente afetada pelo empreendimento. Somente após a demarcação total e

correta das áreas, poderá dar-se início as atividades.

A empresa contratada para o processo deve seguir todas as recomendações técnicas

da consultora ambiental, ressaltando que o corte da vegetação só poderá ocorrer com

a devida autorização específica do órgão ambiental competente. Para que a

supressão da vegetação aconteça com eficácia e responsabilidade seu planejamento

deverá ser realizado de forma a se compatibilizar com o programa de resgate e

manejo da fauna terrestre.

Além deste aspecto, outros pontos de suma importância deverão ser levados em

consideração, como:

A altura de corte deverá ser realizada o mais rente possível ao solo;

Toda a galharia e folhas, mesmo aqueles que não terão aproveitamento

econômico deverão ser retirados da faixa de inundação e não deverão ser

queimados. Sugere-se a deposição deste material em áreas sem

vegetação;

Corte da vegetação realizado de forma manual, não havendo a

movimentação de máquinas no local para a remoção desta. Com a adoção

desta medida, evita-se de modo consecutivo o impacto sobre o curso

d’água, uma vez que não haverá a limpeza total da área, não havendo a

exposição completa do solo, reduzindo-se assim o carreamento direto de

sedimentos para o rio Santana.

8.3.8.4 Responsabilidade de Execução e Fiscalização

A implantação do programa de supressão de vegetação e limpeza de áreas é de

responsabilidade do empreendedor, contando com a colaboração das empresas

contratadas e subcontratadas para execução das obras, todos os gerentes, chefes de

obras e encarregados, coordenadores dos diversos serviços da construção, bem

como a consultora ambiental, sendo de grande importância que todos os envolvidos

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sigam métodos compatíveis visando o menor impacto ambiental possível ao meio

ambiente.

Além disso, o empreendedor deve se responsabilizar em atender as especificações

da empresa consultora no que tange a restrição de intervenção nas áreas estritamente

necessárias, sendo sempre auxiliado por um Engenheiro Florestal.

8.3.9 Programa de recuperação das Áreas de Preservação Permanente

8.3.9.1 Introdução

O reestabelecimento de Áreas de Preservação Permanente já é uma atividade

presente e consolidada em monitoramentos de instalação de empreendimentos

hidrelétricos. O Programa de Recuperação das Áreas de Preservação Permanente

deve ser adotado visando mitigar efeitos relacionados principalmente as tendências

de erodibilidade, perda de biodiversidade e habitats naturais.

As matas ciliares ou florestas de galeria que ocorrem nas margens dos cursos d’água

tem vegetação típica que surge em função das características específicas presentes

nestes ambientes, como: solos com elevados teores de umidade, maior umidade

atmosférica, temperaturas mais baixas e topografia variando em função de

características hidrológicas e geomorfológicas, proporcionando uma vegetação com

composição florística própria.

As matas ciliares estabelecidas às margens dos rios desempenham importantes

funções ecológicas e hidrológicas em uma bacia hidrográfica. Estabilizam as

ribanceiras do rio, pelo desenvolvimento de um emaranhado radicular, atuam na

filtragem do escoamento superficial impedindo o carreamento de sedimentos, e assim

controlando a erosão, contribuindo, desta forma, para a manutenção da qualidade da

água, auxiliam na manutenção da biodiversidade de flora e fauna local, e através de

suas copas, interceptam e absorvem a radiação solar, contribuindo para a estabilidade

térmica dos cursos d’água, servindo também de refúgio e corredores para a fauna

silvestre.

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Estas faixas ciliares são definidas pelo Código Florestal Brasileiro, Lei 12.651 de 25

de maio de 2012 em seu Art. 4º como Área de Preservação Permanente (APP),

devendo ser respeitada sua metragem de acordo com a dimensão do curso d’água,

neste caso ficando condicionado ao entorno do reservatório.

8.3.9.2 Objetivo

Recomposição da paisagem;

Implantar uma faixa de vegetação nativa em todo o perímetro do

reservatório;

Revegetar áreas com solo desnudo através do plantio de espécies

pioneiras;

Proteger as margens, evitando que sejam carreados sedimentos pela

água das chuvas, provocando o assoreamento do reservatório;

Preservar as espécies vegetais raras e/ou ameaçadas de extinção onde

poderão constituir banco genético;

Manter a qualidade da água do reservatório.

8.3.9.3 Metodologia

Inicialmente serão realizadas atividades de caracterização e mapeamento das áreas

a serem recuperadas, reconhecendo aspectos, tais como: situação do solo, vegetação

ocorrente (se houver) com listagem das espécies regionais de diferentes formas de

vida (árvores, arbustos, herbáceas, epífitas e outras), além de definir o estado de

conservação dos remanescentes mais próximos. Após realizado o processo de

caracterização a faixa ciliar deverá ser delimitada por marcos topográficos permitindo

a identificação dos limites das áreas ao redor do perímetro do reservatório, estando

em acordo com a legislação federal e ambiental vigente.

A restauração da cobertura vegetal ciliar dar-se-á através do processo de

revegetação, com o plantio de espécies arbustivas e arbóreas, nativas pioneiras e

secundárias iniciais e tardias, adotando-se ainda processos que visem um sistema

equilibrado, integrando componentes de diferentes funções. Sendo assim, serão

realizados métodos de restauração variados, tais como indução da regeneração

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natural, enriquecimento com o plantio de mudas, como mencionado, com diversidade

necessária para a restauração. É importante ressaltar que a definição das Áreas de

Preservação Permanente deve estar de acordo com a legislação ambiental federal e

estadual vigentes.

O processo de revegetação deve utilizar a maior variedade possível de espécies,

dessa forma, deverão ser observadas as seguintes diretrizes básicas:

Utilizar espécies nativas pioneiras, para áreas de solo desnudo e

secundárias iniciais e tardias em áreas cobertas por capoeirinhas;

Valorizar o plantio de espécies raras ou ameaçadas de extinção;

Utilizar espécies atrativas a fauna, visando alimento e auxílio na dispersão

de sementes, auxiliando no processo de regeneração natural.

Quando houver vegetação de porte arbóreo serão efetuadas apenas ações de

adensamento.

Para a execução do programa, procedimentos básicos deverão ser adotados, assim

como os listados na tabela abaixo.

Tabela 8.23: Procedimentos para revegetação da cobertura ciliar através do plantio de mudas.

ETAPAS ATIVIDADE DESCRIÇÃO

01 Procedimentos

preliminares

Limpeza geral da área, através do recolhimento de resíduos inorgânicos como: plásticos, metais e outros resíduos gerados durante as obras de construção civil.

02 Preparo do

solo

O preparo do solo será localizado, apenas na cova de plantio. O solo será revolvido o mínimo possível, apenas na quantidade necessária, mantendo-se os resíduos vegetais sobre o solo.

03

Coroamento, abertura de

covas e adubação

Coroamento: remoção da vegetação (se houver) ao entorno da futura cova.

Abertura de covas: dimensão de 30 x 30 x 30 (sugestão), abertas de forma manual.

Adubação: orgânica (esterco de bovino ou aves), além da terra retirada da camada superior no momento de abertura da cova.

04 Escolha das

mudas As mudas deverão apresentar porte entre 0,50 e 1,0 m, ser sadias, livre de pragas e doenças, com sistema de raízes bem desenvolvido.

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ETAPAS ATIVIDADE DESCRIÇÃO

05 Plantio

O plantio será realizado, em dias nublados ou com previsão de chuvas. As mudas deverão ser retiradas da embalagem, observando-se raízes enoveladas. A profundidade de plantio deverá ser ajustada para que as mudas permaneçam na mesma altura de colo que encontravam-se no recipiente. Atenção para que as mudas não fiquem tombadas e nem que o caule fique abaixo do solo.

06 Tutoramento Atividade realizada a fim de garantir a sustentação das mudas, evitando seu tombamento.

07 Manutenção

As atividades de manutenção consistem na realização de replantio das mudas em caso de mortalidade das mudas (superior a 5%), acompanhamento do controle da mato competição e controle em casos de ataque de pragas, principalmente formigas.

08 Monitoramento O monitoramento tem a finalidade de acompanhar a evolução do plantio nas áreas. Monitorar as áreas garantirá o ótimo estabelecimento das mudas, além de acelerar o processo de sucessão.

8.3.9.4 Responsabilidade de Execução e Fiscalização

A implantação do programa é de responsabilidade do empreendedor, contando com

a colaboração das empresas contratadas e subcontratadas para execução das obras,

todos os gerentes, chefes de obras e encarregados, coordenadores dos diversos

serviços da construção, bem como a consultora ambiental, sendo de grande

importância que todos os envolvidos sigam métodos compatíveis visando o menor

impacto ambiental possível ao meio ambiente.

Além disso, o empreendedor deve se responsabilizar em atender as especificações

da empresa consultora no que tange a restrição de intervenção nas áreas estritamente

necessárias.

8.3.10 Programa de recuperação de áreas degradadas (PRAD)

8.3.10.1 Introdução

O programa de recuperação de áreas degradadas (PRAD) é um programa que prevê

a mitigação dos impactos inerentes à instalação do empreendimento e/ou imprevistas.

Desta forma pretende-se identificar áreas degradadas e passivos ambientais

eventualmente gerados pelas atividades e definir ações de recuperação necessárias

a cada área em específico.

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As áreas identificadas no empreendimento que possuem a necessidade de

reabilitação devido à degradação provocada são as áreas do canteiro de obras, bota-

fora, jazidas de empréstimo, acessos desativados e terraplanagem. Estes locais

exigem recuperação devido ao aumento do seu potencial erosivo, pela falta de

cobertura vegetal, o que pode desencadear a geração de sedimentos aos mananciais

de superfície, prejuízo para a vegetação do entorno e a fauna associada, bem como

outras atividades socioeconômicas.

Devido à localização destas áreas no arranjo do empreendimento, a recuperação

viabilizará a interconexão com a mata ciliar do rio Santana, permitindo um aumento

dos locais vegetados e disponíveis para a fauna, aspecto essencial para a

conservação do ecossistema local.

O responsável técnico, devidamente habilitado, deverá avaliar as medidas específicas

para cada área degradada, considerando as fragilidades e particularidades de cada

local.

Ainda, serão realizadas vistorias periódicas para avaliar a eficiência das medidas, até

que se assegure o atendimento aos objetivos do programa e o pleno desenvolvimento

das medidas implantadas naquelas áreas em processo de recuperação.

8.3.10.2 Objetivo

Recompor a paisagem degradada pelas atividades referente à instalação

do empreendimento, minimizando seus efeitos negativos;

Controlar os processos erosivos e de degradação ambiental que ocorrem

durante o período de obras, recompondo as áreas alteradas após o término

das obras;

Reintegrar as áreas degradadas à paisagem local, contribuindo para

melhoria da qualidade ambiental existente;

Contribuir para a redução da carga sólida carreada pelas chuvas para os

cursos d’água e melhoria da qualidade das águas superficiais;

Desenvolver e implementar técnicas de reabilitação de áreas degradadas

específicas para áreas de empréstimo, canteiros de obra, bota-fora e

acessos desativados;

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Proceder à avaliação da eficácia dos métodos e procedimentos de

recuperação e reabilitação ambiental aplicados.

8.3.10.3 Metodologia

Para a efetiva recuperação das áreas degradadas, vários passos devem ser

conduzidos em diferentes etapas, a fim de que o Programa alcance o sucesso

desejado e que se possa restabelecer equilíbrio ambiental nos locais alterados,

visando assim garantir a dinâmica das funções ecológicas. Os procedimentos básicos

a serem adotados são:

a) Remoção e estocagem de solo: O processo de recuperação das áreas

degradadas é estabelecido antes mesmo do início das obras, sendo que o

primeiro procedimento adotado deverá ser a remoção e estocagem da

camada de solo superior das áreas que serão degradadas, para posterior

uso na composição da camada superficial do solo destinado a revegetação.

b) Limpeza das áreas a serem recuperadas: após o término das obras é

extrema necessidade a realização da limpeza das áreas a serem

recuperadas. Esta atividade deverá remover todos os vestígios da

construção ou da exploração ainda existente.

c) Reafeiçoamento e sistematização do terreno: encerradas as

intervenções e realizada a etapa de remoção de resíduos da obra, as áreas

deverão ser imediatamente reconstituídas em sua forma topográfica final,

sendo espalhados sobre elas o material de solo superficial estocado, pois

o projeto de recuperação, em primeira instância, visa a recuperação

estrutural do local.

d) Revegetação das áreas: em sequência, após a reestruturação do solo,

deve-se proceder a revegetação das áreas degradadas. De modo inicial

indica-se o plantio de gramíneas para cobertura do solo ou outras espécies

semelhantes. A cobertura inicial do solo é fundamental para diminuição do

carreamento de sedimentos (erosão) e servindo também, após o término

de seu ciclo, como fonte de nutrientes para o solo e demais plantas.

Após a cobertura do solo recomenda-se o plantio de espécies

arbóreas/arbustivas, nativas e com desenvolvimento local. Os

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procedimentos que deverão ser adotados para esta atividade encontram-

se descritos na metodologia do Programa de Recuperação das Áreas de

Preservação Permanente, citado anteriormente. A procedência das mudas

terá como base as informações do levantamento florístico e

fitossociológico.

8.3.10.4 Responsabilidade de Execução e Fiscalização

O programa de recuperação de áreas degradadas busca atender a legislação e a

reabilitação das áreas degradadas. A responsabilidade sobre a plena execução do

programa é do empreendedor, que deverá contar com suporte técnico realizado por

profissionais habilitados (eng. florestal, biólogos, etc.).

9. ANÁLISE, AVALIAÇÃO E GERENCIAMENTO DE RISCOS

As barragens desempenham, desde o princípio das civilizações, uma função essencial

na evolução da infraestrutura humana, pois, propiciam a irrigação, controlam as

inundações, oferecem abastecimento público e industrial, geram atividades

recreativas e, o mais recente, produzem energia elétrica (LIMA, 2014).

O Brasil possui 4.733 Centrais Hidrelétricas em operação, totalizando 154.359.438 kW

de potência instalada. Para os próximos anos, há previsão de uma adição de

23.416.219 kW na capacidade de geração do País, proveniente dos 252

empreendimentos que estão em construção e mais 554 empreendimentos com

construção não iniciada. Destes, 618 se configuram como CGH’s (Centrais Geradoras

Hidrelétricas) e 431 PCH’s (Pequenas Centrais Hidrelétricas), conforme apresentado

na Tabela 01 (ANEEL, 2017).

Tabela 9.1: Centrais Hidrelétricas em operação no Brasil.

Fonte: Aneel, 2017.

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Em vista disso, com o aumento da instalação de novos aproveitamentos, cresce

também a preocupação com os fatores relacionados à segurança dos

empreendimentos e dos fatores que os circundam, principalmente aos eventos

críticos, como o colapso da estrutura de um barramento, fator esse primordial nos dias

atuais em razão das recentes tragédias ambientais.

9.1 HISTÓRICO DE ACIDENTES

A importância do conhecimento sobre colapsos de barragens provém da ocorrência

dos impactos causados ao meio ambiente e das consequências calamitosas para a

população que habita as proximidades das mesmas. Em vista disso, esses fatores

são suficientes para buscar compreender os fenômenos envolvidos nas rupturas, de

forma a evitá-los ou, minimizar seus efeitos.

A lei 12.334 de setembro de 2010 traz que a segurança de uma barragem consiste na

condição que visa manter a integridade estrutural, operacional, a preservação da vida,

da saúde, da propriedade e do meio ambiente (BRASIL, 2010). Dessa forma, estudar

os fatores de segurança envolvidos no dimensionamento de uma barragem é de suma

importância.

Os modos mais comuns de colapsos de barragens são por galgamento, que acontece

quando uma cheia ultrapassa a capacidade que a estrutura de extravasamento foi

dimensionada, passando por cima do topo ou do coroamento da barragem e, por

piping, que define-se como erosão tubular regressiva, ou seja, a água penetra no

maciço até encontrar um caminho de percolação e forma um tubo que arrasta

partículas de solo, ocorrendo assim a erosão regressiva de jusante para montante e

com o deslocamento das partículas, o equilíbrio de forças na matriz do solo é

desestabilizado e o fenômeno de piping é progressivo até a formação de brecha e

colapso da estrutura (LADEIRA, 2007).

A CGH Castro é um empreendimento de pequena dimensão e baixa significância de

impactos, portanto, serão apresentados alguns acidentes em barragens similares ao

empreendimento, para posteriormente analisá-los como medida preventiva. É

importante ressaltar que a magnitude de algumas barragens citadas a seguir difere

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um pouco do empreendimento em questão, pois observou-se que existe pouca

atenção aos desastres com pequenas barragens, e como não foi encontrado demais

casos similares, decidiu-se utilizar os mais próximos, conforme apresentado.

9.1.1 Acidente na PCH Apertadinho – RO (2008)

A barragem da Pequena Central Hidrelétrica Apertadinho, de propriedade do Grupo

privado CEBEL (Centrais Elétricas Belém S.A.), localizava-se a 30 km da cidade de

Vilhena/RO, aproximadamente 698 km de Porto Velho/RO, no rio Comemoração. A

PCH tinha potência instalada de 30 MW e sua barragem principal era de terra, com

altura de 40 metros (CUNHA, 2013).

O acidente aconteceu no dia 9 de janeiro de 2008, e a PCH Apertadinho ainda estava

em fase final de construção, onde ocorreu o seu rompimento e ocasionou a formação

de uma onda de cheia com velocidade de até 10 km/h na qual poderia atingir a região

de Pimenta Bueno e Cacoal. Porém, o fluxo d’água foi se dispersando no caminho até

ser contido pela barragem de outra usina, a Rondon 2, aproximadamente 73 km do

rompimento, e as características do terreno foram favoráveis para absorver as forças

da água (CUNHA, 2013).

As possíveis causas do rompimento seriam falhas na construção e problemas com

erosão na barragem (piping), pois a obra teria sido construída sobre solo arenoso. As

empresas construtoras da barragem alegam que a causa foi por falha no projeto e a

CEBEL alega que as empresas que executaram as obras cumpriram 80% dos

compromissos firmados no Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério

Público (SÃO PAULO, 2015).

Os maiores danos foram ambientais, nas matas ciliares que margeiam os cursos de

água no trajeto, destruindo mata nativa e a Fauna em áreas de preservação

permanente. Causou também assoreamento e deposição de detritos no rio e erosão

do solo, entre outros estragos (SÃO PAULO, 2015).

Logo após o colapso da barragem, o corpo de bombeiros começou a evacuação

imediata dos moradores porque existia o risco do volume de água acumulado e a força

da água comprometerem as estruturas de pontes e casas da cidade. Apesar disso,

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nenhuma cidade foi afetada e não teve nenhum desabrigado. Após a ocorrência,

foram pedidas ações para que fossem recompostas vegetação, solo e rio em um prazo

de cinco anos (CUNHA, 2013).

As figuras a seguir mostram uma vista do local após a ruptura da PCH Apertadinho.

Figura 9.1 Local após ruptura da PCH Apertadinho. Fonte: Cunha, 2013.

Figura 9.2: Estruturas danificadas após ruptura da PCH Apertadinho. Fonte: Cunha, 2013.

9.1.2 Acidente na UHE Espora – GO (2008)

O acidente da UHE Espora, de propriedade de Espora Energética S.A. aconteceu no

dia 30 de janeiro de 2008, pouco tempo depois do acidente da PCH Apertadinho, em

Rondônia. A UHE Espora se localizava no rio Corrente, entre os municípios de

Aporé/GO, Itarumã/GO e Serranópolis/GO e possuía potência de 32 MW, com um

lago de 36 km² de área (MIRANDA, 2008).

O grande volume de chuvas que atingiu a região fez com que a água do reservatório

transbordasse em cerca de 30 metros cúbicos (galgamento) e isso fez com que a

barragem rompesse, causando inúmeros estragos (MONTALVÃO, 2008). Fala-se

também que haviam rachaduras na usina, e que esse poderia ter sido o motivo do seu

rompimento (MONTEIRO, 2008).

O colapso da barragem deixou dezenas de pessoas isoladas e algumas perderam

suas casas. Pelo menos 7 fazendas ficaram inundadas, animais e pontes foram

arrastados pela água, deixando rastro de destruição ao longo de sua margem. A força

da chuva fez o rio transbordar em pelo menos 100 quilômetros da sua extensão, com

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uma faixa de 300 metros em cada margem do rio, ocasionando significativos impactos

ambientais, sociais e econômicos (MELO, 2009).

A ruptura da barragem atingiu ainda a RPPN (Reserva Particular do Patrimônio

Natural) Cachoeira das Andorinhas, os municípios de Aporé, Itajá, Itarumã e Lagoa

Santa, destruindo APP’s (Áreas de Preservação Permanente), lavouras, residências,

postes, animais terrestres e aquáticos, entre outros desastres (MIRANDA, 2008).

Após o ocorrido, o Corpo de Bombeiros enviou duas equipes em 150 km das margens

do rio para um levantamento dos pontos alagados e identificar possíveis vítimas.

Outras autoridades locais sobrevoaram as áreas a fim de avaliar os impactos ocorridos

(MONTALVÃO, 2008).

Os responsáveis pela UHE espora montaram postos em Itajaí e Itarumã para atender

as vítimas do acontecido. Como algumas pontes foram destruídas, o acesso ao

município estava sendo feito através de balsa paga pela hidrelétrica (TORRACA,

2009).

Posteriormente a UHE Espora foi interditada para levantamento de provas e apuração

dos dados. Concluída esta etapa, a empresa foi autorizada a reconstruir a obra e mais

tarde foi interditada novamente. Segundo relatos do diretor superintendente da

empresa, após o acidente, foram realizadas melhorias no projeto inicial,

prolongamento do concreto do vertedouro que trouxe mais proteção no escoamento

da água, tratamentos especiais na estrutura de concreto, reforços na barragem em

geral e acompanhamentos permanentes de um técnico responsável por fazer

auditorias da barragem (FÉLIX, 2009). As figuras a seguir apresentam os desastres

ocorridos com a ruptura da barragem de Espora.

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Figura 9.3: Fazendas alagadas após ruptura da UHE Espora. Fonte: Melo, 2009.

Figura 9.4: Meandros alagados após ruptura da UHE Espora. Fonte: Melo, 2009.

Figura 9.5: Ponte sobre GO-178 alagada. Fonte: Melo, 2009.

Figura 9.6: Afluente afetado pelo rompimento da barragem. Fonte: Melo, 2009.

9.1.3 Acidente na CGH Vacaro – SC (2014)

A CGH (Central Geradora Hidrelétrica de Vacaro), situada no Rio Irani, em Ponte

Serrada/SC, aproximadamente 56 km da cidade de Arvoredo/SC, possuía 1,4 MW de

Potência instalada e a sua estrutura era considerada de pequeno porte (DEBONA,

2014).

O rompimento da barragem aconteceu no dia 27 de junho de 2014, devido ao grande

volume de chuvas que ocorreram na região. O volume de aproximadamente 8 milhões

de metros cúbicos que estavam contidos no reservatório da CGH poderia ter atingido

as cidades próximas, bem como o rompimento de outras barragens, porém, o nível da

água que subiu não foi suficiente pra causar grandes estragos (BORTOLI, 2014).

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Após o acidente, o nível do rio Irani subiu até 4 metros e isso ocasionou a interrupção

de uma BR principal de Santa Catarina, a 282. Além do alagamento de uma parte da

BR, mais de 30 casas foram evacuadas com a ajuda de 25 Bombeiros e o ginásio

municipal serviu de abrigo para essas famílias a fim de manter a segurança das

mesmas. Foi realizado também o monitoramento do nível da água para maior

segurança (BORTOLI, 2014).

O rio Lajeado Leão começou a ser represado pelo aumento do volume de água do rio

Irani e começou a alagar ruas da cidade de Arvoredo. O rio subiu cerca de 30

centímetros e estabilizou, atingindo apenas o porão de um supermercado (CARDIA,

2015). As figuras a seguir apresentam os desastres ocorridos com a ruptura da

barragem de Vacaro.

Figura 9.7: BR alagada com a ruptura da CGH Vacaro. Fonte: Bortoli, 2014.

Figura 9.8: Barragem Vacaro depois da cheia. Fonte: Debona, 2014.

Figura 9.9: Barragem Vacaro depois da cheia. Fonte: Bortoli, 2014.

Figura 9.10: Alto nível do Rio Irani. Fonte: Bortoli, 2014.

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9.1.4 Acidente na PCH Inxú – MT (2015)

A PCH Inxú, propriedade de Inxú Geradora e Comercializadora de Energia S/A,

possuía uma potência de 20,6 MW e ainda não estava em funcionamento quando

ocorreu o desastre. A barragem localizava-se entre os municípios de Campo Novo do

Parecis/MT e Nova Maringá/MT, região médio-norte do estado, aproximadamente 400

km da capital (APRÁ, 2015).

A fatalidade aconteceu no dia 06 de junho de 2015, após um problema na tubulação

na qual não suportou o volume de água represado no local. A proprietária da PCH foi

quem acionou a ANEEL e comunicou os fatos, conforme recomenda as regras do

edital de compra e venda de energia (SABINO e MARCEL, 2015).

O rompimento da barragem ocasionou prejuízos milionários, porém não houve

nenhuma vítima, somente danos na estrutura que comprometeu grande parte da usina

e necessitou ser reconstruída (SABINO e MARCEL, 2015).

Através de perícias, a ANEEL foi a responsável por investigar as possíveis causas do

desastre, avaliando a qualidade dos materiais utilizados que possam ter contribuído

ou não para o acidente e elaborar um relatório indicando se a empresa era passível

de alguma punição (APRÁ, 2015).

Devido ao fato, a SEMA (Secretaria de Meio Ambiente) decidiu pela suspensão da

Licença de Instalação do empreendimento e a Companhia questionou a suspensão

administrativamente, que além da punição, existia a solicitação de aplicação de multa.

Os advogados da Companhia avaliaram a causa como prognóstico de perda possível

(ASPLEMAT, 2016). As figuras a seguir apresentam os desastres ocorridos com a

ruptura da barragem de Inxú.

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Figura 9.11: Destruição da casa de força da PCH Inxú. Fonte: Aprá, 2015.

Figura 9.12: Rompimento da barragem PCH Inxú. Fonte: Aprá, 2015.

9.1.5 Acidente na PCH Verde 4A – MS (2017)

O acidente com a Pequena Central Hidrelétrica Verde 4A, localizada no rio Verde, em

Água Clara/MS e Ribas do Rio Pardo/MS, aconteceu no dia 13 de agosto de 2017. A

PCH irá possuir 28 MW de potência instalada e um reservatório de 11,25 km². Quem

conduz a obra é a Brookfield Energia, que forma consórcio com a Seta Engenharia

S.A para formar o grupo Phoenix Geração de Energia S.A, apontado pelo governo

federal como o executor do projeto (AGUA CLARA, 2017).

O caso aconteceu após um vazamento em um duto que inundou de água a casa de

máquinas do empreendimento, porém, através de uma análise preliminar, técnicos

alegaram que a barragem não foi afetada e que não existem indícios que

comprometam a segurança da estrutura nem a da sociedade que vive nas

proximidades (AGUA CLARA, 2017).

A proprietária da PCH divulgou nota que estão sendo tomados todos os

procedimentos necessários para solucionar a situação e técnicos especializados

estiveram no local para avaliar as possíveis causas do incidente, bem como as

devidas medidas de segurança (CÉSAR, 2017). As figuras a seguir apresentam o local

da casa de máquinas da PCH Verde 4A no momento em que estava sendo inundada.

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Figura 9.13: Alagamento na casa de máquinas na PCH Verde 4A.

Fonte: Viegas, 2017.

9.2 AVALIAÇÃO DE RISCOS

Essa é uma das etapas de maior relevância quando se trata da segurança de

barragens e ela deve ser perseguida desde o início do projeto, até a sua operação,

pois engloba fatores econômicos e o seu risco potencial representa a perda de vidas

humanas e grandes impactos ambientais.

Esses riscos são desde riscos individuais por eletrocussão, até riscos de grande

impacto, como a ruptura de uma barragem. Alguns exemplos de acidentes envolvendo

barragens similares à CGH Castro foram apresentados no item 1.1 (histórico de

acidentes). Em razão disso, a avaliação desses riscos tem por objetivo analisar,

identificar e gerenciar os eventos envolvidos em um empreendimento, com o intuito

de prevenir a ocorrência desses acidentes.

A fim de confirmar o potencial de risco da CGH Castro, verificou-se no Manual de

Segurança e Inspeção de Barragens, elaborado pelo Ministério da Integração

Nacional, um modelo alternativo de avaliação que estabelece parâmetros para

determinar o grau de Periculosidade de uma barragem, conforme apresentado no

Quadro 26.1.

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Quadro 26.1: Matriz de Periculosidade (P) para barramentos.

DIMENSÃO DA BARRAGEM (a)

VOL. TOTAL DO RESERVATÓRIO

(b)

TIPO DE BARRAGEM

(c)

TIPO DE FUNDAÇÃO

(d)

VAZÃO DE PROJETO (e)

Altura ≤ 10 m e Comprimento ≤ 200 m

(1)

Pequeno < 20 hm³ (3)

Concreto (4)

Rocha (1)

Decamilenar (1)

10 m < Altura < 20 m e

Comprimento ≤ 200 m (3)

Médio até 200 hm³ (5)

Alvenaria de pedra/CCR

(6)

Rocha alterada Saprolito

(4)

Milenar (2)

20 ≤ Altura ≤ 50 m ou 200 ≤ Comprimento <

300 m (6)

Regular 200 a 800 hm³

(7)

Terra Enrocamento

(6)

Solo residual/ Aluvião até 4 m

(5)

500 anos (4)

Altura > 50 m e Comprimento > 500

m (10)

Muito Grande > 800 hm³

(10)

Terra (10)

Aluvião arenoso

espesso/Solo orgânico

(10)

Inferior a 500 anos ou

Desconhecida (10)

Onde, P= Σ (a a e). Se P >30 – elevado; se 20 < P ≤30 – significativo e; se 10≤P ≤ 20 – baixo a moderado. Fonte: Mi, 2002.

Dados do empreendimento:

a) Dimensões da barragem: altura: 6,20 m e comprimento: 151,80 m (1)

b) Vol. Reservatório: 20.429,19 m³ = 0,0204 hm³ (3)

c) Tipo de barragem: Concreto (4)

d) Tipo de fundação: Rocha (1)

e) Vazão de projeto: Milenar (2)

Portanto, a somatória do grau de Periculosidade da CGH Castro é: 11, Baixo a

Moderado.

9.2.1 Análise dos principais riscos

Conforme descrito, a CGH Castro é um empreendimento de pequena dimensão e

baixa significância de impactos, porém, não está livre de eventuais acidentes. Os

principais riscos envolvidos no empreendimento serão descritos a seguir.

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9.2.1.1 Cheia maior que a capacidade do vertedouro

Um dos riscos identificados na CGH Castro seria a ocorrência do galgamento da

barragem quando uma cheia ultrapassasse a capacidade que a estrutura de

extravasamento foi dimensionada e a mesma fosse incapaz de verter esse volume.

Algumas barragens permanecem intactas até um limite de tempo após a ocorrência

do galgamento, porém, com esse fator acontecendo de forma gradativa, a propensão

é que a mesma venha a ruir (JANSEN, 1980 apud MASCARENHAS, 1990). A

consequência desse acidente aumentaria o volume à jusante do rio, afetando as

comunidades mais próximas, inundando certa quantidade de área e também chegar

a ruptura da barragem, causando prejuízos financeiros para o empreendimento.

9.2.1.2 Rompimento da barragem

Outro risco considerado de suma importância identificado na CGH Castro seria o risco

de ruptura da barragem. “Os fatores que levam a ruptura de uma barragem, podem

ser, entre eles, de origem hidrológica, sísmica, eventos a montante (deslizamentos de

terra e ruptura de outras barragens), atos de sabotagem, terrorismo ou vandalismo”

(BALBI, 2008).

Segundo Lauriano (2009), para saber as causas da ruptura de uma barragem é

preciso saber o seu tipo e sua finalidade. As barragens de concreto são mais

vulneráveis a problemas na fundação ou na estrutura, podendo ocorrer colapsos

quase instantâneos.

As consequências associadas à ruptura de uma barragem podem ser catastróficas

para a própria estrutura da barragem, bem como para as áreas a jusante, ao meio

ambiente, destruição da fauna e flora, perdas de vidas e inundações.

9.2.1.3 Falha na tomada d´água

Devido ao acontecimento de uma cheia imprevisível e o acionamento da tomada

d’água ser manual, um fator de risco que poderia acontecer na CGH Castro é o não

fechamento da tomada d’água a tempo e o canal adutor romper devido ao grande

volume de água que descarregaria nele. Outro fator prejudicial ao funcionamento da

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tomada d’água seria a sujeira que pode vir a acumular e não fechar corretamente com

o evento de uma cheia. Esses fatores podem causar a inundação da rodovia e das

áreas em torno do canal adutor, a deposição de detritos, assoreamento e erosão do

solo, entre outros danos.

9.2.2 Análise das consequências

As consequências envolvidas na CGH Castro em geral, são de pequenas proporções,

pois o volume de água contido no reservatório é baixo e, caso a barragem viesse a

romper, esse montante de água se dissiparia dentro do rio, pois o mesmo possui uma

calha grande, não ocorrendo uma grande inundação. O mesmo acontece para o caso

do galgamento da barragem.

No caso da falha na tomada d’água, somente haveriam danos para o

empreendimento, pois o canal se encontra numa cota aonde o volume de água

percorreria até se dissipar dentro do rio, não afetando consideravelmente nenhuma

propriedade vizinha, apenas a BR 158 seria afetada, causando o alagamento no

trecho que transpassa sobre o canal. É valido ressaltar que à jusante da barragem

não existe nenhuma propriedade próxima o bastante para que seja afetada. Em caso

de ruptura, o município de Paranaíba não seria afetado, pois o mesmo localiza-se à

uma altitude superior a barragem. As figuras a seguir exibem o local do barramento,

bem como a distância até a cidade de Paranaíba.

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Figura 9.14: Distância da cidade de Paranaíba até a CGH Castro. Fonte: Google Earth, 2016.

CGH CASTRO

Paranaíba à 2,3 Km

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Figura 9.15: Vista à jusante da CGH Castro. Fonte: Google Earth, 2016.

Rio Santana

CGH

CASTRO

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Figura 9.16: Vista do local do barramento. Fonte: Construnível, 2017.

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Os prejuízos econômicos poderiam ser desde a perda da própria barragem, até a

perda das propriedades atingidas na área inundada à jusante, porém, não foi elencado

nenhum prejuízo de grande monta. Já os impactos ambientais poderiam ser desde

alterações no habitat, a destruição da fauna e flora, modificações morfológicas dos

cursos de água, até desmatamentos e deterioração das matas. Por fim, riscos de

perda de vidas humanas, que incidem diretamente na segurança da população.

9.3 MEDIDAS PARA REDUÇÃO DE RISCOS

Algumas medidas podem ser decisivas para a redução de riscos de acidentes em

barragens, como por exemplo na fase de concepção do projeto, realizar estudos

eficientes, tanto hidráulicos, geológicos, como estruturais, são fundamentais para o

sucesso do empreendimento, uma vez que erros nesta etapa podem levar a

consequências futuras graves. Deve ser elaborado por uma equipe experiente e

comprometida.

Durante a construção, é de suma importância haver o controle de qualidade dos

materiais e uma fiscalização minuciosa para que seja seguido à risca o projeto, bem

como organizar de forma clara e correta a documentação do mesmo.

Na fase de operação, pode-se também implementar medidas não estruturais que

permitam detectar eventos perigosos em tempo seguro, como o monitoramento

através de observações periódicas de campo e coleta de dados com instrumentação,

na qual permite comparar o que está ocorrendo na estrutura, com o que foi previsto

em projeto e, principalmente, realizar manutenções periódicas no empreendimento.

Pelo lado da Defesa Civil, consiste no monitoramento de eventos causadores de

desastres, na elaboração e aplicação de leis de uso e ocupação dos solos, da

remoção de estruturas localizadas em área de risco, na criação de programas

educativos e de conscientização, entre outras medidas de segurança. A figura a seguir

exemplifica os principais tópicos do sistema de segurança de barragens.

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Figura 9.17: Esquema dos principais tópicos para segurança de barragens. Fonte: Fusaro, 2010.

Os procedimentos operacionais relacionados a esta etapa de prevenção serão

melhores exemplificados no (PAE) Plano de Ação de Emergência, onde o mesmo será

preparado para eventuais situações que possam causar graves danos econômicos ou

perigo para a vida humana.

9.4 PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS – PGR

9.4.1 Considerações Iniciais

Ao se projetar um empreendimento hidrelétrico, deve-se levar ao máximo as suas

condições de segurança, fazendo com que o concessionário seja responsável pela

segurança da barragem em todas as fases, desde o seu projeto até o seu período de

operação comercial, isto é, durante toda a vida útil do empreendimento.

Desta forma, deverá ser desenvolvido um Programa de Gerenciamento de Riscos –

PGR para a CGH Castro, visando à gestão dos riscos sociais e ambientais

decorrentes das fases de construção e operação do empreendimento, através da

identificação de possíveis cenários acidentais e do estabelecimento de estratégias

para atuação, caso esses cenários se concretizem. Sendo assim, o Gerenciamento

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de Riscos compreende a identificação, classificação e avaliação dos riscos e a

formulação e implementação de medidas e procedimentos técnicos e administrativos,

tendo por objetivo prevenir, reduzir e controlar os riscos.

Além disso, deverá fazer parte do conjunto de elementos de segurança do

empreendimento, um Plano de Ações de Emergência − PAE, a ser desenvolvido e

detalhado em sua integralidade até a época que antecede o enchimento do

reservatório, anterior a obtenção da respectiva Licença de Operação – LO, e que se

constituirá em um documento onde serão abordadas as medidas preventivas e

corretivas de segurança da barragem, identificando e avaliando-as com o objetivo de

estabelecer as ações apropriadas a serem empreendidas para se garantir a

segurança global, dos pontos de vista ambiental, social e econômico.

A Lei nº 12.334, de 20 de setembro de 2010, que estabelece a Política Nacional de

Segurança de Barragens - PNSB e cria o Sistema Nacional de Informações sobre

Segurança de Barragens - SNISB, apresenta maiores disposições quanto ao tema,

sendo a principal referência no âmbito da legislação brasileira.

É importante ressaltar que o presente programa apresenta as diretrizes básicas do

PGR/PAE do empreendimento, devendo este ser complementado e detalhado com o

levantamento de informações e dados obtidos durante a fase de construção do

empreendimento.

9.4.2 Justificativa

O presente programa justifica-se uma vez que, independentemente da adoção de

medidas preventivas e mitigadoras, um empreendimento que envolva a realização de

atividades que possam causar acidentes socioambientais, como é o caso da CGH

Castro, deverá ser operado e mantido, ao longo de sua vida útil, dentro de padrões

considerados toleráveis, razão pela qual um PGR deve ser implementado e

considerado nas atividades, rotineiras ou não, de construção e operação da usina.

Além disso, a identificação dos riscos da atividade auxilia no correto direcionamento

dos recursos para a sua prevenção, mitigação e/ou compensação.

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No que diz respeito à elaboração do PAE, este se justifica para que sejam

estabelecidas antecipadamente as ações de intervenção operacional à ocorrência de

possíveis situações de emergência, buscando minimizar os possíveis impactos

decorrentes das mesmas.

9.4.3 Objetivos

O objetivo geral deste programa é apontar as principais diretrizes para o

desenvolvimento de um processo capaz de identificar, analisar e mitigar

continuamente os riscos durante a fase de construção e operação da CGH Castro,

bem como identificar os procedimentos e processos específicos para o

empreendimento e que deverão ser seguidos pelos operadores da barragem na

eventualidade de uma situação de emergência, possibilitando um planejamento

adequado pela municipalidade, polícia local, agências estaduais, companhias

telefônicas e de transporte, defesa civil e outras entidades.

9.4.3.1 Objetivos específicos

Os objetivos específicos são:

Propor a identificação dos possíveis cenários acidentais que poderão provocar

impactos negativos nos meios físico, social e/ou biótico durante as fases de

construção e operação do empreendimento;

Propor a realização de uma estimativa dos riscos associados a cada cenário,

bem como o estabelecimento de estratégias para gerenciamento desses riscos;

Propor o estabelecimento de medidas voltadas à prevenção e à contenção de

impactos socioambientais, nas áreas de influência do empreendimento;

Prevenir acidentes de trabalho decorrentes das atividades de construção e

operação da usina;

Propor a identificação, o controle e a extinção das situações de emergência, no

menor espaço de tempo possível;

Propor a definição de ações a serem executadas para atendimento às

emergências, nas fases de construção e operação do empreendimento, bem

como seu(s) responsável(eis).

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9.4.4 Metodologia

O Programa de Gerenciamento de Riscos − PGR é um documento que define a

política e diretrizes de um sistema de gestão, com vistas à prevenção de acidentes

em instalações ou atividades potencialmente perigosas.

O PGR baseia-se nos seguintes princípios:

A instalação deve ser projetada, construída e mantida de maneira compatível

com as normas e práticas de engenharia;

O gerenciamento dos riscos é parte do projeto, construção, manutenção e

operação da instalação;

O suporte da gerência executiva do empreendimento é essencial para o

sucesso do programa. A gerência local deve garantir que o sistema de gestão

estabelecido seja cumprido com clareza e responsabilidade;

O gerenciamento dos riscos deve ser mantido atualizado e validado através de

auditorias periódicas, a fim de garantir sua efetiva performance

Sendo assim, o PGR deve contemplar as seguintes atividades:

Informações de segurança do processo;

Revisão dos riscos de processo;

Gerenciamento de modificações;

Manutenção e garantia da integridade de sistemas críticos;

Procedimentos operacionais;

Capacitação de recursos humanos;

Investigação de incidentes;

Plano de Ação de Emergência − PAE;

Auditorias.

Este conteúdo cobre as principais etapas do processo de gerenciamento dos riscos,

as quais são:

Planejamento do Gerenciamento dos Riscos: estabelecimento de uma

estrutura para dirigir os riscos potenciais da instalação;

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Identificação dos Riscos: todos os eventos acidentais possíveis e que podem

causar danos à saúde das pessoas, às instalações (danos materiais) ou ao

meio ambiente devem ser identificados e documentados claramente;

Análise dos Riscos: os riscos identificados são avaliados de forma qualitativa e

os riscos mais significativos são avaliados de acordo com uma escala numérica

que associa a probabilidade da ocorrência e a severidade do dano;

Planejamento da Resposta aos Riscos: estratégias específicas são

estabelecidas para prevenir ou corrigir os riscos identificados;

Monitoramento e Controle do Risco: execução das medidas propostas para

prevenir ou corrigir os riscos;

Dessa forma, deverá ser apresentado um relatório contendo as diretrizes do PGR, no

qual deverão estar claramente relacionadas às atribuições, as atividades e os

documentos de referência, tais como normas técnicas, legislações e relatórios, entre

outros.

Todos os itens constantes do PGR devem ser claramente definidos e documentados,

aplicando-se tanto aos procedimentos e funcionários do empreendedor, como em

relação a terceiros (empreiteiras e subcontratadas) que desenvolvam atividades nas

fases de construção e operação do empreendimento.

9.4.5 Informações de segurança de processo

As informações de segurança de processo são fundamentais no gerenciamento de

riscos de instalações perigosas. O PGR deve contemplar a existência de informações

e documentos atualizados e detalhados sobre as substâncias envolvidas, tecnologia

e equipamentos de processo, de modo a possibilitar o desenvolvimento de

procedimentos operacionais precisos, assegurar o treinamento adequado e subsidiar

a revisão dos riscos, garantindo uma correta operação do ponto de vista ambiental,

de produção e de segurança.

9.4.6 Revisão dos riscos de processo

O estudo de análise e avaliação de riscos implementado durante o projeto inicial de

uma instalação nova deve ser revisado periodicamente, de modo a serem

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identificadas novas situações de risco, possibilitando assim o aperfeiçoamento das

operações realizadas, de modo a manter as instalações operando de acordo com os

padrões de segurança requeridos. A revisão dos estudos de análise de riscos deverá

ser realizada em periodicidade a ser definida no PGR, a partir de critérios claramente

estabelecidos, com base nos riscos inerentes às diferentes unidades e operações.

9.4.7 Gerenciamento de modificações

É imprescindível ser estabelecido um sistema gerencial apropriado para assegurar

que os riscos decorrentes de eventuais alterações possam ser adequadamente

identificados, avaliados e gerenciados previamente à sua implementação. Dessa

forma, o PGR deve estabelecer e implementar um sistema de gerenciamento

contemplando procedimentos específicos para a administração de modificações na

tecnologia e nas instalações.

9.4.8 Manutenção e garantia da integridade de sistemas críticos

Os sistemas considerados críticos devem ser projetados, construídos e instalados no

sentido de minimizar os riscos às pessoas e ao meio ambiente. Com isso, o PGR deve

prever um programa de manutenção e garantia da integridade desses sistemas, com

o objetivo de garantir o correto funcionamento dos mesmos, por intermédio de

mecanismos de manutenção preditiva, preventiva e corretiva.

Assim, todos os sistemas nos quais operações inadequadas ou falhas possam

contribuir ou causar condições ambientais ou operacionais inaceitáveis ou perigosas,

devem ser considerados como críticos.

Esse programa deve incluir o gerenciamento e o controle de todas as inspeções e o

acompanhamento das atividades associadas com os sistemas críticos para a

operação, segurança e controle ambiental. Essas operações iniciam com um

programa de garantia da qualidade e terminam com um programa de inspeção física

que trata da integridade mecânica e funcional.

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9.4.9 Procedimentos operacionais

Todas as atividades e operações realizadas durante a construção e operação do

empreendimento devem estar contempladas em procedimentos escritos, devendo ser

seguidos por todos os envolvidos e estar em conformidade com a legislação.

Os procedimentos operacionais deverão ser revisados sempre que houver alterações

durante a fase de construção, a fim de garantir que os mesmos reflitam a prática

operacional utilizada. Todas as revisões e mudanças nos procedimentos operacionais

devem ser documentadas. Nenhum novo sistema deve partir sem um procedimento

operacional escrito formalizado.

9.4.10 Capacitação de recursos humanos

O PGR deve prever um programa de treinamento para todas as pessoas responsáveis

pelas operações realizadas no empreendimento, de acordo com suas diferentes

funções e atribuições. Os treinamentos devem contemplar os procedimentos

operacionais, incluindo eventuais modificações ocorridas nas instalações e na

tecnologia de processo.

O objetivo deste elemento é garantir que os funcionários e contratados que atuam na

construção e operação do empreendimento sejam adequadamente treinados para

alcançarem e manterem o conhecimento e a experiência necessária, para realizarem

corretamente suas tarefas, sem colocarem em risco sua saúde, sua vida e a de

terceiros.

O treinamento e desenvolvimento de pessoas têm a finalidade de sanar deficiências

de conhecimentos, de habilidades e de atitudes de indivíduos, de grupos de trabalho,

de segmentos da organização ou mesmo, da organização inteira.

Ele deve ser realizado tendo como objetivo a aquisição de conhecimentos, habilidades

e atitudes necessárias às correções de discrepâncias entre o desempenho pessoal e

profissional esperado e o real, visando à implementação de mudanças nos métodos

e processos de trabalho.

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O programa de capacitação técnica deve ser devidamente documentado,

contemplando as seguintes etapas: treinamento inicial, treinamento periódico e

treinamento após modificações.

9.4.11 Investigação de acidentes

Todo e qualquer incidente de processo ou desvio operacional que resulte ou possa

resultar em ocorrências de maior gravidade, envolvendo lesões pessoais ou impactos

ambientais devem ser investigados. Assim, o PGR deve contemplar as diretrizes e

critérios para a realização dessas investigações, que devem ser devidamente

analisadas, avaliadas e documentadas.

As recomendações resultantes do processo de investigação devem ser

implementadas e divulgadas na empresa, de modo que situações futuras e similares

sejam evitadas. A documentação do processo de investigação deve contemplar os

seguintes aspectos: natureza do incidente, causas básicas e demais fatores

contribuintes, ações corretivas e recomendações identificadas, resultantes da

investigação.

9.4.12 Conclusão

O programa de gerenciamento de riscos da CGH Castro, deve ser desenvolvido

obedecendo a metodologia e recomendações acima apresentadas, porém o programa

deve ser construído em uma fase onde o nível de detalhamento das ações a serem

executas seja mais detalhada.

Então, recomenda-se que o programa seja refinado durante a elaboração do projeto

executivo da CGH Castro, ou seja, após obtenção da licença prévia e solicitação da

licença de instalação.

Vale ressaltar que o empreendimento demonstra baixo risco de acidentes que

ofereçam riscos as pessoas, as instalações e ao meio ambiente, isso se deve ao fato

de ser uma hidrelétrica com características de Central Geradora Hidrelétrica (CGH),

estes empreendimentos tem por características próprias causar baixos impactos, no

caso específico da CGH Castro, esta tem uma pequena barragem, que forma um

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pequeno reservatório e consequentemente um pequeno volume acumulado, estes

fatores levam a oferecer um pequeno a baixíssimo risco de acidentes de magnitude

considerável.

9.5 PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA – PAE

O PAE é um documento que define as responsabilidades, diretrizes e informações,

visando à adoção de procedimentos técnicos e administrativos, estruturados de forma

a propiciar respostas rápidas e eficientes em situações emergenciais.

Apesar da legislação específica (Art. 11, Lei nº 12.334, de 20 de setembro de 2010)

dispor que o órgão fiscalizador poderá determinar a elaboração de PAE em função da

categoria de risco e do dano potencial associado à barragem, somente exigindo-o

sempre para a barragem classificada como de dano potencial associado alto,

considera-se que um PAE deve ser elaborado e considerado como parte integrante

do PGR.

Assim, de acordo com o Art. 12 da referida Lei, o PAE estabelecerá as ações a serem

executadas pelo empreendedor da barragem em caso de situação de emergência,

bem como identificará os agentes a serem notificados dessa ocorrência, devendo

contemplar, pelo menos:

Identificação e análise das possíveis situações de emergência;

Procedimentos para identificação e notificação de mau funcionamento ou de

condições potenciais de ruptura da barragem;

Procedimentos preventivos e corretivos a serem adotados em situações de

emergência, com indicação do responsável pela ação;

Estratégia e meio de divulgação e alerta para as comunidades potencialmente

afetadas em situação de emergência.

O PAE deve prever uma estrutura organizacional mínima necessária, a se formar no

caso de uma emergência. Essa estrutura deverá estar compatível com as ações

necessárias ao controle das emergências, de acordo com o tipo da emergência,

dimensões da emergência e cenários acidentais, permitindo a ampliação de sua

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capacidade de ação, em função da evolução da gravidade da emergência e o

acionamento de recursos externos que se façam necessários.

Os integrantes de cada equipe deverão ter o conhecimento prévio de suas atribuições,

devendo ser preparados para tal.

O PAE deve ser elaborado considerando os resultados do Estudo de Análise de

Riscos − EAR, com o objetivo de estabelecer uma sistemática de procedimentos e

ações que deverão ser seguidos pelos funcionários e contratados do empreendimento

em caso de ocorrências anormais ou que possam resultar em acidentes

socioambientais.

Desta forma, para a CGH Castro, após a determinação dos níveis de inundação e dos

tempos para o caminhamento da onda gerada por uma eventual ruptura da barragem

deve-se, considerando-se os impactos socioeconômicos e ambientais a jusante,

elaborar um Plano de Ação de Emergência – PAE, o qual deverá conter:

Identificação e avaliação de emergências;

Ações preventivas;

Procedimentos de notificação;

Fluxograma da notificação;

Sistemas de comunicação;

Acessos ao local;

Resposta durante períodos de falta de energia elétrica;

Resposta durante períodos de intempéries;

Fontes de equipamentos e mão de obra;

Estoques de materiais de suprimentos;

Fontes de energia de emergência;

Mapas de inundação;

Sistemas de advertência;

Apêndices.

O PAE deve ser implementado, testado, e regularmente atualizado, em termos das

instituições e pessoas que devem avisar ou serem avisadas, no caso de uma

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emergência com a estrutura da barragem. Esta etapa é de responsabilidade da

operadora da central hidrelétrica e deverá ser realizada continuamente.

Podem ser necessárias revisões dos cálculos e, por conseguinte, do próprio PAE, com

o intuito de aprimorar os cálculos desenvolvidos até aquele instante, introduzindo nos

cálculos as novas construções, as novas normas de projeto e de zoneamento,

alterações institucionais, e outras informações consideradas relevantes para a

proteção das populações ribeirinhas, bem como de sua economia.

Conforme determina o Art. 12, Parágrafo único, da Lei nº 12.334, de 20 de setembro

de 2010, o PAE deve estar disponível no empreendimento e nas prefeituras

envolvidas, bem como ser encaminhado às autoridades competentes e aos

organismos de defesa civil.

9.5.1 Responsabilidade pelo Programa

A implementação do Programa de Gerenciamento de Riscos − PGR e Plano de Ação

de Emergência − PAE é de responsabilidade da Flamboyant Energias Renováveis

Ltda. e das empresas contratadas para as atividades relacionadas.

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10. CONCLUSÕES

O presente Estudo Ambiental Preliminar é apresentado pela Construnível Energias

Renováveis Ltda visando a elaboração da avaliação dos impactos ambientais

decorrentes da implantação do empreendimento CGH Castro, em atendimento às

Resoluções do CONAMA 001/86 e 237/97 e CONSEMA 001/06 e 003/08 e Termo de

Referência para Estudo Ambiental Preliminar – EAP.

O estudo refere-se ao projeto do empreendimento denominado CGH Castro,

localizado no Rio Santana, o qual está projetado para ser implantado no município de

Paranaíba, no estado do Mato Grosso do Sul. A potência instalada do

empreendimento será de 3,00 MW, o que corresponde a uma energia média de 2,37

MW. Para a realização dos estudos foram feitos levantamentos in loco com o intuito

de avaliar o local e diagnosticar as alterações que serão provocadas pela implantação

do empreendimento. Além disso, foram utilizados dados secundários para maior

complementação das informações.

Para a caracterização dos solos ocorrentes nos locais de implantação das principais

estruturas da CGH foram realizados estudos geológicos, auxiliando na decisão dos

projetos físicos. Além disso, foi realizado o diagnóstico da qualidade da água do trecho

do empreendimento, sendo parte fundamental do estudo de implantação. Assim,

através do IQA (índice de qualidade de águas) foi possível verificar que o ambiente

diagnosticado apresenta boas condições, uma vez que além deste índice, os demais

parâmetros avaliados demonstraram condições satisfatórias. A única exceção em

relação a qualidade da água acontece em relação ao parâmetro coliforme totais, que

excedeu os limites aceitáveis especificados pela legislação CONAMA 357/2015.

Porém, apesar do fato, o parâmetro Escherichia coli, também avaliado no locar de

estudo, não apresentou resultados significativos, estando abaixo do limite

determinado. Para tanto, se este último parâmetro apresentasse resultados elevados

este resultado poderia confirmar matéria de origem fecal de animais de sangue

quente, como bovinos, equinos e até mesmo humano. Porém, não se descarta a

presença de outro gênero de bactéria que possa a causar algum dano à saúde

humana ou animal.

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Em relação à flora local, foi possível verificar que a estrutura e fisionomia da vegetação

se apresenta em transição entre os estágios inicial e médio de regeneração,

contemplando uma baixo número de espécies. Como supramencionado, o local

apresenta-se com escassos fragmentos de vegetação nativa, com características de

elevada ação antrópica. Conforme já relatado no prognóstico ambiental, as medidas

compensatórias relativas ao impacto da supressão na fase de implantação serão

realizadas recuperando as áreas degradadas e atividades de enriquecimento

ambiental.

No levantamento da fauna ocorrente na área obteve-se um resultado satisfatório em

relação à diversidade de espécies, embora a maioria sejam consideradas espécies

generalistas em relação à exigibilidade ambiental. Analisando a composição dos

grupos inventariados, ligados à variabilidade ambiental local, pode-se determinar que

o local fornece condições básicas de sobrevivência para os animais, sendo um

mosaico de ambientes, torna a fauna local bastante diversificada. Em relação às

espécies ameaçadas foram identificadas Myrmecophaga tridactyla e Crax fasciolata,

ambas classificadas como vulnerável. Para a ictiofauna, não foram identificadas

espécies endêmicas e/ou ameaçadas de extinção, porém, observa-se o registro de

Leporinus friderici, que possui hábitos migradores.

Quanto ao levantamento socioeconômico, identificou-se três propriedades na AID do

empreendimento, sendo que nenhuma encontra-se localizada na ADA, não

acarretando na remoção de nenhuma unidade familiar ou estrutura para a

implementação do empreendimento. Quanto às atividades produtivas, as

propriedades indicam seu uso para a produção animal e vegetal, com finalidade

econômico e de subsistência. O uso do solo das propriedades afetadas, caracteriza-

se principalmente por áreas destinadas de campo, com predomínio de árvores

isoladas, com baixa incidência de remanescentes de vegetação nativa. Cabe ainda

ressaltar que os proprietários das terras não apresentam nenhum óbice quanto a

instalação do empreendimento, sendo que o processo já se encontra em fase de

negociação.

Comparando a possibilidade de instalação ou não instalação do empreendimento,

prevê-se que ocorrerão notáveis modificações no ambiente. Apesar disso, a

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instalação do empreendimento virá a contribuir para a futura reconstituição das áreas

do entorno que hoje não possuem vegetação, restaurando as áreas degradadas,

sendo que a não instalação do empreendimento implicará na não reconstituição

dessas áreas e, possivelmente, mais ação antrópica ao longo do tempo.

A implantação do empreendimento também implicará em estudos de monitoramento

para acompanhamento da situação da fauna local, sendo um aspecto positivo que

resultará no progresso do conhecimento biológico do local, além de facilitar a tomada

de decisões de cunho ambiental diante as medidas de reconstituição e preservação a

serem tomadas. A não instalação do empreendimento, por outro lado, resultará na

falta de estudo, bem como a falta de medidas para melhorar o ambiente.

Além dos estudos relacionados à fauna, o monitoramento da qualidade da água do

Rio Santana é fundamental para que o ambiente se mantenha preservado, esta é de

extrema importância para as comunidades faunísticas do local, além de ser

extremamente importante para a boa conservação dos mananciais, lençóis freáticos

e da bacia hidrográfica. Outro aspecto positivo do empreendimento será a implantação

de programas de comunicação social, bem como os voltados para a educação

ambiental, onde prevê promover a consciência ambiental da comunidade, tendo como

foco a preservação e melhoria do ambiente saudável e economicamente sustentável.

As análises supramencionadas demonstram que apesar das alterações ocorrentes

nos ecossistemas diretamente afetados pelo empreendimento, compondo-se em

impactos negativos, tem-se a perspectiva de que em médio prazo, as medidas de

monitoramento, preservação e melhorias da qualidade ambiental da região afetada

poderão reverter, em parte, através de diversas ações, os danos ambientais gerados,

se seguidas às orientações contidas no presente estudo.

Diante do exposto acima e mais claramente detalhado nos capítulos que compõem o

presente Estudo Ambiental Preliminar, conclui-se que não foram identificados

aspectos socioambientais restritivos para a implantação do empreendimento,

considerando a implementação das medidas mitigadoras e programas propostos, que

mitigam a maioria dos impactos negativos e, principalmente, promove ganhos

significativos em termos de conservação da biodiversidade local. Além disso, o

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empreendimento é compatível legal e socialmente com a política ambiental e com a

legislação vigente do estado do Mato Grosso do Sul e do país.

Sendo assim, conclui-se que o empreendimento CGH Castro possui viabilidade

socioambiental, tornando-se passível de ser licenciada pela IMASUL – Instituto de

Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul.

11. REFERÊNCIAS

INTRODUÇÃO

ANEEL, Agência Nacional de Energia Elétrica. BIG – Banco de Informações de

Geração. Online. Brasília, DF. ANEEL, 2017. Disponível em: <

http://www2.aneel.gov.br/aplicacoes/capacidadebrasil/capacidadebrasil.cfm>.

FILHO, Ernesto Moreira Guedes; CAMARGO, José Márcio (orgs.). Setor elétrico

brasileiro: cenários de crescimento e requisitos para a retomada de

investimentos. Câmara Brasileira de Investidores em Energia Elétrica (CBIEE). São

Paulo: Parma Ltda, 2003.

LEGISLAÇÃO APLICÁVEL

BRASIL, Constituição Federal. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para assuntos Jurídicos, Brasília – DF, 05.10.88.

BRASIL, Lei Complementar nº 140. Fixa normas, nos termos dos incisos III, VI e VII do caput e do parágrafo único do art. 23 da Constituição Federal, para a cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios nas ações administrativas decorrentes do exercício da competência comum relativas à proteção das paisagens naturais notáveis, à proteção do meio ambiente, ao combate à poluição em qualquer de suas formas e à preservação das florestas, da fauna e da flora; e altera a Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981. Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para assuntos Jurídicos, Brasília – DF, 08.12.11.

BRASIL, Lei nº 3.824. Torna obrigatória a destoca e consequente limpeza das bacias hidráulicas dos açudes, represas e lagos artificiais. Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para assuntos Jurídicos, Brasília – DF, 23.11.60.

BRASIL, Lei nº 5.197. Dispõe sobre a proteção à fauna e dá outras providências. Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para assuntos Jurídicos, Brasília – DF, 03.01.67.

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BRASIL, Lei nº 6.938. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para assuntos Jurídicos, Brasília – DF, 31.08.81.

BRASIL, Lei nº 7.990. Institui, para os Estados, Distrito Federal e Municípios, compensação financeira pelo resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica, de recursos minerais em seus respectivos territórios, plataformas continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, e dá outras providências. (Art. 21, XIX da CF). Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para assuntos Jurídicos, Brasília – DF, 28.12.89.

BRASIL, Lei nº 8.001. Define os percentuais da distribuição da compensação financeira de que trata a Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989, e dá outras providências. Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para assuntos Jurídicos, Brasília – DF, 13.03.90.

BRASIL, Lei nº 9.433. Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21 da Constituição Federal, e altera o art. 1º da Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990, que modificou a Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989. Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para assuntos Jurídicos, Brasília – DF, 08.01.97.

BRASIL, Lei nº 9.605. Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente e dá outras providências. Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para assuntos Jurídicos, Brasília – DF, 12.02.98.

BRASIL, Lei nº 9.984. Dispõe sobre a criação da Agência Nacional de Águas - ANA, entidade federal de implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e de coordenação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, e dá outras providências. Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para assuntos Jurídicos, Brasília – DF, 17.07.00.

BRASIL, Lei nº 10.438. Dispõe sobre a expansão da oferta de energia elétrica emergencial, recomposição tarifária extraordinária, cria o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), dispõe sobre a universalização do serviço público de energia elétrica, dá nova redação às Leis n o 9.427, de 26 de dezembro de 1996, nº 9.648, de 27 de maio de 1998, n o 3.890-A, de 25 de abril de 1961, n o 5.655, de 20 de maio de 1971, n o 5.899, de 5 de julho de 1973, n o 9.991, de 24 de julho de 2000, e dá outras providências. Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para assuntos Jurídicos, Brasília – DF, 26.04.02.

BRASIL, Lei nº 11.428. Dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica, e dá outras providências. Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para assuntos Jurídicos, Brasília – DF, 22.12.06.

BRASIL, Lei nº 12.651. Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis nos 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428,

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de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nos 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências. Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para assuntos Jurídicos, Brasília – DF, 25.05.12

BRASIL, Lei nº 13.360. ltera a Lei nº 5.655, de 20 de maio de 1971, a Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002, a Lei nº 9.648, de 27 de maio de 1998, a Lei nº 12.111, de 9 de dezembro de 2009, a Lei nº 12.783, de 11 de janeiro de 2013, a Lei nº 9.074, de 7 de julho de 1995, a Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989, a Lei nº 9.491, de 9 de setembro de 1997, a Lei nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996, a Lei nº 10.848, de 15 de março de 2004, a Lei nº 11.488, de 15 de junho de 2007, a Lei nº 12.767, de 27 de dezembro de 2012, a Lei nº 13.334, de 13 de setembro de 2016, a Lei nº 13.169, de 6 de outubro de 2015, a Lei nº 11.909, de 4 de março de 2009, e a Lei nº 13.203, de 8 de dezembro de 2015; e dá outras providências. Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para assuntos Jurídicos, Brasília – DF, 17.11.16.

BRASIL, Decreto Federal nº 4.339. Institui princípios e diretrizes para a implantação da Política Nacional da Biodiversidade. Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para assuntos Jurídicos, Brasília – DF, 28.08.02.

BRASIL, Decreto Federal nº 4.541. Regulamenta os arts. 3º, 13, 17 e 23 da Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002, que dispõe sobre a expansão da oferta de energia elétrica emergencial, recomposição tarifária extraordinária, cria o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica - PROINFA e a Conta de Desenvolvimento Energético - CDE, e dá outras providências. Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para assuntos Jurídicos, Brasília – DF, 26.03.03.

BRASIL, Decreto Federal nº 6.660. Regulamenta dispositivos da Lei no 11.428, de 22 de dezembro de 2006, que dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica. Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para assuntos Jurídicos, Brasília – DF, 21.11.08.

BRASIL, Decreto Federal nº 99.274. Regulamenta a Lei nº 6.902/81 e a Lei nº 6.938/81, que dispõem, respectivamente sobre a criação de Estações Ecológicas e Áreas de Proteção Ambiental e sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, e dá outras providências. Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para assuntos Jurídicos, Brasília – DF, 06.06.90.

MATO GROSSO DO SUL, Lei Estadual nº 2.257. Dispõe sobre as diretrizes do licenciamento ambiental estadual, estabelece os prazos para a emissão de Licenças e Autorizações Ambientais, e dá outras providências. Campo Grande – MS, 09.07.01.

MATO GROSSO DO SUL, Lei Estadual nº 2.406. Institui a Política Estadual dos Recursos Hídricos, cria o Sistema Estadual de Gerenciamento dos Recursos Hídricos e dá outras providências. Campo Grande – MS, 29.01.02.

MATO GROSSO DO SUL, Lei Estadual nº 3.709. Fixa a obrigatoriedade de compensação ambiental para empreendimentos e atividades geradoras de impacto

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ambiental negativo não mitigável, e dá outras providências. Campo Grande – MS, 16.07.09.

MATO GROSSO DO SUL, Lei Estadual nº 3.886. Dispõe sobre a pesca e a aquicultura e estabelece medidas de proteção e controle da ictiofauna, e dá outras providências. Campo Grande – MS, 28.04.10.

MATO GROSSO DO SUL, Lei Estadual nº 3.992. Altera e acresce dispositivos à Lei nº 2.257, de 9 de julho de 2001, que dispõe sobre as diretrizes do licenciamento ambiental, e dá outras providências. Campo Grande – MS, 16.12.10.

MATO GROSSO DO SUL, Lei Estadual nº 4.163. Disciplina, no âmbito do Estado de Mato Grosso do Sul, a exploração de florestas e demais formas de vegetação nativa, a utilização de matéria prima florestal, a obrigação da reposição florestal e altera dispositivo da Lei nº 3.480, de 20 de dezembro de 2007. Campo Grande – MS, 02.01.12.

MATO GROSSO DO SUL, Lei Estadual nº 13.550. Dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma Cerrado no Estado, e dá providências correlatas. Campo Grande – MS, 02.07.09.

MATO GROSSO DO SUL, Decreto Estadual nº 10.600. Dispõe sobre a cooperação técnica e administrativa entre os órgãos estaduais e municipais de meio ambiente, visando ao licenciamento e à fiscalização de atividades de impacto ambiental local. Campo Grande – MS, 19.12.01.

MATO GROSSO DO SUL, Decreto Estadual nº 11.408. Disciplina o licenciamento ambiental dos empreendimentos e atividades localizados nas áreas de preservação permanente, e dá outras providências. Campo Grande – MS, 23.09.03.

MATO GROSSO DO SUL, Decreto Estadual nº 12.909. Regulamenta a Lei Estadual nº 3.709, de 16 de julho de 2009, que fixa a obrigatoriedade de compensação ambiental para empreendimentos e atividades geradoras de impacto ambiental negativo não mitigável, e dá outras providências. Campo Grande – MS, 29.12.09.

MATO GROSSO DO SUL, Decreto Estadual nº 13.990. Regulamenta a outorga de direito de uso dos recursos hídricos, de domínio do Estado de Mato Grosso do Sul. Campo Grande – MS, 02.07.14.

BRASIL, Resolução CONAMA nº 001. Diz respeito ao estabelecimento de definições, responsabilidades, critérios básicos e diretrizes gerais para o uso e implementação da Avaliação de Impacto Ambiental. CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente. Brasília – DF, 23/01/1986.

BRASIL, Resolução CONAMA nº 06. Estabelece os modelos de publicação de pedidos de licenciamento, em qualquer de suas modalidades, sua renovação e respectiva concessão de licença. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Brasília – DF, 24.01.86.

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BRASIL, Resolução CONAMA nº 06. Regulamenta o licenciamento ambiental para exploração, geração e distribuição de energia elétrica. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Brasília – DF, 16.09.87.

BRASIL, Resolução CONAMA nº 09. Regulamenta a Audiência Pública. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Brasília – DF, 03.12.87.

BRASIL, Resolução CONAMA nº 01. Dispõe sobre o Cadastro Técnico Federal de atividades e instrumentos de defesa ambiental. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Brasília – DF, 16.03.88.

BRASIL, Resolução CONAMA nº 30. Define vegetação primária e secundária nos estágios inicial, médio e avançado de regeneração da Mata Atlântica. Brasília – DF, 07.12.94.

BRASIL, Resolução CONAMA nº 09. “Considerando o disposto no artigo 225 da Constituição Federal, em especial a definição de Mata Atlântica como Patrimônio Nacional; Considerando a necessidade de dinamizar a implementação do Decreto nº 750/93, referente à proteção da Mata Atlântica; Considerando a necessidade de se definir "corredores entre remanescentes" citado no artigo 7º do Decreto nº 750/93, assim como estabelecer parâmetros e procedimentos para a sua identificação e proteção, Resolve:...” Conselho Nacional do Meio Ambiente. Brasília – DF, 24.10.96.

BRASIL, Resolução CONAMA nº 237. Revisão dos procedimentos e critérios utilizados no licenciamento ambiental. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Brasília – DF, 19.12.97.

BRASIL, Resolução CONAMA nº 279. Dispõe sobre procedimentos de RAS para empreendimentos elétricos. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Brasília – DF, 27.06.01.

BRASIL, Resolução CONAMA nº 302. Dispõe sobre os parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação Permanente de reservatórios artificiais e o regime de uso do entorno. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Brasília – DF, 20.03.02.

BRASIL, Resolução CONAMA nº 303. Dispõe sobre os parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação Permanente. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Brasília – DF, 20.03.02.

BRASIL, Resolução CONAMA nº 357. Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Brasília – DF, 17.03.05.

SEMADE, Secretaria de Estado de Meio Ambiente e do Desenvolvimento Econômico. Resolução SEMADE nº 09. Estabelece normas e procedimentos para o licenciamento ambiental Estadual, e dá outras providências. Campo Grande – MS, 13.05.15.

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SMA, Secretaria de Meio Ambiente. Resolução SMA nº 64. Dispõe sobre o detalhamento das fisionomias da Vegetação de Cerrado e de seus estágios de regeneração, conforme Lei Estadual n°13.550, de 2 de junho de 2009, e dá providências correlatas. São Paulo – SP, 10.09.09.

IBAMA, Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. Instrução Normativa nº 065. “Considerando as disposições da Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981 e seu Decreto Regulamentador nº 99.274, de 6 de julho de 1990, que institui a Política Nacional do Meio Ambiente e define licenciamento ambiental como um de seus instrumentos;...”. Ministério do Meio Ambiente. Brasília – DF, 13.04.05.

IMASUL, Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul. Portaria IMASUL nº 142. Estabelece as instruções gerais e rotinas para divulgação de Audiências Públicas como parte do Licenciamento Ambiental no âmbito do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul – IMASUL e dá outras providências. Campo Grande – MS, 26.10.10.

MMA, Ministério do Meio Ambiente. Portaria MMA nº 09. Define Áreas Prioritárias para a Conservação, Utilização Sustentável e Repartição de Benefícios da Biodiversidade Brasileira ou Áreas Prioritárias para a Biodiversidade. Brasília – DF, 23.01.07.

DESCRIÇÃO DO PROJETO

CARVALHO, Newton de Oliveira; FILIZOLA JÚNIOR, Naziano Pantoja; SANTOS, Paulo Marcos Coutinho dos; LIMA, Jorge Enoch Furquim Werneck. Guia de avaliação de assoreamento de reservatórios. Brasília: ANEEL. 2000. 140p. ELETROBRÁS/IPH. Diagnóstico das condições sedimentológicas dos principais rios brasileiros. Eletrobrás Centrais Hidrelétricas S.A./UFRGS/IPH. 1992. 99 p. FLÓREZ, R. O. Pequenas centrais hidrelétricas. São Paulo: Oficina de Textos, 2014. TESSMER, Hélio; PORT, Dagoberto. Interferências de aves em redes aéreas - a experiência da CEEE no Rio Grande do Sul – Brasil. Congresso Internacional de Redes Elétricas de Distribuição Cired Argentina’96. Janeiro, 1996. ÁREAS DE INFLUÊNCIA

BRASIL, Resolução CONAMA nº 001/86. Diz respeito ao estabelecimento de definições, responsabilidades, critérios básicos e diretrizes gerais para o uso e implementação da Avaliação de Impacto Ambiental. CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente. Brasília – DF, 23/01/1986.

MEIO FÍSICO

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AGUAS PARANÁ - Instituto das Águas do Paraná. Elaboração do Plano Estadual de Recursos Hídricos: diagnóstico das disponibilidades hídricas subterrâneas. Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos / Governo do Estado do Paraná. Curitiba: 2010. ALBA-TERCEDOR, J. & SÁNCHEZ-ORTEGA, A., 1988 – Un método rápido y simple para evaluar la calidad biológica de las aguas corrientes basado en el Hellawell (1978). In ALBA-TERCEDOR, J., J, 1996 – Macroinvertebrados Acuaticos y Calidad de las Aguas de los Rios. ALMEIDA, F. F. M. Tectônica da Bacia do Paraná no Brasil. São Paulo, Paulipetro, 1980. 187 p. ALMEIDA, F.F.M.; HASUI, Y.; BRITO NEVES, B.B. - 1976 - The upper Precambrian of South America. Bol. Inst. Geoc., USP, 7: 45-80. ANA – Agência Nacional de Águas. Implementação de práticas de gerenciamento integrado de Bacia hidrográfica para o Pantanal e Bacia do Alto Paraguai. ANA/SPR. Plano de Ação de Recursos Hídricos da Unidade de Gestão Hídrica Santana-Aporé: PARH Santana-Aporé. PRH Paranaíba, 2013. ANA. Agência Nacional de Águas. Região Hidrográfica do Paraná: A maior demanda por recursos hídricos do País. 2013. Disponível em: <http://www2.ana.gov.br/Paginas/portais/bacias/parana.aspx>. Acesso em: 07 mar. 2017. ANA - Agência Nacional de Águas. Plano de recursos hídricos e do enquadramento dos corpos hídricos superficiais da bacia hidrográfica do rio Paranaíba: resumo executivo / Agência Nacional de Águas. Brasília: ANA, 2013. 77 p.: il. BICUDO, D. de C.; FERRAGUT, C. CROSSETTI, L. O.; BICUDO, C. E. M. 2005. Efeitos do represamento sobre a comunidade fitoplanctônica do Reservatório de Rosana, baixo Rio Paranapanema, estado de São Paulo. In: Nogueira, M. G.; 104 Henry, R.; Jorcin, A. (Org.). 2005. Ecologia de reservatórios: Impactos potenciais, ações de manejo e sistemas em cascata. São Carlos: RiMa: 472p. BRASIL, Governo Federal. Geografia: tipos de clima. Brasília: 2013. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/sobre/meio-ambiente/geografia/tipos-de-clima>. Acesso em: 07 mar. 2017. BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Caderno da região hidrográfica do Paraná. Secretaria de Recursos Hídricos. Brasília: MMA, 2006b. BRASIL. MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA. Projeto Radambrasil. Folha SE . 21. Corumbá e parte da Folha SE. 20; Geologia, geomorfologia, pedologia, vegetação e uso potencial da terra. Rio de Janeiro, 1982. (Levantamento de Recurso Naturais, 27).

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BRASIL, Lei nº 12.651. Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis nos 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nos 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências. Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para assuntos Jurídicos, Brasília – DF, 25.05.12 BRASIL, Resolução CONAMA nº 001. Diz respeito ao estabelecimento de definições, responsabilidades, critérios básicos e diretrizes gerais para o uso e implementação da Avaliação de Impacto Ambiental. CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente. Brasília – DF, 23/01/1986. BRASIL, Resolução CONAMA nº 357. Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Brasília – DF, 17.03.05. HARLEY, K. L. S.; FORNO, I. W. Biological control of aquatic weeds by means of arthropods. In: Aquatic weeds. The ecology and management of nuisance aquatic vegetation. New York: Oxford Science Publications, p. 177-185, 1990. IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. Guia de Procedimentos do Licenciamento Ambiental Federal. Brasília: CELAF, 2002, 128 p. LAMPARELLI, M. C. Grau de trofia em corpos d’água do estado de São Paulo: avaliação dos métodos de monitoramento – São Paulo – Tese (Doutorado) – Instituto de Biociências – USP, p. 238, 2004. MacDONALD, E. G.; LANGELAND, A. K. Aquatic weed management alternatives for tropical areas. In: CONGRESSO DE LA ASOCIACION LATINOAMERICANA DE MALEZAS, Maracaibo. Anais. Maracaibo: p. 44-47, 2001. PIETERSE, A. H.; MURPHY, K. J. Aquatic weeds. New York: Oxford Science Publications, p. 593, 1990. SILVA, J.B.L.; MELO, E.C. e MATOS, A.T. Desenvolvimento de software para cálculo do IQA – Índice de Qualidade de Água. IV Congresso Brasileiro da Sociedade Brasileira de Informática Aplicada a Agropecuária e a Agroindústria – Monte pascoal Praia Hotel, Porto Seguro – Bahia, 17 a 19 de setembro de 2003. TUNDISI, J. G. TUNDISI, T. M. Limnologia. São Paulo, Edifício Oficina dos Textos, p. 631, 2008.