ESTRATEGIA RAMOS
-
Upload
apolitecnica -
Category
Documents
-
view
3 -
download
0
Transcript of ESTRATEGIA RAMOS
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO................................................22. REFERENCIAL TEÓRICO.......................................32.1. Estratégia Competitiva.................................32.2. Estratégia Genérica....................................42.2.1.Estratégias de custo................................42.2.2.Grau de integração..................................42.2.3.Estratégia de Diferenciação.........................4
2.3. Diferenciação de Produto...............................52.4. Diferenciação de Marca.................................52.5. Diferenciação de Preço.................................5
3. METODOLOGIA DE PESQUISA...................................63.1. Procedimentos de colecta e análise de dados............6
4. ESTUDO DE CASO............................................74.1. A Empresa..............................................74.2. Produtos – Mercados....................................84.2.1.Matriz Produtos – Mercados (Modelo Ansoff)..........84.2.2.Modelo Ansoff......................................104.2.3.Modelo de Ansoff aplicado a empresa Home Center, Lda.: 10
4.3. Diferenciação da concorrência.........................114.3.1.Produtos Complementares............................114.3.2.Factores que diferenciam a empresa da concorrência. 12
4.4. Estratégia de preço...................................134.5. Análise do grau de integração Vertical ou Horizontal. .144.5.1.Integração vertical................................144.5.2.Estratégia de integração horizontal................15
5. CONCLUSÃO................................................16
6. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS...............................17
1. INTRODUÇÃO
No âmbito da disciplina de Estratégia Empresarial-II, nasce a
presente pesquisa que debruça-se em torno de uma pesquisa
bibliográfica e uma empresa alvo de um estudo de caso que ira
sobre cair em três pontos principais a identificar durante o
trabalho.
Estratégia empresarial esta associada ao estabelecimento de
metas a longo prazo, as questões relevantes que uma
organização enfrenta e as decisões que ela tem que tomar a
respeito das mesmas, decisões estas que acabam determinando o
seu sucesso ou fracasso. As questões relevantes estão
relacionadas as fronteiras da empresa, análise de mercados e
concorrência, posicionamento e dinâmica e a organização
interna da empresa (PRAHALAD, 1998).
Em empresas de produtos mobiliários, o estabelecimento de
estratégias pode ser uma tarefa bastante árdua, pois o mercado
é extremamente dinâmico e as tecnologias tendem a ficar
obsoletas em questão de poucos anos. Conforme a estratégia
estabelecida, assim que a estratégia identificada que há um
novo segmento bastante atractivo inexplorado ela, pode optar
na criação de um novo produto e oferece-lo a um preço
apropriado a este novo publico-alvo (KOTLER, 2000).
Com o objectivo de estudar e analisar uma empresa através do
estudo de caso, no que diz respeito no primeiro capitulo a
identificação da carteira de produtos/marcados e sua dinâmica
o posicionamento estratégico da empresa alvo do estudo de
caso, no segundo capítulo a pesquisa em questão irá abordar
questões sobre analise do grau de integração vertical e ou
horizontal e por ultimo no terceiro capitulo o trabalho
debruçar-se-á na identificação do modelo/estratégia de
diversificação ou de internacionalização.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1. Estratégia Competitiva
Há algum tempo o tema estratégias ocupa lugar de destaque
entre os pesquisadores. Muitas escolas de pensamento tratam do
assunto, cada uma com o seu ponto de vista. Cada uma delas com
uma perspectiva única que focaliza um aspecto importante do
processo de formulação de estratégia. Assim, neste estudo será
tratada aquela que mais parece se adequar ao propósito de
estabelecer estratégias focalizando o mercado.
O que faz mais sentido neste estudo, já que o mesmo trata de
estratégias em um cenário extremamente competitivo. Aqui serão
levantados os estudos de estratégia de Michael Porter. Ele é
um dos mais relevantes estudiosos de temas como estratégias,
competitividade e posicionamento, assuntos que dominaram o
cenário empresarial na década de 1980. Sua grande contribuição
ao tema está na abordagem ao conteúdo da estratégia e na
adopção de práticas prescritivas para as empresas (MINTZBERG,
2000).
Associando esta abordagem a constatação de que as empresas de
varejo de moda ainda buscam profissionalização em sua actuação
(SENAI, 2004), nesta pesquisa optou-se por um aprofundamento
nas contribuições de Porter.
De acordo com Porter (1999), fazer bem coisas que são boas
para todos é somente um pressuposto da estratégia. O princípio
da estratégia competitiva é buscar uma posição competitiva
favorável em um mercado, exactamente onde ocorre toda a
concorrência. E isto significa escolher actuar no mercado com
um conjunto de diferentes actividades que proporcionem um mix
único de valores e que os concorrentes vão levar anos até
conseguir imitar.
O essencial da estratégia está em desempenhar actividades de
forma diferenciada ou desempenhar actividades diversas em
comparação aos rivais. Neste sentido, ter estratégia é
escolher actividades diferentes daquelas dos rivais, buscando
deliberadamente um plano de acção para desenvolver e ajustar a
vantagem competitiva da empresa.
Adoptar esta linha de acção significa demarcar uma posição
estratégica única e valiosa no mercado (PORTER, 1999; HOOLEY;
SAUNDERS E PIERCY, 2001; HITT, 2001).
2.2. Estratégia Genérica
Compreendendo suas próprias actividades de valor que podem
gerar vantagens competitivas e o ambiente no qual está
envolvida, a empresa deve enfrentar a concorrência através de
acções que sustentem uma posição no mercado.
A literatura já incorporou as fontes habituais de vantagem
competitiva que são baseadas em três estratégias básicas
propostas por Porter. Outros estudos apresentaram tipologias
concorrentes, mas infelizmente ainda não foram suficientemente
validadas para que se possa declarar sua aplicabilidade como
alternativa a Porter. (CARNEIRO; CAVALCANTI E SILVA, 1997).
Ele assume que as empresas sobrevivem à concorrência em longo
prazo com algumas poucas estratégias “genéricas”.
Para Porter (1999) as estratégias genéricas combinam uma
escolha sobre o tipo de vantagem competitiva a ser buscada com
o escopo do alvo estratégico. Assim, cada uma das actividades
da cadeia de valor passa a ser usada como fonte de estratégia
para agregar valor ao produto final ou serviço. E quase sempre
esse valor agregado assume a forma de custo menor ou de
exclusividade valorizada, podendo estas assumir a forma de
estratégia de enfoque no mercado (HOOLEY; SAUNDERS E PIERCY,
2001).
2.2.1. Estratégias de custo
Para Porter (2004) uma das estratégias genéricas das empresas
é aquela que consiste em atingir a liderança em custos totais
por meio de um conjunto de políticas orientadas para este fim.
A vantagem competitiva deste tipo de estratégia está em
conseguir manter estes custos mais baixos que os da
concorrência e sustentá-los.
2.2.2. Grau de integração
As decisões sobre verticalização ou integração afectam
consideravelmente os custos. Da mesma forma que produzir ou
terceirizar componentes também tem grande impacto no custo.
2.2.3. Estratégia de Diferenciação
Porter (2004) afirma que trata-se de uma estratégia utilizada
pelas empresas em que que se baseia na diferenciação de seu
produto ou serviço, criando algo único no âmbito de todo o
negócio. Uma vez utilizando a estratégia de diferenciação, a
empresa obterá maior lealdade de seus clientes já que estes
estarão dispostos a pagar mais para terem um produto
considerado diferenciado, além de receber menor pressão por
parte dos mesmos.
Análise similar pode ser feita considerando a menor
vulnerabilidade em relação a produtos substitutos e novas
empresas entrando no mercado (CARNEIRO; CAVALCANTI E SILVA,
1997).
2.3. Diferenciação de Produto
Os produtos também são vistos por alguns autores em vários
níveis: o genérico (o que todos oferecem), o esperado (o
mínimo que o cliente quer comprar), o aumentado (o que
apresenta surpresas para o cliente) e o potencial (aquele que
oferece a soma de todos os benefícios possíveis) (HOOLEY;
SAUNDERS E PIERCY, 2001).
Para as empresas oferecerem o produto genérico ou esperado com
algum diferencial elas devem atender as mesmas necessidades
dos clientes de forma diferenciada.
2.4. Diferenciação de Marca
Hooley, Saunders e Piercy (2001) acreditam que a diferenciação
pela marca coloca o consumidor no centro da construção de uma
posição sustentável no mercado. Desta forma, as empresas
passam a trabalhar com a ideia de uma única proposição
emocional ao evidenciar suas marcas.
2.5. Diferenciação de Preço
O preço só significará factor de diferenciação se tiver uma
base bem-sucedida de análise de custos. Caso contrário,
enveredar por uma guerra de preços mais baixos entre os
concorrentes pode levar uma empresa ao fracasso. Em geral,
essa estratégia tem sustentabilidade quando o produto não
apresenta grau de diferenciação alto (HOOLEY; SAUNDERS E
PIERCY, 2001).
3. METODOLOGIA DE PESQUISA
Uma estratégia de pesquisa é o estudo de caso que pode ser
exploratório, explanatório ou descritivo e é utilizado em
muitas situações tais como política, pesquisa em administração
publica, sociologia, estudos organizacionais e gerenciais.
Nessa estratégia a forma de pesquisa esta centrada no “como?”
e “por que”, focalizando acontecimentos contemporâneos, não
existindo controlo sobre eventos comportamentais (YIN, 2001).
O método escolhido para alcançar os objectivos desta pesquisa
exploratória foi um estudo de caso que, de acordo com Yin
(2001), permite a observação de variadas condições contextuais
de determinada situação, facilitando assim sua compreensão.
Para Yin (2001), o estudo de caso é uma forma de fazer um
estudo de pesquiza empírica, que investiga fenómenos
contemporâneos, dentro do seu contexto da vida real, em
situações cujas fronteiras entre o fenómeno e o contexto não
estão claramente estabelecidas.
Esta pesquisa contou com três etapas: a primeira foi realizado
um contacto com a empresa alvo de estudo de caso e também o
levantamento do referencial teórico que contemplasse o assunto
em questão, resultados em inquéritos de entrevista – técnico e
gerêncial, (Anexo A); na segunda etapa foi realizado um estudo
de caso propriamente dito, onde foram observadas as situações
e acções estratégicas efectivadas pela empresa; por fim,
última etapa abrangeu a realização da análise comparativa
entre as estratégias conceituais e a estratégia adoptada pela
empresa estudada apontando as convergências e divergências.
3.1. Procedimentos de colecta e análise de dados
A empresa seleccionada para o estudo é a Home Center, Lda,
descrita em detalhes no próximo capítulo, ela foi seleccionada
por conveniência uma vez que o parente de um dos membros
trabalha no escritório da empresa em estudo.
A colecta de dados derivou da pesquisa bibliográfica (Livros,
artigos académicos, comerciais e produzidos pela própria
empresa), foram identificados e abordados os principais
conceitos e aplicações sobre o assunto descrevendo os tópicos
sobre a estratégia empresarial por meio de entrevista semi-
estruturado.
A avaliação dos dados, utilizou-se a técnica de análise de
conteúdo de assuntos que aconteciam durante as reuniões ao
longo da elaboração dos estudo de caso e também das respostas
da entrevista. A seguir foi realizada uma análise de
convergência comparando os elementos resultantes da aplicação
na prática do estudo de caso e os principais elementos
conceituais sobre a estratégia e sua adopção, referenciados
pela literatura.
4. ESTUDO DE CASO
Neste capítulo será apresentado o estudo de caso de uma
empresa de mobílias, descrevendo seus produtos, suas
estratégias, mercado alvo da empresa conforme levantado na
entrevista.
4.1. A Empresa
Importa desde já e, antes de qualquer outra coisa, saber quem
é a empresa que estudamos e a pessoa a quem nos dirigimos e
que nos cedeu amavelmente todas as informações constantes
deste trabalho.
Firma: Home Center, Lda.
Actividade a que se dedica: Mobília e Mobiliário de Escritório
Endereço: Av. Angola 2356 - Maputo
Telefone: 21 465510 / 21 465523 ; 823235460/ 84300030
Fax: 21467053
E-mail: [email protected]
Site: http://www.homecenterlda.co.mz
Nome do responsável: Nuno Ribeiro (dono da empresa e
administrador).
4.2. Produtos – Mercados
Segundo Adriano Freire a finalidade de uma estratégia
empresarial é garantir que a empresa satisfaça as necessidades
dos clientes melhor que os seus concorrentes. Deste modo, a
estratégia deve ter sempre inicio numa visão comercial, a qual
determina em primeiro lugar quais os produtos a vender e em
que segmentos de mercado.
4.2.1. Matriz Produtos – Mercados (Modelo Ansoff)
Para melhor se identificar os produtos e os seus respectivos
segmentos de mercado deve-se fazer uma matriz Produtos –
Mercados. Nesta matriz são então, relacionados os produtos
vendidos com os segmentos de mercados servidos.
Além disto, esta matriz, visa também identificar novas
oportunidades comerciais através da identificação de novos
mercados alvos e mesmo novos produtos.
Esta matriz deve “oferecer uma perspectiva global dos vários
segmentos e necessidades a satisfazer, mesmo que a empresa não
comercialize todos os produtos” (Freire; 1997; p. 213). Assim,
vemos que a empresa estudada tem produtos específicos que são
comercializados em mercados específicos. Isto acontece devido
às necessidades dos clientes de cada mercado que são
diferentes. Cada um opta por um produto ao seu gosto
específico para o mercado onde se insere.
A empresa responde quase na totalidade apenas ao que os
clientes lhe pedem não fazendo muita propaganda dos seus
outros produtos. Há ainda mercados e produtos que foram
abandonados pela empresa. Temos como exemplo os EUA que a
empresa optou por abandonar com a queda do dólar e também
alguns produtos que antes comercializava como toalhas de
banho.
Segmentos de mercado
Mecado
Maputo
Produtos
Tabela 1 – Matriz Produtos – Mercados
O ideal seria que se analisasse a matriz produtos – mercados
dos concorrentes. Só assim conseguiríamos analisar da melhor
maneira e fazer a opção mais correcta para a gestão
estratégica da nossa matriz. A evolução da matriz produtos –
mercados pode, segundo o mesmo autor, assumir dois padrões
distintos:
Expansão versus redução – a empresa pode aumentar ou reduzir o
número de produtos comercializados ou segmentos servidos, de
acordo com a sua avaliação da respectiva atractividade.
Generalização versus especialização – a empresa pode alargar a
sua matriz de produtos – mercados para novas áreas ou manter a
especialização nos produtos ou segmentos originais.
Na nossa análise achamos que a empresa deveria optar por pela
saída generalização versus especialização e assim aumentar os
seus mercados. Uma maior diversificação poderia ser muito boa
para a empresa. Assim, devia apostar numa melhorada palete de
produtos e em novos mercados.
4.2.2. Modelo Ansoff
O modelo Ansoff apresenta quatro vias de desenvolvimento
estratégico da matriz de produtos – mercados. Podemos, então,
dizer que de acordo com este modelo, o desenvolvimento
estratégico da matriz de produtos – mercados pode ocorrer de
quatro maneiras distintas:
Penetração no mercado – a empresa continua a servir os mesmos
clientes com os mesmos produtos, mas tenta vender em maior
quantidade.
Extensão do produto – a empresa introduz novos produtos para
os mesmos segmentos de mercado.
Extensão do mercado – a empresa procura servir novos segmentos
de mercado com os mesmos produtos.
Diversificação – a empresa introduz novos produtos para os
novos segmentos de mercado. De preferência devem ser
exploradas sinergias tecnológicas ou comerciais, para
assegurar que a empresa detém competências nas novas áreas de
actuação.
Cada empresa segue as vias que melhor se encaixam ao seu
negócio e à sua estratégia. Assim, temos de escolher aquelas
que melhor se encaixam à empresa que estudamos.
4.2.3. Modelo de Ansoff aplicado a empresa Home Center,
Lda.:
Extensão do mercado – Esta empresa pode optar por esta via de
modo a que com os mesmos produtos consigam servir mais
segmentos (deviam apostar em novos países), converter não-
clientes (como por exemplo hospitais, hotéis, etc.) e tentar
chegar a novos revendedores que escolham estes produtos e os
escoem para novos mercados.
Extensão do produto – através do aumento da gama criamos novos
produtos como toalhas de banho e cozinha, cobertores, entre
outros. Com isso cativamos os actuais mercados.
Diversificação – ao mesmo tempo que fazemos a extensão do
produto utilizamos sinergias tecnológicas e comerciais, já
que, com o mesmo tipo de máquinas, funcionários, vendedores,
frota, etc., ou seja, com o mesmo processo produtivo e de
distribuição aproveitamos para os utilizarmos em novos
produtos.
A estratégia adoptada pela empresa em estudo segundo Ansoff, é
a penetração do mercado, que consiste em explorar novos
mercados com produtos já produzidos, visto que Maputo torna-se
cada vez mais muito pequena para partilharem concorrentes, a
empresa pretende a partir de ano de 2015 expandir o seu
mercado até Pemba sendo um mercado também atractivo e
existência de pouca concorrência e muitos consumidores com um
óptimo poder de compra. Futuramente, prevê internacionalizar-
se.
Modelo Ansoff aplicado a empres Home Center, Lda
Produto
Actual Novo
Mercad
o
Actual
Penetração do mercado
- Aumentar a
utilização
- Conquistar a quota
Extensão do produto
- Aumentar a gama
- Criar novos
produtos
Novo
Extensão do mercado
- Servir mais
segmentos
- Converter nao-
clientes
Diversificação
- Sinergias
tecnológicas
- Sinergias
comerciais
Tabela 2 – Tabela de modelo de Ansoff
4.3. Diferenciação da concorrência
4.3.1. Produtos Complementares
“Com frequência, a competição no mercado ocorre não entre
produtos ou serviços isolados, mas entre conjuntos de produtos
e serviços que se complementam na satisfação das necessidades
dos consumidores. Todos estes produtos e serviços
complementares podem contribuir para diferenciar a oferta da
empresa em relação a concorrentes que comercializam produtos
similares sem os serviços adicionais”.
A linha de produtos complementares pode ter dois efeitos
diferentes. Pode ser efeito de agrupamento ou efeito de
subsidiação cruzada.
Efeito de agrupamento – consiste na comercialização conjunta
de um grupo de produtos complementares.
Efeito de subsidiação cruzada – consiste na venda de um
produto com uma margem relativamente baixa com vista a
comercializar outro produto complementar com um retorno
superior.
No caso da empresa estudada existem produtos complementares
sendo eles os conjuntos de cozinha e os conjuntos de cama
(nestes conjuntos entram produtos da empresa como os lençóis e
as cortinas). Esta empresa não optou pela comercialização de
produtos complementares por iniciativa própria. Foram os
clientes e os seus pedidos que incitaram a empresa a
comercializar estes produtos. Os clientes é que pediram que a
empresa fabricasse os conjuntos de cozinha porque foram
produtos que passaram a estar na moda e em crescimento.
Deste modo as pessoas compram os aventais, as pegas, as
toalhas, tudo a combinar sem necessidade de optar por artigos
diferentes. O mesmo se passa com os conjuntos de cama que
incluindo os lençóis, as fronhas, os edredões, as cortinas,
faz com que as pessoas possam ter o quarto todo a combinar sem
necessidade de despender muito esforço em combinações
4.3.2. Factores que diferenciam a empresa da concorrência
O gerente da Loja afirma que de entre varias lojas de venda de
mobílias na cidade de Maputo que tem importado mobílias dos
países estrangeiros de modo a monta-las em seus armazéns, a
Home Center, Lda destaca-se como sendo uma das empresas que a
posta na fabricação das suas mobílias a partir da madeira
maciça, isto é, a loja Home Center, Lda obtém seu próprio
estaleiro, onde através da madeira nacional, produz mobílias
para diversos tipos de consumidores.
Essa faz parte de uma das principais vantagens que a Home
Center, Lda leva dos principais concorrente, pois o cliente
tem a possibilidade de efectuar o seu desenho de mobília em
que mais sonhou e torna-lo real; para além de beneficiar-se de
transporte dos produtos adquiridos até aos seus destinos.
Em suma a Home Center, cria vantagem competitiva face aos seus
clientes através de:
Uma empresa que lida com a realidade moçambicana
associando a cultura moçambicana com os produtos a
disposição;
Uma empresa que tem como matéria prima moçambicana que é
a madeira maciça;
Possui estaleiros próprios de modo a atender directamente
as ansiedades dos seus clientes satisfazendo os seus
desejos;
Proporciona ao seu consumidor, como gesto de
mocambicanidade transporte dos produtos comprados até aos
seus destinos sem custos adicionais;
Todos estes factores culminam ou tornam a empresa apreciável
diante dos seus concorrentes, atendendo e considerando que
varias loja optam por importar produtos estrangeiros, origens
desconhecidas por consumidores locais onde o consumidor é
condicionado ou dependente dos produtos que a loja oferece aos
seus clientes, pelo contrario a Home Center, Lda atende aos
desejos do seu publico alvo e trabalha de modo a satisfazê-los
me tempo determinado.
4.4. Estratégia de preço
Entende-se, no caso da Home Center, Lda, que o preço não se
posiciona como o principal apelo à aquisição do produto, mas
sim a sua diferenciação e qualidade. Testes realizados pela
empresa revelaram que a demanda pelo produto, da forma com que
se encontra posicionado, é relativamente inelástica.
A empresa em estudo esta nos melhores locais da cidade, por
ser uma avenida industrial onde seu público, de maior poder
aquisitivo esta. Para ela não há distinção de melhor loja,
seja de rua ou de shopping, o que interessa é estar onde
outras boas marcas concorrentes ou complementares possam
estar.
E também há um cuidado excessivo com as lojas, procurando
apresentar os produtos da melhor forma possível dentro das
mesmas. Da mesma forma, se preocupa com a atmosfera que as
lojas oferecem ao seu consumidor, cores, sons, aromas e
decoração, pois sabe que são elementos importantes para
construir relações duradouras com os seus consumidores.
É um factor de diferenciação uma vez que é reconhecido pelos
clientes como alto, mas justificável pela qualidade e design
do produto.
Cliente 1: “Não. O preço é caro. É caro mas acho que
compensa.”
Cliente 2: “ O preço da loja é um preço bastante caro, mais
que outras marcas como PROTEIA, mas é uma coisa muito boa e
compensa.”
Cliente 3: “Acho que os preços, ultimamente, tem saído um
pouco do padrão. Não questiono qualidade dos produtos mas acho
que marcas igualmente boas e com o mesmo estilo tem
apresentado produtos igualmente bons por preços que condizem
mais com a realidade da região.”
No entanto para a empresa estudada, a política de preço é
aquela que o mantém equivalente aos seus concorrentes. Neste
caso, a empresa procura se diferenciar de seus concorrentes
oferecendo outros benefícios, ou se preocupa também em
oferecer produtos de preços variados para equilibrar a oferta.
O responsável vai mais longe em dizer que: não adianta, você
tem como elaborar produtos baixando um pouco o preço mas sem
cair a qualidade, você tem como achar madeira mais barata, pra
ter um custo melhor. Assim, para manter a diferenciação como
sua estratégia de negócio a empresa parece usar de muitas
formas para conseguir chegar onde pretende.
4.5. Análise do grau de integração Vertical ou
Horizontal
4.5.1. Integração vertical
A integração vertical consiste na integração na empresa de
todas ou apenas algumas actividades operacionais. Ou seja, na
execução de várias funções de um negócio sob o controlo de uma
só empresa. A empresa necessita pois, de identificar quais as
actividades que, pela sua maior ou menor importância, devam
ser integradas ou desintegradas da empresa, sendo que as
desintegradas são produzidas exteriormente. A desintegração
vertical ocorre, então, quando diferentes organizações são
responsáveis pela execução de diferentes actividades.
De acordo com Adriano Freire “convém pois definir à partida o
âmbito da integração vertical de uma empresa, seleccionando as
funções a desempenhar a montante ou a jusante na cadeia
operacional” (1997; p. 273).
A montante encontram-se as actividades de pesquisa e
desenvolvimento, compras e produção. A jusante encontram-se as
actividades de marketing, distribuição e serviço.
4.5.2. Estratégia de integração horizontal
Na integração horizontal, envolve o crescimento através da
aquisição de empresas concorrentes numa mesma linha de
negócios. É adoptada num esforço para aumentar seu porte,
vendas, lucros e participação potencial no mercado de uma
organização.
A empresa resolve adquirir concorrentes ou associar-se com
empresas que produzem produtos complementares aos seus,
gerando uma nova linha de negócio para mercados atuais ou
novos mercados.
No caso em estudo, após ser questionado acerca do recurso ou
não a estratégia de integração horizontal, o responsável
afirmou que:
Para além de não ter a capacidade financeira e ao mesmo tempo
um concorrente com o mesmo ideal ou pensamento em integrar-se
horizontalmente, aplicando esta estratégia haverá um obstáculo
na percepção do consumidor. A integração horizontal geralmente
toma a forma de uma fusão ou aquisição, e essas acções tendem
a ser percebidos como gananciosos ou agressivo.
Como resultado, a empresa final pode sofrer uma má reputação e
diminui na boa vontade do consumidor. Empresas maiores podem
achar que as leis de anti-monopólio lento, ou mesmo suspender
processos de integração horizontal, anulando qualquer efeito
de redução de custos.
A empresa não adere a estratégia de integração horizontal, por
facto de não estar preparado financeiramente, pois qualquer
mudança estratégica acarreta sempre custo mesmo que seja
reduzido e que encontra-se estável usando as únicas
estratégias que tem.
5. CONCLUSÃO
Como recomendação a estudos futuros sugere-se o aprofundamento
dos temas propostos em cada um dos objectivos específicos de
forma individual principalmente no que diz respeito ao
posicionamento. Este oferece singularidade de pesquisa se
confrontar a visão da empresa ao posicionamento na percepção
dos clientes.
A presente pesquisa teve como objectivo principal investigar
como uma empresa, consegue se manter no mercado extremamente
competitivo de hoje. Sabe-se que o mercado hoje passa por
mudanças cada vez mais rápidas e que as empresas precisam
conseguir mapear suas vantagens competitivas para conseguir se
destacar dos concorrentes. Por isso, descrever as estratégias
de uma empresa de moda pode significar expansão do
conhecimento para muitas outras empresas do mesmo ramo de
negócio que carecem ainda de profissionalização.
Neste sentido, esta pesquisa, tendo como estrutura a resposta
aos seus objectivos específicos, proporcionou a identificação
dos seguintes aspectos relevantes conforme estão relatados a
seguir.
É possível identificar que no mercado da moda surgem novidades
em termos de gestão a todo o momento. Muitas empresas não se
restringem ao seu modelo de negócio inicial e partem para
outros tipos negócio mesmo sem ter a expertise necessária. È o
caso, por exemplo, de empresas de vestuário que passam a
vender e fabricar acessórios e vice-versa.
Neste sentido, os novos entrantes no mercado de mobílias, se
multiplicam exponencialmente à medida que os empresários de
moda sugerem poder variar de negócio como quem varia de roupa.
E não necessariamente esta mudança acontece pautada em
estratégias focadas. Mas as barreiras de entrada, como a
retaliação de concorrentes já experientes, por exemplo,
demonstrarão ao longo do tempo seu sucesso ou fracasso.
A experiência neste mercado também parece ser fundamental para
se conseguir minimizar a força da ameaça de fornecedores e
consumidores. Manter uma parceria constante com os
fornecedores para agilizar fornecimento e saber ouvir os
consumidores para acertar no produto vendido é o que o tempo
de mercado mostra que é possível fazer para melhorar a
efectividade das estratégias no ramo de mobilias.
6. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
MINTZBERG, Henry; AHLSTRAND, Bruce; LAMPEL, Joseph. Safári de
Estratégia: um roteiro pela selva do Planejamento Estratégico.
Porto Alegre: Bookman, 2000.
PARENTE, JURACY. Varejo no Brasil: gestão e estratégia.1ª. Ed.
São Paulo: Editora Atlas, 2000.
PORTER Michael E. Competição On Competition: estratégias
competitivas essenciais. 2ª. Ed. Rio de Janeiro: Campus, 1999.
ANSOFF, H. Igor. A nova estratégia empresarial. São Paulo:
Atlas, 1990.
GHEMAWAT, Pankaj. A estratégia e o cenário dos negócios: texto
e casos.
Porto Alegre: Bookman, 2000.
ZACARELLI, Sérgio B. Estratégia e sucesso nas empresas. São
Paulo: Saraiva, 2000.