CURSO DE DIREITO ADMINISTRATIVO – TEORIA E EXERCÍCIOS – ANALISTA (JUDICIÁRIA E EXECUÇÃO DE...
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Curso Teórico de Direito Administrativo para TRT PR Profº Cyonil Borges – Aula 00
Prof. Cyonil Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 46
AULA 00: DEMONSTRATIVA
Concursandos de todo o Brasil,
Os concursos de TRT são sempre bem concorridos, e, cada vez mais,
o nível de concorrência é fica mais “bizarro”.
Claro que, no final das contas, quem faz a concorrência é você. O
ensino está cada vez mais democrático. E apoiar-se por excelentes
materiais é um diferencial. Os materiais do curso Estratégia são,
certamente, os melhores do Brasil, e, por isso, independentemente
do Estado em que você mora, poderá ter acesso ao conteúdo
programático, e, assim, “lutando” com paridade de armas.
Saliento que ser costume dos Tribunais, especialmente os TRTs, a
convocação de número expressivo de candidatos ao longo do prazo
de validade. Então, faz o concurso, depois não adianta chorar, a Inês
é morta!
Os(as) amigos(as) devem ter notado que, cada vez mais, os
concursos rimam com democracia. Alguns não têm (não tinham)
acesso à informação de boa qualidade. Outros não têm tempo para se
deslocar para um curso tradicional (presencial). Trânsito, tempo para
estacionar, preciosos minutos que poderiam ser utilizados mais
eficientemente.
Daí a grande vantagem dos cursos não-presenciais (cursos a
distância): além de “democratizar” a informação, a qual passa a
chegar a quem quer que o seja, aonde o seja, permite que
economizemos um tempo enorme com “esforços intermediários”,
normalmente feitos para realização de cursos tradicionais
(presenciais).
A participação no curso Estratégia tem sido extremamente
gratificante, uma vez que nos dá a oportunidade do contato com
pessoas dos mais diversos lugares do Brasil, todos agregados em
torno do objetivo comum: a sonhada (e sempre alcançada!)
aprovação no concurso público.
Momento do comercial .
Farei o acréscimo de alguns dos meus resumos de aula e esquemas,
os quais serão objeto de futuro Manual (aguardem!). Sou autor dos
livros Resposta Certa (editora Saraiva), Licitações e Contratos
(editora Campus) e, mais recentemente, Questões Discursivas de
Direito Administrativo (licitações, controle externo, finanças,
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controle da Administração e outros temas), pela editora Método/Gen.
Estou nos retoques finais para a publicação dos livros de Direito
Tributário e Constitucional.
Sou colaborador do site www.tecconcursos.com.br. É um site com
questões comentadas, complementar ao curso em pdf. Atualmente,
conta com mais de 82 mil questões cadastradas e 24 mil questões já
comentadas por Professores. Será permitido, em um futuro bem
breve, que os alunos possam contribuir com comentários. É uma
ferramenta democrática. O preço é irrisório, pelo menos para os
concursandos que passam em prova de concurso. Costumo brincar
que, se dispensar um sanduíche do MC Donald’s, paga a
mensalidade.
Nessa aula zero trabalharemos parte do conteúdo de princípios da
Administração. Os princípios formam a base para o aprendizado do
direito administrativo brasileiro.
Ah! Apesar de ser um curso teórico, vou postar algumas questões de
FCC e outras bancas para a fixação do conteúdo programático.
Ah! Não percam o cronograma do curso. Vejamos:
ANALISTA JUDICIÁRIO (Áreas Administrativa e
Judiciária)
Aula 00 (17/12/2012) - Apresentação do curso.
Aula 01 (21/12/2012) - Administração pública: princípios
básicos.
Aula 02 (24/12/2012) – Ato administrativo: conceito, requisitos e atributos; anulação, revogação e convalidação;
discricionariedade e vinculação.
Aula 03 (28/12/2012) - Poderes administrativos: poder
hierárquico; poder disciplinar; poder regulamentar; poder de polícia; uso e abuso do poder.
Aula 04 (31/12/2012) - Serviços Públicos: conceito e princípios;
delegação: concessão, permissão e autorização.
Aula 05 (04/01/2013) Organização administrativa: administração direta e indireta; centralizada e descentralizada;
autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista. Órgãos públicos: conceito, natureza e
classificação.
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Aula 06 (07/01/2013) - Servidores públicos: cargo, emprego e função públicos. Lei nº 8.112/90 (regime jurídico dos servidores
públicos civis da União). Parte I
Aula 07 (11/01/2013) - Servidores públicos: cargo, emprego e função públicos. Lei nº 8.112/90 (regime jurídico dos servidores
públicos civis da União). Parte II
Aula 08 (11/01/2013) - Processo administrativo (Lei nº 9.784/99): das disposições gerais; dos direitos e deveres dos
administrados.
Aula 09 (14/01/2013) - Controle e responsabilização da administração: controle administrativo; controle legislativo.
Aula 10 (18/01/2013) - Responsabilidade civil do Estado.
Aula 11 (21/01/2013) - Lei nº 8.429, de 2/6/92: das
disposições gerais; dos atos de improbidade administrativa.
Aula 12 (25/01/2013) - Licitações e Contratos administrativos:
Lei nº 8.666/93: Conceito, finalidade, princípios, objeto, obrigatoriedade, dispensa, inexigibilidade e vedações,
modalidades, procedimentos, anulação e revogação, sanções, pregão presencial e eletrônico, sistema de registro de preços.
Aula 13 (28/01/2013) - Lei nº 10.520/2002. Características do
contrato administrativo. Formalização e fiscalização do contrato. Aspectos orçamentários e financeiros da execução do contrato.
Sanção administrativa. Equilíbrio econômico-financeiro. Garantia contratual. Alteração do objeto. Prorrogação do prazo
de vigência e de execução.
TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA,
ANALISTA JUDICIÁRIO – ESPECIALIDADE MEDICINA - e
ANALISTA JUDICIÁRIO – ESPECIALIDADE TECNOLOGIA
DA INFORMAÇÃO.
Aula 00 (17/12/2012) - Apresentação do curso.
Aula 01 (21/12/2012) - Administração pública: princípios
básicos.
Aula 02 (24/12/2012) - Ato administrativo: conceito, requisitos
e atributos; anulação, revogação e convalidação;
discricionariedade e vinculação.
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Aula 03 (28/12/2012) - Poderes administrativos: poder
hierárquico e poder disciplinar.
Aula 04 (31/12/2012) - Serviços Públicos: conceito e princípios.
Aula 05 (04/01/2013) - Licitação: princípios, modalidades,
dispensa e inexigibilidade.
Aula 06 (07/01/2013) - Contratos administrativos: conceito e
características.
Aula 07 (11/01/2013) - Servidores públicos: cargo, emprego e
função públicos. Lei nº 8.112/90 - Regime Jurídico dos
Servidores Públicos Civis da União.
Aula 08 (14/01/2013) - Processo administrativo (Lei nº
9.784/99): das disposições gerais; dos direitos e deveres dos
administrados.
Aula 09 (18/01/2013) - Processo administrativo (Lei nº
9.784/99): das disposições gerais; dos direitos e deveres dos
administrados.
Aula 10 (21/01/2013) - Lei nº 8.429/92: das disposições
gerais; dos atos de improbidade administrativa.
Com relação à ilustre FCC, peço aos amigos que tomem algumas
providências para resolver exercícios com maior rendimento (depois
visitem lá o www.tecconcursos.com.br).
Façam muitas questões. A banca, apesar de andar “escondendo” suas
provas recentes, tem muita prova no mercado. Procurem e façam os
exercícios.
1. Quando for ler a questão, antes de olhar para qualquer
alternativa leia bem o caput, e grife o que a banca pede, ela
adora pedir para que se marque a alternativa INCORRETA,
os desatentos não percebem e, quando vão para a questão,
o primeiro quesito que encontram é um correto, como eles
têm certeza de que aquela está correta, pulam para a
próxima questão e erram uma (ou várias) por desatenção.
2. Apesar de ser um curso teórico, vamos fazer algumas
questões para a fixação da matéria.
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Isso aí. É hora de iniciarmos a aula 00 (princípios da Administração
Pública).
A aula de princípios é versão demonstrativa.
Espero vê-los no curso completo. Se você vai adquirir o
curso regular, peço imprimir a aula 01, pois contempla o tópico
de princípios em sua integralidade.
Vamos que vamos.
Cyonil Borges.
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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
As questões, a seguir, referem-se, em parte, ao tópico do edital
“Princípios da Administração Pública”. O objetivo do curso é, ao lado
das questões, apresentar várias dicas teóricas sobre a matéria.
Assim, que tal, antes de ingressarmos nas questões,
propriamente ditas, vencermos breves considerações teóricas
sobre regime jurídico?
De pronto, vamos definir a expressão “regime” isoladamente.
Regime quer dizer o conjunto de normas e de princípios
aplicáveis a uma determinada situação. Muitas vezes a expressão é
conjugada com um qualificativo, um termo, que lhe trará
adjetivação. Por exemplo:
- Regime de concurso público: para passar no concurso público,
devemos seguir um conjunto de normas e de princípios, caso
contrário, o resultado final (passar no concurso) não será
facilmente alcançável.
- Regime de peso: para emagrecer devemos seguir um conjunto de
regras (caminhar uma hora/dia) e de princípios (evitar a gula), sob
pena de não alcançarmos o objetivo desejado.
- Regime de escola militar: para cumprir o estágio militar,
devemos acordar cedo, malhar (natação, corridinha mixuruca que
não dá nem pra cansar), estudar, passar pela provação das refeições
(carne de monstro, jacuba das cores mais variadas), enfim, cumprir
uma série de princípios e de regras, sob pena de não alcançarmos a
excelência na formação militar.
Trazendo agora para a nossa realidade, há, igualmente, regime
jurídico. Há regime jurídico de servidores. Há regime jurídico
de licitações. Nesses casos, a expressão diz respeito às normas
principais aplicáveis aos servidores e às licitações,
respectivamente.
Vencida esta etapa, pergunto: será que o regime jurídico adotado
pela Administração é formado só por normas de Direito Público? Será
que a Administração acha-se sempre em posição de verticalidade
(unilateralidade, império) sobre os administrados? Se negativa a
resposta, qual o instrumento para a opção do regime jurídico: a
CF/1988 e a Lei?
Vamos ao velho estilo “Jack” (por partes).
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Quem já ouviu falar em Caixa Econômica Federal (CEF)?
Todos, obviamente. A CEF é empresa pública da União (é do Estado,
portanto).
E o Banco do Brasil (BB), alguém já ouviu falar?
Claro que sim! O BB é sociedade de economia mista da União (é do
Estado, em conclusão).
Será que tais entes são pessoas jurídicas de Direito Público ou de
Direito Privado? Será que o regime é de Direito Público ou de Direito
Privado? O direito público é marcado pela unilateralidade,
enquanto que o direito privado pela igualdade jurídica. Lembram?
Façamos, agora, a leitura do art. 173, §1º, da CF/1988:
A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública,
da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias
que explorem atividade econômica de produção ou
comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo
sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de
1998)
(...)
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis,
comerciais, trabalhistas e tributários;
Em síntese: a CF/1988 definiu, a priori, o regime das empresas
governamentais como de Direito Privado (próprio das empresas
privadas), não deixando, portanto, qualquer espaço para a adoção
de regime jurídico distinto. Assim, temos que nem sempre o Estado
se submete integralmente às normas de Direito Público.
Façamos a leitura, nesse instante, do art. 175 da CF/1988:
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Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei,
diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre
através de licitação, a prestação de serviços públicos.
Parágrafo único. A lei disporá sobre:
I - o regime das empresas concessionárias e
permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de
seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de
caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão;
(...).
Distintamente das empresas do Estado (CEF e BB, por exemplo),
em que o regime é, primordialmente, de Direito Privado, nos
termos da CF/1988, percebemos que a Lei disporá sobre o regime
das empresas concessionárias, logo, podendo ser: Direito
Público ou Direito Privado ou Híbrido (público e privado).
Em suma: nem sempre a Administração Pública é regida só
por normas de Direito Privado, podendo o regime ser definido
como de Direito Público, além da própria CF/1988, pelo legislador
ordinário.
Essa submissão ora ao Direito Público, ora ao Direito Privado, ou a
ambos, levou parte dos doutrinadores à classificação de que existe
algo maior que regime jurídico administrativo, é o Regime
Jurídico DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (ou regime jurídico
administrativo, em sentido amplo). Responsável, assim, por
englobar tanto as normas de Direito Público (regime jurídico-
administrativo), como as de Direito Privado (regime jurídico de
direito privado), aplicáveis à própria administração em situações
específicas.
Chegamos à conclusão de que o conceito de “DA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA” é MAIOR que “ADMINISTRATIVO”. Assim, regime
jurídico DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA não abrange tão-
somente o regime JURÍDICO-ADMINISTRATIVO, como também
o de DIREITO PRIVADO.
No entanto, é no regime jurídico-administrativo (de Direito
Público) que a Administração dispõe de prerrogativas (de força,
de supremacia sobre os particulares). Isso ocorre em razão do
significado que o Estado representa na sociedade: a de ser
responsável pelo cumprimento dos interesses coletivos
(públicos).
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Em consequência, a Administração Pública dispõe de “poderes
especiais” que não são colocados à disposição do particular.
Como exemplos de tais prerrogativas: o exercício do poder de
polícia, a desapropriação de bens, a possibilidade de aplicação
de sanções administrativas independentemente da
intervenção judicial.
Todavia, no regime jurídico-administrativo, não há só
prerrogativas (autonomia). Jamais! Existem também as
restrições (liberdade), contrapartida das prerrogativas. Vamos a
mais um exemplo.
Imagine que a Administração Pública tenha de adquirir veículos
e toma conhecimento que uma loja está com uma “promoção”, com
preços bastante inferiores aos correntes no mercado. Poderia o
Administrador livremente, ao seu arbítrio, adquirir os veículos?
Sonoramente, NÃO!
A razão disso que é Constituição Federal submete a Administração
ao dever de licitar suas aquisições (art. 37, inc. XXI), restringindo
o que se poderia nominar de “liberdade” da Administração em realizar
contratos.
Portanto, o regime jurídico-administrativo poderia ser resumido
em duas expressões: prerrogativas e sujeições do Estado no
desempenho de suas atividades Administrativas.
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Ainda quanto aos regimes jurídicos aplicáveis à Administração, como
já se disse, a Administração Pública pode estar submetida,
preponderantemente, a normas do Direito Privado. É o que
acontece, por exemplo, na exploração de atividades econômicas
por parte do Estado.
Com efeito, como sobredito, o inc. II do §1º do art. 173 da CF/1988
estabelece que as empresas públicas e sociedades de economia
mista que explorem atividades econômicas se submetem às
mesmas normas que valem para as empresas privadas quanto a
direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributárias.
Assim, o Banco do Brasil, sociedade de economia mista federal, ao
atuar no mercado, submete-se às mesmas “regras do jogo” que
valem para os bancos privados.
A doutrina clássica costuma firmar que, nestes casos, os órgãos ou
entidades da Administração Pública se encontram em posição
“horizontal” quando comparados ao particular.
Cuidado especial, no entanto, merece ser dado. Por mais que a
Administração Pública submeta-se predominantemente ao
Direito Privado, esta submissão não é integral. Isso se dá
porque, ao fim, o papel dos órgãos/entidades da Administração é o
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alcance do interesse público, independentemente de qual
regime jurídico é aplicável ao caso. Por exemplo: a CEF e o BB
devem licitar, devem realizar concursos públicos, ou seja, apesar de
não gozarem de prerrogativas, contam com restrições de
Direito Público.
Prontos? Vamos, agora, avançar pelas questões propostas.
1) (2010/FCC – ALESP – Procurador) NÃO se inclui, dentre as expressões da supremacia do interesse
público, como princípio constitucional do Direito Administrativo:
(A) A exigibilidade, significando a previsão legal de sanções ou providências indiretas que induzem o administrado a acatá-los.
(B) A constituição de terceiros em obrigações mediante atos unilaterais.
(C) Dentro de certos limites, a revogação dos atos inconvenientes e inoportunos.
(D) O dever de anular ou convalidar os atos inválidos que haja praticado.
(E) A ideia de que a Administração tem que tratar todos os
administrados sem distinção.
Comentários:
Revimos que o regime jurídico administrativo alicerça-se em dois
primados: o da indisponibilidade do interesse
público/legalidade e o da supremacia do público sobre o
privado.
O primeiro traduz as restrições/sujeições, enfim, os DEVERES
impostos aos administradores da coisa pública. O segundo é tradutor
das prerrogativas, enfim, dos PODERES garantidos aos
administradores para o manejo da coisa pública.
Partindo da premissa de que supremacia são PODERES, vamos
vasculhar os itens e marcar aquele que traduz DEVER (restrição ou
sujeição).
Na alternativa A, faz-se o registro da exigibilidade. Esta é atributo
do ato administrativo. Atributo é uma característica do ato
administrativo que o diferencia do ato de direito privado. Isso
mesmo. São notas peculiares que singularizam os atos do Estado,
dando-lhe PODER.
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Na alternativa B, temos a representação do atributo da
imperatividade, o tal PODER EXTROVERSO.
Na alternativa C, a banca alude à revogação. Esta é uma forma de
desfazimento que decorre do PODER DE AUTOTUTELA DA
ADMINISTRAÇÃO, nos termos da Súmula 473 do STF.
Assim, um bom candidato ficaria entre as alternativas “D” e “E”.
Perceba que, “maliciosamente”, a banca, no item “D”, inicia com o
substantivo “DEVER”, dirigindo o candidato a “cair de cabeça”.
Acontece que a anulação é aplicação do PODER DE AUTOTUTELA.
Ou seja, a Administração não precisa do Poder Judiciário para
fiscalizar seus próprios atos, tendo a PRERROGATIVA de revê-los
por vício de legalidade (anulando-os ou consertando-os) e por
conveniência e oportunidade (revogando-os). Excelente quesito!
Ficamos, assim, com a alternativa E. A ideia de que a Administração
tem que tratar todos os administrados sem distinção é, sem
dúvida, uma RESTRIÇÃO, SUJEIÇÃO, daí sua correção.
Gabarito: alternativa E.
2) (2006/FCC – Advogado/CEAL) Os princípios constitucionais que regem a Administração Pública
podem ser expressos ou implícitos, são multifuncionais,
sendo certo que, dentre outras características,
I. norteiam a elaboração legislativa e a aplicação das normas
jurídicas (função orientadora);
II. não permitem uma compreensão global e unitária do texto
constitucional, ou ainda, a harmonia na aplicação do direito
(função supletiva);
III. esclarecem o sentido, a dimensão e o conteúdo nas normas
jurídicas (função interpretativa);
IV. têm funções normogenética e discricionária, mas
desprovidas de funções sistêmica e vinculante.
É correto o que consta APENAS em
a) I e II.
b) I e III.
c) I e IV.
d) II e IV.
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e) III e IV.
Comentários:
Oi lá! À semelhança do que fizemos na parte de Regime Jurídico, que
tal algumas considerações sobre os princípios da Administração antes
de adentrarmos, propriamente, nas questões de FCC?
A palavra princípio quer significar o que vem antes ou depois?
Claro que antes!
Os princípios são os vetores fundamentais que alicerçam o edifício
jurídico (das regras). Não são discricionários, ao contrário disso,
são “comandos” vinculantes e inspirados na atividade legislativa e,
também, na administrativa.
Há quem diga que a não observância aos princípios é mais grave que
ignorar o comando legal, afinal, os princípios têm função
normogenética, ou seja, na genética (DNA) das leis
encontramos os princípios.
Fácil perceber, portanto, que os princípios são dotados de carga
normativa mais perene do que as regras jurídicas,
principalmente porque não há hierarquia material entre
princípios (princípio da eficiência é o mais recente, porém, não
apaga a legalidade, convivem sim harmonicamente). Com um
exemplo bem pragmático, fica mais tranquilo entender o queremos
dizer com relação à ausência de hierarquização entre princípios.
Imaginem a construção de um prédio. Começamos por onde? Pela
sua base, claro, seus alicerces, que devem estar nivelados, para que
o prédio não corra risco de desmoronar. Se tivéssemos uma parte do
alicerce mais elevada que as demais, nosso prédio certamente
tombaria (exceção feita para a Torre inclinada de Pisa ).
Pois bem. Nosso “prédio”, daqui por diante, é a Administração
Pública. E seus pilares, seus princípios, dão suporte a TODA
atividade da Administração, e as janelas são as regras (leis). Ah!
Quebrar a janela é menos grave que derrubar um dos alicerces,
concordam?
Alguns desses “pilares” são explícitos na Constituição e constam
do caput do art. 37 da CF/1988, por exemplo. Outros são
encontrados implicitamente no texto constitucional, são
depreendidos do sistema jurídico-administrativo-constitucional.
Outros princípios vêm em textos legais, como os do art. 2º da Lei
9.784/1999 (Lei de Processo Federal), e, por fim, a doutrina
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pátria “constrói” inúmeros princípios, a partir da interpretação
da ordem jurídica.
Como dito, por serem orientativos, os princípios constitucionais não
possuem, entre si, hierarquização conceitual: não há princípio
mais ou menos importante, TODOS são de igual importância. Vem
a pergunta: se não há hierarquia, como resolver eventuais
conflitos?
Em síntese: o que acontece, em um caso concreto, é que um (ou
mais de um) princípio pode prevalecer quando comparado a
outro (princípio da preponderância de interesses).
Assim, devemos afastar a “velha” ideia de que o princípio da
legalidade está além, acima, dos demais, em razão do estrito
dever de a Administração obedecer à lei, por intermédio de seus
agentes. O entendimento é equivocado.
Com efeito, como dito, os princípios não possuem, entre si,
hierarquização material: não há princípio mais ou menos
importante, todos se equiparam. Explicando de uma forma mais
“construtiva”.
Foi realizada uma comunicação anônima no TCU ou no MPF a respeito
de fatos graves praticados no âmbito da Administração Pública. Ora,
o texto constitucional veda o anonimato (inc. IV do art. 5º), logo,
deve o TCU ou o MP determinar o arquivamento do processo?
Não é bem assim. Se, por um lado, a liberdade de expressão não é
absoluta, impedindo o abuso quanto à opinião, garantindo-se a
identificação do eventual denunciante; por outro, não há
impedimento para que o TCU e o MP adotem medidas de ofício (por
iniciativa sua) para averiguação de fatos informados mediante
documentos apócrifos.
A Administração Pública não pode se furtar de atender o interesse
público. Assim, imagine-se que os fatos comunicados ao Estado
sejam extremamente graves e que possuam claros indícios de serem
verdadeiros. Poderia o Estado simplesmente não apurar por
conta da sobredita vedação ao anonimato? Claro que não!
Deveria apurar, mas não em um processo autuado como denúncia,
mas noutro, como, por exemplo, numa representação da Unidade
Técnica.
Dessa forma, a denúncia não seria conhecida, mas a situação seria
apurada, se fundamentada estivesse. Pergunta-se: qual seria o
princípio a amparar essa apuração de ofício? Além da
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legalidade, impessoalidade e moralidade, o princípio da
verdade real (ou material) determinaria a apuração.
Abaixo, as análises dos quesitos.
Item I – CORRETO. Norteiam a elaboração legislativa e a
aplicação das normas jurídicas (função orientadora).
Item II - INCORRETO. Os princípios, além da função sistêmica,
permitem uma compreensão global do texto constitucional e a
harmonia na aplicação do direito.
Item III - CORRETO. Os princípios, de fato, servem para
esclarecer o sentido, a dimensão e o conteúdo nas normas
jurídicas (função interpretativa).
Item IV - INCORRETO. Os princípios têm funções
normogenética e vinculante, providos de função sistêmica.
Gabarito: alternativa B.
3) (2010/FCC – PMSPE – CIÊNCIAS CONTÁBEIS) A Administração Pública sujeita-se à observância de
determinados princípios, insculpidos na Constituição Federal.
Em relação a esses princípios, é correto afirmar que
(A) aplicam-se também às entidades integrantes da
Administração indireta, exceto àquelas submetidas ao regime
jurídico de direito privado.
(B) o princípio da eficiência passou a sobrepor-se aos demais
princípios gerais aplicáveis à Administração, com o advento da
Emenda Constitucional no 19, que consolidou o modelo de
Administração Gerencial.
(C) o princípio da moralidade é considerado um princípio
prevalente e a ele se subordinam o princípio da legalidade e
eficiência.
(D) o princípio da eficiência, ligado ao conceito de
Administração Gerencial, aplica-se apenas às empresas públicas
e sociedades de economia mista que atuam no domínio
econômico.
(E) todas as entidades integrantes da Administração Pública,
direta e indireta, independentemente de seu regime jurídico,
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estão obrigadas a observar o princípio da legalidade, da
moralidade, da impessoalidade e da eficiência.
Comentários:
Em termos de texto constitucional, o Capítulo VII, do Título III (Da
organização do Estado), da Constituição da República Federativa do
Brasil, consagra as normas básicas regentes da Administração
Pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios (alcance
amplo, não?); e proclama os princípios constitucionais essenciais
para a probidade e transparência na gestão da coisa pública. São
princípios constitucionais expressos da Administração Pública
(LIMPE):
Legalidade;
Impessoalidade;
Moralidade;
Publicidade e
Eficiência.
Isso mesmo. Tais princípios valem para TODOS os Poderes, de
TODOS os entes integrantes da Federação Brasileira (União;
Estados; Distrito Federal, e Municípios), e respectivas
Administração Direta e Indireta (se você não sabe o que é
significa direta e indireta, fica tranquilo(a)), isso será visto mais à
frente). É útil, nesse contexto, a transcrição do dispositivo
constitucional:
Art. 37 - A administração pública direta e indireta de qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios obedecerá aos princípios de Legalidade, Impessoalidade,
Moralidade, Publicidade e Eficiência e, também, ao seguinte: (...).
Exatamente por isso a alternativa “E” está perfeita! Os princípios
aplicam-se a toda a Administração Direta e Indireta,
independentemente de seu regime jurídico.
A seguir, vejamos os erros nos demais quesitos.
(A) aplicam-se também às entidades integrantes da
Administração indireta, exceto INCLUSIVE àquelas submetidas ao
regime jurídico de direito privado.
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(B) o princípio da eficiência passou a sobrepor-se aos A
CONVIVER, DE FORMA EXPRESSA, COM OS demais princípios
gerais aplicáveis à Administração, com o advento da Emenda
Constitucional no 19, que consolidou o modelo de Administração
Gerencial.
(C) o princípio da moralidade é considerado um princípio
prevalente EXPRESSO e a ele se subordinam ALINHAM o princípio
da legalidade e eficiência.
(D) o princípio da eficiência, ligado ao conceito de Administração
Gerencial, aplica-se apenas às empresas públicas e sociedades de
economia mista que atuam no domínio econômico.
Gabarito: alternativa E.
4) (2002/Esaf – AFC/STN) A Lei nº 9.784, de
29/01/1999, que regula o processo administrativo no
âmbito da Administração Pública Federal, impôs a
observância de alguns princípios já previstos
expressamente na Constituição então vigente, tais como
os de
a) legalidade, moralidade, eficiência e ampla defesa.
b) legalidade, razoabilidade, publicidade e economicidade.
c) legitimidade, segurança jurídica, economicidade e publicidade.
d) eficiência, eficácia, impessoalidade e proporcionalidade.
e) impessoalidade, publicidade, motivação e eficácia.
Comentários:
A questão é de ESAF, mas nos serve para demonstrar que, além dos
princípios expressos na CF, a Lei 9.784/1999 introduziu outros
princípios de forma expressa.
Vamos aproveitar a questão para reproduzir o art. 2º da Lei
9.784/1999 (Lei de Processo Administrativo Federal – Lei do
PAF):
A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos
princípios da legalidade, finalidade, motivação,
razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla
defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse
público e eficiência.
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Inúmeros princípios, além daqueles constantes da Constituição
Federal, foram positivados (reproduzidos, previstos) em nossa
ordem jurídica para a Administração Federal pela Lei n.
9.784/1999.
Chegamos, assim, à alternativa A, afinal Moralidade, Eficiência,
Legalidade (art. 37, caput) e ampla defesa (art. 5º) são princípios
expressos também na CF, de 1988.
Nas alternativas “B” e “D”, apenas a legalidade e eficiência são
reproduzidos nos dois diplomas.
Nas alternativas “C” e “E”, não há qualquer princípio comum aos dois
diplomas.
Gabarito: alternativa A.
5) (2010/FCC - MPA - Agente Administrativo) Dois estudantes debatiam quanto aos Princípios da
Administração Pública. Um deles afirmou que NÃO é um dos princípios da administração pública a:
A) legalidade.
B) moralidade.
C) pessoalidade.
D) publicidade.
E) eficiência.
Comentários:
Corre que é sua! “Mata no peito” e corre para o abraço! No LIMPE, o
“P” é de publicidade e não de PESSOALIDADE. O princípio
aplicável é o da impessoalidade, daí a incorreção da alternativa C.
Gabarito: alternativa C.
6) (2006/FCC – PMJAB/PROCURADOR) Principiologia no Direito Público.
I. Quanto aos seus efeitos, o princípio da legalidade apresenta
alcance e repercussões distintos em relação aos particulares e à
Administração Pública.
II. À luz do princípio da legalidade, o ordenamento
constitucional pátrio prevê, como regra geral, a expedição de
decretos ou regulamentos autônomos.
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III. Consoante o princípio da reserva legal, apenas lei em
sentido formal pode legitimar a atuação da Administração
Pública.
IV. Em consequência do princípio da legalidade, a
Administração sempre pode agir quando a lei não a proíba.
V. O poder regulamentar norteia, restringe e, portanto, delimita
o alcance do princípio da legalidade no Direito Público.
Estão corretas:
a) I e III b) I e V c) II e III d) II e IV e) todas.
Comentários:
Sabemos que os princípios da Administração possibilitam a
responsabilização dos agentes estatais, bem como visam garantir a
honestidade do emprego dos dinheiros públicos.
Para Maria Sylvia, sendo o Direito Administrativo de elaboração
pretoriana e não codificado, os princípios representam papel
relevante nesse ramo do direito, permitindo à Administração e ao
Judiciário estabelecer o necessário equilíbrio entre os direitos
dos administradores e as prerrogativas da Administração.
Para concluir que a partir dos princípios da legalidade e da
supremacia do interesse público sobre o particular se
constroem os demais, enfim, tais princípios precedem os
demais. Atenção: não confundir “preceder” com “prevalecer”.
Prevalecer remete-nos a ideia de hierarquia, e, como sabemos,
inexiste hierarquia material entre os princípios.
O princípio da legalidade é da essência do Estado de Direito e, por
isso, fundamental para o Direito Administrativo, já que este
nasce com aquele. É fruto da necessária submissão do Estado à
Lei. Consagra a ideia de que por meio da norma geral, abstrata e,
portanto, impessoal, editada pelo Poder Legislativo, a atuação da
Administração objetiva a concretização da vontade geral (art.
1º, parágrafo único, da CF/1988).
De acordo com a acepção doutrinária clássica do princípio da
legalidade, a Administração Pública só pode fazer aquilo que a
norma determina, permite, autoriza, de modo expresso ou
implícito.
Então, prontos? Vamos aos quesitos.
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Item I - CORRETO. O princípio da legalidade é um só, porém, o
alcance e repercussões são distintos em relação aos particulares
e à Administração Pública.
Item II - INCORRETO. Os decretos autônomos foram reinseridos
pela EC 32, de 2001. O art. 84, inciso VI, da CF, de 1988, permite ao
chefe do Executivo a expedição de tais instrumentos para a
organização e funcionamento da Administração Pública e para
a extinção de funções e cargos vagos. No entanto, essa
permissão é excepcional, daí o erro do quesito.
Item III - CORRETO. Excelente quesito! É muito comum acharmos
que o princípio da legalidade refere-se ao atendimento exclusivo da
lei expedida pelo Poder Legislativo. A história não é bem assim! O
princípio da legalidade não se confunde com o da reserva legal.
A reserva legal, como o próprio nome autodenuncia, exige que a
matéria seja veiculada por meio de lei formal.
Já a legalidade, em seu sentido amplo, abarca desde os
legislativos (os primários) até os mais comezinhos atos
administrativos normativos, como, por exemplo, regulamentos,
portarias e instruções.
Item IV - INCORRETO. A legalidade para os administradores quer
significar “deve fazer assim”, ou seja, só pode fazer ou deixar
de fazer o que a lei permitir ou autorizar.
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Item V - INCORRETO. O poder regulamentar norteia e delimita
o alcance do princípio da legalidade no Direito Público. No entanto,
os regulamentos não servem para restringir o alcance das leis,
afinal não compete aos administradores restringir onde o legislador
não restringiu!
Gabarito: alternativa A.
7) (2006/FCC – TCE/CE). A Assembleia Legislativa, no exercício de sua atípica função administrativa, ao aplicar,
de ofício, “resolução” por ela anteriormente editada, atua em conformidade com:
(A) o princípio da reserva legal.
(B) o princípio da legalidade.
(C) seu poder de revisão.
(D) seu poder regulamentar.
(E) o princípio da autotutela.
Comentários:
Questão de fixação e excelente! Imagino que bons candidatos
tenham marcado poder regulamentar, alternativa “D”, não é?
Acontece que o poder regulamentar é privativo do Chefe do
Executivo, daí a incorreção da alternativa D.
Resta-nos, portanto, as alternativas “A” e “B”. Opa! A reserva legal
refere-se à expedição de matérias por meio de lei formal. Ora,
resoluções dotadas de abstração e generalidade, mas não são
leis formais. Corre para o abraço e marca alternativa “B”. Isso
mesmo. A legalidade é mais ampla do que o princípio da
reserva legal.
Gabarito: alternativa B.
8) (2010/FCC – TRE/AL – TÉCNICO) Quando se afirma que o particular pode fazer tudo o que a lei não proíbe e que a Administração só pode fazer o que a lei determina
ou autoriza, estamos diante do princípio da:
(A) legalidade.
(B) obrigatoriedade.
(C) moralidade.
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(D) proporcionalidade.
(E) contradição.
Comentários:
O princípio da legalidade é um só. Seja o previsto no art. 5º, II, da
CF, de 1988, seja o estabelecido no art. 37, caput, da CF, de 1988.
Apesar de um só, o alcance e os nomes são diferentes.
A primeira previsão é dirigida aos particulares, os quais podem
fazer TUDO que a lei permite e TUDO que a lei não proíbe (a
legalidade constitucional).
A segunda diz respeito aos agentes públicos, os quais só podem
fazer o que a lei autoriza, quando e como autoriza, enfim, na
inexistência de amparo legal, não pode a Administração
operacionalizar os seus atos, tirante situações excepcionais, como,
por exemplo, agressão estrangeira (a legalidade administrativa).
Daí a correção da alternativa A.
Gabarito: alternativa A.
9) (2002/Esaf – Fiscal de Tributos Estaduais/PA) Assinale a situação que não se relaciona com o princípio
da impessoalidade, em alguma das suas acepções.
a) Vedação ao uso da imagem da autoridade para promoção
pessoal.
b) Provimento de cargo público efetivo mediante concurso
público.
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c) Anulação de ato cometido com desvio de finalidade.
d) Verificação da presença do interesse público em todo ato
cometido pela Administração Pública.
e) Obrigação da divulgação pública dos atos oficiais.
Comentários:
Vamos conversar um pouco sobre o princípio da impessoalidade. Esse
foi o objetivo de “copiar” esta questão de ESAF.
Pode-se dizer que o princípio da impessoalidade tem uma “tripla
formulação”, “três faces”.
Numa primeira visão, para parte da doutrina, a impessoalidade
como princípio significa que o administrador público só deve
praticar atos voltados à consecução do interesse público.
Por tal princípio, o tratamento conferido aos administrados em geral
deve levar em consideração não o “prestígio” social por estes
desfrutado, mas sim suas condições objetivas em face das normas
que cuidam da situação, tendo em conta o interesse público, que
deve prevalecer.
Para esses doutrinadores, a atuação impessoal determina uma
atuação finalística da Administração, ou seja, voltada ao melhor
atendimento dos interesses públicos. Desse modo, o princípio da
impessoalidade é sinônimo de finalidade.
Em outra interessante acepção do princípio da impessoalidade, os
atos e provimentos administrativos são imputáveis NÃO ao
funcionário que os pratica, mas ao órgão ou entidade
administrativa em nome do qual age o funcionário.
Por essa linha, pelos atos dos agentes responde a Administração
Pública, em razão da impessoalidade de atuação daqueles. A tese
é consagrada em diversos momentos da nossa atual Constituição
Federal, como no art. 37, §6º do texto constitucional:
As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que
seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado
o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou
culpa.
Vê-se que a pessoa jurídica à qual é vinculado o agente
responde pelo dano causado por este, nitidamente devido à
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impessoalidade da atuação funcional. Portanto, o agente tem sua
atuação imputada ao órgão/entidade a que se vincula (teoria
do órgão ou da imputação volitiva).
Uma terceira face da impessoalidade pode ser encontrada no art.
37, inc. II, por exemplo. Ao se exigir concurso público para o acesso
aos cargos públicos, o legislador prezou pelo mérito, sem criar
discriminações benéficas ou detrimentosas, em observância ao
princípio da isonomia ou igualdade.
Assim, a atividade administrativa deve dar-se segundo critérios de
bom andamento do serviço público, afastando-se favoritismo ou
mesmo desfavoritismos.
Lúcia Figueiredo explica que a impessoalidade pode levar à
igualdade, mas com ela não se confunde. É possível haver
tratamento igual a determinado grupo (que estaria satisfazendo
o princípio da igualdade), porém, se ditado por conveniências
pessoais do grupo e/ou do administrador, estará infringindo a
impessoalidade. É verdade que estão próximos os princípios, mas
certamente não se confundem.
Gabarito: alternativa E.
10) (2007/FCC – TJ/PE). Com relação aos princípios constitucionais da Administração Pública, considere:
I. A Constituição Federal proíbe expressamente que conste
nome, símbolo ou imagens que caracterizem promoção pessoal
de autoridade ou servidores públicos em publicidade de atos,
programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos.
II. Todo agente público deve realizar suas atribuições com
presteza, perfeição e rendimento funcional.
As afirmações citadas correspondem, respectivamente, aos
princípios da:
(A) impessoalidade e eficiência.
(B) publicidade e moralidade.
(C) legalidade e impessoalidade.
(D) moralidade e legalidade.
(E) eficiência e publicidade.
Comentários:
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A seguir, algumas aplicações práticas do princípio da
impessoalidade. Vejamos:
§1º do art. 37 da CF/1988:
A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos
órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de
orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou
imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades
ou servidores públicos.
Volta, agora, e releia o item I proposto pela organizadora!
Art. 18 da Lei 9.784/1999 (Lei de Processo Administrativo
Federal): regras de impedimento e de suspeição. Responda
rápido: se você fosse o julgador de processo administrativo em que o
acusado é sua JARA ou SURU (nomes carinhosos para a sogra ), o
resultado seria favorável?
Bom, de uma forma ou de outra, haveria uma inclinação do agente, a
qual poderia comprometer o resultado do processo, manchando-o
com a parcialidade, daí o dever do agente decretar-se impedido
para o julgamento.
Atos praticados por agente de fato (putativo): é o particular
que ingressou na Administração Pública, no entanto, de forma
irregular. É o agente “denorex” (parece que é, mas não é), e, de
acordo com a teoria da aparência, seus atos praticados serão
considerados válidos perante terceiros de boa-fé.
Art. 100 da CF/1988: o regime célere e eficaz de pagamento de
dívidas do Estado – precatórios. A inscrição observa, de regra, uma
ordem cronológica de apresentação, proibida a designação de
casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias.
Assim, o candidato seria inclinado a marcar, de cara, alternativa “A”,
sem a análise do Item II. Não que esteja incorreta, mas é uma
atitude perigosa. Explico. Quando o gestor utiliza do dinheiro
público para autopromoção é óbvio que ofende o princípio da
impessoalidade. Porém, mancha também o princípio da
moralidade administrativa. Por isso, na boa, peço que façam a
análise sempre completa do quesito. Assim, pela análise do item I,
temos as alternativas “A” e “D” como possíveis respostas.
O item II é a “prova dos NOVE”. A realização das atribuições com
presteza, perfeição e rendimento funcional é, certamente,
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aplicação do princípio da eficiência. Corre para o abraço e marca
alternativa A.
Gabarito: alternativa A.
11) (2003/Esaf – Contador Prefeitura do Recife) A rejeição à figura do nepotismo no serviço público tem
seu amparo original no princípio constitucional da:
a) moralidade
b) legalidade
c) impessoalidade
d) razoabilidade
e) eficiência
Comentários:
As próximas quatro serve-nos para “trabalhar” o princípio da
moralidade. Vamos que vamos. Atrás vem gente! A fila anda!
Questão bem interessante! O ponto chave da questão é a leitura
atenta do enunciado. Perceba que a banca se refere a amparo
original.
Como sabemos, a Administração Pública Burocrática surge,
conceitualmente, na 2ª metade do séc. XIX, em conjunto com o
Estado Liberal. Constituiu, inicialmente, uma forma de combater
determinadas mazelas, como a corrupção e o nepotismo, próprios
da forma de Administração Pública até então predominante: o
patrimonialismo (a figura do soberano confundia-se com a do
próprio Estado). Houve uma tentativa de se atingir um sistema
racional-legal do estilo Weberiano, mais legal e moral.
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Enfim, o nepotismo, em sua origem, tem estreita ligação com o
princípio da moralidade. No entanto, é óbvio que se aplica,
igualmente, os princípios da impessoalidade e da eficiência. O
toque de mágica, portanto, foi o uso da expressão “amparo original”.
Vou aproveitar a questão para trabalhar as regras sobre o nepotismo,
tema de grande incidência nos últimos concursos.
Nepotismo funciona como uma espécie de favoritismo,
preferência, por alguns. No direito administrativo brasileiro, o
nepotismo tem sido identificado pela nomeação de parentes para
cargos de chefia.
Não há uma LEI que vede, expressamente, o nepotismo no
âmbito de todas as esferas federativas. Não obstante prática
indesejável, o nepotismo não seria, então, uma ilegalidade
explícita, por falta de lei que assim estabeleça.
Todavia, além do princípio da legalidade, cabe observar e aplicar
outros princípios constitucionais na produção de atos administrativos.
O nepotismo precisa ser combatido, integrando todos os
princípios constitucionais, o que, por sorte da moralidade e da
eficiência, já foi feito pelo Supremo Tribunal Federal - STF.
Ao apreciar a Ação Declaratória de Constitucionalidade 12/2006 –
ADC 12, em que se discutia Resolução do CNJ, a qual vedava a
nomeação de parentes dentro do Poder Judiciário, a Corte
Constitucional entendeu que o nepotismo é uma afronta a
princípios de Administração Pública constantes do art. 37 da
CF/1988, principalmente aos princípios da impessoalidade,
moralidade, eficiência e igualdade.
Os amigos concursandos mais atualizados se questionam: é verdade
que só o Poder Judiciário está sujeito à vedação do
nepotismo? Não é verdade! Vejamos.
Com base no princípio da eficiência, da moralidade, e em outros
fundamentos constitucionais, o STF, por meio da Súmula
Vinculante 13, entendeu que viola a Constituição a nomeação de
cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por
afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante
ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de
direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em
comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na
administração pública direta e indireta.
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A presente Súmula só faz reafirmar o entendimento do STF: a
vedação ao nepotismo não exige edição de lei formal, visto que
a proibição é extraída diretamente dos princípios
constitucionais que norteiam a atuação administrativa.
Com a edição dessa Súmula, a regra do nepotismo, antes só
existente no Poder Judiciário (Resolução do CNJ), foi estendida
para qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante
designações recíprocas (o que a doutrina chama de nepotismo
cruzado).
No entanto, duas exceções à Súmula merecem destaques.
A primeira diz respeito aos servidores já admitidos via concurso
público, os quais, na visão do STF, não podem ser prejudicados em
razão do grau de parentesco, inclusive porque tais servidores
passaram por rigorosos concursos públicos, tendo, portanto, o mérito
de assumir um cargo de chefia, de direção. Se entendêssemos
diferente disso, alguns servidores seriam punidos eternamente,
apesar de competentes para galgarem postos mais elevados.
A segunda está na Reclamação 6650 – PR. Nesta oportunidade, o STF
reafirmou seu posicionamento no sentido de que a Súmula 13 não
se aplica às nomeações para cargos de natureza política
(Secretário Estadual de Transporte, no caso da decisão).
Relativamente aos membros dos Tribunais de Contas, o STF
recentemente afirmou, categoricamente, que os tais agentes são
simples auxiliares do Legislativo, estes os legítimos políticos, não
podendo, portanto, serem enquadrados como políticos, e, assim,
detentores de cargos administrativos, de natureza técnica. Logo,
a nomeação de parentes não constituirá exceção à vedação do
nepotismo (fiquem de olho!).
Por todo o exposto, fácil observar que não faltam instrumentos de
combate a condutas e atos ofensivos ao princípio da moralidade
administrativa. Cabe aos órgãos competentes e aos cidadãos em
geral diligenciar para que todos estejam realmente mais envolvidos
com os valores morais que devem inspirar uma sociedade justa e
igualitária.
Gabarito: alternativa A.
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12) (2003/Esaf – Auditor-Fiscal do Trabalho – MTE) Entre os seguintes princípios constitucionais da
Administração Pública, assinale aquele que é mais
diretamente vinculado aos costumes, reconhecidos também como fonte de Direito:
a) moralidade
b) eficiência
c) publicidade
d) legalidade
e) impessoalidade
Comentários:
O princípio da moralidade é “velho” conhecido, no entanto, explícito
no texto constitucional a partir de 1988. Distintamente das normas
legais, as diretrizes da moralidade não tem forma concreta e
determinada. As regras morais estão na consciência dos
indivíduos, fruto dos padrões culturais. Isso mesmo. Vinculação
direta aos costumes. Daí a correção da alternativa A.
Na doutrina francesa, Maurice Hauriou, depois de diferenciar a moral
comum da moral jurídica, define a moralidade jurídica como o
conjunto de regras de conduta tiradas da disciplina interior da
Administração.
Portanto, a conduta da Administração deve ser mais exigente do
que simples cumprimento da frieza das leis, deve-se divisar o
justo do injusto, o lícito do ilícito, o honorável do desonorável,
o conveniente do inconveniente. A moralidade passa a ser
pressuposto de validade dos atos do Estado, em toda nossa
atuação estão presentes princípios da lealdade, da boa-fé, da
fidelidade funcional.
Lúcia de Figueiredo esclarece que a anulação de atos provenientes do
excesso de poder é fundada tanto na noção de moralidade
administrativa quanto na legalidade, de tal sorte que a
Administração é ligada, em certa medida, pela moral jurídica,
particularmente no que concerne ao desvio de poder.
Lealdade, boa-fé, honestidade são preceitos éticos desejados pela
sociedade que nos remunera direta ou indiretamente. Por isso, o
princípio da moralidade pode ser considerado a um só tempo
dever do administrador e direito público subjetivo.
Gabarito: alternativa A.
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13) (2005/Esaf – AFRFB) Os princípios constitucionais da legalidade e da moralidade vinculam-se,
originalmente, à noção de administração:
a) patrimonialista.
b) descentralizada.
c) gerencial.
d) centralizada.
e) burocrática.
Comentários:
Questão de fixação. A Administração Pública passou (e passa) por
três gramáticas bem definidas: patrimonialismo (fase dos “ismos” –
nepotismo, corruptismo, enfim, todo tipo de favoritismos),
burocracia (construída com base nos ideais do sistema racional-
legal, preocupada com a moralidade e com a legalidade) e o
gerencialismo (foco nos resultados, no controle a posteriori).
Logo, foi com a Administração Burocrática que,
ORIGINALMENTE (palavra-chave), pensou-se no combate ao
nepotismo e à corrupção. É nesta gramática, portanto, que temos
os primeiros traços da legalidade e moralidade.
A seguir, algumas aplicações práticas do princípio da moralidade:
Art. 5º, LXXIII (ação popular);
Art. 37, § 4º, e 85, V, (atos de improbidade administrativa)
A probidade é um aspecto da moralidade. De acordo com o
Dicionário Aurélio (eletrônico), probidade diz respeito à integridade
de caráter, honradez, ou seja, conceito estreitamente
correlacionado com o de moralidade administrativa.
De fato, a Constituição Federal dispensou trato diferenciado à
probidade. Vejamos o que prevê o §4º do art. 37:
Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão
dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade
dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas
em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
O assunto improbidade é tão importante na ordem jurídica brasileira,
a ponto de contar com norma própria: a Lei de Improbidade
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Administrativa (Lei 8.429/1992), a ser tratada em tópico específico
do nosso curso.
À semelhança do LIMPE, o §4º do art. 37 da CF/1988, ao traduzir o
princípio da probidade administrativa, também deve ser observado
por toda a Administração Pública, construído pela seguinte ótica:
é dever do Administrador Público agir de forma proba,
honesta, leal, de boa-fé.
A violação de tais deveres importa em ato de improbidade,
punido na forma e gradação prevista na Constituição, e, de
modo mais específico, de acordo com Lei 8.429/1992.
Art. 70 (princípios da legitimidade e economicidade, das
quais irradia a moralidade).
Os amigos são sabedores que a Constituição Federal vigente
consagra os controles interno e externo, este a cargo do Congresso
Nacional com o auxílio dos Tribunais de Contas (controle
parlamentar).
O controle parlamentar está previsto, ainda, no art. 50 e seus
parágrafos, além do § 3º do art. 58, que dá poderes de investigação
próprios das autoridades judiciais às Comissões Parlamentares de
Inquérito – CPIs. A esses órgãos incumbe controlar os atos da
Administração, inclusive sob o aspecto da moralidade.
Art. 129, III (ação civil pública)
A CF/1988 indica ser uma das funções institucionais do Ministério
Público, estando regulamentada pela Lei 7.347/1985, como outro dos
instrumentos de proteção à moralidade administrativa.
Gabarito: alternativa E.
14) (2008/Esaf – APO) O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta.
Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o
ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas
principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4º, da
Constituição Federal.
De acordo com o Código de Ética Profissional do Servidor
Público Civil do Poder Executivo Federal, estão corretos todos
os enunciados abaixo, exceto:
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a) a função pública deve ser tida como exercício profissional e,
portanto, não se confunde com a vida particular de cada
servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta
do dia a dia em sua vida privada em nada poderão acrescer ou
diminuir o seu bom conceito na vida funcional.
b) é dever do servidor público resistir a todas as pressões de
superiores hierárquicos, de contratantes, de interessados e de
outros que visem obter quaisquer favores, benesses ou
vantagens indevidas em decorrência de ações imorais, ilegais
ou aéticas e denunciá-las.
c) toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode
omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses da
própria pessoa interessada ou da Administração Pública.
d) é dever do servidor público cumprir, de acordo com as
normas do serviço e as instruções superiores, as tarefas de seu
cargo ou função, tanto quanto possível, com critério, segurança
e rapidez, mantendo tudo sempre em boa ordem.
e) a moralidade da Administração Pública não se limita à
distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da ideia
de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a
legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que
poderá consolidar a moralidade do ato administrativo.
Comentários:
Questão de fixação, e última sobre moralidade de ESAF, viu!
Fatos e atos verificados na conduta do dia a dia (na vida privada do
servidor) podem sim acrescer ou diminuir o seu bom conceito na
vida funcional, como, por exemplo, a conduta escandalosa, daí a
incorreção do item “A”.
E, agora, prontos para separar a moralidade da legalidade? E a
moralidade comum da jurídica?
É de interesse a distinção entre a legalidade e moralidade,
enquanto princípios, os quais, por razões óbvias, não podem ser
entendidos como sinônimos perfeitos.
Pelo princípio da legalidade, a Administração Pública SÓ pode
atuar de acordo com o que a lei estabelece ou autoriza. Já a
moralidade é um dos conceitos que conta com um dos maiores
graus de abstração no mundo jurídico: o que seria a “moral”?
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Ainda que o conceito seja passível de inúmeras interpretações, é
claro que sua definição perpassa por uma noção muito subjetiva,
influenciada, ainda, pelo momento histórico vivido.
Há dez, vinte anos, seria impensável alguma autoridade judicial dizer
que a prática do nepotismo não se alinhava ao princípio da
moralidade. Hoje, felizmente, nosso direito evoluiu, e a nomeação de
parentes para cargos de chefia passou a ser refutada pela sociedade,
bem como por tribunais judiciais.
O princípio da moralidade tem profunda relação com o “padrão
de comportamento” desejável dos agentes públicos,
estreitando-se com o que poderia nominar, sinteticamente, por ética.
Por dizer respeito a “comportamento”, nota-se extrema dificuldade
em tentar se “isolar” uma moral essencialmente administrativa,
ou seja, do Estado. De fato, para se chegar ao conceito de padrão, o
intérprete da lei será certamente influenciado pela noção de
moral “comum”, que prevalece no seio da sociedade em
determinado momento histórico.
Em síntese: a “moralidade” administrativa e a comum são
indissociáveis, não havendo como se falar de uma sem se abordar a
outra.
É fácil observar a consagração do princípio da moralidade
administrativa, mesmo em âmbito constitucional. Dessa maneira,
cabe aos órgãos competentes e aos cidadãos em geral diligenciar aos
órgãos judiciais para que invalidem atos ofensivos à moral, com a
consequente aplicação das devidas punições aos responsáveis.
Nesse contexto, cabe ao Judiciário o controle do ato
administrativo, tanto sob o aspecto da legalidade quanto sob o
aspecto da moralidade. Exemplo disso é a prática do nepotismo,
a qual é vista como imoral por diversos tribunais judiciais, como o
próprio STF.
Por fim, ressalto que legal e moral são qualificativos próximos,
mas não idênticos. Ambos têm origem em um mesmo conceito: a
conduta, mas possuem círculos de abrangência diferenciados.
Vejamos um exemplo concreto.
Imagine-se que um servidor da Receita Federal passe a namorar a
filha do Ministro da Fazenda, que é muito ciumento. Tão logo
descobre o relacionamento, o Ministro remove o servidor,
transferindo-o para um distante rincão de nosso país, no intuito de
separar o casal.
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Pergunta-se: a conduta da autoridade seria legal? A princípio, sim.
Todavia, no aspecto do comportamento esperado da autoridade, o
ato não se alinharia à moral, daí porque deveria ser anulado, uma
vez que conteria um desvio de finalidade, ou seja, praticado
visando fins outros, que não o interesse público.
Ainda que se trate de conceitos concêntricos (origem no mesmo
conceito: a conduta), moralidade e legalidade distinguem-se:
cumprir aparentemente a lei não implica necessariamente a
observância da moral.
Então, prontos para definir moralidade administrativa?
O conceito talvez não, mas as aplicações vocês já estão treinados. O
conceito de moralidade é um conceito jurídico indeterminado,
tais como “bem comum” e “interesse público”.
De fato, o Direito contém um sem-número de conceitos
indeterminados, elásticos, plurissignificativos, os quais levam à
loucura alguns, sobretudo aqueles da área das ciências mais precisas
(as ditas “exatas”).
Nós temos amigos de engenharia, matemática e outras, que sempre
dizem assim: mas que ciência ‘doida’ esse tal de direito, hein?
Como é que pode uma situação concreta ter um monte de
interpretação? Nossa resposta: o Direito é uma ciência do social, e
suas interpretações irão mudar junto com a sociedade, resultando
essa “multiplicidade” de interpretações. Com a mudança social,
muda-se a interpretação...
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Realmente, a moralidade é um conceito indeterminado, como
muitos outros. Mas qual seria a razão de o legislador utilizar essa
“técnica” de conceitos indeterminados?
Quando o legislador lança mão de conceitos vagos,
indeterminados, faz com que uma norma tenha maior
“longevidade”, ou seja, viva por mais tempo. Um exemplo torna
mais claro.
O art. 1º da Lei 10.520/2002 diz que o pregão, uma das modalidades
de licitação, serve à aquisição de bens e serviços “comuns”. Vem a
indagação: mas o que são ‘bens e serviços comuns’? Esse
conceito é vago demais! De fato, o conceito é bastante “aberto”,
ou, abstrato. Porém, isso é positivo, faz com que a norma “viva”
mais tempo.
Por exemplo, o pregão, há trinta anos, não serviria à aquisição de
bens e serviços de informática, pois não eram comuns (no sentido de
padronizados). Hoje, no entanto, o pregão servirá, sim, para boa
parte destas aquisições, uma vez que muitos bens e serviços de
informática são padronizados no mercado. É isso que queremos dizer
com “a norma vive mais tempo”, ao se utilizar conceitos
indeterminados.
Apesar de tratar-se de um conceito vago, não está imune ao
controle judicial. Basta ver o que diz o inc. XXXV do art. 5º da
CF/1988 para chegar a essa conclusão. Relembremos o dispositivo: a
lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou
ameaça a direito.
Notem, nem mesmo a lei excluirá da apreciação judicial um ato que,
ao menos potencialmente, possa causar prejuízos. A simples
utilização de um conceito indeterminado, como a moralidade,
não impede a atuação do Poder Judiciário de exercer o
legítimo controle do ato.
Mesmo que tal conceito seja empregado em sua “acepção pura”, ou
seja, em seu sentido filosófico, entendida, portanto, como um
conjunto de regras de conduta consideradas como válidas, quer
de modo absoluto para qualquer tempo ou lugar, quer para grupo ou
pessoa determinada (conceito extraído do Dicionário Aurélio
Eletrônico), estará a salvo do controle judicial.
Gabarito: alternativa A.
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15) (2010/FCC – PGE/AM – Procurador) NÃO é situação que configura nepotismo, a sofrer a incidência da Súmula
Vinculante no 13, editada pelo Supremo Tribunal Federal,
a nomeação de
(A) cunhado de Presidente da Assembleia Legislativa para cargo
de assessor da Presidência do Tribunal de Justiça.
(B) irmão adotivo de Secretário de Estado para cargo de diretor
na respectiva Secretaria.
(C) cônjuge de Governador para cargo de Secretário de Estado.
(D) sogro de Deputado Estadual, para cargo de assessor em gabinete de outro Deputado Estadual.
(E) sobrinho de Secretário de Estado para cargo de dirigente de
autarquia estadual.
Comentários:
Como revimos há, por enquanto, duas exceções à Súmula 13 Vinculante do STF.
A primeira diz respeito aos servidores já admitidos via concurso
público, os quais, na visão do STF, não podem ser prejudicados em
razão do grau de parentesco, inclusive porque tais servidores
passaram por rigorosos concursos públicos, tendo, portanto, o mérito
de assumir um cargo de chefia, de direção. Se entendêssemos
diferente disso, alguns servidores seriam punidos eternamente,
apesar de competentes para galgarem postos mais elevados.
A segunda exceção está na Reclamação 6650 – PR. Na oportunidade,
o STF reafirmou seu posicionamento no sentido de que a Súmula 13
não se aplica às nomeações para cargos de natureza política
(Secretário Estadual de Transporte, no caso da decisão).
Vamos às análises.
A resposta é letra “C”. O cargo de Secretário de Estado é de
natureza política, não sendo, portanto, aplicável o nepotismo.
Nas demais alternativas, perceba que os cargos são
comissionados, porém não são agentes políticos.
Gabarito: alternativa C.
16) (2010/FCC – Casa Civil/SP - Executivo-Público) É
princípio ético da Administração Pública brasileira que:
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a) as pessoas jurídicas prestadoras de serviços públicos
responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade,
causarem a terceiros.
b) a ação do administrador público deve ser limitada ao
razoável aproveitamento dos meios e recursos colocados à sua
disposição.
c) não bastará ao agente público cumprir os estritos termos da
lei, sendo necessário que os seus sejam adequados à
moralidade administrativa.
d) a autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos
e entidades da administração direta e indireta poderá ser
ampliada mediante contrato.
e) as formas de participação do usuário na administração
pública direta e indireta regularão especialmente as
reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em
geral.
Comentários:
Opa! Princípio ético tem estreita ligação com o princípio da
moralidade. Assim, chegamos à alternativa C. Isso mesmo. Não é
suficiente ao agente público cumprir a lei “fria”, em sua literalidade,
é necessário que toda sua conduta esteja pautada na probidade, na
lealdade às instituições, na honestidade, enfim, no primado da
moralidade.
Vejamos, a seguir, os erros nos demais quesitos.
a) as pessoas jurídicas prestadoras de serviços públicos
responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade,
causarem a terceiros. Essa alternativa trata do princípio da
responsabilidade civil do Estado, previsto no art. 37, §6º, da CF,
de 1988.
b) a ação do administrador público deve ser limitada ao
razoável aproveitamento dos meios e recursos colocados à sua
disposição. O princípio previsto, na alternativa, é o da
razoabilidade.
d) a autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos
órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá
ser ampliada mediante contrato. O dispositivo faz alusão ao
contrato de gestão, conforme previsto no art. 37, §8º, da CF, de
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1988. O contrato de gestão é aplicação direta do princípio da
eficiência.
e) as formas de participação do usuário na administração
pública direta e indireta regularão especialmente as
reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em
geral. Temos aí a aplicação do princípio da participação popular,
segundo os termos do art. 37, §3º, da CF, de 1988. Este princípio é
também aplicação do princípio da eficiência, o qual, durante o
programa de Reforma do Aparelho do Estado, de natureza gerencial,
foi denominado de “princípio da qualidade dos serviços
públicos”.
Gabarito: alternativa C.
Girls and boys! That’s all!
Forte abraço a todos e bons estudos,
Cyonil Borges.
Observação: a aula teórica completa é a aula 01. Por isso, peço que,
acaso matriculado, aguarde para imprimir a aula 01.
Abaixo, mais uma bateria de exercícios. Uma lista com 21 questões
para o deleite da turma. Tais questões serão, igualmente,
comentadas (arquivo complementar, de acesso aos matriculados).
Fiquem, portanto, despreocupados (as). Os alunos regularmente
matriculados receberão o arquivo complementar e o gabarito, ok?
Arrepia! Gabarita aí o simulado!
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Princípios da Administração Pública – Questões FCC 2009 e
2011
1) (2009) Há dois princípios constitucionais fundamentais
para o Direito Administrativo. A partir deles constroem-se todos os demais. São eles:
a) prescrição de veracidade e publicidade.
b) impessoalidade e legalidade.
c) legalidade e supremacia do interesse público.
d) publicidade e moralidade.
e) especialidade e supremacia do interesse público.
2) (2009) São princípios da Administração Pública expressamente previstos na Constituição da República
Federativa do Brasil:
a) especialidade, moralidade e autotutela.
b) legalidade, razoabilidade e supremacia do interesse público.
c) publicidade, supremacia do interesse público e veracidade.
d) veracidade, eficiência e razoabilidade.
e) eficiência, legalidade e publicidade.
3) (2009) A Constituição determina expressamente que são princípios da Administração Pública:
a) publicidade, moralidade e eficiência.
b) impessoalidade, moralidade e imperatividade.
c) hierarquia, moralidade e legalidade.
d) legalidade, impessoalidade e autoexecutoriedade.
e) impessoalidade, presunção de legitimidade e hierarquia.
4) (2009) O saudoso HELY LOPES MEIRELLES (cf. "Direito
Administrativo Brasileiro", 34a. ed., Malheiros Editores, São Paulo, 02.2008, p. 89) ensina: "Na Administração Pública
não há liberdade nem vontade pessoal. Enquanto na administração particular é lícito fazer o que a lei não proíbe,
na Administração Pública só é permitido fazer o que a lei autoriza. A lei para o particular significa 'pode fazer assim':
para o administrador público significa 'deve fazer assim'".
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No trecho, o autor se refere ao princípio constitucional do Direito
Administrativo Brasileiro da:
a) legalidade.
b) publicidade.
c) eficiência.
d) impessoalidade.
e) moralidade.
5) (2009) De acordo com o princípio da legalidade, em matéria administrativa, a Administração apenas pode praticar os
atos que sejam expressamente permitidos pela lei. A partir deste enunciado, conclui-se que:
a) a observância de medidas provisórias, pela Administração, ofende
o princípio da legalidade porque elas não são consideradas lei formal.
b) a Administração poderá praticar os atos permitidos pela lei e, em
caso de omissão, estará legitimada a atuar se for habilitada a tanto
por decreto do Chefe do Poder Executivo.
c) a prática de atos por razões de conveniência e oportunidade é
violadora do princípio da legalidade, uma vez que o mérito do ato
administrativo nestes casos não é definido em lei.
d) o controle de legalidade interno dos atos administrativos deve ser
preocupação constante da Administração, como forma de
atendimento do interesse público na preservação desta legalidade.
e) o reconhecimento de circunstâncias excepcionais, como estado de
sítio e estado de defesa, autoriza a Administração a praticar atos
discricionários e arbitrários, isentos de controle jurisdicional.
6) (2009) A regra geral de proibição de greve nos serviços
públicos, a faculdade de a Administração utilizar equipamentos e instalações de empresa que com ela
contrata, e a necessidade de institutos com a suplência, a delegação e a substituição, são consequências do princípio
da:
a) continuidade do serviço público.
b) autotutela.
c) legalidade.
d) supremacia do interesse público.
e) moralidade administrativa.
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7) (2009) Sobre os princípios básicos da Administração Pública, é correto afirmar que:
a) a aplicação retroativa de nova interpretação desfavorável aos
interesses do particular encontra respaldo no princípio da segurança jurídica.
b) o princípio da supremacia do interesse público não precisa estar presente no momento da elaboração da lei, mas apenas quando da
sua aplicação em concreto.
c) os princípios da ampla defesa e do contraditório devem ser
observados tanto nos processos administrativos punitivos como nos não punitivos.
d) o princípio da motivação é exigível apenas nos atos discricionários.
e) o princípio da eficiência sobrepõe-se a todos os demais princípios
da Administração.
8) (2009) Sobre os princípios básicos da Administração Pública, considere:
I. O princípio da publicidade é absoluto, no sentido de que todo ato
administrativo, sem exceção, deve ser publicado.
II. O princípio da impessoalidade tem dois sentidos: um relacionado à
finalidade, no sentido de que ao administrador se impõe que só
pratique o ato para o seu fim legal; outro, no sentido de excluir a
promoção pessoal das autoridades ou servidores públicos sobre suas
realizações administrativas.
III. Por força do princípio da segurança jurídica não é possível
retroagir interpretação de lei a casos já decididos com base em
entendimento anterior.
IV. A necessidade de institutos como a suplência, a delegação e a
substituição para preencher as funções públicas temporariamente
vagas, é consequência do princípio da eficiência.
É correto o que se afirma APENAS em
a) I e IV.
b) I e III.
c) I e II.
d) II e III.
e) III e IV.
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9) (2009) Sobre os princípios da Administração Pública, é
correto afirmar:
a) O art. 37 da Constituição Federal não é taxativo, pois, outros
princípios existem, previstos em leis esparsas, ou, mesmo, não
expressamente contemplados no direito objetivo, aos quais se sujeita
a Administração Pública.
b) Segundo o princípio da legalidade, a Administração pode fazer
tudo o que a lei não proíbe.
c) O princípio da especialidade é concernente à ideia da centralização
administrativa.
d) O princípio da autotutela significa o controle que a Administração
exerce sobre outra pessoa jurídica por ela mesma instituída.
e) O princípio da continuidade do serviço público é a possibilidade de
reeleição dos chefes do poder executivo.
10) (2009) Sobre os princípios constitucionais da
Administração Pública NÃO é correto afirmar que o princípio:
a) da moralidade está ligado à ideia da probidade administrativa, do
decoro e da boa-fé.
b) da impessoalidade também é conhecido como princípio da
finalidade.
c) da publicidade apresenta dupla acepção: exigência de publicação
dos atos administrativos em órgão oficial como requisito de eficácia e
exigência de transparência da atuação administrativa.
d) da impessoalidade tem por objetivo assegurar que os serviços
públicos sejam prestados com adequação às necessidades da
sociedade.
e) da legalidade traduz a ideia de que a Administração Pública
somente tem possibilidade de atuar quando exista lei que a
determine ou que a autorize.
11) (2009) Sobre os princípios da Administração Pública,
considere:
I. O princípio da publicidade, previsto na Constituição Federal, exige a
ampla divulgação, sem exceção, de todos os atos praticados pela
Administração Pública.
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II. A regra estabelecida na Lei n o 9.784/99 de que o processo
administrativo deve observar, dentre outros critérios, o atendimento
a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de
poderes ou competências, salvo autorização em lei, traduz o princípio
da supremacia da prevalência do interesse público.
III. Os princípios da eficiência e da impessoalidade, de ampla
aplicação no Direito Administrativo, não estão expressamente
previstos na Constituição Federal.
IV. O princípio da fundamentação exige que a Administração Pública
indique os fundamentos de fato e de direito de seus atos e decisões.
Está correto o que se afirma SOMENTE em
a) I, II e III.
b) II e IV.
c) II e III.
d) III.
e) IV.
12) (2011) No que concerne à Administração Pública, o princípio da especialidade tem por característica:
a) a descentralização administrativa através da criação de entidades
que integram a Administração Indireta.
b) a fiscalização das atividades dos entes da Administração Indireta.
c) o controle de seus próprios atos, com possibilidade de utilizar-se
dos institutos da anulação e revogação dos atos administrativos.
d) a relação de coordenação e subordinação entre uns órgãos da
Administração Pública e outros, cada qual com atribuições definidas
em lei.
e) a identificação com o princípio da supremacia do interesse privado,
inerente à atuação estatal.
13) (2011) O serviço público não é passível de interrupção
ou suspensão afetando o direito de seus usuários, pela própria importância que ele se apresenta, devendo ser
colocado à disposição do usuário com qualidade e regularidade, assim como com eficiência e oportunidade.
Trata-se do princípio fundamental dos serviços públicos denominado
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a) impessoalidade.
b) mutabilidade.
c) continuidade.
d) igualdade.
e) universalidade.
14) (2011) A conduta do agente público que se vale da publicidade oficial para realizar promoção pessoal atenta
contra os seguintes princípios da Administração Pública:
a) razoabilidade e legalidade.
b) eficiência e publicidade.
c) publicidade e proporcionalidade.
d) motivação e eficiência.
e) impessoalidade e moralidade.
15) (2011)Analise as seguintes proposições, extraídas dos
ensinamentos dos respectivos Juristas José dos Santos Carvalho Filho e Celso Antônio Bandeira de Mello:
I. O núcleo desse princípio é a procura de produtividade e
economicidade e, o que é mais importante, a exigência de reduzir os
desperdícios de dinheiro público, o que impõe a execução dos
serviços públicos com presteza, perfeição e rendimento funcional.
II. No texto constitucional há algumas referências a aplicações
concretas deste princípio, como por exemplo, no art. 37, II, ao exigir
que o ingresso no cargo, função ou emprego público depende de
concurso, exatamente para que todos possam disputar-lhes o acesso
em plena igualdade.
As assertivas I e II tratam, respectivamente, dos seguintes princípios
da Administração Pública:
a) moralidade e legalidade.
b) eficiência e impessoalidade.
c) legalidade e publicidade.
d) eficiência e legalidade.
e) legalidade e moralidade.
16) (2011)O Jurista Celso Antônio Bandeira de Mello
apresenta o seguinte conceito para um dos princípios
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básicos da Administração Pública: De acordo com ele, a
Administração e seus agentes têm de atuar na conformidade de princípios éticos. (...) Compreendem-se
em seu âmbito, como é evidente, os chamados princípios da
lealdade e boa-fé.
Trata-se do princípio da
a) motivação.
b) eficiência.
c) legalidade.
d) razoabilidade.
e) moralidade.
17) (2011) Constituem princípios do processo administrativo,
explícitos ou implícitos no Direito positivo:
a) oficialidade, publicidade e motivação.
b) sigilo, economia processual e unilateralidade.
c) onerosidade, publicidade e tipicidade.
d) formalismo, gratuidade e inércia dos órgãos administrativos
e) oficialidade, devido processo legal e inércia dos órgãos
administrativos.
18) (2011) O princípio segundo o qual a Administração Pública Direta fiscaliza as atividades dos entes da
Administração Indireta denomina-se
a) finalidade.
b) controle.
c) autotutela.
d) supremacia do interesse público.
e) legalidade.
19) (2011)Na relação dos princípios expressos no artigo 37,
caput, da Constituição da República Federativa do Brasil, NÃO consta o princípio da
a) moralidade.
b) eficiência.
c) probidade.
d) legalidade.
e) impessoalidade.
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20) (2011) São princípios da Administração Pública,
expressamente previstos no artigo 37, caput, da Constituição Federal, dentre outros,
a) eficiência, razoabilidade e legalidade.
b) motivação, moralidade e proporcionalidade.
c) legalidade, moralidade e impessoalidade.
d) publicidade, finalidade e legalidade.
e) eficiência, razoabilidade e moralidade.
21) (2011) O direcionamento da atividade e dos serviços
públicos à efetividade do bem-comum é característica básica do Princípio da
a) Eficiência
b) Legalidade
c) Impessoalidade
d) Moralidade
e) Proporcionalidade