COLÔMBIA: UM DESTINO IMPERDÍVEL - Colombia.travel

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Um percurso pela diversidade colombiana Todo o país comemora com uma rica agenda cultural Surpreendentes paisagens, experiências emocionantes Milhões de vozes, cores e expressões BOAS-VINDAS 01. 02. 03. 04. FEIRAS E FESTAS NATUREZA E AVENTURA CULTURA Experiências naturais de autoconhecimento Extensos litorais e uma oferta variada em dois oceanos Múltiplas formas de chegar à Colômbia e de percorrer o país Um país aberto à diferença, oferece alternativas para todos BEM-ESTAR 05. 06. 07. 08. SOL E PRAIA CONECTIVIDADE E CRUZEIROS Infraestrutura, criatividade e qualidade humana ao serviço do seu próximo evento 09. TURISMO DE REUNIÕES LGBT COLÔMBIA: UM DESTINO IMPERDÍVEL

Transcript of COLÔMBIA: UM DESTINO IMPERDÍVEL - Colombia.travel

Um percurso pela diversidade colombiana

Todo o país comemora com uma rica agenda cultural

Surpreendentes paisagens, experiências emocionantes

Milhões de vozes, cores e expressões

BOAS-VINDAS 01.

02.

03.

04.

FEIRAS E FESTAS

NATUREZA E AVENTURA

CULTURA

Experiências naturais de autoconhecimento

Extensos litorais e uma oferta variada em dois oceanos

Múltiplas formas de chegar à Colômbia e de percorrer o país

Um país aberto à diferença, oferece alternativas para todos

BEM-ESTAR 05.

06.

07.

08.

SOL E PRAIA

CONECTIVIDADE E CRUZEIROS

Infraestrutura, criatividade e qualidade humana ao serviço do seu próximo evento

09. TURISMO DE REUNIÕES

LGBT

COLÔMBIA: UM DESTINO IMPERDÍVEL

São inúmeras as razões para vir à Colômbia.Em nosso país, a diversidade se reflete nas paisagens cheias de contrastes, nas mais variadas expressões culturais e nas experiências mais surpreendentes, tudo isso junto a pessoas que preservam tradições e inovam dia após dia. É um destino para turismo, negócios e grandes eventos; um país aberto aos viajantes, com as condições ideais para oferecer o melhor ao visitante, ao empresário, à comunidade e ao meio ambiente. Bem-vindos à Colômbia, um destino imperdível, cheio de talento, alegria e hospitalidade.

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BOAS-VINDAS CULTURAUm percurso pela diversidade colombiana

01. 04.

02. 05.

FEIRAS E FESTAS BEM-ESTAR

NATUREZA E AVENTURA SOL E PRAIA

Todo o país comemora com uma rica agenda cultural

Experiências naturais de autoconhecimento

Surpreendentes paisagens, experiências emocionantes

Extensos litorais e uma oferta variada em dois oceanos

03. 06.

Milhões de vozes, cores e expressões

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CONECTIVIDADE E CRUZEIROS Múltiplas formas de chegar e circular no país

07.

08.

LGBT

TURISMO DE REUNIÕES

Um país aberto à diferença, oferecealternativas para todos

Infraestrutura, criatividade e qualidade humana ao serviço do seu próximo evento

09.

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04 – BOAS-VINDAS

Criado por:Virtue, the Creative Agency by Vice

Direção editorialÁngel Unfried

Diretor criativoCamilo Mejía

Diretora executivaPaola Satizabal

Direção de arteNicolás Gutiérrez

Edição María Andrea Muñoze María Fernanda Cardona

Desenho e diagramaçãoPaula Adarme

Assistente de diagramaçãoAlan Pulido

Assistência editorialJuan Manuel Valenciae Brian Lara

Tradução em português e diagramaçãoInterpreting Colombia

Ilustração de capa Cromalario

Infográficos Miguel Ángel Sánchez

Colagens Vivian Pantojae Alejandro Amaya

Apoio em ilustraçãoJonathan Coronado

CriativoAndrés Tovar

Executivas de contaAngela Dieze Ximena Mejía

Project ManagerAndrea Loebere Camila Navarrete

Todos os direitos reservados. Proibida sua reprodução total ou parcial sem a autorização da ProColombia.

© ProColombia - 2020

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ÍNDICE

O povo Colombiano — Pág. 14 —

Um país multiculturalIlustrações de Elizabeth Builes

— Pág. 16 —

Dicas práticaspara percorrer a Colômbia

Ilustrações de Raeioul

— Pág. 32 —

Milhões de vozes,um só país

— Pág. 08 —

Colômbia em cifras— Pág. 10 —

Colômbia por dentro— Pág. 18 —

Colômbia, país de regiões— Pág. 20 —

Andina, Amazônica, Pacífica, Caribe,Orinoquía, Insular

— Pág. 06 —

Apresentação Flavia Santoro

(Presidenta da ProColombia)

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06 – BOAS-VINDAS

Recentemente, a Colômbia vem ganhando terreno e se consolidando como um destino Top para as demandas do exigente turista internacional.

Vários fatores contribuem para esses inegá-veis avanços. Somos por exemplo, o segundo país com mais biodiversidade do mundo, o primeiro em espécies de aves, e contamos com uma rica e vasta cultura que está repleta de cores, sabores e sons para todos os gostos.

Não é por acaso, então, que somos conheci-dos como o país dos mil ritmos musicais, os quais variam desde o ritmo vallenato, cumbia e cham-peta, até os cantarolares escutados na imensa pla-nície colombiana ou na nossa densa e enigmática Amazônia.

Da mesma forma, fortalecemos cada vez mais a nossa oferta, atraindo mais investimentos em infraestrutura turística, aumentando a conectivi-dade, capacitando aos nossos operadores turísti-cos, aos nossos estabelecimentos de hospedagem e às nossas comunidades.

A outra metade da equação consiste em pro-mover um turismo responsável, sustentável e de alta qualidade, carregado de experiências únicas e enriquecedoras.

Promovemos um turismo que é benéfico, tanto para o visitante quanto para o empresário, para a comunidade e para o meio ambiente.

APRESENTAÇÃO

Um destino imperdível Todos os itens acima constituem os pilares

que o mundo já reconhece. Em julho do ano pas-sado, a Colômbia foi classificada como sendo o melhor destino da América do Sul nos World Tra-vel Awards, também conhecido como o “Oscar do Turismo”.

E em dezembro do ano passado, USTOA ( United States Tour Operators Association), a asso-ciação de operadores turísticos mais importante dos Estados Unidos, colocou a Colômbia em pri-meiro lugar no ranking de países tendência para o ano 2020, juntamente com destinos tão relevantes como o Egito e a Croácia, acima de outros como a Tailândia, Marrocos e Vietnã.

Portanto, eu os convido a fazer um tour pela nossa variada oferta de produtos como sol e praia, natureza e aventura, cultura, bem-estar, reuniões e cruzeiros.

Bem-vindos à Colômbia, um destino imper-dível, repleto de talento, alegria, cor e hospitali-dade.

Flavia SantoroPRESIDENTA DA PROCOLOMBIA

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APRESENTAÇÃO – 07

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COLÔMBIA EM CIFRAS – 09

A diversidade da Colômbia não se limita às suas paisagens, ecossistemas e recursos naturais. As identidades e expressões culturais que o país abriga no seu interior fazem desta uma nação multicultu-ral. O contraste que existe entre a arquitetura colo-nial e as cidades modernas nos dá a sensação de que estamos fazendo uma viagem no tempo. As festas e feiras tradicionais têm a capacidade de nos levar às raízes da identidade colombiana, onde a música nos permite desfrutar deste país ao som de ritmos míticos e icônicos.

Por que visitar a Colômbia?COLÔMBIA, O SEGUNDO PAÍS COM MAIS BIODIVERSIDADE DO MUNDO

A Colômbia está localizada no canto noroeste da América do Sul; é um dos vinte e um países no mundo que conta com o privilégio de ser banhado por dois oceanos (o Atlântico e o Pacífico), e pelo fato de estar no trópico, não possui estações. A Colômbia tem seis regiões naturais, 311 ecossiste-mas, seis nevados, três cordilheiras e climas que variam entre o frio dos nevados e o calor do litoral. A Colômbia compartilha fronteiras com o Panamá, Venezuela, Equador, Peru e o Brasil e limites marí-timos com a Costa Rica, Nicarágua, Honduras, Jamaica, República Dominicana e o Haiti. O ter-ritório colombiano se divide em uma região plana ao leste e a cordilheira dos Andes a oeste, a qual é uma das mais extensas cadeias montanhosas do mundo e que também atravessa outros países da América Latina. Tudo isso faz da Colômbia um país com riquezas incomensuráveis e um destino turís-tico obrigatório para quem busca beleza, aventura e biodiversidade.

• ÁREA TOTAL: 2.070.408 km2

• ÁREA TERRESTRE: 1.141.748 km2

• ÁREA MARÍTIMA: 928.660 km2

O clima variado de um país sem estações A Colômbia é um país sem estações, mas não por isso de clima estático. Alguns meses são mais chu-vosos e outros mais quentes ou temperados, e exis-tem regiões onde o calor é abundante e outras onde o frio é constante. Essa variedade de climas, ocorre devido a cinco camadas térmicas (um sistema de medição que nos permite definir a temperatura de uma região de acordo com a altura acima do nível do mar na qual se encontre) existentes no país: quente, temperado, frio, semiárido e glacial.

Indicadores sociais • POPULAÇÃO: 48,2 milhões DE HABITANTES (DANE, 2019).• IDIOMA OFICIAL: ESPANHOL.• FALADOS: 68 LÍNGUAS NATIVAS.• ÁRVORE NACIONAL: PALMEIRA DE CERA QUINDÍO • AVE NACIONAL: CONDOR ANDINO.• FLOR NACIONAL: ORQUÍDEA.• MOEDA: PESO COLOMBIANO (COP).• CÓDIGO DO PAÍS: +57.• PATRIMÔNIOS NACIONAIS: 1.102 EM TODO O TERRITÓRIO.• PATRIMÔNIOS CULTURAIS E NATURAIS DA HUMANIDADE: 8.• PATRIMÔNIOS CULTURAIS IMATERIAIS: 9.

Fusos horáriosDIFERENÇA HORÁRIA COM O MERIDIANO DE GREENWICH-5 HORAS EM TODO SEU TERRITÓRIO DURANTE O ANO TODO (UTC-5)

GENERALIDADES

Milhões de vozes, um só país

país

México -6 -1 hora

0 hora

+6 horas

+13 horas

0 hora

+8 horas

0 hora

+2 horas

+14 horas

+5 horas

China (Beijing) +8

USA/NOVA IORQUE -5

PerU -5

Canadá -5

Argentina/Brasil -3

ESPANHA +1

RÚSSIA +3

JAPÃO +9

Inglaterra 0

Diferença Horaria

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2

010 – BOAS-VINDAS

PAÍS EM AVES E ORQUÍDEAS

PAÍS EM PLANTAS, ANFÍBIOS, BORBOLETAS E PEIXES DE ÁGUA DOCE

PAÍS EM PALMEIRAS E RÉPTEIS

1º 2 3

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Colômbia em cifras

º º

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4316

650

952863

2686

36 6

8 3 2

3

PAÍS EM MAMÍFEROS 190 RIOS Páramos Nevados

Florestas principais

Desertos Oceanos

Cordilheiras

( A P R O X I M A D A M E N T E )

4

COLÔMBIA EM CIFRAS – 011

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6.457

3.834

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1.909

Colômbia em cifras

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102

65

4.858

12

012 – BOAS-VINDAS

COMUNIDADES INDÍGENAS

POVO ROMDA POPULAÇÃO É

(APROXIMADAMENTE)afro-colombiana

LÍNGUAS INDÍGENAS LÍNGUAS CRIOULAS AFRO-COLOMBIANAS

LÍNGUA DO POVO CIGANO

4.000 metros

3.000 metros

2.000 metros

1.000 metros

C A M A D A S T É R M I C A S

27 °C Tropical

17 °C Temperado

12 °C Frio

6 °C Páramo

-6 °C Glaciar

10%

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MANGUEZAIS

RECIFES DE CORAIS

FLORESTAS TROPICAIS ZONAS

DESÉRTICAS

SAVANAS

PÁRAMOS

PRADOS DE PASTOS MARINOS

ECOSSISTEMA PELÁGICO

COLÔMBIA EM CIFRAS – 013

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014 – BOAS-VINDAS

É verdade que alguns colombianos são a alma da festa e se destacam da multidão por serem alegres, carismáticos e excelentes dançarinos, mas suas qua-lidades não param por aí: as pessoas que nascem nestas terras são pessoas cuja existência está atra-vessada por múltiplos fenômenos sociais e culturais. São seres humanos tão particulares quanto suas for-mas de ver o mundo que, apesar de suas diferenças, estão sempre prontos para mostrar a melhor face do seu país para aqueles que querem visitá-lo.

Os costumes dos colombianos variam de acordo com sua região ou departamento de origem os quais se mantém mesmo após a migração den-tro ou fora do território nacional. O que define um “pastuso”, (gentilício para os habitantes do departa-mento Nariño) de um afro-colombiano ou um povo emberá vai além da linguagem que eles falam e dos genes que carregam: seu sotaque, sua comida e até sua maneira de se vestir fazem parte de uma idios-sincrasia que, vista de longe, é uma das milhares de formas de ver o mundo no qual a Colômbia se mis-tura.

As transformações políticas, sociais e econô-micas pela qual o país passou nas últimas décadas tornaram os colombianos resilientes e dispostos a aprender com sua história. Assim como a Colômbia, sua gente se transformou e se rege cada vez menos pelos ideais e certezas de alguns anos atrás. Os colombianos estão agora buscando um futuro livre de indolência e cheio de inclusão e colocam esses objetivos em prática no seu dia a dia.

A Colômbia também se destaca no mundo por ser um país de pessoas criativas, empreendedoras e prósperas. Basta fazer um passeio pelas ruas de qualquer uma das cidades para encontrar iniciativas de todos os tipos que têm o potencial de gerar expe-riências inesquecíveis para viajantes e visitantes.

Através da música, as experiências também se tornam inesquecíveis e enriquecedoras. O país não tem sido apenas o berço de importantes artistas e dançarinos, é o país onde seus habitantes dançam ao som de ritmos específicos que provocam e con-vidam aos moradores e estrangeiros a se reunirem para dançar também.

Existem inúmeros exemplos disso, entre eles estão as cidades de Valledupar e Cali, lares do Festi-val da Lenda Vallenata e da Feira de Cali, esses dois destinos são ideais para os amantes da música e pes-soas curiosas que desejam conhecer a Colômbia e sua gente através da música.

Assim como a música, os sotaques e vocabu-lários variam de acordo com a região da Colômbia, em todo o país, surgem diferentes sons e palavras que servem não apenas para identificar de onde cada pessoa é, mas também para promover a riqueza lin-guística do país. Por exemplo, o modo de falar dos “paisas”, que coloquialmente são chamados assim por serem oriundos dos departamentos de Antio-quia e do Eixo Cafeeiro, os quais são reconhecidos a léguas de distância, pois possuem uma pronúncia onde o som do “s” é muito puxado, um tom que pro-longa as palavras e que na Colômbia, é conhecido como sotaque “arrastado”. Por outro lado, quando as pessoas do departamento do Vale do Cauca os “vallunos” abrem a boca para falar, tendem a come-çar as frases com “ve”, que significa “preste aten-ção”, e as terminam com “oís”, que é “você ouviu”. As pessoas do Departamento de Chocó ou “choco-anos” tendem a eliminar o “s” e usar palavras ou frases como “atravesao” (ousado) e “vamos pa’ ve” (vamos ver). No arquipélago de San Andrés, onde está localizada a população raiz e onde se fala creole ou crioulo sanandresano, são escutadas palavras como “tiich” (ensinar), “fieva” (eu acho), “dopi” (fan-tasma), “piknini” (crianças), “mikies” (apressar-se) e “rait” (escrever). No departamento de Santander localizado no nordeste do país, a forma dos morado-res locais falar é considerada forte, muito acentuada, mas não caia na besteira de achar que os “santande-reanos” estão zangados, pois eles são pessoas amá-veis e amigáveis, sua forma de falar é “direta”, como dizem neste país para se referir a alguém que não faz rodeios: “sem papas na língua”.

Essa diversidade linguística é complemen-tada pela forte presença de grupos étnicos no país. Segundo o Censo Nacional de População e Habi-tação, realizado pelo DANE (Departamento Admi-nistrativo Nacional de Estatística), em 2018 haviam

O POVO COLOMBIANO

O encanto da diversidade

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O POVO COLOMBIANO – 015

102 culturas indígenas no país o que representa cerca de dois milhões de pessoas (menos de 5% da população), 4,6 milhões de negros, afro-colombia-nos, raizais, e palenqueras (cerca de 10% de toda a população do país) e 2.500 pessoas (0,006 % do total nacional) que se identificam como população cigana ou rom. Somando os grupos étnicos ao resto da população, que poderia ser descrita como mes-tiça e/ou branca, dependendo de sua ancestralidade, o Censo estimou que a população da Colômbia em 2018 era de 48.258.494 pessoas.

Uma das características mais encantadoras dos colombianos é que, independentemente da sua ori-

gem, são solidários e sempre têm os braços abertos e a disposição para fazer com que alguém, seja quem for, se sinta como em casa. Nesse sentido, fazer ami-zade com um colombiano é uma garantia para expe-rimentar todos os pratos típicos possíveis, visitar os pontos turísticos mais próximos e terminar o dia com um bom café e com muita vontade de ficar na Colômbia.

É experimentar o país de uma maneira diferente e ir embora com a certeza de que uma das razões mais importantes para voltar à Colômbia é a de sen-tir novamente o abraço caloroso e hospitaleiro de um colombiano.

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016 – BOAS-VINDAS

Os Wayú são uma comunidade de clãs matrili-neares cujas principais atividades econômicas são pastoreio, cultivo de milho e a tecelagem de mochilas.

Wayú REGIÃO: CaribeDEPARTAMENTO: La GuajiraFALA: WAYUUNAIKI

Os citadinos modernos vincularam a tecno-logia às suas vidas, tendem a trabalhar para grandes empresas e a viajam dentro e fora do país.

Os raizais são um povo ancestral originário que habitava o arquipélago desde antes da colonização europeia. Geralmente são pesca-dores e navegantes.

CITADINOS

RAIZAIS

Um país multiculturalIlustrações: Elizabeth Builes

REGIÃO: INSULARDEPARTAMENTOS: SAN ANDRÉS E PROVIDENCIAFALA: CRIOULO, ESPANHOL E INGLÊS

REGIÃO: TODO O PAÍSFALA: ESPANHOL

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Os Arhuaco vivem em conexão com a natu-reza e são conhecidos pelo cultivo de folhas de tabaco e coca, e por tecer mochilas em lã de ovelha.

Os afro-colombianos são caracterizados por sua liderança social e por promoverem fenô-menos culturais como o ritmo da cumbia e o Carnaval de Barranquilla.

Arhuaco REGIÃO: CARIBEDEPARTAMENTOS: MAGDALENA E CESARFALA: ARHAUCO

POPULAÇÃO AFRO-COLOMBIANA

OUTROS POVOS PRESENTES NA COLÔMBIA

EMBERÁ (COMUNIDADE INDÍGENA DE CHOCÓ). KANKUAMO (COMUNIDADE INDÍGENA DA

SERRA NEVADA DE SANTA MARTA). KOGI (COMUNIDADE INDÍGENA DA

SERRA NEVADA DE SANTA MARTA). MACUNA (COMUNIDADE INDÍGENA DE VAUPÉS). MISAK (COMUNIDADE INDÍGENA DO CAUCA). NUKAK (COMUNIDADE INDÍGENA DO GUAVIARE).

TIKUNA (COMUNIDADE INDÍGENA DO AMAZONAS). WITOTO (COMUNIDADE INDÍGENA DE CAQUETÁ E DE

PUTUMAYO). WIWA (COMUNIDADE INDÍGENA DA SERRA NEVADA DE SANTA

MARTA). PALENQUEROS (COMUNIDADE NEGRA DE BOLÍVAR). ROM (COMUNIDADE CIGANA PRESENTE EM TODO PAÍS).

UM PAÍS MULTICULTURAL – 017

REGIÃO: PACÍFICA E CARIBEDEPARTAMENTOS: CHOCÓ, NARIÑO, CAUCA, VALE DO CAUCA, ATLÂNTICO, BOLÍVAR E MAGDALENAFALA: ESPANHOL

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018 – BOAS-VINDAS

Governo e divisão administrativa

A Colômbia é um Estado democrático e multicultu-ral, com 102 comunidades indígenas onde 10% da população total é de origem africana. É um Estado unitário que centraliza as instituições políticas e descentraliza as funções administrativas. O poder público é dividido em três poderes: legislativo, executivo e judiciário, e possui órgãos de controle como a Procuradoria Geral da Nação, a Controla-doria Geral da República, o Ministério Público e a Ouvidoria Pública. A cada quatro anos, a Colômbia realiza eleições presidenciais e territoriais, e o atual Presidente da República é Iván Duque Márquez.

A diversidade do país também é evidente nas suas seis regiões (Caribe, Pacífica, Andina, Ori-noquía, Amazônica e Insular) e seus trinta e dois departamentos. As principais cidades colombia-nas são Bogotá, Medellín, Cali, Barranquilla e Car-tagena de Índias. Cada cidade conta com atrações turísticas que são únicas: a diversidade cultural de Bogotá, os parques verdes de Medellín, o gin-gado da salsa em Cali, o Carnaval de Barranquilla (nesta última cidade também é possível ver a foz do grande rio Magdalena no mar Caribe) e, finalmente, a herança colonial da bela Cartagena. No total, a Colômbia possui 1.123 municípios.

Hotelaria e Turismo

Uma das razões pelas quais turistas e viajantes aclamam a Colômbia é que o país desenvolveu uma importante infraestrutura hoteleira para responder às diferentes necessidades dos seus visitantes. Atu-almente, a oferta colombiana está composta por um total de 9.635 hotéis, de acordo com dados do Registro Nacional de Turismo. Seja para descanso, luxo, aventuras ou experiências multiétnicas, sem-pre há hotéis que atendem aos interesses e desejos dos turistas, já que os hotéis na Colômbia são idên-ticos ao país, diversos. Existem luxuosos em pré-dios modernos e prédios tradicionais no meio de

áreas coloniais; também há aventureiros no topo de uma montanha ou no interior de uma floresta. Há simples, aconchegantes e tranquilos, estimu-lantes e divertidos. Existem fazendas típicas que foram transformadas em hotéis ou pequenos sítios com antiguidades. Além disso, existem hotéis onde o trabalho e o prazer se misturam e formam uma trança perfeita, onde a tecnologia é de ponta, a logística é eficiente e os eventos são bem-sucedi-dos.

O que você precisa para visitar a Colômbia?

AutorizaçõesA permanência na Colômbia, sem visto, é permitida para fins turísticos de até 90 dias a partir da data de entrada. Os países que não precisam de visto para entrar na Colômbia são: Alemanha, Andorra, Antí-gua e Barbuda, Argentina, Aruba, Países Baixos, Austrália, Áustria, Azerbaijão, Bahamas, Barba-dos, Bélgica, Belize, Bolívia, Bonaire, Brasil, Brunei Darussalam , Bulgária, Butão, Canadá, República Tcheca, Chile, Chipre, República da Coréia, Costa Rica, Croácia, Curaçao, Dinamarca, Dominica, Equador, El Salvador, Emirados Árabes Unidos, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estados Unidos da América, Estônia , Fiji, Filipinas, Finlândia, França, Geórgia, Granada, Grécia, Guatemala, Guiana, Hon-duras, Hong Kong, Hungria, Indonésia, Irlanda, Islândia, Ilhas Marshall, Ilhas Salomão, Israel, Itá-lia, Jamaica, Japão, Cazaquistão, Letônia, Liechtens-tein, Lituânia, Luxemburgo, Malásia, Malta, México, Micronésia, Mônaco, Noruega, Nova Zelândia, Palau, Panamá, Papua Nova Guiné, Paraguai, Peru, Polônia, Portugal, Reino Unido, Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, República Dominicana, Romênia, Rússia, São Cristóvão e Nevis, Samoa, São Marinho, Santa Lúcia, Santa Sé, São Vicente e Granadinas, Saba, Cingapura, Santo Eustáquio, São Martinho, África do Sul, Suécia, Suíça, Suriname, Taiwan, Tri-nidad e Tobago, Turquia, Uruguai e Venezuela.

GENERALIDADES

A Colômbia por dentro

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A COLÔMBIA POR DENTRO – 019

VACINAS Se você deseja visitar a Colômbia, é importante saber quais são as vacinas recomendadas de acordo com a região para a qual você deseja ir. A vacina contra a febre amarela é importante quando você deseja viajar para departamentos como a Guajira, Norte de Santander e Putumayo ou para as regiões dos Llanos (Planícies) Orien-tais, a Amazônia, a Serra Nevada de Santa Marta e a Costa Atlântica. Por outro lado, é necessário levar em consideração as vacinas obrigatórias para os colombianos, as quais são recomendadas aos estrangeiros caso desejem visitar o país. São elas: tétano-difteria-pertussis, a MMR (sarampo, rubéola, caxumba) e a de hepatite A.

OBTENHA MAIS INFORMAÇÕES SOBRE VISTOS E EMBAIXADAS AQUI.

Páramo de Ocetá, Monguí, Boyacá

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Bahía Solano, Choco

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País de regiões – 021

A Colômbia é um país biodiverso e multicultural. Suas paisagens, seu povo e sua cultura são atributos tão particulares em cada cidade ou departamento que, às vezes, ao passar de uma região para outra, parece que ocorreu uma troca de país. No entanto, a colombiana persiste e está na base de cada cidade, de cada costume, de cada pessoa. A Colômbia é um país com seis regiões naturais, que abriga mais de cem culturas indígenas, onde 10% da sua população é de origem afro e onde inclusive existem povoados ciganos no interior, mas, apesar dessa diversidade, respira-se a união.

Viajar pela Colômbia significa ter a oportunidade de viver muitas experiências diferentes em um só país. Cada região tem um mundo para compartilhar com os viajantes, maravilhas naturais que vão do banho de sol em uma praia paradisíaca até escalar uma montanha tão alta que as pessoas sentem que estão tocando o céu com as mãos; existe também a oportunidade de se perder em imensas planícies que parecem intermináveis e sentir o sol intenso e a aridez dos desertos. Cada região é diferente e única e, se você viajar pela Colômbia, poderá descobrir e viver essa variedade de climas, aventuras, sensações, cheiros, ritmos, cores e sabores.

Regiões naturais colombianas, um mundo para ser descoberto

As regiões do Caribe, Pacíf ico, Orinoquía, Amazônia, Andina e Insular são as seis regiões naturais da Colômbia, cada uma com suas próprias características, costumes, gastronomia e músicas. Os ritmos e as danças, por exemplo, variam de região para região e tornam a visita a este país uma experiência diferente. A Colômbia e suas regiões são tradição, modernidade, diversão, aventura, desconexão, variedade, riqueza, arte, festa, dança e música. Cada região é definida de acordo com características como o relevo, altura acima do nível do mar, precipitação média de chuvas e as condições do solo. Por exemplo, a região Andina é montanhosa

já a região Orinoquía é plana. Nas regiões do Pacífico e da Amazônia, há períodos prolongados de chuva, enquanto o Caribe é mais seco. É por tudo isso que na Colômbia não se sabe o que é uniformidade e suas regiões naturais são uma prova disso. Nas páginas seguintes, falaremos sobre a cultura, música, dança, gastronomia, relevo, fauna e flora dessas regiões naturais, razões pelas quais você vai ficar com vontade de viajar por toda a Colômbia.

Região Andina

No coração da Colômbia está a região Andina, atravessada pela cordilheira dos Andes, uma cadeia de montanhas que ocupa toda a região oeste da América do Sul e que neste país tem a sorte de se ramificar em três: a Cordilheira Oriental, a Central e a Ocidental. São essas cordilheiras que dão vida a inúmeros vales, desfiladeiros, planaltos, desertos, páramos, nevados e dois dos rios mais imponentes do país: Cauca e Magdalena. Essa região limita ao norte com a região do Caribe, a leste com a Orinoquía, a oeste com o Pacífico, a nordeste com a Venezuela e ao sul com a Amazônia e com o Equador. Está composta por dez departamentos e é a região mais populosa do país. Aqui estão, entre outras, as belas paisagens do Eixo Cafeeiro, as belas e tradicionais cidades de Boyacá, a modernidade de Bogotá que é a capital do país, e uma cidade do interior que é conhecida como uma das mais belas da Colômbia: Barichara, localizada no departamento de Santander.

EXTENSÃO: 282.450 km²- 24% DO TERRITÓRIO NACIONAL.NÚMERO DE HABITANTES: 28.863.217.CLIMAS: TEMPERADOS (OCEÂNICOS E MEDITERRÂNEOS) DE TUNDRA E POLAR.ÁREA PROTEGIDA: 24 PARQUES NACIONAIS.

DEPARTAMENTOS:• Antioquia (Medellín).• Boyacá (Tunja).

GENERALIDADES

País de regiões

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• Caldas (Manizales).• Cundinamarca (Bogotá).• Huila (Neiva).• Norte de Santander (Cúcuta).• Quindío (Armenia).• Risaralda (Pereira).• Santander (Bucaramanga).• Tolima (Ibagué).

SUB-regiões CULTURAISA região andina é caracterizada não apenas por sua biodiversidade, sua variedade de climas, solos e paisagens, mas também por ser uma área culturalmente heterogênea. Nesta região existem seis sub-regiões culturais: a paisa, a santandereana, a cundiboyacense, a opita, a vallecaucana e a pastusa (estas últimas compartilham elementos com a região do Pacífico). Os paisas são conhecidos por serem andarilhos, bons negociadores, trovadores, por sua forma de falar “arrastado” e pelo uso constante de palavras como “pues”, para dizer o porquê e “mijo”, uma abreviação de “meu filho”. Os santandereanos são uma cultura forte e guerreira, acostumados a enfrentar terras secas, amarelas e desérticas. Os cundiboyacenses são caracterizados por seu trabalho duro e apego à terra, especialmente os boyacenses do departamento de Boyacá. Os vallecaucanos são alegres, dançarinos de salsa

e festeiros. Os opitas são representantes da música, essenciais para a região como o sanjuanero, o pasillo e o bambuco (danças típicas da região). E os pastusos são vistos como pessoas gentis amáveis e inocentes que dizem palavras como “muérgano” (desobediente) e “amartelado” (apegado a outra pessoa).

GASTRONOMIA DA REGIÃO ANDINAA Colômbia é caracterizada por sua deliciosa gastronomia, pratos coloridos e ingredientes únicos, graças às frutas exóticas que crescem nas suas terras, à criatividade dos colombianos e a capacidade de preservar suas tradições culinárias.

Aqui, enumeramos alguns pratos típicos da região Andina colombiana:

Tamal: é preparado com arroz, carne de porco, frango e grãos. O tamal é servido embrulhado em folhas de bananeira. Caldo de costilla: é preparado com costelas cozidas,

rodelas de batatas, cebola, alho e coentro. Ajiaco: é preparado com peito de frango, batata

da savana, batata pastusa, batata crioula e guascas (uma erva que dá o sabor que caracteriza o prato). É acompanhado com creme de leite e abacate. Bandeja paisa: prato principal da região andina.

Este tradicional prato da região, vem acompanhado

Villa de Leyva, Boyacá

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País de regiões – 023

com carne moída ou carne na chapa, torresmo, fatias de banana da terra frita ou patacón (banana da terra amassada e frita), linguiça típica da região com limão, hogao (molho de tomate e cebola), feijão, rodelas de tomate, abacate e arepa (massa de milho assada na chapa). Sobremesas típicas: goiabada veleña, esponjado de

curuba, pudim de leite, queijo cuajada com melaço, doces de physalis e papayuela, las coquetas, torta de almojábana, pudim muisca.

A MÚSICA ANDINA COLOMBIANA A música andina colombiana, também conhecida como música do interior, nasceu da mistura entre os cantarolares dos povos andinos pré-colombianos como os povos Chibchas (com flautas, trompetes de cerâmica, maracas e tambores), a cultura africana e música europeia espanhola. A dança, as festividades religiosas e seculares estão intimamente ligadas a esta missão musical. Anteriormente, os grupos musicais andinos eram chamados Chirimías (esta palavra tem dois sentidos: grupo e instrumento musical) ou Murgas, estas últimas mais relacionadas às interpretações espanholas: eram pequenas orquestras com instrumentos de cordas e raízes europeias, como violas, bandolim, viola taoeira e violões. O bambuco, o torbellino, a carranga, a

guabina, o sanjuanero e o passillo são alguns dos estilos musicais que se destacam na música andina colombiana.

Por outro lado, os instrumentos que acompanham esses ritmos são: a viola, o bandolim andino, o charango, a flauta de cana, suling, o bansuri, a flauta zampoña, a caixa, a raspa de caña, o alfandoque, o quiribillo, a esterilla, o chucho, o tambor, a gaita, o violão, o requinto, o chocalho, a matraca, a marrana, as maracas, o guache, o carángano, o triângulo, o bumbo, os mates, e a flauta transversal; muitos deles típicos da Colômbia.

Região Amazônica

No sul da Colômbia está a região Amazônica, a região mais selvagem, remota e menos povoada do país. É também a região que guarda dentro de si uma parte da floresta tropical mais importante e bonita do mundo, a Floresta Amazônica, que possui milhares de espécies animais e botânicas. Mas a região Ama-zônica vai muito além: contém departamentos exu-berantes, como Guainía, Vaupés e Caquetá, tanto por sua biodiversidade quanto por sua herança cultu-ral e suas tradições. Quando você viaja para a região da Amazônia, tem a oportunidade de se maravilhar com quilômetros de verdes florestas, compartilhar

Cidade de Guatapé, Antioquia

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momentos inesquecíveis com tribos indígenas e participar de alguns dos seus rituais e navegar por rios tão extensos quanto o Rio Amazonas, e inclu-sive sobrevoar Chiribiquete, uma reserva natural que abriga tribos indígenas que decidiram não ter con-tato com a sociedade ocidental, e também espécies botânicas e animais exóticos como a famosa onça--pintada, o maior felino do continente americano.

EXTENSÃO: 483.119 km² - 41 % DO TERRITÓRIO NACIONAL.NÚMERO DE HABITANTES: 264.945 HABITANTES.CLIMAS: TROPICAL, MONÇÔNICO. ÁREA PROTEGIDA: 10 PARQUES NACIONAIS.

DEPARTAMENTOS:

• Amazonas (Leticia). • Caquetá (Florencia). • Guainía (Inírida).• Guaviare (San José del Guaviare). • Putumayo (Mocoa).

COMUNIDADES INDÍGENAS: • 178 reservas indígenas aproximadamente.• 58.271 indígenas entrevistados pelo Censo.• 26.400.000 hectares de reservas aproximadamente.• 94% das suas reservas são florestas que não

sofreram desmatamento.

A REGIÃO AMAZÔNICA E SEUS POVOS INDÍGENASA região Amazônica colombiana é uma das áreas com mais etnia, religião, costumes, tradições e modos de vida. Vinte e seis comunidades indígenas com dife-rentes famílias linguísticas vivem nessa região, como os Tukano, Arawak, Tikuna, Huitoto e o Tupi. Exis-tem três sub-regiões nas quais essa área do país pode ser dividida: a região norte do rio Caquetá, a região entre Caquetá e Putumayo e a região do trapézio Amazônico.

SUB-REGIÃO AO NORTE DO RIO CAQUETÁ Esta parte da Amazônia colombiana está locali-zada entre os rios Apoporis e Yarí. As comunidades indígenas que habitam a área estão compostas por pequenos grupos, geralmente com menos de cin-quenta pessoas concentradas em grandes aldeias ou ocas. Os povos que predominaram nessa região são os da família lingüística dos Tukanos Oriental: os Yucunas, os Yucuna-Matapís, os Letuamas, os Tani-mucas, os Macunas e os Kawiyarís.

SUB-REGIÃO ENTRE O CAQUETÁ E O PUTUMAYOEsta região é predominada pelos indígenas Huitoto, organizados em clãs e linhagens patrilineares (des-cendentes de um ancestral comum pela rota paterna) e que viviam (alguns ainda o fazem) em casas comu-nitárias como as ocas. Um dos seus alimentos prin-

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Amazônia colombiana

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cipais é o casabe, um tipo de pão feito com farinha de mandioca.

SUB-REGIÃO DO TRAPÉZIO AMAZÔNICOOs Ticunas e Yaguas são as comunidades indígenas mais representativas nessa região. Para os Ticunas, o ser humano faz parte da natureza e seu líder é conhe-cido como Curacas. Por outro lado, os Yaguas têm um idioma independente, estão organizados em uma oca multifamiliar que abriga até dez famílias e são exóga-mos, ou seja, não permitem o casamento entre dois membros da mesma oca ou aldeia.

GASTRONOMIA DA AMAZÔNIA COLOMBIANAVisitar a Amazônia colombiana é ter a oportunidade de experimentar uma gastronomia exótica e deli-ciosa, onde você encontrará peixes que habitam ape-nas nos rios dessa região, como o pirarucú; onde os nativos fazem preparações únicas e originais, como o pescado mequeado, e inclusive onde as larvas como a mojojoy, são preparadas para encantar e oferecer novas experiências ao paladar dos viajantes.

Pirarucú: é o maior peixe de água doce do mundo (pode medir até três metros). É servido frito. Patarasca de pescado: Pedaços de peixe embrulhado

em folhas de Calathea lutea, uma planta que na Colômbia é conhecida como “folhas de Congo”. Pescado moqueado: peixe defumado em folhas de

bananeira ou guaco por horas e até dias. Casabe: é uma massa crocante feita de farinha de

mandioca. Ajicero: caldo de peixe, prato típico do departamento

de Guainía o qual tem como base sementes de pimentão para dar um leve toque picante. Crema de cupuazo: polpa de cupuaçu (uma fruta

altamente nutritiva) misturada com leite condensado. Boruga: pequeno mamífero roedor (paca) que é frito

ou é feito na chapa. Mojojoy: larva branca e gorda que pode ser comida

tanto inteira e viva quanto frita ou na chapa. Cachama defumada: peixe típico do departamento

do Caquetá. Fariña: farinha moída feita a base de mandioca.

Também é conhecida como yuca brava.

MÚSICA DA AMAZÔNIA COLOMBIANAA música nessa região do país pode ser considerada um híbrido, pois influencia as culturas indígenas e os

países fronteiriços, especialmente o Brasil e o Peru, e os ritmos de outras regiões colombianas como os ritmos da região Andina e Caribe. No entanto, ape-sar dessa mistura, a música amazônica se caracteriza por sua originalidade e pelo uso de instrumentos tra-dicionais feitos com elementos naturais. São três as categorias onde a música desta região pode ser divi-dida: indígena, nacional e fronteiriça.

MÚSICA INDÍGENAA música dos povos indígenas é caracterizada por cantos, entonações e sons que imitam os animais e os elementos da floresta, com padrões melódicos simples e repetitivos. Esses cantos têm uma profunda evocação cósmica, pois seus ancestrais são espiritu-ais. A flauta, que é fabricada por eles, é o instrumento mais importante, mas também são utilizados outros instrumentos de sopro, como trombeta de bambu, flauta capadore e trombeta cerimonial jurupari (yuru-parí ou yuruparý). A trombeta de caracol ou de chifre também é muito usada. Existem também instrumen-tos de percussão como manguaré, tambores e choca-lhos de cerâmica ou madeira.

MÚSICA NACIONALA música de outras regiões colombianas chega na Amazônia para se misturar com ritmos nativos e, assim, criar novas propostas de expressões andinas e camponesas. É comum ouvir versões amazônicas da música andina, como pasajes, joropos, bambucos e pasillos, e música do Caribe, como cumbias, meren-gues, calipsos e porros.

MÚSICA FRONTEIRIÇAÉ inegável a influência dos países fronteiriços na música da Amazônia colombiana. Do Peru, gêneros como as mixtianas, as valsas, as marineras e os huay-nos chegam a essa região; e do Brasil marchas, sam-bas, forrós, xotes, dobrados e batuques.

Região Pacífica

O Pacífico colombiano é uma das regiões mais boni-tas e agradáveis da Colômbia: é o cenário da biodi-versidade da floresta do departamento de Chocó, das imponentes paisagens marítimas como a de Nuquí, de cidades culturais como Cali, de vegetação exuberante como a de Nariño e o lar dos povos indígenas do depar-tamento do Cauca. Esta região banhada pelo Oceano

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Pacífico é a área com a maior população afro-colom-biana do país e o território ancestral das comunidades indígenas Emberá, Wounann, Gunas (Kunas) e Awá. A região Pacífica está dividida em duas: Pacífico Central do Norte, que abrange desde a foz do rio San Juan até a fronteira com o Panamá, e a Centro Sul, que abrange os departamentos do Vale do Cauca, Cauca e Nariño.

EXTENSÃO: 83.170 km² - 7% DO TERRITÓRIO NACIONAL.NÚMERO DE HABITANTES: 1.500.753 HABITANTES.CLIMAS: TROPICAL ÚMIDO e MONÇÔNICO. ÁREA PROTEGIDA: 7 parques nacionais.

Departamentos:• Vale do Cauca (Cali).• Chocó (Quibdó).• Cauca (Popayán). • Nariño (Pasto).

SUB-REGIÕES NATURAIS • Serra do Baudó.• Serra do Darién.• Vale do rio Atrato.• Vale do rio San Juan.• Planícies litorâneas do Pacífico.

Pacífico, cultura afro-colombiana e expressões culturaisNo Pacífico, as cores, sabores e os sons se mistu-ram perfeitamente para proporcionar aos viajantes uma experiência que os aproxima da cultura afro. As cidades onde o “afro-colombianismo” predomina são as regiões de Tumaco, Buenaventura e Quibdó. A música e a gastronomia são os aspectos que mais se destacam nessa área do país.

GASTRONOMIA DO PACÍFICO COLOMBIANO O sabor e a criatividade da gastronomia do Pacífico colombiano são conhecidos em todo o território nacional. Devido a ser uma região litorânea, a maio-ria dos pratos típicos são a base de frutos do mar e de peixes acompanhados de legumes. O peixe mais consumido nesta região é o bocachico e o bacalhau, preparados em conserva ou fritos, cozidos, ensopa-dos ou em sopas. Há também pratos onde os prota-gonistas são os camarões e os frutos do mar. Bocachico en zumo de coco: bocachico (peixe)

cozido em leite de coco, água, suco de limão, vagem, cebola, pimenta crioula, tomates maduros, manteiga, cominho, sal e pimenta.

Arroz atollado: arroz, frango, cebola, tomate, lombo de porco, costela de porco, pimenta doce, pimentões vermelhos, batatas, pimenta do reino, cominho. Cazuela de bagre: bagre (peixe) cozido em

fogo baixo, com temperos da região. Ao final da preparação adiciona-se creme de leite. Chautiza: camarão de água doce, levemente frito

em temperos e leite de coco. É conhecido como “o caviar do Pacífico”. Crema de cabeza de langostinos: cabeças de

camarões graúdos moídas com leite de coco e temperos da região. Cuy asado en brasas: Cuy (Porquinho-da-índia-)

com azeite de urucum, pimenta preta, alho moído, cominho, pimenta chapa, orégano, batata, sal e pimenta. Pescado con lulo chocoano: peixe recheado com

fatias da fruta lulo chocoano. Sopa de cangrejo: mistura entre caranguejo,

legumes, e temperos da região. Fresco de aguacate: suco feito com abacate e leite. Chancacas: coco ralado fervido com rapadura e

aromatizado com folhas de laranja ou limão.

MÚSICA DA REGIÃO PACÍFICAA música do Pacífico é uma fonte de orgulho para a Colômbia. Aqui, ritmos e danças diferentes se reúnem, onde o gingado e a alegria se misturam. Assim, nessa região, existem ritmos tão diversos, tais como a chirimía, que vem das tradicionais ban-das militares espanholas que chegaram à região na época da conquista, e outros ritmos tais como o currulao, juga, os cantos de boa, o gualí, o chigualo, o tamborito, o mazurca, a contradanza, a jota, o abozao, o aguabajo, o pasillo, o bambazú, o porro chocoano, o patacoré, o bambuco viejo, o pango, a caderona, o berejú, o velorio de santo e o novenario.

Além disso, Cali é conhecida como a “Capital Mundial da Salsa” por sua forte apropriação e con-tribuição a esse gênero musical, sendo o berço de alguns de seus artistas mais importantes.

Para a população afro-colombiana no Pacífico Sul, a música de marimba, os cantos tradicionais são expressões que fazem parte do tecido familiar e comunitário, pois são cantadas através de relatos e poemas em eventos de tipo religiosos, festivos e rituais. A declaração dessa música como Patrimô-nio Imaterial da Humanidade pela UNESCO (Orga-

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País de regiões – 027

nização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura) é um indicador da sua importância. Atualmente, há uma reivindicação da música do Pacífico e uma gama variada de artistas que estão reinventando os ritmos dessa região, os quais são amplamente reconhecidos nacional e internacio-nalmente.

Região Caribe

No norte da Colômbia e banhada pelo Oceano Atlân-tico, fica a região do Caribe, que, apesar de que está dividida em sete departamentos, desfruta de uma identidade cultural muito uniforme que está influen-ciada pelo mar do Caribe. Os habitantes desta região são conhecidos como “costenhos” e têm uma notá-vel influência afro. No passado, a forma como as cidades do Caribe colombiano se relacionaram com os departamentos centrais foi através de embarca-ções que navegavam pelos rios como o rio Magda-lena. Nesta região, existem destinos turísticos tão impressionantes, tão chamativos e únicos como a Serra Nevada de Santa Marta, os Corais del Rosário e San Bernardo e o Parque Tayrona.

EXTENSÃO: 132.288 km² - 11,6% DO TERRITÓRIO NACIONAL.NÚMERO DE HABITANTES: 10.301.982 HABITANTES.CLIMAS: TROPICAL SECO E CLIMAS SECOS (NA GUAJIRA E CESAR), COM CLIMAS TEMPERADOS OCEÂNICOS NO TOPO DA SERRA NEVADA DE SANTA MARTA.

ÁREA PROTEGIDA: 11 PARQUES NACIONAIS.

DEPARTAMENTOS:• Atlântico (Barranquilla).• Bolívar (Cartagena).• Cesar (Valledupar).• Córdoba (Montería).• La Guajira (Riohacha).• Magdalena (Santa Marta).• Sucre (Sincelejo).• San Andrés e Providencia (San Andrés).

SANTUÁRIOS DE FAUNA E FLORA • Los Flamencos (La Guajira).• Ciénaga Grande de Santa Marta (Magdalena).• Los Colorados (Magdalena).• San Jacinto (Bolívar).• El Corchal “El Mono Hernández” (Sucre – Bolívar).

SUB-regiões DO CARIBE COLOMBIANOPenínsula da Guajira Esta área é semidesértica, montanhosa ao sul e plana ao norte. A comunidade indígena Wayú vive no deserto da Guajira.Serra Nevada de Santa MartaEsta serra é um exemplo claro das camadas de solo térmico na Colômbia. É um maciço montanhoso separado da cordilheira dos Andes pelo sistema de vales que formam os rios Cesar e Ranchería.Esta é

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Ciudad Perdida, Santa Marta

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uma montanha com quase 6.000 metros de altura, a mais alta da Colômbia e onde o clima atinge 30°C na parte baixa e 0°C na parte alta. Seu topo é nevado e é conhecido como o Pico Cristóbal Colón.Grandes savanas e planícies do MagdalenaEsta sub-região está composta pela zona Bananeira, Vale do Cesar, Bajo Magdalena e as Savanas do Bolí-var. São áreas baixas com relevo ondulado e peque-nas formações montanhosas.Depressão momposinaEsta área é caracterizada por inúmeros manguezais e muitos pântanos.

GASTRONOMIA DO CARIBE COLOMBIANO A gastronomia desta região é uma mistura de ingre-dientes e sabores de diferentes culturas: europeia, indígena, africana e mestiça. Aqui destacam-se o san-cocho, os grãos e os pratos preparados com animais de caça silvestre. Sancocho: é um caldo que pode ter como base

diferentes carnes, peixes e frutos do mar, galinha, carne bovina, suína, tartaruga, bode, costela e bucho. Cayeye: banana da terra verde, cozida depois

amassada como um purê. Costuma-se misturar margarina e suero costeño (um tipo de nata salgada). Arroz de lisa: arroz feito com lisa (peixe de mar)

servido em folha de bijao, acompanhado com patacones, mandioca, abacates, suero costeño, ovos cozidos ou bollo (massa cozida) de milho. Arepa de huevo: arepa (massa feita com farinha de

milho) recheada com ovo e frita.

Mote de queso: sopa a base de inhame e queijo típico cortado em cubinhos. Arroz de coco: prato preparado com leite de coco e

adoçado com rapadura e açúcar. Butifarra soledeña: embutido de carne de porco,

que geralmente é acompanhado com limão e bollo (massa cozida) de mandioca. Bollos: embrulhados em folhas de milho e cozidos.

Existe uma grade variedade, há de mandioca, banana da terra, milho, bollo limpio (feito com milho branco) e angelito (com milho branco e anis). Carimañola: bolinho de mandioca, comprido e

frito, recheado com carne moída ou queijo. Doces: de coco, leite, mamão, tamarindo, hicaco,

inhame, mandioca, arroz e feijões.

MÚSICA DO CARIBE COLOMBIANO A região do Caribe é uma área em que a música e a dança são elementos essenciais na cultura onde alguns ritmos são autóctones e outros têm influên-cia europeia. O vallenato, a cumbia, o porro, o som sabanero, o fandango, o mapalé, o som de negro e o canto de zafra comum na colheita, são alguns dos gêneros musicais relevantes desta região. Vallenato: gênero que surgiu da mistura de

cowboys, africanos, ritmos e danças indígenas da Serra Nevada. É um dos estilos musicais mais importantes do folclore na região do Caribe colombiano. A importância do vallenato motivou à Unesco a declará-lo como Patrimônio Cultural Imaterial.

Cartagena de Índias

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País de regiões – 029

Cumbia: É um dos símbolos culturais da Colômbia. Tem suas raízes nos ritmos das culturas indígenas, africanas e europeias. Os tambores, maracas, guache, chocalhos, e os apitos de origem indígena são os instrumentos favoritos desse ritmo. Gaita: gênero herdado da colônia que se caracteriza

pelo uso de uma gaita. Mapalé: ritmo afro-colombiano de dança com o

qual se comemora a pesca de um peixe chamado mapalé. Porro: considerado o f ilho da cumbia.

Caracteriza-se por ter uma forte influência afro; no entanto, também possui elementos dos povos indígenas e da música europeia.

Região da Orinoquía

A Orinoquía é uma região conhecida na Colômbia como Llanos Orientales (Planícies Orientais). É uma grande planície onde 75% está composta por sava-nas e 25% por florestas. Esta região é delimitada pelos rios Orinoco, Guaviare, Arauca e o piedemonte llanero, a área onde as cordilheiras fazem divisa com as Planícies Orientais.

O veado da savana, a capivara e o macaco cotudo (alouatta seniculus) são algumas das espécies de mamíferos encontradas neste lugar extenso. Além disso, nesta região vivem mais de 450 espé-cies de aves, muitas delas aquáticas, como o ganso do Orinoco. Esta área do país abriga alguns dos luga-res mais bonitos da Colômbia, como Caño Cristales, o rio de cinco cores, o qual produz um efeito visual muito semelhante ao de um arco-íris líquido devido às plantas aquáticas multicoloridas que o habitam nele.

EXTENSÃO: 285.437 km² - 18% DO TERRITÓRIO NACIONAL.NÚMERO DE HABITANTES: 1.681.273 HABITANTES.CLIMAS: TROPICAL SECO E MONÇÔNICO.ÁREA PROTEGIDA: 4 PARQUES NACIONAIS.

DEPARTAMENTOS:• Arauca (Arauca). • Casanare (Yopal). • Meta (Villavicencio).• Vichada (Puerto Carreño).

SUB-REGIÕES NATURAIS • Piedemonte llanero.• Mesetas del Meta.

• Llanuras del Guaviare.• Pântanos de Arauca.

A CULTURA LLANERA (DAS PLANÍCIES)A principal atividade econômica da Orinoquía é a pecuária extensiva, a qual influencia culturalmente “não apenas o modo de trabalho dos habitantes os “llaneros”, mas também moradias, roupas, gastrono-mia, dança e música. As expressões culturais mais reconhecidas desta região são o coleo (esporte no qual um homem a cavalo derruba um touro puxando ele pelo rabo) e a música típica llanera.

PRATOS TÍPICOS DAS PLANÍCIES ORIENTAISA carne bovina é a protagonista da gastronomia da região Orinoquía; Pratos como vitela ou mamona a la llanera são reconhecidos no país por seu excelente e indiscutível sabor de origem llanera (região das pla-nícies). No entanto, nesta cozinha, assim como nas outras regiões, também há diversidade. Aqui, não se serve somente carne, mas também se serve caldo de galinha, a capivara grelhada, coelho no vinho e mui-tos outros animais. Ternera o mamona a la llanera: vitela em quatro

cortes conhecidos como la raya, la garza, los tembladores e la osa. Esta carne é espetada em varas de 2 metros, que são fincadas no solo e assada de forma vertical próximo a fogueira. Hervido de gumarra: sopa de galinha caipira

em pedaços, acompanhada de batata, mandioca, abóbora, banana da terra verde e temperos como coentro cimarrón. Cachama asada a la llanera: cachama (peixe) espetado

em varas de laranja e assado no fogão a lenha. Chigüiro a la brasa: carne de capivara temperada

com sal e algumas vezes com cerveja e cebola. Posteriormente assada na brasa. Arroz llanero: arroz feito com rabo bovino e

ligeiramente frito com banha de porco. Tungo de plátano: massa de banana da terra

madura, farinha de milho e banha de porco. Hallaca: massa de milho temperada com caldo de

galinha pigmentado com urucum cozida em folha de bananeira. Esta massa é recheada com carne bovina, suína ou de frango, legumes, azeitonas, passas, nozes e alcaparras. Palo a pique: feijões cozidos com carne onde

posteriormente são adicionados torresmos, caldo de galinha, especiarias, temperos e arroz.

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030 – BOAS-VINDAS

Cachapa: panqueca grossa de milho amarelo preparada com ovos, açúcar, leite, óleo vegetal e sal. Conejo en vino: carne de coelho em pedaços,

temperada com ervas, especiarias, farinha, caldo e vinho branco.

MÚSICA DA REGIÃO DA ORINOQUÍAA região das planícies os “Llanos Orientales” coloca moradores e estrangeiros para vibrar e sapatear ao som da harpa, da viola cuatro e das maracas. Sua música é uma mistura das influências espanho-las e indígenas que se torna uma expressão inspi-radora dos cowboys colombianos ao interagir com seu cotidiano e com a natureza. A dança e os rit-mos estão intimamente ligados com a música desta região. O joropo, galerón e o pasaje são as principais expressões musicais. São vários os gêneros musicais encontrados aqui: o zumba que zumba, quirpa, car-naval, sanrafael, periquera, chipola, pajarillo, gabán, guacharaca e o perro de agua. Esses gêneros musi-cais são acompanhados por instrumentos típicos como a viola cuatro llanero, bandola llanera, mara-cas, flauta carrizo, furruco, bandolim, violão, baixo elétrico e o cirrampla. Joropo: é um ritmo impossível de dissociar da

dança. É dançado em casal e é caracterizado pelo sapateado frenético do homem. Os instrumentos musicais que acompanham esse show são a harpa, a viola cuatro e as maracas. Galerón: Também é conhecido como corrido ou tor-

bellino llanero. Nesta dança, também há sapateado que vem dos pés do homem, mas ao contrário do joropo, nesta dança há um movimento em que a mulher escapa do homem e ele a persegue. Pasaje: assim como o joropo e o galerón, existem

sapateados, mas no momento da passagem eles são menos fortes e lentos.

Região Insular

No meio dos dois oceanos que banham o país estão as ilhas colombianas que compõem a Região Insular e estão conectadas ao território continental através de plataformas subaquáticas. Essa região abrange tanto as ilhas do mar do Caribe quanto as do oce-ano Pacífico. Seu clima é deliciosamente tropical e suas ilhas são importantes pontos turísticos do país, como a Ilha de San Andrés, conhecida por seus recifes de corais e por seu mar de sete cores. Nesta região, são comuns as espécies como a lagosta, tar-taruga carei, tartaruga-verde, os tubarões arraia e

água-viva. Nos meses de abril e maio você pode ver a desova de caranguejos pretos.

EXTENSÃO: 300 km² (superfície).NÚMERO DE HABITANTES: 74.620 HABITANTES.CLIMAS: TROPICAL SECO E TROPICAL ÚMIDO.ÁREA PROTEGIDA: 4 PARQUES NACIONAIS.

Departamentos:• San Andrés e Providencia.• Bolívar (Ilhas de San Bernardo e Ilhas do Rosario).• Cauca (Ilha Gorgona).• Vale do Cauca (Ilha de Malpelo).

SUB-regiões NATURAIS• Parque Nacional Natural Old Providence McBean

Lagoon.• Parque Nacional Natural Islas Corales del Rosario

e San Bernardo.• Parque Nacional Natural Gorgona.• Parque Nacional Natural Malpelo.

SUB-regiões DA REGIÃO INSULARArquipélago de San Andrés e ProvidenciaÉ um dos destinos turísticos mais desejados da Colômbia. Banhado pelo Mar do Caribe e tem uma extensão total de 52,2 km² (San Andrés com 26 km², Providencia com 17 km² e Santa Catalina com 1 km²).A Ilha GorgonaÉ um pequeno sistema de ilhas compostas por Gor-gona, Gorgonilla e outras ilhotas, todas localizadas no Oceano Pacífico com 26 km² de superfície terres-tre ou de ilha.MalpeloIlhota de origem vulcânica no Oceano Pacífico. Arquipélago de San BernardoConjunto de dez ilhas do Mar Caribe que estão loca-lizadas no golfo de Morrosquillo.

OUTROS GRUPOS DE ILHAS:• Ilhas Corales del Rosario.• Ilha Fuerte.• Ilha Tortuguilla.• Ilha Tierra Bomba.

PRATOS TÍPICOS DA REGIÃO INSULAROs sabores do mar são a essência da gastronomia da Região Insular. Aqui os pratos são preparados com espécies marinhas, como peixes, caranguejos, lagos-tas e caracóis, e geralmente são acompanhados de vegetais, frutas, legumes e vegetais típicos dos trópi-

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País de regiões – 031

cos, como a mandioca, a banana da terra, a abóbora, o coco e a banana. O manjericão, a canela, o cravo e o gengibre são especiarias amplamente usadas que pro-porcionam um sabor único à gastronomia da região. Rondón ou Run down: guisado ou sopa preparado

a base de leite de coco ao qual se adiciona peixe, caracóis, inhame, mandioca, banana verde, rabo de porco e tortilhas de farinha. Sopa de cangrejo: caranguejos pretos e vermelhos

cozidos com rabo de porco, batatas, inhame, torti-lhas de farinha e especiarias. Bolas de albóndigas de cangrejo o pescado: boli-

nhos de carne de peixe, caranguejo ou lagosta, temperados com ovos, farinha de rosca, vegetais e especiarias e fritos em óleo fervendo. Cocadas ou doces de coco: biscoito preparado com

polpa de coco, leite de coco, açúcar, manteiga e fari-nha. Bola de caracol: caracol guisado e frito em óleo de

coco. Pollo guisado con dumplings: Frango selado com

óleo de coco e cozido com alho, pimentão, cebola, sal, aipo e dumpligs (pedaços de massa feitos de farinha de trigo, leite de coco, sal e gordura cozidos no vapor ou fervidos). Journey cake: Pãezinhos assados onde a farinha de

trigo foi amassada com leite de coco, sal e açúcar. Empanadas de cangrejo: massa de farinha de trigo

recheada com polpa de caranguejo temperada com cebola, alho e pimentão.

Fríjoles con pig tail: feijão com rabo suíno e molho de cebola, alho, pimentão temperado com açúcar e sal. Bammy: mandioca ralada e totalmente espremida

que é frita até dourar. É o acompanhamento de mui-tos pratos da região.

MÚSICA DA REGIÃO INSULARA Região Insular, embora seja uma das menores da Colômbia, é uma área culturalmente diversa, pois, pelo fato de ser banhada por dois oceanos, abrange as culturas do Caribe e do Pacífico. Além disso, a influência internacional está presente nessa região, especialmente na dança e na música, como no calypso, típico de Trinidad e Tobago, e ritmos jamai-canos, como o reggae. A Salsa, merengue, vallenato e a mazurca também são gêneros muito escutados nesta região. Para interpretar esses ritmos, os isleños “nativos” usam instrumentos típicos como a catraca ou mandíbula, a mandolina, o tináfono ou o tinajo, o violão, o violino e o acordeão.

OBTENHA MAIS INFORMAÇÕES aquI.

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032 – BOAS-VINDAS

DICAS PRÁTICAS PARA PERCORRER A COLÔMBIA

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DICAS PRÁTICAS – 033

REVISE OS DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA ENTRAR

AO PAÍS

PARA ALGUNS DESTINOS COMO O AMAZONAS É NECESSÁRIO

ESTAR VACINADO

LEVE CONSIGO UM ADAPTADOR DE TOMADA, NA COLÔMBIA

A VOLTAGEM É 110V E A FREQUÊNCIA É 60HZ

PARA POUPAR TEMPO, PEGUE VOOS DOMÉSTICOS

PASSA-PORTE

PASSAGEM

DE VOLTA

PASSAGEM DE VOLTA

VOOS DOMÉSTICOS

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034 – BOAS-VINDAS

SEMPRE LEVE DINHEIRO CONSIGO,ALGUNS LUGARES

NÃO ACEITAM CARTÃO

USE REPELENTE DE INSETOS

PERGUNTE O VALOR ANTES DE PEDIR

ATREVA-SE A EXPERIMENTAR FRUTAS EXÓTICAS

MANGOSTÃO

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DICAS PRÁTICAS – 035

VOCÊ PODE PEDIR UM TÁXI ATRAVÉS DE UM APLICATIVO,

ASSIM É MAIS SEGURO

O CLIMA PODE MUDAR REPENTINAMENTE, NÃO CONFIE NO SOL

APOIE O ARTESANATO LOCAL NÃO VÁ EMBORA SEM ANTES EXPERIMENTAR

O CAFÉ MAIS SUAVE DO MUNDO

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Seja para aproveitar o sol, para viver uma aventura, para se conectar com a natureza, para fazer um cruzeiro ou para

organizar uma reunião, o nosso país tem a infraestrutura e o talento humano que você precisa para ter uma experiência

incrível. Conheça um pouco mais sobre suas regiões, sua gastronomia, seu clima, as pessoas e não pense duas vezes.

Bem-vindo à Colômbia, um destino imperdível, repleto de criatividade, alegria e hospitalidade que o deixará com

vontade de ficar.

GENERALIDADES

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02. FEIRAS E FESTAS

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FEIRAS E FESTAS

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Índice

Carnaval de Barranquilla— Pág. 4 —

Texto de Paul BritoFotografias de Harold Lozada

A PORTA DE OURO SE VESTE DE CORES

Outras feiras e festas da Colômbia

— Pág. 18 —

Penteados tradicionais e tambores

— Pág. 10 —

Texto de Javier Ortiz CassianiFotografias de Ximena Vásquez

A CULTURA AFRO COMEMORA SUAS tradições

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APRESENTAÇÃO – 3

A Colômbia comemora sua riqueza cultural e sua identidade diversificada em todo o território. A agenda cultural do país está repleta de atividades que foram repetidas ano após ano durante décadas até se tornarem tradições, além de uma programa-ção fresca que se renova para responder à procura, interesses e necessidades de diferentes públicos.

Carnavais como o de Barranquilla (Costa Atlântica) e o de Riosucio (Caldas, na Região Cafeeira do Eixo do café) e o de Negros e Brancos (Pasto, no sudoeste do país) reúnem fantasias típi-cas, carros alegóricos, máscaras, músicas e dan-ças de cada região para dar vida às tradições em espaços festivos. Eventos alternativos para jovens, como o Festival Estéreo Picnic, exploram novos sons.

A Colômbia é música, cor, dança e alegria. Mas a cultura do país também se manifesta em outros tipos de expressões artísticas: literatura, cinema, teatro e artes visuais, que mobilizam grandes audi-ências e possuem infraestrutura cultural.

MÓDULO 02

Feiras, festas e carnavais Nosso país é cenário de eventos literários de

grande importância e repercussão, como a Feira Internacional do Livro de Bogotá (FILBo) e as ver-sões do Hay Festival em Cartagena, Medellín e Jericó. O Festival do Livro e a Cultura de Medellín, a Feira Libraq em Barranquilla e a Feira Internacio-nal do Livro de Cali, entre outros, constituem uma vitrine para a indústria editorial nacional, para a lite-ratura e para as conversas mais enriquecedoras.

Telas de todo o país projetam a enriquecedora produção do novo cinema nacional e uma curado-ria diversificada preenche a programação de ciclos e festivais. O primeiro do continente nasceu em Cartagena: o Festival Internacional de Cinema de Cartagena, FICCI, abriu caminho para eventos semelhantes no resto do país.

O prestígio internacional da Colômbia como um dos países mais felizes do mundo é vivido dia-riamente nos quatro cantos do país. Esse espírito de celebração nos une como país e abre as portas da nossa casa para visitantes de todo o mundo.

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Carnavalde Barranquilla

“Quem o vive é quem o desfruta”, repetem os Barranquilleros como são conhecidas as pessoas que moram em Barranquilla ano após ano durante a comemoração. Esta frase simples contém uma verdade alegre: que só é possível entender a experiência do Carnaval mergulhando nesta próspera cidade do Caribe e vivendo sua festa de cumbia, máscaras, carros alegóricos e cores.Texto: Paul Brito

A Porta de Ouro se veste de cores

COSTA ATLÂNTICA

Fotos: Harold Lozada

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02

Carnavalde Barranquilla

F E I R A S , F E S TA S E C A R NA VA I S

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06 – FEIRAS E FESTAS

O Carnaval de Barranquilla é sempre vivido como se fosse a primeira vez: os habitantes locais se tornam anualmente turistas durante esses dias onde tudo o que é tradicional e se torna surpreendente aos olhos dos moradores e turistas. Uma completa experiên-cia para os sentidos: uma descarga de cores sobre as peles que transbordam pelas ruas lotadas; uma onda de cumbia que entra pelos ouvidos e percorre o corpo até os pés estremecerem; um cheiro de suor, mar e rio que sobem do rio Magdalena, envolvendo a toda uma cidade próspera, aberta ao mundo e intensamente festiva.

As fantasias e as máscaras tradicionais são um elemento central deste carnaval que acontece em fevereiro, pouco antes da quarta-feira de cinzas, há mais de cem anos, na principal cidade do lito-ral Caribe colombiano. A fantasia brinca com essa capacidade de dissolver a identidade para nos tornar iguais uns aos outros, enquanto nos transforma em um ser diferente, afastado da vida cotidiana e imerso em uma espécie de transe musical.

Centenas de fantasias típicas (como a burlesca marimonda, o intimidador garabato e os congos coloridos), coreografias, alas, e enormes carros ale-góricos enfeitados com fantasias bizarras percorrem incansavelmente vários quilômetros de sol ardente. O Carnaval de Barranquilla é ao mesmo tempo vários carnavais e percorre múltiplas e variadas Barran-quillas em desfiles como o Carnaval de la 44, a Batalla de Flores no Cumbiódromo “sambódromo da Cumbia” localizado na Via 40, o Desfile del Rey Momo na rua 17, a Gran Parada de Tradición e Folclor, e a Gran Parada de Com-parsas. Os visitantes não ficam parados, interagem com os dançarinos e bobos da corte, caem na folia, dançam e brincam com eles e com os outros espec-tadores, tudo se torna uma performance imensa e fusionada ao som de gaitas, foles e tambores.

Nos últimos anos, surgiram outros espaços que levam a cidade ao resgate das tradições e em busca de novas propostas culturais. É o caso da Carnava-lada que, no ano de 2020, completa dezenove anos. Na primeira parte da noite, as pessoas se sentam para assistir obras de teatro, dança, circo e depois caem na folia, em uma evolução onde ao início todos são espectadores e terminam como protagonistas, girando em torno ao próprio centro de gravidade, até o corpo aguentar.

A Noche del Río é outra festa orgânica e centrífuga. Dezenas de grupos de várias áreas ribeirinhas seguem a corrente do rio Magdalena e se reúnem no Parque Cultural do Caribe, já que Barranquilla fica a um

passo da foz do rio. Na eletricidade do ar, você pode sentir a fusão do rio Magdalena com o mar Caribe nas voluptuosas Bocas de Ceniza; o ambiente salobre é atra-vessado pela gaita (um instrumento de origem indí-gena, feito com o caule de um cacto) e a tambora (um instrumento afro feito com o coração da ceiba). A pri-meira é trágica, melancólica e doce; a segunda, épica, alegre e sonora. O corpo parece ser a costura entre as duas. A Rueda de Cumbia, no bairro Abajo, ou a Noche de Tambó, na Praça de la Paz, também são performances enormes que resgatam as raízes mais profundas do festival e do folclore caribenho.

Mas às vezes parece como que se o Carnaval não precisasse de eventos ou lugares especiais. É um único desfile, um único rio desembocando nas ruas, bairros, esquinas, lojas, bares, casas e nos pátios. “Quem o vive é quem o desfruta”, dize um dos refrães da festa. A cidade é transformada em um imenso cenário onde cada pessoa é o artista da sua própria alegria, da sua própria transformação em outra. Nin-guém é alheio ao próximo, ninguém é estranho para ninguém, nem mesmo aquele que usa a fantasia mais excêntrica. A Cumbia é ouvida em todos os cantos como um culto vivo, sensual e melancólico à vida e aos seus limites naturais, por isso convida a compri-mir nesses poucos dias de explosão vital a eternidade que corresponde a cada um, cuja indivisa divindade da qual Borges falou. E é por isso que as ruas geral-mente são fechadas e a corrente humana é aproxi-mada para formar curvas de felicidade e êxtase. “Eu te amei com grande delírio, com paixão desenfreada”, disse a famosa música “Te olvidé” -Eu te esqueci-, con-siderado o hino do Carnaval de Barranquilla.

Praticamente todas as danças típicas do carnaval aludem a essa condensação da felicidade às margens da vida e o delírio. O Congo é uma das fantasias mais usadas devido ao seu grande turbante cheio de flores artificiais e enfeitado com laços, rendas e espelhos, do qual brota uma longa fita que chega quase aos cal-canhares. É também um dos mais antigos. A fantasia é típica de uma dança guerreira originária do Congo, na África, e foi conhecida na Colômbia através dos cabildos de negros africanos realizados em Cartagena de Índias. Apoiada por uma grande representação totêmica: touros, burros e tigres, a dança representa os homens que estavam se preparando para a guerra, com um grande chefe hierárquico distinguido por um turbante e uma fita maior e cercado por um bando de guerreiros. Em pleno carnaval, a guerra continua sendo contra a morte, contra essa terrível desman-cha-prazeres.

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Barranquilla, UMA CIDADE EM CRESCIMENTO

O QUE VOCÊ DEVE SABER sobre Barranquilla?

milhões de toneladas de mercadorias transitaram

pelo porto de Barranquilla em 2018

por habitante foi o investimento público do

distrito em 2017

foi o crescimento médio anual da receita total de Barranquilla

entre 2010 e 2017

Barranquilla: porto de desenvolvimento

MAIS de 5 (COP) $1.9 milhões 13%

foi o crescimento da renda média por família entre 2008

e 2018

70% Entre 2008 e 2018, a classe média da cidade

aumentou de

19,6% a 30,2%

1. É um distrito especial, industrial e portuário.

2. É o principal eixo econômico de toda a região Caribe.

3. Sua área metropolitana é a segunda no país com o maior investimento privado.

4. Possui aproximadamente 1.232.000 habitantes.

5. Seu clima é tropical seco.

6. Possui uma grande população de origem migrante.

7 curiosidades DO carnaval de Barranquilla

Hotelaria:

Duração:

4 dias Lucro:

em 2019 o Carnaval de Barranquilla gerou

384.000 MILHÕES

Contribuições:

49% dos recursos são de empresas privadas

Turismo:

estrangeiros participaram dos eventos durante 2019

MAIS de 300.000 186 HOTÉIScom 14.250 camas

distribuídas em 7.841 quartos para hospedagem

Rentabilidade:

mais rentável desse tipona América Latina

É O TERCEIRO EVENTO

Investimento:

20.000Milhões de Pesos (COP)

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08 – FEIRAS E FESTAS

Criança fantasiada de Torito na Festa de Danzas e Cumbias, realizada na Praça de la Paz

Diversidade de personagens, fantasiados e maquiados, percorrem as ruas de toda a cidade

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carnaval de barranquilla – 09

Valeria Abuchaibe, rainha do Carnaval de Barranquilla em 2018, durante o desfile Gran Parada na Vía 40

O Garabato é outra das danças populares do Carnaval de Barranquilla que encarna essa ambiva-lência crucial entre a vida e a morte. De origem cam-ponesa, está enraizada no povo, no suor e na terra. Portanto, o traje carrega esse “garabato”: uma vara de madeira que parece um desenho animado, como se fosse uma foice. O Garabato se enfrenta com a fantasia de uma caveira e representa efetivamente a luta entre a vida e a morte. O folclore diz que a foice não tem poder no Carnaval e somente nessa época de graça e exuberância a vida vence a morte a base de tambores e flautas de bambu.

Quase todas as danças e cumbiambas falam de fusão, transgressão e resistência. A Dança das Faro-tas, por exemplo, que nasceu na cidade de Talaigua, perto de Mompox, no departamento vizinho de Bolí-var, recria a maneira com a qual os guerreiros indí-genas faroto vingaram suas mulheres estupradas pelos espanhóis, fantasiando-se eles mesmos de mulheres. Uma prévia e um símbolo do que as lutas de gênero e as demandas feministas são hoje.

A propósito de a toda essa história do Carna-val, da tradição e do legado que se manifesta em cada dança e fantasia, em 2019 o Museu do Carna-val começou a funcionar, oferecendo aos visitan-tes uma experiência multimídia e interativa através de objetos, vídeos, músicas e textos relacionados à

festa. Entre suas atrações, se destacam no segundo andar (são três andares com diferentes atrações) os vestidos de coroação de 39 nove rainhas do Carna-val de Barranquilla que repassam sua história desde 1918 até 2019.

No entanto, todo mundo sabe que o Carnaval está vivo e bem fora dos museus. Sabe também que o verdadeiro protagonista do Carnaval não é o espe-táculo, mas sim cada espírito carnavalesco que atu-aliza o festejo e a dança da própria vida, cada alma perfurada pelo fogo ancestral da festa. Também é cada nativo que se transforma em um estrangeiro espantado com sua própria idiossincrasia e cada forasteiro que, pela magia da folia, se transforma em outro nativo. É por isso que este ano o lema e o tema principal do Carnaval Barranquilla 2020 é “¡Para que lo viva la gente!” “Para que o povo viva o carnaval! ”. E como as pessoas são os protagonistas, pergunto a um paroquiano do Bairro Abajo o que é o Carnaval e ele me responde em forma de anedota com essa familiaridade e espontaneidade que ostentam com tanta habilidade o povo do Caribe.

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010 – FEIRAS E FESTAS

Penteados tradicionais

Música, gastronomia, dança, tranças e penteados fazem parte das práticas culturais que os afrodescendentes legaram à nação colombiana enquanto ensaiavam rotas de resistência e liberdade.

Afro Colômbia

A cultura afro comemora suas tradições

Texto: Javier Ortiz Cassiani Fotos: Ximena Vásquez

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Penteados tradicionais

e tamboresF E I R A S , F E S TA S

E C A R NA VA I S

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012 – FEIRAS E FESTAS

A Ternura é uma avó que trança, num domingo de manhã, os cabelos da neta em uma rua de San Basi-lio de Palenque, cidade ao norte do departamento de Bolívar, no Caribe colombiano. Fundada por escra-vos cimarrones que escaparam do porto de Cartagena. Os tambores soam lá desde o século XVII e talvez desde essa mesma época as avós penteiam suas netas contando a elas histórias de resistência. A ternura também pode ser duas jovens negras que em uma sexta-feira ao meio-dia, na véspera de uma festa em Guachené, ao norte do departamento do Cauca, no Pacífico colombiano, revezam-se ensaiando pentea-dos em um pátio à sombra de uma árvore. Em Gua-chené, uma cidade habitada por afrodescendentes, desde os tempos do garimpo de ouro e do traba-lho nas fazendas, os habitantes negros trançavam o cabelo.

Esses cartões postais de ternura são replicados diariamente em regiões de todo o território nacional. A Colômbia Possui uma grande variedade de comu-nidades habitadas por pessoas de descendência afri-cana. Sua música, gastronomia, danças, tradição oral e penteados enriquecem a experiência de visitar nosso país. Várias feiras, festas, festivais e carnavais colom-bianos têm um tom negro vivo e acentuado.

Por trás de tais cenas está a memória: os que contam o que aconteceu há muito tempo a outros contaram, falam de cartografias desenhadas por espe-cialistas em tranças com os cabelos nas cabeças de mulheres e meninas que mais tarde foram usadas por negros cimarrones como mapas de fuga. Quem sabe

diz que no começo sempre esteve o cabelo. Alonso de Sandoval, um dedicado sacerdote jesuíta e evange-lizador jesuíta, que passou grande parte da sua vida elaborando um tratado sobre as características dos africanos trazidos para Cartagena - o principal porto de escravos da América - disse que um dos sinais mais claros de identificação desses povos era a maneira como eles usam seus cabelos, com o que faziam com ele– escreveu o religioso – “mil invenções agradáveis.”

Os declamadores que cantaram em memória aos povos escravizados também disseram que em seus grandes afros, homens e mulheres escondiam semen-tes, e que assim que tiveram a oportunidade, balan-çaram suas cabeças para espalhar essas sementes em territórios onde a liberdade germinaria. Outros disse-ram que os cabelos abundantes serviam para ocasio-nalmente armazenar pepitas de ouro das minas que os escravizavam, e posteriormente com elas poder comprar a liberdade. A verdade é que a rota e a cum-plicidade dos cabelos em seu trançado já estavam construídas desde os tempos antigos. E hoje, pessoas de ascendência africana em várias partes da Colômbia estão cada vez mais conscientes da importância dessa memória. Eles assumem isso como um componente da sua identidade e já não ocultam mais os cabelos, eles mostram com orgulho e continuam narrando de outra maneira.

Essa rota que exibe um amor próprio, uma beleza sem complexos ou imposições, pode iniciar em San Andrés, Providencia e Santa Catalina, os territórios insulares da Colômbia no Mar Caribe. Lá, naquelas

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Penteados tradicionais e tambores – 013

Junto aos tambores, os penteados representam uma forma de comunicação fundamental dos afro na construção da identidade nacional

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014 – FEIRAS E FESTAS

10 DESTINOS PARA CONHECER SOBRE A CULTURA AFRO

Nuquí: o encontro do mar com a selva, enche Nuqui com sons naturais. Sua música soa como chuva, mar e praia, onde a marimba é a protagonista.

Quibdó: a chirimía é o ritmo popular de Quibdó. Um estilo musical tocado com instrumentos de sopro feitos de madeira.

Capurganá: estando em um canto isolado do país, os sons da natureza são predominantes na cultura musical da região.

Baía Solano: os sons das variações do ritmo currulao, com baterias e os cantarolar feminino, são a base de inumeráveis danças e festas na baía.

San Basilio de Palenque: esta festa tem uma forte influência colonial e africana: tambores, gritos e movimentos intensos e sutis.

Buenaventura: o folclore, a salsa e a música urbana ecoam nas ruas desta energética e vital cidade portuária.

Timbiquí: as festas para comemorar os antepassados com ritmos acompanhados por tambores e vozes doces são característicos de Timbiquí.

Guapi: o rio Guapi marca o ritmo da música melódica e da vida cotidiana, assim como a maneira como falam, cantam e dançam.

Tumaco: ao sul do país, em Tumaco, se utiliza a música e a dança para construir e dignificar a memória histórica e cultural de seu povo.

San Andrés e Providencia: o fato de ter sido porto comercial, deu-lhe o caráter multiétnico e multicultural, rico em gastronomia e música raiz.

POPULAÇÃO AFRO: 4.311.757 10,62% DA POPULAÇÃO DO PAÍS

As raízes afro-colombianas

MÚSICA AFRO-COLOMBIANA

5 CARNAVAIS E FESTAS QUE COMEMORAM A CULTURA AFRO-COLOMBIANA

RITMOS DA REGIÃO PACÍFICA COLOMBIANA

2 LÍNGUAS CRIOULAS AFRO-COLOMBIANAS

El currulao: é a dança tradicional mais popular do Pacífico colombiano. Caracteriza-se por ser uma dança de paquera ao ritmo dos tambores.

El aguabajo: os sons e movimentos dessa dança evocam a água da chuva, com uma grande densidade de tambores e canções eufóricas.

El patacoré: dança derivada do ritmo currulao, mas de origem religiosa. Geralmente é cantada por um amplo conjunto de vozes de mulheres, homens e crianças.

La jota: é dançada em grupos de quatro pessoas organizadas em pares para formar um quadrado. Eles desenham figuras complexas a partir de movimentos laterais e diagonais.

El berejú: movimentos melódicos, rítmicos e repetitivos. É semelhante ao patacoré, mas muito mais lento. Musicalmente, é caracterizado pela entoação de longas frases.

El bunde: possui uma faceta de celebração, cujo conjunto musical é formado por tambores e vozes; e uma melancolia, muito mais lenta e musicalizada apenas por tambores.

La juga: é um ritmo fúnebre devido à sua cadência rítmica, cuja manifestação de lamento permite que os dançarinos executem movimentos fortes, mas delicados.

El abozao: ritmo melódico com pouca presença de tambores. Os dançarinos acompanham a música com exclamações enquanto realizam movimentos sensuais e galanteadores.

Festival de Música do Pacífico Petronio Álvarez

Lugar: CaliData: Agosto

Carnaval de Negros e BrancosLugar: Pasto

Data: 2 - 7 de janeiro

Festas de San Pacho Lugar: Quibdó

Data: 5 outubro

Encontro de Alabaos e Gualies

Lugar: AndagoyaData: Agosto

Creole: é falada no arquipélago de San Andrés e Providencia.

Palenquero: é falada em San Basilio de Palenque.

Festival de La BahíaLugar: Baía Solano

Data: Agosto

1.025ritmos folclóricos 157

gêneros musicais

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terras de barracudas e lua verde, de histórias de pira-tas e ao compasso dos ritmos musicais do momento, reggae, socca e calypso, encontram-se pessoas que se movem em harmonia com seus rastafáris, mulhe-res nativas tecendo sonhos na cabeça de alguns turis-tas e jovens em seu trabalho diário usando penteados que nos lembram que a diáspora não acontecia há muito tempo; geminando-se com outros povos negros do grande Caribe.

Tambores, tranças e afros em Palenque e Cartagena

Nesta cidade tombada e declarada pela UNESCO em 2005 Patrimônio Histórico e Imaterial da Humani-dade, os penteados são tão cotidianos quanto o orgu-lho que, desde o século XVII, fundou o líder escravo cimarrón Benkos Biohó, quando desenvolveu uma sobe-rania sem correntes nessas terras. Em cada casa, alguém penteia e trança os cabelos com a mesma naturalidade com a qual debulham os grãos, plantam o inhame, as conservas são preparadas e as vacas são ordenhadas: com a mesma habilidade serena com a qual são feitas as coisas que sempre estiveram lá.

Também é natural que o único salão de beleza da cidade seja chamado Rainha do Congo e que suas proprietárias se preocupem em encher de senti-mento ancestral em tudo o que fazem. Elas fazem tranças para honrar as rotas da liberdade e suas obras têm nomes tão detalhados quanto os desenhos que estampam na cabeça dos seus clientes; os nomes mais conhecidos são: o hundidito, o tomate, a puerca paría, a inovação africana (conhecida como cachetá), são apenas algumas quantas denominações alegres de um talento que tem história.

Nesta terra onde o tambor vive e grita, há mais de vinte anos o Festival de Tambores e Expressões Culturais de Palenque é realizado anualmente para promover a gastronomia, a música, a dança e os penteados, ou seja, as antigas formas ancestrais de comunicação. Sob o céu azul de outubro, as tradições herdadas da África ganham vida, adaptadas aos novos espaços e preservadas por gerações comprometidas que colocaram um eco de sua essência na pele do tambor.

Aproximadamente a uma hora de Palenque está Cartagena de Índias, com sua verdadeira memória histórica - a da diáspora africana-. Há algum tempo, o bairro negro impôs seu estilo e reafirma isso com sua maneira de usar o cabelo: tranças, cortes, cabelos abundantes, discursos de reivindicação e toda uma

pedagogia para seus cuidados circulam nas ruas, nas escolas, nas universidades, nos escritórios, nos even-tos culturais e na balada cotidiana.

As rotas afro do Pacífico

A rota, como nos velhos tempos da escravidão, sobe o rio Atrato para entrar no Pacífico colombiano. A diferença é que esses territórios agora são percorri-dos não apenas para encontrar as evidências de um passado que condenou de maneira infame a alguns seres humanos ao trabalho forçado, mas também para recrear-se com aquelas tradições atuais de resistência, que reafirmaram o direito à existência e à identidade através do jeito de pentear o cabelo.

Os que se dedicaram a inventariar as práticas de penteado e trançado de cabelo na região, não hesi-tam em destacar a particularidade dos estilos usa-dos em Andagoya, uma cidade dedicada a mineração que fica no departamento de Chocó, e a habilidade daqueles que se dedicam ao comercio e trabalho em Cedro, no departamento do Vale e em Villa Rica, no departamento de Cauca, um pouco mais ao sul da região do Pacífico colombiano. Tranças, twists, parafusos, tecelagem ... toda classe de técnicas de penteados circula em catálogos alternativos que as pessoas vão criando, assim como na organização de reuniões e festivais para premiar os melhores tra-balhos. Junto com isso, o conhecimento ancestral associado às plantas usadas para cuidar dos cabelos foi resgatado: aloe, escova, hortelã, arruda, mate e casca de árvore do guácimo, são combinados com a cosmetologia criada nos últimos anos para preservar as qualidades naturais dos Cabelos afro.

Em Istmina, Chocó, em setembro, realiza-se um concurso de penteados temáticos, vinculado às festas padroeiras da Virgem de Las Mercedes, destacando os valores geográficos e culturais da região.

Em setembro e até o final de outubro, a cidade de Quibdó, capital de Chocó, às margens do rio Atrato, é uma aglomeração de pessoas que dan-çam nas ruas ao mesmo ritmo. São as Festas de San Pacho, uma celebração em homenagem a São Francisco de Assis, realizada desde 1648 e que em 2012 foi declarada pela Unesco como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. Música, carros alegóricos, danças, fantasias e a consciência de um povo que usava essas festas como uma catarse para se reinventar em meio às ansiedades diárias do tra-balho e dos dias, sem saber, talvez, que com isso

Penteados tradicionais e tambores – 015

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016 – FEIRAS E FESTAS

construía um dos eventos culturais mais importan-tes da nação.

Em Buenaventura, o principal porto da Colôm-bia localizado no Pacífico e onde sempre houve uma forte influência da estética e dos movimen-tos negros dos Estados Unidos, os salões de beleza para homens negros nos bairros, concorrem pelos melhores estilos. Esses cenários são espaços para encontros e sociabilidade dos jovens e, com a migra-ção para as grandes cidades do país, essas mesmas práticas foram transferidas para as dinâmicas de beleza de Bogotá, Medellín e Cali.

Em Cali, há quinze anos, todo mês de junho, é realizado o Festival Tejiendo Esperanzas, no qual se reafirma a identidade cultural da população negra, afro-colombiana, nativa e palenquera; é celebrado o direito à diferença e à diversidade, e se dialoga os conhecimentos locais com os de outros países da América que se reconhecem na memória comum da diáspora. A capital do Vale do Cauca e principal cen-tro urbano da região do Pacífico também é a sede de um dos eventos culturais que mais tem crescido nas últimas décadas e que atrai o maior número de turistas anualmente. Trata-se do Festival de Música do Pacífico Petronio Álvarez, quem não apenas se tornou um referente de músicas negra nessa região, mas também condensa em um só lugar e, em uma aposta festiva e contagiosa, as expressões culturais mais acabadas da população afrodescendente. É necessário reconhecer que muitos caminhos foram percorridos para chegar ao lugar onde estamos

agora. Numa sociedade escravista a identidade pode ser transformada em estigma. O cabelo afro que os identificava também os condenava; cresciam abun-dantes - como novelos –a zombaria e a ofensa- : no final dos anos 60, o etnógrafo Luis Flórez publicou um léxico com os diferentes termos que os colom-bianos usavam para denominar as partes do corpo humano. Na pesquisa, Flórez encontrou pouco mais de cinquenta vocábulos populares para se referir aos cabelos da população afrodescendente. Todos, com uma forte carga depreciativa: bombril, ruim, pixaim, churrusco, pelicerrao, parafuso ... são algumas das maneiras de se referir ao cabelo. Mas os afrodescen-dentes com a mesma habilidade com que as mulhe-res vão trançando o cabelo, aprenderam a dar a volta por cima, iludir o estigma, torná-lo um motivo de orgulho.

Talvez a avó, que num domingo pela manhã penteia cuidadosamente os abundantes cabelos de sua neta numa rua de San Basilio de Palenque, sem-pre soube, e teve a paciência de trançar a identidade e a beleza que alguns membros dessa nação diversi-ficada hoje exibem com orgulho e graça.

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Os cabelos, que antes eram usados para tecer destinos, mostram hoje a rota dos festivais e festas dos povos afrodescendentes da Colômbia.

Penteados tradicionais e tambores – 017

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018 – FEIRAS E FESTAS

Música

Festival Estéreo PicnicONDE: REDONDEZAS DE BOGOTÁ Após 11 edições, este festival se transformou na opor-tunidade para encontrar o mesmo cenário de grupos como Guns N ‘Roses, The Strokes e The Chemical Brothers, assim como grupos nacionais emergentes.

Festival de la Leyenda VallenataOnde: ValleduparO sabor único com o qual tocamos acordeão na Colômbia, fez com que a Unesco nomeasse o Val-lenato como Patrimônio Imaterial da Humanidade. O festival tem uma projeção importante no âmbito nacional e internacional.

Festival Petronio ÁlvarezONDE: CaliEstabeleceu-se como o maior e mais representativo festival do folclore afro-colombiano. Seus ritmos musicais, os sabores de seus preparativos e a idios-sincrasia da região oeste do país são os protagonis-tas dessa importante celebração.

OUTROS FESTIVAIS MUSICAIS Festival de Música Andina Mono Núñez, Festival Mundial da Salsa, Festival de Tango.

Artes cênicas

FESTIVAL IBERO-AMERICANO DE TEATROONDE: BogotáA cada dois anos, Bogotá recebe mais de 250 grupos de teatro nacionais e internacionais. O festival apre-senta uma variada oferta que inclui, desde teatro de rua em praças e avenidas públicas, até grandes pro-duções em recintos especiais.

Festival Internacional de BalletONDE: CaliAqueles que visitam Cali em abril têm a opor-tunidade de trocar os passos da salsa por dança

clássica. Empresas internacionais e o Instituto Colombiano de Ballet (INCOLBALLET) participam do evento.

Cinema

Festival Internacional de Cine de Cartagena de Indias (FICCI)ONDE: Cartagena de IndiasÉ o evento Cinematográfico mais antigo da América Latina. São exibidas cerca de 220 obras audiovisu-ais e é feita uma exibição da cultura audiovisual da Colômbia e de outros países da região.

Festival Internacional de Cine de CaliONDE: CaliNo final de outubro, Cali se transforma na sucur-sal da sétima arte. O festival foi fundado pelo dire-tor colombiano Luis Ospina. A curadoria de arte é especialmente forte em documentários.

Gastronomia

Sabor BarranquillaONDE: BarranquillaEsta feira revela a riqueza culinária da região, mar-cada por extensa migração. O festival tem uma agenda acadêmica, oficinas com chefs convidados e amostras da culinária tradicional.

AMOSTRA GASTRONÔMICA DO CARIBE INSULARONDE: San AndrésChefs locais, regionais e internacionais de renome se familiarizam com os pratos e técnicas típicas de San Andrés, Providencia e Santa Catalina através de uma troca de experiências com cozinheiro nati-vos da ilha e estudantes de gastronomia do arqui-pélago.

FESTIVAL GASTRONÔMICO SIEMBRE NEGRO PACÍFICOONDE: NuquíUma amostra para apreciar a riqueza folclórica da região Pacífica Colombiana através de intercâm-

MISCELÂNEA

O calendário local está repleto de eventos, feiras e festas nas quais os colombianos comemoram sua identidade através de expressões artísticas como a música, a dança e o teatro.

Outras feiras e festas da Colômbia

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bios de experiências entre cozinheiros nativos e de outras regiões. É a oportunidade de experimentar pratos tradicionais e as receitas que resultam da troca de conhecimentos gastronômicos.

Artes plásticas e visuais

ArtboONDE: BogotáEste encontro convoca galerias nacionais e inter-nacionais. Além de ser uma oportunidade de com-prar e vender arte, oferece um variado programa cultural e acadêmico para aproximar o público da arte.

Literatura

FEIRA INTERNACIONAL DO LIVRO DE BOGOTÁ (FILBO)ONDE: BogotáCriada em 1988, a feira reúne cerca de 1.000 edito-ras. A feira, que é realizada em Corferias durante o primeiro semestre do ano, é palco de quase 1.200 atividades culturais, incluindo lançamen-tos de livros e palestras com autores.

Hay FestivalONDE: Cartagena de IndiasConversas com grandes autores, prêmios Nobel, shows e concursos literários. A bela cidade amu-ralhada se torna um cenário luxuoso, onde os maiores expoentes da literatura, cinema, jorna-lismo, música e arte se reúnem.

Artesanatos

ExpoartesaníasONDE: BogotáEsta feira tornou-se uma plataforma para promo-ver o setor de artesanato colombiano e permite que artesãos, designers e empreendedores se projetem nos mercados nacional e internacional.

ExpoartesanoONDE: MedellínÉ uma aliança estratégica entre a empresa Artesa-nías de Colômbia e a Plaza Mayor de Medellín que busca conectar o público com as tradições do país.

Feiras

FEIRA de manizalesONDE: manizalesNo início de cada ano, toda a cidade é transfor-mada em torno da música em comemoração à cul-tura cafeeira.

FEIRA DAS FLORESONDE: MedellínAs tradições do departamento de Antioquia se encontram na capital mais inovadora do país. Um encontro entre gêneros musicais e gerações.

FEIRA DE CALIONDE: caliA salsa e outros ritmos tomam conta da cidade durante os últimos dias de cada ano.

Outras feiras e festas – 019

Carnaval de Negros e Brancos, Pasto

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A agenda cultural da Colômbia está repleta de atividades que se repetiram ano após ano durante décadas até se

tornarem tradições. No entanto, a cultura do país também se manifesta em outros tipos de expressões artísticas

como a literatura, o cinema, o teatro e as artes visuais, entre outras, as quais mobilizam grandes audiências e se

beneficiam de uma infraestrutura cultural completa. Nossa riqueza cultural é um importante motivo de comemoração

que é vivida diariamente nos quatro cantos do país. Esse espírito de comemoração nos une como país e abre as portas da nossa casa para visitantes do mundo inteiro.

FEIRAS, FESTAS E CARNAVAIS

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NATUREZA E AVENTURA03.

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NATUREZA E AVENTURA

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Índice

Observação ilustrada de aves — Pág. 10 —

Texto de Julián IsazaIlustrações de Cromalario

CÉUS RECUPERADOS EM MEIO AO PÓS-CONFLITO

Cidades da bicicleta— Pág. 18 —

Texto de Sinar AlvaradoFotografias de Juan Felipe Rubio

BOGOTÁ E SEUS ARREDORES: MECA DO CICLISMO AMERICANO

Chiribiquete— Pág. 04 —

Texto de María José CastañoFotografias de César David Martínez

O SEGREDO ANCESTRAL DOS TEPUIS

Outras experiências naturais e de aventura na Colômbia

— Pág. 26 —

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Uma área de 1,142 milhões de km² torna a Colôm-bia em um país quase do tamanho da França e da Alemanha juntas. À amplitude desse território é somada a uma estrutura montanhosa e hidrográ-fica, extensas costas em dois oceanos, ilhas, pai-sagens desérticas e vastas extensões de florestas. Tanto a bagagem quanto a curiosidade do visitante devem estar abertas para os profundos e emocio-nantes contrastes de um lugar para outro.

Essa diversidade de paisagens se presta à mesma variedade de experiências adaptadas aos gostos e expectativas de cada viajante. Enquanto regiões como a costa do Pacífico, a Amazônia e o Eixo Cafeeiro são amplamente reconhecidas pela riqueza de suas paisagens, para alguns pode ser menos previsível que Bogotá e suas redondezas também sejam um espaço ideal para experiên-cias naturais e aventura. Duas das histórias deste capítulo começam exatamente na capital do país: a meca do ciclismo, centro de um completo cir-cuito de cenários para esportes de aventura e lar de aves endêmicas, que podem ser apreciados em uma inesquecível sessão de observação sem sair da cidade.

módulo 03

Natureza e aventuraPara alguns, o relacionamento com o meio

ambiente pode ser de intimidade, silêncio e descanso; para outros, a maneira de se envolver com a natureza também pode ser íntima, mas mais física, mediada pelo corpo e pelas experiências de aventura; para esse grupo de espírito inquieto, que veem em uma impo-nente rocha o desejo de escalá-la, sentem a corrente vibrante de uma escalada e querem se lançar para remar, para aqueles que veem em uma montanha um espaço de contemplação e ao mesmo tempo o desafio da conquista ascendente, para todos eles, as regiões colombianas estão repletas de emoções e desafios. Uma sólida infraestrutura turística, hoteleira e de ser-viços complementares associada à aventura e esportes radicais está pronta para sua satisfação e segurança.

Montanhas, rios, lagoas, rochas, recifes de coral, desertos, florestas úmidas, uma inesgotável flora e fauna ... a lista seria interminável e as palavras sem-pre seriam curtas. Abrir os olhos para as paisagens colombianas transforma os viajantes em testemunhas de contrastes surpreendentes e em participantes ati-vos que interagem com essa natureza generosa que se alastra em todas as direções até transbordar em nos-sas fronteiras.

APRESENTAÇÃO – 03

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Chiribiquete

04 – NATUREZA E AVENTURA

Desde criança, a autora ouviu seu pai falar sobre um território majestoso, onde a natureza era tão extraordinária quanto a riqueza arqueológica. Anos depois, ela viajou para o coração da Amazônia colombiana para descobrir Chiribiquete com seus próprios olhos.

Texto: María José Castaño Fotos: César David Martínez

GUAVIARE, AMAZÔNIA

O segredo ancestral dos tepuis

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Chiribiquete

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NAT U R E Z A E A V E N T U R A

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06 – NATUREZA E AVENTURA

O mundo perdido da Serra de Chiribiquete era meu lugar imaginário favorito quando eu era criança. Lembro de que meu pai, Carlos Castaño Uribe, um Indiana Jones colombiano, sempre que voltava desse paraíso Amazônico estava ferido, com a fisionomia de náufrago e tão magro que de perfil nem se via. Escu-tava com fascinação suas histórias sobre aquele lugar secreto que ninguém conhecia. Na escola, pesquisava referências desse lugar e, como ele não aparecia em nenhuma enciclopédia ou mapa da época, duvidava que fosse uma invenção de meu pai para me entreter ou talvez os detalhes narrados com sua voz eram fic-ção para me fazer sonhar.

Chiribiquete é um lugar único no planeta. Atra-vessado pela linha do Equador, o parque fica entre os departamentos de Caquetá e Guaviare. É um dos locais mais bem preservados do mundo. Entre as savanas herbáceas e a planície Amazônica vivem ani-mais e espécies que os cientistas sonham em estudar. Para as culturas indígenas, era o centro do mundo. A casa da onça, que é o filho do Sol e da Lua: branco luar no peito, amarelo solar no lombo. Este felino e os homens-onça, são protagonistas de mais de 75 mil pin-turas encontradas pelo meu pai nas rochas de Chiri-biquete. O mais surpreendente é que algumas datam de mais de 20 mil anos, o que evidencia a mais antiga presença do homem na América Latina, segundo Gonzalo Andrade, do Instituto Nacional de Ciências da Universidade Nacional.

Mais de trinta anos atrás, quando meu pai era diretor de Parques Nacionais Naturais da Colômbia, ele encontrou esse lugar extraordinário por engano. Foi em 1986, quando avistou as rochas monumen-tais de Chiribiquete de um pequeno avião, depois de ter que desviar seu curso em direção a Letícia, capi-tal do departamento do Amazonas, devido a uma tempestade tropical. Em nenhum de seus mapas de navegação estavam esses planaltos que triplicavam o tamanho da Torre Eiffel e emergiram do meio de uma selva intacta. Na primeira vez, eles se limitaram a voar sobre eles e a registrar as coordenadas daquele lugar para o qual ele retornaria tantas vezes e pelo qual tra-balharia o resto da sua vida procurando uma fórmula perfeita para protegê-lo.

Ser chamado de “o descobridor de Chiribi-quete” o incomoda, porque ele sabe que é prová-vel que muitos outros percorreram esses caminhos antes dele, sejam nativos nômades, colonos ou exploradores. “Eu o descobri apenas para Parques Naturais e para integrá-lo ao sistema de áreas pro-

tegidas”. Embora ele se sinta orgulhoso de que a verdadeira descoberta tenha sido encontrar a arte rupestre na sua primeira expedição em 1990. Após escalar uma das rochas, ele e ficou cara a cara com um enorme abrigo rochoso onde haviam duas onças enormes e imponentes. Houve mais de uma dúzia de expedições, acompanhadas pelos cientistas mais conceituados que vêm estudando as frentes de flora e fauna. Ele se dedicou totalmente a arqueologia

e ao estudo da arte rupestre do local. Os pictogra-mas que foram encontrados em Chiribiquete são descobertas que nos permitem dar uma nova inter-pretação à nossa história: eles conectam nossos ancestrais a diversas culturas aborígenes em toda América Latina e o Caribe (partindo do que é hoje o México até o Brasil). As mesmas pinturas aparecem em partes remotas do continente, deixando evidên-cias de uma cultura que nos une. Acredita-se que os xamãs que pintaram nas rochas eram nômades que chegavam de várias rotas em peregrinação. Assim como um templo sagrado, não é possível viver nele, apenas visitar.

Ao encontro familiar com os tepuis

Em família, repetimos brincando que, além dos seus quatro filhos, meu pai tem um quinto favo-rito: se chama Chiribiquete. Eu cresci ouvindo as histórias em torno desse enigmático quinto irmão, essa mistura entre natureza viva, majestosas mese-tas de pedra, ricas culturas remotas e milhares de pinturas preservando seu passado vivo. Eu cresci querendo conhecê-lo, mas estávamos muito longe e levaria muito tempo para esse encontro familiar.

Embora tenha ouvido meu pai falar de Chiri-biquete quando criança, muitos anos de silêncio se passaram. Foi há cinco anos quando ele voltou a tocar no assunto, agora com muita discrição e pre-ocupação. Soube de suas noites sem dormir depois que o parque apareceu com várias publicações na mídia nacional e um documentário sobre a flora e fauna colombianas. A curiosidade sobre a área dis-parou e a maneira como essa dinâmica turística

Você sabia que Chiribiquete é Patrimônio da Humanidadereconhecido pela Unesco?

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500

60

Amazonas – 07

2.138espécies de plantas

espécies de répteis

espécies bor-boletas

espécies de mamíferos

espécies de peixes

O que tem no Parque Chiribiquete?

46espécies de anfíbios

pinturas rupestres

Comunidades indígenasSEM CONTATO COM A SOCIEDADE OCIDENTAL de altura

Árvores de até 70.000 50 mts

Visitar os resguardos indígenas limítrofes com o parque, praticar ioga, observar o Salto del Diablo, conhecer o Cânion de Araracuara.

4.268.095 HECTARES É uma área protegida que cobre um total de

Há sobrevoos para que os turistas possam conhecê-lo.

Outras atividades

Como ir à Serra de Chiribiquete?

Una hora de sobrevoo pela

Percurso:

Destino 1:

Destino 2:

SAN JOSé DEL GUAVIARE

SERRA DE Chiribiquete

PARTIDA DO AEROPORTO GUAYMARAL DE BOGOTÁ

Custos: tours desde 3.700.000 pesos colombianos.

40.000 1.500 2,5milhões de insetos

espécies de flora

espécies de aves

espécies de mamíferos

550espécies de répteis

A extensão do rio Amazonas

de longitude de água

420tribos

indígenas

6.700 Km 219.000 m3

650dialetos

86línguas

Animais característicos do rio Amazonas

Quais atividades existem no Amazonas colombiano?

Botos cor-de-rosa e cinza, peixes--boi, piranhas, anacondas e jacarés pretos e jacaré-açu.

Expedições mata adentro, avistar o boto cor-de-rosa, percorrer o rio Amazonas conhecendo culturas indígenas, ver a vitória-régia (uma grande flor flutuante), tour por Leticia, visitar Puerto Nariño, andar de caiaque, tirolesa, subir em árvores, conhecer a Ilha de Los Micos.

Chiribiquete somente pode ser visto das alturas, em uma inesquecível experiência de sobrevoo.LEMBRE-SE QUE:

MAIS DE 220 ESPÉCIES DE PEIXES

Entre eles o Pirarucu, um dos maiores peixes: chega a

medir até 3 metros

Por que visitar o Amazonas colombiano?

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08 – NATUREZA E AVENTURA

Com uma “cratera” com 260 metros de diâmetro e paredes rochosas com mais de 60 metros de altura, a Marmita Gigante é um dos ícones da Serra de Chiribiquete.

começou a se desenvolver, teve que superar a infor-malidade e as condições de acesso muito comple-xas desse território amazônico. Essa comovedora e improvável paisagem é tão sedutora quanto ilu-sória e nessa inacessibilidade também reside sua grandeza: um privilégio de apreciar sem alterá-la.

Em 2018, tive a oportunidade de fazer parte de um esforço para consolidar essa preservação. Tratava-se de uma expedição arqueológica para reunir material e registros que serviriam de novos argumentos a favor da indicação de Chiribiquete perante a Unesco para o reconhecimento como Patrimônio da Humanidade.

Partimos em um voo de uma hora de Bogotá para San José del Guaviare e dali partimos em um avião autorizado pelos Parques Nacionais para sobrevoar Chiribiquete. Devido a que uma parte fundamental da preservação desse território depende de que ele se mantenha intacto, por essa razão os visitantes só podem sobrevoar a área de avião e apreciar a majestosa floresta das alturas. Durante os primeiros minutos daquele voo, vi cla-reiras de desmatamento se alternando com a flo-resta, mas a esperança foi surgindo em forma de um verde exuberante e compacto que se estendia até o horizonte. Desses 8.500 pés de altitude, lem-bro-me de ver pela primeira vez os gigantescos tepuis dos quais meu pai me contou quando eu era criança: eles surgiram no meio da vegetação como monumentos da natureza dedicados aos Deuses.

A Serra de Chiribiquete é incrível, assim como toda a Amazônia colombiana, mas com a particular condição de ser um espaço que quase ninguém viu apesar de suas dimensões inocultáveis e que esconde segredos dentro dessas enormes mesetas rochosas. A sensação de respeito pelos tepuis é apavorante: eles são tão grandes quanto os arranha-céus de Manhat-tan, mas erguidos no meio de uma mata fechada, exu-berantes e habitados por uma rica fauna e flora, além de serem o lar de culturas indígenas autóctones. Só é possível vê-lo do céu, porque mesmo do ponto mais alto, Chiribiquete parece acariciar as nuvens.

Ao encontro familiar com os tepuis

Em 2018, Chiribiquete foi tombado e reconhecido pela Unesco como Patrimônio da Humanidade em uma categoria especial e mista, que exalta tanto sua riqueza natural quanto sua relevância cultural. É um caso excepcional, semelhante ao de Machu Picchu, no Peru. Essa conquista sintetizava parcialmente o longo trabalho e as lutas realizadas pelo meu pai ao longo de quase trinta anos.

Foram anos de paciência e compreensão para com ele por sua dedicação exagerada distribuída principalmente entre seus projetos com a Funda-ção Herencia Ambiental, que ele lidera com sua esposa Cristal, em projetos socioambientais com comuni-dades e povos indígenas do Caribe colombiano, e o trabalho conjunto com os Parques Naturais Nacio-

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nais, liderado pelas pessoas que o sucederam no cargo, a diretora Julia Miranda, quem foi sua aliada e peça fundamental para dar continuidade e fortalecer o esquema de cuidados especiais dos quais o Parque precisava. Além de ter trabalhado para obter a decla-ração da Unesco, esse trabalho minucioso ajudou a quadruplicar o tamanho da área protegida.

Meu pai tem sido muito comprometido, quase radical, na preservação dessa riqueza cultural, cuja sobrevivência muitas vezes se deve à dificuldade de alcançá-la e entrar nela. Sua posição me confron-tou, porque, por mais que eu admirasse seu sacri-fício pelo Parque e sua capacidade de penetrar em tudo o que encontrava nessas expedições, eu estava convencida de que era um direito dos colombianos conhecê-lo. Ninguém liga para o que não conhece. Então, eu comecei a lavar a mente e, aliás, as ideias. Muitos já haviam tentado: canais de televi-são, mídia colombiana, escritores. Custou-me toda minha experiência em uma empresa de comunica-ção estratégica para conseguir isso. Ia armada de argumentos, mas o mais importante foi o seguinte: “ninguém cuidaria de Chiribiquete se não enten-desse sua importância”. Assim, em 2019, essas três décadas de pesquisa, essa íntima relação de amor e conhecimento que ele estabeleceu com aquela Ama-zônia remota, acabaram reunidos no seu livro Chiri-biquete: La maloka cósmica de los hombres jaguar.

Hoje Chiribiquete só pode ser conhecido do ar, com permissão da Força Aérea e dos Parques Nacio-

As pinturas rupestres desta região datam de quase 20 mil anos de antiguidade. A onça-pintada é a protagonista, juntamente com outras espécies animais de poder.

nais para sobrevoá-lo. Quem quiser ver as pinturas pode apreciá-las do lado de fora do Parque, em Cerro Azul, um local adjacente a San José del Guaviare que tem a mesma tradição indígena. Não é permitido entrar para evitar pôr em risco o seu estado primitivo e suas comunidades indígenas. Hoje, porém, como os xamãs, os colombianos têm o livro e as imagens para viajar nele a partir do pensamento e dos argu-mentos exigir dos governantes proteção e cuidado.

Quando conheci aquele irmão mais velho da Amazônia, que é o que Chiribiquete significa para mim, senti que a minha família estava finalmente completa. Ao vê-lo das alturas, todas as imagens e vídeos empalideceram diante do mais surpreen-dente que tive diante dos meus olhos. Quando pude conhecer suas pinturas rupestres, graças à excep-cional oportunidade de fazer parte de uma expedi-ção científica, senti que um povo indígena inteiro estava me abraçando a 20 mil anos de distância. E agora, quando escrevo essas palavras, meus olhos agradecem a voz do meu pai e querem estar entre as nuvens da Amazônia para se encherem de Chiribi-quete novamente.

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chiribiquete – 09

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Observação Céus recuperados em meio ao pós-conflito

Pharomachrus fulgidus

Texto: Julián Isaza

Para descobrir a riqueza aviária da Colômbia, não é necessário sair da cidade. Certa manhã de novembro, em pleno coração de Bogotá, um repórter experiente e um ilustrador talentoso foram ao encontro das aves endêmicas da capital e descobriram histórias inesperadas referentes ao país.

BOGOTÁ E REDONDEZAS

Ilustrações: Cromalario

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03

Observação avesNAT U R E Z A

E A V E N T U R A

Ensifera ensifera

Cardinalis phoeniceus

de

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012 – NATUREZA E AVENTURA

Eles têm a forma de um bumerangue. São velozes; eles traçam curvas no céu. Eles se perseguem, e suas silhuetas velozes com as asas para trás, lem-bram duas aeronaves Mig 15 em combate. São os “Andorinhões”, explica Alejandro Pinto, um biólogo de 32 anos da Universidade Nacional, que é o guia dessa expedição e quem está “passarinhando” há dez anos.

São 5:50 da manhã, então não é mais noite, mas não se pode dizer que é dia. Do firmamento, sai uma fraca luz azul, apenas o suficiente para distinguir as formas dos pássaros, das montanhas e do barranco. Há alguns minutos atrás, estávamos viajando por um caminho sinuoso e descoberto, no qual a neblina oferecia um panorama leitoso onde os faróis de neblina da caminhonete conseguiam penetrar ape-nas alguns metros. Foi o último trecho até a zona de estacionamento do Parque Chingaza que constitui uma área adjacente à reserva natural. O destino final de um roteiro que percorremos por uma hora e qua-renta minutos partindo da cidade de Bogotá.

Alejandro tira seu equipamento da caminho-nete: um telescópio, binóculos, um ponteiro a laser e um livro grosso de ornitologia. O barulho da água que desce pelo desfiladeiro parece estático e no máximo volume, enquanto os andorinhões lançam assobios agudos e intermitentes lá de acima. Ale-jandro os observa. O voo dos dois pássaros é ágil, eles descrevem curvas acentuadas, se perdem na vegetação e voltam a sair. O biólogo diz seu nome em latim: Streptoprocne rutila. Também diz que é uma ave comum e amplamente distribuída, muito bonita e seu voo por si só é um pequeno espetáculo, mas esse não é o prato principal desta visita, na qual ele - e, portanto, nós - gostaríamos de ver um periquito aliamarillo, ou em termos científicos, um Pyrrhura calliptera, que é uma espécie endêmica do país; isto é, vive apenas na cordilheira oriental da Colômbia.

Nós avançamos alguns passos e o Alejandro aponta o laser para um grupo de arbustos. Abre as pernas do tripé e focaliza o telescópio. Então ele assobia e daqueles arbustos eles respondem. Exis-tem ali alguns Myioborus ornatus, pequenos pássa-ros com plumagem preta e amarela no corpo e uma mancha branca no rosto. Logo vemos um pássaro de peito cinza de nome cientifico Henicorhina leucophryse, repentinamente, avistamos a um Ochthoeca cinnamo-

meiventris conhecido como pitajo torrentero com suas plumagens vermelhas no abdômen.

***

Em poucos metros, observamos quatro espécies diferentes, o que se deve não apenas aos olhos e aos ouvidos agudos do Alejandro, mas também ao fato de que a Colômbia abriga quase 20% da biodiversidade de aves do planeta, pois das nove mil espécies existentes no mundo, pouco mais de mil e novecentas são encontradas no país.

Portanto, não é de surpreender que o país tenha ganhado em maio deste ano - e pela terceira vez consecutiva - o Global Big Day, um evento mundial onde por um dia observadores - especialistas e amadores - saem para observar aves e registrar suas descobertas. Nesta última ocasião, foram avistadas 1.574 espécies, ao mesmo tempo que no Peru e no Equador, países que ficaram em segundo e terceiro lugares, e onde os números diminuíram a 1.486 e 1.142, respectivamente.

É justamente por causa dessa enorme variedade que o país tem um enorme potencial como destino de observação de aves, ao ponto dessa atividade poder atrair 278.850 observadores a cada ano de acordo com a Conservative Strategy Fund. No entanto, Alejandro diz que, embora ele forneça seus serviços de guia con-tinuamente para pequenos grupos de viajantes, esse setor ainda está engatinhando quando comparado a outros países como Equador, Peru ou Brasil. O que concorda Luis Ureña, proprietário da Manakin Nature Tours, que dá um exemplo para medir o caminho per-corrido e o potencial a ser desenvolvido: “A Costa Rica, por exemplo, vive disso há cerca de 35 anos e é um país talvez quinze vezes menor do que a Colômbia e pos-sui metade da biodiversidade que possuímos, mas lá, duas mil pessoas podem entrar para ver as aves por dia, enquanto nós, que somos uma das maiores empresas do país, podemos receber entre 64 e 80 pessoas ao mesmo tempo divididas em oito grupos. Assim, esta-mos recebendo entre 240 e 300 pessoas por tempo-rada”.

A fria floresta andina, agora se revela com a luz do dia e é inundada com uma infinidade de cantos. São 6:30

Na Colômbia, existem cerca de 1.900 espécies de aves, que constituem quase 20% da biodiversidade de aves do planeta.

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Chiroxiphia lanceolata

Manacus manacus

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Campephilus pollens

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da manhã e subíamos pela trilha, momento em que o Alejandro parou. Um pouco mais acima se escuta um assobio. É uma sucessão de sons curtos, como se alguém pronunciasse repetidamente a letra “s” ou, melhor, como o ruído produzido por uma argola de metal que gira e solta um parafuso.

“É um Hemispingus superciliaris ou Hemispingo Cejudo”, diz ele, e depois oferece o telescópio focalizado em oito ampliações. Na ocular, você pode ver as aves e também o motivo do nome delas: acima do olho, possui uma faixa, como uma espécie de sobrancelha branca e grossa. O guia sorri. Ver aves, reconhecê-las, colecioná-las na memória é a própria essência do observador, que viaja quilômetros para ter encontros fugazes, para apreciar por um momento aqueles animais esquivos e completar listas de espécies exóticas com as quais testemunha a cor e as formas que eles moldaram a evolução e a genética. Luis Ureña resume assim: “É como encher um álbum. Eu ainda preciso ver, por exemplo, o Saurá-de-pescoço-preto e esse pássaro se tornou meu alvo. Portanto, as pessoas que vêm observar as aves chegam com suas listas de duzentas ou duzentas e cinquenta espécies e toda vez que encontram uma nova é algo emocionante”.

Cada lugar tem suas próprias “figurinhas” para completar o álbum, e os mais raros claro, são os mais cobiçados. Alejandro insiste que o maior prêmio aqui seria o periquito-de-asa-amarela, o qual ouvimos agora com seu gargarejo distante. O guia afia a ouvido e se vira, depois aponta para um pequeno vale que se abre entre as colinas. Podemos ver um pequeno grupo desses animais que são apenas pontos à distância. Alejandro tira o celular do bolso, abre um arquivo de sons com cantos de pássaros e procura o toque de periquito, faz com que soe, mas não há resposta. No entanto, eles sabem que estamos perto.

***

O que fazemos hoje, a pouco menos de duas horas de Bogotá, começou a ser feito em várias áreas do país há algum tempo e já existem várias rotas de obser-vação de aves que cobrem regiões como a Andina, Pacífica, Atlântica, Magdalena Medio e parte da Ama-zônia.

E embora existam vários desafios para desenvol-ver o birdwatching, essa indústria promete não ape-nas ser lucrativa do ponto de vista econômico, mas também do ponto de vista ambiental e social. E isso ocorre porque boa parte dos lugares que oferecem a maior biodiversidade estão localizados em territórios que sofreram violência e dependeram de certa forma de algumas economias ilícitas.

É por isso que várias fundações, investidores e o próprio Estado estão apostando no desenvolvimento de projetos com comunidades em áreas afastadas, assim como estão fazendo, por exemplo, no povo-ado de Playa Rica, no departamento de Putumayo. Lá, foi iniciado um trabalho de treinamento para os habitantes que continuará durante o ano de 2020 e também estão sendo feitos investimentos em infra-estrutura para apoiar uma comunidade que se propôs a cuidar dos seus recursos naturais e viver com eles. “São vinte e duas famílias que vivem em um territó-

rio de 488 hectares, as quais em sua grande maio-ria cultivava coca. Atualmente, elas não caçam, não cultivam coca nem desmatam para criar gado. Agora essas famílias estão cuidando do ecossistema”, diz Michael Quiñones, da Associação Quinti, uma das entidades que acompanha esse processo.

O mesmo poderia ser dito de comunidades na La Macarena, no departamento Meta, em Manaure ou Cesar, onde vinte ex-combatentes das FARC deci-diram formar a Tierra Grata Ecotours, uma agência de viagens que oferece esse tipo de pacote turístico.

Precisamente, é com esses projetos que mui-tos ex-combatentes encontram uma alternativa na qual podem colocar em prática o conhecimento que adquiriram durante os anos em que percorreram as florestas colombianas, porque como Luis Ureña explica: “Muitas dessas pessoas, pelo fato de terem

’Passarinhar’ é uma atividade de lazer na qual é feito um tour a pé em busca de diferentes espécies de aves, que geralmente são vistas através de binóculos ou telescópio.

Você sabia que uma espécie endêmica é aquela que é exclusiva de uma região e que não é encontrada naturalmente em outra área?

OBSERVAÇÃO DE AVES – 015

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016 – NATUREZA E AVENTURA

passado tanto tempo no mato, aprenderam empiri-camente sobre a natureza. Consequentemente, eles se tornaram bons rastreadores, observadores e com o ouvido afinado ao som das aves. Eles têm um talento que não sabiam que tinham. Existem muitos deles na Amazônia e em Caquetá e nós trabalhamos com alguns deles”.

Mas o Birdwatching, não apenas oferece a eles oportunidades como guias, mas, dentro da engre-nagem da indústria, eles também podem atuar em outros papéis. É o caso do Henry, quem era o res-ponsável pelas telecomunicações das FARC no sul do departamento Meta e hoje se dedica a transpor-tar os turistas na sua caminhonete. “É uma excelente fonte de renda, você vive bem se trabalhar seriamente durante as temporadas. Dessa renda sai o dinheiro para pagar a mensalidade da universidade do meu filho”, e logo acrescenta: “É uma boa maneira de seguir em frente no pós-conflito, colocando as pes-soas para trabalhar nas mesmas áreas, devido ao fato que elas a conhecem como a palma de suas mãos”.

***

Vemos uma gavião-carijó, um jacú que também é conhecido como cuja, e um quetzal. Observar um quetzal é ver uma criatura extraordinária: sua pluma-gem é verde no pescoço e na cabeça, vermelha no tronco, branca na cauda. Parece coberto de metal brilhante. Não é endêmico, mas que diferença faz? Sua beleza é quase implausível.

Logo vemos um belo pássaro pica-pau que per-fura um tronco com o bico. Alejandro sorri nova-mente. Nós também.

Nós continuamos. O guia não quer desistir. Subimos a trilha e paramos sob um grupo de árvores que sombreiam o caminho. A teimosia do guia tem sua recompensa: ele acaba de ouvir, mais uma vez, o canto dos seus periquitos. Alejandro coloca o tripé no chão, focaliza, um, dois, três periquitos emergem da cavidade de um tronco muito alto. Eles são ver-des e têm uma linha amarela na borda de cada asa. Eles permanecem empoleirados no galho. Então eles voam e desaparecem. O encontro é fugaz no tempo, mas duradouro na memória.

As aves da Colômbia

A Colômbia é o país com mais diversidade de aves no mundo

50.000 1.958Mais de

espécies de plantas eanimais catalogadas

espécies de aves

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Departamentos com mais espécies de aves

Aves em Bogotá

Até a data temos 235 espécies de aves catalogadas em Bogotá. 7 espécies endêmicas.

Cauca com 1.352Meta com 1.116

Antioquia com 1.115Valle del Cauca com 1.086

Chocó com 1.041Amazonas com 702Atlántico com 515

80espécies

endêmicas

135espécies

ameaçadas

1espécie extinta

Diversos ecossistemas como:

1. Zona úmida 2. Parques arborizados e área urbana

3. Florestas e áreas rurais

é o tico-tico

A ave emblemática desta cidade

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Os periquitos aliamarillos são uma espécie endêmica e somente são encontrados na cordilheira oriental do país.

Pyrrhura calliptera

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CidadesBogotá e suas redondezas: meca do ciclismo americano

da bicicleta

Texto: Sinar Alvarado

Através de pedaladas, uma nova história do país está sendo escrita. Além das estrelas mundiais que se formaram na acidentada geografia nacional, uma rica cultura local gira em torno às “magrelas”. A localização estratégica de Bogotá a torna um destino ciclístico ideal para conquistar as montanhas das cidadezinhas vizinhas.

Fotos: Juan Felipe Rubio

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CidadesBogotá e suas redondezas: meca do ciclismo americano

da bicicleta

NAT U R E Z A E A V E N T U R A

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020 – NATUREZA E AVENTURA

Com as bicicletas chegam os cicloviajantes, que via-jam como paroquianos de um culto antigo e viral, sempre determinados a coroar um novo cume e, de passagem, compartilham sua paixão com algum colega. Junto com os ciclistas chega todo o resto: o apetite que deve ser saciado após uma dura peda-lada; a necessidade de uma peça de reposição, uma nova peça de roupa ou o simples capricho de levar uma lembrancinha para casa.

Os ciclistas são embaixadores apaixonados e gregários que espalham sua influência por onde passam. Eles são - somos - uma associação inter-nacional, quase sempre silenciosa e benigna que conquista territórios e os transforma.

Bogotá é o coração latente de um sistema ner-voso, cujo líquido é composto por diversos ciclis-tas. A partir desse centro, irrigado por inúmeras artérias, a seiva se desloca para muitos pontos em busca de mais e mais terrenos para percorrer. Os ciclistas da capital iniciaram nossas incursões em suas fronteiras, auxiliados pela mais extensa infra-estrutura do continente: 500 quilômetros de pis-tas exclusivas. Mas andar de bicicleta é um desejo constante que toda semana nos leva a buscar mais, sempre mais.

As primeiras orbitas

Em todo o mundo, até 2024, a indústria do ciclismo, que inclui veículos, roupas e acessórios, alcançará um total de US $ 62 bilhões. Os Esta-dos Unidos e a Itália são os principais núcleos dessa indústria global, mas a Colômbia é a praça que mais cresce na América Latina. A bicicleta faz parte do nosso espírito nacional.

A partir de 1951, com o primeiro Tour da Colômbia de bicicleta, as corridas traçaram o mapa de um país que ainda era desconhecido para os seus próprios habitantes. Ao longo dos anos, atraídos por esse feito, muitos estrangeiros tam-bém quiseram viajar pela vasta geografia colom-biana a ponta de pedaladas.

Em Bogotá, nossa capital, todos os dias, cerca de um milhão de ciclistas saem às ruas e se movimentam pela cidade dessa maneira. Aos domingos, quando as principais avenidas são interditadas, a cifra aumenta em números bastante consideráveis: mais de 10% da população total sai para percorrer essas avenidas de bicicleta.

As redes primárias do sistema nervoso ciclista estão nas avenidas de Bogotá, onde oficinas de

bicicleta, vendas de roupas, lojas de ciclismo de vários tamanhos se multiplicam e prosperam. Todo esse sistema surgiu e evoluiu como consequ-ência do fenômeno do ciclismo; é um ecossistema humano e econômico que não existiria sem a bici-cleta. Mas sua lógica cresceu em órbitas que agora superam a capital.

O Alto de Patios é o exemplo mais antigo e evidente desse processo: um ponto primordial da conquista sobre duas rodas. Pátios costumava ser uma simples parada na beira da estrada que leva de Bogotá à cidade de La Calera; com um posto de gasolina, pedágio e alguns pequenos restauran-tes para os viajantes. Mas a subida de sete quilô-metros se tornou uma área de treinamento para ciclistas amadores; uma série de curvas de incli-nação médias e às vezes íngremes que elevam os entusiastas ao topo da cidade em questão minutos. Meia hora é o tempo ideal para a conquista, e todos os domingo pelo menos cinco mil ciclistas com-pletam esse caminho. Após a chegada, uma ampla gama de opções se abre diante dos olhos do esfor-çado ciclista ofegante.

A cidade de Patios oferece aproximadamente trinta locais onde o visitante pode tomar um refor-

çado café da manhã e escolher entre as variadas opções: ovos com arepa boyacense recheadas com queijo, pandebonos e almojábanas recém saídos do forno, empanadas, bagels, sanduíches, bolos, sucos, refrigerantes, bebidas energéticas e, acima de tudo, água de panela (chá de rapadura), a bebida tradicional colombiana; a mesma bebida que os primeiros ciclistas colombianos tomaram para disputar no Tour da França. O Alto de Patios se torna um festival que dura várias horas todos os domingos, desde o início da manhã até bem depois do meio dia. Centenas de empregos diretos e indi-retos são gerados e dezenas de famílias se benefi-ciam dessa atividade.

Sabia que a geografia colombiana permite que, inclusive nas rotas para iniciantes, os ciclistas subam a mais de 3.000 metros acima do nível do mar?

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Nessas cidadezinhas, a ciclocultura envolve a todos por igual: crianças, camponeses, atletas em treinamento e profissionais compartilham as mesmas rotas.

CIDADES DA BICICLETA – 021

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022 – NATUREZA E AVENTURA

O que as empresas de cicloturismo oferecem?

As empresas cobram a partir de 3.000 dólares por esses serviços, dependendo do tempo e das características que o visitante desejar.

O ALTO DE PATIOS

Cuchillas de Bocagrande

0 PÁRAMO DEL VERJÓN

8 km. Altura: 3.000 msnm.Dificuldade: fácil.

29 km. Altura: 2.790 msnm. Dificuldade: média.

19 km. Altura: 2.600 msnm.Dificuldade: fácil.

Bogotá: um destino para a bicicleta

Transportepara todos os

lugares onde o visitante se deslocar

Alojamentonos melhores

lugares de Bogotá

Alimentaçãooferece serviço de

cozinheiro particular

Mecânicoacompanhamento

durante toda a jornada

Guias e acompanhamento

de ciclistas semiprofissionais

durante todo o percurso

Programação de rotas

para aproveitar ao máximo o tempo

Empréstimo de bicicletas

da melhor qualidade

Bogotá aventura

3. Alto de Canica.

OS ALTOS MAIS FAMOSOS

1. Nimaima.2. Neusa.3. Suesca.

6. Sopó.

10. La Calera.

9. Facatativá.

13. Fusagasugá.

5. Guatavita.

8. El Rosal.

12. Chipaque.

4. Zipaquirá.

7. Subachoque.

11. Choachí.

destinos

1. Alto del Sisga.

6. Alto de Patios.5. Alto de Las Arepas.4. Alto de la Cuchilla.

7. Alto el Verjón.

2. Alto del Vino.

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Rumo a rotas intensas

Pelos Cerros Orientais, pela estrada que cruza La Calera, os ciclistas podem acessar diferentes rotas. Muitos optam por subir o Alto de Las Arepas, onde param para tomar o café da manhã antes de retor-nar a Bogotá. São cerca de cinquenta quilômetros de ida e volta contados a partir do Centro Interna-cional, o coração geográfico e econômico da capi-tal.

Outros, mais ambiciosos e resistentes, seguem direto para uma área chamada El Cruce, onde vários outros locais comerciais também prospera-ram; ali você pode saborear empanadas deliciosas, ovos, caldos crioulos ou iguarias de ótimas pada-rias antes de iniciar seu retorno. De El Cruce, mais opções se abrem: descer até Sopó e Briceño, duas cidadezinhas do interior norte no meio da savana e retornar pela rodovia para Bogotá. Ou voltar pelo mesmo difícil caminho percorrido.

Com f luxo de pessoas que frequentam El Cruce, é evidente o quanto o ciclismo, um esporte democrático, convoca e mistura todas as classes sociais. Lá você pode ver principalmente homens, de faixa etária entre 40 e 50 anos, que usam roupas de marca (marcas internacionais que custam várias centenas de dólares), uniformes dos anos oitenta patrocinados por lojas de ferragens e pequenas far-mácias ou equipes informais patrocinadas pelos próprios membros.

O ciclismo tornou-se um ponto de encontro para pessoas de todas as classes sociais, onde a estrada se iguala a elas. Amigos e colegas se reú-nem para praticar esportes, relaxar, mas também para fechar negócios que serão produtivos para todos. É por isso que dizem que o ciclismo é o novo golfe, o ponto de coincidência onde importantes parcerias laborais são feitas. Mas algo relevante muda quando se passa dos tacos, buracos e cam-pos de golf para pedais de bicicleta: o cenário já não é mais um campo verde, extenso e exclusivo, agora o campo é a rota sem fim – a estrada- onde todos nós compartilhamos momentos em uma cerimônia menos exclusiva e muito mais igualitária.

De El Cruce ao nordeste, uma subida leva pri-meiro à cidadezinha de Guasca e depois ao Alto de La Cuchilla, uma das subidas mais exigentes da região, muito perto da barragem de Tominé. Ida e volta somam cerca de 130 quilômetros da cidade, com mais de 2.500 metros de desnível total durante a jornada.

La Cuchilla, em termos de infraestrutura e alternativas para quem consegue chegar lá, é igual ao passado de quase todos os enclaves ciclistas: um terreno baldio, solitário onde somente há um rapaz que às vezes sobe até lá na sua motocicleta, com um isopor cheio de salgadinhos e uma garrafa de café na garupa, e nada mais.

Recentemente, dois ou três empreendedores minimalistas se juntaram ao rapaz e vendem sucos para os exaustos ciclistas. No topo da montanha, os ciclistas são recebidos apenas por essas pessoas sob uma cerca azul onde Nairo Quintana conhecido como o ‘escarabajo’ (besouro) quem mais competi-ções venceu em toda a história do ciclismo colom-biano, levanta os braços sob uma frase que diz: “Conquistei o Alto de la Cuchilla”.

“A façanha mais louca é a façanha mais linda”

O Páramo de El Verjón, Localizado na parte mais alta da rodovia que leva do centro de Bogotá a Cho-achí, é provavelmente a mais bonita das subidas e permite que os ciclistas circulem a cidade. A pista asfaltada percorre primeiro as florestas, atravessa o desfiladeiro que divide os santuários de Guadalupe e Monserrate e leva a um platô localizado a 3.400 metros acima do nível do mar. No quilômetro 11, contado a partir da Avenida Circunvalar, em um ponto chamado La Tienda, já estão em andamento várias barracas de alimentos e sucos, nas quais os ciclistas param para recuperar as calorias perdidas. É o lugar mais movimentado dessa rota, mas de vez em quando, à beira da estrada, aparecem novos empreendimentos de camponeses locais, que ofe-recem, ovos de galinha caipira e de pato, bolos de milho, arepas típicas grelhadas, sanduíches, goia-badas e bebidas naturais.

Na entrada do Parque Matarredonda, locali-zado no quilômetro 18, há um restaurante espa-çoso, feito de toras e tábuas, que fica lotado todos os fins de semana. A maioria da clientela chega de bicicleta. Dessa área, alguns ciclistas descem 23 quilômetros até Choachí, onde antes de assumir o desafio de retornar, tomam café da manhã em qual-quer um dos restaurante e lanchonetes localizados lá, os quais são na sua maioria frequentados por ciclistas.

Não há razão lógica para se submeter a esse tipo de tortura, mas não tem dinheiro que pague a exuberante vista que as nossas montanhas e os desfiladeiros que as dividem oferecem. O ciclista

CIDADES DA BICICLETA – 023

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024 – NATUREZA E AVENTURA

italiano Fausto Coppi, Il Campiníssimo, disse: “A façanha mais louca é a façanha mais linda”. O ciclismo é o esporte colombiano por excelência, talvez por causa da semelhança íntima que tem com o país: uma proeza realizada com sacrifício e risco, recompensado pela velocidade, viagem, aventura e o orgulho de triunfar após um esforço resiliente e constante.

Em direção ao oeste de Bogotá, na saída da rua 80 que leva a Medellín - a segunda cidade do país - a maioria dos ciclistas seguem em grupos em direção a Alto del Vino e La Vega. Outros escolhem cidades do interior como Subachoque, La Pradera, Tenjo e Tabio, uma área muito verde atravessada por estradas pouco transitadas que serpenteiam entre fazendas de gado plantações fartas devido ao solo fértil.

É um ciclismo menos competitivo, mais con-cebido para passeios e contemplação; embora não deixe de ter seu grau de exigência, pois a jornada de ida e volta até a cidade é de aproximadamente 100 km. Na praça principal de Subachoque, o fenô-meno do ciclismo tomou conta da economia local e proliferam as casas dos antigos colonos, que agora oferecem todo tipo de lanches para os ciclistas.

Ao norte, também há muitos comércios de todos os tipos onde os ciclistas entram e saem per-manentemente, especialmente aos domingos, mas também durante a semana passam por lá centenas de ciclistas que costumam rodar em direção àquela região; em direção à represa del Sisga ou rumo às cidades do interior como Chía, Zipaquirá ou até Tunja.

Quase todos esses lugares promovem sua oferta através das redes sociais, principalmente o Instagram, um aplicativo que se tornou a grande vitrine do ciclismo nacional e internacional. Lá, através de imagens cada vez mais produzidas, homens, mulheres e grifes exibem os vislumbres da aventura e da liberdade que esse esporte representa como um modo de vida. O ciclismo é bonito de ser ver, embora doa e exija um bom estado físico e mental daqueles que o praticam. O relacionamento é baseado no poderoso magnetismo que os pedais exercem sobre nós, tal qual o que exerce a cidade de Bogotá sobre essa massa crescente de ciclistas.

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O ciclismo é vivido diariamente com paixão e orgulho. Os que antes eram chamados de ‘escarabajos’ (besouro) são agora figuras de patamar mundial, admiradas por todos.

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CIDADES DA BICICLETA – 025

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026 – NATUREZA E AVENTURA

Agro turismo

PAISAGEM CULTURAL CAFEEIRA Departamentos como Caldas, Quindío, Risaralda e Vale do Cauca oferecem acomodações em fazendas de café onde a paisagem, a tranquilidade, a gastro-nomia da região, assim como a amabilidade dos seus habitantes são protagonistas. O visitante pode des-frutar de caminhadas pelos verdes cafezais, passeios a cavalo em meio ao barulho de cachoeiras e cantos de pássaros. Parques temáticos como o Parque do Café e Panaca exaltam os valores da cultura local e oferecem diversão para todas as idades.

BoyacáÉ uma região de belas fazendas e casas de campo cer-cadas por plantações de rosas e cravos, plantações de batatas, cevada, legumes e trigo, que dão vida a esse lugar de tradição rural com igrejas coloniais e cida-des pacatas que surgem no meio do campo. Entre os municípios de Duitama e Nobsa fica a vinha de Punta-larga, onde pode-se apreciar seu famoso vinho: o Mar-qués de Puntalarga.

Aventura

CaliAs atividades eólicas são as mais importantes da capital do Vale do Cauca. No município de Rolda-nillo, você pode praticar parapente e, no lago Calima, um dos lugares com os ventos mais fortes do mundo no qual o skysurfing e o windsurfe são praticados.

ChocóNa região de Chocó, você pode surfar em um mar cercado por uma floresta tropical, com a possibi-

lidade de avistar baleias que chegam ao Pacífico colombiano entre julho e outubro de cada ano para ter seus filhotes. Você também pode fazer trekking pela floresta tropical, com o objetivo de observar as rãs mais venenosas do mundo.

PAISAGEM CULTURAL CAFEEIRAPraticar ciclismo na montanha nesta região é toda uma aventura, com passeios de bicicleta por luga-res como o Vale do Cocora, uma imponente paisa-gem natural em um vale enfeitado por palmeiras de 20 metros de altura. O turismo de alta montanha no Parque Natural Nacional Los Nevados também se destaca, com caminhadas até os picos e o cume de neve a 5.300 metros acima do nível do mar.

SantanderDevido à sua topografia acidentada, a prática de atividades de aventuras terrestres e aquáticas é o seu forte. Aqui está uma das paradas mais impres-sionantes do país: o Cânion de Chicamocha, onde são realizadas caminhadas, ciclismo de montanha, rafting e rapel. No município de San Gil, berço de atividades de aventura no país, é o lugar perfeito para conhecer lugares como La Cueva del Indio, onde a entrada é feita através do rapel, onde o tour termina com um emocionante salto no vácuo den-tro da caverna.

Mergulho

ILHA de MalpeloEstá localizada no ponto mais ocidental da Colôm-bia e cercada por onze penhascos. Está na lista dos 10 melhores lugares do mundo para apreciar tuba-rões martelo, brancos, baleias, tartarugas galápa-

MISCELÂNEA

Representada em seus mares, suas cordilheiras, sua Serra Nevada, suas florestas e rios, a diversidade da Colômbia é ideal para desfrutar de experiências relacionadas à natureza, como observação de aves e baleias, o ciclismo, entre outras. Atreva-se a vivê-las.

Outras experiências naturais e de aventura na Colômbia

03_VIRTUE_PC_RTURISMO_MODULO_NATURALEZA_AVENTURA_FINAL-PT.indd 2603_VIRTUE_PC_RTURISMO_MODULO_NATURALEZA_AVENTURA_FINAL-PT.indd 26 20/05/2020 11:12:1420/05/2020 11:12:14

gos, e o tubarão solrayo (odontaspis ferox) (uma espécie que vive nas profundezas e é chamado de “o monstro”), assim como inúmeros peixes de todos os tamanhos e cores.

ILHA de GorgonaÉ reconhecida como a “ilha da ciência” por ser um laboratório vivo onde pesquisadores, ecoturistas e mergulhadores visitam e encontram lá um grande santuário da biodiversidade. Além de observar tar-tarugas e baleias jubarte que chegam entre julho e outubro, a ilha se presta para fazer caminhadas por trilhas e observar as ruínas da antiga prisão e do velho cais, comprar lembrancinhas na loja ecoló-gica e visitar o salão arqueológico.

Capurganá E SapzurroDuas vilas de areia branca e águas muito azuis que conectam a floresta de Darién ao mar do Caribe colombiano. As melhores estações para mergulhar são entre maio e novembro, quando a fascinante vida subaquática é observada em mais de setenta locais de mergulho.

San AndrésA ilha está cercada por um mar multicolorido com recifes de coral. É possível apreciar peixes coloridos e espécies diferentes, como tartarugas, peixes-bor-boleta, sargento, bispo, baiacu e cavalos-marinhos em volta das gorgonias, raias e barracudas. Os locais de mergulho recomendados são: a Caleta de

José, Calera, Piedras de la Langosta, Trampa Tor-tuga, Nirvana, Bowle View, Wild Life, La Rocosa e El Avión.

Providencia E Santa CatalinaDuas pequenas ilhas que formam o terceiro recife de barreira coralina mais extenso do mundo e o único que flanqueia as ilhas vulcânicas. Os locais de mergulho mais populares são: Chimenea, La Tortuga, Felipe’s Place, Tete’s Place, Manta’s City, El Valle de las Esponjas, El Planchón e Table Rock, onde você pode observar tubarões cinza, branco e outras várias espécies.

Pesca esportiva

O PacíficoPermite ter experiências para pescadores com vara e outras especialidades de captura e liberação, nas quais grandes atuns, peixes-espada, peixes-vela entre outros, são os protagonistas de um cenário dominado pela floresta tropical úmida de Chocó.

A ORINOQUÍA E A AMAZÔNIAÉ um mundo totalmente diferente, dominado por rios sem exploração comercial de pesca, onde o con-tato com as comunidades e a natureza faz parte do programa. Essas regiões têm os melhores pontos para a pesca esportiva do tucunaré e do peixe-vam-piro.

Rio Claro, Antioquia

OUTRAS EXPERIÊNCIAS – 027

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Montanhas, rios, lagoas, rochas, recifes de coral, desertos, florestas úmidas, flora e fauna inesgotáveis ... a lista seria interminável, as palavras sempre seriam curtas. Abrir os olhos diante das paisagens colombianas transforma os

viajantes em testemunhas de contrastes surpreendentes e em protagonistas de experiências emocionantes em meio a essa

generosa natureza que se espalha em todas as direções até transbordar nossas fronteiras.

NATUREZA E AVENTURA

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ÍNDICE

Cali cultural— Pág. 16 —

Texto de Ángel UnfriedFotos de Stephanie Montes

Mateo G. Rivas.

GRÁFICA E SALSA EM CALIWOOD

Medellín:música e arte urbana

— Pág. 04 —

Texto de Andrea Uribe YepesFotografias de Santiago Marzola

Sprays, BEATS E REGGAETON

Bogotá cosmopolita— Pág. 10 —

Texto de Nicolás Rocha

CAPITAL DA ARTE E DA MODA

Mercados municipais — Pág. 22 —

Texto e fotografias de Mateo G. Rivas

GASTRONOMIA E PONTO DE ENCONTRO

Fachadas decidades patrimônio

— Pág. 30 —

Ilustrações de Andrés Felfle

Outras experiênciasculturais na Colômbia

— Pág. 34 —

Turismo religioso— Pág. 32 —

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Em muitos países do mundo, ao mencionar a pala-vra “Colômbia”, é fácil que uma das primeiras ideias que venha à mente de quem a ouve tenha a ver com música. Ainda nos identificam com o café em várias latitudes, embora um dos produtos de exportação mais dinâmicos em nosso país seja o resultado dessa amálgama de culturas que se con-densam em sons poderosos e festivos. Somos sim tambor e acordeão, mas também marimba e sam-pler, somos harpa e gaita de fole, mas também batuques e cantos.

Temos em nosso território Capitais Mundiais dos ritmos: cumbia, salsa, vallenato, champeta e reggaeton. Essa diversidade não apenas nubla nos-sas paisagens sonoras, mas ativa uma economia criativa que tem na música um eixo de identidade.

Como se esse orgulho sonoro não fosse pouco, “cultura musical” em nosso país significa muito mais que música. Engajados com ritmos como hip--hop e reggaeton, um intenso movimento de arte urbana representa uma alternativa com o poten-cial para mudar a vida dos jovens e também trans-formar a aparência das cidades. Juntamente com o movimento musical de uma cidade “salsera” como Cali, surgiu toda uma geração de cineastas que deram à cidade um novo nome e influenciaram um novo grupo de cineastas que agora seguem seus passos. A cidade de Cali, apelidada por esses cine-astas de “Caliwood” é cinema, salsa, rock e gráficos e está mais viva do que nunca. A música do Pacífico,

MÓDULO 04

Culturacom sua majestade o piano da selva, -a marimba de chonta-, está entrelaçada com outras expressões afro-colombianas.

A gastronomia é outra maneira através da qual a Colômbia afro se expressa e compartilha sua herança com todos. No que se refere à música de acordeão e gaita da costa do Caribe, a semelhança entre essas expressões e a genialidade literária é orgânica, parece que vozes urgentes emergiram desses ventos.

A capital também é o centro da cultura. Nas artes visuais, o crescimento tem sido notável ao longo das últimas décadas. Com o dinamismo central da ARTBO (Feira Internacional de Arte de Bogotá), as feiras de arte ocupam um lugar cada vez mais protagonista nas agendas e nas crescen-tes indústrias culturais da Colômbia. O movimento artístico nacional integra empresas estabelecidas com uma linha emergente de gerentes, artistas, agentes e colecionadores. Quanto à inovação e à moda, Bogotá e Medellín abrem novos caminhos para o empreendedorismo e se tornam polos de criatividade, negócios e essa contribuição multi-cultural que torna os projetos colombianos em algo único no mundo.

O horizonte da cultura se amplia dia após dia e a Colômbia é carregada de novas vozes que cada vez mais são ouvidas, vistas, lidas, comentadas e complementadas por outras culturas que nos veem como uma referência.

APRESENTAÇÃO – 03

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Medellín:música e arte urbana

A cidade mais inovadora do país também é uma das capitais mundiais do reggaeton. A força que esse ritmo tomou tem uma longa história e raízes profundas na cidade. Das comunidades, do centro e do exclusivo sul, Medellín é uma soma de vozes que narram a cidade e de cores que cobrem seus muros e paredes em uma transformadora apropriação do espaço urbano.

MÚSICA

Sprays, beats e reggaeton

Texto: Andrea Uribe Yepes Fotografias: Santiago Marzola

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04

Medellín:música e arte urbana

c u lt u r a

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06 – cultura

O sobrenome “urbano” que Medellín adotou não responde apenas à obviedade de ser uma cidade, mas às formas de apropriação do espaço público. As ruas, que antes eram negadas a seus habitan-tes, estão sendo recuperadas, ressignificadas e esse processo está sendo feito através da arte, de mudar o silêncio pelos sons pungentes do rap, de mudar os passos cautelosos pela ousadia do reggaeton e de levar a cultura para fora dos museus e lugares tradicionais, a fim de torná-la visível a todos.

A cor invade as paredes

Isso significa, por exemplo, que basta descer em qualquer estação de metrô e caminhar alguns pas-sos para topar com paredes e muros coloridos. No entanto, a melhor opção para ver essas obras de arte é andando de metrô, descer na estação San Javier e entrar na Comuna 13. Lá, guias locais con-tam o passado difícil da comunidade, com as pare-des interpostas ao fundo; paredes que registram essa história das diferentes versões de Medellín onde eles vivem, paredes que aparecem como um símbolo do que era antes e do que se segue sendo. Lá se vê como em nenhum outro lugar que as ruas cinzentas são deixadas para trás para serem preen-chidas com diversas narrativas e vozes que contam novas histórias.

O caminho para a Comuna 13 é empinado. Por isso, a prefeitura construiu para os moradores do setor algumas escadas rolantes. Antes delas, os moradores tinham que subir e descer diariamente 400 degraus para irem para suas casas e inclusive até deslizar em um escorregador para chegar. É necessário subir esta arte local para chegar até um ponto muito alto onde se encontram extraordiná-rios grafites e murais.

Um dos primeiros a ser visto ao iniciar o tour é um muro pintado de rosa e, em cima dele, o rosto de uma mulher com figuras coloridas na pele em homenagem à diversidade: laranja, azul, verde e amarelo. Em seu ombro, uma pomba branca pousa e em seu tronco símbolos como corações e sapa-tos que falam de um novo caminho. Há também grafites de pavões que se espalham pelos cantos, leões e gorilas, mãos poderosas que jogam dados nas casas, datas inesquecíveis para a região e rostos femininos com cabelos feitos de água.

Os Grafites não estão apenas nos muros de concreto, as varandas das casas são pintadas e os

grafiteiros mais arriscados grafitam até nas facha-das dos primeiros andares de prédios. Basta olhar de algum ponto alto do bairro ou olhar para baixo onde terminam as escadas rolantes, para ver que os tetos também são uma tela. Aqui tudo é pintado e em cada linha há mensagens que acabam resumi-das em uma só, uma mensagem de recuperação da cidade: “isto também é meu”.

As entradas das sorveterias que vendem as tra-dicionais “paletas” (picolés) colombianos sabor manga madura com manga verde, são pintadas do mesmo modo que as barbearias, onde há especialis-tas em fazer qualquer figura na cabeça.

Com mais de 600 grafites, esta área de Medellín é a mais grafitada, no entanto, basta caminhar por alguns quarteirões para topar-se com essas expres-sões culturais da arte urbana que podem variar de bombings e tags as quais são formas de se identifi-

car que os grafiteiros têm, até arte mural e tudo o que se encaixa no meio. Isso se deve aos incansá-veis artistas que montam andaimes e gastam fras-cos de spray para fazer sua arte, mas também aos festivais, organizações e grupos encarregados de alinhar todos os envolvidos e transformar em rea-lidade esse mural e, assim, ter uma Medellín mais colorida, a fim de tornar a cidade em um museu e, desta forma, alcançar um urbanismo coletivo.

Agora é você quem tem de ouvir.

As vozes vivas de Medellín

Outra manifestação urbana que os habitantes de Medellín os “medellinenses” encontraram para se apropriar das ruas foi o rap, MC’s que cantam para os vivos e lembram dos mortos, e que com beats (batidas) engenhosas comemoram o dia-a-dia ao mesmo tempo que narram as histórias que os pre-cedem. A inspiração para o rap local está justo ai, em si próprio, no vizinho, nas palavras que pare-cem que só se dizem ou se entendem de uma certa maneira entre as montanhas que cercam Medellín.

Sabia que uma estação de rádio de Medellín foi a primeira em reproduzir música de reggaeton escutada na Colômbia?

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Medellín e sua arte urbana

CAPITAL DO DEPARTAMENTO DE ANTIOQUIA

SEGUNDA CIDADE MAIS POPULOSA DA COLÔMBIA

5 DISTRITOS

2.529.403 HABITANTESFonte: DANE, Censo Nacional de População e Moradia, 2018.

275 BAIRROS

16 comunas

Comuna 13:COMUNIDADE QUE ABRE

ESPAÇO PARA A ARTE URBANA

• 19 bairros.• Localizada no centro oeste da cidade.• 200.000 habitantes aproximadamente.• Uma estação de Metrô.• Uma linha de teleférico ligada ao Metrô.• Tour pelos grafites mais representativos da região.

OUTROS LUGARES DE MEDELLÍN PARA VER GRAFITES:

BAIRRO El POBLADO E NOS MUNICÍPIOS

VIZINHOS DE SABANETA E ENVIGADO

BAIRRO BUENOS AIRES BAIRROS LA AMÉRICA E SANTA LUCÍA

BAIRRO CASTILLA

REGGAETON: BREVE HISTÓRIA DE Um GÊNERO

4 RAZÕES PELAS QUAIS MEDELLÍN É CONHECIDA COMO A CAPITAL DO REGGAETÓN

• Derivado do reggae e hip hop.• Começa a se desenvolver no início dos anos 90 em Porto Rico.• Grande influência de artistas Latino-americanos.

• Vários artistas de reggaeton de renome internacional são de Medellín.• Forte presença de produtores do gênero.• Cena representativa de mulheres artistas de reggaeton.• Várias discotecas dedicadas a esse gênero.

BARRIO PROVENZA

Parque Lleras Avenida 33 Calle Ayacucho CENTRO

Avenida Las Palmas BARRIO COLOMBIA

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08 – cultura

A dança e o rap estão mais vivos do que nunca nas ruas de Medellín.

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Medellín: música e arte urbana – 09

Nea, parce, farra, estrén, chichipato, visaje, campanero, manga, mostro, llave, bandera, azara, no zara são gírias ale-atórias e se misturam no rap de Medellín e que podem ser ouvidas em fones de ouvido e que ficam ainda melhores se forem ouvidas ao vivo, na rua. Os proprie-tários da improvisação e o freestyle costumam organizar enfrentamentos líricos em parques de skate, quadras, parques ou casas, como se estivessem disputando uma “briga de galos”. Nessas “batalhas” longe da violência, as únicas armas possíveis são as palavras transforma-das em rimas, a concentração e ouvido afinado.

Sem se afastar muito do que fazem os trovadores Antioqueños, (do departamento de Antioquia) o cenário pode ser qualquer um, mas a formação permanece: um rapper diante de outro e esperando ser atacado com rimas e — ao redor, muito próximo e na ausência de um palco — estão os espectadores, os quais quase se metem nas bocas que não param e, às vezes, chegam muito perto para que o outro ouça bem as frases que são feitas para vencer e depois deixarem de existir. Não há registro e, se houver, não é para construir a partir daí. O Freestyle está feito apenas para o momento.

Há também as canções que se tornam hinos e que, por sua vez, são “fotografias panorâmicas” de Medellín vistas de dentro. Os moradores locais as entoam e as escutam para se sentir em casa e vão aos festivais, shows e apresentações com a intenção de viver o rap em primeira mão e pelo que é: uma mani-festação própria. Eles vão ouvir as histórias, o agora, e o que estiver por vir pelas ruas que ocupam. Os rappers de Medellín e suas canções podem se proclamar profe-tas em sua própria terra.

A dança segue.

Reggaeton: a linguagem de uma geração

O reggaeton tem várias casas maternas. O Panamá o viu nascer quando o reggae em espanhol foi misturado com o hip hop. Porto Rico o recebeu como seu, o tor-nou reconhecível e reconhecido em todo o mundo. Chegou a Medellín um pouco mais tarde, mas se esta-beleceu como uma indústria. Nesta cidade, o reggae-

ton é cantado, o reggaeton é produzido, seus vídeos são feitos, são negociados e, acima de tudo, é dançado.

As discotecas não se diferem muito entre si; são lugares escuros com jogos de luzes de neon que tor-nam as sombras mais brilhantes e fazem com que as peles que estão sob seu reflexo pareçam iguais, uni-formes. Existem boates espalhadas por toda a cidade, embora as mais populares estejam no setor Poblado. Estes lugares são frequentados para entender sob qual ritmo Medellín está dançando, um ritmo pegajoso e ardente.

Quase sempre há um balcão e poucas mesas, por-que o espaço é necessário para dançar e rebolar com esse ritmo conhecido popularmente como “perreo”, de modo que os corpos das mulheres e dos homens se movam com a cadência do gênero musical dembow próprio do reggaeton, que pode ser suave ou levar a movimentos exagerados e selvagens. Independente-mente da velocidade do ritmo, alguns passos e poses geralmente são feitos com os quadris juntinhos que se movem de um lado para o outro, o tronco descendo como se quisesse alcançar o chão, todos até o chão.

Muitos dos ritmos e músicas dançados em Medellín nasceram ali mesmo. Uma indústria robusta e em constante expansão está compondo e produzindo reggaeton, comercializando e criando as imagens com as quais é divulgado e os vídeos com os quais se torna viral. Artistas de Medellin como J Balvin, Maluma e Karol G os quais conseguiram fazer o gênero percorrer o mundo e encontram na cidade toda a engrenagem necessária para compor suas músicas. Medellín é um terreno fértil para o reggaeton.

Além de serem ferramentas com as quais o povo de Medellín se apropriou das ruas, o grafite, o rap e o reggaeton parecem não ter fronteiras de nenhum tipo. A cidade inteira os vive, os compartilha e se reúne ao seu redor. Não há bairro sem grafite, sempre há pelo menos uma casa onde eles colocam as caixas de som para fora para fazer um rap estrondoso e nunca falta alguém para rebolar com o reggaeton. A arte urbana convoca a cidade a partir de todas as sensibilidades e as transforma em poucas coisas. Por esse motivo, nova-mente, para realmente conhecer Medellín, é preciso andar pelas ruas com olhos ávidos, ouvidos atentos e corpos sensíveis ao ritmo urbano.

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OUÇA O MELHOR DA MÚSICA URBANA aqui.

Sabia que o reggaeton contribui com quase 90%

da receita da indústria musical colombiana?

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Texto: Nicolás Rocha

Bogotá se transformou em uma cidade cosmopolita na qual a arte, a cultura e a gastronomia coexistem em cada esquina e em cada bairro da capital. Como é viver em Atenas da América do Sul?

ARTE

Capital da arte e da moda

Fotos: Cortesia de ArtBo e Circuito da Moda

Bogotácosmopolita

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Bogotácosmopolita

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012 – cultura

Bogotá existe muitas vezes. Essas existências são vividas nas ruas estreitas do bairro de La Candelaria, nas varandas de madeira e nos telhados de barro que viram a capital do país nascer no dia 6 de agosto de 1538. Bogotá existe na sua arquitetura colonial, nas suas igrejas, na visão de Germán Samper Gnecco, ao projetar a Biblioteca Luis Ángel Arango, nos seus museus e passagens de paralelepípedos que conti-nuam conectando os visitantes ao início da história.

Mas há outra cidade que fica a poucos quartei-rões da clássica Bogotá. Uma metrópole que rein-venta seus espaços de tempos em tempos e onde a arte, a cultura, a moda e a gastronomia são vividas de todas as formas possíveis.

José Ortega y Gasset afirmou que a cidade é acima de tudo uma praça, agora, discussão, eloqu-ência. Ele disse que as pessoas constroem a casa para morar nela e fundam a cidade para sair de casa e se encontrar com outras pessoas que também saí-ram das suas; dessa forma, Bogotá é vivida mais nas suas ruas e nos espaços comuns do que no que se entende como casa própria, ou espaço privado.

A Bogotá que se afasta das pilastras e gárgu-las do Capitólio Nacional, a mesma que no final do século XIX cunhou o termo de Atenas da América do Sul, existe em bairros tradicionais que reinventaram seu viver. O bairro San Felipe, por exemplo, loca-lizado entre as ruas 72 e 80, entre a avenida Cara-cas e Carreira 24, é um bairro que há dez anos era como qualquer outro em Bogotá, com ruas estrei-tas, padarias, oficinas mecânicas, um parque cen-tral, alguns lugares para almoçar e uma igreja que se abria quando todo o resto fechava.

Hoje, no entanto, ao melhor estilo do SoHo ou Wynwood, no bairro de San Felipe, mais de quarenta espaços convergem entre galerias, cafés, cervejarias, bares e lugares onde se pode apreciar e desfrutar da cultura, da arte e da gastronomia. Desde que a Feira Internacional de Arte de Bogotá (ARTBO) começou em 2004, o crescimento acelerado desses espaços redefiniu a cidade. O surgimento de uma nova cole-ção de arte performática e contemporânea transfor-mou a capital do país em uma cidade cosmopolita que vive a cultura como se fosse um encontro e não como uma mera ação de observação.

É por isso que Noite San Felipe, um evento que se repete duas vezes por mês e no qual galerias, cafés e restaurantes abrem suas portas a partir das seis da tarde para olhos curiosos, colecionadores ocasionais e pedestres que estão por lá, tornou-se

um sucesso. Nas palavras de vários proprietários de galerias do bairro, a criação de um circuito fortalece o mercado e as associações, porque em noites como essa, centenas de pessoas saem às ruas e percorrem dezenas de galerias para conhecer o trabalho dos artistas em exibição. Os pedestres tomam conta do bairro e a arte se torna uma conversa que ultrapassa as mesmas exposições.

A última Noite de San Felipe do ano de 2019 foi no dia 12 de dezembro; a partir das seis da tarde, o bairro recebeu participantes no final de uma década de crescimento cultural. Conversas, risos, uma exploração tímida de espaços desconhecidos, shows e uma audiência que raramente é a mesma, são vários dos elementos que se repetem intermi-tentemente entre os quarteirões. Os proprietários de galerias e vários artistas participam e compartilham com pessoas que apreciam suas obras ou aprovei-tam a noite longe da observação crítica de um cole-

cionador. A ideia é aproveitar, abrir o circuito, viver o bairro.

Em Bogotá, a noite é sempre jovem. Cidade essa, onde começa a escurece por volta das seis da tarde, a qual acende suas luzes antes do último raio de luz e abre suas portas para que os visitantes des-frutem dos seus segredos mais bem guardados. Seus sabores, alimentados por novas propostas e sempre na vanguarda da agenda mundial, variam, assim como o público que anda pelas suas ruas.

A cidade se tornou um epicentro de restauran-tes de patamar mundial. Todos os anos, aparecem mais propostas e é quase impossível que as opções acabem na hora de querer experimentar algo novo. Os espaços que são meticulosamente organizados desde o cardápio, o design de interiores, a equipe

Sabia que, por mais que os grandes eventos artísticos de Bogotá estejam concentrados em alguns quantos meses, o circuito permanece ativo o ano inteiro graças às múltiplas atividades e exposições das galerias e grupos?

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538.000 OBRAS VENDIDAS EM 2018.

Bogotá, capital da arte e da moda

6 DADOS60 GALERIAS

57 espaços

$10.758 MILHÕES

$15.480 MILHÕES

de entretenimento e culturais somente no bairro San Felipe.

em ingressos para exposições, feiras ou amostras de fotografia, pintura, escultura ou artes gráficas em 2017.

em ingressos a feiras ou exposições artesanais durante 2017.

de dólares de vendas em leilões em 2018.

$11.595 MILHÕES

SOBRE A ARTE EM BOGOTÁ

de arte, aproximadamente.

7 EVENTOS DO CIRCUITO ARTÍSTICO BOGOTANO

FEIRA DE ARTE ARTBO SALÃO NACIONAL DE ARTISTAS

FEIRA DEL MILLÓN

FEIRA BARCÚ. BOGOTÁ, ARTE E CULTURA

Open San Felipe PRÊMIO LUIS CABALLERO

Data: outubro

Data: outubro

Data: entre setembro e novembro

Data: setembro

Data: setembro

Data: a cada 2 meses aproximadamente

Data: a cada 2 anos, nos últimos meses do ano

3 EVENTOS DO SETOR MODA, DESIGN E JOALHERIA

SEMANA DA MODA EM BOGOTÁ

ESPAÇO ODEÓN INTENSIVO

FEIRA BURÓ ExpoartesaníasData: entre abril e maio Data: durante julho e dezembro Data: dezembro

GASTRONOMIA COSMOPOLITA EM BOGOTÁ

restaurantes cadastrados na capital

as partes do mundo e com todos os estilos

da savana de Bogotá

MAIS DE 22.000

GASTRONOMIA DE TODAS

SABORES AUTÓCTONES

5 ZONAS GASTRONÔMICAS DE BOGOTÁ

Zona TLa Candelaria

LOCALIDAD USAQUÉN Zona G

BAIRRO SAN FELIPELocalização: rua 83 com carrera 13

Localização: entre as ruas quarta e 22 e as carreras

primeira e décima

Localização: desde a rua 100 e a rodovia em direção

ao norte

Localização: entre as ruas 65 e 75 e as carreras

quarta e sétima

Localização: entre as ruas 72 e 80 e as

carreras 20 e 24

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014 – cultura

Na última década, Bogotá se tornou uma cidade onde a moda redefine a paisagem urbana.

Em Bogotá, é possível encontrar pratos que vão desde preparações tradicionais até gastronomia molecular e experimental no mesmo quarteirão.

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O Circuito Arte Moda (CAM) nasceu nos Esta-dos Unidos em Nova Iorque, Los Angeles e no sul da Florida há 12 anos com a intenção de divulgar o trabalho de artistas de todas as disciplinas exis-tentes. Em 2015, por iniciativa de um empresário colombiano, foi inaugurada uma sede oficial para toda a América Latina em Bogotá; como resultado da reinvenção do espaço público da capital, o país conseguiu constituir um circuito no qual a moda, as artes plásticas, a música e a gastronomia coexistem ao ar livre.

Ao aproveitar espaços como o transporte público, museus, casas no centro da cidade e esta-belecimentos comerciais, Bogotá transformou suas ruas em passarelas para todos os estilos. As indús-trias criativas, fortalecidas pela era digital na qual estamos, cresceram devido à iniciativa dos colom-bianos que apostam cada vez mais em empreendi-mentos nessas áreas com a intenção de mostrar ao mundo o que estão fazendo.

As lojas independentes de design, as feiras, os lançamentos de coleções e até festivais de música favorecem a exploração fashionista de uma geração que desafia os padrões. Além disso, Bogotá segue inaugurando shopping centers onde cada vez mais grandes marcas chegam com suas propostas, incen-tivando a concorrência entre os gigantes e as apostas independentes.

A verdade é que Bogotá existe de várias manei-ras no mesmo lugar. Suas ruas mudam dependendo de quem as habita e suas calçadas estão em cons-tantes mutações. Uma estação de ônibus do sistema Transmilenio pode ser isso, um cenário onde desfilam coleções com padrões inspirados no Caribe colom-biano. Seus bairros são centros noturnos que variam à medida que a noite passa e seus habitantes têm a possibilidade de ser quem quiserem nos espaços onde mais gostam e se identificam.

Bogotá existe para todos que quiserem visitá-la, para os que desejarem se perder entre seus artistas, seus sabores e contrastes. A cidade se reinventa para cada um e entre suas ruas se esconde, a olho nu, as mil faces de uma grande metrópole que não para de crescer.

de qualidade até a música e as propostas artísticas que acompanham a experiência dos clientes, se apropriaram de localidades e bairros, graças à ampla variedade gastronômica que oferecem.

Em La Macarena, um bairro fundado em 1950 perto do centro da cidade, que faz fronteira com os Cerros Orientais e é caracterizado por suas casas coloridas, restaurantes com propostas tradicionais e alguns com propostas mais próximas à gastrono-mia mediterrânea e europeia.

Por outro lado, a mais de cem quarteirões ao norte encontra-se, Usaquén, bairro cuja área colo-nial foi construída em 1665 e onde se encontra uma das áreas gastronômicas mais reconhecidas da cidade, destaca-se por seu valor arquitetônico, seus restaurantes com grandes varandas, seu mercado de pulgas e, por ser um ponto de encontro para apre-ciar a gastronomia de todos os cantos do país e do mundo.

Entre esses dois bairros, existem outras opções tão variadas e reconhecidas internacionalmente por sua qualidade, quanto a região de Chapinero, onde estão dois dos três restaurantes que em 2019 apare-ceram na lista Latin America’s 50 Best Restaurants; tal região possui bairros como Quinta Camacho, Zona G, Zona T e o Parque de La 93, lugares reco-nhecidos por seus preparativos excepcionais. Restaurantes grego, italiano, espanhol, japonês, peruano, argentino, restaurantes de gastronomia molecular, lanchonetes, preparações com ingre-dientes cem por cento locais, restaurantes veganos, outros com localizações secretas, passagens que conectam o paladar à experiência; Bogotá oferece inúmeras opções de refeições.

Ao melhor estilo de qualquer capital latino-a-mericana, não é de se estranhar que entre um res-taurante e outro haja lojas de grife, bares, pontos de encontro onde as calçadas se transformam em passarelas; em Bogotá a gastronomia, a cultura e a moda geralmente andam de mãos dadas.

OBTENHA MAIS INFORMAÇÕES aqui.

BOGOTÁ COSMOPOLITA – 015

Sabia que Bogotá está a 2.625 metros acima do nível

do mar, o que a transforma na terceira capital mais alta da América do Sul?

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016 – cultura

Históricamente, Cali ha sido reconocida en el mundo por la salsa y, en años recientes, la música del Pacífico ha ganado un lugar visible gracias al Festival Petronio Álvarez. Además de esta potencia musical, otras expresiones artísticas dinamizan esta hermosa y vibrante ciudad.

pacífico colombiano

Gráfica y salsa en Caliwood

Texto: Ángel Unfried Fotos: Mateo G. Rivas e Stephanie Montes

Historicamente, Cali foi reconhecida no mundo pelo seu ritmo a salsa e, nos últimos anos, a música do Pacífico ganhou um lugar visível graças ao Festival Petronio Álvarez. Além desse poder musical, outras expressões artísticas dinamizam esta cidade linda e vibrante.

PACÍFICO COLOMBIANO

Gráfica e salsa em Caliwood

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018 – cultura

Ao caminhar pelas ruas do bairro San Antonio, você experimenta uma sensação acolhedora do aconchego do lar, de velejar na familiaridade de uma pequena cidade que flutua no meio de uma grande cidade. Às vezes, suas ruas se assemelham às do pequeno Salento, uma cidade turística na Paisagem Cultural Cafeeira, e outras vezes você pode sentir que chegou de repente ao bairro de La Candelaria em Bogotá, com sua arquitetura colonial e sua oferta turística de hostels confortáveis, restaurantes com gastrono-mias variadas, paredes e muros tocados pelas mãos de talentosos artistas locais.

Se você não sabe para onde ir, uma dessas facha-das lhe parecerá intrigante e magnética, e dificilmente poderá evitar se deter, tirar a câmera da mochila e tirar muitas fotos e, provavelmente, seus olhos o força-rão a entrar com passos curiosos para o outro lado daquele portão preto. Se você chegou a esse ponto especificamente por causa do sonoro boca-a-boca, pela epidêmica febre desencadeada nas redes sociais ou porque alguém que você conhece pediu para você trazer de lembrança um daqueles coloridos pôsteres que são típicos de Cali, então você saberá imediata-mente que acabou de chegar na gráfica La Linterna.

Do lado de fora, é impossível decifrar a cor de uma parede enorme, completamente tampada com pôsteres de todos os tons, linhas e estilos. A fachada irresistível é um diferente cartão postal da alma cul-tural de Cali. Estão lá, em todos os tons e cores, os ícones da vida cotidiana do Pacífico: a marimba, um instrumento tradicional conhecido como piano da selva; a fruta exótica chamada chontaduro (pupu-nha), e o tambor com sua pele sonora. Junto com os elementos do Pacífico, existem pessoas como Celia Cruz, Héctor Lavoe e Ismael Rivera, grandes compo-sitores caribenhos de música salsa, um ritmo latente no coração da cidade.

Além disso, essa fachada compartilha homena-gens gráficas a Luis Ospina e Andrés Caicedo, perso-nagens da geração que na década de 70 concedeu um novo nome divertido e cinéfilo a esta cidade: Caliwood. Na juventude, eles também imprimiram os pôsteres dos seus filmes na gráfica La Linterna.

Ao abrir o portão, é possível entender de onde vieram todos os pôsteres e como são feitos.

Duas enormes máquinas Heidelberg do final do século XIX imprimem tipografias com carimbo de linóleo. O rugido metálico das máquinas marca o ritmo da tarde, juntamente com os tambores e ventos da salsa, unidos às vozes em vários idiomas dos visi-tantes colombianos e estrangeiros que vieram ao lan-

çamento de uma nova série de pôsteres de salsa; ao pé das máquinas Heidelberg estão os senhores Olmedo Franco, Jaime García e Héctor Otálvaro, prensadores e professores que dão vida a esse lugar com seu tra-balho.

Com as mãos cheias de tinta, o Héctor tira da máquina um tambor amarelo, verde e vermelho. Eles recebem tantos visitantes curiosos que já estão acos-tumados a contar a história: “Cheguei aqui em 1989, graças ao meu cunhado chamado Olmedo, que ainda trabalha comigo. Naquela época, pôsteres de filmes, shows, eventos esportivos, shows de salsa e rock e eventos culturais eram impressos aqui. Naquela época, a gráfica La Linterna já era muito velha; não há dados precisos sobre quando começou, embora tudo indique que ela exista desde os primeiros anos do século XX em um local no bairro de Santa Rosa, a cerca de dez quarteirões do bairro San Antonio. Eu não sabia nada disso, comecei como assistente, aprendi e agora estou no ramo há mais de 30 anos”, lembra o Héctor.

Hoje, a gráfica La Linterna é uma atração turís-tica e uma referência cultural de Cali; no entanto,

esse momento idílico é muito recente no meio de uma longa história cheia de altos e baixos. Quando o designer gráfico Fabián Villa entrou pela primeira vez na gráfica La Linterna em abril de 2017, a fachada era muito diferente. Ele retornou a Cali depois de tra-balhar por vários anos em agências de publicidade de Bogotá e se mudou para o bairro San Antonio Junto com a Patrícia, sua cúmplice em vários projetos. Eles estavam procurando um local para imprimir os pôste-res de uma exposição de artistas emergentes. Fabián lembra com sua voz aguda: “A gráfica La Linterna não era como os visitantes e turistas a veem agora. Era apenas um portão fechado, igual ao de uma oficina mecânica onde ninguém sabia o que estava aconte-cendo lá dentro. Entramos para perguntar sobre o preço dos pôsteres e ficamos sabendo da crise pela qual a gráfica estava atravessando”.

A situação era dramática, a concorrência ofe-recia possibilidades de design e impressão contra as quais era quase impossível concorrer. Eles esta-vam prestes a fechar a gráfica, a demitir aos fun-

Sabia que quase 60% da população do departamento do Vale do Cauca vive em Cali?

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Cali: cidade cultural

QUE VOCÊ DEVE SABER SOBRE CALI

É a cidade mais importante do sudoeste da Colômbia.

10 COISAS

TEM 2.400.000 HABITANTES APROXIMADAMENTE

40% DOS SEUS HABITANTES SÃO AFRO-COLOMBIANOS

6% DOS SEUS HABITANTES PERTENCEM A COMUNIDADES INDÍGENAS

É conhecida como a sucursal do céu. É a terceira cidade mais importante do país.

Potência na criação de teatro experimental do país. É a cidade célebre do cinema na Colômbia.

Cali é a capital mundial da salsa Seu clima é tropical seco

6 EVENTOS PARA CONHECER A CALI CULTURAL

FESTIVAL DE MÚSICA DOPACÍFICO PETRONIO ÁLVAREZ

FEIRA INTERNACIONALDO LIVRO DE CALI

FESTIVAL INTERNACIONALDE CINEMA DE CALI

Cali Exposhow

FESTIVAL DE TEATRO EM CALI

FESTIVAL INTERNACIONALDE POESIA DE CALI

Data: agosto

Data: outubro

Data: novembro

Data: setembro

Data: entre maio e junho

Data: setembro

Cali: A CAPITAL DA SALSA 3 GRANDES FEIRAS FOCADAS NA SALSA

de salsa 25 a 30 de dezembro

noturnos cultores de salsa Setembro

e colecionadores reconhecidos a nível mundial

Setembro

127 ACADEMIAS FEIRA DE CALI

115 ESTABELECIMENTOS FESTIVAL MUNDIAL DA SALSA

3.500 Melómanos BIENAL INTERNACIONAL DA SALSA

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020 – cultura

O ritmo da salsa é vivido em todos os setores da cidade. O visitante estrangeiro tem a oportunidade de aprender a dançar nas academias localizadas em setores como o bairro San Antonio ou podem desfrutar observando como dançam os casais caleños.

Muitas paredes dos bairros San Antonio, El Peñón e o centro de Cali estão repletas de cores. Forradas pelos pôsteres da gráfica La Linterna ou pintadas pelos talentosos muralistas locais.

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cionários e a sucatear as belas máquinas antigas Heidelberg.

Fabián e Patricia reagiram, abriram o portão de metal e fizeram a exposição dentro da oficina de impressão, para que todos os visitantes pudessem ver de perto e em funcionamento esses dinossauros metálicos. Eles convocaram a todos e começaram a publicar de forma intensa e incansável nas redes sociais, a preocupação não era apenas estética, era urgente tomar providencias para um resgate patri-monial: “A primeira coisa é que sucatear as máquinas teria sido um crime para a história do design grá-fico e a segunda é que o trabalho dos professores é muito importante, já que há três pessoas trabalhando nisso há quase quarenta anos, o que teria sido deles se a gráfica La Linterna tivesse fechado?”, comenta Fabián.

A resposta entre os jovens de Cali foi rápida e massiva, todos mobilizados para o resgate da gráfica La Linterna; os designers e artistas gráficos da cidade se dirigiram até a oficina para imprimir seus traba-lhos. Novas coleções com temas variados e testes a partir de técnicas clássicas atraíram turistas, cole-cionadores e compradores casuais. Nas palavras de Héctor Gamboa: “Por muitos anos, através das artes gráficas, este lugar decorou a as ruas da cidade, mas agora com uma nova geração, essa arte passou de fora para dentro e agora decora as paredes das casas”.

Fabián e Patricia constituem um elo entre os pro-fessores Olmedo, Héctor e Jaime, e toda uma jovem geração de designers, ilustradores e artistas que vão até a gráfica La Linterna para aprender, imprimir e conhecer. O diálogo entre os veteranos e aprendizes é um intercâmbio criativo que revitaliza ambas par-tes. Héctor Otálvaro fala com emoção desses meni-nos que mudaram sua vida: “Eles têm ótimas ideias e desenhos fantásticos, mas nós temos o conheci-mento dessas técnicas. Juntos, fazemos pôsteres que eu nunca imaginaria e que eles não saberiam impri-mir nessas máquinas. ”

Em uma tarde de sábado, os visitantes e a música transbordam La Linterna. Professores e jovens nar-ram a história viva da gráfica que é local para visi-tantes de todo o continente e da Europa, que olham com assombro as máquinas Heidelbergs em operação, enquanto escolhem o pôster de salsa ou filme para levar para casa.

Todo o bairro ecoa essa dinâmica colorida e sonora. O bairro San Antonio respira alegria, música e cultura. A poucos quarteirões da gráfica La Lin-terna estão as colinas, duas delas, uma literal e outra

musical. A primeira colina é o imponente cerro tute-lar coroada por uma igreja em torno da qual o bairro começou a ser construído em 1787. A outra também é chamada colina, mas é um bar tertuliadero (termo usado para referir-se a um lugar de encontro) que foi inaugurado em 1942 e no qual, desde então, o tema principal do bate-papo é cinema, literatura, artes, amores e sonhos, ao ritmo da incessante salsa e com o sabor de uma cerveja geladinha acompanhada de uma suculenta marranita, um aborrajado ou uma empa-nada (frituras típicas da região).

Sem precisar se afastar muito do bairro San Antonio, Cali oferece uma diversidade de espaços cul-turais e turísticos. O museu La Tertulia é o epicentro cultural, não apenas da cidade, mas também da região Pacífica. Assim como o bar La Colina, este museu nasceu como um lugar de encontro no bairro de San Antonio nos anos 50. Logo depois, crescendo e con-solidando sua vocação gráfica, foi transferido para o oeste da cidade e hoje se encontra em um corredor turístico de frente para o rio Cali.

A curadoria histórica desse espaço confirma a íntima relação da cidade com as artes gráficas, como reconhece Carlos Hoyos Bucheli, Diretor Educacional do museu: “Durante os anos 70 e 80, o museu La Ter-tulia se transformou no centro da produção gráfica do país devido à realização das Bienais de Artes Gráficas; não é em vão que boa parte das 1.800 obras que com-põem a coleção sejam desse tipo e isso representa a história dessas artes no continente”.

No bairro Granada que fica no setor vizinho, um novo circuito criativo e gastronômico começa a surgir. O espaço chamado Lugar a Dudas, fundado pelo artista Oscar Muñoz, é o eixo desse jovem movimento de artes visuais contemporâneas. Sua Curadoria inova-dora dialoga e complementa os processos liderados pelo museu La Tertulia e mantém pontos de contato com a tradição gráfica da gráfica La Linterna. No museu La Tertulia e nas duas Colinas de Cali, há vozes no alto, ventos e tambores das Antilhas; neste espaço chamado Lugar a Dudas, a cidade de Cali é jovem, talentosa e criativa; na La Linterna − através das artes gráficas− Cali é tradição negra, salsa e Caliwood como foi carinhosamente apelidada.

Cali cultural – 021

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MEDELLÍN, CALI, MANIZALES E BOGOTÁ

Gastronomia e ponto de encontro

Fotos e texto: Mateo G. Rivas

Um fotógrafo percorre os mercados municipais de quatro cidades colombianas e encontra “através da lente” uma cultura viva, colorida e deliciosa. Estas idas e vindas de comerciantes, agricultores e turistas assume uma energia especial durante o café da manhã e o almoço.

Mercados municipais

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Mercados municipais

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024 – cultura

Ao percorrer os mercados municipais do país, é possível testemunhar um amplo horizonte da vida colombiana, como cultivos da roça, pesca, criação de animais; trans-porte de alimentos através de burro, jipe, caminhões ou carretas; é a economia viva do comércio; o colorido das frutas, os cheiros e sabores de um país inteiro sob o mesmo teto, a cada dia, antes de que saia o primeiro raio do sol da manhã.

Essa dinâmica comercial vai muito mais além do meio dia e altera seu ritmo na hora do almoço, devido a que é esse um dos espaços onde os variados hábitos gas-tronômicos dos colombianos se desdobram com maior transparência. Há algo transversal à cultura, economia e ao abastecimento de todos os mercados municipais do país, e assim mesmo, nesses espaços se evidenciam tona-lidades e contrastes típicos das regiões da Colômbia.

Em alguns desses mercados, é possível por exem-plo tomar café manhã típico com um tamal (pamonha sal-gada e recheada), por um valor de COP 7.000 (US $2,30), enquanto observa os trabalhadores que descarregam os sacos dos caminhões; a alguns metros de distância, está um restaurante onde o almoço é ao estilo gourmet, elabo-rado com técnicas inovadoras de culinária e ambiente pre-enchido com o som da música cubana, acompanhado por uma taça de vinho pelo preço de COP 65.000 (US $ 20). O calor da região Pacífica em Cali pode ser mitigado com uma lulada (bebida tradicional preparada com a fruta lulo típica da região) ou o cansaço da longa jornada em Medellín pode receber uma recarga de energia com uma típica e deliciosa mazamorra (bebida doce feita com grãos de milho).

Apesar dos contrastes, em todos os mercados municipais do país é possível respirar calor, boa energia, serviço atencioso e a satisfação dos agricultores, comer-ciantes e donos de restaurantes ao compartilhar os frutos do seu trabalho e transformar em sustento o que o mar e a terra colombiana fornecem. Desta forma se vive através da lente de uma câmera uma jornada em cada um dos princi-pais mercados municipais do país.

Mercado La MinoristaMedellínFundado em agosto de 1984, o Mercado Municipal vare-jista La Minorista, como é conhecido popularmente, foi a substituição do Mercado Municipal El Pedrero, o mer-cado de agricultores de uma área vizinha o qual hoje ainda existe, cujos comerciantes foram realocados no novo mer-cado, a fim de suprir a demanda no norte, centro leste e leste da cidade.

Sua localização central o torna em um passe obri-gatório para os moradores dos bairros que se deslocam

em direção ao chamado Vale de Aburrá, nome dado pelos indígenas o qual forma parte da bacia natural do rio Medellín e está rodeado por cordilheiras.

A vasta variedade que há nos seus 26.000 metros quadrados e seus 3.332 locais comerciais transformaram o mercado La Minorista em um mercado regulador que, apesar do seu nome Minorista, por ocasiões faz o trabalho de distribuidor atacadista para grande parte da cidade de Medellín.

Em um domingo, dia tradicional de ir ao Mercado Municipal, cerca de 25.000 pessoas, incluindo comercian-tes, trabalhadores e visitantes passam por lá. Ao caminhar por seus amplos corredores com tetos altos, coloridos e lotados, encontramos uma vasta variedade de frutas, vegetais, produtos para o lar, restaurantes, lojas, brechó, armarinhos, sapatos e até lojas de mascotes.

Em um dos restaurantes mais movimentados, o senhor Memo experimenta o arroz de coco que ele prepa-rou para todo o dia, enquanto supervisiona outras cinco receitas. No meio da preparação, ele recomenda que nin-guém saia do mercado sem experimentar o ensopado de peixe. Dentre a grande oferta, destacam-se três variedades muito recomendadas: a culinária da região Caribe, alguns excelentes restaurantes que servem culinária espanhola e, é claro, a culinária típica dos paisas como são conhecidos os moradores e/ou habitantes do departamento de Antio-quia. Essa última e suculenta opção gastronômica a tradi-cional bandeja paisa é um prato com alto teor de proteínas (linguiça, carne moída, ovo, torresmo, abacate, arroz e feijão).

Vivo, agitado, colorido, com formas criativas de comércio e com vozes altas que se expressam na lingua-gem agradável dos habitantes desta região, o Mercado La Minorista é um reflexo vivo de Medellín e uma alternativa requintada para abordar a cultura colombiana, em parti-cular a cultura antioqueña que é a cultura das pessoas que habitam o departamento de Antioquia, através do paladar e dos produtos oferecidos pela terra.

Mercado La AlamedaCaliAo longo da década de 1950, um grupo de comerciantes locais se reuniu no bairro tradicional La Alameda, perto do centro de Cali, e deu vida aos primeiros corredores deste Mercado Municipal. Em 1994, devido à criação da Associação de Comerciantes La Alameda, o mercado teve um importante impulso em diferentes aspectos, o que resultou no reconhecimento de ser um dos Mercados Municipais mais completos do país.

As jornadas no Mercado Municipal La Alameda transcorrem ao som do calor, da música do Pacífico e ao

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MERCADOS MUNICIPAIS – 025

Ao longo da jornada, uma multidão de agricultores, comerciantes e visitantes vigoram os Mercados Municipais da Colômbia, circulando uma ampla diversidade de produtos agrícolas.

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ritmo da salsa. Antes de entrar, um copo gelado da típica lulada e um mondroñon (fruta exótica) ajudam a dimi-nuir a temperatura e prepararam o paladar e a mente para seguir com o percurso. Ao adentrar nos corredores do Mercado La Alameda, o requintado aroma dos frutos do mar nas caçarolas e pratos de arroz enchem as mesas. Quase em uma das pontas de um dos pavilhões do mer-cado, a senhora Bacilia, uma mulher negra com um rosto amigável e um turbante na cabeça, supervisiona o traba-lho dos seus assistentes enquanto atende a um casal que se senta em uma das suas grandes mesas de madeira. A alguns metros de distância, em um restaurante vizinho, um grupo de jovens de uniforme preto cozinham em uma cozinha pequena, mas arrumada e completa, pratos de comida peruana; esse tipo de encontros e contrastes enri-quecem a experiência desse mercado e nos lembram que o Pacífico americano não é apenas colombiano, o Peru também é nosso vizinho nessas costas.

O Mercado La Alameda também oferece culinária espanhola, comidas típicas de várias regiões da Colômbia, fusões e pratos contemporâneos para visitantes de todos os gostos e bolsos.

Entre o colorido do Mercado La Alameda, é comum ver grandes e pequenos grupos de visitantes estrangeiros que fazem suas refeições na praça e se misturam com os caleños como são chamados os moradores ou nascidos em Cali, em um ambiente aconchegante que convida e pro-põe a explorar Cali e o Pacífico, tendo como ponto de par-tida esta aventura gastronômica.

Mercado Galería Plaza ManizalesO Eixo Cafeeiro, suas terras ricas e a dinâmica típica da paisagem cultural dessa região, com seus jipes Willys, com seus personagens caipiras, conversadores e aman-tes do bom café, encontram-se diariamente em uma bela estrutura de Mercado Municipal chamado La Galería, localizado no noroeste da cidade de Manizales.

Em 1849, logo após a fundação da cidade e com a chegada de habitantes que traziam produtos colhidos principalmente por si próprios, foi aberto o primeiro Mercado Municipal de Manizales, onde naquela época o escambo era a principal moeda. Ao longo dos anos, a população e a cidade cresceram e, em 1951, pelo motivo do centenário de Manizales, foram inauguradas constru-ções como a Praça de Toros, o Edifício de Belas Artes, o Coliseu de Feiras e o Mercado La Galeria Plaza, o novo Mercado Municipal da cidade construído pelo enge-nheiro Jesús María Gómez Mejía. Este Mercado Munici-pal, popularmente chamado La Galería, foi reconhecido como o centro de estoque, distribuição e abastecimento

mais importante da cidade de Manizales e do departa-mento de Caldas.

As barracas e locais do Mercado estão revestidos com as cores do café, da cana-de-açúcar, do tomate, das frutas cítricas, da banana e de outras variedades de ali-mentos que juntos somam quase 7.000 toneladas por mês. Entre frutas, legumes e tubérculos, rios de pessoas acordam junto com a cidade. Às 5:00 da manhã, o horário para descarregar os produtos dos caminhões já está pres-tes a terminar. Entre as construções típicas do Centenário, o som de caminhões que transitam, a multidão que cami-nha e pechincha pelos corredores lotados de produtos coloridos e formas exóticas, o cheiro de campos frescos e a paisagem cultural mais autóctone do departamento de Caldas, encontra-se o Mercado La Galería.

O senhor Darío, um trabalhador que há algumas horas está descarregando nas costas sacos cheios de manga Tommy, se prepara para dar uma pausa e tomar seu café da manhã pelo qual pagou aproximadamente COP 4.000 (US $ 1). O prato traz uma arepa com queijo típico e margarina, dois ovos mexidos com tomate e cebola, uma batata com molho, uma banana da terra madura e cozida, arroz feito com macarrão cabelinho de anjo, caldo de carne e uma caneca de água de panela que é um chá típico feito com rapadura; este é o café da manhã típico no mercado, feito por cozinheiros e cozinheiras que utilizam os produtos frescos obtidos ali mesmo.

Assim como o senhor Darío, no Mercado La Galería, muitas pessoas que trabalham e transitam por lá fazem suas refeições ali mesmo, misturando-se com visitantes locais e estrangeiros que gostam de viver uma experiência verdadeiramente típica colombiana e cafeeira.

No mercado, devido ao trânsito constante de pes-soas e produtos provenientes de todo o país, a oferta gas-tronômica foi influenciada por quase todas as regiões, desde pratos típicos da Região Andina – como a pajarilla e a sopa mondongo (bucho)− até receitas das regiões dos Lla-nos Orientales e do Pacífico, como o típico churrasco gaú-cho conhecido por churrasco llanero, o caldo de peixe e o ceviche fresco. No meio de tanta variedade, destaca-se a mazamorra antioqueña, uma bebida de milho doce feita de forma arte-sanal, a qual é oferecida em todos os restaurantes do Mer-cado por um valor de COP 1.000 (US $ 0,30).

Com mais de quinze restaurantes sob o mesmo teto, com pratos que variam entre COP 4.000 e COP  5.000, a oferta promete ser variada e cativante.

O Mercado La Galeria está dividido em quatro pavi-lhões que oferecem plantas, ervas e chás; carnes, frutas e legumes, produtos variados da região, produtos frescos e preços baixos, em um ambiente onde o café delimita a paisagem e marca profundamente a cultura local de três

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Mercados municipais: uma amostra da identidade colombiana

4 MERCADOS MUNICIPAIS COLOMBIANOS

1. La MinoristaLocalização: MedellínHorários: de segunda a sábado das 4:30hs às 18:00hsDomingos das 4:00hs às 15:00hs Fruta para experimentar: goiaba O que almoçar: bandeja paisa

2. La PerseveranciaLocalização: BogotáHorários: de segunda a sábado das 7:00hs à 17:00hs Domingos das 7:00hs às 15:00hs Fruta para experimentar: pitahayaO que almoçar: cozido boyacense o melhor ajiaco deBogotá

3. La Alameda Localização: CaliHorários: todos os dias das 6:00hs às 18:00hs Fruta para experimentar: pupunha O que almoçar: peixe pargo vermelho frito com arroz e patacón

4. La Galería Localização: ManizalesHorários: todos os dias das 4:00hs às 19:00hs Fruta para experimentar: luloO que almoçar: sancocho de uña

10 FRUTAS TÍPICAS DA COLÔMBIA

TOMATE DE ÁRBOL MARACUJÁ GOIABA MAMÃO LuloOnde é cultivada:

Região AndinaOnde é cultivada: principalmente em

Huila, Meta e Vale do Cauca

Onde é cultivada: Região Andina. Principalmente em Santander

Onde é cultivada: Principalmente nos departamentos de

Córdoba e Vale do Cauca

Onde é cultivada: principalmente

em Huila

Granadilla Curuba CARAMBOLA Physalis GRAVIOLA Onde é cultivada:

Região Andina. Principalmente em

Huila e Cundinamarca

Onde é cultivada: Região Andina. Principalmente

em Boyacá

Onde é cultivada: Região Andina

e Caribe

Onde é cultivada: Região Andina. Principalmente

em Cundinamarca

Onde é cultivada: Região Pacífica.

Principalmente no Vale do Cauca

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lindos departamentos (Caldas, Risaralda e Quindío).

La Perseverancia BogotáDo bairro La Perseverancia, um dos bairros mais antigos da cidade, é possível ver o cerro tutelar de Monserrate e ter uma vista panorâmica da capital colombiana. “La Perse”, como é conhecido popularmente, e possui um dos mer-cados mais ativos e turísticos da cidade.

Em 1889, devido a fundação de uma grande fábrica de cerveja nacional no Bairro San Diego, hoje o centro da cidade, e o grande crescimento industrial e comer-cial de Bogotá, um grupo de trabalhadores e suas famí-lias procuravam moradias nas áreas próximas à fábrica, foi assim que nasceu o bairro operário La Perseverancia. Quase meio século depois, com a participação de alguns comerciantes da região, foi construído o Mercado Munici-pal La Perseverancia, fornecendo produtos agrícolas para restaurantes que abastecem o consumo diário nos bairros próximos.

Com o passar do tempo e com o desenvolvimento do centro da cidade, o Mercado também se tornou o principal fornecedor dos restaurantes do bairro vizinho La Macarena, do Centro Internacional e de outros locais comerciais no coração de Bogotá. Desde 2013 um grupo de entidades públicas e fundações assumiram a tarefa de promover e melhorar o mercado através de reformas e adaptações que o transformaram em um dos melhores do país.

Sua localização central e perto de outros lugares com alta densidade comercial o transforma em um lugar privi-legiado devido à sua acessibilidade aos turistas e a mora-dores locais que procuram uma boa oferta gastronômica ou produtos típicos. Além disso, pelo fato de estar na nas-

cente dos cerros orientais da cidade, conta com uma faci-lidade de deslocamento até as áreas turísticas do centro de Bogotá.

A arquitetura moderna do Mercado está dividida em duas alas. Em uma delas, podemos encontrar a seção de vegetais, verduras, frutas, além de outros produtos de quitanda. Estrangeiros e executivos que trabalham em empresas do setor lotam a praça de alimentação locali-zada na outra ala do mercado. Os restaurantes de comida típica colombiana com seus cheiros, com o vaivém dos clientes e garçons, com o som do desfrute do paladar e da experiência que saem da boca dos clientes, fazem com que os visitantes vivam uma atmosfera autóctone no Mer-cado “La Perse” como também é conhecido.

A senhora Maria, cozinheira e dona de um restau-rante no Mercado, considera que o ajiaco é o prato que faz com que os cidadãos de Bogotá, ou seja, os bogotanos se sintam em família; aqui é possível encontrar um prato saudável, esta sopa típica preparada com diversas varie-dades de batatas, frango, creme de leite, guascas, abacate e alcaparras.

Além do tradicional sabor do ajiaco bogotano, o Mer-cado “La Perse” também oferece uma rica oferta de frutos do mar provenientes do Pacífico e vários pratos do Caribe colombiano, além de receitas típicas dos departamentos de Córdoba e Sucre. Nesse lugar, diversas cozinhas e um público variado coexistem, tanto na origem quanto no gosto, o que simboliza um jeito de adentrar na Colômbia com o estômago cheio e sorriso de satisfação.

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cidades patrimônio – 029

JARDÍNDEPARTAMENTO: ANTIOQUIAEXTENSÃO: 224 KM²ALTITUDE: 1750 M.S.N.M.

As frentes das casas em Jardín estão cobertas de flores que enfeitam e colorem o município e suas facha-das. O município também oferece experiências particulares, como a garrucha, um cabo aéreo artesanal de onde é possível apreciar a paisa-gem cafeeira.

Santa Cruz de MompoxDEPARTAMENTO: BOLÍVAREXTENSÃO: 645 KM²ALTITUDE: 22 M.S.N.M.

Localizado às margens do rio Magdalena, esse município foi um porto importante para a colo-nização espanhola e, por esse motivo, abriga um importante legado religioso e artesanal, no qual se destacam a comemoração da Semana Santa e a fabricação de joias em filigrana.

Fachadas de cidades patrimônioIlustrações: Andrés Felfle

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030 – cultura

HondaDEPARTAMENTO: TOLIMAEXTENSÃO: 309 KM²ALTITUDE: 229 M.S.N.M.

Esse município de clima quente, localizado a três horas de Bogotá, abrigou o primeiro porto de pesca da Colômbia sobre o rio Magdalena e foi um dos mais importantes corre-dores comerciais e pontos de distribuição de mercadorias do país na época da indepen-dência.

Villa de LeyvaDEPARTAMENTO: BOYACÁEXTENSÃO: 128 KM²ALTITUDE: 2149 M.S.N.M.

A essência deste lugar turís-tico está na mistura que existe entre casarões e casas anti-gas, ruas de paralelepípedos e paisagens desérticas. É um cenário muito atraente para quem procura fazer parte, por alguns instantes, da história da Colômbia.

Santa Fe de AntioquiaDEPARTAMENTO: ANTIOQUIAEXTENSÃO: 493 KM²ALTITUDE: 500 M.S.N.M.

Preserva a arquitetura tradi-cional típica da região, carac-terizada por suas fachadas brancas, com portas e varan-das coloridas, ruas de parale-lepípedos e praças que mantêm viva a história. Além disso, está a somente duas horas de Medellín.

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SalaminaDEPARTAMENTO: CALDASEXTENSÃO: 404 KM²ALTITUDE: 1822 M.S.N.M.

É o lugar ideal para conhe-cer a origem da cultura cafe-eira colombiana. Lá você pode visitar sítios e fazendas onde é ensinado como plantar, cuidar, colher, debulhar e torrar o café colombiano e saborear a diver-sidade de grãos cultivados na região.

San GilDEPARTAMENTO: SANTANDEREXTENSÃO: 149 KM²ALTITUDE: 1114 M.S.N.M.

Este município oferece uma grande variedade de experiên-cias únicas, entre as quais se des-taca a prática de rafting nos rios Ponce e Suárez; canyoning na Que-brada La Chorrera; parapente em Curití e sobre o Canyon de Chi-camocha e bungee jumping sobre o rio Ponce.

BaricharaDEPARTAMENTO: SANTANDEREXTENSÃO: 134 KM²ALTITUDE: 1336 M.S.N.M. Este município de clima quente e seco foi declarado Bem de Interesse Cultural da Nação graças às suas capelas, casas e ruas coloniais feitas de pedra. Barichara é o local ideal para uma experiência relaxante e desconectada.

cidades patrimônio – 031

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032 – cultura

O patrimônio arquitetônico, artístico e cultural que a Colômbia construiu em torno ao catolicismo, mobiliza constantemente milhões de colombianos e constitui uma alternativa turística para os devotos provenientes de outras latitudes.

As raízes que a tradição católica adquiriu nos últimos cinco séculos no país nos permitem ofere-cer destinos que, além de adequados à peregrina-ção, possuem singularidades históricas ou culturais. Nesse sentido, a oferta não está composta apenas por santuários, basílicas e catedrais. Celebrações cul-turais como a Semana Santa e lugares relevantes para a história da Igreja Católica, como a cidade de Jericó que fica no município de Antioquia onde a Madre Laura Montoya −a primeira santa colombiana− nas-ceu, também fazem parte de um sólido conjunto de expressões de fé que posiciona a Igreja como um des-tino único de turismo religioso.

A seguir, está descrito o roteiro de um percurso por diferentes emblemas da tradição católica colom-biana e pelos municípios que a hospedam. Que seja uma oportunidade para descobrir e conhecer uma

nova cultura, mas também para renovar sua fé, forta-lecer suas crenças e entregar-se à mensagem que cada peregrinação guarda.

Milagre arquitetônico à beira do precipício

O Santuário de Las Lajas é uma das atrações turísti-cas religiosas mais importantes da Colômbia e uma joia da engenharia: a igreja fica em uma ponte de 50 metros de altura que atravessa o Cânion do rio Guáitara, em Ipiales no departamento de Nariño, a qual foi construída para homenagear a aparição da Nossa Senhora do Rosário em uma pedra no dia 16 de setembro de 1754. O templo foi erguido entre 1916 e 1949 e tem sido um local de culto e peregrinação desde então. Nos arredores encontram-se placas com mensagens de agradecimento pelos milagres conce-didos e o dia em que o lugar recebe o maior número de visitantes é quando se comemora o aniversário da aparição.

Este santuário possui o título de Basílica Menor, que recebeu em 1954, e o título da igreja mais bonita

GENERALIDADES

A Colômbia tem uma sólida oferta de atrações turísticas que giram em torno ao catolicismo. Conheça-os e fortaleça sua fé.

Turismo religioso

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do mundo, concedido pelo jornal inglês The Tele-graph em 2015. Está localizada a sete quilômetros da cidade de Pasto que é a capital do departamento de Nariño, e a 10km da fronteira com o Equador.

A imponente Cidade Branca

Popayán é a capital do departamento de Cauca, a qual não apenas se caracteriza por ter um número infinito de fachadas brancas, mas também por oferecer um dos circuitos mais completos de igrejas e arte religiosa do país. Entre os santuários mais populares estão a Catedral Basílica Nossa Senhora de La Asunción, que ostenta uma cúpula de 40 metros de altura; a Igreja de San Francisco, um templo do século XVIII que abriga uma relíquia de San Magno; a Igreja de San Agustín, onde repousa uma imagem da Virgem de Los Dolores, e a Igreja Santuário de Belén, que fica em uma colina que tem o mesmo nome, e de onde você pode ver a cidade. O tour por esses templos imponentes pode ser realizado durante todo o ano, mas, como em outras cidades e municípios da Colômbia, sua verdadeira força pode ser sentida durante a Semana Santa. Outro ponto de interesse turístico é o Museu Arquidiocesano de Arte Religiosa, que exibe permanentemente uma coleção de quatorze custodias e outras obras de arte, como pinturas, gravuras, mantos e missais.

O lar do Senhor de Los Milagros

A Basílica Menor do Senhor de Los Milagros foi fun-dada no dia 2 de agosto de 1907 e abriga uma impo-nente imagem de ferro fundido de 2,5 metros de altura, que os fiéis e os peregrinos se aproximam para cumprir uma promessa ou fazer um pedido em parti-cular. O santuário está localizado em Buga, um muni-cípio no Vale do Cauca que pertence à Associação de Cidades Patrimônio que é a associação que fiscaliza os patrimônios tombados na Colômbia. Este lugar tam-bém abriga outros templos católicos, como a Catedral de San Pedro de Buga, a Igreja de Santo Domingo de Guzmán e a Igreja de San Francisco de Asís.

O Senhor de Los Milagros é adorado desde antes da construção da Basílica e a cada sete anos são rea-lizadas suas Rogativas, que se trata de um evento de vários dias em que a imagem é tirada da Basílica e é levada para as ruas da cidade Buga para liderar pro-cissões e outros eventos multitudinários que contam com a presença de devotos e autoridades eclesiásticas e governamentais da Colômbia. A última edição desta celebração foi realizada em setembro de 2018.

Viver a Semana Santa na Colômbia

Embora a Semana Santa seja talvez a época mais impor-tante do ano para todos os templos católicos do país, existem várias cidades e municípios caracterizados pela organização de eventos massivos e de reconhecimento a nível e nacional e internacional.

Quem estiver na cidade de Popayán poderá partici-par das procissões tradicionais, (que foram reconheci-das pela UNESCO como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade em 2009), do Festival de música reli-giosa e das procissões pequenas ou infantis. Em Santa Cruz de Mompox, um município de Bolívar, às margens do rio Magdalena, onde o protagonismo é tomado pelas imagens que os fiéis carregam nos ombros durante as procissões. Os momposinos, (gentilício usado para os que são de Mompox) comemoram a Semana Santa desde o século XVI, onde costumam decorar as imagens com mantos e joias feitas para a ocasião. A cidade Pam-plona que fica ao Norte do departamento Santander, também organiza procissões que arrastam multidões e o Festival Coral Internacional de Música Sacra, um evento que acontece nas igrejas mais importantes do município e que reúne diferentes grupos do continente.

Outros ícones da tradição católica que podem ser conhecidos na Colômbia:

Visitar Jericó, a cidade natal da primeira santa colombianaLocalizada no departamento de Antioquia, a cerca de três horas de Medellín, a cidade de Jericó se tornou um destino religioso após a canonização da primeira santa colombiana: a Madre Laura Montoya. A missionária nasceu lá em 1874, fundou a Congregação Misioneras de María Inmaculada e Santa Catalina de Sena em 1914 e foi canonizada pelo Papa Francisco em maio de 2013.

Basílica Santuário do Senhor Caído de MonserrateEstá localizada nos cerros que bordeiam o lado Leste de Bogotá, exatamente a 3.152 metros acima do nível do mar, e abriga a imagem do Senhor Caído, uma escultura do século XVI. É possível subir de teleférico, funicular ou a pé, e apreciar uma das melhores vistas da capital colombiana.

Mergulhar nas profundezas da Catedral de SalAs abóbadas e escavações deste santuário somam 8.500 metros quadrados de engenhosidade arquitetônica. A catedral está localizada dentro de uma antiga mina de sal em Zipaquirá, um município localizado a 50 quilômetros de Bogotá, e contém representações da Via-crúcis e uma imponente cruz de 16 metros de altura.

TURISMO RELIGIOSO – 033

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034 – cultura

Dizem que na Colômbia uma música soa embaixo de cada pedra. A cultura artística colombiana é diversa e rica em sons, cores, cheiros e tons. Cada região do país pro-põe maneiras diferentes de ver o mundo e as transmite através da música, da dança, do teatro e da literatura. Por esse motivo, vale a pena visitar cada uma das cidades do país para descobrir toda a cultura que se respira por lá.

Estas são algumas experiências culturais nas princi-pais cidades do país.

Cartagena

TOUR DE BARES DE SALSaDuração: 4 horas.Ao anoitecer, o centro de Cartagena respira o ritmo da salsa. O tour começa às 20:30 no famoso bar Donde Fidel, onde os visitantes desfrutam e se aquecem ao ritmo da salsa e ensaiam seus primeiros passos para após, seguir avançando com o tour até a estátua de Joe Arroyo, o famoso cantor de salsa de Cartagena. Após isso, seguem as vistas a La Charanga, El Koreano e Vueltabajero, alguns dos melhores bares de salsa para cair na folia e passar a noite na pista de dança.

Picós de ChampetaDuração: 5 horas.Os Picós, sistemas tradicionais de som de rua do litoral Caribe colombiano. Originalmente, eles consistiam em colocar vários alto-falantes do lado de fora de uma casa e organizar a festa em torno deles. Hoje são grandes even-tos para desfrutar ao ritmo tradicional da região, a famosa champeta. O tour passa pelo Picó Rey de Rocha, um dos mais importantes da cidade, com o objetivo de aprender sobre a história desse movimento, suas anedotas para então finalizar com aulas básicas de dança para que o visi-tante aproveite ao máximo da champeta como deve ser.

San Basilio de Palenque

TOUR PARA CONHECER A CULTURA PALENQUERADuração: 5 horas.A duas horas de Cartagena, San Basilio de Palenque foi tombado e declarado Patrimônio Cultural da Humanidade em 2005. Os Palenques eram quilombos fundados pelos escravos africanos rebeldes chamados cimarrones como refúgio durante o século XVII, e o quilombo de San Basi-lio é o único que continua em pé. Durante o tour os visi-

tantes aprendem sobre a história da cidade e desfrutam da música e da dança que a tornam tão famosa, o que consti-tui uma experiência cultural incomparável.

Barranquilla

MUSEU DO CARIBEDuração: 3 horas.Prestar homenagem à memória do Caribe implica reco-nhecer a superioridade com que seus habitantes enfren-tam o sol para compor obras majestosas, tanto na literatura quanto na música. Pense em Gabriel García Márquez, mas não para por aí. O museu do Caribe reúne em cinco eixos temáticos (Natureza, Pessoas, Palavra, Expressão e Ação) a contribuição cultural da região para a tradição artística do país, passando pela música vallenata e cumbia.

Casa DO carnavalDuração: 3 horas.A Casa do Carnaval foi construída em 1929, tornando-a uma joia cultural e arquitetônica inestimável. Dentro da fachada de estilo colonial, a Fundação Carnaval de Bar-ranquilla organiza o Carnaval, um dos maiores, mais colo-ridos e atraentes festivais de música, dança e folclore do país. A Casa oferece artesanato, gastronomia, música e dança aos visitantes durante todo o ano.

Medellín

La Pascacia Café BarDuração: 2 horas.Localizado no centro de Medellín, este café não serve ape-nas café; serve também porções, refeições, bebida e, even-tualmente, serve como um rumbeadero como é conhecido o lugar onde tem balada a noite toda. Nasceu como uma aposta de grupos de música e mídia alternativa da cidade, portanto, é o lugar ideal para conhecer as novas apostas artísticas da região.

TOUR NA COMUNA 13Duração: 4 horas.Também conhecido como “Comuna 13 Graffiti Tour”, esse tour tem como objetivo mostrar como a música e a arte urbana elevaram a comunidade 13 graças ao trabalho em equipe. A comuna é um bairro localizado ao lado de uma montanha. As construções nas comunas estão distribuí-das de tal maneira que da parte de baixo é fácil ver como

Outras experiências culturaisMiscelânea

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as fachadas das casas compõem um mosaico de imagens coloridas com os grafites artísticos que foram feitos na área. Durante o tour, alguns desses artistas falam sobre seus trabalhos e outras pessoas fazem exposições de Hip Hop e Break Dance.

Tour DO tangoDuração: 4 horas. O rei do tango, Carlos Gardel, morreu em um acidente de avião em Medellín em 1935. Desde então, a cidade se tor-nou um lugar de visita obrigatória para os amantes desse gênero musical. O tour percorre a Casa Gardeliana, um pequeno museu dedicado ao ídolo argentino, os bares: El Patio de Tango, Adiós Muchachos, El Último Café, e a Plaza Gardel; inclui também algumas aulas básicas de tango, para que o turista possa dançar como todo um profissional.

Bogotá

TOUR DA CUMBIA BOGOTANA Duração: 5 horas. Mario Galeano é o músico e produtor colombiano que conseguiu posicionar a cumbia como um ritmo musical de vanguarda em todo o mundo. É a mente por trás de Ondatrópica, Los Pirañas e Frente Cumbiero, grupos que tocam nos melhores bares e discotecas dos Estados Uni-dos e da Europa. Nesse tour, é possível conhecer a casa do Galeano e viver um show VIP com alguns dos grupos de cumbia de Bogotá do momento: La Perla, Quebra Raios e o grupo Tricofero de Barro.

Andrés Carne de Res ChíaDuração: 4 horas.Com 30 anos de experiência, este restaurante é conside-rado um dos melhores do país e um restaurante único

desse tipo no mundo. A peculiaridade do restaurante Andrés Carne de Res é que ele tem a facilidade de ser considerado uma discoteca por alguns e um restaurante por outros. Em um fim de semana, mais de 10.000 pes-soas podem passar pelo restaurante para desfrutar da música ao vivo, dançar e comer ao ritmo do melhor dos carnavais latinos.

Cali

ESCOLA DE DANÇA SWING LATINODuração: 2 horas.A empresa e escola Swing Latino têm um show que apre-senta os principais ritmos de dança latina onde dança-rinos que ganharam prêmios nacionais e internacionais participam. A escola também oferece aulas de dança para casais ou grupos, aulas que garantem horas de muito movimento, calor e diversão ao som da música latina.

DelirioDuração: 6 horas.Delirio é uma fundação formada por dançarinos e artis-tas de circo colombianos. Ao longo de sua trajetória, encenou vários tipos de performance as quais destemi-damente combinam o ritmo da salsa com o circo. Os shows são doses condensadas da cultura do Pacífico que se movem ao ritmo da salsa e dos tímpanos, de tal forma que são uma verdadeira experiência sensorial fiel ao show de estilo cabaré.

OUTRAS EXPERIÊNCIAS CULTURAIS – 035

ENCONTRE VARIADOS RITMOS COLOMBIANOS NESTA playlist.

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Cultura

O horizonte da cultura colombiana se amplia dia após dia e o país se carrega de novas vozes que a cada vez mais são

escutadas, vistas, lidas, comentadas e complementadas por outras culturas que nos veem como referência. É um tour

pelas cidades, e devemos às pessoas que promoveram e estão promovendo movimentos em torno da música, do cinema, da

moda, da gastronomia e da literatura, parte do orgulho que nos dá sermos colombianos.

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ÍNDICE

Meditação, ioga e baleias — Pág. 04 —

Texto de María Fernanda Cardona

UM ENCONTRO SERENO EM NUQUÍ

Paisagem Cultural Cafeeira — Pág. 10 —

Texto de Juan Miguel ÁlvarezFotografias de Víctor Galeano

TERMAIS E CAFÉ NO EIXO

Outras experiências debem-estar na Colômbia

— Pág. 18 —

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A paz repousa nos litorais, nas plantações de café e nas florestas da Colômbia, e cada vez mais viajantes do mundo todo se animam a conhecê-la.

Junto aos guias e comunidades que transmitem conhecimentos e saberes ancestrais, as pessoas que desejam aprofundar os laços entre suas dimensões corporais, mentais, emocionais, espirituais, etc., para se desfazerem de fardos e deixarem ir embora tudo o que não é bom, podem viver essa experiência na Colômbia enquanto descobrem paisagens ines-peradas e transbordam vivências enriquecedoras, inesquecíveis e fantásticas.

As florestas de Guainía e os rios do departa-mento Meta se tornaram destinos de alto nível para viagens de bem-estar ou Wellness, que alcançam seu objetivo ao misturar essas impressionantes paisa-gens com sessões de ioga, meditação, uso de cris-tais etc.; a Colômbia oferece inúmeros destinos para satisfazer todas as expectativas.

Em Nuquí, um município do departamento Chocó, localizado no litoral do Oceano Pacífico, a observação de baleias jubarte é reveladora, inclusive para as pessoas que vêm vê-las com outros objeti-vos. Uma das histórias deste capítulo conta como é ver as baleias pularem e depois soltarem seus corpos majestosos nas águas mornas da Colômbia, lugar para o qual se dirigem para dar cria. Quem viaja para a Colômbia ou dentro dela em busca de bem-estar também pode topar com o café, uma bebida que nos

MÓDULO 05

Bem-estarajuda a começar bem o dia e que exige um longo e cuidadoso processo de plantio, cuidado, colheita e torrefação. Outra história deste capítulo narra a pro-funda relação que o café e as fontes termais teceram, configurando a Paisagem Natural e Cultural do Eixo do Café que corresponde à região formada pelos departamentos de Risaralda, Quindío e Caldas.

Outros lugares na Colômbia, como o arquipé-lago de San Andrés, Providencia e Santa Catalina, são ideais para se desconectar. As ilhas ficam a mais de uma hora de vôo de Bogotá e oferecem quilôme-tros de praias, águas famosas por seus recifes de coral e palmeiras que filtram a brisa que vem do mar.

E a oferta não termina por aí: os Parques Nacio-nais estão distribuídos por todo o território e, além de serem a melhor maneira de se conectar com a flora e fauna da Colômbia, permitem a realização de atividades que impactam positivamente o bem-estar daqueles que os praticam. Esportes relaxantes como caminhadas, camping, observação de aves e outras opções estão nesta longa lista de atividades.

A Colômbia trabalha constantemente para con-solidar sua oferta de viagens de bem-estar e ajudar aos viajantes a retornar à sua origem enquanto visi-tam nosso país. Junto com especialistas, terapeutas, comunidades indígenas e povos nativos, as opções para viajar, curar e se deixar surpreender com os encantos da Colômbia são cada vez mais abundan-tes.

APRESENTAÇÃO – 03

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Meditação,Texto: María Fernanda Cardona

Na região Pacífica colombiana a natureza é surpreendente. Além das paisagens de tirar o fôlego, a visita anual das baleias transforma esse cenário em um lugar incomparável. Uma oferta crescente de turismo sustentável e bem-estar dialoga com o meio ambiente e oferece aos visitantes experiências inesquecíveis de encontros consigo mesmo.

BEM-ESTAR

Um encontro sereno em Nuquí

Fotos: Ecoplanet

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05

Meditação,

B e m - e s ta r

ioga e baleias

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06 – BEM-ESTAR

Dia 1 ENCONTRO COM NUQUÍ

Entre a Serra do Baudó e a Costa Pacífica colombiana, a 30 quilômetros de Nuquí (um dos Paraísos naturais do departamento de Chocó), os viajantes que acaba-ram de chegar a essas terras estão se preparando para iniciar uma sessão de ioga. No meio da floresta e do mar, é feita uma sessão de meditação, controle da respiração, movimentos lentos e atenciosos, uma sensação de paz e uma escuta ativa e consciente do vento, ondas e animais. A jornada começa com um exercício de conexão consigo mesmo e com tudo o que o rodeia, uma maneira de agradecer ao universo por estar lá e de se integrar à natureza.

Mas a jornada começou mais cedo, em Medellín, Pereira, Bogotá ou Quibdó (cidades que oferecem voo até Nuquí), em pequenos aviões que pelo tamanho têm a qualidade de fazer com que os passageiros sintam que estão cortando o vento e cruzando o céu como um pássaro que voa muitos quilômetros por hora e não percebe o que deixa para trás. Quando você chega em Nuquí, a praia, o mar e a floresta sur-preendem por sua complementação e o clima tropi-cal, que varia entre 25°C e 28°C, o que faz com que os viajantes sintam que estão em outro mundo, onde o tempo adquire outra dimensão, onde se viaja lenta-mente, calmamente, onde não apenas os olhos estão abertos, mas também o coração e a mente, onde a esperança de encontrar as Baleias Jubarte guia cada passo.

Os viajantes começam sua jornada de transfor-mação em um hotel ecológico. Após a prática de ioga de boas-vindas, o dia passa serenamente com ativi-dades que variam de silêncio e contemplação a cami-nhadas na floresta. O tempo passa em um trabalho de constante desconexão e reconexão.

A paisagem é propícia, a floresta biodiversa que caracteriza a área montanhosa de Baudó e, ao lado, o Oceano Pacífico, lar das baleias jubarte, é um lugar para se fascinar com a paisagem, esquecer a agitação das cidades, sentir a brisa no rosto, surpreender-se com a diversidade da fauna e da flora e comparti-lhar uma experiência excepcional junto às baleias jubarte. Esses mamíferos majestosos chegam anual-mente da Patagônia ao mar colombiano em busca de águas mornas para acasalar e ter seus filhotes; neste lugar se respira vida e tranquilidade.

Os viajantes que buscam a paz e uma viagem de transformação de consciência começam e termi-nam o dia com uma sessão de ioga, às vezes na praia,

outras na floresta. Aqui existe a oportunidade de abrir seu coração e a mente para valorizar o mundo ao redor e se conectar ao ecossistema.

Dia 2 ENCONTRO COM AS BALEIAS

O sol, quando mal nasce, recebe sua saudação. A manhã começa com uma hora e meia de meditação, depois vem um café da manhã saudável e uma das atividades mais esperadas da viagem: observação de baleias.

Após quase 8.000 quilômetros de migração da Antártida, as baleias jubarte chegam à Colômbia e só retornam quando a estação mais fria dos polos já passou. Entre junho e novembro, a performance das Costas do Pacífico é iniciada e muitos turistas viajam para conhecer esses imponentes cetáceos, aqueles que chegam primeiro às cidades de Buena-ventura, Juanchaco e Ladrilleros e depois vão para Nuquí, Ensenada de Utría, Bahía Solano (perten-

cente ao sistema costeiro da cordilheira do Baúdo) e o istmo do Panamá.

Os cantos das baleias são ouvidos desde que os viajantes entram na lancha para iniciar uma viagem de “amor, alegria e união que as baleias presenteiam com seus cantos e vibrações”. Embora do chalé onde os viajantes se hospedam, é possível ver as baleias de longe, a experiência de subir em uma lancha, zar-par mar adentro e procurá-las é imprescindível. As baleias e seus filhotes passam ao lado dos viajantes, os quais ficam deslumbrados ao sentir a imensidão da natureza viva nesses animais que podem medir até 14 metros e pesar 40 toneladas.

Essa é uma vigem de respeito, na qual o ser humano fica no seu canto, a uma distância prudente, como uma simples testemunha do espetáculo que é observar as baleias jubarte livres em sua vida coti-diana. A observação dura entre uma ou duas horas, após isso os viajantes voltam para o hotel, onde almo-çam pratos típicos caracterizados pela abundância de peixes da região. O dia continua com uma visita na

Você sabia que a Colômbia tem omaior número de espéciesendêmicas; ou seja, que não sãoencontradas naturalmente em outras partes do mundo?

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1.500.753habitantes aproximadamente

espécies de aves

aquáticas

áreas protegidas

Por que visitar a região do Pacífico colombiano?

83.170 km quadrados

espécies de anfíbios

espécies de répteis

espécies de flora e fauna endêmicas

espécies de peixes

4.525espécies

de plantas

2.000

5 ESPÉCIES DE ANIMAISQUE SOMENTE SÃO ENCONTRADOS NO PACÍFICO COLOMBIANO

Rã punta de flecha

Caranguejo de água doce

Lagarto azul de Gorgona

Oropéndola de Baudó

Preguiça de Gorgona

7 PRAIAS ÚNICAS DO PACÍFICO COLOMBIANO

Pacífico colombiano CONSTITUÍDO PELOS DEPARTAMENTOS DE:

-chocó.-Vale do cauca.-cauca.-nariño.

departamentos culturalmente diversificados

1. LadrillerosLocalização: Buenaventura, Vale do Cauca. O que fazer: aproveitar a praia.

2. San Juan de DiosLocalização: Buenaventura,Vale do Cauca. O que fazer: caminhar pelo calçadão do rio.

6. Bahia Solano Localização: Chocó. O que fazer: observação de baleias.

7. JuanchacoLocalização: Buenaventura. O que fazer: aproveitar a praia.

3. Ilha GorgonaLocalização: 35 km a oeste daCosta de Cauca. O que fazer: conhecer as cavernas, a floresta e mergulhar no mar.

4. GuapiLocalização: Cauca. O que fazer: aproveitar o entardecer e conhecer a cidadezinha.

5. Ilha Malpelo Localização: a 490 km de Buenaventura. O que fazer: observação de aves e mergulho.

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08 – BEM-ESTAR

As baleias jubarte empreendem uma viagem de quase 25.000 quilômetros da Antártida até o Pacífico Colombiano para ter seus filhotes. Baleias e filhotes saltam sobre o horizonte chocoano. Nuquí, Chocó.

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e com cantarolares de mulheres da região, para criar uma conexão com as baleias.

Essa forma de meditação baseia-se na ideia de que os cetáceos são seres sábios, portadores de luz e guardiões da Consciência Crística. Os seres huma-nos têm muito que aprender com esses seres ances-trais que podem nos ajudar a combater a ignorância e a respeitar a natureza. Os cetáceos são um exem-plo de cooperação, algo que as sociedades humanas tanto precisam para que sejam mais solidarias.

Embora seja muito difícil identificar de onde vem esse tipo de meditação, pode-se dizer que é uma tendência que nos últimos anos se tornou importante graças à busca que muitas pessoas, can-sadas da desconexão causada pelo mundo moderno empreenderam buscando maneiras de se conectar consigo mesmo e com o universo através de sessões de meditação como o ioga, zazen, vipassana e até tendências que ganharam fama, como o mindfulness.

A meditação de alinhamento com a consciência cetácea responde a essa busca por harmonia, paz, bem-estar físico e mental. Inúmeras culturas no mundo consideram esses animais como um símbolo da criação da vida, pelo fato deles existirem desde o início dos tempos. Provavelmente venha daí a ideia de que a baleia é um guardião. Essa experiência ter-mina ao meio-dia e segue com uma tarde de relaxa-mento e, como sempre, com duas horas de sessão de ioga no final do dia.

Dia 5 ENCONTRO CONSIGO MESMO

É o último dia dessa experiência de reconexão, busca de bem-estar e cura. Como todos os dias, os viajan-tes praticam ioga às seis da manhã, mas desta vez para agradecer e se despedir de um lugar que os abri-gou por cinco dias e que foi o cenário de uma viagem transformadora que, sem dúvida, lhes forneceu ferra-mentas para enfrentar a realidade da cidade de cada um deles. Depois da sessão de ioga vem o café da manhã e o regresso. Na Serra de Baudó, nas praias do Pacífico Colombiano, em Nuquí, as pessoas podem embarcar em um caminho de conexão consigo mes-mas e de libertação junto às baleias jubarte.

OBTENHA MAIS INFORMAÇÕES aqui.

Praia Amargal, uma reserva natural em Nuquí e, é claro, com uma sessão de ioga na mesma praia para se despedir, reconectar e agradecer.

Dia 3 O ENCONTRO COM A FLORESTA

Após a sessão de ioga com a qual o dia começa, os via-jantes tomam café da manhã e, após um breve des-canso, aventuram-se floresta a dentro. O destino é uma cachoeira a uma hora de caminhada do hotel, em busca de meditação e silêncio. Trata-se de estar imerso na água, sentindo a corrente, contemplando a pode-rosa queda d’água, ouvindo a floresta e os pássaros.

A Serra do Baudó é um dos lugares mais biodi-versos do mundo; esta é uma floresta milenar que abriga primatas, como macacos bugios e saguis; aves como louro, águias, pica-paus e os tucanos; felinos como tigres e onças-pintadas e rãs como as espécies cocoi ou arlequín venenosas, encontradas apenas em florestas tropicais úmidas e caracterizadas por suas cores vivas, suas manchas, alaranjadas, amarelas, vermelhas, brancas ou azuis e pelo seu veneno que é liberado junto ao suor quando são submetidas a situ-ações estressantes. Após este despertar estimulante, colorido com as vozes de uma natureza viva, o dia termina com uma restauradora sessão de ioga.

Dia 4 ENCONTRO COM A CONSCIÊNCIA CETÁCEA

A sessão de ioga começa mais cedo do que nos dias anteriores. Às cinco da manhã, os viajantes estão no meio da praia e da floresta preparando seus corações e mentes para a experiência que terão nas próximas horas: uma segunda observação de baleias, acompa-nhada de uma meditação da consciência cetácea. Os moradores locais guiam essa experiência com instru-mentos musicais típicos −como cuencos e gravetos−

Você sabia que a Ilha deMalpelo é o topo de uma

cordilheira submarinha de1.400 quilômetros que

pertence ao sistema dos Andes?

MEDITAÇÃO, iOGA E BALEIAS – 09

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Texto: Juan Miguel Álvarez Fotos: Víctor Galeano

Quatro departamentos compõem a região reconhecida no mundo pela qualidade do seu café. Cidadezinhas, veredas e paisagens ao longo dos departamentos de Caldas, Quindío, Risaralda e Vale do Cauca oferecem ao viajante a oportunidade de respirar o ar mais puro, contemplar montanhas sem fim e apreciar fachadas coloniais congeladas no tempo. A oferta turística da região reconhece o valor que essas experiências podem ter para o crescimento pessoal.

Paisagem Cultural Cafeeira

BEM-ESTAR

Termais e café no Eixo

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Paisagem Cultural Cafeeira

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012 – BEM-ESTAR

Nove anos se passaram desde que a UNESCO colo-cou a Paisagem Cultural Cafeeira da Colômbia na lista de Patrimônio Mundial. Esse reconhecimento ocorrido no dia 25 de junho de 2011 foi uma ótima notícia para as comunidades cafeicultoras dos qua-tro departamentos envolvidos – Vale do Cauca, Risa-ralda, Quindío e Caldas -, apesar de que a economia desse grão passava por várias crises devido aos pre-ços baixos no mercado mundial.

Como aproveitar esse reconhecimento para cla-rear o horizonte de desenvolvimento? A resposta foi construída ao longo dos dias e hoje é uma realidade palpável: essa área é o segundo destino turístico do país. Mas, ao contrário do primeiro, que é a Costa do Caribe, com o mar e a praia, os visitantes do Eixo Cafeeiro vêm em busca da cultura local, para viver uma experiência sensível em meio a tudo o que com-põe a história do café nacional.

No meio dessa atmosfera cafeeira, surgiu uma oferta de experiências de conexão e descanso. Viver a paisagem, respirar as montanhas e realizar ativida-des de produção de café é possível em áreas turísticas da região projetadas em função do bem-estar. É uma oferta que dialoga com o espaço, gerando sentimen-tos de tranquilidade, transformação e equilíbrio.

Outro dos atributos mais admirados dessa pai-sagem é a arquitetura do bahareque encontrada em algumas cidadezinhas, no parque central e na paró-quia. O bahareque é uma mistura de lama e esterco de vaca apoiado por bambu e taquara. Todas as cons-truções da região erguidas no final do século XIX e na primeira metade do século XX foram construídas com este material. Devido à sua fabricação simples, por parte de qualquer camponês, e sua capacidade de absorver a onda de movimentos sísmicos, o bahareque se tornou o elemento fundamental do desenho arqui-tetônico do Eixo do Cafeeiro, que ocupa boa parte da região sul do departamento de Antioquia e do norte do departamento de Tolima.

Uma possível rota que permite ao turista apre-ciar as mais belas construções feitas com esse mate-rial pode começar no sul da região, no município de Salento que fica no departamento de Quindío. Em algumas de suas ruas, antigas casas de família tra-dicionais transformaram-se em valorizados espaços comerciais e diversão, onde a população local atende aos visitantes com carinho e hospitalidade.

A segunda parada fica na cidade de Marselha no centro do Eixo Cafeeiro, no departamento de Risa-ralda. Neste município, tombado, e sob decreto da Câmara Municipal, as casas e edifícios do parque

central mantêm seu desenho histórico e seus ele-mentos originais. Acabamentos e detalhes como molduras de janelas, portas e beirais sempre estão bem pintados e moldados. Ao visitar a cidade, não deixe de apreciar a imponente Casa de La Cultura, um prédio de três andares que ocupa quase meio quarteirão.

E a terceira parada, a qual completa uma rota representativa do bahareque, é o município de Sala-mina, ao norte do Eixo Cafeeiro, no departamento de Caldas. Devido ao fato de que o acesso não seja tão fácil quanto é nos municípios de Salento ou Marsella, as casas do município de Salamina foram muito menos modificadas pelo comércio turístico. Para os que quiserem conhecer as manifestações mais autóc-tones e tradicionais, e ao mesmo tempo as mais ela-boradas e elegantes, devem passar por esta cidade.

Outro dos atributos mais belos e interessantes da Paisagem Cultural Cafeeira são as trilhas chama-das de “trilhas vecinales” que foram traçadas sobre

a pele das montanhas. Desde a época da coloniza-ção cafeeira, que ocorreu na segunda metade do século XIX, o grande desafio para os camponeses era dominar o topo das montanhas. As cidadezinhas foram erguidas em terrenos inclinados, as casas foram construídas em superfícies inclinadas e as plantações se expandiram das margens das monta-nhas até o fundo, às margens dos afluentes.

Quando já era notável que o café seria o motor da economia nacional, o problema a ser resolvido era transportá-lo das roças até os galpões de estocagem, e a única maneira que os cafeicultores encontraram foi abrir com pás e enxadas trilhas entre os cafe-zais que iam se conectando com cada casa que esti-vesse próxima, por esse motivo, essas trilhas ficaram conhecidas como “trilhas vecinales” fazendo referên-cia à ligação com o vizinho. Essas trilhas eram a rota guia para os transportadores chamados de “Arrieros” para que pudessem transportar a carga até seu des-tino.

Sabia que nos municípios de Aguadas, Salamina e naregião Central de Caldas encontra-se aquele que éconhecido como o melhor e mais suave café do mundo?

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EIXO CAFEEIRO – 013

A riqueza da Paisagem Cultural Cafeeira

PATRIMÔNIO MUNDIAL DA HUMANIDADEpela UNESCO, por suas paisagens cafeeiras, biodiversidade e riqueza cultural.

Região declarada Região atravessada pela Cordilheira dos

Andes, com paisagens entre

1.000 e 4.000 mETROS DE ALTURA.

Clima A CAFEICULTURA Durante mais de 150 anos

É ASSUMIDA MAIS COMO SENDO UM ESTILO DE VIDA DO QUE COMO UMA

PRÁTICA PRODUTIVA.

Temperado: úmido. Chuvoso nas áreas

montanhosas; seco e quente nas áreas baixas.

o CULTIVO DO CAFÉ tem sido um dos principais referentes econômicos.

1. Experimentar cafés cultivados entre 1.000 e 2.000 metros de altura, em solos de origem vulcânica.

2. Caminhadas por rotas que começam em florestas com neblina e terminam em vulcões com neves perpétuas.

3. Voar de parapente sobre vales e cafezais.

4. Conhecer as fibras naturais com as quais são feitas as cestas de Filandia e o famoso chapéu sombrero aguadeño.

5. Aprender as diferentes utilidades da guadua, uma espécie de bambu conhecida como “o aço vegetal”.

EIXO CAFEEIRO Composto pelos departamentos de:

-Risaralda.-Caldas.-Quindío.-Vale do Cauca.

O QUE FAZER NA PAISAGEM CULTURAL CAFEEIRA?

Onde desfrutar das águas termais?

4 DADOS sOBRE OS TERMAIS

1. Santa Rosa de CabalA 24 km da cidade de Pereira.

2. Reserva natural San Vicente A 33 km da cidade de Pereira.

1. Produto do efeito do sistema vulcânico do Parque Nacional Natural Los Nevados.2. Possui propriedades terapêuticas. 3. Brotam da terra a uma temperatura de 70 °C.4. Descem pelas cachoeiras até as piscinas termais a 40°C.

UM PARAÍSO DE AVESSANTUÁRIO DE FLORA E FAUNA OTÚN QUIMBAYA

Saí-verde Suiriri Canário-da-terra

Pica-pau-carijó

Gavião-carijó

Beija-flor esmeralda

Príncipe papa-moscas-

vermelho

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014 – BEM-ESTAR

Um complexo de termais é visitado por turistas colombianos e estrangeiros que chegam à região para aproveitar e desfrutar das temperaturas saudáveis de suas águas. Arbeláez, Santa Rosa de Cabal, Risaralda.

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EIXO CAFEEIRO – 015

Assim que foi criada a Federação Nacional de Cafeicultores da Colômbia em 1927, essas trilhas foram ampliadas e transformadas em estradas onde começaram a transitar os jipes Willys (tipica-mente chamados de “yipaos”), veículo característico que também faz parte dessa paisagem e é o veículo ideal para transportar café. Hoje em dia, é possível percorrer as trilhas que não foram transformadas em estradas em alguns municípios afastados como o município de Aguadas ao norte do Eixo Cafe-eiro no departamento de Caldas, as quais ainda se comunicam com municípios do departamento de Antioquia como Abejorral e Sonsón. Também é possível encontrar essas trilhas em Gênova, ao sul do Eixo cafeeiro no departamento de Quindío,

e ao leste em direção ao cânion de Las Hermosas no departamento de Tolima. Se o turista preferir um lugar mais central, pode percorrer a antiga tri-lha que conecta os municípios de Dosquebradas e Santa Rosa de Cabal, no departamento de Risa-ralda, a qual foi aberta há mais de um século sobre a pele de uma suave cadeia de colinas de baixa altura.

Além das atrações culturais vinculadas ao café, esta região vem desenvolvendo uma oferta turística sedutora ao redor de rios e fontes termais. O Eixo Cafeeiro se expande entre os picos de gelo do Parque Nacional Natural de Los Nevados − mais de 4.000 metros acima do nível do mar−, com seus vulcões e falésias até as áreas planas dos vales de gigantescos rios como os rios Cauca e Magdalena −a 1.000 metros acima do nível do mar−. Exceto pela topografia costeira, esta região compila todas as camadas térmicas encontradas no país.

Em La Virginia, centro do Eixo Cafeeiro (Risa-ralda), o rio Cauca avança lentamente pelos últimos quilômetros do leito do rio plano antes de entrar na cordilheira cafeeira e se tornar um leito de ria-chos rochosos. Pescadores e coletores de areia se

orgulham e ficam felizes ao contar para os visitan-tes sobre suas vidas ligadas ao rio.

A cinco horas dali, no extremo leste da região, o rio Magdalena passa imponente pelo município de La Dorada (Caldas). Durante as décadas mais férteis da economia cafeeira −1950 a 1980− uma boa quan-tidade de grãos cultivados na região, eram levados para esse município para que fossem transporta-dos de trem até o litoral Caribe por uma ferrovia que seguia paralela ao rio Magdalena até desembocar no Atlântico.

O rio considerado como um excelente destino turístico se chama La Vieja, localizado na rota que vai do município de Quimbaya, departamento de Quindío, até um setor conhecido como Piedras de Moler, em Cartago, departamento do Vale do Cauca; tudo isso está localizado no extremo sudoeste do Eixo Cafeeiro. Esta viagem leva cinco horas sobre uma balsa de bambu a qual é pilotada por especia-listas e segue a velocidade da correnteza. A paisagem começa entre os bambuzais e cafezais e termina em extensas pastagens. Às vezes, o rio é calmo e român-tico, e repentinamente aparecem obstáculos e a velo-cidade aumenta e o viajante então começa a sentir aquele friozinho na barriga e adrenalina.

Sem dúvida, a atração mais popular desta região que não está ligada ao café são os balneários de águas termais. Há alguns na zona rural de Santa Rosa de Cabal e outros em distritos afastados da cidade de Manizales. Devido à incansável atividade vulcânica do Nevado del Ruiz, essas fontes termais são abun-dantes e poderosas. O visitante pode escolher entre uma cachoeira natural que cai em uma piscina natu-ral, um riacho com margens de vegetação densa ou fontes que jorram água como se fosse um chuveiro. Embora qualquer horário seja bom para desfrutar das águas termais, nesta região as pessoas se acostuma-ram a frequentar os balneários à noite.

Para um forasteiro, chegar ao Eixo Cafeeiro é a ocasião propícia que o leva a descobrir uma parte importante da história colombiana e também a oportunidade de desfrutar de inúmeros pacotes de turismo e aventura. O morador local, o camponês, o citadino –todos− sempre estarão prontos para rece-ber os visitantes de braços abertos.

OBTENHA MAIS INFORMAÇÕES aqui.

Sabia que na Floresta da Samaria, localizada no município de Salamina no departamento de Caldas estão as palmeiras de cera mais altas do planeta?

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016 – BEM-ESTAR

O café mobiliza uma economia enorme e gera emprego para a população desta e de outras regiões do país. Fazenda La Judea, Santuário, Risaralda.

Os jeep willys também fazem parte da Paisagem Cultural Cafeeira. São o meio de transporte para chegar às cidades vizi-nhas e também são os veículos de carga tradicionais para transportar café. Santa Rosa de Cabal, Risaralda.

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Os visitantes do Eixo Cafeeiro chegam em busca de uma experiência sensível ao redor da história que envolve o café nacional. Algumas fazendas de café passaram a se dedicar ao turismo de experiências. Belén de Umbría, Risaralda.

EIXO CAFEEIRO – 017

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018 – BEM-ESTAR

Conhecer outras culturas, ver outras paisagens e simplesmente estar em um território diferente daquele que frequentamos todos os dias é uma experiência única. No entanto, na Colômbia, há lugares onde o estímulo produzido pela viagem transcende as barreiras do físico e desperta a alma, a mente e o espírito. O litoral de Nuquí, os cafe-zais de Quindío, Risaralda e Caldas, as colinas que dominam as florestas de Guainía e o majestoso rio conhecido como Caño Cristales são lugares mági-cos que emanam uma energia especial. Essa ener-gia, quando compartilhada com outros viajantes e com guias especializados, pode curar as feridas mais profundas e fortalecer o relacionamento com nosso corpo, com nossos entes queridos e com o aqui e o agora.

Na Colômbia, existem vários operadores turís-ticos especializados neste tipo de experiência, ope-radores que planejam viagens que permitem que os turistas se conectem com lugares sagrados, apren-dam dos saberes e conhecimento das comunida-des indígenas ou povos nativos e acompanhem seu desenvolvimento pessoal com sessões de ioga e meditação e o coaching. Além de contar sempre com o apoio das comunidades locais em qualquer des-tino que decida viajar. As equipes de operadores turísticos são compostas por especialistas em téc-nicas de cura, como terapias de reiki, cura quântica e cristais.

Conheça a variedade de destinos e experiências existentes na Colômbia relacionados ao bem-estar integral e aproveite a oportunidade para visitar as

BEM-ESTAR

A Colômbia oferece espaços para renovar a saúde, desconectar-se da rotina e alcançar o profundo silêncio da mente. Aqui, a cura é sinônimo de tradições, costumes e paisagens incomparáveis.

Outras experiências de bem-estar

San Andrés

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florestas, litorais, montanhas, vales, termais, etc. maravilhas que só se veem na Colômbia. A tranqui-lidade e a paz que você encontrará em tais destinos são tesouros que você pode levar consigo a todas partes.

Conexão com a floresta de Guainí

Onde: Puerto Inírida, GuainíaDuração da experiência: a partir de 4 diasTraslados: aéreo de Bogotá ou Villavicencio

Junto às comunidades indígenas que comparti-lham seus conhecimentos, aqueles que fizerem essa viagem poderão se conectar com a poderosa energia dos Cerros de Mavecure e começar a sanação a partir de sua origem. As viagens de bem-estar a esta área de Guainía, perto do município de Puerto Inírida, oferecem atividades ideais de caminhadas e passeios de barco que são ideais para descarregar as energias ruins e conectar-se à flora e fauna local, como os botos cor-de-rosa, orquídeas e plantas medicinais.

Ao contrário de outras experiências de bem-es-tar, uma viagem a Guainía envolve uma profunda conexão com um ambiente composto em sua maio-ria por florestas. Dependendo do serviço contra-tado, o roteiro pode incluir uma ou mais noites para acampar de frente para os Cerros de Mavecure e em territórios habitados pelas comunidades indígenas que presidem a viagem.

Descanso na Paisagem Cultural Cafeeira

Onde: Quindío, Caldas e RisaraldaOs três departamentos que fazem parte da

Paisagem Cultural Cafeeira catalogados na lista de Patrimônio Mundial da UNESCO desde 2011 – assim como foi dito antes− são ideais para ter uma experiência de conexão, relaxamento e introspec-ção. A partir da cultura, do ambiente, dos arredores, das tradições ancestrais e camponesas da região, os viajantes poderão descobrir novas maneiras de se conectar com a natureza e se relacionar com os demais.

Essa viagem gera uma conexão profunda com o café, uma bebida que sustenta milhões de famílias no país e sem a qual muitos não conseguem sair de casa pela manhã para trabalhar. O convite é para que reflitamos sobre o nosso vínculo com os alimentos, com os produtos que vêm da nossa terra e com as tradições do território em que vivemos.

Recarga energética em Caño Cristales

Onde: La Macarena, MetaDuração da experiência: a partir de 3 diasTraslados: aéreo de Bogotá

O departamento do Meta guarda um dos tesou-ros hídricos da Colômbia, Caño Cristales, um rio que nasce na Serra da Macarena e é conhecido por seu colorido leito de plantas aquáticas, areia e for-mações rochosas que atraem viajantes interessados em se conectar com a água e em renovar seu espírito através dela.

As viagens de bem-estar que chegam a esta parte do país se caracterizam pelo contato direto com o rio e pelo uso de cristais e outros elemen-tos energéticos que podem ser recarregados em suas águas. Às margens do rio, também são prati-cados exercícios de meditação guiada, mindfulness e cura quântica, que, de acordo com o objetivo da experiência, ajudarão ao viajante em sua jornada de transformação e descoberta. A experiência da visita a Caño Cristales é enriquecida com aulas de ioga e oficinas onde as dores físicas e emocionais são dei-xadas para trás, e se enriquece aquilo que viemos fazer no mundo.

Meditar entre cafezais e baleias

Onde: Risaralda, Quindío, Caldas e ChocóDuração da experiência: a partir de 6 diasTraslados: aéreo de Pereira

Passar pelos departamentos de Risaralda, Quindío, Caldas e Chocó é uma experiência cultural, comunitária e ancestral. Aqueles que se juntarem a esta viagem irão compartilhar momentos prazerosos com uma família de camponeses dedicada à colheita de café de forma artesanal, e poucas horas depois, estarão navegando pelo Oceano Pacífico em uma lancha.

Em Nuquí, haverá tempo para realizar ativida-des de reflexão em frente ao mar, navegar para ver baleias jubarte e golfinhos e participar de rituais de agradecimento ao oceano e à floresta. Além disso, conhecer algumas mulheres nativas do Chocó e aprender sobre elas e sobre suas narrações orais; e por último desfrutar de um banho em águas mine-rais.

Esta viagem termina com uma visita ao vale do Cocora, uma paisagem única na Colômbia a qual se encontra na rota de regresso de Nuquí.

OUTRAS EXPERIÊNCIAS – 019

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A paz repousa no litoral, nos cafezais e nas florestas da Colômbia, paz essa que cada vez mais os viajantes se animam

em buscar. Orientados por guias e por comunidades que transmitem conhecimentos ancestrais, aqueles que desejam

aprofundar os vínculos entre suas dimensões corporal, mental, emocional e espiritual, etc. podem fazê-lo, para se

libertarem das cargas ruins e abandonarem suas preocupações enquanto vivem as experiências inesperadas e exuberantes

que oferecem os diferentes destinos do nosso país.

BEM-ESTAR

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SOL E PRAIA06. 06.SOL E PRAIA

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ÍNDICE

La Boquilla

Texto de Teresita GoyenecheFotografias de Rafael Bossio

A PRAIA SUSTENTÁVEL DE CARTAGENA DE ÍNDIAS

Outras praias da Colômbia— Pág. 10 —

Infográfica: Miguel Ángel Sánchez

— Pág. 04 —

Outras praias da Colômbia— Pág. 14 —

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APRESENTAÇÃO – 03

Desejadas por todos que moram no interior do país e comemorada pelos que moram bem pertinho delas, as praias da Colômbia fazem parte das suas principais atrações turísticas.

Não se trata apenas de ter areia, sol e mar. As praias da Colômbia também atraem por sua proxi-midade com a montanha, como acontece no Par-que Tayrona e na Serra Nevada de Santa Marta, ou pelas oportunidades que oferecem para interagir com a natureza, como ocorre nos recifes de coral que rodeiam as Ilhas do Rosario e o arquipélago de San Andrés, Providencia e Santa Catalina.

As praias de Magüipi (Buenaventura), Johnny Cay (San Andrés), La Boquilla (Cartagena) e Bello Horizonte (Santa Marta) atraem seus visitantes por serem praias sustentáveis, o que significa que nelas os visitantes podem receber educação ambiental e informações sobre o meio ambiente da região e constatar que cada uma das praias recebe cons-tante gestão e cuidado ambiental. Todas essas praias têm uma certificação Bandeira Azul, um emblema reconhecido mundialmente o qual foi concedido pela Fundação de Educação Ambiental.

MÓDULO 06

Sol e praia A Colômbia tem a sorte de ter dois oceanos

e, portanto, praias completamente diferentes em ambos litorais. Enquanto no mar do Caribe a areia é amarela e a água é azul, no litoral Pacífico a areia tende a ser negra e a água mais esverdeada. Cada litoral permite viver uma experiência diferente, jus-tamente porque não há uma praia melhor do que a outra, a recomendação é visitar os dois oceanos e conhecer essas duas caras do mar, do sol e da praia em nosso país.

Quem visita nossas praias também pode se deparar com paisagens naturais inesperadas, como as dunas de Taroa, que estão de frente para o mar e muito perto de Punta Gallinas, uma praia localizada ao norte da Colômbia a qual conta com a bela visita das baleias jubarte que se aproximam dos litorais do Pacífico para acasalar quando a água está mais quente.

Por tudo isso, a Colômbia é o lugar ideal para desfrutar disso que todos nós desejamos de vez em quando: a sensação de estar na beira do mundo, apenas com quilômetros e quilômetros de água bem na nossa frente.

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Texto: Teresita Goyeneche Fotos: Rafael Bossio

Ao norte da cidade de Cartagena se vive uma nova experiência: dias de praia em frente a um mar limpo, uma floresta de mangue, preços justos e uma comunidade anfitriã que trabalha engajada para atender os visitantes.

La BoquillaA praia sustentável de Cartagena de Índias

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06S O L E P R A I A

La Boquilla

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06 – SOL E PRAIA

La Boquilla é uma vila de pescadores com raízes afro--caribenhas localizada no ponto mais ao norte de Carta-gena, cidade que há décadas é admirada no mundo por sua arquitetura e engenharia colonial. La Boquilla é um refúgio litorâneo para quem procura fugir por algumas horas da agitação do centro histórico e das praias lota-das de Bocagrande.

Em um bom dia na Boquilla, o sol luminoso se dependura no céu e é refrescado pela brisa abundante que surge do mar cristalino. Camadas finas de areia cinza escura se levantam para acariciar os pés dos visi-tantes. Sob esse céu e esse sol, a praia se abre majestosa com suas tendas amarelas e quiosques de sapê enfileira-dos de frente para um mar esverdeado e cristalino.

Para chegar a essa praia de 200 metros de compri-mento, que recentemente obteve um dos quatro pri-meiros certificados de Bandeira Azul na Colômbia, é necessário realizar um trajeto de vinte minutos de carro partindo do centro da cidade.

A certificação recebida no final de 2019 foi con-cedida pela FEE (Fundação para Educação Ambiental) fundação que já certificou mais de quatro mil praias do mundo desde 1985.

Com este selo, La Boquilla garante aos seus visi-tantes que, além de ser um tesouro natural e cultural da cidade, possui águas balneares puras, equipamentos de segurança e protocolos de sustentabilidade transversais ao ecossistema, à comunidade e à qualidade da expe-riência.

A partir das sete da manhã, uma equipe de nati-vos recebe os visitantes. Eles fornecem, entre outros, serviços o aluguel de tendas, quiosques e guarda-sóis. Quarenta e quatro restaurantes organizados sob um sis-tema de preços tabelados oferecem diversos cardápios de refeições, porções e bebidas. Para a tranquilidade de quem chega no meio da manhã, é melhor informar aos donos dos restaurantes, desde o início, qual será o prato escolhido para almoço.

A recomendação será sempre a pesca do dia: pargo, sierra, mojarra ou jurel. Tudo vem acompa-nhado de salada, arroz de coco e patacones (banana da terra cozida, amassada e frita).

Dentro das bacias das vendedoras de frutas que passam pela praia durante o dia, o visitante encon-tra um arco-íris deslumbrante para refrescar a manhã com pedaços de melancia, mamão, abacaxi, manga e banana. À tarde, as vendedoras de doces típicos percor-rem por esse mesmo caminho levando essas deliciosas guloseimas: cocadas, caballitos (balas de mamão), alegrías (doce de milho e coco), enyucados (doce de mandioca e coco).

Com palmeiras, alguns hotéis e condomínios nas costas, quem olha da cadeira de praia em direção ao horizonte enxerga uma longa e solitária faixa cor azul--piscina, que, se não fosse pelas boias que delimitam a área balnear, parece chegar ao infinito. Próximo dali é possível observar um desfile de pipas coloridas de kite-surf que deslizam sobre a paleta azul. A estação de brisa ocorre de dezembro a maio, embora em La Boquilla haja vento o ano todo e por esse motivo, sete escolas de kitesurf e paddle oferecem seus serviços de aulas para iniciantes de uma, três e cinco horas, que oscilam entre

$50 a $250 dólares, até pacotes de vários dias para os mais veteranos.

Se o que você está buscando é uma jornada de relaxamento, em La Boquilla existe uma cooperativa de massagistas composta por muitas mulheres que, antes da certificação Bandeira Azul, trabalhavam sozinhas na praia. Agora, elas são uma equipe com mais de sessenta chefes de família que foram treinadas para oferecer massagens terapêuticas e contam com uma infraestru-tura amável e profissional adaptada à praia.

No SPA com suas vigas pintadas de azul e verde, com lençóis e macas brancas, são oferecidas massagens que variam entre $5 a $20 dólares, além de oferecer um ambiente tranquilo e agradável que oferece frutas fres-cas, sucos naturais e outras bebidas aos seus clientes.

Para quem conheceu os velhos tempos de La Boquilla, o espaço de diversão agora é mais amplo e a segurança é mais evidente com seus postos de vigilân-cia policial e salva-vidas treinados. A oferta de vende-dores e massagistas também é mais organizada do que no passado e inclusive até mais organizada do que em outras praias da cidade. “Você sente o trabalho com a comunidade”, diz um turista de Bogotá quem aproveita o dia na beira da praia com sua família em uma manhã de dezembro.

Se você chegou a este ponto do passeio, tudo foi contemplação, areia e mar. Chegou a hora então de mergulharmos em um dos toures mais apaixonantes que Cartagena oferece o qual está escondido justa-mente atrás de La Boquilla. Passando o cordão de areia da praia está La Ciénaga de La Virgen, uma lagoa cos-teira de 502 quilômetros quadrados conectada à baía da cidade através de enseadas e lagos internos. La Cié-

Sabia que em San Andrésestá a terceira maior barreira de coral do mundo?

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CONFIRA AS 10 RECOMENDAÇÕES PARA

Turismo sustentável nas praias da Colômbia

CUIDAR AS PRAIAS QUE VOCÊ FOR VISITAR

1. MagüipiLocalização: Buenaventura.

3. La BoquillaLocalização: Cartagena.

4. Bello HorizonteLocalização: Santa Marta.

4 PRAIAS COLOMBIANAS CERTIFICADAS COMO SUSTENTÁVEIS

CERTIFICAÇÃO BANDEIRA AZUL 2. Johnny CayLocalização: San Andrés.

POR QUE SÃO PRAIAS SUSTENTÁVEIS? • Pela qualidade das águas balneares.• Devido a que lá, os visitantes recebem informação e educação ambiental.• Pela sua gestão e cuidado ambiental.• Pela segurança dos seus serviços e instalações.

• Reduz o impacto ambiental.• Gera emprego local.• As comunidades autóctones são respeitadas.• Enriquece a experiência dos turistas.• Fomenta o consumo de produtos locais.

CARACTERÍSTICAS DO TURISMO SUSTENTÁVEL

Tente trazer a MENOR QUANTIDADE DE PLÁSTICO

Se for levar sua mascote,VERIFIQUE ANTES

NÃO ALIMENTE OS ANIMAIS SILVESTRES.

EVITE GARRAFAS, SACOLAS DE PLÁSTICO

NUNCA NO MAR.

que puder.

e demais coisas quepossam ser arrastadas pelo vento e pelas ondas.

NÃO CAPTURE NEM TIRE se a praia para a qual você irá aceita mascotes.

Muitos são o lar de espécies que habitam nesse ecossistema.

Se for fumar, leve consigo um cinzeiro de bolso e guarde as bitucas para posteriormente jogar nos latões de lixo.

Jogue o lixo nos latões de lixo.como motocicletas e automóveis dentro da zona de praias.

NÃO JUNTE CONCHINHAS OU CARACÓIS MARINHOS.

NÃO JOGUE AS BITUCAS NA AREIA DA PRAIA. EVITE DIRIGIR VEÍCULOS

os animais dos seus respectivos hábitats.

Não faça suas necessidades fisiológicas no mar ou na praia.

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Reconhecidas pela Fundação de Educação Ambiental com a

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08 – SOL E PRAIA

naga é uma floresta habitada por três espécies diferen-tes de manguezais, o endêmico caranguejo jaiba azul e dezenas de espécies de aves, como a garça-vaqueira, a bicuda íbis-escarlate, e o pato-colhereiro.

Para conhecer esse éden pantaneiro, você pode ir a qualquer uma das três organizações de turismo comunitário e turismo ecológico que oferecem experi-ências variadas aos aventureiros. É possível, por exem-plo, sair depois do amanhecer com os pescadores da comunidade, preparar as redes para pescar carangue-jos e peixes e terminar a manhã com um bom sancocho (sopa típica da Colômbia) no coração de La Boquilla.

Outro programa no pântano La Ciénaga é a obser-vação de aves, tanto nativas quanto migratórias ao amanhecer ou no final da tarde. Em ambos casos, o tour começa com a refrescante água de um coco frio que sacia a sede após a caminhada. A saída para o pântano é na praia, através de canoas artesanais que entram na floresta pelo mar.

Já adentrando no pântano, o som da praia e da rua vão lentamente desaparecendo para dar espaço a um breve silêncio e ao som da brisa acariciando as folhas das árvores e arbustos. A canoa flutua sobre as águas verdes e grossas liderada por um guia nativo da região que vai narrando histórias sobre a vida da flora e fauna que habitam o pântano enquanto crustáceos, molus-

cos, pequenos mamíferos e peixinhos acompanham o trânsito pelos túneis determinados pelo Estado os quais despertam felicidade, prazer, satisfação daque-les que os conhecem e os percorrem.

O passeio avança em direção à Lagoa de Juan Angola, onde é feita a observação de aves e onde alguns tours oferecem a opção de plantar mudas de mangue para cultivar a floresta. A tarde cai sobre o mar enquanto a canoa retorna à praia após duas ou quatro horas de percurso (conforme o pacote adquirido).

Na Praia Azul, o dia termina com o pôr do sol que ocorre antes das seis da tarde. Termina com a sensa-ção de ter saído de outro lugar, de outra Cartagena, uma escondida atrás das fantásticas narrativas colo-niais, reinos e compras. Além das muralhas, se des-dobra um mundo oceânico de uma cidade composta por lagoas, ilhas e enseadas. Diante do rosto renovado de La Boquilla, Cartagena se transforma em uma nova cidade para ser descoberta.

OBTENHA MAIS INFORMAÇÕES AQUI.

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la boquilla – 09

Praias de La Boquilla, Cartagena de Índias

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010 – SOL E PRAIA

A Colômbia dispõe de 2.900 quilômetros de lito-ral −1.600 quilômetros sobre o mar Caribe e 1.300 quilômetros sobre o oceano Pacífico− que permi-tiram o desenvolvimento de uma oferta variada de destinos e experiências inesquecíveis. Aproveite e desfrute das águas transparentes, das paisagens espetaculares e das oportunidades de descanso e contemplação que essas praias oferecem.

Cartagena de Índias Além da arquitetura colonial, gastronomia de alto nível e vida noturna vibrante, Cartagena de Índias oferece maravilhosas e paradisíacas praias com águas cristalinas e areia branca. É o destino ideal para uma experiência paradisíaca e inesquecível.

ISLA DE BARÚ Localização: pode-se chegar via marítima ou terrestre, as distâncias variam de acordo com o ponto de partida.Uma ilha de praias de areia branca e águas claras, onde se pode observar peixes coloridos e jardins subaquáticos.

A observação de aves é uma atividade muito popular.

ARQUIPÉLAGO DE SAN BERNARDOLocalização: a uma hora de lancha, saindo de Tolú.Suas praias são um cenário maravilhoso para os amantes do sol e do descanso. Algumas de suas ilhas, como a Ilha Múcura, estão cobertas por pal-meiras e cercadas por águas azuis e corais.

SOL E PRAIA

Milhares de quilômetros de litoral, nos oceanos Atlântico e Pacífico, garantem aos visitantes uma ampla variedade de experiências à beira-mar.

Outras praias da Colômbia

Parque Nacional Tayrona, Santa Marta

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Outras praias da Colômbia – 011

BarranquillaCapital do Departamento do Atlântico, no litoral Caribe, Baranquilla é uma das quatro principais cida-des do país, internacionalmente reconhecida pelo seu Carnaval e declarada pela UNESCO como sendo Patri-mônio Oral e Imaterial da Humanidade em 2003, e é um destino que oferece aos visitantes uma atmosfera inspiradora, vibrante e estimulante.

PradomarLocalização: município de Puerto Colômbia, a 1,8 quilômetros de Barranquilla.É uma das praias mais frequentadas do departamento e é ideal para a prática de esportes aquáticos, como o surf. Conta com uma grande variedade de excelentes hotéis e restaurantes que oferecem variados cardápios que são de dar água na boca.

SANTA VERÓNICALocalização: município de Juan de Acosta, a 40 quilômetros de Barranquilla.A praia de Santa Verónica está rodeada por complexos urbanísticos residenciais, colônias de férias e comple-xos turísticos ideais para receber grupos numerosos.

Salgar Localização: município de Puerto Colômbia, a 15 quilômetros de Barranquilla.Esta extensa praia oferece uma grande oferta de restaurantes, pousadas e as famosas fondas (estabelecimentos públicos mais informais onde são servidos alimentos e bebidas) e fica muito perto do Castelo de San Antonio de Salgar, um patrimônio tombado e de interesse cultural da nação.

Santa Marta A floresta, a serra e o mar se reúnem em quilôme-tros de praias virgens e isoladas. O resultado é um destino onde há espaço para descanso, atividade física e a comunhão com a natureza.

O encanto e a magia de Santa Marta são úni-cos.

BELLO HORIZONTELocalização: a 12 quilômetros do centro de Santa Marta. Ali estão alguns dos melhores hotéis da cidade. O visitante pode desfrutar de uma praia tranquila na companhia da mágica e inesquecível paisagem.

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012 – SOL E PRAIA

El RodaderoLocalização: a 16 quilômetros do centro de Santa Marta.Conta com a maior oferta de hotéis do setor e é con-siderada uma praia perfeita para praticar esportes aquáticos como velejar, pesca submarina e esqui aquático.

Playa Blanca Localização: a 15 minutos de lancha do El Rodadero. Seu nome provém da cor da sua areia, a qual se com-plementa com as águas cristalinas que fazem que o visitante possa desfrutar de um morno e tranquilo banho de mar.

La GuajiraO extremo norte da Colômbia está repleto de con-trastes culturais e paisagens onde a areia é a prota-gonista. Suas dunas e praias são um convite para os amantes da aventura.

Cabo de la velaLocalização: a 27 quilômetros de Riohacha.Porta de entrada para diferentes praias virgens e iso-ladas. Estão habitadas por comunidades Wayú, que oferecem suas tecelagens e se dedicam à pesca.

PalominoLocalização: a 90 quilômetros de Riohacha.Essas praias se estendem entre os departamentos de La Guajira e Magdalena. Os picos da Serra Nevada e os rios Palomino e San Salvador oferecem uma pai-sagem única.

San Andrés, Providencia e Santa CatalinaDestino ideal para os amantes do mergulho e de ati-vidades como kitesurf, windsurf e esportes de praia. Os acordes de reggae, calypso e socca complemen-tam o carisma dos habitantes das ilhas, cuja riqueza está em uma paisagem virgem, ideal para a descone-xão e relaxamento no meio do Caribe.

San LuisLocalização: na parte oriental da ilha. Conta com uma oferta interessante de hotéis para desfrutar do paraíso em meio à tranquilidade. Aqui estão as melhores praias para descansar.

Haynes CayLocalização: a 10 minutos de lancha de San Andrés. Nessa ilhota com quiosques coloridos, é possível deliciar-se com um coquetel depois de mergulhar, praticar snorkeling e ver a diversidade de peixes que nadam nas águas rasas.

Cabo de la Vela, La Guajira.

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OUTRAS PRAIAS DA COLÔMBIA – 013

Parque Nacional Natural Tayrona, Santa Marta.

Ponte de Los Enamorados, Ilha de Providencia.

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014 – SOL E PRAIA

SAN ANDRÉS, PROVIDENCIA E

SANTA CATALINA

J o h n n y C a y P a r q u e W e s t v i e w

De lancha de San Andrésou de Santa Catalina

minutos de San Andrés10 minutos de San

Andrés ou a 20 minutos de Santa Catalina30

De lancha de San Andrés

Desfrutar das apresenta-ções ao vivo de reggae

Caracol guisado, uma preparação com caracóis, creme de coco e pimentão

Esta ilhota é um Parque Natural Regional onde normas

específicas devem ser cumpridas durante a visita ao parque

Descansar nas tradicionais cabanas feitas com madeira de coco

O cocoloco, uma deliciosa bebida típica feita com água, polpa de coco e rum branco

As praias de Westview não estão cercadas de areia, mas sim por precipícios.

LEVA

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CONSIDERAÇÃO

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MO CHEGAR?

SANTA MARTA

T a g a n g a P l a y a G r a n d e

De ônibus ou de táxide Santa Marta

De ônibus ou táxi de Santa Marta ou de lancha ou a pé de Taganga

Passar a noite e desfrutar da vida noturna que a vila oferece

Relaxar e aproveitar. Esta praia está cercada por montanhas e transmite uma sensação de paz

Peixe frito, refogado ou uma deliciosa sopa

A pesca do dia

quilômetros do centro de Santa Marta4,7 quilômetros do centro de

Santa Marta ou a 5 minutos de lancha partindo de Taganga

6,3

Taganga é uma vila de pes-cadores onde não há hotéis

nem rede de restaurantes

A trilha que conecta Taganga com a Playa Grande oferece espetaculares paisagens e vistas do setor

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MO CHEGAR?

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La Guajira

P u n t a G a l l i n a s

De camionete 4x4 de Riohacha

Sandboarding nas dunas de Taroa

Devido à pouca infraestrutura do lugar, recomenda-se levar alimento de Riohacha

quilômetros de Riohacha250

Punta Gallinas é o extremonorte da América do SulLE

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BarranquillaP u n t a V e l e r o

De carro ou de táxi de Barranquilla, Cartagena ou Santa Marta. A via

marítima também é uma opção para chegar partindo dessas cidades

Praticar esportes aquáticos como a vela

Comida típica ou internacional nos exclusivos restaurantes do setor

quilômetros deBarranquilla, nomunicípio de Tubará25

Puerto Velero abriga a maior marinha da Colômbia

CARTAGENA

I S L A S D E L R O S A R I O

De lancha, saindo do caisde La Bodeguita em Cartagena

Mergulho autônomo ou snorkeling

Peixe, arroz com coco e patacón feito com banana da terra

minutos de Cartagena45

Este arquipélago é uma área protegida e um Parque Nacional Natural da Colômbia

OUTRAS PRAIAS DA COLÔMBIA – 015

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Desejadas pelos que moram no interior e comemoradaspelos que moram bem pertinho delas, as praias da

Colômbia estão localizadas em dois oceanos diferentes, ao péde importantes formações montanhosas como a Serra

Nevada de Santa Marta, assim como lugares espetaculares onde acontecem shows naturais e imponentes como o

acasalamento das baleias jubarte. Essas praias são uma dasprincipais atrações turísticas do nosso país e visitá-las é

um programa obrigatório para os colombianos e para os estrangeiros.

SOL E PRAIA

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CONECTIVIDADE E CRUZEIROS07.CONECTIVIDADE E CRUZEIROS

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ÍNDICE

A Colômbia a bordode um cruzeiro

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Conectividade aérea— Pág. 14 —

Infográfica: Miguel Ángel Sánchez

07_VIRTUE_PC_RTURISMO_MODULO_CONECTIVIDAD Y CRUCEROS_FINAL-PT.indd 207_VIRTUE_PC_RTURISMO_MODULO_CONECTIVIDAD Y CRUCEROS_FINAL-PT.indd 2 20/05/2020 11:24:5620/05/2020 11:24:56

A Colômbia tem o privilégio de ter portos nos dois oceanos: o Atlântico e o Pacífico. O primeiro exibe águas mornas que atingem as praias brancas de Cartagena, Santa Marta, Barranquilla e San Andrés e Providencia, todas cidades turísticas com história colonial e povos ancestrais.

O segundo atinge o litoral de ilhas e baías como Gorgona, Utría ou Bahía Solano, que são o lar de aves e grandes mamíferos dentre os quais estão as grandiosas baleias; possui também uma vegetação exuberante que rodeia as praias de águas cristalinas.

A região Caribe e a região Pacífica levam o nome desses oceanos. A cultura de ambas está construída a partir dos benefícios da vida à bei-ra-mar, como a tranquilidade e o descanso, com muito “sabor” musical e culinário. Essas caracterís-ticas transformaram essas duas regiões em destinos para os melhores cruzeiros do mundo.

O turismo de cruzeiros na Colômbia cresceu mais de 300% em menos de dez anos. Anualmente, 32 companhias de cruzeiros chegam aos litorais colombianos, o que equivale a um número maior que 200 grandes navios de ponta que chegam aos diferentes portos ou ancoradouros da Colômbia.

Os visitantes que chegam de cruzeiros encon-trarão aqui um país ideal para descansar na praia

MÓDULO 07

Conectividade e cruzeirossob o sol, passear pelas ruas de paralelepípedos da era colonial, percorrer por assentamentos indíge-nas localizados nas montanhas, fazer ecoturismo de observação de aves em meio a vegetação exótica e se encantar com a amabilidade e hospitalidade das pessoas que estão sempre dispostas a trans-formar essa visita em um experiência única e ines-quecível.

Uma das principais vantagens de chegar aos portos do país é a de que o percurso pode ser reali-zado em um tempo recorde. Cada uma das cidades com porto ou ancoradouro, projetou cuidado-samente pacotes para que os visitantes possam aproveitar cada minuto do dia, e desta forma não percam nenhuma das oportunidades de prazer e alegria oferecidas pelo mar, pela praia e pela natu-reza colombiana.

Sem dúvida alguma, a Colômbia é um país altamente conectado com o mundo. Por mar, ar e terra, recebe diariamente milhares de visitan-tes que chegam à procura de um pouco do calor humano do seu povo e de desfrutar das vantagens naturais que o tornam um destino turístico espe-cial, com inúmeras histórias para contar e uma infinidade de lugares maravilhosos para conhe-cer.

APRESENTAÇÃO – 03

07_VIRTUE_PC_RTURISMO_MODULO_CONECTIVIDAD Y CRUCEROS_FINAL-PT.indd 307_VIRTUE_PC_RTURISMO_MODULO_CONECTIVIDAD Y CRUCEROS_FINAL-PT.indd 3 20/05/2020 11:24:5620/05/2020 11:24:56

A Colômbiaa bordo de um cruzeiro

Ilustrações: Cromalario

A Colômbia é um dos poucos países do mundo que possui infraestrutura portuária em dois oceanos. Visitar nossos litorais a bordo de um cruzeiro permitirá que você viva experiências únicas nos melhores portos do país.

Quatro destinos para desfrutar em tempo recorde

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A Colômbiaa bordo de um cruzeiro

C O N E C T I V I DA D E E C R U Z E I R O S

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Nosso país é um dos destinos turísticos mais atra-entes para quem deseja viver a experiência de viajar em um cruzeiro. O Pacífico, Cartagena, Santa Marta, o arquipélago de San Andrés, Providencia e Santa Catalina são quatro destinos imperdíveis na rota de navegação de qualquer viajante.

As paisagens desses quatro lugares combinam o mar com suas diferentes tonalidades, árvores cen-tenárias, ruelas e ruas coloniais, prédios históricos, castelos imponentes, ilhas povoadas por palmeiras, trilhas naturais e um sol acompanhado por milhares de aves e animais marinhos de diferentes espécies, baleias e peixes multicoloridos.

Ao chegar em um desses destinos, a bordo de uma das múltiplas rotas de cruzeiro que nossos por-tos incluem, é possível viver diferentes experiências que agradam a todos os gostos, como desfrutar de praias paradisíacas e fantásticas, passear em car-ruagens vitorianas, fazer trilhas ecológicas, obser-var aves e baleias, praticar esportes aquáticos como mergulho, caiaque ou snorkel. Tudo isso sem men-cionar que a maior atração da Colômbia está na ama-bilidade e alegria contagiante do seu povo que enche de sorrisos, calor humano e de satisfação a qualquer pessoa que visite este maravilho país.

A Colômbia é um importante destino de cru-zeiro no cenário internacional. Entre as mais de 100 companhias de cruzeiros que navegam pelos mares do mundo, 32 delas chegam no país. Entre elas, algumas das mais importantes como a Pullman-tur, Princess Cruises, Holland America, Norwegian Cruise Line, Celebrity Cruises, Aida Cruises ou TUI Cruises. Atualmente, na Colômbia chegam mais de 200 cruzeiros por ano, o que comparado com os 53 que chegaram em 2006, representa um aumento de mais de 300% em 10 anos aproximadamente; esses são números que dizem muito sobre o desejo de conhecer as atrações turísticas e humanas que o país desperta nos viajantes que ancoram nesses litorais.

Cartagena de Índias

É o porto turístico mais importante da Colômbia. Anualmente, cerca de 424.734 turistas chegam ao porto da cidade em cruzeiros de grande porte.

Lá, o tempo de permanência é suficiente para percorrer as ruas de paralelepípedos da época colo-

nial, apreciar o belo pôr do sol das muralhas que cir-cundam o centro histórico e deliciar-se com a oferta gastronômica que vem acompanhada do cantarolar das ondas do mar e da brisa que acaricia o rosto.

Cartagena é uma mistura sutil de arquitetura histórica, com mais de 500 anos em perfeitas con-dições de conservação e prédios modernos. Está emoldurada por uma baía de um intenso mar azul, de onde é possível ver as pequenas ilhas que deco-ram o horizonte. Uma experiência inesquecível.

O CLIMA Em Cartagena o clima é semiárido tropical. Isto sig-nifica que em alguns meses o clima é úmido e fresco e em outros meses o clima é seco, com sol forte e brilhante e céu azul. A temperatura oscila entre 26,8°C e 31,5°C.

O PORTO O porto de Cartagena tem mais de 20 anos de expe-riência. Dessa experiência resulta sua capacidade de receber cruzeiros de última tecnologia e garante em terra, uma logística de primeira para atender aos incontáveis passageiros dos cruzeiros.

A estação marítima de passageiros do porto está localizada a aproximadamente três quilômetros da cidade amuralhada, ou seja, a uma distância ideal para curtir e aproveitar a cidade em pouco tempo. Aqui é possível obter pacotes de excursões para visi-tar os principais pontos turísticos, aproveitar os espaços de entretenimento e fazer compras em Car-tagena, ou simplesmente conhecer o Port Oasis Eco Park localizado dentro do mesmo porto.

ALGUNS LUGARES PARA CONHECER Centro histórico amuralhado: as muralhas prote-gem a parte colonial da cidade e, ao mesmo tempo, fazem fronteira com o mar. As ruas são de para-lelepípedos e nelas estão a Torre do Relógio que é a entrada principal da cidade amuralhada; a Praça de San Pedro, onde fica a igreja de San Pedro Cla-ver; a Praça Santo Domingo, cuja principal atração é a estátua da Gorda Gertrudis, do artista Fernando Botero; e a Praça de Los Coches, cujos portais abri-gam o icônico mercado tradicional de venda de doces típicos, o famoso “Portal de los dulces” que data do século XIX.

O Parque Natural Nacional Tayrona é um dos lugares mais incríveis da geografia colombiana. Percorrendo poucos quilômetros, é possível viver os contrastes das praias de areia branca, uma floresta grandiosa e a presença imponente da Serra Nevada de Santa Marta. Uma infraestrutura hoteleira sustentável está pronta para receber aos visitantes de braços abertos.

COLÔMBIA A BORDO DE UM CRUZEIRO – 07

07_VIRTUE_PC_RTURISMO_MODULO_CONECTIVIDAD Y CRUCEROS_FINAL-PT.indd 707_VIRTUE_PC_RTURISMO_MODULO_CONECTIVIDAD Y CRUCEROS_FINAL-PT.indd 7 20/05/2020 11:25:0520/05/2020 11:25:05

08 – CONECTIVIDADE E CRUZEIROS

O castelo de San Felipe de Barajas: é o maior forte que os espanhóis construíram na Amé-rica durante a colônia. No exterior ainda estão os canhões daquela época e no seu interior estão os incontáveis túneis que conduzem a inúmeras gale-rias.

Museus e galerias: Cartagena é um importante centro artístico do norte do país, dentre eles vale destacar: o Museu do Ouro e Arqueologia, salva-guarda das culturas ancestrais da região; o Museu Histórico de Cartagena, uma amostra fundamental da arquitetura colonial, e o Museu de Arte Moderna, uma fusão de arte contemporânea, pictórica e escul-tórica da cidade.

Aviário Nacional: é uma reserva para a conser-vação de mais de 1.800 aves de 138 espécies dife-rentes da Colômbia. É uma representação valiosa da biodiversidade e do turismo ecológico do país.

GASTRONOMIA A culinária de Cartagena fusiona perfeitamente os sabores tradicionais com os sabores do mundo. O caráter portuário da cidade e a influência interna-cional servem como mistura para uma variedade de restaurantes autóctones especializados em arroz de coco, butifarras (embutido típico do país), os boli-nhos de mandioca conhecidos como carimañolas e frutos do mar, assim como restaurantes de culinária italiana, árabe, francesa ou asiática.

A VIDA NOTURNAA noite da cidade de Cartagena é ideal para desfru-tar de um passeio de carruagem vitoriana dentro da cidade amuralhada; apreciar o som das ondas do mar e sentir a brisa em algumas das praças enquanto assiste às inúmeras apresentações artísticas de rua ou aproveitar a noite nas varandas, bares e discote-cas que iluminam a balada ao ritmo da música cari-benha.

Santa Marta

É a primeira cidade fundada na Colômbia e a segunda na América do Sul. Encontra-se à beira do mar Caribe em praias de areia fina. Vendo do cru-zeiro é possível apreciar a vista coroada pela Serra Nevada de Santa Marta, um dos poucos nevados na linha do Equador no mundo. Algo fantástico, uma paisagem emoldura no mesmo espaço o azul do mar e o branco do nevado ao fundo: uma visão única.

O turismo em Santa Marta abrange as possi-bilidades de descanso na praia, aventura no mar ou nas montanhas, arqueologia em assentamentos indígenas ou ecoturismo em ambientes naturais de abundante fauna e flora.

O CLIMA Em Santa Marta, o clima é normalmente seco com uma temperatura média de 27°C, o que é justificado pelo sol constante e pela brisa calma que compõe um ambiente fresco; esse clima é ideal para nadar, caminhar, escalar ou descansar durante o tempo de estada na cidade.

O PORTOOs cruzeiros que atracam na cidade são geralmente da mais recente tecnologia devido à experiência do porto no que se refere a turismo marítimo e náu-tico. A equipe portuária é altamente treinada para atender às necessidades dos viajantes e orientá-los com precisão durante sua permanência na cidade.

O porto de Santa Marta está localizado den-tro da área urbana da cidade, o que facilita o des-locamento de viajantes para os locais turísticos de maior interesse.

ALGUNS LUGARES PARA VISITAR A Catedral: também conhecida como Basílica Menor, é um monumento nacional construído em 1766 com pedras e cantaria. É a primeira basílica construída na América do Sul e, portanto, uma joia arquitetônica da região.

La Quinta de San Pedro Alejandrino: é uma casa colonial do século XVII que preserva intactos todos os detalhes arquitetônicos da época e alguns objetos pertencentes ao libertador Simón Bolívar. Hoje a casa é um museu e um jardim botânico.

O Parque Natural Nacional Tayrona: possui mais de 15.000 hectares de vegetação virgem e de mar que margeia a cidade. É uma combinação fun-damental da biodiversidade do país e ideal para o turismo ecológico de observação de aves e flora nativa. No litoral do parque estão algumas das melhores praias da região.

Dia de sol e praia: as praias de Santa Marta são famosas pela areia branca e fina que margeia a costa ao longo de quilômetros e por um mar azul claro. Um dia na praia equivale a viver toda uma experiência de descanso gratificante, acom-panhada por deliciosos coquetéis tropicais e um amplo cardápio de comida de mar elaborada com

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297 AEROPORTOS A Colômbia tem

Aeroportos da Colômbia

aeroportos nacionais e regionais

aeroportos militares

aeroportos internacionais

PRINCIPAIS AEROPORTOS DA COLÔMBIA

1. Aeroporto Internacional El DoradoCidade: Bogotá.Localização: Oeste da cidade, a 15 km do bairro tradicional La Candelaria.

2. Aeroporto InternacionalJosé María CórdovaCidade: Medellín.Localização: Município de Rionegro, a 24 km de distância de Medellín.

3. Aeroporto InternacionalErnesto CortissozCidade: Barranquilla.Localização: Município de Soledad, a 20 km de Barranquilla.

4. Aeroporto InternacionalRafael NúñezCidade: Cartagena.Localização: Ao norte da cidade, a 5 km do centro histórico.

5. Aeroporto InternacionalSimón BolívarCidade: Santa Marta.Localização: Sul de Santa Marta, a 16 km do centro da cidade.

6. Aeroporto Internacional MatecañaCidade: Pereira.Localização: A 2 km em direção ao oeste da cidade.

7. Aeroporto InternacionalAlfonso BonillaCidade: Cali.Localização: Município de Palmira, a 20 km de Cali.

8. Aeroporto InternacionalGustavo Rojas Pinilla Cidade: Arquipélago de San Andrés.Localização: Ao norte de San Andrés.

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peixe fresco trazido dos melhores pesqueiros da região.

GASTRONOMIA Santa Marta é um importante porto pesqueiro da região, portanto, sua culinária é baseada em uma impressionante variedade de pratos à base de pei-xes e frutos do mar. Embora os grandes restauran-tes estejam no centro da cidade, perto das praias há quiosque onde é possível encontrar a um bom preço comida tradicional, fresquinha, deliciosa e com aquele tempero que só os nativos têm.

San Andrés, Providencia e Santa Catalina

Esse conjunto de ilhas forma um arquipélago que, segundo contam, foi descoberto durante a segunda viagem de Cristóvão Colombo à América em 1510. A verdade é que, cem anos depois, acabou se tor-nando um destino frequente para piratas e corsá-rios, portanto, cada uma das ilhas está envolvida em uma certa magia e povoada por milhares de histórias incríveis, histórias de amor e aventura.

O arquipélago de San Andrés é conhecido pela cor característica do seu mar. As águas que cer-cam as três ilhas são chamadas de “O Mar das Sete Cores”, devido aos diferentes tons de azul e verde que cobrem a superfície cristalina ao longo do dia. Um espetáculo que pode ser visto da privilegiada “arquibancada” de um cruzeiro.

O CLIMAO arquipélago tem um clima semiúmido, com tem-peratura média de 25°C. A brisa do mar e o sol fazem dessas ilhas um lugar idílico para descansar ou pra-ticar esportes aquáticos de qualquer tipo, do mergu-lho ao windsurfe.

O PORTOA localização do porto na ilha de San Andrés facilita o acesso e a mobilidade para qualquer uma das duas ilhas, assim como para qualquer uma das 16 diferen-tes ilhotas que as rodeiam.

Embora exista um porto, atualmente ele não é usado pelos cruzeiros devido à profundidade de subida a ele. Tudo é feito com o navio fundeado (ancorado longe do cais do porto).

LUGARES PARA CONHECERProvidencia e Santa Catalina: cada uma fica a menos de 60 milhas do cais do porto e possuem algumas das melhores baías do Caribe colombiano o que as transforma no lugar perfeito para nadar no mar ou velejar.

Johnny Cay: É uma das principais ilhotas do arquipélago que fica a três quilômetros de distân-cia da praia de San Andrés. O tamanho pequenino da ilhota Johnny Cay a torna um lugar paradisí-aco, cercada pelo mar e sombreada por palmeiras altas, ambiente perfeito para tirar um cochilo, ouvir música típica antillana, e saborear pratos típicos fei-tos com peixe fresco.

O aquário: a poucos quilômetros da praia, um recife de coral forma um aquário natural no qual é possível ver peixes multicoloridos e manguezais repletos de vida marinha. Aqui é abundante a pre-sença da flora e da fauna costeira com suas cores vivas e exuberantes que são características da região.

Tour pela ilha em um dia: De Bug, é possível percorrer toda a ilha de San Andrés em uma única tarde. O passeio geralmente inclui os pontos turís-ticos naturais mais importantes da ilha, como a Caverna de Morgan, famosa por ter sido um ponto de encontro de piratas; o hoyo soplador, um fenô-meno natural que expele água de um buraco sub-terrâneo para a superfície e por último o Jardim Botânico, conhecido por sua coleção de plantas aquáticas vivas.

GASTRONOMIA O coco é o principal alimento do arquipélago e, por-tanto, o alimento das três ilhas é uma rica explora-ção das possibilidades culinárias dessa fruta. San Andrés e Providencia têm uma longa tradição de cozinheiros da ilha, os quais são fáceis de encontrar pelos quiosques espalhados na zona de North End.

A VIDA NOTURNAA balada antillana começa ao cair da noite em lugares menos esperados, desta forma, tanto em San Andrés quanto em Providencia é possível aproveitar a noite e cair na dança ao som de boa música em alguma varanda à beira da praia e desfrutar de coquetéis e porções ao ritmo de tambores e cantarolares meló-dicos que acompanham o ritmo da brisa do mar.

A Isla de Górgona, no Pacífico colombiano, foi durante muitos anos uma prisão. Atualmente, é o local perfeito para uma série de atividades de turismo sustentável e para mergulhar no meio de águas cristalinas, cercadas por um ambiente de fauna marinha incomparável.

COLÔMBIA A BORDO DE UM CRUZEIRO – 011

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012 – CONECTIVIDADE E CRUZEIROS

O Pacífico

Visitar o Pacífico colombiano de cruzeiro pode ser uma das experiências mais enriquecedoras para um viajante. As paisagens tropicais e o azul pro-fundo e escuro do mar formam uma bela vista para ser apreciada do convés de um navio. Nesta região do país os destinos de cruzeiro imperdíveis são: Baia Solano, ao norte da região; Utría, um pouco mais ao sul e a Isla Gorgona, ilha localizada na parte baixa do Pacífico.

A região se destaca do resto do país por sua biodiversidade de fauna e flora, gastronomia tradi-cional e música doce que ressoam por trás de cada casa, cada árvore e cada rio. Os portos do Pacífico são lugares cheios de “sabor” (palavra típica colom-biana para descrever algo mágico e de máximo des-frute). É um destino perfeito para os cruzeiros de exploração e para turismo ecológico e de aventura.

O CLIMA Devido à sua posição geográfica, o Pacífico colom-biano é a área mais úmida do país, portanto, uma das mais quentes. O sol é um convite constante para aproveitar a praia. A temperatura média da região é de 27°C.

ANCORADOUROS Devido à amplitude do Pacífico colombiano, é muito mais fácil falar em locais de ancoragem do que em portos como tal. Os fundeadouros nesta área do país são ideais para chegar a locais onde os visitantes de cruzeiros podem viver aventuras ecológicas sem pressão de tempo, apoiados pelo profissionalismo e pela qualidade humana dos habitantes da região. Bahía Solano, Utria e a Isla Gorgona são destinos marítimos por excelência que recebem e atendem a cruzeiros de última gera-ção.

LUGARES PARA CONHECER Bahía Solano: todos os anos, entre julho e novem-bro, as águas da baía são visitadas por baleias, cuja observação é possível em pequenos barcos.

É possível avistá-las saltando e brincando no mar, e isso outorga para a Bahía Solano sua maior atração turística.

No entanto, o contato com as comunidades indígenas e o artesanato que elas fabricam com paci-ência e destreza, também fazem deste um destino único para o turismo.

Ensenada de Utría: faz parte do Parque Nacional Natural Utría, uma reserva biodiversa e com acesso ao mar, que permite fazer caminhadas entre árvores centenárias, observação de aves marinhas e prática de esportes náuticos, como mergulho e snorkel. A principal atração deste destino é o turismo ecoló-gico.

Isla Gorgona: está localizada a meia hora do litoral e sua extensão é de 44 km2, uma superfície perfeita para ser percorrida em poucas horas. A ilha é uma importante reserva marinha, motivo pelo qual o turismo ecológico é o seu forte. As atividades den-tro da ilha incluem caiaque, mergulho, trekking com trilhas de diferentes dificuldades e a visita uma pri-são que foi abandonada e devorada pela floresta.

GASTRONOMIA A culinária do Pacífico brinca de mil maneiras ini-magináveis com peixes frescos e a variedade de fru-tas tropicais nativas que crescem nas árvores da região. Vale destacar a sopa de peixe chamada san-cocho de pescado, os refogados de camarão, coquetel de frutos do mar, peixes fritos e a deliciosa moqueca encocado de jaiba.

VIDA NOTURNA A noite no Pacífico colombiano é pacata. O clima, o mar e a brisa são ideais para apreciar a paisagem noturna e os sons naturais que inundam o ambiente. A música não pode faltar, em algumas ocasiões apa-recem com ritmos originários tocada com instru-mentos típicos como a marimba e os tambores os quais seguem perfeitamente o compasso da tranqui-lidade noturna da região.

O arquipélago de San Andrés, Providencia e Santa Catalina é um complexo de ilhas no Caribe que oferece tanto a riqueza natural de suas praias quanto a experiência de entrar em contato com a cultura raiz. É um dos povos afro-colombianos que preserva sua própria língua e vive tradições musicais e gastronômicas anglo-antillanas.

OBTENHA MAIS INFORMAÇÕES AQUI.

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Região Caribe e Insular

Região Pacífica

Região Andina

Região Orinoquía

Região Amazônica

1 SAN ANDRÉSDescanso

2 CARTAGENADescanso / Cultura / Vida noturna

7 BOGOTÁ Cultura / Vida noturna

8 MEDELLÍN Cultura / Vida noturna

9 CALICultura / Vida noturna

11 AMAZONASEcoturismo / Cultura

10 CÚCUTACultura/ Natureza

12 CHIRIBIQUETEEcoturismo / Cultura

3 SANTA MARTADescanso / Ecoturismo

5 BAHÍA SOLANOEcoturismo

6 NUQUÍEcoturismo

R E G I Õ E S P R I N C I P A I S

D E P A R T A M E N T O S

CONECTIVIDADE DENTRO DA COLÔMBIA

4 BARRANQUILLACultura / Negócios

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P O P U L A Ç Ã O I D I O M A S M O E D A

(COP)OFICIAL

ESPANHOL PESO

C O L O M B I A N O

INDICADORES SOCIAIS

48,2MILHÕES

D E H A B I T A N T E SFALADOS:

6 8 L Í N G U A S N A T I V A S

CONECTADOS COM 27 PAÍSES

Estados Unidos

Panamá

México

Costa Rica

Aruba

Canadá

França

Bolívia

Peru

Espanha

Equador

Reino Unido

Chile

Curaçao

Brasil

Cuba

Holanda

Venezuela

Paraguai

República Dominicana

Turquia

Argentina

Porto Rico

Guatemala

El Salvador

Alemanha

Uruguai

ATERRISSAM NA COLÔMBIA

DISPONÍVEIS SEMANALMENTE SEMANAIS CONECTAM À COLÔMBIA

M A I S D E M A I S D E

180.0001.100C O M P A N H I A S

A É R E A S A S S E N T O S F R E Q U Ê N C I A S

I N T E R N A C I O N A I S

CONECTIVIDADE AÉREA – 015

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A Colômbia é um país altamente conectado com o mundo. Por mar, ar e terra, recebe diariamente milhares de visitantes que chegam em busca de um pouco do calor humano do seu povo e do prazer de desfrutar das vantagens naturais que o

tornam um destino turístico especial, com inúmeras histórias para contar e uma infinidade de lugares maravilhosos para

conhecer. Por mais que a visita seja longa ou de apenas algumas horas, a Colômbia está pronta para lhe surpreender.

Conectividade e cruzeiros

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ÍNDICE

Bogotá entre mulheres — Pág. 04 —

Texto de Andrea Salgado

CAPITAL DIVERSA

Medellín entre homens — Pág. 10 —

Texto de Julio LondoñoFotografias de Santiago Marzola

Colômbia LGBT— Pág. 14 —

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A Colômbia é um país diverso. Cidades como Bogotá ou Medellín reúnem no mesmo espaço pes-soas de diferentes origens, religiões, ideias políti-cas, econômicas e orientações sexuais.

A diversidade é a base que permite que as duas metrópoles sejam importantes centros de cultura, política, economia, arte, entretenimento etc., algo que só é possível porque são cidades que sempre se movem sob as ideias de oferecer múltiplas visões, visões compartilhadas, diálogos abertos e espaços nos quais todos se encaixam às diferenças de cada pessoa. São centros urbanos onde qualquer pessoa pode viver a vida sem ter que esconder ou mudar nada sobre si mesma.

A Colômbia evoluiu junto com o mundo ao reconhecer os direitos das comunidades LGBT, e isso fez com que os membros dessas comunidades possam amar a si próprios e a outros com a liber-dade de escolher a maneira e o momento em que eles decidem fazer isso.

Basta pensar em pequenos gestos como esco-lher as roupas com as quais decidimos nos vestir e sair para conquistar o mundo, em gestos sutis como dar as mãos ao parceiro enquanto andamos pela rua, em gestos importantes como sair e come-morar com orgulho as pessoas que somos. Cada um de nós ama à sua maneira e demonstra isso de acordo com o que o coração dita, na Colômbia isso é entendido. Portanto, é um destino turístico ideal

MÓDULO 08

LGBTpara desfrutar dos prazeres que as cidades ofere-cem para mulheres que amam mulheres e para homens que amam homens, assim como pessoas trans.

A partir da cultura, podemos falar de espa-ços para discussão e apreciação do cinema LGBT, como o Clico Rosa, que é um encontro para expan-dir os limites da imagem do querer a nível pessoal e social.

Do ponto de vista da moda, podemos pensar nos designs que enchem as passarelas dos melho-res festivais e nos expositores das lojas mais exclu-sivas, que rompem com um corte de tesoura os modelos pré-estabelecidos entre o que deve ser feminino e o que deve ser masculino, para alcançar apostas vanguardistas no jeito de vestir. Ou pode-mos aproveitar a noite nos melhores bares e disco-tecas, onde a balada não exclui, não segrega, nem é secreta, se trata de um baile e um canto aberto, na qual todos desfrutam da música até o amanhecer e comemoram a diferença juntos.

Um grande número de restaurantes, hotéis e operadores turísticos já se certificaram como Friendly Biz, o esforço para treinamento e certifi-cação continua em toda a Colômbia.

A Colômbia é um destino diverso, aberto a acolher carinhosamente a qualquer pessoa que quiser conhecê-la, independentemente de quem essa pessoa decida beijar todas as manhãs.

APRESENTAÇÃO – 03

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Bogotá

Texto: Andrea Salgado

A capital colombiana oferece uma ampla gama de experiências culturais e de entretenimento focadas na comunidade LGBT. Uma moradora da capital mostra ao mundo a forma como ela descobriu essa cidade diversa.

entreLGBT

Capital diversa

mulheres

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Bogotá

L G B T

mulheres

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06 – LGBT

Nos últimos anos, a capital da Colômbia se abriu para todos. Mas nem sempre foi tão fácil encontrar esse espaço. Há pouco mais de vinte anos, quando eu tinha dezoito anos e me apaixonei pela primeira vez por uma mulher, junto com um amigo que tam-bém tinha se apaixonado por um homem, comecei a procurar espaços onde pudéssemos estar próxi-mos a pessoas como nós; nós nos sentíamos como dois barcos flutuando sozinhos em alto mar.

Ainda faltavam muitos anos para que toda uma oferta de experiências focadas na comunidade LGBT fosse desenvolvida; todos à nossa volta, cole-gas da faculdade ou amigos que surgiam no cami-nho, eram heterossexuais ou, pelos menos diziam ser. E configurados a partir do berço em uma mas-culinidade e uma feminilidade definidas em ter-mos exatos e com limites precisos, precisávamos nos ver refletidos em outros como nós para termi-nar de entender quem éramos.

Ele era gay e eu era lésbica; nossas preferên-cias sexuais recém-aceitas nos definiram daquela forma, mas não sabíamos bem o que era aquilo, no que consistia. Gay e lésbica. As duas palavras nos levaram ao bairro Chapinero, o bairro que hoje continua sendo um ícone da comunidade, apesar de que em uma cidade com mais de dez milhões de habitantes, a vida noturna gay existe em todas as localidades.

Devo admitir que meu amigo teve muito mais sucesso do que eu. No final dos anos 90, Chapinero estava cheio de bares gays e havia apenas dois bares para lésbicas. Embora a grande maioria dos bares gays proibiam a entrada de mulheres, meu amigo e eu fomos encontrando espaços onde podíamos ficar juntos.

Por alguns anos e até a chegada do século XXI, eu sempre me perguntava onde estavam as outras, aquelas da minha idade, garotas lésbicas na casa dos vinte, onde elas se reuniam? Como e quem eram elas? O panorama era realmente angustiante. Um casal de namoradas aqui e outro acolá, outras garotas espalhadas entre os grupos de gays, onde a grande maioria eram amigas heterossexuais que os acompanhavam.

Na companhia do meu amigo, comecei a fazer outros amigos e eles gradualmente trouxeram outras amigas, e lá continuei, paciente, de bar em bar, como alguém esperando uma revolução. Um dia, abri os olhos e percebi que ao redor da fogueira de um dos bares que frequentávamos havia tantas

mulheres quanto homens. Era o ano de 2002 e mas-sivamente as garotas da minha geração, o milagre que eu esperava há muito tempo, começaram a sair e curtir a noite. Foi nos bares, naqueles espa-ços dedicados a conversar, paquerar e dançar, que comecei a criar laços que transcendiam a noite, fiz amizades, me apaixonei muitas vezes e tive a sen-sação de que nossa irmandade, nossos romances e namoricos não eram diferentes aos das demais pessoas. A ilusão durava até chegar nos espaços públicos, onde soltávamos nossas mãos e agíamos como amigas, tal qual deveríamos ser. As expres-sões públicas de afeto pela comunidade LGBT em Bogotá estavam vedadas; a forte desaprovação social e o medo nos obrigavam a isso.

Fui embora do país por vários anos e, quando voltei em 2009, o panorama estava começando a mudar e foram precisamente as mãos que me avisaram: nas ruas de Bogotá, casais de garotas, casais de garotos saem de mãos dadas. A imagem que à primeira vista poderia parecer insignificante tinha uma grande carga simbólica. Nesse mesmo ano, a Câmara Municipal da cidade aprovou a polí-tica para garantir os direitos do setor e consolidar desenvolvimentos em todas as dependências ins-titucionais. A cidade conservadora de Bogotá teve que incorporar em sua imaginação a existência de uma comunidade que tinha direitos e que, como qualquer outro cidadão, expressava não apenas seus sentimentos, seus afetos, mas também seus desejos de pertencer e de ser plenamente aceito.

Da mesma forma, eu precisava do espaço para isso, não estar reduzida aos bares, mas poder tran-sitar em todos os âmbitos, incluindo a criação artística como veículo de expressão e reafirmação.

Há 11 anos eu moro com minha parceira. A Bogotá que conheci, aquela em que eu tinha que fingir publicamente ser somente amiga das minhas parceiras sentimentais, não existe mais. Demos as mãos, um gesto que durante anos constituiu para nós um ato político, tornou-se tão natural quanto respirar; é agora o nosso jeito de percorrer esse setor da cidade onde vivemos.

Nosso apartamento está localizado no bairro La Macarena, uma vizinhança como poucas que restam em uma cidade tão grande quanto Bogotá, cheia de pequenos restaurantes e locais comerciais (nem sequer temos restaurantes de redes conheci-das), cafés, padarias, mercadinhos, loja de produ-tos naturais e orgânicos, várias galerias de arte e

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RECONHECIDO DESTINO PRINCIPALMENTE TAMBÉMpara turismo LGBT turismo urbano por suas praias

e regiões litorâneas

A Colômbia aprecia a diversidade

Medellín

Bogotá

Colômbia: uma alternativa para o turismo LGBT

Programa: passar uma tarde cultural

com amigos.

Onde: Parque de los Deseos.

Zona norte.

Programa: desfrutar de uma deliciosa

refeição nos melhores restaurantes de

Medellín.

Onde: bairro Laureles.

Zona centro-oeste.

Programa: noite de balada nos bares

emblemáticos da comunidade LGBT.

Onde: ruas Maracaibo e Barbacoas.

Zona centro.

Programa: balada na zona rosa de

Medellín.

Onde: Parque Lleras.

Zona norte.

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Programa: festas nas discotecas LGBT

mais icônicas.

Onde: nas proximidades do

bairro Chapinero.

Zona centro e norte.

Programa: experimentar as sobremesas

dos melhores restaurantes.

Onde: Zona G.

Zona norte.

Programa: passar a tarde em

uma sauna.

Onde: nas proximidades do bairro

de Teusaquillo.

Zona centro-leste.

Programa: comprar artesanatos no

mercado de pulgas.

Onde: bairro Usaquén.

Zona norte.

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08 – LGBT

uma livraria café. Os cerros orientais nos emoldu-ram e sempre, acima de nossas cabeças e se o céu estiver limpo, podemos ver bem a Igreja de Mon-serrate. Nas proximidades fica o mercado munici-pal La Perseverancia, onde fazemos todas as nossas compras, conhecemos a cada um dos vendedores de frutas, flores e legumes, da mesma forma que conhecemos as cozinheiras da praça de alimenta-ção, que são uma referência da culinária tradicio-nal colombiana.

La Candelaria, o centro histórico, fica a quinze minutos a pé onde estão localizados a grande maio-ria dos museus e monumentos históricos e também o lugar onde parece possível que tudo, sem distin-ções e categorias coexista pacificamente, provando que a uniformidade não existe em Bogotá.

A carrera sétima, da rua 21 até a Praça de Bolí-var a rua é só para pedestres e percorrê-la significa encontrar vendedores, indígenas, rappers, roquei-ros, punks, torcedores de futebol, homens estátua, trabalhadores de escritório, estudantes, donas de casa, turistas, músicos, dançarinos de break, dançarinos de tango e salsa, retratistas e pintores que fazem grandes desenhos com giz no cimento, casais de homens, casais de mulheres, famílias de todos os tipos que vivem na cidade. Uma contínua

explosão visual e auditiva sem tréguas que estimulo após estimulo nos faz entender a natureza híbrida desta cidade habitada por pessoas de todo o país.

Vivemos a cidade inteira juntas, embora seria absurdo dizer que em Bogotá (ou em qualquer lugar do mundo) não exista discriminação contra a comunidade LGBT, poderia sim afirmar que aque-les que pertencem a ela pararam de se esconder e esse ato teve repercussões em um aumento do plu-ralismo, do respeito pelas diferenças e de uma forte atividade cultural que cresce ano após ano.

Prova disso é a convocação massiva deste ano para a parada do Orgulho LGBT, realizada todo mês de junho desde 1996 e que mostrou a força que a comunidade vem adquirindo. Três frentes: a Mesa LGBT de Bogotá, a Mesa LGBT e a Rede Comunitá-ria Trans conseguiram reunir pessoas de todos os setores da cidade que caminharam juntas do Par-que Nacional até a Praça de Bolívar.

As primeiras manifestações que participei no final dos anos 90 foram menos numerosas e pare-ciam ser reservadas apenas para certos setores da sociedade; o mais correto seria dizer que as clas-ses média e alta não participavam da manifestação porque seus preconceitos e estereótipos de classe os levavam a pensar que não queriam ser identifi-

A vida noturna de Bogotá é uma das atrações da cidade. Além de restaurantes de todas as gastronomias, cafés e bares, a festa é vivida intensamente em muitos ritmos. A noite bogotana está aberta para todos e todas.

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BOGOTÁ ENTRE MULHERES – 09

cados com a comunidade LGBT ou com os ativistas que, desde aquele ano davam a cara por nós.

Este ano vi famílias de todas as classes sociais na manifestação e junto a mim, vários dos meus amigos heterossexuais carregavam bandeiras e cantavam discursos em que celebravam a diversi-dade.

Há dois anos é realizado também durante o mês de junho o Festival da Igualdade, um espaço no qual são realizadas atividades culturais e espor-tivas que buscam promover uma cultura cidadã baseada no reconhecimento, garantia e restituição do direito a uma vida livre de violência, de discri-minação com base na identidade de gênero, orien-tação sexual, etc.

Os festivais de cinema e literatura são outros espaços importante de expressão; em 2019, foi rea-lizada a 19ª edição do Ciclo Rosa, um espaço que ocorre anualmente no início de agosto e que, além de uma amostra cinematográfica, realiza encontros de formação e laboratórios de criação, além de per-formances.

A FILBO (Feira Internacional do Livro de Bogotá), um dos eventos literários mais impor-tantes da cidade, trabalha há vários anos em asso-ciação com a Diretoria de Diversidade Sexual da Secretaria de Planejamento, a fim de abrir o espaço e sua programação para a diversidade sexual e de gênero, a partir da perspectiva da expressão artís-tica, cultural, acadêmica, humanística e intelec-tual.

Ano após ano, escritores, acadêmicos e ativis-tas LGBT participam de conversas nas quais ques-tões de gênero são colocadas em cima da mesa com o objetivo de facilitar reflexões a partir da dimen-são artística e em toda a extensão dos espaços da vida pública.

Desde que eu tinha dezoito anos até hoje, Bogotá se tornou uma cidade mais inclusiva; os bares do setor do bairro Chapinero são cada vez mais variados e a grande maioria se caracteriza por ter suas portas abertas a todos os tipos de público. Eles ainda continuam sendo um espaço importante para a interação da comunidade, não são mais uma trincheira, mas sim uma amostra de como na Colômbia a festa é um assunto sério.

Embora no bairro Chapinero esteja locali-zada a maior discoteca para a comunidade LGBT da América Latina, o setor está repleto de bares de todo os tipos. Pelas portas se escuta salsa, meren-

gue, eletrônica, rock, baladas clássicas em espa-nhol e inglês, reggaeton e champeta.

Existem bares especializados em um tipo de música e público, como os bares de osos, embora o que reine na balada seja o crossover. Muitos dos bares apresentam shows de Drags e cabaré; a noite Drag em Bogotá é legendária e o voguing estão no auge, graças a grupos como Las Tupamaras, que inclusive em 2019 participaram no Salão Nacional de Artistas.

A comunidade LGBT se integrou em Bogotá; a oferta se amplia a restaurantes, bares e discotecas do resto da cidade, da mesma forma que os festivais literários, amostras artísticas e cinematográficas.

Somos uma comunidade diversificada que se resistiu ao isolamento e à discriminação. Ainda há um longo caminho a ser percorrido, mas os esfor-ços de muitos ativistas que trabalharam e conti-nuam trabalhando pelos direitos da comunidade, bem como a atitude das pessoas que pertencem a ela e criaram uma realidade na qual fomos apren-dendo a coexistir em nossas diferenças, de forma aberta.

No “Seminário Cuir: ressignificações comu-nitárias”, organizado em setembro de 2019 pela aliança entre os grupos La Esquina, Red Comu-nitaria Trans, Purple Train Arts e Las Callejeras, para o qual fui convidada a falar sobre o feminismo cyborg de Donna Haraway, a ideia do intercambio como base da comunicação humana assumiu um novo significado para mim.

Imersa como tenho estado desde que voltei a morar em Bogotá nas dinâmicas da comunidade LGBT, não tinha parado para pensar em como as barreiras que historicamente mantiveram a comu-nidade dividida, mudaram desde a raiz graças a iniciativas como essas e como resultado da Política Pública LGBT, em operação há 12 anos. O pano-rama da vida da comunidade em Bogotá mostra espaços cada vez mais diversos, de interação e diá-logo cada vez menos divididos.

A capital cosmopolita da arte, da gastronomia e da excitante vida noturna também é a capital da diversidade. Existem muitas razões para que todos e todas se encontrem em Bogotá.

OBTENHA MAIS INFORMAÇÕES AQUI.

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Suas flores, pássaros de primavera durante todo o ano, atmosfera festiva e ruas cheias de vida estão transformando a cidade de Medellín no destino LGBT por excelência na Colômbia. A segunda maior cidade da Colômbia foi a primeira em sair do armário.

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Medellín: inovadora e diversa

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Texto: Julio Londoño Fotos: Santiago Marzola

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012 – LGBT

Medellín é um lugar para florescer. Não é em vão que ostenta o título de Cidade da Eterna Primavera, seu melhor momento chega ao entardecer, quando o calor dos trópicos cede lugar ao fervor de sua vida noturna badalada, o aroma das suas montanhas, o sabor da aguardente e a conversa barulhenta dos seus habitantes os quais são reconhecidos na Colômbia como os melhores conversadores. Os rit-mos cumbia, tango, salsa, eletrônica e a guaracha começam a encher suas ruas, convidando aos mais tímidos a se entregarem à pista de dança.

Sem nada que esconder, o turista gay está inte-ressado em saber que em Medellín há uma rua cheia de histórias e ritmos dedicados exclusivamente às pessoas LGBT –a rua Barbacoas− localizada no centro da cidade, a uma quadra do emblemático Parque Bolívar, atrás da Catedral Metropolitana, tem sido a coluna vertebral do movimento gay em Medellín desde os anos 80.

Sob o asfalto, quando a balada se apaga no bairro Barbacoas, é possível ouvir a vibração das pedras do riacho La Loca que se perde sob a Cate-dral, essa que dividiu a rua em três partes: uma para os bares que habitualmente são frequentados por lésbicas e gays, outro frequentado por mulhe-res trans e a última parte destinada para lojinhas de produtos religiosos e outros de produtos descartá-veis. O eco do riacho La Loca aumenta a cada ano durante o último final de semana de junho, quando a parada do orgulho LGBT (a segunda maior do país) inunda os poucos cem metros do beco.

Embora a manifestação seja realizada regu-larmente desde 1998, a verdade é que Medellín é a cidade que deu o primeiro grito de libertação LGBT na Colômbia. Em meados dos anos 70 o Movimento pela Libertação Homossexual, fundado pelo filó-sofo León Benhur Zuleta quem foi o criador da primeira revista gay colombiana “El Outro” a qual alguns exemplares são mantidos na Biblioteca da Universidade de Antioquia, onde também podem ser encontradas outras joias da literatura homos-sexual local, como “Te quiero mucho pouquinho nada” um romance do artista e escritor Félix Ángel ambientada em Medellín nos anos 70 e o ensaio acadêmico “Raros: história cultural da homosse-xualidade em Medellín” do professor Guillermo Correa, que contextualiza cem anos de experiência homossexual na cidade.

O Movimento pela Libertação Homossexual orgulhava-se de ter 10.000 membros ativos, embora a cifra tenha sido uma mentira piedosa de Zuleta

para incentivar a outras pessoas a sair do armário e coletivizar seus desejos. E ele conseguiu.

Desde então, as diferentes gerações de orga-nizações sociais e avanços legislativos, como casa-mento igualitário e a adoção por parte de casais do mesmo sexo, contribuíram para tornar Medellín uma cidade amigável com o nativo e com o visi-tante LGBT.

Devido a isso, em 2014 foi incluída na Rede Latino-Americana de Cidades Arco-Íris e em 2019 foi realizado o “Foro Conexía Medellín 2019: Turismo LGBT, uma grande oportunidade de cres-cimento para Medellín e para a Região”, o qual reuniu o governo local, a associação hoteleira e às entidades encarregadas de fortalecer o turismo com o objetivo comum de tornar a cidade um des-tino gay friendly. Medellín é uma cidade onde se vive melhor na parte de fora. Entre os espaços

públicos que oferecem uma boa e calorosa aco-lhida à população LGBT se destaca a pracinha Carlos E. Restrepo localizada a oeste da cidade, onde sua atmosfera boêmia e sua oferta de gale-rias de arte e restaurantes quebra o gelo de qual-quer conversa. Ao sul de Medellín, perto do famoso bairro El Poblado, o parque Ciudad del Río oferece 500 metros lineares para recreação ao ar livre, para encontros desprevenidos, ideal para fazer os tradi-cionais piqueniques no domingo.

No centro da cidade, o Parque del Periodista reúne todas as noites a mais variada diversidade cultural de Medellín; desde punks, roqueiros, artistas teatrais até a população LGBT onde todos desfrutam e comemoram a união na diferença. El Parque del Periodista se tornou um ponto de articu-lação para a vida cultural da cidade; sob a sombra de sua antiga árvore seringueira foram surgindo desde organizações sociais até jornais como o Uni-verso Centro que narra as constantes mudanças, os personagens fugazes e a diversidade que habita o centro de Medellín.

A apenas um quarteirão do Parque está o Cen-tro Colombo Americano o qual há 18 anos tem ati-

Você sabia que na Colômbia o casamento de pessoas do mesmo sexo foi ratificado em 2016?

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vado o Ciclo Rosa durante o mês de junho com uma programação de audiovisuais, fóruns acadêmicos, oficinas e exposições dedicadas exclusivamente à diversidade sexual. Essa agenda cultural também foi alimentada pelo Museu de Arte Moderna com exposições e programas acadêmicos como Formas de Libertad, do artista Carlos Motta, que recopilou os marcos do movimento LGBT no âmbito local e mundial; e espaços como La Esquina del Movi-miento, no Museu de Antioquia, uma vitrine que levou a arte dos muros do antigo prédio para as ruas. Nesse lugar, entre as ruas Cundinamarca e Calibío, é comum ver performances que ativam a conversa sobre as sexualidades diversas e o espaço público. Diferentes grupos de arte Drag, dançari-nos, ativistas e artistas encontraram naquele lugar uma possibilidade de expressão para seu trabalho artístico.

Como iniciativas próprias dos setores LGBT, outros espaços de ativação artística surgiram em um híbrido entre o festivo e o estético, como The Gallery At Divas (na parte baixa da rua Barbacoas) e a Casa Centro Cultural que fica a um quarteirão ao sul do Parque Bolívar, na rua Maracaibo, cujas fachadas não os diferenciam dos diferentes bares que os cercam, na parte de dentro escondem espa-ços dedicados à arte, ao corpo e à sexualidade, com exposições regulares de fotografia e pintura, per-formances e vídeo-arte.

O movimento gay em Medellín também é vivido com alegria em outros bairros fora do cen-tro; espaços como o Parque Lleras, localizado no setor exclusivo do bairro El Poblado, ao sul da cidade ou os bares da Avenida 33, que cada vez mais recebem turistas e habitantes LGBT, incentivados pelo circuito Drag que alimentou a natureza polí-tica da festa, junto com outros grupos como Cul-tura Drag Medellín, New Queers On The Block e Drag King Medellín. A febre Drag invadiu Medellín a tal ponto que, em 2019, no teatro Camilo Torres da Universidade de Antioquia, foi realizado o pri-meiro concurso local Under Drag Queer.

Fora da festa e da agenda cultural, a cidade de Medellín transmite diversidade em outros bairros também. Do Parque El Periodista, é fácil pegar um ônibus para o Morro Pan de Azúcar, um dos oito morros famosos da cidade. Além da vista panorâ-mica, o visitante pode conhecer e conectar-se com o grupo da Mesa LGBT da Comunidade 8 e conhe-cer o projeto da Casa Diversa. Essa organização, declarada em 2017 como o primeiro sujeito de repa-

ração coletiva dos setores LGBT no âmbito do con-flito armado, ampliou as possibilidades de habitar e desfrutar da cidade com seu trabalho comuni-tário e apropriação do espaço público. Nos toures oferecidos pela Mesa LGBT pelos bairros da Comu-nidade 8, além de lembranças aleatórias e anedotas de amor proibido é possível caminhar pelas trilhas naturais que vão da montanha até uma cachoeira secreta na periferia de Medellín.

Em julho, durante a Feira das Flores, que é o festival mais reconhecido da cidade, é mais comum encontrar casais do mesmo sexo em busca de arte-sanato na Pasaje Junín, curtindo os diferentes shows, o Desfile de Silleteros (pessoas que elabo-ram os arranjos de flores que exibem no desfile) e dos eventos que ocorrem durante essa semana. Em 2019, inclusive, a programação da festa incluiu até um Tour Queer Flores e Silletas (arranjos de flo-res) como uma estratégia para reconhecer a diver-sidade sexual da cidade e aumentar a participação da comunidade LGBT na Grande Festa de Medellín.

Para despedir-se das férias com um toque de clima úmido e atividades ao ar livre, ou para uma inesquecível proposta de casamento em lugares fantásticos e mágicos, a opção mais adequada está localizada nos municípios que ficam ao leste do departamento de Antioquia. Nesses municípios a população LGBT há algum tempo vem se organi-zando para reativar o turismo no rios de San Car-los, na pedra de El Peñol e na represa de Guatapé. Este município realizou em dezembro de 2019 sua primeira manifestação do orgulho LGBT a qual foi o gesto para incentivar um turismo mais diversifi-cado e colorido tal qual as fachadas e rodapés das casas tradicionais da cidade, patrimônio urbano e arquitetônico do departamento de Antioquia.

Medellín, uma cidade que antes era marcada pela violência, tráfico de drogas e discriminação, reaparece para dar as boas-vindas aos novos tem-pos de abertura e empatia onde a cada dia mais espaços são conquistados pelos solitários gays que buscam encontrar alguém, por casais de lésbicas aproveitando sua lua de mel, pelas cada vez menos tímidas identidades transexuais e pelos queer que passeiam pelas bulevares e ruazinhas.

OBTENHA MAIS INFORMAÇÕES AQUI.

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A Colômbia é um destino amigável com a comuni-dade LGBT; a prova disso são os eventos organiza-dos em cidades como Bogotá, Medellín, Cartagena e Barranquilla, que conseguem integrar a todos com a alegria e festividade dessa incrível comu-nidade. Desde o ano passado, vários hotéis e ope-radoras de turismo que operam na cidade, estão capacitando a todos seus colaboradores com o objetivo de se certificarem como LGBT friendly.

Bogotá

Bogotá dispõe de uma ampla variedade de experiên-cias gastronômicas, culturais, alojamentos e experi-ências de luxo. Além disso, a cidade possui a maior discoteca gay da América Latina, que atrai milhares de turistas de toda a região para desfrutar de uma experiência única através da música e da dança.

PARADA DO ORGULHO LGBTQuando: finais de junho ou princípios de julho Bogotá, assim como centenas de cidades do mundo, realiza a Parada de Stonewall, que marcou

o início da luta para reivindicar os direitos huma-nos da população LGBT. Essa parada consiste em uma manifestação que percorre a carrera sétima do Parque Nacional até a Praça Bolívar, misturando ativismo com alegria, dança e liberdade.

SEMANA PELA IGUALDADE Quando: setembro e outubroDurante esta semana, organizada pela Direto-ria de Diversidade Sexual de Bogotá, o respeito e a tolerância tornam-se eixos centrais para bus-car a redução da discriminação e permitir o livre desenvolvimento das pessoas, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero. Algumas das atividades que podem ser desfrutadas durante esta semana são: shows, jornadas acadê-micas e esportivas e um carnaval de luzes e cores.

Halloween FestQuando: finais de outubro ou princípios de novembro Bogotá coloca sua diversidade para brilhar no maior desfile de fantasias realizado no país. Durante uma semana, artistas colombianos e

MISCELÂNEA

Outras experiências de turismo LGBT

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internacionais de música eletrônica oferecem uma ampla variedade de festas inesquecíveis onde a criatividade e a alegria são um requisito para poder fazer parte deste festival.

Barranquilla

Participe do Carnaval de Barranquilla em fevereiro para cair na folia em uma festa cheia de cores que só o Caribe colombiano tem e aproveite a oportu-nidade para viver a Guacherna Gay para se contagiar com a alegria da comunidade LGBT na “La are-nosa” como também é conhecida a cidade de Bar-ranquilla.

La Guacherna GayQuando: entre fevereiro e março Este evento é realizado no âmbito do Carnaval de Barranquilla, o qual é realizado 4 dias antes da quarta-feira de cinzas (entre o final de fevereiro e o início de março). Desfrute de um desfile cheio de folclore e “sabor” que somente os habitantes do Caribe colombiano podem oferecer. A Liberdade de expressão e a rejeição à discriminação são os pila-res desta grande festa.

Cartagena

Em só um lugar, Cartagena oferece a possibili-dade de voltar no tempo através da história onde é possível desfrutar de gastronomia do mais alto nível, fazer compras em um lugar onde se vive uma experiência única entre o artesanal e o moderno, aproveitar a vida noturna do Caribe e visitar praias paradisíacas para relaxar a poucos quilômetros da cidade.

Rumours FestivalQuando: final de julho Desfrute de um festival repleto do melhor que há em música eletrônica nacional e internacional. Durante o festival Rumours, Cartagena se trans-forma no cenário ideal para misturar diversão com uma experiência cultural única na cidade histó-rica.

Cartagena PrideQuando: terceira semana de julho Com uma programação cultural, acadêmica, espor-tiva, musical e de festas que dura a semana inteira, este evento busca visibilizar e apoderar à comuni-dade LGBT da cidade.

Medellín

A capital de Antioquia faz parte da Rede Latino--Americana de Cidades Arco-Íris. Estas são algumas das experiências que podem ser vividas na cidade.

Graffiti Tour Comuna 13 MedellínGraffiti Tour acompanhado por um guia local e com ênfase nos artistas LGBT.

EXPERIÊNCIAS CULINÁRIAS Aulas de culinária típica paisa e visita ao Mercado Municipal Minorista na companhia de um chef LGBT.

VISITA A UMA FAZENDA DE CAFÉ Tour em uma fazenda de café localizada nos arre-dores de Medellín. Cata de café e familiarização com o processo de colheita do grão.

Pub Crawl LGBT MedellínTour noturno em bares, restaurantes e discotecas LGBT.

Outras experiências de turismo LGBT – 015

Outras experiências LGBT em Bogotá

Bogotá HistóricaTour diurno do Centro de Bogotá, Monserrate e La Candelaria acompanhado por guias LGBT.

Community Outing : Graffiti Tour BogotáTour no centro de Bogotá de Grafites acompanhado por guia LGBT.

Pub Crawl LGBT BogotáTour noturno em bares, restaurantes e discotecas LGBT, que inclui apresentações de grupos Drag e uma visita ao Clube Theatron.

Saída ao Clube TheatronExperiência no Theatron, o maior clube LGBT da América-latina.

Aulas de Salsa “Same Gender”Aulas especializadas em salsa para casais do mesmo gênero.

Visita ChapineroTour guiado no bairro Chapinero, o maior bairro LGBT friendly de Bogotá, com visita em algumas das entidades relacionadas com temas LGBT e com o acompanhamento de um guia especializado.

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016 – LGBT

A Colômbia é um país diverso o qual evoluiu junto com o resto do mundo quando passou a reconhecer os direitos das comunidades LGBT e a defender seu jeito de ver o mundo. Isso fez com que os membros dessa comunidade possam amar a si próprios e amar a outros com liberdade e orgulho; possam desfrutar de cada uma das atrações culturais, gastronômicas e entretenimento que as

cidades oferecem.

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TURISMO DE REUNIÕES09. 09.TURISMO DE REUNIÕES

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ÍNDICE

Infraestrutura esportiva — Pág. 34 —

Viagens de incentivo INESQUECÍVEIS EXPERIÊNCIAS DE TRABALHO

— Pág. 28 —

Infraestrutura para congressos e convenções

CENÁRIOS IDEAIS PARA GRANDES EVENTOS

— Pág. 10 —

Casamentos — Pág. 16 —

FOTÓGRAFOS DE CASAMENTOS CONTAM SOBRE SUAS EXPERIÊNCIAS EM QUATRO DESTINOS ROMÂNTICOS

Travel Solutions: Crystal Award

— Pág. 22 —

Excelência em viagens de incentivo

Nos bastidores de uma grande convenção

SEMINÁRIO MARY KAY 2020

— Pág. 04 —

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APRESENTAÇÃO – 03

As praias, montanhas e rios da Colômbia atraem via-jantes ao longo do ano, mas não são a única coisa que fazem com que o país seja atraente. Quando falamos de grandes eventos, a Colômbia está à altura de res-ponder às necessidades das pessoas que precisam se reunir para trabalhar, trocar conhecimentos, fechar negócios e aumentar a produtividade das suas empre-sas.

Segundo dados do Estudo sobre a contribuição econô-mica do turismo de reuniões na Colômbia, em 2018, nosso país foi o palco de quase 68.000 congressos, conven-ções e viagens de incentivo, nas quais 5,2 milhões de participantes estiveram presentes. Tais eventos foram sediados por hotéis, centros de convenções entre outros recintos e deixaram como legado uma receita de aproximadamente 4.000 milhões de dólares.

Entretanto, esses não são os únicos grandes eventos realizados na Colômbia, país que já sediou grandes eventos esportivos como os XXIII Jogos Centro-americanos e do Caribe que foram realiza-dos na cidade de Barranquilla em 2018, ou even-tos matrimoniais dos sonhos os quais geralmente são realizados na cidade de Cartagena e em muni-cípios com grande riqueza arquitetônica e patrimo-

Módulo 09

Turismo de reuniõesnial como nas cidades Villa de Leyva e Barichara, as quais também fazem parte da nossa lista de grandes fortalezas.

Nossa vocação para grandes eventos se reflete nas grandes cidades do país que desenvolveram infraestrutura, adotaram tecnologia de ponta e ofe-recem preços competitivos a nível regional para se tornarem destinos ideais para eventos. Nos municí-pios do interior onde a experiência humana em aten-dimento ao cliente permitiu transformar o passado e a história da Colômbia em matéria-prima para alcan-çar eventos únicos. Quanto ao seu povo, a Colômbia se orgulha de ter pessoas trabalhadoras, guerreiras e dispostas a fazer o possível para deixar o nome do nosso país no topo mais alto.

Além da alegria, ritmo e sabor que caracteri-zam nosso país, a Colômbia é reconhecida por seu profissionalismo, gentileza e criatividade ao realizar projetos. Aqui, trabalhamos para materializar nos-sos sonhos e torná-lo o lugar ideal para realizar os sonhos dos outros. Quem nos visitar trazendo con-sigo uma ideia, encontrará uma equipe de aliados que fará de tudo o que for possível para transformar essa ideia em realidade.

Fonte cifras: Estudo de contribuição econômica do turismo de reuniões na Colômbia, pelo STA Consultores para ProColombia e Fontur.

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Nos bastidores convençãode uma grande

São muitas as mãos que fazem possível que os congressos e convenções organizados na Colômbia atinjam altos padrões de qualidade. A pré-produção e montagem deste evento de beleza e cuidado feminino é o cenário para reconhecer o trabalho desse valioso capital humano.

Seminário Mary Kay 2020

Por Jorge Francisco Mestre

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Nos bastidores convençãode uma grande

T U R I S MO D E R E U N I Õ E S

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06 – TURISMO DE reuniões

Bogotá é a sede de uma ampla variedade de congressos e convenções. Grandes lugares com ampla capacidade e equipamentos completos e de alta tecnologia ope-ram na cidade. No interior dessas estruturas, milhares de pessoas convergem diariamente reunidas em torno de uma atividade ou de um sonho comum. Ao redor delas, centenas de outras pessoas trabalham para tor-nar isso possível. Durante uma ensolarada manhã de fevereiro, enquanto a cidade se move em um ritmo intenso, o Centro de Convenções Ágora se prepara para o início do Seminário Mary Kay 2020.

Faltando apenas 24 horas para o início do evento, Silvia Gómez, supervisora de eventos especiais e reco-nhecimentos da Mary Kay, circula entre os membros da equipe que intervém em todos os detalhes. No pri-meiro andar, cerca de vinte pessoas trabalham em um grupo de painéis impressos com as cores característi-cas da marca de maquiagem e beleza. A poucos metros de distância está o balcão de cadastro, por enquanto solitário, mas pronto para receber no dia seguinte as duas mil mulheres que estarão presentes no evento.

“O conceito deste evento é celebrar não apenas a história da marca na Colômbia, mas também aplaudir a transformação e o empoderamento que milhares de mulheres alcançaram em nosso país, graças à oportu-

nidade que a marca lhes ofereceu”, diz Silvia Gómez, e em seguida destaca: “A experiência que queremos que as nossas convidadas levem consigo é a de reconheci-mento, sucesso e realização”. São 2.002 consultoras de beleza vindas de diferentes partes do país e 60 con-vidadas especiais, diretoras executivas da Colômbia e de outros lugares que acompanharam o crescimento dessa marca.

O processo levou 360 dias de planejamento e envolveu a participação de mais de 70 pessoas em logística e uma equipe de 250 fornecedores. Entre as necessidades específicas mais relevantes de um evento como esse, o lugar onde se realiza é vital: a localiza-ção dentro da cidade, que possua espaços modernos e seguros, dotados e equipados com ferramentas tecno-lógicas de ponta que devem ir de acordo com o público e com o tema.

Nesse quesito, a Colômbia está cada vez melhor preparada. A International Congress and Convention Association (ICCA), no seu Statistics Report Country & City Rankings de 2018, uma escala que mede quantas confe-rências internacionais foram realizadas em 165 países a qual é usada para calcular as vantagens da concor-rência dessas nações no setor, outorgou à Colômbia o 29º lugar, superando países como o Chile, a Rús-

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sia, a Nova Zelândia e a África do Sul. Um lugar que o país conquistou graças aos seus mais de 500 espaços para eventos dos quais 27 são centros de convenções, 455 hotéis com salões e 117 espaços não tradicionais em várias cidades. Claro, por trás de tudo isso está o trabalho dedicado e cuidadoso de profissionais foca-dos em cada detalhe e na organização impecável e per-feita, para que os convidados possam simplesmente desfrutar das programações do evento sem terem que se preocupar com nada.

O centro de convenções Ágora é um exemplo dessa indústria na Colômbia. O prédio foi o resultado de um concurso no qual mais de 110 empresas nacio-nais e internacionais participaram. O projeto vencedor foi apresentado pelo Estudio Herreros da Espanha e pelo arquiteto colombiano Daniel Bermúdez. É uma proposta que visa o topo: 12.000 metros quadrados no interior do prédio que estão aptos para grandes áreas de circulação e permanência, 18 salões com capacida-des que variam entre 20 a 4.000 pessoas no auditório que está localizado no quinto andar; possui elevado-res comuns e de carga, com capacidade de até 6 tone-ladas, escadas rolantes e convencionais, uma cozinha principal no subsolo e duas cozinhas satélite por andar as quais permitem preparar e distribuir alimentos para

um volume gigantesco de participantes , entre outras instalações.

Além disso, Ágora Bogotá se conecta diretamente ao campus de Corferias, à casa de Expoartesanías e à Feira Internacional do Livro, duas das maiores feiras que anualmente enchem de vida a cidade. A cidade e seus municípios vizinhos também oferecem espaços como o Centro de Convenções Tequendama, o Cen-tro de Convenções Compensar Avenida 68, o Centro de Convenções Sheraton, o Castillo Marroquín, o Jar-dim Botânico José Celestino Mutis e a Catedral de Sal de Zipaquirá, entre outros. De fato, isso permitiu a Bogotá capturar 46 dos 147 congressos do tipo ICCA realizados na Colômbia em 2018, o que posicionou a capital em sexto lugar na América Latina em realizar eventos dessa categoria, caminhando ao mesmo ritmo que Buenos Aires, Lima, São Paulo, Santiago do Chile e Cidade do Panamá.

Os congressos e convenções realizados na Colôm-bia são possíveis graças à sinergia transversal que existe entre diferentes atores, como meeting planners, hotéis e organizadores profissionais de congressos e confe-rências. Essa sincronia parte de uma premissa simples: na indústria colombiana de eventos não sobrevive o fornecedor mais forte, sobrevive aquele que trabalha

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08 – TURISMO DE reuniões

engajado e se complementa com os demais. Em con-sequência da vasta experiência, nenhum detalhe é menor ou passa desapercebido. No caso do Seminário Mary Kay 2020, escutamos por exemplo o depoimento de Elvira Rocha, a empresária por trás de Hana, a flo-ricultura responsável pelo fornecimento e decoração do evento. “Aqui temos que montar aproximadamente 400 arranjos de todos os tipos: arranjo de mesas, deco-ração de paredes, grandes vasos para os salões, coisas muito diferentes. Para toda essa logística, conto com a ajuda de 16 colaboradores e conseguimos montar tudo em 3 dias, porque as flores são muito delicadas e exigentes e esse é o tempo máximo para garantir a qualidade e a beleza de todos os arranjos. A Colômbia tem um grande potencial para eventos com esse tipo de decoração graças a sua diversidade de climas e regiões; somente neste evento estamos usando mais de dez flo-res diferentes: rosas, flor-de-cetim, cravos, craveiros, galhos de eucalipto, mosquitinhos, antúrios. Nesta temporada houve tanta exportação de flores devido ao dia de San Valentin que não tínhamos muitas varie-dades para escolher e mesmo assim a decoração ficou fantástica.

O centro do Seminário Mary Kay 2020 foi organi-zado no auditório do quinto andar do Ágora. Três dias antes do evento, cerca de vinte operários na ponta leste do espaço, em frente a uma das duas grandes janelas que atravessam toda a fachada trabalhavam no que era apenas o início da montagem do palco e das luzes.

Então, parecia muito mais fácil perceber a ver-satilidade do auditório, um salão enorme que oferece vários espaços que comportam todo tipo de luzes, cabi-nes de som, telas e decorações que podem ser feitas no chão, nas paredes ou penduradas no teto, onde nada parece restringir a imaginação dos produtores. Um espaço versátil, um palco móvel, uma equipe criativa.

Faltando 24 horas para o início do evento Mary Kay, já existem duas mil cadeiras, um amplo palco com vários acessos dianteiros e traseiros e escadas ilumina-das, três telas ao fundo e duas suspensas no teto no meio do auditório, além de umas trinta luzes, projeto-res e outros tantos equipamentos de som; nesse ponto, a equipe de logística ensaia a dança de luzes e realiza os testes de som em conjunto com a equipe da Mary Kay que analisa qual será a apresentação das suas home-nageadas.

Trata-se de um esforço incansável e tempos pre-cisos. É assim que Kamila Caselles, coordenadora comercial do Ágora Bogotá, descreve: “Por exemplo, este evento tem 2.065 almoços programados, os quais serão servidos na mesa. É o mais alto nível de comple-xidade de serviço; parece simples, mas pensar nesses volumes é outra coisa. Não é um self-service com um balcão. Tempos e temperaturas devem ser cumpri-dos à risca e sem erros. As refeições são preparadas no subsolo e levadas até o salão através dos elevado-res destinados ao transporte de alimentos e deixadas nas cozinhas satélite onde cada prato é armado para

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ser servido. O objetivo e o desafio é o de seguir à risca o horário da agenda do evento. Aqui, a experiência atua um papel muito importe, é ela quem nos dá a segu-rança e a certeza de que tudo sairá perfeito, cumprindo com a mais detalhadas exigências do cliente”.

Ao longo dos anos, a Colômbia se tornou um exemplo de capacidade de serviço para todos os públi-cos, foi sede eventos de grande escala, como o Hay Festival, o Festival Internacional de Música e o Festival Internacional de Cinema em Cartagena de Índias ou o Festival Internacional de Cinema de Cali, isso somente para citar apenas alguns dos segmentos culturais em duas cidades colombianas. E isso, sem contar os mui-tos outros eventos que ocorreram no país nos últimos anos, como o Congresso Latino-Americano de Trans-porte Público e Urbano em 2018 e a Cúpula Mundial das Cidades em 2019, realizada em Medellín, ou a XVI Cúpula Mundial de Prêmios Nobel da Paz e o One Young World, o encontro mais relevante de líderes juvenis do mundo, foram realizados em Bogotá entre 2017 e 2018, respectivamente.

Todos esses eventos são a prova da vida vibrante e da vasta experiência que o país tem em termos de reali-zação de festivais, convenções e grandes eventos.

Kamila enfatiza que o trabalho por trás de um evento dessa dimensão, começa muito antes da pro-dução em si. “Você precisa estudar, conhecer as neces-sidades para poder criar um vínculo. Seu cliente deve perceber que ele pode realmente contar com você e que

está deixando a produção do evento em boas mãos. Isso acontece na negociação, que é o passo anterior ao que você está vendo”.

Enquanto damos uma olhada em um dos salões onde uma dúzia de garçons arruma os numerosos talheres, pergunto a um deles se ele não acha difícil estabelecer um vínculo caloroso em uma negociação com um estranho. “Não é assim, o fato de ter tudo pronto e perceber que você já passou por imprevistos e problemas é o que faz com que o cliente sinta que devido a experiência, você poderá prever qualquer imprevisto de última hora e resolvê-lo rapidamente. Nós colombianos, somos muito engenhosos, recursi-vos e podemos resolver todos os tipos de situações. O objetivo é que o cliente sinta que cada centavo que ele pagou valeu a pena e geralmente conseguimos isso. Nossos clientes ficam satisfeitos e maravilhados. Por exemplo, com a Mary Kay já estamos falando do evento do próximo ano e do ano que segue”.

Ao final da nossa conversa, pergunto a ele por que ele acha que os clientes voltam, sabendo que é um mercado difícil, onde a concorrência é internacional. “A experiência vivida por eles. Isso não é alcançado apenas com equipamentos ou infraestrutura; você fornece isso com um serviço impecável, é claro, mas acima de tudo com a confiança e com a intimidade que você constrói com eles, e isso é algo que você encontra aqui na Colômbia, é algo muito nosso, característico do nosso povo”.

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010 – TURISMO DE reuniões

CaliCAPACIDADE: 6.000 PESSOAS

Cenários ideais para grandes eventosA Colômbia é um país de encontros. Além de con-trastar a diversidade cultural e natural em um só lugar, também atrai visitantes de diferentes origens com interesses comuns, milhares de visitantes que se reúnem em vários congressos e convenções. Essa dinâmica, espalhada por várias regiões, levou à construção de uma infraestrutura que responde ao crescimento constante.

A Colômbia oferece 530 espaços à disposição desses eventos, dentre estes espaços estão centros de eventos e convenções, hotéis com grandes salões e recintos para feiras. Eventos organizados no país, como a XVI Cúpula Mundial de Prêmios Nobel da Paz, o Conselho Mundial da FIFA e o One Young

World reuniram mais de 5.000 participantes, gera-ram quase 2.500 empregos e deixaram claro que o país tem as capacidades necessárias para realizar reuniões em larga escala.

Se o nosso país for o destino escolhido para o seu próximo evento, o passo seguinte é entrar em contato com a organização ProColombia ou com os escritórios de convenções locais que estão prontos para fornecer ajuda especializada e se comunicar com as empresas e atores de acordo com as suas necessidades. Por enquanto, confira o que as cida-des mais importantes do país têm a oferecer e rea-lize o sonho de fazer um congresso ou convenção na Colômbia.

Centro de Eventos Valle del Pacífico

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Centro de Convenções Cartagena de Índias

CENÁRIOS IDEAIS – 011

CARTAGENA DE ÍNDIASCAPACIDADE: 1.508 PESSOAS

BucaramangaCAPACIDADE: 1.700 PESSOAS

Neomundo Centro de Convenções

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012 – TURISMO DE reuniões

MEDELLÍNCAPACIDADE: 5.000 PESSOAS

BOGOTÁCAPACIDADE: 4.000 PESSOAS

Centro de Convenções Plaza Mayor

Ágora Bogotá

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CENÁRIOS IDEAIS – 013

barranquillaCAPACIDADE: 6.000 PESSOAS

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Puerta de Oro, Centro de Eventos

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PEREIRA, PAISAGEM CULTURAL CAFEEIRA CAPACIDADE: 7.000 PESSOAS

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014 – TURISMO DE reuniões

Orquideorama do Jardim Botânico de Medellín MEDELLÍNCAPACIDADE: 3.000 PESSOAS

Recinto del Pensamiento Manizales CAPACIDADE: 250 PESSOAS

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CENÁRIOS IDEAIS – 015

Las Américas Convention CenterCARTAGENACAPACIDADE: 1.800 PESSOAS

Teatro Municipal Enrique Buenaventuracali CAPACIDADE: 1.021 PESSOAS

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Casamentos Fotos e textos: Lagus Media, Ojo de Oz, Jesús Rincón e Diana Zuleta

Existem muitas razões para se casar em nosso país. Várias regiões oferecem paisagens deslumbrantes, beleza arquitetônica e infraestrutura personalizada para esses tipos de eventos. Dezenas de fotógrafos profissionais são testemunhas e responsáveis pela memória desse momento romântico que muda vidas. Nessa matéria eles contam o motivo pelo qual cada destino colombiano é ideal para o seu casamento.

4 fotógrafos revelam os destinos mais românticos da Colômbia

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Casamentos T U R I S MO

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018 – TURISMO DE reuniões

Cartagena é o lugar escolhido por muitos casais para se casar. É uma cidade mágica, cheia de cul-tura e vida onde cada cantinho tem seu charme ...seu “sabor caribenho” é sentido no ar, no seu povo, na sua música e na sua gastronomia. É um destino pitoresco com história, arquitetura, praias e entardeceres mágicos e inesquecíveis.

Tirar fotos em Cartagena é uma delícia, por-que sua arquitetura e paisagem são incríveis, elas mexem com os sentimentos... em cada canto você encontra inspiração. As muralhas geram sensações fortes, as portas com aldravas tornam-se fundos coloridos com boas texturas, uma foto com uma boa profundidade de campo permite apreciar as nuances da cidade.

Tudo isso está em uma área de poucos quilô-metros, como um lugar vivo e em movimento, mas que também oferece apostas garantidas para os olhos fotográficos, sem falar na luz natural que ao cair da tarde, gera um alcance romântico e como-vente ideal para um casamento inesquecível.

Cartagena também tem múltiplas facetas. Do outro lado da imponente cidade amuralhada, o som das ondas preenche o ambiente. Esses fundos mari-nhos representam outro leque de possibilidades para a organização de casamentos e, é claro, para um exce-lente trabalho fotográfico. Existem muitos fotógrafos, planejadores de casamentos, equipes criativas, servi-ços de catering entre outros fornecedores de serviços que encontramos na dinâmica dos casamentos, uma maneira ativa e constante de trabalhar em Cartagena. Ao invés de concorrer nós aprendemos juntos, e essa experiência acaba beneficiando o cliente, neste caso: os organizadores e, principalmente, os noivos.

Lindas fotos podem ser tiradas tanto de dia quanto de noite, e o ambiente de alegria e festa que se respira se presta para que os casais sempre tenham a melhor atitude ... adoramos poder transmitir essa emoção em cada uma das fotos que criamos. Afinal, as fotos de casamento são a única memória tangí-vel que resta para os noivos de um dia mágico e que jamais se repetirá.

Cartagena de ÍndiasLagus Media@lagusmedia

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As ruas de paralelepípedos, a arquitetura colonial, o clima quase perfeito e a atitude acolhedora de seu povo fazem de Barichara uma cidade encantadora. Sua localização no departamento de Santander é ideal, pois possui fácil acesso a partir de Bucaramanga e saída para outras áreas turísticas que também ofere-cem lugares fantásticos e cheios de história.

Por essas razões, é compreensível que nos últi-mos anos esse destino turístico esteja crescendo e, principalmente, que esteja se posicionando como um lugar dos sonhos, ideal para a realização de casamentos. Cada vez mais aumenta o número de casais que estão optando por unir suas vidas neste lugar romântico. Como fotógrafo, é positivo para mim que um destino como esse se torne recorrente: a infraestrutura cresce engajada com as necessida-des específicas desses visitantes e a experiência nos permite identificar lugares, horários e dinâmicas que contribuem para um registro perfeito desse momento, o qual também é perfeito e inesquecível.

A fotografia tem a magia de imortalizar cada momento. Esse privilégio de somar o seu olhar a uma recordação que será preservada por outros, também implica uma enorme responsabilidade. Em nossas mãos está aquele dia único, em que os noivos compartilham esse momento com sua família e amigos, no qual se respira uma atmosfera cheia de amor, alegria e muitas emoções, tudo isso deve ficar refletido e vivo nas imagens.

Barichara torna esse trabalho mais fácil. Não é apenas fotogênica como pano de fundo para os casais e acompanhantes, é também estimulante, divertida e descontraída para quem a visita e essa boa energia e bem-estar clicados pela câmera tam-bém são revelados nas fotos.

Encontramos amor e emoções em todos os cantos desta bela cidadezinha, nos perdemos por suas paisagens e arquitetura única, e os noivos des-frutam desse paraíso durante todo o seu inesquecí-vel dia. A câmera ama Barichara.

BaricharaOjo de Oz - Nicolás Zuluaga@ojodeozbodas

CASAMENTOS – 019

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020 – TURISMO DE reuniões

Descreveria Santa Marta como um destino turís-tico por excelência. E se me perguntarem sobre o lugar perfeito para um casamento, eu também diria que toda essa área oferece infinitas possi-bilidades para essa ocasião única. Possui ótimas praias, sol, espaços abertos, ambientes tropicais, além de áreas de vegetação abundante, riqueza cul-tural, o incrível Parque Nacional Natural Tayrona e a grandiosa Serra Nevada de Santa Marta. Mas definitivamente a principal atração que as pessoas buscam é a praia, e a paisagem não as decepciona: areias brancas, horizontes azuis, o sol sempre pre-sente e uma vitalidade na praia que contrasta com a atmosfera pacífica da montanha. Cada pôr do sol em Santa Marta é diferente do anterior. A luz se comporta com a mesma liberdade que as pessoas da região, descontraídas, tranquilas e festeiras, os habitantes locais complementam a experiência de visitar este destino paradisíaco e tornam cada casa-mento uma comemoração excepcional. Acostuma-dos a encontros constantes com visitantes de todo o mundo que chegam à baía, a gentileza e o serviço

prestados por eles são espontâneos e naturais. Os casamentos também se tornaram uma forma de encontro frequente nesta cidade, e tanto fotógra-fos quanto planejadores de casamentos foram se moldando a isso.

Nosso trabalho de tirar fotos para casamentos −e supervisionar o pôr do sol− representa algo sem precedentes: o encontro de duas vidas, uma família que nasce e reúne amigos de toda uma vida e suas duas famílias; isso nos dá a responsabilidade de capturar esses momentos de união e comemoração com honra, prazer e muita paixão. Realizar esse tra-balho nessa linda cidade da Colômbia acaba sendo um privilégio, pois, além de suas paisagens, neste lugar há o encontro de 4 culturas indígenas diferen-tes que permitem aos noivos realizarem cerimônias de limpeza espiritual com os Mamos −chefes de cada grupo étnico− antes do casamento, assim como ceri-mônias indígenas que podem transformar este ato matrimonial em um momento muito mais especial e único para os noivos que preferem sair dos rituais e cerimônias tradicionais.

Santa MartaJesús Alberto Rincón@jesusrinconfoto

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Casamentos – 021

Villa de Leyva é uma maravilha visual para qual-quer fotógrafo. Suas ruas de paralelepípedos, a harmonia de suas casas brancas, sua paisagem desértica de tons quentes e seu povo de ruana (lenço típico) e chapéu fazem desta emblemática cidadezinha colombiana um dos destinos mais desejados pelos fotógrafos para expressar sua cria-tividade. Passear pela praça principal e se perder entre as ruelas com casas coloniais tirando fotos, é como fazer uma viagem no tempo, é um lugar mágico.

Retratar um casamento é compartilhar um dia muito especial com pessoas que se amam e que estão no limite das suas emoções, nesse dia exis-tem milhares de sorrisos e lágrimas de alegria e essas são as fotos que eu sempre procuro ter, esses momentos preciosos que duram segundos os quais voltarão à memória em forma de fotos.

Quando um casamento se realiza em um lugar maravilhoso como Villa de Leyva, nosso traba-

lho consiste em capturar essa perfeição, quando o espaço natural é assim de surpreendente, não existe a necessidade de enfeitar nada, a composi-ção da fotografia é feita pela paisagem. Além disso, as pessoas que escolhem Villa de Leyva como des-tino para realizar seu casamento, são pessoas com alma aventureira e itinerante, apreciam a essência dos lugares, a sensibilidade da arte e da cultura das cidadezinhas autênticas. É necessário que o casal dedique tempo suficiente para as fotografias, que percorram a cidade no dia do casamento e dias antes para expandir o registro em locais próximos, como os poços azuis, as vinhas ou o deserto.

Quando há um bom fotógrafo, além de tirar as fotos normais esperadas −como o beijo da cerimô-nia, a primeira dança dos recém-casados e as fotos de grupos familiares− ele também é o responsável por fazer um registro documental e emocional no qual se reflete a verdadeira essência de amor e feli-cidade dos noivos e convidados.

Villa de LeyvaDiana Zuleta@dzuletawp

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Uma empresa do departamento de Antioquia recebeu o Prêmio à Excelência em Viagens de Incentivo, um dos mais importantes reconhecimentos desse meio no mundo. Sua história é a mesma de muitos projetos que abrem o país para o mundo com criatividade, talento e muito trabalho.

GRANDES EVENTOS

Travel Solutions:Crystal Award

Excelência em viagens de incentivo

Texto: Angel Unfried

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Excelência em viagens de incentivo

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024 – TURISMO DE reuniões

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Bogotá foi o destino escolhido para a viagem de incentivo da empresa mexicana Inmunotec. Imagem do cerro tutelar de Monserrate,

O centro histórico da capital colombiana oferece uma grande riqueza arquitetônica e uma ampla oferta cultural que atrai visitantes de todo o mundo.

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EXCELÊNCIA EM VIAGENS – 025

Uma agência de viagens hoje significa algo muito diferente do que significava há algumas décadas. Em meio às grandes mudanças no modo de viajar, algumas agências desapareceram e outras se trans-formaram. No comando da Travel Solutions, Sergio Velásquez viveu essas mudanças como uma expe-riência familiar e a vincula a tudo o que aprendeu com seu pai. Como empresário enfrenta as cons-tantes mudanças desse negócio que o ensinou mui-tas coisas novas, dentre elas como abrir-se para o mundo. Este ano, a Travel Solutions recebeu o Prê-mio Crystal Award na categoria Excelência em via-gens de incentivo: América Latina e o Caribe. Este prêmio é na realidade o reconhecimento a um tra-balho cultivado por anos.

A história começa com Viajes Génesis, empresa fundada pelo pai do Sergio em Medellín em 1989. “Meu pai gostava de inovar e experimen-tar várias linhas de negócios. A empresa foi enqua-drada no âmbito de turismo receptivo, mas naquela época tinha dificuldades para prosperar. Foi então que decidimos iniciar paralelamente um projeto que nomeamos Certámenes y Eventos, que tinha muitas frentes de trabalho, entre elas ser operadora de turismo, agência de viagens, operadora de even-tos, tudo o que tivesse a ver com turismo receptivo, até publicamos uma revista ... a agência era muitas coisas ao mesmo tempo e com pouco orçamento”.

Sergio fala com emoção e um leve sotaque de Antioquia sobre essa empresa Gênesis onde tudo começou, e se orgulha ao detalhar às engenhosi-dades, façanhas e a perseverança que ele e seu pai desenvolveram para seguir em frente. Por volta de 2002, a visão que eles tinham começava a encon-trar um horizonte num contexto ideal para um pro-jeto focado na crescente dinâmica de negócios de Medellín naqueles anos.

O potencial empresarial da cidade atingia um ponto muito alto, mas Medellín não figurava nos círculos turísticos como um destino atraente para viajar, devido a sua história ainda recente que envolvia muitos problemas de segurança. Em meio a essa lacuna entre a situação da cidade e sua imagem frente ao mundo, os governos locais e investidores privados estavam trabalhando para posicionar a cidade como um destino para eventos, convenções e negócios. Além dos esforços associa-dos à cultura cidadã e à renovação urbana, projetos de infraestrutura, como a construção do centro de eventos Plaza Mayor, visavam uma redefinição do perfil da cidade.

Conforme Medellín foi ganhando terreno nos roteiros de turismo de reuniões e eventos, Ser-gio Velásquez identificou o lugar que sua empresa poderia ocupar nesse esquema: “Quando come-çamos a ver os diferentes atores que fazem parte da cadeia de turismo de reuniões, percebemos a importância do operador turístico receptivo e sen-timos que a cidade não tinha tais operadores; eles existiam, mas não eram muitos e estavam comple-tamente desconectados do resto da cadeia. Para preencher essa lacuna, reunindo a experiência que trazíamos das empresas Génesis e Certámenes y Eventos, no dia 1º de maio de 2005, fundamos a Travel Solutions”.

A experiência saiu para brilhar. Uma das prin-cipais formas pelas quais um projeto desse tipo encontra seu lugar é a gestão interinstitucional: essa compreensão de que são necessárias muitas mãos e a participação de uma longa lista de par-ceiros para desenvolver uma experiência capaz de engajar e fechar brechas. Nesse processo de esta-belecer relacionamentos, tocaram as portas da ProColombia e Cotelco, e foram até a Câmara de Comércio de Medellín onde encontraram opor-tunidades valiosas as quais souberam aproveitar muito bem. A lista de viagens que eles começaram a organizar desde então é muito longa. Em várias dessas experiências, começaram a testar as habi-lidades e a enfrentar os desafios que, mesmo sem saber, os preparariam para uma de suas viagens de maior sucesso: a que organizaram em 2018 e que lhes faria merecedores do Crystal Award.

Vamos devagar: em 2005, no mesmo ano em que foi fundada, a Travel Solutions foi a opera-dora de turismo da Assembleia de Confecámaras, um evento que reuniu 2.350 pessoas. Posterior-mente, eles foram responsáveis pela operação do Fórum de Convivência Cidadã não qual 200 prefei-tos de todas as regiões do país estiveram presen-tes; nesse projeto, eles enfrentaram um desafio particular: haviam preparado uma experiência nas comunidades conhecidas como comunas, oca-sião em que estava sendo construída a Biblioteca Espanha. Como parte do roteiro, antes de subirem para a comuna, planejaram levar o grupo inteiro em um vagão do metrô de Medellín que foi reser-vado exclusivamente para eles; um esforço de ges-tão, logística e precisão que eles conseguiram superar com sucesso. Essa experiência contribuiu para que eles fossem eleitos para coordenar qua-tro eventos simultâneos em torno à inauguração da

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026 – TURISMO DE reuniões

mesma biblioteca em 2006. Coordenaram a agenda paralela dos escritores e dos membros das acade-mias de idiomas reunidos neste encontro, no qual o rei da Espanha esteve presente. Outros eventos foram surgindo com uma sequência de fóruns com ex-presidentes, assembleias da OEA e do BID, even-tos do Ministério das Relações Exteriores e uma lista longa e variada de desafios onde cada um era diferente do anterior.

Precisamente é aí onde reside o trabalho sem-pre surpreendente de operar viagens de incen-tivo: é um processo constante de redescoberta do ambiente através dos olhos frescos e curiosos e com olhares diferentes de novos visitantes. Na Colômbia, o turismo de negócios tem a seu favor uma crescente infraestrutura hoteleira, serviços e instalações; ao longo dos anos, uma rede de rotas e conectividade foi se consolidando, aproveitando as vantagens da localização estratégica da Colôm-bia no continente a qual contorna a rica e complexa topografia entre as regiões do país; experien-tes operadores que durante anos tem organizado grandes eventos internacionais estão prontos para responder às particularidades de cada novo desa-fio. No entanto, o extraordinário capital humano com essa característica muito colombiana é o que potencializa tudo isso. Esse é o diferencial mais significativo que as agências colombianas ofere-cem, não apenas a Travel Solutions, mas também as muitas operadoras que em cada canto do país organizam experiências inovadoras que convidam a descobri-las com novos olhos. Não é apenas uma atitude para um bom serviço com amabilidade e carisma, mas uma enorme criatividade que parece cobrir com um véu completamente diferente cada cidade, para cada viagem, baseando-se sempre na atenção e nos detalhes.

Todos esses pontos fortes convergem na orga-nização da viagem de incentivo para os funcioná-rios da empresa mexicana Inmunotec: que lhes rendeu o prêmio de excelência nos Crystal Awards. “A viagem de incentivo da Inmunotec é um evento que a ProColombia tinha mapeado do seu escritó-rio no México há muito tempo, com a intenção de que esse grupo de funcionários viesse à Colôm-bia onde se reuniriam no centro de Convenções de Bogotá. O próximo passo foi entrar em contato com a Travelier, que tinha o papel de meeting planners do projeto”. Nesse momento, com a gestão estra-tégica resolvida, Sergio Velásquez passa o bastão para uma pessoa chave, a qual tornou possível essa

organização complexa e meticulosa: Alexandra Madrid.

A parte mais difícil deste projeto foi articular suas dimensões e tudo o que envolve a coordenação de um grupo tão grande. “No total, das 1.200 pes-soas que confirmaram presença, 1.050 vieram as quais separamos em dois grupos para fazer via-gens backto-back. Esse é o lado do cliente, apenas os viajantes, mas também é preciso levar em con-sideração a coordenação de 10 pessoas de seu staff e a nossa equipe, composta por quase 80 pessoas entre logísticos, guias, coordenadores ”, lembra Alexandra.

A decisão de escolher Bogotá como destino, e não Medellín, foi devido à sólida oferta de hotéis e serviços que a capital tem para responder às neces-sidades de um grupo tão grande. As condições de uma metrópole atuam a favor nesses casos, como afirma Alexandra: “Bogotá, com sua gastronomia, essência de lugares e infraestrutura de uma capi-tal, permite que tudo seja muito mais fácil para um evento desse porte. Eu amo, devido a que aqui sem-pre há diferentes programas de cultura, comércio, lazer; se você quiser sair, a cidade responderá gene-rosamente ao que você busca”.

Com relação à escolha da cidade, a gerente comercial e de marketing do Convention Bureau de Bogotá concorda com as vantagens oferecidas pela capital: “Um dos pontos fortes da capital em termos de viagens de incentivo é que aqui se reú-nem todas as culturas do país, então é possível ter acesso a inúmeras experiências que podem fazer um breve resumo de amostras folclóricas, musi-cais e de todos os tipos que são vistas no resto da Colômbia. Além disso, Bogotá está absolutamente concentrada no tema das experiências além das atrações turísticas; portanto, há degustações de bebidas alcoólicas, experiência com o café, algo que muitos pensariam que só pode ser feito no Eixo Cafeeiro, mas que é possível em Bogotá devido à proximidade com fazendas especializadas. Além disso, focamos no legado dos eventos e é por isso que existem alguns toures maravilhosos neste momento, que apoiam empreendimentos sociais, que nasceram como uma resposta ao processo de paz no país”.

Após mais de um ano de preparativos e com o apoio de um grupo de estudantes do Sena, a expe-riência começou em novembro de 2018. O tour pela cidade teve vários eixos, entre eles o centro histó-rico com seus espaços arquitetônicos e de grande

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EXCELÊNCIA EM VIAGENS – 027

A Catedral de Sal de Zipaquirá, construída no interior de una mina, é um lugar fantástico no qual os viajantes da Inmunotec viveram experiências de muita emoção.

valor cultural como: Monserrate, o Chorro de Que-vedo e a Praça de Bolívar. A capital do país é tam-bém o eixo de um circuito regional que integra pontos próximos como a cidade de Zipaquirá. Justo na Catedral de Sal deste município, a equipe orga-nizadora viveu uma das mais emotivas anedotas: “Estávamos realizando a organização sonora, tudo já estava pronto e o cliente vinha entrando na Cate-dral, uma entrada de 20 a 30 minutos. Justo neste instante houve um blecaute na Catedral de sal e não havia uma só parte iluminada. Foram minutos de muita tensão, mas quando os clientes chegaram, quase 600 pessoas, incluindo toda a administra-ção da Inmunotec, as luzes acenderam e sentimos que a tensão havia sido transformada em uma nova energia.

Nessa mesma noite, um dos participantes da viagem propôs casamento a sua parceira durante o jantar”. São essas histórias e esses momentos de emoção que enriquecem e tornam inesquecível uma experiência como essa: uma viagem de incen-tivo bem preparada cria uma nova narrativa que permite ver um destino conhecido com olhos total-mente diferentes ou descobrir um novo destino de um jeito inesquecível.

Resolver problemas, driblar dificuldades e ver como a preparação é acompanhada de boa sorte é uma parte satisfatória, mas o que mais orgulhece equipes como a da Alexandra Madrid na Travel Solutions é o agradecimento e a emoção dos via-jantes naquele instante no qual eles não querem voltar para casa. Como ela mesma lembra: “No dia em que saíram em direção ao aeroporto, a partir das 4:00 da manhã, choraram, abraçaram todos os membros da equipe e nos disseram um sincero muito obrigado, a maioria deles, com lágrimas se despediram de nós dizendo que jamais haviam imaginado que essa seria uma viagem tão emotiva e tão especial, devido a que o tratamento que rece-beram além de profissional foi carinhoso. Essa é a grande satisfação de cada evento que realizamos, que as pessoas saiam com um pedacinho nosso e da Colômbia ”.

Esses sorrisos e lágrimas no final da viagem fazem parte da colheita dos frutos plantados há anos, graças a uma herança de ética profissional e criatividade que passou de uma geração para a seguinte, da Genesis à Travel Solutions, com mui-tas mudanças, mas com uma constante: a excelên-cia.

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028 – TURISMO DE reuniões

Experiências inesquecíveis com a sua equipe de trabalhoEm nosso país, negócios e prazer podem ser misturados. Viagens de incentivo representam experiências gratificantes para os colaboradores e a Colômbia está cheia de lugares ideais para vivê-las. Como são organizadas essas viagens? Confira aqui os bastidores.

Quando você decide reconhecer o desempenho da sua equipe de trabalho com uma viagem de incentivo, está adquirindo experiências únicas projetadas sob medida, as quais não poderiam ser alcançadas de nenhuma outra maneira. Por exemplo, seus funcionários podem visitar uma cidade como Cartagena por conta própria e viver esse lugar extraordinário, mas ao chegar em uma viagem de incentivo, as possibilidades dessa experiên-cia são ampliadas: um leque de oportunidades excep-cionais se abre, tais como jantar em um barco pirata ou competições em corridas de obstáculos na cidade amu-ralhada. Uma cidade única revela novas facetas nesse tipo de viagem.

A Colômbia possui uma ampla oferta de quali-dade de empresas dedicadas exclusivamente a viagens de incentivo, congressos e convenções, turismo de reuniões e grandes eventos (Destination Management Companies). A organização de cada viagem envolve grandes equipes de pessoas que garantem a perfeição em cada programa: guias e acompanhantes, transporte pouco convencional, como ônibus Chiva e limusines, restaurantes, hotéis, cantores, dançarinos, artistas e outros seres humanos que construirão uma experiên-cia inesquecível. Uma cidade como Cartagena não ape-nas possui uma infraestrutura hoteleira ideal, espaços excepcionais e uma ampla gama de experiências, mas também há especialistas em dar uma volta criativa a essas experiências, além de uma equipe humana que compartilha um serviço de qualidade e um conheci-mento vivo da riqueza diversificada desta cidade. Os pacotes em cada cidade são projetados exclusivamente para você e para as necessidades da sua empresa. Na Colômbia, as possibilidades são infinitas. A seguir con-fira algumas opções nas regiões mais especiais do país.

Bogotá

A capital da Colômbia é o melhor exemplo de que os negócios podem sim ser misturados com prazer. Em Bogotá, os hotéis, os centros de convenções e os com-plexos empresariais foram projetados desde o início

como um organismo vivo para permitir que o viajante cumpra com seus compromissos comerciais e, ao mesmo tempo, aproveite o tempo para desfrutar entre as ruas que respiram arte urbana, restaurantes gourmet ou barraquinhas de rua que oferecem lanches e refei-ções deliciosas, assim como espaços de entretenimento noturno com boa música e as melhores bebidas.

A cidade oferece aos visitantes a oportunidade de aprender e desenvolver habilidades fundamentais para o empresário empreendedor do século XXI: liderança, comunicação e criatividade. O contato direto com as pessoas que transitam por essas ruas cheias de arte e engenhosidade serve para despertar as habilidades que estavam adormecidas dentro de cada viajante. Bogotá possui um dos maiores centros empresariais do país que oferece uma constante programação de feiras de grande porte, além de um amplo catálogo de museus e galerias de arte e um número significativo de universi-dades de alto nível.

A temperatura média da cidade é de 14 ° C.

ESTE É O GOSTINHO QUE TEM O CORAÇÃO DA COLÔMBIA Onde: diferentes restaurantes de BogotáDuração da experiência: 3 horasBogotá é o lar de pessoas de todos os cantos do país. A gastronomia da cidade é um encontro cultural de sabores deliciosos. Os pratos típicos mais característi-cos da Colômbia estão nas ruas da cidade. Experimente as receitas que dão sabor aos nossos dias, visite o mer-cado municipal repleto de frutas tropicais, coma nos melhores restaurantes de rua e experimente as comidas e bebidas que são diariamente servidas nas mesas dos colombianos. Um tour para lamber os dedos.

A ARTE URBANA INVADE AS RUAS Onde: ruas de BogotáDuração da experiência: 3 horasAs ruas de Bogotá brilham com luz própria. Os muros de muitas das avenidas da cidade são amostras vivas da melhor arte urbana. Neste tour veja os grafites tão altos quanto um prédio e desenhos que vão te deixar de boca

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A Colômbia oferece experiências culturais envolvidas pela música e pela dança, ideais para viagens fora do convencional. Cali, Vale do Cauca.

aberta. É a oportunidade perfeita para perguntar tudo o que você sempre quis perguntar: como eles fazem isso? Quais materiais eles usam? O que significam gra-fites que são apenas letras? Como eles obtêm licenças? Como posso ser a próxima estrela do grafite?

UMA CATEDRAL A 180 METROS DEBAIXO DA TERRA!Onde: Zipaquirá Duração da experiência: 6 horas Distância de Bogotá: 49 km; 1 horaA Catedral de Sal de Zipaquirá é um recinto constru-ído a 183 metros de profundidade em uma maravilhosa mina de sal. Dentro dela, há uma riqueza artística tra-dicional inestimável, em um percurso projetado para viver a experiência de mineração entre odores aromá-ticos fortes e suaves que despertam os sentidos. Para finalizar o dia, pratique um pouco de tejo, esporte inventado no interior da Colômbia e, portanto, o mais tradicional da região.

Cartagena

É a cidade turística mais importante do litoral Caribe colombiano. O clima faz de Cartagena um lugar mágico para trabalhar e descansar em proporções iguais.

As reuniões de negócios em Cartagena são cerca-das por uma aura especial, isso devido ao barulho do mar que chega e acaricia os ouvidos, sopra seu delicado

som que mais parece contar uma história e sol morno e fresco que pinta de dourado tudo o que toca. Quem não quer esse incentivo? Acordar com o mar Caribe batendo na janela e descansar nos casarões coloniais.

O centro histórico de Cartagena tem mais de 500 anos e está cercado por uma muralha colonial que envolve de magia as ruelas de paralelepípedos por onde transitam os vendedores de frutas tropicais, doces típi-cos e bebidas bem geladas que parecem imunes ao sol. Tudo isso faz com que a cidade seja um destino ideal para aumentar a criatividade, a escuta e a abertura a novas experiências. Não é à toa que é uma das princi-pais cidades para viagens de negócios no país. Carta-gena conecta em primeira mão qualquer empresário ou colaborador com o mundo.

A temperatura média da cidade é de 28 ° C.

VIVA A EXPERIÊNCIA DE SER PIRATA POR UM DIAOnde: ruas da cidade e Castillo San Felipe Duração da experiência: 4 horasImagine-se navegando nos mares com um tapa--olho e um papagaio no ombro? Percorra pela baía de Cartagena a bordo de um autêntico navio pirata, usando acessórios como chapéus e ganchos e sendo atendido por garçons fantasiados. Durante o tour, encontre alguns tesouros, desfrute de um dia cheio de comida, coquetéis, música e shows ao vivo, assim como um verdadeiro capitão do século XVI faria. Levantar ancoras!

VIAGENS DE INCENTIVO – 029

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CORRIDA DE OBSERVAÇÃO NA CIDADE AMURALHADA Onde: centro histórico da cidade Duração da experiência: 2 horasPercorrer a cidade amuralhada de Cartagena é bom, mas fazer isso em grupo é ainda melhor. Participe com seus colegas, de corridas de observação para encontrar tesouros em diferentes partes da cidade. Aprenda sobre a história deste centro histórico em equipe, enquanto se divertem com boas risadas e piadas.

NOITE EM UM CATAMARÃ DE LUXO Onde: baía de Cartagena Duração da experiência: 3 horasDesfrute de uma viagem noturna tranquila pela baía de Cartagena a bordo de um catamarã de luxo. Comece a noite com uma recepção interativa com palenqueras (baianas) e trupes musicais tradicionais cheias de cor e vida. Após isso, aproveite a brisa, a lua e as estrelas enquanto bebe coquetéis e come comida fresca prepa-rada exclusivamente para você. Durante a viagem, uma contagiante e movida música ao vivo os acompanhará.

Medellín

A cidade das flores. A cidade da eterna primavera. Medellín é um sonho para viajantes de negócios, por-que é a capital colombiana da criatividade e inovação. Em 2013, foi reconhecida como a cidade mais inova-dora do mundo e, como todo empresário sabe, nada disso seria possível sem um ambiente propício para

jogos e entretenimento. O clima quente e as flores em cada rua, praça e parque despertam os sentidos dos via-jantes para tornar a visita uma alegria constante.

Medellín é uma cidade que oferece moda, tecnolo-gia e música para quem decide descobri-la. O ambiente é ideal para os negócios e para cultivar criatividade, transformação e responsabilidade social em emprega-dores e colaboradores. Em resumo, Medellín é o centro de negócios do país devido a que conseguiu entender melhor do que ninguém que um incentivo é uma opor-tunidade de aprendizado misturada com diversão.

A temperatura média da cidade é de 24 ° C.

SEJAM BEM-VINDOS À CIDADE DA MODA COLOMBIANA Onde: ruas de MedellínDuração da experiência: 4 horasA moda colombiana nasceu em Medellín. Confira em pri-meira mão o mundo do design, modelagem, fotografia e maquiagem, visitando as butiques de alguns dos melho-res designers da cidade. Aqui você pode ver o trabalho de artistas que resgatam a tradição tradicional e o artesanato indígena do país e participam de processos sociais para tornar a moda uma experiência compartilhada por todos.

ESCALAR A PEDRA DO PEÑOL Onde: cidade de Guatapé Duração da experiência: 8 horas Distância de Medellín: 85 km; 2 horasGuatapé é uma das cidades mais bonitas da Colômbia. A apenas algumas horas de Medellín, é a oportunidade

Conhecer uma grande cidade como Bogotá é um excelente incentivo para os amantes do entretenimento e para novas experiências.

09_VIRTUE_PC_RTURISMO_MODULO_MICE_FINAL-PT.indd 3009_VIRTUE_PC_RTURISMO_MODULO_MICE_FINAL-PT.indd 30 20/05/2020 11:35:0620/05/2020 11:35:06

VIAGENS DE INCENTIVO – 031

perfeita para caminhar entre ruas de paralelepípedos e casas pintadas de todas as cores do arco-íris. Em Gua-tapé, está a Pedra del Peñol, uma rocha de 220 metros de altura que você e seus colegas podem subir a pé para aprimorar o trabalho em equipe, a comunicação, o exer-cício e dar boas risadas.

ARME UMA AUTÊNTICA SILLETA DE FLOREsOnde: Medellín Duração da experiência: 4 horasTodos os anos Medellín se enche de flores de várias cores. O desfile de Silleteros (senhores que desfilam car-regando lindos arranjos de flores nas costas) faz parte de uma longa tradição na qual as famílias camponesas cultivam flores e as organizam com beleza e criatividade sobre uma armação chamada silleta formando um belo arranjo de flores o qual é carregado nas costas dos sille-teros por algumas horas durante o desfile. O show é sur-preendente. Você pode aprender sobre essa tradição e armar seu próprio arranjo de várias cores pois são mais de 80 variedades de flores da região.

Paisagem Cultural Cafeeira

Grande parte do café da Colômbia é cultivada em uma região composta por quatro departamentos: Caldas, Risaralda, Quindío e norte do Vale do Cauca.

A Paisagem Cultural Cafeeira é uma sucessão de montanhas que constroem uma paisagem cheia de silên-cio e tranquilidade. Isso torna a região um lugar atraente

para negócios e incentivos, porque, como todo bom empresário sabe, os melhores negócios surgem com a cabeça fria, o coração calmo e uma boa xícara de café sobre a mesa. A Paisagem Cultural Cafeeira está com-posta por paisagens espetaculares que renovam a ener-gia e os aromas de frutas e cafezais que arejam a mente. Nada mais vigoroso do que amanhecer com o cheiro de café fresco e as montanhas no horizonte. Esta região, forte em artesanato e gastronomia, é escolhida pelos melhores empresários para promover a paciência, a tomada de decisões, o comprometimento e o espírito de aventura. Um destino longe do barulho para incentivar, reconhecer e fortalecer um bom desempenho laboral.

A temperatura média da região é de 18 ° C.

UM CAFEZINHO, POR FAVOR Onde: Armenia, Manizales ou PereiraDuração da experiência: 3 horasA cultura do café é tão rica e poderosa quanto o aroma do seu arbusto. Confira de perto o processo de cultivo, colheita e processamento de um dos melhores grãos de café do mundo. Desfrute de uma xícara quente, feita com grãos moídos na hora. E sinta-se como um verda-deiro cafeicultor.

MONTE A CAVALO COMO TODO UM ARRIERO Onde: arredores de Armenia, Manizales ou PereiraDuração da experiência: 6 horasO arriero (vaqueiro) é o personagem tradicional desta região. Ele usa um poncho no ombro, um chapéu de

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032 – TURISMO DE reuniões

aba curta e um cavalo como melhor amigo. Seja você também um arriero por um dia. Desfrute da paz de uma boa cavalgada entre paisagens incríveis, assista a expo-sições de cavalos e desfrute de uma boa refeição na montanha. E claro, tente imitar o sotaque.

BORA PLANTAR ÁRVORES, SÓ QUE AS MAIS ALTAS DO MUNDO!Onde: Vale do Cocora, QuindíoDuração da experiência: 2 horasPlantar uma árvore é o gesto mais generoso que existe. É dar algo sem esperar nada em troca. A Palma de Cera, a árvore nacional da Colômbia, é a espé-cie mais alta do mundo. Sua altura máxima excede 60 metros e pode viver por mais de 200 anos. Viva a experiência de plantar uma dessas árvores majesto-sas no meio de uma floresta cheia delas, enquanto desfruta de uma caminhada ecológica de primeira classe.

Confira como funcionam as viagens de incentivo em três passos:

1. Escolha entre reconhecer um trabalho individual, um trabalho em grupo ou ambos na sua empresa. No primeiro caso, a viagem visa recompensar o excelente desempenho de um único trabalhador durante o período laboral; e, no segundo, recompensar a comunicação e a sinergia de uma equipe inteira que obteve um desempenho superior.

2. Defina as metas a serem atingidas e os mecanismos de avaliação a nível individual e/ou coletivo; aqueles que

OBTENHAS MAIS INFORMAÇÕES AQUI.

Do café múltiplas experiências são derivadas, como visitar cafezais e um passeio de jipe Willys. Eixo Cafeeiro.

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atingirem essas metas serão selecionados. As viagens de incentivo são ideais para recompensar o desempenho no trabalho e a apropriação dos valores empresariais por parte dos colaboradores. É uma ferramenta perfeita para sincronizar a empresa com sua equipe humana. Além disso, você pode planejar mais de uma viagem de incentivo e organizá-las em um terceiro, segundo e primeiro lugar e assim reconhecer o trabalho de vários colaboradores.

3. Finalmente, os trabalhadores selecionados desfrutam de uma viagem escolhida por você para destinos que estimulam a criatividade, a liderança e um espírito de colaboração. É importante levar em consideração o fato de que uma viagem de incentivo exige entre 6 e 12 meses de planejamento antecipado para que seja uma viagem bem-sucedida e especial.

Quais são os benefícios dessa viagem?• Fomenta os valores associados à empresa.• Constrói lealdade, engajamento e empatia entre os

colaboradores da empresa.• Reforça a comunicação e o trabalho em equipe entre os

colaboradores.• Melhora a motivação e o bem-estar dos colaboradores.• Diminui o estresse laboral.• Facilita o cumprimento das metas empresariais.• Melhora a produtividade da empresa.• Consolida uma boa imagem da empresa.

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LÍDER NA AMÉRICA LATINA PARA VIAGENS DE INCENTIVO 67.951 EVENTOS

Colômbia: Um destino para turismo de reuniões

5,2%JUNTO AO BRASIL E A ARGENTINA

desses eventos foram reuniões

corporativas

59,5%

dos eventos realizados são para programas

de incentivo

DO DEPARTAMENTO

FORAM GERADOS 218.315 EMPREGOS DIRETOS E INDIRETOS

CARTAGENA É A GRANDE ATRAÇÃO

das viagens de negócios no

departamento Bolívar são de incentivo,

congressos ou seminários

TURISMO DE REUNIÕES E O LUCRO PARA O PAÍS

5,2 MILHÕES de participantes nacionais

e internacionais de quartos ocupados por noite

25% DESSES 4 MILHÕES

com esses eventos

6%

Os centros de convenções representam

escolhidos

participantes são nacionais

2% do PIB nacional

escolhidos para estes eventos são hotéis com infraestrutura

14% DOS LOCAIS 70% DOS LOCAIS

Os eventos realizados em 2018 geraram uma receita total de

ou seja, 0,43% do PIB

A indústria de turismo de reuniões representa

USD 2.451 MILHÕES,

Em 2018 foram realizados

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034 – TURISMO DE reuniões

Infraestrutura esportiva

C A L I

D I S C I P L I N A

Estádio Olímpico Pascual Guerrero

Estádio de Beisebol Édgar Rentería

38.000

12.000

Futebol

Basebol

Declarada Capital Americana do Esporte em 2019 pela organização Aces Europe, a capital do Vale do Cauca possui 4 unidades esportivas e mais de 100 cenários, dos quais 47 são de alto desempenho.

B A R R A N Q U I L L ADepois de construir 13 novas instalações esportivas para os XXIII Jogos Centro-americanos e do Caribe e remodelar algumas das já existentes, Barranquilla se consolida como uma cidade com uma infraestrutura esportiva atraente e renovada.

E S P E C T A D O R E S

E S P E C T A D O R E S

Unidade Esportiva Atanasio Girardot

I N S T A L A Ç Õ E S D I S T I N T A S

Futebol, beisebol, basquetebol, tênis, natação, atletismo, xadrez, ciclismo, patinagem, entre outras.

M E D E L L í NA capital de Antioquia dispõe de 886 instalações esportivas onde convergem atletas profissionais e amadores. Em alguns deles, foram realizados importantes eventos como os Jogos Sul-Americanos de 2010, a Copa do Mundo de Futebol Sub-20 de 2011 e o Campeonato Mundial de Ciclismo BMX de 2016.

D I S C I P L I N A

D I S C I P L I N A S

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Nos últimos anos a Colômbia tem sediado importantes eventos esportivos de classe mundial. Os exigentes padrões de qualidade impulsaram a construção de cenários adaptados a essa necessidade. Em torno desses espaços, uma estrutura de serviço também foi fortalecida para que os visitantes possam viver o esporte de camarote.

Piscinas Panamericanas Hernando Botero O’Byrne

Velódromo Alcides Nieto Patiño

7.280 7.000Natação, nado sincronizado, waterpolo, salto, rugby subaquático

Ciclismos em pista

E S P E C T A D O R E S E S P E C T A D O R E S

Pista BMX Daniel Eduardo Barragán

Estádio de Atletismo Rafael Cotes

Ciclismo BMX

E S P E C T A D O R E S E S P E C T A D O R E S

Unidade Esportiva de Belén Mariana Pajón

Unidade Esportiva María Luisa Calle

I N S T A L A Ç Õ E S D I S T I N T A S

I N S T A L A Ç Õ E S D I S T I N T A S

Atletismo de pista e campo

Natação, futebol de salão, futebol, atletismo, tiro com arco, BMX, entre outras.

Ciclismo, patinagem, ultimate fresbee, basquetebol e futebol.

INFRAESTRUTURA ESPORTIVA – 035

A Federação Colombiana de Futebol e a Conmebol

elegeram a capital de Santander para sediar a

fase final do Torneio Pré-o-límpico da América do Sul de Futebol Sub-23, onde

times de tal categoria irão disputar vagas para os

jogos Olímpicos de Tóquio 2020.

Distintas disciplinas esportivas:

C A M P O S

EM SUPERFÍCIE DURA

EM AREIA OU TERRA

SINTÉTICAS

BUCARAMANGA

D I S C I P L I N A S D I S C I P L I N A

D I S C I P L I N A D I S C I P L I N A

D I S C I P L I N A S D I S C I P L I N A S

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Quando falamos de grandes eventos, a Colômbia está apta para atrair pessoas que desejam se reunir para trabalhar, trocar conhecimentos, fazer negócios, aumentar a produtividade de

suas empresas, competir e até se casar. Aqui trabalhamos para materializar nossos sonhos e para que nosso país se torne o

lugar ideal para realizar os sonhos dos outros. Quem nos visitar trazendo consigo uma ideia, encontrará uma equipe de aliados que fará de tudo o que for possível para transformar essa ideia

em realidade.

TURISMO DE REUNIÕES

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