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CERTIFICAÇÃO FITOSSANITÁRIA DE

ORIGEM

CERTIFICAÇÃO FITOSSANITÁRIA DE ORIGEM __________________________________________________________________

 

 

CERTIFICAÇÃO FITOSSANITÁRIA DE

ORIGEM

Prof. Adriano Munhoz Pereira

Abril, 2009

CERTIFICAÇÃO FITOSSANITÁRIA DE ORIGEM __________________________________________________________________

 

 

SUMÁRIO

1 HISTÓRICO ............................................................................................................. 5

2 TERMOS E DEFINIÇÕES ....................................................................................... 8

3 PERMISSÃO DE TRÂNSITO DE VEGETAIS – PTV .............................................. 10

3.1 EXIGÊNCIA DA PTV ............................................................................................ 10

3.2 PRAGAS QUARENTENÁRIAS PRESENTES (A2) PARA O BRASIL .................. 13

3.3 PRAGAS NÃO QUARENTENÁRIAS REGULAMENTADAS (PNQR) PARA O BRASIL .......................................................................................................................

17

3.4 REQUISITOS FITOSSANITÁRIOS ESPECÍFICOS PARA EXPORTAÇÃO ........ 20

3.5 CERTIFICAÇÃO FITOSSANITÁRIA E EMISSÃO DA PTV .................................. 22

3.6 O MODELO DA PTV ............................................................................................. 23

3.7 A HABILITAÇÃO DE PROFISSIONAIS DO OEDSV PARA EMISSÃO DA PTV .. 24

3.7.1 Categorias profissionais autorizadas ............................................................... 24

3.7.2 Oficialização, numeração e validade da habilitação ....................................... 25

3.7.3 Treinamento e capacitação técnica do RT – PTV.............................................. 26

3.8 LOCAL DE EMISSÃO, QUANTIDADE DE VIAS E PRAZO DE VALIDADE DA PTV .............................................................................................................................

26

3.9 PREENCHIMENTO DA PTV ................................................................................ 27

3.10 RELATÓRIOS DA PTV ....................................................................................... 27

3.11 SUPERVISÃO E AUDITORIA ............................................................................. 28

4 CERTIFICADO FITOSSANITÁRIO DE ORIGEM (CFO) E CERTIFICADO FITOSSANITÁRIO DE ORIGEM CONSOLIDADO (CFOC) .....................................

29

4.1 DEFINIÇÕES ........................................................................................................ 29

4.2 USOS DO CFO E DO CFOC ............................................................................... 31

4.3 A HABILITAÇÃO DE PROFISSIONAIS PARA EMISSÃO DO CFO E CFOC .... 32

4.3.1 Categorias profissionais autorizadas ............................................................... 32

4.3.2 Curso para habilitação de responsáveis técnicos ......................................... 32

4.3.2.1 Autorização do mapa ...................................................................................... 32

4.3.2.2 Conteúdo do curso ....................................................................................... 33

4.3.2.3 Aprovação no curso para habilitação de RT ................................................. 34

4.3.3 Oficialização, numeração e validade da habilitação ...................................... 34

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4.3.4 Extensão da habilitação do RT ........................................................................ 36

4.3.5 Atualização da habilitação do RT .................................................................... 37

4.4 DA INSCRIÇÃO DA UNIDADE DE PRODUÇÃO ................................................ 38

4.5 DA INSCRIÇÃO DA UNIDADE DE CONSOLIDAÇÃO ......................................... 41

4.6 MODELOS, EMISSÃO E PREENCHIMENTO DO CFO E DO CFOC .................. 44

4.7 QUANTIDADE DE VIAS E PRAZO DE VALIDADE DO CFO E CFOC ................ 47

4.8 LIVRO DE ACOMPANHAMENTO ........................................................................ 47

4.9 IDENTIFICAÇÃO DOS PRODUTOS CERTIFICADOS ....................................... 50

4.10 RELATÓRIOS DO CFO E CFOC ...................................................................... 50

4.11 CONTROLE, SUPERVISÃO E AUDITORIA DA CERTIFICAÇÃO ..................... 51

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ................................................................................. 52

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CERTIFICAÇÃO FITOSSANITÁRIA DE ORIGEM

1 HISTÓRICO

A certificação fitossanitária visa garantir que os requisitos fitossanitários

definidos pela parte importadora sejam atendidos na origem, de modo que se

minimize o risco de disseminação de pragas regulamentadas, por meio dos

vegetais ou outros artigos regulamentados.

Em todos os procedimentos para a certificação fitossanitária, o controle do

trânsito é um dos principais instrumentos avaliados pelas autoridades

fitossanitárias dos países importadores (Silva, 2000). Ele está fundamentado no

princípio biológico da exclusão que visa à prevenção da entrada de uma praga

em uma área. Tais medidas podem ser aplicadas de forma ampla, ao nível de

países ou estados e de forma mais restrita, ao nível de propriedade.

O trânsito doméstico de vegetais é uma das formas de disseminação de pragas

em regiões indenes de um determinado país. No Brasil, com sua dimensão

continental, este fato é ainda mais relevante, pois o intenso fluxo de

comercialização interno, aliado à grande extensão geográfica do país,

proporciona um maior risco de introdução e disseminação de novas pragas. Os

esforços para o controle do trânsito no Brasil estão integrados entre os diversos

níveis de governo e contam com a participação de segmentos importantes da

área privada, como associações de classe. Podem ser citados com exemplos a

implantação da Certificação Fitossanitária de Origem (CFO), para hospedeiros

de pragas quarentenárias A2; as ações de reestruturação dos serviços

executores de defesa sanitária vegetal nas Unidades da Federação e dos postos

de fiscalização sanitária e fitossanitária interestaduais e a regulamentação da

defesa agropecuária, na lei de política agrícola (Oliveira et al., 2001).

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O controle do trânsito de vegetais no Brasil tem como base legal o Regulamento

de Defesa Sanitária Vegetal, aprovado pelo Decreto nº 24.114/1934. O Artigo 20

do Decreto (redação dada pelo Decreto-lei nº 5.478/43) estabelece que o

trânsito de plantas, partes de vegetais ou produtos de origem vegetal é livre em

todo o Brasil. Porém, mediante ato legislativo, o MAPA pode proibir, restringir ou

estabelecer condições para o trânsito de vegetais a fim de evitar a dispersão de

pragas.

O Decreto estabeleceu a emissão de documentos fitossanitários, tais como: o

Certificado de Sanidade e a Permissão de Trânsito para atestar a sanidade de

áreas de produção, estabelecimentos comerciais e cargas de vegetais.

Mais recentemente, o Decreto nº 5.741/06 regulamentou os artigos 27-A, 28-A e

29-A da Lei de Política Agrícola nº 8.171/9, referentes à defesa agropecuária e

organizou o Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (SUASA).

O Art. 20 deste Decreto estabelece a responsabilidade dos órgãos de defesa

agropecuária oficial dos estados realizarem a vigilância do trânsito agropecuário

interestadual, como medida para prevenir a disseminação de pragas

regulamentadas no país. As medidas a serem adotadas no controle e

fiscalização do trânsito interestadual de vegetais no Brasil poderão ser definidas

em função do risco de disseminação e estabelecimento de pragas

regulamentadas de cada Unidade da Federação ou Região Geográfica. Alguns

dos fatores considerados para a classificação do risco de cada UF são:

a estrutura, operacionalização e desempenho dos programas de

prevenção, erradicação e controle de pragas;

a organização do sistema de vigilância fitossanitária;

as condições e eficiência da fiscalização do trânsito agropecuário.

O SUASA estabelece, também, a responsabilidade das Unidades da Federação

instalar postos de fiscalização sanitária e fitossanitária interestaduais ou inter-

regionais, fixos ou móveis, para fiscalização do trânsito de vegetais, visando o

cumprimento dos requisitos fitossanitários definidos. Atualmente, praticamente

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todas as UF possuem estrutura de postos de fiscalização sanitária e

fitossanitária instalados nas suas divisas ou no seu interior, para fiscalização do

trânsito de vegetais.

Embora os Decretos acima mencionados estabeleçam diretrizes para o controle

do trânsito de vegetais no Brasil, a sua operacionalização é viabilizada de forma

eficiente e harmônica mediante a aplicação de Instruções Normativas

específicas baixadas pelo MAPA.

A legislação específica de Permissão de Trânsito de Vegetais - PTV, assim

como a de Certificação Fitossanitária de Origem, nos modelos executados

atualmente, datam do ano 2000. Entretanto, as versões vigentes são de 2007 -

Instruções Normativas nº 54 e nº 55, respectivamente.

Vale ressaltar que desde o ingresso do Brasil na Organização Mundial do

Comércio – OMC, em 1995, o modelo de certificação fitossanitária, bem como

demais medidas fitossanitárias adotadas no país devem ser fundamentadas nos

princípios definidos no Acordo de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias (MSF ou

SPS) da OMC e nas normas elaboradas no âmbito da Convenção Internacional

para Proteção dos Vegetais – CIPV (ou Proteção Fitossanitária – CIPF), da FAO.

Assim, antes de serem aprofundados os estudos relacionados à Certificação

Fitossanitária de Origem, serão apresentados termos e definições utilizados no

texto, bem como os principais pontos relacionados à utilização da Permissão de

Trânsito de Vegetais – PTV.

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2 TERMOS E DEFINIÇÕES

Os termos e definições a seguir apresentados estão contidos na Norma

Internacional para Medidas Fitossanitárias (NIMF) nº 5 – Glossário de Termos

Fitossanitários e na legislação federal

Praga - Qualquer espécie, raça ou biótipo de planta, animal ou agente

patogênico nocivo às plantas ou produtos vegetais

Praga regulamentada – Praga Quarentenária ou Praga Não Quarentenária

Regulamentada

Praga quarentenária – Praga de Praga de importância econômica potencial

para a área em perigo, ainda não presente ou, se presente, não amplamente

distribuída e sob controle oficial.

Praga quarentenária Presente (A2) (Segundo a IN nº 52/2007) - Praga de

importância econômica potencial para uma área em perigo, presente no país,

não amplamente disseminada e sob controle oficial.

Praga quarentenária ausente (A1) (Segundo a IN nº 52/2007) - Praga de

importância econômica potencial para uma área em perigo, não presente no

território nacional.

Praga não quarentenária regulamentada – (Segundo a IN nº 40/2006) – Praga

presente em Material de Propagação Vegetal (MPV), que afeta o uso proposto

deste material, causando impactos economicamente inaceitáveis e que está

regulamentada na área de ARP.

Certificação fitossanitária - Uso de procedimentos fitossanitários que levam à

emissão do certificado fitossanitário

Procedimentos fitossanitários - Métodos oficialmente descritos para a

implementação de regulamentações fitossanitárias.  Inclui: inspeções, análises,

vigilância ou tratamentos

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Regulamentações fitossanitárias –Norma oficial para prevenir a introdução

e/ou dispersão de Pragas Quarentenárias ou limitar a repercussão econômica de

PNQR, Incluindo procedimentos para a Certificação Fitossanitária.

Certificado – Documento oficial que atesta a condição fitossanitária de qualquer

envio sujeito a regulamentações fitossanitárias.

Certificado Fitossanitário - Certificado concebido segundo os modelos de

certificado da CIPF.

Declaração Adicional - Declaração requerida pelo país importador, a ser

incluída no Certificado Fitossanitário referente à informação adicional específica

sobre uma partida em relação às pragas regulamentadas.

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3 PERMISSÃO DE TRÂNSITO DE VEGETAIS - PTV

Segundo o Art. 1º da IN nº 54/2007,

“A Permissão de Trânsito de Vegetais é o documento emitido para

acompanhar o trânsito da partida de plantas, partes de vegetais ou

produtos de origem vegetal, de acordo com as normas de Defesa

Sanitária Vegetal. A PTV também é utilizada para subsidiar a emissão do

Certificado Fitossanitário - CF e do Certificado Fitossanitário de

Reexportação - CFR, com declaração adicional do Ministério da

Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA. O controle do trânsito de

plantas, partes de vegetais ou produtos de origem vegetal envolve o

transporte rodoviário, aéreo doméstico, hidroviário e ferroviário”.

Segundo as normas de defesa sanitária vegetal, existem espécies cujo trânsito é

condicionado à adoção de procedimentos fitossanitários, a fim minimizar os

riscos de disseminação de pragas regulamentadas vinculadas a elas. Da mesma

forma, produtos destinados ao mercado internacional também apresentam

exigências fitossanitárias a serem cumpridas, para que o transporte seja

autorizado pelo MAPA.

3.1 EXIGÊNCIA DA PTV (ART. 2º, 3º, 4º, 5º e 16 § 4º)

De forma geral, a PTV é necessária para trânsito da partida de plantas, partes

de vegetais e produtos de origem vegetal hospedeiros de Pragas

Quarentenárias Presentes no Brasil (PQ A2), hospedeiros de Pragas Não

Quarentenárias Regulamentadas no Brasil (PNQR) e para subsidiar a emissão

do CF e CFR pelo MAPA, na exportação ou reexportação para outros países.

Com referência às PQ A2, as exigências de PTV para o produto variam em

função da presença ou não da praga na UF de origem da partida.

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A PTV será exigida e deverá acompanhar a partida de plantas, partes de

vegetais ou produtos de origem vegetal com potencial de veicular Praga

Quarentenária A2 quando:

Art. 2º

A partida sair de uma UF onde a praga ocorre e tiver como destino ou transitar

por:

I - UF reconhecida como livre da ocorrência da praga;

II – UF com reconhecimento do MAPA de Área Livre de Praga - ALP,

Local Livre de Praga - LLP, Área de Baixa Prevalência de Praga -

ABPP ou Sistema de Mitigação de Riscos de Praga SMRP, com

rota de trânsito definida nessas áreas; e

III - UF que comprovar ao MAPA a execução de um programa de

prevenção, controle e vigilância fitossanitária, com o objetivo de

erradicação da respectiva praga, visando à condição ALP ou área

ABPP, com rota de trânsito definida.

Art. 3º

A partida for oriunda de UF reconhecida como livre de ocorrência da praga e:

I - houver a necessidade da emissão do Certificado Fitossanitário,

com declaração adicional do MAPA, no atendimento a exigência de

certificação fitossanitária de origem do país importador;

II - para comprovar a origem de Área Livre de Praga - ALP ou Local

Livre de Praga - LLP e houver a necessidade da emissão do

Certificado Fitossanitário, com declaração adicional do MAPA, no

atendimento a exigência da Organização Nacional de Proteção

Fitossanitária - ONPF do país importador;

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III - para comprovar a origem de unidade da federação reconhecida

pelo MAPA como livre da ocorrência da praga quarentenária A2 e

houver exigência para o trânsito.

Art. 4º

A PTV será exigida para a movimentação no trânsito da partida de plantas ou

partes de vegetais com potencial de veicular Praga Não-Quarentenária

Regulamentada, com níveis de tolerância estabelecidos pelo MAPA, quando

destinadas à propagação ou multiplicação.

Art. 5º

A PTV será exigida para a movimentação de partida de plantas, partes de

vegetais ou produtos de origem vegetal com potencial de veicular praga

específica, no atendimento a exigência de certificação fitossanitária de origem de

interesse interno ou da ONPF do país importador.

Art. 16 § 4º

A PTV será emitida também para o produto importado com potencial de veicular

Praga Quarentenária A2, a partir da Unidade da Federação declarada como

destino da partida pelo importador...

Art. 9º

O OEDSV da UF na qual está presente uma Praga Quarentenária A2 não

poderá exigir a PTV de outra UF em que ocorra a mesma praga, exceto para os

incisos II e III, do art. 2º.

Além dos casos já apresentados de exigência de PTV, de acordo com o Art. 10,

o MAPA poderá estabelecer a exigência da emissão da PTV para o trânsito

entre Unidades da Federação, em decorrência da categoria do risco

fitossanitário da Unidade da Federação de origem do produto com potencial de

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veicular Praga Quarentenária A2. Entretanto, até o momento, essa medida não

foi colocada em prática pelo MAPA.

Para proporcionar uma melhor compreensão da exigência da PTV, a seguir, nos

itens 3.2 a 3.4, serão apresentadas informações complementares referentes às

pragas regulamentadas.

3.2 PRAGAS QUARENTENÁRIAS PRESENTES (A2) PARA O BRASIL

Atualmente, o Anexo II da Instrução Normativa 41/2008 define as Pragas

Quarentenárias A2, as respectivas espécies vegetais hospedeiras e as UF onde

ocorrem e as reconhecidas como livre das pragas.

continua ...

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A primeira, segunda e terceira colunas do quadro contêm, respectivamente: o

nome da praga quarentenária A2, a(s) espécie(s) vegetal(is) hospedeira(s) das

respectivas pragas associadas e as Unidades da Federação de ocorrência das

pragas listadas. Entende-se que as Unidades da Federação que não aparecem

vinculadas a cada praga listada não as possuem e, portanto, são reconhecidas

como livres da sua ocorrência. Entretanto, dependendo da legislação específica

de cada praga quarentenária A2, a condição de livre da ocorrência pode ser

temporária, e evoluir para o reconhecimento de outras opções de manejo, tal

como Área Livre de Praga (ALP),enquanto que a condição de ocorrência da

praga evoluir para Sistema de Mitigação de Risco, como é o caso de

Mycosphaerella fijiensis (IN nº 17/2005 MAPA).

A composição da Lista de Pragas Quarentenárias A2 é dinâmica, podendo ser

atualizada sempre que necessário (Instrução Normativa MAPA nº 52/2007).

Portanto, para a correta aplicação da legislação pertinente, deve-se atentar para

eventuais alterações do Anexo II da IN 41/2008. A legislação fitossanitária

Brasileira, incluindo as Áreas Livres de Pragas está publicada no Sistema de

Legislação Agrícola Federal, no sítio do MAPA, na internet.

Os regulamentos fitossanitários específicos das pragas quarentenárias A2 serão

abordados de forma mais detalhada em outros módulos do presente Curso.

A seguir, são apresentados dois exemplos da aplicação da exigência da PTV

para partidas de vegetais hospedeiros de pragas quarentenárias A2.

Exemplo 1: Partida originária de UF com a Praga A2, destinada para UF livre da

ocorrência da praga (Item I, Art. 2º da IN 54/07).

A praga Cydia pomonella está presente na área urbana de alguns poucos

municípios do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Logo, as partidas de

maçã, pêra, marmelo, pêssego, ameixa, nectarina e damasco produzidas em

qualquer dos dois estados e com destino aos estados livres da ocorrência da

praga deverão estar acompanhadas da PTV (Figura 1).

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Exemplo 2: Partida originária de UF com a Praga A2, destinada para UF com

Sistema de Mitigação de Risco para a Praga (Item II, Art. 2º da IN 54/07).

A ocorrência de Mycosphaerella fijiensis é demonstrada na Figura 2. De acordo

com a Instrução Normativa nº 17/2005, para poderem comercializar as partidas

de bananas em outros estados, os estados com ocorrência de M. fijiensis devem

adotar o Sistema de Mitigação de Risco para Sigatoka Negra – SMRSN.

Portanto, em atendimento ao item II do Art. 2º, haverá necessidade de emissão

de PTV entre todas as UF com ocorrência da praga e com SMRSN.

FIGURA 1– MAPA DA OCORRÊNCIA DE Cydia pomonella NO BRASIL

Com C. pomonella

Livre De C. pomonella

PTV

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FIGURA 2– MAPA DA OCORRÊNCIA DE M. fijiensis NO BRASIL

3.3 PRAGAS NÃO QUARENTENÁRIAS REGULAMENTADAS - PNQR

A Instrução Normativa nº 40/2006, Art. 2º, define Praga Não Quarentenária

Regulamentada – PNQR como:

“Praga não quarentenária, presente em Material de Propagação Vegetal

(MPV), que afeta o uso proposto deste material, causando impactos

economicamente inaceitáveis e que está regulamentada na área de ARP”.

São pragas cuja presença, em mudas ou sementes, é indesejável, em função do

impacto econômico causado pela interferência direta na produção de produtos

básicos – frutas, flores de corte, madeiras, grãos e outros -, de plantas

ornamentais perenes ou de material para multiplicação de vegetais – tubérculos,

estacas, sementes e outros.

Em alguns casos, admite-se a presença da praga no material de propagação,

desde que a infestação esteja dentro do limite do nível de tolerância

PTV Com M. fijiensis

Sem M. fijiensis

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estabelecido para a praga. O nível de tolerância indica o nível de infestação

além do qual a praga pode causar danos econômicos inaceitáveis no material.

Em determinadas situações, o nível de tolerância estabelecido para a praga

poderá ser zero.

Os níveis de tolerância estabelecidos para PNQR deverão estar tecnicamente

fundamentados por meio da Análise de Risco de Praga e se aplicam em todo o

território nacional.

A primeira lista de PNQR para o Brasil foi publicada por meio da Instrução

Normativa nº 38/1999 do MAPA, - revogada pela IN 52/2007 - que contemplava

PNQR para batata semente e mudas de café. Em 2005, a IN nº 12 do MAPA

estabeleceu os níveis de tolerância para PNQR, a serem utilizados na produção,

importação e comercialização de batata-semente (Quadro 2).

Conforme visto, a batata-semente apresenta potencial de veicular PNQR. Assim,

de acordo com o Art. 4º da IN nº 54/2007, há a necessidade de que todas as

partidas de batata semente, destinadas ao comércio interno, estejam

acompanhadas da PTV.

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QUADRO 2 – PRAGAS NÃO QUARENTENÁRIAS REGULAMENTADAS (PNQR) EM BATATA SEMENTE

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Além dos níveis de tolerância já estabelecidos para PNQR de batata semente,

está sendo proposta a aplicação de níveis de tolerância para PNQR em

sementes de algodão, girassol, feijão, milho, soja, sorgo e trigo; e para PNQR

em mudas de abacaxi, banana, café e goiaba. A proposta faz parte do Projeto de

Instrução Normativa submetido à consulta pública pela Portaria nº 47/2009.

Supondo que o projeto de IN seja publicado como está, então, haveria a

necessidade de Permissão de Trânsito de Vegetais, para as partidas das

sementes e mudas daquelas espécies.

3.4 REQUISITOS FITOSSANITÁRIOS ESPECÍFICOS PARA EXPORTAÇÃO

A Permissão de Trânsito de Vegetais também deve ser emitida nos casos de

exportação de vegetais, em que há necessidade da emissão do Certificado

Fitossanitário - CF ou do Certificado Fitossanitário de Reexportação – CFR, pelo

MAPA. Nestes casos, deverão ser verificados os requisitos fitossanitários

definidos pela Organização Nacional de Proteção Fitossanitária - ONPF do país

importador, ou seja para o qual a partida será destinada.

Nos casos em que a emissão do Certificado Fitossanitário - CF ou do Certificado

Fitossanitário de Reexportação – CFR, pelo Fiscal Federal Agropecuário

Autorizado – FFAA MAPA, for realizada na origem, a partida deverá ser lacrada,

ficando isenta da exigência da emissão da PTV durante o trânsito interno até o

ponto de egresso (Art. 11 da IN nº 54/2007).

Atualmente, entre os países do Mercosul existem regulamentos específicos para

exportação de algumas espécies vegetais, tais como: abacaxi, amendoim,

ameixa, banana, beterraba, café, centeio, citros, damasco, ervilha, feijão, kiwi,

maçã, manga, pêra, pêssego, pimentão, soja, tomate, trigo, triticale, videira,

entre outros. No Brasil, estes requisitos são publicados por meio das Instruções

Normativas do MAPA e estão disponíveis no Sistema de Legislação Agrícola

Federal – SISLEGIS, na internet (Figuras 3 e 4).

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FIGURA 3 – PESQUISA DE REQUISITOS FITOSSANITÁRIOS PARA O MERCOSUL, NO SISLEGIS

FIGURA 4 – EXEMPLO ILUSTRATIVO DO RESULTADO DA PESQUISA POR REQUISITOS FITOSSANITÁRIOS PARA O MERCOSUL

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3.5 CERTIFICAÇÃO FITOSSANITÁRIA E EMISSÃO DA PTV

Em alguns casos específicos, previstos na IN nº 54/2007, a PTV pode ser

emitida sem a necessidade de fundamentação na certificação fitossanitária de

origem. Porém, na maioria dos casos, a emissão da PTV é fundamentada no

Certificado Fitossanitário de Origem – CFO ou no Certificado Fitossanitário de

Origem Consolidado – CFOC.

Art. 6º

O CFO ou o CFOC fundamentará a emissão da PTV para a movimentação no

trânsito de partidas de plantas, partes de vegetais ou produtos de origem

vegetal, quando:

I - o produto for potencial veiculador de Praga Quarentenária A2, nas

condições descritas no art. 2o, incisos I, II e III;

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II - o produto for potencial veiculador de Praga Não-Quarentenária

Regulamentada;

III - para comprovar a origem de Área Livre de Praga - ALP, Local Livre

de Praga - LLP, Sistema de Mitigação de Riscos de Praga- SMRP

ou Área de Baixa Prevalência de Praga - ABPP, reconhecida pelo

MAPA; e

IV - para atender exigência específica de certificação fitossanitária de

origem de interesse interno ou da ONPF do país importador.

Para emissão da PTV, o Responsável Técnico Habilitado do OEDSV avaliará a

documentação da partida, verificando a certificação fitossanitária de origem e o

destino da partida, que deverão estar adequados às normas de defesa sanitária

vegetal vigentes (Art. 16). Na prática, na maioria dos casos, a PTV é emitida

mediante a apresentação da Nota Fiscal, ou Nota do Produtor, e do CFO, ou

CFOC. Nos casos em que análise laboratoriais são exigidas, o laudo laboratorial

também fundamentará a emissão e deverá acompanhar a PTV.

3.6 O MODELO DA PTV

Os Art. 12 da IN nº 54/2007, estabelece o uso do formulário de PTV pelos

Órgãos Estaduais de Defesa Sanitária Vegetal – OEDSV, nas Unidades da

Federação, conforme modelo apresentado no Anexo II e II-A da IN nº 54/2007

(Figura 5). Aos OEDSV, cabe, também, a responsabilidade de estabelecerem

procedimentos próprios de controle sobre a impressão do formulário da PTV,

sua distribuição e a emissão pelos Responsáveis Técnicos habilitados (Art. 13).

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FIGURA 5 – MODELO DE FORMULÁRIO DA PTV

3.7 A HABILITAÇÃO DE PROFISSIONAIS DO OEDSV PARA EMISSÃO DA

PTV

3.7.1 Categorias Profissionais Autorizadas

Apenas Engenheiros Agrônomos ou Engenheiros Florestais, nas suas

respectivas áreas de competência profissional, que pertençam ao OEDSV e que

exerçam a atividade de fiscalização agropecuária, podem emitir e assinar a PTV.

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Para tanto, deverão ser habilitados e inscritos no Cadastro Nacional dos

Responsáveis Técnicos Habilitados para a emissão da PTV (Art. 14).

A IN nº 54/2007 veta a delegação da emissão da PTV para profissional de

instituições estaduais de assistência técnica, extensão rural, fomento ou

pesquisa agropecuária ou de competência profissional não prevista por esta

Instrução Normativa (Art. 21). Em casos especiais, a pedido do OEDSV e após

autorização do MAPA, a PTV poderá ser emitida por Fiscais Federais

Agropecuários, designados por um período determinado.

3.7.2 Oficialização, numeração e validade da habilitação

Para oficializar a habilitação, o OEDSV deve encaminhar à Superintendência

Federal da Agricultura na UF, uma das duas vias do Termo de Habilitação

assinadas de cada Responsável Técnico. O RT será incluído no Cadastro

Nacional dos Responsáveis Técnicos Habilitados para emissão da PTV (Art. 15).

O número do Termo de Habilitação fornecido pelo OEDSV será composto do

código numérico da UF, ano da habilitação, com dois dígitos, e numeração

seqüencial. Ex.: Código do Paraná (41); Ano da Habilitação (2009); Número

sequencial: (1 a n, 030 por ex.). Assim, o número será: 410930.

O RT habilitado receberá do OEDSV a carteira de habilitação (Anexo IV IN nº

54/2007), com validade de cinco anos.

O MAPA disponibilizará o Cadastro Nacional dos Responsáveis Técnicos

Habilitados para a emissão da PTV, do qual constará o nome do RT, o número

da habilitação, data de validade da habilitação, OEDSV de lotação, local de

atuação e a assinatura.

CERTIFICAÇÃO FITOSSANITÁRIA DE ORIGEM __________________________________________________________________

 

26 

 

3.7.3 Treinamento e capacitação técnica do rt - ptv

Diferentemente da habilitação para emissão do CFO e CFOC, a ser detalhada

no item 4, a habilitação do RT para emissão da PTV não depende da aprovação

do RT em curso específico. Porém, mesmo assim, o RT deverá ser submetido,

periodicamente, a curso de treinamento e de capacitação técnica sobre normas

de certificação fitossanitária de origem e consolidada, normas do trânsito de

plantas, partes de vegetais ou produtos de origem vegetal, com potencial de

serem vias de introdução e disseminação de Praga Quarentenária A2, Praga

Não-Quarentenária Regulamentada, pragas específicas para atender exigência

de certificação fitossanitária de origem de interesse interno ou da ONPF do país

importador, identificação, coleta, preparo, acondicionamento e transporte da

amostra, tipos de análises laboratoriais para identificação da praga, sinais,

sintomas, ações de prevenção e métodos de controle (Art. 15, § 4º).

3.8 LOCAL DE EMISSÃO, QUANTIDADE DE VIAS E PRAZO DE VALIDADE DA

PTV

Segundo o Art. 18 da IN 54/2007, a PTV será emitida nas Barreiras

Fitossanitárias Estaduais, móveis ou fixas, ou em locais indicados pelo OEDSV e

informados ao MAPA.

O produtor rural, comerciante ou transportador que necessite da PTV para

transportar produtos vegetais, deverá retirá-la nos locais definidos pelos OEDSV

de cada Unidade da Federação. Na prática, na maioria das Unidades da

Federação, a emissão da PTV é realizada nas unidades locais ou regionais dos

OEDSV e a emissão da PTV nos postos de fiscalização sanitária e fitossanitária

dos OEDSV ainda é uma prática incipiente.

A PTV será emitida em três vias, com a seguinte destinação (Art. 19):

I - 1a via: acompanha a partida no trânsito;

II - 2a via: Responsável Técnico Habilitado do quadro do OEDSV; e

CERTIFICAÇÃO FITOSSANITÁRIA DE ORIGEM __________________________________________________________________

 

27 

 

III - 3a via: OEDSV, para arquivo junto com o CFO, CFOC, PTV, CF,

CFR, TF e cópia do laudo laboratorial ou do certificado de tratamento.

O produtor, comerciante ou transportador poderá transportar a partida durante o

prazo de validade da PTV. O prazo será estabelecido pelo RT habilitado e será

suficiente para o transporte da partida até o destino, não devendo exceder o

período de 30 dias.

3.9 PREENCHIMENTO DA PTV

Cada produto deve estar relacionado individualmente na PTV, sendo exigida a

identificação do produto, a relação da quantidade correspondente e a respectiva

Declaração Adicional.

A PTV não deverá apresentar rasuras e o verso não deverá ser utilizado. Caso

haja necessidade de espaço para a inclusão de informações complementares,

deverá ser utilizado o Anexo II-A da IN 54/2007. Os campos não utilizados do

formulário da PTV devem ser anulados para evitar a adulteração do documento.

Em alguns casos, previstos na legislação específica da praga ou no Plano de

Trabalho bilateral firmado pelo MAPA com outras ONPF, poderá ser exigido o

uso de lacre no ato da emissão da PTV. O respectivo número deverá constar no

campo da PTV, específico para este fim.

3.10 RELATÓRIOS DA PTV

O OEDSV deverá encaminhar à Superintendência Federal da Agricultura SFA,

na UF, o relatório semestral consolidado das Permissões de Trânsito de

Vegetais emitidas, conforme Anexo V da IN nº 54/2007. O relatório deverá ser

enviado até o último dia do mês subseqüente ao semestre respectivo (Art. 22).

CERTIFICAÇÃO FITOSSANITÁRIA DE ORIGEM __________________________________________________________________

 

28 

 

3.11 SUPERVISÃO E AUDITORIA

Em qualquer situação contrária ao disposto na IN nº 54/2007, o OEDSV não

deverá emitir a PTV, cabendo ao MAPA a responsabilidade de supervisionar e

auditar os procedimentos adotados pelos OEDSV na emissão da PTV.

CERTIFICAÇÃO FITOSSANITÁRIA DE ORIGEM __________________________________________________________________

 

29 

 

4 CERTIFICADO FITOSSANITÁRIO DE ORIGEM (CFO) E CERTIFICADO

FITOSSANITÁRIO DE ORIGEM CONSOLIDADO (CFOC)

De forma resumida, o processo de certificação fitossanitária de origem envolve

os seguintes passos:

(1) Participação e aprovação de profissionais - Engenheiros Agrônomos e

Engenheiros Florestais, no curso para habilitação de Responsáveis

Técnicos para emissão do CFO e do CFOC;

(2) Habilitação do RT no OEDSV;

(3) Inscrição da Unidade de Produção (UP) e/ou Unidade de Consolidação

(UC) no OEDSV;

(4) Acompanhamento da produção e/ou comercialização na UP e/ou UC;

(5) Registro das informações necessárias para certificação e rastreabilidade

dos produtos; e

(6) Emissão do CFO e do CFOC

A seguir, serão apresentados os principais pontos da Instrução Normativa nº

55/2007, a qual aprova a Norma Técnica para utilização do CFO e do CFOC, e

também os modelos do CFO, CFOC e demais documentos utilizados no

processo de certificação fitossanitária de origem.

4.1 DEFINIÇÕES

CFO E CFOC

Art. 1º

“O Certificado Fitossanitário de Origem - CFO e o Certificado Fitossanitário de

Origem Consolidado - CFOC são os documentos emitidos na origem para

atestar a condição fitossanitária da partida de plantas, partes de vegetais ou

CERTIFICAÇÃO FITOSSANITÁRIA DE ORIGEM __________________________________________________________________

 

30 

 

produtos de origem vegetal de acordo com as normas de defesa sanitária

vegetal do MAPA.”

ORIGEM (CFO)

Art. 1º, § 1º

“É a Unidade de Produção - UP, da propriedade rural ou da área de

agroextrativismo, a partir da qual saem partidas de plantas, partes de vegetais

ou produtos de origem vegetal certificadas.”

Ou seja são as lavouras, pomares, canteiros, viveiros, etc. (Figura 6).

FIGURA 6 – EXEMPLOS DE UP NA PROPRIEDADE RURAL

ORIGEM (CFOC)

Art. 1º, § 2º

“É a Unidade de Consolidação - UC que poderá ser beneficiadora, processadora

ou embaladora, a partir da qual saem partidas provenientes de lotes de plantas,

partes de vegetais ou produtos de origem vegetal certificadas.” (Figura 7).

Ou seja, podem ser casas de beneficiamento, embalagem e processamento de

frutas, as Unidades de Beneficiamento de Sementes – UBS, serrarias ou

indústrias madeireiras, etc.

CERTIFICAÇÃO FITOSSANITÁRIA DE ORIGEM __________________________________________________________________

 

31 

 

FIGURA 7 – EXEMPLO ILUSTRATIVO DE UNIDADES DE CONSOLIDAÇÃO

4.2 USOS DO CFO E DO CFOC

Conforme comentado anteriormente, no item 3 – referente à PTV, o CFO e o

CFOC devem ser emitidos quando houver necessidade da emissão da

Permissão de Trânsito de Vegetais. São os documentos que, na maioria dos

casos, subsidiam a emissão da PTV.

Art. 2º

“O CFO ou CFOC fundamentará a emissão da PTV para o trânsito de partida de

plantas ou partes de vegetais com potencial de veicular PNQR, quando aquelas

forem destinadas à propagação ou multiplicação.”

Ex: Partidas de batata semente.

Art. 3º

“O CFO ou CFOC fundamentará também a emissão da PTV para a

movimentação de partidas de plantas, partes de vegetais ou produtos de origem

vegetal, nos seguintes casos:

I - quando se tratar de produto com potencial de veicular Praga

Quarentenária A2 e houver exigência para o trânsito;

CERTIFICAÇÃO FITOSSANITÁRIA DE ORIGEM __________________________________________________________________

 

32 

 

II - para comprovar a origem de Área Livre de Praga - ALP, Local Livre

de Praga - LLP, Sistema de Mitigação de Riscos de Praga - SMRP

ou Área de Baixa Prevalência de Praga - ABPP, devidamente

reconhecidas pelo MAPA;

III - para atender exigências específicas de certificação fitossanitária de

origem de interesse interno ou da Organização Nacional de Proteção

Fitossanitária - ONPF do país importador.”

4.3 A HABILITAÇÃO DE PROFISSIONAIS PARA EMISSÃO DO CFO E CFOC

4.3.1 Categorias profissionais autorizadas

Art. 6º

“O CFO ou CFOC será emitido e assinado por um Engenheiro Agrônomo ou

Engenheiro Florestal, em suas respectivas áreas de competência profissional,

após aprovação em curso para habilitação, específico, organizado pelo Órgão

Estadual de Defesa Sanitária Vegetal - OEDSV e aprovado pelo MAPA.”

4.3.2 Curso para habilitação de responsáveis técnicos

4.3.2.1 Autorização do mapa

Art. 6, § 1º

“O OEDSV deverá submeter o programa do curso, com antecedência mínima de

quarenta e cinco dias, ao Serviço de Sanidade Agropecuária da

Superintendência Federal de Agricultura - SFA da UF onde se realizará o curso,

para emissão de parecer técnico, no que concerne ao conteúdo programático,

carga horária e outras adequações que se fizerem necessárias.”

Art. 6, § 2º

CERTIFICAÇÃO FITOSSANITÁRIA DE ORIGEM __________________________________________________________________

 

33 

 

“O parecer técnico favorável pela realização do curso será encaminhado, junto

com a solicitação do OEDSV, ao Departamento de Sanidade Vegetal da

Secretaria de Defesa Agropecuária para aprovação.”

4.3.2.2 Conteúdo do curso

Art. 6º, § 3º

“O curso deverá abordar duas partes:

I - Orientação Geral: normas sobre certificação fitossanitária de origem e

consolidada, trânsito de plantas, partes de vegetais e produtos de origem

vegetal, com potencial de ser via de introdução e disseminação de Praga

Quarentenária A2, Praga Não- Quarentenária Regulamentada ou pragas

específicas para atender às exigências de certificação fitossanitária de origem do

MAPA ou da ONPF do país importador;

II - Orientação Específica: aspectos sobre classificação taxonômica da praga,

monitoramento, tipos de armadilhas, levantamento e mapeamento da praga em

condições de campo, identificação, coleta, acondicionamento e transporte da

amostra, bioecologia, sintomas, sinais, plantas hospedeiras, ações de prevenção

e métodos de controle.”

Art.6º, § 4º

“O MAPA formulará material didático de referência, com o conteúdo

programático preparado para cada praga e culturas hospedeiras, com o objetivo

de uniformizar o processo de treinamento e capacitação em todas as Unidades

da Federação.”

CERTIFICAÇÃO FITOSSANITÁRIA DE ORIGEM __________________________________________________________________

 

34 

 

4.3.2.3 Aprovação no curso para habilitação de RT

De acordo com o regulamento, a simples participação do profissional no curso

não confere ao profissional o direito de ser habilitado para emissão do CFO e do

CFOC.

Art. 8º

“Será exigido do profissional interessado freqüência integral nas aulas do curso,

como condição para que seja submetido à avaliação final, que o habilitará no

caso de aprovação.”

Parágrafo único

“A avaliação, trata da aplicação, prática ou teórica, do conhecimento nos

procedimentos de certificação, sendo necessário 75% de aproveitamento para

aprovação.”

4.3.3 Oficialização, numeração e validade da habilitação

Art. 9º

“Para oficializar a habilitação, o Responsável Técnico aprovado deverá assinar

duas vias do Termo de Habilitação, conforme o Anexo IV, ficando a cargo do

OEDSV o encaminhamento, após o curso, de uma via à SFA na UF, que fará

sua inclusão no Cadastro Nacional dos Responsáveis Técnicos Habilitados para

a emissão de CFO e de CFOC.”

Art. 9º, § 1º

“O número do Termo de Habilitação fornecido pelo OEDSV será composto do

código numérico da UF, ano da primeira habilitação, com dois dígitos, e

CERTIFICAÇÃO FITOSSANITÁRIA DE ORIGEM __________________________________________________________________

 

35 

 

numeração seqüencial.” Ex.: Código do Paraná (41); Ano da Habilitação (2007);

Número sequencial: (1 a n, 150 por ex.). Assim, o número será: 4107150.

Art. 9º, § 2º

“As pragas para as quais o Responsável Técnico está habilitado para emitir CFO

ou CFOC constarão no Anexo ao Termo de Habilitação, conforme Anexo V.”

No anexo ao Termo de Habilitação (Anexo V da IN 55/07), somente poderão

estar relacionadas as pragas específicas que fizeram parte do conteúdo do

curso aprovado pelo MAPA.

Art. 9º, § 3º

“O OEDSV fornecerá uma carteira de habilitação ao Responsável Técnico

Habilitado, conforme o Anexo VI.”

Art. 9º, § 4º

“A habilitação terá validade de cinco anos, considerando a data inicial aquela

correspondente ao treinamento específico da(s) praga(s) para a(s) qual(is) o

Responsável Técnico se habilitou, sendo renovado por igual período, por

solicitação escrita do Engenheiro Agrônomo ou Engenheiro Florestal ao OEDSV

da UF, com trinta dias de antecedência, no mínimo, da data do vencimento.”

Art. 9º, § 5º

“No caso de renovação, a validade da habilitação do RT para a praga será

contada a partir da data da solicitação do Engenheiro Agrônomo ou Engenheiro

Florestal ao OEDSV.”

CERTIFICAÇÃO FITOSSANITÁRIA DE ORIGEM __________________________________________________________________

 

36 

 

4.3.4 extensão da habilitação do RT

A extensão da habilitação tem por objetivo possibilitar que o RT já habilitado em

determinada Unidade da Federação obtenha a habilitação em outra Unidade da

Federação, para aquelas pragas habilitadas na UF de origem, sem a

necessidade de passar novamente por um curso.

Art. 9º, § 6º

“O Responsável Técnico Habilitado poderá atuar em UF diferente daquela em

que foi habilitado inicialmente, desde que solicite e obtenha a extensão de sua

habilitação ao OEDSV na UF onde desejar atuar.”

Art. 9º, § 7º

“O OEDSV que receber solicitação de extensão de habilitação deverá informar-

se sobre a regularidade da situação do Responsável Técnico Habilitado junto ao

OEDSV de origem, para avaliação da concessão da extensão da atuação.”

Art. 9º, § 8º

“O número do Termo de Habilitação de extensão de atuação do Responsável

Técnico habilitado fornecido pelo OEDSV será o número da habilitação da UF de

origem acrescida da sigla da UF de extensão de solicitação.”

Art. 9º, § 9º

“O RT habilitado poderá solicitar a renovação da habilitação para a praga no

OEDSV da UF de origem da habilitação ou no OEDSV da UF onde foi concedida

a extensão de habilitação.”

Art. 10

“O MAPA disponibilizará o Cadastro Nacional de RTs Habilitados para emissão

do CFO e do CFOC, do qual constará o nome do Responsável Técnico, o

número da habilitação, a relação da(s) praga(s) para a(s) qual(is) o Responsável

CERTIFICAÇÃO FITOSSANITÁRIA DE ORIGEM __________________________________________________________________

 

37 

 

Técnico está habilitado, o prazo de validade da habilitação, por praga, UF de

origem da habilitação, UFs de atuação e a assinatura.”

4.3.5 Atualização da habilitação do RT

Sempre que pragas novas vierem a ser incluídas na lista de pragas

regulamentadas, ou nos requisitos para exportação, para aquelas espécies

vegetais que já são objetos de certificação, o OEDSV deverá promover cursos

para possibilitar a atualização da habilitação dos Responsáveis Técnicos.

Art. 11

“O OEDSV será responsável pela notificação ao Responsável Técnico - RT

habilitado sobre a necessidade da participação no curso específico, a ser

realizado no período preestabelecido, para atualizar sua habilitação para a nova

declaração adicional relacionada à praga quarentenária A2, praga não

quarentenária regulamentada, praga de interesse interno ou da Organização

Nacional de Proteção Fitossanitária - ONPF do país importador.”

Art. 11, § 1º

“O Responsável Técnico habilitado poderá solicitar, a qualquer momento, a

inclusão em sua habilitação das pragas previstas no caput deste artigo.”

Art. 11, § 2º

“Para obter a inclusão da nova praga em sua habilitação, o RT habilitado deverá

solicitar o treinamento, por escrito, ao Órgão Estadual de Defesa Sanitária

Vegetal - OEDSV, que o encaminhará a um especialista na praga para a qual se

deseja a habilitação, após obter parecer técnico favorável do Serviço de

Sanidade Agropecuária e aprovação do Departamento de Sanidade Vegetal.”

CERTIFICAÇÃO FITOSSANITÁRIA DE ORIGEM __________________________________________________________________

 

38 

 

Art. 11, § 3º

“Após o treinamento e atendidos os critérios de avaliação, o especialista emitirá

um certificado atestando que o RT habilitado está apto a identificar e controlar a

praga no campo, nos seus diferentes estágios de desenvolvimento, para que o

OEDSV atualize o Anexo ao Termo de Habilitação do RT.”

A possibilidade descrita no Art. 11, § 1º refere-se a situações como, por

exemplo, a necessidade urgente do RT incluir determinada praga na sua

habilitação, ou quando da necessidade de certificação para pragas de espécies

vegetais não usualmente comercializadas e que, por este motivo, não viabilizam

a realização de um curso pelo OEDSV, pela falta de profissionais interessados.

4.4 DA INSCRIÇÃO DA UNIDADE DE PRODUÇÃO

Antes de oficializar a inscrição de determinada Unidade de Produção, o RT

deverá observar os prazos estabelecidos pela legislação e as definições de UP

para as espécies vegetais a serem certificadas.

Art. 12

“A Unidade de Produção - UP deverá ser inscrita no OEDSV, no prazo previsto

na legislação específica da praga ou no Plano de Trabalho bilateral firmado pelo

MAPA, por meio do Responsável Técnico - RT, para se habilitar à certificação

fitossanitária de origem.”

Art. 12, § 1º

“A UP padrão é uma área contínua, de tamanho variável e identificada por um

ponto georreferenciado, plantada com a mesma espécie e estágio fisiológico,

sob os mesmos tratos culturais e controle fitossanitário.”

CERTIFICAÇÃO FITOSSANITÁRIA DE ORIGEM __________________________________________________________________

 

39 

 

Art. 12, § 2º

“A UP no agroextrativismo é uma área contínua, de tamanho variável e

identificada por um ponto georreferenciado, que representa a espécie a ser

explorada.”

Art. 12, § 3º

A UP no cultivo de plantas ornamentais, olerícolas e medicinais é uma área

plantada com a mesma espécie, em que:

I - poderão ser agrupados para a caracterização de uma única UP tantos

talhões descontínuos, de um mesmo produto, desde que a soma total

dos talhões agrupados não exceda o valor estipulado para um módulo,

devendo esta UP ser identificada por um ponto georreferenciado de um

dos talhões que a compõe;

II - talhões descontínuos de um mesmo produto que possuírem área

igual ou superior a 1 (um) módulo deverão constituir UPs

individualizadas, e cada UP deverá ser identificada por um ponto

georreferenciado.

Art. 12, § 4º

“Para efeitos da caracterização do § 3º, incisos I e II, deste artigo, o módulo será

de 20 hectares.”

Art. 13

“O RT deverá, no ato da inscrição da UP, preencher a Ficha de Inscrição,

conforme os Anexos VII e VIII, e apresentar cópia da carteira de identidade e do

Cadastro de Pessoa Física - CPF do interessado pela habilitação da UP.”

(Figura 8).

CERTIFICAÇÃO FITOSSANITÁRIA DE ORIGEM __________________________________________________________________

 

40 

 

Art. 13, § 1º

“O OEDSV fornecerá ao RT o(s) código(s) da(s) UP(s) no ato da inscrição,

que será composta pelo código numérico da Unidade da Federação, código

numérico do município, identificação numérica da propriedade, com três

dígitos, ano, com dois dígitos, e número seqüencial.”

Ex.: Cód. Paraná: 41; Cód. Município (Curitiba): 7535, Número da propriedade:

001 a 999; Ano: 2004; Número sequencial: 1 a n, 30, por exemplo. Portanto, o

Código da UP será: 4175350100430

Art. 13, § 2º

Para a cultura perene, o RT poderá solicitar ao OEDSV a manutenção do

número da habilitação da UP, anualmente, conforme o Anexo IX.

Art. 13, § 3º

As leituras das coordenadas geográficas, latitude e longitude, serão obtidas no

Sistema Geodésico, SAD-69.

CERTIFICAÇÃO FITOSSANITÁRIA DE ORIGEM __________________________________________________________________

 

41 

 

FIGURA 8 – MODELO DA FICHA DE INSCRIÇÃO DE UP

Símbolo do

OEDSV

Nome do OEDSV

FICHA DE INSCRIÇÃO DE UNIDADE DE PRODUÇÃO Nº: NOME DO PROPRIETÁRIO:

CPF/CNPJ:

ENDEREÇO:

BAIRRO:

CEP:

MUNICÍPIO:

U.F:PR

TELEFONE:

FAX:

CORREIO ELETRÔNICO:

NOME DA PROPRIEDADE:

INCRA:

ENDEREÇO:

BAIRRO / GLEBA:

MUNICÍPIO:

CEP:

U.F.PR

TELEFONE:

FAX:

VIAS DE ACESSO: NOME DO PRODUTOR (CASO NÃO SEJA O PRÓPRIO PROPRIETÁRIO): CPF/CNPJ:

ENDEREÇO:

BAIRRO:

CEP:

MUNICÍPIO:

U.F:PR

TELEFONE:

FAX:

CORREIO ELETRÔNICO:

LOCAL EM QUE O LIVRO DEVERÁ ESTAR DISPONÍVEL:

CÓDIGO DA UP

COORD. GEOGRÁFICAS (ggºmm‘ss,ss“) (DATUM SAD 69) ALTIT

(m) ESPÉCIE ÁREA (ha)

DATA DO PLANTIO

ESTIMATIVA DE

PRODUÇAO (m3, Ton, Cxs)LATITUDE (S) LONGITUDE (W)

__________________________________ _________________________________ Assinatura do RT Assinatura do Produtor (Responsável Legal pela Empresa) __________________________________ __________________________________ Local e data Assinatura e carimbo Resp. OEDSV

4.5 DA INSCRIÇÃO DA UNIDADE DE CONSOLIDAÇÃO

Da mesma forma que as Unidades de Produção necessitam ser inscritas para

possibilitar a emissão do CFO, as Unidades de Consolidação também

necessitam ser inscritas no OEDSV para possibilitar a emissão do CFOC. A

principal diferença no procedimento de inscrição destas Unidades diz respeito à

necessidade da realização de vistoria prévia pelo Fiscal do OEDSV, na UC.

CERTIFICAÇÃO FITOSSANITÁRIA DE ORIGEM __________________________________________________________________

 

42 

 

Art. 14

“A Unidade de Consolidação - UC deverá ser inscrita no OEDSV da UF onde

esteja localizada, por meio da Ficha de Inscrição da Unidade de Consolidação,

para se habilitar a emitir o CFOC.” (Figura 9).

Além da Ficha de Inscrição preenchida, deverão ser apresentadas cópias da

identidade e do Cadastro de Pessoa Física - CPF do responsável pela Unidade

de Consolidação.

Art. 14, § 2º

“O OEDSV deverá emitir Laudo de Vistoria para fins de Certificação

Fitossanitária de Origem Consolidada, conforme o Anexo XI, para validar a

inscrição da Unidade de Consolidação.”

Em alguns casos, a vistoria poderá resultar na identificação de problemas

existentes na estrutura da UC, que venham comprometer a segregação e a

rastreabilidade dos produtos certificados. Nestes casos, o Fiscal deverá orientar

as adequações necessárias para viabilizá-la. Quando as adequações forem

efetivadas a UC estará apta à inscrição.

Art. 14 § 3º

A UC receberá uma identificação numérica que será formada pelo código

numérico da Unidade da Federação, código numérico do município e o número

seqüencial.

Ex.: Cód. Paraná: 41; Cód. Município (Curitiba): 7535, Número sequencial: 1 a n, 36 por exemplo. Portanto: 41753536

CERTIFICAÇÃO FITOSSANITÁRIA DE ORIGEM __________________________________________________________________

 

43 

 

FIGURA 9 – MODELO DE FICHA DE INSCRIÇÃO DE UC

Símbolo do

OEDSV

Nome do OEDSV

INSCRIÇÃO DE UNIDADE CONSOLIDADA Nº:

NOME DA EMPRESA CNPJ:

MUNICÍPIO: ESTADO: CEP:

TELEFONE: FAX:

ENDEREÇO ELETRÔNICO:

NOME DO REPRESENTANTE LEGAL DA EMPRESA: CPF:

ENDEREÇO DO LOCAL DE ARMAZENAMENTO, BENEFICIAMENTO OU PROCESSAMENTO DA EMPRESA

RUA: Nº:

BAIRRO:

LATITUDE(º ‘ ‘’) (DATUM SAD 69)

LONGITUDE : (º ‘ ‘’) (DATUM SAD 69)

ALTITUDE (m)

LOCAL EM QUE O LIVRO DEVERA ESTAR DISPONIVEL:

CAPACIDADE DE PROCESSAMENTO / ARMAZENAMENTO:

TIPO DE APRESENTAÇÃO DO PRODUTO E FORMA DE IDENTIFICAÇÃO:

__________________________________ _______________________________________ Nome e Assinatura do RT Assinatura do Representante Legal da Empresa __________________________________ __________________________________

Local e data Assinatura e carimbo do Resp. OEDSV

CERTIFICAÇÃO FITOSSANITÁRIA DE ORIGEM __________________________________________________________________

 

44 

 

4.6 MODELOS, EMISSÃO E PREENCHIMENTO DO CFO E DO CFOC

Art. 5º § 1º

Os formulários do CFO e do CFOC a serem utilizados pelo Responsável

Técnico habilitado seguirão os modelos apresentados nos Anexos II, II-A, III e III-

A da IN nº 55/2007, respectivamente (Figuras 10 e 11).

FIGURA 10 – MODELO DO CFO

Símbolo do

OEDSVNome do OEDSV

CERTIFICADO FITOSSANITÁRIO DE ORIGEM Nº:

Nome do produtor / nome empresarial:

Endereço:

Município: UF:

CNPJ ou CPF: Identificação da propriedade:

IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO

Código da UP Produto Quantidade Unidade Período de

colheita

Laudo Laboratorial

Nome do Laboratório:

Número do laudo com o resultado da análise:

Município: UF:

Certifico que, mediante acompanhamento, o(s) produto(s) acima especificado(s) se apresenta(m): 1) ( ) livre(s) da(s) Praga(s) Quarentenária(s) A2, 2) ( ) dentro do(s) limite(s) de tolerância para a(s) Praga(s) Não Quarentenária(s) Regulamentada(s), ou 3) ( ) livre(s) da(s) Praga(s) especifica(s), por exigência interna; 4) ( ) livre(s) da(s) Praga(s) especifica(s), por exigência do país importador, conforme regulamentação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA.

DECLARAÇÃO ADICIONAL

TRATAMENTO FITOSSANITÁRIO COM FINS QUARENTENÁRIOS Nome do produto

comercial Ingrediente

ativo Dose Praga ou produto Modo de aplicação

Partida lacrada na origem? não� sim � nº lacre:________________ nº porão:__________ nºcontêiner: ____________________

Este certificado é válido por ___________ dias e será nulo se rasurado. DADOS DO RESPONSÁVEL TÉCNICO HABILITADO

Nome do RT:

Nº da habilitação: Nº do CREA:

Local e data:

Assinatura e carimbo:

CERTIFICAÇÃO FITOSSANITÁRIA DE ORIGEM __________________________________________________________________

 

45 

 

FIGURA 10 – MODELO DO CFOC

Símbolo do

OEDSV

Nome do OEDSV

CERTIFICADO FITOSSANITÁRIO DE ORIGEM CONSOLIDADO Nº:

Unidade de Consolidação:

Nome empresarial:

Endereço:

Município: UF:

CNPJ: Identificação da UC:

IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTOCódigo(s) do(s)

lote(s) Produto(s)

Quantidade (unidade de medida)

Data de consolidação do lote

Laudo Laboratorial

Nome do Laboratório:

Número do laudo com o resultado da análise:

Município: UF:

Certifico que, mediante reinspeção, acompanhamento do recebimento e conferência do CFO e CFOC, PTV, CF ou CFR das cargas que compuseram o(s) lote(s) acima especificado(s), este(s) se apresenta(m): 1) ( ) livre(s) da(s) Praga(s) Quarentenária(s) A2, 2) ( ) dentro do(s) limite(s) de tolerância para a(s) Praga(s) Não Quarentenária(s) Regulamentada(s), 3) ( ) livre(s) da(s) Praga(s) especifica(s), por exigência interna; 4) ( ) livre(s) da(s) Praga(s) especifica(s), por exigência do país importador, conforme regulamentação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA.

DECLARAÇÃO ADICIONAL

TRATAMENTO FITOSSANITÁRIO COM FINS QUARENTENÁRIOS Nome do produto

comercial Ingrediente

ativo Dose Praga Modo de aplicação

Partida lacrada na origem? não� sim � nº lacre:________________ nº porão:__________ nºcontêiner:_______________

Este certificado é válido por ___________ dias e será nulo se rasurado.

DADOS DO RESPONSÁVEL TÉCNICO HABILITADONome do RT:

Nº da habilitação Nº do CREA:

Local e data:

Assinatura e carimbo:

O preenchimento correto do CFO contempla a relação individual de cada

produto, a identificação da UP, a relação da quantidade correspondente e a

respectiva Declaração Adicional.

CERTIFICAÇÃO FITOSSANITÁRIA DE ORIGEM __________________________________________________________________

 

46 

 

Já o CFOC, além de apresentar cada produto relacionado individualmente,

deverá constar obrigatoriamente a identificação do lote, a relação da quantidade

correspondente e a respectiva Declaração Adicional.

Os lotes formados na UC deverão ser compostos por produtos certificados com

CFO, CFOC, PTV, CF ou CFR para, a partir dele, compor partidas certificadas

com o CFOC.

Define-se lote como o conjunto de produtos da mesma espécie, de tamanho

definido e que apresentam conformidades fitossanitárias semelhantes, formado

por produtos previamente certificados com CFO, CFOC, PTV, CF ou CFR

Cada lote formado deverá estar identificado com um número, composto pelo

código da inscrição da Unidade de Consolidação, ano, com dois dígitos, e

número seqüencial. Ex.: Cód. UC 41753536; Ano: 2009; Número sequencial: 1 a

n, 98, por exemplo. Portanto: 417535360998

Ambos os documentos não serão rasurados e não serão utilizados no verso. Os

campos não utilizados devem ser anulados de forma a evitar a adulteração do

documento. Caso haja necessidade da inclusão de informações

complementares, deverão ser utilizados os anexos II-A e III-A da IN 55/2007.

Os termos da Declaração Adicional - DA utilizados na emissão do CFO ou do

CFOC serão fornecidos pelo MAPA ou farão parte do requisito fitossanitário da

ONPF do país importador.

A identificação numérica do CFO e do CFOC será em ordem crescente, com

código numérico da Unidade da Federação - UF, seguida do ano, com dois

dígitos, e número seqüencial de seis dígitos. Ex: Cód. Paraná:41; Ano:2009; Nº

sequencial: 0000001 a 999999, por ex. 1458. Portanto: 4109001458.

Para a partida de vegetais oriunda de viveiro de mudas, campo de material de

multiplicação ou propagação que apresentarem níveis de tolerância

estabelecidos para a praga não-quarentenária regulamentada, o CFO ou CFOC

deverá estar fundamentado em laudo laboratorial e conterá o nome do

CERTIFICAÇÃO FITOSSANITÁRIA DE ORIGEM __________________________________________________________________

 

47 

 

laboratório responsável pela análise, o número do laudo laboratorial, município e

UF de localização do laboratório. O laudo laboratorial deverá acompanhar o CFO

ou CFOC, para subsidiar a emissão da Permissão de Trânsito de Vegetais. O

material coletado para análise fitossanitária deverá ser encaminhado a

laboratórios de diagnósticos fitossanitários integrantes da Rede Nacional de

Laboratórios do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária.

4.7 QUANTIDADE DE VIAS E PRAZO DE VALIDADE DO CFO E CFOC

Art. 19

O CFO e o CFOC deverão ser emitidos em três vias, com a seguinte destinação:

I – 1ª via: destinada a acompanhar a partida até o momento da emissão

da PTV, ficando retida pelo OEDSV para ser anexado à cópia da PTV;

II – 2ª via: destinada ao emitente;

III – 3ª via: destinada ao produtor ou a Unidade de Consolidação.

Art. 21

O CFO terá prazo de vigência de até 30 dias e o CFOC de até 15 dias, a partir

das datas de suas emissões, e somente serão válidos nos modelos oficiais,

originais e preenchidos corretamente.

4.8 LIVRO DE ACOMPANHAMENTO

Assim como em outros processos de certificação realizados na agricultura, na

certificação fitossanitária de origem também são realizados registros

comprobatórios dos procedimentos orientados pelo RT e adotados pelo produtor

CERTIFICAÇÃO FITOSSANITÁRIA DE ORIGEM __________________________________________________________________

 

48 

 

ou comerciante, visando atender os requisitos definidos para o mercado interno

ou externo.

Art. 23

Para emissão do CFO, o RT deverá elaborar e manter à disposição do Serviço

de Fiscalização o Livro de Acompanhamento numerado e de páginas

numeradas, com registro das visitas realizadas e orientações prescritas, além

das informações técnicas exigidas por esta Instrução Normativa e pela

legislação específica da praga ou produto, devendo ser assinado pelo RT e pelo

contratante ou representante legal. O RT deverá comunicar ao OEDSV, no ato

de inscrição da UP, o local, de fácil acesso, onde o Livro de Acompanhamento

estará disponível ao Serviço de Fiscalização.

O Livro de Acompanhamento citado no artigo 23 deverá conter, no mínimo, as

seguintes informações, por UP, para fundamentar a emissão do CFO:

I - dados da origem da semente, muda ou porta-enxerto;

II - espécie;

III - variedade/cultivar;

IV - área plantada por variedade/cultivar;

V - dados do monitoramento da praga;

VI - resultados das análises laboratoriais realizadas;

VII - anotações das principais ocorrências fitossanitárias;

VIII - ações de prevenção e método de controle adotado;

IX - estimativa da produção;

X - tratamentos fitossanitários com fins quarentenários realizados para a praga,

indicando agrotóxicos utilizados, dose, data da aplicação e período de carência;

XI - dados da colheita e manejo pós-colheita.

CERTIFICAÇÃO FITOSSANITÁRIA DE ORIGEM __________________________________________________________________

 

49 

 

Para fundamentar a emissão do CFOC, o Livro de Acompanhamento da

Unidade de Consolidação deverá conter, no mínimo, as seguintes informações:

I - anotações de controle de entrada de produtos na Unidade de Consolidação,

com os respectivos números dos CFO, CFOC, PTV, CF e CFR que compuseram

cada lote, conforme Anexo XIII e a legislação específica;

II - espécie;

III - variedade/cultivar;

IV - quantidade e tamanho do lote;

V - controle de saída das partidas certificadas com o CFOC.

Art. 23, § 5º

As anotações de acompanhamento, quando elaboradas e mantidas na forma

eletrônica, devem ser impressas e numeradas, formando um Livro de

Acompanhamento, para efeito de fiscalização e auditoria.

Art. 23, § 6º

Nas atividades realizadas, o Responsável Técnico habilitado deverá colar ou

anexar no Livro de Acompanhamento a via do documento comprobatório da

ação destinada ao produtor ou à Unidade de Consolidação.

Art. 23, § 4º

A UP ou UC que aderir ao sistema de Produção Integrada do MAPA poderá

substituir o livro, citado neste artigo, pelos Cadernos de Campo e de Pós-

Colheita, previstos nas Diretrizes Gerais para a Produção Integrada de Frutas -

DGPIF, desde que as informações mínimas obrigatórias para cada UP ou lote

estejam abrangidas pelos registros.

CERTIFICAÇÃO FITOSSANITÁRIA DE ORIGEM __________________________________________________________________

 

50 

 

4.9 IDENTIFICAÇÃO DOS PRODUTOS CERTIFICADOS

Art. 24

Durante o manejo da colheita, o lote colhido deve ser identificado no campo com

o número da Unidade de Produção - UP para garantir a origem e a identidade do

produto. Ex.: Cód UP: 4175350100430

Art. 25.

O produtor, o responsável pela Unidade Agroextrativista ou Unidade de

Consolidação deverá identificar o produto ou a embalagem com rótulo,

constando o nome do produto e o código da UP ou do lote, para permitir a

rastreabilidade no processo de certificação.

Ex.: Cód. UC 41753536; Ano: 2009; Número sequencial: 1 a n, 98, por exemplo. Portanto: 417535360998

4.10 RELATÓRIOS DO CFO E CFOC

Art. 26

O RT deverá encaminhar, mensalmente, ao OEDSV, até o vigésimo dia do mês

subseqüente, relatórios sobre os CFO e CFOC emitidos no mês anterior,

conforme os Anexos XII e XIII, respectivamente.

Art. 27

O OEDSV deverá encaminhar relatórios consolidados com informações sobre os

CFO e CFOC emitidos a cada semestre à SFA na UF, até o último dia o mês

subseqüente ao semestre, conforme o Anexo XIV.

CERTIFICAÇÃO FITOSSANITÁRIA DE ORIGEM __________________________________________________________________

 

51 

 

4.11 CONTROLE, SUPERVISÃO E AUDITORIA DA CERTIFICAÇÃO

Art. 29

O OEDSV deverá manter um sistema de acompanhamento, controle e

fiscalização do processo de emissão do CFO e do CFOC, junto ao Responsável

Técnico habilitado.

O OEDSV deverá apurar os casos de interceptação da praga e de não

conformidades em partida certificada com CFO ou CFOC emitido pelo RT

habilitado, e adotar as medidas cabíveis para sanar o problema fitossanitário,

podendo incluir a obrigatoriedade do RT habilitado de participar de novo curso

para a praga.

Art. 30

O MAPA realizará atividades de supervisão e auditoria no processo de emissão

do CFO e CFOC.

CERTIFICAÇÃO FITOSSANITÁRIA DE ORIGEM __________________________________________________________________

 

52 

 

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

BRASIL, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa nº 54 de 2007.

BRASIL, IN BRASIL, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa nº 55 de 2007.

BRASIL, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa nº 12 de 2005.

BRASIL, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa nº 41 de 2008.

BRASIL, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa nº 52 de 2007.

BRASIL, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Portaria nº 47 de 2009.

Oliveira, M. R. V.; Návia, D.; Silva, C. C. A.; Silva, O. L. R. 2001. Quarententa Vegetal no Brasil: Aspectos gerais, com ênfase nos insetos e ácaros. p 161-173. In: Vilela, E. F.; Zucchi, R. A.; Cantor, F. Histórico e impacto das pragas introduzidas no Brasil. Holos, Ribeirão Preto, SP.

Silva, O. L. R. Controle do Trânsito de Hospedeiros de Moscas-das-Frutas. 2000. P 193-200. In: Malavasi, A.; Zucchi, R. A. Moscas-das-frutas de importância econômica no Brasil – Conhecimento básico e aplicado. Holos, Ribeirão Preto, SP.