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BALANÇO DE GESTÃO 2015|2018 PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO

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2015|2018

PROCURADORIA GERAL DO ESTADO

DE PERNAMBUCO

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Composição da Gestão

Gabinete do Procurador-Geral: Antônio César Caúla Reis Procurador-Geral Ernani Varjal Medicis Pinto Procurador-Geral Adjunto Renata Maria Santos Brayner e Silva Procuradora Assessora Roberto Pimentel Teixeira Procurador Assessor Suely Virgínia Pedrosa Barros Procuradora Assessora Corregedoria Geral: Maria Claudia Junqueira Corregedora-Geral Larissa Medeiros Santos Ouvidora-Geral Secretaria Geral: Erika Gomes Lacet Secretária-Geral Centro de Estudos Jurídicos: Paulo Rosenblatt Coordenador Procuradoria de Apoio Jurídico e Legislativo ao Governador: Rosana Mousinho Wanderley Campos Procuradora-Chefe Maria Cristina Tavares de Lira Procuradora-Chefe Adjunta

Procuradoria Consultiva: Giovana Andréa Gomes Ferreira Procuradora-Chefe Mariana Varejão de Andrade Gomes Procuradora-Chefe Adjunta Procuradoria do Contencioso: Antiógenes Viana de Sena Júnior Procurador-Chefe Luciana Roffé de Vasconcelos Procuradora-Chefe Adjunta Fernando Cavalcante Pereira de Farias Procurador-Chefe Adjunto Procuradoria da Fazenda: Leonardo Guimarães Freire Procurador-Chefe Aldo Bernardo da Silva Júnior Procurador-Chefe Adjunto Anselma de Oliveira Nunes Bandeira de Mello Procuradora-Chefe Adjunta Carlos André Guedes Loureiro Procurador-Chefe Adjunto 1ª Procuradoria Regional – Caruaru Renato Vasconcelos Maia Procurador-Chefe 2ª Procuradoria Regional – Petrolina Marcos Elesbão Procurador-Chefe 3ª Procuradoria Regional – Arcoverde Rômulo Cézar de Siqueira Almeida Procurador-Chefe 4ª Procuradoria Regional – Brasília Sérgio Augusto Santana Silva Procurador-Chefe

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Equipe Técnica

Editoração Gráfica: Cristian Alves Pessoa Gestor Executivo Revisão Textual: Cristian Alves Pessoa Gestor Executivo Fabiane Cavalcanti Assessora de Comunicação Fotografia: Capa e contracapa Adriano Aquino Procurador do Estado Banco de Imagens da Assessoria de Comunicação

Qualquer parte desta publicação pode ser reproduzida, desde que citada a fonte. Disponível também em: www.pge.pe.gov.br

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Sumário

Mensagem do Procurador-Geral do Estado ............................................................................................ 6

A Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco .................................................................................... 7

Destaques da Gestão ............................................................................................................................. 10

Procuradoria Consultiva ........................................................................................................................ 21

Procuradoria da Fazenda ....................................................................................................................... 29

Procuradoria do Contencioso ................................................................................................................ 50

Procuradoria de Apoio Jurídico-Legislativo ........................................................................................... 72

1ª Procuradoria Regional – Caruaru ...................................................................................................... 76

2ª Procuradoria Regional – Petrolina .................................................................................................... 79

3ª Procuradoria Regional – Arcoverde .................................................................................................. 82

4ª Procuradoria Regional – Brasília ....................................................................................................... 87

Corregedoria e Ouvidoria ...................................................................................................................... 90

Conselho Superior da Procuradoria Geral do Estado ............................................................................ 99

Centro de Estudos Jurídicos – CEJ ....................................................................................................... 103

Secretaria Geral ................................................................................................................................... 109

Comunicação ....................................................................................................................................... 129

Anexo – Mensagens ............................................................................................................................ 160

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Mensagem do Procurador-Geral do Estado

Ao longo de 28 anos de existência, a Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco ostenta uma lista

de relevantes serviços prestados à Administração Pública e à sociedade pernambucana. Com um

corpo de profissionais altamente qualificados, vem desempenhando e cumprindo suas atribuições

constitucionais de forma republicana, sempre visando à defesa do interesse público e da ordem

jurídica.

A Procuradoria foi constituída por

meio da Lei Complementar Estadual

nº 2/1990. Ao quadro que

originariamente formou a PGE-PE,

agregou-se uma equipe de

Procuradores selecionada por meio

de seis concursos públicos, contando

a instituição ainda com o valoroso

trabalho dos servidores das carreiras

de apoio.

No trabalho de consultoria jurídica,

defesa judicial do Estado, cobrança

de créditos e assessoramento direto

ao Governador, a Procuradoria notabilizou-se por praticar uma advocacia pública proativa,

combativa e comprometida com a efetivação das políticas públicas.

A amplitude das competências que a ordem constitucional e a legislação atribuem à PGE-PE

impressiona. Para, além disso, o trabalho eficiente e comprometido com as políticas públicas que

vem desenvolvendo ao longo de sua existência fez com que o órgão conquistasse algo ainda mais

relevante: a confiança da sociedade e da Administração estadual. Todos os dias buscamos nos

manter merecedores dessa fidúcia.

Cada realização, cada conquista, cada obstáculo vencido foi fruto do esforço coletivo e motivo de

orgulho para todos que fazemos a instituição. Buscamos compartilhar isso por meio do balanço que

ora se apresenta, o qual sintetiza a atuação e os principais resultados da Procuradoria Geral do

Estado alcançado pela instituição entre os anos de 2015 e 2018.

Antônio César Caúla Reis

Procurador-Geral do Estado de Pernambuco

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A Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco

Criada pela Lei Complementar nº 2, de 20 de agosto de 1990, a Procuradoria Geral do Estado de

Pernambuco é o órgão responsável pela representação judicial do Estado de Pernambuco e de suas

autarquias, pela consultoria jurídica ao Poder Executivo e pela promoção da cobrança da Dívida

Ativa, entre outras atribuições fixadas em lei, a saber:

• Promover medidas de natureza jurídica objetivando proteger o patrimônio dos órgãos e entidades

da Administração Pública estadual;

• Defender o Estado de Pernambuco e suas autarquias em demandas judiciais e procedimentos

administrativos;

• Prestar assessoramento ao Governador do Estado, em matéria legislativa, elaborando ou revendo

anteprojetos de lei, projetos de decreto, mensagens, vetos e atos normativos;

• Representar ao Governador do Estado e aos Secretários de Estado sobre providências de ordem

jurídica, no interesse da administração pública estadual;

• Realizar estudos e pesquisas sobre matérias jurídicas, promovendo a sua divulgação;

• Desempenhar atribuições, de natureza jurídica, que lhe forem cometidas pelo Governador do

Estado;

• Opinar, de ofício ou a requerimento do Governador do Estado ou de secretário de Estado, em

processos administrativos;

• Fixar a interpretação de normas constitucionais, legais e administrativas a ser uniformemente

seguida pelos órgãos e entidades da administração estadual;

• Velar pela fiel observância dos atos de uniformização de normas que houver fixado;

• Assistir o Poder Executivo e autarquias estaduais no controle interno da legalidade e da moralidade

administrativa de seus atos;

• Uniformizar a jurisprudência administrativa, garantindo a correta aplicação das leis, prevenindo e

dirimindo controvérsias entre órgãos e entidades da administração estadual e autarquias,

solucionando as divergências jurídicas entre os órgãos que a integram;

• Opinar previamente e intervir em contratos, convênios e consórcios celebrados pelo Estado de

Pernambuco e suas autarquias;

• Representar o Estado de Pernambuco e suas autarquias em assembleias de acionistas de

sociedades de economia mista.

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A LC nº 2/1990 extinguiu a Procuradoria Geral dos Feitos da Fazenda e a Procuradoria das Execuções

Fiscais, tendo os antigos consultores jurídicos do Estado e consultores jurídicos autárquicos passado

a integrar a carreira de Procurador do Estado. Desde sua criação, foram realizados seis concursos

públicos para provimento de vagas de Procurador do Estado.

A PGE-PE está sediada no Recife, tendo quatro especializadas: Procuradoria de Apoio Jurídico-

Legislativo ao Governador, Procuradoria Consultiva, Procuradoria do Contencioso e Procuradoria da

Fazenda Estadual. Conta ainda com Procuradorias Regionais nas cidades de Caruaru (Agreste),

Petrolina, Arcoverde (Sertão) e Brasília, além de Sub-Regionais em Garanhuns (Agreste) e Salgueiro

(Sertão).

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Destaques da

Gestão

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Destaques da Gestão

No quadriênio 2015-2018, a Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco fortaleceu o exercício de

sua missão institucional de defesa do interesse público por meio de uma série de ações relevantes.

Alguns temas de grande impacto na sociedade foram conduzidos pela Procuradoria, com

repercussões significativamente positivas para as políticas públicas e para a saúde financeira do

Estado de Pernambuco. Ao mesmo tempo, foram realizadas iniciativas de aprimoramento de suas

competências a fim de garantir à organização um novo patamar de maturidade institucional, além de

medidas que valorizaram ainda mais o corpo qualificado de procuradores e servidores e

incrementaram a infraestrutura da PGE.

Rescisão do contrato da Arena Pernambuco

O Estado de Pernambuco formalizou a rescisão

consensual do contrato de concessão administrativa da

Arena Pernambuco, firmado em 15/06/2010, que tinha

como finalidade a implantação e exploração da Arena

Multiuso da Copa de 2014 sob o formato de Parceria

Público-Privada (PPP). Em 06/06/2016, o Estado assumiu

a administração da Arena por meio da Secretaria de

Turismo.

A rescisão foi determinada pelo governador no início de

março de 2016, após estudo técnico da Fundação Getúlio Vargas, e a negociação, conduzida pela

Procuradoria Geral do Estado.

Como resultado da rescisão do contrato, o Estado pagará à empresa concessionária o valor

correspondente ao saldo da obra no montante de R$ 246.821.327,00, de forma parcelada, no prazo

de 15 anos, observando o Termo de Ajustamento de Gestão (TAG) firmado com o Tribunal de Contas

do Estado.

O Estado não pagou à Concessionária nenhum valor referente a custos de desmobilização, a

remuneração de capital, indenizações relacionadas ao projeto imobiliário, multas ou lucros cessantes

decorrentes da rescisão. Também não transferiu a posse do imóvel que seria destinado à Cidade da

Copa, tampouco pagou indenização ou lucros cessantes relativos ao projeto imobiliário. Finalmente,

o Estado também não desembolsou qualquer valor relativo às contraprestações adicionais

relacionadas ao período de novembro de 2014 a maio de 2016.

A rescisão consensual atendeu aos parâmetros fixados no TAG, resolveu parte significativa das

questões controversas envolvendo o contrato, permitiu que o Estado assumisse imediatamente a

Arena, excluiu o risco de discussão dos valores compensados pelo Estado e o risco de pagamento do

que foi objeto de renúncia expressa pela concessionária, além de haver delimitado os itens e valores

sujeitos a possível discussão em arbitragem ou processo judicial.

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Declaração de caducidade da PPP de Itaquitinga

Ainda no início de 2015, por sugestão da PGE, o governo estadual decretou intervenção no Centro

Integrado de Ressocialização de Itaquitinga (CIR), retomando o imóvel para a realização de

levantamento das condições da construção e a adoção das providências necessárias à manutenção

da segurança do local.

Seguiu-se a abertura de procedimento de caducidade, havendo sido publicado em março de 2016 o

respectivo decreto de caducidade, o que permitiu a retomada das obras do complexo. Uma das

unidades foi entregue em janeiro de 2018, com capacidade para abrigar cerca de 1.000 presos do

regime fechado; uma segunda, de idêntica dimensão tem conclusão prevista para o primeiro

trimestre de 2019. Em dezembro de 2018, restou formalizada a doação de uma terceira unidade à

União, que ali instalará o primeiro presídio federal em Pernambuco. O terceiro módulo do complexo

de Itaquitinga terá 300 vagas e receberá presos sentenciados ou provisórios que se enquadrem no

Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). O projeto tornará Pernambuco o primeiro estado brasileiro a

contar com a obra monitorada por uma agência da Organização das Nações Unidas (ONU) de um

presídio de segurança máxima federal.

A caducidade restou decretada diante da constatação de inadimplências e infrações contratuais por

parte da Sociedade de Propósito Específico (SPE) Reintegra Brasil S.A. O consórcio era o responsável

pela execução das obras civis e operação do centro pelo período de 30 anos, mas paralisou as

construções em 2012.

As acionistas da SPE deflagraram então Procedimento Arbitral, perante a Câmara de Arbitragem

Empresarial – Brasil (Camarb), questionando a legalidade do ato de negativa de anuência à

transferência do controle acionário da companhia e suas consequências. Houve destacada atuação

da defesa do Estado de Pernambuco, no processo arbitral em questão, suscitando a inarbitrabilidade

dos pleitos e, no mérito, demonstrando a improcedência, tanto do pedido anulatório, quanto das

pretensões indenizatórias subjacentes.

Liminar do STF que garantiu a Pernambuco depósito referente a multa prevista na Lei de

Repatriação

O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou, em novembro de 2016, que a União depositasse em

juízo os valores referentes às multas moratórias cobradas sobre a repatriação de recursos do

exterior, atendendo pedido apresentado pela Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco (PGE-

PE).

Com isso e em face de negociações realizadas com os estados, o valor correspondente do Fundo de

Participação dos Estados (FPE) devido a Pernambuco, calculado sobre a multa prevista na Lei

13.254/2016 (Lei da Repatriação), terminou por ser transferido ainda em 2016, representando um

aporte adicional da ordem de R$ 256 milhões.

Na Lei nº 13.254/16, que dispõe sobre o Regime Especial de Regularização Cambial e Tributária

(RERCT), o dispositivo que trata da partilha das multas foi vetado. Com isso, o governo federal

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repassou aos Estados apenas os valores referentes aos 15% de imposto de renda sobre a

regularização de ativos mantidos no exterior e não declarados à Receita Federal.

Renegociação de dívidas com a União

O Governo de Pernambuco obteve, apenas em 2018, uma economia de R$ 400 milhões em razão da

renegociação de dívidas com Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco Nacional de

Desenvolvimento Econômico e Social (BDNES). Os aditivos foram firmados em Dezembro de 2017, no

último dia previsto pela Lei Complementar Federal 156/2016.

A medida foi considerada fundamental para a saúde das contas públicas. Apesar de não ter havido

alteração nos valores devidos, houve alongamento do prazo para quitação do débito e dos períodos

de carência, tornando as parcelas mais suaves.

Pernambuco foi um dos poucos estados que conseguiram firmar a renegociação total que a

legislação permitia. O valor renegociado pelo Governo de Pernambuco gira em torno de R$ 4,5

bilhões, o equivalente a cerca da metade de toda a dívida estadual.

A renegociação obtida por parte dos entes federativos foi o resultado de um esforço conjunto dos

governos estaduais. Em abril de 2016, as Procuradorias Gerais de Santa Catarina, Rio Grande Sul,

Pernambuco e de outros 13 estados, coordenadamente, ajuizaram ações com a pretensão de

recalcularem a dívida com a União e obtiveram, junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), liminares

que suspenderam o pagamento das dívidas.

Diante das decisões favoráveis aos estados, houve extensa negociação, com a participação direta dos

governadores, inclusive do governador Paulo Câmara, e, em 20 de junho de 2016, foi firmado acordo

que previu a posterior repactuação das dívidas.

Percs I e II

A Procuradoria Geral do Estado teve atuação exemplar nas

duas edições do Programa Especial de Recuperação de

Créditos Tributários (Perc), resultando em um montante

total regularizado de aproximadamente 1 bilhão de reais.

Lançada em setembro de 2016, a primeira edição do

programa conseguiu recuperar R$ 480 milhões em dívidas,

dos quais R$ 329 milhões já foram pagos e R$ 151 milhões

foram parcelados, caracterizando-o como o maior

programa de recuperação de créditos tributários da história

de Pernambuco até então.

O sucesso do PERC I deveu-se às excelentes condições oferecidas às empresas devedoras. O

programa autorizou o parcelamento dos débitos em até 24 meses e descontos de até 95% nas multas

e até 85% nos juros. Os contribuintes tiveram duas opções de adesão ao programa: através do

pagamento da primeira parcela ou da parcela única. Além do parcelamento e dos descontos, as

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empresas que aderiram ao PERC tiveram a oportunidade de regularizar sua situação fiscal e, com

isso, ficaram aptas a participar de licitações públicas e obter financiamentos de bancos públicos.

Na primeira edição, 5.581 contribuintes regularizaram seus débitos. No total, foram 10.356

processos negociados. Desse montante, 7.128 se referiram a dívidas de até R$ 10 mil; 3.189 de até

R$ 1 milhão e 39 acima de R$ 1 milhão.

O procurador-geral do Estado de Pernambuco, César Caúla, e o secretário da Fazenda, Marcelo

Barros, participaram de rodadas de reuniões com grandes empresas sediadas em São Paulo e com

filiais em Pernambuco. Esse modelo de negociação, implantado por esta gestão, foi seguido pelos

fazendários e procuradores, que negociaram pessoalmente com diversas empresas do Estado.

A segunda edição do programa, lançada em 2017, contou com a atuação estratégica de 31

procuradores e conseguiu repetir o sucesso alcançado nos resultados do primeiro PERC. No

programa governamental que vigorou de agosto a novembro de 2017, a PFE deu prioridade ao

contato direto com contribuintes selecionados, o que resultou na adesão de 39,4% deles ao

programa. Conforme planejamento realizado pela PFE, foram selecionados e abordados diretamente

pelos procuradores 279 contribuintes, dos quais 110 aderiram.

No PERC II, 7.515 contribuintes aderiram ao programa, perfazendo um total de R$ 442.995.807,00

em créditos recuperados, à vista ou parceladamente. Foram regularizados 17.648 processos, 53% a

mais que no primeiro PERC.

Cargo de procurador-geral privativo da carreira

O cargo de procurador-geral do Estado de Pernambuco

só poderá ser ocupado por integrantes da carreira de

procurador do Estado. É o que determina a Emenda

Constitucional nº 43, publicada no Diário Oficial do

Estado de Pernambuco (DOE) de novembro de 2018.

Proposta pelo governador Paulo Câmara e aprovada em

unanimidade pelo Plenário da Assembleia Legislativa, a

medida é considerada uma conquista para a

Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco (PGE-PE) e

para a categoria.

A nomeação do titular do cargo continuará a ser de livre escolha do governador, porém passará a ser

restrita aos integrantes da carreira, ativos ou inativos. A EC 43 alterou o artigo 17, § 2º, da

Constituição de Pernambuco, que passou a ter a seguinte redação: “A Procuradoria Geral do Estado

tem por chefe o Procurador-Geral do Estado, de livre nomeação pelo Governador, dentre os

Procuradores integrantes da carreira, ativos estáveis ou inativos, maiores de trinta e cinco anos de

idade, de notável saber jurídico e ilibada reputação, com mais de dez anos de efetiva atividade

profissional”.

Mesmo antes da norma, a chefia da PGE-PE vinha sendo ocupada por procuradores de carreira desde

2011: Thiago Norões, Bianca Avallone e César Caúla. A exclusividade do cargo para os integrantes da

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carreira é uma importante demonstração de confiança na instituição e na carreira, que conta com

quadros qualificados, com amplo conhecimento do funcionamento da administração pública e que

vem prestando ao Estado e à população um serviço de excelência.

Realização de concurso para procuradores

A Procuradoria realizou em 2018 concurso para preenchimento de dez vagas de procurador do

Estado e formação de cadastro de reserva. Foi o sexto concurso para o cargo desde a criação da

instituição em 1990.

O certame teve 4.869 inscritos e foi realizado com provas objetiva e discursiva, aplicadas nos dias 24

e 25 de março, e avaliação de títulos. Foram 102 candidatos classificados e o primeiro lugar do

concurso foi de Bruno Menezes Soutinho, 27 anos, ex-estagiário da PGE-PE e atualmente procurador

do Estado do Mato Grosso, cargo para o qual foi nomeado após concurso público em 2017. Ele

obteve a nota 140,62.

Publicação de edital de concurso para cargos administrativos

Foi publicado em novembro de 2018 o edital do primeiro concurso público

para a área administrativa da instituição. São oferecidas 88 vagas, assim

distribuídas: 20 para o cargo de analista judiciário de Procuradoria, 28 para

o cargo de analista administrativo de Procuradoria e 40 para o cargo de

assistente de Procuradoria, além de formação de cadastro reserva. As

inscrições serão realizadas no período de 4 de dezembro de 2018 a 3 de

janeiro de 2019 no site do Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e

Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe), responsável pela

organização e realização do certame.

Integração entre os edifícios sede e antigo Banco Central

Na presença de ex-procuradores-gerais do Estado de Pernambuco, procuradores do Estado,

servidores e colaboradores da Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco (PGE-PE), o procurador-

geral César Caúla inaugurou em agosto de 2017 a primeira etapa da integração entre o edifício Ipsep,

sede da PGE, e o prédio do antigo Banco Central. A solenidade, com descerramento de placa, marcou

também o aniversário de 27 anos da PGE-PE e o Dia do procurador do Estado, celebrados em 20 de

agosto.

O processo de integração entre os dois prédios começou no

início dos anos 2000, na gestão do procurador-geral Sílvio

Pessoa, quando o anexo foi cedido por um período de dez

anos à PGE-PE. O processo de doação, iniciado em 2009,

com o então procurador-geral Tadeu Alencar, foi concluído

em 2013, com o procurador-geral à época, Thiago Norões.

Após um trabalho de consulta sobre as necessidades das

Procuradorias, foi contratado um projeto de arquitetura no

ano de 2011.

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Com o projeto de arquitetura aprovado, foram contratados no segundo semestre de 2012 os

projetos de engenharia, que começaram a ser executados em maio de 2013. Com a conclusão do

serviço de cabeamento estruturado, teve início em de janeiro de 2018 a mudança da Procuradoria do

Contencioso, que conta atualmente com 108 colaboradores, incluindo procuradores, servidores,

terceirizados e estagiários de direito e nível médio, para o 1º andar reformado do prédio do antigo

Banco Central. A mudança da Procuradoria do Contencioso marcou a conclusão da primeira etapa da

obra de reforma do prédio anexo à sede da Procuradoria, trazendo melhorias nas condições de

trabalho para procuradores e servidores.

A segunda etapa do projeto consistiu na transferência do Gabinete e da Procuradoria Consultiva do

primeiro andar do Edifício Ipsep para o segundo andar do prédio anexo (antigo Banco Central). Os 16

procuradores e equipe administrativa da especializada ocupam agora salas no mesmo pavimento do

Gabinete do Procurador-Geral. O ambiente também conta com mais e melhores espaços para

realização de reuniões com representantes dos órgãos, que fazem parte da rotina da Consultiva.

Já o primeiro andar do Edifício Ipsep agora passa por pequenas intervenções de recuperação da

pintura para receber, até o fim do ano, o Núcleo de Dívida Ativa da Procuradoria da Fazenda

Estadual, atualmente no 3º andar do edifício-sede. Para o primeiro andar, também serão transferidos

posteriormente o Centro de Estudos Jurídicos (CEJ) e o Núcleo Imobiliário, atualmente no segundo

andar do Ipsep, e a Divisão de Cálculos.

Nova resolução unifica programas de estágio de estudantes de Direito na PGE-PE

Foi publicada em novembro de 2017 a Resolução Nº 06/2017 do Conselho Superior da Procuradoria

Geral do Estado de Pernambuco (PGE-PE) regulamentando o Programa de Estágio de Estudantes de

Direito na PGE-PE. A Resolução 06/2017, assinada pelo procurador-geral César Caúla, substitui a

Resolução 02/2015, atualizando as normas do programa, adaptando-o ao Programa de Capacitação

do Estágio em Direito (PCED) e aprimorando o processo de seleção dos estagiários.

A resolução unifica os programas regular e alternativo de estágio, preservando as 22 vagas

destinadas a alunos que tenham concluído o ensino médio em escola pública da rede estadual

pernambucana e as 42 do programa de estágio regular.

Os requisitos para participar do programa foram mantidos: estudantes de curso de Direito em

instituição de ensino superior oficial ou devidamente reconhecida, matriculados a partir do 4º

período ou 3º ano (para o regime seriado). O período de estágio continua sendo de um ano,

renovável por mais um, e a jornada semanal, de 20 horas de estágio.

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Lançamento de livro sobre a Lei Orgânica da Revolução de 1817

A Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco (PGE-PE) lançou em

março de 2018 o livro Bicentenário da Lei Orgânica da Revolução de

1817: um marco na história constitucional brasileira (Editora Fórum). A

obra foi lançada durante o Seminário Autonomia do Direito e Decisão

Jurídica, com o jurista Lenio Streck, professor do Programa de Pós-

Graduação em Direito da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (RS). O

evento foi realizado em parceria com a Escola Superior de Advocacia da

OAB-PE.

O livro reúne, em 382 páginas, 18 artigos de 24 especialistas de variadas

formações e origens sobre as dimensões e perspectivas do movimento

que marcou a história constitucional nacional. A edição da obra foi coordenada pelo procurador-

geral do Estado de Pernambuco, César Caúla; pelo coordenador do Centro de Estudos Jurídicos da

PGE-PE, procurador do Estado Paulo Rosenblatt; e pelos procuradores do Estado Marcelo

Continentino e Walber Agra, professores da FDR/UFPE. O prefácio do livro foi escrito pelo ex-

procurador-geral do Estado de Pernambuco Tadeu Alencar, deputado federal pelo PSB, e a

apresentação, pelo procurador-geral César Caúla.

O projeto do livro foi uma contribuição da PGE-PE, com apoio da Faculdade de Direito do

Recife/UFPE, para manter viva a memória desse movimento heroico pernambucano. A capa do livro

é ilustrada com a reprodução do quadro Homenagem a dona Bárbara de Alencar, de Tereza Costa

Rêgo, retratando a revolucionária pernambucana Bárbara Pereira de Alencar, natural de Exu, que

aderiu à Revolução de 1817 e é considerada a primeira presa política do Brasil.

Eleição do procurador-geral para o conselho consultivo do Conpeg

O Colégio Nacional de Procuradores-Gerais dos Estados e do

Distrito Federal (Conpeg) instituiu um Conselho Consultivo,

formado por membros natos (ex-presidentes do CONPEG

que tenham exercido a presidência por dois anos ou mais) e

seis membros eleitos. A eleição foi realizada durante

reunião do colegiado em 10 de dezembro de 2018, sendo o

procurador-geral do Estado de Pernambuco, César Caúla,

eleito para compor o Conselho.

Os membros eleitos por unanimidade foram, além de Caúla: o ex-procurador-geral do Estado de São

Paulo Elival da Silva Ramos, professor titular da USP; o advogado-geral do Estado de Minas Gerais,

Onofre Alves, professor da UFMG; a procuradora-geral do Distrito Federal, Paola Aires, atual vice-

presidente do Conpeg; o procurador-geral do Estado do Rio Grande do Sul, Euzébio Ruschel, ex-

corregedor da PGE-RS; e o procurador-geral do Estado do Pará, Ophir Cavalcante, ex-presidente do

Conselho Federal da OAB. Os membros do Conselho Consultivo do Conpeg terão mandato de quatro

anos.

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Lançamento de livro sobre federalismo

O procurador-geral do Estado de Pernambuco, César Caúla,

a procuradora Lilian Miranda e o procurador Paulo

Rosenblatt participaram, em outubro de 2018, do

lançamento do livro “O Federalismo na Visão dos Estados:

uma homenagem do Colégio Nacional dos Procuradores-

Gerais dos Estados e do Distrito Federal – Conpeg aos 30

anos da Constituição” durante o II Congresso

Pernambucano de Direito Tributário. Os três assinam artigos

na coletânea que faz um diagnóstico do pacto federativo no

Brasil.

César Caúla é autor dos artigos “Transferências constitucionais e federalismo cooperativo”, em

parceria com a procuradora do Estado Lilian Miranda, e “As pretensões inconstitucionais de a União

Federal tributar heranças, legados e doações (PL n. 5.205/2016) e propostas de reforma do ICD”, com

o procurador do Estado Paulo Rosenblatt. O livro reúne 16 artigos de 27 integrantes da advocacia

pública de 16 Estados, sendo 14 procuradores-gerais.

Aproximação com órgãos da Administração

Emitir pareceres em processos sobre matéria jurídica de interesse da Administração Estadual e

analisar a regularidade jurídico-formal de procedimentos licitatórios, contratos e convênios estão

entre as atribuições da Procuradoria Consultiva. No intuito de dar agilidade a esses procedimentos,

foi publicado em janeiro de 2015 o Decreto nº 41.461, que alterou o Decreto nº 27.215/2004,

criando assim os Núcleos de Apoio às Secretarias. Vinculados à Procuradoria Consultiva e

coordenados por Procuradores do Estado, os núcleos possuem competência para assessorar o titular

da Secretaria de Estado à qual vinculados nos atos de decisão e gestão de natureza jurídica e na

análise de instrumentos jurídicos. A presença dos Núcleos de Apoio dinamizou a atuação da

Procuradoria nas Secretarias com maior volume de contratações ou que atuam em áreas

estratégicas. Atualmente, há núcleos da Consultiva nas Secretarias de Saúde, Educação e Defesa

Social.

CEJ como um veículo de intercâmbio de conhecimento doutrinário, legislativo e jurisprudencial

A maturidade institucional da PGE-PE, em seus 28 anos de existência, manifesta-se também na

valorização do CEJ não apenas como agente de capacitação profissional e de desenvolvimento

acadêmico de procuradores, servidores e estagiários, mas também como um vetor de maior

integração da PGE com os demais entes da administração estadual, com o mundo acadêmico, com

outras instituições públicas e com a sociedade em geral.

Por meio do CEJ, portanto, a PGE vem encontrando novas ferramentas para se aprimorar, para

prestar serviço público de excelência, para contribuir com o aprimoramento da administração

estadual e para ajudar no desenvolvimento de Pernambuco. Desde 2015, mais de 115 eventos foram

realizados, ministrados por especialistas de todo o Brasil, com temas direcionados aos membros da

18

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

instituição, mas também aos servidores estaduais, bem assim a todos os operadores do direito e à

sociedade civil, totalizando-se 13.970 inscritos nesse período.

Firma-se o CEJ como um veículo de intercâmbio de conhecimento doutrinário, legislativo e

jurisprudencial da PGE-PE com a Administração Pública estadual e também com toda a comunidade

jurídica.

Honorários advocatícios

Em fevereiro de 2016 foi publicada a Lei nº 15.711, que dispõe sobre a verba sucumbencial devida

aos Procuradores do Estado, prevista na Lei Federal nº 8.906, de 4 de julho de 1994 e no Código de

Processo Civil. Com a edição da norma, procuradores do Estado ativos e inativos passaram a receber

os honorários advocatícios pagos pelos particulares vencidos em processos judiciais em litígios contra

o Estado.

A norma alinhou a legislação estadual à nacional e à da grande maioria dos estados, uma vez que 21

deles já reconhecem o direito. Nesses entes, houve um incremento na arrecadação estadual, tendo a

medida contribuído para uma atuação ainda mais eficaz do corpo jurídico.

A partir da sanção da Lei nº 15.711/2016, o montante pago pelos sucumbentes em demandas que

envolvem o estado passou a ser dividido trimestralmente, de forma igualitária, entre todos os

procuradores, ativos e aposentados.

Acordo com credores de precatórios

O Governo de Pernambuco realizou em novembro de 2018 um aporte de pouco mais de R$ 198

milhões na conta judicial administrada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) para

pagamento de precatórios. Metade desse valor foi destinado ao pagamento de credores que

desejaram formalizar acordo direto com o Governo do Estado, para receberem seus créditos mais

rapidamente, com desconto de 10% a 40% sobre o valor atualizado.

No início de 2018, observando as regras da Emenda Constitucional 99, que instituiu novo regime

especial de pagamento de precatórios, o Estado de Pernambuco apresentou plano de pagamento

pelo qual se propunha a recolher R$ 79.862.390,20 durante o exercício. Com o aporte já citado,

porém, valendo-se de depósitos judiciais conforme autorizado pela EC 99, o Estado conseguiu

disponibilizar mais que o dobro do inicialmente previsto e, com isso, quitou todas as parcelas do ano

de 2018 e antecipou valores pertinentes aos exercícios seguintes.

19

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Publicação de cartilha com orientações gerais aos agentes públicos estaduais durante período

eleitoral

Em conjunto com a Escola Superior de Advocacia da OAB Pernambuco (ESA/OAB-PE) e Escola

Judiciária Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), a Procuradoria lançou a

“Cartilha Eleições 2018”, publicação dirigida à administração pública estadual.

Assim como ocorrido em eleições anteriores, a publicação

teve o objetivo de antever situações, garantindo segurança

jurídica aos atos dos servidores e agentes públicos. A cartilha

reuniu informações a respeito das condutas vedadas a quem

trabalha no serviço público durante o período eleitoral. As

orientações se basearam na Lei Eleitoral (nº 9.504/1997), na

Lei de Responsabilidade Fiscal (nº 101/2000), na Resolução

nº 23.450 do TSE, nas demais de resoluções do TSE e na

jurisprudência dos tribunais eleitorais.

O lançamento da cartilha ocorreu durante o simpósio Os Reflexos do Período Eleitoral para a

Administração Pública, realizado pelo Centro de Estudos Jurídicos em fevereiro de 2018 e prestigiado

por procuradores-gerais dos estados do Nordeste, procuradores do Estado, advogados e servidores

de 30 instituições.

A mesa do simpósio foi presidida por César Caúla e composta pelo desembargador do TRE-PE Gabriel

Cavalcanti, pelos palestrantes – o advogado eleitoralista paranaense Luiz Fernando Pereira e o

procurador regional eleitoral substituto em Pernambuco, Wellington Saraiva, – e pelos debatedores

– o presidente da ESA-PE, Carlos Neves, e o procurador do Estado e professor da Faculdade de

Direito do Recife/UFPE Walber Agra.

Publicação do Plano Estratégico 2019-2021

O procurador-geral do Estado de Pernambuco, César Caúla, e

o procurador-geral adjunto, Ernani Medicis, entregaram, em

dezembro de 2018, ao governador Paulo Câmara, o Plano

Estratégico 2019-2021 da Procuradoria Geral do Estado de

Pernambuco (PGE-PE). Resultado da implantação do modelo

de gestão estratégica na instituição, nos moldes do adotado

de forma exitosa pelo Governo do Estado, o documento traz

as diretrizes pactuadas para os próximos anos.

O trabalho de planejamento estratégico da PGE-PE foi realizado em parceria com a Secretaria de

Planejamento e Gestão (Seplag), priorizando a participação de todos os colaboradores da instituição

na formulação do plano de ação. Foram realizados diversos encontros para elaboração da identidade

organizacional e mapa estratégico, com aplicação de pesquisa organizacional e a definição da missão,

visão e valores da instituição, seguido do diagnóstico institucional. O documento descreve, de forma

clara e objetiva, a visão de futuro, os objetivos estratégicos, as estratégias adotadas, iniciativas,

indicadores e metas da instituição.

20

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Procuradoria

Consultiva

21

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Procuradoria Consultiva

Procuradoria Consultiva em números

Em sua missão constitucional de exercer a consultoria jurídica do Estado de Pernambuco, a

Procuradoria Consultiva, nos anos de 2015 a 2018, respondeu a 5.443 consultas e analisou a

regularidade jurídico-formal de 8.243 editais, contratos, convênios e instrumentos congêneres.

Nesse período, foram emitidas 13.686 manifestações, com média anual de 3.422.

No período de 2017 a 2018, a atuação da Consultiva, tanto na análise de editais e contratos, quanto

na apreciação de requerimentos administrativos de servidores, resultou numa economia potencial

de pelo menos R$ 40.192.838,75 para a Administração Estadual.

No período, foram promovidos ajustes nos fluxos internos e incrementado com uso de ferramentas

de uniformização, proporcionando maior celeridade nas respostas às demandas endereçadas ao

setor.

A divulgação dos entendimentos da Consultiva sobre temas relacionados às suas competências foi

ampliada, com a modernização do Boletim Informativo Mensal e a criação do Boletim em Matéria de

Pessoal, além da publicação de manuais.

Conforme detalhado a seguir, foram promovidas diversas

outras iniciativas que contribuíram para a garantia de

segurança jurídica aos atos/negócios da Administração

Estadual e para a efetivação eficiente de relevantes

políticas públicas. Muitas dessas medidas resultaram numa

maior aproximação da Consultiva não somente com órgãos

e entidades da Administração Estadual, mas também com

órgãos externos e sociedade civil, trazendo reflexos

positivos na visibilidade externa e no nível de satisfação

com a atuação da Procuradoria.

22

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Medidas de aperfeiçoamento dos fluxos de trabalho

Criação de Núcleos de Apoio às Secretarias

Por meio do Decreto nº 41.461, de 30/01/2015, que alterou o Decreto nº 27.215/2004,

foram criados Núcleos de Apoio às Secretarias, vinculados à Procuradoria Consultiva e

coordenados por Procuradores do Estado, com competência para assessorar o titular da

Secretaria de Estado à qual vinculados nos atos de decisão e gestão de natureza jurídica e na

análise de instrumentos jurídicos. A presença dos Núcleos de Apoio dinamizou a atuação da

Procuradoria nas Secretarias com maior volume de contratações ou que atuam em áreas

estratégicas. Atualmente, há núcleos da Consultiva nas Secretarias de Saúde, Educação e

Defesa Social.

Alteração da natureza das manifestações em análise de instrumentos jurídicos

Com a publicação da Portaria nº 24, de 18 de fevereiro de 2016, a análise conclusiva de

editais, contratos, convênios e instrumentos congêneres passou a ser feita por meio de

pareceres, em substituição à figura do “visto”. A sistemática permitiu a emissão de pareceres

de aprovação com ressalvas, dispensando a emissão de cotas para saneamento de pequenas

falhas de instrução processual e tornando a atuação da Procuradoria Consultiva mais célere e

eficiente.

Simplificação da análise de requerimentos relacionados à aplicação da Súmula 10 da

Procuradoria

A Portaria nº 51, de 22 de março de 2018, ao dispensar a reanálise das chefias, tornou mais

célere a apreciação de requerimentos de conversão de licenças-prêmio não gozadas em

pecúnia, nas hipóteses em que aplicável a Súmula 10 da Procuradoria.

Elaboração/atualização de editais e contratos padronizados

No período, houve elaboração de edital padrão de pregão eletrônico e contratos

padronizados de locação e de credenciamento, bem como atualização de modelos já

existentes.

Elaboração/atualização de checklists

Foram elaborados/atualizados checklists, elencando o rol de documentos que devem instruir

os autos de licitações, contratos, convênios e instrumentos congêneres, a saber: (i) dispensa

do art. 24, XIII, da Lei nº 8.666/1993; (ii) dispensa emergencial (art. 24, IV, da Lei nº

8.666/1993); (iii) convênios com a União e contratos de repasse; (iv) licitações de obras e

serviços de engenharia; (v) aditivos reajustes contratuais; (vi) aditivos de prorrogações de

contratos de serviços contínuos; (vii) aditivos de alteração dos prazos das etapas de

execução, conclusão e entrega; (viii) aditivos de acréscimos e supressões, edital de obras e

serviços de engenharia; (ix) edital padrão de fornecimento; (x) adesão a atas de registro de

preços; (xi) pregão eletrônico e presencial; (xii) transferências voluntárias; (xiii) convênios e

contratos de repasse com a União; (xiv) locação de imóveis.

23

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Iniciativas voltadas à divulgação/uniformização de entendimentos e disseminação de

conhecimento

Manutenção e modernização do Boletim Informativo Mensal

O Boletim Informativo Mensal, publicado desde janeiro de 2014 e

com foco em licitações e contratos, teve seu leiaute modernizado

em novembro de 2015. Em janeiro de 2018, foi publicada

coletânea, condensando todos os boletins do período de janeiro

de 2014 a dezembro de 2018.

Criação do Boletim Informativo em Matéria de Pessoal

Em janeiro de 2018, iniciou-se a publicação de boletins

informativos mensais contendo os principais entendimentos da Procuradoria em matéria de

pessoal.

Elaboração de roteiros de contratação

Foram publicados roteiros indicando, em formato de “passo a

passo”, as ações concatenadas que devem ser adotadas na

deflagração de licitações, pactuação e execução de contratos,

disponibilizando-se os seguintes roteiros: (i) Licitação: fase interna

e externa; (ii) prorrogação da vigência de contratos de natureza

contínua; (iii) alteração dos prazos de execução, conclusão e

entrega; (iv) acréscimos e supressões; (v) contratações diretas; (vi)

reajuste de preços; vii) roteiros de parcerias com Organizações da

Sociedades Civis; viii) roteiro de contratações especiais (obras de

engenharia financiadas com recursos do BID).

Colaboração na realização de seminários, cursos e palestras

Com efetiva atuação de representantes da

Consultiva, na condição de palestrantes, em

importantes eventos, tais como: (i) palestras

sobre o decreto de aplicação de penalidades e

sobre contratos de terceirização, nos workshops

de pregoeiros, promovidos pela SAD; (ii)

apresentação sobre “Sistematização de

procedimentos e ferramentas de atuação da

Procuradoria Consultiva”, em evento promovido pelo CEJ; (iii) Curso sobre Sindicância e

Processo Administrativo Disciplinar; (iv) Curso sobre Alterações e Aditivos a Contratos

Administrativos; (v) Curso de Introdução ao Direito Público, promovido pelo Cefospe; (vi)

palestra sobre “Abandono de cargo na legislação federal, estadual e na jurisprudência dos

Tribunais Superiores”; (vii) apresentação de palestras no âmbito do Programa de Capacitação

de Estagiários de Direito da PGE; (viii) curso sobre “Sindicância e inquérito administrativo à

24

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

luz da Lei nº 6.123/1968 e da jurisprudência do STF e do STJ”; (ix) seminário sobre “As

parcerias do Estado de Pernambuco com as organizações de sociedade civil à luz do Decreto

nº 44.474/2017”; (x) apresentação da Lei nº 13.303/2016 aos integrantes do setor jurídico

das estatais; (xi) palestra sobre o art. 28 da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro;

(xii) palestra sobre “Medidas cautelares administrativas” no I Congresso Pernambucano de

Licitações e Contratos; (xiii) capacitação dos servidores da SES na formação de preços de

referência em licitações, dispensas e inexigibilidades; (xiv) mudanças na legislação de

contratação pública no Seminário Presente e Futuro em Licitações e Contratos

Administrativos: uma visão da advocacia pública, promovido pelo CEJ; xv) Seminário sobre

decretos de regulamentação da Lei Anticorrupção.

Criação de grupo de estudos

Reunião mensal dos integrantes da Procuradoria, para estudo e debate de temas

relacionados às competências institucionais do setor.

Iniciativas voltadas à aproximação com outros órgãos

Criação do Fórum Permanente em Matéria de Pessoal

Coordenado pelo Procurador Flávio Germano de

Sena Teixeira, com participação de

representantes da Controladoria Geral do

Estado, da Funape e da Secretaria de

Administração, com reuniões bimestrais para

discussão de questões relevantes em matéria de

pessoal. O objetivo do fórum é contribuir para a

contínua atualização da legislação e da

jurisprudência administrativa em matéria de

pessoal, inclusive no tocante a concursos públicos, adequando-as, quando necessário, aos

entendimentos consolidados pelos Tribunais Superiores.

Criação do Fórum Permanente de Licitações

Coordenado pela Procuradora Mariana Varejão de Andrade Gomes, com participação de

representantes da Secretaria de Administração, com encontros mensais para discussão de

questões relevantes em matéria de licitações e contratos.

Aproximação com consultivas de outros estados da federação

Participação em reuniões técnicas de representantes das Consultivas em congressos da

Anape.

Aproximação com a consultoria jurídica da Assembleia Legislativa

Uniformização de entendimentos acerca de convênios e parcerias para execução de

emendas parlamentares.

Reuniões de orientação jurídica para a Administração Pública

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Participação em aproximadamente 2 mil reuniões entre 2015 a 2018 com representantes de

órgãos e entidades da Administração Estadual, envolvendo matérias relacionadas às

competências institucionais da Procuradoria.

Desenvolvimento de software de monitoramento de processos estratégicos do governo

Desenvolvimento do Sistema de

Acompanhamento dos Processos Administrativos

e Judiciais Estratégicos – Sape para compartilhar

informações com a Secretaria de Planejamento e

Gestão do Estado – Seplag sobre processos

relacionados às metas prioritárias do Governo do

Estado. A ferramenta de controle e

monitoramento, desenvolvida pelo gestor

executivo da Procuradoria, Cristian Alves, e pelo coordenador de Sistemas da Unidade de

Informática da PGE, Álvaro Pinheiro, permite que Procuradores e gestores das duas

instituições verifiquem facilmente e em tempo real via web a situação de cada processo. O

Sape integra, em sua plataforma, além dos dados referentes aos projetos estratégicos que

compõem o painel de controle do Governo do Estado, um conjunto de informações

atualizadas sobre cada processo em tramitação, indicando a que ação governamental o

processo está vinculado e os últimos pronunciamentos feitos pela Procuradoria, com as

respectivas respostas de cada órgão. Através de indicadores visuais, o sistema apresenta,

ainda, o status e as pendências existentes, bem como o tempo de tramitação total de cada

processo.

Outras atividades relevantes

Colaboração na elaboração de projetos de normas

Em conjunto com a Procuradoria de Apoio

Jurídico-Legislativo ao Governador e outros

órgãos da Administração, a Procuradoria

Consultiva colaborou com a elaboração de

diversos projetos de normas regulamentadoras de

matérias relevantes para o Estado, merecendo

destaque: (i) decreto de aplicação de penalidades

a empresas contratadas; (ii) decreto de

regulamentação do Sistema de Registro de Preços; (iii) Lei Anticorrupção; (iv) decreto que

regulamenta tratamento diferenciado para micro e pequenas empresas; (v) decreto que

regulamenta a análise dos instrumentos jurídicos pela Consultiva; (vi) lei de regulamentação

de plantões extras na Secretaria de Saúde; (vii) portaria de locação de imóveis; (viii) decreto

que regulamenta a delegação de competência para assinatura de instrumentos jurídicos por

Secretários de Estado; (ix) decreto de regulamentação das parcerias com entidades privadas;

(x) alteração da Lei nº 15.210/2013; (xi) decreto que regulamenta as parcerias com

organizações da sociedade civil; (xii) regulamento de compras das estatais; (xiii) alterações

no Estatuto dos Servidores Públicos Estaduais.

26

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Desenvolvimento de sistema de gestão de processos administrativos – Radar

Utilizado na Procuradoria Consultiva de forma

complementar ao Sistema de Automação Judicial –

SAJ, o sistema de gestão de processos

administrativos tem o propósito de apoiar os

gestores no controle das informações, reunindo os

dados resultantes da tramitação de processos

relacionados aos contratos, editais e convênios e

permitindo uma melhor análise gerencial, como, por

exemplo, do tempo de resposta das secretarias aos

pronunciamentos proferidos por esta Procuradoria. A

ferramenta de controle e monitoramento,

desenvolvida pelo gestor executivo da Procuradoria, Cristian Alves, e pelo coordenador de

Sistemas da Uinf da PGE, Álvaro Pinheiro, permite a identificação de entraves na tramitação

dos processos administrativos e proporciona a identificação de oportunidades de otimização

dos fluxos de trabalho, com vistas a uma maior resolutividade na atuação da Procuradoria

Consultiva, notadamente em sua missão de viabilizar a regularidade jurídico-formal dos

instrumentos de execução de políticas públicas.

Participação em audiências públicas

Representantes da Procuradoria Consultiva participaram de audiências públicas realizadas

pela Assembleia Legislativa do Estado, externando os entendimentos jurídicos do Poder

Executivo sobre projetos de lei que alteraram o Estatuto dos Servidores Públicos Estaduais e

a lei que regulamenta Contratos de Gestão na Área de Saúde. Participaram, ainda, de outras

importantes audiências públicas, como a da licitação do PE-Conectado e de apresentação de

projeto de regulamento estadual de parcerias com organizações da sociedade civil.

Participação em comissões especiais, conselhos, oficinas, comitês

No período, registrou-se a atuação de integrantes

da Consultiva em comissões especiais, conselhos

e comitês envolvendo as seguintes matérias: (i)

Comissão Especial de Licitação do Projeto de

Navegabilidade – CEL/Riocap; (ii) Comissão

Especial de Licitação da SJDH sobre os presídios;

(iii) Comissão Especial de Licitação do Comitê

Gestor das PPPs; (iv) Comissão Especial no

âmbito de PMIs do Miniarco da BR 101-Norte; (v)

Conselho Estadual do Fundeb (na suplência); (vi) Comitê Gestor do Programa Chapéu de

Palha; (vii) Fórum das Micro e Pequenas Empresas – Fempe; (viii) Comissão Especial de

Licitação do PE-Conectado; (ix) grupos técnicos da Operação Prontidão; (x) Oficina sobre o

domínio do Arquipélago de Fernando de Noronha, com a Secretaria do Patrimônio da União,

AGU, MPPE, MPF, Ibama e ICMBIO; (xi) Oficina de Avaliação da Missão do Pró-Fisco II; (xii)

Comissão de Processo Administrativo Disciplinar na Secretaria da Controladoria Geral do

27

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Estado; (xiii) Encontro sobre a Categoria e Concurso para Professor Indígena; (xiv) Rede de

Cooperação entre as Advocacias Públicas para atuação do Brasil no Sistema Interamericano

de Direitos Humanos – Rede-SIDH; (xv) audiências no Ministério Público em assuntos de

interesse do Estado, como participação de pessoas com deficiência em concursos públicos,

licenciamento ambiental em Fernando de Noronha, plantão extra na Secretaria de Saúde;

xvi) reuniões de monitoramento do combate ao Aedes aegypti e vírus Zika.

Colaboração com a modelagem/solução jurídica em assuntos estratégicos para a

Administração

(i) aperfeiçoamento da sistemática de contratação de serviço de terapia renal hospitalar e do

serviço de anestesiologia, bem como dos credenciamentos em geral, na Secretaria de Saúde;

(ii) melhoria da formatação jurídica atinente à realização da Fenearte; (iii) construção de

editais dos concursos públicos para provimento de cargos nas Secretarias de Defesa Social,

Saúde e Ressocialização, com vista à prevenção de judicialização; (iv) procedimento que

resultou na declaração de caducidade do Contrato de Concessão Administrativa do CIR-

Itaquitinga; (v) atividades que resultaram em rescisão consensual do Contrato de Concessão

Administrativa da Arena Pernambuco; (vi) aperfeiçoamento das contratações para execução

do Programa Chapéu de Palha; (vii) viabilização de medidas de segurança jurídica para

continuidade da execução do Programa Segunda Língua; (vii) viabilização da continuidade de

execução das obras de duplicação da Ponte do Janga.

Emissão de pareceres em temas relevantes

(i) higienização da folha de pagamento de pessoal; (ii) Termo de Ajuste de Contas (TAC); (iii)

contabilização de despesas de pessoal; (iv) titularidade do arquipélago de Fernando de

Noronha; (v) convalidação.

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Procuradoria da

Fazenda

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Procuradoria da Fazenda

A Procuradoria da Fazenda tem como atribuição, conforme

disposto na Lei Complementar nº 2/1990, promover a

inscrição e a cobrança da Dívida Ativa do Estado de

Pernambuco, representar a Fazenda Estadual em ações que

versem sobre matéria tributária, exercer a consultoria jurídica

no âmbito da Secretaria da Fazenda e realizar trabalhos

concernentes ao estudo e à divulgação da legislação fiscal.

Procuradoria da Fazenda em números – Recuperação de créditos públicos

Para efeito de apuração do cumprimento da meta da PGE no âmbito do monitoramento do Governo

Estadual, a recuperação de créditos públicos é contabilizada sob três diferentes rubricas:

A) Arrecadação da Dívida Ativa (inclusive a não tributária);

B) Conversões em renda de débitos não inscritos em Dívida Ativa; e

C) Compensações e Transações Tributárias.

Os recursos decorrentes dos itens A e B representam valores efetivamente arrecadados, enquanto

que o montante computado a título de “Compensações e Transações Tributárias”, em geral, não

acarreta o ingresso de numerário aos cofres estaduais, mas o acréscimo de patrimônio ou a quitação

de obrigações.

De acordo com os gráficos e tabelas abaixo, os números apresentados pela PGE ao monitoramento

do Governo Estadual quase que dobraram no atual quadriênio em relação ao período de 2011 a 2014

(notadamente nas rubricas A e B):

30

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

1 Ano em que houve a edição de legislação reduzindo a multa e os juros de créditos tributários 2 Dados atualizados até novembro/2018

20111 2012 2013 2014

ITEM A 115.435.651,09 81.266.592,28 104.377.368,67 97.697.211,92

ITEM B 2.064.227,29 2.470.687,09 1.523.953,57 933.270,92

ITEM C 25.214.991,20 180.031.795,03 83.434.999,63 -

TOTAL 142.714.869,58 263.769.074,40 189.336.321,87 98.630.482,84

2015 2016¹ 2017¹ 20182

ITEM A 84.431.445,13 334.970.394,94 109.439.095,33 125.084.412,32

ITEM B 29.358.050,75 - 93.744,94 67.772.602,18

ITEM C - 1.412.275,20 48.122.934,09 -

TOTAL 113.789.495,88 336.382.670,14 157.655.774,36 192.857.014,50

1 Ano em que houve a edição de legislação reduzindo a multa e os juros de créditos tributários 2 Dados atualizados até novembro/2018

31

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

2011-14 2015-18 Variação (%)

ITEM A 398.776.823,96 653.925.347,72 63,98%

ITEM B 6.992.138,87 97.224.397,87 1290,48%

ITEM C 288.681.785,86 49.535.209,29 -82,84%

TOTAL 694.450.748,69 800.684.954,88 15,30%

TOTAL (-C) 405.768.962,83 751.149.745,59 85,12%

Destaques da arrecadação no ano de 2018

Um importante detalhe na arrecadação dos últimos anos foi que, em 2018, até o mês de

novembro, pela primeira vez, mantivemos uma arrecadação mensal acima de R$

10.000.000,00, com registro médio mensal de R$ 11.985.990,00, conforme se verifica abaixo:

Valores em Reais (R$)

Total (Dívida Ativa) 131.721.883,25

Total (Dívida Ativa) sem Honorários 125.162.141,27

Em novembro, já havíamos ultrapassado a Meta da PGE no Painel de Monitoramento com o

Governador em 25% em relação à arrecadação em Dívida Ativa (sem

honorários/procurador); se considerarmos ingressos extraordinários, como o decorrente de

negócio processual inédito pioneiro firmado com o Estado do Espírito Santo, relativamente a

consignatória em que se discutem recolhimentos pertinentes ao City Gate, em face do qual

se obteve um reforço de R$ 50.272.031,96 no caixa em fevereiro de 2018 já superamos a

meta em 92%.

32

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Valores em Reais (R$)

Total dos ingressos sem DA 67.772.602,18

Total dos ingressos com DA 192.934.743,45

Quanto aos encargos na fase administrativa de cobrança, código 544-0, foi arrecadado até

novembro de 2018 o montante de R$ 2.733.631,44, superando em mais de 400% a

arrecadação em 2017 (R$ 667.332,08). Os recursos foram integralmente revertidos em

investimentos para melhorias da PGE.

A arrecadação do IPVA inscrito em Dívida Ativa, no acumulado até novembro, alcançou a

cifra de R$ 32.203.471,77, superando em quase 300% o total arrecadado em 2017.

Destaque, ainda, para a arrecadação do ICD (PGE/Sefaz), em que se obteve recolhimento,

até novembro de 2018, de R$ 114.405.844,06 e um total acumulado de R$ 433.645.218 nos

últimos quatro anos.

33

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Destaques da atuação estratégica

Sem prejuízo do relevante papel desempenhado por todos os integrantes da PFE, as iniciativas a

seguir se mostraram particularmente exitosas e contribuíram bastante para a obtenção dos

resultados alcançados:

Atuação nos Programas Especiais de Recuperação de Créditos Tributários – PERC I e II

Por ocasião dos Programas Especiais de

Recuperação de Créditos Tributários (PERCs I e II), a

PFE elaborou planos específicos de atuação que

consistiam, basicamente, na adoção das seguintes

estratégias: (i) postagem de cartas aos contribuintes

a fim de divulgar as reduções previstas na legislação

aplicável; (ii) agilização da tramitação de processos

prioritários no Tate; (iii) contato com a

representação de devedores cuja situação processual pudesse sugerir interesse na adesão ao

Programa; (iv) confecção de “kits de negociação” com as principais informações sobre o passivo fiscal

de contribuintes de grande porte que foram abordados diretamente pelo PGE; e (v) envio de

notificações extrajudiciais pelo MPPE nos casos em que o débito fiscal tivesse sido objeto de COFIMP.

Seguem abaixo alguns dados que demonstram o êxito dos trabalhos desenvolvidos:

PERC I PERC II

Número de Procuradores Envolvidos 19 31

Total de Processos Administrativos Regularizados 11.487 17.648

Total de Devedores que Aderiram 1.434 7.515

Número de Devedores Contatados pela PGE 109 279

Total de Devedores com adesão após contato 32 110

Valor Total Arrecadado R$ 359.696.649,00 R$ 169.846.005,00

Valor Total a Receber (Parcelado) R$ 178.317.659,00 R$ 273.149.802,00

Montante Total Regularizado R$ 538.014.308,00 R$ 442.995.807,00

Relação adesões após contato da PGE X Total de Adesões 2,23% 1,46%

Valor Arrecadado Imediatamente após contato da PGE R$ 159.769.753,21 R$ 83.118.589,31

Relação Arrecadação após contato X Total Arrecadado 44,42% 48,94%

34

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Mutirão de Negociação Fiscal

Ocorrido em julho de 2015 no Centro de Convenções de Pernambuco, em parceria com CNJ, TJPE e

Município do Recife, vinte mil contribuintes aproveitaram a oportunidade de obter descontos de até

90% em juros e multa, além de condições especiais de parcelamento. Quanto ao Estado, foram

inseridos na negociação os seguintes débitos: IPVA, ICD e ICMS (até R$ 1 milhão), conforme LC

302/2015.

Ao final do período de adesão (31/07/2015), foram computados os seguintes resultados, já abatidas

as reduções de multa e juros:

À vista

Tributo Quantitativo de Processos Valores em Reais (R$)

ICMS 1.093 13.541.880,74

IPVA 2.667 1.855.632,92

ICD 153 965.993,15

Parcelados

ICMS 2.446 33.032.002,45

IPVA 3.446 3.652.271,32

ICD 190 1.344.210,65

Volume Negociado 9.995 54.391.991,23

Criação do Núcleo de Inteligência Fiscal – NIF

O Núcleo de Inteligência Fiscal foi criado em 06/04/2015 com a designação de um Procurador para

atuar no monitoramento de processos envolvendo devedores contumazes e/ou com indícios de

prática de crimes contra a ordem tributária.

Com a superveniência dos Programas Especiais de

Recuperação de Créditos instituídos pela legislação estadual

(PERC I e II), foi possível observar a arrecadação de valores

há muito em litígio após o reconhecimento judicial de

sucessões tributárias e/ou responsabilização de sócios,

havendo, em apenas dois casos específicos, regularização de

passivos que somavam à época R$ 34,5 milhões, entre

saldos parcelados e débitos garantidos.

35

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Desde a criação do Núcleo, o Procurador tem integrado, junto com a chefia da PFE, o Sistema

Brasileiro de Inteligência – Sisbin, coordenado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), e

vinculado ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, com intercâmbio de

experiências e informações, além de participar dos encontros com palestras de interesse do setor.

Atuação no Gape

No Grupo de Atuação Permanente e Estratégica no Combate à Sonegação Fiscal (Gape), composto

pelo Ministério Público de Pernambuco, PGE, Sefaz e Delegacia dos Crimes contra Ordem Tributária,

desde 2015, são realizadas reuniões periódicas, com o objetivo de priorizar a atuação e traçar

estratégia de cobrança sobre contribuintes e grupos econômicos, grandes devedores contumazes e

com prática de sonegação estruturada.

Em 2017, foi realizada 1ª audiência nos moldes de um

Comitê Interinstitucional para Recuperação de Ativos,

tendo o contribuinte convocado pago cerca de R$

1.034.087,60 em 31/05/2017, referentemente a seis CDAs,

e fixado o compromisso de pagar cerca de R$ 8 milhões até

o final do ano de 2017, conforme planejamento

apresentado pela PGE. Em novembro de 2017, o

contribuinte parcelou o débito remanescente, no PERC II.

No segundo semestre de 2018, foi alinhada com o Ministério Público e a Sefaz a realização de novas

audiências no modelo do Cira, sendo eleitos três contribuintes para uma notificação inicial e

posterior realização da audiência extrajudicial.

Sobre o Cira, a PFE já minutou um projeto de lei para sua criação, a ser discutido com os demais

integrantes do Gape em momento oportuno.

Expansão do Núcleo de Processos Prioritários – NPP

A reformulação do Núcleo de Processos Prioritários, a fim de que pudesse abranger demandas

originalmente sob a responsabilidade do Contencioso Tributário, permitiu notáveis avanços nas

ações ordinárias e mandados de segurança relevantes, especialmente nos processos em que

verificada a existência de depósito judicial.

Como resultado, além da obtenção de decisões favoráveis que ainda não acarretaram o

levantamento de valores em favor do Fisco, converteu-se em renda no período um total de quase R$

100 milhões.

Por outro lado, evitou-se, mediante rejeição da autuação da Receita Federal no âmbito do Carf, a

imposição ao ente público estadual de débito de mais de R$ 200 milhões decorrentes de suposto

recolhimento a menor de Pasep. O entendimento firmado no caso resultou, ainda, na compensação,

em favor do Estado, de anteriores cobranças feitas pela União.

As seguintes conquistas, por sua vez, ocasionaram economia de, no mínimo, R$ 800 milhões/ano aos

cofres estaduais: (i) deferimento de suspensão de liminar pela Presidência do STF em ações de

36

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

municípios que postulavam o repasse, a título de repartição constitucional de receitas tributárias, de

recursos não arrecadados pelo Estado em virtude da concessão de benefício fiscal (Prodepe); (ii)

concessão de contracautela pela Presidência do TJPE a fim de suspender decisões que determinavam

a não incidência de ICMS sobre os valores referentes a TUST/TUSD; e (iii) sentença de procedência

em mandado de segurança em que se pleiteou o afastamento de Instrução Normativa da Receita

Federal que intentava transferir à União a titularidade do Imposto de Renda Retido na Fonte

incidente sobre os valores pagos em razão da contratação de bens e serviços pelo Estado de

Pernambuco.

Ressalte-se, por fim, o intenso trabalho de levantamento e despacho pessoal em processos judiciais

que culminou em economia de mais de R$ 850 mil/mês na folha de pagamentos do Estado em razão

da comunicação e do acompanhamento do efetivo cumprimento de decisões favoráveis à Fazenda,

as quais que possibilitaram a implantação do desconto integral (13,5%) da contribuição

previdenciária devida por cerca de 7.500 servidores de diversos órgãos estaduais.

Acompanhamento especial no Tate

O desenvolvimento de sistemática de acompanhamento

especial para monitoramento dos processos que tramitam

no Tate conferiu maior celeridade à apreciação das

impugnações a créditos tributários de alto valor e resultou

no recolhimento de quase R$ 50 milhões em dois anos,

conforme dados abaixo:

Totais Referências (%)

Processos sob Acompanhamento

Especial

136 100,00%

Julgamentos na Turma 60 44,12%

Julgamentos no Pleno 25 18,38%

Declarados Nulos 7 5,15%

Improcedentes 7 5,15%

Procedentes 46 33,82%

Quitados (após julgamento no TATE) 2 1,47%

Valor sob Acompanhamento Especial R$ 875.523.180,11 100,00%

Montante Recolhido R$ 48.913658,84 5,59%

37

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Implementação do protesto de CDAs

A partir de setembro de 2017, a PGE iniciou, por conta

própria e antes ainda da integração entre os sistemas

informatizados envolvidos (E-fisco x CRA dos Cartórios), o

protesto de CDAs, tendo observado um sensível incremento

da arrecadação ao longo dos meses, notadamente no

montante correspondente aos Encargos da Dívida Ativa,

que reverte aos cofres públicos com destinação voltada

para investimentos no próprio órgão. Seguem abaixo alguns

extratos dos dados apurados até setembro/2018:

Relação entre as CDAs pagas/parceladas e as efetivamente protestadas (em %) 21,57%

Relação entre os valores recolhidos e o total efetivamente protestado (em %) 1,51%

2017 2018 Total

CDAs Enviadas 96 1905 2001

CDAs Protestadas 57 1774 1831

Valor Enviado 2.428.622,71 115.187.711,62 117.616.334,33

Valor Protestado 1.481.198,73 109.286.255,53 110.767.454,26

CDAs Quitadas 1 35 36

CDAs Parceladas 4 344 349

Valores Recolhidos 24.520,94 1.645.004,96 1.669.525,90

Saldo Parcelado 205.605,88 19.248.776,56 19.454.382,44

38

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Instituição da Mesa Permanente de Negociação – MPN

Em maio de 2018, a PGE instituiu a denominada Mesa Permanente de Negociação (MPN).

Inicialmente, a MPN consistia na convocação de contribuintes previamente selecionados a fim de

que fossem apresentadas as alternativas para a regularização de débitos fiscais exigíveis inscritos em

Dívida Ativa.

Em razão da excelente receptividade do mecanismo

pelos contribuintes, após as primeiras reuniões, a

iniciativa foi expandida e atualmente qualquer

interessado poderá se candidatar à MPN através de

acesso especificamente criado para tal finalidade no site

da PGE.

Apesar da recente criação, merecem menção alguns dos

resultados já obtidos:

Mai-Set/2018

Número de Contribuintes Atendidos 28

Valores Recolhidos R$ 2.067.476,22

Montante Garantido R$ 148.421.376,72

Implementação do convênio de cooperação técnica e administrativa entre o TJPE e a PGE

(Convênio nº 43/2017) – Governança

Em julho de 2017, foi celebrado o Convênio nº 43/2017

com o TJPE cujos objetivos são: (i) aumentar a agilidade e

eficiência das cobranças judiciais da Dívida Ativa do Estado;

(ii) diminuir progressivamente o acervo das varas

abrangidas (2ª Vara de Executivo Fiscal Estadual de Recife,

Vara de Executivo Fiscal de Jaboatão dos Guararapes e

Varas da Fazenda Pública de Ipojuca e do Cabo de Santo

Agostinho), reduzindo a Taxa de Congestionamento; e (iii) a

PGE assumir a expedição de cartas de citação e intimação.

A fim de se atingir as metas fixadas, foram adotadas as seguintes medidas:

(i) Aumentar a agilidade e eficiência das cobranças judiciais da Dívida Ativa do Estado:

Passaram a ser remetidas listas para os Juízos abrangidos pelo convênio indicando as

execuções que o Estado tinha especial interesse em agilizar;

39

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Entrega de memoriais dos processos prontos para julgamento afetos ao Núcleo de Processos

Prioritários;

Criação de pendências para manifestação da Fazenda Estadual em executivos processados

no PJe antes da intimação pelo Juízo.

(ii) Diminuir progressivamente o acervo das varas abrangidas, reduzindo a Taxa de

Congestionamento:

Aprovação pelo Procurador-Geral do Estado dos Enunciados 19 e 20 da CI nº 141/2018,

dispensando solicitação de autorização para não recorrer de determinadas sentenças de

prescrição³;3;

Aplicação da autorização contida na Portaria PGE nº 58/20134;

Mutirões para tomada de ciência de sentença com renúncia ao prazo recursal nas próprias

varas;

Estímulo à aplicação do Manual Interno da Execução Fiscal no tocante aos requisitos para

requerer a suspensão/arquivamento com base no art. 40 da LEF;

Requerimento de extinção de execuções fiscais de créditos liquidados administrativamente

com base em relações enviadas pela Sefaz;

Solicitação à Sefaz e Implantação do DAE Único (abrangendo encargos, custas processuais e

taxa judiciária).

(iii) A PGE assumir a expedição de cartas de citação e intimação:

A confecção e postagem de cartas de citação de todas as comarcas abrangidas pela Governança e a 1ª Vara de Executivo Fiscal Estadual do Recife são feitas atualmente pela PGE, com base em relações de processos com despacho inicial fornecidos pelos Juízos. Durante o ano de 2018, foram expedidas cerca de 2.650 cartas de citação.

Conversões em renda de valores depositados em execuções fiscais por servidora com formação

jurídica

Considerando as dificuldades operacionais em se realizar a conversão em renda de valores que se

encontram depositados judicialmente, notadamente pela burocracia envolvendo tal atividade e da

ausência de uma pessoa dedicada a essa tarefa, viabilizou-se, em junho de 2017, a cessão de

servidora da CPRH, com o objetivo de realizar as referidas conversões.

Durante os anos de 2017 e 2018, a conversão em renda ultrapassou os R$ 10 milhões, apenas em

execuções fiscais:

3 Somente na 2ª Vara de Executivo Fiscal Estadual do Recife foi possível extinguir cerca de 1.100 execuções fiscais por meio da aplicação desses enunciados. As demais Varas abrangidas pela Governança já estão extinguindo processos em situações análogas. A 1ª Vara de Executivo Fiscal Estadual do Recife, apesar de não abrangida pela Governança, também está analisando se irá extinguir execuções nas mesmas situações. 4 Autorização para não cobrar custas, taxas e demais despesas processuais, com valores irrisórios nos termos da LCE nº 105/2007 e DE nº 32.549/2008.

40

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Período Conversão em Renda

2017.1 R$ 1.061.047,96

2017.2 R$ 6.893.084,47

2018.1 R$ 1.531.887,56

2018.2 R$ 601.958,67

TOTAL R$ 10.087.978,66

Criação de ferramentas tecnológicas para melhor acompanhamento da tramitação dos executivos

fiscais

Desde 2016, tem-se buscado desenvolver, com o auxílio do coordenador de Sistemas da Unidade de

Informática da PGE, Álvaro Pinheiro, ferramentas tecnológicas que ajudem no acompanhamento de

execuções fiscais relevantes, bem como a gestão do elevado número de executivos em curso. Foram

desenvolvidas as seguintes aplicações (todas no portal/intranet no campo Fazenda):

Núcleo de Processo Prioritários da PFE – NPP

Núcleo de Agilização de Execuções Fiscais – NAEF

Núcleo de Inteligência Fiscal – NIF

Controle de devedores em recuperação judicial e falidos

Controle de transações em execuções fiscais

As três primeiras aplicações têm se mostrado extremamente úteis para o acompanhamento de

execuções fiscais. Ainda serão adotadas providências para dar uso efetivo às duas últimas aplicações.

Realização do primeiro Negócio Jurídico Processual – NJP entre os Estados do Espírito Santo e de

Pernambuco

Em novembro de 2017, foi discutido e formatado com os Procuradores-Gerais dos Estados do

Espírito Santo e de Pernambuco, o primeiro Negócio Jurídico Processual – NJP no âmbito da Ação

Consignatória nº 0004931-87.2015.8.17.2001 proposta pela Petrobras, para levantamento de R$

100.554.063,92 depositados em contas judiciais.

O NJP foi homologado pelo TJPE em 08/02/2018, nos autos do Agravo de Instrumento nº 0012427-

54.2017.8.17.9000, sendo levantado o valor de R$ R$ 50.272.031,96 em favor do Estado de

Pernambuco em 24/02/2018.

Aprovação do Parecer Normativo – ICMS/ST

Elaboração do Parecer Normativo nº 20/2018, referente à restituição do ICMS-ST em decorrência do

decidido na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 2675, aprovado pelo Governador do

Estado de Pernambuco, por meio do Decreto nº 46.214, de 29 de junho de 2018.

O parecer teve o objetivo de analisar os efeitos da decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal,

no julgamento da ADI 2.675-PE, pendente ainda de apreciação os Embargos de Declaração

manejados pelo Estado de Pernambuco, sobretudo na hipótese de ter havido pedido de restituição

pelo contribuinte do ICMS, com base no art. 19, inciso II, da Lei nº 11.408/1996 (diferença entre a

base de cálculo presumida e a base de cálculo efetiva do ICMS – Substituição Tributária), cuja

41

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

tramitação tenha sido sobrestada na forma do Decreto nº 25.404/2003, ou ainda quando o

contribuinte houver aproveitado referidos créditos fiscais de ICMS-ST na apuração do recolhimento

mensal do próprio ICMS normal.

Almejou-se extrair a correta interpretação do julgado proferido pelo STF, para efeito de indicar o

procedimento a ser adotado pela Sefaz, no exercício de sua atividade vinculada e obrigatória (art.

142, do Código Tributário Nacional), tendo como norte os princípios e as razões de decidir que

balizaram o julgado da Corte Constitucional, quais sejam: prevalência da verdade material da

obrigação tributária, princípio da isonomia/simetria e vedação do enriquecimento sem causa.

Reestruturação do Núcleo de Dívida Ativa – NDA

Na busca por reestruturar o Núcleo de Dívida Ativa da PGE-PE, foram realizadas duas visitas técnicas.

A primeira na Procuradoria Geral do Estado da Bahia, nos

dias 24 e 25/10/2017, a fim de conhecer os procedimentos

e fluxos lá implantados com sucesso na linha de cobrança

dos créditos tributários e não tributários do Estado,

perpassando pelos processos de inscrição em Dívida Ativa

até o processo de execução fiscal. Além do Procurador-

Chefe da PFE, Leonardo Freire, integraram a comissão a

Procuradora Danielle Kelly Lima, então Coordenadora da

Dívida Ativa, e Cristian Alves, Gestor Executivo da PGE.

A segunda visita técnica foi realizada pela chefia da PFE ao Núcleo de Dívida Ativa da Procuradoria-

Geral do Estado de São Paulo, no dia 13/09/2017, acompanhado da Secretária-Geral da PGE-PE, Erika

Lacet, a fim de conhecer o setor e alguns procedimentos adotados pela Procuradoria, a exemplo da

automação do protesto das CDAs, bem como da política de desistência das execuções abaixo da

alçada (R$ 27 mil), e protesto em seguida.

Após as visitas, verificou-se que seria necessária, dentre outras coisas, a readequação do espaço

físico do Núcleo de Dívida Ativa, a fim de comportar outros colaboradores com outros tipos de

formação. Nesse contexto, quando parte dos setores da PGE foram transferidos para o prédio do

antigo Banco Central, o NDA ocupou novo espaço, no 1º andar do Edifício Ipsep, onde antes estava

instalada a Procuradoria Consultiva.

Ainda na reestruturação, foi analisado e, em certa medida posto em prática, o exercício de

competências ainda não executadas (protesto da Dívida Ativa e análise mais próxima da negativação

via Serasa), além de necessidade de um reajuste de atribuições internas e eliminação de atribuições

estranhas ao Núcleo (peticionamento de suspensão de execução pelo parcelamento, implantação no

e-Fisco de suspensão de irregularidades de atribuição das Regionais).

No final do ano de 2017, foi disponibilizada pela Secretaria Geral uma servidora para o NDA, sendo

alocada para realizar o protesto das CDAs, além de fazer a interlocução operacional com o Instituto

de Protesto e a Sefaz.

42

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Na segundo semestre de 2018, a Procuradora Bianca Avallone passou a integrar o NDA, sendo

destacada para, dentre outras atividades, compor a Mesa Permanente de Negociação de Débitos,

manter interlocução com os contribuintes no retorno das negociações, e analisar a apresentação das

cartas de fiança e seguro-garantia.

Em 2018, foi firmado com o Procon um termo de parceria, destacando dois colaboradores para

auxiliar na análise e inscrição em Dívida Ativa dos processos remetidos pelo órgão estadual.

Atualmente, o NDA está com uma colaboradora, por um período de quatro horas.

Adoção de novas rotinas para ajuizamento de execuções fiscais

Detectou-se um acúmulo de CDAs em vias de ajuizamento, nomeadamente quanto ao IPVA, o que

impôs a adoção de simplificação de rotinas de conferência dos kits de ajuizamento, durante o ano de

2018. Isso se refletiu diretamente no aumento significativo do número de execuções, o que se

observa no quadro relativo aos dois últimos quadriênios:

Entre os anos de 2011/2014 foram ajuizadas 18.425 CDAs (ICMS – 9.363; ICD – 1.206; IPVA – 7.210;

OUTROS TIPOS – 646).

Entre os anos de 2015/2018 (até 28/11/2018), foram ajuizadas 29.971 CDAs (ICMS – 16.282; ICD –

2.346; IPVA – 9.063; OUTROS TIPOS – 2.280), totalizando um incremento no ajuizamento da ordem

de 62,66%, se comparado ao quadriênio anterior (2011/2014).

No quadriênio de 2011/2014, o valor total ajuizado foi de R$ 2.257.240.510,87. No quadriênio de

2015/2018, o valor total ajuizado correspondeu a de R$ 5.106.325.446,62, o que representa um

incremento do valor total ajuizado da ordem de 126,22%, se comparado ao quadriênio anterior

(2011/2014).

Adoção de relatórios gerenciais estratégicos

Implementou-se o uso de relatórios gerenciais estratégicos com vistas à atuação mais efetiva para

fins de recuperação do crédito tributário. A medida mostrou-se útil, por exemplo, no caso do passivo

das instituições financeiras quanto ao IPVA.

43

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Participação em fóruns de Inteligência Artificial – IA como ferramenta de arrecadação

A PFE participou do projeto Sala de Aula Aberta em parceira com a Universidade de Pernambuco

(UPE), junto ao curso de Ciência da Computação, disciplina de Inteligência Artificial. O objetivo foi

levar ao cenário acadêmico a régua de cobrança da Dívida Ativa, atualmente utilizada pela PGE, e

compatibilizar: cobranças em massa x incremento na arrecadação x eficiência x menor custo

humano.

De concreto, aguarda-se para início de 2019 um protótipo cujo objetivo é identificar, a partir de

características e comportamentos comuns, qual a mais eficiente ferramenta de cobrança, sem

necessidade de intervenção humana.

Ações realizadas no Núcleo de Sucessões e Doações – NSD

Elaboração do manual e consolidação dos procedimentos nele previstos no Núcleo Sede e

nas Regionais;

Alteração nas rotinas pertinentes ao lançamento administrativo do ICD com a realização de

um acompanhamento mais direto dos Procuradores;

Adoção no Núcleo da meta da conversão dos processos, quando possível, para Arrolamento,

o que trouxe uma maior segurança no lançamento do imposto e, consequentemente, um

incremento na arrecadação.

Alteração do método de envio de ofícios de lançamento à Sefaz:

Nas hipóteses de processo eletrônico (PJe), em vez de imprimir todo processo, o NSD

passou a enviar e-mail para um endereço um endereço eletrônico da Sefaz, criado

especificamente para esse fim, com cópia integral dos autos em formato PDF;

Nas hipóteses de processo físico, passou-se a digitalizar os processos com até o limite

máximo de dois volumes, incluindo a cópia integral dos autos na pasta digital. Ao

mesmo tempo, com a colaboração da Secretaria Geral da PGE, foi viabilizado o acesso

ao SAJ pelos auditores da Sefaz lotados na unidade de ICD. Com isso, o número de

fotocópias foi sensivelmente reduzido, bem como otimizada a comunicação entre a

PGE e a Sefaz.

Mudança no rito de solicitação de certidão de regularidade fiscal: inspirado na Portaria

Interministerial nº 176/2018 (aplicável à Administração Federal), o Coordenador do NSD

estabeleceu a rotina de não serem solicitadas nos autos as certidões de regularidade fiscal,

uma vez que estas podem ser extraídas a partir de acesso ao e-Fisco.

Realização do primeiro Programa de Regularização de ICD em conjunto com a Sefaz,

robustecendo a arrecadação em 2018, com picos nos meses de março (R$ 19 milhões) e

novembro (R$ 20 milhões), gerando um grande quantitativo de procedimentos de

lançamento, notadamente no que tange a doações praticadas no âmbito do programa.

44

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Emissão, em fevereiro de 2018, de aproximadamente 500 cartas a contribuintes relevantes

do ICD, dando-lhes ciência da existência do Programa de Regularização.

Interlocução direta junto a grandes devedores no intuito de perseguir o recolhimento do ICD,

seja viabilizando acordos, seja fomentando a conversão de inventários em arrolamentos.

Interlocução direta com as varas de sucessões da Capital, de Olinda e de Jaboatão dos

Guararapes, no intuito de regular o fluxo de processos, notadamente em razão da redução

de Procuradores do Núcleo e da momentânea impossibilidade de fazer carga de todos os

processos conclusos à PGE.

Elaboração, em parceria com a OAB, da Cartilha do

ICD com o fim de orientar a advocacia privada, bem

como os contribuintes do tributo, sobre os

conceitos básicos das ações de inventário,

arrolamento e alvará, destacando as vantagens do

arrolamento e do inventário extrajudicial e

esclarecendo sobre os conceitos básicos

relacionados ao imposto.

45

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Contencioso Tributário

Em razão da crescente demanda de ações ordinária e mandado de segurança em matéria

tributária nos últimos dois anos, foi promovida uma divisão de trabalho no Núcleo, a partir

de subnúcleos temáticos, propiciando maior especialização e dinamicidade. Atualmente o

Contencioso Tributário tem a seguinte formulação: Núcleo de ICMS, Demandas repetitivas e

Outros Tributos.

Diversos processos relevantes foram trabalhados pelo Núcleo, a exemplo dos seguintes:

Cassação das liminares no TJPE nas ações ordinárias tendo por objeto a incidência do ICMS

nos city gate/Petrobras;

Atuação preventiva em diversas ações propostas por alguns municípios questionando o

aumento das alíquotas de ICMS sobre energia elétrica e telecomunicação, evitando diversas

concessões de liminares;

Suspensão de liminar no Supremo Tribunal Federal (SL 938-STF), tendo por objeto decisão

que concedeu tutela antecipatória para determinar ao Estado de Pernambuco que

procedesse com a revisão dos valores dos repasses da quota-parte na arrecadação do ICMS

ao município de Serrita, ante o entendimento de que a concessão de benefícios fiscais por

meio do Programa de Desenvolvimento do Estado de Pernambuco – Prodepe estaria

supostamente atingindo a receita constitucionalmente assegurada àquele município. Tal

decisão foi objeto do pedido de extensão dos efeitos da suspensão de liminar a outras

demandas propostas pelos municípios de Belo Jardim, Tamandaré, Cedro, também deferido

pelo STF.

Decisões relevantes em processos tributários

Dentre as decisões favoráveis em processos relevantes da Fazenda, é interessante mencionar os

seguintes:

Cassação da liminar nos autos da ação ordinária nº 0021601-69.2016.8.17.2001, tornando

exigível o Auto de Infração nº 2015.000002189171-01, no valor de R$ 163,2 milhões (city

gate);

Levantamento e despacho de processos envolvendo o Sintepe, gerando uma economia de

mais de R$ 600 mil/mês na folha de pagamentos da Secretaria Estadual de Educação. A

comunicação e o acompanhamento do efetivo cumprimento das decisões favoráveis obtidas

ocasionaram a implantação do desconto integral (13,5%) da contribuição previdenciária

devida por 6.635 servidores daquele órgão;

Denegação de mandado de segurança impetrado por contribuinte no ano de 2006, tendo

sido determinada pelo juiz, inclusive, a conversão em renda dos depósitos que essa

sociedade empresária realizava nos autos do mandamus. Apenas em valores históricos são

mais de R$ 12 milhões depositados;

46

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Obtenção de Decisão Suspensiva no bojo do IRDR nº 456621-6 (que trata da partilha do ICMS

com os municípios sobre o montante dos benefícios concedidos no Prodepe). Na decisão

referida foi determinada a suspensão de todos os processos em trâmite no estado de

Pernambuco que digam respeito ao mesmo tema em questão no IRDR. Trata-se de questão

de grande relevo financeiro para o Estado;

Sentença favorável em três Embargos à Execução, a exemplo do processo nº 0000780-

40.2017.8.17.0730, relativo à matéria city gate da Petrobras, que corresponde a autos de

infração que superam mais de R$ 1 bilhão;

Concessão de segurança no sentido de que fossem afastados os efeitos de instrução

normativa da Receita Federal que buscava transferir à União a titularidade do imposto de

renda retido na fonte incidente sobre os valores pagos em razão da contratação de bens e

serviços pelo Estado de Pernambuco. De acordo com levantamento realizado pela

Controladoria Geral do Estado, uma decisão desfavorável no presente caso representaria

uma perda de mais de R$ 100 milhões/ano.

Deferimento de contracautela no âmbito da presidência do TJPE que evitou sérios prejuízos

aos cofres estaduais, com o fim de suspender comandos judiciais que determinavam a não

incidência de ICMS sobre os valores referentes à TUST/TUSD. Além do amplo efeito

multiplicador, uma vez que existem cerca de 3,6 milhões de consumidores de energia

elétrica no estado de Pernambuco. Caso todos os contribuintes de fato obtivessem decisões

judiciais favoráveis, estima-se que o prejuízo à arrecadação alcançaria a vultosa cifra de R$

700 milhões/ano;

Decisão favorável nos Embargos à Execução nº 0003587-04.2015.8.17.0730. Sentença de

Improcedência em 29/05/2017, no valor de R$ 20 milhões;

Trânsito em julgado dos Embargos à Execução Fiscal opostos pelo Incra (Processo nº

0004156-64.2012.4.05.8300) no STJ, em 30/04/2018, culminado com a determinação pelo

Juiz Federal de Primeiro Grau de expedição de precatório no valor de R$ 9.248.285,57.

47

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Questões tributárias vinculadas ao Gabinete do Procurador-Geral

Propositura de diversas ações no STF em defesa dos interesses de Pernambuco – Assessoria de

Gabinete da Procuradoria

ACO 2939, interposta em 28/10/2016, para que a

União repassasse ao Estado de Pernambuco,

através do Fundo de Participação dos Estados

(FPE), a receita da multa prevista no art. 8º da Lei

de Repatriação (Lei n° 13.254/2016). Liminar

obtida em 10/11/2016 determinou o depósito em

juízo do valor correspondente ao FPE devido ao

Estado de Pernambuco. Após o ajuizamento, por

parte de vários Estados, de ações com esse mesmo objetivo, a União Federal aceitou

repassar o valor dessa multa para todos os Estados. Com isso, Pernambuco recebeu em

torno de R$ 256 milhões no ano de 2016.

ACO 3040, ajuizada em 06/09/2017, por meio da qual o Estado de Pernambuco se insurge

contra Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado entre o Ministério Público da

União e a Caixa Econômica Federal, a respeito de procedimentos contábeis que interferem

na gestão financeira de recursos públicos dos Estados. Em acordo firmado nos autos dessa

ação em 10/10/2017, o referido TAC restou suspenso pelo prazo de oito meses, período

durante o qual o Estado de Pernambuco realizou alterações em seus procedimentos

contábeis.

ACO 3179, proposta em 19/10/2018, por meio da qual o Estado de Pernambuco se insurge

contra sua inscrição no CAUC em razão de dificuldades (criadas pelo próprio sistema da STN)

que impediram a transmissão dos Relatórios Resumidos de Execução Orçamentária (RREOs)

dos quatro bimestres de 2018 via Siope. Em 31/10/2018, foi obtida liminar para retirar a

inscrição do Estado do CAUC.

ACO 3124, interposta em 26/04/2018, por meio da qual o Estado de Pernambuco requer seja

a União Federal obrigada a garantir um contrato de financiamento no valor de R$ 340

milhões, assinado entre Pernambuco e a Caixa Econômica Federal. Tal financiamento fora

assinado desde dezembro/2017 e já dispunha de parecer favorável da Procuradoria Geral da

Fazenda Nacional para que a União garantisse o referido financiamento. No entanto, por

motivos alheios à vontade do Estado de Pernambuco, o contrato de garantia não chegou a

ser firmado no ano de 2017 e, em janeiro de 2018, a União Federal resolveu reanalisar a

Capacidade de Pagamento do Estado de Pernambuco para que a garantia fosse assinada.

Liminar concedida parcialmente em 13/06/2018 assegurou ao Estado de Pernambuco que a

União Federal não poderia reanalisar a capacidade de pagamento de Pernambuco para fins

de assinatura da garantia, tendo em vista que o parecer da PGFN exarado em

novembro/2017 já atestava que Pernambuco tinha nota B na Capag. O contrato de garantia

48

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

foi finalmente assinado no mês de dezembro de 2018, seguindo-se a liberação efetiva de

recursos em favor do Estado.

TPA 1, primeira Ação de Tutela Provisória Antecedente interposta perante o STF no ano de

2018, tendo sido apresentada pelo Estado de Pernambuco em 02/03/2018, visando a não

sofrer bloqueio em suas contas pelo fato de ter sido obrigado a desistir das ações judiciais já

interpostas que questionavam a dívida com a União Federal, antes da assinatura dos Termos

Aditivos de Refinanciamento. Assim como já ocorrera com o Estado de Minas Gerais,

Pernambuco temia sofrer bloqueio em suas contas antes da conclusão do refinanciamento

das dívidas com a União. Em 18/04/2018, foi concedida liminar em favor do Estado de

Pernambuco.

MS 34168, impetrado pelo Estado de Pernambuco contra a União Federal em 26/04/2016,

em que aponta como ato coator, em primeiro plano, o Decreto Executivo nº 8.616/2015.

Argumenta que, sob o pretexto de regulamentar a Lei Complementar 148/2014, referido

decreto teria extrapolado o disposto no art. 3º daquele diploma (redação dada pela LC

151/2015), precisamente no que tange à metodologia de cálculo do desconto da dívida,

objeto do Contrato 007/97/STN/Coafi, pelo qual, em 23/12/1997, o Estado de Pernambuco

assumiu e refinanciou com a União a sua dívida pública.

Sustentou o Estado de Pernambuco como líquido e certo o seu direito ao desconto

correspondente à diferença entre o saldo devedor do dia 1º de janeiro de 2013 e aquele

apurado mediante a confecção de cálculo paralelo, pautado na variação acumulada da taxa

Selic, nos termos do artigo 3° da LC 148/2014. Alegou ainda, a teor da redação dada pela LC

151/2015 à LC 148/2014, especialmente aos arts. 3º e 4º, que a União está obrigada a

conceder o desconto, de todo desnecessária a regulamentação trazida no bojo do Decreto

8.616/2015. Sustentou, por fim, que a redação do art. 3º da LC 148/2014 contempla a

adoção da taxa Selic com a metodologia de juros simples enquanto que o decreto atacado

apresenta, indevidamente, sistemática de cálculo com juros compostos.

Em 28/04/2016, a liminar pleiteada pelo Estado de Pernambuco foi deferida em parte para

determinar às autoridades impetradas que se abstenham de impor as sanções previstas no

Contrato 007/97/STN/Coafi, bem como de bloquear a transferência de recursos, na hipótese

do impetrante exercitar a faculdade prevista no parágrafo único do art. 4º da LC 148/2014,

norma que lhe garante o cálculo e o pagamento da dívida pública com base nos novos

parâmetros legais em face da não promoção do aditivo contratual.

Com essa decisão, o Estado de Pernambuco deixou de pagar as parcelas mensais de sua

dívida nos meses de abril, maio, junho/2016 e, por acordo firmado com a União Federal,

através do Ministro da Fazenda, em junho de 2016, Pernambuco renegociou o não

pagamento de sua dívida durante o restante do ano de 2016 e novas e mais favoráveis

condições de refinanciamento a partir de janeiro de 2017.

49

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Procuradoria do

Contencioso

50

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Procuradoria do Contencioso

A Procuradoria do Contencioso é responsável por

representar judicialmente o Estado Pernambuco,

defendendo os interesses da população pernambucana

em juízo. Essa unidade especializada da PGE atua em

processos judiciais relacionados ao patrimônio imobiliário

do Estado (desapropriações, usucapiões e reintegrações

de posse, por exemplo), em demandas para recuperação

de prejuízos sofridos pelo erário estadual, na execução de

títulos extrajudiciais (multas contra gestores e

determinações de ressarcimento ao erário estadual), oriundos do TCE, em processos judiciais

relacionados aos mais diversos temas, inclusive pedidos de indenização em geral, paralisações

ilegais, fornecimento de medicamentos, tratamentos médicos, licenciamento ambiental, concursos

públicos, licitações, servidores e empregados públicos, reclamações trabalhistas, atos de fiscalização

realizados pela autarquia estadual de trânsito, pela Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa do

Consumidor – Procon, pela Junta Comercial do Estado – Jucepe e pelo Tribunal de Contas do Estado

(TCE), entre outros.

Procuradoria do Contencioso em números

Processos novos

Ano a ano, são milhares de processos novos que ingressam no Contencioso. Nos últimos quatro anos,

constatou-se uma média de 16.427 processos novos por ano.

51

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Produção anual de peças e audiências realizadas

Um dos atuais desafios da advocacia pública em juízo são os processos de massa. O volume de ações

judiciais contra o Estado impressiona. A produção de peças judiciais nesses milhares de processos

garante que a entidades públicas estaduais representadas pela Procuradoria Geral do Estado possam

demonstrar a higidez de seus atos. Nos últimos quatro anos, foram produzidas 49.871 peças, em

média, por ano.

No que se refere às audiências, as entidades estaduais representadas pela Procuradoria do

Contencioso se fizeram representar por Procuradores do Estado 4.264 vezes, sendo 1.242 em

processos cíveis e 3.022 em audiências trabalhistas.

52

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Das decisões favoráveis, desfavoráveis e impactos financeiros

Um dos principais resultados do Contencioso pode ser extraído das milhares de decisões judiciais

obtidas. A maioria das decisões judiciais desfavoráveis se concentra em temas de direito da saúde

(fornecimento de medicamentos e tratamentos médicos) e alguns temas específicos de remuneração

de servidor público, nas quais o Judiciário entende determinada vantagem como geral (por exemplo,

Gratificação de Risco de Policiamento Ostensivo). Ocorre que, no que se refere aos processos em

geral, os valores inscritos em precatório ano a ano têm sido menores que os valores que deixam de

ser pagos por conta da obtenção de decisões favoráveis relevantes (ver quadros abaixo).

Exercício Decisões Favoráveis Parcialmente Favoráveis

Desfavoráveis

2015 15.552 2.553 17.705

2016 10.367 1.417 10.965

2017 10.475 1.624 10.599

2018 10.319 1.751 9.221

TOTAL 46.713 7.345 48.490

53

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Dívida judicial do Estado de 2011 a 2018

Economia em decisões favoráveis mais relevantes

No que concerne às decisões favoráveis mais relevantes, verifica-se, entre 2016 e 2018, uma

economia estimada para os cofres públicos estaduais de quase três bilhões de reais.

Período apurado (Semestre) Valores em Reais (R$)

2016.1 454.816.003,00

2016.2 388.013.310,31

2017.1 421.181.688,43

2017.2 607.391.727,97

2018.1 847.336.048,27

2018.2 256.422.958,68

TOTAL 2.975.161.736,66

54

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Destaques da atuação estratégica

Diversas foram as ações desenvolvidas e implantadas pelo Contencioso para o aumento da eficiência

e constante otimização dos trabalhos realizados pela especializada.

Criação das coordenadorias dos núcleos temáticos

No desiderato de se obter um maior alinhamento e uniformidade na atuação desenvolvida pelos

Procuradores nos diversos núcleos temáticos do Contencioso, foram criadas no primeiro semestre de

2017 as coordenadorias dos núcleos temáticos de Direito da Saúde e de Servidor Público.

Essas coordenadorias têm um papel extremamente relevante na dinâmica da unidade, porquanto

não apenas funcionam como uma extensão da chefia junto aos Procuradores de cada núcleo, mas,

principalmente, são responsáveis por otimizar os trabalhos desenvolvidos em cada núcleo, seja por

meio da uniformização de teses jurídicas, seja pela elaboração de peças modelos para cada tipo de

demanda específica (modelos de instituição), emissão de pareceres, ou, por exemplo, pela

compilação dos entendimentos jurisprudenciais por temas afetos a cada núcleo.

Além disso, os coordenadores são responsáveis pelo acompanhamento de processos estratégicos,

identificados pela chefia, vinculados aos seus respectivos núcleos.

Essa atuação dos coordenadores representou uma significativa otimização dos trabalhos de cada

núcleo temático, mormente, em virtude do estreitamento das relações institucionais junto aos

órgãos do Estado, o que contribui sobremodo tanto para a diminuição das demandas, como,

principalmente, para dar maior efetividade ao cumprimento de decisões judiciais.

Nesse viés, vale destacar as importantes ações desenvolvidas em cada coordenação:

Coordenação do Núcleo de Saúde

Orientações à Secretaria Estadual de Saúde; ao IRH/Sassepe e ao Sismepe relativas a

questões judicializadas, bem como às Procuradorias Regionais;

Monitoramento, em conjunto com a Secretaria

de Saúde, o Poder Judiciário e o Ministério

Público Estadual, de providências concretas

para reabertura gradual de leitos de UTI na

rede pública estadual.

Participação no Comitê Estadual de Saúde, que

possui composição pluri-institucional.

Participação na implantação da Secretaria de Apoio ao Procurador – SAP, com atuação inicial

de suporte ao Núcleo de Saúde do Contencioso Cível, a qual desempenha atividades de apoio

e cumpre rotinas definidas no Guia de Orientações SAP (elaborado pela coordenadoria do

referido Núcleo e aprovado pela chefia imediata), que vão desde o tratamento de

55

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

pendências e comunicações com outros órgãos até a elaboração de minutas de peças

processuais predefinidas.

Estabelecimento de práticas, rotinas e procedimentos a serem observados pelos

Procuradores com atuação no Núcleo de Saúde, por meio do Guia de Orientações Saúde

elaborado pela coordenadoria do referido Núcleo e aprovado pela chefia imediata.

Participação nas reuniões da Câmara Técnica de Direito Sanitário do Conass, na qual são

debatidas medidas de redução da judicialização em saúde.

Como resultado desse trabalho, destacaram-se as principais decisões favoráveis obtidas entre 2015 e

2018:

Agravo de Instrumento nº 0001372-43.2016.8.17.9000: provimento ao recurso do ente

público para reformar decisão liminar que havia determinado o internamento domiciliar às

custas do Estado. Acatados os argumentos de impossibilidade de interferência do Judiciário

na definição de políticas públicas e de ofensa ao princípio da isonomia. Economia obtida: R$

349.200,00/ano.

Mandado de Segurança nº 0012718-64.2012.8.17.0000: denegada a segurança para

fornecimento de medicamento vinculado a marca específica. Nesse processo,

especificamente, o impacto econômico seria de R$ 7 mil. O mais relevante nesse caso,

porém, foi o precedente conquistado: desvinculação de marca, possibilitando o

fornecimento de genérico.

Apelação Cível nº 0431810-7: provimento a apelo do IRH para afastar a condenação ao

pagamento de indenização por danos morais. Concluiu-se que tais danos não restaram

configurados pela negativa administrativa do Sassepe da liberação de OPME não coberta.

Afastamento da Súmula 11 do TJPE. Mais uma vez, a relevância do caso está na fixação de

entendimento favorável ao ente público: superação de jurisprudência do Tribunal de Justiça

de Pernambuco quanto à reparação por alegados danos morais, envolvendo não o

fornecimento de stent.

Agravo de instrumento nº 0002638-02.2016.8.17.0000: provimento ao recurso do Estado

para reformar decisão liminar que havia determinado o fornecimento de OPME de alto custo

(cerca de R$ 90 mil) – Angelmed, sendo acatado o argumento recursal de que o referido

aparelho tem caráter experimental, sendo de uso não aprovado pelo Cremepe e não

recomendado pela Contitec. Importante precedente que terá repercussões sobre suposto

esquema para fraudar o SUS com o fornecimento de Angelmed, que vem sendo investigado

pela Polícia Civil do Estado.

Ação ordinária nº 0807620-20.2018.4.05.8311: acatado pedido feito pelo Estado de

transferência de numerário bloqueado para conta indicada pela Secretaria de Saúde, a fim de

oportunizar a aquisição de quatro ampolas do medicamento Spinraza pelo preço aplicável

em compras públicas, o que significou uma economia R$ 300.129,92 para o erário.

56

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Coordenação do Núcleo de Servidor e Concursos

Orientações aos integrantes do Núcleo e apoio a

outros núcleos temáticos e Procuradorias

Regionais; orientações a diversos órgãos públicos,

como Secretaria de Defesa Social, Funape,

Secretaria Executiva de Ressocialização, relativas a

questões judicializadas; atendimento aos cidadãos

interessados e advogados em esclarecimentos

acerca de questões judicializadas; participação em

reuniões com representantes de órgãos públicos,

incluindo o Ministério Público e parlamentares

estaduais.

Criação do Fórum Permanente de Pessoal, integrando, através de reuniões mensais, as

coordenadorias da Procuradoria do Contencioso e da Procuradoria da Consultiva com

representantes do Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco, da Corregedoria da

Secretaria de Defesa Social, da Controladoria Geral do Estado, da Secretaria de

Administração, da Secretaria de Saúde e da Funape;

Criação do banco de dados dos posicionamentos dos órgãos do Poder Judiciário acerca dos

temas recorrentes enfrentados pelos componentes do Núcleo;

Criação do mapeamento das demandas de massa referentes à temática de servidor

público/concurso público, com a identificação das teses favoráveis e desfavoráveis ao Estado

de Pernambuco, destacando os posicionamentos divergentes entre as Câmaras de Direito

Público;

Criação do plano de atuação estratégica nos Juizados Especiais, mediante despachos

direcionados, com o objetivo de reverter os posicionamentos desfavoráveis em

determinadas demandas de massa, obtendo, por exemplo, a modificação do

posicionamento, até então consolidado, da Turma Recursal Fazendária, sobre o tema de

pagamento de horas extraordinárias, em face da adesão de delegados ao Programa de

Jornada Extra de Segurança;

Implementação de melhores práticas, rotinas e procedimentos a serem observados pelos

Procuradores com atuação no Núcleo, por meio do Guia de Orientações elaborado pela

coordenadoria do referido Núcleo e aprovado pela chefia imediata;

Integração com os demais órgãos e poderes no âmbito do Estado de Pernambuco, a exemplo

da participação da coordenação em discussão acerca de licenciamento ex officio, na

Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco, e em reunião sobre normas dos editais de

concursos públicos para provimento de cargos públicos da esfera estadual referentes aos

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

portadores de necessidades especiais, na sede do Ministério Público, com representantes da

Secretaria de Administração, da Secretaria de Defesa Social e de outros órgãos públicos.

Como resultado dessa atuação, destacaram-se as seguintes decisões favoráveis:

Reclamação Constitucional nº 0030682-08.2017.8.17.2001, cassando a determinação de

devolução dos descontos efetuados em folha de pagamento dos servidores públicos do

quadro de pessoal do Departamento Estadual de Trânsito que aderiram ao movimento

paredista. Valor envolvido no processo: R$ 393 mil;

Agravo de Instrumento nº 0011492-14.2017.8.17.9000, cassando a decisão de tutela

provisória de urgência que suspendia etapas da seleção interna para o Curso de Formação de

Oficiais da Administração (CFOA) PM E BB, instaurada pela Portaria SDS nº 311 de

21/01/2017;

Agravo Interno em Mandado de Segurança nº 502407-7, em juízo de retratação, revogando a

decisão liminar que determinou a abstenção de qualquer providência destinada ao

processamento das promoções ao Posto de Major QOPM;

Agravo Interno em Mandado de Segurança nº 0506412-4, em juízo de retratação, revogando

parcialmente a decisão liminar que determinou a suspensão da parte final do art. 3º e do

inteiro teor do art. 5º da Portaria nº 034/2018;

Obtenção de entendimento unânime favorável pela Seção de Direito Público do Tribunal de

Justiça do Estado de Pernambuco, na demanda de massa (Mandado de Segurança, Processo

nº 0000034-97.2018.8.17.0000 – 494541-7) acerca do critério da lista de antiguidade para

promoção dos soldados convocados no concurso público realizado em 2006;

Obtenção de entendimento unânime favorável pela Seção de Direito Público do Tribunal de

Justiça do Estado de Pernambuco, na demanda de massa (Mandado de Segurança, Processo

nº 0016603-24.2017.8.17.2001) referente à exigência de apresentação do Certificado de

Conclusão de Curso Superior no ato de inscrição no Curso de Formação de Oficiais, afastando

a aplicação do enunciado da Súmula nº 266 do Superior Tribunal de Justiça;

Modificação do entendimento da Turma Recursal Fazendária (Processo nº 0001354-

23.2018.8.17.8201) acerca do tema de pagamento de horas extraordinárias, em face da

adesão de delegados ao Programa de Jornada Extra de Segurança, evitando um prejuízo

estimado de dez milhões de reais ao Estado de Pernambuco, considerando que o valor

médio de condenação por ação ajuizada giraria em torno de R$ 50 mil.

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Coordenação do Núcleo Imobiliário

Desapropriações para a Obra do Canal do Fragoso (Trechos 1 e 2): foram desapropriados, de

forma administrativa ou judicial, 179 imóveis. Valor estimado do conjunto das

desapropriações: R$ 25.160.478,39;

Desapropriações para a Obra do Corredor Norte-Sul: foram desapropriados, de forma

administrativa ou judicial, 37 imóveis. Valor estimado do conjunto das desapropriações: R$

3.605.806,77;

Desapropriações para a Obra do Corredor Leste-Oeste: foram finalizados os processos para

desapropriação, de forma administrativa ou judicial, de 25 imóveis para a construção da

Estação 5 da Av. Belmínio Correa. Valor estimado do conjunto das desapropriações: R$

2.055.502,95;

Desapropriação do imóvel denominado Brejo dos

Macacos, para Criação de Unidade de Conservação

Ambiental. Valor: R$ 26.800.000,00;

Servidão de Torre de Transmissão de Energia em

terras da Companhia Agroindustrial de Goiana

(CAIG): foram ajuizadas duas ações de

desapropriação, nas quais houve transação

judicial, com a aquisição do imóvel pelo Estado,

mediante compensação tributária. Valor estimado das desapropriações: R$ 5.101.794,47;

Regularização do Terreno do Fórum Joana Bezerra. A minuta de escritura foi construída pelo

tabelião Ivanildo Figueiredo, validada e assinada pela Procuradoria Geral do Estado, pela

Prefeitura do Recife e pelo TJPE. Valor do negócio: R$ 2.145.591,66;

Regularização Fundiária das Desapropriações dos Imóveis para a Obra da Barragem de Serro

Azul (Engenhos Vista Alegre, Mulatinha, Ousadia, Verde, Camevou, Limão e outras áreas).

Valor estimado: R$ 12.433.809,80;

Desapropriação do imóvel denominado Engenho Bonito (da CAIG), para criação do

Assentamento Luiz Ferreira: foi ajuizada ação de desapropriação, na qual houve transação,

com a aquisição do imóvel pelo Estado mediante compensação tributária. Valor da

desapropriação: R$ 29.777.052,10;

Permuta de áreas entre Salgado Empreendimentos Imobiliários S/A, Suape e Estado, para

regularização de trecho da Express Way: foi elaborada minuta de escritura de permuta e

enviada ao cartório para registro. Valor do negócio: R$ 1.710.000,00;

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Desapropriação da casa do compositor Capiba, no Recife, para criação de Espaço Cultural e

manutenção da memória do carnavalesco. Valor da desapropriação: R$ 1.079.484,46;

Ajuizamento de dez ações de reintegração na posse, contribuindo para a decaída do

Movimento Estudantil de Ocupação das Escolas Públicas Estaduais, em protesto contra a

Proposta Federal de Emenda Constitucional (PEC) nº 55;

Desapropriação de área da Usina Olho D’Água, em Ferreiros: aquisição do imóvel para

posterior cessão ao município, a fim de implantação de programa habitacional. Valor da

desapropriação: R$ 1.156.500,00;

Desapropriação de área da Usina União e Indústria, em Primavera (Engenho Sete Ranchos),

para implantação de empreendimento industrial. Valor da desapropriação: R$ 8.400.813,97;

Desapropriação de área da empresa Ondunorte, em Igarassu, para implantação de

empreendimento industrial. Valor da desapropriação: R$ 2.892.000,00;

Desapropriação de área no município de Ribeirão, para implantação de hospital público.

Valor da desapropriação: R$ 1.886.142,84.

60

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Coordenação do Núcleo Trabalhista

Elaboração de manuais de padronização de procedimentos para Procuradores, servidores e

terceirizados que laboram no Núcleo Trabalhista;

Elaboração de checklists de movimentações do

SAJ, em conjunto com a Softplan, que consistiu

na revisão e compilação do conjunto de códigos

específicos para o Núcleo Trabalhista, com o

objeto de promover celeridade, simplificação e

padronização de procedimentos e pendências

geradas. A partir dessa mudança, os

cadastradores passaram a alimentar o SAJ com

maior agilidade. Houve, ainda, uma significativa

redução no número de pendências geradas desnecessariamente, otimizando o trabalho dos

Procuradores;

Promoção de ações regressivas contra devedor principal, nos casos de condenação

subsidiária em reclamações advindas de terceirização;

Implantação de instruções gerais para a fiscalização da execução do contrato de terceirização

de serviços, no que se refere ao pagamento de verbas trabalhistas visando reduzir o número

de condenações subsidiárias;

Elaboração de pareceres e instruções para diversos órgãos da administração direta e

autarquias, orientando sobre temas afetos à fiscalização de contrato de terceirização e

pagamento de verbas trabalhistas a terceirizados, evitando, assim, a judicialização dessas

questões;

Participação de reuniões, com a chefia do Contencioso, com o Desembargador Presidente do

TJPE, sobre a impossibilidade de realizar pagamentos administrativos diretamente à empresa

terceirizada, em casos de condenação por desvio de função, de terceirizados que laboravam

em unidades do Poder Judiciário Estadual.

Elaboração de nota técnica para orientar a Secretaria Geral acerca da necessidade de

concessão de intervalo intrajornada a todos os terceirizados que laboram nas dependências

da Procuradoria Geral do Estado;

Auxílio na elaboração de plano estratégico que forneceu um panorama geral à Procuradoria

do Contencioso sobre aspectos como: (i) apoio administrativo aos procuradores, servidores

estatutário e terceirizados lotados no Núcleo Trabalhista, abordando temas como estrutura

física, equipamentos de informática, etc.; (ii) otimização da atuação dos Procuradores; (iii)

implantação de ferramentas de controle, a exemplo de acompanhamento mensal, por

amostragem, das peças processuais elaboradas;

61

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Elaboração de propostas de orientações normativas para dispensa de recurso em temas

consolidados no âmbito do Tribunal Superior do Trabalho, tais como: (i) benefício da ordem

e pedido de desconsideração da personalidade jurídica, nos casos de responsabilidade

subsidiária imposta ao ente público; (ii) condenação ao pagamento das multas dos arts. 467

e 477 da CLT, nos casos de responsabilidade subsidiária; (iii) recurso de revista contra

acórdão proferido pelo TRT da 6ª Região, em sede de agravo de instrumento; (iv)

individualização do crédito, nos casos de ações plúrimas, etc.

Promoção do descarte de publicações editalícias em processos físicos. Por força do art. 183

do CPC, aplicável à Justiça do Trabalho, as intimações da Fazenda Pública Estadual são

pessoais. A contagem dos prazos se dá com a carga dos autos. Por isso, visando diminuir o

volume de trabalho da secretaria do Núcleo Trabalhista e a geração de pendências aos

Procuradores, os editais referentes a processos físicos são descartados.

Oportuno registrar as seguintes relevantes decisões favoráveis obtidas pelo Núcleo Trabalhista:

Responsabilidade subsidiária: o STF, no RE 760.931, com repercussão geral reconhecida,

imputou ao reclamante o ônus da prova da culpa in vigilando ou in eligendo, nos casos de

terceirização de serviços. Por conseguinte, atualmente, encontra-se ultrapassada o TRT6- IUJ

nº 0000362-87.2015.5.06.0000, que, equivocadamente, atribuía à Administração o ônus da

prova. Essa mudança jurisprudencial tem reduzido, significativamente, o número de

condenações subsidiarias impostas à Administração Pública Estadual;

Conversão de regime celetista para estatutário: a Justiça do Trabalho vinha declarando a

inconstitucionalidade da alteração de regime celetista para o estatutário, promovida pela LC

nº 3/1990, com declaração de nulidade e determinação de recolhimento de FGTS. O TST, no

julgamento da ARGINC – 105100-93.1996.5.04.0018, admitiu a mudança de regime e afastou

a incidência do FGTS. Após atuação direta da Procuradoria Geral do Estado, esse

entendimento passou a ser adotado pelo TRT da 6ª Região. Consequentemente, os pedidos

formulados em reclamações trabalhistas que questionam a mudança de regime têm sido

julgadas improcedentes. Foram 249 ações judiciais, com impacto financeiro de

aproximadamente R$ 26.041.554,46;

Ação Civil Pública visando à imediata desocupação das instalações do IML do Recife: o MPT

da 6ª Região propôs ação civil pública em desfavor do Estado, pleiteando, liminarmente, a

desocupação das instalações do IML do Recife. O juízo da 4ª Vara do Trabalho do Recife

julgou procedentes os pedidos, declarando a manutenção da interdição do IML. O Estado

interpôs recurso ordinário, alegando nulidade processual, por cerceamento do direito de

defesa. O recurso foi provido (SAJ 2015.01.015774).

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Estruturação do Núcleo de Processos Estratégicos

Dentre as medidas que merecem destaque, vale mencionar a estruturação do Núcleo de Processos

Estratégicos.

Conquanto o referido Núcleo sempre tenha tido uma

importante atuação, sobretudo junto ao Tribunal de Justiça,

observou-se que era necessário melhor estruturar o mesmo,

de modo a albergar um número maior de processos

importantes para o Estado, além de ampliar sua atuação

para além do Tribunal de Justiça.

Desse modo, foram lotados mais dois Procuradores no

núcleo, que atualmente conta com três Procuradores que

atuam com foco nos processos judiciais estratégicos do

Estado.

A estruturação do Núcleo também se verificou com relação à forma de atuação, porquanto se passou

a adotar o Wunderlist como ferramenta de planejamento e gestão, sendo, destarte, as demandas

registradas e acompanhadas diretamente pelo Gabinete do Procurador-Geral por meio de reuniões

periódicas.

Vale ressaltar que somente no ano de 2018, por exemplo, esse Núcleo foi responsável por obter uma

economia de R$ 71.834.638,70 ao Estado.

Não é demais, nesse ensejo, registrar importantes decisões favoráveis obtidas em decorrência do

reforço dos trabalhos desse Núcleo:

Agravo de Instrumento nº 0801061-57.2014.8.02.0900 (TJAL): trata-se de Agravo de

Instrumento, em trâmite perante o Tribunal de Justiça de Alagoas, interposto pelo Banco

Santander, sendo o Estado de Pernambuco parte interessada, em face de decisão proferida

nos autos de Pedido de Recuperação Judicial apresentado pela empresa TCI-BPO perante a

Comarca de Alagoas. Na recuperação judicial, a referida empresa, que vem gerando muitos

problemas em Pernambuco, obteve decisão que lhe permitiu participar de novos

procedimentos licitatórios no Estado de Pernambuco. No Agravo de Instrumento em tela,

defendeu-se a incompetência absoluta da 9ª Vara da Comarca de Maceió/AL para

processamento da recuperação judicial e a consequente nulidade dos atos decisórios ali

proferidos. O Procurador-Chefe Adjunto do Contencioso, Fernando Farias; o Procurador

Carlos Carvalho, do Núcleo de Processos Relevantes; e o Procurador Luíz Guerra distribuíram

memoriais, despacharam com os Desembargadores do TJAL e acompanharam a sessão de

julgamento, tendo sido provido o agravo, anulando-se as decisões proferidas;

Precatório nº 0214348-8: o Núcleo de Processos Relevantes atuou em conjunto com o

Núcleo de Precatórios (Procurador Paulo Loyo), na elaboração de petição e despacho com a

Juíza Assessora Especial da Presidência do TJPE/Núcleo de Precatórios, informando que, nos

Embargos à Execução opostos pela Fazenda Pública (Processo nº 0010402-

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

46.2010.8.17.0001), com valor histórico da causa de R$ 932.465,50, fora acolhida a

prejudicial de mérito da prescrição da pretensão executória. Restou então deferido o pedido

do Estado de Pernambuco de suspensão imediata da liberação de valores no precatório em

tela, destacando-se que os alvarás de liberação já haviam sido confeccionados, sendo

iminente o levantamento dos valores pela parte adversa;

Processo nº 0010444-22.2015.8.17.0001: ação movida pelo Sindicato dos Servidores do

Detran-PE, na qual foi deferida liminar para suspender todos os exames práticos para

obtenção de carteira de habilitação para dirigir em Pernambuco (cerca de 1.250 exames por

dia). O Núcleo de Processos Relevantes interpôs o recurso de Agravo, tendo sido deferido o

efeito suspensivo;

Agravo de Instrumento nº 0007792-35.2015.8.17.0000: trata-se de Agravo de Instrumento

interposto em face de decisão que determinou a reintegração, inclusive na função de Diretor

da FCAP, de servidor que fora demitido, com grande repercussão negativa perante a

comunidade acadêmica. O Núcleo de Processos Relevantes atuou em conjunto com a

advogada da UPE (Dilane Martins), na elaboração da peça e nos despachos com o

Desembargador Relator, tendo sido deferido o pedido de atribuição de efeito suspensivo ao

recurso;

Processo nº 0004282-14.2015.8.17.0000 (Suspensão de Liminar) – SAJ: 2015.01.004753 –

Estado x OAB/PE: em 20/04/2015, deferida pelo Presidente do TJPE a suspensão da liminar

que determinava o afastamento do Presidente e de toda a Mesa Diretora da Alepe de suas

funções;

Processo nº 0041074-61.2015.8.17.0001– SAJ: 2015.01.010322 – Estado x Fundação Altino

Ventura: Em 10/08/2015, deferida a liminar determinando que a ré se abstivesse de

interromper os serviços de gestão do Hospital Mestre Vitalino, em Caruaru;

Processo nº 0012184-18.2015.8.17.0000 (Suspensão de Sentença) – SAJ: 2015.01.001567 –

Estado x MPPE: Em 04/11/2015, deferida pelo Presidente do TJPE a suspensão da sentença

que determinava a supressão do regime de plantão extra no Hospital Regional do Agreste,

em Caruaru;

Processo nº 0060120-36.2015.8.17.0001 – SAJ: 2015.01.016938 – Estado x União Estadual

dos Estudantes Secundaristas de Pernambuco: Em 11/11/2015, deferida liminar

reintegrando o Estado de Pernambuco na posse do prédio de sua Secretaria de Saúde;

Processo nº 0057864-23.2015.8.17.0001 – SAJ: 2015.01.016583 – Mendes Junior Engenharia

e Servix Engenharia x Estado: Em 14/12/2015, após manifestação da Procuradoria Geral do

Estado nos autos, foi indeferido o pedido das construtoras de suspensão da exigibilidade da

multa no valor de R$ 31.106.955,12, a elas aplicada pela Secretaria das Cidades em razão do

abandono das obras do Ramal da Cidade da Copa;

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Processo nº 0016564-84.2015.8.17.0000 – SAJ: 1997.01.003461 – Estado x Suape Granéis do

Nordeste: Em 19/02/2016, deferido o efeito suspensivo no Agravo de Instrumento interposto

pelo Estado de Pernambuco, sendo determinada a liberação do valor de R$ 25.551.603,33,

que tinha sido bloqueado nas contas da empresa pública Suape Complexo Industrial

Portuário Governador Eraldo Gueiros;

Processo nº 0086283-87.2014.8.17.00010 – SAJ: 2014.01.019852 – Fifa World Cup Brazil e

Match Serviços de Eventos x Estado: Em 02/06/2016, foi proferida sentença, julgando

improcedente o pedido de anulação das multas de R$ 500 mil impostas pelo Procon a cada

uma das autoras;

Processo nº 0000007-08.2017.8.17.9003 – SAJ: 2017.01.000199 – Estado x Marcio José da

Silva Morais: Em 06/01/2017, foi deferido o efeito suspensivo ao recurso interposto pelo

Estado contra a decisão que suspendeu a deliberação quanto a possível aumento tarifário

por parte do Conselho Superior de Transporte Metropolitano;

Processo nº 0000994-87.2017.8.17.0000 (Suspensão de Sentença) – SAJ: 2016.01.003756 –

Estado x Antônio Borba Maranhão Júnior e outros: Em 15/03/2017, foi deferida pelo

Presidente do TJPE a suspensão da eficácia executiva da sentença que proibia a cobrança de

pedágio pela Concessionária Rota dos Coqueiros no acesso à Praia do Paiva;

Processo nº 0833042-23.2008.8.26.0100 – SAJ: 2017.01.026480 – Falência da VASP em SP:

Em 26/10/2017, foi obtida decisão determinando a suspensão da hasta pública relativa ao

imóvel ocupado pelo MPPE em Jaboatão dos Guararapes;

Processo nº 0818301.19.2017.4.05.8300 – SAJ: 2017.01.019138 – Estado x Ricardo Rigotti

Alice: Em 18/04/2018, foi preferida sentença extinguindo a execução provisória de sentença

movida por candidato no Concurso Público para Outorga de Delegações de Notas e de

Registro Público;

Merecendo ainda destaque, sobretudo, a atuação frente a questões de grande relevância para o

Estado de Pernambuco, como:

Rompimento negociado do contrato com a Arena Pernambuco: rescisão consensual do

contrato de PPP para construção e exploração da Arena de Pernambuco, com decisiva

atuação da Procuradoria Geral do Estado, o que permitiu que o Estado de Pernambuco

passasse a explorar imediatamente o equipamento com seus próprios meios. Restou

pactuado, sem prejuízo da imediata rescisão, que pleitos da contratada não reconhecidos

amigavelmente pelo Estado, devidamente referidos da rescisão, poderiam ser demandados

perante o órgão de justiça competente. Nesse contexto, a concessionária, Arena

Pernambuco Negócios e Investimentos S/A, veiculou pedidos no Procedimento Arbitral nº

44/2015/SEC, por ela instaurado, perante o Centro de Arbitragem e Mediação da Câmara de

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Comércio Brasil-Canadá/CAMCCBC. O procedimento em questão está em curso,

encontrando-se nesse momento da fase de instrução processual, com destacada atuação da

defesa do Estado de Pernambuco no processo arbitral, pela Procuradoria do Contencioso. A

alegação da PGE de inarbitrabilidade parcial dos temas foi rejeitada pelo Tribunal Arbitral, o

que ensejou a propositura, pela Procuradoria do Contencioso, perante o Poder Judiciário do

Estado de Pernambuco, de uma Ação Declaratória de Nulidade de Sentença Arbitral,

tombada sob o nº 0016862-19.2017.8.17.2001. Na referida ação, o Estado de Pernambuco

logrou obter, em sede de agravo de instrumento (AI 0008748-46.2017.8.17.9000), junto ao

TJPE, importante decisão que, acolhendo a alegação de inarbitrabilidade, suspendeu

parcialmente o procedimento arbitral deflagrado pela Concessionária, precisamente em

relação à parte de maior relevância econômica do pleito, que compreende os pedidos

vinculados a pretensa ruptura do equilíbrio econômico-financeiro da concessão, entre os

quais se encontra a alegação de pretensos gastos adicionais decorrentes de uma suposta

aceleração da obra solicitada pelo Governo de Pernambuco. A suspensão parcial ensejou que

a instrução probatória no procedimento arbitral tivesse por objeto apenas parcelas de menor

relevância.

Declaração de caducidade da PPP de Itaquitinga: antes da declaração de caducidade da PPP,

o Estado de Pernambuco indeferiu o pleito das acionistas da SPE Reintegra Brasil S/A –

sociedade anônima de capital fechado que firmou o Contrato de Concessão Administrativa

para exploração do Centro Integrado de Ressocialização de Itaquitinga (CIR) – de

transferência do controle acionário da concessionária. As referidas acionistas deflagraram

então o Procedimento Arbitral nº 4/2014, perante a Câmara de Arbitragem Empresarial –

Brasil (Camarb), questionando a legalidade do ato em questão, de negativa de anuência à

transferência do controle acionário da companhia. Houve destacada atuação da defesa do

Estado de Pernambuco, no processo arbitral em questão, pela Procuradoria do Contencioso,

que suscitou a inarbitrabilidade dos pleitos e fez também a defesa de mérito, demonstrando

a improcedência tanto do pedido anulatório, quantos das pretensões indenizatórias

subjacentes. A questão da inarbitrabilidade foi rejeitada pelo Tribunal Arbitral e levada ao

Poder Judiciário do Estado de Pernambuco, pela Procuradoria do Contencioso, através da

ação ordinária nº 0058732-98.2015.8.17.0001, que findou por ser julgada procedente, para

declarar a inarbitrabilidade objetiva da matéria levantada no Procedimento Arbitral nº

04/2014, declarando-se extinta a lide arbitral sem resolução de mérito. Sem prejuízo da

declaração da inarbitrabilidade pelo Poder Judiciário (ainda não transitada em julgado), o

Estado de Pernambuco findou por sagrar-se vencedor também no procedimento arbitral, no

qual os pedidos da concessionária foram julgados totalmente improcedentes.

Auditoria Especial nº 1722207-2 – contabilização dos valores dos plantões extras das

unidades hospitalares e de atendimento à saúde para os fins de gesto com pessoal da Lei de

Responsabilidade Fiscal: no julgamento da Auditoria Especial nº 1722207-2, a Procuradoria

Geral do Estado teve atuação decisiva em 22/11/2018 no TCE. Após voto do Relator, houve

pedido de vista do Ministério Público de Contas, que trouxe manifestação enfática contra o

Estado. O Procurador Carlos Alberto Carvalho se dirigiu à tribuna e fez os devidos

esclarecimentos no sentido de ser indevida a contabilização da despesa com o chamado

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

plantão extra como despesa com pessoal para os fins da Lei de Responsabilidade Fiscal,

detalhando a excepcionalidade da medida, as causas que levaram o Estado a adotar essa

prática (arboviroses, migração de usuários de planos de saúde para o SUS, acidentes com

motociclistas, etc.), o esforço de contratação de mais de 5 mil médicos desde então, bem

como o embasamento legal para essas contratações para as urgências e emergências do

Estado. O Estado saiu vencedor por unanimidade (3 x 0). Se o TCE entendesse como

computável nos gastos com pessoal os valores pagos com plantão extra, Pernambuco estaria

desde sempre muito acima dos limites de gastos com pessoal.

Participação da Procuradoria Geral do Estado na Semana Nacional de Conciliação

A participação da Procuradoria Geral do Estado de

Pernambuco na Semana Nacional de Conciliação,

promovida pelo Conselho Nacional de Justiça em parceria

com os tribunais estaduais, resultou numa economia de R$

3.939.593,50 para o Estado de Pernambuco.

A 12a Semana Nacional de Conciliação ocorreu entre 27/11

e 1º/12/2017. Nas audiências realizadas, o Estado conciliou

em 67% dos processos, fechando acordos que resultaram

numa economia de R$ 3.939.593,50 e no pagamento de

um total de R$ 2.780.355,00.

A 13ª Semana Nacional de Conciliação (2018) teve lugar no período de 5 e 9/11/2018. Foram 185

audiências agendadas, para as quais houve o comparecimento das partes em 53 processos, com 30

acordos realizados. O Estado conciliou, portanto, em 57% dos processos, com uma economia de R$

580.202,03 (38,23% do total do valor executado). Os acordos fechados resultam no pagamento de

um total de R$ 937.628,90 (61,77% do total do valor executado).

Contenção de movimentos grevistas que ameaçaram descontinuar a prestação de serviços públicos

essenciais

A Procuradoria Geral do Estado, por meio da Procuradoria do Contencioso, de 2015 até 2018, ajuizou

16 ações judiciais buscando o reconhecimento pelo Poder Judiciário da ilegalidade de diversos

movimentos grevistas e a determinação de encerramento de paralisações que colocaram em risco a

prestação ininterrupta dos serviços públicos estaduais.

Em todas as demandas judiciais aforadas pela Procuradoria Geral do Estado, foram obtidas decisões

favoráveis no sentido de encerramento da greve e consequente manutenção dos serviços públicos

essenciais nas áreas da segurança pública e defesa civil (polícia militar, corpo de bombeiros militar,

polícia civil e segurança penitenciária), saúde pública (Hemope), educação, fiscalização e

regulamentação de trânsito (Detran-PE), fiscalização e licenciamento ambiental (CPRH), registro

público de empresas e atividades comerciais (Jucepe) e prestação da jurisdição (serventuários do

TJPE), bem como a majoração da multa imposta em casos de resistência à ordem judicial.

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Segurança Pública (polícia ostensiva e a preservação da ordem pública) e Defesa Civil: foram

movidas ações de declaração de ilegalidade de movimento grevista contra as várias

associações militares, o Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol) e o Sindicato dos Agentes e

Servidores no Sistema Penitenciário do Estado de Pernambuco (Sindasp).

Ações de declaração de ilegalidade de movimento grevista contra associações

militares, em decorrência do movimento grevista da Polícia Militar ocorrido em

janeiro de 2015 (Processo nº 0005266-32.2014.8.17.0000), abril de 2016 (Processo

nº 0005018-95.2016.8.17.0000) e outubro de 2016 (Processo nº 0012978-

05.2016.8.17.0000). Um dos momentos mais delicados ocorreu em dezembro de

2016, quando foi necessário ajuizar ação cautelar antecedente de obrigação de

fazer/não fazer, com pedido de liminar (0014792-52.2016.8.17.0000) para impedir o

aprofundamento da quebra dos princípios da hierarquia e disciplina com a realização

de reunião, assembleia ou qualquer outro evento que tivesse por objetivo reunir ou

patrocinar a deflagração de greve de militares estaduais ou qualquer outro

movimento que comprometa a prestação do serviço público de segurança. Nesse

processo, em 09/12/2016, foi obtida decisão, majorando a multa diária por

descumprimento da ordem de cessação da greve dos policiais militares para R$ 500

mil.

Ações de declaração de ilegalidade das greves patrocinadas pelo Sindicato dos

Policiais Civis em junho de 2015 (Processo nº 000725369.2015.8.17.0000) e fevereiro

de 2016 (0001367-55.2016.8.17.0000).

Ação de declaração de ilegalidade da greve patrocinada pelo Sindicato dos Agentes e

Servidores no Sistema Penitenciário do Estado de Pernambuco – Sindasp –

fevereiro/2016 – Processo nº 0001514-81.2016.8.17.0000 (0341933-2).

Saúde Pública (atendimentos referentes à transfusão sanguínea, ao diagnóstico e ao

tratamento das doenças do sangue): greve dos servidores do Hemope, ocorrida em maio de

2017 (Processo nº 0001936-22.2017.8.17.0000 - 0474865-6).

Educação Pública: ação de declaração de ilegalidade da greve patrocinada pelo Sintepe

(greve dos professores estaduais), em abril de 2015 (0003941-85.2015.8.17.0000 - 0381734-

5).

Fiscalização e Regulamentação de Trânsito de Veículos Automotores: ações de declaração de

ilegalidade de greve deflagrada pelos servidores do Detran em março (Processo nº 0002531-

55.2016.8.17.0000) e agosto de 2016 (Processo nº 0010357-35.2016.8.17.0000 - 0451431-2)

e em fevereiro de 2017 (Processo nº 0000677-89.2017.8.17.0000 - 0468049-5).

Fiscalização e Licenciamento Ambiental: greve dos servidores da CPRH, ocorrida em

novembro de 2016 (Processo nº 0014296-23.2016.8.17.0000 - 0461509-8).

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Serviço de Registro Público de Empresas e Atividades Comerciais: greves dos servidores da

Jucepe, ocorridas em dezembro de 2016 (Processo nº 0014799-44.2016.8.17.0000 -

0463191-4) e março de 2017 (Processo nº 0001283-20.2017.8.17.0000 - 0471504-6).

Prestação da Jurisdição: greve Serventuários do Tribunal de Justiça do Estado, ocorrida em

junho de 2017 (Processo nº 0002724-36.2017.8.17.0000).

Das novas instalações do Contencioso

Um das mais importantes medidas levadas a efeito na

Procuradoria do Contencioso, ao longo da última gestão,

foi a mudança da unidade para um novo espaço físico, em

novas e modernas instalações, no prédio anexo (antes

pertencente ao Banco Central).

A instalação do Contencioso no prédio anexo

proporcionou toda uma nova estrutura física, com novos

equipamentos de informática e mobiliário de excelente

qualidade, o que, sem dúvida, propicia o desenvolvimento das atribuições de procuradores e

servidores em local digno.

Criação da Superintendência de Apoio ao Procurador – SAP

Ante a necessidade de promover uma maior otimização do trabalho realizado pelos Procuradores do

Contencioso, foi criada a Superintendência de Apoio ao Procurador – SAP.

Esse setor tem por atribuição desobstruir a atividade do

Procurador para que fique, apenas, concentrado em suas

atividades-fins. A SAP atua como um setor de

assessoramento ao procurador, com a revisão no

cadastramento das movimentações do SAJ, diminuindo a

quantidade de erros verificados antes com frequência,

com a pesquisa de litispendência/coisa julgada de todos

os processos novos, elaboração prévia de ofícios e,

eventualmente, elaboração de petições de modelo de

instituição para posterior análise pelo procurador vinculado.

Criação da SAT Virtual

Com o advento do Processo Judicial Eletrônico – Pje, a Procuradoria do Contencioso precisou se

adequar à realidade do processo que tramita eletronicamente, com a criação da denominada SAT

Virtual, responsável tanto pela extração de peças e documentos, quanto pela protocolização de

peças eletrônicas.

Esse núcleo tem um papel de destaque atualmente, pois operacionaliza o protocolo de peças e seus

anexos por meio digital, sem que o Procurador perca tempo compartimentando os arquivos em

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

formato e tamanho compatíveis com o PJe, o que viabilizar que Procurador dedique mais tempo à

elaboração das manifestações processuais.

Criação do Núcleo de Ofícios – Ofício Digital

Outro importante núcleo criado no Contencioso foi o Núcleo de Expedição de Ofícios, cuja atuação

tem também racionalizado a atividade do Procurador e propiciado uma maior integração com os

demais órgãos do Estado, com destaque para a Secretaria de Saúde, Secretaria de Defesa Social e

IRH, permitindo maior agilidade na obtenção de subsídios de defesa, bem como rapidez no

cumprimento de ordens judiciais.

Antes mesmo da implementação do SEI (que só foi implantado na PGE em 06/08/2018), o Núcleo de

Ofícios atuava com a utilização de e-mails institucionais, racionalizando, assim, tempo e gastos

desnecessários de verba pública com a utilização de papel e deslocamento para entrega dos ofícios.

Ampliação criteriosa das hipóteses de dispensa recursal e racionalização do procedimento de

dispensa

Como forma de dar maior celeridade/racionalidade aos processos judiciais, o Contencioso propôs e o

Gabinete do Procurador-Geral aprovou enunciados de dispensas recursais em relação a diversos

temas de competência do Contencioso, com base nos quais se autoriza a não adoção de medidas

judiciais, mediante parecer de não interposição de recurso/medida judicial, em matérias

consideradas jurisprudencialmente pacificadas. Os enunciados foram aprovados por meio da Portaria

112/2018-PGE.

Reorganização dos núcleos temáticos

Um trabalho que merece destaque é o constante acompanhamento realizado por parte da chefia em

relação ao equilibrado volume de trabalho dos diversos núcleos temáticos do Contencioso, com a

readequação dos mesmos, sempre que necessária.

Esse monitoramento constante permite: (i) a movimentação de Procuradores entre os núcleos; (ii)

fusão, incorporação e exclusão de núcleos temáticos e (iii) alteração da atribuição dos núcleos em

relação a determinadas matérias, tudo de modo a propiciar um equilíbrio entre todos os núcleos, em

função da demanda per capita.

Reuniões com os diversos órgãos do Estado

Visando estreitar as relações com os órgãos que atuam junto à Procuradoria Geral do Estado (Detran,

IRH, Funape, Secretaria de Educação, Secretaria de Defesa Social, Secretaria de Administração,

Jucepe, etc.), e como forma de mitigar os entraves ocorridos nas respectivas comunicações, foram

realizadas diversas reuniões com as principais entidades e Secretarias do Estado.

Essas reuniões contribuíram não apenas para um melhor relacionamento entre os órgãos, como

também, e principalmente, permitiram a implementação de uma série de rotinas e procedimentos

com vistas à diminuição da ocorrência de erros de comunicação, ao rápido cumprimento de ordens

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

judiciais e à agilidade no envio de documentos e informações que subsidiarão a defesa do Estado em

juízo.

Consolidação da rotina de checagem de agendas

Outra importante ferramenta implementada no Contencioso foi a consolidação da rotina de

checagem de agendas dos Procuradores.

A ideia é orientar os procuradores na organização da agenda SAJ, além de verificar (i) se há

pendências relevantes; (ii) se há prazo vencido; (iii) se foram solicitados os ofícios devidos; (iv) se há

necessidade de recomendação para otimização na utilização da agenda SAJ; (v) se o trabalho

realizado pelo procurador está atendendo os critérios da adequação e propriedade da peça

elaborada; (vi) se há justificativas para não apresentação de provas; (vii) se o procurador tem

utilizado os modelos de instituição criados pelos coordenadores dos núcleos; (viii) se está havendo a

correta aplicação da Portaria 112/2018, que autoriza a dispensa de recurso diretamente pelo

procurador, dentre outros.

Revisão da tabela de movimentação do SAJ

Em conjunto com a Procuradoria da Fazenda e com o apoio da Unidade de Informática e do suporte

da Softplan, a chefia do Contencioso está revisando toda a tabela de movimentação do SAJ para

reestruturá-la de acordo com as novas modificações do Código de Processo Civil, bem como adequar

os pesos à real complexidade da atuação do Procurador.

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Procuradoria

de Apoio

Jurídico-Legislativo

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Procuradoria de Apoio Jurídico-Legislativo

A Procuradoria de Apoio Jurídico-Legislativo ao Governador tem como atribuição, conforme disposto

na Lei Complementar nº 2/1990, prestar assessoramento ao Governador do Estado em matéria

legislativa, elaborando ou revendo anteprojetos de lei, projetos de decreto, mensagens, vetos e atos

normativos.

Nesta gestão (2015-2018), foram elaborados ou

revisados por essa especializada mais de 5.800 textos

normativos, entre projetos de lei, decretos e emendas

constitucionais.

Destacam-se as leis que reestruturaram o

funcionamento administrativo do Poder Executivo; as

de valorização e incentivo aos servidores civis e

militares; as leis tributárias e as de instituição de

políticas públicas.

Por iniciativa da Procuradoria de Apoio, em abril de 2015 foi firmado um convênio entre o Governo

do Estado e a Assembleia Legislativa, visando disponibilizar, através do sistema de consulta Alepe-

Legis, constante do site legis.alepe.pe.gov.br, os decretos do Poder Executivo com o texto

devidamente atualizado. Foi instituído um grupo na Procuradoria de Apoio e foram sendo

gradativamente compilados e incluídos os textos normativos. Atualmente, estão disponíveis para

consulta no site, cerca de 17 mil decretos, com seus textos anotados, atualizados e indexados, até o

primeiro semestre de 2006.

2015

De iniciativa do Poder Executivo, foram propostas e aprovadas 148 leis, sendo 126 ordinárias e 22

complementares. Foram também publicados 1.162 decretos.

Especial atenção merecem as seguintes leis:

Lei nº 15.452, de 16/01/2015, que dispõe sobre a estrutura e o funcionamento do Poder

Executivo.

Lei Complementar nº 302, de 23/06/2015, que institui programa de recuperação de créditos

tributários do ICM, ICMS, IPVA e ICD.

Lei nº 15.529, de 24/06/2015, que dispõe sobre a Política Estadual de Gestão Documental.

Lei nº 15.590, de 23/09/2015, que institui a Política da Pesca Artesanal no Estado de

Pernambuco.

Lei nº 15.683, de 17/12/2015, que dispõe sobre a organização e o funcionamento do

Contencioso Administrativo-Tributário do Estado, disciplinando os órgãos e cargos que o

integram.

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

2016

De iniciativa do Poder Executivo, foram propostas e aprovadas 130 leis, sendo 105 ordinárias e 25

complementares. Foram ainda publicados 1.435 decretos.

Especial atenção merecem as seguintes leis:

Lei nº 15.711, de 29/02/2016, que dispõe sobre a verba sucumbencial devida aos

Procuradores do Estado, prevista na Lei Federal nº 8.906, de 4 de julho de 1994 e no Código

de Processo Civil.

Lei nº 15.730, de 17/03/2016, que dispõe sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e

sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação

– ICMS, agrupando em um único texto normativo as normas previstas em lei sobre a matéria.

Lei nº 15.755, de 04/04/2016, que institui o Código Penitenciário do Estado de Pernambuco.

Lei nº 15.809, de 17/05/2016, que institui a Política Estadual de Pagamento por Serviços

Ambientais, cria o Programa Estadual de Pagamento por Serviços Ambientais e o Fundo

Estadual de Pagamento por Serviços Ambientais.

Lei nº 15.823, de 1°/06/2016, que disciplina a regularização fundiária de imóveis utilizados

por entidades sociais, ou para fins comerciais, industriais ou de serviços, localizados em área

de regularização fundiária de interesse social.

Lei Complementar nº 333, de 14/09/2016, que institui o Programa Especial de Recuperação

de Créditos Tributários – PERC, que dispõe sobre a redução parcial de valores de multas e

juros previstos na legislação do ICM e do ICMS.

Lei nº 15.919, de 04/11/2016, que cria a Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária do

Estado de Pernambuco – Adagro.

Lei nº 15.956, de 22/12/2016, que cria a Comissão Permanente de Apuração e Aplicação de

Penalidades – CPAAP, no âmbito da Secretaria de Administração.

2017

De iniciativa do Poder Executivo, foram propostas e aprovadas 159 leis, sendo 133 ordinárias e 26

complementares. Foram também publicados 1.518 decretos.

Especial atenção merecem as seguintes leis:

Lei nº 16.113, de 05/07/2017, que dispõe sobre o Sistema de Incentivo à Cultura – SIC.

Lei nº 16.116, de 11/08/2017, que institui, no âmbito do Estado de Pernambuco, piso

remuneratório para o advogado em exercício profissional na iniciativa privada.

Lei Complementar nº 371, de 26/09/2017, que altera a Lei nº 6.123, de 20 de julho de 1968,

e a Lei nº 15.799, de 11/05/2016, dispondo que ao servidor estadual que tenha filho com

deficiência ou detenha a tutela, curatela ou guarda judicial de pessoa com deficiência, será

concedido horário especial de trabalho, independentemente de compensação, sem prejuízo

de seus vencimentos, direitos e vantagens.

Lei nº 16.205, de 24/11/2017, que dispõe sobre o serviço de fretamento intermunicipal.

Lei nº 16.272, de 22/12/2017, que institui o Programa de Acesso ao Ensino Superior.

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

2018

De iniciativa do Poder Executivo, até outubro de 2018, foram propostas e aprovadas 58 leis, sendo 51

ordinárias e sete complementares. Foram ainda publicados 1.190 decretos.

Especial atenção merece a Emenda Constitucional nº 43, de 7/11/2018, que altera o §1º do art.72 da

Constituição Estadual, para estabelecer como requisito de nomeação para o cargo de Procurador-

Geral do Estado ser integrante da carreira, e as seguintes leis:

Lei nº 16.281, de 03/01/2018, que dispõe sobre o Programa de Negociação Coletiva

Permanente no âmbito do Poder Executivo Estadual.

Lei nº 16.309, de 08/01/2018, que dispõe sobre a responsabilização administrativa e civil de

pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou

estrangeira, no âmbito do Poder Executivo Estadual.

Lei Complementar nº 382, de 09/01/2018, que dispõe sobre a Região Metropolitana do

Recife – RMR, adequando a legislação estadual ao Estatuto da Metrópole, instituído através

da Lei Federal nº 13.089, de 12.01.2015.

Lei Complementar nº 388, de 27/04/2018, que regulamenta o disposto no §3º do artigo 25

da Constituição Federal, estabelecendo as microrregiões do Estado de Pernambuco.

Lei nº 16.379, de 06/06/2018, que dispõe sobre o Sistema Estadual de Informática de

Governo – SEIG.

Lei nº 16.420, de 17/09/2018, que dispõe sobre participação, proteção e defesa dos direitos do usuário dos serviços públicos da administração pública estadual.

Lei nº 16.426, de 27/09/2018, que institui o Sistema Estadual de Registro e Salvaguarda do

Patrimônio Cultural Imaterial, no âmbito do Estado de Pernambuco.

E ainda os seguintes projetos de lei, encaminhados ao Poder Legislativo até 9 de novembro de 2018:

Projeto de Lei Complementar nº 2075/2018, que institui o Marco Legal da Ciência,

Tecnologia Inovação de Pernambuco, estabelecendo novo regime jurídico acerca dos

estímulos à pesquisa, ao desenvolvimento científico e tecnológico e à inovação no Estado de

Pernambuco.

Projeto de Lei Complementar nº 2086/2018, que dispõe sobre a representação judicial e

extrajudicial de autoridades e servidores públicos do Poder Executivo Estadual quanto a atos

praticados no exercício de suas atribuições constitucionais, legais ou regulamentares, no

interesse público.

Projeto de Lei Complementar nº 2087/2018 que dispõe sobre os procedimentos a serem

adotados, no âmbito da Procuradoria Geral do Estado, para a dispensa de propositura ou

desistência de ações judiciais e recursos, transação, adjudicação de bens móveis e imóveis,

compensação de créditos inscritos em precatório e requisições de pequeno valor (RPV), e

prevê a revogação da LC nº 105/2007.

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Procuradorias

Regionais

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

1ª Procuradoria Regional – Caruaru

A 1ª Procuradoria Regional, com sede em Caruaru,

chefiada pelo Procurador Olímpio José de Oliveira

Neto até fevereiro de 2018 e atualmente

administrada pelo Procurador-Chefe Renato

Vasconcelos Maia, desenvolveu ações estratégicas

relevantes ao longo de toda gestão, dentre elas

destacam-se:

Medidas relacionadas à atividade arrecadatória do Estado

Entre 2015 e 2018, a atuação dos Procuradores foi direcionada ao impulsionamento proativo de

execuções fiscais de maior relevância, levando em consideração o valor e o grau de recuperabilidade

dos créditos cobrados.

Como resultado, de todo o período, a Regional de Caruaru e sua Sub-Regional de Garanhuns

atingiram juntas a arrecadação, referente à Dívida Ativa, de R$ 41.732.791,00.

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Inauguração da nova sede da 1ª Procuradoria Regional em Caruaru e instalação da Sub-Regional de

Garanhuns

Em 11/04/2015, após mais de dez anos de muito

esforço e dedicação do então Procurador-Chefe da

Regional de Caruaru, Olímpio José de Oliveira Neto,

com o apoio dos diversos Procuradores-Gerais do

Estado que ocuparam o cargo ao longo dos anos, foi

inaugurada a nova sede da Regional. O prédio

recebeu o nome de Flávio Queiroz Bezerra Cavalcanti,

ex-Procurador Chefe da Procuradoria do Contencioso

entre 1995 e 1998. O evento contou com a presença

do Governador do Estado, Paulo Câmara, do então

Prefeito de Caruaru, José Queiroz, do Procurador Geral do Estado e de diversas autoridades locais e

regionais.

Com 834 metros quadrados e três pavimentos, o

prédio foi construído dentro dos padrões de

sustentabilidade, com instalações modernas e

infraestrutura adequada para atender à população

em geral e às atividades da Procuradoria. Trabalham

na Regional 26 servidores, dos quais dez são

Procuradores do Estado, dez servidores

administrativos e seis estagiários. A Regional tem

jurisdição sobre 63 municípios da região e realiza

atendimento ao público nas áreas do Contencioso e

da Fazenda Estadual. Foram investidos recursos da ordem de R$ 3,8 milhões oriundos do Fundo de

Sucumbência da PGE, para custear, dentre outros, obras civis, instalações elétricas e hidráulicas,

sistema de climatização, sistema de detecção e combate a incêndio. O prédio dispõe de ampla

estrutura, com nove salas para o trabalho dos Procuradores, 16 estações de trabalho, duas salas para

atendimento ao público, um miniauditório, uma minibiblioteca, copa, banheiros, depósito,

alojamento para a guarda e estacionamento com 18 vagas.

Instalação da Sub-Regional de Garanhuns

Em 09/07/2015, por meio da Portaria GAB/PGE nº 101, foi autorizada a instalação da Procuradoria

Sub-Regional de Garanhuns, expandindo a presença da PGE no interior do Estado, facilitando o

acesso da população e dos advogados aos serviços prestados pela PGE. A instalação da Sub-Regional

também representou maior eficiência na distribuição dos trabalhos entre os Procuradores e na

estruturação das rotas pelas diversas comarcas da região.

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Criação de uma unidade de apoio aos Procuradores

Ao longo dos anos, o crescente aumento de trabalho sob a responsabilidade dos Procuradores exigiu

da chefia da Regional a criação e estruturação de uma unidade de apoio aos Procuradores para a

elaboração, envio e recebimento de ofícios, bem como o protocolo de petições, recursos e ações no

PJe.

Composta por três servidores, a unidade de apoio, com o passar do tempo e o aperfeiçoamento dos

servidores, vem auxiliando sobremaneira o trabalho dos Procuradores com as tarefas de menor

complexidade, permitindo maior dedicação a pesquisa, estudo e redação de peças.

Instalação da Câmara Regional do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco e modificações na

distribuição das Comarcas da circunscrição da 1ª Procuradoria Regional

Em 19/01/2015, ocorreu a instalação da Câmara Regional do Tribunal de Justiça de Pernambuco na

cidade de Caruaru, passando os Procuradores da 1ª Regional a ter atuação perante a segunda

instância, no acompanhamento dos diversos recursos e ações originárias daquele tribunal.

Com a assunção dessa nova atribuição perante a Câmara Regional do TJPE, houve a necessidade de

acréscimo no número de Procuradores lotados na Regional, o que veio a ocorrer, em maio de 2016,

após regular procedimento de remoção, passando a Regional a ter 11 Procuradores. Logo após a

instalação da Câmara Regional, para adequar a sua competência territorial e a divisão das comarcas

entre Caruaru e a PGE sede, algumas comarcas passaram para a circunscrição da 1ª Regional de

Caruaru, cabendo destaque para as de Limoeiro e Feira Nova.

O crescente número de novas demandas, a criação da Câmara Regional e a perda de um dos

Procuradores, em janeiro de 2017, exigiu da atual chefia da Regional a assunção exclusiva da função

de análise das pautas da Câmara Regional do TJPE e o estabelecimento, em acordo com os

Procuradores, dos processos considerados relevantes, os quais demandariam uma atuação especial

perante a Câmara, com a elaboração e entrega de memorais e/ou sustentação oral.

Bloqueio de valores em processos que tramitam na Justiça Federal. Ações de saúde

Ao longo do ano de 2018, a partir dos processos em tramitação na Justiça Federal, em demandas

envolvendo o fornecimento de medicamentos e tratamentos médicos para usuários do SUS, em que

ocorreu o bloqueio de numerário das contas do Estado de Pernambuco, com determinação judicial

de posterior ressarcimento pela União Federal, foi elaborada planilha pelo Procurador Marcus Lopes

contendo o número do processo, o número SAJ e os valores bloqueados.

Nesses processos, será possível empreender uma atuação mais cuidadosa, após a sua conclusão,

para que os cofres públicos estaduais venham a ser ressarcidos dos bloqueios realizados. Até o

presente momento, foram identificados bloqueios que alcançam a cifra de R$ 613.590,27.

Um levantamento dos anos anteriores está em curso, com possibilidade de formulação de novos

pedidos de ressarcimento dos valores despendidos pelo Estado de Pernambuco.

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

2ª Procuradoria Regional – Petrolina

A 2ª Procuradoria Regional, com sede em Petrolina e chefiada pelo Procurador Marcos Elesbão,

realizou iniciativas de notória importância ao longo de toda gestão. Dentre elas, destacam-se:

Medidas relacionadas à atividade arrecadatória do Estado

Entre 2015 e 2018, a atuação dos Procuradores foi direcionada ao impulsionamento proativo de

execuções fiscais de maior relevância, levando em consideração o valor e o grau de recuperabilidade

dos créditos cobrados.

Para efeito de apuração quanto ao cumprimento da meta da 2ª Procuradoria Regional, no âmbito do

Governo Estadual, no que diz respeito à arrecadação da Dívida Ativa, os resultados do 1º semestre de

2018, comparados com os do mesmo período dos anos anteriores, cresceram significativamente.

Como resultado, de todo o período, a Regional de Petrolina atingiu a arrecadação, referente à Dívida

Ativa, o total de R$ 24.695.852,00.

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Instalação da Sub-Regional de Salgueiro

A Sub-Regional da PGE-PE em Salgueiro foi

inaugurada em 09/07/2015, passando a atuar

perante as comarcas de Belém de São Francisco,

Cabrobó, Mirandiba, Parnamirim, Salgueiro, São

José do Belmonte, Serrita, Terra Nova e

Verdejante.

A unidade está funcionando na Agência da Receita

Estadual (ARE), cujas instalações foram reformadas

para ampliar o atendimento e abrigar a equipe da

PGE. A implantação da Sub-Regional vem

permitindo a desconcentração das atividades da 2ª Procuradoria Regional, otimizando recursos

públicos e mantendo a PGE mais próxima dos jurisdicionados. A parceria com a Secretaria Estadual

da Fazenda se dá também no trabalho de parcelamento de crédito tributário. Além de facilitar o

contato com os órgãos do Estado em Salgueiro e região, a Sub-Regional possibilita aos contribuintes

dessas cidades realizar o parcelamento de seus débitos sem precisar se deslocar cerca de 300

quilômetros até Petrolina.

A Sub-Regional de Salgueiro conta atualmente com uma procuradora, uma cadastradora do SAJ, uma

assistente administrativa e um motorista.

Implantação de cursos e treinamentos presenciais com outros órgãos

Foram realizados cursos e treinamentos

presenciais na Regional de Petrolina, buscando

qualificar o quadro de pessoal da unidade. Foram

oferecidos cursos de redação oficial, oratória,

relacionamento interpessoal no ambiente de

trabalho, provas nos crimes contra a ordem

tributária, apenas para citar alguns exemplos.

Palestras de interesse da advocacia pública

também foram oferecidas. Esses eventos foram

concretizados por meio de parcerias firmadas com

o Cefospe, CEJ, Justiça Federal-PE, Defensorias Federal e Estadual, Ministério Público de

Pernambuco, Procuradoria Federal, Procuradoria da Fazenda Nacional e Sefaz.

Aumento significativo de estagiários

A Procuradoria Regional de Petrolina possuía quatro estagiários. No segundo semestre do ano de

2016, houve o aumento de 50%, o que conferiu maior celeridade na produção de peças e no

cumprimento de prazos processuais, resultando maior eficiência da Regional. Atualmente, a unidade

conta com seis estagiários de Direito.

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Recuperação de valores referentes às ações de saúde que tramitam perante a Justiça Federal em

Petrolina

Apresentamos, nos autos de processos judiciais ajuizados até o ano de 2017, prestações de contas

com o intuito de fazer retornar aos cofres do Estado de Pernambuco recursos despendidos para

atendimentos de demandas referentes a medicamentos. Ressalte-se o intenso trabalho para

levantamento e acompanhamento de bloqueios judiciais, depósitos realizados pela União,

medicamentos fornecidos diretamente pelo Estado ao demandante e valores bloqueados.

Como resultado, de todo o valor custeado pelo Estado, que corresponde a R$ 1.688.129,12, obteve-

se o ressarcimento de R$ 1.006.931,73.

O valor restante será pago administrativamente, tendo em vista que a União encaminhou ao

Ministério da Saúde ofícios para realizar o repasse do saldo devedor correspondente e que esta

Procuradoria está acompanhando.

Infraestrutura

Houve o recebimento de novos computadores e impressoras; sinalização e identificação do prédio

em que funciona a Procuradoria Regional de Petrolina e a sua adequação às regras de segurança e de

prevenção de incêndio; criação de setor de apoio ao Procurador para baixar processos e protocolar

peças nas plataformas dos Tribunais (PJE e Creta); aumento do link da internet de 2 megabits por

segundo (Mbps) para 4 Mbps.

As medidas contribuíram para estruturar melhor a Regional e dar estabilidade ao sistema utilizado

pelos Procuradores e servidores. Com o aumento da velocidade de acesso à internet, diminuíram os

problemas de comunicação com o PJe e SAJ.

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

3ª Procuradoria Regional – Arcoverde

A 3ª Procuradoria Regional, sediada em Arcoverde e chefiada pelo Procurador Rômulo Cézar de

Siqueira Almeida, executou ações de relevante valor ao longo de toda a gestão, destacando-se:

Medidas relacionadas à atividade arrecadatória do Estado

Atuação estratégica

Entre 2015 e 2018, a atuação dos Procuradores foi direcionada ao impulsionamento proativo

de execuções fiscais de maior relevância, levando em consideração o valor e o grau de

recuperabilidade dos créditos cobrados.

A partir dessas variáveis, nas quais estão inseridos aspectos como a existência de bens

penhoráveis, o tempo de constituição do crédito e o registro de atividades do executado, foi

possível filtrar, ao longo da gestão, processos executivos de maior viabilidade, em relação

aos quais os Procuradores priorizaram o peticionamento contínuo e o despacho pessoal com

os magistrados.

A conjugação desses esforços contribuiu decisivamente para a recuperação de créditos

inscritos na Dívida Ativa Estadual nas cidades inseridas na circunscrição da 3ª Regional, no

valor histórico de R$ 9.403.654,00, quantia bastante considerável para um período de crise

financeira e para uma região de menor expressão econômica no Estado.

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Programas Especiais de Recuperação de Crédito – PERCs I e II

A divulgação e o sucesso dos PERCS I e II, lançados no segundo semestre dos anos de 2016 e

2017, contaram com intenso envolvimento dos Procuradores regionais.

Em parceria com a Sefaz, foram realizados workshops para apresentação do programa nas

cidades de Arcoverde, Afogados da Ingazeira e Serra Talhada, voltados para empresários

contribuintes de ICMS, contabilistas e advogados. Foram ainda efetuados contatos diretos

com os dirigentes das Associações Comerciais, das delegacias dos Conselhos Regionais de

Contabilidade e das subseccionais da OAB, além do envio de correspondências para

contribuintes e de pedidos de intimação judicial para ciência dos executados quanto à

possibilidade de adesão aos PERCs.

Parceria com a Sefaz

A Procuradoria Regional de Arcoverde aprimorou a relação institucional com a Secretaria da

Fazenda, por meio da realização de reuniões periódicas com os auditores das Agências da

Receita Estadual situadas na circunscrição da 3ª Regional.

Entre 2015 e 2018, além dos diversos contatos para tratar de grandes devedores, foram

estabelecidas rotinas conjuntas de (i) apuração de suspeita de sucessão empresarial, (ii)

atuação da Fazenda Pública em processos de inventário e arrolamento, sobretudo quando

envolvida a necessidade de avaliação de bens imóveis, e (iii) adoção de providências exofficio

para lançamento de ICD incidente sobre grandes heranças.

A definição dessas rotinas conferiu maior fluidez à troca de informações da PGE com a Sefaz,

possibilitando uma atuação mais ágil e segura em processos estratégicos e, em relação aos

inventários e arrolamentos, houve a adequação das atividades de ambos os órgãos às

disposições do Código de Processo Civil de 2015.

Execução de débitos oriundos de decisões do TCE

A cobrança de débitos decorrentes de decisões proferidas pela Corte Estadual de Contas,

marcadamente as imposições de restituição ao erário e as multas, foi prioridade na atuação

processual da 3ª Regional.

No segundo semestre de 2015 e no primeiro de 2016, foi realizado mutirão para identificar e

impulsionar execuções dessa natureza paralisadas. Estabeleceu-se ainda um fluxo próprio

para parcelamento dos débitos, com a criação de formulário específico, emissão antecipada

das guias para pagamento de custas processuais e honorários advocatícios e criação de um

canal direto de comunicação com o TCE, através de e-mail.

Medidas administrativas

Apoio aos Procuradores

Com o objetivo de liberar os Procuradores para concentração de suas atividades na produção

jurídica, foram instituídos fluxos de trabalho de apoio administrativo.

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

No primeiro semestre de 2015, foi ativada na unidade a rotina de solicitação de elaboração

de ofícios e comunicações internas, no SAJ, confecção que antes ficava a cargo dos

Procuradores. Para tanto, houve treinamento dos servidores e ampliação do banco de

modelos de ofícios e CIs. Em paralelo, foi estimulada a comunicação virtual da PGE com os

demais órgãos, possibilitando o intercâmbio de informações por e-mail, Sigepe, ofício digital

e, mais recentemente, pelo SEI.

Ainda no apoio, designou-se servidora administrativa para prestar suporte aos Procuradores

nas atividades do PJe. Após treinamento e aquisição de certificado digital próprio, essa

servidora foi cadastrada nos sistemas dos tribunais como assistente de Procuradoria e está

habilitada a visualizar os processos da PGE e a efetuar download e upload de arquivos no PJe.

Organização das atividades administrativas

A virtualização das tarefas administrativas, desencadeada principalmente pela ampliação das

funcionalidades do SAJ, pela oficialização da comunicação sem papel (e-mail, ofício digital,

Sigepe) e pela obrigatoriedade do uso do PJe, exigiu a reformulação das rotinas de trabalho

existentes na unidade.

A partir de reuniões realizadas com os servidores e de intervenções acertadas com a Unidade

de Informática, todos os fluxos de trabalho foram redefinidos a partir de janeiro de 2015,

dando-se prioridade à desburocratização das rotinas, à segurança do registro de todos os

atos nos sistemas eletrônicos e ao estabelecimento de mecanismos de controle.

Com isso, foram definidos roteiros para extração e verificação de intimações no PJe; passou-

se a utilizar ponto eletrônico; foram listadas, simplificadas e equalizadas as atribuições de

todos os servidores da Regional, de forma a evitar sobreposição, acefalia e sobrecarga de

atividades, e foram ativados no SAJ os fluxos de solicitação de ofício, de busca e remessa de

autos e a ferramenta definição de assessor.

Programa de estágio

Seleção de estagiários

A Procuradoria Regional de Arcoverde realizou, durante a gestão 2015-2018, duas seleções

do programa regular de estágio em Direito, sendo a primeira em março de 2015 e a segunda

em março de 2017.

Em ambas, os Procuradores confeccionaram o

edital, divulgaram o certame, elaboraram,

aplicaram e corrigiram as provas, responderam

os recursos, enfim, sob a coordenação da chefia

da unidade e supervisão do CEJ, foram os

responsáveis diretos por todas as fases do

concurso. Em 2016, houve ainda uma seleção

de estagiários egressos de escola pública

85

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

estadual, a qual aconteceu de forma unificada, abrangendo Recife, Caruaru e Arcoverde, e

contou com a participação de dois procuradores da 3ª Regional.

Programa de Capacitação dos Estagiários de

Direito – PCED

Todos os Procuradores da 3ª Regional

aderiram de forma imediata ao PCED. Cada

um ministrou, ao longo de 2018, duas

palestras para os estagiários de Direito da

unidade, abordando temas de aplicação

comum nas peças da Regional (alguns

sugeridos pelos próprios estudantes).

Demandas de saúde

Despachos com os magistrados

As dificuldades do Estado com a judicialização da saúde foram tratadas pessoalmente com os

magistrados das comarcas em que se concentra, no âmbito da 3ª Regional, a maior parte dos

processos que tratam do direito à saúde, a exemplo de Arcoverde, Serra Talhada, Pesqueira,

Afogados da Ingazeira e Sertânia.

Assim, durante toda a gestão 2015-2018 e de forma mais enfática no primeiro semestre de

2016 e no segundo de 2017, foram expostos aos juízes alguns dados obtidos junto à

Secretaria Estadual de Saúde e destacados o alto volume de dinheiro empregado no

cumprimento das decisões judiciais, o exíguo prazo para esse cumprimento, a correlata

incidência de altas multas e a existência de alternativas terapêuticas, normalmente

desconsideradas sem qualquer justificativa médica para tanto.

Após esses despachos, foram identificadas mudanças em alguns magistrados, sobretudo em

relação ao aumento do prazo para cumprimento de liminares e à substituição das astreintes

por bloqueio.

Curso sobre direito à saúde

Com o objetivo de aprofundar a discussão e a qualidade das peças que discorrem sobre

prestações de saúde, todos os Procuradores lotados na 3ª Regional fizeram, no primeiro

semestre de 2016, o curso online Direito à Saúde – Análise à Luz da Judicialização, ministrado

pela Esmafe/PR e intermediado pelo CEJ.

Rotina pré-processual para concessão de home care

Nos últimos anos, identificou-se um grande crescimento de demandas judiciais patrocinadas

pela Defensoria Pública Estadual (DPE) na comarca de Arcoverde, pleiteando contra o Estado

internação domiciliar (home care), algo que representa um alto custo mensal para os cofres

estaduais.

86

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Tendo em vista que a maior parte das ações tratavam de situações em que o home care não

era aconselhado para o paciente, seja porque o caso era de internação hospitalar, seja

porque bastavam cuidados mais simples, foi discutida com a Secretaria Estadual de Saúde e

com a DPE a possibilidade de instalação de uma rotina pré-processual, a qual restou

estabelecida em fevereiro/2018.

A partir de intenso diálogo com a chefia da Procuradoria Regional de Arcoverde, esses órgãos

foram postos em comunicação direta, cabendo à SES a realização de visitas a pacientes

indicados pela DPE e a elaboração de laudo circunstanciado sobre o caso clínico. A

Defensoria somente ajuíza a ação se o laudo apontar para a real necessidade de

internamento domiciliar.

Com este fluxo pré-processual, não foi recebida nenhuma ação postulando home care na

comarca de Arcoverde ao longo de 2018.

87

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

4ª Procuradoria Regional – Brasília

A 4ª Procuradoria Regional de Estado em Brasília,

chefiada pelo Procurador Sérgio Santana, consolidou

nesta última gestão a participação decisiva de

Pernambuco em temas federativos e de atuação

conjunta dos estados e do Distrito Federal nos

tribunais superiores.

Renegociação da dívida do Estado e repatriação

Notadamente no Supremo Tribunal Federal, sob a condução do Gabinete da PGE-PE e do Conpeg –

Colégio Nacional de Procuradores-Gerais dos Estados e do Distrito Federal, a Regional atuou nas

ações de renegociação da dívida do Estado e referente à multa sobre a repatriação de recursos

prevista na Lei Federal n. 13.254/2016.

Ressarcimento de verbas do Fundef

Da mesma forma, o Estado de Pernambuco obteve a procedência da ACO 657 referente ao

ressarcimento de verbas do Fundef que gerará importante incremento às finanças estaduais. Ainda

houve o impulsionamento da ADPF 188, que trata da readequação da divisão das verbas do salário-

educação, com manifestação conjunta de todos os estados do Nordeste, elaborada pela 4ª Regional

da PGE-PE.

Inscrições de inadimplência

No âmbito das inscrições de inadimplência, a Regional obteve mais de duas dezenas de decisões

favoráveis, afastando as inscrições do Estado nos cadastros federais. A Regional atuou junto à Finpe –

Financiadora de Estudos e Projetos, em reunião no Rio de Janeiro-RJ, para a aprovação da prestação

de contas sem ressalvas do convênio do Inova-PE, que significou o afastamento do pedido de

devolução de cerca de R$ 3,5 milhões.

Processos tributários no Supremo

No STJ e STF, atuou para obter o julgamento de processos tributários com impacto da arrecadação, a

exemplo daqueles que tratam da incidência de ICMS sobre a TUST/TUSD), bem como em temas

comuns de repercussão geral no STF ou repetitivos no STJ.

Câmara técnica do Conpeg

A Regional participou ativamente da Câmara Técnica do Conpeg, assumindo a relatoria de processos

com repercussão geral como o Tema 933 (majoração de alíquotas previdenciárias dos servidores

públicos) e de interesse comum dos estados como a ADC 46 (demonstração de regularidade

tributária para empresas em recuperação judicial).

88

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Acórdãos e decisões do TRT-6

A partir de 2017, a Regional Brasília assumiu a elaboração dos recursos de acórdãos e decisões do

TRT6 cujos processos se originaram nas Regionais de Petrolina, Caruaru e Arcoverde, o que

incrementou a demanda de prazos da Regional.

Participação na Câmara de Conciliação e Arbitragem da Administração Federal – CCAF e na

Comissão Técnica Permanente – Cotepe do Confaz

A Regional representa o Estado na Câmara de Conciliação e Arbitragem da Administração Federal –

CCAF e na Comissão Técnica Permanente – Cotepe do Confaz. Participou também das negociações

para o Profisco II, com o Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID, e para o Projeto de

Desenvolvimento Rural Sustentável dos Territórios da Zona da Mata e do Agreste Pernambucano

com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola – Fida.

Rede de Cooperação entre Advocacias Públicas

A partir de 2017, a Regional Brasília passou a integrar a Rede de Cooperação entre Advocacias

Públicas para atuação do Brasil no Sistema Interamericano de Direitos Humanos – Rede-SIDH, tendo

participado das reuniões da Rede em Brasília-DF e Aracaju-SE.

89

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Corregedoria e

Ouvidoria

90

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Corregedoria e Ouvidoria

A Corregedoria desenvolveu, nos anos de 2015 a 2018, atividades regulares, tais como o

acompanhamento do desempenho dos Procuradores em estágio probatório, acompanhamento de

Procuradores em licença para estudo, apuração de responsabilidade por falhas nos serviços internos,

avaliação da carga de trabalho das unidades, além de resposta às demandas pontuais enviadas pelos

diversos setores da Procuradoria Geral do Estado.

A par das atividades próprias de Corregedoria, em razão das atividades exercidas na Ouvidoria da

PGE, a Corregedora Auxiliar atuou como Autoridade de Monitoramento da aplicação e cumprimento

da Lei de Acesso à Informação na Procuradoria Geral do Estado. A Corregedora-Geral e a

Corregedora Auxiliar/Ouvidora participaram ainda, como membros titular e suplente, das reuniões

do Comitê de Acesso à Informação, órgão que julga os recursos interpostos das decisões

indeferitórias dos pedidos de acesso à informação protocolizados nos diversos órgãos e entes da

Administração Pública.

No decorrer da gestão, algumas iniciativas foram implementadas pela Corregedoria e serão expostas

a seguir em ordem cronológica.

2015

Programa de Avaliação e Metas – Deu-se continuidade ao Programa de Avaliação e Metas da PGE,

com reavaliação de alguns procedimentos e criação de novas ferramentas.

Substituição do formulário de autoavaliação pelo formulário de Pesquisa de Clima

Institucional

O formulário de autoavaliação, que até então era idêntico ao da avaliação feita pela chefia,

foi substituído por um formulário de Pesquisa de Clima Institucional, que trouxe questões

cuja posição do Procurador reflete não só a forma como ele percebe a própria atuação

profissional, como também a sua posição a respeito do desempenho da sua chefia imediata e

da gestão da Procuradoria.

Essa iniciativa atendeu não só a reivindicação dos Procuradores de que a autoavaliação não

fosse feita com formulário idêntico ao do aplicado pela chefia, como também preencheu a

ausência de uma forma para os Procuradores expressarem como percebem o trabalho

desenvolvido pelas suas chefias.

O formulário de Pesquisa de Clima Institucional aplicado é digital e foi preenchido pelos

Procuradores no próprio portal/intranet da PGE. Tal formato, além de facilitar e dinamizar o

preenchimento, evitou gasto e circulação desnecessários de papel. O resultado, após o

preenchimento de todos, pôde ser classificado por setor e enviado à chefia de cada unidade

para ciência e apreciação, o que tem resultado em providências para melhoria da instituição.

91

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Transformação do formulário de avaliação funcional para o formato digital

As avaliações dos Procuradores, a partir do

segundo semestre de 2015, também foram

realizadas através de formulário digital, que

reproduziu o conteúdo do formulário utilizado

anteriormente. Tal ferramenta, desenvolvida

pela Unidade de Informática, não só facilitou o

preenchimento pelas diversas chefias, como

possibilitou a agilização do trabalho da Corregedoria de verificação dos quadros gerais com

as notas das unidades e de remessa, por e-mail, das cartas individuais, informando os

Procuradores dos seus resultados individuais e do percentual que estes representam em

relação à média alcançada por suas respectivas unidades.

O formulário de avaliação digital propiciou um acompanhamento automático do

desempenho de cada Procurador, por meioda configuração de um quadro evolutivo dos

resultados por ele obtidos e do seu nível de cumprimento de metas nos sucessivos

semestres.

Criação da ferramenta dos Eventos Relevantes

Além da otimização dos instrumentos utilizados na avaliação dos Procuradores pelas suas

respectivas chefias, foi criada outra ferramenta que permite ao próprio Procurador ou ao seu

Chefe divulgar fatos importantes do seu desempenho profissional que convenha ser do

conhecimento das demais unidades da instituição. A ferramenta denominada de Eventos

Relevantes é um formulário digital, disponível no portal/intranet da PGE, no qual tais

informações podem ser inseridas por qualquer Procurador e ficam disponíveis para consulta

de todos os demais integrantes da carreira.

Sistemática de correições no âmbito da PGE

Conclusão dos Relatórios de Correição das Procuradorias da Fazenda e do Contencioso e

realização da correição da Procuradoria Consultiva

A Corregedoria procedeu à análise do material reunido por ocasião da realização das

correições da Procuradoria da Fazenda e da Procuradoria do Contencioso, ambas no

exercício de 2013. Com base nos documentos recolhidos e outros advindos de provocações

posteriores, foram elaborados os relatórios de conclusão das Correições, respectivamente

em março e junho de 2015. Os relatórios foram remetidos ao Procurador-Geral e às unidades

respectivas, bem como apresentadas as conclusões ao Conselho Superior da PGE.

No mês de agosto de 2015, foi realizada a correição da Procuradoria Consultiva, incluindo a

avaliação da atuação dos Procuradores com lotação nas Secretarias de Estado. O relatório de

conclusão foi remetido ao Procurador-Geral e à Chefia da Procuradoria Consultiva.

92

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Supervisão dos órgãos jurídicos da administração indireta

Foi encaminhado ofício circular a todos os entes da Administração Pública Indireta, que não são

representados judicialmente pela PGE, com questionário com indagações acerca da estrutura dos

seus Departamentos Jurídicos, observância do Decreto nº 31.051/2007 e identificação dos processos

judiciais mais relevantes, efetuando-se relatório com a consolidação dos dados para posterior

aperfeiçoamento dos mecanismos de controle da supervisão jurídica dos órgãos jurídicos das

entidades, que é efetuada pela Procuradoria Geral do Estado.

2016

Programa de Avaliação e Metas – Manteve-se o Programa de Avaliação e Metas da PGE, com

reavaliação de alguns procedimentos.

Qualificação das metas pactuadas

O estabelecimento de novas metas tem sido feito com periodicidade semestral, mediante

consulta e pactuação com os Procuradores vinculados a cada unidade. A Corregedoria tem

recomendado às chefias a revisão das metas utilizadas, de modo que elas representem, de

fato, objetivos desafiadores na realidade de cada setor.

Análise prévia das metas pela Corregedoria

A cada semestre, procedeu-se a avaliação das metas que foram pactuadas pelas unidades,

encaminhando à Corregedoria o resultado da análise respectiva, com eventual sugestão de

alteração, supressão ou substituição das metas propostas.

O cumprimento das metas vem sendo monitorado pelas chefias ao longo do semestre e

quantificado ao final do período por cada um dos Procuradores, por ocasião da sua avaliação

pessoal.

Uniformização dos critérios de avaliação

A Corregedoria também tem recomendado às chefias critérios uniformizadores de avaliação

dos Procuradores, de modo a objetivar a comparação de desempenho dos integrantes de

unidades diversas.

Transformação do relatório de metas e do

formulário de condições secundárias para

o formato digital

No segundo semestre de 2016

implementou-se rotina, desenvolvida pela

Unidade de Informática da PGE, que tornou

digitais os formulários do relatório de metas

e das condições secundárias da avaliação.

Com essa providência, completou-se o ciclo de digitalização do processo de avaliação, que já

tinha os formulários de avaliação preenchidos através do portal/intranet. Eliminou-se

93

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

completamente, portanto, o uso de papel nos sucessivos ciclos semestrais do sistema de

avaliação.

Sistemática de correições no âmbito da PGE

Realização das Correições das Procuradorias Regionais

Dando continuidade à sequência de correições, cujos relatórios foram concluídos no ano de

2015, em 2016 a Corregedoria realizou correições nas Procuradorias Regionais de Caruaru

(março), Brasília (junho), Arcoverde (setembro) e Petrolina (novembro). A realização de

correições em todas as Procuradorias Regionais foi compromisso assumido com o

Procurador-Geral no início do ano e teve a sua conclusão com o encaminhamento do

Relatório da Procuradoria Regional de Petrolina.

Todas as correições realizadas foram muito produtivas, contaram com a participação de

todos os integrantes das unidades, geraram debates e esclarecimentos necessários e

possibilitaram o acionamento de diversos setores da Procuradoria Sede em prol de melhorias

nas unidades Regionais.

Qualificação da Ouvidoria da PGE

Em razão das atividades exercidas na Ouvidoria da PGE, a Corregedora Auxiliar ainda participou das

reuniões de monitoramento das Ouvidorias, na Secretaria da Controladoria Geral do Estado (SCGE), e

realizou, em setembro de 2016, o Exame de Certificação de Ouvidor/Ombudsman, sob a

responsabilidade da Associação Brasileira de Ouvidores, Seccional Pernambuco, logrando aprovação.

Compôs, ainda, o Comitê de Acesso à Informação, na condição de titular, sendo a Corregedora-Geral

a suplente, com participação nas reuniões para apreciação e julgamento dos recursos interpostos.

Em atendimento à orientação da SCGE, a Corregedora Auxiliar foi dispensada das funções de

Autoridade Classificadora Delegada e de Autoridade Hierarquicamente Superior, por serem

consideradas funções incompatíveis com o de julgador do Comitê de Acesso à Informação, sendo

designado outro Procurador para essa função.

2017

Programa de Avaliação e Metas– O Programa de Avaliação e Metas da PGE teve continuidade, com

melhoria de alguns procedimentos.

Aprimoramento do programa de preenchimento das avaliações e otimização dos cálculos

efetivados

Dando continuidade ao Programa de Avaliação e Metas, empreenderam-se esforços para

que a rotina a ele referente estivesse sedimentada nas diversas unidades desta Procuradoria,

aperfeiçoando a Unidade de Informática o programa de preenchimento e avaliação das

metas e das condições secundárias por meio do portal/intranet da PGE, sistema que foi

implantando desde o segundo semestre de 2016.

94

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Em termos de aperfeiçoamento, uma mudança principal ocorrida no sistema de avaliação foi

a utilização do método do desvio-padrão para cálculo da média das unidades. Além disso,

houve a melhoria na interface do usuário para tornar o sistema de mais fácil utilização.

Normatização do Programa de Avaliações e Metas

Em março, foi efetivada a consolidação normativa do Programa de Avaliações e Metas, por

meioda publicação da Portaria Conjunta nº 32/2017, que normatizou os procedimentos

aplicados no sistema de avaliação, e da Resolução nº 1/2017, do Conselho Superior da PGE,

que dispôs sobre a promoção por merecimento na carreira de Procurador do Estado de

Pernambuco.

Nas promoções por merecimento efetivadas pelo Conselho Superior da PGE, foram

disponibilizados aos Conselheiros os percentuais da média da unidade atingidos pelos

Procuradores nas respectivas avaliações, como critério indicador para a escolha dos que

figurariam nas listas a serem encaminhadas ao Governador do Estado.

Divulgação do Programa de Avaliações e Metas

da PGE-PE

Em agosto, houve a participação da

Corregedora-Geral no Encontro Nacional de

Advocacia Pública (Enap), em Juazeiro, com

exposição do Sistema de Avaliação e Metas da

Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco.

Em dezembro, a Corregedoria reuniu-se com o

Procurador do Estado da Bahia Hugo Coelho

Régis e com o Procurador-Chefe Adjunto da Fazenda, Aldo Bernardo Junior, para troca de

informações sobre o Sistema de Avaliação e Metas da PGE-PE.

Sistemática de correições no âmbito da PGE

Estabelecimento da periodicidade das correições

Dando continuidade à realização de correições e concluído o ciclo dos procedimentos nas

unidades, ficou definido pelo Procurador-Geral que a periodicidade das correições seria

bianual.

Em 2017, foram realizadas as correições na Procuradoria da Procuradoria do Contencioso

(fevereiro e março), Procuradoria da Fazenda (maio e junho), Procuradoria de Apoio (agosto)

e Procuradoria Consultiva (meados de setembro a meados de novembro). A Corregedoria

encaminhou os relatórios respectivos às Chefias das unidades, ao Procurador-Geral e

divulgou as conclusões entre os Conselheiros do Conselho Superior, efetuando nas sessões

do Conselho a prestação de contas das atividades realizadas.

95

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Transparência dos relatórios de correição

A Corregedoria sugeriu aos Chefes que divulgassem a íntegra do relatório com os integrantes

de suas unidades, democratizando o acesso aos trabalhos realizados e contribuindo para que

Chefia e subordinados discutissem os pontos que foram levantados no procedimento

correcional. Em algumas unidades, a Chefia encaminhou comunicação interna à

Corregedoria, noticiando o acolhimento de algumas das sugestões que foram apresentadas

no Relatório, submetendo outras à discussão na reunião de Chefias e transformando

sugestões em metas dos semestres subsequentes.

Avaliação da gestão da PGE

No mês de novembro, concluiu-se consolidação, pela Corregedoria, do questionário relativo à gestão

da PGE e respectivas expectativas, com levantamento de subsídios para orientação da gestão para o

ano de 2018. O resultado do levantamento foi encaminhado ao Procurador-Geral e discutido em

reunião das Chefias.

Atuação da Ouvidoria

A Ouvidora da PGE participou, no mês de outubro, como debatedora em evento promovido pelo CEJ

para discutir a nova lei de proteção e defesa dos usuários de serviços públicos.

2018

Programa de Avaliação e Metas – Foi dada continuidade ao Programa de Avaliação e Metas da PGE,

assim como mantida a divulgação do sistema em outras esferas de debate.

Divulgação do Programa de Avaliações e Metas da PGE-PE

Uma nova apresentação do Programa de Avaliação e Metas da PGE foi solicitada pelo

Advogado-Geral do Estado de Minas Gerais e foi atendida pela Corregedora-Geral por

ocasião da reunião do Colégio Nacional de Corregedores dos Estados e do Distrito Federal,

realizada em Belo Horizonte, no mês de março.

Uniformização das metas e vinculação ao Planejamento Estratégico da PGE

A Corregedoria defendeu durante a gestão que as metas deveriam ser fixadas considerando

o planejamento estratégico da Procuradoria Geral do Estado. Com a iminente divulgação do

Planejamento Estratégico, recentemente concluído, tal objetivo poderá ser definido para os

semestres vindouros.

Além disso, a Corregedoria exortou os Chefes das Procuradorias Regionais de Caruaru,

Arcoverde e Petrolina para que envidassem esforços de uniformização na pactuação das

metas a serem cumpridas nas respectivas unidades para o primeiro semestre de 2019. A

Corregedoria entende que a aproximação das metas dos diversos setores, na medida do

possível, possibilita a otimização do sistema de avaliações, uma vez que submeteria os

Procuradores a desafios tanto quanto possível semelhantes ou aproximados.

96

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Sistemática de correições no âmbito da PGE

Em 2018 foram realizadas as correições nas Procuradorias Regionais de Caruaru (março), Petrolina

(maio) e Arcoverde (setembro) e Brasília (novembro).

Elaboração dos manuais da Corregedoria Geral e da Ouvidoria

A Corregedoria Geral e a Ouvidoria elaboraram manuais, com as rotinas de suas respectivas

atuações, disciplinando competências e procedimentos a serem observados.

Atuações excepcionais da corregedoria

Diagnóstico das Atividades Profissionais Privadas dos Procuradores

A Corregedoria conduziu levantamento inédito na PGE a respeito das atividades profissionais

privadas dos Procuradores, submetendo a cada Procurador questionário individual sobre

suas informações pessoais. O resultado foi consolidado e apresentado ao Conselho Superior

da PGE, tendo servido de subsídio para o grupo de trabalho responsável pela elaboração da

minuta do Código de Ética da PGE.

Diagnóstico das atividades das Diretorias Jurídicas das Fundações Públicas

A Corregedoria conduziu, a pedido do Procurador-Geral, diagnóstico das atividades dos

órgãos jurídicos das Fundações Públicas estaduais, à exceção da Funape e da UPE,

elaborando quadro demonstrativo das atividades desempenhadas pelos órgãos jurídicos das

Fundações relativas ao ano de 2017.

Recebimento do Colégio Nacional dos Corregedores dos Estados e do Distrito Federal

A Procuradoria do Estado de Pernambuco

sediou, pela primeira vez, nos dias 14 e 15 de

junho de 2018, a reunião do Colégio Nacional

dos Corregedores dos Estados e do Distrito

Federal, com promoção de palestra do

Procurador do Estado Flávio Germano Sena,

no dia 15 de junho de 2018, sobre processos

administrativos disciplinares no âmbito das

Procuradorias dos Estados.

Atuação da Ouvidoria

Participação na elaboração da Carta de Serviços da PGE

A Ouvidora da PGE participou, em fevereiro, do treinamento para elaboração da Carta de

Serviços da PGE e elaborou, em conjunto com o Gestor Executivo da PGE, Cristian Alves, e o

coordenador de Sistemas da Uinf da PGE, Álvaro Pinheiro, a Carta de Serviços da PGE-PE.

Participação no Grupo de Trabalho de Serviços Públicos

A Ouvidora passou a integrar, como representante da PGE, o Grupo de Trabalho – Serviços

Públicos, instituído por Portaria da Secretária de Administração (Portaria SAD nº 514/2018,

97

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

DOE, de 06/03/2018), para avaliar a legislação estadual em vigor que dispõe sobre proteção

e defesa dos usuários de serviços públicos, e propor regulamentação específica ou sua

adequação à Lei Federal nº 13.460/2017.

98

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Conselho

Superior da

Procuradoria

99

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Conselho Superior da Procuradoria Geral do Estado

O Conselho Superior ganhou destaque na gestão. A despeito do Regimento Interno do Conselho

Superior estabelecer a realização de sessões pelo menos, uma vez, a cada trimestre, aconteceram 42

sessões durante os anos de 2015 a 2018, com as composições eleitas para os mandatos bienais em

2014 e em 2016, superando a média de todas as gestões anteriores.

O Procurador-Geral passou a submeter ao Conselho a discussão sobre diversos assuntos de

relevância, compartilhando, ainda, decisões que tomaria, ouvindo os Conselheiros e tornando a

gestão mais transparente, democrática e legítima.

A Corregedora-Geral, na qualidade de Coordenadora do Conselho Superior, instituiu, junto com a

Unidade de Informática, ferramenta para disponibilizar, no portal/intranet, as atas das sessões, em

link específico, de modo a tornar acessíveis a qualquer Procurador o inteiro teor do que foi discutido

e/ou deliberado.

Os temas debatidos durante a gestão 2015/2018, com a finalidade de deliberação ou não, foram os

seguintes:

Apresentações dos relatórios de correição realizada nas unidades da Sede (2015 e 2017) e

nas Procuradorias Regionais (2016 e 2018)

Confirmação no cargo de Procuradores nomeados em virtude do concurso público realizado

em 2010

Definição da data de início do mandato dos conselheiros eleitos

Apresentação dos relatórios semestrais de resultados das especializadas e Regionais e Plano

Estratégico da PGE

Estágio de Orientação para Procuradores empossados

Concomitância de direito à promoção automática (fevereiro/2015) – O Conselho deliberou

sobre eventual concomitância de acesso de Procuradores na lista de promoção por

merecimento pela terceira vez, adquirindo o direito automático a serem promovidos. À luz

de pronunciamento da Procuradoria Consultiva, o Conselho decidiu pelo direito à futura vaga

para o Procurador preterido e pela necessidade de uma nova votação para solução da

concomitância, nos casos em que venha a ocorrer.

Regulamentação do Programa de Estágio (maio/2015) – Aprovada a resolução que

regulamenta o Programa de Estágio e a realização de nova seleção para o estágio no segundo

semestre do ano de 2015.

100

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Remoção de Procuradores cedidos (junho/2015) – Discutida a remoção de Procuradores que

estejam em exercício nas Secretarias de Estado, diante da ponderação de que não deveriam

ser prejudicados se as suas classificações de antiguidade viessem a lhes facultar a remoção, o

Conselho decidiu pela sua possibilidade.

Convocações para as reuniões do Conselho Superior (outubro/2015) – O Conselho deliberou

que a convocação para as reuniões do Conselho Superior passassem a ser feitas

exclusivamente por e-mail (em três convocações) e publicação no Boletim Eletrônico,

dispensada a convocação por escrito.

Regulamentação do exercício da advocacia privada/Código de Ética (setembro/2018) – Após

os debates, o Conselho deliberou pela aprovação do Código de Ética com as sugestões

incorporadas ao texto.

Teletrabalho ou Home Office/Regulamentação do uso do acesso remoto ao sistema SAJ

como alternativa ao afastamento para estudo – O Conselho aprovou resoluções para

regulamentar a matéria.

Defesa judicial dos gestores – discutida a minuta de Projeto de Lei elaborada pela

Procuradoria do Apoio, com sua remessa ao Procurador-Geral do Estado.

Inclusão de pontos em pauta – aprovada sistemática de inclusão de pontos na pauta do

Conselho.

Regulamentação da Lei nº 15.711/2016 - aprovada a Resolução nº 1, de 8 de abril de 2016.

Soluções para estacionamento

Negociação de honorários advocatícios

Impedimento de atuação em processos sucessórios– deliberou-se que a atuação como

advogado privado em processos judiciais sucessórios (inventário e arrolamento) é

incompatível com as limitações impostas aos ocupantes do cargo de Procurador do Estado.

Cronograma e regulamentação das promoções por merecimento (março/2017) – O Conselho

aprovou a Resolução nº 1/2017, que tratou da promoção por merecimento na carreira de

Procurador do Estado de Pernambuco.

Consolidação das regras do Sistema de Avaliações e Metas (março/2017) – O Conselho

contribuiu na elaboração da Portaria Conjunta nº 32/2017, que instituiu o Regulamento do

Sistema de Avaliação e Metas da Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco.

101

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Regulamentação das férias dos Procuradores afastados (junho/2017) – O Conselho aprovou a

Resolução nº 4/2017, que dispôs sobre o controle do gozo de férias de Procuradores do

Estado cedidos, licenciados ou afastados.

Composição de comissões de concurso (julho/2017) – O Conselho escolheu os integrantes

das Comissões do Concurso para Procurador do Estado e do concurso para o Quadro de

Apoio da Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco.

Programa de Capacitação dos Estagiários de Direito (setembro/2017) – O Conselho aprovou

a Resolução nº 5/2017, que instituiu o Programa de Capacitação de Estagiários de Direito na

Procuradoria Geral do Estado.

Alterações no estágio alternativo (outubro/2017) – O Conselho aprovou a Resolução nº

6/2017, que unificou os estágios regular e alternativo e regulamentou o Programa de Estágio

de Estudantes de Direito na Procuradoria Geral do Estado.

Diagnóstico das atividades privadas dos Procuradores (novembro/2017) – O Conselho

entendeu necessária a realização de um diagnóstico das atividades profissionais privadas dos

Procuradores, a cargo da Corregedoria, que foi realizado.

Estágio probatório dos Procuradores cedidos – assunto submetido à análise da Procuradoria

Consultiva, com emissão de parecer aprovado no sentido da suspensão do estágio

probatório para os Procuradores que estavam cedidos.

102

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Centro de Estudos

Jurídicos

103

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Centro de Estudos Jurídicos – CEJ

O CEJ é um núcleo da Procuradoria-Geral do Estado de Pernambuco que tem por objetivo propiciar o

suporte acadêmico à instituição, fomentando o desenvolvimento científico e estimulando o

intercâmbio de informações e conhecimento doutrinário, legislativo e jurisprudencial dos seus

membros, além de promover a capacitação institucional de Procuradores, servidores e estagiários de

Direito.

Número de eventos e de inscritos

Na presente gestão (2015-2018), o CEJ foi

coordenado pelo Procurador do Estado Paulo

Rosenblatt, doutor em Direito pela Universidade

de Londres e professor de Direito. O Procurador-

Geral do Estado e o Gabinete deram especial

atenção às atividades acadêmicas e de

capacitação.

Como resultado desse investimento, mais de cem

eventos foram realizados de maneira crescente

no período de quatro anos, para um público total

de inscritos superior a 11 mil pessoas, dentre Procuradores do Estado, servidores da PGE-PE e

estagiários de Direito, mas também composto de advogados e servidores de Secretarias do Estado e

de órgãos parceiros da Administração Pública federal, estadual e de vários municípios, assim como

de advogados privados e estudantes de Direito de inúmeras instituições de ensino.

104

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Seminários e cursos

Os seminários, palestras, cursos e debates

versaram sobre os mais variados, atuais e

polêmicos temas na área jurídica e de interesse da

Administração Pública. Em destaque, com o

advento do Código de Processo Civil, em 2015,

iniciou-se um ciclo de seminários sob a

coordenação científica do Procurador e professor

Leonardo Carneiro da Cunha, e que já está no seu

quarto ano consecutivo, com a participação de

grandes especialistas na área. Dentre outros,

foram realizados cursos de apuração de haveres, direito societário, e-Fisco, gestão orçamentária e

financeira, sindicância e inquérito administrativo, terceiro setor, regularização fundiária e imobiliária,

e processo administrativo disciplinar militar. De forma pioneira, o CEJ promoveu alguns debates

sobre reforma política, precatórios e arbitragem na Administração Pública.

Interiorização de eventos

O CEJ envidou esforços para que a capacitação chegasse às Regionais, com a interiorização de

eventos, como os seminários sobre ICD e de alterações da reforma trabalhista sob o ponto de vista

da advocacia pública, e cursos como o de oratória e o de Redação Oficial, Revisão Gramatical e o

Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, dentre outros.

Informatização

Haja vista esse número superlativo de eventos, com o apoio da Unidade de Informática da PGE-PE,

foi criada uma plataforma para gestão de eventos, controle de inscrições, emissão de certificados, o

qual se tornou destaque e foi copiado por outras Procuradorias de outros Estados.

Como forma de eliminar papel e facilitar o trabalho do CEJ, os requerimentos, avaliações de

estagiários e relatórios de estágio passaram a ser eletrônicos, por meio do portal/intranet. O

controle de frequência dos estagiários também foi informatizado pelo login no sistema para buscar

regularizar o fluxo de pagamento de bolsas de estágio.

Comunicação

O CEJ criou um grupo no Facebook, com mais de 2.300 membros atualmente, e que vem migrando

para uma página gradualmente. Recentemente, também foi criado um perfil no Instagram. A

plataforma do CEJ, no site da PGE-PE, possui um vasto banco de dados que envia e-mails informando

de novos eventos para todas as pessoas cadastrados. Uma pesquisa interna de opinião foi enviada a

cada ano para planejar as atividades de acordo com os interesses dos Procuradores. O público

externo pode sugerir temas e palestrantes por meio de campo próprio no sítio eletrônico da PGE-PE.

Ao lado disso, foram realizados encontros com estudantes de Direito de várias faculdades para a

apresentação da instituição, sua missão e atribuições.

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Parcerias, convênios e Rede Escolas de Governo

Desde o início da gestão, foram celebrados convênios com outras instituições objetivando a

realização de eventos em conjunto, assim como para garantir vagas para Procuradores em cursos e

eventos externos. Inicialmente, foram celebrados convênios com a Esafaz, a Escola de Contas (TCE-

PE) e a Caixa Econômica Federal. Em 2017, foi celebrado um convênio criando a Rede Escolas de

Governo, da qual o CEJ foi um dos idealizadores. Ao lado da PGE, outras 16 instituições fazem parte

da rede: Caixa Econômica Federal, Centro de Altos Estudos da Procuradoria-Geral da Fazenda

Nacional (PGFN), Centro de Estudos Jurídicos da Procuradoria-Geral do Município de Olinda, Centro

Regional de Treinamento da Escola de Administração Fazendária (Centresaf/PE), Comitê

Pernambuco-Georgia, Escola Judiciária Eleitoral de Pernambuco (EJE-PE/TRE-PE), Consulado

Honorário da Suécia no Recife, Escola da Advocacia-Geral da União (AGU), Escola Superior de

Advocacia Professor Ruy da Costa Antunes (ESA/OAB-PE), Escola de Contas Públicas Professor

Barreto Guimarães, Escola de Magistratura Federal da 5ª Região (Esmafe5), Escola do Legislativo

Professor José Joaquim de Almeida/Alepe, Escola Fazendária De Pernambuco (Esafaz-PE), Escola

Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região, Escola Judicial de Pernambuco (Esmape/TJPE)

e Universidade de Pernambuco (UPE).

Da parceria com o Cefospe, foram realizados inúmeros cursos in company para Procuradores e

servidores da PGE-PE, dentre os quais: Oratória de Alta Performance; Redação Oficial, Revisão

Gramatical e Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa; Planejamento estratégico; Gestão;

Inteligência Emocional; e Design Thinking: uma forma de redesenhar serviços públicos com foco no

cidadão. Vários Procuradores também ministraram cursos no Cefospe, em contrapartida.

Em parceria com a PGE-BA e a AGU, foram realizados três Encontros Nordeste de Advocacia Pública,

em Juazeiro-BA/Petrolina-PE, com palestrantes de todo o Brasil.

A parceria com a ESA/OAB-PE foi bastante profícua, tendo se iniciado com a realização da missão do

Bar CouncilMission do Reino Unido e País de Gales, no auditório da PGE, com a presença do

presidente da ordem de advogados britânico, do Procurador-Geral do Estado, do Presidente da OAB-

PE, e do secretário de Desenvolvimento do Estado de Pernambuco. Foi gravado o primeiro curso não

presencial no estúdio da ESA, em parceria com a AGU. E alguns dos eventos de maior relevo

realizados no Recife decorreram dessa parceria: Seminário Autonomia do Direito e Decisão Jurídica,

com o palestrante Lênio Streck (Unisinos) e debatedores Francisco Queiroz Cavalcanti (FDR/UFPE) e

Adriana Rocha (Unicap, CFOAB); o Simpósio Os Reflexos do Período Eleitoral na Administração

Pública, com Luiz Fernando Pereira, Carlos Neves, Wellington Saraiva e Walber Agra; e o Seminário

Código de Procedimento em Matéria Processual no Âmbito do Estado de Pernambuco, com o

Procurador e professor Leonardo Carneiro da Cunha.

Junto com o Fórum Nacional de Centros de Estudos das Procuradorias de Estado – Fonace, o

CEJ/PGE-PE ocupou a vice-presidência, com rica troca de experiências. Uma das iniciativas do

CEJ/PGE-PE, a criação de um banco de profissionais com disponibilidade para palestrar e ministrar

cursos para público interno e externo, foi encampado pelo Fonace e está sendo desenvolvido em

uma plataforma nacional.

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Estágio e Programa de Capacitação do Estagiário de Direito

Nesta gestão, o estágio foi ainda mais valorizado.

Com a informatização das avaliações de estágio e

relatórios de atividades, o controle passou a ser

mais eficiente e permitiu ajustes constantes do

programa. Foram realizadas diversas seleções de

estágio na sede e no interior do estado. Duas

resoluções de estágio foram aprovadas pelo

Conselho Superior da PGE-PE, tendo a última

unificado os programas regular e alternativo,

garantindo-se vagas para egressos de escolas

públicas estaduais, e ampliado a oferta para esses estudantes em quaisquer faculdades de Direito. O

manual de estágio foi atualizado para orientar o estagiário diante das novas regras. Em 2018, foi

realizada primeira seleção unificada para estágio de Direito, de forma simultânea no Recife, Caruaru

(com vagas destinadas a Garanhuns), Arcoverde e Petrolina. O Procurador-Geral do Estado tem feito

questão de receber os novos estagiários, nas grandes convocações.

Com inspiração em programa similar da PGE-BA, foi criado o Programa de Capacitação do Estagiário

de Direito – PCED, no qual mais de 50 encontros de formação continuada foram realizados, no

período de um ano, na Sede e Regionais, com palestras realizadas pelos próprios Procuradores e

convidados externos sobre temas jurídicos de interesse da Administração Pública.

Revista do CEJ, produção acadêmica e livros

Deu-se continuidade à publicação da Revista do CEJ, que passou a ser anual, com a diagramação e

publicação pela Companhia Editora de Pernambuco – Cepe, atingindo um novo patamar de

qualidade. A revista conta com a colaboração de autores de Pernambuco e de outros Estados, entre

eles Procuradores do Estado, advogados, professores, juízes e servidores estaduais. Todos os

números foram digitalizados e disponibilizados em open access ao público em geral por meio do sítio

eletrônico da PGE-PE. O CEJ buscou estimular a produção de trabalhos científicos e incentivar a

divulgação destes em congressos e eventos correlatos realizados com instituições parceiras, sempre

indicando os colegas para ministrarem palestras.

Além disso, o CEJ organizou, junto com o

Procurador-Geral do Estado César Caúla, e os

Procuradores Marcelo Casseb Continentino,

Walber Agra e Paulo Rosenblatt, o livro coletânea

Bicentenário da Lei Orgânica da Revolução

Pernambucana de 1817.

A PGE-PE também tomou parte do pioneiro livro

publicado pelo Colégio Nacional de Procuradores-

Gerais – Conpeg intitulado Federalismo na visão

dos estados, com dois artigos em coautoria do Procurador-Geral do Estado, César Caúla, e os

Procuradores Lílian Miranda Manzi e Paulo Rosenblatt.

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Servidores e o Programa Direito em Movimento para os estagiários de nível médio

O CEJ buscou trabalhar em conjunto com a Unidade de Recursos Humanos da PGE, oferecendo

treinamentos específicos (alterações do novo CPC e o SAJ, por exemplo), intermediando curso in

company com o Cefospe, e abrindo vagas para os servidores da casa na programação geral do CEJ.

O Programa Direito em Movimento (PMD) foi

idealizado pela URH e promovido em conjunto

com o CEJ. Por meio deles, estagiários de Direito

deram palestras aos estagiários de nível médio

sobre noções de Direito, Procuradoria Geral do

Estado (missão, estrutura, organograma),

noções de cidadania, e processo administrativo

e judicial. Esse programa exitoso já teve duas

edições, em 2017 e 2018.

Outros

O CEJ foi responsável, ainda, por coordenar a resolução de regulamentação do uso do auditório, a

resolução sobre cursos externos (e a elaboração do modelo de termo de compromisso).

Está em andamento a abertura de uma especialização in company em Direito Público e Advocacia de

Estado, em parceria com a Unicap.

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Secretaria Geral

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Secretaria Geral

A Secretaria Geral da Procuradoria, órgão administrativo de gestão e incumbido de auxiliar

diretamente o Procurador-Geral do Estado nas funções administrativas e financeiras internas da

instituição, apresenta abaixo dados compilados da gestão orçamentária da Procuradoria durante os

exercícios de 2015 a 2018 e descreve as iniciativas estratégicas executadas ao longo da gestão.

Gestão orçamentária

Dotação orçamentária e valores empenhados, liquidados e pagos por exercício

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BALANÇO DE GESTÃO

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Restos a pagar e despesas de exercícios anteriores

Honorários advocatícios pagos

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Depósitos para pagamento de precatórios

Requisições de pequeno valor – RPV

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2015|2018

Ações na área de engenharia

Investimentos por local

a. 1ª Regional – Caruaru Item Descrição Empresa Valor Investido

1 Conclusão de Obras Civis CONTREL R$ 47.434,90 2 Conclusão Instalação de Divisórias AMBIANCHI (Abr/15) R$ 282.988,00 3 Fornecimento e Instalação de Mobiliário TECNOFLEX (Abr/15) R$162.078,00 4 Sistema de Detecção e Combate à Incêndio ENGEAR R$ 68.639,80

TOTAL R$561.140,70

b. 2ª Regional –Petrolina Item Descrição Empresa Valor Investido

1 Manutenção Predial GOITÁ R$ 43.282,93

c. Edifício Ipsep (Sede da PGE) Item Descrição Empresa Valor Investido

1 Recuperação da Subestação de Energia Elétrica de 300 kVA da sede da PGE

LC ARAUJO (Soma de todas as intervenções de 2015 a 2018)

R$ 92.319,95

2 Transferência da Divisão de Cálculos do prédio da SDS para o Edifício Ipsep

Equipe Manutenção Sem custo direto

3 Transferência do Núcleo Imobiliário do prédio da SDS para o Edifício Ipsep

Equipe Manutenção Sem custo direto

4 Transferência de Arquivos Deslizantes STEEL (Ago/2015) R$14.250,00 TOTAL R$ 106.569,95

d. Edifício Anexo – Antigo Banco Central Item Descrição Empresa Valor Investido

1 Obras Civis JORGE COSTA R$1.350.908,96 2 Instalações Elétricas de Baixa Tensão JORGE COSTA R$ 299.795,62 3 Sistema de Climatização TERCLIMA R$ 1.121.424,38 4 Sistema de Detecção e Combate à Incêndio ENGEAR R$ 141.720,46 5 Fornecimento e Instalação de Divisórias AMBIANCHI R$ 942.168,00 6 Fornecimento e Instalação de Mobiliário TECNO2000 R$ 330.792,00 7 Fornecimento de Cadeiras MOVELGAR R$184.599,50 8 Fornecimento e Instalação de Persianas VICTOR MATHEUS R$17.065,60 9 Sistema de Cabeamento Estruturado CONECTRON R$ 270.000,00 10 Implantação Subestação Edifício Anexo LC ARAUJO R$270.724,77

TOTAL R$ 4.929.199,29

Valor total investido em ações de engenharia entre 2015 e 2018: R$ 5.640.192,87

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Outras ações desenvolvidas no período

Apresentação de Projeto ao BNDES, através da Sefaz, objetivando recursos do Profisco II para

financiamentos de obras da PGE;

Elaboração de layout e acompanhamento para instalação de mobiliário das Sub-Regionais da

PGE em Garanhuns e Salgueiro;

Estudo para implantação de garagem para PGE no prédio da SDS (antiga Seduc);

Transferência dos arquivos da SAT e da Procuradoria da Fazenda para o prédio da SDS(antiga

Seduc);

Ações previstas para a próxima gestão

I. Depósito de Bens Penhorados – Peixinhos

Manutenção de galpões e instalações elétricas ou mudança para novas instalações,

de acordo com disponibilidade de imóvel pela Secretaria de Administração, para a

guarda dos bens penhorados nas execuções fiscais propostas pela Procuradoria da

Fazenda.

II. 3ª Regional – Arcoverde

Manutenção predial (licitação em andamento com previsão de conclusão ainda em dezembro/2018);

Ampliação de área com construção de salas, com elaboração de termo de referência, especificações técnicas e orçamento básico para licitação.

III. 2ª Regional – Petrolina

Manutenção predial;

Estudo para ampliação de área construída.

IV. 1ª Regional em Caruaru

Manutenção predial; Instalação de CFTV; Substituição da rede wi-fi por cabeamento físico.

V. Integração dos Edifícios Ipsepe Anexo

a) Edifício Anexo

Conclusão da reforma de obras civis; Conclusão das instalações elétricas de baixa tensão;

Instalação de sistema de sinalização interna;

Contratação de manutenção da subestação de energia elétrica de 500 kVA; Recuperação e pintura das fachadas; Contratação de manutenção do sistema de climatização.

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

b) Edifício Ipsep

Contratação de manutenção da subestação de energia elétrica de 300 kVA;

Manutenção predial; Realização de licitação para reforma de obras civis nos 1º, 2º e 3º andares,

considerando a perspectiva de rescisão do CT32/2014; Realização de licitação para reforma nas instalações elétricas de baixa tensão,

considerando a perspectiva de rescisão do CT64/2014; Manutenção do sistema de detecção e combate a Incêndio; Aquisição e instalação de divisórias e mobiliário; Conserto e recuperação de portões e grades de ferros do pavimento térreo; Modificação na rede do sistema de climatização em face da alteração de layoutde

salas; Pintura das fachadas; Revisão do sistema de brises da fachada frontal; Contratação de projeto e posterior instalação de SPDA (Sistema de Proteção contra

Descargas Atmosféricas); Aproveitamento da água de drenos dos aparelhos de ar condicionado.

Ações na área da tecnologia da informação

Aquisições e contratações (Grupo 4 – Investimento)

Item Material ou Serviço Valor Total (R$)

Observação/Finalidade

1 Aquisição de certificado digital do tipo Servidor WEB SSL/TLS (1 unidade)

1.132,00 Identificação, privacidade e integridade dos dados trafegados entre a PGE e a Sefaz e o TJPE

2 Aquisição de certificado digital pessoa física tipo A3 ICP-Brasil (150 unidades)

28.423,20 Viabilizar a autenticação em sistemas públicos ou privados em nome das pessoas físicas da PGE.

3 Aquisição de impressoras jato de tinta formato A3 (4 unidades)

4.356,00 Viabilizar a impressão em grandes formatos coloridos

4 Aquisição de licença(s) de software antivírus para estações de trabalho, servidores, tablets e smartphones (550 unidades)

10.600,00 Ampliação das licenças para atender os novos equipamentos

5 Aquisição de microcomputadores (125 unidades)

456.000,00 Ampliação do parque operacional existente e atualização tecnológica

6 Aquisição de scanners de produção (37 unidades)

47.584,83 Ampliação do parque operacional existente e atualização tecnológica

7 Aquisição de servidores (6 unidades)

113.700,00 Atualização tecnológica dos servidores da Sede e Procuradorias Regionais

8 Aquisição de soluções de segurança firewall UTM/NGFW (5 unidades)

209.600,00 Implantação de funcionalidade de firewall, antivírus de gateway, filtro de conteúdo web, controle de aplicação, prevenção contra intrusos (IPS), Proteção contra Ameaças Avançadas (APT) e VPN

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

9 Aquisição de storage (1 unidade) 259.066,00 Ampliação da capacidade de armazenamento, com aumento da performance, disponibilidade, escalabilidade, atualização e suporte técnico em garantia.

10 Aquisição de Switch Gigabit 48 Portas (10 unidades)

35.640,00 Aumentar a confiabilidade, a disponibilidade e a velocidade da rede da sede da Procuradoria Geral do Estado e Procuradorias Regionais de Caruaru, Arcoverde e Petrolina

11 Contratação de serviço de instalação do cabeamento estruturado na Procuradoria Sede (Prédio Anexo)

270.000,00* (não

contabilizado na soma, pois

já foi contemplado

na Engenharia)

Implantação de uma rede estruturada para atendimento com pontos lógicos às áreas de trabalho (dados e voz) e aos pontos de câmeras do sistema CFTV

12 Contratação de serviço de licenciamento de uso, com implantação, sustentação e garantia de evolução tecnológica e funcional, do módulo integrador MNI (Modelo Nacional de Interoperabilidade)

270.608,28 Serviço de licenciamento de uso, com implantação, sustentação e garantia de evolução tecnológica e funcional, do módulo integrador MNI (Modelo Nacional de Interoperabilidade)

13 Contratação de serviços de suporte técnico e garantia da Storage HP 3PAR

28.579,56 Renovação de garantia e suporte de hardware e software do equipamento HP 3PAR STORESERV 7200 STORAGE do Datacenter da PGE-PE

Valor total investido em ações de TI entre 2015 e 2018: R$ 1.465.289,87

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Aquisições e contratações previstas para a próxima gestão

Item Material ou Serviço Valor Total (R$)

Observação/Finalidade

1 Aquisição de câmera(s) para videomonitoramento

10.000,00 Complementação do Sistema CFTV no Prédio Anexo da PGE Sede

2 Aquisição de catracas eletrônicas e software de controle de acesso

19.920,00 Atualização tecnológica das catracas eletrônicas e do software de controle de acesso da sede da PGE

3 Aquisição de estabilizador(es) 50.950,00 Substituição dos estabilizadores individuais nas Procuradorias Regionais de Arcoverde e Petrolina e substituição dos antigos estabilizadores na Sede

4 Aquisição de HD (disco rígido) SAS para Storage HP 3PAR

42.000,00 Ampliação da capacidade de armazenamento do equipamento HP 3PAR STORESERV 7200 STORAGE do Datacenter da PGE

5 Aquisição de impressoras laser 40PPM

90.000,00 Ampliação do parque operacional existente e atualização tecnológica

6 Aquisição de licença(s) de SGBD Oracle

110.000,00 Ampliação das licenças do software Oracle Database Standard Edition2 para instalação de site de contingência

7 Aquisição de licença(s) de SGBD SQL Server

45.000,00 Ampliação das licenças e atualização tecnológica

8 Aquisição de licenças CAL de Software Windows Server 2016 Standard

56.250,00 Ampliação das licenças e atualização tecnológica

9 Aquisição de licenças de software Microsoft Office 2016 Standard (60 licenças)

62.400,00 Atualização de versão e ampliação das licenças do software de automação de escritório Microsoft Office Standard

10 Aquisição de licenças de software Microsoft Office Professional

5.000,00 Atualização de versão e ampliação das licenças do software de automação de escritório Microsoft Office Professional

11 Aquisição de licenças de software Microsoft Visual Studio

6.000,00 Atualização de versão e ampliação das licenças do software Microsoft Visual Studio

12 Aquisição de nobreak 3.2KVA 25.000,00 Instalação nas Procuradorias Regionais e Sub-Regionais

13 Aquisição de notebook(es) avançado(s) (10 unidades)

29.650,00 Atualização tecnológica

14 Aquisição de pacotes de licenças de software Windows Server 2016 Standard (18 pacotes)

51.597,00 Ampliação das licenças e atualização tecnológica

15 Aquisição de projetor(es) (5 unidades)

7.500,00 Atendimento às demandas da Procuradoria Sede e Procuradorias Regionais

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

16 Aquisição de software de planejamento estratégico, gerenciamento de projetos, processos e indicadores

4.680,00 Software de planejamento estratégico, gerenciamento de projetos, processos e indicadores

17 Aquisição de solução wi-fi 119.098,40 Ampliação da conectividade dos ambientes internos com a implantação de pontos de acesso sem fio na Procuradoria Sede e nas Procuradorias Regionais, com gerenciamento centralizado de 20 Access Points.

18 Aquisição de switch(es) do tipo SAN

60.000,00 Conexão dos servidores e dos dispositivos de armazenamento externo instalados no datacenter através de fibra óptica.

19 Aquisição de TapeLibrary(dispositivo de armazenamento em fitas)

80.000,00 Atualização tecnológica para atender as demandas de backup da instituição e suporte técnico

20 Contratação de serviços de implantação e operação de Central de Serviços Única de TI com suporte técnico operacional 1º e 2º nível, assistência técnica em equipamentos e apoio na implantação de processos de gerenciamento de serviços

103.250,00 Serviço de suporte técnico operacional 1º e 2º nível, assistência técnica em equipamentos e apoio na implantação de processos de gerenciamento de serviços

21 Contratação de serviço de impressão (Papel A4) em impressora departamental monocromática

54.000,00 Ampliação do parque operacional existente e atualização tecnológica

22 Contratação de serviço de instalação do cabeamento estruturado na Procuradoria Regional de Caruaru

123.937,99 Implantação de uma rede estruturada para atendimento com pontos lógicos às áreas de trabalho (dados e voz) e aos pontos de câmeras do sistema CFTV

23 Contratação de serviço de locação de impressora(s) departamental monocromática

36.000,00 Ampliação do parque operacional existente e atualização tecnológica

24 Contratação de serviço de modernização da integração do sistema SAJ com e-Fisco (Sefaz)

164.006,07 Serviço de modernização da integração dos sistemas SAJ e e-Fisco (Sefaz) e higienização da base de dados

25 Contratação de serviços de suporte técnico de infraestrutura de tecnologia da informação e comunicação (TIC)

253.510,56 Serviços de suporte técnico de infraestrutura de tecnologia da informação e comunicação (TIC)

26 Aquisição computadores (100 unidades)

300.000,00 Os monitores em uso serão aproveitados para disponibilizar dois monitores por Procurador

27 Aquisição de equipamentos de 150.000,00 Disponibilizar solução de

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

videoconferência composta por TVs, racks, miniPCs e webcam.

videoconferência moderna, onde se pode compartilhar conteúdo de telas e, assim, realizar aulas, palestras, entrevistas, reuniões e comunicados de forma controlada (acesso restrito/amplo), implantação da solução Skype for Business – aplicativo de mensagens instantâneas, reuniões e compartilhamento de tela – possibilita a realização de reuniões e chamadas pelos servidores da PGE com qualquer pessoa conectada à internet (em estação de trabalho ou em dispositivo móvel), de forma segura e protegida, mesmo que os demais participantes não utilizem o aplicativo

Total 1.759.750,02

Atividades e projetos realizados

Item Descrição Observação/Finalidade

1 Elaboração da Nota Técnica n° 001/2016-UINF – Estudo de Viabilidade de Alternativas ao objeto do contrato da Softplan (SAJ)

Elaborada com base em recomendação da SAD/ATI para a renovação do contrato.

2 Melhoria da velocidade dos links de dados da Sede e das Procuradorias Regionais

Otimizar o desempenho do Sistema de Automação da Justiça (SAJ) e do Processo Judicial Eletrônico (PJe), especialmente nas Procuradorias Regionais.

3 Padronização da utilização dos software de automação de escritório (BR Office)

A suíte de aplicativos livre para escritório foi recomenda pela ATI, em substituição ao Microsoft Office

4 Participação no Comitê Técnico de Governança Digital – CTGD

Propor e/ou apreciar diretrizes, metas, planos e normas para o desenvolvimento e implantação da Política de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado. Realizar o monitoramento permanente dos indicadores da Estratégia de Governança Digital.

5 Contratação da Softplan – Sistema SAJ (outubro/2015)

Depois de uma longa negociação que se estendeu desde o final de 2014

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

6 Implantação do SEI Em atendimento ao Decreto Estadual nº 45.157, de 23 de outubro de 2017, que dispõe sobre o uso do meio eletrônico para a realização do processo administrativo no âmbito dos órgãos e das entidades da administração pública estadual direta, autárquica e fundacional, foi implantado na PGE o Sistema Eletrônico de Informações (SEI), desenvolvido pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4). O SEI é um sistema de gestão de processos e documentos arquivísticos eletrônicos que permite a produção, edição, assinatura e trâmite de documentos dentro do próprio sistema, proporcionando a virtualização de processos e documentos, permitindo atuação simultânea de várias unidades ao mesmo tempo em um mesmo processo, ainda que distantes fisicamente, reduzindo o tempo de realização das atividades. Mais de 180 servidores foram treinados na Sede e nas Regionais durante o processo de implantação da solução na Procuradoria.

Atividades e projetos previstos para a próxima gestão

Item Descrição Observação/Finalidade

1 Análise/regularização do licenciamento dos softwares básicos em utilização na PGE

Realizar um levantamento das licenças existentes e iniciar processo para regularização/aquisição.

2 Aquisição de sistemas de BI (Business Intelligence)

Oferecer informações para apoiar a decisão dos gestores e gerentes da instituição, com base em dados históricos da organização, em especial o SAJ.

3 Elaborar projeto de energia alternativa para o Data Center e setores estratégicos da instituição

Instalar sistemas de energia ininterrupta (UPS) e/ou de geradores para auxiliar na prevenção de oscilações e quedas de energia, possibilitando aumentar a disponibilidade e confiabilidade do Data Center.

4 Melhorar o SLA (Acordo de Nível de Serviço) do termo de teferência do contrato com a Softplan (SAJ)

Propor melhorias nas entregas dos serviços contratados da Softplan, visando ajustes no nível mínimo de serviço para disponibilidade, desempenho e prioridades.

5 Projeto de reestruturação da área de TI

Dimensionamento e reposição do quadro técnico de pessoal.

6 Reestruturação do Reestruturar o NSI para atender as demandas previstas no

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Núcleo Setorial de Informática (NSI) do órgão

Plano Diretor de Tecnologia da Informação e Comunicação – PDTIC, visando adotar as melhores práticas de gerenciamento de serviços e de suporte operacional aos usuários da instituição.

7 Revisão, implantação e acompanhamento do PDTIC

O PDTIC é o instrumento de diagnóstico, planejamento e gestão dos recursos e processos de TI que visa atender às necessidades tecnológicas e de informação da PGE, as metas a serem alcançadas, as ações a serem desenvolvidas e os prazos para implantação, por isso necessita ser revisado e implantado.

8 Disponibilização de link de dados redundante na Sede da PGE

Garantir a disponibilidade de acesso à internet e sistemas externos através de um link de dados redundante, preferencialmente fornecido por operadoras diferentes do PE-Conectado.

9 PGE Inova - Chamamento público para soluções inovadoras de TI

Com base em experiência do MPPE, que recentemente criou o programa MPLabs, e no Programa Pitch GOV do Estado de São Paulo, a PGE-PE realizará Chamamento Público para que startups interessadas apresentem soluções inovadoras a demandas que especificaremos em edital, com fundamento na Lei Federal nº 10.973/2004 e nº 13.243/2016, no Decreto Federal nº 9.283/2018 e na Lei Federal nº 8.666/1993. O uso das novas tecnologias, tais como Blockchain, Machine Learning (aprendizado de máquinas), Big Data, Inteligência Artificial (IA), dentre outras, constituem importantes ferramentas que poderão auxiliar e impactarão diretamente no trabalho diário da instituições. Essas tecnologias irão acelerar a automação de processos e várias tarefas que hoje os softwares disponíveis no mercado ainda não conseguem gerenciar, trazendo funcionalidades voltadas para tornar a gestão de processos mais eficiente e o exercício da profissão mais assertiva.

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Ações na área de recursos humanos

Recrutamento e seleção de servidores, terceirizados e estagiários CIEE

A Divisão de Desenvolvimento de Pessoas da URH foi demandada por diversos setores da

Procuradoria para realizar recrutamento e seleção para preenchimento de vagas de terceirizados,

servidores e estagiários de apoio administrativo, conforme quadro abaixo.

SETORES Nº DE VAGAS CARGOS/FUNÇÕES

Contencioso Cível/Trabalhista 4 Realocação de servidor

Contencioso 4 Terceirizados

Procuradoria da Fazenda 6 Terceirizados

Divisão de Cálculo 1 Servidor

Divisão de Cálculo 1 Terceirizado

Divisão de Cálculo 1 Comissionado

Procuradoria da Fazenda 1 Comissionado

Setores Diversos 40 Estagiários de nível médio

Núcleo Imobiliário 1 Comissionado (Engenheiro)

Núcleo Imobiliário 2 Servidores (Engenheiro/Advogado)

Unidade de Informática 1 Terceirizado

Unidade de Financeira 1 Terceirizado

SAF 1 Comissionado

SAF 1 Terceirizado

TOTAL 65 Recrutamento e seleção

Intervenções para solução de problemas

Foram realizadas 19 realocações de servidores e estagiários de nível administrativo a partir das

demandas das unidades, conforme quadro abaixo:

SETORES Nº DE VAGAS CARGOS/FUNÇÕES

Contencioso Cível/Trabalhista 4 Servidor

Contencioso 1 Estagiário

Procuradoria da Fazenda 1 Servidor

Divisão de Cálculo 3 Servidores

Transporte 2 Estagiários

SAT 1 Estagiário

Procuradoria da Fazenda 1 Estagiário

Gabinete 2 Estagiários

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Gabinete 1 Terceirizado

Gabinete 1 Servidor

Núcleo Imobiliário 1 Servidor

Total 16 Realocações

Algumas intervenções para averiguação de inadequação de comportamento, dificuldades no

relacionamento interpessoal e baixa produtividade, também foram realizadas.

Cessões de servidores para a Procuradoria Geral do Estado

NOME ORGÃO LOTAÇÃO

1 Patricia Mironde Siqueira Ferraz

Agência Estadual de Meio Ambiente – CPRH

Procuradoria da Fazenda

2 Carlos Henrique de Sá Vasconcelos

Secretaria de Administração Secretaria Geral

3 Everton Vinicius Alves Silva

Câmara Municipal de Garanhuns

Regional Caruaru

4 Maria Alice de Albuquerque Santana

Secretaria de Educação Procuradoria da Fazenda

5 Helio do Nascimento Barboza Junior

Lafepe Divisão de Cálculo

6 Taciane Fonseca da Silva Secretaria de Educação Regional Petrolina

7 Zacharias Ernani Candeias Júnior

ATI Regional Brasília

8 Ana Carolina Souza Cavalcanti

Secretaria de Educação Procuradoria do Contencioso

9 Cristian Alves Pessoa Seplag Gabinete

10 Maria Sonia da Silva Prefeitura Municipal de Salgueiro

Regional Petrolina

11 Ariene Carla Ferreira de Fraga

Secretaria de Educação Sub-Regional Garanhuns

12 Lúcio Flávio Teixeira Júnior

Tribunal de Justiça do Estado Divisão de Cálculo

13 José Carlos da Silva IRH Unidade de Apoio Administrativo

14 Suely Rodrigues da Silva Prefeitura Municipal de Brejão

Sub-Regional Garanhuns

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Promoções e progressões de servidores

Quantitativos Progressão

Cargos 2015 2016 2017 2018

Analista Suplementar de Procuradoria 19 1 0 0

Analista Judiciário Suplementar de Procuradoria

1 0 0 0

Assistente Suplementar de Procuradoria 38 3 3 2

Auxiliar Suplementar de Procuradoria 8 0 0 0

TOTAL 66 4 3 2

Iniciativas de promoção, valorização e capacitação dos colaboradores

Iniciativas Objetivos

Aniversariantes do mês Passou-se a divulgar uma lista única de Aniversariantes do Mês, contemplando todos colaboradores da PGE.

A Superintendência Administrativa e Financeira – SAF durante todo o ano de 2017 presenteou com canecas todos os colaboradores a ela subordinados, estimulando o uso de canecas no ambiente de trabalho, buscando contribuir com a redução de emissão de resíduos plásticos no meio ambiente além de impactar no gasto com copos plásticos.

Palestra Relacionamento Interpessoal na Organização

Ministrada por Jaélison Rodrigues (CIEE), voltada a colaboradores e estagiários.

Palestra Medidas de Prevenção e Controle das Viroses transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti

Ministrada pela servidora Eliana, da Equipe Técnica em Vigilância Sanitária do Centro de Informações Estratégicas em Saúde da Prefeitura de Recife – CIEVS

Dia da Mulher Em comemoração à data, buscou-se parceria com consultoras de empresa de cosméticos para proporcionar um dia de cuidados com a pele e orientação de maquiagem.

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Encontro Ecumênico (Semana Santa)

No período da Semana Santa, foi promovido um Encontro Ecumênico, com três representantes de seguimentos religiosos (católico, evangélico e espírita). Na mesma oportunidade, foi realizada parceria com empresa de chocolate para venda aos colaboradores com descontos.

Comemoração do Dia do Servidor

Em comemoração à data, foram realizadas palestras sobre saúde e nutrição, vacinação contra a gripe, spa do pé, orientação postural, aferição de pressão arterial e feirinha de produtos artesanais.

Festa de São João na PGE Realizada na sede PGE com concurso de matutos, comidas típicas e forró.

Campanha de Doação de Medula Óssea

Com o objetivo de informar, conscientizar e cadastrar doadores de medula, a PGE trouxe a equipe Hemope, numa ação que teve como resultado o cadastramento de 69 doadores de medula.

Sala de Convivência Disponibilização de ambiente com televisão, geladeira, microondas, espaço para refeições e descanso para os colaboradores.

Curso de português para colaboradores

Visando adequar a norma de redação oficial e padronizar os documentos redigidos na Procuradoria, foi realizado, em parceria com o Cefospe, um curso in company de Redação Oficial, capacitando assim, os servidores das unidades que cotidianamente redigem as comunicações oficiais da instituição.

Programa Direito em Movimento – PDM

Propiciou a integração dos estagiários de nível administrativo com os estagiários de Direito durante seminários onde foram abordados os seguintes temas: Organização do Estado; Noções de cidadania e Direitos Fundamentais; PGE-PE – Estrutura, visão, missão; e Noções de Processo Civil e Processo Administrativo.

O PDM também propiciou aos estagiários de nível médio visitas ao Tribunal de Justiça de Pernambuco, Palácio do Campo das Princesas e Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco, enriquecendo a experiência vivenciada nos seminários.

Programa Jovem Leitor – PJL

O programa foi iniciado com campanha de sensibilização para arrecadação de livros de literatura e de diversos tipos junto ao corpo funcional da Procuradoria. Como resultado, foram arrecadados mais de cem livros, formando o acervo inicial do programa. Os

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

estagiários são constantemente estimulados a lerem e fazerem empréstimos dos livros da biblioteca.

Dia do Estagiário (seminários e exibição de filme)

Em comemoração à data foram realizadas palestras que abordaram temas relevantes para a formação profissional dos estagiários, tais como: atitudes comportamentais certas para o sucesso profissional (habilidades e competências para a formação profissional – expectativas das empresas); trabalho em equipe – disciplina, compromisso, responsabilidade; e, qualidade no atendimento ao público, além do concurso da melhor frase – Estagiar é…..

Feira de Orgânicos A PGE e a Associação de Profissionais da Agricultura Orgânica (Aporg) firmaram uma parceria para a realização de uma feira agroecológica semanal na instituição. Com isso, a PGE se soma a várias instituições públicas que abrigam feiras de produtos orgânicos, contribuindo para promover uma cultura de alimentação mais saudável e incentivar os produtores de alimentos livres de agrotóxicos. A feirinha de orgânicos é realizada semanalmente às segundas-feiras, do meio-dia às 14h, na calçada do Edifício Ipsep.

Outras ações desenvolvidas no período pela Secretaria Geral:

INICIATIVAS OBJETIVOS

Reestruturação da Divisão de Cálculo

A Divisão de Cálculo foi desmembrada em duas Gerências, com a designação do servidor cedido do TJPE Lúcio Teixeira para assumir a Gerência de Cálculo de Embargos à Execução.

Realização de seleção simplificada

Processo seletivo simplificado para a contratação temporária de profissionais de nível superior para preenchimento de cinco vagas de Calculista.

Realização do 6º concurso de Procurador do Estado

Provimento de dez cargos vagos e formação de cadastro de reserva na classe inicial da carreira de Procurador do Estado.

Abertura do 1º Concurso para o Quadro de Servidores da Procuradoria

Provimento de vinte cargos de Analista Judiciário, vinte e oito de Analista Administrativo e quarenta de Assistente de Procuradoria.

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Participação nas Reuniões do Comitê Gestor SAJ–Procuradorias

Aprimorar o modelo de contratação do Sistema SAJ com a fornecedora da solução, além da troca de experiências na área de TI entre as Procuradorias de Estado e municípios.

Suporte à criação da SAP Foi obtida a cessão de servidor da SAD – Carlos Vasconcelos – para coordenar o setor com a finalidade de apoiar os Procuradores, inicialmente lotados no Núcleo de Saúde.

Conclusão do Plano Estratégico 2019-2021

Conclusão do Plano Estratégico 2019-2021 da Procuradoria e construção do Mapa Estratégico Organizacional com principais diretrizes, objetivos e metas para as áreas finalísticas e meio da instituição e Procuradorias Regionais. Ao todo foram pactuadas 167 iniciativas organizadas em 72 estratégias para os próximos três anos. Construído de forma participativa, democrática e transparente, o documento congrega as aspirações de uma instituição em pleno desenvolvimento, pretendendo apontar caminhos para que a PGE siga prestando serviço público de excelência.

Edição do Decreto nº 42.054, de 17 de agosto de 2015

Disciplina o enquadramento na terceira etapa do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos – PCCV e a progressão, por elevação do nível de qualificação profissional, dos integrantes da carreira de que trata a Lei Complementar nº 275, de 30 de abril de 2014:

Edição da Portaria nº 136, de 2018

Institui a Comissão Administrativa de Desenvolvimento Funcional dos integrantes da carreira de que trata a Lei Complementar nº 275/2014

Decreto de regulamentação de avaliação periódica

Regulamenta a avaliação periódica de desempenho que trata a Lei Complementar nº 275, de 30 de abril de 2014.

Portaria nº 17, de 2018 Dispõe sobre a emissão de bilhetes de passagens aéreas para viagens a serviço no âmbito da Procuradoria Geral do Estado

Decreto nº 46.539, de 27.09.18

Dispõe sobre as atribuições específicas dos cargos de Analista Judiciário de Procuradoria, Analista Administrativo de Procuradoria e Assistente de Procuradoria, do Quadro Permanente de Apoio Técnico-Administrativo da Procuradoria Geral do Estado, de que trata a Lei Complementar nº 275, de 30 de abril de 2014.

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Redução de custos com garagem

Devolução de imóvel alugado como garagem para os carros oficiais a partir de junho/2015–custo mensal R$ 4.524,49 (economia de R$ 180.979,60 – referente aos últimos 40 meses).

Redução de custos com papel após SEI

Economia de papel A4 após a implantação do SEI: A média de consumo até o mês de julho/2018 era de 272 resmas, e a partir de agosto, a média é de 237 resmas. Uma economia mensal de aproximadamente R$ 511,35.

Economia de energia Foram adotadas medidas de economia de energia com disseminação de informações sobre eficiência energética através da divulgação de cartazes e conscientização do consumo, aquisição de equipamentos de iluminação, de informática e de climatização mais eficientes. Deve-se registrar que a Administração Estadual estabeleceu o teto de 61.400 kW de consumo mensal para a Procuradoria no exercício de 2014, e em 2018, mesmo com ampliação de área e novos equipamentos, mantivemos uma média de consumo de 52.000 kW, representando uma economia mensal em torno de R$ 5.200,00 .

Outras ações planejadas para a próxima gestão

Conclusão do 1º Concurso para o Quadro de Servidores da Procuradoria; Reestruturação da SAT; Atualização do Regulamento da Procuradoria Geral do Estado; Integração do Sistema SAJ com o SEI; Modernização da Integração do Sistema SAJ com o e-Fisco; Implementação de política de descarte de papel; PGE Inova – Desenvolvimento de soluções de TI

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Comunicação

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Comunicação

A Assessoria de Comunicação, responsável pela divulgação interna e externa (para a imprensa e

outras secretarias) das ações da PGE, produziu entre 2015 e 2018 um total de 920 notícias,

publicadas no site da Procuradoria (pge.pe.gov.br). Os textos são também enviados por e-mail

institucional aos colaboradores da PGE-PE e compartilhados nos grupos de WhatsApp da

Procuradoria, assim como nos perfis do Centro de Estudos Jurídicos da PGE-PE no Facebook e no

Instagram.

Nesse período, foram enviados à imprensa 165 releases, com divulgação no Diário Oficial do Estado

de Pernambuco e nos principais jornais do estado, além de rádios, blogs e portais de notícias. A PGE-

PE também divulgou suas ações via Rádio SEI, a Central de Radiojornalismo da Secretaria Especial de

Imprensa, por meio da qual o Governo de Pernambuco potencializa o acesso público à informação.

Todo o material de áudio é disponibilizado on-line para emissoras de rádio de todo o estado e para o

público em geral.

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Na ferramenta PGE na Mídia, disponível no portal/intranet, foram catalogadas 2.315 notícias

relativas à PGE que foram veiculadas em jornais, rádios, TVs, portais e blogs no período de 2015 a

2018.

Na comunicação interna, além das notícias postadas no site e

disparadas por e-mail, a Assessoria de Comunicação produziu

Informativo mensal, a partir de maio/2015, contendo a

compilação das notícias do mês e seções fixas com dicas de uso

do portal, agenda e o Perfil PGE. Essa última seção, iniciada em

outubro/2016, contou a trajetória de 29 servidores da

instituição.

O Procurador-Geral do Estado teve contribuição significativa na

reflexão e discussão de temas relevantes para a Administração

Pública e a sociedade pernambucana com a publicação de 14

artigos em jornais impressos e digitais de notória credibilidade

no estado.

Tais artigos estão republicados na íntegra nas páginas a seguir.

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Opinião – 11/08/2016

132

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Opiniões – 18/11/2016

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Opinião – 20/11/2016

Divisão dos recursos da repatriação é momento de afirmação dos estados

Por César Caúla

As decisões proferidas no dia 10 de novembro pela ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal

Federal, nos processos movidos por Pernambuco e pelo Piauí para discussão sobre a divisão do valor

das multas aplicadas com base na lei de repatriação de recursos (ACOs 2939 e 2931,

respectivamente) merece especial atenção.

Não apenas pelos montantes envolvidos (que, para Pernambuco, representarão cerca de duzentos e

cinquenta milhões de reais, caso ao final haja sucesso na ação, como se espera), nem mesmo pela

qualidade da decisão produzida (calcada em argumentos constitucionais sólidos e relevantes, mas

que nem mesmo se deveria ter necessitado levar ao exame do Supremo Tribunal Federal), tampouco

por conta de qualquer efeito concreto específico (porque ainda se precisa determinar, com urgência,

os destinatários finais dos recursos em discussão), mas principalmente por outros três motivos

menos evidentes e que a opinião pública deve conhecer.

O desequilíbrio de que enferma o Pacto Federativo brasileiro já foi denunciado muitas vezes.

Demonstrações concretas dele podem ser colhidas na história nacional pós-Constituição Federal de

1988 em ocasiões distintas, em diferentes gestões presidenciais, não sendo “privilégio” de qualquer

delas.

O primeiro ponto importante do evento está, então, no fato de que, diante da crise (causada

principalmente, diga-se, por desacertos de condução econômica por parte do governo central – e

não dos governos estaduais ou municipais), houve um fenômeno de atuação conjunta e coordenada

dos estados que precisa ser bem compreendido e cujos efeitos não se cingirão a esta quadra de

dificuldades excepcionais. Em um curto espaço de tempo, praticamente todos os estados brasileiros

e o Distrito Federal ajuizaram ações perante o STF para discussão do assunto. De maneira igualmente

rápida e coordenada, governadores desses estados, inclusive o governador Paulo Câmara,

postularam e obtiveram audiências no âmbito do Supremo Tribunal Federal. As reuniões foram

realizadas quando representantes de 24 estados e do Distrito Federal foram recebidos, juntamente

com os respectivos Procuradores Gerais dos Estados, pela Presidente Cármen Lúcia e pelos Ministros

Celso de Mello, Luís Roberto Barroso e Rosa Weber. Os estados foram ouvidos, com manifestações

de governadores e procuradores, quando puderam expor, não apenas as dificuldades

extraordinariamente graves que atravessam em face da crise econômica, mas principalmente os

aspectos constitucionais do litígio, discutindo exatamente o desequilíbrio federativo.

Merece nota especial o fato de que a atuação conjunta também representou, em alguma medida, a

aplicação daquela solidariedade institucional que deveria estar no cerne do pacto federativo. Mesmo

estados para os quais a demanda teria menor relevância relativa, em face das regras de distribuição

dos recursos do Fundo de Participação dos Estados, participaram ativamente das discussões e dos

eventos relacionados à demanda judicial mencionada. Perceberam, penso, que, a despeito de o

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

interesse financeiro ser o mais saliente dos aspectos da questão, mais relevante ainda seria a

afirmação contundente de que os entes estaduais estão dispostos a atuar conjuntamente em defesa

dos seus direitos e prerrogativas. Isso ocorreu com uma clareza impressionante, ignorando-se por

completo distinções de matiz ideológica, diferenças de inclinação política ou circunstâncias de

estratégia partidária, porque um objetivo superior se apresenta diante de todos os governantes

estaduais: a afirmação dos estados na organização constitucional do País.

Um segundo motivo para apontar a decisão como de especial relevância centra-se na percepção de

que o Supremo Tribunal Federal, até aqui, atuou com extrema sensibilidade, elevado senso de

responsabilidade e notável celeridade no caso. A Constituição Federal delineou uma Corte com um

plexo de competências muito amplo e diverso. É natural, por isso mesmo, que discussões sobre

questões políticas, penais ou relacionadas a direitos fundamentais demandem do STF e da opinião

pública um volume de atenção maior, exatamente porque ocorrem em maior número e implicam

consequências diretas nas vidas dos indivíduos. Todavia, mas não se deve perder de vistas que

arbitrar os conflitos federativos está na essência de um Tribunal Constitucional em um país que se

organiza politicamente como o Brasil. Causas que envolvam esse tema devem, mesmo, ser de

número reduzido, mas sua importância estrutural para a vida do país é incomensurável.

O Supremo é o guardião do pacto federativo. Cabe a ele evitar, por exemplo, que a União se exceda

no uso de suas prerrogativas em detrimento dos estados e municípios. E no caso da divisão dos

resultados tributários da repatriação de recursos é exatamente o que acontecerá se o Supremo

Tribunal Federal não se utilizar de sua autoridade para corrigir o comportamento da União.

O Governo Federal tem afirmado que pretende direcionar os valores das multas para quitação de

restos a pagar e redução do déficit. Ao lado, então, de ser juridicamente evidente, a partir das regras

constitucionais e legais de divisão dos recursos, que os valores das multas devem mesmo ser

direcionados aos estados e aos municípios, é um dado de realidade muito flagrante que a utilização

desses valores por parte deles responderá a necessidades muito mais prementes, de sobrevivência

mesmo, tais como a manutenção de serviços de saúde, educação e segurança e o pagamento de

salários do funcionalismo.

O terceiro ponto que destaco, com muito gosto, é a atuação da advocacia pública estadual no caso.

As Procuradorias dos diversos estados atuaram de modo conjunto, desde a elaboração colaborativa

das peças apresentadas até a realização de audiências conjuntas, passando pela discussão das

estratégias processuais e pelo próprio trabalho de viabilização das reuniões havidas com os diversos

Ministros, envolvendo numerosos colegas. Esse não é um esforço eventual ou episódico. Há muito,

por meio do Colégio Nacional das PGEs e da Câmara Técnica que o auxilia, as Procuradorias atuam

em conjunto, determinando e discutindo temas de interesse comum, acompanhando processos de

relevância diferenciada junto aos Tribunais Superiores, sempre atuando de modo aguerrido, com

elevado espírito público, excelência técnica e combatividade. O Colégio é um fórum privilegiado, cujo

trabalho vem rendendo frutos significativos, contribuindo significativamente para o aprimoramento

das Procuradorias e das gestões públicas estaduais.

É importante dizer que a decisão monocrática da ministra Rosa Weber não resolve, ainda, a questão

discutida. A concessão parcial do pedido de tutela de urgência não implica, por ora, transferência de

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

recursos para os cofres estaduais. Será ainda necessário muito esforço e trabalho para que se

assegure a efetividade do direito dos estados e municípios. Mas, os primeiros passos foram dados. E

não foram passos pequenos, principalmente porque indicam que os estados brasileiros estão prontos

a unir forças em prol de uma Federação mais justa.

Espera-se que, a partir da compreensão disso, o governo federal se ofereça ao diálogo, neste caso e

em outros futuros que envolvam o pacto federativo. É imperioso que a União, enfim comece por

abandonar qualquer postura de superioridade, não mais tratando das questões afetas à distribuição

de recursos entre os entes como se a hipótese fosse de meras concessões a estados e municípios. Os

entes subnacionais, quando recebem recursos arrecadados pelo governo federal, não são

beneficiários de favores, mas sim destinatários de direitos, porquanto o dinheiro nacional (e não da

União) deve ser dividido entre os componentes da República de acordo com as pautas, objetivos e

destinações estabelecidas a partir das normas constitucionais.

César Caúla é procurador-geral do estado de Pernambuco. Especialista em Direito Processual Civil

(Faculdade de Direito do Recife) e Direito Constitucional (Faculdade de Direito da Universidade de

Lisboa).

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Notícias – 19/10/2017

O Pacto de todos

Por César Caula, Procurador Geral do Estado

Especial para o Blog de Jamildo

A segurança pública sempre esteve entre as prioridades da gestão do Governador Paulo Câmara. Não

há descanso no combate à criminalidade. As dificuldades que todos os estados brasileiros enfrentam

nesse tema decorrem de uma conjunção complexa de fatores, do avanço das drogas à facilidade de

entrada de armas pelas fronteiras nacionais, passando pelo desemprego e pela grave crise

econômica.

O Governo do Estado não assiste a isso de braços cruzados. Não se tem poupado esforço, trabalho

sério e planejamento. Por determinação do Governador Paulo Câmara e com base em cuidadosas

medidas de gestão das finanças estaduais, tem sido realizado significativo investimento na área de

segurança, o maior da história de Pernambuco.

A Comissão Especial de Segurança Pública da OAB-PE (CESP/OAB-PE) ofereceu ao Governo do Estado

um alentado relatório sobre as condições de segurança em Pernambuco. Trata-se de uma

importante reafirmação do interesse da OAB-PE de contribuir com o combate à criminalidade, que

está em sintonia com a referência, no documento, ao fato de a segurança pública ser “dever do

Estado, direito e responsabilidade todos”, nos termos dos artigos 144 da Constituição da República e

101 da Constituição de Pernambuco.

Em várias passagens do relatório, de 41 (quarenta e uma) páginas, há expressos reconhecimentos do

acerto e da efetividade de providências que vêm sendo adotadas pela gestão atual. Há também

sugestões e críticas, merecedoras de consideração e esclarecimentos.

Pernambuco implantou, desde 2007, um modelo muito bem projetado de gestão integrada da

segurança pública, mundialmente reconhecido e premiado. Não se trata apenas de uma

coordenação das atividades policiais estritamente consideradas. O Pacto pela Vida (PPV) é muito

mais do que isso. Para além de se realizar um controle extremamente cuidadoso de numerosos

indicadores e de se monitorar o cumprimento de várias metas previamente estabelecidas, de curto,

médio e longo prazos, envolvendo integralmente o território estadual e descendo a detalhes, o PPV

abrange estudo, articulação e planejamento. Estão integrados ao trabalho, não apenas as Polícias,

mas também diversas secretarias de estado, o Poder Judiciário, o Ministério Público, a Defensoria

Pública, a União e os municípios.

O trabalho é diretamente liderado pelo Governador Paulo Câmara, que participa pessoalmente de

numerosas reuniões de monitoramento e acompanha permanentemente as definições e os

resultados das estratégias desenhadas.

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

O Pacto pela Vida pressupõe a existência de integração e o diálogo entre diversos entes e

instituições, o que lhe assegura agilidade de atuação, aprimoramento permanente e uma contínua

circulação de informações especializadas. Integram o sistema diversas Câmaras Especializadas, tais

como as de Articulação com o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública, de

Enfrentamento da Violência de Gênero contra a Mulher, de Enfrentamento ao Crack, de Defesa

Social, de Administração Prisional, que realizam reuniões ordinárias semanais ou quinzenais,

conforme a hipótese.

Esse programa de governo, instituído por lei, tem em sua gênese e em sua lógica a valorização do

diálogo, o aprimoramento permanente e a permeabilidade para sugestões de seus diversos atores e

da sociedade. O trabalho no Pacto pela Vida é de permanente aplicação do PDCA (planejar, executar,

checar e ajustar), sistemática por meio da qual se está permanentemente realizando ajustes e

melhorias dos processos de trabalho. Quem afirma que o PPV se exauriu desconhece os mecanismos

do Pacto ou propositalmente distorce os fatos.

O Governo Estadual reconhece o valor das contribuições que a Sociedade pode trazer ao Pacto pela

Vida e à gestão pública em geral. Atendendo determinação do Governador Paulo Câmara, anterior ao

recebimento do relatório, a SDS irá apresentar, até o final do mês, uma proposta de instalação do

Conselho Estadual de Segurança. É interessante que o relatório da OAB-PE venha aportar valor a essa

decisão, aumentando a convicção do Governo do Estado de que também nesse ponto está trilhando

o caminho certo.

O Governo do Estado sempre esteve disponível para ouvir a sociedade e o próprio formato do Pacto

pela Vida já permite isso. A gestão prima, ademais, pela transparência e pela confiabilidade dos

dados que apura no âmbito do PPV e tem sempre debatido segurança pública com vários segmentos

da sociedade. Mas é fato que sempre se deve buscar aprimoramento. A instalação de um novo

espaço estruturado para discussão do assunto representará uma oportunidade de disseminação do

conhecimento dos esforços e investimentos que o governo tem feito, de debate de melhorias e de

coleta sugestões, dados e informações.

A CESP/OAB-PE apontou a necessidade de incremento do número de policiais. Ainda que em meio a

uma crise econômica sem precedentes no Brasil e mesmo diante da imposição de limites para as

despesas de pessoal por parte da Lei de Responsabilidade Fiscal, o Governo Paulo Câmara tem feito

um investimento significativo na área de pessoal da segurança pública. Entre 2015 e 2017, já foram

admitidos nada menos do que 2.600 (dois mil e seiscentos) novos policiais militares, enquanto 1.322

(mil, trezentos e vinte e dois) se encontram em treinamento. Também em formação, iniciada em

outubro/17, há 140 (cento e quarenta) delegados, 620 (seiscentos e vinte) agentes e 90 (noventa)

escrivães, totalizando 850 (oitocentos e cinquenta) profissionais de Polícia Civil. Finalmente,

encontram-se cursando a respectiva academia nada menos do que 433 (quatrocentos e trinta e três)

policiais científicos, sendo 139 (cento e trinta e nove) peritos, 40 (quarenta) médicos legistas, 130

(cento e trinta) auxiliares de perito, 73 (setenta e três) auxiliares de legistas e 51 (cinquenta e um)

papiloscopistas. O incremento de pessoal implicará um investimento em efetivo da ordem dos R$

140.000.000,00 (cento e quarenta milhões de reais) por ano.

138

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Além do acréscimo de efetivo, buscou-se também a valorização do quadro policial, realizada não

apenas pelas significativas melhorias remuneratórias diretas que têm sido realizadas. De fato,

ocorreu um aprimoramento significativo da mobilidade nas carreiras de polícia. O Governador Paulo

Câmara, por exemplo, terá efetuado, entre 2015 e 2018, nada menos do que 17.000 (dezessete mil)

promoções de bombeiros e policiais militares, na maior movimentação de pessoal militar na história

de Pernambuco.

O documento entregue pela Presidência da OAB-PE ao Secretário de Defesa Social, Antônio de

Pádua, refere a necessidade de melhorias das condições de trabalho dos policiais. Também esse

campo tem merecido atenção cuidadosa do Governo.

Na gestão do Governador Paulo Câmara foram entregues mais de 1.800 (mil e oitocentas) novas

viaturas para as Polícias Civil e Militar e para o Corpo de Bombeiros, em todo o Estado; além de 230

(duzentas e trinta) motocicletas. Brevemente estarão disponíveis para os serviços policiais mais 2

(dois) helicópteros, 6 (seis) lanchas, 12 (doze) veículos especiais para o Batalhão de Choque, 320

(trezentos e vinte) caminhonetes, 487 (quatrocentos e oitenta e sete) veículos hatch e utilitários, 700

(setecentas) motocicletas. O valor investido em melhorias de frota suplanta o total R$

150.000.000,00 (cento e cinquenta milhões de reais).

Além desses investimentos, merece especial destaque o trabalho de reorganização das estruturas

policiais. Destaco, no particular, a criação do BEPI (novo Batalhão Especializado de Policiamento do

Interior), do BOPE (novo Batalhão de Operações Policiais Especiais) e do BIESP (novo Batalhão

Integrado Especializado), que muito têm contribuído e contribuirão para o incremento dos

resultados concretos do combate à criminalidade em todo o estado.

O Governo de Pernambuco, outrossim, tem trabalhado com muita determinação para reduzir o

histórico déficit de vagas no sistema prisional. Os números de novas vagas criadas ou em vias de

criação são expressivos, superando as 5.500 (cinco mil e quinhentas). São 676 (seiscentas e setenta e

seis) vagas na Unidade Prisional de Tacaimbó e 250 (duzentos e cinquenta) no Presídio de Santa Cruz

do Capibaribe. Outras 2.000 (duas mil) vagas serão abertas no Centro Integrado de Ressocialização

de Itaquitinga e mais 2.754 (duas mil, setecentas e cinquenta e quatro) serão acrescidas com a

construção do Complexo Prisional de Araçoiaba e. As unidades já em operação receberam melhorias

no funcionamento e obras físicas, como a reforma e ampliação do Pavilhão A do Cotel; o reforço

estrutural da muralha externa, a recuperação da passarela e serviços emergenciais no Presídio

Barreto Campelo; e a construção da muralha em concreto, recuperação de guarita e instalação de

concertina no Complexo Prisional do Curado.

Os investimentos e os esforços não se resumiram ao acréscimo de vagas nos prédios prisionais. Entre

2015 e 2017, terão sido oferecidas aos reeducandos mais de 5.400 (cinco mil e quatrocentas) vagas

para capacitações de diversas naturezas e cerca de 2.000 (duas mil) oportunidades de trabalho para

egressos do sistema prisional. Houve reforço no pessoal, com a nomeação de 125 (cento e vinte e

cinco) agentes de segurança, além da contratação de 200 (duzentos) assistentes de ressocialização e

de profissionais de diversas outras funções, como médicos clínicos, ortopedistas, psiquiatras,

psicólogos, assistentes sociais, advogados, dentistas, enfermeiros, ultrapassando o total de 700

(setecentos) novos colaboradores.

139

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

No entendimento dos subscritores do relatório, teria havido uma “crise de comando” no âmbito da

Polícia Militar, causada por vários fatores e decorrente de fatos que estariam ocorrendo há longo

tempo. O Governador Paulo Câmara tomou providências muito firmes e ponderadas para expressar

o valor da hierarquia e do cumprimento das regras de conduta no âmbito das corporações militares.

Não se fez concessão no campo disciplinar, exigiu-se o cumprimento da lei e se valorizou o comando

da Polícia Militar, ao lado de se haver sempre premiado o cumprimento de metas e o desempenho

adequado das missões policiais. Importante, ainda, reafirmar que em nenhum momento o Governo

se recusou ao diálogo ou bloqueou a expressão das aspirações das corporações militares, mas

apenas não admitiu, como não admite, a prática de atos de sublevação, boicote ou violação às leis.

Muito acertadamente, o relatório da OAB-PE aponta que o trabalho de segurança pública não se

resume à repressão e à punição dos crimes. Exatamente por isso, diversos programas de prevenção

social estão integrados no PPV e às políticas estaduais, tais como o Programa Atitude, com alcance

em todo território do Estado voltado ao atendimento, acompanhamento e tratamento de usuários

de drogas, as Casas de Acolhimento, os programas educacionais de combate às drogas (inclusive com

participação da PMPE), as Redes de Cidadania e o Governo Presente.

O mesmo documento refere que a formação dos jovens é um instrumento de combate ao crime.

Essa compreensão converge para algo que tem sido objeto de prioridade absoluta do Governo de

Pernambuco: a educação. O investimento em educação é, certamente, o de melhor retorno também

na área de segurança pública. Quando se relembra que Pernambuco tem a escola pública mais

atrativa do Brasil, com uma taxa de abandono no ensino médio de pouco mais de 1% (um por cento),

pode-se ter certeza de que estamos no caminho certo. Pernambuco tem os melhores resultados no

Ideb do ensino médio entre todos os estados do país e pode orgulhar-se de contar com a maior rede

de ensino em tempo integral, já representando mais de 50% (cinquenta por cento) do total de vagas

oferecidas. Temos também a maior rede de escolas técnicas, espalhadas por todo território estadual.

A OAB-PE, no mesmo relatório, demonstra depositar bastante esperança no Plano Nacional de

Segurança. O otimismo, porém, talvez não se revele assim tão justificável, porque o referido plano

carece de mínima efetividade, notadamente em razão de o governo federal não haver destinado a

ele os recursos financeiros mínimos que seriam necessários à sua aplicação. A verdade é que,

durante o período havido entre a criação do Pacto pela Vida em Pernambuco e os dias atuais, pelo

menos quatro planos nacionais foram apresentados, sem que nenhum deles tenha sido implantado

de modo a contribuir efetivamente para a melhoria dos níveis de segurança no Brasil.

A gestão pública tem enfrentado, em todo o País, desafios especialmente difíceis desde 2015. Em

Pernambuco, o Governador Paulo Câmara lidera um trabalho incansável de controle de despesas,

qualificação dos gastos e planejamento cuidadoso das ações, ao lado da atração de investimentos e

de uma política fiscal consequente. Foram exatamente os resultados de todos esses esforços que

permitiram investimentos de 4 (quatro) bilhões de reais em segurança pública em 2017 (maior

investimento anual da história), sem descurar das aplicações de recursos significativos em educação,

saúde, abastecimento de água, cultura, mobilidade, sustentabilidade etc., mantendo-se os serviços

públicos e os programas de melhoria da qualidade de vida da população.

140

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Não tem sido um trabalho fácil e muitas vezes ele não é do conhecimento da população em seus

detalhes. Mas o fato incontestável é que não tem faltado esforço, comprometimento e persistência

de todo o governo no combate à criminalidade. A segurança pública sempre figurou entre as

prioridades da gestão, repita-se. Mesmo em meio a toda a dificuldade orçamentária que

Pernambuco tem enfrentado, o Governador Paulo Câmara determinou que não houvesse cortes nos

recursos destinados ao custeio da educação, da saúde e da segurança pública.

A gestão do Governador Paulo Câmara tem marcas bem definidas. Seriedade, abertura ao diálogo,

transparência, serenidade, crença no planejamento, disposição para o trabalho e compromisso com

a população são valores permanentemente afirmados, em todas as áreas de atuação. Também na

segurança pública. Confia-se no trabalho que vem sendo realizado e se crê sobretudo no esforço

cotidiano dos profissionais do sistema de defesa social para melhoramos o quadro de segurança em

Pernambuco.

141

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Opinião – 24/10/2017

142

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Opiniões – 18/11/2017

143

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Opinião – 30/01/2018

144

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Opiniões – 01/02/2018

145

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Notícias – 25/04/2018

Oportunidade histórica

Por César Caula, Procurador Geral do Estado

Em discurso proferido em 10 de agosto do ano passado , durante solenidade de assinatura de

acordos de cooperação entre a Advocacia-Geral da União (AGU) e Procuradorias-Gerais dos Estados e

Distrito Federal, o presidente Michel Temer, de certo modo, surpreendeu a todos com as

considerações que teceu acerca da tendência brasileira de concentração de recursos em favor da

União.

Mencionando cada um dos documentos constitucionais de nossa história republicana, o chefe do

Executivo nacional anotou que “Em 5 de outubro de 88 renasce a democracia com uma federação

ainda pálida, que ao longo do tempo foi esmaecendo cada vez mais, até praticamente destruí-la”. E

para não haver dúvida da profundidade e da ênfase da crítica sistemática que empreendeu, o

presidente verberou que “a nossa Federação é uma Federação capenga; ela não é verdadeira, ela é

artificial”.

Uma das faces da fragilização do modelo federativo encontra-se na concentração exagerada de

recursos em poder da União, em detrimento de estados e municípios, o que resulta em distorções

políticas e administrativas bastante graves. Tratando especificamente do mecanismo mais utilizado

para realizar a concentração de recursos, disse ainda o presidente:

“(…) a União foi trazendo para si a grande massa dos tributos, tanto que a própria chamada

Contribuição de Movimentação Financeira, a CPMF, no primeiro instante foi o imposto, imposto

provisório de movimentação financeira e como imposto era partilhável pelos fundos de participação

dos estados e dos municípios. Quando a União se deu conta disso, ela mudou a denominação ao

fundamento de que mudando a denominação mudaria a natureza jurídica. Coisa curiosa isso.

Quando você mudar a denominação, não muda a natureza jurídica. E assim passou a ser contribuição

para quê? Para não ser partilhada com estados e municípios. Então nós, nós temos essa vocação

centralizar tudo em torno da União, seja no tópico da política, seja no tópico da administração”.

Em outro momento de seu relevante pronunciamento, o presidente ainda exortou a todos que

considerassem a importância de se valorizar a Constituição e de fazê-la perene, buscando encontrar

na sua aplicação as soluções para os problemas nacionais, em vez de, a cada dificuldade, cogitar-se

de sua alteração ou substituição.

Mas, a propósito de que se faz, aqui, referência a fato ocorrido já há oito meses?

É que, a partir de um requerimento formulado pelo Estado de Minas Gerais (Ofício GAB.GOV

208/18), em 3 de abril de 2018, ao qual recentemente aderiram outros 18 integrantes da Federação

(AC, AM, AP, BA, CE, DF, GO, MA, MS, PA, PE, PI, PR, RN, RO, RR, SE e TO), o presidente Temer

recebeu uma interessante oportunidade de demonstrar que está mesmo disposto a transformar o

146

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

discurso em realidade. Ou seja, no ponto específico, a tomar providências concretas para minorar as

distorções de que enferma nossa Federação, em conformidade com a compreensão histórica e

jurídica que expôs publicamente.

A Carta de 1988 claramente pretendeu estabelecer o que se costuma denominar de federalismo

cooperativo, fixando, em seus artigos 23 e 24, uma série de competências comuns e concorrentes

entre os entes federados, para cujo desenvolvimento seriam necessários mecanismos de

arrecadação e distribuição dos recursos públicos.

Em um modelo federativo ideal, a distribuição de missões precisa corresponder à repartição da renda

necessária para realização dessas atribuições. Quando não se verifica adequação entre competências

e recursos financeiros, compromete-se a própria autonomia política, conforme acertadamente

adverte Dallari :

“A cada esfera de competências se atribui uma renda própria. Este é um ponto de grande

importância e que só recentemente começou a ser cuidadosamente tratado. Como a experiência

demonstrou, e é óbvio isso, dar-se competência é o mesmo que atribuir encargos. É indispensável,

portanto, que se assegure a quem tem os encargos uma fonte de renda suficiente, pois do contrario

a autonomia polícia torna-se apenas nominal, pois não pode agir, e agir com independência, que não

dispõe de recursos próprios.”

Para assegurar, então, alguma autonomia financeira dos entes políticos, os estados receberam

autorização para instituírem tributos próprios, que a Constituição elencou especificamente. Quanto à

União, a Carta de 1988 autorizou que, ao lado dos tributos nominados, pudesse ela instituir o

chamado imposto residual, determinando, porém, que 20% da sua arrecadação fosse compartilhada

com os Estados e o Distrito Federal, nos termos do art. 157, inciso II, da CRFB/88. Pretendeu-se, com

a regra citada por último, evitar que a instituição de impostos inominados servisse a uma

concentração excessiva de recursos financeiros em prol da União, desequilibrando a estrutura

federativa.

A crise sistêmica que atinge fortemente os estados e os municípios brasileiros demonstra que essa

imagem ideal não encontra reflexo na realidade dos fatos. Talvez menos por defeito do desenho

elaborado pelo constituinte originário e mais por conta de mudanças fáticas e de alterações legais e

constitucionais. De um lado, aumentaram-se as demandas sociais sobre estados e municípios. De

outro, a União valeu-se de medidas que contribuíram para uma concentração de recursos ainda mais

danosa, conforme reconhecido pelo Presidente da República.

Não se está aqui defendendo a ideia de que se deva (ou mesmo de que se possa) alcançar uma

perfeita simetria no âmbito da Federação, o que, aliás, provavelmente seria inadequado para uma

federação como a brasileira, em que as disparidades econômicas e sociais são tão significativas que a

Constituição determinou, entre os objetivos nacionais, a redução das desigualdades regionais. Deve-

se, então, a todo tempo, buscar um equilíbrio dinâmico entre as forças presentes em uma

organização federativa, assim explicadas por Lilian Miranda :

“Ao longo do tempo, um grande número de Estados Federais foram adaptando o princípio federal

surgido nos Estados Unidos às suas próprias realidades. E no que consiste este princípio federativo?

147

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Qual sua nota essencial? A resposta a esta pergunta encontra-se no equilíbrio das forças ou

tendências que formam o pacto federativo de determinado país, quais sejam a tendência

centralizadora, de formação de um Estado Nacional (centrípeta), e a Tendência Federal (centrífuga),

que busca preservar o poder das localidades.

Isso não significa que, para que se caracterize um Estado Federal, deva haver um equilíbrio

perfeitamente simétrico entre as tendências centrípeta ou centrífuga. Ao contrário, uma das

características mais marcantes do Federalismo é justamente a flexibilidade que permite sua

adaptação às mais diversas realidades espaciais e temporais.”

Acontece que a União, tal como reconhecido pelo Presidente Temer naquele pronunciamento, optou

por ser valer, à busca de recursos, da espécie tributária contribuição, que não é compartilhada com

estados e municípios.

Mas não só. Para além disso e confirmando aliás o desvio em que se constitui o exagero no manejo

das contribuições, a Emenda Constitucional 27/2000 criou a denominada DRU, prorrogada

sucessivamente até 31 de dezembro de 2023, que implicou a desvinculação de 30% da arrecadação

da União relativa às contribuições sociais, às contribuições de intervenção no domínio econômico e

às taxas.

O sistema tributário nacional foi originalmente desenhado para garantir equilíbrio entre os entes da

Federação e o constituinte originário, em respeito mesmo ao princípio federativo, determinou, como

visto, que o produto da arrecadação de novo imposto eventualmente criado para abastecer o

orçamento fiscal da União Federal pertenceria aos Estados e Distrito Federal à razão de vinte por

cento.

Para corrigir, então, ao menos parcialmente, a distorção aqui tratada, a parcela das contribuições

sociais que deixou de ser vinculada à destinação que justificou as respectivas instituições (30%),

deve, por sua natureza, ser repartida entre Estados e Distrito Federal, atendendo-se à vontade

constitucional.

Tal como registrado no ofício encaminhado pelo Colégio Nacional de Procuradores-Gerais dos

Estados e do Distrito Federal (Conpeg) para manifestar apoio à postulação mineira, “a circunstância

de ocupar a Presidência da República um Procurador de Estado, Professor de Direito Constitucional e

parlamentar constituinte representa oportunidade ímpar de se iniciar a correção de um desequilíbrio

federativo que se vem verificando e aprofundando há décadas”. Resta aguardar.

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Opinião – 25/04/2018

DRU e a concentração exagerada de recursos em poder da União

Por César Caúla

Em discurso proferido em 10 de agosto do ano passado[1], durante solenidade de assinatura de

acordos de cooperação entre a AGU e as Procuradorias-Gerais dos estados e do Distrito Federal, o

presidente Michel Temer, de certo modo, surpreendeu a todos com as considerações que teceu

acerca da tendência brasileira de concentração de recursos em favor da União.

Mencionando cada um dos documentos constitucionais de nossa história republicana, o chefe do

Executivo nacional anotou que “em 5 de outubro de 88 renasce a democracia com uma federação

ainda pálida, que ao longo do tempo foi esmaecendo cada vez mais, até praticamente destruí-la”. E

para não haver dúvida da profundidade e da ênfase da crítica sistemática que empreendeu, o

presidente verberou que “a nossa Federação é uma Federação capenga; ela não é verdadeira, ela é

artificial”.

Uma das faces da fragilização do modelo federativo encontra-se na concentração exagerada de

recursos em poder da União, em detrimento de estados e municípios, o que resulta em distorções

políticas e administrativas bastante graves. Tratando especificamente do mecanismo mais utilizado

para fazer a concentração de recursos, disse ainda o presidente:

“A União foi trazendo para si a grande massa dos tributos, tanto que a própria chamada Contribuição

de Movimentação Financeira, a CPMF, no primeiro instante foi o imposto, imposto provisório de

movimentação financeira e como imposto era partilhável pelos fundos de participação dos estados e

dos municípios. Quando a União se deu conta disso, ela mudou a denominação ao fundamento de

que mudando a denominação mudaria a natureza jurídica. Coisa curiosa isso. Quando você mudar a

denominação, não muda a natureza jurídica. E assim passou a ser contribuição para quê? Para não

ser partilhada com estados e municípios. Então nós, nós temos essa vocação centralizar tudo em

torno da União, seja no tópico da política, seja no tópico da administração”.

Em outro momento de seu relevante pronunciamento, o presidente ainda exortou a todos que

considerassem a importância de se valorizar a Constituição e de fazê-la perene, buscando encontrar

na sua aplicação as soluções para os problemas nacionais, em vez de, a cada dificuldade, cogitar-se

de sua alteração ou substituição.

Mas a propósito de que se faz, aqui, referência a fato ocorrido já há oito meses?

É que, a partir de um requerimento formulado pelo estado de Minas Gerais (Ofício GAB.GOV

208/18), em 3 de abril de 2018, ao qual recentemente aderiram outros 18 integrantes da federação

(AC, AM, AP, BA, CE, DF, GO, MA, MS, PA, PE, PI, PR, RN, RO, RR, SE e TO), o presidente Temer

recebeu uma interessante oportunidade de demonstrar que está mesmo disposto a transformar o

discurso em realidade. Ou seja, no ponto específico, a tomar providências concretas para minorar as

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

distorções de que enferma nossa federação, em conformidade com a compreensão histórica e

jurídica que expôs publicamente.

A Carta de 1988 claramente pretendeu estabelecer o que se costuma denominar de federalismo

cooperativo, fixando, em seus artigos 23 e 24, uma série de competências comuns e concorrentes

entre os entes federados, para cujo desenvolvimento seriam necessários mecanismos de

arrecadação e distribuição dos recursos públicos.

Em um modelo federativo ideal, a distribuição de missões precisa corresponder à repartição da renda

necessária para essas atribuições. Quando não se verifica adequação entre competências e recursos

financeiros, compromete-se a própria autonomia política, conforme acertadamente adverte

Dallari[2]:

“A cada esfera de competências se atribui uma renda própria. Este é um ponto de grande

importância e que só recentemente começou a ser cuidadosamente tratado. Como a experiência

demonstrou, e é óbvio isso, dar-se competência é o mesmo que atribuir encargos. É indispensável,

portanto, que se assegure a quem tem os encargos uma fonte de renda suficiente, pois do contrario

a autonomia polícia torna-se apenas nominal, pois não pode agir, e agir com independência, que não

dispõe de recursos próprios”.

Para assegurar, então, alguma autonomia financeira dos entes políticos, os estados receberam

autorização para instituir tributos próprios, que a Constituição elencou especificamente. Quanto à

União, a Carta de 1988 autorizou que, ao lado dos tributos nominados, pudesse ela instituir o

chamado imposto residual, determinando, porém, que 20% da sua arrecadação fosse compartilhada

com os estados e o Distrito Federal, nos termos do artigo 157, inciso II, da CRFB/88. Pretendeu-se,

com a regra citada por último, evitar que a instituição de impostos inominados servisse a uma

concentração excessiva de recursos financeiros em prol da União, desequilibrando a estrutura

federativa.

A crise sistêmica que atinge fortemente os estados e os municípios brasileiros demonstra que essa

imagem ideal não encontra reflexo na realidade dos fatos. Talvez menos por defeito do desenho

elaborado pelo constituinte originário e mais por conta de mudanças fáticas e de alterações legais e

constitucionais. De um lado, aumentaram-se as demandas sociais sobre estados e municípios. De

outro, a União valeu-se de medidas que contribuíram para uma concentração de recursos ainda mais

danosa, conforme reconhecido pelo presidente da República.

Não se está aqui defendendo a ideia de que se deva (ou mesmo de que se possa) alcançar uma

perfeita simetria no âmbito da federação, o que, aliás, provavelmente seria inadequado para uma

federação como a brasileira, em que as disparidades econômicas e sociais são tão significativas que a

Constituição determinou, entre os objetivos nacionais, a redução das desigualdades regionais. Deve-

se, então, a todo tempo, buscar um equilíbrio dinâmico entre as forças presentes em uma

organização federativa, assim explicadas por Lilian Miranda[3]:

“Ao longo do tempo, um grande número de Estados Federais foram adaptando o princípio federal

surgido nos Estados Unidos às suas próprias realidades. E no que consiste este princípio federativo?

Qual sua nota essencial? A resposta a esta pergunta encontra-se no equilíbrio das forças ou

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2015|2018

tendências que formam o pacto federativo de determinado país, quais sejam a tendência

centralizadora, de formação de um Estado Nacional (centrípeta), e a Tendência Federal (centrífuga),

que busca preservar o poder das localidades.

Isso não significa que, para que se caracterize um Estado Federal, deva haver um equilíbrio

perfeitamente simétrico entre as tendências centrípeta ou centrífuga. Ao contrário, uma das

características mais marcantes do Federalismo é justamente a flexibilidade que permite sua

adaptação às mais diversas realidades espaciais e temporais”.

Acontece que a União, tal como reconhecido pelo presidente Temer naquele pronunciamento, optou

por ser valer, à busca de recursos, da espécie tributária contribuição, que não é compartilhada com

estados e municípios.

Mas não só. Para além disso e confirmando, aliás, o desvio em que se constitui o exagero no manejo

das contribuições, a Emenda Constitucional 27/2000 criou a denominada DRU, prorrogada

sucessivamente até 31 de dezembro de 2023, que implicou a desvinculação de 30% da arrecadação

da União relativa às contribuições sociais, às contribuições de intervenção no domínio econômico e

às taxas.

O sistema tributário nacional foi originalmente desenhado para garantir equilíbrio entre os entes da

federação, e o constituinte originário, em respeito mesmo ao princípio federativo, determinou, como

visto, que o produto da arrecadação de novo imposto eventualmente criado para abastecer o

orçamento fiscal da União Federal pertenceria aos estados e ao Distrito Federal à razão de 20%.

Para corrigir, então, ao menos parcialmente, a distorção aqui tratada, a parcela das contribuições

sociais que deixou de ser vinculada à destinação que justificou as respectivas instituições (30%) deve,

por sua natureza, ser repartida entre estados e Distrito Federal, atendendo-se à vontade

constitucional.

Tal como registrado no ofício encaminhado pelo Colégio Nacional de Procuradores-Gerais dos

Estados e do Distrito Federal (Conpeg) para manifestar apoio à postulação mineira, “a circunstância

de ocupar a Presidência da República um Procurador de Estado, Professor de Direito Constitucional e

parlamentar constituinte representa oportunidade ímpar de se iniciar a correção de um desequilíbrio

federativo que se vem verificando e aprofundando há décadas”. Resta aguardar.

[1] http://www2.planalto.gov.br/acompanhe-planalto/discursos/discursos-do-presidente-da-

republica/discurso-do-presidente-da-republica-michel-temer-durante-assinatura-de-acordos-de-

cooperacao-entre-a-agu-e-procuradorias-gerais-dos-estados-e-distrito-federal. Acesso em 24 de abril

de 2018, às 13h45.

[2] DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de Teoria Geral do Estado. 30 ed., São Paulo: Saraiva, 2011.

P. 255.

*3+ MIRANDA, Lilian Elizabeth Cordeiro Tenório de. “Desequilíbrio Vertical no Federalismo Brasileiro”.

Revista do Centro de Estudos Jurídicos / Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco. Vol. 9, n. 9.

Recife, 2016. Página 45.

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

César Caúla é procurador-geral do estado de Pernambuco. Especialista em Direito Processual Civil

pela Faculdade de Direito do Recife e em Direito Constitucional pela Faculdade de Direito da

Universidade de Lisboa.

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Opinião – 20/08/2018

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Notícias – 20/08/2018

Motivo de celebração no Dia do Procurador do Estado de Pernambuco

Por César Caula, Procurador Geral do Estado

Hoje, comemoramos o Dia do Procurador do Estado de Pernambuco, fixado nessa data exatamente

porque em 20 de agosto de 1990, editou-se a Lei Complementar Estadual número 2, que atribuiu à

PGE a estruturação que ela, com poucas alterações, ostenta até hoje.

O desenho institucional determinado pela Lei Complementar número 2 foi muito bem pensado e

permitiu que a unificação, na PGE, da advocacia de estado da administração direta e autárquica

ocorresse, em Pernambuco, sem maiores transtornos e de modo muito eficiente, o que muitos

estados demoraram bastante a obter ou sequer obtiveram até os dias atuais.

Hoje está sendo anunciada a formalização de uma proposta muito relevante de mudança. De avanço,

segundo penso. O Governador encaminha hoje à ALEPE proposta de Emenda à Constituição

Pernambucana para determinar que o cargo de Procurador Geral do Estado passe a ser privativo de

Procuradores do Estado de Pernambuco.

Não é o caso, ressalvo, de se lamentar que essa deliberação não tenha sido feita antes, porque julgo

que esteja ela ocorrendo no exato momento em que é cabível, oportuna e adequada.

Efetivamente, a opção de não se fazer antes do tempo próprio a restrição que ora se propõe foi

decisiva para que o amadurecimento da instituição ocorresse de modo tranquilo, com uma invejável

conjunção de esforços entre os procuradores gerais e os integrantes da carreira. Se, lá em 1989,

houvesse a decisão de restringir o acesso ao cargo de Procurador Geral aos integrantes da carreira,

teríamos deixado de contar com o trabalho determinante de gestores públicos da qualidade de Izael

da Nóbrega, Sílvio Pessoa e Tadeu Alencar, para ficar nos nomes dos Procuradores Gerais não

integrantes da carreira com quem tive a hora de trabalhar, nesses meus 23 anos de PGE. Esses

notáveis gestores públicos, aliás, tomaram o cuidado de não desfazer as medidas adequadas dos

Procuradores Gerais que os antecederam e que tiveram atuação decisiva na construção da PGE,

delineando uma estrutura que, de tão boa, até hoje é bem parecida com a modelagem original. A

Procuradoria deve a Joaquim Correia de Carvalho Júnior, Sílvio Neves Baptista, Sérgio Higino e Jarbas

Cunha os seus passos primeiros.

A partir da segunda gestão do Governador Eduardo Campos, iniciou-se uma prática que poderia vir a

constituir uma tradição entre nós, qual seja, a de selecionar na carreira os Procuradores Gerais. Foi o

caso de Thiago Norões, de Bianca Teixeira e agora o meu, escolhidos por três governadores distintos.

Isso, porém, sem imposição legal. O Governador Paulo Câmara hoje sugere à ALEPE que eleve essa

prática ao patamar de uma imposição constitucional.

Estamos preparados para o desafio. Durante essas quase três décadas, a PGE pôde realizar

concorridos concursos públicos e selecionou numerosos profissionais com excelentes currículos. O

próprio exercício de suas funções qualificou ainda mais esses servidores, inclusive porque a eles

154

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

foram atribuídas atividades de significativas amplitude, profundidade e complexidade. Além disso,

vários de nós ocupamos, dentro e fora da PGE, posições que nos trouxeram experiência e

conhecimento que ultrapassam os limites da Procuradoria. E não ficamos encastelados no órgão,

exercendo uma burocracia fria e distante; propusemos-nos à proximidade com os demais órgãos da

Administração, quebramos barreiras, colocamo-nos à disposição para contribuir com a consecução

dos objetivos das diversas gestões estaduais. O fato é que, atualmente, a PGE ostenta um quadro de

mais de duas centenas de procuradores, ativos e inativos, muitos dele ainda jovens, mas todos

experientes e forjados numa instituição em que se pratica uma advocacia pública proativa,

combativa e comprometida com a efetivação das políticas públicas.

Agora é a hora de colher os frutos das sementes que foram sendo jogadas ao solo fértil. A instituição

está madura e conta com quadros que ostentam não apenas a excelência técnica, mas também a

experiência e a compreensão necessárias para que ali se busquem os seus dirigentes.

É um fato que a Procuradoria tem uma atuação muito ampla – e cada dia mais profunda e

comprometida. Algum desatento pode pensar que isso decorreria do simples fato de a PGE haver

recebido da lei um campo muito largo de atuação obrigatória. Nada poderia ser menos certo.

A competência, de fato, recebemos da norma jurídica. Mas a centralidade da Procuradoria advém de

mais do que isso. Advém da confiança. E a confiança, cabe dizer, foi obtida e é mantida por força da

qualidade do nosso trabalho, da resolutividade de nossas ações, da clareza de nosso compromisso

com as tarefas que nos cabem e, principalmente, do comprometimento demonstrado com a missão

institucional de contribuir para a efetivação das políticas públicas capazes de melhorar a vida da

população que paga nossos salários.

O mandato que a lei nos atribui, então, não deve ser tido, simplesmente, como o poder de fazer algo

em nome de alguém. A procuração legal em face da qual atuamos deve ser tida antes como uma

missão. E é ao fato de a PGE buscar atuar assim, atenta aos mais altos objetivos do Estado, que se

deve vincular a crescente importância que ela vem galgando. E o mesmo digo, aliás, da advocacia de

estado em geral.

A despeito de estar aqui tratando da Procuradoria, ao fazer as distinções entre mandato e confiança,

entre poder e missão, ocorre-me que isso vale para qualquer função pública. Feliz do lugar em que

seus gestores exercem os respectivos mandatos com a exata compreensão da missão que receberam

e o fazem com a seriedade de propósito e o senso de sacrifício pessoal de quem compreende

exatamente que precisa, a cada dia, conquistar e manter a confiança daqueles que representa. No

tempo próprio, esses agentes públicos recebem a retribuição representada pelo reconhecimento e a

confiança.

A decisão de encaminhar a Proposta de Emenda Constitucional em foco foi tomada após a devida

reflexão, bem pesadas as vantagens e as desvantagens, os riscos e os proveitos, que havia nessa

deliberação como em qualquer outra. Não se decidiu por conveniência, simpatias ou pretensão de

agradar, mas porque entendeu-se que assim a PGE poderá prestar, no futuro, um trabalho ainda

melhor nessa missão de controlar a legalidade da atuação do estado, mas principalmente de

contribuir para o desenvolvimento das políticas públicas.

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Certamente pesou o fato de o Governador, tendo ele mesmo a condição de servidor público, talhado

que é para essa tarefa, valorizar o serviço público de carreira e reconhecer nele, entre outros, os

valores de estabilização da máquina pública e de independência necessárias para o desempenho

qualificado e desassombrado de suas obrigações.

Recebemos esse acréscimo de valor ao mandato legal de todos os Procuradores, representado pelo

fato de apenas eles poderem dirigir os destinos da instituição, como uma demonstração de alta

confiança, que nos conduz a entender ainda maior o nosso compromisso com o serviço público, com

a nossa missão, que apenas pode ser retribuído, e o será, com ainda maior dedicação à causa de

seguir aprimorando a instituição e prestando serviço público de qualidade.

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Opiniões – 01/09/2018

157

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Opiniões – 13/11/2018

158

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Opiniões – 21/12/2018

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Anexo -

Mensagens

160

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

Anexo – Mensagens

2015

O final do ano é sempre uma época em que fazemos o exercício de rememorar e de projetar. Isso

nos permite comemorar êxitos, perceber insucessos, imaginar novos objetivos, corrigir trajetórias.

É um lugar-comum dizer que 2015 foi um ano difícil. Foi mesmo. A PGE, contudo, pode se orgulhar

de se haver mostrado à altura dos desafios, alcançando muitos sucessos e contribuindo

decisivamente para vários dos êxitos obtidos pela Administração Estadual. Parabenizo e agradeço a

todos os Procuradores e servidores, que participaram disso, com empenho e entusiasmo.

Sem a pretensão de exaurir o assunto (mesmo porque, em janeiro, com a apresentação dos

relatórios de cada uma das chefias, teremos dados mais consistentes a apresentar), tampouco de

estabelecer qualquer relação de precedência entre as realizações da PGE em 2015, tratarei a seguir

de algumas.

Ao longo do ano, mantivemos uma rotina de monitoramento de projetos e atividades relevantes,

realizando reuniões periódicas com as diversas unidades da PGE. Isso permitiu a constituição, o

planejamento e a efetivação de diversos objetivos e tarefas importantes, aumentando a eficiência e

o engajamento de todos. Realizaram-se reuniões mensais do Conselho Superior (com exceção apenas

do mês de dezembro, conforme deliberação do Colegiado). Acredito que a manutenção de tal

periodicidade contribuirá para que o órgão se consolide como instância privilegiada para a discussão

dos problemas e dos destinos da Procuradoria. Houve melhorias, ainda, com incremento de

profissionais capacitados, nas áreas administrativa, de comunicação, de planejamento e de

informática. Em breve, teremos condições de apresentar resultados concretos nos campos do

planejamento estratégico e do acompanhamento de indicadores.

Conseguimos manter as obras de incorporação à sede do antigo prédio do Banco Central, o que não

foi fácil em razão das restrições orçamentárias conhecidas por todos. Foi concluída a bela sede da

Regional de Caruaru e instalada a sub-regional de Salgueiro, na sequência da bem-sucedida (apesar

de recente) experiência havida com a sub-regional de Garanhuns.

A experiência de atuação de Procuradores diretamente em Secretarias, iniciada na gestão passada,

foi aprimorada e aprofundada. Fico feliz de dizer, a partir do feedback dos diversos Secretários

envolvidos, que ao longo do ano foram claramente percebidos ganhos de produtividade, de

velocidade e de comprometimento com os objetivos da Administração, tudo isso sem qualquer

prejuízo à qualidade do trabalho e ao cumprimento da missão institucional da PGE. A atividade

consultiva da Procuradoria, aliás, continua a merecer elogios pela qualidade e pela presteza.

Continuamos a aprimorá-la, inclusive por meio da instrução prévia aos demais órgãos da

Administração. Merece menção o grande esforço que vem sendo feito nesse campo, utilizando-se

um número crescente de veículos, tais como a edição de informativos periódicos, a elaboração de

estudos mais amplos como um manual simplificado de contratação pública, o envio de circulares de

orientação, a realização de eventos de formação e de reuniões de discussão de questões específicas

com diversos órgãos, entre outras iniciativas.

161

BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

A atuação judicial continuou a alcançar êxitos importantes, decorrentes do apuro técnico e da

responsabilidade na condução dos processos. O acompanhamento ainda mais cuidadoso dos

processos estratégicos tem-se revelado prática muito profícua, que deve continuar a ser

aprofundada. Anoto, por isso, como providência das mais promissoras, o incremento que mereceu o

Núcleo de Processos Relevantes da Procuradoria do Contencioso, que recebeu mais dois

Procuradores para aprimoramento de suas atividades.

A única meta da PGE diretamente acompanhada nos ciclos de monitoramento do Governo é a

recuperação de créditos tributários. No início do ano, diante das grandes dificuldades que se

prenunciavam e da inexistência de um programa de negociação de débitos, chegamos a discutir a

possibilidade de estabelecimento, para 2015, de uma meta inferior à do ano passado. Ao final,

prevaleceu a decisão de não a reduzir. Pois bem, já no mês de novembro, a Procuradoria superou o

objetivo fixado, ultrapassando o valor de cem milhões de reais. Para conseguirmos resultados ainda

mais positivos em 2016, continuaremos a tentar contribuir para o aprimoramento das execuções

fiscais no âmbito do Poder Judiciário e seguiremos no caminho da priorização de processos tidos

como de maior viabilidade, além de aprofundarmos a atuação do Núcleo de Inteligência Fiscal,

instalado neste ano.

O Centro de Estudos Jurídicos manteve uma rotina muito profícua de realização de eventos, de

naturezas, objetos e objetivos muito variados, superando as melhores expectativas (que já eram

ambiciosas). O CEJ atendeu à ideia originária de que, além de cumprir sua função primeira de

contribuir para a formação dos Procuradores, deve servir de ponto de contato da Procuradoria com

os diversos órgãos da Administração, com as Universidades, com outros entes públicos e privados

que possam contribuir para a consecução de nossa missão pública. Neste ano, a PGE passou a

oferecer a todos os Procuradores o acesso à Biblioteca Digital da Editora Fórum, com um volume

muito significativo de revistas especializadas, nos mais variados campos jurídicos, disponível para

consulta inclusive em computadores pessoais, tablets ou smartphones. Aproveito a oportunidade

para exortar a todos que façam uso da ferramenta, fruto de um investimento significativo para os

padrões da PGE.

Estou seguro de que continuamos a trilhar o caminho há muito iniciado de constante

aperfeiçoamento da Procuradoria. Espero contar, no ano vindouro, mais uma vez, com o trabalho

qualificado, engajado e entusiasmado de todos. Feliz 2016.

Antônio César Caúla Reis

Procurador-Geral do Estado de Pernambuco

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

2016

O final de ano é sempre um momento de avaliação do passado recente e projeção do futuro.

Desejando a todos vocês um Feliz 2017, penso que é possível dizer que o ano de 2016 foi um ano de

realizações para a PGE. No ambiente muito desafiador que tivemos nestes últimos dois anos, nossa

instituição contribuiu decisivamente para que Pernambuco tenha conseguido manter uma situação de

equilíbrio mais favorável do que a imensa maioria dos estados e que tenha podido celebrar sucessos e

investimentos muito significativos. No campo da estruturação da instituição, em 2016 tivemos a

sanção da lei que estabeleceu os honorários em favor dos procuradores; a autorização para que se

realize o primeiro concurso para pessoal administrativo, com oito vagas destinadas ao setor de

cálculos; a criação de fundo específico para direcionamento de parte dos recursos decorrente do

pagamento de encargos da dívida; a continuidade das obras de integração do prédio do Banco Central

ao Edifício Ipsep; a reorganização da carreira de Procurador do Estado, entre outras tantas realizações.

Incrementamos significativamente nosso relacionamento com diversas outras instituições, por meio

de numerosos eventos do CEJ, da participação da Procuradoria em várias instâncias deliberativas no

âmbito estadual (por intermédio de muitos colegas diferentes, das mais diversas áreas da PGE), da

elaboração de orientações gerais, tais como as cartilhas sobre conduta de agentes públicos no período

eleitoral e sobre contratação pública (passo a passo), além da manutenção dos informativos da

Procuradoria Consultiva, os quais vêm se firmando como uma fonte importante de referência de

conduta dos agentes públicos estaduais. Conseguimos, além disso, dar respostas em tempo adequado

às demandas de atuação consultiva, atentando inclusive para a necessidade de priorização de

processos de maior relevância. É crescente o reconhecimento institucional da Procuradoria, porque a

Administração Estadual percebe que instituição está sempre pronta para indicar caminhos de solução

de questões e de melhoria da governança estadual, aportando para isso a excelência técnica e o

comprometimento dos Procuradores.

Não foram poucos os problemas que a gestão atual enfrentou com o decisivo apoio da Procuradoria.

Para ficar em exemplos mais evidentes, relembro que a atuação da PGE foi determinante para que o

Estado pudesse superar dificuldades relacionadas ao Complexo Prisional de Itaquitinga e à Arena de

Pernambuco, sendo de referir que as soluções encontradas, além de aportarem nível razoável de

segurança à situação jurídica do Estado, implicaram economia de centenas de milhões de reais e

perspectiva de equacionamento futuro da utilização de ambos os equipamentos. No âmbito judicial

especificamente, a PGE sempre respondeu prontamente às solicitações de atuação e obteve um grau

de êxito que nos deve orgulhar a todos.

A PGE manteve sua tradição de envolvimento nos fóruns nacionais da advocacia pública, participando

do aprimoramento de nossa instituição e da advocacia de estado. Em 2016, especificamente, os

Estados, em atuação conjunta, tiveram sucesso em vários processos judiciais relevantes, tais como os

que envolveram a renegociação das dívidas dos estados, a destinação dos recursos da repatriação e a

correção do cálculo da Cide. Em todos esses casos, as teses foram concebidas por uma Procuradoria,

discutidas e compartilhadas com as demais, seguindo-se deliberação conjunta sobre estratégia e

adesão dos demais estados (em bloco), movimentação dos Governadores, presença massiva do

Colégio de Procuradores e da Câmara Técnica no STF etc. Essa atuação conjunta, da qual Pernambuco

sempre tomou parte de modo efetivo, tem engrandecido a advocacia pública e afirmado a relevância

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

dos estados no pacto federativo, em dimensão inédita. Novos desafios serão enfrentados e, para

aprofundar esse trabalho, Pernambuco sediou a reunião que criou o Fórum Permanente de

Procuradorias Gerais dos Estados do Nordeste, em setembro último.

Um grande êxito de que a PGE participou neste ano de 2016 foi o Perc. Para além do resultado

impressionante, com a recuperação de mais de meio bilhão de reais de créditos, todo o trabalho

realizado, conjuntamente com a Sefaz, foi muito bem sucedido. Foi um esforço conjunto, coordenado

e comprometido, no qual a PGE, e especialmente a Procuradoria da Fazenda, desempenhou papel

decisivo. Logo no início, conversamos sobre a melhor forma de delinear o programa, para fazer com

que houvesse a maior atratividade possível. Fizemos palestras, comunicações escritas, contatos

pessoais etc. Selecionamos créditos, categorizamos esses créditos, buscamos convencer os

contribuintes da vantajosidade do programa. Procuramos a mídia, o Ministério Público, advogados,

contadores, empresas. Enfim, não nos limitamos a esperar o interesse dos contribuintes ou acreditar

no interesse econômico deles. O esforço e o envolvimento havidos abarcaram não apenas um

pequeno grupo de servidores, mas servidores de todos os níveis, da Sefaz e da PGE, em todo o estado.

Devemos nos orgulhar do sucesso alcançado, que foi determinante para que o Estado pudesse

encerrar o ano em situação de adimplência com seus servidores.

2017 não será um ano fácil, certamente. Mas é na dificuldade que a grandeza se demonstra. A PGE

está pronta para novos desafios e seguirá sua trajetória de aprimoramento constante!

Feliz Ano Novo para todos.

Antônio César Caúla Reis

Procurador-Geral do Estado de Pernambuco

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

2017

Desejo a todos os colegas um ano de 2018 repleto de vitórias, alegrias e realizações, pessoais e

coletivas.

No âmbito específico da PGE, penso termos razões para otimismo, para esperar que o próximo ano

nos reserve o aprofundamento e a consolidação de conquistas e de projetos que idealizamos e/ou

iniciamos nos últimos anos.

Em 2017, obtivemos autorização para realizar – e realizaremos em 2018 – concursos públicos para o

cargo de Procurador do Estado e para iniciarmos a sonhada estruturação das carreiras de apoio no

âmbito da PGE (sem descurar da valorização do quadro de servidores que nos ajudaram a construir a

instituição vitoriosa que integramos). Também no ano que se encerra, conseguimos efetivar nada

menos do que 52 promoções de procuradores, concretizando a reorganização dos cargos realizada

em 2016. Essas conquistas, em meio a uma crise sem precedentes, demonstram o reconhecimento

da relevância e da efetividade do trabalho da Procuradoria. Em 2018, vamos celebrar mais.

O Centro de Estudos Jurídicos continuou a nos proporcionar uma agenda intensa de eventos, entre

palestras, seminários, cursos e debates, envolvendo temas jurídicos bastante variados. Ouvindo os

Procuradores e os servidores, o CEJ ofereceu também, no mais das vezes em parceria com o Cefospe,

qualificação em temas de outras naturezas, como redação oficial, gestão orçamentária e financeira,

inteligência emocional e oratória, exemplificativamente. O CEJ realizou eventos também nas

regionais da PGE, valorizando os colegas que têm lotação naquelas unidades.

A presença de público externo foi possível em boa parte dos eventos, fazendo com que as atividades

do CEJ também representassem para a PGE uma oportunidade de interlocução e de aproximação

com numerosas entidades e órgãos, públicos e privados. Realizamos eventos em conjunto ou fizemos

parte de encontros realizados por diversas instituições, tais como a Faculdade de Direito do Recife, a

Unicap, a Facape, a Fooca, a Câmara de Arbitragem Empresarial do Brasil (Camarb), o Comitê

Brasileiro de Arbitragem (CBAr), o Instituto de Advogados de Pernambuco, a OAB-PE, a ESA-PE, o

Tate, o TJPE, a Esmape, o TRF, a Escola da AGU, a Associação dos Procuradores do Município do

Recife, entre outras. Passamos a integrar a Rede de Escolas de Governo – Pernambuco, unindo-nos a

outras 16 instituições, o que sinaliza para o oferecimento de ainda mais oportunidades de

qualificação.

A PGE, sua importância, suas competências, suas boas práticas e sua organização foram objeto de

várias apresentações, minhas e de diversos outros colegas, em cursos de formação de juízes, durante

visitas de dezenas de estudantes de várias faculdades, em aulas de disciplinas ministradas por

colegas na FDR, no Encontro Nordeste de Advocacia Pública (realizado em Juazeiro-BA, sob a

organização da PGE-BA com apoio da PGE-PE e participação das demais PGEs do Nordeste) e no

Congresso da Anape. Buscou-se com isso disseminar o conhecimento acerca da PGE, valorizando a

instituição e seus integrantes.

Além disso, unificamos os programas de estágio de nível superior, o que representa a consolidação

do estágio dito alternativo, que oferece vagas específicas para estudantes que tenham cursado o

ensino médio em escolas componentes da rede pública estadual. Aprimoramos o estágio com a

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BALANÇO DE GESTÃO

2015|2018

instituição do Programa de Capacitação dos Estagiários de Direito (PCED), em face do qual os

estudantes recebem qualificação por meio de eventos presenciais. O PCED, aliás, já tem a

programação do próximo ano devidamente estabelecida, com ampla participação de numerosos

procuradores, incrementando a interlocução com os estagiários e a qualidade de sua formação.

Com muito esforço, conseguimentos, também em 2017, publicar Revista do CEJ, além de vermos

diversos artigos publicados em jornais locais especificamente sobre temas de interesse da

Procuradoria, aumentando a compreensão pública de nossas atividades, atribuições e relevância. O

interesse de documentar e divulgar, interna e externamente, os fatos relevantes relacionados à PGE

foi bastante bem alcançado com a ajuda da Assessoria de Comunicação, sempre se buscando

valorizar a contribuição de procuradores, ex-procuradores e servidores que fizeram e fazem a

história da instituição.

A PGE participou ativamente das comemorações do Bicentenário da Revolução de 1817. Marcelo

Casseb proferiu diversas palestras relacionadas ao tema, no Instituto Arqueológico, Histórico e

Geográfico de Pernambuco (IAHGP) na sessão magna de comemoração dos 155 da instituição, na

Fooca na Semana Jurídica 2017, entre outras. Realizamos, em conjunto com a FDR, interessante

evento com palestra do Professor Gilberto Bercovici, da USP. E finalmente, já no final de 2017,

tivemos a felicidade de contribuir para que se mantenham vivas as memórias do importante

movimento revolucionário por meio da organização e publicação, pela Editora Fórum, do livro

Bicentenário da Lei Orgânica da Revolução de 1817. O volume tem apresentação minha, prefácio de

Tadeu Alencar e artigos de profissionais de variadas formações e origens geográficas.

Há contribuições de integrantes da Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco (Marcelo Casseb

Continentino, Paulo Rosenblatt e Walber Agra, também organizadores da presente obra coletiva), de

professores de várias universidades (FDR/UFPE, Unicap, USP, UFAL e UERJ), de estudiosos de diversas

áreas do Direito (Direito Constitucional, Teoria Geral e Filosofia do Direito, Direito Financeiro e

Tributário, e Direito Econômico e Economia Política) e também de outras ciências e saberes (História,

Geografia, Ciência Política, Literatura, Filosofia, Psicanálise, Antropologia e Psicologia). O livro já está

à venda e terá lançamento solene no primeiro semestre de 2018.

Faz parte da natureza de nossa atividade, por imposição legal até, que a PGE tenha intensa

participação em numerosos atos de formação da vontade do Estado, por variados meios e formas.

Mas a profundidade e a extensão dessa integração decorrem menos das determinações legais do

que da qualidade das contribuições que temos dado. Em 2017, julgo que mereça especial referência,

no particular, nossa participação na elaboração da denominada Lei Anticorrupção, a primeira lei

estadual sobre o tema. Desde a elaboração de um texto-base, junto com a Controladoria, passando

pela assessoria à Comissão Especial de Elaboração da Lei Estadual Anticorrupção instituída pela Alepe

e pela revisão do texto proposta pela referida comissão, para finalmente se chegar, a uma versão

final analisada pela Procuradoria Consultiva e pela Procuradoria de Apoio, a PGE participou de toda a

discussão havida, contribuindo para uma reflexão sobre os objetivos da lei e para seu

aprimoramento.

Outros exemplos de colaboração da PGE e de interlocução com entes públicos e privados para a

criação de normas também ocorreram na discussão sobre a lei que trata da Região Metropolitana do

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Recife em atenção ao Estatuto da Metrópole e na edição do Decreto Estadual nº 44.474/2017, que

regulamenta a formalização de parcerias entre órgãos da administração pública estadual e

organizações da sociedade civil. Neste último caso, a PGE realizou eventos de discussão das

propostas e inclusive realizou consulta pública, que permitiu a inserção no texto de sugestões

apresentadas pela sociedade civil. São exemplos que reforçam a importância da PGE como um vetor

relevante de diálogo e entendimento com os entes da Administração Estadual, com os particulares e

com a sociedade em geral.

Experiência interessante em 2017 foi a pioneira participação da PGE, por meio do Contencioso, na

Semana Nacional de Conciliação. Aceitamos a provocação do TJPE, selecionamos bem os processos

em que seria possível conciliar, contamos com o engajamento de vários colegas e, ao final,

conseguimos transacionar 70% das demandas escolhidas, viabilizando uma economia de pouco

menos de R$ 4 milhões aos cofres estaduais. Esperamos aprofundar essa experiência em 2018,

finalmente institucionalizando canais alternativos de solução de litígios envolvendo os entes

estaduais que representamos.

A valorização permanente do diálogo interno na PGE foi outra preocupação. Para além da

manutenção das reuniões mensais do Conselho, com ampla participação de conselheiros natos e

eleitos e divulgação das pautas e das atas das reuniões, foram realizadas diversas consultas aos

Procuradores, servidores e estagiários, com vistas a colher sugestões e críticas que permitam

contribuir para a melhoria da instituição. Em 2018, pretendemos concluir o nosso primeiro trabalho

de planejamento estratégico devidamente estruturado e que reflita as aspirações e preocupações

dos componentes da PGE, para o que foram realizadas diversas reuniões e aplicados questionários ao

longo do ano.

Em 2017, a PGE participou de mais um plano de recuperação de créditos de ICMS, em que o estado

obteve resultados bastante positivos, com o ingresso imediato de cerca de R$ 170 milhões nos cofres

públicos, mesmo em meio a significativas dificuldades. Mais uma vez, superamos as projeções iniciais

de regularização, o que apenas foi possível porque a PGE e a Sefaz-PE atuaram em conjunto, de

modo proativo, divulgando o programa, procurando as empresas para dialogar e monitorando os

resultados das medidas adotadas. Vamos continuar a aprimorar a cobrança da Dívida Ativa, fazendo

acompanhamento diferenciado de demandas estratégicas e buscando a cooperação do Judiciário.

Em 2018, aprofundaremos o trabalho conjunto com o Ministério Público, ampliaremos a utilização

de mecanismos alternativos de realização de créditos (como os protestos, que já começamos a fazer)

e incrementaremos nossa atuação junto ao Tate com vistas a contribuir para a agilização dos

processos de maior relevância que ali tenham curso. Estou certo de que iremos continuar a superar

as nossas metas de arrecadação.

Aliás, 2018 nem começou e já podemos dizer que prestamos contribuição muito importante para a

manutenção da saúde financeira do estado no próximo exercício. Finalizando um processo iniciado

em 2016, ajustamos novas condições para o pagamento da dívida com a União. Isso apenas foi

possível porque as PGEs de vários estados, agindo coordenadamente, ajuizaram ações em que

obtiveram liminares que forçaram a União a negociar. Resultado disso é que, considerando apenas o

ano de 2018, Pernambuco deixará de destinar ao pagamento da dívida com a União cerca de R$ 400

milhões.

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A primeira etapa da integração do antigo prédio do Banco Central à nossa sede foi concluída. Em

agosto, inauguramos uma área de 900 metros quadrados, aumentando em 25% o espaço ocupado

pela PGE. Até agora, com todas as dificuldades que enfrentamos, conseguimos investir cerca de R$

4,5 milhões em projetos, obras de reforma interna, instalações elétricas, instalações hidráulicas,

climatização, mobiliário, divisórias etc. Tivemos alguma dificuldade para a conclusão do trabalho final

de instalação do cabeamento estruturado, o que retardou um pouco a ocupação da área. Mas, já no

começo de 2018, a Procuradoria do Contencioso poderá finalmente se instalar em um local espaçoso

e confortável. Tenho a convicção de que ainda em 2018, teremos concluído todo o processo de

integração, aumentando a sede da PGE em cerca de 2.500 metros quadrados, com um incremento

de 70% da área física e melhoria significativa do conforto.

A melhoria constante da Procuradoria não é obra do acaso ou da vontade individual. Antes é fruto de

um processo consolidado, de construção de uma imagem institucional coerente com a prática

cotidiana de uma advocacia pública de qualidade, dinâmica e comprometida com nossa missão e

nossos valores. Como esperar outra coisa senão sucesso quando sabemos o tanto de esforço feito?

Antônio César Caúla Reis

Procurador-Geral do Estado de Pernambuco

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